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ENTRADAS SAIDA
Podemos sintetizar o comportamento da função “E” pelo
seguinte corolário:
A B S
A saída é verdadeira se, e somente se, ambas as
0 0 0 entradas forem verdadeiras.
0 1 0
Esse comportamento pode ser verificado observando-se
1 0 0
que somente na quarta linha da tabela verdade a saída é igual a
1 1 1 “1”, ou seja, é verdadeira, e que nesta linha a condição das
entradas são ambas iguais a “1”.
A função lógica “OU” também é conhecida por operação de soma lógica. A função
lógica “OU” tem o comportamento que é expresso na tabela verdade a seguir:
ENTRADAS SAIDA
Podemos sintetizar o comportamento da função “OU”
pelo seguinte corolário:
A B S A saída é falsa se, e somente se, ambas as
0 0 0 entradas forem falsas.
ENTRADAS SAIDA
Podemos sintetizar o comportamento da função “E-
COINCIDÊNCIA” pelo seguinte corolário:
A B S
A saída é verdadeira se, e somente se, as entradas
0 0 1 forem iguais entre si.
0 1 0
Esse comportamento pode ser verificado observando-se
1 0 0
que somente na primeira e na quarta linha da tabela verdade a
1 1 1 saída é igual a “1”, ou seja, é verdadeira, e que a condição das
entradas é que elas são iguais entre si.
Um circuito eletrônico que e capaz de realizar uma função lógica simples pode ser
representado graficamente, na forma de um bloco denominado porta lógica. As portas
lógicas constituem os dispositivos básicos dos circuitos digitais e têm como objetivo a
implementação de funções lógicas. Portas lógicas são circuitos lógicos, mas não
necessariamente eletrônicos, elas podem ser constituídas de mecanismos, por exemplo,
portas lógicas pneumáticas usadas em lógica de comando pneumático. Elas operam um ou
mais sinais lógicos de entrada para produzir uma e somente uma saída, a qual é dependente
da função implementada no circuito.
No caso de portas lógicas eletrônicas, os dois níveis lógicos necessários para operar
as funções da álgebra booleana são representados por dois diferentes níveis de tensão
elétrica, por exemplo, com nível alto (ou nível lógico 1) correspondendo a 5 V (cinco
volts) e nível baixo (ou nível lógico 0) correspondendo a 0 V (zero volt ou GND). Outro
fato é que nas portas lógicas eletrônicas um transistor pode operar como uma chave
binária, comutando entre corte e saturação, com tempo de comutação muito pequeno.
1 0 0 1 0 1
1 1 1 1 1 0
OU A B S NÃO-OU A B S
0 0 0
S=A+B 0 0 1
S= A+B
0 1 1 0 1 0
1 0 1 1 0 0
1 1 1 1 1 0
NÃO A S OU- A B S
S=A
EXCLUSIVO S= A⊕B
0 1 0 0 0
1 0 0 1 1
1 0 1
1 1 0
E- A B S
As simbologias estão apresentadas em duas COINCIDÊNCIA
diferentes normas, relativas as principais
formas encontradas nas documentações 0 0 1 S= A⊗B
técnicas no Brasil: ASA (ANSI) e ABNT 0 1 0 =A⊕B
(DIN).
ANSI - American National Standards Institute 1 0 0
ASA - American Standards Association
DIN - Deutsche Institut fuer Normung
1 1 1
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
Como você pode observar, na tabela acima está representada além da simbologia e
das tabela verdade, também a expressão de saída (Expressão Canônicas) relativa a cada
uma das portas lógicas. Como tais expressões podem ser obtidas é o que veremos a seguir.
São, portanto, duas as formas canônicas. Essas formas são alternativas, isto é, a
expressão poderá ser encontrada aplicando-se alternativamente uma ou outra das formas.
De fato essas duas formas levam ao mesmo resultado, pois mesmo que as
expressões obtidas se a primeira vista pareçam diferentes, através de tabela verdade pode-
se facilmente comprovar a identidade (ou equivalência) entre elas.
S = A⋅B+ A⋅ B+ A⋅ B
Esta é sem dúvida a expressão de saída da função lógica OU, mas vejamos agora
como fica se obtermos a expressão para a mesma função, só que por termos máximos.
Ora temos então duas diferentes expressões para a mesma função lógica (função
“OU”). Isso nos leva a acreditar que deve haver uma identidade entre elas.
A B A B A⋅B A⋅B A ⋅ B A ⋅B + A⋅ B + A ⋅B A + B
0 0 1 1 0 0 0 0 0
0 1 1 0 1 0 0 1 1
1 0 0 1 0 1 0 1 1
1 1 0 0 0 0 1 1 1
Um bom critério para se optar entre uma ou outra forma é avaliar qual estado de
saída ocorre em menor número de vezes na coluna de saída da tabela verdade e ai optar por
mintermos se a saída em 1 ocorrer um menor número de vezes, caso contrário, optar por
maxtermos. Agindo assim, a expressão é obtida com um menor número de termos e,
portanto, numa forma mais simplificada.
Isso justifica o interesse que se tem aqui em se estabelecer uma relação entre as
funções lógicas e seus respectivos circuitos elétricos equivalentes baseados em contatos de
relés, bem como a forma de expressar isso na linguagem do diagrama ladder.
Todas as funções lógicas, ou seja, tanto as funções básicas (E, OU e NÃO), quanto
as funções derivadas (NÃO-E, NÃO-OU, OU-EXCLUSIVO e E-COINCIDÊNCIA),
podem ser representadas por um circuito elétrico baseados em contatos de relés que a
equivalha e, por conseguinte, podem também ser implementadas em diagrama ladder. Os
contatos e as bobinas correspondem a variáveis booleanas armazenadas na memória
intermediária do CLP.
Tomemos como exemplo a função “E”, relembrando o corolário que sintetiza o seu
comportamento:
A saída é verdadeira se, e somente se, ambas as
entradas forem verdadeiras.
‘Vamos agora adequar este corolário, reescrevendo-o para atender o nosso objetivo,
substituindo a palavra SAÍDA por LÂMPADA e a palavra ENTRADA por CONTATO.
Tomando-se dois contatos (pois no caso a nossa porta “E” tem duas entradas) e uma
lâmpada (uma saída), que tipo de ligação de circuito devemos fazer para que o mesmo se
comporte de acordo essa idéia? A resposta é: a associação em série de dois contatos N.A.
com a lâmpada. Obviamente devemos ter também uma fonte de energia. Vejamos:
Equivale a:
A
S
B
Vamos agora adequar este corolário, reescrevendo-o para atender o nosso objetivo,
substituindo a palavra SAÍDA por LÂMPADA e a palavra ENTRADA por CONTATO.
Tomando-se dois contatos (pois no caso a nossa porta “E” tem duas entradas) e uma
lâmpada (uma saída), que tipo de ligação de circuito devemos fazer para que o mesmo se
comporte de acordo essa idéia? A resposta é: a associação em paralelo de dois contatos
N.F. com a lâmpada. Vejamos:
A Equivale a:
S
B
Os contatos são usados como acesso ao estado de uma variável interna no cálculo
de expressões booleanas. Tipicamente encontram-se os contatos como os exemplificados
na tabela a seguir:
Por sua vez uma bobina é representada como na figura abaixo, onde identifica-se
uma bobina, associada a uma variável booleana Q do controlador, e duas ligações: uma à
direita e uma à esquerda.
A tabela baixo ilustra alguns tipos de bobina que ocorrem nos diagramas Ladder.
0 1
S=A
1 0
0 1 1
S= A⊕B
1 0 1
1 1 0
0 1 0 S = A ⊕B
1 0 0
1 1 1
O circuito acima tem a função equivalente de um comando liga / desliga com dois botões.
No próximo capítulo estaremos estudando como implementar circuitos lógicos mais complexos usando as portas lógicas.