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Política / Eleições 2022
PGE pede multa a Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral em reunião com
embaixadores
Ministério Público Eleitoral apresentou representação ao TSE e considerou que houve
propaganda antecipada
Por Mariana Muniz e Aguirre Talento — Brasília

10/08/2022 17h16 Atualizado há 3 horas

PGE pede multa a Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral em reunião com
embaixadoresJair Bolsonaro em reunião com embaixadores
A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) propôs ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro pela realização de uma reunião
com embaixadores onde promoveu uma série de ataques às urnas eletrônicas e ao
sistema eleitoral.

Sonar: YouTube remove live de Bolsonaro com embaixadores


Assista: Artistas divulgam vídeo em que leem carta em defesa da democracia
Na representação, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, pede a remoção de
13 links contendo os vídeos da reunião das plataformas de redes sociais e a
aplicação de multa contra o presidente em razão da ocorrência de propaganda
eleitoral antecipada.

De acordo com o Ministério Público, "os dados constantemente apresentados pela


Justiça Eleitoral não podem ser omitidos em discurso que queira ser crítico do
sistema de votação, máxime quando as eleições se avizinham e à vista da
circunstância de, recentemente, os representantes do povo terem mantido o sistema
de votação eletrônico".

No evento, que ocorreu dentro do Palácio do Planato no dia 18 de julho e teve


transmissão ao vivo, o chefe do Executivo também fez críticas ao Supremo Tribunal
Federal (STF) e ao TSE.

A repercussão no meio político sobre o ataque de Bolsonaro ao sistema eleitoral


Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG): "Há obviedades e questões
superadas, inclusive já assimiladas pela sociedade brasileira, que não mais admitem
discussão". — Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL): até agora, silêncio. — Foto: Foto:
Cristiano Mariz
8 fotos
Presidente do STF, Luiz Fux: "(Reitero) confiança total na higidez do processo
eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE". — Foto: Divulgação

Na avaliação da PGR, as declarações proferidas pelo presidente contra o sistema


eleitoral e contra as urnas eletrônicas "não são inéditas". Mas observa, no
entanto, que na reunião com os embaixadores foram "lançadas em período próximo das
eleições, veiculando noções que já foram demonstradas como falsas, sem que o
representado haja mencionado os desmentidos oficiais e as explicações dadas
constantemente no passado".

"Algumas frases, ainda, apresentam à audiência fatos que, descontextualizados,


mostram-se engendradas para abalar a confiança no sistema", ressalta Gonet.

O pedido será analisado pela ministra Maria Cláudia Bucchianeri, que é responsável
pelos processos envolvendo propaganda eleitoral.

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servidores, com teto de R$ 46,3 mil
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democrático'
No encontro com embaixadores, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas com alegações
de fraude não comprovadas nas eleições de 2018. A certa altura do discurso, disse
haver “mais de cem vídeos” de eleitores que tentavam apertar o número 17 na votação
de 2018, mas a urna registrava o número 13. Nunca houve comprovação de fraudes nas
eleições brasileiras desde que as urnas eletrônicas foram implantadas, em 1996.

"Enfim, há suficiente evidência em apoio à confiabilidade do sistema eleitoral, e o


TSE tem cuidado de, indo além do estritamente necessário, garantir que não sobrem
dúvidas a esse respeito. A confiabilidade do sistema tem por si também a
circunstância de, na história das urnas eletrônicas, que atravessou períodos em que
tanto partido da situação foi vencedor quanto partido da oposição venceu o pleito,
não se haver positivado caso de fraude ou de comprometimento da confiabilidade do
sistema", diz o documento.

Gonet afirma ainda que o discurso de Bolsonaro não pode ser admitido dentro do
fundamento da liberdade de expressão.

“A tentativa de infundir temor no eleitor sobre o respeito efetivo da sua vontade,


atribuindo, direta ou subliminarmente, maquinações ou negligência aos que gerem as
eleições, não encontra base devidamente demonstrada, despreza argumentos e
evidências sólidas em contrário e não atenta para a deliberação do Congresso
Nacional de apoio ao modelo adotado. Não há como ouvir o discurso e o admitir no
domínio normativo da liberdade de expressão. Discursos assim dissociados de fatos
estabelecidos não se justificam no campo da troca lídima de ideias nem no ambiente
do compartilhamento idôneo de informações”.

Na avaliação da procuradoria, o fato de o discurso ter sido proferido em reunião


com diplomatas estrangeiros – que evidentemente não votam nas eleições brasileiras
– "não descaracteriza o aspecto de solicitação de voto que transparece das" falas
de Bolsonaro.
"Afinal, o pronunciamento foi realizado de modo aberto ao público em geral;
divulgado, enfim, para o público que compõe o colégio eleitoral brasileiro", aponta
ainda.

Por isso, segundo a PGE, a apresentação se encaixa nas hipóteses previstas em uma
resolução do TSE sobre desinformação no âmbito da propaganda eleitoral.

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