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UNIVERSIDADE SAVE
Massinga
2021
UNIVERSIDADE SAVE
FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
Massinga
2021
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Índice Página
CAPITULO I..........................................................................................................................4
1.0.INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
1.1.Objectivos.........................................................................................................................4
1.1.1.Geral:.............................................................................................................................4
1.1.2.Específicos:....................................................................................................................4
1.2.Metodologias....................................................................................................................4
CAPITULO II.......................................................................................................................5
2.0.Conceitos fundamentais....................................................................................................5
2.1.Campo Eléctrico...............................................................................................................5
2.3.Teoria de Helmholtz-Perrin..............................................................................................6
2.5.Teoria de STERN.............................................................................................................7
2.6.1.Iões indiferentes.............................................................................................................8
2.6.2.Iões específicos..............................................................................................................8
2.7.Potencial na superfície......................................................................................................9
2.7.1.Potencial electrocinética................................................................................................9
2.8.Fenómenos electrocinéticas..............................................................................................9
CAPITULO III...................................................................................................................10
3.0.CONCLUSÃO................................................................................................................10
4.Bibliografia........................................................................................................................12
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CAPITULO I
1.0.INTRODUÇÃO
Por meio de um experimento simples envolvendo a aplicação de uma diferença de potencial
eléctrico em sistemas contendo água e partículas sólidas electricamente carregadas, Reuss, em
1808, descobriu a presença de carga eléctrica em um sistema polidisperso, em que as
propriedades eléctricas das interfaces são estudadas com auxílio do modelo da dupla camada
eléctrica (DCE) de um movimento relativo entre as fases líquidas e sólidas. Esta é assim
denominada por formar uma dupla camada electricamente carregada nas proximidades de
superfícies (ATKINS, 2007).
A fonte mais importante da estabilidade cinética dos colóides é a carga eléctrica na superfície
das partículas. Graças a essa carga, os iões com cargas de sinais opostos tendem a se
agruparem em tornos delas e forma se uma atmosfera iónica, de maneira semelhante ao que
acontece com iões (ATKINS, 2007).
Quando a força iónica é elevada, a atmosfera iónica é densa e o potencial exibe um mínimo
secundário em suspensões grandes. Esta Acção é a base da regra de Schulze-Harday (uma
regra empírica) que afirma serem os colóides hidrofóbicos floculados com maior eficiência
por iões de carga oposta e com número de carga elevado (SHAW, 1992).
1.1.Objectivos
1.1.1.Geral:
Compreender a ocorrência da interface com cargas eléctricas
1.1.2.Específicos:
Explicar o processo de formação da dupla camada eléctrica;
Caracterizar a dupla camada eléctrica;
Mencionar a importância da dupla camada eléctrica.
1.2.Metodologias
Para a realização do presente trabalho, constituiu como metodologia básica a pesquisa
bibliográfica. Esta pesquisa consistiu na consulta de várias obras literárias e de alguns artigos
em Internet e que as tais referências bibliográficas se encontram na última página do trabalho.
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CAPITULO II
2.0.Conceitos fundamentais
Interface: fina camada limite entre duas fases, com dimensão coloidal (1nm) possui
propriedades químicas e físicas diferentes das propriedades das fases constituintes
(SHAW,1975).
2.1.Campo Eléctrico
Segundo ATKINS (2007), Uma carga elétrica puntiforme (Q) gera no espaço ao seu redor um
campo elétrico. Esse campo, em um ponto P qualquer, depende da intensidade da carga
geradora (Q), da distância do ponto P em relação à carga (r) e do meio que envolve a carga
fonte.
Segundo Atkins (2007), na dupla camada eléctrica, existem duas regiões que devem ser
distinguidas:
Camada de iões quase imóvel, que adere firmemente á partícula coloidal e que pode
incluir moléculas de águas (nos meios aquosos). O raio da esfera que captura essa camada
rígida é chamado de raio cisalhamento e é o factor principal na determinação da
mobilidade das partículas.
Atmosfera de iões móveis, atraídos pelas unidades carregada e com sinal de carga oposto
ao da partícula. A camada interna da carga e atmosfera iónica externa constituem a dupla
camada eléctrica.
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Segundo SHAW (1992), a teoria da estabilidade das dispersões liofobico foi desenvolvida
por B. Derjaguin e L. Landau e, independentemente, por E. Verwey e J.T.G. Overbeek, é
conhecida como a teoria de DLVO. O modelo teórico admite que há um equilíbrio entre a
interacção repulsiva das cargas das duplas camadas eléctricas sobre as partículas vizinhas e a
interacção atractiva das forcas de Van Der Waals entre as moléculas nas partículas
A energia potencial da repulsão das duplas camadas sobre as partículas de raio tem a fórmula:
−s
• + A a2 .Ϛ 2 r
V repulsao = e D
Segundo Atkins (2007), a forma como os contra iões são distribuídos em torno do sólido
durante muito tempo foi o principal alvo das investigações sobre o assunto, Contudo, para
estudar a dupla camada elétrica, vários foram os modelos propostos ao longo da história,
entre eles destacam-se os de Helmholtz-Perrin, de Gouy-Chapman e de Stern-Grahame.
2.3.Teoria de Helmholtz-Perrin
Segundo ATKINS (2007), Em 1879, Helmholtz-Perrin destacam contra íões solvatados, que
contrabalançam a carga da superfície, fixos em um plano paralelo que se encontram
próximos à superfície da partícula. Neste modelo, a dupla camada seria equivalente a um
capacitor de placas paralelas. Entretanto, não considerava o movimento Browniano dos contra
iões e estabelecia uma queda brusca do potencial que atingia o valor zero a uma pequena
distância da superfície.
2.5.Teoria de STERN
Logo após propostas feitas por Helmholtz e Gouy-Chapman, em 1924 STERN uniu os dois
conceitos, tratando os iões como entidades de tamanho finito e sujeitos à movimentação
térmica. Para Stern, o centro de cargas de um íão não pode aproximar-se da superfície sólida
a uma distância menor que a do seu próprio raio. Ete modelo estabelece duas regiões para a
variação de potencial:
Uma linear: relacionada aos contra iões que permanecem fixos nas proximidades da
superfície sólida (como no modelo de Helmholtz).
Outra exponencial: correspondendo aos iões que se movimentam na camada difusa sob a
influência da energia térmica (como no modelo de Gouy-Chapman).
Influencia a adsorção por atracção electrostática (o que ocorre com alguns colectores);
Um elevado valor de potencial pode dificultar a adsorção de iões específicos com mesmo
sinal da superfície;
Afecta fortemente o estado de dispersão das partículas.
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2.6.1.Iões indiferentes
Segundo SOUZA (2007), são aqueles atraídos apenas por atracção electrostática, como
consequência natural do excesso de carga eléctrica na superfície do sólido. Os iões que têm
carga contrária à superfície são denominados de contra iões. Como deve prevalecer a
neutralidade eléctrica na região de influência da partícula carregada, a quantidade de contra
iões atraídos deve ser exactamente a que corresponde ao excesso de carga eléctrica da
superfície do sólido.
Nas proximidades da partícula, observa-se também a presença de iões com o mesmo sinal da
superfície, denominados de co-iões. Os iões indiferentes não podem passar para a rede
cristalina do mineral nem formar compostos químicos com as espécies que estão na superfície
do sólido. Dessa forma, esses iões não afectam o potencial da superfície, mas alteram a valor
do potencial zeta (SOUZA, 2007).
2.6.2.Iões específicos
São aqueles que têm afinidade por alguma espécie química componente do mineral, formando
um composto químico na superfície do sólido. Desidratados e localizam-se no plano interno
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2.7.Potencial na superfície
De acordo com FONSECA (2000), minerais que tem os iões H + e OH como IDP’s tendem a
apresentar a superfície:
Uma pequena partícula com excesso de carga em sua superfície movimenta-se, em relação ao
líquido, sob acção de um campo eléctrico. No movimento da partícula, os iões adsorvidos na
camada de Stern, juntamente com moléculas de água localizadas nas proximidades da
superfície, acompanham o sólido, gerando um potencial electrocinética (surge a partir do
movimento de cargas eléctricas) conhecido como potencial zeta.
2.7.1.Potencial electrocinética
Segundo SOUZA (2007), esse potencial é definido no plano de cisalhamento "slipping plane"
(plano zeta), ou seja, no plano que separa o líquido da camada de Gouy do conjunto em
movimento (o sólido juntamente com moléculas de água e iões aderidos). A uma determinada
concentração de IDP e de electrólitos corresponderá uma situação em que todo o excesso de
carga, representado pelos contra iões, estão comprimidos na camada de Stern.
2.8.Fenómenos electrocinéticas
Os fenómenos electrocinéticos são uma família de vários efeitos diferentes que ocorrem em
fluidos heterogéneos, ou em corpos porosos cheios de fluido, ou em um fluxo rápido sobre
uma superfície plana. O termo heterogéneo aqui significa um fluido contendo partículas
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O potencial zeta pode ser determinado a partir dos fenómenos electrocinéticas, os quais estão
relacionados ao movimento relativo entre a superfície (com o líquido aderido) e à fase líquida
representada pela camada de Gouy. Consideram-se as seguintes possibilidades dos fenómenos
electrocinéticas:
CAPITULO III
3.0.CONCLUSÃO
A presença dos contra iões nas proximidades da superfície dá origem à formação da chamada
dupla camada eléctrica (DCE), onde uma das camadas tem excesso de carga positiva e a outra
tem excesso de carga negativa. Há duas regiões nessa atmosfera que devem ser distinguidas.
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A dupla camada eléctrica (DCE) possui cargas fixas na superfície que estão ligadas à fase
sólida dispersa que, por sua vez, são iões determinantes de potencial, e os contra iões,
carregados com cargas opostas, que estão presentes no seio da dispersão, próximos à
interface. Contudo, para estudar a dupla camada eléctrica, vários foram os modelos propostos
ao longo da história, entre eles destacam-se os de Helmholtz-Perrin, de Gouy-Chapman e de
Stern-Grahame.
A dupla camada eléctrica presente nos colóides é de extrema importância, pois através da
densidade superficial de carga é possível monitorar a estabilidade coloidal, a indução de
transições de fase e o controle das propriedades estáticas e dinâmicas do sistema. Além disso,
permite o monitoramento da estabilidade de uma grande variedade de colóides, como as
tintas, dispersões farmacêuticas, colóides alimentares. As forças electrostáticas actuantes na
dupla camada permitem a organização estrutural de macromoléculas como polímeros,
polieletrólitos e proteínas.
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4.Bibliografia
1. ATKINS, Peter. Físico-Química-Fundamentos. 3ª Edição, editora LTC. 2007.
2. FONSECA, M. R. M. Química: físico-química. São Paulo: FTD, 2000.
3. SHAW, D. J. Introduction to Colloid and Surface Chemistry. 4a Ed. Burlington:
Butterworth - Heinemann, 1992.
4. SHAW, D. J. Introdução à Química dos colóides e de suas superfícies. São Paulo: Edgard
Blucher, 1975.
5. SOUZA,W et al. Técnicas de microscopia electrónica aplicadas as ciências biológicas.
Rio de Janeiro. 2007.