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Jurisprudência
Por exemplo, o caso tratava de uma viúva que impetrou Habeas data para obter dados
sobre o vida funcional do seu marido falecido, que era militar da Aeronáutica.
Mas é preciso ter muita atenção onde estão essas informações: registros e bancos de
dados governamentais ou de caráter publico. Mas, aqui não importa se a entidade é
pública ou privada. O que é importante é o caráter publico do banco de dados ou do
registro.
Se os dados não são de uso privativo da entidade e puderem ser transmitido a terceiros, é
possível a utilização da Habeas data. Um exemplo se mostra no registro dos serviços de
proteção ao crédito, cuja natureza é privada.
O artigo 7° da Lei habeas data criou uma hipótese adicional para o seu uso, que não esta
prevista constitucionalmente.
Além da retificação de dados, essa norma prevê a utilização do Habeas data para
inclusão de uma contestação ou explicação sobre um dado verdadeiro, de uma ação
judicial ou extrajudicial. Nesses dois casos não busca mais o acesso à informação.
O impetrante jã tem a informação, mas julga que ela precisa de reparos, atualizações ou
modificações.
Não há inconstitucionalidade na criação de uma terceira hipótese para o uso do habeas
data.
Há uma ampliação da garantia constitucional. Isso Porque a norma faz é ampliar uma
garantia fundamental.
A lei não estabelece nenhum prazo para impetração da habeas data. Assim, não
caduca pelo decurso do tempo. Mas, é importante destacar que o direito de usar o habeas
data nasce com o recurso da prestação ou retificação da informação pela autoridade
administrativa.
Nesse sentido a súmula n° do STJ deixa claro que não cabe Habeas data se não houver
recusa da autoridade administrativa.
Não é necessário esgotar todas as possibilidades da via administrativa, mas a simples
negativa do conhecimento, retificação ou anotação daquilo que consta no registro.