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Secretaria de Saúde

Secretaria Executiva de Atenção Básica

Retomada das Atividades Eletivas dos Serviços Odontológicos do


Recife

Março, 2021
EXPEDIENTE

Prefeito
João Henrique Andrade de Lima Campos

Vice-Prefeita
Isabella Menezes de Roldão Fiorenzano

Secretária Municipal de Saúde


Luciana Caroline Albuquerque D’ Angelo

Secretária Executiva de Atenção Básica


Juliana Martins Barbosa da Silva Costa

Gerente Geral de Ações Integradas no Território


Débora Mendonça Amaral de Holanda Cavalcanti

Gerente de Políticas Transversais


Renata Morais de Santana

Gerente de Políticas de Ciclo de Vida e Populações Prioritárias


Mariana Troccoli de Carvalho

Gerente de Apoio ao Território


Mariana Farias Gomes

Secretária Executiva de Planejamento, Monitoramento e


Articulação Distrital
Yluska Almeida Coelho dos Reis

Gerente Geral Distrital


Silvana Helena Moreira Dantas

Gerente Geral de Distrito Sanitário I


Mônica Gueiros

Gerente Geral de Distrito Sanitário II


Romero Nogueira

Gerente Geral de Distrito Sanitário III


Lara Hazin

Gerente Geral de Distrito Sanitário IV


Juliana Santiago

Gerente Geral de Distrito Sanitário V


Ana Beatriz Vasconcelos

Gerente Geral de Distrito Sanitário VI


Cristiane Penaforte
Gerente Geral de Distrito Sanitário VII
Renata Guimarães

Gerente Geral de Distrito Sanitário VIII


Claudia Santos

Secretária Executiva de Vigilância em Saúde


Marcella de Brito Abath

Gerente Geral de Articulação e Monitoramento de Vigilância em Saúde


Rosimeiry Santos de Melo

Gerente de Vigilância Epidemiológica


Natália Gonçalves Menezes Barros

Coordenação da Política Municipal de Saúde Bucal


Juliana Couto

Apoios técnicos da Política Municipal de Saúde Bucal


Patrícia Paes Barreto - Atenção especializada
Jorge Antônio - Logística
Bianca Moura - Serviços de Urgências Odontológicas
Geyse Miguel- Apoio logístico almoxarifado

Coordenações Saúde Bucal


Patrícia Carvalho
Ana Cláudia Luna
Giselle Carvalho
Joseane Canto
Roberta Natalie
Sandra Lúcia
Amanda Andrade
Lúcia Andrade
Maria Auxiliadora
Júlio Salgueiro
Ana Cláudia Urquiza

Elaboração
Juliana Couto
Maria Cristina Reis
Maria Cristina Andrade
Italene Viana
Luzete Machado
Mônica Motta Marques
Lílian Caldas
Denise Burgue
Mariana Campinho
Giselle Carvalho
Ana Lúcia Dantas
Edivânia Barbosa
Caroline Brasileiro
Jéssica Andrade
Cléverton da Silva Santos

REVISÃO TÉCNICA
Juliana Couto
Renata Morais
Débora Amaral

REVISÃO FINAL
Juliana Martins
Yluska Reis
Luciana Albuquerque
Sumário

1. Introdução

2. Plano de Retomada Gradual das atividades e serviços odontológicos

3. Reorganização do Processo de Trabalho - Atenção Primária à Saúde (APS)

3.1-Organização da agenda de demanda programada com Estratificação e Priorização por


condição de vida e linhas de cuidado

Instrumentos e estratégias para auxiliar na priorização dos usuários para


atendimentos odontológicos
Priorização por condição de vida e linhas de cuidado
Fluxograma para auxiliar na priorização dos usuários para atendimentos
odontológicos
Rastreamento do câncer de Boca
Preditor de risco para pacientes com HAS e DM

3.2- Organização da agenda de demanda espontânea em saúde bucal

4. Odontologia minimamente invasiva

Estratégias e suas indicações

5. Otimização da consulta odontológica visando maior resolutividade

Registro e planejamento através do e-sus APS


Registro do atendimento odontológico no PEC
Problema ou avaliação detectada referentes a situação odontológica
Intervenção e/ou procedimentos
Odontograma
Procedimentos
Plano de tratamento
Encaminhamentos
Relatórios

6. Teleodontologia aplicada aos cuidados odontológicos da APS

7. Protocolo de Biossegurança

7.1- Orientações para o ambiente clínico – consultório odontológico

7.1.1- Triagem prévia à consulta odontológica


7.1.2- Paramentarão para atendimentos clínicos com procedimentos em cavidade oral.
7.1.3- Precauções durante o atendimento clínico odontológico
7.1.4- Limpeza e descontaminação das superfícies (ASB/TSB)
7.1.5- Esterilização
7.1.6- Desparamentação
7.1.7- Limpeza do ambiente clínico (ASG)

8. Reorganização das atividades de educação em saúde.

9. Referências

10. Anexos
1. Introdução
O coronavírus compreende uma família de vírus do tipo RNA que causa infecções respiratórias.
A doença COVID-19, considerada atualmente uma pandemia, é causada pelo coronavírus SARS-
CoV-2 é responsável por casos de Síndrome Gripal (SG) até a Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG), podendo evoluir para o óbito, com importante impacto na saúde pública.
O SARS-CoV-2 é de alta transmissibilidade entre as pessoas, por meio de gotículas respiratórias,
aerossóis, contato interpessoal e transmissão oro-fecal. E, embora a principal fonte de
transmissão seja os sintomáticos respiratórios, recentes estudos apontam que pacientes
assintomáticos podem ser portadores do coronavírus, tornando o controle do mesmo bastante
desafiador.
No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado na cidade de São Paulo em 26 de
fevereiro de 2020, a partir de um viajante vindo da Itália. No Recife, os primeiros casos foram
confirmados em 12 de março.
Devido às peculiaridades dos procedimentos odontológicos, geradores de inúmeras gotículas,
aerossóis e constante exposição aos materiais biológicos na sua prática clínica, associado ao
fato das medidas de proteção padrão não serem eficazes o suficiente para impedir a
disseminação da COVID-19, o Ministério da Saúde através da Nota Técnica Nº 9/2020-
CGSB/DESF/SAPS/MS, recomendou que fossem mantidos apenas os atendimentos
odontológicos para os casos de urgências e emergências, visando reduzir a probabilidade de
contaminação cruzada. Diante disso, os atendimentos eletivos dos serviços odontológicos
municipais precisaram ser temporariamente suspensos em 17 de março de 2020, conforme
indicação do Ministério da Saúde (MS) e do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco
(CRO-PE).
A pandemia da Covid-19 vem se mostrando um desafio em todos os âmbitos da saúde pública,
exigindo deste setor estratégias rápidas de reorganização dos pontos assistenciais no intuito de
dar respostas assertivas, integradas e direcionadas às novas demandas. Ao longo desse
processo a rede de atenção à saúde bucal foi reorganizada de modo a centralizar o atendimento
de usuários em unidades de referências para atendimento às urgências odontológicas em todo
território, em 20 unidades distribuídas nos oito distritos sanitários do município, sendo três
delas com funcionamento 24 horas.
Para instrumentalizar os profissionais de saúde e a organização dos serviços foi elaborado o
Protocolo de Assistência Odontológica (COVID-19) com o intuito de otimizar o atendimento
odontológico de urgência e emergência no município de Recife, no que tange ao manejo e
controle da infecção COVID-19, orientação clínica e fluxos assistenciais para as equipes da Rede
de Atenção à Saúde Bucal.
Visando reduzir os danos gerados pela suspensão dos serviços eletivos é imprescindível a
retomada gradual e segura dos serviços odontológicos eletivos no município, respeitando as
normas sanitárias e de prevenção da Covid-19 e pautando-se na segurança dos profissionais e
dos usuários dos serviços de saúde, de modo que o acesso aos serviços e a continuidade do
cuidado sejam restabelecidos, bem como, o vínculo com a população e a corresponsabilidade
sejam mantidos.
Esse documento visa nortear a retomada gradual dessas atividades e serviços no município de
Recife.
2. Plano de Retomada Gradual dos Serviços odontológicos

O presente documento tem por objetivo auxiliar as equipes de Saúde Bucal (eSB) da Estratégia
de Saúde da Família (ESF) do município do Recife na organização da demanda para
atendimentos odontológicos no seu território adscrito nesse momento de retomada das
atividades eletivas no contexto da Pandemia da COVID-19, uma vez que, medidas de
biossegurança ainda mais cuidadosas precisarão ser adotadas para que se minimizem os riscos
de contaminação pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) tanto para os pacientes, quanto para as
equipes que estão nas Unidades de Saúde da Família (USF).

Dessa maneira, o planejamento prévio e cuidadoso, embasado na literatura científica e no


princípio da equidade, tem sido imprescindível para que se tenha sucesso no desafio que está
posto para toda a rede de atenção à saúde bucal. Além disso, diante de uma histórica demanda
reprimida que acompanha a odontologia no SUS, torna-se cada vez mais importante otimizar o
acesso aos serviços de saúde bucal, minimizando as iniquidades em saúde.

Compreende-se que cada USF e comunidade são únicas, e, portanto, protocolos são
susceptíveis a adaptações acordo com a realidade de cada eSB e território. Assim, o diálogo
permanente e a construção coletiva om o envolvimento dos profissionais de saúde bucal e com
amplo diálogo com o controle social são imprescindíveis para que a Saúde Bucal do município
do Recife possa oferecer um atendimento com qualidade, humanização, segurança e equidade
para seus usuários.

A partir da publicação deste documento, propõe-se a continuidade dos atendimentos de


urgência e emergência, com um olhar ampliado para as condições em saúde e grupos
prioritários. Nesta primeira fase, as equipes de saúde bucal mantem-se exercendo suas
atividades nas unidades de referência para atendimentos de urgências e emergências
odontológicas distritais e retornam as atividades nas suas unidades de origem, priorizando as
consultas odontológicas de pré-natal, puericultura e das demandas oriundas das condições
crônicas, seguindo as recomendações a as normas concebidas pelos órgãos oficiais. Conforme
novas evidências científicas e situação epidemiológica acerca do COVID-19 forem sendo
atualizadas, ampliamos para a proposta da segunda fase.
1º Fase

 Planejamento Local

-Classificação de risco familiar e individual do território para reorganização da demanda


programada de saúde bucal

-Conscientização da equipe e do território da nova proposta de organização da demanda de


saúde bucal.

 Consultas clínicas eletivas essenciais

-Consultas e acompanhamento das gestantes (pré natal odontológico)

-Consultas e acompanhamento das crianças (puericultura)

- Consultas e acompanhamento das pessoas com necessidades especiais e com condições


crônicas.

-Reavaliações de contra referencias do SISREG.

2ª Fase

● Continuidade de Planejamento Local (Classificação de risco familiar e individual do


território para reorganização da demanda programada de saúde bucal).
● Atendimentos clínicos odontológicos essenciais e ampliados dos grupos prioritários
através do agendamento programado e da demanda espontânea local (10-15% das vagas).
3. Reorganização do Processo de Trabalho - Atenção Primária à Saúde (APS)

3.1 - Organização da agenda de demanda programada de saúde bucal através da


Estratificação e Priorização por condição de vida e linhas de cuidado.

A retomada das atividades em saúde bucal tem encontrado diante do contexto de pandemia
da COVID-19, a retomada das atividades de saúde bucal tem encontrado grandes desafios,
principalmente, em virtude da assistência odontológica apresentar um alto risco para a
disseminação do novo Coronavírus (SARS-CoV-2), pois a elevada carga viral presente nas vias
aéreas superiores dos pacientes infectados, a grande possibilidade de exposição aos materiais
biológicos proporcionada pela geração de gotículas e aerossóis e a proximidade que a prática
necessita entre profissional e paciente (RECIFE, 2020) exigem que cuidados ainda maiores de
biossegurança sejam adotados para que se promovam atendimentos com segurança.
Dessa maneira, observa-se que esses aspectos impactam diretamente na capacidade instalada
dos atendimentos, pois, para que se possa atender às recomendações do Conselho Regional de
Odontologia (CRO-PE, 2020) no que diz respeito às questões relacionadas ao intervalo de tempo
para atendimento entre os pacientes, limpeza dos consultórios, adequações da estrutura física
dos consultórios compartilhados, dentre outros, será necessária uma redução no número de
pacientes atendidos e, consequentemente, no acesso aos usuários.
Portanto, faz-se necessário um reordenamento do núcleo tecnológico do cuidado (BEZERRA;
GOES, 2013), com a adoção de metodologias que permitam enfrentar esses desafios e que
tenham como orientador o preceito legal da equidade. Este preceito está bem estabelecido na
Lei Orgânica da Saúde (BRASIL, 1990) e representa a disponibilização de recursos e serviços em
saúde de forma justa, de acordo com as necessidades de cada um. Além disso, o novo
reordenamento dos serviços de atendimento odontológico irá requerer, entre outras coisas,
que se adote um profundo conhecimento do território onde se vai atuar (área adscrita), para,
assim, identificar como vivem, adoecem e morrem as pessoas (BEZERRA; GOES, 2013; MAFRA;
CHAVES, 2004).
Neste sentido, o planejamento e a gestão tanto das agendas quanto das atividades clínicas têm
valor fundamental no sucesso desta empreitada que implicará em mudanças na produção do
cuidado bem como, na prática dos trabalhadores.
A priorização para atendimento odontológico deverá seguir, de acordo com as Diretrizes da
Política Nacional de Saúde Bucal (BRASIL, 2004), a proposta de atenção por linhas de cuidado,
que prevê o reconhecimento de especificidades próprias da idade, e por condições de vida, que
compreende, dentre outros grupos, as gestantes, os pacientes com hipertensão e/ou
diabetes e os portadores de necessidades especiais.
INSTRUMENTOS E ESTRATÉGIAS PARA AUXILIAR NA PRIORIZAÇÃO DOS USUÁRIOS PARA
ATENDIMENTOS ODONTOLÓGICOS

A organização da demanda por meio da classificação de risco permite aos profissionais de saúde
um melhor conhecimento do território de sua abrangência e, assim, traçar o perfil
epidemiológico dos seus usuários. Essa possibilita também priorizar grupos de risco e pacientes
com maior necessidade de tratamento (CAMPOS, 2013).
Estudos realizados por PERES-NETO et al. (2017), CHEACHIRE et al. (2013), BEZERRA; GOES
(2013), KOBAYASHI (2012), BARABATO et al. (2007), MENEGHIM et al. (2007) e evidenciaram a
estreita relação entre doenças bucais e as condições socioeconômicas de uma população. Do
mesmo modo, foi comprovada a associação entre risco familiar e riscos individuais, ou seja, os
indivíduos mais necessitados de atenção em saúde poderão ser encontrados através de uma
busca ativa das famílias mais vulneráveis socialmente (PERES-NETO et al., 2017).
Sendo assim, as eSB podem utilizar as informações presentes nos cadastros dos usuários do e-
SUS APS e, de posse desses dados, poderão ser auxiliadas por instrumentos disponíveis na
literatura para tentar realizar a classificação de famílias que necessitam de atendimentos
prioritários e, assim, organizar a demanda em saúde bucal, seguindo o preceito legal da
equidade.
Algumas sugestões de instrumentos para a realização dessa classificação são apresentadas a
seguir.

I.ESCALA DE RISCO FAMILIAR DE COELHO & SAVASSI

A Escala de Risco Familiar de Coelho & Savassi consiste em um instrumento de estratificação


de risco familiar, aplicada às famílias adscritas a uma equipe de Saúde da Família (eSF), capaz
de refletir o potencial de adoecimento de cada núcleo familiar. Tal ferramenta de análise do
risco social e de saúde familiar utiliza “Sentinelas de Risco”, selecionadas por sua relevância
epidemiológica, sanitária e pelo potencial de impacto na dinâmica familiar. A partir do
somatório dos escores das sentinelas de cada família, é possível classificá-las em: R1- Risco
menor (escore 5 ou 6); R2- Risco médio (escore 7 ou 8) e R3- Risco máximo (escore maior que
9), conforme pode-se observar no Quadro 1 (SAVASSI; LAGE; COELHO, 2012).

Quadro 1- Classificação de risco familiar proposta por Coelho & Savassi.

DADOS DO CADASTRO ESCORE


Acamado 3
Deficiência física 3
Deficiência mental 3
Baixas condições de saneamento 3
Desnutrição grave 3
Drogadição 2
Desemprego 2
Analfabetismo 1
Menores de 6 meses 1
Maiores de 70 anos 1
Hipertensão arterial 1
Diabetes Mellitus 1
Maior que 1 3
Relação
Igual a 1 2
morador/cômodo
Menor que 1 1
TOTAL ∑ dos pontos
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO FAMILIAR
Baixo risco Escore 5 ou 6
Médio risco Escore de 7 ou 8
Alto risco Escore ≥ 9

Assim, as eSB em que suas respectivas USF estejam em um processo de cadastramento


avançado e cujas informações cadastrais permitam classificar sua população pela escala
proposta por Coelho e Savassi poderão utilizar essa ferramenta para identificar os usuários mais
vulneráveis que fazem parte dos grupos prioritários acima relacionados e que necessitarão de
atendimento odontológico nesse momento de retomada das atividades da saúde bucal durante
a pandemia de COVID-19.

II.ÍNDICE DE NECESSIDADE DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL (INASB)

Caso não seja possível o acesso a todas as informações necessárias para a classificação das
famílias de acordo com a escala de Coelho & Savassi, a eSB poderá utilizar o Índice de
Necessidade de Atenção à Saúde Bucal (INASB). Este foi desenvolvido com o intuito de
classificar as famílias de áreas adscritas à Estratégia de Saúde da Família (ESF), quanto à
indicação daquelas que necessitam de maior atenção à saúde bucal, a partir das informações
sociais: tipo de moradia e escolaridade materna e foi validado por Carnut et al. (2011).
Nos Quadros 2 e 3 a seguir podem ser observadas as variáveis não-clínicas, que devem ser
consideradas para obter o algoritmo do INASB para cada família, permitindo classificá-las em
03 grupos distintos (Alto Risco, Médio Risco e Baixo Risco) (CARNUT et al., 2011).

Quadro 2 - Classificação de risco familiar quanto ao Tipo de Moradia (TM)

o Material reciclado
Alto Risco
o Madeira
Médio o Taipa não revestida
Risco o Taipa revestida

Baixo Risco o Tijolo/Adobe

Fonte: Carnut et al. (2011).


Quadro 3 - Classificação de risco familiar quanto à Escolaridade Materna (EM)

o Analfabeta
Alto Risco
o Alfabetizada
Médio
o Ensino Fundamental I
Risco
o Ensino Fundamental II
Baixo Risco
o Ensino Médio ou mais
Fonte: Carnut et al. (2011).

O INASB é obtido pela combinação do Tipo de Moradia (TM) com a Escolaridade Materna (EM).
A família é classificada como “alto risco” quando uma das condições sociais de maior
vulnerabilidade estiver presente, conforme demonstrado no quadro 4 (CARNUT et al., 2011).

Quadro 4 - Algoritmo de classificação do INASB

Tipo de Escolaridade
Moradia Materna
Alto risco Alto risco
Alto risco Médio risco
INASB alto Alto risco Baixo risco
Médio risco Alto risco
Baixo risco Alto risco
Médio risco Médio risco
INASB
Médio risco Baixo risco
médio
Baixo risco Médio risco
INASB
Baixo risco Baixo risco
baixo
Fonte: Carnut et al. (2011).

III.RELATÓRIO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Estudo realizado por Calvasina et al. (2018) apontou que cerca de 40% das crianças cadastradas
no Programa Bolsa Família (PBF) apresentavam cárie dentária. No entanto, aqueles que
receberam o benefício do PBF por um período de até dois anos tiveram chances menores de
ter cárie dentária do que aqueles que nunca receberam esse auxílio. Portanto, os programas
de saúde pública devem priorizar as crianças beneficiárias do PBF, buscando reduzir as
desigualdades em saúde bucal dessa população, no Brasil, visto que essas e suas respectivas
famílias ao serem contempladas por esse programa são classificadas como socialmente
vulneráveis.
Assim, uma opção para as eSB que não possuem as informações cadastrais necessárias para as
classificações acima propostas é o relatório do Programa Bolsa Família. Utilizar o banco de
dados desse programa para acessar informações sobre diversas variáveis necessárias para o
preenchimento das ferramentas sugeridas anteriormente e, assim, efetuar a classificação de
risco familiar, identificando os indivíduos mais vulneráveis dentro dos grupos prioritários, é
também uma estratégia considerada importante para as eSB organizarem sua demanda.
A priorização para atendimento odontológico utilizando os dados do PBF poderá ser uma opção
para atendimento tanto de crianças, quanto de outros usuários que façam parte dos grupos
citados anteriormente.
PRIORIZAÇÃO POR CONDIÇÃO DE VIDA E LINHAS DE CUIDADO

● Gestantes

A gravidez é uma condição de vida considerada complexa que envolve mudanças tanto físicas
quanto psicológicas que podem impactar na saúde bucal da mulher. Estudo realizado por Shah,
Batra e Qureshi (2017) constatou que a saúde bucal de mulheres gestantes é
consideravelmente mais baixa, comparado com a de puérperas e mulheres não gestantes. Além
disso, também é possível observar associação entre doença periodontal com o baixo peso da
criança ao nascer, bem como com o parto prematuro (PACHECO, et al., 2020).
Dessa maneira, as gestantes deverão ter sua saúde bucal avaliada no momento do início do
pré-natal. Sugere-se que a realização da primeira consulta odontológica seja compartilhada
com o profissional de enfermagem durante a consulta de pré-natal. Assim, a partir desse
primeiro contato, o profissional cirurgião-dentista poderá determinar as consultas de retorno
para conclusão do tratamento de acordo com critérios clínicos e tempo gestacional.

 Portadores de Necessidades Especiais (PNE)

Para efeito do atendimento em odontologia, o Ministério da Saúde conceitua o paciente com


necessidades especiais como aquele que apresenta “uma ou mais limitações, temporárias ou
permanentes, de ordem mental, física, sensorial, emocional, de crescimento ou médica, que o
impeça de ser submetido a uma situação odontológica convencional” (BRASIL, 2008 p. 67). No
entanto, para organização da demanda, nesse momento de retomada dos atendimentos
odontológicos eletivos, as necessidades especiais a serem consideradas dentro desse grupo
serão as deficiências: auditiva, visual, intelectual, física e as síndromes.
É necessário que a priorização do atendimento odontológico leve em consideração esse público
que, historicamente, sofre com situações de negligência por dificuldades em acessar os serviços
de saúde. Assim, a criação de fluxos que impliquem em ações resolutivas das eSB, centradas no
acolher, informar, atender e encaminhar para os serviços de referência, quando não for
possível a realização do atendimento na USF, se faz imprescindível (FREIRE, 2011).

● Pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)

É possível observar na literatura evidências que apontam a relação bidirecional entre HAS e DM
com a saúde bucal. Alguns exemplos de manifestações orais podem ser apontados, tais como:
a ocorrência de perdas de inserção periodontal mais severas, hipossalivação, alterações na
microbiota, dificuldades cicatriciais, abcessos, hiperplasias, pólipos, queilose e fissuras
associados à fisiopatologia das doenças ou a seu tratamento medicamentoso (OLIVEIRA et al.,
2018). Dessa forma, a comprovada associação de tais comorbidades com as condições de saúde
bucal faz desta população um grupo prioritário na organização da demanda para o atendimento
odontológico.
● Crianças de 0 a 5 anos de idade

De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (BRASIL, 2004), é de extrema
importância a organização do ingresso de crianças deste grupo etário nos atendimentos
odontológicos e este acesso poderá ser realizado aproveitando as consultas clínicas, as
campanhas de vacinação e as atividades em espaços sociais, por exemplo.
Assim, a puericultura, compartilhada com a equipe de enfermagem, será um momento
oportuno para se realizar atividades de promoção à saúde e prevenção de agravos, com
consequente diminuição das necessidades futuras de tratamentos. Investir nesta abordagem é
possibilitar uma melhora no quadro epidemiológico a médio e longo prazo.
Além disso, é importante que o acesso aos serviços assistenciais em saúde bucal seja priorizado
para crianças de 0 a 5 anos com necessidades curativas, a fim de interromper o processo de
adoecimento, visto que, a saúde bucal na dentição decídua é um importante preditor da saúde
da dentição permanente (SKEIE et al., 2006), sendo assim, evidente a necessidade de se realizar
intervenções oportunas.
FLUXOGRAMAS PARA AUXILIAR NA PRIORIZAÇÃO DOS USUÁRIOS PARA ATENDIMENTOS
ODONTOLÓGICOS

▪ Gestantes

▪ Pacientes com HAS e/ou DM


▪ Portadores de Necessidades Especiais (PNE)

▪ Crianças de 0 a 5 anos de idade


RASTREAMENTO DO CÂNCER DE BOCA

A terminologia câncer de boca inclui cânceres da mucosa labial, língua, gengiva, assoalho da
boca, palato e boca (SANKARANARAYANAN et al., 2015).
O câncer de boca é um relevante problema de saúde pública, considerando-se as altas taxas de
incidência, morbidade e mortalidade (FREIRE et al., 2017). No Brasil, em 2017, ocorreram 4.923
óbitos por câncer da cavidade oral em homens e 1.372 óbitos em mulheres (INCA, 2014).
No país, estima-se, para cada ano do triênio 2020-2022, 11.180 novos casos de câncer da
cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres. Tais valores correspondem a um risco estimado
de 10,69 casos novos/100 mil homens (5ª posição mais frequente entre todos os tipos de
câncer) e 3,71 casos novos/100 mil mulheres (13ª mais frequente) (INCA, 2019). No Nordeste,
sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer da cavidade oral é o quinto mais
frequente, com 7,65 novos casos/100 mil homens, sendo mais comum neste gênero e acima
dos 40 anos (INCA, 2019).
São considerados fatores de risco para o câncer de boca o tabagismo, o etilismo (AMERICAN
CANCER SOCIETY, 2019; INCA, 2019), a exposição solar sem proteção, o excesso de gordura
corporal, a infecção pelo HPV e fatores relacionados à exposição ocupacional (INCA, 2019).
Contudo, deve-se destacar que o risco de câncer de boca é 30 vezes maior entre os indivíduos
que fumam e bebem do que para aquelas pessoas que não o fazem (INCA, 2019).
A maioria dos casos de câncer de boca são diagnosticados em estágio avançado, ocasionando
altas taxas de morbimortalidade (GÓMEZ et al., 2010; GÜNERI; EPSTEIN, 2014). O rastreamento
do câncer de boca na população de alto risco, como pessoas acima de 40 anos, tabagistas e
alcoolistas mostra-se de extrema importância para a redução da mortalidade e melhoria das
taxas de sobrevivência (BROCKLEHURST et al., 2013).
Portanto, sendo a detecção precoce e a intervenção sobre os fatores de risco essenciais para o
controle do câncer bucal, propõe-se neste protocolo o rastreamento desta patologia, dentre os
componentes familiares, a partir de um instrumento específico para essa finalidade. (Apêndice
1).

PREDITOR DE RISCO PARA PACIENTES COM HAS E/OU DM

Para organização da demanda dos pacientes com essas comorbidades, após realizarem a
Classificação de Risco Familiar orientada pelos instrumentos descritos anteriormente, as eSB
também poderão ser auxiliadas por um instrumento piloto construído com perguntas que irão
investigar a presença de fatores de riscos modificáveis, como: tabagismo, etilismo,
sedentarismo e alimentação inadequada; fatores de risco não modificáveis, como
predisposição genética (PASSOS-SOARES; FALCÃO, 2015), além da presença, ou não, de fatores
que possam impactar no cuidado de cada paciente que apresenta essas Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT).
O instrumento foi denominado Preditor de Risco para pacientes com HAS e/ou DM (Apêndice
2) e poderá ser mais uma ferramenta que auxiliará no estabelecimento de critérios de
priorização para uma avaliação presencial/consulta na USF dos usuários desse grupo. Tal
ferramenta foi construída nas versões impressa e digital para ser utilizada de acordo com a
conveniência da eSB e deverá ser respondida através do telemonitoramento.
3.2 - Organização Da Agenda De Demanda Espontânea Em Saúde Bucal

A demanda espontânea surge a partir da percepção individual ou familiar da necessidade de


atendimento pelos serviços de saúde. Apesar de a demanda programada, pautada em ações
preventivas, ser um importante serviço para a APS, a Estratégia de Saúde da Família precisa
estar atenta à demanda espontânea e não deve ignorá-la, organizando, assim, suas atividades
de modo a superar os problemas prioritários de saúde/doença da população (MENDES, 2017).
Observa-se que, na maioria das vezes, o atendimento das demandas espontâneas ainda é
realizado por ordem de chegada, sendo esse, um problema organizacional, pois não são
estabelecidos critérios clínicos de classificação das necessidades dos usuários, ferindo, assim, o
princípio da equidade (OSANAN, 2019).
Dessa maneira, é necessário entender e classificar, dentro da demanda espontânea, o que é
urgente e o que não é, bem como o que pode ser programado para atendimento em outro
momento. Acolher e classificar a ordem de atendimento, baseando-se no risco que o usuário
apresenta, torna o serviço mais humanizado, eficiente e com maior capacidade de resposta às
demandas daqueles que procuram os serviços (OSANAN, 2019).
Assim, como sugestão para melhor organização desse fluxo, sugere-se a utilização de um
instrumento (Quadro 5) criado e validado por Osanan (2019) o qual, por meio de um fluxograma
com perguntas sobre os sinais e sintomas apresentados pelos usuários da demanda espontânea
da APS (Fig. 01) e mensuração da dor através da Escala da Dor (Figs. 02 e 03), possibilita
classificar, por ordem de gravidade, as demandas da urgência na APS em saúde bucal. Esse
instrumento, também é fundamentado no conceito de acolhimento com avaliação e
classificação de risco, considerando o Sistema de Triagem de Manchester (STM).

Quadro 5 - Classificação dos agravos odontológicos baseada na classificação de cores do STM e


CID 10

COR CLASSIFICAÇÃO TEMPO DE ORIGEM DESCRIÇÃO DO AGRAVO CID 10


ATENDIMENTO

Vermelho Emergente Imediato Complicações de infecções Angina de Ludwing K12.2


odontogênicas
Complicações de acidentes/ Urgência Hemorrágica R58
traumas
Acidentes e traumas Avulsão até 15 min da ocorrência K08.1
Laranja Muito urgente 10 min Acidentes e traumas Avulsão de 15 a 60 min em meio de K08.1
armazenamento apropriado
Amarelo Urgente 60 min Quadros agudos de origem Pulpite irreversível sintomática K04.2
endodôntica Abscesso periapical sem fístula K04.7
Periodontite Apical aguda K04.4
Quadros agudos de origem Pericoronarite K05.22
periodontal Abscesso Periodontal K05.2
Acidentes e traumas Avulsão K08.1
Urgências da mucosa (lesões K13
traumáticas, queimaduras)
Fraturas coronárias com S02.5
comprometimento pulpar
Articulação Têmporo- Luxação da Articulação Têmporo S03.0
Mandibular Mandibular
Complicação pós cirúrgica Alveolite K10.3
Pouco Urgente 240 min Quadros de origem Doença periodontal necrosante K05.4
periodontal
Verde Acidentes e traumas Luxação extrusiva K05.22
Luxação lateral S03.2
Luxação intrusiva S03.2
Subluxação S03.2
Fratura Radicular S02.5
Fratura Coronoradicular S02.5
Fraturas sem exposição pulpar B00
Quadros infecciosos Infecção de origem fúngica B37
Infecção de origem viral S02.5
Articulação têmporo Dor, disfunção da ATM K07.6
mandibular
Azul Não Urgente Programada Quadros associados a Cárie K02
processos dentários Pulpite Reversível K04.00
Hipersensibilidade dentinária K03.8

Fonte: Osanan, 2019

Fig. 01. Fluxograma da dor proposto por Osanan (2019)

Fig.02. Escala de dor – Régua adulta (MACKWAY-JONES; MARSDEN; WINDLE, 2018 apud
OSANAN, 2019)

Fig.03. Escala de dor – Régua pediátrica (MACKWAY-JONES; MARSDEN; WINDLE, 2018 apud
OSANAN, 2019)
Vale destacar que, o propósito de utilizar ferramentas que promovam a classificação de risco
dos usuários que procuram os serviços de saúde bucal com demandas espontâneas não é julgar
se os mesmos deveriam ou não estar num serviço de urgência, mas assegurar àqueles que
precisam de cuidados, que esse seja realizado de forma rápida e adequada e até mesmo
apontar a necessidade de mudança na gestão e organização dos serviços. Além disso, é preciso
refletir que a demanda programada pode ser comprometida pelo volume da demanda
espontânea, visto que, demandas programadas e espontâneas não são independentes e a
organização de ambas não deve ocorrer separadamente (OSANAN, 2019).
4.- Odontologia minimamente invasiva

Considerando que o SARS-CoV-2 foi recentemente identificado na saliva de pacientes infectados, o


surto da COVID-19 é um lembrete de que os Cirurgiões-Dentistas devam se preocupar na
disseminação de doenças infecciosas respiratórias, principalmente referente a formação de
aerossóis durante o atendimento odontológico (FRANCO; CAMARGO; PERES, 2020; VAN
DOREMALEN, et al., 2020).
Diante desta condição de maior transmissibilidade através dos aerossóis, as agendas profissionais
devem ser reorganizadas para priorização de consultas mais extensas, com maior resolutividade e
menor exposição.
Este é o momento em que os procedimentos não invasivos, micro e minimamente invasivos
adquirem importância renovada. Tais procedimentos têm em comum o fato de se fundamentarem
nos conceitos mais modernos para tratamento da doença cárie com abordagem conservadora e
biológica, têm comprovada eficácia no controle da doença e, o que é muito importante para o
momento em que vivemos, não necessitarem do uso de alta rotação ou seringa tríplice (ambos
agentes geradores de bioaerossóis) (ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA,
2020).
É importante salientar que, independentemente do plano de tratamento adotado dentro dos
procedimentos sugeridos, todo paciente precisa estar inserido dentro de um programa de motivação
e educação, visando a desorganização sistemática do biofilme por meio da escovação dentária com
dentifrício fluoretado e a adoção de uma dieta pobre em sacarose. Este também é o protocolo
indicado para o acompanhamento de lesões inativas em esmalte e dentina (ASOCIACIÓN
LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).

● ESTRATÉGIAS E SUAS INDICAÇÕES

-Escovação dental supervisionada

É uma alternativa não invasiva para tratamento da doença cárie. Neste protocolo, entende-se por
escovação dental supervisionada o ato de um cuidador executar a escovação dental (crianças de 0 a
6 anos) ou de um cuidador supervisionar a criança executando a escovação (crianças de 7 – 12 anos).
A supervisão da escovação, indiretamente, contribui para o aprendizado da criança e estimula a
adoção do hábito. A ideia fundamental do processo é garantir que a criança seja exposta diariamente
ao fluoreto presente no dentifrício e promova a desorganização sistemática do biofilme. O uso do
fio dental também deve ser estimulado (ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA,
2020).
A utilização das salas de escovação/escovódromo, neste momento, deve ser evitada devido ao risco
de contaminação (PIRES; FONTANELLA (org.), 2020). Assim sendo, em tempos de pandemia, o
telemonitoramento pode ser uma importante ferramenta na orientação da escovação dental.
❖ Verniz Fluoretado

O verniz fluoretado é um fluoreto tópico concentrado, normalmente contendo 5% de fluoreto de


sódio (NaF) em uma base sintética ou resinosa. O verniz, quando aplicado sobre os dentes, fornece
uma dose altamente concentrada de fluoreto e mantém um contato prolongado com a superfície. É
importante salientar que o objetivo da aplicação tópica de verniz fluoretado é tratar as superfícies
do esmalte dentário de tal forma que, o produto haja prevenindo o aparecimento, estacionando as
lesões e auxiliando os processos de remineralização (CARVALHO et al.,2010). Sua indicação inclui
lesões iniciais ativas e lesões moderadas em esmalte. Seu uso em molares permanentes em erupção
também está indicado para prevenir a desmineralização, com duas aplicações anuais (ASOCIACIÓN
LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).

❖ Solução cariostática de diamino fluoreto de prata

O diamino fluoreto de prata é um composto químico (Ag(NH3)2F) que contém em sua formulação
principal íons prata e o fluoreto (KAWANO, 2017). A indicação clínica característica envolve o
paciente que apresenta múltiplas lesões de cárie ativa em esmalte e dentina, associadas a hábitos
inadequados de higiene e dieta ou comportamento negativo frente ao tratamento odontológico
(ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020). Apresenta efeito antibacteriano,
sendo indicado para prevenção e inibição de cárie em crianças. É uma alternativa viável em molares
em erupção, podendo ser usado em fossas e fissuras. Seu efeito na paralização de lesões de cárie
em esmalte e em dentina também tem sido observado (IMPARATO, et al., 2013).

o Mecanismo de ação do diamino fluoreto de prata

Sua efetividade é comprovada por estudos laboratoriais in vitro, que demonstram os efeitos do
diamino fluoreto de prata na superfície mineralizada (formação de fluorapatita), na composição
orgânica da dentina (redução da degradação do colágeno) e na superfície bacteriana (morte celular
e redução da formação do biofilme maduro) (KAWANO, 2017).

o Efeitos do diamino fluoreto de prata na superfície dental mineralizada

O diamino fluoreto de prata, quando em contato com a superfície dental cariada, reage com a
hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2) do esmalte e da dentina. Esse processo ocorre em ambiente
básico e culmina na formação de produtos como fluoreto de cálcio, fosfato de prata e amoníaco
monohidratado. O fluoreto de cálcio, produto da reação anterior, em ambiente ácido é dissociado
em íons cálcio e flúor. Por fim, a hidroxiapatita presente no esmalte e dentina dental liga-se aos íons
flúor disponíveis e formam a fluorapatita (Ca10(PO4)6F2) (KAWANO, 2017).

o Efeitos do diamino fluoreto de prata na superfície orgânica da dentina

Há inibição da degradação da matriz de colágeno pela ação do diamino fluoreto de prata. A dentina
é composta por 10% de água, 20% de matriz orgânica e os outros 70% de mineral. Destes, a matriz
orgânica equivale a 90% de colágeno do tipo I e os outros 10% equivalem à matriz de origem não
colagênica. As metaloproteinases presentes na saliva e na matriz orgânica da dentina, são ativadas
em meio ácido na dentina cariada. A concentração de 38% reduz de forma significativa a degradação
do colágeno pelas metaloproteinases (MMPs) quando comparada com as concentrações de 30 e
12% (KAWANO, 2017).

o Efeitos do diamino fluoreto de prata na superfície bacteriana

O fosfato de prata (Ag3PO4), produto da reação do diamino fluoreto de prata com a hidroxiapatita,
reage com os grupamentos de amino dos aminoácidos bacterianos e nos grupos de tiol dos ácidos
nucléicos bacterianos para formar aminoácidos e ácidos nucléicos de prata. Após a reação da prata
com o DNA bacteriano (ácido nucléico) e com as proteínas (aminoácidos), ocorre uma modificação
no metabolismo bacteriano que culmina na inibição da replicação do DNA bacteriano, da respiração
celular procariótica, da síntese da parede celular e da divisão celular bacteriana. Dessa forma, ocorre
um processo de morte celular das bactérias cariogênicas, além da inibição da formação do biofilme
(KAWANO, 2017).

o Algumas considerações sobre o diamino fluoreto de prata

Quando o diamino fluoreto de prata é usado para paralisar lesões de cárie em dentes decíduos, ele
também fornece um benefício anticárie para toda a dentição; isto é, aplicações de diamino
diminuem em 77% o desenvolvimento de novas cáries em crianças tratadas em comparação com
crianças não tratadas (OLIVEIRA, et al., 2019).
A alergia à prata é uma contraindicação absoluta. As contraindicações relativas incluem qualquer
gengivite descamativa significativa ou mucosite que rompe a barreira protetora formada pelo
epitélio, uma maior cautela no revestimento ou proteção gengival são suficientes. Recomenda-se o
uso de um consentimento informado detalhado para transmitir completamente os benefícios e as
limitações dessa terapia (HORST; ELLENIKIOTIS, MILGROM, 2016).
O escurecimento ocasionado pela aplicação do produto, se dá porque o fosfato de prata, um produto
da reação do diamino fluoreto de prata com a hidroxiapatita, é um sal insolúvel que fica depositado
sobre a lesão. Esse cristal, quando exposto à luz, assume uma coloração escura (IMPARATO, et al.,
2013)

❖ Selantes Ionoméricos

Indicados para selamento de fóssulas e fissuras os selante ionoméricos são sempre a primeira
escolha em condições onde o controle da umidade é difícil, como por exemplo, em molares em
erupção. Podem ser utilizados no tratamento de lesões cariosas ativas não cavitadas (ASOCIACIÓN
LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020). Destaca-se que, mesmo parcialmente retidos na
superfície dentária, os selantes a base de cimento ionômero de vidro promovem a prevenção da
cárie. Além disso, o flúor liberado pelo cimento pode agir não só na resistência da estrutura dental,
mas também controlando o crescimento do S. mutans. Soma-se ainda, a capacidade do material de
auxiliar na diminuição do acúmulo do biofilme (BAGHERIAN, et al., 2018).
❖ Remoção Seletiva de Tecido Cariado

O processo de remoção seletiva do tecido cariado se baseia na remoção da dentina mais amolecida,
que oferece pouca resistência à colher de dentina, mantendo-se na cavidade a dentina mais
consistente. Em cavidades muito profundas, dentina amolecida pode ser mantida na parede pulpar
(ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).
A dentina infectada possui uma consistência amolecida/umedecida e alta concentração de bactérias,
não podendo ser reparada devido à desnaturação irreversível das fibras de colágeno. A dentina
afetada é semelhante à dentina sadia, possuindo dentina peritubular densa e mineralizada, poucas
bactérias, e é passível de remineralização (PEREIRA; FREITAS; MENDONÇA, 2013).
Independentemente da profundidade da cavidade, para garantir o selamento adequado da
cavidade, as paredes circundantes e o bordo cavosuperficial da cavidade devem estar livres de tecido
cariado (ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).

❖ Tratamento Restaurador Atraumático

A técnica de restauração atraumática (TRA) é recomendada pela Organização Mundial de Saúde


(OMS) e pela Federação Dentária Internacional (FDI), por ser uma técnica para tratamento da cárie
minimamente invasiva, de baixo custo, que prescindi de equipamentos odontológicos e pode ser
usada amplamente com finalidades curativas e preventivas de âmbito individual e coletivo
(NAVARRO, et al., 2015).
Por ser uma técnica simplificada e rápida, geralmente a equipe consegue restaurar vários elementos,
reduzindo o número de retornos até a alta do paciente (MONNERAT, et al., 2013).
A indicação das restaurações de ART são: dentes com lesões cariosas envolvendo dentina cuja
abertura cavitária possa permitir a introdução do menor escavador e a escavação da dentina cariada
e que demonstrem ausência de envolvimento pulpar determinado pela presença de sintomatologia
dolorosa, abscesso, fístula ou mobilidade (NAVARRO, et al., 2015).

● ESTRATÉGIAS E PROTOCOLOS CLÍNICOS

Estratégia Protocolo clínico

Escovação dental Escovação dos dentes com pasta fluoretada (mínimo de


supervisionada 1000ppm)
Quantidade de pasta adequada para a idade: até 3 anos - grão de
arroz; de 3 a 6 - grão de ervilha
Realizada duas vezes ao dia Complementação com o uso do fio
dental é fundamental (ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE
ODONTOPEDIATRÍA, 2020).
Verniz Fluoretado Escovação dentária para remoção do biofilme
Isolamento relativo do campo operatório
Aplicação do verniz fluoretado com aplicadores descartáveis (em
superfícies proximais, o verniz pode ser aplicado com a ajuda de
fio dental)
Remoção do isolamento relativo após + 1 minuto
Instrução para o paciente não escovar os dentes por 4 horas após
a aplicação (ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE
ODONTOPEDIATRÍA, 2020).
Sugere-se três aplicações tópicas de flúor, 1 por semana
(IMPARATO, et al., 2017).
Solução Cariostática de Profilaxia dentária: remoção do biofilme dental da superfície que
diamino fluoreto de prata receberá o DFP com escova de dentes ou pensos de algodão
umedecidos em água;
Proteção de tecidos moles (face, lábios, mucosas) com vaselina,
para evitar a pigmentação das mucosas ou lesões em tecidos
moles ou isolamento absoluto;
Isolamento relativo do campo operatório com roletes de algodão;
Agitação do frasco para homogeneização da solução;
Colocação de uma gota da solução em um pote Dappen de vidro
(1 gota é o suficiente para aplicação em 5-6 cavidades);
Secagem do dente com bolinhas de algodão secas;
Aplicação do DFP com aplicador descartável ou penso de algodão
na cavidade de forma ativa, de 1 a 4 minutos de acordo com o
fabricante;
Lavar
Remoção do isolamento relativo (ASOCIACIÓN
LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).
Tratamento de Choque: 1 aplicação semanal durante 4 semanas
Tratamento de Manutenção: 1 aplicação a cada 6 ou 12 meses
(KAWANO, 2017).
Selante Ionomérico Limpeza do dente (escovação dentária ou bolinhas de algodão
umidecidas em água)
Isolamento relativo do campo operatório
Secagem da superfície com bolinhas de algodão secas
Inserção do CIV de alta viscosidade: manipulado segundo as
instruções do fabricante e inserido enquanto apresenta superfície
brilhante
Pressão digital (finger printing): dedo indicador enluvado e
vaselinado faz pressão na superfície do dente para garantir que o
CIV penetre em todas as fissuras
Ajuste oclusal se necessário
Proteção com vaselina sólida (ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA
DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).
Remoção químico- Profilaxia e isolamento relativo da região.
mecânica da cárie com o Aplicação do gel na cavidade por 40 segundos
gel à base de papaína Remoção do tecido infectado com o auxílio de curetas.
Reaplicação do gel e remoção do restante do tecido infectado.
Lavagem e secagem da cavidade.
Observação do aspecto vítreo.
Restaurações com cimento de ionômero de vidro.
Checagem da oclusão, acabamento e polimento (TEITELBAUM, et
al., 2009).
Remoção Seletiva de Anestesia local
Tecido Cariado Isolamento absoluto
Remoção de tecido cariado com colheres de dentina
Remoção total de tecido cariado nas paredes circundantes e
bordo cavo-superficial
Restauração de dente com cimento de ionômero de vidro
Remoção do isolamento absoluto (ASOCIACIÓN
LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).
Tratamento Restaurador Limpeza do dente: bolinhas de algodão umidecidas em água ou
Atraumático escovação dentária
Preparo cavitário com remoção seletiva do tecido cariado. Se
necessário ampliar a abertura da cavidade: instrumentos
cortantes manuais (machados ou openner)
Isolamento relativo do campo operatório
Condicionamento da cavidade com ácido poliacrílico (10 a 15 s)
Lavagem e secagem da cavidade com bolinhas de algodão secas
Inserção do CIV de alta viscosidade: manipulado segundo as
instruções do fabricante e inserido enquanto apresenta superfície
brilhante
Pressão digital (finger printing): dedo indicador enluvado e
vaselinado faz pressão na restauração(40s), aproveitando para
levar o cimento de ionômero de vidro para as fóssulas e fissuras
adjacentes
Ajuste oclusal se necessário
Proteção do cimento de ionômero de vidro com vaselina sólida
(ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE ODONTOPEDIATRÍA, 2020).
5. - Otimização da consulta odontológica visando maior resolutividade

● REGISTRO E PLANEJAMENTO ATRAVÉS DO E-SUS APS

O e-SUS APS é uma estratégia do Departamento de Atenção Primária à Saúde (DAPS)) para
reestruturar as informações da Atenção Primária à Saúde (APS) em nível nacional. Esta ação está
alinhada à proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) do
Ministério da Saúde. Desse modo, foi instituído o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção
Básica (SISAB) por meio da Portaria GM/MS Nº 1.412 de 10 de julho de 2013 entendendo que a
qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à
população.
Dentro desse contexto, o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) consiste em um sistema de
prontuário eletrônico tendo como principal objetivo apoiar o processo de informatização das
Unidades Básicas de Saúde (UBS). O PEC, além de funcionar como prontuário médico para registro
do atendimento individual de cada paciente, também organiza a demanda da unidade e gerencia a
agenda dos profissionais, assim como notifica procedimentos realizados ao Sistema de Informação
Ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS) (BRASIL, 2019).
O registro das informações no sistema e-SUS APS possui valor de uso significativo que orienta o
cuidado em saúde e gera subsídios para a gestão no que se refere ao monitoramento da produção
e do planejamento das ações em saúde sendo, portanto, fundamental para a tomada de decisão
(BRASIL, 2014).
A prática odontológica deve estar atrelada ao bom uso do prontuário odontológico, que é um
documento clínico, cirúrgico, odontolegal e de saúde pública. Devido a sua importância, o
preenchimento correto do prontuário não deve ser negligenciado, pois o mesmo pode ser utilizado
com finalidade jurídica ou pericial. Os prontuários odontológicos são importantes nos processos de
identificação humana, por exemplo, uma vez que o cirurgião-dentista tem o dever de preenchê-lo e
atualizá-lo como prevê o Código de Ética Odontológica (SANTOS; CARVALHO, 2014).
Um prontuário odontológico contém todas as informações necessárias para que o profissional possa
realizar um trabalho eficaz e de qualidade, tornando-se uma ferramenta essencial para o cirurgião-
dentista. Dessa forma, pode-se realizar uma avaliação diária do tratamento proposto, analisando a
evolução e as condições gerais do paciente. Diversos estudiosos e pesquisadores conceituados já
demonstraram que o prontuário é indispensável (SANTOS; CARVALHO, 2014).
Além das informações obtidas no prontuário, as unidades de saúde podem coletar outros dados
através de planilhas, tabelas e vigilância nas nuvens para subsidiar o seu processo de trabalho de
forma a complementar os registros contidos no prontuário.
A fim de otimizar o tempo de consulta na Atenção Primária, tendo em vista a retomada dos
atendimentos odontológicos eletivos, o correto preenchimento do PEC torna-se imprescindível. O
cirurgião-dentista deve lançar mão dessa ferramenta para facilitar a organização da demanda
agendada (programada) e estimar o tempo necessário para o atendimento do paciente.
● REGISTRO DO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NO PEC

É por meio deste instrumento que o profissional de saúde bucal poderá efetuar o registro
clínico do atendimento odontológico. As funcionalidades do prontuário estão organizadas com base
no método de Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP), que utiliza os dados cadastrais, a
lista de problemas, as notas de evolução clínica e as fichas de acompanhamento para registro e
recuperação das informações clínicas dos pacientes.
Nele, o método SOAP, usado para organizar as notas de evolução no atendimento ao cidadão, é uma
forma prática e padronizada de registro, organizada em quatro itens sequenciais titulados pela
primeira letra de cada item, resumidamente como segue:

o S (subjetivo) onde é registrado o que é o relato do paciente, se possível da forma como foi
referido.
o O (objetivo) anotam-se os achados da observação do profissional de saúde, do exame físico
e dos exames laboratoriais.
o A (avaliação) é o juízo que o profissional de saúde estabelece à luz das queixas, dos achados
e do raciocínio clínico. É o espaço das especulações, inferências e conclusões.
o P (plano) é o item em que é anotada a conduta, seja solicitando exames, recomendando
medicamento ou aconselhamento.
Cada um desses itens desenvolve o problema contido e indexado na lista de problema,
estabelecendo um vínculo que facilita a localização, nas várias vezes em que um problema é
conduzido.

235607840. LISTA DE PROBLEMAS E CONDIÇÕES (ANAMNESE)

A anamnese constitui-se de um espaço de grande relevância da clínica pois tem como


finalidade dar início ao diagnóstico seguro e ao correto tratamento de um agravo por meio da
formação da história do usuário e de sua doença/queixa (BARROS; BOTAZZO, 2011). É necessário
conter a identificação e qualificação do paciente bem como queixa principal ou motivo da consulta,
suas expectativas, evolução da doença atual, com descrição de todas as informações possíveis, e a
história médica e odontológica, com informações passadas e atuais (PARANHOS et al., 2007).
Deve-se registrar as principais condições que interferem no atendimento odontológico a fim de guiar
a consulta proporcionando maior segurança no atendimento. A cada consulta esta listagem é
visualizada orientando de forma prática e segura o atendimento.
A folha de rosto, aproveitando as potencialidades do processo de informatização, trouxe uma
composição de blocos de informação, similar a um sumário clínico do cidadão, estendendo a ideia
original da lista de problemas principal com o bloco de últimos contatos, a lista de alergias e reações
adversas e a lista de medicamentos ativos (em uso). Cabe destacar que essa lista é alimentada e
atualizada por todos os profissionais da equipe de nível superior, norteando assim o atendimento
em prol do paciente.
Faz-se importante destacar que para as condições ou problemas identificados, deve-se acrescentar
nas observações, se for o caso, que a informação baseou-se na anamnese do paciente, uma vez que
o cirurgião-dentista não é responsável direto pelo diagnóstico clínico dessas condições. Além disso,
sugere-se consultar a medicação usada no histórico de prescrição e listar os medicamentos não
registrados no campo de observações da lista de problemas.
Problemas ou condições de ordem odontológica (CID e CIAP2) deverão também constar na lista de
problemas para que possam ser visualizados em resumo e todos os demais profissionais da equipe
tenham ciência. Deste modo, cada patologia oral existente deverá ser acrescentada na lista.
Seguem exemplos para o registro do código de algumas condições / problemas:

Condição ou Problema Código Descrição


Pacientes Com Necessidade Q90 Síndrome De Down
Especial

F840 Autismo Infantil


Diabetes Mellitus E10 Diabetes Mellitus Não Insulino-
Dependente
E11 Diabetes Mellitus Insulino-Dependente
Hipertensão Arterial I 10 Hipertensão Essencial (Primária)
Gravidez* W78 Gravidez confirmada
*A proporção de gestantes que passaram por atendimento odontológico é um dos indicadores para
o ano de 2020, segundo a Portaria nº 3.222, de 10 de dezembro de 2019 (BRASIL, 2019), que
determina as ações estratégicas e os indicadores do ano de 2020.

● PROBLEMA OU AVALIAÇÃO DETECTADA REFERENTES A SITUAÇÃO ODONTOLÓGICA

O sistema de Classificação Internacional de Atenção Primária - Segunda Edição (CIAP2), adotada pelo
Brasil, é uma ferramenta adequada à Atenção Básica (AB) que permite classificar questões
relacionadas às pessoas e não às doenças. Permite classificar não só os problemas diagnosticados
pelos profissionais de saúde, mas os motivos da consulta e as respostas propostas pela equipe
seguindo o método SOAP. Essa classificação pode ser utilizada por todos os profissionais de saúde.
Os problemas ou condições detectadas/avaliadas na consulta odontológica devem ser registrados
na parte de avaliação. O registro pode ser realizado usando campo aberto e/ou por meio de
codificação dos problemas avaliados, usando a Classificação Internacional Atenção Primária (CIAP2)
ou a Classificação Internacional de Doenças (CID10), além de algumas notas.
A CIAP2 evidencia os motivos de procura do cidadão (sofrimento ou enfermidade) ao serviço de
saúde, mesmo que não sejam doenças objetivamente evidenciadas por qualquer tipo de exame
(clínico, sangue ou imagem). Permite conhecer melhor a demanda dos pacientes. Potencializa a
prevenção quaternária como concebida por Marc Jamouille, visando evitar intervenções
inadequadas. Permite qualificar a prática profissional, potencializando o planejamento das ações nas
unidades de saúde, como também na programação das atividades de educação permanente.
Favorece que o cuidado ao paciente seja assumido de forma multiprofissional pela equipe de saúde.
No registro odontológico, o uso da CIAP2, no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) se dará em 3
itens: 1) motivo de consulta na escuta inicial (subjetivo), 2) problema e/ou condição detectada
(avaliação) e 3) intervenção e/ou procedimentos clínicos (plano) durante o atendimento. Com o
objetivo de auxiliar os profissionais durante as consultas odontológicas, os códigos mais usados pelos
cirurgiões-dentistas encontram-se listados na Tabela CIAP2 (ANEXO1) (RIO GRANDE DO SUL, 2019).

● INTERVENÇÃO E/OU PROCEDIMENTOS

Este bloco se destina ao registro de procedimentos realizados durante a consulta que não são
específicos do processo de cuidado odontológico. Os procedimentos específicos do atendimento
odontológico devem ser registrados nas Evoluções Odontológicas, pois permite a vinculação do
procedimento ao elemento dentário (BRASIL, 2019).

o Odontograma

Quando for o primeiro atendimento ao usuário, o cirurgião-dentista deverá realizar avaliação clínica
e registrar no odontograma as condições encontradas em cada elemento dentário. Dessa forma, é
importante destacar que é a partir do odontograma que será elaborado o plano preventivo-
terapêutico de cada usuário. Essa primeira avaliação ficará salva e será registrada automaticamente
pelo sistema como 1ª consulta odontológica programática. Sendo assim, os futuros atendimentos
odontológicos a este usuário, tomarão como referência os registros da primeira avaliação (BRASIL,
2019).
É importante ressaltar que, uma 1ª consulta odontológica programática só será registrada
novamente para a mesma pessoa 12 meses após a conclusão do plano preventivo-terapêutico, e
ainda, caso o paciente abandone o tratamento, seis meses após a última consulta (BRASIL, 2019).

o Procedimentos

A atualização da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais


do Sistema Único de Saúde, conhecida como Tabela de Procedimentos do SUS, é feita habitualmente
para acompanhar e melhorar os registros dos serviços de saúde ofertados à população em todo o
Brasil. Os códigos da Tabela são utilizados na Atenção Primária com a finalidade de qualificar os
dados que são enviados para a base nacional e melhorar o monitoramento das políticas e serviços
de saúde (BRASIL, 2020).
A nova tabela foi instituída pela Portaria nº 526, de 24 de junho de 2020, que incluiu, alterou e
excluiu alguns procedimentos. Para a Atenção Primária à Saúde (APS), a normativa acrescentou o
sistema de informação e-SUS APS como instrumento de registro com código 10. Isso impacta
positivamente no registro de procedimentos de saúde realizado na APS (BRASIL, 2020).
Os novos códigos provavelmente serão incluídos na versão 4.0 do E-SUS APS e estão resumidos
(Anexo 4).

● PLANO DE TRATAMENTO

O sucesso de um tratamento odontológico relaciona-se diretamente com a realização de um perfeito


exame do paciente, um diagnóstico preciso e um bom planejamento para estabelecer o plano de
tratamento. A avaliação do paciente, por sua vez, deverá ser cuidadosa, criteriosa e minuciosa
(ROCHA et. al., 2013).
A elaboração do plano de tratamento com a antecipação da visualização do resultado final é
alcançada pelo planejamento. Essa difícil tarefa pressupõe o diagnóstico mais preciso possível, além
do conhecimento de todas as alternativas de tratamento e seus prognósticos. Requer ainda a
adequação de todas essas variáveis às condições físicas, emocionais e sociais do paciente (ROCHA et
al., 2013).
Importante priorizar a realização do maior número de procedimentos possíveis durante o
atendimento do paciente para diminuir os retornos à unidade de saúde e contribuir com o
isolamento social.
Deste modo, sugere-se abaixo dois modelos de plano de tratamento a fim de guiar o profissional no
retorno do atendimento odontológico no atual cenário da pandemia da COVID-19, tendo em vista
que as consultas serão mais extensas com intuito de aumentar a resolutividade e diminuir a
exposição.

Sugestões para o Plano de tratamento odontológico

Paciente hipotético 1: 35 anos, grande acúmulo de placa e tártaro, lesões cavitadas cariosas nos
elementos 24,25,26,46,47 e necessidade de exodontia dos elementos 16,17,32,33.

1ª Anamnese, Odontograma e Plano de tratamento/ Raspagens dos sextantes


Consulta superiore
2ª Raspagens dos sextantes inferiores/Curetagem de lesões ativas de cárie e selamento
Consulta com ionômero ou ZOE da arcada superior
3ª Curetagem de lesões ativas de cárie e selamento com ionômero ou ZOE da arcada
Consulta inferior
4ª Exodontia dos elementos 16/17
Consulta
5ª Exodontia dos elementos 32/33
Consulta
6ª Restauração dos elementos 24/25/26
Consulta
7ª Restauração dos elementos 46/47
Consulta

Paciente Hipotético 2: 05 anos, colaborativo e sem comorbidades, grande acúmulo de biofilme,


lesões de cárie ativa não cavitadas nos elementos 64/65/74, lesões cavitadas cariosas nos elementos
54/55/84/85.
1ª Anamnese, Odontograma, Plano de tratamento, Orientação de higiene Bucal e
Consulta controle da dieta, Profilaxia e ATF
2ª ART nos elementos 54/55
Consulta
3º ART nos elementos 84/85
Consulta
4ª Selante nos elementos 64/65/74
Consulta

● ENCAMINHAMENTOS

Esta ferramenta oferta aos profissionais a possibilidade de registrar e gerar a impressão da


solicitação de encaminhamento para atendimento em serviços de atenção especializada. Também é
necessário um código CID10 ou CIAP2 relacionado a avaliação realizada durante a consulta e a
necessidade do encaminhamento (BRASIL, 2019).
A classificação de risco também é um campo de preenchimento obrigatório, podendo ser: eletivo,
prioritário, urgência ou emergência. A classificação utilizada nesta ferramenta obedece ao padrão
determinado pelo Sistema Nacional de Regulação (SISREG). Entretanto, informações relacionadas ao
“motivo do encaminhamento” e “observações” podem ser incluídas, porém sem
obrigatoriedade. (BRASIL, 2019).
O seu registro no prontuário do cidadão, também permite, através dos relatórios, verificar o número
de encaminhamentos realizados pela equipe e por especialidade (RIO GRANDE DO SUL, 2019).

● RELATÓRIOS

O acompanhamento das ações de saúde que são realizadas no território é uma tarefa extremamente
importante do cotidiano das equipes de Atenção Básica à Saúde. Esta atividade, além de auxiliar os
trabalhadores a enxergar seu território, exprime o resultado do seu esforço, podendo ser potente
ferramenta de reflexão e transformação do seu processo de trabalho (BRASIL, 2019). O módulo
“Relatórios” permite que trabalhadores e gestores possam visualizar, de forma sintetizada e
sistematizada, as ações de saúde realizadas no território. Entretanto, para maior valor de uso, faz-se
necessário avançar na compreensão da utilização dos relatórios nos serviços e apropriação por parte
das equipes. (GRIMM; TANAKA, 2016).
Para a geração dos relatórios estão disponíveis diversos tipos de filtros de acordo com o tipo de perfil
utilizado: a) Perfil dos profissionais de saúde: acesso apenas aos dados produzidos por sua equipe;
b) Perfil de coordenador (a) / gerente: acesso apenas aos dados do serviço de saúde sob sua gestão;
e, c) Perfil gestor municipal: opções de visualização no âmbito de todo o município, exceto relatórios
operacionais (RIO GRANDE DO SUL, 2019).
Para acessar os relatórios o cirurgião-dentista deverá escolher a sua lotação com o perfil de
coordenador / gerente da unidade e após preencher as informações necessárias para a geração do
relatório, pode imprimir o relatório gerado ou exportar o arquivo para salvá-lo no computador em
forma de tabela.
Os relatórios do sistema e-SUS APS são atualizados automaticamente com a produção diária e
disponibilizam informações agregadas por meio de Relatórios Consolidados, de Produção e
Operacionais. Os Relatórios Consolidados permitem uma visualização da situação cadastral de forma
consolidada, de acordo com a data selecionada. Os Relatórios de Produção permitem uma
visualização agregada de dados de atendimentos individual, odontológico e domiciliar, atividades
coletivas, procedimentos, entre outros, bem como relatórios de resumo de produção com as
quantidades de cada tipo de serviço prestado. Por fim, os Relatórios Operacionais apresentam as
informações individualizadas e identificadas da situação de saúde dos cidadãos do território (RIO
GRANDE DO SUL, 2019).
Esses relatórios são acessados apenas pelos profissionais das unidades de saúde, pois trazem dados
relacionados ao cuidado individual do cidadão. Destacam-se os principais relatórios como
ferramenta de planejamento para a retomada aos atendimentos eletivos, conforme detalhado a
seguir:
Fonte: Rio Grande do Sul (2019).

Obs. 1: No relatório da gestante é muito importante observar a idade gestacional, pois só é


considerado gestante efetiva aquela que estiver com idade gestacional até 40 semanas. Cabe
destacar que as mulheres que estiverem neste relatório SEM idade gestacional serão as que já
pariram e que por algum motivo não tiveram seu cadastro atualizado. O cirurgião-dentista poderá
sinalizar à equipe esta condição, a fim de que, em conjunto com o ACS da área, tal cadastro seja
atualizado.

Obs. 2: No relatório de cadastro individual é possível obter de cada área um quantitativo das pessoas
com necessidades especiais. Todavia, será necessária a listagem nominal dos pacientes e para isso
será preciso a busca ativa do ACS. Para tal, elaboramos um instrumento que pode servir de guia para
essa finalidade. Considerando que o grupo de pacientes especiais é prioritário como preconizado na
literatura, sugere-se o instrumento em anexo como forma de busca ativa para identificação dos
casos de cada área adscrita. Ressalta-se que os critérios para enquadramento como pacientes
especiais são os estabelecidos no Protocolo do Centro de Especialidades Odontológicas lançado pela
Prefeitura do Recife em 2019, todavia sabemos que na Atenção Básica outras condições podem
enquadrar outros pacientes.
6.0 - Teleodontologia aplicada aos cuidados odontológicos da APS

A Teleodontologia é o termo utilizado para caracterizar a área destinada ao uso das Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs) para suporte clínico assistencial e educacional à distância na área
Odontológica. Atualmente devido ao avanço e maior disponibilidade de novos recursos
tecnológicos, a Odontologia, assim como outras áreas, dispõe da utilização dos chamados
“encontros virtuais” entre os profissionais de saúde e o paciente em alguns casos como alternativa,
principalmente em casos onde a distância ou outros fatores, como a Pandemia de COVID-19 (SARS-
CoV-2), impedirem o encontro físico, havendo a necessidade de substituí-lo.

MECANISMOS DE COMUNICAÇÃO

Os profissionais podem utilizar diferentes mecanismos para realizar a interação, podendo esta
acontecer em tempo real com todas as partes envolvidas (síncrona), ou não (assíncrona).

As ferramentas utilizadas variam de acordo com a necessidade e realidade local de cada serviço. Na
Odontologia podem ser criadas as chamadas discussões Virtuais com objetivo de interação entre
clínicos e especialistas na discussão de casos. Algumas ferramentas utilizadas atualmente variam
desde a chamada telefônica, plataformas virtuais de comunicação como Skype, Zoom, Cisco WebEx,
e-mails, Google Classroom, Hangouts, GoogleMeet,entre outras.

O uso e a indicação de cada ferramenta ficam a critério do objetivo das atividades a serem
executadas.

TELEMONITORAMENTO E TELEORIENTAÇÃO

A Teleorientação é utilizada com o objetivo único e exclusivo de identificar, através da realização de


questionário pré-clínico, o melhor momento para a realização do atendimento presencial durante o
período da pandemia. Na Atenção Básica (AB) algumas das possibilidades são: realização de
acolhimento, triagem, escuta inicial e orientação. Realiza-se a orientação para selecionar os
atendimentos que devem ser priorizados dos casos considerados eletivos.

A resolução 228/2020, Regulamenta o artigo 5º da Resolução CFO 226/2020 e permite, no âmbito


do Sistema Único de Saúde (SUS) a realização da Odontologia à distância, mediada por tecnologia,
utilizando o sistema de mediação já implantando em cada localidade, enquanto durar o estado de
calamidade pública decretado pelo Governo Federal.

A teleorientação pode ser feita por ligação telefônica ou algum outro meio digital anteriormente
citado para manter o vínculo com os pacientes, acompanhar os estados de saúde, monitorar se há
sintomas da COVID-19, identificar e dar prioridade a pacientes com lesões suspeitas de câncer de
boca mediante envio de imagens das lesões.

Através dos recursos tecnológicos, também pode ser feito o Apoio matricial à distância,
fazendo com que os profissionais discutam casos específicos por meio de respostas técnico-
científicas baseadas em evidências, tentando solucionar os casos em questão da melhor forma.
O Telemonitoramento objetiva o monitoramento a distância dos paramentos de saúde ou doença
do paciente pelas Tecnologias de Informação e Comunicação, (TICs) de forma a acompanhar
pacientes de grupos especiais e contemplados na visita domiciliar para realizar orientações/suporte.
É possível acompanhar a distância pacientes que estejam em tratamento, com registro obrigatório
em prontuário de toda e qualquer atuação realizada nestes termos.

Através do Telemonitoramento podem-se fazer recomendações, acompanhar a evolução do


tratamento, tirar dúvidas ou orientar sobre medicações que tenham sido prescritas em consulta
presencial, higiene bucal e outros cuidados. Também é possível, caso necessário, encaminhar o
usuário a uma consulta presencial. Portanto, segue como uma estratégia utilizada no atendimento
de pacientes que já estão em tratamento porém encontram-se impossibilitados de voltar ao
consultório. O telemonitoramento também pode ser considerado uma opção para os pacientes que
por algum motivo têm dúvida sobre o momento exato de ir ao consultório.

O recurso permite ao profissional tirar dúvidas ou fazer orientações sobre o uso de medicação já
prescrita na consulta presencial pelo profissional, bem como em casos de reações adversas, nos
quais o ajuste pode ser feito através das orientações do mesmo. É possível identificar e/ou esclarecer
dúvidas em caso de queixa de dor ou trauma e também orientar sobre higiene bucal e outros
cuidados relacionados à saúde.

O telemonitoramento traz essa capacidade de cuidado com a população, principalmente em caso de


urgências, apresentando-se como uma importante ferramenta para qualificar a Saúde Bucal. A
publicação da Portaria 526, de 24 de junho de 2020 inclui o procedimento da Teleconsulta na
Atenção Primária.
REGISTRO DAS INFORMAÇÕES DA TELECONSULTA ODONTOLÓGICA

A Portaria n° 526, de 24 de Junho de 202018, criou o procedimento de teleconsulta no SUS


com habilitação do cirurgião-dentista (CBO 2232), permitindo que esse profissional execute e
registre no sistema de informação esse procedimento. Na Atenção Primária, o registro deve ocorrer
no PEC, ficha CDS ou outro prontuário que permita envio para o Sistema de Informações da Atenção
Básica (Sisab), sendo o código do procedimento na tabela SIGTAP o 03.01.01.025-0 TELECONSULTA
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA.

MATERIAL DE APOIO

*Recomenda-se a leitura na íntegra da Resolução Nº 226, DE 4 DE JUNHO DE 2020 e da


Resolução Nº 228, DE 16 DE JULHO DE 2020 e diversas legislações para maiores esclarecimentos.

http://sistemas.cfo.org.br/visualizar/atos/RESOLU%c3%87%c3%83O/SEC/2020/226
http://www.crosp.org.br/uploads/arquivo/9fb935f04d1b8e4d8eed246b9e82aa0f.pdf
https://website.cfo.org.br/wp-content/uploads/2020/06/Guia-Esclarecimento.pdf
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-526-de-24-de-junho-de-2020-264666631
7. Protocolo de Biossegurança

7.1– Orientações para o ambiente clínico – consultório odontológico

7.1.1 Triagem prévia à consulta odontológica

A anamnese prévia ao atendimento odontológico de urgência ou emergência, buscando reunir as


informações necessárias para a avaliação do paciente quanto à sua queixa principal e o seu estado
geral, neste cenário de pandemia COVID-19, é de fundamental importância.

7.1.2- Paramentarão para atendimentos clínicos com procedimentos em cavidade oral.

1º Passo:
● Reunir os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para a equipe de saúde bucal composta
por um cirurgião-dentista e um auxiliar ou técnico de saúde bucal.

2º passo:
● Retirar todos os adornos (anéis, colares, brincos, piercings, pulseiras e relógios), antes de
vestir os EPI.

*Os cabelos devem estar presos. Deve-se evitar maquiagem e não utilizar barba, pois ambos causam
contaminação aparente ou dificuldade de vedação da máscara. Os calçados precisam ser fechados.

3º passo:
● Higienizar as mãos cuidadosamente com água e sabão.

Como higienizar as mãos de maneira ideal


4º Passo:

● Colocar a máscara prendendo-a bem atrás da cabeça e ajustando o clip nasal, para o
completo vedamento.
● Com o cabelo preso, colocar touca descartável começando pela testa em direção à base da
nuca, cobrindo as orelhas completamente.
● Apoie a viseira do protetor facial na testa e passe o elástico pela parte superior da cabeça

Fonte: UFPE, 2020

5º Passo:
● Vestir avental impermeável , primeiramente, pelas mangas, ajustando as amarras nas costas
e cintura.
● Certifique-se de que o tronco esteja totalmente coberto, bem como os braços e os punhos.

Fonte: UFPE, 202


6º Passo:
● Calçar o par de luvas e esticá-las até cobrir o punho do avental.
● Trocar as luvas sempre que for necessário ou quando for entrar em contato com outro
paciente.
● Evitar tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais como fichas odontológicas,
telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas.
● O uso de luvas não deve substituir a higiene das mãos.
Fonte: UFPE, 2020

● Ressalta-se a necessidade do uso racional de EPI nos serviços de saúde, pois se trata de um
recurso imprescindível para oferecer segurança aos profissionais durante a assistência.

7.1.3 Precauções durante o atendimento odontológico

Os profissionais que forem prestar os atendimentos de urgência/ emergência odontológica devem


tomar uma série de medidas de proteção, a fim de prevenir não só as infecções cruzadas, como
também sua própria contaminação. Sendo assim, as normas de biossegurança devem ser muito bem
estabelecidas e seguidas por todos que compõem a equipe de trabalho.
Condutas importantes para evitar a transmissibilidade da COVID-19, durante atendimento
odontológico de urgência/ emergência:
1. Dentro da sala de atendimento, só devem estar presentes os profissionais responsáveis e o
paciente, o qual só deve trazer acompanhante no caso de ser estritamente necessário;
2. É indicado a equipe receber o paciente para a realização do atendimento/ procedimento
clínico já paramentado (com máscara cirúrgica, óculos de proteção, protetor facial, gorro e avental
impermeável), deixando apenas as luvas para serem colocadas após o preenchimento da ficha e
lavagem das mãos;
3. Realizar frequentemente a higiene das mãos com água e sabão, ou preparação alcoólica a
70%, em caso de impossibilidade de utilização de água e sabão.
4. O protetor facial, utilizado como barreira física, deverá ser desinfectado entre cada paciente;
5. Restringir a exposição de insumos e equipamentos periféricos mantendo-os protegidos em
recipientes plásticos com tampa, e estritamente durante o uso;
6. Sempre que possível desligar o ar condicionado após cada atendimento, mantendo a sala
arejada entre os atendimentos e durante a limpeza e desinfecção;
7. Sempre que possível, recomenda-se utilizar dispositivos manuais, como escavadores de
dentina, para remoção de lesões cariosas, e curetas periodontais para raspagem periodontal. Deve
ser evitado o uso de aparelhos de ultrassom, jato de bicarbonato e turbinas para não gerar aerossol.
No caso de maior necessidade de acionar a turbina, é indicado o agendamento do paciente para o
último turno, a realização de isolamento absoluto (dique de borracha) e regular a saída de água de
refrigeração da alta rotação para a menor produção de aerossol;
8. Em casos de pulpite irreversível sintomática (DOR), preferir expor a polpa por meio de
remoção químico-mecânica do tecido acometido e, se possível, com isolamento absoluto e aspiração
contínua;
9. Sempre que possível, trabalhar a 4 mãos (EPIs semelhante para ambos) para maior controle
da disseminação;
10. Deve ser realizada a aspiração contínua da saliva residual.
11. Evitar radiografias intraorais, pois estimula secreção salivar e tosse;
12. Evitar o uso de seringa tríplice, principalmente em sua forma névoa (spray), ou seja,
acionando os dois botões simultaneamente.

Obs.: Segundo a norma técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020, Atualizada em 27 de outubro de


2020, não é mais recomendado a realização de bochecho, por 30 segundos com solução de peróxido
de hidrogênio, clorexidina ou outros colutórios, com o objetivo de reduzir a carga microbiana salivar,
pois esse procedimento não foi sustentado por estudos clínicos.

7.1.4- Limpeza e descontaminação das superfícies (ASB/TSB)

Após transcorrido o atendimento odontológico, deve-se proceder com a remoção das sujidades e
limpeza da cadeira odontológica e equipo. As soluções utilizadas podem ser: produtos à base de
cloro, como o hipoclorito de sódio ou álcool a 70%. É importante frisar que o profissional que
realizará este trabalho deve estar paramentado com todos os EPIs.
Pode-se utilizar a seguinte ordem para a limpeza:
1. Remover todas as barreiras de proteção da cadeira odontológica e equipo e descartá-las no
lixeiro adequado;

2. Proceder com a limpeza friccional das superfícies da cadeira e equipo, sempre em sentido
único, sempre atento às superfícies de maior contato e exposição, tais como: foco de iluminação,
alça do refletor, botões, braços e encostos da cadeira, mesa de instrumental etc.;

3. Os instrumentais que foram utilizados durante o atendimento devem ser mergulhados em


uma solução de detergente enzimático por tempo determinado pelo fabricante, para ser
encaminhando a lavagem.
4. Os materiais perfurocortantes devem ser descartados em local apropriado (como as caixas
coletoras tipo “descarpack”) e com o máximo de cuidado para não ocorrer acidentes.

5. A limpeza de piso, parede e superfícies como: maçanetas, armários, bancadas e demais


superfícies tocadas frequentemente pelos profissionais e pacientes devem ser realizadas ao término
das consultas odontológicas ou caso apresente matérias orgânicas como sangue, saliva, vômito ou
outras secreções;

Ao final do expediente é muito importante seguir outras recomendações de limpeza e desinfecção


de todo o consultório, a chamada limpeza terminal, tais como:
1. Desligar todo o equipamento de refrigeração do consultório e abrir todas as janelas para que
o ar circule melhor dentro da sala.

2. Remoção dos lixos secos e orgânico-contaminados, bem como a reposição de sacos novos e
vazios, conforme as orientações sanitárias.

3. A limpeza de piso, parede e superfícies como: maçanetas, armários, bancadas e demais


superfícies tocadas frequentemente pelos profissionais e pacientes.

*É importante que a equipe de saúde bucal oriente e sensibilize a equipe de serviços gerais quanto
à importância do trabalho da equipe em realizar a limpeza frequente e repetitiva mesmo que
aparentemente limpas

7.1.5 Esterilização
Após a finalização dos atendimentos odontológicos os materiais devem ser levados ao setor de
esterilização.
1. É importante que o manuseio dos materiais seja feito com o máximo de cuidado, para que
não ocorra a contaminação tanto do profissional, quanto de outras superfícies, sempre utilizando os
EPIs necessários, tais como avental, luvas de borracha, máscara, gorro e óculos de proteção;
2. Os instrumentais que possuem mais de uma parte devem ser desmontados; pinças e tesouras
devem ser abertas, expondo ao máximo suas reentrâncias para facilitar a posterior limpeza;
3. Deve-se proceder com a limpeza manual de todos os instrumentais, com uma escova de
cerdas macias e cabo longo, removendo todos os detritos que ainda estejam presentes no material.
Logo após, proceder com o enxágue;

Após estes procedimentos os materiais são levados para a área de embalagem.


Os EPIs utilizados durante a lavagem devem ser descartados seguindo recomendações ou lavados
com água e sabão no caso das luvas de borracha e óculos de proteção.
É recomendado que o profissional use os EPIs indicados.
1. Todos os instrumentais devem ser secados com papéis toalha que deverão ser descartados
após o uso. Lembrando que a secagem completa dos materiais evita a corrosão destes ao longo do
tempo;
2. A inspeção visual de todos os instrumentais deverá ser realizada certificando a eficácia da
limpeza e remoção de todas as sujidades e material orgânico.
3. Os artigos devem ser embalados seguindo todas as normas preconizadas pelos órgãos
sanitários, de preferência em papel grau cirúrgicos.
4. A esterilização deverá ser feita por autoclave;
5. Logo após o processo de esterilização, os instrumentais devem ser armazenados em local
exclusivo e fechados.
Na distribuição e manuseio, os pacotes esterilizados devem ser manipulados o mínimo possível e
com cuidado, sempre com luvas e máscara, a fim de evitar a contaminação da superfície das
embalagens.

7.1.6 Desparamentação

1º passo: Remoção das luvas

Fonte: UNIFAL, 2020.

● As luvas devem ser removidas com cuidado para não haver contato do fluido que está na luva
com a sua mão;
● Primeiro, segure uma das luvas pela parte externa na parte superior do pulso e a retire,
puxando-a e virando-a de dentro para fora;
● Depois, segure a luva que acabou de remover em sua mão ainda enluvada e, em seguida,
com a mão sem luva, retire a segunda luva, puxando-a pela parte de dentro e virando-a do avesso,
deixando a primeira luva dentro da segunda;
● Descarte as luvas em lixo apropriado.

2º passo: Remoção do avental ou capote

● Solte as amarras do avental, em seguida empurre-o pelo pescoço e ombros, tocando apenas
na parte interna do avental;
● Retire o avental pelo avesso, enrole-o e descarte em lixo apropriado.

3º passo: Higienização das mãos com água e sabão.

4º Passo: Remoção dos óculos de proteção e/ ou protetor facial

● Remova pela haste lateral, evitando o contato com a parte frontal


● Coloque os óculos de proteção ou protetor facial sobre uma superfície.
● A limpeza imediata do protetor facial ou óculos de proteção pode ser feita com sabão e água
corrente e álcool 70%, sem atrito.
● Secar com Papel
5º passo: Remoção da touca

● Para retirar a touca/gorro, puxe pela parte superior central, sem tocar nos cabelos.
● Descarte em lixo apropriado

Obs.: De maneira a minimizar o risco da desparamentação, podem ser mantidos o gorro e máscara
em atendimentos sequenciais.

6º passo: Higienização das mãos com água e sabão.

7º passo: Remoção da máscara N95

Após a retirada da N95, acondiciona-la em um invólucro limpo e respirável, como um saco de papel,
ou saco plástico com furos, para evitar umidade e registrar o nome do profissional além da data da
sua primeira utilização.
Fonte: EBSERH; UFPE, 2020

● A máscara N95 poderá ser reutilizada por até 7 dias desde que esteja bem acondicionada,
seca, com a vedação funcional, limpa e com o elástico em perfeito estado.

● A máscara cirúrgica não deve ser sobreposta à máscara N95 ou equivalente, pois além de não
garantir proteção de filtração ou de contaminação, também pode levar ao desperdício de mais um
EPI, o que pode ser muito prejudicial em um cenário de escassez.

● O descarte da máscara N95 antes do período indicado deverá ser comunicado a Coordenação
Distrital de Saúde bucal para reposição em tempo hábil de não prejudicar o funcionamento do
serviço.

7º passo: Higienizar as mãos com água e sabão.

7.1.7 - Limpeza do ambiente clínico-odontológico (ASG)

• Deve-se considerar no momento da limpeza dos ambientes que os aerossóis produzidos nos
procedimentos odontológicos permanecem no ar, sendo necessário, portanto, que o ambiente deve
ser arejado, ao término de cada atendimento, durante o tempo de limpeza interconsulta. Desta
forma, recomenda-se um tempo de intervalo de 15 minutos para procedimentos que não geram
aerossol e no máximo 30 minutos para procedimentos que geram aerossol;
• Limpeza é a remoção das sujidades das superfícies inanimadas, por meio de meios mecânicos
(fricção), físicos (temperatura) ou químicos (saneantes).
• Limpar e descontaminar as superfícies são atitudes básicas, mas fundamentais para o controle da
disseminação de infecções. Nos serviços de saúde, estas atitudes visam garantir aos usuários um
ambiente limpo e com a menor carga de contaminação possível, diminuindo a transmissão de
infecções.

Limpeza de pisos
Técnicas de limpeza de pisos:
• Iniciar sempre pela limpeza úmida do piso, do local menos contaminado para o mais contaminado
e do mais alto para o mais baixo nível. Para a limpeza úmida ensaboar, enxaguar e secar. Evitar o uso
de aspirador de pó e a varredura seca, que favorecem a dispersão de microrganismos.
• Ensaboar: fricção com sabão ou detergente.
• Enxaguar: remover o sabão ou detergente.
• Secar
• Sempre que necessário, recolher todo o resíduo com auxílio de uma pá coletora, evitando que
resíduos sejam transportados de um local ao outro.
• Desprezar os resíduos recolhidos em lixeira apropriada (lixeira de resíduo infectante).
Ao término da limpeza

• Retirar as luvas e higienizar as mãos.


• Levar todo o material utilizado no Depósito de Material de limpeza (DML).
• Guardar o material de limpeza em local apropriado, após estarem secos.
• Higienizar as mãos.
• Os equipamentos devem ser limpos ao final de cada jornada de trabalho.

Realizar a limpeza do piso nos consultórios odontológicos diariamente e nos intervalos entre turnos
ou quando necessário. Não manipular portas com luvas. A limpeza das superfícies deve ser realizada
ao final de cada jornada de trabalho ou entre uso/atendimento de usuários, dependendo do agente
saneante que for utilizado para descontaminação. Sala de atendimento, sala de esterilização e
banheiros devem ser limpos diariamente.
8. Reorganização das atividades de Educação em saúde bucal

As recomendações dos órgãos de saúde para conter o avanço do vírus no Brasil revelou muitos
limites e desafios para os profissionais de saúde, principalmente em relação às práticas de
educação em saúde, que sempre foi pautada num histórico de ações tradicionais e verticalizadas.
Partindo do conceito proposto por Schall e Struchiner (1999), que definem a educação em saúde
como um campo multifacetado, formado por diferentes concepções advindas tanto da área da saúde
quanto da educação, é necessário ampliar e buscar novas formas práticas dessa forma de educar
nas unidades de saúde e comunidades.
Na saúde, especificamente, promover os diálogos entre teoria e prática é essencial para
compreender todo esse processo e requer a participação do indivíduo, lhe proporcionando maior
compreensão sobre o seu contexto de vida e realidade (PALÁCIO e TAKENAMI, 2020).
Neste sentido de readequação e mudança na forma de atuar nos serviços de saúde, em especial a
atenção básica, é necessário se pensar formas de atuação que rompam essas concepções
tradicionais de se fazer educação em saúde, ainda mais neste momento em que as ações presenciais
em escolas, creches, grupos e território de uma forma geral encontram-se impossibilitadas.
Sendo assim, as seguintes sugestões poderão ser implementadas para que se possa alcançar uma
maior efetividade no âmbito das práticas de educação em saúde:

Consultas clínicas:

É importante não só manter, como também ampliar as ações de educação em saúde a nível
individual durante as consultas, despendendo, inclusive, um tempo maior para conversar com o
paciente sobre as formas de cuidar da saúde bucal. Outra sugestão é aproveitar o tempo de espera
que será utilizado para a desinfecção da sala para fazer esta atividade, sendo necessário, neste caso,
o uso de uma sala desocupada na unidade.

Salas de espera:

As ações na sala de espera podem e devem ser continuadas, sempre tomando os devidos cuidados
utilizando todos os EPI, praticando o distanciamento social e evitando aglomerações no espaço.

Visitas domiciliares:

Conversas com os familiares e pacientes durante as visitas domiciliares poderão compor esse escopo
de educação em saúde. De preferência, as ações deverão ser feitas em áreas abertas e ventiladas,
sempre seguindo todas as recomendações de proteção.

Uso de ferramentas tecnológicas:

Considerando o nível globalização da sociedade, que está cada vez mais conectada pelo uso da
internet torna-se necessário traçar estratégias e formas de utilização desse meio que beneficiem as
ações nos serviços de saúde, sobretudo no âmbito da educação. Durante a pandemia ocorreu uma
produção incomparável de informações e conteúdos técnicos e científicos sobre a Covid-19. o
objetivo é que estes conteúdos passem a abranger todas as outras temáticas referentes à saúde,
capilarizando as formas de educação em saúde.
Para isso, podemos lançar mão da produção de materiais educativos em formato de vídeos, folders,
cards, podcasts, slides, cartilhas, desenhos e todas as formas possíveis que facilitem a compreensão
e cheguem de forma rápida e efetiva nos usuários e comunidades através das ferramentas e
aplicativos disponíveis na web.
Abaixo seguem algumas sugestões de uso das principais redes sociais digitais para a divulgação dos
materiais que venham a ser produzidos.

-Whatsapp:

Poderão ser feitos grupos fechados com usuários da comunidade apenas para a divulgação de
materiais educativos. o formato de grupo fechado é indicado para que não ocorram assuntos
aleatórios e não condizentes com a proposta inicial do grupo.
Outro formato poderá ser um grupo aberto, onde apenas dúvidas e debates sobre questões de saúde
poderão ser feitos, facilitando desta forma a comunicação e organização do ambiente online.

-Facebook:

Podem ser criadas páginas específicas das equipes de saúde bucal da unidade para compartilhar
informações, materiais, avisos e demais conteúdos específicos para a saúde.

-Instagram:

Da mesma forma que o facebook, no instagram também podem ser criadas páginas ou perfis das
equipes de saúde bucal da unidade para divulgar informações e conteúdos, além disso, pode-se
aproveitar a plataforma para realização de lives e debates sobre determinados temas de saúde.

Lembrando que existem diversos outros aplicativos e ferramentas na internet que podem ser
utilizadas para as ações de educação em saúde.

-Telessaúde - teleorientação:

O uso de tecnologias como computadores, tablets e telefones (fixo e celular) também pode ser
vantajoso. Algumas unidades de saúde já dispõe dessas tecnologias próprias e seu uso para
conversar e orientar os pacientes quanto à correta higienização bucal, acompanhar e monitorar pós-
operatórios, utilizar meios de prevenção de cáries e doenças periodontais, promoção da saúde e
diversos outros temas de orientação.
9.Referências

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção Primária à Saúde. e-SUS Atenção Básica :
Manual do Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão PEC – Versão 3.1 [recurso
eletrônico]. Brasília, 2019 . Disponível em: <http://aps.saude.gov.br/ape/esus/manual_3_1/>
. Acesso em: 12 jul. 2020.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção Primária à Saúde. e-SUS Atenção Básica :
Manual do Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão PEC – Versão 3.2 [recurso
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ANEXO 1
INSTRUMENTO PARA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO FAMILIAR
INSTRUTIVO PARA A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO FAMILIAR

Considerando-se a relevância da classificação do risco familiar social e de saúde para as


Equipes de Saúde Bucal (eSB), enquanto potente critério para o planejamento das
estratégias e ações de saúde e levando-se em conta o princípio da equidade, este instrutivo
pretende apresentar e descrever a utilização de possíveis instrumentos, de fácil aplicação,
para se obter o grau de risco familiar.
Contudo, vale ressaltar que diante do risco familiar, ainda há de se considerar o risco
individual, para o atendimento odontológico. Por exemplo, se numa família de alto risco, há
um diabético com amputação de membros inferiores, esse cidadão é uma prioridade, dentro
do grupo familiar, para o agendamento odontológico programado.
A partir dos Relatórios do e-SUS (citados noutro capítulo deste Protocolo), as eSB podem
obter os dados para a classificação de risco familiar, utilizando-se a Escala de Risco Familiar
de Coelho & Savassi (ERF-CS) ou o Índice de Necessidade de Atenção à Saúde Bucal
(INASB). A decisão sobre que instrumento utilizar cabe à eSB, baseado nos dados que
forem possíveis de serem coletados.
Deve-se destacar que a coleta de dados pode ocorrer de diversas formas, que se
complementam: relatórios do e-SUS, informações por meio dos Agentes Comunitários de
Saúde (ACS), relatórios do Programa Bolsa Família (PBF) e/ou pelo Telemonitoramento.
No caso dos hipertensos e diabéticos, que fazem uso contínuo de medicamentos, relatórios
do Programa Hórus (utilizado pela farmácia das USF) podem contribuir também para a
obtenção de dados relevantes para se definir o risco individual.
Levando-se em consideração que existem unidades de saúde não informatizadas e,
também, que as eSB podem preferir utilizar o instrumento de classificação de risco no
formato impresso, foram construídos instrumentos nas duas versão: impressa e eletrônica.

1. Na versão impressa, o instrumento apresenta:

1. Espaços para a inserção da data do preenchimento deste instrumento, do nº do


Prontuário Familiar, ACS responsável pela família, endereço e telefone;
2. Quadro geral com dados de cada componente familiar:
● Nome;
● Nº do Cartão Nacional de Saúde (CNS);
● Data de Nascimento;
● Bolsa Família: marcar um X nesta coluna, nas caselas dos familiares que recebem o
benefício;
● Hipertensão (HAS): marcar X;
● Diabetes Mellitus (DM): marcar X;
● Gestante: registrar com sim ou não se está fazendo o pré-natal; registrar quantas
semanas de gestação, quando ocorreu a última consulta com o dentista e se tem alterações
na cavidade oral, como sangramento gengival, odontalgia, lesão oral;
● Sintomas respiratórios: registrar um X se apresenta sintomatologia atualmente;
● Teve Covid?: registrar com um X, caso responda que sim;
● Pessoa com necessidades especiais (PNE): registrar com um X se a deficiência é
auditiva, visual, intelectual, física ou outros (Síndromes);
● Hanseníase (HAN): registrar com um X se recebeu o diagnóstico médico e ainda não
se curou;
● Tuberculose (TB): registrar com um X se recebeu o diagnóstico médico e ainda não
se curou.

1. Escala de Coelho & Savassi (ERF-CS)


Tal escala é capaz de refletir o potencial de adoecimento de cada núcleo familiar e utiliza 13
sentinelas, sendo que cada um deles apresenta um descritivo que indica o seu significado,
além de uma pontuação, denominada escore, pré-definida. Portanto, para cada sentinela, a
partir da leitura do descritivo é que se deve registrar, na quarta coluna da escala, o nº de
pessoas que moram na casa e apresentam aquele sentinela. Já, na quinta coluna da escala,
é preciso inserir o número que representa a pontuação total para cada sentinela. Para obter
esse valor, é necessário multiplicar o número de pessoas da casa que tem o sentinela pelo
escore do sentinela. Por exemplo, considerando-se o sentinela Acamado, se no domicílio
há 2 acamados, deve-se inserir na quarta coluna desse sentinela o numeral 2, que
corresponde ao total de acamados na casa. Na quinta coluna, deve-se registrar o numeral
6 que corresponde ao resultado da multiplicação do número de acamados (2) pelo escore
para acamado que é 3. Assim, 2 x 3 = 6.
Em relação à sentinela morador/cômodo, há um traço no espaço correspondente ao nº de
pessoas por sentinela, porque se trata de uma condição familiar. Assim, o numeral a ser
inserido na quinta coluna da ERF-CS (Total de cada sentinela), para essa sentinela
corresponde ao escore atribuído ao resultado da divisão entre o número de moradores pelo
número de cômodos. Caso esse resultado seja > 1, tem-se o escore 3; se for igual a 1, o
escore é 2 e, se for < 1 o escore é 1. No final do Quadro que contém a Escala de Coelho &
Savassi, deve ser inserido o numeral que corresponde ao somatório dos numerais
registrados na coluna denominada “Total de cada sentinela”. O valor desse resultado final
é que indica o risco familiar. Um escore final de 5 ou 6 corresponde a uma família de Baixo
risco; Escore de 7 ou 8, Médio risco; e, um escore > 9 Alto risco.

1. Índice de Necessidade de Atenção à Saúde Bucal (INASB)

O INASB classifica o risco familiar a partir de dois critérios que se complementam: o tipo de
moradia (TM) e a escolaridade materna (EM).
Quanto ao tipo de moradia, as famílias podem ser classificadas em alto risco se a casa for
de material reciclado ou madeira; médio risco se a casa é de taipa, que pode ser revestida
ou não; e, de baixo risco se o imóvel é de Tijolo/Adobe. Deste modo, deve-se registrar um
X, na terceira coluna do Quadro “Classificação de risco familiar, quanto ao tipo de moradia
(TM)”, o material correspondente ao da casa. Por exemplo, se a casa é de madeira, registra-
se um X na casela da terceira coluna (Condição da moradia familiar), que corresponde ao
material madeira. Como casa de madeira indica alto risco para TM, registra-se também na
última coluna com um X o Risco familiar identificado, que no caso é Alto risco para TM.
Quanto à escolaridade materna, as famílias podem ser classificadas em alto risco se a mãe
for analfabeta ou alfabetizada; médio risco se a mãe estudou do 1º ao 4º ano; e, de baixo
risco se a mãe estudou do 5º ao 9º ano ou mais. Deste modo, deve-se registrar um X, na
terceira coluna do Quadro “Classificação de risco familiar, quanto à Escolaridade Materna
(EM)”, a condição da escolaridade materna identificada. Por exemplo, se a mãe estudou até
o 9º ano, registra-se um X na casela da terceira coluna (Condição da escolaridade materna
identificada), que corresponde à escolaridade materna até o 9º ano. Como esta escolaridade
indica baixo risco para EM, registra-se também na última coluna com um X o Risco familiar
identificado, que no caso é Baixo risco para EM.
Para se obter o INASB familiar, é preciso considerar o quadro à direita do instrumento, que
classifica as famílias a partir do risco familiar para TM e EM. Por exemplo, o caso acima, em
que o risco familiar para tipo de moradia foi considerado alto porque a casa é de madeira e,
a mãe estudou até o 9º ano, indicando baixo risco familiar para EM, no quadro indica que o
INASB dessa família é alto.

1. Programa Bolsa Família (PBF)


Estar cadastrado no Programa Bolsa Família não deve ser considerado um critério de
priorização da família, para o atendimento odontológico, levando-se em conta que as
famílias cadastradas na Estratégia Saúde da Família já são de vulnerabilidade social e,
portanto, em sua maioria, recebem o benefício.
Deste modo, sugere-se a utilização dos dados do PBF apenas, quando não se conseguir
obtê-los por outros meios como os Relatórios do e-SUS, apoio dos ACS e
Telemonitoramento.

1. Rastreamento do Câncer de Boca

Levando-se em consideração alguns fatores de risco para o câncer de boca (tabagismo,


etilismo, exposição solar sem proteção, infecção pelo HPV) e, que o rastreamento do
Câncer de Boca é recomendado a partir dos 40 anos, no instrumento proposto deve-se
registrar o nome do comunitário, idade, sexo e marcar com um X na casela correspondente
ao etilismo e ao tabagismo, para cada familiar. Quanto à exposição solar diária sem
proteção, registrar sim ou não. No que diz respeito ao HPV, questionar se tem alguma lesão,
anotando sim ou não na casela. E, em relação às lesões na cavidade oral, que não
cicatrizaram há mais de 15 dias, registrar sim ou não. Em caso positivo, há quanto tempo
observou a lesão e se sente dor.

1. Versão Eletrônica do instrumento


https://drive.google.com/file/d/1Z-7mBuy-
ZBggccY4zLWQdGcwd1ei7Zdj/view?usp=sharing

1. As caselas da coluna “B” (Nome) até a coluna “H” (Data de Nascimento) serão
preenchidas com os dados demográficos dos usuários relacionados nos relatórios
anteriormente citados (e-SUS, sistema Hórus, PBF, etc., tais como: Gestantes, Diabéticos,
Hipertensos, Crianças de 0 a 5 anos, Pessoas com Necessidades Especiais);

1. Coluna “I”: preenchimento automático com a data atual (não preencher);

1. Coluna “J”: preenchimento automático com a idade do usuário, atualizada a cada


24 horas (não preencher, calculada pelo Excel ®);

1. Coluna “K”: preencher com “Sim” ou “Não” caso o usuário pertença ou não a uma
família beneficiária do programa;

1. Coluna “L” à coluna “O”: preencher com “1” ou “0” caso o usuário tenha (1) ou não
(0) a doença ou condição descrita no título da coluna (Tuberculose, Hanseníase, Tabagismo
e Etilismo);

1. Colunas “P” (Data da Última Menstruação - DUM) até “T”: dados da GESTANTE:
Coluna “Q” preencher com “Sim” ou “Não”, caso a gestante esteja fazendo o pré-natal na
USF. A coluna “R” é de preenchimento automático, calculado a partir da data da DUM e
data de ‘hoje”, portanto não deve ser preenchida, o programa Excel ® fará o cálculo. A
coluna “S” será preenchida com a data da última consulta odontológica com base no
relatório do e-SUS ou prontuário da gestante. Na coluna “T” preencher com “Sim” ou Não”
se a gestante apresenta ou não, respectivamente, alguma alteração de tecido mole na
cavidade bucal;

1. Coluna “U”: preencher com “Sim” ou “Não” caso o usuário apresente essas
condições atualmente
1. Coluna “V”: preencher com “Sim” ou “Não” caso o usuário tenha tido diagnóstico
confirmado de COVID-19

1. Da coluna “W” à coluna “AG” os dados são relacionados à situação familiar, para o
cálculo da classificação de risco familiar proposto por Coelho & Savassi. Portanto preencher
com o número (o quantitativo) de indivíduos na família que possuem aquela condição.
Exemplo: se a família tem dois acamados, na coluna “W”, preencher com o numeral “2”; se
tem um indivíduo com deficiência física (coluna “X”), preencher com o numeral “1”; se não
tem ninguém com deficiência mental (coluna “Y”), preencher com o umeral “0” e assim por
diante;

1. Da coluna “AH” à “AJ”: para o preenchimento desta sentinela (relação


morador/cômodo) será necessário dividir o número de moradores pelo número de cômodos.
Caso este resultado seja > 1, preencher com o escore “3” na coluna “AH” e “0” nas
colunas “AI” e “AJ”; se for igual a 1, preencher com escore “2” na coluna “AI” e “0” nas
colunas “AH” e “AJ”, se for < 1 preencher com o escore “1” na coluna “AJ” e “0” nas colunas
“AH” e “AI”;

1. As colunas de “AK” (total do escore de Coelho & Savassi) a “AN” (Classificação de


risco, considerando Coelho & Savassi + condições individuais) são de preenchimento
automático;

1. A segunda (aba) planilha é de preenchimento automático, importando da planilha


anterior apenas os indivíduos classificados como “alto risco” e “risco aumentado”.
ANEXO 2
INSTRUTIVO PARA PREENCHIMENTO DO INSTRUMENTO PREDITOR DE RISCO PARA PACIENTES
COM HAS E/OU DM
INSTRUTIVO PARA PREENCHIMENTO DO INSTRUMENTO PREDITOR DE RISCO
PARA PACIENTES COM HAS E/OU DM

Este instrumento piloto foi construído como mais uma sugestão para auxiliar as eSB na
organização da demanda dos pacientes que apresentam HAS e/ou DM. Tem o objetivo de
investigar a presença de fatores de risco modificáveis, como: tabagismo, etilismo,
sedentarismo e alimentação inadequada; fatores de risco não modificáveis, como
predisposição genética, além da presença, ou não, de fatores que possam impactar no
cuidado de cada paciente que apresenta essas Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DNCT).
O instrumento foi construído nas versões impressa e digital para ser utilizado de acordo com
a conveniência da eSB e deverá ser respondido através do telemonitoramento.

3.1 A versão Impressa apresenta as seguintes informações a serem lidas e


preenchidas:

1. No início do instrumento, estão descritas 7 (sete) perguntas que irão direcionar a


investigação para gerar o preditor de risco dos pacientes que apresentam diagnósticos de
HAS e/ou DM e que já “passaram” pela estratificação do risco familiar e apresentaram risco
aumentado ou alto risco. Nas colunas, essas perguntas estão identificadas apenas como
1º, 2º... 7º;
2. As cinco primeiras colunas deverão ser preenchidas com os dados de identificação
do paciente e com as informações referentes à presença ou não das comorbidades HAS
e/ou DM.
● Nome;
● Idade;
● Nº do Cartão Nacional de Saúde (CNS);
● Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): marcar X;
● Diabetes Mellitus (DM): marcar X;

1. As quatorzes colunas seguintes são para respostas das 7 perguntas descritas no


início do instrumento. A resposta para cada pergunta poderá ser “SIM” ou “NÃO” e deverá
ser representada pelo número 1 (um) ou pelo número 0 (zero). O número 1 deverá ser
registrado na casela da coluna apenas quando a pior condição estiver presente. Como
exemplo, tem-se, na primeira pergunta: Apresentou um ou mais desses sintomas nos
últimos 6 meses: Dor de cabeça? Tontura? Dor precordial? Apresentar essas condições é
uma situação ruim para o paciente, portanto, se ele responder “SIM” (que apresentou algum
desses sintomas) deverá se colocar o número 1 (um) na coluna do “SIM” da 1ª pergunta e
0 (zero), na coluna do “NÃO”; mas, se nessa mesma questão, a resposta for “NÃO”, que
não apresentou nenhum dos sintomas (condição desejada) deverá se escrever 0 (zero) nas
duas colunas, tanto na do “SIM”, quanto na do “NÃO”. Outro exemplo é a questão 3: Está
tomando os medicamentos de acordo com o prescrito? Se o paciente não estiver utilizando
corretamente suas medicações para HAS e/ou DM, o “NÃO”, nessa situação, será a
condição não desejada, então, deverá se colocar o número 1 (um) para a coluna do “NÃO”
e 0 (zero) para a coluna “SIM”. Se o paciente responder “SIM”, está tomando corretamente
suas medicações, coloca-se o número 0 (zero) nas duas opções de respostas e, assim,
segue-se respondendo até a 7ª pergunta;
1. As duas últimas colunas são para estratificação do risco (preditor de risco). Na coluna
onde tem-se “Pontos”, deve-se colocar o somatório das respostas das 7 perguntas
anteriores e, na coluna de “Risco”, deve-se colocar o risco (Baixo, Médio ou Alto) identificado
para a pontuação alcançada de acordo com os escores apresentados na legenda presente
na parte inferior da página do instrumento: 0 a 2 (Baixo Risco), 3 a 5 (Médio Risco) e ≥ 6
(Alto Risco).
Vale destacar que cada linha representa um paciente diferente.

1. Versão Eletrônica do instrumento

https://drive.google.com/file/d/1qeSFtsg2fLA9hTGKYvbI3qpYlDnJTDfl/view?usp=sha
ring

1. As caselas das colunas “A” (Nome) até a coluna “F” (Data de nascimento) deverão
ser preenchidas com os dados de identificação dos usuários que possuem diagnóstico de
HAS e/ou DM. Esses dados já foram acessados quando a equipe realizou o preenchimento
dos instrumentos para estratificação de risco familiar, citados anteriormente;
2. Coluna “G”: é de preenchimento automático com a idade do usuário, atualizada a
cada 24 horas (não preencher. Calculada pelo Excel ®);
3. As colunas “H” e “I” deverão ser preenchidas com “SIM” ou NÃO” de acordo com a
presença ou não da comorbidade questionada;
4. As colunas “J” até “W” são para respostas das 7 perguntas do instrumento. A
resposta para cada pergunta poderá ser “SIM” ou “NÃO” e deverá ser representada pelo
número 1 (um) ou pelo número 0 (zero). O número 1 deverá ser registrado na casela da
coluna, apenas quando a pior condição estiver presente. Como exemplo, na primeira
pergunta: Apresentou um ou mais desses sintomas nos últimos 6 meses: Dor de cabeça?
Tontura? Dor precordial? Apresentar essas condições é uma situação ruim para o paciente,
portanto, se ele responder “SIM” (que apresentou algum desses sintomas) deverá se colocar
o número 1 (um) na coluna do “SIM” da 1ª pergunta e 0 (zero), na coluna do “NÃO”; mas,
se nessa mesma questão, a resposta for “NÃO”, que não apresentou nenhum dos sintomas
(condição desejada) deverá se escrever 0 (zero) nas duas colunas, tanto na do “SIM”,
quanto na do “NÃO”. Outro exemplo é a questão 3: Está tomando os medicamentos de
acordo com o prescrito? Se o paciente não estiver utilizando corretamente suas medicações
para HAS e/ou DM, o “NÃO”, nessa situação, será a condição não desejada, então, deverá
se colocar o número 1 (um) para a coluna do “NÃO” e 0 (zero) para a coluna “SIM”. Se o
paciente responder “SIM”, está tomando corretamente suas medicações, coloca-se o
número 0 (zero) nas duas opções de respostas e, assim, segue-se respondendo até a 7ª
pergunta;
5. A coluna “X” (Pontuação) é de preenchimento automático e fornecerá o somatório
dos números colocado para cada pergunta. A coluna “Y”, também de preenchimento
automático, indicará o preditor de risco de acordo com os seguintes escores: 0 a 2 (Baixo
Risco), 3 a 5 (Médio Risco) e ≥ 6 (Alto Risco).
Vale destacar que cada linha representa um paciente diferente.
ANEXO 3

TABELA CIAP 1 – GERAL NÃO ESPECÍFICO/SISTÊMICO


A18 PREOCUPAÇÃO COM A APARÊNCIA R46.8
incl: preocupação com a aparência física
A97 SEM DOENÇA Z00
incl: nenhuma doença ou afecção detectada durante a consulta
A13 RECEIO OU MEDO DO TRATAMENTO Z71.1
incl: receio das consequências da medicação ou de qualquer tipo de tratamento
A98 MEDICINA PREVENTIVA/MANUTENÇÃO DA SAÚDE
A21 FATOR DE RISCO DE MALIGNIDADE Z80,Z85
*PERGUNTAR HISTÓRICO NA ANAMNESE
incl: história pessoal ou familiar, tratamento anterior ou outros fatores de risco de malignidade
A03 FEBRE
incl: pirexia
A05 SENTIR-SE DOENTE
incl: mal-estar
A29 OUTROS SINAIS/SINTOMAS GERAIS
incl: inépcia, sonolência, quedas, dor não-especificada
N01 CEFALEIA G44.3,G44.8,R51
incl: dor de cabeça,dor de cabeça pós traumática
A27 MEDO DE OUTRA DOENÇA NE Z71.1
*medo de cárie, medo de dentes moles, etc.
critérios: receio de um paciente ser portador de outra doença sem o ser, ou até o diagnóstico ser
confirmado
P01 SENSAÇÃO DE ANSIEDADE/NERVOSISMO/TENSÃO R45.0
incl: ansiedade NE, sentir-se ameaçado
P79 FOBIA, PERTURBAÇÃO COMPULSIVA F40, F42, F48.1, F48.8, F48.9
*fobia ao atendimento
incl: Fobias, perturbações obsessivo-compulsivas
P17 ABUSO DO TABACO F17
incl: problemas de tabagismo
P29 SINAIS/SINTOMAS PSICOLÓGICOS
*falta de higiene, abuso de ingestão de açúcar
incl: delírios, problemas alimentares NE, alucinações, sinais/sintomas psicológicos múltiplos, falta de
higiene,comportamentos estranhos, desconfiança;
W29 SINAIS/SINTOMAS DA GRAVIDEZ, OUTROS R68.8
*granuloma gravídico,hiperplasia gengival

TABELA CIAP 2 – SINAIS/SINTOMAS DA FACE (MÚSCULO/NERVO ETC..)


A08 INCHAÇO incl: alto, massa NE
A10 SANGRAMENTO, HEMORRAGIA NE Excluir gengivite (código D82)
BO2 GÂNGLIO(S) LINFÁTICO(S) DOLORIDOS/COM VOLUME AUMENTADO R59
H01 DORES DE OUVIDOS H92.0 *sintomas da DTM
L19 SINAIS/SINTOMAS MUSCULARES NE M62.6,M79.9
incl: rigidez muscular; atrofia, perda muscular; distensão muscular; cansaço muscular
Atenção: Trismo representa uma contratura dolorosa da musculatura da mandíbula (masseteres)
N91 PARALISIA FACIAL/PARALISIA DE BELL G51
critérios: paralisia unilateral aguda dos músculos de expressão facial sem perda
sensorial considerar: paralisia, fraqueza N18
N92 NEVRALGIA DO TRIGÊMEO G50.0, G50.8, G50.9
incl: tique doloroso
Critérios: paroxismos unilaterais de dor ardente facial, agravada ao palpar pontos gatilho,
assoar o nariz ou bocejar, sem paralisia sensorial ou motora
N06 OUTRAS ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE R20.0, R20.l, R20.3,R20.8 *falta de sensibilidade
em língua, lábio ou bochecha devido danos a nervos da face
incl: anestesia,dormência, parestesia
N16 ALTERAÇÕES DO OLFATO/PALADAR R43 *alteração do paladar
incl: anosmia
R21 SINAIS/SINTOMAS DA GARGANTA R07.0,R09.8
incl: garganta seca, garganta inflamada, amígdalas dilatadas, sensação de aperto na garganta,
vermelhidão da garganta, garganta irritada, dor nas amígdalas;
S71 HERPES SIMPLES B00.0, B00.1, B00.8, B00.9
A75 MONONUCLEOSE INFECCIOSA B27
incl: febre glandular critérios: inflamação das amígdalas ou da faringe, com linfadenopatia não confinada
aos nódulos cervicais anteriores e linfócitos atípicos no esfregaço de sangue ou esplenomegalia;
ou título aumentado de anticorpos heterófilos anormais ou pesquisa positiva de vírus de EB considerar:
febre A03; nódulos linfáticos aumentados B02; infecção aguda do trato respiratório superior R74
X70 SÍFILIS FEMININA A51 to A53,A65
incl: sífilis em qualquer localização
Y70 SÍFILIS MASCULINA A50 a A53,A65
incl: sífilis qualquer que seja a sua localização critérios: evidência de Treponema pallidum ao
microscópio, ou teste sorológico positivo para a sífilis

TABELA CIAP 3 –SINAIS/ SINTOMAS RELACIONADOS AOS DENTES OU OSSOS DA FACE

A82 EFEITO SECUNDÁRIO DE UMA LESÃO TRAUMÁTICA


*EXCLUIR EFEITOS PSICOLÓGICOS
incl: sequelas, cicatrizes resultantes de ferimentos anteriores; amputação anterior
A89 EFEITOS DE UMA PRÓTESE
incl: incapacidade, desconforto, deficiência, dor ou limitação, da função resultante da utilização de uma
prótese corretora de uma deficiência; cateter; prótese dentária; válvula cardíaca; prótese
articular; transplante de órgão; marca-passo
D19 SINAIS/SINTOMAS DOS DENTES/GENGIVAS K00.7
*relacionado a sintomatologia
incl: problemas com a dentadura, inflamação ou sangramento gengival, dentição, dor de dentes
D20 SINAIS/SINTOMAS DA BOCA/LÍNGUA/LÁBIOS K14,R19.6,R68.2
incl: mau hálito; língua saburrosa; lábios rachados; salivação; boca seca; halitose; lábios inchados;
inflamação da boca
D21 PROBLEMAS DE DEGLUTIÇÃO R13
incl: sensação de sufocamento, disfagia
D79 CORPO ESTRANHO NO APARELHO DIGESTIVO T18
incl: corpo estranho no tubo digestivo, incluindo boca, esôfago e reto
D80 OUTRAS LESÕES TRAUMÁTICAS S00.5, S01.5, S02.5, S03.2,S36.1a S36.6, T28.0 a T28.2,T28.5 a
T28.7
incl: traumatismos dos órgãos abdominais, dentes e língua
*traumatismo dos dentes
D82 DOENÇAS DOS DENTES/GENGIVAS K00.1 a K00.6, K00.8, K00.9, K01 a K10
incl: cáries, abscessos, gengivite, maloclusão; perturbação da articulação temporomandibular; angina de
Vincent
D83 DOENÇAS DA BOCA/LÍNGUA/LÁBIO A69.0, A69.1, B00.2, B37.0, K11 a K13
incl: úlcera aftosa; queilose; glossite; mucocele; parotite; cálculo
L07 SINAIS/SINTOMAS DA MANDÍBULA M25.5,R29.8
incl: sintomas da articulação temporomandibular
L76 OUTRAS FRATURAS S02.0 a S02.4, S02.6 a S02.9,S12, S22, S32,S42, S82.0, T08, T10, T12, T14.2
incl: todas as fraturas não-especificadas em L72 a L75, N80
* EX: FRATURA DE MANDÍBULA
L82 MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS Q65 a Q79
incl: genu varum; pé boto (talipe); luxação congênita do quadril; genu recurvatum; malformações do crânio
e da face; outras deformações congênitas do pé
TABELA CIAP 4 – OUTROS
Z01 POBREZA/PROBLEMAS ECONÔMICOS Z59.5, Z59.6, Z59.7 a Z59.9
Nota: Problemas com as condições de vida exigem a manifestação de preocupação por parte do paciente,
assim como o reconhecimento da existência do problema e um desejo de ajuda. Quaisquer que sejam as
condições de vida objetivas do paciente, este pode considerá-las um problema.
Classificar esses problemas exige uma percepção clara das diferenças além de um bom julgamento do
indivíduo.
Classificação Internacional de Atenção Primária 159
EXEMPLO: FALTA DE CONDIÇÕES DE EXERCER O CUIDADO COM A BOCA OU REALIZAR
TRATAMENTO
Z03 PROBLEMAS DE HABITAÇÃO/VIZINHANÇA Z59.0 a Z59.3, Z59.8, Z59.9
Z02 PROBLEMAS RELACIONADOS À ÁGUA E À ALIMENTAÇÃO Z58.6,Z59.4
Nota: Problemas com as condições de vida exigem a manifestação de preocupação por parte do
paciente, assim como o reconhecimento da existência do problema e um desejo de ajuda. Quaisquer
que sejam as condições de vida objetivas do paciente, este pode considerá-las um problema. Classificar
esses problemas exige uma percepção clara das diferenças além de um bom julgamento do indivíduo.
ANEXO 4
Os novos códigos da versão 4.0 do E-SUS APS

Código Procedimento Descrição


03.01.01.025- TELECONSULTA NA ATENÇÃO ATENDIMENTO À DISTÂNCIA, SUPORTE
0 PRIMÁRIA ASSISTENCIAL, CONSULTAS, MONITORAMENTO E
DIAGNÓSTICO, CLÍNICO AMBULATORIAIS,
REALIZADOS POR MEIO DE TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

03.01.10.025- AFERIÇÃO DE TEMPERATURA CONSISTE NA AFERIÇÃO DA TEMPERATURA


0 CORPORAL POR MEIO DE EQUIPAMENTO
ESPECÍFICO, EM GRAUS CELSIUS.

01.01.04.007- MEDIÇÃO DE ALTURA CONSISTE NA MEDIÇÃO DA ALTURA CORPORAL, POR


5 MEIO DE EQUIPAMENTOS APROPRIADOS, EM
CENTÍMETROS

01.01.04.008- MEDIÇÃO DE PESO CONSISTE NA MEDIÇÃO DO PESO CORPORAL, POR


3 MEIO DE EQUIPAMENTOS APROPRIADOS, EM
QUILOGRAMAS.

03.01.01.026- AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO CONSISTE NA AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DA


9 NA PUERICULTURA CRIANÇA, DURANTE A CONSULTA DE
PUERICULTURA, POR MEIOS ANTROPOMÉTRICOS
01.01.02.010- ORIENTAÇÃO DE HIGIENE CONSISTE EM ATIVIDADES DE ORIENTAÇÃO DE
4 BUCAL HIGIENE BUCAL VOLTADAS À PROMOÇÃO DO
AUTOCUIDADO E MELHORIA DA CONDIÇÃO BUCAL.

01.01.02.011- AÇÃO COLETIVA DE CONSISTE EM ATIVIDADES COLETIVAS COM A


2 PREVENÇÃO DE CÂNCER FINALIDADE DE ELUCIDAR À POPULAÇÃO SOBRE OS
BUCAL PRINCIPAIS SINTOMAS, CAUSAS E OUTROS
FATORES LIGADOS AO CÂNCER DE BOCA PARA
GRUPOS POPULACIONAIS, PROMOVENDO SAÚDE E
PREVENINDO ESSA NEOPLASIA. GRUPOS ENTRE 5 E
20 PESSOAS.

01.01.02.012- ORIENTAÇÃO DE CONSISTE EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ACERCA


0 HIGIENIZAÇÃO DE PRÓTESES DOS CUIDADOS COM A DESINFECÇÃO E A
DENTÁRIAS HIGIENIZAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE
PRÓTESE, PROMOVENDO A MANUTENÇÃO DA
ESTRUTURA DA PRÓTESE, ASSIM COMO EVITANDO
QUE OS USUÁRIOS DESENVOLVAM AGRAVOS
RELACIONADOS A MICRORGANISMOS QUE
ANCORAM NA SUPERFÍCIE DAS PRÓTESES OU
INTERFACE DESTA COM OS DENTES
REMANESCENTES.
03.07.03.006- TRATAMENTO DE GENGIVITE NECROSANTE AGUDA (GUNA)CONSISTE NO
7 ULCERATIVA TRATAMENTO QUE PODE ENVOLVER LIMPEZA DAS
LESÕES COM SOLUÇÃO ANTIMICROBIANA, E
PRESCRIÇÕES ANTIMICROBIANAS/ANALGÉSICAS
ENTRE OUTRAS AÇÕES QUE IRÃO DEPENDER DO
PLANO TERAPÊUTICO DO CASO.

03.07.03.007- TRATAMENTO DE LESÕES DA CONSISTE NO TRATAMENTO QUE PODE ENVOLVER


5 MUCOSA BUCAL PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA, REALIZAÇÃO DE
LASERTERAPIA, ENTRE OUTRAS TÉCNICAS
COMPLEMENTARES. O TRATAMENTO DEVE SER
INDIVIDUAL E ATENTAR PARA AS CARACTERÍSTICAS
DA LESÃO.

03.07.03.008- TRATAMENTO DE CONSISTE NO TRATAMENTO PARA


3 PERICORONARITE PERICORONARITE QUE PODE VARIAR DE ACORDO
COM O GRAU DA INFECÇÃO QUE ATINGE OS
TECIDOS PERIODONTAIS. SENDO NECESSÁRIO
AVALIAÇÃO SOBRE QUAL TÉCNICA UTILIZAR, COMO
IRRIGAÇÃO, DESBRIDAMENTO DO TECIDO OU
PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA, SENDO
PRIMORDIAL A AVALIAÇÃO CLÍNICA RIGOROSA PARA
UMA ADEQUADA ESCOLHA TERAPÊUTICA.

03.07.01.006- TRATAMENTO INICIAL DO CONSISTE NA AVALIAÇÃO E ASSISTÊNCIA A USUÁRIO


6 DENTE TRAUMATIZADO COM TRAUMATISMO DENTÁRIO, CASO HAJA
NECESSIDADE, PODE-SE SOLICITAR EXAMES
COMPLEMENTARES OU ENCAMINHAR PARA
TRATAMENTOS ESPECIALIZADOS NA ATENÇÃO
SECUNDÁRIA.

03.07.01.007- TRATAMENTO RESTAURADOR CONSISTE EM TÉCNICA RESTAURADORA QUE


4 ATRAUMÁTICO (TRA/ART) UTILIZA INSTRUMENTOS MANUAIS NA REMOÇÃO DE
TECIDO CARIADO E EMPREGA MATERIAIS ADESIVOS
NAS RESTAURAÇÕES, COMO CIMENTO DE
IONÔMERO DE VIDRO.

03.07.01.014- ADEQUAÇÃO DO CONSISTE NA ADOÇÃO DE TÉCNICAS PARA


7 COMPORTAMENTO DA ADEQUAÇÃO DO COMPORTAMENTO DESTINADAS À
PESSOA COM DEFICIÊNCIA PESSOA COM DEFICIÊNCIA COM A FINALIDADE DE
MELHORAR A SUA COOPERAÇÃO COM OS
PROCEDIMENTOS REALIZADOS PELO CIRURGIÃO
DENTISTA.

03.07.01.015- ADEQUAÇÃO DO CONSISTE NA ADOÇÃO DE TÉCNICAS PARA


5 COMPORTAMENTO DE ADEQUAÇÃO DO COMPORTAMENTO DESTINADAS A
CRIANÇAS CRIANÇAS COM A FINALIDADE DE MELHORAR A
COOPERAÇÃO DESSAS COM OS PROCEDIMENTOS
REALIZADOS PELO CIRURGIÃO DENTISTA.

03.07.04.017- MOLDAGEM DENTO-GENGIVAL CONSISTE NA MOLDAGEM PARCIAL OU TOTAL COM A


8 COM FINALIDADE FINALIDADE DE CRIAR MODELOS DE GESSO QUE
ORTODÔNTICA SUBSIDIARÃO O PLANEJAMENTO ORTODÔNTICO.

04.14.02.043- EXODONTIA DE DENTE CONSISTE NA EXODONTIA DE DENTES


0 SUPRANUMERÁRIO SUPRANUMERÁRIOS

02.04.01.021- RADIOGRAFIA CONSISTE NO EXAME RADIOLÓGICO


7 INTERPROXIMAL (BITE WING) COMPLEMENTAR COM A FINALIDADE DE APRIMORAR
O DIAGNÓSTICO, PRINCIPALMENTE PARA VERIFICAR
A PRESENÇA DE CÁRIES DENTÁRIAS.

02.04.01.022- RADIOGRAFIA PERIAPICAL CONSISTE NO EXAME RADIOLÓGICO


5 COMPLEMENTAR COM A FINALIDADE DE APRIMORAR
O DIAGNÓSTICO, VERIFICANDO A PRESENÇA DE
LESÕES PERIAPICAIS, PERDA ÓSSEAS ENTRE
OUTRAS DOENÇAS QUE SE MANIFESTAM NO TECIDO
DURO DA MAXILA OU MANDÍBULA.

03.07.01.008- RESTAURAÇÃO DE DENTE CONSISTE NA RESTAURAÇÃO DE DENTES DECÍDUOS


2 DECÍDUO POSTERIOR COM COM USO DE INSTRUMENTOS MANUAIS OU
RESINA COMPOSTA ROTATÓRIOS. O MATERIAL UTILIZADO NESSA
RESTAURAÇÃO É RESINA COMPOSTA.

03.07.01.009- RESTAURAÇÃO DE DENTE CONSISTE NA RESTAURAÇÃO DE DENTES DECÍDUOS


0 DECÍDUO POSTERIOR COM COM USO DE INSTRUMENTOS MANUAIS OU
AMÁLGAMA ROTATÓRIOS. O MATERIAL UTILIZADO NESSA
RESTAURAÇÃO É O AMÁLGAMA DENTÁRIO.

03.07.01.010- RESTAURAÇÃO DE DENTE CONSISTE NA RESTAURAÇÃO DE DENTES DECÍDUOS


4 DECÍDUO POSTERIOR COM COM USO DE INSTRUMENTOS MANUAIS OU
IONÔMERO DE VIDRO ROTATÓRIOS. O MATERIAL UTILIZADO NESSA
RESTAURAÇÃO É O IONÔMERO DE VIDRO.
03.07.01.011- RESTAURAÇÃO DE DENTE CONSISTE NA RESTAURAÇÃO DE DENTES DECÍDUOS
2 DECÍDUO ANTERIOR COM COM USO DE INSTRUMENTOS MANUAIS OU
RESINA COMPOSTA ROTATÓRIOS. O MATERIAL UTILIZADO NESSA
RESTAURAÇÃO É A RESINA COMPOSTA.

03.07.01.012- RESTAURAÇÃO DE DENTE CONSISTE NA RESTAURAÇÃO DE DENTES


0 PERMANENTE POSTERIOR PERMANENTE COM USO DE INSTRUMENTOS
COM RESINA COMPOSTA MANUAIS OU ROTATÓRIOS. O MATERIAL UTILIZADO
NESSA RESTAURAÇÃO É A RESINA COMPOSTA

03.07.01.013- REMOÇÃO/RESTAURAÇÃO CONSISTE NA REMOÇÃO DE TECIDO CARIADO OU


9 COM AMÁLGAMA DE DENTE RESTAURAÇÕES INSATISFATÓRIAS COM EMPREGO
PERMANENTE POSTERIOR DO AMÁLGAMA COMO MATERIAL RESTAURADOR.
ANEXO 5
Busca Ativa de Pacientes Especiais para atendimento Odontológico na APS

ACS:
● Critérios Gerais Grupo 1 (APS)
1. Deficiência física, auditiva ou visual

● Critérios Gerais Grupo 2 (CEO)


1. Pacientes com autismo
2. Síndrome de Down
3. Paralisia cerebral
4. Pacientes psiquiátricos
5. Deficiência intelectual
6. Pacientes oncológicos

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