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A A MISTERIOSA CONSTANTE “PI”

constante conhecida por Pi é, sem dúvida, a constante mais famosa da Matemática, tendo sido
várias as suas interpretações numéricas ao longo do tempo, entre as quais, a mais recente, atribui a
Pi o “valor numérico” de 3,14159... seguido de mais mil casas decimais1... Nos cálculos mais
correntes, porém, o valor numérico utilizado é 3,1416, ou apenas 3,14, sendo este último o seu
valor mais conhecido.
De acordo com a Matemática, esta constante define a relação de uma circunferência com o seu
diâmetro, determinada a partir de polígonos de lados cada vez mais pequenos tendendo para o
limite da própria circunferência, tendo sido a partir desta relação que foram elaboradas as
fórmulas 2R , R2 e 4x R3 que permitem determinar, respectivamente, o perímetro de uma
3
circunferência, a área de um círculo e o volume de uma esfera com o mesmo raio.
Numa perspectiva diferente da Matemática, a Bíblia atribuiu a esta constante um valor exacto,
conforme se pode deduzir das dimensões do Mar de Bronze do Templo de Salomão, destinado às
abluções sacerdotais (rito de purificação):

«Fez também um mar de metal fundido, com a largura de dez côvados , de uma borda à
outra, completamente redondo; a sua altura era de cinco côvados e a sua circunferência
era abrangida por um cordão de trinta côvados.» (1Rs.7,23; 2 Cr. 4, 2 )

A relação entre a circunferência e diâmetro deste objecto sagrado é, portanto, igual a três, uma
vez que é este o resultado da divisão dos trinta côvados correspondentes à sua circunferência, pelos
dez côvados correspondentes ao seu diâmetro. Uma interpretação “incorrecta”, poder-se-á dizer,
face à interpretação que a Matemática faz desta constante. Mas, antes de se formular qualquer
opinião, veja-se como podem ser interpretados os valores numéricos atribuídos ao perímetro de
uma circunferência, área de um círculo e volume de uma esfera de diâmetro e raio igual à unidade
do Sistema Decimal, atribuindo a  o valor exacto de 3 nas fórmulas matemáticas acima referidas.
Sendo o diâmetro do círculo que e define as dimensões do Mar de Bronze igual a dez côvados,
como é fácil deduzir, o perímetro da sua circunferência é igual ao lado do quadrado que define, no
Plano, o espaço canónico obtido a partir de uma distância correspondente à unidade do Sistema
Decimal, uma vez que, fazendo corresponder A1B1(L) a um côvado, tanto o lado desse quadrado
como o perímetro dessa circunferência é igual a 30  A1B1(L) . Assim, sendo o raio desta
circunferência igual a 5  A1B1(L), atribuindo este valor a R nas conhecidas fórmulas matemáticas
e a  o valor exacto de 3, tem-se:

2R = 3x 2x 5 = 30  A1B1(L)
R2 = 3x 52= 75  A1B1(S)
4x R3 = 4x 53= 500  A1B1(V)
3
Se, por outro lado, se fizer corresponder o raio de uma de uma circunferência à unidade do
Sistema Decimal, de modo que o seu diâmetro seja igual à aresta do cubo que define as dimensões
do «Santo dos Santos» do Templo de Salomão, atribuindo este valor a R nas conhecidas fórmulas
matemáticas e a  o valor exacto de 3, tem-se:

1
Valores actuais calculados por computador.
1
2R = 3x 2x 10 = 60  A1B1(L)
R2 = 3x 102= 300  A1B1(S)
4x R3 = 4x 53= 4.000  A1B1(V)
3

Basta, então, interpretar a FIG.1, para se deduzir o seguinte:

E4000

A60 B60

E1000 F4000

A30 B30

A20 E200 B20


E300 EE200 F1000
150 F300
A10 E50 B10
A5 B5
A1 B1 F50 E150
O F200

FIG. 1

1. O perímetro da circunferência de diâmetro igual ao diâmetro do Mar de Bronze é igual ao lado


do quadrado (A30B30(S)) que representa, no Plano, o espaço canónico definido a partir de uma
distância correspondente ao lado do quadrado A10B10(S) .

2. A área do círculo limitado por esta circunferência é igual a três vezes a área do quadrado
A5B5(S), isto é, igual a 75  A1B1(S), embora este quadrado não esteja representado nesta figura,
uma vez que não pode ser integrado no Sistema Coordenativo.

2
3. O volume da esfera de raio igual a este círculo é igual ao volume de quatro cubos de aresta
igual a 5  A1B1(S), sendo os quadrados correspondentes às suas quatro faces representadas no
Plano pelos quatro quadrados que formam o quadrado A10B10(S).

4. O perímetro da circunferência de diâmetro igual à aresta do cubo correspondente ao «Santo


dos Santos» é igual ao lado do quadrado (A60B60(S)) que representa, no Plano, o espaço canónico
definido a partir de uma distância igual a essa aresta, ou seja, é igual a 60  A1B1(L).

5. A área do círculo limitado por esta circunferência é igual à área do quadrado E300F300(S), aquele
que representa a soma da área dos quadrados E150F150(S), E’150F’150(S) (FIG.3), resultantes do
rebatimento coordenativo das aresta verticais do cubo A10B10(V) (FIG.2).

6. O volume da esfera de raio igual à aresta deste cubo é igual ao volume dos quatro cubos
unidos pela aresta correspondente à distância a partir da qual é definido o espaço canónico
representado, no Plano, pelo quadrado A60B60(S), ou seja, é numericamente igual à área do
quadrado E4000F4000(S), por sua vez igual a quatro vezes a área do quadrado E1000F1000(S), aquele
cuja área é numericamente igual ao volume do cubo A10B10(V).

E150 F’150

A10 E50 B10

A5 B5
E’150 F150
F50
O

FIG. 2 FIG. 3

Chega-se, assim, às seguintes conclusões:

1. A aresta do cubo correspondente ao «Santo dos Santos» do Templo de Salomão é igual à


distância a partir da qual é definido o espaço canónico representado no Plano por um quadrado
de área numericamente igual ao volume do Tabernáculo e cujo lado é igual ao perímetro da
circunferência de diâmetro igual à aresta desse cubo.

2. A área do círculo com o mesmo diâmetro dessa circunferência é igual à soma da área dos dois
quadrados resultantes do rebatimento coordenativo da Pedra Filosofal 1, definida a partir do
volume de um cubo de aresta igual a 5  A1B1(L), em relação ao qual é definido o volume do
próprio espaço sagrado correspondente ao «Santo dos Santos», se se tiver em linha de conta as
dimensões das asas dos dois querubins ali colocados.

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Cubo de aresta igual à unidade linear do Sistema Decimal , ou seja, 2x 5 A1B1(L).
3
3. O volume da esfera com o diâmetro da circunferência e círculo anteriores é igual ao volume de
um paralelepípedo de dimensões definidas pelas dimensões destes dois querubins, uma vez
que, sendo a sua altura igual a 10  A1B1(L) e a distância entre as extremidades das asas de
ambos igual a (2x5) + (2x5), ou 10 + 10, ou ainda, 20  A1B1(L), estas dimensões
correspondem às de um paralelepípedo formado por 32 cubos de aresta igual a 5  A1B1(L), ou
quatro cubos de aresta igual a 10  A1B1(L). Logo, o seu volume, sendo igual a metade do
volume do cubo correspondente ao «Santo dos Santos», é também aquele que define as trinta
e duas vias de sabedoria divina, sendo estas definidas em relação ao volume de um cubo de
aresta igual a 5  A1B1(L).

Vê-se, portanto, que a área de um círculo e o volume de uma esfera com o mesmo raio estão
relacionados como um espaço canónico definido por uma distância igual ao seu raio, enquanto o
perímetro da circunferência com esse raio está relacionado com o espaço canónico definido por
uma distância correspondente ao seu diâmetro.

Nesta perspectiva canónica e simbólica pode


dizer-se que, sendo o número cento e cinquenta o
E150
número de Salmos bíblicos, e de Avé-Marias do
Rosário, a área do quadrado E150F150(S) representa a
A10 E50 B10 área de um círculo de raio igual ao lado do
quadrado E50F50(S) (FIG.4), sendo o volume da
A5 B5 esfera com esse raio igual a quatro cubos de aresta
F150 igual ao lado deste quadrado, e o perímetro da
F50 circunferência com mesmo raio igual a 6 
O
E50F50(L), ou seja, igual ao lado de um quadrado de
área igual a 62x 50 ou 1.800A1B1(S).

Vê-se deste modo que, quer o raio de uma circunferência, círculo ou esfera seja representado
por um número FIG.
inteiro
4 em relação à unidade A1B1(L), ou pela hipotenusa de um triângulo de catetos
comensuráveis com esta mesma unidade, torna-se possível determinar o seu perímetro, área ou
volume, embora, no segundo caso, não seja possível calcular o volume do cubo de aresta igual a
esse raio. Por isso, com base no que já foi dito a respeito da FIG.1, veja-se ainda como, a partir da
interpretação canónica da constante Pi, pode ser resolvido um problema matemático considerado
insolúvel, conhecido por “Quadratura do Círculo”.
No seu livro «Les Mystères de la Cathédrale de Chartres», Louis Charpentier refere esta frase
enigmática da tradição esotérica, onde a solução deste problema surge associada ao número vinte e
um:

«Três tábuas trouxeram o Graal: uma tábua redonda, uma tábua quadrada e uma tábua
rectangular. Todas elas têm a mesma superfície e o seu Número é 21 ».

Para interpretar esta frase basta ver a FIG.5, onde o número vinte e um corresponde ao lado do
quadrado (A21B21(S)) que representa, no Plano, o espaço canónico definido por uma distância igual
ao lado do quadrado A7B7(S), aquele que estabelece o limite ao Princípio de Identidade definido
pelos lados dos quadrados A5B5(S), A’5B’5(S).

4
Assim, considerando a circunferência de diâmetro igual à aresta do cubo correspondente ao
«Santo dos Santos» do Templo de Salomão, cuja face é igual ao quadrado A20B20(S), sendo o seu
perímetro igual ao lado do quadrado A60B60(S)) (FIG.1), este perímetro é igual ao perímetro do
quadrado A15B15(S) ou A’15B’15(S), uma vez que 4x15 = 60 A1B1(L), o que justifica a “Quadratura
do Perímetro de uma Circunferência”. Por outro lado, sendo o lado do quadrado A’15B’15(S)
hipotenusa de um triângulo em que a soma dos catetos, iguais a 3x4 e 3x3 A1B1(L), ou seja, 12, 9
 A1B1(L), é igual ao lado do quadrado A21B21(S)), é assim também justificado o simbolismo do
número vinte e um.
Em relação à “Quadratura do Volume de uma Esfera”, ela é óbvia, uma vez que o volume da
esfera de raio igual à altura dos dois querubins colocados no «Santo dos Santos», sendo igual à
unidade linear do Sistema Decimal, é igual ao volume de quatro cubos iguais a A10B10(V).
Quanto à “Quadratura da área de um Círculo” ela é feita através da área do quadrado
E300F300(S), cujos vértices coincidem com os pontos extremos de duas Vesicas perpendiculares entre
si, tendo como eixos menores as diagonais do quadrado A10B10(S). Logo, sendo a área do quadrado
E300F300(S) igual a duas vezes a área do quadrado E150F150(S)1, a área do círculo de raio igual a 10 
A1B1(L) é também igual à área de um rectângulo formado por dois quadrados iguais ao quadrado
E150F150(S), que o justifica que as três tábuas mencionadas na referida frase da tradição esotérica
tenham uma forma circular, quadrada e rectangular, e com a mesma superfície.

A21 A’15 B21


A20 E200 B20
E300 E150 F300
A15 B15
A’10

A10 B10
A7 A’5 B7
A5 B5

A1 B1 F150 F200
B’5
O B’10
B’15

FIG. 5
Uma vez interpretada esta frase enigmática da tradição esotérica, veja-se agora como,
precisamente a partir do número cento e cinquenta, se pode chegar à interpretação do valor
numérico convencionalmente atribuído à constante Pi, se a este for atribuído o valor exacto de
3,14.

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Notar que os vértices deste quadrado coincidem também com os pontos extremos das duas Vesicas
perpendiculares entre si, sendo os seus eixos menores as diagonais do quadrado E50F50(S) (FIG.4), iguais ao
lado do quadrado A10B10(S).

5
Considerando que a área do quadrado E150F150(S) é igual a seis vezes a área de um quadrado de
lado igual a 5 A1B1(L) e que estas cinquenta unidades de superfície, e número correspondente de
unidades de volume, podem tomar diferentes formas no Plano e no espaço ( FIG.6) , pode deduzir-
se que o volume de um paralelepípedo de altura igual a A1B1(L) e face correspondente ao quadrado
E150F150(S) é igual ao de um paralelepípedo de altura igual a 6  A1B1(L) e face correspondente a
um quadrado de lado igual a 5  A1B1(L).

FIG. 6

Logo, a área do quadrado E300F300(S) é


numericamente igual ao volume de dois
paralelepípedos simétricos de volume igual a
6x 52  A1B1(L) (FIG.7), sendo do
rebatimento máximo das suas arestas que
resultam dois quadrados de área igual a 157
 A1B1(S) 1(FIG.8) , sendo a soma da área de
ambos igual a 314  A1B1(S). O que quer
dizer que, em relação à área do quadrado
A10B10(S), a área do quadrado E314F314(S)2
(FIG.9), sendo igual a 3,14 A10B10(S) é igual
ao valor numérico convencionalmente
atribuído à constante Pi, ou seja, 3,14 
FIG. 7 A10B10(S).

11
Estes dois quadrados, E157F157(S), E’157F’157(S), estão representados dentro do espaço canónico definido a
partir de uma distância igual a duas vezes o lado do quadrado E5F5(S), de área igual a 5  A1B1(L), sendo o
lado do quadrado E180F180(S) igual a 6  E5F5(S). Por sua vez , o quadrado E5F5(S), é aquele que resulta do
rebatimento máximo das arestas verticais do cubo A1B(S) , estando este colocado na parte superior do Plano.
22
O quadrado E314F314(S) está representado dentro de um espaço canónico definido a partir de uma distância
correspondente ao lado do quadrado E’10F’10(S), de área igual ao dobro da área do quadrado E5F5(S), sendo o
lado do quadrado E360F360 igual a 6  E’10F’10(S). O quadrado E’10F10(S) é, por sua vez, igual à área dos dois
quadrados resultantes do rebatimento máximo das arestas verticais dos dois cubos simétricos unidos pela face
comum A1B(S) (Ver Princípio de Identidade, FIG.1) .
6
E180
E157 F’157

E’157 A5 B5 F180
F157
E5
A1 B1 F5
O

FIG. 8

F360
F314
E200
E157

E360
E314
A10 B10

A5 B5 F157
E5 F’10
E’10
F5

FIG. 9

7
Nesta perspectiva matemática, a área do círculo de raio OE200(L) , ou 10  A1B1(L) (FIG.9) , é
igual à área do quadrado E314F314(S), de lado igual à diagonal do quadrado E157F157(S). Logo, sendo o
lado do quadrado E157F157(S) hipotenusa de um triângulo de catetos iguais a 6 e 11  A1B1(L) , o lado
do quadrado E314F314(S) é hipotenusa de um triângulo de catetos iguais a e catetos iguais a 11-6 e
11+ 6, ou 17 e 5  A1B1(L).
A equivalência numérica entre as áreas deste círculo e quadrado, a partir da fórmula
convencional R2, explica, portanto, a “Quadratura do Círculo” a partir da própria constante Pi, se
o seu valor numérico for igual a 314 A1B1(S) ou 3,14 A10B10(S). O que permite deduzir que, em
relação a este valor numérico, a “Quadratura do Perímetro de uma Circunferência” seria possível,
pela primeira vez, a partir do perímetro de um quadrado de lado igual a 157  A1B1(S), ou seja,
igual a 628 A1B1(S), se o raio da circunferência fosse igual a 100  A1B1(L).
Mas, como representar o volume de uma esfera a partir do valor convencional atribuído a esta
constante? Além disso, será que faz sentido, a nível da “Matemática Pura”, falar-se em
“rectificação” de uma circunferência, “área” de um círculo ou “volume” de uma esfera? Se faz
sentido, é apenas no domínio da “Matemática Aplicada” ao mundo físico em que vivemos, onde
tudo se afigura contínuo. Por isso esta é uma questão que deixo à consideração dos matemáticos,
lembrando apenas que, sob o ponto de vista espaçonumerático, uma circunferência representa o
espaço potencial onde se situa um conjunto teoricamente “infinito” de vértices de quadrados com a
mesma área, relacionados pelo Princípio de Identidade atrás definido, e que os pontos de uma
esfera são definidos pelo processo “labiríntico” referido em “A Linguagem dos Símbolos” (FIG.16).

A6 B6

A3 E12 B3

A2 B2
E3 F3
A1 B1
F6

8
FIG. 10

ada a “descontinuidade” do espaço, talvez problemas matemáticos relacionados com esta


constante possam ser re-equacionados a partir do próprio Cânone Sagrado de Cosmologia.
Afinal, se o valor de  , nas fórmulas matemáticas D , R2 e 4x R3 , for igual três, como
3
sugere a Bíblia, e o raio da circunferência for igual à própria unidade A1B1(L) , estas fórmulas são
justificadas pela representação, no Plano, do próprio espaço canónico, definido a partir de
distâncias iguais a 1 e 2 A1B1(L). Isto porque, sendo

D = 3x 2= 6  A1B1(L)
R2 = 3x 1= 3  A1B1(S)
4x R3 = 4x 3x 1= 4  A1B1(V)
3 3

os números seis, três e quatro correspondem, respectivamente, ao lado do quadrado A6B6(S) , à área
do quadrado E3F3(S) e ao volume de quatro cubos de faces iguais aos quatro quadrados que formam
o quadrado A2B2(S), representados na FIG.10.

Regressa-se assim, ao simbolismo do número seis, o número que a Bíblia associa ao


acabamento do processo cósmico, presente também nas aparições que tiveram lugar em Fátima
1917 e numa das obras mais significativas da pintura portuguesa - o Políptico de S. Vicente de
Fora, dois temas a ser abordados em seguida, não só pelo seu próprio significado, mas também
pela sua relação com temas bíblicos.

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