Ficha 14
Parte 2 · Módulo 8
2. Portugal, do autoritarismo à democracia
2.2. Da revolução à estabilização da democracia
Grupo I
Questão 1
A expressão “sistema político vigente” (linha 1)
refere-se ao:
• c) marcelismo.
Questão 2
O primeiro parágrafo do texto evidencia a oposição
do MFA:
• a) à Guerra Colonial.
Questão 3
A “mais importante das missões cívicas” a que se
refere a linha 11 decorreu sob a direção militar de:
• c) Otelo Saraiva de Carvalho.
Questão 4
A “fase de transição” a que alude a linha 21
terminaria:
• b) com a entrada em funcionamento de instituições
democráticas.
Grupo II
Questão 1
Identificar “os reacionários” ligados ao 11 de Março a
que se refere o Doc. 1 (linha 11).
• Refere-se ao general Spínola e aos seus apoiantes,
nomeadamente aos militares da Junta de Salvação
Nacional que apoiaram o golpe de 11 de Março.
Questão 2
Associar os órgãos que constam da coluna A aos
elementos da coluna B que lhes correspondem.
• a) 5; b) 8; c) 6; d) 3; e) 4
Questão 3
Desenvolver, a partir dos Docs. 1 a 4, o seguinte tema:
Tensões políticas e opções económicas no período
pré-constitucional (abril de 1974 – julho de 1976)
• Introdução: breve referência ao clima de agitação
popular que se seguiu ao 25 de Abril e ao progressivo
amontoar de tensões políticas entre as forças
partidárias.
Principais forças políticas em confronto
Um novo Tempo da História – 12º ano – Soluções do Caderno do Aluno
– fação mais conservadora do MFA, encabeçada pelo
general Spínola, presidente da República até setem-bro
de 1974; defende a via democrática liberal e, de início,
a manutenção das colónias no quadro de uma
federação;
– ala mais esquerdista e revolucionária do MFA que
assumiu, decididamente, a condução do país rumo ao
socialismo; tem como figuras de proa Otelo Saraiva de
Carvalho e o primeiro-ministro Vasco Gonçalves (Doc.
1), entre outros; prepondera no Conselho da
Revolução;
– linha moderada dentro do MFA e do próprio
Conselho da Revolução que, no “Verão Quente” de
1975, se pronuncia abertamente pelo regresso aos
propósitos iniciais da Revolução de abril – Documen-to
dos Nove (Doc. 2);
– diferentes partidos políticos, sendo de realçar: o
Partido Socialista e a sua oposição frontal ao Partido
Comunista; o Partido Comunista, que confronta tanto
os partidos à sua direita (PS, PSD), como os partidos de
extrema-esquerda; as forças de centro-
-direita, como o PPD (PSD) e o CDS.
Momentos de maior tensão política
– “O 28 de setembro” OU “manifestação da maioria
silenciosa” (Doc. 1): tentando conter o ímpeto revo-
lucionário das forças políticas de esquerda, o
presidente general Spínola apela a que a “maioria
silenciosa” do país se manifeste. Convocada para o dia
28 de setembro de 1974, esta manifestação de apoio a
Spínola é vista como uma contragolpe da reação e
boicotada pelas forças de esquerda. Na sequência
deste episódio, Spínola demite-se da Presidência da
República;
– o golpe militar de 11 de Março de 1975 (Doc. 1):
numa derradeira tentativa de vencer a fação
esquerdista do MFA, no poder desde o 28 de
Setembro, Spínola encabeça um golpe militar que, mal
orientado, falha rotundamente. Enquanto o general e
os seus apoiantes tomam o caminho do exílio,
institucionaliza-se um Conselho da Revolução que se
tornará o principal órgão governativo e que assume a
direção do Processo Revolucionário em Curso (PREC);
– o chamado “Verão Quente” de 1975, em que o
confronto entre as forças político-partidárias atinge o
pico, com grandes manifestações de rua, grandes
comícios, discurso inflamados, assaltos a sedes
partidárias e outras instituições;
– o golpe militar de 25 de Novembro, levado a cabo
pelos paraquedistas de Tancos, em defesa da linha
esquerdista do MFA. De contornos ainda pouco claros
quanto aos agentes envolvidos no seu planeamento e
execução, colocou o país à beira de uma guerra civil.
Terminou com a neutralização das forças golpistas.
Opções económicas
– destruição dos grandes grupos económicos
considerados monopolistas (Doc. 1);
– nacionalização dos setores-chave da economia
nacional (banca, seguros, petrolíferas, transporta-
doras…);
– intervencionismo estatal nas empresas, com reforço
das organizações populares de base (comissões de
trabalhadores, por exemplo);
– ocupação dos latifúndios do Sul do país e início de
uma reforma agrária conducente à coletivização das
terras (Doc. 4);
– proteção dos trabalhadores e da população
economicamente mais favorecida, através da pro-
mulgação de novas leis laborais, como a que
estabelece o salário mínimo nacional, por exemplo
(Doc. 3), e do reforço da proteção social.
Grupo III
Questão 1
Realçar, referindo três aspetos, a importância das
eleições a que se refere o Doc. 1 para a normalização
democrática.
– Foi cumprido o compromisso assumido pelo MFA de
democratizar as instituições realizando, no prazo
máximo de um ano, eleições livres e universais;
– os resultados da votação, que beneficiaram as forças
políticas moderadas, contribuíram para a oposição ao
radicalismo político;
– a forma cívica como decorreram as eleições e a
enorme afluência às urnas demonstraram o apoio da
população às práticas da democracia liberal;
– destas eleições saiu a Assembleia que elaborou a
Constituição fundadora da democracia portuguesa.
1.
2. Questão 2
3. Apresentar três “opções de fundo” da nova
Constituição em matéria de organização política.
– consagra-se a divisão e independência dos três
poderes do Estado;
– reconhece-se o pluralismo partidário;
– institui-se um regime semipresidencialista;
– adota-se a eleição direta, por sufrágio universal, da
Assembleia Legislativa e do Presidente da República;
– concede-se autonomia às regiões insulares dos
Açores e da Madeira;
– institucionaliza-se o poder local eleito por via direta;
– mantém-se, como órgão de Estado, o Conselho da
Revolução.
Nota: Devem ser considerados corretos outros tópicos
que se reportem à organização política consagrada pela
Constituição de 1976.
4.
5. Questão 3
6. Indicar três poderes conferidos pela Constituição à
Assembleia da República.
– legislar sobre todas as matérias;
– aprovar o Orçamento de Estado;
– interpelar o Governo;
– votar moções de confiança e censura ao Governo;
– aprovar tratados e outras convenções internacio-
nais;
– instaurar inquéritos parlamentares;
– designar titulares de altos cargos públicos.
Nota: Devem ser considerados corretos todos os
tópicos que refiram poderes detidos pela Assembleia
da República.
Questão 4
7. Ordenar cronologicamente os factos que se seguem,
relativos à normalização da vida política portuguesa.
• (B); (E); (A); (D); (C)
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