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Revista Opinio
Revista Opinio
Autores:
Fábio Ribeiro
Nestor A. Rancich Filho
LEAN MANUFACTURING
Lean manufacturing (manufatura enxuta) que teve sua origem na empresa Toyota do
Japão, é uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos de desperdícios
(super-produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário,
movimento e defeitos). Eliminando esses desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e
custo de produção diminuem. As ferramentas "lean" incluem processos contínuos de
análise (kaizen), produção "pull" (no sentido de kanban) e elementos/processos à prova
de falhas (Poka-Yoke).
A linha de montagem de tratores da empresa AGCO é dividida pela linha pesada (138 e
215cv) e linha leve (50 a 130 cv).
A linha leve é dividida em duas fases: (linha 1 montagem do monobloco que funciona
em fluxo contínuo e linha 2 montagem das cabines, soleira, toldo, etc) e contava com
uma equipe de produção com 130 pessoas diretas.
A produção dos tratores não era programada conforme os pedidos dos clientes, os
tratores eram produzidos em grandes lotes de mesmo modelo não havendo flexibilidade
para outros modelos, porque a programação da produção era determinada apenas por
uma demanda anual com ajustes mensais estimados pela área de Vendas que repassava
para os demais setores.
Para produção não existiam máquinas com múltiplas funções perdia – se muito tempo
na troca de ferramentas e ajustes para montagem de tratores de outros modelos.
O lead time da produção era de 4,5 dias, sendo que o tempo de atravessamento do item
é considerado a partir da montagem do eixo traseiro, passando pela montagem do
monobloco, montagem da máquina completa na linha, revisão final e encaminhamento
para estoque de produto acabado.
Quanto aos estoques de matéria-prima e componentes, existiam múltiplos pontos de
armazenagem para o mesmo item, sendo que grande parte do estoque alocava em
paralelo à linha de montagem dificultando a organização, a funcionalidade da linha de
montagem e identificação de problemas. O abastecimento de matéria-prima para a linha
dependia somente da percepção do operador que era o responsável pelo abastecimento
da linha de montagem, contrariando totalmente o sistema Just in time (peça certa, na
quantidade certa, no momento certo) o que faria que a montagem funcionasse de forma
contínua. Estas situações geram perdas em todo o processo.
O sistema Kanban funcionava apenas com doze fornecedores que juntos somavam em
trono de trezentos itens.
Fases:
1. PLANEJAMENTO
2. IMPLEMENTAÇÃO
Realizar as modificações necessárias iniciando com treinamentos técnicos e
comportamentais, fazendo mapeamento de processos e fluxo de valor das células
que passariam por mudanças e realização de workshops para a divulgação do
projeto LM.
3. SUSTENTAÇÃO
Foram criados procedimentos operacionais padrões (POP) e para cada novo
procedimento identificado as alterações eram registradas e um novo PO era
gerado.
Sistema Kanban
Aumento de mais 2.000 itens no sistema de abastecimentos dos estoques
trabalhados nos centros de distribuição, provocados pelo LM.
Gerenciamento visual
Implantação do sistema Andon, que possibilita acompanhar o movimento da linha de
montagem por toda a equipe.
Nivelamento da produção
O nivelamento foi dividido em duas fases:
I. Adaptar as variações da demanda mensal durante o ano;
II. Adaptar as variações diárias durante o mês do planejamento de produção
mensal.
Operadores multifuncionais
Para reagir à flutuações da demanda foi necessário ajustar as flutuações de curto
prazo com o supermercado ou estoque nivelador, realizando poucas horas extras
e alterando o número de operadores na célula. Para isso foi necessário contar
com operadores multifuncionais.
Layout
O layout sofreu algumas alterações, segue as principais:
Os estoques foram deslocados das laterais da linha, deixando o local de
trabalho livre e mais arejado.
A linha de montagem foi reduzida em 20 metros, reduzindo o desperdício
pelo deslocamento com a remoção de obstáculos.
A movimentação do material foi racionalizada.
O uso das ferramentas foi melhor racionalizado.
Processos com mão de obra intensiva foram mantidos juntos para facilitar
alocação e cooperação.
Os equipamentos de automação e de operação contínua foram segregados
Os tempos de troca de ferramentas foram reduzidos e menores do que o
tempo takt.
A ergonomia melhorou.
São eles:
I. Produtividade
II. RFT – Right First Time (fazer certo da primeira vez)
III. Shortage (peças faltantes)
IV. Delivery Performance (desempenho de entrega)
V. Scrap (sucata)
VI. Auditoria do Produto Pronto
VII. Giro de Estoque
VIII. Absenteísmo
IX. Recordable (acidentes sem afastamento)
X. Last Time (acidentes com afastamentos)
Apontar a importância das atividades de suprimentos e compras para o
desenvolvimento do sistema e qual o seu olhar para a importância desta atividade
em outros sistemas..
A implantação de um sistema