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Marcos Eduardo Pompeu Amaro

No conturbado século XX, muitos partidos e movimentos facistas chegaram ao


poder, sendo o “Partito Nazionale Fascista”, na Itália, liderado por Benito Mussolini,
um dos exemplos mais notórios. No Brasil, assim como em outras partes do mundo, a
ideologia fascista também encontrou voz, quando, em 1932, foi fundada a Ação
Integralista Brasileira(AIB), em São Paulo.

No Brasil contemporâneo - onde a voz da democracia e das liberdades


fundamentais têm mais vigor do que qualquer outro som - ainda se consegue ouvir
alguns ruídos de simpatia ao facismo, sobretudo no atual ano de eleições do país,
quando se espalham noticias falsas a respeito da credibilidade do sistema eleitoral
brasileiro. É nesse contexto, acredito eu, que o papel dos estudantes da Amazônia no
combate ao facismo deve se materializar, informando e conscientizando a sociedade dos
efeitos maléficos da ideologia facista para os nossos direitos fundamentais, para nossa
liberdade de expressão e de pensamento e, sobretudo, para uma sociedade democrática
de Direito.

No entanto, tendo em vista que a região Amazônica ainda ocupa um papel


periférico quando comparado com outras regiões, é de suma importância que todos os
estudantes do Brasil juntem suas vozes para gritar a palavra Democracia. Por isso que,
sendo eu um estudante da Amazônia, gostaria de participar do ENED, pois vejo uma
oportunidade não apenas de integração entre estudantes, mas também como uma forma
de promover e defender a Democracia em uma época em que discursos intolerantes,
racistas e retrógrados ganham espaço na Mídia, principalmente através do nosso atual
presidente.

Dessa forma, o papel dos estudantes da Amazônia no combate ao facismo se dá


através da educação, da cultura, das universidades, uma vez que esses são meios
eficientes de atrair a comunidade para a reflexão sobre aquilo que fornece liberdade,
igualdade, respeito e dignidade: a Democracia. E vejo no ENED um espaço produtivo
para isso.

Gostaria de acrescentar, por fim, que, como um estudante da região Amazônica,


eu luto contra o fascismo através do projeto “Educação para Democracia”, orientado
pelo professor Luís Alberto Rocha, onde ensinamos para alunos de escola pública o
conceito de cidadania e o papel deles na construção de uma sociedade mais justa. Nesse
sentido, o ENED não representaria para mim mais uma oportunidade de crescimento
pessoal, mas uma tentativa de mostrar aos estudantes o verdadeiro palco de mudanças
sociais: a escola pública.

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