PADRE ODORICO BRAGA

PATRONO

Padre Odorico Braga Nogueira Magalhães Mesquita de Souza Maia nasceu

em Barra do Corda a 10 de maio de 1894. Filho de Pedro Pereira Braga e de Mariquinha
Alves Braga, desde tenra idade manifesta pendor ao sacerdócio, vindo a ingressar no
Seminário Arquiepiscopal de Santo Antônio, em São Luís/MA, onde, em 2 de setembro
de 1917, lhe são conferidas as Ordens Menores e passa a lecionar no mesmo Seminário.
Concluído o Seminário-Maior, em dezembro de 1926, ordenou-se padre pelas mãos do
arcebispo Dom Otaviano, então bispo do Maranhão e do Piauí. A Primeira Missa
celebrou-a em Barra do Corda, em janeiro de 1927. Educado entre os Capuchinhos,
tornou-se um conhecedor extraordinário de sua história e tradições monásticas. Após
breve experiência de vida Paroquial, descobre sua verdadeira inclinação: as Missões
populares. Com muita saúde e resistência física, missionou a maior parte das Paróquias
da Arquidiocese de São Luís e muitas do Piauí. Era chamado para ajudar nas desobrigas
ou acompanhava o Bispo nas suas visitas pastorais pelo interior da Diocese, tempo em
que também foi colunista do jornal «Maranhão», semanário de orientação católica, onde
deixou registrado, além de sermões, várias de suas lides missionárias pelo sertão
maranhense, muitas das quais trespassadas de salubre humor. Assim se passaram 34
anos de intenso apostolado.
Sua vocação de missionário popular levou-o a entrar em contato com os jesuítas,
e a pedir ingresso na Companhia de Jesus. Em 30 de julho de 1951, com 57 anos, entrou
no Noviciado de Baturité/CE, completando-o na Bahia, onde recomeça seu trabalho
missionário, agora como jesuíta. Fez parte das Comunidades de Belém/PA e, mais tarde,
de São Luís/MA.
Agraciado que fora pelo Papa com o honroso título de Cônego, para integrar o
Cabido da Catedral Metropolitana de São Luís/MA, teve, no momento em que recebeu a
notícia, transmitida pelo arcebispo, o gesto humilde de ajoelhar-se aos seus pés e pedir-
lhe, com lágrimas nos olhos, que transmitisse à Sua Santidade seus agradecimentos
acompanhados de sua recusa, pois preferia ser apenas um missionário. Faleceu no dia
14 de setembro de 1975, no Colégio Antônio Vieira, em Salvador/BA.