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14 DE NOVEMBRO DE 1959 2. Ge o facto insorito consistir apenas no aumento do capital, o valor a-conside- rar seré, porém, sdmente o do au- mento. 3. Se, além do aumento de capital, houver “alteragio parcial de quaisquer cléusu- las do pacto, atender-se-8 a0 valor do aumento ou ao da alteragio, conforme © que produzir maior emolumento. 4, Havendo alteragio total do pacto, com ou sem aumento do capital . social, atender-se-é seinpro ao valor da altera- gio. Anno 19.° - Na hipoteca ou no penhor relatives a crédito que venga juros, 66 os de um ‘ano serio considerados ‘para a deter- minagdo do valor do facto registado. 2. 0 valor da penhora, arresto ou arrola- mento seré o da importinoia liquide que se destine a assegurar ou 0. dos + bens @ acautelsi 3. 0 valor de qualquer averbamento sobre ceréditos hipotecdrios ou pignoraticios nunca seré superior ao valor do res- pectivo crédito. ‘Anerao 20.° . Sempre que nfo seja possivel determinar, mediante a aplicagio das normas pre- fas nos artigos anteoedentes, o valor do facto registado, seré eate conside- rado do valor indeterminado. 2. A faléncia © os balangos sio, emolumentares, factos de valor inde- terminado. sAwrioo 21° Os emolumentos devidos pelos registos em que saja determinado o valor, mas repre- e Sentado em mooda estrangeira, sio cal- coulados pelo cimbio da-véspera ‘do dia da apresentagio. Aneieo 22° B aplicdvel, com ns nocessérias adaptagies, aos registos nespeitantes a diversos na- no artigo 16. da tabela Arnao 23.9 © imposto do selo devido pelo certificado, des e notas de registo é pago sapara- damente pelos requerentes, dance 24° Para reembolsar as despesaa referidas no ar- tigo 154.° da Lei n.* 2049, podem os con- servadores cobrar as seguintes taxas: 2) Por linha, nos livros A, Ee F %) Por lauda, nos livros B, 0 e D ‘Anmoo 25.° © total dos emolumentos, bem como das ta- xas de reembolso, seré arredondado, por axcesso, em escudos. ~ antigo 26. Os emolumentos ¢ demais encargos devidos pelo registo da falénoia, mandato, mora térin e acordo de eredores sio liquidados $30 15800 1455 quando forem pagas as custas dos Ser processos) pare @ que o conservidor remetéré, oficiosamente, ao tribunal a compeiente nota de registo, ‘com a conta em divida, Aunso 27° 1. A presente tabsla niio admite qualquer interpretagio extensiva, ainda que haja identidade ou maioria de razio. 2, No easo de diivida sobre se 6 devido um ‘ou outro emolumento cobrar-se-4 sem- Pre o menor. Ministério da Justiga, 14 de Novembro de 1959. — 0 Ministro da Justiga, Jodo de Matos Antunes Varela. Decreto n° 42 645 Usando da faculdade conferida pelo a.° 3.° do ar- tigo 109.° da Constituigio, 0 Governo decreta ¢ eu pro- mulgo o seguinte: Artigo 1.° B aprovado o Regulamento do Registo Comercial, {que segue assinado pelo Ministro da Jus- tiga. ‘Art. 2° O novo regulamento entraré em vigor, em todo 0 continente © mas ilhas adjacentes, no dia 1 de Taneiro de 1960. Publique-se e cumpra-se como nele se contém. Pagos do Governo da Repiiblica, 14 de Novembro de 1959. — Awizico Devs Ropricurs Tnomaz — Anté- ‘nio de Oliveira Salazar — Jodo de Matos Antunes Va- rela, Regulamento do Registo Comercial TITULO'L Da organizagio do registo comercial CARETULO I Dos servigos do registo comercial seopho x Orgies do registo Antigo 1° (Conserratéetis) 1. As repartigdés especialmente encarregadas dos vigos do iegisto comercial denominam-se conservatérias do registo comercial. 2. Nas cirounserigbes onde nfo existam conservaté- rrias privativas os servigos do registo comercial per manevem a cargo das repartigoes previstas na lei or gitnica dos registos ¢ do notariado. seopho 11 Regras de competéncia territorial Antigo 2° iva aos Gomerolantes om nome Indlvidual) (Competinots x 1, Para a matricula dos comereiantes singulares sto territorialmente competentes as conservatérias em ouja area estiver situado o respectivo escritério comercial, 1456 © principal estabelecimento e qualquer suoursal ou re- presentagiio. . 2. Para a insoriglio dos factos sujeitos a registo exclusivamente competente a conservatdria do escritério do comerciante @ quem os factos so referem '8. Exceptua-se o registo do mandato conferido pelos comerciantes aos gerentes de qualquer sucursal ott ou- tra representagio, para cuja inserigio é também com- petente a conservatéria da drea da situagio da sucur- sal ou representagio. 4. Por esctitério comercial entende-se 0 lugar onde © comerciante tem instalada a administragfo do seu comércio. . Atigo 8 (Competéneta relativa As socledades) 1, Para a matricula das sociedades sio territorial- mente competentes as conservatdrias em cuja area es- tiver situada a respectiva sede, o principal estabele- cimento e qualquer sucursal ou representagio social. 2, Para o registo dos correlativos factos juridicos 6 exclusivamente competente a conservatéria da sede. 8. E aplicivel As sociedades © disposto no n° 8 do artigo anterior. Artigo 4° (Competénola relative as sooledades estrangelras, ‘oom sede no terstéelo nactonal, ‘que exergam actividades no ultramar) Para a matrioula e registo dos factos respeitantes ds sociedades constituidas em pais estrangeiro, com sede no territério nacional, que teuham por objecto qualquer ramo de coméreio ou indiistria ou qualquer explora- gio agricola nas provincias ultramarinas sfo compe- tentes”a Conservatéria de Lisbon e a da respectiva comarea do ultramar. Para a matrioula das sociedades constituidas no es- trangeiro que apenas estabelegam em Portugal qual- quer sucursal ou outra espécie de representagio social, tbem como para o registo dos factos juridices que Ihe respeitem, & competente a conservatéria da area da si- tuagio dessa sucursal ou representagio. Antigo 6.° (Competénols relative 20s navies) 1, Para a matricula dos navios é competente a con- servatéria em cuja drea estiver situada a capitania ou delegagio maritima respectiva, salvo tratando-se de navio em construgio ou @ eonstruir, em que sera com- petente a conservatéria do correspondente estaleiro 2, Para a inserigio dos factos juridicos relativos aos narios matrioulados €compatente a oonservatéria. onde a matricula, no momento da inscrigio, deva legalmonte estar aborts. . = Antigo 1° (Mudanga voluntéria da se 4a sootedade) 1. Quando uma sociedade mudar a sede para loca. idade pertencente a area de conservatéria diversa da- quela em que estiver matriculada, deve requerer, nesta Ultima, que seja averbada A matricula a declaragio da mudanga da sede. 2. O averbamento seri efectuado em face de certi- dio da eseritura de alteragto do pacto social, da qual onste a mudanga, e de tim exemplar do Didrio do Go- 1 SERIE — NOMERO 263 ‘verno e do jornal onde hajam sido feitas as.publicagdes logais. Averbada a mudanga da sede, nfo pode, na pri- mitiva conservatéria, ser efectuado qualquer registo re- ferente & mesma sociedade. Artigo 8 (Mudanga voluntéria de capitanta do registo do nario) 1, Matriculado numa conservatéria, nfo pode o na- vio ser matriculado noutra sem “que proviamente so declare, por averbamento 4 matricula efectuada, qual @ nova conservatéria para que vai ser transferido. 2. O averbamento sera realizado a vista do titulo de propriedade, do qual conste que o navio ja esta regis- tado na capitania ou delegagio maritima do porto da igen da nova conservatoria territorialmente competente para @ matricula, 3. 0 disposto no n.* 3 do artigo anterior é apliosvel 0s navios que. tenham mudado de capitania, Artigo (Pransorlgdo da matrioula © demals restos) Feitos os averbamentos previstos nos artigos anterio- res, devem os interessados promover a transcrigio das respectivas matriculas e de todos os registos em vigor que Ihes respeitem na conservatéria que, em consequén- cin da mudanga da sede da sociedade ou da capitania do navio, tenha passado a ser territorialmente compe- tente. Antigo 10. (Corttades para transorigho) 1. As trauscrigdes sero efectuadas em face de cer- tidio de teor, da qual constem a matricula e seus aver- Damentos, bem como os demais registos em vigor que The digam respeito. 2. Se algum dos registos certifieados for provisério por diividas, sero transcritos, na certidio, os moti vos das dhividas registadas. 3, A certidio, quando respeitante a navio, deverd ser acompanhada do titulo de propriedade, a fm de que nele seja anotada a transferéncia da matricula, Artigo 119 . Subordinagho a transrigto & insetgho dn alerngo (Gatoninste te ers ey te &* Man As transcrigdes referentes as sociedades s6 serio efec- ‘Wwadas quando simultineamente for requerida a ins erigo da alteragio do pacto social, donde conste a mudanga da sede. Arligo 12. (Cancelamento das matriovlas transferidas) Bfeotuadas as transcrigdes, deverd o conservador, no prazo de quarenta ¢ oito horas, comuntcar o facto, por ‘oticio, & primitiva conservatéria, a fim de que af soja cnneelada, oficiosamente, « matrioula transferida. Antigo 19. (Rteragto de dren das consorratérias) 1. Nas conservatérias ouja dren tenha sido alterada, om virtude da:desanexagio de qualquer parcela do ter- ritério, no poderd ser efectuado nenhum registo re- lativo ‘aos comercientes singulares, sociedade: 14 DE NOVEMBRO DE 1959 vios, respectivamente, com escritério comercial, sede ‘ou registo em capitania situados na zona desanexada. 2. xceptuam.se os registos jé apresentados & data da desanexagio, Antigo 14 (Transcrigies consequentes de altaragio da ren ‘das conservatérias) As conservatérias a oujas reas sejam anexadas parcelas de area anteriormente integrada numa outra nio poderio efectuar qualquer registo relativo as so- ciedades ow navios referidos no artigo anterior sem que nos seus livros hajam sido transcritas as respecti- yas matriculas e demais registos em vigor, lavrados na conservatéria da desanexagio, ou sem’ que seja apresentada certidio comprovativa de os mesmos nio se encontrarem ai matriculados. CAPITULO 1 Dos livros de registo a (Mfodeos de tse) 18s 1, Especialmente destinados rvigos de registo, haveré em cada conservatéria os seguintes livros: a) Livro Diério -(livro A); b) Livro de matriculas de comerciantes em nome in- dividual (livro B 4) Livro do matrfulas de sosisdades (ivro 0); ) “Livro de inscrigGes (livro E); €) Livro de registo de rocledadés cooperativas agr- colas (livre @); f) Livros-indices de matriculas; ) Livro de registo de diividas e reousas; 8} Tiere de registo de emolumentos. 2, Além dos livros previstos no ntimero anterior, ha~ veré, nas conservatérias a cuja drea pertenga algun porto de mar, wm livro de matriculas de navios s(ivro D). 8. Nas oonservatérias de Lisboa e Porto o livro E pode ser desdobrado em tantos volumes quantos 08 cor- Tespondentes s inscrigGes respeitantes a cada uma das écies de matriculas (livros EB, EC, ED) e nelas poderé ainda haver um livro especial’ (livro F) de inscrigdes dos diversos factos referentes &s sociedades, que nfo sejam 0 da sua constituigio. 4. Nas conservatérias de registo predial e comercial © livro Diario, bem como os livros de registo de diividas e recusas e de emolumentos, so comuns as duas espé- cies de registo ° 5. Os livros de registo obedecerio aos ‘modelos em 6. 0 livro Diério, a conservar em uso nas conserva- torias referidas no n.° 4, 6 0 do registo predial, com jas adaptagie Artigo 16. (Livro de matrfoulas) Os livros B, C e D so destinados, respectivamente, & matricula dos comerciantes em nome individual, das sociedades ¢ dos navios ¢ aos averbamentos que se Ihes hiaja de fazer. Astigo 17.9 (Livro de tnsrigses) 0 livro E sera destinado & insorigtio dos factos sn- jeitos a registo © aos averbamentos respectivos. 1457 Artigo 18 (Livtd de registo de socledades cooperatives agricolas) livro G serve para nele se transcreverem 0s titulos de constituigo de sociedades cooperativas agricolas, o8 respectivos estatutos © subsequentes alteragées. Antigo 19.° (Lisres-indtoes) 1, De cada um dos livros B, Ce D haveré um livro-

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