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Luís XIV e o Barroco

Luís XIV tomou a popularização da arte barroca a seu favor, ao apoiar as letras, o
teatro, a música e as artes plásticas (mecenato), o que se tornou numa propaganda e
numa exaltação à imagem do rei e à sua corte esplendorosa; o patrocínio régio das artes
e das ciências contribuiu para cultivar a majestade do monarca e difundir a imagem do
rei e da sua grandeza.

Comparação do Rei ao Sol e a Deus


Tal como o Sol e Deus, o Rei era:
- Essencial
- Imprescindível

Corte / Cortes
Corte - Onde vive o rei

Cortes - Assembleias (constituídas pelas três ordens) convocadas pelo rei com o
objetivo de o auxiliarem nas decisões do reino. Estas eram raramente convocadas pelos
reis absolutistas, pois eles tomavam as decisões sozinhos, mas nunca foram abolidas
devido à sua simbologia e importância histórica

O teatro permanente da Corte de Luís XIV


Durante o século XVII, Luís XIV elevou o cerimonial da corte a um grau de perfeição e
utilizou-o como um instrumento de poder. A vida na corte torna-se num ambiente
constante de encenação e ritualização.

Ritualiza-se os momentos desde o nascimento ao funeral dos elementos da família real e


cada momento da vida do rei, desde o seu acordar ao seu deitar, torna-se num
espetáculo.

A corte torna-se o principal vetor da propaganda real, pois era onde o rei mais se
mostrava, e onde exibia a sua importância, prestígio e poder. A corte inscreve-se num
mundo fechado de representação permanente: cada elemento da corte tem o seu “papel”;
o cortesão segue um horário rígido, tem de prestar constante assistência ao rei, perdendo
assim maior parte da sua liberdade e autonomia, tornando a sua vida totalmente
dependente do rei.

Enquanto isso, o cortesão participa num “jogo de luta e poder”, onde cada um tenta
obter o “papel principal”, ao se esforçar para ser o melhor cortesão: o mais dedicado, o
mais submisso ao rei, e eventualmente aquele que consegue chegar a intimidade do rei
ou dos príncipes (o cortesão perfeito).

“Cada gesto do monarca adquiria um significado social ou mesmo político e


diplomático. Todos estavam dependentes dele, de um sorriso, de um pequeno agrado, de
uma expressão mais dura.”

Na Corte era onde o rei controlava os altos cargos (aqueles que lhe podiam fazer frente),
tendo-os no seu palácio e oferecendo-lhes uma vida de luxo.

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