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As formas de representação do mundo acompanham as transformações do homem e se configuram

a partir dos rumos da história e da organização de determinado grupo, das tecnologias e do


conhecimento acumulados pelas pessoas. Essa é uma das premissas que sustentam as reflexões que
vamos realizar aqui.

Essas características de cada Era fazem parte do que a filosofia chama da estética de cada época, isto
é, os diferentes momentos apresentam formas distintas de se representar o mundo em todos os seus
aspectos: na arte, na culinária, no vestuário, enfim, nas mais diferentes formas de expressão que
compõem a civilização contemporânea. Em contrapartida, se analisarmos essas representações,
podemos descrever, conhecer detalhes de cada momento histórico, visto que são as ações dos
acontecimentos que moldam nosso comportamento e nossas expressões.

Compreender a estética de cada Era, ajudar a registrar essas características e analisá-las de forma
sistemática é uma das “tarefas” da semiótica, uma ciência que estuda as representações ou os
chamados signos, que não têm nada a ver com os do zodíaco. Aqui, dou ênfase, especialmente, à
Semiótica da Cultura (SC), proposta pela Escola de Tártu-Moscou (ETM), que tem origem em meados
do século passado.

É esse referencial teórico, pouco conhecido, é verdade, que vai nortear as proposições das nossas
discussões, as quais terão como foco entender o papel da moda (não apenas do vestuário) como
fator organizador e de construção de sentido na sociedade moderna e contemporânea, a sociedade
de consumo.

A ideia é percebermos que a moda vem se apresentando como combustível que faz funcionar, que
regra as relações econômicas, políticas e sociais. Nosso caminho vai fazer nos darmos conta que a
moda está atrelada à estética do nosso tempo e a semiótica vai nos ajudar a compreender todo esse
processo.

Vamos juntos conhecê-lo?

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