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MANUTENÇÃO
NA INDÚSTRIA 4.0
Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio,
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2020
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MANUTENÇÃO NA INDÚSTRIA 4.0
SUMÁRIO
Internet das Coisas (loT). Big Data. Inteligência artificial______________ 05
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Internet das Coisas (loT).
Big Data. Inteligência artificial
Autoria: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Leitura crítica: Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues
Objetivos
• Entender o funcionamento da Internet das Coisas e
as principais tecnologias empregadas.
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1. Internet das coisas (IoT)
A Internet das Coisas (mais conhecida pela sigla inglesa IoT, que significa
Internet of Things) é uma coleção de muitos tipos de comunicação
sem fio. Em vários projetos da Internet das Coisas, sabe-se que a
conexão pode ser baseada em tecnologias como Wi-Fi (Wireless Fidelity),
Bluetooth, RFID (Radio Frequency Identification), LPWAN (Low Power
Wide Area Network), LTE (Long Term Evolution), 4G, 5G, NFC (Near Field
Communication), ZigBee, Li-Fi (Light Fidelity) etc. De acordo com Almeida
(2010), um lugar significativo nos projetos de IoT é ocupado por
sensores que coletam informações (sobre o ambiente urbano, sobre
a saúde humana e o estado dos equipamentos na fábrica) e fornecem
medidas de pressão, umidade, luz, movimento, fluxo de calor, nível,
entre outras. Assim, graças à comunicação sem fio e a vários protocolos,
esses sensores são capazes de interagir entre si e enviar as informações
coletadas para análise posterior, sendo ela realizada por uma pessoa ou
por aplicações de inteligência artificial.
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1.1 Aplicabilidade do IoT
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Em outras palavras, a Internet das Coisas pode ser vista como uma rede
de redes, nas quais pequenas redes fracamente conectadas formam
redes maiores.
Uma rede de sensores sem fio, por sua vez, é uma estrutura distribuída
e auto organizada de muitos sensores e atuadores, interconectados
por meio de um canal de rádio. Além disso, a área de cobertura dessa
rede pode variar de vários metros a vários quilômetros, devido à sua
capacidade de retransmissão de mensagens de um elemento para
outro, sendo uma tecnologia muito usada para resolver problemas
práticos relacionados ao monitoramento, ao gerenciamento e à logística.
1.2.2 RFID
8
Figura 1–Chip adesivo de RFID
Fonte: albln/iStock.com.
2. Big Data
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softwares e aplicativos tradicionais de processamento de dados. Desse
modo, dados com muitos casos (linhas), por exemplo, oferecem mais
poder estatístico; enquanto dados com maior complexidade (mais
atributos ou colunas) podem levar a um maior número de descobertas
falsas. Além disso, ressalta-se que, geralmente, grandes problemas da
área incluirão detalhes de coleta, armazenamento, análise, recuperação,
compartilhamento de dados, transmissão, visualização, consulta,
atualização, confidencialidade das informações e fonte de dados.
Desse modo, sabe-se que o Big Data foi originalmente associado à três
conceitos principais: volume, variedade e velocidade. Outros conceitos
posteriormente atribuídos ao Big Data foram a veracidade (ou seja,
quanto barulho há nos dados) e o significado. Além disso, percebe-se
cada vez mais que o termo big data se refere, geralmente, ao uso de
análise preditiva, análise de comportamento do usuário ou algumas
outras técnicas avançadas de análise de dados, que extraem valores
dessas informações.
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conjuntos de dados em vários campos. Já os cientistas, por sua vez,
enfrentam as restrições referentes às grandes quantidades de dados
em seu trabalho com relação à eletrônica, incluindo áreas como
meteorologia, genômica, conectômica, simulações complexas de física,
biologia e pesquisa ambiental.
De acordo com Pires (2018), o Big Data pode ser descrito pelas seguintes
características:
11
processos novos e inovadores para obter o resultado desejado. O
CRVS (Registro Civil e Estatísticas Vitais), por exemplo, coleta todos
os certificados de status desde o nascimento até a morte, sendo
uma grande fonte de big data para os governos em geral.
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as outras informações devem estar disponíveis para aquisição,
como acústica, vibração, pressão, corrente, tensão e dados do
controlador. Uma enorme quantidade de dados do sensor, além
dos dados históricos, para serem analisados grandes dados na
produção. O Big Data formado atua como uma entrada para
ferramentas preditivas e estratégias de prevenção, como o
Prognóstico e Gestão de Saúde (PHM).
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criaram programas de mestrado para atender a esta demanda.
O Private Bootcamps também desenvolveu programas com tal
intuito, incluindo programas gratuitos como uma incubadora de
dados ou programas pagos como a Assembleia Geral. Em uma
área específica de marketing, por exemplo, um dos problemas
destacados por Wedel e Kannan (2017) é que o marketing possui
vários subdomínios que usam diferentes tipos de dados (como
a publicidade, promoção, desenvolvimento de produtos e
marcas). Assim, como as soluções analíticas de tamanho único não
são desejáveis, as escolas de administração devem preparar um
gerente de marketing para ter amplo conhecimento de todos os
diferentes métodos usados nessas subáreas, a fim de obter uma
visão geral e trabalhar de maneira eficaz com os analistas.
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e eliminar problemas invisíveis, como a degradação da máquina, o
desgaste de peças, entre outros, passíveis de ocorrer no chão de fábrica.
• Melhoria do produto.
• Logística eficiente.
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tempo real, apresentam os resultados da forma mais fácil de entender e
economizam para uso posterior. Com base na análise dos dados obtidos
são tiradas informações sobre as condições do equipamento, a eficiência
de seu trabalho e a qualidade dos produtos.
• Prevenir acidentes.
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3. Inteligência Artificial
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• Na automatização de processos repetitivos de aprendizado
e pesquisa por meio do uso de dados, de forma diferente da
robotização, que se baseia no uso de hardware. Assim, ressalta-
se que neste caso o objetivo da IA não é automatizar o trabalho
manual, mas executar de maneira confiável e contínua inúmeras
tarefas computadorizadas em larga escala. Esse tipo de automação
requer participação humana para inicializar o sistema e fazer
perguntas corretamente.
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ferramentas, mais eficazes elas se tornam. No campo da saúde, o
diagnóstico de tumores cancerígenos em imagens de ressonância
magnética usando tecnologias de IA (aprendizado profundo,
classificação de imagens e reconhecimento de objetos) não é
inferior em precisão às conclusões de radiologistas altamente
qualificados.
3.2 Aplicações
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, P. S. Indústria 4.0: princípios básicos, aplicabilidade e implantação na
área industrial. São Paulo: Érica, 2019
COSTA, M. A. B.; LIZARELLI, F. L. Evolução das teorias e práticas administrativas:
de Ford à Indústria 4.0. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2018.
MCKINSEY GLOBAL INSTITUTE. Going from global trends to corporate strategy.
McKinsey & Company, New York, n. 3, 2016.
WEDEL, A.; KANNAN, J. How businesses are using web 2.0: a mckinsey global survey.
McKinsey & Company, New York, 2017.
PIRES, J. N. Robótica industrial: indústria 4.0. Lisboa: Lidel, 2018.
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Manufatura, Indústria 4.0
e veículos autônomos
Autoria: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Leitura crítica: Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues
Objetivos
• Compreender o papel da manufatura inteligente na
implementação da Indústria 4.0.
21
1. Introdução
22
formado recentemente e não tem um significado estabelecido, podendo
ser usado para descrever a implementação de robôs, tecnologia da
informação ou qualquer outra inovação na manufatura.
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• Internet das Coisas industrial, com dispositivos e tecnologias que
fornecem conexão à internet para todas as máquinas na produção.
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vantagens podem reduzir significativamente os custos de produção e
aumentar a lucratividade do negócio.
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3D era associado às máquinas de baixo custo e baixa produtividade,
embora hoje em dia, usualmente, é comum ver na prática os termos
manufatura aditiva e impressão 3D com o mesmo significado. Além
disso, há a simulação por camadas de fusão (modelagem por deposição
fundida, FDM–Fused Deposition Modelling) e uma série de tecnologias
desenvolvidas com base nela. O próprio termo, impressão 3D,
originalmente se referia ao processo de impressão de sanduíche de
camada de pó usando cabeças de impressão a jato de tinta desenvolvido
no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 1993. O processo foi
proposto por alunos do MIT, Tim Anderson e Jim Bredt, que trabalharam
em sua pesquisa acerca da criação de impressão a jato de tinta, com
base na tecnologia do pó.
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• Síntese em um substrato (Powder Bed Fusion, PBF): metais,
polímeros e cerâmicas.
27
adequada esteja instalada, o que permite organizar a produção
local em escala global.
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• Uso eficaz da robótica, visto que certas máquinas robóticas para
impressão 3D são capazes de automatizar o pós-processamento
das peças impressas.
Por outro lado, existem pontos importantes que devem ser levados
em consideração, especialmente quando se trata de novas tecnologias.
Nesse caso, observa-se que se tornou possível imprimir peças em
qualquer lugar em que uma impressora 3D adequada esteja instalada, o
que levanta preocupações sobre a retenção da propriedade intelectual
para fabricantes tradicionais e empresas que desenvolvem novas
peças e equipamentos para uso próprio. Assim, dadas essas limitações
específicas e outras possíveis desvantagens que possam ser vistas na
prática, eventualmente, podemos concluir que de fato as tecnologias
aditivas não podem substituir completamente a produção tradicional,
sendo essas tecnologias de fabricação complementares.
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Como a impressão 3D, a impressão 4D é um processo de aplicação de
materiais camada por camada e, assim, gera um objeto tridimensional
(peça), mas aqui também considera a quarta dimensão da peça acabada,
o tempo. Como resultado, o objeto pode se mover e/ou mudar sob
certos gatilhos sensoriais, como quando em contato com água, calor,
vibração ou som (materiais inteligentes). Por sua vez, a impressão 4D
está nos estágios iniciais de desenvolvimento e combina uma variedade
de ciências, como bioengenharia, ciência e engenharia de materiais,
química e ciência da computação e engenharia.
30
casos, a luz ultravioleta é usada para curar o material em camadas após
a conclusão do processo de impressão. A anisotropia é crucial para
projetar a direção e a magnitude da transformação sob determinadas
condições. Ao organizar os materiais microscópicos de uma certa
maneira, ela incorpora diretividade para a impressão acabada.
31
sensores acústicos; detectores de umidade, gás, entre outros. Além
disso, é importante ressaltar que todos esses sensores, além dos
já citados, trabalham a partir de diferentes princípios físicos, que
determinam a gama de condições nas quais a qualidade necessária das
medições possa ser assegurada.
32
fim, esse é um exemplo habilitador tecnologia e como uma área da
tecnologia influencia o desenvolvimento de outra.
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exemplo, realizar uma operação de contato de forma eficiente e não
danificar o robô ou ferir uma pessoa que esteja por perto ou em contato
direto.
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é que uma das principais tarefas que precisam ser resolvidas hoje
para avançar no desenvolvimento de veículos não tripulados é tornar
o sensor lidar barato, visto que o preço dele ainda aumenta muito
o custo do robô acabado e não permite que tais sistemas sejam
produzidos em massa. Além disso, percebe-se que, em busca de uma
alternativa para a robótica móvel, as pessoas estão tentando fazer um
sistema de navegação autônomo baseado em outros sensores, por
meio de elementos como sonares, câmeras estéreo, sensores de luz
estruturados e câmeras de tempo de voo. Por último, em conexão com
o desenvolvimento da robótica pessoal, os sensores para interação
multimodal com uma pessoa devem receber uma adoção mais ampla,
incluindo, por exemplo, sensores combinados para leitura simultânea
de informações de áudio e visuais para posterior processamento de
linguagem natural.
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relacionados e os desafios para a implantação completa, ajudando aos
OEMs a maximizar as oportunidades e minimizar os riscos.
Fonte: igphotography/iStock.com.
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veículo com a tecnologia indica conectividade crescente. Os participantes
tradicionais da indústria automobilística–junto com um número
crescente de empresas que estão encontrando novas oportunidades na
indústria automotiva–terão que esperar mudanças no pool de lucros, o
que provavelmente levará à conectividade, uma vez que perturba cada
vez mais a cadeia de valor.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, P. S. Indústria 4.0: princípios básicos, aplicabilidade e implantação na
área industrial. São Paulo: Érica, 2019.
COSTA, M. A. B.; LIZARELLI, F. L. Evolução das teorias e práticas administrativas:
de Ford à Indústria 4.0. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2018.
PIRES, J. N. Robótica industrial: Indústria 4.0. Lisboa: Lidel, 2018.
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PCM, interoperabilidade e
customização em massa
Autoria: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Leitura crítica: Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues
Objetivos
• Apresentar o novo planejamento e controle da
manutenção na indústria 4.0.
38
1. O PCM (Planejamento e Controle da
Manutenção) na Indústria 4.0
39
Neste cenário, os dados também serão um fator decisivo. A partir dos
dados operacionais, por exemplo, pode-se obter informações técnicas
abrangentes, que não só se acumulam em grandes quantidades
com a Indústria 4.0 ou a Internet das Coisas, mas também podem
ser disponibilizados onde houver conexão à Internet. Com os dados
de velocidade, pressão do óleo, temperatura ou nível do líquido
refrigerante, por um lado, pode-se controlar e monitorar os sistemas
individuais para que os fabricantes ou prestadores de serviços possam
planejar de forma otimizada suas medidas. Por outro lado, informações
abrangentes sobre o comportamento dos sistemas são coletadas. Se
elas forem processadas adequadamente, as probabilidades estáticas
para a ocorrência de certos casos de serviço podem ser derivadas,
como se a velocidade no sistema X flutuar além da tolerância, há uma
probabilidade de uma quebra do eixo nos próximos m dias. Desse
modo, quanto mais dados estiverem disponíveis, os respectivos
algoritmos podem melhor determinar a probabilidade de ocorrência de
danos.
40
isso, inevitavelmente, a manutenção deve também mudar–no que
diz respeito às medidas individuais, no que se refere à qualificação
das pessoas que realizam a manutenção, e no que diz respeito
às tecnologias que são utilizadas para a manutenção. Em suma, a
Manutenção 4.0 deve ser desenvolvida paralelamente à Indústria
4.0. Por sua vez, essa dinâmica na manutenção se reflete em quatro
tendências, que serão vistas a seguir.
41
manutenção transmitem seus dados–ou pelo menos parte deles–para
sistemas baseados em nuvem que todas as três partes possam acessar.
O gêmeo digital desempenha um papel fundamental nisso.
42
progresso constatado, no entanto, para transformar os dados em um
conhecimento ainda mais útil, são necessários métodos analíticos
poderosos. Nesse contexto, a ciência de dados está se tornando cada
vez mais importante, trazendo técnicas como a mineração de dados, o
aprendizado de máquina, a pesquisa operacional e análises estatísticas,
entre outras à tona. Por sua vez, os métodos quantitativos são utilizados
para reconhecer padrões, por exemplo, em dados caóticos estruturados
e não estruturados do passado. Com base nesses padrões e com a ajuda
de algoritmos que avaliam os dados atuais em tempo real com análises
multivariadas, podemos realizar previsões.
Fonte: gorodenkof/iStock.com.
43
Assim, as falhas não planejadas podem ser evitadas e as medidas de
manutenção necessárias podem ser planejadas de forma otimizada.
Para o operador, isso está associado a uma redução considerável nos
custos bem como a um aumento na produção. Para fabricantes e
pessoal de manutenção, a manutenção preditiva pode ser uma forma de
expandir o portfólio de serviços com novos serviços.
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2. Interoperabilidade e confiabilidade
45
Figura 2–Confiabilidade na manutenção
46
estabelece os padrões de ocorrência de falhas de dispositivos e métodos
para sua previsão; procura maneiras de aumentar a confiabilidade
dos produtos durante o projeto e subsequente fabricação, bem como
métodos para manter a confiabilidade durante o armazenamento e
a operação. Ela desenvolve métodos de verificação de confiabilidade
ao aceitar grandes quantidades de produtos. Portanto, a teoria da
confiabilidade apresenta indicadores quantitativos da qualidade do
produto.
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aumento da segurança. Um exemplo disso é a implementação
do reconhecimento facial ou de voz, uma das tendências
frequentemente discutidas. Para que os algoritmos funcionem
adequadamente, a inteligência artificial precisa passar por estágios
de “aprendizado” ou “treinamento” usando dados de amostra. No
entanto, obter essas amostras de dados também é um desafio,
visto que é necessário não apenas coletar a quantidade adequada
de dados relevantes para o treinamento, mas também provar
que os dados coletados contêm todas as informações necessárias
sobre os estados críticos do sistema, permitindo que ele seja
testado com sucesso.
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formular uma definição clássica de confiabilidade, como a propriedade
de um objeto para desempenhar funções especificadas, mantendo no
tempo os valores dos indicadores de desempenho estabelecidos dentro
dos limites especificados, correspondentes aos modos e condições de
uso, manutenção, reparos, armazenamento e transporte especificados.
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que parecem ter um carácter secundário, auxiliar. Normalmente, são as
unidades principais e os equipamentos principais que são projetados
para alta confiabilidade.
50
baixos que a área de mercado para muitos produtos está se expandindo
em todo o mundo.
51
clientes, nomeadamente para aumentar as vendas, otimizar o marketing
e melhorar o serviço clientes, armazenando informações sobre os
clientes e o histórico de relacionamento com eles, estabelecendo e
melhorando os processos de negócios e, em seguida, analisando os
resultados (SELEME 2016). Além disso, observa-se que o CRM é um
modelo de interação baseado na teoria de que o centro de toda a
filosofia de negócios é o cliente, e as principais direções das atividades
da empresa são medidas para garantir um marketing, vendas e
atendimento ao cliente eficazes. Apoiar esses objetivos de negócios
inclui a coleta, armazenamento e análise de informações sobre clientes,
fornecedores, parceiros, bem como sobre os processos internos da
empresa. Por sua vez, as funções de suporte a essas metas de negócios
incluem vendas, marketing e suporte ao cliente.
• Armazenagem de dados.
• Subsistema analítico.
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apenas uma distribuição limitada. Se o departamento de marketing de
uma empresa oferece produtos separados (fragmentação atômica do
mercado), por exemplo, isso não significa que o produto está sendo
fabricado individualmente, mas que variantes semelhantes do mesmo
item produzido em massa estão disponíveis. Além disso, no contexto
da moda, demonstrou-se que as tecnologias existentes para prever o
tamanho das roupas com base na entrada do usuário ainda não são
adequadas para fins de personalização em massa.
Referências Bibliográficas
COSTA, M. A. B.; LIZARELLI, F. L. Evolução das teorias e práticas administrativas:
de Ford à Indústria 4.0. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2018.
FOGLIATO, F.; RIBEIRO, J. L. D. Confiabilidade e manutenção industrial. São Paulo:
Elsevier Brasil, 2009.
SELEME, R. Manutenção industrial: mantendo a fábrica em funcionamento.
Curitiba: InterSaberes, 2016.
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Gestão 4.0, energias renováveis
e eficiência
Autoria: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Leitura crítica: Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues
Objetivos
• Discutir técnicas da impressão 3D no cenário
industrial.
54
1. Introdução
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1.1 Gestão e liderança 4.0
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Há vetores estruturais e ativadores da atividade gerencial, em que o
primeiro está focado na gestão do processo produtivo e o segundo no
trabalho com recursos humanos. Em cada empresa, eles se manifestam
à sua maneira.
• Atividade do concorrente.
• Desastres naturais.
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Assim, é aconselhável que as máquinas possam interagir umas com
as outras em determinadas áreas de produção. No entanto, muitos
processos podem se tornar mais eficientes, flexíveis e econômicos com
a criação de um ambiente equipado com medição. Por exemplo, o uso
de sensores de rádio muito pequenos e baratos são capazes de gravar
seus arredores e trocar dados entre si por meio de comunicação de
rádio. Além disso, observa-se que nestes novos cenários adaptados e
mais modernos há vários tipos de sensores, como sensores de pressão
e temperatura, sensores eletro-ópticos e infravermelhos, que trabalham
juntos para criar uma imagem geral do que está acontecendo.
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para compreender melhor estas novas relações, podemos citar como
exemplo que, em Física e Biologia, esse fenômeno é chamado de
“manifestação”. Outro bom exemplo disso é um formigueiro, onde cada
inseto individualmente não é particularmente inteligente, mas quando
muitas formigas interagem simultaneamente, elas podem desenvolver
soluções incríveis para encontrar alimento e se proteger contra
predadores. Em essência, temos que o todo é sempre maior do que a
soma de suas partes e esse fenômeno também é usado na Indústria 4.0.
Por exemplo, em caso de dano de componente ou falha completa da
peça, os componentes de trabalho restantes desenvolvem em conjunto
algum tipo de processo de autocura.
Por fim, a esse ponto é possível concluir que as pessoas serão ainda
mais importantes, o que pode ir contra ao “senso comum”, mas, afinal,
é impossível fabricar produtos sofisticados, de alta qualidade, sem
a mão de obra de trabalhadores qualificados. Na Indústria 4.0, os
processos tecnológicos serão realizados na velocidade definida pelos
trabalhadores, no entanto, deve-se ter em mente que algumas das
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tarefas que as pessoas executam serão diferentes das tarefas atuais.
Segundo Gregório (2018, p. 95), um exemplo disso é que se estima
que uma nova geração de robôs inteligentes leves trabalhará em
colaboração com a equipe e, assim, na Indústria 4.0, os robôs interagirão
ativamente com os humanos, graças aos seus sensores inteligentes.
Dessa forma, compreendendo o que está ao seu redor, os robôs serão
capazes de avaliar, até mesmo, situações difíceis e apoiar os funcionários
no trabalho manual como assistentes de produção.
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Desse modo, sabe-se que o conceito de Lean Management não está
suficientemente focado nas necessidades do consumidor, sendo que sua
satisfação não está diretamente relacionada ao seu objetivo principal–a
eliminação de perdas e custos improdutivos. No Six Sigma, por outro
lado, o foco no cliente é um elemento-chave. Isso é confirmado pelo
fato de que todas as principais métricas desse conceito se baseiam
no rastreamento da relação dos parâmetros do processo e das
características do produto com as especificações estabelecidas pelos
consumidores. O princípio básico do conceito DMAIC Six Sigma, por sua
vez, começa com a definição dos requisitos do cliente: definir, medir,
analisar, melhorar, controlar.
Os defeitos, por sua vez, principal alvo do Six Sigma, são apenas um
dos muitos tipos de resíduos nas empresas. Na teoria clássica do
conceito de Lean Management, sete tipos de perdas são identificadas:
superprodução, espera, transporte, atividades que não agregam valor,
disponibilidade de estoque, movimentação de pessoas e produção de
defeitos. Por outro lado, muitos autores identificam tipos adicionais de
perdas, como a “falsa economia”, que consiste na utilização de matérias-
primas e materiais baratos e de baixa qualidade, a “diversidade” como
resultado da utilização de elementos não padronizados nos processos,
entre outros.
Além disso, sabe-se que o Seis Sigma não traça paralelos entre
qualidade e satisfação do cliente, por um lado, e duração e velocidade
61
dos processos, por outro. Ao mesmo tempo, a duração do processo está
diretamente relacionada à satisfação do cliente na prestação de serviços,
e aos processos de produção. No conceito de “gestão enxuta”, por sua
vez, a análise do tempo como um dos principais recursos do processo é
uma direção fundamental.
62
Outro ponto fundamental de ser analisado e considerado é que, às
vezes, quem trata da prestação de serviços evita o termo work in
progress, já que esse termo é tradicionalmente associado a uma linha
de produção. No entanto, o próprio conceito é aplicável a quase todos
os processos. Na prática, caso sinta a necessidade de transformar
esse termo de manufatura enxuta para aplicá-lo ao seu negócio, por
exemplo, tente pensar no trabalho em andamento como “objetos”
em um processo. Esses “objetos” podem representar necessidades
do cliente, recibos a serem processados, chamadas telefônicas a
serem atendidas, relatórios a serem concluídos etc., qualquer trabalho
aguardando para ser concluído. Logo, o termo “trabalho em andamento”
é usado em quase todos os lugares deste livro. Quando confrontado
com ele, imagina-se seu próprio trabalho e quantas tarefas inacabadas
estão em sua mesa, esperando nos bastidores no computador ou na
secretária eletrônica. Assim, tem-se ainda em termos Lean, este trabalho
está alinhado; e o tempo durante o qual não está ativado é chamado de
latência; o tempo na fila, independentemente da duração e do motivo, é
um atraso.
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la, ou optar por fazer negócio com um fornecedor que não possui tais
custos, essa é uma obra que não agrega valor.
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Dessa forma, é possível concluir que o sucesso do Six Sigma no mercado
americano gerou o desejo de moldar o conceito e outras abordagens,
continuando no caminho da melhoria contínua, ou simplesmente ficar
à frente da concorrência. Ademais, ressalta-se que o conceito Lean Six
Sigma permite que você melhore as atividades gradualmente, de projeto
a projeto.
65
o consumo de recursos energéticos, ao mesmo tempo que garante
o crescimento econômico e responde às necessidades dos cidadãos,
e também conduz a um aumento da competitividade da economia
nacional. A Figura 1 mostra uma lâmpada Led um dos principais itens
necessários para a redução do consumo de energia atualmente.
Fonte: sergeyryzhov/iStock.com.
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• Facilitará a gestão.
• Luz solar: uma certa quantidade de fluxo de luz solar pode ser
convertido em calor, eletricidade ou energia química.
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Figura 2–Energia Eólica e Solar
Fonte: yangna/iStock.com.
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uso posterior, já que não é prático ter uma bateria de reserva em uma
usina de gigawatts, por exemplo.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, P. S. Indústria 4.0: princípios básicos, aplicabilidade e implantação na
área industrial. São Paulo: Érica, 2019.
GREGÓRIO, G. F. P. Manutenção industrial. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
SELEME, R. Manutenção industrial: mantendo a fábrica em funcionamento.
Curitiba: InterSaberes, 2016.
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BONS ESTUDOS!
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