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2018 10anoHB 02 Testea2-Meu
2018 10anoHB 02 Testea2-Meu
Grupo I
Documento 1
Fui ver a praça onde se reúnem os comerciantes para tratar dos negócios do seu comércio
desde o meio-dia até à uma e meia. […] A este lugar chamam bolsa e aqui se podem ver
comerciantes de todas as nações […]. Sobretudo nada é tão interessante como observar a
pressa daqueles a quem chamam corretores, que são os homens empregados pelos grandes
comerciantes para negociar as letras de câmbio ou os seus outros assuntos, e vê-los correr de
um lado para o outro da praça; qualquer pessoa pensaria que são loucos.
(“Memórias e Cartas do Barão Charles Louis Pollnitz” in Immanuel Wallerstein, O Sistema
Mundial Moderno, vol. II, Ed. Afrontamento, 1994)
Documento 2
Não obstante as guerras contínuas que as Províncias Unidas tinham de sustentar contra a
Espanha, dando-lhes a sua felicidade e a prosperidade das suas armas ocasião para estender a
sua conquista até às Índias do Ocidente e do Oriente […], várias companhias se fundaram para
fazer progredir o seu negócio num e noutro mundo com vista a tirar proveito das Índias. […]
Elas formaram, em 1602, a célebre Companhia do Oriente. […] Esta Companhia tem sido
favorecida de tanta felicidade e prosperidade que se lhe pode chamar a primeira e a mais bela
do mundo.
(História Resumida das Províncias Unidas dos Países Baixos, onde se veem os seus progressos,
as suas conquistas […], carta nº 5, Amesterdão, Jean Malherbe, 1701)
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Documento 3
Para o progresso do armamento marítimo e da navegação que, sob a proteção e a bondade da
Providência Divina, tanto interessam à prosperidade, segurança e poderio deste reino […],
nenhuma mercadoria será importada ou exportada das regiões, ilhas ou territórios
pertencentes a Sua Majestade* ou na posse de Sua Majestade na Ásia, América e África,
noutros barcos que não aqueles que, sem qualquer fraude, pertencem a súbditos ingleses,
irlandeses ou galeses, ou ainda a habitantes dessas regiões, ilhas, plantações e territórios, e
que sejam comandados por um capitão inglês e guarnecidos de uma tripulação em três
quartos inglesa […]. Nenhum estrangeiro nascido fora da soberania do nosso senhor e rei, ou
não naturalizado, poderá exercer o ofício de mercador ou de transportador em qualquer dos
locais acima citados, sob pena de confiscação de todos os seus bens e mercadorias […].
* Carlos II de Inglaterra.
(A) ter decorrido noutros continentes, para além da Europa; ter resultado no equilíbrio
de forças entre a Inglaterra e a França; e ter consagrado o poderio militar e comercial
da França.
(B) ter decorrido principalmente na Europa; ter resultado na perda de colónias e
territórios por parte da Holanda; e ter consagrado o domínio colonial e marítimo da
Inglaterra.
(C) ter decorrido noutros continentes, para além da Europa; ter resultado na perda de
colónias e territórios por parte da Inglaterra; e ter consagrado o domínio colonial e
marítimo da Holanda.
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(D) ter decorrido noutros continentes, para além da Europa; ter resultado na perda de
colónias e territórios por parte da França; e ter consagrado o domínio colonial e
marítimo da Inglaterra.
Grupo II
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Documento 6 – Máquina a vapor de James Watt
Grupo III
Documento 7
Diz-me Vossa Mercê que está lastimoso o comércio do Reino, porque as nossas mercadorias,
por falta de valor, não têm saca*, e os estrangeiros, para se pagarem da que metem no Reino,
levam o dinheiro. Mal é este que pede remédio pronto, porque, se continua, se perderão as
Conquistas e o Reino: as Conquistas, porque a sua conservação é dependente do valor dos
frutos que nelas se cultivam […]; o Reino, porque o dinheiro é o sangue das Repúblicas, e
sucede no corpo político com a falta de dinheiro o mesmo que sucede no corpo físico com a
falta de sangue.
(Duarte Ribeiro de Macedo, Discurso sobre a Introdução das Artes no Reino, 1675)
*saca = venda.
Documento 8
A primeira fábrica que se deve cuidar é a dos panos […] solicitando pessoas que entrem neste
negócio, fazendo com elas contratos favoráveis, concedendo-lhes privilégios e mercês,
ordenando-se que na Alfândega se não despachem panos grossos de fora do Reino, porque
aos estrangeiros só lhes é permitido introduzir os finos, e depois de estabelecidas as fábricas
se podem proibir estes. […]
A fábrica de chapéus, meias e fitas se deve também renovar, procurando-se de fora artífices
que fabriquem estes géneros com tal brevidade que se possa usar deles, ainda que sejam mais
caros. Devem-se proibir às mulheres os mantos de seda de fora, permitindo-se-lhes só os de
sarja, e de Lamego. A fábrica de vidro e de papel estão principiadas, e pondo-se cuidado se
poderão estabelecer de modo que se escusem estes géneros de fora. […] Deve-se proibir todo
o ouro e prata nos vestidos, e mandar guardar a última pragmática.
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(Consulta do Conselho da Fazenda, 1678)
Documento 10
Art. 1.º - Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em seu próprio nome como
de seus sucessores, admitir para sempre, daqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de
lã e mais fábricas de lanifícios de Inglaterra, como era costume até ao tempo que foram
proibidos pelas leis […].
Art. 2.º - É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu próprio nome e no
de seus sucessores, será obrigada para sempre, daqui em diante, a admitir na Grã-Bretanha os
vinhos de produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os
reinos de Inglaterra e de França) não se poderá exigir de direitos de Alfândega […] mais que o
que se costuma pedir para igual quantidade ou medida de vinho de França, diminuindo ou
abatendo numa terça parte do direito do costume.
(Excerto do texto do Tratado de Methuen, assinado em Lisboa em 27 de dezembro de 1703)
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos de cada um dos seguintes
tópicos:
Situação da economia portuguesa nos anos 70 do século XVII.
A política mercantilista do Conde da Ericeira: objetivos e medidas tomadas.
O ouro brasileiro e o Tratado de Methuen: consequências.
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Documento 11 – Uma descrição de Portugal durante o reinado de D. José I
Durante a minha estadia em Portugal, em 1765 e 1766, existiam em Lisboa 386.000 almas. […]
Ao pisar pela primeira vez Lisboa, […] entro na soberba Rua Augusta, que era nova e ainda
estava incompleta […]. Termina esta rua no Rossio […]. Chegado a esta praça, reparei num
palácio que me disseram ser o do Santo Ofício. […] O Marquês de Pombal havia enfraquecido
este tribunal para o substituir por um outro com funções de inquisição política, que, durante o
governo deste ministro, imitou as iniquidades que outrora se faziam na inquisição religiosa. […]
Não bastava ao Marquês ver-se elevado ao poder absoluto – era necessário mantê-lo e, de
facto, manteve-o até ao último suspiro de D. José I. […] Existiam ainda na corte senhores
extremamente poderosos. Havia os jesuítas que dominavam a consciência do Rei e havia
também que contar com os outros membros da família real. Era, portanto, necessário apagar
ou destruir o crédito de todos estes concorrentes ao mesmo favor. E era para alcançar este fim
que ele não se cansava de fantasiar conjuras e atentados, que lhe serviam de pretexto para se
ir desfazendo de todos aqueles que podiam contrabalançar a sua influência.
(José Gorani, Portugal – A corte e o país nos anos de 1765 a 1767, Ed. Ática, Lisboa, 1945)
9. Para a prosperidade económica de finais do século XVIII e início do século XIX, Portugal
beneficiou de uma conjuntura internacional favorável à reexportação dos seus produtos
coloniais, em resultado da...
Cotações
Questão Cotação Questão Cotação Questão Cotação
Grupo I Grupo II Grupo III
1. 40 4. 6 7. 60
2. 6 5. 6 8. 30
3. 6 6. 40 9. 6
Total 200