As sociedades sempre criaram hábitos, costumes e padrões
considerados como a normalidade da ação das pessoas, criando assim uma cultura. Nesse sentido, a contracultura vem para questionar as normas como forma de indicar que algo na cultura está errado e deve ser modificado.
Então podemos dizer que contracultura é uma pratica histórica que
já ocorreu ao longo dos séculos. Um exemplo disso é Sócrates, que La na Grécia antiga teria feito uma contracultura quando criticava os valores gregos dominantes.
Mas voltando a modernidade, podemos citar os movimentos mais
importantes e mais famosos. O movimento beat ou beatnik, que surgiu nos estados unidos em 1950, o movimento hippie que foi o auge da contracultura na década de 1960 e se estendeu para a Inglaterra, com o movimento punk na década de 1970.
Antes de tudo é importante entendermos que a guerra fria foi um
dos fatores decisivos para a revolta dos jovens contra o sistema cultural da época. O mundo estava polarizado em dois blocos econômicos: o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco socialista, liderado pela União Soviética. Dentro do bloco capitalista, havia a promoção de um modo de vida burguês baseado no consumo e no respeito às instituições. Contraditoriamente, o modo de vida burguês pregava também uma idéia de liberdade, que, para a maioria dos jovens de classe média, não fazia sentido. Esses eram estimulados a estudar, trabalhar em empregos que reproduzem a lógica capitalista, constituir família e consumir. O que era feito fora desse ciclo era considerado anormal. Para os jovens da década de 1960, isso não era liberdade, visto que eles não podiam expressar-se e levar a sua vida livremente. Do mesmo modo, as mulheres ainda eram vistas como peças secundárias em uma sociedade extremamente sexista. Era papel da mulher apenas ser uma boa esposa e mãe. No campo político, os jovens norte-americanos revoltavam-se com uma guerra sem sentido, a Guerra do Vietnã, que visava apenas mostrar a superioridade do bloco capitalista sobre o bloco socialista O movimento hippie teve como maior inspiração o movimento beat, pois os beatniks eram poetas e escritores defensores da liberdade criativa, da busca pelo prazer e da contrariedade aos padrões sociais e culturais vigentes. Eles buscaram uma vida nômade, sem raízes certas, e buscaram no consumo de drogas e no sexo livre uma escapatória para a aparente falta de sentido da vida cotidiana burguesa.
Inspirados pela liberdade e pela falta de sentido da vida associada
ao capitalismo e a opressão política, muitos jovens começaram a viver de maneira nômade, praticando o sexo livre e a contrariedade às normas sociais. Eles pregavam a liberdade total: viver como quiser, onde quiser, sem amarras, desde que haja respeito pela liberdade do outro. Encontravam nas drogas e no sexo o prazer que buscavam e pregavam o respeito e o contato com a natureza.
No meio hippie o movimento feminista ganhou força por conta da
busca pela liberdade sexual feminina. Assim como os movimentos negros, como os panteras negras, que lutavam contra a segregação racial.