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ESTADO DO PIAUÍ

PREFEITURA MUNICIPAL DE PARNAIBA


REVISÃO DO PLANO DIRETOR

MUNICÍPIO DE PARNAÍBA – PI

PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL

VOLUME II / III

PROPOSTA

Novembro/2016
ESTADO DO PIAUÍ
PREFEITURA MUNICIPAL DE PARNAIBA
REVISÃO DO PLANO DIRETOR

FLORENTINO ALVES VERAS NETO


Prefeito Municipal

FRANCISCO DAS CHAGAS FONTENELE


Vice-Prefeito

EQUIPE TÉCNICA

Rosany Corrêa - Presidente da Agência Parnaibana de Regulação de Serviços Públicos


Antônio Alves Cardoso - Secretário da Chefia de Gabinete
Alcenor Rodrigues Candeira Filho - Secretário da Gestão
Antônio Neris Machado Junior - Secretário de Transporte, Trânsito e Articulação
com as Forças de Segurança.
Carlos Eduardo Sousa Silva - Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Maria do Amparo Coêlho dos Santos - Secretária de Infraestrutura
David de Sousa Soares - Secretário Municipal de Saúde
Heleno de Souza Maia - Secretário Municipal de Educação
Wellington Rodrigues Sousa - Secretário de Esportes e Lazer
Fábio Silva Araújo – Procurador Geral do Município
Hiram Augusto Teles Lopes – Agência Parnaibana de Regulação de Serviços Públicos
Maria do Rosário de Fatima Vieira da Silva - Agência Parnaibana de Regulação de
Serviços Públicos
Marcos Vinicius Miranda Fonteles - Superintendente de Turismo
Helder José Souza do Nascimento – Superintendente de Cultura
Cândido Laurindo do Val Neto - Agência Parnaibana de Regulação de Serviços
Públicos
João Francisco Corrêa Sebben – Secretaria de Governo
José Djalma de Lacerda - Zona de Processamento de Exportação

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS
Eletrobrás – Companhia Energética do Piauí
Agespisa - Águas e Esgotos do Piauí S/A
Universidade Federal do Piauí
Universidade Estadual do Piauí
Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba – IHGGP.
1ª GRE - Gerência Regional de Educação

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
1.1 Nível Urbanístico ..................................................................................................... 6
1.2 Nível Jurídico / Fundiário....................................................................................... 7
1.3 Nível Social ............................................................................................................... 8
2 DA PROPOSTA............................................................................................................. 9
2.1 Proposta da Estrutura do Município e Estrutura Urbana da Cidade ............. 10
2.1.1 Descrição Geral da Proposta (Estrutura Urbana da Cidade) ............................. 12
2.1.2 Descrição Setorial da Proposta (Estrutura Urbana da Cidade) ......................... 18
2.1.3 Os Instrumentos e Parâmetros Urbanísticos ..................................................... 46
2.2 Infraestrutura Urbana .......................................................................................... 52
2.2.1 Sistema viário e circulação urbana / Estrutura dos eixos prioritários ao
transporte coletivo ............................................................................................................... 54
2.2.2 Abastecimento de água ..................................................................................... 64
2.2.3 Esgotamento sanitário ....................................................................................... 66
2.2.4 Drenagem pluvial .............................................................................................. 69
2.2.5 Energia elétrica ................................................................................................. 89
2.2.6 Resíduos Sólidos ............................................................................................... 90
2.3 Sistema Normativo ................................................................................................ 94
2.3.1 Da taxa de permeabilidade do solo ................................................................... 94
2.3.2 Dos afastamentos obrigatórios .......................................................................... 95
2.3.3 Da quantidade mínima de vagas para estacionamento de veículos .................. 95
2.3.4 Da quantidade mínima de domicílios por lote .................................................. 96
2.3.5 Do acesso e demais parâmetros de ocupação do solo ....................................... 96
2.4 Princípios de endereçamento................................................................................ 97
3 RESUMO DAS DIRETRIZES EXPLICATIVAS E JUSTIFICATIVAS DA
PROPOSTA. ...................................................................................................................... 97
3.1 Com relação ao sítio .............................................................................................. 97
3.2 Com relação à cidade .......................................................................................... 106
4 PRINCIPAIS PROGRAMAS, PROJETOS E OPERAÇÕES QUE VIABILIZAM
AS PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NO PLANO DIRETOR EM PAUTA. ....... 119

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4.1 Programas ............................................................................................................ 120


4.1.1 Programa de enquadramento legislativo. ........................................................ 120
4.1.2 Programa de arranjo institucional. .................................................................. 121
4.1.3 Programa de participação comunitária. .......................................................... 121
4.1.4 Programa de educação sanitária e ambiental. ................................................. 122
4.1.5 Programa de recuperação ambiental. .............................................................. 122
4.1.6 Programa de recuperação, restauro e preservação do Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural ............................................................................................................ 123
4.1.7 Programa de desenvolvimento do turismo...................................................... 124
4.1.8 Programa pedestre / ciclista 24 horas ............................................................. 125
4.2 Projetos ................................................................................................................. 125
4.2.1 Projeto de Preservação do Porto das Barcas ................................................... 125
4.2.2 Projeto de Preservação da antiga Área Central ............................................... 126
4.2.3 Projeto do novo Centro ................................................................................... 126
4.2.4 Projeto do Centro de Convenções / Museus / Aquário ................................... 127
4.2.5 Projeto de Área para Atividades geradoras de poluição sonora (Autódromo,
grandes eventos, etc.)......................................................................................................... 128
4.2.6 Projeto do Parque Urbano do Cantagalo ......................................................... 129
4.2.7 Projeto do Parque Urbano do Bebedouro ....................................................... 129
4.2.8 Projeto da área da lagoa do Portinho .............................................................. 130
4.2.9 Projeto da área da lagoa da Prata .................................................................... 130
4.2.10 Projeto da área do litoral / praias .................................................................. 130
4.2.11 Projeto da área das vilas cooperadas ............................................................. 131
4.2.12 Projeto dos bairros ........................................................................................ 131
5 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 145

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.................................... 14
Figura 2: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.................................... 15
Figura 3: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.................................... 15
Figura 4: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.................................... 16
Figura 5: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.................................... 16
Figura 6: esquema ................................................................................................................ 99
Figura 7: esquema .............................................................................................................. 101
Figura 8: esquema .............................................................................................................. 103
Figura 9: esquema .............................................................................................................. 105
Figura 10: esquema ............................................................................................................ 108
Figura 11: esquema ............................................................................................................ 110
Figura 12: esquema ............................................................................................................ 112

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Evolução da população residente no município. ................................................ 53
Tabela 2 - Indicadores demográficos................................................................................... 53
Tabela 3: Estudo de projeção população para o município de Parnaíba. ............................ 54
Tabela 4: Hierarquia do Sistema Viário – Via Arterial Regional........................................ 56
Tabela 5: Hierarquia do Sistema Viário – Via Principal de Atividade. .............................. 58
Tabela 6: Hierarquia do Sistema Viário – Via Principal de Ligação / Circulação. ............. 59
Tabela 7: Hierarquia do Sistema Viário – Via Secundária. ................................................. 60
Tabela 8: Hierarquia do Sistema Viário – Via Local. ......................................................... 61
Tabela 9: Área e custo para a implantação do sistema de tratamento do município de
Parnaíba. .............................................................................................................................. 68
Tabela 10: Previsão da geração de lixo e área para tratamento. .......................................... 92

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1 INTRODUÇÃO

A Prefeitura de Parnaíba ao revisar o Plano Diretor de Parnaíba realizou


audiências públicas para ouvir a população. Esta nova proposta tem com base o Plano
Diretor 2007/2017 e considera também as mudanças ocorridas nessa temporalidade. O
esquema abaixo evidencia o processo decorrido para revisão. Inicialmente considera-se o
Plano Diretor 2007/2017, através do Diagnóstico/Prognóstico, atualizam-se as bases do
Plano Diretor revisando-o, e através destas atualizações se delineia a proposta para o
cenário futuro que servirá de referencia para as estratégias e diretrizes de desenvolvimento
do Município, após aprovação, implementação da Lei do Plano Diretor e posterior
execução através de sua regulamentação. Em esquema:

Aprovação
Revisão Diagnóstico/ Cenário futuro
Prognóstico de referencia Implementação
Plano Diretor
Cenário atual Plano Diretor Execução
2007 - 2017 2017 - 2027
Monitoramento

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A revisão do Plano Diretor continuará seguindo as diretrizes estabelecidas


pelo Estatuto das Cidades agindo em 03 (três) níveis, a saber:

 Nível Urbanístico (refere-se ao direito social de estabelecer as formas de


uso e ocupação do solo mais adequada aos interesses coletivos),
 Nível jurídico / Fundiário (refere-se ao direito individual da propriedade),
e;
 Nível Social (refere-se às formas de organização da comunidade para
garantir a harmonia entre os direitos mencionados).

1.1 Nível Urbanístico

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O Nível Urbanístico pressupõe dizer em que áreas do território e quais


instrumentos do Estatuto das Cidades serão aplicados visando promover a correta
utilização da regra de uso e ocupação do solo. Os instrumentos disponíveis são:

 Instrumentos tributários: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),


com as suas possíveis complementações em termos de parcelamento,
edificação e/ou utilização compulsórios, IPTU progressivo no tempo e
desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública (art. 182 da
Constituição Federal); Imposto de Transmissão de Bens Intervivos (ITBI);
Contribuição de Melhorias; Incentivos e Benefícios Fiscais; Taxas; Preços
Públicos e Tarifas.
 Instrumentos Urbanísticos: Instrumentos do Plano de Uso e Ocupação do
Solo; Outorga Onerosa do Direito de Construir e a correspondente
Transferência do Potencial Construtivo; Outorga Onerosa de Alteração /
Mudança de Uso; Operação Urbana Consorciada / Consórcio Imobiliário;
Direito de Preempção; Instrumentos complementares (Fundos de
Desenvolvimento, Conselhos de Planejamento, etc.).

1.2 Nível Jurídico / Fundiário

O Nível Jurídico / Fundiário pressupõe definir áreas do território para que se


aplique certos instrumentos do Estatuto da Cidade visando promover a regularização
fundiária, de modo a acompanhar a regularização técnica com a legalização da área, a
titularidade dos lotes, das casas e das atividades, objetivando inclusão territorial das áreas
periferizadas socialmente.
Os instrumentos disponíveis são: Estatuto da Cidade: Zonas Especiais de
Interesse Social; Usucapião Especial de Imóvel Urbano; e Direito de Superfície.

 Contidos na Lei Federal nº 9.636/98, com alteração dada pela Lei nº


11.481/2007:
o Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia;
o Autorização de Uso

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 Contidos em outros diplomas legais


o Concessão de Direito Real de Uso – Decreto-Lei nº 271/1967;
o Adjudicação compulsória;
o Usucapião – Código Civil;
o Imissão do Poder Público na posse de imóveis desapropriados –
Constituição Federal.

1.3 Nível Social

O Nível Social pressupõe garantir que, através da organização social e da


participação da comunidade no processo, o nível urbanístico e o nível jurídico / fundiário
realmente ocorram assim como planejados coletivamente. A Revisão do Plano Diretor de
Parnaíba, em pauta, manteve sua transparência ao ouvir a população respeitando a
legislação vigente.
O Capítulo 2 formatará a proposta propriamente dita, subdividida em:

 Estrutura Urbana
o Descrição Geral da Proposta
o Parâmetros Urbanísticos
o Índices de Restrição e Coeficientes de Aproveitamento
o Outorga Onerosa do Direito de Construir
o Outorga Onerosa da Mudança de Uso
o Operação Urbana Consorciada / Consórcio Imobiliário
o Direito de Preempção
o Zonas Especiais de Interesse Social / ZEIS
 Infraestrutura Urbana

Como procedimento metodológico a revisão do Plano Diretor, manteve e


procurou respeitar princípios de intervenção que evitassem, ao máximo, conflitos
decorrentes de desconstituição de parcelamentos, mas que assegurasse a integridade da
estrutura urbana, proporcionando qualidade ambiental e respeitando os diplomas legais
urbanísticos e ambientais em vigor.

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Sua concepção objetiva é mais do que um processo de regularização


fundiária; trata-se de melhoria da qualidade ambiental do espaço constituído, permitindo a
dotação de infraestrutura de saneamento, transporte, circulação, energia e comunicações a
todos os usuários e moradores da área.
É, portanto, um plano de possibilidades, posto que seu alcance depende de
estrita participação e colaboração da comunidade interessada visando assegurar condições
ambientais e sanitárias do assentamento urbano em formação.
O Capítulo 3 apresentará critérios para as etapas de consolidação e
implantação do Plano e as modificações sugeridas no processo de revisão e, ainda, os
principais programas, projetos prioritários e operações que deverão ser adotados.
O princípio básico que norteou toda a especulação do Nível Urbanístico é o
da Função Social da propriedade, insculpido no artigo 182 da Constituição Federal,
regulamentado pelo Estatuto da Cidade, onde se formaliza a separação entre o direito de
propriedade e o direito de usar, ocupar e construir.

2 DA PROPOSTA

Colocou-se, no item anterior, que a revisão do Plano Diretor ao ser


elaborado foi resultado de 02 (dois) insumos: por um lado, do confronto entre
condicionantes e restrições com as correspondentes oportunidades e intenções (todas
expostas ao longo do Diagnóstico / Prognóstico) e, por outro, como resultado da aplicação
de uma série de instrumentos oferecidos pelo Estatuto da Cidade, constituintes de um
sistema normativo, a saber:
No viés urbanístico: Instrumentos do próprio Plano Diretor, particularmente
de sua Estrutura para o Município e Estrutura Urbana para a Cidade; Outorga Onerosa do
Direito de Construir; Outorga Onerosa de Alteração de Uso; Operação Urbana
Consorciada / Consórcio Imobiliário; Direito de Preempção.
No viés da regularização fundiária: Zonas Especiais de Interesse Social;
Usucapião Especial de Imóvel Urbano; Direito de Superfície.
A seguir, descreve-se a Proposta do PD revisada, a partir da apresentação de
cada um dos itens acima elencados. Fará parte da proposta a descrição dos correspondentes

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esquemas de infraestrutura, pelo menos naqueles níveis considerados estruturantes para a


mesma. Nesse sentido, os itens que se seguem a seguir tratarão de:

 Proposta da Estrutura do Município e da Estrutura Urbana da Cidade


 Instrumentos e parâmetros da Proposta
 Proposta de medidas estruturantes

2.1 Proposta da Estrutura do Município e Estrutura Urbana da Cidade

A Proposta de Estrutura trabalha com uma clara caracterização para o Município, a saber:
 uma área urbana da cidade de Parnaíba, delimitada pelo correspondente
perímetro urbano;
o uma área de interesse ambiental, que corresponde à faixa das áreas
inundáveis junto à margem direita do rio Parnaíba e rio Igaraçu;
o uma área de interesse ambiental que delimita as margens da lagoa do
Portinho, lagoa do Bebedouro e lagoa da Prata; e
 uma área rural.
o uma área de interesse ambiental, que corresponde à faixa litorânea
particularmente junto às praias;

A área urbana, parte central do município, delimitada pelo correspondente


perímetro urbano, além da ocupação para usos residenciais, comerciais e industriais, será
desdobrada e detalhada no item a seguir;
Uma área de interesse ambiental, junto à faixa inundável na margem direita
do rio Parnaíba, terá seus parâmetros de uso e ocupação no correspondente Código
Ambiental, a ser produzido. Enquanto diretrizes, ela terá tipo de uso e ocupação
compatível com a delicadeza ambiental desse trecho. Portanto, recomenda-se ocupação
pouco urbana, a partir de vilas e aldeias para pescadores e agricultores. Neste ponto, junto
à lagoa da Prata, seriam autorizados, excepcionalmente, equipamentos de turismo e lazer,
assim como centros de treinamento de instituições de porte, etc.

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Uma área de interesse ambiental formada pela lagoa do bebedouro e lagoa


do portinho e que terá seus parâmetros de uso e ocupação no correspondente Código
Ambiental.
Uma parte da área Rural em torno da cidade de Parnaíba, delimitada pelo
correspondente perímetro urbano, será desdobrada e detalhada no item a seguir.

 Uma área de interesse ambiental, junto à faixa litorânea, terá seus


parâmetros de uso detalhados no correspondente Código Ambiental. Nesta
área encontra-se instaladas torres de uma usina eólica, dispostas no
alinhamento da praia, onde foi construída uma via particular que dá acesso a
toda esta faixa litorânea. Nesta ponta, com praias de areias finas e limpas,
poderá ser autorizada a instalação de empreendimentos de interesse
turísticos, desde que cumpridos certos requisitos de sustentabilidade
ambiental (edificações com características sustentáveis em seu processo
construtivo e em sua arquitetura).

Enquanto diretrizes, ela terá certo tipo de uso e ocupação junto às praias,
acessada por uma avenida litorânea, configurada como estrada parque, e ligada às áreas
urbanas a partir de 04 (quatro) pontos, a saber:

o um ponto junto à desembocadura do rio Igaraçú no Oceano Atlântico,


ligação esta que dar-se-á por sistema de balsa. Esta fornecerá
continuidade funcional com a avenida costeira que acessa os diversos
balneários de Luiz Correia (praia Atalaia, do Coqueiro, Cajueiro, etc.),
além de se constituir em atrativo turístico e de pedestres com relação à
ponta em frente aos molhes.
o outros 02 (dois) pontos e acesso em trechos intermediários entre a
Pedra do Sal (um acesso existente) e um acesso mais direto à cidade
de Parnaíba que, saindo por trás do aeroporto, chegará ao litoral de
forma imediata. Entre a Pedra do Sal e esse ponto de acesso ao
aeroporto se instalarão uma série de quiosques e equipamentos leves
de apoio como forma de intensificar o uso para lazer e turismo.

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o Um quarto ponto de acesso ocorre fora do Município de Parnaíba, no


Município de Ilha Grande, no extremo norte do mesmo, e junto à
desembocadura do rio Parnaíba / barra das Canárias no Oceano
Atlântico. Neste extremo deverá ser incentivada a instalação de
empreendimentos turísticos, que garantam baixo impacto ambiental,
aproveitando a beleza ímpar do sítio.

Apesar dos loteamentos existentes neste trecho, só poderá ser autorizado


novos loteamentos que apresentem sustentabilidade em suas características de ocupação e
uso do solo, além de apresentar projetos viáveis em relação ao sistema viário, ao
abastecimento de água e, principalmente, nas soluções para drenagem e esgotamento. Estes
projetos deverão ser analisados e aprovados pelos órgãos ambientais competentes, como
elemento obrigatório para expedição dos alvarás.
O restante do território deveria ser preservado de outros usos e ocupações,
com exceção da utilização para construção de usinas de produção de energia limpa, como
eólicas e solar, cuja viabilidade e configuração devem ser estudadas. Recomenda-se
proibir, coibir, e fiscalizar a atividade de pastoreio nessa região.

 outras Áreas rurais representam porção relativamente maior que a urbana.


Estrutura-se, basicamente em torno dos perímetros do Distrito de Irrigação
dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí, que deverão ser consolidados,
expandidos e integrados a empreendimentos semelhantes nos estados
vizinhos, principalmente o do Maranhão. Na interface entre área rural e a
área urbana da cidade de Parnaíba, existem áreas de chácaras, sítios, roçados
e pequenas propriedades para criação de animais, entre outras de
características rurais, que fazem a transição entre aquelas.

2.1.1 Descrição Geral da Proposta (Estrutura Urbana da Cidade)

A Estrutura Urbana da Cidade de Parnaíba estabelece bipolaridade de áreas


centrais, que se complementam, áreas residenciais clássicas de habitação unifamiliar em
lotes e uma série de áreas verdes, equipamentos de grande porte e áreas indústrias em

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zonas mais periféricas que, fazem a transição com a área rural. A bipolaridade das áreas
centrais é conseguida a partir de uma política de preservação e recuperação do centro
antigo da cidade e sua utilização para usos comerciais de pequeno porte e atividades
culturais compatíveis com a substância histórica.
Dois grandes parques com uma série de equipamentos de lazer e turismo
emolduram estas 02 (duas) áreas centrais, a primeira vinculada ao Parque Urbano do
Cantagalo, e a segunda ao Parque Urbano do Bebedouro. Todo o trecho urbano entre eles,
ocupado basicamente por usos residenciais um pouco mais densos, deve ser fortemente
arborizado e com áreas de substantivos quintais, de modo a garantir a permeabilidade
necessária à recarga dos aquíferos subterrâneos. Uma grade de vias principais organiza os
diferentes loteamentos que se foram configurando ao longo do tempo, muitas vezes de
maneira pouco integrada. Essa grade é constituída por:

 Rua José Bonifácio (com uma outra opção, a ser detalhada quando dos
estudos de viabilidade técnica e financeira, constituída a partir de um
binário estruturado a partir das ruas Armando Burlamarque e Tabajara, com
caixas de rua já hoje maiores);
 Avenida Pinheiro Machado.
 Rua Felicidade Veras Neves / Benedito Jonas Correia
 Avenida Francisco Borges dos Santos / Avenida 19 de outubro.
 Avenida Nossa Senhora de Fátima / BR 343;
 Avenida São Sebastião;
 Rua Caramuru / Avenida Dr. João Silva Filho; e
 Binário Avenida Armando Cajubá / Avenida Princesa Isabel.

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Figura 1: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.

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Figura 2: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.

Figura 3: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.

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Figura 4: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.

Figura 5: Vista da maquete da Área Urbana da cidade de Parnaíba.

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Essas vias já haviam sido anteriormente descritas, e suas possibilidades e


limitações apreciadas. Cabe destacar aqui, complementarmente, o papel estruturante que a
Rua José Bonifácio (ou a sua opção, constituída a partir de um binário estruturado a partir
das ruas Armando Burlarmarque e Tabajara) assumiria nesta proposta, no sentido de
garantir uma transversalidade no sentido norte / sul ligando o Parque Urbano do Cantagalo
à lagoa da Prata. A partir de sua existência, é possível suavizar o impacto causado pelo
trecho oeste do binário Avenida Armando Cajubá / Avenida Princesa Isabel, o trecho oeste
da Avenida São Sebastião e a chegada da continuação da BR 343 nos centro antigo da
cidade. Esses trechos, descaracterizadas as suas funções de vias principais acessando de
forma muito sofrida o centro antigo, poderiam e deveriam ser reconfigurados de modo a
oferecer, por exemplo, estacionamentos necessários aos veículos públicos e privados
minimizar o acesso destes à antiga área central.
Outra via que merece ter transversalidade norte / sul garantida é a Avenida
Pinheiro Machado que, sem demérito de sua qualidade de BR 343, deveria chegar até o
Parque Urbano do Cantagalo e até a beira do rio Igaraçú, se for possível até um
equipamento microrregional de porte, como por exemplo uma marina. Dessa forma e com
tratamento adequado no entroncamento da BR com a Avenida Nossa Senhora de Fátima
que muda abruptamente de sentido (>90º), essa via poderia melhor ajudar o
equacionamento à costura das diversas partes da cidade.
Um primeiro anel, já concebido na constituição do Plano Diretor, é
confirmado a partir da Avenida Francisco Borges dos Santos / Avenida 19 de outubro e
acesso ao aeroporto, bordeando as expansões dos bairros João XXlll, Montserrat, Alberto
Silva, Dirceu Arcoverde, Alto Santa Maria, Sabiazal e Primavera. Este primeiro anel
(Avenida 19 de Outubro) passa a ter sentido funcionalmente mais consistente com a
implantação da Zona de Processamento de Exportação - ZPE, garantindo acessibilidade e
escoamento da produção às mesmas.
Este primeiro anel ou Avenida 19 de Outubro é sutilmente complementado,
por um binário parcial constituído por uma Avenida que, representando um dos acessos
mais imediatos da cidade ao litoral (e que pressupõe a construção de uma ponte por trás do
aeroporto), fornece a oportunidade de constituir centro cultural de convenções em seu
entroncamento com a BR 343, consolidando a unidade funcional entre as cidades de
Parnaíba e Luiz Correia; além disso, permite acessar, no quadrante sudeste da cidade, uma

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série de equipamentos vinculados a corridas de automóveis (autódromo), fórmula truck,


mountain-bike e eventos variados de entretenimentos, retirando da trama urbana
residencial uma série de atividades consideradas hoje com forte e nocivo impacto sonoro.
O segundo anel deve-se localizar junto ao perímetro urbano da Cidade de
Parnaíba, vinculado a BR 343 na sua ligação entre a referida cidade e Luiz Correia à lagoa
do Portinho e lagoa da Prata.
Esses 02 (dois) anéis, além de receberem as vias principais organizadas no
sentido norte / sul e oeste / leste, oferecem opções aos visitantes e turistas que tenham
como objetivo chegar ao litoral sem atravessar os trechos urbanos e rurais mais delicados
do ponto de vista patrimonial e ambiental. Com isto, visa-se deixar a ponte junto ao Porto
das Barcas para o tráfego meramente local.
Propõe-se consolidar a unificação urbana das cidades de Parnaíba e Luiz
Correia, em pleno processo de concretização, a partir da oferta de áreas para loteamentos
com características apropriadas, com condomínios fechados ou não, e os equipamentos
urbanos de grande porte já citados.

2.1.2 Descrição Setorial da Proposta (Estrutura Urbana da Cidade)

A descrição setorial da proposta tem por objetivo estabelecer e mapear


diretrizes de uso e ocupação do solo em diferentes zonas da Cidade de Parnaíba. Tais
diretrizes decorrem dos diversos papéis que as referidas zonas assumem na estrutura geral
acima descrita, e visam concretizar recomendações dimensionais vinculadas ao
bioclimatismo, expressão e simbolismo, topocepção, copresença, etc.
Equipamentos urbanos e correlatos, assim como áreas hoje ocupadas com
vocação para tal, devem ser incorporados a cada uma das zonas conforme as
correspondentes diretrizes. Assim, por exemplo, equipamentos educacionais ou de saúde já
existentes devem adaptar-se aos usos e ocupações estabelecidos para as zonas em que se
situam questões facilmente resolúvel devido à flexibilidade das referidas recomendações,
como veremos a seguir.
Particularmente, a descrição setorial a seguir aproveitará para introduzir 02
(dois) parâmetros que fazem parte do instrumental oferecido pelo Estatuto da Cidade, a
saber:

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 Índices de Restrição, e;
 Coeficientes de Aproveitamento.

Os Índices de Restrição e Coeficientes de Aproveitamento são considerados


instrumentos próprios do Plano de Uso e Ocupação do Solo e representam ferramentas:

 Com relação às formas de Uso (Índices de Restrição)


 Com relação às formas de Ocupação (Coeficientes de Aproveitamento)

2.1.2.1 Com relação às formas de Uso

O Uso do Solo para efeitos deste Plano Diretor divide-se em

 Uso residencial
o unifamiliar
o multifamiliar
 Uso não residencial
o comercial
o coletivo
o industrial

Para descrição mais desdobrada das atividades em pauta, categorias


complementares podem e devem ser utilizadas, tais como usos mistos, usos institucionais,
administrativos, etc.
As atividades de uso não residencial são permitidas nos diferentes setores da
cidade, dependendo de seu porte, sua natureza e intensidade do incômodo gerado por essas
atividades com relação àquelas de sua vizinhança imediata, verificado em todos os casos o
grau de restrição de atividades.

2.1.2.1.1 Com relação às formas de Uso, ficam estabelecidas complementarmente 02


(duas) formas de uso, a saber:

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 Uso Básico
 Uso Adicional

2.1.2.1.2 Com relação ao Uso Adicional definem-se 04 (quatro) categorias de lote por
uso, segundo o grau de restrição de atividades ocorrentes nos mesmos:

 Lotes de maior restrição ao uso comercial, industrial e coletivo – R1


(basicamente lotes destinados à habitação unifamiliar);
 Lotes de média restrição ao uso comercial, industrial e coletivo – R2;
 Lotes de baixa restrição ao uso comercial, industrial e coletivo – R3; e
 Lotes com restrição à residência (basicamente lotes institucionais e
industriais de atividades incompatíveis com habitação) – R4.

A localização na malha urbana das categorias de lote por uso e das


atividades incômodas é determinada, em princípio, em função das características das áreas
nas quais se inserem e da hierarquia das vias que as acessam.
Assim, os lotes para habitação unifamiliar são acessados, em princípio, por
vias locais e se inserem em áreas residenciais com essas características. Lotes onde existe
interesse em se ter comércio local no térreo e habitação num primeiro pavimento são
acessados por vias secundárias e/ou principais, dependendo dos correspondentes
coeficientes de aproveitamento (vide item subsequente). Junto a espaços públicos
agregadores (largos, praças, etc.) é interessante que o grau de restrição seja do tipo R3,
incentivando o comércio de porte não local. Lotes para atividades potencialmente
poluentes terão seus acessos e projetos desenvolvidos caso a caso, apesar de haver
tecnologia acessível, porém muito cara, para viabilizar localização dessas atividades em
qualquer local.

2.1.2.2 Com relação às formas de Ocupação

As formas de ocupação são determinadas basicamente a partir da fixação do


coeficiente de aproveitamento e dos afastamentos e outros parâmetros.

20
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Chama-se coeficiente de aproveitamento o índice que, multiplicado pela


área do lote resulta na área máxima de construção permitida no lote. Deve-se utilizar 02
(dois) tipos de coeficiente:

Coeficiente de Aproveitamento Básico - CAB, que representa o potencial


construtivo definido para o lote (se for possível considerando a média dos potenciais
construtivos da área existentes). Este coeficiente é outorgado gratuitamente.

Coeficiente de Aproveitamento Máximo - CAM, que representa o potencial


construtivo máximo definido para o lote.

A diferença entre o CAB e o CAM é outorgada onerosamente, no momento


de seu usufruto.

Os coeficientes de aproveitamento, os afastamentos e outros parâmetros


propostos, resultam de uma apreciação crítica da situação atualmente existente e do
potencial de crescimento e dinamização pretendido.

O Mapa 44 no Volume III/III registra as diferentes zonas descritas a seguir


e, com elas, as áreas onde os diferentes Índices de Restrição e Coeficientes de
Aproveitamento (CAB e CAM) são aplicáveis.

2.1.2.2.1.1 Zona 01 / Porto das Barcas

Situa-se em território relativamente bem delimitado. Corresponde à porção


mais antiga de Parnaíba e ainda integra em sua estrutura espacial, embora apresente
problemas de manutenção da mesma e abandono de utilização, ambos devido a
deslocamentos de centralidade para outras áreas da cidade. Por outro lado, essa área sofre o
impacto da ligação da ponte com a Ilha Grande de Santa Isabel, tanto pelo conflito entre o
tamanho e configuração daquela e a delicadeza do antigo tecido do Porto das Barcas –

21
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quanto pela geração de forte e pesado fluxo de circulação que atravessa essa zona. As
propostas acima apresentadas visam minimizar tais impactos negativos.
Esta é a zona com principal papel simbólico no que se refere à história e
tradição cultural parnaibana, fato que encaminha para preservação rigorosa das
características de estruturação de seu conjunto espacial e resgate de fragilidades da mesma.
Por outro lado, este papel sugere revitalização da utilização cotidiana e esporádica da zona
em questão, tanto por parte dos habitantes da cidade, quanto daqueles que a visitam, mas
impede usos do solo por práticas e atividades que impliquem prejuízos da configuração do
conjunto ou contribuam para seu abandono.
Finalmente, essa zona deve ter monitoramento contínuo dos órgãos oficiais
responsáveis pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN). Sendo que isso deverá
ocorrer em conjunto com a gestão de todas as secretarias municipais e a integração das
associações de moradores e de outras entidades comunitárias existentes em Parnaíba. É
fundamental que esse consórcio de atores sociais discuta, exercite e implemente políticas
públicas setoriais (especialmente de educação em diversos níveis, saúde e saneamento
básicos, comunicação de massas e turismo) que garantam a consecução das diretrizes que
se seguem, quanto a:

 1. Usos do solo: as atividades ocorrentes nessa zona devem atender a:


o Índice de Restrição: R2
o uso prioritário do solo para atividades de comércio e serviços
compatíveis com as características de configuração do espaço do
conjunto da Zona 01, descritas nos próximos itens de normas deste
Plano Diretor. Recomenda-se implantação de mercado popular em
um dos prédios do Porto das Barcas, para abrigar vendedores
ambulantes atuando no momento nas vias públicas da Zona 02;
o usos do solo, complementares aos prioritários ou básicos, para
atividades habitacionais unifamiliares ou multifamiliares sem perda
das características de configuração do espaço do conjunto da Zona 01,
descritas nos próximos itens de normas deste Plano Diretor;

22
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o proibidos usos do solo para atividades comerciais de grande porte


(shoppings, supermercados etc.), atacadista e voltada à construção,
indústria e agropecuarismo;
o proibidos usos do solo para atividades de serviços de grande porte,
demandantes de grandes áreas e / ou geradoras de grande fluxo
veicular (tais como hospitais gerais, presídios, edifícios para ensino
regulamentar e certos órgãos da administração pública);
o proibidos usos do solo para atividades de armazenamento, estocagem,
reparos e similares demandantes de grandes áreas e / ou geradoras de
grande fluxo veicular (tais como armazéns e oficinas);
o proibidos usos do solo para atividades artesanais demandantes de
grandes áreas, geradoras de forte fluxo veicular ou que apresentem
potencial periculosidade à integridade física do conjunto da Zona 01;
o proibidos usos do solo para quaisquer atividades industriais;
o permitida circulação de pedestres, ciclistas e veículos automotores
leves (motocicletas, automóveis, vans, furgões e caminhonetes);
o permitido uso para estacionamento veicular em áreas públicas apenas
ao longo das vias principais e paralelamente ao meio-fio;
o proibidos circulação e estacionamento de veículos pesados e de
grande porte (tais como ônibus e caminhões) em todo o território da
Zona 01;
o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos
na Zona 01 devem atender a estas e às normas subsequentes deste
Plano Diretor;
o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos
na Zona 01 devem ser autorizados pelos órgãos oficiais responsáveis
pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN).

 2. Malha viária: preservação rigorosa do traçado nessa área; não se


admitem supressão, abertura, alargamento ou estreitamento de vias, nem

23
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inclusão de novos elementos viários (como canteiros, rotatórias, viadutos,


pontes etc.).
 3. Parcelamento: preservação rigorosa do parcelamento nessa área; não se
admitem desmembramentos ou remembramentos de lotes.
 4. Taxas de ocupação dos lotes: preservação rigorosa das taxas de
ocupação dos lotes nessa área; não se admitem reduções ou aumentos das
mesmas.
 5. Coeficientes de aproveitamento dos lotes: preservação rigorosa dos
coeficientes de aproveitamento nessa área; não se admitem reduções ou
aumentos dos mesmos.
 6. Afastamentos: preservação rigorosa dos afastamentos dos lotes frontais,
laterais e posteriores nessa área; não se admitem quaisquer alterações nos
mesmos.
 7. Taxa de impermeabilização área livre privatizada: preservação
rigorosa das taxas de impermeabilização das áreas livres privatizadas nos
lotes, conforme nessa área existentes; não se admitem quaisquer alterações
nas mesmas.
 8. Cotas de cumeeira: preservação rigorosa das cotas de cumeeira dos
edifícios nessa área existentes; não se admitem reduções ou aumentos nas
mesmas.
 9. Volumetria edilícia: preservação rigorosa da forma volumétrica dos
edifícios nessa área, inclusive de suas coberturas (telhados); não se admitem
quaisquer alterações nas dimensões e proporções da volumetria edilícia
(tanto do corpo das edificações quanto de suas coberturas / telhados). Em
eventuais reformas ou substituições de edifícios danificados, podem-se
utilizar sistemas construtivos e materiais de construção contemporâneos,
desde que não desfigurem a composição volumétrica preservada por esta
norma.
 10. Fachadas: preservação rigorosa da composição de fachadas voltadas
para as áreas livres públicas dos edifícios nessa área, em termos de:
o proporções entre área total das superfícies de vedação e das aberturas;
o tamanho das aberturas;

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o tipo de esquadrias;
o incidência de beirais ou frontões;
o incidência de elementos decorativos originais.

Não se admitem quaisquer alterações nos referidos elementos, inclusive


supressões ou inclusões tais como elementos decorativos e luminárias; intervenções
datadas dos últimos vinte anos devem ser analisadas pelos órgãos oficiais responsáveis
pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN) em relação a sua eventual ação
descaracterizadora nos tipos originais das fachadas.
Elementos apostos às fachadas, em termos de toldos e veículos de
propaganda, devem ter projeto e execução rigorosamente acompanhados pelos órgãos
oficiais responsáveis pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural
brasileiro (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN), para que não
incorram em desfiguração dos tipos originais das fachadas onde se inserem.
Em eventuais reformas ou substituições de edifícios danificados, podem-se
utilizar sistemas construtivos e materiais de construção contemporâneos nas fachadas
voltadas às áreas livres públicas, desde que não desfigurem a composição das referidas
fachadas preservadas por esta norma.

 11. Organização interna dos edifícios: preservar preferentemente a


organização interna de todos os edifícios desta zona 01, mas, caso
necessário, alterações na composição de seus interiores não devem
desfigurar suas características fundamentais. Neste sentido, não podem
implicar contrariedades a nenhuma das normas anteriormente expressas
neste Plano Diretor e apenas ocorrerem se:

o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades


adequadas para a Zona 01 e prescritas em normas deste Plano Diretor;
o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,
enchentes desabamentos ou similares;

25
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o aprovadas pelos órgãos oficiais responsáveis pela preservação do


patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN).
 12. Áreas especiais: áreas livres públicas ou semi-públicas além daquelas
destinadas a vias de circulação devem ser organizadas de modo a preservar
as características de conjunto do espaço urbano desta zona 01. Neste
sentido, não podem implicar contrariedades a nenhuma das normas
anteriormente expressas neste Plano Diretor e apenas ocorrerem se:
o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades
adequadas para a Zona 01 e prescritas em normas deste Plano Diretor;
o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,
enchentes desabamentos ou similares;
o aprovadas pelos órgãos oficiais responsáveis pela preservação do
patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN).
 13. Recomendações gerais: todas as intervenções nessa área devem:
o seguir rigorosamente as normas expostas nos itens anteriores desse
Plano Diretor;
o ter aprovação dos órgãos oficiais responsáveis pela preservação do
patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN);
o ser justificadas por manutenção do tecido existente ou reparos devidos
a eventualidades tais como sinistros, enchentes, desabamentos ou
similares.

2.1.2.2.1.2 Zona 02 / Centro antigo

Corresponde à primeira área de expansão do Porto das Barcas e contém


sinais dessa época principalmente em seu traçado urbano (malha viária, parcelamento
fundiário e presença de pequenos quintais arborizados), pois a grande maioria das
edificações originais já foi substituída ou bastante modificada, embora com pontuais
rupturas na homogeneidade de suas pequenas alturas. Entretanto, existem alguns

26
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exemplares com características edilícias íntegras e significativas, embora ameaçados por


carência de manutenção ou descaracterização de reformas; são antigas igrejas e prédios que
testemunham o ecletismo e, mais raramente, o art déco. Destacam-se ainda como marcante
característica desse tecido algumas praças, que se apresentam como expressivas clareiras
no espesso tecido que caracteriza o centro antigo de Parnaíba.
Por outro lado, trata-se de uma zona com intensa vitalidade, abrigando
práticas e atividades que a qualificam como o verdadeiro centro urbano dessa cidade:
comércio e serviços muito diversificados e com diversos portes e abrangências,
estabelecimentos de administração pública e uso habitacional unifamiliar em toda a sua
extensão, este frequentemente associado (no mesmo prédio ou lote) às demais atividades
citadas. Essas características positivas à vida urbana de Parnaíba vêm acompanhadas de
sérios problemas de circulação viária e de pedestres em todo seu contexto, provenientes em
grande parte do impacto do porte das citadas atividades centrais em um tecido delicado,
com malha viária reticulada e irregular, ruas e calçadas estreitas e lotes pequenos.
Aos papéis de testemunho histórico e centro urbano, deve-se somar à ZONA
02 aquele de amortecimento temático em relação à ZONA 01 (Porto das Barcas): embora
com preservação das características de sua paisagem urbana, a ZONA 02 não solicita
proteção rigorosa de todos os seus edifícios, mas apenas de alguns com valor testemunhal,
a serem futuramente listados. A manutenção paisagística ocorrerá por meio da
permanência dos atributos configurativos da malha viária, do sistema de parcelamento e do
direito de construção nos lotes; incentivam-se nela atividades de caráter central, mas estas
devem ser monitoradas quanto a geração de excessivo fluxo circulatório de veículos
pesados.
Estes últimos devem ter acesso esporádico à área, em períodos fora dos
horários comerciais, salvo emergências (bombeiros, ambulâncias e polícia). Não se
incentiva acessibilidade de veículos motorizados a essa zona (e, por seu intermédio,
também à ZONA 01), medida que se justifica também pelas pequenas distâncias a serem
percorridas a pé (maior distância é de 950m, da Esplanada à margem do rio Igaraçu); por
isso, os estacionamentos públicos são escassos, organizados paralelamente ao meio-fio das
calçadas; não há vias arteriais, mas a circulação, reduzida, flui pelas inúmeras ruas da
malha reticulada que irriga plenamente toda a ZONA 02.

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Assim como a anterior, essa zona deve ter monitoramento contínuo dos
órgãos oficiais responsáveis pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural
brasileiro (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN). Isto deve
realizar-se em conjunto com todas as secretarias municipais e associações de moradores e
de outras entidades comunitárias existentes em Parnaíba, em consórcio que discuta,
exercite e implemente políticas públicas em diversos setores, mas principalmente educação
em vários níveis, saúde e saneamento básicos, comunicação de massas e turismo, tais que
garantam a consecução das diretrizes que se seguem, quanto a:

 1. Usos do solo: as atividades ocorrentes nessa zona devem atender a:


o Índice de Restrição: R2
o uso prioritário do solo para atividades de comércio e serviços
compatíveis com as características de configuração do espaço do
conjunto da Zona 02, descritas nos próximos itens de normas deste
documento;
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades
habitacionais unifamiliares ou multifamiliares sem prejuízo das
características de configuração do espaço do conjunto da Zona 02,
descritas nos próximos itens de normas deste documento;
o proibidos usos do solo para atividades comerciais varejistas de grande
porte (shoppings, mercados, supermercados etc.), atacadista e lojas
voltada à construção, indústria e agropecuarismo;
o proibidos usos do solo para atividades de serviços de grande porte,
demandantes de grandes áreas e / ou geradoras de forte fluxo veicular
(tais como hospitais gerais, presídios, edifícios para ensino
regulamentar e certos órgãos da administração pública);
o proibidos usos do solo para atividades de armazenamento, estocagem,
reparos e similares demandantes de grandes áreas e / ou geradoras de
intenso fluxo veicular (tais como armazéns e oficinas);
o proibidos usos do solo para atividades artesanais demandantes de
grandes áreas, geradoras de forte fluxo veicular ou que apresentem
potencial periculosidade à integridade física do conjunto da Zona 02;

28
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o proibidos usos do solo para quaisquer atividades industriais;


o permitida circulação de pedestres, ciclistas e veículos automotores
leves (motocicletas, automóveis, vans, furgões e caminhonetes);
o permitido uso para estacionamento veicular em áreas públicas apenas
ao longo das vias principais e paralelamente ao meio-fio;
o proibidos circulação e estacionamento de veículos pesados e de
grande porte (tais como ônibus e caminhões) em todo o território da
Zona 02;
o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos
na Zona 02 devem atender a estas e às normas subseqüentes deste
Plano Diretor ;
o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos
na Zona 02 devem ser autorizados pelos órgãos oficiais responsáveis
pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
 2. Malha Viária: preservação rigorosa do traçado nessa área; não se
admitem supressão, abertura, alargamento ou estreitamento de vias nem
inclusão de novos elementos viários (como canteiros, rotatórias, viadutos,
pontes etc.).
 3. Parcelamento: preservação rigorosa do parcelamento nessa área; não se
admitem desmembramentos ou remembramentos de lotes.
 4. Taxas de ocupação dos lotes: preservação rigorosa das taxas de
ocupação dos lotes nessa área existentes; não se admitem reduções ou
aumentos das mesmas.
 5. Coeficientes de aproveitamento dos lotes: preservação rigorosa dos
coeficientes de aproveitamento nessa área; não se admitem reduções ou
aumentos dos mesmos.
 6. Afastamentos: preservação rigorosa dos afastamentos dos lotes frontais,
laterais e posteriores nessa área existentes; não se admitem quaisquer
alterações nos mesmos.
 7. Taxa de impermeabilização da área livre privatizada: preservação
rigorosa das taxas de impermeabilização das áreas livres privatizadas nos

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lotes, conforme nessa área existentes; não se admitem quaisquer alterações


nas mesmas.
 8. Cotas de Cumeeira: preservação rigorosa das cotas de cumeeira dos
edifícios nessa área existentes; não se admitem reduções ou aumentos nas
mesmas.
 9. Volumetria edilícia: preservação rigorosa da forma volumétrica dos
edifícios nessa área existentes, inclusive de suas coberturas (telhados); não
se admitem quaisquer alterações nas dimensões e proporções da volumetria
edilícia (tanto do corpo das edificações quanto de suas coberturas /
telhados). Em eventuais reformas ou substituições de edifícios danificados,
podem-se utilizar sistemas construtivos e materiais de construção
contemporâneos, desde que não desfigurem a composição volumétrica
preservada por esta norma.
o preservação da forma volumétrica de todos os edifícios dessa área,
assim como de regra para novas construções nela no que se refere às
diretrizes expostas nos itens 4, 5, 6, 7 e 8 para esta Zona.
o preservação rigorosa da forma volumétrica dos edifícios desta zona 02
a serem futuramente listados tal como existentes, inclusive de suas
coberturas (telhados); não se admitem quaisquer alterações nas
dimensões e proporções de sua volumetria edilícia (tanto do corpo das
edificações quanto de suas coberturas / telhados). Em eventuais
reformas ou substituições de edifícios danificados, podem-se utilizar
sistemas construtivos e materiais de construção contemporâneos,
desde que não desfigurem a composição volumétrica preservada por
esta norma.
 10. Fachadas: preservação da composição de fachadas voltadas para as
áreas livres públicas dos edifícios desta zona 02, tal como, em termos de:
o proporções entre área total das superfícies de vedação e das aberturas;
o tamanho das aberturas;
o tipo de esquadrias;
o incidência de beirais ou frontões;
o incidência de elementos decorativos originais.

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Não se admitem quaisquer alterações nos referidos elementos, inclusive


supressões ou inclusões tais como elementos decorativos e luminárias; intervenções
datadas dos últimos vinte anos devem ser analisadas pelos órgãos oficiais responsáveis
pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN) em relação a sua eventual ação
descaracterizadora nos tipos originais das fachadas.
Elementos apostos às fachadas, em termos de toldos e veículos de
propaganda, devem ter projeto e execução rigorosamente acompanhados pelos órgãos
oficiais responsáveis pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural
brasileiro (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN), para que não
incorram em desfiguração dos tipos originais das fachadas onde se inserem.
Em eventuais reformas ou substituições de edifícios danificados, podem-se
utilizar sistemas construtivos e materiais de construção contemporâneos nas fachadas
voltadas às áreas livres públicas, desde que atendam ao item desta zona.

 11. Organização interna dos edifícios: preservar preferentemente a


organização interna dos edifícios desta zona 02 listados como significativos.
Caso necessário, alterações na composição dos interiores desses edifícios
não devem desfigurar suas características fundamentais, não podendo
implicar contrariedades a nenhuma das normas anteriormente expressas
neste Plano Diretor e apenas ocorrerem se:
o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades
adequadas para a Zona 01 e prescritas em normas deste Plano Diretor;
o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,
enchentes desabamentos ou similares;
o aprovadas pelos órgãos oficiais responsáveis pela preservação do
patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN);
o organização interna de novos edifícios nessa Zona 02 não devem
alterar as características para os mesmos expostas nos itens 3 a 10
referentes àquelas.

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

 12. Áreas especiais: áreas livres públicas ou semi públicas além daquelas
destinadas a vias de circulação devem ser organizadas de modo a preservar
as características de conjunto do espaço urbano desta zona 02, expostas nos
itens 1, 2, 3, 5 e 6 para referida Zona. Devem apenas ocorrer se:
o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades
adequadas para a Zona 02 e prescritas em normas deste Plano Diretor;
o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,
enchentes desabamentos ou similares;
o aprovadas pelos órgãos oficiais responsáveis pela preservação do
patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN).
 13. Recomendações gerais: todas as intervenções nessa área devem:
o seguir rigorosamente as normas expostas nos itens anteriores desse
Plano Diretor;
o em caso de lotes correspondentes edifícios considerados bens
culturais, ter aprovação dos órgãos oficiais responsáveis pela
preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN);
o ser justificadas por manutenção do tecido existente, reparos devidos a
eventualidades tais como sinistros, enchentes, desabamentos ou
similares ou necessidades de adequação do tecido urbano a diretrizes
desse Plano Diretor.

2.1.2.2.1.3 Zona 03 / Zona Especial de Interesse Ambiental.

Trata-se zona situada em território bem demarcado, que deve comportar-se


como zona de tamponamento entre áreas habitacionais gerais e áreas ambientalmente
vulneráveis, tal como proposto. Sua particularidade reside no fato de, em se constituindo
como zona de tamponamento, deve realizar essa função entre áreas urbanas centrais e
periféricas, e entre áreas urbanas e corpos d’água, parques urbanos e áreas ambientalmente
sensíveis. Corresponde a um anel, integrando o perímetro urbano da cidade, com presença
constante de agua e áreas verdes.

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

O caráter mais bucólico destas áreas deve ser preservado e incentivado, de


modo a garantir uma acessibilidade a pontos de mirante e a vias perimetrais ligando os
mesmos. As atividades comerciais que por ventura forem adotadas levarão em
consideração estas particularidades. As áreas próximas aos elementos com maior
expressividade ambiental, como as margens das lagos, rios, mangues e dunas, devem ser
analisadas à luz da legislação ambiental vigente. A preservação destas áreas deve ser ação
prioritária por parte do Município e os projetos turísticos para a valorização destas regiões
devem ser incentivados.
Essa característica, assim como as demais enunciadas a seguir, deve ser
objeto de permanente discussão e ações integrando as secretarias municipais, associações
de moradores e outras entidades comunitárias existentes em Parnaíba, de modo a garantir
sua consecução em relação a:

 1. Uso do solo: as atividades ocorrentes nessa zona devem atender a:


o Índice de Restrição: R2
o uso prioritário do solo para atividades habitacionais unifamiliares ou
multifamiliares sem descaracterização dos atributos de configuração
do espaço do conjunto da Zona 03, descritas nos próximos itens de
normas deste Plano Diretor;
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades de
comércio e serviços compatíveis com as características de
configuração do espaço do conjunto da Zona 03, descritas nos
próximos itens de normas deste Plano Diretor;
o proibidos usos do solo para atividades comerciais varejistas de grande
porte (shoppings, mercados, supermercados etc.), atacadista e voltada
à construção, indústria e agropecuarismo;
o proibidos usos do solo para atividades de armazenamento, estocagem,
reparos e similares demandantes de grandes áreas e / ou geradoras de
grande fluxo veicular (tais como armazéns e oficinas);
o proibidos usos do solo para quaisquer atividades industriais;

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ESTADO DO PIAUÍ
PREFEITURA MUNICIPAL DE PARNAIBA
REVISÃO DO PLANO DIRETOR

o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos


na Zona 03 devem atender a estas e às normas subseqüentes deste
Plano Diretor.
 2. Malha viária: preservação rigorosa do traçado nessa área existente.
Eventuais supressões, aberturas, alargamentos ou estreitamentos de vias,
assim como inclusão de novos elementos viários (como canteiros, rotatórias,
viadutos, pontes etc.) não devem alterar características de configuração do
conjunto da Zona 03, descritas nos próximos itens de normas para a mesma.
 3. Parcelamento: preservação do parcelamento nessa área existente.
Eventuais desmembramentos e remembramentos de lotes só deverão ser
admitidos se necessários as adequações do tecido urbanizado desta zona 03
para usos constantes do item 1) a ela referido neste Plano Diretor. Em tais
casos, alterações de parcelamento da terra não devem descaracterizar a
fisionomia do conjunto da Zona 03, descritas nos próximos itens de normas
deste Plano Diretor.
 4. Taxas de ocupação dos lotes: devem atingir máximo de 60% (sessenta
por cento) da área de solo de cada lote.
 5. Coeficientes de aproveitamento dos lotes: deve atingir no máximo, 1,0
(uma vez) o valor da área de solo de cada lote.
o CAB: 1,0
o CAM: 1,0
 6. Afastamentos:
o frontais: podem ser nulos ou, no máximo, até 03 m em toda a Zona
03;
o posteriores: devem corresponder aos valores definidos a partir das
taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento dos lotes na Zona
03;
o laterais: devem existir nos dois lados do lote ou em apenas um deles,
com valores definidos a partir das taxas de ocupação e coeficientes de
aproveitamento dos lotes na Zona 03, porém sempre de modo a
possibilitar ventilação, insolação e iluminação dos espaços internos
das edificações.

34
ESTADO DO PIAUÍ
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

 7. Taxa de impermeabilização da área livre privatizada: as áreas livres


privatizadas, remanescentes de construções conforme taxas e coeficientes
permitidos para esta Zona 03, não devem ser impermeabilizadas, mas
ocupadas por vegetação arbórea de grande porte, preferencialmente nativas
da região de Parnaíba.
 8. Cotas de cumeeira: as cotas de cumeeira máximas admitidas em toda a
Zona 03 não devem ultrapassar 10m (dez metros), contados a partir da
soleira no nível médio do terreno.
 9. Áreas especiais: áreas livres públicas ou semipúblicas além daquelas
destinadas a vias de circulação devem ser organizadas de modo a preservar
as características de conjunto do espaço urbano desta zona 03. Neste
sentido, não podem implicar contrariedades a nenhuma das normas
anteriormente expressas neste Plano Diretor e apenas ocorrerem se:
o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades
adequadas para a Zona 03 e prescritas em normas deste Plano Diretor;
o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,
enchentes desabamentos ou similares;
 10. Recomendações gerais: todas as intervenções nessa área devem seguir
rigorosamente as normas expostas nos itens anteriores desse Plano Diretor.
Todas as autorizações em relação ao uso e ocupação do solo nesta zona só
poderão ser expedidas após a expedição da licença ambiental.

2.1.2.2.1.4 Zona 04 / Margens de vias principais

Trata-se de caracterizar as formas de uso e formas de ocupação das áreas


lindeiras às vias arteriais principais que, em função da acessibilidade oferecida pelas
mesmas, assumem de certa forma o papel de complementar as atividades mais centrais
descritas para a ZONA 02, levando uma série de comércios e equipamentos de certo porte
para os bairros periféricos.
A ideia básica é que estas áreas lindeiras às vias arteriais principais sejam
ocupadas com usos comerciais e de serviços no térreo, e habitação nos pavimentos
superiores, de modo a constituir os correspondentes espaços públicos das vias com

35
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

atividades alimentadoras dos mesmos, sem deixar de incentivar a ocupação com


residência, na forma de habitação coletiva / apartamentos, para não esvaziar estas áreas no
período noturno e de fim de semana.
As áreas lindeiras às vias arteriais principais são tratadas como uma zona
única, apesar de diferenciáveis, porque a filosofia é a mesma e as diferenças, quando
existirem, referem-se à parâmetros quantitativos discriminados nos momentos oportunos.
Por esta razão, a mancha que define sua área de abrangência não é figurada no Mapa 44 do
Volume III/III, por ser considerada toda a extensão do lote com testada para as vias
principais que estão definidas no mapeamento deste documento.
Assim como nos casos anteriores, esta caracterização básica deve ser objeto
de permanente discussão e ações integrando as secretarias municipais, associações de
moradores e outras entidades comunitárias existentes em Parnaíba, de modo a garantir sua
consecução em relação a:

 1. Usos do solo: as atividades ocorrentes nessa zona devem atender a:


o Índice de Restrição: R3
o uso prioritário do solo para atividades de comércio e serviços
compatíveis com as características de configuração do espaço do
conjunto da Zona 04, descritas nos próximos itens de normas deste
Plano Diretor;
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades
habitacionais multifamiliares sem descaracterização dos atributos de
configuração do espaço do conjunto da Zona 04, descritas nos
próximos itens de normas deste Plano Diretor;
o proibidos usos do solo para atividades comerciais de tipo atacadista e
voltada a construção, indústria e agropecuarismo;
o proibidos usos do solo para quaisquer atividades industriais;
o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos
na Zona 04 devem atender a estas e às normas subseqüentes deste
Plano Diretor.
 2. Malha Viária: preservação das características de continuidade do traçado
viário dessas Zonas em relação às Zonas Habitacionais adjacentes às

36
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

mesmas. Eventuais supressões, aberturas, alargamentos ou estreitamentos de


vias, assim como inclusão de novos elementos viários (como canteiros,
rotatórias, viadutos, pontes etc.) não devem implicar barreiras ou
descontinuidades entre a malha dessas Zonas e daquelas a elas adjacentes,
nem alterar atributos de configuração do conjunto da Zona 04, descritas nos
próximos itens de normas para a mesma.
 3. Parcelamento: adequação do parcelamento existente nessas áreas, com
eventuais desmembramentos e remembramentos de lotes se necessários a
adequações do tecido urbanizado desta zona 04 para usos constantes do item
1) a ela referido neste Plano Diretor. Em tais casos, alterações de
parcelamento da terra não devem descaracterizar a fisionomia do conjunto
dessa Zona, descritas nos próximos itens de normas deste Plano Diretor.
 4. Taxas de ocupação dos lotes: devem atingir máximo de 80% (oitenta
por cento) da área de solo de cada lote.
 5. Coeficientes de aproveitamento dos lotes: podem atingir, no máximo, 4
(quatro) vezes da área de solo de cada lote.
o CAB: 1,0
o CAM: 4,0 para as vias principais centrais
 6. Afastamentos:
o frontais: devem ser nulos em toda a Zona 04;
o posteriores: devem corresponder aos valores definidos a partir das
taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento dos lotes na Zona
04;
o laterais: devem ser nulos no nível térreo em todos os lotes da Zona
04. Nos demais pavimentos, afastamentos laterais podem ser
variáveis, de modo a possibilitar ventilação, insolação e iluminação
dos espaços internos das edificações, atendendo aos limites
estabelecidos pelas taxas de ocupação e índices de aproveitamento dos
lotes, anteriormente descritos para esta Zona.
 7. Taxa de impermeabilização da área livre privatizada: as áreas livres
privatizadas, remanescentes de construções conforme taxas e coeficientes
permitidos para esta Zona 04, não devem ser impermeabilizadas, mas

37
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

ocupadas por vegetação arbórea de grande porte, preferencialmente nativas


da região de Parnaíba.
 8. Áreas especiais: áreas livres públicas ou semipúblicas além daquelas
destinadas a vias de circulação devem ser organizadas de modo a preservar
as características de conjunto do espaço urbano desta Zona 04. Neste
sentido, não podem implicar contrariedades a nenhuma das normas
anteriormente expressas neste Plano Diretor e apenas ocorrerem se:
o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades
adequadas para a Zona 04 e prescritas em normas deste Plano Diretor;
o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,
enchentes desabamentos ou similares;
 9. Recomendações gerais: todas as intervenções nessa Zona 04 devem
seguir rigorosamente as normas expostas nos itens anteriores desse Plano
Diretor.

2.1.2.2.1.5 Zona 05 / Zonas habitacionais gerais

Trata-se das áreas para atividades habitacionais uni e multifamiliares,


constituintes dos bairros classicamente residenciais, e onde o comércio se restringe ao
apoio cotidiano e os equipamentos são de porte fundamentalmente local.
A configuração atualmente existente refere-se basicamente aos bairros de
Parnaíba, denominados por meio da Lei Municipal nº 1.650 de 13 de novembro de 1998,
publicada em 13.11.98; Lei 2.700 de 05 de junho de 2012, publicada no Diário Oficial
06.06.2012. Compostos pelo Centro da cidade, 31 (trinta e um) Bairros e 01 Comunidade.
Como proposição, de forma a melhor adequação ao crescimento e
desenvolvimento da cidade, apresentar-se-á nova configuração dos bairros, no total de 46
(quarenta e seis), observando-se que nem todos dos bairros estão exatamente inseridos
nesta zona, em virtude da extensão e particularidades do município, o que não faz perder a
característica de bairros e sua essência de área habitacional.
Sugere-se, via projeto de lei, servindo de anexo à Lei do Plano Diretor,
delimitação do perímetro e denominação de novos bairros, na forma do projeto descrito no
item 3.2.12.

38
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Como nos casos anteriores, esta caracterização básica deve ser objeto de
permanente discussão e ações integrando as secretarias municipais, associações de
moradores e outras entidades comunitárias existentes em Parnaíba, de modo a garantir sua
consecução em relação a:

 1. Usos do solo: as atividades ocorrentes nessa zona devem atender a:


o Índice de Restrição: R1
o uso prioritário do solo para atividades habitacionais unifamiliares sem
descaracterização dos atributos de configuração do conjunto da Zona
05, descritas nos próximos itens de normas deste Plano Diretor;
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades de
comércio e serviços compatíveis com as características de
configuração do espaço da Zona 05, descritas nos próximos itens de
normas deste documento;
o proibidos usos do solo para atividades comerciais de grande porte
(shoppings, supermercados etc.), atacadista e voltada à construção,
indústria e agropecuarismo;
o proibidos usos do solo para atividades de armazenamento, estocagem,
reparos e similares demandantes de grandes áreas e / ou geradoras de
grande fluxo veicular (tais como armazéns e oficinas);
o proibidos usos do solo para quaisquer atividades industriais;
o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos
na Zona 05 devem atender a estas e às normas subseqüentes deste
documento.
 2. Malha viária: preservação do traçado viário das diversas áreas contidas
nesta zona 05. Eventuais supressões, aberturas, alargamentos ou
estreitamentos de vias, assim como inclusão de novos elementos viários
(como canteiros, rotatórias, viadutos, pontes etc.) não devem alterar
características de configuração do espaço da Zona 05, descritas nos
próximos itens de normas para a mesma.
 3. Parcelamento: preservação do parcelamento das diversas áreas contidas
nesta zona 05. Eventuais desmembramentos e remembramentos de lotes só

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

deverão ser admitidos se necessários a adequações do tecido urbanizado


desta zona 05 para usos constantes do item 1) a ela referido neste
documento. Em tais casos, alterações de parcelamento da terra não devem
descaracterizar a fisionomia do conjunto dessa Zona, descritas nos próximos
itens de normas deste documento.
 4. Taxas de ocupação dos lotes: devem atingir máximo de 60% (sessenta
por cento) da área de solo de cada lote.
 5. Coeficientes de aproveitamento dos lotes: devem atingir, no máximo,
1,0 (uma vez) o valor da área de solo de cada lote.
o CAB: 0,6
o CAM: 1,0
 6. Afastamentos:
o frontais: devem ter, no máximo, até 03m em toda a Zona 05;
o posteriores: devem corresponder aos valores definidos a partir das
taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento dos lotes na Zona
05;
o laterais: devem existir nos dois lados do lote ou em apenas um deles,
com valores definidos a partir das taxas de ocupação e coeficientes de
aproveitamento dos lotes na Zona 05, porém sempre de modo a
possibilitar ventilação, insolação e iluminação dos espaços internos
das edificações.
 7. Taxa de impermeabilização da área livre privatizada: as áreas livres
privatizadas, remanescentes de construções conforme taxas e coeficientes
permitidos para esta Zona 05, não devem ser impermeabilizadas, mas
ocupadas por vegetação arbórea de grande porte, preferencialmente nativas
da região de Parnaíba.
 8. Áreas especiais: áreas livres públicas ou semipúblicas além daquelas
destinadas a vias de circulação devem ser organizadas de modo a preservar
as características de conjunto desta zona 05. Neste sentido, não podem
implicar contrariedades a nenhuma das normas anteriormente expressas
neste documento e apenas ocorrerem se:

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades


adequadas para a Zona 05 e prescritas em normas deste documento;
o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,
enchentes desabamentos ou similares.
 9. Recomendações gerais: todas as intervenções nessa área devem seguir
rigorosamente as normas expostas nos itens anteriores desse documento.

2.1.2.2.1.6 Zona 06 / Setores Industriais

Trata-se de caracterizar as áreas correspondentes aos setores industriais, que


ocorrem na área que delimita a Zona de Processamento de Exportação – ZPE, assim como
as áreas de seu entorno, por ser a ZPE a principal indutora deste setor. Esta proposta só faz
consolidar uma tendência hoje existente, já que a ZPE, seu entorno e as áreas delimitadas
pela BR 343, a BR 402 e a Avenida 19 de Outubro, especificamente neste trecho, já
apresentam instalações e equipamentos industriais ao longo de seus traçados. Com a
localização do Setor Industrial nesta área preserva-se, por um lado, a expansão urbana ao
longo da BR 343 e BR 402 no seu sentido leste/oeste; por outro, garante-se uma excelente
acessibilidade à área, sem perturbar as atividades urbanas mais locais, assim como o
escoamento da possível produção seja no sentido do aeroporto, do porto ou dos estados
vizinhos, ou, numa visão mais ampla, das áreas mais lindeiras dos estados vizinhos com
relação à infraestrutura de escoamento oferecida pelo Município de Parnaíba.
Assim como nos casos anteriores, esta caracterização básica deve ser objeto
de permanente discussão e ações integrando as secretarias municipais, associações de
moradores e outras entidades comunitárias existentes em Parnaíba, de modo a garantir sua
consecução em relação a:

 1. Usos do solo: as atividades ocorrentes nessa zona devem atender a:


o Índice de Restrição: R4
o uso prioritário do solo para atividades industriais, de armazenamento,
estocagem, reparos e similares demandantes de grandes áreas;
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades de
comércio e serviços compatíveis com as características de

41
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configuração do espaço do conjunto da Zona 06, descritas nos


próximos itens de normas deste documento;
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades
habitacionais unifamiliares ou multifamiliares sem descaracterização
dos atributos de configuração do espaço do conjunto da Zona 06,
descritas nos próximos itens de normas deste documento;
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades
comerciais e de serviços complementares aos usos prioritários e
complementares compatíveis com as características de configuração
do espaço do conjunto da Zona 06, descritas nos próximos itens de
normas deste documento;
o todos os alvarás para habite-se e funcionamento de estabelecimentos
na Zona 06 devem atender a estas e às normas subseqüentes deste
documento.
 2. Malha viária: preservação do traçado viário das áreas contidas nesta
zona 06. Eventuais supressões, aberturas, alargamentos ou estreitamentos de
vias, assim como inclusão de novos elementos viários (como canteiros,
rotatórias, viadutos, pontes etc.) não devem alterar características de
configuração do conjunto da Zona 06, descritas nos próximos itens de
normas para a mesma.
 3. Parcelamento: preservação do parcelamento das diversas áreas contidas
nesta zona 06. Eventuais desmembramentos e remembramentos de lotes só
deverão ser admitidos se necessários a adequações do tecido urbanizado
desta zona 06 para usos constantes do item 1) a ela referido neste
documento. Em tais casos, alterações de parcelamento da terra não devem
descaracterizar a fisionomia do conjunto dessa Zona, descritas nos próximos
itens de normas deste documento.
 4. Taxas de ocupação dos lotes: devem atingir máximo de 70% (setenta
por cento) da área de solo de cada lote.
 5. Coeficientes de aproveitamento dos lotes: podem atingir, no máximo,
1,2 (um ponto 2) da área de solo de cada lote.
o CAB: 0,4

42
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

o CAM: 1,2
 6. Afastamentos:
o frontais: devem ser de 05 (cinco) metros em toda a Zona 06, para
possibilitar carga e descarga de mercadorias;
o posteriores: devem corresponder aos valores definidos a partir das
taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento dos lotes na Zona
06;
o laterais: devem ser variáveis, de modo a possibilitar ventilação,
insolação e iluminação dos espaços internos das edificações,
atendendo aos limites estabelecidos pelas taxas de ocupação e índices
de aproveitamento dos lotes, anteriormente descritos para esta Zona.
 7. Taxa de impermeabilização da área livre privatizada: as áreas livres
privatizadas, remanescentes de construções conforme taxas e coeficientes
permitidos para esta Zona 06, não devem ser impermeabilizadas, mas
ocupadas por vegetação arbórea de grande porte, preferencialmente nativas
da região de Parnaíba.
 8. Áreas especiais: áreas livres públicas ou semipúblicas além daquelas
destinadas a vias de circulação devem ser organizadas de modo a preservar
as características de conjunto do espaço urbano desta zona 06. Neste
sentido, não podem implicar contrariedades a nenhuma das normas
anteriormente expressas neste documento e apenas ocorrerem caso
solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades adequadas
para a Zona 06 e prescritas em normas deste documento.
 9. Recomendações gerais: todas as intervenções nessa área devem seguir
rigorosamente as normas expostas nos itens anteriores desse Plano Diretor.

2.1.2.2.1.7 Zona 07 / Zonas de expansão habitacionais

Trata-se de caracterizar as formas de uso e de ocupação daquele trecho do


território que fará a transição entre as áreas com ocupações eminentemente urbanas e as
áreas com atividades rurais. Nesse sentido, esta zona poderá caracterizar-se como dando
continuidade às atividades rurais na escala familiar, ou abrigando atividades de recreio

43
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

como opção para moradores da área mais eminentemente urbana, ou como residência. As
formas de uso e ocupação devem ser objeto de permanente discussão e ações integrando as
secretarias municipais, associações de moradores e outras entidades comunitárias
existentes em Parnaíba, de modo a garantir sua consecução em relação aos índices de
restrição, taxas de ocupação, coeficientes de aproveitamento, taxas de impermeabilização e
recomendações gerais.
Por tratar-se de uma situação “limite” (no sentido conceitual e no sentido
geográfico) não cabem neste lugar considerações muito detalhadas nem muito restritivas.

 1. Usos do solo: As atividades ocorrentes nessa zona devem atender a:


o Índice de Restrição: R1
o uso prioritário do solo para atividades habitacionais unifamiliares,
multifamiliares e atividades rurais
o usos do solo, complementares aos prioritários, para atividades
artesanais com comercialização;
o proibidos usos do solo para atividades comerciais de grande porte
(shoppings, supermercados etc.), atacadista e voltada à construção,
indústria e agropecuarismo;
o proibidos usos do solo para atividades de armazenamento, estocagem,
reparos e similares demandantes de grandes áreas e / ou geradoras de
grande fluxo veicular (tais como armazéns e oficinas);
o proibidos usos do solo para quaisquer atividades industriais.

 2. Malha viária: Preservação do traçado viário das diversas áreas contidas


nesta zona 07. Eventuais supressões, aberturas, alargamentos ou
estreitamentos de vias, assim como inclusão de novos elementos viários
(como canteiros, rotatórias, viadutos, pontes etc.) não devem alterar
características de configuração do espaço da Zona 07, descritas nos
próximos itens de normas para a mesma.
 3. Parcelamento: Preservação do parcelamento das diversas áreas contidas
nesta zona 07. Eventuais desmembramentos e remembramentos de lotes só
deverão ser admitidos se necessários a adequações do tecido urbanizado

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

desta zona 07 para usos constantes do item 1) a ela referido neste


documento. Em tais casos, alterações de parcelamento da terra não devem
descaracterizar a fisionomia do conjunto dessa Zona, descritas nos próximos
itens de normas deste documento.
 4. Taxas de ocupação dos lotes: Devem atingir máximo de 60% (sessenta
por cento) da área de solo de cada lote.
 5. Coeficientes de aproveitamento dos lotes: Devem atingir, no máximo,
1,0 (uma vez) o valor da área de solo de cada lote.
o CAB: 0,6
o CAM: 1,0
 6. Afastamentos
o frontais: devem ter, no máximo, até 03m em toda a Zona 07;
o posteriores: devem corresponder aos valores definidos a partir das
taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento dos lotes na Zona
07;
o laterais: devem existir nos dois lados do lote ou em apenas um deles,
com valores definidos a partir das taxas de ocupação e coeficientes de
aproveitamento dos lotes na Zona 07, porém sempre de modo a
possibilitar ventilação, insolação e iluminação dos espaços internos
das edificações.
 7. Taxa de impermeabilização da área livre privatizada: as áreas livres
privatizadas, remanescentes de construções conforme taxas e coeficientes
permitidos para esta Zona 07, não devem ser impermeabilizadas, mas
ocupadas por vegetação arbórea de grande porte, preferencialmente nativas
da região de Parnaíba.
 8. Áreas especiais: áreas livres públicas ou semipúblicas além daquelas
destinadas a vias de circulação devem ser organizadas de modo a preservar
as características de conjunto desta zona 07. Neste sentido, não podem
implicar contrariedades a nenhuma das normas anteriormente expressas
neste documento e apenas ocorrerem se:
o solicitadas para melhor desenvolvimento de usos e atividades
adequadas para a Zona 07 e prescritas em normas deste documento;

45
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

o justificadas por reparos devidos a eventualidades tais como sinistros,


enchentes desabamentos ou similares.
 9. Recomendações gerais: todas as intervenções nessa área devem seguir
rigorosamente as normas expostas nos itens anteriores desse documento.

2.1.3 Os Instrumentos e Parâmetros Urbanísticos

Os instrumentos e parâmetros urbanísticos anunciados anteriormente, com


origem e respaldo no Estatuto da Cidade, referem-se a uma série de instrumentos que
regulam a dinâmica das formas de usos e ocupações nessas áreas, tais como descritos
estaticamente acima. Os instrumentos apresentados a seguir foram selecionados tanto no
âmbito dos instrumentos urbanísticos quanto no âmbito dos instrumentos fundiários. Os
critérios de seleção estruturaram-se basicamente em torno de sua aplicabilidade à situação
do Município / Cidade de Parnaíba.

 Outorga Onerosa do Direito de Construir (com correspondente


Transferência do Potencial Construtivo)
 Outorga Onerosa de Alteração de Uso
 Operação Urbana Consorciada / Consórcio Imobiliário
 Direito de Preempção
 Direito de Superfície
 Estudo de Impacto de Vizinhança
 Zonas Especiais de Interesse Social / ZEIS
 Do Fundo de Desenvolvimento Urbano de Parnaíba – FUNDURB
 Do Conselho Municipal de Planejamento de Parnaíba

2.1.3.1 Outorga Onerosa do Direito de Construir (com correspondente Transferência do


Potencial Construtivo).

Existe um coeficiente básico de aproveitamento do lote, onde o proprietário


pode construir sem ônus, tal como explicado no item anterior. Existiria um coeficiente

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

máximo de aproveitamento do lote, que o proprietário pode usufruir ou não, também


explicado. Em usufruindo essa outorga, que é onerosa, não é gratuita, ele deverá pagar por
ela. O valor pago pode ser utilizado para os mais diversos objetivos, vinculados à melhoria
urbana (regularização fundiária, desapropriação, projetos, fundos de habitação social,
equipamentos urbanos e comunitários, preservação / recuperação ambiental, etc.)
Vinculado a este instrumento existe um outro, de certa forma complementar
– a Operação de Transferência de Potencial Construtivo – que permite aos proprietários de
imóveis sobre os quais há interesse por parte do poder público em preservá-los (tanto
patrimonial quanto ambientalmente) em vender ou transferir para outro imóvel a diferença
entre o coeficiente real de aproveitamento, e o básico e/ou máximo. Estas vendas podem
alimentar um banco de potenciais construtivos.
Este instrumento será aplicado naquelas áreas onde existem CAB e CAM, e
sobre a diferença do potencial construtivo.

2.1.3.2 Outorga Onerosa de Alteração de Uso

Existe um certo uso e interessa coletivamente a sua mudança para um outro


uso que valoriza a propriedade. No momento de usufruir dessa mudança e se apropriar
dessa valorização, o proprietário deverá pagar por ela. O valor pago pode ser utilizado para
os mais diversos objetivos, vinculados à melhoria urbana (regularização fundiária,
desapropriação, projetos, fundos de habitação social, equipamentos urbanos e
comunitários, preservação / recuperação ambiental, etc.). Mas a contrapartida não precisa
ser necessariamente financeira. No caso de passagem de rural para urbano a contrapartida
pode ser a participação na implantação de infraestrutura, equipamentos públicos, parques,
espaços coletivos, etc.
Este instrumento será aplicado em toda a área em pauta, toda vez que uma
mudança de uso concedida representa uma valorização do lote. Portanto não exigirá o
correspondente mapeamento.

2.1.3.3 Operação Urbana Consorciada / Consórcio Imobiliário

47
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

O Poder Público, os Proprietários, os Usuários Permanentes e os


Investidores Externos podem se associar visando implementar empreendimentos de
interesse de todos. O caso do Consórcio Imobiliário pressupõe uma parceria entre
proprietários, construtores e o poder público, sendo que a produção (de casas, por
exemplo) é distribuída proporcionalmente entre os investidores.
Este instrumento será aplicado em 05 (cinco) áreas especiais, a saber:

 Área Especial 1: proposta de um novo Centro Comercial e Administrativo,


a ser considerado entre as avenidas Pinheiro Machado e avenida 19 de
Outubro a partir da parcerias público/privada;
 Área Especial 2: parques urbanos do Cantagalo, do Bebedouro. Como no
caso anterior, seriam construídos ao longo dos próximos anos a partir da
parceria público/privada;
 Área Especial 3: correspondente ao equipamento estruturado em torno de
um Centro de Convenções / Museu da Parnaíba, Aquário Municipal;
proposto no entroncamento da BR 343 com a saída para o litoral, podendo
ser também instalados nas margens da Avenida 19 de Outubro entre a BR
343 e 402;
 Área Especial 4: correspondente a áreas adequadas para a instalação de
equipamento estruturado para prática de corridas de carros, fórmula truck,
corridas de motocross, de mountain-bike, e de eventos das mais variadas
atividade de entretenimento de som em geral;
 Área Especial 5: correspondente à área da Lagoa do Portinho e Lagoa da
Prata como parques ambientais, visando o uso para fins turísticos e sua
preservação;

2.1.3.4 Direito de Preempção

O Poder Público tem preferência na aquisição de imóveis urbanos colocados


à venda no mercado (por exemplo, interesse em comprar prédios de interesse histórico /
patrimonial, áreas para expansão urbana, áreas para programas de construção de habitações
populares, etc.)

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Aplicável nas áreas de interesse histórico, de equipamentos comunitários e


urbanos estruturantes e de parques de uso múltiplo.
O Direito de Preempção será aplicado preferencialmente nas ZONAS 01 E 02,
quando se tratarem de propriedades de interesse do patrimônio histórico e cultural.

2.1.3.5 Direito de Superfície

Trata da possibilidade do proprietário urbano de um lote conceder a outrem


o direito de usufruto da superfície de seu terreno, por tempo determinado ou
indeterminado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro
de Imóveis. Isto vale também para o Poder Público.
O Poder Público poderá utilizar o Direito de Superfície em áreas
particulares onde haja carência, por exemplo, de equipamentos públicos e comunitários.
Também poderá oferecer áreas públicas integrantes de seu patrimônio, concedendo
onerosamente o Direito de Superfície em caráter transitório (do solo, subsolo ou espaço
aéreo), para exploração por parte das concessionárias de serviços ou particulares.

2.1.3.6 Estudo de Impacto de Vizinhança

O Estudo de Impacto de Vizinhança tem por objetivo a avaliação de


impactos nos casos de aumento do potencial construtivo, transferência do direito de
construir, alteração ou extensão de uso e instalação de atividades urbanas em zona rural.
O Estudo de Impacto de Vizinhança será executado de forma a analisar os
efeitos positivos e negativos do empreendimento e/ou atividade propostos na área e suas
proximidades, incluindo questões como adensamento populacional, equipamentos urbanos
e comunitários, valorização imobiliária, uso e ocupação do solo, geração de tráfego e
demanda por transporte coletivo, ventilação e iluminação, patrimônio cultural e natural,
infraestruturas, etc.

2.1.3.7 Zonas Especiais de Interesse Social / ZEIS

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Uma área da cidade é denominada ZEIS quando fica reservada para moradia
de interesse social. A sua caracterização como ZEIS deve conter regras claras para a
gestão, urbanização e regularização dos assentamentos informais existentes (parâmetros
especiais de parcelamento, uso e ocupação). Estes assentamentos informais, geralmente
resultado de invasões, não cumprem com os requisitos mínimos exigidos pela legislação
urbana vigente. Os parâmetros são menores (caixas de rua mínimas, tamanho de lotes
abaixo de 125 m2, etc.) e geralmente são ocupadas parcialmente Áreas de Preservação
Permanente, áreas de risco, etc.
São declaradas Zonas de Interesse Especial as reservadas para moradia de
interesse social. Apesar de representar um instrumento basicamente de regularização
fundiária, ele é formatado como hipótese de trabalho visando facilitar a aplicação dos
restantes instrumentos, calibrando a aplicação dos mesmos.
O critério para definir e delimitar as ZEIS, pelo que foi colocado,
estruturam-se em torno de:

 áreas invadidas com parâmetros que não cumprem a legislação urbanística;


 áreas sem equipamentos comunitários básicos;
 áreas sem equipamentos urbanos básicos;
 áreas que ocupam Áreas de Preservação Permanente, áreas de risco, etc.
 áreas com situação fundiária indefinida.

2.1.3.8 Do Fundo de Desenvolvimento Urbano da Parnaíba - FUNDURB

A arrecadação com as outorgas onerosas e demais instrumentos listados,


quando aplicados, será recolhida junto a um Fundo de Desenvolvimento Urbano da
Parnaíba, criado por meio de lei específica. Este Fundo será constituído pelos seguintes
recursos:

 Recursos oriundos da aplicação dos instrumentos acima assinalados, além


de outros previstos em leis específicas, a saber:
o concessão de uso;
o concessão de direito real de uso;

50
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

o arrendamento;
o retrovenda;
o locação;
o alienação;
o outorga onerosa do direito de construir e da alteração de uso;
o rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos
próprios;
o doações;
o outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.
 Contribuições e subvenções de instituições financeiras locais
 Recursos provenientes de convênios com organismos e entidades nacionais
ou internacionais, governamentais e não governamentais.
 Doações de pessoas físicas e jurídicas
 Retorno das aplicações nos projetos e programas e
 Receitas diversas.

Os recursos auferidos conforme o colocado no item anterior deverão ser


aplicados nos seguintes casos:

 Regularização fundiária;
 Execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
 Constituição de reserva fundiária;
 Ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
 Implantação de equipamentos urbanos e comunitários e ampliação das redes
de infraestrutura decorrentes de alteração ou extensão de uso e aumento do
potencial construtivo;
 Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
 Criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
 Proteção de áreas de interesse histórico, artístico, cultural ou paisagístico.

51
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As propostas de utilização dos recursos do FUNDURB serão realizadas


mediante estudos, programas, projetos e orçamentos de cada empreendimento, que deverão
ser aprovados pelos conselhos constituídos com tais finalidades.

2.1.3.9 Do Conselho Municipal de Planejamento de Parnaíba

Será constituído o Conselho Municipal de Planejamento – CMP de


Parnaíba, como instância representativa da Administração Regional e da comunidade.
Compete ao Conselho Municipal de Planejamento – CMP de Parnaíba,
como órgão auxiliar da Administração, promover a discussão, análise e acompanhamento
das questões relativas ao planejamento territorial e urbano do Município e Cidade de
Parnaíba. Particularmente faz parte de seu rol de atribuições opinar e dar anuência com
relação às aplicações dos recursos do FUNDURB.
A composição e competências do CMP serão detalhadas e disciplinadas por
lei específica. Não obstante isso reforça-se aqui a questão da paridade de membros
representativos do poder público e da comunidade. O CMP terá como secretaria executiva
à secretaria executiva da Prefeitura de Parnaíba responsável pelo gerenciamento do
planejamento territorial e urbano.

2.2 Infraestrutura Urbana

O Plano Diretor, bem como sua revisão, estabelece um processo de


planejamento dinâmico, participativo, descentralizado, propiciando que mudanças efetivas
ocorram na gestão do município, pois é instrumento básico da política de desenvolvimento
e expansão urbana.
Para a definição das diretrizes referentes à infraestrutura do município de
Parnaíba, é necessário inferir sobre o crescimento populacional, numa tentativa de prever
os equipamentos e áreas para as demandas futuras, num horizonte mínimo de 20 anos.
Com base nos dados da Tabela 1 verifica-se um expressivo êxodo da
população rural, em direção à parte urbana, principalmente no período entre 1991 e 2010.
Em todos os períodos da tabela pode ser observado um acelerado crescimento da
população urbana.

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Tabela 1 - Evolução da população residente no município.


Evolução da População Residente no Município
Discriminação 1991 1996 2000 2010 2016 (estimada)
Total 127.929 124.593 134.122 147.705 150.201
Urbana 105.104 112.586 123.062 137.485 142.699
Rural 22.825 12.007 11.060 8.220 7.502
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010 e Contagem da População / Estimativa.

A este panorama do crescimento da população urbana, agregam-se uma


série de indicadores demográficos, conforme demonstrado na Tabela 2, segundo dados
mais atualizados, a seguir:

Tabela 2 - Indicadores demográficos.


Indicadores Demográficos
Discriminação 1996 2000 2010
Densidade Demográfica (hab/km2). 288,08 307,10 334,51
Taxa Geométrica de Crescimento Anual (%) 1,31 1,50 0,97
Taxa de Urbanização (%) 82,16 91,80 94,36
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010 e Contagem da População.

Diante destes indicadores, para fins de estimativa, adota-se no presente


estudo uma projeção populacional geométrica, conforme apresentada na Tabela 3.

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Tabela 3: Estudo de projeção população para o município de Parnaíba.


PROJEÇÃO POPULACIONAL
ANO
Pop. Total Pop. Urbana (93,0%) Pop. Rural (7,0%)
2010 147.705 137.485 8.220
2011 148.148 138.285 8.180
2012 148.703 139.085 8.140
2013 149.202 139.885 8.059
2014 149.701 140.685 7.930
2015 149.901 141.855 7.812
2016 150.201 142.699 7.502
2017 151.087 143.548 7.539
2018 153.354 145.778 7.576
2019 155.654 148.041 7.613
2020 157.989 150.339 7.650
2021 160.359 152.671 7.688
2022 162.764 155.038 7.726
2023 165.206 157.442 7.764
2024 167.684 159.882 7.802
2025 170.199 162.359 7,840
2026 172.752 164.874 7.878
2027 175.343 167.426 7.917
2028 177.973 170.018 7,956
2029 180.643 172.668 7.995
2030 183.353 175.319 8.034
2031 186.103 178.049 8.064
2032 188.894 180.790 8.104
2033 191.728 183.584 8.144
2034 194.604 186.420 8.184
2035 197.523 189.259 8.264
Fonte: Plano diretor municipal de 2007/2017.

2.2.1 Sistema viário e circulação urbana / Estrutura dos eixos prioritários ao transporte
coletivo

A proposta de estruturação viária objetiva organizar o sistema de circulação


dos diferentes trechos das zonas urbanas e rurais de uso controlado em pauta, assegurando
também a possibilidade de se estabelecer um sistema eficiente e racional de transporte
coletivo, de modo a garantir a acessibilidade. Sua concepção parte, decorrentemente, dos
seguintes princípios:

 Permitir a acessibilidade entre os diferentes setores habitacionais e entre as


diferentes microrregiões do Município. Para tanto, é fundamental o

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estabelecimento de uma articulação viária. Essa articulação desenvolvida a


seguir é condição mínima para assegurar a manutenção de uma estrutura
dotada de qualidade e conforto para os moradores e usuários – pois assegura
a implantação de um sistema de transporte eficiente e racional, tal como
colocado, assim como a dotação das infraestruturas de saneamento.
 Consolidar importantes usos e tipologias já existentes, compatíveis com a
proposta de uso do solo e permitir a adequação da geometria viária com os
usos existentes e consolidados.
 Criar padrões mínimos de dimensionamento viário que permita a segurança
dos sistemas de circulação de veículos e pedestres.

Nesse sentido, observa-se a necessidade de elaborar Plano Municipal de


Mobilidade Urbana e Acessibilidade, nos termos do parágrafo primeiro do artigo 24 da Lei
Federal nº 12.587/2012, devendo ser respeitado e garantido a participação popular no
processo de elaboração.

O sistema viário é caracterizado por duas tipologias bem distintas, a saber:

 a) uma de circulação regional ou interurbana, constituída pela malha viária


exterior; e
 b) outra, intraurbana, de importância para a circulação local constituída a
partir das vias já existentes e outras a serem criadas.

O sistema viário é resultado da negociação de um contexto existente e uma


série de diretrizes e intenções que visam consolidar tendências.

2.2.1.1 Estruturação do sistema viário regional

O sistema viário interurbano trabalharia com categorias não diferenciadas de


rodovias, estradas e/ou vias arteriais. A Tabela 4 registra uma série de atributos,
características e dimensões desta categoria, que valeriam como diretriz de proposta.

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A região em estudo insere-se em um contexto não necessariamente


privilegiado em relação ao sistema viário. Na fase do diagnóstico e posteriormente, na fase
da proposta, foi registrado que a cidade de Parnaíba dificilmente funcionará como nó
rodoviário se não forem tomadas providências no sentido de sua plena inserção como
elemento distribuidor dos fluxos no sentido norte / sul e no sentido leste / oeste, e a partir
dos parâmetros viários acima descritos.
Um sistema de vias marginais, quando necessário, faz a transição entre o
sistema viário regional e o sistema viário local, intraurbano. Nesse sentido, são vias
auxiliares de uma via de maior hierarquia, localizadas em trecho ou região urbana,
podendo promover o acesso às atividades lindeiras à mesma.

Tabela 4: Hierarquia do Sistema Viário – Via Arterial Regional.


VIA ARTERIAL REGIONAL
Função Estrutura os eixos de transporte coletivo regional e canaliza os fluxos
de acesso (entrada e saída) da área de expansão. Articula os vários
bairros tanto no sentido norte-sul como leste oeste. Abriga atividades
comerciais, institucionais e industriais de porte regional.
Características As características dessas vias são de padrão rodoviário, sob domínio
e fiscalização do Departamento de Estradas e Rodagem do PI.
Acesso a outras categorias de via Preferencialmente, deve promover ligações com vias marginais,
estradas-parque, PI’s e BR’s.
Pista de rolamento (m) Variável de 7 a 10,5
Faixa de domínio (m) Variável – determinada por Decreto do Estado do Piauí, conforme
categoria.
Calçadas (m) Desaconselhável
Acostamento ou estacionamento Acostamento e/ou áreas de escapes permitidos – estacionamento
proibido.
Canteiro Central Variável dependendo da velocidade de projeto – padrão determinado
pelo DER
Sentido de tráfego Mão única
Raio horizontal (m) Variável dependendo da velocidade de projeto – padrão determinado
Tangentes entre curvas reversas (m) pelo DER
Declividades (máx. E mín.)
Perfil: É variável, conforme o local. Portanto, não são apresentados esquemas (como no
caso das vias intraurbanas) para o perfil deste tipo de via, em função da variabilidade
assinalada.

2.2.1.2 Estruturação do sistema viário local

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Para efeitos da proposta do sistema viário local, trabalhou-se com o seguinte


elenco de categorias de vias que, de certa forma, pretendem uniformizar os conceitos e
vocábulos utilizados nos diferentes manuais e entidades vinculadas à questão:
O sistema viário local trabalharia com categorias diferenciadas, a saber:

 vias principais ou avenidas, sejam elas de atividades e/ou circulação /


ligação, ou vias coletoras no nível 1
 vias secundárias ou coletoras no nível 2;
 vias locais; e
 vias especiais.

Na realidade todas as vias são coletoras com relação aos níveis “inferiores”
de vias. Portanto, sua qualificação como coletoras não identifica o tipo de via. O sistema
viário funciona a imagem e semelhança do sistema sanguíneo: as vias secundárias coletam
o tráfego das vias locais (portanto as vias locais se ligam às vias secundárias); as vias
principais coletam o tráfego das vias secundárias (portanto as vias secundárias se ligam às
vias principais); e as vias arteriais coletam o tráfego das vias principais (portanto as vias
principais se ligam às vias arteriais).
As tabelas e esquemas mostrados a seguir registram uma série de atributos,
características e dimensões de cada uma destas categorias, que valeriam como diretriz de
proposta. A organização viária local de penetração entre os setores habitacionais e dentro
deles foi rigorosamente estudada e hierarquizada, considerando as possibilidades de
ligação viária que permitisse o mínimo de alteração com os loteamentos já constituídos.

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Tabela 5: Hierarquia do Sistema Viário – Via Principal de Atividade.


VIA PRINCIPAL DE ATIVIDADE
Função Estrutura os eixos de transporte coletivo local e organiza a
circulação viária principal dos bairros ou setores habitacionais.
Promove a ligação das vias arteriais regionais com os bairros ou
setores habitacionais. Articula os vários bairros ou setores
habitacionais tanto no sentido norte-sul como leste oeste. Sua
implantação consolidará a existência de atividades comerciais e
institucionais de interesse local e regional nos diferentes bairros
ou setores habitacionais.
Características Vias de mão única com canteiro central (desejável); ou vias de
mão dupla sem canteiro central.
Acesso a outras categorias de via Vias arteriais regionais e vias principais de ligação
Pista de rolamento (m) 07 para mão única e 14 para mão dupla
Faixa de domínio (m) 22 a 35
Calçadas (m) 3a5
Acostamento ou estacionamento Estacionamento em espinha de peixe (60o) – desejável. Ao longo
do meio fio (admissível)
Canteiro Central (m) 11
Sentido de tráfego Mão única para situação desejável e dupla para a situação mínima
Raio horizontal (m) 100 – 120
Tangentes entre curvas reversas (m) 50
Declividades (mín e máx) - % 0,5 a 8
Perfil:
lote

lote

lote

lote
ponto de ônibus

ponto de ônibus
estacionamento

calçada

estacionamento

canteiro central
via

via
via

calçada
calçada

calçada
lote

lote

lote

lote

3 4,5 7 4,5 3
5 7 11 7 5
22
35

Via Principal de Atividades - Via Principal de Atividades -


dimensões mínimas dimensões desejáveis

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Tabela 6: Hierarquia do Sistema Viário – Via Principal de Ligação / Circulação.


VIA PRINCIPAL DE LIGAÇÃO / CIRCULAÇÃO
Função Estrutura os eixos de transporte coletivo local e distribui o fluxo
para as vias locais. Organiza a circulação viária interna do bairro
ou setor habitacional. Não são previstas instalações de atividades
institucionais e comerciais em suas margens.
Características Vias de mão única com canteiro central (desejável); ou vias de mão
dupla (mínimo).
Acesso a outras categorias de via Vias principais de atividade, vias secundárias e vias locais. Pode
servir de binário até que se implantem as vias principais de
atividade.
Pista de rolamento (m) 07L
Faixa de domínio (m) 17 a 26
Calçadas (m) 3a5
Acostamento ou estacionamento Acostamento desejável, com previsão de paradas de ônibus
Canteiro Central (m) 2
Sentido de tráfego Mão única para situação desejável e dupla para a situação mínima
Raio horizontal (m) 50 – 100
Tangentes entre curvas reversas (m) 30 - 50
Declividades (mín e máx) - % 0,5 a 8
Perfil:
lote

lote

lote

lote
canteiro central
calçada

calçada

calçada
via
via
via
calçada

lote

lote
lote

lote

5 7 7 5
5 7 5
2
17 26

Via Principal de Ligação - Via Principal de Ligação -


dimensões mínimas dimensões desejáveis

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Tabela 7: Hierarquia do Sistema Viário – Via Secundária.


VIA SECUNDÁRIA
Função Distribui o tráfego para as áreas residenciais pelas vias locais.
Permite a instalação de atividades comerciais de porte local.
Características Coletoras de mão dupla.
Acesso a outras categorias de via Vias locais, vias principais de ligação e principais de atividade.
Pode servir de binário até que se implantem as vias principais de
atividade.
Pista de rolamento (m) 07
Faixa de domínio (m) 12 a 17
Calçadas (m) 2,5 a 5
Acostamento ou estacionamento Estacionamento ao longo do meio fio
Canteiro Central (m) --
Sentido de tráfego Mão dupla
Raio horizontal (m) 30 – 70
Tangentes entre curvas reversas (m) 20 - 50
Declividades (mín e máx) - % 0,5 a 20
Perfil:

calçada
calçada
calçada

lote

lote
lote

lote

calçada
via

via
lote

lote
lote

lote

5 7 5
2,5 2,5
7 17

12

Via Secundária -
dimensões desejáveis
Via Secundária -
dimensões mínimas

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Tabela 8: Hierarquia do Sistema Viário – Via Local.


VIA LOCAL
Função Permite o acesso aos lotes residenciais unifamiliares e aos lotes de uso
misto. Também acessa os serviços e equipamentos em áreas de baixa
densidade.
Características Vias simples de mão dupla
Acesso a outras categorias de via Preferencialmente as vias secundárias e secundariamente as principais de
ligação e principais de atividades
Pista de rolamento (m) 09 - 10
Faixa de domínio (m) Mínimo 8 metros; Desejável 10 metros
Calçadas (m) 1 a 1,5
Acostamento ou estacionamento Estacionamento ao longo do meio fio
Canteiro Central (m) --
Sentido de tráfego Mão dupla
Raio horizontal (m) 30
Tangentes entre curvas reversas (m) 15
Declividades (mín e máx) - % 0,5 a 20

2.2.1.3 Estrutura dos eixos prioritários ao transporte coletivo

Mesmo configurando-se predominantemente sob forma de habitações


organizadas em bairros, a área de estudo não poderá assegurar uma boa qualidade do
espaço proposto sem a implantação de um sistema de transporte coletivo eficiente,
destacando a localização de terminais rodoviários, pontos de soltura / controle e vias
principais pelas quais hão de circular as linhas de transporte coletivo.
Nesse sentido, propõe-se uma filosofia de circulação e transportes
estruturada em torno dos seguintes princípios, que deverão ser ratificados / retificados
quando da elaboração do correspondente projeto executivo:

 O poder público assumirá integralmente a responsabilidade pela circulação e


transporte público de passageiros. Os esquemas privados (vans, transporte
alternativo, etc.) serão chamados para complementar o esquema público, e
sempre de forma explícita e transparente.
 A circulação e transporte público pode ser montado a partir de 02 (duas)
alternativas bastante diferentes, que devem ser tratadas de forma autônoma,
apesar de ser de substantivo interesse verificar a possibilidade delas se
complementarem, pelo menos parcialmente:
o o modelo automotivo / ônibus
o o modelo sobre trilhos / bondes

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 No primeiro caso, a atual rodoviária reassumiria o seu papel como o


principal terminal rodoviário, para chegada e saída das linhas de transporte
público principalmente dos trajetos intermunicipais (Teresina e Luiz
Correia), assim como das linhas locais.
 A sua localização no “centro geográfico” da área urbana da cidade de
Parnaíba exigiria a constituição de uma série de circuitos e a implantação de
pelos menos 03 (três) terminais rodoviários secundários ou pontos de soltura
/ controle, dependendo das demandas que possam ocorrer ao longo do
tempo. Os terminais rodoviários secundários são instalações com dimensões
em torno de 3.000 m2, ampliáveis para 6.000 m2, exigindo,
decorrentemente, a criação das correspondentes unidades imobiliárias. Os
pontos de soltura são pontos de parada dos ônibus, generosos (de modo que,
por exemplo, 03 (três) ônibus possam esperar simultaneamente), com
mobiliário urbano mínimo (cobertura / abrigo, bancos, etc.). Seria
interessante que a sua localização ocorresse junto a praças, largos ou trechos
arborizados, dando condições de oferecer um mínimo de conforto
bioclimático e apóio de comércio local.
 A localização destes terminais deverá ocorrer junto aos trechos mais
afastados de bairros considerados estratégicos para a circulação e transporte
público, com relação à chegada / saída das linhas de transporte coletivo, de
modo que os ônibus possam fazer a “varredura” dos setores depois de sair
do terminal e/ou antes de chegar ao terminal.
 Essa “varredura”, garantida pela circulação dos ônibus nas vias principais e
distribuição dos diferentes pontos de ônibus, deverá oferecer atendimento
em raios de atendimento não superiores a 600/800 metros. Só em casos
excepcionais serão aceitos raios maiores.
 Nesse sentido, pareceria interessante que estes terminais se localizassem
em:
o Terminal 1: em local entre o Aeroporto / Centro de Convenções /
Museus e o bairro João XXIII, de modo a fazer a varredura dos bairros
São Judas Tadeu, Reis Velloso, Frei Higino, Piauí e Dirceu

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Arcoverde. Este terminal pode servir como ponto de apoio às linhas


que fazem o trajeto Parnaíba / Luiz Correia.
o Terminal 2: em local entre a lagoa da Prata, Residencial Cândido
Athayde e bairro Igaraçú, de modo a fazer a varredura dos bairros São
Vicente de Paula, Bebedouro, Santa Luzia, Primavera, Sabiazal e Alto
Santa Maria.
o Terminal 3: em local de transição entre a área central antiga e o novo
centro, de modo a fazer a varredura destas áreas centrais e dos bairros
São José, Nova Parnaíba, São Francisco da Guarita, Campos,
Cantagalo, Fátima, Pindorama, Boa Esperança, Ceará e Rodoviária.
Por sua vez, poderá / deverá funcionar como terminal de um sistema
local de transporte público de apóio, para a área central antiga, com
unidades de transporte público compatíveis com as políticas de
preservação da substância histórica.

O modelo VLT sobre trilhos / bonde aproveita os trilhos remanescentes ou


se isto não for possível a caixa / faixa da velha rede da Estrada de Ferro Central do Piauí e,
construindo um anel de circulação e transporte coletivo sobre trilhos (aproveitando
complementarmente a caixa generosa / ilha central do anel rodoviário 1 / Avenida
Francisco Borges dos Santos) implanta um modelo reconhecido mundialmente como o
mais econômico e ambientalmente sustentável, além de se constituir em reforço dos
atrativos turísticos oferecidos pela cidade. Obviamente que a sua implantação deve ser
precedida por estudos sérios e profundos com relação a sua viabilidade financeira e
econômica. A favor conta, inicialmente, o terreno praticamente plano da cidade e a não
necessidade em se desapropriar propriedades particulares.
Os estudos de viabilidade financeira e técnica deverão englobar uma série
de opções, dentre as quais merecem destaque o aproveitamento de trechos existentes para a
ampliação do anel e construção de ramais para os equipamentos de lazer e recreação da
Lagoa do Portinho, para a Lagoa da Prata e, não menos interessante, um ramal para a
estação das barcas em Luiz Correia, de forma a garantir o acesso a todo o litoral.

63
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2.2.2 Abastecimento de água

O abastecimento de água em áreas urbanas é uma condicionante


fundamental para a expansão do município, de forma sustentável. Entretanto, para que se
possa planejar uma política de saneamento é necessário obter o cadastramento de todo o
sistema existente.
Quando da elaboração do diagnóstico da infraestrutura do município, foi
observada que a AGESPISA atende a um numero de ligações de 56.444, tendo um
percentual de cobertura de ligações com hidrômetro 93% do total de ligações. Sua captação
está localizada nas margens do rio Parnaíba, executa um tratamento convencional,
possuindo uma rede de abastecimento de 623.505 metros, irrigando 52.618 ligações com
hidrômetro, e 3.826 sem hidrômetro. (AGESPISA, 2016).
Atualmente a empresa investe recursos para minimizar problemas comuns
na maioria dos municípios do porte de Parnaíba, que é o desperdício de água, a instalação
de medidores tem como principal propósito, inibir o desperdício fazendo com que o
produto seja distribuído de maneira regular e igual para todos. O atual sistema de
abastecimento tem as características resumidas a seguir, já que apresentadas de forma
detalhada quando da elaboração e apresentação do diagnóstico:

 Manancial – rio Parnaíba;


 Captação – direta (278 l/s) e flutuante (278 l/s);
 Tratamento – tipo convencional (2000 m3/h);
 Reservação – 7.500 m3;
 Rede de distribuição – 623.505 m de redes, conforme cadastro atual;

Para estimar o potencial de atendimento atual sistema de abastecimento,


adotaremos o consumo per capita de 93 l/dia.hab, índice apresentado pela AGESPISA ao
Sistema de Informações sobre Saneamento, e um índice de perdas (IP) de 25%.
Para o cálculo do valor da vazão per capita de produção utiliza-se a
Equação 2.1, que representa matematicamente a relação entre a vazão per capita de
consumo (Qc) e a vazão per capita de produção (Qp), em função do índice de perdas (IP).

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Qp = Qc / (1-IP) Equação 2.1

Qp = 93 / (1-0,25) = 124 l/dia.hab

Considerando que o sistema trabalhará 15 h diárias e um coeficiente do dia de maior consumo (Kd)
de 1,2, então a vazão necessária de produção (Qnec) para o abastecimento de 100% da população
urbana atual, que é de 137.485 hab., será igual a:

Qnec = hab x Qp x Kd / (t, em s)

Qnec = 137.485 x 124 x 1,2 / 54000

Qnec = 378,84 l/s

Analisando os dados de vazão per capita de produção necessária e as


capacidades instaladas de cada unidade do sistema de abastecimento, pode-se inferir que:

 Manancial – rio Parnaíba, com capacidade suficiente para atender a


demanda de crescimento;
 Captação, Adução e Elevação – tem capacidade para abastecer,
aproximadamente, mais 57.800hab, o suficiente para atender até o ano de
2025, desde que sejam controladas as perdas.
 Tratamento – as estações de tratamento I e III são adjacentes e tratam a água
aduzida pelo sistema flutuante, com capacidade aproximada de 110 a 160
litros por segundo. A estação número IV recebe água bruta do sistema de
captação direta – poço com capacidade atualmente de 400 litros por
segundo, mas com um potencial de produção de 1200l/s. A estação de
tratamento II é considerada de pequeno porte, pois trabalha para abastecer
uma comunidade próxima da estação, tem capacidade de 22 l/s.
 Reservação – o sistema é composto por reservatórios subterrâneos e
elevados, com capacidade conjunta atualmente de 7.500m3, com previsão
de expansão para atender a demanda.

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

 Rede de distribuição – as ampliações devem ser executadas segundo a


demanda populacional.

Portanto, desde que sejam executadas as ampliações na rede e no tratamento


e que sejam desenvolvidos programas de controle das perdas, o sistema de abastecimento
do município de Parnaíba tem capacidade instalada para uma demanda urbana de
200.000hab, no limite de atendimento, segundo as projeções populacionais.
Enfim, recomenda-se para o sistema de abastecimento de água:

 Atualizar o cadastro físico de toda a rede de distribuição de água;


 Solucionar os problemas de pressões baixas no fornecimento;
 Instalar hidrômetros em todas as ligações prediais;
 Desenvolver um Plano de Saneamento Municipal;
 Elaborar um plano de correção, manutenção e prevenção das perdas de
água;
 Reservar 3 lotes de 500m2 para a implantação de reservatórios elevados de
1.000 m3. Um lote será para a área de expansão urbana nas proximidades do
bairro Montserrat, Alberto Silva e zona rural leste e dois lotes serão para
atender as áreas industriais e zona rural sul.
 Elaborar um plano de manejo da bacia do rio Parnaíba para garantir a
qualidade da água a ser captada.

2.2.3 Esgotamento sanitário

Em Parnaíba a AGESPISA tem como responsabilidade efetuar a coleta, o


transporte, o tratamento e dar destino final das águas residuárias ou servidas da cidade. Na
cidade o sistema de esgotamento sanitário entrou em operação em 2013 e igualmente ao
sistema de Teresina opera utilizando-se das condições climáticas, as aguas servidas são
tratadas de maneira natural em duas lagoas facultativas e duas lagoas de maturação
adjacentes, com capacidade individual de 450.000m³, utilizando raios solares,
microrganismos e algas existentes na massa líquida das lagoas.

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É composto por 11 elevatórias chamadas de EEE – Estação Elevatória de


Esgoto, todas munidas de cisternas e duas bombas submersas distribuídas em locais
diferentes da cidade, denominadas de bacias.
Ambas participam do processo realizando recalque das águas coletadas em
suas áreas de abrangências – bacias, por gravidade, até a estação EEE – 03, que chamam
de principal. Esta por sua vez recalca esses resíduos através de um emissário de 500
milímetros até a ETE – Estação de Tratamento de Esgoto, localizada no Bairro Tabuleiro.
Nos estudos de elaboração do Plano Diretor foram especuladas as possíveis
soluções a serem dadas para o sistema de esgotamento sanitário, bem como a necessidade
de reserva de áreas para as unidades do sistema, visando garantir a implantação adequada
de todos os seus componentes. Para a elaboração das diretrizes a serem estabelecidas no
âmbito do Plano Diretor, quanto à implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto,
consideram-se algumas premissas, quais sejam:

 Os esgotos gerados nas microbacias da Lagoa do Portinho e do Bebedouro


deverão ser transpostos e tratados para as bacias do Rio Parnaíba ou do Rio
Igaraçu, independente do sistema de tratamento a ser adotado, visando
preservar as referidas lagoas;
 A área reservada para a implantação da ETE é às margens do Rio Igaraçu,
conforme planta base do município fornecida pela Prefeitura, localizada no
Bairro Tabuleiro, com aproximadamente 41,00 ha;
 Os efluentes das áreas industriais deverão passar por tratamento específico
para cada processo industrial e, se atendido os padrões de lançamento
previstos no CONAMA, serem encaminhados à ETE ou ao corpo receptor
licenciado.

A escolha do processo de tratamento a ser adotado deve levar em conta,


tanto os aspectos de viabilidade técnica como a financeira, conciliando-as de forma a
atender da melhor maneira possível à realidade local. Para o município de Parnaíba, como
a exemplo da maioria dos municípios do Brasil, o tratamento secundário é o suficiente para
a remoção dos poluentes, de forma a adequar o lançamento aos padrões de qualidade
normatizados.

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Com base nas premissas adotadas e as projeções populacionais da foi


elaborado a Tabela abaixo com um resumo das principais características do sistema de
tratamento de esgoto para a população urbana do ano de 2005, 2015 e 2025.

Tabela 9: Área e custo para a implantação do sistema de tratamento do município de


Parnaíba.
Área média (ha) Custo médio em Milhão US$
Sistema de Tratamento
2005 2015 2025 2005 2015 2025
Tratamento preliminar 0,01 0,02 0,02 0,66 0,77 0,89
Processos de Tratamentos Secundários
Lagoas sem aeração 0,53 0,62 0,71 3,32 3,85 4,47
Disposição no solo 43,11 50,03 58,06 2,65 3,08 3,57
Sistemas anaeróbicos 331,60 384,83 446,62 1,66 1,92 2,23
Lagoas com aeração 2,98 3,46 4,02 6,63 7,70 8,93
Filtros biológicos 17,91 20,78 24,12 2,65 3,08 3,57
Lodos ativados 5,64 6,54 7,59 10,61 12,31 14,29
Fonte: Plano diretor municipal de 2007/2017.

Analisando acima, o melhor custo benefício, para atender ao horizonte de


projeto é a aplicação do tratamento secundário por meio de lagoas com aeração.
Cabe salientar também a necessidade de preservar as margens dos cursos
d’água em áreas urbanizadas e com potencial de urbanização, não só para preservação dos
recursos hídricos, mas também para implantação de futuros interceptores e emissários de
esgotos.
Os outros componentes do sistema de esgotamento sanitário, tais como:
coletores, poços de visitas e elevatórias, por se tratar de unidades menores e com mais
alternativas técnicas para a sua localização, deverão ser definidas em um Estudo de
Concepção específico do sistema.

Importante: As diretrizes sugeridas, no âmbito do presente Plano Diretor,


não dispensam a necessidade de elaboração do Plano de Saneamento do Município de
Parnaíba e as premissas aqui adotadas podem ser alteradas, desde que as modificações
propostas sejam justificadas por estudos técnicos desenvolvidos por profissionais
capacitados.

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2.2.4 Drenagem pluvial

O processo de urbanização impermeabiliza o solo, dificulta a infiltração das


águas pluviais, eleva o volume e acelera o seu escoamento superficial.
Dentre as diretrizes a serem estabelecidas no Plano Diretor referente ao
saneamento, identificar as áreas de risco sujeita à inundação e processos de erosão é parte
do estudo do sistema de drenagem, com o objetivo de orientar a correta ocupação do solo,
a proteção dos recursos hídricos e direcionar a execução de programas de obras públicas e
privadas. Diante do exposto é importante debruçar, com mais atenção, nos estudos
referentes às soluções para a drenagem de uma área urbana, pois grande parte das
restrições da ocupação é definida a partir das conclusões deste estudo.
Para a identificação de áreas de riscos da cidade de Parnaíba, foram
analisadas as várias características físicas apresentadas no Volume I – Diagnóstico, como o
clima, período e intensidade das chuvas, tipo de solo, topografia do terreno e recursos
hídricos. A seguir, de forma resumida, são listadas essas características:

 Trata-se de um clima quente e úmido, estando dividido em dois períodos


bastante diferentes: o da época chuvosa, que ocorre entre janeiro e maio e o
do período seco, de estiagem, com uma duração em torno de 06/seis meses,
entre junho e novembro. As precipitações médias anuais superam os 1200
mm, sendo que 80% deste valor ocorrem na época chuvosa. De agosto a
novembro registram-se os menores índices pluviométricos, demonstrando
que o regime mensal das chuvas tem uma distribuição unimodal, com
mínimo pluviométrico em agosto e máximo em abril.
 O solo predominante no Município é do tipo profundo de textura arenosa,
constituída de areia quartzosa e solo litólico. Porém ao norte do Município
são encontrados solos halomórficos compostos de areia quartzosa marinha.
Durante a estação chuvosa, parte expressiva da água que atinge a superfície
é absorvida pelos terrenos arenosos da planície litorânea e dos tabuleiros.
 Grande parte do Município encontra-se inserido em unidades
geomorfológicas conhecidas como do Litoral e da Planície Parnaibana.

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 Verifica-se que o Município apresenta cotas de altitude que variam de 0


(junto à desembocadura do rio Igaraçu) até os 60 (sessenta) metros, no
vértice do seu extremo sul. A hipsometria registra patamares mais altos no
eixo / divisor de águas no sentido norte/sul, acompanhando, de certa forma,
a BR 343, e patamares com altitudes menores tanto no sentido leste quanto
oeste, descendo e configurando as bacias dos rios Portinho e Parnaíba. Tem
declividades nunca superiores a 20%.
 Verifica-se que a cidade se desenvolve entre as cotas de 0 (junto à
desembocadura do rio Igaraçu) até dos 25 metros, nos trechos mais centrais,
junto aos limites dos bairros Dirceu Arcoverde e Piauí, que são os que se
encontram nos patamares mais altos da cidade. As transições de um patamar
a outro são suaves, de modo que o gradiente de declividades nunca
ultrapassa os 10%.
 A maior parte da Cidade de Parnaíba encontra-se localizada no patamar
hipsométrico dos vinte metros (bairros Reis Velloso, Frei Higino / CAIC,
apesar de existir nele uma pequena depressão, em Piauí, Dirceu Arcoverde,
Pindorama e Boa Esperança).
 Os bairros mais antigos, e aqueles mais novos que ocuparam zonas mais
baixas correspondentes às microbacias hidrográficas (basicamente a
microbacia da Lagoa do Bebedouro), ocorrem em patamares mais baixos,
correspondentes aos 10 a 15 metros (bairros Sabiazal, Alto Santa Maria,
Rodoviária, Primavera, Santa Luzia, São Vicente de Paulo, Bebedouro,
Nova Parnaíba, São Francisco da Guarita, o próprio Centro, Campos e
Fátima).
 Os bairros de Igaraçu, Tabuleiro, São José, Mendonça Clark, do Carmo e
Cantagalo ocorrem em patamares entre 0 e 10 metros, portanto em áreas
com risco de alagamento, hidromórficas e que exigem cuidados do ponto de
vista das fundações e impermeabilizações.
 Dentro do Município encontram-se expressões vinculadas às duas sub-
bacias que organizam o sistema hídrico da área: o próprio rio Parnaíba e o
rio Portinho; este último, apesar de fazer parte da macrobacia do Rio
Parnaíba, organiza do ponto de vista hídrico todo o trecho oriental do

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Município. Estas duas sub-bacias, encontram-se separadas por um divisor de


águas, que coincide grosseiramente com o traçado da BR 343.
 O sítio da Cidade de Parnaíba encontra-se caracterizado, do ponto de vista
hidrológico, pela forte presença do rio Igaraçu, que praticamente organizou
a ocupação dos trechos urbanos da cidade.
 Duas superfícies hídricas artificiais completam o quadro e, de certa forma,
fazem parte do subsistema Bebedouro: o curtume existente na transição do
bairro São José para o bairro Tabuleiro criou uma lagoa artificial de
oxigenação dos efluentes da indústria, e; uma lagoa de retenção de águas de
chuva formou-se no limite sul do bairro Alto Santa Maria. Esta lagoa
apresenta fortes manifestações predatórias, já que é objeto de extração
maciça das areias que ocorrem nas suas bordas.

O conjunto de dados e informações elencados para o meio fisiográfico


oferecem possibilidades de concluir quanto à susceptibilidade com relação à erodibilidade
e às, condições geotécnicas do solo, assim como balizar as áreas de risco e que deveriam
ter preservação permanente.
Do que foi colocado deduz-se que a susceptibilidade à erosão é
relativamente grande em função de:

2.2.4.1 Agentes passivos

Pedologia predominante no Município: neossolos de textura arenosa ou


quartzarênicos, constituídos por areias quartzosas. A susceptibilidade é menor nas áreas
dos neossolos litólicos (cascalhos), gleissolos e chernossolos.

2.2.4.2 Agentes ativos

Chuvas / drenagem e ventos: a intensidade da chuva, a quantidade e sua


duração relacionam-se intimamente ao fenômeno da erosão. Nesse sentido, o capítulo do
clima alertou para o fato de existir uma época chuvosa, que ocorre entre dezembro e maio
(com uma pluviometria média nos últimos 08 anos de 786,9mm). Esta época de chuvas

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muda substantivamente a drenagem do sistema hídrico, aumentando o volume de água que


corre pelas linhas de drenagem e córregos.
Concomitantemente, agentes passivos (como a geomorfologia) amenizam
este quadro. A susceptibilidade à erosão é relativamente pequena em função do gradiente
de declividade predominante no Município, sempre abaixo de 10%, a não ser em alguns
locais isolados e acidentados, no sul do Município, onde o tipo de solo não é arenoso.
Os dados e informações coletados dão condições, concomitantemente, de
balizar áreas que apresentam riscos para a ocupação, pelo fato de serem inundáveis, de
serem fartamente hidromórficas, áreas de várzea, manguezais, restingas etc., e aquelas
áreas que, em função da legislação vigente e de seu interesse ambiental, se constituem em
zonas de preservação permanente, e cuja ocupação deve ser evitada. No Mapa 15
encontram-se registradas áreas que, em função das particularidades do Município (níveis
hipsométricos e drenagem dos córregos) apontadas ao longo do texto anterior, concentram-
se em seu trecho setentrional, mas ocorrem de forma pontual em toda a extensão
municipal.
Além de enumerar as áreas com risco para a ocupação, é importante lembrar
que existem bairros já consolidados, conforme mencionados no Volume I – Diagnóstico
com sérios problemas de drenagem, como os bairros do Carmo e São José, região central
da cidade, onde o sistema de drenagem implantado não está operando a contento, e os
bairros Frei Higino e Piauí, onde foram construídos bacias de detenção que não amortecem
os picos de chuvas, causando inundações frequentes.
Com base no cenário apresentado, recomenda-se a elaboração de projetos de
drenagem urbana sustentável nos diferentes bairros de Parnaíba, que atendam as principais
premissas básicas de concepção, listadas a seguir.

2.2.4.3 Premissas Básicas

As principais premissas básicas de concepção do trabalho de drenagem


urbana sustentável nos diferentes bairros de Parnaíba são:

 Compatibilização dos componentes do sistema de drenagem urbana


existente (relevo, microrelevo, vias, sarjetas, redes, canais, ramais, etc);

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 Empenho no alcance de sistema de drenagem urbana com o mínimo de


tubulações (galerias) de águas pluviais;
 Adoção de critérios técnicos, tecnológicos e normativos que façam com que
as edificações com áreas impermeabilizadas - qualquer tipo de cobertura ou
de pavimento com coeficiente de impermeabilização superior a 60% - em
superfícies superiores a 150 m², mantenham, nos exutórios dentro dos
limites de seus terrenos, vazões menores ou iguais as que existiam
“naturalmente” (antes das atividades antrópicas);
 Adoção de medidas, individuais e/ou coletivas para retenção e estocagem de
água de chuva para reuso não potável;
 Adoção de medidas estruturais e não estruturais para indução de
permeabilidades, infiltrações e percolações pela detenção, redução dos
escoamentos superficiais e aumento das recargas do subsolo;
 Opção de características, dinâmica e percursos de escoamento que resultem
em “tempos de concentração” de águas em valores próximos aos que
existiam naturalmente antes da ocupação urbana;
 Compatibilização dos sistemas de limpeza pública, coleta e destino de
resíduos sólidos com os interesses da drenagem urbana e rural, da gestão
dos recursos hídricos e do meio ambiente.
 Estudar, prevenir e minimizar possíveis interferências danosas entre os
sistemas habitacionais, viário, redes de abastecimento de água, esgotos e
águas pluviais domiciliares, telefonia e energia elétrica com as soluções
propostas;
 Opção por soluções que ampliam as condições de sinergia entre o projeto de
urbanismo, o sistema viário e o de águas pluviais e os códigos de posturas e
de edificações existentes que valorizem e respeitem o meio ambiente e as
dinâmicas de escoamento de água pré-existentes na área de influência dos
bairros que compõem a área urbana de Parnaíba, ampliando as áreas
públicas com opções de lazer e de interesse lúdico associadas às soluções de
drenagem;

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 Adoção de planos de sensibilização, educação ambiental e de proposição de


qualidade de premiação às associações, empresas e moradores que adotem
práticas sustentáveis associadas às águas de chuva; e,
 Incentivo a divulgação nas escolas, associações comunitárias de planos
metódicos voltados ao respeito, manutenção ou melhoria de “qualidade de
vida e da estima pelos bens comunitários e públicos” a partir da importância
atual e futura das opções e componentes do sistema de drenagem urbana
sustentável.

2.2.4.4 Proposições de Medidas para Drenagem Urbana Sustentável

Dentre as medidas preconizadas para alcance de uma situação sustentável na


relação águas pluviais – sistema urbano – ecossistemas – bacia hidrográfica, ocorrem
diversas opções que foram adotadas em diversos países que alcançaram uma gestão eficaz
no que concerne a drenagem urbana. Dentre elas foi possível citar:

 Planos Diretores de Drenagem Urbana (a ser elaborado);


 Ampliação dos sistemas de informação e pesquisa relacionados com o
conhecimento da dinâmica clima - água – vegetação – solo;
 Procura em imitar a dinâmica da natureza em cada sub-bacia componente do
estudo, ou seja, a “voltar ao natural”;
 Conhecimento da dinâmica das microbacias constituintes dos cursos de água
que existiam antes da ocupação urbana e da atual condição de fluxo e das
características físicas dos cursos d’água que recebem a drenagem urbana;
 Respeito aos ecossistemas e áreas de risco;
 Conhecimento de experiências e alternativas de prevenção e remediação de
diversos países e cidades que praticam a drenagem urbana sustentável;
 Compatibilização do sistema de drenagem com os sistemas viários e
urbanísticos;
 Criação de bacias artificiais de detenção e/ou infiltração;
 Ampliação do tempo de concentração das águas;
 Redução do escoamento superficial;

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 Indução ao escoamento sub-superficial e subterrâneo;


 Associação dos componentes do sistema de drenagem urbana sustentável
com os de esportes e lazer;
 Criação, e valorização, de grupos técnicos interdisciplinares de trabalho
conjunto entre urbanistas e profissionais vinculados aos projetos de
drenagem urbana e ambientais;
 Entendimento, valorização e adoção de ações de sinergia com os demais
sistemas; abastecimento de água, esgoto sanitário, de resíduos sólidos, uso e
ocupação dos solos.

A seguir sugerem-se algumas alternativas para alcance da drenagem urbana


sustentável que tem sido praticada no Brasil e nos países que tem a questão como
prioritária em suas agendas, apresentando 16 proposições, algumas a serem adotadas
internamente para as propriedades individuais ou condomínios, e outras coletivas, próprias
das áreas de uso comum dos diversos bairros de Parnaíba.

2.2.4.4.1 Alternativa 1 – Sinergia entre diversos componentes para ampliação do


armazenamento de água no solo.

A indução a redução do escoamento superficial é alcançada com a


manutenção das condições de detenção e acolhimento, características da existência de
vegetação e da rugosidade do relevo.
A possibilidade de infiltração, permeabilidade, percolação e a
potencialização da alimentação do subsolo com a construção de estruturas de retenção e de
criação de caminhos preferenciais para a água alcançar as camadas subsuperficiais e as
subterrâneas, ocorre com estacionamentos e pavimentos permeáveis; trincheiras de
infiltração; caixas de percolação e poços de infiltração, que tanto possibilitam o aumento
do tempo de percurso (tempo de concentração), a maior infiltração das águas pluviais de
percolação (transmissividade dos solos) e a elevação do escoamento de interfluxo das
águas nas microbacias em que se situam as áreas objeto da urbanização.

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Este tipo de solução é indicada para os lotes de dimensões maiores e


destinada, principalmente, a escolas, hospitais, serviços de utilidade pública,
supermercados e áreas com estacionamentos de maior porte.

2.2.4.4.2 Alternativa 2 – Trincheira de infiltração.

Consiste numa técnica de drenagem urbana sequencial do tipo “controle na


fonte” e tem como princípio básico o armazenamento temporário da água e infiltração no
solo, podendo ser adotado individualmente ou de uso comum.
São valas escavadas no solo com enchimento de material granular (brita ou
cascalho) e revestimento de geotêxtil, com a finalidade de impedir a entrada de finos na
estrutura e assim reduzir o risco de colmatação do filtro. O uso de trincheiras de infiltração
leva à diminuição ou até mesmo a eliminação da rede local de microdrenagem.
A utilização deste tipo de tecnologia apresenta algumas restrições
relacionadas ao local e ao tipo de solo existente na região (Schueler, 1987). Citando-se
que:

 a profundidade mínima sazonal do lençol freático e da camada impermeável


esteja a pelo menos 1,2 metros do fundo da trincheira;
 a taxa de infiltração mínima do solo seja superior a 7mm/h;
 os terrenos apresentem declividades inferiores a 5%;
 de preferência, as áreas de drenagem de contribuição a cada trincheira
sejam inferiores a 4 hectares.

As principais vantagens da trincheira de infiltração:


 atenuação da vazão de pico de cheia;
 recarga das águas subterrâneas e das camadas superiores do solo;
 remoção dos poluentes da água superficial, uma vez que a infiltração no
solo consiste em prática natural de despoluição; e,
 auxílio no controle da erosão e de melhoria da qualidade das águas a
jusante.

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Esta solução é adequada para áreas mais densamente ocupadas, como opção
de substituição parcial ou total da rede de microdrenagem.

2.2.4.4.3 Alternativa 3 – Caixas de permeabilidade.

São caixas de recepção de águas pluviais provenientes das coberturas de


edificações (telhados ou lajes) residenciais ou comerciais, deve ser aplicada no âmbito
interno aos lotes individuais ou coletivos.
Há necessidade de colocação de filtros e telas nas canaletas de captação
situadas na cobertura para deter folhas e outros detritos. Os materiais retidos devem ser
removidos com certa frequência, pela instância responsável pela limpeza pública.
A tubulação de drenagem de cobertura é direcionada a uma caixa
subterrânea de percolação, afastada das fundações das edificações de no mínimo 3 metros,
motivo que requer conhecimentos dos solos para evitar problema de segurança estrutural.
Sua utilização deve ser incentivada e generalizada entre as soluções individuais.

2.2.4.4.4 Alternativa 4 – Tecnologias comerciais para captação, filtração e


armazenamento em nível de propriedade.

No Brasil já existem tecnologias disponibilizadas e experimentadas em


outros países que passam a ser propostas com as facilidades comerciais.
A figura apresentada é de um catálogo de distribuidor brasileiro, de um
sistema de captação, filtração e armazenamento de água para fins não potáveis, podendo
incluir reuso em descarga de banheiros e gramados.
Uma vantagem é de que nos dias de chuva intensa o sistema pode funcionar
como espaço de contenção, diminuindo e até evitando alagamento e sobrecarga da rede
pluvial, além de aumentar o tempo de concentração.

2.2.4.4.5 Alternativa 5 – Estruturas de controle e detenção em lotes urbanos

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Os reservatórios foram idealizados e implantados com base nas


possibilidades de materiais, espaço mínimo de ocupação, características peculiares da
drenagem brasileira e consideram estudos anteriores que os autores desenvolveram.
São reservatórios dotados de: descarregadores de fundo, constituídos por
tubos em PVC de diâmetros comerciais; e vertedores com comprimento constante, de 1
metro (com exceção do reservatório 4, que não apresenta vertedor).
As estruturas simuladas mostraram-se eficientes no abatimento da vazão de
pico, com seus volumes de detenção variando entre 1 e 2,5 m3. A taxa de ocupação em
planta no interior dos lotes individuais ficou sempre abaixo de 1% da área total.
Os tempos de detenção mostraram grande variabilidade mesmo quando
considerada cada estrutura individualmente, variando em geral de 15 a 45 minutos.
Nas situações de ocupação dos lotes que apresentaram 50% de taxas
impermeáveis, os tempos de detenção foram inferiores à 30 minutos, o que pode ser
considerado bom para a situação de eventos consecutivos e funcionamento hidráulico das
estruturas.
Os volumes infiltrados nas estruturas dotadas de áreas permeáveis
(reservatórios 4, 5 e 6) foram muito baixos.
Alguns pontos importantes em relação aos dispositivos simulados:

 Os reservatórios 1 e 5 apresentaram as menores taxas de ocupação em


planta nos lotes, por suas maiores profundidades. No entanto, a utilização
destes dispositivos fica restrita à profundidade do ponto de coleta da rede
pluvial municipal e aos lotes com situação de declive e cota que favoreçam
suas interligações;
 Os reservatórios 2, 3, 4 e 6 apresentaram 2m3 como volume máximo
possível; e,
 O reservatório 3 (cilíndrico) apresentou os menores tempos de detenção
dentre todos os simulados.

A avaliação econômica efetuada sobre as seis opções demonstrou que:

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 A estrutura aberta gramada (reservatório 4) tem custo de implantação da


ordem de 3 a 4 vezes inferior ao das estruturas subterrâneas para o mesmo
volume. Mas a sua manutenção periódica, devido a problemas de saúde
pública, pode levá-lo a atingir o custo das demais em um período de 4 ou 5
anos;
 O dispositivo cilíndrico (reservatório 3) tem custo equivalente aos demais
subterrâneos até volumes da ordem de 2m3, acima deste o seu valor de
implantação é mais elevado;
 As estruturas 1, 2, 5 e 6 têm curvas de custos com comportamentos
semelhantes, com superioridade para os dispositivos 2 e 6 por apresentarem
maiores áreas em plantas o que implica maiores volumes de concreto
armado, devido às lajes.

2.2.4.4.6 Alternativa 6 – Poços de infiltração ou injeção de águas no subsolo

A construção de poços de infiltração é opção classicamente adotada na


recarga artificial de aqüíferos, na drenagem agrícola e na solução de questões vinculadas a
drenagem urbana, constituindo-se em prática tanto para acrescentar a quantidade de água
necessária à alimentação do aqüífero como dar destino final a águas servidas.
Um aspecto fundamental é que estes poços fazem parte de um conjunto de
opções de recarga artificial que inclui bacias ou faixas de recarga irrigação por aspersão, e
tubos ou poços de recarga e que para serem efetivos devem ocorrer em solos cujo perfil
apresente uma boa capacidade de infiltração e em especial nos aquíferos não confinados
que estejam com o nível de água abaixo de 2 a 3 metros. Motivo que requer testes prévios.
Os poços de recarga são mais frequentemente empregados nos aquíferos
confinados e profundos, ou quando não há suficiente área para uso de bacias de infiltração
(ou detenção/infiltração). Quando o fluxo de água é intergranular os poços têm entre 500 e
900 mm de diâmetro e penetram bastante abaixo do nível da água subterrânea com uma
seção com filtro.
Antes de optar por poços de recarga devem-se efetuar testes e ter
conhecimento apropriado do aquífero e da sua dinâmica, pois deve existir um adequado
potencial de armazenamento. O método oferece significantes vantagens quando as

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condições são favoráveis, mas exige poços piloto de observação por um período
representativo das estações do ano.

2.2.4.4.7 Alternativa 7 - “Estacionamentos Verdes”

Os tipos de estacionamentos atualmente utilizados têm ocupados grandes


áreas e, embora apresentem um desempenho satisfatório nos propósitos de atendimento aos
usuários de veículos, apresentam a desvantagem de criação de grandes áreas de cobertura
impermeável, não só desnecessárias, como inadequadas do ponto de vista ambiental.
A nova abordagem que leva a rever os conceitos dos estacionamentos tanto
das áreas comerciais, como residenciais possibilita aumentar consideravelmente as áreas
permeáveis dos pavimentos, mantendo o conforto e conveniente acesso dos usuários.
A estratégia adotada pelos países que praticam a drenagem urbana
sustentável com êxito é o aumento da permeabilidade dos pavimentos dos estacionamentos
pelo padrão denominado de “green parking”. Esse modelo rever as dimensões, formatos e
concepções das vagas de veículos, e direcionam as vazões para as “áreas mortas”,
posições onde há possibilidade de localizar caixas, valas, trincheiras de infiltração e ainda
a utilização de componentes porosos.

2.2.4.4.8 Alternativa 8 – Bacias de infiltração

Geralmente utilizadas para solos de alta permeabilidade. As bacias de


infiltração são eficientes na remoção tanto de poluentes finos quanto solúveis, originários
de escoamentos superficiais urbanos. Diferente de outros sistemas de infiltração, as bacias
podem ser facilmente adaptadas para prover controle total de vazões de pico, provenientes
de tormentas. Também podem ser projetadas para grandes áreas de drenagem. Precisam de
inspeção regular quando ocorre a situação de água parada (estagnada).
É usual encontrar (Hamil e Bell, 1986), uma série de bacias de infiltração
interconectadas próximas aos corpos hídricos recebendo águas para propósito de recarga.
Os índices de recarga observados em bacias individuais são da ordem de 0,3 a 0,5
metros/dia com lâminas de água de 1 a 2 metros. Porém a adoção de bacias exige uma

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elevada superfície (aproximadamente 1km2 para 100.000 m3/dia). Dentre as vantagens das
bacias de infiltração, pode-se citar:

 preservação do equilíbrio da água no solo;


 poder servir de bacia de sedimentação durante sua fase de construção; e
 ter custo relativamente baixo, comparado a outras medidas de controle de
enchentes urbanas.

Dentre as desvantagens apontadas ocorrem:

 Significativo índice de falha devido a características de solos inapropriados;


 Necessidade de manutenção periódica; e
 Possibilidade de efeitos incômodos, como pragas, odores e solo encharcado.

2.2.4.4.9 Alternativa 9 – Lagoas de Detenção

Estas alternativas podem ser efetivas e de baixo custo tanto na remoção de


poluentes, como no controle do pico de cheias. Reduzem a frequência de ocorrência de
cheias com potencial erosivo à jusante.
A altura de lâmina de água no segundo trecho da bacia é controlada por uma
captação em torre. O orifício para captação e escoamento das chuvas com recorrência de 2
anos está situado a certa altura do fundo da bacia gerando um volume morto (zona de
armazenamento).
A precipitação direcionada e acumulada nesta zona de armazenamento tende
a percolar vagarosamente. Se existir um afluxo de vazão elevado (de 10 anos de
recorrência,) passará pelo descarregador, em cota mais elevada, reduzindo os riscos de
danificar a estrutura. Dentre as vantagens de uma lagoa de detenção citam-se:

 Criação de uma área alagada local e um habitat para a vida selvagem;


 A atividade de lazer da área que não se encontra frequentemente inundada.

Dentre as desvantagens ocorrem:

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 Ocasionais incômodos e problemas estéticos na área inundada da lagoa,


como a presença de odores, resíduos e vegetação indesejada.
 Necessidade de manutenção periódica e eventual custo para remoção de
sedimentos.

2.2.4.4.10 Alternativa 10 – Bacias de Detenção e Infiltração

A tecnologia mais comum atualmente adotada em drenagem sustentável a


de projetos de bacia de infiltração e detenção. Nestas bacias as vazões do escoamento
superficial são, inicialmente, lançadas na parte superior da lagoa onde existe uma
microbacia composta de pedras (riprap), ou um filtro graúdo.
Os sólidos mais pesados (grosseiros), ou seja, o caudal sólido fica retido e a
vazão líquida escoa para as partes inferiores da bacia artificial. A altura de lâmina de água
no segundo trecho da bacia é controlada por uma captação em torre. O orifício para
captação e escoamento das chuvas com recorrência de 2 anos está situado a certa altura do
fundo da bacia gerando um volume morto (zona de armazenamento). A precipitação
direcionada e acumulada nesta zona de armazenamento infiltrará vagarosamente.
Se existir um afluxo de vazão elevado (de 10 anos de recorrência,) passará
pelo descarregador, em cota mais elevada, reduzindo os riscos de danificar a estrutura de
barramento.

2.2.4.4.11 Alternativa 11 - BACIAS DE INFILTRAÇÃO “OFF-LINE”

São bacias (pequenos lagos), adotadas para derivar a água do fluxo principal
canais ou galerias, armazenando e filtrando as vazões iniciais de escoamento superficial de
uma rede de galerias ou um canal de drenagem. São úteis no desenvolvimento de situações
intermediárias onde a infiltração não seria possível nos trechos finais (jusante), devido a
problemas de limitações dos solos ou de posse de terrenos.
A estrutura sugerida na figura utiliza a combinação de uma bacia (off-line)
de infiltração com areia e cascalho no trecho inicial de montante, e uma segunda câmara
que funciona como uma bacia de infiltração.

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Uma estrutura de derivação é localizada transversalmente no canal artificial


ou natural de drenagem para direcionar o escoamento da água para a primeira câmara com
o filtro de areia e cascalho. Após a percolação pelo filtro o escoamento é coletado por
drenos enterrados que conduzem a água para a bacia de infiltração que é vegetada e
propicia a percolação.

2.2.4.4.12 Alternativa 12 - BACIAS DE RETENÇÃO EM ÁREAS ESPORTIVAS OU DE


LAZER

Esta alternativa foi apresentada em novembro de 2003, na França, no evento


“Apprisioner l’eau pluviale: Une démarche de projet urban; pour une ville durable”, pela
Direção de Água e Saneamento de Seine-Sain-Denis, André Baraglioli.
A opção adotada é de alcance coletivo e constitui-se componente de Planos
Diretores de Drenagem Urbana, tanto associados com a fase inicial de concepção
urbanística como de remediação. Devem existir orientativos, normas de ocupação, códigos
de postura e especificações que levem a que os serviços públicos, áreas administrativas,
escolas, institutos, parques, etc, disciplinem e delimitem áreas que são sujeitas à inundação
ou que terão a finalidade de permitir a recepção de vazão das áreas circunvizinhas nos
momentos de tormenta (maior intensidade de precipitação), amortecendo os picos de
cheias, retendo a água por períodos específicos de maneira, tanto a liberar vazões após o
momento crítico de chuvas, como permitir a infiltração. Os casos usuais são de campos
gramados (futebol), como de quadras não pavimentadas de areia e pistas ciclismo,
motociclismo etc.
Esta solução é mais apropriada para atender a situações críticas em centros
urbanos existentes e que sofrem inundações constantes, como é o caso em algumas quadras
de alguns bairros da cidade de Parnaíba.

2.2.4.4.13 Alternativa 13 - “BIORRETENÇÃO” NO TRATAMENTO DE POLUENTES

Esta tecnologia incorpora muitos mecanismos de remoção de poluentes


presentes num ecossistema florestal. Entre os elementos que cooperam no tratamento da
água estão:

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 filtro de grama;
 camada de areia;
 solo argiloso;
 cobertura vegetal (mulch);
 lagos rasos para amortecimento de enchentes; e
 plantas nativas como árvores e arbustos.

Entre as vantagens apontadas para este sistema estão:

 Baixa demanda de área (entre 5 e 10% do estacionamento);


 A vegetação presente na “biorretenção” tem alto índice de sobrevivência e
desenvolvimento.

A “biorrentenção” ainda é uma tecnologia nova, necessitando o


aprofundamento de questões referentes à:

 remoção de poluentes
 manutenção do sistema; e
 limpeza de sedimentos.

2.2.4.4.14 Alternativa 14 - FILTROS DE AREIA DE PERÍMETRO

Esta alternativa, inicialmente adotada em 1991 (Delaware, EUA), permite a


captação da água de drenagem em uma câmara de sedimentação para retirar os sólidos de
médias e grandes dimensões. O escoamento passa a uma segunda câmara com camada
filtrante em areia (altura da ordem de 45 a 50 cm), que possibilita a retenção dos poluentes.
A água que percola pelo filtro é captada por um tubo poroso ou perfurado, que possibilita o
retorno da vazão à drenagem natural ou artificial.
Esta alternativa tecnológica apresenta quatro possibilidades:

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 Filtros de areia de perímetro;


 Filtros de areia de superfície;
 Filtros de areia subterrâneos; e
 Filtros orgânicos.

A localização dos componentes ocorre no limite de cota inferior dos


estacionamentos e requerem a periódica retirada das primeiras camadas de areia para
prevenir contra as colmatações. Apresenta vantagens pelo fato de não requererem, ou
pouco utilizarem, áreas adicionais; capacidade de remoção de poluentes de moderada à
alta; e facilidades de acesso.

2.2.4.4.15 Alternativa 15 - DEFINIÇÃO DE BACIAS DE INUNDAÇÃO TEMPORÁRIA

Esta alternativa foi apresentada em novembro/2003, na França, no evento


“Apprisioner l’eau pluviale: Une démarche de projet urban; pour une ville durable”, pela
paisagista Marie Pire, estando relacionada ao parque Jean Mermoz de Villemomble.
A solução de remediação encontrada constitui-se de terraços inundáveis,
com bacias sucessivas, que são preenchidas pela água à medida que a cheia seja anual, ou
alcance a recorrência decenal.
As bacias de armazenamento apresentam um formato e interligação entre si
que se assemelha a ondulações (vagas de um oceano) de forma que ela tanto permite evitar
o transbordamento como propicia condições e extravasamento quando o nível se eleva,
sem danificar. Esta proposta é apropriada para lotes de dimensões superiores, como
escolas, hospitais, prédios administrativos e etc.

2.2.4.4.16 Alternativa 16 - FAIXAS FILTRANTES

Este sistema de destinação final de tratamento das águas pluviais com


vegetação envolve o escoamento direto do estacionamento para um sistema com camada
filtrante composto de uma trincheira com pedras, ou seixos que tendem a direcionar o
escoamento para o subsolo; uma faixa de superfície permeável com declividade menor ou

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igual a 2% gramada; e uma faixa com vegetação arbustiva e/ou árvores, situada ao final da
área.
Esta opção atende a estacionamentos residenciais ou de comércios locais, de
tamanhos pequenos e médios, com extensões de contribuição da ordem de 25 e 30m.
Pode representar a solução nas áreas comerciais próximas às vias de acesso
com fluxo de veículos mediano.

2.2.4.4.17 Justificativas

Os diferentes loteamentos / bairros da cidade de Parnaíba ocuparam áreas de


contribuição de diversas sub-bacias hidrográficas, que são influenciadas diretamente pelo
sistema viário e pela impermeabilização, tendo sido alteradas as contribuições em
oportunidade e porte de vazões para os diversos trechos tributários dos cursos d’águas
principais.
Considerando-se o sistema de drenagem urbana como parte da gestão
integrada das respectivas bacias dos cursos de água citados, deve-se procurar alcançar o
propósito da sustentável convivência com a vegetação, solos e recursos hídricos, que
respeitem os vínculos com a ocupação urbana, a sociedade, a economia e o meio ambiente.
Observa-se que forma de ocupação do solo de grande parte da cidade de Parnaíba não teve
os cuidados preventivos, neste aspecto.
Malsimovic e Todorovick (1998) comentam que “as qualidades
fundamentais da gestão integrada das águas são a sua natureza holística que reconhece a
complexidade do sistema e a inter-conectividade de seus elementos, demonstrados pela
troca de informações, energia e matéria, e pelo estilo das ações planejadas”.
Desta forma percebe-se claramente que para reverter este quadro de
degradação há de conceber um sistema de drenagem para os diferentes bairros da cidade de
Parnaíba que procurem resgatar as características dos fluxos naturais superficiais,
subterrâneos e interfluxos para as diversas sub-bacias hidrográficas e domínios
hidrogeológicos. Esses que foram afetados pela ocupação urbana e são sensíveis a uma
drenagem de águas pluviais do tipo puramente tradicional, devem-se adotar uma
abordagem sistêmica, usualmente denominada de abordagem de ecossistema ou holística.

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Tal estratégia envolve, a complementaridade entre a drenagem clássica e a


drenagem sustentável, iniciando pela sensibilização do setor público central, estendendo-se
igualmente ao interesse da comunidade e as regiões rurais limítrofes, envolvendo
engenheiros, cientistas da área natural, ambientalistas e tomadores de decisão. Os
profissionais dos diversos setores e disciplinas devem dialogar a procura de uma solução
comum.
A gestão da água nas áreas dos diferentes bairros da cidade de Parnaíba
devem resgatar as expectativas de crescimento com o desenvolvimento sustentável do
meio urbano, no contexto de utilização eficiente, eficaz e efetiva dos recursos hídricos,
progressivamente melhorando as condições de vida, valorizando o meio ambiente e a
sociedade dos efeitos danosos do trato inadequado das águas, que é atualmente observado
em diversos bairros.
Nos levantamentos realizados ficou patente que não se tirou partido das
alternativas para uma drenagem urbana sustentável, que deveriam ser incorporadas na fase
de planejamento urbano e antes da ocupação, e tenderiam a prevenir os impactos
potenciais, decorrentes da urbanização.
Nesta oportunidade há a necessidade de sensibilizar a população de que a
trajetória que está sendo seguida, de valorizar apenas o artificial e o controle final da linha
não permite um futuro sustentável.
Orientando-se para adoção de projetos ou planejamentos urbanísticos e de
drenagem urbana com certas “medidas de controle” relacionados com águas de chuva,
meio dos quais se pode obter uma série de vantagens econômicas e ambientais.
No meio técnico envolvido com opções de drenagem urbana sustentável é
comum serem adotadas medidas estruturais, semi-estruturais ou não-estruturais. As mais
comuns são:

 controle na fonte;
 medidas à nível de propriedade em reservatório e no solo;
 estocagem/filtração em lajes planas ou inclinadas das edificações com
material granular;
 filtros vegetais e/ou;
 estruturas para induzir a infiltração;

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 pavimentos porosos;
 caixas de sedimentação e filtração;
 filtros;
 bacias de sedimentação, de infiltração e mistas;
 poços de infiltração natural ou induzida;
 substituição de galerias por valetas de infiltração, com associação de
estruturas de detenção e infiltração.

As soluções podem ser mistas, tanto estruturais, semi-estruturais como não-


estruturais, valorizando as características locais, da natureza, com o propósito de que a
ocupação urbana desejada reserve espaços que permitam o amortecimento e a infiltração
das águas, adotando componentes de sinergia entre projeto urbano, de sistema de drenagem
e do ecossistema.
Assim, de acordo com a sensibilidade que os diferentes bairros da cidade de
Parnaíba apresentam, há que respeitar a dinâmica de fluxo moldada na série histórica de
precipitações, detenção, escoamento (interfluxo, superficial e subterrâneo) e valorizar a
união dos conhecimentos, atuando não só pluridisciplinarmente, mas também
intersetorialmente.
Uma linha de trabalho predominante nos países que avançaram no campo da
drenagem urbana sustentável leva a reduzir a zero à utilização de tubulações (galerias de
águas pluviais), outras cidades consideram a possibilidade de soluções no âmbito de cada
grupo de pequenos quarteirões (uma ou duas quadras) ou lotes de maior porte que passam
a apresentar sua solução completa, de coleta e destino, lançamento das águas que
precipitam, captando e conduzindo pelas próprias sarjetas, ou tubulações singelas
(microdrenagem), até pontos, ou áreas de depressão, do conjunto de quarteirões ou quadras
que caracterizam um “conjunto de vizinhança”. Desta maneira alcançam pela sua
magnitude a recomposição do comportamento que a natureza apresentava antes da
interferência antrópica.
Dentre as opções que podem ser adotadas ocorre a de utilização de espaços
poucos utilizados (canteiros de estacionamentos e praças) que apresentam pequeno ou
nenhum valor funcional, mas que são úteis para localizar valas ou trincheiras de
permeabilidade e poços de infiltração de água.

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Pode-se criar, também, nas áreas verdes de espaços entre as vias e os lotes
particulares tanto as trincheiras de infiltração como as caixas com câmaras de detenção e
de permeabilidade além de lagoas de detenção/infiltração, que funcionem também como
filtros.
Tais soluções possibilitam reduzir o escoamento superficial e os fatores que
levam à degradação dos solos e de qualidade das águas, provendo a alimentação hídrica do
solo que proporciona o exercício de suas funções proverem com nutrientes à vegetação,
aos ecossistemas, de reserva e de transmissividade regularizada de vazões que permitem o
fluxo de água pluvial com melhoria de qualidade por um tempo de maior alcance.
No projeto clássico de drenagem urbana adotados observa-se que os estilos
tradicionais de suas concepções são baseados em medidas exclusivamente estruturais,
dotando-se as diversas vias e estacionamentos com coletores circulares (galerias de águas
pluviais), captando-se com bocas-de-lobo que vão coletando as águas de cada uma das
pequenas bacias de contribuição ao longo da cidade, reduzindo a recarga do subsolo e
apresentando um somatório das vazões que alcançam os corpos de água em poucos
minutos com elevadas vazões.
As vazões que são acumuladas em tubulações condutoras resultam na
elevação do diâmetro e/ou velocidade à medida que aumenta o seu caminhamento e
crescimento do número de trechos e coletores, levando a concentrar em sítios de
lançamento final, em geral escolhidos dentre a drenagem natural existente, pontos que
passam a ser susceptíveis de alta degradação, pela alta concentração de vazão e de
resíduos. As vazões são de tal magnitude, que causa o que denominou de “obesidade do
corpo hídrico”. (Christofidis, 2005).

2.2.5 Energia elétrica

Conforme apresentado no Volume I – Diagnóstico, o sistema elétrico de


distribuição atual não atende, por inteiro, ao crescimento da demanda, havendo quedas
constantes de tensão causando prejuízos à população com queima de equipamentos
eletrônicos e utensílios domésticos.

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Essa limitação no fornecimento de energia elétrica limita a capacidade


investimento no município, principalmente, na área de aquicultura, com destaque para a
carcinicultura que é uma das grandes demandantes de energia elétrica. Outros
investimentos de grande podem vir a surgir e, num futuro próximo, serão grandes
consumidores de energia elétrica como os empreendimentos que estão sendo formados na
ZPE.
O cenário atual mostra que devem ser direcionados esforços dos órgãos
competentes e de lideranças políticas da região, para a elaboração de um planejamento do
sistema elétrico do município de Parnaíba, contemplando a expansão do sistema e
incentivando novas tecnologias de produção de energia, como as usinas eólicas no litoral
do Município, com a finalidade de complementar o abastecimento de energia elétrica da
microrregião.

2.2.6 Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos constituem hoje uma das grandes preocupações


ambientais do mundo moderno. O consumismo avança de forma a esgotar os recursos
naturais e os bens gerados, a cada dia com vida útil mais limitada, transformando-se
rapidamente em lixo, cuja disposição não vem sendo feita de forma adequada, em face do
aumento constante das quantidades e pela falta de uma política séria de reciclagem.
Dos pontos de vista sanitário e ambiental, a adoção de soluções inadequadas
para o lixo agrava: os riscos de contaminação do solo, do ar e da água, a proliferação de
vetores e de doenças. Com a maior concentração de pessoas nas cidades e o aumento da
produção individual de lixo, os locais de tratamento e destinação final devem inspirar
maiores cuidados, de modo a não tornar irreversíveis os danos ambientais daí decorrentes.

Os serviços de limpeza pública são compostos das seguintes atividades:


 Limpeza de logradouro (varrição, capinação e serviços diversos);
 Acondicionamento do lixo;
 Coleta do lixo;
 Tratamento e disposição final do lixo (aterro sanitário, compostagem,
incineração, etc.);

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 Reciclagem dos materiais do lixo;


 Disposição de entulho.

2.2.6.1 Limpeza dos logradouros

As atividades de limpeza dos logradouros são: a varrição, a capina, lavagem


de vias e de locais de feiras, desobstrução de bocas-de-lobo, coleta de entulho, etc.. Da
mesma forma que as atividades de coleta, transporte, tratamento e disposição do lixo, a
limpeza dos logradouros deve fazer parte integrante do planejamento geral dos serviços
públicos, sendo igualmente importantes para manutenção de boa aparência e de condições
de salubridade dos cidadãos, bem como minimizar as cargas poluentes difusas direcionadas
para os cursos d’água, carreadas pelas águas de chuva.

2.2.6.2 Acondicionamento do lixo

Os limites máximos aceitáveis de peso e de volume do lixo a ser coletado


regularmente são estabelecidos por normas municipais que devem refletir as peculiaridades
locais, orientando e educando a população, cuja colaboração é fundamental para a boa
execução das atividades.
O correto uso de quaisquer que sejam as formas e tipos de recipientes é
estabelecido por normas específicas da Prefeitura. Deve ser fiscalizado o cumprimento
destas normas quanto ao acondicionamento, aos horários de colocação do lixo para coleta,
punindo-se eventuais transgressões.
Ao órgão de limpeza pública cabe colocar, em locais estratégicos das vias e
logradouros, cestos públicos em número suficiente. As pessoas que desenvolvem suas
atividades nos locais públicos (comércio, camelôs, bares, etc.) são responsáveis pelo
recolhimento de seus resíduos, devendo, portanto, prever a colocação de lixeiras junto a
seus locais de trabalho.

2.2.6.3 Coleta de lixo

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A coleta de lixo deve ser feita em todo o município, de acordo com as


características de cada região. Com relação à frequência de coleta é comum adotar-se:

 Coleta diária: em áreas centrais ou comerciais, onde a produção de lixo é


grande (geralmente noturna);
 Coleta em dias alternados: em áreas residenciais, menos adensadas;
 Coleta especial: em áreas de difícil acesso e na zona rural.

O órgão de limpeza urbana deve orientar quanto ao local e ao horário da


colocação do lixo, segundo as normas municipais.

2.2.6.4 Tratamento e disposição final do lixo

Para o município de Parnaíba, as alternativas de disposição final dos


resíduos sólidos, que no momento são viáveis economicamente e tecnicamente são: aterro
sanitário, incineração e compostagem. Sendo que foi firmado consórcio entre 11
municípios e com o Estado, com a finalidade de administrar os resíduos destes municípios,
Consórcio Regional de Desenvolvimento da Planície Litorânea Piauiense – COREDEPI.
Considerando uma média diária per capita de geração de lixo igual a 0,4
kg/hab./dia e peso específico de 185kg/m3, tem-se a previsão de geração de lixo para a
cidade de Parnaíba, bem como a área necessária para seu tratamento, conforme
apresentado na Tabela abaixo.

Tabela 10: Previsão da geração de lixo e área para tratamento.

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Geração de lixo Volume diário Estimativa de Planejamento para


Ano Pop. Total
(kg/dia) (m3/dia) Área (ha) cada 5 anos (ha)
2016 150.201 60.525 322 1.67
2017 151.087 60.435 327 1,70 existente
2018 153.354 61.342 332 1,73
2019 155.654 62.262 337 1,75 8,52
2020 157.989 63.196 342 1,78
2021 160.359 64.143 347 1,81
2022 162.764 65.106 352 1,84
2023 165.206 66.082 357 1,86
2024 167.684 67.073 363 1,89 9,18
2025 170.199 68.080 368 1,92
2026 172.752 69.101 374 1,95
2027 175.343 70.137 379 1,98
2028 177.973 71.189 385 2,01
2029 180.643 72.257 391 2,04 9,89
2030 183.353 73.341 396 2,07
2031 186.103 74.441 402 2,10
2032 188.894 75.558 408 2,13
2033 191.728 76.691 415 2,16
2034 194.604 77.841 421 2,19 10,65
2035 197.523 78.991 427 2.22
Fonte: Plano diretor municipal de 2007/2017.

O aterro sanitário exige cuidados e técnicas específicas, que visam inclusive ao uso futuro
da área, e que incluem a seleção e o preparo da área, sua operação e monitoramento. A
NBR 8419 fixa todos os procedimentos necessários a uma correta elaboração do projeto.
Um aterro sanitário deverá conter necessariamente: Instalações de apoio; Sistema de
drenagem de águas pluviais; Sistema de coleta e tratamento da decomposição da matéria
orgânica e de drenagem de gases; Impermeabilização lateral e inferior, de modo a evitar a
contaminação do solo e do lençol freático. Atualmente, a cidade de Parnaíba possui aterro
sanitário controlado na BR-402.

No âmbito do presente Plano Diretor identifica-se a necessidade de efetivação


do Consórcio Público Intermunicipal de gestão de resíduos sólidos– COREDEPI com a
finalidade de otimização e economia no gerenciamento dos resíduos sólidos das 11 (onze)
cidades da faixa litorânea participantes do Consórcio: Cajueiro da Praia, Ilha Grande, Luiz
Correia, Parnaíba, Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, Caraúbas do Piauí, Caxingó,
Cocal, Cocal do Alves e Murici dos Portelas.

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Verifica-se, ainda, necessidade de Parnaíba concretizar seu plano municipal de


resíduos sólidos, observando o conteúdo mínimo disposto na Lei Federal nº 12.305/2010.

2.3 Sistema Normativo


2.3.1 Da taxa de permeabilidade do solo

A taxa de permeabilidade do solo é o percentual mínimo da área do lote


onde é proibida a sua impermeabilização por edificação ou pavimentação.
Por tratar-se de uma área delicada do ponto de vista ambiental, onde é muito
importante garantir a recarga dos aqüíferos subterrâneos, as taxas de permeabilidade para
os diferentes lotes serão mais alta que a média existente em assentamentos tradicionais, a
saber:

 para os lotes com área de até 150 (cento e cinquenta) m2, não é exigida a
taxa de permeabilidade do solo;
 para os lotes com área superior a 150 (cento e cinquenta) m2 e até 400
(quatrocentos) m2, a taxa de permeabilidade do solo será correspondente a
15% (quinze por cento) da área do lote;
 para os lotes com área superior a 400 (quatrocentos) m2 e até 2.000 (dois)
mil m2, a taxa de permeabilidade do solo será correspondente a 30% (trinta
por cento) da área do lote;
 para os lotes com área superior a 2.000 (dois mil) m2, a taxa de
permeabilidade do solo será o correspondente a 45% (quarenta e cinco) por
cento da área do lote.

Com estes valores pretende-se liberar solo para infiltração e verticalizar as


construções.
Concomitantemente, imagina-se que nas áreas de expansão urbana, ainda
não parceladas nem ocupadas, possam ser implementadas políticas públicas de retenção
das águas pluviais, seja a partir de incentivos na cobrança de IPTU, seja pelo fornecimento
de “kits” de recolhimento e armazenamento das águas pluviais, em unidades premoldadas

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(a imagem e semelhança do que ocorre com o fornecimento de unidades sanitárias em todo


o território nacional).
As diretrizes gerais com relação à taxa de permeabilidade do solo foram
registradas para cada zona, na descrição setorial da estrutura da cidade.

2.3.2 Dos afastamentos obrigatórios

Os afastamentos obrigatórios representam as distâncias mínimas que devem


ser observadas entre as fachadas das edificações e as divisas do lote.
Em termos gerais, o afastamento mínimo das fachadas voltadas para
logradouro público será exigido conforme legislação específica. Em casos de interesse
geral, e visando a constituição dos espaços/logradouros públicos (praças, largos, etc.) e
vias principais será exigida a construção na testada do lote, sem afastamentos laterais nessa
testada, de modo a configurar uma frente contínua de entradas comerciais ou vitrines. No
caso de expectativa e/ou necessidade em se prever o aumento da largura das vias (vias
principais, por exemplo, que hoje em dia não cumprem com as exigências de caixa de via
estabelecidas no capítulo correspondente / vide item 2.2.1 Sistema Viário), o afastamento
será àquele necessário ao aumento em pauta. Um caso muito especial é constituído pela
Rua José Bonifácio. Caso ela venha assumir o padrão de via principal central, tal como
previsto na proposta, com suas funções de centralidade, um projeto executivo desta
proposta fixará os valores do afastamento frontal que viabilize a transformação proposta (a
argumentação também é válida caso seja escolhido o binário Rua Armando Burlamarque /
Rua Tabajara).
O afastamento mínimo nos trechos das fachadas, com abertura de vãos de
iluminação e aeração voltados para lotes vizinhos, obedecerá às disposições do Código de
Edificações vigente ou a ser elaborado e atualizado.
As diretrizes gerais com relação aos afastamentos obrigatórios foram
registradas para cada zona, na descrição setorial da estrutura da cidade (vide item 2.1.2
Descrição Setorial da Proposta).

2.3.3 Da quantidade mínima de vagas para estacionamento de veículos

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Será exigida uma quantidade mínima de vagas de estacionamento de


veículos no interior do lote (em subsolo, em superfície ou em pavimentos superiores), em
função da atividade a ser desenvolvida e seu respectivo porte, segundo os critérios
estabelecidos em legislação específica.

2.3.4 Da quantidade mínima de domicílios por lote

Em princípio, é permitida somente 01(um) domicílio por lote.


Serão permitidos 02 (dois) domicílios por lote, superpostos, um em cada
pavimento, no caso de lotes existentes ou provenientes de remembramento com áreas
iguais ou superiores a 250 (duzentos e cinquenta) m2.

2.3.5 Do acesso e demais parâmetros de ocupação do solo

O acesso de veículos ao lote se dará:

 em caso de uso residencial, por via de hierarquia inferior, se possível, local;


 em caso de uso não residencial, por via secundária, quando houver divisa
voltada para esta categoria de via, ou via local, quando não houver divisa
voltada para via secundária. Só em casos excepcionais o acesso se dará pela
via principal.
 o acesso a postos de abastecimento de combustíveis terá um conjunto de
exigências específicas, que farão parte dos Parâmetros Urbanísticos (PUR).

Para atividades consideradas polos geradores de tráfego deverão ser


apresentados projetos de acesso de veículos para análise e anuência do órgão gestor.

As questões relativas a:
 construção de marquises;
 ocupação de área pública em subsolo, térreo ou espaço aéreo;
 edificação de torres e castelos d’água;

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 serão tratadas quando da elaboração do Projeto Executivo e respectiva PUR,


ou dos Códigos de Edificações, etc..

2.4 Princípios de endereçamento

Existem várias possibilidades teóricas de se fazer o endereçamento de uma


área. Dentre os comumente utilizados, podem ser citados o chamado “sistema de avenidas
e ruas”, o de “quadrantes” e o de “coordenadas”, lembrando ainda, como um sistema
informal, a chamada forma “aleatória”, onde as vias são designadas sem maior ou mesmo
nenhum critério. O mais comum, entretanto, é utilizar-se um endereçamento que combine
dois ou mais sistemas ou princípios, adequando as teses teóricas às particularidades da
situação.
No caso da Revisão Plano Diretor da Cidade de Parnaíba, será apresentado
como anexo um projeto de lei de atualização e criação de novos bairros, levando em
consideração as comunidades e assentamentos existentes. Assim, quase todos os bairros
existentes estarão organizados, do ponto de vista de seu endereçamento, a partir do sistema
de avenidas e ruas, e numeração por lotes.
De qualquer forma, existem nos diversos bairros um endereçamento já mais
ou menos consolidado, e que serviu como base do endereçamento proposto, quando da
elaboração do correspondente Projeto Executivo.

3 RESUMO DAS DIRETRIZES EXPLICATIVAS E


JUSTIFICATIVAS DA PROPOSTA.

As diretrizes descritas a seguir representam a síntese de todas as


argumentações colhidas ao longo do processo de elaboração do diagnóstico e do
prognóstico, tanto nas suas versões técnicas quanto comunitárias (oficinas com as
populações). Elas podem ser registradas nos termos que se seguem:

3.1 Com relação ao sítio

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 Os solos em quase todo o Município são solos do tipo arenoso,


característicos do litoral norte brasileiro.
o Nos trechos mais centrais, que correspondem, não por acaso, aos
pediplanos litorâneos, estes solos arenosos misturam-se com argilas
criando solos emparentados com os cambissolos e latossolos
amarelos, passíveis de serem cultivados.
o À oeste, junto ao rio Parnaíba, ocorrem gleissolos nas áreas de várzea,
periodicamente saturados com águas de enchentes e de chuvas.
o Ao sul, solos litólicos sobre rochas caracterizando geomorfologias
mais acidentadas.

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Figura 6: esquema

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 A partir da litologia / pedologia caracterizam-se 02 (duas) grandes unidades


geomorfológicas, a saber:
 O litoral, extremamente plano, com cotas variando entre 0 e 5/8 metros, sem
reentrâncias, solos arenosos e dunas móveis, semi-móveis, semi-fixas e
fixas; e
 A planície parnaibana, subdividida em:
o planícies fluviais (faixas de acumulação aluvial do rio Parnaíba e
afluentes imediatos); e
o tabuleiros (chegando a cotas de até 60 metros no seu extremo sul) (a
cidade de Parnaíba faz parte desta unidade geomorfológica, ocupando
um sítio cujas cotas variam entre 5 e 25 metros).

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Figura 7: esquema

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 O formato dessa mesma geomorfologia é que explica a forma como bacias e


microbacias hidrográficas se organizam no Município:
 todo o sistema de recursos hídricos superficiais faz parte da grande
macrobacia do rio Parnaíba
 não obstante isso, é interessante registrar um divisor de águas (que coincide
aproximadamente com o traçado da BR 343) que subdivide a macrobacia
em 02 (duas) bacias, a saber:
o a do próprio rio Parnaíba (que constitui trecho substantivo do limite
ocidental do Município), associada a uma série de eventos hídricos
(lagoa do Prado, lagoas do Curralinho, Redonda, da Lama e do
Anininga, lagoa da Prata, etc.)
o a do rio Portinho, com a respectiva lagoa, que deságua no rio Igaraçu /
barra do rio Parnaíba.
 o divisor de águas citado chega ao sítio da cidade de Parnaíba pelo sudeste,
atravessando o mesmo no sentido sudeste / noroeste, criando, a nível local,
02/duas microbacias, a saber:
o a microbacia do Bebedouro e antigo leito do rio Igaraçu (referência ao
Canal de São José), e
o a microbacia da linha de drenagem / córrego do aeroporto (referência
ao ponto de quase contato destas 02 (duas) microbacias)

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Figura 8: esquema

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 O tipo de vegetação como resultado das características pedológicas e


hidrológicas do sítio.

Em termos gerais, formas de savana entendidas como formas do cerrado


degradadas e transformadas.

 Junto ao litoral, vegetação de restinga / mangue com ocorrências de


carnaubais e cajuzeirais.
 Florestas ombrôfilas ao sul (partes altas)
 Florestas estacionais ao leste (caracterizáveis como sendo de transição para
a caatinga)
 Áreas antropizadas nos tabuleiros (exploração rural)

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Figura 9: esquema

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3.2 Com relação à cidade

 Parnaíba caracterizada como centro sub-regional, em função de


o ser o principal pólo de atividades econômicas, sociais e de serviços
(entreposto comercial) da região (uma região com abrangência de 100
km, 17 municípios e 320.000 pessoas).
o possuir uma infraestrutura razoável, apesar de eivada de uma série de
problemas bastante graves:
 aeroporto (em boas condições, bem localizado e com infraestrutura
eficiente);
 porto fluvial (sem infraestrutura de marina) e um novo porto em construção,
parado, e com incertezas com relação à finalização das obras, e o papel do
mesmo uma vez finalizado, e as implicações de sua finalização com relação
à moldura geral de circulação e transportes.
 esquema de rodovias federais e estaduais, que pressupostamente ligam a
cidade de Parnaíba ao resto no sentido sul/norte e no sentido leste/oeste.

No esquema sul/norte a BR 343 “morre na praia”, metaforicamente falando,


porque literalmente falando ela não chega à praia.
O esquema leste/oeste carece de clareza e eficiência. O braço oeste liga ao
delta do Parnaíba, aos lençóis maranheses e ao Maranhão de forma muito mediatizada.
Este braço não sai da cidade de Parnaíba, mas da BR 343, ao sul, quase que no limite do
Município, a 20 (vinte) km do centro da cidade.
O braço leste encontra-se representado pela BR 343 que, depois de penetrar
na cidade vira 90º para leste, para o litoral, para as praias, num joelho de difícil leitura e
pior orientabilidade.

 Os problemas acima citados tem origem, parcialmente, na existência de


áreas ambientalmente delicadas, a saber:

o Uma primeira área ambientalmente delicada ocorre entre a cidade e o


litoral do próprio Município. Formalmente, essa área faz parte do

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Delta do rio Parnaíba (já que o rio Igaraçú é considerada a barra mais
oriental do delta). Institucionalmente, é área de APA / Área de
Proteção Ambiental. Em função do colocado, existe um conflito
potencial entre atitudes de preservação e atitudes de integração deste
litoral aos circuitos turísticos;
o Uma segunda área ambientalmente delicada ocorre na faixa de várzea,
de lagoas e inundações na época da chuva, ao longo do rio Parnaíba.
Para o caso, interessa a área que se encontra à direita do rio, dentro do
Município de Parnaíba.

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Figura 10: esquema

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 Trata-se de uma cidade com uma área central bem antiga, oriunda do século
XVIII, e substância de interesse histórico-cultural: o Porto das Barcas, a
Casa Grande, o velho Sobrado de Azulejo, o sobrado Dona Preta, a igreja de
Nossa Senhora da Divina Graça, a Praça da Graça, a igreja do Rosário, a
igreja de São Sebastião, a Praça Santo Antônio etc. Trata-se de uma área
com esse papel tradicional (o papel central), mas que não deveria investir no
desenvolvimento dessa centralidade, visando preservar suas características
originais.

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Figura 11: esquema

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 Indefinição com relação a um Novo Centro, que pudesse assumir a dinâmica


necessária com relação aos novos usos centrais e formas de ocupação Esta
indefinição vincula-se a 02/duas apreciações complementares:
o existem uma série de eixos e áreas que poderiam assumir este papel:, a
Avenida Deputado Pinheiro Machado (BR 343), a Avenida Caramuru
/ Avenida João Silva Filho e o início da BR 402. As áreas subcentrais
estão se insinuando nos cruzamentos destes eixos que, por sua vez,
aglutinam as correspondentes atividades comerciais;
o este Novo Centro, desde que passe a existir, deverá ter um diálogo
dialético com o centro antigo: deverá ocorrer, por um lado,
suficientemente perto do mesmo como para se complementar e
alimentar mutuamente suas atividades, equipamentos e funções, mas,
por outro, suficientemente longe como para não interferir e concorrer
com suas respectivas morfologias.
 Com relação às atividades econômicas do Município e da Cidade de
Parnaíba:
o agricultura (referência ao potencial com relação aos agronegócios e às
agroindústrias);
o pecuária;
o fruticultura (referência ao DITALPI / Distrito de Irrigação dos
Tabuleiros Litorâneos do Piauí);
o extrativismo de recursos naturais ( referência à carnaúba, menos para
a produção de cera e mais para a produção de cosméticos, ao caju, e à
captura de peixes e crustáceos);
o piscicultura, carcinicultura e maricultura;
o indústria incipiente;
o comércio razoável (entreposto comercial);
o turismo com potencialidade (vide diretriz seguinte);

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Figura 12: esquema

 No turismo, a situação da cidade de Parnaíba é também dicotômica:

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o Por um lado, a cidade em si oferece poucos atrativos turísticos


explícitos: centro antigo, Lagoa do Portinho, Pedra do Sal (menos pela
praia e mais pela situação paisagística).
o Por outro lado, a cidade se apresenta com um papel importante de
apoio a circuitos turísticos microrregionais (referência ao Plano
Integrado de Turismo do Litoral, referência à cidade como portal de
entrada ao Delta do rio Parnaíba, Capital do Delta), mas sem a
correspondente infraestrutura hoteleira, de mão de obra especializada,
de tradições significativas na arte e no folclore, na culinária, etc. O
tipo de turismo a ser oferecido é o ecológico (não sazonal) e o sazonal
de praia, sendo que no litoral piauiense o sazonal é menos dramático
que nos restantes litorais.
 Do ponto de vista social, a cidade de Parnaíba exerce um atrativo grande
com relação ao entorno (referência ao fato de ser centro sub-regional) tanto
dos municípios menores quanto do meio rural. Esse atrativo é representado
por uma pressuposta oferta de emprego, e por uma oferta de equipamentos,
dentre os quais destacam-se saúde e sobretudo educação, particularmente no
nível do ensino superior. Funciona como imã de fluxos migratórios e
apresenta taxas de crescimento populacional acima da média.
 Pelo processo de urbanização acelerado, devemos preparar a cidade para
este crescimento, quantitativa e qualitativamente, diversificando a oferta de
áreas residenciais.
 A oferta não diversificada e diferenciada existe. A cidade de Parnaíba se
apresenta, na sua periferia atual, como colcha de retalhos de uma série de
parcelamentos só parcialmente ocupados e organizados de forma disjunta.
Pela forma de ocupação, representam muitas vezes um perigo e ameaça para
áreas ambientalmente delicadas. Representam locais de residência de
populações pauperizadas. Geralmente as infraestruturas, sobre tudo as
sanitárias, não conseguem acompanhar a velocidade de ocupação.
Existe a necessidade premente de introduzir neles uma estrutura de usos, de
formas de ocupação e a correspondente hierarquização do sistema viário.

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 Na Dimensão funcional
o Usos atuais no Município / Tendências - Os usos do solo municipal
são decorrência das características fisiográficas e bióticas do mesmo.
No trecho litorâneo ocorrem atividades extrativistas e usos vinculados
ao turismo e lazer. No trecho das planícies fluviais ocorrem atividades
extrativistas + cultivo do arroz nas áreas de várzea. Nos tabuleiros
ocorrem atividades rurais diversas. As ocupações urbanas concentram-
se na cidade de Parnaíba. A cidade de Parnaíba apresenta uma
tendência a constituir uma unidade funcional e espacial com a cidade
de Luiz Correia, em função da proximidade e da complementaridade
de serviços e equipamentos. Enquanto a cidade de Parnaíba funciona
como centro aglutinador e distribuidor de serviços de saúde e
educação, Luiz Correia oferece um litoral de praias que Parnaíba não
tem. A Lagoa do Portinho funciona como nó, atraindo tanto
infraestrutura viária de Parnaíba quanto de Luiz Correia, após ser
revitalizada.
o Usos atuais na Cidade / Tendências - Os usos do solo urbano se
estruturam basicamente em torno de atividades residenciais e
atividades comerciais. Em certos trechos (ao longo das principais
avenidas e nos cruzamentos das mesmas) o uso comercial predomina.
Em outros predomina o comercial. Nos bairros mais periféricos o uso
residencial é quase exclusivo. Existem usos industriais incrustados na
trama urbana, sobretudo na área junto ao rio Igaraçú, em função da
oferta de glebas residuais maiores (bairro Mendonça Clark).

Eixos e sub-centros comerciais de peso despontam junto da Avenida


Armando Cajubá/bairro São Francisco da Guarita e junto da Avenida São Sebastião /
bairro Campos. Apesar de serem bairros vizinhos e com potencial de assumir uma
centralidade mais invasiva, não existe uma relação direta nem alimentação mútua de suas
atividades complementares: têm que se “dar a volta”.

o Formas de ocupação

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Expansão horizontal
Expansão vertical
Oferta diversificada de tipologias residenciais
o Infraestruturas
Abastecimento de água
Captação direta + flutuante no rio Parnaíba
Reservatórios principais apoiados no chão, no bairro Boa Esperança,
com distribuição para reservatórios elevados.
o Esgotamento sanitário
Parcialmente atingido o município de Parnaíba.
o Drenagem pluvial
Existem áreas alagáveis na cidade, sem a correspondente drenagem
pluvial. Existem 04/quatro piscinões que não resolvem as situações
emergenciais, nestes locais, na época das chuvas. Sendo desenvolvido
o Plano de Drenagem do município.
o As restantes infraestruturas não são “estruturantes” da cidade
Energia elétrica
Coleta e disponibilização de resíduos sólidos (referência ao fato do
aterro sanitário atual encontrar-se localizado nas imediações da
cidade)

 Na Dimensão bioclimática

Bom desempenho higrotérmico das malhas orientadas no sentido nordeste /


sudoeste. Vias pouco largas oferecem sombreamento. Praças, largos e outras áreas abertas
geram boa porosidade. O sítio plano do entorno não oferece impedimentos à chegada dos
ventos. A homogeneidade da tipologia construtiva gera pouca rugosidade. A vegetação
oferece sombreamento e gera rugosidade. Situada em área de alta luminosidade, a cidade
de Parnaíba apresenta características favoráveis a transformar a mesma em difusa: espaços
sombreados e arborizados. Boa ventilação garante boa qualidade do ar.

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 Na Dimensão expressivo/simbólica

Quantidade expressiva de evocações

 Evocações do meio natural: orla do rio Igaraçú, horizonte da Ilha Grande de


Santa Izabel, lagoa do Bebedouro e várzea do antigo leito do rio Igaraçú,
várzea do Cantagalo, lagoa do Portinho.
 Evocações do meio antrópico
o Evocações histórico/culturais (Porto das Barcas, praça da Graça com
as igrejas da Graça e do Rosário, Casa Grande, casarões da Avenida
Presidente Vargas e praça Santo Antônio, etc.)
o A Estrada de Ferro Central do Piauí que, apesar de desativada,
permanece legível na cidade inteira (estações de Floriópolis, do
Centro e Guarita)
o Clareiras na trama compacta da cidade (praças da Graça, Santo
Antônio, dos Poetas, da Rodoviária, da Estação, largos, recintos
abertos, cemitérios, etc.)

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 Na Dimensão topoceptiva

Desempenho bom naqueles trechos onde a dimensão expressivo-simbôlica


também apresenta bom desempenho (equilíbrio harmônico entre unidade das tipologias de
edificação e ocupação do lote e diversidade estilística). Desempenho ruim na grande área
residencial mais periférica, onde uma quantidade de mais de 30/trinta tipos de malhas e
macroparcelas gera um excesso de diversidade informativa. Difícil de se identificar e de se
orientar com tanta informação. O fato de estas ocupações ocorrerem com grande
predomínio de espaços fechados com considerável quantidade de superfícies verticais gera,
compensatoriamente, boas possibilidades de apreensão de noções topológicas e
perspectivas (definição clara das cenas contidas nos campos visuais).

 Na Dimensão copresencial

O tecido urbanizado de Parnaíba não possui barreiras naturais senão em suas


bordas, fato positivo à encontrabilidade (a única exceção seria a lagoa do Bebedouro).
Barreiras espaciais são constituídas pelas grandes avenidas, pela sua largura e
configuração. De certa forma, o aeroporto constitui-se numa barreira. Equipamentos de

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grande porte, murados, constituem verdadeiras “ilhas” dentro da trama urbana, dificultando
a integração das partes. O grande buraco do bairro São Vicente de Paula também funciona
como grande barreira. Em termos gerais, predominam os espaços fechados (quarteirões)
sobre os abertos (ruas, avenidas, largos, praças, etc.). Existem grandes espaços abertos.
Localizados na borda da cidade, com acesso visual e sem acesso funcional. Os espaços
abertos na antiga área central encontram-se bem constituídos, quer dizer, a relação entre
espaço público e espaço privado é imediata (as casas são construídas nas testadas dos
lotes). Os espaços abertos nos loteamentos mais novos encontram-se mal constituídos (as
casas são construídas no meio do lote, e a relação entre espaço público e privado é
mediatizada).
Com relação à axialidade, integração entre os bairros, apesar dos diversos
loteamentos mais recentes terem sido implementados como “colcha de retalhos”, grandes
avenidas são responsáveis por um mínimo de integração. Essa integração se dá muito mais
no sentido oeste/leste que no sentido norte/sul. O eixo com maior potencial de integração,
surpreendentemente, é a rua Caramuru com a Avenida Dr. João Silva Filho.
Toda esta argumentação destila um problema de maior envergadura, qual
seja: esta integração no sentido leste/oeste que, vinda ou pela Avenida Padre Vieira ou pela
continuação da BR 343 ou pela Avenida São Sebastião ou pela Rua Caramuru ou pela
Avenida 03 de Maio / Princesa Isabel afunila de forma dramática e deságua de forma
pouco clara na Avenida Pres. Getúlio Vargas e ponte Parnaíba / Ilha Grande, que se
constitui em única opção para acessar o litoral do Município, colocando um tráfego
substantivo de mera passagem numa área patrimonialmente muito delicada.

 Na Dimensão econômico/financeira

Altos custos de implantação de infraestruturas em função da forma como a


cidade se espalha, particularmente a partir de loteamentos para populações de baixa renda,
só muito parcialmente ocupados. Nesse sentido recomenda-se verticalizar a cidade em
certos trechos, aproveitando seu potencial de centralidade, e qualificar de forma
diferenciada a ocupação das áreas mais periféricas, incentivando a localização de
condomínios fechados para populações de maior poder aquisitivo.

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Nos quarteirões recomendam-se lotes estreitos e profundos, e,


decorrentemente, quarteirões mais profundos.

4 PRINCIPAIS PROGRAMAS, PROJETOS E OPERAÇÕES QUE


VIABILIZAM AS PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NO PLANO
DIRETOR EM PAUTA.

A revisão do Plano Diretor mantém os programas e projetos que não foram


executados de inclui novas propostas, com todas as condições de ser implementado e de
fornecer todos os insumos necessários aos Planos Plurianuais e leis orçamentárias. Não
obstante isso, ele fica mais eficiente a partir da implementação de uma série de programas
e projetos, tanto relativos à gestão urbana, quanto à gestão ambiental da área, no intuito de
assegurar todo o esforço até agora empreendido visando à sustentabilidade dos
assentamentos humanos.
Vale ressaltar que esses programas e projetos estão condicionados ao
exercício de uma política pública explícita (regulada por legislação ou definidas em um
plano de governo). Assim, por exemplo, na política de recuperação ambiental, a
responsabilidade da definição dos instrumentos aplicáveis à implantação de novas
atividades (empreendimentos) ou da regularização dos usos e atividades existentes estão
condicionadas aos procedimentos a serem estabelecidos pelo órgão ambiental durante o
processo de licenciamento – sendo que muitos procedimentos estão regulados por
legislação específica, e outros ficam à critério da política de licenciamento que se está
exercendo no momento.
A título de convergência, vale a pena mencionar que esses programas e
projetos vão ao encontro das quatro grandes estratégias que a Agenda 21 Brasileira aponta
para a sustentabilidade das cidades. São elas:

 Aperfeiçoar a regulação do uso e da ocupação do solo urbano, e promover o


ordenamento do território, contribuindo para a melhoria das condições de
vida da população, considerando a promoção da equidade, eficiência e
qualidade ambiental.

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 Promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade


de planejamento e gestão democrática da cidade, incorporando no processo
a dimensão ambiental e assegurando a efetiva participação da sociedade.
 Promover mudanças nos padrões de produção e consumo da cidade,
reduzindo custos e desperdícios e fomentando o desenvolvimento de
tecnologias urbanas sustentáveis.
 Desenvolver e estimular a aplicação de instrumentos econômicos no
gerenciamento dos recursos naturais visando à sustentabilidade urbana.

Aplicáveis à área de estudo essas estratégias demandarão da estrutura de


governo, empenhada na regularização das áreas ocupadas e no desenvolvimento regional, o
esforço institucional de aprimorar o processo de planejamento urbano. Como se pode
constatar, para se assegurar a sustentabilidade almejada da urbanização, a efetiva
implantação do Plano Diretor em pauta demanda a implantação de um conjunto de
programas e projetos específicos possíveis, a saber:

4.1 Programas
4.1.1 Programa de enquadramento legislativo.

Objetiva estabelecer a revisão de trechos de leis municipais, no intuito de


compatibilizar as ações normativas sobre o tema, promover a regularização fundiária e
assegurar o amparo jurídico compatível ao processo de desenvolvimento urbano. De modo
específico, também deverá ser empreendido um esforço legislativo no intuito de
regulamentar a aplicação dos instrumentos de gestão urbana, previstos no Estatuto da
Cidade, que deverão ser implementados na área.
De igual modo, recomenda-se, à luz do decreto que criou a APA do Delta
do Parnaíba, que se proceda a uma regulação especial para o licenciamento ambiental dos
empreendimentos e atividades a serem instaladas no local, considerando, para a maioria
dos casos, não ter mais sentido prático elaborar um estudo prévio de atividades que já estão
instaladas – e em processo de regularização. Maior ganho ambiental se obteria com a
elaboração de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e um Projeto de
Compensação para o passivo ambiental promovido pela ocupação desordenada e pelo uso

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indiscriminado dos recursos naturais (depredação das matas ciliares, ocupação de áreas de
preservação permanente etc).

4.1.2 Programa de arranjo institucional.

O processo de implantação desse Programa demanda um esquema de


organização institucional nunca antes experimentado. Em primeiro lugar, exige que os
órgãos, instituições e empresas públicas passem a considerar oficialmente a existência de
áreas da Cidade de Parnaíba como prioritárias ao desenvolvimento urbano. Em segundo, a
complexidade de ações de regularização fundiária, dotação de infraestrutura de circulação,
saneamento, energia e transportes, demanda uma “força-tarefa” onde os diversos braços
operacionais do governo (de fiscalização, de monitoramento e de planejamento) interajam
e atuem de modo uníssono – integrado.

4.1.3 Programa de participação comunitária.

Assegurada na legislação local e federal vigente, a participação da


comunidade é fundamental na efetivação dos projetos urbanísticos. A população local,
muito mais que os dirigentes de plantão, é que garantirá a efetiva aplicação das regras
pactuadas e fiscalizará o cumprimento das normas estabelecidas. Princípio básico de
legitimação de um processo de planejamento, a participação da sociedade, não acontecerá
apenas durante as audiências públicas. Para a implementação do Plano torna-se necessário
a criação de comitês ou fóruns locais de acompanhamento e negociação de implantação
das infraestruturas e das ações de proteção e recuperação ambiental.
Obviamente que um processo participativo se organiza a partir de uma
adesão voluntária dos atores sociais. Contudo, a iniciativa governamental é um
condicionante fundamental desse processo. Sugere-se, portanto, que essa participação seja
estimulada após a contratação dos projetos executivos específicos, e que a população,
organizada por bairros, seja representada, no mínimo, pelas associações ou organizações
civis já existentes no local.

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

4.1.4 Programa de educação sanitária e ambiental.

Mais importante que o aspecto corretivo, com a aplicação de instrumentos


administrativos punitivos e coercitivos, é estabelecer um processo de conscientização
coletivo sobre a necessidade de melhoria da qualidade ambiental do habitat. Esse programa
objetiva demonstrar a sensibilidade dos recursos naturais locais e como o intenso processo
de degradação ocorrido tende a criar obstáculos à melhoria da qualidade de vida local.
Enquanto instituição condominial, mais na sua filosofia que no arranjo
espacial, cercado e segregado, vista de forma isolada, o arranjo urbanístico hoje existente,
pode ser considerado a forma de assentamento mais adequada para as classes de renda
baixa e média morar. Porém, analisado de forma abrangente, onde se agregam centenas de
pequenos “condomínios” isolados, a organização e o funcionamento da estrutura urbana
tende a entrar em colapso – tanto no que se refere aos aspectos sanitários e ambientais,
quanto aos aspectos de segurança e manutenção da urbanização implantada. Isso porque
essa forma de morar não é comprometida com os espaços públicos (áreas verdes, praças,
parques, bosques, passeios públicos etc.).
Torna-se imperioso demonstrar aos líderes comunitários, em particular, e à
população residente, em geral, que a melhoria da qualidade ambiental futura dos novos
bairros depende de uma mudança de postura em como tratar o espaço público – de uso
comum.

4.1.5 Programa de recuperação ambiental.

Diversos diagnósticos, além do realizado para o presente trabalho, vêm


demonstrando que, ao longo das duas últimas décadas, a área vem sofrendo uma
generalizada degradação ambiental dos seus atributos físicos (pelos processos erosivos do
solo, pelo assoreamento dos córregos e soterramento das nascentes); dos cenários
paisagísticos (pela degradação dos inúmeros mirantes e sítios de beleza cênica); e da
biodiversidade (do desmatamento generalizado e perda dos habitats específicos). Resgatar
esse passivo ambiental é importante não só para melhoria da qualidade local, como de toda
a bacia hidrográfica onde a área está inserida.

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Nesse sentido, a recuperação das matas ciliares, a diminuição da área


impermeabilizada (com o estímulo de habitação coletiva em detrimento da individual,
desde que mantidas as densidades), a implantação de sistema de drenagem que proteja os
canais hídricos deve integrar o custo ambiental da urbanização da área.

4.1.6 Programa de recuperação, restauração e preservação do Patrimônio Histórico,


Artístico e Cultural.

O programa poderá se utilizar de uma série de insumos destacados a seguir:

 Poderá / deverá ser definida uma poligonal da área de Interesse na


Recuperação, Restauro e Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e
Cultural de Parnaíba, parcialmente em curso. Esta definição poderá levar em
consideração os trabalhos já efetuados pelo IPHAN e nível estadual, assim
como todos os insumos descritos ao longo desta Memória Técnica.
 Poderá ser criado um Grupo de Trabalho - GT para proceder a avaliação das
intervenções na área de Interesse na Recuperação, Restauração e
Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Parnaíba,
orientando as mesmas e emitindo parecer sobre os tipos possíveis de
intervenção. A constituição / composição deste GT, assim como sua
dinâmica de trabalho (periodicidade das reuniões, etc.) será definido pelo
próprio GT, uma vez constituído. As consultas a este GT deverão ocorrer
obrigatoriamente antes do início dos processos normais de aprovação dos
projetos.
 Poderá ser aumentado o Bônus de Concessão de Uso - BCU, como
instrumento de estímulo à conservação dos imóveis situados na área de
Interesse na Recuperação, Restauração e Preservação do Patrimônio
Histórico, Artístico e Cultural de Parnaíba. Fariam jus ao BCU os
proprietários de lotes situados na área de interesse, que conservarem seus
imóveis de acordo com as diretrizes expedidas pelo órgão responsável pela
preservação da área, neste caso, em princípio, o PHAN a nível estadual.

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 Poderá / deverá ser aproveitado o instrumento jurídico da Transferência do


Direito de Construir para fins de preservação do patrimônio histórico e da
memória da cidade de Parnaíba. O proprietário do imóvel, situado dentro da
poligonal da área de Interesse na Recuperação, Restauração e Preservação
do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Parnaíba, poderá transferir
o equivalente ao direito de construir pleno para outra área, ressalvadas as
condições locais, desde que seja doada à Prefeitura Municipal, mediante
escritura pública, o imóvel cujo direito de construir queira ser plenamente
transferido.
 Poderá ser criada uma Linha de Crédito – LC para reconstrução e
restauração do imóvel para fins residenciais, inserido na poligonal da área
de Interesse na Recuperação, Restauro e Preservação do Patrimônio
Histórico, Artístico e Cultural de Parnaíba. Poderão se utilizar desta LC todo
(processo em curso) s os proprietários cadastrados como de interesse
histórico e cultural pelo órgão competente (no caso, em princípio, o IPHAN
a nível estadual), e que tenham interesse em manter o imóvel para uso
residencial. O órgão gestor e os limites de financiamento serão definidos em
regulamentação específica para este fim. Também poderão ser propostos
incentivos como a diminuição da carga tributária, para os imóveis que se
disponham a ser restaurados e/ou estimulados à manutenção da preservação.
 Poderá ser criada uma Linha de Benefícios – LB para adequação e
utilização do imóvel para usos não residenciais (propostas de infraestrutura
para o turismo, ao lazer e ao desenvolvimento cultural).

4.1.7 Programa de desenvolvimento do turismo

O Programa de desenvolvimento do turismo de Parnaíba deverá estar


inserido nas propostas do Governo do Estado para o Turismo do Litoral. Deverá ser
elaborado com participação de técnicos de todas as secretarias envolvidas (Turismo,
Cultura, etc.), assim como membros das instituições ambientais (IBAMA, etc.), com
representantes das comunidades envolvidas.

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Deverá levar em consideração todas as modalidades possíveis de turismo,


dentre as quais merecem particular destaque: a modalidade do turismo cívico/cultural
(aproveitando a existência do patrimônio histórico e cultural), do turismo rural, do
ecoturismo (aproveitando a existência das áreas de interesse ambiental, assim como a APA
do Delta do Parnaíba e outras) e o turismo de recreação e lazer (aproveitando as ofertas
paisagísticas e do litoral, com suas praias). Estes pontos de destaque (alinhavados entre os
parêntesis) poderão funcionar como âncoras das respectivas modalidades, facilitando a
definição das áreas para o desenvolvimento das atividades de apoio ao turista, tais como
restaurantes, lanchonetes, sanitários públicos, quiosques variados e de atendimento ao
turista, etc.
Este programa também parte do pressuposto da existência de programas de
sinalização e programação visual, a partir da qual, por exemplo, edificações tombadas
possam receber placas identificativas e explicativas, as pavimentações nos trajetos possam
receber um tratamento particular, etc.

4.1.8 Programa pedestre / ciclista 24 horas

É o programa que parte do pressuposto que exista um interesse em


implantar e ampliar ciclovias nas principais vias da área urbana de Parnaíba. Seriam
criados calçadões e ciclovias ligando todos os setores residenciais / bairros ao centro da
cidade, pela sua menor distância.
Estes calçadões e ciclovias deverão ter suas ramificações e extensões dentro
dos correspondentes parques urbanos. Os calçadões e ciclovias deverão ser dotados de
iluminação pública e sinalizações vertical e horizontal, implantando os correspondentes
projetos de desenho urbano e paisagístico / mobiliário urbano de forma a criar espaços com
remansos, pontos sombreados, etc. para repouso dos ciclistas e pedestres.

4.2 Projetos

4.2.1 Projeto de Preservação do Porto das Barcas

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Projeto inserido no Programa de recuperação, restauração e preservação do


Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, acima citado e descrito, tem como objetivo o
resgate cultural da cidade de Parnaíba, assim como o incentivo à modalidade do turismo
histórico e cultural. As principais diretrizes são:

 restaurar as edificações importantes para a história do Porto da Barcas;


 manter a configuração urbana existente;
 criar normas de gabarito que fortaleçam as características das edificações;
 manter as diretrizes especificadas na Zona 01 / Porto das Barcas

4.2.2 Projeto de Preservação da antiga Área Central

Projeto inserido no Programa de recuperação, restauração e preservação do


Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, visa o resgate cultural da cidade de Parnaíba,
assim como o incentivo à modalidade do turismo histórico e cultural (projeto em curso).
No centro antigo da cidade de Parnaíba, e como primeira área de expansão do Porto das
Barcas existe ainda uma série substantiva de edificações que são testemunhos da história
da região, com isso devem ser preservados. Existem, concomitantemente, traçados e
ambiências urbanas típicos das cidades coloniais, que também devem ser conservados,
como largos, praças e ruas estreitas. As principais diretrizes para esse projeto são:

 restaurar as edificações importantes para a história de Parnaíba;


 manter a configuração urbana existente;
 criar normas de gabarito que fortaleçam as características das edificações;
 manter as diretrizes especificadas na Zona 02 / Centro Antigo

4.2.3 Projeto do novo Centro

Projeto que visa criar condições de despressurização com relação ao centro


antigo da cidade. Esta despressurrização representa uma válvula de escape com relação a
uma série de atividades (supermercados, hotéis, clubes, cinemas, etc.) que não encontram
espaço nas tipologias existentes no centro antigo, e estão criando este espaço na base da

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derrubada de substância de interesse histórico e cultural, mudando inclusive a escala das


edificações, “afogando” prédios que exigem um entorno mais sossegado, como é o caso
das Igrejas de Nossa Senhora das Graças e do Rosário e outros.
A oferta e o incentivo à localização destas atividades num local de extrema
fácil acessibilidade, numa espécie de novo centro, “pressurizado” para ocorrer num prazo
de 15 (quinze) anos a partir de operações urbanas consorciadas e de parcerias público-
privadas, gerará uma situação de duplo benefício: por um lado dará condições de manter as
características do centro antigo e por outro funcionará como oferta e incentivo, tal como
colocado de início, ao desenvolvimento econômico, basicamente comercial, da cidade de
Parnaíba e ao seu crescimento.
Suas principais diretrizes são:

 criar recuos frontais visando aumentar as caixas de rua, de modo a viabilizar


a circulação e estacionamento de veículos;
 incentivar a verticalização das ocupações oferecendo CABs e CAMs
atraentes, dinamizadores da mudança das formas de ocupação e
correspondentes gabaritos;
 incentivar a vinda de grandes empreendimentos comerciais, culturais e de
serviços para a área, a partir dos correspondentes incentivos;
 aproveitar as mudanças na forma de ocupação, dos gabaritos e
correspondentes verticalização para liberar espaços públicos para praças,
largos e lugares de encontro.

4.2.4 Projeto do Centro de Convenções / Museus / Aquário

O projeto do Centro de Convenções, museus, aquário e edificações /


atividades outras, complementares, visa ir ao encontro de diretrizes formatadas integradas
a propostas do Governo do Estado e do Governo Federal. No mesmo, tinha-se colocado
como necessidade / aspiração da comunidade e de interesse para uma política de incentivo
ao turismo a construção de parques temáticos com estas características. A localização
proposta não era essa, mas estudos de oferta/demanda vinculados ao processo de
elaboração do Plano Diretor do Município/Cidade de Parnaíba afunilaram uma localização

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perto do aeroporto, num trecho acessado pela BR 343, no interregno entre a cidade de
Parnaíba e a cidade de Luiz Correia, de forma a constituir-se numa ligação funcional
importante entre as cidades, assim como de continuidade das respectivas tramas urbanas.
Além de prestigiar o turismo, Parnaíba terá um local para realização de eventos, feiras e
incentivos aos negócios, principalmente na área de turismo e de agricultura. As diretrizes
são:

 promover o turismo cultural e político;


 incentivar o turismo no eixo Maranhão / Piauí e Ceará;
 ocupar uma área de elo urbanístico com atividades de interesse de toda uma
microrregião;
 ocupar essa área com prédios arquitetonicamente expressivos, dentro de
parques e áreas verdes.

4.2.5 Projeto de Área para Atividades geradoras de poluição sonora (Autódromo, grandes
eventos, etc.)

Complementarmente ao projeto anterior, dando de certa forma continuidade


ao mesmo, e com espírito semelhante, é proposta numa outra área também com fácil
acessibilidade, um “complexo” das atividades geradoras de poluição sonora, indo ao
encontro de uma série de aspirações expressas pela população da cidade de Parnaíba, como
também de diretrizes menos explícitas do Governo do Estado.
As aspirações referem-se à retirada da trama urbana residencial de uma série
de atividades perturbadoras da tranqüilidade, sossego e silêncio das populações envolvidas.
As diretrizes menos explícitas do Plano citado referem-se a um conjunto de atividades de
abrangência regional, a serem criadas com objetivos turísticos, e referentes a corridas de
carros, competições de motocross, bicicross, crosscountry e tantas outras modalidades,
para as quais existem demandas e público suficiente como para viabilizar a sua equação
econômico-financeira. As suas instalações, montadas para tais eventos, registrariam
ocupações quase que permanentes se complementadas com eventos musicais (festivais
musicais, bandas de rock, cantores e cantoras de renome nacional e internacional, etc.) dos
mais variados tipos. Sem dúvida que o público interessado viria do âmbito microrregional,

128
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funcionando claramente como mais um evento consolidador de políticas vinculadas ao


turismo, neste caso, de recreação e lazer.
As diretrizes são:

 instalações multifuncionais para os mais diferentes eventos


 inserção num esquema semelhante ao projeto anterior, dentro de parques e
áreas verdes (dando, até, continuidade aos mesmos);
 inserção, na área, de espelho de água (extraído do lençol freático com ajuda
das energias eólicas). Ele funcionaria como espelho para o lazer e recreação,
e como reservatório de água para a irrigação das chácaras à jussante;
 reserva de grandes lotes para futuros hipermercados e outras instalações de
grande porte

4.2.6 Projeto do Parque Urbano do Cantagalo

O Parque Urbano do Cantagalo ocupará uma área delimitada


referencialmente pela Avenida Padre José Raimundo Vieira ao sul, o rio Igaraçu ao norte, e
as duas prolongações da rua José Bonifácio e BR 343, à oeste e leste, respectivamente. As
partes mais altas seriam ocupadas com equipamentos para os esportes, recreação e lazer.
Nas partes mais baixas, aproveitando o seu hidromorfismo, seriam configuradas superfícies
aquíferas com as mais variadas destinações. A prolongação da Rua José Bonifácio
acessaria equipamentos culturais, fazendo uma transição com a área central antiga. A
prolongação da BR 343 acessaria a marina. Ao leste do parque urbano, no trecho entre o
mesmo e os limites do aeroporto, encontra-se prevista a localização do viveiro municipal,
aproveitando as características do solo e a existência de água abundante, nas proximidades.

4.2.7 Projeto do Parque Urbano do Bebedouro

A Revitalização do Parque Urbano do Bebedouro ocupará uma área


delimitada referencialmente pela Lagoa do Bebedouro e estrada para Rosápolis a sudeste, o
limite das ocupações dos bairros Bebedouro e Nova Parnaíba a nordeste, e as rodovias
Transtabuleiro I e II a oeste e sudoeste. Equipamentos de recreação e lazer encontram-se

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propostos no entorno imediato da Lagoa do bebedouro. Equipamentos esportivos (ginásios,


piscinas, etc. encontram-se localizados nas partes mais altas, com acesso imediato
garantido pela estrada para Rosápolis e, nas partes mais baixas, e aproveitando a existência
do velho leito do rio Igaraçu, são configurados espelhos de água com as mais diversas
finalidades.

4.2.8 Projeto da área da lagoa do Portinho

A área do Portinho, um dos cartões postais da cidade / município de


Parnaíba, deverá ser revitalizada, em toda sua extensão, para a partir dessa revitalização,
ser organizada com equipamentos de recreação e lazer, com bares e restaurantes de apoio,
clubes, pousadas, etc. Imagina-se que, caso a viabilidade técnica e financeira de um
sistema de transporte coletivo sobre trilhos possa ser confirmada, um ramal deste esquema
acesse estes equipamentos, colocando-os à disposição quase que imediata das populações
da cidade e dos turistas que nela estejam se albergando.

4.2.9 Projeto da área da lagoa da Prata

A área da lagoa da Prata, menos conhecida, apresenta um potencial


semelhante a área do Portinho, que poderá ser consolidada a partir da organização de
equipamentos de recreação e lazer, com bares e restaurantes de apoio, clubes pousadas, etc.
Neste caso, em função das particularidades da localização, centros de treinamento
institucional e administrativo possam reforçar mais ainda a situação privilegiada desta área.
A imagem e semelhança do caso anterior, imagina-se que, caso a viabilidade técnica e
financeira de um sistema de transporte coletivo sobre trilhos possa ser confirmada, um
ramal deste esquema acesse estes equipamentos, colocando-os à disposição quase que
imediata das populações da cidade e dos turistas que nela estejam se albergando.

4.2.10 Projeto da área do litoral / praias

O litoral mais imediato à cidade de Parnaíba precisa ser duplicado em seu


acesso, obviamente levando em consideração a situação ambientalmente delicada deste

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trecho do território. Quando da descrição geral da proposta, a nível municipal, este trecho
do território foi devidamente apreciado e especulado do ponto de vista de seu potencial de
uso e ocupação.

4.2.11 Projeto da área das vilas cooperadas

Refere-se ao trecho de solos hidromórficos à margem direita do rio


Parnaíba. Trata-se de uma área ambientalmente delicada, cuja ocupação deve ocorrer de
forma muito bem pensada e particularmente adequada às restrições. Imagina-se que não
devam ser incentivadas ocupações mais densas nem urbanizadas, e que o formato ideal
seria o de vilas, com ocupações esparsas e espaciadas, com amplo predomínio dos vazios
em relação aos cheios, unidades habitacionais unifamiliares e reduzidas volumetricamente,
com áreas reduzidas e de 01 (um) pavimento. Uma tipologia utilizando menos a tecnologia
construtiva em cerâmica (alvenaria e telhados) e mais tecnologias com recursos em
madeira e materiais mais leves deveria ser desenvolvida e coletivamente assumida.
Imagina-se, concomitantemente, que os moradores destas vilas estejam morando nelas
porque o seu sustento esteja garantido pelo hinterland do entorno imediato, e que a
exploração / cultivo/criação neste entorno imediato possa ocorrer a partir dos princípios do
associativismo, na forma de cooperativas. Desta forma ficaria garantido o manejo coletivo
destas áreas, aumentando a garantia de uma visão ambientalmente embasada.
Um pequeno trecho existente entre os manguezais à nordeste da cidade e a
BR 343 / Anel Viário 2 (ai incluindo a Vila do Portinho) também faria parte deste projeto,
por apresentar características de ocupação e de relação com o entorno semelhantes às
anteriores.
Estes projetos, quando ocorrerem dentro do perímetro urbano, em áreas
portanto urbanas, serão desenvolvidos levando em consideração que foram declaradas, tal
como acima colocado, como ZEIS / Zonas Especiais de Interesse Social.

4.2.12 Projeto dos bairros

Esse projeto propõe a composição dos bairros já estabelecidos, com pequenas


alterações, e a criação de novos bairros no município de Parnaíba, aumentando o perímetro

131
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urbano da cidade, qualificando-os como bairros, demarcando de forma clara os limites dos
mesmos, com as respectivas coordenadas, justificado pela reivindicação de moradores e o
crescimento da cidade, como se segue:

 I – Centro
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Presidente Getúlio
Vargas no Rio Igaraçu.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Presidente Getúlio Vargas,
Avenida Governador Chagas Rodrigues, Avenida Capitão Claro,
Avenida Álvaro Mendes, Rua Coronel Pacífico, Rua Conde D’Eu,
Rua do Rosário e Rio Igaraçu.
 II – Bairro Nossa Senhora do Carmo
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Governador Chagas
Rodrigues no Rio Igaraçu.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Governador Chagas
Rodrigues, Avenida Presidente Getúlio Vargas e Rio Igaraçu.
 III – Bairro Mendonça Clark
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua do Rosário no Rio
Igaraçu.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua do Rosário, Rua Conde D’Eu,
Rua Coronel Pacífico e Rio Igaraçu.
 IV – Bairro São José
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua Coronel Pacífico no Rio
Igaraçu.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Coronel Pacífico, Avenida
Álvaro Mendes, Av. Coronel Lucas, Rua Sete de Setembro, Rio
Igaraçu, Seguindo pelo Rio até o ponto Inicial.
 V – Bairro Nova Parnaíba
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Álvaro Mendes na
Avenida Capitão Claro.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Capitão Claro, Avenida
Governador Chagas Rodrigues, Avenida Princesa Isabel, Rua

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Valença, Avenida Coronel Lucas Correia, Avenida das Normalistas,


Rua João do Cícero, Rua Josias de Moraes Correio, Rio Igaraçu, Rua
Sete de Setembro, Av. Coronel Lucas Correia e Avenida Álvaro
Mendes.
 VI – Bairro São Francisco
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Princesa Isabel com
a Rua Valença.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Princesa Isabel, Rua
Guaporé, Rua Tabajara, Rua Guaporé, Rua Benedito dos Santos Lima,
Rua Ceará, Rua Caramuru, Rua José Bonifácio, Avenida Armando
Cajubá de Brito, Rua Delbão Rodrigues, Avenida Prefeito João
Batista Silva, Rua Paraná, Rua São Pedro, Rua Jaicós e Rua Valença.
 VII – Bairro Bebedouro
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Coronel Lucas
Correia com a Avenida das Normalistas.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Coronel Lucas Correia, Rua
Valença, Rua Jaicós, Rua São Pedro, Rua Paraná, Avenida Prefeito
João Batista Silva, Rio Igaraçu, Rua Josias de Moraes Correia, Rua
João do Cícero e Avenida das Normalistas.
 VIII – Bairro Campos
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida São Sebastião com a
Avenida Governador Chagas Rodrigues.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida São Sebastião, Rua
Benedito dos Santos Lima, Rua Guaporé, Rua Tabajara, Rua Guaporé,
Avenida Princesa Isabel e Avenida Governador Chagas Rodrigues.
 IX – Bairro Nossa Senhora de Fátima
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida 1º de Maio com a
Avenida Governador Chagas Rodrigues.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida 1º de Maio, Avenida Padre
Raimundo José Vieira, Rua Benedito dos Santos Lima, Avenida São
Sebastião e Avenida Governador Chagas Rodrigues.
 X – Bairro São Benedito

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o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Padre Raimundo


José Vieira com a Rua Benedito dos Santos Lima.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Padre Raimundo José
Vieira, Rua Agrimessor Alprim Silva Arri, Avenida Leonardo de
Carvalho Castelo Branco, Avenida Pinheiro Machado, Avenida São
Sebastião e Rua Benedito dos Santos Lima.
 XI – Bairro Cantagalo
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Governador Chagas
Rodrigues com o Rio Igaraçu.
o Descrição dos limites do Bairro: Rio Igaraçu, seguindo pelo rio até às
coordenadas UTM 24M 194964.00mE 9680628.50mS(Estrada de
Chão que liga o Bairro Chafariz), em linha reta até a Avenida Padre
Raimundo José Vieira (coordenadas UTM 24M 195222.00mE
9679291.50), Avenida Padre Raimundo José Vieira, Avenida 1º de
Maio e Avenida Governador Chagas Rodrigues.
 XII – Bairro São Judas Tadeu
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua Agrimessor Alprim Silva
Arri com a Avenida Leonardo de Carvalho Castelo Branco.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Agrimessor Alprim Silva Arri,
Avenida Padre Raimundo José Vieira, seguindo até as coordenadas
UTM 24M 195222.00mE 9679291.50mS, Estrada de Chão que liga o
proposto bairro Chafariz até as coordenadas UTM 24M 195126.80mE
9679823.79mS, virando à direita até a Rua Nelson Pires Alves
(coordenadas UTM: 24M 198466.64mE 9680827.32nS), Seguindo até
a coordenada UTM: 24M 198599.72mE 9680125.94mS, Estação
Floriópolis, Avenida Padre Raimundo José Vieira, Avenida Francisco
Borges dos Santos, Avenida Leonardo de Carvalho Castelo Branco.
 XIII – Bairro Chafariz
o Ponto Inicial e Final: Estrada de chão que liga o bairro Chafariz
(coordenadas UTM: 24M 195126.80mE 9679823.79mS).
o Descrição dos limites do Bairro: Rio Igaraçu (coordenadas UTM 24M
194964.00mE 9680628.50mS) seguindo pelo rio até às coordenadas:

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24M 198281.00m E 9681466.95mS, linha reta à Rua Nelson Pires


Alves até às coordenadas UTM: 24M 198466.64mE 9680827.32nS,
seguindo em linha reta e coincidente à cerca do fundo do aeroporto até
o ponto inicial.
 XIV – Bairro Reis Velloso
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Deputado Pinheiro
Machado com a Avenida Leonardo de Carvalho Castelo Branco.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Leonardo de Carvalho
Castelo Branco, Avenida Francisco Borges dos Santos, Avenida São
Sebastião e Avenida Deputado Pinheiro Machado.
 XV – Bairro Frei Higino
o Ponto Inicial e Final: cruzamento da Avenida Deputado Pinheiro
Machado com a Avenida São Sebastião.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida São Sebastião, Avenida 19
de outubro, Rua Itaúna e Avenida Deputado Pinheiro Machado.
 XVI – Bairro João XXIII
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Francisco Borges dos
Santos com a Avenida Leonardo de Carvalho Castelo Branco.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Leonardo de Carvalho
Castelo Branco, seguimento de reta pelas coordenadas UTM: 24M
197078.03mE 9679137.18mS; 24M 197159.91mE 9678740.21mS;
24M 197594.04mE 9678807.27mS; 24M 197617.37mE
9678714.05mS; 24M 197747.89mE 1678748.64mS; 24M
197721.70mE 9678924.90mS; 24M 198132.27mE 9678786.92mS;
24M 198240.90mE 9678341.99mS; 24M 200800.88mE
9678227.32mS; 24M 201912.39mE 9677961.98mS, Avenida Gastão
Neves Rodrigues, Avenida São Sebastião e Avenida Francisco Borges
dos Santos.
 XVII – Bairro Floriópolis
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Leonardo de
Carvalho Castelo Branco e Avenida Francisco Borges dos Santos.

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o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Leonardo de Carvalho


Castelo Branco, seguimentos de retas pelas coordenadas UTM: 24M
197078.03mE 9679137.18mS; 24M 197159.91mE 9678740.21mS;
24M 197594.04mE 9678807.27mS; 24M 197617.37mE
9678714.05mS; 24M 197747.89mE 1678748.64mS; 24M
197721.70mE 9678924.90mS; 24M 198132.27mE 9678786.92mS;
24M 198240.90mE 9678341.99mS; 24M 198820.06mE
9678321.56mS; Avenida Leonardo de Carvalho de Castelo
Branco(coordenadas 24M 198655.79 9679377,21), Rua Nelson Pires
Alves até a coordenada UTM: 24M 198599.72mE 9680125.94mS,
Estação Floriópolis e Avenida Francisco Borges dos Santos.
 XVIII – Bairro Vicente Correia
o Ponto Inicial e Final: coordenadas UTM 24M 198820.06mE
9678321.56mS.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Leonardo de Carvalho de
Castelo Branco(coordenadas 24M 198655.79 9679377,21), Rua
Nelson Pires Alves até Rio Igaraçu (Coordenadas UTM: 24M
198281.00m E 9681466.95mS, seguindo pelo rio até o ponto: 24M
203005.27mE 9681651.82mS, limite urbano, Avenida Leonardo de
Carvalho Castelo Branco, Avenida Gastão Neves Rodrigues até as
Coordenadas UTM: 24M 201912.39mE 9677961.98mS; 24M
200800.88mE 9678227.32mS; 24M 198820.06mE 9678321.56mS.
 XIX – Bairro Portinho
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Leonardo de
Carvalho Castelo Branco com a Avenida Gastão Neves Rodrigues.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Leonardo de Carvalho
Castelo Branco, Rio Portinho, limite urbano, Lagoa do Portinho,
Coordenadas UTM: 24M 200745.55mE 9672848.63mS, 24M
200253.33mE 9673974.49, Avenida Gastão Neves Rodrigues.
 XX – Bairro Pindorama
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua Benedito dos Santos
Lima com a Avenida São Sebastião.

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o Descrição dos limites do Bairro: Avenida São Sebastião, Avenida


Deputado Pinheiro Machado, Rua Guaporé e Rua Benedito dos Santos
Lima.
 XXI – Bairro Boa Esperança
o Ponto Inicial e Final: cruzamento da Rua Guaporé com a Rua
Benedito dos Santos Lima.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Guaporé, Avenida Deputado
Pinheiro Machado, Rua Osvaldo Cruz e Rua Benedito dos Santos
Lima.
 XXII – Bairro Cristo Rei
o Ponto Inicial e Final: cruzamento da Rua Osvaldo Cruz com a Rua
Benedito dos Santos Lima.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Osvaldo Cruz, Avenida
Deputado Pinheiro Machado, Rua Ceará, Rua Benedito dos Santos
Lima.
 XXIII – Bairro Ceará
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua Caramuru com a Rua
José Bonifácio.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Ceará, Avenida Pinheiro
Machado, Avenida Armando Cajubá de Brito e Rua José Bonifácio.
 XXIV – Bairro Piauí
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Deputado Pinheiro
Machado com a Rua Itaúna.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Itaúna, Avenida 19 de Outubro,
Rua Santana e Avenida Deputado Pinheiro Machado.
 XXV – Bairro Rodoviária
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua Santana com a Avenida
Pinheiro Machado.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Santana, Rua Rodrigues
Coimbra, Avenida Monsenhor Antônio Sampaio, Rua São Tomé e
Avenida Pinheiro Machado.
 XXVI – Bairro Dirceu Arcoverde

137
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o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua Santana com a Rua


Rodrigues Coimbra.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Santana, Avenida 19 de
Outubro, Avenida Monsenhor Antônio Sampaio e Rua Rodrigues
Coimbra.
 XXVII – Bairro Nossa Senhora do Montserrat
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida 19 de Outubro com a
Avenida São Sebastião.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida 19 de outubro, Avenida Dr.
João Silva Filho, Rua Domingos Dias da Silva, Avenida São
Sebastião.
 XXVIII – Bairro Raul Bacellar
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Dr. João Silva Filho
com a Rua Domingos Dias da Silva.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Domingos Dias da Silva,
Avenida São Sebastião, Avenida Gastão Neves Rodrigues e Avenida
Dr. João Silva Filho.
 XXIX – Bairro Alberto Silva
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Dr. João Silva Filho
com a Avenida 19 de Outubro.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Dr. João Silva Filho,
Coordenadas UTM: 24M 199402.27mE 9676695.35mS; seguimento
de retas pelas coordenadas: 24M 199100.77mE 9676392.85mS; 24M
199049.33mE 9676435.74mS; 24M 198686.38mE 9676084.46mS;
24M 198809.14mE 9675971.97mS; 24M 198282.96mE
9675227.22mS; 24M 197974.83mE 9675140.64mS; 24M
197974.83mE 9675140.64mS; 24M 196485.98mE 9675116.35mS,
Avenida 19 de outubro.
 XXX – Bairro Simplício Dias
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Dr. João Silva Filho
com a Avenida Gastão Neves Rodrigues.

138
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Dr. João Silva Filho,


coordenadas: 24M 199402.27mE 9676695.35mS; seguimento de retas
pelas coordenadas 24M 199100.77mE 9676392.85mS; 24M
199049.33mE 9676435.74mS; 24M 198686.38mE 9676084.46mS;
24M 198809.14mE 9675971.97mS; 24M 198372.74mE
9675354.25mS; 24M 198967.81mE 9674948.64mS; 24M
199879.45mE 9673654.66mS; 24M 200881.87mE 9674556.40mS,
Avenida Gastão Neves Rodrigues.
 XXXI – Bairro São João
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida 19 de Outubro com a
Avenida Monsenhor Antonio Sampaio.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Monsenhor Antonio
Sampaio, coordenada: 24M 196906.25mE 9673289.40, seguimentos
de retas pelas coordenadas: 198568.25mE 9674248.60mS; 24M
198890.56mE 9674187.00mS; 24M 199494.52mE 9674366.59mS;
24M 199879.45mE 9673654.66mS; Avenida Gastão Neves
Rodrigues, coordenadas: 24M 200881.87mE 9674556.40mS; 24M
199379.65mE 9675257.74mS; 24M 198967.81mE 9674948.64mS;
24M 198372.74mE 9675354.25mS 24M 198282.96mE
9675227.22mS; 24M 197974.83mE 9675140.64mS; 24M
197940.24mE 9675207.19mS; 24M 196485.98mE 9675116.35mS,
Avenida 19 de outubro.
 XXXII – Bairro Carpina
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida 19 de Outubro com a
Avenida Monsenhor Antonio Sampaio.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Monsenhor Antonio
Sampaio, coordenada: 24M 196906.25mE 9673289.40, seguimentos
de retas pelas coordenadas: 198568.25mE 9674248.60mS; 24M
198890.56mE 9674187.00mS; 24M 199494.52mE 9674366.59mS;
24M 199879.45mE 9673654.66mS; Avenida Gastão Neves
Rodrigues, coordenadas: 24M 200253.33mE 9673974.49; Rio

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Portinho, coordenadas: 24M 198193.80mE 9671522.42mS, 24M


196162.61mE 9673274.64mS, Avenida 19 de outubro.
 XXXIII – Bairro Santa Maria
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Monsenhor Antônio
Sampaio com a Rua São Tomé.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Monsenhor Antônio
Sampaio, Avenida 19 de Outubro, Linha de ferro, Avenida Deputado
Pinheiro Machado e Rua São Tomé.
 XXXIV – Bairro Sabiazal
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Deputado Pinheiro
Machado com a linha de ferro.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Pinheiro Machado, Linha de
Ferro, Avenida 19 de Outubro, Avenida Evandro de Lins e Silva e
Avenida Deputado Pinheiro Machado.
 XXXV – Bairro São Pedro
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Evandro Lins e Silva
com a Avenida 19 de outubro.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida 19 de outubro, coordenadas
UTM: 24M 196162.61mE 9673274.64mS, Rio Portinho, coordenadas:
24M 198193.80mE 9671522.42mS, Linha reta às coordenadas UTM:
24M 192946.31mE 9670418.19mS (estrada da Rancharia), Avenida
Evandro de Lins e Silva.
 XXXVI – Bairro Almira Silva
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Evandro Lins e Silva
com a Avenida 19 de Outubro.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Evandro Lins e Silva,
Estrada da Rancharia (coordenada UTM: 192946.31mE
9670418.19mS), seguindo até as coordenadas 24M 190277.06mE
9669645.00mS, contorno do terreno de fundo da ZPE, Rua D. Pedro I
(coordenadas UTM: 24M 192421.94mE 9673211.78mS), Avenida 19
de outubro.
 XXXVII – Bairro Primavera

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o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua D. Pedro I com as


coordenadas UTM: 24M 192851.40mE 9674612.03mS (muro da
DELTA).
o Descrição dos limites do Bairro: Rua D. Pedro I, Avenida 19 de
outubro, Avenida Evandro Lins e Silva (coordenadas UTM: 24M
193641.80 9674578.04 - muro da Delta) e Rua D. Pedro I.
 XXXVIII – Bairro Santa Luzia
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Prefeito Batista Silva
e a Avenida José de Moraes Correia.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida José de Moraes Correia,
Rua Delbão Rodrigues, Avenida Antônio Cajubá de Brito, Avenida
Deputado Pinheiro Machado, Avenida Evandro Lins e Silva,
(coordenadas UTM: 24M 193641.80 9674578.04 - muro da Delta),
Rua D. Pedro I (coordenadas: 24M 192851.40mE 9674612.03mS -
muro da DELTA), Lagoa do Bebedouro, Avenida Prefeito Batista
Silva e Avenida José de Moraes Correia.
 XXXIX – Bairro Santa Teresinha
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Lagoa do Bebedouro com a
Avenida Prefeito Batista Silva.
o Descrição dos limites do Bairro: Lagoa do Bebedouro, Rio Igaraçu até
as coordenadas: 24M 191611.34mE 9675965.78mS, Linha reta e
coincidente à Rua Mira Rio, Rua Santo Afonso, Rua José Mendes
Mourão, Avenida Gerardo Pontes Cavalcante, Rua D. Pedro I e Lagoa
do Bebedouro.
 XL – Bairro São Vicente de Paulo
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua Mira Rio com a Avenida
Prefeito Batista Silva.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Mira Rio, Linha reta ao Rio
Igaraçu coordenada UTM: 24M 191611.34mE 9675965.78mS, Rio
Igaraçu, Avenida Comerciante Renato de Castro Santos, Avenida
Prefeito Batista Silva, Rua Antônio Neris dos Santos, Avenida
Gerardo Pontes Cavalcante – coordenadas UTM: 24M 191699.21mE

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9674122.00mS, Rua José Mendes Mourão, Rua Santo Afonso e Rua


Mira Rio.
 XLI – Bairro Joaz Souza
o Ponto Inicial e Final: entroncamento Prefeito Batista Silva com a Rua
Antônio Neris dos Santos.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Prefeito Batista Silva,
Avenida Comerciante Renato de Castro Santos, Rio Igaraçu até as
coordenadas UTM: 24M 189809.44mE 9674329.65mS, Avenida
Gerardo Pontes Cavalcante (coordenada UTM: 24M 190411.37mE
9673803.02mS, seguindo até as coordenadas UTM: 24M
191699.21mE 9674122.00mS, Rua Antônio Neris dos Santos e
Avenida Prefeito Batista Silva.
 XLII – Bairro Dom Rufino
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Rua D. Pedro I com a
Avenida Gerardo Pontes Cavalcante.
o Descrição dos limites do Bairro: Avenida Gerardo Pontes Cavalcante
seguindo até as coordenadas UTM: 24M 190411.37mE
9673803.02mS, Rua Claro José da Silva, até as coordenadas UTM;
24M 190574.85mE 9673068.52 da Rua D. Paulo Hipólito de Sousa
Libório, Muro da ZPE e rua D. Pedro I (coordenadas UTM: 24M
192421.94mE 9673211.78mS.
 XLIII – Bairro Lagoa da Prata
o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Prefeito Batista Silva
com a Rua Pilocarpina.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Pilocarpina, Travessa Vila Nova,
Rua D. Paulo Hipólito de Sousa Libório, terreno da ZPE, Estrada que
Liga povoado Rancharia (coordenada UTM: 24M 190277.06mE
9669645.00mS), estrada rancharia, Coordenadas UTM 189685.25mE
9669675.24mS, Lagoa da Prata, Rio Parnaíba, Rio Igaraçu até as
coordenadas UTM 24M 189392.11mE 9673035.60mS e Rua
pilocarpina.
 XLIV – Bairro Igaraçu

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o Ponto Inicial e Final: entroncamento da Avenida Prefeito Batista Silva


com a Rua Pilocarpina.
o Descrição dos limites do Bairro: Rua Pilocarpina, Travessa Vila Nova,
Rua D. Paulo Hipólito de Sousa Libório até as coordenadas UTM:
24M 190411.37mE 9673803.02mS, seguindo em linha reta até as
coordenadas UTM: 24M 190411.37mE 9673803.02mS da Avenida
Gerardo Pontes Cavalcante, coordenadas UTM: 24M 189809.44mE
9674329.65mS do Rio Igaraçu, seguindo até a coordenadas UTM:
24M 189392.11mE 9673035.60mS e Rua pilocarpina.
 XLV – Bairro Tabuleiro
o Ponto Inicial e Final: entroncamento do Rio Parnaíba com o Rio
Igaraçu.
o Descrição dos limites do Bairro: Rio Parnaíba, Canal de São José, Rio
Igaraçu, Rio Parnaíba.
 XLVI – Bairro Santa Isabel
o Ponto Inicial e Final: entroncamento do Rio Igaraçu com Igarapé
Vazantinha.
o Descrição dos limites do Bairro: Igarapé da Vazantinha, Rio Santa
Isabel seguindo até as coordenadas UTM: 24M 189319.35mE
9680205.20mS, em linha reta até a coordenadas UTM: 24M
188825.46mE 9679450.31mS do igarapé do Alto do Batista, Rio
Igaraçu.

Para divisão da zona urbana da cidade em quadrantes Norte, Sul, Leste e


Oeste ficará estabelecido o cruzamento da Avenida Pinheiro Machado com a Rua
Caramuru e Avenida Dr. João Silva Filho o Ponto de Referência que orientará as Zonas
Norte, Sul, Leste e Oeste do Município.

 A Zona Norte será constituída pelos bairros: Canta Galo, Chafariz, São
Judas Tadeu, São Benedito, Pindorama e Reis Veloso;

143
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 A Zona Sul será constituída pelos bairros: Cristo Rei, Rodoviária, Santa
Maria, Sabiazal, São Pedro, Primavera, Almira Silva, Dom Rufino, Lagoa
da Prata, Ceará, Santa Teresinha e Santa Luzia;
 A Zona Leste será constituída pelos bairros: Piauí, Frei Higino, Dirceu
Arcoverde, Floriópolis, Vicente Correia, João XXIII, Nossa Senhora do
Montserrat, Raul Bacellar, Portinho, Alberto Silva, Simplício Dias, São
João e Carpina;
 A Zona Oeste será constituída dos seguintes bairros: Boa Esperança, São
Francisco, Bebedouro, Nova Parnaíba, Centro, São José, Mendonça Clark,
Santa Isabel, Nossa Senhora do Carmo, Tabuleiro, Nossa Senhora de
Fátima, Campos, São Vicente de Paulo, Joaz Souza e Igaraçu.

144
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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

5 BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, J. A. M. – Demografia Econômica. Fortaleza. Ceará, 1980;

FURTADO, Celso - Formação Econômica do Brasil. Companhia Editora Nacional. São


Paulo. 1999;

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Parnaíba.Teresina. 1996;

IBAMA, Plano de Gestão e Diagnóstico Geoambiental e Sócio-econômico da Apa Delta


do Parnaíba. Fortaleza: IEPS/UECE. 1998;

IBGE. Censo Demográfico de 1991. Rio de Janeiro: IBGE. 1996;

____. Censo Agropecuário de 1995-1996. Rio de Janeiro: IBGE. 1996;

____. Contagem Populacional de 1996. Rio de Janeiro: IBGE. 1996;

____. Cidades, o Brasil Município por Município. Rio de Janeiro: IBGE. 1996;

____. Censo Demográfico de 2000. Rio de Janeiro: IBGE. 2000;

INCRA, Novo Retrato da Agricultura Familiar – O Brasil Redescoberto. 1995/1996;

FURTADO, Milton Braga. Síntese da Economia Brasileira. 5ª edição. Livros Técnicos e


Científicos. Rio de Janeiro. 1988;

SIAFI – Secretaria de Administração Financeira do Governo Federal, Brasília, Brasil;

ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL. IBGE/Perfil dos


Municípios;

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

FNDE e Estatístico da SEDUC – Secretaria de Educação de Parnaíba – 1994;

INEP – www.inep.gov.br ;

Prefeitura Municipal de Parnaíba: Lei Orgânica do Município de Parnaíba e Regimento


Interno da Câmara Municipal, mimeo, Parnaíba, junho de 1992;

Código de Postura, mimeo, Parnaíba, dezembro de 1997;

Código de Obras e Edificações, mimeo, Parnaíba, dezembro de 1997;

Código Municipal de Meio Ambiente, mimeo, Parnaíba, 2004;

Lei no 1.650, que delimita o perímetro dos bairros da Cidade de Parnaíba, mimeo,
Parnaíba, novembro de 1998;

Código Tributário, mimeo, Parnaíba, s/d;

Ministério do Meio Ambiente / Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável


/ Consórcio ZEE Brasil: Zoneamento Ecológico-Econômico do Baixo Rio Parnaíba /
Relatório Preliminar / Fase do Diagnóstico, mimeo, Brasília, 2001;

Estado do Piauí / Prefeitura Municipal de Parnaíba / Secretaria de Administração e


Planejamento: Diagnóstico Sócio-Econômico do Município de Parnaíba, mimeo, Parnaíba,
s/d;

UFPI / Instituto Euvaldo Lodi / FIEP: Anuário Parnaibano, mimeo, Parnaíba, 1995;

Prefeitura Municipal de Parnaíba / SEMPLAN: Estudo Geral do Município de Parnaíba,


mimeo, Parnaíba, 1996;

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Governo do Estado do Piauí / CEPRO / SEPLAN: Piauí / Informações Municipais, mimeo,


Teresina, 2000;

Hamam de Figueiredo, A.: Dimensão Urbano-Regional, mimeo, Parnaíba, s/d;

FISHTEC Consultores Associados: Estudo para o Diagnóstico do Potencial Piauiense para


a Implantação de Empreendimentos Integrados de Aqüicultura, mimeo, Brasília, s/d;

GOMES, F.L. & NASCIMENTO, U.G.: Diagnóstico sobre os Resíduos Sólidos gerados
nos Municípios da APA do Delta do Parnaíba, mimeo, Parnaíba, s/d;

WWF: Manual de Ecoturismo de Base Comunitária, Editora WWF, Brasília, novembro de


2003;

Ministério do Meio Ambiente: Plano de Marketing, mimeo, Brasília, 2002;

GOMES, F.L.: Uma Proposta de Educação Ambiental para a APA do Delta do Parnaíba,
Ed. IBAMA / Estado do Piauí, Teresina, 2001;

IBAMA / Estado do Piauí: Proposta para Elaboração de Diagnóstico sobre os Resíduos


Sólidos gerados nos Municípios da APA do Delta do Parnaíba, mimeo, Teresina, 2002;

MOURA NETO, D. & ARRIBAMAR de CARVALHO, J.: Gestão Participativa de


Conservação dos Recursos Naturais do Delta do Parnaíba / Manguezal, mimeo, Ed.
IBAMA / Estado do Piauí, Teresina, s/d;

Ministério do Meio Ambiente / IBAMA / Estado do Piauí: Gestão Racional e Uso


Sustentável do rio Parnaíba / Igaraçú, mimeo, Parnaíba, 2004;
Ministério do Meio Ambiente: Programa Zoneamento Ecológico-Econômico / Diretrizes
Metodológicas para o Zoneamento Ecológico – Econômico do Brasil, Editora MMA,
Brasília, 2001;

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Ministério do Meio Ambiente: Projeto de Gestão Bioregional / Lençóis Maranheses / Delta


do Parnaíba, mimeo, Brasília, 2001;

PAULA BRITO CAVALCANTI, A.: Delta do Parnaíba / Uma Caracterização


Geoambiental, mimeo, Teresina, 2000;

FURPA & Ministério do Meio Ambiente: Diagnóstico Geoambiental do Litoral Piauiense,


mimeo, GERCO-PI, 1997.

148
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