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Título(provisório: Skate e patins mobilizam melhoras em espaço público na zona oeste

Veículo onde será publicado: Solutudo Marília (instagram? Site?)

Autores (todos que editarem devem por seu nome, o crédito a autoria é um dever de quem
publica): Silvio Silvério Feitosa de Freitas (skate), Juliana Fernandes Rufino (patins)

Desde 2016, um grupo de skatistas, liderados pelo professor Silvio Feitosa, começaram a
limpar uma quadra abandonada no final do Jardim Cavalari, no cruzamento das ruas Maria de
Lourdes Javaroti de Souza e rua Ver.Delmiro Zumioti. Com o intuito de aproveitar o local
abandonado, começaram, após a limpeza, a fazer obstáculos para a prática do skate como
esporte, ocupando e ressignificando o local, buscando ensinar tal esporte a quem aparece (em
geral, crianças e adolescentes), e buscando manter o local limpo.
Conforme os anos passaram, mais skatistas começaram a frequentar o local, e, obstáculos de
madeira começaram a ser substituídos por obstáculos de concreto, onde rampas foram aos
poucos feitas, com o rateio de todos, e sem envolver, até o momento, o poder público. Árvores
aos poucos foram plantadas, apesar da dificuldade de mantê-las vivas graças ao solo pedregoso
e à população local, que ateia fogo no capim que fica no entorno da quadra, o que, além de ser
um crime ambiental, prejudica a própria vizinhança, com a fumaça.
Um dos maiores desafios de tal iniciativa, a quadrinha, que ficou conhecida como Guetto, ou,
ainda, Guetto dos Cachorro Caramelo, é manter a limpeza e evitar o vandalismo. Mesmo com
obstáculos de concreto, ainda ocorre o vandalismo, já tendo ocorrido o furto de estruturas
metálicas, e a comunidade ainda joga lixo no entorno, o que ajuda a proliferar animais que podem
servir de vetor para doenças como a Dengue. 
Com a olimpíada, o skate teve maior visualização para o público, ainda mais com as
medalhas de prata dos skatistas Rayssa Leal “Fadinha”, Kelvin Hofler e Pedro Barros, porém,
mesmo com tal visualização para o público em geral, ainda não houve, por parte do poder público,
uma mobilização para incentivar e aprimorar o esporte em tal local, que, além de ter sido limpo
pelos praticantes dos esportes, ainda carece com a falta de iluminação e de limpeza pública.
É certo que a prática de esportes é algo que todos têm de fazer, e tem de ser incentivada,
inclusive pelo poder público, com a construção e manutenção de locais para tal. Com a
intervenção dos skatistas no local, tal demonstra que há interesse, tanto pela prática esportiva
como por esta se realizar no local, o que se mostra interessante, visto o conjunto de condomínios
que cercam a quadra.
No entanto, tal valorização e ação do poder público não pode ser sem a assessoria dos
próprios atletas, afinal, uma rampa de skate ou obstáculos que patinadores curtem não é algo
usual, e possuem características que os não praticantes não irão entender, logo, sem orientações
dos praticantes, há risco considerável de prejuízos e piora da prática do esporte, como visto em
diversas pista de skate pelo país, que se deterioram rapidamente por erros de construção (isto
quando não são impraticáveis).
Com relação à patinação, esta vem ganhando muitos adeptos em Marília desde o início da
pandemia. Porém, não há um espaço fixo para a realização dos encontros de patinadores. Em
2021 os patinadores notaram que havia um espaço no final do Jardim Cavalari, que já estava
sendo utilizado por um grupo de skatistas (a quadrinha), onde estes fizeram um mutirão para a
limpeza do local, e aos poucos estão construindo obstáculos, e logo se nota que local precisa de
muita atenção, pois, apesar dos esforços que os skatistas fizeram até agora, há carência em
estrutura para a prática do esporte, não tem iluminação (o que limita a prática esportiva de um
público maior) e muitos usam o local como descarte para lixos e entulhos.
Os patinadores buscaram um acordo para utilizar o espaço em conjunto, e assim conseguir
melhorias juntos.
Nosso objetivo (skatistas e patinadores) é incentivar a prática de esportes como o Skate e o
Patins, visto que ambos trazem benefícios para o corpo e a mente. Mas para isso, se necessita de
um local adequado. Ao lado da quadra onde os skatistas fizeram os obstáculos, existe uma
segunda, pouco usada, sem caída, que aos poucos os patinadores ocupam.
A ocupação pela comunidade do skate e patins é saudável, pois, da um fim benéfico à
sociedade com o uso deste espaço público que estava abandonado. Porém, somente estes atores
não tem poder para trazer melhorias estruturais maiores, como o corte de metais perigosos, a
limpeza de entulhos que a comunidade jogou e a manutenção das quadras, logo, entendem
ambos os grupos que a atuação do poder público por suas diversas pastas (esporte, cultura,
urbanismo) se faz necessário, para aprimorar o espaço e trazer ainda mais benefícios para a
comunidade dos esportes e do entorno das quadras.

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