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ESTRADA DE FERRO MADEIRA:--MAMORE HORARIO A VIGORAR DO DIA t.° DE JANEIRO DE 1914 EM DIANTE. PARA 0 INTERIOR _DO INTERIOR _ No 1 MIXTO. No 4 MIXTO CORRERA AS SEGUNDAS; QUARTAS E SEXTAS FEIRAS] CORRERA AS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS FEIRAS | Distancia ESTAGOES —Chegada Partida| i = ESTACOES —Chegado. Partida P. Velo Porto Velho... 7,20a.m Guajara-Mi 7,20a.m, Candelaria 1) 735m. 737 Guajara-Assu TAD © = Santo Antonio |) 751» » | 756 Bananeiras . | | Si7» Theoto: ta} Te L888 Vath ie 91 Pedracanga'.. .. S858. Pau Grande 9,32 » Séo Carlos) 552) = | 935) Lage... 949 Caracol. 25) S104» Villa Mortinhe - * 10,30 Jacy-Parand. 1 1412+» 11AT« Madeira... S| 1058 = » ideirdo. . . - ' 12,03p.m. 12,20p.m] Ribeiro.) 2.) 1140a.in, # 1.26» Chocolatal © 5 2) | y2jo4pcm. Sy pee | 212 Periquitos.. . <5) S |12,33> Tres Irmios 5.) «S| 230> > Kilm. 267.) | | 12/50» Mutém.. 022) S| 256 + Araras. 7 4 Kilm.. 196 4109 Taquara- — | 18> ‘Abunda 525 3. Penha Colorada.. | - 224» 2196 Abuna. . 315p.m. No 3 MIXTO __OORRERA AS TERGAS, QUINTAS E SADBADOS N.o 2 MixTO. CRRRERA AS TERGAS, QUINTAS E SABBADOS Abund . = | 45am] 2196) Abund. 2... 645a.m. 2313 Penhia Colorada.. 837 195.6 ‘ = | 800+ M81 | Taquara. ve.) — | 97 169.1 S| O18 258.2 | Araras:. 2... 947 1505 S| 040 267.0 Kilm. 267... 10,10» >| 151.7 958 2734 Periquitos.. - .. S| 10,27> » | 1335 = j1043 283.6 Choi 5 1097 not 2 1g m, 12,05 pam 2920 Ribeirio . |. | 11,18a.m.1123> -] 900 Jacy-Pard. 2)! .|12/51 p.m. 12356 > 3001 Madeira. © 2.’ —" \12(00p.mJ 783 Caracol... . | So |-124e > 3129 Villa Martinho + + 12,20p.m. 1,00 473 Sto Carlos + ° 233 BURA LAGE toys +] 2 Saat apt 333 Pedra Canga. S ||-2108 3234 Pau Grande.. ) > S| 128 246 Theotonio.. .: | — | 352, > BAD}. Vatae et 204 73 | Santo Antonio. : -| 4,10> >| 415» 3468 | Bananeiras tf 1 a8 22) Candelaria... .| 433 + | 435% » 358.9 Guajaré-Assi. 5 > S| 3418 0.0 Porto Velho. ¢ 40> > | 3634 Guajard-Mirim. |. 385+ | — | | Nota:—“S” (¢ nos cesvios intermedinrios) parada sémente por signal. Approvado. JORO pA SiLva Campos Chefe int. do. Primeiro Districto da. Inspeccorla Federal dat estradas Rup. ©. KESseLRING Gerente VIUVA DOMINGOS FREITAS Rua Marquez de S. Cruz, 23 = MAAS... iMasuOD “st suapaooid se sepa) 9p windaLog VI4VLNOOSIA IG OVSIaS viivavd ad oydoas ‘Wldeus YO aed o1opoag joya.vy oy BiMaYOg oD1yWOSILY sping sop viy SOB] S10q BLepeg opanazy jS03 one OBrseqag °¢ BlEped 2m‘ ap zmbivy ony asuaHOZBMy BLBped Auopuy enbuuayy omy Jesuaaiuy) Rages ‘Savills OVO THON vou04 nofia SOVNYW 9 o'N rudejoy pug ™ 6g] ‘fedioruny eny [esog exeQ, SWUTIaXNYa J OUISNUF 3d OW OG SaQ}ISOdxXa SUN SOIWaUd 89 solves “wllaldd nolig voiuaVva ASNINOZVWV OVOVOIINVd pe ae UY O wed SeLOpEo.aU ap Oo} -uaurete ianbjenb opuazey ‘orsswiw0s uias eptiaa ap seju09 soulzv9u40} anb P oprysy op ovsonpoid ap o1suad Janbjenb souiaqasay —WLON [ents wes oepydwoid 2 o1essy ‘SOINBU ep Opog eed soygued ap opided ojuewivawo, ‘sapeplenb sv supo} ap sepiqaq 2 asuauozemy ddoyag VINVLIG4NOD ad OvdoaS waduo «I ad WINdILO ZeIg Op [NS 2 2HON op eoneuy ‘edouny ep epadp ovdepoduy “Dja ‘SOOSLEUI ‘seyoNay ‘SauIed nb ‘sauina] ‘sepepyenb se sepo} ap saxiedg eo {}2edg Op 80H OU opele}SuI wey stew oVBUAH sau OyUaWUIaa}aqeIs] VINAHOE COYULOSLIYYy LEITARIA AMAZONENSE Costa Pinto & Diogo WW Completo sortimento de bebidas nacionaes e extrangeiras Deposito das afamadas_bolachinhas “SERTANEJAS” Leite a toda a hora escru- pulosamente examinado por lactometro Deposite de wo bnidas qelatas “1s Rua dos Barés, corpo exterior do Mercado letras H, MeN == MANAOS Tem a palavra o illustrado amazonense DR. JORGE DE MORAES «Féco de desenvolvimento da geragio futura de minha terra, vejo no COLLEGIO UNIVERSITARIO um factor importantissimo e capaz do preparo integral do porvir de nossa Republica. Dr. Jorge de Moraes». 0 INSTITUTO UNIVERSITARIO Reabriu suas aulas no dia 7 de Janeiro A MATRICULA ACHA-SE ABERTA RUA DOS ANDRADAS, 53 (sobrado) en Nee iar Bt Mario Ypiranga Monteiro Wianaus Amazonas Redaccao e Administragao: Rua Joaquim Sarmento 12—Manaos NUMERO AVULSO 1 ASSIGNATURAS Copital .. 500 rs. $ Estados.. 600 rs, “T Anno... 208000 $3 Semesire. 128000 N.° 3—Manéos - Sabbado, 7 de Marco de 1914—ANNO | A grande experiencia minha Prohibe a rapaziada De embarcar nesta Lanchinha, Que € capaz de estar furada. .. VELHO PiLoto. Sous la Croix du Sud, livro opulento ¢ magnifico de D. Luiz Orleans e Braganca, lido avidamente, com uma curiosidade a que logo stie- cedeu irreprimivel enthusiasmo, por to- dos os brasileiros letrados, mesmo pelos mais ferrenhos e intransigentes repu- blicanos, teve o poder de revelar brus- camenté a todo. 0 Brasil culto o alto lor «esse Pretendente, Como era de esperar, 03 apos- tolos da restauracao convenceram 0 Principe de que nao convinha conten- tar-se com essa victoria junto a élite, junto 4 minoria que poude relacionar- se com 0 seu bello espirito atravez da brochura muitas vezes editada em pou- cos mezes por Plon Nourrit et Cie, de Paris. Drahi essa versio portugueza, feita pelo proprio Principe com a col- laboragio valiosa do Dr. Mello Rezen- de, e editada em Montreux por inicia~ tiva do Centro Monarchista deste Es- tado. Limitamo-nos, agradecer a offerta nos foi feita pelo © nosso numero seguinte, porém, hon- remos este periodico com o ret do Principe, a que talvez acompanhe um excerpto do Ensaio que um de nossos collaboradores traz em prepa- rac&o, sobre a obra de D. Luiz e so- bre quanto de sua individualidade nel- la se tem reflectido. mito, a Joao Barafunda esta ultiman- do seu pamphleto de analyse e apre- ciacao critica 4 obra Sous a Croix dic Sud, da lavra do Principe D. Luiz de Orleans € Braganga, traduzida em v gar, € editada pelo Directorio Monar- chista do Amazonas. Almir ¢ Eunice interessantes filhinhos do Dr. Ma- no Corréa, phantasiados de Chantecler por occasio do ultmo Carnaval nesta cidade. Cervejaria Amazonense Sejam as nossas primeiras expressées, de justo © merecido applauso ao Snr. Dr, Maxi- mino Corréa, activo gerente da Cervejaria Ama- zonense, pelo destaque que soube imprimir aos folguedos carnavalescos, com 0s carros allegori- cos que sahiram 4 rua, domingo e terca feira gorda, como réclame do {4 apreciado producto Alli fabricado, Incontestavelmente, os industries Miranda Corréa e Ca, impuzeram-se 4 estima de nosso publico, Labutando n’este Amazonas desde 05 seus aureos tempos, procuraram sem- pre com afineo, progredir, empregando com um esforgo methodisado os proventos que dia a dia auferiam para melliorar cada vez mais, as instal- laces da sta primeira fabrica, a de gelo, com que iniciaram a sua vida industrial, em Mandos. Dotada esta de todos os’ machinismos aperfeigoados para a produceao de frio artificial tiveram a feliz ideia de estender o ramo de set negocio, nao trepidando em amplial-o. Diest'arte, installaram em curto espago de tempo, uma fabrica de cerveja, que honrando 0 Amazonas, honra o Brazil inteiro, tal a excel- lencia dos modernos apparelhos empregados, tal a superioridade do producto, que d'alli sahe. edificio que ahi esté, © que todos nds nos habituamos a apreciar diariamente, de cons- truco lindissima, que lembra os castellos do feudalismo, muito’ contribiie para 0. embelleza- mento da ‘nossa cidade, que possuindo j4 nota- veis monumentos de architectura, €, entretanto, o da Cervejaria Amazonense, classificado hoje, como o primeiro de Mandos. Os Snrs. Miranda Corréa & Cj nao igno- rando que iam expdr 4 venda, um producto cue jos similares no paiz, eram em grande escala, tomaram desde o inicio as devidas’ precaucdes afim de que 0 seu, se ndo fosse superior ao de melhor aceitago ne mercado, com este concor- Fesse paralelamente, Assim € que estudaram 0 assumpto nos maiores centros da Allemanha, mandando sub- metter 4 analyse rigorosissima a agua do Rio Negro, nos estabelecimentos especiaes de Muni- ch, Berlim e Hamburgo, apesar de ter sido a mesma julgada b6a pata 0 abastecimento publico. Analysada que foi n’aquelles laboratorios, ¢ssa agua colhida em varios pontos, em frente 4 fabrica, na ponta do Ismael e no encanamento publico, revelou a sua composicao qualidades taes, avancando os profissionaes analystas que, com qualquer d’ellas, s6 se poderia fabricar uma optima cerveja, ___E tanto foi verdadeiro esse resultado que mais tarde, quando exposto 4 venda esse pro- dlucio, a sua aceitacao foi geral, supplantando os similares vendidos em Mandos, inclusive 0 Schopp allemiao, que aqui era apreciado em larga escala. Os chimicos encarregados da analyse da agua, quando posteriormente occupados com a da Corveja Amazonense, felicitavam-se por terem antecipado a sua optima qualidade e, sobre esse Ponto, escreveram aos Srs. Miranda Corréa & == CAXE tA = Ca., elogiando o fabricacao. Sonquistando a Amazonense dia a dia es- pleridido logar no nosso mercado, aquelles. in- dustriaes iniroduziram-na j4 no Rio de Janciro, com acolhimento tal que os seus apreciadores 0, sao em grande numero ¢ dizem ser ella a pri- mia inter pares. Tudo isso muito nos enaltece, “ froventos “que, porventura,venham ainda a auferir esses laboriosos irmaos, n&o se- 40 esbanjados no extrangeiro, como faz a grande maioria que enriquece no Brazil, espe- Gialmente no. Amazonas. Aqui, empregarao a sua maior parte, te- mos isto conviecdo, e como attestado patente do que affirmamos, est aos olhos de todos, a cons- truccdo de uma collossal chaminé de alvenaria, a mais alta de Mandos, que dentro em pouco ficaré concluida e uma vez ligados os condiictos para as possantes caldeiras da fabrica, vere- mos espiraes de fumo, evolarem-se no espaco, indicando que aqui se trabalha e progride, ape~ zar da crise avassaladora que atravessamos. CA E LA, amazonense da gemma, publi- cando hoje, os retratos dos Drs. Antonino ¢ Ma- ximino Cotréa, co-proprietarios dessa futurosa systema empregado na sua empreza industrial, rende um preito de homena- gem a0 trabalho insano d'estes esforgadas fills i, Amazonia, € dedica o numero de hoje Cer vejaria Amazonense, & qual augura prosperidades. ___ Um bravo, pois, de Xr LAY aos: Sr Miranda Corréa & Ca, A CONFUSAO DA NOVA HORA —Conheceu, papudo? Cheguei justamente na hora gprezada. . . sao dez e citenta, -! No Cmmitédiu fazem-se com presteza e perfeicdo traba- hos typographcios a precos convidativos.. Coronet Barreira Cra- vo.—A famosa phrase do notavel engenheiro € esta: Ai, ai, meu Deus, jd sao mela noite ¢ nao deiam ningnem dormir. Dr. Araujo Fitho.—O Satyro em politica € fio Silverio, enteado do Freire, afilhado do Sa ‘oto € cia do Bittencourt. Fadre Florencio. Nao senhor, 0 Regalado nunca foi sachristdo. Entende de 'missa, anda © 10 breviario illustrado no bolso, mas esta afastado da igreja. Coronel Guerreiro. Qual copas, qual nada. No jogo politico 0 trumpho € pdo. Maestro Nunes. de Lina.A ordem do Juca de Carvalho é para contractar um barytono, um soprano. Estao ahi o Toninho Silva e 0 Victor. ‘Dr. Correia Mendes.-O Benevides ainda continua a ser capitio. Dr. Vicente Reis. © maninho promette- Ihe para breve uma visita. Coronet Pekin.-O candidato mais votado foi 0 Lobato. do Pe LE DEGUISEMENT Se deguiser c'est bien souvent se reveler- Nous aspirons toujonrs tre plus que ces quén verité, nous ne sommes. Lideé de nous deguiser, nous est toujours. agreable et joyeuse. Pourquoi? ‘Cest qiv’en nous deguisant, nous realisons pour un moment, ces vains revés denfance. Nous cachons travestis, la triste apparence de tonjours. in assistant 4 tn bal masqué nous voyons realiseé, cette ideé vagne et fantastique du Carnaval, ces trois jours de folie du tout est perinis, mais malheureusement la mode passe, et Ton’ s'amuse fort pen. Coutere, © coronel Rondon € um dos militares do Brazil que mais merecem da Patria. Ha 20 annos que elle desbrava selvas e consegue pacificar e tranquillizar tribus selvagens. Ha 20 annos que,, ao lado dessa humanitaria tarefa de civilisar i cultos, elle esparrama pelos sertoes bravios ¢ por logares até entéo intransitados por huma- as creaturas, filas ¢ filas de linhas telegraph cas. Matto Grosso, sua terra natal, deve-lhe o importantissimo. ¢ proficua heneficio do telegra pho. CAE LA Nao ha, recanto d’aquelle longinquo lindei- ro nosso, ert que habite, pelo menos 10 pessoas, ue mig tenha estagio telegraphica. De la veio elle na chefia d’essa galharda commissio, incumbida de construir o importante circttito Matto Grosso-Amazonas, na qual deu as mais completas provas de patriotismo. Recordando a accao brilhiante d'esse illus- tre soldado, CA E LA que applande com louvo- res, todas as iniciativas de caracter progressista, vem dizer aos seus leitores, que 0 digno cons” tructor de linhas telegraphicas pretende no dia 15 de Novembro do corrente anno, inaugurar 0 alludido circuito, installando todas as estagoes que © compoem. De Santo Antonio do Madeira, ponto ini cial do novo circuito, 0 bravo soldado deve le- var © telegrapho até Guajard-Mirim, ponto ter- minal da Madeira-Mamoré Raylway Company, constnuindo estacdes installando-as tambem, no. Jacy-Parand € no Mutum-Parand. Se 0 governo da Unido ordenar, de Santo Antonio elle Ievard um tracado até 0 Acre, gando assim, pelo fio terrestre esta feracissima, zona do Paiz. FALTA DE ESPAGO Devido grande abundancia de gravuras que publicamos no presente numero, foros forca~ dos @ retirar muitos. des annuneios permanentes. Esperamos que os nossos prezados annun- clantes nos relevem esta falta involuntarit Nesta desgraca medonha, Olho ¢ nao vejo ninguem Metto as maos nas algibeiras, Nem vintem! .”. Este que agui debaixo do CANGAGO, Fantasiado esté de sertaneio E° valentao de certo, mas no traco Da figura no rapido bosgitejo Em vez do clavinote sob 0 braco Como, exguisito, desta sorte o vejo Usa uma arma peior que ¢ 0 estardathago Do seu ferino e critico gracejo. Jamais 0 vi, na tuta pela vida, ‘Ajivelar a mascara fingida, De pervertidos sentimentos méos, A cavacko do pao de cada dia Eile a sabe fazer com simpathia Nos despachos da ADUANA de Mandos J. MaRANHAO, INPRESSOES DE ARTE EW PHOTOGRAPH “Processo de Rawlins” a oleo Nrestes ultimos annos, diversos tém sido 0s processos ensaiados para a impressio do cli- ché negativo, permittindo-Ihe uma interpretacdo da Natureza através do. seniimento pessoal mais ‘ou menos ariistico, do amador da_camara escura, Esse escdtho, sobre o qual de ha muito batia a gloriosa Caravella de Daguerre, sempre apontado pelos artistas do desenho e da pintura, como contraposi¢ao a esse novel meio de arte, pa- Fece-nos ter sido transposto de forma segura’ pe- Io proceso a que alludimos na epigraphe deste artigo © que em ligeiras palavras vamos exp6r, permitindo-nos um breve proémio preparatorio: O cliché impressionado na camara escura, traduz a natureza sem interpretal-a, e, a sua trax ducgao € por vezes pouco fiel, como acontece Para os valdres| ¢ nuances de certas cores, mo exemplo terreno: uma photographia com- mum da capula do nosso. theatro, da-nos um campo escaro com losangos brancos entretanto que a nossa vista, apereebe um luminoso. campo ‘amarello com losangos mais escuras de cbr azul A. orthochromatisacio das emuls6es_mo- demas, isto é,a sua sensibilidade 4s raias pouco actinicas do Espectro Solar auxiliada ainda por filtros apropriados, corrigio perfeitanente aquelle defeito. Faltava-nos porém, o meio de poder in- terpretar com a nossa phantazia individual, esse desenho fidelissimo da camara escura, fidelissimo por demais no tocante aos minimos detalhes, que concorrem sobremaneira para 0 falsea- mento da perspectiva aerea, M. de Pulligny e M. le Commandant Puyo, um, constructor de apparelhos de optica e outro artista pintor e amador de photographia de renome, trabalharam de accordo no estudo @ construecio de Tenies que mais fielmente pu- déssem traduzir a imagem dos objectos, tal como € apercebida pela nossa vista. Para esse desideratum, afastaram-se dos melhores estudos ¢ trabalhos até ahi jé elabora- dos e que tem produzido instrumentos opticos perfeitissimos, como sejam: as anastigmaticas de Goerz, de Zeiss, Lacour-Berthiot, “Dallmeyer, Hermagis, Voigtlander, ¢, tantas outras lentes afamadas, isentas de todas as aberragSes de es- phericidade, astigmatismo, chromatismo, etc, ¢ dotadas ainda de um grande angulo de campo e luminosidade. Apés varias tentativas e experiencias, no sentido de aproveitarem as vantagens ¢ desvan- tagens de alguns dos defeitos opticos conheci- dos, detiveram-se no anachromatismo, isto €, no que significa a differenga de fécos'das. varias radiagdes do espectro. © anachromatismo, é pois a niio_concor- dancia dos fécos das differentes céres irradiadas do especizo; assim, a imagem que observamos no vidro despolido de qualquer camara, é a que €illuminada pelos raios amarellos, e, a imagem iP ses sak ey Tee % 1g eh Bese ack" === CANE LAP eee que € susceptivel de i pressionar 0 brometo de Prata do nosso eliché, € a imagem desenhada pelos raios azuese violeta, do. espectro. solar, ntre os primeitos eos segundos illuminantes, ha tima differenca de 4 centesitios, _Gronde, a necessidade de corrigir a Tocalisagao : no mamento da pose, sempre que se empre- guem lentes: anachromati As imagens, porém, fixadas por lentes dessa nalutera, aprezentam um cunlio. earacte- ristico de grande verdade no interpretacao. da | perspectiva aerea, e simplificacao dos minimos Getalhes, pela concirrencia das outras zonas ot raios illuminantes intermediarios que mais ou Menos impressionam a prata da nossa emilsio, amaciando com uma itanja chromatica resultante, a nifidez dura do desenlto gravado pela luz sti er-actinica, | Um cliché negativo assim obtido, € jé ~ susceptivel de nos dat uma impressao’ muito | agradavel; comtudo, se essa impressio, puder _ ser ainda guiada e dominada pelo sentimento. do | artista, 2 prova final fera o sen caracter ott fei | $0 mais ou menos impressionavel : 5 processo de Rawlins, de impressdes a oleo, & wWesse sentido, segundo, crémos, 0 me= Ihor,’porquanto, 0 controle ¢ todo pessoal, material, (se nao sio pinceis de fino tray entretanto pinceis, com os ques se dos Vontade, tanto cores como valores locaes, pela | apposicto de mais ou menos tinta, de maiz ou © © ow menos cor. Dress arte se atenuiam brilhos © Violentos, como se cram notas dominantes, as- ‘sim se apagam detathes excessivos como. se’mo- © ela sombras. impenetraveis, aproveltando, do + dliché primitivo, apenas 0 esbdco, magistralmen. te desenhado pela luz! * 9 O proceso Rawlins, em largos tracos re- 7 ee : ne ima folha de papel gelatinado simples # “(como o de duplo transporte usado no proceso. | carvao), & sensibilisada em uma solucio de ichromato, Sécca na obscuridade, € exposta a Wuz solar sob um cliché negativo. Impressionada “esta forma, € em seguida lavada para elimina- © © eho. do biehtomato, o que’ alids € relativamente SP apido, antes de procederse 4 apposicao das. ‘ fintas. “A gelatina de papel assim tratado, além de adquitir uma resistencia admiravel, obtéve a propriedade de absorver mais ou menos agua, Segundo a intensidade da luz que -a ferio.atraves as opacidades do cliché sob que fol exposta: Canhecida ‘a repulsdo ¢ a affinidade das fintas gordas, pelas matérias humidas e anhydras, ©) facil fot a idesa' da applicagio de taes pigmentos 7 os papeis assim preparados. Eis o que fez Raz “ wlins, vendo coroados dos melhores resiitados 08 seus trabalhos. As finias gordas, adherem. amorosamente 4 gelatina sobre & qual incidio a luz, na propol (0 do'sen maior ou. menor estado’ hygrometr £0, sendo repellidas totalmente, nas partes. ex- _ eessivamente impregnadas de agua e que corres- = pondem aos brancos da imagem. a Esta é a base do processo de Rawlins, : cujos detalhes complementares, sio alids muito” | ‘policos'e nao requerem grande estudo. % tanto tons como valores, poderd resultar grande falta de exito da prova final, pelo falso emprego de quajquer destes meios. Para aquelles que desejarem, por isso, obter uma réplica exacta do cliché negat vo, nio aconselhamos © processo de Rawlins, sendo a0 mesmo tempo absurdo, pretender fazer assim, Tetratos por duzias. O proceso de Rawlins, bem como outros rocessos de impressao artistica, como a gomma- jiehromatada, © carvao, etc., s40 para os verda- deiros amadores, que, def ser concurrentes aos. profi AS paysagens, que aprezeritamos este fmumero do CAE LA, ¢ outras que apparecero fem mumeros futuros, 'sio reproduzidas de pho- tographias feitas pelo processo a que alludimos, cujo estudo iniciamos ha pouco tempo, sem maior auxilio do que o do nosso. verdadeiro amor 4 arte de Daguerre € de Nigpee. Temos a convicgao de que nao si0 obras pe-feitas, porém, o prazer que sentimos no tra- balho d'essas photo-pinturas, deu-nos alento para ceder ao conyite dos amaveis cheles desta Re- vista, consentindo na sua reproduccao que muito nos honra e que reconhecidamente agradecemos. ‘Ao leitores, cumpre-nos agradecer igual mente a attencio com que nos acompanharam, ‘sendo a mais sublime recompensa d'esie mo” desto trabalho, 6 interesse que por veniura elle va despertar no seio dos nossos amadores de photographia compellindo-os a ensaiarem tio ‘simples quao agradavel e impressionante proces- 80. A. H, MAGALHAEs. O menino Thaumathurgo, querido filhinho do dr. Thaumaturgo Vaz, nosso illustre confrade de imprensa, fallecido a 23 do mez passado com. pouco mais de dois lustros. «A morte inesperada da intelligente se «© que importa, ou ‘antes, a maior diffieul- @ bondosa creanga consternou profun- die tue se aprezeitard a0 ‘amador, proven © danientie a nossa sociedade. ~ simplesmente das excessivas vantagens do pro.“ cesso_em-si. mesmo, visto que, sendo tudo Posavel a vontade, tanio contrastes como docura ee -OCAELA apresenta pezames 4 familia Thaumaturgo. Pe ey CA’ — LA’» CARNAVALESCO A senhorita Guiomar Ayres, filha do Sr. Joio Pinto Ayres, com a phantasia com que conquistou, com justica, o bonito € custoso premio instituido pelo Ideal Club, no baile de 21 de Fevereiro ultimo, dessa asso (Cliché de Huebener & Amaral) at «CA’ & LA» CARNAVALESCO Aspecto do salio do Ideal Club, a nossa distincta associaglio dangante familiar, por ocea- sido do baile 4 phantasia realizado no sabbado 21 de Fevereiro ultimo. Uma grande parte do pessoal operario empregado na « Cervejaria Amazonense SEDA, LINHA E ARTIGOS xy... Vendem-se no BAZAR PASSE-PARTOUT Pa PE ARANBORDAR === (7,2 puswcanuin Santee ee CA’ = LA’ club carnavalesco CARNAVALESCO Cangaceiros do Padre Cicero >, que percorren as_principaes muas da cidade, com um espantoso sucesso, no domingo gordo e no ultimo dia de carnaval. Foi o club que deu a nota, como se costuma dizer, Dr. JOAO LOPES A sociedade amazonense prestou ao inte- gro magistrado Sr. Dr. JoXo Lopes Pereira, che- fe de policia do Estado, no dia do seu anniver- sario natalicio, as mais_affectuosas provas de consideracao e respeito. S. Ex. € uma individ lidade foriemente prestigiada pelo apoio popular, que vé em si, na chefia de seguranga local, uma soberba garantia de ordem e de paz. Em tempos outros, o Dr. Joao Lopes foi nesta capital o representante da justica federal € de como S. Exa se portou n’esse cargo, dil-o, soberbamente, a tradiccao de caracter € honora- bilidade, que Ihe cerea’o venerando nome. O CA £ LA apresenta a S. Ex. os seus cordealissimos saudares. O Dr, Freitas Pinto, competente ci dentista, teve a gentileza’ de nos. parti nascimento de sna filhinha Ge jecendo a communicacio, auguramos um lindissimo porvir 4 sua innocenté filhinha. CAE LA Quando chegou « Madame » da viagemt ~Com seis mezes ficara a Sulamita — Exclamow, vendo-a alegre e tio bonita: Nunea mais de a deixar terei coragem! Mas em Tucta era toda a creadagem : ‘A ama da creanca 0 odio em casa excita E accusavam-na, unisona era a grita, Uns—de intrigante, alguns—de vadiagem. Ou ella ow nds! diz toda aquella gente, E’ o ultimatum langado num assomo. Mas ao brago da ama, de repente, Vem minha filha, a minha flor de lotus E odios acensacdes cahiram como Castellos sobre a accfo de terremotos! (Inedito ) JONAS DA SILVA. Croquis politicos © G.V. Pequenino ¢ velhote; mas memoria ninguem a tem assim napuella edade; Deus livre muita gente da cidade de que elle conte, um dia, «toda a Historia. Versado no Direito e assumptos varios, © Major tem andar sereno e breve; tem bigode e cabellos cér de neve, e € fino ¢ bom e Mestre em inventarios. Conversa; porem nada ha que o distrdia se ouve perto chegar serenamente © rocar vaporoso d'uma saia: 08 olhos entram logo no servigo; ¢ a gente diz entio naturalmente: “Carissimo Major, entao que é a MIRAMAR, 0 Coronel José Crespo, abastado com- merciante em Humaythé,teve a alta gentileza de acceitar a representacao desta Revista naquella cidade. E? mais um patrono com que péde con- taro CAE LA para ir vencendo as difficuldades ¢ vicissitudes que naturalmente se oppoem a to- da a publicagaio da natureza desta. A_menina Ascendina, PENSAMENTOS DE UM MADURO Arranja amigos a quem possas pedir dez contos e foge dos que te possam morder em dez tostGes. © casamento € a taboa de salvacdo para alguns e a pedra a0 pescoco para muitos. Outrora a serpente enga- nava Eva. Se fosse hoje a enganada seria a serpente. Nunca te mettas a con- vencer um pateta de que 0 é Perdes 0 tempo e cdvas um inimigo. 1a do Sr. Ascen- dino de Barros, socio da conceittiada firma com- mercial J. Soares & Ca, fazendo a sua primeira communhao. (1 a4) 00) sopuew —sijodouueysuog ws wo QO SUECECESSO carro—reclame da Amazonense / 4 Gambrinus 0 Rei da Cerveja um grupo de rapazes do 20 carro Cervejari Homer to Kuhlen, ope bem- quisto membro da colonia allema, agente de varias casas extrangeiras € apre- iador incondicional da Cerveja Amazonnense, CARNAVALESCO COR et we MAN 2.0 Carro—reclame da Cervejaria Amazonense» deno- minado Topazio Lignido, onde se viam cinco lindissimos copos da bella fopaziana - Amazonen- se» sobre uma soberba salva de prata velha. Como guarda de honra & espuma infantil viam-se distinctas representantes do bel- lo sexo amazonense, conduzindo clegantemente & cabeca pesados barris de schopp... 40 Carro~ reclame da Cervejaria Amazonense, repre- sentando a oridade do seu producto sobre os outros que se curvam reverentes ante a mudez forte da verdade... Paysagem em Nazareth—Manéos (Phot. de A. H. Magalhies, pelo processo de Rawlins, a oleo) (Do «CA E LA’*) CA ELA Tereis garantida a saude de vossos pound 0 filhos com o ‘@) LEITE CONDENSADO << i ( f \ ” ==7 =SUISSO MARCA= CAELA CA Dr. Antonino Corréa, fundador da Fa- brica de Cerveja Amazonense, DO IDEAL PARA A REALIDADE Tolice tua, queridinha! Pois ainda nao comprehendeste a _psychologia simples da mi- nha affeigio, feita de aromas e de luz? Aromas da tua carne moca, cheirosa a resedés, a sand lo, € luz dos teus olhos, coada atraves dos ci- lios negros, que te dao 0 aspecto romantico das madonas que aurifulgem nas. illuminuras dos missaes hespanhoes? Si te amo, exclusivamente, ccm o fanat mo doentio dos ‘bardos da meia’ edade, assegu- rate 0 meu protesto quotidian, de todas as horas, feito. a cada instante, na marcha ascen- cional ¢ deliciosa do meu desejo, que adeja em tomno da tua pessoa, lambendo-te os pés de san- ta, beijando-te as maos pulchras de virgem, aca- rigiando-te o ser todo, evolando-se em cuito esthesia hellenica de teu corpo. Nao tenhas ciume da Cleonice: adoro-a porque ella € a sombra da tua belleza. .. Ape- nas para o teu amor existo. Si quizeres, ama- mha serei cadaver; ordena, que obdecerei >. Este fora o perfumado bilhete que © dr. Agnus Felicitas enviara, numa doce manhi rosada, Dulcinéa, formosissimo® typo de anda- luza, a mais bonita moga da pacata ¢ morigera- da capital nortista, Na mesma data, 0 rapaz fizera chegar 4s maos oburneas de Cleonice este outro: Tu és a graca auroral de um espirito privilegiado, a que a belleza sem par santifica Sabes que fe amo ao infinito, e a harmonia do men coracao, na docura maviosa e branda do seu funccionar, se concerta s6b 0 pallio da tua perfeigao sem’ egual. Aphrodite, symbolizando © amor € a belleza entrelacados, ma magnifica concepgaio melhor da exisiencia, ndo te leva = LA vantagem:—Falta-lhe o animus, a forca espiti tual, que 36 tu possues em exiremo. Os gregos divinizar-te-iam como a deusa singular da. Es- thetica inattingida; e os romanos te envolveriam © corpo roseo na clamyde honrosa das vestaes, escondendo-te as_vistas profanas da communi- dade, Estimo a Dulcinea apenas ¢ so porque ella fem umas vagas semelhiancas comtigo. E? 0 amor que te consagro que se irradia para o abjecto que te recorda, como 0 culto dos catho- licos as imagens de sua veneracao: E, no espago de um minguado mez, as duas mocas, sem espanto nem contrariedades, viam o dr. Agnus Felicitas, jubiloso e_altivo, na sia casaca solemne, voltar da Egreja, condu- zindo pelo brago, imponente como um principe historico, © escaveirado vulto da Thereza Amalia, comprida como um bambi e magra 4 seme- Ihanga de um gafanhoto. © noivado féra celere, e 0 casamento. se fizera, por exigencias do nubente com a maxima pompa’ festiva. Agnus: 26 annos, talento, viva sidade, com um futuro amplo de glorias; There- 32, viuva, impertinente, analphabeta, ¢>m uma flatulencia chronica, Elle, uma carta de engenkeiro; ella oitenta contos’ de réis. ENE. porta do Studart, porta quasi subli- a se frépa, houve ha dias a reforma do regula- mento da instruceao, O dono da casa, sempre gago mas sem- pre palrador, quiz tambem collocar sua phrase:— ees. erem? nao. . .izeram a pedagogo da terra! ‘ollaboragao do José Estevam maior ped ped Dr. Maximino Corréa, gerente da Fabri- a de Cerveja Amazonense. «CA' & LA’ Mile, Lina Rocha, irma do Dr. Aristides Rocha deputado 4 (Cliché da Phot. Allemt ) Assembléa Legislativa do Estado. Offertas e presentes Os estimaveis commissarios Srs. Pinheiro & Perdigao offertaram-nos varios exemplares de cadernetas-carteiras, reclame dos Peneumaticos Continental, de cuja fabrica, sio aqui, em Ma- ndos, exclusives representantes, Uma das cartei- ras, € de capa de linda confeccao vermelha, con- tendo interessantissimos annuncios, da Continen- tal Caoutchouc & Gutta—Percha- Compagnie, (Hannover, Paris e Londres), Agradecendo a dclicada gentileza, accrescentamos por nossa con- ta (sem cobrarmos 0 annuncio) que os supra citados pneumaticos foram empregados nos au- tomoveis que tém feito competencia nos con cursos de regularidade Sueca, (1913, 2030 kilo- metros,) alpinio d’Austria, 1913, grande premio da Russia, 1913, concurso’ de regularidade dina- marqueza,” 1913, vencedor no grande premio de Franca, 1913, campeonato de Hespanha, 1913, por motocycles, conoursos de vehiculos’ indus- ELEGANTE triaes hollandezes, 1913, ¢, finalmente, triumphow em todos os.concursos de ve- hiculos industriaes, ¢ fo- ram adoptados pela com- panhia geral de omnibus, compantiia. geral de auto- moveis postaes etc. etc Somos tambem, muito agradecidos, a0 amavel j ven Acacio Amador, en pregado da casa Carvalho eite & Ca, do Para, pela sua offerta de varios exen plares do Almanack Bei- rao, brinde da Pharm: ¢ Drogaria do Pharmaceu- tico Marciano Beirao. E? uma publicagao sob 0 ponto de vista informativo, de alta valia. Em Sao Paulo, a adean- tadissima cidade brazileira, expoente maximo da nos: sa cultura e da nossa isagao, as sociedades de seguros sobre a peram ¢ se ramificam ex- traordinariamente. Agora, mesmo, acabamos de ter a prova disso: o Sr. José A. Teixeira. Junior, repre- sentante, n’esta cidade, da A Previdencia, Caixa’ de Paulista de Pensdes ¢ Pecullios, sociedade funda- da em 15 de Setembro de 1006 © approvada pelo governo federal pelos de- ‘eretos n.0s 6917, 7695, 8802 € 10.386, nos offerecen como delicada lembranca, m album de vistas de Sio Paulo e Rio de Ja- neiro, predominando n'el le, vastos relances relativos quella sociedade. Aiém desse album, o digno offertante nos pre- senteou com fasciculos da sociedade, tabellas de pens6es, etc., bem como umas explicagoes sobre 05 fins € 0 mechanismo da sociedade. Registramos essa offerta com’ agradeci mento. A gravura da capa desta revista re- presenta um trecho pittoresco da capital, na parte fronteira ao bairro de Sao Ray- mundo, vendo-se ao fundo o prédio onde funceionam as fabricas de gélo e da Cer- veja Amazonense, dos esforgados indus- friaes Miranda Corréa & C. ¢ sob a di recgio do competente engenheiro Dr. Ma- ximino Corréa. Looe ot *P) 9 V9LI09 epIENW eWAY vpuNyodu0D yp oj99 ap 2 asuauOZeMY wfaasoy ap sva}squy Sep opadse np, E TERRESTRES SEGUROS MARITIMOS CA’ E LAY LLOYD PARAENSE — CA’ E LAY = CA’ E LA’ conferencia... Continuam em moda as. conferencias. CA F LA seguindo paripassu os caprichos dessa densa transformavel_todos os dias, quiz ouvir depois do carnaval 0 representante da Mando Markets, co- mhecido velho da impren- sa indigena e de regresso de sua longa estadia no extrangeiro, Querendo surprehen- der 6 Dr, Corea Mendes na intimidade, procurou-o em. sta residencia pela manha de quarta-feira de nzas. Annunciado que foi 0 visitante matinal, S. Exa. rece- beu-o satisieito, ainda de robe- de-chambre, indicando que ha- via deixado 0 leito pouco tem- po antes. —Oh! por aqui tio cedo... Queira sentarse. Ha alguma consequencia do’ car- naval? Algum barulho ines- perado? “Nada disto. Quero apenas entrevistal-o. Ouvi umas coisas por ahi além a seu respeito, e como nad dou credito a boatos, quiz cortar_o mal pela raiz... Quiz saber a0 certo a verdade das cou sas... Eis, Ex., a causa da minha visita, —Estou a6 seu inteiro dispor, dizendothe logo para encurtar razdes, que o que ouviu tem algum fundamento, porque eu nao tenho papas ha lingua no concernente a melhoramentos pus blicos, expando a quem quer que seja a minha opiniao. —Sim? Entio é verdade que o Dr. por motivo de economia, levari avante a extinegio do matadoiro? Julga de grande aleance publico essa medida? __—-E porque nao? Aquillo € uma coisa hoje inutif e, se tivesse tido antes a ideia que hoje tenho, talvez 0 Estado fosse mais feliz no accordo que fez com a Manios Markets. Pois bem, meu caro Fon-Fon. —Fon-Fon, ett, Dr. —Ah! queira desculpar, vi-o apenas duas vezes e achei-o t8o parecido ‘que confundi-me como agora. Pois bem... CA E LA dentro de breves dias ser um facto a extinceao do matadoiro. _. —E a populagao Dr. de que se abaste- cerd? De peixe, tartarugas, verdura? —Qual. Nada disso mais entra no mer- cado. i CK e LA cada vez mais attonito em- paltideca, jf is... Dr. morreremos todos de fome... Onde se vin supprimir ex-abrupto a alimentacao de um povo que vive della ha itos anos? Serd o Dr. por acaso inventor de aiguma bateria electriea, capaz de accumular flui- dos alimenticios, os quaes pelo aperto de um simples botio.corram pressurosos 4s, habitagoes domiciliares? Temos Edison entre nds? © Dy. Corréa Mendes vendo o espanto de Ge LA, comin e gozava jalver a Surpreca que dahi_a momentos the revelaria Pois CA & LA nada disso se trata. Nao ha invento mysterioso algum. Nada vird de fora, ja temos tudo aqui e admiro-me de ter sido et © seu descobridor, creia. Mais me ufanaria se ella tivesse partido de um filho da terra, ¢ que eu ao chegar a estas _plagas hospitaleiras ap- Plaudisse a idela © della compartilhasse Mas Dr. isso € verdade ? Nada vird do extrangeiro ? Absolutamente nada. O fluido como o St. ha pouco chamou, esti aqui bem pertinho de nds. E” um nectar delicioso, um elixir da longa vida. Adoptando-o em substituigio car- ne bovina, a populacdo gozara mais saude, a mortalidade ipso facto decrescera até annular’se. Entio 6 Amazonas dentro de pouco tempo seré uma terra de macrobios... tere- mos novos Mathusalém. .. —Dos quaes eu serei um; terei orgulho nisso, —Mas Dr, diga-me de que se trata, pelo amor de Deus, Se eu continuo com estas palpi- tages nervosas nao resistirel. © Dr. Corréa, Mendes, algo penalisado com a timidez de CA & LA, levanta-se solemne, vae ao quarto de dormir, regressando pouco de= pois com um pequeno embrulhio. CAE LA lobriga apenas a forma ey- lindriea do envoltorio, e teme pela apparigio de alguma machina Infernal. Esti aqui seu jornalista, a soluczo do problema. Tenho nas minhas maos um boi de 360 kilos! O que aqui esté em tio fragil peso tem o poder alimenticio de um boi inteiro! E, no entanto, o seu preco € tao insignificante. Mil reis somente. Mas Dr, ainda nao comprehendi bem... Assim parece até que 0 Dr. acaba com a crise, ‘Muito bem, acerton. Acabo com o ma- tadoiro, e como consequencia logica extingo a crise, $ CA £ LA contente agora porque sentia © cheiro do dinheiro outra vez no Amazonas, pede o embrulho ao Dr. Corréa Mendes que, com a solemnidgde de um monge, entrega-lh’o. CA LA de um pulo véa da residen- cia do Dr. Corréa Mendes, deixando-o attonito por tio inesperada retirada. Sé den por si quan- do aqui chegou, arquejante mal podendo fallar. Tomamos de sua mao o embrulho, a ito custo, € abrimol-o, Nada mais era do que uma garrafa da deliciosa Cerveja Amazonense>. EMeaxis. © publico amazonense vae, na pre- sente edi¢ao, apreciar o trabalho cons- ciencioso e, por isso mesmo, perfeito de um artista photographico até bem pouco tempo desconhecido entre nds. Queremos nos referir ao Snr. Er- nesto Otto, ao qual devemos a bellissi- ma photographia que se vé na capa do CA £ LA, bem como outros trabalhos que sao os de diferentes clichés da Fa- brica de Cerveja Amazonense e grupos diversos do cordao carnavalesco deno- minado

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