Notas de aula de Álgebra Linear Aplicada

Aula 4

Vanessa Botta1
1 Departamento de Matemática e Computação

Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP

Campus de Presidente Prudente

Programa de Pós-Graduação em Matemática Aplicada e

Computacional

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Funcionais Lineares

Definição
V : espaço vetorial sobre F . Chamamos o espaço vetorial L(V , F )
e denotamos por V ∗ o espaço dual de V . Chamamos cada
elemento de V ∗ de funcional linear sobre V .

T : V → F ; V ∗ = L(V , F ).

Observação
Como dimF F = 1 e dimL(U, V ) = m × n (considerando
dimF U = m e dimF V = n), então

dimV ∗ = dimV .

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Funcionais Lineares

Observação
Seja f ∈ L(V , F ) não nula. f é sempre sobrejetora, pois f é linear e
f (αv ) = αf (v ), ∀v ∈ V e α ∈ F (Imf=F).
f é injetora ⇔ kerf = {0}.

dimV = dimkerf + dimImf .

Logo, f será injetora se, e somente se, dimV = 1.

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Exemplos

Exemplo
F corpo; T : F n → F tal que T (x1 , x2 , . . . , xn ) = xj (j fixo)
T ∈ V ∗ , com V = F n .

Exemplo
F corpo; V = Mn (F )
tr : V → F (função
P traço)
X = (xij ), trX = ni=1 xii
tr ∈ V ∗.

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Base Dual

Objetivo: construir uma base B ∗ de V ∗ relacionada à base B de

V . V : espaço vetorial sobre F de dimensão finita,
B = {v1 , v2 , ..., vn } base de V .
Seja fi : V → F , i = 1, ..., n, um funcional linear. Para cada
i = 1, ..., n, definamos

fi : V →F

1, i = j
vj 7→ fi (vj ) = δij = .
6 j
0, i =

Observe que é suficiente definir fi nos elementos da base B (ver

Teorema 3.1.5 pg. 82 do livro do Coelho).
Assim teremos n funcionais lineares f1 , . . . , fn em V ∗ .

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Base Dual

Observação
Xn
Seja v = αj vj ∈ V . Para i = 1, . . . , n:
j=1
 
Xn
fi (v ) = fi  αj vj  = α1 fi (v1 ) + . . . + αi fi (vi ) + . . . + αn fi (vn ) = αi .
j=1

Portanto,
n
X
v= fj (v )vj ou [v ]B = (α1 , . . . , αn )B ,
j=1

com αi = fi (v ) = fi (α1 , . . . , αi , . . . , αn ).

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Base Dual

B ∗ = {f1 , f2 , ..., fn } é base de V ∗ = L(V , F ).

De fato, como dimV ∗ = dimV , basta mostrar que B ∗ é l.i.. Sejam
λ1 , . . . , λn ∈ F tal que
n
X
λi fi = 0
i=1
Xn
( λi fi )(vj ) = 0(vj )
i=1
λ1 f1 (vj ) + . . . + λj fj (vj ) + . . . + λn fn (vj ) = 0(vj )
λj = 0, j = 1, . . . , n.

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Base Dual
Teorema
V : espaço vetorial sobre F de dimensão finita, B = {v1 , v2 , ..., vn }
base de V . Então existe uma única base B ∗ = {f1 , f2 , ..., fn } de V ∗
tal que fi (vj ) = δij , i, j = 1, ..., n. Além disso, ∀v ∈ V ,
Xn Xn
v= fi (v )vi , e para cada f ∈ V ∗ , temos que f = f (vi )fi .
i=1 i=1

Esboço da demonstração:
n
X
Falta mostrar que f = f (vi )fi .
i=1
Seja f ∈ V ∗ . Existem escalares β1 , . . . , βn ∈ F tal que
n
X
f = βi fi .
i=1
Observe que, para j = 1, . . . , n,
Xn n
X n
X
f (vj ) = ( βi fi )(vj ) = βi fi (vj ) = βi δij = βj .
i=1 i=1 i=1 8 / 31
Base Dual

B ∗ é chamada de base dual a B. Relação entre as bases B e B ∗ :

   
f1 (v ) f (v1 )
 f2 (v )   f (v2 ) 
[v ]B =  .  e [f ]B ∗ =  .  .
   
 ..   .. 
fn (v ) f (vn )

Dizemos que existe uma dualidade entre estas bases.

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Exemplo
Exemplo
Sejam v1 = (1, 1, 1), v2 = (1, 1, −1) e v3 = (0, 1, 1) vetores do R3 .
B = {v1 , v2 , v3 } é base do R3 (F = R).
Objetivo: determinar B ∗ = {f1 , f2 , f3 } base de (R3 )∗ .

fi (vj ) = δij , i, j = 1, 2, 3.
(x, y , z) ∈ R3
(x, y , z) = α1 (1, 1, 1) + α2 (1, 1, −1) + α3 (0, 1, 1)


 α1 + α2 = x
α1 + α2 + α3 = y
α1 − α2 + α3 = z


Resolvendo o sistema acima encontramos

2x − y + z y −z
α1 = , α2 = , α3 = −x + y .
2 2
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Exemplo

Como αi = fi (v ) = fi (x, y , z):

α1 = f1 (v ) = 2x−y2
+z

α2 = f2 (v ) = y −z
2
α3 = f3 (v ) =−x + y 
∗ 2x − y + z y − z
Logo, B = , , −x + y .
2 2
Observe que f1 (v1 ) = 1, f1 (v2 ) = 0, f1 (v3 ) = 0, . . .

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Exemplo

Observação
Em um espaço de dimensão infinita, o dual de uma base nem
sempre é uma base.

Por exemplo, seja V = P(R).

B = {1, x, x 2 , . . .} é uma base de V .
Seja B ∗ = {f0 , f1 , f2 , . . .} o seu dual. Então,

fi (a0 + a1 x + . . . + ai x i + . . . + an x n ) = ai .

Mostremos que B ∗ não gera o V ∗ .

Considere o funcional linear f (p) = p(1).
Suponha que f = c0 f0 + c1 f1 + . . . + cn fn . Então,
f (x n+1 ) = c0 f0 (x n+1 ) + . . . + cn fn (x n+1 ) = 0, o que e um absurdo,
pois f (x n+1 ) = 1n+1 = 1.
Portanto, f não é gerado pelo B ∗ .
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O Espaço Bidual

Problema: V e. v. de dim. finita.

C = {f1 , f2 , . . . , fn } base de V ∗ .
Será que exite uma base de V , B = {v1 , v2 , . . . , vn } tal que
fi (vj ) = δij ?
Se existir, como podemos construı́-la?
Definição
V : espaço vetorial sobre F . Chamamos o espaço (V ∗ )∗ de espaço
bidual a V . Notação: V ∗∗ .

T : V → F ; V ∗ = L(V , F ); (V ∗ )∗ = L(V ∗ , F ).

Observação
Um elemento de V ∗∗ é um funcional linear φ : V ∗ → F .

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O Espaço Bidual

A cada v ∈ V podemos associar um elemento φv ∈ V ∗∗ da

seguinte forma:

φv : V∗ → F
f : φv (f ) = f (v ).

φv é linear, pois:

φv (λf1 + f2 ) = (λf1 + f2 )(v ) = λf1 (v ) + f2 (v ) = λφv (f1 ) + φv (f2 )

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O Espaço Bidual

Observação
ϕ : V → V ∗∗ , dada por ϕ(v ) = φv , é linear e injetora.

Mostre que ϕ é linear.

ϕ é injetora: seja v ∈ V tal que ϕ(v ) = 0.

0 = ϕ(v ) = φv
φv (f ) = 0(f ) = 0
f (v ) = 0, ∀f ∈ V ∗
∴ v = 0.

Observação
Nem sempre ϕ é sobrejetora (no caso de dimensão infinita).
Quando V tem dimensão finita, então ϕ é sobrejetora.

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O Espaço Bidual

Teorema
V : espaço vetorial sobre F de dimensão finita. Então

ϕv : V → V ∗∗
v 7→ φv

é um isomorfismo.
Esboço da demonstração:
ϕ(v ) = φv é linear e injetora.
Como V tem dimensão finita, o resultado segue da
Proposição 3.3.3 (pg. 91 - livro Coelho).

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O Espaço Bidual

Observação
V é reflexivo se ϕ for um isomorfismo, isto é, V ∼
= V ∗∗ . Logo,
todo espaço vetorial de dim. finita é reflexivo.

Teorema
V : espaço vetorial sobre F de dimensão finita. Então, toda base
B ∗ de V ∗ é dual de alguma base B de V .

Demonstração: tarefa.

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Hiperplanos

Definição
V : espaço vetorial não-nulo.
Um hiperplano de V é um subespaço próprio W tal que se W 0 for
um subespaço de V satisfazendo W ⊆ W 0 ⊆ V então W = W 0 ou
W0 = V.

Proposição
V : espaço vetorial de dimensão n ≥ 1; W subespaço próprio de V .
W é um hiperplano de V se, e somente se, dimW = n − 1.

Teorema
V : espaço vetorial não-nulo.
Se f ∈ V ∗ é um funcional linear não-nulo, então kerf é um
hiperplano de V . Inversamente, se H é um hiperplano de V , então
existe um funcional linear não-nulo f ∈ V ∗ tal que kerf = H.

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Hiperplanos

Exemplo
Mostre que o conjunto H = {(z1 , z2 , z3 )|z1 + z2 − z3 = 0} é um
hiperplano do R3 .

Primeiramente observe que um elemento de H podemos escrever

da seguinte forma:

(z1 , z2 , z3 ) = (z1 , z2 , z1 + z2 ) = z1 (1, 0, 1) + z2 (0, 1, 1).

Logo, H = [(1, 0, 1), (0, 1, 1)].

É óbvio que H ⊂ R3 e H 6= R3 .
Como dimH = 2, do resultado anterior segue que H é um
hiperplano do R3 .

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Anuladores

Definição
V : espaço vetorial sobre F , S ⊂ V . Chamamos de anulador de S
ao subconjunto S o dos funcionais lineares de V ∗ que se anulam
nos vetores de S, isto é, S o = {f ∈ V ∗ |f (u) = 0, ∀u ∈ S}.

Observação
1 V : espaço vetorial sobre F e S ⊂ V . S o ≤ V ∗ .

2 Se S = {0} então S o = {f ∈ V ∗ |f (u) = 0, ∀u ∈ S} = V ∗ .

3 Se S = V então S o = {0}: S o = {f ∈ V ∗ |f (u) = 0, ∀u ∈ V }.

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Anuladores

Teorema
V : espaço vetorial sobre F de dimensão finita; W ⊂ V , W ≤ V .
Então, dimV = dimW + dimW o .

Esboço da demonstração:
dimV = n;
dimW = m(m ≤ n). Seja B 0 = {v1 , v2 , . . . , vm } base de W .
Completando a base B 0 , chegamos numa base B de V :

B = {v1 , v2 , . . . , vm , vm+1 , . . . , vn }.

Seja B ∗ = {f1 , . . . , fn } a base dual a B, ou seja, a base de V ∗

tal que fi (vj ) = δij , i, j = 1, . . . , n.
Objetivo: mostrar que C = {fm+1 , . . . , fn } forma uma base de
W o.

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Anuladores

C ⊂ W o : W o = {f : V → F |f (w ) = 0, ∀w ∈ W }.
(fm+1 (w ) = . . . = fn (w ) = 0, pois W é formado por todas as
c. l. de v1 , . . . , vm .)
C é l.i.:

αm+1 fm+1 +. . .+αn fn = 0 ⇒ (αm+1 fm+1 +. . .+αn fn )(v ) = 0.

Em particular, para vi ∈ V , αm+1 = . . . = αn = 0.

n
X
C é um gerador para W o: como f ∈ V∗ então f = f (vi )fi .
i=1
Se f ∈ W o , segue que f (vi ) = 0, i = 1, . . . , m. Assim,
n
X
f = f (vi )fi .
i=m+1

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Exemplo

V = R4 , W ≤ V , W = [v1 , v2 ], onde v1 = (1, 0, −1, 3) e

v2 = (−2, 0, 1, −3).
B 0 = {v1 , v2 } é uma base de W .
Completar B 0 a uma base do R4 :
B = {v1 , v2 , v3 , v4 }, onde v3 = (0, 1, 0, 0) e v4 = (0, 0, 0, 1).
Determinar B ∗ = {f1 , f2 , f3 , f4 } dual à base B:
(x, y , z, t) =
α1 (1, 0, −1, 3)+α2 (−2, 0, 1, −3)+α3 (0, 1, 0, 0)+α4 (0, 0, 0, 1).
Resolvendo esse sistema encontramos
α1 = −x − 2z, α2 = −x − z, α3 = y e α4 = 3z + t.
Portanto, (x, y , z, t) = (−x − 2z, −x − z, y , 3z + t)B .
Logo, C = {f3 , f4 } é uma base de W o :
f3 : R4 → R, f3 (x, y , z, t) = y
f4 : R4 → R, f4 (x, y , z, t) = 3z + t.
Portanto, W o = [f3 , f4 ].

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Transpostas de transformações lineares

U, V : espaços vetoriais sobre F ; T ∈ L(U, V ). Se f ∈ V ∗ então a

composta f ◦ T : U → F é um elemento de U ∗ . Portanto,
podemos definir a seguinte transformação linear:

T t : V ∗ → U∗
f 7→ T t (f ) : U → F
u 7→ T t (f )(u) = (f ◦ T )(u)

Verifique que T t é linear.

Definição
T t é chamada de transposta de T .

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Exemplo

Exemplo
T : R2 → R3 , T (x, y ) = (2x − y , x − y , 3y ).
T t : (R3 )∗ → (R2 )∗
T t (f )(x, y ) = (f ◦ T )(x, y ) = f (T (x, y )) = f (2x − y , x − y , 3y ).
Por exemplo se considerarmos o funcional f1 : R3 → R dado por
f1 (z1 , z2 , z3 ) = z1 + 2z2 − 3z3 , temos

T t (f1 )(x, y ) = f1 (2x − y , x − y , 3y ) = 4x − 12y .

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Transpostas de transformações lineares

Teorema
U, V : espaços vetoriais sobre F ; T ∈ L(U, V ). Então
1 kerT t = (ImT )o ;
Considerando U e V de dimensões finitas, então
2 posto (T t ) = posto T ;
3 ImT t = (kerT )o .

Esboço da demonstração:
1 kerT t = {f ∈ V ∗ |T t (f ) = 0} = {f ∈ V ∗ |T t (f )(u) = 0, ∀u ∈
U} = {f ∈ V ∗ |f (T (u)) = 0, ∀u ∈ U};
(ImT )o = {f ∈ V ∗ |f (v ) = 0, ∀v ∈ ImT }.

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Transpostas de transformações lineares

ρ(T t ) = ρ(T ): suponha dimU = n e dimV = m. Sabemos

que

dimV ∗ = dimV
dimV ∗ = dimkerT t + dimImT t
dimV = dimImT + dim(ImT )o .

Logo,

ρ(T t ) = dimV ∗ − dimkerT t = dimV − dim(ImT )o

= dimImT + dim(ImT )o − dim(ImT o ) = ρ(T ).

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Transpostas de transformações lineares

Teorema
V , W : espaços vetoriais sobre F de dimensões finitas.
B : base de V , B ∗ : base dual a V ; C : base de W ; C ∗ : base dual
a W.
Seja T : V → W . Então [T ]tB,C = [T t ]C ∗ ,B ∗ .

Demonstração: tarefa.

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Exemplo

Seja T : C2 → C3 dada por T (x, y ) = (2x + y , y − x, iy ).

Base de C2 : B = {(1, i), (0, 1)}
Base de C3 : C = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}
T (1, i) = (2 + i, i − 1, −1) =
(2 + i)(1, 0, 0) + (i − 1)(0, 1, 0) + (−1)(0, 0, 1)
T (0, 1) = (1, 1, i) = 1(1, 0, 0) + 1(0, 1, 0) + i(0, 0, 1)
 
2+i 1
[T ]B,C =  i − 1 1 
−1 i
 
t 2 + i i − 1 −1
[T ]C ,B =
∗ ∗ .
1 1 i

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Exemplo
De fato:
T t : (C3 )∗ → (C2 )∗ , T t f (x, y ) = (f ◦ T )(x, y ) = f (2x + y , y − x, iy ).
Vamos determinar a base dual C ∗ do (C3 )∗ , C ∗ = {f1 , f2 , f3 }:
(x, y , z) = α1 (1, 0, 0) + α2 (0, 1, 0) + α3 (0, 0, 1)
C ∗ = {x, y , z}
Vamos determinar a base dual B ∗ do (C2 )∗ , B ∗ = {g1 , g2 }:
(x, y ) = β1 (1, i) + β2 (0, 1)
B ∗ = {x, y − ix}
Observe que

t
T (f1 )(x, y ) = f1 (2x + y , y − x, iy ) = 2x + y
t
T (f2 )(x, y ) = f2 (2x + y , y − x, iy ) = y − x
t
T (f3 )(x, y ) = f3 (2x + y , y − x, iy ) = iy

Escrever os elementos acima como c.l. dos elementos de B ∗ :

2x + y = γ1 x + γ2 (y − ix)
y −x = δ1 x + δ2 (y − ix)
iy = 1 x + 2 (y − ix)

Assim, γ1 = 2 + i, γ2 = 1, δ1 = i − 1, δ2 = 1, 1 = −1 e 2 = i e então

 
t 2+i i −1 −1
[T ]C ∗ ,B ∗ = .
1 1 i

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Agradecimento

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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