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678 1 SERIB — NOMERO 110 Geral, saiu com a seguinte inexactidio, que assim se reetifiea: No n° 1°, nova redacgio do n.* 21.° da Portaria n° 21999, de 18 de Maio de 1966, onde se Ié: ‘Aos cadetes da reserva ‘maritima que efeo- tum . / deve ler-se Os cadetes “da reserva maritima que efec- ‘tem Secretaria-Geral da Presidéncia do Conselho, 30 de Abril de 1968, —O Secretério-Geral, Diogo de’ Castel- branco de Paiva de Faria Leite Brandi. ievesssseeossosceccossssscsoonosssseseoene PRESIDENCIA DO CONSELHO E MINISTERIO DO ULTRAMAR Port ne 23 353 Manda o Governo da Repiblica Portugiesa, pelos Mi- nisto do Ultramar e Secretério de Bstado da Aeroniu- tica, que o montante dos subsidios a coneeder nos termos dos artigos 9.° © 10.* do Decreto n.° 48.808, de 20 de Julho de 1961, seja no ano de 1968 seguidamente ia- dieado: Por piloto de planadores formado . . — | 200000 Por piloto de avides formado - 1 500800 | 4 500300 Por pire-quedista formado - 8.000500 | 2.000500 Por hora de voo de treino de piloto de pla: ‘oadores : = | 100800 Por hora do Yoo de trcino “Wo piloto “de ‘avibes- 250300 | 200800 Por salto de’aeronave de’ pira-quédista ‘150800 | 100800 Presidéncia do Conselho e Ministério do Ultramar, 8 de Maio de 1968. —O Ministro do Ultramar, Joaquim Mo- reira da Silva Cunha. — O Seeretério de Hstado da Aero- néutica, Fernando Alberto de Oliveira Para ser publicada no Boletim Oficial de todas as provineias ultramarinas. —J. da Silva Cunha. ssossssssssssssssosscssesseeosuossooorosest MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS Direcgao-Geral dos Negécios Econémicos Aviso Por ordem superior so torna piblico que, segundo uma comunieagio da Organizagio Intergovernamental Consul- tiva do Navegagio Maritima, foi depositado em 20 de Fevereiro de 1968, junto daquela Organizagio, o instra- mento de aceitagio pelo Governo de Marroces da Con- venglo Internacional para a Prevengto da Poluigio das Aguas do Mar pelos Gleos, assinada em Londres em 12 de Maio de 1054. Nos termos do artigo xt, a Convengio entra em vigor fem relagio a Marrocos em 29 de’ Meio de 1968. Direcgiio-Geral dos Negécios Econdmicos, 20 de “Abril de 1968. — 0 Director-Geral, José Calvet de Magalhaes, MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS Gabinete do Ministro 48 373 Reconbecida a necessidade de um regulamento de peque nas barragens do terra; Feito o respectivo estudo na Comisstio de Revisto dos Regulamentos Técnicos © de Instituigso de Novos Regu lamentos, do Conselho Superior de Obras Publicas; ‘Usando da faculdade conferida pelo n.° 8.° do artigo 108. da Constituigio, o Governo decreta e ex promulgo 0 se- guinte: Artigo tinico. B aprovado o Regulamento de Pequenas Barragens de ‘Terra, que faz parte integrante do presente deereto © com ele baixa assinado pelo Ministro das Obras Pablicas, Decreto 1 Publique-se e eumpra-se como nele se eontézn. Pagos do Governo du Repéblies, 8 de Maio de 1968. — Anwinico Devs Ropataves Tuowaz — Anténio de Oliveira Salazar — José Albino Machado Vaz. MEMORIA JUSTIFICATIVA A construgio de pequenas barragens de terra, visando sobretudo o estabelecimento de regadios, tem tido recen- temenie grande incremento no nosso pais, Sio obras em. relagdo As quais, devido as suas reduzidas dimensies, hé muitas vezes a tendéneia para simplificar em demasia os estudos de projecto © os cuidados de construgio. Reco- nhecendo-se, por isso, a necessidade de dispor de um do- cumento normativo referente ao seu projecto e construgio, ‘8 Comisso de Revisio dos Regulamentos Técnicos e de Tnstituigdo de Novos Regulamentos, do Conselho Superior de Obras Piblicas, elaboron o presente Regulamento por intermédio da Subcomissto do Regulamento de Estudo © Construgio de Barragens. Faz-so em seguida uma justificagto suméria da orienta- gio adoptada na elaboragio dos diferentes capitulos do Regulamento, 1 —Goneralidader Considerou-se que altura mixima da barragem ¢ a capacidade de armazenamento deviam ambas figurar nos eritérios de definigio de «pequena barragem». A altura de 15m encontra-se citada em regulamentos e obras de {indole semelhente como limite do altura das barragens que 6 habitual considerar como pequenas. Mas é ébvio que uma barragem, embora de pequene altura, que eric uma albufeira de grande armazenamento justificars em regra estudos mais aprofundados do aue os preconizados no presente Regulamento, Tomou-se por isso I milhio de ‘metros ctibicos de armazenamento como o limite abaixo do qual este Regulamento é apliesdo. Reconheeeu-se, por outro lado, que haveria também in- teresse om considerar uma outra eatogoria do obras, muito pequenas, em relagio a quais se poderio sinda admitir simaplficagdes nas regras de projecto e construgio estipu- Indas. 2—Reconhecimento do terreno de fundasfo @ da albufeirs Embora tendo presente que cada caso exige uma apre- cingto especifica, houve a preocupagéo de dar regras que 8 DE MAIO DE 1968 679 pernitissem elaborar planos de reconhecimento de forma ‘8 cobrir as necessidades de estudo geotécnico das funda- ‘goes. Por isso se fixou o espagamento méximo e a profun- didade minima das sondagens ou pogos a efectuar. Teve-s contudo em atengio que, em muitas dreas do nosso pais, fs condigies geoldgicas so suficientemente bem conheci- das para'delas se poder deduzir as caracteristioas geotée- nicas com base imicamente em reconhecimento geolégico superficial. Estudo das terras disponivels pars construsso Orientou-se 0 Regulamento no sentido de que o estudo seja efectuado com base nume classificagto inicial das ter- ras disponiveis, elaborada 9 partir de certas operagies & fensaios muito éxpeditos. Ensaios de determimagio de ca- racteristicns mecinicas estipularam-se como necessbrios 86 ‘Para os grandes grupos das terras a que a classificaglo con- uric. Cré-se que, desta forma, a encargos de estudo muito reduzidos corresponderé um acimulo muito aprectivel de informagio em relagdo as terras dispontveis, Projecto Preconiza-se que, em regra, os estudos de estabilidade da berragem ¢ da fundagéo se fundamentem em eéloulos baseados nas caracteristicas mecinicas dos solos dos ater- 108 ¢ do terreno de fundagio. B pratica hoje corrente, que 86 para obras muito pequenas se aceita possa ser dispen- sada. Admitem-se, contudo, certas regras de simplifica- 940, que se indicem e que carrespondem a hipéteses do lado da seguranca, Em relagio ao projecto das obras de evacuagio de cheias, foi indieads uma via pera o céloulo do caudal a evacuar, ‘pesar de se reconhecer que cada caso exigiré uma aprecia- go muito cuidada por parte do projectista. Esse cdleulo constitui um aspecto de muito melindre, tanto mais que @ experiéncia do nosso pais, como a alheis, mostra que & maior parte dos acidentes em pequenas barragens de terra resulta de galgamentos devidos deficionte avaliagio das cheies a evacuar. 5 —Construgio Estipulam-se regras relativas ao saneamento, & capte- gto de ressurgéncias, & compactagio do aterro e 0 set, contrite. E sobretudo em relagio & compactagio ao respectivo contréle que se considers como muito importante fixar rogras, principalmente para pir de acordo o aterro que 86 coustréi com as caracteristicas proviamente determinadas tna fase de estudo das terras disponiveis. Preconiza-se obscrvagio das obras, especialmente em certas fases da construgdo e nos periodos iniciais do explo- ago, 0 que se julga de muito interesse para a sun con- servaglo © seguranga 6 —Anexos @ bibliog Constam de anexos: Quadro de classificagdo de solos; Indjoagio de taludes que podem ser adoptados em obras de pequenas dimensses; Granulometria de filtros; ‘Valores reeomendados para os coeficientes da férmula de Giandott. Apresentarse ainda uma lista bibliogrética das prineip fontes de informago consultadas. Lisboa, Fevereiro de 1967. — A Subcomissio: Manuel Coelho Mendes da Rocha — Alberto Abecasie Mansana- res — Anténio Barrancos Vicira— Armando de Aratijo Martins Campos ¢ Matos — Armando da Palma Carlos Edgar de Oliveira — Henrique Granger Pinto — José de Brito Folgue — Rui Sanches —Ulpio do Nascimento. REGULAMENTO DE PEQUENAS BARRAGENS DE TERRA INDICE CAPITULO I Goneralidades Artigo 1 — Objecto. Artigo 2 Elhboregto dos projesten © diteoplo tdnica das Artigo 8.°— Orgunizagio dos. projectos. ‘Antigo 4° — Aprovagio dee projectos, CAPITULO 11 Reconhacimento do terreno de fundasio e ds albufeira Artigo 5.° — Trabalhcs de reconhecimento. Antigo 61° — Katudo das earacteristieas do terreno de fundagio ¢ de albufeire. CAPITULO IIT Estudo das terras disponivels para construsio Artigo 7.8 — Locals de empréstimo. Artigo 81° — Classiicagdo das terran. ‘Antigo 9.° — Determinagéo de caracteriaticas mecénicas. caPrTULo IV Folga. = Descarga de fondo ¢ tomada de gua. = Protecgio da piscieulture. CAPITULO V Constructo Seneamento, Compactegto dos ateres. Sonate Obnervagto das obra. ANEXO 1 Clasifiagto de solos. ANEXO II Taludes « adoptar, nce termos do 112, de seordo com 0 ‘ipo de terra utlizado na conatrugio, ANEXO IIT Granulometzia de fltros. a 680 I SERIE — NOMERO 110 ANEXO IV Férmula de Giandotti. BIBLIOGRAFIA CAPITULO 1 Generalidades Artigo 1.° — Objeoto 0 presente Regulamento 6 aplicével no projecto ¢ cons- trugdo de barragens de terra de aliura inferior 15 m 0 capacidade de armazenamento menor do que 1 milhio do metros ciibicos Para as barragens de alturé inferior a 8 m ou capa dade de armazenamento menor do que 200 000 m* a reoqdo-Geral dos. Servigos Hidrdulicos poderd dispenser, total ou parcialmente, o cumprimento das disposigses es tipuledas. neste Regulamento. Artigo 2.°— Elaborago dos projeotos ¢ direogio téonica das obras Os projectos devem ser claborados por téenicos inseri- tos na Direegio-Geral dos Servigos Hidréuleios. Em prin- elpio a elaboragio dos projectos ineumbird a engenheiros civis, Em relagio as obras a que se refere o tiltimo paré- grafo do artigo 1.°, poderd aquela Direcgao-Geral eceitar que 08 projectos sejam elaborados por engenheiros agréno- mos ou agentes técnicos de engenharia civil. A construeio ser4 ditigida por um téonico inserito na Direcgdo-Geral dos Servigos Hidrdulicos e com as mesmas qualificagdes requeridas para a claboragio do projecto. Artigo 8.° — Onganlzagio dos projectos Os projectos devem conter, devidamente organizadas, as egas escritas e desenhadas necessérias para definir com- pletamente a obra e justificar o seu dimensionamento. Artigo 4.°— Aprovagio dos projectos Os projectos devem ser submetidos & aprovagio da Di- recgio-Geral dos Servigos Hidriulieos, de acordo com as leis e regulamentos em vigor sobre o aproveitamento de Aguas. ‘CAPITULO 11 Reconhecimento do terreno de fundacio e da albufeira Artigo 6.°—Trabalhos de reconheotmento © reconhecimento do terreno de fundagto de barragem deve ser efectuado por valas superficinis e por pogos ou sondagens, levados # uma profundidade igual, pelo menos, ‘A maxima’ altura da obra. O desenvolvimento do reconhe- cimento deve ser adequado is condigdes de cada local, nomeadamente ao conhecimento da sua geologia. Em re- gra, o niimero de pogos ou sondagens nfo deve ser inferior trés, nem o seu espagamento maior do que 50 m. Em lo- ais do geologia conhecida, o reconhecimento poderd, po- rém, limitar-se & identificagto das formagoes ocorrentes. © reconhecimento deve ainda dar particular atengio & pesquisa de ressurgéncias que terlo de ser captadas de modo a nio prejudicer a estabilidede de berragem e da sua fundagio. A existéncia de camadas impermesveis de suficiente espessura a profundidade econimicamente acessivel deve também ser objecto de especial averiguagio, pois no pro- jecto pode ser tirado importante partido de tais camadss. Artigo 6.° — Estudo das caracteristicas do terreno de fun- dagio e da albufelra Sobre amostras indeformadas colhidas nas sondagens, ou por meio de ensaios in situ, devem ser determinadas as caracteristicas de corte © a permeabilidade das forma. des em que se fundard a obra No caso de haver formagies rochosas interessadas nas fundagées deve averiguar-se a eventual existéncia de dia clases, falhas ou outras superficies de menor resisténeia ao Jongo das quais possam oeorrer escorregamentos ou perco- lagées inconvenientes. Devem ser efectuadas pesquisas das caracteristicas dos terrenos da albufeira aue possam condicionar a sua estan- quidade © 9 estabilidade das margens. cAPETULo TI Estudo das terras disponiveis para construcao Artigo 7.°— Locals de empréstimo © projecto deve indicar os locais de empréstimos das terras a aplicar na barragem em planta de escala ade- quada, 1:2500 ou 1:5000, bem como @ avaliagio dos res- peetivos volumes. Artigo 8° — Classificagdo das terras De cada qualidade de terra, classificada visualmente, seré colhida uma amostra por cada 1000 m* e sobre ela serio realizados os seguintes ensaios: Limite de liquider, segundo a Norma Portuguese NP-143; Limite de plasticidade, segundo a Norma Portuguesa ‘NP-143; Anélise granulométrica da fracgfo do solo retida no = peneiro de metha quadrada de 0,074 mm de aber- ture (n." 200 ASTM). Com os resultados destes ensaios e demais elementos de apreciagio proceder-so-4 ao agrupamento das terras. so- gundo 0 quadro do classficagio apresentado no anexo 1. 0 miimero de ensaios prescrito poder ser reduride no caso de terras de clevada homogencidade. Artigo @.° — Determinagio de caracteristicas mecantoas Sobre uma amostra de cada grupo @ que se for condu- zido, segundo a classificagio referida no artigo 8°, sero realizados os seguintes ensaios: Compactagio leve; Consolidagao; Permeabilidad Compressio triaxial de provetes saturados para deter- minagio das caracteristicas de corte e dos coeficien- tes de pressdo neutra, A 8.DE MAIO DE 1968 : 681 Os ensaios serio efectuados em geral sobre a fracgko dos solos que passa no penciro de malha quadrada de 4,78 mm de abertura (n.* 4 ASTM). No caso de os solos em estudo conterem mais de 35 por cento de elementos retidos naquele penciro, os ensaios deverto, porém, ser con- duzidos sobre a fracqio passada no peneiro de menor ma- Tha que tiver menos de 85 por cento dos elementos. CAPITULO IV Projecto Artigo 10.° — Fundagoes Quando a resisténcia ao corte do terreno de fundagio no exceder uma vere meis, pelo menos, a resistencia fo carte quo teria o aterro h mesma profundidade, 0 pro- jecto deve apresenter demonstragio de que estd gerantida f seguranga da obra em relagio s escorregamentos, de ‘endo ser considerndas possiveis supericies de escorreg- mento cortando simulténeamento 0 aterro © 0 terreno de fundagio. Quando nto estiver comprovada a impermeabilidade das fundagses, o projecto deve spresenter céleulo dos eaudnis de infltragio sob # barragem, bem como indicagio das me- didas previstas para reduzie esses eavdais a valores scei- téveis © para evitar o isco de erosto interna (piping) 0 projecto deve dar indiengio do critério a seguir aquando das esoavagses para decidir sobre a profundidade definitive 4a fundagao. Artigo 11.°— Establlidade dos taludes Como regra geral, as inclinagdes dos paramentos deve ser justificadas com base no estudo da estabilidade dos ma- cigos, apoiado nos resultados dos ensaios para determinagio das caracteristicas mecinicas. No eéleulo do macigo de montante deve ser considerada, § situagio correspondente a um esvaziamento brusco da albufcira. Se nfo se fizer eéleulo mais rigoroso, as pres- ses neutras poderio ser computadas, admitindo que em pontos & profundidade h, contada na vertical a partir do paramento, a pressio neutra é dada por yw h, em que Yw 6 © peso especffico da agua. Ro elleulo do macigo do jusnnte doverk ser considerada f situagio correspondente & albufeira cheia, isto 6, com io se fizer céleulo mais rigoroso, as pressdes neuteas abaixo da linha de satu- ago poderio ser computadas admitindo que em pontos 4 profundidade W’, contada verticalmente a partir da linhs de saturagto, a pressio neutea & yw h’. © projecte deverd indicar a posigio da linha de satu- ragio no perfil da barragem e os dispositivos drenantes adoptados para que ela se situe totalmente no interior do macigo. Nos casos em que as dimensdes da barragem (altura © volume da obra), @ capacidade do armazenamento e os valores situadas a jusante possam justificar que o projecto deixe de se fndamentar em ensaios de determinagio das caracteristicas mecinices dos solos a empregar, as inclina ‘es dos respectivos paramentos serio fixadas de harmonia om as indicagdes da experiéneia. No anexo 1 indicam-se fs inelinagdes que poderto ser adoptedas em pequenas obras_de perfil homogéneo, para os diferentes grupos de lassificagto dos solos. As inclinagtes af indicadas para o aso de barragens nfo sujeitas a esvaziamento brusco da albufeira apenas poderio ser adoptadas quando no projecto Se prove que tal 6 de admitir. Artigo 12.°—Largura do coroamento A largura do corvamento, em regra niflo inferior a 8 m, deve ser justificada em fungtio da natureza dos materiais| 8 empregar, da configuragao da linha de saturagio com a albufeira cheia, da altura e importincia da barragem, das condigdes priticas de construgio © das exigéncias da cir- culagio prevista. 0 coroamento seri eonsclidado convenientemente ¢ de- verd assegurar-se @ sua eficaz drenagem. Artigo 18.°— Revestimento dos paramentos © paramento de montante deveré ser protegido da ero- so provocada pelas vagas por meio de um revestimento de enrocamento arrumado ou a grancl, de solo-cimento, bbetuminoso ou de outro tipo convenientemente justifcado, © paramento de jusante deve também ser protegido da cqlo da chuva e da égua proveniente das descargas e dos evacuadores de cheias, tomando-se ainda medidas contra 0 animmais que revolver a terra. Quando a altura da barragem o justifionr, devers com- pletar-se a protecqo do paramento de jusante por meio do banquetas dotadas de valetas de escoamento, Artigo 14.° — Filtros Na transigio do aterro para os enrocamentos de reves- timento do paramento de montante e para os dispositivos drenantes deveriio ser colocados filtros. No anexo mt indi- ‘cam-se rogeas que se recomendam para a definigtio gra- nulométrica dos filtros. Artigo 15.° — Evacuadores de chelas Os érgtios de descarga das cheins devem oferecer garan- tia de seguranga total contra o gelgamento da barragem. Consoante os elementos hidroldgicos dispontveis, o cau. dal para o dimensionamento dos evacuadores devers ser determinado por férmulas do tipo cinemético, pelos mé- todos da bidrologia estatistion ou pelo método do hidro- grema unitirio. Para a férmula de Giandotti, uma das tals orrentes do tipo cinemétioo, sto. indicados “no anexo 1¥ valores.que se recomendam para os respectivos coeficientes. : - © valor do caudal de cheia poderé também obter-se Por comparagio com bacias hidrogeificas morfoldgica © hidroldgicamente semelhentes & bacia em estudo, © em elagto &s quais se disponha de bom eonhecimento dos caudais. Em principio, ¢ salvo 0 caso de se prever que a roturt da barragem ponba em risco vidas humanas, ado no projecto o caudal miximo da cheia com probabilidade de ocorréneia de uma vez em 100 anos. Para a determinagio da precipitagio deverio utilizar-se os valores médios horérios extraidos de registos udografi- 08 de posto ou postos representatives, sendo recomendd- ‘vel que o perfodo das observagies soja pelo menos de 80 © evacuador de cheins nto deveré ficar integrado no co de bneragens de terra. No slo de reomendar evacuator munidos de comportas, mas, quando estas forem utilizadas, deverto ser de funcionamento sutomético ¢ dotadas simul- fineamente de érgios de manobra manual Para a dissipagio da energia das éguas evacundas o pro- jecto deverd prever disposigdes adequadas, eujo dimensio- ‘samento seré convenientemente justifioade Sn SnEneeeeemee eee 682 I SERIE — NOMERO 110 Astigo 16.°— Folga No presente Regulamento designa-se por folga a distin- cia vertical entre o miximo nivel de égua susceptivel de se vorificar na albufeira, funcionando os drgdos de descarga, com a eficiéncia prevista, e a crista da barragom, no con- siderando 0 parapeito. ‘A fixagio do valor da folga deverd ser feita mediante a determinagao do nivel da cheia considerada para dimensio- namento do evacuador ¢ tendo em conta a altura méxima ¢ a velocidade das vagas que o vento possa formar na albu- feira, Em nenbum caso a folga sera inferior a 1m. Antigo 17.° — Desoarga de fundo e tomada de égua ‘As barragens de terra devem possuir uma ou mais des- ‘cargas de fundo que permitam o esvaziamento da albufeira. ‘As entradas das descargas ¢ tomadas de égua devern Ser munidas de grelhas de protecgio © ser localizadas de forma a garantir a permsnéneia do seu funcionamento, Salvas razdes justificadas, cada conduta deve ser mu- ida, pelo menos, de uma vilvula, instalada a montante e convenientemente arejada. O seu comando seré ficil- mente acessivel e, se for mecinico, deve existir simul- tneamente dispositive de manobra manual. Se as condutas atravessarem a barragem ese nilo re- pousarem sobre formagdes rochosas, 0 projecto deverd pre- ‘ver disposigdes adequadas para prevenir os efeitos de assen- tamentos desiguais. O projecto indicard ainda os meios a adoptar para aumentar o desenvolvimento dos caminhos de infiltragio e para intersectar as eventuais fugas ao longo das condutas. (0 projecto deveri conter a determinagto da curva de vaio da descarga de fundo projectada, relacionando-a com a capacidade da albufeira © com o seu tempo de esvazia- mento. Artigo 18° — Proteego da pisotouttura Sempre que tal for reconhecido necessirio pelas entida dades oficisis competentes, as obras doverio incluir dis. ppositivos que permitam a circulagao dos peixes entre os tro- gos de dgua situados a montante e a jusante da barrager, CAPITULO V Construcéio Serfio retiradas as camadas de terra vegetal, raizes e outros restos de matérias vegetais, © bem assim todas as varus deima daquelas cujas caracteristias mecinicas fo- consideradas no projecto das fundagdes. ‘As ressurgénciag deverio ser captadas e dreriadas antes de ser inicinda a execugtio do aterro. Artigo 20.°— Compactagio dos aterros A compactagio das eamadas deve ser realizada de forma ‘8 conseguir compacidades pré-fixadas, de acordo com os en- suios de compactagio. A compactagao relative deve atin- gir pelo menos 95 por cento, referida ao ensaio Proctor normal, ¢ 0 teor de 4gua deverd situar-se entre o teor 4ptimo em dgua 1, © w, — 2 por conto. Ususlmente cade camada terd de 20» 30 cm de espes- sura, apés compectade, e serd levade até & humidade con- veniente para a compactagio por rega sobre o ater ou xno empréstimo, com cuidadosa dispersio de gua para con- seguir molhagem uniforme. Serd, em regra, conveniente companhar a rega com revolvimento das terras por meio de equipamentos adequados, Axtigo 21.° — «Contréle» 0 contréle da compactagio relativa ¢ do desvio do teor de dgua em relagio ao éptimo ser ofectuado em cada 1000 m de terra colocado em obra, com um minimo de duas determinagdes por camada. Pelo téenico a que se refere a parte final do artigo 2.°, seré mantida no local da obra uma cademeta de rogisto dos resultados dos contréles, com indicagio das datas © das coordenadas dos pontos’ em que os contréles foram realizados. Durante a execugio da obra, © mesmo téenico anotard na referida caderneta os resultados dos seus exames aos trabalhos durante as fases mais importantes, designada- mente: conelusio do saneamento, colocagio de filtros, di- ‘eres fase do compactagto dos atrrs, fase terminal da Essa caderneta seré facultada aos agentes da fisosliza- ‘q8o do Bstado sempre que estes o exigirem, e apés a con- lustio da obra serd entregue, para arquivo, & Direcgio- Geral dos Servigos Hidréulicos. Artigo 22.° — Observago das obras © comportamento da obra durante a fase incial de ex- ploragio, designadamente no primeiro enchimento, total ‘ou pareial, e no subsequente esvaziamento, deve ser obser- yado, dando-se particular atengio ao eventual apareci- mento de fendas ou de infiltragdes e aos assentamentos que ccorram. As observagdes incumbem ao téenico responsi vel pela construgio, o qual sobre elas deve apresentar rela- {6tio & Direegio-Geral dos Servigos Hidréulicos. Recebido esse relatério, procederé aquela Direcgio-Geral 1 vistoria da obra, declarando em condigdes de explora- io normal, se for caso disso e se nio se verificar a necessi- dade de trabalhos complementares. ‘Desde a entrada da obra em regime de exploragiio nor- mal, ficaré o respective concessionsrio on o titular da i- ccenga com o encargo e a responsabilidade de, directamente ou por intermédio de téenico nas condigdes do artigo 2.° do presente Regulamento, designado para o efeito perante a Direcgdo-Geral dos Servigos Hidréulicos, observar 0 com- portamento da obra e de comunicar a esta Direcgao-Geral 0s acidentes que eventualmente se verifiquem © as ocor- réneias cujo conhecimento interesse & avaliagio daquele comportamento. As eomunicagies devem ser feitas por escrito, em carta registada ou com protocolo. Quando a Direogio-Geral dos Servigos Hidréulicos o reconhega conveniente, promoveré nova vistoria para defi- niglo de quais as medidas a adopter ¢ dos prazos em que © concessionério ou titular da licenga deve efectivé-las. Em obras que levantem problemas especiais, © quando tal seje estipulado no alvaré de concessio ou de licenga, deverdo ser colocades dispositives de observagio, nomeada- mente referéncias para observagio de deslocamentos de pontos dos macigos, aparelhos para medigio de pressbes neutras e piezémetros para observagio da linha de satura- do. Os resultados das observagdes serfo comunicados Aquela Direcgio-Geral, periddicamente, conforme for fi- xado no respectivo alvaré. De MALO DE 1908 De MALO DE 1068 683 ANEXO 1 ‘lasieagto de oes large campo de vaio dae amensen ineam quanta subeanins ds ts ene « mine ow | pita Preloainincia Je ea dinenio os de Landas de ‘Seis ¢ tras de area ena al Pate peace meine Ma de matte da rate rasa ite de Atabarg atau dina 4, Seva com site & mistaras sian | ny de Autre nae ae isis (aa eteasSo ver gap 11) | ar | Sng co se ets “ral al grabs Atean «aria com mie, em graded, im pauco ov wens fo cp erty ara om ma Nin eetectade td o oun de gaslomelin de gape SW, ikl samme sonar Ege az ie ie He ‘tla seas ntae de asi « in Ag aie dah 4 He i, aa ada carrie A, com 1 os ia 7 ‘inn interme 426 ‘rig angina» mas de aa © Unis Aur acina da aa cla a] af os lic pra esto Se a a he 7 i ‘tage’ | a ? aa atpnen | Rip ans | Nude (Cort de pla par elias aborted el a tia + Hentifear oslo al come fi ndcade na Mesias de campo Arglae ingens bai i i 42 Nuta a muito Plasticilade, argilas com tu mean sat 3,2 224 aa co ERS Nea | if J} |e : ai ; : gill eee : 2 : ag [ via & iia | Lente x oats [Ligeia » mia Hs ss Hi a a ca a awe] en | Mga pln, iu igs | Hin Sects ta +113 a | eee 4 ae 1 ai Nal re pinicas de médis a alta pla aa Mesias era [MHI S "ire con | Arp gets de mei apa) a rata sea a i | ‘Felina eteivel pala cor chy 0 Z a ‘rgiicn Sor com mit mai nga mscorryeaceamnaatrmaets | mtu at 8 DE MAIO DE 1968 . 685 Anoxo I Taludes a adopter, nos termos do artigo 11°, de acordo com o tipo de terra ulilizado na construgéo Cconagtes de sarge | Grupo ep | = sm spe) 60, 6M, eek | oat Sto sujet a ervariomento | 5% 8 Traseo da albuteta, cLML | at cn, MH | 3p:4 GW, OP, S sw, SPQ) - ao, GM, : sésw | 34 Sajeita a esvaziamento ‘brusco da albufsira. | cnwe (0) Bots ato. Granulometria dos filtros Para filtros constituidos por materiais com granulome- trie uniforme: Dg (flo) Di (atorroy ~° 81° Para. filtros graduados constituidos por materinis eom gros arredondados: Dg (620) Da (aterroy 12 0 58 Di (bt) Da (ater) Para filtros graduados constituidos por materisis com grlios angulares: Dg (filtro) pe ee) 9 a 80 Das (aterro) Day (fteo) atarroy 928 em que: Dy—abertura da malha do pensiro que 96 deixa passar 15 por cento do material, em peso; ‘Dy — idem, em relagio a 50 por cento. ‘Anexo IV Férmula de Giandotti DIAGRAMA DE CHEIA onde: 1 — caudal de ponta de cheia, conforme a figura; — coeficiente de escoamento: y—eveficiente de ponta de cheia, isto é, HEED endo Quan ordenada média do diagrams de cheia; precipitagio uniforme ponderada, em metzos, sobre « bacia hidrogréfica no local da obra, com dada probabilidade e duragio igual ou ouco superior ao tempo de eoneentragio; 'S—Srea de bacia hidrogrifica, no loeal da obra, fem quildmetros quiadrados; coeficiente de duragio da cheis, T R= Go sendo T a duragio da cheia; a isto 6 1, — tempo de concentragdo, em horas: onde: —comprimento do curso de agua desde a oti gem até & obra, em quilémetros; ig — altura média da baci, referida so local da obra, em metros. Valores recomendados para os coeficientes: 0,50 para 8 << 500 kant 10 pera $< 800 km? +7 =8 para 800 km, << § < 1000 kant = 4 para 8 600 kmn* aK a i ee ee 686 I SERIE — NOMERO 110 BIBLIOGRAFIA Design of small dams, 8: edigio, Washington, Bureau of Recla- ‘ation, 1005. Earth Manual, L* edigto, roviste, Washington, Bureau of Reva ration, 1068. Standard’ specications for dams, Téquio, Japan Society of Civil meiner ca ne solamente per i progetti per la eonstruzione ¢ per V'esrcicio Hla dighe ai relenute, Ulegua, Homa, n." 8/6 « 1/8, 1065. Ministétio das Obras Pablieas, 8 de Maio de 1968. — 0 Ministro das Obras Publicas, José Albino Machado Vas. weeoscossossessosscssossossonsesseoseneeoet MINISTERIO DO ULTRAMAR Direcgdo-Geral de Justica ne 23 354 Manda 0 Governo da Repiblica Portuguesa, pelo Mi- nistro do Ultramar, a0 abrigo do disposto no artigo 8.° do Deecreto n.* 48 088, de 11 de Novembro de 1967, 0 se- guinte: 1? Os julgados municipais de 2.* clase do distrito de Cusndo-Cubango ficam incorporados no julgado municipal de 1.* classe de Serpa Pinto, com sede na cidade do mesmo 2° Os julgados munieipais de 2.* classe do distrito da Lunda ficam incorporades no julgado municipal de 1.* classe de Henrique de Carvalho, com sede nesta cidade 8.° O julgado municipal de 2.* classe de Santo Anténio do Zaire fiea intogrado no julgado municipal de 1.* classe de 8, Salvador do Congo. Ministério do Ultramar, 8 de Mnio de 1968. —O Mi- nistro do Ultramar, Joaguim Moreira da Silva Cunha. Para ser publicada no Boletim Oficial de todas as provincias ultramarinas. —J. da Silva Cunha. Portar seossosesoscoscassoscosssssossessossosseost MINISTERIO DA EDUCAGAO NACIONAL Direc¢do-Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes Decreto-Lei n.° 48 374 Considerando que 0 Decreto-Lei n.° 45 918, do 14 do Setembro de 194, veio permitir que os segundos-assis- tontes das escolas superiores atingidos no decurso de um fno escolar pelo limite fixado para o exercicio do cargo permanegam nelo até ao termo dese an Considerando que as razdes que levaram & adopgto de tal medida aconselham @ que ela se estenda aos encarre- gados de curso das Faculdades de Letras ou de Economia, da Universidade do Porto, tiniens escolas em que existe esta categoria docente; Usando da faculdade conferida pelo 1.* parte do n.° 2° do artigo 109.* da Constituigio, 0 Governo deoreta e eu promulge, para valer como lei, o seguinte: Artigo tinico. Poderé 0 Ministro da Edueagio Nacional utorizar, sobre proposta fundamentada dos direotores das Faculdades de Letras ou de Economia da Universidade do Porto, que os respectivos encerregados de curso atingidos no decorrer de um ano escolar pelo limite fixado para o exereicio do cargo permanegam nele até ao termo desse § iinico. Para efeito do disposto no presente artigo con- siderar-so-4 como termo do ano escolar © do servigo de exames a chamada normal da época de Outubro Publique-se e cumpra-se como nele se contém. Pagos do Governo da Repiiblica, 8 de Maio de 1968. — Awénico Deus Ropeicves Tnowaz — Anténio de Oliveira Salazar — Anténio Jorge Martins da Mota Veiga — Ma- nuel Gomes de Araiijo— Alfredo Rodrigues dos Santos Finior — Mério Jiilio de Almcida Costa — Ulisacs Crus de Aguiar Cortés — Joaquim da Luz Ounha — Fernando Quintanitha Mendonga Dias — Alberto Marciano Gorjdo Franco Nogueira — José Albino Machado Vaz — Joaquim Moreira da Silva Cunha — Inocéncio Galvdo Toles — José Gongalo da Cunka Sottomayor Correia de Olivcira — Car- los Gomes da Silva Ribciro — José Jodo Goncalves de Proonga — Francisco Pereira Neto de Carvalho. seoseoveuseosseseeseoseeuneTeeeseuseoeonet MINISTERIO DA ECONOMIA SECRETARIAS DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO COMERCIO Comissiio de Coordenacéo Econémica Portaria n° 23 355 A Portaria n.* 28 292, de 90 de Mareo de 1968, definiu 1s caracteristicas em que assenta a classificagao do hipulo seco e prensado de produgio nacional Dado o cardcter especial que poderd revestir o comércio deste novo produto agricola, mostra-se conveniente que, com base na citada classificagio, se estabelegam algumas normas que regulem os pregos a pratiear, com vista a obter-se uma equitativa valorizagio do produto. Nio se impedird, todavia, que a comercializagio do Kipulo produzido no'Pafs se efectue livremente entre pro- dutores e compradores, podendo, em caso de discordin- , aS partes contratantes recorrer & arbitragem dos ser- vigos oficiais, ‘estes termos: Manda o Governo da Repiblica Portuguesa, pelos Se- cretirios de Estado da Agricultura e do Comércio, 0 se- guinte: L® Os preqos a praticar nas transacgies com 0 ltipulo seco 0 prensado de produeio nacional, quando da classe 1 fa que so refero 0 n.° 4.* da Portaria a. 28 202, de 80 de Margo de 1968, terdo por base os que na ocasifo vigorarem zo mercado intemacional, devendo os das classes ™ mt, descritos na mesma portaris, ser reduzidos, respec- tivamente, de 10 ¢ 20 por cento. 2° Na falta de acondo de prego, e com vista ao etcoa- mento © esgotamento do lipulo de produeso nacional, po- dorio as partes interossadas revorrer i srbiteagem da Bs- tagio Agréria de Braga, a quem é confiada essa missio, além das que the sfo atribuidas no n.°7.° da reforida Por. tari n° 28 292. Secretarias de Hstado da Agricultura e do Comércio, 8 de Maio de 1968. —0 Secretério de Hstado da Agri cultura, Domingos Rosado Vitéria Pires. — O Secretério de Estado do Comércio, Femando Manuel Alves Machado. Turanves Nacional pe Lawson

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