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UNIVERSIDADE SAVE

Expressão plástica como uma das técnicas de ensino em aprendizagem (como


mecanismo criativo de obras e objectos artísticos).
História do desenho e pintura no contexto universal.
Fazes da história da arte universal.
História da arte moçambicana, artistas nacionais e sua área de actuação.
Ilustração de um desenho criativo sobre a diversidade cultural do nosso país.

Curso de Licenciatura em Ensino Básico

Geraldo Jessaine Cossa: 10.0372.2019.

Universidade-Save
Maxixe
2021
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UNIVERSIDADE SAVE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

Expressão plástica como uma das técnicas de ensino em aprendizagem (como


mecanismo criativo de obras e objectos artísticos)
História do desenho e pintura no contexto universal
Fazes da história da arte universal
História da arte moçambicana, artistas nacionais e sua área de actuação.
Ilustração de um desenho criativo sobre a diversidade cultural do nosso país.

Curso de Licenciatura em Ensino Básico


Trabalho de Didáctica de Expressão Plástica, Curso
de Ensino Básico, a ser Apresentado ao
Departamento/ Faculdade de Ciências de Educação
e Psicologia para efeitos de avaliação.

Docente: Manuel Ernesto Cumbi

Geraldo Jessaine Cossa: 10.0372.2019.

Universidade-Save
Maxixe
2021
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Índice pág

CAPITULO I................................................................................................................................5

1.0.Introdução..............................................................................................................................5

1.1.Objectivos..............................................................................................................................5

1.1.1.Geral....................................................................................................................................5

1.1.2.Específicos..........................................................................................................................5

1.2.Metodologia...........................................................................................................................5

CAPITULO II..............................................................................................................................6

2.1.Expressão plástica como uma das técnicas de ensino em aprendizagem (como mecanismo
criativo de obras e objectos artísticos).........................................................................................6

2.1.1.Expressão Plástica...............................................................................................................6

2.1.2.A expressão plástica em educação pré-escolar...................................................................6

2.1.3.Capacidades criativas..........................................................................................................7

2.1.4.O papel do educador como facilitador da expressão plástica.............................................7

2.2.História do desenho e pintura no contexto universal.............................................................7

2.3.Fases da história da arte universal........................................................................................10

2.3.1.Primeira Fase: Arte Pré-histórica (estranhos começos)....................................................10

2.3.2.Segunda Fase: Mesopotâmia, Egipto e Creta (criação para a eternidade)........................11

2.3.3.Terceira Fase: Roma (o grande império)..........................................................................13

2.3.4.Quarta Fase: Idade média (para além da escuridão).........................................................13

2.3.5.Quinta Fase: O renascimento da arte (a luz volta a reinar)...............................................14

2.3.6.Sexta Fase: Século xix o (nascimento dos “ismos”).........................................................14

2.4.História de arte moçambicana (arquitectura e escultura), artistas nacionais e sua área de


actuação......................................................................................................................................15

2.5.Alguns Escultores Moçambicanos.......................................................................................18


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CAPITULO III...........................................................................................................................19

3.0.Conclusão.............................................................................................................................19

Anexos.......................................................................................................................................20

4.0.Referências bibliográficas....................................................................................................24
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CAPITULO I

1.0.Introdução
Ao expressar-se, através das formas, cores, liberdade, tudo apresenta a visão que a criança detém
acerca de vários assuntos e quinos permitindo avaliá-la e conhecê-la um pouco melhor. Desde as
garatujas (os primeiros rabiscos) ao desenho figurativo, tudo tem o seu significado. Contudo, só
os olhos atentos e que tenham a predisposição de respeitar e incentivar essa expressão,
entenderão a devida importância que tem para a criança. A arte em Moçambique como a
arquitectura e escultura do nosso país, Desde os tempos antigos até hoje o nosso país tem
desenvolvido diferentes formas de manifestação artística, quer sejam passados de geração em
geração, quer sejam influenciados através dos vários povos vindouros (árabes e portugueses). A
arte rupestre é o principal exemplo desses primeiros tempos, ela é constituída por representações
gráficas do tipo: desenhos, símbolos e sinais; produzidos em paredes de cavernas ou nas
superfícies de grandes rochas

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral
 Compreender a expressão plástica como uma das técnicas de ensino em aprendizagem
(mecanismo criativo de obra e objecto artístico), História do desenho e pintura no contexto
universal, fazes da história da arte universal e História da arte moçambicana assim como
artistas nacionais e suas áreas de actuação.

1.1.2.Específicos
 Definir o conceito da expressão plástica
 Apresentar o papel do educador como facilitador da expressão plástica
 Descrever a fase da Idade média na história da arte universal

1.2.Metodologia
Para a elaboração do trabalho, recorreu-se ao método de consulta bibliográfica em diferentes
obras, onde colheu-se conceitos de modo a esclarecer alguns aspectos inerentes ao tema, assim
como também a consulta por via internet.
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CAPITULO II

2.1.Expressão plástica como uma das técnicas de ensino em aprendizagem (como


mecanismo criativo de obras e objectos artísticos).

2.1.1.Expressão Plástica
A expressão plástica é um dos meios que a criança encontra de exteriorizar e comunicar, de
forma particular, o modo como observa o mundo que rodeia, manipulando a matéria, de forma
criativa (SANTOS, 2008).

A expressão ocorre quando se manifesta da parte das crianças, a necessidade de libertar os seus
impulsos, tensões, desejos e sentimentos, de forma livre. A expressão é como um vulcão, algo
que brota espontaneamente, algo que vem do interior, das entranhas, do mais profundo do ser.
(STERN, 1991).

2.1.2.A expressão plástica em educação pré-escolar


Ao longo de muitos anos, a função educativa da expressão plástica foi concentrada
essencialmente para trabalhar a destreza motora e visual dos mais pequenos. Ainda nos dias de
hoje existe um grande esforço para que o domínio da expressão plástica não seja visto somente
como meio de suporte para outras áreas da educação. É importante entender que: «para além da
designação “educação pela arte”, a autêntica intenção educativa de fundo, é aquela em que se
considera as actividades de feição expressiva, criativa, artística, estética, intimamente implícitas
na formação integral e humanista da criança» (SANTOS, 2008).

O domínio da Educação Artística engloba as possibilidades de a criança utilizar diferentes


manifestações artísticas para se exprimir, comunicar, representar e compreender o mundo, e O
subdomínio das Artes Visuais é visto como «formas de expressão artística que incluem a pintura,
o desenho, a escultura, a arquitectura, a gravura, a fotografia e outras, que, sendo
fundamentalmente captadas pela visão, podem envolver outros sentidos» (Ministério da
Educação, 2016, p. 53).

O manuseamento e experimentação de diversos materiais, formas e cores dá oportunidade à


criança de desenvolver formas subjectivas de expressar o seu interior e apresentar a realidade que
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conhece. Destacamos a importância que Lowenfeld concede à expressão plástica pois: oferece à
criança a criação plástica como modo de estimular a imaginação e desenvolver o seu raciocínio.
Como se tratam de processos cognitivos, o produto criado (desenho, pintura) incluirá por isso as
coisas que a criança conhece, que são importantes para si e o modo como se relaciona com elas
(SANTOS, 2008).

2.1.3.Capacidades criativas
Está relacionada com a comunicação, criação e expressão apelando à criatividade e à
sensibilidade da criança, isto é, A expressão plástica enquanto meio de representação e
comunicação pode ser da iniciativa da criança ou proposta pelo educador, partindo das vivências
individuais ou de grupo. Recriar momentos de uma actividade, aspectos de um passeio ou de
uma história, são meios de documentar projectos que podem ser analisados, permitindo uma
retrospectiva do processo desenvolvido e da evolução das crianças e do grupo (STERN, 1991).

2.1.4.O papel do educador como facilitador da expressão plástica


O educador, através da sua presença activa, dinâmica e colaborativa, contribuirá, directa e
indirectamente, para o enriquecimento das situações de jogo. Assim como promoverá a
construção do mundo mágico, fantasioso, imaginativo e criativo da criança potenciando as suas
capacidades expressivas (STERN, 1991).

Para que seja exequível, o educador deve ampliar os seus conhecimentos acerca da expressão
plástica. Deve manter-se actualizado quanto aos materiais e ao seu manuseamento, novas
técnicas e inclusive experimentar ele próprio para ter noção dos seus potenciais. No seguimento
do que foi dito, compete ao educador reflectir sobre o material mais adequado e de boa qualidade
para cada tipo de situação. O material didáctico é um dos factores bastante importante e deve ser
considerado como meio facilitador à criança na sua actividade (STERN, 1991).

2.2.História do desenho e pintura no contexto universal


a) Arte pré-histórica

A arte pré-histórica surgiu da necessidade do homem de produzir objectos e ferramentas como as


facas e as lanças para suprir suas necessidades imediatas. No entanto, ele começou a se interessar
pela estética desses objectos, a ornamentá-los e, por fim, a produzi-los também para seu deleite
estético (BOSWELL, 2014).
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Numa análise um pouco mais formal, a arte pré-histórica, de maneira geral, se desenvolveu mais
intensamente no universo gráfico no período neolítico, o mais recente período da pré-história. No
período paleolítico, mais antigo, conhecido também como Idade da Pedra, a produção foi
bastante pictórica, pois o homem tinha grande preocupação em representar os animais de
maneira bem próxima à realidade. Para isso, usava a cor de modo muito sofisticado, tentando se
aproximar ao máximo da cor real e do volume do animal que representava. Portanto, é bastante
provável que fizesse esboços e desenhos na areia ou em outros materiais, como preparação ou
treino. Assim, as pinturas e esculturas são a produção mais valorizada e preservada dessa época.
No período neolítico, quando o homem já estava mais estabilizado, e vivendo sob um regime
sedentário, aprendeu a plantar para colher e a domesticar animais. A sobrevivência ainda era uma
questão fundamental, um trabalho diário, mas ele já tinha mais liberdade para se dedicar a outras
actividades (JANSON, 2001).

As imagens desse período eram diferentes e representavam não apenas animais, mas inclusive
homens e mulheres em suas actividades domésticas. Também nesse período, em algumas
regiões, surgiam representações abstractas, mas de uma maneira geral, a produção era mais
gráfica, porém, não menos sofisticada e, certamente, mais sintética do que no período paleolítico.

Fonte: BOSWELL, 2014

b) Egipto
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No Egipto, o desenho constituiu a base fundamental para a produção de milénios de história.


Sabemos que as figuras representadas por esse povo seguiam regras rigorosas, como a Lei da
Frontalidade, e apresentavam uma rígida proporção, definida por uma grade em que as figuras
humanas eram encaixadas. Nesse sentido, um quadriculado regular, ortogonal servia de base para
desenhar as figuras sempre, rigorosamente, com as mesmas proporções, fosse a largura dos
ombros em relação ao tamanho da cabeça, à largura do quadril, à altura, etc. Ou seja, ainda que o
resultado fosse uma pintura mural, por exemplo, ou uma grande escultura, todo processo partia
de um plano traçado em um desenho (ARGAN, 1992).

c) Idade Média

No Ocidente, a Idade Média foi marcada por um grande acontecimento na nossa história, o
surgimento do cristianismo que mudou profundamente o rumo da História da Arte, que agora
estava a serviço dessa nova religião, que pretendia difundir os seus princípios por meio de
imagens, já que a grande maioria da população era analfabeta. Portanto, nessa época, a arte
estava a serviço da religião. A Idade Média produziu, ao contrário do que possamos pensar,
obras fantásticas, impressionantes, monumentais, basta olharmos uma fotografia de uma catedral
gótica. Entretanto, é certo que esse desenvolvimento se deu por outro rumo (ARGAN, 1992).

d) No final do século XVIII até meados do século XIX

A tinta a óleo representou um importante avanço técnico na pintura, em relação ao que existia
anteriormente (basicamente o afresco e a tempera). A pintura a óleo, ainda segundo Ralph Mayer
(1999), vem superando as outras técnicas de pintura até os dias de hoje, pois naquela época, foi
revolucionária devido a sua versatilidade, tendo em vista que permite obter diferentes efeitos e
abre a possibilidade de combinar efeitos opacos e transparentes. Assim, a pintura ganha
complexidade e se separa do desenho, deixando para ele, outro caminho a seguir. Os artistas
renascentistas estudaram a pintura, procurando as novas possibilidades de técnicas e, da mesma
maneira, praticaram e desenvolveram o desenho, separadamente. Dedicaram-se ainda, aos
estudos da luz, do volume e da profundidade em desenhos que, mais tarde, seriam usados
também na pintura (ARGAN, 1992).
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2.3.Fases da história da arte universal

2.3.1.Primeira Fase: Arte Pré-histórica (estranhos começos)


Primeiras esculturas conhecidas; pintura em cavernas, monumentos de pedra para rituais. A
história da arte não se trata de uma jornada evolutiva de uma produção simples para mais
complexa, mas da construção de uma narrativa onde o homem se coloca acima de tudo como um
criador de símbolos, através dos quais ele expressa o que percebe e apreende do mundo em
diferentes épocas. Acredita-se que os primeiros objectos artísticos foram desenvolvidos na
tentativa de controlar ou amenizar as forças da natureza. A arte rupestre é o principal exemplo
desses primeiros tempos, ela é constituída por representações gráficas do tipo: desenhos,
símbolos e sinais; produzidos em paredes de cavernas ou nas superfícies de grandes rochas.
Esses grafismos são de fundamental importância pois nos fornecem informações necessárias para
a compreensão sobre, a cultura, o tempo e os costumes dos nossos ancestrais. As expressões
artísticas mais antigas foram encontradas na Europa, em especial na Espanha, Sul da França e da
Itália e datam de aproximadamente de 25 000 a.C., portanto no período paleolítico. Na França
encontramos o maior número de obras pré-históricas e até hoje em bom estado de conservação,
como foi o caso das cavernas de Altamira, Lascaux e Castilho (ARTIGAS, 1975).

a) Pintura

Os primeiros (quadros) foram pintados em cavernas, provavelmente 15 mil anos atrás. As


pinturas de bisões, veados, cavalos, bois, mamutes, javali se situam nos recessos das cavernas,
longe das superfícies habitadas e da luz do sol. Os arqueólogos especulam que os artistas
criavam as figuras para garantir uma boa caça. Muitos (ARTIGAS, 1975).

b) Arquitectura

Durante o período neolítico essa situação sofreu mudanças, promoveram-se as primeiras formas
de agricultura e consequentemente os grupos humanos passaram a se fixar por mais tempo em
uma determinada região. Porém ainda faziam uso de abrigos naturais ou fabricados com fibras
vegetais ao passo em que passaram a construir monumentos de pedras colossais, que serviam de
câmaras mortuárias ou de templos. Raras eram as construções que serviam de habitação. Essas
pedras pesavam mais de três toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos homens e o
conhecimento da alavanca (ARTIGAS, 1975).
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c) Escultura

A escultura também teve destaque na arte rupestre. Através dela foi possível a elaboração tanto
de objectos religiosos quanto de utensílios domésticos. Animais e figuras humanas, sobretudo as
com referência ao universo feminino, eram um dos principais temas trabalhados. Essas esculturas
ficaram conhecidas como Vênus, caracterizadas pelos grandes seios e ancas largas, são
associadas ao culto da fertilidade (ARTIGAS, 1975).

2.3.2.Segunda Fase: Mesopotâmia, Egipto e Creta (criação para a eternidade)


A Mesopotâmia foi uma região por onde passavam muitos povos nómades oriundos de diversas
regiões. Os povos que ocuparam a mesopotâmia foram os sumérios, os acádios, os amoritas ou
antigos (FERREIRA, 2010).

a) Artes

A Arquitectura. A mais desenvolvida das artes, porém não era tão notável quanto a egípcia.
Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram
considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região. O
zigurate, torre piramidal, de base rectangular, composto de vários pisos superpostos, formadas
por sucessivos andares, cada um menor que o anterior. Construção característica das cidades
estados sumaria-nos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos (FERREIRA,
2010).

b) Arte egípcia

Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleceram uma forte
aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, são
várias as ocasiões em que percebemos a arte dessa civilização envolta por alguma concepção
espiritual. Uma vez que a sua preocupação era garantir a vida após a morte confortável para seus
soberanos, considerados verdadeiros deuses (FERREIRA, 2010).
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c) Arte cretense

Em matéria de artes plásticas os cretenses nada ignorava, produziram obras-primas de


arquitectura, escultura, pintura e cerâmica. O gosto pela expressão do belo parece ter sido
instintivo nos habitantes de Creta. Eles procuravam dar um toque artístico em todos os objectos,
mesmo os mais comuns pertencentes às residências mais modestas (FERREIRA, 2010).

Grécia: o fascínio pelo belo e pela perfeição das formas Os gregos trouxeram grandes
contribuições para o mundo ocidental, sobretudo, no que diz respeito às artes. Não é à toa que
suas esculturas, pinturas e arquitectura impressionam, até os dias atuais, pela beleza e perfeição
de suas formas. Os artistas gregos buscavam representar, por meio das artes, cenas do quotidiano
grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos (FERREIRA,
2010).

d) Pintura

A pintura em vasos trazia em suas pinceladas narrativas de deuses e heróis mitológicos ou


representava cenas quotidianas, como as guerras, as festas e os eventos religiosos. Os vasos,
geralmente na cor preta, eram bastante utilizados neste tipo de representação artística. Estes
artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios (FERREIRA, 2010).

e) Escultura

Os escultores gregos buscavam acima de tudo aproximar suas obras ao máximo do real, ou seja,
as proporções ideais das estátuas representavam a perfeição do corpo, assim, nervos, músculos,
veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a
religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas (ARTIGAS, 1975).

f) Arquitectura

Os principais estilos explorados foram: o jónico, o dórico e o coríntio. Eles eram diferenciados
principalmente pelo feitio da extremidade superior das colunas, o capitel (ARTIGAS, 1975).
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2.3.3.Terceira Fase: Roma (o grande império)


a) Arquitectura romana

Roma foi nas áreas de arquitectura e engenharia. Uma das características arquitectónicas veio da
arte etrusca, por meio do uso do arco e da abóbada nas construções. Essas estruturas diminuíram
a utilização das colunas gregas e aumentaram os espaços internos. Antes, se as colunas não
fossem usadas, o peso do teto poderia causar tensões nas estruturas. O arco ampliou o vão entre
uma coluna e outra e a tensão do centro do teto era concentrado de formas homogénea
(ARTIGAS, 1975).

b) Pintura

Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo que o realismo, a imaginação, dando origem às
obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais ainda sua arquitectura. A maioria das
pinturas floresceu da cidade de Pompeia e Herculano, as quais foram soterradas pela erupção de
um vulcão. Elas desencadearam quatro estilos de pintura (ARTIGAS, 1975).

A pintura mural (frescos) era bem presente na cultura romana, ela recorreu ao efeito da
tridimensionalidade. Os frescos de Pompeia são representativos deste período. Trazendo consigo
cenas do quotidiano, figuras mitológicas, religiosas e as conquistas militares do Império
Romano. Não é à toa que os géneros artísticos mais comuns na pintura romana eram: paisagens,
retratos, arquitecturas, pinturas populares e pinturas triunfais (ARTIGAS, 1975).

c) Escultura

Na escultura, os romanos eram muito distantes, em alguns aspectos, dos gregos. Eles possuíam
um estilo mais literal, não representavam o ideal do belo, e buscavam a cópia fiel das pessoas,
retratando seus traços particulares (ARTIGAS, 1975).

2.3.4.Quarta Fase: Idade média (para além da escuridão)


O campo da arte foi fortemente marcado pela religiosidade da época. As pinturas e os vitrais, por
exemplo, retratavam passagens bíblicas e ensinamentos religiosos, sendo estas maneiras de
ensinar à população um pouco mais sobre o catolicismo. Lembrando que na Idade Média (ou
medievo) poucas pessoas sabiam ler. Na pintura e escultura, os temas estavam essencialmente
voltados para a religião. Essas manifestações artísticas eram encontradas nas igrejas e nos
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castelos, com o intuito de adornar, bem como instruir as pessoas sobre os temas da religiosidade
(FERREIRA, 2010).

2.3.5.Quinta Fase: O renascimento da arte (a luz volta a reinar)


Segundo FERREIRA (2010), o período renascentista caracterizou-se pela redescoberta da arte e
da literatura da Grécia e de Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo natural e o
objectivo de reproduzir com realismo as formas da natureza. Inclusive, com o amadurecimento
dos novos conhecimentos técnicos, a exemplo do estudo da anatomia, os artistas evoluíram na
arte de pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos. Desde os retratos detalhistas
de Jan van Eyck, passando pela intensidade emocional das gravuras de Dürer, até os corpos
retorcidos e a iluminação extraordinária de El Greco, a arte foi o instrumento de explorar todas
as facetas da vida no mundo

a) Alguns dos principais escritores renascentista

Michel de Montaigne – inaugurou o estilo de escrita ensaio. Em seus textos, o escritor analisou
a sociedade, os costumes e a educação. Ele escrevia sobre as concepções de sua época e sobre a
totalidade humana. Actualmente, seus ensaios são utilizados para promover reflexões filosóficas.

Nicolau Maquiavel – o historiador e poeta deu início ao pensamento político moderno. Ele
escreveu sobre o Estado e sobre o Governo. Suas principais obras são: “O Príncipe” e “A Arte da
Guerra”.

William Shakespeare – foi o principal representante do movimento renascentista inglês, ele é


reconhecido com o maior escritor da Inglaterra. Sua obra mais conhecida é o drama “Romeu e
Julieta”, mas as peças mais conceituadas são: “Hamlet”, “Macbeth” e “Rei Lear”. Shakespeare
também escreveu comédias como “A Megera Domada” e “O Mercador de Veneza”.

2.3.6.Sexta Fase: Século xix o (nascimento dos “ismos”)


A arte moderna surgiu no final do século XIX para o início do século XX, como fruto de uma
época de revolução: a igreja perdeu sua autonomia, as monarquias enfraqueciam e o ritmo rápido
e vertiginoso do progresso científico contribuíam para romper antigos padrões. Com o advento
da tecnologia, as consequências da Revolução Industrial, a Primeira Guerra Mundial e atmosfera
política que resultou destes grandes acontecimentos, surgiu um sentimento nacionalista, um
15

progresso espantoso das grandes potências mundiais, e uma disputa pelo poder (FERREIRA,
2010).

2.4.História de arte moçambicana (arquitectura e escultura), artistas nacionais e sua área


de actuação.
a) Arquitectura

Segundo MANJATE et all (2009:28) foi pela necessidade do sedentarismo e agrupamento em


grande número de membros pertencentes a uma determinada tribo ou família e com o
desenvolvimento de técnicas de construção eles foram construindo palhotas.

A arquitectura moçambicana é dividida em:

 Arquitectura Tradicional
 Arquitectura Moderna
b) Arquitectura tradicional
 Uso de materiais perecíveis loca;
 Estrutura com formato cilíndrico, quadrangular e rectangular;
 Uso de material local;
 Paredes feitas a partir de cruzamento de estacas e preenchidas com argila, palha e caniço.
 Coberturas com formas cónicas, piramidais (quadrangular e rectangular) e de duas águas;
 Presença de varandas a volta da casa.

Fonte: MANJATE (2009:28)

c) Arquitectura moderna e contemporânea


 Presença de edifícios com influências árabe e europeia, Construção de igrejas, catedrais,
mesquitas; fortalezas, prédios, monumentos e moradias;
 Construção de estradas, pontes e fortalezas;
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 Uso do cimento, tijolo. Vidro, Blocos, ferro, pedra, madeira e areia;


 Uso chapas de zinco, IBR, lusaletes e telhas na cobertura;
 Uso de mosaicos e azulejos para ornamentação.

Fonte: MANJATE (2009:28)

d) Escultura
 Representação do “monstro africano”;
 Presença da escultura monumental;
 Representação destorcidas de figuras humanas;
 Uso da madeira;
 Uso de mármore;
 Uso do bronze;
 Transformação de armas emobras de arte.

e) Escultura Maconde

Segundo DUARTE (1987), A escultura Maconde tem como principal motivo o corpo humano,
retratando aspectos da vida quotidiana e da sua cultura no geral. A escultura maconde é uma arte
com muita expressividade, tendo como importantes registos a produção de estatuetas emascaras,
recorrendo principalmente amadeira de ébano e de Pau-Preto
17

f) Etapas da Escultura Maconde

Para DUARTE (1987), as Etapas da Escultura Maconde são:

 Arte Maconde Antiga


 Arte Maconde Colonial
 Arte Maconde Moderna
g) Arte Maconde Antiga

Para FERREIRA (1949), a arte Maconde antiga compõe:

 A Elaboração de máscaras Mapico;


 O Período mais recente;
 A Execução das primeiras esculturas em corpo inteiro em madeira leve policromada;
 O Elevado nível de simplificação por acentuação;
 E execução para fins Rítmicos.

Fonte: DUARTE (1987).

h) Arte Maconde Colonial

Para FERREIRA (1949), a arte Maconde colonial compõe:

 Elaboração de bustos e figuras em corpo o inteiro, retratando personagens da vida quotidiana;


 Esculturas animalistas, início da utilização do pau-preto;
 Acentuado carácter Realista, funções de crítica social, início da comercialização.
18

i) Arte Maconde Moderna

Segundo MARGOT (1949) podem ser observadas na escultura maconde moderna 4 estilos
nomeadamente:

 Escultura tipo Shetani


 Escultura Ujamaa
 Escultura tipo Ujamaa não compacta
 Esculturas em Baixo-Relevo

2.5.Alguns Escultores Moçambicanos


Segundo MARGOT (1949), encontramos alguns Escultores Moçambicanos mais destacados:

 Alberto Chissano (1935-1994)


 Malangatana
 Bernardo Muimbo
 Reinata Sadimba
 Jorge Augusto
 Nhaca (1943-1997)
 Francisco Makukule (1956)
 Domingos Ernesto (1960)
 Faizal Omar Matequenha (1978)
 Albino Zaqueu Lucas (1943)
 Naftal Langa (1932)
 Victor Sousa (1952)
19

CAPITULO III

3.0.Conclusão
A expressão plástica é um dos meios que a criança encontra de exteriorizar e comunicar, de
forma particular, o modo como observa o mundo que rodeia, manipulando a matéria, de forma
criativa. O educador, através da sua presença activa, dinâmica e colaborativa, contribuirá, directa
e indirectamente, para o enriquecimento das situações de jogo. Assim como promoverá a
construção do mundo mágico, fantasioso, imaginativo e criativo da criança potenciando as suas
capacidades expressivas.

O campo da arte foi fortemente marcado pela religiosidade da época. As pinturas e os vitrais, por
exemplo, retratavam passagens bíblicas e ensinamentos religiosos, sendo estas maneiras de
ensinar à população um pouco mais sobre o catolicismo. Lembrando que na Idade Média (ou
medievo) poucas pessoas sabiam ler. Na pintura e escultura, os temas estavam essencialmente
voltados para a religião. Essas manifestações artísticas eram encontradas nas igrejas e nos
castelos, com o intuito de adornar, bem como instruir as pessoas sobre os temas da religiosidade.
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Anexos
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Cinveca ou chinveka Dança

Na linguagem actual este é o nome que Geralmente são jovens entre os 15 aos 25
titulariza um dos mais conceituados ritmos anos de idade que fazem parte do grupo
tradicionais do folclórico da etnia folclórico de chinveka.
predominantemente chope ou cicopi.
Primeiro devem ser trajados a maneira típica
Chinveka é uma dança ritual pôs circuncisão
que é:1 uma saia feita de fios de saco de
que a etnia chope não pode ter ausente nas
sisal; 2 Missangas a volta da cintura; 3
suas cerimónias pois, ela demonstra a
apitos de futebol;4 chocalhos nas pernas e 5
maturidade de que os circuncisados se expõe
lenços e outros adornos na cabeça
na fase seguinte.

Instrumentos
Modo de dança
1Bambú de preferência tento
Forma-se uma roda a volta de uma fogueira
2 Chocalhos de frutas com sementes de uma
geralmente numa noite de luar composta por
coloração mista- (vermelho e preto)
integrantes jovens.

O chefe da equipe começa a emitir os sopros


Manutenção dos instrumentos no cacho do bambú. Que, vai ser
coordenado em uníssono pelos restantes
1 Corta-se o bambú em pedaços de cerca de
membros num balanço rítmico dos pés que
15 a 20 cm coloca-se uma membrana de
vão retinindo ao som dos chocalhos num
uma planta quase que plástica no interior
gesto Estero sexual, há está a dança
para refinar ao som. Devem ser pelo menos
chinveka.
4 a 6 bambús. Este é o instrumento principal
que ao sopro dos lábios, emite uma melodia
sonante tal como a das notas musicais.
22

Fonte: elaborado pelo autor


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1.0.Biografia do artista

Edmundo Cândido conhecido artisticamente como Edkan Kandiya. Nasceu em 1963 na vila de
Inharrime província de Inhambane. Iniciou com ir à pintura artística com apenas 10 anos de vida
num pequeno núcleo escolar da escola Caldas Xavier actual Epc de Inharrime. Em 1975 estudou
em Lourenço Marques onde foi fazer o seminário menor do Cristo Rei. Por conveniência do
curso fez parte do núcleo de artes do seminário passando a pintar algumas obras em cartolina e
aprendendo a tocar alguns instrumentos musicais.

Em 1978 deixou o seminário e migrou para cidade de Tete onde se evidenciou pintando obras de
grandes dirigentes em escolas.

Formado em geologia e minas na especialidade de sondador. Em 1983,abandonou tudo e


ingressou-se na rádio Moçambique na qualidade de locutor jornalista. Em 2000 abraçou projecto
de Cartoon banda desenhada e participou em várias formações desta área artística o que lhe valeu
um prêmio de melhor banda desenhada da África austral, oferecida pela Development Bank Of
Southern África, em 2002. Já produziu três livros em banda desenhada com os títulos, A escada
da morte, Curvas perigosas da prima e Marta, a mulher fantasma este último premiado.

Edkan é um artista completo com o seguinte perfil:

 Desenho a cartoon
 Pintura de telas
 Montagem de mosaicos artísticos
 Músico que toca vários instrumentos, compositor e intérprete
 Pinta publicidade artística
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4.0.Referências bibliográficas
1) MANJATE, Rangel. et all. Educação Visual 11ª Classe. Maputo, texto Editores, 1ª edição,
2010.

2) DUARTE, Ricardo Teixeira. Escultura Maconde. Maputo Núcleo editorial e departamento


de arqueologia e Antropologia da UEM, 1987, p.103.
3) FERREIRA, Felisberto. A Estatuaria Maconde. In: Boletim da sociedade de estudos da
colónia de Moçambique, nº 19, p.19-33.
4) MARGOT, Dias. O Fenómeno da escultura Maconde Chamada ´´Moderna``. Lisboa, J.I.U.
1973. 1949.
5) BOSWELL, J.; STRICLAND, C. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
6) JANSON, H. W. História geral da arte: O mundo antigo e a idade média. 2. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2001.
7) ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
8) ARTIGAS, Vilanova. O Desenho. In: Sobre o Desenho. São Paulo: FAUUSP, 1975
9) STERN, A. Uma nova compreensão da arte infantil. Trad. Lya Freire. Lisboa: Livros
Horizonte, 1974.
10) SANTOS, Arquimedes. Mediações Arte educacionais. Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

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