Os elfos vieram de longe há muito tempo, em embarcações trazidas — dizem — por
ventos divinos. São belos e esguios, de cabelos e olhos de cores tão variadas quanto o arco-íris. Suas vestes costumam ser intrincadas e fluidas como seus movimentos. Nada neles parece comum, rasteiro. É difícil não se sentir impressionado ou inspirado ao lado de uma presença élfica. Há sempre algo de mágico nos elfos. Um dia eles tiveram sua própria pátria, Lenórienn, no continente sul. Uma cidade majestosa, de torres espiraladas surgidas em meio à floresta, onde a magia e as artes eram ensinadas desde cedo. Onde tomos ancestrais ocupavam longas estantes e a poesia tomava os ares com suas rimas e melodias. Mas o conhecimento trouxe a arrogância, e a arrogância, a derrota. Lenórienn caiu, vítima da Aliança Negra dos goblinoides, um exército implacável. Depois, por conta de um estratagema de Glórienn, antiga Deusa dos Elfos, os membros da raça que não ficaram espalhados pelo Reinado foram escravizados pelos minotauros. O que sobrou foi um povo mergulhado em amargor, apoiado nas glórias de um passado destruído. Agora, porém, eles encaram uma chance de redenção. Com a morte de Tauron e livres dos desígnios de uma divindade mesquinha, os elfos do Reinado têm pela primeira vez um futuro em branco à frente. E ainda estão tentando descobrir o que fazer com ele. Enquanto uns buscam recuperar os conhecimentos perdidos de seu antigo reino, outros se misturam a ordens de cavalaria ou guildas de ladrões, usando seus talentos naturais para traçar seu próprio caminho, abraçando os deuses que melhor lhes convêm. “Das maiores tragédias nascem os maiores aventureiros”, diz um ditado que circula nas tavernas de Malpetrim. Parece algo feito sob medida para os elfos de Arton. — Garibaldo Cachimbo Caído, hynne bardo Elfos são seres feitos para a beleza e para a guerra, tão habilidosos com magia quanto com espadas e arcos. Elegantes, astutos, de vidas quase eternas, parecem superiores aos humanos em tudo. Poderiam ter governado toda Arton, não fosse a arrogância herdada de sua deusa. Com a queda de Glórienn, os elfos se tornaram um povo sem uma deusa. Um povo independente. Enquanto alguns veem a falta de uma divindade como uma tragédia, outros acreditam que, pela primeira vez na história, são livres. Habilidades de Raça Inteligência +4, Destreza +2, Constituição –2. Graça de Glórienn. Seu deslocamento é 12m (em vez de 9m). Herança Feérica. Você recebe +1 ponto de mana por nível. Sentidos Élficos. Você recebe visão na penumbra e +2 em Misticismo e Percepção.