4. Classificagéo das Normas Constitucionais
4.1. Normas constitucionais materiais e formais
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7 Em regra, as normas formalmente constitucionais sio também_mate-
| rialmente consfitucionats; porque a Constituicao formal serve de sinal e_
i ATMO ted oe cao material que lhe subjaz, As normas inseridas no
texto qualificado de Constituicdo e formalmente constitucional serao cons-
j
i
|
titucionais do ponto de vista material ao visarem matérias com.
constitucional,
dignidade
* Cf Sitva, Maria Manuela Magalhaes e Atves Dora Resende, Nodes de Direito Constitucional
e Ciéncia Politica, pp. 60-61.
;Constitucional
constituigae mate-
do ponto de vista formal Ea
pedem e que Jevam §
incia a certos aspectos da Constitul-
, Bo que, na perspectiva de JORGE
enlace entre Constituigao formal
60 Manual de Ciéncia Politica e Dircit
As normas formalmente constitucionais revelam a
rial, uma vez que tornam aquela visivel
io os factores politicos que im|
tivo. Neste sentido,
que a Constitui¢ao formal dé releva
do material em detrimento de outro:
Miranba considera-se que «quanto a0 Seis
e Constituigao instrumental, ha que reiterar que as normas com!
ii i i is; mas que,
Constituicéo formal sao normas materialmente constitucionals; mi da.
para li delas, muitas outras pode haver também materialmente co”
eo dindrion”.
Gonais, de 2° grau, embora dispersas por diplomas de Direito ordinario»
4.2, Tipologia das normas constitucionais
A ideia de Constituicao aponta, como vimos anteriormente, para a ideia de
Direito no seu aspecto de supremacia normativa. No que concerne a apli-
cacao, observa-se que «a atribuicao da eficdcia directa das normas consti-
tucionais responde, como ¢ dbvio, ao designio poiitico de assegurar plena-
mente a superioridade da Constituigao e a consequente limitagao do poder
legislativo»*’. Na verdade, as normas constitucionais disp6em-se para que
nenhuma outra norma juridica lhes seja superior ou igual. Elas ocupam
um lugar superior, pois conferem legitimidade a todas as demais.4.2.1. Normas constitucionais organizatérias”
As normas constitucionais que tém por objecto a organizacao do exerci—
cio do poder politico: uma vez que a Constituicao institui os Orgios de_
soberania, define-Ihes a competéncia e determina as formas e processos de
exercicio do poder politico. Assim, entende-se que na Constituic4o encon-
tra-se-uma-especifica categoria de regras, com uma estrutura normativa
pre ria destinada a ordenacao dos poaeres estatals, a criagao e estrutura-
sao de entidades e Ergios | publicos, a distribuicao das sua atribuicdes bem
como a identificagao e aplicacao de outros actos normativos) Uma carac-
teristica das normas de organizacao, segundo ‘MiGuEL REALE considera-se
do seguinte modo: «O que caracteriza é a obrigacao objectiva de algo que
deve ser feito, sem que o dever enunciado fique subordinado a ocorréncia
de um facto previsto, do qual possam ou nao resultar determiriadas conse-
quéncias. Ora, nao havendo alternativa do cumprimento ou nao da regra,
nao ha que falar em hipoteticidade»**.
Ibidem, p. 77.
* Parno, Ignacio de Otto, Defensa de la Constitucién y Partidos Politicos, Madrid, 1985, p. 12.
Barros0, Luis Roberto, Direito Constitucional e a Efectividade de suas Normas, Renova, S.
Paulo, 2003, p. 94.
‘No nosso Ordenamento interno, encontram-se dispostas no Titulo IV da CRA.
REALE, Miguel, Teoria do Direito e do Estado, 4* edicao, $. Paulo, 1984, p. 115. Veja ainda
Barxoso, Luis Roberto, Direito Constitucional e a Efectividade de suas Normas, p. 97.5 it é jecto fixar os
Sao 0 conjunto de normas Constitucionais que tém por objecté
s dos ndividaos*
@prece antes como um documento
a Constitan :
de protecgao de direitos do homem, é a definigao de direitos. £0 sentido
Cie assumiram nas sociedades actuais,
Constituigdes modernas definem os
Submetidos a soberania estataly"
4.2.3. Normas constitucionais Programaticas"
Sao as normas Constitucionais que tém por objecto tracar os fins pibli-
COS a serem alcancados pelo Estado, Entendem-se como «aquelas em
que o legislador, Constituinte ow nao, em vez de editar Tegra juridica de
aplicacao concreta, apenas traca iinhas directoras, Peias quais se hao-
de orientar os poderes Publicos. A legislacao, a execucao e a propria
justiga ficam Sujeitas a esses ditames, que sio como programas dados a
sua funcdon®,