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JULHO DE 2022
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INTRODUÇÃO
1
CUNHA, Paulo. O., Lições de Direito Comercial, Almedina, Almedina. Coimbra. 2010. Pág. 53.
2
FRADA, Manuel C, A Responsabilidade dos Administradores na Insolvência, Lisboa, Revista da
Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, Themis. 2006. Pág. 669.
3
VALE, Sofia, As Empresas no Direito Angolano, Lições de Direito Comercial, Gráfica Maiadouro,
Portugal. 2015. Pág. 178.
2
Explicaremos de como os credores titulares do direito de regresso poderão
exigir a reparação do seu direito pelos danos causados por uma empresa comitente
que se encontra em processo de insolvência.
Canto (2014) afirma que a situação de insolvência precisa de ser bem
caracterizada para uma melhor compreensão da sua abrangência.
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Descrição da situação problemática
4
Problema científico
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Objectivo geral
Objectivos específicos
6
Hipoteses
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2. Metodologia de investigação a ser usada
2.1. Métodos
Os métodos usados são o bibliográfico e indutivo.
4
LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. A. Metodologia de Trabalho Científico (4ª Ed.). São Paulo: Atlas.
2007. Pág. 80.
5
ANDRADE, M. A. Introdução A Metodologia Do Trabalho Científico, 6ª Edição. São Paulo. Atlas S.
A. (2003) Pág. 101.
6
LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. A., Op. Cit., 2007, Pág. 86.
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2.4. Técnicas e instrumentos de pesquisa
Procedemos o levantamento bibliográfico descritivo, bibliográfico em livros,
dissertações de mestrado, teses de doutoramento, documentos, consultas em sites
de Universidades de vários países, com isto analisamos os dados levantados, e
aplicamos os métodos dedutivo, indutivo, através dos quais, partimos de aspectos
particulares e chegamos a conclusões gerais.
Na pesquisa bibliográfica utilizamos manuais de bibliotecas físicas e virtuais,
livrarias, de onde obtivemos informações de livros, revistas, jornais, monografias,
dissertações, teses e relatórios de instituições. Fizemos também recurso à internet
onde visitamos portais de instituições oficiais, órgãos de notícias e de portais
pessoais.
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Revisão da literatura
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1. O regime jurídico da insolvência no ordenamento jurídico angolano
7
LOPES, Paulette e VALE, Sofia, Notas para Actualização do Regime Jurídico da Falência em
Angola (Publicado Na Revista Comemorativa do 35 Anos da Faculdade de Direito da Universidade
Agostinho Neto, Angola. 2014). Pág. 1.
11
economicamente viáveis em lugar dos que, no âmbito do processo de falência,
visavam a mera recuperação de créditos dos seus credores.8
8
Preâmbulo da Lei n.º 13/21 de 10 de Maio, Lei que Aprova o Regime Jurídico da Recuperação de
Empresas e da Insolvência.
12
2. Direito de Regresso no âmbito do Código Civil
9
Mário Júlio de Almeida COSTA, Noções Fundamentais de Direito Civil, 5ª edição Revista e
Actualizada, Coimbra, Almedina, 2009, p. 127 e Mário Júlio de Almeida COSTA, Direito das
Obrigações, 12ª edição Revista e Actualizada, Coimbra, Almedina, 2009, Pág. 666.
10
João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, vol. I, 10ª edição
Revista e Actualizada, Coimbra, Almedina, 2010, Pág. 755.
11
João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, cit., Pág. 756.
12
João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, cit., Pág. 756.
13
regime mormente no que respeita às relações internas13. Não obstante, aquando da
aferição dos pressupostos da solidariedade deveremos levar em consideração a
noção ampla fornecida pela lei. Ora, partindo dessa mesma noção, em termos
sumários, são ainda apontados como pressupostos da responsabilidade solidária a
identidade da prestação e a comunhão de fim.
Diferentemente, já não constituirá pressuposto da responsabilidade
solidária a identidade de causa ou fonte de obrigação14.
A solidariedade constitui, nos termos do artigo 513.º do Código Civil, um
regime excepcional, podendo apenas resultar directamente da lei ou da vontade das
partes, rectius, podendo consubstanciar uma solidariedade legal ou uma
solidariedade convencional15.
Ademais, da norma referida podemos concluir que a solidariedade pode
ser passiva ou activa. Na solidariedade passiva o credor pode exigir a prestação
integral a qualquer um dos devedores, sendo que a prestação por este
realizada libera os restantes devedores perante o credor16.
Por seu turno, na solidariedade activa qualquer um dos credores pode
exigir do devedor a prestação por inteiro, sendo que com a satisfação dessa
prestação o devedor fica exonerado perante todos os outros credores17.
O regime da solidariedade justifica-se num quadro legislativo tendente à
protecção dos interesses do credor. Através do estabelecimento da
responsabilidade solidária ficará facilitada a exigência do crédito, para além de
13
Assim, João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, cit., p. 756 e 757. No mesmo
sentido veja-se o Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 28 de Julho de 1981, cujo Relator é
Amaral Aguiar, de acordo com o qual “não se vê, pois, qualquer razão para que o conceito legal de
solidariedade, acima definido, não compreenda também o que vem sendo chamado solidariedade
imperfeita, ou seja, quando só um dos devedores responsáveis e o principal devedor, isto é, quando
um só deles, nas relações internas, deve suportar o encargo da dívida na sua totalidade”, disponível
para consulta em dgsi.pt.
14
Atente-se, nesta sede, ao caso da assunção de dívida, onde a obrigação do novo devedor
nasce num momento posterior à constituição da obrigação do primeiro devedor e provém de
causa diversa, sendo certo que, não obstante, as obrigações continuam a ser solidárias. Este
é, contudo, um caso discutível de solidariedade perfeita, porquanto não há responsabilidade
por partes nas relações internas, nos termos do disposto do artigo 524º do Código Civil. De
acordo com o disposto veja-se João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, cit.,
p. 760 e 761. Sobre o regime da assunção de dívida veja-se João de Matos Antunes VARELA,
Das Obrigações em Geral, vol. II, 7ª edição Revista e Actualizada, Coimbra, Almedina, 2010, p.
358 a 383.
15
De acordo com Mário Júlio de Almeida COSTA, Noções Fundamentais de Direito Civil, cit., p.
128 e Pedro Romano MARTINEZ, Direito das Obrigações, 3ª edição, Lisboa, Associação
Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, 2011, p. 178.
16
Assim, João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, cit., p. 751 e Jorge Leite
Areias Ribeiro de FARIA, Direito das Obrigações, vol. II, Coimbra, Almedina, 1990, p. 166.
17
Neste sentido, João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, cit., p. 752 e Jorge
Leite Areias Ribeiro de FARIA, Direito das Obrigações, cit., p. 166.
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que se salvaguardará a posição do credor contra o risco da incobrabilidade da
dívida, mormente nos casos de insolvência de algum dos devedores.
Face ao exposto, sempre se dirá que a solidariedade activa constituiu “uma
figura de reduzido interesse prático”, pelo que as verdadeiras vantagens práticas
serão obtidas pela via da solidariedade passiva.
Não perdendo de vista o nosso propósito e na esteira do ora exposto,
assume especial importância atentar ao regime da solidariedade passiva,
porquanto será do ponto de vista dos réus que nos interessará analisar o direito
de regresso.
Por esse mesmo motivo, propomo-nos passar em revista o regime da
solidariedade passiva, ainda à luz do nosso Código Civil.
O regime da solidariedade reveste carácter excepcional e que as
vantagens práticas deste instituto são prosseguidas pela via da solidariedade
passiva. Dessarte, e não obstante o regime regra ser o da conjunção, há ainda um
vasto campo de aplicação da solidariedade passiva legal no que respeita às relações
civis. Isto sem olvidar, naturalmente, que não são raras as vezes em que se
convenciona a solidariedade passiva tendo em vista a tutela dos interesses do
credor18.
Os efeitos do regime da solidariedade passiva poderão ser abordados
de duas perspectivas diferentes e complementares: por um lado, temos os
efeitos da solidariedade no âmbito das relações externas; por outro, temos os
referidos efeitos no âmbito das relações internas. Serão os efeitos das relações
internas que melhor servirão o propósito da nossa dissertação, motivo pelo
qual lhes serão conferidos maior destaque. Não obstante, passaremos em
revista, embora de forma breve, os efeitos da solidariedade passiva nas
relações externas.
18
Neste sentido, João de Matos Antunes VARELA, Das Obrigações em Geral, cit., p. 766 e
Mário Júlio de Almeida COSTA, Noções Fundamentais de Direito Civil, cit., p. 129. No mesmo
sentido, quanto à ordem jurídica brasileira, veja-se Álvaro Villaça AZEVEDO, Teoria Geral das
Obrigações e Responsabilidade Civil, 11ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 2008, p. 76.
15
3. A INSOLVÊNCIA DE EMPRESA
19
cf. artigo 4º, nº 2, a) do CPC
20
cf. artigo 176º.
21
artigo 9º, nº 1
17
Leitão (2012a: 20) acrescenta que o procedimento referido afasta-se de
determinados princípios do processo civil. No entanto, trata-se de um processo
multidisciplinar pois articula-se com o Direito Civil, o Direito Comercial, o Direito
do Trabalho, o Direito Penal, o Direito Processual Civil e Penal, entre outros.
(Epifânio, 2012: 15). Finalmente, o regime do processo de insolvência “tem carácter
urgente e goza de precedência sobre o serviço ordinário do tribunal”. Quer isto dizer
que o processo não suspende durante as férias judiciais (Leitão, 2012b: 54).
Em suma, o processo de insolvência instituído pela Lei n.º 13/21 de 10 de
Maio, Lei que Aprova o Regime Jurídico da Recuperação de Empresas e da
Insolvência., caracteriza-se por ser de natureza mista (engloba acções de natureza
executiva e declarativa), é de execução colectiva e universal, está regulado
autonomamente, é multidisciplinar e goza de carácter urgente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Ana, Prata, & Veiga, Catarina. & Vilalonga, José Manuel. Dicionário jurídico,
2.ª Edição, Vol. II, Coimbra: Almedina Editora, 2008.
19
DUQUE, João (2010) “Empresa? O que é isso?” Texto publicado na edição
do Expresso de 24 de julho de 2010, http://expresso.sapo.pt/empresa-o-que-
eisso=f596867#ixzz2W81sLju8 [15 de Junho de 2013].
20
VARELA, Antunes, Bezerra, j. Miguel, e Sampaio e Nora. Manual de
Processo Civil, de a cordo com o Dec. Lei 242/85 2.ª Edição (Reimpressão),
Coimbra Editora, 1984.
Site e Website
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Código Comercial
Código Penal
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