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1 e vídeo brasileiro de

Normas de Circulação
e Conduta no Trânsito

Participação especial
do Piloto e DJ
Raul Boesel

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Linguagem Teórica, #
Didática e Dinâmica ^

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Tecnodata
Tecnodata
educacional

FORMAÇÃO DE CONDUTORES
PPD - PERMISSÃO PARA DIRIGIR
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CATEGORIA A e CATEGORIA B
CICLOMOTORES
37a Edição - Agosto 2011

A Tecnodata Educacional desenvolveu o melhor conteúdo para os cursos de Primeira Habilitação


e há mais de 13 anos colabora efetivamente com seus métodos e materiais didáticos para
qualificar o processo de formação de condutores.
Esta apostila foi elaborada para tornar mais agradável o aprendizado dos conceitos de Educação
para o Trânsito, que hoje são extremamente necessários, tanto para a aprovação nos exames de
habilitação quanto para a vida, nesse perigoso ambiente que se tornou o trânsito brasileiro.
Ela também pode ser utilizada com sucesso por pessoas que necessitam renovar sua habilitação
ou reciclar seus conhecimentos em Educação para o Trânsito.
Pense:
Aprende-se a dirigir apenas uma vez, mas o conhecimento servirá para toda a vida. Por isso,
aproveite para fazer bem feito.
Um erro comum é encarar essa importante fase como um obstáculo para se obter a CNH, sem
dar a devida importância.
Divulgue o que aprender: se você achou importante ou interessante, provavelmente também será
útil para outras pessoas.
Para se dar bem: quem pratica os conceitos de respeito e cidadania no trânsito paga menos
multas e está muito menos sujeito a acidentes. Vale a pena levar a sério.
Bons estudos!

Atualizada pelas Resoluções 168/04 e 285/08* do CONTRAN


Atualizada pelas NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS.
* Os conteúdos exigidos pela Resolução 285/08 estão destacados nas disciplinas
com letras na cor azul. 0 texto em preto é aquele que não sofreu alterações pela
nova resolução.

4 fundaçãoi EMPRESA £
3 ABRINQ AMIGA DA <p
j CRIANÇA I
| RECONHECE 1

Série Ouro
Direitos reservados ao C.N.RJ. 03.282.218/0001-74
\ )
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo eletrônico, reprográfico,
etc., sem a autorização por escrito da editora.
EXPEDIENTE
Projeto e Redação final Projeto Gráfico e Diagramação
César B. Bruns Tecnodata Educacional
Ilustrações
Pesquisa, Redação e Revisão
Carlos Alberto Noviski
Carlos B. Bruns
Celso A. Mariano Cléberson Orcheski
César B. Bruns Marco Aurélio Pereira
Elaine Sizilo Paulo Roberto Cavalcanti
Êrica Nickel
Agradecimentos Especiais
Mariana L. Czerwonka
Ruclécia Sottomaior Dr. David Duarte Lima
Dr. Roberto Luiz d'Ávila
Consultoria Técnica em Primeiros Socorros Alessandra C. Martins
Francisco Félix da Costa Filho (socorrista) Erico Bratfish
Neuclair Silvestrini
Capa A todos os instrutores do Brasil que
Omar Vianello colaboram enviando sugestões para a
melhoria dos materiais.

FICHA CATALOGRÁFICA

Curso de Formação de Condutores para a Obtenção da Permissão para Dirigir


e da Autorização para Conduzir Ciclomotores / pesquisa e redação final
César B. Bruns. Curitiba: TECNODATA, 2011. 160 R: il.col.; 15x21 cm.

1. Trânsito - Legislação Brasil. 2. Trânsito - Sinais e sinalização - Brasil


3. Motoristas - Educação. I. Bruns, César B. II. TECNODATA.

CDD (31a ed.)


388.31

Dados internacionais de catalogação na publicação


Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira

TELEVENDAS 0800-704 9991

Vendas e Distribuição:

TECNODATA Trânsito Ltda


Rua Suécia, 623 - Tarumã CEP: 82.800-060 - Curitiba - PR
Fone/fax: (0**41) 3361-1800
Tecnodata E-mail: tecnodata@tecnodataeducacional.com.br

www. t e c n o d a t a e d u c a c i o n a l . com. b
ÍNDICE
Legislação de Trânsito De Advertência 40
Especial de Advertência 42
INTRODUÇÃO 5 43
De Indicacão
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO 5 45
Horizontal
DIRFITOS E DEVERES DO CIDADAO NO TRANSITO 6 46
Dispositivos Auxiliares
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO 7 47
Dispositivos de Uso Temporário
AS VIAS 8 47
Semafórica
VFI OniDADF MÁXIMA NAS VIAS 8 48
De Obras
CLASSIFICACÃO GERAL DOS VEÍCULOS 9 48
Gestos dos Agentes de Trânsito
IDENTIFICACAO DOS VEÍCULOS 10 48
Gestos de Condutores
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE 11 48
Sinais Sonoros
IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR 11 49
QUESTÕES
PROCESSO DE HABILITAÇÃO 11
CATEGORIAS DE CNH 13
Direção Defensiva
RENOVAÇÃO DA CNH 14 INTRODUÇÃO. DEFINIÇÃO bl
NORMAS GERAIS DE CIRCULACAO E CONDUTA 15 NEGLIGÊNCIA. IMPRUDÊNCIA. IMPERÍCIA 52
TRAFEGANDO 16 53
ELEMENTOS DA DIREÇÃO OU PM OTAGEM DEFENSIVA
RESTRIÇÕES DE USO DAS VIAS 16 CONHECIMENTO 53
PRIORIDADE DE PASSAGEM 17 CONDICÕES ADVERSAS: 54
CRUZAMENTOS 17 54
De Iluminação
MUDANÇAS DE DIREÇÃO E MANOBRAS 18 56
De Tempo
ULTRAPASSAGENS 19 59
Das Vias
REDUZIR. FREAR. PARAR E ESTACIONAR 19 61
De Trânsito
USO DE LUZES E BUZINA 20 61
Do Veículo
NORMAS DE CIRCULACÃO PARA CICLOS 21 62
De Cargas
NORMAS DECIRCULACÃO PARA PEDESTRES 21 63
De Passageiros
ACIDENTES 21 64
CONDICÕES ADVERSAS DO CONDUTOR:
CRIMES DE TRÂNSITO 22 65
Álcool
OIJFSTÕES 24 67
Drogas e Medicamentos
Sono e Fadiga 68
Infrações de Trânsito CONDICÕES ADVERSAS - Considerações Finais: 69
PENALIDADES. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS 25 ATENÇÃO 70
CONDUTOR 28 PREVISÃO 70
VELOCIDADE 28 HABILIDADE 71
HABILITAÇÃO 29 AÇÃO 71
NÃO REDUZIR 29 ACIDENTES 71
ACIDENTES DE TRÂNSITO 29 COMO EVITAR ACIDENTES: 72
BUZINA E SOM 29 Cinto de Segurança 73
EFETUAR ULTRAPASSAGENS 30 Equipamentos de Segurança do Piloto 74
CIRCULACÃO 30 Velocidade Compatível 75
EFETUAR RETORNO E CONVERSÕES 31 EVITANDO COLISOES: 76
NÃO DAR PASSAGEM OU PREFERÊNCIA 31 Com o Veículo da Frente 76
MOTOCICLETA, MOTONETA E CICLOMOTOR 31 Com o Veículo de Trás 78
VFÍCIJLOS 32 Com os Demais Veículos 78
ESTACIONAR 32 Com Veículos em Sentido Contrário 79
LUZES E SINAIS 33 Nas Ultrapassagens 80
TRANSPORTES E CARGAS 33 Nas Curvas 80
PARAR 34 Nos Cruzamentos 81
NÃO PARAR 34 Em Marcha à Ré 82
TRANSITAR COM VEÍCULO AUTOMOTOR 34 Entre Veículos de Pequeno Porte e Grande Porte 82
PEDESTRES E VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS 35 Entre Automóveis e Motocicletas 84
VFÍOIJLO - IDENTIFICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO 35 Com Ciclistas 85
OUESTÕES 35 Com Pedestres 85
Com Animais 86
Sinalização Com Elementos Fixos 87
RESOLUÇÃO 160/04 37 DIREÇÃO OU PILOTAGEM DEFENSIVA NAS RODOVIAS 87
SINALIZAÇÃO: 37 QUESTÕES 89
De Regulamentação 37

Tecnodata
educacional
ÍNDICE

Primeiros Socorros Meio Ambiente


ACIDENTES . 91 PLANETA TERRA 123
OIIFM DFVF PRFSTAR SOCORRO AS VITIMAS? 92 MEIO AMBIENTE 123
QUAIS AS PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS? 93 ECOLOGIA 124
ORIGEM DOS FERIMENTOS 96 A~ÁGUA 125
ATENDENDO ÀS VÍTIMAS 91 PQLUIÇÃQ 126
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 97 POLUIÇÃO DO AR 126
A. Desobstruir vias aéreas e estabilizar a coluna cervical 97 TRÂNSITO E MEIO AMBIENTE 127
B. Verificar a respiração _98 p TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES ~128
C. Verificar a circulação 98 PRINCIPAIS GASES EMITIDOS 129
D. Verificar o estado de consciência 98 EMISSÃO DE PARTÍCULAS 130
E. Proteção da vítima 99 EMISSÃO SONORA 130
MANUTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS 99 CUIDADOS COM O MOTOR DO VEÍCULO 131
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 100 L1X0 E OUTROS POLUENTES 131
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 100 ps VFÍCULOS POLUIDORES 132
Respiração Artificial 100 QUESTÕES 134
Reanimacão Cardiopulmonar (RCP) 101

ESTADO DE CHOQUE 102 INTRODUÇÃO 135


DESMAIO 103 PAINEL DE INSTRUMENTOS 136
CONVULSÕES 104 MOTOR 138
HEMORRAGIAS: 104 CONHECIMENTOS BÁSICOS 138
Externa 104 Combustível 139
Interna 105 Lubrificante 140

Nasal 106 Refrigeração —140


FRATURAS: 106 Sistema Elétrico 141
Fechadas 106 CÂMBIO E EMBREAGEM 142
Abertas ou Expostas 101 DIREÇÃO
Na Coluna Vertebral 107 SUSPENSÃO 143
De crânio 108 FREIOS 143
De costelas 109 PNEUS 144
De quadril 109 A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA 145
QUEIMADURAS 110 VERIFICAÇÃO PERIÓDICA - Automóveis 146
FERIMENTOS NOS OLHOS 111 RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA 147
FERIMENTOS NO TÓRAX E ABDÔMEN 111 EXTINTORES DE INCÊNDIO 148
ACIDENTES COM MOTOS 112 MECÂNICA DE MOTOCICLETAS 149
COMO PRESTAR AUXÍLIO EM CASO DE ACIDENTE VERIFICAÇÃO PERIÓDICA - Motocicletas 150
COM MOTOCICLISTA 113 PROBLEMAS MECÂNICOS EM MOTOCICLETA 151
MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 114 DIREÇÃO ECONÔMICA 152
QUESTÕES 115 EQUIPAMENTOS OBRIGATORIOS para automóveis
e motos 154
Cidadania 2ÜESIQES 152
INDIVÍDUO 117
GRUPO SOCIAL 111 GABARITO DAS QUESTÕES 158
SOCIEDADE 117 BIBLIOGRAFIA ^58
O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE 118 T ABFI A DE SINALIZAÇÃO 159
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS 118
RELACIONAMFNTO INTERPESSOAL 119
O CIDADÃO E O TRÂNSITO 120
RESPEITO MÚTUO NO TRÂNSITO 121
QUESTÕES 133

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T e c neducacional
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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO - Atualizado com a Res. 285/08
A Legislação de Trânsito no Brasil é formada pela Lei n° 9.503/97 - Código
INTRODUÇÃO de Trânsito Brasileiro - CTB, e por um conjunto de Resoluções, Portarias,
Decretos e Normatizações complementares.

Código de 0 Código de Trânsito Brasileiro - CTB fundamenta seu conteúdo na


segurança do trânsito, no respeito pela vida e na defesa e preservação
Trânsito do meio ambiente.
Brasileiro 0 Código define atribuições das autoridades e órgãos ligados ao trânsito,
fornece diretrizes para a Engenharia de Tráfego, estabelece normas de
conduta, define infrações e penalidades para os usuários do trânsito.
Nesta obra analisamos e interpretamos a legislação de trânsito sob o
ponto de vista do usuário das vias, com ênfase para o condutor.
0 Código de Trânsito Brasileiro, tem como base a Constituição do Brasil,
respeita a Convenção de Viena e o Acordo do Mercosul.
Convenção de Viena - 1968
Padronizou a sinalização e normas de trânsito internacionais, que foram
adotadas por diversos países, inclusive o Brasil. Essa padronização permite
que condutores possam trafegar com segurança em outros países, mesmo
sem dominar o idioma local.
Acordo Mercosul - 1992
Estabeleceu normas para uniformizar o trânsito entre os países integrantes
do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e mais recentemente
a Venezuela.

COD/GO DE TRANSITO BRASILEIRO


CTB: Lei Tocio condutor tem a obrigação de conhecer e cumprira legislação de trânsito,
e estará sujeito a multas e demais penalidades sempre que transgredi-las.
9.503 de
O condutor é responsável por todos os seus atos no trânsito. O
23/09/97 desconhecimento da lei não pode ser usado na defesa de um infrator.
O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO é composto de 21 capítulos
e originalmente tinha 341 artigos, dos quais 17 foram vetados pelo
Presidente da República e um foi revogado.
01. Disposições Preliminares.
02. Do Sistema Nacional de Trânsito.
03. Das Normas Gerais de Circulação e Conduta.
04. Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados.
05. Do Cidadão.
06. Da Educação para o Trânsito.
07. Da Sinalização para o Trânsito.
08. Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do
Policiamento Ostensivo.
c
Legislação de Trânsito
09. Dos Veículos.
10. Dos Veículos em Circulação Internacional.
11. Do Registro de Veículos.
12. Do Licenciamento.
13. Da Condução de Escolares.
13-A. Da Condução de Motofrete.
14. Da Habilitação.
15. Das Infrações.
16. Das Penalidades.
17. Das Medidas Administrativas.
18. Do Processo Administrativo.
19. Dos Crimes de Trânsito.
20. Das Disposições Finais e Transitórias.
0 Capítulo I, das Disposições Preliminares, traz algumas definições e
atribuições interessantes em seu Artigo I o :
Respeito ávida Respeito à vida e preservação do meio ambiente
e preservação do • Trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
meio ambiente para circulação, parada, estacionamento e operação de carga e
descarga (§ I o ).
• Trânsito em condições seguras é um direito de todos (§ 2o).
• Os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos
causados ao cidadão em virtude de ação, omissão ou erro (§ 3o).
• Será dada prioridade à segurança, defesa e preservação da vida
e do meio ambiente (§ 5o).

DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO NO TRÂNSITO


Os direitos e obrigações do cidadão no trânsito são claramente definidos
no CTB.
É seu dever:
• Transitar sem constituir perigo ou obstáculo para os demais
elementos do trânsito (Art. 26 do CTB). Todas as demais regras
são derivadas desse conceito.
São seus direitos:
• Utilizar vias seguras e sinalizadas. Em caso de sinalização deficiente
ou inexistente, a autoridade com jurisdição sobre a via deve
responder e ser responsabilizada (Art. I o do CTB, § 2o e § 3o).
• Sugerir alterações a qualquer artigo ou norma do CTB e receber
resposta, bem como solicitar alterações em sinalização,
fiscalização e equipamentos de segurança e ser atendido ou
receber resposta (Art. 72 e 73 do CTB).
• Cobrar das autoridades a educação para o trânsito (Art. 74),
que é prioridade definida pelo CTB.
6 Legislação de Trânsito
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO

Código de SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO é o conjunto de entidades da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem por finalidade
Trânsito 0 exercício das atividades de planejamento, administração, normatização,
Brasileiro pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e
reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema
viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos
e aplicação de penalidades (Capítulo II, Seção I, Art. 5o do CTB).

São objetivos do Sistema Nacional de Trânsito (Art. 6o do CTB):


1 - segurança, fluidez, conforto, defesa ambiental e educação;
2 - padronização de critérios técnicos, administrativos e financeiros;
3 - fluxo de dados.

Órgãos São órgãos com funções coordenadora, consultiva e normativa (Art. 7o


do CTB).
normativos • CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do
doSNÜ sistema.
• CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito.
• CONTRANDIFE - Conselho de Trânsito do Distrito Federal.

Órgãos São órgãos responsáveis pelo cumprimento das leis de trânsito (Art. 8o
ao 25° do CTB).
executivos
doSNÍ Federais:
• DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito.
• DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.
• PRF - Polícia Rodoviária Federal.
Estaduais:
• DETRANs - Departamentos Estaduais de Trânsito.
• CIRETRANs - Circunscrições Regionais de Trânsito.
• DERs - Departamentos de Estradas de Rodagem.
• PMs - Polícias Militares e Polícias Rodoviárias Estaduais.
Municipais:
• Departamentos Municipais de Trânsito.
• JARIs - Juntas Administrativas de Recursos de Infrações. Todos os
órgãos de trânsito que emitem multas possuem JARI (DNIT, PRF,
DETRANs, CIRETRANs, DERs, PMs e Departamentos Municipais
de Trânsito).

Os assuntos relativos a CONDUTOR e VEÍCULO são de responsabilidade


do DETRAN e das CIRETRANS de cada estado.
Nas cidades em que o trânsito está municipalizado é de responsabilidade
dos Órgãos Municipais de Trânsito fiscalizar a circulação, parada e
estacionamento dos veículos, além de implantar, manter e operar o
sistema de sinalização nas vias urbanas.

Legislação de Trânsito 9
Via Terrestre (Art. 2° do CTB): é a superfície por onde transitam veículos,
pessoas e animais, compreendendo pistas de rolamento, acostamentos,
calçadas ou passeios públicos, ilhas e canteiros centrais.
As vias podem ser (Anexo I do CTB): vias internas de condomínios, ruas,
avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas, rodovias e praias
abertas à circulação pública.

Classificação de Vias Rurais (Art. 60 e Anexo I do CTB):


• Rodovias: definidas pelo CTB como vias rurais pavimentadas.
• Estradas: vias rurais não pavimentadas (existem exceções).

Vias urbanas Classificação de Vias Urbanas (Art. 60 e Anexo I do CTB):


• Vias de trânsito rápido: não possuem cruzamentos diretos, nem
semáforos, nem travessia de pedestres em nível (diretamente
sobre a pista de rolamento).
• Vias arteriais: ligam diferentes regiões de uma cidade, com
cruzamentos ou interseções geralmente controlados por semáforos.
• Vias coletoras: coletam e distribuem o trânsito dentro das regiões
da cidade e dão acesso a vias de maior porte.
• Vias locais: vias de trânsito local, com cruzamentos geralmente
sem semáforos.

A velocidade máxima em cada via é definida pela legislação e pela


sinalização. Em vias não sinalizadas, os limites de velocidade são os
seguintes (Art. 61 do CTB):
Em vias urbanas:
• 30 km/h nas vias locais.
• 40 km/h nas vias coletoras.
• 60 km/h nas vias arteriais.
• 80 km/h nas vias de trânsito rápido.
Em rodovias:
• 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas.
• 90 km/h para ônibus e micro-ônibus.
• 80 km/h para os demais veículos.

Em estradas:
• 60 km/h.
Velocidade mínima (Art. 62 do CTB):
• Não poderá ser inferior à metade da máxima permitida no local.

8 Legislação de Trânsito 8
Velocidade Segura (Art. 43 do CTB):
• Em vias de grande movimento e rápido escoamento, é preciso
acompanhar o fluxo sem obstruir os demais veículos.
• Em vias locais, precisamos dirigir em baixa velocidade, prevendo
que as pessoas possam estar mais descontraídas e desatentas.
Importante!
0 condutor deve dirigir em velocidade compatível com a segurança,
levando em conta os fatores locais como: tráfego de veículos e
pedestres, condições climáticas, da via etc.

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS VEÍCULOS (Art. 96 do CTB)


Quanto à tração:
• automotor; elétrico; de propulsão humana; de tração animal;
reboque ou semirreboque.
Quanto à espécie:
a) de passageiros: bicicleta, ciclomotor, motoneta, motocicleta,
triciclo, quadriciclo, automóvel, micro-ônibus, ônibus, reboque
ou semirreboque, charrete.
b) de carga: motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, caminhonete,
caminhão, reboque ou semirreboque, carroça, carro de mão.
c) misto de passageiros e carga: camioneta, utilitário, outros.
d) de competição.
e) de tração.
f) especial.
g) de coleção.

Quanto à categoria:
• oficial: de representações diplomáticas, repartições consulares,
de carreira ou organismos internacionais reconhecidos junto ao
governo brasileiro.
• particular; de aluguel; de aprendizagem.

-Camioneta ou caminhonete?
• Camioneta: veículo que transporta os passageiros e a carga no
mesmo compartimento.
• Caminhonete: veículo geralmente equipado com caçamba, que
leva a carga separada dos passageiros.

Motocicleta, motoneta ou ciclomotor?


• Motocicleta: veículo que o condutor pilota na posição montada.
• Motoneta: veículo que o condutor pilota na posição sentada.
• Ciclomotores: veículos com motores de até 50 cilindradas,
incluindo cicloelétricos. 0 condutor deve ser habilitado. Mais
detalhes em Processo de Habilitação.

Legislação de Trânsito 9
IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

CRV - Certificado de Registro do Veículo (Art. 121 do CTB) - documento


OOuOturv
cs*wic«o us ncarnoz ucEnctí OOOOocOOvt<c«xo
Q de porte não obrigatório, que deve ser guardado em local seguro, e servirá
o no; oo .oooooci. para transferir de propriedade (em caso de venda do veículo), alterar o
0 endereço do proprietário ou alterar as características do veículo.
0 000.000.000- >0 » X-0000 Neste documento constam todas as características de identificação do
tttx00*00* -O^OOO j
PAS/AxtOMQVfcl 'f âl CO/üASfO
í veículo. As principais são: RENAVAM - Registro Nacional de Veículos
YH/G0L 1,0 Automotores, Placa e Número do Chassi. No CRV também constam:
[ 5>/m • exctiCí; POÍM
, MS,X ">.•;• .-n/i-./^oo
número do motor, cor, marca/modelo, categoria, capacidade, nome e
[«; fofoooon' endereço do proprietário e outras.
»l«(»v cefc VflCtMtNlO !" éo/ofl/oo
"CT^íi x/rffPOCO CRLV - Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo - documento
de porte obrigatório, onde constam, além das características do veículo,
' LUÍlTl«i/PB
informações sobre o pagamento do IPVA, do Seguro Obrigatório - DPVAT
e ano em exercício.
Qualquer alteração nas características originais do veículo somente
poderão ser feitas mediante autorização especial do DETRAN que emitiu
o documento (Art. 98 do CTB).
DPVAT - Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias
Terrestres: é o seguro obrigatório que deve ser pago anualmente por
todos os proprietários de veículos automotores; o DPVAT indeniza vítimas
de acidentes de trânsito envolvendo veículos automotores em caso de
morte (R$ 13.500,00) ou invalidez permanente (até R$ 13.500,00) e faz
o reembolso de despesas médicas e hospitalares (até R$ 2.700,00).
O interessado deve requerer a indenização e apresentar a documentação
para uma seguradora de sua escolha, que administra o processo até o
pagamento. Em caso de veículos de transporte coletivo a indenização só
será paga pela seguradora que contratou o seguro do veículo envolvido.
0 prazo para dar entrada em um pedido de indenização do DPVAT é de
3 anos, a contar da data em que ocorreu o acidente. Mais informações
no site www.dpvatseguro.com.br.

As cores da placa identificam a categoria do veículo:

\Jf • MUNICÍPIO U» • UUMlCiPIO


AAA-0000 AAA-0000

Aluguel

ÀÀA-ÕÕOO AAA
0000
Aprendizagem Ciclomotores

A partir de 2014 os veículos poderão ser identificados também através


de placas eletrônicas que serão instaladas progressivamente com a
implantação do SINIAV - Sistema Nacional de Identificação Automática
dos Veículos.
10 Legislação de Trânsito
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE
É dever do vendedor:
• Preencher o recibo - ATPV (Autorização para Transferência de
Propriedade de Veículo) que consta no verso do CRV com letra
legível, datar, assinar e reconhecer firma presencialmente em
cartório.
• Comunicar a venda ao DETRAN (Art. 134 do CTB) por escrito, em
até 30 dias, para não ser responsabilizado por infrações e outros
atos do novo proprietário.
É dever do comprador:
• Assinar a ATPV e reconhecer firma presencialmente em cartório
(res. 310/09).
• Encaminhar os documentos necessários à transferência de
propriedade, junto ao DETRAN ou CIRETRAN.
• 0 prazo máximo para transferência de propriedade é de 30 dias
após a aquisição do veículo; ultrapassar esse prazo constitui
infração grave.

IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR
0 condutor deverá portar, obrigatoriamente, o documento original de
habilitação, compatível com a categoria do veículo que estiver conduzindo,
dentro do prazo de validade. (Art. 159 do CTB)
• Permissão para Dirigir - PPD - documento válido por um ano.
• Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC.
• Carteira Nacional de Habilitação - CNH: a CNH atual contém
fotografia e os números dos principais documentos do condutor,
sen/indo como documento de identificação em todo território
nacional.
• Documento de identificação: obrigatório para condutores
portadores de CNH sem foto.
No modelo atual de CNH consta o número RENACH - Registro Nacional
dos Condutores Habilitados (Anexo I do CTB), que é definido no início
do processo de habilitação. Por esse número, o condutor poderá ser
atendido ou autuado em qualquer estado do país.

0 processo de habilitação tem validade de um ano, com a possibilidade


de transferência e continuidade em outros estados. No caso da Primeira
Habilitação é possível candidatar-se à:
• ACC. • Categoria A. • Categoria B.
• Categorias A e B. • ACC e categoria B.

Legislação de Trânsito 11
Obtenção da Para obter a ACC ou habilitar-se na(s) categoria(s) escolhida(s) o
candidato deve:
habilitação • Ser penalmente imputável (ter 18 anos).
• Saber ler e escrever.
• Possuir documento de identificação e CPF.

Avaliação • Ser aprovado na avaliação psicológica, que permite detectar


Psicológica se o candidato é portador de distúrbios que o impeçam de dirigir.

Exame Médico • Ser aprovado no exame de aptidão física e mental, que avalia
a visão, força muscular, coração, pulmão e saúde mental.

Curso Teórico • Obter certificado de conclusão em curso teórico de 45 horas/aula,


em um Centro de Formação de Condutores - CFC credenciado
pelo DETRAN.

Exame Teórico • Ser aprovado com 70% ou mais de acertos em prova teórica
aplicada pelo DETRAN. A prova pode ser convencional ou eletrônica,
com no mínimo 30 questões distribuídas proporcionalmente à
carga horária de cada disciplina do curso teórico.

Curso Prático • Obter certificado de conclusão de curso prático de direção


em CFC credenciado, de no mínimo 20 horas/aula para cada
categoria de habilitação pretendida, sendo 4 horas/aula realizadas
no período noturno.
• Para o curso prático, o DETRAN emite a LADV - Licença para
Aprendizagem de Direção Veicular, em nome do candidato,
que deverá estar com o instrutor, obrigatoriamente, no original,
toda vez que o candidato estiver dirigindo (Art. 155 do CTB).
Desrespeitar esta norma suspende a LADV por 6 meses.
• 0 trajeto das aulas práticas deve ser feito em vias urbanas e rurais,
também para motos e ciclomotores - que atualmente é realizado
somente em circuitos fechados (Res. 285/08 do CONTRAN).

Exame Prático • Ser aprovado em exame prático de direção para cada categoria
pretendida.
• Para categoria "B", o candidato deverá fazer um percurso
determinado pelos examinadores, e será reprovado se cometer
faltas eliminatórias ou que somem mais de 3 pontos negativos.
• Para motos e ciclomotores, o exame continua sendo feito em
circuito fechado.

Reprovação no A aprovação em uma etapa permite fazer a etapa seguinte. Se reprovar no


exame teórico ou prático, o candidato terá de esperar 15 dias para fazer
exame novo exame, sem precisar repetir as etapas nas quais tiver sido aprovado.

Permissão Se for aprovado em todas as fases o candidato receberá a Permissão


para Dirigir - PPD, válida por um ano. Durante esse período, se não for
para dirigir multado, por infração gravíssima ou grave, nem reincidir em multa por
infração média, terá direito a sua CNH. Caso contrário, terá que reiniciar
todo o processo de habilitação.
12 Legislação de Trânsito 12
CATEGORIAS DE CNH (Anexos I e li da Res. 168/04)
••MMMtHMNMHMMMIMIH^^

Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC: habilita o condutor


a conduzir ciclomotores (até 50 cilindradas). Não é considerada uma
categoria, pois pode ser obtida por condutores das categorias B, C, D e
E, constando como uma observação na CNH. Nesse caso, os candidados
à ACC deverão fazer 20 horas/aula práticas (Res. 347/10), exame de
direção veicular e de aptidão física e mental.
Categoria A: habilita a conduzir veículos automotores de 2 ou 3 rodas,
com ou sem carro lateral, como motocicletas, ciclomotores, motonetas,
triciclos. Não permite dirigir nenhum outro tipo de veículo automotor.
Categoria B: habilita a conduzir veículos automotores com ou sem
reboque, com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg e lotação máxima de
8 lugares, fora o do condutor. Não permite dirigir veículos automotores
de 2 ou 3 rodas. Permite conduzir veículo automotor da espécie motor-
casa cujo peso não exceda a 6.000 kg, ou cuja lotação não exceda a
8 lugares, excluído o do condutor. (Lei 12.452/11)
Categoria C: permite dirigir todos os veículos da categoria B e tratores,
máquinas agrícolas e veículos de carga com mais de 3.500 kg de PBT com
ou sem reboque, desde que o reboque pese menos de 6.000 kg de PBT.
Exigências para habilitação na categoria C:
• Ter pelo menos 1 ano de habilitação na categoria "B".
• Não ter sido multado por falta grave ou gravíssima, nem ser
reincidente em multa por infração média nos últimos 12 meses.
• Ser aprovado em exame de aptidão física e mental.
• Realizar curso prático de 15 horas/aula, sendo 3 delas à noite, e
teste de direção veicular.
Categoria D: permite dirigir todos os veículos das categorias B e C, e
veículos de passageiros sem reboque com lotação maior que 8 lugares.
Exigências para habilitação na categoria D:
• Ser habilitado na categoria "C" por pelo menos 1 ano, ou no
mínimo, 2 anos na categoria "B".
• Ter mais de 21 anos e ser aprovado em exame de aptidão física
e mental.
• Não ter sido multado por infração grave ou gravíssima, nem ser
reincidente em multa por infração média nos últimos 12 meses.
• Realizar curso prático de 15 horas/aula, sendo 3 delas à noite, e
teste de direção veicular.
Categoria E: permite conduzir todos os veículos das categorias B, C e D,
trailers e veículos que rebocam unidades com mais de 6.000 kg de PBT
ou com lotação superior a 8 passageiros. É a única categoria que permite
conduzir veículos com mais de um reboque.
Exigências para habilitação na categoria E:
• Estar habilitado há pelo menos um ano na categoria "C".
• Ter mais de 21 anos e ser aprovado em exame de aptidão física
e mental.
13
• Não ter sido multado por infração grave ou gravíssima, nem ser
reincidente em multa por infração média nos últimos 12 meses.
• Realizar curso prático de 15 horas/aula, sendo 3 delas à noite e
teste de direção veicular.

São especializações dentro das categorias: Transporte coletivo de


passageiros, Transporte de escolares, Transporte de emergência,
Transporte de produtos perigosos, Transporte de carga indivisível,
mototáxi e motofrete (motoboy).
Para obter essas especializações o condutor necessita preencher as
seguintes exigências adicionais:
• Ser maior de 21 anos.
• Possuir CNH da categoria exigida pela especialização e no caso
da categoria A, por pelo menos dois anos.
• Ser aprovado em curso específico da especialização pretendida,
de 50 horas/aula cada. No caso das especializações para moto
de 30 horas/aula.
• Usar colete retrorefletivo de segurança, no caso dos motociclistas.
• Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir ou
cassação da CNH.
• Ser aprovado em avaliação psicológica e exame de aptidão física
e mental.*
• Não ter sido multado por infração grave ou gravíssima, nem ser
reincidente em multa por infração média nos últimos 12 meses.*
*Não se aplicam às especializações da categoria A, segundo a lei de
origem.

RENOVAÇÃO DA CNH CAnexo II Res. 168/04)


A validade máxima da CNH é de 5 anos para condutores de até 65 anos
e de 3 anos para condutores acima de 65 anos, ou conforme laudo médico.
Após a data de vencimento da habilitação (indicada no documento), o
condutor terá 30 dias para solicitar renovação junto ao DETRAN. Se perder
esse prazo e dirigir estará cometendo uma infração gravíssima, sujeito à
multa e 7 pontos no prontuário, retenção do veículo e recolhimento da CNH.
Para renovar a CNH é necessário:
• Exame de aptidão física e mental.
• Avaliação psicológica (para motoristas profissionais).
Condutores com CNH emitida antes de 1998, que não tiveram cursos
de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverão fazer uma das
opções abaixo:
• Fazer prova dessas disciplinas diretamente no DETRAN.
• Realizar curso à distância das duas disciplinas e fazer a prova.
• Realizar curso presencial com 15 horas/aula, sendo dispensado
de realizar prova.
• Ou atender determinação do DETRAN local.

Legislação de Trânsito 16
NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA (Capítulo m do CTB)

As Normas Gerais definem comportamentos corretos dos usuários das


vias terrestres, principalmente dos condutores de veículos.
Apesar de serem procedimentos básicos que todo condutor deve praticar,
os erros em manobras, extremamente freqüentes, são responsáveis por
grande parte das infrações e acidentes.
Muitas das Normas de Conduta são semelhantes às técnicas
de Direção Defensiva, porque ambas têm o mesmo objetivo: a
segurança no trânsito. Ao desrespeitar uma norma de circulação
e conduta, o condutor estará cometendo uma infração ou crime
e sujeitando-se a multas, medidas administrativas e outras
penalidades, de acordo com o Art. 161 do CTB.

Regra Fundamental:
Evitar qualquer ato que possa constituir perigo ou obstáculo
para os demais elementos do trânsito. Portanto, a responsabilidade
do condutor começa muito antes de conduzir o veículo pela via
(Art. 26 do CTB).

Porte e validade dos documentos do condutor e do veículo (Art. 159).


Antes de sair,
• Carteira Nacional de Habilitação, original, compatível com a
verifique: categoria do veículo e dentro do período de validade.
• Licenciamento do veículo, dentro do período de validade.
• Documento de Identificação (para CNH sem foto).
• Portar próteses ou lentes corretivas indicadas na CNH.
Estado e condições do veículo (Art. 27).
• Veículo em bom estado de funcionamento e conservação.
• Combustível em quantidade suficiente.
• Presença dos itens obrigatórios, em boas condições. Os
equipamentos poderão ser checados pelas autoridades de trânsito
em vistorias ou "blitze".

Condições do condutor e dos passageiros.


• Estar emocionalmente equilibrado, bem disposto e sóbrio.
• Estar convenientemente calçado; não é permitido dirigir usando
calçados que não se firmem nos pés ou que comprometam a
utilização dos pedais (Art. 252 do CTB).
• Estar com o número de passageiros e o volume de carga
compatível com a capacidade do veículo e com a CNH.
• Passageiros menores de 10 anos devem ocupar o banco traseiro,
usando individualmente cinto de segurança e equipamento de
retenção adequado à sua idade, peso e altura:
• Até um ano, bebê-conforto no sentido contrário ao deslocamento
do veículo.
• De um a quatro anos, cadeirinha.

Legislação de Trânsito 15
• De quatro a sete anos e meio, assento de elevação.
• A partir de sete anos e meio, cinto de segurança.
• Em motocicletas é proibido transportar crianças menores de 7
anos ou sem condições de cuidar-se.
• Condutor e passageiros usando cinto de segurança (automóveis).
• Não haver qualquer parte do corpo do condutor ou de passageiro
para fora do veículo (automóveis).
• Não jogar nem abandonar qualquer objeto sobre as vias.

TRAFEGANDO
Dirigir exige grande responsabilidade. O condutor deve estar sempre
atento e utilizar as duas mãos, dominando totalmente o veículo.
• Conduzir o veículo pelo lado direito das vias, salvo em situações
justificadas e devidamente sinalizadas (Art. 29, inciso I).
• Não arrancar bruscamente e manter distância de segurança lateral
e frontal dos demais veículos e do bordo da pista. Lembre-se de
que a distância segura depende da velocidade, do tipo de piso e
das condições locais do trânsito (Art. 29, inciso II).
• Não trafegar em pistas sinalizadas como exclusivas para outros
tipos de veículos.
• Em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são destinadas
aos veículos mais lentos e de maior porte; as faixas da esquerda
são utilizadas para ultrapassagem e deslocamento de veículos
mais rápidos, devendo todos respeitar o limite de velocidade
máxima definido para a via (Art. 29, inciso IV).
• Veículos de tração animal deverão trafegar pelo lado direito da
pista, próximo ao meio fio ou pelo acostamento, se não houver
faixa especial. Seus condutores deverão obedecer às normas de
circulação e sinalização (Art. 52 do CTB).

RESTRIÇÕES DE USO DAS VIAS


• Os veículos motorizados só poderão trafegar nos passeios,
m -V iij.v; „ calçadas ou acostamentos para entrar e sair de imóveis ou áreas
de estacionamento (Art. 29, inciso V).
mpmF* ifgl
• Em rodovias e estradas com acostamento, são permitidas
somente as paradas de veículos com defeitos ou em emergências.
• O tráfego pelos acostamentos é permitido somente quando
a pista de rolamento estiver danificada, em obras ou bloqueada
gl
por acidentes.
• Em paradas temporárias, por motivo de emergência, o condutor
deverá providenciar sinalização de advertência (Art. 46 do CTB).

16 Legislação de Trânsito 16
PRIORIDADE DE PASSAGEM
Ao entrar e sair de estacionamentos e imóveis, o condutor deverá
parar e dar a preferência a pedestres que estejam na calçada e
aos veículos que estiverem transitando pela via.
Veículos precedidos de batedores têm prioridade de passagem.
Os condutores deverão deixar livre a faixa da esquerda (Art. 29,
inciso VI).
Veículos de emergência em serviço, com sirene e luzes vermelhas
ligadas, têm prioridade sobre os demais (viaturas de polícia, dos
bombeiros, ambulâncias, etc.) (Art. 29, inciso VII).
Veículos que se deslocam sobre trilhos têm prioridade de passagem
sobre os demais (Art. 29, inciso XII). A lei obriga o condutor a
parar antes do cruzamento com via férrea. (Art. 212 do CTB).

CRUZAMENTOS
Os cruzamentos são os locais no trânsito onde ocorre o maior número de
acidentes e atropelamentos.

Preferências de passagem em cruzamento:


Em cruzamentos sinalizados, é a sinalização que determina de
quem é a preferência de passagem.
Em cruzamentos entre vias de tipos diferentes, sem sinalização,
terá a preferência o usuário que estiver trafegando pela via de
maior porte.
Em rotatórias, a preferência é dos veículos que já estiverem por
ela trafegando (Art. 29, inciso III, alínea b).
Em cruzamentos de vias de mesmo porte e sem sinalização, tem
preferência de passagem o veículo que se aproximar pela direita
do condutor (Art. 29, inciso III).

Recomendações
O condutor deve aproximar-se dos cruzamentos com atenção redobrada,
reduzir a velocidade, sinalizar suas intenções com antecedência, obedecer
à sinalização e aos critérios de preferência (Art. 44 do CTB).

Nos cruzamentos com semáforo:


• Planejar a travessia com antecedência, em função do fluxo dos
demais veículos.
• Não parar sobre a faixa de pedestres.
• Não parar sobre a área de interseção das vias.
• Jamais passar com sinal vermelho nem acelerar para aproveitar
o sinal amarelo.
• Ao sinal verde, avançar somente quando todos os pedestres
tiverem concluído a travessia, e se o cruzamento estiver livre.

Legislação de Trânsito 17
Nos cruzamentos sem semáforo:
• Sinalizados com a placa "R-2 Dê a preferência", o condutor deverá
reduzir a velocidade, parar o veículo se necessário, e obedecer
as regras de preferência.
• Sinalizados com placa de "Pare", o condutor é obrigado a parar
completamente o veículo e olhar atentamente antes de prosseguir.

MUDANÇAS DE DIREÇÃO E MANOBRAS


ANTES de qualquer manobra, deve-se SEMPRE:
• Verificar as condições do trânsito à sua volta, certificando-se de
não criar perigo para os demais usuários.
• Verificar se é permitido e se é possível fazer a manobra com
segurança.
• Sinalizar as intenções com antecedência.
• Posicionar-se corretamente na via.
• Executar a manobra com cuidado, sempre atento à posição dos
demais veículos.

Para executar as manobras:


• Mudança de faixa em vias de mão única: manobra simples,
mas que exige verificação constante dos espelhos retrovisores
e sinalização com antecedência, porque também pode gerar
situações de risco, se for mal realizada.
É permitido?
• Conversão à direita: sinalizar, diminuir a velocidade e aproximar-
É possível? se o máximo possível do bordo direito da via, entrando na mão
É seguro? de direção correta (Art. 38 do CTB).
• Conversão à esquerda em pista de mão única: sinalizar,
diminuir a velocidade e aproximar-se o máximo possível do bordo
esquerdo da via, entrando na mão de direção correta (Art. 38).
• Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias SEM
acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, aproximar-se do
eixo central da pista, dar preferência aos veículos que transitam
em sentido contrário, bem como a pedestres e ciclistas da lateral
esquerda da via.
• Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias
COM acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, parar no
acostamento da direita e aguardar por condição favorável para
concluir a manobra (Art. 37 do CTB).
• Antes de usar a marcha à ré, é necessário verificar com cuidado
se o trajeto está livre. Não é permitido trafegar distâncias longas
em marcha à ré.

18 Legislação de Trânsito
ULTRAPASSAGENS
Ultrapassagens mal feitas são responsáveis pelos acidentes mais graves
e violentos.
É permitido? Ao ultrapassar:
É possível? • Avaliar a movimentação e proximidade dos demais veículos,
É seguro? inclusive os de trás, sinalizar e certificar-se de que a manobra
poderá ser realizada com segurança (Art. 29, inciso X e XI).
• Ultrapassar somente pela esquerda, em locais onde seja
permitido e com boa visibilidade (Art. 29, inciso IX).
• A ultrapassagem pela direita é permitida somente se o veículo
da frente estiver sinalizando uma manobra para a esquerda (Art.
29, inciso IX).
• Em vias de mão dupla e pista única não é permitido ultrapassar
em curvas, aclives (subidas), pontes, viadutos e outros locais de
baixa visibilidade (Art. 32 do CTB).
• O condutor não deverá ultrapassar em cruzamentos com outras
vias, cruzamentos com via férrea e em locais de passagem de
pedestres (Art. 33 do CTB).
• Antes de ultrapassar coletivos parados que estejam embarcando
ou desembarcando passageiros: redobrar a atenção, reduzir a
velocidade e até parar, se necessário (Art. 31 do CTB).

Ao ser ultrapassado:
• Facilitar, deslocando-se para a direita, sem acelerar, deixando
espaço para o outro veículo intercalar (Art. 30, inciso I).
• Quando houver mais de uma faixa de mesmo sentido, deslocar-
se para a faixa da direita, facilitando a ultrapassagem.
• Veículos lentos, quando em fila, devem manter entre si distância
suficiente para intercalar os veículos que os ultrapassem (Art. 30,
Parágrafo único).
• Em vias de mão dupla, é proibido ultrapassar quando a linha
divisória mais próxima for contínua ou se houver duas linhas
contínuas. Se a linha mais próxima for seccionada, significa que
é permitido ultrapassar.

REDUZIR, FREAR, PARAR E ESTACIONAR


Antes de reduzir, o condutor deve verificar o trânsito pelos retrovisores,
sinalizar e evitar obstruir o fluxo dos demais veículos (Art. 43 do CTB).
É permitido? Não frear bruscamente, a não ser em situações de emergência
É possível? (Art. 42 do CTB).
As paradas, estacionamentos e operações de carga e descarga,
É seguro?
devem ser feitas em locais e horários permitidos, sempre
no mesmo sentido do fluxo, geralmente paralelo ao bordo, ou
conforme sinalizado (Art. 48 do CTB).

Legislação de Trânsito 19
• Em locais onde é "Proibido Estacionar", é permitida a parada
breve, somente para embarque e desembarque de passageiros,
sempre realizado pelo lado da calçada, sem obstruir o fluxo
dos demais veículos. Muito cuidado com a abertura de portas
(Art. 47 do CTB).
• Nunca parar sobre a pista de rolamento. Se tiver que parar em
emergência, usara sinalização obrigatória de pisca-alerta (Art. 40
do CTB) e colocar triângulo de segurança 30 metros antes do
veículo, no mínimo (Res. 36/98).

Não parar, nem estacionar:


• Em locais e horários não permitidos.
• Em fila dupla.
• Sobre calçadas ou canteiros.
• Sobre faixas de segurança e em esquinas.
• Na contramão.
• A mais de 50 cm da calçada.
Não estacionar:
• Em frente a pontos de ônibus e entradas e saídas de veículos.
• Perto de hidrantes.
• A menos de 5 metros do alinhamento do bordo da via transversal.
• Ao lado de outro veículo, formando fila dupla.

USO DE LUZES E BUZINA (Art. 40 e 4D


• Usar luz baixa em túneis, mesmo durante o dia.
• Usar luz baixa à noite, em vias iluminadas.
• Usar luz baixa à noite, ao cruzar com outro veículo.
• Usar luz baixa em situações de baixa visibilidade (neblina, chuva
forte, etc.).
• Usar luz alta de forma intermitente, para ultrapassar ou
comunicar perigo.
• Usar luz alta à noite, em vias não iluminadas, se a pista
estiver livre.
• Não trafegar à noite utilizando somente os faroletes.
• Não utilizar luz alta em vias iluminadas.
• À noite, com o veículo parado, utilizar somente os faroletes.
• Manter os faróis regulados e todas as lâmpadas funcionando.
• Usar o pisca-alerta em situações de emergência, ou quando o
veículo estiver imobilizado em local perigoso, ou ainda, quando
a sinalização da via determinar.
• A buzina deverá ser usada de forma breve, somente para alertar.
Em perímetro urbano, seu uso é proibido entre às 22:00 e 6:00
horas da manhã.

Legislação de Trânsito 22
NORMAS DE CIRCULAÇÃO PARA CICLOS
Normas de circulação para condutores de motocicletas, motonetas
e ciclomotores:
• Conduzir utilizando sempre as duas mãos.
• Usar vestuário de proteção de acordo com especificações do
CONTRAN.
• Condutor e passageiro devem usar obrigatoriamente capacete
com viseira ou óculos de proteção.
• Manter o farol ligado, mesmo durante o dia.
• Em vias de pistas múltiplas, os ciclomotores devem trafegar no
centro da pista da direita e em vias de pista simples, no bordo
mais à direita da pista.

Normas de circulação para ciclistas:


• Utilizar ciclofaixas, ciclovias ou acostamentos. Quando não
houver, utilizar o bordo direito da pista, no mesmo sentido dos
demais veículos.
• Em calçadas, passarelas e outras vias exclusivas para pedestres,
é proibido andar de bicicleta (montado).

NORMAS DE CIRCULAÇÃO PARA PEDESTRES;


Ciclistas desmontados, empurrando suas bicicletas, são
considerados pedestres (Art. 68, § I o ) .
Em vias urbanas, pedestres devem utilizar calçadas e passeios.
Em vias rurais, deverão utilizar o acostamento. Onde não houver,
deverão caminhar em sentido contrário ao fluxo de veículos, em
fila única (Art. 68, § 3o).
Quando houver faixa de pedestres e semáforo, as travessias
deverão ser feitas na faixa de segurança, sob sinal favorável
(Art. 69 do CTB).
Quando houver faixa de pedestre, mas não houver semáforo,
pedestres terão preferência sobre veículos (Art. 70 do CTB).
Quando não houver faixa, nem sinalização, o pedestre deverá
aguardar na calçada pelo momento oportuno, e atravessar a via
na menor distância possível (Art. 69 do CTB).

ACIDENTES
Acidentes com vítimas (Art. 176 do CTB)
Sempre que se envolver em acidente ou presenciar acidente de terceiros,
com vítimas, é obrigação do condutor:
• Sinalizar a área para evitar novos acidentes.
• Providenciar imediatamente socorro ou atendimento especializado
para as vítimas.
• Avisar a autoridade de trânsito e permanecer no local.

Legislação de Trânsito 21
• Na demora de atendimento especializado, é preciso avaliar a
condição dos acidentados e prestar pessoalmente os primeiros
socorros às vítimas, se estiver capacitado.
• Facilitar e acatar a ação das autoridades.

Acidentes sem vítimas (Art. 178 do CTB)


• Não é necessário acionar a autoridade de trânsito, e se esta for
acionada, não está obrigada a atender.
• Os veículos devem ser removidos do local para desobstruir o
tráfego.
• O condutor interessado poderá procurar o Plantão de Acidentes
de Trânsito para registrar a ocorrência e obter o BO - Boletim de
Ocorrências, que tem efeito legal, inclusive para seguros e ações
judiciais. O prazo para registro da ocorrência pode mudar de uma
região para outra.

CRIMES DE TRÂNSITO - Capítulo 19 do CTB


Neste capítulo não se pretende fazer uma análise jurídica rigorosa, mas
conscientizar, informar e alertar o condutor para as possíveis implicações
criminais dos seus atos.
Os crimes de trânsito estão previstos no Capítulo 19 do CTB, no Código
Penal, no Código de Processo Penal e na Lei 9.099 de 26.09.95.
São crimes de trânsito previstos no CTB:
• Praticar homicídio culposo (não intencional - Art. 302 do CTB).
• Praticar lesões corporais culposas (não intencionais - Art. 303
do CTB).
O CTB prevê penalidades e até pena de prisão para quem causar ferimentos
para outra pessoa, no trânsito, mesmo que não tenha tido qualquer
intenção.
• Deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local para fugir
da responsabilidade civil ou criminal (Art. 304 e 305 do CTB).

Atenção: será considerado crime mesmo se a vítima já estiver morta ou se


o atendimento tiver sido prestado por outra pessoa. (Art. 304 do CTB)
• Dirigir sob influência de álcool ou de substâncias psicoativas de
efeitos similares (Art. 306 do CTB).
• Participar de rachas ou competições não autorizadas (Art. 308
do CTB).
• Transitar com velocidade incompatível com a segurança e as
condições locais (Art. 311 do CTB).

22 Legislação de Trânsito
Responsabilidade Crimes dolosos, (Código Penal) são aqueles nos quais o condutor tinha
a intenção, ou ciência de que seus atos poderiam ter conseqüências
criminal prejudiciais. Por isso, são mais graves e preveem penalidades e penas
mais severas. São eles:
• Dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser habilitado; com
a habilitação suspensa ou cassada; embriagado ou sem
condições físicas e mentais de dirigir com segurança (Art. 309
e 310 do CTB).
• Prestar informações errôneas a policiais ou agentes de trânsito,
sobre qualquer aspecto de uma ocorrência (Art. 312 do CTB).
Considerando-se a gravidade, as circunstâncias e a interpretação do ato
Penalidades e criminoso pelo Código Penal ou pelo CTB, o infrator estará sujeito às
Penas Gerais seguintes penalidades e penas:
• Suspensão da habilitação ou permissão; ou a proibição de obter
a habilitação ou permissão por um prazo de 2 meses a 5 anos.
• A violação da suspensão ou proibição impostas resulta na
reaplicação dessas penalidades por igual período e multa, e
sujeita o infrator a pena de 6 meses a 1 ano de detenção.
• As penas de detenção podem variar de 6 meses a 4 anos,
dependendo do crime, da gravidade e das circunstâncias.
• Além das penas e penalidades citadas acima, o infrator poderá
ser condenado a reparar os danos causados ao patrimônio público
ou a terceiros, e também poderá ser multado.
Essas penalidades podem ser requeridas em qualquer fase da investigação
ou da ação penal, podendo ser impostas como penalidade principal,
isolada ou cumulativamente a outras penalidades.

Agravamento
Nos crimes de trânsito, algumas situações e circunstâncias podem
agravar as penalidades e penas (Art. 298 e 302 do CTB):
• Se o crime aconteceu isoladamente ou se faz parte de um outro.
• Se houve combinação de dois ou mais crimes.
• Se ocorreu sobre a faixa de pedestres ou calçada.
• Se foi cometido contra duas ou mais pessoas.
• Se houve omissão de socorro.
• Se o veículo estava sem placas, com placas adulteradas ou
falsificadas, ou com equipamentos adulterados que pudessem
afetar a segurança.
• Se o condutor não possuía habilitação ou permissão para dirigir.
O Supremo Tribunal Federal tem indeferido a quase totalidade dos
Fim da recursos interpostos por condutores condenados em instâncias anteriores.
Impunidade? Ao manter as sentenças condenatórias, a justiça demonstra que está
mais rigorosa.
Está cada vez mais difícil inventar desculpas para crimes como dirigir
embriagado, em alta velocidade, participar de rachas, etc.
O Brasil não poderá ser considerado um país desenvolvido enquanto não
civilizar e humanizar o seu trânsito.

Legislação de Trânsito 23
Questões - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

01. É proibido buzinar, no perímetro urbano, no e) acelerar sempre que o sinal mudar para a cor
horário entre: amarela.
-a) 22:00 e 6:00 horas. 08. Dar passagem, pela esquerda, quando
b) 20:00 e 7:00 horas.
c) 18:00 e 6:00 horas. solicitado é:
d) 18:00 e 22:00 horas. a) uma opção do condutor.
e) 8:00 e 18:00 horas. b) válido so para motocicletas.
c) uma questão de educação do condutor.
02. 0 condutor tem sua habilitação anulada d) válido só para veículo de carga.
quando: e) dever de todo condutor.
a) seu veículo for apreendido. 09. Todo condutor de veículo deve dar preferência
b) seu veículo for retido. de passagem ao pedestre:
c) sua CNH for roubada.
d) sua CNH for perdida. a) quando este estiver concluindo a travessia.
e) sua CNH for cassada. b) somente nas faixas de segurança.
c) somente quando a luz vermelha estiver
03. A Carteira Nacional de Habilitação permite acesa.
a quem a possuir, o direito de dirigir: d) somente quando se tratar de deficiente físico.
a) veículos para os quais foi habilitado, em todo e) somente quando se tratar de idosos e
território nacional. crianças.
b) qualquer tipo de veículo, apenas na localidade 10. Tem prioridade de passagem:
onde foi emitida.
c) qualquer tipo de veículo automotor. a) veículo de transporte de carga.
d) veículos para os quais foi habilitado, apenas na b) ambulância em serviço.
localidade onde foi emitida. c) motocicleta.
e) qualquer tipo de veículo, de qualquer país. d) veículo de transporte coletivo.
e) o automóvel.
04. Parar por tempo superior ao necessário
para embarque/desembarque caracteriza: 11. Dirigir com apenas uma das mãos é:
a) parada. a) permitido em qualquer situação.
b) parada e estacionamento. b) proibido em qualquer situação.
c) estacionamento. c) proibido para condutores recém habilitados.
d) ponto de parada. d) permitido para o condutor experiente.
e) parada rápida. e) permitido quando o condutor faz sinais de braço
ou mudança de marchas.
05. O condutor envolvido em acidente de
trânsito, sendo considerado culpado, 12. Aponte a alternativa INCORRETA. O pedestre
além da punição deverá prestar exames tem preferência de passagem:
de aptidão física e mental, de primeiros a) somente quando for idoso.
socorros e ainda: b) se o sinal para os veículos estiver vermelho.
c) quando estiver na faixa de segurança.
a) exame de direção veicular. d) se o sinal para pedestres estiver verde.
b) exame escrito de legislação de trânsito, apenas. e) quando estiver concluindo a travessia.
c) exame de reflexos.
d) reciclagem sobre legislação de trânsito, apenas. 13. Ao se aproximar de um cruzamento com
e) curso de reciclagem, exame teórico e de direção sinal vermelho você deve:
veicular. a) aumentar a velocidade do veículo e passar.
06. O veículo em movimento deve ocupar a faixa b) diminuir a velocidade e parar o veículo.
c) diminuir a velocidade do veículo e passar.
mais à direita. Esta afirmativa é: d) observar o tráfego dos veículos e passar.
a) falsa. e) frear bruscamente o veículo.
b) verdadeira, somente para veículos de passeio.
c) verdadeira. 14. Aproximar-se de um cruzamento de forma
d) verdadeira, somente para veículos de carga. segura é:
e) verdadeira, somente para motocicletas. a) manter a mesma velocidade.
07. É dever de todo condutor de veículo: b) aumentar a velocidade.
c) reduzir a velocidade.
a) transitar em velocidade compatível com a d) parar o veículo.
segurança nos cruzamentos sem sinalização. e) acionar as luzes de emergência.
b) dar passagem, pela direita, quando solicitado.
c) manter acesa a luz alta dos faróis nas vias com
iluminação pública.
d) usar buzina para chamar alguém.

24 Legislação de Trânsito 24
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO -Atualizado com a Res. 285/08
Infração de trânsito é qualquer desobediência às leis e normas contidas
no Código de Trânsito Brasileiro, resoluções e portarias. As infrações são
classificadas de acordo com a gravidade.
São sanções impostas aos infratores, aplicadas pelo DETRAN, Prefeitura,
IÍMML1ÜAÜ]M Polícia Rodoviária, e outros órgãos com jurisdição sobre a via.
• Advertências por escrito: impostas com finalidade educativa
aos que cometerem infração leve ou média, não reincidentes e
que tenham boa conduta.
• Multas: são penalidades impostas à quase totalidade das
infrações, com anotação de pontos no prontuário do condutor
infrator. Os pontos e valores são proporcionais à gravidade da
infração.
• Suspensão do direito de dirigir: aplicada em certos crimes e
infrações ou quando for excedido o número máximo admissível
de pontos. Pode variar de um mês a um ano, ou de seis meses
a dois anos se houver reincidência.
• Apreensão do veículo: recolhimento em depósito do órgão
responsável, com ônus do proprietário, por até 30 dias. A
restituição se fará após o pagamento das multas, taxas e despesas
com a remoção.
• Cassação da CNH: cancelamento definitivo do documento de
habilitação, obriga o interessado a reiniciar o processo de habilitação.
• Cassação da Permissão para Dirigir - PPD: tendo o infrator
que reiniciar o processo de habilitação.
• Curso de reciclagem: obrigatório ao infrator com direito de dirigir
suspenso, ou que tenha provocado acidente grave, ou ainda, que
tenha sido condenado por delito de trânsito.
Impostas pelo agente de trânsito no local da infração, dependendo da
MEDIDAS ocorrência.
ADMINISTRATIVAS • Retenção do veículo: quando a irregularidade pode ser sanada
no local da infração.
• Remoção do veículo: quando estacionado de forma irregular,
sem a presença do condutor.
• Recolhimento do Documento de Habilitação - CNH e PPD:
quando houver suspeita de adulteração ou inautenticidade do
documento.
• Recolhimento do Certificado de Registro: quando houver
suspeita de adulteração ou inautenticidade do documento, ou se
a transferência de propriedade do veículo não for feita no prazo
de trinta dias.
• Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual: quando
houver suspeita de adulteração ou inautenticidade do documento;
com o prazo de validade vencido; no caso de retenção do veículo,
quando não for possível sanar a irregularidade no local.

Infrações de Trânsito 25
• Transbordo do excesso de carga: sempre que o veículo
apresentar excesso de peso ou de carga.
• Teste de alcoolemia ou perícia: em caso de acidente; quando
solicitado por agente de trânsito; sob suspeita de estar alcoolizado
ou sob efeito de entorpecente ou substância psicoativa.
• Realização de exames: a legislação prevê que a autoridade de
trânsito pode requerer ao condutor a realização de novos exames.
• Recolhimento de animais soltos nas vias: o agente pode
recolher estes animais e só devolvê-los aos proprietários após
pagamento de multas e encargos devidos.

• Todas as infrações de trânsito são passíveis de punição por multa que,


dependendo da gravidade, poderá ser:
GRAVIDADE PONTOS VALORES GRAVIDADE PONTOS VALORES
Leve 3 R$ 53,20 Gravíssima 7 R$ 191,54
Média 4 R$ 85,13 Gravíssima (3x) 7 R$ 574,62
Grave 5 R$ 127,69 Gravíssima (5x) 7 R$ 957,70

INFRAÇÕES Algumas das infrações gravíssimas podem ter o valor da multa multiplicado
por 3 ou por 5. Quando isto ocorre é porque a vida foi colocada em risco
AGRAVADAS extremo, contrariando o Art. I o do CTB.

APRESENTAÇÃO O condutor é o responsável pelas infrações cometidas na direção do


veículo. (Art. 257 do CTB)
DO CONDUTOR
• Se ele não puder ser identificado no momento da infração, o
proprietário do veículo receberá em seu endereço a Notificação
de Autuação.
• Se o proprietário não apresentar o condutor infrator dentro do
prazo de 15 dias, a contar do recebimento da autuação, será
considerado o responsável pela infração.
• Caso o proprietário seja pessoa jurídica, será mantido o valor
da multa original e será lavrada nova multa, cujo valor será
multiplicado pelo número de vezes que a infração foi cometida
no prazo de 12 meses.
• É possível desagravar estas multas, mediante a apresentação
do condutor que, neste caso, assumirá os pontos e valores das
multas originais.

RECURSO Defesa Prévia: recurso que deve ser apresentado ao Órgão Autuador
(que consta como remetente da Notificação) dentro de 30 dias a contar
DE MULTAS do flagrante ou do recebimento da Notificação.
Recurso em I a Instância: não tendo feito Defesa Prévia, ou se esta
for indeferida, o infrator receberá a Imposição de Penalidade, da qual
poderá defender-se junto à JARI - Junta Administrativa de Recursos de
Infrações - da mesma autoridade de trânsito, até a data que consta no
documento de Imposição.

26 Infrações de Trânsito 26
Recurso em 2 a Instância: se tiver seu recurso negado pela JARI, o
infrator poderá ainda recorrerão CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito.
SUSPENSÃO I)í 0 c o n c l ü t o r poderá ter o seu direito de dirigir suspenso quando:
• Atingir 20 pontos no prontuário no prazo de 12 meses.
Cometer qualquer infração que determine a suspensão do direito
DIRIGIR de dirigir, independente do número de pontos acumulados.

Sempre que tiver seu direito de dirigir suspenso, o condutor terá que entregar
a CNH, cumprir o prazo de suspensão e fazer o curso de reciclagem.
As infrações que prevêem a suspensão do direito de dirigir do condutor
ou do proprietário do veículo são as seguintes:
• Promover ou participar de competição não autorizada, racha,
exibição ou demonstração de perícia. (Art. 174 do CTB)
• Disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade. (Art.
173 do CTB)
• Praticar manobras perigosas, arrancadas, derrapagens ou
frenagens. (Art. 175 do CTB)
• Ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos. (Art. 170
do CTB)
• Dirigir em velocidade superior à máxima permitida em mais de
50% em qualquer via. (Art. 218 do CTB)
• Transpor bloqueio policial. (Art. 210 do CTB)
• Em caso de acidente, deixar de sinalizar, afastar o perigo,
identificar-se, prestar informações ou acatar determinações da
autoridade. (Art. 176 do CTB)
• Deixar de prestar ou providenciar socorro à vitima ou abandonar
o locai. (Art. 176 do CTB)
• Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência (suspensão de 12 meses).
(Art. 165 do CTB)

Para motociclistas e condutores de ciclomotores, além das citadas:


• Não usar capacete, viseira ou óculos de proteção e vestuário
exigido por lei.
• Transportar passageiro sem capacete ou fora do banco.
• Fazer malabarismos ou equilibrar-se em uma roda.
• Conduzir com faróis apagados.
• Transportar criança menor de 7 anos ou sem condições de se cuidar.

Todo motociclista e passageiro deve usar capacete com selo do INMETRO,


elementos refletivos atrás, na frente e nas laterais (exigências para
capacetes fabricados a partir de agosto de 2007), viseira sem película
ou óculos de proteção que permita o uso simultâneo de óculos de grau
ou de sol. Desobedecer a estas exigências é infração grave, com multa
e retenção do veículo. (Res. 203/06 CONTRAN)

Infrações de Trânsito 29
CASSACÃO OCTB(Art. 263) determina que a cassação do Documento de Habilitação
se dará nos seguintes casos:
• Se o condutor for flagrado conduzindo qualquer veículo que exija
habilitação, estando com o direito de dirigir suspenso.
• Se o condutor reincidir, no prazo de 12 meses, em infrações
previstas no inciso III do Art. 162 e nos artigos 163, 164, 165,
173, 174 e 175 do CTB.
• Quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito.
• Se, a qualquer tempo, for comprovada irregularidade na expedição
da sua habilitação.
A habilitação poderá ser requerida novamente depois de dois anos decorridos
da cassação, reiniciando o processo completo de habilitação.

Artigo
Descrição das Infrações Valor Penalidades - Medidas Administrativas
CTB

CONDUTOR
Multa, recolhimento da CNH, retenção do
Dirigir sob efeito de álcool ou outra substância Gravíssima
165 7 957,70 veículo e suspensão do direito de dirigir por 12
psicoativa ou que gere dependência (5x)
meses
Permitir que alguém dirija sem estar em
166 Gravíssima 7 191,54 Multa
condições físicas ou psíquicas
Transportar criança sem tomar as medidas de
168 Gravíssima 7 191,54 Multa e retenção do veículo
segurança necessárias
Não utilizar o cinto de segurança (condutor e
167 Grave 5 127,69 Multa e retenção do veículo até sanar
passageiros)
Dirigir com incapacidade física ou mental
252 Média 4 85,13 Multa
temporária
Atirar do veículo ou abandonar objetos na via
172 Média 4 85,13 Multa
(condutor e passageiros)
Dirigir com apenas uma das mãos, com fones
252 Média 4 85,13 Multa
de ouvido ou usando celular

Dirigir com o braço para fora; pessoas,


animais ou coisas à esquerda ou entre braços 252 Média 4 85,13 Multa
e pernas do condutor
Com calçado inseguro ou impróprio 252 Média 4 85,13 Multa

TLOCIDÁDE
Transitar em qualquer via em velocidade Gravíssima 7 Multa, suspensão do direito de dirigir e
218 574,62
superior à máxima em mais de 50% (3x) recolhimento da CNH
Transitar em qualquer via em velocidade entre
218 Grave 5 127,69 Multa
20% a 50% superior à máxima
Transitar em qualquer via em velocidade até
218 Média 4 85.13 Multa
20% superior à máxima

Inferior à metade da velocidade máxima


permitida, exceto na faixa da direita ou em 219 Média 4 85,13 Multa
condições adversas

28 Infrações de Trânsito 28
, HABILITAÇÃO: DIRIGIR OU PERMITIR QUE ALGUÉM DIRIJA
162
Com CNH ou permissão cassada ou sob Gravíssima Multa, apreensão do veículo e recolhimento da
suspensão de dirigir 163 7 957,70
(5X) CNH do proprietário (163 e 164)
164
162
Sem ser habilitado Gravíssima Multa, apreensão do veículo e recolhimento da
163 7 574,62
(3x) CNH do proprietário (163 e 164 )
164
162
Com CNH ou pe-missão incompatível com a Gravíssima Multa, recolhimento da CNH e apreensão do
163 7 574,62
categoria do veículo <3X) veículo
164
162
Com CNH vencida há mais de 30 dias Multa, recolhimento da CNH e retenção do
163 Gravíssima 7 191,54
veículo
164
162
Sem portar as lentes, próteses ou adaptações Multa, retenção do veículo e recolhimento da
163 Gravíssima 7 191,54
exigidas no documento de habilitação CNH do proprietário (163 e 164)
164

MO REDUZIR
Ao aproximar-se de passeatas, cortejos,
aglomerações, desfiles, hospitais, escolas, 220 Gravíssima 7 191,54 Multa
estações de embarque/desembarque

Ao aproximar-se de interseção não sinalizada,


da guia da calçada, acostamento ou locais 220 Grave 5 127,69 Multa
controlados pelo agente

Em vias rurais, sem cercas ou com animais


próximos 220 Grave 5 127,69 Multa

Ao aproximar-se de trabalhadores na pista ou


obras sinalizadas 220 Grave 5 127,69 Multa

Sob chuva, neblina, cerração e condições de


pouca visibilidade 220 Grave 5 127,69 Multa

Em pista escorregadia, defeituosa ou avariada,


220 Grave 5 127,69 Multa
fechada ou declive
Ao ultrapassar ciclista 220 Grave 5 127,69 Multa

ACIDENTES DE TRÂNSITO
Deixar de: prestar ou providenciar socorro
às vítimas ou evadir-se do local; preservar o Gravíssima 7 Q57 7Q Multa, recolhimento da CNH e suspensão do
local para facilitar a perícia; remover o veículo (5x) ' direito de dirigir
quando determinado pela autoridade
Deixar de: sinalizar e afastar o perigo;
176 Gravíssima 7 g 5 7 7Q Multa, recolhimento da CNH e suspensão do
identificar-se; prestar informações ou acatar
(5x) ' direito de dirigir
determinações da autoridade
Deixar de prestar ajuda, quando solicitado
177 Grave 5 127,69 Multa
pela autoridade
Deixar de remover o veículo, em acidentes
178 Média 4 85,13 Multa
sem vítimas

BUZINA E SOM
Aparelho de som em desacordo com o
228 Grave 5 127,69 Multa e retenção do veículo
CONTRAN
Alarme em desacordo com o CONTRAN 229 Média 4 85,13 Multa, apreensão e remoção do veículo

Uso inadequado da buzina (local, horário e


227 Leve 3 53,20 Multa
finalidade)

Infrações de Trânsito 29
EFETUAR ULTRAPASSAGENS
Pela contramão em curvas, aclives, declives,
faixas de pedestres, pontes, viadutos, túneis e 203 Gravíssima 7 191,54 Multa
locais proibidos
Pela contramão em sinais luminosos, porteiras
203 Gravíssima 7 191,54 Multa
e cruzamentos

Forçando a ultrapassagem 191 Gravíssima 7 191,54 Multa


Havendo faixa contínua, dupla ou simples,
amarela, dividindo o fluxo 203 Gravíssima 7 191,54 Multa

Pela direita de coletivo ou escolar parado para


200 Gravíssima 7 191,54 Multa
embarque/desembarque
Pelo acostamento, em cruzamentos e
Grave 5 127,69 Multa
passagens de nível
De veículos parados em fila por sinal
luminoso, cancela, em bloqueio parcial
Grave 5 127,69 Multa
ou outro obstáculo, com exceção dos não
motorizados

Deixando menos de 1,5 m ao passar ou


201 Média 4 85,13 Multa
ultrapassar bicicleta

Pela direita, salvo se o veículo da frente Média 4 85,13 Multa


199
sinalizar que vai virar à esquerda

De veículo que integre cortejo, desfile e


205 Leve 3 53,20 Multa
formações militares

CIRCULAÇÃO
Multa, recolhimento da CNH, apreensão e
Promover ou participar de competição não Gravíssima
7 957,70 remoção do veículo e suspensão do direito de
autorizada, exibição, demonstração de perícia (5x)
dirigir

Multa, recolhimento da CNH, apreensão e


Disputar corrida por espírito de emulação Gravíssima
173 7 574,62 remoção do veículo e suspensão do direito de
(competição ou rivalidade) em vias públicas (3x)
dirigir

Multa, recolhimento da CNH, apreensão e


Efetuar manobras perigosas, arrancadas,
175 Gravíssima 7 191,54 remoção do veículo e suspensão do direito de
derrapagens ou frenagens em vias públicas
dirigir

Multa, recolhimento da CNH, retenção do veículo


Ameaçar pedestres ou veículos que cruzam a via 170 Gravíssima 7 191,54
e suspensão do direito de dirigir

Trafegar na faixa da esquerda, quando ela for l g 4


5 127,69 Multa
destinada a outro tipo de veículo

Arremessar água ou detritos sobre pedestres


171 Média 85,13 Multa
ou veículos

Trafegar fora da faixa destinada ao veículo,


185 Média 4 85,13 Multa
exceto em emergência

Veículo lento e de maior porte trafegando fora


185 Média 4 85,13 Multa
da faixa da direita

Não se deslocar para a faixa mais à direita ou


mais à esquerda para realizar conversões para 197 Média 4 85,13 Multa
um desses lados

Conduzir de forma desatenta ou descuidada 169 Leve 3 53,20 Multa

Trafegar na faixa da direita, quando ela for 184 Leve 3 53,20 Multa
destinada a outro tipo de veículo

30 Infrações de Trânsito 30
EFETUAR RETORNOS E CONVERSÕES
Em curvas, aclives, declives, pontes, viadutos,
túneis, interseções e em locais proibidos pela 206 Gravíssima 191,54 Multa
sinalização
Passando por cima de calçadas, ilhas,
canteiros, faixas de pedestres ou passagem 206 Gravíssima 191,54 Multa
de veículos não motorizados
Prejudicando a livre circulação ou a segurança, Multa
206 Gravíssima 191,54
ainda que em locais permitidos

Conversões em locais proibidos pela sinalização 207 Grave 127,69 Multa

NÃO DAR PASSAGEM OU PREFERENCIA


Para batedores ou veículos com luzes
intermitentes e sirenes ligadas, ou veículos 189 Gravíssima
por eles precedidos
A pedestres portadores de deficiência,
Gravíssima 191,54 Multa
crianças, idosos e gestantes

A veículos não motorizados e pedestres em


faixas a eles destinadas ou que não tenham
Gravíssima 7 191,54
concluído a travessia ainda que o sinal tenha
mudado
Seguir veículo de urgência e com prioridade
Grave 5 127,69
de passagem
Aos que trafegam por via de maior porte;
aos que se aproximem pela direita em
cruzamentos não sinalizados; aos que já Grave 5 127,69
estejam circulando na rotatória; desobedecer
ao sinal de "dê a preferência"

Aos pedestres que já tenham iniciado a


travessia, mesmo em cruzamentos sem sinal; Grave 5 127,69
ou que estejam atravessando a via transversal

Aos demais veículos e pedestres ao entrar ou


Média 4 85,13
sair de fila de estacionamento
Ao entrar ou sair de áreas laterais, sem
posicionar adequadamente o veículo, e sem Média 4 85,13
precauções

Não dar passagem pela esquerda, quando


198 Média 85,13
solicitado

MOTOCICLETA, MOTONETA E CICLOMOTOR


Falta de capacete, viseira, óculos ou vestuário Multa, recolhimento da CNH e suspensão do
Gravíssima 191,54
exigido por lei direito de dirigir

Passageiro sem capacete ou fora do banco ou Multa, recolhimento da CNH e suspensão do


Gravíssima 191,54
carro lateral direito de dirigir
Fazendo malabarismo ou equilibrando-se em Multa, recolhimento da CNH e suspensão do
244 Gravíssima 191,54
uma roda direito de dirigir

Com faróis apagados, ou com criança menor Multa, recolhimento da CNH e suspensão do
Gravíssima 191,54
de 7 anos ou sem condições de cuidar-se direito de dirigir
Pilotando com apenas uma das mãos,
rebocando outro veículo ou com carga 127,69 Multa e apreensão do veículo para regularização
incompatível ou em desacordo ao CTB
Transitando em vias de trânsito rápido ou
rodovias, salvo em acostamento ou faixa Média 85,13 Multa e recolhimento da CNH
própria (ciclomotores)

31
Infrações de Trânsito
Danificando a via, suas instalações e Gravíssima 7 191,54 Multa e retenção para regularização
231
equipamentos

Portando equipamento antirradar 230 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veículo

Com som em volume ou freqüência não


228 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
autorizados

Não submeter o veículo à inspeção 230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
A—
Com cortinas ou persianas fechadas 230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização

Equipamento obrigatório ausente, inoperante


230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
ou em desacordo
Com equipamento proibido, sistemas de
iluminação e sinalização alterados, limpador 230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
de para-brisa não acionado sob chuva

Com descarga livre ou silenciador com defeito 230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização

Produzindo fumaça, gases ou partículas em


231 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN
Características orignais alteradas, vidros e
lataria cobertos por inscrições, adesivos ou 230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
painéis não autorizados
Em mau estado de conservação, ou que não
tenha feito a inspeção veicular obrigatória, ou 230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
que tenha sido reprovado na inspeção
Tacógrafo (registrador de velocidade e tempo)
230 Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
com defeito
Seguradora não comunicar a perda do veículo
243 Grave 5 127,69 Multa e recolhimento das placas e documentos
e devolver placas e documentos
Iluminação e sinalização com defeito ou
230 Média 4 85,13 Multa
lâmpada queimada

Na pista das estradas, rodovias, vias de


181 Gravíssima 7 191,54 Multa e remoção do veículo
trânsito rápido e vias com acostamento
A mais de 1 m da calçada, em fila dupla,
ou sobre passeios, áreas de cruzamento,
faixas de pedestres, ciclovias, ilhas, canteiros 181 Grave 5 127,69 Multa e remoção do veículo
centrais, marcas de canalização, jardins,
viadutos, pontes e túneis

Em locais de estacionamento e de parada


181 Grave 5 127,69 Multa e remoção do veículo „s
proibida
Nas esquinas, a menos de 5 m da transversal,
perto de hidrantes, ou fora da posição
181 Média 4 85,13 Multa e remoção do veículo
indicada, entrada e saída de veículos, a
menos de 10 m de paradas de ônibus

Na contramão 181 Média 4 85,13 Multa

Impedindo a movimentação de outro veículo 181 Média 4 85,13 Multa e remoção do veículo
—V
Em locais e horários em que é proibido por
181 Média 4 85,13 Multa e remoção do veículo
placa de proibido estacionar
Afastado da calçada de 0,5 a 1 m, ou no 53,20 Multa e remoção do veículo
181 Leve 3
acostamento

Em desacordo com as placas de Leve 3 53,20 Multa e remoção do veículo


181
estacionamento regulamentado

Infrações de Trânsito 32
LUZES E SINAIS
Com farol desregulado ou usando a luz alta
Grave 5 127,69 Multa e retenção para regularização
para ofuscar
Sem usar sinal luminoso ou gesto indicador
de mudança de direção, mudança de faixa ou Grave 5 127,69 Multa
parada
Sem sinalizar ao precisar remover o veículo da
Grave 5 127,69 Multa
pista ou permanecer no acostamento
Veículos especiais de emergência, que, em
atendimento, não estejam com os sinais Média 4 85,13 Multa
acionados
Sem manter as luzes de posição acesas
à noite, quando parado para embarque e 249 Média 85,13 Multa
desembarque ou para carga e descarga
Sem usar luz baixa à noite ou de dia nos túneis 250 Média 85,13 Multa
Sem usar luz baixa de dia e à noite, veículos
de transporte coletivo e ciclomotores 250 Média 85,13 Multa

Sem acender pelo menos as luzes de posição


250 Média 85,13 Multa
sob chuva forte, neblina ou cerração
Sem manter acesa, à noite, a luz de placa Média
250 85,13 Multa
traseira
Uso indevido de sinais de luz alta e do Média
251 85,13 Multa
pisca-alerta
Uso de luz alta em vias iluminadas 224 Leve 53,20 Multa

TRANSPORTES E CARGAS
A multa poderá ser multiplicada de 2 até 5
Criar obstáculo na via e não sinalizar 246 Gravíssima 7 191,54
vezes a critério da autoridade
Passageiro no compartímento de carga 230 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veículo
Derramar ou arrastar carga, objetos ou
231 Gravíssima 7 191,54 Multa e retenção do veículo
combustível na via
Veículo ou carga fora das dimensões 231 Grave 5 127,69 Multa e retenção do veículo

Autorização Especial vencida ou em desacordo 231 Grave 5 127,69 Multa, apreensão e remoção do veículo

Transporte escolar sem autorização 230 Grave 5 127,69 Multa e apreensão do veículo

De passageiro, com excesso de carga 248 Grave 5 127,69 Multa, retenção do veículo e transbordo
Trafegar carregando pessoas, animais ou
235 Grave 5 127,69 Multa, retenção do veículo e transbordo
carga, externamente
Não sinalizar carga derramada na via 225 Grave 5 127,69 Multa
Estacionar em aclive ou declive, sem freio
181 Grave 5 127,69 Multa e remoção do veículo
e/ou sem calço (PBT superior a 3.500 kg)
Usar a via para depósito de materiais, sem
245 Grave 5 127,69 Multa e remoção da mercadoria
autorização
Motofretista (motoboy) ou mototaxista efetuando 244 127,69 Multa e apreensão do veículo para regularização
Grave 5
transporte em desacordo com a legislação
Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda 236 Média 4 85,13 Multa

Falta de inscrições e informações previstas 230 Média 4 85,13 Multa

Com excesso de peso ou lotação 231 Média 4 85,13 Multa e retenção do veículo

Usar objeto de sinalização temporária e não Média 4 85,13 Multa


226
retirá-lo após o uso


Transporte remunerado não licenciado 231 Média 4 85,13 Multa e retenção do veículo

4
Excedendo a Capacidade Máxima de Tração de Média 85,13 a Multa, retenção do veículo e transbordo de
231 a
(CMT) a Gravíssima 191,54 carga excedente
7

Infrações de Trânsito 33
PARAR
Bloqueando a via com o veículo 253 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veículo

Sobre a pista nas estradas, vias de trânsito . **V


182 Grave 5 127,69 Multa
rápido e vias com acostamento
Para reparos na via, em rodovia e via de
179 Grave 5 127,69 Multa e remoção do veículo
trânsito rápido
Na contramão, em viadutos, pontes e túneis,
182 Média 4 85,13 Multa
locais e horários não permitidos
A menos de 5 m das esquinas, nos
cruzamentos, na contramão de direção, ou 182 Média 4 85,13 Multa Ifc
afastado mais de 1 m do meio fio

Sobre faixa de pedestres na mudança de sinal 183 Média 4 85,13 Multa

Permanecer imobilizado por falta de combustível 180 Média 4 85,13 Multa e remoção do veículo

Afastado de 0,5 a 1 m do meio-fio, na faixa


para pedestres, no passeio, ilhas, canteiros, 182 Leve 3 53,20 Multa
divisores de pista e marcas de canalização
Para reparo do veículo, nas demais vias 179 Leve 3 53,20 Multa
-<s

NÃO PARAR .. . .............


Antes de cruzamento com via férrea 212 Gravíssima 7 191,54 Multa

Em sinal vermelho ou de parada obrigatória 208 Gravíssima 7 191,54 Multa

Para agrupamento de pessoas, passeatas,


213 Gravíssima 7 191,54 Multa
desfiles

Retirar do local o veículo retido por agente de


239 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veículo
trânsito
Multa, recolhimento da CNH, apreensão e
Ao se aproximar de bloqueio policial (transpor) 210 Gravíssima 7 191,54 remoção do veículo e suspensão do direito de
dirigir
Para agrupamento de veículos, cortejos,
213 Grave 5 127,69 Multa
formações
Transpor bloqueio viário, área de pesagem ou
209 Grave 5 127,69 Multa
evadir-se de pedágio

Desobedecer ordens de agentes 195 Grave 5 127,69 Multa

No acostamento da direita, antes de fazer


conversão à esquerda em vias com acostamento 204 Grave 5 127,69 Multa
e sem local apropriado para retomo

TRANSITAR COM VEÍCULO AUTOMOTOR


Nas calçadas, ciclovias, canteiros, Gravíssima
193 7 574,62 Multa
acostamentos, gramados e jardins (3x)

Na contramão, em vias de sentido único 186 Gravíssima 7 191,54 Multa «•N

Na contramão, em vias de sentido duplo 186 Grave 5 127,69 Multa

De ré em trechos longos ou com perigo 194 Grave 5 127,69 Multa

Sem manter distância segura lateral ou frontal 127,69 Multa


192 Grave 5
dos demais veículos ou do bordo da via

Em locais e horários não permitidos 187 Média 4 85,13 Multa

Ao lado de outro veículo, interrompendo o 188 Média 4 85,13 Multa


trânsito
Com motor desligado ou com o câmbio 4 85,13 Multa e retenção do veículo
231 Média
desengrenado, em declive

34 Infrações de Trânsito \ A1
PEDESTRES E VEÍCULOS NAO MOTORIZADOS
e tração animal, que não trafegarem pelo 4
247 Média 85,13 Multa
bordo da pista, pelo acostamento ou pela
faixa especial
Conduzir bicicleta (pedalando) em passeios
onde não seja permitida sua circulação, ou de 255 Média 4 85,13 Multa e remoção da bicicleta
forma agressiva (ciclos)
Ficar ou andar nas pistas de rolamento,
254 Leve 3 26,60 Multa
exceto para cruzá-las (pedestres)
Cruzar a pista em viadutos, pontes ou túneis e
áreas de cruzamento, fora da faixa, passarela 254 Leve 3 26,60 Multa
ou passagem especial (pedestre)
Promover aglomerações na via, sem
permissão, regulamentação ou revisão, ou 254 Leve 3 26,60 Multa
desobedecer à sinalização específica
Observação: parece incoerente falar de multas e pontos para pedestres e veículos não motorizados, pois se não existe habilitação, não há
como multar ou aplicar as penalidades. Mencionamos estes itens, porque constam do Código de Trânsito Brasileiro. Provavelmente haverá
regulamentação ou revisão apropriada.

fEÍCULO - IDENTIFICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO


Ausência, violação, falsificação ou falta de
legibilidade, das placas, do lacre e do número 230 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veículo
do chassi
Prestar falsa declaração de domicílio 242 Gravíssima 7 191,54 Multa
Não possuir licenciamento ou registro 230 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veiculo
Não entregar documento para averiguação
238 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veículo
mediante recibo
Falsificar ou adulterar habilitação ou
234 Gravíssima 7 191,54 Multa, apreensão e remoção do veículo
identificação de veículo
Não registrar transferência de categoria ou
233 Grave 5 127,69 Multa e retenção do veículo
propriedade em 30 dias
Não promover a baixa de veículo irrecuperável 240 Grave 5 127,69 Multa, recolhimento do CRV e licenciamento anual
Placas em desacordo com especificações e
221 Média 4 85,13 Multa, retenção do veículo e apreensão das placas
modelos estabelecidos pelo CONTRAN
Não portar os documentos obrigatórios 232 Leve 3 53,20 Multa e retenção do veículo
Não atualizar cadastro de registro de veículo
241 Leve 3 53,20 Multa
ou de habilitação

Questões - INFRAÇÕES DE TRANSITO

01. É responsável pelas infrações na direção do c) retenção do veículo e multa.


veiculo: d) apreensão do veículo, da CNH e multa.
a) o proprietário do veículo. e) advertência.
b) o proprietário do veículo e condutor.
c) os pais ou responsáveis pelo condutor. 03. É infração de trânsito a desobediência a
qualquer sinal de:
d) a pessoa que assumir a responsabilidade.
a) regulamentação.
e) o condutor.
b) indicação.
02. A penalidade por transitar em velocidade c) educação.
incompatível com a segurança, diante de d) advertência.
escolas ou onde haja movimentação de
e) orientação.
pedestres, é:
a) apreensão do veículo e multa.
b) multa.

Infrações de Trânsito 35
04. A punição por estacionar junto aos pontos de 10. A punição por estacionar sobre a pista de
parada de coletivos é: rolamento das estradas é:
a) apreensão do veículo e multa. a) multa, apenas.
b) apreensão do veículo. b) apreensão da CNH e multa.
c) apreensão do veículo e multa.
c) apreensão da CNH e multa. d) remoção do veículo e multa.
d) remoção do veículo e multa. e) cassação da CNH.
e) multa, apenas.
11. A punição por estacionar nos viadutos, pontes
05. A punição por ultrapassar em curvas e aclives e túneis é:
sem visibilidade é: a) retenção do veículo.
b) remoção do veículo e multa.
a) retenção do veículo e multa. c) multa, apenas.
b) apreensão do veículo e multa. d) apreensão do veículo e multa.
c) recolhimento do veículo ao DETRAN. e) cassação da CNH.
d) multa. 12. A punição por avançar o sinal vermelho:
e) uma advertência. a) apreensão da CNH.
b) multa.
06. A penalidade por ultrapassar na contramão e c) cassação da CNH.
nos cruzamentos é: d) apreensão do veículo.
a) multa. e) remoção do veículo.
b) remoção do veículo.
13. O condutor habilitado apenas na categoria "B"
c) retenção do veículo. que dirigir uma motocicleta será punido com:
d) recolhimento do veículo ao DETRAN. a) multa, apenas.
e) um acidente. b) multa e cassação da CNH.
c) multa e prisão.
07. A punição por dirigir com CNH cassada é: d) multa e advertência pelo diretor do DETRAN.
a) remoção do veículo. e) multa, apreensão do veículo e recolhimento do
b) retenção do veículo. documento de habilitação.
c) apreensão da CNH. 14. A infração por deixar de prestar ou providenciar
d) multa, apreensão do veículo e recolhimento da socorro à vítima de acidente, podendo fazê-lo,
CNH. é:
a) leve.
e) duas multas.
b) grave.
08. A punição para estacionar sobre calçada ou c) média.
a faixa de pedestres é: d) gravíssima.
e) não punível.
a) multa, apenas.
b) apreensão do veículo e multa. 15. A punição por transportar passageiro no
c) remoção do veículo e multa. compartimento de carga é:
a) retenção do veículo, apenas.
d) apreensão da CNH e multa. b) multa, apenas.
e) advertência e multa. c) apreensão da Carteira Nacional de Habilitação.
d) multa, apreensão e remoção do veículo.
09. A punição por estacionar próximo a hidrantes e) a encampação do veículo.
de incêndio é:
a) multa, apenas.
b) apreensão do veículo e multa.
c) remoção do veículo e multa.
d) apreensão da CNH.
e) cassação da CNH.

36 Infrações de Trânsito 36
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO - Atualizado com a Res. 160/04
ANEXO II DO CTB - RESOLUÇÃO 160/04 Aplicação das Penalidades: as penalidades das infrações
Os sinais de trânsito são usados para orientar, de sinalização não serão aplicadas aos condutores se a
advertir e disciplinar a circulação dos elementos sinalização for inexistente ou deficiente (Art. 90).
do trânsito ao longo das vias. Responsabilidade: o órgão com jurisdição sobre a via é
Padronização: sempre que houver necessidade, as vias que deverá sinalizá-la, podendo ser responsabilizado em
deverão ser sinalizadas, com a utilização da sinalização caso de insuficiência, falta ou erros de sinalização.
padronizada prevista no Art. 80 do CTB. Classificação:
Direitos e Deveres quanto à sinalização: 1. Sinalização Vertical
2. Sinalização Horizontal
Todo cidadão tem o dever de conhecer, proteger, respeitar
3. Dispositivos Auxiliares
e obedecer a sinalização de trânsito. (Art. 72 e 73)
4. Sinalização Semafórica
Temos direito a vias sinalizadas e seguras, Art I o , §2° 5. Sinalização de Obras
e §3° do CTB. 6. Gestos
Colocação: a sinalização deverá ser colocada onde seja 7. Sinais Sonoros
facilmente visível e legível, tanto de dia como à noite,
em distância compatível com a segurança (Art. 80), e de 1. SINALIZAÇÃO VERTICAL: os sinais viários, normalmente
acordo com as normas previstas pela Resolução 160. placas, estão fixados na posição vertical, ao lado da via
ou suspensos sobre ela. Transmitem mensagens através
Visibilidade: é proibido colocar luzes, obstruções, de legendas ou símbolos pré-estabelecidos e servem para
construções, vegetação, publicidade e inscrições, que aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e
possam confundir, interferir ou prejudicara interpretação orientar os usuários das vias.
ou a visibilidade dos diversos elementos do trânsito,
comprometendo a segurança (Art. 81) A sinalização vertical, de acordo com sua função, pode ser:

Obrigação de sinalizar: nenhuma via poderá ser 1.1 Sinalização de Regulamentação


aberta ou reaberta enquanto não estiver completa e 1.2 Sinalização de Advertência
devidamente sinalizada (Art. 88). 1.3 Sinalização de Indicação

7. SINALIZAÇÃO VERTICAL
7.7 SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
São sinais que informam aos usuários as proibições, obrigações e restrições impostas no ponto ou trecho sinalizado.
Desobedecer aos sinais de regulamentação significa infringir as normas de trânsito e, portanto, estar sujeito a
penalidades e medidas administrativas. Os símbolos são em PRETO, o fundo é BRANCO e a cor VERMELHA indica
OBRIGAÇÃO, PROIBIÇÃO ou RESTRIÇÃO. Algumas placas apresentam tarja vermelha na diagonal, que significa
proibição. Os sinais R - l e R-2 são os únicos sinais de regulamentação que diferem do formato circular dos demais,
e podem ser reconhecidos à distância.
Parada obrigatória
Obriga o condutor a parar

V Dê a preferência
Determina que o condutor

®
Sentido proibido
Assinala a proibição de se

o
completamente o seu veículo reduza a velocidade ou pare o seguir em frente ou entrar na
antes de entrar na via. veículo, para dar a preferência rua ou área em restrição.
aos veículos que transitam pela
R-1 R-2 via em que pretende entrar ou R-3
cruzar.
Proibido virar à esquerda Proibido virar à direita Proibido retornar à esquerda

® R-4a
Proíbe o condutor de realizar
conversão à esquerda.

R-4b
Proíbe o condutor de realizar
conversão à direita.

R-Sa
Proíbe o condutor de realizar
retorno à esquerda.

(D
Proibido retornar à direita Proibido estacionar Estacionamento
Determina ao condutor a regulamentado
Proíbe o condutor de realizar
retomo à direita. proibição de estacionar no Permite ao condutor estacionar
trecho abrangido pela restrição. na via, trecho ou área
regulamentada.
R-5b R-6a R-6b

m Sinalização de Trânsito 37
5INALIZAÇA0 DE REGULAMENTAÇAO (Continuação)

®
Proibido parar e estacionar Proibido ultrapassar Proibido mudar de faixa
Proíbe ao condutor parar, ainda Proíbe a operação de ou pista de trânsito da
que por pouco tempo, mesmo ultrapassagem no trecho esquerda para a direita
em operações de embarque e regulamentado. Proíbe o condutor de mudar
desembarque. de faixa ou pista no sentido
R-6c R-7 R-8a indicado.

Proibido mudar de faixa ou Proibido trânsito de Proibido trânsito de veículos


pista de trânsito da direita caminhões automotores
para a esquerda Proíbe a entrada ou passagem Proíbe a entrada ou passagem
Proíbe o condutor de mudar de veículos de carga na área de qualquer veículo automotor
de faixa ou pista no sentido sinalizada. na área ou via sinalizada.
R-8b indicado. R-9 R-10

Proibido trânsito de veículos Proibido trânsito de Proibido trânsito de tratores


de tração animal bicicletas e máquinas de obras
Proíbe a circulação de qualquer Proíbe a circulação de Proíbe aos operadores a
veículo de tração animal na via bicicletas na área ou via circulação de toda espécie de
ou área sinalizada. sinalizada. tratores e máquinas de obras
R H R-12 R-13 na área restrita.

Peso bruto total máximo Altura máxima permitida Largura máxima permitida
permitido Determina a altura máxima Determina a largura máxima
Determina o peso total máximo permitida aos veículo sem permitida aos veículos que
permitido aos veículos em circulação no local sinalizado. circulam no local sinalizado.
circulação na área ou via
R-14 sinalizada. R-15 R-16

Peso máximo permitido por Comprimento máximo Velocidade máxima


eixo permitido permitida
Determina o peso máximo Determina o comprimento Determina o limite máximo
permitido, por eixo, aos máximo permitido aos veículos de velocidade permitida. Esta
veículos que transitam no ou combinação de veículos no deve ser considerada até onde
R-17 trecho sinalizado. R-18 trecho sinalizado. R-19 houver outra que a modifique.

Proibido acionar buzina ou Alfândega Uso obrigatório de corrente

R-20
sinal sonoro
Proíbe o condutor de acionar
buzina ou qualquer outro
tipo de sinal sonoro no local
regulamentado.
©
R-21
Determina a presença de uma
repartição alfandegária, onde a
parada é obrigatória.

R-22
Assinala aos condutores o uso
de correntes atreladas às rodas
do veículo. Pelo menos, ao par
de rodas motrizes.

Conserve-se à direita Sentido de circulação da via/ Passagem obrigatória

R-23
Determina ao condutor que se
mantenha à direita da pista de
rolamento, deixando a faixa da
esquerda livre. ©
R-24a
pista
Obriga o condutor a circular no
sentido indicado.

R-24b
Determina ao condutor que
existe um obstáculo e que a
passagem é obrigatoriamente
feita à direita do mesmo.

(5)
Vire à esquerda Vire à direita Siga em frente ou à

R-25a
Assinala ao condutor a
obrigatoriedade de virar à
esquerda.
©
R-25b
Assinala ao condutor a
obrigatoriedade de virar à
direita.

R-25c
esquerda
Permite ao condutor os
sentidos de circulação à
esquerda ou em frente.

Siga em frente ou à direita Siga em frente Ônibus, caminhões e

® R-25d
Permite ao condutor os
sentidos de circulação à direita
ou em frente.
0
R-26
Determina que o sentido
obrigatório de circulação é em
frente.

R-27
veículos de grande porte,
mantenham-se à direita
Assinala ao condutor de ônibus
ou caminhão a obrigação
de circular pela faixa mais à
direita.

38 m Sinalização de Trânsito 38
SINALIZAÇAO DE REGULAMENTAÇÃO (Continuação)

Duplo sentido de circulação Proibido trânsito de Pedestre ande pela

® R-28
Determina ao condutor que
transitava por via de sentido
único, que esta passará a ter
sentido duplo. ®
R-29
pedestres
Proíbe a circulação de
pedestres na via ou área
sinalizada.
9
R-30
esquerda
Assinala ao pedestre a
obrigatoriedade de andar pelo
lado esquerdo da via.

Pedestre ande pela direita Circulação exclusiva de Sentido de circulação na


Assinala ao pedestre a ônibus rotatória
obrigatoriedade de andar pelo Indica que a via destina-se à Indica o sentido que o condutor
* t lado direito da via. circulação exclusiva de ônibus. deve circular na rotatória.

R-31 R-32 R-33

Circulação exclusiva de Ciclista, transite à esquerda Ciclista, transite à direita

©
bicicletas Indica ao ciclista a Indica ao ciclista a
Indica que a via destina-se obrigatoriedade de trafegar obrigatoriedade de trafegar
à circulação exclusiva de
bicicletas.
pelo lado esquerdo da via.
Q pelo lado direito da via.

R-34 R-35a R-35b

Ciclista à esquerda, Pedestre à esquerda, Proibido trânsito de


pedestre à direita ciclista à direita motocicletas, motonetas e
Indica a obrigatoriedade do
ciclista de trafegar pelo lado tlf Indica a obrigatoriedade do
ciclista de trafegar pelo lado
ciclomotores
Proíbe a circulação de
esquerdo da via e o pedestre direito da via e o pedestre pelo motocicletas, motonetas e
R-36a pelo lado direito. R-36b lado esquerdo. R-37 ciclomotores na via sinalizada.

Proibido trânsito de ônibus Circulação exclusiva de Trânsito proibido a carros


Proíbe a circulação de ônibus caminhão de mão
na via sinalizada. Indica que a via é de uso Proíbe a circulação de carros
exclusivo para caminhões. de mão na via sinalizada.

R-38 R-39 R-40

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES A SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO

São informações adicionais à sinalização de regulamentação, podendo ser utilizada uma placa adicional ou incorporada
à placa principal, formando um só conjunto.

©
INÍCIO f

© <S>
OBRIGATÓRIO
0 USO DE CARTÃO
2» a 6= •-•h
NA LINHA AMARELA

2*a6° D-nii
CAMINHÕES
E ÔNIBUS
(D (D
B EFÍXSCICLOUSVIO
OBRIGATÓRIO EXCLUSIVO
Sábados O-Qli •-•h IDOSO
FAIXA DA
PROIBIDO Sábados •-•!! 04 VAGAS A 60" 04 VAGAS A 60*
[ MOTOCICLETAS j DIREITA

m Sinalização de Trânsito 39
1.2 SINALIZAÇÃO PE ADVERTENCIA
São sinais que servem para alertar os usuários, com antecedência, sobre situações de perigo na via, para que
possam reagir de forma adequada. Os símbolos são em PRETO, e a cor de fundo é AMARELA que indica ATENÇÃO,
PERIGO. O formato das placas geralmente é quadrado. As recomendações básicas em qualquer situação de risco
são: reduzir a velocidade e redobrar a atenção. Além disso, o condutor deve interpretar corretamente o sinal de
advertência e tomar os cuidados necessários para cada situação. Desrespeitar a sinalização de advertência significa
imprudência e negligência.
Curva acentuada à esquerda Curva acentuada à direita Curva à esquerda
Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente
existe uma curva acentuada à existe uma curva acentuada à existe uma curva à esquerda.
esquerda. direita.
A-1a A-lb A-2a

Curva à direita Pista sinuosa à esquerda Pista sinuosa à direita


Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente
existe uma curva à direita. existem três ou mais curvas existem três ou mais curvas
sucessivas, sendo a primeira à sucessivas, sendo a primeira
esquerda. à direita.
A-2 b A-3a A-3b

Curva acentuada em "S" à Curva acentuada em "S" à Curva em "S" à esquerda


esquerda direita Adverte ao condutor da
s Alerta o condutor que existem
à frente duas curvas sucessivas
Alerta o condutor que existem
à frente duas curvas sucessivas
existência de duas curvas em
"S" sucessivas adiante, sendo
em "S" sendo pelo menos uma em "S" sendo pelo menos uma a primeira pela esquerda.
A-4a delas acentuada e começando A-4b delas acentuada e começando A-5a
pela esquerda. pela direita.
Curva em "S" à direita Cruzamento de vias Via lateral à esquerda
Adverte ao condutor da Alerta o condutor da existência Alerta para a existência adiante
existência de duas curvas em de um cruzamento adiante. de uma via lateral à esquerda.
"S" sucessivas adiante, sendo
a primeira pela direita.
A-5b A-6 A-7a

Via lateral à direita Interseção em "T" Bifurcação em " Y "


Alerta para a existência adiante Alerta o condutor da existência Alerta o condutor que à frente
de uma via lateral à direita. à frente de uma interseção em existe uma bifurcação em
forma de T. forma de Y.
A-7b A-8 A-9

Entroncamento oblíquo à Entroncamento oblíquo à Junções sucessivas


esquerda direita contrárias l a à esquerda
Adverte o condutor da Adverte o condutor da Adverte o condutor da presença
existência adiante de um existência adiante de um adiante de junções contrárias
entroncamento à esquerda. entroncamento à direita. sucessivas, estando a primeira
A-10a A-10b A-11a via lateral à esquerda.

Junções sucessivas Interseção em círculo Confluência à esquerda


contrárias l a à direita Adverte da presença adiante de Adverte o condutor para a
Adverte o condutor da uma interseção de circulação existência adiante de uma
presença adiante de junções feita em rótula. confluência de trânsito à
contrárias sucessivas, estando esquerda que se incorpora à
A-11b a primeira via lateral à direita. A-12 A-13a via na qual está circulando.

Confluência à direita Semáforo à frente Parada obrigatória à frente


Adverte o condutor para a Alerta o condutor para a Alerta o condutor para a
existência adiante de uma existência de um semáforo existência adiante de uma
confluência de trânsito à direita adiante. parada obrigatória.
que se incorpora à via na qual
A-13b está circulando. A-14

Bonde Pista irregular Saliência ou lombada


Adverte o condutor da Adverte o condutor, de que há Alerta o condutor para a
existência, à frente, de adiante um trecho de via com existência, sobre a superfície
passagem para bonde. superfície irregular. de rolamento, de saliência ou
lombada.
A-16 A-17 A-18

40 m Sinalização de Trânsito 40
SINALIZAÇÃO DE ADVERTENCIA (Continuação)

Depressão Declive acentuado Aclive acentuado


Adverte o condutor para Adverte o condutor, que à Adverte o condutor, que à
a existência, na pista de frente existe uma descida forte. frente existe uma subida forte.
rolamento, de uma depressão.

A-19 A-20a A-20 b

Estreitamento de pista ao Estreitamento de pista à Estreitamento de pista à


centro esquerda direita

<8>
Adverte o condutor da Adverte o condutor da Adverte o condutor da
existência adiante de
estreitamento de pista de
existência de estreitamento de
pista à esquerda. <8> existência de estreitamento de
pista à direita.
A-21a ambos os lados. A-21 b A-21c

Alargamento de pista à Alargamento de pista à Ponte estreita


esquerda direita Alerta o condutor da existência
Adverte o condutor da Adverte o condutor da de ponte mais estreita que a
existência de alargamento de existência de alargamento de pista de rolamento, adiante.
pista à esquerda. pista à direita. <®>
A-21 d A-21e A-22

Ponte móvel Obras Mão dupla adiante


Alerta para a existência adiante Alerta o condutor da existência Adverte o condutor da
de uma ponte móvel. de obras no leito de uma via, alteração, adiante, do sentido
adiante. único da pista para duplo
sentido de trânsito.
A-23 A-24 A-25

Sentido único Sentido duplo Area com desmoronamento


Alerta o condutor da existência, Alerta o condutor da existência, Alerta para área adiante sujeita
adiante, de uma mudança adiante, de uma mudança a desmoronamento.
brusca de direção no sentido brusca de direção nos sentidos
indicado. indicados.
A-26a A-26b A-27

Pista escorregadia Projeção de cascalho Trânsito de ciclistas


Adverte o condutor para Adverte o condutor para a Adverte o condutor para a
a existência de trecho de existência adiante de trecho existência, adiante, de local
pista que pode tornar-se onde pode ocorrer projeção de de travessia de ciclistas ou
escorregadio, adiante. cascalho. onde há a possibilidade de
A-28 A-29 circulação de ciclistas.

Passagem sinalizada de Trânsito compartilhado por Trânsito de tratores ou


ciclistas ciclistas e pedestres maquinaria agrícola
Alerta o condutor para a Alerta o condutor para a Adverte o condutor para
existência de trecho, adiante, presença de ciclistas e a existência de local de
onde há travessia sinalizada de pedestres na via. cruzamento ou trânsito
A-30b ciclistas. A-30c A-31 eventual de tratores ou
maquinário agrícola.
Trânsito de pedestres Passagem sinalizada de Área escolar
Alerta o condutor para pedestres Alerta o condutor para a
a existência de trecho, Adverte que à frente, há existência de área escolar,
adiante, onde há travessia de uma faixa sinalizada para a adiante.
pedestres. passagem de pedestre.
A-32a A-33a

Passagem sinalizada de Crianças Animais


escolares Alerta para a existência de área Alerta o condutor para a
Alerta que à frente há uma de lazer para crianças, adiante. existência de trecho onde
faixa sinalizada para passagem pode deparar-se com animais,
de escolares. adiante.
A-33b A-34 A-35

m Sinalização de Trânsito 41
SINAUZAÇAO DE ADVERTENCIA (Continuação)
Animais selvagens Altura limitada Largura limitada
Alerta o condutor para a Adverte o condutor para a Adverte o condutor para a
existência de trecho, adiante, existência de local onde há existência, adiante, de local
onde pode deparar-se com restrição à altura dos veículos onde há restrições à largura
animais selvagens cruzando a em circulação, adiante. permitida para os veículos em
A-36 pista. A-37 A-38 circulação.

Passagem de nível sem Passagem de nível com Cruz de Santo André


barreira barreira Alerta o condutor para a
Alerta o condutor para Adverte o condutor para a existência de um cruzamento
a existência adiante de existência adiante de um com linha férrea, em nível, no
cruzamento com linha férrea, cruzamento com linha férrea, local.
A-39 sem barreira, em nível. A-40 em nível, com barreira.

Início de pista dupla Fim de pista dupla Pista dividida


Alerta o condutor que, adiante, Alerta o condutor que, adiante, Alerta que à frente, o fluxo
os fluxos opostos de tráfego da os fluxos opostos de tráfego da de tráfego, ainda na mesma
via passam a ser separados por via deixam de ser separados direção, será dividido.
um canteiro central. por um canteiro central.
A-42a A-42c

Aeroporto Vento lateral Rua sem saída


Adverte o condutor da Alerta o condutor para a Adverte que o trânsito é local e
presença, adiante, de existência de local onde a via não tem prosseguimento.
aeroporto ou campo de pouso, freqüentemente há vento
onde pode haver aviões em lateral forte.
A-43 baixa altura. A-44 A-45

Peso bruto total limitado Peso limitado por eixo Comprimento limitado
Adverte para a existência, Adverte para a existência, < £ > Adverte para a existência,
adiante, de restrição para peso adiante, de restrição para adiante, de restrição, e informa
e informa o peso bruto total peso e informa o peso máximo o comprimento máximo
máximo admissível. admissível por eixo. admissível do veículo.
A-46 A-47 A-48

SINALIZAÇÃO ESPECIAL DE ADVERTÊNCIA


a) Para Faixas ou Pistas Exclusivas de Ônibus üuiim AL 4\U\UU
iiiimit) &\\\\\\\'
ÔNIBUS PISTA EXCLUSIVA FIM DA FAIXA
NO CONTRA FLUXO DE ÔNIBUS EXCLUSIVA
A100m A 150m A 100m um/111 Avunu'
Ullllllb
b) Para Pedestres c) Para Rodovias, Estradas e Vias de Trânsito Rápido

• Pedestre Pedestre
itA veículos nos
dois sentidos A
bicicleta nos
dois sentidos

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES AOS SINAIS DE ADVERTENCIA


Pode estar incorporada à placa principal ou em uma placa adicional abaixo da principal.

/ X ATENÇÃO
<f CURVA
ULTIMA
SAÍDA
<6>
PERIGOSA FAIXA ADICIONAL

42 m Sinalização de Trânsito 42
1.3 S I N A L I Z A Ç A O DE I N D I C A Ç A O
Tem caráter informativo ou educativo. Servem para indicar vias, locais de interesse, distâncias e orientar condutores
sobre percursos, destinos e serviços auxiliares.
Placas de Identificação
De Rodovias e Estradas De Municípios Regiões de interesse de
tráfego
PR
BR-116
H S .
Pan-Americana Federal Estadual

De Pontes, Viadutos, Quilométrica De Limite de Municípios, Divisa de Estados,


Túneis e Passarelas Fronteira, Perímetro Urbano

Ponte LIMITE DE MUNICÍPIOS DIVISA DE ESTADOS


Cidade Jardim Recife Minas Gerais
Jaboatão Espírito Santo
Zona Azul

Placas de Pedágio Placas Indicativas de Sentido

PEDÁGIO 1 km PEDÁGIO 1 km
UJiWaklJJ
AUTOMOVEL ÔNIBUS EEHE2E
UTILITÁRIO CAMINHÃO
HííWlFlílíl.

Placas Indicativas de Distância Placas Diagramadas

S. J. dos Campos 16 km
Caraguatatuba 85 km
Campos do Jordão 95 km

Placas Educativas

MOTOCICLISTA NAO FECHE USE 0 CINTO


USE SEMPRE
O CAPACETE 0 CRUZAMENTO DE SEGURANÇA

Placas Educativas para Pedestres

Pedestre Pedestre Utilize a

£ Atravesse na
Faixa
fI I Aguarde o
Sinal Verde
Passagem
Protegida

m Sinalização de Trânsito 43
SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO (ContinuaçãoJ
PLACAS DE SERVIÇOS AUXILIARES
Comunicam aos usuários das vias onde dispor dos serviços indicados, orientando e identificando estes serviços.

PLACAS PARA CONDUTORES

v ^ a + e v
S-l S-2 S -3 S-4 S-6 S - 7 S-8
Área de Serviço Serviço Abastecimento Pronto Terminal Restaurante Borracheiro
Estacionamento Telefônico Mecânico Socorro Rodoviário

V A 1
s -9 S-10 S - 11 S - 12 S - 13 S - 14 S -15
Hotel Área de Aeroporto Trasnporte Terminal Ponto de Informação
Campismo sobre Água Ferroviário Parada Turística

Exemplos de Placas

HPLACAS PARA PEDESTRES


s
. I
• A•

&
Travessia Travessia Travessia
de de de
-n- Pedestres Pedestres Pedestres

PLACAS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS


ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS ATRATIVOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

£ Ü íí w ti il Iffi
TNA - 01 TNA - 02 TNA - 03 TNA - 04 THC - 01 THC - 02 THC - 03 THC - 04
Praia Cachoeira e Patrimônio Estância Templo Arquitetura Museu Espaço
Quedas d'água Natural Hidromineral Histórica Cultural
AREAS PftRA PRATICA DE ESPORTES AREAS DE RECREAÇÃO

ik
A
TAD - 01 TAD - 02 TAD - 03 TAR - 01 TAR - 02 TAR - 03
Aeroclube Marina Área para Esportes Área de Descanso Barco de Passeio Parque
Náuticos
LOCAIS PARA ATIVIDADES DE INTERESSE PUBLICO

rr W. w 11
TIT - 01 TIT - 02 TIT - 03 TIT - 04 TIT - 05 TIT-06
Festas Populares Teatro Convenções Artesanato Zoológico Planetário

Placas de Identificação de Atrativo Turístico

m sy # ITr
TIT - 07 TrT-08 TIT - 09 TIT - 10
Pavilhão de Feiras Parque Nacional
Feira Típica Exposição Agro- Rodeio
pecuária e Exposições de Itatiaia

Placas Indicativas de Sentico de Atrativo Turístico Placas Indicativas de Distância de Atrativo Turistico

0 Museu Regional H
0 Taperapuã 2 Km
Parque das Ruínas • ^ 0 Pai. Boa Vista 6 km
• l9r- Bom Jesus do Bonfim H Rio do Mangue 4 km
Mus. Chac. do Céu 0 • Mus. Felícía Leirner 9 km
0 Ponta Grande 6 km
•f • Sobrados Mouriscos

44 m Sinalização de Trânsito 44
2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
Estes sinais se apresentam ao condutor, pintados ou desenhados sobre o piso, na posição horizontal, na forma de faixas,
símbolos ou inscrições. Servem para orientar a circulação e direcionar o fluxo de veículos e pedestres, e para complementar
a sinalização vertical. Têm a vantagem de não desviar a atenção do condutor do leito da pista.
Linhas de Divisão de Fluxos no
Linhas de Divisão de Fluxo Opostos Mesmo Sentido
Linha simples contínua Linha simples seccionada Linha simples seccionada

Proibida a Ultrapassagem em Permitida a Ultrapassagem em Ambos Via de Mão Única Permitida Mudança
Ambos os Sentidos os Sentidos de Faixa

Linha dupla contínua Linha dupla contínua e seccionada Linha simples contínua

Proibida a Ultrapassagem em Ultrapassagem Proibida no Lado Via de Mão Única Proibida Mudança
Ambos os Sentidos com Ênfase Conínuo e Permitida no Lado Tracejado de Faixa

Marcas de Canalização: são colocadas no início e no fim de canteiros ou obstáculos centrais.

Dividindo ou unindo faixas de mesmo sentido Dividindo ou unindo faixas de sentidos contrários

Inscrições no Pavimento: informam as condições de operação da via.

H B B E 1 H
Siga em Frente Vire à Esquerda Vire à Direita Siga em Frente ou Siga em Frente ou Retorno à Retorno à Direita
Vire à Esquerda Vire è Direita Esquerda

Deficiente Físico Serviços de Saúde Cruzamento Dê a Preferência Mudança Curva Acentuada


Ferroviário Obrigatória de Faixa

Exemplos de marcas viárias


Marcas para
Faixa de Travessia d<3 Estacionamento
Pedestres r W H B H l Legenda / Linha de Bordo Faixa de Integração

Marcação de Não Estacione Faixa de Desaceleração


Area de Conflito

m Sinalização de Trânsito 45
3. DISPOSITIVOS AUXIUARES
Estes dispositivos aumentam a visibilidade dos sinais e chamam a atenção para obstáculos no local, que sejam perigosos
para os usuários. São confeccionados em material refletivo ou luminoso para melhor visualização, principalmente durante
a noite.
Dispositivos Delimitadores
Tachas ou Tachões (não podem ser usados como redutores de
Balizador velocidade ou sonorizadores)

Vermelho Amarelo Branco

Dispositivos de Sinalização de Alerta


Obstáculos Obstáculos com Obstáculos
passagem por com passagem Utilizado na parte
ambos os lados só pela esquerda superior do obstáculo

Marcadores de Perigo
Indicam que a passagem:
deverá ser feia poderá ser feita deverá ser feita poderá ser feita
pela direita por ambos os lados pela esquerda por ambos os lados

Marcadores de Alinhamento Dispositivos Luminosos


Painés Eletrônicos Painéis com Setas Luminosas

• • B

Alerta sobre alterações no alinhamento horizontal da via

46 m Sinalização de Trânsito 46
DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO
São dispositivos fixos ou móveis utilizados em operações de trânsito, obras e situações de emergência ou perigo com o
objetivo de alertar condutores, canalizar o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, etc.

Cones Cilindros Balizador Móvel

Cavaletes

Sentido de circulação Sentido de circulação

Faixas

OBRAS NA PISTA
^ REDUZA A VELOCIDADE DESVIO
4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
São sinais luminosos, controlados eletronicamente, que servem para controlar o fluxo de veículos e pedestres.

Regulamentação para Veículos Regulamentação Advertência


para Pedestres

Direção Controlada

Significados:
Amarelo: Vermelho: Verde: Verde: Amarelo intermitente:
Indica atenção, Indica parada Indica permissão Permissão para iniciar Adverte a existência de
sinalizando a obrigatória. para passar, se o a travessia. obstáculo ou situação
iminência da cruzamento estiver Vermelho: perigosa na via.
parada obrigatória. livre. Não pode iniciar a
travessia.

m Sinalização de Trânsito 47
S. SINALIZAÇÃO DE OBRAS ,
São muito semelhantes às de sinalização de advertência. As diferenças são: o fundo alaranjado e o caráter temporário,
sempre relacionado à realização de obras na pista.

MAQUINAS
NA PISTA
A 100 m

6a. GESTOS DE AGENTES DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO


Sempre que a sinalização for efetuada pelo agente, esta tem prioridade sobre as demais.

Ordem de parada para todos os Ordem de parada para os veículos que Ordem de parada para os veículos que estão
veículos. estão transitando em sentido transversal transitando em sentido transversal ao braço.
aos braços

Ordem de diminuição da Ordem de parada para os veícuos aos Ordem de seguir. Gestos com a palma da
velocidade. quais a luz é dirigida. mão voltada para trás.
6b. GESTOS DE CONDUTORES
São sinais auxiliares, indicativos de manobras.

Conversão à esquerda Conversão à direita Redução ou parada

7. SINAIS SONOROS |f
São os apitos do policial ou agente de trânsito.

1 silvo breve 2 silvos breves 1 silvo longo


Siga! Pare! Diminua a marcha!

m Sinalização de Trânsito 48
Questões - SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

01. Os sinais de trânsito podem ser: placas, 07. A placa obriga a:


desenhos pintados na via pública, e ainda a) circular sem parar.
sinais: b) circular pela rotatória no sentido indicado.
a) luminosos e sonoros. c) virar à direita ou seguir em frente.
b) luminosos e por gestos. d) parar e olhar antes de cruzar a via.
c) sonoros e por gestos. e) circular somente para o lado direito.
d) luminosos, sonoros e por gestos.
e) luminosos. 08. Qual placa não permite parada?

02. O objetivo da sinalização é informar:


a)

b)
condições, restrições, obrigações e proibições no
uso da via.
a situação do trânsito.
®
c) a condição do veículo.
d) a proibição de cometer imprudência.
e) a ausência de fiscalização constante.
09. Um trecho de mão dupla apresenta uma linha
03. O tipo de sinalização que prevalece sobre os amarela seccionada; isso significa que é:
demais é: a) proibido ultrapassar pela esquerda.
a) dos condutores de veículos. b) proibido ultrapassar.
b) dos pedestres para atravessar a via. c) proibido ultrapassar pela direita.
c) os sinais luminosos. d) permitido ultrapassar.
d) do agente de trânsito. e) permitido ultrapassar pela direita.
e) do passageiro de transporte coletivo.
10. O sinal abaixo indica cruzamento:
04. As faixas separadoras em vias de mão dupla a) com linha de bonde.
que proíbem ao condutor ultrapassar em b) em "X".
movimento são: c) com barreira.
a) brancas seccionadas. d) perigoso.
b) amarelas seccionadas. e) com linha férrea. fl
c) amarelas contínuas.
d) seccionadas. 11. A placa ao lado alerta para:
e) brancas contínuas. a) faixa de travessia de pedestres.
b) escolares participando de festa.
05. As faixas que permitem ultrapassagem são: c) escolares desfilando.
a) amarelas contínuas. d) escola de crianças excepcionais.
b) brancas contínuas. e) área escolar adiante.
c) contínuas.
d) amarelas contínuas ou seccionadas. 12. Diante de sinais de advertência você:
e) seccionadas. a) redobra a atenção e adota uma postura segura.
b) aumenta a velocidade para descongestionar o

06. A placa
a)
V obriga a:
circular somente para a direita.
c)
d)
trânsito.
para rapidamente o seu veículo.
acende as lanternas do seu veículo.
b) reduzir a velocidade ou parar, dando preferência e) estaciona o veículo.
aos veículos que circulam pela via preferencial. 13. A placa abaixo alerta sobre estreitamento da
c) parar e olhar bem o trânsito antes de entrar ou via:
cruzar a via.
a) com curva acentuada em "S".
d) manter a velocidade igual ou abaixo da indicada
b) em sentido único.
na placa.
e) ver que há veículo quebrado adiante.
c) em ambos os lados. n
d) devido à existência de barreiras.
e) devido à existência de obras.

m Sinalização de Trânsito 49
14. A placa "Crianças" recomenda: 21. A placa ao lado alerta para:
a) ignorá-las. a) pista escorregadia por derramamento
b) dar sinal de luz. de óleo.
c) buzinar. b) pista sendo lavada com produtos
d) redobrar a atenção e diminuir a velocidade. químicos.
e) dar uma esmola ou bala. c) pista em obras de pavimentação.
d) que a pista pode tornar-se escorregadia.
15. A placa ao lado alerta para: e) existem adiante curvas em "S".
a) crianças brincando.
22. A placa ao lado alerta que:
b) uma passarela.
c) pedestres atravessando a via. a) o sentido de circulação muda repentinamente.
d) escolares atravessando em faixa própria. b) um canteiro central passa a dividir os fluxos de
e) idosos circulando. tráfego opostos. _
c) o sentido de circulação da pista Á a^v
16. A placa que indica o ponto de coletivo é: muda de único para duplo. \ X T /
a) embarque e desembarque. d) o sentido de circulação passa para
b) ponto de parada. um entroncamento oblíquo.
c) estacionamento regulamentado. e) aqui é permitido o retorno.
d) área de estacionamento. 23. O policial que dá sinal com dois silvos breves
e) educativa. indica:

17. Os sinais luminosos advertem e controlam: a) diminua a marcha.


b) mantenha-se à direita.
a) os fluxos de pedestres e veículos. c) pare o veículo.
b) os fluxos de pedestres, apenas. d) mantenha-se à esquerda.
c) os condutores, apenas. e) passe depressa.
d) o fluxo de motocicletas apenas.
e) o fluxo de veículos, apenas. 24. O condutor, atento, trafegando em uma via, vê
uma placa alertando sobre um estreitamento
18. O sinal ao lado alerta para ponte: de pista adiante. Ele identifica esta placa
como sendo de:
a) estreita, seguida de obras.
a) advertência.
<8>
b) estreita, com curva à esquerda.
c) mais estreita que a pista de rolamento.
o. n /
b) indicação.
d) onde circulam animais. c) regulamentação.
e) onde circulam pedestres. d) atrativo turístico.
e) obras.
19. O breve toque na buzina serve para:
25. O condutor deve o b s e r v a r as placas de
a) apressar pessoas.
advertência para:
b) apressar o pedestre.
a) evitar danos ao veículo.
c) chamar pessoas.
b) conhecer a velocidade máxima permitida para a
d) apressar os outros veículos.
via.
e) advertir.
c) fazer ultrapassagens.
20. A placa ao lado alerta que adiante existe d) evitar multas.
a junção de duas vias laterais, e) saber quais os perigos que existem na via e sua
sendo: natureza.
a) a primeira à esquerda e a segunda
à direita.
b) a primeira à esquerda e a segunda
à direita, formando uma pista dupla.
c) a primeira à esquerda e a segunda à direita, com
ponte sobre córrego.
d) a primeira à esquerda e a segunda à direita,
formando uma pista de mão única.
e) em desnível.

50 m Sinalização de Trânsito 50
DIREÇÃO DEFENSIVA - Atualizada com a Res. 285/08

INTRODUÇÃO As estatísticas oficiais de 2008 demonstram que, a cada ano, mais de


650 mil pessoas são vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Dentre
elas, aproximadamente 50 mil são vítimas fatais, das quais 34 mil morrem
no local do acidente. Dos sobreviventes, em média 26 mil adquirem algum
tipo de lesão permanente.
O impacto social causado pelas mortes no trânsito é muito intenso, pois
a grande maioria das vítimas tem entre 18 e 35 anos e pertence à faixa
economicamente mais produtiva e ativa da nossa sociedade.
Quando analisamos as estatísticas de acidentes envolvendo motos,
os números são ainda mais impressionantes. As motos representam
aproximadamente 17% da frota brasileira de veículos, mas estão
envolvidas em mais de 33% dos acidentes.
Todos nós utilizamos o trânsito diariamente, seja como passageiros,
pedestres ou condutores. Somos responsáveis pelo bem estar desse meio
social. Porém, quanto à segurança no trânsito, sem dúvida a maior
responsabilidade cabe aos condutores.
Muitos motoristas não têm consciência dessa responsabilidade. É comum
ouvirmos relatos de acidentes onde o condutor aponta como causa a falta
de acostamento, a chuva, um buraco na pista, entre diversos outros fatores.
Após analisar as causas de milhares de acidentes, foi possível chegar às
seguintes conclusões:

dos acidentes são causados por falhas humanas.

^pfr. causados por falhas mecânicas.

são causados por má condição das vias.

Aprender certo A P a r t i r desses dados, pode-se concluir que a maioria das falhas
humanas pode ser evitada, tomando-se alguns cuidados básicos. Esses
procedimentos foram analisados e sistematizados: o conjunto dessas
técnicas recebe o nome de Direção Defensiva para condutores de
veículos de quatro rodas ou mais e Pilotagem Defensiva para condutores
de veículos de duas ou três rodas. A prática desses procedimentos está
ao alcance de todos os condutores.

Aqui vamos conhecer as principais técnicas de Direção e Pilotagem Defensiva,


aceitas internacionalmente. Estudá-las e aprendê-las poderá contribuir para
tornar o candidato um condutor mais responsável e seguro.

DEFINIÇÃO Conduzir defensivamente é dirigir ou pilotar de forma a evitar acidentes


ou diminuir as conseqüências de acidentes inevitáveis, apesar das
condições adversas, dos erros e da irresponsabilidade de outros
condutores e pedestres.

51 Direção Defensiva1«
Procedimentos Dessa definição podemos concluir que:

que salvam • Os acidentes geralmente são causados por combinações de


diversos fatores. O fator mais relevante é chamado de causa
vidas principal do acidente, que pode ser: excesso de velocidade,
erros na previsão das ações de outros motoristas, desrespeito
à sinalização ou normas de trânsito, negligência na avaliação
das condições adversas, falta de habilidade para conduzir com
segurança, etc.
• O condutor defensivo altera conscientemente o encadeamento
dos fatores que resultariam em um acidente. Ele sabe que basta
interferir de forma positiva em um ou mais desses fatores, para
que o acidente não aconteça.
• 0 condutor defensivo utiliza constantemente as técnicas de
Direção e Pilotagem Defensiva, evitando acidentes e tornando o
trânsito muito mais seguro para todos os seus usuários.

É necessário Lembre-se: conhecer as técnicas não basta. É preciso praticá-las no dia


a dia, reconhecer e abandonar antigos vícios e maus hábitos e alterar o
alterar o comportamento, automatizando procedimentos e atitudes corretas.
comportamento O condutor defensivo fica satisfeito em evitar um acidente, independente
de quem tenha razão ou de quem seja a culpa.
É importante saber que, em qualquer acidente, ocorre pelo menos uma
destas três falhas humanas:
• Negligência.
• Imprudência.
• Imperícia.

Nejdiíêncls ^ ne éliéência é o descaso, displicência ou desleixo de quem conhece


as regras, mas não dá a devida importância. Muitos acidentes e mortes
são causados por negligência:
• Do órgão com circunscrição sobre a via, quando deixa de fazer a
manutenção e instalar ou reparar a sinalização.
• Do proprietário do veículo, quando permite que condutores não
habilitados ou sem condições de dirigir conduzam seu veículo.
• Do condutor, quando insiste em conduzir um veículo mal
conservado ou fora dos padrões de segurança.
• Do condutor, quando não obedece às leis de trânsito e não pratica
as técnicas de Direção ou Pilotagem Defensiva.

Imprudência Imprudente é a pessoa que se expõe a riscos desnecessariamente, sem


medir as conseqüências. Elemento de presença constante no trânsito
brasileiro, o condutor imprudente é aquele que:
• Transgride intencionalmente as regras básicas de segurança.
• Se arrisca, dirigindo em alta velocidade, realizando manobras
ousadas ou ultrapassagens perigosas.
• Mesmo percebendo a precariedade da sinalização e conservação
de uma via, conduz com velocidade incompatível.
• Dirige perigosamente, sem levar em consideração condições
adversas existentes no momento em que trafega.

52 Direção Defensiva1«
Imperícia A imperícia pode ser definida como falta de habilidade ou inexperiência. Um
motorista com pouca experiência em condução de veículos pode se tornar
uma importante causa de acidentes. Geralmente, essas falhas são resultado
da má formação ou de treinamento inadequado do condutor que:
• Não está suficientemente capacitado ou familiarizado para
conduzir determinado tipo de veículo.
• Não sabe como conduzir, frente a situações adversas.
• Reage de forma imprópria em situações de emergência.

ELEMENTOS DA DIREÇÃO E PILOTAGEM DEFENSIVA

As técnicas de Direção e Pilotagem Defensiva estão agrupadas em cinco


elementos básicos:

Atenção
CONHECIMENTO
Previsão
ATENÇÃO
Habilidade PREVISÃO
HABILIDADE
AÇÃO

CONHECIMENTO

Conhecer leis E fundamental que o condutor defensivo conheça:


e normas • As leis e normas de trânsito.
• As particularidades do veículo, seus equipamentos e acessórios.
• As condições adversas e a maneira correta de enfrentá-las.

O objetivo da Legislação de Trânsito e das Normas de Circulação e Conduta,


contidas no Código de Trânsito Brasileiro, bem como das técnicas de
Direção e Pilotagem Defensiva é o mesmo: a segurança no trânsito.

As leis e normas de trânsito estão em constante evolução. Portanto, é


necessário reciclar periodicamente esses conhecimentos. Está mais do
que provado: quem não conhece as regras causa mais acidentes.

Conhecer o Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir acidentes.
Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis por acidentes
veículo provocados por má conservação ou manutenção deficiente do veículo.
• As funções e a localização dos comandos não são iguais em todos
os veículos.
• O manual do proprietário contém, informações importantes sobre
o veículo e seus equipamentos e precisa ser realmente lido.
• Redobrar o cuidado enquanto não estiver completamente
familiarizado com o comportamento do veículo.

55 Direção Defensiva1«
• Examinar freqüentemente o veículo, os equipamentos e a carga,
tomando providências corretas e imediatas sempre que encontrar
irregularidades.
• Os itens que interferem diretamente na segurança dos veículos de
quatro rodas são: direção, freios, suspensão, pneus, faróis,
lanternas, sinalizadores, limpadores de para-brisas e buzina.
Existem motocicletas para todas as finalidades. É fundamental que a moto
seja adequada à utilização pretendida. Além disso, o tamanho da motocicleta
deve ser proporcional às medidas da pessoa que irá pilotá-la. A regra geral
de tamanho é que, quando o piloto estiver sentado na moto seus pés
alcancem facilmente o solo. Um bom teste para saber se o tamanho da
moto está apropriado para seu porte físico é fazer um oito empurrando-a
pelo guidão. Pessoas de constituição franzina e miúda não deveriam escolher
motos grandes e pesadas.
Os componentes da motocicleta que interferem diretamente na segurança
e que necessitam de constante cuidado são:
• Freios - dianteiro e traseiro, manetes, cabos, pinças, lonas ou
pastilhas, cubos ou discos, fluido hidráulico.
• Suspensão - molas e amortecedores.
• Corrente de transmissão - condições de uso e folgas.
• Pneus - pressão e desgaste.
• Luzes - faróis, lanternas, sinalizadores, luz de freio.
• Buzina.

Conhecer as Condições adversas são fatores ou combinações de fatores que


j: ~ contribuem para aumentar as situações de risco no trânsito, podendo
tüliul^uc» comprometer a segurança. O condutor deve ser capaz de identificar
adversas OS riscos e agir corretamente diante dessas situações, adotando os
procedimentos adequados para cada uma delas.
Os tipos de situações adversas são as seguintes:
• Iluminação
• Tempo
• Vias
• Trânsito
• Veículo
• Cargas
• Passageiros
• Condutor

CONDIÇÕES ADVERSAS DE ILUMINAÇÃO


A luz é um fator de segurança, pois é essencial para vermos e sermos
vistos, seja iluminação natural ou artificial. Porém, a luz torna-se uma
condição adversa quando está em falta ou em excesso:
• Ofuscamento.
• Penumbra.
• Noite.

54 Direção Defensiva1«
Ofuscamento O f u s c a m e n t o é uma cegueira momentânea causada pelo excesso
de luz em nossos olhos. A vista humana pode levar até 7 segundos
para se recuperar de um ofuscamento. Um veículo, a uma velocidade
de 80 km/h, poderá percorrer até 155 metros antes que seu condutor
recupere a visão plena. O ofuscamento pode ser ocasionado por:

Incidência direta de raios solares.


• Essa incidência de luz solar ocorre geralmente no início da manhã
e no final da tarde, quando o sol está muito próximo do horizonte.
A incidência frontal de raios solares pode ser evitada com o uso
do quebra-sol, equipamento obrigatório nos veículos.

Reflexos de luz solar.


• É a reflexão de luz solar em vidros, janelas ou espelhos de outros
veículos.

Luz alta em sentido contrário.


• Provoca uma cegueira momentânea e pode ser agravada por
outras condições adversas, como chuva e neblina.

Luz alta no retrovisor.


• 0 ofuscamento pelo retrovisor pode ser evitado, acionando-se
o dispositivo antiofuscamento do retrovisor interno, que reduz a
intensidade da luz refletiva pelo espelho.

Penumbra Penumbra ou lusco-fusco é a situação de pouca luminosidade, que


ocorre ao anoitecer, ao amanhecer, no interior de túneis, viadutos e
em tempestades.
É considerada uma situação perigosa, pois contornos e cores ficam pouco
definidos, o que torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente
distâncias e, principalmente, ver e ser visto.
Procedimentos para dirigir ou pilotar na penumbra:
• Manter a luz baixa ligada.
• Reduzir a velocidade.
• Redobrar a atenção.

Noite Noite é a ausência total de luz solar. Nesse período, a visibilidade


depende, completamente, da luz emitida pelos faróis dos veículos e da
iluminação artificial das vias. Com a visibilidade limitada ao alcance dos
faróis, à potência das lâmpadas e à largura do facho, são necessários
alguns cuidados para se conduzir com segurança:
• Manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento.
• Manter os faróis regulados e limpos.
• Observar que a velocidade segura será inferior àquela praticada
durante o dia.
• Aumentar a distância de segurança.
• Se possível, evitar trafegar à noite ou de madrugada.

Direção Defensiva 55
Em viagem de motocicleta, se houver um veículo à frente, talvez seja melhor
não ultrapassá-lo, mas segui-lo a uma distância segura, aproveitando a
iluminação adicional proporcionada por ele. Os desvios e oscilações do
veículo da frente indicam, com boa antecedência, obstáculos, buracos
ou pista irregular.
Para evitar o ofuscamento por luz alta, vinda de veículos trafegando em
sentido contrário, o condutor deverá:
• Diminuir a velocidade.
• Solicitar luz baixa, acendendo e apagando a luz alta.
• Não olhar diretamente para os faróis.
• Se a luz alta persistir, manter luz baixa e orientar-se pela margem
direita da via.
Deve-se ter cuidado para não ofuscar os demais condutores, pois esta é
uma causa freqüente de acidentes. É importante usar a luz baixa assim
que surgirem veículos em sentido contrário, não apenas quando eles
estiverem próximos. Cuidar também para não ofuscar, pelos retrovisores,
o condutor do veículo que vai à frente.

CONDIÇÕES ADVERSAS DE TEMPO

Condições Fenômenos climáticos podem interferir na segurança do trânsito, alterando


as condições da via, diminuindo a capacidade visual do condutor, e
climáticas modificando padrões de condução e comportamento dos veículos, como
a aderência dos pneus e a estabilidade.
As condições de mau tempo podem se agravar a ponto de impedir o
deslocamento seguro. As principais são: chuva, granizo e neblina.
Condições como vento, frio e calor também podem comprometer a
segurança, quando em excesso.
A neve não é freqüente no Brasil, mas quem trafega nos países do
MERCOSUL, como Argentina e Chile, deve estar preparado para dirigir
sob essa condição adversa.

CHUVA A condição adversa de chuva reduz a visibilidade, diminui a aderência dos


pneus ao solo (principalmente em curvas), aumenta consideravelmente o
espaço percorrido em frenagens e dificulta manobras de emergência.
O início da chuva torna a pista ainda mais escorregadia, devido à mistura
de água com pó e outros resíduos.
Quando for inevitável dirigir sob chuva, os condutores em geral devem
observar os seguintes pontos:
• Redobrar a atenção.
• Reduzir a velocidade.
• Aumentar a distância dos demais veículos.
cvT • Redobrar o cuidado em curvas e frenagens.
• Manter acesa a luz baixa.
• Evitar passar sobre poças ou lugares com acúmulo de água.

56 58 Direção Defensiva1«
i
Para condutores de automóveis e demais veículos de quatro rodas:
• Manter as palhetas do limpador de para-brisas em bom estado.
• Manter os vidros limpos, desengordurados e desembaçados.

Para motociclistas e condutores de veículos de duas ou três rodas:


• Manter a viseira ou óculos de proteção limpos e desengordurados.
• Usar roupa apropriada, como capa ou macacão impermeável.

Aquaplanagem Durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode


provocar situações especiais de perigo: trata-se da AQUAPLANAGEM ou
HIDROPLANAGEM, fenômeno no qual os pneus não conseguem remover
a lâmina de água e, literalmente, perdem o contato com a pista.

A aquaplanagem ocorre pela combinação dos seguintes fatores:


• Excesso de água na pista.
• Velocidade incompatível.
\\ UiUlM/tilífít • Pneus com profundidade de sulco insuficiente (carecas).

Durante a aquaplanagem, a direção fica repentinamente leve e o condutor


perde o controle do veículo.
No caso de motocicleta, torna-se muito difícil controlá-la e a queda é
praticamente inevitável.

Condutores de automóveis e motocicletas devem adotar os seguintes


procedimentos em caso de aquaplanagem:
• Segurar firmemente o volante ou o guidão, sem virá-lo. Rodas
dianteiras viradas para um dos lados podem levar ao capotamento
quando a aderência voltar a existir entre os pneus e a pista.
• Desacelerar o veículo e diminuir a velocidade, mas não frear
bruscamente, pois se as rodas estiverem travadas no momento que
voltar o contato dos pneus com a pista, o veículo se desgovernará.
• Estabelecer um padrão seguro de velocidade para a situação.

É dever do proprietário do veículo trocar os pneus sempre que a


profundidade dos sulcos atingir 1,6 mm. Adiar a hora da troca é uma
economia que não vale a pena.

Granizo é a chuva acompanhada de pequenas pedras de gelo. Além dos


inconvenientes causados pela chuva, apresenta alguns riscos adicionais:
• O barulho causado pelo granizo pode assustar pessoas desavisadas
ou inexperientes, levando-as a comportamentos imprevisíveis que
podem causar acidentes.
• Durante a ocorrência de granizo, a visibilidade é ainda menor.
• Quando muito forte, pode danificar a pintura e lataria do veículo,
além do risco de quebrar faróis e para-brisas ou ferir o motociclista
e seu passageiro.

Direção Defensiva
As principais recomendações em caso de queda de granizo, além dos
procedimentos já vistos para chuva, são as seguintes:
• Trafegar em velocidade compatível com a situação.
• Parar somente em locais seguros, para evitar acidentes com os
demais veículos.
• Sempre que possível, motociclistas devem procurar um lugar
coberto.

Quebra de A quebra de para-brisas em automóveis poderá ocasionar as seguintes


situações:
para-brisas
• Se o vidro for do tipo laminado, utilizado atualmente pelos
fabricantes, ocorrerão apenas rachaduras, sem desprendimento
de estilhaços. Não haverá perda total da visibilidade.
• Se o vidro for do tipo temperado, todo o para-brisa irá trincar em
milhares de pequenos pedaços, impossibilitando a visão. Nesse
caso é preciso agir rápido: diminua a velocidade, sinalize e pare
em local seguro.
• Se for inevitável dirigir sem o para-brisa, conserve as janelas do
veículo fechadas, isso impede a entrada excessiva de ar.

NEBLINA ou Conduzir sob neblina exige muito cuidado e experiência. Acidentes que
ocorrem nessa condição adversa normalmente são gravíssimos e podem
CERRAÇÃO envolver diversos veículos (engavetamentos).
Nas estradas, os trechos e horários sujeitos à neblina podem e devem ser
evitados, com o correto planejamento da viagem. Sob neblina devemos
tomar as seguintes precauções:
• Redobrar a atenção.
• Reduzir a velocidade, mantendo um ritmo constante, sem
acelerações ou reduções bruscas.
• Manter o farol baixo aceso, mesmo de dia.
• Não usar luz alta, pois ela piora a visibilidade.
• Parar somente em pistas com acostamento ou em locais
seguros.
• Em pistas sem acostamento é preferível seguir em frente com
cuidado.
• Em paradas de emergência, deve-se sinalizar a pista e manter o
pisca-alerta ligado.
ATENÇÃO: o pisca-alerta não deve ser usado com o veículo em movimento,
exceto em situações de emergência.

Fumaça A ocorrência de fumaça na pista não é uma situação climática, mas


provoca falta de visibilidade semelhante à causada pela neblina, com
algumas diferenças importantes.
A fumaça geralmente ocorre de maneira bem localizada. O problema é
que não se sabe o que encontraremos dentro dela, nem qual é a sua
extensão. Deve-se evitar, sempre que possível, trafegar sob fumaça densa.
Além disso, a fumaça pode provocar irritação nos olhos do condutor e
problemas de respiração, como tosse ou sufocação, principalmente nos
motociclistas, que estão sempre mais expostos.

58 Direção Defensiva 1 «
Quando for inevitável trafegar sob fumaça, devem-se observar os seguintes
procedimentos:
• Diminuir a velocidade antes de entrar na nuvem de fumaça.
• No caso de automóveis, fechar todos os vidros.
• Não parar: uma vez dentro da cortina de fumaça, é melhor sair
do outro lado.
• Nunca frear bruscamente, pois os veículos de trás também estão
com pouca visibilidade.

CONDIÇÕES ADVERSAS DAS VIAS


O ideal seria transitar somente em vias bem projetadas, construídas
e conservadas, além de sinalizadas adequadamente. Porém, isso nem
sempre é possível, principalmente em se tratando da nossa realidade.
As principais condições adversas das vias são:
• Sinalização inadequada ou deficiente.
• Pavimentação inexistente ou defeituosa.
• Aclives ou declives muito acentuados.
• Pistas ou faixas de rolamento com largura inferior à ideal.
• Curvas mal projetadas ou mal construídas.
• Lombadas, ondulações e desníveis.
• Inexistência de acostamento.
• Má conservação, buracos, falhas e irregularidades.
• Pista escorregadia ou drenagem deficiente, permitindo acúmulo
de água.
• Vegetação muito próxima da pista.

Planejar o É importante planejar o itinerário com antecedência, levando em


consideração as condições das vias. Existem diversas maneiras de obter
itinerário essas informações: jornais, rádio, televisão, agentes de trânsito, outros
motoristas e sites especializados da internet.
Todo condutor deve utilizar as vias de forma segura, reconhecendo seus
perigos e deficiências e ajustando-se às suas condições.

Vias mal A má conservação das vias pode danificar o veículo, principalmente a


suspensão e os pneus. Para evitar este transtorno, segue abaixo algumas
conservadas recomendações:
• Conduzir em velocidade compatível com a condição da via.
• No caso de automóveis, cuidar para não bater a parte de baixo
do veículo, pois poderá danificar o reservatório de óleo do motor.
• Cuidar para não bater em outros veículos, ao frear ou tentar
desviar de buracos na pista.
• Veículos de carga não devem trafegar com excesso de peso, já
que esta é a maior causa de deterioração do pavimento.

Direção Defensiva 59
Motos:
• Cuidar com pedras e buracos, que podem danificar pneus e aros,
além de desequilibrar as motocicletas.
• Se for inevitável passar por cima de um obstáculo com a motocicleta,
deve-se reduzira velocidade, aproximar-se do obstáculo em ângulo
de 90 graus, manter a motocicleta em linha reta e apoiar-se nas
pedaleiras, erguendo-se um pouco do assento, amortecendo
o choque com as pernas e braços semiflexionados. Depois, é
conveniente conferir o estado dos aros e pneus.
• Em caso de derrapagem, o motociclista deve segurar firme
o guidão, não acelerar nem frear, não utilizar a embreagem,
não inclinar a moto e virar levemente o guidão no sentido da
derrapagem para que a aderência se restabeleça.
A posição mais segura para motocicletas passarem por trilhos e
sonorizadores é (reto) transversalmente a eles, em ângulo de 90 graus.
Passarem diagonal (atravessado) ou em ângulos menores poderá deslocar
a roda dianteira da trajetória, provocando ziguezague e queda. Se a
aproximação e o posicionamento estiverem corretos, a moto irá vibrar e
balançar, sem apresentar perigo.
As motocicletas comportam-se muito melhor em superfícies que
proporcionam boa aderência. Algumas condições que podem deixar uma
pista perigosa e com pouca aderência, são:
• Pavimento molhado, particularmente, logo após começar a chover.
• Manchas de óleo na pista.
• Estradas de terra ou acúmulos de pedregulho e areia nas estradas
pavimentadas.
• Lama e gelo.
• Faixas pintadas na pista.
• Placas de aço, especialmente quando molhadas.
Para pilotar uma moto com segurança em superfícies com pouca
aderência deve-se:
• Reduzir a velocidade antes dos pontos de baixa aderência,
principalmente em curvas.
• Ao frear, utilizar ambos os freios, acionando o dianteiro com maior
intensidade.
• Tomar muito cuidado com o freio traseiro que, em pistas
escorregadias, provoca derrapagens.
• Ser muito cuidadoso para não derrapar ao acelerar, frear, trocar
marchas ou fazer curvas.
• Para reduzir a velocidade é melhor parar de acelerar, sem frear.
• Ter cuidado ao passar de um tipo de piso para outro, como por
exemplo, do asfalto limpo para o acostamento com areia.
• Trafegar sobre os rastros dos pneus dos outros veículos, onde há
menos água.
• Evitar areia, folhas e sujeiras soltas nas laterais da pista.
Vias mal A inexistência ou deficiência de sinalização é um importante fator de
risco. Nesse caso, o condutor deverá redobrar a atenção, para não ser
sinalizadas surpreendido e não se envolver em acidentes.
60 Direção Defensiva1«
É importante que o condutor, ao encontrar vias em más condições ou
mal sinalizadas, exerça seus direitos de cidadão, solicitando reparos e
melhorias. Afinal, essa atitude pode salvar muitas vidas.

Declives Em descidas muito fortes ou longas como rampas, ladeiras íngremes ou


descidas de serras, não se deve confiar apenas no freio. A técnica correta e mais
acentuados segura consiste em utilizar o freio motor, iniciando a descida com velocidade
reduzida, engrenando a mesma marcha que seria usada na subida.
Jamais descer desengrenado (banguela), porque depois que o veículo
embalar fica mais difícil reduzir a velocidade, principalmente para os
veículos de grande porte como ônibus e caminhões. Nesse caso, os freios
irão superaquecer e perder eficiência, podendo incendiar os freios e os
pneus. Esses acidentes são muito comuns em serras, que combinam
descidas íngremes e curvas.
Conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via
caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor.

CONDIÇÕES ADVERSAS DE TRÂNSITO


Para dirigir ou pilotar com segurança é fundamental avaliar e agir de acordo
com as condições do trânsito. Os fatores adversos mais comuns são:
• Trânsito lento ou congestionado.
• Horários e locais de maior movimento.
• Áreas de aglomeração ou grande circulação de pedestres.
• Presença de ciclistas e outros veículos não motorizados.
• Tráfego intenso de veículos pesados.
• Comportamento imprudente ou agressivo dos demais condutores.

O condutor defensivo procura, sempre que possível:


• Planejar seu itinerário, evitando os horários e os locais de
congestionamento.
• Sair com antecedência, prevendo possíveis atrasos.
• Lembrar que nem sempre o trajeto mais curto é o mais econômico,
em tempo e combustível.

CONDIÇÕES ADVERSAS DO VEICULO


EcOlIOIlliZar na -1® vimos que é obrigatório manter o veículo em bom estado e
em perfeitas condições de funcionamento. Esses conhecimentos são
manutenção oferecidos no capítulo de Mecânica Básica.
pode custar caro Porém, algumas vezes, somos obrigados a conduzir veículos de outras
pessoas e somos surpreendidos por situações imprevistas, devido à
condição em que o veículo se encontra. Nesses casos, deve-se prestar
atenção redobrada a alguns detalhes:
• Lâmpadas queimadas e faróis desregulados.
• Limpadores de para-brisas com defeito (no caso de automóveis).

61 Direção Defensiva1«
• Espelhos retrovisores deficientes ou ausentes.
• Amortecedores em mau estado.
• Folga no sistema de direção ou no guidão.
• Rodas desbalanceadas.
• Aros desalinhados.
• Falta de buzina.
• Suspensão desalinhada.
• Pneus gastos ou mal calibrados.
• Freios deficientes.
• Quantidade insuficiente de combustível.
• Falta ou deficiência de um ou mais equipamentos obrigatórios
dos veículos de duas, três ou quatro rodas.
• Existência de qualquer tipo de vazamento.

É importante ficar atento a todos estes itens, pois eles interferem na


segurança. Deve-se recusar dirigir ou pilotar veículos em mau estado de
conservação, ou que não tenham todos os equipamentos obrigatórios.

CONDIÇÕES ADVERSAS DE CARGAS

A carga pode oNocondutor


transporte de cargas em geral ou em qualquer situação que obrigue
a dirigir transportando objetos, a carga transportada poderá
se tornar uma transformar-se em uma condição adversa, comprometendo a segurança.
condição adversa As causas mais comuns de acidentes provocados pela carga são:
• Carga mal distribuída, mal embalada ou acondicionada
inadequadamente.
• Falha na imobilização e amarração dos volumes dentro do
compartimento de cargas.
• Desconhecimento do tipo de carga e das suas características.

Sempre que transportar cargas, o condutor deve observar os seguintes


pontos:
• O volume e o peso devem ser compatíveis com a capacidade do
veículo.
• Não transportar passageiros nos compartimentos da carga ou
vice-versa.
• Certificar-se de que a carga está imobilizada e bem acondicionada.
• Aproveitar as paradas para conferir as condições da carga.

Motocicletas - Cuidados Adicionais


Em motos, deve-se redobrar os cuidados, pois as condições da carga
afetam mais diretamente a segurança.
0 peso, o volume e a posição da carga alteram significativamente o
comportamento da motocicleta nas acelerações, frenagens e curvas.

62 Direção Defensiva1«
As principais causas de acidentes em motocicletas, provocados pela
carga são:
• Compartimento de carga em mau estado ou mal fixado à
motocicleta.
• Carga muito volumosa ou muito pesada para a moto.
• Carga mal colocada ou mal distribuída pode causar vibrações e
oscilações na moto.
Recomendações de segurança para motos:
• Certificar-se de que o compartimento de carga (se houver) está
bem instalado.
• Quanto mais alta for colocada a carga, maior o desequilíbrio que
irá causar à moto.
• Algumas motos podem ser equipadas com sacolas laterais, nas
quais a carga deverá ser igualmente distribuída.
• Transportar cargas maiores exige experiência, não se arrisque.

CONDIÇÕES ADVERSAS DE PASSAGEIROS


E preciso saber que, em algumas situações, o comportamento dos
passageiros pode afetar diretamente a segurança.
Nesses casos, os passageiros tornam-se uma condição adversa:
• Barulho, desordem ou brigas entre os ocupantes.
• Idosos, passageiros machucados ou que passam mal durante a
viagem.
• Crianças pequenas desacompanhadas.
• Excesso de passageiros.
• Passageiros com estado psicológico alterado (irritados, nervosos,
inseguros, alcoolizados, drogados, etc.).
Os procedimentos nesses casos são os seguintes:
• Não permitir que as pessoas desviem a sua atenção.
• Crianças menores de 10 anos devem permanecer no banco de
trás, com cinto de segurança e bebê-conforto, cadeirinha ou
assento de elevação devidamente ajustados.
• Respeitar o limite de passageiros de cada veículo.
Motos
Pilotar carregando um passageiro exige muito mais responsabilidade,
habilidade e experiência. 0 transporte de crianças menores de 7 anos
em motos é proibido por lei.
Para levar passageiro, a motocicleta deverá estar equipada com:
• Assento apropriado, com espaço suficiente para o passageiro,
sem que o piloto tenha que se deslocar para frente.
• Pedaleiras para que o passageiro apóie os pés firmemente.
• Equipamentos de proteção para o passageiro, iguais aos do piloto.
• Pressão extra nos pneus e nova regulagem do farol e dos espelhos.
O passageiro, mesmo que saiba pilotar uma moto, deverá receber as
seguintes instruções:
• O piloto deve ser o primeiro a subir na moto e ligá-la.
• Em seguida subirá o passageiro, que só deverá colocar os pés
nas pedaleiras depois que estiver sentado.
• O passageiro não deve tirar os pés das pedaleiras nas paradas.
• Sentar próximo ao piloto segurando em sua cintura ou quadril.
• Manter as pernas e a roupa longe do escapamento, da corrente
e de outras partes móveis.
• Acompanhar os movimentos e a inclinação do corpo do piloto
nas curvas.
• Evitar movimentos desnecessários.
• Segurar mais firmemente nas arrancadas e freadas ou quando
trafegar sobre pisos irregulares.
• O piloto deve alertar o passageiro antes de fazer manobra súbita,
quando for passar sobre lombadas, etc.

O comportamento da motocicleta muda devido ao aumento de peso. O


piloto precisa alterar as técnicas de pilotagem, considerando que:
• A motocicleta terá acelerações mais lentas e será necessário
mais espaço para se intercalar no fluxo do trânsito.
• Frenagens e paradas deverão ser feitas com maior antecedência, pois
o espaço percorrido até a moto parar completamente será maior.
• Todas as curvas serão mais difíceis de fazer.
• Deverá ser aumentada a distância de segurança para o veículo
à frente.

COWIÇQES ADVERSAS DO CONDUTQ&.


Alterações no estado físico e mental do condutor afetam diretamente a
capacidade de dirigir com segurança. Os principais fatores adversos que
devem ser observados são:
• Deficiência visual, motora ou auditiva.
• Uso de álcool, drogas ou medicamentos que alteram a
percepção.
• Cansaço, sono e fadiga.
• Estados psicológicos alterados e fatores comportamentais de
risco, como por exemplo: pressa, distração, agressividade,
irritação, espírito competitivo, etc.
• Estresse: o indivíduo estressado apresenta reações inadequadas
diante de situações de perigo ou tensão.

Deficiências Algumas deficiências físicas não impedem o indivíduo de dirigir, mas o


ato de dirigir é condicionado ao uso dos acessórios obrigatórios, como
físicas próteses corretivas, lentes ou adaptações no veículo.
Com a utilização de equipamentos é possível neutralizar certas
deficiências físicas e dirigir normalmente. É importante que o condutor
procure treinamento qualificado, em instituições que possuam veículos
especialmente equipados para essa finalidade.

64 Direção Defensiva1«
Devido às suas limitações, os deficientes físicos têm um motivo a mais
para adotar definitivamente a direção defensiva.

Capacidade A capacidade intelectual do ser humano atualmente está classificada


em oito inteligências: a da comunicação, a do raciocínio lógico, a da
necessária para noção de espaço, a da coordenação motora, a do autoconhecimento e
dirigir compreensão, a de se relacionar, a de se situar no meio ambiente e a
da distinção e interpretação dos sons. Para cada tarefa que realizamos
utilizamos várias dessas inteligências. A habilidade de dirigir ou pilotar
exige do motorista a utilização de todas as oito.
O cérebro comanda tudo. Ao aprender a dirigir corretamente estamos
automatizando processos e reações. Quem aprende certo automatiza
certo, quem aprende errado automatiza errado. É por isso que é tão difícil
corrigir maus hábitos de quem aprendeu de forma incorreta.
Estados psicológicos e emocionais alterados podem afetar a capacidade
de dirigir ou pilotar com segurança.
As alterações mentais podem ser:
• Psíquicas: como por exemplo, epilepsia, neuroses, psicoses,
etc. Dependendo do grau de manifestação, portadores dessas
doenças estarão impedidos de dirigir.
• Psicológicas e emocionais: como por exemplo, estresse,
depressão, irritação, raiva, insegurança ou alterações devido a
comoções, fatalidades, mortes, traumas, etc.
Além disso, o homem interfere artificialmente nessas condições ao utilizar
substâncias químicas que alteram o funcionamento cerebral. Os meios mais
freqüentemente utilizados são: bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos.

ÁLCOOL - Condições adversas do condutor


Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a Legislação em vigor
é um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito
no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.
Os dois maiores perigos do álcool são:
• A maioria das pessoas alcoolizadas "acredita" que está bem, com
reflexos e reações normais. Isso ocorre devido à falsa sensação
inicial de leveza e bem estar que o álcool proporciona.
• 0 álcool induz as pessoas a fazerem coisas que normalmente não
fariam, seja por excesso de confiança ou pela perda da noção de
perigo e respeito à vida.
Os principais efeitos do álcool no organismo são:
<p ^

• Diminuição da coordenação motora.


• Visão distorcida, dupla e fora de foco.
• Raciocínio e reações lentas.
• Falta de concentração.
• Diminuição ou perda do espírito crítico.
• Baixa qualidade de julgamento.

65 Direção Defensiva1«
A médio e longo prazo, o usuário eventual de bebidas alcoólicas poderá se
tornar um dependente do álcool. Isso certamente desencadeará alguns
processos degenerativos:
• Degeneração do cérebro: comprometimento da memória, da
concentração e do raciocínio.
• Degeneração moral: o alcoólatra torna-se displicente e relaxado
com o trabalho, com os familiares e consigo próprio.
• Degeneração física: o álcool ataca diversos órgãos,
comprometendo a saúde e o vigor físico.

Comportamentos Principais comportamentos nocivos no trânsito, provocados pela ingestão


nocivos de bebidas alcoólicas:
• Excesso de velocidade.
• Manobras arriscadas.
• Avaliação incorreta de distâncias.
• Erros visuais, com desvios de direção.
• Erros por reações fora de tempo, atrasadas.
• Perda do equilíbrio.
• Perda do controle da situação.

O bafômetro é um aparelho que mede a dosagem de álcool contida no


sangue a partir do ar expelido pelo condutor. Segundo o CTB, alterado pela
Lei 11.705/08, dirigir sob a influência de qualquer quantidade de álcool
é infração gravíssima, com multa agravada em cinco vezes, retenção do
veículo, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir por 12
meses. No entanto, dirigir com concentração de álcool igual ou superior
a 6 decigramas por litro de sangue é considerado crime de trânsito,
acrescendo ao condutor a pena de seis meses a três anos de prisão.

O efeito do álcool no organismo humano varia de uma pessoa para a


outra, dependendo:
• Da massa corpórea (peso do indivíduo).
• Da quantidade de bebida ingerida.
• Da quantidade de alimentos ingeridos.
• Do tempo transcorrido desde a ingestão.

Dirigir ou pilotar alcoolizado não é apenas uma infração: é uma


irresponsabilidade, um crime que expõe pessoas inocentes a riscos
desnecessários e danos irreversíveis.
• Como você se sentiria se seu filho fosse atropelado por um
motorista alcoolizado?
• Como se sentiria se atropelasse e matasse uma criança,
dirigindo alcoolizado?

"Se vai dirigir não Ter consciência significa refletir sobre essas questões antes de começar
beba, se bebeu não aquantidade
beber, para jamais dirigir ou pilotar depois de ter ingerido qualquer
de álcool.
dirija"

66 Direção Defensiva1«
Comportamento seguro e responsável:
• "Se vai dirigir não beba, se bebeu não dirija". Esta ainda é a
melhor de todas as regras.
• Se pretende beber, vá de taxi. Se for de carro e resolver beber,
volte de carona.
• Ao sair com amigos, escolham o "motorista da vez", aquele que
ficará sem beber para poder dirigir.
• Decida o que irá fazer antes de beber e cumpra o planejado.
• Se beber, não dirija, mesmo que, aparentemente, o efeito da bebida
tenha passado, pois é provável que ainda haja álcool no sangue.
• Ao presenciar pessoas alcoolizadas que estejam prestes a dirigir,
empenhe-se ao máximo para fazê-las mudar de idéia.
Nesse caso, se necessário, peça a ajuda de outras pessoas para
impedi-lo de dirigir, pois a chance de uma pessoa alcoolizada
provocar um acidente grave é muito grande. Vale a pena insistir.
Providencie carona ou transportes alternativos para que a pessoa
alcoolizada chegue em casa com segurança.
Recuse-se terminantemente a ser conduzido por pessoas
alcoolizadas.
Tome o máximo cuidado também com outros condutores
alcoolizados.
Evite os horários mais perigosos. O maior número de acidentes
envolvendo pessoas alcoolizadas ocorre entre a noite de sexta-feira
e a madrugada de domingo.

DROGAS E MEDICAMENTOS - Condições adversas do condutor

Medicamentos 0s m e d i c a m e n t o s merecem um capítulo especial, pois são causadores de


acidentes gravíssimos. A ingestão inadequada, em excesso ou combinada
com outras substâncias altera o comportamento do condutor.
Alguns condutores que dirigem ou pilotam por longos períodos ingerem
drogas e medicamentos para afastar o cansaço e o sono. São os populares
"rebites", ingeridos com as mais diversas bebidas: café, refrigerantes ou
até bebidas alcoólicas. O enorme risco gerado por essas drogas é que
elas adiam uma necessidade natural de descanso do organismo. Ao
passarem seus efeitos, a necessidade acumulada de sono se manifesta
repentinamente, fazendo o motorista dormir e, consequentemente,
causar graves acidentes.
Alguns medicamentos usados comumente pelas pessoas provocam
efeitos colaterais perigosos, como alterações sensoriais, tonturas,
W sonolência, alterações de comportamento, etc. No trânsito, esses efeitos
podem levar o condutor a causar acidentes.
Cabe a cada um conhecer detalhadamente o medicamento que utiliza,
tomando as medidas de segurança recomendadas pelo médico. Ler
atentamente a bula, prestando especial atenção aos possíveis efeitos e
reações provocadas pela interação com outras substâncias.

67 Direção Defensiva1«
As pessoas que utilizam medicamentos moderadores de apetite,
antidepressivos, corticóides, anti-histamínicos e outras substâncias
que reconhecidamente produzem alterações indesejáveis, devem ter
cuidado redobrado.
Quem estiver sendo medicado não deve consumir bebidas alcoólicas. Além
de potencializar as alterações do comportamento, essa mistura pode ser
muito prejudicial à saúde e, em alguns casos, levar à morte.

Drogas ilegais Infelizmente, o uso de drogas alucinógenas, estimulantes, relaxantes ou


entorpecentes é muito comum em todos os níveis da nossa sociedade.
Nesse grupo de substâncias estão incluídos maconha, cocaína, crack,
heroína, ecstasy e muitos outros.
Essas drogas, assim como o álcool, alteram nosso padrão de percepção e
consciência da realidade e de nosso próprio estado, além de produzirem
alterações no funcionamento cerebral. Algumas drogas têm efeito
relaxante e dão uma falsa sensação de bem-estar. Outras criam ilusões
visuais e/ou auditivas e a sensação de flutuação. Outras ainda, são
excitantes e dão sensação de euforia.
Apesar de estar com sua capacidade comprometida, o indivíduo sob o efeito
de drogas, pensa que está em plenas condições psicológicas e físicas.
É importante que o usuário de drogas, eventual ou não, antes de
consumi-las tenha consciência de que não estará em condições de
dirigir, atividade que parece simples porque está automatizada, mas que
na realidade é muito complexa. A sensação que o drogado tem de que
tudo está sob controle é absolutamente falsa.
Droga não Os efeitos das drogas e do álcool no cérebro humano são muito parecidos.
combina com Algumas pessoas utilizam álcool e drogas juntos. Essa combinação
é extremamente perigosa, pois multiplica os efeitos nocivos dessas
nada substâncias.

SONO E FADIGA - Condições adversas do condutor


Sabemos que a sonolência é responsável por mais de 10% dos acidentes
automobilísticos, percentual extremamente elevado quando comparado
às demais causas. 0 sono não é proveniente apenas do cansaço, mas
está ligado também a muitos outros distúrbios da saúde.
A sonolência diminui muito a capacidade de dirigir e pilotar. Cada um de
nós tem sua própria necessidade de sono e, em geral, dormimos menos
do que precisamos. Muitas pessoas acreditam que podem controlar o
sono utilizando artifícios como café, música alta ou vento no rosto, mas
sem perceber elas podem "tirar" um cochilo fatal.
Não dirigir Os sinais de sonolência são os seguintes:
• É necessário se esforçar para se concentrar e manter os olhos
quando estiver abertos.
"pedindo cama" • A cabeça começa a pesar.
• A pessoa não para de bocejar.
• A visão perde o foco.
• Os pensamentos começam a ficar vagos e desconexos.
• Ocorrem pequenos desligamentos, com desvios na trajetória do
veículo.
68 Direção Defensiva1«
Alguns cuidados são indispensáveis:
• Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria dos
acidentes, devidos à sonolência, ocorrem nesse período do dia.
• Só dirigir ou pilotar se estiver realmente descansado e bem
disposto.
• Ficar atento aos períodos em que há baixa do nível de energia,
como após refeições e durante a madrugada.
• Em trajetos longos, planejar paradas e revezamentos, para não
chegar ao limite.
Motos:
• Atenção: pilotar uma motocicleta cansa mais que dirigir um
automóvel, principalmente em viagem.
• O vento, o frio e a chuva fazem cansar mais depressa, no caso
do motociclista: manter-se aquecido é essencial.
• Vale a pena mandar instalar um para-brisa na motocicleta, para
fazer longas viagens.
• Para evitar o cansaço, pilotos experientes raramente pilotam mais
que seis horas por dia.

Condições adversas A fadiga é uma sensação de cansaço permanente, resultante de certas


multiplicam os distribuição
doenças como estresse e esgotamento, podendo ser originada por má
entre horas de trabalho e descanso, por períodos prolongados.
riscos Essa condição é muito perigosa para quem passa muitas horas no trânsito.
Em estado de fadiga, a pessoa:
• Cochila em qualquer lugar.
• Apresenta "desligamentos" e tem dificuldade de concentração.
• Apresenta falha de memória constantemente.
• Sente que o corpo parece pesado demais.

Quando tiver esses sintomas, os reflexos do condutor estarão muito mais


lentos, neste caso, deve-se evitar dirigir ou pilotar. Se isso não for possível
deve-se reduzir a velocidade e redobrar a atenção.
Para amenizar os efeitos da fadiga, é necessário dormir e se alimentar com
regularidade, além de planejar corretamente os períodos de trabalho e
descanso. Se os sintomas persistirem, deve-se procurar ajuda médica.

CONDIÇOES ADVERSAS - Considerações finais


Uma última advertência sobre CONDIÇÕES ADVERSAS: muitas vezes,
encontraremos uma combinação de duas ou mais situações adversas.
São exemplos: dirigir ou pilotar à noite com chuva; dirigir ou pilotar na
chuva com pneus em mau estado; dirigir ou pilotar cansado, à noite, por
uma estrada mal sinalizada ou mal conservada, entre outras.
Nesses casos, as condições adversas combinadas multiplicam os
riscos e as possibilidades de acidentes. Por isso, deve-se aumentar
os cuidados, sem esquecer que o melhor procedimento para qualquer
situação adversa é tentar evitá-la.

Direção Defensiva 69
ATENÇAO
A atenção é o segundo elemento da Direção ou Pilotagem Defensiva.
Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade. Qualquer
displicência ou distração pode ser a causa de acidentes. O ato de dirigir
exige do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão se
IÍLJ apresentando durante o trajeto, tais como:
• A sinalização.
• O comportamento dos demais condutores.
• O comportamento de pedestres, ciclistas e veículos não
motorizados.
• As prováveis condições adversas.
Pequenas É necessário observar tudo constantemente, olhando de um lado ao outro
distrações da pista, incluindo calçadas, bem como, a situação atrás e dos lados do
veículo, detectando possíveis situações de perigo. Estar atento significa
podem ser ficar permanentemente alerta, em busca de todas as informações
fatais exigidas para uma direção segura.

PREVISÃO

Antecipar Na Direção e Pilotagem Defensiva, a previsão ocorre simultaneamente


com a atenção. Enquanto o condutor observa tudo com atenção, seu
os possíveis cérebro prevê e antecipa possíveis acontecimentos, agindo prontamente,
acontecimentos sem ser tomado de surpresa.

São muitos os exemplos que podem ilustrar as previsões. Veja alguns,


começando pelos mais óbvios:
• O condutor está dirigindo e VÊ uma bola rolando pela via:
imediatamente PREVE que uma criança distraída venha logo
correndo atrás da bola.
• Ao passar por um ponto de parada, VÊ um ônibus desembarcando
passageiros: ele PREVÊ que algum passageiro distraído tentará
atravessar a rua, saindo repentinamente de trás do ônibus.
• Dirigindo pela via, você passa por alguns veículos estacionados e VÊ
que alguns deles têm pessoas dentro e PREVÊ que alguém possa
tentar desembarcar, abrindo subitamente a porta do veículo.
• Logo adiante, VÊ um veículo saindo de uma residência, cujo
motorista está olhando para o outro lado: PREVÊ que ele poderá
entrar na via perigosamente, porque não notou a sua presença.
• O condutor, VENDO que está na iminência de ultrapassar um
ciclista, PREVÊ um possível movimento lateral brusco, comum
entre os ciclistas.
• Você VÊ que o carro à frente está com um comportamento
estranho, do tipo ziguezague. É fácil PREVER que aquele motorista
está desatento ou com problemas.

70 Direção Defensiva1«
HABILIDADE
Adquirir habilidade para dirigir ou pilotar significa conhecer o veículo e os seus
equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear
os controles e saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias.
Para poder decidir como agir corretamente no trânsito é necessário
conhecer todas as situações que ele apresenta, bem como, as alternativas
possíveis para resolver cada situação.
É muito mais fácil aprender a fazer certo desde a primeira vez, do que
corrigir um aprendizado incorreto. Daí a importância de um aprendizado
correto, eficiente e responsável, onde aluno e professor cumpram
detalhadamente todas as etapas do curso.

AÇÃO

A AÇÃO é uma Aé ação correta, principal ferramenta da Direção ou Pilotagem Defensiva,


uma combinação de decisão e habilidade.
combinação Com os CONHECIMENTOS necessários, dedicando toda a ATENÇÃO
de DECISÃO e possível ao ato de dirigir, o condutor poderá PREVER situações de risco
HABILIDADE corretamente. Estando devidamente treinado, terá HABILIDADE para
DECIDIR e AGIR defensivamente, de modo a EVITAR ACIDENTES e
PRESERVAR a sua SEGURANÇA e a dos demais envolvidos no trânsito.

ACIDENTES
Acidentes são acontecimentos imprevistos, com conseqüências sempre
indesejáveis.
Acidentes evitáveis Para efeitos meramente didáticos, acidentes evitáveis são todos aqueles
em que, se os condutores envolvidos tivessem agido corretamente,
e inevitáveis o acidente provavelmente não teria acontecido. Os supostamente
inevitáveis são aqueles em que o condutor tomou todas as medidas de
segurança cabíveis para evitar o acidente e mesmo assim ele aconteceu.
Aí vem a polêmica: no caso dos acidentes inevitáveis, será que o condutor
realmente fez tudo que era possível para evitar o acidente?
Acidentes acontecem devido a um fator ou uma combinação de fatores
causadores. A Direção Defensiva ajuda a prever esses fatores e ensina
técnicas para controlá-los, de forma a evitar que ocorram acidentes,
porém não existe uma divisão clara entre esses dois tipos de acidentes,
de maneira que fica quase impossível classificá-los.
Veja alguns exemplos:
É fácil observar que os condutores apresentam diferentes níveis de habilidade
entre si, de maneira que um acidente considerado inevitável por um condutor
poderia ser facilmente evitado por outro mais experiente. Além disso, a
indústria automobilística está tornando os veículos cada vez mais seguros,
alterando os limites do que alguns chamariam de inevitável. Se analisarmos
bem, quase sempre conseguiremos pensar em como um acidente poderia
ter sido evitado. Se uma ponte cair, quando seu veículo estiver passando
sobre ela, do ponto de vista do condutor esse acidente é inevitável, mas
do ponto de vista da engenharia ele poderia ter sido evitado.

73 Direção Defensiva1«
Para efeitos da Direção Defensiva, todos os acidentes deveriam ser
considerados evitáveis. Cabe ao condutor, portando, dirigir de maneira
consciente, respeitando e levando em conta todos os fatores a sua volta,
e sabendo que, ao se descuidar, poderá desencadear eventos que terão
conseqüências inevitáveis.
Colisão mistérios ® c o n c e ' t o de colisão misteriosa é definido como um acidente de trânsito
que envolve apenas um veículo, cujo condutor não sabe exatamente a
causa do acidente. Ninguém sabe o que houve e o condutor não admite
que errou (isso se ainda estiver vivo).
Na verdade esse é apenas um conceito, pois uma colisão não é e nunca será
"misteriosa". Sempre haverá uma ou mais causas para qualquer acidente.
Novas técnicas de perícia são desenvolvidas e a cada dia, muitos acidentes
têm suas verdadeiras causas reveladas. 0 fato de o condutor estar morto e
não poder relatar o que aconteceu, ou estar vivo e não querer admitir que
dormiu ao volante, por exemplo, nada tem de "misterioso".

COMO EVITAR ACIDENTES


Todas as técnicas de Direção ou Pilotagem Defensiva foram elaboradas e
Evitar acidentes: desenvolvidas para evitar acidentes. Com a utilização dessas técnicas, hoje
podemos evitar acidentes que antes eram considerados inevitáveis.
objetivo maior da
Mesmo os condutores experientes e cuidadosos são expostos a situações
Direção Defensiva perigosas. O condutor deverá estar treinado e qualificado para sair do
perigo. É necessário ter habilidade para reagir rápida e corretamente.
Revisão mental A n t e s de sair 0condutor deve:
Fazer uma breve revisão e certificar-se de que está tudo bem com
o veículo, com o(s) passageiro(s) e consigo mesmo.
Criar um ambiente tranqüilo dentro do automóvel, evitando
assuntos polêmicos e discussões, sem permitir que os passageiros
desviem sua atenção.
Acionar a chave prestando atenção a todos os indicadores
do painel.
0 condutor de Verificar se o combustível é suficiente.
Cuidar para que ninguém jogue objetos ou coloque qualquer parte
automóveis deve: do corpo para fora do automóvel.
O lugar mais seguro para idosos e crianças no automóvel é o
banco de trás.
Utilizar sempre as duas mãos, posicionando-as corretamente no
volante ou no guidão, pois esse cuidado é decisivo para executar
manobras rápidas e evitar acidentes.
Em automóveis, não segurar na parte inferior do volante nem na
travessa central.
Não fazer movimentos bruscos e precipitados, isso aumenta
os riscos.
Adotar um padrão de segurança e praticá-lo constantemente.
0 motociclista Motos
Ajustar cada espelho da motocicleta para que se possa ver a pista
deve: atrás e se possível a pista lateral. Quando corretamente ajustado,
o espelho deve mostrar a extremidade do braço ou ombro do
próprio piloto.
72 Direção Defensiva1«
• Algumas motocicletas têm espelhos convexos, que aumentam
consideravelmente o campo de visão, mas têm o inconveniente
de diminuir o tamanho relativo das imagens, fazendo com que os
objetos pareçam estar mais longe do que realmente estão: isso
pode gerar situações de perigo.
• Para se familiarizar com a distância correta, deve-se olhar pelo
espelho para um automóvel que está vindo atrás da moto e,
depois, virar rapidamente a cabeça para ver qual a distância real
em que ele está.

COMO EVITAR ACIDENTES - Cinto de segurança

Cinto de O uso do cinto de segurança já se tornou um hábito, trazendo benefícios


para todos e evitando muitas mortes. Muitos condutores porém, ainda não
Segurança exigem que os passageiros do banco de trás usem cinto de segurança.
• 0 cinto de segurança deverá ser utilizado por todas as pessoas
que estão no veículo. Se algum passageiro estiver sem cinto, o
motorista será responsabilizado.
• Menores de 10 anos deverão ocupar o banco traseiro do
automóvel, utilizando cinto de segurança e bebê-conforto,
cadeirinha ou assento de elevação devidamente ajustados. Utilizar
também o dispositivo de trava de segurança das portas.
• As mulheres grávidas também devem utilizar o cinto, de
preferência o de três pontos, com a faixa inferior passando por
baixo do ventre.
• Os cintos devem ser mantidos limpos, em bom estado e prontos
para o uso. Cintos embaixo dos bancos dificultam a utilização.
• Não usar os cintos torcidos, pois eles perdem muito da sua
eficiência.
• Retirar dos bolsos canetas, óculos e outros objetos. Em caso de
colisão, eles podem provocar ferimentos graves.

Em caso de acidentes, o uso correto do cinto de segurança pode aumentar


em até 25 vezes a chance de sobrevivência dos ocupantes, por que:
• evita que eles colidam contra as partes internas do veículo;
• evita que sejam arremessados uns contra os outros;
• evita que sejam arremessados para fora do veículo;
• diminui o risco de lesão interna grave ou até fatal.
É um grave erro pensar que os ocupantes do banco de trás não
precisam usar cintos de segurança, pois em caso de acidentes, eles são
arremessados violentamente contra os bancos dianteiros, por sobre os
ocupantes da frente e contra o para-brisa.
Muitas pessoas deixam de usar cinto de segurança nos percursos curtos,
o que também é um erro grave, pois a maioria dos acidentes acontece nas
proximidades das casas ou escritórios das pessoas envolvidas, justamente
porque nos trechos curtos e muito habituais, as pessoas tendem a ser
displicentes com a segurança.

73 Direção Defensiva1«
COMO EYITAU ACIDENTES - Equipamentos de segurança do piloto

Equipamentos de segurança do condutor motociclista


Piloto e passageiro, ao circular de moto, estão sempre muito expostos.
Quase todas as colisões ou quedas, que podem ser freqüentes, geram
algum tipo de lesão ou ferimento, com graves conseqüências, se os
usuários não estiverem utilizando equipamentos de proteção.

Capacete Segundo estudos realizados nos Estados Unidos, o capacete reduz em 70%
o risco de morrer em acidente de moto. A maioria dos acidentes ocorre,
em geral, poucos minutos após a partida. Muitos pilotos negligenciam o uso
do capacete para pequenos percursos ou em áreas muito conhecidas.
A preocupação com segurança começa na escolha do capacete adequado
ao motociclista e à finalidade. Diferentes tipos de capacete oferecem
diferentes graus de proteção. 0 tipo mais fechado protege a cabeça inteira
e a parte inferior da face (nariz, boca e pescoço) e os olhos são protegidos
pela viseira do próprio capacete. Os modelos mais abertos protegem
apenas o crânio, deixam a face exposta e os olhos são protegidos com o
uso de óculos de proteção.
Os revendedores de equipamentos e acessórios de segurança podem
demonstrar vários modelos, de acordo com a finalidade. As cores claras
e os adesivos refletivos devem ser uma das prioridades de escolha.
É muito importante que o capacete tenha sido aprovado pelo INMETRO
e esteja dentro do prazo de validade. 0 capacete deve ficar firme, bem
ajustado na cabeça e sempre bem afivelado. E deverá ser substituído sempre
que passar da validade, apresentar rachaduras, tiver sofrido fortes impactos,
estiver com o revestimento interno solto ou com as correias desfiadas.

Viseiras e As viseiras fazem parte do capacete e protegem os olhos e parte da face


contra impactos de chuva, poeira, insetos, sujeira e detritos jogados ou levan-
óculos de proteção tados por outros veículos. Em velocidade, o impacto de um pequeno objeto
causa um grande estrago se o piloto não estiver suficientemente protegido.
Os óculos comuns não proporcionam uma proteção adequada, pois
são facilmente arrancados em caso de colisão e até pelo vento, se o
piloto girar a cabeça. Além disso, mantém muito exposta uma boa parte
da face e não impedem o lacrimejamento causado pelo excesso de
vento. Portanto, o equipamento adequado para capacetes sem viseira é
o óculos de proteção, desenvolvido especialmente para esta finalidade e
que permite o uso simultâneo de óculos de sol ou de grau.

Os óculos de proteção ou viseiras devem:


• Ser fabricados de material resistente, que não estilhace.
• Permitir uma excelente visão lateral.
• Permitir boa ventilação, para evitar o embaçamento.
• Ficar ajustados com firmeza para que não sejam arrancados pelo
vento.
• Estar em perfeito estado, sem rachaduras ou riscos.

76 Direção Defensiva1«
Vestimentas RouPas adequadas oferecem uma boa proteção em caso de queda, além
de proteger das intempéries e das partes quentes e móveis da motocicleta. A
roupa ideal é a que protege completamente os braços e pernas, sem folgas que
se agitem com o vento, mas que permita uma boa liberdade de movimentos.
As roupas em couro oferecem a proteção ideal. 0 tecido "jeans" também
oferece uma boa proteção, com a conveniência de ter um custo menor.
• No calor: é aconselhável usar calça e jaqueta, mesmo nos dias
quentes. Geralmente quando em movimento, elas não aquecem
muito. Pensar na segurança é sempre a melhor opção.
• No frio: a vestimenta correta oferece proteção contra o frio,
mantendo o piloto quente e seco. A jaqueta de inverno deve se
ajustar bem na cintura, no pescoço e nos punhos. A capa ou
agasalho de chuva devem resistir ao vento, sem inflar nem rasgar,
mesmo em velocidades maiores.
0 ideal é que o piloto use roupas claras e chamativas, porém as roupas
especiais para motociclistas são quase todas pretas ou escuras. É vital que
exibam detalhes (ou adesivos) em cores refletivas, como o verde e o laranja,
na jaqueta e no capacete, para que os demais condutores enxerguem o
motociclista, principalmente a noite. Outra opção é utilizar coletes refletivos.
As luvas de couro e as sem forro proporcionam melhor aderência às
manoplas, protegem do frio e de impactos, além de proteger as mãos
em caso de quedas, quando ocorre o movimento instintivo de tentar se
apoiar. Também é comum outros veículos lançarem pequenas pedras que
podem ferir as mãos dos motociclistas se estiverem desprotegidas. As
luvas com punhos longos são melhores porque evitam a entrada de vento
nas mangas da jaqueta.

Botas Os pés do motociclista estão sempre muito expostos, portanto, devem


estar bem protegidos e permitir um bom apoio.
• As botas devem possuir cano alto o suficiente para proteger os
tornozelos.
• Solas de borracha são mais indicadas por permitirem maior
aderência (não muito grossas, pois dificultam o acionamento dos
comandos).
• Possuir saliência (salto pequeno) que possibilite o encaixe nas
pedaleiras. O calçado não deve ter sola plana.
• Se houver cordões nos calçados, tomar cuidado com a amarração,
para que não se soltem e venham a enroscar na moto.

COMO EVITAR ACIDENTES- Velocidade compatível

Velocidade A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura.


0 bom senso manda que a velocidade do veículo seja compatível com
compatível todos os elementos do trânsito, principalmente às Condições Adversas.
A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação
eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, muitas vezes não há
tempo suficiente para evitar o acidente.
• A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo
de piso, condições climáticas, quantidade e posição de pedestres,
motociclistas, caminhões e elementos do trânsito.

75 Direção Defensiva1«
Mesmo velocidades baixas podem ser incompatíveis em caso de
aglomerações ou outras situações de risco.
Mesmo que não existam fatores adversos, nunca exceder a
velocidade máxima permitida.
Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de
manobras em velocidade.
Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas.
Frenagens bruscas devem ser usadas apenas em emergências.
Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio
até o final, causando o bloqueio das rodas e fazendo com que os
pneus "arrastem" (isto não ocorre em veículos equipados com
freios ABS).
Esse travamento deve ser evitado, porque o veículo com as rodas
travadas percorre um espaço maior para parar, não obedece à
direção e pode sair pela tangente nas curvas.
É preciso treinar frenagens no menor espaço possível, sem travar
as rodas. Esse treinamento deve ser feito em uma rua afastada,
que não ofereça nenhum perigo.
Em pisos molhados ou irregulares, o veículo precisa de mais
espaço para parar.
Em mottos:
Em freadas de emergência os dois freios devem ser acionados
Frenagens e ao mesmo tempo na motocicleta. O freio dianteiro é responsável
reduções por 70% da eficiência da frenagem. Muitos acidentes acontecem
porque o motociclista não sabe disso.
• Nas motonetas o peso fica concentrado na roda traseira fazendo
com que o piloto utilize o freio traseiro com mais intensidade.
• Os freios devem ser acionados progressivamente, sem provocar o
travamento das rodas. Se a roda dianteira travar, deve-se aliviar
um pouco a pressão para destravar e então, frear novamente.

EVITANDO COLISÕES com o veículo da frente

Tipo mais É responsabilidade do condutor do veículo de trás, evitar a colisão com


freqüente deodaveículo da frente. Para conduzir com segurança em relação ao veículo
frente, deve-se:
acidente • Trafegar em velocidade compatível.
• Avaliar todos os fatores adversos.
• Manter distância segura do veículo da frente.
• Tentar perceber o que está acontecendo à frente dele. Isso
aumenta a capacidade de previsão.
• Estar preparado para efetuar paradas bruscas.
• Não se distrair.
Moto:
O motociclista deve posicionar-se na faixa de rolamento de modo a ficar
bem visível, no centro do retrovisor do condutor da frente.

78 Direção Defensiva1«
Distância de Distância de segurança é o espaço que o condutor deve manter entre
o seu veículo e o veículo da frente. Esse espaço deve ser suficiente para
Segurança a realização de manobras em caso de necessidade. A distância segura
depende principalmente:
• Da velocidade.
• Das condições da pista.
• Das condições climáticas.
• Das condições do veículo.

É bom saber que:


• Do ponto em que o condutor decide frear até o momento em que
aciona o freio, decorre um tempo, chamado tempo de reação, no
qual o veículo percorre um espaço na velocidade em que estava.
• A partir do acionamento dos freios, o veículo começa a desacelerar,
percorrendo a distância de frenagem.
• Um automóvel a 80 km/h, com pneus e freios em bom estado,
em asfalto seco, leva aproximadamente 50 metros para parar.
• Já uma motocicleta de porte médio, a 80 km/h, com pneus e
freios em bom estado, em asfalto seco, leva aproximadamente
60 metros para parar.
• A distância segura com piso molhado é o dobro da distância
segura com piso seco.
• Veículos mais pesados precisam de mais espaço para frear. Por isso,
muito cuidado quando transitar perto de ônibus ou caminhões.
• Quanto maior a velocidade, maior será a distância a percorrer na
frenagem.

Cálculo da A regra dos dois segundos (marcar um ponto fixo pelo qual o veículo
distância da frente passou e contar dois segundos até passar pelo mesmo ponto),
outros métodos teóricos e até algumas regras práticas, foram desenvolvidos
segura para tentar padronizar a maneira de calcular qual é a distância segura.

Tais métodos têm o inconveniente de não ser completamente eficientes,


uma vez que é impossível levar em conta todas as outras variáveis para
uma determinada situação:
• 0 tempo de reação do condutor.
• 0 estado de conservação dos pneus.
• A eficiência dos freios.
• O peso do veículo, da carga e muitas outras.

0 BOM SENSO ainda é o melhor método, pois instintivamente todos nós


sabemos quando estamos muito próximos do veículo da frente, levando
em conta a combinação dos fatores para aquela determinada situação.
Dirigir perto demais do veículo da frente, portanto, é uma decisão do
condutor que, provavelmente, está excessivamente confiante da sua
habilidade ao volante e se arrisca, desafiando o perigo e apostando
que nada irá lhe acontecer.

77 Direção Defensiva1«
Em busca de um pouco de adrenalina ou simplesmente para intimidar o
condutor do veículo da frente, tentando apressá-lo, o condutor imprudente
muitas vezes é surpreendido, e mesmo antes de bater já sabe que não
haverá espaço suficiente para parar.
Portanto, dirigir ou pilotar defensivamente é ser previdente e cuidadoso,
resistindo à imprudência de andar próximo demais do veículo da frente,
permanecendo sempre dentro da distância de segurança.

EVITANDO COLISOES com o veículo de trás


0 veículo de trás representa o segundo maior fator de risco, pois se o seu
condutor precisar frear e estiver distraído, em velocidade incompatível ou
muito próximo do veículo da frente, provavelmente causará um acidente.
Para evitar acidentes com o veículo de trás, deve-se:
• Usar os retrovisores com freqüência.
• Virar a cabeça para os lados e conferir as situações com o canto
dos olhos, pois a motocicleta também tem pontos cegos.
• Se outro veículo "colar" atrás, não tentar fugir dele acelerando.
• Acionar o pedal ou manete do freio, sem frear, para alertá-lo.
• Se continuar colado, diminuir a velocidade, sinalizar e facilitar a
ultrapassagem.
• Aumentar a distância do veículo da frente, para ter espaço para
manobras.
• Ser previsível, sinalizando e antecipando as intenções.
• Não frear bruscamente, pois o risco é muito grande.
• O "brake-light" (luz de freios auxiliar, geralmente colocada no vidro
traseiro do automóvel) reduz a possibilidade desses acidentes.
• Manter as luzes de freio limpas e funcionando.
Esses procedimentos simples podem poupar muitas vidas.

EVITANDO COLISOES com os demais veículos


O condutor deve estar consciente e atento a tudo o que acontece ao seu
redor, bem como fazer-se notar pelos demais elementos do trânsito.
Para evitar colisões com os demais veículos, é muito importante:
• Sinalizar sempre, para antecipar as intenções.
• Ser cordial, permitir manobras dos outros condutores, dar a vez,
ceder passagem, permitir que intercalem nas ultrapassagens.
• Não aceitar provocações.
• Não competir.
Motos:
Motos são menores e mais difíceis de enxergar do que automóveis,
principalmente quando vistas de frente ou de trás. Em acidentes
com motociclistas, os condutores geralmente dizem que não viram a
motocicleta. É difícil calcular também a velocidade de uma moto, pois
geralmente está mais veloz do que parece, o motorista efetua a manobra,
achando que terá tempo e espaço suficiente.
78 Direção Defensiva1«
Para melhor ser visto, o piloto deve:
• Posicionar-se mais à direita, mais à esquerda ou ao centro da
faixa, dependendo da situação, a fim de melhorar sua segurança
e tornar-se mais visível.
• Evitar trafegar do lado direito dos demais veículos. Os motoristas
não têm o hábito de usar o retrovisor da direita.
• Participar do fluxo de veículos sem "costurar", usando a faixa
regular como se estivesse de automóvel. Mudar de faixa
constantemente ou andar entre as filas coloca o motociclista em
áreas de baixa visibilidade dos automóveis (pontos cegos).
• Ao trafegar ao lado de um veículo é importante colocar-se
em posição favorável para que o outro condutor possa vê-lo
diretamente ou pelo retrovisor.
• Cuidado ao passar perto de veículo parado: seus ocupantes
podem abrir as portas repentinamente. É comum também o
condutor sair com o veículo da vaga sem sinalizar ou sem notar
a aproximação da moto.
• Para que os outros condutores vejam a moto, é obrigatório manter
o farol aceso o tempo todo. Em motos modernas, não há como
apagar o farol enquanto estiverem ligadas.
• O piloto deve usar roupas claras com detalhes refletivos, para
chamar a atenção dos demais condutores para sua presença.
• Sinalizar sempre, mostrando sua intenção antes de manobrar.

EVITANDO COLISÕES com veículos em sentido contrário


Colisões com veículos que vêm em sentido contrário são gravíssimas e
causadas principalmente por:
• Ultrapassagens mal feitas.
• Falta de perícia para fazer curvas.
• Falta de habilidade para sair de situações críticas.
• Reações inadequadas frente a condições adversas.
• Conversões mal realizadas, principalmente à esquerda.

Quando a pista estiver ocupada por outro veículo vindo em direção


contrária, deve-se:
• Diminuir a velocidade.
• Sinalizar e deslocar-se para a direita o máximo possível.

Nesses momentos, o ideal é:


• Assumir atitudes responsáveis.
• Permanecer à direita.
• Colaborar no que for possível para evitar acidentes.

Nesta situação, o condutor deve pensar que o outro motorista está em apuros
e que lhe cabe colaborar, ficando satisfeito por ajudar a evitar o acidente.

Direção Defensiva 79
EVITANDO COLISÕES em ultrapassagens

Ultrapassagem: Ultrapassagens mal feitas, aliadas ao excesso de velocidade, patrocinam


os acidentes mais graves. Essa manobra é a que apresenta o maior número
situação crítica de variáveis a serem levadas em conta pelo condutor. Qualquer variável,
quando avaliada erroneamente, pode levar a um acidente.
Na dúvida, não Para ultrapassar com segurança o condutor deve:
• Ultrapassar somente em locais onde seja permitido, em plenas
ultrapassar condições de segurança e visibilidade.
• Ultrapassar somente pela esquerda.
• Antes de ultrapassar, não "colar" no veículo da frente para não
perder o ângulo de visão.
• Certificar-se de que há espaço suficiente para executar a manobra.
• Conferir, pelos retrovisores, a situação do tráfego atrás do próprio
veículo.
• Verificar os pontos cegos do veículo.
• Se tiver alguém iniciando uma manobra para ultrapassar, facilitar
e aguardar outro momento.
• Se todas as condições forem favoráveis, incluindo potência suficiente
do veículo para realizar a manobra, sinalizar e ultrapassar.
• Para alertar outros condutores, utilizar sinal de luz ou dois breves
toques na buzina.
• Para retornar à faixa, conferir pelo retrovisor da direita, sinalizar
e entrar, procurando não obstruir a via.
• Jamais ultrapassar em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas,
cruzamentos e outros pontos que não ofereçam segurança.
Se vier outro veículo em sentido contrário, durante a ultrapassagem:
• Tentar abortar a ultrapassagem, retornando à posição inicial.
• Se não for possível, deslocar-se para a direita aproximando-se
ao máximo do veículo que está sendo ultrapassado.
• Jamais trafegar no acostamento contrário.
• Não aumentar a velocidade: dar espaço à frente para que o
outro veículo possa intercalar. Em caso de dificuldades na
ultrapassagem, facilitar imediatamente, deslocando-se para a
direita o máximo possível.

EVITANDO COLISOES em curvas


Acidentes em curvas são muito freqüentes, devido principalmente aos
seguintes fatores:
• Curvas mal projetadas ou mal construídas; que apresentam inclinação
de pista que "jogam o veículo para fora"; que começam abertas e
se acentuam no final entre outros tipos igualmente perigosos.
• Falta de visibilidade.
• Velocidade incompatível com a acentuação da curva.
• Curva com pista irregular ou escorregadia.
• Falta de sinalização apropriada.

80 Direção Defensiva1«
Evitar frear Principais procedimentos para evitar acidentes em curvas:
• Adotar velocidade compatível com a curva antes de entrar nela.
durante a curva Entrar com velocidade muito alta e ter que frear durante a curva
é perigoso e pode ser fatal.
• Frenagens em curvas, se inevitáveis, devem ser feitas com
cuidado, deforma progressiva. Frear bruscamente desequilibrará
o veículo, além do risco de travar rodas e perder a direção.
• Aumentar a distância dos demais veículos e ficar atento para
possíveis imprevistos.

Moto:
Ao fazer uma curva, a força centrífuga tende a jogar o veículo para fora. O
motociclista deve compensar essa força com a inclinação do próprio corpo:
• Curvas em condições normais de pista e velocidade: corpo na
mesma inclinação da moto.
• Curvas de pequeno raio ou com mudanças rápidas de direção:
corpo menos inclinado que a moto.
• Curvas rápidas ou com pavimento escorregadio: corpo mais
inclinado que a moto.

Qualquer que seja a inclinação do corpo do motociclista, a cabeça sempre


deve permanecer na posição vertical.

ISãJAhlPQ COLISÕES em cruzamentos

Perímetro urbano: Em cruzamentos, bem como em entradas e saídas de veículos, acontecem


Cilidado redobra f muitos acidentes. Nesses casos, o condutor deve:
• Obedecer à sinalização e na dúvida, parar.
• Respeitar a preferência de quem transita por via de maior
prioridade, ou de quem já esteja transitando nas rotatórias.
• Se não houver sinalização, a preferência é de quem se aproxima
pela direita.
• Aproximar-se do cruzamento com cuidado, mesmo tendo a
preferência.
• Redobrar a atenção.
• Cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. Colisões
com trens são gravíssimas e muito mais freqüentes do que se
pode supor.
• Cuidado com os procedimentos de convergência, principalmente
à esquerda.
• Dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados.
• Não ultrapassar nos cruzamentos ou nas suas proximidades.

WÊÊÊÊÊÊÊÊ
Direção Defensiva 83 81
EVITANDO COLISÕES em marcha à ré
É proibido trafegar com o automóvel por trechos longos em marcha à ré.
Deve-se usá-la apenas para pequenas manobras, tomando sempre os
seguintes cuidados:
• Antes de manobrar, sair do veículo, verificar o espaço de manobra
e a inexistência de qualquer tipo de obstáculo.
• Se necessário, pedir o auxílio de outra pessoa.
• Não entrar de ré em esquinas ou lugares de pouca visibilidade.
• Evitar sair de ré de garagens e estacionamentos.
• Cuidar com objetos, animais e crianças de baixa estatura.

EVITANDO COLISÕES entre veículos de pequeno e grande porte

Geralmente De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de maior porte


são responsáveis pela segurança dos veículos de menor porte, os
estes acidentes veículos motorizados são responsáveis pela segurança dos não motorizados
são trágicos e todos juntos são responsáveis pela segurança do pedestre.
No dia a dia do trânsito, porém, a realidade não é bem assim. Existe uma
espécie de competição: condutores de veículos de menor porte têm a
vantagem da agilidade, enquanto condutores de ônibus e caminhões se
impõem pelo tamanho dos veículos.
Na verdade, acidentes envolvendo veículos de pequeno e maior porte,
geralmente, são trágicos para ambos. Apesar de o veículo maior levar
vantagem pelo tamanho de sua estrutura, o deslocamento provocado pela
colisão sempre tem conseqüências imprevisíveis. Em acidentes envolvendo
motos e outros veículos, geralmente o motociclista é o maior prejudicado
devido à fragilidade da moto e de o condutor geralmente sofrer o impacto
diretamente na cabeça ou sobre o corpo.
Veículos de grande porte, como caminhões, carretas, ônibus e veículos
Pontos cegos articulados, têm uma capacidade de manobra muito limitada quando
comparada à de veículos menores. Todas as manobras, sem exceção,
são mais difíceis de executar.
• Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro
ou até do triplo da distância para parar.
• As curvas que veículos grandes conseguem fazer têm raios
maiores.
• O comportamento em curvas fechadas é sempre inseguro e a
trajetória das rodas traseiras não segue a das dianteiras.
• Pelo porte avantajado, esses veículos sempre acarretam uma
grande redução na área de visão.
• Ônibus e caminhões apresentam pontos cegos de ambos os
lados, maiores do que veículos de menor porte.
• Veículos grandes possuem ainda extensos pontos cegos na parte
de trás e nas duas laterais (observe a ilustração).

82 Direção Defensiva1«
Cuidados Precauções ao conduzir veículos de pequeno porte:

complementares • Ao trafegar à frente de veículos de grande porte, não ficar muito


próximo, pois a capacidade de frenagem deles é reduzida.
• Não disputar espaço com veículos de grande porte.
• Ao trafegar atrás de um veículo grande, o condutor estará em um
ponto cego. Para proteger-se, a distância de segurança deve ser
bem maior.
• Ser previsível e fazer-se notar, com luzes ou breves toques na
buzina.
• Jamais passar por trás de veículos que estejam manobrando.
• Motoristas profissionais dirigem muitas horas diariamente. Deve-
se ficar atento a comportamentos anormais.

As ultrapassagens envolvendo veículos de grande porte exigem os


seguintes cuidados complementares:
• Permanecer na área de ultrapassagem o menor tempo possível.
• Em subidas, veículos de grande porte perdem velocidade, o que
facilita a ultrapassagem por veículos mais ágeis.
• Em descidas, esses veículos ganham velocidade facilmente,
dificultando a ultrapassagem e aumentando a duração da
manobra.
• Depois de ultrapassar, tomar cuidado para não voltar à pista
muito próximo do veículo ultrapassado. Antes de retornar,
certificar-se de que é possível enxergar a frente do veículo
ultrapassado pelos retrovisores.
• Durante a ultrapassagem, o condutor irá trafegar por uma área
onde o motorista do caminhão não consegue enxergá-lo. É o
espaço localizado um pouco antes da porta do caminhão.
• Para evitar uma colisão lateral, certificar-se de que o motorista
do caminhão notou a sua presença, com leves toques na buzina
ou sinais de luz, principalmente à noite.
• Permanecer ao lado de um veículo de carga, pelo lado de fora
de uma curva, é muito perigoso. Em caso de deslocamento da
carga ou dificuldades em fazer a curva, fatalmente o veículo que
estiver do lado de fora da curva será atingido.
• Ultrapassar, mantendo certa distância lateral, para evitar o efeito
do deslocamento de ar e da turbulência causados pelo movimento
do veículo de grande porte que está sendo ultrapassado. Redobrar
esses cuidados quando os veículos de grande porte estiverem
trafegando em sentido contrário.
• Ao ser ultrapassado por veículos de grande porte, reduzir a
velocidade e facilitar a manobra.
EVITANDO COLISÕES entre automóveis e motocicletas

Principais causas Condutores de motos têm os mesmos deveres que os condutores dos
flp apiffonfpss demais veículos motorizados. Como as motos são veículos de menor porte,
beneficiam-se da preferência prevista em lei sobre os de maior porte.
Acidentes envolvendo motos sempre têm conseqüências trágicas para
os motociclistas, devido à fragilidade dos veículos de duas rodas. As
principais causas de acidentes envolvendo motocicletas são:
• A grande agilidade com que trafegam esses veículos.
• Imperícia dos condutores. Mais da metade de todos os acidentes
com motos envolvem motociclistas inexperientes.
• Imprudência ao realizar manobras: costurar, passar muito próximo
dos demais veículos, trafegar em velocidade incompatível,
ultrapassar pela direita, etc.
• A capacidade de frenagem das motos em geral é menor que a
dos automóveis.
• Motocicletas em mau estado de conservação.

Os principais cuidados para evitar acidentes com motocicletas são:


• Manter uma distância segura.
• Tomar cuidado em conversões à esquerda e à direita, pois os
motociclistas costumam transitar nos "pontos cegos".
• Conferir o que se passa atrás do veículo constantemente pelos
retrovisores.
• Ter cuidado ao abrir as portas do veículo quando estiver
estacionado ou parado em congestionamentos e cruzamentos.
• Para ultrapassar uma motocicleta, obedecer aos mesmos
procedimentos da ultrapassagem de automóveis.
• Piloto sem capacete é sinal de negligência e imprudência: redobrar
o cuidado ao se aproximar de um!

Deveres do O motociclista deve:


motociclista • Utilizar os equipamentos de segurança: capacete, viseira, luvas,
botas e roupa adequada.
• Manter sua moto em perfeito estado.
• Reservar um espaço de segurança a sua volta, equivalente ao de
um automóvel.
• Ter cuidado com motoristas distraídos.
• Ser previsível, sinalizando sua presença e certificando-se de que
está sendo notado.
• Usar o farol baixo ligado, mesmo de dia.

Direção Defensiva 86
EVITANDO COLISÕES com ciclistas
Ciclistas têm Bicicletas e patinetes, bem como quaisquer veículos não motorizados, são frágeis
e vulneráveis e têm a preferência sobre os demais veículos automotores.
preferência
sobre veículos O motorista deve:
• Dar a preferência e facilitar a passagem de ciclistas e usuários de
automotores outros veículos não motorizados, em cruzamentos e conversões
à esquerda e à direita.
• Manter distância lateral de 1,5 metros.
• Conferir constantemente os retrovisores, com especial atenção
para os "pontos cegos".
• Cuidar ao abrir portas do veículo, quando estiver estacionado ou
parado, em congestionamentos ou cruzamentos.
• Entender que, à noite, é ainda mais difícil notar os ciclistas, pois
muitos ainda não usam os refletivos previstos em lei.
• Anunciar a presença com leves toques de buzina.
O ciclista deve:
• Equipar a sua bicicleta com dispositivos refletivos de segurança.
• Usar o capacete adequado. Mesmo pequenos acidentes podem
resultar em traumatismos cranianos,
• Não utilizar fones de ouvido. Usar a audição exclusivamente para
os sons do trânsito.
• Conscientizar-se da sua fragilidade.
• Trafegar preferencialmente por pistas exclusivas (ciclovias ou
ciclofaixas).
• Ser previsível, certificando-se de que está sendo visto.

EVITANDO COLISÕES com pedestres


Atropelamento 0 Código de Trânsito Brasileiro responsabiliza os condutores pela segurança
é sempre uma dos pedestres. A boa convivência entre condutores e pedestres depende
do respeito aos direitos e deveres de cada um:
tragédia • Quando não houver sinalização, como semáforo ou faixa, o
pedestre deverá esperar que os veículos passem, para então
efetuar a travessia com segurança.
• Quando houver sinal luminoso, este determina quem deverá passar.
• Quando houver faixa de pedestre sem sinal luminoso, a preferência
é do pedestre, devendo o condutor parar e aguardar sua travessia.
0 condutor deve tomar os seguintes cuidados:
• Dar uma oportunidade real para o pedestre utilizar as vias,
principalmente crianças, idosos e deficientes físicos (cegos,
pessoas com dificuldades motoras, etc.).
• Na proximidade de pedestres, reduzir a velocidade e redobrar a
atenção.
• Tentar prever a reação do pedestre.

•••••••
Direção Defensiva 85
• Ser gentil e facilitar as travessias dos pedestres, sempre que
possível.
• Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os
pedestres concluam travessias já iniciadas.
• Lembrar que, na condição de pedestre, o condutor também se
sente vítima da intolerância de outros condutores.
• Muitos atropelamentos vitimam pedestres embriagados. Tomar
cuidado, pois mesmo que não haja CULPA do condutor, um
atropelamento é sempre uma tragédia.
• Atropelar um pedestre com uma motocicleta é uma tragédia
dupla, pois geralmente ambos saem gravemente feridos.

Deveres do O pedestre deve:


pedestre • Atravessar sempre na faixa de segurança.
• Procurar sempre ter certeza de que o motorista notou a sua
presença.
• Aguardar pelo momento mais seguro para atravessar vias sem faixa.
• Procurar atravessar a rua sempre em linha reta, percorrendo a
menor distância no menor tempo possível.
• Evitar caminhar sobre a pista de rolamento.
• Caminhar de preferência pelo lado de dentro das calçadas.
• Aumentar sua capacidade de previsão, procurando identificar os
sinais do condutor.

EYITANDO COLISOES com animais


Muitos condutores não sabem que choques com animais, mesmo os de
pequeno porte, sempre trazem conseqüências graves. Dependendo da
velocidade, bater em um cachorro de porte médio poderá desestabilizar
completamente o veículo, gerando um acidente de grandes proporções.
Animais de grande porte, como cavalos e vacas, têm o centro de gravidade
a mais de um metro do chão e possuem grande massa corpórea. Em caso
de colisão, o impacto ocorrerá na altura do para-brisa do automóvel, e o
animal acabará atingindo os ocupantes do veículo. Para os motociclistas,
esse tipo de acidente geralmente é fatal.
Os procedimentos de segurança são os seguintes:
• Diminuir a velocidade assim que avistar o animal.
• Evitar buzinar, para não assustá-lo.
• Ficar atento ao passar por fazendas ou locais abertos.
• Fechar os vidros, em caso de automóveis.
• Nunca tentar chutar o animal, para não se desequilibrar da moto.
• Ficar atento na trajetória do veículo, e não no animal.

86 Direção Defensiva1«
EVITANDO COLISÕES com elementos fixos

PoilteS viadutos São graves os acidentes em que veículos batem em elementos fixos da
pista, como cabeceiras de pontes, veículos ou equipamentos estacionados,
pOhieS, Dâi K l I U entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de proteção, barrancos, muros,
muros, etc. aterros, cortes em rochas, rios, grotas, despenhadeiros e muitos outros.
As causas mais comuns podem ser:
• Perda de controle do veículo por defeito na pista ou desnível
acentuado do acostamento.
• Perda de controle do veículo por deficiência na suspensão, pneus
estourados, descalibrados ou em mau estado.
• Falta de visibilidade devido à chuva, cerração, neblina, fumaça
ou iluminação deficiente.
• Desvio da direção correta por distração, sono, etc.
• Erros provocados por efeitos de bebidas alcoólicas, drogas ou
outros medicamentos.
• Tentativa de desviar de outro veículo, pedestre, animal, etc.
• Erros ao fazer curvas.
• Falta de atenção ou desobediência à sinalização, principalmente
de obras na pista ou desvios.

Para evitar esse tipo de acidente, deve-se:


• Manter a suspensão e o sistema de direção sempre revisados.
• Verificar se os pneus estão dentro da vida útil e corretamente
calibrados.
• Investigar e corrigir qualquer instabilidade, como desequilíbrio
anormal nas curvas, dificuldade para trafegar em linha reta ou
volante (ou guidão) "puxando".
• Não insistir em dirigir quando estiver apresentando sinais de
cansaço ou de indisposição.
• Redobrar a atenção e reduzir a velocidade sob condições adversas.

DIREÇÃO OU PILOTAGEM DEFENSIVA NAS RODOVIAS

Dirigir em rodovias Pessoas que dirigem ou pilotam bem nas cidades nem sempre são bons
condutores nas rodovias. Isso ocorre porque conduzir em estradas e
exige experiência rodovias exige uma experiência COMPLETAMENTE diferente de conduzir
em trânsito urbano.
Para adquirir experiência, deve-se começar conduzindo em trechos curtos, em
estradas e rodovias de baixo fluxo de veículos, de preferência acompanhado
por um condutor experiente ou por um instrutor, para se familiarizar.
Enfrentar viagens longas ou rodovias mais movimentadas, somente quando
tiver boa dose de experiência. Não enfrentar as condições adversas logo
nas primeiras viagens.

Direção Defensiva 87
Em rodovias, deve-se seguir às seguintes RECOMENDAÇÕES:
• Preferir sempre viajar de dia. É mais seguro.
• Evitar conduzir em condições de baixa visibilidade.
• Revisar o veículo antes de viajar.
• Consultar o Guia Rodoviário.
• Planejar itinerários, bem como, paradas para abastecimento e
descanso.
• Informar-se das condições locais, principalmente em feriados.
• Não descuidar da sinalização.
• Aos primeiros sinais de cansaço, parar em lugar seguro para
relaxar.
• Não parar na pista.
• Não transitar no acostamento.
• Parar no acostamento somente em emergências.
• Manter velocidade compatível com o fluxo geral de veículos.
• Verificar os instrumentos do painel em intervalos regulares.
• A qualquer indicação de mau funcionamento, não seguir em
frente. Parar imediatamente para verificar o problema
• Nos declives acentuados ou longos, jamais descer desengrenado
(banguela). Usar sempre freio motor, utilizando para descer, a
mesma marcha que usaria para subir.
• Seguir todos os demais procedimentos da Direção ou Pilotagem
Defensiva.

Pilotagem em A maioria das motos é utilizada na cidade para trabalhar ou para estudar.
. Porém, é cada vez mais comum a utilização de motos nas rodovias. Existem,
por exemplo, os clubes de motociclistas que viajam em grupo. Para que
essa atividade seja mais segura, aqui vão algumas recomendações:
• Grupos com quatro ou cinco motos são mais facilmente mantidos
em segurança. Grupos maiores devem ser divididos em dois ou
mais grupos menores.
* O grupo deverá eleger um líder, o mais experiente, que pilotará

t na frente.

• Logo após o líder, pilotam os motociclistas com menor

Í experiência.
• A melhor formação é a alternada: o primeiro sai à direita, o
seguinte sai atrás dele, mantendo uma distância de segurança,
porém à esquerda, o próximo à direita, e assim por diante.
K • Nunca pilotar lado a lado, emparelhando-se com outra moto.
m • O líder deverá sinalizar os perigos para o grupo com a maior
antecedência possível. Também deverá calcular as ultrapassagens
e manobras, de modo que haja tempo e espaço para que todos
as realizem completamente.
• O grupo não deve se afastar dos mais lentos, mas diminuir o
ritmo, se necessário.
• Todos devem saber previamente, qual será o itinerário.
88 Direção Defensiva1«
Questões • DIREÇÃO DEFENSIVA

01. O c o n d u t o r d e v e a d o t a r uma p o s t u r a 08. Ao levar várias fechadas de outro veículo


adequada, sendo: que "costura" no trânsito, você:
a) agressivo e rápido. a) procura ficar longe dele e mantém a tranqüilidade.
b) decidido e agressivo. b) segue aquele veículo porque está irritado.
c) cuidadoso e ligeiro. c) mantém-se na faixa da direita necessariamente.
d) cuidadoso e atento. d) buzina sem parar até que ele mude de atitude.
e) cuidadoso e ousado. e) discute com o outro condutor.
02. O cinto de segurança pode ser utilizado: 09. A velocidade compatível com a segurança
a) por mãe e criança com o mesmo cinto. permite ao condutor:
b) por duas crianças com o mesmo cinto. a) forçar a saída do veículo que estiver à sua frente
c) por somente uma pessoa. para um dos lados da via.
d) por duas pessoas com o mesmo cinto. b) frear rapidamente, sem se preocupar com os
e) por três crianças com o mesmo cinto. demais veículos.
c) perceber antecipadamente os riscos e agir
03. A s e g u r a n ç a na direção de um v e í c u l o prontamente para evitá-los ou controlá-los.
depende:
d) realizar ultrapassagens pela direita.
a) da marca do veículo. e) manter uma conversa animada com os
b) da categoria da CNH. passageiros.
c) do trânsito.
d) do comportamento adequado do condutor. 10. Na passagem de vias urbanas para vias
e) do licenciamento do veículo. rodoviárias, você:
a) confia no seu veículo e em sua habilidade e faz
04. A segurança de trânsito na via depende:
a passagem confiante.
a) apenas da atenção dos condutores. b) atravessa essas áreas buzinando.
b) apenas da sinalização das vias. c) acelera e passa rapidamente.
c) apenas da manutenção das vias. d) trafega bem devagar e nada lhe ocorrerá.
d) apenas da manutenção dos veículos. e) obedece à sinalização e redobra a atenção.
e) do comportamento dos elementos envolvidos.
11. Nos acidentes, o cinto de segurança visa
05. O condutor, ao ser ultrapassado, deverá: garantir:
a) reduzir bastante a sua velocidade. a) que os ocupantes da frente não sejam lançados
b) parar o veículo e permitir a ultrapassagem. para frente ou para fora do veículo.
c) aumentar a velocidade. b) que todos os ocupantes do veículo não sejam
d) buzinar para avisar que está permitindo a lançados para frente ou para fora do veículo.
ultrapassagem. c) que os ocupantes do banco de trás não sejam
e) facilitar a ultrapassagem. lançados para frente ou para fora do veículo.
06. O condutor precisa ver tudo o que acontece: d) que o condutor não seja lançado para frente ou
para fora do veículo.
a) apenas à frente e à direita do seu veículo. e) que os ocupantes não sofram qualquer ferimento.
b) apenas à sua frente e nos lados do seu veículo.
c) apenas à sua frente e atrás do seu veículo. 12. Assumir um comportamento seguro é:
d) à sua frente, à direita, à esquerda e atrás. a) perceber antecipadamente os riscos e agir
e) apenas à frente e nos espelhos retrovisores. prontamente para evitá-los ou controlá-los.
07. Todo condutor, antes de mudar de direção, b) dirigir somente a 40 km/h.
deverá: c) dirigir somente em dias sem chuva.
d) calibrar os pneus de seu veículo diariamente.
a) piscar os faróis. e) reduzir a velocidade apenas perto das escolas.
b) dar um toque rápido na buzina.
c) levar o veículo para a direita da via. 13. Trafegar pelo acostamento é permitido:
d) acender os faróis altos. a) quando a pista estiver congestionada.
e) ligar os dispositivos indicadores de direção. b) quando, devido a problema mecânico, o seu
veículo estiver lento.
c) para acessar imóveis próximos ou fazer
conversões.
d) para rebocar um veículo acidentado ou com
problemas mecânicos.
e) para ultrapassagem de veículos muito lentos.

Direção Defensiva 89
14. Em pista molhada, de repente, o veículo 20. Em uma rodovia, ainda longe do seu destino,
"flutua" sobre a água da pista (aquaplanagem). após o almoço e com sono, você:
Neste momento você: a) segue viagem, após tomar um café bem forte.
a) tira o pé do acelerador e segura firme na direção b) segue viagem, acelerando mais e abrindo a
até que a aderência se restabeleça. janela.
b) freia o veículo bruscamente para restabelecer a c) segue viagem, ouvindo uma música suave.
aderência do pneu com o solo. d) segue viagem, pois acredita que dormir ao
c) acelera, segurando firmemente a direção. volante raramente acontece.
d) liga o pisca-alerta para advertir os demais e) permanece no local do almoço até se sentir em
motoristas da situação de risco. condições para prosseguir.
e) freia bruscamente acionando o pisca-alerta.
21. Cansado do trabalho, transitando por uma
15. Em um cruzamento com ferrovia, em nível e via de tráfego intenso, você:
sem cancela, você deve: a) buzina para abrir caminho.
a) reduzir a velocidade e atravessar a via férrea. b) mantém-se na faixa da esquerda.
b) parar o veículo, olhar para ambos os lados e c) redobra a atenção e concentra-se no tráfego.
efetuar o cruzamento com segurança. d) dirige depressa para chegar logo em casa.
c) buzinar antes de atravessar. e) dirige depressa, ouvindo música relaxante.
d) acender os faróis do veículo.
e) efetuar a travessia bem devagar. 22. Ao tomar um medicamento que produz um
efeito de sonolência, você deve:
16. Dirigindo com fortes ventos laterais você: a) tomar outro medicamento estimulante.
a) fecha as janelas e segue na mesma velocidade. b) deixar de dirigir nesta condição.
b) abre as janelas do veículo e continua com a c) compensar o efeito tomando líquido ou café.
mesma velocidade. d) transitar por vias de menor movimento.
c) reduz a marcha do veículo, adotando uma e) parar a cada dez minutos para descansar.
velocidade compatível com a situação.
d) mantém a velocidade normal. 23. Após ter ingerido bebida alcoólica, você:
e) deve aumentar a velocidade. a) toma um banho frio e sai dirigindo.
b) deixa de dirigir nesta condição.
17. O limpador de para-brisa não está vencendo
a chuva forte. Nessa situação você: c) toma um medicamento estimulante.
d) lava o rosto e toma café forte para dirigir.
a) continua o trajeto sem se preocupar. e) dirige com cuidado redobrado.
b) abre as janelas e prossegue o trajeto.
c) acelera mais para dissipar os pingos de chuva. 24. Você está vivendo uma crise conjugai.
d) liga os faróis altos. Trafegando em um trecho com grande
e) para o veículo em local seguro e aguarda. movimento de veículos e pedestres, você:
a) dirige rapidamente.
18. Num cruzamento de pouco movimento e sem
visibilidade, durante o dia, você: b) discute com todos na rua para desabafar.
c) buzina bastante para ter o caminho livre.
a) buzina e segue em frente. d) deixa a crise em casa e redobra a atenção.
b) vai em frente confiando que está sendo visto. e) acelera bastante demonstrando a sua irritação.
c) para e só atravessa com a certeza de que não
vem ninguém. 25. O semáforo está verde para você e um
d) reduz a velocidade e atravessa buzinando. pedestre atravessa à sua frente, você:
e) reduz a velocidade, pisca os faróis e atravessa. a) dá-lhe uma bronca.
19. Em uma rodovia, sob neblina intensa, você b) buzina para apressar o pedestre.
deve: c) desce do veículo e o auxilia na travessia.
d) oferece ajuda para atravessar a rua.
a) parar em qualquer lugar, ligando as luzes de e) aguarda que o pedestre faça a travessia.
emergência.
b) prosseguir a viagem com velocidade reduzida, 26. Você faz uma conversão à direita e encontra
acionando as luzes de emergência. um pedestre atravessando a transversal.
c) prosseguir a viagem com velocidade reduzida, Você:
acionando os faróis altos. a) aguarda o pedestre concluir a travessia.
d) procurar um local seguro para parar fora da pista b) buzina para apressar o pedestre.
e aguardar a melhoria da visibilidade. c) pisca os faróis para alertar o pedestre e
e) manter a mesma velocidade, pois algum veículo passa.
pode bater na traseira do seu veículo. d) fica irritado com o pedestre, pois você está com
o direito de passagem.
e) freia bruscamente para assustar o pedestre.

90 Direção Defensiva1«
PRIMEIROS SOCORROS - Atualizado com a Res. 285/08

f j j j gJ^PES Em quaisquer situações ou atividades, as pessoas estão expostas a riscos


e sujeitas a ferimentos e traumatismos causados por acidentes.
No trânsito, muitas pessoas morrem ou sofrem danos
irreversíveis por não receberem os devidos cuidados a tempo
ou por serem atendidas de forma incorreta.

Para que se possa realmente ajudar as vítimas de acidentes, é


preciso saber prestar socorro de forma correta e eficaz. Para
isso, é preciso dominar as técnicas de primeiros socorros.
Para que servem Primeiros socorros são os procedimentos efetuados em uma pessoa cujo
as técnicas tem
estado físico coloca em perigo a sua própria vida. A maioria das pessoas
dúvidas sobre como e quando prestar os primeiros socorros: afinal,
de Primeiros ajudar de qualquer jeito prejudica a vítima, não ajudar, significa omissão.
Socorros? Por tudo isso: é preciso aprender a prestar socorro corretamente, e
a melhor maneira é fazer um curso de primeiros socorros.

Atendimento de emergência deve ser prestado sempre que uma vítima


não estiver em condições de cuidar de si própria, para evitar que fique
em risco de morte enquanto não chega ajuda especializada. Vítimas
de acidentes muitas vezes ficam entre a vida e a morte, completamente
indefesas, incapazes de cuidar da própria sobrevivência. É nesse momento
que elas necessitam de ajuda imediata, para mantê-las vivas e evitar o
agravamento da situação.
Por que aprender O simples fato de notar que a vítima não está respirando, por exemplo, faz
as técnicas toda a diferença. Em algumas situações, se não forem tomadas todas as
providências imediatas, a vítima provavelmente morrerá antes mesmo de
de Primeiros o socorro chegar. Exemplos: a vítima não consegue respirar ou apresenta
Socorros? um grave sangramento.
A solicitação de ajuda especializada é uma maneira de prestar
OMISSÃO DE socorro à vítima. Mesmo que uma pessoa seja só testemunha de um
SOCORRO acidente com vítimas, se tiver condições de prestar auxílio e não o fizer,
É CRIME estará cometendo o crime de omissão de socorro.

O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: "Deixar de prestar


socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente, podendo
fazê-lo, é crime". A pena é detenção de 1 a 6 meses ou multa,
podendo ser aumentada em 50% se a omissão resultar em lesão
corporal grave ou até triplicada se resultar em morte.

A omissão de socorro e a falta de pronto atendimento eficiente às


vítimas de acidentes de trânsito são as principais causas de mortes ou
danos irreversíveis que poderiam ser evitados. Os minutos imediatos após
o acidente, são os mais importantes para garantir a sobrevivência e a
recuperação de feridos.

93 Primeiros Socorros Vag 91


mm
DOAÇÃO DE Os órgãos em bom estado de vítimas fatais de acidentes de trânsito podem
salvar muitas vidas ao serem transplantados para pessoas cuja cura ou
ÓRGÃOS sobrevida depende desse tipo de cirurgia.
A legislação atual (Lei 10.211/2001) exige aprovação da família, para que
os órgãos de vítimas fatais sejam doados. Muitos familiares ainda ficam
relutantes em tomar uma decisão desse tipo, por não saber se a vítima,
em vida, concordaria ou não. Por isso, é muito importante que todos
os membros de uma família discutam e expressem abertamente o seu
desejo de doar órgãos, em caso de acidente fatal. Ter esta informação
antecipada facilita todo o processo, pois para que possam ser bem
preservados é preciso dar o destino aos órgãos ou tecidos imediatamente
após o acidente.

Para ajudar a decidir:


Como seria, se a sua vida ou a de alguém da sua família estivesse
dependendo da disponibilidade de órgãos? Pense nisso.

QUEM DEVE PRESTAR SOCORRO ÀS VÍTIMAS?

0 Conselho Federal de Medicina recomenda que o socorro seja prestado


pela pessoa mais capacitada no momento e mais próxima do local do
evento de emergência:
1) Socorrista - é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada
para, com segurança, avaliar e identificar problemas que
comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado
socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar
as lesões já existentes. Geralmente é um bombeiro que trabalha
para os serviços de atendimento a acidentes como SAMU, SIATE,
etc. O socorrista poderá estar acompanhado de um médico
treinado em "suporte avançado de vida", capacitado para realizar
procedimentos avançados.
2) Médico ou outro profissional de saúde presente no local -
pode-se, a princípio, estranhar que o socorrista venha antes do
médico. Ocorre que nem todos os profissionais de saúde estão
devidamente treinados para prestar atendimento pré-hospitalar,
seja em suporte básico ou avançado de vida.
3) Pessoas leigas, mas que conheçam noções de primeiros
socorros ou suporte básico de vida - as noções de primeiros
socorros são conhecimentos úteis a toda e qualquer pessoa, e podem
fazer a diferença em uma situação de emergência, para manter a
vítima viva enquanto aguarda por socorro especializado.

92 Primeiros Socorros Vag


Exemplos:
a) Uma pessoa idosa escorrega no banheiro e, ao cair de costas,
para de respirar. Obviamente, não haverá tempo sequer para
acionar socorro especializado. O que fazer? O que não fazer?
b) Uma turma de adolescentes colegiais está fazendo um passeio
em uma trilha da Serra do Mar, fora do alcance do celular. Um
dos jovens cai e quebra o braço. O que fazer? O que não fazer?

Você pode estar se perguntando em que esses dois exemplos se relacionam


aos acidentes de trânsito. Estamos muito habituados a relacionar trânsito
com veículos. No entanto, nos dois exemplos, apesar de estarem
caminhando a pé, as pessoas estavam, sem dúvida, transitando.

4) Pessoas leigas, mas que não tenham noções de Primeiros


Socorros - temos que ter em mente que o leigo, ao presenciar
um acidente ou pessoas em sofrimento, provavelmente obedecerá
a seu instinto natural de solidariedade e tentará ajudar. Por
não possuir os conhecimentos necessários, poderá prejudicar
a vítima, mas naquela hora, naquele local, provavelmente não
haverá ninguém para avisá-lo disso. Esse é mais um motivo para
disseminar os conhecimentos de primeiros socorros.

A situação de emergência justifica as limitações

Outro conceito que poucas pessoas sabem é que a situação de emergência


justifica o atendimento ou a ajuda, mesmo que essa seja dada de forma
limitada, quer seja pelo nível de conhecimento de quem está ajudando,
como também pela precariedade das condições locais.
Quem sabe o que fazer não perde tempo e poupa segundos preciosos
que salvam vidas.

QUAIS AS PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS?

É comum encontrar em locais de acidentes cenas de sofrimento,


nervosismo e pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exijam
providências imediatas. Seja qual for a gravidade da situação deve-se agir
com calma, conhecimento de causa e autocontrole. Evitar o pânico.

Para isso, deve-se:


• Transmitir confiança, tranqüilidade e segurança, para alívio dos
acidentados que estiverem conscientes, informando que ajuda
especializada está a caminho, se isso já estiver assegurado.
• Agir rapidamente, porém dentro dos próprios limites.
• Usar conhecimentos básicos de primeiros socorros.
• Algumas vezes, saber improvisar.

93 Primeiros Socorros Vag


1 Sinalizar O local Sinalizar o local para evitar novos acidentes e atropelamentos.
do acidente • Acionar o pisca-alerta de veículos próximos ao local.
• Definir um local para melhor colocação do triângulo de sinalização.
Nesse momento você pode utilizar a regra de 1 metro de distância
para cada Km/h de velocidade da via. Por exemplo: se o limite de
velocidade da via for 60 km/h, coloque a sinalização a 60 metros
do acidente, mas dependendo das condições adversas presentes
no local esta distância deverá ser ainda maior.
• Espalhar alguns arbustos ou galhos de árvores no leito da via.
• Abrir capô e porta-malas do veículo para chamar a atenção.
Muito cuidado para não ser VOCÊ a próxima vítima!
Quantas são e onde estão as vítimas?
As vítimas podem ter sido lançadas para fora do veículo, estarem presas
em ferragens, caídas na pista de rolamento ou em outras situações.
Prováveis situações de risco no local do acidente:
• Novos acidentes e atropelamentos.
• Derramamento de combustível.
• Cabos eletrificados.

2. Chamar Chamando por recursos especializados:


por socorro • Na maioria das grandes cidades, existem equipes de emergência
especialmente treinadas para o atendimento às vítimas de
especializado acidentes, que podem chegar ao local em poucos minutos.
• Esses socorristas contam com formação e equipamentos
especiais. Onde não existir atendimento de emergência ou
quando a gravidade da situação não permitir esperar por socorro
especializado, os conhecimentos de primeiros socorros poderão
salvar vidas de vítimas de acidentes.

Um atendimento de emergência prestado de qualquer jeito, sem o uso


de técnicas corretas e sem o conhecimento mínimo, ao invés de ajudar,
pode prejudicar a vítima, agravando o seu estado, provocando danos
irreversíveis ou até mesmo a morte.

Quanto antes acionar o socorro, maiores serão as chances de as vítimas


sobreviverem. Alguns números de telefones são os mesmos em todas as
localidades do Brasil:
• 190 - Polícia Militar
• 191 - Polícia Rodoviária Federal
• 192 - SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
(Serviço não disponível em todos os municípios do Brasil)
• 193 - Bombeiros
• 199 - Defesa Civil

94 Primeiros Socorros Vag


Aproveite para anotar agora o número do telefone de emergência da
sua cidade:

Algumas rodovias estaduais possuem seu próprio número de


emergência. Ao trafegar por uma dessas rodovias é necessário prestar
atenção à sinalização e anotar o número do telefone.
Ligações de emergência podem ser feitas de qualquer telefone móvel ou
fixo. Não é necessário usar cartão, ficha telefônica ou crédito: a ligação
é gratuita.

0 Qlie informar? Ao solicitar socorro, deve-se informar:


• 0 local exato e o tipo de acidente.
• Descrição das vítimas (sexo, idade).
• Se há vítimas inconscientes.
• Gravidade dos ferimentos das vítimas mais atingidas.
Quando o socorro chegar, informar ao socorrista:
• Condições de trânsito no local.
• Descrição da ocorrência.
• Primeiros socorros que foram aplicados.
• Outras informações que chegaram ao seu conhecimento.

Protegendo-se As técnicas de primeiros socorros recomendam que os atendentes


protejam-se contra a transmissão de doenças infecto-contagiosas.
contra infecções Essas doenças, inclusive o vírus da AIDS e a hepatite, são transmitidas
através do contato direto com fluidos orgânicos, principalmente sangue
e saliva, respectivamente. Para evitar que haja esse tipo de contágio,
o atendente de emergência deve prevenir-se, tomando as seguintes
precauções:
• Usar luvas de borracha: item fundamental de segurança que
pode ser comprado em qualquer farmácia. Recomenda-se que
cada condutor mantenha pelo menos dois pares no veículo.
• Evitar ferir-se durante o atendimento.
• Não levar as mãos à boca e aos olhos, sem antes tê-las lavado
com sabão e água corrente abundante.
Nessas ocasiões, a transmissão de doenças é perigosamente facilitada,
pela existência de ferimentos e lesões na pele e em mucosas.

97 Primeiros Socorros Vag


ORIGEM DOS FERIMENTOS

Existe uma forte relação entre o tipo de acidente e a natureza dos


ferimentos da vítima. Para avaliar corretamente os ferimentos,
é importante saber:
• A direção de onde vinha o veículo no momento do impacto.
• A intensidade do impacto.
• A maneira com que o impacto afetou as vítimas.
Motociclista caído no chão, de capacete e com o corpo torcido:
deve-se, de imediato, suspeitar de fratura de coluna cervical e
de bacia.

Colisão de veículo com moto: deve-se suspeitar imediatamente de


fratura nas pernas e na bacia do motociclista.

CollSÕeS f r o n ÍS Vítima de acidente de automóvel que bateu de frente: é provável que seus
ocupantes tenham sido lançados contra o volante e o painel, se o veículo
não possuir "air bags", suspeitar de traumatismos na face e no crânio, além
de outras conseqüências menos visíveis, como hemorragias internas.

Quando um veículo colide, geralmente sofre uma desaceleração brusca e


os corpos, no seu interior, são projetados em direção ao ponto de colisão,
chocando-se contra as partes internas do veículo.

Deformações na dianteira do veículo podem indicar lesões:


• Cabeça: impactos contra o para-brisa, painel, volante, banco,
etc.; lesões no couro cabeludo, na face, no crânio e no encéfalo.
• Pescoço: o arremesso violento da cabeça à frente, pode resultar
em fratura ou deslocamento de vértebras cervicais e lesões na
medula.
• Tórax: o impacto contra o volante pode resultar em fratura do
osso esterno e de costelas, e lesões em órgãos internos, como
coração e pulmões.
• Abdômen: o deslocamento dos órgãos para frente, ocasionado
pelo impacto, pode causar lesões, desligamentos e rompimentos
em órgãos como rins, baço, intestinos, fígado e pâncreas.
• Membros: são comuns contusões e lesões múltiplas nos braços,
além de fraturas ou até esmagamento nas pernas.

Esses efeitos são tão mais graves quanto maior for a velocidade no
momento da colisão; são atenuados e, algumas vezes, até mesmo
evitados com a utilização correta de equipamentos obrigatórios,
como cintos de segurança e "air-bags".

96 Primeiros Socorros Vag


Colisão traseira A aceleração repentina causada pelo impacto, seguida de uma
desaceleração, provoca o "efeito chicote" na cabeça e no pescoço dos
ocupantes do veículo. As conseqüências são muito mais graves quando
não há um apoio para a cabeça, que é um item de segurança obrigatório
nos bancos da frente.

Atropelamentos Um atropelamento geralmente ocorre em três fases:


• Impacto do veículo contra as pernas e o quadril do atropelado.
• Impacto do tronco da vítima contra o capô e o para-brisa do veículo.
• Impacto da vítima contra o solo.
Em vítimas de atropelamentos, pode-se esperar um grande número de
lesões (politraumatismos), principalmente em se tratando de crianças.

ATENDENDO AS VITIMAS .

Existem critérios internacionalmente aceitos no que se refere à abordagem


para prestar primeiros socorros a uma vítima. As principais etapas são:
• AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ou AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE.
• MANUTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS.
• AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA.
• PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS (parada cardiorrespiratória,
estado de choque, hemorragias, fraturas, etc.).

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA -

Em uma avaliação primária, obedecida uma seqüência padronizada,


é feito um rápido exame na vítima, sendo corrigidos imediatamente os
problemas que forem encontrados.

Nesta avaliação, segue-se rigorosamente a seguinte seqüência:


• Desobstrução das vias aéreas e estabilização da coluna cervical.
• Respiração.
• Circulação, hemorragia e controle de choque.
• Nível de consciência.
• Exposição e proteção da vítima.

A. Desobstruir vias aéreas e estabilizar a coluna cervical


Sempre que a vítima estiver impossibilitada de respirar, poderá morrer ou
ter danos irreversíveis no cérebro. Quando notada qualquer obstrução
Cuidado na passagem do ar, deve-se, imediatamente:
• Posicionar corretamente a cabeça da vítima, com o queixo
levemente erguido, para facilitar a respiração.

97 Primeiros Socorros Vag


• Abrir a boca da vítima e, com os dedos, remover dentaduras,
próteses, restos de alimentos, sangue, líquidos e outros objetos
que possam estar obstruindo as vias aéreas.
• Lembrar-se de que, em todo acidente de trânsito, é preciso
considerar a possibilidade de fratura de coluna cervical (pescoço
quebrado). Assim, todos os movimentos de cabeça e pescoço
devem ser evitados, pois poderão causar lesões na medula, com
sérias conseqüências para a vítima, como a tetraplegia.
• Vítimas de queda da "própria altura", também deve-se suspeitar
de lesão na coluna cervical.

B. Verificar a respiração
Ver, ouvir e sentir: aproximar-se para escutar a entrada e saída de ar
pela boca e pelo nariz do acidentado, verificando também os movimentos
característicos de respiração do tórax e do abdômen. Procurar sentir o ar
quente saindo das vias aéreas da vítima.

Se a vítima não estiver respirando, ou estiver respirando com muita


dificuldade, passar imediatamente aos procedimentos de parada
respiratória, aplicando as técnicas de reanimação cardiopulmonar que
serão vistas adiante.

C. Verificar a circulação
A avaliação do pulso fornece informações importantes sobre o estado
da vítima. Se o pulso estiver fraco e a pele pálida, por exemplo, com os
lábios arroxeados, é sinal de estado de choque.
A maneira correta de avaliar a pulsação é colocando três dedos na artéria
radial, localizada no início do pulso, bem na base do polegar, ou na artéria
carótida, que se encontra na base do pescoço, entre o músculo e a
traquéia, onde a pulsação pode ser identificada com maior intensidade.

Nesse momento, verificar também os sangramentos que devem ser


controlados rapidamente, pois uma hemorragia externa não controlada
pode levar à morte em poucos minutos.

D. Verificar o estado de consciência


Para identificar o nível de consciência da vítima:
• Verificar se a vítima se comunica, perguntando seu nome e como
se sente. Quando estiver consciente, conversar com ela, tentando
acalmá-la. Perguntar se sente dores no pescoço ou na coluna e
se está sentindo as pernas e os braços, para confirmar ou não
suspeita de fraturas na coluna.
• Se ela não se comunicar, ver se reage a estímulo verbal, pedindo
para que faça um movimento.
• Se ainda assim não houver resposta, verificar se reage ao toque.
Sempre que a vítima estiver inconsciente, deve-se desconfiar de
fratura na coluna vertebral e de parada cardiorrespiratória. Nesse caso,
movimentar a vítima o mínimo possível, protegendo sempre a coluna.

100 Primeiros Socorros Vag


• Se a vítima estiver inconsciente, mas respirando, devemos aplicar
a técnica da posição lateral de segurança, girando o corpo a 90
graus para evitar asfixia e afogamento.
• Se a vítima não estiver respirando ou respirando mal, devemos
aplicar a respiração artificial imediatamente.

Não esquecer que a vítima só deverá ser movimentada se a situação


estiver se agravando muito rápido, se o socorro especializado demorar
ou se não vier.

Atenção: não dar líquidos a uma pessoa acidentada.

Posição Lateral de Segurança (PLS)


Para colocar uma vítima em posição lateral de segurança é necessário
seguir os seguintes procedimentos:
1. Ajoelhe-se ao lado da vítima deitada.
2. Vire o rosto da vítima para si. Incline a cabeça dela para trás.
3. Coloque o braço da vítima que estiver mais próximo de si ao longo
do corpo dela, prendendo-o embaixo das nádegas dela.
4. Coloque o outro braço da vítima sobre o peito dela.
5. Cruze as pernas da vítima, colocando a perna que estiver mais
afastada de si, por cima da canela da outra perna.
6. Dê apoio à cabeça da vítima e, segurando pela roupa na altura
do quadril, vire-a para si.
7. Dobre o braço e a perna da vítima que estiverem voltados para
cima até que formem um certo ângulo em relação ao corpo.
8. Puxe o outro braço da vítima, retirando-o debaixo do corpo dela.
9. Certifique-se que a cabeça se mantém inclinada para trás de
forma a manter as vias aéreas abertas.

E. Proteção da vítima
• Procurar e verificar outras lesões na vítima: deslocamentos, fraturas,
E^ cortes ou contusões. Evitar movimentar o corpo ou membros.
• Manter a vítima aquecida com cobertores e roupas, pois nessas
circunstâncias, a vítima perde calor vital muito rapidamente.

MANUTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Esses cinco passos obrigatórios (A, B, C, D e E) devem ser repetidos


durante todo o atendimento de emergência. Devemos nos preocupar
constantemente com os sinais vitais da vítima, tomando as providências
necessárias sempre que houver alterações.

Primeiros Socorros ™
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Em seguida, é preciso verificar a extensão dos ferimentos, a quantidade de
sangue perdido, as fraturas e as outras lesões, iniciando os procedimentos
adequados para cada caso, de acordo com as prioridades, cuidando
sempre da manutenção dos sinais vitais.

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Durante a avaliação primária, a vítima pode ter apresentado ausência de
JI^J^juj^,- movimentos respiratórios e de batimentos cardíacos. A essa situação
damos o nome de parada cardiorrespiratória, a maior e mais perigosa
emergência com a qual podemos nos deparar.
A parada cardíaca é estudada em conjunto com a parada respiratória
porque a presença de uma situação leva instantaneamente à outra,
exigindo um procedimento conjunto para manter os dois principais sinais
vitais: a respiração e os batimentos cardíacos.
A paralisação da respiração ou dos batimentos cardíacos leva à morte em
poucos minutos, ou causa danos irreversíveis devido à falta de oxigenação
no cérebro. São causas de parada cardiorrespiratória:
• Choques elétricos.
• Inalação de gases venenosos.
• Afogamento ou asfixia.
• Traumatismos físicos.
• Reações do organismo a medicamentos.
• Intoxicação.
• Infartos.
Sintomas de parada respiratória:
• Ausência de movimentos típicos de respiração (tórax e abdômen).
• Inconsciência.
• Lábios, língua e unhas azuladas.
Sintomas de parada cardíaca:
• Inconsciência.
• Palidez excessiva.
• Ausência de pulsação e batimentos cardíacos.
• Pupilas dilatadas.
• Pele e lábios roxos.

Respiração Artificial
Existem três tipos principais de respiração artificial:
• Boca a boca.
• Boca-máscara.
• Por aparelhos.
100 Primeiros Socorros Vag
A utilização de máscara na respiração artificial visa principalmente a preservar
o socorrista da contaminação por doenças infecto-contagiosas.

Procedimentos:
• Deitar a vítima de costas sobre uma superfície lisa e firme.
• Retirar da boca da vítima próteses e restos de alimentos,
desobstruindo as vias aéreas.
• Elevar suavemente o queixo da vítima, estabilizando a coluna
cervical.
• Tampar as narinas com o polegar e o indicador e abrir a boca da
vítima completamente.
• Respirar fundo, colocar a boca sobre a boca da vítima, sem deixar
nenhuma abertura e soprar com força duas vezes, até encher
os pulmões.
• Afastar-se, respirar fundo e repetir a operação, de 12 a 18 vezes
por minuto, uniformemente e sem interrupção.
• Se não houver pulsação, proceder ao mesmo tempo à compressão
torácica ou reanimação cardíaca.
Na respiração artificial boca-máscara os procedimentos são os mesmos.
A diferença está no uso de uma máscara especial, por aquele que socorre,
cobrindo a boca e o nariz da vítima, evitando o contato direto entre
ambos. A respiração boca-nariz pode ser utilizada em casos de fratura
de mandíbula e em crianças pequenas.

Técnicas de Reanimação Cardiopulmonar (RCP)


Reanimação Muitas vezes, em casos de parada cardiorrespiratória, a reanimação
Cardiopulmonar cardíaca é aplicada em conjunto com a respiração artificial.
(RCP) Procedimentos:
• Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida.
• Ajoelhar-se ao seu lado, na altura dos ombros.
• Com os braços esticados, apoiar as duas mãos, com os dedos
entrelaçados, sobre o peito do acidentado.
• O local exato para pressionar fica a dois dedos acima da ponta
do osso esterno, o osso do centro do peito (entre os mamilos).
• Utilizando o peso do seu corpo, fazer compressões curtas e fortes,
de aproximadamente 5cm, comprimindo e aliviando regularmente.
• Essas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco,
dentro do tórax, reanimando os batimentos naturalmente.
• Repetir essa operação, com uma freqüência de no mínimo 100
compressões por minuto, até que haja sinais de recuperação
do batimento cardíaco.

101 Primeiros Socorros Vag


Em crianças e bebês o processo é administrado com apenas uma das
mãos, sendo o ciclo de 30 X 2 - trinta compressões e duas insuflações. Em
recém-nascidos, usam-se dois dedos, fazendo-se aproximadamente duas
compressões por segundo e o ciclo deve ser de 3 x 1 - três compressões
e uma insuflação. Em ambos os casos a respiração artificial é aplicada
sobre a boca e o nariz, (procedimento de acordo com as normas da
American Heart Association - Outubro de 2010).

Em paradas cardiorrespiratórias devemos associar a respiração


artificial com a compressão torácica.

Quando o atendente estiver sozinho:


• Fazer 30 compressões cardíacas e duas insuflações boca a boca.
• Repetir a operação até que chegue o auxílio ou até que a vítima
se reanime. (procedimento de acordo com as normas da American
Heart Association - Outubro de 2010).

Vale a pena perseverar e insistir nesses procedimentos. Existem relatos


de pessoas que insistiram durante horas, chegando a bons resultados.
Por ser uma tarefa cansativa que requer muita energia e resistência,
o atendente de emergência deverá estabelecer um ritmo que permita
economizar suas próprias energias, sem afobação, cuidando para manter
sua própria respiração em ritmo adequado.

Quando houver dois atendentes:


• Um atendente faz 30 compressões cardíacas e o outro faz duas
insuflações boca a boca.
• Repete-se o ciclo de 30 compressões cardíacas para 2 insuflações,
esse procedimento é cansativo, por isso é aconselhável os atendentes
alternarem as funções, (procedimento de acordo com as normas da
American Heart Association - Outubro de 2010).

Esses procedimentos devem ser mantidos sem interrupção, mesmo


durante o transporte para um prontossocorro ou hospital.

ESTADO DE CHOQUE

Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque. Essa


é uma reação comum em vítimas de acidentes com hemorragias
internas ou externas, emoções fortes, choques elétricos, queimaduras,
envenenamentos, intoxicações, ataques cardíacos, fraturas, exposição a
temperaturas extremas, ferimentos graves, infecções, reações alérgicas,
compressões e amputações.

Cada uma dessas causas gera um estado de choque diferente: choque


emocional, choque anafilático, choque térmico, choque cardíaco, etc.

102 Primeiros Socorros Vag


A perda de sangue e líquidos provoca o estado de choque
hipovolêmico, o tipo mais comum em acidentes. A vítima em estado de
choque pode apresentar alguns dos seguintes sinais e sintomas:
• Palidez, pele fria e úmida.
• Suor frio e denso.
• Pulso rápido e fraco.
• Respiração curta e rápida.
• Náuseas e vômitos, sensação de sede.
• Extremidades arroxeadas.
• Sensação de frio com tremores.
• Visão nublada e inconsciência.

Procedimentos:
Fazer uma breve inspeção no acidentado, para ter uma noção
global da situação.
Tentar eliminar ou controlar a causa do choque (hemorragia,
fraturas, queimaduras, etc.).
Revisar os sinais vitais: manter as vias aéreas desobstruídas,
verificar a respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência.
Se estiver consciente e respirando bem, deitá-lo com a cabeça
mais baixa que o tronco e as pernas, exceto quando houver
suspeita de fraturas no crânio ou de acidente vascular cerebral
(AVC).
Se houver sangramento pela boca ou nariz, vômitos ou muita
salivação, colocá-lo na posição lateral de segurança.
Afrouxar as vestes do acidentado para facilitar a circulação.
Mantê-lo agasalhado e protegido.

DESMAIO

Perdâ dos sentidos É a súbita perda dos sentidos, normalmente passageira, com
interrupção das atividades normais do cérebro. Pode ser causado por
contusões, choques emocionais, excesso de esforço físico e mental,
cansaço ou fome.
Os principais sintomas do desmaio são: suores frios, palidez, pulso fraco,
respiração lenta, vista embaralhada ou nublada e perda temporária
de consciência.

103
Primeiros Socorros Vag
Procedimentos:
• Deitar a vítima de costas, em local ventilado.
• Afrouxar suas roupas.
• Elevar-lhe as pernas em nível um pouco superior à cabeça (30 a
45 cm).
• Se a vítima desmaiar novamente ou se ficar inconsciente por mais
de 2 minutos, sem causa aparente, agasalhá-la e providenciar
assistência adequada.
• Ficar atento aos sinais vitais. Desmaios longos podem levar ao
estado de choque.
• Quando a consciência voltar, procurar tranqüilizar a vítima.

CONVULSÕES

São contrações musculares involuntárias e descontroladas de vários


músculos do corpo, (popularmente chamadas de "ataques"), causadas por
alterações de funções do cérebro, que costumam durar alguns minutos.
Sintomas:
• Súbita perda de consciência e queda ao chão.
• Contrações musculares do corpo e da face, inclusive maxilares.
• Lábios roxos e salivação.
• Respiração forte e irregular.
Procedimentos:
• Afastar objetos próximos e proteger a cabeça da vítima.
• Não tentar impedir os movimentos convulsivos.
• Passada a convulsão, confortar a vítima, colocá-la na posição
lateral de segurança e deixá-la dormir.
• Verificar sinais vitais e lesões.
• Providenciar assistência médica.

É a perda de sangue devido ao rompimento de uma veia ou artéria.


O controle da hemorragia deve ser feito rapidamente, pois quando em
excesso e não controlada, pode levar à morte.

Hemorragia externa
Hemorragias externas são visíveis, pois o sangue verte para fora do corpo
através dos ferimentos e/ou orifícios naturais do corpo. Quando uma artéria
é atingida, o perigo é ainda maior: o sangue é vermelho vivo e sai em
jatos rápidos e fortes, na mesma freqüência dos batimentos cardíacos.
Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro e sai de
forma lenta e contínua.

104 Primeiros Socorros Vag


Procedimentos:
• Aplicar um curativo de gaze ou pano limpo sobre o ferimento e
pressionar.
• Não trocar o curativo. Quando preciso, colocar novas ataduras por
cima das já existentes, para aproveitar melhor a coagulação.
• Amarrar um pano, atadura, gravata ou cinto, por cima do curativo,
sem apertar muito para não prejudicar a circulação.
• Se continuar sangrando, comprimir a artéria mais próxima da
região, evitando movimentar a parte afetada. Veja os pontos de
pressão na ilustração.
• Em ferimentos pequenos, pressionar com o dedo até parar o
sangramento.
• Manter se possível, o membro ferido em posição mais elevada
que o coração.
• Deitar a vítima, se possível.

O que NÃO se deve fazer:


• Tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos.
• Aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto
no ferimento.

Hemorragia interna
Pode provocar pulmões,
Hemorragias internas ocorrem em órgãos internos, como fígado, baço,
estômago, etc., em conseqüência deferimentos ou traumatismos
estado de choque profundos, e levam rapidamente ao estado de choque.
Os sinais externos devem ser acompanhados e controlados com muita
atenção: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e
da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação
sangüínea, sede, tontura e inconsciência.

Os procedimentos corretos são:


• Deitar a vítima com a cabeça mais baixa que o corpo, exceto
quando houver suspeita de fratura de coluna, de crânio, derrame
ou acidente vascular cerebral (AVC). Nestes casos deve-se manter
a cabeça um pouco elevada.
• Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do
trauma.
• A vítima deve receber atendimento médico o mais rapidamente
possível.
• Não deixá-la tomar líquidos.
• Monitorar os sinais vitais para evitar parada cardíaca e
respiratória.

As hemorragias tendem a ser mais graves em idosos, crianças, mulheres


e pessoas debilitadas.
Hemorragia nasal
Este tipo de hemorragia é muito comum, causada pelo rompimento
dos vasos sangüíneos do nariz. Em acidentes de trânsito, a hemorragia
nasal, seguida de sangramento pelos ouvidos pode indicar traumatismo
craniano.
O que fazer:
• Sentar a vítima em local fresco e afrouxar suas roupas.
• Pedir à vítima para respirar pela boca e não a deixar assoar o nariz.
• Encaminhar o acidentado a um médico.
• Se a vítima estiver inconsciente, fazer o rolamento de 90 graus
e deixá-la na posição lateral de segurança, tomando cuidado,
principalmente com lesões na coluna cervical.

FRATURAS

As fraturas podem As
Nome dado à quebra ou ruptura de qualquer osso do corpo humano.
fraturas mais comuns são as dos ossos das pernas e braços. Deve-
ser FECHADAS ou se suspeitar de uma fratura sempre que houver dor, edema (inchaço),
ABERTAS deformação ou quando:
• A parte afetada apresentar um aspecto alterado.
• O membro estiver em posição anormal.
• A vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento.
• A vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local.

Fraturas fechadas ou cobertas


São fraturas nas quais as pontas do osso fraturado não perfuraram a
pele. Aqui, o primeiro passo consiste em impedir o deslocamento das
partes quebradas, evitando maiores danos. A esse procedimento dá-se
o nome de imobilização, a ser feita da seguinte forma:
• Movimentar a vítima o mínimo possível.
• Colocar talas para sustentar o membro atingido. Qualquer
material rígido pode servir de tala: vareta de madeira ou metal,
estaca, tábua, papelão, revista ou jornal dobrado.
• As talas deverão ultrapassar as articulações, acima e abaixo
da fratura.
• Envolver as talas em panos, para não machucar a pele da vítima.
• O braço com suspeita de fratura deve ser imobilizado
preferencialmente junto ao peito.
• Amarrar as talas, com ataduras ou tiras de pano, não muito
apertadas, em quatro pontos:
• abaixo da articulação;
• abaixo da fratura;
• acima da articulação;
• acima da fratura.

108 Primeiros Socorros Vag


No caso de fratura na perna, um bom recurso é amarrar a perna quebrada
na outra, colocando um lençol ou manta dobrada entre as duas.

Fraturas abertas ou expostas


São fraturas nas quais as pontas do osso fraturado perfuraram a pele.
T Aqui, além da fratura propriamente dita, deve-se cuidar do ferimento da
pele, evitando contaminações, infecções e hemorragias:
• Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gaze ou pano
limpo.
• Se houver hemorragia abundante (sinal indicativo de ruptura de
vasos) aplicar os procedimentos já vistos.
• Imobilizar o membro fraturado, da mesma forma que uma fratura
fechada.
• Providenciar socorro especializado para o acidentado.

ATENÇÃO: em alguns casos, a vítima pode apresentar também entorses


e luxações nas articulações com rompimento parcial ou total dos
ligamentos.

• Entorses: quando articulações são forçadas além do limite


natural, como numa torção de pé, por exemplo.
• Luxações: ocorrem nas articulações, quando os ossos saem
do lugar, e provocam muita dor, inchaço, dificuldade nos
movimentos, etc.

Importante: nas entorses, luxações e outros casos onde haja dúvida,


deve-se sempre tratar como se fosse uma fratura.

Vértebra Lesão na coluna vertebral


A coluna vertebral é formada por pequenos ossos chamados de
Medula vértebras. Dentro da coluna existe um canal onde está a medula,
por onde passam impulsos nervosos, que controlam movimentos,
funcionamento, sensações e reações de todos os membros e órgãos.

Em uma fratura de coluna, se houver lesão na medula, poderá ocorrer


Intervertebral
a perda definitiva de movimentos ou funções do corpo.

Devemos suspeitar de fratura na coluna sempre que a vítima:


• Estiver inconsciente.
• Apresentar dores nas costas ou no pescoço.
• Apresentar formigamentos e dormência nos braços e pernas.
• Não conseguir sentar, ou não mexer alguma parte do corpo.

Primeiros Socorros 107


Procedimentos:
• Não mexer, nem deixar alguém tocar na vítima, até a chegada
do socorro especializado.
• Manter a vítima agasalhada e imóvel.
• Observar a respiração, pois esse tipo de lesão pode provocar parada
respiratória, que exigirá procedimentos de respiração artificial.

Transportar pessoas com suspeita de fratura de coluna é muito arriscado.


Mesmo que o socorro demore, é preferível esperar, sem tocar na
vítima. Porém, isso varia muito de uma situação para a outra. Quem
estiver prestando o atendimento de emergência terá que tomar essa
difícil decisão.

Quando não houver nenhuma possibilidade de chegada de socorro


especializado, ou se o quadro da vítima estiver se agravando muito
rapidamente poderá tornar-se obrigatória sua remoção. Nesse caso, tomar
as seguintes precauções:
• Providenciar ou improvisar uma maca ou padiola.
• Para passar a vítima para a maca, utilizar pelo menos três pessoas:
cada uma ergue uma parte do corpo, ao mesmo tempo e com
muito cuidado, sem entortar ou torcer o corpo da vítima, sempre
cuidando da coluna cervical.
• Manter a vítima esticada e deitada de barriga para cima,
providenciando apoio para a coluna, na cintura e no pescoço.
• Se houver lesão no pescoço, improvisar um colar cervical de papelão,
envolto em uma bandagem, para imobilizar a cabeça da vítima.
• Quando não houver papelão, improvisar com uma camisa, toalha,
jornal ou outro pano.
• Para evitar movimentos da vítima, imobilizá-la na maca, passando
faixas em quatro pontos, sem apertar demais.
• 0 transporte deve ser feito evitando freadas e movimentos bruscos.
• Não transportar a vítima sentada ou encolhida.

Fratura de crânio
Fraturas no crânio nem sempre apresentam lesões visíveis, porém sua
gravidade é grande, existindo a possibilidade de lesão no cérebro. A
vítima com suspeita de fratura no crânio geralmente apresenta:
• Lesões na cabeça.
• Perda de sangue pelo nariz, boca ou ouvidos.
Tontura progressiva, com desmaios.
Dores de cabeça.
Enjoos e vômitos.
%
Alterações no tamanho das pupilas.

108 Primeiros Socorros Vag


Havendo suspeita de fratura no crânio, devemos obedecer às seguintes
recomendações:
• Manter o acidentado com a cabeça levemente erguida.
• Afrouxar suas roupas na área do pescoço.
• Apoiar sua cabeça em local macio, evitando encostar as áreas
afetadas.
• Se houver sangramento do couro cabeludo, cobrir com gaze,
sem pressionar.
• Enfaixar a cabeça, com cuidado, sem comprimir áreas moles
ou deprimidas.
• Conduzir o paciente a um hospital.
• Não dar de beber ou comer à vítima.
• Ficar atento aos sinais vitais, com cuidado especial para as vias
aéreas, devido ao risco de afogamento por vômito.
• Se for preciso transportar a vítima, dar preferência à utilização da
maca, tomando todos os cuidados necessários para imobilização.

Fratura de costelas
A vítima com suspeita de fratura nas costelas apresenta os seguintes
sintomas:

ias
• Dores intensas no tórax, ao tentar se movimentar ou respirar.
• Corpo torcido.
• Amolecimento dos tecidos na área afetada.
• Deformações e deslocamentos.
• Se as pontas das costelas tiverem perfurado os pulmões, a vítima
apresentará golfadas de sangue vermelho vivo pela boca.
Cuidados de emergência:
• Movimentar a vítima o mínimo possível.
• Se houver eliminação de sangue pela boca, manter as vias aéreas
desobstruídas.

Fratura de quadril
A vítima com suspeita de fratura de quadril apresenta dores intensas na
região, com impossibilidade de mover as pernas.

Os procedimentos são semelhantes aos de fratura da coluna vertebral:


• Deitar a vítima sobre uma superfície plana, sem movimentações
desnecessárias.
• Imobilizar a vítima, antes de movimentá-la, em uma maca ou
tábua que apóie o corpo dos pés até a cabeça, revestida com
panos macios. Amarrá-la com pelo menos duas ataduras no tórax
e duas ataduras nas pernas.

109 Primeiros Socorros Vag


QUEIMADURAS

São ferimentos presentes principalmente na pele. As causas mais comuns


são: fogo ou radiação, vapores, líquidos e sólidos quentes, produtos
químicos como ácidos ou soda, atrito ou abrasão, frio extremo.

As queimaduras podem ser classificadas em três níveis, de acordo


com a gravidade:
• Primeiro grau: vermelhidão e dor no local, sem a formação
de bolhas.
3 Grau • Segundo grau: vermelhidão, dor e formação de bolhas na
camada superficial, com posterior descamação.
• Terceiro grau: pele destruída em todas as camadas,
atingindo músculos, nervos, outros órgãos e até os ossos.

A mesma vítima poderá apresentar os três tipos de queimaduras.


Qualquer queimadura que não seja uma vermelhidão superficial,
local e de pequena extensão, exige que a vítima seja encaminhada
para tratamento médico. O risco de morte depende muito mais da
extensão das lesões do que do grau da queimadura.

Seguem algumas recomendações e procedimentos que visam a aliviar


o sofrimento da vítima, diminuir o risco de contaminações e prevenir o
estado de choque:
Lavar a área • Identificar, afastar e controlar a causa da queimadura.
afetada com • Se tiver que combater o fogo nas roupas, abafar com um cobertor
e não deixar a vítima correr. Em último caso, rolar a vítima
bastante água ou sobre si própria. Esse procedimento tem o risco de contaminar
soro fisiológico e adicionar detritos e sujeira aos ferimentos.
• Nas queimaduras por agentes químicos, aplicar jatos de
água ao mesmo tempo em que for sendo tirada a roupa.
Lavar a área afetada com bastante água ou soro fisiológico.
Procurar atendimento médico, mesmo que a lesão não seja
aparentemente grave.
• Verificar respiração, batimento cardíaco e nível de consciência,
agindo conforme cada caso para manter os sinais vitais.
• As roupas que estiverem grudadas na pele não devem ser
removidas. Essa operação deverá ser realizada pelo atendimento
especializado.
• Não passar loção, óleo, pomada, clara de ovos ou qualquer outro
produto, pois só servem para complicar o tratamento correto.
• Não estourar bolhas. Se já estiverem estouradas, evitar qualquer
contato direto com a parte lesionada.

110 Primeiros Socorros Vag


Procedimentos:
• Deitar a vítima de modo que a cabeça e o tronco fiquem em nível
mais baixo que o resto do corpo.
• Aplicar um pano limpo sobre o local da queimadura. Em seguida,
molhar este pano para manter úmida a parte afetada.
• Em caso de queimadura nos olhos, lavá-los abundantemente
com água limpa ou soro fisiológico, cobri-los com gaze ou pano
limpo e procurar imediatamente um especialista.

FERIMENTOS NOS OLHOS

Qualquer tipo de ferimento nos olhos pode ser muito grave e, por isso,
a vítima deve ser levada imediatamente a um especialista. Mesmo
em ferimentos de extrema gravidade, os olhos têm a possibilidade de
recuperação, desde que tratados a tempo. Enquanto não receber
socorro especializado:
• Não permitir que a vítima esfregue os olhos.
• Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água
abundante.
• Não tentar retirar cacos ou objetos cravados.
• Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles
esteja sadio, esse procedimento irá diminuir a movimentação
natural dos olhos.

Tórax
• Tapar ferimentos externos que possam ter atingido os pulmões,
para evitar a entrada de ar.
• Pressionar o ferimento diretamente com uma gaze ou pano limpo,
com o dedo ou com a mão.
• Prender o curativo com uma faixa ou cinto, sem apertar demais.

Abdômen
• Não retirar corpos estranhos dos cortes ou perfurações, isso
poderá iniciar ou agravar uma hemorragia.
• Cobrir o ferimento com uma compressa ou pano limpo, mantendo-a
firme no lugar.
• No caso de órgãos internos expostos, não tocar diretamente
neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa ou
pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico.

113 Primeiros Socorros Vag


ACIDENTES COM MOTOS

As motocicletas modernas são mais seguras que as antigas, pois os


fabricantes trabalham constantemente para dotá-las de dispositivos de
segurança eficientes. Entretanto, os acidentes envolvendo motocicletas
continuam sendo muito graves e muitas vezes fatais.
Algumas características deste veículo contribuem para situações inseguras:
• As motos atingem altas velocidades em curtas distâncias.
• Por serem estreitas, acabam trafegando entre as faixas de
circulação.
• O piloto e seu eventual acompanhante não estão protegidos por
uma cabine e também não contam com cintos de segurança ou
"air-bags".
• Motos possuem apenas duas rodas, portanto, quando ocorre
derrapagem ou desequilíbrio do piloto, a queda é quase inevitável.
Quanto aos pilotos, os principais fatores de insegurança são:
• A capacidade de aceleração da moto estimula o piloto a abusar
da velocidade.
• O excesso de autoconfiança de alguns motociclistas leva a uma
avaliação incorreta dos riscos. Subestimar situações de perigo
aumenta a possibilidade de envolver-se em acidentes.
• A ocorrência de cãibra muscular pode desequilibrar o piloto e
provocar quedas ou acidentes.
Acidentes envolvendo motocicletas podem ser classificados em três
tipos principais:
• Queda.
• Colisão da moto contra outro veículo ou obstáculo.
• Colisão de outro veículo contra a moto.
Em caso de queda:
• A moto e o piloto deslizarão até parar. Portanto, é importante que
o piloto tente separar-se imediatamente da moto para que ela
não venha a feri-lo.
• O piloto não deverá apoiar mãos e pés no solo, mas tentar deslizar de
costas, com o queixo encostado no peito e os braços levantados.
• O piloto deve permanecer imóvel até a chegada do resgate, pois
ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos.
Em caso de colisão da moto com outro veículo ou obstáculo:
• A dianteira da moto para subitamente e a traseira se levanta, lançando
o piloto por sobre o veículo ou obstáculo atingido. Neste caso, o piloto
deve tentar encostar o queixo no peito e cair de costas.
• Neste tipo de acidente, o corpo do piloto pode chocar-se com um
obstáculo ou com o outro veículo, ocasionando fraturas, portanto
o piloto deverá permanecer imóvel após a queda.
112 Primeiros Socorros Vag
Em caso de colisão de outro veículo contra a moto:
• 0 piloto deverá levantar a perna que corre o risco de ser atingida. Esse
procedimento é muito importante para evitar fraturas nas pernas.

COMO PRESTAR AUXÍLIO EM CASO DE ACIDENTE COM MOTOCICLISTA

0 aumento da frota de motocicletas e o surgimento da profissão de


motoboy tornaram os acidentes envolvendo motos bastante comuns. De
acordo com estatísticas do DENATRAN, aproximadamente 9 motociclistas
morrem por dia no Brasil e outros 267 ficam feridos.

Além dos procedimentos indicados anteriormente no item: "Quais as


Primeiras Providências" desta disciplina, são recomendados os seguintes
cuidados no atendimento de motociclistas acidentados:
• Não retirar imediatamente o capacete! Mas, atentar-se
para o fato dele estar dificultando a respiração da vítima. Neste
caso, verificar a possibilidade de afrouxar a faixa de fixação do
capacete.
• Se concluir que houve lesão cervical, utilizar as técnicas de
primeiros socorros para imobilizar o pescoço da vítima e só
então fazer a remoção do capacete ou outras ações de respiração
e massagem cardíaca, se for o caso.

Remoção do capacete das vítimas


Para remover o capacete sem comprometer a coluna cervical, é
necessário utilizar a seguinte técnica, que envolve a participação de
duas pessoas:
• Uma pessoa segura firmemente o capacete, apoiando as mãos nas
abas laterais e tentando, ao mesmo tempo, posicionar os dedos
indicador e médio junto à mandíbula da vítima. Este cuidado serve para
movimentar o capacete de forma controlada, sem solavancos.
• A segunda pessoa deverá então soltar a faixa de fixação do
capacete, colocar uma mão na nuca da vítima e a outra debaixo
da mandíbula, apoiando a cabeça para manter o pescoço imóvel
durante todo o processo (imobilização cervical).
• A primeira pessoa, que está segurando o capacete, começa a
retirá-lo, forçando com as mãos o alargamento lateral para liberar
as orelhas, (foto 1)
• Encostar o capacete na parte de trás da cabeça, ajuda a criar
espaço para passar o nariz.
• Depois de retirar o capacete, a pessoa deverá segurar a cabeça
da vítima, posicionando as mãos lateralmente e assumindo o
controle da estabilização cervical, liberando a segunda pessoa,
(fotos 2 e 3)
• Neste momento, deverá ser colocado o colar cervical conforme
as técnicas ensinadas nesta disciplina.
113
MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA

Repetindo: as vítimas não devem ser movimentadas, ou só o mínimo


possível. Existem situações porém, em que a movimentação torna-se
necessária. Devemos reconhecer quais são essas situações e quais as
técnicas para realizar a movimentação corretamente.

A primeira movimentação é feita geralmente no início do atendimento e


serve para afastar a vítima de perigo maior. São situações bastante
comuns, veja alguns exemplos. Quando a vítima está:
• No meio da pista, sujeita a atropelamentos e novos acidentes.
• Com o corpo total ou parcialmente submerso, sujeita a afogsmento.
• Exposta a gases venenosos, vazamento de combustíveis, risco
de incêndio, etc.
Nesses casos, será preciso remover a vítima, mesmo que por poucos
metros, para poder atendê-la em segurança. Existem três formas de
realizar a movimentação de arrastar a vítima:
• No sentido do comprimento, esticada; nunca torta ou de lado.
• Puxando-a pelos pés, sem levantá-los muito.
• Puxando-a pelos braços cruzados de forma a imobilizar a cabeça.
Além das situações de perigos iminentes, movimentar a vítima somente
se o seu estado estiver se agravando muito rapidamente ou se
houver a certeza de que o socorro especializado não chegará a
tempo. Nesse caso, a movimentação ou o transporte deverão ser feitos
com muito cuidado, a fim de não agravar lesões já existentes.

Antes de movimentar ou transportar:


• Controlar e manter os sinais vitais.
• Estancar ou controlar todas as hemorragias.
• Imobilizar todos os pontos suspeitos de fratura.

Durante a movimentação ou transporte:


• Não interromper as verificações de sinais vitais.
• Não interromper os procedimentos de respiração artificial e/ou
reanimação cardíaca que tenham sido iniciados.
• Manter a vítima na posição mais confortável e segura possível.
• Evitar movimentos bruscos.
• Usar maca: é um excelente meio de movimentação e transporte e,
portanto, deve ser usada sempre, mesmo sendo improvisada.

Veja algumas formas simples de improvisar uma maca ou padiola:


• Uma porta ou tábua larga.
• Um assento do banco traseiro de automóvel.
• Duas camisas ou um paletó abotoados em volta de duas varas
resistentes.
• Um cobertor enrolado, dando três voltas em dois tubos ou varas.

114 Primeiros Socorros Vag


Para colocar e tirar a vítima da maca, ou para efetuar movimentações
curtas, a maneira mais segura, principalmente quando há suspeita de
fratura de coluna ou bacia, é utilizar o método de 3 ou 4 pessoas,
onde cada um ergue uma parte do corpo da vítima, com movimentos
coordenados, cuidando para não permitir movimentos na cabeça e
no pescoço.

Questões - PRIMEIROS SOCORROS

01. Na ocorrência de sangramento abundante, 05. Em caso de acidente:


qual o cuidado indicado? a) é obrigação de todos sempre prestar auxílio à vítima.
a) Garrotear (usar torniquete). b) é obrigação de todos prestar auxílio desde que
b) Fazer compressão no local do sangramento. não corra risco pessoal.
c) Dar bastante líquido para a pessoa tomar. c) é obrigação de todos prestar auxílio, mesmo com
d) Jogar bastante água oxigenada para coagular e risco pessoal.
limpar o ferimento. d) a obrigação de socorrer é apenas para quem
e) Deixar o sangramento parar sozinho. causou o acidente.
e) não existe obrigação legal em socorrer.
02. Uma pessoa foi atropelada e está caída no
meio da rua. O que fazer em primeiro lugar? 06. Uma vítima de acidente pede água para beber.
a) Remover a pessoa para a calçada. O que fazer?
b) Anotar a placa ou correr atrás do carro que a a) Mantê-la em jejum.
atropelou. b) Dar bastante líquido para hidratar a vítima.
c) Tentar chamar algum parente da vítima. c) Dar um copo, no máximo.
d) Iniciar imediatamente o atendimento, no local. d) Não forçar, deixar tomar apenas o que quiser.
e) Sinalizar o local para evitar outros acidentes. e) Dar leite ou líquidos adocicados, de preferência.
03. A vítima apresenta um pedaço de vidro no 07. Uma vítima apresenta fratura exposta (o osso
olho. Que fazer, antes de remover a vítima? quebrado está para fora). O que fazer?
a) Retirar o vidro com os dedos. a) Garrotear o membro fazendo um torniquete.
b) Retirar o vidro com uma pinça. b) Empurrar aquele osso para dentro.
c) Pingar colírio anestésico/desinfetante. c) Puxar o membro para que o osso volte para seu lugar.
d) Cobrir o ferimento e fechar o outro olho. d) Observar se a vítima está respirando, imobilizar o
e) Lavar com água gelada. membro e acalmar a vítima.
e) Jogar água gelada até chegar o resgate.
04. O procedimento INCORRETO para fraturas é:
a) Movimentar a vítima o mínimo possível. 08. Uma vítima de acidente de trânsito parou de
b) Colocar talas para sustentar o membro respirar. Nesta situação, você:
atingido. a) avalia que a vítima morreu, não há mais nada a fazer.
c) Impedir o deslocamento das partes, para evitar b) avalia que a vítima ainda pode estar viva, se não
maiores danos. estiver roxa.
d) Encaixar os ossos fraturados, o mais rápido c) avalia que a vítima pode estar viva e deve ser
possível. atendida imediatamente.
e) Improvisar, podendo usar vários materiais como d) fica impedido de prestar socorro se estiver sozinho.
talas. e) aplica alguns tapas nas costas, pois a vítima pode
estar engasgada.

115 Primeiros Socorros Vag


09. Uma pessoa bateu a cabeça, perdeu a 15. O melhor local no corpo para se verificar a
consciência e depois acordou dizendo que pulsação é:
está bem. 0 que fazer? a) no pé.
a) Neste caso, não há necessidade de ir ao hospital. b) no pescoço.
b) Recomendar que fique acordada durante c) na artéria pulmonar.
24 horas. d) atrás do joelho.
c) Sempre levar a pessoa ao hospital. e) em alguma veia saliente.
d) Levar ao hospital somente se precisar de curativo.
16. A vítima que deverá receber primeiro os
e) Apenas fazer compressas com gelo.
procedimentos de primeiros socorros, é a
10. A vítima de acidente apresenta objeto cravado que estiver:
no corpo. 0 que fazer? a) gritando, com muita dor.
a) Retirar imediatamente o corpo estranho. b) sangrando muito.
b) Verificar a respiração e não tentar remover o corpo c) respirando com muita dificuldade.
estranho. d) xingando, com muitas ameaças.
c) Retirar o objeto e comprimir o local com gaze. e) com muitas fraturas.
d) Só retirar o objeto se este estiver causando dor.
e) Retirar o corpo estranho e esperar a coagulação 17. Ao observar uma pessoa tendo convulsões,
do sangue. deve-se:
a) não interferir porque isto passa espontaneamente.
11. Uma vítima de acidente de trânsito está b) abrir a boca da vítima e colocar um pano entre os
gritando, com muita dor. O que fazer? dentes para evitar que ela morda a língua.
a) Dar remédio para dor. c) pedir ajuda de outras pessoas e tentar imobilizá-la
b) Levar imediatamente para o hospital. segurando-a firmemente contra o chão.
c) Prestar os primeiros socorros e esperar a chegada d) proteger a cabeça da pessoa contra traumas e
do resgate. virá-la de lado em caso de vômitos.
d) Fazer compressas geladas no local da dor. e) abrir as vestes para melhorar a respiração,
e) Fazer compressas quentes no local da dor. sacudindo-a para tirá-la do transe.
12. Ao socorrer corretamente uma vítima de 18. A vítima não tem movimentos respiratórios e
acidente, deve-se levar em consideração em nem pulsação. Você:
primeiro lugar: a) verifica se a vítima está fria ou quente.
a) a obstrução das vias aéreas. b) chama o serviço de verificação de óbitos.
b) uma possível parada cardíaca. c) inicia imediatamente as manobras de reanimação
c) o sangramento das feridas. cardiopulmonar.
d) uma possível fratura. d) procura um telefone, chamando o resgate.
e) uma lesão cerebral. e) verifica os documentos da vítima e chama a família.
13. 0 que fazer, no local, com o acidentado que 19. O ferimento esguicha sangue no mesmo ritmo
sofreu queimaduras? da pulsação. Ocorreu o corte de:
a) Passar pasta de dente na ferida. a) uma artéria. b) uma veia.
b) Passar desinfetante na ferida. c) um nervo. d) um tendão.
c) Cobrir a ferida com um pano qualquer. e) um músculo.
d) Dar leite para a pessoa tomar.
20. O atendimento inicial que é feito no local de
e) Lavar com água limpa ou soro fisiológico.
um acidente visa:
14. Um motociclista está caído com o capacete a) socorrer a vítima evitando despesas hospitalares.
na cabeça. Deve-se: b) auxiliar a vítima e evitar conseqüências danosas
a) remover imediatamente o capacete. no atendimento e no transporte.
b) remover o capacete se ele estiver consciente. c) manter a vítima viva, sem se preocupar com as
c) remover o capacete se ele estiver inconsciente. conseqüências.
d) sinalizar o local, chamar o resgate e verificar a d) preparar a vítima para cirurgia.
respiração. e) fazer a ocorrência policial evitando-se ir à delegacia.
e) ajudá-lo a erguer-se do chão.

118 Primeiros Socorros Vag


Cidadania é o exercício, pelo cidadão, dos direitos e deveres que lhe
são outorgados pelo Estado e pela sociedade.
Cada pessoa é um ser único, diferente de todos os outros. A individualidade
é formada a partir da interação entre características herdadas e
características adquiridas do ambiente, durante a vida.
GRUPO SOCIAL ^ 0 universo pessoas com as quais o indivíduo tem contato pessoal
direto. A individualidade é o fator que motiva cada pessoa a fazer parte
de grupos com os quais tem maior afinidade.
Mesmo antigas tribos primitivas já formavam grupos de pessoas
com objetivos comuns. Um indivíduo passa a pertencera um grupo
quando decide cooperar com os objetivos comuns desse grupo.
0 ser humano é livre para escolher os grupos dos quais deseja
participar: um grupo de trabalho, a constituição de uma nova
família, um grupo de amigos, um grupo religioso, um clube
esportivo, etc.
Provavelmente, o fator sobrevivência foi o que levou o ser humano
a optar pela vida em grupo. 0 indivíduo, após perfeitamente
integrado a um grupo, vê como seus os objetivos coletivos, sem
perder sua individualidade.
A maioria das pessoas tem certa noção do seu valor como parte do grupo;
algumas têm mais dificuldade para estabelecer o necessário equilíbrio
entre necessidades coletivas e individuais.
É um universo maior, nela estão inseridos os grupos e as esferas sociais.
Ao contrário do grupo, com a sociedade temos um relacionamento indireto
e impessoal: identificamo-nos com ela por pertencermos a uma mesma
nação; temos identidade cultural, valores e princípios comuns. Isso faz
com que sejamos semelhantes, mesmo a pessoas estranhas ao nosso
relacionamento individual.
Com o passar do tempo, crescimento dos grupos, sofisticação e
modernização das relações humanas, as sociedades acabaram
organizando e padronizando normas de conduta, em função de preservar
valores sociais. O conjunto de valores preservados por uma sociedade em
benefício dos seus componentes chama-se bem comum.
Destas relações nasceram os conceitos de direitos e deveres.
Nas sociedades modernas, o homem tem direito à proteção, ao
crescimento, a ser reconhecido e a ser tratado com dignidade, justiça
e igualdade de oportunidades, sem preconceito ou discriminação.
Em compensação, em nome do bem comum, deve cumprir com
os deveres de reconhecer o direito das demais pessoas e acatar as
normas impostas pela coletividade, sem as quais a própria sociedade,
à qual pertencemos, não seria possível.

119 Cidadania e Meio Ambiente\m


O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE

Um homem não consegue produzir todas as coisas que consome. Para


consegui-las, precisa produzir bens ou serviços úteis e desejáveis para a
coletividade, que depois trocará pelo que quer ou necessita.

Muitas vezes, só nos damos conta dos benefícios que a vida


em sociedade nos proporciona quando esses nos faltam. Como
exemplo, a simples falta de energia elétrica por algumas horas é
o suficiente para gerar caos e indignação.

E se forem interrompidos os serviços de água e esgoto? O mesmo


poderia ser dito sobre uma gama enorme de outros serviços que
usamos diariamente.

Por outro lado, a vida em sociedade gera sobre o indivíduo uma série de
pressões anônimas, sobre as quais ele tem pouco ou nenhum controle.
Por isso, nem todas as pessoas conseguem sentir-se verdadeiramente
protegidas e amparadas pela sociedade. Durante os últimos séculos, a
humanidade experimentou diversos modelos, mas ainda estamos longe
da forma de sociedade ideal, com justiça e igualdade para todos.

Essa distância é facilmente percebida em noticiários, jornais e nas ruas,


onde necessidades particulares, de subsistência e sobrevivência do
indivíduo, acabam falando mais alto do que a ética coletiva.

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

Cada pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos acontecimentos do


dia a dia de maneira diferente. Isto ocorre em função de diferenças na
formação, vivência, cultura e personalidade de cada um.

Por conter todos os tipos possíveis de indivíduos, o que é muito positivo,


a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e
criatividade, fatores que contribuem para que não haja estagnação.

Basta declararmos que, sobre determinado assunto, não existe mais nada
a desenvolver, para que apareça alguém que é diferente, enxerga sob
outra ótica, vê pontos que haviam passado despercebidos anteriormente
e inova os conceitos existentes.

Diferenças individuais são nossa marca registrada e nós a carimbamos


em tudo o que fazemos: na maneira de elogiar ou criticar, no modo como
avaliamos as outras pessoas, no trabalho, nos relacionamentos com a
família, amigos, etc.

Além da personalidade, os cidadãos possuem outras características


que os diferem uns dos outros. Segundo o IBGE, 14,5% da população,
(aproximadamente 27,5 milhões de brasileiros) possui algum tipo de
deficiência, seja ela mental, visual, auditiva ou motora.

118 Cidadania e Meio Ambiente \ m


Para atender às necessidades dessas pessoas e garantir seus direitos
como cidadãos, foram implementadas no país leis como a 10.098/94
- Lei da Acessibilidade, que garante aos portadores de necessidades
especiais o acesso a espaços públicos e privados, sem restrição física
ou de comunicação.

.7
Entre os direitos assegurados por essa Lei destacam-se as rampas,
passagens especiais para pedestres, semáforos sonorizados, vagas
de estacionamento sinalizadas para cadeirantes, transporte coletivo
adaptado, espaços reservados em locais de lazer e instrução, bem como
o acesso à informação, comunicação e educação através de intérpretes
ou recursos audiovisuais com linguagem de sinais. As instituições que
Outras variações: dispõem de equipamentos, recursos e serviços especializados para surdos,
símbolo branco em fundo por exemplo, devem ser identificadas através do Símbolo Internacional
preto ou símbolo preto em
fundo branco. de Pessoas com Deficiência Auditiva, conforme modelo ao lado.

Atualmente é possível encontrar a maioria dessas adaptações em


diferentes espaços, principalmente no trânsito, onde a garantia do sucesso
nos relacionamentos interpessoais está no respeito às diferenças e na
igualdade dos direitos.

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

O relacionamento interpessoal é a mola propulsora da sociedade


moderna. A qualidade dos relacionamentos, bem como a capacidade
individual em mantê-los, são fatores determinantes de posicionamento
social e qualidade de vida.

Especialistas em relacionamento interpessoal e suas aplicações


práticas em grupos estão entre os profissionais mais procurados e bem
remunerados do mercado atual.

Sociedades com forte desenvolvimento das relações interpessoais são


mais dinâmicas, mais cooperativas, tiram melhor proveito do trabalho
em equipe e se desenvolvem melhor.

Quando os anseios coletivos se somam positivamente às características


individuais, temos o indivíduo ajustado, o verdadeiro cidadão. Quando a
individualidade é antagônica às demais pessoas e ao bem comum, temos
os conflitos. É dever de todo cidadão aprimorar, continuamente, seus
relacionamentos interpessoais.

119 Cidadania e Meio Ambiente\m


O CIDADÃO E O TRÂNSITO

Cidadão é o indivíduo consciente do seu papel na sociedade. Para que a


vida em sociedade seja possível, como vimos, foram criadas normas de
conduta, que definem nossos direitos e deveres enquanto cidadãos.
Essas normas são determinadas pelas Leis e pelos Códigos. Na Sociedade
Brasileira, a Lei máxima é a Constituição da República Federativa do
Brasil, promulgada em 1988. Além dela, temos Códigos, com leis mais
específicas, como o Código Civil Brasileiro, o Código Penal, o Código de
Trânsito, etc.
O cidadão tem o dever de obedecer às leis e códigos, em benefício do
bem comum. Esta é a melhor forma de respeitar o direito das demais
pessoas e ter os seus respeitados. As mesmas leis e códigos definem
que estamos sujeitos a punições toda vez que nosso comportamento for
nocivo para a coletividade ou para nós mesmos.
O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos,
segmentos e indivíduos de uma sociedade.
É um sistema extraordinariamente complexo, do qual todos dependemos
diariamente:
• Para nos deslocarmos, como condutores, passageiros ou pedestres.
• Para despacharmos as mercadorias que produzimos.
• Para recebermos as mercadorias e produtos que consumimos.

Código de Trânsito Nosso comportamento no trânsito é regido por um conjunto de leis,


formado pelo Código de Trânsito Brasileiro por Decretos, Resoluções
Brasileiro, Complementares e Portarias das Autoridades de Trânsito.
de 1998 Este conjunto prevê comportamentos e ações corretas para todos os
elementos do trânsito, bem como infrações, multas, penalidades e a
responsabilização civil e criminal por nossos atos no trânsito, principalmente
quando colocamos em risco a segurança e a vida, nossa e das demais
pessoas.

O atual Código de Trânsito Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro


de 1998, é muito mais rigoroso que o anterior. Violações individuais dos
direitos das demais pessoas, como o de ter um trânsito seguro, estavam
tomando proporções alarmantes, refletidas em estatísticas de acidentes
e mortes no trânsito brasileiro.

Além de ser muito mais rigoroso, o atual Código de Trânsito Brasileiro


determina, no Capítulo VI, que a Educação para o Trânsito é um direito
de todos, devendo ser promovida nos ensinos infantil, fundamental,
médio e superior. A Educação é a base para o cidadão reivindicar
seus outros direitos em relação ao trânsito, como o do Esforço Legal
(fiscalização) e o da Engenharia (vias seguras e sinalizadas). Estes três
elementos combinados e executados de forma complementar e contínua
irão contribuir certamente, como já ocorreu em outros países, para tornar
o trânsito brasileiro mais seguro, humano e funcional.

120 Cidadania e Meio Ambiente\m


A educação é fundamental visto que, infelizmente, é no trânsito que
algumas pessoas descarregam suas frustrações e problemas pessoais.
No trânsito, presenciamos diariamente:
• Desrespeito.
Provocações.
Demonstrações de superioridade.
Agressividade.
Violência.
São atos praticados principalmente por condutores, aos quais cabe a
maior parcela de responsabilidade na segurança do trânsito.
O bom cidadão, geralmente, é também um bom motorista, pois as
qualidades para ambos são as mesmas.
O bom motorista: Respeita as normas de trânsito.
Respeita o direito das outras pessoas.
Preserva o meio ambiente.
Preserva o patrimônio público.
É amigável, avisa e ajuda.
Age corretamente, com civilidade.
É cooperativo com todos os que estão no trânsito.
Cultiva a bondade, tolerância e solidariedade.
Entende que seus deveres são idênticos aos direitos alheios.
É compreensivo com os erros dos outros, pois também erra.
Abre mão de exigências próprias em favor do bem comum.
Evita confrontos e comportamentos agressivos.
Compreende as limitações alheias.
0 primeiro passo, para ser um bom motorista e um bom cidadão, é fazer
uma autocrítica honesta do próprio comportamento ao volante, do grau de
agressividade e dos maus hábitos. Depois disso, é possível adotar um padrão
de comportamento civilizado e aceitar as deficiências das outras pessoas.

A prática de boas atitudes entre os usuários do trânsito tem o poder


de promover o respeito mútuo e a cidadania. É essencial saber agir
corretamente frente às diversas situações do dia a dia, reconhecendo
e alterando os maus hábitos e posturas negativas. Para tanto, alguns
valores devem ser considerados:
• Respeito: princípio básico de qualquer relacionamento.
• Flexibilidade: saber lidar com interesses distintos.
• Bom senso: encontrar a melhor maneira de interpretar e resolver
um problema ou situação.
• Humildade: saber reconhecer os próprios erros.
• Paciência: não tomar decisões precipitadas.
• Equilíbrio: saber controlar o próprio temperamento.

123 Cidadania e Meio Ambiente\m


• Empatia: saber colocar-se no lugar do outro.
• Receptividade: manter a mente aberta e demonstrar boa
vontade.
• Igualdade: tratar bem a todos, sem distinção.
• Educação: cultivar boas maneiras, sempre.
• Persistência: utilizar estes valores diariamente, sem desistir.

Precisamos estar conscientes também, de que alguns conflitos no trânsito


são inevitáveis, pois cada pessoa utiliza o trânsito de forma diferente, de
acordo com suas necessidades e objetivos. Além disso, muitas vezes
mudamos de atitude e comportamento, dependendo dos diferentes
papéis que desempenhamos no trânsito, como pedestres, condutores
ou passageiros.
Para evitar, ou pelo menos amenizar, as situações de conflito no trânsito
é importante que o condutor utilize algumas estratégias:
• Usar mensagens simples e diretas: sem dar margem para má
interpretação.
• Ver sempre o lado positivo das coisas: para compreender o
motivo de algumas atitudes incorretas dos outros motoristas.
• Agir sempre com bom senso: pensar muito bem antes de
agir.
• Saber distinguir os momentos oportunos: para agir com
consciência e precisão.
• Não participar de brigas ou discussões: se for inevitável, tentar
acalmar os ânimos e voltar o quanto antes ao diálogo.
• Usar o veículo para a finalidade correta: nada de utilizá-lo
para intimidar, provocar ou demonstrar posição social.
• Comunicação frente a frente: cuidar com a entonação de voz
e as expressões, pois elas podem passar uma imagem diferente
da que realmente se pretende.

Afinal, quem convive muitas horas no trânsito precisa empenhar-se em


proporcionar um ambiente de qualidade e, mais do que exigir dos outros,
deve comprometer-se a fazer a sua parte. Isso depende de uma ação
pessoal consciente e determinada.

Para um melhor convívio no trânsito precisamos fazer uma sincera


autoavaliação de atitudes frente às mais diversas situações e, em
seguida, corrigir o que estiver incorreto. Apesar da tendência para
culpar os outros, é provável que os verdadeiros motivos estejam em
nós mesmos.

124 Cidadania e Meio Ambiente \m


MEIO AMBIENTE-Atualizado com a Res. 285/08

PLANETA TERRÍ 0 planeta Terra tem 4'6 bi|hões de anos-


Fazendo a conversão das escalas de tempo, vamos comparar a idade da
Terra com a de uma pessoa com 46 anos de idade:
• Até os 7 anos de idade, nada se sabe da vida dessa pessoa "Terra".
• Até os 42 anos de idade, sabe-se muito pouco.
• Os dinossauros e os grandes répteis só apareceram quando a
Terra já tinha 45 anos completos.
• Os mamíferos entraram em cena nos últimos oito meses.
• Exatamente na metade da última semana, alguns macacos
parecidos com o homem evoluíram para a situação de um homem
parecido com macacos.
• Três dias antes de completar 46 anos, a Terra sofreu a última
era glacial em todo o planeta.
• O homem moderno surgiu nas últimas quatro horas.
• Há apenas uma hora o homem descobriu a agricultura e se fixou
a terra como sedentário.
• A revolução industrial ocorreu no último minuto.
• Nos 60 segundos seguintes, o homem conseguiu transformar
um paraíso num lixo.
• Multiplicou-se como uma praga em todas as regiões, causando
a extinção de mais de 500 espécies de animais, devastando o
planeta, à procura de combustíveis fósseis e riquezas minerais.
• Não medindo as conseqüências, como a criança que só enxerga
a si própria, já inviabilizou muitas formas de vida. Agora está
afetando todo o conjunto e prejudicando a si próprio.
• Há apenas alguns poucos segundos, parte da humanidade
começou a perceber que o problema mais sério a ser resolvido
é restabelecer a harmonia com a natureza.

MEIO AMBIENTE

ReClirSOS naturais 0 meio ambiente é tudo o que está a nossa volta, tudo o que vemos,
ouvimos, sentimos tudo o que compõe o planeta Terra:
A atmosfera.
A água dos rios, mares, lagos, chuva.
0 solo e o subsolo.
As montanhas, vales, campos, florestas.
As cidades, edifícios, pontes, estradas, objetos.
Os micro-organismos.
Todos os vegetais.
Todos os animais, incluindo o homem.

123 Cidadania e Meio Ambiente\m


Qual será de todos esses elementos, o mais importante, o mais precioso?
Sem dúvida, é a vida, que está presente na maioria dos itens citados.
Ávida Toda e qualquer manifestação de vida é um pequeno milagre. Desde
uma planta, que sabe como preservar a sua espécie, colocando todas as
características de uma nova planta dentro de uma pequena semente, até um
passarinho, que defende seus filhotes com a própria vida, se for preciso.
Cientistas e pesquisadores fazem um enorme esforço, tanto para preservar
todas as espécies de seres vivos como para salvar as que estão ameaçadas
de extinção.
Para que todo esse esforço?
Acontece que cada espécie possui características especiais e únicas,
que não poderão ser recriadas, se desaparecerem, também, porque a
biodiversidade, a imensa variedade de formas de vida, é o maior patrimônio
da Terra, quase todo ainda por ser estudado.
Os cientistas são unânimes em afirmar que a preservação do homem
depende da preservação de todos os demais seres vivos.

ECOLOGIA

Ciência que A ecologia, ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o
ambiente em que vivem, é extremamente interessante: assuntos
estuda as ecológicos são encontrados diariamente em jornais e revistas. Teremos
relações entre aqui uma visão parcial sobre esse tema, que é inesgotável. Devemos nos
manter informados e atualizados sobre esses assuntos.
os elementos do
meio ambiente O que define um ecossistema é o equilíbrio, uma harmonia relacionai entre
os diversos grupos de seres vivos que dele fazem parte, bem como entre
eles e o meio ambiente: o chamado equilíbrio ecológico, que é bastante
delicado, pois pequenas alterações podem provocar grandes efeitos.

Recentemente o homem descobriu que a Terra é um grande ecossistema,


e que alterações ambientais produzidas em um local, podem afetar todo
o Planeta. Nós, seres humanos, estamos constantemente alterando o
nosso meio ambiente. Em nome do progresso, consumimos recursos
naturais como madeira, ar, água, minerais, etc., imaginando que, por
serem muito abundantes, jamais acabarão.

Muitas espécies de animais e plantas deixaram de existir devido a essas


alterações. Seres humanos também estão adoecendo e morrendo
em conseqüência da poluição causada pelo homem. De modo geral, o
comportamento humano não é lógico. Vejamos:

Agrotóxicos Aplicamos agrotóxicos nas plantações, mesmo sabendo que são nocivos
ao meio ambiente, contaminam a água dos rios e do subsolo e causam
desequilíbrio biológico ao eliminar outras formas de vida além das pragas.
Depois, tratamos a água quimicamente para podermos consumí-la.

124 Cidadania e Meio Ambiente\m


Parte dos pesticidas utilizados se incorporam aos produtos agrícolas que
consumimos, sem que saibamos ao certo o que estamos comendo.

Algumas doenças antigamente raras, como diabetes ou câncer, estão se


tornando verdadeiras epidemias.

Diariamente poluímos o ar que ainda vamos respirar, comprometendo a


Lixo nossa própria qualidade de vida. Jogamos lixo e esgotos nos rios, e depois
captamos a água dos rios para nosso consumo; finalmente, aplicamos uma
porção de aditivos químicos para recuperar e purificar essa mesma água.

Algumas coisas podem ser feitas para preservar o ambiente e melhorar


a qualidade de vida:
• Respeitar e preservar todas as formas de vida, pois o equilíbrio
ecológico também depende delas.
• Usar racional e responsavelmente os recursos naturais, como
plantas, água e ar. Não destruir, não sujar e não desperdiçar.
• Dar o destino correto ao lixo. Separar o lixo que pode ser
reciclado (vidros, latas, papéis e plásticos) do lixo orgânico.
• Usar o veículo conscientemente, mantendo-o em ordem para que
não agrida desnecessariamente o meio ambiente.
• Adotar práticas ecologicamente corretas, como dar preferência
ao uso do transporte coletivo.
• Denunciar agressões à natureza aos poderes constituídos.

AGUA

Planeta Agua Ultimamente os jornais têm publicado os seguintes dados sobre a água,
fornecidos pela ONU:
• A Terra é chamada de Planeta Água porque 75% da superfície
terrestre é coberta por água. De toda esta água, 97% é salgada
e 2% está congelada nos polos e geleiras. Apenas 1% é de água
doce na forma líquida, e quase toda ela já foi atingida por algum
tipo de poluição.
• Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo sofrem com a falta de
água limpa.
• Algumas agressões ao meio ambiente são bem visíveis, como
as queimadas de florestas, por exemplo. Outras são menos
evidentes, como o desperdício de água.
• O homem moderno, em geral, consome muito mais água que o
necessário. Você sabia que, num simples banho de chuveiro,
perto de 200 litros de água tratada vão para o ralo?
• Cada indivíduo joga fora, por mês, uma quantidade de papéis
equivalente a diversas árvores.
• A poluição é causada pelo homem em nome do progresso, como
sub-produto de ciclos de evolução econômica e industrial.
• A maioria dos produtos recicláveis (90%) tem destino inadequado.

125 Cidadania e Meio Ambiente\m


Preservar O que devemos entender definitivamente é que "fazemos parte" do meio
ambiente e aquilo que o prejudica acabará nos afetando negativamente.
melhora a
Algumas pessoas já se conscientizaram da importância de preservar, de
qualidade viver sem agredir a natureza. Muitos grupos e organizações trabalham
devida para evitar e combater essas agressões ao meio ambiente.
A mais famosa e radical delas é o Greenpeace, com associados no
mundo todo, que investiga e combate agressões de pessoas e empresas
ao meio ambiente, e pressiona os governos para que adotem políticas
preservacionistas mais duradouras e eficazes.
A responsabilidade de preservar o meio ambiente é de todos. Já não é
mais admissível que uma pessoa, por irresponsabilidade ou ignorância,
agrida o meio ambiente.

POLUIÇÃO

Agressão " A s a ê r e s s ões ao meio ambiente são feitas de duas formas principais:
Meio Ambiente * Alterando o equilíbrio natural, por modificações ou eliminação
de elementos naturais. Como exemplo, temos as queimadas,
os desmatamentos, a caça ou pesca predatórias e o uso
indiscriminado de recursos naturais como ar, água, madeira,
minérios, etc.
• Introduzindo no meio ambiente substâncias nocivas, tóxicas
ou prejudiciais, em quantidades não facilmente absorvíveis,
chamadas de poluentes. Como exemplos dessa modalidade,
temos esgotos a céu aberto, lixo, fumaça, gases tóxicos,
elementos radiativos, defensivos agrícolas, etc.
A poluição ambiental agride primeiramente o ar, a água e o solo,
contaminando posteriormente todas as formas de vida. As substâncias
poluentes e seus derivados afetam os organismos vivos. Esses efeitos
convergem para o ser humano, que está no topo da cadeia alimentar.

POLUIÇÃO DO AR

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entende-se por poluição


atmosférica o teor excessivo de substâncias estranhas à composição natural
da atmosfera, nela misturado ou suspenso, que pode prejudicar o bem-estar,
a saúde e os bens. O ar não poluído é composto basicamente por:
• Nitrogênio (N2): 78 %.
• Oxigênio (02): 21 %.
• Gás Carbônico (C02) e outros gases: cerca de 1%.
O ar poluído dos grandes centros urbanos contém muitas outras substâncias,
produzidas por atividades industriais e veículos automotores, entre outros,
que lançam na atmosfera diariamente quantidades astronômicas de gases,
poeira e fumaça.

126 Cidadania e Meio Ambiente \ m


Muitos desses produtos são tóxicos, altamente agressivos ao meio
ambiente e à saúde. Parte deles se precipita com a umidade ou com
as chuvas, alterando quimicamente as plantas, o solo, rios e depósitos
naturais de água (aqüíferos).

As plantas têm papel relevante no equilíbrio químico do ar. Por um


processo chamado fotossíntese, elas retiram gás carbônico do ar,
devolvendo oxigênio. Algumas plantas conseguem efetuar um tipo de
filtragem do ar, retirando poluentes.
Por isso, é importante que sejam preservadas as matas antigas e criadas
novas matas, florestas e áreas verdes. A legislação de proteção ambiental
está cada vez mais rigorosa o que é bom, pois empresas e pessoas insistem
em degradar o meio ambiente, para tirar vantagens individuais.

LEGISLAÇÃO O IBAMA, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis, é responsável pelas normas e padrões relativos à preservação
do meio ambiente. O CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente, é
o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA) que determina, entre outros, os limites de emissão de gases,
fumaça e ruído de veículos automotores. Esses limites são publicados em
resoluções e servem de parâmetros para os fabricantes, bem como para a
fiscalização da frota já existente. Em 1986, o CONAMA criou o PROCONVE
(Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que
impõe limites máximos para emissão de poluentes veiculares.

Crimes Ambientais: De acordo com a Lei n.° 9.605, de Crimes Ambientais, de 12 de fevereiro
Lei n.° 9.605, dede 1998, toda pessoa física ou jurídica que praticar atos lesivos ao meio
ambiente será punida civil, administrativa e criminalmente, além de ter a
12/02/1998 obrigação de recuperar os danos causados.

O progresso trouxe os veículos e hoje dependemos deles para quase tudo.


Veículos são uma exigência de consumo e progresso do nosso século.
Nenhum outro produto fabricado pelo homem tem aceitação globalizada
comparável à do automóvel.

A quantidade de veículos em circulação aumenta a cada dia. Só no


Brasil, são fabricados mais de 2 milhões de veículos por ano, entre
automóveis, caminhões, motocicletas e tratores, portanto, mais de 6 mil
veículos novos por dia.

Não estão incluídos neste montante, barcos, navios, locomotivas, aviões


e todos os outros tipos de veículos automotores, que não integram o
trânsito rodoviário.
A grande concentração de veículos, em centros urbanos, está fazendo
com que a poluição atinja níveis muito acima dos toleráveis.

127 Cidadania e Meio Ambiente\m


Veículos Os atuais veículos, equipados com motores a combustão interna, são
agentes poluidores do meio ambiente pelos seguintes motivos:
são agentes • Consomem grande quantidade de combustíveis fósseis, derivados de
poluidores petróleo, de onde obtém a energia necessária ao funcionamento.
• Consomem oxigênio em grande proporção, indispensável para
que haja combustão.
• Emitem gases nocivos ao meio ambiente, resultantes da queima.
• Emitem partículas sólidas, como poeira e fumaça.
• Produzem ruídos.
• As partes usadas, como pneus, freios, óleo lubrificante, filtros,
peças metálicas e plásticas, e o próprio veículo no final de sua
vida útil, criam problemas sérios para o meio ambiente.
• Acidentes, envolvendo veículos que transportam produtos tóxicos
ou perigosos, lançam produtos nocivos ao meio ambiente.
• O óleo lubrificante usado (óleo queimado) é muito poluente.
Trocas caseiras improvisadas devem ser evitadas, para que ele não
contamine o meio ambiente. Nos postos de gasolina e nas oficinas
autorizadas, o óleo usado é destinado a usinas de reciclagem.

O TRANSITO NAS GRANDES CIDADES

O crescente número de veículos está trazendo muitos problemas para as


cidades. Os congestionamentos estão cada vez mais freqüentes, além do
aumento no número acidentes, da dificuldade para estacionar, etc.

Buscando solucionar estes problemas, a cidade de São Paulo adotou,


há alguns anos, o sistema de rodízio, que determina quais veículos não
podem circular em determinados dias. No início, apesar de restringir a
liberdade das pessoas, esse sistema deu bons resultados. Atualmente,
os benefícios estão menos visíveis e o problema continua se agravando,
porque muitas pessoas adquiriram mais de um veículo para poder trafegar
todos os dias da semana.

Portanto, a melhor solução, adotada por outras metrópoles, ainda é


investir prioritariamente em transporte coletivo, ampliando e modernizando
serviços de ônibus e metrôs, devido à sua grande capacidade de lotação.
Está comprovado: nas cidades onde o transporte coletivo é de boa
qualidade, muitas pessoas deixam seus veículos em casa e vão trabalhar
diariamente de ônibus. Assim, há uma redução na poluição atmosférica
e sonora, nos congestionamentos e, consequentemente, no tempo de
locomoção.

As pessoas que consideram o transporte público de suas cidades


ineficiente e de baixa qualidade devem exigir melhores condições.
Além de reclamar junto à Prefeitura, é preciso exercer o papel de cidadão
consciente, exigindo dos políticos (vereadores e até do prefeito), que
cumpram suas promessas de campanha, que na maioria das vezes
contempla este tipo de serviço.

128 Cidadania e Meio Ambiente \ m


PRINCIPAIS GASES EMITIDOS

ca • Gás carbônico, ou dióxido de carbono - C02: produzido pela


queima de qualquer produto orgânico e também no processo de
respiração de animais e vegetais.

Apesar de não ser tóxico, o excesso de C02 na atmosfera é responsável


pelo efeito estufa, fenômeno que está aumentando a temperatura média
da Terra e provocando alterações indesejáveis no clima.

CO • Monóxido de carbono - CO: gás letal que mata por asfixia


química, impedindo o oxigênio de chegar às células. Ainda pior:
não tem cor, nem cheiro.

Por isso, nunca devemos deixar motores funcionando em locais de baixa


ventilação. 0 catalisador, um equipamento obrigatório na fabricação de
novos automóveis, tem a função de recombinar os gases para requeima,
reduzindo a emissão de monóxido de carbono.

Aldeídos • Aldeídos: veículos movidos a álcool eliminam, além de gás


carbônico e monóxido de carbono, outra classe de gases, os
aldeídos, que causam irritação do aparelho respiratório e
provocam ou agravam tosses, bronquite, asma e outras mazelas
do aparelho respiratório.

Veículos movidos a óleo diesel emitem gás carbônico, monóxido de


carbono, sólidos em suspensão (fumaça) e a diasina, uma substância
tóxica que irrita as mucosas, com efeitos prejudiciais para a saúde.

Dióxidos de • Dióxido de enxofre - S02: esse gás combinado com a água na


atmosfera, forma ácido sulfúrico, altamente tóxico e corrosivo,
enxofre que se precipita ao solo nas chamadas chuvas ácidas.
/

• Óxidos de nitrogênio - N02 e N03: tóxicos e corrosivos.


Oxidos de nitrogênio
• CFC: veículos antigos, equipados com ar-condicionado, utilizam
CFÇ/HFC um gás, conhecido por CFC - Cloro-Flúor-Carbono, que ao
escapar para o meio ambiente, causa uma reação em cadeia,
destruindo parte da camada de ozônio. Atualmente esse gás vem
sendo substituído pelo HFC - Hidro-Flúor-Carbono, que não
danifica a camada de ozônio.

A camada de ozônio, como sabemos, é a responsável pela filtragem dos


raios ultravioleta, que são nocivos à saúde; sua destruição parcial está
diretamente ligada ao aumento dos índices de câncer de pele.

As indústrias estão substituindo o CFC por gases ecológicos. Isso já está


acontecendo em todos os veículos novos equipados com ar-condicionado.
Porém, em carros mais antigos, o problema de vazamento de gás é comum
e muito prejudicial ao meio ambiente.

129 Cidadania e Meio Ambiente\m


Alternativas de combustíveis menos poluentes:
• Álcool - polui menos e é mais barato que a gasolina, que por
sua vez, polui menos que o diesel.
• Biodiesel - combustível desenvolvido para os motores a diesel.
Quanto maior for a quantidade de biodiesel misturada ao diesel,
menor será a emissão de poluentes contidos no petróleo, como
o enxofre.
• Gás Natural Veicular (GNV) - é menos poluente que o álcool,
gasolina e o diesel. É possível instalar conversores em praticamente
qualquer veículo a álcool ou gasolina. Ainda existe pouca oferta,
mas a sua utilização está aumentando, principalmente em frotas
como táxis, devido à grande economia que proporciona.
• Hidrogênio e elétrico - motores movidos a hidrogênio e a
eletricidade praticamente não causam poluição. Apesar dessas
tecnologias já estarem desenvolvidas, ainda são muito caras e
de difícil popularização.
Biocombustíveis: álcool e biodiesel são combustíveis renováveis, com
balanço de carbono próximo de zero. Isso significa que a quantidade
de carbono emitida na queima desses combustíveis é equivalente à
retirada da atmosfera durante o cultivo das espécies vegetais - cana, soja,
mamona, etc. - utilizadas na produção destes combustíveis. O Brasil é
líder mundial na tecnologia e produção de biocombustíveis.

EMISSÃO DE PARTÍCULAS
Veículos mal regulados, principalmente os movidos a diesel, emitem
muita fumaça, que é constituída por partículas sólidas em suspensão.
Isso ocorre, entre outros motivos, quando a proporção de combustível e
ar não está correta.
As normas de proteção ambiental estão cada vez mais exigentes. Por
isso, os fabricantes estão produzindo motores cada vez mais eficientes
e menos poluentes, utilizando equipamentos especiais que antigamente
não existiam, como injetores eletrônicos e catalisadores. Motores a
diesel do tipo CDI (Sistema de Injeção Direta e Eletrônica de Combustível)
emitem pouca fumaça de combustão.

EMISSÃO SONORA

Rllídf Som indesejável ou alto demais é classificado como ruído.


A legislação ambiental prevê punições para condutores de veículos que
estiverem emitindo som ou ruído acima dos limites previstos. Isso se refere
ao barulho do motor, do escapamento e dos equipamentos de som.
Sons indesejáveis emitidos por veículos também são responsáveis por
redução na qualidade de vida nas cidades.

130 Cidadania e Meio Ambiente


A exposição constante ao barulho do trânsito provoca perturbações à
saúde, como dores de cabeça, mal estar, indisposições, fadiga, irritação,
alterações de comportamento, neuroses, problemas auditivos, estresse
e muitas outras, dependendo do nível de ruído a que as pessoas são
submetidas e por quanto tempo.

Este é um bom motivo para se promover e conservar a arborização das


cidades: plantas absorvem quantidades consideráveis de ruído.

CUIDADOS COM O MOTOR DO VEÍCULO

Proprietários e condutores devem manter seus veículos em níveis mínimos


de emissão de gases, fumaça e ruídos. Vamos relembrar quais itens devem
ser verificados para não prejudicar o meio ambiente:
• Carburador ou sistema de injeção.
• Bobina, ignição eletrônica, distribuidor e velas.
CEGVUG&U
• Filtro de ar.
ffiCtltos
• Escapamento.
Esses itens, se em mau estado ou mal regulados, provocam queima
imperfeita de combustível, reduzindo a potência do veículo, aumentando
o consumo e a emissão de poluentes.

LIXO E OUTROS POLUENTES

No trânsito, alguns indivíduos jogam nas vias papéis, embalagens, restos


de alimentos, cigarros, latas, etc. Será que atitudes como essas afetam
o meio ambiente? Claro que sim!
Ameaça à saúde • Ameaça à saúde: o lixo orgânico alimenta bactérias e fungos,
promovendo sua proliferação e disseminação. Além disso, lixo
abriga mosquitos, ratos e baratas, entre outros transmissores de
doenças.
Agressão • Agressão ambiental: papéis, plásticos e demais detritos, ao
ambiental serem lançados ao meio ambiente, percorrem uma trajetória
destrutiva. Carregados pela chuva eles se acumulam, obstruindo
ralos e bueiros, provocando alagamentos. Depois irão para
riachos, rios e lagos ou para o mar, onde continuarão a poluir e
agredir o meio ambiente.
Fator estético • Fator estético: o lixo, quando exposto, causa impressão
negativa nas pessoas. Cidades sujas são deprimentes. A busca
pela melhoria na qualidade de vida passa obrigatoriamente
pela higiene, pela limpeza, pelo respeito à natureza e ao meio
ambiente. Ao presetvar a beleza, a estética, a harmonia e o
equilíbrio, o homem preserva a si próprio.

131 Cidadania e Meio Ambiente\m


Objetos nas vias: lixo nas pistas pode representar perigo direto,
especialmente para pedestres e veículos mais frágeis, como
motocicletas ou bicicletas. Nunca lançar detritos à margem das
rodovias ou sobre elas. Manter saquinhos no veículo, para acumular
o lixo do condutor e dos passageiros. Em casa, retirá-los do veículo
e dar o destino apropriado, conforme o tipo de resíduo.

OS VEÍCULOS POLUIDORES

Conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro, as autoridades


de trânsito são responsáveis pela fiscalização de veículos, aplicando
penalidades cabíveis a proprietários de veículos com emissão de
poluentes ou ruído acima dos níveis previstos pela legislação.

Aparelhos de Os seguintes aparelhos são usados para medir as emissões de poluentes


e ruídos:
medição • Sensores de CO: quando acoplados ao escapamento do veículo
em funcionamento, esses aparelhos medem as concentrações
dos principais gases resultantes da combustão.
• Escala Ringelman: dispositivo que mede, por comparação, a
quantidade de fumaça que o veículo está emitindo.
• Decibelímetro: aparelho que mede, em decibéis, o nível de
ruído emitido pelo veículo, tanto pelo escapamento quanto pelos
equipamentos de som.

Principais Proprietários e condutores, cujos veículos estejam em desacordo com a


cuidados com o legislação vigente, estão sujeitos a multas e retenção do veículo.
veículo devem
Estes são os principais cuidados que o proprietário e o condutor do veículo
tomar, para evitar danos ao meio ambiente e à saúde:
_

• Manter o veículo em perfeitas condições de funcionamento.


Motores desregulados ou com manutenção deficiente consomem
mais combustível e emitem mais poluentes.
• Fazer as trocas de óleo lubrificante do motor, câmbio, diferencial, bem
como fluido de freio e de direção hidráulica, em postos especializados,
que destinam lubrificantes usados para reciclagem.

Manutenção Como vimos, produtos poluentes altamente tóxicos e agressivos são


lançados ao meio ambiente, com grande capacidade de contaminação. _
Cabe ao proprietário e ao condutor:
• Não deixar o motor do veículo funcionando desnecessariamente.
• Evitar acelerar o veículo em ponto morto.
• Fazer um planejamento das atividades da família ou da
empresa para usar o veículo de maneira racional, evitando _
deslocamentos desnecessários e poupando tempo, dinheiro e o
meio ambiente.

132 Cidadania e Meio Ambiente\m


Fazer todas as verificações de rotina em pneus e suspensão,
para diminuir o desgaste.
Ao fazer a troca, deixar os pneus usados na loja especializada,
que saberá o que fazer com eles. Pneus velhos levados para
casa tornam-se locais de criação de insetos e ratos em terrenos
baldios ou são queimados, o que é muito pior.
No final da vida útil, o melhor destino para os veículos é a sucata,
Reciclagem que vai para as siderúrgicas, onde é fundida e entra na composição
de alguns tipos de aço. Os desmanches aproveitam apenas algumas
peças e o restante da carcaça fica apodrecendo lentamente e
tornam-se refúgios de insetos transmissores de doenças.

o i . Quais fatores formam o comportamento 05. Os direitos e deveres do cidadão são deter-
humano? minados por leis e códigos, como exemplo
a) Fatores externos, que são as influências que o tem-se:
meio físico e social exerce sobre as características a) a Constituição.
particulares do homem. b) o Código Civil.
b) Fatores internos, que são os fatores psicológicos c) o Código de Trânsito.
ou da personalidade de cada um e caracterizam d) todas as alternativas acima estão corretas.
a individualidade de cada ser humano. e) nenhuma das alternativas.
Nenhum, pois o homem é um ser completo e
seu comportamento já nasce com ele. 06. O trânsito em condições seguras é um direito:
As alternativas A e B estão corretas. a) de todos.
Nenhuma das alternativas. b) dos motoristas, apenas.
c) dos pedestres, apenas.
02. Na sociedade, o trânsito contribui diariamente d) dos motoristas de transporte coletivo, apenas.
para: e) dos motoristas de transporte de carga, apenas.
a) deslocarmo-nos de um local para o outro, como
motoristas. 07. O que faz de nós, humanos, seres únicos
b) deslocarmo-nos de um ponto a outro como num mundo com tantas pessoas?
passageiros ou pedestres. a) 0 conhecimento que temos e a maneira como
c) enviarmos as mercadorias que produzimos. o utilizamos.
d) recebermos os produtos que consumimos. b) As características herdadas e as adquiridas do
e) todas as alternativas estão corretas. meio.
c) 0 nível cultural e econômico.
03. Os dois fatores primordiais para que a vida d) A educação dada em casa e na escola.
em sociedade seja possível são: e) A região onde moramos e a profissão que
a) a pátria e a família. escolhemos.
b) ordem e progresso.
08. Estacionar sobre a calçada é:
c) direitos e deveres.
d) as alternativas B e C estão corretas. a) permitido à noite, nas proximidades de bares e
e) unidos venceremos. restaurantes.
b) permitido apenas para embarque e desembarque
04. Qual das alternativas abaixo NÃO pode ser de passageiros.
considerada característica de um bom c) permitido na frente de escolas.
motorista? d) uma infração de trânsito e um desrespeito aos
a) Respeitar as normas de trânsito. direitos dos pedestres.
b) Respeitar o direito das outras pessoas. e) sempre permitido, desde que se reserve espaço
c) Agir impulsivamente. suficiente para a passagem de pedestres.
d) Evitar comportamentos agressivos.
e) Compreender as limitações alheias.
133
Cidadania e Meio Ambiente\m
Questões - MEIO AMBIENTE

01. Nas grandes cidades, as principais fontes de 07. A poluição do ar aumentou muito nas grandes
poluição do ar são: cidades devido ao grande número de veículos.
a) as queimadas. Uma ação que contribui para combatê-la é:
b) as queimas de carváo. a) equipar os veículos com catalisadores eficientes,
c) os automóveis e as indústrias. segundo as especificações dos fabricantes.
d) os incineradores. b) equipar os veículos com silenciadores eficientes.
e) os fogões a gás. c) abastecer os veículos com combustível aditivado.
d) equipar os veículos com baterias seladas.
02. A má conservação dos veículos e a regulagem e) manter os veículos limpos e com a pintura
inadequada: conservada.
a) contribuem para a poluição da água, apenas.
b) contribuem para a poluição do solo, apenas. 08. O controle de emissão de gases e de ruídos,
c) não agridem o meio ambiente. previsto no Código de Trânsito Brasileiro, é:
d) acarretam unicamente o desgaste do veículo. a) uma medida opcional.
e) contribuem para a poluição do ar e poluição b) obrigatório a todo veículo automotor.
sonora. c) uma medida não necessária.
d) necessário para veículos de fabricação nacional,
03. É função do dispositivo de controle de emissão apenas.
de gases (catalisador) no escapamento: e) necessário para caminhões e ônibus, apenas.
a) diminuir o ruído do motor. 09. A emissão de fumaça preta por veículos
b) economizar combustível. movidos a óleo diesel é um dos principais
c) aumentar a potência do motor. problemas ambientais nas áreas urbanas,
d) diminuir a emissão de gases. porque esse poluente:
e) controlar a saída de ar quente.
a) contém minúsculas partículas de fuligem
04. Os veículos que apresentam maior potencial envolvidas por óleo altamente tóxico.
de poluição do ar são aqueles: b) contém gotículas de óleo que se depositam sobre
a) que utilizam a gasolina e o diesel. a pele, causando micoses.
b) que utilizam o sistema elétrico. c) causa doenças respiratórias, por seu alto teor de
c) movidos a propulsão humana. dióxido de carbono.
d) movidos a tração animal. d) provoca ataques cardíacos, por seu elevado
e) que utilizam gás natural. conteúdo de monóxido de carbono.
e) causa irritação nos olhos e lacrimejamento,
05. As inspeções de emissão de gases melhoram levando à perda progressiva da visão.
as condições de vida dos habitantes porque: 10. Para diminuir a emissão de poluentes dos
a) contribuem para a segurança dos veículos. veículos movidos a gasolina ou diesel, deve-se:
b) diminuem o desgaste do motor. a) retirar o catalisador.
c) reduzem a emissão dos poluentes urbanos. b) retirar o silenciador.
d) diminuem a emissão de ozônio. c) usar gasolina comum.
e) reduzem o custo de manutenção dos veículos. d) manter o radiador limpo.
06. Ao dirigir veículo reprovado na inspeção de e) manter o motor bem regulado.
emissão de gases, o condutor está: 11. A poluição característica dos veículos movidos
a) sendo esperto. a óleo diesel é a forte emissão de:
b) cometendo uma infração. a) ozônio.
c) correto. b) fumaça preta.
d) cuidando do seu veículo. c) vapor d'água.
e) pensando no meio ambiente. d) gás carbônico.
e) monóxido de carbono.

134
â
Cidadania e Meio Ambiente \ m
MECÂNICA BASICA - Atualizado com a Res. 285/08

Introdução Por que é importante para um condutor ter conhecimentos básicos de


mecânica?
• Pelo Código de Trânsito Brasileiro, ele é obrigado a conservar o
veículo em perfeitas condições de uso (Art. 230 - XVIII).
• Devido a infrações e penalidades previstas para veículos em mau
estado de funcionamento e conservação.
• Como qualquer máquina, o veículo está sujeito à falhas e panes.
É sempre bom saber o que está acontecendo.
• Porque veículos bem conservados são mais econômicos,
consomem, quebram e depreciam menos.

Conhecimentos As normas contidas no Código de Trânsito Brasileiro e nas Resoluções


Complementares, como a Resolução 285/08, visam principalmente à
básicos segurança dos usuários do trânsito.
As informações contidas neste manual objetivam atender a essas
exigências, são conhecimentos básicos para o dia a dia de condutores
e usuários comuns. A TECNODATA preparou materiais especiais, em
parceria com o PORTAL DO TRÂNSITO para quem quiser se aprofundar
nestes assuntos.
Vamos apresentar aqui as noções básicas sobre o funcionamento
dos veículos, principalmente dos itens que afetam diretamente a
segurança, tais como:
• Motor - combustível, lubrificação, refrigeração e sistema elétrico.
• Transmissão - câmbio e embreagem.
• Direção, suspensão, freios, pneus.
• Equipamentos obrigatórios, com ênfase para luzes, limpador
de para-brisa e buzina.
Estes são itens que necessitam de verificação e atenção constantes por
parte do proprietário ou do condutor.
Estas noções básicas referem-se principalmente aos automóveis e motos,
embora muitos conceitos possam ser aplicados a todos os tipos de veículos.
Conhecer bem o veículo é fundamental, por isso o condutor deve:
• Ler cuidadosamente o manual do veículo, pois ele mostra todas
as particularidades e recursos específicos de cada modelo.
• Conhecer a localização e a função de todos os comandos do
veículo.
• Saber interpretar corretamente todos os indicadores do painel.
Atenção: não conhecer bem o veículo pode levar a situações de risco.
Reveja estas recomendações toda vez que for dirigir um veículo com o
qual você não estiver familiarizado.

135 Mecânica Básica\m


Antes de sair ^ 0 , 1 , 6 V 0 C 6 P r e c i s a s a b e r e praticar!
1. Faça uma breve revisão ANTES de sair.
• OS DOCUMENTOS ESTÃO OK?
• O VEÍCULO ESTÁ OK?
• EU ESTOU OK?
2. Dando a partida no motor: este é um momento muito importante.
Gire a chave até fazer contato - neste momento o Sistema Eletrônico
realiza um auto-teste:
• Observe com atenção as luzes no painel: elas se acendem por
alguns instantes. Indicadores que não se acendem precisam ser
verificados, porque podem estar queimados.
• Verifique a quantidade de combustível.
• Ajuste banco, espelhos e cinto de segurança.

ATENÇÃO - adote a seguinte dica de segurança:


• Somente dê a partida após todos os ocupantes do veículo
afivelarem seus cintos de segurança.
Tudo OK?
Dê a partida no motor:
• As luzes indicadoras do painel se apagam.
• O indicador que permanecer aceso merece especial atenção -
verifique.
• Coloque o veículo em movimento, mesmo que seja a primeira
partida do dia.
Aquecer o motor com o veículo em movimento tem muitas vantagens:
• Não acumula gases tóxicos na garagem.
• Além do motor, aquece todo sistema de transmissão.
• Não force o motor até que ele atinja a temperatura ideal de
funcionamento.

PAINEL DE INSTRUMENTOS

O painel de instrumentos é projetado de modo a informar ao condutor, as


principais condições de uso e funcionamento do veículo.
O tipo, a quantidade e a qualidade dos instrumentos do painel variam
muito de um veículo para o outro. A descrição completa do painel consta
do manual do veículo, que deve ser estudado cuidadosamente pelo
proprietário e pelo condutor. Em geral, podemos dizer que quanto mais
sofisticado o veículo, mais completo é o painel.

136
Hodômetro Total

Indicador de^sinal a esquerda Indicador de sinal a direita

\ Velocímetro
Luzes do câmbio
Tacômetro (contagiros)

Indicador
de combustível

Termômetro
Luzes de aviso

Luzes de aviso

Os instrumentos que encontramos em quase todos os painéis são:


• Velocímetro: indica a velocidade que o veículo está desenvolvendo.
• Hodômetro total: indica quantos quilômetros o veículo percorreu
desde a fabricação.
• Hodômetro parcial: indica a distância percorrida desde a última
vez em que foi zerado.
• Medidor de combustível: indica a quantidade aproximada de
combustível.
• Termômetro: indica a temperatura da água de arrefecimento do
motor, em faixas (frio, normal ou muito quente).
• Informações como: condição de carga da bateria e pressão de
óleo lubrificante, geralmente são indicadas por luzes vermelhas,
que se acendem em situações anormais.
• Outros: indicadores de luzes - luzes de direção (pisca-pisca), luzes
de posicionamento (meia-luz), luz baixa e luz alta - e acionamento
do freio de mão.
Os painéis podem ser:
• Eletromecânicos: instrumentos com luzes indicativas e
mostradores com ponteiros.
• Eletrônicos: mostradores digitais, com gráficos e números em
tela de cristal líquido.

137 Mecânica Básica\m


Exemplos de alguns ícones mais utilizados e seus significados:

CINTO DE
LUZES SISTEMA DE FREIO TRAVA DIANTEIRA
(O) SEGURANÇA

iD LUZ ALTA CIRCULAÇÃO DE AR VENTILAÇAO TRAVA TRASEIRA

ID VENTILADOR 1 C^) ENTRADA DE AR COMBUSTÍVEL

-:00'r LUZES v V VENTILADOR 3 AQUECEDOR TEMPERATURA


-fL DO MOTOR

CONTROLE DE DESEMBAÇADOR1
ILUMINAÇÃO ISQUEIRO
nTr n—i NÍVEL DO OLEO

LIMPADOR DE
LUZES DE SETA PARABRISA FLUIDO DE LIMPEZA
£3 CARGA DA
BATERIA

LUZ DE ALERTA BUZINA

MOTOR

Os motores modernos são muito complexos, equipados com muitos


itens eletrônicos e módulos computadorizados que só profissionais
especializados sabem manipular.
Mesmo assim, existem cuidados que são responsabilidade do
proprietário e do condutor do veículo, e que são fundamentais
para o bom funcionamento e a durabilidade do motor.
Para funcionar bem e durar muito tempo, é necessário que o motor
seja utilizado corretamente e que todos os itens de manutenção
sejam verificados e obedecidos.
Motor de p a r i da

CONHECIMENTOS BÁSICOS

Para melhor conhecer o veículo, vamos analisar o motor sob quatro


aspectos importantes para o condutor ou proprietário:
• Combustível.
• Lubrificante.
• Refrigeração.
• Sistema elétrico.

138 Mecânica Básica


No Brasil existem motores que funcionam com gasolina, álcool, diesel,
biodiesel, gás natural veicular e alguns outros que estão surgindo, como
motores a hidrogênio e a eletricidade. Alguns motores também podem
utilizar mais de um tipo de combustível, como os motores flex, que
funcionam com gasolina e álcool, em qualquer proporção.
Para funcionar bem, o motor precisa de combustível de boa qualidade.
Combustível de má qualidade, com água, impurezas ou adulterado, irá
prejudicar o bom funcionamento e poderá até danificar o motor.
Recomendações:
• Utilizar o combustível correto. O engano na hora de abastecer
pode danificar o motor.
• Abastecer em postos de confiança. Cuidado com combustíveis
muito baratos, eles podem estar adulterados.
• Trocar os filtros de ar e combustível dentro dos períodos
recomendados, ou sempre que for necessário.
Combustível comum ou aditivado?
Os fabricantes geralmente recomendam a utilização de combustível
comum, de boa prodecência e boa qualidade. Utilizar combustível
aditivado ou colocar aditivos extras no tanque pode representar um
custo adicional desnecessário.
Atenção
A parada no posto, para reabastecimento de combustível, é uma excelente
oportunidade para verificar alguns itens do veículo, tais como: nível do
óleo do motor, nível da água do reservatório de arrefecimento, nível do
fluido de freio, nível da água do reservatório do limpador do para-brisa,
pressão dos pneus e limpeza dos faróis, vidros e espelhos. Verifique
também se não há nenhuma lâmpada queimada. É importante sair do
veículo e acompanhar pessoalmente essas verificações.
Sinais de mau funcionamento do motor, devido a problemas de combustível,
que devem ser corrigidos por assistência especializada:
• Aumento injustificado de consumo.
• Perda de potência do motor.
• Motor apagando ou funcionando de maneira irregular.
• Cheiro forte de combustível.
É melhor para o motor manter o tanque sempre cheio. Verdadeiro
ou Falso?
Verdadeiro: quando o tanque de combustível está vazio, na verdade está
cheio de ar. A umidade contida no ar condensa-se formando água. Por
isso, andar com combustível "sempre na reserva" provoca o acúmulo de
água dentro do tanque, o que diminui muito a qualidade do combustível,
afeta o desempenho do motor e pode danificar o sistema de injeção e a
bomba de combustível.

139
O lubrificante cria uma película protetora com a finalidade principal de reduzir
o atrito e o desgaste entre as peças móveis do motor. Se faltar óleo ou se
ele estiver em más condições, o motor poderá danificar-se rapidamente.
Recomendações:
Eisjo, • Cada tipo de motor exige um tipo de lubrificante diferente. Utilizar
os tipos de lubrificantes recomendados.
• Fazer as trocas dentro da quilometragem prevista pelo fabricante.
Em condições severas, a troca deve ser antecipada.
• Observar periodicamente o nível do óleo completando, se
necessário, com óleo da mesma marca e tipo.
• Substituir o filtro de óleo a cada duas trocas.
Sinais de possíveis problemas com a lubrificaçáo do motor, que exigem
assistência técnica:
Virabrequim
• Necessidade de completar o nível do óleo com freqüência.
• Escapamento emitindo fumaça azulada ou preta significa que o
motor está queimando lubrificante junto com o combustível, o
que faz baixar o nível muito mais depressa, além de ser muito
prejudicial ao meio ambiente.
• Ruído do motor diferente do normal.
• Vazamentos visíveis no motor, manchas de óleo no piso da garagem.
• Presença de óleo no reservatório de água ou vice-versa.

REFRIGERAÇÃO
0 funcionamento do motor gera calor, que precisa ser dissipado para que
não haja superaquecimento.
As recomendações são para motores refrigerados a água, que equipam a
grande maioria dos motores de caminhões, ônibus e automóveis.
Quando o sistema de refrigeração falha, a temperatura do motor sobe
rapidamente. Se o motor não for desligado, sofrerá severos danos.
Causas mais freqüentes de superaquecimento de motores:
Tampa do reservatório solta.
Rompimento de mangueiras.
Falta de água no reservatório.
Perda do efeito do aditivo especial para radiadores.
Pane elétrica na ventoinha.
Pane no termostato.
Sujeira e objetos como papel ou sacolas plásticas obstruindo o
radiador.

140 Mecânica Básica \ m


Bloco do motor Recomendações:
• Ficar atento aos indicadores de temperatura no painel.
• Sempre que parar para abastecer, verificar o nível da água do
sistema de arrefecimento.
• CUIDADO: não se deve abrir a tampa do reservatório com o motor
quente, o vapor poderá provocar queimaduras graves.
• A água deverá conter o aditivo para radiadores, recomendado
pelo fabricante do veículo.
^IS /|s /|s /j^ /|v. Em caso de superaquecimento ou se o motor ferver:
• Não continuar rodando sem resolver a causa.
(i • ) - Ventoinha
• O melhor é desligar o motor e chamar assistência especializada.
• Para recolocar água, é preciso esperar o motor esfriar. Além do
perigo de queimaduras, a água fria danifica o motor superaquecido.

SISTEMA ELETRICO

O sistema elétrico do veículo, além de ser responsável pelo funcionamento


das luzes, pisca, limpador de para-brisa e outros aparelhos elétricos,
também é responsável pelo acionamento do motor de partida, pelo
funcionamento do motor e pela reposição da carga da bateria.
Recomendações:
Equipamento • É na revisão periódica que se verifica os principais itens do
sistema elétrico.
• Deixar ligados por muito tempo luzes, aparelho de som e outros
equipamentos elétricos, com o motor parado, poderá consumir
toda a carga da bateria.
• Ao acionar o motor de partida, a bateria é exigida ao máximo, por
isso, dê a partida sempre com luzes e equipamentos elétricos
desligados.
• Instalação de alarmes e acessórios não recomendados pelo
fabricante do veículo, pode danificar ou bloquear o sistema elétrico.
Verifique também se não prejudica a garantia do veículo.
• Identificar a localização da caixa de fusíveis e aprender a substituir
fusíveis danificados. Isto pode ser muito útil em emergências.
• Baterias não seladas podem exigir complementação do líquido
interno. Verifique o nível periodicamente e complete com a
solução recomendada, se necessário.
• Substituir imediatamente lâmpadas queimadas, pois são itens
de segurança.
• Limpador de para-brisa é item de segurança: manter o reservatório
de água sempre cheio, verificar as palhetas periodicamente e
substituir se estiverem ressecadas.

141 Mecânica Básica\m


O Sistema de Transmissão tem esse nome porque é ele que transmite o
movimento do motor para as rodas. De todos os componentes desse sistema,
o condutor somente tem acesso à alavanca do câmbio e à embreagem.
0 condutor aciona a alavanca do câmbio para selecionar a marcha
compatível com a velocidade ou a força que o veículo está desenvolvendo
em um determinado momento.
O câmbio pode ser:
• Manual - o mais comum, no qual o condutor aciona a embreagem
e troca de marchas.
• Semi-automático - não tem pedal de embreagem, mas o
condutor troca de marchas manualmente.
• Automático - o condutor aciona o câmbio, mas as trocas
de marchas são feitas automaticamente e não há pedal da
embreagem.
As principais características que servem para alertar de que o veículo deve
ser mandado para a assistência especializada, são (câmbio manual):
• Trepidação do pedal da embreagem na hora de arrancar.
• Ponto de acionamento do pedal muito baixo ou muito alto.
• Dificuldade para trocar de marchas sem "arranhar".
• Pedal da embreagem mais pesado do que o normal, exigindo
mais força para acionar.

Recomendações (câmbio manual):


• Não dirigir com o pé apoiado na embreagem.
• O nível do óleo do câmbio deve ser verificado durante as revisões.
• Alguns componentes da embreagem sofrem desgaste natural
pelo uso e precisam ser trocados periodicamente.

DIREÇÃO

A direção e seus componentes permitem ao condutor dirigir o veículo,


mudando a sua trajetória. A parte visível da direção nos automóveis é o
volante. Os movimentos que o condutor faz no volante são transmitidos
às rodas dianteiras. A direção é um importante item de segurança.
Em veículos equipados com direção hidráulica é mais fácil virar o volante,
principalmente em manobras com o veículo parado. A direção hidráulica
só funciona quando o motor do veículo está em funcionamento. Cuidado:
se o motor apagar, ficará muito mais difícil controlar a direção.

142 Mecânica Básica \ <


_r
Principais indicadores de que a direção precisa ser revisada:
Varão • O volante "puxa" para um dos lados e fica difícil manter o
veículo andando em linha reta.
• Os pneus dianteiros apresentam desgaste irregular.
• O volante trepida ou apresenta folga excessiva.
• Ao manobrar, acionando o volante, a direção emite ruídos
estranhos.
Recomendações:
• Fazer alinhamento, geometria e balanceamento nos
automóveis, sempre que substituir ou consertar pneus;
quando bater com a roda em um buraco ou meio fio; ou
ainda, quando apresentar algum comportamento anormal.
• Trafegar com os pneus sempre bem calibrados.

SUSPENSÃO
Bucha As molas, amortecedores e outros componentes da suspensão
proporcionam conforto e segurança, ao absorver impactos e
compensar as irregularidades, ondulações e buracos da pista.
Recomendações:
• Verificar os itens da suspensão durante as revisões.
Dirigir de maneira compatível com a qualidade da pista.
Não exceder os limites de lotação e carga do veículo.
Principais sinais indicadores de que a suspensão necessita ser
revisada em uma oficina especializada:
• Apresenta ruídos estranhos.
• 0 veículo muda de "comportamento", principalmente nas curvas.
Braço de suspensão • O veículo balança muito.
• Pneus com desgaste irregular.
• Sinais de vazamento de óleo nos amortecedores.

ERiim
Os freios do veiculo formam um sistema complexo, que serve para
reduzir a velocidade ou fazer o veículo parar completamente, através do
acionamento do pedal do freio.
Ao acionar o freio, aumenta-se a pressão sobre um óleo especial chamado
fluido de freios, que transmite essa pressão até as lonas ou pastilhas,
freando as rodas por atrito.
Freios são itens de segurança, portanto é dever do condutor ou
proprietário:
• Identificar o reservatório do fluido de freios, mantendo-o
no nível.

143 Mecânica Básica\m


• Fazer revisões para verificar o estado das lonas ou pastilhas,
discos e demais componentes.
• Saber que o fluido precisa ser drenado e substituído,
periodicamente.
• Manter o freio de estacionamento ou freio de mão em bom
estado de funcionamento.
• Conhecer e praticar técnicas para poupar o sistema de freios,
aumentando a vida útil dos seus componentes.

Lonas e tambores, pastilhas e discos são elementos de desgaste natural,


cuja substituição periódica é previsível. Procurar assistência especializada
sempre que:
• A eficiência dos freios diminuir.
• O veículo mudar de trajetória durante a frenagem.
• O freio trepidar ou fizer barulho (ronco ou chiadeira).
• O ponto de acionamento do pedal estiver muito baixo.
• Existir tendência para o travamento de uma das rodas, durante
a frenagem.
FreÍ0S A B Segundo a resolução 312/09 do CONTRAN, o sistema de freios ABS passa
a ser equipamento obrigatório nos veículos fabricados a partir de 2010,
tendo as montadoras até 2014 para atingir 100% dos veículos produzidos
(res. 380/11). Alguns veículos em circulação já são equipados com freios
ABS, um dispositivo que funciona automaticamente, e que serve para
evitar o travamento das rodas durante uma frenagem.
O travamento das rodas é indesejável, pois com as rodas travadas o
espaço percorrido em uma frenagem é maior. Além disso, com as rodas
dianteiras travadas o veículo não obedece ao controle de direção.

Os freios param as rodas, mas são os pneus que param o veículo. Como
todos os demais itens de segurança, os pneus devem ser constantemente
verificados pelo proprietário ou condutor do veículo.
Alguns pneus ainda são equipados com câmara de ar, mas pneus sem
câmara são mais seguros.
Principais cuidados com pneus:
• Calibrar os pneus regularmente, especialmente antes de
viagens, obedecendo às recomendações do fabricante. Pressões
incorretas, principalmente abaixo do normal, causam desgaste
prematuro e desestabilizam o veículo.
• É necessário fazer o balanceamento das rodas e alinhamento
de direção, sempre que trocar os pneus ou notar vibrações no
veículo e oscilações no volante. Alinhamento incorreto pode causar
desgaste prematuro, diminuindo muito a durabilidade dos pneus.

144 Mecânica Básica\m


• O estepe (pneu socorro) deve sempre estar em perfeitas
condições.
• Sempre que "bater" com os pneus em buracos na pista, leve para
um especialista examinar, esse tipo de incidente pode danificar
as fibras internas do pneu. Nesses casos, surgem bolhas nas
laterais e pontos fracos que diminuem muito a segurança.

Pneus com profundidade de sulcos menor que 1,6 mm, já são


considerados "carecas" e o seu uso é desaconselhado por que:
• Aumentam muito o risco de AQUAPLANAGEM.
• A segurança em curvas e frenagens fica seriamente comprometida.
• Um pneu careca pode estourar a qualquer momento.
• Utilizar pneu careca é uma economia que não compensa.
• Pneus em bom estado permitem evitar acidentes graves e poupar
vidas.

AJUmmÂblQÁJM^

Fazer a manutenção preventiva é muito mais econômica porque


Manutenção geralmente, evita que os problemas se agravem. A melhor maneira de
fazer a manutenção preventiva é seguirás recomendações indicadas pelo
preventiva fabricante, dentro dos prazos e quilometragem do manual do veículo.
X Em veículos mais antigos ou que não possuam manual, é importante
Manutenção estabelecer um programa próprio de manutenção periódica.

corretiva Na manutenção corretiva os problemas existentes precisam ser


reparados imediatamente, pois as peças com defeito podem danificar
outros componentes comprometendo a segurança. Como em muitas
outras áreas da vida, adiar a solução dos problemas só servirá para
agravá-los ainda mais.
• Siga as recomendações e o plano de revisões e manutenção
propostos pelo fabricante.
• Faça a substituição das peças de desgaste normal nos prazos
corretos, antes que os problemas se manifestem.
• Utilize somente produtos recomendados e peças originais, dentro
das especificações.
• Acostume-se a fazer um pequeno check-list antes de sair, e um
check-list completo antes de viajar.
• A qualquer sinal de funcionamento irregular, pare para verificar e
leve o veículo a uma oficina autorizada. Adiar a hora do conserto
pode custar muito caro, além de expor os usuários do trânsito a
riscos desnecessários.

145 Mecânica Básica\m


VERIFICAÇÃO PERIÓDICA - Automóveis

AlltomÓVeiS A verifica Ção


periódica de alguns itens do veículo resulta numa condução
' mais econômica e principalmente mais segura. Para garantir a segurança do
condutor ou do piloto, do(s) seu(s) passageiro(s) e demais usuários do trânsito, é
necessário manter o veículo em perfeito estado de conservação e funcionamento.
Para ter segurança nos deslocamentos diários e nas viagens de maior
distância é importante que proprietário e condutor do veículo verifiquem
os itens abaixo, conforme recomendações do fabricante presentes no
manual do veículo.
Verificação visual externa:
• Faróis e lanternas - rachados, quebrados ou sujos.
• Palhetas do limpador de para-brisas - borracha ressecada, partida
ou lascada.
• Vazamentos - água ou óleo pingando (por baixo).
• Fios ou cabos elétricos soltos ou pendurados (por baixo).
• Estado e calibragem dos pneus, inclusive o estepe - desgaste
excessivo ou desigual.
• Escapamento - fazendo ruído, balançando, muito baixo, em mau
estado ou solto.
• Placas - parafusos firmes, lacre no lugar.
Verificação interna:
• Luzes e instrumentos do painel.
• Cintos de segurança operantes, limpos e disponíveis.
• Extintor com carga e dentro da validade.
• Encostos de cabeça na altura correta (na mesma altura dos olhos).
• Quebra-sol.
• Porta-luvas com manual do veículo.
• Documentos do condutor e do veículo.
• Limpeza, evitar objetos soltos.
Compartimento do motor - níveis, conteúdos e outros:
• Combustível de qualidade e em quantidade suficiente.
• Nível e validade do óleo do motor.
• Nível do fluido da caixa de direção.
• Nível do fluido do freio.
• Nível dos óleos do câmbio e diferencial.
• Nível de água do radiador ou do sistema de arrefecimento.
• Nível de água do lavador de para-brisas.
• Nível de solução da bateria (se não for selada).
• Filtros de ar, óleo lubrificante e combustível.
• Bateria - carga, estado dos cabos e ausência de oxidação nos
terminais.

146 Mecânica Básica


_J
Luzes:
• Luz alta e baixa - verificar a regulagem dos faróis.
• Pisca-pisca, pisca-alerta e luzes de posicionamento (lanternas).
• Luz da placa e luz de marcha à ré.
• Luzes internas e luz do painel.
• Luz de freio.
Compartimento de bagagem:
• Macaco, chave de roda, chave de fenda e/ou chave de calota.
• Triângulo de segurança.
• Estepe em bom estado.
Suspensão, direção e freios:
• Estado dos amortecedores.
• Desgaste de pastilhas ou lonas de freios.
• Verificação de regulagem do freio de mão.
• Alinhamento e geometria.
• Balanceamento das rodas.

RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
1. Antes de viagens longas ou quando o veículo estiver parado por
muito tempo
Checklist especial - cumprir as recomendações básicas e ainda verificar:
• A presença e o estado dos itens obrigatórios.
• Se há defeitos nos aros e pneus.
• Quando irá ocorrer a próxima troca de óleo e revisão.
Dica: leve o carro a uma oficina autorizada ou especializada e solicite
uma verificação preventiva dos principais itens do veículo, esse serviço
geralmente é rápido, não custa caro (é muito mais barato do que corrigir
depois) e você fica tranqüilo e mais seguro.
2. Em caso de pane
Manter um seguro do veículo pode ser muito útil, pois além da cobertura
de roubo e colisão, as seguradoras oferecem o serviço de assistência
24 horas, que auxilia o condutor em caso de pequenas panes como:
falta de combustível ou troca de pneu furado, se for problema simples
o atendente resolve na hora. Se for algo mais grave, a seguradora
providenciará remoção do veículo para uma oficina e você ainda recebe
alguma assistência, como um táxi, por exemplo.
Pane seca - falta de combustível: é a mais comum e pode representar
risco, dependendo das condições e do local em que o veículo parar.
• Se o carro ficar sobre a pista, ligue o pisca-alerta e coloque o
triângulo de segurança, para evitar acidentes.
• Cuidado com a ajuda de estranhos.

\ m Mecânica Básica
• A solução mais simples e mais utilizada é buscar combustível
no posto mais próximo, mas nem sempre isso é fácil devido à
localização ou distância.
• Nunca deixe crianças sozinhas esperando no carro!
Pneu furado - trocar um pneu pode ser simples para quem sabe, mas
pode representar um pesadelo para quem não tem experiência, força
física ou a habilidade necessária.
• É uma situação que pode expor o condutor a riscos. Cuidar muito
com a possibilidade de acidentes, devido ao veículo parado.
• Cuidado para não ser atropelado: fica mais difícil de sermos vistos por
outros condutores, quando estamos abaixados, trocando um pneu.
Pane elétrica - geralmente é problema de bateria ou de alternador.
• Evite ajuda improvisada do tipo: ligar por meio de cabos elétricos
a bateria do seu veículo à bateria de outro carro (chupeta). Se
não for feita por quem entende, poderá queimar componentes
eletro-eletrônicos e agravar muito a situação.
Pane mecânica - existem dezenas de problemas que um veículo pode
apresentar, e que dependem de um diagnóstico correto para depois serem
solucionados.
• Afaste o risco de acidentes: tente parar em local seguro e sinalize
o local.
• Se não tiver pleno domínio de mecânica, não tente consertar.
• Procure por socorro mecânico, descrevendo a situação.
Dica: geralmente não há muito que você possa fazer para consertar o veículo.
Como já vimos, os veículos modernos estão cada vez mais complexos, e
exigem mão-de-obra especializada. Por isso, não perca tempo e providencie
assistência. Lembre-se: as concessionárias de rodovias pedagiadas oferecem
assistência mecânica aos usuários.

EXTINTORES DE INCÊNDIO
Extintores devem ser mantidos em ótimo estado, para que funcionem
perfeitamente quando for necessário.

Lacre Toclc>extinto1, deve ser vistoriado periodicamente, para verificação de


conteúdo e componentes. Cuidado: a ausência do lacre pode significar
extintor vazio ou com carga incompleta.
Bata de Ao se aproximar o vencimento, o extintor deverá passar por uma revisão
validade comP'eta' ^ e ' ta p°r e m P r e s a especializada.

ManÔmetrO 0 mostrador do manômetro indica a pressão interna do extintor, por


meio de ponteiro e faixas coloridas. Extintor com pressão abaixo da ideal
deverá ser revisado, mesmo que não esteja com a validade vencida.

148 Mecânica Básica\m


: - , usar * A P r o x ' m a r ~ s e cuidadosamente do foco do incêndio, de costas
para o vento.
• Romper o lacre, apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do
fogo, movimentando em forma de leque.
• Atenção: a carga do extintor de veículos é suficiente apenas para
princípios de incêndio.
• Use o extintor na posição vertical, nunca deitado ou de
cabeça para baixo.
A partir de I o de Janeiro de 2015 os veículos automotores só poderão
circular equipados com o extintor ABC, capaz de apagar incêndios das
classes A, B e C, como os materiais sólidos, líquidos inflamáveis e
materiais elétricos. O extintor ABC tem garantia de 5 anos e não pode
ser recondicionado (Resolução 333/09 - CONTRAN).

Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis pelos acidentes


provocados por má conservação ou manutenção deficiente dos seus
veículos.
A mecânica da moto exige muito mais atenção do que a do automóvel.
Um problema mecânico, que traz apenas alguns inconvenientes para o
condutor do automóvel, se ocorrer em uma motocicleta, poderá expor o
piloto a sérios perigos.
Alguns itens devem ser verificados periodicamente, de acordo com as
instruções do fabricante, que constam no manual do proprietário, dentre eles:
• O estado geral dos pneus e sua correta calibragem.
• 0 estado geral das rodas e dos aros.
• 0 nível de óleo lubrificante do motor. Lembrar sempre que a
capacidade do cárteré pequena, e a falta de óleo leva rapidamente
ao travamento do motor.
• Em motores de dois tempos o óleo lubrificante é adicionado ao
combustível.
• Verificar o nível do fluido de freio semanalmente.
• Corrigir imediatamente todo e qualquer vazamento.
• As luzes são elementos de segurança que devem ser verificados
constantemente: luz alta e baixa, sinalizadores de direção e luz
de freio. Os faróis devem estar limpos e regulados.
• A embreagem e o acelerador devem estar funcionando
perfeitamente. Depois de acionado e solto, o acelerador deverá
voltar normalmente à posição de marcha lenta. O manete da
embreagem deve proporcionar um acionamento firme e suave.

149 Mecânica Básica\m


• Deve-se experimentar o freio dianteiro e depois o traseiro, para
verificar se estão em perfeito funcionamento. Eles devem segurar
firmemente a motocicleta enquanto acionados.
• A buzina é item de segurança e deve estar funcionando
perfeitamente.
• Verificar se os cabos de acionamento estão em bom estado e
presos corretamente.
Na parte inferior, do lado esquerdo do tanque de combustível das
motocicletas, existe uma torneira que controla a passagem do combustível
do tanque para o carburador. Essa torneira tem três posições, que devem
ser acionadas da seguinte forma:
• OFF: quando a moto estiver desligada.
• ON: quando a moto estiver em funcionamento.
• RES: quando o nível de combustível do tanque estiver na reserva.
• Quando usado corretamente, este dispositivo prolonga a vida útil
do carburador e evita possíveis vazamentos de combustível.
Evitar adaptações e alterações em características originais do veículo. As
famosas "gambiarras", são consertos e soluções improvisados e perigosos.

VERIFICAÇÃO PERIÓDICA - Motocicletas

Fazer vistoria na motocicleta diariamente antes de utilizá-la é fundamental


para garantir uma pilotagem segura em pequenas e grandes distâncias.
Com a revisão de apenas alguns itens é possível prevenir problemas e
manter as peças e acessórios em ótimo estado.
Pneus e Rodas:
• Devem estar em bom estado e com calibragem adequada.
• Se for transportar passageiro, o pneu traseiro deverá receber
pressão maior que o dianteiro.
• Verificar se não há nenhum raio da roda quebrado, pois pode
furar o pneu.
Freios, Comandos e Cabos:
• Verificar folga nos pedais dos freios dianteiro e traseiro.
• Manter a alavanca da embreagem regulada.
• Verificar a regulagem e lubrificação dos cabos de embreagem,
do acelerador e do sistema de freios.
• Se o sistema de freios for hidráulico é importante verificar o nível
do fluido.
• Fluido abaixo do nível mínimo é sinal de vazamento ou desgaste
excessivo da pastilha.

150
2
r
Mecânica Básica
Luzes, Bateria e Parte Elétrica:
• Verificar o funcionamento de todas as luzes: de freio, piscas,
lanterna, farol e painel.
• Se a bateria não for selada é necessário verificar nível de água e
desoxidar os terminais.
• Verificar o estado das velas e cabos de vela.
Óleo e Combustível:
• Verificar o nível do óleo lubrificante do motor e do líquido de
arrefecimento.
• Seguir as orientações do manual do veículo quanto à troca do
filtro de óleo.
• 0 filtro de ar deve ser limpo periodicamente para evitar desgaste
prematuro dos anéis e cilindro do motor.
• Usar combustível de qualidade e verificar se ele está chegando
normalmente ao carburador.
Corrente:
• Lavar e lubrificar o sistema de corrente, coroa e pinhão após
pilotagem em estradas de terra.
• Ajustar a folga da corrente caso esteja solta ou tencionada.
Piloto e Moto:
• Usar e exigir que o passageiro use todos os equipamentos de
segurança.
• Portar documentos: do condutor e do veículo.
• Conferir o ajuste e a fixação dos espelhos retrovisores, devido à
trepidação constante durante a circulação.

PROBLEMAS MECÂNICOS EM MOTOCICLETA


Em motos, os problemas mecânicos podem levar facilmente a uma
situação de emergência.
Quando um pneu está com pressão de ar muito baixa, a moto se comporta
de maneira estranha e é necessário agir rapidamente, para não perder o
equilíbrio. Nesse caso, tomando muito cuidado com o tráfego ao redor,
sinalizar e parar imediatamente, para conferir os pneus.
Quando o pneu dianteiro esvazia, fica mais difícil pilotar. Se furar o pneu
traseiro, a moto começa a "balançar". Cuidado: é preciso muita habilidade
para manter o equilíbrio e não cair. Nesses casos o motociclista deve:
• Segurar o guidão com firmeza e desacelerar, tentando manter
uma trajetória reta.
• Se for preciso frear, acionar gradualmente o freio da roda cujo
pneu não está vazio.
• Depois que a motocicleta perder velocidade, sair para o
acostamento e parar.

151
L _
Acelere çJqj» Algumas vezes o cabo do acelerador trava, mantendo o motor acelerado.
Acelerar e desacelerar repetidas vezes poderá soltar o cabo.
Se não destravar, acionar a embreagem e desligar a chave, para que o
motor não passe do giro e quebre: sinalizar, parar a moto, conferir o cabo
do acelerador para tentar localizar o defeito. Assegurar-se que o acelerador
movimenta-se livremente antes de voltar a pilotar.

Oscilações Em oscilações, a roda dianteira e o guidão começam a tremer de repente.


As causas das oscilações podem ser:
• Cargas excessivas ou mal instaladas.
• Pressões incorretas nos pneus, principalmente pouca pressão.
• Acessórios inadequados.
• Guidão mal ajustado.
• Peças da direção gastas, rolamentos gastos ou quebrados.
• Roda dianteira torta, desalinhada ou desbalanceada.
• Garfos da suspensão tortos ou avariados.
Principais procedimentos em caso de oscilação:
• Segurar o guidão com firmeza.
• Deslocar o peso para frente e para baixo.
• Não tentar acelerar, pois isto tornará a moto mais instável.
• Desacelerar gradualmente, reduzir a velocidade e parar para
fazer as verificações. Frear com força poderá piorar a situação e
desequilibrar a moto.
• Organizar a carga, aliviá-la ou trocá-la de lugar.
• Verificar a pressão dos pneus.
Corrente Se a corrente quebrar ou escapar com a moto em movimento, poderá
travar a roda traseira e até arrancá-la fora, causando um grave acidente.
Os motociclistas mais experientes têm sempre disponível uma emenda
de "elos de junção" extra, pois com o uso, a corrente pode se romper.
Problemas com esse item são evitados com a manutenção preventiva.

DIREÇÃO ECONÔMICA
A direção econômica está ligada a fatores como a manutenção do
veículo, as condições das vias, os hábitos do condutor e a Direção
Defensiva. Dentre eles, o motorista é o elemento que fará toda a diferença
para uma direção econômica e segura. O condutor defensivo é o que
conduz economicamente, poupando seu veículo, evitando desperdício de
combustível e obtendo o máximo de rendimento possível.
Parte da energia contida no combustível é utilizada para vencer o atrito
entre os pneus e o solo. Para minimizar os efeitos do atrito, deve-se
observar os seguintes procedimentos:
• Não exceder a carga para a qual o veículo foi projetado, em peso
ou em número de passageiros.
• Ter em mente que quanto mais pesada a carga, maior será o
atrito; portanto, maior será o desgaste prematuro de diversos
componentes, com maior risco de quebra.
152 Mecânica Básica \ m
• Manter a direção alinhada e os pneus calibrados conforme
recomendação do manual do veículo. Pressão incorreta,
principalmente mais baixa que a normal, bem como
desalinhamentos, aumentam o atrito.
i gjK a Parte da força que o motor produz é utilizada para romper a camada
I . de ar que está à frente do veículo. Os itens que tem influência sobre a
resistência do ar são:
• Quanto maior a velocidade, maior a dificuldade de romper esta
camada e, consequentemente, maior a resistência.
• A turbulência causada pelas janelas abertas prejudica a
aerodinâmica.
• Objetos e cargas instalados fora do veículo alteram suas características
aerodinâmicas, aumentando o consumo de combustível.
Subidas Quant0 m a i s acentuada for a subida, maior o esforço que o motor terá que
fazer para vencê-la, portanto, o consumo de combustível será maior.

Descidas Quant° maior for o declive, maior será o esforço necessário para frear
o veículo. Nas descidas, o motor é um grande auxiliar para o condutor
controlar a velocidade do veículo. Como regra geral deve-se utilizar a
mesma marcha que seria utilizada na subida. O uso do freio motor evita
o desgaste desnecessário dos freios. Portanto:
• Descer engrenado e sem acelerar, usando mais o freio motor,
significa mais segurança e economia.

Recomendações gerais para conduzir com economia:


• Conhecer bem o veículo e mantê-lo sempre em perfeitas
condições.
• Estabelecer os parâmetros de economia do veículo, para poder
monitorar e comparar.
• Efetuar a manutenção preventiva, sempre mais barata do que a
manutenção corretiva.
• Escolher cuidadosamente o trajeto. Verificar a topografia, pois
nem sempre o trajeto mais curto é o mais econômico.
• Utilizar a marcha correta para cada tipo de relevo e velocidade
exercida.
• Não apoiar o pé na embreagem, nem a mão sobre a manopla
do câmbio enquanto estiver dirigindo, pois desgasta de forma
prematura o sistema de embreagem.
• Planejar as atividades que irá desempenhar com o veículo.
Muitos deslocamentos desnecessários são evitados com um bom
planejamento.
• Manter os pneus calibrados corretamente.
• Não acelerar o motor em ponto morto, quando estiver parado,
ou entre as trocas de marcha.

153 Mecânica Básica\m


• Para frear, deve-se desacelerar com antecedência, usando o
freio motor.
• Evitar arrancadas bruscas e manter uma velocidade uniforme.
• É mais econômico e mais saudável estacionar o veículo um
quarteirão mais longe do que dar várias voltas tentando achar a
vaga mais próxima.

EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS para automóveis e motos


Veículos automotores produzidos a partir de 01 de janeiro de 1999:
1. Espelhos retrovisores externos, em ambos os lados.
2. Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo para
veículos de carga com peso bruto total superior a 4.536 kg.
3. Encosto de cabeça em todos os assentos dos automóveis,
exceto nos assentos centrais.
4. Cinto de segurança gradual e de três pontos em todos os
assentos dos automóveis (nos assentos centrais, o cinto poderá
ser do tipo subabdominal).
Para os reboques e semirreboques:
1. Para-choque traseiro.
2. Protetores das rodas traseiras.
3. Lanternas de posição traseiras e de cor vermelha.
4. Freios de estacionamento e de serviço, com comandos
independentes, para veículos com capacidade superior a 750
quilogramas e produzidos a partir de 1997.
5. Lanternas de freio, de cor vermelha.
6. Iluminação de placa traseira.
7. Lanternas indicadoras de direção traseira, de cor âmbar ou
vermelha.
8. Pneus que ofereçam condições de segurança.
9. Lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando suas
dimensões assim o exigirem.
Para motonetas, motocicletas e triciclos:
1. Espelhos retrovisores, de ambos os lados.
2. Farol dianteiro, de cor branca ou amarela.
3. Lanterna, de cor vermelha, na parte traseira.
4. Lanterna de freio, de cor vermelha.
5. Iluminação da placa traseira.
6. Indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro e traseiro.
7. Velocímetro.
8. Buzina.
9. Pneus que ofereçam condições de segurança.
10. Dispositivos para o controle de ruído do motor.
154 Mecânica Básica \ m
Espelhos retrovisores de ambos os lados
Lanterna de freio
de cor vermelha
Lanterna de Velocímetro
cor vermelha

Iluminação da Farol dianteiro


placa traseira
Buzina
Indicadores de
mudança de direção:
dianteiro e traseiro

Dispositivo de
controle de ruído

Pneus de bom estado

Para veículos de propulsão humana ou tração animal:


1. Freios.
2. Luz branca ou amarela dianteira e luz vermelha traseira ou
catadióptricos nas mesmas cores.
3. Campainha, sinalização noturna lateral e nos pedais, e espelho
retrovisor do lado esquerdo nas bicicletas.
Nos veículos automotores e ônibus elétricos:
1. Para-choques, dianteiros e traseiros.
2. Luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou amarela.
3. Faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela.
4. Espelhos retrovisores, interno e externo.
5. Lavador de para-brisa.
6. Limpador de para-brisa.
7. Velocímetro.
8. Pala interna de proteção contra o sol (para-sol) para o condutor.
9. Cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo.
10. Dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergência,
independente do sistema de iluminação do veículo.
11. Chave de roda.
12. Lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca.
13. Chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para remoção
de calotas.
14. Lanternas de freio de cor vermelha.
15. Lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor âmbar e
traseiras de cor âmbar ou vermelha.

Mecânica Básica
16. Lanternas de posição traseiras de cor vermelha.
17. Lanterna de marcha à ré, de cor branca.
18. Macaco compatível com peso e carga do veículo.
19. Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, naqueles
dotados de motor a combustão.
20. Roda sobressai ente, compreendendo o aro e o pneu, com ou
sem câmara de ar.
21. Pneus que ofereçam condições mínimas de segurança.
22. Freios de estacionamento e de serviço, com comandos
independentes.
23. Buzina.
24. Extintor de incêndio.
25. Protetores das rodas traseiras dos caminhões.
26. Retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de cor vermelha.
27. Registrador instantâneo de velocidade e tempo, nos veículos
de transporte e condução de escolares, nos de transporte
de passageiro com dez ou mais lugares e nos de carga com
capacidade máxima de tração superior a 19 t..
28. Lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de
carga, quando suas dimensões assim o exigirem.
29. Cinto de segurança para árvore de transmissão em veículos de
transporte coletivo e de carga.
30. Material e equipamentos de primeiros socorros, não obrigatório.
Air Bag frontal para condutor e passageiro do banco dianteiro passa a
ser equipamento obrigatório em automóveis e caminhonetes fabricados a
partir de 2010 (res. 311/09). 0 equipamento antifurto também passa a
ser obrigatório de fábrica a partir de 2011, ficando a critério do proprietário
do veículo habilitá-lo ou não.
Questões - MECÂNICA BASICA

01. Ao verificar, pela quilometragem, que é 07. Fazem parte do sistema de suspensão:
preciso trocar o óleo do motor, você: a) cilindro mestre e estabilizador.
a) faz a troca o mais rápido possível. b) molas e caixa de direção.
b) cancela todos os compromissos e providencia a c) coroa/pinhão e pastilhas.
troca. d) correia dentada e ventoinha.
c) espera que o óleo fique mais escuro para fazer a e) molas e amortecedores.
troca.
d) espera que baixe o nível do óleo para fazer a troca. 08. Os amortecedores têm por função:
e) completa o nível e adia a troca do óleo. a) evitar o atrito dos pneus com o solo.
02. O estado de conservação dos pneus é b) auxiliar a mudança de direção nas curvas.
importante para: c) reduzir os movimentos bruscos da mola.
a) evitar o fenômeno de aquaplanagem, mantendo d) aumentar a vida dos pneus.
a aderência adequada do veículo ao solo. e) reduzir a velocidade.
b) o conforto dos passageiros. 09. São elementos do sistema de freios:
c) evitar excesso de gasto com combustível. a) disco de fricção, aditivo e lonas de freio.
d) a correta marcação de quilometragem no b) cabos primários, cabo secundário e travas.
odômetro. c) cilindro mestre, disco e tambor.
e) a conservação das pistas de rolamento. d) eixo primário, eixo secundário e trem de engrenagens.
03. Assinale a alternativa correta: e) coroa/pinhão e lonas.
a) Termômetro: indica a temperatura do motor. 10. Manômetro, hodômetro e botão de luzes são:
b) Velocímetro: indica o número de voltas das rodas. a) componentes externos do para-brisa.
c) Manômetro: indica o nível de água do radiador. b) instrumentos do painel.
d) Hodômetro: indica o nível de combustível.
c) órgãos auxiliares do motor.
e) Tacômetro: indica a carga do alternador e a d) equipamentos obrigatórios.
descarga da bateria.
e) equipamentos que auxiliam na escolha do melhor
04. Ao acionar a embreagem, ela apresenta um caminho.
chiado, você:
11. A bateria do veículo é responsável pelo
a) seca bem a mola e o pedal da embreagem. funcionamento:
b) coloca graxa no pedal. a) da suspensão.
c) procura uma oficina especializada para verificar. b) da embreagem.
d) passa estopa com álcool na mola da embreagem. c) do pedal do freio.
e) desconsidera o problema.
d) de equipamentos elétricos do veículo.
05. Para consertar seu veículo, você deve: e) do sistema de transmissão.
a) procurar uma oficina que aceite o seu diagnóstico. 12. Os equipamentos de segurança de um piloto
b) procurar a oficina mais próxima de sua residência. de motocicleta são:
c) levar a uma oficina onde o pessoal é simpático. a) capacete.
d) levar a uma oficina que concorde em cortar o b) viseira ou óculos de proteção.
orçamento pela metade só porque você reclama. c) vestimentas.
e) levar a uma oficina especializada e de sua d) luvas e botas.
confiança.
e) todas as alternativas.
06. Se a luz do manômetro acender no painel, você:
13. Ao tirar o veículo da garagem, você percebe
a) continua dirigindo até um posto de gasolina. que um dos pneus está descalibrado. Nessa
b) continua dirigindo até achar um mecânico de situação você:
confiança. a) passa em algum posto de gasolina no caminho
c) para onde estiver e olha se o gerador está do seu trabalho, se "der tempo".
funcionando. b) dirige normalmente.
d) para em local seguro e verifica o nível do fluido c) vai direto ao posto de gasolina calibrar os pneus.
de freios. d) deixa para calibrar os pneus quando tiver uma
e) para o veículo em local seguro e verifica o nível folga.
do óleo. e) esvazia um pouco o outro pneu para equilibrar o
veículo.

157 Mecânica Básica\m


GABARITO DAS QUESTÕES

L e g i s l a ç ã o d e T r â n s i t o - p. 2 4

0 1 02 03 0 4 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14
a e a c e c a e a b e a b c

I n f r a ç õ e s d e T r â n s i t o - p. 3 5

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 10 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5
e b a d d a d c c d b b e d d

S i n a l i z a ç ã o - p. 4 9

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 10 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 16 17 18 19 2 0 2 1 2 2 2 3 2 4 2 5
d a d c e b b d d e e a c d d b a c e a d c c a e

D i r e ç ã o D e f e n s i v a - p. 8 9

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 07 0 8 0 9 1 0 1 1 1 2 13 1 4 1 5 16 17 18 19 2 0 2 1 2 2 2 3 2 4 2 5 2 6

P r i m e i r o s S o c o r r o s - p. 1 1 5

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 10 1 1 1 2 1 3 1 4 15 16 17 18 19 2 0
b e d d b a d c c b c a e d b c d c a b

C i d a d a n i a - p. 1 3 3

01 02 03 04 05 06 07 08
d e c c d a b d

Meio A m b i e n t e - p. 1 3 4

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 10 1 1
c e d a c b a b a e b

M e c â n i c a B á s i c a - p. 1 5 7

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 10 1 1 12 1 3
a a a c e e e c c b d e c

BIBLIOGRAFIA

• AMARAL, Antônio José Fajardo. • VOLVO. Catálogo de peças para caminhões. • C. F. C. G0LDEN CAR. Curso de Formação para Condutores de
Transporte Escolar. • Coletânea SHELL RESPONDE. • DAMATTA, R. A Casa e a Rua. -DNER. Manual de Segurança do Trânsito. Rio de Janeiro,
1978 • EDUTRAN. Fari Amadeu Nassin e Helena Caseli Pereira. Curitiba, 1996. • FERRAZ, Carlos Roberto G. e SHIMADA, João Y Motorista, o que
saber? • FIAT. Manual Básico de Segurança no Trânsito. • FORD. Manual de Direção Defensiva e Primeiros Socorros. • Guia de Manutenção do
Automóvel. Rio de Janeiro, 1982 • LIMA, Noeliza. • LAZZARI, Carlos F. e WITTER, llton R. Nova Coletânea de Legislação de Trânsito. Sagra Luzzatto,
1999. • ANACLETO, F. J. Manual de Trânsito. Curitiba, 1997 • MACHADO, Adriane Picchetto. • MARCOZZI, A.M. Ensinando a Criança. • MENEGUETI,
Antônio. Manual de Ontopsicologia. • MENEGUETI, Antônio. Sistema e Personalidade. • NARANJO, Cláudio. Os Nove Tipos de Personalidade. •
PRODAE. Enciclopédia da Psicologia Contemporânea. • DIAS, G. F. Princípios e Práticas de Educação Ambiental. São Paulo, 1994. • QUATRO
RODAS. Entenda o Novo Código de Trânsito. • RIBEIRO, Luiz Arrthur M. Manual de Educação para o Trânsito. Curitiba: Juruá, 1998. • ROZESTRATEN,
R. J. Psicologia do Trânsito. • SEST/SENAT. Formação de Condutores de Veículos de Transporte de Escolares. • VASCONCELLOS, Eduardo A.
O que é Trânsito. • Viva no Trânsito. Manual de Participante. HDI Internacional. • WITTER, llton Roberto Rosa. Regras Gerais do Trânsito. • www.
abdetran.br • www.psicotran.cjb.net

158 Gabarito e Bibliografia


TABELA DE SINALIZAÇAO - RESOLUÇÃO 160/04

T e c neducacional
odata
SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
R-1 R-2 R-3 R-4a R-4b R-5a R-5b R-6a R-6b R-6c

• V ® ® ® ® ® ® ® ®
R-7 R-8a R-8b R-9 R-10 R-11 R-12 R-13 R-14 R-15

R-16 R-17
® ® S
R-18 R-19 R-20
® ®
R-21 R-22
®
R-23 R-24a R-24b

S 9JÊ I Q 9 $ t« Q Q
2t

R-25a R>25b R-25c R-25d R-26 R-27 R-28 R-29 R-30 R-31

© © 0 © ©
R-32
® ® & S
R-33 R-34 R-35a R-35b R-36a R-36b R-37 R-38 R-39

® © @© @® ® ® ® 6
S) O © © INÍCIO t
CAMINHÕES
E ÔNIBUS
OBRIGATÓRIO
FAIXADA
AREA
DE
PEDESTRES

SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
A-1a A-1b A-2a A-2b A-3a A-3b A-4a A-4b A-5a A-5b A-6 A-7a

A-7b A-8 A-9 A-10a A-10b A-11a A-11b A-12 A-13a A-13b A-14 A-15

A-16 A-17 A-18 A-19 A-20a A-20b A-21a A-21b A-21c A-21d A-21e A-22

A-23 A-24 A-25 A-26a A-26b A-27 A-28 A-29 A-30a A-30b A-30c A-31

<!> O a IV <H
A-32a A-32b A-33a A-33b A-34 A-35 A-36 A-37 A-38 A-39 A-40 A-41

3b
A-42a
<à> <$í
A-42b A-42C A-43 A-44
<$>
A-45 A-46
<S> <§> # <$>
A-47 A-48

<e>, PERG
IOSA I ASOr
TABELA DE SINALIZAÇÃO - RESOLUÇÃO 160/04

Tecnodata
educacional

SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO - de Identificação


Ponte
Cidade Jardim

De Sentido De Distância Diagramadas

W^W^J-J

Edcativas
i Zona Leste
0 Dutra *
S. J. dos Campos 16 km
Caraguatatuba 85 km
Campos do Jordão 95 km
H • I5E3
MOTOCICLISTA USE 0 CINTO Pedestre Utilize a
NÃO FECHE Passagem
USE SEMPRE
0 CAPACETE 0 CRUZAMENTO DE SEGURANÇA Atravesse ní
Faixa Í> Protegida

PLACAS DE SERVIÇOS AUXILIARES


S - l S-2 S-3 S-4 S-5 S-6 S-7 S-S

E i S A + 8 V 0
S - 9 S - 10 S - 11 S - 12 S - 13 S - 14 S - 15 S - 16

A + L BÉ GE Hosp. S. Kubitschek

PLACAS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS


TNA - 01 T N A - O: TNA - 03 TNA - 04 THC - 01 THC - 02 THC - 03 THC - 04 TAD - TAD - 2 TAD-3

nS tf UJ. dl l i im mm -t *
TAR - 0 L TA R - o : T A R - 03 TIT • 01 TIT - 02 riT - 03 Trr - 04 ÍIT-OS TIT - oe riT - 07 TIT-08

* «mm
w

f t £
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• • • • m * Trr
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

D D D El B 0110 @ 3 QI B Q D PW<<<<<<<<I i:««««««n

GESTOS DE AGENTES DA AUTORIDADE DE TRANSITO SINAIS SONOROS

\
GESTOS DO CONDUTOR SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
n

r\
rs
j aprender tudo
3bre o trânsito,
só é preciso
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