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A ética teleológica tradicional tem como fundamentação a ideia da finalidade da ação. Para a
tradição, as ações são morais quando relacionadas com seu fim que se determina como o objetivo
das ações humanas.
Para os filósofos gregos, a eudaimonia era o telos, ou o objetivo das ações humanas. Isto é, as
ações são boas quando conduzem para o fim maior que é a felicidade.
Na filosofia cristã o telos é a salvação, as boas ações são aquelas que não são consideradas pecado
e não se imporiam como obstáculo para uma boa vida após a morte, não conduziriam para uma
eternidade de sofrimentos.
Já para o utilitarismo, a finalidade das ações humanas é o prazer. Uma vida prazerosa e sem
sofrimentos seria uma vida moral.
Deontologia Teleologia
• Medievais - Deus/salvação
Segundo a ética kantiana, a Razão mostra, por exemplo, que mentir não é justo. A mentira não
pode ser tomada como uma lei. Em um mundo onde todos mentissem tenderia ao caos e não
seria possível determinar a verdade.
E, também, quando se conta uma mentira, o agente não respeita a humanidade em si mesmo,
usando um meio injusto para ter algum tipo de benefício. Por outro lado, não respeita a
humanidade no outro, negando-lhe o direito à verdade e utilizando-o como um instrumento, que
por sua boa-fé, acredita em algo falso e será conduzido a agir de determinada maneira.
A mentira, qualquer que seja sua motivação, jamais passaria pelo crivo do Imperativo Categórico.
Essa ideia suscita inúmeras. Dentre elas, a mais conhecida foi proposta por Benjamin Constant
(1767-1830), político francês.
Constant utiliza o exemplo do assassino que bate à porta da casa onde sua vítima se esconde e
pergunta a quem o atende se a vítima está dentro da casa.
A pessoa que atende a porta deve mentir, privando o assassino do direito à verdade para salvar
uma vida? Ou deveria, baseado no Imperativo Categórico, dizer a verdade por ser ela um dever?