Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3. O assunto da teologia
teolog ia - a obra
ob ra e a palavra
palavr a de Deus na história
Imanuel e, portanto, também seu testemunho bíblico - possui uma estrutura
específica, uma ênfase e e uma tendência peculiares,
peculiares, uma direção irreversível. O
teólogo tem o compromisso, a liberdade e a vocação de lhe dar espaço
também em seu processo de conhecimento, no intellectus fidei. A ação e a
palavra de Deus - e, correspondentemente, os textos do Antigo e do Novo
Testamento - contêm duas realidades
realidades (que só na aparência se acham lado a
lado, colocadas no mesmo nível). Elas podem ser designadas como o “sim” e
o “não” divinos, anunciados ao ser humano com poder. Podem ser qualifica
das igualmente como o evangelho que ergue o ser humano e a lei que o julga
e corrige; ou como a graça que lhe é ofertada e o juízo que o ameaça; ou
como a vida para a qual é salvo e a morte que fez por merecer. O teólogo
deve ver, refletir, expressar ambas as realidades, tanto a luz quanto a sombra
- em fidelidade à palavra
p alavra de Deus e à palavra da Escritura
E scritura que a testem
testemun
unha
ha..
Mas é justamente nesta fidelidade que ele não poderá ignorar nem ocultar o
fato de a relação existente entre esses dois momentos não ser idêntica aos
movimentos alternantes de um pêndulo, repetidos com uniformidade, nem
aos dois pratos da balança que, carregados com pesos iguais, fiquem balan
çando indecisos; aí há, pelo contrário, um “antes” e um “depois”, um “em
cima” e um “embaixo”, um “mais” e um “menos”.
E evidente que o ser humano chega a ouvir um “não” divino, incisivo e
consumidor; mas é evidente, também, que tal “não” se acha apenas envolto
pelo “sim” de Deus dito ao ser humano, seu “sim” criador, reconciliador e
redentor. Decerto é aí erguida e proclamada a lei que compromete o ser
humano, mas é igualmente certo que esta lei só tem validade divina, só tem
poder divinamente comprometedor como lei da aliança, como forma do
evangelho. Sem dúvida que aí se proclama e se executa uma condenação,
mas é indubitável, também, que justamente nesta condenação - pensemos