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Faxina não.

Mestrado':
professora fala ao
Estado de Minas sobre
episódio de
preconceito
Professora relata preconceito racial em abordagem em rua de
Belo Horizonte, quando uma senhora lhe perguntou se faz
serviços de limpeza doméstica simplesmente porque é negra.

Em uma reportagem de 2017, no site do jornal Estado de Minas Gerais nos


mostra o caso de uma professora e historiadora Luana Tolentino, mulher,
Negra, de família humilde, se formou professora e leciona no ensino público de
Vespasiano e faz Mestrado na Universidade Federal de Ouro Preto em que
aborda a Contribuição intelectual das mulheres negras à ciência.

Luana conta que foi abordada por uma senhora que a questionou se a mesma
fazia faxina, diante da resposta de Luana "Não, faço mestrado!" A senhora em
questão calou-se, deixando a professora constrangida com tal indagação. "Foi
como levar um soco".

Sabemos que, nossas raízes históricas estão recheadas de atitudes absurdas


e extremamente preconceituosas, a própria Luana nos relata diversas
situações em que viveu algo parecido e doloroso. " Esse olhar que faz com que
o porteiro perguntasse no meu primeiro dia de trabalho se eu estava
procurando vaga de serviços gerais. E também a mesma mentalidade que
levou outro porteiro a perguntar se eu era a faxineira de uma amiga que fui
visitar. É essa construção racista que induziu uma recepcionista da cerimônia
de entrega da medalha da Inconfidência, a maior honraria concedida pelo
Governo pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a questionar se fui
convidada por alguém, quando na verdade, eu era a homenageada".

A historiadora deixa claro que não há problema algum com as profissões de


faxineira e serviços gerais, função tal que exerceu durante um longo tempo
para ajudar pagar seus estudos, ela ainda que dificilmente o racismo será
extinto por se tratar de algo "institucional". "É contra ele que devemos lutar!"

Precisamos retirar estereótipos que nos leva a pensamentos errôneos, seja de


cor da pele, seja de atitudes, seja posturas ou qualquer outro tipo de "rótulos"
que precisemos ter para que sejamos reconhecidos, nem todo terno pertence a
um pastor.

Referência:

https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/07/21/
interna_gerais,885522/racismo-professora-confundida-com-faxineira-fala-
ao-estado-de-minas.shtml

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