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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADES

CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO

DÉRCIO JOSÉ SALATO


ISABEL AFONSO AUGUSTO PICARDO
NELSON ARMANDO LEMANE
SAMBEL INÁCIO ULIRE
SÓNIA OLÍMPIO CARLOS
TEQUIMO VENÂCIO EDUARDO

Garantias Jurídicas.

Quelimane

2021
DÉRCIO JOSÉ SALATO
ISABEL AFONSO AUGUSTO PICARDO
NELSON ARMANDO LEMANE
SAMBEL INÁCIO ULIRE
SÓNIA OLÍMPIO CARLOS
TEQUIMO VENÂCIO EDUARDO

Garantias Jurídicas.

Trabalho Individual a ser submetido à Faculdade de


Letras e Humanidades - Universidade Licungo, Curso
de Licenciatura em Direito, como requisito para a
avaliação na disciplina de Introdução ao Estudo do
Direito II.

Docente: dr. Mércio Soares

Quelimane

2021
Sumário

1 Introdução (Lemane)................................................................................................................3

2 Garantias Jurídicas...................................................................................................................4

2.1 Noção de garantia jurídica................................................................................................4

2.2 Prémios.............................................................................................................................4

2.3. Classificação das sanções negativas (Sambel).................................................................5

2.3.1. Quanto a modalidade de infracção............................................................................5

2.3.2 Quanto ao desiderato ou fim (Isabel).........................................................................7

2.4 Distinção entre sanções jurídico-materiais e sanções jurídicas (Sónia)............................8

2.5 Tutela estadual e auto-tutela (Tequimo)...........................................................................9

2.5.1 Direito de retenção.....................................................................................................9

2.5.2 Legítima defesa........................................................................................................10

2.5.3 Estado de necessidade (Dércio)...............................................................................10

2.5.4 Acção directa...........................................................................................................10

2.5.5 Direito de resistência................................................................................................11

3 Conclusão...............................................................................................................................12

4 Referências Bibliográficas.....................................................................................................13
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1 Introdução (Lemane)
O presente trabalho de pesquisa, com o tema Garantias Jurídicas, busca
compreender, na relação jurídica, o procedimento sancionatório, a aplicação de sanções
jurídicas, em razão da infracção dos deveres que as normas jurídicas impõem.

A pesquisa toma por base as teorias desenvolvidas por Sousa e Galvão (2000),
apoiando-se de obras de diversos outros autores para melhor fundamentar as posições
alicerçadas pelos já mencionados autores, no que respeita às garantias jurídicas, sobretudo nas
noções que nos são igualmente apresentadas pelo Prof. João Castro Mendes (2010).

Este é um trabalho académico de cariz bibliográfico, o que implica afirmar que a


metodologia aplicada para a sua realização foi baseada na pesquisa bibliográfica. Aliás, já
assenta Lima (1997, p.24) que “a pesquisa bibliográfica é a actividade de localização e
consulta de fontes diversas de informações escritas, para colectar dados gerais ou específicos
a respeito de um tema”.

O trabalho comporta três partes fundamentais, sendo a primeira a presente introdução,


onde se procede a apresentação do seu objectivo e a metodologia utilizada para a sua
efectivação. A segunda parte, concernente ao desenvolvimento, descreve, fundamentalmente,
as teorias relativas às garantias jurídicas, ora em estudo. A terceira parte do trabalho, relativa
à conclusão, apresenta de forma expressa as principais ilações tiradas na realização desta
pesquisa.
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2 Garantias Jurídicas
Nesta parte da pesquisa, propusemo-nos, então, a apresentar as noções de garantias
jurídicas, bem assim as suas nuances, como sejam as sanções e prémios a estas inerentes,
como forma de protecção da ordem jurídica assente.

2.1 Noção de garantia jurídica


A garantia, quarto elemento da relação jurídica, na perspectiva de Beviláqua (1979),
assegura a protecção ao direito do sujeito por meio de acção que é um dos elementos
constitutivos do direito que, como tecido regulamentar, protege parte nuclear do interesse. Ela
é um meio que leva o sujeito a reagir com a ajuda dos aplicadores do direito, quando se sentir
desrespeitado em seus direitos e pretensões. Ou seja, conforme esclarece Santos (1964,
p.231), “o sujeito deixa a atitude de tranquilidade em que permanece, para se pôr em
movimento, uma vez que seja violado o direito ou a pretensão”.

Ainda sobre a noção de garantia jurídica, entende Mendes (2010), no mesmo esteio do
apresentado por Beviláqua (1979), que na relação jurídica deve existir um elemento que
proteja a ordem jurídica. É o elemento que possibilita, “para além das vontades humanas, se
recorrer a um sistema de coacção organizada e a susceptibilidade da intervenção da força para
proteger o interesse juridicamente tutelado” (Mendes, 2010, p.130).

Sustentam Sousa e Galvão (2000) que, falar de garantia jurídica, é falar, antes de mais,
da coercibilidade do Direito, conquanto este consiste na susceptibilidade de aplicação da
sanção perante a violação de uma regra jurídica, ou seja, ao Direito assiste-se-lhe a faculdade
de “recorrer ao uso da força para aplicar a sanção ao infractor” (p.274).

2.2 Prémios
Até aqui, no cômputo da noção das garantias jurídicas, referimo-nos das sanções
negativas a aplicar em caso de violação da ordem jurídica. No entanto, tais garantias não se
revestem unicamente em sanções negativas. Vezes há, embora muitíssimo raras, em que as
mesmas são revestidas em prémios. Assim, asseguram Sousa e Galvão (2000, p.275) que “os
prémios induzem um fortíssimo estímulo a observância do Direito, como que convidando a
comunidade a aderir à disciplina consagrada”. Seria, em nosso entendimento, uma
bonificação ao cumprimento pontual e integral da norma jurídica vigente.
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Os prémios, no entender de Sousa e Galvão (2000), têm-se limitado a favorecer casos


específicos de cumprimento da lei – quando se entende ser ela particularmente rigorosa -, ou
de melhor cumprimento da lei – quando o seu acatamento compreende diferentes graus de
efectivação. São os casos de prémios fiscais para empresas que rapidamente ou cabalmente
cumprem as suas obrigações fiscais.

2.3. Classificação das sanções negativas (Sambel)


As sanções negativas podem ser classificadas, de acordo com Sousa e Galvão (2000),
em: quanto a modalidade de infracção ou violação do Direito que ela visa punir; quanto ao
desiderato ou fim.

2.3.1. Quanto a modalidade de infracção


No entender de Sousa e Galvão (2000) estas podem ser distinguidas em sanções
disciplinares, administrativas, civis e criminais, correspondentes respectivamente aos ilícitos
disciplinares, administrativos, civis e criminais.

A. Sanção disciplinar
No entender de Sousa e Galvão (2000, p. 275), “há ilícito disciplinar quando um
funcionário ou agente integrado em certa organização desrespeita regras que disciplinam o
seu funcionamento interno ou a sua relação com terceiros, atendendo à óptica de salvaguarda
do interesse da organização”. Pode-se entender que esta sanção decorre da relação jurídico-
laboral, quando se verifique a violação de deveres por parte do infractor/trabalhador (como
sejam, por exemplo, os deveres previstos no artigo 58 da Lei de Trabalho, aprovada pela Lei
n.º 23/2007, de 01 de Agosto – na relação jurídico-laboral entre particulares -, ou, ainda, os
deveres ínsitos nos artigos 42 e 43, ambos do Estatuto geral dos Funcionários e Agentes do
Estado (EGFAE), aprovado pela Lei n.º 10/2017, de 01 de Agosto – na relação jurídico-
laboral com o Estado).

Nestes termos, para punir ao infractor na sua relação com a entidade que serve, é
aplicada uma sanção disciplinar, que vai desde admoestação verbal ao despedimento (ex vi do
artigo 63 da Lei do Trabalho), ou, ainda, desde a advertência à expulsão (ex vi do artigo 90 do
EGFAE). Esta sanção, entendem Sousa e Galvão (2000), só pode ser aplicada por instância
competente da organização considerada.
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B. Sanção civil
Para Sousa e Galvão (2000, p.276), “há ilícito civil quando são desrespeitadas regras
que respeitam ao relacionamento entre particulares ou entre eles e a Administração Pública,
mas actuando com se fosse um particular”.

Esta sanção não abrange, hodiernamente, a privação da liberdade dos cidadãos,


consistindo em prestações que eles têm de efectuar, com ou sem expressão pecuniária.

C. Sanção administrativa
Consideram Sousa e Galvão (2000) que o ilícito administrativo ocorre sempre que haja
violação das regras que regulam as relações entre particulares e a Administração Pública ou
estabeleçam condutas cujo acatamento é ditado por interesses colectivos, isto é, pela
necessidade de viver colectivamente, embora interesses colectivos não vitais. É uma sanção
aplicada pela Administração Pública. Os autores retro mencionados indicam que esta sanção
“consiste no desrespeito de regras que pretendem proteger valores colectivos de segunda
relevância, ilícito esse que corresponde a uma sanção administrativa chamada coima.

As sanções administrativas em geral, e as coimas em particular, têm normalmente a


feição de prestações e possuem expressão pecuniária, podendo consistir na interdição
temporária do exercício de certa actividade ou da utilização de certos bens.

D. Sanção criminal
Esta sanção é resultante, na acepção de Sousa e Galvão (2000), da violação de regras
que visam tutelar os valores essenciais da vida comunitária.

Estas podem ser pecuniárias (multas) ou restritivas de liberdade humana (penas de


prisão), ou ainda, em certos ordenamentos, a pena de morte.

O dever de aplicar as sanções supra mencionadas, decorre da responsabilidade que


recai sobre o autor dos ilícitos pela sua prática.

De qualquer modo, há que ter em conta que sobre um acto pratica podem decorrer,
simultaneamente, várias modalidades de ilícitos, correspondendo-lhe várias modalidades de
sanções, como acima visto.
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2.3.2 Quanto ao desiderato ou fim (Isabel)


Na óptica de Sousa e Galvão (2000), estas podem ser distinguidas em sanções
compulsórias, reconstitutivas, compensatórias, preventivas e punitivas.

A. Sanções compulsórias
Sanções compulsórias destinam-se a forçar o infractor da regra do Direito a adoptar,
ainda que tardiamente, a conduta por aquela imposta. Houve violação da regra jurídica, mas
ainda é possível, com utilidade para o Direito, condicionar o infrator e fazer o que deveria ser
feito (Sousa e Galvão, 2000).

Estas sanções revestem-se de alguma raridade, pois, em muitos casos, verificada a


infracção, já perdeu interesse a adopção do comportamento imposto pelo Direito.

Exemplos de sanções compulsórias são juros de mora ou agravamentos fiscais visando


estimular ou compelir ao cumprimento de obrigações para com outros cidadãos ou para com o
Estado (o quer dizer que as sanções compulsórias tanto podem ser civis como
administrativas).

B. Sanções reconstitutivas
As sanções reconstrutivas assumem particular relevo num domínio do Direito Civil
chamado direito das obrigações, na parte em que regula os deveres que especificamente
surgem por força de contrato e que adstringem um cidadão a realizar uma prestação a outro ou
outros sujeitos de Direito.

Exemplo de sanção reconstrutivas sucede quando alguém se obriga a celebrar certo


contrato através de contrato-promessa, e o credor se dirige ao tribunal, que se substitui ao
devedor e executa o contrato-promessa, valendo a sentença como declaração de vontade do
devedor (Artigo 830.º do Código Civil).

C. Sanções compensatórias
A sanção compensatória típica é a indemnização específica, que não reconstitui em
espécie a situação actual hipotética, mas permite criar situação equivalente a ela (Sousa e
Galvão, 2000).
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Exemplo de sanções compensatórias consiste no pagamento de danos por falta de bem


ou de obra devidos e não realizáveis, como no ressarcimento de danos no património
(prejuízos emergentes e lucros cessantes), como ainda em danos pessoas. Imaginemos que
António se compromete a entregar um quadro antigo a Bento e, no caminho, tem um acidente
em que, além de destruir o quadro, atropela Carlos, que fica gravemente ferido e
impossibilitado de fazer um negocio já apalavrado, e mata Luís, marido de Raquel, António
tem de indemnizar Bento pelo bem não entregue, Carlos pelos prejuízos físicos que sofreu e
pelos lucros que deixou de ter no negocio apalavrado, e Raquel pelos danos morais sofridos
com a morte de Luís.

D. Sanções preventivas
As sanções preventivas que ganham crescente expressão. A sanção preventiva segue-
se a violação de regra jurídica, mas a finalidade essencial é prevenir violações futuras,
indicadas pela infracção praticada. Sanção preventiva é a liberdade condicional de criminosos
ou interdição do exercício de certos cargos públicos ou em órgãos sociais de empresa por
quem praticar certos ilícitos disciplinares e civis, respectivamente (Sousa e Galvão, 2000).

C. Sanções punitivas
As sanções punitivas, que, ao contrário das reconstrutivas e compensatórias,
dominantes no ilícito civil, correspondem normalmente aos ilícitos criminais, administrativos
e disciplinar (Sousa e Galvão, 2000).

Exemplos de sanções punitivas são as penas criminais, que são o exemplo mais
conhecido, não sendo excepção as penas disciplinares aplicadas aos funcionários públicos, por
exemplo, que tenham praticado algum ilícito disciplinar.

2.4 Distinção entre sanções jurídico-materiais e sanções jurídicas (Sónia)


No entender de Sousa e Galvão (2000), as sanções jurídico-matérias são as
compulsórias, reconstitutivas, compensatórias, preventivas e punitivas, pois, além de serem
previstas pelo Direito, envolvem efeitos materiais que se projectam sobre os infractores.

Sanções meramente Jurídicas são a inexistência, a invalidade ou ineficácia de um acto


jurídico ilegal.
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De acordo com Lasarte (2006), um acto é ineficaz sempre que não produza todos ou
parte dos efeitos que a categoria a que pertence está, em abstracto, apta para produzir. Por
exemplo, um contrato de compra e venda anulado por erro é ineficaz na medida em que não
gera obrigações de entregar e pagar que são tópicas daquele contrato.

A invalidade, por seu turno, refere-se ao acto que, em abstracto, tenha aptidão para
produzir efeitos jurídicos, mas que viole valores consagrados numa norma legal imperativa
(Ascensão, 2003).

O acto é inexistente quando, segundo Vasconcellos (2008), o mesmo não tenha


ocorrido, ou se o acto for ininteligível ou contraditório, insuscetível de recuperação por
interpretação, de tal modo que não se possa apurar um significado em função do qual se
estabeleçam os efeitos, ou ainda, se o negócio unilateral sofrerem de insuficiência estrutural
extrema ou de contradição sistemática. Um exemplo prático é o casamento de um homem
com um animal.

2.5 Tutela estadual e auto-tutela (Tequimo)


Regra geral, é o Estado que aplica a coacção. No entanto, vezes há, como veremos a
seguir, que aos particulares é reservado, excepcionalmente, modalidades de auto-tutela, ou
seja, de aplicação da coacção pelos particulares, nas suas relações entre si e com o Estado.

2.5.1 Direito de retenção


O direito da retenção é, nas palavras de Sousa e Galvão (2000, p.278), o “direito de o
credor de certa dívida reter bem do devedor como instrumento para forçar o pagamento
daquela dívida”. No entanto, deverá sempre haver relação entre a causa da dívida e a detenção
da coisa. Por exemplo, se a alguém, possuidor de boa-fé de um imóvel, opera benfeitorias
sobre o mesmo, é-lhe devido o direito a retenção até que seja indemnizado pelas benfeitorias
observadas naquele imóvel.

As circunstâncias para a aplicação do direito de retenção são as que se acham


dispostas nos artigos 754 e seguintes do Código Civil, dentre as quais podem destacar-se os
seguintes exemplos:
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a) O transportador pode reter bens transportados, se verificar-se que o seu


proprietário ainda não tenha pago pelo transporte;
b) O proprietário de uma estalagem pode reter bens do hóspede, caso este não pague
pela dormida.

2.5.2 Legítima defesa


A legítima defesa visa afastar uma agressão ilegal, em execução ou iminente ao
próprio (legitima defesa própria) ou a terceiro (legitima defesa alheia) nas suas pessoas ou nos
seus bens (Artigo 337.º do Código Civil). Supõe a impossibilidade de recursos aos meios
normais de tutela e que o prejuízo causado pelo acto defensivo não seja manifestamente
superior ao causado pela agressão. Nasce por causa da conduta do infractor do Direito e
envolve o exercício de coacção sobre este (Sousa e Galvão, 2000).

Exemplo, da conduta de Eduardo, que ameaça agredir Luís e Carlos, defendendo este
não so a sua pessoa a bens como, eventualmente, também Luís.

2.5.3 Estado de necessidade (Dércio)


O estado de necessidade resulta, não de actuação de sujeito infractor, mas de facto não
volitivo (inundação, fogo, por exemplo). Também visa prevenir lesões na pessoa ou nos bens
do agente ou de terceiro, com sacrifício patrimonial de outrem (Artigo 339.º do Código Civil).
Supõe um perigo actual de dano, no próprio ou em terceiro, cuja gravidade é susceptivel de
justificar o dano causado por quem reage (Sousa e Galvão, 2000).

Exemplo, é o caso de Manuel que tem de arrombar a porta do apartamento vizinho


para escapar ao fogo do seu.

2.5.4 Acção directa


Supõe-se, nas palavras de Sousa e Galvão (2000), na acção directa a impossibilidade
de recorrer em tempo útil a tutela pública para evitar o esvaziamento do direito do agente. Na
acção directa, a intervenção do agente é posterior à infracção e não anterior ou simultânea,
embora vise a reconstituição natural ou em espécie de situação (Artigo 336.º do Código
Civil).
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Exemplo: Carlos, a quem furtaram o rádio do automóvel, encontrar, um mês depois, o


bem furtado noutro veículo, que arrombaram para se reapossar da coisa indevidamente
desviada.

2.5.5 Direito de resistência


O direito de resistência, previsto na constituição (Artigo 80.º), ele corresponde a uma
auto-tutela contra o próprio poder político do Estado, recusando cumprir determinações suas
violadoras do Direito (desde que contrárias a direito, liberdade ou garantia dos cidadãos) e
mesmo repelindo, pela força, actos materiais seus de agressão, contrários ao Direito, e não for
possível recorrer a outra autoridade pública (Sousa e Galvão, 2000).

Exemplo: ele pode consistir em não cumprir uma ordem policial patentemente ilegal e
violadora de direito pessoal ou político dos cidadãos, ou em rechaçar pela força uma
intromissão no próprio domicílio sem mandato do tribunal para o efeito, na impossibilidade
de recorrer a força pública.
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3 Conclusão
Neste trabalho procuramos abordar em torno das garantias jurídicas, enquanto
elementos de protecção da ordem jurídica, ou seja, os meios de coacção para protecção do
interesse jurídico tutelado.

Embora sejam igualmente caracterizadas por prémios, as garantias jurídicas, como


vimos, revestem-se maioritariamente por sanções negativas, podendo ser distinguidas quanto
a modalidade de infracção (sanções disciplinares, administrativas, civis e criminais) e o fim
(sanções compulsórias, reconstitutivas, compensatórias, preventivas e punitivas).

Procuramos, igualmente, sintetizar aspectos relativos à auto-tutela, enquanto garantias


jurídicas assistidas aos particulares nas suas relações entre si e com o Estado (este visto como
particular), donde foi possível esclarecer conceitos importantes como o direito de retenção,
legítima defesa, estado de necessidade, acção directa e direito de resistência.
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4 Referências Bibliográficas
Ascensão, J. O. (2003). Direito civil. Teoria Geral II. Acções e Factos Jurídicos. 2.ª ed.
Coimbra.
Beviláqua, C. (1979). Código Civil dos Estados Unidos do Brasil Comentado. Rio de Janeiro:
Edioção Histórica.
Lasarte, C. (2006). Contratos. 9.ª ed. Madrid, Barcelona.
Lima, M. C. (1997). A Engenharia da Produção Acadêmica. São Paulo: Unidas.
Mendes, J. C. (2010). Introdução ao Estudo do Direito. 3.ª ed. Lisboa: AAFDL.
Santos, J. M. C. (1964). Código Brasileiro Interpretado. 9. ed. São Paulo: Freitas Bastos.
Sousa, M. R. & Galvão, S. (2000). Introdução ao Estudo de Direito. 5ª ed. Lisboa: Lex.
Vasconcellos, P. P. (2008). Teoria geral do Direito Civil. 5.ª ed. Coimbra.

Legislação:
Código Civil.
Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.
Lei do Trabalho.

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