Você está na página 1de 18

FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA

AULA 5

Profª Elaine Ferreira Machado


CONVERSA INICIAL

Todas as células precisam de energia para os seus processos vitais.


Tanto os organismos unicelulares como os multicelulares gastam energia e
precisam, de uma forma ou de outra, produzi-la.
Alguns conseguem realizar esse processo utilizando a energia luminosa
e transformando-a em energia química, ou seja, fazendo fotossíntese. Outros
realizam a quimiossíntese. Já os que não possuem essa capacidade precisam
da matéria orgânica para produzir essa energia e realizar a produção de ATP,
fazendo, no caso, a respiração ou fermentação.
A energia está contida nas ligações químicas das moléculas de nutrientes,
sendo transferida para o ATP, principal molécula de energia das células, que é
convertido constantemente nas células.
Nesta aula, estudaremos as diferentes formas de obtenção de energia dos
organismos, como a fermentação, a respiração aeróbica, a quimiossíntese e a
fotossíntese, e, ao mesmo tempo, faremos uma relação entre esses processos
fundamentais para evolução da vida na Terra.
Objetivo geral: Compreender a importância das diferentes formas de obtenção
de energia pelos seres vivos.
Objetivos específicos:

 Diferenciar as formas de obtenção de energia pelos seres vivos.


 Compreender a fermentação como uma das primeiras formas de
obtenção de energia pelas células e sua importância evolutiva e industrial.
 Identificar os mecanismos de produção de energia pela respiração celular
e sua vantagem energética diante da fermentação.
 Identificar os mecanismos da fotossíntese e sua importância para a
manutenção da vida na Terra.
 Demonstrar, com experimentação, a produção de energia pelas
leveduras, por meio da fermentação.

TEMA 1 —seres autótrofos e heterótrofos

Os seres vivos, quanto à obtenção de energia, podem ser classificados


como autótrofos e heterótrofos.

2
Autótrofos são os seres que produzem seu próprio alimento, como é o
caso de algumas bactérias, algas e plantas. Esses organismos podem realizar
tanto a quimiossíntese como a fotossíntese para produzir as substâncias de que
necessitam.
Já os seres heterótrofos não são capazes de produzir seu próprio alimento
e, por isso, precisam de outras fontes para obtenção de energia, por meio da
respiração. Quando os organismos utilizam o oxigênio em seus processos
respiratórios temos os chamados organismos aeróbicos ou aeróbios. Quando a
síntese de energia não depende da presença de oxigênio, chamamos os
organismos de anaeróbicos ou anaeróbios, e esse processo pode ser chamado
de fermentação ou respiração anaeróbica.

1.1 Organismos autótrofos

Na Biologia, organismos autótrofos são os seres capazes de produzir seu


próprio alimento. Segundo Soares (2005), trata-se:

Do organismo que se nutre à própria custa, pois sendo clorofilado,


realiza a fotossíntese e produz matéria orgânica necessária ao seu
protoplasma celular a partir de compostos inorgânicos, como o dióxido
de carbono (CO2) e água. Algumas bactérias contêm pigmentos
correlatos a clorofila e também são autotróficas, mas outras só
conseguem a síntese de compostos orgânicos à custa de energia não
da luz, sendo chamados quimiossintetizantes. Os organismos
autotróficos se dividem, portanto, em fotossintetizantes e
quimiossintetizantes. Nas cadeias alimentares dos ecossistemas, os
seres autotróficos se qualificam como produtores.

Dessa forma, os organismos autótrofos constituem a base das cadeias


alimentares e são fundamentais para a produção da matéria orgânica e do
oxigênio nos ecossistemas, como é o caso de algumas bactérias, das algas e da
totalidade das plantas.

1.2 Organismos heterótrofos

Os organismos heterótrofos são aqueles que não produzem seu próprio


alimento e, portanto, precisam de fontes externas para obtenção de energia
necessária aos processos vitais.
Soares (2005) diz que a nomenclatura heterótrofos ou heterotróficos é a

designação dada aos seres que, sendo incapazes de obter sua própria
matéria à custa de substâncias inorgânicas do meio, procuram-na em
organismos de outras espécies ou matéria putrefada, em

3
decomposição no meio, usando recursos como o predatismo, o
parasitismo, o comensalismo, a saprobiose, etc.

Pode-se citar como exemplos de heterótrofos os consumidores e


decompositores de uma cadeia alimentar, tal como algumas espécies de
bactérias, fungos e animais.

1.3 Heterótrofos anaeróbicos e aeróbicos

Entre os heterótrofos, a obtenção de energia pode ocorrer de forma


anaeróbica ou aeróbica. Sobre eles, Soares (2005) elucida:

Organismo inferior (bactérias, fungos e alguns vermes) que consegue


viver na ausência de oxigênio. No organismo que faz respiração
anaeróbica, os íons hidrogênio liberados durante as oxidações da
glicose são recolhidos ou “aceitos” por compostos inorgânicos
(nitratos, sulfatos e carbonetos) ou orgânicos (o ácido pirúvico que se
forma durante o processo) e fazem o papel do oxigênio. Assim, não há
o acúmulo de íons hidrogênio no protoplasma celular, nem a
consequente acidose, que provocaria a morte da célula. E tudo isso se
faz sem a necessidade de oxigênio. Alguns são anaeróbicos estritos e
morrem na presença de oxigênio livre. É o que ocorre com o bacilo
Clostridium tetani, causador do tétano. Isso justifica o uso de água
oxigenada em ferimentos (ela libera oxigênio nascente ou livre no local
machucado). Outros organismos são anaeróbicos facultativos,
podendo viver tanto em anaerobiose quanto em aerobiose.

Já organismo aeróbico é “todo aquele que não prescinde de oxigênio na


sua respiração; qualidade que caracteriza a maioria dos seres vivos” (Soares,
2005). Pode-se exemplificar com os animais, grupos de bactérias e a maioria
dos fungos.

TEMA 2 — FERMENTAÇÃO

A fermentação, também conhecida como glicólise anaeróbica, é um


processo pelo qual ocorre a degradação incompleta da glicose, resultando em
um saldo de 2 moléculas de ATP, sem a participação do oxigênio.
Energeticamente, consiste em um processo pouco eficiente quando
comparado com a respiração aeróbica.
Em geral, a fermentação é um processo realizado por micro-organismos,
como algumas bactérias e alguns fungos, como as leveduras. Sendo organismos
unicelulares, coloniais ou não, o gasto energético é relativamente pequeno, o
que justifica o processo realizado.

4
2.1 Reações bioquímicas da fermentação

Segundo Junqueira e Carneiro (2005) “a glicólise anaeróbica é o processo


pelo qual uma sequência de onze enzimas do citosol promove transformações
graduais numa molécula de glicose, sem consumo de oxigênio, produzindo duas
moléculas de piruvato e liberando energia que é armazenada em duas moléculas
de ATP”. A fermentação tem a seguinte equação geral:

2 ADP + 2 Pi + energia da glicose → 2ATP

Nesse processo, outros produtos também são liberados, como a água e


o dióxido de carbono. Dependendo do tipo de fermentação, serão liberados
álcool etílico (fermentação alcoólica), ácido acético (fermentação acética) ou
ácido láctico (fermentação láctica).

2.2 Importância da fermentação

Biologicamente, a fermentação é um processo primitivo de obtenção de


energia, supostamente o primeiro processo realizado pelos micro-organismos da
Terra primitiva. No entanto, com a evolução do conhecimento pelos seres
humanos, as práticas de fermentação tornaram-se tecnologicamente presentes
nas sociedades, permitindo a obtenção caseira ou industrial de vários produtos
resultantes desse processo.
A fermentação alcoólica é realizada por bactérias e fungos. Entre os
fungos podemos destacar o Saccharomyces cerevisiae utilizado na preparação
de cervejas e pães. Na Figura 1, temos essa levedura intensamente utilizada na
indústria de produção de alimentos e bebidas.

Figura 1 – Saccharomyces cerevisiae, fungo utilizado na indústria

Fonte: Kateryna Kon/Shutterstock.

5
Outro processo fermentativo importante é a fermentação láctica. Nele,
ocorre a produção de ácido láctico pelas células, que é liberado como produto.
Lactobacillus são as bactérias fermentadoras responsáveis pela produção de
iogurtes, coalhadas, queijos, manteigas, carnes curadas (salames e embutidos),
picles, chucrute ou azeitonas. A acidez do ácido láctico inibe o crescimento de
micro-organismos, fato que contribui para a conservação dos alimentos. Na
figura 2 temos colônias de Lactobacillus utilizados para a produção de iogurte e
denominado, popularmente, de kefir:

Figura 2 — Colônia de Lactobacillus

Fonte: Madeleine Steinbach/Shutterstock.

A fermentação acética é utilizada na fabricação do vinagre. As


acetobactérias, após a fermentação anaeróbica de sucos e vinhos que
produziram álcool etílico, transformam esse álcool em ácido acético.

TEMA 3 — RESPIRAÇÃO AERÓBICA

A respiração celular aeróbica acontece na presença de oxigênio e, por


isso, tanto micro-organismos como eucariontes multicelulares a realizam. Ocorre
nas mitocôndrias e em três etapas: a glicólise, o ciclo de Krebs e a cadeia
respiratória.
A organela denominada mitocôndria, com suas membranas, facilita toda
a ocorrência da respiração. Trata-se de um processo energético eficiente, já que
uma molécula de glicose produz um saldo energético de 36 ou 38 ATP,
dependendo do tipo celular e seu gasto energético no próprio processo de
respiração.

6
Ao final do processo, uma molécula de glicose oxidada por 6 moléculas
de oxigênio produz 6 moléculas de dióxido de carbono, 6 moléculas de água e
ATP.

3.1 Mitocôndria

A mitocôndria é uma organela membranosa presente em células animais,


vegetais, de fungos e de protozoários. Sua constituição membranosa contribui
para as reações enzimáticas que ocorrem em seu interior, facilitando a
degradação total da glicose e proporcionando um saldo energético bem maior
que o da fermentação.
O número de mitocôndrias em uma célula varia de acordo com seus
gastos energéticos. Células musculares e neurônios, por exemplo, têm muitas
mitocôndrias.
As mitocôndrias são constituídas por uma membrana externa e uma
membrana interna que sofre invaginações e dá origem às cristas mitocondriais.
Internamente, a organela é preenchida por uma substância semelhante ao
citosol e que constitui a matriz mitocondrial.
A figura 3 representa a estrutura da mitocôndria, local das reações
metabólicas de produção de ATP.

Figura 3 — Esquema representativo da mitocôndria

Fonte: Nopainnogain/Shutterstock.

7
3.2 Processo biológico da respiração aeróbica e formação do ATP

O ATP funciona como uma molécula de reserva energética que pode ser
utilizada pela célula a qualquer momento, nas diversas atividades celulares.
Trata-se da energia imediatamente disponível à célula.
Suas ligações químicas são altamente energéticas e liberam a energia
para a célula. Segundo Junqueira e Carneiro (2005) “o ATP tem duas ligações
ricas em energia; quando uma delas se rompe, libera aproximadamente 10
quilocalorias por mol. Geralmente apenas uma ligação é rompida, segundo a
equação ATP → ADP + Pi + energia” (Pi significa fosfato inorgânico e ADP,
adenosina difosfato).
O metabolismo celular e as reações de síntese de inúmeras moléculas
orgânicas utilizam a energia do ATP.

3.3 Etapas da respiração aeróbica

A respiração celular dos organismos eucariontes divide-se em fases ou


etapas: uma que independe da presença de moléculas de oxigênio, e outra que
ocorre nas mitocôndrias exclusivamente com a presença dessas moléculas
obtidas na respiração.
A primeira etapa denomina-se glicólise. Nela, ocorre a degradação
incompleta da glicose sem a presença de oxigênio e a formação do piruvato, com
a participação de ATP já armazenado na célula.
A segunda e a terceira etapas ocorrem na mitocôndria. Denominam-se
fases aeróbicas porque dependem do oxigênio que entrou na célula por difusão.
São denominadas, respectivamente, de ciclo de Krebs e cadeia respiratória.
O ciclo de Krebs caracteriza-se como um processo que ocorre na matriz
mitocondrial. Nele, o piruvato resultante da degradação incompleta da glicose
transforma-se em H+, NADH+, CO2 e ATP, como demonstrado na figura 4:

8
Figura 4 – Esquema representativo do ciclo de Krebs.

Fonte: Vectormine/Shutterstock.

Ao final do processo do ciclo de Krebs, são produzidas três moléculas de


CO2, uma molécula de ATP e íons hidrogênio que entrarão na composição do
NADH e FADH2.
A etapa da cadeia respiratória, última do processo, caracteriza-se como o
momento em que íons H+ são transportados às cristas mitocondriais pelo NADH
e pelo FADH2.
Essa etapa apresenta grande eficiência energética devido à complexidade
das reações químicas que ocorrem na matriz mitocondrial, formando as
moléculas de água (H2O), de CO2 e a síntese do ATP, objetivo principal do
processo.
A figura 5 representa, na integridade, todas as etapas ou fases da
respiração aeróbica:

9
Figura 5 – Representação das etapas da respiração aeróbica

Fonte: Vectormine/Shutterstock.

3.4 Equação química da respiração aeróbica

Podemos representar, esquematicamente, a respiração aeróbica com a


seguinte equação química:

C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O + energia

A energia total pode ser de 38 ATP em células procarióticas de respiração


aeróbica ou de 36 ATP em células eucariontes. A figura 6 representa a totalidade
do processo respiratório.

10
Figura 6 – Representação geral da equação da respiração aeróbica.

Fonte: Blueringmedia/Shutterstock.

TEMA 4 – FOTOSSÍNTESE

A fotossíntese é um processo biológico fundamental para a vida na Terra.


É por ele que ocorre a produção de compostos orgânicos utilizados no
mecanismo de produção de energia (por fermentação ou respiração aeróbica).
A fotossíntese ocorre nos cloroplastos das células vegetais, organela
membranosa rica em clorofila, pigmento de cor verde e com alta capacidade de
absorver a energia luminosa fundamental para desencadear o processo
fotossintético.
Ocorre em duas etapas: a fase clara ou fotoquímica, totalmente
dependente da energia luminosa, e a fase química (também chamada de fase
escura) que não depende da luz e utiliza as substâncias produzidas na fase
fotoquímica para dar continuidade ao processo. Ao final, substâncias como a
glicose e o oxigênio são produzidos.
Já a quimiossíntese utiliza substâncias químicas simples (nitrito, amônia)
para a produção de compostos orgânicos.

4.1 Cloroplasto

O cloroplasto é um tipo específico de plasto que armazena clorofila,


pigmento essencial para desencadear o processo fotossintético.

11
Para Junqueira e Carneiro (2005):

Os cloroplastos, contendo predominantemente clorofilas, ocorrem em


algas verdes e nas partes aéreas verdes das plantas, tendo
importância fundamental nas economias da célula vegetal por serem o
local da fotossíntese. Eles permitem que as células sejam capazes de,
na presença de luz, remover o carbono do dióxido de carbono do ar e
incorporá-lo em suas próprias substâncias, liberando oxigênio da
célula concomitantemente.

Dessa forma, os cloroplastos são organelas membranosas que se


apresentam como estruturas discoides, parecidas com uma lente biconvexa.
Apresentam duas membranas envolventes e inúmeras membranas internas, que
formam pequenas bolsas discoidais e achatadas, os tilacoides (do grego
thylakos, bolsa). Esses tilacoides se organizam uns sobre os outros, formando
estruturas cilíndricas que dão origem ao um granum.
Na figura 7 temos a estrutura de um cloroplasto com todas as estruturas
típicas dessa organela:

Figura 7 – Estrutura geral do cloroplasto

Fonte: Achiichiii/Shutterstock.

4.3 Etapas da fotossíntese

A fotossíntese ocorre em duas etapas: a fase fotoquímica e a fase


química.
As reações da fase fotoquímica ocorrem na membrana dos tilacoides com
a participação de pigmentos do granum, da água e da luz. Nessa fase ocorre a
produção de oxigênio, ATP e NADPH2. Todas essas substâncias serão utilizadas
12
na fase química. É importante ressaltar que o oxigênio produzido na fase clara
da fotossíntese provém da fotólise da água.
Na fase química, a energia contida nos ATP e os hidrogênios dos NADPH2
será utilizada para a construção de moléculas de glicose. A síntese de glicose
ocorre durante um complexo ciclo de reações do qual participam vários
compostos simples. Nesse ciclo, moléculas de CO2 unem-se umas às outras
formando cadeias carbônicas que levam à produção de glicose. A energia
necessária para o estabelecimento das ligações químicas ricas em energia é
proveniente do ATP, do hidrogênio que promoverá a redução do CO2.

4.4 Equação geral da fotossíntese

Concluídas as etapas fotoquímica e química, a equação geral da


fotossíntese pode ser representada por:

6CO2 + 12 H2O → C6H12O6 + 6O2 + 6H2O

Dessa forma, concluiu-se que:

Estudos que vem sendo feitos há mais de 200 anos foram


demonstrando que: a fotossíntese usa dióxido de carbono produzido
por combustão, ou que é exalado pelos animais para produzir carbono;
a fotossíntese requer água e luz para liberar oxigênio; a luz necessária
para a fotossíntese é absorvida pela clorofila; o oxigênio liberado
durante a fotossíntese vem da água e não do dióxido de carbono.

A figura 8 resume tanto a fase fotoquímica como a fase química da


fotossíntese:

13
Figura 8 – Resumo do processo fotossintético

Fonte: Vectormine/Shutterstock.

4.5 Relações entre a respiração e a fotossíntese

Há uma relação muito íntima entre os processos de respiração celular


aeróbia e a fotossíntese. Isso fica evidente à medida que se verifica, na equação
geral dos dois processos, que os produtos de excreção da respiração celular, o
dióxido de carbono e a água, são consumidos na fotossíntese e, por outro lado,
é liberado o oxigênio, além de serem produzidos hidratos de carbono
(carboidratos), ambos utilizados na respiração celular. A figura 9 exemplifica a
relação entre fotossíntese e respiração celular aeróbica.

14
Figura 9 – Relações de complementaridade entre a respiração celular e a
fotossíntese

Fonte: Sakurra/Shutterstock.

4.6 Quimiossíntese

A quimiossíntese é um processo de produção de substâncias complexas


e orgânicas a partir de substâncias simples como a amônia e o nitrito e que é
realizado por arqueas e bactérias.
Várias bactérias, como as encontradas no solo, são quimiossintetizantes,
e alguns exemplos são as sulfobactérias, que realizam seu metabolismo por
meio da oxidação do enxofre, e as nitrobactérias que, ao realizar a
quimiossíntese, são importantes nos ciclos do nitrogênio, convertendo amônia e
nitrito em nitrato absorvido pelas plantas, fundamental na síntese proteica
desses indivíduos.

TEMA 5 – FERMENTAÇÃO NA PRÁTICA

A fermentação ocorre em várias práticas industriais ligadas ao nosso dia


a dia. Esse processo é fundamental para compreender as formas como os micro-
organismos obtêm energia e ainda são utilizados tecnologicamente pelos seres
humanos para a produção de bebidas e alimentos.
Dessa forma, faremos a seguinte atividade prática com as leveduras
(conhecidas popularmente como fermento de pão):

15
 Para tanto, você vai precisar de: quatro tubos de ensaio ou quatro garrafas
pet pequenas, balões (mesmo número de tubos de ensaio ou garrafas);
água; açúcar e fermento.
 Separe os quatro recipientes, numere e coloque em cada um deles: I-
Água; II- Água + açúcar; III- Água + fermento; IV- Água + fermento de pão
+ açúcar;
 Encaixe as bocas dos balões nos recipientes;
 Anote o tempo e o que ocorrerá em cada tubo de ensaio.

Após a experimentação, elabore um relatório com introdução, objetivo da


aula, a metodologia utilizada, os resultados e as conclusões, bem como as
referências utilizadas para a escrita. Um bom trabalho teórico-prático!

na prática

1. Vamos organizar um quadro comparativo entre a fotossíntese e a


respiração celular aeróbica? Dessa forma, você terá um resumo desses
processos biológicos fundamentais para a manutenção da vida na Terra:
Processos Fotossíntese Respiração celular
Conceito
Organela celular
Etapas
Substâncias utilizadas
Produtos
Equação geral
Importância

2. Explique a origem do oxigênio da fotossíntese e como as investigações


desse processo levaram a essa conclusão. Consulte duas fontes de
pesquisa e redija um parágrafo sobre o tema.
3. Com a fermentação, podemos produzir industrialmente o pão, a cerveja,
o iogurte, por exemplo. Que tal produzirmos esse último composto? Mão
na massa: 1 litro de leite integral, 1 iogurte natural; aqueça o leite sem
deixar ferver, a uma temperatura de 35 a 40 °C; deixe ficar morno e
adicione o iogurte natural; cubra com um pano o recipiente do líquido e
deixe em repouso por 24 horas. Seu iogurte estará pronto. Aproveite para
ler o texto “A química por trás do iogurte”, disponível em:

16
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150825_vert_fut_seg
redos_iogurte_ml>. Acesso em: 22.nov. 2018.
4. O conhecimento científico caracteriza-se como uma produção histórica e
social. E quando ele se relaciona com a fotossíntese não é diferente. Por
isso, chegar aos conhecimentos atuais demandou muitas pesquisas e
investigações.
Vamos conhecer um pouco mais sobre a fotossíntese acessando o artigo
sobre sua história e seu processo, disponível em:
<http://www.redalyc.org/pdf/500/50021611002.pdf>. Acesso em: 22. nov.
2018. Após a leitura, explique como foi possível chegar aos
conhecimentos atuais sobre a fotossíntese.
5. Leia o artigo sobre práticas de sala de aula para a compreensão da
fotossíntese pelos estudantes que está disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/pr
oducoes_pde/2013/2013_unicentro_bio_artigo_renate_neumann_braun.
pdf> (Acesso em: 21. nov. 2018) e reflita: as atividades de fotossíntese
realizadas pelo docente foram significativas para o aprendizado do tema?
Justifique:

FINALIZANDO

Encerrando a nossa aula vamos revisar os temas estudados:

 As principais diferenças entre seres autótrofos e heterótrofos, aeróbicos e


anaeróbicos.
 A fermentação, sua importância biológica e industrial.
 A eficiência energética da respiração aeróbica que ocorre nas
mitocôndrias
 A transformação da energia luminosa em energia química pela
fotossíntese.
 Praticando a fermentação.

17
REFERÊNCIAS

CARNEIRO, J.; JUNQUEIRA, L. C. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

CURTIS, H. Biologia geral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1997.

FERNANDES MARTINS, N. Uma síntese sobre aspectos da fotossíntese.


Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 11, n. 2, 2011, p. 10-14 Universidade
Estadual da Paraíba Paraíba, Brasil.

SOARES, J. L. Dicionário etimológico e circunstanciado de Biologia. São Paulo:


Scipione, 2005.

18

Você também pode gostar