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Missao 1 - Alicerce
Missao 1 - Alicerce
Eu tenho certeza que você já percebeu que essa forma não nos ajuda na prática.
Logo, quem consegue perceber isso e muda a sua forma de estudar Antibióticos, colhe os
resultados.
Eu vou te conduzir durante esses dias do Grupo dos Costumeiros para o Grupo dos
Resumeiros.
Um farmacêutico costumeiro:
Eu olhava pro lado via alguns (poucos) farmacêuticos fodas e pensava: “vei eu quero ser é
assim.”
Hoje eu sou resumeira mas até chegar aqui teve um longo caminho.
O PLANO ACC
O que leva alguém a ter um raciocínio aguçado e a lembrar rápido sobre algum
conteúdo?
A união deles é que dão a alguém a capacidade de se sentir mais seguro nas decisões na
prática clínica com antibióticos.
Acho que a maior prova que o método funciona é só você olhar pra mim: "eu fui de uma
profissional insegura quando envolvia antibióticos a alguém que dá aula sobre o
assunto hoje."
Eu não fiz milagre, não fiz macumba, a única coisa que eu fiz foi seguir o método.
Esse é o método que vou ensinar para vocês hoje e nas próximas aulas.
Hoje a gente vai falar sobre a construção do alicerce que é dos três é o mais
indispensável se você quer construir um raciocínio clínico aguçado.
Por que iniciar por esse tema? ahhh, isso é tão simples que nem precisa falar!
Será mesmo?
Apesar deste ser um tema amplamente discutido, ainda tem pessoas que têm dificuldade
de entender as diferenças e principalmente as implicações clínicas disso.
A grande jogada é:
Lá atrás um cara chamado Joaquim Gram descobriu que algumas bactérias se coloriam
pela coloração GRAM e outras não.
De maneira simples (porque se for simples eu não consigo aprender) as bactérias positivas
se colorem com o GRAM (Violeta-de-metila) e as negativas não. Simples né?
O que elas têm em comum? A membrana citoplasmática, que é a membrana interna.
O peptidoglicano tem afinidade pelo corante cristal violeta (o corante base da técnica
de GRAM).
Então na matemática básica, quem tem mais peptidoglicano se colore mais. Quem tem
menos se colore menos.
Outra diferença importante é que a gram-negativa ainda tem mais uma membrana externa o
que dificulta ainda mais a penetração do cristal violeta.
2 - As bactérias gram-negativas tem uma estrutura mais robusta (camada celular externa) e
apenas uma fina camada de peptidoglicano, enquanto a gram positiva uma estrutura mais
frágil, apesar de ter uma camada espessa de peptidoglicano.
O corante penetra mais facilmente na Gram Positiva, atingindo o peptidoglicano que tem
afinidade pelo corante violeta-de-metila. Logo, as positivas se colorem e as negativas não.
2. Quais as implicações clínicas disso?
1- A primeira grande implicação da técnica de Gram é que ela ajuda a determinar mais
facilmente qual é o tipo de bactéria que precisa ser tratada antes mesmo da cultura.
Algumas culturas demoram muito para entregar resultado e em algumas infecções cada
minuto conta.
Sim!
Identificação rápida de bactérias Gram-positivas com base na morfologia e testes
bioquímicos preliminares podem ajudar a direcionar a terapia.
Por exemplo:
Entende? Então muitas vezes esses testes iniciais ajudam muito na hora de definir o
tratamento empírico mais assertivo.
Segunda pergunta:
Isso está intimamente ligado às diferenças estruturais dos dois tipos de bactérias.
A camada mais externa das gram negativas é formada por uma endotoxina, o
Lipopolissacarídeo (LPS), que lhes confere a propriedade de patogenicidade.
O que ele faz? Basicamente ele é responsável por amplificar a resposta inflamatória na
infecção.
Ele ativa o sistema complemento que envolve a formação de cininas. Além disso, ativa
plaquetas, basófilos, mastócitos, células endoteliais. Induz macrófagos a secretar outras
proteínas.
Elas também têm a capacidade de gerar uma resposta inflamatória só que em menor grau
quando comparadas as negativas.
Chegamos na parte que é preciso mais atenção porque aqui não é só entender.
Vamos precisar de mais concentração para conseguir fixar os nomes das bactérias que
pertencem a cada grupo.
Como falei antes de saber a que grupo pertence cada bactéria é importante na hora de
definir o tratamento para ela.
Também vai ser importante quando estivermos estudando o espectro de cada antibiótico.
Tenho certeza que você já ouviu falar “as cefalosporinas de primeira geração tem atividade
contra gram positivas, enquanto as de terceira geração tem atividade contra gram
negativas”.
Então para você não ficar perdido quando escutar isso vamos tentar chegar em uma forma
fácil de aprender isso.
Gram-Positivas:
Gram-Negativas:
Para gravar: Se você olhar bem, perceba que as bactérias Gram-Positivas terminam com
"o" ou com "u”. Enquanto as Gram-Negativas terminam com "a” com algumas exceções.
Para isso a gente precisa entender um pouco sobre classificação das bactérias.
Quais são as principais bactérias de importância Clínica como que elas estão
classificadas?
É super importante a gente entender qual a diferença entre Gram positivas e gram-
negativas como já vimos, mas aqui a gente vai um pouquinho além.
Antes só quero te lembrar que todas as bactérias podem ser classificadas como uma de
três formas básicas:
No próximo quadro vamos explorar os cocos e bacilos gram positivos e negativos que são
de maior importância clínica.
4.1 Cocos gram-positivos:
São responsáveis por quase todas as infecções de pele e partes moles da comunidade, o
agente principal na maioria dos casos é o estafilococos aureus.
E também infecções das vias aéreas, tanto infecções das vias aéreas superiores
(estreptococos pyogenes), como das vias aéreas inferiores (infecções pneumocócicas).
1) Fingir que não ouviu nada do que eu te apresentei aqui, continuar estudando
Antibióticos sem se preocupar em construir a sua base
2) Dar uma chance a si mesmo e não esperar para aplicar o que foi ensinado hoje