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1) Regressivo
Na maioria dos casos, em São Paulo, o ICMS embutido no preço dos produtos
corresponde ao percentual de 18%. Para certos alimentos básicos, incluídos na
cesta básica, como arroz, feijão, carnes e leites, o ICMS cobrado é de 7%. Em se
tratando de produtos supérfluos como cigarros, cosméticos e perfumes, cobra-se o
percentual de 25%.
No tocante à tributação dos produtos da cesta básica, salientamos, mais uma vez,
o maior comprometimento da renda dos mais pobres com os gastos de
alimentação. Conforme estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
(IBPT), em 2004, o percentual de tributos incidentes sobre o preço final de
produtos agropecuários selecionados atingiu, na maioria das análises, valores
superiores a 18%. No caso do açúcar e do café, observou-se valores extremos,
atingindo 40,50% e 36,25%, respectivamente.
E quem acaba por sentir mais intensamente o impacto desse custo sobre sua
renda são as famílias de baixa renda. Considerando o trabalho do IBGE sobre a
distribuição das classes de rendimento mensal das famílias brasileiras (PNAD),
conclui-se que 86,3% das pessoas têm renda de até 3 salários mínimos. Fazendo
uma ponderação em relação aos gastos com alimentos, pode-se afirmar que, em
média, a população brasileira gasta 38,3% dos seus rendimentos com o grupo
alimentação.