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MBA
Gerenciamento de Projetos - Turma nº25
14 de Abril 2016
RESUMO
Abstract
Uma destas estratégias é a liderança no custo total, que pode levar uma empresa a liderar o
mercado em que se insere, pois, entre todos os concorrentes, esta apresentará o menor
preço para produtos similares em qualidade, o que trará à empresa um retorno acima da
média de mercado. Esta estratégia deve ser severamente analisada em todas as atividades
exercidas dentro da empresa, as quais podem contribuir individualmente com aposição dos
custos.
Este artigo tem grande importância para o gerente de projeto que visa, além de gerar o
orçamento previsto no projeto, dar uma visão viabilidade do projeto para o cliente, ao passo
que o TCO na sua formação de cálculo de custo leva em consideração o ciclo de vida do
produto. O TCO aliado ao ROI (retorno sobre investimento) e demais ferramentas de análise
de benefício, permitem ao GP gerar uma projeção confiável de custo/benefício do
produto/projeto para o cliente.
2 REVISÃO DE LITERATURA
O conceito de custo total na literatura não possui limites claros. Muitos autores têm estudado
bastante o TCO e suas aplicações em diversas áreas. “A literatura sugere a necessidade de
diferentes condutores (drivers) de custo para se estimar com exatidão o custo total de
propriedade para diferentes produtos e serviços” (Ellram e Seiferd, 1998; Degraeve e
Roodhooft, 1999).
O modelo TCO foi criado pelo Gartner Group, empresa de consultoria e pesquisa de
mercado de TI com o objetivo de proporcionar um significado quantitativo para se entender o
desempenho qualitativo da organização. “Existe um conjunto de metodologias e ferramentas
já desenvolvidas para ajudar à medição do TCO, permitindo gerenciar e reduzir os custos de
maneira a otimizar o valor total dos investimentos” (Degraeve et al., 2005).
O TCO pode ser definido como um modelo do ciclo de vida de um equipamento, produto ou
serviço, que considera os custos de aquisição, propriedade, operação e manutenção ao
longo de sua vida útil.
O trabalho utilizou-se de uma visão qualitativa e ações de pesquisa que segundo Thiollent
(1994, p.102) “constitui um modo de pesquisa, uma forma de raciocínio e um tipo de
intervenção que são adequados para produzir e difundir conhecimentos intermediários com
os problemas concretos encontrados nas várias áreas consideradas”.
A pesquisa destaca que a análise de custo no plano de aquisições com o uso detalhado do
TCO, está diretamente relacionada em um melhor desempenho na definição de linha de
base de custo para um projeto ao passo que, a análise com este nível de detalhe, está
diretamente relacionada à estimativa de custos do ciclo de vida de um produto ou processo,
ao analisar um modelo de compra para projetos, neste caso, ativos fixos ou bens de capital.
Os componentes da fórmula proposta por Riggs e Robbins estão agrupados de acordo com
o ciclo de vida de um produto.
O TCO exige uma participação ativa da alta gerência da empresa para que a equipe de
compras responsável pelo plano de aquisições tenha o respaldo ao buscar informações dos
usuários sobre as diferenças entre as decisões de compra dos itens analisados. Sem essa
participação, a empresa não conseguirá os resultados esperados e este tem sido um dos
maiores problemas.
Por exemplo, um projeto na fase de iniciação poderia ter uma estimativa grosseira na faixa
de -50 a +100%. Numa etapa posterior do projeto, conforme mais informações são
conhecidas, as estimativas poderiam se reduzir a uma faixa de -10 a +15%. Ou seja, quanto
maior for o nível de detalhamento na fase de definição de custos do projeto, menor o risco
de alterações na linha de base de custo de um projeto e maior a possibilidade de identificar
reduções de custos amentando assim o desempenho de custo deste projeto e maior retorno
financeiro tanto para a empresa dona do projeto e cliente. Apesar disso, em estudo
exploratório realizado com membros do Institute for Supply Management (ISM), Ferrin e
Plank (2002) constataram elevado número de elementos na composição do TCO, além de
uma natureza subjetiva de muitos. Os resultados foram classificados em 13 grupos:
operação, qualidade, logística, tecnologia, manutenção, estoque, ciclo de vida,
confiabilidade e capacitação do fornecedor, preço inicial, custos de transação, clientes,
custo de oportunidade e outros, conforme tabela a seguir:
Conforme pesquisa realizada, podemos verificar que, considerando o uso do TCO para
compra de ativos fixos ou bens de capital (custo de ciclo de vida) a ênfase de utilização
neste modelo é dada na determinação adicional de custos de operação, manutenção e
revenda do ativo ao longo de sua vida útil trazendo um maior nível de detalhamento frente a
uma abordagem de aquisição tradicional, que na tomada de decisão do processo de
compras, que incluiria seleção e avaliação de fornecedores, ainda seria baseada
principalmente no preço de compra e, possivelmente, em alguns aspectos qualitativos
ponderados através de pontuações dadas para os diferentes critérios de avaliação de
fornecedores. No mundo competitivo em que vivemos atualmente, quanto maior for o
entendimento dos custos envolvidos nos processos e projetos de uma empresa, maior a
capacidade de buscar alternativas de redução dos mesmos e automaticamente apresentar
melhores propostas para o cliente. E conforme constatação de Ferrin e Plank (2002), sobre
o elevado número de elementos na composição de custos do TCO, mostra que esta
ferramenta pode de fato ser um facilitar e meio de aperfeiçoar a elaboração do plano de
aquisições de um projeto.
REFERÊNCIAS
Valeriano, Dalton L. Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos. Makron
Books, 2001 – São Paulo – SP.
ELLRAM, L.M. A structured method for applying purchasing cost management tools.
Int. J. Purchas. Mater. Manage., vol. 32, no. 1, pp. 20–28, 1996.
DEGRAEVE, Z., ROODHOOFT, F. E., VAN DOVEREN, B. The use of total cost of
ownership for strategic procurement: a company-wide management information
system. Journal of the Operational Research Society. Vol 56, p.51-59, 2005.
Ferrin, B. & Plank, R., 2002. Total cost of Ownership Models: An Exploratory Study.
Journal of Supply Chain Management
2016
AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO
SEMESTRE/ANO: 1/2016
TURMA: 25
TÍTULO DO ARTIGO:
ABORDAGEM DO TCO (TOTAL COST OF OWNERSHIP) NAS DECISÕES DE
AQUISIÇÃO DE UM PROJETO