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O LIVRO DE

MÓRMON
DOUTRINA E
CONVÊNIOS
A PÉROLA DE
GRANDE VALOR
O

Livro de Mórmon
OUTRO TESTAMENTO DE JESUS CRISTO

Doutrina e
Convênios
DE A IGREJA DE JESUS CRISTO
DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

Pérola de
Grande Valor

PUBLICADO POR
A IGREJA DE JESUS CRISTO
DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

SALT LAKE CITY, UTAH, EUA


© 1997, 2006 por Intellectual Reserve, Inc.
Todos os direitos reservados
Printed in Brazil 7/2007
19932005
Tradução de: The Book of Mormon, Doctrine and
Covenants, and Pearl of Great Price
Portuguese
34404 059
SUMÁRIO

O Livro de Mórmon
Doutrina e Convênios
A Pérola de Grande Valor
Guia para Estudo das Escrituras
Introdução
Lista de Verbetes por Ordem Alfabética
Seleções da Tradução de Joseph Smith da Bíblia
Mapas e Índice de Nomes de Lugares
Fotografias de Lugares Mencionados nas Escrituras
xvi

ABREVIATURAS E DESIGNAÇÕES NAS NOTAS DE


RODAPÉ E NO GUIA PARA ESTUDO DAS ESCRITURAS
Velho Testamento Novo Testamento Livro de Mórmon
Gên. Gênesis Mt. Mateus 1 Né. 1 Néfi
Êx. Êxodo Mc. Marcos 2 Né. 2 Néfi
Lev. Levı́tico Lc. Lucas Jacó Jacó
Núm. Números Jo. João En. Enos
Deut. Deuteronômio At. Atos Jar. Jarom
Jos. Josué Rom. Romanos Ômni Ômni
Juı́. Juı́zes I Cor. I Corı́ntios Pal. Palavras
Rut. Rute II Cor. II Corı́ntios Mórm. de Mórmon
I Sam. I Samuel Gál. Gálatas Mos. Mosias
II Sam. II Samuel Ef. Efésios Al. Alma
I Re. I Reis Filip. Filipenses Hel. Helamã
II Re. II Reis Col. Colossenses 3 Né. 3 Néfi
I Crôn. I Crônicas I Tess. I Tessalonicenses 4 Né. 4 Néfi
II Crôn. II Crônicas II Tess. II Tessalonicenses Mórm. Mórmon
Esd. Esdras I Tim. I Timóteo Ét. Éter
Ne. Neemias II Tim. II Timóteo Morô. Morôni
Est. Ester Tit. Tito
Jó Jó Fil. Filemom Doutrina e Convênios
Salm. Salmos Heb. Hebreus D&C Doutrina e
Prov. Provérbios Tg. Tiago Convênios
Ecles. Eclesiastes I Ped. I Pedro DO—1 Declaração
Cant. Cantares II Ped. II Pedro Oficial—1
de Salomão I Jo. I João DO—2 Declaração
Isa. Isaı́as II Jo. II João Oficial—2
Jer. Jeremias III Jo. III João
Lam. Lamentações Jud. Judas Pérola de Grande Valor
de Jeremias Apoc. Apocalipse Mois. Moisés
Eze. Ezequiel Abr. Abraão
Dan. Daniel JS—M Joseph Smith—
Osé. Oséias Mateus
Joel Joel JS—H Joseph Smith—
Amós Amós História
Oba. Obadias RF Regras de Fé
Jon. Jonas
Miq. Miquéias
Naum Naum
Hab. Habacuque GEE Guia para
Sof. Sofonias Estudo
Ageu Ageu das Escrituras
Zac. Zacarias TJS Tradução de
Mal. Malaquias Joseph Smith

HEB Tradução alternativa do hebraico


IE Explicação de expressões idiomáticas e construções incomuns
OU Indica que se segue uma expressão alternativa para esclarecer o significado de
expressões arcaicas
O
LIVRO
DE
MÓRMON
OUTRO

TESTAMENTO

DE

JESUS CRISTO
O

Livro de Mórmon
RELATO ESCRITO PELA
MÃO DE MÓRMON
EM PLACAS
EXTRAÍDO DAS PLACAS DE NÉFI

É, portanto, um resumo do registro do povo de Néfi e também dos


lamanitas—Escrito aos lamanitas, que são um remanescente da casa
de Israel; e também aos judeus e aos gentios—Escrito por manda-
mento e também pelo espı́rito de profecia e de revelação—Escrito
e selado e escondido para o Senhor, a fim de que não fosse destruı́-
do—Para ser revelado pelo dom e poder de Deus, a fim de ser
interpretado—Selado pela mão de Morôni e escondido para o Se-
nhor a fim de ser apresentado, no devido tempo, por intermédio dos
gentios—Para ser interpretado pelo dom de Deus.
Contém ainda um resumo extraı́do do Livro de Éter, que é um
registro do povo de Jarede, disperso na ocasião em que o Senhor
confundiu a lı́ngua do povo, quando este construı́a uma torre para
chegar ao céu—Destina-se a mostrar aos remanescentes da casa de
Israel as grandes coisas que o Senhor fez por seus antepassados; e
para que possam conhecer os convênios do Senhor e saibam que
não foram rejeitados para sempre—E também para convencer os
judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se
manifesta a todas as nações—E agora, se há falhas, são erros dos
homens; não condeneis portanto as coisas de Deus, para que sejais
declarados sem mancha no tribunal de Cristo.

Tradução original das placas, para o inglês, feita


por Joseph Smith, Jr.
Primeira edição em inglês publicada em
Palmyra, Nova York, EUA, em 1830
v

INTRODUÇÃO

O livro de Mórmon é um volume de escrituras sagradas com-


parável à Bı́blia. É um registro da comunicação de Deus com os
antigos habitantes das Américas e contém a plenitude do evangelho
eterno.
O livro foi escrito por muitos profetas antigos, pelo espı́rito de
profecia e revelação. Suas palavras, escritas em placas de ouro,
foram citadas e resumidas por um profeta-historiador chamado
Mórmon. O registro contém um relato de duas grandes civilizações.
Uma veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu
em duas nações, conhecidas como nefitas e lamanitas. A outra veio
muito antes, quando o Senhor confundiu as lı́nguas na Torre de
Babel. Este grupo é conhecido como jareditas. Milhares de anos
depois, foram todos destruı́dos, exceto os lamanitas, que estão entre
os antepassados dos ı́ndios americanos.
O acontecimento de maior relevância registrado no Livro de
Mórmon é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os nefi-
tas, logo após sua ressurreição. O livro expõe as doutrinas do evan-
gelho, delineia o plano de salvação e explica aos homens o que
devem fazer para ganhar paz nesta vida e salvação eterna no mun-
do vindouro.
Depois de terminar seus escritos, Mórmon entregou o relato a seu
filho Morôni, que acrescentou algumas palavras suas e ocultou as
placas no Monte Cumora. A 21 de setembro de 1823, o mesmo Morô-
ni, então um ser ressurreto e glorificado, apareceu ao Profeta Joseph
Smith e instruiu-o a respeito do antigo registro e da tradução que
seria feita para o inglês.
No devido tempo as placas foram entregues a Joseph Smith, que
as traduziu pelo dom e poder de Deus. Hoje o registro se acha
publicado em diversas lı́nguas, como testemunho novo e adicional
de que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivente e de que todos os que
se achegarem a ele e obedecerem às leis e ordenanças do seu evan-
gelho poderão ser salvos.
Com respeito a este registro o Profeta Joseph Smith declarou: “Eu
disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos
os livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião; e que
seguindo seus preceitos o homem se aproximaria mais de Deus do
que seguindo os de qualquer outro livro.”
O Senhor providenciou para que, além de Joseph Smith, mais onze
pessoas vissem as placas de ouro e fossem testemunhas espe-
ciais da veracidade e divindade do Livro de Mórmon. Seus teste-
vi

munhos escritos estão aqui incluı́dos como “Depoimento de Três


Testemunhas” e “Depoimento de Oito Testemunhas”.
Convidamos todos os homens de toda parte a lerem o Livro de
Mórmon, ponderarem no coração a mensagem que ele contém e
depois perguntarem a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se o
livro é verdadeiro. Os que assim fizerem e perguntarem com fé
obterão, pelo poder do Espı́rito Santo, um testemunho de sua vera-
cidade e divindade. (Vide Morôni 10:3–5.)
Os que obtiverem do Santo Espı́rito esse divino testemunho sa-
berão, pelo mesmo poder, que Jesus Cristo é o Salvador do mundo,
que Joseph Smith é o seu revelador e profeta nestes últimos dias e
que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é o reino do
Senhor restabelecido na Terra, em preparação para a segunda vinda
do Messias.
vii

DEPOIMENTO DE TRÊS TESTEMUNHAS


Saibam todas as nações, tribos, lı́nguas e povos a quem esta obra
chegar, que nós, pela graça de Deus, o Pai, e de nosso Senhor Jesus
Cristo, vimos as placas que contêm este registro, que é um registro
do povo de Néfi e também dos lamanitas, seus irmãos, e também do
povo de Jarede, que veio da torre da qual se tem falado. E sabemos
também que foram traduzidas pelo dom e poder de Deus, porque
assim nos foi declarado por sua voz; sabemos, portanto, com certe-
za, que a obra é verdadeira. E também testificamos que vimos as
gravações feitas nas placas; e que elas nos foram mostradas pelo
poder de Deus e não do homem. E declaramos solenemente que um
anjo de Deus desceu dos céus, trouxe-as e colocou-as diante de
nossos olhos, de maneira que vimos as placas e as gravações nelas
feitas e sabemos que é pela graça de Deus, o Pai, e de nosso Senhor
Jesus Cristo que vimos e testificamos que estas coisas são verdadei-
ras. E isto é maravilhoso aos nossos olhos. E a voz do Senhor orde-
nou-nos que prestássemos testemunho disto; portanto, para
obedecer aos mandamentos de Deus, prestamos testemunho destas
coisas. E sabemos que, se formos fiéis a Cristo, livraremos nossas
vestes do sangue de todos os homens e seremos declarados sem
mancha diante do tribunal de Cristo e habitaremos eternamente
com ele nos céus. E honra seja ao Pai e ao Filho e ao Espı́rito Santo,
que são um Deus. Amém.

Oliver Cowdery
David Whitmer
Martin Harris
viii

DEPOIMENTO DE OITO TESTEMUNHAS


Saibam todas as nações, tribos, lı́nguas e povos a quem esta obra
chegar, que Joseph Smith, Jr., o tradutor desta obra, mostrou-nos as
placas mencionadas, que têm a aparência de ouro; e que manusea-
mos tantas páginas quantas o dito Smith traduziu; e que também
vimos as gravações que elas contêm, as quais nos parecem ser uma
obra antiga e de execução esmerada. E isto testemunhamos solen
mente: que o dito Smith nos mostrou as placas, pois nós as vimos
e seguramos; e sabemos com certeza que o dito Smith possui as
placas de que falamos. E damos nossos nomes ao mundo para testi-
ficarmos ao mundo o que vimos. E não mentimos, Deus sendo teste-
munha disto.

Christian Whitmer Hiram Page


Jacob Whitmer Joseph Smith, Sênior
Peter Whitmer, Jr. Hyrum Smith
John Whitmer Samuel H. Smith
ix

TESTEMUNHO DO PROFETA JOSEPH SMITH


As palavras do próprio Profeta Joseph Smith sobre o aparecimento
do Livro de Mórmon são:
“Na noite de . . .vinte e um de setembro . . .(1823) . . .recorri à
oração e à súplica ao Deus Todo-Poderoso . . .
Enquanto estava assim suplicando a Deus, descobri uma luz sur-
gindo em meu quarto, a qual continuou a aumentar até o aposento
ficar mais iluminado do que ao meio-dia; imediatamente apareceu
ao lado de minha cama um personagem em pé, no ar, pois seus pés
não tocavam o solo.
Ele vestia uma túnica solta, da mais rara brancura. Era uma bran-
cura que excedia a qualquer coisa terrena que eu já vira; nem acredi-
to que qualquer coisa terrena possa parecer tão extraordinariamente
branca e brilhante. Tinha as mãos desnudas e os braços também, um
pouco acima dos pulsos; os pés também estavam desnudos, bem
como as pernas, um pouco acima dos tornozelos. A cabeça e o pesco-
ço também estavam nus. Verifiquei que não usava outra roupa além
dessa túnica, pois estava aberta, de modo que lhe podia ver o peito.
Não somente sua túnica era muito branca, mas toda a sua pessoa
era indescritivelmente gloriosa e seu semblante era verdadeiramen-
te como o relâmpago. O quarto estava muito claro, mas não tão
luminoso como ao redor de sua pessoa. No momento em que o vi,
tive medo; mas o medo logo desapareceu.
Chamou-me pelo nome e disse-me que era um mensageiro enviado
a mim da presença de Deus e que seu nome era Morôni; que Deus
tinha uma obra a ser executada por mim; e que o meu nome seria
considerado bom e mau entre todas as nações, tribos e lı́nguas, ou
que entre todos os povos se falaria bem e mal de meu nome.
Disse-me que havia um livro escondido, escrito em placas de ou-
ro, que continha um relato dos antigos habitantes deste continente,
assim como de sua origem e procedência. Disse também que o livro
continha a plenitude do evangelho eterno, tal como fora entregue
pelo Salvador aos antigos habitantes.
Disse também que havia duas pedras em aros de prata—e essas
pedras, presas a um peitoral, constituı́am o que é chamado Urim e
Tumim—depositadas com as placas; e que a posse e uso dessas
pedras era o que constituı́a os Videntes nos tempos antigos; e que
Deus as tinha preparado para serem usadas na tradução do livro.
*******
Disse-me que quando eu recebesse as placas sobre as quais havia
falado—porquanto o momento em que elas deveriam ser obtidas
ainda não chegara—a ninguém deveria mostrá-las; nem o peitoral
x

com o Urim e Tumim, salvo àqueles a quem me fosse ordenado


mostrá-los; e se eu o fizesse, seria destruı́do. Enquanto falava comi-
go a respeito das placas, minha mente abriu-se de tal modo que
visualizei o lugar em que estavam depositadas, e isto tão clara e
nitidamente que reconheci o local quando o visitei.
Após esta comunicação vi a luz do quarto começar a concentrar-se
imediatamente ao redor do personagem que estivera falando com
go e assim continuou até o quarto voltar à escuridão, exceto ao redor
dele; e imediatamente vi como se fora um conduto, que levava até
o céu, pelo qual ele ascendeu até desaparecer completamente; o
quarto voltou, então, ao estado em que estava antes de essa luz
celestial aparecer.
Fiquei meditando sobre a singularidade da cena, grandemente
maravilhado com o que me dissera o extraordinário mensageiro,
quando, em meio a minha meditação, descobri subitamente que
meu quarto começava novamente a ser iluminado e imediatamente
vi o mesmo mensageiro celestial outra vez ao lado de minha cama.
Relatou-me novamente, sem a mı́nima alteração, as mesmas coi-
sas que me dissera na primeira visita; a seguir me informou de
grandes julgamentos que recairiam sobre a Terra, com grandes de-
solações causadas pela fome, espada e peste; e que esses dolorosos
julgamentos recairiam sobre a Terra nesta geração. Tendo-me comu-
nicado estas coisas, novamente ascendeu, como fizera antes.
Tão profundas eram, então, as impressões causadas em minha
mente, que perdi o sono por completo, atônito com o que havia
visto e ouvido. Mas qual não foi minha surpresa quando vi nova-
mente o mesmo mensageiro ao lado de minha cama e ouvi-o repetir
as mesmas coisas que me dissera antes; e também advertiu-me, in-
formando-me que Satanás procuraria tentar-me (em conseqüência
da pobreza da famı́lia de meu pai) a obter as placas com o fim de
enriquecer-me. Proibiu-me isto, dizendo que eu não deveria ter
qualquer outro objetivo em vista, ao receber as placas, a não ser o de
glorificar a Deus; e que eu não deveria ser influenciado por qual-
quer outro motivo, senão o de edificar o seu reino; caso contrário,
não as poderia obter.
Após esta terceira visita ele ascendeu ao céu, como antes; e outra
vez fiquei meditando sobre a estranheza do que acabara de aconte-
cer; quase imediatamente após o mensageiro celestial ter ascendido
pela terceira vez, o galo cantou e vi que o dia se aproximava, de
modo que as entrevistas deviam ter durado toda aquela noite.
Pouco depois me levantei e, como de costume, fui cuidar dos
afazeres do dia; mas ao tentar trabalhar como normalmente fazia,
senti-me tão exausto que não consegui. Meu pai, que trabalhava
xi

perto de mim, percebeu que eu não estava bem e disse-me que fosse
para casa. Saı́ com essa intenção, mas ao tentar atravessar a cerca do
campo onde estávamos, faltaram-me as forças por completo e caı́
inerte ao solo, ficando completamente inconsciente durante algum
tempo.
A primeira coisa de que me lembro é uma voz chamando-me pelo
nome. Olhei para cima e vi o mesmo mensageiro acima de minha
cabeça, cercado de luz como antes. Repetiu-me tudo o que havia
relatado na noite anterior e ordenou-me que fosse contar a meu pai
a visão e os mandamentos que havia recebido.
Obedeci, voltando para onde estava meu pai, no campo, e relatei-
lhe todo o ocorrido. Ele respondeu-me que aquilo era obra de Deus
e disse-me que fizesse o que o mensageiro ordenara. Deixei o campo
e fui até o local onde o mensageiro dissera estarem depositadas as
placas; e, devido à nitidez da visão que tivera, referente ao local,
reconheci-o no instante em que lá cheguei.
Próximo à vila de Manchester, no Condado de Ontário, Estado de
Nova York, existe uma colina de considerável tamanho, sendo a
mais alta da redondeza. No lado oeste dessa colina, não muito dis-
tante do cume, sob uma pedra de considerável tamanho, estavam as
placas, depositadas em uma caixa de pedra. No meio, na parte supe-
rior, essa pedra era grossa e arredondada; era, porém, mais fina na
direção das extremidades, de modo que a parte central ficava visı́vel
acima do solo, mas as bordas em toda a volta estavam cobertas de
terra.
Tendo removido a terra, arranjei uma alavanca, introduzi-a sob a
borda da pedra e consegui levantá-la com um pequeno esforço.
Olhei e lá realmente vi as placas, o Urim e Tumim e o peitoral, como
afirmara o mensageiro. A caixa na qual se encontravam era formada
de pedras unidas por uma espécie de cimento. No fundo da caixa
havia duas pedras colocadas transversalmente e sobre estas estavam
as placas e as outras coisas.
Fiz uma tentativa de retirá-las, mas fui proibido pelo mensageiro,
que outra vez me informou ainda não haver chegado o momento de
retirá-las, dizendo que esse momento não chegaria a não ser quatro
anos após aquela data. Disse-me que eu deveria voltar àquele local
precisamente um ano mais tarde e que lá ele se encontraria comigo,
devendo eu continuar a assim proceder até que chegasse o tempo de
receber as placas.
De acordo com o que me fora ordenado, voltei lá ao fim de cada
ano e todas as vezes encontrei o mesmo mensageiro. Em cada uma
das entrevistas recebi dele instruções e conhecimento com respeito
xii

ao que o Senhor ia fazer e à maneira pela qual o seu reino deveria


ser conduzido nos últimos dias.
*******
Finalmente chegou a época de receber as placas, o Urim e Tumim
e o peitoral. No dia vinte e dois de setembro de mil oitocentos e
vinte e sete, tendo ido, como de costume, ao fim de mais um ano, ao
local onde estavam depositados, o mesmo mensageiro celestial en-
tregou-os a mim, com a advertência de que eu seria responsável por
eles; que se eu os deixasse extraviar por algum descuido ou negli-
gência, seria cortado; mas que se eu empregasse todos os esforços
para preservá-los até que ele, o mensageiro, os reclamasse, eles se-
riam protegidos.
Logo verifiquei a razão de tão severas recomendações para que os
guardasse em segurança e por que o mensageiro dissera que, quan-
do eu tivesse realizado o que me fora ordenado, ele viria buscá-los.
Pois tão logo se soube que estavam em meu poder, foram emprega-
dos os mais tenazes esforços para tirá-los de mim. Todos os estrata-
gemas possı́veis foram usados com esse propósito. A perseguição
tornou-se mais amarga e severa que antes e multidões mantinham-
se continuamente alertas para tirá-los de mim, se possı́vel. Mas pela
sabedoria de Deus eles continuaram seguros em minhas mãos até
que cumpri, por meio deles, o que me fora requerido. Quando o
mensageiro os reclamou, de acordo com o combinado, entreguei-os
a ele, que os tem sob sua guarda até esta data, dois de maio de mil
oitocentos e trinta e oito.”
Para a história completa, vide Joseph Smith—História, em Pérola
de Grande Valor, e History of the Church of Jesus Christ of Latter-day
Saints (História da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias), primeiro volume, capı́tulos de 1 a 6.
O registro antigo, assim saı́do da terra como a voz de um povo
falando do pó e traduzido para linguagem moderna pelo dom e
poder de Deus, conforme atestado por afirmação divina, foi publi-
cado pela primeira vez, em inglês, em 1830, como The Book of
Mormon.
xiii

BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE

O Livro de Mórmon
O Livro de Mórmon é um registro sagrado de povos da América
antiga e foi gravado em lâminas de metal. Quatro tipos de placas de
metal são mencionados no próprio livro:
1. Placas de Néfi , que eram de dois tipos: as Placas Menores e as
Placas Maiores. As primeiras eram mais particularmente dedic
das aos assuntos espirituais e ao ministério e ensinamentos dos
profetas, enquanto as últimas continham, em sua maior parte, a
história secular dos povos em questão (1 Néfi 9:2–4). Desde o
tempo de Mosias, entretanto, as placas maiores passaram também
a incluir assuntos de grande importância espiritual.
2. Placas de Mórmon , que contêm um resumo das Placas Maiores de
Néfi, feito por Mórmon, com diversos comentários. Estas placas
também contêm a continuação da história escrita por Mórmon e
adições feitas por seu filho Morôni.
3. Placas de Éter , que contêm a história dos jareditas. Este registro foi
resumido por Morôni, que inseriu comentários próprios e incor-
porou o registro à história geral, sob o tı́tulo de “Livro de Éter”.
4. Placas de Latão , trazidas de Jerusalém pelo povo de Leı́ em 600 a.C.
Estas placas continham “os cinco livros de Moisés . . . E também o
registro dos judeus, desde o princı́pio até o começo do reinado de
Zedequias, rei de Judá. E também as profecias dos santos profe-
tas” (1 Néfi 5:11–13). Muitas citações de Isaı́as e de outros profetas
bı́blicos e não-bı́blicos, que se encontram nestas placas, aparecem
no Livro de Mórmon.
O Livro de Mórmon contém quinze partes ou divisões principais
que, com exceção de uma, são chamadas livros, cada qual designado
pelo nome de seu autor principal. A primeira parte (os primeiros seis
livros, terminando em Ômni) é uma tradução das Placas Menores de
Néfi. Entre os livros de Ômni e Mosias há uma inserção chamada As
Palavras de Mórmon. Esta inserção liga o registro gravado nas Pla-
cas Menores ao resumo das Placas Maiores, feito por Mórmon.
A parte mais longa, de Mosias até o fim do capı́tulo 7 de Mórmon,
é a tradução do resumo das Placas Maiores de Néfi, feito por Mór-
mon. A parte final, do capı́tulo 8 de Mórmon ao fim do volume, foi
gravada por Morôni, filho de Mórmon, o qual, após terminar o regi
tro da vida de seu pai, fez um resumo do registro jaredita (chamado
Livro de Éter) e posteriormente adicionou as partes conhecidas co-
mo Livro de Morôni.
xiv

Por volta do ano 421 d.C., Morôni, o último dos profetas-historia-


dores nefitas, selou o registro sagrado e ocultou-o para o Senhor,
para ser trazido à luz nos últimos dias, como foi predito pela voz de
Deus por meio de seus profetas antigos. Em 1823 d.C., este mesmo
Morôni, então um personagem ressurreto, visitou o Profeta Joseph
Smith e subseqüentemente lhe entregou as placas gravadas.
Com respeito a esta edição: Nas edições anteriores do Livro de Mór-
mon publicadas em inglês perpetuaram-se alguns pequenos erros
que se refletiram na tradução para o português. Esta edição contém
as correções consideradas convenientes para que a obra se harmoni-
ze com os manuscritos originais, assim como com as primeiras edi-
ções revistas pelo Profeta Joseph Smith.
OS NOMES E A ORDEM DOS LIVROS DO

Livro de Mórmon
Nome Página
Primeiro Livro de Néfi . . . . . . . . . . . . . . .1
Segundo Livro de Néfi . . . . . . . . . . . . . . 59
Livro de Jacó . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Livro de Enos . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
Livro de Jarom . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Livro de Ômni . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
As Palavras de Mórmon . . . . . . . . . . . . . . 162
Livro de Mosias . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
Livro de Alma . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Livro de Helamã . . . . . . . . . . . . . . . . 429
Terceiro Néfi . . . . . . . . . . . . . . . . . . 475
Quarto Néfi . . . . . . . . . . . . . . . . . . 542
Livro de Mórmon . . . . . . . . . . . . . . . . 546
Livro de Éter . . . . . . . . . . . . . . . . . . 568
Livro de Morôni. . . . . . . . . . . . . . . . . 604
Primeiro Livro de Néfi

SEU GOVERNO E MINISTÉRIO

R elato sobre Leı́, sua mulher Saria e seus quatro filhos, que se
chamavam (a começar pelo mais velho) Lamã, Lemuel, Sam e
Néfi. O Senhor avisa a Leı́ que saia da terra de Jerusalém, porque ele
profetiza ao povo acerca de sua iniqüidade e eles procuram tirar-lhe
a vida. Ele viaja durante três dias através do deserto, com sua fa-
mı́lia. Néfi toma seus irmãos e volta à terra de Jerusalém, em busca
do registro dos judeus. O relato de seus sofrimentos. Tomam as
filhas de Ismael para esposas. Tomam suas famı́lias e vão para o
deserto. Seus sofrimentos e aflições no deserto. Rota de suas via-
gens. Chegam às grandes águas. Rebelião dos irmãos contra Néfi.
Ele confunde-os e constrói um barco. Dão ao lugar o nome de Abun-
dância. Atravessam as grandes águas, indo para a terra da promis-
são, e assim por diante. Isto, segundo o relato de Néfi; ou, em outras
palavras, eu, Néfi, escrevi este registro.

CAPÍTULO 1 rido um grande conhecimento


da bondade e dos fmistérios de
Néfi inicia o registro de seu povo— Deus, faço, por isso, um gregis-
Em visão, Leı́ vê uma coluna de tro de meus feitos durante mi-
fogo e lê um livro de profecias— nha vida.
Louva a Deus, prediz a vinda do 2 Sim, faço um registro na alı́n-
Messias e profetiza a destruição de gua de meu pai, que consiste no
Jerusalém — É perseguido pelos conhecimento dos judeus e na
judeus. Aproximadamente 600 a.C. lı́ngua dos egı́pcios.
3 E sei que o registro que faço
E U, aNéfi, tendo nascido de
b
bons cpais, recebi, portanto,
alguma dinstrução em todo o
é a verdadeiro; e faço-o com
minhas próprias mãos e faço-o
de acordo com o meu conheci-
conhecimento de meu pai; e
mento.
tendo passado muitas eaflições
4 Pois aconteceu no começo do
no decurso de meus dias, fui, a
primeiro ano do reinado de
não obstante, altamente favore- b
Zedequias, rei de Judá (tendo
cido pelo Senhor em todos os
meu pai, Leı́, morado todos os
meus dias; sim, havendo adqui-
seus dias em cJerusalém); e apa-
[1 néfi] e gee Adversidade. D&C 17:6.
1 1a gee Néfi, Filho de Leı́. f gee Mistérios de Deus. 4 a gee Cronologia—
b Prov. 22:1. g gee Escrituras. 598 a.C.
c D&C 68:25, 28. 2 a Mos. 1:2–4; b II Crôn. 36:10;
gee Pais. Mórm. 9:32–33. Jer. 52:3–5;
d En. 1:1; Mos. 1:2–3. 3 a 1 Né. 14:30; Mos. 1:6; Ômni 1:15.
gee Ensinar, Mestre. Ét. 5:1–3; c I Crôn. 9:3.
1 Néfi 1:5–15 2
receram muitos dprofetas, nesse 10 E viu também adoze outros
mesmo ano, profetizando ao que o seguiam; e seu brilho ex-
povo que todos deveriam arre- cedia ao das estrelas no firma-
pender-se ou a grande cidade mento.
de eJerusalém precisaria ser des- 11 E eles desceram e andaram
truı́da. pela face da Terra; e o primeiro
5 Portanto aconteceu que meu veio e colocou-se diante de meu
pai, aLeı́, enquanto seguia seu pai; e deu-lhe um alivro e orde-
caminho, orou ao Senhor, sim, nou-lhe que o lesse.
de todo o bcoração, em favor de 12 E aconteceu que, enquanto
seu povo. lia, ele ficou cheio do aEspı́rito
6 E aconteceu que enquanto do Senhor.
ele orava ao Senhor, apareceu 13 E ele leu, dizendo: Ai, ai de
uma acoluna de fogo que per- Jerusalém, pois vi tuas aabomi-
maneceu sobre uma rocha, dian- nações! Sim, e meu pai leu mui-
te dele; e foi muito o que ele tas coisas concernentes a bJeru-
viu e ouviu; e tremeu e estreme- salém—que ela seria destruı́da,
ceu intensamente por causa das assim como seus habitantes;
coisas que viu e ouviu. muitos morreriam pela espada e
7 E aconteceu que ele retornou muitos seriam clevados cativos
para sua casa em Jerusalém e jo- para a Babilônia.
gou-se sobre a cama, adominado 14 E aconteceu que depois de
pelo Espı́rito e pelas coisas que ter lido e visto muitas coisas
vira. grandes e maravilhosas, meu
8 E estando desta maneira pai prorrompeu em exclama-
dominado pelo Espı́rito, foi ar- ções ao Senhor, tais como: Gran-
rebatado em uma avisão e viu os des e maravilhosas são as tuas
b
céus abertos e pensou ter visto obras, ó Senhor Deus Todo-Po-
Deus sentado em seu trono, ro- deroso! Alto nos céus está o teu
deado de inumeráveis multi- trono; e teu poder e bondade e
dões de anjos, na atitude de misericórdia estendem-se sobre
cantar e louvar a seu Deus. todos os habitantes da Terra; e
9 E aconteceu que ele viu Um porque és misericordioso, não
que descia do meio do céu; e viu permitirás que pereçam aqueles
que o seu aresplendor era maior que avierem a ti.
que o do sol ao meio-dia. 15 E era desta maneira que
4 d II Re. 17:13–15; JS—H 1:16. 11a Eze. 2:9.
II Crôn. 36:15–16; 7 a Dan. 10:8; 1 Né. 17:47; 12a D&C 6:15.
Jer. 7:25–26. Mois. 1:9–10; 13a II Re. 24:18–20;
gee Profeta. JS—H 1:20. II Crôn. 36:14.
e Jer. 26:18; 2 Né. 1:4; 8 a 1 Né. 5:4. gee Visão. b II Re. 23:27; 24:2;
Hel. 8:20. b Eze. 1:1; At. 7:55–56; Jer. 13:13–14;
5 a gee Leı́, Pai de Néfi. 1 Né. 11:14; 2 Né. 1:4.
b Tg. 5:16. Hel. 5:45–49; c II Re. 20:17–18;
6 a Êx. 13:21; D&C 137:1. 2 Né. 25:10; Ômni 1:15.
Hel. 5:24, 43; 9 a JS—H 1:16–17. 14a Al. 5:33–36;
D&C 29:12; 10a gee Apóstolo. 3 Né. 9:14.
3 1 Néfi 1:16–2:1
meu pai falava, ao louvar seu que as coisas que vira e ouvira
Deus; pois sua alma regozijava- e também as coisas que havia
se e todo o seu coração estava lido no livro manifestavam cla-
cheio por causa das coisas que ramente a vinda de um bMessias
vira, sim, que o Senhor lhe ha- e também a redenção do mun-
via mostrado. do.
16 E agora eu, Néfi, não faço 20 E quando ouviram estas coi-
um relato completo das coisas sas, os judeus iraram-se contra
que meu pai escreveu, pois ele ele; sim, como haviam feito com
escreveu muitas coisas que viu os profetas antigos, a quem ti-
em visões e em sonhos; e tam- nham aexpulsado e apedrejado
bém escreveu muitas coisas que e matado; e procuraram também
a
profetizou e disse a seus filhos, tirar-lhe a vida. E eis, porém,
das quais não farei um relato que eu, Néfi, vos mostrarei que
completo. as ternas bmisericórdias do Se-
17 Farei, porém, um relato dos nhor estão sobre todos aqueles
meus feitos em meus dias. Eis que ele escolheu por causa de
que escrevo um aresumo do re- sua fé, para torná-los fortes com
gistro de meu pai nas placas que o poder de libertação.
fiz com minhas próprias mãos;
então, depois de haver resu-
CAPÍTULO 2
mido o bregistro de meu pai, fa-
rei um relato de minha própria
Leı́ leva a famı́lia para o deserto
vida.
junto ao Mar Vermelho—Abando-
18 Portanto quero que saibais
nam seus bens—Leı́ oferece um sa-
que, depois de o Senhor ter
crifı́cio ao Senhor e ensina os filhos
mostrado a meu pai, Leı́, tantas
a guardarem os mandamentos—
coisas maravilhosas, sim, refe-
Lamã e Lemuel murmuram contra
rentes à adestruição de Jerusa-
o pai—Néfi é obediente e ora com
lém, eis que este se dirigiu ao
fé; o Senhor fala com ele e escolhe-o
povo e começou a bprofetizar e
para governar os irmãos. Aproxi-
a declarar as coisas que vira e
madamente 600 a.C.
ouvira.
19 E aconteceu que os judeus Pois eis que aconteceu ter o Se-
a
escarneceram dele pelas coisas nhor falado a meu pai, sim, num
que testificava a respeito deles; sonho, dizendo: Bendito és tu,
pois verdadeiramente testifica- Leı́, pelas coisas que fizeste; e
va a respeito de suas iniqüida- porque foste fiel e declaraste a
des e abominações; e testificava este povo as coisas que te orde-

16a 1 Né. 7:1. D&C 5:20. b gee Messias.


17a 1 Né. 9:2–5. b gee Profecia, 20a Hel. 13:24–26.
b 1 Né. 6:1–3; 19:1–6; Profetizar. b Al. 34:38;
2 Né. 5:29–33; 19a II Crôn. 36:15–16; D&C 46:15.
D&C 10:38–46. Jer. 25:4; gee Misericórdia,
18a 2 Né. 25:9–10; 1 Né. 2:13; 7:14. Misericordioso.
1 Néfi 2:2–13 4
nei, eis que procuram atirar-te a que desaguava no Mar Verme-
vida. lho, o nome de Lamã; e o vale
2 E aconteceu que o Senhor ficava nas margens, perto de sua
a
ordenou a meu pai, num bso- desembocadura.
nho, que cpartisse com a famı́lia 9 E quando meu pai viu que as
para o deserto. águas do rio desaguavam na
3 E aconteceu que ele foi aobe- fonte do Mar Vermelho, falou a
diente à palavra do Senhor; Lamã, dizendo: Oh! Tu pode-
fez, portanto, o que o Senhor rias ser como este rio, continua-
lhe ordenara. mente correndo para a fonte de
4 E aconteceu que ele partiu toda retidão!
para o deserto. E deixou sua 10 E também disse a Lemuel:
casa e a terra de sua herança e Oh! Tu poderias ser como este
seu ouro e sua prata e suas coi- vale, firme, constante e imutável
sas preciosas; e nada levou con- em guardar os mandamentos do
sigo, a não ser sua famı́lia e Senhor!
provisões e tendas; e apartiu pa- 11 Ora, isto ele disse por causa
ra o deserto. da obstinação de Lamã e Le-
5 E desceu pelos limites perto muel; porque eis que amurmu-
da costa do aMar Vermelho; e ravam a respeito de muitas coi-
viajou pelo deserto, do lado sas contra seu bpai, que ele era
mais próximo do Mar Verme- um cvisionário e os havia tirado
lho; e viajou pelo deserto com da terra de Jerusalém, fazendo-
sua famı́lia, que consistia em mi- os deixar a terra de sua herança
nha mãe, Saria, e meus irmãos e seu ouro e sua prata e suas coi-
mais velhos, bLamã, Lemuel e sas preciosas, para morrerem no
Sam. deserto. E diziam que ele havia
6 E aconteceu que depois de feito isso por causa das loucas
haver viajado três dias pelo de- fantasias de seu coração.
serto, ele armou sua tenda num 12 E assim Lamã e Lemuel,
a
vale, à margem de um rio de sendo os mais velhos, murmura-
águas. vam contra o pai. E murmura-
7 E aconteceu que construiu vam por a desconhecerem os
um aaltar de bpedras e fez uma procedimentos daquele Deus
oferta ao Senhor e rendeu cgra- que os havia criado.
ças ao Senhor nosso Deus. 13 Nem acreditavam que Jeru-
8 E aconteceu que deu ao rio, salém, aquela grande cidade,

2 1a 1 Né. 7:14. 4 a 1 Né. 10:4; 19:8. Deut. 27:5–6.


2 a 1 Né. 5:8; 17:44. 5 a 1 Né. 16:14; c gee Ação de Graças,
b gee Sonho. D&C 17:1. Agradecido,
c Gên. 12:1; b gee Lamã. Agradecimento.
2 Né. 10:20; 6 a 1 Né. 9:1. 11a 1 Né. 17:17.
Ét. 1:42; Abr. 2:3. 7 a Gên. 12:7–8; gee Murmurar.
3 a gee Obedecer, Êx. 24:4; b Prov. 20:20.
Obediência, Abr. 2:17. c 1 Né. 5:2–4.
Obediente. b Êx. 20:25; 12a Mois. 4:6.
5 1 Néfi 2:14–24
pudesse ser adestruı́da confor- não quiseram dar ouvidos a mi-
me as palavras dos profetas. E nhas palavras; e aaflito pela du-
assemelhavam-se aos judeus reza de seu coração, roguei ao
que estavam em Jerusalém, que Senhor por eles.
procuravam tirar a vida de meu 19 E aconteceu que o Senhor
pai. me falou, dizendo: Bendito és
14 E aconteceu que meu pai tu, Néfi, por causa de tua afé,
lhes falou no vale de Lemuel, porque me procuraste diligente-
com apoder, estando cheio do mente, com humildade de cora-
Espı́rito, até btremerem diante ção.
dele; e confundiu-os, de modo 20 E se guardares meus man-
que não ousaram falar contra damentos, aprosperarás e serás
ele; portanto fizeram o que ele conduzido a uma bterra de pro-
lhes ordenou. missão; sim, uma terra que pre-
15 E habitou meu pai numa parei para ti; sim, uma terra
tenda. escolhida acima de todas as ou-
16 E aconteceu que eu, Néfi, tras terras.
sendo muito jovem, embora de 21 E se teus irmãos se rebela-
grande estatura, e tendo tam- rem contra ti, serão aafastados
bém grande desejo de saber dos da presença do Senhor.
a
mistérios de Deus, clamei, por- 22 E se guardares meus man-
tanto, ao Senhor; e eis que ele damentos, serás feito agover-
me bvisitou e centerneceu meu nante e mestre de teus irmãos.
coração, de maneira que dacredi- 23 Pois eis que no dia em que
tei em todas as palavras que se rebelarem contra mim, eu os
meu epai dissera; por esta razão a
amaldiçoarei com dolorosa
não me revoltei contra ele, como maldição e não terão poder so-
meus irmãos. bre a tua semente, a menos que
17 E falei a Sam, contando-lhe ela também se rebele contra
as coisas que o Senhor me havia mim.
manifestado por meio de seu 24 E se acontecer que ela se re-
Santo Espı́rito. E aconteceu que bele contra mim, eles serão um
a
ele acreditou em minhas pala- flagelo para teus descendentes,
vras. a fim de blevá-los aos caminhos
18 Mas eis que Lamã e Lemuel da lembrança.

13a Jer. 13:14; d 1 Né. 11:5. gee Terra da


1 Né. 1:13. e gee Pai Terreno; Promissão.
14a gee Poder. Profeta. 21a 2 Né. 5:20–24;
b 1 Né. 17:45. 18a Al. 31:24; Al. 9:13–15; 38:1.
16 a gee Mistérios de 3 Né. 7:16. 22a Gên. 37:8–11;
Deus. 19a 1 Né. 7:12; 15:11. 1 Né. 3:29.
b Salm. 8:4; 20a Jos. 1:7; 23a Deut. 11:28;
Al. 17:10; 1 Né. 4:14; 1 Né. 12:22–23;
D&C 5:16. Mos. 1:7. D&C 41:1.
gee Revelação. b Deut. 33:13–16; 24a Jos. 23:13;
c I Re. 18:37; 1 Né. 5:5; 7:13; Juı́. 2:22–23.
Al. 5:7. Mois. 7:17–18. b 2 Né. 5:25.
1 Néfi 3:1–14 6
CAPÍTULO 3 se a meu pai: Eu airei e cumpri-
rei as ordens do Senhor, porque
Os filhos de Leı́ retornam a Jerusa- sei que o Senhor nunca dá bor-
lém para obter as placas de latão— dens aos filhos dos homens sem
Labão recusa-se a entregar as antes cpreparar um caminho pe-
placas—Néfi exorta e encoraja seus lo qual suas ordens possam ser
irmãos—Labão rouba-lhes os bens e cumpridas.
tenta matá-los — Lamã e Lemuel 8 E aconteceu que quando meu
agridem Néfi e Sam e são reprova- pai ouviu estas palavras, rejubi-
dos por um anjo. Aproximadamente lou-se, porque compreendeu
600–592 a.C. que o Senhor me havia abençoa-
do.
E aconteceu que eu, Néfi, de- 9 E eu, Néfi, e meus irmãos em-
pois de haver falado com o Se- preendemos a viagem pelo de-
nhor, voltei à tenda de meu pai. serto com nossas tendas, para
2 E aconteceu que ele me falou, subirmos à terra de Jerusalém.
dizendo: Eis que sonhei um aso- 10 E aconteceu que, tendo su-
nho, no qual o Senhor me orde- bido à terra de Jerusalém, eu e
nou que tu e teus irmãos voltás- meus irmãos pusemo-nos a deli-
seis a Jerusalém. berar.
3 Pois eis que Labão possui o 11 E alançamos sortes, para ver
registro dos judeus e também qual de nós iria à casa de Labão.
uma agenealogia de meus ante- E aconteceu que a sorte caiu so-
passados; e eles estão gravados bre Lamã; e Lamã foi à casa de
em placas de latão. Labão e falou com ele, enquanto
4 Ordenou-me o Senhor, por- estava sentado em sua casa.
tanto, que tu e teus irmãos fôs- 12 E pediu a Labão os registros
seis à casa de Labão buscar os que estavam gravados nas pla-
registros e os trouxésseis aqui cas de latão, que continham a
a
para o deserto. genealogia de meu pai.
5 E agora, eis que teus irmãos 13 E eis que Labão se irou e ex-
murmuram, dizendo que lhes pulsou-o de sua presença; e re-
p e d i u m a c o i s a d i f ı́ c i l ; e i s , cusou-se a dar-lhe os registros.
porém, que não sou eu quem o Portanto, disse-lhe: Eis que tu és
pede, mas é uma ordem do Se- um ladrão e vou matar-te.
nhor. 14 Lamã, porém, fugiu de sua
6 Vai, portanto, meu filho, e presença e contou-nos o que
serás abençoado pelo Senhor, Labão havia feito. E começa-
porque anão murmuraste. mos a afligir-nos grandemente e
7 E aconteceu que eu, Néfi, dis- meus irmãos estavam prestes a

3 2a gee Sonho. gee Fé; Obedecer, Filip. 4:13;


3 a 1 Né. 5:14. Obediência, 1 Né. 17:3, 50;
6 a gee Apoio aos Obediente. D&C 5:34.
Lı́deres da Igreja. b gee Mandamentos de 11a Nee. 10:34;
7 a I Sam. 17:32; Deus. At. 1:26.
I Re. 17:11–15. c Gên. 18:14; 12a 1 Né. 3:3; 5:14.
7 1 Néfi 3:15–28
voltar para junto de meu pai no palavras, persuadi meus irmãos
deserto. a permanecerem fiéis aos man-
15 Mas eis que eu lhes disse: damentos de Deus.
Assim como vive o Senhor e vi- 22 E aconteceu que descemos à
vemos nós, não desceremos pa- terra de nossa herança e reco-
ra o deserto onde está nosso pai lhemos nosso aouro e nossa pra-
até havermos cumprido o que o ta e nossas coisas preciosas.
Senhor nos ordenou. 23 E depois de havermos reu-
16 Sejamos, portanto, fiéis aos nido essas coisas, subimos nova-
mandamentos do Senhor; desça- mente à casa de Labão.
mos, pois, à terra da aherança 24 E aconteceu que entramos
de nosso pai, porque ele deixou na casa de Labão e pedimos-lhe
ouro e prata e toda espécie de que nos entregasse os registros
riquezas. E tudo isso ele fez que estavam gravados nas apla-
por causa dos bmandamentos do cas de latão, pelos quais lhe da-
Senhor. rı́amos nosso ouro e nossa prata
17 Porque ele sabia que Jerusa- e todas as nossas coisas precio-
lém deveria ser adestruı́da por sas.
causa da iniqüidade do povo. 25 E aconteceu que quando
18 Pois eis que arejeitaram as Labão viu que nossos bens eram
palavras dos profetas. Portanto, muitos, acobiçou-os, de modo
se meu pai permanecesse na ter- que nos pôs para fora e enviou
ra depois de haver recebido bor- seus servos para nos matarem, a
dem de fugir, eis que pereceria fim de apoderar-se de nossos
também. Assim, foi necessário bens.
que fugisse da terra. 26 E aconteceu que fugimos
19 E eis que é sábio para Deus dos servos de Labão e fomos
que obtenhamos esses aregis- obrigados a abandonar nossos
tros, para que preservemos para bens; e eles caı́ram nas mãos de
nossos filhos o idioma de nossos Labão.
pais. 27 E aconteceu que fugimos
20 E também para que lhes para o deserto e os servos de La-
a
preservemos as palavras que bão não nos alcançaram; e es-
foram proferidas pela boca de condemo-nos na cavidade de
todos os santos profetas, as uma rocha.
quais lhes foram dadas pelo Es- 28 E aconteceu que Lamã se
pı́rito e poder de Deus desde o enfureceu comigo e também
começo do mundo até o tempo com meu pai; e também Le-
presente. muel, porque deu ouvidos às
21 E aconteceu que, com essas palavras de Lamã. Lamã e Le-

16a 1 Né. 2:4. Rebelião. escrituras devem ser


b 1 Né. 2:2; 4:34. b 1 Né. 16:8. preservadas.
17a II Crôn. 36:16–20; 19 a Ômni 1:17; 22a 1 Né. 2:4.
Jer. 39:1–9; 1 Né. 1:13. Mos. 1:2–6. 24a 1 Né. 3:3.
18a gee Rebeldia, 20a gee Escrituras—As 25a gee Cobiçar.
1 Néfi 3:29–4:6 8
muel usaram, portanto, de aex- vamente a Jerusalém e sejamos
a
pressões rudes para conosco, fiéis aos mandamentos do Se-
seus irmãos mais jovens; e açoi- nhor; pois eis que ele é mais po-
taram-nos com uma vara. deroso que toda a terra. Por que,
29 E aconteceu que enquanto então, não há de ser bmais pode-
nos açoitavam com uma vara, roso que Labão e seus cinqüen-
apareceu um aanjo do Senhor ta, sim, ou mesmo suas dezenas
que, pondo-se à frente deles, de milhares?
lhes disse: Por que açoitais vos- 2 Subamos, portanto; sejamos
a
so irmão mais jovem com uma fortes como bMoisés; porque ele
vara? Não sabeis que o Senhor o por certo falou às águas do cMar
escolheu para ser vosso bgover- Vermelho e elas dividiram-se
nante, devido a vossa iniqüida- para um e outro lado; e nossos
de? Eis que tornareis a subir a pais saı́ram do cativeiro passan-
Jerusalém e o Senhor entregará do sobre terra seca; e foram se-
Labão em vossas mãos. guidos pelos exércitos de Faraó,
30 E depois de nos haver fala- que se afogaram nas águas do
do, o aanjo partiu. Mar Vermelho.
31 E depois que o anjo partiu, 3 Agora, eis que sabeis que isso
Lamã e Lemuel começaram no- é verdade; e sabeis também que
vamente a amurmurar, dizendo: um aanjo vos falou; como, pois,
Como é possı́vel que o Senhor podeis duvidar? Subamos; o
entregue Labão em nossas mãos? Senhor tem poder para livrar-
Eis que ele é um homem pode- nos, como livrou nossos pais; e
roso e pode comandar cinqüen- para destruir Labão, como des-
ta, sim, ele pode mesmo matar truiu os egı́pcios.
cinqüenta; por que não a nós? 4 Ora, depois de haver eu dito
estas palavras, ainda estavam
irritados e continuaram a mur-
CAPÍTULO 4
murar; não obstante, seguiram-
me até chegarmos às muralhas
Néfi mata Labão por ordem do Se-
de Jerusalém.
nhor e depois se apodera das placas
5 E era noite; e eu fiz com que
de latão por meio de um estratage-
se escondessem fora das mura-
ma—Zorã decide unir-se à famı́lia
lhas. E depois de se haverem
de Leı́ no deserto. Aproximadamen-
eles escondido, eu, Néfi, pene-
te 600–592 a.C.
trei sorrateiramente na cidade e
E aconteceu que falei a meus dirigi-me à casa de Labão.
irmãos, dizendo: Subamos no- 6 E fui aconduzido pelo Espı́ri-
28a 1 Né. 17:17–18. 4 1a gee Coragem, 1 Né. 17:26;
29a 1 Né. 4:3; 7:10. Corajoso; Fé. Mos. 7:19.
gee Anjos. b 1 Né. 7:11–12. 3 a 1 Né. 3:29–31; 7:10.
b 1 Né. 2:22. 2 a Deut. 11:8. 6 a gee Espı́rito Santo;
30a 1 Né. 16:38. b gee Moisés. Inspiração, Inspirar.
31a gee Murmurar. c Êx. 14:21;
9 1 Néfi 4:7–20
to, não bsabendo de antemão o 14 E então quando eu, Néfi,
que deveria fazer. ouvi estas palavras, lembrei-me
7 Não obstante, segui em fren- das palavras que o Senhor me
te e, chegando perto da casa de dissera no deserto: aSe a tua se-
Labão, vi um homem que havia mente guardar os meus bman-
caı́do no chão, diante de mim, damentos, cprosperará na dterra
porque estava bêbado de vinho. da promissão.
8 E aproximando-me dele, vi 15 Sim, e pensei também que
que era Labão. eles não poderiam guardar os
9 E vi a sua aespada e tirei-a da mandamentos do Senhor, se-
bainha; e o punho era de ouro gundo a lei de Moisés, a menos
puro, trabalhado de modo ad- que tivessem a lei.
mirável; e vi que sua lâmina era 16 Sabia também que a alei es-
do mais precioso aço. tava gravada nas placas de la-
10 E aconteceu que fui acompe- tão.
lido pelo Espı́rito a matar Labão; 17 E também sabia que o Se-
mas disse em meu coração: nhor havia entregado Labão em
Nunca fiz correr sangue huma- minhas mãos por este motivo—
no. E contive-me; e desejei não para que eu pudesse obter os re-
ter de matá-lo. gistros, de acordo com os seus
11 E o Espı́rito disse-me outra mandamentos.
vez: Eis que o aSenhor o entre- 18 Obedeci, portanto, à voz do
gou em tuas mãos. Sim, e eu sa- Espı́rito e peguei Labão pelos
bia também que ele procurara cabelos e cortei-lhe a cabeça
tirar-me a vida e que não daria com sua própria aespada.
ouvidos aos mandamentos do 19 E depois de ter-lhe cortado
Senhor; e também se bapoderara a cabeça com sua própria espa-
de nossos bens. da, tirei-lhe as vestimentas e co-
12 E aconteceu que o Espı́rito loquei-as sobre o meu próprio
me disse outra vez: Mata-o, pois corpo; sim, cada uma delas; e
o Senhor entregou-o em tuas cingi meus lombos com a sua ar-
mãos. madura.
13 Eis que o Senhor amata os 20 E depois de haver feito isso,
b
inı́quos, para que sejam cum- dirigi-me ao tesouro de Labão. E
pridos seus justos desı́gnios. quando me dirigia ao tesouro de
c
Melhor é que pereça um ho- Labão, eis que vi o aservo de La-
mem do que uma nação dege- bão que guardava as chaves do
nere e pereça na incredulidade. tesouro. E, com a voz de Labão,

6 b Heb. 11:8. D&C 98:31–32. de Deus.


9 a 2 Né. 5:14; b gee Iniqüidade, c 1 Né. 2:20.
D&C 17:1. Inı́quo. d 1 Né. 17:13–14;
10a Al. 14:11. c Al. 30:47. Jacó 2:12.
11a I Sam. 17:41–49. 14a Ômni 1:6; Mos. 2:22; 16a gee Lei de Moisés.
b 1 Né. 3:26. Ét. 2:7–12. 18a I Sam. 17:51.
13a 1 Né. 17:33–38; b gee Mandamentos 20a 2 Né. 1:30.
1 Néfi 4:21–36 10
ordenei-lhe que me seguisse ao mãos, pôs-se a tremer e estava
tesouro. para fugir de mim e voltar para
21 E ele supôs que eu fosse seu a cidade de Jerusalém.
amo Labão, porque viu as vesti- 31 E agora eu, Néfi, sendo um
mentas e também a espada que homem de grande estatura e ha-
eu levava à cintura. vendo também recebido muita
a
22 E falou-me a respeito dos força do Senhor, lancei-me so-
anciãos dos judeus, pois sabia bre o servo de Labão e segurei-
que seu amo, Labão, havia esta- o, para que não fugisse.
do com eles durante a noite. 32 E aconteceu que eu lhe disse
23 E eu falei-lhe como se fora que, se ouvisse minhas palavras,
Labão. assim como o Senhor vive e vivo
24 E disse-lhe também que eu eu, se ouvisse minhas palavras,
levaria as gravações que esta- poupar-lhe-ı́amos a vida.
vam nas aplacas de latão a meus 33 E disse-lhe, sob ajuramento,
irmãos mais velhos, que esta- que não precisava temer; que
vam fora das muralhas. seria um homem livre como
25 E também ordenei-lhe que nós, se descesse conosco ao de-
me seguisse. serto.
26 E supondo ele que eu me 34 E também lhe disse: Certa-
referisse aos irmãos da igreja e mente o Senhor nos aordenou
que eu verdadeiramente fosse que procedêssemos assim; e não
Labão, a quem eu havia matado, seremos diligentes em guardar
seguiu-me. os mandamentos do Senhor? Se
27 E falou-me muitas vezes so- quiseres, portanto, descer ao de-
bre os anciãos dos judeus, en- serto, ao encontro de meu pai,
quanto eu me dirigia para meus terás lugar conosco.
irmãos que estavam fora das 35 E aconteceu que aZorã criou
muralhas. coragem com minhas palavras.
28 E aconteceu que quando me Ora, Zorã era o nome do servo;
viu, Lamã ficou com muito me- e ele prometeu que desceria
do e também Lemuel e Sam. E para o deserto até o lugar onde
fugiram de mim, porque pensa- estava nosso pai. Sim, e jurou
ram que eu fosse Labão e que t a m b é m q u e p e r m a n e c e r i a
ele me houvesse matado; e que conosco daquele momento em
procurasse também tirar-lhes a diante.
vida. 36 Ora, desejávamos que ele
29 E aconteceu que os chamei e permanecesse conosco para que
eles me ouviram; portanto para- os judeus não soubessem de
ram de fugir de mim. nossa fuga para o deserto, com
30 E aconteceu que quando o receio de que nos perseguissem
servo de Labão viu meus ir- para destruir-nos.

24a 1 Né. 3:12, 19–24; Al. 56:56. 35a 1 Né. 16:7;


5:10–22. 33a gee Juramento. 2 Né. 5:5–6.
31a Mos. 9:17; 34a 1 Né. 2:2; 3:16. gee Zorã, Zoramitas.
11 1 Néfi 4:37–5:9
37 E aconteceu que quando nha mãe se queixava de meu
Zorã nos fez o ajuramento, nos- pai.
sos temores cessaram a seu res- 4 E aconteceu que meu pai lhe
peito. respondeu, dizendo: Sei que
38 E aconteceu que tomamos sou um avisionário, pois se não
as placas de latão e o servo de houvesse visto as coisas de Deus
Labão e partimos para o deser- numa bvisão não teria conheci-
to; e viajamos até a tenda de do a bondade de Deus, mas te-
nosso pai. ria permanecido em Jerusalém e
perecido com meus irmãos.
5 Eis que obtive, porém, uma
CAPÍTULO 5 a
terra de promissão, pelo que
me regozijo; sim, e bsei que o Se-
Saria queixa-se de Leı́—Ambos se
nhor livrará meus filhos das
regozijam com o retorno de seus
mãos de Labão e no-los devol-
filhos—Eles oferecem sacrifı́cios—
verá no deserto.
As placas de latão contêm escritos
6 E com essas palavras meu
de Moisés e dos profetas—As pla-
pai, Leı́, confortava minha mãe,
cas identificam Leı́ como descen-
Saria, a nosso respeito, en-
dente de José—Leı́ profetiza a res-
quanto viajávamos pelo deserto
peito de sua semente e da preserva-
para a terra de Jerusalém a fim
ção das placas. Aproximadamente
de obtermos o registro dos ju-
600–592 a.C.
deus.
E aconteceu que depois de 7 E quando voltamos à tenda
havermos descido para o deser- de meu pai, eis que sua alegria
to até nosso pai, eis que ele foi completa e minha mãe ficou
se encheu de alegria; e minha confortada.
mãe, aSaria, também se alegrou 8 E ela falou, dizendo: Agora
muito, pois verdadeiramente sei com certeza que o Senhor
a
havia pranteado por nossa cau- ordenou a meu marido que fu-
sa. gisse para o deserto; sim, e te-
2 Pois ela pensara que havı́a- nho também certeza de que o
mos perecido no deserto e quei- Senhor protegeu meus filhos e
xara-se também de meu pai, livrou-os das mãos de Labão; e
acusando-o de visionário, di- deu-lhes o poder de bexecuta-
zendo: Eis que tu nos tiraste da rem o que o Senhor lhes havia
terra de nossa herança e meus ordenado. E desse modo ela fa-
filhos já não existem; e nós pere- lou.
ceremos no deserto. 9 E aconteceu que se regozija-
3 E era desse modo que mi- ram muito e ofereceram asacrifı́-

37 a Jos. 9:1–21; Ecles. 5:4. gee Visão. 8 a 1 Né. 2:2.


gee Juramento. 5 a 1 Né. 2:20; 18:8, 22–23. b 1 Né. 3:7.
5 1a gee Saria. gee Terra da 9 a Mos. 2:3;
4 a 1 Né. 2:11. Promissão. 3 Né. 9:19–20.
b 1 Né. 1:8–13. b gee Fé. gee Lei de Moisés.
1 Néfi 5:10–21 12
cios e holocaustos ao Senhor; e 15 E foram também atirados do
renderam bgraças ao Deus de cativeiro e da terra do Egito pelo
Israel. mesmo Deus que os havia pre-
10 E depois de haverem rendi- servado.
do graças ao Deus de Israel, 16 E assim meu pai, Leı́, desco-
meu pai, Leı́, tomou os registros briu a genealogia de seus pais.
que estavam gravados nas apla- Labão também era descendente
cas de latão e examinou-os des- de a José, razão por que ele e
de o princı́pio. seus antepassados haviam man-
11 E viu que continham os cin- tido os registros.
co alivros de Moisés, que faziam 17 E então, quando meu pai
um relato da criação do mundo viu todas essas coisas, encheu-
e também de Adão e Eva, que se do Espı́rito e começou a pro-
foram os nossos primeiros pais. fetizar sobre seus descenden-
12 E também um aregistro dos tes—
judeus, desde o princı́pio até o 18 Que essas placas de latão i-
começo do reinado de Zede- riam a todas as nações, tribos,
quias, rei de Judá. lı́nguas e povos que fossem de
13 E também as profecias dos sua descendência.
santos profetas, desde o princı́- 19 Disse também que as placas
pio até o começo do reinado de de latão ajamais seriam destruı́-
a
Zedequias; e também muitas das ou escurecidas pelo tempo.
profecias que foram proferidas E profetizou muitas coisas sobre
pela boca de bJeremias. sua semente.
14 E aconteceu que meu pai, 20 E aconteceu que até então
Leı́, também descobriu nas apla- meu pai e eu havı́amos guarda-
cas de latão uma genealogia de do os mandamentos que o Se-
seus pais; soube, portanto, que nhor nos dera.
ele descendia de b José, sim, 21 E havı́amos obtido os regis-
aquele mesmo José que era filho tros que o Senhor nos ordenara
de cJacó e que fora dvendido no e os havı́amos examinado e vis-
Egito e que fora epreservado pe- to que eram de grande valor;
la mão do Senhor para que pu- sim, de tão grande avalor que
desse preservar seu pai, Jacó, e poderı́amos bpreservar os man-
toda a sua casa, evitando que damentos do Senhor para nos-
morressem de fome. sos filhos.

9 b gee Ação de Graças, b Esd. 1:1; Jer. 36:17–32; e Gên. 45:4–5.


Agradecido, 1 Né. 7:14; 15a Êx. 13:17–18;
Agradecimento. Hel. 8:20. Amós 3:1–2;
10a 1 Né. 4:24, 38; 13:23. 14a 1 Né. 3:3, 12. 1 Né. 17:23–31;
gee Placas de Latão. gee Placas de Latão. D&C 103:16–18;
11a 1 Né. 19:23. b 2 Né. 3:4; Al. 10:3. 136:22.
gee Pentateuco. gee José, Filho de 16a 1 Né. 6:2.
12a I Crôn. 9:1. Jacó. 19a Al. 37:4–5.
gee Escrituras. c gee Jacó, Filho de 21 a gee Escrituras—Valor
13a II Re. 24:18; Isaque. das escrituras.
Jer. 37:1. d Gên. 37:29–36. b 2 Né. 25:26.
13 1 Néfi 5:22–7:2
22 Era, pois, sábio para o Se- 6 Ordenarei, portanto, a meus
nhor que os levássemos conosco descendentes que não ocupem
enquanto viajávamos pelo de- estas placas com as coisas que
serto rumo à terra da promissão. não são de valor para os filhos
dos homens.
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
Néfi escreve sobre as coisas de
Deus—O propósito de Néfi é per- Os filhos de Leı́ retornam a Jeru-
suadir os homens a virem ao Deus salém e pedem a Ismael e sua fa-
de Abraão e serem salvos. Aproxi- mı́lia que os acompanhem em sua
madamente 600–592 a.C. viagem—Lamã e outros rebelam-
se — Néfi exorta seus irmãos a
E agora eu, Néfi, não menciono
terem fé no Senhor—Eles amar-
a genealogia de meus pais anes-
ram-no com cordas e planejam sua
ta parte de meu registro; nem a
destruição—Ele é libertado pelo po-
mencionarei uma vez sequer
der da fé—Seus irmãos pedem per-
nas bplacas que estou escreven-
dão — Leı́ e seu grupo oferecem
do, porque está no registro que
sacrifı́cio e holocaustos. Aproxima-
foi feito por meu cpai; não a es-
damente 600–592 a.C.
creverei, portanto, nesta obra.
2 Basta-me dizer que somos E agora quisera que soubésseis
descendentes de aJosé. que depois de meu pai, Leı́, ha-
3 E não é importante que eu ver terminado de a profetizar
seja meticuloso, fazendo um re- acerca de seus descendentes,
lato completo de todas as coisas aconteceu que o Senhor lhe fa-
de meu pai, pois elas não po- lou outra vez, dizendo que ele,
dem ser escritas anestas placas, Leı́, não deveria levar sua fa-
porque necessito do espaço pa- mı́lia sozinha para o deserto;
ra escrever as coisas de Deus. mas que seus filhos deveriam
4 Pois tudo o que desejo é aper- tomar bfilhas para cesposas, a fim
suadir os homens a bvirem ao de suscitarem descendência pa-
Deus de Abraão e o Deus de Isa- ra o Senhor na terra da promis-
que e o Deus de Jacó e serem são.
salvos. 2 E aconteceu que o Senhor lhe
a
5 Não escrevo, portanto, as coi- ordenou que eu, Néfi, e meus
sas que aagradam ao mundo, irmãos retornássemos à terra de
mas as que agradam a Deus e Jerusalém e trouxéssemos Is-
aos que não são do mundo. mael e sua famı́lia para o deserto.

6 1a 2 Né. 4:14–15. Ômni 1:30. Pal. Mórm. 1:4.


b 1 Né. 9:2. 4 a Jo. 20:30–31. Ver 7 1a 1 Né. 5:17–19.
c 1 Né. 1:16–17; 19:1–6. página de rosto do b 1 Né. 16:7.
2 a 1 Né. 5:14–16. Livro de Mórmon. c gee Casamento, Casar.
3 a Jacó 7:27; b 2 Né. 9:41, 45, 51. 2 a 1 Né. 16:7–8.
Jar. 1:2, 14; 5 a I Tess. 2:4;
1 Néfi 7:3–15 14
3 E aconteceu que eu, Néfi, 10 Como é que aesquecestes
viajei a novamente com meus que vistes um anjo do Senhor?
irmãos pelo deserto, para subir- 11 Sim, e como é que haveis
mos a Jerusalém. esquecido as grandes coisas que
4 E aconteceu que subimos à o Senhor fez por nós, alivrando-
casa de Ismael e obtivemos fa- nos das mãos de Labão e permi-
vor aos olhos de Ismael, de ma- tindo também que obtivéssemos
neira que lhe transmitimos as o registro?
palavras do Senhor. 12 Sim, e como é que vos ha-
5 E aconteceu que o Senhor veis esquecido de que o Senhor
enterneceu o coração de Ismael é capaz de fazer todas as acoisas
e também de sua casa de tal ma- segundo sua vontade, para os fi-
neira que eles desceram conosco lhos dos homens, se nele exerce-
ao deserto, à tenda de nosso pai. rem bfé? Sejamos-lhe, portanto,
6 E aconteceu que durante a fiéis.
viagem pelo deserto, eis que 13 E se a ele formos fiéis, obte-
Lamã e Lemuel e duas das filhas remos a aterra da promissão; e
de Ismael e os dois afilhos de sabereis, em alguma época futu-
Ismael e suas famı́lias se revolta- ra, que a palavra do Senhor
ram contra nós; sim, contra quanto à bdestruição de Jerusa-
mim, Néfi, e Sam; e contra o pai lém será cumprida; porque to-
deles, Ismael, e sua mulher e das as coisas que o Senhor disse,
suas três outras filhas. quanto à destruição de Jerusa-
7 E aconteceu que durante essa lém, devem ser cumpridas.
revolta, quiseram eles voltar pa- 14 Pois eis que o Espı́rito do Se-
ra a terra de Jerusalém. nhor logo cessará de lutar com
8 E agora eu, Néfi, aaflito com a eles; pois eis que eles arejeitaram
dureza de seu coração, falei por- os profetas e lançaram bJeremias
tanto a Lamã e Lemuel, dizen- na prisão. E procuraram tirar a
c
do: Eis que sois meus irmãos vida de meu pai, a ponto de fa-
mais velhos; e como é que sois zerem-no sair da terra.
tão duros de coração e tão cegos 15 Agora, eis que vos digo que,
de entendimento que necessi- se voltardes a Jerusalém, tam-
tais que eu, vosso irmão mais bém perecereis com eles. E ago-
novo, vos fale, sim, e seja um ra, se for vossa escolha, subi à
exemplo para vós? terra e lembrai-vos das palavras
9 Como é que não haveis dado que vos digo: Se fordes, também
ouvidos à palavra do Senhor? perecereis; pois assim o Espı́rito

3 a 1 Né. 3:2–3. Al. 26:12. Hel. 8:20–21.


6 a 2 Né. 4:10. b 1 Né. 3:7; 15:11. 14a Eze. 5:6;
8 a Al. 31:2; 13a 1 Né. 2:20. 1 Né. 1:18–20; 2:13.
Mois. 7:41. gee Terra da gee Rebeldia,
10a Deut. 4:9; Promissão. Rebelião.
1 Né. 3:29; 4:3. b II Re. 25:1–21; b Jer. 37:15–21.
11a 1 Né. 4. 2 Né. 6:8; 25:10; c 1 Né. 2:1.
12a 1 Né. 17:50; Ômni 1:15;
15 1 Néfi 7:16–8:3
do Senhor me compele a falar- 21 E aconteceu que eu lhes
a
vos. perdoei sinceramente tudo o
16 E aconteceu que quando eu, que haviam feito e exortei-os a
Néfi, disse essas palavras a meus pedirem ao Senhor seu Deus
irmãos, eles se zangaram comi- que os perdoasse. E aconteceu
go. E aconteceu que eles me que eles assim o fizeram. E de-
agarraram, pois eis que estavam pois de haverem orado ao Se-
muito irados, e aataram-me com nhor, reiniciamos a viagem para
cordas, pois pretendiam tirar- a tenda de nosso pai.
me a vida, deixando-me no de- 22 E aconteceu que chegamos à
serto para que eu fosse devora- tenda de nosso pai. E quando eu
do por animais selvagens. e meus irmãos e toda a casa de
17 Mas aconteceu que eu orei Ismael chegamos à tenda de
ao Senhor, dizendo: Ó Senhor, meu pai, eles renderam agraças
de acordo com minha fé em ti, ao Senhor seu Deus; e oferece-
livra-me das mãos de meus ir- ram-lhe bsacrifı́cios e holocaus-
mãos; sim, dá-me forças para tos.
a
romper estas cordas com que
estou amarrado.
CAPÍTULO 8
18 E aconteceu que quando eu
disse estas palavras, eis que as
Leı́ tem uma visão da árvore da
cordas se soltaram de minhas
vida—Come de seu fruto e deseja
mãos e pés; e pus-me de pé dian-
que sua famı́lia faça o mesmo—Vê
te de meus irmãos e tornei a
uma barra de ferro, um caminho
falar-lhes.
estreito e apertado e a névoa de es-
19 E aconteceu que eles se zan-
curidão que encobre os homens—
garam comigo novamente e
Saria, Néfi e Sam comem do fruto,
procuraram agarrar-me; mas eis
porém Lamã e Lemuel recusam-no.
que uma das afilhas de Ismael,
Aproximadamente 600–592 a.C.
sim, e também sua mãe e um
dos filhos de Ismael imploraram E aconteceu que havı́amos jun-
a meus irmãos de tal modo que tado todo tipo de sementes de
lhes abrandaram o coração; e toda espécie, tanto de grãos de
eles não mais tentaram tirar-me toda espécie quanto de semen-
a vida. tes de frutas de toda espécie.
20 E aconteceu que ficaram tão 2 E aconteceu que durante a
pesarosos por causa de sua mal- permanência de meu pai no de-
dade que se curvaram diante de serto, ele nos falou, dizendo: Eis
mim e suplicaram que eu lhes que asonhei um sonho ou, em
perdoasse o que haviam feito outras palavras, tive uma bvisão.
contra mim. 3 E eis que, pelas coisas que vi,

16a 1 Né. 18:11–15. 22a gee Ação de Graças, 8 2a gee Sonho;


17a Al. 14:26–28. Agradecido, Revelação.
19a 1 Né. 16:7. Agradecimento. b 1 Né. 10:17.
21a gee Perdoar. b 1 Né. 5:9. gee Visão.
1 Néfi 8:4–19 16
tenho motivo para alegrar-me 12 E enquanto eu comia do fru-
no Senhor por causa de aNéfi e to, ele encheu-me a alma de
também de Sam, pois tenho mo- imensa aalegria; portanto come-
tivos para acreditar que eles e cei a bdesejar que dele também
também muitos de seus descen- comesse minha famı́lia; porque
dentes serão salvos. sabia que era mais cdesejável
4 Mas eis, aLamã e Lemuel, que que qualquer outro fruto.
eu temo excessivamente por 13 E ao olhar em redor para ver
vós; pois eis que em meu sonho se acaso descobriria também mi-
julguei ver um deserto escuro e nha famı́lia, vi um ario de água;
triste. e ele passava perto da árvore
5 E aconteceu que vi um ho- cujo fruto eu estava comendo.
mem e ele estava vestido com 14 E olhei para ver de onde
um amanto branco; e ele pôs-se vinha; e vi que sua nascente es-
na minha frente. tava próxima; e junto a ela esta-
6 E aconteceu que me falou e vam vossa mãe, Saria, Sam e
ordenou-me que o seguisse. Néfi; eles permaneciam ali, co-
7 E aconteceu que enquanto o mo se não soubessem para onde
seguia, vi que eu estava num es- ir.
curo e triste deserto. 15 E aconteceu que eu lhes
8 E depois de haver caminhado acenei e também lhes disse, em
pelo espaço de muitas horas na alta voz, que fossem ter comigo
escuridão, comecei a orar ao Se- e comessem do fruto, que era
nhor para que tivesse acompai- mais desejável que qualquer ou-
xão de mim segundo sua terna e tro fruto.
infinita misericórdia. 16 E aconteceu que indo eles
9 E aconteceu que depois de ter comigo, comeram também
orar ao Senhor, vi um acampo do fruto.
largo e espaçoso. 17 E aconteceu que eu deseja-
10 E aconteceu que vi uma aár- va que Lamã e Lemuel também
vore cujo bfruto era desejável comessem do fruto; portanto
para fazer uma pessoa feliz. olhei em direção à nascente do
11 E aconteceu que me aproxi- rio, a fim de ver se acaso os en-
mei e comi de seu afruto; e vi contraria.
que era o mais doce de todos os 18 E aconteceu que eu os vi,
que já havia provado. Sim, e vi mas eles anão quiseram ir ter co-
que o fruto era branco, exceden- migo e comer do fruto.
do toda bbrancura que eu já vira. 19 E vi uma abarra de ferro que

3a 1 Né. 8:14–18. 1 Né. 11:4, 8–25. 13a 1 Né. 12:16–18;


4a 1 Né. 8:35–36. gee Árvore da Vida. 15:26–29.
5a JS—H 1:30–32. b Al. 32:41–43. 18a 2 Né. 5:20–25.
8a gee Misericórdia, 11a Al. 5:34. 19a Salm. 2:9;
Misericordioso. b 1 Né. 11:8. Apoc. 12:5;
9 a Mt. 13:38. 12a gee Alegria. tjs, Apoc. 19:15;
10a Gên. 2:9; b Al. 36:24. 1 Né. 8:30; 11:25;
Apoc. 2:7; 22:2; c 1 Né. 15:36. 15:23–24.
17 1 Néfi 8:20–33
se estendia pela barranca do rio edifı́cio; e ele parecia estar no ar,
e ia até a árvore onde eu estava. bem acima da terra.
20 E vi também um caminho 27 E estava cheio de gente,
a
estreito e apertado, que acom- tanto velhos como jovens, tanto
panhava a barra de ferro até a homens como mulheres; e suas
árvore onde eu estava; e passa- vestimentas eram muito finas; e
va também pela nascente do rio, sua aatitude era de escárnio e
indo até um bcampo grande e apontavam o dedo para aqueles
espaçoso que parecia um mun- que haviam chegado e comiam
do. do fruto.
21 E vi inumeráveis multidões 28 E os que haviam aexperi-
de pessoas, muitas delas se em- mentado do fruto ficaram ben-
purrando para alcançar o acami- vergonhados, por causa dos que
nho que conduzia à árvore jun- zombavam deles, e cdesviaram-
to à qual eu me achava. se por caminhos proibidos e
22 E aconteceu que elas come- perderam-se.
çaram a andar pelo caminho 29 E agora eu, Néfi, não men-
que conduzia à árvore. ciono atodas as palavras de meu
23 E aconteceu que se levantou pai.
uma anévoa de escuridão, sim, 30 Para escrever sucintamente,
uma névoa de escuridão tão porém, eis que viu ele outras
densa que os que haviam inicia- multidões que avançavam com
do o caminho se extraviaram esforço; e chegavam e agarra-
dele e, sem rumo, perderam-se. vam-se à extremidade da abarra
24 E aconteceu que vi outros de ferro; e avançavam, conti-
avançando com esforço; e che- nuamente agarradas à barra de
garam e conseguiram segurar a ferro, até que chegaram; e pros-
extremidade da barra de ferro; e traram-se e comeram do fruto
e m p u r r a r a m - s e a t r a v é s d a da árvore.
névoa de escuridão, apegados à 31 E também viu outras amulti-
barra de ferro, até que chegaram dões tateando em direção àque-
e comeram do afruto da árvore. le grande e espaçoso edifı́cio.
25 E depois de haverem comi- 32 E aconteceu que muitos se
do do fruto da árvore, olharam afogaram nas profundezas do
a
em redor como se estivessem rio; e muitos outros desapare-
a
envergonhados. ceram de sua vista, vagando por
26 E eu também olhei em redor caminhos desconhecidos.
e vi, na outra margem do rio de 33 E grande era a multidão que
água, um grande e aespaçoso entrou naquele estranho edifı́-

20a Mt. 7:14; II Tim. 1:8; Lc. 8:11–15;


2 Né. 31:17–20. Al. 46:21; Jo. 12:42–43.
b Mt. 13:38. Mórm. 8:38. c gee Apostasia.
21a gee Caminho. 26a 1 Né. 11:35–36; 12:18. 29a 1 Né. 1:16–17.
23a 1 Né. 12:17; 15:24. 27a gee Orgulho. 30a 1 Né. 15:23–24.
24a 1 Né. 8:10–12. 28a II Ped. 2:19–22. 31a Mt. 7:13.
25a Rom. 1:16; b Mc. 4:14–20; 8:38; 32a 1 Né. 15:26–29.
1 Néfi 8:34–9:5 18
cio. E depois de haverem entra- contêm uma história secular; as me-
do no edifı́cio, apontavam-me nores tratam principalmente de coi-
com o dedo, azombando de mim sas sagradas. Aproximadamente
e dos que também comiam do 600–592 a.C.
fruto; nós, porém, não lhes de-
E todas estas coisas meu pai
mos atenção.
viu e ouviu e disse enquanto vi-
34 Estas são as palavras de meu
via numa tenda, no avale de Le-
pai: Todos os que deram aaten-
muel; e também muitas outras
ção a eles se haviam perdido.
mais que não podem ser escritas
3 5 E a L a m ã e L e m u e l n ã o
nestas placas.
comeram do fruto, disse meu
2 E agora, conforme falei so-
pai.
bre estas placas, eis que elas não
36 E aconteceu que depois de
são as placas nas quais faço um
haver proferido todas as pala-
relato completo da história de
vras de seu sonho ou visão, que
meu povo; pois dei o nome de
foram muitas, ele nos disse que,
Néfi às aplacas nas quais faço
por causa dessas coisas que vira
um relato completo de meu po-
numa visão, temia muito por
vo; elas são, portanto, chamadas
Lamã e Lemuel; sim, temia que
de placas de Néfi, segundo meu
fossem expulsos da presença do
próprio nome; e estas placas
Senhor.
também são chamadas de placas
37 E exortou-os então, com to-
de Néfi.
do o sentimento de um terno
a 3 Não obstante, recebi um man-
pai, a darem ouvidos a suas pa-
damento do Senhor para fazer
lavras, para que talvez o Senhor
estas placas, com o afim especial
tivesse misericórdia deles e não
de deixar gravado um relato do
os expulsasse; sim, meu pai pre- b
ministério de meu povo.
gou a eles.
4 Nas outras placas deve ser
38 E depois de haver-lhes pre-
gravado um relato do governo
gado e profetizado muitas coi-
dos reis e das guerras e conten-
sas, ordenou-lhes que seguis-
das de meu povo; estas placas
sem os mandamentos do Se-
tratam, portanto, na sua maior
nhor; e cessou de falar-lhes.
parte, do ministério, enquanto
as aoutras placas tratam princi-
CAPÍTULO 9 palmente do governo dos reis e
das guerras e contendas de meu
Néfi faz dois conjuntos de regis- povo.
tros—Cada um é chamado de pla- 5 Ordenou-me portanto o Se-
cas de Néfi — As placas maiores nhor que fizesse estas placas

33a gee Perseguição, 9 1a 1 Né. 2:4–6, 8, 14–15; gee Placas.


Perseguir. 16:6. 3 a D&C 3:19.
34a Êx. 23:2. 2 a 1 Né. 19:2, 4; b 1 Né. 6:3.
35a 1 Né. 8:17–18; Jacó 3:13–14; 4 a Jacó 1:2–4;
2 Né. 5:19–24. Pal. Mórm. 1:2–11; Pal. Mórm. 1:10.
37a gee Famı́lia; Pais. D&C 10:38–40.
19 1 Néfi 9:6–10:8
para um asábio propósito seu, o de exortá-los a toda diligência,
qual me é desconhecido. falou-lhes sobre os judeus—
6 Mas o Senhor aconhece todas 3 Que depois que eles houves-
as coisas, desde o começo; por- sem sido destruı́dos, sim, aquela
tanto ele prepara um caminho grande cidade de aJerusalém,
para realizar todas as suas obras e muitos blevados cativos para
entre os filhos dos homens; pois a cBabilônia, na época fixada
eis que ele tem todo o bpoder pelo Senhor eles dretornariam,
para fazer cumprir todas as suas sim, e seriam até tirados do cati-
palavras. E assim é. Amém. veiro; e que depois que houves-
sem voltado do cativeiro,
ocupariam novamente a terra
CAPÍTULO 10
de sua herança.
4 Sim, aseiscentos anos depois
Leı́ prediz o cativeiro na Babilô-
de meu pai ter deixado Jerusa-
nia—Fala da vinda, entre os ju-
lém, o Senhor Deus levantaria
deus, de um Messias, um Salvador,
um bprofeta entre os judeus—
um Redentor — Fala também da
um cMessias, ou, em outras pa-
vinda daquele que batizaria o Cor-
lavras, um Salvador do mundo.
deiro de Deus—Leı́ fala da morte e
5 E ele também falou, referin-
ressurreição do Messias—Compara
do-se aos profetas, do grande
a dispersão e a coligação de Israel a
número que havia atestemunha-
uma oliveira—Néfi fala do Filho de
do estas coisas concernentes a
Deus, do dom do Espı́rito Santo e
esse Messias de que ele havia fa-
da necessidade de retidão. Aproxi-
lado, ou seja, esse Redentor do
madamente 600–592 a.C.
mundo.
E agora eu, Néfi, continuo a fa- 6 Portanto toda a humanidade
zer anestas placas um relato de se encontrava num estado de
meus feitos, de meu governo e perdição e aqueda; e assim con-
ministério; portanto, para conti- tinuaria, a não ser que confiasse
nuar o relato, necessito dizer al- nesse Redentor.
go sobre as coisas de meu pai e 7 E falou também sobre um
a
também de meus irmãos. profeta que viria antes do Mes-
2 Pois eis que aconteceu que, sias, a fim de preparar o cami-
tendo meu pai terminado de nho do Senhor—
relatar o seu asonho e também 8 Sim, ele iria clamar no deser-

5 a 1 Né. 19:3; 3 a Est. 2:6; 2 Né. 6:8; 2 Né. 25:19; 3 Né. 1:1.
Pal. Mórm. 1:7; Hel. 8:20–21. b 1 Né. 22:20–21.
Al. 37:2, 12, 14. b 2 Né. 25:10. c gee Messias.
6 a 2 Né. 9:20; D&C 38:2; gee Cronologia— 5 a Jacó 7:11; Mos. 13:33;
Mois. 1:6, 35. 587 a.C. Hel. 8:19–24;
gee Onisciente. c Eze. 24:2; 1 Né. 1:13; 3 Né. 20:23–24.
b Mt. 28:18. Ômni 1:15. 6 a gee Queda de Adão
10 1a 1 Né. 9:1–5; 19:1–6; d Jer. 29:10; e Eva.
Jacó 1:1–4. 2 Né. 6:8–9. 7 a 1 Né. 11:27;
2 a 1 Né. 8. 4 a 1 Né. 19:8; 2 Né. 31:4.
1 Néfi 10:9–17 20
to: aPreparai o caminho do Se- 13 Disse, portanto, que era ne-
nhor e endireitai as suas vere- cessário que fôssemos conduzi-
das, pois há entre vós um que dos todos juntos à a terra da
não conheceis e ele é mais pode- promissão, para que se cumpris-
roso do que eu, a quem não sou se a palavra do Senhor de que
digno de desatar a correia das serı́amos dispersos por toda a
alparcas. E muito falou meu pai face da Terra.
a respeito disto. 14 E depois que a casa de Israel
9 E disse meu pai que ele ba- houvesse sido dispersa, ela seria
tizaria em aBetabara, além do novamente areunida; ou, em su-
Jordão; e também disse que ele ma, depois que os bgentios tives-
b
batizaria com água; que ele ba- sem recebido a plenitude do
tizaria o Messias com água. evangelho, os ramos naturais da
c
10 E depois de haver batizado oliveira, ou melhor, os rema-
o Messias com água, ele reco- nescentes da casa de Israel, se-
nheceria e testificaria haver ba- riam enxertados, ou seja, viriam a
tizado o aCordeiro de Deus que conhecer o verdadeiro Messias,
iria tirar os pecados do mundo. seu Senhor e seu Redentor.
11 E aconteceu que após ter di- 15 E com essas palavras meu
to essas palavras, meu pai falou pai profetizou e falou a meus ir-
a meus irmãos sobre o evange- mãos; e também muitas coisas
lho que seria pregado aos ju- mais, as quais não escrevo neste
deus e também sobre a aqueda livro, pois escrevi em meu aou-
dos judeus na bincredulidade. E tro livro todas as coisas que jul-
depois de haverem matado o guei convenientes.
Messias que haveria de vir e de- 16 E todas essas coisas das
pois de haver sido cmorto, ele quais falei aconteceram enquan-
d
ressuscitaria dentre os mortos e to meu pai vivia em uma tenda,
manifestar-se-ia aos gentios pe- no vale de Lemuel.
lo eEspı́rito Santo. 17 E aconteceu que eu, Néfi,
12 Sim, e meu pai falou muito depois de ouvir todas as apala-
sobre os gentios e também sobre vras de meu pai referentes às
a casa de Israel, que eles seriam coisas que ele vira numa bvisão,
comparados à aoliveira cujos ra- como também as coisas que dis-
mos seriam arrancados e bespa- sera com o poder do Espı́rito
lhados pela face da Terra. Santo, poder que ele recebeu

8a Isa. 40:3; Mt. 3:1–3. 12a Gên. 49:22–26; gee Terra da


9a Jo. 1:28. 1 Né. 15:12; Promissão.
b gee João Batista. 2 Né. 3:4–5; 14 a gee Israel—Coligação
10a gee Cordeiro de Deus. Jacó 5; 6:1–7. de Israel.
11a Jacó 4:14–18. gee Oliveira; Vinha b 1 Né. 13:42;
b Mórm. 5:14. do Senhor. D&C 14:10.
c gee Jesus Cristo; b 1 Né. 22:3–8. c Jacó 5:8, 52, 54, 60, 68.
Crucificação. gee Israel—Dispersão 15a 1 Né. 1:16–17.
d gee Ressurreição. de Israel. 17a En. 1:3; Al. 36:17.
e gee Espı́rito Santo. 13a 1 Né. 2:20. b 1 Né. 8:2.
21 1 Néfi 10:18–11:5
pela fé no Filho de Deus—e o 22 E o Espı́rito Santo dá-me au-
Filho de Deus era o cMessias que toridade para proclamar estas
deveria vir—eu, Néfi, também coisas e não as reter.
desejei ver e ouvir e conhecer
essas coisas pelo poder do Espı́-
CAPÍTULO 11
rito Santo, que é o ddom conce-
dido por Deus a todos os que o
Néfi vê o Espı́rito do Senhor e a ár-
procuram ediligentemente, tan-
vore da vida é-lhe mostrada em vi-
to em tempos fpassados como
são—Ele vê a mãe do Filho de Deus
no tempo em que se manifestará
e aprende sobre a condescendên-
aos filhos dos homens.
cia de Deus—Vê o batismo, minis-
18 Pois ele é o amesmo ontem,
tério e crucificação do Cordeiro de
hoje e para sempre; e o caminho
Deus — Vê também o chamado e
está preparado para todos os
ministério dos Doze Apóstolos do
homens desde a fundação do
Cordeiro. Aproximadamente 600–
mundo, caso se arrependam e
592 a.C.
venham a ele.
19 Pois aquele que procurar di- Pois aconteceu que depois de
ligentemente, achará; e os amis- haver eu desejado saber as coi-
térios de Deus ser-lhe-ão des- sas que meu pai tinha visto e
vendados pelo poder do bEspı́ri- acreditando que o Senhor teria
to Santo, tanto agora como no poder de torná-las conhecidas
passado e tanto no passado co- a mim, enquanto estava eu sen-
mo no futuro; portanto, o ccurso tado, a ponderando em meu
do Senhor é um cı́rculo eterno. coração, fui barrebatado pelo Es-
20 Lembra-te, portanto, ó ho- pı́rito do Senhor, sim, a uma
c
mem, de que por todas as tuas montanha muito alta que eu
obras serás levado a ajulgamen- nunca vira e sobre a qual nunca
to. havia posto os pés.
21 Portanto, se haveis procura- 2 E o Espı́rito perguntou-me:
do fazer o mal nos dias de vossa Que desejas tu?
a
provação, sereis declarados 3 E eu respondi: Desejo ver as
b
impuros diante do tribunal de coisas que meu pai aviu.
Deus; e nada que é impuro po- 4 E o Espı́rito disse-me: Acredi-
de habitar com Deus; sereis, tas que teu pai tenha visto a aár-
portanto, afastados para sem- vore da qual falou?
pre. 5 E respondi: Sim, tu sabes que

17c gee Messias. c Al. 7:20; 11 1a D&C 76:19.


d gee Espı́rito Santo. D&C 3:2; 35:1. gee Ponderar.
e Morô. 10:4–5, 7, 19. 20a Ecles. 12:14; b II Cor. 12:1–4;
f D&C 20:26. 2 Né. 9:46. Apoc. 21:10;
18a Heb. 13:8; gee Juı́zo Final. 2 Né. 4:25;
Mórm. 9:9; 21a Al. 34:32–35. Mois. 1:1.
D&C 20:12. b I Cor. 6:9–10; c Deut. 10:1; Ét. 3:1.
gee Trindade. 3 Né. 27:19; 3 a 1 Né. 8:2–34.
19a gee Mistérios de Deus. D&C 76:50–62; 4 a 1 Né. 8:10–12;
b gee Espı́rito Santo. Mois. 6:57. 15:21–22.
1 Néfi 11:6–19 22
a
acredito em todas as palavras lei-lhe como fala um homem,
de meu pai. porque vi que tinha a bforma de
6 E quando eu disse estas pala- um homem; sabia, não obstante,
vras, o Espı́rito bradou em alta que era o Espı́rito do Senhor; e
voz, dizendo: Hosana ao Se- ele falou-me como um homem
nhor, o Deus Altı́ssimo, pois ele fala a outro homem.
é Deus sobre toda a aTerra, sim, 12 E aconteceu que ele me dis-
sobre todas as coisas. E bendito se: Olha! E olhei, para vê-lo, e
és tu, Néfi, porque bacreditas no não o vi, porque se havia retira-
Filho do Deus Altı́ssimo; verás, do de minha presença.
portanto, as coisas que tens de- 13 E aconteceu que olhei e vi a
sejado. grande cidade de Jerusalém e
7 E eis que isto te será dado por também outras cidades. E vi a
a
sinal: depois de haveres con- cidade de Nazaré; e na cidade
templado a árvore que produ- de aNazaré vi uma bvirgem que
ziu o fruto do qual teu pai era extremamente formosa e
provou, contemplarás também branca.
um homem descendo do céu e 14 E aconteceu que vi os acéus
tu o verás: e depois de o haveres se abrirem; e um anjo desceu e,
visto, btestificarás que ele é o Fi- pondo-se na minha frente, dis-
lho de Deus. se: Néfi, que vês tu?
8 E aconteceu que o Espı́rito 15 E eu respondi: Uma virgem
me disse: Olha! E eu olhei e vi mais bela e formosa que todas as
uma árvore; e era semelhante à outras virgens.
a
árvore que meu pai tinha visto; 16 E disse-me ele: Conheces tu
e sua beleza era tão grande, sim, a condescendência de Deus?
que excedia toda beleza, e sua 17 E disse-lhe eu: Sei que ele
b
brancura excedia a brancura da ama seus filhos; não conheço,
neve. no entanto, o significado de to-
9 E aconteceu que, tendo visto das as coisas.
a árvore, eu disse ao Espı́rito: 18 E disse-me ele: Eis que
Vejo que me tens mostrado a ár- a a virgem que vês é a b mãe
vore que é mais apreciosa do do Filho de Deus, segundo a
que tudo. carne.
10 E perguntou-me ele: Que 19 E aconteceu que eu a vi ser
desejas tu? arrebatada no Espı́rito. E depois
11 E disse-lhe eu: Saber a ain- de haver sido ela arrebatada no
a
terpretação do que vi—pois fa- Espı́rito por um certo espaço de

5 a 1 Né. 2:16. 8 a 1 Né. 8:10. gee Maria, Mãe de


6 a Êx. 9:29; b 1 Né. 8:11. Jesus.
2 Né. 29:7; 9 a 1 Né. 11:22–25. 14a Eze. 1:1;
3 Né. 11:14; 11a Gên. 40:8. 1 Né. 1:8.
Mois. 6:44. b Ét. 3:15–16. 18a Isa. 7:14;
b gee Crença, Crer. 13a Mt. 2:23. Lc. 1:34–35.
7 a gee Sinal. b Lc. 1:26–27; b Mos. 3:8.
b gee Testemunho. Al. 7:10. 19a Mt. 1:20.
23 1 Néfi 11:20–31
tempo, o anjo falou-me, dizen- do mundo, de quem meu pai
do: Olha! falara; e vi também o bprofeta
20 E eu olhei e tornei a ver a que prepararia o caminho dian-
virgem carregando uma acriança te dele. E o Cordeiro de Deus
nos braços. aproximou-se e foi cbatizado por
21 E disse-me o anjo: Eis o ele; e depois que ele foi batiza-
a
Cordeiro de Deus, sim, o bFilho do, vi os céus se abrirem e o Es-
do cPai Eterno! Sabes tu o signi- pı́rito Santo descer do céu e
ficado da dárvore que teu pai repousar sobre ele na forma de
viu? uma dpomba.
22 E respondi-lhe, dizendo: 28 E vi que ele saı́a ministran-
Sim, é o aamor de Deus, que se do entre o povo, em apoder e
derrama no coração dos filhos grande glória; e as multidões
dos homens; é, portanto, a mais reuniam-se para ouvi-lo; e vi
desejável de todas as coisas. que o expulsavam do meio de-
23 E falou-me, dizendo: Sim, e las.
a maior aalegria para a alma. 29 E também vi adoze outros
24 E depois destas palavras, seguindo-o. E aconteceu que
disse-me: Olha! E olhando, vi o foram arrebatados de minha
Filho de Deus acaminhando en- presença, no Espı́rito, e não os
tre os filhos dos homens; e vi vi.
muitos se prostrarem a seus pés 30 E aconteceu que o anjo
e adorarem-no. me falou novamente, dizendo:
25 E aconteceu que vi que a Olha! E olhei e tornei a ver os
a
barra de ferro que meu pai ti- céus se abrirem e aanjos descen-
nha visto era a palavra de Deus, do entre os filhos dos homens; e
que conduzia à fonte de báguas ministraram entre eles.
vivas, ou seja, à cárvore da vida; 31 E falou-me novamente, di-
águas essas que eram um sı́mbo- zendo: Olha! E olhei e vi o Cor-
lo do amor de Deus; e também deiro de Deus caminhando
vi que a árvore da vida era um entre os filhos dos homens. E vi
sı́mbolo do amor de Deus. multidões de pessoas doentes e
26 E o anjo disse-me outra vez: afligidas com toda espécie de
Olha e vê a acondescendência moléstias e com ademônios e es-
de Deus! pı́ritos bimundos; e o anjo falou
27 E eu olhei e avi o Redentor e mostrou-me todas essas coisas.

20a Lc. 2:16. 25a 1 Né. 8:19. d gee Pomba, Sinal da.
21a gee Cordeiro de Deus. b gee Água(s) Viva(s). 28a D&C 138:25–26.
b gee Jesus Cristo. c Gên. 2:9; Al. 32:40–41; 29a gee Apóstolo.
c gee Trindade—Deus, Mois. 4:28, 31. 30a gee Anjos.
o Pai. 26a 1 Né. 11:16–33. 31a Mc. 5:15–20;
d 1 Né. 8:10; Al. 5:62. 27a 2 Né. 25:13. Mos. 3:5–7.
gee Árvore da Vida. b Mt. 11:10; gee Diabo.
22a gee Amor. 1 Né. 10:7–10; b gee Espı́rito—Espı́ritos
23a gee Alegria. 2 Né. 31:4. maus.
24a Lc. 4:14–21. c gee Batismo, Batizar.
1 Néfi 11:32–12:4 24
E foram ccuradas pelo poder do CAPÍTULO 12
Cordeiro de Deus e os demô-
nios e espı́ritos imundos foram Néfi vê em visão a terra prometida;
expulsos. a retidão, iniqüidade e queda de
32 E aconteceu que o anjo seus habitantes; a vinda do Cordei-
me falou novamente, dizendo: ro de Deus no meio deles; como os
Olha! E olhei e vi o Cordeiro de Doze Discı́pulos e os Doze Apósto-
Deus ser levado pelo povo; sim, los julgarão Israel; o estado repug-
o Filho do Deus Eterno foi ajul- nante e imundo daqueles que
gado pelo mundo; e vi e testifi- degeneram, caindo na incredulida-
co. de. Aproximadamente 600 – 592
33 E eu, Néfi, vi que ele foi le- a.C.
vantado na acruz e bmorto pelos
pecados do mundo. E aconteceu que o anjo me dis-
34 E depois que ele foi morto, se: Olha e vê tua semente e tam-
vi as multidões da Terra reuni- bém a semente de teus irmãos. E
das para combater os apóstolos olhei e vi a aterra da promissão;
do Cordeiro, pois assim eram e vi multidões de pessoas, sim, e
chamados os doze pelo anjo do pareciam tão numerosas quanto
Senhor. as areias do mar.
35 E a multidão da Terra estava 2 E aconteceu que vi multidões
reunida; e vi que todos estavam reunidas para batalhar umas
num grande e espaçoso aedifı́cio, contra as outras; e vi aguerras e
parecido com o edifı́cio visto rumores de guerras e grandes
por meu pai. E o anjo do Senhor matanças pela espada entre
falou-me novamente, dizendo: meu povo.
Eis o mundo e sua sabedoria; 3 E aconteceu que vi muitas
sim, eis a casa de Israel, que se gerações morrerem em guerras
congregou para combater os do- e contendas na terra; e vi muitas
ze apóstolos do Cordeiro. cidades, sim, tantas que não as
36 E aconteceu que vi e testifi- contei.
co que o grande e espaçoso edi- 4 E aconteceu que vi uma
fı́cio era o aorgulho do mundo; e a
névoa de btrevas sobre a face da
ele caiu e sua queda foi muito terra da promissão; e vi relâm-
grande. E o anjo do Senhor fa- pagos e ouvi trovões e terremo-
lou-me novamente, dizendo: tos e toda espécie de ruı́dos
Assim será a destruição de todas tumultuosos; e vi que a terra e
as nações, tribos, lı́nguas e po- as rochas se fenderam; e vi
vos que combaterem os doze montanhas desmoronando; e vi
apóstolos do Cordeiro. que as planı́cies da terra esta-

31c gee Curar, Curas. gee Cruz. Promissão.


32a Mc. 15:17–20. b gee Expiação, Expiar. 2 a En. 1:24; Mórm. 8:7–8.
33a Jo. 19:16–19; 35a 1 Né. 8:26; 12:18. gee Guerra.
Mos. 3:9–10; 36a gee Orgulho. 4 a Hel. 14:20–28.
3 Né. 27:14. 12 1a gee Terra da b 1 Né. 19:10.
25 1 Néfi 12:5–18
vam rachadas e vi que muitas ci- Deus suas b vestimentas são
dades cafundaram; e vi que mui- branqueadas em seu sangue.
tas foram queimadas pelo fogo e 11 E disse-me o anjo: Olha! E
vi muitas que desmoronaram olhei e vi atrês gerações morre-
devido a terremotos. rem em retidão; e suas vesti-
5 E aconteceu que depois de mentas eram brancas como o
ver essas coisas, notei que o ava- Cordeiro de Deus. E disse-me o
por de escuridão desaparecia da anjo: Estes são os que foram
face da terra; e eis que vi multi- branqueados no sangue do Cor-
dões que não haviam caı́do por deiro, por causa de sua fé nele.
causa dos grandes e terrı́veis 12 E eu, Néfi, vi também mui-
julgamentos do Senhor. tos da aquarta geração que mor-
6 E vi os céus abrirem-se e o reram em retidão.
a
Cordeiro de Deus descendo do 13 E aconteceu que vi as multi-
céu; e desceu e mostrou-se a dões da Terra reunidas.
eles. 14 E disse-me o anjo: Eis a tua
7 E também vi e testifico que o semente e também a semente de
Espı́rito Santo desceu sobre ado- teus irmãos.
ze outros e eles foram ordena- 15 E aconteceu que olhei e vi
dos por Deus e escolhidos. o povo de minha semente reu-
8 E o anjo falou-me, dizen- nido em multidões a contra a
do: Eis os doze discı́pulos do semente de meus irmãos; e
Cordeiro, que foram escolhi- estavam reunidos para batalhar.
dos para ministrar entre tua 16 E o anjo falou-me, dizendo:
semente. Eis a fonte de água asuja que teu
9 E disse-me: Recordas-te dos pai viu; sim, o brio do qual ele
a
doze apóstolos do Cordeiro? falou; e suas profundezas são as
Eis que eles são os que bjulgarão profundezas do cinferno.
as doze tribos de Israel; portan- 17 E as anévoas de escuridão
to os doze ministros de tua se- são as tentações do diabo que
b
mente serão julgados por eles, cegam os olhos e endurecem o
pois sois da casa de Israel. coração dos filhos dos homens,
10 E estes adoze ministros que conduzindo-os a ccaminhos es-
tu vês julgarão a tua semente. E paçosos para que pereçam e se
eis que são justos para sempre, percam.
pois por sua fé no Cordeiro de 18 E o grande e espaçoso aedifı́-

4 c 3 Né. 8:14. Mórm. 3:18–19. 15a Mórm. 6.


5 a 3 Né. 8:20; 10:9. b Apoc. 7:14; 16a gee Imundı́cie,
6 a 2 Né. 26:1, 9; Al. 5:21–27; 13:11–13; Imundo.
3 Né. 11:3–17. 3 Né. 27:19–20. b 1 Né. 8:13; 15:26–29.
7 a 3 Né. 12:1; 19:12–13. 11a 2 Né. 26:9–10; c gee Inferno.
9 a Lc. 6:13. 3 Né. 27:30–32. 17a 1 Né. 8:23; 15:24;
b Mt. 19:28; 12a Al. 45:10–12; D&C 10:20–32.
D&C 29:12. Hel. 13:5, 9–10; b gee Apostasia.
gee Juı́zo Final. 3 Né. 27:32; c Mt. 7:13–14.
10a 3 Né. 27:27; 4 Né. 1:14–27. 18a 1 Né. 8:26; 11:35–36.
1 Néfi 12:19–13:6 26
cio que teu pai viu são as bfanta- repulsivo, cheio de cpreguiça e
sias vãs e o corgulho dos filhos todo tipo de abominações.
dos homens. E um grande e ter-
rı́vel dabismo separa-os; sim, a
CAPÍTULO 13
palavra da ejustiça do Deus Eter-
no e do Messias, que é o Cordei-
Néfi vê em visão: A igreja do diabo
ro de Deus, de quem o Espı́rito
estabelecida entre os gentios, a des-
Santo testifica desde o princı́pio
coberta e colonização da América, a
do mundo até agora e de agora
perda de muitas partes claras e pre-
para sempre.
ciosas da Bı́blia, o estado resultante
19 E enquanto o anjo dizia
da apostasia dos gentios, a restaura-
estas palavras, olhei e vi que a
ção do evangelho, o aparecimento
semente de meus irmãos com-
de escrituras dos últimos dias e a
batia a minha semente, de acor-
edificação de Sião. Aproximada-
do com a palavra do anjo; e
mente 600–592 a.C.
devido ao orgulho de minha se-
mente e às atentações do diabo, E aconteceu que o anjo me
vi que a semente de meus ir- falou, dizendo: Olha! E olhei e
mãos bvenceu o povo da minha vi muitas nações e reinos.
semente. 2 E disse-me o anjo: Que vês
20 E aconteceu que olhei e vi tu? E eu respondi: Vejo muitas
que a semente de meus irmãos nações e reinos.
havia vencido a minha semente; 3 E disse-me o anjo: Estas são as
e espalharam-se em multidões nações e os reinos dos gentios.
pela face da terra. 4 E aconteceu que vi entre as
21 E vi-os reunidos em multi- nações dos agentios a formação
dões; e vi aguerras e rumores de de uma bgrande igreja.
guerras entre eles; e em guerras 5 E disse-me o anjo: Vê a for-
e rumores de guerras, vi muitas mação de uma igreja que é a
gerações morrerem. mais abominável de todas as
22 E disse-me o anjo: Eis que igrejas, que amata os santos de
estes adegenerarão, caindo na Deus, sim, tortura-os e oprime-
incredulidade. os e subjuga-os com um bjugo
23 E aconteceu que vi que de- de ferro e leva-os ao cativeiro.
pois de haverem degenerado, 6 E aconteceu que vi essa agran-
caindo na incredulidade, torna- de e abominável igreja; e vi que
ram-se um povo aescuro, bsujo e o bdiabo era o seu fundador.

18b Jer. 7:24. Morô. 1:2. b 1 Né. 13:26, 34;


c gee Orgulho. gee Guerra. 14:3, 9–17.
d Lc. 16:26; 22a 1 Né. 15:13; 5 a Apoc. 17:3–6;
1 Né. 15:28–30. 2 Né. 26:15. 1 Né. 14:13.
e gee Justiça. 23a 2 Né. 26:33. b Jer. 28:10–14.
19 a gee Tentação, Tentar. b 2 Né. 5:20–25. 6 a D&C 88:94.
b Jar. 1:10; c gee Ociosidade, gee Diabo—A igreja
Pal. Mórm. 1:1–2. Ocioso. do diabo.
21a Mórm. 8:8; 13 4a gee Gentios. b 1 Né. 22:22–23.
27 1 Néfi 13:7–23
7 E vi também aouro e prata e Deus estava sobre a semente de
sedas e escarlatas e linho fina- meus irmãos; e eles foram cdis-
mente tecido e toda espécie de persos pelos gentios e foram fe-
vestimentas preciosas; e vi mui- ridos.
tas meretrizes. 15 E vi que o Espı́rito do Se-
8 E falou-me o anjo, dizendo: nhor estava sobre os gentios e
Eis que o ouro e a prata e as se- eles prosperaram e receberam a
a
das e as escarlatas e o linho fina- terra por herança; e vi que
mente tecido e as vestimentas eram brancos, muito bbelos e
preciosas e as meretrizes são os formosos, como era meu povo
a
desejos dessa grande e abomi- antes de ser cexterminado.
nável igreja. 16 E aconteceu que eu, Néfi, vi
9 E também, pelo louvor do que os gentios que haviam saı́do
mundo, adestroem os santos de do cativeiro humilharam-se
Deus e também os escravizam. diante do Senhor; e o poder do
10 E aconteceu que olhei e vi Senhor estava com aeles.
muitas águas; e elas separavam 17 E eu vi que as pátrias-mães
os gentios da semente de meus dos gentios estavam reunidas
irmãos. sobre as águas e também sobre a
11 E aconteceu que o anjo me terra, para batalhar contra eles.
disse: Eis que a ira de Deus está 18 E vi que o poder de Deus
sobre a semente de teus irmãos. estava com eles e também que a
12 E olhei e vi entre os gentios ira de Deus estava sobre todos
um homem que estava separado os que se achavam reunidos pa-
da semente de meus irmãos pe- ra batalhar contra eles.
las muitas águas; e vi que o aEs- 19 E eu, Néfi, vi que os gentios
pı́rito de Deus desceu e inspirou que haviam saı́do do cativeiro
o homem; e indo esse homem foram alibertados das mãos de
pelas muitas águas, chegou até a todas as outras nações, pelo po-
semente de meus irmãos que es- der de Deus.
tava na terra da promissão. 20 E aconteceu que eu, Néfi, vi
13 E aconteceu que vi o Espı́ri- que eles prosperaram na terra; e
to de Deus inspirar outros genti- vi um alivro que era levado en-
os; e eles saı́ram do cativeiro, tre eles.
atravessando as muitas águas. 21 E perguntou-me o anjo:
14 E aconteceu que vi muitas Sabes o significado do livro?
a
multidões de gentios na bterra 22 E eu respondi: Não sei.
da promissão e vi que a ira de 23 E ele disse: Eis que provém

7 a Mórm. 8:36–38. Mórm. 5:19–20. b 2 Né. 5:21.


8 a Apoc. 18:10–24; b gee Terra da c Mórm. 6:17–22.
Mórm. 8:35–38. Promissão. 16a D&C 101:80.
9 a Apoc. 13:4–7. c 1 Né. 22:7–8. 19a 2 Né. 10:10–14;
12a gee Inspiração, gee Israel—Dispersão 3 Né. 21:4;
Inspirar. de Israel. Ét. 2:12.
14a 2 Né. 1:11; 15a 2 Né. 10:19. 20a 1 Né. 14:23.
1 Néfi 13:24–30 28
da boca de um judeu. E eu, Néfi, tos convênios do Senhor foram
vi o livro. E disse-me o anjo: O tirados.
a
livro que vês é um bregistro dos 27 E fizeram tudo isso a fim de
c
judeus, que contém os convê- perverterem os caminhos retos
nios feitos pelo Senhor com a do Senhor, a fim de cegarem os
casa de Israel; e contém também olhos e endurecerem o coração
muitas das profecias dos santos dos filhos dos homens.
profetas; e é um registro seme- 28 Vês, portanto, que depois
lhante às gravações encontradas de haver o livro passado pelas
nas dplacas de latão, só que em mãos da grande e abominável
menor número; não obstante, igreja, foram suprimidas muitas
contém os convênios do Senhor coisas claras e preciosas do livro,
com a casa de Israel, sendo, por- que é o livro do Cordeiro de
tanto, de grande valor para os Deus.
gentios. 29 E depois que essas coisas
24 E disse-me o anjo do Se- claras e preciosas foram supri-
nhor: Viste que o livro procedeu midas, ele propagou-se por to-
da boca de um judeu; e ao pro- das as nações dos gentios; e
ceder da boca de um judeu, depois de ter-se propagado por
continha a plenitude do evan- todas as nações dos gentios, sim,
gelho do Senhor, de quem os mesmo do outro lado das mui-
doze apóstolos testificam; e eles tas águas que viste com os gen-
testificam de acordo com a ver- tios que saı́ram do cativeiro, vês
dade que está no Cordeiro de que—por causa das muitas coi-
Deus. sas claras e preciosas que foram
25 Estas coisas, portanto, são suprimidas do livro, que eram
transmitidas dos a judeus aos claras ao entendimento dos fi-
b
gentios, em pureza, segundo a lhos dos homens segundo a cla-
verdade que está em Deus. reza que existe no Cordeiro de
26 E depois de transmitidas Deus—por causa dessas coisas
dos judeus aaos gentios pela mão que foram suprimidas do evan-
dos doze apóstolos do Cordeiro, gelho do Cordeiro, um grande
vês a formação daquela bgrande número tropeça, sim, de tal ma-
e abominável cigreja que é mais neira que Satanás tem grande
abominável que todas as outras poder sobre eles.
igrejas; pois eis que dtiraram do 30 Vês, não obstante, os gentios
evangelho do Cordeiro muitas que saı́ram do cativeiro e que
partes que são eclaras e suma- foram elevados pelo poder de
mente preciosas; e também mui- Deus acima de todas as outras

23a 1 Né. 13:38; D&C 3:16. c gee Apostasia—


2 Né. 29:4–12. gee Judeus. Apostasia da igreja
b gee Escrituras. b gee Gentios. cristã primitiva.
c 2 Né. 3:12. 26a Mt. 21:43. d Mórm. 8:33;
d 1 Né. 5:10–13. b 1 Né. 13:4–6; Mois. 1:41.
25a 2 Né. 29:4–6; 14:3, 9–17. e 1 Né. 14:20–26; RF 8.
29 1 Néfi 13:31–37
nações, na face da terra, que é to, depois de visitá-los com jul-
uma terra escolhida acima de to- gamento e feri-los pela mão
das as outras terras, que é a terra dos gentios; e depois que os
que o Senhor Deus prometeu a gentios btropeçarem muito por
teu pai, por convênio, que seria causa das partes claras e precio-
a aterra de herança de seus des- sas do cevangelho do Cordeiro,
cendentes; vês, portanto, que o as quais foram retidas por aque-
Senhor Deus não permitirá que la igreja abominável que é a mãe
os gentios destruam completa- das meretrizes, diz o Cordeiro—
mente a bmescla de tua semente serei misericordioso para com
que está entre os teus irmãos. os gentios, naquele dia, tanto
31 Nem permitirá ele que os que lhes dtrarei pelo meu pró-
gentios adestruam a semente de prio poder muito do meu evan-
teus irmãos. gelho, que será claro e precioso,
32 Tampouco permitirá o Se- diz o Cordeiro.
nhor Deus que os gentios per- 35 Pois eis que, diz o Cordeiro:
maneçam para sempre naquele Eu me manifestarei a tua se-
horrı́vel estado de cegueira, no mente, de modo que ela es-
qual tu vês que estão, devido creverá muitas coisas que lhe
às passagens claras e preciosas ensinarei, as quais serão claras e
do evangelho do Cordeiro que preciosas; e depois que tua se-
foram suprimidas por aquela mente for destruı́da e degene-
a
igreja abominável, cuja forma- rar, caindo na incredulidade,
ção tu viste. assim como a semente de teus
33 Diz, portanto, o Cordeiro de irmãos, eis que a estas coisas
Deus: Serei misericordioso para serão escondidas, para serem re-
com os gentios, visitando os re- veladas aos gentios pelo dom e
manescentes da casa de Israel poder do Cordeiro.
com grande julgamento. 36 E nelas será escrito o meu
a
34 E aconteceu que o anjo do evangelho, diz o Cordeiro, e
Senhor me falou, dizendo: Eis minha brocha e minha salvação.
que, diz o Cordeiro de Deus, de- 37 E aabençoados os que procu-
pois de visitar os aremanescen- rarem estabelecer a minha bSião
tes da casa de Israel—e esses naquele dia, pois terão o cdom e
remanescentes de quem falo são o poder do Espı́rito Santo; e se
d
a semente de teu pai—portan- perseverarem até o fim, serão

30a gee Terra da 34a gee José, Filho de 36a 3 Né. 27:13–21.
Promissão. Jacó. b Hel. 5:12;
b Al. 45:10–14. b 1 Né. 14:1–3; 3 Né. 11:38–39.
31a 2 Né. 4:7; 10:18–19; 2 Né. 26:20. gee Rocha.
Jacó 3:5–9; c gee Evangelho. 37a D&C 21:9.
Hel. 15:12; d D&C 10:62. b gee Sião.
3 Né. 16:8–9; gee Restauração do c gee Dom do Espı́rito
Mórm. 5:20–21. Evangelho. Santo.
32a gee Diabo—A igreja 35a 2 Né. 27:6; 29:1–2. d 3 Né. 27:16.
do diabo. gee Livro de Mórmon. gee Perseverar.
1 Néfi 13:38–42 30
levantados no último dia e serão Pai Eterno e o d Salvador do
salvos no ereino eterno do Cor- mundo; e que todos os homens
deiro; e aqueles que fproclama- devem vir a ele, pois do contrá-
rem a paz, sim, novas de grande rio não poderão ser salvos.
alegria, quão belos serão sobre 41 E devem vir de acordo com
os montes! as palavras proferidas pela boca
38 E aconteceu que vi o rema- do Cordeiro; e as palavras do
nescente da semente de meus Cordeiro tornar-se-ão conheci-
i r m ã o s ; e t a m b é m o a l i v r o das nos registros de tua semen-
do Cordeiro de Deus que proce- te, assim como nos registros dos
dera da boca do judeu e que doze apóstolos do Cordeiro;
veio dos gentios bpara o rema- portanto ambos serão reunidos
a
nescente da semente de meus num só; porque há bum Deus e
irmãos. um cPastor sobre toda a Terra.
39 E depois de haver chegado 42 E chegará o tempo em que
a eles, vi outros alivros surgirem ele se manifestará a todas as na-
pelo poder do Cordeiro, trazi- ções, tanto aos ajudeus como aos
dos a eles pelos gentios, para gentios; e depois de haver-se
b
convencer os gentios e os rema- manifestado aos judeus e tam-
nescentes da semente de meus bém aos gentios, ele manifestar-
irmãos e também os judeus que se-á aos gentios e também aos
estavam dispersos por toda a judeus; e os búltimos serão os
face da Terra, de que os regis- primeiros e os cprimeiros serão
tros dos profetas e dos doze os últimos.
apóstolos do Cordeiro são cver-
dadeiros.
40 E falou-me o anjo, dizendo: CAPÍTULO 14
Estes aúltimos registros que vis-
te entre os gentios bconfirmarão Um anjo fala a Néfi das bênçãos e
a verdade dos cprimeiros, que maldições que cairão sobre os gen-
são dos doze apóstolos do Cor- tios—Existem apenas duas igrejas:
deiro, e divulgarão as coisas cla- a Igreja do Cordeiro de Deus e a
ras e preciosas que deles foram igreja do diabo—Os santos de Deus
suprimidas; e mostrarão a todas em todas as nações são perseguidos
as tribos, lı́nguas e povos que pela grande e abominável igreja—
o Cordeiro de Deus é o Filho do O Apóstolo João escreverá sobre o

37e gee Glória Celeste. b Eze. 37:15–20; 41a Eze. 37:17.


f Isa. 52:7; 2 Né. 3:11–12. b Deut. 6:4;
Mos. 15:14–18; c 1 Né. 14:30. Jo. 17:21–23;
3 Né. 20:40. 40a 2 Né. 26:16–17; 29:12. 2 Né. 31:21.
38a 1 Né. 13:23; gee Livro de Mórmon. c gee Bom Pastor.
2 Né. 29:4–6. b Mórm. 7:8–9. 42a D&C 90:8–9;
b Mórm. 5:15. c gee Bı́blia. 107:33; 112:4.
39a gee Escrituras— d Ver página de rosto b Jacó 5:63.
Profecias a respeito do Livro de Mórmon. c Lc. 13:30;
de escrituras futuras. Mois. 1:6. 1 Né. 15:13–20.
31 1 Néfi 14:1–9
fim do mundo. Aproximadamente segundo a justiça de Deus para
600–592 a.C. com todos os que cometerem
iniqüidades e abominações pe-
E acontecerá que se os agentios rante ele.
derem ouvidos ao Cordeiro de 5 E aconteceu que o anjo falou
Deus no dia em que ele se mani- a mim, Néfi, dizendo: Viste que,
festar a eles em palavras e tam- se os gentios se arrependerem,
bém em bpoder, verdadeiramen- será bom para eles; e conheces
te, para remover-lhes as pedras também os convênios do Se-
de ctropeço— nhor com a casa de Israel; e ou-
2 E não endurecerem o coração viste também que aquele que
contra o Cordeiro de Deus, serão não se aarrepender perecerá.
a
contados com a semente de teu 6 Portanto, aai dos gentios, se
pai; sim, serão contados com a endurecerem o coração contra o
casa de Israel; e serão um povo Cordeiro de Deus!
b
abençoado para sempre na ter- 7 Pois vem o tempo, diz o Cor-
ra da promissão; não mais serão deiro de Deus, em que farei uma
escravizados. E a casa de Israel a
obra grande e maravilhosa en-
não será mais confundida. tre os filhos dos homens, uma
3 E aquele grande aabismo que obra que será eterna, seja para
foi cavado para eles por aquela um fim ou para outro—seja pa-
grande e abominável igreja, fun- ra convertê-los à paz e à bvida
dada pelo diabo e seus filhos a eterna ou para entregá-los à du-
fim de que ele pudesse levar pa- reza de seu coração e à cegueira
ra o inferno as almas dos ho- de sua mente, até serem levados
mens — sim, o grande abismo ao cativeiro e também à destrui-
que foi cavado para a destruição ção, tanto fı́sica como espiritual,
dos homens encher-se-á com segundo o ccativeiro do diabo
aqueles que o cavaram, para sua do qual tenho falado.
completa destruição, diz o Cor- 8 E aconteceu que após ter dito
deiro de Deus; não a destruição estas coisas, o anjo disse-me:
da alma, a menos que isso signi- Lembras-te dos aconvênios do
fique ser lançada naquele binfer- Pai com a casa de Israel? Res-
no que não tem fim. pondi: Sim.
4 Pois eis que isto é segundo o 9 E aconteceu que me disse:
cativeiro do diabo e também Olha e vê aquela grande e abo-

14 1a 3 Né. 16:6–13. Abr. 2:9–11. 1 Né. 22:8;


gee Gentios. b 2 Né. 6:12; 10:8–14; 2 Né. 27:26; 29:1–2;
b I Tess. 1:5; 3 Né. 16:6–7; 20:27. D&C 4:1.
1 Né. 14:14; 3 a 1 Né. 22:14; gee Restauração do
Jacó 6:2–3. D&C 109:25. Evangelho.
c Isa. 57:14; b gee Condenação, b gee Vida Eterna.
1 Né. 13:29, 34; Condenar; Inferno. c 2 Né. 2:26–29;
2 Né. 26:20. 5 a gee Arrepender-se, Al. 12:9–11.
2 a Gál. 3:7, 29; Arrependimento. 8 a gee Convênio
2 Né. 10:18–19; 6 a 2 Né. 28:32. Abraâmico.
3 Né. 16:13; 21:6, 22; 7 a Isa. 29:14;
1 Néfi 14:10–17 32
minável igreja, que é a mãe de ções dos gentios, para aguerrear
abominações, cujo fundador é o o Cordeiro de Deus.
a
diabo. 14 E aconteceu que eu, Néfi, vi
10 E disse-me ele: Eis que não o poder do Cordeiro de Deus
há mais do que aduas igrejas; que descia sobre os santos da
uma é a igreja do Cordeiro de igreja do Cordeiro e sobre o po-
Deus e a boutra, a igreja do dia- vo do convênio do Senhor, que
bo; portanto, quem não perten- estava disperso sobre toda a face
ce à igreja do Cordeiro de Deus da Terra; e estavam armados
faz parte daquela grande igreja, com retidão e com o apoder de
que é a mãe de abominações; Deus, em grande glória.
e ela é a cprostituta de toda a 15 E aconteceu ter eu visto que
Terra. a ira de Deus se havia aderrama-
11 E aconteceu que olhei e vi do sobre aquela grande e abo-
a prostituta de toda a Terra, minável igreja, de modo que ha-
que se assentava sobre muitas via guerras e rumores de
a
águas; e btinha domı́nio sobre guerras entre todas as bnações e
toda a Terra, entre todas as na- tribos da Terra.
ções, tribos, lı́nguas e povos. 16 E quando começaram as
12 E aconteceu que vi a guerras e rumores de aguerras
igreja do Cordeiro de Deus e em todas as nações que perten-
seu número era apequeno, por ciam à mãe de abominações, o
causa das iniqüidades e abomi- anjo falou-me, dizendo: Eis que
nações da prostituta que se a ira de Deus está sobre a mãe
assentava sobre muitas águas; de meretrizes; e eis que vês to-
não obstante, vi que a igreja das estas coisas—
do Cordeiro, que eram os santos 17 E quando chegar o adia em
de Deus, estava também sobre que a bira de Deus for derrama-
b
toda a face da Terra; e seu da sobre a mãe de meretrizes,
domı́nio sobre a face da Terra que é a grande e abominável
era pequeno, devido à iniqüida- igreja de toda a Terra, cujo fun-
de da grande prostituta que dador é o diabo, então, naquele
eu vi. dia, a cobra do Pai começará,
13 E aconteceu ter eu visto que preparando o caminho para o
a grande mãe de abominações cumprimento dos dconvênios
congregou multidões na face de feitos com seu povo, que é da
toda a Terra, entre todas as na- casa de Israel.

9 a 1 Né. 15:35; 3 Né. 14:14; 16a 1 Né. 22:13–14;


D&C 1:35. D&C 138:26. Mórm. 8:30.
gee Diabo. b D&C 90:11. 17a gee Últimos Dias.
10a 1 Né. 22:23. 13a Apoc. 17:1–6; 18:24; b 1 Né. 22:15–16.
b 1 Né. 13:4–6, 26. 1 Né. 13:5; c 3 Né. 21:7, 20–29.
c Apoc. 17:5, 15; D&C 123:7–8. gee Restauração do
2 Né. 10:16. 14a Jacó 6:2; Evangelho.
11a Jer. 51:13; Apoc. 17:15. D&C 38:32–38. d Mórm. 8:21, 41.
b D&C 35:11. 15a D&C 1:13–14. gee Convênio
12a Mt. 7:14; b Mc. 13:8; D&C 87:6. Abraâmico.
33 1 Néfi 14:18–15:2
18 E aconteceu que o anjo me com a verdade que está no Cor-
falou, dizendo: Olha! deiro.
19 E olhei e vi um homem que 27 E eu, Néfi, ouvi e testifico
estava vestido com um manto que o nome do apóstolo do Cor-
branco. deiro era aJoão, segundo a pala-
20 E disse-me o anjo: Eis aum vra do anjo.
dos doze apóstolos do Cordeiro. 28 E eis que eu, Néfi, fui proibi-
21 Eis que ele verá e escreverá do de escrever o restante das
o restante destas coisas; sim, e coisas que vi e ouvi; por conse-
também muitas coisas já passa- guinte, o que escrevi me é sufi-
das. ciente; e eu escrevi apenas uma
22 E ele escreverá também so- pequena parte das coisas que vi.
bre o fim do mundo. 29 E testifico que vi as coisas
23 Portanto as coisas que ele que meu apai viu; e o anjo do
escrever são justas e verdadei- Senhor deu-mas a conhecer.
ras; e eis que estão escritas no 30 E agora termino de falar
a
livro que viste saindo da boca sobre as coisas que vi enquanto
do judeu; e quando saı́ram da estava arrebatado no espı́rito; e
boca do judeu, ou quando o li- se todas as coisas que vi não es-
vro saiu da boca do judeu, as tão escritas, as que escrevi são
a
coisas nele escritas eram claras e verdadeiras. E assim é. Amém.
puras e muito bpreciosas e de fá-
cil compreensão para todos os
CAPÍTULO 15
homens.
24 E eis que as coisas que este
a A semente de Leı́ receberá dos gen-
apóstolo do Cordeiro escreverá
tios o evangelho nos últimos dias—
são muitas coisas que viste; e eis
A coligação de Israel é comparada a
que verás as restantes.
uma oliveira cujos ramos naturais
25 Mas as coisas que vires de
serão enxertados novamente—Néfi
agora em diante, não escreve-
interpreta a visão da árvore da vida
rás; pois o Senhor Deus orde-
e fala da justiça de Deus em separar
nou ao apóstolo do Cordeiro de
os inı́quos dos justos. Aproximada-
Deus que as aescrevesse.
mente 600–592 a.C.
26 E tem havido também ou-
tros a quem o Senhor mostrou E aconteceu que depois de ha-
todas as coisas e eles escreve- ver sido arrebatado no espı́rito e
ram-nas; e elas estão aseladas visto todas essas coisas, eu, Néfi,
para serem reveladas em sua voltei à tenda de meu pai.
pureza à casa de Israel, no devi- 2 E aconteceu que vi meus
do tempo do Senhor, de acordo irmãos e eles discutiam entre si

20a Apoc. 1:1–3; 24a Ét. 4:16. D&C 35:18;


1 Né. 14:27. 25a Jo. 20:30–31; JS—H 1:65.
23a 1 Né. 13:20–24; Apoc. 1:19. 27a Apoc. 1:1–3.
Mórm. 8:33. 26a 2 Né. 27:6–23; 29a 1 Né. 8.
b 1 Né. 13:28–32. Ét. 3:21–27; 4:4–7; 30a 2 Né. 33:10–14.
1 Néfi 15:3–14 34
quanto às coisas que meu pai 10 Eis que eu lhes disse: Por
lhes dissera. que não guardais os manda-
3 Pois ele verdadeiramente lhes mentos do Senhor? Quereis pe-
dissera muitas coisas grandiosas recer por causa da adureza de
que eram de difı́cil acompreen- vosso coração?
são, a menos que se perguntasse 11 Não vos lembrais das coisas
ao Senhor; e como eram duros que o Senhor disse? — Se não
de coração, não procuravam o endurecerdes vosso coração e
Senhor como deviam. me apedirdes com fé, acreditan-
4 E então eu, Néfi, fiquei pesa- do que recebereis, guardando
roso com a dureza de seu cora- diligentemente os meus manda-
ção e também por causa das mentos, certamente estas coisas
coisas que tinha visto e sabia vos serão dadas a conhecer.
que haviam de acontecer inevi- 12 Eis que vos digo que a casa
tavelmente, por causa da gran- de Israel foi comparada a uma
de iniqüidade dos filhos dos oliveira pelo Espı́rito do Senhor
homens. que estava em nosso pai; e eis
5 E aconteceu que fiquei abati- que não fomos nós desmembra-
do por causa de minhas aafli- dos da casa de Israel e não so-
ções, pois considerava-as maio- mos nós um aramo da casa de
res que quaisquer outras, por Israel?
causa da bdestruição de meu po- 13 E agora, o que nosso pai
vo; pois eu vira a sua queda. quer dizer sobre o enxerto dos
6 E aconteceu que depois de ramos naturais por meio da ple-
haver recuperado as aforças, fa- nitude dos gentios é que, nos úl-
lei a meus irmãos, pergun- timos dias, quando nossos
tando-lhes o motivo das discus- descendentes tiverem adegene-
sões. rado, caindo na incredulidade,
7 E eles responderam: Eis que sim, pelo espaço de muitos anos
não podemos compreender as e por muitas gerações depois
palavras de nosso pai concer- que o bMessias se manifestar
nentes aos ramos naturais da em pessoa aos filhos dos ho-
oliveira e também aos gentios. mens, então a plenitude do
8 E disse-lhes eu: Haveis aper- c
evangelho do Messias chegará
guntado ao Senhor? aos dgentios; e dos gentios, aos
9 E eles responderam: Não per- remanescentes de nossos des-
guntamos, porque o Senhor não cendentes—
nos dá a conhecer essas coisas. 14 E naquele dia virão os nos-

15 3a I Cor. 2:10–12; 10a gee Apostasia. 2 Né. 26:15.


Al. 12:9–11. 11a Tg. 1:5–6; En. 1:15; b gee Messias.
5 a gee Adversidade. Morô. 7:26; c gee Evangelho.
b En. 1:13; Mórm. 6:1. D&C 18:18. gee Pedir. d 1 Né. 13:42; 22:5–10;
6 a Mois. 1:10; 12a Gên. 49:22–26; D&C 14:10.
JS—H 1:20, 48. 1 Né. 10:12–14; 19:24. gee Gentios.
8 a Mos. 26:13; Al. 40:3. gee Leı́, Pai de Néfi.
gee Oração. 13a 1 Né. 12:22–23;
35 1 Néfi 15:15–24
sos adescendentes a saber que to, apenas de nossos descen-
são da casa de Israel e que são dentes, mas também de toda
b
o povo do convênio do Se- a casa de Israel, indicando o
nhor; e c saberão, daı́, quem convênio que haveria de ser
eram seus antepassados e terão cumprido nos últimos dias, con-
também conhecimento do Re- vênio esse que o Senhor fez com
dentor e do evangelho que foi nosso pai Abraão, dizendo: Em
por ele ministrado a seus pais. tua asemente serão benditas to-
Portanto virão a conhecer seu das as famı́lias da Terra.
Redentor e os pontos essenciais 19 E aconteceu que eu, Néfi,
de sua doutrina, para que sai- falei-lhes muito sobre estas coi-
bam como chegar a ele e ser sal- sas; sim, falei-lhes sobre a ares-
vos. tauração dos judeus nos últimos
15 E aı́, naquele dia, não se re- dias.
gozijarão e não darão graças ao 20 E repeti-lhes as palavras de
seu eterno Deus, sua arocha e a
Isaı́as, que falou sobre a restau-
sua salvação? Sim, naquele dia ração dos judeus, ou seja, da ca-
não receberão vigor e alimento sa de Israel; e depois de sua
da verdadeira bvideira? Sim, não restauração, não serão mais con-
virão eles para o verdadeiro re- fundidos nem dispersos. E acon-
banho de Deus? teceu que disse muitas palavras
16 Eis que vos digo: Sim; eles a meus irmãos, de modo que se
serão lembrados outra vez pela tranqüilizaram e bhumilharam-
casa de Israel; serão aenxerta- se perante o Senhor.
dos, sendo um ramo natural da 21 E aconteceu que me falaram
oliveira, na oliveira verdadeira. novamente, dizendo: O que sig-
17 E isto é o que nosso pai quer nifica isso que nosso pai viu
dizer; e ele quer dizer que isto num sonho? O que significa a
a
não acontecerá senão depois de árvore que ele viu?
haverem sido dispersos pelos 22 E disse-lhes: Era uma repre-
gentios; e ele quer dizer que isto sentação da aárvore da vida.
se dará por meio dos gentios, 23 E disseram-me: O que signi-
para que o Senhor mostre aos fica a abarra de ferro que nosso
gentios o seu poder; porquanto pai viu, que levava à árvore?
será arejeitado pelos judeus, ou 24 E eu disse-lhes que era a
a
seja, pela casa de Israel. palavra de Deus; e todos os que
18 Nosso pai não falou, portan- dessem ouvidos à palavra de

14a 2 Né. 10:2; Mórmon. gee Israel—Coligação


3 Né. 5:21–26; 21:4–7. 15a gee Rocha. de Israel.
b gee Convênio b Gên. 49:11; Jo. 15:1. 20a 1 Né. 19:23.
Abraâmico. 16a Jacó 5:60–68. b 1 Né. 16:5, 24, 39.
c 2 Né. 3:12; 30:5; 17a gee Crucificação ou 21a 1 Né. 8:10–12.
Mórm. 7:1, 9–10; Crucifixão. 22a 1 Né. 11:4, 25;
D&C 3:16–20. Ver 18a Gên. 12:1–3; Mois. 3:9.
também página de Abr. 2:6–11. 23a 1 Né. 8:19–24.
rosto do Livro de 19a 1 Né. 19:15. 24a gee Palavra de Deus.
1 Néfi 15:25–34 36
Deus e a ela se bapegassem, ja- sobe eternamente para Deus e
mais pereceriam; nem as ctenta- não tem fim.
ções nem os ardentes ddardos 31 E disseram-me: Significa is-
do eadversário poderiam domi- so o tormento do corpo nos dias
ná-los até a cegueira, para levá- de aprovação, ou significa o es-
los à destruição. tado final da alma depois da
b
25 Portanto eu, Néfi, exortei-os morte do corpo fı́sico, ou refe-
a adarem ouvidos à palavra do re-se às coisas que são terrenas?
Senhor; sim, exortei-os com to- 32 E aconteceu que eu lhes dis-
da a energia de minha alma e se que era uma representação
com todas as faculdades que tanto de coisas fı́sicas como es-
possuı́a, a darem ouvidos à pa- pirituais; pois chegaria o dia em
lavra de Deus e a lembrarem-se que seriam julgados por suas
a
de guardar seus mandamentos, obras, sim, mesmo as obras fei-
sempre, em todas as coisas. tas pelo corpo fı́sico nos seus di-
26 E disseram-me: O que signi- as de provação.
fica o ario de água que nosso pai 33 Se amorrerem, portanto, em
viu? iniqüidade, serão também brejei-
27 E respondi-lhes que a aágua tados quanto às coisas espiri-
que meu pai viu era bimundı́cie; tuais que se referem à retidão;
e sua mente estava tão absorvi- portanto deverão ser levados
da com outras coisas, que não perante Deus para serem cjulga-
observou a imundı́cie da água. dos por suas dobras; e se suas
28 E disse-lhes que era um hor- obras tiverem sido imundas,
rı́vel aabismo que separava os eles serão eimundos; e se forem
inı́quos da árvore da vida e tam- imundos, não poderão fhabitar
bém dos santos de Deus. o reino de Deus; se o habitas-
29 E disse-lhes que era uma re- sem, o reino de Deus seria tam-
presentação daquele horrı́vel bém imundo.
a
inferno que o anjo me dissera 34 Mas eis que eu vos digo que
estar preparado para os inı́quos. o reino de Deus não é aimundo e
30 E disse-lhes que nosso pai que nenhuma coisa impura po-
também viu que a ajustiça de de entrar no reino de Deus; é
Deus separava os inı́quos dos portanto necessário que haja
justos; e que seu resplendor era um lugar de imundı́cie prepara-
como uma chama de fogo que do para o que é imundo.

24b 1 Né. 8:30; b gee Imundı́cie, Morô. 10:26.


2 Né. 31:20. Imundo. b Al. 12:12–16; 40:26.
c 1 Né. 8:23. 28a Lc. 16:26; 1 Né. 12:18; c gee Juı́zo Final.
gee Tentação, Tentar. 2 Né. 1:13. d 3 Né. 27:23–27.
d Ef. 6:16; 29a gee Inferno. e 2 Né. 9:16; D&C 88:35.
D&C 3:8; 27:17. 30a gee Justiça. f Salm. 15:1–5; 24:3–4;
e gee Diabo. 31a Al. 12:24; 42:10; Al. 11:37;
25a D&C 11:2; 32:4; Hel. 13:38. D&C 76:50–70;
84:43–44. b Al. 40:6, 11–14. Mois. 6:57.
26a 1 Né. 8:13. 32a gee Obras. 34a gee Imundı́cie,
27a 1 Né. 12:16. 33a Mos. 15:26; Imundo.
37 1 Néfi 15:35–16:8
35 E há um lugar preparado, duras contra os inı́quos, de acor-
sim, aquele horrı́vel ainferno do do com a verdade; e justifiquei
qual falei, cujo fundador é o os justos e testifiquei que eles
b
diabo. Portanto o estado final seriam exaltados no último dia;
da alma dos homens é habitar o e os aculpados consideram, por-
reino de Deus ou ser lançada tanto, a bverdade dura, porque
fora por causa da c justiça da c
penetra-lhes até o âmago.
qual falei. 3 E agora, meus irmãos, se fôs-
36 Os inı́quos, portanto, serão seis justos e estivésseis dispostos
apartados dos justos e também a ouvir a verdade e a segui-la, a
daquela aárvore da vida, cujo fim de aandar retamente diante
fruto é mais precioso e mais bde- de Deus, não irı́eis murmurar
sejável que todos os frutos; sim, por causa da verdade e afirmar:
é a cmaior de todas as ddádivas Tu dizes coisas duras contra nós.
de Deus. E assim falei a meus 4 E aconteceu que eu, Néfi,
irmãos. Amém. com toda a diligência exortei
meus irmãos a guardarem os
mandamentos do Senhor.
CAPÍTULO 16
5 E aconteceu que eles se ahu-
milharam diante do Senhor, de
Os inı́quos consideram a verdade
modo que me alegrei e tive
dura—Os filhos de Leı́ casam-se
grande esperança de que vies-
com as filhas de Ismael—A Liahona
sem a seguir os caminhos da re-
guia-lhes o curso no deserto —
tidão.
Mensagens do Senhor são escritas
6 Ora, todas essas coisas foram
na Liahona de tempos em tempos—
ditas e feitas enquanto meu pai
Ismael morre; sua famı́lia murmura
vivia numa tenda, no vale que
por causa das aflições. Aproximada-
ele chamara Lemuel.
mente 600–592 a.C.
7 E aconteceu que eu, Néfi, to-
E aconteceu que após ter eu, mei para aesposa uma das bfilhas
Néfi, acabado de falar a meus ir- de Ismael; e meus irmãos tam-
mãos, eis que eles me disseram: bém tomaram para esposas as fi-
Tu nos tens declarado coisas du- lhas de Ismael; e cZorã também
ras, mais do que somos capazes tomou para esposa a filha mais
de suportar. velha de Ismael.
2 E aconteceu que eu lhes disse 8 E assim cumpriu meu pai
que sabia haver falado coisas todos os mandamentos que o

35a 2 Né. 9:19; Mos. 26:27. d D&C 14:7. 3 a D&C 5:21.


gee Inferno. gee Vida Eterna. gee Andar, Andar
b 1 Né. 14:9; D&C 1:35. 16 2a Jo. 3:20; 2 Né. 33:5; com Deus.
c gee Justiça. En. 1:23; Hel. 14:10. 5 a 1 Né. 16:24, 39; 18:4.
36a Gên. 2:9; gee Culpa. 7 a gee Casamento,
2 Né. 2:15. b Prov. 15:10; Casar.
b 1 Né. 8:10–12; 2 Né. 1:26; 9:40; b 1 Né. 7:1.
Al. 32:42. Hel. 13:24–26. c 1 Né. 4:35;
c D&C 6:13. c At. 5:33; Mos. 13:7. 2 Né. 5:5–6.
1 Néfi 16:9–20 38
Senhor lhe dera. E eu, Néfi, tam- no lugar chamado Sazer. E saı́-
bém fui extremamente abençoa- mos novamente pelo deserto,
do pelo Senhor. seguindo na mesma direção,
9 E aconteceu que durante a mantendo-nos nas partes mais
noite a voz do Senhor falou a férteis do deserto, que acompa-
meu pai e ordenou-lhe que, nhavam os limites próximos ao
a
no dia seguinte, prosseguisse Mar Vermelho.
viagem pelo deserto. 15 E aconteceu que viajamos
10 E aconteceu que meu pai se pelo espaço de muitos dias, ca-
levantou pela manhã e, saindo à çando pelo caminho com nossos
porta da tenda, notou, com arcos e nossas flechas, nossas
grande espanto, que havia no pedras e nossas fundas.
chão uma aesfera esmeradamen- 16 E seguimos a adireção in-
te trabalhada; e era feita de latão dicada pela esfera, que nos le-
puro. E no seu interior havia vou aos lugares mais férteis do
duas agulhas; e uma delas indi- deserto.
cava-nos o caminho a seguir no 17 E depois de havermos viaja-
deserto. do pelo espaço de muitos dias,
11 E aconteceu que reunimos armamos nossas tendas por al-
todas as coisas que deverı́amos gum tempo, a fim de novamen-
levar para o deserto e todo o te descansar e obter alimento
restante das provisões que o Se- para nossas famı́lias.
nhor nos dera; e juntamos se- 18 E aconteceu que quando eu,
mentes de toda espécie a fim de Néfi, saı́ para caçar, eis que que-
levarmos para o deserto. brei meu arco, que era feito de
a
12 E aconteceu que tomamos aço puro; e tendo quebrado
nossas tendas e partimos para meu arco, eis que meus irmãos
o deserto, atravessando o rio se zangaram comigo por causa
Lamã. da perda de meu arco, porque
13 E aconteceu que viajamos não conseguimos alimento.
pelo espaço de quatro dias, na 19 E aconteceu que voltamos
direção aproximada sul-sudes- sem alimento para junto de nos-
te; e novamente armamos nos- sas famı́lias; e estando todos eles
sas tendas e demos ao lugar o bastante fatigados por causa da
nome de Sazer. viagem, sofreram muito com a
14 E aconteceu que tomamos falta de alimento.
nossos arcos e nossas flechas e 20 E aconteceu que Lamã e
saı́mos pelo deserto, à procura Lemuel e os filhos de Ismael co-
de caça para nossas famı́lias; e meçaram a murmurar muito por
depois de havermos obtido a ca- causa de seus sofrimentos e
ça, voltamos outra vez para jun- aflições no deserto; e meu pai
to de nossas famı́lias no deserto, também começou a murmurar

10a Al. 37:38–46. 16a 1 Né. 16:10, 16, 26; 18a II Sam. 22:35.
gee Liahona. 18:12;
14a D&C 17:1. Al. 37:38–46.
39 1 Néfi 16:21–33
contra o Senhor seu Deus; sim, e meu pai viu as coisas que esta-
estavam todos extremamente vam escritas na esfera, temeu e
aflitos, a ponto de murmurarem tremeu muito; e também meus
contra o Senhor. irmãos e os filhos de Ismael e
21 Ora, aconteceu que eu, Néfi, nossas mulheres.
fiquei aflito, juntamente com 28 E aconteceu que eu, Néfi, vi
meus irmãos, pela perda de meu os ponteiros que estavam na es-
arco; e tendo os seus arcos per- fera e eles moviam-se conforme
dido a elasticidade, as coisas tor- a afé e a diligência e a atenção
naram-se muito difı́ceis, sim, que lhes dávamos.
tanto que não podı́amos conse- 29 E havia também sobre eles
guir alimento. uma escrita nova que era sim-
22 E aconteceu que eu, Néfi, ples de ser lida e dava-nos aen-
falei muito a meus irmãos, por- tendimento sobre os caminhos
que tornaram a endurecer o co- do Senhor; e era escrita e muda-
ração, a ponto de aqueixarem-se da de tempos em tempos, de
do Senhor seu Deus. acordo com nossa fé e a atenção
23 E aconteceu que eu, Néfi, fiz que lhe dávamos. E assim ve-
um arco de madeira e, de uma mos que, por meio de bpeque-
vara reta, fiz uma flecha; portan- nos recursos, pode o Senhor
to me armei de um arco e flecha, realizar grandes coisas.
uma funda e pedras. E pergun- 30 E aconteceu que eu, Néfi,
tei a meu apai: Aonde deverei ir me dirigi ao cume da montanha,
para obter alimento? de acordo com as direções da-
24 E aconteceu que ele aper- das na esfera.
guntou ao Senhor, porque eles 31 E aconteceu que matei ani-
se haviam humilhado por causa mais selvagens e, desse modo,
das minhas palavras; porque eu obtive alimento para nossas fa-
lhes dissera muitas coisas com mı́lias.
toda a energia de minha alma. 32 E aconteceu que voltei para
25 E aconteceu que meu pai nossas tendas, levando os ani-
ouviu a voz do Senhor; e ele foi mais que havia matado; e então,
realmente arepreendido por ter quando viram que eu havia
murmurado contra o Senhor, de obtido alimento, grande foi sua
tal forma que mergulhou em alegria. E aconteceu que se hu-
profundo pesar. milharam perante o Senhor e
26 E aconteceu que a voz do renderam-lhe graças.
Senhor lhe disse: Olha a esfera e 33 E aconteceu que reiniciamos
vê as coisas que estão escritas. nossa viagem, tomando aproxi-
27 E aconteceu que quando madamente o mesmo rumo do

22a Êx. 16:8; 25a Ét. 2:14. 29a gee Compreensão,


Núm. 11:1. gee Castigar, Castigo, Entendimento.
23a Êx. 20:12; Corrigir, Repreender. b II Re. 5:13; Tg. 3:4;
Mos. 13:20. 28a Al. 37:40. Al. 37:6–7, 41;
24a gee Oração. gee Fé. D&C 123:16.
1 Néfi 16:34–17:2 40
princı́pio; e depois de havermos nho deserto; e depois de levar-
viajado pelo espaço de muitos nos, pensa fazer-se rei e gover-
dias, armamos novamente nos- nar-nos, fazendo conosco o que
sas tendas a fim de pararmos lhe aprouver. E desta maneira
por algum tempo. meu irmão Lamã incitava à ira.
34 E aconteceu que a Ismael 39 E aconteceu que o Senhor
morreu e foi enterrado no lugar estava conosco, sim, a voz do
chamado Naom. Senhor disse-lhes muitas pala-
35 E aconteceu que as filhas de vras, arepreendendo-os muito;
Ismael choraram muito a perda e depois de haverem sido repre-
de seu pai e suas aaflições no de- endidos pela voz do Senhor,
serto; e murmuraram contra abrandaram a sua ira e arrepen-
meu pai por havê-las tirado da deram-se de seus pecados, de
terra de Jerusalém, dizendo: modo que o Senhor tornou a
Nosso pai está morto; sim, e te- abençoar-nos com alimento, pa-
mos vagado muito pelo deserto ra que não morrêssemos.
e temos sofrido muitas aflições,
fome, sede e cansaço; e depois
CAPÍTULO 17
de todos estes sofrimentos, va-
mos certamente perecer de fome
Néfi é instruı́do a construir um na-
no deserto.
vio—Seus irmãos opõem-se a ele—
36 E assim murmuravam con-
Ele exorta-os, recontando a história
tra meu pai e também contra
dos procedimentos de Deus para
mim; e desejavam voltar para
com Israel—Néfi enche-se do poder
Jerusalém.
de Deus—Seus irmãos são proibi-
37 E Lamã disse a Lemuel e
dos de tocá-lo, para não definharem
também aos filhos de Ismael:
a como uma cana seca. Aproximada-
Matemos nosso pai e também
mente 592–591 a.C.
nosso irmão Néfi, que se arvo-
rou em nosso bchefe e mestre, E aconteceu que reiniciamos a
apesar de sermos seus irmãos jornada pelo deserto e, dali em
mais velhos. diante, viajamos na direção
38 Agora, diz que o Senhor aproximada do leste. E viajamos
conversou com ele e também e passamos por muitas aflições
que a anjos o instruı́ram. Eis, no deserto; e nossas mulheres
porém, que sabemos que ele tiveram filhos no deserto.
mente para nós; e conta-nos es- 2 E tão grandes foram as bên-
sas coisas e faz muitas coisas çãos do Senhor que, enquanto
com astúcia, a fim de enganar- vivemos de carne acrua no de-
nos, pensando que talvez consi- serto, nossas mulheres tiveram
ga levar-nos para algum estra- bastante leite para seus filhos e

34a 1 Né. 7:2–6. b Gên. 37:9–11; Corrigir,


35a gee Adversidade. 1 Né. 2:22; 18:10. Repreender.
37a 1 Né. 17:44. 38a 1 Né. 3:30–31; 4:3. 17 2a 1 Né. 17:12.
gee Homicı́dio. 39 a gee Castigar, Castigo,
41 1 Néfi 17:3–14
eram fortes, sim, tanto quanto os dizendo: Levanta-te e vai à
homens; e começaram a supor- montanha. E aconteceu que me
tar as viagens sem murmurar. levantei e subi à montanha e
3 E assim vemos que os man- clamei ao Senhor.
damentos de Deus devem ser 8 E aconteceu que o Senhor me
cumpridos. E se os filhos dos falou, dizendo: Tu construirás
homens aguardam os manda- um navio da amaneira que eu te
mentos de Deus, ele alimenta-os mostrarei, a fim de que eu leve o
e fortalece-os e dá-lhes meios teu povo através destas águas.
pelos quais poderão cumprir as 9 E eu disse: Senhor, aonde irei
coisas que lhes ordenou; por- a fim de encontrar minério para
tanto ele nos bdeu os meios de fundir e fazer ferramentas, com
sobrevivermos enquanto per- o fito de construir o navio do
manecı́amos no deserto. modo que tu me mostraste?
4 E permanecemos no deserto 10 E aconteceu que o Senhor
pelo espaço de muitos anos, me disse onde eu encontraria
sim, oito anos no deserto. minério para fazer ferramentas.
5 E chegamos à terra a que de- 11 E aconteceu que eu, Néfi, fiz
mos o nome de Abundância, um fole de peles de animais pa-
por causa das muitas frutas e ra avivar o fogo; e depois de ha-
também do mel silvestre; e to- ver feito o fole para avivar o
das essas coisas foram prepara- fogo, bati duas pedras, uma con-
das pelo Senhor, a fim de que tra a outra, para fazer fogo.
não perecêssemos. E vimos o 12 Pois até então o Senhor não
mar, ao qual demos o nome de nos havia permitido fazer muito
Irreântum, que significa muitas fogo, enquanto viajávamos pelo
águas. deserto, pois disse: Farei com
6 E aconteceu que armamos que vossos alimentos se tornem
nossas tendas perto da costa e, saborosos, para que não vos seja
apesar de havermos sofrido preciso acozinhá-los.
muitas aaflições e dificuldades, 13 E serei também vossa luz no
sim, tantas que não podemos es- deserto; e aprepararei o cami-
crevê-las todas, ficamos imensa- nho a vossa frente, se guardar-
mente contentes quando des meus mandamentos;
chegamos à costa; e demos ao portanto, se guardardes meus
lugar o nome de Abundância, mandamentos, sereis conduzi-
devido a suas muitas frutas. dos à terra da bpromissão; e csa-
7 E aconteceu que depois de bereis que sois conduzidos por
estar eu, Néfi, pelo espaço de mim.
muitos dias na terra de Abun- 14 Sim, e disse também o Se-
dância, ouvi a voz do Senhor, nhor: Depois de haverdes che-

3 a Mos. 2:41; Al. 26:12. b 1 Né. 3:7. 13a Al. 37:38–39.


gee Obedecer, 6a 2 Né. 4:20. b 1 Né. 2:20;
Obediência, 8a 1 Né. 18:2. Jacó 2:12.
Obediente. 12a 1 Né. 17:2. c Êx. 6:7.
1 Néfi 17:15–24 42
gado à terra da promissão, asa- é levado pelas tolas afantasias de
bereis que eu, o Senhor, sou seu coração; sim, ele tirou-nos
b
Deus; e que eu, o Senhor, vos da terra de Jerusalém e temos
salvei da destruição; sim, que vagado no deserto por todos es-
vos tirei da terra de Jerusalém. ses anos; e nossas mulheres têm
15 Portanto eu, Néfi, esforcei- trabalhado, ainda que grávidas;
me em guardar os mandamen- e tiveram filhos no deserto e su-
tos do Senhor e exortei meus portaram todas as coisas, exceto
irmãos a serem fiéis e diligen- a morte. E teria sido melhor que
tes. tivessem morrido antes de dei-
16 E aconteceu que fiz ferra- xar Jerusalém, do que suportar
mentas com o metal que fundi todas essas aflições.
da rocha. 21 Eis que temos padecido du-
17 E quando meus irmãos vi- rante todos estes anos no deser-
ram que eu estava prestes a t o , q u a n d o p o d e r ı́ a m o s t e r
a
construir um navio, começaram usufruı́do nossos bens e a terra
a murmurar contra mim, dizen- de nossa herança; sim, e poderı́a-
do: Nosso irmão é um tolo, pois mos ter sido felizes.
pensa que poderá construir um 22 E sabemos que o povo que
navio; sim, e pensa também que estava na terra de Jerusalém
poderá atravessar estas grandes era um povo a justo, porque
águas. guardava os estatutos e os juı́-
18 E assim meus irmãos se zos do Senhor e todos os seus
queixavam de mim e não ti- mandamentos, de acordo com
nham vontade de trabalhar, a lei de Moisés; sabemos, por-
pois não acreditavam que eu tanto, que eles são um povo jus-
pudesse construir um navio to e nosso pai julgou-os e
nem acreditavam que eu havia tirou-nos de lá, porque demos
sido instruı́do pelo Senhor. ouvidos às palavras dele; sim, e
19 E aconteceu que eu, Néfi, fi- nosso irmão é semelhante a ele.
quei muito pesaroso por causa E dessa maneira meus irmãos
d a d u r e z a d e s e u c o r a ç ã o ; murmuravam e queixavam-se
e então, quando viram que eu de nós.
começava a ficar pesaroso, ale- 23 E aconteceu que eu, Néfi,
g r a r a m - s e e m s e u c o r a ç ã o , lhes falei, dizendo: Credes vós
de maneira que se arejubilaram, que nossos pais, que eram os fi-
dizendo: Sabı́amos que não po- lhos de Israel, teriam sido tira-
derias construir um navio, pois dos das mãos dos egı́pcios se
sabı́amos que não tinhas juı́zo; não tivessem dado ouvidos às
não podes, portanto, realizar palavras do Senhor?
uma obra tão grandiosa. 24 Sim, e supondes vós que
20 E tu és como nosso pai, que eles poderiam ter saı́do do cati-

14a 2 Né. 1:4. 17a 1 Né. 18:1–6. 20a 1 Né. 2:11.


gee Testemunho. 19a gee Perseguição, 22a 1 Né. 1:13.
b D&C 5:2. Perseguir.
43 1 Néfi 17:25–35
veiro, se o Senhor não houvesse noite e fazendo por eles tudo o
ordenado a Moisés que os atiras- que era anecessário a um ho-
se do cativeiro? mem receber, endureceram o
25 Ora, sabeis que os filhos de coração e cegaram a mente e
Israel estavam no acativeiro e sa- b
ultrajaram Moisés e o Deus vi-
beis que eram oprimidos com vo e verdadeiro.
b
tarefas difı́ceis de suportar; sa- 31 E aconteceu que, de acordo
beis, portanto, que deve ter sido com sua palavra, ele os ades-
uma coisa boa para eles have- truiu e, de acordo com sua pala-
rem sido libertados do cativeiro. vra, bguiou-os; e, de acordo com
26 Ora, sabeis também que o sua palavra, fez tudo por eles; e
Senhor ordenou a aMoisés que nada foi feito que não fosse por
fizesse esse grande trabalho; e meio de sua palavra.
sabeis que, por sua bpalavra, as 32 E depois de haverem atra-
águas do Mar Vermelho dividi- vessado o rio Jordão, ele tornou-
ram-se para um e para outro la- os poderosos, para que aexpul-
do; e passaram em terra seca. sassem os filhos da terra, sim,
27 Sabeis, porém, que os egı́p- para que os dispersassem até a
cios que formavam os exércitos destruição.
do Faraó afogaram-se no Mar 33 E agora supondes que os fi-
Vermelho. lhos desta terra, que estavam na
28 E sabeis também que eles fo- terra da promissão, que foram
ram alimentados com amaná no expulsos por nossos pais, su-
deserto. pondes vós que eram justos? Eis
29 Sim, e também sabeis que que vos digo: Não.
Moisés, por sua palavra, de 34 Pensais que nossos pais te-
acordo com o poder de Deus riam sido mais favorecidos do
que estava nele, aferiu a rocha que eles, se eles tivessem sido
da qual jorrou água, para que os justos? Eu vos digo: Não.
filhos de Israel matassem a sede. 35 Eis que o Senhor considera
30 E, não obstante serem eles toda acarne igualmente; aquele
guiados, indo o Senhor seu que é bjusto é cfavorecido por
Deus, seu Redentor, diante de- Deus. Eis, porém, que esse povo
les, conduzindo-os durante o havia rejeitado toda palavra de
dia e dando-lhes luz durante a Deus e amadurecido em iniqüi-

24a Êx. 3:2–10; Núm. 11:7–8; D&C 103:16–18.


1 Né. 19:10; Deut. 8:3; Mos. 7:19. 32a Núm. 33:52–53;
2 Né. 3:9; 25:20. 29a Êx. 17:6; Núm. 20:11; Jos. 24:8.
25a Gên. 15:13–14. Deut. 8:15; 35a At. 10:15, 34;
b Êx. 1:11; 2:11. 1 Né. 20:21. Rom. 2:11;
26a At. 7:22–39. 30a D&C 18:18; 88:64–65. 2 Né. 26:23–33.
b Êx. 14:21–31; b Êx. 32:8; Núm. 14:2–3; b Salm. 55:22;
1 Né. 4:2; Mos. 7:19; Eze. 20:13–16; 1 Né. 22:17.
Hel. 8:11; D&C 8:3; D&C 84:23–25. c I Sam. 2:30;
Mois. 1:25. 31a Núm. 26:65. Salm. 97:10; 145:20;
28a Êx. 16:4, 14–15, 35; b 1 Né. 5:15; Al. 13:4; D&C 82:10.
1 Néfi 17:36–45 44
dade; e a plenitude da ira de mordidos, preparou um meio
Deus estava sobre eles. E o Se- para que fossem ccurados; e o
nhor amaldiçoou a terra pa- que tinham a fazer era olhar;
r a e l e s e a b e n ç o o u - a p a r a e por causa da d simplicida-
nossos pais; sim, amaldiçoou-a de do método, ou seja, da faci-
para a destruição deles e aben- lidade dele, houve muitos que
çoou-a para que nossos pais pereceram.
obtivessem poder sobre ela. 42 E endureceram o coração
36 Eis que o Senhor acriou a de tempos em tempos e aultraja-
b
Terra para que fosse chabitada; ram bMoisés e também Deus;
e criou seus filhos para que a não obstante, sabeis que foram
habitassem. conduzidos à terra da pro-
37 E ele alevanta uma nação missão por seu incomparável
justa e destrói as nações dos poder.
inı́quos. 43 E então, depois de todas es-
38 E conduz os justos a aterras tas coisas, chegou o tempo em
ricas e bdestrói os inı́quos e amal- que se tornaram inı́quos, sim,
diçoa a terra por causa deles. quase totalmente; e não sei se
39 Ele governa nas alturas dos neste dia não estão para serem
céus, porque é seu trono; e esta destruı́dos; pois sei que certa-
Terra é o aescabelo de seus pés. mente virá o dia em que serão
40 E ele ama os que o tomam destruı́dos, exceto poucos que
por seu Deus. Eis que amou serão levados em cativeiro.
nossos pais e fez a convênios 44 Assim, aordenou o Senhor
com eles, sim, com Abraão, bIsa- a meu pai que partisse para o
que e cJacó; e lembrou-se dos deserto; e os judeus também
convênios que fez; portanto, procuraram tirar-lhe a vida; sim,
tirou-os da terra do dEgito. e bvós também procurastes ti-
41 E afligiu-os no deserto com rar-lhe a vida. Sois, portanto, as-
sua vara, porque a endurece- sassinos em vosso coração e sois
ram o coração do mesmo modo como eles.
que vós; e o Senhor afligiu-os 45 Sois arápidos em cometer
por causa de sua iniqüidade. iniqüidades, porém vagarosos
Enviou-lhes b serpentes voa- em lembrar-vos do Senhor vos-
doras ardentes e, depois de so Deus. Haveis visto um banjo

36a gee Criação, Criar. Abr. 2:7. c Jo. 3:13–15;


b gee Terra. 40a gee Convênio 2 Né. 25:20.
c Isa. 45:18; Abraâmico. d Al. 37:44–47; Hel. 8:15.
Abr. 3:24–25. b Gên. 21:12; 42a Núm. 14:1–12.
37a Prov. 14:34; D&C 27:10. gee Rebeldia,
1 Né. 4:13; Ét. 2:10; c Gên. 28:1–5. Rebelião.
D&C 117:6. d Deut. 4:37. b D&C 84:23–24.
38a gee Terra da 41a II Re. 17:7–23. 44a 1 Né. 2:1–2.
Promissão. b Núm. 21:4–9; b 1 Né. 16:37.
b Lev. 20:22. Deut. 8:15; 45a Mos. 13:29.
39a Isa. 66:1; D&C 38:17; Al. 33:18–22. b 1 Né. 4:3.
45 1 Néfi 17:46–53
c
que vos falou; sim, haveis ou- definhará como uma cana seca
vido sua voz de tempos em e será como nada diante do
tempos; e ele vos falou numa poder de Deus, porque Deus o
voz mansa e delicada, mas ha- ferirá.
vı́eis cperdido a sensibilidade, 49 E aconteceu que eu, Néfi,
de modo que não pudestes lhes disse que não mais deve-
perceber suas palavras; portan- riam murmurar contra seu pai
to, falou-vos ele com voz de nem deveriam recusar-me o seu
t r o v ã o , o q u e f e z t r e m e r a trabalho, pois Deus havia or-
terra como se fosse partir-se em denado que eu construı́sse um
pedaços. navio.
46 E sabeis também que, pelo 50 E disse-lhes: aSe Deus me
a
poder de sua palavra todo-po- tivesse ordenado que fizesse
derosa, ele pode fazer com que todas as coisas, poderia fazê-
a Terra deixe de existir; sim, e las. Se ele me ordenasse que
sabeis que, por sua palavra, po- dissesse a esta água: Conver-
de fazer com que os lugares aci- te-te em terra, ela se conver-
dentados sejam aplainados e os teria; e se eu o dissesse, assim
lugares planos sejam fragmen- seria feito.
tados. Oh! então, como podeis 51 Ora, se o Senhor possui tão
ter o coração tão duro? grande poder e fez tantos mila-
47 Eis que minha alma está gres entre os filhos dos homens,
despedaçada por vossa causa e por que não pode aensinar-me a
meu coração sofre; temo que se- construir um navio?
jais rejeitados para sempre. Eis 52 E aconteceu que eu, Néfi,
que estou acheio do Espı́rito de disse muitas coisas a meus
Deus, de modo que meu corpo irmãos, de modo que ficaram
b
não tem forças. confundidos e não puderam
48 E então aconteceu que, de- contender comigo; nem se atre-
pois de eu ter dito estas pala- veram a deitar-me as mãos nem
vras, iraram-se contra mim e a tocar-me com os dedos por
tiveram desejo de lançar-me muitos dias. Ora, não se atreve-
nas profundezas do mar; e ram a fazer isso para não defi-
quando se aproximaram para nharem diante de mim, tão
deitar-me as mãos, falei-lhes, poderoso era o a Espı́rito de
dizendo: Em nome do Deus Deus; e assim agiu sobre eles.
Todo-Poderoso, ordeno-vos que 53 E aconteceu que o Senhor
não me atoqueis, porque estou me disse: Estende outra vez a
cheio do bpoder de Deus a mão para teus irmãos e eles não
ponto de consumir-me a car- definharão diante de ti, mas eu
ne; e quem me deitar as mãos os sacudirei, diz o Senhor, e isto

45c Ef. 4:19. 48a Mos. 13:3. 50a Filip. 4:13; 1 Né. 3:7.
46a Hel. 12:6–18. b 2 Né. 1:26–27. 51a Gên. 6:14–16;
47a Miq. 3:8. gee Poder. 1 Né. 18:1.
b 1 Né. 19:20. c I Re. 13:4–7. 52a gee Espı́rito Santo.
1 Néfi 17:54–18:7 46
farei para que saibam que sou o pos, de que maneira eu deveria
Senhor seu Deus. trabalhar as madeiras do navio.
54 E aconteceu que eu estendi 2 Ora, eu, Néfi, não trabalhei a
a mão para meus irmãos e eles madeira pelo método que os ho-
não definharam diante de mim; mens conheciam nem construı́ o
mas o Senhor sacudiu-os, de navio pelo método dos homens;
acordo com o que dissera. mas construı́-o pelo método que
55 E então eles disseram: Te- o Senhor me havia mostrado;
mos certeza de que o Senhor não foi, portanto, igual ao dos
está contigo, pois sabemos que homens.
foi o poder do Senhor que nos 3 E eu, Néfi, ia freqüentemen-
sacudiu. E prostraram-se diante te à montanha e aorava freqüen-
de mim e estavam prestes a temente ao Senhor; por isso o
a
adorar-me, mas eu não o per- Senhor me bmostrou grandes
miti, dizendo: Eu sou vosso ir- coisas.
mão, sim, vosso irmão mais 4 E aconteceu que depois de
jovem; adorai, pois, ao Senhor haver terminado o navio de
vosso Deus e honrai vosso pai e acordo com a palavra do Se-
vossa mãe, para que os vossos nhor, meus irmãos viram que
b
dias sejam prolongados na ter- estava bom e que o trabalho fora
ra que o Senhor vosso Deus vos muito bem executado; tornaram
dará. a ahumilhar-se, portanto, diante
do Senhor.
5 E aconteceu que meu pai ou-
CAPÍTULO 18
viu a voz do Senhor, ordenando
que nos levantássemos e entrás-
O navio é terminado—Mencionado
semos no navio.
o nascimento de Jacó e o de José—
6 E aconteceu que, no dia
O grupo embarca para a terra da
seguinte, depois de havermos
promissão—Os filhos de Ismael e
preparado todas as coisas, mui-
suas esposas unem-se em levianda-
tas frutas e acarne do deserto
des e rebelião—Néfi é amarrado e
e mel em abundância e pro-
o navio retrocede, devido a uma ter-
visões de acordo com o que
rı́vel tempestade—Néfi é libertado
nos havia ordenado o Senhor,
e, por causa de sua oração, a tem-
fomos para o navio com todas
pestade cessa—O povo chega à ter-
as nossas cargas e nossas se-
ra da promissão. Aproximadamente
mentes e com tudo o que havı́a-
591–589 a.C.
mos trazido conosco, cada um
E aconteceu que adoraram ao de acordo com sua idade; por-
Senhor e acompanharam-me; tanto entramos todos no navio
e lavramos madeiras de modo com nossas mulheres e nossos
esmerado. E o Senhor mos- filhos.
trou-me, de tempos em tem- 7 Ora, meu pai havia gerado

55a At. 14:11–15. 18 3a gee Oração. 4 a 1 Né. 16:5.


b Êx. 20:12; Mos. 13:20. b gee Revelação. 6 a 1 Né. 17:2.
47 1 Néfi 18:8–16
dois filhos no deserto; o mais cumprissem as palavras que dis-
velho chamava-se aJacó e o mais sera sobre os inı́quos.
novo, bJosé. 12 E aconteceu que depois de
8 E aconteceu que depois de me haverem amarrado de tal
havermos todos entrado no na- modo que não podia mexer-me,
vio com as provisões e as coisas a abússola que fora preparada
que tı́nhamos ordem de levar, pelo Senhor parou de funcio-
pusemo-nos ao amar e fomos le- nar.
vados pelo vento rumo à bterra 13 Não sabiam, portanto, para
da promissão. onde deveriam dirigir o navio,
9 E depois de havermos sido pois levantou-se uma grande
levados pelo vento pelo espaço tempestade, sim, uma grande e
de muitos dias, eis que meus ir- terrı́vel tormenta que nos fez
a
mãos, os filhos de Ismael e tam- retroceder sobre as águas pelo
bém suas esposas começaram a espaço de três dias; e eles come-
ficar alegres a tal ponto que co- çaram a ter muito medo de que
meçaram a dançar e a cantar e a nos afogássemos; não obstante,
falar com muita vulgaridade, não me soltaram.
sim, esquecendo-se mesmo do 14 E no quarto dia depois que
poder que os havia conduzido começamos a retroceder, a tem-
até ali; sim, tornaram-se muito pestade piorou muito.
vulgares. 15 E aconteceu que estávamos
10 E eu, Néfi, comecei a temer para ser tragados pelas profun-
muito que o Senhor se irasse dezas do mar. E depois de ha-
contra nós e ferisse-nos por cau- vermos retrocedido pelo espaço
sa de nossa iniqüidade e fôsse- de quatro dias, meus irmãos
mos tragados pelas profunde- começaram a aver que os juı́zos
zas do mar; portanto eu, Néfi, de Deus estavam sobre eles e
comecei a falar-lhes com muita que morreriam, caso não se ar-
sobriedade; mas eis que eles rependessem de suas iniqüida-
se azangaram comigo, dizendo: des; foram portanto ter comigo
Não admitiremos que nosso e soltaram-me as cordas dos
irmão mais jovem nos bgover- pulsos e eis que estavam muito
ne. inchados; e também meus tor-
11 E aconteceu que Lamã e nozelos estavam muito incha-
Lemuel me seguraram e ataram- dos e doloridos.
me com cordas e trataram-me 16 Não obstante, voltei-me pa-
rudemente; não obstante, o ra Deus e alouvei-o todo o dia; e
Senhor a permitiu-o a fim de não murmurei contra o Senhor
mostrar seu poder, até que se por causa de minhas aflições.

7a 2 Né. 2:1. 10a 1 Né. 17:17–55. 2 Né. 5:12;


b 2 Né. 3:1. b Gên. 37:9–11; Al. 37:38–47;
8a 2 Né. 10:20. 1 Né. 16:37–38; D&C 17:1.
b 1 Né. 2:20. 2 Né. 1:25–27. 13a Mos. 1:17.
gee Terra da 11a Al. 14:11. 15a Hel. 12:3.
Promissão. 12a 1 Né. 16:10, 16, 26; 16a Al. 36:28.
1 Néfi 18:17–25 48
17 Ora, meu pai, Leı́, dissera- haver orado, os ventos cessa-
lhes muitas coisas, bem como ram, a tempestade parou e hou-
aos filhos de aIsmael; mas eis ve grande calmaria.
que eles proferiam ameaças 22 E aconteceu que eu, Néfi,
contra quem me defendesse; e dirigi o navio e navegamos no-
meus pais, sendo muito idosos e vamente rumo à terra da pro-
tendo sofrido muito por causa missão.
de seus filhos, adoeceram, sim, 23 E aconteceu que depois de
a ponto de terem que ficar de havermos navegado pelo espa-
cama. ço de muitos dias, chegamos à
a
18 Por causa de sua dor e do terra da promissão; e descemos
seu grande pesar e das iniqüi- à terra e assentamos nossas ten-
dades de meus irmãos, chega- das; e chamamo-la de terra da
ram quase ao ponto de serem promissão.
levados desta vida para se en- 24 E aconteceu que começa-
contrarem com seu Deus; sim, mos a cultivar a terra e a plantar
seus cabelos brancos estavam sementes; sim, semeamos na
prestes a descer ao pó; sim, esta- terra todas as sementes que ha-
vam prestes a ser lançados na vı́amos trazido da terra de Jeru-
sepultura das águas, por causa salém. E aconteceu que elas
de seu pesar. cresceram extraordinariamente;
19 E Jacó e também José, sen- fomos, portanto, abençoados
do jovens e tendo necessidade com abundância.
de muito alimento, sofreram por 25 E aconteceu que enquanto
causa das aflições de sua mãe; viajávamos pelo deserto da ter-
nem aminha mulher, com suas ra da promissão, descobrimos
lágrimas e súplicas, nem meus que havia animais de toda espé-
filhos haviam conseguido abran- cie nas florestas: vacas e bois e
dar o coração de meus irmãos, jumentos e cavalos e cabras e ca-
para que me soltassem. bras-montesas; e toda espécie
20 E nada, a não ser o poder de de animais selvagens úteis ao
Deus que ameaçava destruı́-los, homem. Encontramos também
conseguiu abrandar-lhes o cora- toda espécie de minérios, tanto
ção; portanto, quando viram de ouro quanto de prata e de
que estavam para ser tragados cobre.
pelas profundezas do mar, arre-
penderam-se do que haviam fei-
to e soltaram-me. CAPÍTULO 19
21 E aconteceu que depois de
me haverem soltado, eis que to- Néfi faz placas de metal e registra
mei a bússola e ela funcionou a história de seu povo—O Deus
como eu queria. E aconteceu de Israel virá seiscentos anos depois
que orei ao Senhor; e depois de de Leı́ haver saı́do de Jerusalém—

17a 1 Né. 7:4–20. 23a gee Terra da


19a 1 Né. 7:19; 16:7. Promissão.
49 1 Néfi 19:1–7
Néfi fala dos sofrimentos e da cru- iria ocupar a terra e também pa-
cificação de Cristo — Os judeus ra outros bsábios propósitos co-
serão desprezados e dispersos até nhecidos do Senhor.
os últimos dias, quando retorna- 4 Portanto eu, Néfi, fiz nas ou-
rão ao Senhor. Aproximadamente tras placas um registro que rela-
588–570 a.C. ta, ou melhor, faz um relato
maior das guerras e contendas e
E aconteceu que recebi ordem destruições de meu povo. E fiz
do Senhor, portanto fiz placas isso e ordenei a meu povo o que
de metal para nelas gravar o re- deveria fazer depois de minha
gistro de meu povo. E nas apla- morte; e que essas placas deve-
cas que fiz gravei o registro de riam ser transmitidas de uma
meu bpai, assim como de nossas geração a outra ou de um profe-
jornadas pelo deserto e as profe- ta a outro, até novas ordens do
cias de meu pai; e gravei tam- Senhor.
bém muitas de minhas próprias 5 E mais adiante descreverei
profecias. como afiz estas placas; e, por ora,
2 E eu não sabia, quando as fiz, eis que prossigo conforme o que
que o Senhor me mandaria fazer disse; e faço isto a fim de que
a
estas placas; portanto o registro sejam b preservadas as coisas
de meu pai e a genealogia de mais sagradas, para conheci-
seus pais e a maior parte dos mento de meu povo.
acontecimentos no deserto estão 6 Não obstante, nada escrevo
gravados nas primeiras placas de nas placas, salvo o que conside-
que falei; portanto as coisas que ro asagrado. E agora, se erro,
aconteceram antes de eu fazer também os antigos erraram; não
b
estas placas são, na verdade, que outros homens me sirvam
mencionadas mais detalhada- de desculpa, mas por causa da
b
mente nas primeiras placas. fraqueza que há em mim, se-
3 E depois de haver feito estas gundo a carne, quero desculpar-
placas conforme me fora orde- me.
nado, eu, Néfi, recebi ordem 7 Pois as coisas que uns consi-
de que anestas placas fossem es- deram de grande valor, tanto
critas as partes mais claras para o corpo como para a alma,
e preciosas do ministério e outros anão lhes dão valor e pi-
das profecias; e de que as coisas soteiam-nas; sim, até mesmo o
escritas fossem guardadas para próprio Deus de Israel é bpiso-
instrução de meu povo que teado pelos homens; digo piso-

19 1a gee Placas. D&C 3:19–20; Mórmon.


b 1 Né. 1:16–17; 6:1–3. 10:1–51. gee Santo.
2 a 2 Né. 5:30. 5 a 2 Né. 5:28–33. b Mórm. 8:13–17;
b 1 Né. 9:1–5. b gee Escrituras—As Ét. 12:23–28.
3 a Jacó 1:1–4; 3:13–14; escrituras devem ser 7 a 2 Né. 33:2;
4:1–4. preservadas. Jacó 4:14.
b 1 Né. 9:4–5; 6 a Ver página de rosto b gee Rebeldia,
Pal. Mórm. 1:7; do Livro de Rebelião.
1 Néfi 19:8–13 50
teado, mas deveria usar outros as palavras de iZenos sobre os
termos—não lhe dão valor al- três dias de jtrevas que seriam
gum e não escutam a voz de um sinal de sua morte aos que
seus conselhos. habitam as ilhas do mar, mais
8 E eis que ele avem, segundo especialmente aos da lcasa de
as palavras do anjo, bseiscentos Israel.
anos depois de meu pai haver 11 Porque assim falou o profe-
saı́do de Jerusalém. ta: O Senhor Deus certamente
a
9 E o mundo, devido à iniqüi- visitará toda a casa de Israel
dade, julgá-lo-á como uma coisa naquele dia, uns com sua voz,
sem valor; portanto o açoitam e por causa de sua retidão, para
ele suporta-o; e ferem-no e ele sua grande alegria e salvação; e
suporta-o. Sim, acospem nele e outros com os btrovões e os re-
ele suporta-o por causa de sua lâmpagos de seu poder, com
amorosa bondade e longanimi- tempestades, com fogo, com fu-
dade para com os filhos dos ho- maça e vapor de ctrevas, com o
mens. abrir-se da dterra e com emonta-
10 E o aDeus de nossos pais que nhas que serão elevadas.
foram btirados do cativeiro no 12 E atodas estas coisas certa-
Egito e que também foram pre- mente se darão, diz o profeta
b
servados por ele no deserto, Zenos. E partir-se-ão as crochas
sim, o cDeus de Abraão e de Isa- da Terra e, por causa dos gemi-
que e o Deus de Jacó, como ho- dos da Terra, muitos dos reis
mem, dentregar-se-á, de acordo das ilhas do mar serão inspira-
com as palavras do anjo, nas dos pelo Espı́rito de Deus a ex-
mãos de inı́quos para ser elevan- clamar: O Deus da natureza
tado, de acordo com as palavras sofre!
de fZenoque; e para ser gcrucifi- 13 E quanto àqueles que estão
cado, de acordo com as palavras em Jerusalém, diz o profeta,
de Neum; e para ser enterrado serão aaçoitados por todos os
num hsepulcro, de acordo com povos, porque b crucificam o

8 a gee Jesus Cristo— gee Jeová. Hel. 14:20, 27;


Profecias acerca do d gee Expiação, Expiar. 3 Né. 8:3, 19–23; 10:9.
nascimento e da e 3 Né. 27:14. l 3 Né. 16:1–4.
morte de Jesus Cristo. f Al. 33:15; 34:7; 11a 3 Né. 9:1–22;
b 1 Né. 10:4; Hel. 8:19–20; D&C 5:16.
2 Né. 25:19. 3 Né. 10:15–16. b Hel. 14:20–27;
9 a Isa. 50:5–6; Mt. 27:30. gee Escrituras— 3 Né. 8:5–23.
10a 2 Né. 26:12; Escrituras perdidas; c Lc. 23:44–45;
Mos. 7:27; 27:30–31; Zenoque. 3 Né. 8:19–20.
Al. 11:38–39; g 2 Né. 6:9; Mos. 3:9. d 2 Né. 26:5.
3 Né.11:14–15. gee Crucificação. e 3 Né. 8:10.
b Êx. 3:2–10; 6:6; h Mt. 27:60; Lc. 23:53; 12a Hel. 14:20–28.
1 Né. 5:15; 2 Né. 25:13. b Jacó 5:1.
D&C 136:22. i Jacó 6:1; Hel. 15:11. c Mt. 27:51.
c Gên. 32:9; Mos. 7:19; gee Zenos. 13a Lc. 23:27–30.
D&C 136:21. j 1 Né. 12:4–5; b 2 Né. 10:3.
51 1 Néfi 19:14–24
Deus de Israel e desviam o cora- meu espı́rito pelos que ficaram
ção, rejeitando sinais e maravi- em Jerusalém, o que me aflige
lhas e o poder e glória do Deus tanto que se me debilitam todas
de Israel. as juntas; pois se o Senhor não
14 E por terem desviado o cora- houvesse sido misericordioso,
ção, diz o profeta, e adesprezado mostrando-me o que lhes iria
o Santo de Israel, vagarão na acontecer, como fez com os anti-
carne e perecerão; e tornar-se- gos profetas, eu também teria
ão objeto de bescárnio e copró- perecido.
brio e serão odiados por todas as 21 E ele certamente mostrou
nações. aos antigos aprofetas todas as
15 Não obstante, quando che- coisas a eles bconcernentes; e
gar o dia, diz o profeta, em que também mostrou a muitos as
eles anão mais voltarem o cora- coisas concernentes a nós; preci-
ção contra o Santo de Israel, samos, portanto, conhecer as
então ele se recordará dos bcon- coisas a eles concernentes, pois
vênios feitos com seus pais. estão escritas nas placas de la-
16 Sim, então se lembrará das tão.
a
ilhas do mar; sim, e breunirei to- 22 Ora, aconteceu que eu, Néfi,
do o povo que é da casa de Is- ensinei estas coisas a meus ir-
rael, diz o Senhor, segundo as mãos; e aconteceu que li para
palavras do profeta Zenos, dos eles muitas coisas que estavam
quatro cantos da Terra. gravadas nas aplacas de latão,
17 Sim, e toda a Terra averá para que soubessem o que o
a salvação do Senhor, diz o Senhor havia feito em outras ter-
profeta; todas as nações, tribos, ras entre os povos antigos.
lı́nguas e povos serão abençoa- 23 E li-lhes muitas coisas que
dos. estavam escritas nos alivros de
18 E eu, Néfi, escrevi estas coi- Moisés; mas, para melhor per-
sas a meu povo para ver se con- suadi-los a acreditar no Senhor,
seguia persuadi-lo a lembrar-se seu Redentor, eu li o que foi es-
do Senhor seu Redentor. crito pelo profeta bIsaı́as, pois
c
19 E falo, portanto, a toda a ca- apliquei todas as escrituras a
sa de Israel, se acontecer que ela nós, para nosso dproveito e ins-
receba aestas coisas. trução.
20 Pois eis que se comove o 24 Falei-lhes, portanto, dizen-

14a Isa. 53:3–6; b Isa. 49:20–22. 22a 1 Né. 22:1.


Mos. 14:3–6. gee Israel—Coligação 23a Êx. 17:14;
b gee Judeus. de Israel. 1 Né. 5:11;
c Deut. 28:37; I Re. 9:7; 17a Isa. 40:4–5. Mois. 1:40–41.
3 Né. 16:9. 19a En. 1:16; b 1 Né. 15:20;
15a 1 Né. 22:11–12. Mórm. 5:12; 7:9–10. 2 Né. 25:4–6;
b gee Convênio 21a II Re. 17:13; 3 Né. 23:1.
Abraâmico. Amós 3:7. c gee Escrituras—Valor
16a 1 Né. 22:4; gee Profeta. das escrituras.
2 Né. 10:21. b 3 Né. 10:16–17. d 2 Né. 4:15.
1 Néfi 20:1–11 52
do: Escutai as palavras do profe- 4 E assim o fiz por saber que
a
ta, vós, que sois um remanes- és obstinado, que tua cerviz é
cente da casa de Israel, um ara- um nervo de ferro e tua testa de
mo que foi arrancado; escutai as bronze;
palavras do profeta, que foram 5 E desde o inı́cio tenho-te
escritas para toda a casa de Is- declarado; antes que aconteces-
rael, e aplicai-as a vós mesmos, sem, eu tas mostrei; e mostrei-as
para que tenhais esperança, por temor de que viesses a di-
assim como vossos irmãos, de zer—Meu aı́dolo fez estas coisas
quem fostes separados; e assim e a minha imagem de escultura
escreveu o profeta. e a minha imagem de fundição
ordenou-as.
6 Viste e ouviste tudo isto; e
CAPÍTULO 20
não o anunciarás? E que desde
agora te tenho mostrado coisas
O Senhor revela seus propósitos
novas, sim, coisas ocultas; e não
a Israel — Israel foi escolhida na
as sabias.
fornalha da aflição e deve sair da
7 Elas são criadas agora e não
Babilônia—Comparar com Isaı́as
desde o princı́pio; nem antes
48. Aproximadamente 588 – 570
do dia em que as ouviste te
a.C.
foram declaradas, para que
Escuta e ouve isto, ó casa de não dissesses—Eis que eu as sa-
Jacó, que é chamada pelo nome bia.
de Israel, que saiu das águas de 8 Sim, e não ouviste; sim, não
Judá, ou seja, das águas do conheceste; sim, tampouco des-
a
batismo, que jura pelo nome de aı́ foi aberto o teu ouvido;
do Senhor e que faz menção do porque eu sabia que agirias
Deus de Israel; contudo não muito perfidamente e que foste
jura nem em verdade nem em chamado de atransgressor desde
retidão. o ventre.
2 Não obstante, toma o nome 9 Não obstante, por amor do
da acidade santa, mas não se meu a nome retardarei minha
b
apóia no Deus de Israel, que é o ira e, para meu louvor, conter-
Senhor dos Exércitos; sim, o Se- me-ei, para não te destruir.
nhor dos Exércitos é seu nome. 10 Pois eis que te purifiquei
3 Eis que anunciei as aprimei- e te escolhi na fornalha da
a
ras coisas desde o princı́pio; e aflição.
elas saı́ram de minha boca e 11 Por minha causa, sim, por
mostrei-as. Mostrei-as apressu- minha própria causa farei isto,
radamente. pois não permitirei que meu

24a Gên. 49:22–26; gee Jerusalém. 8 a Salm. 58:3.


1 Né. 15:12; b ie confia. 9 a I Sam. 12:22;
2 Né. 3:4–5. 3a Isa. 46:9–10. Salm. 23:3;
20 1a gee Batismo, Batizar. 4a ie Israel. I Jo. 2:12.
2 a Isa. 52:1. 5a gee Idolatria. 10a gee Adversidade.
53 1 Néfi 20:12–21:1
a
nome seja profanado e b não então tua paz teria sido como
darei minha glória a outrem. um rio e tua justiça como as
12 Dá-me ouvidos, ó Jacó, e ondas do mar.
Israel, a quem chamei; pois eu 19 Tua asemente também teria
sou ele; eu sou o aprimeiro e eu sido como a areia; os frutos
sou também o búltimo. de tuas entranhas, como o seu
13 Minha mão afundou tam- cascalho; o seu nome não teria
bém a Terra e minha mão direi- sido apagado nem eliminado de
ta mediu os céus. Chamo-os e minha presença.
juntamente aparecem. 20 aDeixai Babilônia, fugi dos
14 Reuni-vos todos e escutai: caldeus e anunciai com voz de
Quem, dentre eles, declarou- júbilo, proclamai isto, falai até
lhes estas coisas? O Senhor o os confins da Terra; dizei: O
amou; sim, e acumprirá sua pa- Senhor redimiu Jacó, seu bservo.
lavra, a qual declarou por meio 21 E eles não tiveram asede;
deles; e executará sua vontade ele os conduziu através dos
em bBabilônia e seu braço cairá desertos; fez-lhes jorrar água da
b
sobre os caldeus. rocha; fendeu também a rocha
15 Diz também o Senhor: Eu, o e as águas jorraram.
Senhor, sim, eu falei; sim, eu 22 E apesar de haver feito tudo
o chamei para anunciar, eu o isso e ainda mais, não há apaz
trouxe, e ele fará próspero o seu para os inı́quos, diz o Senhor.
caminho.
16 Achegai-vos a mim; não fa-
CAPÍTULO 21
lei em asegredo; desde o prin-
cı́pio, desde o tempo em que foi
O Messias será uma luz para os
anunciado, eu falei; e o Senhor
gentios e libertará os prisioneiros—
Deus e o seu Espı́rito enviaram-
Israel será reunida com poder nos
me.
últimos dias — Reis serão seus
17 E assim diz o Senhor, teu
a aios — Comparar com Isaı́as 49.
Redentor, o Santo de Israel: Eu
Aproximadamente 588–570 a.C.
o enviei, eu, o Senhor teu Deus,
que te ensina o que é útil, que te E outra vez: Escutai, ó vós, casa
b
guia pelo caminho que deves de Israel, todos vós que fostes
seguir, fiz estas coisas. separados e expulsos por causa
18 Oh! se tivesses dado ouvi- da iniqüidade dos pastores
dos aos meus amandamentos— de meu povo; sim, todos vós

11a Jer. 44:26. D&C 64:31; 76:3. 20a Jer. 51:6;


b Isa. 42:8; b gee Babel, Babilônia. D&C 133:5–14.
Mois. 4:1–4. 16a Isa. 45:19. b Isa. 44:1–2, 21.
12a Apoc. 1:17; 22:13. 17a gee Redentor. 21a Isa. 41:17–20.
gee Alfa; Primogênito. b gee Inspiração, b Êx. 17:6;
b gee Ômega. Inspirar; Revelação. Núm. 20:11;
13a Salm. 102:25. 18a Ecles. 8:5. 1 Né. 17:29;
gee Criação, Criar. 19a Gên. 22:15–19; 2 Né. 25:20.
14a I Re. 8:56; Osé. 1:10. 22a gee Paz.
1 Néfi 21:2–13 54
que estais separados, que estais tor de Israel, o seu Santo, àquele
dispersos no estrangeiro, que a quem os homens desprezam,
sois de meu povo, ó casa de Is- a quem as nações abominam,
rael. Escutai-me, ó ailhas, e dai ao servo de governantes: Por
ouvidos, ó povos blongı́nquos; o causa do Senhor, que é fiel, reis
Senhor chamou-me desde o verão e levantar-se-ão, prı́nci-
ventre; desde as entranhas de pes também adorarão.
minha mãe fez menção a meu 8 Assim diz o Senhor: Na oca-
nome. sião propı́cia vos ouvi, ó ilhas
2 E ele fez minha boca como do mar, e no dia da salvação vos
uma espada afiada; escondeu- ajudei; e eu vos preservarei e
me na sombra de sua mão e dar-vos-ei ameu servo por con-
fez-me como uma flecha polida; vênio do povo, para estabele-
escondeu-me na sua aljava; cer a terra e para fazer herdar as
3 E disse-me: Tu és meu aservo, desoladas herdades.
ó Israel, em quem serei glorifi- 9 Para dizeres aos apresos: Ide!
cado. E aos que estão na bescuridão:
4 Eu disse: Trabalhei em vão; Mostrai-vos! Eles serão alimen-
despendi minha força em vão e tados nos caminhos e seus cpas-
sem proveito; certamente meu tos serão em todos os lugares
julgamento está com o Senhor e, altos.
meu trabalho, com meu Deus. 10 Não terão fome nem sede,
5 E agora, diz o Senhor—que nem o calor nem o sol os afligi-
me aformou desde o ventre para rão; pois aquele que tem miseri-
ser seu servo, para trazer-lhe córdia deles os conduzirá, sim,
novamente Jacó—mesmo que junto aos mananciais das águas
Israel não esteja reunido, serei guiá-los-á.
glorificado perante os olhos do 11 E farei de todas as minhas
Senhor e meu Deus será minha montanhas um caminho e mi-
força. nhas averedas serão exaltadas.
6 E ele disse: Pouco é que sejas 12 E então, ó casa de Israel, eis
meu servo, para levantar as atri- que aestes virão de longe; e eis
bos de Jacó e restaurar os pre- que estes, do norte e do ociden-
servados de Israel. E dar-te-ei te; e estes, da terra de Sinim.
também por bluz aos cgentios, 13 aCantai, ó céus; e alegra-te, ó
para seres a minha salvação até Terra, pois estabelecer-se-ão os
os confins da Terra. pés dos que estão no oriente;
7 Assim diz o Senhor, o Reden- cantai, ó montanhas, pois eles

21 1a 1 Né. 22:4; tribos de Israel. Mortos.


2 Né. 10:20–22. b D&C 103:8–10; b 2 Né. 3:5.
b D&C 1:1. Abr. 2:10–11. c Eze. 34:14.
3 a Lev. 25:55; c 3 Né. 21:11. 11a Isa. 62:10;
Isa. 41:8; 8 a 2 Né. 3:6–15; D&C 133:23–32.
D&C 93:45–46. 3 Né. 21:8–11; 12a Isa. 43:5–6.
5 a Isa. 44:24. Mórm. 8:16, 25. 13a Isa. 44:23.
6 a gee Israel—As doze 9 a gee Salvação para os
55 1 Néfi 21:14–26
não mais serão feridos; porque o para mim; dá-me lugar para
Senhor consolou seu povo e dos habitar.
seus aflitos compadecer-se-á. 21 aDirás, pois, em teu coração:
14 Mas eis que Sião disse: O Quem me concebeu estes,
Senhor abandonou-me e meu sabendo que eu havia perdido
Senhor esqueceu-se de mim— os meus filhos e que estou bsoli-
ele, porém, mostrará que não é tária, cativa e errante de um
assim. para outro lado? E quem criou
15 Pois pode uma a mulher estes? Eis que fui deixada sozi-
esquecer o filho que está ama- nha; e estes, onde estavam?
mentando e deixar de sentir 22 Assim diz o Senhor Deus:
compaixão do filho de suas en- Eis que levantarei a mão para
tranhas? Sim, pode besquecer; os agentios e levantarei meu bes-
eu, porém, não te esquecerei, ó tandarte para o povo; e eles
casa de Israel. trarão teus filhos em seus cbra-
16 Eis que te tenho gravada ços e tuas filhas serão carrega-
nas apalmas de minhas mãos; das em seus ombros.
teus muros estão continuamen- 23 E areis serão teus baios e suas
te diante de mim. rainhas serão tuas amas; e incli-
17 Teus filhos precipitar-se-ão nar-se-ão diante de ti, com o ros-
contra os teus destruidores e os to para o solo, e lamberão o pó
que te aassolaram fugirão de ti. de teus pés e saberás que eu
18 Alça os teus olhos ao redor e sou o Senhor; pois não se enver-
olha; todos estes se aajuntam e gonharão os que cconfiam em
virão a ti. E como vivo, diz o Se- mim.
nhor, de todos eles te vestirás, 24 Tirar-se-á, pois, a presa dos
como com um adorno; e te cin- fortes ou libertar-se-ão os cati-
girás deles como uma noiva. vos alegı́timos?
19 Porque os teus desertos e 25 Assim, porém, diz o Senhor:
os teus lugares solitários e a ter- Até os cativos serão tirados dos
ra da tua destruição serão ainda fortes e a presa do terrı́vel será
agora bem pequenos por causa liberta; porque contenderei com
dos habitantes; e os que te tra- os que contenderem contigo e
garam estarão longe. salvarei teus filhos.
20 Os filhos que tiveres, depois 26 aAlimentarei os que te opri-
de haveres perdido o primeiro, mem, com sua própria carne;
dirão novamente em teus ouvi- serão embriagados com seu
dos: O lugar é muito estreito próprio sangue, como se fosse

15 a gee Mulher, Mulheres. 21a ie Sião. 23a Isa. 60:16.


b Isa. 41:17; b Isa. 54:1; b 1 Né. 22:6.
Al. 46:8; Gál. 4:27. c 2 Né. 6:13;
D&C 61:36. 22a Isa. 66:18–20. D&C 98:2;
16a Zac. 13:6. b Isa. 11:12; 18:3. 133:10–11, 45.
17a 3 Né. 21:12–20. c 1 Né. 22:8; 24a 1 Né. 21:25.
18a Miq. 4:11–13. 2 Né. 10:8–9. 26a 1 Né. 22:13–14.
1 Néfi 22:1–6 56
vinho doce; e toda carne bsaberá parece que a casa de Israel, mais
que eu, o Senhor, sou o teu cedo ou mais tarde, será bdisper-
Salvador e o teu Redentor, o sa sobre toda a face da Terra e
c
Poderoso de Jacó. também entre todas as nações.
4 E eis que existem muitos que
já são desconhecidos daqueles
CAPÍTULO 22
que estão em Jerusalém. Sim,
a maior parte de todas as atribos
Israel será disperso sobre toda a
foi blevada embora; e estão dis-
face da Terra—Os gentios cuidarão
persas aqui e ali, pelas cilhas do
de Israel e alimentá-lo-ão com o
mar; e nenhum de nós sabe
evangelho nos últimos dias—Israel
onde estão, salvo que foram
será coligado e salvo e os inı́quos
levadas.
queimarão como restolho—O reino
5 E desde que foram levadas,
do diabo será destruı́do e Satanás
estas coisas foram profetizadas
será amarrado. Aproximadamente
a respeito delas e também a
588–570 a.C.
respeito de todos os que, de
E então aconteceu que depois agora em diante, forem disper-
de haver eu, Néfi, lido estas sos e confundidos por causa
coisas que estavam gravadas do Santo de Israel; porque en-
nas aplacas de latão, meus ir- durecerão o coração contra ele;
mãos vieram a mim e pergunta- serão portanto dispersos por
ram-me: O que significam estas todas as nações e aodiados por
coisas que haveis lido? Deverão todos os homens.
ser compreendidas conforme as 6 Não obstante, depois de ha-
coisas espirituais, que aconte- verem sido aalimentados pelos
b
cem segundo o espı́rito e não a gentios e de o Senhor ter esten-
carne? dido a mão sobre os gentios,
2 E eu, Néfi, disse-lhes: Eis pondo-os como estandarte; e
que elas foram amanifestadas ao de seus cfilhos terem sido carre-
profeta pela voz do Espı́rito; gados em seus braços e suas
porque pelo bEspı́rito são reve- filhas terem sido carregadas so-
ladas aos cprofetas todas as coi- bre seus ombros, eis que estas
sas que acontecerão aos filhos coisas de que se fala são literais;
dos homens segundo a carne. pois assim são os convênios do
3 Portanto as coisas que li são Senhor com os nossos pais; e
relativas tanto às coisas aterre- isto se refere a nós, nos dias vin-
nas como às espirituais. Pois douros, e também a todos os

26b Mos. 11:22. 3 a D&C 29:31–34. c 1 Né. 21:1;


c gee Jeová. b 1 Né. 10:12–14; 2 Né. 10:8, 20.
22 1a 1 Né. 19:22; 2 Né. 25:14–16. 5 a 1 Né. 19:14.
2 Né. 4:2. gee Israel—Dispersão 6 a 1 Né. 21:23.
2 a II Ped. 1:19–21. de Israel. b gee Gentios.
b gee Espı́rito Santo. 4 a gee Israel—As dez c 1 Né. 15:13.
c gee Profecia, tribos perdidas.
Profetizar. b 2 Né. 10:22.
57 1 Néfi 22:7–15
nossos irmãos que são da casa desnudará o braço aos olhos de
de Israel. todas as nações ao fazer chegar
7 E significa que tempo virá em seus convênios e seu evangelho
que, depois de toda a casa de aos que são da casa de Israel.
Israel haver sido dispersa e con- 12 Ele, portanto, tornará a tirá-
fundida, o Senhor Deus levan- los do cativeiro e serão areuni-
tará entre os agentios uma nação dos nas terras de sua herança; e
poderosa, sim, sobre a face desta serão tirados da bobscuridade
terra; e nossos descendentes e das trevas e saberão que o
serão por eles bdispersos. c
Senhor é seu dSalvador e seu
8 E depois de nossos descen- Redentor, o ePoderoso de Israel.
dentes haverem sido dispersos, 13 E o sangue daquela grande
o Senhor Deus fará uma aobra e aabominável igreja, que é a
maravilhosa entre os bgentios, prostituta de toda a Terra, entor-
que será de grande cvalor para nar-se-á sobre as suas cabeças,
nossos descendentes; é como se porque b lutarão entre si; e a
fossem, portanto, alimentados espada de c suas mãos cairá
pelos gentios e carregados em sobre as suas cabeças e embria-
seus braços e sobre seus ombros. gar-se-ão com o próprio sangue.
9 E será também de avalor para 14 E todas as anações que te
os gentios; e não somente para fizerem guerra, ó casa de Israel,
os gentios, mas b para toda a voltar-se-ão umas contra as ou-
c
casa de Israel, porque dará a tras e b cairão no abismo que
conhecer os dconvênios do Pai abriram para apanhar na arma-
dos céus com Abraão, quando dilha o povo do Senhor. E todos
disse: Em tua esemente serão os que c lutarem contra Sião
f
benditas todas as famı́lias da serão destruı́dos; e aquela gran-
Terra. de prostituta que perverteu os
10 E agora, meus irmãos, quero caminhos retos do Senhor, sim,
que saibais que todas as famı́lias aquela grande e abominável
da Terra não poderão ser aben- igreja cairá por dterra e grande
çoadas, a menos que ele adesnu- será a sua queda.
de o braço aos olhos das nações. 15 Pois eis que, diz o profeta,
11 O Senhor Deus, portanto, aproxima-se rapidamente o tem-

7 a 3 Né. 20:27. b 2 Né. 30:1–7. c 2 Né. 6:10–11.


b 1 Né. 13:12–14; c 2 Né. 29:13–14. d gee Salvador.
2 Né. 1:11. d Deut. 4:31. e gee Jeová.
8 a Isa. 29:14; 1 Né. 14:7; e gee Convênio 13a gee Diabo—A igreja
2 Né. 27:26. Abraâmico. do diabo.
gee Restauração do f Gên. 12:2–3; b 1 Né. 14:3, 15–17.
Evangelho. 3 Né. 20:27; c 1 Né. 21:26.
b 2 Né. 10:10–11; Abr. 2:9–11. 14a Lc. 21:10.
3 Né. 16:4–7; 10a Isa. 52:10. b Isa. 60:12;
Mórm. 5:19. 12 a gee Israel—Coligação 1 Né. 14:3;
c 1 Né. 15:13–18; de Israel. D&C 109:25.
3 Né. 5:21–26; 21:7. b gee Trevas c 2 Né. 10:13; 27:3.
9 a 1 Né. 14:1–5. Espirituais. d Isa. 25:12.
1 Néfi 22:16–23 58
po em que Satanás não terá 20 E o Senhor certamente pre-
mais poder sobre o coração dos parará um caminho para o seu
filhos dos homens; pois logo povo, em cumprimento das pa-
virá o dia em que todos os orgu- lavras de Moisés, quando disse:
lhosos e aqueles que praticam O Senhor vosso Deus levantar-
iniqüidade serão como aresto- vos-á um aprofeta semelhante a
lho; e dia virá em que serão mim; e ouvi-lo-eis em tudo o
b
queimados. que ele vos disser. E acontecerá
16 Pois aproxima-se o dia em que todos aqueles que não escu-
que a plenitude da aira de Deus tarem o profeta serão bafastados
será derramada sobre todos os do povo.
filhos dos homens; porque ele 21 E agora eu, Néfi, declaro-
não permitirá que os inı́quos vos que esse aprofeta de quem
destruam os justos. Moisés falou era o Santo de Is-
17 Portanto ele apreservará os rael; ele, portanto, bjulgará com
b
justos pelo seu poder, mesmo justiça.
que venha a plenitude de sua 22 E os justos não devem te-
ira e os justos tenham de ser mer, pois são os que não serão
preservados com a destruição confundidos. É o reino do dia-
dos seus inimigos pelo fogo. Os bo, porém, que será estabelecido
justos, portanto, não precisam entre os filhos dos homens,
temer, porque assim diz o profe- reino esse que é estabelecido
ta: Eles serão salvos, ainda que entre os que estão na carne—
seja por fogo. 23 Pois rapidamente chegará o
18 Eis que vos digo, meus ir- tempo em que todas as aigrejas
mãos, que estas coisas aconte- que foram estabelecidas para
cerão brevemente; sim, haverá obter riquezas; e todas aquelas
sangue e fogo e vapores de fu- que foram estabelecidas para
maça; e é preciso que seja na obter poder sobre a carne; e as
face desta Terra; e isto acontece- que foram estabelecidas para se
rá aos homens de acordo com a tornarem bpopulares aos olhos
carne, se eles endurecerem o co- do mundo; e aquelas que procu-
ração contra o Santo de Israel. ram a concupiscência da carne e
19 Porque eis que os justos as coisas do mundo e praticam
não perecerão; pois certamente toda sorte de iniqüidade; sim,
tempo virá em que hão de ser enfim todas aquelas que perten-
afastados todos os que lutarem cem ao reino do diabo são as
contra Sião. que devem temer e ctremer e es-

15a Isa. 5:23–24; 16a 1 Né. 14:17. 1 Né. 10:4; 3 Né. 20:23.
Naum 1:10; Mal. 4:1; 17a 2 Né. 30:10; b Salm. 98:9; Mois. 6:57.
2 Né. 15:24; 26:4–6; Mois. 7:61. 23a 1 Né. 14:10;
D&C 64:23–24; 133:64. b 1 Né. 17:33–40. 2 Né. 26:20.
b Salm. 21:9; 3 Né. 25:1; 20a Jo. 4:19; 7:40. gee Artimanhas
D&C 29:9. b D&C 133:63. Sacerdotais.
gee Terra— 21a Deut. 18:15, 18; b Lc. 6:26; Al. 1:3.
Purificação da. At. 3:20–23; c 2 Né. 28:19.
59 1 Néfi 22:24–31
tremecer; estas são as que serão 27 E eis que agora eu, Néfi,
abatidas até o pó; estas são as digo-vos que todas estas coisas
que serão dconsumidas como acontecerão de acordo com a
restolho; e isto de acordo com a carne.
palavra do profeta. 28 Mas eis que todas as nações,
24 E rapidamente se aproxima tribos, lı́nguas e povos habitarão
o tempo em que os justos serão em segurança no Santo de Is-
levados como abezerros do ceva- rael, caso se aarrependam.
douro; e o Santo de Israel reina- 29 E agora eu, Néfi, termino,
rá em domı́nio e força e poder e porque não me atrevo a falar
grande glória. mais sobre estas coisas por
25 E ele areúne seus filhos dos enquanto.
quatro cantos da Terra; e ele 30 Portanto, meus irmãos,
conta suas ovelhas e elas conhe- quisera que considerásseis ver-
cem-no e haverá um rebanho e dadeiras as coisas que foram
um bpastor; e alimentará suas escritas nas aplacas de latão; e
ovelhas e nele serão capascenta- elas testificam que o homem
das. deve ser obediente aos manda-
26 E por causa da retidão de mentos de Deus.
seu povo, aSatanás não tem po- 31 Não deveis, portanto, supor
der; portanto não pode ser solto que eu e meu pai fomos os úni-
pelo espaço de bmuitos anos; cos a testificá-las e a ensiná-las.
pois não tem poder sobre o co- Portanto, se fordes obedientes
ração do povo, porque vivem aos amandamentos e perseve-
em retidão e o Santo de Israel rardes até o fim, sereis salvos no
c
reina. último dia. E assim é. Amém.

Segundo Livro de Néfi

U m relato da morte de Leı́. Os irmãos de Néfi rebelam-se contra


ele. O Senhor adverte a Néfi que parta para o deserto. Suas
viagens no deserto e outros relatos.

CAPÍTULO 1 dispersa e ferida se rejeitar o Santo


de Israel—Ele exorta os filhos a
Leı́ profetiza acerca de uma terra vestirem a armadura da retidão.
de liberdade — Sua semente será Aproximadamente 588–570 a.C.
23d 2 Né. 26:6. 26a Apoc. 20:2; Arrependimento;
24a Amós 6:4; Al. 48:17; Perdoar.
Mal. 4:2; D&C 43:31; 45:55; 30a 2 Né. 4:2.
3 Né. 25:2. 88:110; 101:28. 31a Mt. 19:17.
25 a gee Israel—Coligação gee Diabo. gee Mandamentos de
de Israel. b Jacó 5:76. Deus.
b gee Bom Pastor. c gee Milênio.
c Salm. 23. 28a gee Arrepender-se,
2 Néfi 1:1–9 60

E ENTÃO aconteceu que de-


pois de eu, Néfi, haver
acabado de ensinar meus ir-
meus filhos para sempre; e tam-
bém a todos os que forem tira-
dos de outros paı́ses pela mão
mãos, nosso apai, Leı́, também do Senhor.
lhes disse muitas coisas e 6 Portanto eu, Leı́, profetizo,
narrou-lhes as grandiosas coi- de acordo com o Espı́rito que
sas que o Senhor fizera por opera em mim, que aninguém
eles ao tirá-los da terra de Jeru- virá a esta terra a menos que
salém. seja trazido pela mão do Se-
2 E falou-lhes de suas arebe- nhor.
liões quando estavam sobre as 7 Portanto esta aterra é consa-
águas e da misericórdia de grada àqueles que ele trouxer. E
Deus, salvando-lhes a vida para se acontecer que o sirvam de
que não fossem tragados pelo acordo com os mandamentos
mar. que ele deu, será uma terra de
b
3 E falou-lhes também sobre a liberdade para eles; portanto
terra da promissão que haviam jamais serão reduzidos à es-
alcançado—quão misericordio- cravidão; se o forem, será por
so o Senhor havia sido, avisan- causa de iniqüidade; porque se
do-nos para fugirmos da terra houver muita iniqüidade, a ter-
de Jerusalém. ra será camaldiçoada por causa
4 Pois eis que, disse ele, tive deles; mas para os justos será
uma avisão, pela qual sei que abençoada para sempre.
b
Jerusalém foi destruı́da; e se 8 E eis que é prudente que esta
houvéssemos permanecido em t e r r a n ã o c h e g u e a i n d a a o
Jerusalém terı́amos também cpe- conhecimento de outras nações;
recido. pois eis que muitas nações
5 Mas, disse ele, não obstante ocupariam totalmente a terra,
nossas aflições, recebemos uma de modo que não haveria lugar
a
terra de promissão, uma terra para uma herança.
b
escolhida acima de todas as 9 Portanto eu, Leı́, obtive uma
outras; uma terra que, segundo promessa de que a se aqueles
o convênio que o Senhor fez que o Senhor tirar de Jerusa-
comigo, será uma terra para a lém guardarem seus manda-
herança de minha posteridade. mentos, bprosperarão na face
Sim, o Senhor concedeu esta desta terra; e permanecerão ig-
terra por cconvênio a mim e a norados de todas as outras na-

[2 néfi] c Al. 9:22. b 2 Né. 10:11.


1 1a gee Patriarca, 5 a gee Terra da gee Liberdade, Livre.
Patriarcal. Promissão. c Al. 45:10–14, 16;
2 a 1 Né. 18:9–20. b Ét. 2:9–10. Mórm. 1:17;
4 a gee Visão. c gee Convênio. Ét. 2:8–12.
b II Re. 24:14–15; 6 a 2 Né. 10:22. 9 a 2 Né. 4:4;
Jer. 44:2; 1 Né. 1:4; 7 a Mos. 29:32; Al. 9:13.
Hel. 8:20. Al. 46:10, 20. b Deut. 29:9.
61 2 Néfi 1:10–17
ções, a fim de que ocupem esta gue e grandes calamidades en-
terra para si próprios. E se cguar- tre eles; portanto, meus filhos,
darem seus mandamentos, serão quisera que vos lembrásseis,
abençoados na face desta terra e sim, quisera que désseis ouvidos
não haverá ninguém para mo- a minhas palavras.
lestá-los nem para tirar a terra 13 Oh! Quisera que acordás-
de sua herança; e habitarão em seis; que acordásseis de um pro-
segurança para sempre. fundo sono, sim, do sono do ain-
10 Mas eis que quando chegar ferno, e sacudı́sseis as pavorosas
b
o tempo em que degenerarem, correntes que vos prendem,
caindo na incredulidade, depois que são as correntes que pren-
de haverem recebido tão gran- dem os filhos dos homens, de
des bênçãos das mãos do Se- modo que são levados cativos
nhor—tendo conhecimento da ao eterno cabismo da miséria e
criação da Terra e de todos os da dor.
homens, conhecendo as gran- 14 Despertai! e levantai-vos
des e maravilhosas obras do do pó e ouvi as palavras de um
a
Senhor desde a criação do mun- pai trêmulo, cujos membros
do; tendo recebido o poder de logo poreis na fria e silenciosa
b
fazer todas as coisas pela fé; sepultura da qual nenhum via-
possuindo todos os mandamen- jante pode retornar; uns dias
tos desde o princı́pio e tendo si- mais e irei pelo c caminho de
do trazidos para esta preciosa toda a Terra.
terra de promissão pela sua infi- 15 Mas eis que o Senhor aredi-
nita bondade—eis que digo: se miu a minha alma do inferno;
chegar o dia em que rejeitarem eu contemplei a sua glória e
o Santo de Israel, o verdadeiro estarei eternamente envolvido
a
Messias, seu Redentor e seu pelos bbraços de seu camor.
Deus, eis que sobre eles recairão 16 E desejo que vos lembreis
os julgamentos daquele que é de observar os aestatutos e juı́-
justo. zos do Senhor; eis que isto tem
11 Sim, ele trará aoutras nações sido a preocupação de minha
até eles e dar-lhes-á poder; e alma desde o princı́pio.
tirar-lhes-á as terras de sua 17 Meu coração tem-se en-
posse e fará com que sejam chido de pesar, de tempos em
b
dispersados e feridos. tempos, pois tenho temido que,
12 Sim, de geração em geração pela dureza de vosso coração, o
haverá aderramamento de san- Senhor vosso Deus vos visite

9 c gee Obedecer, 13a gee Inferno. gee Expiação, Expiar.


Obediência, b Al. 12:9–11. b Jacó 6:5;
Obediente. c 1 Né. 15:28–30; Al. 5:33;
10a gee Messias. Hel. 3:29–30. 3 Né. 9:14.
11a 1 Né. 13:12–20; 14a gee Pais. c Rom. 8:39.
Mórm. 5:19–20. b gee Morte Fı́sica. gee Amor.
b 1 Né. 22:7. c Jos. 23:14. 16a Deut. 4:5–8;
12a Mórm. 1:11–19; 4:11. 15a Al. 36:28. 2 Né. 5:10–11.
2 Néfi 1:18–26 62
na plenitude de sua a ira, de rerdes no desagrado de um
modo que sejais bcondenados Deus ajusto, trazendo sobre vós
e destruı́dos para sempre; a destruição, sim, a eterna des-
18 Ou que vos advenha uma truição, tanto da alma como do
maldição pelo espaço de amuitas corpo.
gerações; e sejais visitados pela 23 Despertai, meus filhos, cingi
espada e pela fome e sejais odia- a aarmadura da retidão. Sacudi
dos e conduzidos de acordo as correntes com que estais
com a vontade e cativeiro do amarrados e saı́ da obscuridade
b
diabo. e levantai-vos do pó.
19 Oh! meus filhos, que estas 24 Não vos rebeleis mais contra
coisas não vos sucedam, mas vosso irmão, cujas visões têm
que sejais um povo escolhido e sido gloriosas e que tem guar-
a
favorecido pelo Senhor. Porém dado os mandamentos desde
seja feita a vontade dele, porque quando deixamos Jerusalém; e
seus bcaminhos são justos para que foi um instrumento nas
sempre. mãos de Deus, ao trazer-nos pa-
20 E ele disse: aSe guardardes ra a terra da promissão; porque,
meus bmandamentos, cprospe- se não fosse por ele, terı́amos
r a r e i s n a t e r r a ; m a s s e n ã o perecido de afome no deserto;
guardardes meus mandamen- não obstante, tentastes btirar-lhe
tos, sereis afastados de minha a vida, sim, e ele padeceu muito
presença. por vossa causa.
21 E agora, para que minha al- 25 E eu tremo e temo exces-
ma se regozije convosco e meu sivamente que, por vossa causa,
coração possa deixar este mun- ele venha a sofrer de novo;
do com alegria por vossa causa, pois eis que o haveis acusado de
para que eu não vá para a sepul- tentar exercer aautoridade e po-
tura com pesar e dor, levantai- der sobre vós; eu sei, porém,
vos do pó, meus filhos, e sede que ele não procurou poder
a
homens e determinados em nem autoridade sobre vós, mas
b
um só pensamento e um só co- procurou a glória de Deus e o
ração, unidos em todas as coisas, vosso bem-estar eterno.
para não cairdes em cativeiro; 26 E por ele ter-vos falado cla-
22 Para que não sejais amaldi- ramente, haveis murmurado.
çoados com uma terrı́vel maldi- Dizeis que ele foi asevero; dizeis
ção; e também para não incor- que se enfureceu convosco. Eis

17a 2 Né. 5:21–24; Mos. 1:6–7; 22a D&C 3:4.


Al. 3:6–19. Al. 9:13–14. 23a Ef. 6:11–17.
b Mos. 12:8. b Lev. 26:3–14; 24a 1 Né. 16:32.
18a 1 Né. 12:20–23. Joel 2:23–26. b 1 Né. 16:37.
b gee Diabo. c Salm. 67:6; 25a Gên. 37:9–11.
19a gee Escolher, Mos. 2:21–25. 26a Prov. 15:10;
Escolhido. 21a I Sam. 4:9; 1 Né. 16:2;
b Osé. 14:9. I Re. 2:2. Morô. 9:4;
20a Jar. 1:9; b Mois. 7:18. D&C 121:41–43.
63 2 Néfi 1:27–2:3
porém que sua severidade era a peridade para sempre na face
severidade do poder da palavra desta terra.
de Deus que estava nele; e o que 32 Portanto o Senhor con-
chamais ira era a verdade se- sagrou esta terra para a segu-
gundo se acha em Deus, a qual rança de tua descendência com
ele não pôde refrear, tendo-vos a descendência de meu filho,
mostrado corajosamente vossas se guardardes os seus manda-
iniqüidades. mentos.
27 E é necessário que o apoder
de Deus esteja com ele para que
CAPÍTULO 2
obedeçais ao seu comando. Eis
porém que não foi ele, mas sim
A redenção vem-nos por intermé-
o bEspı́rito do Senhor que estava
dio do Santo Messias—A liberdade
nele que lhe cabriu a boca para
de escolha (livre-arbı́trio) é essen-
falar, de maneira que não podia
cial para a existência e para o pro-
fechá-la.
gresso — Adão caiu para que os
28 E agora, meu filho Lamã
homens existissem — Os homens
e t a m b é m L e m u e l e S a m ; e
são livres para escolher a liberdade
também vós, meus filhos, que
e a vida eterna. Aproximadamente
sois filhos de Ismael, eis que
588–570 a.C.
se derdes ouvidos à voz de
Néfi, não perecereis. E se o escu- E agora, Jacó, falo a ti: Tu és
tardes, eu vos deixo uma abên- meu aprimogênito nos dias de
ção, sim, minha primeira bên- minha tribulação no deserto. E
ção. eis que na tua infância sofreste
29 Mas se não o escutardes, aflições e muito pesar por causa
retirarei minha aprimeira bên- da rudeza de teus irmãos.
ção, sim, a minha bênção, e ela 2 Não obstante, Jacó, meu pri-
recairá sobre ele. mogênito no deserto, conheces
30 E agora, Zorã, falo a ti: Eis a grandeza de Deus; e ele con-
que tu és o aservo de Labão; não sagrará tuas aflições para teu
obstante, foste trazido da terra benefı́cio.
de Jerusalém e sei que és um 3 Tua alma será portanto aben-
verdadeiro amigo de meu filho çoada e viverás em segurança
Néfi para sempre. com teu irmão Néfi; e teus dias
31 Como tens, portanto, sido serão empregados no serviço
fiel, teus descendentes serão de teu Deus. Sei portanto que
abençoados acom os dele, para foste redimido por causa da jus-
que prosperem por muito tem- tiça do teu Redentor, pois viste
po na face desta terra; e nada, que ele virá na plenitude dos
a não ser a sua iniqüidade, pre- tempos para trazer salvação aos
judicará ou perturbará sua pros- homens.

27a 1 Né. 17:48. 28a gee Primogenitura. 31a 2 Né. 5:6.


b D&C 121:43. 29a Abr. 1:3. 2 1a 1 Né. 18:7.
c D&C 33:8. 30a 1 Né. 4:20, 35.
2 Néfi 2:4–11 64
4 E acontemplaste a sua glória dos habitantes da Terra, para
em tua mocidade; és portanto que saibam que nenhuma carne
tão abençoado quanto o serão pode habitar na presença de
aqueles justos entre quem ele Deus a a menos que seja por
ministrará na carne; porque o meio dos méritos e misericórdia
Espı́rito é o mesmo ontem, hoje e graça do Santo Messias, que
e para sempre. E o caminho está dá a sua vida, segundo a carne,
preparado desde a queda do e toma-a novamente pelo poder
homem; e a salvação é bgratuita. do Espı́rito, para poder efetuar a
b
5 E os homens são ensinados ressurreição dos mortos, sendo
suficientemente para adistingui- ele o primeiro a ressuscitar.
rem o bem do mal. E a lei é dada 9 Ele é, portanto, as primı́cias
aos homens. E pela lei nenhuma para Deus, visto que ainterce-
carne é bjustificada; ou seja, pela derá por todos os filhos dos
lei os homens são crejeitados. homens; e os que nele crerem
Sim, pela lei natural foram re- serão salvos.
jeitados e também pela lei espi- 10 E por causa da intercessão
ritual são privados daquilo que feita por atodos, todos os ho-
é bom; e tornam-se miseráveis mens vão a Deus; portanto se
para sempre. acharão em sua presença para
6 Portanto a a redenção nos serem bjulgados por ele, de acor-
vem por intermédio do Santo do com a verdade e csantidade
b
Messias; porque ele é cheio de que estão nele. Por conseguinte,
c
graça e verdade. todos os requisitos da lei dada
7 Eis que ele se oferece em asa- pelo Santo para a aplicação do
crifı́cio pelo pecado, cumprindo, castigo estipulado na lei, castigo
assim, todos os requisitos da lei esse que está em oposição à lei
para todos os quebrantados de estipulada para a felicidade, pa-
coração e contritos de espı́rito; ra cumprir os propósitos da
d
e para ninguém mais podem expiação—
todos os brequisitos da lei ser 11 Porque é necessário que ha-
cumpridos. ja uma aoposição em todas as
8 Portanto, quão importante é coisas. Se assim não fosse, meu
tornar estas coisas conhecidas primogênito no deserto, não

4a 2 Né. 11:3; Jacó 7:5. 6 a 1 Né. 10:6; b I Cor. 15:20;


b gee Graça. 2 Né. 25:20; Al. 7:12; 12:24–25;
5a Morô. 7:16. Al. 12:22–25. 42:23.
b Rom. 3:20; gee Plano de gee Ressurreição.
2 Né. 25:23; Redenção. 9 a Isa. 53:1–12;
Al. 42:12–16. b gee Messias. Mos. 14:12; 15:8–9.
gee Justificação, c Jo. 1:14, 17; 10a gee Redentor.
Justificar. Mois. 1:6. b gee Juı́zo Final.
c 1 Né. 10:6; 7 a gee Expiação, Expiar. c gee Santidade.
2 Né. 9:6–38; b Rom. 10:4. d 2 Né. 9:7, 21–22, 26;
Al. 11:40–45; 12:16, 8 a 2 Né. 25:20; 31:21; Al. 22:14; 33:22; 34:9.
24; 42:6–11; Mos. 4:8; 5:8; 11a D&C 29:39; 122:5–9.
Hel. 14:15–18. Al. 38:9. gee Adversidade.
65 2 Néfi 2:12–18
haveria retidão nem iniqüidade vos estas coisas para vosso pro-
nem santidade nem miséria veito e instrução; pois existe um
nem bem nem mal. Portanto é Deus e ele acriou todas as coisas,
preciso que todas as coisas tanto os céus como a Terra e
sejam compostas em uma; pois tudo o que neles há, tanto as
se fossem um só corpo, deve- coisas que agem como as que
b
riam permanecer como mortas, recebem a ação.
não tendo vida nem morte, 15 E para conseguir seus
nem corrupção nem incorrup- eternos apropósitos com relação
ção, nem felicidade nem misé- ao homem, depois de haver
ria, nem sensibilidade nem criado nossos primeiros pais e
insensibilidade. os animais do campo e as aves
12 Portanto teriam sido criadas do ar, enfim, todas as coisas
em vão; portanto não haveria criadas, era necessária uma
a
propósito na sua criação. Por- oposição; até mesmo o bfruto
c
tanto isso destruiria a sabedoria proibido em oposição à dárvore
de Deus e seus eternos propósi- da vida, sendo um doce e outro
tos, assim como o poder e a mi- amargo.
sericórdia e a bjustiça de Deus. 16 O Senhor Deus concedeu,
13 E se disserdes que anão há portanto, que o homem aagisse
lei, direis também que não há por si mesmo; e o homem não
pecado. E se disserdes que não poderia agir por si mesmo a
há pecado, direis também que menos que fosse batraı́do por
não há retidão. E não havendo um ou por outro.
retidão, não há felicidade. E não 17 E eu, Leı́, devo supor, pelo
havendo retidão nem felicida- que tenho lido, que um aanjo de
de, não haverá castigo nem Deus, de acordo com o que está
miséria. E se estas coisas não escrito, bcaiu do céu; tornou-se
existem, não existe Deus. E se portanto um cdiabo, tendo pro-
b
não existe Deus, nós também curado o que era mau perante
não existimos nem a Terra; pois Deus.
não poderia ter havido criação 18 E por haver caı́do do céu,
nem para agir nem para receber tendo-se tornado miserável pa-
a ação; portanto, todas as coisas ra sempre, aprocurou também a
inevitavelmente teriam desapa- miséria de toda a humanidade.
recido. Portanto aquela velha serpente,
14 E agora, meus filhos, digo- que é o diabo, o pai de todas as

12a D&C 88:25–26. Mois. 1:31, 39. b D&C 29:39–40.


gee Terra—Criada b Gên. 3:6; Al. 12:21–23. 17a gee Diabo.
para o homem. c Gên. 2:16–17; b Isa. 14:12; 2 Né. 9:8;
b gee Justiça. Mois. 3:17. Mois. 4:3–4;
13a 2 Né. 9:25. d Gên. 2:9; Abr. 3:27–28.
b Al. 42:13. 1 Né. 15:22, 36; c gee Diabo.
14a gee Criação, Criar. Al. 32:40. 18a 2 Né. 28:19–23;
b D&C 93:30. 16a 2 Né. 10:23; Al. 12:31. 3 Né. 18:18;
15a Isa. 45:18; Al. 42:26; gee Arbı́trio. D&C 10:22–27.
2 Néfi 2:19–27 66
b
mentiras, disse a cEva: Come do 23 E não teriam tido afilhos;
fruto proibido e não morrerás, portanto teriam permanecido
mas serás como Deus, dconhe- num estado de inocência, não
cendo o bem e o mal. sentindo alegria por não co-
19 E depois de Adão e Eva nhecerem a miséria; não fazen-
haverem acomido do fruto proi- do o bem por não conhecerem o
bido, foram expulsos do jardim pecado.
do bÉden para cultivar a terra. 24 Mas eis que todas as coisas
20 E tiveram filhos, sim, a afa- foram feitas segundo a sabedo-
mı́lia de toda a Terra. ria daquele que tudo aconhece.
21 E os dias dos filhos dos aho- 25 a Adão b caiu para que os
mens foram prolongados de homens c existissem; e os ho-
acordo com a vontade de Deus, mens existem para que tenham
para que se barrependessem en- d
alegria.
quanto estivessem na carne; 26 E o aMessias vem na plenitu-
portanto o seu estado se tornou de dos tempos para b redimir
um estado de cprovação e o seu da queda os filhos dos homens.
tempo foi prolongado, de acor- E porque são redimidos da
do com os mandamentos dados queda tornaram-se clivres para
pelo Senhor Deus aos filhos dos sempre, distinguindo o bem do
homens. Pois ele ordenou que mal; para agirem por si mesmos
todos os homens se arrependes- e não para receberem a ação,
sem; pois mostrou a todos que salvo se for pelo castigo da dlei
estavam dperdidos por causa da no grande e último dia, segun-
transgressão de seus pais. do os mandamentos dados por
22 E então, eis que se Adão não Deus.
houvesse transgredido, não te- 27 Portanto os homens são ali-
ria caı́do, mas permanecido no vres segundo a carne; e todas
jardim do Éden. E todas as coi- as coisas de que necessitam lhes
sas que foram criadas deveriam são dadas. E são livres para
b
ter permanecido no mesmo es- escolher a liberdade e a cvida
tado em que estavam depois de eterna por meio do grande
haverem sido criadas; e deve- Mediador de todos os homens,
riam permanecer para sempre e ou para escolherem o cativeiro e
não ter fim. a morte, de acordo com o cati-

18b 2 Né. 28:8; Mois. 4:4. gee Arrepender-se, Mortalidade.


c gee Eva. Arrependimento. d Mois. 5:10.
d Gên. 3:5; Al. 29:5; c gee Mortal, gee Alegria; Homem,
Morô. 7:15–19. Mortalidade. Homens.
19a Al. 12:31. d Jacó 7:12. 26a gee Messias.
gee Queda de Adão e 23a Mois. 5:11. b gee Plano de
Eva. 24a gee Trindade. Redenção.
b gee Éden. 25a gee Adão. c Al. 42:27; Hel. 14:30.
20a D&C 138:38–39. b Mois. 6:48. d gee Lei.
21a Al. 12:24; gee Queda de Adão e 27a Gál. 5:1; Mois. 6:56.
Mois. 4:23–25. Eva. b gee Arbı́trio.
b Al. 34:32. c gee Mortal, c gee Vida Eterna.
67 2 Néfi 2:28–3:5
veiro e o poder do diabo; pois E agora falo a ti, José, meu filho
a
ele procura tornar todos os ho- mais jovem. Nasceste no deser-
mens tão miseráveis como ele to de minhas aflições; sim, nos
próprio. dias de minhas maiores angús-
28 E agora, meus filhos, gosta- tias tua mãe deu-te à luz.
ria que confiásseis no grande 2 Se guardares os mandamen-
a
Mediador e désseis ouvidos a tos do Santo de Israel, possa o
seus grandes mandamentos; e Senhor também te consagrar es-
que fôsseis fiéis a suas palavras ta aterra, que é uma terra muito
e escolhêsseis a vida eterna, preciosa, para tua herança e he-
conforme a vontade do seu rança de teus descendentes, jun-
Santo Espı́rito; tamente com teus irmãos e para
29 E que não escolhêsseis a a tua segurança para sempre.
morte eterna, conforme a vonta- 3 E agora, meu filho mais jo-
de da carne e o mal que nela há, vem, José, a quem eu trouxe do
que dá ao espı́rito do diabo po- deserto de minhas aflições, que
der para aescravizar, para levar- o Senhor te abençoe para sem-
vos ao binferno, a fim de reinar pre, pois teus descendentes
sobre vós em seu próprio reino. não serão completamente ades-
30 Disse-vos estas poucas pala- truı́dos.
vras, meus filhos, nos últimos 4 Pois eis que tu és o fruto
dias de minha provação; e eu de meus lombos; e eu sou um
escolhi a boa parte, de acordo descendente de aJosé, que foi
com as palavras do profeta. E levado bcativo para o Egito. E
não tenho outro objetivo que grandes foram os convênios que
não seja o eterno bem-estar de o Senhor fez com José.
vossa alma. Amém. 5 Portanto José verdadeira-
mente aviu nossos dias. E obteve
a promessa do Senhor de que do
CAPÍTULO 3 fruto de seus lombos o Senhor
Deus levantaria um bramo cjusto
José, no Egito, viu os nefitas em para a casa de Israel; não o Mes-
visão—Ele profetizou sobre Joseph sias, mas um ramo que seria ar-
Smith, o vidente dos últimos dias; rancado e, não obstante, seria
sobre Moisés, que libertaria Israel; lembrado nos convênios do Se-
e sobre o aparecimento do Livro nhor de que o dMessias lhes se-
de Mórmon. Aproximadamente ria manifestado nos últimos
588–570 a.C. dias, com o espı́rito de poder, a

28a gee Mediador. Promissão. 2 Né. 4:1–2.


29a Rom. 6:16–18; 3 a 2 Né. 9:53. b Gên. 49:22–26;
Al. 12:11. 4 a Gên. 39:1–2; 45:4; 1 Né. 15:12; 19:24.
b gee Inferno. 49:22–26; gee Vinha do Senhor.
3 1a 1 Né. 18:7. 1 Né. 5:14–16. c Jacó 2:25.
2 a 1 Né. 2:20. b Gên. 37:29–36. d 2 Né. 6:14;
gee Terra da 5 a tjs, Gên. 50:24–38; D&C 3:16–20.
2 Néfi 3:6–15 68
fim de tirá-los das trevas para a revelar a minha palavra, diz o
luz—sim, das etrevas ocultas e Senhor, mas para convencê-
do cativeiro para a liberdade. los da minha palavra, que já
6 Porque José verdadeira- lhes terá sido declarada.
mente testificou, dizendo: O 12 Portanto o fruto de teus
Senhor meu Deus levantará um lombos aescreverá; e o fruto dos
a
vidente, que será um vidente lombos de bJudá cescreverá; e
escolhido para o fruto de meus aquilo que for escrito pelo fruto
b
lombos. de teus lombos e também o que
7 Sim, José verdadeiramente for escrito pelo fruto dos lom-
disse: Assim me diz o Senhor: bos de Judá serão unidos, dcon-
Um avidente escolhido levanta- fundindo falsas doutrinas e
rei eu do fruto de teus lombos. apaziguando contendas e esta-
E gozará de grande estima entre belecendo paz entre o fruto de
o fruto de teus lombos. A ele teus lombos; e elevando-os nos
ordenarei que faça um trabalho últimos dias a fconhecerem seus
para seus irmãos, o fruto de teus pais e também meus convênios,
lombos, que lhes será de grande diz o Senhor.
benefı́cio, levando-os a conhe- 13 E da fraqueza será torna-
cer os convênios que fiz com do forte, no dia em que minha
teus pais. obra começar entre todo o meu
8 E dar-lhe-ei o mandamento povo para restaurar-te, ó Casa
de não fazer aqualquer outro de Israel, diz o Senhor.
trabalho, exceto o que eu lhe 14 E assim profetizou José,
ordenar. E fá-lo-ei grande a dizendo: Eis que o Senhor aben-
meus olhos, porque fará o meu çoará este vidente; e aqueles
trabalho. que procurarem destruı́-lo serão
9 E e l e s e r á g r a n d e c o m o confundidos, porque esta pro-
a
Moisés, o qual eu disse que sus- messa que obtive do Senhor
citaria para vós a fim de blibertar para o fruto de meus lombos
meu povo, ó casa de Israel. será cumprida. Eis que estou
10 E suscitarei Moisés para tirar certo do cumprimento desta
teu povo da terra do Egito. promessa.
11 Suscitarei porém um viden- 15 E seu anome será igual ao
te do fruto de teus lombos e a meu e será chamado pelo bnome
ele darei apoder para revelar de seu pai. E ele será semelhan-
minha palavra à semente de te a mim; porque aquilo que o
teus lombos—não somente para Senhor fizer através de sua mão,

5 e Isa. 42:16. b Êx. 3:7–10; 2 Né. 29:8; 33:10–11.


6 a 3 Né. 21:8–11; 1 Né. 17:24. e Morô. 1:4.
Mórm. 8:16. 11a D&C 5:3–4. f 1 Né. 15:14;
gee Vidente. 12a gee Livro de Mórmon. 2 Né. 30:5;
b D&C 132:30. b 1 Né. 13:23–29. Mórm. 7:1, 5, 9–10.
7 a gee Joseph Smith, Jr. c gee Bı́blia. 15a D&C 18:8.
8 a D&C 24:7, 9. d Eze. 37:15–20; b JS—H 1:3.
9 a Mois. 1:41. 1 Né. 13:38–41;
69 2 Néfi 3:16–25
pelo poder do Senhor, levará acordo com a simplicidade de
meu povo à salvação. suas palavras.
16 Sim, desse modo profetizou 21 Por causa de sua fé, suas
a
José: Certo estou disto, como palavras sairão de minha boca
estou certo da promessa de para os seus irmãos, que são o
Moisés; porque o Senhor me fruto de teus lombos; e à fraque-
disse: aPreservarei tua semente za de suas palavras eu darei for-
para sempre. ça, em sua fé, para que sejam
17 E o Senhor disse: Suscitarei lembrados os convênios que fiz
um Moisés; e dar-lhe-ei poder com teus pais.
numa vara; e dar-lhe-ei habili- 22 E agora eis que, meu filho
dade para escrever. Contudo, José, desse modo aprofetizou
não lhe soltarei a lı́ngua para meu pai de antigamente.
que fale muito, porque não o fa- 23 Portanto, por causa deste
rei poderoso no falar. aEscrever- convênio és abençoado; porque
lhe-ei porém minha lei pelo tua semente não será destruı́da,
dedo de minha própria mão; e pois darão ouvidos às palavras
preparar-lhe-ei um bporta-voz. do livro.
18 E o Senhor também me dis- 24 E levantar-se-á entre eles
se: Eu suscitarei um para o fruto um poderoso que praticará o
de teus lombos e para ele prepa- bem, tanto em palavras como
rarei um porta-voz. E eis que eu em obras, sendo um instrumen-
o farei escrever o relato do fruto to nas mãos de Deus, com fé
dos teus lombos para o fruto de extraordinária para operar
teus lombos; e o porta-voz dos grandes maravilhas e fazer o
teus lombos anunciá-lo-á. que é grandioso aos olhos de
19 E as palavras que ele irá es- Deus, a fim de levar muita res-
crever serão as palavras que eu, tauração à casa de Israel e à se-
em minha sabedoria, julgar con- mente de teus irmãos.
veniente que cheguem ao fruto 25 E agora, bendito és tu, José.
de teus lombos. E será como se o Eis que tu és pequeno; ouve,
a
fruto de teus lombos lhes cla- pois, as palavras de teu irmão
masse bdesde o pó; porque lhes Néfi e ser-te-á feito de acordo
conheço a fé. com as palavras que proferi.
20 E a clamarão desde o pó; Lembra-te das palavras de teu
sim, clamarão arrependimento pai moribundo. Amém.
a seus irmãos, até mesmo depois
de muitas gerações se haverem CAPÍTULO 4
passado. E acontecerá que seu
clamor será ouvido, sim, de Leı́ aconselha e abençoa sua posteri -

16a Gên. 45:1–8. b Isa. 29:4; Mórm. 8:23.


17a Deut. 10:2, 4; 2 Né. 27:13; 33:13; 21a 2 Né. 29:2.
Mois. 2:1. Mórm. 9:30; 22a 2 Né. 3:5.
b Êx. 4:16. Morô. 10:27.
19a D&C 28:8. 20a 2 Né. 26:16;
2 Néfi 4:1–12 70
dade—Morre e é sepultado—Néfi çoados, eis que eu vos deixo a
gloria-se na bondade de Deus—Né- minha bênção, para que a mal-
fi deposita sua confiança no Senhor dição vos seja tirada e recaia
para sempre. Aproximadamente sobre a acabeça de vossos pais.
588–570 a.C. 7 Portanto, devido a minha
bênção, o Senhor Deus anão per-
E agora eu, Néfi, falo sobre as mitirá que pereçais; e será eter-
profecias mencionadas por meu namente bmisericordioso para
pai, referentes a aJosé que foi convosco e vossos descenden-
levado para o Egito. tes.
2 Pois eis que ele realmente 8 E aconteceu que depois de
profetizou sobre todos os seus meu pai ter acabado de falar aos
descendentes. E não há muitas filhos e filhas de Lamã, fez com
a
profecias maiores do que as que que os filhos e filhas de Lemuel
ele escreveu. E ele profetizou fossem levados a sua presença.
sobre nós e nossas futuras gera- 9 E falou-lhes, dizendo: Eis,
ções; e elas estão escritas nas meus filhos e minhas filhas, que
placas de latão. sois os filhos e as filhas de meu
3 Então, depois de meu pai ter segundo filho; eis que vos deixo
acabado de falar sobre as profe- a mesma bênção que deixei
cias de José, chamou os filhos aos filhos e filhas de Lamã; por-
e filhas de Lamã e disse-lhes: tanto não sereis completamente
Eis, meus filhos e minhas filhas destruı́dos, mas no fim vossa
que sois filhos e filhas de meu posteridade será abençoada.
a
primogênito, quisera que dés- 10 E aconteceu que depois
seis ouvidos a minhas palavras. de meu pai lhes haver falado,
4 Pois o Senhor Deus disse: dirigiu-se aos filhos de aIsmael,
a
Se guardardes meus manda- sim, a todos os de sua casa.
mentos, prosperareis na terra; 11 E depois de lhes falar,
e se não guardardes meus man- dirigiu-se a Sam, dizendo: Ben-
damentos, sereis afastados de dito és tu e tua posteridade, pois
minha presença. herdarás a terra como teu irmão
5 Mas eis que eu, meus filhos Néfi. E tua semente será con-
e minhas filhas, não posso des- tada com a semente dele; e tu
cer à sepultura sem vos deixar serás como teu irmão e teus
uma abênção; pois eu sei que se descendentes como os descen-
fordes criados no bcaminho que dentes dele; e serás abençoado
deveis seguir, não vos afastareis durante todos os teus dias.
dele. 12 E aconteceu que depois de
6 Portanto, se fordes amaldi- meu pai, Leı́, ter falado a toda
4 1a Gên. 39:1–2. Patriarcais. b 1 Né. 13:31;
2 a 2 Né. 3:5. b Prov. 22:6. 2 Né. 10:18–19;
3 a gee Primogênito. 6 a D&C 68:25–29. Jacó 3:5–9;
4 a 2 Né. 1:9. 7 a 2 Né. 30:3–6; Hel. 15:12–13.
5 a gee Bênçãos D&C 3:17–18. 10a 1 Né. 7:6.
71 2 Néfi 4:13–26
a sua casa, segundo os senti- minha carne; minha alma se
mentos de seu coração e o Espı́- angustia por causa de minhas
rito do Senhor que estava nele, iniqüidades.
envelheceu. E aconteceu que 18 Estou cercado por causa das
morreu e foi sepultado. tentações e pecados que tão
13 E aconteceu que poucos dias facilmente me aenvolvem!
depois de sua morte, Lamã e 19 E quando desejo alegrar-
Lemuel e os filhos de Ismael en- me, meu coração geme por
fureceram-se comigo, por causa causa de meus pecados; não
das admoestações do Senhor. obstante, sei em quem confiei.
14 Porque eu, Néfi, fui compe- 20 Meu Deus tem sido meu
lido a falar-lhes de acordo com apoio; guiou-me através de mi-
sua palavra; porque eu lhes dis- nhas aflições no deserto e sal-
sera muitas coisas e também vou-me das águas do grande
meu pai, antes de sua morte; abismo.
e muitas dessas palavras estão 21 Encheu-me com seu aamor
escritas nas minhas aoutras pla- até consumir-me a carne.
cas; porque uma parte com mais 22 Confundiu meus ainimigos,
história está escrita nas minhas fazendo-os tremer diante de
outras placas. mim.
15 E anestas escrevo as coisas 23 Eis que ele ouviu meu
de minha alma e muitas das clamor durante o dia e deu-me
escrituras que estão gravadas conhecimento por meio de
a
nas placas de latão. Porque mi- visões durante a noite.
nha alma se deleita nas escritu- 24 Durante o dia eu ousada-
ras e meu coração nelas bmedita mente lhe dirigi fervorosa aora-
e escreve-as para cinstrução e ção; sim, elevei minha voz; e
proveito de meus filhos. anjos desceram e serviram-me.
16 Eis que minha aalma se de- 25 E sobre as asas de seu Espı́ri-
leita nas coisas do Senhor; e to meu corpo foi aarrebatado até
meu bcoração medita continua- montanhas muito altas. E meus
mente nas coisas que vi e ouvi. olhos contemplaram grandes
17 Não obstante, apesar da coisas, sim, demasiadamente
grande a bondade do Senhor, grandes para o homem; fui, por-
mostrando-me suas grandes e tanto, proibido de escrevê-las.
maravilhosas obras, meu cora- 26 Oh! Então se vi coisas tão
ção exclama: Oh! Que homem grandes e se o Senhor, em sua
b
miserável sou! Sim, meu cora- condescendência para com os
ção se entristece por causa de filhos dos homens, visitou os

14a 1 Né. 1:16–17; 9:4. Agradecimento. 21a gee Amor.


15a 1 Né. 6:4–6. b gee Coração. 22a 1 Né. 17:52.
b gee Ponderar; 17a 2 Né. 9:10; 23a gee Visão.
Escrituras. D&C 86:11. 24a Tg. 5:16;
c 1 Né. 19:23. b Rom. 7:24. 1 Né. 2:16.
16a gee Ação de Graças, 18a Rom. 7:21–23; 25a 1 Né. 11:1;
Agradecido, Heb. 12:1; Al. 7:15. Mois. 1:1–2.
2 Néfi 4:27–35 72
homens com tanta misericórdia, c o n t r i t o o m e u e s p ı́ r i t o . Ó
a
por que, pois, deveria meu Senhor, não me feches as por-
coração chorar e minha alma tas da tua justiça, para que eu
b
padecer no vale da tristeza e ande na senda do vale baixo,
minha carne definhar e minhas para que eu seja firme no cami-
forças diminuı́rem por causa de nho plano.
minhas aflições? 33 Ó Senhor, rodeia-me com o
27 E por que eu a cederia ao manto da tua justiça! Ó Senhor,
pecado por causa de minha car- prepara um caminho para a mi-
ne? Sim, por que sucumbiria a nha fuga diante de meus inimi-
b
tentações, para que o maligno gos! Endireita a minha vereda
tivesse lugar em meu coração a diante de mim. Não ponhas em
fim de destruir minha cpaz e meu caminho uma pedra de tro-
afligir minha alma? Por que peço, mas limpa-o e não obs-
estou irado por causa de meu truas o meu caminho, mas sim
inimigo? os caminhos de meus inimigos.
28 Desperta, minha alma! Não 34 Ó Senhor, confiei em ti e em
te deixes abater pelo pecado. ti aconfiarei sempre. Não porei
Regozija-te, ó meu coração, e minha bconfiança no braço de
não dês mais lugar ao ainimigo carne, pois sei que aquele que
c
de minha alma. confia no braço de carne é mal-
29 Não te ires outra vez por dito. Sim, maldito é aquele que
causa de meus inimigos. Não confia no homem, ou seja, que
enfraqueças minhas forças por faz da carne o seu braço.
causa de minhas aflições. 35 Sim, sei que Deus dará com
a
30 Regozija-te, ó meu coração; liberalidade ao que pedir. Sim,
e clama ao Senhor, dizendo: Ó meu Deus dar-me-á se eu não
b
Senhor, eu te louvarei para pedir cimpropriamente; portan-
sempre! Sim, minha alma re- to levantarei minha voz a ti; sim,
gozijar-se-á em ti, meu Deus clamarei a ti, meu Deus, drocha
e arocha de minha salvação. de minha retidão. Eis que minha
31 Ó Senhor, redimirás minha voz eternamente ascenderá a
alma? Livrar-me-ás das mãos ti, minha rocha e meu Eterno
de meus inimigos? Far-me-ás Deus. Amém.
tremer à vista do apecado?
32 Que as portas do inferno
estejam constantemente fecha- CAPÍTULO 5
das diante de mim, porque meu
a
coração está quebrantado e Os nefitas separam-se dos lama-

26a Salm. 43:5. 31a Rom. 12:9; Al. 13:12. b Salm. 44:6–8.
27a Rom. 6:13. 32a gee Coração c Jer. 17:5;
b gee Tentação, Tentar. Quebrantado. Mórm. 3:9; 4:8.
c gee Paz. b gee Andar, Andar 35a Tg. 1:5.
28a gee Diabo. com Deus. b gee Oração.
30a I Cor. 3:11. 34a gee Confiança, c Hel. 10:5.
gee Rocha. Confiar. d Deut. 32:4.
73 2 Néfi 5:1–12
nitas, guardam a lei de Moisés e famı́lia; e Sam, meu irmão mais
constroem um templo—Por causa velho, e sua famı́lia; e Jacó e
de sua incredulidade, os lamani- José, meus irmãos mais jovens,
tas são afastados da presença do e também minhas irmãs e todos
Senhor e tornam-se um flagelo pa- os que me quiseram acompa-
ra os nefitas. Aproximadamente nhar. E todos os que me quise-
588–559 a.C. ram acompanhar foram os que
acreditavam nas badvertências
Eis que aconteceu que eu, Néfi, e revelações de Deus; portanto
muito clamei ao Senhor meu deram ouvidos a minhas pala-
Deus por causa da aira de meus vras.
irmãos. 7 E tomamos nossas tendas e
2 Mas eis que a sua ira contra tudo o que nos foi possı́vel e
mim aumentou a tal ponto que viajamos no deserto pelo espaço
procuraram tirar-me a vida. de muitos dias. E depois de
3 Sim, murmuravam contra termos viajado pelo espaço de
mim, dizendo: Nosso irmão muitos dias, armamos nossas
mais jovem pensa em aexercer tendas.
domı́nio sobre nós; e tivemos 8 E meu povo quis dar ao lugar
muitas aflições por sua causa; o nome de aNéfi; portanto nós o
portanto, matemo-lo agora, pa- chamamos Néfi.
ra que não nos aflija mais com 9 E todos os que estavam co-
suas palavras. Pois eis que não migo decidiram chamar-se a si
permitiremos que ele seja nosso mesmos o apovo de Néfi.
chefe; pois compete a nós, que 10 E esforçamo-nos por guar-
somos os irmãos mais velhos, dar os juı́zos e os estatutos e os
governar este povo. mandamentos do Senhor em
4 Ora, não escrevo nestas pla- todas as coisas, de acordo com a
cas tudo quanto murmuraram a
lei de Moisés.
contra mim. Basta-me dizer que 11 E o Senhor estava conosco;
procuraram tirar-me a vida. e prosperamos muito, porque
5 E aconteceu que o Senhor plantamos sementes e nossas co-
me aadvertiu para que eu, bNéfi, lheitas foram novamente abun-
me afastasse deles e fugisse dantes. E começamos a criar
para o deserto, com todos os rebanhos e manadas e animais
que quisessem seguir-me. de toda espécie.
6 Portanto aconteceu que eu, 12 E eu, Néfi, também havia
Néfi, levei comigo minha fa- trazido os registros que estavam
mı́lia, assim como aZorã e sua gravados nas aplacas de latão;

5 1a 2 Né. 4:13–14. 6 a 1 Né. 4:35; 16:7; 9 a Jacó 1:13–14.


3 a 1 Né. 16:37–38; 2 Né. 1:30–32. 10a 2 Né. 11:4.
Mos. 10:14–15. b gee Advertência, gee Lei de Moisés.
5 a gee Inspiração, Advertir, Prevenir. 12a Mos. 1:3–4.
Inspirar. 8 a Ômni 1:12, 27; gee Placas.
b Mos. 10:13. Mos. 9:1–4; 28:1.
2 Néfi 5:13–21 74
e também a besfera, ou seja, a fiz com que meu povo fosse
c a
bússola que fora preparada pa- industrioso e trabalhasse com
ra meu pai pela mão do Senhor, as mãos.
segundo o que está escrito. 18 E aconteceu que eles dese-
13 E aconteceu que começamos javam que eu fosse seu arei. Eu,
a prosperar muito e a multipli- Néfi, não desejava porém que
car-nos na terra. eles tivessem um rei; não obstan-
14 E eu, Néfi, tomei a aespada te, fiz por eles tudo quanto esta-
de Labão; e com esse modelo va em meu poder.
fiz muitas espadas, a fim de que 19 E eis que as palavras do Se-
o povo que agora se denomina- nhor com referência a meus ir-
va blamanita não caı́sse sobre mãos foram cumpridas, quando
nós para nos destruir; porque lhes disse que eu seria seu ache-
eu conhecia seu ódio para comi- fe e seu bmestre. Portanto eu ha-
go e meus filhos e os que eram via sido seu chefe e mestre, de
chamados o meu povo. acordo com os mandamentos do
15 E ensinei meu povo a cons- Senhor, até o momento em que
truir edifı́cios e a trabalhar em procuraram tirar-me a vida.
toda espécie de madeira e de 20 A palavra do Senhor por-
a
ferro e de cobre e de latão e tanto foi cumprida quando me
de aço e de ouro e de prata e de falou, dizendo: Se a deixarem
minerais preciosos, que existiam de dar ouvidos a tuas palavras,
em grande abundância. serão afastados da presença
16 E eu, Néfi, construı́ um do Senhor. E eis que foram
a b
templo; e construı́-o conforme afastados de sua presença.
o modelo do btemplo de Salo- 21 E ele fez cair a amaldição
mão, só não tendo sido construı́- sobre eles, sim, uma dolorosa
do com tantas coisas cpreciosas, maldição, por causa de sua ini-
porque elas não existiam naque- qüidade. Pois eis que haviam
la terra; portanto não podia ele endurecido o coração contra ele
ser construı́do como o templo de tal modo que se tornaram
de Salomão. O tipo de sua cons- como uma pedra; e como eram
trução, porém, era igual ao do brancos, notavelmente formo-
templo de Salomão; e sua exe- sos e bagradáveis, a fim de que
cução era consideravelmente não fossem atraentes para meu
esmerada. povo o Senhor Deus fez com
17 E aconteceu que eu, Néfi, que sua cpele se tornasse escura.

12b Mos. 1:16. 15a Ét. 10:23. b gee Ensinar, Mestre.


c 1 Né. 16:10, 16, 26; 16a gee Templo, A Casa 20a 2 Né. 2:21.
18:12, 21; do Senhor. b Al. 9:14.
Al. 37:38–47; b I Re. 6; II Crôn. 3. 21a gee Amaldiçoar,
D&C 17:1. c D&C 124:26–27. Maldições.
14a 1 Né. 4:9; Jacó 1:10; 17 a Gên. 3:19; D&C 42:42. b 4 Né. 1:10.
Pal. Mórm. 1:13. 18a Jacó 1:9, 11. c 2 Né. 26:33;
b gee Lamanitas. 19a 1 Né. 2:22. 3 Né. 2:14–16.
75 2 Néfi 5:22–6:2
22 E assim diz o Senhor Deus: 31 Portanto eu, Néfi, para ser
Eu farei com que sejam arepug- obediente aos mandamentos
nantes a teu povo, a menos do Senhor, fiz aestas placas nas
que se arrependam de suas quais gravei estas coisas.
iniqüidades. 32 E gravei as coisas que são
23 E amaldiçoada será a se- agradáveis a Deus. E se meu po-
mente daquele que se amisturar vo estiver satisfeito com as coi-
com a semente deles; porque se- sas de Deus, estará satisfeito
rá amaldiçoada com igual mal- com o que gravei nestas placas.
dição. E o Senhor assim disse e 33 E se meu povo desejar co-
assim foi. nhecer a parte mais especı́fica
24 E por causa da maldição da história de meu povo, deverá
que caiu sobre eles, tornaram-se examinar minhas outras placas.
um povo apreguiçoso, cheio de 34 E basta-me dizer que se
maldade e astúcia e procuravam haviam passado quarenta anos
animais de caça no deserto. e já havı́amos tido guerras e
25 E o Senhor Deus disse-me: contendas com nossos irmãos.
Eles serão um castigo para teus
descendentes, a fim de fazer
CAPÍTULO 6
com que se lembrem de mim;
e se não se lembrarem de mim e
Jacó relata novamente a história
não derem ouvidos a minhas
judaica: O cativeiro babilônico e o
palavras, castigá-los-ão até que
retorno; o ministério e a crucifi-
sejam destruı́dos.
cação do Santo de Israel; a ajuda
26 E aconteceu que eu, Néfi,
a recebida dos gentios e a restaura-
consagrei Jacó e José como
ção dos judeus nos últimos dias,
sacerdotes e mestres na terra
quando acreditarem no Messias.
de meu povo.
Aproximadamente 559–545 a.C.
27 E aconteceu que vivemos
felizes. As palavras de Jacó, irmão de
28 E haviam-se passado trinta Néfi, dirigidas ao povo de Néfi:
anos desde que deixáramos 2 Eis que, meus queridos ir-
Jerusalém. mãos, eu, Jacó, tendo sido cha-
29 E eu, Néfi, havia feito os mado por Deus e ordenado
registros de meu povo, até conforme sua santa ordem; e
então, nas minhas placas. tendo sido consagrado por meu
30 E aconteceu que o Senhor irmão Néfi, a quem tendes por
Deus me disse: Faze aoutras pla- a
rei ou protetor e de quem
cas; e gravarás nelas muitas coi- dependeis para vossa seguran-
sas que são boas a meus olhos, ça, eis que sabeis que vos disse
para proveito de teu povo. muitas coisas.

22a 1 Né. 12:23. 24a gee Ociosidade, 30a 1 Né. 19:1–6.


23a gee Casamento, Ocioso. 31a gee Placas.
Casar—Casamento 26a Jacó 1:18–19; 6 2a Jacó 1:9, 11.
fora do convênio. Mos. 23:17.
2 Néfi 6:3–11 76
3 Não obstante, falo-vos no- rainhas serão tuas amas; in-
vamente, pois desejo o bem- clinar-se-ão diante de ti com o
estar de vossa alma. Sim, mi- rosto para a terra e lamberão
nha ansiedade por vós é grande o pó de teus pés; e tu saberás
e vós sabeis que sempre tem que eu sou o Senhor; pois não
sido. Porque vos tenho exorta- se envergonharão os que me
a
d o c o m t o d a a d i l i g ê n c i a e aguardarem.
tenho-vos transmitido as pala- 8 E agora eu, Jacó, quero fa-
vras de meu pai; e tenho-vos lar acerca destas palavras. Pois
falado sobre todas as coisas que eis que o Senhor me fez ver
foram escritas desde a criação que aqueles que estavam em
a
do mundo. Jerusalém, de onde viemos,
4 E agora, eis que quero falar- foram mortos ou blevados para
vos sobre as coisas presentes e o cativeiro.
futuras; ler-vos-ei, portanto, as 9 Não obstante, o Senhor fez-
palavras de aIsaı́as. E estas são me ver que eles atornarão a vol-
as palavras que meu irmão de- tar. E também me fez ver que o
sejou que eu vos dissesse. E Senhor Deus, o Santo de Israel,
falo-vos para vosso bem, a fim manifestar-se-á a eles na carne;
de que aprendais e glorifiqueis e depois de ter-se manifestado,
o nome de vosso Deus. eles o açoitarão e bcrucificarão,
5 E agora, as palavras que vou segundo as palavras que o anjo
ler são as que Isaı́as disse a me disse.
respeito de toda a casa de Israel; 10 E depois que tiverem en-
portanto elas se aplicam a vós, durecido o coração e a cerviz
pois sois da casa de Israel. E há contra o Santo de Israel, eis que
muitas coisas que foram ditas os a julgamentos do Santo de
por Isaı́as que vos podem ser Israel recairão sobre eles. E dia
aplicadas, porque sois da casa virá em que serão feridos e afli-
de Israel. gidos.
6 E agora, estas são as palavras: 11 Portanto depois de haverem
a
Assim diz o Senhor Deus: Eis sido levados de um lado para
que levantarei a mão para os outro, pois assim diz o anjo,
gentios e erguerei meu bestan- muitos serão afligidos na carne
darte para o povo; e eles trarão e não lhes será permitido pere-
teus filhos em seus braços e tuas cer, por causa das orações dos
filhas serão carregadas em seus fiéis; serão dispersos e feridos e
ombros. odiados; não obstante, o Senhor
7 E reis serão teus aios e suas terá misericórdia deles, para que

4a 3 Né. 23:1. 2 Né. 25:10; 9 a 1 Né. 10:3.


6a Isa. 49:22–23. Ômni 1:15; b 1 Né. 19:10, 13;
b gee Estandarte. Hel. 8:20–21. Mos. 3:9;
7a Mois. 1:6; b II Re. 24:10–16; 3 Né. 11:14–15.
D&C 133:45. 25:1–12. gee Crucificação.
8 a Est. 2:6; gee Israel—Dispersão 10a Mt. 27:24–25.
1 Né. 7:13; de Israel.
77 2 Néfi 6:12–7:1
a
quando tiverem bconhecimento derramamento de sangue e por
c
do seu Redentor, sejam nova- pestes e por fome. E saberão
mente ccoligados nas terras de que o Senhor é Deus, o Santo de
sua herança. Israel.
12 E abençoados são os agentios 16 aSerá, pois, tirada a presa
sobre quem o profeta escreveu; aos fortes, ou serão libertos os
pois eis que caso se arrependam cativos blegı́timos?
e não lutem contra Sião e não 17 Mas assim diz o Senhor:
se unam àquela grande e babo- Até os acativos serão tirados dos
minável igreja, serão salvos; fortes e a presa do terrı́vel será
pois o Senhor Deus cumprirá os libertada; pois o Deus bPoderoso
c c
convênios que fez com seus fi- libertará o povo do convênio.
lhos; e por este motivo escreveu Pois assim diz o Senhor: Eu
o profeta estas coisas. lutarei contra os que lutarem
13 Portanto os que lutarem contra ti—
contra Sião e contra o povo do 18 E com sua própria carne ali-
convênio do Senhor lamberão o mentarei os que te oprimem e
pó de seus pés; e o povo do Se- serão embebedados com o pró-
nhor não se aenvergonhará, pois prio sangue, como sendo vinho
o povo do Senhor são aqueles doce; e toda a carne saberá que eu,
que o baguardam, pois ainda o Senhor, sou teu Salvador e teu
a
esperam a vinda do Messias. Redentor, o bPoderoso de Jacó.
14 E eis que, de acordo com as
palavras do profeta, o Messias
CAPÍTULO 7
começará a resgatá-los pela ase-
gunda vez; e portanto se bmani-
Isaı́as fala em linguagem messiâni-
festará a eles com poder e gran-
ca—O Messias terá a lı́ngua dos
de glória, para a cdestruição de
instruı́dos—Ele oferecerá as costas
seus inimigos, no dia em que
aos açoitadores—Não será confun-
acreditarem nele; e não destrui-
dido — Comparar com Isaı́as 50.
rá nenhum dos que nele crerem.
Aproximadamente 559–545 a.C.
15 E os que nele não acredi-
tarem serão adestruı́dos, tanto Sim, pois assim diz o Senhor:
por bfogo como por tempestade; Repudiei-te eu ou expulsei-te
e por tremores de terra e por para sempre? Pois assim diz o

11a 1 Né. 22:11–12; b Isa. 40:31; 16a Isa. 49:24–26.


2 Né. 9:2. 1 Né. 21:23; b ie povo do convênio
b Osé. 3:5. D&C 133:45. do Senhor, como
c gee Israel—Coligação 14a Isa. 11:11; mencionado no
de Israel. 2 Né. 25:17; 29:1. versı́culo 17.
12a 1 Né. 14:1–2; b 2 Né. 3:5. 17a 1 Né. 21:25.
2 Né. 10:9–10. c 1 Né. 22:13–14. b gee Jeová.
b gee Diabo—A igreja 15a 2 Né. 10:16; 28:15; c II Re. 17:39.
do diabo. 3 Né. 16:8. 18a gee Redentor.
c gee Convênio gee Últimos Dias. b Gên. 49:24;
Abraâmico. b Jacó 6:3. Isa. 60:16.
13a 3 Né. 22:4. c D&C 97:22–26.
2 Néfi 7:2–8:1 78
Senhor: Onde está o libelo do 7 Pois o Senhor Deus me aju-
divórcio de tua mãe? Para quem dará; portanto não serei confun-
te apartei ou a qual de meus dido. Por isso, coloquei o rosto
credores te vendi? Sim, a quem como uma pedra e sei que não
te vendi eu? Eis que por tuas me envergonharei.
iniqüidades te avendeste e por 8 E o Senhor está perto e jus-
tuas transgressões foi tua mãe tifica-me. Quem contenderá
repudiada. comigo? Compareçamos junta-
2 Porque quando vim, não ha- mente. Quem é meu adversá-
via ninguém; quando achamei, rio? Que ele se chegue a mim
ninguém respondeu. Ó casa de e eu o ferirei com a força de
Israel, tanto se encolheu minha minha boca.
mão que já não possa remir ou 9 Pois o Senhor Deus me
já não há em mim força para ajudará; e todos os que me acon-
livrar? Eis que com a minha denarem, eis que todos, como
repreensão faço secar o bmar, vestidos, envelhecerão e a traça
torno seus crios em desertos e os comerá.
faço com que cheirem mal os 10 Quem há entre vós que
seus dpeixes, porque secaram as tema ao Senhor, que obedeça à
a
águas e morrem de sede. voz de seu servo, que ande em
3 Eu visto os céus de anegri- trevas e não tenha luz?
dão e ponho-lhes um bsaco por 11 Eis que todos vós, que acen-
cobertura. deis fogo e vos cingis com faı́s-
4 O Senhor Deus concedeu-me cas, andais na luz do avosso fogo
a alı́ngua dos instruı́dos, para e entre as faı́scas que acendes-
que eu soubesse dizer no seu tes. Isto tereis de minha mão—
tempo uma palavra a ti, ó casa em tormento jazereis.
de Israel. Quando estais cansa-
dos, ele desperta todas as ma-
CAPÍTULO 8
nhãs. Ele desperta-me o ouvido,
para que ouça como o instruı́do.
Nos últimos dias o Senhor conso-
5 O Senhor Deus abriu-me os
a lará Sião e coligará Israel — Os
ouvidos e não fui rebelde nem
remidos virão a Sião, em meio a
retrocedi.
grande alegria — Comparar com
6 Ofereci as costas aos aaçoita-
Isaı́as 51 e 52:1 – 2. Aproxima-
dores e as faces aos que me
damente 559–545 a.C.
arrancavam os cabelos. Não es-
condi a face da humilhação nem Ouvi-me, vós que buscais a justi-
dos que me cuspiam. ça; olhai a arocha de onde fostes

7 1a gee Apostasia. D&C 133:68–69. 5 a D&C 58:1.


2 a Prov. 1:24–25; c Jos. 3:15–16. 6 a Mt. 27:26; 2 Né. 9:5.
Isa. 65:12; d Êx. 7:21. 9 a Rom. 8:31.
Al. 5:37. 3 a Êx. 10:21. 10a D&C 1:38.
b Êx. 14:21; b Apoc. 6:12. 11a Juı́. 17:6.
Salm. 106:9; 4 a Lc. 2:46–47. 8 1a gee Rocha.
79 2 Néfi 8:2–13
talhados e o buraco do poço de eu escrevi a minha lei; não ate-
onde fostes cavados. mais as censuras dos homens
2 Olhai para Abraão, vosso nem vos atemorizeis pelas suas
a
pai, e para bSara, que vos deu injúrias.
à luz; porque sendo ele só, 8 Porque a traça os roerá como
chamei-o e abençoei-o. a um vestido e o verme comê-
3 Porque o Senhor consolará los-á como lã. Minha justiça,
a
Sião; consolará todos os seus porém, durará para sempre e a
lugares assolados e fará o seu minha salvação, de geração em
b
deserto como Éden e o seu geração.
ermo como jardim do Senhor; 9 Desperta, desperta! Veste-te
gozo e contentamento achar-se- de aforça, ó braço do Senhor!
ão nele, ação de graças e voz de Desperta, como nos dias passa-
melodia. dos. Não és tu aquele que cor-
4 Atendei-me, povo meu, e tou a Raabe e feriu o dragão?
dai-me ouvidos, nação minha, 10 Não és tu aquele que se-
porque de mim sairá uma alei e cou o mar, as águas do grande
farei do meu juı́zo uma b luz abismo? Que fez, do fundo do
para o povo. mar, um a caminho para que
5 Perto está a minha justiça, foi passassem os remidos?
enviada a minha asalvação e o 11 Assim voltarão os aresgata-
meu braço julgará os povos; as dos do Senhor e virão a Sião
b
ilhas hão de aguardar-me e em com bcânticos; e perpétua ale-
meu braço confiarão. gria e santidade haverá sobre
6 Levantai os olhos para os sua cabeça; e alcançarão gozo
céus e olhai para a Terra embai- e alegria; a tristeza e o cpranto
xo, porque os acéus bdesapare- fugirão.
cerão como a fumaça e a Terra 12 aEu sou ele; sim, sou aquele
c
envelhecerá como um vestido e que vos consola; quem pois és
os seus moradores morrerão tu, para que btemas o homem,
semelhantemente; mas a mi- que é mortal, ou o filho do ho-
nha salvação durará para sem- mem, que se tornará em cerva?
pre e a minha justiça não será 13 E aesqueces-te do Senhor,
abolida. teu criador, que estendeu os
7 Ouvi-me, vós que conheceis céus e estabeleceu os alicerces
a justiça, povo em cujo coração da Terra; e temes continuamen-

2 a Gên. 17:1–8; 5a gee Salvação. 11a gee Redenção,


D&C 132:49. b 2 Né. 10:20. Redimido, Redimir.
b Gên. 24:36. 6a II Ped. 3:10. b Isa. 35:10.
3 a gee Sião. b heb ser disperso. c Apoc. 21:4.
b Isa. 35:1–2, 6–7. Salm. 102:25–27. 12a D&C 133:47; 136:22.
4 a ou ensinamentos, c heb deteriorar. b Jer. 1:8.
doutrina. Isa. 2:3. 7a Salm. 56:4, 11; c Isa. 40:6–8;
gee Evangelho. D&C 122:9. I Ped. 1:24.
b gee Luz, Luz de 9a D&C 113:7–8. 13a Jer. 23:27.
Cristo. 10a Isa. 35:8.
2 Néfi 8:14–25 80
a
te, todos os dias, por causa da embriagada, mas não de vinho,
fúria do opressor, como se ele ouve isto:
estivesse pronto para destruir? 22 Assim diz o teu Senhor: o
E onde está a fúria do opressor? Senhor e teu Deus apleiteia a
14 O exilado cativo apressa-se causa de seu povo; eis que eu
para ser libertado, a fim de não tomo das tuas mãos o cálice da
morrer no poço e para que não vacilação, a borra do cálice
lhe falte o pão. do meu furor; nunca mais dele
15 Mas eu sou o Senhor teu beberás.
Deus, cujas a ondas rugiram. 23 Mas apô-lo-ei nas mãos dos
Senhor dos Exércitos é o meu que te entristecem, que dizem
nome. a tua alma: Abaixa-te, para que
16 E coloquei minhas palavras passemos por cima—e tu colo-
na tua boca e te cobri com a caste o teu corpo como chão e
sombra da minha mão, a fim de como rua aos que passaram por
plantar os céus, estabelecer os cima.
alicerces da Terra e dizer a Sião: 24 aDesperta, desperta, veste-te
Eis que tu és o meu apovo. da tua bfortaleza, ó cSião! Veste-
17 Desperta! Desperta! Levan- te dos teus vestidos formosos, ó
ta-te, ó Jerusalém, que bebeste Jerusalém, cidade santa! Porque
da mão do Senhor o a cálice d
nunca mais entrará em ti nem
da sua bcólera; tu bebeste até a incircunciso nem impuro.
borra o cálice da vacilação. 25 Sacode o pó, a levanta-te
18 De todos os filhos que teve, e toma assento, ó Jerusalém!
nenhum há que a guie; e de to- Solta-te das b cadeias de teu
dos os filhos que criou, nenhum pescoço, ó cativa filha de Sião!
que a tome pela mão.
19 Estes dois afilhos que vie-
ram a ti terão compaixão de ti— CAPÍTULO 9
tua desolação e destruição e a
fome e a espada—e com quem Os judeus serão coligados em todas
te consolarei? as suas terras de promissão — A
20 Teus filhos desmaiaram, expiação resgata o homem da que-
exceto esses dois; jazem nas en- da—Os corpos dos mortos sairão
tradas de todas as ruas; como da sepultura e seus espı́ritos, do in-
boi selvagem numa rede, cheios ferno e do paraı́so—Eles serão jul-
estão da cólera do Senhor, da gados—A expiação salva da morte,
repreensão do teu Deus. do inferno, do diabo e do tormento
21 Portanto agora, ó aflita e eterno—Os justos serão salvos no

15a 1 Né. 4:2. 21a 2 Né. 27:4. d Joel 3:17.


16a 2 Né. 3:9; 29:14. 22a Jer. 50:34. 25a ie Levantar-se do pó
17a Isa. 29:9; 23a Zac. 12:9. e sentar-se com
Jer. 25:15. 24a Isa. 52:1–2. dignidade, sendo
b Lc. 21:24. b D&C 113:7–8. redimida no final.
19a Apoc. 11:3. c gee Sião. b D&C 113:9–10.
81 2 Néfi 9:1–8
reino de Deus—Declaradas as pe - ele se manifestará na carne aos
nalidades para os pecados—O San- que habitam Jerusalém, de onde
to de Israel é o guardião da porta. viemos; porque é necessário que
Aproximadamente 559–545 a.C. seja entre eles; porque é reque-
rido do grande aCriador que se
E agora, meus amados irmãos, sujeite ao homem na carne e
eu vos li estas coisas para que morra por btodos os homens,
tenhais conhecimento dos acon- para que todos possam tornar-
vênios que o Senhor fez com se-lhe sujeitos.
toda a casa de Israel— 6 Pois assim como a morte tem
2 Que ele tem falado aos ju- efeito sobre todos os homens,
deus pela boca de seus santos para que seja cumprido o aplano
profetas, desde o começo, de misericordioso do grande Cria-
geração em geração, até que dor, deve existir um poder de
b
chegue o tempo em que serão ressurreição e a ressurreição
a
restituı́dos à verdadeira igreja e deve vir ao homem em razão da
c
rebanho de Deus, quando serão queda; e a queda veio em razão
b
coligados nas cterras de sua he- da transgressão; e porque os
rança e estabelecidos em todas homens se tornaram decaı́dos,
as suas terras de promissão. foram dafastados da presença do
3 Eis que, meus amados irmãos, Senhor.
eu vos digo estas coisas a fim de 7 Portanto é necessário que
alegrar-vos e para que alevanteis haja uma aexpiação binfinita—
a cabeça para sempre, por causa porque se a expiação não fosse
das bênçãos que o Senhor Deus infinita, esta corrupção não po-
conferirá a vossos filhos. deria revestir-se de incorrupção.
4 Pois sei que muitos de vós Portanto o cprimeiro julgamento
haveis investigado muito para que recaiu sobre o homem de-
conhecer as coisas que estão veria ter ddurado eternamente.
para vir; e sei portanto que não E se assim fosse, esta carne teria
ignorais que nossa carne deverá que apodrecer e desfazer-se em
definhar e morrer; não obstan- sua terra mãe, para não mais se
te, veremos a Deus em nosso levantar.
a
corpo. 8 Oh! A asabedoria de Deus,
5 Sim, eu sei que sabeis que sua bmisericórdia e cgraça! Pois

9 1a gee Convênio Al. 11:41–45; 42:23; d 2 Né. 2:5.


Abraâmico. Hel. 14:15; 7 a gee Expiação, Expiar.
2 a 2 Né. 6:11. Mórm. 9:13. b Al. 34:10.
gee Restauração do 5a gee Criação, Criar. c Mos. 16:4–5;
Evangelho. b Jo. 12:32; Al. 42:6, 9, 14.
b gee Israel—Coligação 2 Né. 26:24; d Mos. 15:19.
de Israel. 3 Né. 27:14–15. 8 a Jó 12:13;
c 2 Né. 10:7–8. 6a gee Plano de Abr. 3:21.
gee Terra da Redenção. gee Sabedoria.
Promissão. b gee Ressurreição. b gee Misericórdia,
3 a tjs, Salm. 24:7–10. c gee Queda de Adão e Misericordioso.
4 a Jó 19:26; Eva. c gee Graça.
2 Néfi 9:9–14 82
eis que se a dcarne não mais se seus mortos; essa morte é a
levantasse, nossos espı́ritos esta- sepultura.
riam à mercê daquele anjo que 12 E essa amorte da qual falei,
e
caiu da presença do Eterno que é a morte espiritual, liberta-
Deus e tornou-se o fdiabo, para rá seus mortos; e essa morte
não mais se levantar. espiritual é o binferno; portanto,
9 E nosso espı́rito deveria morte e inferno deverão libertar
tornar-se como ele e nós nos tor- seus mortos; e o inferno deverá
narı́amos diabos, aanjos de um libertar seus espı́ritos cativos e a
diabo, a fim de sermos bafasta- sepultura deverá libertar seus
dos da presença de nosso Deus corpos cativos; e o corpo e o
c
e permanecermos com o pai das espı́rito dos homens serão dres-
c
mentiras, em miséria, como ele tituı́dos um ao outro; e é pelo
mesmo; sim, como aquele ser poder da ressurreição do Santo
que denganou nossos primeiros de Israel.
pais, que se etransformou quase 13 Oh! Quão grande é o aplano
em um f anjo de luz e incita de nosso Deus! Porque, por
os filhos dos homens a gcombi- outro lado, o bparaı́so de Deus
nações secretas de crimes e de deverá libertar os espı́ritos dos
toda sorte de obras secretas das justos, e a sepultura, libertar
trevas. os corpos dos justos; e o espı́rito
10 Oh! Quão grande é a bon- e o corpo serão creunidos no-
dade de nosso Deus, que prepa- vamente e todos os homens
ra um caminho para nossa fuga tornar-se-ão incorruptı́veis e
d
das garras desse terrı́vel mons- imortais e serão almas viventes,
tro, sim, aquele monstro, amorte tendo um e perfeito f conheci-
e binferno, que eu chamo morte mento, como nós na carne, com
do corpo e também morte do a diferença de que o nosso
espı́rito. conhecimento será perfeito.
11 E por causa do caminho de 14 Teremos portanto um aco-
a
libertação de nosso Deus, o nhecimento perfeito de todas as
Santo de Israel, essa bmorte da nossas bculpas e nossa impureza
qual falei, que é a fı́sica, libertará e nossa cnudez; e os justos terão

8 d D&C 93:33–34. e II Cor. 11:14; d gee Ressurreição.


e Isa. 14:12; Al. 30:53. 13a gee Plano de
2 Né. 2:17–18; f D&C 129:8. Redenção.
Mois. 4:3–4; g gee Combinações b D&C 138:14–19.
Abr. 3:27–28. Secretas. gee Paraı́so.
f gee Diabo. 10a Mos. 16:7–8; c Al. 11:43.
9 a Jacó 3:11; Al. 42:6–15. d gee Imortal,
Al. 5:25, 39. b gee Inferno. Imortalidade.
b Apoc. 12:7–9. 11a gee Libertador. e gee Perfeito.
c gee Mentir, Mentiroso. b gee Morte Fı́sica. f D&C 130:18–19.
d Gên. 3:1–13; 12a gee Morte Espiritual. 14a Mos. 3:25; Al. 5:18.
Mos. 16:3; b D&C 76:81–85. b gee Culpa.
Mois. 4:5–19. c gee Espı́rito. c Mórm. 9:5.
83 2 Néfi 9:15–23
um conhecimento perfeito de to de Israel, os que tiverem
sua alegria e sua dretidão, estan- suportado as bcruzes do mundo
do evestidos com fpureza, sim, e desprezado a sua vergonha,
com o gmanto da retidão. c
herdarão o dreino de Deus, que
15 E acontecerá que quando foi preparado para eles edesde a
todos os homens tiverem passa- fundação do mundo; e sua ale-
do desta primeira morte para gria será completa para fsempre.
a vida, tornando-se imortais, 19 Oh! Quão grande é a mise-
deverão comparecer ante o atri- ricórdia de nosso Deus, o Santo
bunal do Santo de Israel; e virá de Israel! Porque aliberta seus
então o bjulgamento e serão jul- santos daquele bhorrı́vel mons-
gados de acordo com o santo tro, o diabo, e da morte e do cin-
julgamento de Deus. ferno e daquele lago de fogo e
16 E certamente, como vive o enxofre que é tormento sem fim.
Senhor, pois o Senhor Deus dis- 20 Oh! Quão grande é a asanti-
se-o e é sua eterna apalavra, a dade de nosso Deus! Pois ele
qual não pode bpassar, os justos b
conhece todas as coisas e não
ainda serão justos e os cimundos há nada que não conheça.
ainda serão dimundos; portanto 21 E ele vem ao mundo para
os imundos são o ediabo e seus a
salvar todos os homens, se eles
anjos; e irão para o ffogo eterno derem ouvidos a sua voz; pois
para eles preparado; e seu tor- eis que ele sofre as bdores dos
mento é como um glago de fogo homens, sim, as dores de toda
e enxofre, cuja chama ascende criatura vivente, tanto homens
para todo o sempre e não tem como mulheres e crianças, que
fim. pertencem à famı́lia de cAdão.
17 Oh! A grandiosidade e a 22 E ele sofre isto para que
a
justiça de nosso Deus! Porque todos os homens ressuscitem,
ele executa todas as suas pala- para que todos compareçam
vras e elas saı́ram-lhe da boca; e diante dele no grande dia do
sua lei deve ser cumprida. julgamento.
18 Mas eis que os justos, os 23 E ordena a todos os homens
a
santos do Santo de Israel, os que se aarrependam e sejam bba-
que tiverem acreditado no San- tizados em seu nome, tendo

14d gee Retidão. Al. 7:21; Mórm. 9:14; f gee Vida Eterna.
e Prov. 31:25. D&C 88:35. 19a D&C 108:8.
f gee Pureza, Puro. e gee Diabo. b 1 Né. 15:35.
g D&C 109:76. f Mos. 27:28. c gee Inferno.
15a gee Juı́zo Final. g Apoc. 21:8; 20a gee Santidade.
b Salm. 19:9; 2 Né. 28:23; b Al. 26:35;
2 Né. 30:9. D&C 63:17. D&C 38:2.
16a I Re. 8:56; D&C 1:38; 17a gee Justiça. 21a gee Salvação.
Mois. 1:4. 18a gee Santo. b D&C 18:11; 19:18.
b D&C 56:11. b Lc. 14:27. c gee Adão.
c gee Imundı́cie, c D&C 45:58; 84:38. 23a gee Arrepender-se,
Imundo. d gee Exaltação. Arrependimento.
d 1 Né. 15:33–35; e Al. 13:3. b gee Batismo, Batizar.
2 Néfi 9:24–33 84
perfeita fé no Santo de Israel, perdiça os dias de sua provação;
pois do contrário não poderão porque o seu estado é terrı́vel.
ser salvos no reino de Deus. 28 Oh! Quão astuto é o aplano
24 E se não se arrependerem, do maligno! Oh! A bvaidade e
não acreditarem em seu anome, a fraqueza e a insensatez dos
não forem batizados em seu homens! Quando são cinstruı́-
nome nem bperseverarem até o dos pensam que são dsábios e
fim, serão ccondenados, pois o não dão ouvidos aos econselhos
Senhor Deus, o Santo de Israel, de Deus, pondo-os de lado, su-
disse-o. pondo que sabem por si mes-
25 Ele deu, portanto, uma alei; mos; portanto sua sabedoria é
e onde bnenhuma lei é dada não insensatez e não lhes traz pro-
há castigo; e onde não há casti- veito. E eles perecerão.
go não há condenação; e onde 29 Mas é bom ser instruı́do,
não há condenação as miseri- quando se adá ouvidos aos bcon-
córdias do Santo de Israel têm selhos de Deus.
poder sobre eles, por causa da 30 Ai, porém, dos aricos que são
expiação; porque são libertados ricos das coisas do mundo! Por-
pelo poder dele. que, sendo ricos, desprezam
26 Pois a aexpiação satisfaz as os bpobres e perseguem os man-
exigências de sua bjustiça sobre sos; e seu coração está em seus
todos a quem cnão foi dada a tesouros; portanto os seus te-
d
lei, sendo assim libertados da- souros são seu deus. E eis que
quele horrı́vel monstro, morte e seus tesouros também pere-
inferno, e do diabo e do lago de cerão com eles.
fogo e enxofre que é tormento 31 E ai dos surdos, que não
sem fim; e são restituı́dos àquele querem a ouvir; porque pere-
Deus que lhes deu ealento, que é cerão!
o Santo de Israel. 32 Ai dos cegos, que não que-
27 Mas ai daquele a quem foi rem ver, porque também pere-
dada a alei, sim, que tem todos cerão.
os mandamentos de Deus, como 33 Ai dos incircuncisos de cora-
nós, e que os transgride e des- ção, porque o conhecimento de

24a gee Jesus Cristo— gee Expiação, Expiar. gee Orgulho;


Tomar sobre nós o b gee Justiça. Sabedoria.
nome de Jesus Cristo. c Mos. 3:11. e Al. 37:12.
b gee Perseverar. d Mos. 15:24; gee Aconselhar,
c gee Condenação, D&C 137:7. Conselho.
Condenar. e Gên. 2:7; D&C 93:33; 29 a 2 Né. 28:26.
25a Tg. 4:17. gee Lei. Abr. 5:7. b Jacó 4:10.
b Rom. 4:15; 2 Né. 2:13; 27a Lc. 12:47–48. 30 a Lc. 12:34; I Tim. 6:10;
Al. 42:12–24. 28a Al. 28:13. D&C 56:16.
gee Prestar contas, b gee Vaidade, Vão. b gee Pobres.
Responsabilidade, c Lc. 16:15; 31 a Eze. 33:30–33;
Responsável. 2 Né. 26:20; 28:4, 15. Mt. 11:15; Mos. 26:28;
26a 2 Né. 2:10; d Prov. 14:6; Jer. 8:8–9; D&C 1:2, 11, 14;
Al. 34:15–16. Rom. 1:22. Mois. 6:27.
85 2 Néfi 9:34–44
suas iniqüidades feri-los-á no da verdade são bduras contra
último dia. toda impureza, mas os justos
34 Ai do amentiroso, porque não as temem, porque amam a
será lançado no binferno. verdade e não se abalam.
35 Ai do homicida, que ama- 41 Ó, meus amados irmãos,
a
ta deliberadamente, porque vinde, pois, ao Senhor, o Santo.
b
morrerá. Lembrai-vos de que seus ca-
36 Ai dos que praticam aprosti- minhos são justos. Eis que o
b
tuição, porque serão lançados caminho para o homem é ces-
no inferno. treito, mas segue em linha reta
37 Sim, ai dos que aadoram ı́do- adiante dele; e o guardião da
d
los, porque o diabo de todos os porta é o Santo de Israel; e ele
diabos neles se deleita. ali não usa servo algum, e não
38 E enfim, ai de todos os que há qualquer outra passagem a
morrem em seus pecados; por- não ser pela porta; porque ele
que avoltarão a Deus e verão sua não pode ser enganado, pois
face e permanecerão em seus Senhor Deus é o seu nome.
pecados. 42 E a quem quer que bata,
39 Ó, meus amados irmãos, ele abrirá; e os a sábios e os
lembrai-vos de quão terrı́vel é instruı́dos e os ricos que são bor-
pecar contra o Santo Deus e gulhosos de seu conhecimento
também quão terrı́vel é sucum- e de sua sabedoria e de suas
bir às tentações daquele ser aas- riquezas—sim, estes são os que
tuto. Lembrai-vos de que ter ele despreza; e a menos que se
b
mente carnal é c morte e ter despojem de todas estas coisas e
mente espiritual é dvida eeterna. considerem-se cinsensatos dian-
40 Ó, meus amados irmãos, ou- te de Deus e dhumilhem-se pro-
vi minhas palavras. Lembrai-vos fundamente, ele não lhes abrirá.
da grandeza do Santo de Israel. 43 As coisas dos sábios e dos
Não digais que falei coisas duras prudentes, porém, ser-lhes-ão
a
contra vós, porque, se assim o ocultas para sempre — sim,
fizerdes, ultrajareis a averdade; aquela felicidade que está pre-
porque disse as palavras de vos- parada para os santos.
so Criador. Sei que as palavras 44 Ó, meus amados irmãos,

34a Prov. 19:9. Al. 30:53. D&C 132:22, 25.


gee Honestidade, b Rom. 8:6. gee Carnal. c Lc. 13:24;
Honesto; Mentir, c gee Morte Espiritual. 2 Né. 33:9;
Mentiroso. d Prov. 11:19. Hel. 3:29–30.
b gee Inferno. e gee Vida Eterna. d 2 Né. 31:9, 17–18;
35a Êx. 20:13; Mos. 13:21. 40a gee Verdade. 3 Né. 14:13–14;
b gee Pena de Morte. b 1 Né. 16:2; D&C 43:7; 137:2.
36a 3 Né. 12:27–29. 2 Né. 28:28; 33:5. 42a Mt. 11:25.
gee Castidade. 41a 1 Né. 6:4; Jacó 1:7; b gee Orgulho.
37a gee Idolatria. Ômni 1:26; c I Cor. 3:18–21.
38a Al. 40:11, 13. Morô. 10:30–32. d gee Humildade,
39a 2 Né. 28:20–22; 32:8; b 2 Né. 31:17–21; Humilde, Humilhar.
Mos. 2:32; 4:14; Al. 37:46; 43a I Cor. 2:9–16.
2 Néfi 9:45–52 86
lembrai-vos de minhas palavras. terrı́vel realidade destas coisas?
Eis que tiro minhas vestimentas Atormentaria eu a vossa alma,
e sacudo-as diante de vós; rogo se vossa mente fosse pura? Seria
ao Deus de minha salvação que eu claro para convosco, com a
me olhe com seus olhos que clareza da verdade, se estivés-
a
tudo vêem; e sabereis portan- seis livres do pecado?
to, no último dia, quando to- 48 Eis que, se fôsseis santos, eu
dos os homens serão julgados vos falaria de santidade; mas co-
por suas obras, que o Deus de mo não sois santos e me consi-
Israel testemunhou que bsacudi derais um mestre, é preciso que
vossas iniqüidades de minha al- eu vos aensine as conseqüências
ma e que me apresento limpo do bpecado.
ante ele e estou clivre de vosso 49 Eis que minha alma tem
sangue. aversão ao pecado e meu cora-
45 Ó, meus amados irmãos, ção se deleita na retidão; e alou-
afastai-vos de vossos pecados; varei o santo nome de meu
sacudi as acorrentes daquele que Deus.
vos quer amarrar firmemente; 50 Vinde, meus irmãos, todos
vinde ao Deus que é a brocha de os que tendes sede, vinde às
a
vossa salvação. águas; e aquele que não tem
46 Preparai vossa alma para dinheiro venha comprar e co-
aquele glorioso dia, quando a mer; sim, vinde comprar vinho
a
justiça será administrada aos e leite, sem bdinheiro e sem pre-
justos, sim, o dia do bjulgamen- ço.
to, a fim de que não vos enco- 51 Portanto não despendais
lhais com terrı́vel medo; para dinheiro naquilo que não tem
que não vos lembreis claramen- valor, nem vosso atrabalho na-
te de vossa horrı́vel cculpa e não quilo que não pode satisfazer.
sejais compelidos a exclamar: Ouvi-me atentamente e lem-
Santos, santos são os teus julga- brai-vos das palavras que disse;
mentos, ó Senhor Deus dTodo- e vinde ao Santo de Israel e bfar-
Poderoso—mas conheço minha tai-vos daquilo que não perece
culpa; transgredi tua lei e mi- nem pode ser corrompido; e
nhas transgressões pertencem- deixai que vossa alma se deleite
me; e o diabo dominou-me, de na abundância.
modo que sou uma presa de sua 52 Portanto, meus amados ir-
terrı́vel miséria. mãos, lembrai-vos das palavras
47 Mas eis, meus irmãos, con- de vosso Deus; orai a ele conti-
vém que eu vos acorde para a nuamente durante o dia e dai

44a Jacó 2:10. 46a gee Justiça. 49a 1 Né. 18:16.


b Jacó 1:19. b gee Juı́zo Final. 50a gee Água(s) Viva(s).
c Jacó 2:2; c Mos. 3:25. b Al. 42:27.
Mos. 2:28. d 1 Né. 1:14; 51a Isa. 55:1–2.
45a 2 Né. 28:22; Mois. 2:1. b 2 Né. 31:20; 32:3;
Al. 36:18. 48a Al. 37:32. 3 Né. 12:6.
b gee Rocha. b gee Pecado.
87 2 Néfi 9:53–10:7
a
graças ao seu santo nome du- segundo a carne; portanto, co-
rante a noite. Deixai que vosso mo me foi mostrado, muitos de
coração se regozije. nossos filhos perecerão na carne
53 E vede quão grandes são os por causa da incredulidade; não
a
convênios do Senhor e quão obstante, Deus terá misericór-
grande é a sua condescendência dia de muitos; e nossos filhos
para com os filhos dos homens; serão resgatados, para que obte-
e por causa de sua grandeza e nham aquilo que lhes dará o
de sua graça e bmisericórdia, ele verdadeiro conhecimento de
prometeu-nos que nossa semen- seu Redentor.
te não seria totalmente destruı́- 3 Portanto, como vos disse, é
da, segundo a carne, mas que a necessário que Cristo—pois na
preservaria; e em futuras gera- noite passada o aanjo informou-
ções tornar-se-ia um cramo justo me que este seria o seu nome—
b
para a casa de Israel. venha aos judeus, aos que são
54 E agora, meus irmãos, qui- a parte mais inı́qua do mundo,
sera falar-vos mais; amanhã, e eles o ccrucificarão—pois as-
porém, dir-vos-ei o restante de sim deseja nosso Deus; e ne-
minhas palavras. Amém. nhuma outra nação na Terra
d
crucificaria seu eDeus.
4 Porque caso seus grandes
CAPÍTULO 10 a
milagres se dessem em outras
nações, elas se arrependeriam e
Os judeus crucificarão o seu Deus
saberiam ser ele o seu Deus.
—Eles serão dispersos até começa-
5 Mas por causa de aartima-
rem a acreditar nele—A América
nhas sacerdotais e de iniqüi-
será uma terra de liberdade, onde
dades, os de Jerusalém endure-
nenhum rei governará—Reconcili-
cerão a cerviz contra ele, para
ai-vos com Deus e alcançai salvação
que seja crucificado.
por meio de sua graça. Aproximada-
6 Portanto, devido às iniqüi-
mente 559–545 a.C.
dades deles, recairão sobre eles
E agora, meus amados irmãos, destruições, fome, pestes e der-
eu, Jacó, torno a falar-vos sobre ramamento de sangue; e os
esse aramo justo que já citei. que não forem destruı́dos serão
2 Pois eis que as apromessas a
dispersos por todas as nações.
que obtivemos são promessas 7 Mas eis que assim diz o

52a gee Ação de Graças, 2 a 1 Né. 22:8; D&C 45:52–53.


Agradecido, 3 Né. 5:21–26; 21:4–7. d Lc. 23:20–24.
Agradecimento. 3 a 2 Né. 25:19; e 1 Né. 19:10.
53a gee Convênio. Jacó 7:5; 4 a gee Milagre.
b gee Misericórdia, Morô. 7:22. 5 a Lc. 22:2.
Misericordioso. b gee Jesus Cristo— gee Artimanhas
c gee Vinha do Senhor. Profecias sobre o Sacerdotais.
10 1a 1 Né. 15:12–16; nascimento e a morte 6 a 1 Né. 19:13–14.
2 Né. 3:5; de Jesus Cristo. gee Israel—Dispersão
Jacó 5:43–45. c 1 Né. 11:33; Mos. 3:9; de Israel.
2 Néfi 10:8–18 88
a
Senhor Deus: bQuando chegar 14 Pois quem levantar um rei
o dia em que acreditarem em contra mim perecerá, porque
mim, que eu sou Cristo, fiz eu eu, o Senhor, o arei dos céus,
c o n v ê n i o c o m s e u s p a i s d e serei seu rei e serei para sem-
que, na Terra, serão restituı́dos pre uma bluz para aqueles que
na carne às terras de sua heran- ouvem minhas palavras.
ça. 15 Portanto, por este motivo,
8 E acontecerá que serão acoli- a fim de que sejam cumpridos
gados de sua longa dispersão, os aconvênios que fiz com os fi-
desde as bilhas do mar e dos lhos dos homens, que cumprirei
quatro cantos da Terra; e as na- enquanto estiverem na carne,
ções dos gentios serão gran- devo destruir as bobras secretas
des a meus olhos, diz Deus, por das ctrevas e os assassinatos e as
c
levá-los às terras de sua heran- abominações.
ça. 16 Portanto quem lutar contra
9 aSim, os reis dos gentios serão a
Sião, seja judeu ou gentio, es-
seus aios e suas rainhas tornar- cravo ou livre, homem ou mu-
se-ão amas; portanto, grandes lher, perecerá; pois bestes são os
são as bpromessas do Senhor aos que constituem a prostituta de
gentios, pois ele assim o disse e toda a Terra; porque c os que
d
quem poderá contestar? não estão comigo estão econtra
10 Mas eis que esta terra, disse mim, diz nosso Deus.
Deus, será uma terra de tua 17 Pois acumprirei as promes-
herança e os a gentios serão sas que fiz aos filhos dos ho-
abençoados nela. mens, as quais cumprirei
11 E esta terra será uma terra enquanto estiverem na carne.
de aliberdade para os gentios e 18 Portanto, meus amados
não haverá breis nesta terra que irmãos, assim diz nosso Deus:
tenham poder sobre os gentios. Afligirei a vossa posteridade
12 E eu fortificarei esta terra p e l a m ã o d o s g e n t i o s ; n ã o
contra todas as outras nações. obstante, abrandarei o coração
13 E quem alutar contra Sião dos a gentios, para que sejam
b
perecerá, diz Deus. como um pai para eles; portanto

7 a gee Senhor. Livre. Secretas.


b 2 Né. 25:16–17. b Mos. 29:31–32. c gee Trevas
8 a gee Israel—Coligação 13a 1 Né. 22:14, 19. Espirituais.
de Israel. b Isa. 60:12. 16a gee Sião.
b 1 Né. 22:4; 14a Al. 5:50; b 1 Né. 13:4–5.
2 Né. 10:20–22; D&C 38:21–22; c 1 Né. 14:10.
D&C 133:8. 128:22–23; d 1 Né. 22:13–23;
c 1 Né 22:8. Mois. 7:53. 2 Né. 28:15–32;
9 a Isa. 49:22–23. b gee Luz, Luz de 3 Né. 16:8–15; Ét. 2:9.
b 1 Né 22:8–9; Cristo. e Mt. 12:30.
D&C 3:19-20. 15a gee Convênio. 17a D&C 1:38.
10a 2 Né. 6:12. b Hel. 3:23. 18a Lc. 13:28–30;
11a gee Liberdade, gee Combinações D&C 45:7–30.
89 2 Néfi 10:19–11:1
os gentios serão babençoados e recorda de todos os que foram
c
contados com os da casa de separados; portanto, recorda-se
Israel. de nós também.
19 aConsagrarei, pois, esta terra 23 Animai-vos, portanto, e
para sempre a vossa semente e lembrai-vos de que sois alivres
aos que forem contados com a para bagir por vós mesmos —
vossa semente, para que seja para c escolher o caminho da
a terra de sua herança; porque é morte eterna ou o caminho da
uma terra escolhida, diz-me vida eterna.
Deus, acima de todas as outras 24 Portanto, reconciliai-vos,
terras; desejo portanto que to- meus amados irmãos, com a
dos os que nela habitarem me vontade de Deus e não com
adorem, diz Deus. a vontade do diabo e da carne; e
20 E agora, meus amados ir- lembrai-vos, depois de vos re-
mãos, vendo que nosso mise- conciliardes com Deus, de que é
ricordioso Deus nos deu tão somente na graça e pela agraça
grande conhecimento sobre es- de Deus que sois bsalvos.
tas coisas, lembremo-nos dele e 25 Possa Deus, portanto, levan-
deixemos de lado o pecado e tar-vos da morte pelo poder da
não inclinemos a cabeça, pois ressurreição e também da morte
n ã o f o m o s r e j e i t a d o s ; n ã o eterna, pelo poder da aexpiação,
obstante, fomos aexpulsos da a fim de que sejais recebidos no
terra de nossa herança; fomos, eterno reino de Deus para lou-
porém, conduzidos a uma bterra vá-lo pela graça divina. Amém.
melhor, pois o Senhor fez do
mar nosso ccaminho e estamos
CAPÍTULO 11
em uma dilha do mar.
21 Mas grandes são as promes-
Jacó viu seu Redentor—A lei de
sas do Senhor aos que estão nas
a Moisés simboliza Cristo e confirma
ilhas do mar; portanto, como
que ele virá. Aproximadamente
é dito ilhas, deve haver outras
559–545 a.C.
além desta e elas são também
habitadas por nossos irmãos. E então aJacó disse muitas coi-
22 Porque eis que de tempos sas mais ao meu povo naquela
em tempos o Senhor Deus ale- ocasião; não obstante, somente
vou alguns da casa de Israel, estas coisas fiz com que fossem
b
segundo sua vontade e prazer. escritas, pois o que escrevi me
E agora, eis que o Senhor se basta.

18b Ef. 3:6. b 1 Né. 2:20. b 2 Né. 2:16.


c Gál. 3:7, 29; gee Terra da c Deut. 30:19.
1 Né. 14:1–2; Promissão. 24a gee Graça.
3 Né. 16:13; 21:6, 22; c 1 Né. 18:5–23. b gee Salvação.
30:2; d Isa. 11:10–12. 25a gee Expiação,
Abr. 2:9–11. 21a 1 Né. 19:15–16; 22:4. Expiar.
19a 2 Né. 3:2. 22a 1 Né. 22:4. 11 1a 2 Né. 6:1–10.
20a 1 Né. 2:1–4. 23a gee Arbı́trio. b 2 Né. 31:1.
2 Néfi 11:2–12:2 90
2 E agora eu, Néfi, escrevo 6 E minha alma deleita-se em
mais das palavras de aIsaı́as, comprovar a meu povo que,
a
porque minha alma se deleita sem a vinda de Cristo, todos os
em suas palavras. Pois aplicarei homens pereceriam.
suas palavras a meu povo e 7 Porque se anão há Cristo, não
enviá-las-ei a todos os meus há Deus; e se não há Deus, não
filhos, pois ele verdadeiramente existimos, porque não poderia
viu meu bRedentor assim como ter havido bcriação. Há entretan-
eu o vi. to um Deus e ele é Cristo; e virá
3 E meu irmão Jacó também na plenitude de seu próprio
o aviu como eu o vi; portanto tempo.
enviarei suas palavras aos meus 8 E agora escrevo algumas das
filhos, para provar-lhes que palavras de Isaı́as, para que
minhas palavras são verdadei- aqueles de meu povo que virem
ras. Portanto, pelas palavras de essas palavras alegrem o cora-
b
três, disse Deus, estabelecerei ção e regozijem-se por todos os
minha palavra. Não obstante, homens. Ora, estas são as pala-
Deus envia mais testemunhas vras e podeis aplicá-las a vós e a
e ele confirma todas as suas todos os homens.
palavras.
4 Eis que minha alma se rego-
CAPÍTULO 12
zija em aconfirmar a meu povo a
veracidade da bvinda de Cristo;
Isaı́as vê o templo dos últimos dias,
pois para este fim foi dada a clei
a coligação de Israel e o julgamento
de Moisés; e todas as coisas
e a paz do milênio—Os orgulhosos
que foram dadas por Deus aos
e inı́quos serão humilhados na
homens, desde o começo do
segunda vinda — Comparar com
mundo, são sı́mbolos dele.
Isaı́as 2. Aproximadamente 559–
5 E minha alma também se
545 a.C.
deleita nos aconvênios que o Se-
nhor fez com nossos pais; sim, A a visão de b Isaı́as, filho de
minha alma deleita-se na sua Amós, a respeito de Judá e de
graça e na sua justiça e poder e Jerusalém:
misericórdia no grande e eterno 2 E acontecerá nos últimos dias,
plano de libertação da morte. quando o amonte da bcasa do

2a 3 Né. 23:1. Abraâmico. b Isaı́as capı́tulos 2–14


b gee Redentor. 6 a Mos. 3:15. são citados das placas
3a 2 Né. 2:3; Jacó 7:5. 7 a 2 Né. 2:13. de latão de Néfi em
b 2 Né. 27:12; Ét. 5:2–4; b gee Criação, Criar. 2 Néfi 12–24; há
D&C 5:11. 12 1a heb khazah significa algumas diferenças
4a 2 Né. 31:2. “prever”. Isto quer no texto, que devem
b Jacó 4:5; Jar. 1:11; dizer que Isaı́as ser observadas.
Al. 25:15–16; recebeu sua 2 a Joel 3:17. gee Sião.
Ét. 12:19. mensagem por meio b gee Templo, A Casa
c 2 Né. 5:10. de uma visão dada do Senhor.
5a gee Convênio pelo Senhor.
91 2 Néfi 12:3–16
Senhor for estabelecido no cu- cheia a sua terra de cavalos e os
me dos cmontes e se exalçar aci- seus carros não têm fim.
ma dos outeiros e concorrerem 8 Também está cheia a sua ter-
a ele todas as nações. ra de aı́dolos; adoram a obra de
3 E irão muitos povos e dirão: suas mãos, aquilo que fabrica-
Vinde, subamos ao monte do ram os seus dedos.
Senhor, à casa do Deus de Jacó; 9 E o malvado anão se inclina
e ele nos ensinará os seus cami- e o grande não se humilha; por-
nhos e a andaremos em suas tanto não o perdoes.
veredas; porque de Sião sairá a 10 Ó inı́quos, entrai na rocha e
b a
lei e de Jerusalém a palavra do escondei-vos no pó, porque o
Senhor. temor do Senhor e a glória de
4 E ele a julgará as nações e sua majestade vos ferirão.
repreenderá muitos povos; e 11 E acontecerá que os olhares
converterão as suas espadas em altivos dos homens serão humi-
enxadas e as suas lanças em lhados e a altivez dos varões se-
foices — não levantará espada rá abatida; e só o Senhor será
nação contra nação nem apren- exaltado naquele dia.
derão mais a guerrear. 12 Pois o adia do Senhor dos
5 V i n d e , ó c a s a d e J a c ó , e Exércitos logo virá a todas as
andemos na luz do Senhor; nações; sim, a todas; sim, ao bso-
sim, vinde, pois vós todos vos berbo e altivo e a todo o que se
a
desviastes, cada um para seus exalta; e ele será humilhado.
caminhos inı́quos. 13 Sim, e o dia do Senhor virá
6 Portanto tu, ó Senhor, de- a todos os cedros do Lı́bano,
samparaste o teu povo, a casa porque são altos e imponentes;
de Jacó; porque aestão cheios de e a todos os carvalhos de Basã.
costumes do oriente e dão ou- 14 E a todos os montes altos e a
vidos aos adivinhos como os todos os outeiros; e a todas as
b
filisteus; e cassociam-se com os nações que se exaltam e a todos
filhos de estranhos. os povos.
7 Sua terra também está cheia 15 E a toda torre alta e a todo
de prata e ouro, não têm fim os muro reforçado.
seus tesouros; também está 16 E a todos os navios do amar

2 c D&C 49:25. Salm. 106:35. b Mal. 4:1; 2 Né. 23:11;


3 a gee Andar, Andar b gee Filisteus. D&C 64:24.
com Deus. c heb dão-se as mãos 16a A versão grega
b heb ensinamentos ou ou fazem convênios (Septuaginta) tem
doutrina. com. uma frase que a
gee Evangelho. 8 a gee Idolatria. hebraica não tem, e a
4 a 2 Né. 21:2–9. 9 a ie perante Deus; ao hebraica tem uma
5 a 2 Né. 28:14; Mos. 14:6; contrário, adora frase que a grega não
Al. 5:37. ı́dolos. tem; 2 Né. 12:16,
6 a ie estão cheios de 10a Al. 12:14. porém, contém
ensinamentos e 12a gee Segunda Vinda ambas. Salm. 48:7;
crenças estrangeiras. de Jesus Cristo. Eze. 27:25.
2 Néfi 12:17–13:9 92
e a todos os navios de Társis e a mo—Comparar com Isaı́as 3. Apro-
todos os cenários agradáveis. ximadamente 559–545 a.C.
17 E a altivez do homem será
Pois eis que o Senhor, o Senhor
abatida, humilhada será sua so-
dos Exércitos, tira de Jerusalém
berba; e só o Senhor será exalta-
e de Judá o suporte e o sustento,
do anaquele dia.
todo o sustento de pão e todo o
18 E os ı́dolos ele totalmente
suporte de água—
abolirá.
2 O valente e o guerreiro, o juiz
19 E meter-se-ão nos buracos
e o profeta e o prudente e o an-
das rochas e nas cavernas da
cião;
terra, porque o temor do Senhor
3 O capitão de cinqüenta e o
virá sobre eles; e a glória da sua
homem respeitável; e o conse-
majestade feri-los-á quando ele
lheiro e o artı́fice astuto e o
se levantar para sacudir terrivel-
orador eloqüente.
mente a terra.
4 E dar-lhes-ei mancebos por
20 Naquele dia um homem
a prı́ncipes e crianças governá-
lançará às toupeiras e aos mor-
los-ão.
cegos os seus ı́dolos de prata e
5 E o povo será oprimido, uns
os seus ı́dolos de ouro, que fez
pelos outros e cada um pelo seu
para ele próprio adorar;
próximo; a criança comportar-
21 Para entrar pelas fendas
se-á altivamente com o ancião; e
das rochas e pelos cumes dos
o vil, com o honrado.
penhascos, porque o temor do
6 Quando alguém for ter com
Senhor virá sobre eles; e a ma-
seu irmão, da casa de seu pai,
jestade de sua glória feri-los-á
dizendo: Tu tens roupa, sê nos-
quando ele se levantar para
so governante e não deixes que
sacudir terrivelmente a terra.
esta aruı́na venha sob tua mão—
22 Afastai-vos do ahomem cujo
7 Naquele dia jurará, dizendo:
fôlego está no seu nariz; pois em
Eu não serei um acurador, pois
que deve ele ser estimado?
em minha casa não há pão nem
roupa; não me coloqueis como
governante do povo.
CAPÍTULO 13 8 Pois Jerusalém foi adestruı́da
e Judá bcaiu; porque a sua lı́n-
Judá e Jerusalém serão punidas gua e as suas obras foram con-
por sua desobediência—O Senhor trárias ao Senhor, para provocar
pleiteia por seu povo e julga-o—As os olhos da sua glória.
filhas de Sião são amaldiçoadas e 9 A aparência de seu rosto testi-
atormentadas por seu mundanis - fica contra eles e declara que seu

17a ie dia da vinda do ele tem pouco poder, faz curativos; i.e., não
Senhor em glória. comparado com posso resolver vossos
20a heb expulsar. Deus. Mois. 1:10. problemas.
22 a ie cessai de depender 13 6a Isa. 3:6. 8 a Jer. 9:11.
do homem mortal; 7 a heb uma pessoa que b Lam. 1:3.
93 2 Néfi 13:10–26
pecado é como aSodoma e eles 17 Portanto o Senhor ferirá
não podem escondê-lo. Ai de com sarna o alto da cabeça das
sua alma, porque deram o mal filhas de Sião e o Senhor porá a
a
em recompensa a si próprios! descoberto suas partes secretas.
10 Dizei aos justos que tudo 18 Naquele dia tirará o Senhor
lhes vai abem; porque comerão a ostentação de seus tilintantes
do fruto de suas obras. ornamentos e as a coifas e os
b
11 Ai dos ı́mpios, porque pere- adornos redondos como a lua;
cerão; porque de suas próprias 19 As correntes, os braceletes e
mãos receberão a recompensa! os axales;
12 Os opressores de meu povo 20 Os toucados e os enfeites das
são crianças; e mulheres os go- pernas e os diademas e as caixi-
vernam. Ó povo meu, os que te nhas de perfume e os brincos;
a
guiam te enganam e destroem 21 Os anéis e as jóias do nariz;
o curso de tuas veredas. 22 Os vestidos de festa e os
13 O Senhor levanta-se para mantos e as toucas e os grampos
a
pleitear e sai a julgar os povos. de encrespar;
14 O Senhor entrará em juı́zo 23 Os aespelhos e o linho fino e
com os anciãos do seu povo e os capuzes e os véus.
com os seus aprı́ncipes; pois bde- 24 E acontecerá que em lugar
vorastes a cvinha e o ddespojo do de perfume haverá mau cheiro;
e
pobre em vossas casas. e em lugar de cinto, uma arotu-
15 Que pretendeis? Afligis o ra; e em lugar de cabelos bem
meu povo e moeis as faces do penteados, calvı́cie; e em lugar
pobre, diz o Senhor Deus dos de bcorpete, um envoltório de
Exércitos. saco; cqueimadura em lugar de
16 Diz ainda mais o Senhor: formosura.
Porque as filhas de Sião são 25 Teus varões cairão sob a es-
altivas e andam com o pescoço pada e teus valentes na guerra.
erguido e têm olhares impuden- 26 E suas portas lamentarão e
tes, caminham com apassos afe- prantearão; e ela se assentará no
tados e tilintando com os pés— chão, desolada.

9 a Gên. 19:1, 4–7, 24–25. 16a ie caminhar com femininos


gee Homossexualismo. passos rápidos e mencionados nos
10a Deut. 12:28. curtos, de modo vers. 18–23.
12a Isa. 9:16. afetado. b ie adornos com o
13a heb contender. 17a heb expor; expressão formato de lua
Miq. 6:2; idiomática que crescente.
D&C 45:3–5. significa 19a heb véus.
14a heb governantes ou “envergonhá-las”. 23a ou vestimentas
chefes. 18a Possivelmente redes transparentes.
b heb consumir ou de cabelo. Os 24a heb andrajos.
queimar. estudiosos nem b ou manto.
c Isa. 5:7. sempre concordam c ou marcar com ferro
d ie ganho ilı́cito. sobre a natureza em brasa (marca da
e 2 Né. 28:12–13. dos adornos escravidão).
2 Néfi 14:1–15: 94
CAPÍTULO 14 toda a glória de Sião haverá
uma defesa.
Sião e suas filhas serão redimidas 6 E haverá um tabernáculo
e purificadas no dia do milênio— por sombra contra o calor do
Comparar com Isaı́as 4. Aproxima- dia e por arefúgio e esconderijo
damente 559–545 a.C. contra a tempestade e a chuva.

E naquele dia sete mulheres


CAPÍTULO 15
lançarão mão de um homem,
dizendo: Nós comeremos nosso
A vinha do Senhor (Israel) tornar-
próprio pão e vestir-nos-emos
se-á desolada e seu povo será disper-
com nossos próprios vestidos;
so—Aflições virão sobre eles em sua
tão-somente queremos ser cha-
apostasia e dispersão—O Senhor
madas pelo teu nome, para des-
levantará um estandarte e coligará
fazer o nosso aopróbrio.
Israel — Comparar com Isaı́as 5.
2 Naquele dia o aramo do
Aproximadamente 559–545 a.C.
Senhor será belo e glorioso; o
fruto da terra será excelente e E então cantarei ao meu bem-
formoso para os que escaparem a m a d o o a c â n t i c o d o m e u
de Israel. amado a respeito de sua vinha.
3 E acontecerá que aqueles O meu bem-amado tem uma
que ficarem em Sião e os que vinha num outeiro muito fértil.
permanecerem em Jerusalém 2 E cercou-a e limpou-a das
serão chamados santos. Todos pedras e nela plantou excelente
a
os que estiverem inscritos entre videira; e edificou no meio de-
os vivos em Jerusalém— la uma torre e também cons-
4 aQuando o Senhor tiver bla- truiu nela um lagar; e esperava
vado a imundı́cie das filhas que desse uvas, mas deu uvas
de Sião e limpado o sangue de bravas.
Jerusalém do meio dela, com 3 E agora, ó habitantes de Jeru-
o espı́rito de justiça e com o salém e homens de Judá, julgai,
espı́rito de cardor. eu vos peço, entre mim e a
5 E criará o Senhor, sobre toda minha vinha.
a habitação do monte Sião e so- 4 Que mais poderia ser feito
bre as suas congregações, uma a minha vinha, que eu não lhe
a
nuvem e uma fumaça de dia e tenha feito? Entretanto quando
o resplendor de um fogo cha- esperei que desse uvas, produ-
mejante à noite; porque sobre ziu uvas bravas.

14 1a ie o estigma de não Terra. compõe uma canção


ter casado e não ter b gee Lavado, ou parábola poética
filhos. Lavamento, Lavar. sobre uma vinha,
2 a Isa. 60:21; c Mal. 3:2–3; 4:1. mostrando a
2 Né. 3:5; 5 a Êx. 13:21. misericórdia de
Jacó 2:25. 6 a Isa. 25:4; Deus e a indiferença
4 a ie Quando o Senhor D&C 115:6. de Israel.
tiver purificado a 15 1a ie O profeta 2 a Jer. 2:21.
95 2 Néfi 15:5–20
a
5 Agora, pois, eu vos farei saber olham para o trabalho do Se-
o que hei de fazer a minha nhor nem consideram as obras
vinha— aTirarei a sua sebe e ser- de suas mãos.
virá de pasto; derribarei a sua 13 Portanto meu povo foi leva-
parede e será pisada; do para o cativeiro por falta de
a
6 E torná-la-ei em deserto; não conhecimento; e seus nobres
será podada nem cavada, mas estão famintos e sua multidão
crescerão nela asarças e espi- está com sede.
nheiros; e às nuvens darei or- 14 Por isso o inferno alargou-se
dem para que bnão derramem e abriu a boca desmesurada-
chuva sobre ela. mente; e a glória deles e a sua
7 Porque a avinha do Senhor multidão e a sua pompa e os
dos Exércitos é a casa de Israel e que se deleitam a ele baixarão.
os homens de Judá são a planta 15 Então o plebeu será abati-
das suas delı́cias; e esperou bjuı́- do; e o poderoso será humilha-
zo e eis aqui opressão; justiça, do e os olhos dos altivos serão
mas eis aqui um clamor. humilhados.
8 Ai dos que ajuntam acasa a 16 Mas o Senhor dos Exércitos
casa até que não possa haver será exaltado em ajuı́zo e Deus,
nenhum lugar, para ficarem que é Santo, será santificado em
b
sozinhos no meio da terra! justiça.
9 A meus ouvidos disse o Se- 17 Então os cordeiros pastarão
nhor dos Exércitos: Em verdade, segundo seu costume e os lu-
muitas casas ficarão desertas; e gares desolados dos gordos,
grandes e belas cidades, sem comê-los-ão os estranhos.
moradores. 18 Ai dos que puxam pela ini-
10 Sim, dez acres de vinha qüidade com cordas de avaidade
darão um abato; e um ômer de e pelo pecado, bcomo se fosse
semente dará um efa. com uma corda de carro!
11 Ai dos que se levantam pela 19 Que dizem: Avie-se ele e
manhã para aprocurar bebida a
apresse a sua obra, para que a
b
forte; e continuam até à noite e vejamos; e aproxime-se e ve-
o bvinho os inflama! nha o conselho do Santo de
12 E a harpa e o alaúde, o tam- Israel, para que o conheçamos.
boril e pı́faro e vinho há nos 20 Ai dos que ao mal achamam
seus banquetes; mas eles não bem e, ao bem, mal; que fazem

5 a Salm. 80:12. propriedades dos 18a gee Vaidade, Vão.


6 a Isa. 7:23; 32:13. pobres. b ie Estão atados a seus
b Jer. 3:3. 10a Eze. 45:10–11. pecados como
7 a gee Vinha do Senhor. 11a Prov. 23:30–32. animais a suas cargas.
b ou justiça. b gee Palavra de 19a Jer. 17:15.
8 a Miq. 2:1–2. Sabedoria. b ie Não acreditarão no
b ie deixados sozinhos. 12a Salm. 28:5. Messias até que o
Os ricos proprietários 13a Osé. 4:6. vejam.
de terra absorvem gee Conhecimento. 20a Morô. 7:14, 18;
as pequenas 16a gee Jesus Cristo—Juiz. D&C 64:16; 121:16.
2 Néfi 15:21–16:2 96
da bescuridão luz e, da luz, escu- dormirá; não se lhe desatará o
ridão; e fazem do amargo doce cinto de seus lombos nem se
e, do doce, amargo! lhe quebrará a correia de seus
21 Ai dos que são asábios a seus sapatos.
próprios olhos e prudentes a 28 As suas flechas serão agudas
sua própria vista! e todos os seus arcos retesados;
22 Ai dos que são poderosos e os cascos dos seus cavalos
para beber vinho e valentes serão contados como peder-
para misturar bebida forte; neira e suas rodas como um re-
23 Que justificam o ı́mpio por demoinho. O seu rugido será
recompensa e atiram ao justo a como o do leão.
sua justiça! 29 Rugirão como filhos de
24 Portanto, assim como o afo- a
leão; sim, rugirão e arrebatarão
go devora o brestolho e a chama a presa e levá-la-ão em seguran-
consome a cpalha, será a sua raiz ça; e não haverá quem a livre.
podridão e suas flores se esvae- 30 E bramarão contra eles na-
cerão como pó; porquanto rejei- quele dia, como o bramido do
taram a lei do Senhor dos Exér- mar; e se olharem para a terra,
citos e ddesprezaram a palavra eis trevas e pesar; e a luz escure-
do Santo de Israel. cer-se-á nos céus.
25 Por isso acendeu-se a aira do
Senhor contra o seu povo e es-
CAPÍTULO 16
tendeu contra ele sua mão e fe-
riu-o; e as montanhas tremeram
Isaı́as vê o Senhor—Os pecados de
e os seus cadáveres foram des-
Isaı́as são perdoados—Ele é chama-
pedaçados no meio das ruas.
do para profetizar—Profetiza a re-
Com tudo isto não voltou atrás a
jeição dos ensinamentos de Cristo
sua ira, mas ainda está alçada a
pelos judeus—Um remanescente
sua mão.
retornará—Comparar com Isaı́as 6.
26 E ele arvorará um aestandar-
Aproximadamente 559–545 a.C.
te ante as nações longı́nquas e
b
assobiar-lhes-á desde os con- No aano em que morreu o rei
fins da Terra; e eis que cvirão Uzias eu vi também o Senhor as-
apressadamente; não haverá sentado sobre um alto e sublime
entre eles cansados nem claudi- trono; e a cauda de seu manto
cantes. enchia o templo.
27 Ninguém toscanejará nem 2 Os aserafins estavam acima

20b I Jo. 1:6. 1 Né. 22:15, 23; b ie, sinal para a


21a Prov. 3:5–7; 2 Né. 26:4, 6; coligação. Isa. 7:18;
2 Né. 28:15. D&C 64:23–24; 133:64. 2 Né. 29:2.
23a ie privam-no de seus c Lc. 3:17; Mos. 7:29–31. c gee Israel—Coligação
direitos legais. d II Sam. 12:7–9. de Israel.
24a Oba. 1:18; Mal. 4:1–2; 25a D&C 63:32; 29a 3 Né. 21:12–13.
2 Né. 20:17. Mois. 6:27. 16 1a ie cerca de 750 a.C.
b Joel 2:5; 26a gee Estandarte. 2 a gee Querubins.
97 2 Néfi 16:3–17:1
do trono; cada um tinha seis e fecha-lhe os olhos—não ve-
asas; com duas cobriam o rosto, nha ele a ver com os seus olhos
com duas cobriam os pés e com e aouvir com os seus ouvidos e
duas voavam. entender com o seu coração e
3 E clamavam uns aos outros, converter-se e ser curado.
dizendo: Santo, santo, santo é o 11 Então disse eu: Senhor,
Senhor dos Exércitos; toda a até quando? E ele disse: Até que
Terra está cheia da sua glória. se assolem as cidades e fiquem
4 E os aumbrais da porta move- sem habitantes; e nas casas não
ram-se com a voz daquele que fique morador e a terra seja
clamava e a casa encheu-se de totalmente desolada.
fumaça. 12 E o Senhor tenha aafastado
5 Então disse eu: Ai de mim, para longe os homens, porque
pois estou aperdido! Porque sou haverá grande desolação no
um homem de lábios impuros e meio da terra.
habito no meio de um povo de 13 Mas haverá ainda uma déci-
impuros lábios; pois os meus ma parte e eles voltarão e serão
olhos viram o Rei, o Senhor dos devorados, como uma azinheira
Exércitos. e como um carvalho que, depois
6 Então um dos serafins voou de desfolharem, ainda conser-
para mim, trazendo na mão vam em si sua substância; assim,
uma abrasa viva que tirara do a santa semente será a asubstân-
altar com uma tenaz; cia deles.
7 E com ela tocou-me a boca e
disse: Eis que isto tocou os teus
CAPÍTULO 17
lábios; e a tua ainiqüidade foi
tirada e purgado o teu pecado.
Efraim e a Sı́ria fazem guerra con-
8 E também ouvi a voz do
tra Judá—Cristo nascerá de uma
Senhor, que dizia: A quem envia-
virgem—Comparar com Isaı́as 7.
rei e quem há de ir por nós?
Aproximadamente 559–545 a.C.
Então disse eu: Eis-me aqui,
envia-me a mim. E aconteceu nos dias de Acaz,
9 E disse ele: Vai e dize a este filho de Jotão, filho de Uzias, rei
povo—Ouvi bem, mas não en- de Judá, que Rezim, rei da Sı́ria,
tenderam; e vede bem, mas não e Peca, filho de Remalias, rei
perceberam. de Israel, subiram a Jerusalém
10 Engorda o coração deste para pelejar contra ela, mas não
povo, endurece-lhe os ouvidos puderam prevalecer contra ela.

4 a heb tremeram os 6 a ie sı́mbolo de que, embora suas


alicerces das soleiras. purificação. folhas estejam
5 a heb afastado; i.e., 7 a gee Remissão de espalhadas, ainda
estava oprimido pela Pecados. possui vida e o
consciência de seus 10a Mt. 13:14–15. potencial de produzir
pecados e dos de seu 12a II Re. 17:18, 20. sementes.
povo. 13a ie Como uma árvore
2 Néfi 17:2–18 98
2 E deram aviso à casa de Davi, ria e a cabeça de Samaria é o fi-
dizendo: A Sı́ria fez aliança lho de Remalias. Se anão crer-
com aEfraim. E moveu-se-lhe o des, certamente não ficareis fir-
coração e o coração de seu povo, mes.
como se movem as árvores do 10 E o Senhor falou novamente
bosque com o vento. a Acaz, dizendo:
3 Então disse o Senhor a Isaı́as: 11 Pede ao Senhor teu Deus
Ide agora, tu e teu filho, aSear- um asinal; pede-o embaixo nas
Jasube, ao encontro de Acaz, profundezas ou em cima nas
ao fim do canal do tanque su- alturas.
perior, na estrada do campo do 12 Acaz, porém, disse: Não o
pisoeiro. pedirei nem atentarei o Senhor.
4 E dize-lhe: Acautela-te e 13 E ele disse: Ouvi agora, ó
aquieta-te; anão temas nem se casa de Davi—é pouco para vós
desanime o teu coração por es- afadigardes os homens, ainda
ses dois pedaços de tição fume- a f a d i g a r e i s t a m b é m o m e u
gantes, por causa do ardor da Deus?
ira de Rezim com a Sı́ria e do 14 Portanto o próprio Senhor
filho de Remalias. vos dará um sinal—Eis que uma
a
5 Porquanto a Sı́ria, Efraim e virgem conceberá e dará à luz
o filho de Remalias tiveram um filho; e bEmanuel será o seu
contra ti maligno conselho, di- nome.
zendo: 15 Manteiga e mel comerá,
6 Subamos contra Judá e ator- para que saiba rejeitar o mal e
mentemo-la; arepartamo-la en- escolher o bem.
tre nós e ponhamos um rei no 16 Pois antes que o amenino
meio dela, o filho de Tabeal. saiba rejeitar o mal e escolher o
7 Assim diz o Senhor Deus: Is- bem, a terra de que te enfadas
so não subsistirá nem tampouco será abandonada por seus bdois
acontecerá. reis.
8 Pois a cabeça da Sı́ria é Da- 17 O Senhor fará avir sobre ti e
masco e a cabeça de Damasco, sobre o teu povo e sobre a casa
Rezim; e dentro de sessenta de teu pai, pelo rei da Assı́ria,
e cinco anos Efraim será que- dias que nunca vieram, desde o
brantado e deixará de ser um po- dia em que bEfraim se separou
vo. de Judá.
9 E a cabeça de Efraim é Sama- 18 E acontecerá que naquele

17 2a ie Toda a Israel do com o ataque; resta 14a gee Virgem.


norte foi chamada pouco poder de fogo b heb Deus está
pelo nome de Efraim, àqueles dois reis. conosco.
a principal tribo do 6a heb dividamo-la. gee Emanuel.
norte. 9a II Crôn. 20:20. 16a 2 Né. 18:4.
3 a heb o remanescente 11a gee Sinal. b II Re. 15:30; 16:9.
retornará. 12a ie testar, experimentar 17a II Crôn. 28:19–21.
4 a ie Não te alarmes ou provar. b I Re. 12:16–19.
99 2 Néfi 17:19–18:7
dia aassobiará o Senhor para a CAPÍTULO 18
mosca que está nas extremida-
des do Egito e para a abelha que Cristo será como uma pedra de trope-
está na terra da Assı́ria; ço e uma rocha de escândalo—Con-
19 E virão e pousarão todas nos sultai o Senhor, não adivinhos—Vol-
vales desertos e nas fendas das tai-vos para a lei e o testemunho, para
rochas e sobre todos os espinhos orientac¸ão—Comparar com Isaı́as 8.
e sobre todos os arbustos. Aproximadamente 559–545 a.C.
20 No mesmo dia a rapará o
Senhor com uma navalha aluga- Disse-me também o Senhor: To-
da por aqueles que estão além ma um grande rolo e escreve
do rio, pelo brei da Assı́ria, a ca- nele com uma pena, concernen-
beça e o pêlo dos pés; e também te a aMaer-Salal-Hás-Baz.
rapará a barba. 2 E tomei comigo fiéis ateste-
21 E acontecerá naquele dia munhas para escrever ao sacer-
que um homem a alimentará dote Urias e a Zacarias, filho de
uma novilha e duas ovelhas. Jeberequias.
22 E acontecerá que, por causa 3 E fui ter com a aprofetisa e ela
da abundância do leite que elas concebeu e deu à luz um filho; e
hão de dar, ele comerá mantei- o Senhor disse-me: Põe-lhe o
ga; porquanto manteiga e mel nome de Maer-Salal-Hás-Baz.
comerá todo aquele que restar 4 Pois eis que antes que o ame-
na terra. nino b saiba dizer meu pai e
23 E acontecerá naquele dia minha mãe, serão levadas as ri-
que todo lugar em que havia quezas de Damasco e os cdespo-
mil vides do valor de mil moe- jos de Samaria ao rei da Assı́ria.
das de prata será para sarças e 5 E o Senhor falou novamente
espinheiros. comigo, dizendo:
24 Com arcos e flechas entrar- 6 Porquanto este povo despre-
se-á ali, porque as sarças e os za as águas de aSiloé, que cor-
espinheiros cobrirão toda a ter- rem brandamente; e alegra-se
ra. com bRezim e com o filho de
25 E em todos os montes que Remalias.
forem cavados com enxadas não 7 Então, eis que o Senhor fará
entrará o temor das sarças e dos vir sobre aeles as águas do rio,
espinheiros; mas servirão para fortes e caudalosas, isto é, sobre
pasto de bois e para serem pisa- o rei da Assı́ria com toda a sua
dos pelo agado miúdo. glória; e subirá acima de todos

18a ie dar sinal, auto-suficientes b Isa. 8:4.


convocar. Isa. 5:26. restarão. c II Re. 15:29.
20a ie A terra será 25a heb ovelhas ou bodes. 6 a Gên. 49:10;
despovoada por um 18 1a ie a destruição é tjs, Gên. 50:24.
invasor estrangeiro. iminente. b Isa. 7:1.
b II Re. 16:5–9. 2 a gee Testemunha. 7 a ie primeiramente
21a ie Apenas alguns 3 a ie sua esposa. sobre a Israel do
sobreviventes 4 a 2 Né. 17:16. norte.
2 Néfi 18:8–22 100
os seus leitos e transbordará por rede aos moradores de Jerusa-
todas as suas ribanceiras. lém.
8 E apassará por Judá; ele trans- 15 E muitos dentre eles atrope-
bordará e inundará e chegará çarão e cairão; e serão quebran-
até o pescoço; e a extensão de tados e enlaçados e presos.
suas asas encherá a largura da 16 Ligai o testemunho, selai a
tua terra, ó bEmanuel. a
lei entre os meus discı́pulos.
9 aUni-vos, ó povos, e sereis fei- 17 E esperarei o Senhor, que
a
tos em pedaços; e dai ouvidos, esconde o rosto da casa de Jacó;
todos vós, de paı́ses distantes; e a ele aguardarei.
cingi-vos e sereis feitos em pe- 18 Eis que eu e os filhos que me
daços; cingi-vos e sereis feitos deu o Senhor aqui estamos como
a
em pedaços. sinais e maravilhas, em Israel,
10 Tomai juntamente conselho da parte do Senhor dos Exérci-
e ele será dissipado; dizei a pala- tos que habita no monte Sião.
vra e ela não subsistirá, aporque 19 E quando vos disserem:
Deus está conosco. Consultai os anecromantes e os
b
11 Porque assim o Senhor me adivinhos que chilreiam e mur-
falou com mão forte e instruiu- muram entre dentes—não cde-
me a não andar no caminho ve um povo consultar o seu
deste povo, dizendo: Deus, para que os vivos ouçam
12 Não chameis aconspiração d
os mortos?
a tudo quanto este povo chama 20 À lei e ao testemunho; e se
a
conspiração; e não participeis eles não falarem segundo esta
de seu temor nem tenhais palavra, é porque não há neles
medo. luz.
13 Santificai o Senhor dos 21 E apassarão por ela dura-
Exércitos; e seja ele o vosso ate- mente oprimidos e famintos; e
mor e seja ele o vosso assombro. acontecerá que, tendo fome, se
14 E ele será por asantuário; enfurecerão e amaldiçoarão a
mas servirá de bpedra de trope- seu rei e a seu Deus e olharão
ço e de rocha de escândalo às para cima.
duas casas de Israel; de laço e 22 E olharão para a Terra e

8 a ie Assı́ria também 14a Eze. 11:15–21. “Um descendente


penetrará em Judá. b I Ped. 2:4–8; retornará”.
b gee Emanuel. Jacó 4:14–15. 2 Né. 17:3; 18:3.
9 a ie Fazer alianças. 15a Mt. 21:42–44. 19a Lev. 20:6.
10a ie Judá (terra de 16a heb ensinamentos, b ie feiticeiros,
Emanuel) será doutrina. adivinhos.
poupada. Salm. 46:7. gee Evangelho. c I Sam. 28:6–20.
12a ie Judá não dependerá 17a Isa. 54:8. d ou em nome dos
de combinações 18 a ie Os nomes de Isaı́as 20a ie os médiuns
secretas com outros e seus filhos espı́ritas (também nos
para sua segurança. significam vers. 21–22).
13a ie Sede reverentes e respectivamente: 21a ie Israel seria levada
humildes perante “Jeová salva”; “Ele ao cativeiro porque
Deus. apressa a presa”; e não daria ouvidos.
101 2 Néfi 19:1–12
contemplarão tribulações e tre- 5 Pois toda peleja dos guerrei-
vas, obscuridade de angústia; e ros se faz com ruı́dos confusos e
serão arrastados às trevas. vestimentas roladas em sangue,
mas esta será com queimadura e
combustı́vel de fogo.
CAPÍTULO 19
6 Pois um amenino nos nasceu,
um filho se nos deu; e o bgover-
Isaı́as fala messianicamente — O
no estará sobre os seus ombros;
povo que andava em trevas verá
e o seu nome será: Maravilhoso,
uma grande luz—Um menino nos
Conselheiro, cPoderoso Deus,
nasceu—Ele será o Prı́ncipe da Paz
Pai dEterno, Prı́ncipe da ePaz.
e reinará no trono de Davi—Com-
7 O aumento de a governo e
parar com Isaı́as 9. Aproximada-
paz sobre o trono de Davi e
mente 559–545 a.C.
sobre seu reino bnão terá fim,
Não obstante, o entenebreci- para organizá-lo e estabelecê-lo
mento não será tal como o foi com juı́zo e com justiça de agora
em sua aflição, quando no prin- para sempre. O zelo do Senhor
cı́pio ele afligiu ligeiramente a dos Exércitos fará isto.
a
terra de Zebulom e a terra de 8 O Senhor enviou sua palavra
Naftali, e depois afligiu mais se- a Jacó e ela caiu sobre aIsrael.
veramente, pelo caminho do 9 E todo o povo o saberá, até
Mar Vermelho, além do Jordão, mesmo Efraim e os habitantes
na Galiléia das nações. de Samaria, que dizem com
2 O povo que andava nas soberba e altivez de coração:
a
trevas viu uma grande luz; 10 Os tijolos caı́ram, mas com
sobre os que habitavam na pedras lavradas edificaremos;
região da sombra da morte a cortaram-se os sicômoros, mas
luz resplandeceu. por cedros substituı́-los-emos.
3 Tu multiplicaste a nação e 11 Portanto o Senhor levan-
a
aumentaste a alegria—eles se tará contra ele os adversários
alegram perante ti como se ale- de a Rezim e reunirá os seus
gram na ceifa e como os homens inimigos.
exultam quando repartem os 12 Pela frente os sı́rios e por
despojos. trás os filisteus; e adevorarão a
4 Porque tu quebraste o jugo Israel com a boca escancarada.
que pesava sobre ele e a vara Com tudo isto não se aplacou a
de seu ombro, o bastão do seu sua bira, mas ainda está estendi-
opressor. da a sua mão.

19 1a Mt. 4:12–16. b Mt. 28:18. (vers. 8–21) foi uma


2 a A “obscuridade” e c Tit. 2:13–14. advertência às dez
as “trevas” eram d Al. 11:38–39, 44. tribos do norte
apostasia e cativeiro; e Jo. 14:27. chamadas Israel.
“a grande luz” é 7 a gee Governo. 11a II Re. 16:5–9.
Cristo. b Dan. 2:44. 12a II Re. 17:6, 18.
3 a Isa. 9:3. 8 a ie A mensagem b Isa. 5:25; 10:4.
6 a Isa. 7:14; Lc. 2:11. profética que segue
2 Néfi 19:13–20:6 102
13 Porque o povo anão se volta lhe aplacou a ira, mas ainda está
para quem o fere nem busca o estendida a sua mão.
Senhor dos Exércitos.
14 Portanto o Senhor cortará
CAPÍTULO 20
de Israel a cabeça e a cauda, o
ramo e o junco, num dia.
A destruição da Assı́ria é um sı́m-
15 O ancião é a cabeça e o pro-
bolo da destruição dos inı́quos na
feta que ensina falsidades é a
Segunda Vinda—Poucas pessoas
cauda.
restarão após o retorno do Senhor
16 Pois os guias deste povo
—Os remanescentes de Jacó retor-
fazem-no errar e os que por eles
narão naquele dia—Comparar com
são guiados são destruı́dos.
Isaı́as 10. Aproximadamente 559–
17 Pelo que o Senhor não se
545 a.C.
regozijará com os seus mance-
bos e não se acompadecerá de Ai dos que decretam leis injus-
seus órfãos e viúvas; porque são tas e que escrevem perversida-
todos hipócritas e malfazejos e des por eles prescritas;
toda boca profere btolices. Com 2 Para apartar do ajuı́zo os ne-
tudo isto não se aplacou a sua cessitados e tirar o direito aos
ira, mas ainda está estendida a pobres de meu povo; para que
sua cmão. as b viúvas sejam sua presa e
18 Pois a iniqüidade queima para roubarem os órfãos!
como fogo; devorará as sarças e 3 E o que fareis vós no dia da
a
os espinheiros e atear-se-á nos visitação e na desolação que há
emaranhados das florestas; e de vir de longe? A quem recor-
eles ascenderão como a subida rereis para obter socorro e onde
da fumaça. deixareis vossa glória?
19 Pela ira do Senhor dos Exér- 4 Sem mim, eles se abaterão
citos a terra será escurecida e o entre os presos e cairão entre os
povo será como combustı́vel de mortos. Com tudo isto a sua ira
fogo; anenhum homem poupará não se aplacou, mas ainda está
seu irmão. estendida a sua mão.
20 Arrebatará à sua direita e 5 Ó assı́rio, vara da minha ira, e
terá fome; a comerá à sua es- a asua indignação é o cajado em
querda e não se fartará; cada sua mão.
um comerá a carne do próprio 6 Enviá-lo-ei acontra uma na-
braço— ção hipócrita e contra o povo do
21 aManassés, bEfraim; e Efraim, meu furor dar-lhe-ei ordem
Manassés; eles juntos serão con- para que lhe tome os despojos
tra cJudá. Com tudo isto não se e roube-lhe a presa e ponha-o

13a Amós 4:6–12. 19a Miq. 7:2–6. 20 2a ou justiça.


17a gee Misericórdia, 20a Deut. 28:53–57. b gee Viúva.
Misericordioso. 21a gee Manassés. 3 a ie castigo.
b 2 Né. 9:28–29. b gee Efraim. 5 a Isa. 10:5.
c Jacó 5:47; 6:4. c gee Judá. 6 a ie contra Israel.
103 2 Néfi 20:7–20
para ser pisado, como a lama 14 E minha mão achou as ri-
das ruas. quezas dos povos como a um
7 Não obstante, tal não é o seu ninho; e como se ajuntam os
desı́gnio nem o seu coração as- ovos abandonados, assim ajun-
sim o imagina; mas em seu cora- tei eu toda a Terra; e não houve
ção pensa destruir e desarraigar quem movesse a asa ou abrisse a
não poucas nações. boca ou piasse.
8 Pois diz: Não são reis todos 15 aGloriar-se-á o bmachado
os meus prı́ncipes? contra quem corta com ele? En-
9 Não é Calno como Carquê- grandecer-se-á a serra contra
mis? Não é Hamate como Ar- quem puxa por ela? Como se a
pade? Não é Samaria como vara se movesse contra os que a
Damasco? levantam ou o bordão se levan-
10 Assim como aminha mão tasse como se não fora lenho!
fundou os reinos dos ı́dolos, 16 Portanto o Senhor, o Senhor
cujas imagens de escultura dos Exércitos, enviará magreza
eram melhores do que as de entre seus gordos; e debaixo de
a
Jerusalém e de Samaria; sua glória ele acenderá uma
11 Como fiz a Samaria e aos chama, como chama de fogo.
seus ı́dolos, não o farei igual- 17 E a luz de Israel virá a ser
mente a Jerusalém e aos seus como fogo e o seu Santo como
ı́dolos? labareda; e abrasarão e consu-
12 Portanto há de acontecer mirão os seus espinheiros e as
que, havendo o Senhor termina- suas sarças num dia.
do toda a sua obra no monte 18 E consumirá a glória da sua
Sião e em Jerusalém, castigarei o floresta e do seu campo fértil,
a
fruto do arrogante coração do tanto aalma como corpo; e será
rei da bAssı́ria e a glória de sua como quando desmaia um por-
altivez. ta-estandarte.
13 Pois aele diz: Com a força da 19 E o aresto das árvores de sua
minha mão e com a minha sabe- floresta será tão pouco que um
doria fiz essas coisas; porque menino as poderá contar.
sou prudente; e removi as fron- 20 E acontecerá anaquele dia
teiras dos povos e roubei os seus que os remanescentes de Israel e
tesouros e, como homem valen- os da bcasa de Jacó que escapa-
te, derrubei seus habitantes. rem nunca mais se capoiarão no

10a ie a mão do rei da pergunta: Pode um (também vers. 17–19).


Assı́ria (vers. 10–11). homem (por exemplo, 18 a ie Assı́ria desaparecerá
12a ie jactância orgulhosa. o rei da Assı́ria) completamente.
b Sof. 2:13. prosperar contra 19a ie os remanescentes
13a ie o rei da Assı́ria Deus? do exército da
(vers. 13–14). b ie o profeta compara Assı́ria.
15a Todas as metáforas o rei a uma 20a ie últimos dias.
destes versı́culos ferramenta. b Amós 9:8–9.
fazem a mesma 16a ie o rei da Assı́ria c ie dependerão de.
2 Néfi 20:21–21:1 104
que os feriu, mas apoiar-se-ão, sou para Migrom; em Micmás
em verdade, no Senhor, o Santo deixou suas carruagens.
de Israel. 29 Ultrapassaram o caminho;
21 Os aremanescentes retor- alojaram-se em Geba; Ramá
narão, sim, os remanescentes de teme; Gibeá de Saul fugiu.
Jacó, ao Deus forte. 30 Alça a voz, ó filha de Galim!
22 Porque embora o teu povo, Faze-a ouvir até Laı́s, ó pobre
Israel, seja como a areia do mar, Anatote!
ainda assim um remanescente 31 Madmena foi removida; os
dele retornará; a adestruição de- habitantes de Gebim unem-se
cretada btransbordará de justiça. para fugir.
23 Pois o Senhor Deus dos 32 Ainda permanecerá ele nes-
Exércitos afará uma destruição, se dia em Nobe; levantará a mão
determinada em toda a terra. contra o monte da filha de Sião,
24 Portanto assim diz o Senhor o outeiro de Jerusalém.
Deus dos Exércitos: Ó povo 33 Eis que o Senhor, o Senhor
meu, que habitas em Sião, não dos Exércitos, decepará o galho
temas o assı́rio; ele te ferirá com com violência; e os de aalta esta-
uma vara e contra ti levantará o tura serão cortados e os altivos
seu bordão à amaneira do Egito; serão humilhados.
25 Pois daqui a bem pouco a 3 4 E c o r t a r á c o m f e r r o o s
indignação cessará; e a minha emaranhados das florestas e o
ira, na sua destruição. Lı́bano cairá pela mão de um
26 E o Senhor dos Exércitos le- poderoso.
vantará contra ele um flagelo,
como a matança de aMidiã junto
CAPÍTULO 21
à rocha de Orebe; e como a sua
vara estava sobre o mar, assim
O Tronco de Jessé (Cristo) julgará
também a levantará à maneira
com justiça—O conhecimento de
do Egito.
Deus cobrirá a Terra no milênio—
27 E acontecerá naquele dia
O Senhor levantará um estandarte
que a sua acarga será tirada do
e coligará Israel—Comparar com
teu ombro e, do teu pescoço, o
Isaı́as 11. Aproximadamente 559–
seu jugo; e o jugo será despeda-
545 a.C.
çado por causa da bunção.
28 aEle chegou a Aiate, já pas- E sairá uma avara do btronco de

21a Isa. 11:11–12. 24a ie como fizeram os direção a Jerusalém;


22a D&C 63:34. Egı́pcios em tempos depois (vers. 33–34)
gee Mundo—O fim passados. Êx. 1:13–14. é descrita
do mundo. 26a Gên. 25:1–2; Juı́. 7:25. figurativamente a
b ie Mesmo quando há 27a Isa. 14:25. ação do Senhor
castigo, existe b gee Ungido. contra eles.
misericórdia. 28a ie Descrito o 33a Hel. 4:12–13.
23a ie levará a efeito a progresso dos 21 1a D&C 113:3–4.
destruição decretada. exércitos Assı́rios em b D&C 113:1–2.
105 2 Néfi 21:2–13
c
Jessé e das suas raı́zes um ramo 8 E brincará a criança de peito
crescerá. na toca da aáspide e o desma-
2 E repousará sobre ele o aEspı́- mado meterá a mão na cova do
b
rito do Senhor, o espı́rito de basilisco.
sabedoria e entendimento, o es- 9 a Não ferirão nem destrui-
pı́rito de conselho e de fortale- rão em todo o meu santo mon-
za, o espı́rito de conhecimento e te, porque a Terra estará cheia
de temor ao Senhor; de bconhecimento do Senhor,
3 E fá-lo-á rápido de entendi- como as águas cobrem o mar.
mento no temor do Senhor; e 10 E anaquele dia haverá uma
não ajulgará segundo a vista de b
raiz de Jessé, que estará posta
seus olhos nem repreenderá se- por estandarte do povo; os cgen-
gundo o ouvir de seus ouvidos. tios dbuscá-la-ão e o seu repouso
4 Julgará porém com ajustiça os será glorioso.
pobres e brepreenderá com eqüi- 11 E acontecerá naquele dia
dade pelos cmansos da Terra; que o Senhor tornará a esten-
e ferirá a Terra com a vara de der pela asegunda vez a mão pa-
sua boca e com o sopro de seus ra recuperar os remanescentes
lábios matará o inı́quo. do seu povo que restarem da
5 E a justiça será o cinto de seus Assı́ria e do Egito e de Patros
lombos; e a fidelidade, o cinto e de Cuse; e de Elão e de Sinar
de seus arins. e de Hamate e das ilhas do
6 Também morará o lobo com mar.
o cordeiro; e o leopardo com o 1 2 E l e v a n t a r á u m a e s t a n -
cabrito deitar-se-á; e o bezerro e darte para as nações e ajuntará
o filho do leão e a ovelha, jun- os b desterrados de Israel; e
tos; e um menino pequeno guiá- os dispersos de Judá ccoligará
los-á. desde os quatro cantos da
7 E a vaca e a ursa pastarão Terra.
e seus filhos juntos se deitarão; 13 Cessará também a ainveja de
e o leão comerá palha como o Efraim e os adversários de Judá
boi. serão desarraigados; Efraim não

1 c Jessé é o pai de Davi; c gee Mansidão, b Rom. 15:12;


faz-se ainda Manso, Mansuetude. D&C 113:5–6.
referência à linha 5 a ou cintura. c D&C 45:9–10.
genealógica real 8 a pequena cobra d ou a ele.
na qual nasceria venenosa do 11a 2 Né. 6:14;
Jesus. Egito. 25:17; 29:1.
Miq. 5:2; b uma outra serpente 12a gee Estandarte.
Heb. 7:14. venenosa. b 3 Né. 15:15; 16:1–4.
gee Jessé. 9 a Isa. 2:4. c Nee. 1:9;
2 a Isa. 61:1–3. gee Milênio. 1 Né. 22:10–12;
3 a Jo. 7:24. b D&C 101:32–33; D&C 45:24–25.
4 a Salm. 72:2–4; 130:9. gee Israel—Coligação
Mos. 29:12. 10a ie os últimos dias. de Israel.
b heb decidir. JS—H 1:40. 13a Jer. 3:18.
2 Néfi 21:14–23:2 106
b
invejará a cJudá e Judá não afli- ção; eu aconfiarei e não temerei;
girá a Efraim. porque o Senhor b Jeová é a
14 aVoarão, porém, sobre os minha força e o meu cântico;
ombros dos filisteus em direção tornou-se também a minha sal-
ao ocidente; juntos despojarão vação.
os do oriente; sobre Edom e 3 Portanto com alegria tirareis
a
Moabe porão as mãos e os filhos águas das fontes da salvação.
de Amom obedecer-lhes-ão. 4 E direis naquele dia: aLouvai
15 E o Senhor adestruirá total- ao Senhor, invocai o seu nome,
mente o braço de mar do Egito tornai manifestos os seus feitos
e, com seu vento forte, moverá a entre os povos, dizei quão excel-
mão sobre o rio e feri-lo-á nas so é o seu nome.
sete correntes e fará com que os 5 aCantai ao Senhor, porque
homens o atravessem a seco. fez coisas grandiosas; isto é co-
16 E haverá uma aestrada para nhecido em toda a Terra.
os remanescentes de seu povo 6 aClama e brada, ó habitante
que restarem da Assı́ria, como de Sião, porque grande é o San-
sucedeu a Israel no dia em que to de Israel no meio de ti.
subiu da terra do Egito.
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 22
A destruição de Babilônia é um sı́m-
Nos dias do milênio todos os ho- bolo da destruição na Segunda Vin-
mens louvarão ao Senhor — Ele da—Será um dia de ira e vingança
habitará entre eles—Comparar com —Babilônia (o mundo) cairá para
Isaı́as 12. Aproximadamente 559– sempre—Comparar com Isaı́as 13.
545 a.C. Aproximadamente 559–545 a.C.
E dirás naquele dia: Ó Senhor, O apeso de bBabilônia que Isaı́as,
eu te louvarei; porque, ainda filho de Amós, viu.
que te iraste contra mim, a tua 2 Alçai uma abandeira sobre o
ira retirou-se e tu me consolaste. monte alto; levantai a voz para
2 Eis que Deus é a minha salva- eles, bacenai-lhes com a mão a

13b As tribos lideradas território filisteu. b A histórica destruição


por Judá e Efraim 15a Zac. 10:11. da ı́niqua Babilônia,
eram historicamente 16 a Isa. 35:8; D&C 133:27. profetizada em
adversárias (após os 22 2a Mos. 4:6; Hel. 12:1. Isa. 13 e 14, é
eventos de I Re. b Êx. 15:2; Salm. 83:18. apresentada como
12:16–20). Nos gee Jeová. sı́mbolo da destruição
últimos dias essa 3 a gee Água(s) Viva(s). final de todo o
inimizade 4 a gee Ação de Graças, mundo inı́quo.
desaparecerá. Agradecido, D&C 133:5, 7, 14.
Eze. 37:16–22. Agradecimento. gee Babel, Babilônia.
gee Inveja. 5 a D&C 136:28. 2 a ou Estandarte.
c gee Judá. 6 a Isa. 54:1; Sof. 3:14. gee Estandarte.
14a ie atacar as encostas 23 1a ie uma mensagem b ie acenai com a mão,
ocidentais que eram de condenação. dai um sinal.
107 2 Néfi 23:3–19
fim de que entrem pelas portas 11 E acastigarei o mundo por
dos nobres. causa do mal; e os ı́mpios, pela
3 Eu dei ordem aos meus asan- sua iniqüidade; farei cessar a ar-
tificados e também chamei os rogância do borgulhoso e abate-
meus valentes, pois minha ira rei a soberba do terrı́vel.
não está sobre os que exultam 12 Farei com que um ahomem
com a minha majestade. seja mais precioso que o ouro
4 O estrondo da multidão nas puro e mais que o lingote de ou-
montanhas é como o de um ro de Ofir.
grande povo, um tumultuoso 13 Portanto farei estremecer os
ruı́do dos a reinos de nações céus; e a Terra amover-se-á do
b
congregadas. O Senhor dos seu lugar, na fúria do Senhor
Exércitos passa em revista o dos Exércitos e no dia da sua
exército de guerra. ardente ira.
5 Vêm de uma terra distante, 14 E será como a acorça que
desde a extremidade do céu, foge e como a ovelha que nin-
sim, o Senhor e as armas de sua guém recolhe; e cada um volta-
indignação, para destruir toda a rá para o seu próprio povo e
terra. cada um fugirá para a sua pró-
6 Uivai, porque o dia do Se- pria terra.
nhor está perto; virá como uma 15 Todo o que for orgulhoso
destruição do Todo-Poderoso. será traspassado; sim, e todo o
7 Portanto todas as mãos se que se juntar aos inı́quos cairá
debilitarão e o coração de todos pela espada.
os homens se desanimará. 16 Suas crianças também serão
8 E terão medo; apoderar-se-ão despedaçadas perante os seus
deles dores e angústias; cada olhos; as suas casas serão sa-
um se espantará com o outro; queadas e as suas mulheres,
os seus rostos serão como cha- violadas.
mas. 17 Eis que incitarei contra eles
9 Eis que o dia aflitivo do Se- os medos, que não farão caso de
nhor vem, tanto com furor co- prata e ouro nem se deleitarão
mo com ira ardente, para pôr a neles.
Terra em desolação; e adestruirá 18 Seus arcos também despe-
os seus pecadores. daçarão os mancebos; e eles não
10 Porque as estrelas dos céus e se compadecerão do fruto do
as suas constelações não darão a ventre; seus olhos não pou-
sua luz; o asol escurecer-se-á ao parão as crianças.
nascer e a lua não fará resplan- 19 E Babilônia, a glória dos
decer a sua luz. reinos, a abeleza da magnificên-

3a ie Santos. 10a gee Mundo—Fim 13a gee Terra—Estado


4a Zac. 14:2–3. do mundo. final da Terra.
b Zac. 12:3. 11a Mal. 4:1. 14a ie cervo perseguido.
9a gee Terra—Purificação b D&C 64:24. 19a ie vaidade.
da Terra. 12a Isa. 4:1–4.
2 Néfi 23:20–24:9 108
cia dos caldeus, será como quan- 2 E o apovo tomá-los-á e levá-
do Deus destruiu b Sodoma e los-á ao seu lugar; sim, desde
Gomorra. os confins da Terra; e voltarão
20 Nunca será ahabitada nem para suas bterras de promissão.
servirá de moradia, de geração E a casa de Israel possuı́-las-á e
em geração; nem o árabe armará a terra do Senhor será para cser-
ali a sua tenda nem os pastores vos e servas; e cativarão aqueles
farão ali os seus apriscos. que os cativaram e dominarão
21 As aferas do deserto, porém, os seus opressores.
repousarão ali; e as suas casas 3 E acontecerá que naquele dia
encher-se-ão de lúgubres ani- o Senhor te dará adescanso da
mais; e ali habitarão as corujas e tua tristeza e do teu temor e
os bsátiros ali dançarão. da dura servidão pela qual te
22 E os animais selvagens das fizeram servir.
ilhas gritarão em suas acasas 4 E acontecerá naquele dia que
desoladas; e bdragões, em seus proferirás este dito contra o rei
palácios deleitosos; e perto está de aBabilônia e dirás: Como ces-
o seu tempo e os seus dias não sou o opressor, acabou a cidade
se prolongarão. Pois destruı́-la- dourada!
ei rapidamente; sim, pois serei 5 O Senhor quebrou o bastão
misericordioso com meu povo, dos inı́quos, os cetros dos gover-
mas os inı́quos perecerão. nantes.
6 Aquele que feriu o povo com
furor, com um golpe incessante,
CAPÍTULO 24
aquele que com ira dominou as
nações é perseguido e ninguém
Israel será coligada e desfrutará o
impede.
descanso do milênio—Lúcifer foi
7 A Terra toda repousa e está
expulso do céu por rebelião—Israel
quieta; eles rompem em acânti-
triunfará sobre Babilônia (o mun-
cos.
do) — Comparar com Isaı́as 14.
8 Sim, as afaias se alegram em ti
Aproximadamente 559–545 a.C.
e também os cedros do Lı́bano,
Porque o Senhor se compade- dizendo: Desde que tu bcaı́ste,
cerá de Jacó e, ainda assim, nenhum lenhador subiu contra
a
elegerá Israel e pô-los-á na sua nós.
própria terra; e ajuntar-se-ão 9 O ainferno desde a sua pro-
com eles os bestranhos e apegar- fundidade turba-se por ti, para
se-ão à casa de Jacó. sair ao teu encontro na tua vin-

19b Gên. 19:24–25; b heb (talvez) chacais c Isa. 60:14.


Deut. 29:23; ou cães selvagens. 3 a Jos. 1:13; D&C 84:24.
2 Né. 13:9. 24 1a Zac. 1:17. 4 a gee Babel, Babilônia.
20a Jer. 50:3, 39–40. b Isa. 60:3–5, 10. 7 a Isa. 55:12.
21a Isa. 34:14–15. 2 a ie outras nações 8 a heb cipreste.
b heb bodes ou ajudarão Israel. b ie na morte.
demônios. b gee Terra da 9 a gee Inferno.
22a heb palácios. Promissão.
109 2 Néfi 24:10–23
da; ele desperta por ti os bmor- deserto e destruiu as suas cida-
tos, sim, todos os prı́ncipes des e não abriu a casa de seus
da Terra, e fez levantar de seus cativos?
tronos todos os reis das nações. 18 Todos os reis das nações,
10 Todos falarão e dir-te-ão: sim, todos eles, repousam em
Também ficaste fraco como nós? glória, cada um deles em asua
Também te tornaste semelhante própria casa.
a nós? 19 Tu, porém, és lançado da
11 A tua pompa é baixada à tua sepultura como um aramo
sepultura; o som dos teus alaú- abominável e como o remanes-
des não é ouvido; os vermes cente dos que são mortos, atra-
espalham-se debaixo de ti e vessados à espada, que descem
cobrem-te. às bpedras do abismo como uma
12 aComo caı́ste do céu, ó bLúci- carcaça pisada.
fer, filho da manhã! Foste lança- 20 Com eles não te reunirás na
do por terra, tu, que debilitavas sepultura, porque destruı́ste a
as nações! tua terra e mataste o teu povo; a
a
13 Pois disseste em teu cora- descendência dos bmalfeitores
ção: aEu subirei ao céu, acima nunca será reconhecida.
das estrelas de Deus exaltarei o 21 Preparai a matança para
meu trono; no monte da con- seus filhos, por causa da ainiqüi-
gregação também me assentarei, dade de seus pais, para que
nos lados do bnorte. não se levantem nem possuam a
14 Subirei acima das alturas terra nem encham a face do
das nuvens; serei semelhante ao mundo de cidades.
Altı́ssimo. 22 Pois levantar-me-ei contra
15 Contudo serás precipitado eles, diz o Senhor dos Exércitos,
no inferno, para os lados do e desarraigarei de Babilônia o
a a
abismo. nome e os remanescentes e o
16 Os que te virem te acontem- filho e o bneto, diz o Senhor.
plarão e considerar-te-ão e di- 23 E também a reduzirei a apos-
rão: É este o homem que fez sessão de garças e a lagoas
estremecer a Terra e que fez de água; e varrê-la-ei com a
tremer reinos? vassoura da destruição, diz o
17 E que fez do mundo um Senhor dos Exércitos.

9 b ie espı́ritos que 13a Mois. 4:1–4. 19 a ie um ramo rejeitado,


deixaram o corpo. b ie a morada dos cortado e lançado
12a D&C 76:26. deuses segundo a fora.
b heb estrela da manhã, crença babilônica. b ie fundo.
filho da Alva. O Salm. 48:2. 20 a Salm. 21:10–11; 37:28.
soberano do mundo 15a 1 Né. 14:3. b gee Iniqüidade,
inı́quo (Babilônia) é 16a heb olharão para ti Inı́quo.
mencionado como com os olhos 21a Êx. 20:5.
Lúcifer, senhor de semicerrados. 22a Prov. 10:7.
toda a iniqüidade. 18a ie o túmulo de sua b Jó 18:19.
gee Diabo; Lúcifer. famı́lia. 23a Isa. 34:11–15.
2 Néfi 24:24–25:3 110
24 O Senhor dos Exércitos mensageiros das nações? Que o
jurou, dizendo: Como pensei, Senhor fundou aSião e que os
b
assim há de suceder; como pobres de seu povo cconfiarão
determinei, assim será— nela.
25 Que o aassı́rio trarei a minha
terra e nas bminhas montanhas
CAPÍTULO 25
o pisarei; então o seu cjugo se
apartará deles e a sua carga
Néfi deleita-se na clareza—As pro-
apartar-se-á dos seus ombros.
fecias de Isaı́as serão entendidas nos
26 Este é o propósito que foi
últimos dias — Os judeus retor-
determinado sobre toda a Terra;
narão de Babilônia, crucificarão o
e esta é a mão que está estendi-
Messias e serão dispersos e afligi-
da sobre atodas as nações.
dos—Eles serão resgatados quando
27 Pois o Senhor dos Exércitos
acreditarem no Messias—Ele, pri-
determinou; e quem invalidará?
meiramente, virá 600 anos após Leı́
E a sua mão está estendida; e
haver saı́do de Jerusalém—Os nefi-
quem a fará voltar atrás?
tas guardam a lei de Moisés e crêem
28 No aano em que morreu o
em Cristo, que é o Santo de Israel.
rei bAcaz, foi dada a sentença.
Aproximadamente 559–545 a.C.
29 Não te alegres tu, Palestina
toda, porque está quebrada a Agora eu, Néfi, digo algo sobre
vara que te feria; pois da raiz as palavras que escrevi, que
da cobra sairá um basilisco e o foram proferidas pela boca de
seu fruto será uma serpente Isaı́as. Pois eis que Isaı́as disse
voadora flamejante. muitas coisas que, para muitos
30 E os primogênitos dos po- de meu povo, eram de adifı́cil
bres comerão e os necessitados compreensão; porque não co-
repousarão seguros; e matarei nhecem o modo de profetizar
de fome a tua raiz e ele destruirá dos judeus.
os teus remanescentes. 2 Porque eu, Néfi, não lhes
31 Uiva, ó porta! Grita, ó cida- ensinei muitas coisas sobre os
de! Tu, Palestina toda, estás costumes dos judeus; porque
dissolvida! Pois do norte vem suas aobras eram obras de trevas
uma fumaça e ninguém ficará e seus feitos eram abominações.
solitário no tempo que lhe foi 3 Portanto escrevo a meu
designado. povo, a todos os que no futuro
32 Que responderão pois os receberem estas coisas que es-

25 a O assunto muda para 26 a ie Todas as nações do segura.


o ataque e derrota mundo serão b II Re. 16:20.
da Assı́ria em Judá, destruı́das. 32a gee Sião.
701 a.C. (vers. 24–27). 28a ie Cerca de 720 a.C. b Sof. 3:12.
II Re. 19:32–37; foi profetizada essa c ou buscar refúgio
Isa. 37:33–38. mensagem de nela.
b ie as montanhas de condenação a 25 1a 2 Né. 25:5–6.
Judá e Israel. respeito dos filisteus, 2 a II Re. 17:13–20.
c Isa. 10:27. enquanto Judá estaria
111 2 Néfi 25:4–10
crevo, para que conheçam os ram entre os judeus, de acordo
juı́zos de Deus, que eles caem com tudo o que disse Isaı́as; e eu
sobre todas as nações segundo a não os escrevo.
palavra que ele proferiu. 7 Mas eis que continuo com
4 Portanto ouvi, ó povo meu, a minha própria profecia, de
que sois da casa de Israel, e es- acordo com a minha aclareza,
cutai minhas palavras; pois ain- na qual sei que nenhum ho-
da que as palavras de Isaı́as não mem pode errar; não obstante,
v o s s e j a m c l a r a s , s ã o , n ã o nos dias em que se cumprirem
obstante, claras a todos os que as profecias de Isaı́as, quando
estão cheios do aespı́rito de bpro- elas se realizarem, os homens
fecia. Faço-vos porém uma pro- certamente saberão.
fecia, segundo o espı́rito que 8 Elas são, portanto, de avalor
está em mim; portanto profeti- para os filhos dos homens; e aos
zarei de acordo com a cclareza que supõem que elas não o se-
que está em mim desde o tempo jam, falarei particularmente e
em que deixei Jerusalém com limitarei as palavras a bmeu po-
meu pai; porque eis que minha vo; pois sei que lhes serão de
alma se deleita em esclarecer o grande valor nos cúltimos dias;
meu povo, para que aprenda. porque naquele dia as enten-
5 Sim, e minha alma deleita-se derão; portanto as escrevi para
nas palavras de aIsaı́as, porque o seu bem.
vim de Jerusalém e meus olhos 9 E do mesmo modo que uma
viram as coisas dos bjudeus; e sei geração foi adestruı́da entre os
que os judeus compreendem as judeus por causa de iniqüidade,
coisas dos profetas; e quando foram eles destruı́dos de gera-
ensinados à maneira das coisas ção em geração, de acordo com
dos judeus, não há outro povo suas iniqüidades; e nunca qual-
que compreenda as coisas que quer deles foi destruı́do sem
foram ditas aos judeus como que isso lhe fosse bpredito pelos
eles entendem. profetas do Senhor.
6 Mas eis que eu, Néfi, não en- 10 Portanto foram avisados
sinei meus filhos à maneira dos da destruição que cairia sobre
judeus; mas eis que eu próprio eles, imediatamente depois de
residi em Jerusalém; conheço, meu pai deixar Jerusalém; não
portanto, as regiões circunvizi- obstante, endureceram o cora-
nhas; e fiz menção a meus filhos ção e, de acordo com a minha
dos juı́zos de Deus que se ade- profecia, foram adestruı́dos, sal-

4 a gee Espı́rito Santo. 6 a 2 Né. 6:8; D&C 3:16–20.


b gee Profecia, Hel. 8:20–21. c gee Últimos Dias.
Profetizar. 7 a 2 Né. 32:7; 9 a Jer. 39:4–10;
c 2 Né. 31:3; 33:5–6; Al. 13:23. Mt. 23:37–38.
Jacó 4:13. 8 a gee Escrituras—Valor b Amós 3:7; 1 Né. 1:13.
5 a 1 Né. 19:23; das escrituras. 10a 1 Né. 7:13; 2 Né. 6:8;
3 Né. 23:1. b En. 1:13–16; Ômni 1:15;
b gee Judeus. Mórm. 5:12–15; Hel. 8:20–21.
2 Néfi 25:11–18 112
vo aqueles blevados cativos para truı́da novamente; pois ai dos
a Babilônia. que lutarem contra Deus e o
11 E agora isto digo eu, por povo de sua igreja!
causa do espı́rito que está em 15 Portanto os ajudeus serão
b
mim. E não obstante terem sido dispersos por todas as nações;
eles levados, retornarão e ocupa- sim, e também cBabilônia será
rão a terra de Jerusalém; serão destruı́da; portanto outras na-
portanto arestituı́dos à terra de ções dispersarão os judeus.
sua herança. 16 E depois de haverem sido
12 Mas eis que terão guerras dispersos e de o Senhor Deus os
e rumores de guerras; e quando ter castigado pela mão de outros
chegar o dia em que o aUnigêni- povos pelo espaço de muitas
to do Pai, sim, o Pai dos céus e gerações, sim, de geração em ge-
da Terra manifestar-se a eles ração, até serem persuadidos a
a
na carne, eis que o rejeitarão acreditar em Cristo, o Filho de
por causa de suas iniqüidades e Deus, e na expiação, que é infi-
da dureza de seu coração e da nita para toda a humanidade—
dureza de sua cerviz. e quando chegar o dia em que
13 Eis que eles o acrucificarão; eles acreditarem em Cristo,
e depois de permanecer numa adorarem o Pai em seu nome,
b
sepultura pelo espaço de ctrês com o coração puro e mãos lim-
dias, dlevantar-se-á dentre os pas; e não mais esperarem por
mortos, com poder de cura em outro Messias, então virá o dia
suas asas; e todos os que crerem em que será essencial que eles
em seu nome serão salvos no acreditem nestas coisas.
reino de Deus. Minha alma 17 E o Senhor estenderá a mão
deleita-se, portanto, em profeti- pela segunda vez, a fim de ares-
zar sobre ele, pois evi os seus gatar seu povo de seu estado
dias e meu coração magnifica decaı́do e de perdição. Portanto
seu santo nome. fará uma obra bmaravilhosa e
14 E eis que acontecerá que, um assombro no meio dos filhos
depois de haver o aMessias res- dos homens.
suscitado dos mortos e haver-se 18 Portanto, ele irá revelar-lhes
manifestado a seu povo, a todos suas apalavras, pelas quais serão
b
os que acreditarem em seu no- julgados no último dia, porque
me, eis que Jerusalém será bdes- elas serão dadas com o propósi-

10b II Re. 24:14; d gee Ressurreição. Mórm. 5:14.


Jer. 52:3–16. e 1 Né. 11:13–34. 17a 2 Né. 21:11–12; 29:1.
11a Esd. 1:1–4; 14a gee Messias. gee Restauração do
Jer. 24:5–7. b Lc. 21:24; Evangelho.
12a gee Unigênito. JS—M 1:1–18. b Isa. 29:14;
13a Lc. 23:33. 15a gee Judeus. 2 Né. 27:26;
b Jo. 19:41–42; b Nee. 1:8–9; 3 Né. 28:31–33.
1 Né. 19:10. 2 Né. 10:6. 18a 2 Né. 29:11–12; 33:11,
c Lc. 24:6–7; c gee Babel, Babilônia. 14–15.
Mos. 3:10. 16a 2 Né. 10:6–9; 30:7; b gee Juı́zo Final.
113 2 Néfi 25:19–24
to de cconvencê-los do verda- Deus vive, não há outro enome
deiro Messias que foi rejeitado dado debaixo do céu mediante
por eles; e para convencê-los de o qual o homem possa ser salvo,
que não precisam mais esperar a não ser o deste Jesus Cristo do
que venha um Messias, porque qual falei.
outro não virá, a menos que seja 21 Portanto, por causa disto
um dfalso Messias que engane prometeu-me o Senhor Deus
o povo; porque só há um Mes- que estas coisas que aescrevo
sias mencionado pelos profetas serão guardadas e preservadas e
e esse Messias é aquele que será passadas a meus descendentes,
rejeitado pelos judeus. de geração em geração, para
19 Pois de acordo com as pa- que seja cumprida a promessa
lavras dos profetas, o aMessias feita a José de que seus descen-
virá bseiscentos anos depois da dentes jamais bpereceriam en-
época em que meu pai deixou quanto a Terra durasse.
Jerusalém; e de acordo com as 22 Portanto estas coisas pas-
palavras dos profetas e também sarão de geração a geração,
com a palavra do canjo de Deus, enquanto durar a Terra; e isto
seu nome será Jesus Cristo, o de acordo com a vontade e pra-
Filho de Deus. zer de Deus; e as nações que
20 E agora, meus irmãos, falei as tiverem em seu poder serão
a
com clareza, de modo que não julgadas por elas, segundo as
podeis errar. E como vive o Se- palavras que estão escritas.
nhor Deus que atirou Israel da 23 Pois trabalhamos diligente-
terra do Egito e deu a Moisés mente para escrever, a fim de
poder para b curar as nações a
persuadir nossos filhos e tam-
depois de haverem sido mordi- bém nossos irmãos a acredita-
das por serpentes venenosas, se rem em Cristo e a reconcilia-
olhassem para uma cserpente rem-se com Deus; pois sa-
que ele levantou diante delas; e bemos que é pela b graça que
também lhe deu poder para gol- somos salvos, depois de tudo o
pear a drocha, a fim de que jor- que pudermos cfazer.
rasse água; sim, eis que vos digo 24 E não obstante acreditar-
que, assim como estas coisas são mos em Cristo, aguardamos a lei
verdadeiras e como o Senhor de Moisés e esperamos firme-

18c 2 Né. 26:12–13. c Núm. 21:8–9; 3 Né. 27:23–27.


d gee Anticristo. Al. 33:19; 23a gee Criança(s),
19a gee Jesus Cristo— Hel. 8:14–15. Filho(s), Menino(s).
Profecias acerca do d Êx. 17:6; Núm. 20:11; b Rom. 3:23–24;
nascimento e da 1 Né. 17:29; 20:21. 2 Né. 2:4–10;
morte de Jesus Cristo. e Osé. 13:4; At. 4:10–12; Mos. 13:32;
b 1 Né. 10:4; Mos. 5:8; Mois. 6:52. Al. 42:12–16;
3 Né. 1:1, 13. gee Salvador. D&C 138:4.
c 2 Né. 10:3. 21a 2 Né. 27:6–14. gee Graça.
20a Êx. 3:7–10; b Amós 5:15; 2 Né. 3:16; c Tg. 2:14–26.
1 Né. 17:24, 31; 19:10. Al. 46:24–27. gee Obras.
b Jo. 3:14; 1 Né. 17:41. 22a 2 Né. 29:11; 33:10–15; 24a Jacó 4:4–5.
2 Néfi 25:25–26:3 114
mente em Cristo, até que a lei 29 E agora, eis que vos digo
seja cumprida. que o caminho reto é acreditar
25 Pois com esta finalidade a em Cristo e não o negar; e Cristo
a
lei foi dada; portanto a lei tor- é o Santo de Israel; deveis, por-
nou-se bmorta para nós e somos tanto, inclinar-vos diante dele
vivificados em Cristo por causa e adorá-lo com todo o vosso
a
de nossa fé; contudo, guarda- poder, mente e força e com to-
mos a lei por causa dos manda- da a vossa alma; e se assim o fi-
mentos. zerdes, de modo algum sereis
26 E afalamos de Cristo, regozi- rejeitados.
jamo-nos em Cristo, pregamos 30 E enquanto for necessário,
a Cristo, bprofetizamos de Cristo deveis cumprir os ritos e aorde-
e escrevemos de acordo com nanças de Deus, até que a lei
nossas profecias, para que nos- q u e f o i d a d a a M o i s é s s e j a
sos cfilhos saibam em que fonte cumprida.
procurar a dremissão de seus
pecados.
CAPÍTULO 26
27 Portanto falamos sobre a lei,
para que nossos filhos saibam
Cristo exercerá seu ministério entre
que a lei é morta; e, sabendo que
os nefitas—Néfi prevê a destruição
ela é morta, esperem por aquela
de seu povo—Eles falarão desde o
vida que está em Cristo e saibam
pó—Os gentios edificarão falsas
para que fim foi dada a lei. E pa-
igrejas e farão combinações secre-
ra que, depois de ser cumprida a
tas—O Senhor proı́be aos homens
lei em Cristo, não endureçam o
o uso de artimanhas sacerdotais.
coração contra ele quando a lei
Aproximadamente 559–545 a.C.
tiver de ser abolida.
28 E agora, meu povo, eis que E depois de haver Cristo aressus-
sois um povo de adura cerviz; citado dentre os mortos, bapare-
por isso falei-vos claramente, cerá a vós, meus filhos e meus
para que não vos equivoqueis. E amados irmãos; e as palavras
as palavras que falei servirão de que ele vos disser serão a clei
b
testemunho contra vós; porque que devereis cumprir.
são suficientes para censinar a 2 Pois eis que em verdade vos
qualquer homem o caminho re- digo: Vi que muitas gerações se
to; porque o caminho reto é hão de passar e haverá grandes
acreditar em Cristo e não o ne- guerras e contendas entre meu
gar, porque, negando-o, negais povo.
também os profetas e a lei. 3 E depois que o Messias vier,

25a gee Lei de Moisés. Menino(s); Filho(s). Marcos 12:29–31.


b Rom. 7:4–6. d gee Remissão de 30a gee Ordenanças.
26a Jacó 4:12; Pecados. 26 1a 3 Né. 11:1–12.
Jar. 1:11; 28a Mos. 3:14. b 1 Né. 11:7; 12:6.
Mos. 3:13. b gee Testemunho. c 3 Né. 15:2–10.
b Lc. 10:23–24. c 2 Né. 33:10.
c gee Criança(s), 29a Deut. 6:5;
115 2 Néfi 26:4–11
meu povo receberá asinais de quase me consome na presença
seu bnascimento e também de do Senhor; devo porém clamar
sua morte e ressurreição; e a meu Deus: Teus caminhos são
a
aquele dia será grande e terrı́vel justos.
para os inı́quos, porque pere- 8 Mas eis que os justos, que
cerão; e perecem porque expul- dão ouvidos às palavras dos
sam os profetas e os santos e profetas e não os matam, mas
apedrejam-nos e matam; por- que esperam em Cristo com
tanto o clamor do csangue dos firmeza os sinais que serão da-
santos subirá da terra a Deus, dos, apesar de toda apersegui-
contra eles. ção—eis que esses são os que
b
4 Portanto todos os orgulho- não perecerão.
sos e os que praticam iniqüida- 9 Mas o Filho da Retidão aapa-
de serão aqueimados naquele recer-lhes-á e bcurá-los-á; e eles
dia, diz o Senhor dos Exércitos, terão cpaz com ele, até que dtrês
porque serão como restolho. gerações se tenham passado e
5 E os que matam os profetas e muitos da equarta geração ha-
os santos serão atragados pelas jam terminado seus dias em reti-
profundezas da terra, diz o Se- dão.
nhor dos Exércitos; e bmonta- 10 E depois que estas coisas
nhas cobri-los-ão e redemoinhos tiverem acontecido, uma rápida
a
hão de carregá-los e edifı́cios destruição advirá a meu povo;
cairão sobre eles, despedaçan- pois apesar dos sofrimentos
do-os e reduzindo-os a pó. de minha alma, eu a vi; sei por-
6 E serão visitados por trovões tanto que acontecerá; e eles
e relâmpagos e terremotos e vendem-se por nada; pois como
toda espécie de destruição, por- recompensa de seu orgulho e
que o fogo da ira do Senhor de sua insensatez, hão de colher
estará aceso contra eles e serão destruição; pois já que cedem
como restolho; e o dia que há de ao diabo e escolhem obras de
vir os consumirá, diz o Senhor trevas em lugar de luz, devem
dos Exércitos. portanto ir para o binferno.
7 Oh! A dor e a angústia de mi- 11 Pois o Espı́rito do Senhor
nha alma pela perda daqueles não tentará ainfluenciar para
de meu povo que serão mortos! sempre o homem. E quando o
Pois eu, Néfi, vi essa perda e ela Espı́rito cessa de tentar influen-

3 a 1 Né. 12:4–6. 4 a 3 Né. 8:14–24; 9:3, 9. c 4 Né. 1:1–4.


gee Sinal. 5 a 1 Né. 19:11; d 1 Né. 12:11–12;
b gee Jesus Cristo— 3 Né. 10:14. 3 Né. 27:30–32.
Profecias acerca b 3 Né. 8:10; 9:5–8. e Al. 45:10–12;
do nascimento e 7 a gee Justiça. Hel. 13:9–10.
da morte de Jesus 8 a gee Perseguição, 10a Al. 45:9–14;
Cristo. Perseguir. Mórm. 8:1–9.
c Gên. 4:10; b 3 Né. 10:12–13. b gee Inferno.
2 Né. 28:10; 9 a 3 Né. 11:8–15. 11a Ét. 2:15.
Mórm. 8:27. b 3 Né. 17:7–9.
2 Néfi 26:12–20 116
ciar o homem, advém rápida 16 Pois os que forem destruı́-
destruição; e isto me aflige a dos afalar-lhes-ão da terra e sua
alma. fala será fraca desde o pó e a sua
12 E como falei a respeito de os voz será como a de alguém que
a
judeus serem bconvencidos de evoca espı́ritos; pois o Senhor
que Jesus é o cverdadeiro Cristo, Deus dar-lhe-á poder para sus-
é necessário que os gentios tam- surrar a respeito deles, como se
bém sejam convencidos de que fosse da terra; e sua fala sussur-
Jesus é o Cristo, o Eterno Deus; rará desde o pó.
13 E de que se manifesta a 17 Pois assim diz o Senhor
todos os que nele crêem, pelo Deus: aEscreverão as coisas que
poder do aEspı́rito Santo; sim, a serão feitas no meio deles e
toda nação, tribo, lı́ngua e povo, serão escritas e seladas num li-
fazendo grandes milagres, si- vro; e os que tiverem degenera-
nais e maravilhas no meio dos do, caindo na incredulidade,
filhos dos homens, de acordo não as terão, porque bprocuram
com sua fé. destruir as coisas de Deus.
14 Mas eis que eu vos profetizo 18 Portanto, como os que fo-
a respeito dos a últimos dias; ram destruı́dos, foram destruı́-
sobre os dias em que o Senhor dos rapidamente; e a multidão
Deus brevelar estas coisas aos de seus terrı́veis será como o
a
filhos dos homens. restolho que desaparece —
15 Depois que os meus descen- assim, pois, diz o Senhor Deus:
dentes e os descendentes de Será num instante, repentina-
meus irmãos houverem degene- mente.
rado, caindo na incredulidade, 19 E acontecerá que os que
e sido afligidos pelos gentios, degenerarem, caindo na incre-
sim, depois que o Senhor Deus dulidade, serão aafligidos pela
os houver cercado com o seu ar- mão dos gentios.
raial e sitiado com baluartes e 20 E os gentios ensoberbecem-
levantado fortalezas contra eles; se no aorgulho de seus olhos e
b
e depois de haverem sido lança- tropeçam por causa da sua
dos no pó até deixarem de exis- grande cpedra de tropeço, de
tir, as palavras dos justos ainda modo que constroem muitas
d
serão escritas e as orações dos igrejas; não obstante, menos-
fiéis, ouvidas; e todos os que caı́- prezam o poder e os milagres de
ram na incredulidade não serão Deus e pregam a si mesmos sua
esquecidos. própria sabedoria e seu próprio

12a 2 Né. 30:7; Evangelho. 19a 3 Né. 16:8–9;


Mórm. 5:14. 16a Isa. 29:4; 20:27–28.
gee Judeus. Morô. 10:27; 20a gee Orgulho.
b 2 Né. 25:18. Mois. 7:62. b 1 Né. 13:29, 34.
c Mórm. 3:21. gee Livro de Mórmon. gee Apostasia.
13a gee Espı́rito Santo. 17a 2 Né. 29:12. c Eze. 14:4.
14a gee Últimos Dias. b En. 1:14. d 1 Né. 14:10; 22:23;
b gee Restauração do 18a Mórm. 5:16–18. Mórm. 8:28.
117 2 Néfi 26:21–32
e
conhecimento, a fim de obter 27 Ordenou ele a alguém que
lucro e foprimir os pobres. não participasse de sua asalva-
21 E há muitas igrejas edifi- ção? Eis que vos digo: Não;
cadas que provocam ainveja e mas bdeu-a gratuitamente a to-
contendas e malevolência. dos os homens e ordenou a seu
22 E há também acombinações povo que persuadisse todos os
secretas, como nos tempos pas- homens a se carrependerem.
sados, segundo as combinações 28 Eis que ordenou o Senhor a
do diabo, pois ele é o fundador alguém que não participasse de
de todas estas coisas; sim, o fun- sua bondade? Eis que vos digo:
dador do homicı́dio e das obras Não; mas atodo homem tem tan-
de trevas; sim, e guia-os pelo to privilégio quanto qualquer
pescoço com um cordel de li- outro e nenhum é excluı́do.
nho, até amarrá-los para sempre 29 Ele ordena que não haja aar-
com suas cordas fortes. timanhas sacerdotais; pois eis
23 Pois eis que, meus ama- que artimanha sacerdotal é o
dos irmãos, eu vos digo que o homem pregar e estabelecer-se
Senhor Deus não trabalha em como uma luz para o mundo, a
trevas. fim de obter lucros e blouvor do
24 Ele nada faz que não seja mundo; não procura, porém, o
em benefı́cio do mundo; porque bem-estar de Sião.
a
ama o mundo a ponto de entre- 30 Eis que o Senhor proibiu is-
gar sua própria vida para atrair to; portanto deu o Senhor Deus
a si btodos os homens. Portanto um mandamento de que todos
a ninguém ordena que não par- os homens tenham acaridade; e
ticipe de sua salvação. a caridade é bamor. E se não têm
25 Eis que clama ele a alguém, caridade, nada são. Portanto, se
dizendo: Afasta-te de mim? Eis tivessem caridade, não permiti-
que vos digo: Não; mas ele diz: riam que o trabalhador de Sião
a
Vinde a mim todos vós, extre- perecesse.
mos da Terra, bcomprai leite e 31 Mas o trabalhador de aSião
mel sem dinheiro e sem preço. trabalhará por Sião; porque, se
26 Eis que mandou ele que trabalhar por bdinheiro, perece-
alguém saı́sse das sinagogas, ou rá.
melhor, das casas de adoração? 32 E novamente o Senhor Deus
a
Eis que vos digo: Não. ordenou que os homens não

20e Mórm. 9:7–8; 3 Né. 9:13–14. Sacerdotais.


2 Né. 9:28. b Isa. 55:1–2. b D&C 121:34–37.
f Isa. 3:15; 27a gee Salvação. 30a Morô. 7:47–48.
2 Né. 13:15. b Ef. 2:8; gee Caridade.
21a gee Inveja. 2 Né. 25:23. b gee Amor.
22a gee Combinações c gee Arrepender-se, 31a gee Sião.
Secretas. Arrependimento. b Jacó 2:17–19;
24a Jo. 3:16. 28a Rom. 2:11; D&C 11:7; 38:39.
b 3 Né. 27:14–15. 1 Né. 17:33–35. 32a gee Mandamentos
25a Al. 5:33–35; 29a gee Artimanhas de Deus.
2 Néfi 26:33–27:5 118
cometam assassı́nio; que não dos judeus, tanto os que vierem
mintam; que não roubem; que a esta terra como os que estive-
não tomem o nome do Senhor rem em outras terras, sim, em
seu Deus em bvão; que não sin- todas as terras do mundo, eis
tam inveja; que não tenham que estarão embriagados de ini-
malı́cia; que não disputem uns qüidade e de toda espécie de
com os outros; que não come- abominações—
tam libertinagem; e que não 2 E quando esse dia chegar,
façam qualquer destas coisas, serão visitados pelo Senhor dos
porque quem as fizer perecerá. Exércitos com trovões e com ter-
33 Pois nenhuma destas iniqüi- remotos e com um grande es-
dades vem do Senhor, porque trondo e com borrascas e com
ele faz o que é bom para os fi- tempestades e com a achama de
lhos dos homens; e não faz coisa fogo devorador.
alguma que não seja clara para 3 E todas as anações que bluta-
os filhos dos homens; e convida rem contra Sião e que a mortifi-
todos a virem a ele e a participa- carem serão como o sonho de
rem de sua bondade; e não are- uma visão noturna; sim, aconte-
pudia quem quer que o procure, cer-lhes-á como ao esfomeado
negro e branco, escravo e livre, que sonha e eis que come, mas
homem e mulher; e lembra-se acorda e sua alma está vazia; ou
dos bpagãos; e ctodos são iguais como ao sedento que sonha e
perante Deus, tanto judeus co- eis que bebe, mas acorda e eis
mo gentios. que está fraco e sua alma tem
apetite; sim, será assim com a
multidão de todas as nações que
CAPÍTULO 27
lutarem contra o Monte Sião.
4 Pois eis que todos vós, que
Trevas e apostasia cobrirão a Terra
praticais iniqüidades, detende-
nos últimos dias — O Livro de
vos e assombrai-vos, porque gri-
Mórmon será revelado—Três teste-
tareis e clamareis; sim, estareis
munhas testificarão do livro—O
ébrios, mas não de vinho, e cam-
homem instruı́do dirá que não pode
baleareis, mas não com bebida
ler o livro selado—O Senhor fará
forte.
uma obra maravilhosa e um assom-
5 Pois eis que o Senhor derra-
bro — Comparar com Isaı́as 29.
mou sobre vós um espı́rito de
Aproximadamente 559–545 a.C.
profundo sono. Porque eis que
Eis, porém, que nos aúltimos haveis fechado os olhos e haveis
dias, ou seja, nos dias dos gen- rejeitado os profetas; e ele ven-
tios — sim, eis que todas as dou vossos chefes e os videntes,
nações dos gentios e também por causa de vossa iniqüidade.

32b gee Profanidade. 1 Né. 17:35. 3 Né. 25:1.


33a At. 10:9–35, 44–45. 27 1a gee Últimos Dias. 3 a Isa. 29:7–8.
b Al. 26:37. 2 a Isa. 24:6; 66:15–16; b 1 Né. 22:14.
c Rom. 2:11; Jacó 6:3;
119 2 Néfi 27:6–16
6 E acontecerá que o Senhor homens e que ocorrerão até o
Deus avos revelará as palavras fim da Terra.
de um blivro e serão as palavras 12 Portanto, no dia em que o
dos que adormeceram. livro for entregue ao homem de
7 E eis que o livro estará asela- quem falei, o livro será escondi-
do; e no livro haverá uma breve- do dos olhos do mundo para
lação de Deus, desde o princı́pio que ninguém o veja, exceto atrês
até o cfim do mundo. b
testemunhas, além daquele a
8 Portanto, por causa das coisas quem o livro será entregue; e vê-
que estão aseladas, as coisas que lo-ão pelo poder de Deus; e eles
estão seladas bnão serão entre- testificarão a veracidade do li-
gues no dia da iniqüidade e das vro e das coisas que ele contém.
abominações do povo. Portanto 13 E ninguém mais o verá,
o livro não lhes será revelado. senão uns poucos, de acordo
9 O livro, porém, será entregue com a vontade de Deus, para
a um ahomem e ele entregará dar testemunho de suas pala-
as palavras do livro, que são as vras aos filhos dos homens, pois
palavras dos que adormeceram o Senhor Deus disse que as pa-
no pó; e ele entregá-las-á a um lavras dos fiéis falariam como se
b
outro; viessem ados mortos.
10 Mas não entregará as pala- 14 Portanto o Senhor Deus re-
vras que estão seladas nem en- velará as palavras do livro e,
tregará o livro. Porque o livro pela boca de tantas testemunhas
será selado pelo poder de Deus quantas achar necessário, esta-
e a revelação que foi selada será belecerá a sua palavra; e ai do
guardada no livro até o devido que arejeitar a palavra de Deus!
tempo do Senhor, quando virão 15 Mas eis que acontecerá que
à luz; pois eis que revelam todas o Senhor Deus dirá àquele a
as coisas, desde a fundação do quem entregar o livro: Toma es-
mundo até o seu fim. tas palavras que não estão sela-
11 E dia virá em que as pala- das e entrega-as a um outro,
vras do livro, que estavam sela- para que ele as possa mostrar ao
das, serão lidas nos telhados das instruı́do, dizendo: aLê isto, su-
casas; e serão lidas pelo poder plico-te. E o instruı́do dirá: Tra-
de Cristo; e serão areveladas aos ze-me o livro para que eu o leia.
filhos dos homens todas as coi- 16 E dirão isto por causa da
sas que ocorreram aos filhos dos glória do mundo e para obter

6 a Jar. 1:2; 8 a Ét. 5:1. D&C 5:11, 15; 17:1.


Mórm. 5:12–13. b 3 Né. 26:9–12; b Deut. 19:15.
b 2 Né. 26:16–17; 29:12. Ét. 4:5–6. 13a 2 Né. 3:19–20;
gee Livro de Mórmon. 9 a D&C 17:5–6. 33:13–15;
7 a Isa. 29:11–12; b JS—H 1:64–65. Morô. 10:27.
Ét. 3:25–27; 4:4–7. 11a Lc. 12:3; Mórm. 5:8; 14a 2 Né. 28:29–30; Ét. 4:8.
b Mos. 8:19. D&C 121:26–31. 15a Isa. 29:11–12;
c Ét. 13:1–12. 12a 2 Né. 11:3; Ét. 5:2–4; JS—H 1:65.
2 Néfi 27:17–28 120
a
lucro, e não para a glória de pre; e não trabalho com os filhos
Deus. dos homens a não ser de cacordo
17 E o homem dirá: Não posso com sua fé.
trazer o livro, porque está sela- 24 E acontecerá outra vez que
do. o Senhor dirá àquele que há
18 O instruı́do então dirá: Não de ler as palavras que lhe serão
o posso ler. entregues:
19 Acontecerá portanto que o 25 aPois que este povo se apro-
Senhor Deus tornará a entregar xima de mim com a boca e com
o livro e as suas palavras ao que os lábios me bhonra, mas afastou
não é instruı́do; e o homem que de mim o coração e seu temor a
não é instruı́do dirá: Não sou mim é ensinado segundo os
c
instruı́do. preceitos dos homens—
20 Então lhe dirá o Senhor 26 Portanto farei uma aobra
Deus: Os instruı́dos não as maravilhosa no meio deste po-
lerão, porque as rejeitaram, e eu vo, sim, uma obra bmaravilhosa
posso fazer minha própria obra; e um assombro, pois a sabedoria
lerás portanto as palavras que te de seus sábios e instruı́dos pere-
darei. cerá e o entendimento dos seus
21 Não atoques nas coisas que prudentes será escondido.
estão seladas, pois manifestá- 27 E aai dos que procuram es-
las-ei em meu devido tempo; conder profundamente do Se-
pois mostrarei aos filhos dos ho- nhor os seus desı́gnios! E suas
mens que posso executar minha obras são feitas às escuras; e di-
própria obra. zem: Quem nos vê e quem nos
22 Portanto, quando tiveres conhece? E também dizem: Cer-
lido as palavras que te ordenei e tamente a inversão que fazeis
obtido as atestemunhas que te das coisas será considerada co-
prometi, selarás novamente o li- mo a argila do boleiro. Mas eis
vro e escondê-lo-ás para mim, que eu lhes mostrarei, diz o Se-
a fim de que eu preserve as pa- nhor dos Exércitos, que conheço
lavras que não leste, até que, em todas as suas obras. Pois a obra
minha própria sabedoria, julgue dirá do artı́fice: Não foi ele que
oportuno revelar todas as coisas me fez? Ou seja, a coisa molda-
aos filhos dos homens. da dirá daquele que a moldou:
23 Porque eis que eu sou Deus; Não tinha ele entendimento?
e sou um Deus de amilagres; e 28 Mas eis que diz o Senhor
mostrarei ao mundo que sou o dos Exércitos: Eu mostrarei aos
b
mesmo ontem, hoje e para sem- filhos dos homens que dentro

16a gee Artimanhas b Heb. 13:8. 2 Né. 29:1–2.


Sacerdotais. c Heb. 11; Ét. 12:7–22. gee Restauração do
21a Ét. 5:1. 25a Isa. 29:13. Evangelho.
22a gee Testemunhas do b Mt. 15:8. b Isa. 29:14; 2 Né. 25:17.
Livro de Mórmon. c 2 Né. 28:31. 27a Isa. 29:15.
23a gee Milagre. 26a 1 Né. 22:8; b Jer. 18:6.
121 2 Néfi 27:29–28:4
em breve o Lı́bano se converterá CAPÍTULO 28
em um campo fértil; e o campo
fértil será apreciado como uma
Muitas falsas igrejas serão estabele-
floresta.
cidas nos últimos dias—Ensinarão
29 aE naquele dia o surdo ouvi-
doutrinas falsas, vãs e tolas —
rá as palavras do livro; e de den-
Haverá grande apostasia por causa
tro da escuridão e das trevas
de falsos mestres—O diabo enfure-
verão os olhos dos cegos.
cer-se-á no coração dos homens—
30 E os amansos também flores-
Ensinará todo tipo de doutrinas
cerão e seu b gozo estará no
falsas. Aproximadamente 559 –
Senhor; e os pobres regozijar-
545 a.C.
se-ão no Santo de Israel.
31 Porque tão certo como o Se- E agora eis que, meus ir-
nhor vive, eles verão que o ate- mãos, eu vos falei conforme o
mı́vel será reduzido a nada e o Espı́rito me compeliu; sei por-
escarnecedor, consumido; e to- tanto que isso certamente acon-
dos os que procuram a iniqüida- tecerá.
de serão desarraigados; 2 E as coisas que forem escritas,
32 E os que tornam um homem procedentes do alivro, serão de
a
ofensor por causa de uma pa- grande b valor para os filhos
lavra; e preparam uma armadi- dos homens e principalmente
lha ao que repreende à bporta para nossa posteridade, que é
e cpõem de lado o justo, sem um remanescente da casa de
motivo. Israel.
33 Portanto assim diz o Senhor 3 Pois acontecerá nesse dia que
que redimiu Abraão, a respeito as aigrejas que forem estabeleci-
da casa de Jacó: Jacó não será das, mas não para o Senhor, di-
envergonhado agora nem seu rão umas às outras: Eis que eu,
rosto empalidecerá. eu sou a do Senhor! E as outras
34 Mas quando ele avir seus dirão: Eu, eu sou a do Senhor!
filhos, obra de minhas mãos, no E assim dirão todos os que esta-
meio dele, eles santificarão o belecerem igrejas, mas não para
meu nome e santificarão o San- o Senhor—
to de Jacó e temerão o Deus de 4 E contenderão umas com as
Israel. outras; e seus sacerdotes con-
35 Também os que aerraram em tenderão uns com os outros e
espı́rito virão a compreender; e ensinarão com o seu asaber e ne-
os que murmuraram b apren- garão o Espı́rito Santo, o qual
derão doutrina. inspira o que dizer.

29a Isa. 29:18. b Amós 5:10. b 1 Né. 13:34–42; 22:9;


30a gee Mansidão, c 2 Né. 28:16. 3 Né. 21:6.
Manso, 34a Isa. 29:23–24. 3 a I Cor. 1:10–13;
Mansuetude. 35a 2 Né. 28:14; D&C 33:4. 1 Né. 22:23;
b D&C 101:36. b Dan. 12:4. 4 Né. 1:25–29;
31a Isa. 29:20. 28 2a gee Livro de Mórm. 8:28, 32–38.
32a Lc. 11:54. Mórmon. 4 a 2 Né. 9:28.
2 Néfi 28:5–15 122
5 E anegam o bpoder de Deus, o procurarão esconder profunda-
Santo de Israel, e dizem ao po- mente do Senhor os seus desı́g-
vo: Escutai-nos e ouvi os nossos nios secretos; e farão as suas
preceitos, pois eis que hoje cnão obras às escuras.
há Deus, porque o Senhor e Re- 10 E o asangue dos santos cla-
dentor acabou a sua obra e deu mará contra eles, desde a terra.
o seu poder aos homens; 11 Sim, todos saı́ram do acami-
6 Escutai pois os meus precei- nho; eles bcorromperam-se.
tos; se disserem que há um mila- 12 Por causa do aorgulho e por
gre feito pela mão do Senhor, causa de falsos mestres e falsas
não acrediteis, porque hoje não doutrinas, suas igrejas corrom-
é ele um Deus de amilagres; ele peram-se e suas igrejas exalta-
terminou a sua obra. ram-se; porque estão inchados
7 Sim, e haverá muitos que di- de orgulho.
rão: aComei, bebei e alegrai-vos, 13 a Roubam os b pobres por
porque amanhã morreremos; e causa de seus belos santuários;
tudo nos irá bem. roubam os pobres por causa de
8 E muitos também dirão: Co- suas ricas vestimentas; e perse-
mei, bebei e diverti-vos; não guem os mansos e os de coração
obstante, temei a Deus — ele contrito, porque estão inchados
a
justificará a prática de peque- de corgulho.
nos pecados; sim, b menti um 14 Têm a acerviz dura e a cabe-
pouco, aproveitai-vos de al- ça levantada; sim, e por causa
guém por causa de suas pala- de seu orgulho e iniqüidades e
vras, abri uma c cova para o abominações e libertinagens,
b
vosso vizinho; não há mal nisso. desviaram-se todos, exceto al-
E fazei todas estas coisas, por- guns poucos, que são os humil-
que amanhã morreremos; e se des seguidores de Cristo; não
acontecer de sermos culpados, obstante, são guiados de tal
Deus nos castigará com uns maneira que erram em muitas
poucos açoites e, ao fim, sere- coisas, porque são ensinados
mos salvos no reino de Deus. pelos preceitos dos homens.
9 Sim, e haverá muitos que 15 Oh! Os asábios e os instruı́-
ensinarão desta maneira adou- dos e os ricos, que se incham de
trinas falsas, vãs e btolas; e en- b
orgulho; e todos os que pregam
cherão o coração de orgulho e falsas doutrinas e todos os que

5a 2 Né. 26:20. c Prov. 26:27; b Mórm. 8:28–41;


b II Tim. 3:5. 1 Né. 14:3. D&C 33:4.
c Al. 30:28. 9 a Mt. 15:9. 12a Prov. 28:25.
6a Mórm. 8:26; 9:15–26. b Eze. 13:3; Hel. 13:29. 13a Eze. 34:8.
7a I Cor. 15:32; 10a Apoc. 6:9–11; b Hel. 4:12.
Al. 30:17–18. 2 Né. 26:3; c Al. 5:53.
8 a Mórm. 8:31. Mórm. 8:27; 14a Prov. 21:4.
b D&C 10:25; Mois. 4:4. Ét. 8:22–24; b Isa. 53:6.
gee Mentir, D&C 87:7. 15a Prov. 3:5–7.
Mentiroso. 11a Hel. 6:31. b gee Orgulho.
123 2 Néfi 28:16–28
cometem libertinagens e perver- bem em Sião; sim, Sião prospera.
tem o caminho reto do Senhor! Tudo vai bem—e assim o bdiabo
c
Ai, ai, ai deles, diz o Senhor engana suas almas e os conduz
Deus Todo-Poderoso, porque cuidadosamente ao inferno.
serão lançados no inferno! 22 E eis que a outros ele lison-
16 Ai dos que aafastam de si os jeia, dizendo-lhes que não há
a
justos, sem motivo; e injuriam o inferno; e diz: Eu não sou o
que é bom, dizendo que não diabo, porque ele não existe—
tem valor! Porque chegará o e assim lhes sussurra aos ouvi-
dia em que o Senhor Deus visi- dos até agarrá-los com suas ter-
tará rapidamente os habitantes rı́veis bcorrentes, das quais não
da Terra; e nesse dia, os que há libertação.
estiverem bcompletamente ama- 23 Sim, são agarrados pela
durecidos na iniqüidade pere- morte e pelo inferno; e a morte e
cerão. o inferno e o diabo e todos os
17 Mas eis que se os habitantes que assim foram dominados de-
da Terra se arrependerem de verão apresentar-se diante do
suas iniqüidades e abomina- trono de Deus e ser ajulgados de
ções, não serão destruı́dos, diz o acordo com suas obras; daı́ de-
Senhor dos Exércitos. verão ir para o lugar preparado
18 Mas eis que aquela grande e para eles, um blago de fogo e en-
abominável igreja, a aprostituta xofre que é tormento sem fim.
de toda a Terra, por terra deverá 24 Portanto, ai do que repousa
b
cair e grande será a sua queda. em Sião!
19 Porque o reino do diabo 25 Ai do que clama: Tudo vai
deve aestremecer e os que a ele bem!
pertencem devem ser movidos 26 Sim, ai do que adá ouvidos
ao arrependimento, ou o bdiabo aos preceitos dos homens e ne-
agarrá-los-á com suas eternas ga o poder de Deus e o dom do
c
correntes e serão incitados à Espı́rito Santo!
cólera e perecerão; 27 Sim, ai do que diz: Rece-
20 Pois eis que nesse dia ele se bemos e anão necessitamos mais!
a
enfurecerá no coração dos fi- 28 E por fim, ai de todos os que
lhos dos homens e incitá-los-á a tremem e estão airados por cau-
irarem-se contra o que é bom. sa da verdade de Deus! Pois eis
21 E a outros apacificará e aca- que o que está edificado sobre a
b
lentará com segurança carnal, rocha recebe-a com júbilo; e o
de modo que dirão: Tudo vai que está edificado sobre um

15c 3 Né. 29:5. 20a D&C 10:20–27. 26a 2 Né. 9:29.


16a Isa. 29:21. 21a Mórm. 8:31. 27a Al. 12:10–11.
b Ét. 2:9–10. b 2 Né. 9:39. 28a 2 Né. 9:40; 33:5.
18a Apoc. 19:2. 22a gee Inferno. gee Rebeldia,
b 1 Né. 14:3, 17. b Al. 36:18. Rebelião.
19a 1 Né. 22:23. 23a gee Jesus Cristo— b Mt. 7:24–27.
b Al. 34:35. Juiz; Juı́zo Final. gee Rocha.
c Al. 12:11. b 2 Né. 9:16, 19, 26.
2 Néfi 28:29–29:4 124
fundamento de areia treme de CAPÍTULO 29
medo de cair.
29 Ai do que disser: Recebemos Muitos gentios rejeitarão o Livro de
a palavra de Deus e anão bneces- Mórmon—Eles dirão: Não necessi-
sitamos de mais palavras tamos de outra Bı́blia—O Senhor
de Deus, porque temos o bas- fala a muitas nações—Ele julgará
tante! o mundo pelos livros que serão
30 Pois eis que assim diz o escritos. Aproximadamente 559–
Senhor Deus: Darei aos filhos 545 a.C.
dos homens linha sobre linha, Eis, porém, que haverá muitos—
preceito sobre a preceito, um no dia em que eu começar a fa-
pouco aqui e um pouco ali; e zer uma aobra maravilhosa no
abençoados os que dão ouvidos meio deles, a fim de recordar os
b
aos meus preceitos e escutam convênios que fiz com os filhos
os meus conselhos, porque dos homens; e para que eu es-
obterão bsabedoria; pois a quem tenda a mão pela csegunda vez a
c
recebe darei dmais; e dos que fim de recuperar o meu povo,
disserem: Temos o suficiente, que é da casa de Israel;
destes será tirado até mesmo o 2 E também para que eu me
que tiverem. lembre das promessas que fiz a
31 Maldito é aquele que aconfia ti, Néfi, e também a teu pai, de
no homem ou faz da carne o seu que me lembraria da tua semen-
braço ou dá ouvidos aos precei- te; e de que as apalavras da tua
tos dos homens, a menos que semente sairiam de minha boca
seus preceitos sejam dados pelo para a tua semente; e minhas
poder do Espı́rito Santo. palavras bsilvarão até os confins
32 aAi dos gentios, diz o Senhor da Terra como um cestandarte
Deus dos Exércitos! Pois apesar para o meu povo, que é da casa
de eu estender o braço sobre de Israel;
eles, dia após dia, eles me ne- 3 E porque minhas palavras
garão; não obstante, serei mise- hão de silvar—muitos dos gen-
ricordioso para com eles, diz o tios clamarão: Uma aBı́blia, uma
Senhor Deus, caso se arrepen- Bı́blia! Temos uma Bı́blia e não
dam e venham a mim; pois o pode haver qualquer outra
meu bbraço está estendido o dia Bı́blia.
todo, diz o Senhor Deus dos 4 Mas assim diz o Senhor
Exércitos. Deus: Ó tolos! Eles terão uma

29a 2 Né. 27:14; Ét. 4:8. b Jacó 5:47; 6:4. de Israel.


b 2 Né. 29:3–10. 29 1a 2 Né. 27:26. 2 a 2 Né. 3:18–21.
30a Isa. 28:9–13; gee Restauração do b Isa. 5:26; 2 Né. 15:26;
D&C 98:12. Evangelho. Morô. 10:28.
b gee Sabedoria. b gee Convênio c 1 Né. 21:22.
c Lc. 8:18. Abraâmico. gee Estandarte.
d Al. 12:10; D&C 50:24. c 2 Né. 6:14; 21:11–12; 3 a 1 Né. 13:23–25.
31a D&C 1:19–20. 25:17. gee Bı́blia; Livro de
32a 1 Né. 14:6. gee Israel—Coligação Mórmon.
125 2 Néfi 29:5–11
Bı́blia e virá dos ajudeus, meu de aduas nações é um btestemu-
antigo povo do convênio. E que nho a vós de que eu sou Deus,
agradecimento dão aos bjudeus de que me recordo tanto de
pela cBı́blia que recebem deles? uma como de outra naçã o?
Sim, que pretendem dizer com Portanto digo as mesmas pala-
isto os gentios? Lembram-se eles vras, tanto a uma nação como a
dos sofrimentos e dos labores e outra. E quando as duas cnações
das aflições dos judeus e de sua caminharem juntas, os testemu-
diligência para comigo em levar nhos das duas nações também
a salvação aos gentios? caminharão juntos.
5 Ó vós, gentios, vós vos lem- 9 E isto eu faço para provar a
brastes dos judeus, meu antigo muitos que sou o amesmo on-
povo do convênio? Não, mas os tem, hoje e para sempre; e que
amaldiçoastes e aodiastes e não pronuncio minhas palavras se-
haveis procurado recuperá-los. gundo minha própria vontade.
Eis, porém, que farei voltar to- E porque eu disse uma bpalavra
das estas coisas sobre vossa ca- não deveis supor que não possa
beça; porque eu, o Senhor, não dizer outras; pois meu trabalho
me esqueci do meu povo. ainda não está terminado nem
6 Tu, néscio, que dirás: Uma estará até o fim do homem nem
a
Bı́blia, temos uma Bı́blia e não desde aı́ para sempre.
necessitamos de mais Bı́blia! 10 Portanto porque tendes
Terı́eis obtido uma Bı́blia, se não uma Bı́blia não deveis supor que
fosse pelos judeus? ela contenha todas as apalavras
7 Não sabeis que há mais de minhas; nem deveis supor que
uma nação? Não sabeis que eu, eu não fiz com que se escrevesse
o Senhor vosso Deus, acriei to- mais.
dos os homens e que me lembro 11 Pois eu ordeno a atodos os
dos que estão nas bilhas do mar? homens, tanto no leste como no
E que governo nas alturas dos oeste, tanto no norte como no
céus e embaixo, na Terra; e reve- sul e nas ilhas do mar, que bes-
lo minha palavra aos filhos dos crevam as palavras que lhes
homens, sim, a todas as nações digo; pois pelos clivros que fo-
da Terra? rem escritos djulgarei o mundo,
8 Por que murmurais por rece- cada homem de acordo com as
berdes mais palavras minhas? suas obras, conforme o que está
Não sabeis que o depoimento escrito.

4 a D&C 3:16. 1 Né. 13:38–41; de escrituras


b gee Judeus. 2 Né. 3:12. futuras.
c gee Judá—A vara de b Mt. 18:16. 11a Al. 29:8.
Judá. gee Testemunha. b II Tim. 3:16.
5 a 3 Né. 29:8. c Osé. 1:11. c gee Livro da Vida.
6 a 1 Né. 13:38. 9a Heb. 13:8. d 2 Né. 25:22;
7 a gee Criação, Criar. b gee Revelação. 33:11, 14–15.
b 1 Né. 22:4. 10a gee Escrituras— gee Juı́zo Final.
8 a Eze. 37:15–20; Profecias a respeito
2 Néfi 29:12–30:4 126
12 Pois eis que falarei aos e os inı́quos, destruı́dos. Aproxima-
a
judeus e eles escreverão; e tam- damente 559–545 a.C.
bém falarei aos nefitas e eles bes-
E eis que agora, meus amados
creverão; e falarei também às
irmãos, desejo falar-vos; pois
outras tribos da casa de Israel,
eu, Néfi, não vos permitirei su-
que levei para longe, e elas
por que sois mais justos do que
escreverão; e também falarei a
c o serão os gentios. Porque eis
todas as nações da Terra e elas
que, a não ser que guardeis os
escreverão.
mandamentos de Deus, vós to-
13 E acontecerá que os ajudeus
dos perecereis igualmente; e
terão as palavras dos nefitas e os
por causa das palavras que
nefitas terão as palavras dos ju-
foram ditas, não deveis supor
deus; e os nefitas e os judeus
que os gentios serão totalmente
terão as palavras das btribos per-
destruı́dos.
didas de Israel; e as tribos perdi-
2 Pois eis que vos digo que
das de Israel terão as palavras
todos os gentios que se arrepen-
dos nefitas e dos judeus.
derem serão o povo do aconvê-
14 E acontecerá que o meu
nio do Senhor; e todos os bju-
povo, que é da acasa de Israel,
deus que não se arrependerem
será reunido nas terras de suas
serão lançados fora, porque o
possessões; e minha palavra
Senhor não faz convênios a não
também será reunida em buma.
ser com os que se carrependem e
E mostrarei aos que comba-
acreditam em seu Filho, que é o
tem a minha palavra e o meu
Santo de Israel.
povo, que é da ccasa de Israel,
3 E agora desejo profetizar al-
que eu sou Deus e que fiz dcon-
guma coisa mais sobre os judeus
vênio com Abraão de que me
e os gentios. Porque depois que
lembraria epara sempre de sua
f o livro do qual falei for revelado
semente.
e for escrito para os gentios e se-
lado novamente para o Senhor,
CAPÍTULO 30 muitos aacreditarão nas palavras
que estão escritas; e beles levá-
Os gentios convertidos serão con- las-ão aos remanescentes de
tados com o povo do convênio— nossa semente.
Muitos lamanitas e judeus acredi- 4 E então os remanescentes de
tarão na palavra e tornar-se-ão nossa semente terão conheci-
agradáveis—Israel será restaurada mento de nós, de como saı́mos

12a 1 Né. 13:23–29. b Eze. 37:16–17. f D&C 132:30.


b 1 Né. 13:38–42; c 1 Né. 22:8–9. 30 2a Gál. 3:26–29.
2 Né. 26:17. d Gên. 12:1–3; b Mt. 8:10–13.
c 2 Né. 26:33. 1 Né. 17:40; gee Judeus.
13a Mórm. 5:12–14. 3 Né. 20:27; c gee Arrepender-se,
b gee Israel—As dez Abr. 2:9. Arrependimento.
tribos perdidas de gee Convênio 3 a 3 Né. 16:6–7.
Israel. Abraâmico. b 1 Né. 22:8–9.
14a Jer. 3:17–18. e Gên. 17:7.
127 2 Néfi 30:5–18
de Jerusalém; e de que eles são fará uma grande bdivisão entre
descendentes dos judeus. o povo e destruirá os inı́quos;
5 E o evangelho de Jesus Cris- e cpoupará seu povo, sim, ain-
to será proclamado a aeles; por- da que tenha que ddestruir os
tanto o b conhecimento sobre inı́quos com fogo.
seus pais lhes cserá restituı́do, 11 E a ajustiça será o cinto de
como também o conhecimento seus lombos e a fidelidade, o
sobre Jesus Cristo, que seus pais cinto de seus rins.
possuı́am. 12 E então o lobo amorará com
6 E aı́ se regozijarão; porque o cordeiro; e o leopardo deitar-
saberão que é uma bênção que se-á com o cabrito; e o bezerro e
lhes vem da mão de Deus; e de o filho do leão e o cevado, jun-
seus olhos começarão a cair as tos; e uma criancinha guiá-los-á.
escamas da escuridão; e antes 13 E a vaca e a ursa pastarão;
que se passem muitas gerações, suas crias juntas se deitarão; e o
tornar-se-ão um povo puro e leão comerá palha como o boi.
a
agradável. 14 E a criança de peito brincará
7 E acontecerá que os ajudeus no covil da áspide e o desma-
que estiverem dispersos tam- mado meterá a mão na cova do
bém bcomeçarão a acreditar em basilisco.
Cristo; e começarão a coligar-se 15 Não ferirão nem destruirão
na face da terra; e todos os que em todo o meu santo monte,
acreditarem em Cristo também porque a Terra se encherá do
se tornarão um povo agradável. conhecimento do Senhor como
8 E acontecerá que o Senhor as águas cobrem o mar.
Deus começará a sua obra entre 16 Portanto as coisas de atodas
todas as nações, tribos, lı́nguas as nações se tornarão conheci-
e povos, para efetuar a restaura- das; sim, todas as coisas serão
ção de seu povo na Terra. dadas a bconhecer aos filhos dos
9 E com justiça ajulgará o bSe- homens.
nhor Deus os pobres e reprova- 17 Nada haverá secreto que
rá com eqüidade pelos cmansos não seja arevelado; não haverá
da Terra. E ferirá a Terra com a obra tenebrosa que não venha à
vara de sua boca; e com o sopro luz; nada haverá selado na face
de seus lábios matará os ı́mpios. da Terra que não seja descerra-
10 Pois rapidamente chegará do.
o atempo em que o Senhor Deus 18 Portanto todas as coisas que

5 a 3 Né. 21:3–7, 24–26. 9 a 2 Né. 9:15. gee Terra—Purificação


b 1 Né. 15:14; b Isa. 11:4–9. da Terra.
2 Né. 3:12; c gee Mansidão, Manso, 11a Isa. 11:5–9.
Mórm. 7:1, 9–10. Mansuetude. 12a Isa. 65:25. gee Milênio.
c D&C 3:20. 10a gee Últimos Dias. 16a D&C 101:32–35;
6 a D&C 49:24; 109:65. b D&C 63:53–54. 121:28–29.
7 a 2 Né. 29:13–14. c Mois. 7:61. b Ét. 4:6–7.
b 2 Né. 25:16–17. d 1 Né. 22:15–17, 23. 17a D&C 1:2–3.
2 Néfi 31:1–9 128
foram reveladas aos filhos dos obras entre os filhos dos ho-
homens serão reveladas naque- mens. Pois o Senhor Deus dá
le dia; e Satanás já a não terá a
luz ao entendimento; porque
poder sobre o coração dos fi- fala aos homens de acordo com
lhos dos homens, por um longo sua blı́ngua, para que compreen-
tempo. E agora, meus amados dam.
irmãos, ponho fim a minhas 4 Portanto quisera que vos lem-
palavras. brásseis do que vos falei sobre
aquele aprofeta que o Senhor
me mostrou, o qual batizará o
CAPÍTULO 31 b
Cordeiro de Deus que tirará os
pecados do mundo.
Néfi diz por que Cristo foi batizado
5 E agora, se o Cordeiro de
—Os homens devem seguir a Cris-
Deus, sendo santo, terá necessi-
to, ser batizados, receber o Espı́rito
dade de ser abatizado com água
Santo e perseverar até o fim para
para cumprir toda a justiça,
serem salvos—Arrependimento e
quanto mais necessidade não
batismo são a porta para o caminho
teremos nós, sendo impuros, de
estreito e apertado—A vida eterna
sermos batizados, sim, com
é concedida àqueles que guardam
água!
os mandamentos após o batismo.
6 E agora vos pergunto, meus
Aproximadamente 559–545 a.C.
amados irmãos, como foi que o
E agora, meus amados irmãos, Cordeiro de Deus cumpriu toda
eu, Néfi, cesso de aprofetizar- a justiça, sendo batizado com
vos. E não posso escrever senão água?
umas poucas coisas que sei com 7 Não sabeis que ele era santo?
certeza que acontecerão nem Mas, embora sendo santo, mos-
posso escrever senão algumas tra aos filhos dos homens que,
das palavras de meu irmão Jacó. segundo a carne, se humilha
2 Portanto as coisas que escre- ante o Pai e testifica-lhe que lhe
vi me bastam, exceto algumas será aobediente na observância
poucas palavras que devo dizer de seus mandamentos.
sobre a adoutrina de Cristo; por- 8 Portanto, depois de ter sido
tanto vos falarei claramente, de batizado com água, o Espı́rito
acordo com a clareza de meu Santo desceu sobre ele na afor-
profetizar. ma de uma bpomba.
3 Porque minha alma se deleita 9 E novamente isto mostra aos
na clareza, pois é desta maneira filhos dos homens quão estreito
que o Senhor Deus faz suas é o caminho e quão apertada é a

18 a Apoc. 20:1–3; Ét. 8:26. 4 a 1 Né. 10:7; 11:27. 7 a Jo. 5:30.


31 1a 2 Né. 25:1–4. gee João Batista. gee Obedecer,
2 a 2 Né. 11:6–7. b gee Cordeiro de Obediência,
3 a gee Luz, Luz de Deus. Obediente.
Cristo. 5 a Mt. 3:11–17. 8 a 1 Né. 11:27.
b D&C 1:24. gee Batismo, Batizar. b gee Pomba, Sinal da.
129 2 Néfi 31:10–17
a
porta pela qual deverão entrar, mãos, que assim veio a mim a
tendo-lhes ele dado o exemplo. voz do Filho, dizendo: Depois
10 E disse aos filhos dos de vos arrependerdes de vossos
homens: aSegui-me. Portanto, pecados e de testificardes ao Pai
meus amados irmãos, podere- que estais dispostos a guardar
mos nós bseguir a Jesus se não meus mandamentos pelo batis-
estivermos dispostos a guardar mo de água; e de haverdes re-
os mandamentos do Pai? cebido o batismo de fogo e do
11 E disse o Pai: Arrependei- Espı́rito Santo e de poderdes fa-
vos, arrependei-vos e sede bati- lar em uma lı́ngua nova, sim, na
zados em nome do meu Filho lı́ngua de anjos; se depois disso
Amado. me anegardes, teria sido bmelhor
12 E também veio a mim a voz para vós que não me houvésseis
do Filho, dizendo: Àquele que conhecido.
for batizado em meu nome o Pai 15 E ouvi a voz do Pai, dizen-
a
dará o Espı́rito Santo, como a do: Sim, as palavras do meu
mim; bsegui-me, pois; e fazei as Amado são verdadeiras e fiéis.
coisas que me vistes fazer. Quem perseverar até o fim, esse
13 Portanto, meus amados ir- será salvo.
mãos, sei que, se seguirdes o Fi- 16 E agora, meus amados ir-
lho com todo o coração, agindo mãos, sei por isso que, a menos
sem hipocrisia e sem dolo dian- que o homem apersevere até o
te de Deus, mas com verdadeira fim, seguindo o bexemplo do
intenção, arrependendo-vos de Filho do Deus vivente, não
vossos pecados, testemunhando poderá ser salvo.
ao Pai que estais dispostos a to- 17 Portanto fazei as coisas que
mar sobre vós o nome de Cristo eu vos disse ter visto vosso
pelo abatismo—sim, seguindo Senhor e Redentor fazer; por-
vosso Senhor e vosso Salvador à que por esta razão me foram
água, segundo a sua palavra, eis mostradas, para que possais
que então recebereis o Espı́rito conhecer a porta pela qual de-
Santo; sim, então vem o bbatis- veis entrar. Porque a porta pela
mo de fogo e do Espı́rito Santo; qual deveis entrar é o arrepen-
e então podereis falar na c lı́ngua dimento e o abatismo com água;
de anjos e render louvores ao e recebereis, então, a bremissão
Santo de Israel. de vossos pecados pelo fogo e
14 Eis, porém, meus amados ir- pelo Espı́rito Santo.

9 a 2 Né. 9:41; b gee Dom do Espı́rito 16a Al. 5:13; 38:2;


3 Né. 14:13–14; Santo; Fogo. D&C 20:29.
D&C 22:4. c 2 Né. 32:2–3. b gee Jesus Cristo—
10a Mt. 4:19; 8:22; 9:9. 14a Mt. 10:32–33; Exemplo de Jesus
b Morô. 7:11; D&C 56:2. Al. 24:30; Cristo.
12a gee Dom do Espı́rito D&C 101:1–5. 17a Mos. 18:10.
Santo. gee Pecado gee Batismo, Batizar.
b Lc. 9:57–62; Jo. 12:26. Imperdoável. b gee Remissão de
13a Gál. 3:26–27. b II Ped. 2:21. Pecados.
2 Néfi 31:18–32:3 130
18 E estareis então no acami- e bnão há qualquer outro cami-
nho b estreito e apertado que nho ou cnome debaixo do céu
conduz à vida eterna; sim, have- pelo qual o homem possa ser
reis entrado pela porta; havereis salvo no reino de Deus. E agora,
procedido segundo os manda- eis que esta é a d doutrina de
mentos do Pai e do Filho; e ha- Cristo e a única e verdadeira
vereis recebido o Espı́rito Santo, doutrina do ePai e do Filho e do
que dá ctestemunho do Pai e do Espı́rito Santo, que são f um
Filho em cumprimento da pro- Deus, sem fim. Amém.
messa que vos fez de que, se
entrásseis pelo caminho, rece-
CAPÍTULO 32
berı́eis.
19 E agora, meus amados ir-
Anjos falam pelo poder do Espı́rito
mãos, depois de haverdes en-
Santo—Os homens devem orar e
trado neste caminho estreito e
obter do Espı́rito Santo conheci-
apertado, eu perguntaria se tu-
mento para si mesmos. Aproxima-
do terá sido afeito. Eis que vos
damente 559–545 a.C.
digo: Não; porque não haverı́eis
chegado até esse ponto se não E agora eis que, meus amados
fosse pela palavra de Cristo, irmãos, suponho que meditais
com bfé inabalável nele, ccon- em vosso coração sobre o que
fiando plenamente nos méritos deveis fazer, depois de haver-
daquele que é poderoso para des entrado pelo caminho. Mas
salvar. por que ponderais sobre estas
20 Deveis, pois, aprosseguir coisas em vosso coração?
com firmeza em Cristo, tendo 2 Não vos lembrais de que eu
um perfeito esplendor de bespe- vos disse que depois de haver-
rança e camor a Deus e a todos des arecebido o Espı́rito Santo
os homens. Portanto, se assim poderı́eis falar a b lı́ngua de
prosseguirdes, banqueteando- anjos? E então, como poderı́eis
vos com a palavra de Cristo, falar a lı́ngua de anjos se não
e dperseverardes até o fim, eis fosse pelo Espı́rito Santo?
que assim diz o Pai: Tereis vida 3 Os aanjos falam pelo poder
eterna. do Espı́rito Santo; falam, por-
21 E agora, meus amados ir- tanto, as palavras de Cristo. Por
mãos, eis que este é o acaminho; isto eu vos disse: bBanqueteai-

18a Prov. 4:18. c gee Amor. Cristo.


gee Caminho. d gee Perseverar. d Mt. 7:28;
b 1 Né. 8:20. 21a At. 4:10–12; Jo. 7:16–17.
c At. 5:29–32. 2 Né. 9:41; e gee Trindade.
19a Mos. 4:10. Al. 37:46; f 3 Né. 11:27, 35–36.
b gee Fé. D&C 132:22, 25. gee Unidade.
c D&C 3:20. b Mos. 3:17. 32 2a 3 Né. 9:20.
20a gee Andar, Andar c gee Jesus Cristo— b 2 Né. 31:13.
com Deus. Tomar sobre nós 3 a gee Anjos.
b gee Esperança. o nome de Jesus b Jer. 15:16.
131 2 Néfi 32:4–33:2
a
vos com as palavras de Cristo; orar, saberı́eis que deveis orar;
pois eis que as palavras de porque o bespı́rito mau não ensi-
Cristo vos dirão todas as coisas na o homem a orar, mas ensina-
que deveis fazer. lhe que não deve orar.
4 Portanto, agora que vos disse 9 Mas eis que vos digo que
estas palavras, se não as puder- deveis aorar sempre e não desfa-
des compreender será porque lecer; e nada deveis fazer para o
não apedis nem bateis; de modo Senhor sem antes orar ao Pai,
que não sereis levados para a em bnome de Cristo, para que
luz, mas perecereis na escuri- ele consagre para vós a vossa
dão. ação, a fim de que a vossa ação
5 Pois eis que vos digo nova- seja para o cbem-estar de vossa
mente que, se entrardes pelo ca- alma.
minho e receberdes o Espı́rito
Santo, ele vos mostrará todas as
CAPÍTULO 33
coisas que deveis fazer.
6 Eis que esta é a doutrina de
As palavras de Néfi são verdadeiras
Cristo e nenhuma doutrina mais
—Elas testificam de Cristo—Aque-
será dada até depois de ele se
a les que crêem em Cristo crerão nas
manifestar a vós na carne. E
palavras de Néfi, as quais serão
quando ele se manifestar na car-
como uma testemunha diante do
ne, devereis fazer as coisas que
tribunal. Aproximadamente 559–
ele vos disser.
545 a.C.
7 E agora eu, Néfi, não posso
dizer mais; o Espı́rito encerra a E agora eu, Néfi, não posso es-
minha fala e só me resta lamen- crever todas as coisas que foram
tar a aincredulidade e a iniqüi- ensinadas a meu povo; nem sou
a
dade e a ignorância e a obsti- poderoso no escrever como o
nação dos homens; porque não sou no falar; porque quando um
procuram conhecimento nem homem bfala pelo poder do Es-
compreendem grande conheci- pı́rito Santo, o poder do Espı́rito
mento, quando lhe é dado com Santo leva as suas palavras ao
b
clareza, sim, tão claramente coração dos filhos dos homens.
quanto o podem ser as palavras. 2 Mas eis que muitos há que
a
8 E agora, meus amados ir- endurecem o coração contra o
mãos, percebo que ainda medi- Santo Espı́rito, de modo que ne-
tais em vosso coração; e é-me les não encontra espaço; portan-
doloroso falar-vos sobre isso. to lançam fora muitas coisas que
Porque, se désseis ouvidos ao estão escritas e consideram-nas
Espı́rito que ensina o homem a sem importância.

4a gee Pedir. 8 a gee Oração. b Mois. 5:8.


6a 3 Né. 11:8. b Mos. 4:14. c Al. 34:27.
7a gee Incredulidade. gee Diabo. 33 1a Ét. 12:23–24.
b 2 Né. 31:2–3; 9 a 3 Né. 20:1; b D&C 100:7–8.
Jacó 4:13. D&C 75:11. 2 a Hel. 6:35–36.
2 Néfi 33:3–12 132
a
3 Mas eu, Néfi, escrevi o que judeus—digo judeus, porque
escrevi e considero-o de grande me refiro àqueles de onde vim.
a
valor, especialmente para o 9 Tenho também caridade para
meu povo. Porque boro por eles com os agentios; mas eis que
continuamente durante o dia e não posso ter esperança por ne-
meus olhos molham meu tra- nhum deles, a não ser que se
b
vesseiro durante a noite por reconciliem com Cristo e en-
causa deles; e clamo a meu Deus trem pela porta capertada e dan-
com fé e sei que ele ouvirá o dem no caminho eestreito, que
meu clamor. leva à vida, e continuem no
4 E sei que o Senhor Deus con- caminho até o fim do dia de
sagrará minhas orações para o provação.
bem de meu povo. E as palavras 10 E agora, meus amados ir-
que escrevi em fraqueza tornar- mãos, e também judeus e todos
se-ão afortes para eles; porque vós, confins da Terra, dai ouvi-
os bpersuadem a fazer o bem; fa- dos a estas palavras e aacreditai
zem com que saibam a respeito em Cristo; e se não acreditardes
de seus pais; e falam de Jesus, nestas palavras, acreditai em
persuadindo-os a acreditar nele Cristo. E se acreditardes em Cris-
e a perseverar até o fim, que é to, acreditareis nestas bpalavras,
vida ceterna. porque são as cpalavras de Cris-
5 E falam aasperamente contra to e ele deu-as a mim; e elas den-
o pecado, segundo a bclareza da sinam a todos os homens que
verdade; portanto nenhum ho- devem fazer o bem.
mem se zangará com as palavras 11 E se elas não são as palavras
que escrevi, a não ser que ele de Cristo, julgai vós—porque
seja do espı́rito do diabo. no último dia Cristo vos mostra-
6 Glorio-me na clareza; glorio- rá, com apoder e grande glória,
me na verdade; glorio-me em que são suas palavras; e vós e eu
meu Jesus, pois aredimiu minha estaremos face a face ante o seu
b
alma do inferno. tribunal e sabereis que ele me
7 Tenho acaridade para com mandou escrever estas coisas,
meu povo e grande fé em Cristo apesar de minha fraqueza.
de que encontrarei muitas almas 12 E oro ao Pai, em nome de
sem mancha no seu tribunal. Cristo, para que muitos de nós,
8 Tenho caridade para com os senão todos, sejamos salvos no

3 a gee Escrituras— Jacó 4:13. e Hel. 3:29–30;


Valor das escrituras. 6 a gee Redenção, D&C 132:22.
b En. 1:9–12; Redimido, Redimir. 10a gee Crença, Crer.
Pal. Mórm. 1:8. 7 a gee Caridade. b gee Livro de Mórmon.
4 a Ét. 12:26–27. 8 a gee Judeus. c Morô. 10:27–29.
b Morô. 7:13. 9 a gee Gentios. d 2 Né. 25:28.
c gee Vida Eterna. b gee Expiação, Expiar. 11a Ét. 5:4;
5 a 1 Né. 16:1–3; c 2 Né. 9:41. Morô. 7:35.
2 Né. 9:40. d gee Andar, Andar b Apoc. 20:12;
b 2 Né. 31:3; com Deus. Morô. 10:34.
133 2 Néfi 33:13–Jacó 1:4
seu areino no grande e último dos judeus nem tampouco mi-
dia. nhas bpalavras nem as que sai-
13 E agora, meus amados ir- rão da boca do Cordeiro de
mãos, todos os que são da casa Deus, eis que vos dou um eter-
de Israel e todos vós, confins da no adeus, porque estas palavras
Terra, falo-vos com a voz de vos ccondenarão no último dia.
quem aclama do pó: Adeus, até 15 Porque o que eu selo na Ter-
que chegue aquele grande dia. ra será apresentado contra vós
14 E vós outros, que não que- no atribunal; porque assim me
reis participar da bondade de ordenou o Senhor e devo obe-
Deus nem respeitar as apalavras decer. Amém.

Livro de Jacó

IRMÃO DE NÉFI

A s palavras de sua pregação a seus irmãos. Ele confunde um


homem que procura destruir a doutrina de Cristo. Algumas
palavras sobre a história do povo de Néfi.

CAPÍTULO 1 gumas das coisas que eu consi-


derasse muito preciosas; que eu
Jacó e José procuram persuadir os não tratasse, a não ser ligeira-
homens a crerem em Cristo e a mente, da história deste povo,
guardarem seus mandamentos— que é chamado povo de Néfi.
Néfi morre—A iniqüidade prevale- 3 Porque ele disse que a histó-
ce entre os nefitas. Aproximada- ria de seu povo deveria ser gra-
mente 544–421 a.C. vada nas suas outras placas e

P OIS eis que aconteceu que


cinqüenta e cinco anos se
passaram desde a época em que
que eu deveria guardar estas
placas e transmiti-las a meus
descendentes, de geração em
Leı́ deixara Jerusalém; e Néfi geração.
deu a mim, aJacó, um bmanda- 4 E se houvesse prédicas sagra-
mento concernente às cplacas das ou grandes revelações ou
menores, nas quais estão grava- profecias, deveria eu gravar
das estas coisas. seus pontos principais nestas
2 E ele ordenou a mim, Jacó, placas e escrever sobre elas tan-
que escrevesse nestas placas al- to quanto fosse possı́vel, por

12a gee Glória Celeste. Ét. 4:8–10. b Jacó 7:27.


13a Isa. 29:4; 2 Né. 26:16. 15a Pal. Mórm. 1:11. c 2 Né. 5:28–33;
14a gee Bı́blia. Jacó 3:13–14.
b gee Livro de Mórmon. [jacó] gee Placas.
c 2 Né. 29:11; 1 1a gee Jacó, Filho de Leı́.
Jacó 1:5–14 134
amor a Cristo e para o bem de 9 Ora, Néfi começou a en-
nosso povo. velhecer e viu que logo amor-
5 Pois em virtude de nossa fé e reria; portanto bungiu um ho-
grande ansiedade, verdadeira- mem para ser rei e governador
mente nos haviam sido revela- de seu povo, de acordo com os
das as coisas que aaconteceriam governos dos creis.
a nosso povo. 10 O povo amava Néfi pro-
6 E tivemos também muitas fundamente, por ter sido seu
revelações e o espı́rito de muita grande protetor, ter empu-
profecia; sabı́amos, portanto, n h a d o a a e s p a d a d e L a b ã o
de aCristo e de seu reino que em sua defesa e trabalhado to-
haveria de vir. dos os seus dias por seu bem-
7 Portanto trabalhamos dili- estar—
gentemente entre os de nosso 11 Portanto o povo queria
povo, a fim de persuadi-los a que a memória de seu nome
a
virem a Cristo e participarem fosse conservada e que todos
da bondade de Deus, para en- os que governassem em seu
trarem em seu bdescanso, a fim lugar fossem chamados, pelo
de que, de nenhum modo, ele povo, de Néfi segundo, Néfi
jurasse em sua ira que não cen- terceiro e assim por diante, de
trariam, como na dprovocação, acordo com os governos dos
nos dias de tentação, enquanto reis; e assim foram chamados
os filhos de Israel estavam no pelo povo, fosse qual fosse seu
e
deserto. nome.
8 Portanto prouvera a Deus 12 E aconteceu que Néfi mor-
que pudéssemos persuadir to- reu.
dos os homens a não se arebela- 13 Ora, aqueles que não eram
rem contra Deus, a não o bpro- a
lamanitas eram bnefitas; não
vocarem à ira, mas que todos os obstante, eram chamados de
homens acreditassem em Cristo nefitas, jacobitas, josefitas, czora-
e considerassem sua morte e mitas, lamanitas, lemuelitas e
carregassem sua ccruz e supor- ismaelitas.
tassem a vergonha do mundo; 14 Mas eu, Jacó, daqui por
portanto eu, Jacó, tomo a meu diante não os mencionarei por
cargo cumprir o mandamento esses nomes, mas achamarei de
de meu irmão Néfi. lamanitas aos que procuram

5 a 1 Né. 12. d Heb. 3:8. b gee Unção, Ungir.


6 a 1 Né. 10:4–11; e Núm. 26:65; c 2 Né. 6:2; Jar. 1:7.
19:8–14. 1 Né. 17:23–31. 10a 1 Né. 4:9; 2 Né. 5:14;
7 a 2 Né. 9:41; 8 a gee Rebeldia, Pal. Mórm. 1:13;
Ômni 1:26; Rebelião. Mos. 1:16;
Morô. 10:32. b 1 Né. 17:30; D&C 17:1.
b gee Descansar, Al. 12:36–37; 13a En. 1:13; D&C 3:18.
Descanso. Hel. 7:18. b gee Nefitas.
c Núm. 14:23; c tjs, Mt. 16:25–26; c 1 Né. 4:35;
Deut. 1:35–37; Lc. 14:27. 4 Né. 1:36–37.
D&C 84:23–25. 9 a 2 Né. 1:14. 14a Mos. 25:12; Al. 2:11.
135 Jacó 1:15–2:5
destruir o povo de Néfi; e aos CAPÍTULO 2
q u e s ã o a m i g o s d e N é f i e u
chamarei de bnefitas, ou seja, o Jacó denuncia o amor às riquezas,
c
p o v o d e N é f i , s e g u n d o o s o orgulho e a falta de castidade—
governos dos reis. Os homens podem procurar obter
15 E então aconteceu que o riquezas para ajudar seus seme-
povo de Néfi, sob o governo do lhantes—Jacó condena a prática
segundo rei, começou a endure- não autorizada do casamento plu-
cer o coração, permitindo-se, ral—O Senhor deleita-se na casti-
de certa forma, práticas inı́quas, dade das mulheres. Aproximada-
assim como Davi, na antigüida- mente 544–421 a.C.
de, que desejara ter muitas aes-
posas e concubinas; e também As palavras que Jacó, irmão de
Salomão, seu filho. Néfi, dirigiu ao povo de Néfi de-
16 Sim, e eles também come- pois da morte de Néfi:
çaram a procurar muito ouro e 2 Agora, meus amados irmãos,
prata e começaram a ser um tan- eu, Jacó, de acordo com a res-
to orgulhosos. ponsabilidade que tenho para
17 Portanto eu, Jacó, disse-lhes com Deus de magnificar meu
estas palavras enquanto os en- ofı́cio com sobriedade e para li-
sinava no atemplo, tendo pri- vrar minhas vestimentas de vos-
meiramente recebido essa bmis- sos pecados, venho hoje ao
são do Senhor. templo para declarar-vos a pala-
18 Porque eu, Jacó, e meu ir- vra de Deus.
mão José havı́amos sido aconsa- 3 E vós mesmos sabeis que, até
grados sacerdotes e mestres aqui, eu tenho sido diligente no
deste povo pela mão de Néfi. exercı́cio de meu chamado;
19 E nós magnificamos o nosso hoje, porém, sinto-me curvado
a
ofı́cio para o Senhor, tomando sob o peso de um desejo e ansie-
sobre nós a bresponsabilidade dade muito maiores pelo bem-
de responder pelos pecados do estar de vossa alma do que senti
povo se não lhes ensinássemos até agora.
com diligência a palavra de 4 Pois eis que até agora ten-
Deus; assim, trabalhando com des sido obedientes à palavra
toda a nossa força, seu csangue do Senhor, a qual eu vos tenho
não mancharia nossas vestimen- dado.
tas; caso contrário, o seu sangue 5 Ouvi-me, porém, e sabei que,
cairia sobre nossas vestimentas com o auxı́lio do onipotente
e não serı́amos declarados sem Criador dos céus e da Terra,
mancha no último dia. posso falar-vos a respeito de

14b 2 Né. 4:11. do Senhor. 19a gee Oficial, Ofı́cio.


c 2 Né. 5:9. b gee Chamado, b D&C 107:99–100.
15a D&C 132:38–39. Chamado por Deus, gee Mordomia,
17a 2 Né. 5:16. Chamar. Mordomo.
gee Templo, A Casa 18a 2 Né. 5:26. c 2 Né. 9:44.
Jacó 2:6–14 136
vossos apensamentos, de como sença dos puros de coração e
estais começando a cometer daqueles de coração quebran-
pecado, pecado esse que me pa- tado, sob o olhar bpenetrante do
rece muito abominável, sim, e Deus Todo-Poderoso.
abominável a Deus. 11 Portanto, devo dizer-vos a
6 Sim, entristece-me a alma e verdade, de acordo com a aclare-
faz-me encolher de vergonha za da palavra de Deus. Pois eis
ante meu Criador ter que vos que, tendo eu inquirido o Se-
testemunhar sobre a maldade nhor, assim me veio a palavra,
de vosso coração. dizendo: Jacó, vai ao templo
7 E também me entristece ter amanhã e declara a esse povo a
que usar uma linguagem atão palavra que te darei.
forte a vosso respeito perante 12 E agora eis que, meus ir-
vossas mulheres e vossos filhos, m ã o s , e s t a é a p a l a v r a q u e
quando muitos têm sentimentos vos declaro: que muitos de vós
sumamente ternos e bcastos e haveis começado a procurar ou-
delicados perante Deus, o que é ro e prata e toda espécie de ami-
agradável a Deus; nerais preciosos que se encon-
8 E suponho que eles tenham tram em abundância nesta terra,
vindo aqui para ouvir a agra- que é uma bterra de promissão
dável apalavra de Deus, sim, a para vós e para vossos descen-
palavra que cura a alma ferida. dentes.
9 Portanto, pesa-me a alma 13 E a mão da providência fa-
por ser compelido, por causa do voreceu-vos mui agradavel-
estrito mandamento que recebi mente, de modo que obtivestes
de Deus, a admoestar-vos se- muitas riquezas; e porque al-
gundo vossos crimes, a aumen- guns de vós obtivestes mais
tar as feridas dos que já estão abundantemente do que vossos
feridos, em vez de consolá-los e irmãos, enchestes o coração de
a
curar-lhes as feridas; e os que orgulho e andais com dura cer-
não foram feridos, em vez de se viz e cabeça levantada devido
banquetearem com a palavra aos vossos custosos trajes; e
agradável de Deus, têm a alma perseguis vossos irmãos, porque
traspassada e a delicada mente supondes que sois melhores do
ferida por punhais. que eles.
10 Mas, não obstante a magni- 14 E agora, meus irmãos, su-
tude da tarefa, devo agir segun- pondes que Deus vos justifica
do os amandamentos estritos de nisto? Eis que vos digo: Não.
Deus e falar-vos de vossas mal- Ele, porém, condena-vos; e se
dades e abominações na pre- persistirdes nestas coisas, seus

2 5a Al. 12:3; D&C 6:16. 10 a gee Mandamentos de Hel. 6:9–11; Ét. 10:23.
gee Trindade. Deus. b 1 Né. 2:20.
7 a D&C 121:43. b 2 Né. 9:44. gee Terra da
b gee Virtude. 11a 2 Né. 25:4; 31:2–3. Promissão.
8 a Al. 31:5. 12a 1 Né. 18:25; 13a Mórm. 8:35–39.
137 Jacó 2:15–27
julgamentos cairão rapidamen- uma criatura é tão preciosa co-
te sobre vós. mo a outra. E toda a carne vem
15 Oh! Se ele vos mostrasse do pó; e a todos criou para o
que vos pode traspassar e que, mesmo fim, para que guardas-
com um relance de seu olhar, sem seus amandamentos e glori-
pode lançar-vos ao pó! ficassem-no para sempre.
16 Oh! Se ele vos livrasse desta 22 E agora cesso de falar-vos
iniqüidade e abominação! E oh! sobre esse orgulho. E se não ti-
Se escutásseis a palavra de seus vesse que vos falar sobre um
mandamentos e não permitı́s- crime ainda maior, meu coração
seis que o aorgulho de vosso co- regozijar-se-ia imensamente por
ração vos destruı́sse a alma! vós.
17 Pensai em vossos irmãos 23 Mas a palavra de Deus me
como em vós mesmos; e sede oprime por causa de vossos cri-
amáveis para com todos e libe- mes maiores. Pois eis que assim
rais com vossos abens, para que diz o Senhor: Este povo começa
b
vossos irmãos sejam ricos como a tornar-se inı́quo; eles não en-
vós. tendem as escrituras, pois pro-
18 Mas antes de buscardes ari- curam desculpar-se por cometer
quezas, buscai o breino de Deus. libertinagens, por causa das
19 E depois de haverdes obtido coisas que foram escritas com
uma esperança em Cristo, con- referência a Davi e seu filho
seguireis riquezas, se as procu- Salomão.
rardes; e procurá-las-eis com o 24 Eis que Davi e a Salomão
fito de apraticar o bem—de ves- realmente tiveram muitas bes-
tir os nus e alimentar os famin- posas e concubinas, o que foi
tos e libertar os cativos e abominável diante de mim, diz
confortar os doentes e aflitos. o Senhor.
20 E agora, meus irmãos, falei- 25 Portanto, assim diz o Se-
vos sobre o orgulho; e aqueles nhor: Tirei este povo da terra de
de vós que afligistes o próximo e Jerusalém pelo poder de meu
o perseguistes devido ao orgu- braço, a fim de suscitar para
lho de vosso coração, por causa mim um aramo justo do fruto
das coisas que Deus vos deu, dos lombos de José.
que dizeis disto? 26 Portanto eu, o Senhor Deus,
21 Não supondes que tais coi- não permitirei que este povo
sas são abomináveis àquele que proceda como os antigos.
criou toda a carne? E para ele 27 Portanto, meus irmãos, ouvi-

16a gee Orgulho. gee Riquezas. Esd. 9:1–2;


17a gee Esmolas; b Lc. 12:22–31. D&C 132:38–39.
Bem-estar. 19a Mos. 4:26. 25a Gên. 49:22–26;
b 4 Né. 1:3. 21a D&C 11:20; Amós 5:15;
18a I Re. 3:11–13; Abr. 3:25–26. 2 Né. 3:5;
Mc. 10:17–27; 24a I Re. 11:1; Al. 26:36.
2 Né. 26:31; Nee. 13:25–27. gee Leı́, Pai de Néfi.
D&C 6:7. b I Re. 11:1–3;
Jacó 2:28–3:1 138
a
me e atentai para a palavra do libertinagens como os antigos,
Senhor: Pois nenhum homem diz o Senhor dos Exércitos.
dentre vós terá mais que auma 34 E agora eis que, meus ir-
esposa; e não terá concubina mãos, sabeis que estes manda-
alguma. mentos foram dados a nosso
28 Porque eu, o Senhor Deus, pai, Leı́; portanto já os conhe-
deleito-me na a castidade das cı́eis; e caı́stes em grande conde-
mulheres. E as libertinagens são nação, porque haveis feito estas
para mim abominação; assim coisas que não devı́eis ter feito.
diz o Senhor dos Exércitos. 35 Eis que haveis praticado
a
29 Portanto este povo guar- maiores iniqüidades que os la-
dará os meus mandamentos, manitas, nossos irmãos. Haveis
diz o Senhor dos Exércitos, ou a quebrantado o coração de vos-
terra será aamaldiçoada por sua sas ternas esposas e perdido a
causa. confiança de vossos filhos, por
30 Porque se eu quiser suscitar causa de vossos maus exemplos
a
posteridade para mim, diz o diante deles; e os soluços do
Senhor dos Exércitos, ordenarei coração deles sobem a Deus
isso a meu povo; em outras contra vós. E por causa da seve-
circunstâncias meu povo dará ridade da palavra de Deus, que
ouvidos a estas coisas. desce contra vós, muitos cora-
31 Porque eis que eu, o Senhor, ções pereceram, traspassados
vi a dor e ouvi o lamento das por profundas feridas.
filhas de meu povo na terra de
Jerusalém; sim, e em todas as
CAPÍTULO 3
terras de meu povo, por causa
das iniqüidades e abominações
Os puros de coração recebem a agra-
de seus maridos.
dável palavra de Deus—A retidão
32 E não permitirei, diz o Se-
dos lamanitas excede a dos nefitas
nhor dos Exércitos, que o la-
—Jacó adverte contra fornicação,
mento das belas filhas deste
lascı́via e todo pecado. Aproximada-
povo que tirei da terra de Jeru-
mente 544–421 a.C.
salém suba a mim contra os
homens de meu povo, diz o Mas eis que eu, Jacó, desejo falar
Senhor dos Exércitos. a vós, que sois puros de coração.
33 Porque não levarão em cati- Confiai em Deus com a mente
veiro as filhas de meu povo, por firme e orai a ele com grande fé;
causa de sua ternura, sem que e ele consolar-vos-á nas aflições
eu os visite com uma terrı́vel e defenderá vossa causa e envia-
maldição, até mesmo destrui- rá justiça sobre os que procuram
ção; porque eles não cometerão a vossa destruição.

27a D&C 42:22; 49:16. 29a Ét. 2:8–12. Sensualidade;


gee Casamento, 30a Mal. 2:15; Imoralidade Sexual.
Casar. D&C 132:61–66. 35a Jacó 3:5–7.
28a gee Castidade. 33a gee Sensual,
139 Jacó 3:2–11
2 Ó todos vós, que sois puros 7 Eis que os maridos aamam as
de coração, levantai a cabeça e esposas e as esposas amam os
recebei a agradável palavra de maridos; e os maridos e as espo-
Deus e banqueteai-vos com seu sas amam seus filhos; e sua in-
amor; porque podereis fazê-lo credulidade e seu ódio para
para sempre, se vossa mente for convosco são conseqüência da
a
firme. iniqüidade de seus pais; portan-
3 Mas ai, ai de vós, que não sois to, em que sois vós melhores do
puros de coração, que estais hoje que eles aos olhos de vosso
a
imundos diante de Deus; por- grande Criador?
que, a não ser que vos arrepen- 8 Ó meus irmãos, temo que,
dais, a terra será amaldiçoada a menos que vos arrependais
por vossa causa; e os lamanitas, de vossos pecados, a pele de-
que não são imundos como vós, les será mais branca do que a
não obstante b amaldiçoados vossa, quando fordes levados
com uma dolorosa maldição, com eles perante o trono de
afligir-vos-ão até vos destruir. Deus.
4 E vem rapidamente o tempo 9 Portanto eu vos dou um
em que, a menos que vos arre- mandamento, que é a palavra
pendais, eles ocuparão a terra de de Deus: que não mais os in-
vossa herança e o Senhor Deus jurieis por sua pele escura nem
a
retirará os justos dentre vós. os injurieis por causa de sua
5 Eis que os lamanitas, vossos imundı́cie; mas deveis recordar
irmãos, a quem odiais por causa vossa própria imundı́cie e lem-
de sua imundı́cie e da maldição brar-vos de que a imundı́cie de-
que lhes caiu sobre a pele, são les lhes adveio por causa de
mais justos que vós; porque eles seus pais.
não se aesqueceram do manda- 10 Portanto vos lembrareis de
mento do Senhor, dado a nosso vossos afilhos, de como lhes afli-
pai—de que não deveriam ter gistes o coração por causa do
mais que uma esposa nem con- exemplo que lhes haveis dado;
cubina alguma; e que não deve- e lembrai-vos também de que
riam cometer libertinagem. podeis, pela vossa imundı́cie,
6 E agora eles se esforçam por levar vossos filhos à destruição;
guardar este mandamento; por- e seus pecados serão amontoa-
tanto, por causa desse esforço dos sobre a vossa cabeça no últi-
em guardar este mandamento, o mo dia.
Senhor Deus não os destruirá, 11 Ó meus irmãos, dai ouvidos
mas será amisericordioso para a minhas palavras; despertai a
com eles; e um dia tornar-se-ão sensibilidade de vossa alma;
um povo abençoado. sacudi-vos, a fim de aacordardes

3 2a Al. 57:26–27. 4 a Ômni 1:5–7, 12–13. 7 a gee Famı́lia; Amor.


3 a gee Imundı́cie, 5 a Jacó 2:35. 10a gee Criança(s),
Imundo. 6 a 2 Né. 4:3, 6–7; Menino(s); Filho(s).
b 1 Né. 12:23. Hel. 15:10–13. 11a Al. 5:6–9.
Jacó 3:12–4:5 140
do sono da morte; e livrai-vos povo com palavras (e não posso
das penas do binferno, para não escrever senão poucas de mi-
vos tornardes canjos do diabo e nhas palavras, devido à dificul-
serdes jogados no lago de fogo dade de gravá-las em placas) e
e enxofre, que é a segunda sabemos que as coisas que escre-
d
morte. vemos em placas perdurarão;
12 E então eu, Jacó, disse mui- 2 Tudo o que escrevermos,
tas outras coisas ao povo de porém, que não seja em placas,
Néfi, admoestando-os contra a perecerá e desaparecerá; mas
a
fornicação e a blascı́via e toda podemos escrever algumas pa-
espécie de pecado, mostrando- lavras em placas, que darão a
lhes suas terrı́veis conseqüên- nossos filhos e também a nossos
cias. amados irmãos um pequeno
13 E nem a centésima parte dos grau de conhecimento sobre
feitos deste povo, que agora nós, ou seja, sobre seus pais—
começa a ser numeroso, pode 3 Ora, nisto nos regozijamos;
ser escrita anestas placas; mas e trabalhamos diligentemente
muitos dos seus feitos estão re- para gravar estas palavras em
gistrados nas placas maiores e placas, na esperança de que
suas guerras e suas contendas e nossos amados irmãos e nossos
os reinados de seus reis. filhos as recebam com o coração
14 Estas placas são chamadas agradecido e as examinem, para
placas de Jacó e foram feitas que aprendam com alegria, e
pela mão de Néfi. E termino n ã o c o m t r i s t e z a n e m c o m
estas palavras. desdém, o que se refere a seus
antepassados.
4 Porque para este fim escre-
CAPÍTULO 4
vemos estas coisas: para que
tenham conhecimento de que
Todos os profetas adoravam o Pai a
sabı́amos de Cristo e tı́nhamos
em nome de Cristo—A oferta que
esperança em sua glória muitos
Abraão fez de Isaque foi à semelhan-
séculos antes de sua vinda; e
ça de Deus e seu Unigênito—Os
não somente nós tı́nhamos es-
homens devem reconciliar-se com
perança em sua glória, mas tam-
Deus por meio da expiação—Os
bém todos os santos bprofetas
judeus rejeitarão a pedra de fun-
que viveram antes de nós.
damento. Aproximadamente 544–
5 Eis que eles acreditavam em
421 a.C.
Cristo e aadoravam o Pai em seu
Ora, então aconteceu que eu, nome; e também nós adoramos
Jacó, tendo ensinado muito meu o Pai em seu nome. E com este

11b gee Inferno. Iniqüidade, Inı́quo. Jacó 7:11;


c 2 Né. 9:8–9. 13a 1 Né. 19:1–4; Mos. 13:33–35;
d gee Morte Espiritual. Jacó 1:1–4. D&C 20:26.
12a gee Fornicação. 4 4a gee Jesus Cristo. 5 a Mois. 5:8.
b gee Concupiscência; b Lc. 24:25–27;
141 Jacó 4:6–11
propósito guardamos a blei de jam revelados; portanto, irmãos,
Moisés, que a ele cguia nossa al- não desprezeis as revelações de
ma; e isso nos é atribuı́do como Deus.
retidão, assim como a Abraão no 9 Pois eis que foi pelo poder
deserto, a obediência às ordens de sua apalavra que o bhomem
de Deus de oferecer seu filho apareceu na face da Terra, Terra
Isaque, o que é à semelhança de essa que foi criada pelo poder
Deus e seu Filho dUnigênito. de sua palavra. Portanto, se
6 Portanto estudamos os profe- pôde Deus falar e o mundo exis-
tas e temos muitas revelações e tir; e falar e o homem ser criado,
o espı́rito de aprofecia; e com por que, pois, não há de poder
todos estes btestemunhos obte- comandar a c Terra ou a obra
mos uma esperança e nossa fé de suas mãos na face da Terra,
torna-se inabalável, de sorte de acordo com a sua vontade e
que podemos verdadeiramente prazer?
c
ordenar em dnome de Jesus e as 10 Portanto, irmãos, não ten-
próprias árvores ou as monta- teis dar aconselhos ao Senhor,
nhas ou as ondas do mar nos mas, sim, recebei conselhos de
obedecem. sua mão. Pois eis que vós mes-
7 Não obstante, o Senhor Deus mos sabeis que ele aconselha
mostra-nos as nossas afraquezas com bsabedoria e justiça e gran-
a fim de que saibamos que é por de misericórdia em todas as suas
sua graça e sua grande condes- obras.
cendência para com os filhos 11 Portanto, amados irmãos,
dos homens que temos poder reconciliai-vos com ele pela
a
para fazer estas coisas. expiação de Cristo, seu Filho
b
8 Eis que grandes e maravilho- Unigênito; e podereis obter a
c
sas são as obras do Senhor. ressurreição, de acordo com o
Quão ainsondáveis são as pro- poder da ressurreição que está
fundezas de seus bmistérios! E em Cristo, e serdes apresenta-
é impossı́vel ao homem desco- dos como as dprimı́cias de Cristo
brir todos os seus caminhos. E a Deus, tendo fé e havendo obti-
nenhum homem cconhece seus do esperança de glória nele,
d
caminhos, a não ser que lhe se- antes que se manifeste na carne.

5 b 2 Né. 25:24; d At. 3:6–16; 3 Né. 8:1. Homem, Homens.


Jar. 1:11; 7 a Ét. 12:27. c Hel. 12:8–17.
Mos. 13:27, 30; 8 a Rom. 11:33–36. 10a 2 Né. 9:28–29;
Al. 25:15–16. b D&C 19:10; 76:114. Al. 37:12, 37;
gee Lei de Moisés. gee Mistérios de D&C 3:4, 13.
c Gál. 3:24. Deus. b gee Onisciente;
d Gên. 22:1–14; c I Cor. 2:9–16; Sabedoria.
Jo. 3:16–18. Al. 26:21–22. 11a gee Expiação,
gee Unigênito. gee Conhecimento. Expiar.
6 a gee Profecia, d Isa. 55:8–9. b Heb. 5:9.
Profetizar. 9 a Mórm. 9:17; c gee Ressurreição.
b gee Testemunha. Mois. 1:32. d Mos. 15:21–23; 18:9;
c gee Poder. b gee Criação, Criar; Al. 40:16–21.
Jacó 4:12–18 142
12 E agora, amados, não vos percebo, pela orientação do
admireis de que eu vos diga Espı́rito que está em mim, que,
estas coisas; por que não afalar, por causa dos a tropeços dos
pois, da expiação de Cristo e judeus, eles brejeitarão a cpedra
conseguir um perfeito conheci- sobre a qual poderiam edificar e
mento dele, assim como um co- ter fundamento seguro.
nhecimento da ressurreição e 16 Mas eis que, de acordo com
do mundo futuro? as escrituras, essa apedra virá a
13 Portanto, meus irmãos, ser o grande e o último e o único
b
quem quer que profetize, que o fundamento seguro sobre o
faça ao alcance do entendimen- qual os judeus poderão edificar.
to humano, pois o aEspı́rito fala 17 E agora, meus amados,
a verdade e não mente. Portan- como é possı́vel que eles, depois
to fala de coisas como realmente de haverem rejeitado o funda-
b
são e de coisas como realmente mento seguro, aconstruam sobre
serão; assim, estas coisas nos são ele para que venha a ser sua
manifestadas cclaramente para pedra de esquina?
a salvação de nossa alma. Mas 18 Eis que, meus amados
eis que não somos as únicas irmãos, vos desvendarei este
testemunhas destas coisas, por- mistério, se a minha firmeza no
que Deus também as disse aos Espı́rito não for abalada de al-
profetas da antigüidade. guma forma e eu não tropeçar
14 Mas eis que os judeus eram por causa de minha excessiva
um povo aobstinado e bdespre- ansiedade por vós.
zaram as palavras claras e mata-
ram os profetas e procuraram
coisas que não podiam compre- CAPÍTULO 5
ender. Portanto, devido a sua
c
cegueira, cegueira que lhes Jacó cita Zenos com referência à
adveio por olharem para além alegoria das oliveiras boas e das
do marco, terão que cair, pois oliveiras bravas—Elas simbolizam
Deus tirou-lhes a sua clareza e Israel e os gentios—A dispersão e
entregou-lhes muitas coisas que a coligação de Israel são prefigura-
d
não podem entender, pois as- das — Alusões feitas aos nefitas
sim o desejaram. E porque o e lamanitas e a toda a casa de
desejaram, Deus o fez, para que Israel—Os gentios serão enxerta-
tropecem. dos em Israel—No final, a vinha
15 E agora eu, Jacó, sou guiado será queimada. Aproximadamente
pelo Espı́rito a profetizar, pois 544–421 a.C.

12a 2 Né. 25:26. b II Cor. 11:3; b 1 Né. 10:11.


13a gee Espı́rito Santo; 1 Né. 19:7; 2 Né. 33:2. c gee Pedra de
Verdade. c Isa. 44:18; Rom. 11:25. Esquina; Rocha.
b D&C 93:24. d 2 Né. 25:1–2. 16a Salm. 118:22–23.
c Al. 13:23. 15a Isa. 8:13–15; b Isa. 28:16; Hel. 5:12.
14a Mt. 23:37–38; I Cor. 1:23; 17a Mt. 19:30;
2 Né. 25:2. 2 Né. 18:13–15. D&C 29:30.
143 Jacó 5:1–14
Eis que, meus irmãos, não vos onde me agradar; e mesmo que
lembrais de haverdes lido as pa- a raiz desta árvore morra, pode-
lavras do profeta aZenos à casa rei conservar o seu fruto para
de Israel, quando disse: mim; portanto tomarei estes ra-
2 Ouve, ó casa de Israel, e escu- mos novos e tenros e enxertá-
ta minhas palavras, palavras de los-ei onde me agradar.
um profeta do Senhor. 9 Tira os ramos da oliveira
3 Pois eis que assim diz o Se- brava e enxerta-os no alugar de-
nhor: Comparar-te-ei, ó casa de les; e os que eu arranquei, lança-
a
Israel, a uma boa boliveira que rei no fogo e queimarei, para
um homem cultivou em sua que não obstruam o terreno de
c
vinha; e ela cresceu e envelhe- minha vinha.
ceu e começou a ddefinhar. 10 E aconteceu que o servo do
4 E aconteceu que o dono da Senhor da vinha agiu de acordo
vinha viu que a sua oliveira co- com a palavra do Senhor da
meçava a definhar; e ele disse: vinha e enxertou os ramos da
a
Podá-la-ei e cavarei ao seu redor oliveira brava.
e cuidarei dela, para que talvez 11 E o Senhor da vinha fez com
brotem novos e tenros ramos e que se cavasse ao redor dela e
ela não morra. que fosse podada e cuidada, di-
5 E aconteceu que a podou zendo a seu servo: Sentiria per-
e cavou ao seu redor e cuidou der esta árvore; portanto fiz isto
dela, de acordo com sua pala- para ver se posso conservar as
vra. suas raı́zes, a fim de que não
6 E aconteceu que, passados morram e eu as conserve para
muitos dias, começaram a brotar mim.
ramos pequenos, novos e ten- 12 Portanto vai; vigia a árvore
ros; mas eis que sua copa come- e cuida dela, segundo minhas
çou a morrer. palavras.
7 E aconteceu que o dono da 13 E estes ramos acolocarei na
vinha viu isto e disse a seu ser- parte mais baixa de minha vi-
vo: Sentiria perder esta árvore; nha, onde me agradar; a ti não
portanto arranca os ramos de importa; e assim faço para po-
uma aoliveira brava e traze-mos der conservar para mim os
aqui; e arrancaremos os ramos ramos naturais da árvore; e tam-
principais, que estão começan- bém a fim de guardar os frutos
do a secar, e lançá-los-emos no para mim, para a estação; por-
fogo para que sejam queimados. que sentiria perder esta árvore e
8 E eis que, diz o Senhor da vi- seus frutos.
nha, tirarei muitos destes ramos 14 E aconteceu que o Senhor
novos e tenros e enxertá-los-ei da vinha foi esconder os ramos

5 1a gee Zenos. gee Oliveira. 7a Rom. 11:17, 24.


3 a Eze. 36:8. c D&C 101:44. 9a Rom. 1:13.
gee Israel. gee Vinha do Senhor. 10a gee Gentios.
b Rom. 11:17–24. d gee Apostasia. 13a 1 Né. 10:12.
Jacó 5:15–24 144
naturais da boa oliveira nas guardá-los para mim, para a
partes mais baixas da vinha, estação.
alguns numa parte, outros nou- 20 E aconteceu que foram ao
tra, de acordo com o seu prazer lugar onde o amo havia escon-
e vontade. dido os ramos naturais da árvo-
15 E aconteceu que se passou re e ele disse ao servo: Vê estes;
muito tempo e o Senhor da vi- e ele viu que o aprimeiro dera
nha disse a seu servo: Vem, va- muitos frutos e viu também que
mos à vinha para trabalhar nela. eram bons. E disse ao servo: Tira
16 E aconteceu que o Senhor os frutos e guarda-os para a
da vinha e também o servo des- estação, a fim de que eu os pre-
ceram à vinha para trabalhar. serve para mim; pois eis que,
E aconteceu que o servo disse disse ele, eu tenho cuidado dela
a s e u a m o : O l h a a q u i ; v ê a todo este tempo e ela produziu
árvore. muitos frutos.
17 E aconteceu que o Senhor 21 E aconteceu que o servo
da vinha olhou e viu a árvore na disse a seu amo: Como vieste
qual haviam sido enxertados os plantar aqui esta árvore ou este
ramos da oliveira brava; e ela ramo da árvore? Pois eis que es-
havia brotado e começara a dar te era o pedaço mais improduti-
a
frutos. E ele viu que eram bons; vo de toda a terra de tua vinha.
e seus frutos eram semelhantes 22 E o Senhor da vinha disse-
aos frutos naturais. lhe: Não me dês conselhos. Eu
18 E ele disse ao servo: Eis que sabia que era um pedaço de
os ramos da árvore brava absor- terra improdutivo; por isso dis-
veram a umidade da sua raiz, de se-te que tratei da árvore todo
modo que a sua raiz produziu este tempo; e vês que produziu
muita força; e por causa da muitos frutos.
grande força da raiz, os ramos 23 E aconteceu que o Senhor
bravos produziram frutos bons. da vinha disse a seu servo:
Ora, se não tivéssemos enxerta- Olha aqui; vê que também plan-
do estes ramos, a árvore teria tei outro ramo da árvore; e tu
morrido. E agora, eis que con- sabes que este pedaço de terra
servarei muitos frutos dos que a era mais improdutivo que o
árvore produziu; e guardarei os primeiro. Mas olha a árvore.
seus frutos para mim, para a Tratei dela todo este tempo e
estação. ela produziu muitos frutos;
19 E aconteceu que o Senhor ajunta-os, portanto, e guarda-os
da vinha disse ao servo: Vem, para a estação, a fim de que eu
vamos à parte mais baixa da os preserve para mim.
vinha para ver se os ramos na- 24 E aconteceu que o Senhor
turais também deram muitos da vinha tornou a dizer a seu
frutos, a fim de que eu possa servo: Olha aqui e vê também

17a Jo. 15:16. 20a Jacó 5:39.


145 Jacó 5:25–36
um outro a ramo que plantei; qual haviam tirado os ramos na-
eis que também tratei dele e turais e onde haviam enxertado
produziu frutos. os ramos bravos; e eis que toda
a
25 E disse ao servo: Olha aqui espécie de frutos sobrecarrega-
e vê o último. Eis que este eu vam a árvore.
plantei num pedaço de aterra 31 E aconteceu que o Senhor
fértil; e cuidei dele durante todo da vinha provou dos frutos,
este tempo e somente uma parte cada tipo segundo seu número.
da árvore produziu frutos bons; E o Senhor da vinha disse: Eis
e a boutra parte da árvore pro- que durante todo este tempo
duziu frutos bravos; eis que eu cuidamos desta árvore e guar-
tratei desta árvore como das dei para mim muitos frutos,
outras. para a estação.
26 E aconteceu que o Senhor 32 Mas eis que, desta vez,
da vinha disse ao servo: Arranca produziu muitos frutos e ane-
os ramos que não produziram nhum deles é bom. E eis que há
bons afrutos e lança-os no fogo. toda espécie de frutos maus; e
27 Mas eis que o servo lhe de nada me servem, apesar de
disse: Podemo-la e cavemos ao todo o nosso trabalho; e agora
redor dela e cuidemos dela um sentiria perder esta árvore.
pouco mais, para que talvez 33 E o Senhor da vinha disse
produza bons frutos para ti, a ao servo: Que faremos por esta
fim de que possas guardá-los árvore, a fim de novamente
para a estação. guardar seus frutos bons para
28 E aconteceu que o Senhor mim?
da vinha e o servo do Senhor 34 E o servo disse a seu amo:
da vinha cuidaram de todos os Olha, por teres enxertado ra-
frutos da vinha. mos da oliveira brava, eles nutri-
29 E aconteceu que se passou ram as raı́zes, de modo que
muito tempo e o Senhor da vi- estão vivas e não morreram; vês,
nha disse a seu a servo: Vem, portanto, que ainda estão boas.
desçamos à vinha para tornar- 35 E aconteceu que o Senhor
mos a trabalhar na vinha. Pois da vinha disse a seu servo: De
eis que o btempo se aproxima e o nada me serve a árvore e suas
c
fim logo virá; portanto devo raı́zes de nada me servem en-
guardar frutos para mim, para a quanto produzir frutos maus.
estação. 36 Não obstante, sei que suas
30 E aconteceu que o Senhor raı́zes estão boas e, para um pro-
da vinha e o servo desceram à pósito meu, preservei-as; e por
vinha; e foram até a árvore da causa de sua grande força, elas

24a Eze. 17:22–24; 26a Mt. 7:15–20; c 2 Né. 30:10;


Al. 16:17; Al. 5:36; Jacó 6:2.
3 Né. 15:21–24. D&C 97:7. 30a gee Apostasia.
25a 1 Né. 2:20. 29a D&C 101:55; 103:21. 32a JS—H 1:19.
b 3 Né. 10:12–13. b gee Últimos Dias.
Jacó 5:37–47 146
produziram até aqui, dos ramos agora todas as árvores de minha
bravos, bons frutos. vinha não servem para nada, a
37 Mas eis que os ramos bra- não ser para serem cortadas e
vos cresceram e asuperaram as lançadas no fogo.
raı́zes da árvore; e por have- 43 E eis que esta última, cujo
rem os ramos bravos sobrepu- ramo secou, foi por mim planta-
jado as raı́zes, ela produziu da num pedaço de aterra fértil;
muitos frutos maus; e porque sim, aquele que para mim era
produziu muitos frutos maus, melhor do que todas as outras
vês que começou a morrer; e partes do terreno de minha
logo estará madura, podendo vinha.
ser lançada no fogo, a menos 44 E tu viste que também cortei
que façamos algo para preser- o que a obstruı́a este pedaço
vá-la. de terra, a fim de plantar esta
38 E aconteceu que o Senhor árvore em seu lugar.
da vinha disse a seu servo: 45 E tu viste que uma parte
Desçamos às partes mais baixas dela produziu bons frutos e
da vinha, para ver se os ramos uma parte dela produziu frutos
naturais também produziram bravos; e por não ter eu arran-
frutos maus. cado seus ramos e não os ter
39 E aconteceu que desceram lançado no fogo, eis que supera-
às partes mais baixas da vinha. ram o ramo bom, de modo que
E aconteceu que viram que os ele secou.
frutos dos ramos naturais tam- 46 E agora eis que, apesar de
bém se haviam corrompido; todo o cuidado que tivemos
sim, o aprimeiro e o segundo e com a minha vinha, as suas ár-
também o último; e todos se vores corromperam-se, de mo-
haviam corrompido. do que não produzem bons
40 E os afrutos bravos do últi- frutos; e estas eu tinha esperan-
mo haviam sobrepujado a parte ça de conservar, a fim de guar-
da árvore que produzira frutos dar seus frutos para mim, para a
bons, tanto assim que o ramo estação. Mas eis que elas se
havia secado e morrido. tornaram como a oliveira brava
41 E aconteceu que o Senhor e não servem para coisa algu-
da vinha chorou e disse ao ma, a não ser para serem acorta-
servo: aQue mais poderia ter eu das e lançadas no fogo; e sinto
feito pela minha vinha? perdê-las.
42 Eis que eu sabia que todos 47 O que mais, porém, poderia
os frutos da vinha, exceto estes, eu ter feito na minha vinha? Por
se haviam corrompido. E agora acaso deixou minha mão de cui-
estes, que produziam bons fru- dar dela? Não, eu cuidei dela e
tos, também se corromperam; e cavei ao seu redor e podei-a e

37a D&C 45:28–30. 41a 2 Né. 26:24. 46a 3 Né. 27:11.


39a Jacó 5:20, 23, 25. 43a 2 Né. 1:5.
40a Mórm. 6:6–18. 44a Ét. 13:20–21.
147 Jacó 5:48–59
adubei-a; e aestendi a mão quase enxertemos em seu lugar os
todo o dia e o bfim se aproxima. ramos naturais da árvore.
E sinto cortar todas as árvores 53 E isso eu farei para que a
de minha vinha e lançá-las no árvore não morra, a fim de,
fogo, para que sejam queima- talvez, preservar para mim suas
das. Quem é que corrompeu a raı́zes, para um propósito meu.
minha vinha? 54 E eis que as raı́zes dos ramos
48 E aconteceu que o servo dis- naturais da árvore, que plantei
se a seu amo: Não será a altura onde me agradou, ainda estão
da tua vinha? Não terão os ra- vivas; portanto, para que eu as
mos superado as raı́zes que são preserve também para um pro-
boas? E porque os ramos supe- pósito meu, tomarei ramos des-
raram as raı́zes, eis que eles cres- ta árvore e enxertá-los-ei nelas.
ceram mais depressa do que a Sim, aenxertarei nelas os ramos
força das raı́zes, tomando força da árvore original, para que
para si mesmos. Eis que, digo também eu preserve as raı́zes
eu, não será esta a causa de se para mim, a fim de que, quando
haverem corrompido as árvores estiverem bastante fortes, pro-
de tua vinha? duzam talvez bons frutos para
49 E aconteceu que o Se- mim e eu ainda tenha glória no
nhor da vinha disse ao servo: fruto de minha vinha.
Vamos, cortemos as árvores 55 E aconteceu que eles tiraram
da vinha e lancemo-las no fogo, da árvore natural, que se tor-
para que não obstruam o ter- nara brava, e enxertaram nas ár-
reno de minha vinha, porque vores naturais, que também se
fiz o que pude. Que mais po- haviam tornado bravas.
deria eu ter feito pela minha 56 E eles também tiraram das
vinha? árvores naturais, que se haviam
50 Mas eis que o servo disse ao tornado bravas, e enxertaram na
Senhor da vinha: Poupa-a um sua árvore original.
pouco amais. 57 E o Senhor da vinha disse ao
51 E o Senhor disse: Sim, pou- servo: Não arranques os ramos
pá-la-ei um pouco mais, porque bravos das árvores, a não ser os
sentiria perder as árvores de que são muito amargos; e nelas
minha vinha. enxertarás conforme eu disse.
52 Portanto tomemos os ara- 58 E cuidaremos novamente
mos destas que plantei nas das árvores da vinha e podare-
partes mais baixas da minha vi- mos seus ramos; e arrancaremos
nha e enxertemo-los na árvore das árvores os ramos amadure-
da qual procederam; e arran- cidos e que devem morrer e
quemos da árvore os ramos que lançá-los-emos no fogo.
dão os frutos mais amargos e 59 E assim faço para que as

47a 2 Né. 28:32; Jacó 6:4. 50a Jacó 5:27. 54a 1 Né. 15:12–16.
b gee Mundo—O fim 52a gee Israel—
do mundo. Coligação de Israel.
Jacó 5:60–69 148
raı́zes talvez se fortaleçam por mente, pela última vez, porque
causa de sua boa qualidade e o fim se aproxima. E se estes
para que, trocando os ramos, os últimos enxertos se desenvol-
bons possam sobrepujar os verem e produzirem o fruto na-
maus. tural, então preparareis o cami-
60 E porque conservei os ra- nho para eles, a fim de que
mos naturais e suas raı́zes e cresçam.
voltei a enxertar os ramos natu- 65 E à medida que começarem
rais em sua árvore original; e a crescer, tirareis os ramos que
conservei as raı́zes da árvore produzirem frutos amargos, se-
original, para que as árvores de gundo a força e o tamanho dos
minha vinha talvez tornassem a bons; e não atirareis os maus
produzir bons afrutos; e para todos de uma vez, para que as
que eu voltasse a regozijar-me raı́zes não se tornem fortes
com o fruto de minha vinha e demais para o enxerto e o seu
talvez regozijar-me muito por enxerto morra e eu perca as
ter preservado as raı́zes e os árvores de minha vinha.
ramos do primeiro fruto— 66 Porque sentiria perder as
61 Vai, pois, e chama aservos, árvores de minha vinha; por-
para que btrabalhemos diligen- tanto tirareis os maus, à medida
temente, com todo o afinco, na que os bons forem crescendo,
vinha, a fim de prepararmos o para que a raiz e a copa tenham
meio pelo qual eu volte a obter o a mesma força, até que os bons
fruto natural, fruto natural que sobrepujem os maus e os maus
é bom e mais precioso do que sejam cortados e lançados no
qualquer outro fruto. fogo, para que não obstruam o
62 Portanto vamos trabalhar terreno de minha vinha; e assim
esta última vez, com todo o afin- varrerei os maus de minha
co, pois eis que se aproxima o vinha.
fim; e será esta a última vez que 67 E os ramos da árvore natu-
podarei minha vinha. ral tornarei a enxertar na árvore
63 Enxertai os ramos; começai natural.
pelos aúltimos, para que sejam 68 E os ramos da árvore natu-
os primeiros e para que os pri- ral enxertarei nos ramos natu-
meiros sejam os últimos; e cavai rais da árvore; e assim tornarei a
ao redor das árvores, tanto ve- juntá-los, para que produzam o
lhas como novas, as primeiras e fruto natural; e eles serão um.
as últimas; e as últimas e as pri- 69 E os maus serão aatirados fo-
meiras, para que todas voltem a ra, sim, fora de toda a terra de
ser tratadas pela última vez. minha vinha; pois eis que so-
64 Portanto cavai ao redor de- mente esta vez podarei a minha
las e podai-as e adubai-as nova- vinha.

60a Isa. 27:6. b D&C 39:11, 13, 17. 65a D&C 86:6–7.
61a Jacó 6:2; 63a 1 Né. 13:42; 69a 1 Né. 22:15–17, 23;
D&C 24:19. Ét. 13:10–12. 2 Né. 30:9–10.
149 Jacó 5:70–77
70 E aconteceu que o Senhor da vinha conservara para si o
da vinha enviou seu aservo; e o fruto natural, que lhe fora muito
servo fez como lhe ordenara o precioso desde o começo.
Senhor e trouxe outros servos; e 75 E aconteceu que quando o
eram bpoucos. Senhor da vinha viu que seu
71 E o Senhor da vinha disse- fruto era bom e que sua vinha
lhes: Ide atrabalhar na vinha com não estava mais corrompida,
todo o afinco, pois eis que esta é chamou seus servos e disse-
a búltima vez que trato de minha lhes: Eis que pela última vez
vinha; porque o fim está próxi- cuidamos de minha vinha e ve-
mo e o tempo rapidamente se des que procedi de acordo com
aproxima; e se trabalhardes a minha vontade; e conservei o
comigo, com afinco, tereis cale- fruto natural, que é bom, assim
gria no fruto que guardarei para como o era no princı́pio. E aben-
mim, para o tempo que logo ditos sois vós; pois por terdes
virá. sido diligentes ao trabalhar co-
72 E aconteceu que os servos migo na minha vinha e por
foram e trabalharam com todo o terdes guardado os meus man-
afinco; e o Senhor da vinha damentos e tornado a trazer-me
também trabalhou com eles; e o bfruto natural, de modo que
obedeceram aos mandamentos não está mais corrompida a mi-
do Senhor da vinha em todas nha vinha e o mau foi lançado
as coisas. fora, eis que vos regozijareis
73 E a vinha voltou a produzir comigo por causa do fruto de
o fruto natural; e os ramos natu- minha vinha.
rais começaram a crescer e a de- 76 Pois eis que por um alongo
senvolver-se muito; e os ramos tempo guardarei para mim o
bravos começaram a ser arran- fruto de minha vinha, para a es-
cados e lançados fora; e conser- tação que se aproxima rapida-
varam igualdade de força entre mente; e pela última vez cuidei
a raiz e a copa das árvores. de minha vinha e podei-a e ca-
74 E assim trabalharam com to- vei ao redor dela e adubei-a;
da a diligência, segundo os man- portanto guardarei de seu fruto
damentos do Senhor da vinha, para mim por muito tempo, de
até os maus serem lançados acordo com o que eu disse.
para fora da vinha e o Senhor 77 E quando chegar o tempo
ter preservado para si as árvores em que frutos maus tornarem a
que se haviam tornado nova- aparecer em minha vinha, então
mente fruto natural; e torna- farei reunir os bons e os maus;
ram-se como a um corpo e os e os bons guardarei para mim
frutos eram iguais; e o Senhor e os maus lançarei no seu pró-

70a D&C 101:55; 103:21. D&C 33:3–4. 75a 1 Né. 13:37.


b 1 Né. 14:12. b D&C 39:17; 43:28–30. b gee Israel.
71a Mt. 21:28; c D&C 18:10–16. 76a 1 Né. 22:24–26.
Jacó 6:2–3; 74a D&C 38:27. gee Milênio.
Jacó 6:1–8 150
prio lugar. E então virá o atempo 4 E quão misericordioso é nos-
e o fim; e farei com que minha so Deus para conosco, porque
vinha seja bqueimada com fogo. se lembra da casa de aIsrael, tan-
to das raı́zes como dos ramos;
e estende-lhes as bmãos o dia
CAPÍTULO 6
inteiro; e eles são um povo
c
obstinado e contestador; mas
O Senhor recuperará Israel nos
todos os que não endurecerem
últimos dias—O mundo será quei-
o coração serão salvos no reino
mado com fogo—Os homens devem
de Deus.
seguir a Cristo para evitar o lago de
5 Portanto, meus amados ir-
fogo e enxofre. Aproximadamente
mãos, eu vos suplico, com pala-
544–421 a.C.
vras solenes, que vos arrepen-
E agora eis que, meus irmãos, dais e que vos aapegueis a Deus
como vos disse que profetizaria, de todo o coração, como ele se
eis que esta é a minha profe- apega a vós. E enquanto seu
b
cia—que as coisas que este pro- braço de misericórdia estiver
feta aZenos disse referentes à estendido para vós, à luz do dia,
casa de Israel, comparando-a a não endureçais o coração.
uma oliveira boa, seguramente 6 Sim, hoje, se quiserdes ou-
acontecerão. vir sua voz, não endureçais o
2 E o dia em que o Senhor tor- coração; pois por que desejais
a
nar a estender a mão pela se- morrer?
gunda vez para arecuperar seu 7 Pois eis que após haverdes
povo, será o dia, sim, a última sido nutridos pela boa palavra
vez em que os bservos do Se- de Deus o dia inteiro, produzi-
nhor irão, com o seu c poder, reis maus frutos para serdes
d a
cuidar de sua evinha e podá-la; cortados e lançados no fogo?
e, depois disso, logo virá o ffim. 8 Eis que rejeitareis estas pa-
3 E quão abençoados são os lavras? Rejeitareis as palavras
que trabalharam diligentemente dos profetas? E rejeitareis todas
na sua vinha! E quão amaldi- as palavras que foram ditas so-
çoados os que forem lançados bre Cristo, depois de tantos
fora, para o seu próprio lugar! E haverem falado sobre ele? E ne-
o mundo será aqueimado com gareis a boa palavra de Cristo e
fogo. o poder de Deus e o adom do

77a Apoc. 20:2–10; b Jacó 5:61. b Jacó 5:47.


D&C 29:22–24; c 1 Né. 14:14. c Mos. 13:29.
43:29–33; 88:110–116. d Jacó 5:71. 5a gee Unidade.
b gee Mundo—O fim e gee Vinha do b Al. 5:33–34;
do mundo. Senhor. 3 Né. 9:14.
6 1a Jacó 5:1. f 2 Né. 30:10. 6 a Eze. 18:21–23.
2 a 1 Né. 22:10–12; 3 a 2 Né. 27:2; 7 a Al. 5:51–52;
D&C 110:11. Jacó 5:77; 3 Né. 27:11–12.
gee Restauração do 3 Né. 25:1. 8 a gee Dom do Espı́rito
Evangelho. 4 a II Sam. 7:24. Santo.
151 Jacó 6:9–7:6
Espírito Santo? E sufocareis o ções e odiados pelos lamanitas.
Santo Espı́rito e desdenhareis o Aproximadamente 544–421 a.C.
grande plano de redenção que
foi preparado para vós? E então aconteceu que, passa-
9 Não sabeis que, se fizerdes dos alguns anos, apareceu entre
estas coisas, o poder da reden- o povo de Néfi um homem cujo
ção e da ressurreição, que está nome era Serém.
em Cristo, vos levará, com ver- 2 E aconteceu que ele começou
gonha e terrı́vel aculpa, ao btri- a pregar ao povo e a declarar-
bunal de Deus? lhes que não haveria Cristo al-
10 E segundo o poder da ajusti- gum. E pregou muitas coisas
ça, pois a justiça não pode ser que eram lisonjeiras para o po-
negada, tereis que ir para o blago vo; e isto fez a fim de destruir a
de fogo e enxofre, cujas chamas doutrina de Cristo.
são inextinguı́veis e cuja fumaça 3 E trabalhou diligentemente
ascende para todo o sempre; e o para desviar o coração do povo,
lago de fogo e enxofre é ctor- tanto que conseguiu desviar
mento sem dfim. muitos corações; e sabendo que
11 Ó, meus amados irmãos, eu, Jacó, tinha fé no Cristo que
arrependei-vos e entrai pela haveria de vir, procurou muito
a
porta estreita; e continuai no uma oportunidade para encon-
caminho apertado até obterdes trar-se comigo.
a vida eterna. 4 E ele era instruı́do, de modo
12 Oh! Sede asábios! Que mais que tinha perfeito conhecimen-
poderei dizer? to da lı́ngua do povo; podia,
13 Por fim, despeço-me de vós portanto, usar de muita lisonja e
até encontrar-me convosco muita eloqüência, de acordo
diante do agradável tribunal de com o poder do diabo.
Deus, tribunal que causa aos inı́- 5 E tinha esperança de afastar-
quos aterrı́vel espanto e medo. me da fé, não obstante as muitas
a
Amém. revelações e o muito que eu
vira com referência a estas coi-
sas; porque eu verdadeiramente
CAPÍTULO 7 vira anjos e recebera o seu mi-
nistério. E também ouvira a voz
Serém nega a Cristo, contende com do Senhor, verdadeiramente
Jacó, exige um sinal e é ferido por me falando de tempos em tem-
Deus—Todos os profetas falaram pos; portanto eu não podia ser
sobre Cristo e sua expiação—Os abalado.
nefitas viveram seus dias como er- 6 E aconteceu que ele veio a
rantes, nascidos em meio a tribula - mim e desta maneira falou-me,

9a Mos. 15:26. gee Culpa. gee Inferno. 11a 2 Né. 9:41.


b gee Juı́zo Final. c gee Condenação, 12a Mórm. 9:28.
10a gee Justiça. Condenar. 13a Al. 40:14.
b 2 Né. 28:23. d D&C 19:10–12. 7 5a 2 Né. 11:3; Jacó 2:11.
Jacó 7:7–17 152
dizendo: Irmão Jacó, procurei zou sem ter falado sobre este
muito esta oportunidade de Cristo.
falar-te, porque ouvi e também 12 E isto não é tudo—foi-me
sei que tens andado muito, pre- manifestado, porque eu vi e
gando o que chamas de evan- ouvi; e foi-me também manifes-
gelho, ou seja, a doutrina de tado pelo a poder do Espı́rito
Cristo. Santo; sei portanto que, se não
7 E tu tens desviado muitos houver expiação, toda a huma-
deste povo, de maneira que nidade certamente se bperderá.
pervertem o caminho correto de 13 E aconteceu que ele me
Deus e anão guardam a lei de disse: Mostra-me um asinal, por
Moisés, que é o caminho corre- esse poder do Espı́rito Santo
to; e convertes a lei de Moisés mediante o qual sabes tanto.
na adoração de um ser que di- 14 E eu disse-lhe: Quem sou eu
zes que virá daqui a muitos para tentar a Deus, a fim de
séculos. E agora eis que eu, mostrar-te um sinal do que tu
Serém, declaro-te que isso é sabes ser averdade? Não obstan-
blasfêmia; pois nenhum homem te, tu negá-lo-ás, porque és do
sabe de tais coisas, porque bnão b
diabo. Contudo, não seja feita a
pode falar de coisas futuras. E minha vontade; mas se Deus te
desta maneira Serém contendia ferir, que seja esse um sinal para
comigo. ti de que ele tem poder tanto
8 Mas eis que o Senhor Deus nos céus como na Terra; e tam-
me derramou na alma o seu aEs- bém de que Cristo virá. E seja
pı́rito, de maneira que eu o con- feita a tua vontade, ó Senhor, e
fundi em todas as suas palavras. não a minha.
9 E disse-lhe: Negas o Cristo 15 E aconteceu que quando eu,
que virá? E ele disse: Se hou- Jacó, disse estas palavras, o po-
vesse um Cristo, eu não o nega- der do Senhor desceu sobre ele,
ria; sei, porém, que não existe de modo que ele caiu por terra.
Cristo algum, nem existiu, nem E aconteceu que foi alimentado
existirá. pelo espaço de muitos dias.
10 E disse-lhe eu: Crês nas 16 E aconteceu que ele disse ao
escrituras? E ele disse: Sim. povo: Reuni-vos amanhã, por-
11 E eu disse: Então não as en- que vou morrer; portanto dese-
tendes, porque elas verdadeira- jo falar ao povo antes de morrer.
mente testificam de Cristo. Eis 17 E aconteceu que no dia se-
que te digo que nenhum dos guinte a multidão se reuniu; e
profetas escreveu nem aprofeti- ele falou-lhes claramente, negou

7 a Jacó 4:5. Mos. 13:33–35; b 2 Né. 2:21.


b Al. 30:13. D&C 20:26. 13a Mt. 16:1–4;
8 a gee Inspiração, gee Jesus Cristo. Al. 30:43–60.
Inspirar. 12 a gee Trindade—Deus, gee Sinal.
11a Apoc. 19:10; o Espı́rito Santo; 14a Al. 30:41–42.
1 Né. 10:5; Jacó 4:4; Espı́rito Santo. b Al. 30:53.
153 Jacó 7:18–26
as coisas que havia ensinado e vez restaurados entre o povo; e
confessou o Cristo e o poder do eles aexaminaram as escrituras e
Espı́rito Santo e o ministério de não mais deram ouvidos às
anjos. palavras desse homem inı́quo.
18 E disse-lhes claramente que 24 E aconteceu que muitos
havia sido aenganado pelo po- meios foram imaginados para
der do bdiabo. E falou do infer- a
regenerar os lamanitas e recon-
no e da eternidade e do castigo duzi-los ao conhecimento da
eterno. verdade; mas tudo foi em
b
19 E disse: Temo haver cometi- vão, pois eles deleitavam-se
do o pecado aimperdoável, por- em cguerras e dderramamento
que menti a Deus; pois neguei o de sangue e tinham um eódio
Cristo e disse que acreditava eterno contra nós, seus irmãos.
nas escrituras; e elas verdadei- E procuravam continuamente
ramente testificam dele. E por destruir-nos com o poder de
haver assim mentido a Deus, suas armas.
tenho muito medo de que a mi- 25 Portanto o povo de Néfi
nha situação seja bterrı́vel; mas a se fortaleceu contra eles, com
Deus confesso-me. suas armas e com todo o seu
20 E aconteceu que após ter poder, confiando no Deus e aro-
dito estas palavras, nada mais cha de sua salvação; portanto se
pôde dizer e aentregou o espı́ri- tornaram, até aquele momento,
to. vencedores de seus inimigos.
21 E a multidão, tendo teste- 26 E aconteceu que eu, Jacó,
munhado que ele dissera estas comecei a envelhecer; e como o
coisas quando estava prestes a registro deste povo está sendo
entregar o espı́rito, ficou muito escrito nas a outras placas de
assombrada; tanto que o poder Néfi, termino, portanto, este re-
de Deus desceu sobre eles e fo- gistro, declarando que escrevi
ram adominados, de modo que segundo o melhor do meu co-
caı́ram por terra. nhecimento, dizendo que o
22 Ora, isso agradou a mim, tempo passou para nós e nossa
b
Jacó, pois havia-o pedido a vida também passou como se
meu Pai, que estava no céu; ele fosse um sonho, sendo nós um
ouvira, pois, o meu clamor e povo solitário e solene, errante,
respondera a minha oração. expulso de Jerusalém, nasci-
23 E aconteceu que a paz e o do em meio a tribulações num
amor de Deus foram mais uma deserto e odiado por nossos

18a Al. 30:53. 20 a Jer. 28:15–17. e 2 Né. 5:1–3;


gee Enganar, Engano, 21 a Al. 19:6. Mos. 28:2.
Fraude. 23 a Al. 17:2. 25 a gee Rocha.
b gee Diabo. 24 a En. 1:20. 26 a 1 Né. 19:1–6;
19 a gee Pecado b En. 1:14. Jar. 1:14–15.
Imperdoável. c Mos. 10:11–18. gee Placas.
b Mos. 15:26. d Jar. 1:6; Al. 26:23–25. b Tg. 4:14.
Jacó 7:27–Enos 1:8 154
b
irmãos, o que causou guerras e ordenara; e Enos prometeu
contendas; assim, lamentamo- obediência às ordens. E termino
nos até o fim de nossos dias. meu registro nestas placas, ten-
27 E eu, Jacó, vi que logo deve- do escrito pouco; e despeço-
ria baixar à sepultura; portanto me do leitor, esperando que
disse a meu filho aEnos: Toma muitos de meus irmãos possam
estas placas. E transmiti-lhe as ler minhas palavras. Irmãos,
coisas que meu irmão Néfi me adeus.

Livro de Enos

Enos ora fervorosamente e obtém a gria dos santos bpenetraram-me


remissão de seus pecados—A voz profundamente o coração.
do Senhor vem-lhe à mente, prome- 4 E minha alma ficou afaminta;
tendo salvação para os lamanitas e bajoelhei-me ante o meu Cria-
num dia futuro—Os nefitas procu- dor e clamei-lhe, em fervorosa
c
ram regenerar os lamanitas—Enos oração e súplica, por minha pró-
regozija-se em seu Redentor. Apro- pria alma; e clamei o dia inteiro;
ximadamente 420 a.C. sim, e depois de ter anoitecido,
continuei a elevar minha voz

E IS que aconteceu que eu,


a
Enos, sabia que meu bpai
era um varão justo—pois cins-
até que ela chegou aos céus.
5 E ouvi uma avoz, dizendo:
Enos, perdoados são os teus
truiu-me em seu idioma e tam- pecados e tu serás abençoado.
bém nos d preceitos e na ad- 6 E eu, Enos, sabia que Deus
moestação do Senhor—e bendi- não podia mentir; portanto
to seja o nome de meu Deus por minha culpa foi apagada.
isso— 7 E eu disse: Senhor, como isso
2 E relatar-vos-ei a aluta que aconteceu?
travei perante Deus antes de 8 E ele respondeu-me: Por
receber a b remissão de meus causa da tua afé em Cristo, a
pecados. quem nunca ouviste nem viste
3 Eis que saı́ para caçar animais antes. E muitos anos hão de
nas florestas; e as palavras que passar antes que ele se manifes-
freqüentemente ouvira de meu te na carne; portanto vai, tua
pai sobre a vida eterna e a aale- fé te bsalvou.
27a En. 1:1. d Ef. 6:4. b 1 Né. 10:17–19;
b Jacó 1:1–4. 2 a Gên. 32:24–32; Al. 36:17–21.
Al. 8:10. 4 a 2 Né. 9:51; 3 Né. 12:6.
[enos] gee Arrepender-se, b gee Reverência.
1 1a gee Enos, Filho de Arrependimento. c gee Oração.
Jacó. b gee Remissão de 5 a gee Revelação.
b 2 Né. 2:2–4. Pecados. 8 a Ét. 3:12–13. gee Fé.
c 1 Né. 1:1–2. 3 a gee Alegria. b Mt. 9:22.
155 Enos 1:9–17
9 Ora, aconteceu que após ter os lamanitas não fossem destruı́-
ouvido estas palavras, comecei a dos, que o Senhor Deus bpreser-
a
desejar o bem-estar de meus vasse um registro de meu povo,
irmãos, os nefitas; portanto bim- os nefitas; mesmo que fosse pelo
plorei a Deus por eles com toda poder de seu santo braço, que
a minha alma. ele pudesse ser crevelado aos
10 E enquanto estava assim lamanitas em alguma época
lutando no espı́rito, eis que a futura, para que talvez fossem
d
voz do Senhor me veio outra conduzidos à salvação—
vez à amente, dizendo: Visitarei 14 Pois até agora nossos es-
teus irmãos segundo a sua dili- forços para levá-los de volta à
gência em guardar meus man- verdadeira fé têm sido avãos. E
damentos. bDei-lhes esta terra e juraram em sua ira que, se fosse
é uma terra santa; e cnão a amal- possı́vel, bdestruiriam nossos
diçoarei senão por causa de ini- registros juntamente conosco; e
qüidade; portanto visitarei teus também todas as tradições de
irmãos, conforme disse; e suas nossos pais.
transgressões, com pesar, farei 15 Portanto, sabendo eu que
recair sobre suas cabeças. o Senhor Deus podia aconser-
11 E depois que eu, Enos, ou- var nossos registros, a ele cla-
vi estas palavras, minha fé no mei continuamente, porque me
Senhor começou a tornar-se ina- dissera: Tudo quanto pedires
balável; e roguei-lhe com muito com fé, acreditando que rece-
empenho por meus irmãos, os berás em nome de Cristo, tu
lamanitas. receberás.
12 E aconteceu que após ter 16 E eu tinha fé e roguei ao Se-
a
orado e me empenhado com nhor que apreservasse os bregis-
toda a diligência, o Senhor dis- tros; e ele fez convênio comigo
se-me: Por causa de tua fé con- de que os crevelaria aos lamani-
ceder-te-ei de acordo com teus tas em seu próprio e devido
b
desejos. tempo.
13 E então, eis que isto era o 17 E eu, Enos, estava certo de
que eu desejava dele—que se que aconteceria de acordo com
acaso o meu povo, o povo nefi- o c o n v ê n i o q u e e l e f i z e r a ;
ta, caı́sse em transgressão e de minha alma, portanto, ficou
algum modo fosse adestruı́do e tranqüila.

9 a 1 Né. 8:12; b Salm. 37:4; 14a Jacó 7:24.


Al. 36:24. 1 Né. 7:12; b Mórm. 6:6.
b 2 Né. 33:3; Hel. 10:5. 15a gee Escrituras—As
Pal. Mórm. 1:8; 13a Mórm. 6:1, 6. escrituras devem ser
Al. 34:26–27. b Pal. Mórm. 1:6–11; preservadas.
10a gee Inspiração, Al. 37:2. 16a 3 Né. 5:13–15;
Inspirar; Mente. c Al. 37:19; D&C 3:19–20;
b 1 Né. 2:20. Ét. 12:22; 10:46–50.
c Ét. 2:7–12. D&C 3:18. b gee Livro de Mórmon.
12a Mórm. 5:21; 9:36. d Al. 9:17. c 2 Né. 27:6.
Enos 1:18–27 156
18 E disse-me o Senhor: Teus 22 E houve muitı´ssimos aprofe-
pais também me fizeram o mes- tas entre nós e o povo era bobsti-
mo pedido; e ser-lhes-á feito de nado e duro de compreensão.
acordo com sua fé, pois sua fé 23 E nada havia, exceto muitos
a
era igual a tua. dissabores, bpregações e profe-
19 E aconteceu que eu, Enos, cias de guerras; e contendas e
andei no meio do povo de Né- destruições que continuamente
fi, profetizando as coisas que os cfaziam lembrar da morte e
estavam por acontecer e teste- da duração da eternidade e dos
munhando as coisas que havia julgamentos e poder de Deus e
ouvido e visto. todas estas coisas—levando-os
20 E testifico que o povo de a manterem-se dcontinuamente
Néfi procurou diligentemente no temor do Senhor. E digo que
reconduzir os lamanitas à ver- nada, salvo estas coisas e grande
dadeira fé em Deus. Nossos aes- franqueza no falar, evitaria que
forços, porém, foram vãos; seu se precipitassem rapidamente
ódio era implacável e eles eram na destruição. E assim escrevo a
guiados por sua natureza inı́- respeito deles.
qua, de modo que se tornaram 24 E presenciei guerras entre
selvagens e ferozes e um bpovo os nefitas e lamanitas no curso
sanguinário, cheio de cidolatria de meus dias.
e imundı́cie, alimentando-se de 25 E aconteceu que comecei a
animais predadores, habitando envelhecer; e haviam decorrido
em tendas e vagando pelo de- cento e setenta e nove anos da
serto, com uma curta faixa de época em que nosso pai, Leı́,
a
pele ao redor dos lombos e a deixara Jerusalém.
cabeça rapada; sua habilidade 26 E vi que logo deveria descer
consistia no manejo do darco e à sepultura, tendo sido inspira-
da cimitarra e do machado. E do pelo poder de Deus a pre-
muitos deles não comiam senão gar e profetizar a este povo e de-
carne crua; e procuravam conti- clarar a palavra segundo a ver-
nuamente destruir-nos. dade que está em Cristo. E
21 E aconteceu que o povo de declarei-a durante todos os
Néfi cultivou a terra e aproduziu meus dias e nisso me tenho re-
toda espécie de grãos e de fru- gozijado mais do que nas coisas
tas; criou rebanhos de reses e do mundo.
rebanhos de todo tipo de gado 27 E logo irei para o lugar
de toda espécie; e cabras e ca- de meu adescanso, que é com
bras monteses e também muitos meu Redentor, pois sei que nele
cavalos. descansarei. E regozijo-me no

20a Morô. 9:6. 21a Mos. 9:9. c Hel. 12:3.


b Jar. 1:6. 22a Pal. Mórm. 1:16–18. d Jar. 1:12; Al. 31:5.
c Mos. 9:12. b Jar. 1:3. 25a 1 Né. 2:2–4.
gee Idolatria. 23a 1 Né. 16:2; 2 Né. 33:5. 27a gee Descansar,
d Mos. 10:8. b gee Pregar. Descanso.
157 Enos 1:1–Jarom 1:6
dia em que meu bcorpo mortal me dirá: Vem a mim, ó bendito;
revestir-se de cimortalidade e há um lugar preparado para ti
apresentar-se diante dele; então n a s d m a n s õ e s d e m e u P a i .
verei a sua face com prazer e ele Amém.

Livro de Jarom

Os nefitas cumprem a lei de Moisés, to se faça entre os deste povo,


aguardam a vinda de Cristo e pros- por causa da dureza de seu
peram na terra—Muitos profetas coração e da surdez de seus ou-
esforçam-se por manter o povo no vidos e da cegueira de sua
caminho da verdade. Aproximada- mente e de sua aobstinação; não
mente 399–361 a.C. obstante, Deus é sumamente
misericordioso para com eles e

A GORA eis que eu, Jarom,


escrevo algumas palavras
segundo o mandamento de meu
ainda não os bvarreu da face da
terra.
4 E há muitos de nós que re-
pai, Enos, para que nossa age- cebem muitas arevelações, por-
nealogia seja conservada. que nem todos são obstinados. E
2 E como a estas placas são todos os que não são obstinados
b
pequenas e estas coisas são ces- e têm fé bcomungam com o San-
critas com o fim de beneficiar to Espı́rito, que se manifesta aos
nossos irmãos, os dlamanitas, filhos dos homens de acordo
necessário é, portanto, que eu com sua fé.
escreva um pouco; não escreve- 5 E então, eis que duzentos
rei, porém, a respeito de minhas anos se haviam passado e o po-
profecias nem de minhas reve- vo de Néfi tornara-se forte na
lações. Pois o que mais poderia terra. Esforçavam-se por aguar-
eu escrever, além do que meus dar a lei de Moisés e santificar o
b
pais escreveram? Não revela- sábado do Senhor. E não eram
c
ram eles o plano de salvação? profanos nem dblasfemavam. E
Eu digo-vos que sim; e isto me as leis da terra eram extrema-
basta. mente severas.
3 Eis que é necessário que mui- 6 E estavam espalhados sobre
27b gee Mortal, 2 a Jacó 3:14; Ômni 1:1. gee Revelação.
Mortalidade. b 1 Né. 6:1–6. b gee Espı́rito Santo.
c gee Imortal, c gee Escrituras—Valor 5 a 2 Né. 25:24;
Imortalidade. das escrituras. Al. 34:13–14.
d Jo. 14:2–3; d 2 Né. 27:6; b Êx. 35:2.
Ét. 12:32–34; Mórm. 5:12. gee Dia de Descanso
D&C 72:4; 98:18. 3 a En. 1:22–23. (Dia do Sábado).
b Ét. 2:8–10. c gee Profanidade.
[jarom] 4 a Al. 26:22; Hel. 11:23; d gee Blasfemar,
1 1a 1 Né. 3:12; 5:14. D&C 107:18–19. Blasfêmia.
Jarom 1:7–14 158
grande parte da face da terra, meus mandamentos, prospera-
assim como os lamanitas. Estes reis na terra.
eram muito mais numerosos que 10 E aconteceu que os profetas
os nefitas; e deleitavam-se em do Senhor advertiram o povo
a
homicı́dios e bebiam o sangue de Néfi, conforme a palavra
de animais. de Deus, de que, se não guar-
7 E aconteceu que eles vie- dassem os mandamentos, mas
ram muitas vezes contra nós, caı́ssem em transgressão, seriam
a
os nefitas, para combater-nos. eliminados da face da terra.
Nossos areis e nossos chefes, 11 Portanto os profetas e os
porém, eram homens poderosos sacerdotes e os mestres traba-
na fé do Senhor; e ensinavam lharam com afã, exortando pa-
ao povo os caminhos do Senhor; cientemente o povo à diligência;
portanto resistimos aos lamani- ensinando a alei de Moisés e o
tas e varremo-los de bnossas ter- motivo pelo qual foi dada; per-
ras; e começamos a fortificar suadindo o povo a besperar pelo
nossas cidades ou quaisquer Messias e a crer na sua vinda,
c
que fossem os lugares de nossa como se ele já tivesse vindo. E
herança. desta maneira ensinaram o
8 E multiplicamo-nos conside- povo.
ravelmente e espalhamo-nos 12 E aconteceu que, proceden-
sobre a face da terra e tornamo- do assim, evitaram que fossem
a
nos imensamente ricos em ouro eliminados da face da terra;
e em prata e em coisas precio- porque lhes btocaram o coração
sas; e em excelentes trabalhos com a palavra, exortando-os
de madeira, em edifı́cios e em continuamente ao arrependi-
maquinaria; e também em ferro mento.
e cobre e bronze e aço, fazendo 13 E aconteceu que se haviam
todo tipo de ferramentas de to- passado duzentos e trinta e oito
da espécie para cultivar o solo; e anos—com guerras e contendas
a
armas de guerra—sim, a flecha e dissensões durante grande
pontiaguda e a aljava e o dardo parte do tempo.
e a lança e todos os preparativos 14 E eu, Jarom, não escrevo
para a guerra. mais, porque as placas são pe-
9 E estando assim preparados quenas. Eis, porém, meus ir-
para enfrentar os lamanitas, mãos, que podeis recorrer às
a
eles não prevaleceram contra outras placas de Néfi; porque
nós. Confirmou-se, porém, a eis que nelas estão gravados os
palavra do Senhor, dita aos registros de nossas guerras,
nossos pais: Se guardardes segundo os escritos dos reis, ou

6a Jacó 7:24; En. 1:20. Ômni 1:5. c 2 Né. 25:24–27;


7a Jacó 1:9, 11, 15. 11a Jacó 4:5; Mos. 3:13; 16:6.
b Pal. Mórm. 1:14. Al. 25:15–16. 12a Ét. 2:10.
8a Mos. 10:8. b 2 Né. 11:4; b Al. 31:5.
10a 1 Né. 12:19–20; Ét. 12:18–19. 14a 1 Né. 9:2–4.
159 Jarom 1:15–Ômni 1:9
os que eles fizeram com que se mãos de meu filho Ômni, para
escrevesse. que se encarregue delas conforme
15 E entrego estas placas nas os amandamentos de meus pais.

Livro de Ômni

Ômni, Amaron, Quêmis, Abina- zentos e oitenta e dois anos; e


dom e Amaléqui, cada um, por sua eu havia guardado estas placas
vez, escreve os registros—Mosias segundo os amandamentos de
descobre o povo de Zaraenla, que meus pais; e confiei-as a meu
viera de Jerusalém nos dias de Zede- filho Amaron. E aqui termino.
quias—Mosias é proclamado rei— 4 E agora eu, Amaron, as pou-
Os mulequitas haviam descoberto cas coisas que escrevo, faço-o no
Coriântumr, o último dos jareditas livro de meu pai.
—O rei Benjamim sucede a Mosias 5 E aconteceu que trezentos e
—Os homens devem oferecer sua vinte anos se haviam passado e
alma como dádiva a Cristo. Aproxi- a parte mais inı́qua dos nefitas
madamente 323–130 a.C. havia sido adestruı́da.
6 Porque o Senhor não permi-

E IS que aconteceu que eu,


Ômni, sendo ordenado por
meu pai, Jarom, a escrever algo
tiria, depois de havê-los tirado
da terra de Jerusalém e de havê-
los guardado e impedido que
nestas placas, a fim de conservar caı́ssem nas mãos de seus inimi-
a nossa genealogia— gos, sim, não permitiria que dei-
2 Desejei, portanto, que soubés- xassem de ser confirmadas as
seis que durante o curso de mi- palavras que falara a nossos
nha vida lutei muito com a espa- pais, quando disse: Se não guar-
da para impedir que meu povo, dardes os meus mandamentos,
o povo nefita, caı́sse nas mãos de não prosperareis na terra.
seus inimigos, os lamanitas. Mas 7 Portanto, o Senhor visitou-os
eis que eu próprio sou um ho- com grande julgamento; não
mem inı́quo e não guardei os obstante, preservou os justos e li-
estatutos e mandamentos do vrou-os das mãos de seus inimi-
Senhor, como deveria ter feito. gos, para que não perecessem.
3 E aconteceu que se haviam 8 E aconteceu que entreguei as
passado duzentos e setenta e placas a meu irmão Quêmis.
seis anos e tivemos muitas épo- 9 Agora eu, Quêmis, o pouco
cas de paz; e tivemos muitas que escrevo faço-o no mesmo
épocas de guerras sérias e derra- livro que meu irmão; pois eis
mamento de sangue. Sim, em que vi as últimas coisas que ele
resumo, haviam-se passado du- escreveu, o que fez de seu pró-
15a Jacó 1:1–4. [ômni] 5 a Jar. 1:9–10.
1 3a Jacó 1:1–4; Jar. 1:15.
Ômni 1:10–18 160
prio punho; e ele escreveu-as de seu braço através do deserto,
no dia em que me entregou as até descerem à terra que é cha-
placas. E desta maneira escreve- mada terra de Zaraenla.
mos os registros, conforme nos 14 E eles descobriram um po-
foi ordenado por nossos pais. E vo que era chamado povo de
assim termino. Zaraenla. E o povo de aZaraen-
10 Eis que eu, Abinadom, sou la regozijou-se grandemente; e
filho de Quêmis. E aconteceu também Zaraenla se regozijou
que eu presenciei muitas guer- grandemente, porque o Senhor
ras e contendas entre meu povo, enviara o povo de Mosias com
os nefitas, e os lamanitas; e eu, as bplacas de latão que conti-
com minha própria espada, tirei nham os registros dos judeus.
a vida de muitos dos lamanitas, 15 E aconteceu que Mosias des-
em defesa de meus irmãos. cobriu que o apovo de Zaraenla
11 E eis que o registro deste saı́ra de Jerusalém na época em
povo está gravado em placas, que bZedequias, rei de Judá, fora
guardadas pelos reis de geração levado cativo para a Babilônia.
em geração; e não conheço re- 16 E eles viajaram pelo deserto
velação alguma ou profecia que e foram guiados pela mão do
não tenha sido escrita; portanto, Senhor, através das grandes
aquilo que é requerido está águas, à terra onde Mosias os
escrito. E com isto, concluo. encontrou; e ali viveram desde
12 Eis que eu sou Amaléqui, fi- aquele tempo.
lho de Abinadom. Eis que vos 17 E na ocasião em que Mosias
direi algo sobre Mosias, que foi os encontrou, haviam-se torna-
proclamado rei da terra de Za- do numerosos em extremo. Não
raenla; pois eis que, tendo ele obstante, haviam tido muitas
sido avisado pelo Senhor de que guerras e sérias contendas e, de
deveria fugir da terra de aNéfi tempos em tempos, haviam caı́-
para o deserto, blevando consigo do pela espada. E seu idioma
todos os que quisessem ouvir a corrompera-se; e nenhum are-
voz do Senhor— gistro tinham trazido consigo; e
13 Aconteceu que ele fez como negavam a existência de seu
o Senhor lhe havia ordenado. E Criador; e nem Mosias nem seu
todos os que deram ouvidos à povo podiam entendê-los.
voz do Senhor partiram da terra 18 Mas aconteceu que Mosias
para o deserto; e foram guiados fez com que seu idioma lhes fos-
por muitas prédicas e profecias. se ensinado. E aconteceu que
E foram continuamente admo- depois de haverem aprendido
estados pela palavra de Deus; o idioma de Mosias, Zaraenla
e foram conduzidos pelo poder apresentou a genealogia de seus

12a 2 Né. 5:6–9. b 1 Né. 3:3, 19–20; b Jer. 39:1–10; Hel. 8:21.
b Jacó 3:4. 5:10–22. 17a Mos. 1:2–6.
14a gee Zaraenla. 15a Mos. 25:2.
161 Ômni 1:19–28
pais segundo sua memória; e de sorte que o rei Benjamim os
ela foi escrita, mas não nestas expulsou da terra de Zaraenla.
placas. 25 E aconteceu que comecei a
19 E aconteceu que o povo de envelhecer; e não tendo descen-
Zaraenla e o de Mosias se auni- dentes e sabendo ser o rei aBen-
ram e bMosias foi proclamado jamim um homem justo diante
seu rei. do Senhor, bentregar-lhe-ei por-
20 E aconteceu que, durante tanto estas placas, exortando to-
os dias de Mosias, levaram-lhe dos os homens a virem a Deus,
uma grande pedra com grava- o Santo de Israel, e a acredita-
ções; e ele ainterpretou as grava- rem em profecias e em revela-
ções pelo dom e poder de Deus. ções e no ministério de anjos; e
21 E relatavam a história de um no dom de lı́nguas e no dom de
certo aCoriântumr e a matança interpretação de lı́nguas e em
de seu povo. E Coriântumr fora todas as coisas que são cboas;
descoberto pelo povo de Zaraen- pois nada há, que seja bom, que
la; e habitara com eles pelo es- não venha do Senhor; e o que é
paço de nove luas. mau vem do diabo.
22 Continham também algu- 26 E agora, meus queridos
mas palavras a respeito de seus irmãos, quisera que aviésseis
pais. E seus primeiros pais ti- a Cristo, que é o Santo de Israel,
nham vindo da atorre, na ocasião e participásseis de sua salvação
em que o Senhor bconfundira a e do poder de sua redenção.
lı́ngua do povo; e a severidade Sim, vinde a ele e bofertai-lhe
do Senhor caı́ra sobre eles, de toda a vossa alma, como cdádi-
acordo com seus juı́zos, que são va; e continuai em djejum e ora-
justos; e seus cossos estão espa- ção, perseverando até o fim; e
lhados na terra do norte. assim como vive o Senhor, se-
23 Eis que eu, Amaléqui, nasci reis salvos.
nos dias de Mosias; e vivi para 27 E agora quisera dizer algo
ver a sua morte; e aBenjamim, sobre um certo grupo que subiu
seu filho, reina em seu lugar. ao deserto para voltar à terra de
24 E eis que presenciei, nos Néfi; pois muitos havia que de-
dias do rei Benjamim, uma séria sejavam possuir a terra de sua
guerra e muito derramamento herança.
de sangue entre nefitas e lama- 28 Portanto subiram para o de-
nitas. Mas eis que os nefitas serto. E seu chefe, sendo um
obtiveram uma grande vanta- homem forte e poderoso e obsti-
gem sobre os lamanitas; sim, nado, provocou uma desavença

19a Mos. 25:13. b Gên. 11:6–9; c Al. 5:40; Ét. 4:12;


b Ômni 1:12. Mos. 28:17; Ét. 1:33. Morô. 7:15–17.
20a Mos. 8:13–19. c Mos. 8:8. 26a Jacó 1:7; Al. 29:2;
gee Vidente. 23a Pal. Mórm. 1:3. Morô. 10:32.
21a Ét. 12:1. 25a Pal. Mórm. 1:17–18; b gee Sacrifı́cio.
gee Coriântumr. Mos. 29:13. c 3 Né. 9:20.
22a Ét. 1:1–5. b Pal. Mórm. 1:10. d gee Jejuar, Jejum.
Ômni 1:29–Palavras de Mórmon 1:5 162
entre eles; e foram todos amor- 30 E eu, Amaléqui, tinha um
tos no deserto, exceto cinqüen- irmão que também foi com
ta, que voltaram para a terra de eles; e deles não mais ouvi falar.
Zaraenla. E e s t o u p r e s t e s a d e s c e r à
29 E aconteceu que eles tam- sepultura e aestas placas estão
bém levaram outros consigo, em repletas. E aqui ponho fim a
número considerável, e torna- minha narração.
ram a empreender uma viagem
pelo deserto.

Palavras de Mórmon

Mórmon resume as placas maiores acerca do que escrevi; porque,


de Néfi—Ele põe as placas menores depois de haver feito um aresu-
com as outras placas—O rei Benja- mo das bplacas de Néfi até o go-
mim estabelece paz na terra. Apro- verno deste rei Benjamim de
ximadamente 385 d.C. quem Amaléqui falou, examinei
os cregistros que haviam sido

E AGORA eu, aMórmon, estan-


do para entregar nas mãos de
meu filho Morôni o registro que
entregues em minhas mãos e
encontrei estas placas, que con-
tinham este pequeno relato dos
estive fazendo, eis que testemu- profetas, de Jacó até o governo
nhei quase toda a destruição de deste rei dBenjamim, e também
meu povo, os nefitas. muitas das palavras de Néfi.
2 E entrego estes registros nas 4 E as coisas que estão nestas
mãos de meu filho, a muitos placas me são aagradáveis, por
séculos depois da vinda de Cris- causa das profecias sobre a vin-
to; e suponho que ele testemu- da de Cristo; e meus pais sabem
nhará a destruição total de meu que muitas delas se cumpriram;
povo. Queira Deus, porém, que sim, e eu também sei que todas
ele sobreviva, para que possa as coisas que foram profetizadas
escrever algo concernente a eles sobre nós, até este dia, se cum-
e algo concernente a Cristo, priram; e que todas as que vão
para que algum dia talvez lhes além deste dia certamente se
seja de bproveito. cumprirão—
3 E agora digo alguma coisa 5 Escolhi, portanto, aestas coi-
28a Mos. 9:1–4. Nefita. Mórm. 4:23.
30a 1 Né. 6:1–6. 2a Mórm. 6:5–6. d Ômni 1:23.
b D&C 3:16–20. 4 a 1 Né. 6:5.
[palavras de mórmon] 3a D&C 10:44. 5 a ie coisas do seu
1 1a 3 Né. 5:9–12; b D&C 10:38–40. agrado,
Mórm. 1:1–4; 8:1, 4–5. c Mos. 1:6; mencionadas
gee Mórmon, Profeta Hel. 3:13–15; no versı́culo 4.
163 Palavras de Mórmon 1:6–15
sas para terminar meu registro cas que continham registros que
sobre elas e este restante de os creis haviam transmitido, de
meu registro tirarei das bplacas geração em geração, até os dias
de Néfi; e não posso escrever do rei Benjamim.
nem a ccentésima parte das coi- 11 E foram passadas, desde
sas de meu povo. o rei Benjamim, de geração
6 Mas eis que tomarei estas pla- em geração, até chegarem a
a
cas que contêm estas profecias e minhas mãos. E eu, Mórmon,
revelações e pô-las-ei com o res- rogo a Deus que sejam pre-
tante de meu registro, porque servadas de agora em diante.
me são preciosas; e sei que serão E sei que serão preservadas,
preciosas para meus irmãos. porque grandes coisas estão es-
7 E faço isto com um asábio critas nelas, pelas quais meu po-
propósito; pois assim me é sus- vo e seus irmãos serão bjulgados
surrado, segundo o Espı́rito do no grande e último dia, segun-
Senhor que está em mim. E ago- do a palavra de Deus que está
ra, eu não sei todas as coisas, escrita.
mas o Senhor bsabe todas as coi- 12 E agora, a respeito deste
sas que hão de acontecer; por- rei Benjamim—houve algumas
tanto ele atua em mim, para que contendas entre seu próprio
eu faça segundo a sua vontade. povo.
8 E minha a oração a Deus é 13 E aconteceu também que
referente a meus irmãos, para os exércitos dos lamanitas des-
que voltem a ter conhecimento ceram da aterra de Néfi para
de Deus, sim, da redenção de guerrear seu povo. Eis, porém,
Cristo; para que tornem a ser que o rei Benjamim reuniu seus
um povo bagradável. exércitos e fez-lhes frente; e
9 E agora eu, Mórmon, proce- combateu com a força de seu
do à conclusão de meu registro, próprio braço, com a bespada de
que tiro das placas de Néfi; e Labão.
faço-o segundo o conhecimento 14 E com a força do Senhor
e a compreensão que Deus me lutaram contra seus inimigos,
deu. até matarem muitos milhares de
10 Então aconteceu que depois lamanitas. E aconteceu que luta-
de Amaléqui haver aentregado ram contra os lamanitas até os
estas placas nas mãos do rei expulsarem de todas as terras de
Benjamim, este tomou-as e pôs sua herança.
juntamente com as boutras pla- 15 E aconteceu que depois de

5 b 1 Né. 9:2. b 2 Né. 30:6. 3 Né. 27:23–27.


c 3 Né. 5:8–11; 26:6–12. 10a Ômni 1:25, 30. 13a Ômni 1:12.
7 a 1 Né. 9:5; 19:3; b 1 Né. 9:4. b 1 Né. 4:9;
D&C 3:12–20; c Jar. 1:14. 2 Né. 5:14;
10:1–19, 30–47. 11a 3 Né. 5:8–12; Jacó 1:10;
b gee Onisciente. Mórm. 1:1–5. Mos. 1:16;
8 a 2 Né. 33:3–4; b 2 Né. 25:18; 29:11; D&C 17:1.
En. 1:11–12. 33:11–15;
Palavras de Mórmon 1:16–Mosias 1:3 164
ter havido falsos aCristos e suas 17 Pois eis que o rei Benjamim
bocas terem sido caladas e eles era um asanto homem e gover-
terem sido castigados de acordo nou seu povo com justiça; e ha-
com seus crimes; via muitos homens santos na
16 E depois de ter havido falsos terra e eles pregavam a palavra
profetas e falsos pregadores e de Deus com bpoder e com au-
mestres entre o povo e todos toridade; e eram muito cseve-
estes terem sido castigados de ros, por causa da obstinação do
acordo com seus crimes; e de- povo—
pois de ter havido muitas con- 18 Portanto, com o auxı́lio
tendas e muitos terem passado deles e também dos profetas, o
para o lado dos lamanitas, eis rei Benjamim, trabalhando com
que aconteceu que o rei Benja- todas as forças de seu corpo e a
mim, com o auxı́lio dos santos faculdade de toda a sua alma,
a
profetas que havia entre seu mais uma vez estabeleceu a paz
povo— naquela terra.

Livro de Mosias
CAPÍTULO 1 E fez com que fossem ainstruı́-
dos em todo o bidioma de seus
O rei Benjamim ensina a seus filhos pais, para que assim se tornas-
o idioma e as profecias de seus pais sem homens de entendimento;
—Sua religião e civilização foram e para que soubessem das profe-
preservadas por causa dos registros cias que haviam sido feitas pela
gravados nas várias placas—Mo- boca de seus pais e que lhes
sias é escolhido rei e recebe a custó- foram entregues pela mão do
dia dos registros e de outras coisas. Senhor.
Aproximadamente 130–124 a.C. 3 E ele também os ensinou

E ENTÃO não houve mais


contendas em toda a aterra
de Zaraenla, entre todo o povo
sobre os registros que estavam
gravados nas placas de latão,
dizendo: Meus filhos, quisera
que pertencia ao rei Benjamim, que vos lembrásseis de que, se
de modo que o rei Benjamim não fosse por estas aplacas que
gozou de paz contı́nua todo o contêm estes registros e estes
restante de seus dias. mandamentos, terı́amos per-
2 E aconteceu que ele tinha manecido em bignorância até o
três filhos; e dera-lhes os nomes presente, não conhecendo os
de Mosias e Helorum e Helamã. mistérios de Deus.
15a gee Anticristo. D&C 121:41–43. D&C 68:25, 28.
16a En. 1:22. b Mórm. 9:32.
17a Al. 13:26. [mosias] 3 a gee Placas.
b Al. 17:2–3. 1 1a Ômni 1:13. b Al. 37:8–9.
c Morô. 9:4; 2 a Mos. 4:14–15;
165 Mosias 1:4–11
4 Porque não teria sido possı́- verdadeiras; e podemos saber
vel a nosso pai, Leı́, lembrar-se da veracidade delas porque as
de todas estas coisas para ensi- temos diante dos olhos.
ná-las a seus filhos, se não fosse 7 E agora, meus filhos, quisera
pelo auxı́lio destas placas; pois que vos lembrásseis de aexami-
tendo ele sido instruı́do no ná-las diligentemente, para que
a
idioma dos egı́pcios podia, delas vos beneficieis; e quisera
portanto, ler estas gravações e que b guardásseis os manda-
ensiná-las a seus filhos, para que mentos de Deus para que cpros-
assim eles pudessem ensiná-las pereis na terra, segundo as
d
a seus filhos, cumprindo desta promessas que o Senhor fez a
forma os mandamentos de Deus nossos pais.
até o presente. 8 E muitas coisas mais o rei
5 Digo-vos, meus filhos, que se Benjamim ensinou a seus filhos,
não fosse por estas coisas que as quais não estão escritas neste
foram guardadas e apreservadas livro.
pela mão de Deus para que pu- 9 E aconteceu que depois de
déssemos bler e compreender os haver ensinado seus filhos, o rei
seus cmistérios e ter seus man- Benjamim envelheceu e viu que
damentos sempre diante dos muito em breve seguiria pelo
olhos, até mesmo nossos pais te- caminho de toda a Terra; por-
riam degenerado, caindo na in- tanto julgou ser oportuno con-
credulidade; e terı́amos sido ferir o reino a um de seus filhos.
como nossos irmãos, os lama- 10 Portanto ele fez com que
nitas, que nada sabem a respeito Mosias fosse levado a sua pre-
destas coisas ou nem sequer sença; e estas são as palavras
nelas crêem quando lhes são que ele lhe falou, dizendo: Meu
ensinadas, por causa das dtradi- filho, quisera que fizesses uma
ções de seus pais, que não são proclamação por toda esta terra,
corretas. entre todo este povo, ou me-
6 Ó meus filhos, quisera que lhor, o apovo de Zaraenla e o po-
vos lembrásseis de que estas vo de Mosias que habita esta
palavras são verdadeiras e tam- terra, para que se reúnam; por-
bém de que estes registros são que amanhã proclamarei a este
a
verdadeiros. E eis que também meu povo, de viva voz, que tu
as placas de Néfi, que contêm os és brei e governante deste povo
registros e as palavras de nossos que o Senhor nosso Deus nos
pais desde o tempo em que dei- deu.
xaram Jerusalém até agora, são 11 E ademais, darei a este povo

4 a JS—H 1:64. d Mos. 10:11–17. Al. 50:20–22.


5 a gee Escrituras—As 6 a 1 Né. 1:3; c Salm. 122:6;
escrituras devem ser 2 Né. 33:10–11; 1 Né. 2:20.
preservadas. Morô. 10:27. d Al. 9:12–14.
b Deut. 6:6–8. 7 a gee Escrituras. 10a Ômni 1:14.
c gee Mistérios de Deus. b Mos. 2:22; b Mos. 2:30.
Mosias 1:12–2:2 166
um anome, para que assim fossem dirigidos, cada um se-
sejam distinguidos de todos os gundo o cuidado e atenção que
povos que o Senhor Deus trou- lhe davam.
xe da terra de Jerusalém; e isto 17 Portanto, como foram in-
faço porque tem sido um povo fiéis, não prosperaram nem pro-
diligente na obediência aos grediram em sua jornada, mas
mandamentos do Senhor. foram a impelidos para trás e
12 E dou-lhes um nome que incorreram no desagrado de
jamais será apagado, salvo em Deus; e foram, portanto, atingi-
caso de atransgressão. dos pela fome e duras aflições,
13 Sim, e ainda mais, digo-te para que se lembrassem de seus
que se este povo altamente deveres.
favorecido pelo Senhor cair em 1 8 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e
a
transgressão e tornar-se um po- Mosias foi e fez como seu pai lhe
vo inı́quo e adúltero, o Senhor ordenara; e conclamou todo o
os abandonará, para que assim povo que estava na terra de
se tornem b fracos como seus Zaraenla a reunir-se para ir ao
irmãos; e ele não mais os cpre- templo ouvir as palavras que
servará com seu incomparável e seu pai lhes diria.
maravilhoso poder, como até
agora preservou nossos pais.
CAPÍTULO 2
14 Porque te digo que se ele
não houvesse estendido o braço
O rei Benjamim fala a seu povo—
para preservar nossos pais, eles
Relata a eqüidade, justiça e espi-
teriam caı́do nas mãos dos lama-
ritualidade de seu reinado—Acon-
nitas, tornando-se vı́timas de
selha o povo a servir a seu Rei
seu ódio.
Celestial—Aqueles que se rebela-
15 E aconteceu que depois de
rem contra Deus sofrerão angústia
haver o rei Benjamim termina-
semelhante a um fogo inextinguı́-
do de dizer estas palavras a seu
vel. Aproximadamente 124 a.C.
filho, encarregou-o de todos os
assuntos do reino. E aconteceu que após Mosias
16 Além disso, também o en- haver feito o que seu pai lhe
carregou dos registros que esta- ordenara e haver feito uma pro-
vam gravados nas aplacas de clamação por toda a terra, o
latão; e também das placas de povo congregou-se por toda a
Néfi; e também da bespada de terra, a fim de subir ao templo
Labão e da cesfera ou guia que para ouvir as palavras que o rei
conduziu nossos pais pelo de- Benjamim lhes diria.
serto, que fora preparada pela 2 E eram tantos, que não foram
mão do Senhor para que assim contados; porque eles se haviam

11a Mos. 5:8–12. c D&C 103:8–10. D&C 17:1.


12a gee Pecado. 16a Mos. 1:3. c 1 Né. 16:10.
13a Heb. 6:4–6. b 1 Né. 4:8–19; 17a 1 Né. 18:12–13.
b Hel. 4:24–26. Pal. Mórm. 1:13;
167 Mosias 2:3–11
multiplicado muito, tornando- ensinar a todos dentro dos mu-
se numerosos na terra. ros do templo, ele fez construir
3 E também tomaram das apri- uma torre, para que assim seu
mı́cias de seus rebanhos, para povo pudesse ouvir as palavras
oferecerem bsacrifı́cios e cholo- que lhes diria.
caustos dsegundo a lei de Moisés. 8 E aconteceu que, da torre,
4 E também, para poderem dar ele começou a falar a seu povo;
graças ao Senhor seu Deus, que e nem todos podiam ouvir-lhe
os tirara da terra de Jerusalém e as palavras, por causa do tama-
livrara-os das mãos de seus ini- nho da multidão; portanto fez
migos; e anomeara homens jus- com que suas palavras fos-
tos para serem seus bmestres e sem escritas e enviadas àqueles
também um homem justo para que se achavam fora do alcance
ser seu rei, o qual estabelecera de sua voz, para que também
a paz na cterra de Zaraenla e recebessem suas palavras.
ensinara-lhes a d guardar os 9 E estas são as palavras que
mandamentos de Deus, a fim de ele adisse e fez com que fossem
que se regozijassem e se enches- escritas, dizendo: Meus irmãos,
sem de eamor para com Deus e todos que vos haveis reunido,
todos os homens. vós que podeis ouvir as palavras
5 E aconteceu que quando su- que hoje vos direi; pois não or-
biram ao templo armaram suas denei que viésseis aqui para
b
tendas nos arredores, cada ouvir levianamente as palavras
homem conforme sua afamı́lia, que direi, mas para que me ces-
que consistia na esposa e nos cuteis e abrais os ouvidos para
filhos e nas filhas; e nos filhos e ouvir e o dcoração para entender
nas filhas destes, do mais velho e vossa emente para que os fmis-
ao mais jovem, cada famı́lia térios de Deus vos sejam revela-
separada uma da outra. dos.
6 E armaram suas tendas ao 10 Não ordenei que subı́sseis
redor do templo, cada homem aqui para que me atemêsseis ou
com a porta de sua atenda volta- para que pensásseis que eu, por
da para o templo, a fim de que mim mesmo, seja mais que um
pudessem permanecer nas suas homem mortal.
tendas e ouvir as palavras que o 11 Mas sou como vós mesmos,
rei Benjamim lhes diria; sujeito a toda sorte de enfermi-
7 Por ser a multidão tão grande dades do corpo e da mente; con-
que o rei Benjamim não poderia tudo fui escolhido por este povo

2 3a Gên. 4:4. b Mos. 18:18–22. b D&C 6:12.


b gee Sacrifı́cio. gee Ensinar, Mestre. c gee Atender, Escutar.
c 1 Né. 5:9. c Ômni 1:12–15. d Mos. 12:27;
d 2 Né. 25:24; d Jo. 15:10. 3 Né. 19:33.
Al. 30:3; 34:13–14. e gee Amor. e gee Mente.
4 a gee Chamado, 5 a gee Famı́lia. f gee Mistérios de Deus.
Chamado por Deus, 6 a Êx. 33:8–10. 10a gee Temor.
Chamar. 9 a Mos. 8:3.
Mosias 2:12–21 168
e consagrado por meu pai; e a ponder ante Deus com uma
a
mão do Senhor permitiu que eu consciência limpa.
fosse governante e rei deste po- 16 Eis que vos digo, ao afirmar-
vo; e fui guardado e preservado vos haver empregado meus dias
por seu incomparável poder pa- a vosso serviço, que não é meu
ra servir-vos com todo o poder, desejo vangloriar-me, porque só
mente e força que o Senhor me estive a serviço de Deus.
concedeu. 17 E eis que vos digo estas
12 E digo-vos que como me foi coisas para que aprendais asabe-
permitido empregar meus dias a doria; para que saibais que,
vosso serviço até este momento quando estais a bserviço de vos-
e não tentei obter de vós nem so cpróximo, estais somente a
a
ouro nem prata nem qualquer serviço de vosso Deus.
tipo de riqueza; 18 Eis que me haveis chama-
13 Nem permiti que fôsseis do vosso rei; e se eu, a quem
confinados em calabouços nem chamais vosso rei, trabalho para
que escravizásseis uns aos ou- vos aservir, não deveis vós traba-
tros nem que assassinásseis nem lhar para vos servirdes uns aos
pilhásseis nem roubásseis nem outros?
cometêsseis adultério; nem per- 19 E eis também que se eu, a
miti que cometêsseis qualquer quem chamais vosso rei, que
tipo de iniqüidade, mas ensinei- passou os seus dias a vosso ser-
vos que devı́eis guardar os man- viço e, contudo, esteve a serviço
damentos do Senhor em todas de Deus, mereço algum agra-
as coisas que ele vos ordenou— decimento de vós, oh! quanto
14 E eu mesmo tenho atraba- deveis aagradecer a vosso Rei
lhado com minhas próprias celestial!
mãos, a fim de vos servir; e para 20 Digo-vos, meus irmãos, que
que não sejais sobrecarregados se renderdes todas as graças e
a
com impostos e não recaiam louvores, com todo o poder de
sobre vós coisas difı́ceis de su- vossa alma, àquele bDeus que
portar—e vós mesmos sois tes- vos criou e guardou e preservou
temunhas, neste dia, de todas e fez com que vos regozijásseis e
estas coisas que falei. vos concedeu viverdes em paz
15 Contudo, meus irmãos, não uns com os outros—
fiz estas coisas todas para van- 21 Digo-vos que se servirdes ao
gloriar-me nem conto estas coi- que vos criou desde o princı́pio
sas para assim poder acusar-vos; e vos está preservando dia a dia,
mas digo-vos estas coisas para dando-vos alento para que pos-
que saibais que hoje posso res- sais viver, mover-vos e agir se-

12a At. 20:33–34. Tg. 1:27; 19a gee Ação de Graças,


14a I Cor. 9:18. D&C 42:29–31. Agradecido,
15a gee Consciência. gee Serviço. Agradecimento.
17a gee Sabedoria. c gee Irmão(s). 20a 1 Né. 18:16.
b Mt. 25:40; 18a Mt. 20:26–27. b gee Trindade.
169 Mosias 2:22–31
gundo vossa própria avontade; gar este corpo mortal a sua mãe
e até vos apoiando de momento terra.
a momento—digo-vos que se o 27 Portanto, como disse que
servirdes com toda a alma, ain- vos havia servido, a andando
da assim sereis bservos inúteis. com a consciência limpa diante
22 E eis que tudo que ele re- de Deus, assim vos fiz reunir
quer de vós é que guardeis seus nesta ocasião, para que eu possa
mandamentos; e ele prometeu- ser declarado inocente e para
vos que, se aguardásseis seus que vosso bsangue não recaia so-
b
mandamentos, prosperarı́eis na bre mim quando me apresentar
terra; e ele nunca se cdesvia do para ser julgado por Deus pe-
que disse; portanto, se dguardar- las coisas que ele me ordenou,
des seus mandamentos, ele vos concernentes a vós.
abençoará e far-vos-á prosperar. 28 E digo que vos fiz reunir
23 Ora! em primeiro lugar ele para poder alivrar minhas vesti-
vos criou e concedeu-vos a vida, mentas de vosso sangue, nesta
pelo que lhe sois devedores. ocasião em que estou para des-
24 E, em segundo lugar, ele cer a minha sepultura, a fim de
requer que façais conforme vos que eu desça em paz e meu bes-
ordenou; e se o fizerdes, ele pı́rito imortal possa juntar-se
imediatamente vos aabençoará; aos ccoros excelsos, cantando
e, portanto, ter-vos-á pago. E louvores a um justo Deus.
vós ainda lhe sereis devedores 29 E ademais, digo-vos que vos
e o sois e sê-lo-eis para sempre; fiz reunir para declarar-vos que
portanto, de que vos podeis não posso mais ser vosso mestre
vangloriar? nem vosso rei;
25 E agora vos pergunto: Po- 30 Porque, mesmo agora, todo
deis dizer algo de vós mesmos? o meu corpo treme muito en-
Respondo-vos: Não. Não podeis quanto me esforço para vos
dizer que sois nem mesmo como falar; mas o Senhor Deus me
o pó da Terra; no entanto, fostes sustém e permitiu-me que vos
a
criados do bpó da Terra; mas eis falasse; e ordenou-me que vos
que o pó pertence àquele que declarasse hoje que meu filho
vos criou. Mosias é vosso rei e governante.
26 E eu, mesmo eu, a quem 31 E agora, meus irmãos, quise-
chamais vosso rei, não sou ra que agı́sseis como tendes fei-
melhor do que vós, porque eu to até aqui. Assim como tendes
também sou do pó. E vedes que guardado os meus mandamen-
estou velho e prestes a entre- tos e também os mandamentos

21a gee Arbı́trio. c D&C 3:1–2. 27a gee Andar, Andar


b Lc. 17:7–10. d D&C 14:7; 58:2–3. com Deus.
22a Lev. 25:18–19; 24a gee Abençoado, b Jacó 1:19.
2 Né. 1:9. Abençoar, Bênção. 28a Jacó 2:2.
b gee Mandamentos de 25a gee Criação, Criar. b gee Espı́rito.
Deus. b Gên. 3:19; Jacó 2:21. c Mórm. 7:7.
Mosias 2:32–38 170
de meu pai e tendes prosperado em que nosso pai, Leı́, deixou
e fostes livrados de cair nas Jerusalém;
mãos de vossos inimigos, de 35 E também, tudo o que tem
igual maneira, se guardardes sido dito por nossos pais até
os mandamentos de meu filho, agora. E eis que também eles
ou seja, os mandamentos de disseram o que lhes foi ordena-
Deus que por ele vos serão do pelo Senhor; portanto são
transmitidos, prosperareis na justos e verdadeiros.
terra e vossos inimigos não 36 E agora eu vos digo, meus
terão poder sobre vós. irmãos, que depois de haverdes
32 Cuidado, porém, ó meu conhecido todas estas coisas e
povo, para que não surjam acon- elas vos haverem sido ensina-
tendas entre vós nem vos in- das, se transgredirdes e fordes
clineis a obedecer ao espı́rito contra aquilo que tem sido fala-
maligno, do qual meu pai, do, de modo que vos afasteis do
Mosias, falou. Espı́rito do Senhor e não tenha
33 Mas eis que há uma con- ele lugar em vós para guiar-vos
denação decretada para o que pelas veredas da sabedoria, a
se inclina a obedecer a esse fim de que sejais abençoados,
espı́rito; porque o que se incli- favorecidos e preservados—
na a obedecer-lhe e permane- 37 Digo-vos que o homem que
ce e morre em seus pecados, be- faz isto se arebela abertamente
be acondenação para a própria contra Deus; portanto se inclina
alma; porque recebe por salá- a obedecer ao espı́rito maligno e
rio um castigo beterno, haven- torna-se inimigo de toda reti-
do transgredido a lei de Deus dão; por isso o Senhor não tem
contra seu próprio conheci- lugar nele, pois ele não habita
mento. em btemplos impuros.
34 Digo-vos que ninguém há 38 Portanto se tal homem não
entre vós, à exceção de vossas se a arrepende e permanece e
criancinhas, que não foram en- morre inimigo de Deus, as exi-
sinadas sobre estas coisas, que gências da divina bjustiça des-
não saiba que sois eternamente pertam-lhe a alma imortal para
devedores a vosso Pai Celestial um vivo sentimento de sua pró-
e que deveis entregar-lhe tudo pria cculpa, que o leva a recuar
o que tendes e sois; e que não diante da presença do Senhor e
haja sido instruı́do concernen- enche-lhe o peito de culpa e dor
te aos registros que contêm as e angústia, como um fogo inex-
profecias pronunciadas pelos tinguı́vel cuja chama se eleva
santos profetas até a época para todo o sempre.

32a 3 Né. 11:29–30. Hel. 8:24–25. Arrependimento.


33a gee Condenação, gee Rebeldia, b gee Justiça.
Condenar. Rebelião. c gee Culpa.
b D&C 19:6, 10–12. b Al. 7:21.
37a Mos. 3:12; 38a gee Arrepender-se,
171 Mosias 2:39–3:5
39 E digo-vos que a amisericór- alcança a salvação—Os homens po-
dia não tem direitos sobre esse dem despojar-se do homem natural
homem; portanto sua condena- e tornar-se santos, por meio da
ção final é padecer um tormento Expiação—O tormento dos inı́quos
sem fim. será como um lago de fogo e enxofre.
40 Oh! todos vós, anciãos, e Aproximadamente 124 a.C.
também vós, jovens, e vós, crian-
E quero chamar a vossa atenção
cinhas, que podeis entender
mais uma vez, meus irmãos,
minhas palavras, pois falei-vos
porque ainda tenho algo mais
claramente para que pudésseis
para vos dizer; pois eis que te-
compreender, oro para que vos
a nho coisas para vos dizer sobre
lembreis da terrı́vel situação
o que deverá acontecer.
daqueles que caı́ram em trans-
2 E as coisas que vos direi
gressão.
foram-me dadas a conhecer por
41 E ainda mais, quisera que
um aanjo de Deus. E ele disse-
considerásseis o estado abençoa-
me: Desperta; e eu despertei e
do e afeliz daqueles que guar-
eis que ele estava diante de
dam os mandamentos de Deus.
mim.
Pois eis que são babençoados em
3 E ele disse-me: Desperta e
todas as coisas, tanto materiais
ouve as palavras que te direi;
como espirituais; e se eles se
pois eis que vim para anunciar-
conservarem c fiéis até o fim,
te as a boas novas de grande
serão recebidos no dcéu, para
alegria.
que assim possam habitar com
4 Pois o Senhor ouviu tuas
Deus em um estado de felici-
orações e julgou tua retidão; e
dade sem fim. Oh! Lembrai-
enviou-me para anunciar-te que
vos, lembrai-vos de que estas
podes regozijar-te e que podes
coisas são verdadeiras, porque o
anunciá-las a teu povo, a fim de
Senhor Deus as disse.
que eles também se encham de
alegria.
CAPÍTULO 3 5 Pois eis que o tempo se apro-
xima e não está muito longe, em
O rei Benjamim continua seu dis- que, com poder, o aSenhor Oni-
curso—O Senhor Onipotente mi- potente que reina, que era e é de
nistrará entre os homens num toda a eternidade para toda a
tabernáculo de barro—De todos os eternidade, descerá dos céus no
seus poros sairá sangue quando ele meio dos filhos dos homens e
expiar os pecados do mundo—O habitará num btabernáculo de
seu nome é o único pelo qual se barro; e fará grandes cmilagres

39a Al. 34:8–9, 15–16. b gee Abençoado, 5 a gee Jeová.


gee Misericórdia, Abençoar, Bênção. b Mos. 7:27;
Misericordioso. c D&C 6:13. Al. 7:9–13.
40a Al. 5:18. d gee Céu. c Mt. 4:23–24; At. 2:22;
41a 4 Né. 1:15–18. 3 2a gee Anjos. 1 Né. 11:31.
gee Alegria. 3 a Lc. 2:10–11. gee Milagre.
Mosias 3:6–15 172
entre os homens, como curar os tará dentre os mortos; e eis que
enfermos, levantar os mortos, ele cjulga o mundo; e eis que to-
fazer andar os coxos, dar vista das estas coisas são feitas para
aos cegos, fazer ouvir os surdos que recaia um julgamento justo
e curar toda espécie de enfermi- sobre os filhos dos homens.
dades. 11 Pois eis também que seu
6 E expulsará ademônios, ou a
sangue bexpia os pecados dos
seja, os espı́ritos malignos que que ccaı́ram pela transgressão
habitam no coração dos filhos de Adão, que morreram sem
dos homens. conhecer a vontade de Deus
7 E eis que sofrerá atentações e acerca de si mesmos ou que
dores corporais, bfome, sede e pecaram por dignorância.
cansaço maiores do que o ho- 12 Mas ai daquele que sabe que
mem pode csuportar sem mor- se arebela contra Deus! Porque a
rer; eis que sairá d sangue de nenhum desses será concedida
cada um de seus poros, tão salvação, a não ser pelo arrepen-
grande será a sua eangústia pe- dimento e fé no bSenhor Jesus
las iniqüidades e abominações Cristo.
de seu povo. 13 E o Senhor Deus enviou
8 E ele chamar-se-á aJesus Cris- seus santos profetas a todos os
to, o bFilho de Deus, o cPai dos filhos dos homens para declara-
céus e da Terra, o Criador de to- rem estas coisas a toda tribo,
das as coisas desde o princı́pio; nação e lı́ngua, para que, assim,
e sua dmãe chamar-se-á eMaria. todo aquele que acreditar na
9 E eis que vem aos seus para vinda de Cristo receba a aremis-
que a asalvação seja concedida são de seus pecados e regozije-
aos filhos dos homens pela bfé se com grande alegria, bcomo se
em seu nome; e mesmo depois ele já tivesse vindo a eles.
de tudo isso, considerá-lo-ão 14 Contudo o Senhor Deus viu
um homem e dirão que está cen- que seu povo era obstinado e
demoninhado; e daçoitá-lo-ão e deu-lhe uma lei, sim, a alei de
e
crucificá-lo-ão. Moisés.
10 E no aterceiro dia bressusci- 15 E mostrou a eles muitos si-

6 a Mc. 1:32–34. 9 a gee Salvação. b gee Expiação, Expiar.


7 a gee Tentação, Tentar. b gee Fé. c gee Queda de Adão
b Mt. 4:1–2. c Jo. 8:48. e Eva.
c D&C 19:15–18. d Mc. 15:15. d 2 Né. 9:25–26.
d Lc. 22:44. e Lc. 18:33; 12a Mos. 2:36–38;
e Isa. 53:4–5. 1 Né. 19:10; Hel. 8:25.
8 a gee Trindade—Deus, 2 Né. 10:3. gee Rebeldia,
o Filho. gee Crucificação. Rebelião.
b Al. 7:10. 10a Mt. 16:21; b gee Senhor.
c Hel. 14:12; 3 Né. 9:15. 2 Né. 25:13; 13a gee Remissão de
d Mt. 1:16; Hel. 14:20–27. Pecados.
1 Né. 11:14–21. b gee Ressurreição. b 2 Né. 25:24–27;
e gee Maria, Mãe de c gee Julgar. Jar. 1:11.
Jesus. 11a gee Sangue. 14a gee Lei de Moisés.
173 Mosias 3:16–23
nais e maravilhas e ası́mbolos e inimigo de Deus e tem-no sido
figuras concernentes a sua vin- desde a bqueda de Adão e sê-
da; e também os santos profetas lo-á para sempre; a não ser que
c
lhes falaram sobre sua vinda; e, ceda ao influxo do Santo
d
apesar disso, endureceram o Espı́rito e despoje-se do ho-
coração e não compreenderam mem natural e torne-se esanto
que a blei de Moisés de nada ser- pela expiação de Cristo, o Se-
viria se não fosse pela expiação nhor; e torne-se como uma
f
de seu sangue. criança, submisso, manso, hu-
16 E mesmo se fosse possı́vel milde, paciente, cheio de amor,
que as acriancinhas pecassem, disposto a submeter-se a tudo
não poderiam ser salvas; mas di- quanto o Senhor achar que lhe
go-vos que elas são babençoa- deva infligir, assim como uma
das; pois eis que como em Adão, criança se submete a seu pai.
ou seja, pela natureza, elas 20 E além disso, digo-vos que
caem, assim também o sangue chegará o tempo em que o aco-
de Cristo expia os seus pecados. nhecimento de um Salvador se
17 E digo-vos ainda mais, que espalhará por btoda nação, tribo,
a
nenhum outro nome se dará, lı́ngua e povo.
nenhum outro caminho ou meio 21 E eis que, quando chegar
pelo qual a bsalvação seja conce- esse tempo, ninguém será decla-
dida aos filhos dos homens, a rado ainocente diante de Deus,
não ser em nome e pelo nome salvo as criancinhas, a não ser
de cCristo, o Senhor Onipotente. por meio de arrependimento e
18 Pois eis que ele julga e seu fé no nome do Senhor Deus
julgamento é justo; e a criança Onipotente.
que morre ainda na infância não 22 E mesmo nestes dias, depois
perece; mas os homens bebem de haveres ensinado aos de teu
condenação para sua própria povo as coisas que o Senhor teu
alma, a não ser que se humi- Deus te ordenou, eles não mais
lhem e atornem-se como crianci- são considerados sem culpa à
nhas; e acreditem que a salva- vista de Deus, a não ser que
ção veio e vem e virá no sangue ajam de acordo com as palavras
e pelo sangue b expiatório de que te disse.
Cristo, o Senhor Onipotente. 23 E agora eu disse as palavras
19 Porque o ahomem natural é que o Senhor Deus me ordenou.

15a gee Jesus Cristo— Tomar sobre nós o c II Crôn. 30:8.


Sı́mbolos de Cristo. nome de Jesus d Morô. 10:4–5.
b Mos. 13:27–32. Cristo. gee Espı́rito Santo.
16a gee Criança(s), 18a Mt. 18:3. e gee Santo.
Menino(s); Filho(s). b Mos. 4:2; Hel. 5:9. f 3 Né. 9:22.
b Morô. 8:8–9. 19a I Cor. 2:11–14; 20a D&C 3:16.
17a At. 4:10–12; Mos. 16:2–3. b gee Obra Missionária.
2 Né. 31:21. gee Homem Natural. 21a gee Prestar Contas,
b gee Salvação. b gee Queda de Adão Responsabilidade,
c gee Jesus Cristo— e Eva. Responsável.
Mosias 3:24–4:3 174
24 E assim diz o Senhor: Elas nuai fiéis para conservardes a re-
serão como resplandecente tes- missão de vossos pecados—Reparti
temunho contra os deste povo vosso sustento com os pobres—Fa-
no dia do julgamento; por elas zei todas as coisas com sabedoria e
serão julgados, cada homem ordem. Aproximadamente 124 a.C.
segundo suas obras, sejam elas
E então aconteceu que após ter
boas ou sejam más.
dito as palavras que lhe haviam
25 E se forem más, eles serão
sido transmitidas pelo anjo do
condenados a uma avisão terrı́-
Senhor, o rei Benjamim olhou
vel de sua própria culpa e abo-
para a multidão ao redor e eis
minações, que os fará recuar da
que haviam caı́do por terra, por-
presença do Senhor para um
que o atemor do Senhor se havia
estado de bmiséria e tormento
apoderado deles.
sem fim, de onde não poderão
2 E haviam visto a si mesmos
mais voltar; portanto beberam
em seu estado acarnal, bmenos
condenação para suas próprias
ainda que o pó da Terra. E todos
almas.
clamaram a uma só voz, dizen-
26 Beberam, portanto, do cálice
do: Oh! Tende misericórdia e
da ira de Deus, o qual a justiça
aplicai o sangue cexpiatório de
não lhes poderia negar, como
Cristo, para que recebamos o
não poderia negar que aAdão
perdão de nossos pecados e
caı́sse por haver participado do
b nosso coração seja purificado;
fruto proibido; portanto a cmi-
porque cremos em Jesus Cristo,
sericórdia nunca mais poderia
o Filho de Deus, que dcriou o
reclamá-los.
céu e a Terra e todas as coisas;
27 E o seu atormento é como
que descerá entre os filhos dos
um b lago de fogo e enxofre,
homens.
cujas chamas são inextinguı́veis
3 E aconteceu que depois de
e cuja fumaça ascende para
haverem pronunciado essas pa-
sempre e sempre. Assim me
lavras, o Espı́rito do Senhor des-
ordenou o Senhor. Amém.
ceu sobre eles e encheram-se de
alegria, havendo recebido a are-
CAPÍTULO 4 missão de seus pecados e tendo
paz de bconsciência, por causa
O rei Benjamim continua seu dis- da profunda c fé que tinham em
curso—A salvação é concedida por Jesus Cristo que haveria de vir,
causa da Expiação — Crede em de acordo com as palavras que o
Deus para serdes salvos—Conti - rei Benjamim lhes dissera.

25a Al. 5:18; 12:14–15. Misericordioso. b Hel. 12:7–8.


b Mórm. 8:38. 27a gee Culpa. c Mos. 3:18; Hel. 5:9.
26a Mórm. 9:12. b 2 Né. 9:16; d gee Criação, Criar.
b Gên. 3:1–12; Jacó 6:10; 3 a gee Remissão de
2 Né. 2:15–19; D&C 76:36. Pecados.
Al. 12:21–23. 4 1a gee Temor. b gee Consciência.
c gee Misericórdia, 2 a gee Carnal. c gee Fé.
175 Mosias 4:4–11
4 E o rei Benjamim tornou a 8 E este é o meio pelo qual é
abrir a boca e falou-lhes, dizen- concedida a salvação. E anão há
do: Meus amigos e meus irmãos, qualquer outra salvação, a não
minha famı́lia e povo meu, que- ser esta que foi mencionada;
ro novamente chamar a vossa tampouco há outras condições
atenção, para que possais ouvir pelas quais o homem possa ser
e entender o restante das pala- salvo, exceto aquelas de que vos
vras que vos direi. falei.
5 Pois eis que se o conhecimen- 9 Acreditai em Deus; acreditai
to da bondade de aDeus desper- que ele existe e que criou todas
tou agora em vós a consciência as coisas, tanto no céu como na
de vossa nulidade e de vossa in- Terra; acreditai que ele tem toda
dignidade e estado decaı́do— a asabedoria e todo o poder, tan-
6 Digo-vos que se haveis ad- to no céu como na Terra; acre-
quirido aconhecimento da bon- ditai que o homem não bcom-
dade de Deus e de seu incom- preende todas as coisas que o
parável poder e de sua sabedo- Senhor pode compreender.
ria e de sua paciência e de sua 10 E novamente, acreditai que
longanimidade para com os fi- vos deveis aarrepender de vos-
lhos dos homens; e também da sos pecados e abandoná-los e
b
expiação que foi preparada humilhar-vos diante de Deus; e
desde a cfundação do mundo, a pedir com sinceridade de cora-
fim de que, por ela, a salvação ção que ele vos bperdoe; e agora,
possa vir para aquele que puser se cacreditais em todas estas coi-
sua d confiança no Senhor e sas, procurai dfazê-las.
guardar diligentemente seus 11 E digo-vos novamente, co-
mandamentos e perseverar na mo disse antes, que, como ha-
fé até o fim da vida, quero dizer, veis adquirido conhecimento da
a vida do corpo mortal— glória de Deus, ou seja, se ha-
7 Eu digo que este é o homem veis conhecido sua bondade,
a
que recebe a salvação, por meio experimentado seu amor e re-
da expiação que foi preparada cebido a bremissão de vossos pe-
desde a fundação do mundo pa- cados, o que causa tão grande
ra toda a humanidade que exis- alegria a vossa alma, ainda as-
tiu, desde a aqueda de Adão, ou sim quisera que vos lembrásseis
que existe ou que existirá até o e sempre guardásseis na memó-
fim do mundo. ria a grandeza de Deus e vossa

5 a Mois. 1:10. Confiar. 10a gee Arrepender-se,


6 a gee Trindade. 7 a gee Queda de Adão Arrependimento.
b gee Expiação, e Eva. b D&C 61:2.
Expiar. 8 a At. 4:12; c Mt. 7:24–27.
c Mos. 15:19. 2 Né. 31:21; d 2 Né. 31:19–21.
d Salm. 36:7; Mos. 3:17. 11a Al. 36:24–26.
2 Né. 22:2; 9 a Rom. 11:33–34; b gee Remissão
Hel. 12:1. Jacó 4:8–13. de Pecados.
gee Confiança, b Isa. 55:9.
Mosias 4:12–20 176
própria cnulidade; e sua dbonda- los-eis a camarem-se uns aos ou-
de e longanimidade para con- tros e a servirem-se uns aos
vosco, indignas criaturas; e que outros.
vos humilhásseis com a mais 16 E também, vós mesmos aso-
profunda ehumildade, finvocan- correreis os que necessitarem de
do diariamente o nome do vosso socorro; dareis de vossos
Senhor e permanecendo firmes bens aos necessitados e não per-
na fé naquilo que está para vir e mitireis que o bmendigo vos pe-
que foi anunciado pela boca do ça em vão, afastando-o para que
anjo. pereça.
12 E eis que vos digo que, se 17 Talvez adigais: O homem
fizerdes isso, sempre vos regozi- trouxe sobre si sua miséria; por-
jareis e estareis cheios do aamor tanto, deterei minha mão e não
de Deus e bconservareis sempre lhe darei do meu sustento nem
a remissão de vossos pecados; e repartirei com ele meus bens a
crescereis no conhecimento da fim de que ele não padeça, por-
glória daquele que vos criou, ou que seus castigos são justos.
seja, no conhecimento daquilo 18 Digo, porém, ó homem,
que é justo e verdadeiro. que quem faz isto tem grande
13 E não tereis desejo de fe- necessidade de arrepender-se;
rir-vos uns aos outros, mas, sim, e a menos que se arrependa do
de viver em apaz e dar a cada que fez, perece para sempre e
um de acordo com o que lhe é não tem lugar no reino de Deus.
devido. 19 Pois eis que não somos to-
14 E não permitireis que vos- dos mendigos? Não depende-
sos afilhos andem famintos ou mos todos do mesmo Ser, sim,
desnudos; nem permitireis que de Deus, para obter todos os
transgridam as leis de Deus e bens que temos, tanto alimentos
b
briguem e disputem entre si e como vestimentas e ouro e prata
sirvam ao diabo, que é o mestre e todas as riquezas de toda es-
do pecado, ou seja, que é o espı́- pécie que possuı́mos?
rito mau de quem nossos pais 20 E eis que, mesmo agora,
falaram, sendo ele inimigo de haveis invocado seu nome e su-
toda retidão. plicado a remissão de vossos
15 a Ensiná-los-eis, porém, a pecados. E permitiu ele que pe-
b
andarem nos caminhos da ver- dı́sseis em vão? Não; ele derra-
dade e da sobriedade; ensiná- mou sobre vós o seu Espı́rito e

11c Mois. 1:10. D&C 20:31–34. b gee Andar, Andar


d Êx. 34:6; 13a gee Pacificador. com Deus.
Morô. 8:3. 14a I Tim. 5:8; c Mos. 18:21.
e gee Humildade, D&C 83:4. 16a gee Caridade;
Humilde, Humilhar. b gee Contenção, Serviço.
f gee Oração. Contenda. b Deut. 15:7–11;
12a gee Amor. 15a D&C 68:25–28; Prov. 21:13;
b Mos. 4:26; Mois. 6:58. Isa. 10:1–2.
Al. 4:13–14; 5:26–35; gee Ensinar, Mestre. 17a Prov. 17:5.
177 Mosias 4:21–28
fez com que se enchesse de aale- 25 E agora, se dizeis isto em
gria o vosso coração e fez com vosso coração, não sois culpa-
que se fechasse a vossa boca dos; do contrário, sois acondena-
para que não vos pudésseis ex- dos e vossa condenação será
primir, tão grande era a vossa justa, porque cobiçais aquilo que
alegria. não haveis recebido.
21 Ora, se Deus, que vos criou, 26 E agora, por causa das coisas
de quem depende vossa vida e que vos disse—isto é, para con-
tudo o que tendes e sois, conce- servardes a remissão de vossos
de-vos todas as coisas justas que pecados, dia a dia, a fim de que
a
pedis com fé, acreditando que andeis sem culpa diante de
recebereis, oh! então, quanto Deus—quisera que brepartı́sseis
mais não deverı́eis arepartir os vossos bens com os cpobres, ca-
vossos bens uns com os outros! da um de acordo com o que pos-
22 E se ajulgais o homem que sui, dalimentando os famintos,
pede de vossos bens para não vestindo os nus, visitando os
perecer e o condenais, quanto doentes e aliviando-lhes os so-
mais justa será a vossa condena- frimentos, tanto espiritual como
ção por breterdes vossos bens, materialmente, conforme as
que não pertencem a vós, mas a carências deles.
Deus, a quem também vossa vi- 27 E vede que todas estas coi-
da pertence; e, contudo, nada sas sejam feitas com sabedoria e
pedis nem vos arrependeis da- ordem; porque não se exige que
quilo que haveis feito. o homem corra amais rapida-
23 Digo-vos: Ai de tal homem, mente do que suas forças o per-
porque os seus bens perecerão mitam. E, novamente, é ne-
com ele! E agora digo estas coi- cessário que ele seja diligente,
sas aos que são aricos no que to- para que assim possa ganhar o
ca às coisas deste mundo. galardão; portanto todas as coi-
24 E novamente digo aos po- sas devem ser feitas em ordem.
bres, vós que não tendes e, ain- 28 E quisera que vos lembrás-
da assim, tendes o suficiente seis de que qualquer de vós que
para passar de um dia para ou- pedir emprestado a seu vizinho
tro; refiro-me a todos vós, que deverá devolver aquilo que to-
negais ao mendigo porque não mou emprestado, de acordo com
tendes; quisera que dissésseis o que combinou; pois do con-
em vosso coração: Não dou por- trário cometerá pecado e fará,
que não tenho, mas se tivesse, talvez, com que seu vizinho
a
daria. também cometa pecado.

20a gee Alegria. 23a D&C 56:16. c Zac. 7:10;


21a gee Serviço; 24a Mc. 12:44. Al. 1:27.
Bem-estar. 25a D&C 56:17. gee Esmolas.
22a Mt. 7:1–2; 26a gee Andar, Andar d Isa. 58:10–11;
Jo. 7:24. com Deus. D&C 104:17–18.
b I Jo. 3:17. b Jacó 2:17–19. 27a D&C 10:4.
Mosias 4:29–5:7 178
29 E finalmente, não vos posso nós, ou melhor, em nosso cora-
dizer todas as coisas pelas quais ção, uma vigorosa amudança,
podeis cometer pecado; porque de modo que não temos mais
há vários modos e meios, tantos disposição para praticar o bmal,
que não os posso enumerar. mas, sim, de fazer o bem conti-
30 Isto, porém, posso dizer- nuamente.
vos: se não atomardes cuidado 3 E também nós mesmos, pela
com vós mesmos e vossos bpen- infinita bondade de Deus e ma-
samentos e vossas cpalavras e nifestações de seu Espı́rito, te-
vossas obras; e se não observar- mos grandes visões do que está
des os mandamentos de Deus por acontecer e, se fosse conve-
nem continuardes tendo fé no niente, poderı́amos profetizar
que ouvistes concernente à vin- sobre todas as coisas.
da de nosso Senhor, até o fim 4 E foi a fé que tivemos nas coi-
de vossa vida, perecereis. E ago- sas que nosso rei nos disse que
ra, ó homem, lembra-te e não nos levou a este grande conhe-
pereças. cimento, pelo que nos regozija-
mos com tão grande alegria.
5 E estamos dispostos a fazer
CAPÍTULO 5
um aconvênio com nosso Deus,
de cumprir a sua vontade e obe-
Os santos tornam-se filhos e filhas
decer a seus mandamentos em
de Cristo por meio da fé—Passam a
todas as coisas que ele nos orde-
ser chamados pelo nome de Cristo
nar, para o resto de nossos dias,
—O rei Benjamim exorta-os a se-
a fim de que não recaia sobre
rem firmes e imutáveis nas boas
nós um tormento bsem fim, co-
obras. Aproximadamente 124 a.C.
mo foi anunciado pelo c anjo,
E então aconteceu que, tendo o e não bebamos do cálice da ira
rei Benjamim assim falado a seu de Deus.
povo, mandou investigar se seu 6 Ora, estas eram as palavras
povo acreditara nas palavras que o rei Benjamim esperava
que lhe dissera. deles; e portanto lhes disse: Dis-
2 E todos clamaram a uma só sestes as palavras que eu deseja-
voz, dizendo: Sim, acreditamos va; e o convênio que fizestes é
em todas as palavras que nos um convênio justo.
disseste e também sabemos que 7 E agora, por causa do convê-
são certas e verdadeiras, por nio que fizestes, sereis chama-
causa do Espı́rito do Senhor dos aprogênie de Cristo, filhos e
Onipotente que efetuou em filhas dele, porque eis que neste

30a Al. 12:14. gee Profanidade. b Mos. 3:25–27.


gee Atalaia, 5 2a Al. 5:14. c Mos. 3:2.
Sentinela, Vigia. gee Nascer de Deus, 7 a Mos. 27:24–26;
b Mc. 7:18–23. Nascer de Novo. Mois. 6:64–68.
gee Pensamentos. b Al. 19:33. gee Filhos e Filhas de
c Mt. 15:18–20. 5 a Mos. 18:10. Deus.
179 Mosias 5:8–15
dia ele vos bgerou espiritual- 12 Digo-vos: Quisera que vos
mente; pois dizeis que vosso lembrásseis de aconservar sem-
c
coração se transformou pela fé pre o nome escrito em vos-
em seu nome; portanto dnasces- so coração, para que não vos
tes dele e vos tornastes seus efi- encontreis à mão esquerda de
lhos e suas filhas. Deus, mas para que ouçais
8 E sob este nome vós sois e conheçais a voz pela qual
a
libertados e não há bqualquer sereis chamados e também o
outro nome por meio do qual nome pelo qual ele vos cha-
podeis ser libertados. Não há mará.
qualquer outro cnome pelo qual 13 Pois como aconhece um ho-
seja concedida a salvação; qui- mem o mestre a quem não ser-
sera, portanto, que dtomásseis viu e que lhe é estranho e que
sobre vós o nome de Cristo, to- está longe dos pensamentos e
dos vós que haveis feito convê- desı́gnios de seu coração?
nio com Deus de serdes obedi- 14 E ainda, toma alguém um
entes até o fim de vossa vida. jumento que pertence a seu vi-
9 E acontecerá que aquele que zinho e guarda-o? Digo-vos que
fizer isto se encontrará à mão di- não; nem mesmo permitirá que
reita de Deus, porque saberá o paste com os seus rebanhos,
nome pelo qual é chamado; por- mas ele irá afugentá-lo e expul-
que será chamado pelo nome de sá-lo. Digo-vos que o mesmo
Cristo. acontecerá convosco, se não
10 E então acontecerá que souberdes o nome pelo qual sois
aquele que não tomar sobre si o chamados.
nome de Cristo deverá ser cha- 15 Portanto quisera que fôsseis
mado por algum aoutro nome; firmes e inamovı́veis, sobejando
portanto se encontrará à bmão sempre em boas obras, para que
esquerda de Deus. Cristo, o Senhor Deus Onipo-
11 E quisera que também vos tente, possa a selar-vos como
lembrásseis de que este é o ano- seus, a fim de que sejais levados
me que eu disse que vos daria e ao céu e tenhais salvação sem
que nunca seria apagado, a me- fim e vida eterna por meio da
nos que o fosse devido a trans- sabedoria e poder e justiça e mi-
gressão; portanto tomai cuidado sericórdia daquele que bcriou to-
para não transgredirdes, a fim das as coisas no céu e na Terra,
de que o nome não seja apaga- q u e é D e u s a c i m a d e t u d o .
do de vosso coração. Amém.

7 b gee Gerar. Hel. 14:30. Tomar sobre nós o


c gee Coração. b At. 4:10, 12; Al. 21:9. nome de Jesus Cristo.
d Mos. 15:10–11. c Mos. 26:18. 12a D&C 18:23–25.
gee Nascer de Deus, d At. 11:26; Al. 46:15. 13a Mos. 26:24–27.
Nascer de Novo. 10a Al. 5:38–39. 15a gee Chamado e
e D&C 11:30. b Mt. 25:33. Eleição; Santificação.
8 a Rom. 6:18; 11a Mos. 1:11–12. b Col. 1:16; Mos. 4:2;
Gál. 5:1; gee Jesus Cristo— Al. 11:39.
Mosias 6:1–7:1 180
CAPÍTULO 6 5 E o rei Benjamim viveu três
anos e morreu.
O rei Benjamim registra os nomes 6 E aconteceu que o rei Mosias
das pessoas e designa sacerdotes pa- andou nos caminhos do Senhor
ra ensiná-las—Mosias reina como e observou seus juı́zos e seus es-
um rei justo. Aproximadamente tatutos; e guardou seus manda-
124–121 a.C. mentos em todas as coisas que
ele lhe ordenou.
E então o rei Benjamim achou
7 E o rei Mosias fez com
que seria conveniente, depois
que seu povo cultivasse a terra.
de ter acabado de falar ao povo,
a E ele próprio também cultivou
anotar o nome de todos os que
a terra para que, assim, anão
haviam feito convênio com Deus
se tornasse uma carga para seu
de guardar seus mandamentos.
povo, a fim de agir em todas as
2 E aconteceu que não houve
coisas como seu pai havia feito.
uma só alma, exceto as crianci-
E não houve contendas entre
nhas, que não tivesse feito con-
seu povo pelo espaço de três
vênio e tomado sobre si o nome
anos.
de Cristo.
3 E novamente aconteceu que,
havendo o rei Benjamim dado CAPÍTULO 7
por terminadas todas estas coi-
sas e consagrado seu filho
a
Mosias como chefe e rei de seu Amon descobre a terra de Leı́-Néfi,
povo e passado a ele todas as onde Lı́mi é rei—O povo de Lı́mi
funções do reino e também bde- está sob o jugo dos lamanitas —
signado sacerdotes para censi- Lı́mi relata a história deles—Um
nar o povo, para que assim profeta (Abinádi) testificara que
todos pudessem ouvir e conhe- Cristo é o Deus e Pai de todas as
cer os mandamentos de Deus e coisas — Aqueles que semeiam
para fazê-los lembrar-se do dju- imundı́cie colhem vendaval; e aque-
ramento que haviam feito, des- les que põem sua confiança no
pediu a multidão; e voltaram, Senhor serão libertados. Aproxima-
cada um com sua famı́lia, para damente 121 a.C.
suas próprias casas. Ora, aconteceu que depois de
4 E aMosias começou a reinar haver o rei Mosias tido paz con-
em lugar de seu pai. E começou tı́nua pelo espaço de três anos,
a reinar no seu trigésimo ano de desejou saber sobre o povo que
a
vida, havendo transcorrido, ao subira para habitar na terra de
todo, cerca de quatrocentos e se- Leı́-Néfi, ou seja, na cidade de
tenta e seis anos desde o btempo Leı́-Néfi; porque seu povo nada
em que Leı́ deixara Jerusalém. soubera deles desde a época em

6 1a D&C 128:8. c Al. 4:7. b 1 Né. 1:4.


3 a Mos. 1:10; 2:30. d Mos. 5:5–7. 7 a II Cor. 11:9.
b gee Ordenação, 4 a gee Mosias, Filho do 7 1a Ômni 1:27–30.
Ordenar. Rei Benjamim.
181 Mosias 7:2–14
que haviam deixado a terra de lhor, ordenado que respondes-
b
Zaraenla; portanto, importuna- sem às perguntas que ele lhes
vam-no com sua insistência. faria.
2 E aconteceu que o rei Mosias 9 E ele disse-lhes: Eis que sou
a
permitiu que dezesseis de seus Lı́mi, filho de Noé, que era filho
homens fortes subissem à terra de Zênife, que veio da terra
de Leı́-Néfi para inquirirem de Zaraenla para herdar esta
acerca de seus irmãos. terra, que era a terra de seus
3 E aconteceu que no dia se- pais; e que foi feito rei pela voz
guinte iniciaram a subir, tendo do povo.
com eles um certo Amon, ho- 10 E agora desejo saber o moti-
mem forte e poderoso, descen- vo pelo qual fostes tão corajosos
dente de Zaraenla; e ele era a ponto de terdes chegado perto
também o seu chefe; das muralhas da cidade, quando
4 E não sabiam que rumo to- eu próprio me achava, com
mar no deserto para subir à meus guardas, fora da porta?
terra de Leı́-Néfi; portanto va- 11 E então, por este motivo
garam pelo deserto por muitos permiti que fôsseis poupados,
dias, sim, por quarenta dias eles para que eu vos pudesse inter-
vagaram. rogar, pois do contrário eu teria
5 E depois de terem vagado feito com que meus guardas
durante quarenta dias, chega- vos matassem. Tendes permis-
ram a uma colina que fica ao são para falar.
norte da terra de aSilom e ali ar- 12 E então, quando Amon viu
maram suas tendas. que tinha permissão para falar,
6 E Amon tomou três de seus adiantou-se e inclinou-se diante
irmãos — e seus nomes eram do rei; e levantando-se nova-
A m a l é q u i , H e l é m e H e m — mente, disse: Ó rei, sou muito
e desceram para a terra de grato a Deus, neste dia, por ain-
a
Néfi. da estar vivo e ter permissão
7 E eis que encontraram o rei para falar; e procurarei expres-
do povo que vivia na terra de sar-me sem temor;
Néfi e na terra de Silom; e foram 13 Porque tenho certeza de
cercados pela guarda do rei e que, se soubésseis quem eu sou,
foram presos e amarrados e fo- não terı́eis permitido que eu fos-
ram postos na prisão. se amarrado. Porque eu sou
8 E aconteceu que depois de Amon e sou descendente de
a
haverem permanecido dois dias Zaraenla; e vim da terra de
na prisão, foram novamente le- Zaraenla para inquirir sobre
vados à presença do rei e desa- nossos irmãos, a quem Zênife
marrados. E ficaram diante do trouxe daquela terra.
rei e foi-lhes permitido, ou me- 14 E então aconteceu que após

1 b Ômni 1:13. 6 a 2 Né. 5:8. 13a Ômni 1:12–15.


5 a Mos. 9:6, 8, 14. 9 a Mos. 11:1.
Mosias 7:15–22 182
ter ouvido as palavras de Amon, sede confortados; porque eis
Lı́mi alegrou-se grandemente e que o tempo está próximo, ou
disse: Agora tenho certeza de melhor, não muito distante, em
que meus irmãos que se acha- que não estaremos mais sujeitos
vam na terra de Zaraenla ainda a nossos inimigos, apesar de
estão vivos. E agora me regozi- nossas muitas lutas, que têm
jarei; e amanhã farei com que sido em vão; contudo acredito
meu povo também se regozije. que resta uma luta eficaz a ser
15 Pois eis que estamos sob o travada.
jugo dos lamanitas e foi-nos 19 Portanto levantai a cabeça
a
imposto um tributo difı́cil de e regozijai-vos e ponde vossa
ser suportado. E agora, eis que confiança em a Deus, naquele
nossos irmãos nos livrarão do Deus que foi o Deus de Abraão e
cativeiro, isto é, das mãos dos Isaque e Jacó; e também naquele
lamanitas, e seremos seus es- Deus que btirou os filhos de Is-
cravos; porque é melhor sermos rael da terra do Egito e fez com
escravos dos nefitas do que que atravessassem o Mar Ver-
pagarmos tributo ao rei dos la- melho em terra seca e alimen-
manitas. tou-os com cmaná para que não
16 E então o rei Lı́mi ordenou a perecessem no deserto; e muitas
seus guardas que não mais outras coisas fez por eles.
amarrassem Amon e seus ir- 20 E ainda mais, esse mesmo
mãos, mas fez com que fossem à Deus atirou nossos pais da terra
colina que se achava ao norte de de Jerusalém e guardou e pre-
Silom e trouxessem seus irmãos servou seu povo até agora; e eis
para a cidade, a fim de comerem que foi por causa de nossas ini-
e beberem e descansarem dos qüidades e abominações que ele
labores de sua jornada; porque nos levou à escravidão.
haviam sofrido muitas coisas; 21 E vós todos sois testemu-
haviam sofrido fome, sede e nhas, neste dia, de que Zênife,
cansaço. que foi feito rei deste povo, es-
17 E aconteceu que no dia se- tando aextremamente ansioso
guinte o rei Lı́mi enviou uma para herdar a terra de seus pais,
proclamação a todo o povo, pa- foi então enganado pela astúcia
ra que todos se reunissem no e estratagema do rei Lamã, que
a
templo e ouvissem as palavras fez um tratado com o rei Zênife
que lhes iria dizer. e deixou em suas mãos a posse
18 E aconteceu que quando es- de uma parte da terra, ou seja, a
tavam reunidos, falou-lhes des- cidade de Leı́-Néfi e a cidade de
ta maneira, dizendo: Ó vós, Silom e a terra dos arredores—
povo meu, levantai a cabeça e 22 E tudo isto ele fez com o

15a Mos. 19:15. b Êx. 12:40–41; Jos. 5:12.


17a 2 Né. 5:16. Al. 36:28. 20a 1 Né. 2:1–4.
19a Êx. 3:6; c Êx. 16:15, 35; 21a Mos. 9:1–3.
1 Né. 19:10. Núm. 11:7–8;
183 Mosias 7:23–32
único fim de asubjugar, ou seja, sim, até mesmo a vinda de Cris-
de escravizar este povo. E eis to.
que, presentemente, pagamos ao 27 E porque ele lhes disse que
rei dos lamanitas tributo equiva- Cristo era o aDeus, o Pai de to-
lente à metade de nosso milho e das as coisas; e que tomaria so-
nossa cevada e mesmo de todos bre si a imagem de homem, que
os nossos grãos de toda espécie; seria a bimagem segundo a qual
e a metade do acréscimo de nos- o homem fora criado no princı́-
sos rebanhos e manadas; e mes- pio; ou, em outras palavras, ele
mo a metade de tudo que temos disse que o homem fora criado à
ou que possuı́mos, o rei dos la- imagem de cDeus e que Deus
manitas exige de nós, ou nossa desceria entre os filhos dos ho-
vida. mens e tomaria sobre si carne e
23 E agora, não é doloroso ter sangue e andaria sobre a face da
de suportar isto? Não é grande Terra—
esta nossa aflição? Ora, eis que 28 E então, por ter dito isso,
grande é a razão que temos para mataram-no; e muitas outras
lamentar-nos. coisas fizeram que atraı́ram so-
24 Sim, digo-vos que grandes bre si a ira de Deus. Portanto,
são as razões que temos para quem se admira de que estejam
lamentar-nos; pois eis que em cativeiro e que sofram afli-
quantos de nossos irmãos foram ções?
mortos e seu sangue derramado 29 Porque eis que o Senhor dis-
em vão; e tudo por causa de ini- se: Não asocorrerei meu povo no
qüidade. dia de sua transgressão, mas
25 Porque se este povo não obstruirei seus caminhos para
houvesse caı́do em transgres- que não prosperem; e suas obras
são, o Senhor não teria permiti- serão como pedra de tropeço
do que este grande mal lhes diante deles.
sobreviesse. Eis, porém, que não 30 E novamente ele diz: Se
quiseram dar ouvidos a suas pa- meu povo semear aimundı́cie,
b
lavras; mas surgiram contendas colherá a palha no vendaval; e
entre eles, a ponto de derrama- o seu efeito é veneno.
rem sangue uns dos outros. 31 E novamente ele diz: Se
26 E eles mataram um aprofeta meu povo semear imundı́cie,
do Senhor; sim, um homem es- colherá o avento oriental, que
colhido de Deus, que lhes havia traz destruição imediata.
falado de suas iniqüidades e 32 E agora eis que a promessa
abominações e profetizado mui- do Senhor foi cumprida e fostes
tas coisas que hão de acontecer, feridos e afligidos.

22a Mos. 10:18. D&C 20:17–18. 30a gee Imundı́cie,


26a Mos. 17:12–20. c Mos. 13:33–34; Imundo.
27a gee Trindade. 15:1–4. b Gál. 6:7–8; D&C 6:33.
b Gên. 1:26–28; 29a I Sam. 12:15; gee Ceifa ou Colheita.
Ét. 3:14–17; II Crôn. 24:20. 31a Jer. 18:17; Mos. 12:6.
Mosias 7:33–8:10 184
33 Se vos a voltardes para o que cada um voltasse para sua
Senhor com todo o coração e co- própria casa.
locardes vossa confiança nele e 5 E aconteceu que fez com que
o servirdes com toda diligência as placas que continham o are-
de vossa mente, se assim fizer- gistro de seu povo, desde o tem-
des ele vos livrará do cativeiro, po em que haviam deixado a
de acordo com a sua própria terra de Zaraenla, fossem leva-
vontade e prazer. das a Amon para que ele as
lesse.
6 Ora, assim que Amon leu
CAPÍTULO 8
o registro, perguntou-lhe o rei
se podia interpretar lı́nguas; e
Amon ensina o povo de Lı́mi —
Amon disse-lhe que não.
Toma conhecimento das vinte e
7 E disse-lhe o rei: Estando pe-
quatro placas jareditas—Registros
saroso com as aflições de meu
antigos podem ser traduzidos por
povo, fiz com que quarenta e
videntes—Nenhum dom é maior do
três homens de meu povo saı́s-
que a vidência. Aproximadamente
sem pelo deserto para procurar
121 a.C.
a terra de Zaraenla, a fim de
E aconteceu que o rei Lı́mi, de- rogar a nossos irmãos que nos
pois de haver acabado de falar a livrassem do cativeiro.
seu povo, pois disse-lhes muitas 8 E ficaram perdidos no deser-
coisas, mas poucas são as que to pelo espaço de muitos dias; e
escrevi neste livro, tudo lhes apesar de sua diligência não en-
contou sobre seus irmãos que contraram a terra de Zaraenla,
estavam na terra de Zaraenla. mas voltaram para cá depois de
2 E fez com que Amon se apre- terem viajado por uma região
sentasse diante da multidão e entre muitas águas e descoberto
contasse tudo que havia aconte- uma terra coberta de ossos de
cido a seus irmãos, desde a oca- homens e de animais e também
sião em que Zênife deixara coberta de ruı́nas de edifı́cios de
aquela terra até a época em que todo tipo, tendo descoberto uma
ele próprio saı́ra de lá. terra que havia sido habitada
3 E ele também repetiu as últi- por um povo tão numeroso
mas palavras que o rei Benja- quanto as hostes de Israel.
mim lhes dirigira e explicou-as 9 E como testemunho de que
ao povo do rei Lı́mi, para que as coisas que disseram são ver-
entendessem todas as palavras dadeiras, trouxeram a vinte e
que ele dissera. quatro placas cobertas de grava-
4 E aconteceu que depois de ções; e elas são de ouro puro.
haver feito tudo isto, o rei Lı́mi 10 E eis que também trouxeram
a
despediu a multidão e fez com couraças de grande tamanho;

33a Mórm. 9:6. 9 a Ét. 1:1–2.


8 5a Mos. 9–22. 10a Ét. 15:15.
185 Mosias 8:11–20
são de blatão e cobre e encon- 15 E o rei disse que um vidente
tram-se em perfeito estado. é maior que um profeta.
11 E ainda trouxeram espadas, 16 E Amon disse que um vi-
cujos punhos se haviam estra- dente é também revelador e
gado e cujas lâminas estavam p r o f e t a ; e q u e n ã o h á d o m
corroı́das de ferrugem; e não há maior que um homem possa ter,
na terra alguém capaz de inter- a não ser que possuı́sse o poder
pretar a lı́ngua, isto é, as grava- de Deus, que ninguém pode
ções que estão nas placas. Foi possuir; contudo, o homem po-
por isso que te perguntei: Podes de receber grande poder de
traduzir? Deus.
12 E torno a perguntar-te: Sa- 17 Um vidente, porém, pode
bes de alguém que possa tradu- saber tanto de coisas passadas
zir? Porque desejo que estes como de coisas futuras; e por
registros sejam traduzidos para meio deles todas as coisas serão
a nossa lı́ngua; pois talvez nos reveladas, ou seja, coisas secre-
possam dar informações sobre tas serão manifestadas e coisas
os remanescentes do povo que ocultas virão à luz; e darão a
foi destruı́do, do qual vieram es- conhecer coisas que não são co-
tes registros; ou talvez nos dêem nhecidas; e também manifes-
informações sobre o próprio po- t a r ã o c o i s a s q u e , d e o u t r a
vo que foi destruı́do; e desejo maneira, não poderiam ser co-
saber a causa de sua destruição. nhecidas.
13 Ora, Amon disse-lhe: Posso 18 Assim, Deus providenciou
indicar-te com segurança, ó rei, um meio para que o homem, pe-
um homem capaz de atraduzir la fé, pudesse operar grandes
os registros; porque possui algo milagres; portanto ele se torna
com que pode olhar e traduzir um grande benefı́cio para seus
todos os registros da antigüida- semelhantes.
de; e é um dom de Deus. E esses 19 E então, quando Amon ter-
objetos são chamados bintérpre- minou de dizer essas palavras, o
tes e nenhum homem os pode rei alegrou-se imensamente e
olhar, a menos que lhe seja or- rendeu graças a Deus, dizendo:
denado, para que não procure o Sem dúvida estas placas contêm
que não deve e pereça. E quem um agrande mistério e estes in-
quer que receba ordem para térpretes foram, sem dúvida,
olhá-los é chamado cvidente. preparados com o fim de revelar
14 E eis que o rei do povo que todos esses mistérios aos filhos
está na terra de Zaraenla é o ho- dos homens.
mem que recebeu ordem para 20 Oh! Quão maravilhosas são
fazer estas coisas e que possui as obras do Senhor e por quanto
este grande dom de Deus. tempo ele é tolerante com seu

10b Ét. 10:23. b gee Urim e Tumim. 19a Ét. 3:21–28; 4:4–5.
13a Mos. 28:10–17. c gee Vidente.
Mosias 8:21–9:6 186
povo! Sim, e quão cego e im- não mais desejei a sua destrui-
penetrável é o entendimento ção.
dos filhos dos homens, por- 2 Portanto discuti com meus
que não procuram sabedoria irmãos no deserto, porque dese-
nem desejam que ela os gover- java que nosso chefe fizesse um
ne! tratado com eles; sendo ele,
21 Sim, eles são como um re- porém, um homem rigoroso e
banho selvagem que foge do sanguinário, ordenou que eu
pastor e se dispersa; e é perse- fosse morto; mas fui salvo com
guido e devorado pelas feras da derramamento de muito san-
floresta. gue; porque pai lutou contra pai
e irmão contra irmão, até que a
maior parte de nosso exército
Registro de Zênife—Um relato foi destruı́da no deserto; e nós,
sobre seu povo, desde a ocasião os que escapamos, voltamos à
em que deixaram a terra de terra de Zaraenla para contar a
Zaraenla até a época em que suas esposas e filhos o que suce-
foram libertados das mãos dos dera.
lamanitas. 3 Contudo, estando eu extre-
Abrange os capı́tulos 9 a 22. mamente ansioso para herdar a
terra de nossos pais, reuni todos
os que desejavam subir para
CAPÍTULO 9
ocupar a terra e reiniciamos
nossa jornada pelo deserto, para
Zênife conduz um grupo de Za-
subirmos à terra; mas fomos
raenla para ocupar a terra de
atingidos pela fome e por duras
Leı́-Néfi—O rei lamanita permite-
aflições, porque éramos vagaro-
lhes tomar posse da terra — Há
sos para lembrar-nos do Senhor
guerra entre os lamanitas e o povo
nosso Deus.
de Zênife. Aproximadamente 200–
4 Não obstante, depois de ha-
187 a.C.
vermos vagado por muitos dias
Eu, Zênife, havendo sido ensi- no deserto, armamos nossas
nado em todo o idioma dos nefi- tendas no lugar em que nossos
tas e tendo tido conhecimento irmãos haviam sido mortos, que
da aterra de Néfi, ou seja, da ficava perto da terra de nossos
terra da primeira herança de pais.
nossos pais; e havendo sido 5 E aconteceu que retornei à ci-
enviado como espião entre os dade com quatro de meus ho-
lamanitas, a fim de espionar mens para ver o rei, a fim de
suas forças para que nosso exér- conhecer a disposição do rei e
cito pudesse cair sobre eles e saber se poderia ir com meu po-
destruı́-los—quando vi, porém, vo tomar posse da terra em paz.
o que havia de bom entre eles, 6 E fui ver o rei e ele fez um

9 1a 2 Né. 5:5–8; Ômni 1:12.


187 Mosias 9:7–19
acordo comigo para que eu ver guerras e contendas naquela
ocupasse a terra de Leı́-Néfi e a terra.
terra de Silom. 14 Pois no décimo terceiro ano
7 E também ordenou que seu de meu reinado na terra de
povo saı́sse da terra; e eu e meu Néfi, ao sul da terra de Silom,
povo nela entramos para ocupá- estando os de meu povo a dar
la. de beber e a apascentar seus re-
8 E começamos a construir edi- banhos e a cultivar suas terras,
fı́cios e a reparar os muros da uma numerosa hoste de lamani-
cidade, sim, os muros da cidade tas caiu sobre eles e começou a
d e L e ı́ - N é f i e d a c i d a d e d e matá-los e a levar seus rebanhos
Silom. e o milho de seus campos.
9 E começamos a cultivar o so- 15 Sim, e aconteceu que todos
lo, sim, com toda espécie de se- os que não foram apanhados fu-
mentes: com sementes de milho giram para a cidade de Néfi e
e de trigo e de cevada e com pediram minha proteção.
neas e com seum e com semen- 16 E aconteceu que eu os armei
tes de toda espécie de frutas; e com arcos e com flechas, com es-
começamos a multiplicar-nos e a padas e com cimitarras e com
prosperar na terra. clavas e com fundas e com toda
10 Ora, foi por astúcia e malı́- espécie de armas que nos foi
cia, a fim de alevar meu povo ao possı́vel inventar; e eu e meu
cativeiro, que o rei Lamã cedeu povo saı́mos para batalhar con-
a terra para que a ocupássemos. tra os lamanitas.
11 Portanto aconteceu que de- 17 Sim, com a força do Senhor
pois de havermos habitado a saı́mos para batalhar contra os
terra pelo espaço de doze anos, lamanitas; porque eu e meu po-
o rei Lamã começou a ficar in- vo clamamos fervorosamente ao
quieto, temendo que meu povo Senhor para que nos livrasse das
de algum modo se tornasse for- mãos de nossos inimigos, por-
te na terra, não podendo mais que nos veio à lembrança a li-
ser dominado nem escravizado. bertação de nossos pais.
12 Ora, eles eram um povo pre- 18 E Deus aouviu nossos cla-
guiçoso e aidólatra; portanto de- mores e respondeu a nossas ora-
sejavam escravizar-nos, para ções; e avançamos com a sua
poderem fartar-se com o traba- força; sim, avançamos contra os
lho de nossas mãos; sim, para lamanitas e, em um dia e uma
poderem banquetear-se com os noite, matamos três mil e qua-
rebanhos de nossos campos. renta e três; matamo-los até ex-
13 Portanto aconteceu que o pulsá-los de nossa terra.
rei Lamã começou a instigar o 19 E eu mesmo, com minhas
seu povo a lutar contra o meu próprias mãos, ajudei a enterrar
povo; portanto começou a ha- seus mortos. E eis que, para nos-

10a Mos. 7:21–22. 12a En. 1:20. gee Idolatria. 18a Mos. 29:20.
Mosias 10:1–9 188
sa grande tristeza e lamentação, toda espécie para cobrir nossa
duzentos e setenta e nove de nudez; e assim prosperamos na
nossos irmãos foram mortos. terra—assim tivemos paz contı́-
nua na terra pelo espaço de vin-
te e dois anos.
CAPÍTULO 10
6 E aconteceu que morreu o rei
a
Lamã e seu filho começou a rei-
Morre o rei Lamã—Seu povo é sel-
nar em seu lugar. E ele começou
vagem e feroz e crê em falsas tradi-
a incitar seu povo a rebelar-se
ções—Zênife e seu povo prevale-
contra meu povo; portanto co-
cem contra eles. Aproximadamente
meçaram a se preparar para a
187–160 a.C.
guerra e para lutar contra meu
E aconteceu que novamente povo.
começamos a organizar o reino 7 Mas eu enviara meus espias a
e novamente começamos a ha- v á r i o s l u g a r e s d a t e r r a d e
a
bitar aquela terra em paz. E fiz Senlon, para descobrir seus
com que se fabricassem armas preparativos e assim poder pro-
de guerra de toda espécie, para teger-me deles, a fim de que não
que assim eu tivesse armas para caı́ssem sobre meu povo e des-
o meu povo quando os lamani- truı́ssem-no.
tas subissem novamente para 8 E aconteceu que eles vie-
guerrear meu povo. ram pelo norte da terra de Si-
2 E coloquei guardas em vários lom com suas numerosas hos-
pontos da região, para que os la- tes, homens aarmados com
b
manitas não voltassem a nos arcos e com flechas e com es-
surpreender e destruı́ssem-nos; padas e com cimitarras e com
e assim protegi meu povo e pedras e com fundas; e tinham
meus rebanhos e evitei que caı́s- a cabeça rapada, de modo que
sem nas mãos de nossos inimi- se mostravam desnudas; e es-
gos. tavam cingidos com um cin-
3 E aconteceu que habitamos a turão de couro ao redor dos
terra de nossos pais por muitos lombos.
anos, sim, pelo espaço de vinte e 9 E aconteceu que fiz com que
dois anos. as mulheres e crianças de meu
4 E fiz com que os homens cul- povo se escondessem no deser-
tivassem o solo e plantassem to- to; e fiz também com que todos
da espécie de agrãos e frutas de os meus homens idosos que pu-
todo tipo. dessem pegar em armas e tam-
5 E fiz com que as mulheres bém todos os meus jovens que
fiassem e labutassem e traba- pudessem pegar em armas se
lhassem e tecessem toda espécie reunissem para batalhar contra
de linho fino; sim, e atecidos de os lamanitas; e coloquei-os em

10 4a Mos. 9:9. 6 a Mos. 9:10–11; 24:3. 8 a Jar. 1:8.


5 a Al. 1:29. 7 a Mos. 11:12. b Al. 3:4–5.
189 Mosias 10:10–20
suas fileiras, cada homem se- ceram com ele sobre as águas,
gundo sua idade. porque endureceram o coração
10 E aconteceu que subimos contra o Senhor.
para batalhar contra os lamani- 15 E também se enfureceram
tas; e eu, até eu, apesar da com ele quando chegaram à ter-
minha avançada idade, fui ba- ra da promissão, porque diziam
talhar contra os lamanitas. E que ele tirara de suas mãos o
aconteceu que, com a aforça do a
governo do povo; e procura-
Senhor, subimos para batalhar. ram matá-lo.
11 Ora, os lamanitas nada sa- 16 E também se enfureceram
biam a respeito do Senhor nem com ele porque partiu para o
da força do Senhor; confiavam deserto, como o Senhor lhe or-
portanto em sua própria força. denara, e levou os aregistros que
Contudo, eram um povo forte estavam gravados nas placas de
quanto à força dos homens. latão; porque diziam que ele os
12 Eram um povo aselvagem, havia broubado.
feroz e sanguinário, acreditando 17 E assim ensinaram a seus
na btradição de seus pais, que é filhos que deveriam odiá-los e
esta—Acreditavam que haviam que deveriam assassiná-los e que
sido expulsos da terra de Jerusa- deveriam roubá-los e saqueá-
lém por causa da iniqüidade de los, fazendo todo o possı́vel
seus pais e que haviam sido in- p a r a d e s t r u ı́ - l o s ; e l e s t ê m ,
justiçados por seus irmãos no portanto, um ódio eterno contra
deserto; e que também haviam os filhos de Néfi.
sido injustiçados enquanto atra- 18 Por este motivo o rei Lamã,
vessavam o mar; com sua astúcia e malı́cia enga-
13 E também que haviam sido nadora e suas belas promessas,
injustiçados na terra de sua apri- enganou-me para que eu subis-
meira herança, depois de have- se com meu povo a esta terra, a
rem atravessado o mar; e tudo fim de que eles o destruı́ssem;
isto porque Néfi havia sido mais sim, e temos sofrido todos estes
fiel na obediência aos manda- anos na terra.
mentos do Senhor — Portanto 19 E agora eu, Zênife, depois
ele foi bfavorecido pelo Senhor, de dizer aos de meu povo todas
pois o Senhor ouviu suas ora- estas coisas a respeito dos lama-
ções e atendeu-as; e ele tomou o nitas, estimulei-os a batalhar
comando da jornada no deserto. com todas as suas forças, con-
14 E seus irmãos enfureceram- fiando no Senhor; portanto lu-
se com ele porque anão compre- tamos com eles corpo a corpo.
endiam a maneira de proceder 20 E aconteceu que tornamos a
do Senhor; também se benfure- expulsá-los de nossa terra e ma-

10a gee Confiança, 13a 1 Né. 18:23. 15a 2 Né. 5:3.


Confiar. b 1 Né. 17:35. 16a 2 Né. 5:12.
12a Al. 17:14. 14a 1 Né. 15:7–11. b Al. 20:10, 13.
b 2 Né. 5:1–3. b 1 Né. 18:10–11.
Mosias 10:21–11:8 190
tamo-los numa grande carnifi- suı́am; a quinta parte de seu
cina, tantos que não os conta- ouro e de sua prata e a quinta
mos. parte de seu azife e de seu cobre
21 E aconteceu que voltamos e de seu latão e de seu ferro; e a
para nossa própria terra e meu quinta parte de seus rebanhos; e
povo começou novamente a também a quinta parte de todos
cuidar de seus rebanhos e a cul- os seus grãos.
tivar suas terras. 4 E tomava tudo isto para sus-
22 E agora eu, estando velho, tentar a si mesmo e a suas espo-
conferi o reino a um de meus sas e suas concubinas; e também
filhos; portanto nada mais digo. seus sacerdotes, as esposas e as
E que o Senhor abençoe o meu concubinas deles; assim, havia
povo. Amém. modificado os negócios do rei-
no.
5 Pois destituiu todos os sacer-
CAPÍTULO 11
dotes que haviam sido consa-
grados por seu pai e em seu
O rei Noé governa iniquamente—
lugar consagrou novos, os quais
Deleita-se numa vida devassa com
tinham o coração cheio de orgu-
suas esposas e concubinas—Abiná-
lho.
di profetiza que o povo cairá em
6 Sim, e desta maneira eram
cativeiro—O rei Noé procura tirar-
sustentados, em sua indolên-
lhe a vida. Aproximadamente 160–
cia e em sua idolatria e em
150 a.C.
suas libertinagens, pelos tribu-
E então aconteceu que Zênife tos que o rei Noé impusera a
conferiu o reino a Noé, um de seu povo; assim, o povo traba-
seus filhos; portanto Noé come- lhava muito para sustentar a ini-
çou a reinar em seu lugar; e ele qüidade.
não seguiu os caminhos de seu 7 Sim, e eles também se torna-
pai. ram idólatras, porque foram en-
2 Pois eis que não guardou os ganados pelas palavras vãs e
mandamentos de Deus, mas se- lisonjeiras do rei e dos sacerdo-
guiu os desejos de seu próprio tes; pois diziam-lhes coisas li-
coração. E teve muitas esposas e sonjeiras.
a
concubinas. E blevou o seu po- 8 E aconteceu que o rei Noé
vo a cometer pecados e a fazer o construiu muitos edifı́cios ele-
que era abominável aos olhos gantes e espaçosos; e orna-
do Senhor. Sim, e cometeram mentou-os com belos trabalhos
c
libertinagens e todo tipo de ini- de madeira e com toda espécie
qüidade. de coisas preciosas de ouro e de
3 E estabeleceu um imposto de prata e de ferro e de latão e de
um quinto de tudo quanto pos- zife e de cobre;

11 2a Jacó 3:5. c 2 Né. 28:15. adjetivo—“brilhante”;


b I Re. 14:15–16; 3 a heb palavras verbo—“revestir” ou
Mos. 29:31. relacionadas: “laminar com metal”.
191 Mosias 11:9–19
9 E também construiu para si va o tempo numa vida devassa
mesmo um espaçoso palácio com suas esposas e suas concu-
com um trono no centro, tudo binas; e também seus sacerdotes
feito de madeira nobre e orna- passavam seu tempo com mere-
mentado com ouro e prata e coi- trizes.
sas preciosas. 15 E aconteceu que plantou
10 E também fez com que seus vinhas pela terra; e construiu la-
artı́fices executassem toda espé- gares e fez vinho em abundân-
cie de obras finas, de madeira cia; e tornou-se, portanto, um
a
fina e de cobre e de latão, dentro bebedor de vinho, assim como
das paredes do templo. seu povo.
11 E os assentos reservados aos 16 E aconteceu que os lamani-
sumos sacerdotes, que ficavam tas começaram a investir contra
acima de todos os outros assen- o seu povo, atacando pequenos
tos, ele ornamentou com ouro grupos, e a matá-los em seus
puro; e fez construir um pa- campos e enquanto cuidavam
rapeito a sua frente, para que de seus rebanhos.
pudessem descansar o corpo e 17 E o rei Noé espalhou guar-
os braços enquanto falavam a das pela terra, para contê-los;
seu povo palavras falsas e vãs. não enviou, porém, um número
12 E aconteceu que ele cons- suficiente, e os lamanitas caı́ram
truiu uma atorre perto do tem- sobre eles e mataram-nos e leva-
plo; sim, uma torre muito alta, ram muitos de seus rebanhos
tão alta que ele, do seu topo, para fora da terra; assim os la-
podia ver a terra de Silom e tam- manitas começaram a destruı́-
bém a terra de Senlon, que esta- los e a exercer seu ódio contra
va em poder dos lamanitas; e eles.
podia ver até mesmo toda a re- 18 E aconteceu que o rei Noé
gião circunvizinha. enviou seus exércitos contra
13 E aconteceu que mandou eles e eles foram rechaçados, ou
construir muitos edifı́cios na ter- melhor, fizeram com que retro-
ra de Silom; e fez com que se cedessem por algum tempo;
construı́sse uma grande torre na voltaram, portanto, regozijan-
colina que ficava ao norte da do-se por seus despojos.
terra de Silom, onde os filhos de 19 E então, por causa desta
Néfi se haviam refugiado na grande vitória, encheram o co-
ocasião em que fugiram da ter- ração de orgulho; vangloriaram-
ra; e isso fez com as riquezas se da própria força, dizendo
que obteve com os impostos de que cinqüenta dos seus podiam
seu povo. com milhares de lamanitas; e as-
14 E aconteceu que entregou o sim se avangloriavam e deleita-
coração a suas riquezas e passa- vam-se com sangue e com o der-

12a Mos. 19:5–6. Sabedoria. gee Orgulho.


15a gee Palavra de 19a D&C 3:4.
Mosias 11:20–29 192
ramamento do sangue de seus Deus, não aouvirei suas orações
irmãos; e isto por causa da ini- nem os livrarei de suas aflições;
qüidade de seu rei e de seus sa- e assim diz o Senhor e assim me
cerdotes. ordenou.
20 E aconteceu que existia en- 26 Ora, aconteceu que quando
tre eles um homem cujo nome Abinádi lhes disse estas pala-
era aAbinádi; e ele começou a vras, enfureceram-se com ele e
profetizar no meio deles, dizen- procuraram tirar-lhe a vida; mas
do: Eis que assim diz o Senhor e o Senhor livrou-o das mãos de-
assim me ordenou, dizendo: Vai les.
e dize a este povo: Assim diz o 27 Ora, quando o rei Noé sou-
Senhor—Ai deste povo! Porque be das palavras que Abinádi dis-
vi suas abominações e sua ini- sera ao povo, também ficou
qüidade e suas fornicações; e a irado; e disse: Quem é Abinádi,
não ser que se arrependam, visi- para que eu e meu povo seja-
tá-los-ei com minha ira. mos julgados por ele, ou aquem
21 E a menos que se arrepen- é o Senhor, para trazer sobre o
dam e voltem-se para o Senhor meu povo tão grande aflição?
seu Deus, eis que eu os entrega- 28 Ordeno-vos trazer-me Abi-
rei nas mãos de seus inimigos; nádi para que eu o mate, porque
sim, e cairão em acativeiro; e disse estas coisas para incitar
serão afligidos pela mão de seus meu povo à ira, uns contra os
inimigos. outros, e para causar contendas
22 E acontecerá que saberão entre meu povo; portanto eu o
que eu sou o Senhor seu Deus e matarei.
sou um Deus azeloso, castigan- 29 Ora, os olhos do povo es-
do as iniqüidades de meu povo. tavam acegos; portanto bendure-
23 E acontecerá que se este po- ceram o coração contra as pala-
vo não se arrepender e não se vras de Abinádi e, a partir da-
voltar para o Senhor seu Deus, quele momento, procuraram
cairá em cativeiro; e ninguém os prendê-lo. E o rei Noé endure-
livrará, a não ser o Senhor, o ceu o coração contra a palavra
Deus Todo-Poderoso. do Senhor e não se arrependeu
24 Sim, e acontecerá que quan- de suas más obras.
do clamarem a mim, serei avaga-
roso em ouvir seus clamores; CAPÍTULO 12
sim, e permitirei que sejam feri-
dos por seus inimigos. Abinádi é aprisionado por profeti-
25 E a menos que se arrepen- zar a destruição do povo e a morte
dam com saco e cinzas e clamem do rei Noé—Os falsos sacerdotes ci-
veementemente ao Senhor seu tam as escrituras e alegam guardar

20a gee Abinádi. Deut. 6:15; 25a Isa. 1:15; 59:2.


21a Mos. 12:2; 20:21; Mos. 13:13. 27a Êx. 5:2; Mos. 12:13.
21:13–15; 23:21–23. 24a Miq. 3:4; 29a Mois. 4:4.
22a Êx. 20:5; Mos. 21:15. b Al. 33:20; Ét. 11:13.
193 Mosias 12:1–11
a lei de Moisés—Abinádi começa a 5 Sim, e farei com que acargas
ensinar-lhes os Dez Mandamentos. pesadas sejam amarradas sobre
Aproximadamente 148 a.C. seus lombos; e eles serão condu-
zidos como um jumento mudo.
E aconteceu que, passados dois
6 E acontecerá que enviarei
anos, Abinádi voltou para o granizo entre eles, que os ferirá;
meio deles disfarçado, de modo e também serão feridos com o
que não o reconheceram, e co- a
vento oriental; e binsetos tam-
meçou a profetizar entre eles, bém infestarão suas terras e de-
dizendo: Assim me ordenou o vorarão seus grãos.
Senhor, dizendo: Abinádi, vai 7 E serão feridos com uma
e profetiza a este meu povo, grande peste—e tudo isto farei
porque endureceram o coração por causa de suas ainiqüidades e
contra minhas palavras; eles abominações.
não se arrependeram de suas 8 E acontecerá que, a menos
más obras; portanto, avisitá-los- que se arrependam, eu os avar-
ei com minha ira, sim, com mi- rerei completamente da face da
nha furiosa ira visitá-los-ei em Terra; contudo, deixarão um
suas iniqüidades e abomina- b
registro atrás de si, o qual pre-
ções. servarei para outras nações que
2 Sim, ai desta geração! E o Se- vierem a ocupar a terra; sim, e
nhor disse-me: Estende a mão e até isto eu farei para mostrar
profetiza, dizendo: Assim diz o a outras nações as iniqüida-
Senhor: Acontecerá que esta ge- des deste povo. E muitas coisas
ração, por causa de suas iniqüi- profetizou Abinádi contra esse
dades, cairá em acativeiro e será povo.
ferida na bface; sim, e será recha- 9 E aconteceu que se zangaram
çada pelos homens e será morta; com ele; e prenderam-no e leva-
e os abutres do ar e os cães, sim, ram-no amarrado perante o rei
e os animais selvagens devorar- e disseram ao rei: Eis que te
lhe-ão a carne. trouxemos um homem que pro-
3 E acontecerá que a avida do fetizou infortúnios concernen-
rei Noé valerá tanto quanto tes a teu povo e disse que Deus
uma vestimenta numa bfornalha o destruirá.
quente; pois ele saberá que eu 10 E ele também profetiza in-
sou o Senhor. fortúnios concernentes a tua
4 E acontecerá que ferirei este vida e diz que tua vida será se-
meu povo com grandes aflições, melhante a uma vestimenta nu-
sim, com fome e com apeste; e ma fornalha de fogo.
farei com que buive o dia inteiro. 11 E diz ainda que serás como

12 1a Isa. 65:6. b Mos. 19:20. Mos. 7:31.


2 a Mos. 11:21; 20:21; 4a D&C 97:26. b Êx. 10:1–12.
21:13–15; 23:21–23. b Mos. 21:9–10. 7a D&C 3:18.
b Mos. 21:3–4. 5a Mos. 21:3. 8a Al. 45:9–14.
3 a Mos. 12:10. 6a Jer. 18:17; b Mórm. 8:14–16.
Mosias 12:12–25 194
um talo, como um talo seco do que o levassem à presença de-
campo, que é pisado pelos ani- les.
mais e calcado com os pés. 19 E começaram a interrogá-lo,
12 E acrescentou que tu serás com o fim de fazê-lo cair em
como a flor do cardo que, quan- contradição, para assim terem
do está plenamente desabrocha- de que acusá-lo; ele, porém, res-
da, se o vento sopra, é levada pondeu-lhes arrojadamente e
pela face da terra. E alega que o fez frente a todas as suas per-
Senhor o disse. E afirma que tu- guntas, sim para espanto deles;
do isso recairá sobre ti, a menos pois afez frente a eles em todas
que te arrependas; e isto por as suas perguntas e confundiu-
causa de tua iniqüidade. os em todas as suas palavras.
13 E agora, ó rei, que grande 20 E aconteceu que um deles
mal fizeste ou que grandes pe- lhe disse: Que significam as pa-
cados cometeu o teu povo, para lavras que foram escritas e ensi-
que sejamos condenados por nadas por nossos pais e que
Deus ou julgados por este ho- dizem:
mem? 21 aQuão belos são sobre os
14 E agora, ó rei, eis que somos montes os pés do que anuncia
inocentes e tu, ó rei, não pecas- boas novas, que proclama a paz,
te; portanto este homem mentiu que anuncia o bem, que procla-
a teu respeito e profetizou em ma a salvação; que diz a Sião: O
vão. teu Deus reina!
15 E eis que somos fortes e não 22 Tuas sentinelas levantarão a
seremos escravizados nem sere- voz; em unı́ssono cantarão; por-
mos aprisionados por nossos que verão olho a olho quando
inimigos; sim, e prosperaste nes- o Senhor trouxer novamente
ta terra e continuarás a pros- Sião;
perar. 23 Exultai de alegria! Cantai
16 Eis que aqui está o homem; em coro, ó lugares desolados de
nós o entregamos em tuas mãos; Jerusalém! Pois o Senhor con-
podes fazer com ele o que bem fortou seu povo, ele redimiu
entenderes. Jerusalém;
17 E aconteceu que o rei Noé 24 O Senhor desnudou seu
mandou que pusessem Abinádi santo abraço aos olhos de todas
na prisão; e ordenou aos asacer- as nações e todos os confins da
dotes que se reunissem para for- Terra verão a salvação de nosso
marem com ele um conselho e Deus?
resolverem o que fazer com ele. 25 Disse-lhes então Abinádi:
18 E aconteceu que disseram Sois vós asacerdotes e alegais en-
ao rei: Traze-o aqui, para que o sinar este povo e entender o es-
interroguemos; e o rei ordenou pı́rito de profecia e, não obstan-

17a Mos. 11:11. 21a Isa. 52:7–10; 24a 1 Né. 22:11.


19a D&C 100:5–6. Naum 1:15. 25a Mos. 11:5.
195 Mosias 12:26–13:2
te, desejais que eu vos explique 33 Abinádi, porém, disse-lhes:
o que significam estas coisas? Sei que, se guardardes os
26 Digo-vos: Ai de vós por per- mandamentos de Deus, sereis
verterdes os caminhos do Se- salvos; sim, se guardardes os
nhor! Pois, se entendeis estas mandamentos que o Senhor
coisas, não as haveis ensinado; entregou a Moisés no monte
a
portanto haveis pervertido os Sinai, dizendo:
caminhos do Senhor. 34 aEu sou o Senhor teu Deus
27 Não haveis aplicado vosso que te btirei da terra do Egito, da
coração para acompreender; por- casa da servidão.
tanto não haveis sido sábios. O 35 Não terás aoutro Deus dian-
que, pois, ensinais a este povo? te de mim.
28 E eles disseram: Ensinamos 36 Não farás para ti imagem de
a lei de Moisés. escultura, nem alguma seme-
29 E ele tornou a dizer-lhes: Se lhança do que há em cima nos
ensinais a alei de Moisés, por céus nem embaixo na Terra.
que não a guardais? Por que 37 E disse-lhes Abinádi: Ha-
pondes vosso coração nas rique- veis vós feito tudo isto? Digo-
zas? Por que cometeis blibertina- v o s q u e n ã o , n ã o h a v e i s . E
gens e gastais vossa energia com haveis aensinado a este povo
meretrizes, sim, e fazeis com que deve fazer todas estas coi-
que este povo cometa pecados, sas? Digo-vos que não, não
dando motivo ao Senhor para haveis.
enviar-me, a fim de profetizar
contra este povo, sim, um gran-
CAPÍTULO 13
de mal contra este povo?
30 Não sabeis que digo a ver-
Abinádi é protegido pelo poder divi-
dade? Sim, sabeis que digo a
no—Ele ensina os Dez Mandamen-
verdade e deverı́eis tremer dian-
tos — Não se alcança a salvação
te de Deus.
apenas pela lei de Moisés—O pró-
31 E acontecerá que sereis feri-
prio Deus fará uma expiação e redi-
dos por vossas iniqüidades, pois
mirá seu povo. Aproximadamente
haveis dito que ensinais a lei de
148 a.C.
Moisés. E que sabeis vós sobre a
lei de Moisés? a Traz a lei de E então, quando o rei ouviu es-
Moisés a salvação? Que dizeis tas palavras, disse a seus sacer-
vós? dotes: Tirai este homem daqui e
32 E responderam-lhe, dizen- matai-o, pois o que temos nós a
do que a salvação era obtida pe- ver com ele? Ele é louco!
la lei de Moisés. 2 E eles avançaram e procura-

27a gee Compreensão, Al. 25:16. 1 Né. 17:40;


Entendimento. 33a Êx. 19:9, 16–20; Mos. 7:19.
29a gee Lei de Moisés. Mos. 13:5. 35a Osé. 13:4.
b gee Adultério. 34a Êx. 20:2–4. gee Idolatria.
31a Mos. 3:15; 13:27–32; b Êx. 12:51; 37a Mos. 13:25–26.
Mosias 13:3–17 196
ram deitar-lhe as mãos; mas ele 9 Termino, porém, a minha
resistiu, dizendo: mensagem; e agora não importa
3 Não me toqueis, pois Deus aonde eu vá, contanto que eu
ferir-vos-á se deitardes as mãos seja salvo.
em mim, porque ainda não 10 Mas isto vos digo: O que
transmiti a mensagem que o fizerdes comigo, depois disto,
Senhor me ordenou que trans- será como um ası́mbolo e uma
mitisse; nem tampouco vos dis- representação de coisas que
se aquilo que apedistes que vos estão para vir.
dissesse; portanto Deus não 11 E agora vos lerei o restante
permitirá que eu seja destruı́do dos amandamentos de Deus, pois
neste momento. percebo que não estão escritos
4 Devo, porém, cumprir os em vosso coração; percebo que
mandamentos que Deus me deu; haveis estudado e ensinado ini-
e por eu ter dito a verdade, es- qüidade durante a maior parte
tais irados contra mim. E tam- de vossa vida.
bém, por ter transmitido a pala- 12 E agora, lembrai-vos de que
vra de Deus, julgais que sou eu vos disse: Não farás para ti
louco. imagem de escultura nem algu-
5 Ora, aconteceu que depois de ma semelhança do que há em
Abinádi haver pronunciado cima nos céus nem embaixo na
estas palavras, o povo do rei Terra nem nas águas debaixo da
Noé não se atreveu a deitar-lhe terra.
as mãos, porque o Espı́rito do 13 E também: Não te encurva-
Senhor estava sobre ele; e seu rás a elas nem as servirás; por-
rosto aresplandecia com extraor- que eu, o Senhor teu Deus, sou
dinário brilho, como o de Moisés um Deus zeloso, que visito a
no monte Sinai enquanto falava maldade dos pais nos filhos até
com o Senhor. a terceira e quarta geração da-
6 E falou com o a poder e a queles que me aborrecem;
autoridade de Deus; e conti- 14 E faço misericórdia a milha-
nuou suas palavras, dizendo: res dos que me amam e guar-
7 Vedes que não tendes po- dam os meus mandamentos.
der para matar-me, portanto 15 Não tomarás o nome do
termino minha mensagem. Sim, Senhor teu Deus em vão; por-
e percebo que ela vos aatinge q u e o S e n h o r n ã o t e r á p o r
profundamente, porque vos inocente o que tomar o seu
digo a verdade sobre vossas nome em vão.
iniqüidades. 16 Lembra-te do dia do asába-
8 Sim, e minhas palavras en- do, para o santificar.
chem-vos de admiração e de es- 17 Seis dias trabalharás e farás
panto e de ira. toda a tua obra;

13 3a Mos. 12:20–24. 7 a 1 Né. 16:2. 11a Êx. 20:1–17.


5 a Êx. 34:29–35. 10a Mos. 17:13–19; 16a gee Dia de Descanso
6 a gee Poder. Al. 25:10. (Dia do Sábado).
197 Mosias 13:18–32
18 Mas o sétimo dia é o sábado tizar infortúnios concernentes a
do Senhor teu Deus; não farás este povo.
nenhuma obra, nem tu nem teu 27 E agora, dissestes que a sal-
filho nem tua filha nem o teu vação se alcança pela lei de
servo nem a tua serva nem o teu Moisés. Digo-vos que ainda é
animal nem o teu estrangeiro preciso que guardeis a alei de
que está dentro das tuas portas; Moisés; mas digo-vos que che-
19 Porque em aseis dias fez o gará o tempo em que bnão mais
Senhor os céus e a Terra e o mar será necessário guardar a lei de
e tudo o que neles há; portanto Moisés.
abençoou o Senhor o dia do sá- 28 E digo-vos mais ainda, que a
a
bado e santificou-o. salvação não se alcança somen-
20 aHonra a teu pai e a tua mãe, te pela blei; e se não fosse pela
c
para que se prolonguem os teus expiação que o próprio Deus fa-
dias na terra que o Senhor teu rá pelos pecados e iniqüidades
Deus te dá. dos de seu povo, eles inevitavel-
21 Não amatarás. mente pereceriam, apesar da lei
22 Não cometerás aadultério. de Moisés.
Não bfurtarás. 29 E agora vos digo que foi ne-
23 Não dirás afalso testemunho cessário dar uma lei aos filhos
contra o teu próximo. de Israel, sim, uma lei muito ase-
24 Não acobiçarás a casa do teu vera; porque eram um povo
próximo, não cobiçarás a mu- obstinado, brápido para cometer
lher do teu próximo nem o seu iniqüidade e vagaroso para lem-
servo nem a sua serva nem o brar-se do Senhor seu Deus.
seu boi nem o seu jumento nem 30 Portanto uma alei lhes foi
coisa alguma do teu próximo. dada, sim, uma lei de ritos e de
b
25 E aconteceu que depois de ordenanças, uma lei que deve-
Abinádi dizer estas coisas, per- riam cobservar rigorosamente,
guntou-lhes: Haveis ensinado a dia a dia, para conservarem viva
este povo que deve procurar fa- a lembrança de Deus e de seu
zer todas estas coisas, a fim de dever para com ele.
guardar estes mandamentos? 31 Mas eis que vos digo que to-
26 Digo-vos que não, pois, se o das essas coisas eram ası́mbolos
houvésseis feito, o Senhor não de coisas futuras.
me haveria enviado para profe- 32 Ora, entendiam eles a lei?

19a Gên. 1:31. 24a gee Cobiçar. c gee Expiação,


20a Mc. 7:10. 27a gee Lei de Moisés. Expiar.
21a Mt. 5:21–22; b 3 Né. 9:19–20; 15:4–5. 29a Jos. 1:7–8.
D&C 42:18. 28a Gál. 2:16. b Al. 46:8.
gee Homicı́dio. gee Redenção, 30a Êx. 20.
22a gee Adultério. Redimido, Redimir; b gee Ordenanças.
b gee Roubar, Roubo. Salvação. c Jacó 4:5.
23a Prov. 24:28. b Gál. 2:21; 31a Mos. 16:14;
gee Mentir, Mos. 3:14–15; Al. 25:15.
Mentiroso. Al. 25:15–16. gee Simbolismo.
Mosias 13:33–14:8 198
Digo-vos que não; nem todos 2 Porque crescerá diante dele
entendiam a lei; e isso por causa como uma planta tenra e como
da dureza de seu coração; por- uma raiz de terra seca; não há
que não compreendiam que nele forma nem formosura; e
ninguém poderia ser salvo, aa quando o virmos, não achare-
não ser pela redenção de Deus. mos nele beleza para que o de-
33 Pois eis que não lhes profeti- sejemos.
zou Moisés acerca da vinda do 3 Ele é desprezado e rejeitado
Messias e que Deus redimiria o pelos homens; varão de dores e
seu povo? Sim, e mesmo atodos experimentado em padecimen-
os profetas que profetizaram tos; e foi como se escondêsse-
desde o princı́pio do mundo— mos dele nosso rosto; foi des-
não falaram eles mais ou menos prezado e não fizemos caso
a respeito destas coisas? dele.
34 Não disseram eles que o 4 Certamente ele atomou sobre
próprio aDeus desceria entre os si nossas bdores e carregou nos-
filhos dos homens e tomaria a sos pesares; no entanto, repu-
forma de homem e andaria com tamo-lo por aflito, ferido por
grande poder sobre a face da Deus e oprimido.
Terra? 5 Mas foi ferido pelas nossas
a
35 Sim, e não disseram também transgressões, moı́do pelas
que ele proporcionaria a aressur- nossas iniqüidades; o castigo
reição aos mortos e que ele pró- de nossa paz estava sobre ele
prio seria oprimido e afligido? e pelas suas feridas somos
b
curados.
6 Todos nós andamos desgar-
CAPÍTULO 14
rados como aovelhas; cada um se
desviou por seu próprio cami-
Isaı́as fala sobre o Messias—Men-
nho; e o Senhor pôs sobre ele as
ciona-se a humilhação e os sofri-
iniqüidades de todos nós.
mentos do Messias—Ele faz de sua
7 Ele foi oprimido e aele foi afli-
alma uma oferta pelo pecado e inter-
gido, mas não abriu a boca; co-
cede pelos transgressores—Compa-
mo um bcordeiro foi levado ao
rar com Isaı́as 53. Aproximadamen-
matadouro e, como a ovelha
te 148 a.C.
permanece muda perante seus
Sim, e não diz Isaı́as: Quem acre- tosquiadores, também ele não
ditou em nossas palavras e a abriu a boca.
quem se manifestou o braço do 8 Da prisão e do julgamento foi
Senhor? tirado; e quem declarará sua ge-

32a 2 Né. 25:23–25. 14 4a Al. 7:11–12. 2 Né. 28:14;


33a 1 Né. 10:5; b Mt. 8:17. Al. 5:37.
Jacó 4:4; 7:11. 5 a Mos. 15:9; 7 a Mc. 15:3.
34a Mos. 7:27; 15:1–3. Al. 11:40. gee Jesus Cristo.
gee Trindade. b I Ped. 2:24–25. b gee Cordeiro de
35a Isa. 26:19; 2 Né. 2:8. 6 a Mt. 9:36; Deus; Páscoa.
199 Mosias 14:9–15:6
ração? Porque foi arrancado da Filho—Ele intercederá por seu po-
terra dos viventes; pelas trans- vo e tomará sobre si as transgres-
gressões de meu povo foi ferido. sões deles—Eles e todos os santos
9 E ele fez a sua sepultura com profetas são sua semente—Ele efe-
o ı́mpio e com o arico na sua tua a Ressurreição—As crianci-
morte; porquanto nunca fez nhas têm vida eterna. Aproximada-
b
mal nem houve engano na sua mente 148 a.C.
boca.
E então Abinádi lhes disse: Qui-
10 Todavia ao Senhor agradou
sera que compreendêsseis que o
feri-lo; fê-lo sofrer; quando tu
próprio aDeus descerá entre os
fizeres de sua alma uma oferta
filhos dos homens e bredimirá
pelo pecado ele verá sua ase-
seu povo.
mente, ele prolongará seus dias
2 E porque ele ahabita na carne,
e o prazer do Senhor prosperará
será chamado o Filho de Deus; e
em sua mão.
havendo sujeitado a carne à
11 Verá a agonia de sua alma
vontade do Pai, sendo o bPai e o
e ficará satisfeito; pelo seu co-
Filho—
nhecimento o meu servo justo a
3 O Pai, aporque foi bconcebido
muitos justificará, porque ato-
pelo poder de Deus; e o Filho,
mará sobre si as iniqüidades
por causa da carne; tornando-se
deles.
assim o Pai e o Filho—
12 Portanto, dar-lhe-ei uma
4 E eles são aum Deus, sim, o
porção com os grandes e com
próprio bPai cEterno do céu e da
os poderosos ele repartirá os
Terra.
despojos; porquanto derramou
5 E assim a carne, tornando-se
s u a a l m a a t é a m o r t e e f o i
sujeita ao Espı́rito, ou o Filho ao
contado com os transgressores;
Pai, sendo um Deus, asofre ten-
tomou sobre si os pecados de
tações e não cede a elas, mas
muitos e aintercedeu pelos
sujeita-se a ser bescarnecido e
transgressores.
açoitado e expulso e crejeitado
por seu povo.
CAPÍTULO 15 6 E depois de tudo isso, após
haver realizado grandes mila-
Como Cristo é tanto o Pai como o gres entre os filhos dos homens,

9 a Mt. 27:57–60; 15 1a I Tim. 3:16; 3 a D&C 93:4.


Mc. 15:27, 43–46. Mos. 13:33–34. b Lc. 1:31–33;
gee José de gee Jesus Cristo. Mos. 3:8–9; Al. 7:10;
Arimatéia. b gee Redenção, 3 Né. 1:14.
b Jo. 19:4. Redimido, Redimir. 4 a Deut. 6:4; Jo. 17:20–23.
10a Mos. 15:10–13. 2 a Mos. 3:5; 7:27; gee Trindade.
11a Lev. 16:21–22; Al. 7:9–13. b Mos. 3:8; Hel. 14:12;
I Ped. 3:18; b Isa. 64:8; 3 Né. 9:15; Ét. 4:7.
D&C 19:16–19. Jo. 10:30; 14:8–10; c Al. 11:39.
12a 2 Né. 2:9; Mos. 5:7; 5 a Lc. 4:2; Heb. 4:14–15.
Mos. 15:8; Al. 11:38–39; b Jo. 19:1.
Morô. 7:27–28. Ét. 3:14. c Mc. 8:31; Lc. 17:25.
Mosias 15:7–17 200
será conduzido, sim, asegundo tos profetas que profetizaram
disse Isaı́as: Como a ovelha per- sobre a vinda do Senhor, digo-
manece muda perante seus tos- vos que todos aqueles que te-
quiadores, também ele não nham escutado suas palavras e
b
abriu a boca. acreditado que o Senhor redimi-
7 Sim, desse modo será condu- ria seu povo e hajam esperado
zido, a crucificado e morto, a ansiosamente pelo dia da remis-
carne sujeitando-se à morte, a são de seus pecados, eu vos digo
b
vontade do Filho sendo absor- que estes são a sua semente, ou
vida pela vontade do Pai. seja, os herdeiros do breino de
8 E assim rompe Deus as aliga- Deus.
duras da morte, havendo con- 12 Porque estes são aqueles
q u i s t a d o a b v i t ó r i a s o b r e a cujos pecados aele tomou sobre
morte; dando ao Filho o poder si; estes são aqueles por quem
de cinterceder pelos filhos dos ele morreu, para redimi-los de
homens— suas transgressões. E agora, não
9 Havendo ascendido ao céu, são eles sua semente?
tendo as entranhas cheias de 13 Sim, e não o são também
misericórdia; estando cheio de os profetas, cada um que abriu
compaixão pelos filhos dos ho- a boca para profetizar, que não
mens; interpondo-se entre eles caiu em transgressão, quero
e a justiça; havendo rompido dizer, todos os santos profetas
as ligaduras da morte, tomado desde o começo do mundo?
sobre asi as iniqüidades e trans- D i g o - v o s q u e e l e s s ã o s u a
gressões deles, havendo-os redi- semente.
mido e bsatisfeito as exigências 14 Estes são os que aproclama-
da justiça. ram a paz, que anunciaram o
10 E agora vos pergunto: bem, que proclamaram a salva-
Quem declarará sua geração? ção e que disseram a Sião: O teu
Eis que vos digo que quando Deus reina!
sua alma servir de oferta pelo 15 E oh! quão belos foram os
pecado, ele verá a sua asemente. seus pés sobre os montes!
E que dizeis agora? E quem será 16 E novamente, quão belos
a sua semente? são sobre os montes os pés dos
11 Eis que vos digo que quem que ainda estão proclamando a
tenha ouvido as palavras dos paz!
a
profetas, sim, de todos os san- 17 E novamente, quão belos

6 a Isa. 53:7. I Cor. 15:55–57. ou Reino do Céu;


b Lc. 23:9; Jo. 19:9; c 2 Né. 2:9. Salvação.
Mos. 14:7. 9a Isa. 53; Mos. 14:5–12. 12a Mos. 14:12;
7 a gee Crucificação. b gee Expiação, Expiar. Al. 7:13; 11:40–41.
b Lc. 22:42; Jo. 6:38; 10a Isa. 53:10; Mos. 5:7; 14a Isa. 52:7; Rom. 10:15;
3 Né. 11:11. 27:25; Morô. 7:19. 1 Né. 13:37;
8 a Mos. 16:7; Al. 22:14. 11a D&C 84:36–38. Mos. 12:21–24.
b Osé. 13:14; b gee Reino de Deus gee Obra Missionária.
201 Mosias 15:18–27
são sobre os montes os pés dos 23 São levantados para aviver
que, daqui em diante, procla- com Deus, que os redimiu; as-
marão a paz, sim, de agora em sim, eles têm vida eterna por
diante e para sempre! meio de Cristo, que brompeu as
18 E eis que vos digo que isto ligaduras da morte.
não é tudo. Pois, oh! quão belos 24 E esses são os que tomam
são sobre os montes os apés do parte na primeira ressurreição;
que anuncia boas novas, que é o e esses são os que morreram
fundador da bpaz, sim, o Senhor antes da vinda de Cristo, em
que redimiu seu povo; sim, ignorância, não lhes havendo
aquele que concedeu salvação a sido declarada a asalvação. E
seu povo! assim o Senhor efetua a restau-
19 Porque, não fora pela re- ração destes; e tomam parte na
denção que fez por seu povo, a primeira ressurreição, ou seja,
qual foi preparada desde a afun- têm vida eterna, sendo redimi-
dação do mundo, eu vos digo dos pelo Senhor.
que, não fora por isso, toda a 25 E as acriancinhas também
humanidade teria bperecido. têm vida eterna.
20 Mas eis que as ligaduras da 26 Atentai, porém, e atemei e
morte serão rompidas; e o Filho tremei diante de Deus, porque
reina e tem poder sobre os mor- deveis tremer; porque o Senhor
tos; portanto ele efetua a ressur- não redime os que se brebelam
reição dos mortos. contra ele e cmorrem em seus
21 E haverá uma ressurreição, pecados; sim, todos os que pere-
sim, uma aprimeira ressurreição; ceram em seus pecados desde o
sim, uma ressurreição daqueles princı́pio do mundo, que volun-
que existiram e que existem e tariamente se rebelaram contra
que existirão até a ressurreição Deus; que conheciam os man-
de Cristo—porque assim será damentos de Deus e não os qui-
ele chamado. seram guardar; destes são os que
e
22 Ora, a ressurreição de todos não tomam parte na primeira
os profetas e de todos os que ressurreição.
acreditaram em suas palavras, 27 Não deveis, pois, tremer?
ou seja, de todos os que guarda- Porque nenhum destes alcança
ram os mandamentos de Deus, a salvação, porquanto o Senhor
dar-se-á na primeira ressurrei- a nenhum deles redimiu; sim,
ção; eles são, portanto, a primei- nem pode o Senhor redimi-los;
ra ressurreição. porque ele não pode contradi-

18a 3 Né. 20:40; 1 Né. 15:33–36; Criancinhas.


D&C 128:19. D&C 76:50–70. 26a Deut. 5:29; Jacó 6:9.
b Jo. 16:33. b gee Morte Fı́sica. b 1 Né. 2:21–24.
gee Paz. 24a 2 Né. 9:25–26; c Eze. 18:26;
19a Mos. 4:6. D&C 137:7. 1 Né. 15:32–33;
b 2 Né. 9:6–13. 25a D&C 29:46; 137:10. Morô. 10:26.
21a Al. 40:16–21. gee Salvação— d Al. 40:19.
23a Salm. 24:3–4; Salvação de e D&C 76:81–86.
Mosias 15:28–16:6 202
zer-se; porque ele não pode ne- olho a olho e bconfessará, diante
gar à ajustiça os seus direitos. de Deus, que seus julgamentos
28 E agora vos digo que tempo são justos.
v i r á e m q u e a s a l v a ç ã o d o 2 E e n t ã o o s ı́ m p i o s s e r ã o
Senhor será aanunciada a toda a
expulsos e terão motivo para
nação, tribo, lı́ngua e povo. uivar e chorar e blamentar-se e
29 Sim, tuas asentinelas, Se- ranger os dentes; e isto porque
nhor, levantarão a voz! Can- não deram ouvidos à voz do
tarão em unı́ssono porque verão Senhor; portanto o Senhor não
olho a olho quando o Senhor os redime.
trouxer novamente Sião. 3 Porque eles são acarnais e
30 Exultai de alegria, cantai em diabólicos e o bdiabo tem poder
coro, vós, lugares desolados de sobre eles; sim, aquela velha ser-
Jerusalém; porque o Senhor pente que cenganou nossos pri-
confortou seu povo; ele redimiu meiros pais, que foi a causa de
Jerusalém. sua dqueda; que fez com que to-
31 O Senhor desnudou seu da a humanidade se tornasse
braço santo aos olhos de todas carnal, sensual, diabólica, edis-
as nações e todos os confins da tinguindo o mal do bem, sujei-
Terra verão a salvação de nosso tando-se ao diabo.
Deus. 4 Assim, toda a humanidade
estava aperdida; e eis que estaria
para sempre perdida se Deus
CAPÍTULO 16
não houvesse redimido seu
povo do estado de perdição e
Deus redime os homens de seu esta-
queda.
do de perdição e queda—Aqueles
5 Lembrai-vos, porém, de que
que são carnais permanecem como
aquele que persiste em sua pró-
se não houvesse redenção—Cristo
pria natureza acarnal e segue os
efetua a ressurreição para a vida
caminhos do pecado e da rebe-
eterna ou para a condenação eterna.
lião contra Deus, permanece em
Aproximadamente 148 a.C.
seu estado decaı́do e o diabo
E então aconteceu que após tem todo poder sobre ele. Por-
Abinádi ter dito estas palavras, tanto permanece como se não ti-
estendeu a mão e disse: Tempo vesse havido bredenção, sendo
virá em que todos verão a asal- inimigo de Deus; e também o
vação do Senhor; em que toda diabo é inimigo de Deus.
nação, tribo, lı́ngua e povo verá 6 E agora, falando-se de coisas

27a Al. 34:15–16; 42:1. Lc. 13:28; Al. 40:13. d gee Queda de
28 a gee Obra Missionária. 3 a Gál. 5:16–25; Adão e Eva.
29 a gee Atalaia, Sentinela, Mos. 3:19. e 2 Né. 2:17–18, 22–26.
Vigia. gee Homem Natural. 4 a Al. 42:6–14.
16 1a gee Salvação. b 2 Né. 9:8–9. 5 a Al. 41:11.
b Mos. 27:31. gee Diabo. gee Carnal.
2 a D&C 63:53–54. c Gên. 3:1–13; b gee Redenção,
b Mt. 13:41–42; Mois. 4:5–19. Redimido, Redimir.
203 Mosias 16:7–17:1
futuras acomo se elas já houves- prias vontades e desejos carnais;
sem acontecido, se Cristo não não havendo nunca procurado
tivesse vindo ao mundo, não o Senhor enquanto os braços
poderia ter havido redenção. de amisericórdia lhes estavam
7 E se Cristo não houvesse estendidos, porque os braços de
ressuscitado dos mortos nem misericórdia lhes foram estendi-
rompido as ligaduras da morte, dos e não os aceitaram; haven-
para que a sepultura não tivesse do sido admoestados de suas
vitória nem aaguilhão tivesse a iniqüidades, ainda assim não
morte, não poderia ter havido quiseram afastar-se delas; e foi-
ressurreição. lhes ordenado que se arrepen-
8 Há, porém, uma aressurrei- d e s s e m e , c o n t u d o , n ã o s e
ção; portanto a sepultura não arrependeram.
tem vitória e o aguilhão da 13 E agora, não deveis tremer e
b
morte é desfeito em Cristo. arrepender-vos de vossos peca-
9 Ele é a aluz e a vida do mun- dos e lembrar-vos de que so-
do; sim, uma luz sem fim, que mente em Cristo e por meio dele
nunca poderá ser obscurecida; podereis ser salvos?
sim, e também uma vida que é 14 Portanto, se ensinais a alei
infinita, de modo que não pode de Moisés, ensinai também que
mais haver morte. ela é uma prefiguração das coi-
10 Isto que é mortal se revestirá sas que estão para vir—
de aimortalidade e isto que é 15 Ensinai-lhes que a redenção
corrupção se revestirá de incor- é alcançada por meio de Cristo,
ruptibilidade; e serão blevados o Senhor, que é o próprio aPai
diante do tribunal de Deus, a Eterno. Amém.
fim de serem cjulgados por ele
de acordo com as suas obras,
CAPÍTULO 17
sejam elas boas ou sejam elas
más—
Alma crê nas palavras de Abinádi e
11 Se forem boas, para a res-
escreve-as—Abinádi morre quei-
surreição da avida eterna e feli-
mado—Ele profetiza enfermidades
cidade; e se forem más, para
e morte por fogo para seus assassi-
a ressurreição da bcondenação
nos. Aproximadamente 148 a.C.
eterna, sendo entregues ao dia-
bo que os dominou, o que é E então aconteceu que quando
condenação— Abinádi havia terminado estas
12 Havendo seguido suas pró- palavras, o rei ordenou a seus

6 a Mos. 3:13. 9 a D&C 88:5–13. 11a gee Vida Eterna.


7 a Osé. 13:14; gee Luz, Luz de b gee Condenação,
Mos. 15:8, 20. Cristo. Condenar.
8 a Al. 42:15. 10a Al. 40:2. 12a gee Misericórdia,
gee Ressurreição. gee Imortal, Misericordioso.
b Isa. 25:8; Imortalidade. 14a gee Lei de Moisés.
I Cor. 15:54–55; b gee Juı́zo Final. 15a Mos. 3:8; 5:7;
Mórm. 7:5. c Al. 41:3–6. Ét. 3:14.
Mosias 17:2–15 204
a
sacerdotes que o levassem e disseste de mal, concernentes a
fizessem com que fosse morto. mim e a meu povo.
2 Mas havia entre eles um cujo 9 Então Abinádi respondeu-
nome era aAlma, sendo ele tam- lhe: Digo-vos que não me retra-
bém descendente de Néfi. E era tarei das palavras que disse
jovem e bacreditou nas palavras concernentes a este povo, pois
que Abinádi dissera, pois tinha são verdadeiras; e para que sai-
conhecimento da iniqüidade da bais que são verdadeiras, con-
qual Abinádi os acusara; portan- senti em cair em vossas mãos.
to começou a suplicar ao rei que 10 Sim, e padecerei até mesmo
ele não se irasse contra Abinádi, a morte, porém não me retrata-
mas que o deixasse partir em rei de minhas palavras; e elas
paz. servirão de testemunho contra
3 O rei, porém, enfureceu-se vós. E se me matardes, derra-
ainda mais e fez com que Alma mareis asangue inocente; e isto
fosse expulso do meio deles; e também servirá de testemunho
enviou seus servos atrás dele contra vós no último dia.
para que o matassem. 11 E então o rei Noé estava a
4 Mas ele fugiu e escondeu-se, ponto de soltá-lo, porque temia
de modo que não o acharam. suas palavras; porque temia que
E tendo ficado escondido du- os julgamentos de Deus caı́ssem
rante muitos dias, aescreveu to- sobre ele.
das as palavras que Abinádi 12 Mas os sacerdotes levan-
dissera. taram suas vozes contra ele
5 E aconteceu que o rei orde- e começaram a acusá-lo, dizen-
nou a seus guardas que cercas- do: Injuriou o rei! Portanto, o
sem Abinádi e prendessem-no; rei encheu-se de cólera contra
e amarraram-no e jogaram-no ele e entregou-o para que o
na prisão. matassem.
6 E depois de três dias, ha- 13 E aconteceu que o levaram e
vendo-se aconselhado com seus amarraram-no e flagelaram-lhe
sacerdotes, fez com que o levas- a pele com tochas, sim, até a
sem novamente a sua presença. morte.
7 E disse-lhe: Abinádi, temos 14 E então, quando as chamas
uma acusação contra ti e mere- começaram a queimá-lo, clamou
ces a morte. a eles, dizendo:
8 Pois disseste que o próprio 15 Eis que, assim como haveis
a
Deus descerá entre os filhos feito comigo, acontecerá que a
dos homens; e agora, por causa vossa posteridade fará com que
disto serás morto, salvo se te re- muitos sofram as dores que eu
tratares de todas as palavras que sofro, sim, as dores da amorte

17 1a Mos. 11:1, gee Alma, 8 a Mos. 13:25, 33–34.


5–6. o Pai. 10a Al. 60:13.
2 a Mos. 23:6, b Mos. 26:15. 15a Mos. 13:9–10;
9–10. 4 a gee Escrituras. Al. 25:4–12.
205 Mosias 17:16–18:7
pelo fogo; e isto porque eles indo para o deserto. Aproximada-
acreditam na salvação do Se- mente 147–145 a.C.
nhor seu Deus.
E então aconteceu que Alma,
16 E acontecerá que sereis afli-
que havia fugido dos servos do
gidos por toda espécie de mo-
rei Noé, aarrependeu-se de seus
léstias, por causa de vossas ini-
pecados e iniqüidades; e andan-
qüidades.
do secretamente entre o povo,
17 Sim, e sereis aferidos por to-
começou a ensinar as palavras
dos os lados; e sereis acossados
de Abinádi;
e dispersos aqui e acolá, assim
2 Sim, a respeito do que estava
como um rebanho selvagem é
por acontecer e também da res-
acossado por animais selvagens
surreição dos mortos e da are-
e ferozes.
denção do povo, que se realiza-
18 E naquele dia sereis caçados
riam pelo bpoder e sofrimentos e
e sereis presos por vossos inimi-
morte de Cristo e sua ressurrei-
gos e então sofrereis, como eu
ção e ascensão ao céu.
sofro, as penas da amorte pelo
3 E ensinava a todos os que de-
fogo.
sejavam ouvir suas palavras. E
19 Assim executa Deus avin-
instruı́a-os secretamente, para
gança contra aqueles que des-
que isso não chegasse ao conhe-
troem seu povo. Ó Deus, recebe
cimento do rei. E muitos acredi-
a minha alma!
taram em suas palavras.
2 0 E e n t ã o , h a v e n d o A b i -
4 E aconteceu que todos os que
nádi pronunciado estas pala-
creram nele se dirigiram para
vras, ele caiu, tendo sofrido
um alugar chamado Mórmon,
a morte pelo fogo; sim, ten-
nome que fora dado pelo rei, fi-
do sido morto por não que-
cando nas fronteiras da terra
rer negar os mandamentos
que, em certas épocas ou esta-
de Deus, tendo selado a verda-
ções, era infestada por animais
de de suas palavras com a
selvagens.
morte.
5 Ora, existia em Mórmon uma
fonte de água pura, onde Alma
CAPÍTULO 18 se refugiava; e, próximo à água,
havia um bosque de pequenas
Alma prega secretamente—Expõe o árvores, onde se escondia ele,
convênio do batismo e batiza nas durante o dia, das buscas do rei.
águas de Mórmon — Organiza a 6 E aconteceu que todos os que
Igreja de Cristo e ordena sacerdo- acreditavam nele para ali se diri-
tes—Eles trabalham para seu pró- giam a fim de ouvir suas pala-
prio sustento e ensinam o povo— vras.
Alma e seu povo fogem do rei Noé, 7 E aconteceu que, passados

17a Mos. 21:1–5, 13. 18 1a Mos. 23:9–10. b gee Expiação,


18a Mos. 19:18–20. 2 a gee Redenção, Expiar.
19a gee Vingança. Redimido, Redimir. 4 a Al. 5:3.
Mosias 18:8–15 206
muitos dias, um grande número que ele possa derramar seu
havia-se reunido nas paragens Espı́rito com mais abundância
de Mórmon para ouvir as pala- sobre vós?
vras de Alma. Sim, todos os que 11 E quando ouviram estas
acreditavam em suas palavras palavras, bateram palmas de
estavam reunidos para ouvi-lo. alegria e exclamaram: Este é o
E ele aensinou-os e pregou-lhes desejo de nosso coração.
arrependimento e redenção e fé 12 E então aconteceu que Alma
no Senhor. tomou a Helã, que era um dos
8 E aconteceu que ele lhes dis- primeiros, entrou na água e
se: Eis aqui as águas de Mórmon clamou, dizendo: Ó Senhor,
(pois assim eram chamadas); e derrama o teu Espı́rito sobre o
agora, sendo que adesejais en- teu servo, para que possa fazer
trar no brebanho de Deus e ser este trabalho com santidade de
chamados seu povo; e sendo coração!
que estais cdispostos a carregar 13 E havendo dito estas pala-
os fardos uns dos outros, para vras, o aEspı́rito do Senhor des-
que fiquem leves; ceu sobre ele e ele disse: Helã,
9 Sim, e estais dispostos a cho- tendo bautoridade do Deus To-
rar com os que choram; sim, e do-Poderoso, eu te cbatizo como
consolar os que necessitam de testemunho de que fizeste con-
consolo e servir de atestemu- vênio de servi-lo até que estejas
nhas de Deus em todos os mo- morto quanto ao corpo mortal;
mentos e em todas as coisas e e que o Espı́rito do Senhor se
em todos os lugares em que vos derrame sobre ti; e que te conce-
encontreis, mesmo até a morte; da a vida eterna, por meio da
d
para que sejais redimidos por redenção de Cristo, a quem ele
Deus e contados com os da bpri- preparou desde a efundação do
meira ressurreição, para que te- mundo.
nhais a cvida eterna— 14 E havendo Alma pronuncia-
10 Agora vos digo que, se for do estas palavras, ambos, Alma
este o desejo de vosso coração, o e Helã, foram asepultados na
que vos impede de serdes abati- água; e levantaram-se e saı́ram
zados em nome do Senhor, co- da água regozijando-se, estando
mo um testemunho, perante cheios do Espı́rito.
ele, de que haveis feito bconvê- 15 E outra vez tomou Alma um
nio com ele de servi-lo e guar- outro, entrou pela segunda vez
dar seus mandamentos, para na água e batizou-o, como havia

7 a Al. 5:11–13. b Mos. 15:21–26. c 3 Né. 11:23–26;


8 a D&C 20:37. c gee Vida Eterna. D&C 20:72–74.
b gee Igreja de Jesus 10a 2 Né. 31:17. d gee Redenção,
Cristo. gee Batismo, Batizar. Redimido, Redimir.
c gee Compaixão. b gee Convênio. e Mois. 4:2; 5:9.
9 a gee Obra Missionária; 13a gee Espı́rito Santo. 14a gee Batismo,
Testificar; b RF 1:5. Batizar—Batismo
Testemunha. gee Sacerdócio. por imersão.
207 Mosias 18:16–27
feito com o primeiro, só que não batismo, tendo os corações en-
sepultou a si mesmo outra vez trelaçados em cunidade e amor
na água. uns para com os outros.
16 E desse modo batizou todos 22 Deste modo mandou que
os que haviam ido às paragens eles pregassem. E tornaram-se,
de Mórmon; e eram cerca de du- assim, afilhos de Deus.
zentas e quatro almas: sim, e fo- 23 E mandou-lhes que obser-
ram a batizados nas águas de vassem o dia do asábado, que o
Mórmon e encheram-se da bgra- santificassem e que, também,
ça de Deus. todos os dias rendessem graças
17 E foram chamados aIgreja ao Senhor seu Deus.
de Deus, ou seja, Igreja de Cris- 24 E também mandou que os
to, daquele tempo em diante. sacerdotes que ele ordenara
a
E aconteceu que todos os que trabalhassem com as próprias
eram batizados pelo poder e au- mãos para o seu sustento.
toridade de Deus eram somados 25 E designou-se um dia de
a sua Igreja. cada semana no qual deveriam
18 E aconteceu que Alma, tendo reunir-se para ensinar o povo
a
autoridade de Deus, ordenou e aadorar ao Senhor seu Deus;
sacerdotes; sim, um sacerdote e deveriam também reunir-se
para cada cinqüenta pessoas tantas vezes quantas lhes fosse
ordenou ele, para pregar-lhes e possı́vel.
b
ensinar-lhes sobre as coisas 26 E os sacerdotes não deve-
pertencentes ao reino de Deus. riam depender do povo para o
19 E mandou que não ensinas- seu sustento; mas, pelo seu tra-
sem senão as coisas que ele balho, receberiam a agraça de
ensinara, as quais haviam sido Deus, a fim de fortalecer-se no
declaradas pela boca dos santos Espı́rito, tendo bconhecimento
profetas. de Deus para ensinar com po-
20 Sim, mandou-lhes que não der e autoridade de Deus.
a
pregassem senão arrependi- 27 E novamente mandou Alma
mento e fé no Senhor, que redi- que o povo da Igreja partilhasse
mira seu povo. seus bens, acada um de acordo
21 E mandou-lhes que não com o que tivesse; quem tivesse
a
contendessem entre si, mas que com mais abundância deveria
olhassem para a frente com um partilhar com mais abundância;
b
único fito, tendo uma fé e um daquele que tivesse pouco, pou-

16a Mos. 25:18. 21a 3 Né. 11:28–30. 23a Mos. 13:16–19;


b gee Graça. gee Contenção, D&C 59:9–12.
17a 3 Né. 26:21; 27:3–8. Contenda. 24a At. 20:33–35;
gee Igreja de Jesus b Mt. 6:22; Mos. 27:3–5; Al. 1:26.
Cristo. D&C 88:67–68. 25a gee Adorar.
18a gee Sacerdócio. c gee Unidade. 26a gee Graça.
b gee Ensinar, Mestre. 22a Mos. 5:5–7; b gee Conhecimento.
20a D&C 15:6; 18:14–16. Mois. 6:64–68. 27 a At. 2:44–45; 4 Né. 1:3.
Mosias 18:28–19:5 208
co seria requerido; e quem nada rem-se contra ele; portanto en-
tivesse, a esse seria dado. viou seu exército para destruı́-
28 E assim, de sua livre vonta- los.
de e devido a seus bons desejos 34 E aconteceu que Alma e o
em relação a Deus, deveriam povo do Senhor foram aavisados
partilhar seus bens com os sa- da vinda do exército do rei; por-
cerdotes necessitados, sim, e tanto tomaram suas tendas e
com toda alma necessitada e suas famı́lias e partiram para o
nua. deserto.
29 E isso lhes disse ele, por 35 E eram aproximadamente
ordem de Deus; e aandaram re- quatrocentas e cinqüenta almas.
tamente diante de Deus, baju-
dando-se uns aos outros, tanto
CAPÍTULO 19
material como espiritualmente,
de acordo com suas necessida-
Gideão procura matar o rei Noé—
des e carências.
Os lamanitas invadem aquela terra
30 E aconteceu que tudo isto se
— O rei Noé morre queimado —
passou em Mórmon, sim, junto
Lı́mi governa como monarca tribu-
às aáguas de Mórmon, no bos-
tário. Aproximadamente 145–121
que que existia perto das águas
a.C.
de Mórmon; sim, as paragens de
Mórmon, as águas de Mórmon, E aconteceu que o exército do
o bosque de Mórmon, quão be- rei voltou, tendo procurado inu-
los são eles aos olhos dos que ali tilmente pelo povo do Senhor.
vieram a ter conhecimento de 2 Ora, eis que as forças do rei
seu Redentor; sim, e quão aben- eram pequenas, tendo sido re-
çoados são eles, porque lhe can- duzidas; e começou a haver
tarão louvores para sempre! uma divisão entre o restante do
31 E estas coisas foram feitas povo.
nas afronteiras daquela terra, 3 E a parte menos numerosa
para que não chegassem ao co- começou a fazer ameaças ao rei
nhecimento do rei. e iniciou-se uma grande conten-
32 Mas eis que o rei, haven- da entre eles.
do descoberto um movimento 4 E havia entre eles um homem
entre os de seu povo, enviou cujo nome era Gideão, que, sen-
seus servos para vigiá-los. Por do muito forte e inimigo do rei,
conseguinte, no dia em que se desembainhou sua espada e ju-
estavam reunindo para ouvir a rou, em sua ira, que haveria de
palavra do Senhor, foram matar o rei.
denunciados ao rei. 5 E aconteceu que lutou com o
33 E o rei disse que Alma esta- rei; e quando viu que estava pa-
va incitando as pessoas a rebela- ra ser subjugado por ele, o rei

29a gee Andar, Andar b gee Bem-estar. 31a Mos. 18:4.


com Deus. 30a Mos. 26:15. 34a Mos. 23:1.
209 Mosias 19:6–20
fugiu e correu e subiu à atorre 14 E aconteceu que os lamani-
que ficava perto do templo. tas tiveram compaixão deles,
6 E Gideão perseguiu-o e esta- porque a beleza das mulheres os
va para subir à torre, a fim de cativou.
matar o rei; e o rei lançou os 15 Portanto os lamanitas lhes
olhos na direção da terra de pouparam a vida e levaram-nos
Senlon e eis que o exército dos cativos de volta para a terra de
lamanitas estava dentro das Néfi, permitindo-lhes ocupar a
fronteiras da terra. terra com a condição de entre-
7 E então o rei clamou com garem o rei Noé nas mãos dos
toda a angústia de sua alma, lamanitas, bem como as proprie-
dizendo: Gideão, poupa-me, dades deles e até mesmo a meta-
porque os lamanitas estão sobre de de tudo que possuı́am, a
nós e destruir-nos-ão; sim, des- metade de seu ouro e de sua
truirão o meu povo. prata e de todas as suas coisas
8 Ora, o rei não estava tão preo- preciosas, como tributo a ser pa-
cupado com o seu povo como go ao rei dos lamanitas de ano
com a própria vida; não obstan- em ano.
te, Gideão poupou-lhe a vida. 16 E um dos filhos do rei estava
9 E o rei ordenou ao povo que entre os que foram aprisiona-
fugisse dos lamanitas e ele pró- dos; e seu nome era aLı́mi.
prio saiu à frente deles; e fugi- 17 E Lı́mi desejava que seu pai
ram para o deserto com suas não fosse morto; não obstante,
mulheres e seus filhos. sendo um homem justo, Lı́mi
10 E aconteceu que os lamani- não ignorava as iniqüidades de
tas os perseguiram e alcança- seu pai.
ram-nos e começaram a matá- 18 E aconteceu que Gideão en-
los. viou homens ao deserto, secre-
11 Ora, aconteceu que o rei or- tamente, para procurarem o rei
denou a todos os homens que e os que estavam com ele. E
abandonassem as esposas e fi- aconteceu que encontraram o
lhos e fugissem dos lamanitas. povo no deserto, com exceção
12 Muitos, porém, não quise- do rei e seus sacerdotes.
ram abandoná-los, preferindo 19 Ora, eles haviam jurado em
ficar e morrer com eles. E os ou- seu coração que voltariam à
tros deixaram as esposas e filhos terra de Néfi e que, se suas mu-
e fugiram. lheres e filhos houvessem sido
13 E aconteceu que os que fica- mortos, assim como os homens
ram com as esposas e filhos fize- que com eles haviam ficado, se
ram com que suas belas filhas vingariam e também pereceriam
saı́ssem ao encontro dos lamani- com eles.
tas e intercedessem por eles, 20 E o rei ordenou-lhes que
para que não os matassem. não voltassem; e iraram-se con-

19 5a Mos. 11:12. 16a Mos. 7:9.


Mosias 19:21–20:5 210
tra o rei e fizeram-no padecer a 28 E o rei dos lamanitas espa-
a
morte pelo fogo. lhou guardas pela terra, para
21 E estavam também para nela manter o povo de Lı́mi e
prender os sacerdotes e tirar- evitar que partissem para o de-
lhes a vida, mas estes fugiram serto; e sustentava seus guardas
deles. com o tributo que recebia dos
22 E aconteceu que estavam nefitas.
para voltar à terra de Néfi quan- 29 Ora, o rei Lı́mi gozou de
do encontraram os homens de paz contı́nua em seu reino pelo
Gideão. E os homens de Gideão espaço de dois anos, sendo
contaram-lhes tudo o que havia que os lamanitas não os mo-
acontecido a suas esposas e fi- lestaram nem procuraram des-
lhos; e que os lamanitas lhes ha- truı́-los.
viam permitido ocupar a terra
se pagassem, como tributo aos
CAPÍTULO 20
lamanitas, metade de tudo quan-
to possuı́ssem.
Filhas dos lamanitas são raptadas
23 E os do povo contaram aos
pelos sacerdotes de Noé—Os lama-
homens de Gideão que haviam
nitas fazem guerra contra Lı́mi e
matado o rei e que seus sacerdo-
seu povo— Eles são repelidos e pa-
tes haviam fugido deles, deserto
cificados. Aproximadamente 145–
adentro.
123 a.C.
24 E aconteceu que depois de
haverem terminado a cerimônia, Ora, havia um lugar em Senlon
voltaram para a terra de Néfi, onde as filhas dos lamanitas se
regozijando-se porque suas mu- reuniam para cantar e dançar e
lheres e filhos não haviam sido divertir-se.
mortos; e contaram a Gideão o 2 E aconteceu que, certo dia,
que haviam feito ao rei. um pequeno número delas reu-
25 E aconteceu que o rei dos niu-se para cantar e dançar.
lamanitas lhes fez um ajuramen- 3 E os sacerdotes do rei Noé,
to de que seu povo não os mata- tendo vergonha de voltar à
ria. cidade de Néfi, sim, e também
26 E também Lı́mi, sendo filho temendo que o povo os ma-
do rei e tendo-lhe sido conferi- tasse, não se atreviam a voltar
do o reinado apelo povo, fez ju- para junto das esposas e fi-
ramento ao rei dos lamanitas de lhos.
que seu povo lhe pagaria tribu- 4 E tendo permanecido no de-
to, sim, a metade de tudo quan- serto e descoberto as filhas dos
to possuı́sse. lamanitas, ocultaram-se para
27 E aconteceu que Lı́mi come- observá-las.
çou a estabelecer o reino e a es- 5 E quando havia somente al-
tabelecer a paz entre seu povo. gumas delas reunidas para dan-

20a Mos. 17:13–19; 25a Mos. 21:3.


Al. 25:11. 26a Mos. 7:9.
211 Mosias 20:6–18
çar, saı́ram de seus esconderijos morto, havendo sido ferido e
e arrebataram-nas e levaram- deixado no chão, tão rápida fora
nas para o deserto; sim, vinte a fuga de seu povo.
e quatro das filhas dos lama- 13 E recolheram-no e cuidaram
nitas foram carregadas para o de seus ferimentos e levaram-no
deserto. à presença de Lı́mi, dizendo: Eis
6 E aconteceu que quando os aqui o rei dos lamanitas que, ha-
lamanitas deram pela falta de vendo sido ferido, caiu entre os
suas filhas, iraram-se contra o mortos e eles o deixaram; e eis
povo de Lı́mi, porque pensaram que o trouxemos a tua presença;
que fora o povo de Lı́mi. e agora, matemo-lo.
7 Portanto enviaram seus exér- 14 Lı́mi, porém, disse-lhes: Não
citos contra eles; sim, o próprio o mateis, mas trazei-o aqui para
rei marchou à frente de seu po- que eu o veja. E eles levaram-
vo; e subiram à terra de Néfi pa- no. E perguntou-lhe Lı́mi: Que
ra destruir o povo de Lı́mi. motivo tendes para vir batalhar
8 Ora, Lı́mi descobrira-os, do contra meu povo? Eis que meu
alto da torre, sim, descobrira povo não quebrou o ajuramento
todos os seus preparativos para que eu vos fiz; portanto, por
a guerra. Portanto reuniu os que razão quebrastes o jura-
de seu povo e esperaram-nos mento que fizestes a meu povo?
emboscados nos campos e nos 15 E o rei respondeu: Eu que-
bosques. brei o juramento porque teu po-
9 E aconteceu que quando os vo levou as filhas de meu povo;
lamanitas chegaram, o povo de portanto na minha ira fiz com
Lı́mi, saindo de seus esconde- que meu povo viesse lutar con-
rijos, atacou-os e começou a tra o teu povo.
matá-los. 16 Ora, Lı́mi nada ouvira sobre
10 E aconteceu que a batalha esse assunto; conseqüentemen-
se tornou muito violenta, por- te disse: Procurarei entre meu
que lutavam como leões por sua povo e aquele que houver feito
presa. isso perecerá. Mandou, portan-
11 E aconteceu que o povo de to, que se efetuasse uma busca
Lı́mi começou a repelir os lama- entre o povo.
nitas, apesar de seu número não 17 E quando aGideão, que era
chegar à metade do deles. Mas capitão do rei, ouviu estas coi-
a
lutavam pela vida e por suas es- sas, dirigiu-se ao rei e disse:
posas e filhos; portanto empre- Rogo-te que te detenhas e não
garam todos os seus esforços e procedas a uma busca entre este
combateram como dragões. povo nem faças contra ele esta
12 E aconteceu que encontra- acusação.
ram o rei dos lamanitas entre os 18 Pois não te lembras dos sa-
mortos; ele, porém, não estava cerdotes de teu pai, a quem este

20 11a Al. 43:45. 14a Mos. 19:25–26. 17a Mos. 19:4–8.


Mosias 20:19–21:4 212
povo procurou destruir? E não nitas; e o rei dos lamanitas cur-
estão eles no deserto? Não se- vou-se diante deles e intercedeu
riam eles os que roubaram as fi- pelo povo de Lı́mi.
lhas dos lamanitas? 26 E quando os lamanitas vi-
19 E agora vai e dize ao rei es- ram que os homens de Lı́mi
tas coisas, para que ele as repita estavam desarmados, tiveram
a
aos de seu povo e tranqüilize- compaixão deles e tranqüiliza-
os; pois eis que já se estão pre- ram-se em relação a eles e volta-
parando para vir contra nós; e ram com o rei, em paz, para sua
eis, também, que somos poucos. própria terra.
20 E eis que eles vêm com suas
numerosas hostes; e a menos
CAPÍTULO 21
que o rei consiga apaziguá-los,
pereceremos.
O povo de Lı́mi é ferido e derrotado
21 Pois não se estarão acum-
pelos lamanitas—Eles encontram
prindo as palavras que Abinádi
Amon e são convertidos—Falam a
profetizou contra nós—e tudo
Amon sobre as vinte e quatro placas
isso porque não quisemos ouvir
jareditas. Aproximadamente 122–
as palavras do Senhor nem
121 a.C.
abandonar nossas iniqüidades?
22 E agora tranqüilizemos o rei E aconteceu que Lı́mi e seu po-
e cumpramos o juramento que vo voltaram para a cidade de
lhe fizemos, pois é melhor estar Néfi e começaram a viver nova-
em cativeiro do que perder a mente em paz na terra.
vida; portanto cessemos o der- 2 E aconteceu que, passados
ramamento de tanto sangue. muitos dias, os lamanitas come-
23 E então Lı́mi contou ao rei çaram a irar-se novamente con-
todas as coisas concernentes a tra os nefitas e a atravessar as
seu pai e aos asacerdotes que fronteiras da terra circunvizi-
haviam fugido para o deserto, nha.
atribuindo a estes o rapto das 3 Ora, não se atreviam a matá-
filhas dos lamanitas. los por causa do juramento que
24 E aconteceu que o rei se seu rei havia feito a Lı́mi; no
tranqüilizou em relação ao povo entanto, batiam-lhes nas afaces
e disse-lhes: Vamos ao encontro e exerciam autoridade sobre
de meu povo, sem armas; garan- eles; e começaram a pôr pesados
b
to-vos, sob juramento, que meu fardos sobre seus lombos e a
povo não vos matará. conduzi-los como a um jumento
25 E aconteceu que seguiram mudo.
o rei e, sem armas, foram ao 4 Sim, tudo isso aconteceu para
encontro dos lamanitas. E acon- que se cumprisse a palavra do
teceu que encontraram os lama- Senhor.

21a Mos. 12:1–8. 26a gee Compaixão. b Mos. 12:5.


23a Mos. 19:21, 23. 21 3a Mos. 12:2.
213 Mosias 21:5–18
5 Ora, as aflições dos nefitas que não pereceram voltaram
eram grandes e não havia meio para a cidade de Néfi.
de se livrarem das mãos dos la- 13 E humilharam-se até o pó,
manitas, pois haviam sido cerca- sujeitando-se ao jugo do cativei-
dos por eles de todos os lados. ro, sendo espancados e levados
6 E aconteceu que os do povo de um lado para outro e sobre-
começaram a queixar-se ao rei carregados, de acordo com os
por causa de suas aflições e desejos de seus inimigos.
principiaram a ter desejo de 14 E a humilharam-se com a
fazer guerra aos lamanitas. E mais profunda humildade e cla-
muito aborreceram o rei com maram fervorosamente a Deus;
suas queixas; portanto ele per- sim, clamavam todo o dia a seu
mitiu que procedessem de acor- Deus, para que os livrasse de
do com seus desejos. suas aflições.
7 E reuniram-se novamente e 15 E o Senhor mostrava-se ava-
vestiram suas armaduras e saı́- garoso em ouvir-lhes as lamen-
ram contra os lamanitas para ex- tações, por causa de suas iniqüi-
pulsá-los de sua terra. dades; não obstante, o Senhor
8 E aconteceu que os lamanitas ouviu-lhes os lamentos e come-
os venceram e rechaçaram e ma- çou a abrandar o coração dos
taram muitos deles. lamanitas, de modo que prin-
9 E houve muito a pranto e cipiaram a aliviar-lhes a carga;
lamentações entre o povo de contudo o Senhor não julgou
Lı́mi, chorando a viúva por seu oportuno livrá-los do cativeiro.
marido, o filho e a filha por seu 16 E aconteceu que começa-
pai e os irmãos por seus irmãos. ram, aos poucos, a prosperar na
10 Ora, havia muitas viúvas na terra; e começaram a cultivar
terra e elas choravam muito, dia grãos em maior abundância e a
após dia, porque se havia apo- criar rebanhos e manadas para
derado delas um grande temor não sofrerem fome.
dos lamanitas. 17 Ora, havia um número mui-
11 E aconteceu que seus contı́- to maior de mulheres que de
nuos lamentos incitaram o res- homens; portanto o rei Lı́mi
tante dos súditos de Lı́mi contra ordenou a cada homem que adi-
os lamanitas; e voltaram a guer- vidisse o seu sustento com as
b
rear, mas foram rechaçados viúvas e seus filhos, para que
novamente, sofrendo grandes não perecessem de fome; e isto
perdas. fizeram por causa do grande
12 Sim, e ainda voltaram a número de homens que haviam
guerrear uma terceira vez, so- sido mortos.
frendo da mesma forma; e os 18 Ora, o povo de Lı́mi conser-

9 a Mos. 12:4. Humilde, Humilhar. D&C 101:7–9.


14a Mos. 29:20. 15a Prov. 15:29; 17a Mos. 4:16, 26.
gee Humildade, Mos. 11:23–25; b gee Viúva.
Mosias 21:19–30 214
vou-se o mais unido possı́vel, terra de Zaraenla, encheu-se de
num só grupo, e protegeu seus grande alegria.
grãos e seus rebanhos. 25 Ora, antes da chegada de
19 E o próprio rei não ousava Amon o rei Lı́mi enviara um
a
sair das muralhas da cidade, a pequeno número de homens à
b
não ser acompanhado de seus procura da terra de Zaraenla;
guardas, temendo cair, de algu- mas não a puderam encontrar e
ma forma, nas mãos dos lamani- perderam-se no deserto.
tas. 26 Não obstante, encontraram
20 E fez com que vigiassem uma terra que havia sido habita-
a terra ao redor para ver se, da; sim, uma terra que estava
de algum modo, conseguiriam coberta de a ossos secos; sim,
prender aqueles sacerdotes que uma terra que havia sido habita-
haviam fugido para o deserto, da e destruı́da; e tendo suposto
que haviam raptado as afilhas que fosse a terra de Zaraenla,
dos lamanitas e feito cair sobre voltaram para a terra de Néfi,
eles tão grande destruição. havendo chegado a suas fron-
21 Pois desejavam prendê-los teiras alguns dias antes da che-
para castigá-los; porque haviam gada de Amon;
penetrado na terra de Néfi du- 27 E levaram consigo um regis-
rante a noite e carregado seus tro, o registro do povo cujos os-
grãos e muitos de seus perten- sos haviam encontrado; e estava
ces preciosos; ficaram, portanto, gravado em placas de metal.
à espreita. 28 E então Lı́mi novamente se
22 E aconteceu que não houve encheu de alegria ao saber, pela
mais distúrbios entre os lamani- boca de Amon, que o rei Mosias
tas e o povo de Lı́mi, até a época tinha um adom de Deus, me-
em que aAmon e seus irmãos diante o qual podia interpretar
chegaram à terra. tais gravações; sim, e Amon
23 E o rei, achando-se fora das também se regozijou.
portas da cidade com sua guar- 29 Não obstante, Amon e os ir-
da, descobriu Amon e seus ir- mãos encheram-se de tristeza
mãos. E supondo que fossem por haverem sido mortos tantos
os sacerdotes de Noé, mandou de seus irmãos.
prendê-los e amarrá-los e jogá- 30 E também por terem, o rei
los na aprisão. E houvessem eles Noé e seus sacerdotes, feito com
sido os sacerdotes de Noé, ele que o povo cometesse tantos
teria mandado matá-los. pecados e iniqüidades contra
24 Contudo, quando descobriu Deus; e também lamentaram a
a
que não eram, mas que eram morte de Abinádi, assim como a
b
seus irmãos e tinham vindo da partida de Alma e dos que o ha-

20a Mos. 20:5. b Mos. 7:14. 30a Mos. 17:12–20.


22a Mos. 7:6–13. 26a Mos. 8:8. b Mos. 18:34–35.
23a Hel. 5:21. 28a Ômni 1:20–22;
25a Mos. 8:7. Mos. 28:11–16.
215 Mosias 21:31–22:4
viam acompanhado, os quais CAPÍTULO 22
haviam formado uma igreja
de Deus pela força e poder Feitos planos para o povo escapar do
de Deus e fé nas palavras que cativeiro lamanita—Os lamanitas
haviam sido proferidas por são embebedados—O povo escapa,
Abinádi. volta a Zaraenla e submete-se ao rei
31 Sim, lamentaram sua parti- Mosias. Aproximadamente 121–
da, porque não sabiam para 120 a.C.
onde haviam fugido; e de bom
grado se teriam unido a eles, Ora, aconteceu que Amon e o
pois também haviam feito um rei Lı́mi começaram a consultar
convênio com Deus de servi-lo e o povo sobre como poderiam li-
guardar seus mandamentos. vrar-se do cativeiro; e fizeram
32 Ora, desde a chegada de com que todo o povo se reunis-
Amon o rei Lı́mi e muitos de se; e fizeram isso para ouvir a
seu povo também haviam feito voz do povo acerca do assunto.
convênio com Deus de servi-lo 2 E aconteceu que não conse-
e guardar seus mandamentos. guiam descobrir um meio para
33 E aconteceu que o rei Lı́mi e livrarem-se do cativeiro, a não
muitos de seu povo desejavam ser que tomassem suas mulhe-
ser batizados; mas ninguém ha- res e filhos e seus rebanhos e
via na terra que tivesse aautori- suas manadas e suas tendas e
dade de Deus. E Amon recusou- partissem para o deserto; por-
se a batizá-los, por considerar-se que, sendo os lamanitas tão
um servo indigno. numerosos, era impossı́vel ao
34 Portanto naquela época eles povo de Lı́mi lutar com eles, na
não formaram uma igreja, espe- esperança de poderem livrar-se
rando pelo Espı́rito do Senhor. do cativeiro pela espada.
E desejavam tornar-se como 3 Ora, aconteceu que Gideão
Alma e seus irmãos, que haviam se apresentou ao rei e disse-lhe:
fugido para o deserto. Ó rei, até agora muitas vezes
35 Desejavam ser batizados, deste ouvidos a minhas pala-
como prova e testemunho de vras, quando combatı́amos nos-
que estavam dispostos a servir a sos irmãos, os lamanitas.
Deus de todo o coração; não 4 E agora, ó rei, se achas que
obstante, adiaram o momento; e não sou um servo inútil, ou
um relato de seu batismo será melhor, se até aqui de alguma
a
feito mais adiante. forma deste ouvidos a minhas
36 Ora, toda a preocupação de palavras e elas foram de utilida-
Amon e de seu povo e do rei de para ti, desejo também que
Lı́mi e de seu povo era livrarem- escutes minhas palavras nesta
se das mãos dos lamanitas e do ocasião; e serei teu servo e livra-
cativeiro. rei este povo do cativeiro.

33a gee Autoridade. 35a Mos. 25:17–18.


Mosias 22:5–16 216
5 E o rei deu-lhe licença para 12 E levaram consigo para o
falar. E Gideão disse-lhe: deserto todo o seu ouro e prata
6 Eis que há uma passagem na e seus pertences preciosos que
parte posterior da muralha, atrás podiam transportar e também
da cidade. Os lamanitas, ou seja, suas provisões; e continuaram a
os guardas dos lamanitas, embe- viagem.
bedam-se à noite; enviemos, 13 E depois de muitos dias no
portanto, uma proclamação a deserto, chegaram à terra de Za-
todo este povo, para que reúna raenla e juntaram-se ao povo de
seus rebanhos e manadas, a fim Mosias e tornaram-se seus súdi-
de conduzi-los ao deserto du- tos.
rante a noite. 14 E aconteceu que Mosias os
7 E eu irei, de acordo com tua recebeu com alegria; e também
ordem, pagar o último tributo recebeu seus aregistros, assim
de vinho aos lamanitas e eles fi- como os bregistros que haviam
carão embriagados; e sairemos sido encontrados pelo povo de
pela passagem secreta, à esquer- Lı́mi.
da de seu acampamento, quan- 1 5 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e
do estiverem bêbados e adorme- quando os lamanitas descobri-
cidos. ram que o povo de Lı́mi haviam
8 Assim partiremos com nossas partido durante a noite, envia-
mulheres e filhos, nossos reba- ram um exército ao deserto para
nhos e manadas para o deserto; persegui-los;
e viajaremos contornando a ter- 16 E depois de tê-los persegui-
ra de Silom. do durante dois dias, já não
9 E aconteceu que o rei deu ou- puderam seguir-lhes os rastros;
vidos às palavras de Gideão. portanto, perderam-se no deser-
10 E o rei Lı́mi fez com que o to.
povo reunisse seus rebanhos e
enviou o tributo de vinho aos la- Relato de Alma e do povo do
manitas; e também lhes enviou Senhor, que foram impelidos
mais vinho, como presente; e para o deserto pelo povo do rei
beberam abundantemente do Noé.
vinho que o rei Lı́mi lhes havia
Abrange os capı́tulos 23 e 24.
enviado.
11 E aconteceu que os súditos
do rei Lı́mi partiram durante a CAPÍTULO 23
noite para o deserto com seus
rebanhos e suas manadas; e eles Alma recusa-se a ser rei—Ele serve
contornaram a terra de Silom no como sumo sacerdote—O Senhor
deserto e tomaram a direção da castiga seu povo e os lamanitas con-
terra de Zaraenla, sendo guia- quistam a terra de Helã—Amulon,
dos por Amon e seus irmãos. chefe dos inı́quos sacerdotes do rei

22 14a Mos. 8:5. b Mos. 8:9.


217 Mosias 23:1–15
Noé, governa sujeito ao monarca 9 Mas lembrai-vos das ainiqüi-
lamanita. Aproximadamente 145– dades do rei Noé e seus sacerdo-
121 a.C. t e s ; e e u m e s m o b c a ı́ n u m a
armadilha e fiz muitas coisas
Ora, Alma, tendo sido avisado abomináveis aos olhos do Se-
pelo Senhor de que os exércitos nhor, o que me causou penoso
do rei Noé cairiam sobre eles, arrependimento.
avisou seu povo; portanto reu- 10 Não obstante, depois de
niram seus rebanhos e recolhe- muitas a tribulações o Senhor
ram seus cereais e partiram para ouviu meus clamores e respon-
o deserto, adiante dos exércitos deu a minhas orações e fez de
do rei Noé. mim um instrumento em suas
2 E o Senhor fortaleceu-os, de mãos, para levar btantos de vós a
modo que o povo do rei Noé conhecerdes sua verdade.
não conseguiu alcançá-los para 11 Não obstante, não me van-
destruı́-los. glorio disso, porque sou indigno
3 E fugiram durante oito dias, de vangloriar-me.
deserto adentro. 12 E agora vos digo que haveis
4 E chegaram a uma terra, sim, sido oprimidos pelo rei Noé
uma terra muito bela e agradá- e haveis sido escravizados por
vel, uma terra de águas puras. ele e seus sacerdotes; e eles vos
5 E armaram suas tendas e conduziram à iniqüidade; fos-
começaram a cultivar o solo e a tes, portanto, amarrados com os
a
construir edifı́cios; sim, eram in- laços da iniqüidade.
dustriosos e trabalhavam muito. 13 E agora, assim como haveis
6 E o povo desejava que Alma sido libertados desses laços pelo
fosse rei, porque era amado por poder de Deus, sim, das mãos
seu povo. do rei Noé e seu povo e também
7 Mas ele disse-lhes: Eis que dos laços da iniqüidade, assim
não é aconselhável que tenha- também desejo que vos aconser-
mos um rei, pois assim diz o veis firmes nesta bliberdade que
Senhor: aNão apreciareis uma vos fez livres; e que em cnin-
carne mais que outra, ou seja, guém confieis para ser vosso rei.
nenhum homem se considerará 14 E também, que em ninguém
melhor que outro; digo-vos, confieis para ser vosso amestre
portanto, que não é aconselhá- ou ministro, a não ser que seja
vel que tenhais um rei. um homem de Deus, que ande
8 Não obstante, se fosse possı́- em seus caminhos e guarde os
vel ter sempre homens justos mandamentos.
como reis, seria bom que tivés- 15 Assim Alma ensinou seu po-
seis um rei. vo, a fim de que cada um aamas-

23 7a Mos. 27:3–5. 10a D&C 58:4. b gee Liberdade, Livre.


9 a Prov. 16:12; b Mos. 18:35. c Mos. 29:13.
Mos. 11:1–15. 12a 2 Né. 28:19–22. 14a Mos. 18:18–22.
b Mos. 17:1–4. 13a Gál. 5:1. 15a gee Amor.
Mosias 23:16–31 218
se o próximo como a si mesmo, grande poder; e grande foi a sua
para que não houvesse bdispu- alegria.
tas entre eles. 25 Pois eis que aconteceu que,
16 E Alma foi o seu asumo sa- enquanto estavam na terra de
cerdote, tendo sido ele o funda- Helã, sim, na cidade de Helã,
dor da igreja deles. cultivando a terra dos arredo-
17 E aconteceu que ninguém res, eis que um exército dos
recebia aautoridade para pregar lamanitas se encontrava nas
ou ensinar, a não ser de Deus, fronteiras da terra.
por intermédio de Alma. Ele, 26 E aconteceu que os irmãos
portanto, consagrava todos os de Alma fugiram de seus cam-
sacerdotes e todos os mestres; e pos e reuniram-se na cidade
ninguém era consagrado a não de Helã; e ficaram muito ate-
ser que fosse um homem justo. morizados com a chegada dos
18 Portanto zelavam por seu lamanitas.
povo e aedificavam-no com coi- 27 Alma, porém, adiantou-se e
sas pertinentes à retidão. exortou-os a não temerem, mas
19 E aconteceu que começaram a lembrarem-se do Senhor seu
a prosperar muito na terra; e Deus e ele libertá-los-ia.
chamaram à terra Helã. 28 Portanto reprimiram os seus
20 E aconteceu que se multipli- temores e começaram a clamar
caram e prosperaram grande- ao Senhor para que abrandasse
m e n t e n a t e r r a d e H e l ã ; e o coração dos lamanitas, a fim
construı́ram uma cidade que de que eles os poupassem e a
chamaram cidade de Helã. suas mulheres e filhos.
21 Não obstante, o Senhor jul- 29 E aconteceu que o Senhor
ga conveniente a castigar seu abrandou o coração dos lamani-
povo; sim, ele prova sua bpa- tas. E Alma e seus irmãos foram
ciência e sua fé. ao encontro deles e entregaram-
22 Entretanto, quem nele acon- se em suas mãos; e os lamanitas
fia será belevado no último dia. tomaram posse da terra de Helã.
E assim foi com este povo. 30 Ora, os exércitos dos lama-
23 Pois eis que vos mostrarei nitas, que haviam perseguido o
que eles foram reduzidos ao povo do rei Lı́mi, haviam ficado
cativeiro e ninguém poderia perdidos no deserto durante
salvá-los, exceto o Senhor seu muitos dias.
Deus, sim, o Deus de Abraão e 31 E eis que haviam encontra-
Isaque e de Jacó. do aqueles sacerdotes do rei
24 E aconteceu que ele os li- Noé, num lugar a que deram o
bertou e mostrou-lhes o seu nome de Amulon; e eles haviam

15b 3 Né. 11:28–29. 21a Hel. 12:3; Repreender.


16a Mos. 26:7. D&C 98:21. b gee Paciência.
17a gee Autoridade; gee Castigar, 22a gee Confiança,
Sacerdócio. Castigo, Confiar.
18a I Tim. 4:6. Corrigir, b 1 Né. 13:37.
219 Mosias 23:32–24:5
começado a ocupar a terra de tava na terra de Helã; não teria,
Amulon e a cultivar o solo. porém, o poder de fazer coisa
32 Ora, o nome do chefe desses alguma contrária à vontade do
sacerdotes era Amulon. rei dos lamanitas.
33 E aconteceu que Amulon
fez um apelo aos lamanitas;
CAPÍTULO 24
e enviou também suas mulhe-
res, que eram afilhas dos lamani-
Amulon persegue Alma e seu po-
tas, para implorarem a seus
vo—Se orarem, deverão ser mor-
irmãos que não matassem seus
tos— O Senhor faz com que seus
maridos.
fardos pareçam leves—Livra-os do
34 E os lamanitas tiveram
a cativeiro e eles voltam para Zara-
compaixão de Amulon e de
enla. Aproximadamente 145–120
seus irmãos e não os mataram,
a.C.
por causa de suas mulheres.
35 E Amulon e seus irmãos uni- E aconteceu que Amulon caiu
ram-se aos lamanitas e estavam nas graças do rei dos lamanitas;
viajando pelo deserto, à procura portanto o rei dos lamanitas
da terra de Néfi, quando desco- permitiu que ele e seus irmãos
briram a terra de Helã, ocupada fossem nomeados mestres de
por Alma e seus irmãos. seu povo, sim, do povo que se
36 E aconteceu que os lamani- achava na terra de Senlon e na
tas prometeram a Alma e seus terra de Silom e na terra de
irmãos que, se lhes indicassem Amulon.
o caminho para a terra de Néfi, 2 Porque os lamanitas haviam
conceder-lhes-iam a vida e a tomado posse de todas essas ter-
liberdade. ras; portanto o rei dos lamanitas
37 Depois que Alma lhes mos- nomeara reis para todas essas
trou o caminho para a terra de terras.
Néfi, entretanto, os lamanitas 3 Ora, o nome do rei dos lama-
não cumpriram a promessa, mas nitas era Lamã, sendo chamado
espalharam aguardas pela terra pelo nome de seu pai; e, portan-
de Helã, com autoridade sobre to, era chamado rei Lamã. E era
Alma e seus irmãos. rei de um povo numeroso.
38 E os demais foram para a 4 E nomeou mestres, dentre os
terra de Néfi; e uma parte deles irmãos de Amulon, em cada ter-
voltou para a terra de Helã, le- ra ocupada por seu povo; e as-
vando consigo as esposas e sim o idioma de Néfi começou
filhos dos guardas que haviam a ser ensinado entre todos os
sido deixados na terra. lamanitas.
39 E o rei dos lamanitas permi- 5 E eram amistosos uns com os
tiu a Amulon que fosse rei e outros; não obstante, não co-
governante de seu povo, que es- nheciam a Deus; e os irmãos de

33a Mos. 20:3–5. 34a gee Compaixão. 37a Mos. 24:8–15.


Mosias 24:6–16 220
Amulon nada lhes ensinaram 11 E Amulon ordenou-lhes que
concernente ao Senhor seu Deus parassem com seus clamores; e
nem à lei de Moisés; tampouco pôs guardas a vigiá-los, para
lhes ensinaram as palavras de que fosse morto quem quer que
Abinádi. encontrassem clamando a Deus.
6 Ensinaram-lhes, porém, que 12 E Alma e seu povo não le-
deveriam escrever sua história e vantaram as vozes ao Senhor
que poderiam escrever uns aos seu Deus, mas a ele aabriram o
outros. coração; e ele conhecia seus
7 E assim os lamanitas começa- pensamentos.
ram a enriquecer e começaram 13 E aconteceu que a voz do
a negociar uns com os outros e Senhor lhes falou em suas afli-
a tornarem-se poderosos; e co- ções, dizendo: Levantai a cabeça
meçaram a ser um povo astuto e tende bom ânimo, porque sei
e sábio quanto à sabedoria do do convênio que fizestes comi-
mundo; sim, um povo muito as- go; e farei um convênio com
tuto, que se deleitava com toda o meu povo e libertá-lo-ei do
espécie de iniqüidades e pilha- cativeiro.
gens, exceto entre seus próprios 14 E também aliviarei as cargas
irmãos. que são colocadas sobre vossos
8 E então aconteceu que Amu- ombros, de modo que não as
lon começou a exercer aautori- podereis sentir sobre vossas cos-
dade sobre Alma e seus irmãos tas enquanto estiverdes no cati-
e começou a persegui-lo e a veiro; e isso eu farei para que
fazer com que seus filhos perse- sejais minhas atestemunhas no
guissem os filhos deles. futuro e para que tenhais plena
9 Porque Amulon conhecia certeza de que eu, o Senhor
Alma e sabia que ele havia sido Deus, visito meu povo nas suas
a b
um dos sacerdotes do rei; e que aflições.
fora ele que acreditara nas pala- 15 E aconteceu que as cargas
vras de Abinádi e fora expulso impostas a Alma e seus irmãos
da presença do rei; estava, por- se tornaram leves; sim, o Senhor
a
tanto, irado com ele; pois, embo- fortaleceu-os para que pudes-
ra sujeito ao rei Lamã, exercia sem carregar seus bfardos com
autoridade sobre eles e impu- facilidade; e submeteram-se de
nha-lhes btrabalhos e colocava bom grado e com cpaciência a
capatazes sobre eles. toda a vontade do Senhor.
10 E aconteceu que suas afli- 16 E aconteceu que tão grande
ç õ e s e r a m t ã o g r a n d e s q u e era a sua fé e paciência, que a
começaram a clamar fervorosa- voz do Senhor tornou a falar-
mente a Deus. lhes, dizendo: Tende bom âni-

24 8a D&C 121:39. 12a gee Oração. b Al. 31:38;


9 a Mos. 17:1–4; 14a gee Testemunha. 33:23.
23:9. b gee Adversidade. c D&C 54:10.
b Mos. 21:3–6. 15a Mt. 11:28–30. gee Paciência.
221 Mosias 24:17–25:5
mo, porque amanhã vos liberta- guem-te; portanto sai desta ter-
rei do cativeiro. ra e eu deterei os lamanitas nes-
17 E ele disse a Alma: Irás te vale para que não mais persi-
à frente deste povo e eu irei con- gam este povo.
tigo e libertarei este povo do 24 E aconteceu que saı́ram do
a
cativeiro. vale e reiniciaram sua jornada
18 Ora, aconteceu que Alma pelo deserto.
e seu povo reuniram os seus 25 E depois de haverem estado
rebanhos e também seus cereais doze dias no deserto, chegaram
durante a noite; sim, levaram à terra de Zaraenla; e o rei
a noite toda reunindo seus Mosias também os recebeu com
rebanhos. alegria.
19 E na manhã seguinte o Se-
nhor fez com que os lamanitas
CAPÍTULO 25
caı́ssem num aprofundo sono;
sim, e todos os seus capatazes
Os do povo de Zaraenla (os mule-
permaneceram profundamente
quitas) tornam-se nefitas—Eles to-
adormecidos.
mam conhecimento do povo de Al-
20 E Alma e seu povo partiram
ma e de Zênife—Alma batiza Lı́mi
para o deserto; e tendo viajado
e todo o seu povo—Mosias autoriza
durante o dia inteiro, armaram
Alma a organizar a Igreja de Deus.
suas tendas num vale ao qual
Aproximadamente 120 a.C.
chamaram vale de Alma, por-
que ele os havia conduzido pelo E então o rei Mosias fez com
deserto. que todo o povo se reunisse.
21 Sim, e no vale de Alma ren- 2 Ora, não havia tantos dos
deram agraças a Deus porque filhos de Néfi, ou seja, tantos
fora misericordioso para com dos descendentes de Néfi quan-
eles e aliviara suas cargas e liber- tos havia do apovo de Zaraenla,
tara-os do cativeiro; porque que era descendente de bMule-
estavam no cativeiro e ninguém que, e dos que com ele haviam
os poderia libertar, exceto o ido para o deserto.
Senhor seu Deus. 3 E não havia tantos do povo
22 E renderam graças a Deus; de Néfi nem do povo de Zaraen-
sim, todos os homens e todas as la como havia dos lamanitas;
mulheres e todas as crianças que sim, não eram nem a metade em
podiam falar levantaram as vo- número.
zes em louvor a seu Deus. 4 E todo o povo de Néfi estava
23 E então o Senhor disse a reunido, assim como todo o po-
Alma: Apressa-te e sai com teu vo de Zaraenla; e achavam-se
povo desta terra, porque os la- congregados em dois grupos.
manitas acordaram e perse- 5 E aconteceu que Mosias leu e

17a gee Cativeiro. de Graças, 25 2a Ômni 1:13–19.


19a I Sam. 26:12. Agradecido, b Hel. 6:10.
21a gee Ação Agradecimento. gee Muleque.
Mosias 25:6–18 222
fez com que fossem lidos os 12 E aconteceu que aqueles
registros de Zênife a seu povo; que eram filhos de Amulon e
sim, ele leu os registros do povo seus irmãos, que haviam toma-
de Zênife, desde o tempo em do as filhas dos lamanitas para
que haviam deixado a terra de esposas, ficaram desgostosos
Zaraenla até quando retorna- com o procedimento de seus
ram. pais e não quiseram mais levar o
6 E também leu o relato de nome deles; conseqüentemente,
Alma e seus irmãos e de todas adotaram o nome de Néfi, para
as suas aflições, desde o tempo que pudessem ser chamados
em que haviam deixado a terra filhos de Néfi e contados com os
de Zaraenla até quando retorna- que eram chamados nefitas.
ram. 13 E assim, todo o povo de
7 E quando Mosias terminou a Zaraenla foi acontado com os
leitura dos registros, os de seu nefitas; e isto porque o reino ha-
povo, que haviam permanecido via sido conferido somente aos
na terra, ficaram assombrados e descendentes de Néfi.
atônitos. 14 E aconteceu que quando
8 Pois não sabiam o que pen- acabou de falar e ler para o po-
sar, porque, quando viram os vo, Mosias pediu a Alma que
que haviam sido alibertados do também falasse.
cativeiro, encheram-se de gran- 15 E Alma falou, estando o po-
de alegria. vo reunido em grandes grupos;
9 E também, quando pensaram e ele foi de grupo em grupo,
em seus irmãos que haviam sido pregando ao povo arrependi-
mortos pelos lamanitas, enche- mento e fé no Senhor.
ram-se de tristeza e até mesmo 16 E exortou o povo de Lı́mi e
derramaram lágrimas de dor. seus irmãos, todos os que haviam
10 E também, quando pensa- sido libertados do cativeiro, a
ram na solı́cita bondade de lembrarem-se de que havia sido
Deus e no seu poder para liber- o Senhor quem os libertara.
tar Alma e seus irmãos das mãos 17 E aconteceu que depois de
dos lamanitas e do cativeiro, ele- Alma haver ensinado muitas
varam as vozes e renderam gra- coisas ao povo e acabado de fa-
ças a Deus. lar-lhes, o rei Lı́mi desejou ser
11 E novamente, quando pen- batizado; e também todo o seu
saram nos lamanitas, que eram povo desejou ser batizado.
seus irmãos, e no estado de cor- 18 Portanto Alma entrou na
rupção e pecado em que viviam, água e batizou-os; sim, abatizou-
encheram-se de ador e angústia os da mesma forma que batizara
em relação ao bem-estar de suas seus irmãos nas báguas de Mór-
b
almas. mon; sim, e todos os que bati-

8 a Mos. 22:11–13. b gee Alma— 13a Ômni 1:19.


11a Mos. 28:3–4; Valor das 18a Mos. 21:35.
Al. 13:27. almas. b Mos. 18:8–17.
223 Mosias 25:19–26:5
zou passaram a pertencer à igre- CAPÍTULO 26
ja de Deus; e isso por causa
de sua crença nas palavras de Muitos membros da Igreja são guia-
Alma. dos ao pecado por incrédulos —
19 E aconteceu que o rei Mo- Alma recebe a promessa de vida
sias permitiu que Alma organi- eterna—Aqueles que se arrepen-
zasse igrejas por toda a terra de dem e são batizados recebem per-
Zaraenla; e deu-lhe apoder para dão—Membros da Igreja, em pe-
ordenar sacerdotes e mestres cado, que se arrependerem e se
em cada igreja. confessarem a Alma e ao Senhor,
20 Ora, isso foi feito porque ha- serão perdoados; do contrário, serão
via tanta gente, que não podiam excomungados. Aproximadamente
todos ser governados por um 120–100 a.C.
só mestre; nem podiam todos
ouvir a palavra de Deus numa Ora, aconteceu que havia mui-
só assembléia. tos da nova geração que não po-
21 Portanto, reuniam-se em diam compreender as palavras
diversos grupos, chamados do rei Benjamim, pois eram
igrejas, tendo cada igreja seus criancinhas na época em que ele
sacerdotes e mestres; e cada falara a seu povo; e não acredi-
sacerdote pregando a palavra tavam na tradição de seus pais.
segundo lhe era comunicada 2 Não acreditavam no que fora
pela boca de Alma. dito sobre a ressurreição dos
22 E assim, não obstante exis- mortos nem acreditavam no que
tirem muitas igrejas, elas eram se referia à vinda de Cristo.
todas uma só igreja, sim, a 3 Ora, por causa de sua incre-
a
igreja de Deus; porque nada dulidade não podiam acompre-
se pregava em qualquer delas ender a palavra de Deus; e seu
além de arrependimento e fé coração estava endurecido.
em Deus. 4 E não queriam ser batizados
23 E existiam então sete igrejas nem desejavam unir-se à igreja.
na terra de Zaraenla. E aconte- E formavam um povo à parte,
ceu que todos aqueles que dese- quanto a sua fé, e assim perma-
javam tomar sobre si o anome de neceram para sempre; sim, em
Cristo, ou seja, de Deus, uniam- seu estado acarnal e pecamino-
se às igrejas de Deus. so, porque não queriam invocar
24 E eram chamados apovo de o Senhor seu Deus.
Deus. E o Senhor derramou 5 Ora, no reinado de Mosias
seu Espı́rito sobre eles e foram não chegavam, em número, à
abençoados e prosperaram na metade do povo de Deus; mas,
terra. devido às adissensões entre os

19a gee Sacerdócio. nome de Jesus Cristo. 4 a gee Homem Natural.


22a Mos. 18:17. 24a gee Convênio. 5 a gee Apostasia;
23a gee Jesus Cristo— 26 3a gee Compreensão, Contenção,
Tomar sobre nós o Entendimento. Contenda.
Mosias 26:6–19 224
irmãos, tornaram-se mais nume- presença, para que os julgues de
rosos. acordo com seus crimes.
6 Porque aconteceu que enga- 12 Mas o rei Mosias disse a
naram, com suas palavras li- Alma: Eis que não os julgarei;
a
sonjeiras, a muitos dos que entrego-os, portanto, em tuas
pertenciam à igreja e fizeram mãos para serem julgados.
com que cometessem muitos 13 E então o espı́rito de Alma
pecados; tornou-se necessário, tornou a perturbar-se. E dirigin-
portanto, que aqueles que co- do-se ao Senhor, perguntou-lhe
metiam pecados e que perten- o que deveria fazer a respeito
ciam à igreja fossem aadmoesta- do assunto, porque temia proce-
dos pela igreja. der mal aos olhos do Senhor.
7 E aconteceu que eram leva- 14 E aconteceu que depois de
dos à presença dos sacerdotes e haver derramado toda a sua al-
entregues aos sacerdotes pelos ma a Deus, ouviu a voz do
mestres, sendo levados pelos sa- Senhor, dizendo:
cerdotes à presença de Alma, 15 Abençoado és tu, Alma, e
que era o asumo sacerdote. abençoados são os que foram
8 Ora, o rei Mosias dera a Alma batizados nas aáguas de Mór-
autoridade sobre a igreja. mon. Abençoado és por causa
9 E aconteceu que Alma nada de tua grande bfé tão-somente
sabia sobre eles; mas muitas tes- nas palavras de meu servo
temunhas havia contra eles; sim, Abinádi.
muita gente se apresentava e 16 E abençoados são eles por
testemunhava a respeito de causa de sua grande fé tão-so-
suas iniqüidades. mente nas palavras que tu lhes
10 Ora, nunca antes havia disseste.
acontecido coisa semelhante na 1 7 E a b e n ç o a d o é s t u p o r
igreja; portanto, o espı́rito de haveres organizado uma aigreja
Alma perturbou-se e ele fez com entre este povo; e eles serão
que os levassem à presença do estabelecidos e eles serão o meu
rei. povo.
11 E ele disse ao rei: Eis aqui 18 Sim, abençoado é este povo
muitos que trouxemos a tua pre- que deseja tomar sobre si o meu
a
sença, que são acusados por nome; porque em meu nome
seus irmãos; sim, e foram apa- serão chamados; e eles são
nhados cometendo várias ini- meus.
qüidades. E eles não se arre- 19 E por me haveres inquirido
pendem de suas iniqüidades; sobre os transgressores, és aben-
portanto, trouxemo-los a tua çoado.

6 a Al. 5:57–58; 6:3. 12a D&C 42:78–93. 18a Mos. 1:11; 5:8.
gee Advertência, 15a Mos. 18:30. gee Jesus Cristo—
Advertir, Prevenir. b Mos. 17:2. gee Fé. Tomar sobre nós o
7 a Mos. 29:42. 17a Mos. 25:19–24. nome de Jesus Cristo.
225 Mosias 26:20–32
20 Tu és meu servo; e faço con- 27 E, então, declarar-lhes-
vênio contigo de que terás avida ei que nunca os a conheci; e
b
eterna; e servir-me-ás e irás em partirão para o cfogo eterno,
meu nome e reunirás minhas preparado para o diabo e seus
ovelhas. anjos.
21 E aquele que escutar a mi- 28 Digo-te, portanto, que aque-
nha voz será minha aovelha; e a le que não aouvir a minha voz,
ele receberás na igreja e a ele esse não receberás na minha
também eu receberei. igreja, porque eu não o recebe-
22 Pois eis que esta é a minha rei no último dia.
igreja; quem quer que seja bati- 29 Digo-te, portanto: Vai; e
zado, será abatizado para o arre- o que transgredir contra mim,
a
pendimento. E quem quer que julgarás de b acordo com os
recebas, acreditará em meu no- pecados que houver cometido;
me; e a esse eu bperdoarei libe- e se c confessar seus pecados
ralmente. diante de ti e de mim e darre-
23 Porque sou eu que atomo so- pender-se com sinceridade de
bre mim os pecados do mundo; coração, tu o eperdoarás e eu
porque fui eu que bcriei o ho- também o perdoarei.
mem; e sou eu que concedo, ao 30 Sim, e atantas vezes quantas
que acredita até o fim, um lugar o meu povo se barrepender, per-
a minha mão direita. doá-lo-ei de suas ofensas contra
24 Pois eis que em meu nome mim.
eles são chamados; e, se me aco- 31 E também vos a perdoa-
nhecerem, levantar-se-ão e terão reis uns aos outros vossas ofen-
um lugar a minha mão direita, sas, pois em verdade vos digo
eternamente. que aquele que não perdoar
25 E acontecerá que quando as ofensas de seu próximo,
soar a asegunda trombeta, então quando este se confessar arre-
aqueles que nunca me bconhe- pendido, trará sobre si con-
ceram se levantarão e ficarão na denação.
minha presença. 32 Digo-te agora: Vai; e aquele
26 E aı́ saberão que eu sou o que não se arrepender de seus
Senhor seu Deus, que sou o seu pecados não será contado com o
Redentor; mas eles não quise- meu povo; e isto será observado
ram ser redimidos. de agora em diante.

20a gee Eleição; Eleitos; 25a D&C 88:99, 109. gee Confessar,
Vida Eterna. b D&C 76:81–86. Confissão.
21a gee Bom Pastor. 27a Mt. 7:21–23. d gee Arrepender-se,
22a 2 Né. 9:23. b Lc. 13:27. Arrependimento.
gee Batismo, Batizar. c D&C 76:43–44. e gee Perdoar.
b gee Perdoar; 28a 2 Né. 9:31; D&C 1:14. 30a Morô. 6:8.
Remissão de 29a gee Julgar. b Eze. 33:11, 15–16;
Pecados. b gee Prestar Contas, At. 3:19–20;
23a gee Redentor. Responsabilidade, Mos. 29:19–20.
b gee Criação, Criar. Responsável. 31a 3 Né. 13:14–15;
24a Jo. 17:3. c 3 Né. 1:25. D&C 64:9–10.
Mosias 26:33–27:3 226
33 E aconteceu que Alma, tados, cada um pela palavra de
quando ouviu estas palavras, es- Deus, de acordo com os seus
creveu-as a fim de conservá-las pecados, ou seja, com os peca-
e de poder julgar o povo daque- dos que havia cometido, tendo
la igreja de acordo com os man- recebido mandamento de Deus
damentos de Deus. para borar sem cessar e render
c
34 E aconteceu que Alma jul- graças por todas as coisas.
gou, de acordo com a palavra do
Senhor, os que haviam sido apa-
CAPÍTULO 27
nhados cometendo iniqüidades.
35 E aqueles que se arrepende-
Mosias proı́be a perseguição e orde-
ram de seus pecados e os acon-
na a igualdade—Alma, o filho, e
fessaram, ele contou-os com o
os quatro filhos de Mosias procu-
povo da igreja;
ram destruir a igreja—Um anjo
36 E os que não quiseram con-
aparece e ordena-lhes que abando-
fessar seus pecados e arrepen-
nem o mau caminho—Alma perde
der-se de suas iniqüidades, não
a fala—Toda a humanidade deve
foram contados com o povo
nascer de novo para obter salva-
da igreja; e seus nomes aforam
ção—Alma e os filhos de Mosias
riscados.
declaram boas novas. Aproximada-
37 E aconteceu que Alma pôs
mente 100–92 a.C.
em ordem todos os assuntos
da igreja; e começaram nova- E então aconteceu que as perse-
mente a ter paz e a prosperar guições que eram infligidas à
muito nos assuntos da igreja, igreja pelos incrédulos torna-
andando circunspectamente ram-se tão grandes que a igreja
diante de Deus, recebendo mui- começou a murmurar e a quei-
tos e batizando muitos. xar-se, aos que os dirigiam, a
38 Ora, todas estas coisas fo- respeito do assunto; e queixa-
ram feitas por Alma e seus com- ram-se a Alma. E Alma expôs o
panheiros, que dirigiam a igreja caso diante do rei Mosias e Mo-
agindo com toda a diligência, sias consultou seus sacerdotes.
ensinando a palavra de Deus 2 E aconteceu que o rei Mosias
em todas as coisas, sofrendo enviou uma proclamação por
toda espécie de aflições, sendo toda a terra, proibindo os incré-
perseguidos por todos os que dulos de aperseguirem os que
n ã o p e r t e n c i a m à i g r e j a d e pertenciam à igreja de Deus.
Deus. 3 E havia em todas as igrejas
39 E admoestavam seus ir- um severo mandamento para
mãos; e eram também aadmoes- que não houvesse perseguições

35a gee Confessar, Excomunhão. c gee Ação de Graças,


Confissão. 39a gee Advertência, Agradecido,
36a Êx. 32:33; Advertir, Agradecimento.
Al. 1:24. Prevenir. 27 2a gee Perseguição,
gee Livro da Vida; b 2 Né. 32:8–9. Perseguir.
227 Mosias 27:4–14
entre eles, para que houvesse portanto fez com que muitos
a
igualdade entre todos os ho- do povo agissem segundo suas
mens; iniqüidades.
4 Para que não permitissem 9 E tornou-se um grande obstá-
que o orgulho e a vaidade per- culo à prosperidade da Igreja
turbassem-lhes a apaz; para que de Deus, aatraindo o coração do
todo homem bestimasse o próxi- povo, causando muita dissensão
mo como a si mesmo e traba- entre o povo, dando oportuni-
lhasse com as próprias mãos pa- dade ao inimigo de Deus de
ra o seu sustento. exercer seu poder sobre eles.
5 Sim, e para que todos os seus 10 E então aconteceu que en-
sacerdotes e mestres atrabalhas- quanto andava procurando des-
sem com as próprias mãos para truir a Igreja de Deus, pois
prover o seu sustento em todas andava secretamente com os
as circunstâncias, a não ser em filhos de Mosias procurando
caso de doença ou de grande destruir a igreja e desviar o po-
necessidade; e assim fazendo, vo do Senhor, contrariando os
receberam a bgraça de Deus co- mandamentos de Deus e os do
piosamente. próprio rei—
6 E começou a haver muita paz 11 E, como vos disse, enquanto
outra vez na terra; e o povo co- se arebelavam contra Deus, eis
meçou a ficar muito numeroso que o banjo do Senhor capare-
e começou a espalhar-se pela ceu-lhes; e desceu como se fosse
face da terra; sim, no norte e numa nuvem; e falou como se
no sul, no leste e no oeste, cons- fosse com voz de trovão, fazen-
truindo grandes cidades e po- do com que tremesse o solo on-
voações em todos os quadrantes de estavam.
da terra. 12 E tão grande foi o seu as-
7 E o Senhor visitou-os e fê-los sombro que caı́ram por terra e
prosperar; e tornaram-se um não entenderam as palavras que
povo numeroso e rico. ele lhes disse.
8 Ora, os filhos de Mosias in- 13 Não obstante, ele clamou
cluı́am-se entre os incrédulos; e outra vez, dizendo: Alma, le-
também um dos afilhos de Alma vanta-te e aproxima-te, pois por
estava incluı́do entre eles e cha- que persegues a igreja de Deus?
mava-se Alma, como seu pai; Porquanto o Senhor disse: aEsta
não obstante, tornou-se um ho- é a minha igreja e eu a estabele-
mem muito inı́quo e bidólatra. E cerei; e nada a destruirá, a não
era um homem de muitas pala- ser a transgressão do meu povo.
vras e lisonjeava muito o povo; 14 E disse mais o anjo: Eis que

3a Mos. 23:7; 29:32. 8 a gee Alma, Filho de Rebelião.


4a gee Paz. Alma. b gee Anjos.
b gee Estimar. b gee Idolatria. c At. 9:1–9; Al. 8:15.
5a Mos. 18:24, 26. 9 a II Sam. 15:1–6. 13a gee Jesus Cristo—
b gee Graça. 11a gee Rebeldia, Cabeça da Igreja.
Mosias 27:15–25 228
o Senhor ouviu as orações de ria sacudir a terra e fazê-la tre-
seu povo e também as aorações mer como se fosse fender-se.
de seu servo Alma, que é teu 19 Ora, o assombro de Alma foi
pai; porque ele tem orado com tão grande que ficou mudo e
muita fé a teu respeito, para que não podia abrir a boca; sim, e
tu sejas levado a conhecer a ficou tão fraco que não podia
verdade; portanto vim com o mover as mãos; foi, portanto,
propósito de convencer-te do carregado pelos que com ele
poder e autoridade de Deus, estavam e levado inerte e colo-
para que as b orações de seus cado diante de seu pai.
servos possam ser respondidas 20 E contaram a seu pai tudo o
de acordo com sua fé. que lhes havia acontecido; e o
15 E agora, eis que podes duvi- pai regozijou-se, porque sabia
dar do poder de Deus? Pois eis que era o poder de Deus.
que minha voz não faz tremer a 21 E fez reunir uma multidão,
terra? E não me podes também para que presenciasse o que o
ver na tua frente? E sou enviado Senhor havia feito por seu filho
de Deus. e também por aqueles que com
16 Agora te digo: Vai e lembra- ele estavam.
te do cativeiro de teus pais na 22 E fez reunir os sacerdotes; e
terra de Helã e na terra de Néfi; eles começaram a jejuar e a orar
e recorda-te de que grandes fo- ao Senhor seu Deus, a fim de
ram as coisas que Deus fez por que abrisse a boca de Alma para
eles; pois estavam em cativeiro e que pudesse falar; e também,
ele alibertou-os. E agora te digo, para que seus membros recupe-
Alma: Segue teu caminho e não rassem as forças—a fim de que
procures mais destruir a igreja, os olhos do povo se abrissem
para que as orações deles sejam para ver e saber da bondade e
respondidas; e isto ainda que tu da glória de Deus.
mesmo prefiras ser lançado fora. 23 E aconteceu que depois de
17 Ora, aconteceu que estas haverem jejuado e orado pelo
foram as últimas palavras que o espaço de dois dias e duas
anjo disse a Alma; e partiu. noites, os membros de Alma re-
18 E então Alma e os que esta- cobraram as forças e ele levan-
vam com ele caı́ram novamente tou-se e começou a falar-lhes,
por terra, pois grande foi o seu dizendo-lhes que tivessem bom
espanto; porque haviam visto ânimo.
com seus próprios olhos um an- 24 Pois, disse ele, arrependi-me
jo do Senhor; e sua voz era co- de meus pecados e o Senhor
a
mo trovão, que fazia tremer a redimiu-me; eis que nasci do
terra; e eles sabiam que nada, a Espı́rito.
não ser o poder de Deus, pode- 25 E o Senhor disse-me: Não te

14a Al. 10:22. 16a Mos. 23:1–4. gee Redenção,


b Mórm. 9:36–37. 24a 2 Né. 2:6–7. Redimido, Redimir.
229 Mosias 27:26–35
admires de que toda a humani- 31 Sim, atodo joelho se dobrará
dade, sim, homens e mulheres, e toda lı́ngua confessará diante
toda nação, tribo, lı́ngua e povo dele. Sim, mesmo no último dia,
tenham de anascer de novo; sim, quando todos os homens se
nascer de Deus, serem bmuda- apresentarem para serem bjulga-
dos de seu estado c carnal e dos por ele, confessarão que ele
decaı́do para um estado de reti- é Deus; então os que vivem csem
dão, sendo redimidos por Deus, Deus no mundo confessarão
tornando-se seus filhos e filhas; que o julgamento de um castigo
26 E tornam-se, assim, novas eterno sobre eles é justo; e estre-
criaturas; e a menos que façam mecerão e tremerão e encolher-
isto, não poderão de a modo se-ão sob seu dolhar que tudo
algum herdar o reino de Deus. penetra.
27 Digo-vos que, a não ser que 32 E então aconteceu que, daı́
assim façam, serão lançados fo- em diante, Alma e aqueles que
ra; e isto sei, porque eu mesmo com ele estavam quando o anjo
estava para ser lançado fora. lhes apareceu, começaram a en-
28 Não obstante, depois de sinar o povo, viajando por toda
haver passado por muitas tribu- a terra, proclamando a todo o
lações e de haver-me arrependi- povo as coisas que haviam ouvi-
do quase até a morte, o Senhor, do e visto e pregando a palavra
em sua misericórdia, julgou que de Deus em meio a muita tribu-
me deveria tirar de um fogo lação, sendo grandemente perse-
a
eterno; e nasci de Deus. guidos pelos incrédulos e feri-
29 Minha alma foi redimida do dos por muitos deles.
fel da amargura e dos laços da 33 Não obstante tudo isso,
iniqüidade. Achava-me no mais porém, transmitiam muito con-
escuro abismo, mas vejo agora a forto aos da igreja, fortalecendo-
maravilhosa luz de Deus. Minha lhes a fé e exortando-os com
alma estava aatormentada com paciência e muito esforço a
um suplı́cio eterno, mas fui res- guardarem os mandamentos de
gatado; e minha alma já não Deus.
sofre. 34 E quatro deles eram afilhos
30 Rejeitei meu Redentor e ne- de Mosias; e chamavam-se
guei o que nossos pais haviam Amon e Aarão e Ômner e Hı́m-
dito; mas agora, para que pos- ni; eram esses os nomes dos
sam prever que ele virá e que se filhos de Mosias.
lembra de toda criatura que 35 E viajaram por toda a terra
criou, a todos se manifestará. de Zaraenla e entre todo o povo

25a Rom. 6:3–11; c gee Carnal. D&C 88:104.


Mos. 5:7; Al. 5:14; 26a Jo. 3:5. b gee Jesus Cristo—Juiz.
Mois. 6:59. 28a 2 Né. 9:16. c Al. 41:11.
gee Nascer de Deus, 29a Mos. 2:38. d gee Trindade.
Nascer de Novo. 31a Filip. 2:9–11; 34a gee Amon, Filho
b Mos. 3:19; 16:3. Mos. 16:1–2; de Mosias.
Mosias 27:36–28:6 230
que estava sob o reinado do rei 2 Para que talvez pudessem le-
Mosias, procurando zelosamen- var-lhes o conhecimento do Se-
te reparar todos os danos que nhor seu Deus e convencê-los
haviam causado à igreja, confes- das iniqüidades de seus pais; e
sando todos os seus pecados e para que talvez aplacassem seu
a
proclamando todas as coisas ódio para com os nefitas, a fim
que haviam visto; e explicando de que também fossem levados
as profecias e as escrituras a to- a regozijar-se no Senhor seu
dos os que desejassem ouvi-los. Deus, se tornassem amigáveis
36 E assim, foram instrumentos uns com os outros e não hou-
nas mãos de Deus para levar a vesse mais contendas em toda a
muitos o conhecimento da ver- terra que o Senhor seu Deus
dade, sim, o conhecimento de lhes dera.
seu Redentor. 3 Ora, eles desejavam que a
37 E quão abençoados são eles! salvação fosse declarada a toda
Porque a proclamaram a paz; criatura, porque não podiam
a
anunciaram bboas novas; e de- suportar que qualquer balma
clararam ao povo que o Senhor humana se perdesse; e até mes-
reina. mo a idéia de que alguma alma
tivesse de sofrer o tormento
c
eterno fazia-os tremer e estre-
CAPÍTULO 28
mecer.
4 E assim agia o Espı́rito do
Os filhos de Mosias vão pregar aos
Senhor sobre eles, porque eram
lamanitas—Usando as duas pedras
os a mais vis pecadores. E o
de vidente, Mosias traduz as placas
Senhor, na sua infinita bmise-
jareditas. Aproximadamente 92 a.C.
ricórdia, julgou prudente pou-
Ora, aconteceu que depois que pá-los; não obstante, eles pa-
os afilhos de Mosias fizeram to- deceram muita angústia por
das estas coisas, reuniram um causa de suas iniqüidades, so-
pequeno grupo e voltaram para frendo muito e temendo que
junto de seu pai, o rei; e pedi- viessem a ser lançados fora para
ram-lhe que lhes concedesse li- sempre.
cença para subirem, juntamente 5 E aconteceu que suplicaram
com os que haviam escolhido, à durante muitos dias a seu pai
terra de bNéfi, para pregarem as que os deixasse subir à terra de
coisas que haviam ouvido e co- Néfi.
municarem a palavra de Deus a 6 E o rei Mosias foi e inquiriu
seus irmãos, os lamanitas— ao Senhor se deveria deixar seus

37a Isa. 52:7; Mos. 9:1. almas.


Mos. 15:14–17. 2 a Jacó 7:24. c Jacó 6:10;
gee Pregar. 3 a Al. 13:27; D&C 19:10–12.
b gee Evangelho. 3 Né. 17:14; 4 a Mos. 27:10.
28 1a Mos. 27:34. Mois. 7:41. b gee Misericórdia,
b Ômni 1:12–13; b gee Alma—Valor das Misericordioso.
231 Mosias 28:7–19
filhos subirem para pregar a pa- estavam presas nos dois aros de
lavra entre os lamanitas. um arco.
7 E o Senhor disse a Mosias: 14 Ora, essas coisas haviam si-
Deixa-os subir, pois muitos acre- do preparadas desde o princı́pio
ditarão em suas palavras e eles e transmitidas de geração em
terão vida eterna; e alivrarei teus geração, com o fim de interpre-
filhos das mãos dos lamanitas. tar idiomas;
8 E aconteceu que Mosias lhes 15 E foram guardadas e preser-
deu permissão para irem e faze- vadas pela mão do Senhor, para
rem de acordo com o seu pedi- que ele pudesse mostrar a toda
do. criatura que ocupasse a terra as
9 E eles aempreenderam via- iniqüidades e abominações de
gem pelo deserto, para subirem seu povo;
e pregarem a palavra entre os 16 E todo aquele que tem estas
lamanitas. Farei, mais adiante, coisas é chamado avidente, se-
um brelato de seus feitos. gundo o costume da antigüida-
10 Ora, o rei Mosias não tinha de.
a quem deixar o reino, porque 17 Ora, depois de Mosias haver
nenhum de seus filhos queria terminado a tradução desses
aceitá-lo. registros, eis que continham a
11 Portanto tomou ele os re- história do povo que fora ades-
gistros que estavam gravados truı́do, desde a época de sua
nas aplacas de latão e também d e s t r u i ç ão e r e m o n t a n d o à
as placas de Néfi e todas as construção da b grande torre,
coisas que guardara e preser- quando o Senhor cconfundiu a
vara de acordo com os man- lı́ngua do povo e este foi disper-
damentos de Deus, depois so sobre a face de toda a terra;
de haver traduzido e ordena- sim, e também desde aquela
do que fossem escritos os regis- época até a criação de Adão.
tros contidos nas b placas de 18 Ora, esse relato levou os do
ouro encontradas pelo povo povo de Mosias a lamentarem-
de Lı́mi, as quais lhes haviam se em extremo, sim, encheram-
sido entregues pelas mãos de se de tristeza; não obstante,
Lı́mi; proporcionou-lhes muitos co-
12 E ele assim fez por causa da nhecimentos, com os quais se
grande ansiedade de seu povo; regozijaram.
porque tinham grande desejo 19 E esse relato será escrito
de saber acerca daquele povo mais adiante; porque eis que é
que havia sido destruı́do. necessário que todo o povo sai-
13 E então ele as traduziu por ba das coisas que estão escritas
meio daquelas duas apedras que nesse relato.

7a Al. 19:22–23. b gee Placas de Ouro. gee Vidente.


9a Al. 17:6–9. 13a gee Urim e 17a Mos. 8:7–12.
b Al. 17–26. Tumim. b Ét. 1:1–5.
11a gee Placas de Latão. 16a Mos. 8:13–18. c Gên. 11:6–9.
Mosias 28:20–29:9 232
20 E então, como vos disse, de- Mosias estava disposto a assu-
pois de o rei Mosias haver feito mir o reino.
essas coisas, tomou as placas de 4 Portanto o rei Mosias tornou
a
latão e todas as coisas que havia a comunicar-se com o povo; sim,
guardado e entregou-as a Alma, enviou-lhe uma mensagem es-
que era filho de Alma; sim, en- crita. E estas foram as palavras
tregou-lhe todos os registros e que ele escreveu, dizendo:
também os bintérpretes e orde- 5 Eis que, ó meu povo, ou
nou-lhe que os guardasse e cpre- meus irmãos, pois assim vos
servasse; e que também fizesse considero, desejo que mediteis
um registro do povo; e que os sobre o assunto a respeito do
transmitisse de geração em ge- qual sois chamados a pronun-
ração, assim como haviam sido ciar-vos — porque desejais ter
transmitidos desde a época em um arei.
que Leı́ deixara Jerusalém. 6 Ora, declaro-vos que aquele a
quem o reino pertence de direi-
to não o aceitou e não assumirá
CAPÍTULO 29
o reino.
7 E agora, se outro for nomea-
Mosias propõe que sejam escolhidos
do em seu lugar, eis que temo
juı́zes em lugar de um rei—Reis in-
que surjam discórdias entre vós.
justos levam o povo ao pecado—Al-
E quem sabe se meu filho, a
ma, o filho, é escolhido como juiz
quem o reino pertence, não se
supremo pela voz do povo — Ele
zangaria, levando uma parte
também é o sumo sacerdote da igre-
deste povo atrás de si, o que
ja—Alma, o pai, e Mosias morrem.
provocaria guerras e contendas
Aproximadamente 92–91 a.C.
entre vós, fazendo assim correr
Ora, tendo Mosias feito isto, muito sangue e pervertendo o
mandou averiguar por toda a caminho do Senhor, sim, e des-
terra, entre todo o povo, qual a truindo a alma de muitos.
sua vontade concernente a 8 Agora vos digo: Sejamos pru-
quem deveria ser o rei. dentes e consideremos estas coi-
2 E aconteceu que esta foi a voz sas, porque não temos o direito
do povo: Desejamos que teu fi- de destruir meu filho nem te-
lho Aarão seja nosso rei e nosso mos qualquer direito de destruir
governante. outro que seja nomeado em seu
3 Ora, Aarão havia subido para lugar.
a terra de Néfi, de modo que o 9 E se meu filho se voltasse no-
rei não podia conferir-lhe o rei- vamente para seu orgulho e pa-
no; nem Aarão desejava assumir ra as coisas vãs, retiraria o que
o reino; nem tampouco qual- dissera e reclamaria seu direito
quer um dos outros afilhos de ao reino, o que faria com que ele

20a Al. 37:3–10. c gee Escrituras— preservadas.


b gee Urim e As escrituras 29 3a Mos. 27:34.
Tumim. devem ser 5 a I Sam. 8:9–19.
233 Mosias 29:10–20
e também este povo cometes- para que não houvesse nem
sem muitos pecados. guerras nem discórdias nem
10 E agora sejamos prudentes; roubos nem pilhagens nem as-
e prevendo estas coisas, façamos sassı́nios nem qualquer outro
aquilo que assegure a paz deste tipo de iniqüidade;
povo. 15 E todo aquele que cometeu
11 Serei, portanto, vosso rei iniqüidade, eu o acastiguei de
pelo resto de meus dias; não acordo com o crime que come-
obstante, anomeemos bjuı́zes pa- teu, segundo a lei que nos foi
ra julgarem este povo de acordo dada por nossos pais.
com a nossa lei; e reorganizare- 16 Agora vos digo que, por não
mos os negócios deste povo, serem todos os homens justos,
porque nomearemos como juı́- não é aconselhável que tenhais
zes homens sábios, que julgarão um rei ou reis que vos gover-
este povo de acordo com os nem.
mandamentos de Deus. 17 Pois eis que quanta ainiqüi-
12 Ora, é preferı́vel que um ho- dade um rei binı́quo faz com que
mem seja julgado por Deus do se cometa; sim, e que grandes
que pelo homem, porque os jul- destruições!
gamentos de Deus são sempre 18 Sim, lembrai-vos do rei Noé,
justos, mas os julgamentos do de suas ainiqüidades e abomina-
homem nem sempre são justos. ções e também das iniqüidades
13 Portanto, se fosse possı́vel e abominações de seu povo. Ve-
terdes como reis homens ajustos, de que grande destruição lhes
que estabelecessem as leis de adveio; e também, devido a suas
Deus e julgassem este povo de iniqüidades, foram levados ao
b
acordo com os seus mandamen- cativeiro.
tos, sim, se fosse possı́vel terdes 19 E se não fosse pela interfe-
como reis homens que proce- rência de seu sábio Criador e
dessem como meu pai bBenja- por causa do arrependimento
mim procedeu para com este sincero deles, teriam inevitavel-
povo—eu vos digo que, se este mente permanecido em cativei-
fosse sempre o caso, seria então ro até agora.
conveniente que sempre tivés- 20 Mas eis que ele os libertou,
seis reis para vos governar. porque se ahumilharam perante
14 E eu próprio trabalhei com ele; e porque o binvocaram fer-
todo o poder e faculdades que vorosamente, libertou-os do ca-
possuı́a para ensinar-vos os tiveiro; e deste modo age o
mandamentos de Deus e esta- Senhor com seu poder em todos
belecer a paz por toda a terra, os casos entre os filhos dos ho-

11a Mos. 29:25–27. 15a Al. 1:32–33. Mos. 12:1–8;


b Êx. 18:13–24. 17a Al. 46:9–10. Ét. 6:22–23.
13a Mos. 23:8, b Mos. 23:7–9. 20a Mos. 21:13–15.
13–14. 18a Mos. 11:1–15. b Êx. 2:23–25;
b Pal. Mórm. 1:17–18. b I Sam. 8:10–18; Al. 43:49–50.
Mosias 29:21–32 234
mens, estendendo o braço de ver vossos negócios de acordo
c
misericórdia aos que nele dcon- com a voz do povo.
fiam. 27 E ase chegar o tempo em que
21 E eis que agora vos digo a voz do povo escolher iniqüi-
que não podeis destronar um dade, então os julgamentos de
rei inı́quo, a não ser com muitas Deus recairão sobre vós; sim,
lutas e derramamento de muito então será o tempo em que ele
sangue. vos visitará com grande destrui-
22 Pois eis que ele tem acompa- ção, assim como tem, até aqui,
nheiros de iniqüidade e conser- visitado esta terra.
va-se rodeado de seus guardas; 28 E agora, se tendes juı́zes e
e anula as leis dos que reinaram eles não vos julgam de acordo
com justiça antes dele e pisoteia com a lei que foi dada, podeis
os mandamentos de Deus; fazer com que eles sejam julga-
23 E decreta leis e envia-as ao dos por um juiz superior.
povo, sim, leis segundo sua pró- 29 Se vossos juı́zes superiores
pria ainiqüidade; e quem a elas não julgarem justamente, fareis
não obedece ele faz com que reunir um pequeno número de
seja destruı́do; e, contra os que juı́zes menores e eles julgarão
se rebelam, envia seus exércitos vossos juı́zes superiores de
para guerreá-los; e, se pode, acordo com a voz do povo.
destrói-os; e assim, um rei injus- 30 E eu vos ordeno que façais
to perverte os caminhos de toda estas coisas no temor do Senhor;
retidão. e ordeno-vos que façais estas
24 E agora eis que vos digo que coisas e que não tenhais rei; de
não é conveniente que tais abo- modo que, se este povo cometer
minações recaiam sobre vós. pecados e iniqüidades, recairão
25 Portanto escolhei juı́zes pela sobre sua própria cabeça.
voz deste povo, para que sejais 31 Pois eis que vos digo que os
julgados de acordo com as leis pecados de muitos foram causa-
que vos foram dadas por nossos dos pelas iniqüidades de seus
pais, as quais são corretas e fo- reis; portanto suas iniqüidades
ram dadas a eles pela mão do recaem sobre a cabeça de seus
Senhor. reis.
26 Ora, não é comum a voz do 32 E agora desejo que esta ade-
povo desejar algo contrário ao sigualdade não exista mais nes-
que é direito; mas é comum a ta terra, especialmente entre
minoria do povo desejar o que meu povo; mas desejo que esta
não é direito; portanto observa- seja uma terra de bliberdade e
reis e tereis isto por lei—resol- que ctodos os homens gozem

20c Eze. 33:11, 15–16; 23a gee Iniqüidade, gee Liberdade,


Mos. 26:30. Inı́quo. Livre.
d gee Confiança, 27a Al. 10:19. c Al. 27:9.
Confiar. 32a Al. 30:11.
22a I Re. 12:8–14. b 2 Né. 1:7; 10:11.
235 Mosias 29:33–43
igualmente de seus direitos e um tivesse oportunidades iguais
privilégios, enquanto o Senhor em toda a terra; sim, e cada ho-
julgar conveniente que vivamos mem expressou a vontade de
e herdemos a terra; sim, en- responder por seus próprios
quanto qualquer de nossos des- pecados.
cendentes permanecer sobre a 39 Portanto aconteceu que se
face desta terra. reuniram em grupos por toda
33 E muitas coisas mais escre- a terra, para expressarem-se a
veu-lhes o rei Mosias, explican- respeito dos que deveriam ser
do-lhes todas as provações e seus juı́zes, a fim de julgá-los de
tribulações de um rei justo; sim, acordo com a alei que lhes fora
todas as angústias de sua alma dada; e muito se alegraram com
por seu povo e também todas as a bliberdade que lhes havia sido
queixas do povo ao rei; e expli- concedida.
cou-lhes tudo isso. 40 E fortaleceu-se o amor que
34 E disse-lhes que tais coisas tinham por Mosias; sim, estima-
não deveriam existir, mas que a ram-no mais do que a qualquer
carga devia ser repartida entre outro homem, porque não o
todo o povo, a fim de que cada consideravam como um tirano
homem carregasse sua parte. que estivesse em busca de ga-
35 E explicou-lhes também to- nhos, sim, aquele lucro que cor-
das as desvantagens a que esta- rompe a alma; porque não lhes
riam sujeitos se fossem governa- havia exigido riquezas nem se
dos por um rei injusto. havia alegrado com derrama-
36 Sim, todas as suas iniqüida- mento de sangue; mas estabele-
des e abominações e todas as cera a apaz na terra e permitira
guerras e contendas e derrama- que seu povo se livrasse de todo
mento de sangue; e os roubos e tipo de escravidão; portanto o
as pilhagens e as libertinagens e estimavam, sim, muito, no mais
todo tipo de iniqüidades que alto grau.
não podem ser enumeradas— 41 E aconteceu que nomearam
a
dizendo-lhes que essas coisas juı́zes para governá-los, ou se-
não deveriam existir, que eram ja, para julgá-los de acordo com
expressamente contrárias aos a lei; e fizeram isso por toda a
mandamentos de Deus. terra.
37 E então aconteceu que de- 42 E aconteceu que Alma foi
pois de haver o rei Mosias envia- escolhido para ser o primeiro
do estas palavras ao povo, o juiz supremo, sendo também o
povo ficou convencido da vera- sumo sacerdote, porque seu pai
cidade de suas palavras. lhe havia conferido o ofı́cio e
38 Abandonaram, portanto, o encarregado de todos os negó-
desejo de ter um rei e ficaram cios da igreja.
muito ansiosos para que cada 43 E então aconteceu que Alma

39a Al. 1:14. Livre. 41a Mos. 29:11.


b gee Liberdade, 40a gee Pacificador.
Mosias 29:44–Alma 1:2 236
a
seguiu os caminhos do Senhor 46 E aconteceu que Mosias
e guardou seus mandamentos e também morreu, no trigésimo
julgou com justiça; e houve paz terceiro ano de seu reinado, aos
a
contı́nua por toda aquela terra. sessenta e três anos de idade,
44 E assim começou o reinado totalizando assim quinhentos e
dos juı́zes por toda a terra de nove anos desde a época em
Zaraenla, entre todo o povo que que Leı́ havia deixado Jerusa-
era chamado nefita; e Alma foi o lém.
primeiro juiz supremo. 47 E assim terminou o reinado
45 E aconteceu então que seu pai dos reis sobre o povo de Néfi; e
morreu aos oitenta e dois anos de assim terminaram os dias de Al-
idade, tendo vivido para cumprir ma, que foi o fundador da igreja
os mandamentos de Deus. deles.

Livro de Alma
FILHO DE ALMA

R elato de Alma, que era filho de Alma e o primeiro juiz supremo


do povo de Néfi e também o sumo sacerdote da Igreja. Um relato
do governo dos juı́zes e das guerras e contendas do povo. E também
o relato de uma guerra entre nefitas e lamanitas, segundo o registro
de Alma, o primeiro juiz supremo.

CAPÍTULO 1 d a ı́ e m d i a n t e , t e n d o o r e i
Mosias aido pelo caminho de to-
Neor ensina falsas doutrinas, orga- da a Terra, combatido um bom
niza uma igreja, introduz artima- combate, andado retamente
nhas sacerdotais e mata Gideão— diante de Deus, não tendo dei-
Neor é executado por seus crimes— xado ninguém para reinar em
Artimanhas sacerdotais e persegui- seu lugar; não obstante, ele esta-
ções propagam-se entre o povo—Os belecera bleis e elas eram reco-
sacerdotes trabalham para seu pró- nhecidas pelo povo; portanto
prio sustento, o povo cuida dos tinham a obrigação de subme-
pobres e a Igreja prospera. Aproxi- ter-se às leis que ele havia for-
madamente 91–88 a.C. mulado.
2 E aconteceu que no primeiro

O RA, aconteceu que no pri-


meiro ano em que os juı́zes
governaram o povo de Néfi, e
ano do governo de Alma como
juiz, foi-lhe apresentado um
a
homem para ser julgado, um

43a gee Andar, Andar [alma] Al. 4:16;


com Deus. 1 1a Mos. 29:46. Hel. 4:22.
46a Mos. 6:4. b Jar. 1:5; 2 a Al. 1:15.
237 Alma 1:3–13
homem de grande estatura e ele asperamente, com o fim de
notável pela sua grande força. afastar o povo da igreja; mas o
3 E ele saı́ra pregando ao povo homem opôs-lhe resistência, ad-
o que achamava de palavra de vertindo-o com as apalavras de
Deus, bopondo-se à igreja; de- Deus.
clarando ao povo que todos os 8 Ora, esse homem chamava-se
a
sacerdotes e mestres deveriam Gideão; e fora ele quem servira
tornar-se cpopulares; e que dnão de instrumento nas mãos de
deveriam trabalhar com as pró- Deus para livrar do cativeiro o
prias mãos, mas deveriam ser povo de Lı́mi.
sustentados pelo povo. 9 Ora, porque Gideão lhe opôs
4 E ele também testificou ao resistência com as palavras de
povo que toda a humanidade Deus, ele encolerizou-se contra
seria salva no último dia e que Gideão e, tendo sacado da espa-
não precisariam temer nem tre- da, começou a golpeá-lo. Ora,
mer, mas que podiam levantar a tendo Gideão idade avançada,
cabeça e regozijar-se; porque o não pôde resistir aos golpes; foi,
Senhor havia criado todos os portanto, amorto pela espada.
homens e também havia redimi- 10 E o homem que o havia ma-
do todos os homens; e, no fim, tado foi aprisionado pelo povo
todos os homens teriam vida da igreja e levado à presença de
eterna. Alma para ser ajulgado pelos cri-
5 E aconteceu que tanto pre- mes que cometera.
gou estas coisas que muitos 11 E aconteceu que estando ele
acreditaram em suas palavras; diante de Alma, defendeu-se
e foram tantos, que começa- com muita ousadia.
ram a sustentá-lo e a dar-lhe 12 Mas Alma disse-lhe: Eis que
dinheiro. esta é a primeira vez que aarti-
6 E ele começou a exaltar-se no manhas sacerdotais foram intro-
orgulho de seu coração e a usar duzidas no meio deste povo. E
vestimentas custosas, sim, e até eis que tu não somente és culpa-
começou a organizar uma aigre- do de artimanhas sacerdotais,
ja de acordo com a sua prega- mas também de teres tratado de
ção. impô-las pela espada; e se tais
7 E aconteceu que enquanto artimanhas tivessem sido im-
andava assim pregando aos postas a este povo, teriam acar-
que acreditavam em suas pala- retado a sua total destruição.
vras, encontrou um homem que 13 E fizeste correr o sangue de
pertencia à igreja de Deus, sim, um homem justo, sim, um ho-
precisamente um de seus mes- mem que muito bem fez entre
tres, e começou a discutir com este povo; e se te poupássemos,

3 a Eze. 13:3. 6a 1 Né. 14:10. 10a Mos. 29:42.


b gee Anticristo. 7a gee Palavra de Deus. 12a 2 Né. 26:29.
c Lc. 6:26; 1 Né. 22:23. 8a Mos. 20:17; 22:3. gee Artimanhas
d Mos. 18:24, 26; 27:5. 9a Al. 6:7. Sacerdotais.
Alma 1:14–24 238
o sangue dele recairia sobre nós que bassassinasse seria punido
como avingança. com a cmorte.
14 Estás, portanto, condenado 19 Mas aconteceu que todos os
à morte, de acordo com a lei que não pertenciam à igreja de
que nos foi dada por Mosias, Deus começaram a perseguir
nosso último rei, a qual foi aqueles que pertenciam à igreja
reconhecida por este povo; de Deus e que haviam tomado
portanto este povo deve arespei- sobre si o nome de Cristo.
tar a lei. 20 Sim, eram perseguidos e
15 E aconteceu que o leva- afligidos com toda sorte de pala-
ram—e seu nome era aNeor—e vras e isto por causa de sua
conduziram-no até o alto da co- humildade; porque não se exal-
lina de Mânti e lá ele foi obriga- tavam a seus próprios olhos e
do a reconhecer, ou melhor, porque partilhavam a palavra
reconheceu entre os céus e a de Deus, uns com os outros, sem
a
Terra que o que ensinara ao po- dinheiro e sem preço.
vo era contra a palavra de Deus; 21 Ora, havia entre o povo da
e ali sofreu uma ignominiosa igreja uma lei severa que proibia
b
morte. a qualquer homem que perten-
16 Não obstante, isso não pôs cesse à igreja aperseguir aqueles
fim à difusão de artimanhas sa- que não pertencessem à igreja; e
cerdotais na terra; porque havia proibia perseguições entre eles
muitos que gostavam das coisas mesmos.
vãs do mundo e continuavam a 22 Não obstante, havia muitos
pregar falsas doutrinas; e isto fa- entre eles que começaram a tor-
ziam por causa de ariquezas e nar-se orgulhosos e a contender
honrarias. acaloradamente com seus ad-
17 No entanto não se atreviam versários, chegando a bater-
a amentir, por temor à lei, pois lhes; sim, golpeavam-se uns aos
os mentirosos eram punidos, se outros com seus punhos.
descobertos; conseqüentemente 23 Ora, isto aconteceu no se-
alegavam pregar de acordo com gundo ano do governo de Alma,
a sua crença; e a lei não tinha causando à igreja muitas afli-
poder contra homem algum por ções; sim, isto foi causa de mui-
causa de bsua crença. tas tribulações na igreja.
18 E não se atreviam a afurtar, 24 Porque o coração de muitos
por medo da lei, pois seriam pu- se endureceu e seus nomes fo-
nidos; nem se atreviam a roubar ram ariscados, de modo que não
nem a assassinar, pois aquele mais foram lembrados entre o

13a gee Vingança. Honesto; Mentir, 20a Isa. 55:1–2.


14a gee Pena de Morte. Mentiroso. 21a gee Perseguição,
15a Al. 1:2. b Al. 30:7–12; Perseguir.
b Deut. 13:1–9. RF 1:11. 24a Êx. 32:33;
16a gee Riquezas; 18a gee Roubar, Roubo. Mos. 26:36;
Vaidade, Vão. b gee Homicı́dio. Al. 6:3.
17a gee Honestidade, c gee Pena de Morte. gee Excomunhão.
239 Alma 1:25–32
povo de Deus. E também muitos 29 E então, graças à solidez
se bafastaram do meio deles. da igreja, começaram a aenri-
25 Ora, isso era uma grande quecer extremamente, tendo
provação para os que permane- abundância de tudo que lhes
ciam firmes na fé; não obstante, era necessário—abundância de
foram firmes e inabaláveis na rebanhos e manadas e de
obediência aos mandamentos animais cevados de toda espé-
de Deus e suportaram com apa- cie; e também abundância de
ciência as perseguições que se grãos e de ouro e de prata e
acumularam sobre eles. de coisas preciosas; e abundân-
26 E quando os sacerdotes dei- cia de bsedas e de finos tecidos
xavam seu atrabalho para ensi- de linho e de toda espécie de
nar ao povo a palavra de Deus, bons tecidos simples.
o povo também deixava seus 30 E assim, em sua aprosperi-
trabalhos para ouvir a palavra dade, não deixavam de atender
de Deus. E quando o sacerdote a quem quer que estivesse
b
terminava de ensinar-lhes a pa- nu ou faminto ou sedento ou
lavra de Deus, voltavam todos doente ou que não tivesse sido
diligentemente para seus traba- alimentado; e o seu coração
lhos; e o sacerdote não se julga- não estava nas riquezas; portan-
va superior a seus ouvintes, to eram liberais com todos,
porque o pregador não era me- tanto velhos como jovens, tanto
lhor que o ouvinte nem o mes- escravos como livres, tanto ho-
tre melhor que o discı́pulo; e mens como mulheres, perten-
assim eram todos iguais e todos cessem ou não à igreja, não
trabalhavam, cada um de bacor- fazendo c acepção de pessoas
do com suas forças. no que se referia aos necessi-
27 E eles arepartiam os seus tados.
bens com os bpobres e os neces- 31 E assim prosperaram e tor-
sitados e os doentes e os aflitos, naram-se muito mais ricos que
cada um de acordo com o que aqueles que não pertenciam a
possuı́a; e não usavam vesti- sua igreja.
mentas custosas; contudo, eram 32 Pois aqueles que não per-
asseados e formosos. tenciam a sua igreja entrega-
28 E assim eles organizaram os vam-se a feitiçarias e a aidolatria
negócios da igreja; e assim co- ou b ócio; e a c tagarelices e a
d
meçaram a ter paz contı́nua no- invejas e contendas, usando
vamente, apesar de todas as vestimentas custosas, eexaltan-
perseguições. do-se segundo o orgulho de

24b Al. 46:7. D&C 42:29–31. b gee Ociosidade,


gee Apostasia. 29a gee Riquezas. Ocioso.
25a gee Paciência. b Al. 4:6. c gee Maledicência.
26a Mos. 18:24, 26; 27:3–5. 30a Jacó 2:17–19. d gee Inveja.
b Mos. 4:27; D&C 10:4. b gee Pobres. e Jacó 2:13; Al. 31:25;
27a gee Esmolas. c Al. 16:14; D&C 1:35. Mórm. 8:28.
b Lc. 18:22; Mos. 4:26; 32a gee Idolatria. gee Orgulho.
Alma 1:33–2:10 240
seus próprios olhos; perseguin- e eram tantos que começaram a
do, mentindo, furtando, rou- tornar-se muito poderosos; e co-
bando, cometendo libertinagens meçaram a esforçar-se para fa-
e homı́cidios e toda espécie de zer de Anlici rei do povo.
iniqüidades; não obstante, a lei 3 Ora, isso foi alarmante para o
era aplicada a todos os que a povo da igreja, como também
transgredissem, tanto quanto para todos os que não haviam
possı́vel. sido atraı́dos pelas persuasões
33 E aconteceu que, aplicando- de Anlici; pois sabiam que, de
se-lhes assim a lei, cada um sen- acordo com a lei, estas coisas de-
do castigado de acordo com o veriam ser resolvidas pela avoz
que fizera, tornaram-se mais do povo.
tranqüilos e não se atreviam a 4 Portanto, se fosse possı́vel a
cometer iniqüidades aberta- Anlici vencer pela voz do povo,
mente; o povo de Néfi teve, por- ele, sendo um homem inı́quo,
a
tanto, muita paz até o quinto privá-los-ia de seus direitos e
ano do governo dos juı́zes. privilégios na igreja; pois era
seu intento destruir a igreja de
Deus.
CAPÍTULO 2 5 E aconteceu que o povo se
reuniu em toda a terra, cada um
Anlici procura tornar-se rei e é re- segundo a sua opinião, a favor
jeitado pela voz do povo—Seus se- ou contra Anlici, em grupos se-
guidores fazem-no rei — Os parados, havendo muitas dispu-
anlicitas fazem guerra contra os ne- tas e grandes acontendas entre
fitas e são derrotados—Lamanitas e eles.
anlicitas unem forças e são derrota- 6 E assim se reuniram para ex-
dos — Anlici é morto por Alma. pressar suas opiniões sobre o as-
Aproximadamente 87 a.C. sunto; e apresentaram-nas aos
juı́zes.
E aconteceu que no começo do 7 E aconteceu que a voz do
quinto ano do seu governo, o povo foi contrária a Anlici, de
povo começou a contender; modo que não foi proclamado
porque um certo homem cha- rei.
mado Anlici, sendo um homem 8 Ora, isso encheu de alegria o
muito astuto, sim, um homem coração dos que estavam contra
sábio quanto à sabedoria do ele, mas Anlici incitou os que
mundo e pertencente à ordem estavam a seu favor a encoleri-
do homem que matara aGideão zarem-se contra os que não o
com a espada e fora executado apoiavam.
de acordo com a lei— 9 E aconteceu que se reuniram
2 Ora, este Anlici havia, por e consagraram Anlici como rei.
sua astúcia, atraı́do muita gente; 10 Ora, quando Anlici foi pro-
2 1a Al. 1:8. Al. 4:16. Hel. 5:2.
3 a Mos. 29:25–27; 4 a Al. 10:19; 5 a 3 Né. 11:29.
241 Alma 2:11–22
clamado rei, ordenou-lhes que seus exércitos, para guerrear os
pegassem em armas contra seus anlicitas.
irmãos; e isto fez para poder 17 E começaram a matar os
subjugá-los. anlicitas na colina a leste de Si-
11 Ora, o povo de Anlici se dis- don. E os anlicitas lutaram con-
tinguia pelo nome de Anlici, tra os nefitas com grande força,
sendo eles chamados aanlicitas; tanto que muitos nefitas caı́ram
e os outros eram chamados bne- diante dos anlicitas.
fitas ou povo de Deus. 18 Não obstante, o Senhor for-
12 Os nefitas, portanto, saben- taleceu a mão dos nefitas, de
do do intento dos anlicitas, modo que mataram os anlicitas
prepararam-se para enfrentá- em tão grande carnificina que
los; sim, armaram-se com espa- estes começaram a fugir.
das e com cimitarras e com arcos 19 E aconteceu que os nefitas
e com flechas e com pedras perseguiram os anlicitas duran-
e com fundas e com todo tipo te todo aquele dia e mataram-
de a armas de guerra de toda nos em grande carnificina, tanto
espécie. que foram amortos doze mil qui-
13 E assim estavam preparados nhentos e trinta e dois anlicitas;
para enfrentar os anlicitas, quan- e os nefitas perderam seis mil
do chegassem. E foram nomea- quinhentas e sessenta e duas al-
dos capitães e capitães-mores e mas.
capitães-chefes, de acordo com 20 E aconteceu que Alma,
o seu número. quando já não pôde mais perse-
14 E aconteceu que Anlici ar- guir os anlicitas, fez o povo ar-
mou seus homens com todo tipo mar suas tendas no a vale de
de armas de guerra de toda es- Gideão, nome que havia sido
pécie; e também nomeou chefes dado por causa daquele Gideão
entre seu povo, para conduzi- que fora morto pela espada
los à guerra contra seus irmãos. de bNeor; e nesse vale os nefitas
15 E aconteceu que os anlicitas armaram as tendas para passar a
chegaram à colina de Aniú, que noite.
ficava a leste do ario Sidon, que 21 E Alma enviou espias para
corria perto da bterra de Zara- seguirem os remanescentes dos
enla; e aı́ começaram a guerrear anlicitas, a fim de conhecer seus
os nefitas. planos e conspirações, para as-
16 Ora, sendo Alma o ajuiz su- sim defender-se deles e evitar
premo e governador do povo de que seu povo fosse destruı́do.
Néfi, subiu portanto com seu 22 Ora, os que ele tinha envia-
povo, sim, com seus capitães e do para espionarem o acampa-
capitães-chefes, sim, à frente de mento dos anlicitas chamavam-

11a Al. 3:4. 12a Mos. 10:8; 16a Mos. 29:42.


b Jacó 1:13–14; Hel. 1:14. 19a Al. 3:1–2, 26; 4:2.
Mos. 25:12; 15a Al. 3:3. 20a Al. 6:7.
Al. 3:11. b Ômni 1:13–15. b Al. 1:7–15; 14:16.
Alma 2:23–35 242
s e Z e r ã e A m n o r e M ân t i e tanto, o Senhor ouviu-lhes o
Lı́mer; estes são os que foram, clamor e fortaleceu-os; e os la-
com seus homens, espionar o manitas e os anlicitas caı́ram di-
acampamento dos anlicitas. ante deles.
23 E aconteceu que no dia se- 29 E aconteceu que Alma lutou
guinte voltaram ao acampa- contra Anlici de espada em pu-
mento dos nefitas com grande nho, corpo a corpo; e lutaram
pressa, tomados de grande as- com grande energia um contra
sombro e com muito medo, di- o outro.
zendo: 30 E aconteceu que Alma, sen-
24 Eis que seguimos o acampa- do um homem de Deus e muito
mento dos aanlicitas e, para nos- exercitado na afé, clamou, dizen-
so grande assombro, vimos na do: Ó Senhor, tem misericórdia
terra de Minon, acima da terra e poupa-me a vida, a fim de que
de Zaraenla, no caminho da ter- eu sirva de instrumento em tuas
ra de bNéfi, uma numerosa hos- mãos para salvar e preservar es-
te de lamanitas; e eis que os te povo.
anlicitas se juntaram a eles; 31 Ora, tendo Alma dito estas
25 E estão atacando nossos ir- palavras, lutou novamente con-
mãos naquela terra; e estes estão tra Anlici; e foi fortalecido, de
fugindo deles com seus reba- modo que matou Anlici com a
nhos e suas esposas e seus fi- espada.
lhos, em direção a nossa cidade; 32 E lutou também contra o rei
e a menos que nos apressemos, dos lamanitas; o rei dos lamani-
tomarão nossa cidade; e nossos tas, porém, fugiu da presença de
pais e nossas esposas e nossos Alma e enviou seus guardas pa-
filhos serão mortos. ra lutarem contra Alma.
26 E aconteceu que o povo de 33 Mas Alma, juntamente com
Néfi tomou suas tendas e partiu seus guardas, lutou contra os
do vale de Gideão em direção a guardas do rei dos lamanitas
sua cidade, que era a cidade de até matá-los e fazê-los retroce-
a
Zaraenla. der.
27 E eis que quando atravessa- 34 E assim limpou o terreno,
vam o rio Sidon, os lamanitas ou melhor, a ribanceira que fica-
e os anlicitas, quase tão anume- va no lado oeste do rio Sidon,
rosos quanto as areias do mar, jogando nas águas do Sidon os
caı́ram sobre eles para destruı́- corpos dos lamanitas que ha-
los. viam sido mortos, para que seu
28 Todavia os nefitas foram povo tivesse espaço para atra-
a
fortalecidos pela mão do Se- vessar e lutar contra os lamani-
nhor, tendo orado fervorosa- tas e os anlicitas no lado oeste
mente para que ele os livrasse do rio Sidon.
das mãos de seus inimigos; por- 35 E aconteceu que quando to-

24a Al. 3:4, 13–18. 26a Ômni 1:14, 18. 28a Deut. 31:6.
b 2 Né. 5:8. 27a Jar. 1:6. 30a gee Fé.
243 Alma 2:36–3:6
dos haviam atravessado o rio verem enterrado aqueles que
Sidon, os lamanitas e os anlicitas pereceram—ora, o número de
começaram a fugir deles, não mortos não foi contado, por
obstante serem tão numerosos causa de sua grande quantida-
que nem podiam ser contados. de—havendo terminado de en-
36 E fugiram dos nefitas em di- terrar seus mortos, voltaram
reção ao deserto que ficava a todos para suas terras e suas ca-
oeste e ao norte, além das fron- sas e suas esposas e seus filhos.
teiras da terra; e foram perse- 2 Ora, muitas mulheres e crian-
guidos e mortos com todo o ças haviam sido mortas pela es-
vigor pelos nefitas. pada e também muitos de seus
37 Sim, foram atacados por to- rebanhos e manadas; e também
dos os lados; e foram mortos e muitos de seus campos de ce-
rechaçados até serem dispersos reais foram destruı́dos, porque
no oeste e no norte, até alcança- foram pisoteados por hostes de
rem o deserto que era chamado homens.
Hermontes; e essa era a parte do 3 E então todos os lamanitas e
deserto infestada por animais anlicitas que haviam sido mor-
selvagens e vorazes. tos nas ribanceiras do rio Sidon
38 E aconteceu que muitos pe- foram jogados nas aáguas do
receram no deserto devido a Sidon; e eis que seus ossos estão
seus ferimentos e foram devora- nas profundezas do bmar e eles
dos pelas feras e também pelos são muitos.
abutres do ar; e seus ossos fo- 4 E os aanlicitas distinguiam-se
ram encontrados e amontoados dos nefitas porque haviam
b
sobre a terra. marcado a fronte de vermelho,
à moda dos lamanitas; mas não
haviam rapado a cabeça como
CAPÍTULO 3
os lamanitas.
5 Ora, a cabeça dos lamanitas
Os anlicitas haviam feito um sinal
era rapada; e andavam a nus,
em si mesmos, de acordo com a pala-
com exceção de uma pele que
vra profética—Os lamanitas haviam
lhes cingia os lombos e também
sido amaldiçoados por sua rebeli-
da armadura que os cingia; e de
ão—Os homens trazem sobre si as
seus arcos e suas flechas e suas
próprias maldições — Os nefitas
pedras e suas fundas e assim
derrotam outro exército lamanita.
por diante.
Aproximadamente 87–86 a.C.
6 E a pele dos lamanitas era es-
E aconteceu que os nefitas que cura, por causa do sinal que ha-
não haviam sido amortos pelas via sido posto em seus pais
armas de guerra, depois de ha- como um aanátema pela trans-

3 1a Al. 2:19; 4:2. b Al. 3:13–19. 6 a 2 Né. 5:21; 26:33.


3 a Al. 2:15. 5 a En. 1:20; gee Amaldiçoar,
b Al. 44:22. Mos. 10:8; Maldição.
4 a Al. 2:11. Al. 42:18–21.
Alma 3:7–18 244
gressão e rebeldia deles contra 12 E foram eles que guardaram
seus irmãos, que eram Néfi, Jacó os averdadeiros registros de seu
e José e Sam, que foram homens povo, como também os dos la-
justos e santos. manitas.
7 E os irmãos procuraram des- 13 Agora voltaremos aos anlici-
truı́-los, sendo portanto amaldi- tas, pois também lhes foi posto
çoados; e o Senhor pôs-lhes um a sinal; sim, eles mesmos
uma amarca, sim, em Lamã e marcaram a fronte de vermelho.
Lemuel e também nos filhos de 14 Assim foi cumprida a pala-
Ismael e nas mulheres ismaeli- vra de Deus, pois estas são as
tas. palavras que ele disse a Néfi: Eis
8 E isto foi feito para que sua que amaldiçoei os lamanitas e
semente pudesse ser distingui- marcá-los-ei, para que eles e
da da semente de seus irmãos, seus descendentes sejam sepa-
para que assim o Senhor Deus rados de ti e de tua semente de
preservasse seu povo, a fim de hoje em diante e para sempre, a
que não se a misturasse nem menos que se arrependam de
acreditasse em btradições incor- suas iniqüidades e avoltem-se
retas que causariam sua destrui- para mim, a fim de que eu tenha
ção. misericórdia deles.
9 E aconteceu que aqueles que 15 E também: Porei um sinal
misturaram sua semente com a naqueles que misturarem sua
dos lamanitas fizeram recair so- semente com teus irmãos, para
bre sua descendência igual mal- que também sejam amaldiçoa-
dição. dos.
10 Portanto, os que se deixa- 16 E também: Porei um sinal
ram levar pelos lamanitas foram em todo aquele que lutar contra
chamados por esse nome e foi- ti e tua semente.
lhes posto um sinal. 17 E também te digo que aque-
11 E aconteceu que aqueles le que se apartar de ti já não será
que não acreditaram nas atradi- chamado tua semente; e aben-
ções dos lamanitas, mas acredi- çoar-te-ei, assim como a todos os
taram nos registros que foram que forem chamados tua se-
trazidos da terra de Jerusalém, mente, de hoje em diante e para
assim como nas tradições de sempre; e estas foram as pro-
seus pais, que eram corretas, e messas que o Senhor fez a Néfi e
que acreditaram nos manda- sua semente.
mentos de Deus e guardaram- 18 Ora, os anlicitas não sabiam
nos, foram chamados nefitas ou que estavam cumprindo as pa-
povo de Néfi, daquele tempo lavras de Deus quando começa-
em diante— ram a marcar a fronte; não

7 a 1 Né. 12:23. religião diferente. 12a Mos. 1:6;


8 a gee Casamento, b Mos. 10:11–18; Ét. 4:6–11.
Casar—Casamento Al. 9:16. 13a Al. 3:4.
entre pessoas de 11a Al. 17:9–11. 14a 2 Né. 30:4–6.
245 Alma 3:19–4:2
obstante, haviam-se arebelado 26 E, em um ano, milhares e
abertamente contra Deus; foi, dezenas de milhares de almas
portanto, necessário que a mal- foram enviadas para o mundo
dição caı́sse sobre eles. eterno, a fim de colherem suas
a
19 Ora, quisera que entendês- recompensas de acordo com
seis que eles trouxeram sobre si suas obras, tivessem sido elas
próprios a amaldição; e assim, boas ou tivessem sido más, para
todo homem que é amaldiçoado colherem felicidade eterna ou
traz sobre si a própria condena- miséria eterna, de acordo com o
ção. espı́rito a que desejaram obede-
20 Ora, aconteceu que alguns cer, fosse um bom ou um mau
dias depois da batalha travada espı́rito.
na terra de Zaraenla pelos lama- 27 Porque todo homem recebe
a
nitas e anlicitas, outro exército recompensas daquele a quem
dos lamanitas caiu sobre o povo decide bobedecer; e isto de acor-
de Néfi, no amesmo lugar em do com as palavras do espı́rito
que o primeiro exército enfren- de profecia; portanto, que seja
tara os anlicitas. conforme a verdade. E assim
21 E aconteceu que foi enviado terminou o quinto ano do go-
um exército para expulsá-los de verno dos juı́zes.
sua terra.
22 Ora, o próprio Alma, estan-
do aferido, não subiu dessa vez CAPÍTULO 4
para batalhar contra os lamani-
tas. Alma batiza milhares de conver-
23 Mas enviou um numeroso sos—A iniqüidade infiltra-se na
exército contra eles; e eles subi- Igreja e o progresso da Igreja é
ram e mataram muitos dos la- obstruı́do—Nefia é nomeado juiz
manitas, rechaçando o restante supremo—Alma, como sumo sacer-
deles para fora das fronteiras de dote, dedica-se ao ministério. Apro-
sua terra. ximadamente 86–83 a.C.
24 E voltaram e começaram a
estabelecer a paz na terra, não Ora, aconteceu que no sexto
sendo mais molestados por seus ano em que os juı́zes governa-
inimigos durante algum tempo. ram o povo de Néfi, não houve
25 Ora, todas estas coisas se de- contendas nem guerras na aterra
ram, sim, todas estas guerras e de Zaraenla;
contendas começaram e termi- 2 Entretanto o povo estava afli-
naram durante o quinto ano do to, sim, grandemente aflito pela
a
governo dos juı́zes. perda de seus irmãos e também
18a 4 Né. 1:38. 22a Al. 2:29–33. gee Obedecer,
gee Rebeldia, 26a gee Obras. Obediência,
Rebelião. 27a Mos. 2:31–33; Obediente.
19a 2 Né. 5:21–25; Al. 5:41–42. 4 1a Ômni 1:12–19.
Al. 17:15. b Rom. 6:16; 2 a Al. 2:19; 3:1–2, 26.
20a Al. 2:24. Hel. 14:29–31.
Alma 4:3–10 246
pela perda de seus rebanhos e tos rebanhos e manadas; e seu
manadas; e também pela perda ouro e sua prata e toda espécie
de seus campos de cereais, que de coisas preciosas que haviam
haviam sido pisados e destruı́- obtido pelo seu trabalho; e por
dos pelos lamanitas. causa de tudo isso engrandece-
3 E tão grandes eram suas afli- ram-se a seus próprios olhos e
ções, que todos tinham motivo começaram a usar vestimentas
para lamentar-se; e acredita- muito luxuosas.
vam que os juı́zos de Deus ha- 7 Ora, isto foi motivo de gran-
viam caı́do sobre eles, devido a de aflição para Alma, sim, e para
suas iniqüidades e abomina- muitos que Alma aconsagrara
ções; por essa razão foi desper- como mestres e sacerdotes e
tada neles a lembrança de seus élderes da igreja; sim, muitos
deveres. deles ficaram grandemente con-
4 E começaram a organizar a tristados com a iniqüidade que
igreja mais plenamente; sim, e começara a haver entre seu po-
muitos foram a batizados nas vo.
águas do Sidon, unindo-se à 8 Porque viram e observaram
igreja de Deus; sim, foram bati- com grande tristeza que o povo
zados pela mão de Alma, que da igreja começava a engrande-
havia sido consagrado bsumo sa- cer-se no aorgulho de seus olhos
cerdote do povo da igreja pela e a voltar o coração para as ri-
mão de seu pai, Alma. quezas e para as coisas vãs do
5 E aconteceu que no sétimo mundo; que eles começavam a
ano do governo dos juı́zes, desdenhar uns dos outros e a
aproximadamente três mil e perseguir os que bnão acredita-
quinhentas almas uniram-se à vam segundo sua própria von-
a
igreja de Deus e foram batiza- tade e prazer.
das. E assim terminou o sétimo 9 E assim, durante este oitavo
ano em que os juı́zes governa- ano do governo dos juı́zes, co-
ram o povo de Néfi; e houve meçou a haver grandes aconten-
p a z c o n t ı́ n u a d u r a n t e t o d o das entre o povo da igreja; sim,
aquele tempo. havia binveja e disputas e malı́-
6 E aconteceu, no oitavo ano cia e perseguições e orgulho, ex-
do governo dos juı́zes, que o po- cedendo até o orgulho daqueles
vo da igreja começou a tornar-se que não pertenciam à igreja de
orgulhoso, por causa de suas Deus.
excessivas ariquezas e de suas 10 E assim terminou o oitavo
b
finas sedas e de seus finos teci- ano do governo dos juı́zes; e a
dos de linho; e pelos seus mui- iniqüidade na igreja era uma

4 a Mos. 18:10–17. b Al. 1:29. 9 a gee Contenção,


b Mos. 29:42. 7 a gee Autoridade. Contenda.
5 a Mos. 25:18–23; 8 a gee Orgulho; b gee Inveja.
3 Né. 26:21. Vaidade, Vão.
6 a gee Riquezas. b Al. 1:21.
247 Alma 4:11–19
grande pedra de tropeço para 15 E então aconteceu que Al-
aqueles que a ela não perten- ma, tendo visto as aflições dos
ciam; e assim o progresso da humildes seguidores de Deus e
igreja começou a diminuir. as perseguições que lhes eram
11 E aconteceu que no começo infligidas pelo resto de seu
do nono ano, Alma viu a iniqüi- povo; e vendo toda a sua adesi-
dade na igreja e viu também gualdade, começou a ficar mui-
que o aexemplo da igreja princi- to triste; mas o Espı́rito do
piava a levar os incrédulos de Senhor não o abandonou.
uma iniqüidade a outra, causan- 16 E ele escolheu um homem
do assim a destruição do povo. sábio entre os élderes da igreja e
12 Sim, viu grande desigualda- deu-lhe poder, de acordo com a
a
de entre eles, alguns se enchen- voz do povo, para que pudesse,
do de orgulho, desprezando os segundo as bleis que haviam si-
outros, virando as costas aos do dadas, decretar leis e fazê-las
a
necessitados e aos nus e aos executar conforme a iniqüidade
b
famintos e aos sedentos e aos e os crimes do povo.
doentes e aflitos. 17 Ora, o nome desse homem
13 Ora, isso era um grande mo- era Nefia; e ele foi nomeado
a
tivo de lamentação para o povo, juiz supremo e ocupou a cadei-
enquanto outros se humilha- ra de juiz para julgar e governar
vam, socorrendo os que tinham o povo.
necessidade de seu socorro, 18 Ora, Alma não lhe concedeu
a
repartindo seus recursos com o ofı́cio de sumo sacerdote da
os pobres e necessitados, ali- igreja, mas reservou para si pró-
mentando os famintos e sofren- prio o ofı́cio de sumo sacerdote;
do toda espécie de baflições por entregou, porém, a Nefia a ca-
c
amor a Cristo que haveria de deira de juiz.
vir, segundo o espı́rito de profe- 19 E assim fez para que ele
a
cia; mesmo pudesse pregar ao po-
14 Aguardando ansiosamente vo, ou seja, ao povo de Néfi, a
aquele dia, aconservando assim b
palavra de Deus, ca fim de que
a remissão de seus pecados; es- eles se dlembrassem de seus de-
tando cheios de grande balegria veres; e para poder, pela pala-
por causa da ressurreição dos vra de Deus, abater todo o
mortos, de acordo com a vonta- orgulho e as artimanhas e todas
de e poder e libertação de Jesus as contendas que existiam entre
Cristo das ligaduras da morte. seu povo, não vendo outro mo-

11a II Sam. 12:14; 14a Mos. 4:12; 17a Al. 50:37.


Al. 39:11. Al. 5:26–35. 19a Al. 7:1.
12a Isa. 3:14; gee Justificação, b Al. 31:5;
Jacó 2:17. Justificar. D&C 11:21–22.
b Mos. 4:26. b gee Alegria. c En. 1:23.
13a gee Esmolas. 15a D&C 38:27; 49:20. d Mos. 1:17;
b gee Adversidade. 16a Al. 2:3–7. Hel. 12:3.
c II Cor. 12:10. b Al. 1:1, 14, 18.
Alma 4:20–5:6 248
do de reformá-los, a não ser pela vra de bDeus, primeiro na terra
força de um grande etestemu- de Zaraenla e dali por toda a
nho contra eles. terra.
20 E assim, no começo do nono 2 E estas são as palavras que,
ano em que os juı́zes governa- segundo seu próprio relato, ele
ram o povo de Néfi, Alma entre- dirigiu ao povo da igreja que es-
gou a cadeira de juiz a aNefia e tava estabelecida na cidade de
dedicou-se exclusivamente ao Zaraenla, dizendo:
b
sumo sacerdócio da santa or- 3 Eu, Alma, havendo sido acon-
dem de Deus, ao testemunho da sagrado por meu pai, Alma, co-
palavra, de acordo com o espı́ri- mo bsumo sacerdote da igreja de
to de revelação e profecia. Deus, tendo ele poder e cautori-
dade de Deus para fazer estas
coisas, eis que eu vos digo que
Palavras que Alma, sumo sacer-
ele começou a organizar uma
dote segundo a santa ordem de
igreja na dterra que se achava
Deus, transmitiu ao povo nas
nas fronteiras de Néfi; sim, na
suas cidades e povoados por to-
terra chamada terra de Mór-
da a terra.
mon; sim, e ele batizou seus ir-
Abrangem o capı́tulo 5. mãos nas águas de Mórmon.
4 E eis que vos digo que eles
CAPÍTULO 5 foram asalvos das mãos do povo
do rei Noé pela misericórdia e
Para obterem salvação, os homens poder de Deus.
devem arrepender-se e guardar os 5 E eis que, depois disso, foram
mandamentos, nascer de novo, pu- a
escravizados pelas mãos dos
rificar suas vestes por meio do san- lamanitas no deserto; sim, digo-
gue de Cristo, ser humildes, despir- vos que estavam no cativeiro e
se do orgulho e da inveja e praticar novamente o Senhor os libertou
obras de retidão—O Bom Pastor da bescravidão pelo poder de
chama o seu povo—Aqueles que sua palavra; e fomos trazidos
praticam o mal são filhos do dia- para esta terra e aqui começa-
bo—Alma testifica a veracidade de mos a organizar a igreja de
sua doutrina e ordena aos homens Deus, também por toda esta ter-
que se arrependam—Os nomes dos ra.
justos serão escritos no livro da vi- 6 E agora, eis que vos digo,
da. Aproximadamente 83 a.C. meus irmãos, vós, que perten-
Ora, aconteceu que Alma come- ceis a esta igreja: Haveis conser-
çou a atransmitir ao povo a pala- vado suficientemente na lem-

19e gee Testemunho. 3 a gee Ordenação, 3 Né. 5:12.


20a Al. 8:12. Ordenar. 4 a Mos. 23:1–3.
b Mos. 29:42; b Al. 4:4, 18, 20. 5 a Mos. 23:37–39;
Al. 5:3, 44, 49. c Mos. 18:13; 24:8–15.
5 1a Al. 4:19. 3 Né. 11:25. b Mos. 24:17.
b Al. 5:61. d Mos. 18:4;
249 Alma 5:7–15
brança o cativeiro de vossos te, sim, e também das correntes
pais? Sim, e haveis conservado do inferno?
suficientemente na lembrança a 11 Eis que vos posso dizer—
misericórdia e paciência de Deus Não acreditou meu pai, Alma,
para com eles? E ainda mais, ha- nas palavras que foram transmi-
veis conservado suficientemen- tidas pela boca de aAbinádi? E
te na lembrança que ele livrou não foi ele um santo profeta?
suas almas do inferno? Não disse as palavras de Deus e
7 Eis que ele lhes transformou nelas não acreditou meu pai,
o coração; sim, despertou-os de Alma?
um profundo sono e eles des- 12 E em virtude de sua fé, veri-
pertaram para Deus. Eis que es- ficou-se uma grande amudança
tavam em meio à escuridão; não em seu coração. Eis que vos digo
obstante, suas almas foram ilu- que tudo isso é verdade.
minadas pela luz da palavra 13 E eis que ele apregou a pala-
eterna; sim, estavam cingidos vra a vossos pais e em seus cora-
pelas aligaduras da morte e pe- ções também se verificou uma
las bcorrentes do inferno; e uma grande transformação; e eles
destruição eterna esperava-os. humilharam-se e depositaram
b
8 E agora vos pergunto, meus confiança no Deus verdadeiro e
c
irmãos: Foram eles destruı́dos? vivo. E eis que foram fiéis até o
d
Eis que vos digo que não; não o fim; portanto foram salvos.
foram. 14 E agora, eis que vos pergun-
9 E novamente pergunto: to, meus irmãos da igreja: Ha-
Foram rompidas as ligaduras da veis anascido espiritualmente
morte e soltas as correntes do de Deus? Haveis recebido sua
inferno, que os cingiam? Digo- imagem em vosso semblante?
vos que sim; foram soltas e suas Haveis experimentado esta po-
almas expandiram-se e canta- derosa bmudança em vosso co-
ram o amor que redime. E digo- ração?
vos que estão salvos. 15 Exerceis fé na redenção da-
10 E agora vos pergunto: Em quele que vos acriou? Olhais pa-
que condições foram asalvos? ra o futuro com os olhos da fé e
Sim, que fundamento tinham vedes este corpo mortal levanta-
para esperar a salvação? Qual do em imortalidade e esta cor-
foi a causa de haverem sido li- rupção blevantada em incorrup-
bertados das ligaduras da mor- ção, para apresentar-vos diante

7 a Mos. 15:8. b gee Confiança, b Rom. 8:11–17;


b Al. 12:11; Confiar. Mos. 5:2;
D&C 138:23. c Mórm. 9:28; Mois. 6:65.
10a gee Salvação; Plano D&C 20:19. gee Conversão,
de Redenção. d gee Perseverar. Converter.
11a Mos. 17:1–4. 14a Mos. 27:24–27; 15a gee Criação, Criar.
12a gee Conversão, Al. 22:15. b gee Ressurreição.
Converter. gee Nascer de Deus,
13a Mos. 18:7. Nascer de Novo.
Alma 5:16–26 250
de Deus e serdes cjulgados de tenham sido lavadas até ficarem
acordo com as obras feitas no brancas; sim, suas vestimentas
corpo mortal? devem ser cpurificadas, até fica-
16 Digo-vos: Podeis imaginar rem limpas de qualquer man-
ouvir a voz do Senhor dizendo- cha, pelo sangue daquele de
vos naquele dia: Vinde a mim, quem nossos pais falaram, o
a
benditos, pois eis que vossas qual deverá vir para redimir o
obras foram obras de retidão na seu povo de seus pecados.
face da Terra? 22 E agora vos pergunto, meus
17 Ou imaginais que podereis irmãos: Como vos sentireis, se
mentir ao Senhor naquele dia, vos apresentardes perante o tri-
a
dizendo—Senhor, nossas obras bunal de Deus tendo vossas ves-
foram retas na face da Terra—e timentas manchadas de asangue
que ele vos salvará? e de toda espécie de bimundı́cie?
18 Ou, de outra maneira, po- O que testemunharão essas coi-
deis imaginar-vos ante o tribu- sas contra vós?
nal de Deus, com a alma cheia 23 Eis que não atestemunharão
de culpa e remorso, tendo uma que sois assassinos, sim, e tam-
lembrança de todas as vossas bém que sois culpados de toda
culpas? Sim, uma perfeita alem- espécie de iniqüidades?
brança de todas as vossas iniqüi- 24 Eis que, meus irmãos, su-
dades, sim, uma lembrança de pondes vós que tal pessoa possa
que haveis desafiado os manda- ter um lugar onde sentar-se no
mentos de Deus? reino de Deus, com aAbraão,
19 Pergunto-vos: Podereis na- com Isaque e com Jacó e tam-
quele dia olhar para Deus com bém com todos os santos profe-
um coração puro e mãos lim- tas, cujas vestimentas são limpas
pas? Pergunto-vos: Podereis e imaculadas, puras e brancas?
levantar os olhos, tendo a aima- 25 Digo-vos que não; a menos
gem de Deus gravada em vosso que façais de nosso Criador um
semblante? mentiroso desde o princı́pio ou
20 Pergunto-vos: Podereis suponhais que ele seja um men-
pensar em ser salvos, quando tiroso desde o princı́pio, não po-
vos haveis deixado asubjugar deis supor que esses possam ter
pelo diabo? um lugar no reino dos céus; mas
21 Digo-vos que sabereis na- serão expulsos, porque são os
a
quele dia que não podeis ser filhos do reino do diabo.
a
salvos; pois ninguém pode ser 26 E agora, eis que eu vos digo,
salvo sem que suas bvestimentas meus irmãos, se haveis experi-

15c gee Juı́zo Final. 20a Mos. 2:32. 22a Isa. 59:3.
16a Mt. 25:31–46. 21a gee Salvação. b gee Imundı́cie,
17a 3 Né. 14:21–23. b 1 Né. 12:10; Imundo.
18a Eze. 20:43; 2 Né. 9:14; Al. 13:11–13; 23a Isa. 59:12.
Mos. 3:25; Al. 11:43. 3 Né. 27:19–20. 24a Lc. 13:28.
19a I Jo. 3:1–3. c gee Pureza, Puro. 25a 2 Né. 9:9.
251 Alma 5:27–37
mentado uma a mudança no be de seu irmão ou que acumule
coração, se haveis sentido o de- perseguições contra ele?
sejo de cantar o b cântico do 31 Ai dele, pois não está prepa-
amor que redime, eu pergunta- rado; e está próximo o tempo
ria: cPodeis agora sentir isso? em que deve arrepender-se; do
27 Tendes-vos conservado contrário não será salvo!
a
inocentes diante de Deus? Po- 32 Sim, ai de todos vós, que
a
derı́eis dizer, dentro de vós mes- praticais a iniqüidade; arrepen-
mos, se fôsseis chamados pela dei-vos, arrependei-vos, porque
morte neste momento, que ha- o Senhor Deus assim o disse!
veis sido suficientemente bhu- 33 Eis que ele envia um convite
mildes? Que vossas vestimentas a atodos os homens, pois os bbra-
foram limpas e embranquecidas ços de misericórdia lhes estão
pelo sangue de Cristo, o qual vi- estendidos e ele diz: Arrepen-
rá para credimir seu povo de dei-vos e receber-vos-ei.
seus pecados? 34 Sim, diz ele, avinde a mim e
28 Eis que estais despidos de participareis do bfruto da árvore
a
orgulho? Digo-vos que, se não da vida; sim, comereis e bebereis
c
o estais, não estais preparados livremente do dpão e da água
para comparecer perante Deus. da vida;
Eis que deveis preparar-vos ra- 35 Sim, vinde a mim e apresen-
pidamente, pois o reino dos tai obras de retidão; e não sereis
céus está próximo; e o que não cortados e lançados ao fogo.
estiver preparado não terá vida 36 Pois eis que é chegado o
eterna. tempo em que aquele que não
a
29 Eis que pergunto: Há al- apresentar bons frutos, ou seja,
guém entre vós não despido de aquele que não praticar obras de
a
inveja? Digo-vos que esse não retidão, terá motivos para cho-
está preparado; e eu quisera que rar e lamentar-se.
se preparasse rapidamente, pois 37 Ó obreiros da iniqüidade,
a hora se aproxima e ele não sa- vós que estais inchados com as
a
be quando chegará o tempo; coisas vãs do mundo, vós que
porque esse não se acha sem professastes haver conhecido os
culpa. caminhos da retidão e, não
30 E novamente vos pergunto: obstante, vos haveis bperdido
Há alguém entre vós que azom- como covelhas sem pastor, ape-

26a gee Conversão, Redimido, Redimir. c 2 Né. 9:50–51;


Converter. 28a gee Orgulho. Al. 42:27.
b Al. 26:13. 29a gee Inveja. d gee Pão da Vida.
c Mos. 4:12; 30a gee Maledicência. 36a Mt. 3:10; 7:15–20;
D&C 20:31–34. 32a Salm. 5:5. 3 Né. 14:19;
27a gee Justificação, 33a Al. 19:36; 3 Né. 18:25. D&C 97:7.
Justificar. b Jacó 6:5; 3 Né. 9:14. 37a gee Vaidade, Vão.
b gee Humildade, 34a 2 Né. 26:24–28; b 2 Né. 12:5; 28:14;
Humilde, Humilhar. 3 Né. 9:13–14. Mos. 14:6.
c gee Redenção, b 1 Né. 8:11; 15:36. c Mt. 9:36.
Alma 5:38–47 252
sar de um pastor vos haver dcha- 43 E agora, meus irmãos, quise-
mado e chamar-vos ainda, mas ra que me ouvı́sseis, porque falo
não quereis edar ouvidos a sua com a energia de minha alma;
voz! pois eis que vos falei claramen-
38 Eis que vos digo que o bom te, ou seja, de acordo com os
a
pastor vos chama; sim, e em seu mandamentos de Deus, para
próprio nome vos chama, que é que não possais errar.
o nome de Cristo; e se não que- 44 Porque fui chamado para
reis bdar ouvidos à voz do cbom falar desta maneira, segundo a
pastor, ao dnome pelo qual sois a
santa ordem de Deus, que está
chamados, eis que não sois as em Cristo Jesus; sim, fui ordena-
ovelhas do bom pastor. do a levantar-me e testificar a
39 E agora, se não sois as ove- este povo as coisas que foram
lhas do bom pastor, de que are- ditas por nossos pais concernen-
banho sois? Eis que vos digo tes às coisas que hão de vir.
que o bdiabo é o vosso pastor e 45 E isto não é tudo. Não su-
pertenceis a seu rebanho; e ago- pondes que eu próprio asaiba
ra, quem pode negar isto? Eis destas coisas? Eis que vos testifi-
que vos digo que quem isso ne- co que sei que estas coisas de
gar é cmentiroso e dfilho do dia- que falei são verdadeiras. E co-
bo. mo supondes que eu tenho cer-
40 Porque vos digo que tudo teza de sua veracidade?
que é abom vem de Deus e tudo 46 Eis que eu vos digo que elas
que é mau vem do diabo. me foram amostradas pelo Santo
41 Portanto, se um homem Espı́rito de Deus. Eis que bjejuei
apresenta aboas obras, ele dá ou- e orei durante muitos dias, a fim
vidos ao bom pastor e segue-o; de saber estas coisas por mim
mas quem apresenta obras más mesmo. E agora sei por mim
se torna bfilho do diabo, porque mesmo que são verdadeiras,
dá ouvidos a sua voz e segue-o. porque o Senhor Deus mas re-
42 E quem assim procede deve velou por seu Santo Espı́rito; e
receber dele o seu asalário; por este é o espı́rito de crevelação
conseguinte, recebe como bsalá- que está em mim.
rio a cmorte quanto às coisas 47 E ainda mais, digo-vos que
concernentes à retidão, estando assim me foi revelado, que as
morto para todas as boas obras. palavras que foram ditas por

37d Prov. 1:24–27; b Mos. 5:10. 42a Al. 3:26–27;


Isa. 65:12. gee Diabo. D&C 29:45.
e Jer. 26:4–5; Al. 10:6. c I Jo. 2:22. b Rom. 6:23.
38a gee Bom Pastor. d 2 Né. 9:9. c Hel. 14:16–18.
b Lev. 26:14–20; 40a Ômni. 1:25; Ét. 4:12; gee Morte Espiritual.
D&C 101:7. Morô. 7:12, 15–17. 44a Al. 13:6.
c 3 Né. 15:24; 18:31. 41a 3 Né. 14:16–20. 45a gee Testemunho.
d Mos. 5:8; gee Obras. 46a I Cor. 2:9–16.
Al. 34:38. b Mos. 16:3–5; b gee Jejuar, Jejum.
39a Mt. 6:24; Lc. 16:13. Al. 11:23. c gee Revelação.
253 Alma 5:48–54
nossos pais são verdadeiras, em mãos, digo-vos que o Espı́rito
conformidade com o espı́rito de afirma: Eis a glória do bRei de
profecia que está em mim, o toda a Terra; e também o Rei do
qual também existe pela mani- céu muito em breve brilhará en-
festação do Espı́rito de Deus. tre todos os filhos dos homens.
48 Digo-vos que sei por mim 51 E também me diz o Espı́rito,
mesmo que tudo quanto vos sim, clama com voz potente, di-
disser, concernente às coisas zendo: Vai e dize a este povo—
que hão de vir, é verdadeiro; e Arrependei-vos, porque, a
digo-vos que sei que Jesus Cris- menos que vos arrependais, não
to virá; sim, o Filho, o Unigênito podereis, de modo algum, her-
do Pai, cheio de graça e miseri- dar o reino do acéu.
córdia e verdade. E eis que é ele 52 E torno a dizer-vos que o
quem vem para tirar os pecados Espı́rito afirma: Eis que o ama-
do mundo, sim, os pecados de chado está posto à raiz da árvo-
todos os que crêem firmemente re; portanto toda árvore que
em seu nome. não produzir bons frutos será
b
49 E agora vos digo que esta é a cortada e atirada ao fogo, sim,
a
ordem segundo a qual eu fui um fogo que não pode ser con-
chamado, sim, para pregar a sumido, um fogo inextinguı́vel.
meus amados irmãos, sim, e a Ouvi e lembrai-vos de que o
todos os que habitam a terra; Santo o disse.
sim, para pregar a todos, tanto 53 E agora, meus amados ir-
velhos como jovens, tanto escra- mãos, eu vos pergunto: Podeis
vos como livres; sim, eu digo a refutar estas palavras? Sim, po-
vós, idosos, e também aos de deis pôr estas coisas de lado e
a
meia-idade e à nova geração; pisar o Santo sob os pés? Sim,
sim, para declarar-lhes que de- podeis inchar-vos com o borgu-
vem arrepender-se e bnascer de lho de vosso coração? Sim, per-
novo. sistireis em usar vestimentas
c
50 E assim diz o Espı́rito: Arre- luxuosas e pôr o coração nas
pendei-vos todos vós, confins coisas vãs do mundo, nas vossas
d
da Terra, porque o reino do céu riquezas?
está próximo; sim, o Filho de 54 Sim, persistireis em supor
Deus vem em sua aglória, em que sois uns melhores que os
sua força, majestade, poder e outros? Sim, persistireis na
domı́nio. Sim, meus amados ir- perseguição de vossos irmãos,

49a gee Chamado, Lc. 23:2; 52a Lc. 3:9; D&C 97:7.
Chamado por Deus, 2 Né. 10:14; b Jacó 5:46; 6:7;
Chamar; Sacerdócio. D&C 38:21–22; 3 Né. 27:11–12.
b gee Nascer de Deus, 128:22–23; 53a 1 Né. 19:7.
Nascer de Novo. Mois. 7:53. b gee Orgulho.
50a gee Glória; Segunda gee Jesus Cristo; c 2 Né. 28:11–14;
Vinda de Jesus Reino de Deus ou Mórm. 8:36–39.
Cristo. Reino do Céu. d Salm. 62:10;
b Salm. 24; Mt. 2:2; 51a gee Céu. D&C 56:16–18.
Alma 5:55–6:1 254
que se humilham e seguem a que, tendo muitas ovelhas, não
santa ordem de Deus pela qual zela por elas, para que os lobos
foram trazidos para esta igreja, não entrem e devorem-lhe o re-
tendo sido asantificados pelo banho? E eis que se um lobo en-
Santo Espı́rito e verdadeiramen- trar no meio de seu rebanho, não
te apresentando obras dignas do o porá para fora? Sim, e no final,
arrependimento? se lhe for possı́vel, destruı́-lo-á.
55 Sim, e persistireis em voltar 60 E agora vos digo que o bom
as costas aos apobres e aos ne- pastor vos chama; e se derdes
cessitados e a negar-lhes vossos ouvidos a sua voz, ele vos levará
bens? ao seu redil e sereis suas ove-
56 E finalmente, todos vós que lhas; e ele ordena-vos que não
persistis em vossa iniqüidade, permitais a nenhum lobo voraz
digo-vos que estes são os que entrar no meio de vós, para que
serão cortados e lançados ao fo- não sejais destruı́dos.
go, a menos que rapidamente se 61 E agora eu, Alma, ordeno-
arrependam. vos, na linguagem adaquele que
57 E agora digo a todos vós que mo ordenou, que procureis se-
desejais seguir a voz do abom guir as palavras que vos disse.
pastor: Afastai-vos dos inı́quos, 62 Falo por meio de manda-
conservai-vos bseparados e não mento a vós, que pertenceis à
toqueis em suas coisas imundas; igreja; e àqueles que não per-
e eis que seus nomes serão capa- tencem à igreja falo por meio de
gados, a fim de que os nomes convite, dizendo: Vinde e sede
dos inı́quos não sejam contados batizados para o arrependimen-
com os nomes dos justos, para to, a fim de que também parti-
que se cumpra a palavra de lheis do fruto da a árvore da
Deus, que diz: Os nomes dos vida.
inı́quos não serão misturados
com os nomes de meu povo;
CAPÍTULO 6
58 Porque os nomes dos justos
serão escritos no alivro da vida e
A Igreja em Zaraenla é purificada e
a eles concederei uma herança a
posta em ordem—Alma vai a Gi-
minha mão direita. E agora,
deão para pregar. Aproximadamen-
meus irmãos, que tendes a dizer
te 83 a.C.
contra isto? Digo-vos que se vos
manifestardes contra isto, não E então aconteceu que depois
importa, pois a palavra de Deus de haver acabado de falar ao po-
deve ser cumprida. vo da igreja que estava estabele-
59 Pois qual é o pastor entre vós cida na cidade de Zaraenla,

54a gee Santificação. b Esd. 6:21; 9:1; Morô. 6:7;


55a Salm. 109:15–16; Nee. 9:2; D&C 20:8.
Jacó 2:17; II Tess. 3:6; 58a gee Livro da Vida.
Hel. 6:39–40. D&C 133:5, 14. 61a Al. 5:44.
57a gee Bom Pastor. c Deut. 29:20; 62a 1 Né. 8:10; 11:21–23.
255 Alma 6:2–8
Alma aordenou sacerdotes e bél- achava na cidade de Zaraenla,
deres pela imposição de cmãos, e foi para o leste do rio Sidon,
segundo a ordem de Deus, para no avale de Gideão, onde fora
presidirem a igreja e dcuidarem construı́da uma cidade que se
dela. chamava cidade de Gideão, a
2 E aconteceu que aqueles que qual se achava no vale que era
não pertenciam à igreja e que se chamado Gideão, assim chama-
arrependeram de seus pecados do por causa do homem que
foram abatizados por causa do fora bmorto com a espada pela
arrependimento e recebidos na mão de Neor.
igreja. 8 E Alma começou a pregar a
3 E também aconteceu que palavra de Deus à igreja que es-
todos os que pertenciam à igre- tava estabelecida no vale de
ja e não se aarrependeram de Gideão, segundo a revelação da
suas iniqüidades nem se humi- veracidade da palavra que ha-
lharam perante Deus—refiro- via sido proferida por seus pais;
me aos que tinham o coração e segundo o espı́rito de profecia
cheio de borgulho—foram rejei- que estava nele, conforme o
tados e seus nomes capagados, a
testemunho de Jesus Cristo, o
para que seus nomes não fos- Filho de Deus, que viria para re-
sem contados com os dos justos. dimir seu povo de seus pecados,
4 E assim começaram a estabe- e a santa ordem pela qual fora
lecer a ordem da igreja, na cida- chamado. E assim está escrito.
de de Zaraenla. Amém.
5 Ora, quisera que entendês-
seis que a palavra de Deus era Palavras de Alma ao povo de
acessı́vel a todos; de modo que a Gideão, segundo seu próprio re-
ninguém era negado o privilé- gistro.
gio de reunir-se para ouvir a pa-
lavra de Deus. Abrangem o capı́tulo 7.
6 Não obstante, foi ordenado
aos filhos de Deus que se reu- CAPÍTULO 7
nissem freqüentemente e que se
unissem em ajejum e fervorosa Cristo nascerá de Maria—Ele sol-
oração pelo bem-estar da alma tará as ligaduras da morte e carre-
dos que não conheciam a Deus. gará os pecados de seu povo —
7 E aconteceu que Alma, tendo Aqueles que se arrependerem, forem
estabelecido estes regulamen- batizados e guardarem os manda-
tos, partiu, sim, da igreja que se mentos terão vida eterna — A

6 1a gee Ordenação, 2a gee Batismo, Batizar. gee Excomunhão.


Ordenar. 3a Mos. 26:6. 6a gee Jejuar, Jejum.
b gee Élder. b gee Orgulho. 7a Al. 2:20.
c gee Mãos, Imposição c Êx. 32:33; b Al. 1:9.
das. Mos. 26:36; 8a Apoc. 19:10.
d D&C 52:39. Al. 1:24; 5:57–58.
Alma 7:1–9 256
imundı́cie não pode herdar o reino sejo que minha alegria por vós,
de Deus—Requer-se humildade, fé, no entanto, surja por causa de
esperança e caridade. Aproximada- tantas aflições e tristezas, as
mente 83 a.C. quais senti pelos irmãos de
Zaraenla; pois eis que minha
Eis que, meus amados irmãos, já alegria por eles surge depois de
que me foi permitido vir até vós, ter passado por muita aflição e
tentarei, portanto, afalar-vos em tristeza.
minha linguagem; sim, de mi- 6 Eis que espero, porém, que
nha própria boca, sendo que é a não estejais num estado de tan-
primeira vez que vos falo com as ta incredulidade como se acha-
palavras de minha boca, pois vam vossos irmãos; espero que
tenho estado completamente não estejais com o coração cheio
restrito à bcadeira de juiz, com de orgulho; sim, espero que não
tantos deveres que não me foi tenhais posto o coração nas ri-
possı́vel vir até vós. quezas e coisas vãs do mundo;
2 E ainda agora eu não poderia sim, espero que não adoreis
a
ter vindo se a cadeira de juiz ı́dolos, mas que adoreis o Deus
não tivesse sido apassada a ou- b
vivo e verdadeiro; e que espe-
tro, para que governasse em reis ansiosamente, com uma fé
meu lugar; e o Senhor, com eterna, pela remissão de vossos
grande misericórdia, permitiu- pecados, a qual virá.
me vir até vós. 7 Pois eis que eu vos digo que
3 E eis que vim com grandes muitas coisas estão para vir; e
esperanças e muito desejo de eis que há uma coisa mais im-
constatar que vós vos haveis hu- portante que todas as outras—
milhado perante Deus e que ha- pois eis que não está longe o
a
veis continuado a suplicar-lhe a tempo em que o Redentor vive-
graça; de constatar que sois irre- rá e estará no meio de seu povo.
preensı́veis perante ele e que 8 Eis que não digo que ele fica-
não estais no terrı́vel dilema em rá conosco no tempo em que
que se achavam nossos irmãos habitar seu tabernáculo mortal;
em Zaraenla. pois eis que o Espı́rito não me
4 E bendito seja o nome de disse que tal se daria. Ora, a
Deus, pois deu-me a conhecer, respeito disso nada sei; sei,
sim, deu-me a grande alegria de porém, isto: que o Senhor Deus
saber que se acham novamente tem poder de fazer todas as coi-
estabelecidos no caminho de sas que estejam em conformida-
sua retidão. de com sua palavra.
5 E espero, segundo o Espı́rito 9 Mas eis que isto o Espı́rito me
de Deus que está em mim, ter disse: Clama a este povo, dizen-
também alegria por vós; não de- do: aArrependei-vos e preparai

7 1a Al. 4:19. 6 a 2 Né. 9:37; 7 a Al. 9:26.


b Mos. 29:42. Hel. 6:31. 9 a Mt. 3:2–4;
2 a Al. 4:16–18. b Dan. 6:26. Al. 9:25.
257 Alma 7:10–17
o caminho do Senhor e andai 14 Agora, digo que vos deveis
em suas veredas, que são retas; arrepender e anascer de novo;
pois eis que o reino do céu está porque o Espı́rito diz que, se
próximo e o Filho de Deus bnas- não nascerdes de novo, não po-
cerá na face da Terra. dereis herdar o reino do céu;
10 E eis que anascerá de bMaria, vinde, pois, e sede batizados
em Jerusalém, que é a cterra de para o arrependimento, a fim
nossos antepassados, sendo ela de serdes lavados de vossos
uma dvirgem, um vaso precioso pecados e terdes fé no Cordeiro
e escolhido; e uma sombra a en- de Deus que tira os pecados
volverá; e econceberá pelo poder do mundo, que é poderoso
do Espı́rito Santo e dará à luz para salvar e purificar de toda
um filho, sim, o Filho de Deus. injustiça.
11 E ele seguirá, sofrendo do- 15 Sim, digo-vos: Vinde e não
res e aaflições e tentações de to- temais; e deixai de lado todos os
da espécie; e isto para que se pecados que facilmente vos
a
cumpra a palavra que diz que envolvem, que vos amarram e
ele tomará sobre si as dores e as conduzem à destruição; sim,
enfermidades de seu povo. adiantai-vos e mostrai a vosso
12 E tomará sobre si a amorte, Deus que desejais arrepender-
para soltar as ligaduras da mor- vos de vossos pecados e fazer
te que prendem o seu povo; e com ele um convênio de guar-
tomará sobre si as suas enfermi- dar seus mandamentos; e teste-
dades, para que se lhe encham munhai-lhe isso hoje, entrando
de misericórdia as entranhas, nas águas do batismo.
segundo a carne, para que saiba, 16 E quem quer que isso faça e
segundo a carne, como bsocorrer guarde os mandamentos de
seu povo, de acordo com suas Deus de agora em diante, lem-
enfermidades. brar-se-á de que eu lhe digo,
13 Ora, o Espı́rito asabe todas sim, lembrar-se-á de que eu lhe
as coisas; não obstante, o Filho disse que terá vida eterna, se-
de Deus padece segundo a car- gundo o testemunho do Santo
ne para btomar sobre si os peca- Espı́rito que em mim testifica.
dos de seu povo, para 17 E agora, meus amados ir-
apagar-lhes as transgressões, de mãos, credes vós nestas coisas?
acordo com seu poder de liber- Eis que vos digo que sim; sei
tação; e eis que agora este é o que acreditais nelas; e sei que
testemunho que está em mim. acreditais nelas, pela manifesta-

9 b Mos. 3:5; 7:27; 15:1–2. d 1 Né. 11:13–21. b Heb. 2:18; 4:15;


10a Isa. 7:14; Lc. 1:27. e Mt. 1:20; D&C 62:1.
b Mos. 3:8. Mos. 15:3. 13a gee Trindade.
gee Maria, Mãe de 11a Isa. 53:3–5; b Mos. 15:12.
Jesus. Mos. 14:3–5. gee Expiação, Expiar.
c I Crôn. 9:3; 12a 2 Né. 2:8; 14a gee Nascer de Deus,
II Crôn. 15:9; Al. 12:24–25. Nascer de Novo.
1 Né. 1:4; 3 Né. 20:29. gee Crucificação. 15a 2 Né. 4:18.
Alma 7:18–26 258
ção do Espı́rito que está em de vosso dever para com Deus,
mim. E agora, porque vossa fé é para que andeis irrepreensivel-
forte a respeito disso, sim, a mente perante ele, para que an-
respeito das coisas que eu disse, deis conforme a santa ordem de
grande é minha alegria. Deus segundo a qual fostes re-
18 Porque, como vos disse des- cebidos.
de o princı́pio, muito desejava 23 E agora, quisera que fôsseis
a
que não estivésseis no dilema de humildes e submissos e man-
vossos irmãos; e eis que verifi- sos; fáceis de persuadir, cheios
quei que meus desejos foram sa- de paciência e longanimidade;
tisfeitos. sendo moderados em todas as
19 Porque percebo que estais coisas; guardando diligente-
nas veredas da retidão; percebo mente os mandamentos de
que estais no caminho que con- Deus em todos os momentos;
duz ao reino de Deus; sim, per- pedindo as coisas necessárias,
cebo que estais endireitando as tanto espirituais como mate-
suas averedas. riais; agradecendo sempre a
20 Percebo que vos foi dado co- Deus por tudo quanto recebeis.
nhecer, pelo testemunho de sua 24 E procurai ter afé, esperança
palavra, que ele não pode aan- e caridade; e então fareis sem-
dar por veredas tortuosas; nem pre boas obras em abundância.
se desvia daquilo que disse; 25 E que o Senhor vos abençoe
nem há nele sombra de desviar- e conserve vossas vestimentas
se da direita para a esquerda, ou imaculadas, para que possais fi-
seja, daquilo que é certo para nalmente sentar-vos no reino
aquilo que é errado; portanto o do céu, para não mais sairdes,
seu caminho é um cı́rculo eter- com Abraão, Isaque e Jacó e os
no. santos profetas que existiram
21 E ele não habita em atem- desde que o mundo começou,
plos impuros; nem pode a conservando vossas vestimen-
imundı́cie ou qualquer coisa im- tas aimaculadas, assim como as
pura ser recebida no reino de deles são imaculadas.
Deus; digo-vos portanto que 26 E agora, meus amados ir-
tempo virá, sim, e será no últi- mãos, eu vos disse estas pala-
mo dia, em que aquele que é vras segundo o Espı́rito que
b
imundo permanecerá na sua testifica em mim; e minha alma
imundı́cie. regozija-se muitı́ssimo por cau-
22 E agora, meus amados ir- sa da extrema diligência e aten-
mãos, eu vos disse estas coisas a ção com que ouvistes a minha
fim de despertar em vós o senso palavra.

19a Mt. 3:3. b 1 Né. 15:33–35; Humilde, Humilhar.


20a 1 Né. 10:19; Al. 37:12; 2 Né. 9:16; 24a I Cor. 13:1–13;
D&C 3:2. Mórm. 9:14; Ét. 12:30–35;
21a I Cor. 3:16–17; 6:19; D&C 88:35. Morô. 7:33–48.
Mos. 2:37; Al. 34:36. 23a gee Humildade, 25a II Ped. 3:14.
259 Alma 7:27–8:10
27 E agora, que a apaz de Deus 4 E começou a ensinar o povo
descanse sobre vós e sobre vos- na terra de Meleque, segundo a
a
sas casas e terras e sobre vossos santa ordem de Deus pela qual
rebanhos e manadas e tudo que havia sido chamado; e começou
possuı́s, vossas mulheres e vos- a ensinar o povo por toda a
sos filhos, conforme vossa fé e terra de Meleque.
boas obras, de agora em diante 5 E aconteceu que o povo veio
e para sempre. E assim falei. a ele de todas as fronteiras
Amém. da terra que ficava do lado do
deserto. E foram batizados por
toda a terra;
CAPÍTULO 8
6 E havendo terminado seu
trabalho em Meleque, partiu e
Alma prega e batiza em Meleque—
viajou pelo norte da terra de
Ele é rejeitado em Amonia e par-
Meleque durante três dias; e
te—Um anjo ordena-lhe que volte
chegou a uma cidade que se
e proclame arrependimento ao
chamava Amonia.
povo—Ele é recebido por Amule-
7 Ora, era costume do povo
que e os dois pregam em Amonia.
de Néfi chamar suas terras e
Aproximadamente 82 a.C.
suas cidades e suas aldeias,
E então aconteceu que Alma sim, mesmo todas as suas pe-
voltou da aterra de Gideão de- quenas aldeias, pelo nome do
pois de haver ensinado ao povo seu primeiro habitante; e assim
de Gideão muitas coisas que foi com a terra de Amonia.
não podem ser escritas, tendo 8 E aconteceu que quando
estabelecido a ordem da igreja chegou à cidade de Amonia,
como fizera anteriormente na Alma começou a pregar a pala-
terra de Zaraenla; sim, voltou vra de Deus.
para sua própria casa em Za- 9 Ora, Satanás aapoderara-se
raenla, a fim de descansar dos dos corações dos habitantes da
labores que havia executado. cidade de Amonia; portanto
2 E assim terminou o nono ano não quiseram dar ouvidos às
do governo dos juı́zes sobre o palavras de Alma.
povo de Néfi. 10 Alma, no entanto, aesfor-
3 E aconteceu, no começo do çou-se muito em espı́rito, bsupli-
décimo ano do governo dos juı́- cando a Deus, em c fervorosa
zes sobre o povo de Néfi, que oração, que derramasse o seu
Alma partiu dali e encaminhou- Espı́rito sobre o povo que se
se para a terra de Meleque, a achava na cidade; e que tam-
oeste do ario Sidon, no oeste, bém lhe permitisse batizá-los
perto das fronteiras do deserto. para o arrependimento.

27a gee Paz. gee Sacerdócio de 10a Al. 17:5.


8 1a Al. 2:20; 6:7. Melquisedeque. b En. 1:1–12.
3 a Al. 16:6–7. 9 a 2 Né. 28:19–22; c 3 Né. 27:1.
4 a D&C 107:2–4. D&C 10:20. gee Oração.
Alma 8:11–22 260
11 Eles, no entanto, endurece- 16 E eis que fui enviado para
ram o coração, dizendo-lhe: Eis ordenar-te que voltes à cidade
que sabemos que tu és Alma; de Amonia e pregues novamen-
e sabemos que és sumo sacer- te ao povo da cidade; sim, pre-
dote da igreja que organizaste ga-lhes. Sim, dize-lhes que, a
em muitas partes da terra, de menos que se arrependam, o
acordo com vossas tradições; e Senhor Deus os adestruirá.
nós não somos da tua igreja 17 Porque eis que neste mo-
e não acreditamos nessas tolas mento eles planejam como tirar
tradições. a liberdade de teu povo (pois
12 E agora sabemos que, por assim diz o Senhor), o que é
não pertencermos a tua igreja, contrário aos estatutos e julga-
não tens poder algum sobre nós; mentos e mandamentos que ele
e entregaste a cadeira de juiz a deu a seu povo.
a
Nefia; não és, portanto, nosso 18 Ora, aconteceu que depois
juiz supremo. de haver recebido a mensagem
13 Ora, quando o povo disse do anjo do Senhor, Alma voltou
isto e refutou todas as suas pala- rapidamente à terra de Amonia.
vras e ultrajou-o e nele cuspiu e E entrou na cidade por outro
fez com que fosse expulso de caminho, sim, pelo caminho
sua cidade, ele partiu dali e via- que fica ao sul da cidade de
jou em direção à cidade que era Amonia.
chamada Aarão. 19 E sentindo-se faminto ao
14 E aconteceu que enquanto entrar na cidade, disse a um
se dirigia para lá, estando abati- homem: Darás algo de comer
do de tristeza, passando por a um humilde servo de Deus?
muitas atribulações e angústias 20 E o homem disse-lhe: Sou
por causa da iniqüidade do po- nefita e sei que és um santo
vo que se achava na cidade de profeta de Deus, porque és
Amonia, aconteceu que enquan- o homem de quem um aanjo,
to Alma estava assim abatido de numa visão, disse: Tu o rece-
pesar, eis que lhe apareceu berás. Portanto vem comigo
um banjo do Senhor, dizendo: para minha casa e repartirei
15 Bendito és tu, Alma; levan- contigo o meu alimento; e sei
ta, portanto, a cabeça e alegra- que serás uma bênção para mim
te, pois tens grandes motivos e minha casa.
para te alegrares; porque foste 21 E aconteceu que o homem o
fiel aos mandamentos de Deus recebeu em sua casa; e o homem
desde o momento em que rece- chamava-se aAmuleque; e trou-
beste dele a primeira mensa- xe pão e carne e colocou diante
gem. Eis que sou aquele que a de Alma.
a
transmitiu a ti. 22 E aconteceu que Alma co-

12a Al. 4:20. gee Anjos. 20a Al. 10:7–9.


14a gee Adversidade. 15a Mos. 27:11–16. 21a gee Amuleque.
b Al. 10:7–10, 20. 16a Al. 9:12, 18, 24.
261 Alma 8:23–32
meu pão e fartou-se; e aabenço- rar-lhe as palavras de Deus; e
ou Amuleque e sua casa e estavam cheios do Espı́rito San-
rendeu graças a Deus. to.
23 E depois de haver comido e 31 E haviam recebido apoder,
estar farto, disse a Amuleque: tanto assim que não podiam ser
Eu sou Alma e sou o asumo sa- confinados em prisões; nem era
cerdote da igreja de Deus em to- possı́vel que algum homem os
da esta terra. matasse; no entanto não fize-
24 E eis que fui chamado para ram uso de seu bpoder até have-
pregar a palavra de Deus entre rem sido amarrados e postos na
todo este povo, segundo o es- prisão. Ora, isso foi feito para
pı́rito de revelação e profecia; que o Senhor pudesse mostrar
e estive nesta terra e não me por meio deles o seu poder.
receberam, mas aexpulsaram- 32 E aconteceu que saı́ram e
me; e eu estava prestes a vol- começaram a pregar e a profeti-
tar as costas a esta terra para zar ao povo, segundo o espı́rito
sempre. e poder que o Senhor lhes con-
25 Mas eis que recebi ordem de ferira.
voltar e profetizar a este povo;
sim, de testemunhar contra ele a
respeito de suas iniqüidades. Palavras de Alma e também
26 E agora, Amuleque, por me palavras de Amuleque, ditas ao
haveres alimentado e recebido, povo que habitava a terra de
és abençoado; porque eu estava Amonia. Eles são aprisionados
faminto por ter jejuado durante e, pelo milagroso poder de Deus
muitos dias. que estava neles, são libertados,
27 E Alma ficou muitos dias segundo o registro de Alma.
com Amuleque, antes de come- Abrangem os capı́tulos 9 a 14.
çar a pregar ao povo.
28 E aconteceu que as iniqüi-
dades do povo se agravaram. CAPÍTULO 9
29 E chegou a palavra a Alma,
dizendo: Vai e dize também a Alma ordena ao povo de Amonia
meu servo Amuleque que vá que se arrependa—O Senhor será
profetizar a este povo, dizen- misericordioso para com os lamani-
do— aArrependei-vos, pois as- tas nos últimos dias—Se os nefitas
sim diz o Senhor: A menos que abandonarem a luz, serão destruı́-
vos arrependais, visitarei este dos pelos lamanitas—O Filho de
povo em minha ira; sim, não Deus logo virá—Ele redimirá os
desviarei minha ardente ira. que se arrependem, são batizados e
30 E saiu Alma e também Amu- têm fé em seu nome. Aproximada-
leque entre o povo, para decla- mente 82 a.C.
22a Al. 10:11. 24a Al. 8:13. Arrependimento.
23a Al. 5:3, 44, 49; 29a Al. 9:12, 18. 31a 1 Né. 1:20.
13:1–20. gee Arrepender-se, b Al. 14:17–29.
Alma 9:1–13 262
E novamente eu, Alma, tendo do da tradição de vossos pais!
sido ordenado por Deus a levar Sim, quão rapidamente vos ha-
comigo Amuleque para pregar veis esquecido dos mandamen-
outra vez a esse povo, ou seja, o tos de Deus!
povo que estava na cidade de 9 Não vos lembrais de que nos-
Amonia, aconteceu que quando so pai, Leı́, foi trazido de Jerusa-
principiei a pregar-lhes, eles co- lém pela amão de Deus? Não vos
meçaram a contender comigo, lembrais de que todos foram por
dizendo: ele guiados no deserto?
2 Quem és tu? Supões que 10 E haveis esquecido tão ra-
acreditaremos no testemunho pidamente quantas vezes ele
de aum homem, ainda que nos libertou nossos pais das mãos
anuncie que a Terra deixará de de seus inimigos e evitou que
existir? fossem destruı́dos, até mesmo
3 Ora, não entendiam as pala- pelas mãos de seus próprios
vras que diziam; pois não sa- irmãos?
biam que a Terra deixaria de 11 Sim, e se não fosse por seu
existir. incomparável poder e sua mise-
4 E disseram também: Não ricórdia e sua longanimidade
acreditaremos em tuas palavras, para conosco, terı́amos inevita-
mesmo que profetizes que esta velmente sido varridos da face
grande cidade será destruı́da da Terra há muito tempo e terı́a-
em aum dia. mos sido, talvez, condenados a
5 Ora, eles não sabiam que um estado de a interminável
Deus podia fazer obras tão ma- miséria e angústia.
ravilhosas, porque eram duros 12 Eis que agora eu vos digo
de coração e obstinados. que ele ordena que vos arre-
6 E perguntaram: a Quem é pendais; e, se não vos arre-
Deus, que bnão envia a este po- penderdes, não podereis de
vo mais autoridade do que um maneira alguma herdar o rei-
só homem para declarar-lhes a no de Deus. Mas eis que isto não
veracidade de coisas tão gran- é tudo—Ele vos ordenou que
des e maravilhosas? vos arrependêsseis, pois, do
7 E eles avançaram para agar- contrário, ele vos avarrerá com-
r a r - m e , m a s e i s q u e n ã o o pletamente da face da Terra;
fizeram. E enfrentei-os com sim, visitar-vos-á em sua ira e
muita ousadia para declarar- não se desviará em sua bardente
lhes, sim, testifiquei-lhes ousa- ira.
damente, dizendo: 13 Eis que não vos lembrais de
8 Ó vós, ageração inı́qua e per- suas palavras a Leı́, dizendo: aSe
versa, como vos haveis esqueci- guardardes meus mandamen-

9 2a Deut. 17:6. b Al. 10:12. 12a Al. 8:16; 10:19, 23, 27.
4 a Al. 16:9–10. 8a Al. 10:17–25. b Al. 8:29.
6 a Êx. 5:2; Mos. 11:27; 9a 1 Né. 2:1–7. 13a 2 Né. 1:20; Mos. 1:7;
Mois. 5:16. 11a Mos. 16:11. Al. 37:13.
263 Alma 9:14–21
tos, prosperareis na terra? E ain- 18 Mas eis que vos digo que, se
da: Se não guardardes meus persistirdes em vossas iniqüida-
mandamentos, sereis afastados des, vossos dias não serão pro-
da presença do Senhor? longados na terra, porque os
a
14 Ora, eu quisera que vos lamanitas serão enviados con-
lembrásseis de que, como os tra vós; e se não vos arrepender-
lamanitas não guardaram os des, eles virão num dia em que
mandamentos de Deus, foram vós não sabeis e sereis visitados
a
afastados da presença do Se- com b total destruição; e isto
nhor. Ora, vemos que a palavra acontecerá de acordo com a ar-
do Senhor foi confirmada neste dente cira do Senhor.
ponto e os lamanitas foram afas- 19 Pois ele não permitirá que
tados de sua presença desde o vivais em vossas iniqüidades
começo de suas transgressões para destruir seu povo. Digo-
na terra. vos que não; ele antes permitiria
15 Não obstante, digo-vos que que os lamanitas adestruı́ssem
o dia do julgamento será mais todo o seu povo, chamado povo
a
tolerável para eles do que para de Néfi, se fosse possı́vel que
vós, se permanecerdes em vos- eles bcaı́ssem em pecado e trans-
sos pecados; sim, e mais tolerá- gressão depois de haverem re-
vel para eles nesta vida do que cebido tanta luz e tanto conheci-
para vós, a menos que vos arre- mento do Senhor seu Deus;
pendais. 20 Sim, depois de haverem si-
1 6 P o r q u e m u i t a s s ã o a s do um povo altamente favoreci-
promessas aestendidas aos la- do pelo Senhor; sim, depois de
manitas; pois foi por causa das haverem sido mais favorecidos
b
tradições de seus pais que do que qualquer outra nação,
permaneceram num estado de tribo, lı́ngua ou povo; depois de
c
ignorância; o Senhor será, por- lhes terem asido manifestadas,
tanto, misericordioso para com de acordo com seus desejos e
eles e dprolongará sua existência sua fé e orações, todas as coisas
na terra. concernentes ao que era, ao que
17 E algum dia serão alevados a é e ao que há de vir;
acreditar em sua palavra e a co- 21 Havendo sido visitados pelo
nhecer os erros das tradições de Espı́rito de Deus; havendo con-
seus pais; e muitos deles serão versado com anjos e ouvido a
salvos, porque o Senhor será mi- voz do Senhor e tendo o espı́rito
sericordioso com todos os que de profecia e o espı́rito de reve-
b
invocarem seu nome. lação; e também muitos dons, o

14a 2 Né. 5:20–24; d Hel. 15:10–12. c Al. 8:29.


Al. 38:1. 17a En. 1:13. 19a 1 Né. 12:15, 19–20;
15a Mt. 11:22, 24. b Al. 38:5; Al. 45:10–14.
16a Al. 17:15. D&C 3:8. b Al. 24:30.
b Mos. 18:11–17. 18a Al. 16:2–3. 20a gee Revelação.
c Mos. 3:11. b Al. 16:9.
Alma 9:22–30 264
dom de falar em lı́nguas e o muitos de seu povo, ordenan-
dom de pregar e o dom do Espı́- do-lhes que fossem clamar for-
rito Santo e o dom de atraduzir; temente a este povo, dizendo:
a
22 Sim, e depois de haverem Arrependei-vos, porque o reino
sido alibertados por Deus da ter- do céu está próximo;
ra de Jerusalém, pela mão do 26 E anão se passarão muitos
Senhor; tendo sido salvos da fo- dias até que o Filho de Deus ve-
me e de doenças e de todo tipo nha em sua glória; e sua glória
de enfermidades de toda espé- será a glória do bUnigênito do
cie; e tendo sido fortalecidos em Pai, cheio de cgraça, eqüidade e
batalhas, para que não fossem verdade, cheio de paciência,
d
destruı́dos; tendo sido liberta- misericórdia e longanimidade,
dos do bcativeiro, vez após vez, pronto a eouvir o clamor de seu
e tendo sido protegidos e pre- povo e a responder a suas ora-
servados até agora; e prospera- ções.
ram até se enriquecerem de 27 E eis que virá para aredimir
todas as coisas— os que se bbatizarem para o arre-
23 E agora, eis que vos digo pendimento, pela fé em seu no-
que se este povo, que recebeu me.
tantas bênçãos da mão do Se- 28 Preparai, portanto, o cami-
nhor, transgredir contra a luz e nho do Senhor, pois aproxima-
o conhecimento que possui, eu se o tempo em que todos os
vos digo que, se isto acontecer, homens colherão uma recom-
se eles caı́rem em transgressão, pensa de suas aobras, de acordo
será muito mais atolerável para com aquilo que tenham sido; se
os lamanitas do que para eles. foram justas, bcolherão a salva-
24 Pois eis que as apromessas ção de sua alma, segundo o po-
do Senhor se estendem aos la- der e a redenção de Jesus Cristo;
manitas, mas não a vós, se trans- e se foram más, colherão a ccon-
gredirdes; pois não prometeu denação de sua alma, segundo o
expressamente o Senhor e fir- poder e cativeiro do diabo.
memente decretou que, se vos 29 Agora, eis que esta é a voz
rebelardes contra ele, sereis do anjo, clamando ao povo.
completamente varridos da face 30 E agora, meus aamados ir-
da Terra? mãos, pois sois meus irmãos e
25 E por causa disso, para que deveis ser amados, deveis pro-
não sejais destruı́dos, o Senhor duzir obras dignas de arrepen-
enviou o seu anjo para visitar dimento, já que vosso coração

21a Ômni 1:20; 25a Al. 7:9; 27a gee Redenção,


Mos. 8:13–19; Hel. 5:32. Redimido, Redimir.
28:11–17. 26a Al. 7:7. b gee Batismo, Batizar.
22a 2 Né. 1:4. b gee Unigênito. 28a D&C 1:10; 6:33.
b Mos. 27:16. c gee Graça. b Salm. 7:16.
23a Mt. 11:22–24. d gee Misericórdia, c gee Condenação,
24a 2 Né. 30:4–6; Misericordioso. Condenar.
D&C 3:20. e Deut. 26:7. 30a I Jo. 4:11.
265 Alma 9:31–10:6
foi grandemente endurecido 2 Eu sou Amuleque; sou filho
contra a palavra de Deus e sois de Gidona, que era filho de Is-
um povo decaı́do e bperdido. mael, que era descendente de
31 Ora, aconteceu que tendo Aminádi; e foi esse mesmo Ami-
eu, Alma, proferido estas pala- nádi que interpretou a escritura
vras, eis que o povo se zangou que se achava na parede do
comigo por ter-lhes dito que templo, que fora escrita pelo de-
eram um povo de coração duro do de Deus.
e aobstinado. 3 E Aminádi era descendente
32 E também porque lhes disse de Néfi, que era filho de Leı́, que
que eram um povo perdido e saiu da terra de Jerusalém, que
decaı́do, iraram-se contra mim e era descendente de aManassés,
procuraram agarrar-me para que era filho de bJosé, que foi
c
lançar-me na prisão. vendido no Egito pelas mãos de
33 Aconteceu, porém, que o seus irmãos.
Senhor não permitiu, naquela 4 E eis que eu também sou ho-
oportunidade, que me agarras- mem de alguma reputação en-
sem e lançassem na prisão. tre todos os que me conhecem;
34 E aconteceu que Amuleque, sim, e eis que tenho muitos pa-
adiantando-se, também come- rentes e aamigos e também ad-
çou a pregar-lhes. Ora, as apala- quiri muitas riquezas por meio
vras de Amuleque não estão de meus esforços.
todas escritas; não obstante, 5 Não obstante tudo isso, nun-
uma parte de suas palavras está ca tive muito conhecimento
escrita neste livro. acerca dos caminhos do Senhor,
de seus amistérios e maravilhoso
poder. Disse que nunca havia
CAPÍTULO 10
tido muito conhecimento destas
coisas, mas eis que me engano,
Leı́ descendia de Manassés—Amu-
porque muito vi de seus misté-
leque relata a ordem que recebera do
rios e maravilhoso poder; sim,
anjo para cuidar de Alma—As ora-
mesmo na preservação da vida
ções dos justos fazem com que o po-
deste povo.
vo seja poupado—Advogados e juı́-
6 Não obstante, endureci o co-
zes inı́quos alicerçam a destruição
ração, pois fui achamado muitas
do povo. Aproximadamente 82 a.C.
vezes e não quis bouvir; portan-
Ora, estas são as apalavras que to eu sabia a respeito destas coi-
b
Amuleque pregou ao povo que sas, embora não quisesse saber;
estava na terra de Amonia, di- assim, continuei rebelando-me
zendo: contra Deus na maldade de meu

30b Al. 12:22. b Al. 8:21–29. c Gên. 37:29–36.


31a 2 Né. 25:28; 3 a Gên. 41:51; 4a Al. 15:16.
Mos. 3:14. I Crôn. 9:3. 5a gee Mistérios de Deus.
34a Al. 10. b gee José, Filho de 6a Al. 5:37.
10 1a Al. 9:34. Jacó. b D&C 39:9.
Alma 10:7–15 266
coração, até o quarto dia deste 11 Pois eis que ele aabençoou
sétimo mês, no décimo ano do minha casa; abençoou a mim e
governo dos juı́zes. as mulheres de minha casa e
7 E enquanto viajava para visi- meus filhos e meu pai e meus
tar um parente muito próximo, parentes; sim, abençoou toda a
eis que um aanjo do Senhor me minha parentela e a bênção do
apareceu e disse: Amuleque, Senhor recaiu sobre nós segun-
volta para tua casa, porque ali- do as palavras que ele proferiu.
mentarás um profeta do Se- 12 E então, quando Amuleque
nhor; sim, um santo homem, disse estas palavras, o povo co-
que é um homem escolhido por meçou a ficar admirado, vendo
Deus; porque b jejuou muitos que havia amais que uma teste-
dias por causa dos pecados des- munha que afirmava as coisas
te povo e está faminto; e crece- das quais eram acusados, assim
bê-lo-ás em tua casa e alimentá- como as coisas que estavam pa-
lo-ás; e ele abençoará a ti e a tua ra vir, segundo o espı́rito de
casa; e a bênção do Senhor re- profecia que se achava neles.
cairá sobre ti e tua casa. 13 Não obstante, houve alguns
8 E aconteceu que obedeci à entre eles que quiseram interro-
voz do anjo e dirigi-me para mi- gá-los para ver se, com seus
nha casa. E quando para ela me astutos a ardis, conseguiriam
dirigia, encontrei o ahomem so- enredá-los em suas próprias pa-
bre quem o anjo dissera: Rece- lavras e, assim, obter um teste-
bê-lo-ás em tua casa—e eis que munho contra eles, a fim de
era este mesmo homem que vos poderem entregá-los a seus juı́-
tem falado sobre as coisas de zes para que fossem julgados de
Deus. acordo com a lei e fossem mor-
9 E o anjo disse-me que ele é tos ou lançados na prisão, se-
um homem santo; sei portanto gundo o crime que pudessem
que é um asanto homem, porque simular ou testemunhar contra
me foi dito por um anjo de eles.
Deus. 14 Ora, esses homens que
10 E ainda sei que as coisas que procuravam destruı́-los eram
a
ele testemunhou são verdadei- advogados, empregados ou no-
ras; pois eis que vos digo: Assim meados pelo povo, para aplicar
como vive o Senhor, ele enviou a lei nas épocas de julgamento,
seu aanjo para manifestar-me es- ou seja, nos julgamentos dos cri-
tas coisas; e isto fez enquanto mes do povo perante os juı́zes.
este Alma estava bhospedado 15 Ora, esses advogados eram
em minha casa. versados em todas as artima-

7 a Al. 8:20. 9a gee Santo. 13a Al. 11:21.


b Al. 5:46; 6:6. 10a Al. 11:30–31. 14a Al. 10:24; 11:20–21;
gee Jejuar, Jejum. b Al. 8:27. 14:18.
c At. 10:30–35. 11a Al. 8:22.
8 a Al. 8:19–21. 12a Al. 9:6.
267 Alma 10:16–25
nhas e astúcias do povo: e isto julga o Senhor as vossas iniqüi-
para que fossem habilidosos em dades; bem clama a este povo
sua profissão. pela voz de seus aanjos: Arre-
16 E aconteceu que começaram pendei-vos, arrependei-vos, por-
a interrogar Amuleque, para as- que o reino do céu está próxi-
sim fazê-lo contradizer suas pa- mo.
lavras, ou seja, contradizer as 21 Sim, bem clama ele pela voz
palavras que diria. de seus anjos: aDescerei no meio
17 Ora, eles não sabiam que de meu povo com eqüidade e
Amuleque podia conhecer suas justiça em minhas mãos.
intenções. Mas aconteceu que 22 Sim, e digo-vos que, se não
quando começaram a interrogá- fosse pelas aorações dos justos
lo, ele apercebeu seus pensa- que agora habitam a terra, vós
mentos e disse-lhes: Ó bgeração serı́eis agora mesmo visitados
inı́qua e perversa, vós, advoga- por completa destruição; contu-
dos e hipócritas, pois estais esta- do ela não viria por bdilúvio, co-
belecendo os alicerces do diabo; mo aconteceu ao povo nos dias
pois estais preparando carmadi- de Noé, mas pela fome e por
lhas e laços para apanhar os pestilência e pela espada.
santos de Deus. 23 É, porém, pelas aorações dos
18 Estais tramando aperverter justos que sois poupados; agora,
os caminhos dos justos e fazer se afastardes portanto os justos
cair sobre vossa cabeça a ira de do meio de vós, então o Senhor
Deus, até a completa destruição não deterá a mão, mas, na sua
deste povo. ardente ira, virá contra vós; se-
19 Sim, bem disse Mosias, que reis então castigados pela fome
foi nosso último rei, quando es- e por pestilência e pela espada;
tava para entregar seu reino— e o btempo aproxima-se, a me-
não tendo a quem deixá-lo e nos que vos arrependais.
fazendo com que o povo se go- 24 E então aconteceu que o
vernasse pela própria voz—sim, povo se indignou ainda mais
bem disse ele que, se chegasse o contra Amuleque e clamou, di-
tempo em que a voz deste povo zendo: Este homem rebela-se
a
escolhesse a iniqüidade, isto é, contra nossas leis, que são jus-
se viesse o tempo em que este tas; e contra nossos sábios advo-
povo caı́sse em transgressão, gados por nós escolhidos.
eles estariam maduros para a 25 Amuleque, porém, estendeu
destruição. a mão e clamou-lhes mais forte-
20 E agora vos digo que bem mente, dizendo: Ó malvada e

17a Al. 12:3; 20:18, 32; Al. 2:3–7; b Gên. 8:21;


D&C 6:16. Hel. 5:2. 3 Né. 22:8–10.
b Mt. 3:7; Al. 9:8. 20a Al. 8:14–16; 13:22. gee Dilúvio no
c D&C 10:21–27. 21a Mos. 13:34. Tempo de Noé.
18a At. 13:10. 22a Tg. 5:16; 23a gee Oração.
19a Mos. 29:27; Mos. 27:14–16. b Al. 34:32–35.
Alma 10:26–11:3 268
perversa geração, por que con- 32 Ora, o objetivo desses advo-
seguiu Satanás tão grande po- gados era obter lucro; e eles
der sobre vosso coração? Por obtinham lucro de acordo com o
que vos submeteis a ele, para seu trabalho.
que tenha poder sobre vós, para
a
cegar-vos e não poderdes com-
CAPÍTULO 11
preender as palavras que são
proferidas de acordo com a ver-
Descreve-se o sistema monetário
dade?
nefita—Amuleque contende com
26 Pois eis que testifiquei eu
Zeezrom — Cristo não salvará o
contra a vossa lei? Vós não com-
povo em pecado—Somente os que
preendeis. Dizeis que falei con-
herdam o reino do céu são salvos—
tra a vossa lei, mas eu não o fiz;
Todos os homens se levantarão em
mas falei a favor de vossa lei, pa-
imortalidade—Não há morte após a
ra vossa condenação.
ressurreição. Aproximadamente 82
27 E agora, eis que vos digo
a.C.
que o alicerce da destruição des-
te povo está começando a ser Ora, constava na lei de Mosias
estabelecido pela injustiça de que todo homem que fosse um
vossos aadvogados e de vossos juiz da lei ou aqueles que fos-
juı́zes. sem nomeados juı́zes recebes-
28 E aconteceu que tendo sem um salário, de acordo com o
Amuleque dito estas palavras, o tempo que empregassem para
povo clamou contra ele, dizen- julgar aqueles que lhes eram le-
do: Agora sabemos que este vados para serem julgados.
homem é um filho do diabo, 2 Ora, se um homem devesse a
porque nos amentiu; pois falou outro e não quisesse pagar aqui-
contra nossa lei. E agora diz que lo que devia, dele se dava quei-
não falou contra ela. xa ao juiz; e o juiz exercia sua
29 E mais ainda, rebelou-se autoridade e enviava oficiais pa-
contra nossos advogados e nos- ra levarem o homem perante
sos juı́zes. ele; e ele julgava o homem se-
30 E aconteceu que os advoga- gundo a lei e as evidências que
dos inculcaram no coração deles apresentavam contra ele; e as-
que guardassem na lembrança sim o homem era compelido a
estas coisas contra ele. pagar aquilo que devia ou era
31 E havia um entre eles, cujo despojado do que tinha e afasta-
nome era Zeezrom. Ora, ele foi do do povo, como ladrão e es-
o primeiro a aacusar Amuleque e poliador.
Alma, por ser um dos mais pre- 3 E o juiz recebia honorários de
parados entre eles, tendo mui- acordo com seu tempo—um se-
tos negócios com o povo. nine de ouro por dia ou um se-

25a II Cor. 4:4; 27a Lc. 11:45–52. 31a Al. 11:20–36.


Al. 14:6. 28a Al. 14:2.
269 Alma 11:4–22
num de prata, que equivalia a 14 Ora, este era o valor dos nú-
um senine de ouro; e isso de meros menores de seus cálcu-
acordo com a lei em vigor. los—
4 Ora, estes são os nomes das 15 Um siblon era a metade de
diversas moedas de ouro e de um senum; portanto, um si-
prata, segundo seu valor. E os blon valia meia medida de ceva-
nomes foram dados pelos nefi- da.
tas, porque não contavam se- 16 E um siblum era a metade
gundo a maneira dos judeus de um siblon.
que estavam em Jerusalém; nem 17 E um leá era a metade de
mediam segundo a maneira dos um siblum.
judeus, mas alteraram seus cál- 18 Ora, estes eram seus núme-
culos e suas medidas segundo a ros, segundo seus cálculos.
vontade e circunstâncias do po- 19 Ora, um antion de ouro era
vo, em cada geração, até o go- igual a três siblons.
verno dos juı́zes, aestabelecido 20 Ora, era com o único fito de
pelo rei Mosias. obter lucro—pois recebiam salá-
5 Era este o cálculo estabeleci- rios segundo os seus serviços—
do: Um senine de ouro, um seon que os juı́zes incitavam o povo a
de ouro, um sum de ouro e um motins e a toda espécie de dis-
limna de ouro. túrbios e iniqüidades, para que
6 Um senum de prata, um am- tivessem mais serviço e pudes-
nor de prata, um ezrom de prata sem aganhar mais dinheiro, de
e um onti de prata. acordo com as causas que lhes
7 Um senum de prata equivalia eram levadas; portanto incita-
a um senine de ouro, e tanto um ram o povo contra Alma e Amu-
como outro valiam uma medida leque.
de cevada e também uma medi- 21 E este Zeezrom começou a
da de todos os tipos de grãos. questionar Amuleque, dizendo:
8 Ora, o valor de um seon de Responderás a algumas pergun-
ouro era duas vezes o valor de tas que eu te fizer? Ora, Zeez-
um senine. rom era um homem perito nos
a
9 E um sum de ouro era duas ardis do diabo para destruir o
vezes o valor de um seon. que era bom; portanto disse a
10 E um limna de ouro tinha o Amuleque: Responderás às per-
valor de todas as outras moedas. guntas que eu te fizer?
11 E um amnor de prata valia 22 E Amuleque disse-lhe: Sim,
tanto quanto dois senuns. se for segundo o aEspı́rito do Se-
12 E um ezrom de prata valia nhor que está em mim; porque
por quatro senuns. nada direi que seja contrário ao
13 E um onti tinha o valor de Espı́rito do Senhor. E disse-lhe
todas as outras moedas. Zeezrom: Eis que aqui estão seis

11 4a Mos. 29:40–44. 21a Al. 10:13.


20a Al. 10:32. 22a gee Espı́rito Santo.
Alma 11:23–39 270
ontis de prata; e todos te darei, 33 E ele respondeu-lhe: Sim.
se negares a existência de um 34 E disse novamente Zeez-
Ser Supremo. rom: Salvará ele seu povo aem
23 Ora, Amuleque disse: Ó tu, seus pecados? E Amuleque res-
a
filho do inferno, por que me pondeu-lhe e disse-lhe: Digo-te
b
tentas? Ignoras tu que os justos que ele não salvará, porque lhe
não cedem a tais tentações? é impossı́vel negar sua própria
24 Acreditas que não há Deus? palavra.
Digo-te: Não, tu sabes que existe 35 Disse então Zeezrom ao po-
um Deus; amas, porém, mais o vo: Lembrai-vos destas coisas;
a
lucro do que a ele. porque ele disse que existe um
25 E agora, mentiste a mim pe- só Deus; não obstante, declarou
rante Deus. Disseste-me — Eis que o Filho de Deus virá mas
que te darei seis ontis, que são não salvará seu povo—como se
de grande valor—quando em ele tivesse autoridade para
teu coração tinhas o intento mandar em Deus.
de ficar com eles; e o teu único 36 Então Amuleque lhe disse
desejo era que eu negasse o novamente: Eis que mentiste,
Deus vivo e verdadeiro, a fim pois disseste que eu falei como
de que tivesses motivo para des- se tivesse autoridade para man-
truir-me. E agora, eis que por dar em Deus, porque disse que
este grande mal terás tua recom- ele não salvará seu povo em
pensa. seus pecados.
26 E Zeezrom disse-lhe: Dizes 37 E torno a dizer-te que ele
que existe um Deus vivo e ver- não pode salvá-los em seus
a
dadeiro? pecados, porque eu não posso
27 E Amuleque respondeu: negar a sua palavra e ele disse
Sim, existe um Deus vivo e ver- que bnada impuro pode herdar
dadeiro. o creino do céu; portanto, como
28 Disse então Zeezrom: Existe podeis ser salvos, a menos que
mais de um Deus? herdeis o reino do céu? Portan-
29 E ele respondeu: Não. to não podeis ser salvos em vos-
30 Então perguntou-lhe Zeez- sos pecados.
rom novamente: Como sabes 38 Então Zeezrom novamente
estas coisas? lhe disse: É o Filho de Deus o
31 E ele disse: Um aanjo mas próprio Pai Eterno?
deu a conhecer. 39 E respondeu-lhe Amuleque:
32 E Zeezrom tornou a per- Sim, ele é o próprio aPai Eterno
guntar: Quem é aquele que vi- do céu e da Terra e de btodas as
rá? É o Filho de Deus? coisas que neles existem; ele é o

23a Al. 5:41. 37a I Cor. 6:9–10. c gee Reino de Deus


b gee Tentação, Tentar. b 1 Né. 15:33; ou Reino do Céu.
24a I Tim. 6:10; Tit. 1:11. Al. 40:26; 39a Isa. 9:6.
31a Al. 10:7–10. 3 Né. 27:19. b Col. 1:16;
34a Hel. 5:10–11. gee Ímpio. Mos. 4:2.
271 Alma 11:40–46
começo e o fim, o primeiro e o como jovens, tanto escravos co-
último; mo livres, tanto homens como
40 E virá ao amundo para bredi- mulheres, tanto inı́quos como
mir seu povo; e ctomará sobre si justos; e não se perderá um úni-
as transgressões daqueles que co cabelo de sua cabeça, mas tu-
acreditam em seu nome; e estes do será a restaurado em sua
são os que terão vida eterna e estrutura natural, como se en-
para ninguém mais haverá sal- contra agora, ou seja, no corpo;
vação. e todos serão levados perante o
41 Portanto os inı́quos perma- tribunal de Cristo, o Filho, e
necerão como se anão tivesse ha- Deus, o bPai, e o Santo Espı́rito,
vido redenção, sendo apenas que são cum Eterno Deus, para
desatadas as ligaduras da mor- serem djulgados segundo suas
te; pois eis que dia virá em que obras, sejam elas boas ou más.
b
todos se levantarão da morte e 45 Ora, eis que vos falei sobre a
apresentar-se-ão perante Deus e morte do corpo mortal e tam-
serão cjulgados segundo suas bém sobre a aressurreição do
obras. corpo mortal. Digo-vos que este
42 Ora, existe uma morte que é corpo mortal será blevantado
chamada morte fı́sica; e a morte num corpo cimortal, isto é, pas-
de Cristo desatará as aligaduras sará da morte, da primeira
dessa morte fı́sica, para que to- morte, à vida, para dnão mais
dos se levantem dessa morte morrer; e o espı́rito unir-se-á a
fı́sica. seu corpo para não mais serem
43 O espı́rito e o corpo serão divididos; o todo tornando-se,
a
reunidos em sua perfeita for- assim, eespiritual e imortal, de
ma; os membros e juntas serão modo que já não possa experi-
reconstituı́dos em sua estrutura mentar corrupção.
natural, tal como nos achamos 46 Ora, quando Amuleque
neste momento; e seremos leva- terminou estas palavras, o povo
dos a apresentar-nos perante começou novamente a ficar
Deus, sabendo o que sabemos admirado e também Zeezrom
agora e tendo uma viva blem- começou a tremer. E assim ter-
brança de toda a nossa cculpa. minaram as palavras de Amule-
44 Ora, esta restauração acon- que, ou seja, isto é tudo o que
tecerá com todos, tanto velhos escrevi.

40a gee Mundo. c gee Juı́zo Final. c 3 Né. 11:27, 36.


b Rom. 11:26–27. 42a Al. 12:16. gee Trindade.
c Êx. 34:6–7; 43a 2 Né. 9:13; d Apoc. 20:12–13.
Isa. 53:5; Al. 40:23. 45a Al. 40:23;
I Jo. 2:2; b 2 Né. 9:14; D&C 88:16.
Mos. 14:5; 15:12; Mos. 3:25; b gee Ressurreição.
D&C 19:16–19. Al. 5:18. c gee Imortal,
41a Al. 12:18; c gee Culpa. Imortalidade.
D&C 88:33. 44a Al. 41:12–15. d Apoc. 21:4;
b Apoc. 20:12–13; b gee Trindade— D&C 63:49; 88:116.
Al. 42:23. Deus, o Pai. e I Cor. 15:44.
Alma 12:1–8 272
CAPÍTULO 12 mentos nos são manifestados
por seu Espı́rito;
Alma contende com Zeezrom—Os 4 E vês que sabemos que teu
mistérios de Deus só podem ser re- plano foi um plano muito sutil,
velados aos fiéis—Os homens são segundo a sutileza do diabo, pa-
julgados por seus pensamentos, ra mentir e enganar este povo a
crenças, palavras e obras—Os inı́- fim de incitá-lo contra nós, para
quos sofrerão morte espiritual—Es- ultrajar-nos e expulsar-nos.
t a v i d a m o r t a l é u m e s t a d o 5 Ora, esse era um plano de teu
a
probatório—O plano de redenção adversário e ele exerceu seu po-
proporciona a ressurreição e, por der sobre ti. Agora eu quisera
meio da fé, a remissão de pecados— que te lembrasses de que o que
Aqueles que se arrependem têm di- te digo, digo a todos.
reito à misericórdia, por meio do 6 E eis que vos digo, a vós to-
Filho Unigênito. Aproximadamente dos, que foi uma armadilha do
82 a.C. adversário, que ele preparou pa-
ra pegar este povo a fim de po-
Ora, vendo que as palavras de der subjugar-vos e amarrar-vos
Amuleque haviam silenciado com suas acorrentes, para arras-
Zeezrom, pois dera-se conta tar-vos à destruição eterna se-
de que Amuleque o havia apa- gundo o poder de seu cativeiro.
nhado em suas amentiras e ar- 7 Ora, quando Alma disse estas
dis para destruı́-lo; e vendo que palavras, Zeezrom começou a
ele começava a tremer, bcons- tremer ainda mais, pois conven-
ciente de sua culpa, Alma abriu cia-se cada vez mais do poder
a boca e começou a falar-lhe e de Deus; e também estava con-
a confirmar as palavras de Amu- vencido de que Alma e Amule-
leque e a explicar outras coisas, que sabiam sobre ele, porque
ou seja, a esclarecer as escritu- estava convencido de que eles
ras além daquilo que Amuleque conheciam os pensamentos e as
fizera. intenções de seu coração; por-
2 Ora, as palavras que Alma que a eles havia sido dado o po-
disse a Zeezrom foram ouvidas der de conhecer essas coisas,
pelo povo ao redor; pois a mul- segundo o espı́rito de profecia.
tidão era grande; e ele falou 8 E Zeezrom começou a inqui-
deste modo: ri-los cuidadosamente, a fim de
3 Agora, Zeezrom, visto que saber mais a respeito do reino
foste apanhado em tuas menti- de Deus. E disse a Alma: Que
ras e artimanhas, pois não men- significa o que Amuleque disse
tiste somente aos homens, mas com referência à ressurreição
também a Deus; pois eis que ele dos mortos, que todos se levan-
conhece todos os teus apensa- tarão dentre os mortos, tanto os
mentos e vês que os teus pensa- justos como os injustos, e serão

12 1a Al. 11:20–38. 3 a Jacó 2:5; Al. 10:17; 5 a gee Diabo.


b gee Consciência. D&C 6:16. 6 a Al. 5:7–10.
273 Alma 12:9–16
levados perante Deus para se- 13 Então, se nosso coração se
rem julgados segundo suas endurecer, sim, se endurecer-
obras? mos o coração contra a palavra,
9 E então Alma começou a ex- a tal ponto que em nós ela não
plicar-lhe essas coisas, dizendo: seja encontrada, então nossa
É dado a muitos conhecer os condição será terrı́vel; porque aı́
a
m i s t é r i o s d e D e u s ; é - l h e s , seremos condenados.
porém, absolutamente proibido 14 Porque nossas apalavras nos
divulgá-los, ba não ser a parte de condenarão, sim, todas as nos-
sua palavra que ele concede aos sas obras nos condenarão; não
filhos dos homens de acordo seremos considerados sem man-
com a atenção e diligência que cha e nossos pensamentos tam-
lhe dedicam. bém nos condenarão; e nesse
10 E, portanto, aquele que aen- terrı́vel estado não nos atrevere-
durecer o coração receberá a mos a olhar para o nosso Deus;
parte bmenor da palavra; e o que e dar-nos-ı́amos por felizes se
c
não endurecer o coração, a ele pudéssemos ordenar às pedras
será ddada a parte maior da pa- e bmontanhas que caı́ssem sobre
lavra, até que lhe seja dado co- nós, para cesconder-nos de sua
nhecer os mistérios de Deus, até presença.
que os conheça na sua plenitu- 1 5 I s t o , p o r é m , n ã o p o d e
de. acontecer. Teremos que nos
11 E aos que endurecerem o apresentar perante ele em sua
coração será dada a menor apar- glória e em seu poder e em
te da palavra, até que b nada sua força, majestade e domı́nio;
saibam a respeito de seus misté- e reconhecer, para nossa eter-
rios; e serão daı́ escravizados na a vergonha, que todos os
pelo diabo e levados por sua seus bjulgamentos são justos;
vontade à destruição. Ora, é isto que ele é justo em todas as
o que significam as ccorrentes do suas obras e que ele é miseri-
d
inferno. cordioso para com os filhos dos
12 E Amuleque falou clara- homens; e que ele tem todo
mente a respeito da amorte e de o poder para salvar cada ho-
sermos elevados desta mortali- mem que crê em seu nome e
dade a um estado de imortalida- apresenta frutos dignos do arre-
de; e de sermos levados perante pendimento.
o tribunal de Deus para sermos 16 E agora, eis que vos digo
b
julgados segundo nossas obras. que então virá a morte, sim, uma

9 a Al. 26:22. d 2 Né. 28:30; 12a Al. 11:41–45.


gee Mistérios de Deus. D&C 50:24. b gee Juı́zo Final.
b Jo. 16:12; Al. 29:8; 11a Mt. 25:29. 14a Mt. 12:36; Tg. 3:6;
3 Né. 26:8–11; Ét. 4:7. b gee Apostasia. Mos. 4:29–30.
10a 2 Né. 28:27; Ét. 4:8. c Jo. 8:34; 2 Né. 28:19. b Osé. 10:8; 2 Né. 26:5.
b D&C 93:39. d Prov. 9:18; c Jó 34:22; 2 Né. 12:10.
c gee Humildade, 2 Né. 2:29. 15a Mos. 3:25.
Humilde, Humilhar. gee Inferno. b II Ped. 2:9. gee Justiça.
Alma 12:17–24 274
segunda amorte que é a morte a
imortal e que a alma nunca po-
espiritual; então será o tempo em de morrer?
que aquele que morrer em seus 21 Que significado tem a escri-
pecados, quanto à bmorte fı́sica, tura quando diz que Deus colo-
c
sofrerá também uma morte es- cou aquerubins e uma espada
piritual, sim, morrerá para as flamejante a oriente do jardim
coisas ligadas à retidão. do bÉden, para que nossos pri-
17 Terá então chegado o tempo meiros pais não entrassem e não
em que seus tormentos serão co- comessem do fruto da árvore da
mo um alago de fogo e enxofre, vida e vivessem para sempre? E
cujas flamas ascendem para vemos, assim, que não havia
todo o sempre; e então terá che- possibilidade de viverem para
gado o tempo em que serão sempre.
acorrentados a uma destruição 22 E disse-lhe Alma: Isso é o
eterna, segundo o poder e o ca- que eu estava prestes a explicar.
tiveiro de Satanás, tendo-os ele Ora, sabemos que Adão acaiu
subjugado de acordo com sua quando comeu do bfruto proibi-
vontade. do, segundo a palavra de Deus;
18 Digo-vos que aı́ eles estarão e vemos assim que, por sua que-
como se não tivesse havido are- da, toda a humanidade se trans-
denção alguma; porque não po- formou num povo cperdido e
derão ser redimidos segundo a decaı́do.
justiça de Deus; e não poderão 23 E agora eis que vos digo
b
morrer, por não haver mais cor- que, se tivesse sido possı́vel a
rupção. Adão acomer do fruto da árvore
19 Ora, aconteceu que quando da vida naquela ocasião, não te-
Alma terminou de dizer estas ria havido morte; e a palavra te-
palavras, o povo começou a fi- ria sido vã, fazendo de Deus um
car mais admirado. mentiroso, porque ele disse: bSe
20 Mas havia um certo Antio- comeres, certamente morrerás.
na, que era governante prin- 24 E vemos que a amorte atinge
cipal entre eles, o qual se a humanidade, sim, a morte
adiantou e perguntou-lhe: Que de que falou Amuleque, que é
significa isso que disseste, que o a morte fı́sica; no entanto foi
homem ressuscitará dentre os concedido ao bhomem um
mortos e será transformado des- tempo no qual poderia arre-
te estado mortal para um estado pender-se; portanto esta vida se

16a gee Morte Espiritual. D&C 63:49. b Gên. 3:6;


b Al. 11:40–45. 20a gee Imortal, 2 Né. 2:15–19;
c 1 Né. 15:33; Imortalidade. Mos. 3:26.
Al. 40:26. 21a Gên. 3:24; Al. 42:2; c Mos. 16:4–5.
17a Apoc. 19:20; 21:8; Mois. 4:31. 23a Al. 42:2–9.
Mos. 3:27. gee Querubim. b Gên. 2:17.
18a Al. 11:41. b gee Éden. 24a gee Morte Fı́sica.
b Apoc. 21:4; 22a gee Queda de Adão e b 2 Né. 2:21;
Al. 11:45; Eva. Mois. 5:8–12.
275 Alma 12:25–32
tornou um estado de provação; que era conveniente que os ho-
um tempo de cpreparação para mens soubessem das coisas que
o encontro com Deus; um tem- decretara para eles.
po de preparação para aquele 29 Enviou, portanto, a anjos
estado sem fim do qual falamos, para conversarem com eles,
que virá depois da ressurreição os quais fizeram com que os
dos mortos. homens contemplassem sua
25 Ora, se não tivesse sido pelo glória.
a
plano de redenção que foi es- 30 E dali em diante começaram
tabelecido desde a fundação do a invocar seu nome; portanto
m u n d o , n ã o p o d e r i a h a v e r Deus a conversou com os ho-
b
ressurreição dos mortos; mas mens e revelou-lhes o bplano de
foi estabelecido um plano de redenção que havia sido prepa-
redenção que levará a efeito a rado desde a cfundação do mun-
ressurreição dos mortos da qual do; e isso lhes revelou segundo
se falou. sua fé e arrependimento e suas
26 E agora, eis que se tivesse obras santas.
sido possı́vel que nossos primei- 31 Portanto deu amandamen-
ros pais comessem da aárvore da tos aos homens, tendo eles antes
vida, ter-se-iam tornado eterna- transgredido os bprimeiros man-
mente miseráveis, privados do damentos relativos às coisas que
estado de preparação; e assim o eram terrenas, tornando-se co-
b
plano de redenção teria sido mo deuses, cdiscernindo o bem
frustrado e a palavra de Deus do mal, colocando-se em condi-
teria sido vã, não tendo qual- ções de dagir, ou seja, sendo co-
quer efeito. locados em condições de agir
27 Eis, porém, que isso não segundo sua vontade e prazer,
aconteceu, mas foi adecretado para fazer o mal ou para fazer o
que os homens morreriam; e de- bem—
pois da morte eles deveriam ir a 32 Portanto, depois de ter-lhes
b a
julgamento, sim, o mesmo jul- revelado o plano de redenção,
gamento do qual falamos, que é Deus lhes deu mandamentos
o fim. para que não praticassem o mal,
28 E depois de Deus haver de- sob pena de uma segunda bmor-
cretado que estas coisas aconte- te, que era uma morte eterna
ceriam ao homem, eis que viu com referência às coisas ligadas

24c Al. 34:32–35. 27a Jó 7:1; Heb. 9:27; 31a gee Mandamentos de
25a gee Plano de D&C 42:48. Deus.
Redenção. b gee Juı́zo Final. b Gên. 2:16–17;
b 2 Né. 2:8; 29a Morô. 7:25, 31; 2 Né. 2:18–19.
Al. 7:12; 42:23. D&C 29:42. c Gên. 3:22–23;
26a Gên. 2:9; 30a Mois. 5:4–5; 6:51. Mois. 4:11.
1 Né. 15:36; b gee Plano de d 2 Né. 2:16.
Al. 32:40. Redenção. gee Arbı́trio.
b Al. 34:8–16; 42:6–28; c Mos. 18:13; 32a Mois. 5:4–9.
Mois. 6:59–62. Al. 13:3, 5, 7–8. b gee Morte Espiritual.
Alma 12:33–13:2 276
à retidão; pois sobre esses o pla- deira morte, assim como na pri-
no de redenção não teria poder meira.
porque, de acordo com a supre- 37 E agora, meus irmãos, já que
ma bondade de Deus, as obras conhecemos estas coisas e são
de c justiça não poderiam ser verdadeiras, arrependamo-nos
destruı́das. e não endureçamos o coração,
33 Deus, porém, chamou os para a não provocar o Senhor
homens em nome de seu Filho nosso Deus a lançar a sua ira so-
(sendo este o plano de redenção bre nós nestes segundos man-
que foi estabelecido), dizendo: damentos que nos deu;
Se vos arrependerdes e não en- entremos, porém, no bdescanso
durecerdes o coração, então te- de Deus, que está preparado se-
rei misericórdia de vós por gundo sua palavra.
intermédio de meu Filho Unigê-
nito.
CAPÍTULO 13
34 Portanto, todo aquele que se
arrepender e não endurecer o
Homens são chamados como sumos
coração terá direito à amisericór-
sacerdotes por causa de sua grande
dia, por intermédio de meu
fé e boas obras—Eles devem ensi-
Filho Unigênito, para a bremis-
nar os mandamentos—São santifi-
são de seus pecados; e esses en-
cados por meio da retidão e entram
trarão no meu cdescanso.
no descanso do Senhor—Melquise-
35 E todo aquele que endure-
deque foi um deles—Anjos decla-
cer o coração e praticar iniqüi-
ram boas-novas por toda a terra—
dade, eis que juro, na minha
Eles revelarão a vinda de Cristo.
ira, que não entrará no meu
Aproximadamente 82 a.C.
descanso.
36 E agora, meus irmãos, eis E outra vez, meus irmãos, dese-
que vos digo que, se endurecer- jaria chamar vossa atenção para
des o coração, não entrareis no a época em que o Senhor Deus
descanso do Senhor, porquanto transmitiu estes mandamentos a
vossa iniqüidade o provoca a seus filhos; e quisera que vos
enviar a sua ira sobre vós como lembrásseis de que o Senhor
na aprimeira provocação, sim, Deus aordenou sacerdotes se-
segundo sua palavra na última gundo a sua santa ordem, que
provocação, tanto quanto na era segundo a ordem de seu
primeira, para a eterna bdestrui- Filho, para que ensinassem estas
ção de vossa alma; portanto, coisas ao povo.
segundo sua palavra, na derra- 2 E esses sacerdotes foram or-

32c Mos. 15:27; c gee Descansar, 37a 1 Né. 17:30;


Al. 34:15–16; 42:15. Descanso. Jacó 1:8;
34a gee Misericórdia, 36a Jacó 1:7–8; Hel. 7:18.
Misericordioso. Al. 42:6, 9, 14. b Al. 13:6–9.
b gee Remissão de b gee Condenação, 13 1a Abr. 2:9, 11.
Pecados. Condenar.
277 Alma 13:3–10
denados segundo a aordem de o coração, por meio da expiação
seu Filho, de um b modo que do Filho Unigênito que foi pre-
permitisse ao povo saber como parado—
esperar pelo seu Filho para rece- 6 E sendo assim chamados por
ber a redenção. este santo chamado e ordena-
3 E este é o modo pelo qual dos ao sumo sacerdócio da santa
foram ordenados—sendo acha- ordem de Deus, a fim de ensina-
mados e bpreparados desde a rem seus mandamentos aos fi-
c
fundação do mundo, segundo a lhos dos homens para que estes
d
presciência de Deus, por causa também pudessem entrar no seu
a
de sua grande fé e suas boas descanso—
obras, sendo primeiramente li- 7 Este sumo sacerdócio sendo
vres para eescolherem o bem ou segundo a ordem de seu Filho,
o mal; portanto, tendo escolhi- ordem essa que existia desde a
do o bem e exercendo uma ffé fundação do mundo ou, em ou-
muito grande, são gchamados tras palavras, asem começo de
com uma santa vocação, sim, dias nem fim de anos, sendo
com aquela santa vocação que preparado de eternidade a toda
lhes foi preparada com uma re- eternidade segundo bsua presci-
denção preparatória e de con- ência em todas as coisas—
formidade com ela. 8 Ora, eram aordenados da se-
4 E assim foram achamados pa- guinte maneira—Eram chama-
ra este santo chamado por causa dos com um santo chamado e
de sua fé, enquanto outros rejei- ordenados com uma santa orde-
taram o Espı́rito de Deus devido nança, tomando sobre si o sumo
à dureza de seu coração e ce- sacerdócio da santa ordem; cha-
gueira de sua mente; porquan- mado esse e ordenança e sumo
to, se não tivesse sido por isso, sacerdócio que não têm começo
poderiam ter recebido tão gran- nem fim—
de bprivilégio quanto seus ir- 9 Tornam-se, assim, asumos sa-
mãos. cerdotes para sempre, segundo
5 Ou, em resumo, no princı́pio a ordem do Filho, o Unigênito
achavam-se na amesma posição do Pai, que é sem princı́pio de
que seus irmãos; assim, este san- dias nem fim de anos, que é
to chamado foi preparado des- cheio de bgraça, eqüidade e ver-
de a fundação do mundo para dade. E assim é. Amém.
aqueles que não endurecessem 10 Ora, como falei sobre a san-

2 a D&C 107:2–4. e gee Arbı́trio. gee Descansar,


b Al. 13:16. f gee Fé. Descanso.
3 a D&C 127:2. g gee Chamado, 7a Heb. 7:3.
gee Eleição; Chamado por Deus, b gee Trindade.
Preordenação. Chamar; Sacerdócio. 8a D&C 84:33–42.
b D&C 138:55–56. 4 a Ét. 12:10. gee Sacerdócio de
c Al. 12:25, 30. gee Vida b 1 Né. 17:32–35. Melquisedeque.
Pré-mortal. 5 a 2 Né. 26:28. 9a gee Sumo Sacerdote.
d D&C 38:2. 6 a Al. 12:37; 16:17. b 2 Né. 2:6. gee Graça.
Alma 13:11–19 278
ta ordem, ou seja, este asumo 15 E foi a esse mesmo Melqui-
sacerdócio, muitos foram orde- sedeque que aAbraão pagou bdı́-
nados e tornaram-se sumos sa- zimos; sim, até mesmo nosso pai
cerdotes de Deus; e isso graças a Abraão pagou como dı́zimo uma
sua grande fé e barrependimen- décima parte de tudo quanto
to e sua retidão perante Deus, possuı́a.
preferindo arrepender-se e pra- 16 Ora, essas aordenanças fo-
ticar a retidão a perecer. ram instituı́das dessa maneira
11 Portanto foram chamados para que, por meio delas, o po-
segundo esta santa ordem e vo pudesse ter esperança no
a
santificados; e suas bvestimen- Filho de Deus, sendo um bsı́m-
tas foram branqueadas pelo san- bolo de sua ordem, ou melhor,
gue do Cordeiro. sendo sua ordem; e isto para
12 Ora, tendo sido asantifica- que pudessem esperar dele a re-
dos pelo bEspı́rito Santo, haven- missão de seus pecados, a fim
do suas vestimentas sido bran- de entrarem no descanso do
queadas, achando-se cpuros e Senhor.
imaculados perante Deus, só 17 Ora, este Melquisedeque era
viam o dpecado com ehorror; e rei da terra de Salém; e seu povo
houve muitos, e grande foi o entregara-se à pratica de iniqüi-
seu número, que foram purifica- dades e abominações; sim, todos
dos e entraram no descanso do se haviam extraviado; pratica-
Senhor seu Deus. vam toda sorte de iniqüidades;
13 E agora, meus irmãos, quise- 18 Melquisedeque, porém, ten-
ra que vos humilhásseis perante do exercido uma fé vigorosa e
Deus e apresentásseis afrutos recebido o ofı́cio do sumo sacer-
dignos do arrependimento, pa- dócio segundo a asanta ordem
ra que também venhais a entrar de Deus, pregou o arrependi-
nesse descanso. mento a seu povo. E eis que eles
14 Sim, humilhai-vos como o se arrependeram; e Melquisede-
povo nos dias de aMelquisede- que estabeleceu paz na terra em
que, o qual também foi um su- seus dias; foi portanto chamado
mo sacerdote desta mesma de prı́ncipe da paz, pois era o rei
ordem de que falei; que também de Salém; e governou subordi-
tomou sobre si, para sempre, o nado a seu pai.
sumo sacerdócio. 19 Ora, houve amuitos antes

10a D&C 84:18–22. c gee Pureza, Puro. b Gên. 14:18–20;


b gee Arrepender-se, d Mos. 5:2; Mal. 3:8–10.
Arrependimento. Al. 19:33. gee Dı́zimos.
11a Mois. 6:59–60. e Prov. 8:13; 16a gee Ordenanças.
b 1 Né. 12:10; Al. 37:29. b gee Simbolismo.
Al. 5:21–27; 13a Lc. 3:8. 18a gee Sacerdócio de
3 Né. 27:19–20. 14a D&C 84:14. Melquisedeque.
12a Rom. 8:1–9. tjs, Gên. 14:25–40. 19a Hel. 8:18;
gee Santificação. gee Melquisedeque. D&C 84:6–16;
b gee Espı́rito Santo. 15a gee Abraão. 107:40–55.
279 Alma 13:20–28
dele e também houve muitos sa terra, neste momento; e isso
depois, mas bnenhum foi maior; com o propósito de preparar o
portanto se fez particular men- coração dos filhos dos homens
ção a ele. para receber a sua palavra quan-
20 Ora, não necessito estender- do vier em sua glória.
me sobre o assunto; basta o que 25 E agora nós só esperamos
já disse. Eis que as aescrituras es- ouvir as alegres novas de sua
tão diante de vós e, se quiserdes vinda, que nos foram declaradas
b
deturpá-las, será para vossa pela boca de anjos; porque o
destruição. tempo se aproxima e nós anão
21 E então, tendo Alma acaba- sabemos quão próximo está.
do de dizer-lhes estas palavras, Prouvera a Deus que fosse em
estendeu a mão em direção a meus dias; mas seja mais cedo
eles e clamou com voz forte, di- ou mais tarde, nele me regozija-
zendo: Agora é o momento de rei.
a
arrepender-se, porque o dia da 26 E será dado a conhecer a
a
salvação se aproxima; homens justos e santos pela bo-
22 Sim, e a voz do Senhor, pela ca de anjos, na ocasião de sua
a
boca dos anjos, assim o declara vinda, para que se cumpram as
a todas as nações; sim, declara-o palavras de nossos pais, segun-
para que tenham boas novas de do o que disseram a respeito
grande alegria; sim, e proclama dele, conforme o espı́rito de
estas boas novas entre todo o profecia que estava neles.
seu povo, sim, mesmo aos que 27 E agora, meus irmãos, adese-
estão espalhados sobre a face da jo, do mais ı́ntimo de meu cora-
Terra; portanto chegaram até ção, sim, com grande ansiedade
nós. e até dor, que deis ouvidos a mi-
23 E elas são-nos dadas a co- nhas palavras e abandoneis vos-
nhecer em atermos claros, para sos pecados e não procrastineis
que possamos entender e não o dia de vosso arrependimento;
errar; e isso por sermos berrantes 28 Mas que vos humilheis pe-
em uma terra estranha; somos, rante o Senhor e invoqueis seu
portanto, altamente favoreci- santo nome e a vigieis e oreis
dos, porque estas boas novas continuamente para não serdes
b
nos foram declaradas em todas tentados além do que podeis
as partes de nossa vinha. suportar; e serdes assim condu-
24 Pois eis que os aanjos as es- zidos pelo Santo Espı́rito, tor-
tão declarando a muitos em nos- nando-vos humildes, cmansos,

19b D&C 107:1–4. 31:3; 32:7; Lc. 2:8–11.


20a gee Escrituras. Jacó 4:13; 27a Mos. 28:3.
b II Ped. 3:16; Ét. 12:39. 28a gee Oração; Atalaia,
Al. 41:1. b Jacó 7:26. Sentinela, Vigia.
21a gee Arrepender-se, 24a Al. 10:10; 39:19. b I Cor. 10:13.
Arrependimento. 25a 1 Né. 10:4; c gee Mansidão,
22a Al. 10:20. 3 Né. 1:13. Manso, Mansuetude;
23a 2 Né. 25:7–8; 26a Amós 3:7; Paciência.
Alma 13:29–14:6 280
submissos, pacientes, cheios de dos contra Alma por causa da
a
amor e longanimidade; franqueza de suas palavras a
29 aTendo fé no Senhor, tendo Zeezrom; e diziam também que
esperança de que recebereis a Amuleque lhes havia bmentido e
vida eterna, tendo sempre o havia ultrajado sua lei e também
b
amor de Deus no coração, para seus advogados e juı́zes.
que sejais elevados no último 3 E estavam também zangados
dia e entreis em seu cdescanso. com Alma e Amuleque; e por
30 E que o Senhor vos conceda eles haverem testificado tão cla-
o arrependimento para não fa- ramente contra suas iniqüida-
zerdes cair sobre vós a sua ira, a des, queriam desfazer-se deles
fim de não serdes acorrentados secretamente.
pelas cadeias do ainferno e não 4 Aconteceu, porém, que não o
sofrerdes a segunda bmorte. fizeram; mas pegaram-nos e
31 E Alma disse ao povo muitas amarraram-nos com cordas for-
palavras mais que não estão es- tes e levaram-nos perante o juiz
critas neste livro. supremo da terra.
5 E o povo apresentou-se para
testemunhar contra eles, testifi-
CAPÍTULO 14 cando que haviam ultrajado a
lei e os advogados e juı́zes da
Alma e Amuleque são aprisionados terra e também todo o povo que
e espancados—Queimados os cren- estava na terra; e também testifi-
tes e suas escrituras sagradas—Es- caram não existir mais que um
ses mártires são recebidos em glória Deus e que ele enviaria seu
pelo Senhor—As paredes da prisão Filho entre o povo, mas não o
fendem-se e caem—Alma e Amule- salvaria; e o povo testificou mui-
que são libertados e seus persegui- tas outras coisas semelhantes
dores, mortos. Aproximadamente contra Alma e Amuleque. E isto
82–81 a.C. foi feito na presença do juiz su-
premo da terra.
E aconteceu que depois de ha- 6 E aconteceu que Zeezrom fi-
ver ele acabado de falar ao po- cou assombrado com as pala-
vo, muitos acreditaram em suas vras que haviam sido ditas; e ele
palavras e começaram a arre- também conhecia a cegueira da
pender-se e a examinar as aescri- mente deles, que ele próprio ha-
turas. via causado com palavras men-
2 A maior parte deles, porém, tirosas; e sua alma começou
desejavam destruir Alma e a sentir-se aatormentada pela
b
Amuleque, porque estavam ira- consciência da própria culpa;

29a Al. 7:24. Condenar; Inferno. b Al. 10:27.


b D&C 20:31; 76:116. b gee Morte Espiritual. 6 a Al. 15:5.
gee Caridade. 14 1a II Re. 22:8–13. b gee Consciência.
c D&C 84:24. gee Escrituras.
30a gee Condenação, 2 a Al. 12:3–7.
281 Alma 14:7–15
sim, começou a ser envolvido 11 Alma, porém, disse: O Espı́-
pelas penas do inferno. rito constrange-me a não esten-
7 E aconteceu que começou a der a mão; porque eis que o
clamar ao povo, dizendo: Eis Senhor as recebe para si em
que eu sou aculpado e estes ho- a
glória; e permite que eles façam
mens são imaculados perante isto, ou seja, que o povo lhes fa-
Deus. E começou a interceder ça isto segundo a dureza de seu
por eles daquele momento em coração, para que os bjulgamen-
diante; mas eles insultaram-no, tos a que em sua cólera os sub-
dizendo: Estás também possuı́- meter sejam justos; e o csangue
do pelo diabo? E cuspiram nele dos dinocentes servirá de teste-
e bafastaram-no do meio deles, munho contra eles, sim, e cla-
como também a todos os que mará fortemente contra eles no
acreditaram nas palavras que ha- último dia.
viam sido ditas por Alma e Amu- 12 Então Amuleque disse a
leque; e afastaram-nos e envia- Alma: Eis que talvez eles tam-
ram homens para apedrejá-los. bém nos queimem.
8 E reuniram suas esposas e fi- 13 E Alma disse: Faça-se segun-
lhos; e os que acreditaram ou do a vontade do Senhor. Nossa
haviam sido ensinados a acredi- obra, porém, não está termina-
tar na palavra de Deus foram d a ; p o r t a n t o n ã o n o s q u e i -
atirados ao fogo; e também leva- marão.
ram os seus registros que conti- 14 Ora, aconteceu que de-
nham as santas escrituras e pois de consumidos os corpos
jogaram-nos igualmente no fo- dos que foram atirados ao fo-
go, para que fossem queimados go, assim como os registros
e destruı́dos pelo fogo. que foram lançados com eles,
9 E aconteceu que levaram o juiz supremo da terra apro-
Alma e Amuleque ao lugar do ximou-se de Alma e Amule-
martı́rio, para testemunharem a que, que estavam amarrados;
destruição dos que eram consu- e esbofeteou-os no rosto e dis-
midos pelo fogo. se-lhes: Depois do que haveis
10 E quando viu o sofrimento presenciado, pregareis outra
das mulheres e crianças que eram vez a este povo que eles serão
consumidas pelo fogo, Amule- lançados num alago de fogo e
que também sofreu e disse a enxofre?
Alma: Como podemos testemu- 15 Pois vedes que não tendes o
nhar esta cena horrı́vel? Esten- poder de salvar aqueles que fo-
damos, pois, a mão e exerçamos ram lançados no fogo; nem sal-
o apoder de Deus que está em vou-os Deus por serem da vossa
nós e salvemo-las das chamas. fé. E o juiz esbofeteou-os nova-

7a Al. 11:21–37. b Salm. 37:8–13; c gee Mártir, Martı́rio.


b Al. 15:1. Al. 60:13; d Mos. 17:10.
10a Al. 8:30–31. D&C 103:3. 14a Al. 12:17.
11a gee Glória. gee Justiça.
Alma 14:16–26 282
mente e perguntou-lhes: Que do: Com que nos pareceremos
tendes a dizer? quando formos condenados?
16 Ora, esse juiz pertencia à fé 22 E muitas coisas semelhan-
e ordem de aNeor, que havia tes, sim, toda espécie de coisas
matado Gideão. semelhantes lhes disseram; e as-
17 E aconteceu que Alma e sim zombaram deles durante
Amuleque nada lhe respon- muitos dias. E não lhes deram
deram; e ele esbofeteou-os no- alimento, para que padecessem
vamente e entregou-os aos ofi- fome; nem água, para que ficas-
ciais para serem lançados na sem sedentos; e também lhes ti-
prisão. raram as vestimentas, para que
18 E depois de haverem passa- ficassem nus; e assim foram
do três dias na prisão, aparece- amarrados com fortes cordas e
ram muitos aadvogados e juı́zes confinados na prisão.
e sacerdotes e mestres que per- 23 E aconteceu que tendo as-
tenciam à seita de Neor; e foram sim sofrido durante muitos dias
vê-los na prisão a fim de ques- (e era o décimo segundo dia do
tioná-los sobre muitas coisas, décimo mês, no décimo ano em
mas eles nada lhes responde- que os juı́zes governaram o po-
ram. vo de Néfi), o juiz supremo da
19 E aconteceu que o juiz se terra de Amonia e muitos dos
pôs diante deles e disse: Por seus mestres e advogados foram
que não respondeis às palavras à prisão onde Alma e Amuleque
deste povo? Não sabeis que te- estavam amarrados com cordas.
nho poder para vos entregar às 24 E o juiz supremo, pondo-se
chamas? E ordenou-lhes que a sua frente, bateu neles nova-
falassem, mas eles nada respon- mente, dizendo-lhes: Se tendes
deram. o poder de Deus, livrai-vos des-
20 E aconteceu que partiram e sas cordas e então acreditare-
seguiram seus caminhos, mas mos que o Senhor destruirá este
voltaram no dia seguinte; e o povo segundo vossas palavras.
juiz esbofeteou-os novamente na 25 E aconteceu que todos se
face. E muitos outros também se adiantaram e neles bateram, di-
adiantaram e neles bateram, di- zendo as mesmas palavras, até o
zendo: Levantar-vos-eis nova- último; e tendo o último falado,
mente para julgardes este povo o apoder de Deus desceu sobre
e condenardes nossa lei? Pois se Alma e Amuleque e eles levan-
tendes tão grande poder, por taram-se e ficaram de pé.
que não vos alibertais? 26 E Alma clamou, dizendo:
21 E disseram-lhes muitas coi- Até quando, ó Senhor, teremos
sas semelhantes, rangendo os de sofrer estas grandes a afli-
dentes e cuspindo neles e dizen- ções? Dá-nos forças, ó Senhor,

16a Al. 1:7–15. 25a Al. 8:31. D&C 121:7–8.


18a Al. 10:14; 11:20. 26a Tg. 5:10–11;
20a Mt. 27:39–43. Mos. 17:10–20;
283 Alma 14:27–15:3
de acordo com nossa fé em Cris- CAPÍTULO 15
to, para que sejamos libertados.
E eles arrebentaram as cordas Alma e Amuleque vão para Sidom e
com que estavam amarrados; e organizam uma igreja—Alma cura
quando o povo viu isto, come- Zeezrom, que se une à Igreja —
çou a fugir, pois o temor da des- Muitos são batizados e a Igreja
truição caı́ra sobre eles. prospera—Alma e Amuleque vão
27 E aconteceu que tão gran- para Zaraenla. Aproximadamente
de foi o seu temor que caı́- 81 a.C.
ram por terra e não chegaram
a alcançar a porta de fora da E aconteceu que foi ordenado a
prisão; e a terra tremeu muito Alma e a Amuleque que partis-
e as paredes da aprisão parti- sem daquela cidade; e partiram
ram-se ao meio, de modo que e foram à terra de Sidom; e eis
caı́ram por terra; e, caindo, ma- que ali encontraram todos os
taram o juiz supremo e os advo- que haviam deixado a terra de
a
gados e sacerdotes e mestres Amonia, que haviam sido bex-
que haviam batido em Alma e pulsos e apedrejados porque
Amuleque. acreditavam nas palavras de
28 E Alma e Amuleque saı́ram Alma.
ilesos da prisão, porque o Se- 2 E relataram-lhes tudo quanto
nhor lhes havia concedido po- havia acontecido a suas amulhe-
der segundo sua fé em Cristo. E res e filhos; e também a respeito
saı́ram imediatamente da prisão deles próprios e do bpoder que
e ficaram alivres de suas cordas; os libertara.
e a prisão ruiu por terra, tendo 3 E também Zeezrom jazia
perecido todos os que nela esta- enfermo em Sidom, com uma
vam, salvo Alma e Amuleque; e febre ardente causada por uma
dirigiram-se imediatamente à ci- forte angústia mental que sua
a
dade. iniqüidade lhe havia ocasio-
29 Ora, tendo os do povo ouvi- nado; porque supunha que
do um grande barulho, acorre- Alma e Amuleque já não existis-
ram em multidões para saber a sem mais; e supunha que ha-
causa; e quando viram Alma e viam sido mortos por causa de
Amuleque saindo da prisão e as sua iniqüidade. E este grande
paredes por terra, foram toma- pecado e seus muitos outros pe-
dos de grande medo e fugiram cados aguilhoavam-lhe tanto a
da presença de Alma e Amule- mente que se sentia extrema-
que, como uma cabra com sua mente atormentado, não encon-
cria foge de dois leões; e assim trando alı́vio; começou, assim, a
fugiram da presença de Alma e ser consumido por uma febre
Amuleque. ardente.

27a At. 16:26; 3 Né. 28:19–22. 2 a Al. 14:8–14.


Ét. 12:13. 15 1a Al. 16:2–3, 9, 11. b Al. 14:28.
28a Jacó 4:6; b Al. 14:7. 3 a Al. 14:6–7.
Alma 15:4–17 284
4 Ora, quando soube que Alma deste acontecimento espalhou-
e Amuleque estavam na terra de se por toda a terra de Sidom.
Sidom, seu coração começou a 12 E Alma batizou Zeezrom
recobrar o ânimo; e imediata- para o Senhor; e ele começou,
mente lhes enviou uma mensa- daquele dia em diante, a pregar
gem pedindo-lhes que fossem ao povo.
vê-lo. 13 E Alma organizou uma igre-
5 E aconteceu que eles foram ja na terra de Sidom e consa-
imediatamente, atendendo à grou sacerdotes e mestres na
mensagem que lhes fora envia- terra, a fim de batizarem para o
da; e entraram na casa de Senhor todos os que desejassem
Zeezrom e encontraram-no na ser batizados.
cama, doente, muito fraco, com 14 E aconteceu que eram mui-
uma febre ardente; e sua mente tos, pois vinham em grupos de
também estava muito atormen- toda a região circunvizinha de
tada por causa de suas iniqüida- Sidom; e eram batizados.
des; e quando ele os viu, 15 Quanto ao povo que estava
estendeu a mão e suplicou-lhes na terra de Amonia, porém, con-
que o curassem. tinuou a ser um povo duro de
6 E aconteceu que Alma, to- coração e obstinado; e não se
mando-lhe a mão, perguntou- arrependiam de seus pecados,
lhe: aCrês no poder de Cristo atribuindo todo o poder de
para a salvação? Alma e Amuleque ao diabo; por-
7 E ele, respondendo, disse: que eram da seita de aNeor e
Sim, creio em todas as palavras não acreditavam no arrependi-
que ensinaste. mento de seus pecados.
8 E disse-lhe Alma: Se crês na 16 E aconteceu que Alma e
redenção de Cristo, podes ser Amuleque, tendo Amuleque
a a
curado. abandonado pela palavra de
9 E ele disse: Sim, eu creio nas Deus todo o seu ouro e prata e
tuas palavras. coisas preciosas que estavam na
10 E Alma então clamou ao terra de Amonia; e tendo sido
b
Senhor, dizendo: Ó Senhor, repudiado por aqueles que ha-
nosso Deus, tem misericórdia viam sido seus amigos e tam-
deste homem e acura-o segundo bém por seu pai e parentes;
sua fé em Cristo. 17 Portanto, depois que Alma
11 E tendo Alma dito estas pa- organizou a igreja em Sidom,
lavras, Zeezrom deu um asalto, vendo uma grande amudança,
pôs-se de pé e começou a andar; sim, vendo que o povo havia re-
e isto se deu para grande espan- freado o orgulho de seu coração
to de todo o povo; e a notı́cia e começado a bhumilhar-se pe-

6a Marcos 9:23. 15a Al. 1:2–15. Perseguir.


8a gee Curar, Curas. 16a Lc. 14:33; 17a Al. 16:21.
10a Mc. 2:1–12. Al. 10:4. b gee Humildade,
11a At. 3:1–11. b gee Perseguição, Humilde, Humilhar.
285 Alma 15:18–16:6
rante Deus e começado a reunir- 2 Pois eis que os exércitos dos
se em seus santuários para lamanitas haviam penetrado pe-
c
adorar a Deus diante do altar, las bandas do deserto nas fron-
d
vigiando e orando continua- teiras da terra, até a cidade de
a
mente para que fossem liberta- Amonia, começando a matar o
dos de Satanás e da emorte e da povo e a destruir a cidade.
destruição— 3 E então aconteceu que antes
18 Ora, como eu disse, Alma, que os nefitas pudessem reunir
vendo todas estas coisas, tomou um exército suficiente para ex-
Amuleque e dirigiu-se à terra de pulsá-los da terra, eles adestruı́-
Zaraenla, levando-o para sua ram o povo que estava na cida-
própria casa; e confortou-o em de de Amonia e também alguns
suas tribulações e fortaleceu-o nas fronteiras de Noé, havendo
no Senhor. levado outros cativos para o de-
19 E assim terminou o décimo serto.
ano em que os juı́zes governa- 4 Ora, os nefitas desejavam
ram o povo de Néfi. resgatar aqueles que haviam si-
do levados cativos para o deser-
to.
CAPÍTULO 16 5 Portanto, aquele que havia si-
do nomeado capitão-chefe dos
Os lamanitas destroem o povo de exércitos nefitas (e seu nome era
Amonia—Zorã lidera os nefitas na Zorã e tinha dois filhos, Leı́ e
vitória sobre os lamanitas—Alma e Aa)—ora, Zorã e seus dois fi-
Amuleque e muitos outros pregam lhos, sabendo que Alma era su-
a palavra—Eles ensinam que, após mo sacerdote da igreja e tendo
sua ressurreição, Cristo aparecerá ouvido dizer que ele possuı́a o
aos nefitas. Aproximadamente 81– espı́rito de profecia, dirigiram-
77 a.C. se a ele para saber onde, no de-
serto, o Senhor queria que
E aconteceu que no décimo pri- fossem procurar seus irmãos
meiro ano em que os juı́zes go- que haviam sido levados cativos
vernaram o povo de Néfi, no pelos lamanitas.
quinto dia do segundo mês, ten- 6 E aconteceu que Alma ainqui-
do havido muita paz na terra de riu o Senhor sobre este assunto.
Zaraenla, não tendo havido E Alma voltou e disse-lhes: Eis
guerras nem contendas durante que os lamanitas atravessarão o
um certo número de anos, até o rio Sidon no deserto do sul, bem
quinto dia do segundo mês do acima das fronteiras da terra de
décimo primeiro ano, um cla- Mânti. E eis que ali os encontra-
mor de guerra foi ouvido por to- reis, a leste do rio Sidon; e lá o
da a terra. Senhor vos entregará vossos ir-

17c gee Adorar. e gee Morte Espiritual. 6 a Al. 43:23–24.


d gee Oração; Atalaia, 16 2a Al. 15:1, 15–16.
Sentinela, Vigia. 3 a Al. 9:18.
Alma 16:7–16 286
mãos que foram levados cativos da de Desolação dos Neores;
pelos lamanitas. pois eram da seita de a Neor
7 E aconteceu que Zorã e seus os que haviam sido mortos; e
filhos atravessaram o rio Sidon suas terras permaneceram de-
com seus exércitos e marcha- soladas.
ram para muito além das fron- 12 E os lamanitas não vieram
teiras de Mânti, no deserto do mais guerrear os nefitas até o
sul, situado no lado leste do rio décimo quarto ano em que os
Sidon. juı́zes governaram o povo de
8 E atacaram os exércitos dos Néfi. E assim, durante três anos
lamanitas e os lamanitas foram o povo de Néfi teve paz con-
dispersos e impelidos para o de- tı́nua em toda a terra.
serto; e resgataram seus irmãos 13 E Alma e Amuleque saı́ram
que haviam sido aprisionados pregando o arrependimento ao
pelos lamanitas e nenhum dos povo em seus a templos e em
que haviam sido levados cativos seus santuários e também em
se perdeu. E foram levados por suas bsinagogas, que eram cons-
seus irmãos para ocuparem suas truı́das à maneira dos judeus.
próprias terras. 14 E a todos os que desejavam
9 E assim terminou o décimo ouvir suas palavras eles prega-
primeiro ano dos juı́zes, tendo vam a palavra de Deus conti-
os lamanitas sido expulsos da nuamente, sem qualquer aacep-
terra e o povo de Amonia, ades- ção de pessoas.
truı́do; sim, toda alma vivente 15 E assim saı́ram Alma e Amu-
dos amoniaı́tas foi bdestruı́da e leque, como também muitos ou-
também a sua grande cidade, a tros que haviam sido escolhidos
qual, por causa de sua grande- para o trabalho, a pregar a pala-
za, eles haviam afirmado que vra por toda a terra. E o estabe-
Deus não poderia destruir. lecimento da igreja foi geral por
10 Eis que em aum dia, porém, toda a parte, em toda a região
ela ficou devastada; e os cadáve- circunvizinha, entre todo o po-
res foram mutilados pelos cães e vo nefita.
pelas feras do deserto. 16 E não havia adesigualdade
11 Entretanto, depois de entre eles; o Senhor derramou o
muitos dias, seus cadáveres seu Espı́rito sobre toda a face da
foram amontoados na face da terra, a fim de preparar a mente
Terra e cobertos por uma ca- dos filhos dos homens, ou seja,
mada fina de terra. E tão forte preparar-lhes o bcoração para
era o mau cheiro que o povo receberem a palavra que lhes se-
não ocupou a terra de Amonia ria ensinada na ocasião de sua
por muitos anos. E foi chama- vinda—

9 a Al. 8:16; 9:18–24; 11a Al. 1:15; 24:28–30. 16a Mos. 18:19–29;
Mórm. 6:15–22. 13a 2 Né. 5:16. 4 Né. 1:3.
b Al. 25:1–2. b Al. 21:4–6, 20. b gee Coração
10a Al. 9:4. 14a Al. 1:30. Quebrantado.
287 Alma 16:17–17:2
17 Para que não fossem obsti- o décimo quarto ano em que os
nados contra a palavra nem fos- juı́zes governaram o povo de
sem descrentes e caminhassem Néfi.
para a destruição; mas para que
recebessem a palavra com ale-
gria e, como um aramo, fossem Relato dos filhos de Mosias, que
enxertados na verdadeira bvi- renunciaram a seus direitos ao
deira para poderem entrar no reino pela palavra de Deus e
c
descanso do Senhor seu Deus. subiram à terra de Néfi para
18 Ora, esses asacerdotes que pregar aos lamanitas; seus sofri-
saı́ram entre o povo pregavam mentos e sua libertação, segun-
contra toda mentira e bembustes do o registro de Alma.
e cinvejas e contendas e malı́cias Abrange os capı́tulos 17 a 27.
e vitupérios e roubos, furtos, pi-
lhagens, assassı́nios, adultérios
e toda espécie de lascı́via, pro- CAPÍTULO 17
clamando que tais coisas não
deveriam existir— Os filhos de Mosias têm o espı́rito
19 Falando-lhes das coisas que de profecia e de revelação—Cada
logo deveriam acontecer; sim, um segue seu caminho para decla-
anunciando-lhes a avinda do Fi- rar a palavra aos lamanitas —
lho de Deus, seus sofrimentos e Amon vai à terra de Ismael e
morte e também a ressurreição torna-se servo do rei Lamôni —
dos mortos. Amon salva os rebanhos do rei e
20 E muitos perguntavam so- mata seus inimigos junto às águas
bre o lugar em que deveria apa- de Sébus. Vers. 1–3, aproximada-
recer o Filho de Deus; e foi-lhes mente 77 a.C.; Vers. 4, aproxima-
ensinado que ele lhes aaparece- damente 91 – 77 a.C.; e Vers.
5–39, aproximadamente 91 a.C.
ria bdepois de sua ressurreição; e
isso o povo ouvia com grande E então aconteceu que quando
satisfação e contentamento. Alma viajava da terra de Gideão
21 E então, depois de a igreja para o sul, em direção à terra de
haver sido organizada em toda Mânti, eis que, para seu assom-
a terra—tendo obtido avitória bro, a encontrou os b filhos de
sobre o diabo, tendo a palavra Mosias, que se dirigiam à terra
de Deus sido pregada em sua de Zaraenla.
pureza em toda a terra e tendo o 2 Ora, esses filhos de Mosias
Senhor derramado suas bênçãos estavam com Alma na ocasião
sobre o povo—assim terminou em que o anjo lhe apareceu

17a Jacó 5:24. Fraude. 20a 2 Né. 26:9;


b gee Vinha do c gee Inveja. 3 Né. 11:7–14.
Senhor. 19a gee Jesus Cristo— b 1 Né. 12:4–6.
c Al. 12:37; 13:10–13. Profecias acerca do 21a Al. 15:17.
18a Al. 15:13. nascimento e da 17 1a Al. 27:16.
b gee Enganar, Engano, morte de Jesus Cristo. b Mos. 27:34.
Alma 17:3–11 288
pela a primeira vez; portanto 6 Ora, estas foram as suas via-
Alma se regozijou muito por gens: aDespediram-se de seu
haver encontrado seus irmãos; pai, Mosias, no primeiro ano
e o que o alegrou ainda mais dos juı́zes; brecusaram o reino
foi que eles ainda eram seus que o pai desejava conferir-lhes;
irmãos no Senhor; sim, e haviam- esta era também a vontade do
se fortalecido no conheci- povo;
mento da verdade; porque 7 Não obstante, partiram da
eram homens de grande enten- terra de Zaraenla com suas es-
dimento e haviam bexaminado padas e suas lanças e seus arcos
diligentemente as escrituras e suas flechas e suas fundas; e
para conhecerem a palavra de isto fizeram para conseguir ali-
Deus. mento enquanto estivessem no
3 Isto, porém, não é tudo; ha- deserto.
viam-se devotado a muita ora- 8 E assim partiram para o de-
ção e ajejum; por isso tinham o serto com o grupo que haviam
espı́rito de profecia e o espı́rito escolhido, a fim de subirem à
de revelação; e quando bensina- terra de Néfi para pregar a pala-
vam, faziam-no com poder e au- vra de Deus aos lamanitas.
toridade de Deus. 9 E aconteceu que viajaram
4 E pelo espaço de quatorze muitos dias no deserto; e jejua-
anos haviam ensinado a palavra ram e aoraram muito para que
de Deus entre os lamanitas, ten- o Senhor lhes concedesse que
do obtido grande aêxito na bcon- uma porção de seu Espı́rito os
dução de muitos ao conheci- acompanhasse e permanecesse
mento da verdade; sim, pelo com eles, a fim de servirem de
b
poder de suas palavras muitos instrumento nas mãos de Deus,
foram levados perante o altar de para, se possı́vel, levarem seus
Deus, para invocar-lhe o nome e irmãos, os lamanitas, a conhe-
c
confessar seus pecados perante cerem a verdade, a conhece-
ele. rem a iniqüidade das c tradi-
5 Ora, foram estas as circuns- ções de seus pais, que não eram
t â n c i a s q u e o c o r r e r a m e m certas.
suas viagens, pois tiveram mui- 10 E aconteceu que o Senhor
tas aflições; sofreram muito, tan- os avisitou com seu bEspı́rito e
to fı́sica quanto mentalmente, disse-lhes: cConsolai-vos; e eles
de fome, sede e cansaço; e sofre- foram consolados.
ram também muitas atribulações 11 E o Senhor também lhes
no espı́rito. disse: Ide estabelecer minha pa-

2 a Mos. 27:11–17. 4 a Al. 29:14. 9 a Al. 25:17. gee Oração.


b gee Escrituras. b gee Obra Missionária. b Mos. 23:10;
3 a gee Jejuar, Jejum; c gee Confessar, Al. 26:3.
Oração. Confissão. c Al. 3:10–12.
b gee Ensinar, 5 a Al. 8:10. 10a D&C 5:16.
Mestre—Ensinar com 6 a Mos. 28:1, 5–9. b gee Espı́rito Santo.
o Espı́rito. b Mos. 29:3. c Al. 26:27.
289 Alma 17:12–20
lavra entre os lamanitas, vossos messas do Senhor estendiam-se
irmãos; contudo sereis apacien- a eles, sob condição de arrepen-
tes nos sofrimentos e aflições, dimento.
para dar-lhes bons exemplos em 16 Por conseguinte, esse era o
a
mim; e eu farei de vós instru- motivo pelo qual os filhos de
mentos em minhas mãos para a Mosias haviam empreendido
salvação de muitas almas. esse trabalho, para que talvez
12 E aconteceu que o coração pudessem levá-los ao arrepen-
dos filhos de Mosias, assim co- dimento; para que talvez os le-
mo aqueles que com eles esta- vassem a conhecer o plano de
vam, encheram-se de coragem redenção.
para dirigir-se aos lamanitas e 17 Separaram-se, portanto, uns
pregar-lhes a palavra de Deus. dos outros e foram para o meio
13 E aconteceu que, tendo che- deles, cada um por si, segundo a
gado às fronteiras da terra dos palavra e o poder de Deus que
lamanitas, asepararam-se, con- lhe fora concedido.
fiando no Senhor que voltariam 18 Ora, Amon, sendo o princi-
a reunir-se no fim de sua bco- pal entre eles, ou melhor, aquele
lheita; porque acreditavam que que administrava entre eles,
grande era a obra que haviam separou-se deles depois de os
empreendido. h a v e r a a b e n ç o a d o s e g u n d o
14 E certamente era grande, suas várias posições, tendo-lhes
porque se haviam proposto a transmitido a palavra de Deus,
pregar a palavra de Deus a um ou seja, tendo-os ensinado antes
povo aselvagem, duro e feroz, de sua partida; e assim eles
um povo que se deleitava em começaram a viajar por toda a
matar os nefitas e roubá-los e terra.
despojá-los; e seu coração esta- 19 E Amon dirigiu-se à terra
va nas riquezas, ou seja, no ouro de Ismael, assim denomina-
e na prata e nas pedras precio- da segundo os filhos de a Is-
sas; mas procuravam obter essas mael, que também se tornaram
coisas pelo assassı́nio e pilha- lamanitas.
gem, para não terem que traba- 20 E quando Amon entrou na
lhar por elas com as próprias terra de Ismael, os lamanitas pe-
mãos. garam-no e amarraram-no, pois
15 De modo que eram um po- era seu costume amarrar todos
vo bastante indolente; muitos os nefitas que caı́am em suas
deles adoravam ı́dolos e a amal- mãos e levá-los à presença do
dição de Deus havia caı́do sobre rei; e assim ficava a critério do
eles por causa das btradições de rei matá-los ou retê-los cativos
seus pais; não obstante, as pro- ou mandá-los para a prisão ou

11a Al. 20:29. 14a Mos. 10:12. 16a Mos. 28:1–3.


gee Paciência. 15a Al. 3:6–19; 18a gee Abençoado,
13a Al. 21:1. 3 Né. 2:15–16. Abençoar, Bênção.
b Mt. 9:37. b Al. 9:16–24; 18:5. 19a 1 Né. 7:4–6.
Alma 17:21–33 290
desterrá-los, segundo sua von- ram-nos de tal modo que fugi-
tade e prazer. ram em muitas direções.
21 E assim Amon foi levado à 28 Ora, os servos do rei come-
presença do rei que governava a çaram a murmurar, dizendo:
terra de Ismael e cujo nome era Agora o rei nos matará, como
Lamôni; e ele era descendente fez com nossos irmãos, porque
de Ismael. seus rebanhos foram espalha-
22 E o rei perguntou a Amon se dos pela maldade destes ho-
era seu desejo morar na terra, mens. E começaram a chorar
entre os lamanitas, ou entre seu amargamente, dizendo: Eis que
povo. nossos rebanhos já estão espa-
23 E Amon respondeu-lhe: lhados.
Sim, desejo habitar com este po- 29 Ora, eles choravam por te-
vo por algum tempo; sim, e tal- mor de serem mortos. E quando
vez até o dia de minha morte. Amon viu isso, seu coração en-
24 E aconteceu que o rei Lamô- cheu-se de alegria, pelo que
ni ficou muito satisfeito com disse: Mostrarei a estes compa-
Amon e ordenou que lhe desa- nheiros o meu poder, ou seja, o
tassem as cordas; e desejava que poder que está em mim, recupe-
Amon tomasse uma de suas fi- rando os rebanhos do rei a fim
lhas para esposa. de conquistar-lhes o coração e
25 Amon, porém, disse-lhe: induzi-los a acreditar em mi-
Não, mas serei teu servo. Amon nhas palavras.
tornou-se portanto servo do rei 30 E estes foram os pensamen-
Lamôni. E aconteceu que ele foi tos de Amon, quando viu as afli-
colocado entre outros servos ções daqueles a quem chamava
para guardar os rebanhos de seus irmãos.
Lamôni, segundo o costume dos 31 E aconteceu que os alentava
lamanitas. com suas palavras, dizendo: Ir-
26 E depois de haver estado mãos, tende bom ânimo e parta-
três dias a serviço do rei, quan- mos em busca dos rebanhos;
do ia com os servos lamanitas nós reuni-los-emos e trá-los-
levando os rebanhos para o be- emos de volta ao bebedouro; e
bedouro que era chamado assim preservaremos os reba-
águas de Sébus, onde todos os nhos para o rei, que não nos ti-
lamanitas levavam seus reba- rará a vida.
nhos para beber— 32 E aconteceu que foram pro-
27 Aconteceu que quando curar os rebanhos, seguindo
Amon e os servos do rei leva- Amon; correndo com muita li-
vam os rebanhos a esse bebe- geireza conseguiram deter os
douro, eis que um certo número rebanhos do rei e levá-los nova-
de lamanitas, que haviam dado mente ao bebedouro.
de beber a seus rebanhos, dis- 33 E aqueles homens levanta-
persaram os rebanhos de Amon ram-se novamente para espa-
e dos servos do rei; e dispersa- lhar os rebanhos; mas Amon
291 Alma 17:34–18:2
disse a seus irmãos: Cercai os não eram poucos, mas ele, com
rebanhos, para que não fu- a força de seu braço, fez com
jam; eu contenderei com os que fugissem.
homens que dispersam nossos 38 Ora, seis deles caı́ram pelo
rebanhos. arremesso de sua funda, mas
34 Portanto fizeram como lhes com a espada somente matou o
ordenou Amon e ele foi pelejar chefe; cortou entretanto quan-
com aqueles que estavam junto tos braços se levantaram contra
às águas de Sébus; e não eram ele; e não foram poucos.
poucos. 39 E tendo feito com que fu-
35 Não tinham, portanto, me- gissem para bem longe, voltou;
do de Amon, pois supunham e deram de beber aos reba-
que um de seus homens poderia nhos e depois os reconduzi-
matá-lo segundo seu prazer, ram às pastagens do rei; dirigi-
porque não sabiam que o Se- ram-se todos então à presença
nhor havia prometido a Mosias do rei, carregando os braços
a
livrar seus filhos das mãos de- daqueles que haviam procura-
les; nem sabiam nada a respeito do matá-lo e que haviam sido
do Senhor; portanto se deleita- cortados pela espada de Amon;
vam em destruir seus irmãos e, e foram levados ao rei como
por isso, espalhavam os reba- testemunho das coisas que ha-
nhos do rei. viam feito.
36 aAmon, porém, adiantou-se
e começou a apedrejá-los com
sua funda; sim, arremessou-lhes CAPÍTULO 18
pedras com muita força e matou
assim balguns deles, de modo O rei Lamôni supõe que Amon seja
que ficaram espantados com sua o Grande Espı́rito—Amon ensina
força; não obstante, estavam ira- o rei a respeito da criação, dos pro-
dos com a morte de seus irmãos cedimentos de Deus para com os ho-
e decidiram derrubá-lo; vendo, mens e da redenção recebida por
pois, que cnão conseguiam atin- meio de Cristo—Lamôni crê e cai
gi-lo com pedras, avançaram, por terra, como se estivesse morto.
armados de clavas, para matá- Aproximadamente 90 a.C.
lo.
37 Eis que Amon, porém, com E aconteceu que o rei Lamôni
sua espada cortava o braço de fez com que seus servos se apre-
cada homem que levantava a sentassem e testificassem todas
clava para feri-lo; pois resistiu a as coisas que haviam visto con-
seus golpes, cortando-lhes o cernentes ao assunto.
braço com o fio de sua espada, 2 E quando todos haviam testi-
tanto que começaram a ficar as- ficado as coisas que presencia-
sombrados e a fugir dele; sim, e ram e o rei inteirou-se da fideli-

35a Mos. 28:7; 36a Ét. 12:15. c Al. 18:3.


Al. 19:22–23. b Al. 18:16.
Alma 18:3–11 292
dade de Amon em defender procedido mal ao matar seus
seus rebanhos e também de seu servos;
grande poder ao lutar contra os 6 Porque ele havia matado
que haviam procurado matá-lo, muitos deles por haverem seus
ficou muito espantado e disse: irmãos dispersado os rebanhos
Certamente este é mais do que junto às águas; e assim, por ha-
um homem. Eis que não é este o verem seus rebanhos sido dis-
Grande Espı́rito que envia tão persados, foram mortos.
grandes castigos a este povo por 7 Ora, era costume destes la-
causa de seus homicı́dios? manitas postarem-se perto das
3 E responderam ao rei, di- águas de Sébus para dispersa-
zendo: Se ele é o Grande Espı́ri- rem os rebanhos do povo e
to ou um homem, não o sa- assim levarem para suas terras
bemos; sabemos, porém, que muitos dos que eram dispersos,
ele anão pode ser morto pelos pois entre eles esta era uma for-
inimigos do rei; nem podem ma de furtar.
eles dispersar os rebanhos do 8 E aconteceu que o rei Lamôni
rei quando ele está conosco, gra- perguntou a seus servos: Onde
ças a sua destreza e grande está esse homem que tem tão
força; sabemos portanto que ele grande poder?
é amigo do rei. E agora, ó rei, 9 E responderam-lhe: Eis que
não acreditamos que um ho- está tratando de teus cavalos.
mem tenha tão grande poder, Ora, o rei havia ordenado a seus
porque sabemos que ele não po- servos, antes da hora de dar de
de ser morto. beber aos rebanhos, que lhe pre-
4 E então, quando o rei ouviu parassem os cavalos e carros pa-
estas palavras, disse-lhes: Agora ra conduzirem-no à terra de
sei que é o Grande Espı́rito; e Néfi, porque na terra de Néfi fo-
veio nesta ocasião para preser- ra decretada uma grande festa
var vossa vida, a fim de que eu pelo pai de Lamôni, que era o
não vos amate como matei vos- rei de toda a terra.
sos irmãos. Ora, este é o Grande 10 Ora, quando o rei Lamôni
Espı́rito de quem falaram nossos soube que Amon estava prepa-
pais. rando seus cavalos e carros, ad-
5 Ora, esta era a tradição de mirou-se ainda mais de sua
Lamôni, que ele havia recebido fidelidade, dizendo: Certamen-
de seu pai, de que existia um te jamais houve alguém entre
a
Grande Espı́rito. Apesar de todos os meus servos que me te-
acreditarem num Grande Espı́- nha sido tão fiel como este ho-
rito, pensavam que tudo que mem; porque ele se lembra de
f i z e s s e m e s t a r i a c e r t o ; n ã o executar todas as minhas or-
obstante, começou Lamôni a te- dens.
mer muito, com medo de haver 11 Ora, estou certo de que este

18 3a Al. 17:34–38. 5 a Al. 19:25–27.


4 a Al. 17:28–31. gee Trindade.
293 Alma 18:12–24
é o Grande Espı́rito e desejaria sou teu servo; portanto tudo
que viesse a mim; porém não quanto desejares, sendo justo,
me atrevo. eu o farei.
12 E aconteceu que, tendo pre- 18 Ora, quando o rei ouviu es-
parado os cavalos e os carros tas palavras tornou a maravi-
para o rei e seus servos, Amon lhar-se, porque percebeu que
se dirigiu ao rei e viu que o Amon podia adiscernir-lhe os
semblante do rei se havia modi- pensamentos; não obstante, o
ficado; portanto estava para re- rei Lamôni abriu a boca e per-
tirar-se de sua presença. guntou-lhe: Quem és tu? És tu
13 E um dos servos do rei aquele Grande Espı́rito que bco-
disse-lhe: Rabana, que, interpre- nhece todas as coisas?
tado, significa poderoso ou 19 Amon respondeu-lhe e dis-
grande rei, pois consideravam se: Não sou.
seus reis poderosos; e por isso 20 E disse o rei: Como conhe-
disse-lhe: Rabana, o rei deseja ces os pensamentos de meu co-
que fiques. ração? Podes falar sem temor a
14 E Amon, voltando-se para o respeito destas coisas; dize-me
rei, disse-lhe: Que desejas que também com que poder mataste
eu faça por ti, ó rei? E o rei não e cortaste o braço de meus ir-
lhe respondeu pelo espaço de mãos que dispersaram os meus
uma hora, de acordo com a sua rebanhos—
medida de tempo, porque não 21 E então, se me explicares a
sabia o que lhe dizer. respeito destas coisas, dar-te-ei
15 E aconteceu que Amon per- o que desejares; e se fosse neces-
guntou novamente: Que dese- sário, defender-te-ia com meus
jas de mim? Mas o rei não lhe exércitos; sei, porém, que és
respondeu. mais poderoso que todos eles;
16 E aconteceu que, estando não obstante, conceder-te-ei tu-
c h e i o d o E s p ı́ r i t o d e D e u s , do que desejares de mim.
Amon percebeu portanto os 22 Ora, Amon, sendo sábio em-
a
pensamentos do rei. E disse- bora inofensivo, disse a Lamôni:
lhe: Será que é por teres ouvi- Escutarás minhas palavras, se eu
do que defendi teus servos e te disser por que poder faço es-
teus rebanhos e matei sete de tas coisas? E isto é o que desejo
seus irmãos com a funda e com de ti.
a espada e cortei o braço de ou- 23 E o rei respondeu-lhe, di-
tros, a fim de defender os teus zendo: Sim, acreditarei em to-
rebanhos e teus servos? Eis que das as tuas palavras. E assim foi
será esse o motivo de tua admi- apanhado com astúcia.
ração? 24 E Amon começou a falar-lhe
17 Digo-te: Por que te admiras com aousadia, dizendo: Crês tu
tanto? Eis que sou um homem e que existe um Deus?

16a Al. 12:3. Dom de. 24a Al. 38:12.


18a gee Discernimento, b gee Trindade.
Alma 18:25–40 294
25 E ele respondeu-lhe, dizen- segundo minha fé e desejos que
do: Não sei o que isso significa. estão em Deus.
26 E disse-lhe então Amon: 36 Ora, após ter dito estas pala-
Crês tu que existe um Grande vras, Amon principiou pela cria-
Espı́rito? ç ã o d o m u n d o e t a m b é m a
27 E ele respondeu: Sim. criação de Adão; e contou-lhe
28 E disse-lhe Amon: Este é todas as coisas concernentes à
Deus. E disse-lhe mais: Crês tu queda do homem, aexplicando e
que este Grande Espı́rito, que é mostrando os registros e as sa-
Deus, criou todas as coisas que gradas bescrituras do povo, as
estão nos céus e na Terra? quais os cprofetas haviam decla-
29 E ele disse: Sim, eu creio que rado desde a época em que seu
ele criou todas as coisas que es- pai, Leı́, deixara Jerusalém.
tão na Terra; mas não conheço 37 E ele também lhes relatou
os céus. (ao rei e a seus servos) todas as
30 E Amon disse-lhe: O céu é o viagens de seus pais no deserto
lugar onde Deus habita com to- e todos os seus sofrimentos, cau-
dos os seus santos anjos. sados pela fome e pela sede,
31 E o rei Lamôni perguntou- bem como suas labutas e assim
lhe: Fica acima da Terra? por diante.
32 E Amon disse: Sim, e ele ob- 38 E ele também lhes falou so-
serva todos os filhos dos ho- b r e a s r e b e l i õ e s d e L a m ã e
mens e conhece todos os seus Lemuel e dos filhos de Ismael,
a
pensamentos e intenções; por- sim, relatou-lhes todas as rebe-
que por sua mão foram todos liões; e explicou-lhes todos os
eles criados desde o princı́pio. registros e escrituras, desde o
33 E o rei Lamôni disse: Creio tempo em que Leı́ deixara Jeru-
em todas estas coisas que disses- salém até aquela época.
te. Foste enviado por Deus? 39 Isto, porém, não é tudo; pois
34 Respondeu-lhe Amon: Eu explicou-lhes o aplano de reden-
sou um ahomem; e o homem, no ção, que foi preparado desde a
princı́pio, foi criado segundo a fundação do mundo; e também
imagem de Deus; e seu Santo fez que soubessem a respeito da
Espı́rito chamou-me para bensi- vinda de Cristo e deu-lhes a
nar estas coisas a este povo, para conhecer todas as obras do
que venha a conhecer aquilo Senhor.
que é justo e verdadeiro; 40 E aconteceu que após ter di-
35 E uma porção desse aEspı́ri- to todas essas coisas e tê-las ex-
to habita em mim, dando-me plicado ao rei, o rei acreditou
b
conhecimento e também poder em todas as suas palavras.

32a Amós 4:13; Espı́rito. Al. 22:12; 37:9.


3 Né. 28:6; D&C 6:16. 35a gee Inspiração, b gee Escrituras.
34a Mos. 7:27; Ét. 3:13–16. Inspirar. c At. 3:18–21.
b gee Ensinar, Mestre— b gee Conhecimento. 39a gee Plano de
Ensinar com o 36a Mos. 1:4; Redenção.
295 Alma 18:41–19:7
41 E começou a clamar ao Se- que lhe foi ordenado e procurou
nhor, dizendo: Ó Senhor, tem a rainha e perguntou-lhe o que
misericórdia; a mesma abun- desejava que ele fizesse.
dante amisericórdia que tiveste 4 E ela disse-lhe: Os servos de
para com o povo de Néfi, tem meu marido informaram-me que
para comigo e meu povo. és aprofeta de um santo Deus e
42 E então, quando disse isto, que tens o poder de realizar
caiu por terra como se estivesse grandes obras em seu nome;
morto. 5 Portanto, se assim é, desejo
43 E aconteceu que seus servos que entres e vejas meu marido,
o pegaram e carregaram-no pa- porque ele já está deitado em
ra junto de sua esposa e deita- seu leito pelo espaço de dois
ram-no na cama; e ele ficou dias e duas noites; e alguns
como morto pelo espaço de dois dizem que ele não está morto,
dias e duas noites; e sua mulher porém outros dizem que mor-
e seus filhos e suas filhas chora- reu e cheira mal e que deveria
ram por ele segundo o costume ser sepultado; mas para mim ele
dos lamanitas, lamentando não cheira mal.
grandemente a sua perda. 6 Ora, isso era o que Amon
desejava, porque sabia que o
rei Lamôni estava sob o poder
CAPÍTULO 19 de Deus; sabia que o escuro
a
v é u d a i n c r e d u l i d a d e l h e
Lamôni recebe a luz da vida eterna e estava sendo tirado da mente
vê o Redentor — Os de sua casa e que a bluz que lhe ilumina-
caem por terra, dominados pelo va a mente, que era a luz da
assombro, e alguns vêem anjos— glória de Deus, que era uma
Amon é preservado milagrosamen- luz maravilhosa de sua bonda-
te—Ele batiza muitos e estabelece de — sim, essa luz havia-lhe
uma igreja entre eles. Aproximada- infundido tanta alegria na
mente 90 a.C. alma, tendo-se dissipado a
nuvem de escuridão, que a luz
E aconteceu que, passados dois da vida eterna se lhe havia
dias e duas noites, estavam a acendido na alma; sim, sabia
ponto de levar seu corpo e de- que isto havia dominado o cor-
positá-lo em um sepulcro que po natural do rei e que ele fora
haviam feito com o propósito de arrebatado em Deus;
enterrar seus mortos. 7 Portanto o que a rainha lhe
2 Ora, a rainha, tendo ouvido pediu era unicamente o que ele
falar sobre a fama de Amon, desejava. Assim, entrou para ver
mandou portanto chamá-lo a sua o rei, como lhe havia pedido a
presença. rainha; e vendo o rei, soube que
3 E aconteceu que Amon fez o ele não estava morto.

41a gee Misericórdia, 19 4a gee Profeta. b gee Luz, Luz de


Misericordioso. 6 a II Cor. 4:3–4. gee Véu. Cristo.
Alma 19:8–17 296
8 Disse então à rainha: Ele não seus irmãos, que haviam sido a
está morto, mas dorme em Deus causa de tanta dor entre os nefi-
e amanhã se levantará outra vez; tas, ou melhor, entre todo o
portanto não o sepultes. povo de Deus, devido a suas ini-
9 E disse-lhe Amon: Crês tu qüidades e suas btradições, caiu
nisso? E ela disse-lhe: Não tive de joelhos e começou a extrava-
prova alguma, a não ser a tua sar a alma em oração e agradeci-
palavra e a palavra de nossos mento a Deus pelo que havia
servos; não obstante, acredito feito por seus irmãos; e foi tam-
que será como dizes. bém dominado pela calegria; e
10 E disse-lhe Amon: Abençoa- assim, todos os três dcaı́ram por
da sejas por causa de tua grande terra.
a
fé; digo-te, mulher, que nunca 15 Ora, quando os servos do
houve tão grande fé entre todo rei viram que eles haviam caı́do
o povo nefita. por terra, também começaram a
11 E aconteceu que ela velou clamar a Deus, porque o temor
junto à cama do marido daquele do Senhor também se havia
momento até o dia seguinte, na apoderado deles, pois foram
a
hora estabelecida por Amon pa- eles que se haviam apresentado
ra que se levantasse. perante o rei e testificado a ele o
12 E aconteceu que ele se le- grande poder de Amon.
vantou, conforme as palavras de 16 E aconteceu que invocaram
Amon; e, ao levantar-se, esten- o nome do Senhor com toda a
deu a mão à mulher e disse-lhe: força, até caı́rem todos por terra,
Abençoado seja o nome de Deus exceto uma das mulheres lama-
e bendita és tu. nitas, por nome Abis, que mui-
13 Porque tão certo como tu tos anos antes se convertera ao
vives, eis que vi meu Redentor; Senhor graças a uma notável vi-
e ele virá e a nascerá de uma são de seu pai—
b
mulher e redimirá toda a hu- 17 Assim, tendo sido converti-
m a n i d a d e q u e c r ê e m s e u da ao Senhor e jamais o tendo
nome. Ora, tendo dito estas pa- revelado, quando viu que todos
lavras, transbordou-se-lhe o co- os servos de Lamôni haviam caı́-
ração e outra vez ele caiu por do por terra e que também se
terra, de alegria; e a rainha tam- achavam prostrados por terra
bém caiu por terra, dominada sua ama, a rainha, e o rei e
pelo Espı́rito. Amon, soube que era o poder de
14 Ora, Amon, vendo que o Es- Deus; e acreditando que esta
pı́rito do Senhor se havia derra- oportunidade, informando ao
mado de acordo com suas povo o que se passara entre eles,
a
orações, sobre os lamanitas, que, contemplando esta cena,

10a Lc. 7:9. gee Fé. de Jesus Cristo. c gee Alegria.


13a gee Jesus Cristo— b 1 Né. 11:13–21. d Al. 27:17.
Profecias acerca do 14a D&C 42:14. 15a Al. 18:1–2.
nascimento e morte b Mos. 1:5.
297 Alma 19:18–28
a
seriam levados a acreditar no ao levantar a espada para gol-
poder de Deus, ela correu, por- peá-lo, eis que caiu morto.
tanto, de casa em casa, comuni- 23 Ora, vemos que Amon não
cando o sucedido ao povo. podia ser morto, porque o aSe-
18 E começaram a reunir-se na nhor dissera a Mosias, seu pai:
casa do rei. E juntou-se uma Poupá-lo-ei e acontecerá com
multidão que, admirada, viu que ele segundo a tua fé—portanto,
o rei e a rainha e seus servos es- Mosias bconfiara-o ao Senhor.
tavam prostrados por terra e ali 24 E aconteceu que quando a
jaziam como mortos; e também multidão viu que o homem que
viram Amon e eis que era um levantara a espada para matar
nefita. Amon havia caı́do morto, todos
19 E então começaram a mur- foram tomados pelo medo e não
murar entre si; alguns diziam ousaram estender a mão para
que era um grande mal que ha- tocá-lo nem a qualquer dos que
via caı́do sobre eles, ou seja, so- haviam caı́do; e começaram no-
bre o rei e sua casa, porque ele vamente a maravilhar-se, imagi-
havia permitido que o nefita nando qual seria a causa desse
a
permanecesse na terra. grande poder ou o que poderiam
20 Outros, porém, os repreen- significar todas essas coisas.
diam, dizendo: O rei trouxe este 25 E aconteceu que muitos
mal sobre sua casa porque ele dentre eles diziam que Amon
matou seus servos, cujos reba- era o Grande Espı́rito; e outros
nhos haviam sido dispersos nas diziam que ele havia sido envia-
a
águas de Sébus. do pelo aGrande Espı́rito;
21 E eles também foram repre- 26 Mas outros repreendiam a
endidos por aqueles homens todos, dizendo que ele era um
que, junto às águas de Sébus, monstro enviado pelos nefitas
haviam adispersado os rebanhos para atormentá-los.
que pertenciam ao rei; porque 27 E havia alguns que diziam
estavam indignados com Amon, ter sido Amon enviado pelo
por causa do número de seus Grande Espı́rito para afligi-los
irmãos que ele havia matado por causa de suas iniqüidades; e
junto às águas de Sébus en- que era o Grande Espı́rito que
quanto defendia os rebanhos sempre auxiliara os nefitas, que
do rei. sempre os livrara de suas mãos;
22 Ora, um deles, cujo irmão e diziam que fora esse Grande
havia sido amorto pela espada Espı́rito que havia destruı́do
de Amon, estando muito irado tantos de seus irmãos, os lama-
contra Amon, desembainhou a nitas.
espada e adiantou-se para fazê- 28 E assim a disputa entre eles
la cair sobre Amon e matá-lo; e tornou-se muito acalorada. E

17a Mos. 27:14. 21a Al. 17:27; 18:3. b gee Confiança,


19a Al. 17:22–23. 22a Al. 17:38. Confiar.
20a Al. 17:26; 18:7. 23a Mos. 28:7; Al. 17:35. 25a Al. 18:2–5.
Alma 19:29–20:2 298
enquanto estavam deste modo via sido atransformado; que não
discutindo, a aserva que fizera desejavam mais praticar o bmal.
com que a multidão se reunisse, 34 E eis que muitos declararam
vendo as disputas que havia en- ao povo que haviam visto aanjos
tre o povo, entristeceu-se muito, e que com eles haviam conver-
até as lágrimas. sado; e, assim, relataram-lhes
29 E aconteceu que, tendo-se coisas de Deus e de sua justiça.
adiantado, tomou a mão da rai- 35 E aconteceu que muitos de-
nha para ver se conseguia le- les acreditaram em suas pala-
vantá-la do chão; e assim que vras; e todos os que acreditaram
lhe tocou a mão, ela levantou-se foram abatizados; e tornaram-se
e clamou em alta voz, dizendo: um povo justo e organizaram
Oh! Abençoado Jesus, que me uma igreja entre eles.
salvou de um ainferno horrı́vel! 36 E assim começou a obra do
Ó Deus bendito, tem bmisericór- Senhor entre os lamanitas; deste
dia deste povo! modo o Senhor começou a der-
30 E tendo dito isso, juntou as ramar-lhes o seu Espı́rito; e
mãos, cheia de alegria, dizendo vemos que o seu braço está
muitas palavras que não foram estendido a atodos os povos que
compreendidas; e tendo feito is- se arrependem e crêem em seu
so, tomou o rei Lamôni pela nome.
mão e eis que ele se levantou e
pôs-se de pé.
CAPÍTULO 20
31 E ele, vendo a contenda en-
tre seu povo, imediatamente se
O Senhor envia Amon a Midôni pa-
adiantou e começou a repreen-
ra libertar seus irmãos aprisiona-
dê-los e a ensinar-lhes as apala-
dos—Amon e Lamôni encontram o
vras que ouvira da boca de
pai de Lamôni, que é rei de toda
Amon; e todos os que deram ou-
aquela terra—Amon compele o ve-
vidos a suas palavras creram e
lho rei a aprovar a libertação de seus
foram convertidos ao Senhor.
irmãos. Aproximadamente 90 a.C.
32 Mas houve muitos entre
eles que não deram ouvidos a E aconteceu que depois de ha-
suas palavras; portanto segui- verem eles organizado uma
ram seu caminho. igreja naquela terra, o rei Lamô-
33 E aconteceu que quando se ni desejou que Amon fosse com
levantou, Amon também pre- ele à terra de Néfi para apresen-
gou a eles e assim também fize- tá-lo a seu pai.
ram todos os servos de Lamôni; 2 E Amon ouviu a voz do
e todos disseram ao povo a mes- Senhor, dizendo: Não subirás à
ma coisa—que seu coração ha- terra de Néfi, porque eis que o

28a Al. 19:16. 31a Al. 18:36–39. Al. 13:12.


29a 1 Né. 14:3. 33a gee Nascer de Deus, 34a gee Anjos.
b gee Misericórdia, Nascer de Novo. 35a gee Batismo, Batizar.
Misericordioso. b Mos. 5:2; 36a 2 Né. 26:33; Al. 5:33.
299 Alma 20:3–15
rei procurará tirar-te a vida; irás 9 E eis que o pai de Lamôni lhe
porém à terra de Midôni; por- perguntou: Por que não vieste à
a
que eis que teu irmão Aarão e festa naquele grande dia em
também Mulóqui e Amá se que dei uma festa a meus filhos
acham na prisão. e a meu povo?
3 Ora, aconteceu que quando 10 E também lhe perguntou:
ouviu isto, Amon disse a Lamô- Para onde vais com esse nefita,
ni: Eis que meu irmão e meus que é um dos filhos de um
a
companheiros estão na prisão mentiroso?
em Midôni e eu para lá irei a 11 E aconteceu que Lamôni, te-
fim de libertá-los. mendo ofendê-lo, explicou-lhe
4 Então Lamôni disse a Amon: para onde ia.
Sei que com o apoder do Senhor 12 E contou-lhe também todos
podes realizar todas as coisas. os motivos de haver permaneci-
Irei porém contigo à terra de do em seu próprio reino, não
Midôni, porque o rei da terra de tendo ido à festa que seu pai ha-
Midôni, cujo nome é Antiono, é via preparado.
meu amigo; portanto irei à terra 13 E então, quando Lamôni ex-
de Midôni, a fim de agradar ao plicou-lhe todas essas coisas, eis
rei da terra e ele soltará teus que, para seu espanto, indignou-
irmãos da bprisão. Então lhe per- se o pai contra ele, dizendo:
guntou Lamôni: Quem te infor- Lamôni, tu vais libertar esses ne-
mou que teus irmãos estavam fitas, que são filhos de um men-
na prisão? tiroso. Eis que ele roubou nossos
5 E respondeu-lhe Amon: Nin- pais; e agora seus filhos estão
guém me contou, a não ser entre nós, a fim de enganar-nos
Deus; e ele disse-me—Vai liber- com suas astúcias e mentiras,
tar teus irmãos, porque se acham para novamente nos despojar
na prisão, na terra de Midôni. de nossas propriedades.
6 Ora, quando Lamôni ouviu 14 Ora, o pai de Lamôni orde-
isso, fez com que os servos nou-lhe que matasse Amon com
aprontassem seus a cavalos e a espada. E ordenou-lhe tam-
seus carros. bém que não fosse à terra de
7 E disse a Amon: Vem, desce- Midôni, mas que voltasse com
rei contigo à terra de Midôni e lá ele à terra de aIsmael.
suplicarei ao rei que liberte teus 15 Lamôni, porém, disse-lhe:
irmãos da prisão. Não matarei Amon nem voltarei
8 E aconteceu que Amon e contigo à terra de Ismael, mas
Lamôni, quando para lá se diri- irei à terra de Midôni libertar os
giam, encontraram o pai de La- irmãos de Amon, porque sei que
môni, que era rei a de toda a são homens justos e santos pro-
terra. fetas do verdadeiro Deus.

20 4a Al. 26:12. 8 a Al. 22:1. 14a Al. 17:19.


b Al. 20:28–30. 9 a Al. 18:9.
6 a Al. 18:9–10. 10a Mos. 10:12–17.
Alma 20:16–27 300
16 Ora, quando seu pai ouviu conceder-te-ei tudo que pedires,
estas palavras, irou-se contra ele até metade de meu reino.
e desembainhou a espada para 24 Ora, quando Amon viu que
derrubá-lo por terra. havia impressionado o velho rei
17 Mas Amon adiantou-se como desejava, disse-lhe: Se
e d i s s e - l h e : E i s q u e t u n ã o permitires que meus irmãos se-
matarás teu filho; não obstante, jam libertados da prisão e tam-
a
melhor seria que ele morresse bém que Lamôni conserve seu
do que tu, porque eis que ele se reino; e se não ficares aborreci-
b
arrependeu de seus pecados; do com ele, mas permitires que
mas se tu caı́sses agora, com ele aja segundo sua própria
tua ira, tua alma não poderia vontade em atudo quanto deter-
ser salva. minar, então te pouparei; do
18 E também é conveniente contrário ferir-te-ei até caı́res
que te reprimas, porque, se ama- por terra.
tasses teu filho, sendo ele um 25 Ora, quando Amon disse es-
homem inocente, o seu sangue sas palavras, o rei começou a re-
clamaria da terra ao Senhor seu gozijar-se por causa de sua vida.
Deus, para que a vingança caı́s- 26 E quando viu que Amon
se sobre ti; e talvez perdesses não desejava matá-lo e quando
tua balma. viu também o grande amor que
19 Ora, tendo dito Amon essas ele tinha por seu filho Lamôni,
palavras, ele respondeu-lhe, di- ficou muito admirado e disse:
zendo: Eu sei que, se matasse Por teres tu desejado somente
meu filho, derramaria sangue que eu libertasse teus irmãos e
inocente; porque foste tu que permitisse que meu filho Lamô-
procuraste destruı́-lo. ni conservasse o reino, eis que te
20 E estendeu a mão para ma- concederei que meu filho con-
tar Amon. Mas Amon resistiu a serve o reino, de hoje em diante
seus golpes e feriu-lhe também e para sempre; e eu não mais o
o braço, de modo que não pôde governarei—
mais usá-lo. 27 E também te concederei
21 Então o rei, vendo que Amon que teus irmãos sejam liberta-
podia matá-lo, começou a supli- dos da prisão e tu e teus irmãos
car-lhe que lhe poupasse a vida. podereis vir a mim em meu
22 Amon, porém, levantou a reino, porque desejarei muito
espada e disse-lhe: Eis que te ver-te. Pois o rei estava grande-
matarei, a menos que permitas mente admirado com as pala-
que meus irmãos sejam tirados vras que ele proferira e também
da prisão. com as palavras de seu filho La-
23 Então o rei, temendo perder môni; e a desejava, portanto,
a vida, disse: Se me poupares, aprendê-las.

17a Al. 48:23. b D&C 42:18. Humilde, Humilhar.


b Al. 19:12–13. 24a Al. 21:21–22.
18a gee Homicı́dio. 27a gee Humildade,
301 Alma 20:28–21:5

28 E aconteceu que Amon e Aarão e seus irmãos são aprisiona-


Lamôni continuaram sua via- dos em Midôni—Após sua liberta-
gem para a terra de Midôni. E ção, eles ensinam nas sinagogas e
Lamôni achou graça aos olhos fazem muitos conversos—Lamôni
do rei da terra; portanto os ir- concede liberdade religiosa ao povo,
mãos de Amon foram tirados da na terra de Ismael. Aproximada-
prisão. mente 90–77 a.C.
29 E quando encontrou seus ir-
Ora, quando Amon e seus ir-
mãos, Amon ficou muito triste
mãos se asepararam nas fron-
porque eis que estavam nus e
teiras da terra dos lamanitas,
sua pele muito marcada, devido eis que Aarão seguiu viagem
às fortes cordas com que esta- para a terra que os lamanitas
vam atados. E também haviam denominavam Jerusalém, em
sofrido fome, sede e toda espé- m e m ó r i a d a t e r r a n a t a l d e
cie de aflições; não obstante, ha- seus pais; e ficava distante e
viam sido apacientes em todos confinava com as fronteiras de
os seus sofrimentos. Mórmon.
30 E aconteceu que haviam ti- 2 Ora, os lamanitas e os amale-
do a infelicidade de cair nas quitas e o povo de aAmulon ha-
mãos de um povo mais duro e viam construı́do uma grande
obstinado; portanto não quise- cidade, que se chamava Jerusa-
ram escutar-lhes as palavras, lém.
tendo-os expulsado e batido ne- 3 Ora, os lamanitas já eram,
les, tendo-os enxotado de casa por si mesmos, bastante obstina-
em casa e de lugar em lugar, até dos; porém os amalequitas e
chegarem à terra de Midôni; e os amulonitas eram-no ainda
ali foram capturados e postos na mais; conseguiram, portanto,
prisão e amarrados com afortes fazer com que os lamanitas en-
cordas; e ficaram encarcerados durecessem o coração, com que
por muitos dias, sendo liberta- aumentassem suas iniqüidades
dos por Lamôni e Amon. e abominações.
4 E aconteceu que Aarão foi à
Relato da prédica de Aarão e cidade de Jerusalém e começou
Mulóqui e seus irmãos aos lama- primeiro a pregar aos amalequi-
nitas. tas. E começou a pregar-lhes em
suas sinagogas, porque haviam
Abrange os capı́tulos 21 a 26. construı́do sinagogas segundo a
a
ordem dos neores; porque mui-
CAPÍTULO 21 tos dos amalequitas e amuloni-
tas pertenciam à ordem dos
Aarão ensina os amalequitas a res- neores.
peito de Cristo e sua expiação— 5 Assim, quando Aarão entrou

29a Al. 17:11. 21 1a Al. 17:13, 17. Al. 25:4–9.


30a Al. 26:29. 2 a Mos. 24:1; 4 a Al. 1:2–15.
Alma 21:6–16 302
em uma das suas sinagogas Cristo e a bexpiação de seu san-
para pregar ao povo e enquanto gue.
lhes falava, eis que se levantou 10 E aconteceu que quando co-
um amalequita e começou a meçou a expor-lhes essas coisas,
discutir com ele, dizendo: O que ficaram zangados com ele e co-
é que testificaste? Viste tu um meçaram a zombar dele; e não
a
anjo? Por que é que os anjos quiseram dar ouvidos às pala-
não nos aparecem? Eis que este vras que ele proferia.
povo não é tão bom quanto teu 11 Portanto, quando ele viu
povo? que não dariam ouvidos a suas
6 Tu também dizes que, a me- palavras, saiu da sinagoga e foi
nos que nos arrependamos, pe- a uma aldeia que se chamava
receremos. Como conheces o Ani-Ânti e aı́ encontrou Muló-
pensamento e o intento de nos- qui pregando-lhes a palavra; e
so coração? Como sabes que também Amá e seus irmãos. E
temos motivos para nos arre- discutiam com muitos sobre a
pendermos? Como sabes que palavra.
não somos um povo justo? Eis 12 E aconteceu que viram que
que construı́mos santuários e o povo ia endurecer o coração;
reunimo-nos para adorar a Deus. portanto partiram e chegaram à
Nós cremos que Deus salvará terra de Midôni. E pregaram a
todos os homens. palavra a muitos; e poucos acre-
7 E aı́ Aarão lhe disse: Crês tu ditaram nas palavras que lhes
que o Filho de Deus virá redi- foram ensinadas.
mir a humanidade de seus peca- 13 No entanto, Aarão e alguns
dos? de seus irmãos foram apanha-
8 E o homem respondeu-lhe: dos e encarcerados. Os restantes
Não acreditamos que saibas de fugiram da terra de Midôni para
tais coisas. Não acreditamos as regiões circunvizinhas.
nessas tradições tolas. Não acre- 14 E os que foram postos na
ditamos que saibas de acoisas fu- prisão asofreram muito e foram
turas nem tampouco cremos libertados pela mão de Lamôni
que teus pais ou nossos pais ti- e Amon; e foram alimentados e
vessem conhecimento das coi- vestidos.
sas de que falaram, daquilo que 15 E saı́ram novamente para
está para vir. pregar a palavra; e assim foram
9 E Aarão começou a explicar- libertados da prisão pela pri-
lhes as escrituras a respeito da meira vez; e assim haviam
vinda de Cristo, como também sofrido.
sobre a ressurreição dos mortos; 16 E iam, assim, para onde os
e que anão poderia haver reden- guiava o aEspı́rito do Senhor,
ção para a humanidade a não pregando a palavra de Deus em
ser pela morte e sofrimentos de todas as sinagogas dos amale-

5 a Mos. 27:11–15. 9 a Mos. 5:8; Al. 38:9. 14a Al. 20:29.


8 a Jacó 7:1–8. b gee Expiação, Expiar. 16a Al. 22:1.
303 Alma 21:17–22:3
quitas ou em todas as assem- diariamente, com toda a diligên-
bléias dos lamanitas onde lhes cia; e eles deram ouvidos a sua
era permitido entrar. palavra e eram zelosos no cum-
17 E aconteceu que o Senhor primento dos mandamentos do
começou a abençoá-los de tal Senhor.
modo que levaram muitos ao
conhecimento da verdade; sim,
e aconvenceram muitos de seus CAPÍTULO 22
pecados e de que as tradições de
seus pais não eram corretas. Aarão ensina o pai de Lamôni a res-
18 E aconteceu que Amon e peito da Criação, da queda de Adão
Lamôni voltaram da terra de e do plano de redenção, por meio de
Midôni para a terra de Ismael, Cristo—O rei e toda a sua casa são
que era a terra de sua herança. convertidos—Explica-se a divisão
19 E o rei Lamôni não permitiu da terra entre os nefitas e os lamani-
que Amon o servisse ou fosse tas. Aproximadamente 90–77 a.C.
seu servo. Ora, como Amon estava conti-
20 Mas fez com que se cons- nuamente ensinando o povo de
truı́ssem sinagogas na terra de Lamôni, voltaremos à história
Ismael e fez com que seu povo, de Aarão e seus irmãos; porque,
ou seja, o povo governado por tendo partido da terra de Midô-
ele, se reunisse. ni, ele foi aguiado pelo Espı́rito à
21 E regozijou-se neles e ensi- terra de Néfi, até a casa do rei
nou-lhes muitas coisas. E decla- que governava toda a terra, bex-
rou-lhes também que eram um ceto a terra de Ismael; e era o pai
povo que se achava sob sua au- de Lamôni.
toridade e que eram um povo 2 E aconteceu que, tendo en-
livre; livre da opressão do rei, trado no palácio do rei com os
seu pai, porque seu pai lhe ha- seus irmãos e tendo-se inclina-
via permitido governar o povo do diante do rei, disse-lhe: Eis, ó
que estava na terra de Ismael e rei, que somos os irmãos de
em toda a terra circunvizinha. Amon, que alivraste da prisão.
22 E declarou-lhes também que 3 E agora, ó rei, se nos poupa-
tinham aliberdade para adorar o res a vida, seremos teus servos.
Senhor seu Deus segundo seus E disse-lhes o rei: Levantai-vos,
desejos, onde quer que estives- porque vos concederei a vida e
sem, se a região ficasse sob a au- não permitirei que sejais meus
toridade do rei Lamôni. servos; insistirei, porém, em que
23 E Amon pregou ao povo do me ensineis, porque minha
rei Lamôni; e aconteceu que lhes mente ficou um tanto perturba-
ensinou todas as coisas concer- da pela generosidade e grande-
nentes à retidão. E exortava-os za das palavras de vosso irmão

17a D&C 18:44. gee Liberdade, b Al. 21:21–22.


22a D&C 134:1–4; Livre. 2 a Al. 20:26.
RF 1:11. 22 1a Al. 21:16–17.
Alma 22:4–15 304
Amon; e desejo saber por que 11 E ele disse: Sim, acredito que
motivo não subiu ele de Midôni o Grande Espı́rito criou todas as
convosco. coisas e desejo que me ensines a
4 E Aarão disse ao rei: Eis que o respeito de todas essas coisas; e
Espı́rito do Senhor o chamou eu aacreditarei em tuas palavras.
para outro lugar; ele foi para a 12 E aconteceu que Aarão,
terra de Ismael a fim de ensinar quando viu que o rei acreditaria
o povo de Lamôni. em suas palavras, começou a
a
5 Disse-lhes então o rei: O que ler-lhe as escrituras, desde a cria-
é isso que disseste sobre o Espı́- ção de Adão: como criou Deus
rito do Senhor? Eis que é isso o homem a sua própria imagem
que me perturba. e que Deus lhe deu mandamen-
6 E, também, o que é isso que tos; e que, por causa da trans-
disse Amon: aSe vos arrepender- gressão, o homem caiu.
des, sereis salvos; e se não vos 13 E Aarão explicou-lhe as es-
arrependerdes, sereis afastados crituras, desde a a criação de
no último dia? Adão, expondo-lhe a queda do
7 E Aarão, respondendo-lhe, homem e seu estado carnal; e
disse: Crês tu que existe um também o bplano de redenção
Deus? E o rei respondeu: Sei que havia sido preparado cdes-
que os amalequitas dizem existir de a fundação do mundo, por
um Deus e permiti-lhes cons- meio de Cristo, para todos os
truir santuários a fim de que se que acreditassem em seu nome.
reunissem para adorá-lo. E se 14 E tendo o homem acaı́do,
agora dizes que existe um Deus, por si mesmo nada podia bmere-
eis que aacreditarei. cer; mas os sofrimentos e a
8 E então, quando Aarão ouviu morte de Cristo cexpiam seus
isso, alegrou-se-lhe o coração pecados por meio da fé e do ar-
e ele disse: Eis que, tão certo co- rependimento e assim por dian-
mo tu vives, ó rei, existe um te; e ele rompe as ligaduras da
Deus. morte, para que a d sepultura
9 E disse o rei: É Deus aquele não seja vitoriosa e para que o
a
Grande Espı́rito que tirou nos- aguilhão da morte seja consu-
sos pais da terra de Jerusalém? mido na esperança de glória; e
10 E disse-lhe Aarão: Sim, ele Aarão explicou todas essas coi-
é aquele Grande Espı́rito e sas ao rei.
a
criou todas as coisas, tanto no 15 E aconteceu que, tendo
céu como na Terra. Acreditas Aarão explicado estas coisas
nisso? ao rei, o rei disse: aQue deve-

6a Al. 20:17–18. 13a Gên. 1:26–28. Al. 42:10–25.


7a D&C 46:13–14. b gee Plano de c Al. 34:8–16.
9a Al. 18:18–28. Redenção. gee Expiação,
10a gee Criação, Criar. c 2 Né. 9:18. Expiar.
11a gee Crença, Crer. 14a gee Queda de Adão d Isa. 25:8;
12a 1 Né. 5:10–18; e Eva. I Cor. 15:55.
Al. 37:9. b 2 Né. 25:23; 15a At. 2:37.
305 Alma 22:16–23
rei fazer para conseguir essa rei; e quando o viu caı́do como
vida eterna da qual falaste? se estivesse morto e também
Sim, que deverei fazer para Aarão e seus irmãos ali parados
b
nascer de Deus, arrancar este como se fossem os causadores
espı́rito inı́quo de meu peito de sua queda, irou-se contra
e receber o Espı́rito de Deus, eles e ordenou que seus servos,
a fim de encher-me de júbilo ou seja, os servos do rei, os
e não ser afastado no último prendessem e matassem.
dia? Eis que, disse ele, renun- 20 Ora, os servos haviam pre-
ciarei a ctudo quanto possuo; senciado o motivo da queda do
sim, abandonarei o meu reino rei; portanto não se atreviam a
para poder receber essa grande deitar as mãos em Aarão e seus
alegria. irmãos; e intercederam à rainha,
16 Mas disse-lhe Aarão: Se ade- dizendo: Por que ordenas que
sejas isto, se te curvares diante matemos esses homens, quando
de Deus, sim, se te arrependeres eis que um deles é amais pode-
de todos os teus pecados e te roso que nós todos? Cairemos,
curvares diante de Deus e invo- portanto, diante deles.
cares o seu nome com fé, acredi- 21 Ora, quando a rainha viu
tando que receberás, então o temor de seus servos, come-
obterás a besperança que dese- çou também a sentir grande te-
jas. mor de que algum mal lhe
17 E aconteceu que quando acontecesse. E ordenou aos ser-
Aarão proferiu estas palavras, o vos que fossem chamar o povo,
rei acurvou-se diante do Senhor, para que matassem Aarão e seus
de joelhos; sim, prostrou-se por irmãos.
terra e bclamou de todo o cora- 22 Ora, quando Aarão viu a de-
ção, dizendo: terminação da rainha, ele, co-
18 Ó Deus, Aarão disse-me que nhecendo também a dureza de
existe um Deus e, se existe um coração do povo, temeu que se
Deus e se tu és Deus, faze-mo reunisse uma multidão e daı́ re-
saber; e abandonarei todos os sultassem grandes contendas e
meus pecados para conhecer-te, distúrbios entre eles; estendeu
para que eu possa ser levantado portanto a mão e levantou o rei,
dentre os mortos e salvo no últi- dizendo-lhe: Levanta-te. E ele
mo dia. E quando o rei disse pôs-se em pé, recuperando as
essas palavras, caiu como que forças.
ferido de morte. 23 Ora, isso foi feito na presen-
19 E aconteceu que seus servos ça da rainha e de muitos dos
correram para contar à rainha servos. E quando viram isso,
tudo o que sucedera ao rei. E ela ficaram muito admirados e co-
dirigiu-se para onde estava o meçaram a temer. E o rei adian-

15b Al. 5:14, 49. 16a gee Conversão, 17a D&C 5:24.
c Mt. 13:44–46; Converter. b gee Oração.
19:16–22. b Ét. 12:4. 20a Al. 18:1–3.
Alma 22:24–32 306
tou-se e começou a aensiná-los. vam espalhados pelo deserto a
E ensinou-os de tal modo que oeste, na terra de Néfi; sim, co-
toda a sua casa se bconverteu ao mo também a oeste da terra de
Senhor. Zaraenla, beirando a costa; e a
24 Ora, reunira-se uma multi- oeste, na terra de Néfi, no local
dão, por causa das ordens da da primeira herança de seus
rainha; e começou a haver gran- pais; e assim ao longo da costa.
des murmurações entre eles, por 29 E também havia muitos la-
causa de Aarão e seus irmãos. manitas no leste, junto à costa,
25 Mas o rei adiantou-se e pre- para onde os nefitas os haviam
gou-lhes. E tranqüilizaram-se em impelido. Desse modo os nefitas
relação a Aarão e aos que com estavam quase rodeados pelos
ele estavam. lamanitas; não obstante, os nefi-
26 E aconteceu que o rei, ven- tas haviam-se apoderado de to-
do que o povo se tranqüilizara, das as regiões do norte da terra,
fez com que Aarão e seus irmãos que beiravam o deserto, na ca-
fossem para o meio da multidão beceira do rio Sidon, de leste a
e pregassem-lhes a palavra. oeste do lado do deserto; no
27 E aconteceu que o rei en- norte, até chegar à terra a que
viou uma a proclamação por deram o nome de aAbundância.
toda a terra, a todo o seu povo 30 E confinava com a terra a
que vivia em toda a sua terra, que chamavam aDesolação, a
que vivia em todas as regiões qual estava tão ao norte que
circunvizinhas, terra que confi- adentrava a terra que havia sido
nava com o mar a leste e a oeste povoada e destruı́da, de cujos
b
e que era dividida da terra de ossos já falamos, que fora des-
b
Zaraenla por uma estreita faixa coberta pelo povo de Zaraenla,
de deserto que se estendia do tendo sido o local de seu cpri-
mar do leste ao mar do oeste e meiro desembarque.
contornava a costa e as frontei- 31 E daı́ subiram até o deserto
ras do deserto que ficava ao do sul. E assim foi que a terra do
norte, perto da terra de Za- norte se chamou aDesolação e a
raenla, através das fronteiras de terra do sul se chamou Abun-
Mânti, à cabeceira do rio Sidon, dância, sendo ela o deserto que
correndo de leste para oeste—e é cheio de todo tipo de animais
assim estavam os lamanitas selvagens de toda espécie, uma
separados dos nefitas. parte dos quais havia vindo da
28 Ora, os mais aindolentes dos terra do norte à procura de ali-
lamanitas viviam no deserto e mento.
habitavam em tendas; e esta- 32 E assim, a adistância entre o

23a gee Ministério, 27a Al. 23:1–4. Mórm. 4:1–3.


Ministro; Pregar; b Ômni 1:13–17. b Mos. 8:7–12; 28:11–19.
Ensinar, Mestre. 28a 2 Né. 5:22–25. c Hel. 6:10.
b gee Conversão, 29a Al. 52:9; 63:5. 31a Hel. 3:5–6.
Converter. 30a Al. 50:34; 32a Hel. 4:7.
307 Alma 22:33–23:4
mar do leste e o mar do oeste, vres da maldição—Os amalequitas
pela fronteira entre Abundância e os amulonitas rejeitam a verdade.
e a terra de Desolação, era o Aproximadamente 90–77 a.C.
equivalente a um dia e meio de
viagem para um nefita. E assim, Eis que aconteceu que o rei dos
a terra de Néfi e a terra de Za- lamanitas enviou uma aprocla-
raenla estavam quase que ro- mação a todo o seu povo, para
deadas por água, havendo uma que não tocassem em Amon
pequena bfaixa de terra entre a nem em Aarão nem em Ômner
terra do norte e a terra do sul. nem em Hı́mni ou em qualquer
33 E aconteceu que os nefitas de seus irmãos que iriam pregar
haviam povoado a terra de a palavra de Deus, não impor-
Abundância, desde o mar do tando onde estivessem, em
leste até o mar do oeste; e assim qualquer parte de sua terra.
os nefitas, em sua sabedoria, 2 Sim, enviou um decreto a seu
com seus guardas e seus exérci- povo, que não deveriam deitar-
tos, haviam confinado os lama- lhes as mãos para amarrá-los
nitas no sul, para que desse nem colocá-los na prisão; nem
modo não mais ocupassem as deveriam cuspir neles nem es-
terras ao norte e não invadissem pancá-los nem expulsá-los de
a terra do norte. suas sinagogas nem açoitá-los;
34 Portanto os lamanitas não nem tampouco apedrejá-los, mas
podiam mais ter terras, a não ser que eles tivessem livre acesso a
na terra de Néfi e nos desertos a suas casas e também a seus tem-
sua volta. Ora, nisto os nefitas plos e seus santuários.
foram prudentes—como os la- 3 Para que assim pudessem ir
manitas eram seus inimigos, não pregar a palavra segundo seus
sofreriam ataques por todos os desejos, pois o rei havia-se con-
lados e teriam também um paı́s vertido ao Senhor, assim como
onde se refugiar, segundo seus toda a sua casa; enviou portanto
desejos. uma proclamação ao povo, por
35 E agora eu, depois de haver toda a terra, a fim de que a pala-
relatado isto, volto à história de vra de Deus não encontrasse
Amon e Aarão, Ômner e Hı́mni obstrução, mas fosse levada a
e seus irmãos. toda a terra, para que o povo se
convencesse das inı́quas atradi-
ções de seus pais e se conven-
CAPÍTULO 23 cesse de que todos eram irmãos
e que não deveriam matar nem
Proclamada a liberdade religiosa— pilhar nem roubar nem cometer
Convertidos os lamanitas de sete adultério nem cometer qualquer
terras e cidades—Eles autodenomi- tipo de iniqüidade.
nam-se ânti-néfi-leı́tas e ficam li - 4 E então aconteceu que, tendo

32b Al. 50:34. 23 1a Al. 22:27. 3 a Al. 26:24.


Alma 23:5–17 308
o rei enviado essa proclama- 10 E também os lamanitas que
ção, Aarão e seus irmãos foram estavam na terra de Midôni;
de cidade em cidade, de uma 11 E também os lamanitas que
casa de adoração a outra, orga- estavam na cidade de Néfi;
nizando igrejas e consagrando 12 E também os lamanitas que
sacerdotes e mestres entre os se achavam na terra de aSilom e
lamanitas, por toda a terra, a que se achavam na terra de
fim de pregarem e ensinarem Senlon e na cidade de Lemuel e
a palavra de Deus entre eles; e na cidade de Simnilom.
assim começaram a lograr muito 13 E são esses os nomes das ci-
êxito. dades dos lamanitas que foram
a
5 E milhares foram levados a convertidos ao Senhor; e são
conhecer o Senhor, sim, milha- esses os que depuseram as ar-
res foram levados a acreditar mas de sua rebelião, sim, todas
nas atradições dos nefitas; e fo- as suas armas de guerra; e todos
ram-lhes ensinados os bregistros eram lamanitas.
e as profecias que haviam sido 14 E os amalequitas não foram
a
transmitidos até o presente. convertidos, exceto um; e ne-
6 E tão certo quanto o Senhor nhum dos bamulonitas se con-
vive, assim também quantos verteu, mas endureceram o
acreditaram, ou seja, quantos coração e também o coração dos
foram levados a conhecer a ver- lamanitas daquela parte da terra
dade pelas pregações de Amon em que moravam; sim, e em to-
e seus irmãos, segundo o espı́ri- das as suas aldeias e cidades.
to de revelação e de profecia e o 15 Portanto citamos todas as ci-
poder de Deus que fazia mila- dades dos lamanitas nas quais
gres por meio deles—sim, digo- eles se arrependeram, vieram a
vos que, assim como o Senhor conhecer a verdade e foram
vive, todos os lamanitas que convertidos.
acreditaram em suas pregações 16 E aconteceu então que o
e foram aconvertidos ao Senhor rei e os que foram convertidos
b
nunca apostataram. desejavam adotar um nome
7 Pois tornaram-se um povo pelo qual se distinguissem de
justo e depuseram as armas de seus irmãos; o rei portanto
sua rebelião, para não mais luta- consultou Aarão e muitos de
rem contra Deus nem contra seus sacerdotes no tocante
qualquer de seus irmãos. ao nome que deveriam esco-
8 Ora, estes são aos que se con- lher para distinguirem-se dos
verteram ao Senhor: outros.
9 Os lamanitas que estavam na 17 E aconteceu que escolheram
terra de Ismael; o nome de aânti-néfi-leı́tas; e

5 a Al. 37:19. Converter. 13a Al. 53:10.


b Al. 63:12. b Al. 27:27. 14a Al. 24:29.
gee Escrituras. 8 a Al. 26:3, 31. b Mos. 23:31–39.
6 a gee Conversão, 12a Mos. 22:8, 11. 17a gee Ânti-néfi-leı́tas.
309 Alma 23:18–24:8
foram chamados por esse nome 4 E morreu o rei no mesmo ano
e não mais foram chamados de em que os lamanitas começaram
lamanitas. os preparativos para guerrear o
18 E começaram a ser um povo povo de Deus.
muito industrioso; sim, e fize- 5 Ora, quando Amon e seus ir-
ram-se amigos dos nefitas; por- mãos e todos os que haviam
tanto estabeleceram relações com vindo com ele viram os prepara-
eles e a amaldição de Deus não tivos dos lamanitas para destruı́-
mais os acompanhou. rem seus irmãos, dirigiram-se à
terra de Midiã e lá Amon encon-
trou todos os seus irmãos; e de
CAPÍTULO 24 lá se dirigiram à terra de Ismael,
para reunirem-se em aconselho
Os lamanitas avançam contra o po- com Lamôni e também com seu
vo de Deus — Os ânti-néfi-leı́tas irmão, Ânti-Néfi-Leı́, a fim de
regozijam-se em Cristo e são visita- decidirem o que deveriam fazer
dos por anjos—Eles preferem mor- para defender-se dos lamanitas.
rer a defenderem-se—Mais lamani- 6 Ora, não havia uma só alma,
tas são convertidos. Aproximada- entre todo o povo que se con-
mente 90–77 a.C. vertera ao Senhor, que quisesse
E aconteceu que os amalequitas pegar em armas contra seus ir-
e os amulonitas e os lamanitas mãos; não, não queriam nem
que estavam na terra de Amu- mesmo fazer qualquer prepara-
lon e também na terra de Helã; e tivo de guerra; sim, e também
os que estavam na terra de seu rei lhes ordenou que não o
a
Jerusalém e, resumindo, em to- fizessem.
das as terras circunvizinhas, que 7 Ora, estas são as palavras que
não se haviam convertido nem ele disse ao povo sobre o assun-
adotado o nome de bÂnti-Néfi- to: Agradeço a meu Deus, meu
Leı́, foram instigados pelos ama- amado povo, que o nosso gran-
lequitas e pelos amulonitas a de Deus em sua bondade tenha
irarem-se contra seus irmãos. mandado estes nossos irmãos,
2 E seu ódio contra eles tor- os nefitas, pregarem a nós e con-
nou-se muito intenso, a ponto vencerem-nos a respeito das
a
de começarem a rebelar-se con- tradições de nossos inı́quos
tra seu rei e a não mais quere- pais.
rem que ele fosse seu rei; 8 E eis que agradeço a meu
portanto pegaram em armas grande Deus por ter-nos dado
contra o povo de Ânti-Néfi-Leı́. uma porção de seu Espı́rito, a
3 Ora, o rei passou o reino a fim de abrandar-nos o coração;
seu filho, a quem deu o nome de assim, estabelecemos relações
Ânti-Néfi-Leı́. com estes irmãos, os nefitas.

18a 1 Né. 2:23; 24 1a Al. 21:1. 7 a Mos. 1:5.


2 Né. 30:5–6; b Al. 25:1, 13.
3 Né. 2:14–16. 5 a Al. 27:4–13.
Alma 24:9–16 310
9 E eis que também agradeço a não possam mais ser alavadas
meu Deus que, por iniciarmos pelo sangue do Filho de nosso
essas relações, nos tenhamos grande Deus, que será derrama-
convencido de nossos apecados do para a expiação de nossos
e dos muitos homicı́dios que te- pecados.
mos cometido. 14 E o grande Deus teve mise-
10 E agradeço também a meu ricórdia de nós e deu-nos a co-
Deus, sim, meu grande Deus, nhecer estas coisas, a fim de não
por haver-nos permitido que nos perecermos; sim, deu-nos a co-
arrependêssemos dessas coisas nhecer de antemão essas coisas
e também por haver-nos aper- porque ama nossa aalma, bem
doado nossos inúmeros pecados como ama nossos filhos; portan-
e os assassinatos que temos co- to, em sua misericórdia ele nos
metido; e por ter-nos aliviado o visita por meio de seus anjos,
coração da bculpa, pelos méritos para que o bplano de salvação
de seu Filho. nos seja revelado, assim como às
11 E agora eis que, meus ir- gerações futuras.
mãos, visto que tudo o que pu- 15 Oh! Quão misericordioso é
demos fazer (pois éramos os nosso Deus! E agora, desde que
mais perdidos de todos os ho- isso foi tudo o que pudemos fa-
mens) foi arrependermo-nos de zer para que nossas manchas
todos os nossos pecados e dos nos fossem tiradas e nossas es-
muitos assassinatos que tı́nha- padas tornadas brilhantes, eis
mos cometido e conseguir que que vamos escondê-las, para
Deus os atirasse de nosso cora- que conservem seu brilho como
ção, porque isto foi tudo que um testemunho a nosso Deus
pudemos fazer para arrepen- no último dia, ou seja, no dia em
dermo-nos o suficiente perante que formos levados a sua pre-
Deus, a fim de que ele nos tiras- sença a fim de sermos julgados,
se nossa mancha— de que não manchamos nossas
12 Ora, meus amados irmãos, espadas com o sangue de nossos
já que Deus nos tirou nossas irmãos, desde que ele nos reve-
manchas e nossas espadas tor- lou sua palavra e por ela purifi-
naram-se brilhantes, não as cou-nos.
manchemos mais com o sangue 16 E agora, meus irmãos, se
de nossos irmãos. nossos irmãos procurarem des-
13 Eis que eu vos digo: Guar- truir-nos, eis que esconderemos
demos nossas espadas, para que nossas espadas, sim, enterrá-las-
não se manchem com o sangue emos nas profundidades da
de nossos irmãos; porque, se no- terra, para que se conservem
vamente as mancharmos, talvez brilhantes, como testemunho,

9 a D&C 18:44. 11a Isa. 53:4–6. almas.


10a Dan. 9:9. 13a Apoc. 1:5. b gee Plano de
b gee Culpa. 14a gee Alma—Valor das Redenção.
311 Alma 24:17–25
no último dia, de que nunca as propósito de destruir o rei e
usamos; e se nossos irmãos nos substituı́-lo por outro; e também
destruı́rem, eis que airemos para de destruir o povo de Ânti-Néfi-
nosso Deus e seremos salvos. Leı́.
1 7 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e 21 Ora, quando o povo viu que
quando o rei acabou de dizer es- os lamanitas vinham atacá-los,
sas coisas, estando todo o povo saı́ram-lhes ao encontro e apros-
reunido, tomaram as espadas e traram-se por terra diante deles
todas as armas que eram usadas e começaram a invocar o nome
para derramar sangue humano do Senhor; e estavam nessa ati-
e a enterraram-nas profunda- tude quando os lamanitas co-
mente na terra. meçaram a atacá-los e a matá-los
18 E isso fizeram porque, a seu com a espada.
ver, era um testemunho a Deus 22 E assim, sem encontrarem
e também aos homens de que resistência alguma, mataram mil
a
nunca mais usariam armas para e cinco deles; e sabemos que
derramar sangue humano; e eles são abençoados, porque
assim fizeram, prometendo e foram morar com seu Deus.
b
fazendo convênio com Deus de 23 Ora, quando os lamanitas
que, antes de derramar o san- viram que seus irmãos não fu-
gue de seus irmãos, csacrifica- giam da espada nem se volta-
riam a própria vida; de que, ao vam para a direita nem para a
invés de tirar de um irmão, lhe esquerda, mas que se deitavam
dariam; de que, ao invés de e amorriam e louvavam a Deus
passar os dias em ociosidade, até mesmo no momento de
trabalhariam muito com as pró- serem abatidos pela espada—
prias mãos. 24 Ora, quando os lamanitas
19 E assim vemos que quando viram isso, aabstiveram-se de
esses lamanitas foram levados matá-los; e muitos houve que se
a conhecer a verdade e nela sentiram bcondoı́dos pelos seus
acreditar, mantiveram-se afir- irmãos que haviam caı́do pela
mes e preferiam sofrer até a espada, porque se arrepende-
morte a pecar; e assim vemos ram do que haviam feito.
que enterraram suas armas de 25 E aconteceu que arremessa-
paz, ou melhor, enterraram as ram ao chão suas armas de
armas de guerra em favor da guerra e não as quiseram mais
paz. pegar, porque estavam com-
20 E aconteceu que seus ir- pungidos pelos assassinatos que
mãos, os lamanitas, fizeram pre- haviam cometido; e ajoelharam-
parativos para a guerra e se, assim como seus irmãos, con-
subiram à terra de Néfi com o fiando na clemência dos que

16a Al. 40:11–15. c gee Sacrifı́cio. 24a Al. 25:1.


17a Hel. 15:9. 19a gee Fé. b gee Compaixão.
18a Al. 53:11. 21a Al. 27:3.
b gee Convênio. 23a Al. 26:32.
Alma 24:26–25:5 312
tinham os braços levantados pa- CAPÍTULO 25
ra matá-los.
26 E aconteceu que, naquele Aumentam as agressões lamani-
dia, ao povo de Deus juntaram- tas — A semente dos sacerdotes
se mais do que os que haviam de Noé perece, conforme Abiná-
sido mortos; e os que foram di profetizara—Muitos lamanitas
mortos eram justos; não temos, são convertidos e juntam-se ao
portanto, razão para duvidar de povo de Ânti-Néfi-Leı́—Eles crêem
que foram asalvos. em Cristo e guardam a lei de
27 E não havia um homem inı́- Moisés. Aproximadamente 90–77
quo entre os que foram mortos; a.C.
mais de mil, porém, chegaram
ao conhecimento da verdade; e E eis que então aconteceu que
assim vemos que o Senhor tra- aqueles lamanitas ficaram mais
balha de vários amodos para sal- zangados porque haviam mata-
var seu povo. do seus irmãos; portanto jura-
28 Ora, a maior parte dos lama- ram vingança contra os nefitas
nitas que mataram tantos de e não mais tentaram matar o
seus irmãos era composta de povo de aÂnti-Néfi-Leı́ naquela
amalequitas e amulonitas, per- ocasião.
tencendo em sua maioria à aor- 2 Mas tomaram seus exércitos e
dem dos bneores. atravessaram as fronteiras da
29 Ora, entre os que se junta- terra de Zaraenla e atacaram o
ram ao povo do Senhor, ane- povo que estava na terra de
nhum havia que fosse amale- Amonia e adestruı́ram-no.
quita nem amulonita nem que 3 E depois disso tiveram mui-
fosse da ordem de Neor, mas tas batalhas contra os nefitas,
eram todos descendentes de nas quais foram rechaçados e
Lamã e Lemuel. mortos.
30 E assim podemos compre- 4 E entre os lamanitas que fo-
ender claramente que, se depois ram mortos estava quase toda a
de haver sido ailuminado uma a
descendência de Amulon e
vez pelo Espı́rito de Deus e ter seus irmãos, que eram os sacer-
tido grande bconhecimento das dotes de Noé; e foram mortos
coisas referentes à retidão, um pelas mãos dos nefitas.
povo ccai em pecado e trans- 5 E os remanescentes, tendo
gressão, torna-se ainda mais fugido para o deserto do leste e
endurecido e assim seu estado usurpado o poder e a autorida-
se torna dpior do que se nunca de dos lamanitas, fizeram com
tivesse conhecido essas coisas. que muitos dos lamanitas apere-

26a Apoc. 14:13. 30a Mt. 12:45. d II Ped. 2:20–21.


27 a Isa. 55:8–9; Al. 37:6–7. b Heb. 10:26; 25 1a gee Anti-néfi-leı́tas.
28a Al. 21:4. Al. 47:36. 2 a Al. 8:16; 16:9.
b Al. 1:15; 2:1, 20. c 2 Né. 31:14; Al. 9:19. 4 a Mos. 23:35.
29a Al. 23:14. gee Apostasia. 5 a Mos. 17:15.
313 Alma 25:6–15
cessem pelo fogo, devido a sua ora, isto foi o que quis dizer: que
crença— muitos sofreriam morte pelo fo-
6 Porque muitos adeles, depois go, assim como ele sofrera.
de haverem sofrido grandes 12 E ele dissera aos sacerdotes
perdas e tantas aflições, começa- de Noé que seus descendentes
ram a lembrar-se das bpalavras fariam com que muitos fossem
que Aarão e seus irmãos lhes ha- mortos do mesmo modo que
viam pregado em sua terra; por- ele; e que eles seriam dispersos
tanto começaram a descrer das e mortos, assim como uma ove-
c
tradições de seus pais e a acre- lha que não tem pastor é perse-
ditar no Senhor e em que ele guida e morta por animais
dera grande poder aos nefitas; e ferozes; e agora, eis que essas
assim muitos deles foram con- palavras se cumpriram, porque
vertidos no deserto. eles foram rechaçados pelos la-
7 E aconteceu que os gover- manitas e foram perseguidos e
nantes que eram remanescentes foram mortos.
dos filhos de aAmulon fizeram 13 E aconteceu que quando os
com que fossem bmortos, sim, lamanitas viram que não conse-
todos os que acreditavam nessas guiam sobrepujar os nefitas,
coisas. voltaram para sua própria terra;
8 Ora, esse martı́rio provocou e muitos deles foram morar na
a ira de muitos de seus irmãos terra de Ismael e na terra de
e começou a haver contendas Néfi, unindo-se ao povo de
no deserto; e os lamanitas co- Deus, que era o povo de aÂnti-
meçaram a aperseguir os des- Néfi-Leı́.
cendentes de Amulon e seus 14 E eles também a enterra-
irmãos e começaram a matá-los; ram suas armas de guerra, se-
e eles fugiram para o deserto do gundo haviam feito seus ir-
leste. mãos; e começaram a ser um
9 E eis que até hoje são perse- povo justo; e trilharam os cami-
guidos pelos lamanitas. Cum- nhos do Senhor e procuraram
priram-se, assim, as palavras de guardar seus mandamentos e
Abinádi a respeito dos descen- seus estatutos.
dentes dos sacerdotes que o ha- 15 Sim, e guardaram a lei de
viam feito morrer pelo fogo. Moisés; pois era necessário que
10 Porque ele lhes dissera: O ainda guardassem a lei de
que me afizerdes será um sı́mbo- Moisés, porque não estava toda
lo de coisas que irão acontecer. cumprida. Mas, não obstante a
a
11 E Abinádi foi o primeiro a lei de Moisés, aguardavam an-
sofrer a amorte pelo fogo, por siosamente a vinda de Cristo,
causa de sua crença em Deus; considerando a lei mosaica um

6a ie os lamanitas. b gee Mártir, Martı́rio. 13a Al. 23:16–17.


b Al. 21:9. 8a Mos. 17:18. 14a Al. 24:15; 26:32.
c Al. 26:24. 10a Mos. 13:10. 15a Jacó 4:5; Jar. 1:11.
7a Al. 21:3; 24:1, 28–30. 11a Mos. 17:13. gee Lei de Moisés.
Alma 25:16–26:6 314
b
sı́mbolo de sua vinda e acredi- que vos digo que temos grandes
tando que deviam praticar razões para nos regozijarmos;
aquelas cerimônias cexteriores porque poderı́amos nós supor,
até o tempo em que ele lhes fos- quando apartimos da terra de
se revelado. Zaraenla, que Deus nos conce-
16 Ora, eles não acreditavam deria tão grandes bênçãos?
que a asalvação lhes viesse por 2 E agora pergunto: Quais as
meio da blei de Moisés; a lei de grandes bênçãos que ele nos
Moisés, porém, serviu para for- concedeu? Podeis dizer?
talecer-lhes a fé em Cristo; e as- 3 Eis que respondo por vós;
sim, por meio da fé, mantinham pois nossos irmãos, os lamani-
a cesperança da salvação eterna, tas, estavam em trevas, sim, no
confiando no espı́rito de profe- mais tenebroso abismo; aquan-
cia que falava dessas coisas futu- tos deles, porém, foram levados
ras. a ver a maravilhosa luz de Deus!
17 E então eis que Amon e E esta é a bênção que nos foi
Aarão e Ômner e Hı́mni e seus concedida: que fomos transfor-
irmãos se regozijaram imensa- mados em binstrumentos nas
mente pelo êxito obtido entre os mãos de Deus, para realizar esta
lamanitas, vendo que o Senhor grande obra.
lhes havia concedido conforme 4 Eis que amilhares deles se re-
as suas aorações e que ele havia gozijam e foram trazidos ao
também cumprido sua palavra rebanho de Deus.
em cada pormenor. 5 Eis que o acampo estava ma-
duro e abençoados sois por ha-
verdes usado a bfoice e segado
CAPÍTULO 26 com vigor; sim, haveis trabalha-
do o dia todo e eis o número de
Amon gloria-se no Senhor — Os vossos cfeixes! E serão recolhi-
fiéis são fortalecidos pelo Senhor e dos aos celeiros, para que não
recebem conhecimento—Pela fé os sejam desperdiçados.
homens podem trazer milhares de 6 Sim, não serão abatidos pela
almas ao arrependimento—Deus tempestade no último dia; sim,
tem todo o poder e compreende to- nem perturbados pelos fura-
das as coisas. Aproximadamente cões; mas quando vier a atem-
90–77 a.C. pestade, serão reunidos em seu
Ora, estas são as palavras que lugar para que a tempestade
Amon disse a seus irmãos: Meus não os possa atingir; sim, nem
irmãos e meus irmãos na fé, eis serão impelidos pelos ventos

15b Mos. 3:14–15; 16:14. 26 1a Mos. 28:9; D&C 4:4.


c Mos. 13:29–32. Al. 17:6–11. b Joel 3:13.
16a Mos. 12:31–37; 3 a Al. 23:8–13. c D&C 33:7–11;
13:27–33. b II Cor. 4:5; 75:2, 5.
b 2 Né. 11:4. Mos. 23:10. 6 a Hel. 5:12;
c I Tess. 5:8–9. 4 a Al. 23:5. 3 Né. 14:24–27.
17a Al. 17:9. 5 a Jo. 4:35–37;
315 Alma 26:7–16
fortes para onde o inimigo quei- sas; sim, eis que fizemos muitos
ra levá-los. milagres nesta terra, pelo que
7 Mas eis que estão nas mãos louvaremos o seu nome para
do Senhor da acolheita e perten- sempre.
cem-lhe; e ele blevantá-los-á no 13 Eis que quantos milhares de
último dia. nossos irmãos ele livrou das pe-
8 Bendito seja o nome de nosso nas do ainferno! E eles foram
Deus! aCantemos em seu louvor, levados a bcantar o amor que re-
sim, demos bgraças a seu santo dime e isto graças ao poder de
nome, porque ele pratica a justi- sua palavra que está em nós;
ça eternamente! não temos, portanto, motivo pa-
9 Pois se não tivéssemos saı́do ra regozijar-nos?
da terra de Zaraenla, estes nos- 14 Sim, temos motivos para
sos irmãos muito amados, que louvá-lo para sempre, porque
tanto nos têm amado, achar- ele é o Deus Altı́ssimo e livrou
se-iam ainda atormentados pelo nossos irmãos dos agrilhões do
a
ódio que nos tinham, sim, e te- inferno.
riam sido também estranhos a 15 Sim, estavam envolvidos
Deus. por trevas eternas e destruição,
10 E aconteceu que tendo mas eis que ele os trouxe a sua
a
Amon pronunciado essas pala- luz eterna, sim, à salvação eter-
vras, seu irmão Aarão censurou- na; e estão envolvidos pela in-
o, dizendo: Temo, Amon, que comparável generosidade de
tua alegria te leve à vanglória. seu amor; sim, e fomos instru-
11 Amon, porém, disse-lhe: mentos em suas mãos para reali-
Não me avanglorio de minha zar esta grande e maravilhosa
própria força nem de minha obra.
própria sabedoria; mas eis que 16 a Gloriemo-nos, portanto,
minha balegria é completa, sim, sim, bgloriar-nos-emos no Se-
meu coração transborda de ale- nhor; sim, rejubilar-nos-emos,
gria e regozijar-me-ei em meu pois nossa alegria é completa;
Deus. sim, louvaremos nosso Deus
12 Sim, sei que nada sou; quan- para sempre. Quem poderá glo-
to a minha força, sou débil; por- riar-se demasiadamente no Se-
tanto não me avangloriarei de nhor? Sim, quem poderá falar
mim mesmo, mas gloriar-me-ei em demasia de seu grande po-
em meu Deus, porque com sua der e de sua cmisericórdia e de
b
força posso fazer todas as coi- sua longanimidade para com os
7a gee Ceifa ou Colheita. b D&C 18:14–16. 14a Al. 12:11.
b Mos. 23:22; Al. 36:28. gee Alegria. 15a gee Luz, Luz de
8a D&C 25:12. 12a Jer. 9:24; Al. 29:9. Cristo.
b gee Ação de Graças, b Salm. 18:32–40; 16a Rom. 15:17;
Agradecido, Filip. 4:13; I Cor. 1:31.
Agradecimento. 1 Né. 17:3. b II Cor. 10:15–18;
9 a Mos. 28:1–2. 13a gee Inferno. D&C 76:61.
11a II Cor. 7:14. b Al. 5:26. c Salm. 36:5–6.
Alma 26:17–27 316
filhos dos homens? Eis que vos pendimento, assim como a nós
digo que não posso expressar nos foi permitido levar estes
nem a mı́nima parte do que sin- nossos irmãos ao arrependi-
to. mento.
17 Quem havia de supor que 23 E agora vos lembrais, meus
nosso Deus seria tão misericor- irmãos, de que dissemos aos
dioso a ponto de resgatar-nos nossos irmãos na terra de Za-
de nosso estado terrı́vel, peca- raenla que subirı́amos à terra
dor e corrompido? d e N é f i , a f i m d e p r e g a r a
18 Eis que saı́mos com ira e nossos irmãos, os lamanitas, e
muitas ameaças para adestruir a eles com desprezo zombaram
sua igreja. de nós?
19 Oh! Então por que não nos 24 Pois disseram-nos: Supon-
entregou a uma terrı́vel destrui- des que podeis levar os lamani-
ção? Sim, por que não deixou tas a conhecerem a verdade?
que a espada de sua justiça caı́s- Supondes que podereis conven-
se sobre nós e nos condenasse cer os lamanitas da incorreção
ao desespero eterno? das a tradições de seus pais,
20 Oh! A minha alma quase se quando são um povo bobstina-
esvaece a este pensamento. Eis do, cujo coração se deleita no
que ele não exerceu sua justiça derramamento de sangue,
sobre nós, mas em sua grande cujos dias foram passados na
misericórdia fez-nos saltar esse mais vil iniqüidade, cujas sen-
sempiterno aabismo da morte e d a s t ê m s i d o a s s e n d a s d o
miséria, para a salvação de nos- transgressor desde o inı́cio?
sa alma. Agora, lembrai-vos, meus ir-
21 E agora, meus irmãos, que mãos, de que foi deste modo
a
homem natural existe que co- que falaram.
nheça essas coisas? Digo-vos 25 E disseram mais: Pegue-
que não existe quem bconheça mos em armas contra eles para
essas coisas, a não ser o peniten- exterminá-los da terra junta-
te. mente com suas iniqüidades,
22 Sim, aquele que se aarrepen- para que não nos invadam e
de e exercita a b fé e faz boas exterminem.
obras e ora continuamente sem 26 Eis, porém, meus amados ir-
cessar—a esse é permitido co- mãos, que não viemos ao deser-
nhecer os cmistérios de Deus; to com o propósito de destruir
sim, e a esse será permitido re- nossos irmãos, mas com o pro-
velar coisas nunca antes revela- pósito de talvez salvar a alma de
das; sim, a esse será permitido alguns deles.
levar milhares de almas ao arre- 27 Ora, quando nosso coração

18a Mos. 27:8–10. b I Cor. 2:9–16; Jacó 4:8. b gee Fé.


20a 2 Né. 1:13; 22a Al. 36:4–5. c gee Mistérios de Deus.
Hel. 3:29–30. gee Arrepender-se, 24a Mos. 10:11–17.
21a gee Homem Natural. Arrependimento. b Mos. 13:29.
317 Alma 26:28–36
se achava deprimido e estáva- trabalho; e são eles poucos? Eu
mos para voltar, eis que o Se- vos digo: Não, são amuitos; sim,
nhor nos aconfortou e disse: Ide e podemos testemunhar a since-
para o meio de vossos irmãos, ridade deles por causa de seu
os lamanitas, e suportai com amor a seus irmãos e também
b
paciência vossas caflições; e eu a nós.
farei com que tenhais êxito. 32 Pois eis que preferiram asa-
28 E agora, eis que viemos e crificar a própria vida a tirar a
permanecemos entre eles; e te- vida de seus inimigos; e benter-
mos sido pacientes em nossos raram suas armas de guerra pro-
sofrimentos e padecido toda fundamente no solo, por causa
sorte de privações; sim, viaja- de seu amor aos irmãos.
mos de casa em casa, contando 33 E agora, eis que vos digo:
com a misericórdia do mundo— Houve já tão grande amor em
não somente com a misericórdia toda a terra? Eis que vos digo:
do mundo, mas com a miseri- Não, não houve, nem mesmo
córdia de Deus. entre os nefitas.
29 E entramos em suas casas e 34 Porque eis que pegariam em
ensinamo-los; e ensinamo-los armas contra seus irmãos; não
nas ruas; sim, e ensinamo-los so- se deixariam matar. Quantos
bre os montes; e também entra- destes, porém, sacrificaram a vi-
mos em seus templos e suas da! E sabemos que foram ter
sinagogas e ensinamo-los; e fo- com Deus por causa de seu
mos rechaçados e escarnecidos amor e de seu ódio ao pecado.
e cuspidos e esbofeteados; e fo- 35 Ora, não temos razão para
mos apedrejados e amarrados regozijar-nos? Sim, eu vos digo
com fortes cordas e lançados na que, desde o começo do mundo,
prisão; e pelo poder e sabedoria nunca existiu alguém que tives-
de Deus, fomos novamente pos- se tão grandes razões para rego-
tos em liberdade. zijar-se, como nós; sim, e minha
30 E padecemos toda espé- alegria transborda, a ponto de
cie de sofrimentos; e tudo isso gloriar-me em meu Deus; por-
para que talvez pudéssemos que ele tem todo o apoder, toda
ser o instrumento da salvação a sabedoria e todo o entendi-
de alguma alma; e supúnha- mento; ele bcompreende todas
mos que nossa a alegria seria as coisas e é um Ser cmisericor-
completa, se porventura con- dioso, que salva aqueles que se
seguı́ssemos ser instrumento arrependem e acreditam em seu
da salvação de alguns. nome.
31 Agora, eis que podemos 36 Ora, se isso é vangloriar-se,
olhar e ver os frutos de nosso eu então me vanglorio; porque

27a Al. 17:9–11. 30a D&C 18:15–16. 35a gee Poder.


b gee Paciência. 31a Al. 23:8–13. b D&C 88:41.
c Al. 20:29–30. 32a Al. 24:20–24. c gee Misericórdia,
gee Adversidade. b Al. 24:15. Misericordioso.
Alma 26:37–27:8 318
isso é minha vida e minha luz, tas, devido a suas perdas, fica-
meu júbilo, minha salvação e ram muito irados. E quando
minha redenção da eterna an- viram que não conseguiam vin-
gústia. Sim, bendito é o nome de gar-se dos nefitas, começaram a
meu Deus que se lembrou deste incitar o povo contra seus air-
povo, que é um aramo da árvore mãos, o povo de bÂnti-Néfi-Leı́;
de Israel e que se havia perdido portanto começaram novamen-
de seu tronco numa terra estra- te a destruı́-los.
nha; sim, digo eu, bendito seja o 3 Ora, este povo aoutra vez se
nome de meu Deus que se lem- recusou a pegar em armas e dei-
brou de nós, bperegrinos numa xou-se matar, segundo o desejo
terra estranha. dos seus inimigos.
37 Agora, meus irmãos, vemos 4 Ora, quando Amon e seus ir-
que Deus se lembra de todos os mãos viram essa obra de destrui-
a
povos, estejam na terra em que ção dos que eles tanto amavam
estiverem; sim, ele conta o seu e daqueles que tanto os haviam
povo e suas entranhas de mise- amado — porque os tratavam
ricórdia cobrem toda a Terra. como anjos enviados por Deus
Ora, esta é minha alegria e mi- para salvá-los da destruição eter-
nha grande gratidão; sim, darei na—portanto, quando Amon e
graças a meu Deus para sempre. seus irmãos viram essa grande
Amém. obra de destruição, foram toma-
dos de compaixão e adisseram
CAPÍTULO 27 ao rei:
5 Reunamos este povo do
O Senhor manda Amon levar o Senhor e desçamos à terra de
povo de Ânti-Néfi-Leı́ a um lugar Zaraenla, onde estão nossos ir-
seguro — Ao encontrar Alma, a mãos, os nefitas, e fujamos das
alegria de Amon exaure-lhe as for- mãos de nossos inimigos a fim
ças—Os nefitas dão aos ânti-néfi- de não sermos destruı́dos.
leı́tas a terra de Jérson—Eles são 6 Mas disse-lhes o rei: Eis que
chamados povo de Amon. Aproxi- os nefitas nos destruirão, por
madamente 90–77 a.C. causa dos muitos assassinatos e
Ora, aconteceu que quando os pecados que contra eles comete-
lamanitas que haviam ido guer- mos.
rear os nefitas descobriram, de- 7 E Amon disse: Irei e consulta-
pois de haverem empregado rei o Senhor; e se ele nos disser
muitos esforços para destruı́-los, que desçamos até nossos ir-
que era inútil procurar destruı́- mãos, ireis?
los, retornaram à terra de Néfi. 8 E disse-lhe o rei: Sim, se o
2 E aconteceu que os amalequi- Senhor nos disser que devemos

36a Gên. 49:22–26; 2 Né. 26:33. 3 a Al. 24:21–26.


Jacó 2:25; 5:25. 27 2a Al. 43:11. 4 a Al. 24:5.
b Jacó 7:26. b Al. 25:1.
37a At. 10:34–35; gee Ânti-néfi-leı́tas.
319 Alma 27:9–21
ir, desceremos até nossos irmãos permanecereis aqui até voltar-
e seremos seus escravos até re- mos; e sondaremos o coração de
pararmos os muitos homicı́dios nossos irmãos, para vermos se
e pecados que cometemos con- desejam que entreis em sua ter-
tra eles. ra.
9 Mas Amon disse-lhe: É con- 16 E aconteceu que quando
tra a lei de nossos irmãos, que Amon se dirigia àquela terra,
foi estabelecida por meu pai, ele e seus irmãos encontraram
que haja aescravos entre eles; Alma no alugar já mencionado;
desçamos, portanto, e confie- e eis que foi um encontro muito
mos na misericórdia de nossos alegre.
irmãos. 17 Ora, a aalegria de Amon foi
10 Disse-lhe, porém, o rei: Per- tão grande que transbordou;
guntai ao Senhor e, se ele disser sim, ele ficou tão enlevado na
que devemos ir, iremos; do con- alegria de seu Deus, que se lhe
b
trário, pereceremos na terra. exauriram as forças e caiu por
11 E aconteceu que Amon foi terra cnovamente.
e perguntou ao Senhor; e o 18 Ora, não foi isso alegria
Senhor disse-lhe: extrema? Eis que essa é a ale-
12 Tira este povo desta terra, gria que ninguém recebe, senão
para que não pereça; porque Sa- o verdadeiro penitente e o
tanás tem grande poder sobre o que humildemente busca a feli-
coração dos amalequitas, que in- cidade.
citam os lamanitas à ira contra 19 Ora, a alegria de Alma por
seus irmãos para matá-los. Sai, ter encontrado seus irmãos foi
portanto, desta terra; e abençoa- realmente grande, como tam-
do é este povo nesta geração, bém a alegria de Aarão, de Ôm-
porque o preservarei. ner e Hı́mni; mas eis que sua
1 3 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e alegria não chegou ao ponto de
Amon foi e contou ao rei tudo o superar-lhes as forças.
que o Senhor lhe dissera. 20 E então aconteceu que Al-
14 E reuniram todo o seu povo, ma conduziu seus irmãos de
sim, todo o povo do Senhor, e volta à terra de Zaraenla, para
reuniram todos os seus reba- sua própria casa. E foram contar
nhos e manadas e partiram da ao a juiz supremo tudo o que
terra, entrando no deserto que lhes havia acontecido na terra
dividia a terra de Néfi da terra de Néfi entre seus irmãos, os
de Zaraenla; e chegaram perto lamanitas.
das fronteiras da terra. 21 E aconteceu que o juiz su-
15 E aconteceu que Amon lhes premo enviou uma proclama-
disse: Eis que eu e meus irmãos ção por toda a terra, desejando
iremos à terra de Zaraenla e vós saber a voz do povo sobre a en-

9 a Mos. 2:13; 17a gee Alegria. 20a Al. 4:16–18.


29:32, 38, 40. b 1 Né. 1:7.
16a Al. 17:1–4. c Al. 19:14.
Alma 27:22–30 320
trada de seus irmãos, que eram Alma também lhes relatou a sua
a
o povo de Ânti-Néfi-Leı́. conversão, com Amon e Aarão
22 E aconteceu que a voz do e seus irmãos.
povo se manifestou, dizendo: 26 E aconteceu que isso foi mo-
Eis que cederemos a terra de tivo de grande alegria para eles.
Jérson, que fica a leste, perto E desceram à terra de Jérson e
do mar, e que confina com a tomaram posse da terra de Jér-
terra de Abundância e fica ao son e foram chamados, pelos
sul da terra de Abundância; e nefitas, povo de Amon; portan-
essa terra de Jérson é a terra que to, por esse nome distinguiram-
daremos a nossos irmãos por se dos outros para sempre.
herança. 27 E eles estavam com o povo
23 E eis que localizaremos de Néfi e foram também conta-
nossos exércitos entre a terra dos com o povo que era da
de Jérson e a terra de Néfi, a igreja de Deus. E também se dis-
fim de protegermos nossos ir- tinguiram por seu zelo para com
mãos na terra de Jérson; e isso Deus, assim como para com os
fazemos por nossos irmãos por homens, porque eram perfeita-
causa de seu temor de em- mente ahonestos e justos em to-
punhar armas contra seus ir- das as coisas; e conservaram-se
b
mãos, para que não aconteça firmes na sua fé em Cristo até o
que cometam pecado; e este fim.
grande temor resultou do pro- 28 E consideravam com grande
fundo arrependimento que horror o derramamento do san-
sentiam por causa de seus inú- gue de seus irmãos; e nunca
meros homicı́dios e de sua terrı́- mais puderam ser persuadidos a
vel iniqüidade. pegar em armas contra seus ir-
24 E agora, eis que faremos isso mãos; e nunca consideraram a
por nossos irmãos, para que morte com qualquer grau de
possam herdar a terra de Jérson; terror, graças a sua esperança e
e protegê-los-emos de seus ini- compreensão de Cristo e da res-
migos com nossos exércitos, surreição; portanto, para eles a
com a condição de nos entrega- morte foi tragada pela vitória de
rem uma parte de seus bens, au- Cristo sobre ela.
xiliando-nos a manter nossos 29 Portanto preferiam a mais
exércitos. terrı́vel e afrontosa amorte que
25 Ora, aconteceu que Amon, seus irmãos pudessem infligir-
quando ouviu isso, voltou, lhes, a levantar sua espada ou
acompanhado de Alma, ao de- cimitarra para feri-los.
serto onde havia acampado o 30 E assim eram um povo zelo-
povo de Ânti-Néfi-Leı́; e infor- so e amado, um povo altamente
mou-os de todas essas coisas. E favorecido pelo Senhor.

25a Mos. 27:10–24. Honesto. 29a Al. 24:20–23.


27a gee Honestidade, b Al. 23:6.
321 Alma 28:1–11
CAPÍTULO 28 da filha pelo irmão, sim, do ir-
mão pelo pai; e assim o grito de
Os lamanitas são derrotados numa lamentação foi ouvido entre to-
tremenda batalha—Dezenas de mi- dos eles, lamentando a perda de
lhares são mortos—Os inı́quos são seus parentes que haviam sido
condenados a um estado de miséria mortos.
interminável; os justos obtêm uma 6 E seguramente esse foi um
felicidade sem fim. Aproximada- dia tristı́ssimo; sim, um tempo
mente 77–76 a.C. de sobriedade e um tempo de
muito ajejum e oração.
E então aconteceu que depois 7 E assim terminou o décimo
que o povo de Amon se estabe- quinto ano em que os juı́zes go-
leceu na terra de aJérson e uma vernaram o povo de Néfi.
igreja foi também organizada na 8 E este é o relato de Amon e
terra de Jérson e os exércitos dos seus irmãos, de suas viagens na
nefitas foram colocados em vá- terra de Néfi, seus sofrimentos
rios lugares da terra de Jérson, na terra, suas dores e suas afli-
sim, em todas as fronteiras da ções e sua aincomensurável ale-
terra de Zaraenla; eis que os gria; e a acolhida e segurança
exércitos dos lamanitas haviam dos irmãos na terra de Jérson. E
seguido seus irmãos ao deserto. agora possa o Senhor, o Reden-
2 E assim houve uma tremenda tor de todos os homens, aben-
batalha; sim, uma batalha como çoar-lhes a alma para sempre.
ainda não se tinha visto entre 9 E este é o relato das guerras e
todo o povo daquela terra, des- contendas entre os nefitas e
de o tempo em que Leı́ havia também das guerras entre nefi-
deixado Jerusalém; sim, e deze- tas e lamanitas; e terminou o dé-
nas de milhares de lamanitas fo- cimo quinto ano do governo dos
ram mortos e dispersos. juı́zes.
3 Sim, e também houve uma 10 E do primeiro ao décimo
terrı́vel matança entre o povo quinto ano houve a destruição
de Néfi; não obstante, os lama- de muitos milhares de vidas;
nitas foram arechaçados e dis- sim, houve um terrı́vel derrama-
p e r s o s e o p o v o d e N é f i mento de sangue.
retornou a sua terra. 11 E os corpos de muitos mi-
4 E eis que esse foi um tempo lhares jazem debaixo da terra,
em que se ouviu grande pranto enquanto outros milhares se es-
e lamentações entre todo o povo tão aputrefazendo, amontoados
de Néfi em toda a terra— sobre a face da Terra; sim, e
5 Sim, o clamor de viúvas cho- muitos milhares bchoram a per-
rando pelos maridos e também da de seus parentes, porque têm
de pais chorando pelos filhos e motivos para temer que estejam

28 1a Al. 27:22; 30:1, 19. 8 a Al. 27:16–19. D&C 42:45–46.


3 a Al. 30:1. 11a Al. 16:11.
6 a Al. 30:2. b Al. 48:23;
Alma 28:12–29:6 322
condenados a um estado de poder realizar o desejo de meu
miséria sem fim, segundo as coração de ir e falar com a trom-
promessas do Senhor. beta de Deus, com uma voz que
12 Enquanto muitos milhares estremecesse a terra, e procla-
de outros, ainda que chorem mar arrependimento a todos os
sinceramente a perda de seus povos!
parentes, alegram-se e exultam 2 Sim, declararia a todas as al-
na esperança e até sabem, se- mas, com voz como a do trovão,
gundo as apromessas do Senhor, o arrependimento e o plano de
que eles serão elevados para redenção, para que se arrepen-
habitar à mão direita de Deus, dessem e a viessem ao nosso
num estado de felicidade sem Deus, a fim de não haver mais
fim. tristeza em toda a face da Terra.
13 Vemos, assim, quão grande 3 Mas eis que sou um homem e
é a adesigualdade entre os ho- peco em meu desejo; porque
mens por causa do pecado e da deveria contentar-me com as
transgressão e do poder do dia- coisas que o Senhor me conce-
bo, que provém dos astutos bpla- deu.
nos por ele engendrados para 4 Não deveria perturbar com
enredar o coração dos homens. os meus desejos o firme decreto
14 E assim vemos a grande ne- de um Deus justo, porque sei
cessidade que o homem tem de que ele concede aos homens se-
trabalhar com diligência nas avi- gundo os seus adesejos, sejam
nhas do Senhor; e assim vemos estes para a morte ou para a vi-
a grande causa da tristeza, como da; sim, sei que ele concede aos
também da alegria—tristeza de- homens, sim, dá-lhes decretos
vido à morte e destruição dos inalteráveis segundo seus bdese-
homens; e alegria por causa da jos, sejam eles para salvação ou
b
luz vivificante de Cristo. para destruição.
5 Sim, e que o bem e o mal se
apresentam a todos os homens;
CAPÍTULO 29 e aquele que não distingue o
bem do mal não é culpado, mas
Alma deseja proclamar arrependi- aquele que adistingue o bem do
mento com zelo angélico—O Se- mal, a ele será dado segundo
nhor concede mestres a todas as seus desejos, deseje ele o bem
nações—Alma gloria-se na obra do ou o mal, a vida ou a morte, a
Senhor e no sucesso de Amon e seus alegria ou o remorso de bcons-
irmãos. Aproximadamente 76 a.C. ciência.
Oh! eu quisera ser um anjo e 6 Ora, uma vez que sei estas

12a Al. 11:41. Cristo. 5 a 2 Né. 2:18, 26;


13a 1 Né. 17:35. 29 2a Ômni 1:26; Morô. 7:15–19.
b 2 Né. 9:28. 3 Né. 21:20. gee Discernimento,
14a gee Vinha do Senhor. 4 a Salm. 37:4. Dom de.
b gee Luz, Luz de b gee Arbı́trio. b gee Consciência.
323 Alma 29:7–17
coisas, por que desejaria execu- Abraão, o Deus de Isaque e o
tar mais do que o trabalho para Deus de Jacó livrou-os do cati-
o qual fui chamado? veiro.
7 Por que desejaria eu ser um 12 Sim, lembro-me sempre do
anjo, poder falar a todos os con- cativeiro de meus pais; e o mes-
fins da Terra? mo Deus que os a livrou das
8 Porque eis que o Senhor con- mãos dos egı́pcios livrou-os do
cede a atodas as nações que ensi- cativeiro.
nem a sua palavra em sua 13 Sim, e aquele mesmo Deus
própria nação e blı́ngua, sim, em estabeleceu sua igreja entre eles;
sabedoria, tudo o que ele cacha sim, e aquele mesmo Deus cha-
que devem receber; vemos, por- mou-me com um santo chama-
tanto, que o Senhor aconselha do para pregar a palavra a este
com sabedoria, segundo o que é povo; e permitiu que eu alcan-
justo e verdadeiro. çasse grande êxito, com o que
9 Sei o que o Senhor me orde- muito me aregozijo.
nou e nisso me glorio. Não me 14 Mas não me regozijo so-
glorio de mim mesmo, mas glo- mente com o meu sucesso,
rio-me naquilo que o Senhor me porém minha alegria é maior
ordenou; sim, e esta é a minha por causa do asucesso de meus
a
glória, que talvez possa ser um irmãos que subiram à terra de
instrumento nas mãos de Deus Néfi.
para trazer alguma alma ao ar- 15 Eis que trabalharam muito
rependimento; e esta é a minha e colheram muitos frutos; e
alegria. quão grande será a sua recom-
10 E eis que quando vejo mui- pensa!
tos de meus irmãos verdadeira- 16 Ora, quando penso no êxito
mente penitentes e vindo ao desses meus irmãos, minha al-
Senhor seu Deus, minha alma ma enleva-se tanto que parece
enche-se de alegria; lembro-me separar-se do corpo, tão grande
então do aque o Senhor fez por é minha alegria.
mim, sim, ouviu minha oração; 17 E agora possa Deus conce-
sim, então me lembro de seu der a esses meus irmãos que se
misericordioso braço, que se es- assentem no reino de Deus; sim,
tendeu para mim. e também todos os que são os
11 Sim, e lembro-me também frutos de seus trabalhos, para
do cativeiro de meus pais; por- que não saiam mais e louvem-
que sei seguramente que o no para sempre. E conceda
a
Senhor os livrou do cativeiro e Deus que aconteça segundo mi-
assim estabeleceu a sua igreja; nhas palavras, de acordo com o
sim, o Senhor Deus, o Deus de que disse. Amém.

8a 2 Né. 29:12. 10a Mos. 27:11–31. 13a D&C 18:14–16.


b D&C 90:11. 11a Mos. 24:16–21; 14a Al. 17:1–4.
c Al. 12:9–11. Al. 5:3–5.
9a Al. 26:12. 12a Êx. 14:30–31.
Alma 30:1–10 324
CAPÍTULO 30 dar a lei de Moisés, até que fosse
cumprida.
Corior, o anticristo, ridiculariza 4 E assim não houve distúrbios
Cristo, a expiação e o espı́rito de entre o povo durante todo o dé-
profecia—Ele ensina que não existe cimo sexto ano em que os juı́zes
Deus nem queda do homem nem governaram o povo de Néfi.
penalidade para o pecado nem 5 E aconteceu que no princı́pio
Cristo—Alma testifica que Cristo do décimo sétimo ano do governo
virá e que todas as coisas indicam dos juı́zes houve paz contı́nua.
que existe um Deus—Corior exige 6 Aconteceu, porém, que no
um sinal e fica mudo — O diabo final do décimo sétimo ano apa-
havia aparecido a Corior como um receu um homem na terra de Za-
anjo e ensinara-lhe o que dizer— raenla; e ele era um aanticristo,
Corior é pisado e morre. Aproxima- pois começou a pregar ao povo
damente 76–74 a.C. contra as profecias que haviam
sido proferidas pelos profetas,
Eis então que aconteceu que relativas à vinda de Cristo.
após o apovo de Amon se esta- 7 Ora, não havia lei alguma
belecer na terra de Jérson, sim, e contra a acrença de um homem,
também depois que os lamani- porque era expressamente con-
tas foram bexpulsos da terra e trário aos mandamentos de Deus
seus mortos enterrados pelo po- que se decretasse uma lei que
vo da terra— deixasse os homens em desi-
2 Ora, seus mortos não foram gualdade de condições.
contados, devido ao grande 8 Pois assim dizem as escritu-
número deles; nem foram con- ras: aEscolhei hoje a quem servi-
tados os mortos dos nefitas— reis.
mas aconteceu que depois de 9 Ora, se um homem desejasse
haverem enterrado seus mortos servir a Deus, era seu privilégio,
e também depois de alguns dias ou melhor, se ele acreditasse em
de jejum e pranto e oração (e foi Deus, era seu privilégio servi-lo;
durante o décimo sexto ano em se nele não acreditasse, porém,
que os juı́zes governaram o po- não havia lei que o punisse.
vo de Néfi), começou a haver 10 Se cometesse um assassı́nio,
paz contı́nua em toda a terra. entretanto, era castigado com a
a
3 Sim, e o povo empenhava-se morte; e se roubasse, também
em guardar os mandamentos do era castigado; e se furtasse, tam-
Senhor; e observavam estrita- bém era castigado; e se cometes-
mente as aordenanças de Deus, se adultério, também era casti-
segundo a lei de Moisés, porque gado; sim, por todas essas ini-
haviam sido ensinados a bguar- qüidades eles eram punidos.

30 1a Al. 27:25–26. b 2 Né. 25:24–27; 8 a Jos. 24:15.


gee Anti-néfi-leı́tas. Al. 25:15. gee Arbı́trio.
b Al. 28:1–3. 6 a gee Anticristo. 10a gee Pena de Morte.
3 a gee Lei de Moisés. 7 a Al. 1:17.
325 Alma 30:11–22
11 Porque havia uma lei que 17 E disse-lhes muitas outras
os homens deveriam ser julga- coisas semelhantes, afirmando-
dos segundo seus crimes. Não lhes que não poderia haver
obstante, nenhuma lei havia expiação para os pecados dos
contra a crença de um homem; homens, mas que o quinhão de
portanto o homem somente era cada um nesta vida dependia de
castigado pelos crimes que sua conduta; portanto cada ho-
cometia; portanto todos se acha- mem prosperava segundo sua
vam em aigualdade de condi- aptidão e cada homem conquis-
ções. tava segundo sua força; e nada
12 E esse anticristo, cujo nome que o homem fizesse seria cri-
era Corior (sobre quem a lei não me.
tinha poder algum), começou a 18 E assim lhes pregava, desvi-
pregar ao povo que nenhum ando o coração de muitos, fa-
Cristo haveria; e pregava da se- zendo com que levantassem a
guinte maneira, dizendo: cabeça em sua iniqüidade; sim,
13 Ó vós, que estais presos a induzindo muitas mulheres e
uma louca e vã esperança, por também homens a cometerem
que vos submeteis a semelhan- devassidão, dizendo-lhes que
tes loucuras? Por que esperais quando o homem morria, tudo
por um Cristo? Porque nenhum se acabava.
homem pode saber de qualquer 19 Ora, esse homem também
coisa que esteja por acontecer. foi à terra de Jérson a fim de
14 Eis que essas coisas a que pregar essas coisas no meio do
chamais profecias, que dizeis povo de Amon, que antes havia
haverem sido transmitidas por sido o povo dos lamanitas.
santos profetas, eis que não pas- 20 Mas eis que eles eram mais
sam de tradições tolas de vossos prudentes que muitos dos nefi-
pais. tas, porque o prenderam e
15 Como podeis ter certeza de- amarraram-no e levaram-no à
las? Eis que não podeis saber de presença de Amon, que era su-
coisas que não avedes; não po- mo sacerdote daquele povo.
deis, portanto, saber que haverá 21 E aconteceu que ele fez com
um Cristo. que o levassem para fora da ter-
16 Olhais adiante e dizeis que ra. E ele foi para a terra de
vedes a remissão de vossos pe- Gideão e começou também a
cados. Mas eis que isso é efeito pregar-lhes; e não obteve muito
de uma mente desvairada; e es- sucesso, pois foi preso e amarra-
se transtorno de vossa mente é do e levado à presença do sumo
resultado das tradições de vos- sacerdote e também do juiz su-
sos pais, que vos induzem a premo da terra.
acreditar em coisas que não são 22 E aconteceu que o sumo sa-
verdadeiras. cerdote lhe disse: Por que andas

11a Mos. 29:32. 15a Ét. 12:5–6.


Alma 30:23–31 326
pervertendo os caminhos do sem no cativeiro, para assim vos
Senhor? Por que ensinas a este saciardes com o trabalho de suas
povo que não haverá Cristo e mãos, de modo que não se atre-
interrompes seu regozijo? Por vem a levantar a vista destemi-
que falas contra todas as profe- damente nem a usufruir seus
cias dos santos profetas? direitos e privilégios.
23 Ora, o nome desse sumo sa- 28 Sim, não se atrevem a fazer
cerdote era Gidona. E Corior uso do que lhes pertence, a fim
respondeu-lhe: Porque eu não de não ofenderem seus sacerdo-
ensino as tolas tradições de vos- tes que os subjugam segundo
sos pais e porque não ensino seus desejos e fizeram-nos acre-
este povo a submeter-se às tolas ditar, pelas suas tradições e seus
ordenanças e cerimônias impos- sonhos e seus caprichos e suas
tas por sacerdotes antigos para visões e seus pretensos mistéri-
usurparem o poder e exercerem os que, se não procederem de
autoridade sobre eles, a fim de acordo com suas palavras, ofen-
conservá-los em ignorância, pa- derão algum ser desconhecido
ra que não levantem a cabeça que dizem ser Deus — um ser
mas submetam-se a vossas pala- que nunca foi visto nem conhe-
vras. cido, que nunca existiu nem
24 Dizeis que este povo é um existirá.
povo livre. Eis que eu digo que 29 Ora, quando o sumo sacer-
estão no cativeiro. Dizeis que es- dote e o juiz supremo viram a
sas antigas profecias são verda- dureza de seu coração, sim,
deiras. Eis que vos digo que não quando viram que ele insultaria
sabeis se são verdadeiras. até mesmo Deus, não quiseram
25 Dizeis que este povo é cul- responder a suas palavras, mas
pado e decaı́do, por causa da mandaram amarrá-lo; e entre-
transgressão de um pai. Eis que garam-no nas mãos dos oficiais
digo que um filho não é culpado e enviaram-no à terra de Zaraen-
por causa de seus pais. la, para ser levado à presença de
26 E dizeis também que Cristo Alma e do juiz supremo, que era
virá. Mas eis que vos digo que governador de toda a terra.
não sabeis se haverá um Cristo. 30 E aconteceu que quando foi
E dizeis também que ele será levado à presença de Alma e do
morto pelos apecados do mun- juiz supremo, ele continuou a
do— portar-se do mesmo modo que
27 E assim induzis este povo a na terra de Gideão; sim, conti-
acreditar nas tolas tradições de nuou a ablasfemar.
vossos pais e segundo vossos 31 E falou, usando palavras ca-
próprios desejos, conservando- da vez mais aexaltadas diante de
os submissos, como se estives- Alma; e insultou os sacerdotes

26a Isa. 53:4–7. Blasfêmia.


30a gee Blasfemar, 31a Hel. 13:22.
327 Alma 30:32–44
e mestres, acusando-os de des- 38 E ele respondeu: Não.
viarem o povo, segundo as tolas 39 Disse-lhe então Alma: Nega-
tradições de seus pais, para sa- rás outra vez que exista um
ciarem-se com o trabalho do po- Deus e negarás também o Cris-
vo. to? Pois eis que te digo que sei
32 Disse-lhe então Alma: Tu sa- que existe um Deus e também
bes que não nos saciamos com o que o Cristo virá.
trabalho deste povo; porque eis 40 E agora, que provas tens de
que tenho trabalhado desde o que aDeus não existe ou de que
começo do governo dos juı́zes o Cristo não virá? Afirmo-te que
até agora com minhas próprias nenhuma tens, a não ser a tua
mãos para o meu sustento, ape- própria palavra.
sar de minhas inúmeras via- 41 Eis, porém, que tenho to-
gens por toda a terra, a fim de das as coisas como atestemu-
pregar a palavra de Deus a meu nho de que estas coisas são
povo. verdadeiras; e tu também tens
33 E não obstante os muitos todas as coisas como teste-
trabalhos que fiz na igreja, nun- munho de que são verdadei-
ca recebi um asenine que fosse ras; e irás negá-las? Acreditas
por meu trabalho; nem tampou- que essas coisas sejam verda-
co qualquer de meus irmãos, a deiras?
não ser na cadeira de juiz; e en- 42 Eis que eu sei que tu acredi-
tão recebemos apenas o estipu- tas, mas estás possuı́do por um
lado por lei pelo nosso tempo. espı́rito mentiroso e afastaste o
34 E agora, se nada recebemos Espı́rito de Deus, de maneira
pelos nossos trabalhos na igreja, que não tem lugar em ti; mas o
que proveito temos em traba- diabo tem poder sobre ti e te
lhar na igreja, a não ser divulgar conduz, inventando subterfú-
a verdade, a fim de nos regozi- gios para destruir os filhos de
jarmos com a aalegria de nossos Deus.
irmãos? 43 E então disse Corior a Alma:
35 Por que dizes tu, então, que Se me mostrares um asinal que
pregamos a este povo para obter me convença de que existe um
lucro, quando tu próprio sabes Deus, sim, se me mostrares que
que nada recebemos? E agora, ele tem poder, eu então me con-
acreditas que é porque engana- vencerei da veracidade de tuas
mos este povo que há tanta ale- palavras.
gria em seu coração? 44 Mas disse-lhe Alma: Tu já ti-
36 E Corior respondeu-lhe: veste muitos sinais; queres ain-
Sim. da tentar a teu Deus? Queres
37 Perguntou-lhe então Alma: ainda que te mostre um sinal,
Acreditas que exista um Deus? quando tens o testemunho de

33a Al. 11:3. 41a gee Testemunha. gee Sinal.


34a gee Alegria. 43a Jacó 7:13–21;
40a Salm. 14:1. D&C 46:8–9.
Alma 30:45–53 328
a
todos estes irmãos, assim como menos que me mostres um
o dos santos profetas? As escri- sinal, não acreditarei.
turas estão diante de ti, sim, e 49 Disse-lhe então Alma: Isto te
b
todas as coisas mostram que darei por sinal: tu aficarás mudo,
existe um Deus; sim, até mes- de acordo com minhas palavras;
mo a cTerra e tudo que existe e afirmo que em nome de Deus
sobre a sua face, sim, e seu dmo- ficarás mudo, de modo que não
vimento, sim, e também todos mais falarás.
os eplanetas que se movem em 50 Ora, quando Alma pronun-
sua ordem regular testemu- ciou estas palavras, Corior ficou
nham que existe um Criador mudo, não podendo mais falar,
Supremo. conforme as palavras de Alma.
45 E, contudo, andas desvian- 51 E então, quando viu isso, o
do o coração deste povo, testifi- juiz supremo estendeu a mão e
cando-lhe que Deus não existe? escreveu a Corior: Estás conven-
E queres ainda negar todos es- cido do poder de Deus? Em
ses testemunhos? E ele disse: quem desejavas que Alma mos-
Sim, eu negarei, a menos que tu trasse seu sinal? Quiseras que
me mostres um sinal. tivesse afligido a outros para
46 E aconteceu que Alma lhe dar-te um sinal? Eis que ele te
disse: Eis que estou aflito pela deu um sinal; e agora continua-
dureza de teu coração; sim, por rás a duvidar?
ainda resistires ao espı́rito da 52 E Corior, estendendo a mão,
verdade, o que poderá destruir- escreveu: Sei que estou mudo,
te a alma. porque não posso falar; e sei
47 Mas eis que é amelhor per- que nada, a não ser o poder de
deres tua alma do que seres o Deus, poderia fazer-me isto; sim,
instrumento da destruição de e eu sempre asoube que existia
muitas almas, por tuas mentiras um Deus.
e por tuas palavras lisonjeiras; 53 Mas eis que o diabo me aen-
portanto, se negares novamen- ganou, porque me bapareceu na
te, eis que Deus te ferirá, de mo- forma de um anjo e disse-me:
do que ficarás mudo, para que Vai e regenera este povo, por-
nunca mais abras a boca nem que todos se perderam, seguin-
enganes este povo. do um Deus desconhecido. E ele
48 Disse-lhe então Corior: Não disse-me: Deus cnão existe; sim,
nego a existência de um Deus, e ensinou-me o que eu deveria
mas não acredito que exista um dizer. E eu ensinei as suas pala-
Deus; e digo também que não vras; e ensinei-as porque eram
sabes que existe um Deus e, a agradáveis à dmente carnal; e

44a Mos. 13:33–34. e Mois. 6:63. b II Cor. 11:14;


b Salm. 19:1; 47a 1 Né. 4:13. 2 Né. 9:9.
D&C 88:47. 49a II Crôn. 13:20. c Salm. 10:4.
c Jó 12:7–10. 52a Al. 30:42. d gee Carnal.
d Hel. 12:11–15. 53a Jacó 7:14.
329 Alma 30:54–31:2
ensinei-as até obter muito êxito, que se havia separado dos nefi-
tanto assim que eu realmente tas e tomado o nome de zorami-
acreditei que eram verdadeiras; tas, sendo guiados por um
e por essa razão opus-me à ver- homem cujo nome era Zorã—e
dade, até trazer sobre mim esta ao andar no meio deles, eis que
grande maldição. foi atropelado e pisoteado até a
54 Ora, tendo dito isso, supli- morte.
cou a Alma que orasse a Deus, 60 E assim vemos o fim da-
pedindo que a maldição lhe fos- quele que perverte os caminhos
se tirada. do Senhor; e assim vemos tam-
55 Alma, porém, disse-lhe: Se bém que o adiabo não bamparará
esta maldição te fosse tirada, tu seus filhos no último dia, mas
novamente perverterias o cora- arrasta-os rapidamente para o
c
ção deste povo; portanto, faça- inferno.
se contigo de acordo com a
vontade do Senhor.
CAPÍTULO 31
56 E aconteceu que a maldição
não foi tirada de Corior; mas ele
Alma chefia uma missão para recu-
foi expulso e ia de casa em casa,
perar os zoramitas apóstatas—Os
mendigando alimento.
zoramitas negam a Cristo, crêem
57 Ora, a notı́cia do que havia
num falso conceito de eleição e
sucedido a Corior foi imediata-
adoram com orações preestabeleci-
mente anunciada em toda a
das—Os missionários ficam cheios
terra; sim, o juiz supremo en-
do Santo Espı́rito—Suas aflições
viou uma proclamação a todo o
são sobrepujadas pela alegria em
povo da terra, declarando aos
Cristo. Aproximadamente 74 a.C.
que haviam acreditado nas pa-
lavras de Corior que deveriam Ora, aconteceu que depois do
arrepender-se rapidamente, pa- fim de Corior, tendo Alma rece-
ra que o mesmo castigo não lhes bido notı́cia de que os zoramitas
sobreviesse. estavam pervertendo os cami-
58 E aconteceu que todos se nhos do Senhor e de que Zorã,
convenceram da iniqüidade de que era seu chefe, estava indu-
Corior; portanto todos se con- zindo o coração do povo a acur-
verteram novamente ao Senhor var-se diante de bı́dolos mudos,
e isso pôs fim à iniqüidade pre- seu coração começou a cafligir-
gada por Corior. E Corior ia de se novamente por causa da ini-
casa em casa mendigando comi- qüidade do povo.
da para seu sustento. 2 Porque foi motivo de grande
a
59 E aconteceu que, ao andar dor para Alma saber da iniqüi-
no meio do povo, sim, um povo dade no meio de seu povo; por-

60a gee Diabo. 31 1a Êx. 20:5; c Al. 35:15.


b Al. 3:26–27; 5:41–42; Mos. 13:13. 2 a Mos. 28:3;
D&C 29:45. b 2 Né. 9:37. 3 Né. 17:14;
c gee Inferno. gee Idolatria. Mois. 7:41.
Alma 31:3–14 330
tanto seu coração se entristeceu os nomes dos que foram com ele
muito por causa da separação pregar a palavra aos bzoramitas.
dos zoramitas e nefitas. 8 Ora, os zoramitas eram adissi-
3 Ora, os zoramitas haviam- dentes dos nefitas; portanto já
se reunido numa terra a que lhes havia sido ensinada a pala-
deram o nome de Antiônum, vra de Deus.
que ficava a leste da terra de 9 Eles, porém, ahaviam cometi-
Zaraenla, que quase fazia fron- do grandes erros, porque não
teira com o mar, que ficava observavam os mandamentos de
ao sul da terra de Jérson, que Deus nem os seus estatutos, se-
também se limitava com o de- gundo a lei de Moisés.
serto sul, o qual estava cheio de 10 Nem queriam observar as
lamanitas. práticas da igreja de continuar a
4 Ora, os nefitas temiam muito orar e suplicar diariamente a
que os zoramitas se aliassem aos Deus, para não cair em tentação.
lamanitas e que isso pudesse 11 Enfim, pervertiam os cami-
causar grande perda aos nefitas. nhos do Senhor de muitos mo-
5 Ora, como a a pregação da dos; portanto, por este moti-
b
palavra exercia uma grande vo, Alma e seus irmãos entra-
influência sobre o povo, c le- ram na terra para pregar-lhes a
vando-o a praticar o que era jus- palavra.
to—sim, surtia um efeito mais 12 Ora, quando chegaram à
poderoso sobre a mente terra, eis que notaram, com
do povo do que a espada ou grande espanto, que os zorami-
qualquer outra coisa que lhe tas haviam construı́do sinago-
houvesse acontecido — Alma, gas e que se reuniam certo dia
portanto, pensou que seria da semana, ao qual chamavam
aconselhável pôr à prova a vir- dia do Senhor; e adoravam de
tude da palavra de Deus. um modo que Alma e seus ir-
6 Tomou, portanto, Amon e mãos ainda não haviam visto;
Aarão e Ômner e deixou Hı́mni 13 Pois haviam construı́do no
na igreja de Zaraenla; mas levou centro de sua sinagoga um local
consigo os três primeiros e tam- para ficarem de pé, que ficava
bém Amuleque e Zeezrom, que mais alto que a cabeça, em cuja
estavam em Meleque; e levou parte superior só cabia uma
também dois de seus filhos. pessoa.
7 Ora, não levou consigo o 14 Portanto, quem desejasse
a
mais velho de seus filhos, cujo adorar devia subir nessa plata-
nome era aHelamã; e os nomes forma e estender as mãos para
dos filhos que levou eram Si- o céu e clamar em alta voz, di-
blon e Coriânton; e esses eram zendo:

5 a En. 1:23; Al. 4:19. c Jar. 1:11–12; b Al. 30:59.


gee Pregar. D&C 11:2. 8a Al. 24:30.
b Heb. 4:12; Jacó 2:8; 7 a gee Helamã, Filho de 9a gee Apostasia.
Al. 36:26. Alma. 14a Mt. 6:1–7.
331 Alma 31:15–27
15 Santo, Santo Deus; cremos chamado Rameumptom, que
que és Deus e cremos que és quer dizer púlpito sagrado.
santo; e que eras um espı́rito e 22 Ora, desse púlpito cada ho-
que és um espı́rito e que serás mem oferecia a mesma oração a
um espı́rito para sempre. Deus, agradecendo a seu Deus
16 Santo Deus, cremos que nos por terem sido escolhidos por
separaste de nossos irmãos; e ele e por ele não os ter induzido
não cremos nas tradições de a seguir as tradições de seus ir-
nossos irmãos que lhes foram mãos e não ter deixado que seu
transmitidas pela infantilidade coração fosse atraı́do pela cren-
de seus pais; mas cremos que tu ça em coisas futuras, das quais
nos aelegeste para sermos teus nada sabiam.
b
santos filhos; e também nos fi- 23 Ora, depois de todo o povo
zeste saber que nenhum Cristo agradecer dessa forma, volta-
haverá. vam para casa, anão falando mais
17 Mas tu és o mesmo ontem, em seu Deus até que se reunis-
hoje e para sempre; e aeleges- sem novamente, diante do púl-
te-nos para sermos salvos, en- pito sagrado, para render graças
quanto que todos ao nosso re- a sua maneira.
dor foram escolhidos para 24 Ora, quando viu tudo isso
serem, pela tua ira, lançados Alma ficou atriste, porque perce-
no inferno; por essa santidade, beu que eram um povo inı́quo e
ó Deus, agradecemos-te; e tam- perverso; sim, viu que tinham o
bém te rendemos graças por coração posto no ouro e na pra-
nos haveres elegido, a fim de ta e em toda espécie de objetos
que não sejamos desencaminha- finos.
dos pelas tolas tradições de nos- 25 Sim, viu também que, por
sos irmãos que os forçam a crer causa de seu orgulho, seu cora-
em Cristo, afastando-lhes o co- ção estava aensoberbecido e eles
ração para longe de ti, Deus vangloriavam-se.
nosso! 26 E elevou a voz ao céu e acla-
18 E novamente te rendemos mou, dizendo: Ó Senhor, até
graças, ó Deus, por sermos um quando permitirás que teus ser-
povo eleito e santo. Amém. vos habitem aqui na carne, para
19 Ora, aconteceu que tendo presenciarem tão grandes ini-
Alma e seus irmãos e seus filhos qüidades entre os filhos dos
ouvido essas orações, ficaram homens?
extremamente admirados. 27 Eis que, ó Deus, eles acla-
20 Pois eis que cada um se mam a ti; entretanto seu coração
adiantava e proferia essas mes- está dominado pelo orgulho. Eis
mas orações. que, ó Deus, clamam a ti com os
21 Ora, esse lugar era por eles lábios, enquanto estão grande-

16a Al. 38:13–14. 23a Tg. 1:21–25. Al. 1:32.


b Isa. 65:3, 5. 24a Gên. 6:5–6. 26a Mois. 7:41–58.
17a gee Vaidade, Vão. 25a Jacó 2:13; 27a Isa. 29:13.
Alma 31:28–38 332
mente bensoberbecidos com as suportarem as aflições que lhes
coisas vãs do mundo. advirão por causa das iniqüida-
28 Eis, ó meu Deus, seus sun- des deste povo.
tuosos ornamentos e seus anéis e 34 Ó Senhor, permite que ate-
seus abraceletes e seus enfeites nhamos êxito em trazê-los no-
de ouro e todas as coisas precio- vamente a ti, em Cristo.
sas com que estão adornados; e 35 Eis, ó Senhor, que sua aalma
eis que seu coração está preso a é preciosa e muitos deles são
essas coisas e, no entanto, cla- nossos irmãos; dá-nos, portanto,
mam a ti, dizendo: Agradece- ó Senhor, poder e sabedoria pa-
mos-te, ó Deus, por sermos um ra trazermos esses nossos ir-
povo escolhido por ti, enquanto mãos novamente a ti.
outros perecerão. 36 E aconteceu que, tendo pro-
29 Sim, e dizem que tu lhes fi- nunciado essas palavras, Alma
a
zeste saber que não haverá um impôs as bmãos sobre todos os
Cristo. que estavam com ele. E eis que,
30 Ó, Senhor Deus, até quando ao impor-lhes as mãos, enche-
permitirás que exista tal iniqüi- ram-se do Santo Espı́rito.
dade e infidelidade? Ó Senhor, 37 Depois disso separaram-se
dá-me forças para suportar mi- uns dos outros, anão pensando
nhas fraquezas, pois sou débil e no que iriam comer ou no que
a iniqüidade deste povo contris- iriam beber nem no que iriam
ta-me a alma. vestir.
31 Ó Senhor, meu coração está 38 E o Senhor proveu-os de tu-
extremamente aflito; consola do, para que não tivessem fome
minha alma aem Cristo. Ó Se- nem tivessem sede; sim, e deu-
nhor, concede-me forças para lhes força para que não pade-
suportar com paciência essas cessem qualquer espécie de
a
aflições que sofrerei por causa aflição que não pudesse ser so-
da iniqüidade deste povo. brepujada pela alegria em Cris-
32 Ó Senhor, conforta-me a al- to. Ora, isso aconteceu por
ma e faze com que eu tenha êxi- causa da oração de Alma; e isto
to, assim como os companheiros porque havia orado com bfé.
que estão comigo—sim, Amon e
Aarão e Ômner e também Amu-
leque e Zeezrom e também CAPÍTULO 32
meus adois filhos — sim, ó Se-
nhor, conforta-os a todos! Sim, Alma ensina os pobres, cujas afli-
conforta-lhes a alma em Cristo! ções os haviam tornado humildes—
33 Concede-lhes forças para Fé é uma esperança naquilo que não

27b gee Orgulho. das almas. 38a Mt. 5:10–12;


28a Isa. 3:16–24. 36a 3 Né. 18:36–37. Mos. 24:13–15;
31a Jo. 16:33. b gee Mãos, Imposição Al. 33:23.
32a Al. 31:7. das. b gee Fé.
34a 2 Né. 26:33. 37a Mt. 6:25–34;
35a gee Alma—Valor 3 Né. 13:25–34.
333 Alma 32:1–11
se vê e que é verdadeiro—Alma tes- 5 E aproximaram-se de Alma
tifica que anjos ministram entre ho- e o mais influente deles disse-
mens, mulheres e crianças—Alma lhe: aQue deverão fazer estes
compara a palavra a uma semen- meus irmãos, pois são despre-
te—Ela deve ser plantada e cuida- zados por todos devido a sua
da—Então se transforma em uma pobreza; sim, e principalmente
árvore da qual se colhe o fruto da por nossos sacerdotes, pois bex-
vida eterna. Aproximadamente pulsaram-nos de nossas sina-
74 a.C. gogas, em cuja construção tra-
balhamos muito com nossas
E aconteceu que saı́ram e co- próprias mãos; e expulsaram-
meçaram a pregar a palavra de
nos devido a nossa grande po-
Deus ao povo, entrando em
breza e não temos um lugar
suas sinagogas e em suas casas;
onde adorar nosso Deus; cque
sim, e até pregavam a palavra
devemos fazer?
nas ruas.
2 E aconteceu que, depois de 6 E então, quando ouviu isso,
muito trabalho, começaram a ter Alma voltou-se para ele e olhou
êxito com a classe apobre; pois com grande alegria, pois viu que
eis que os pobres eram expulsos suas aaflições verdadeiramente
das sinagogas por causa de suas os haviam tornado bhumildes e
vestimentas grosseiras. que estavam cpreparados para
3 Portanto não lhes era permi- ouvir a palavra.
tida a entrada nas sinagogas 7 Portanto ele não falou mais à
para adorarem a Deus, sendo outra multidão; mas estendeu a
considerados como imundı́cie mão e clamou aos que via e
porque eram pobres; sim, eram eram verdadeiramente peniten-
considerados por seus irmãos tes; e disse-lhes:
como escória e eram a pobres 8 Vejo que sois ahumildes de
quanto às coisas do mundo; coração; e, se assim é, benditos
eram também humildes de cora- sois.
ção. 9 Eis que vosso irmão me per-
4 Ora, enquanto Alma estava guntou: Que devemos fazer?—
pregando e ensinando ao povo pois somos expulsos de nossas
no monte Onida, aproximou-se sinagogas, de modo que não po-
uma grande multidão que se demos adorar a nosso Deus.
compunha daqueles de quem 10 Eis que vos digo: Supondes
estávamos falando, que eram os que não podeis aadorar a Deus a
a
humildes de coração por causa não ser em vossas sinagogas?
da sua pobreza quanto às coisas 11 E pergunto-vos ainda: Su-
do mundo. pondes que não podeis adorar a

32 2a gee Pobres. b Al. 33:10. c Al. 16:16–17;


3 a Al. 34:40. c At. 2:37–38. D&C 101:8.
4 a gee Pobres—Pobres 6a gee Adversidade. 8 a Mt. 5:3–5.
em espı́rito. b gee Humildade, 10a gee Adorar.
5 a Prov. 18:23. Humilde, Humilhar.
Alma 32:12–22 334
Deus mais que uma vez por se- em outras palavras, bendito é
mana? aquele que acredita na palavra
12 Digo-vos: Ainda bem que de Deus e é batizado sem re-
vos afastaram de vossas sinago- lutância no coração, sim, sem
gas, para que sejais humildes e ter sido levado a conhecer a
aprendais a sabedoria, pois é palavra ou mesmo sem ser com-
necessário que aprendais sabe- pelido a conhecer antes de
doria; porque foi por terdes sido acreditar.
afastados e desprezados por 17 Sim, há muitos que dizem:
vossos irmãos, devido a vossa Se nos mostrardes um asinal do
extrema bpobreza, que haveis céu, saberemos com segurança;
humilhado vosso coração; por- então acreditaremos.
que fostes obrigados a vos hu- 18 Agora vos pergunto: Isso é
milhardes. fé? Eis que vos digo: Não. Por-
13 E agora, porque fostes com- que se um homem sabe uma coi-
pelidos a ser humildes, benditos sa, não tem motivo para acrer,
sois; porque o homem, às vezes, porque a sabe.
se é compelido a humilhar-se, 19 E agora, quão mais amaldi-
procura o arrependimento; e çoado é aquele que aconhece a
certamente quem se arrepender vontade de Deus e não a prati-
encontrará misericórdia; e quem ca, do que aquele que somente
encontrar misericórdia e aperse- acredita ou que somente tem
verar até o fim, será salvo. motivo para acreditar e cai em
14 E agora, como vos disse que transgressão?
por terdes sido compelidos a ser 20 Ora, isto deveis julgar. Eis
humildes fostes abençoados, não que vos digo que de um lado é
vos parece que serão mais aben- como do outro; e cada homem
çoados os que verdadeiramente receberá de acordo com suas
se humilharem por causa da pa- obras.
lavra? 21 E agora, conforme falei com
15 Sim, aquele que verdadeira- referência à fé — afé não é ter
mente se humilhar e arrepen- um perfeito conhecimento das
der-se de seus pecados e perse- coisas; portanto, se tendes fé,
verar até o fim, esse será aben- tendes b esperança nas coisas
çoado — sim, será muito mais que se cnão vêem e que são ver-
abençoado do que aqueles que dadeiras.
são compelidos a humilhar-se 22 E agora, eis que vos digo: Eu
devido a sua extrema pobreza. quisera que de um lado vos lem-
16 Portanto, benditos são os brásseis de que Deus é miseri-
que se ahumilham sem serem cordioso para com todos os que
compelidos a ser humildes; ou, acreditam em seu nome; por-

12a Ecles. 4:13. Humilde, Humilhar. 21a Jo. 20:29;


b Prov. 16:8. 17a gee Sinal. Heb. 11.
13a Al. 38:2. 18a Ét. 12:12, 18. b gee Esperança.
16a gee Humildade, 19a Jo. 15:22–24. c Ét. 12:6.
335 Alma 32:23–31
tanto, deseja em primeiro lugar de tal forma que possais dar lu-
que acrediteis, sim, que acredi- gar a uma porção de minhas pa-
teis em sua palavra. lavras.
23 E agora, ele transmite a sua 28 Compararemos a palavra a
palavra aos homens por inter- uma asemente. Ora, se derdes
médio de anjos; sim, anão só aos lugar em vosso bcoração para
homens mas também às mulhe- que uma csemente seja planta-
res. Ora, isso não é tudo; muitas da, eis que, se for uma semente
vezes as bcrianças recebem pala- verdadeira, ou seja, uma boa se-
vras que confundem o sábio e o mente, se não a lançardes fora
instruı́do. por vossa dincredulidade, resis-
24 E agora, meus amados ir- tindo ao Espı́rito do Senhor, eis
mãos, como desejastes saber que ela começará a inchar em
de mim o que devereis fazer, vosso peito; e quando tiverdes
por estardes aflitos e serdes re- essa sensação de crescimento,
jeitados—ora, não desejo que começareis a dizer a vós mes-
suponhais que eu pretenda jul- mos: Deve ser uma boa semen-
gar-vos, exceto de acordo com o te, ou melhor, a palavra é boa
que é verdade— porque começa a dilatar-me a
25 Porque não afirmo que to- alma; sim, começa a iluminar-
dos vós fostes obrigados a vos me o eentendimento; sim, come-
humilhardes; pois realmente ça a ser-me deliciosa.
acredito que alguns de vós vos 29 Ora, eis que isso não au-
humilharı́eis, fossem quais fos- mentaria a vossa fé? Digo-vos
sem as circunstâncias; que sim; não obstante, não cres-
26 Ora, como disse em relação ceu a ponto de transformar-se
à fé, que não era um conheci- em perfeito conhecimento.
mento perfeito, o mesmo se dá 30 Mas eis que quando a se-
com minhas palavras. A prin- mente incha e brota e começa a
cı́pio não podereis ter perfeita crescer, então deveis dizer que a
certeza delas, assim como a fé semente é boa; porque eis que
tampouco é um conhecimento inchou e brotou e começou a
perfeito. crescer. E agora, eis que isto não
27 Mas eis que, se despertardes fortalecerá vossa fé? Sim, forta-
e exercitardes vossas faculda- lecerá vossa fé, pois direis: Eu
des, pondo à prova minhas sei que esta é uma boa semente;
palavras, e exercerdes uma par- porque eis que brota e começa a
tı́cula de fé, sim, mesmo que não crescer.
tenhais mais que o adesejo de 31 E agora, estais certos de que
acreditar, deixai que esse desejo é uma boa semente? Digo-vos
opere em vós, até acreditardes que sim; porque toda semente

23a Joel 2:28–29. D&C 128:18. c Lc. 8:11.


b Mt. 11:25; 27a Mc. 11:24. d Mt. 17:20.
Lc. 10:21; 28a Al. 33:1. e gee Compreensão,
3 Né. 26:14–16; b gee Coração. Entendimento.
Alma 32:32–42 336
frutifica segundo sua aprópria do, para que crie raiz, para que
semelhança. cresça e dê frutos. E agora, eis
32 Portanto, se uma semente que se a tratardes com muito
cresce, é boa; mas se não cresce, cuidado, criará raiz e crescerá e
eis que não é boa; portanto é dará frutos.
lançada fora. 38 Mas se anegligenciardes a
33 E agora, eis que por haver- árvore e deixardes de tratá-la,
des feito a experiência e planta- eis que não criará raiz; e quando
do a semente que inchou e chegar o calor do sol e a abrasar,
brotou e começou a crescer, de- secará por falta de raiz; e arran-
veis forçosamente saber que a cá-la-eis e lançareis fora.
semente é boa. 39 Ora, isso não é porque a se-
34 E agora, eis que é perfeito o mente não seja boa nem porque
vosso aconhecimento? Sim, vos- o seu fruto seja indesejável, mas
so conhecimento é perfeito nis- porque vosso aterreno é estéril e
to e vossa bfé permanece ador- não cuidais da árvore; não po-
mecida; e isto porque sabeis, deis, portanto, obter seu fruto.
pois sabeis que a palavra vos di- 40 E assim, se não cultivardes a
latou a alma e sabeis também palavra, esperando com os olhos
que ela germinou, que vossa da fé o seu fruto, nunca pode-
compreensão começa a ilumi- reis colher o fruto da aárvore da
nar-se e vossa cmente começa a vida.
expandir-se. 41 Se, porém, cultivardes a pa-
35 Oh! então isto não é real? lavra, sim, cultivardes a árvore
Digo-vos que sim, porque é aluz; quando ela começar a crescer,
e o que é luz é bom, porque com vossa fé, com grande esfor-
pode ser discernido; portanto ço e com apaciência, esperando
deveis saber que é bom; e agora, o fruto, ela criará raiz; e eis que
eis que, depois de haverdes ex- será uma árvore que bbrotará
perimentado esta luz, é perfeito para a vida eterna.
o vosso conhecimento? 42 E por causa de vosso aesfor-
36 Eis que vos digo: Não, nem ço e de vossa fé e de vossa pa-
deveis pôr de lado a vossa fé, ciência em cultivar a palavra pa-
porque haveis somente exercido ra que crie raiz em vós, eis que
vossa fé para plantar a semente pouco a pouco colhereis o seu
b
a fim de fazer a expêriencia, pa- fruto, que é sumamente precio-
ra saber se a semente é boa. so, que é mais doce que tudo
37 E eis que, à medida que a que é doce, que é mais branco
árvore começar a crescer, direis: que tudo que é branco, sim, e
Tratemos dela com muito cuida- mais puro que tudo que é puro;

31a Gên. 1:11–12. gee Luz, Luz de 41a gee Paciência.


34a gee Conhecimento. Cristo. b Al. 33:23;
b Ét. 3:19. 38a gee Apostasia. D&C 63:23.
c gee Mente. 39a Mt. 13:5. 42a gee Diligência.
35a Jo. 3:18–21. 40a Gên. 2:9; 1 Né. 15:36. b 1 Né. 8:10–12.
337 Alma 32:43–33:10
e banquetear-vos-eis com esse s u p o n d e s q u e n ã o p o d e i s
fruto, até vos fartardes, de modo adorar a Deus, errais muito e
que não tereis fome nem tereis deverı́eis examinar as bescritu-
sede. ras; se supondes que é isso que
43 Então, meus irmãos, colhe- elas vos ensinaram, não as com-
reis a recompensa de vossa fé e preendeis.
de vossa diligência e paciência e 3 Não vos recordais de haver
longanimidade, esperando que lido o que aZenos, o profeta da
a árvore vos dê fruto. antigüidade, disse a respeito
d a o r a ç ã o , o u m e l h o r , d a
b
adoração?
CAPÍTULO 33 4 Pois ele disse: És misericor-
dioso, ó Deus, porque ouviste a
Zenos ensinou que os homens de- minha oração até mesmo quan-
vem orar e adorar em todos os luga- do me achava no deserto; sim,
res e que julgamentos são afastados foste misericordioso quando orei
por causa do Filho—Zenoque ensi- a respeito daqueles que eram
nou que a misericórdia é concedida meus ainimigos e fizeste com
por causa do Filho—Moisés havia que se voltassem para mim.
levantado no deserto um sı́mbolo do 5 Sim, ó Deus! E foste miseri-
Filho de Deus. Aproximadamente cordioso para comigo quando a
74 a.C. ti clamei no meu acampo; quan-
do clamei a ti em minha oração
Ora, depois que Alma proferiu e me ouviste.
essas palavras, mandaram per- 6 E ainda, ó Deus, quando fui
guntar-lhe se deviam acreditar para casa, tu ouviste a minha
em aum Deus, para assim pode- oração.
rem obter aquele fruto de que 7 E quando fui ao meu aapo-
ele havia falado, ou como deve- sento e roguei a ti, ó Senhor, tu
riam plantar a bsemente, ou a me ouviste.
palavra de que havia falado, a 8 Sim, tu és misericordioso pa-
qual ele dissera que deveria ser ra com teus filhos quando cla-
plantada em seus corações; ou mam a ti para serem ouvidos
seja, de que maneira começa- por ti e não pelos homens; e tu
riam a exercer a fé. os ouves.
2 E Alma respondeu-lhes: Eis 9 Sim, ó Deus, foste misericor-
que dissestes que anão podeis dioso para comigo e ouviste os
adorar vosso Deus, porque fos- meus clamores em meio a tuas
tes expulsos de vossas sinago- congregações.
gas. Mas eis que vos digo: Se 10 Sim, e também me ouviste

33 1a 2 Né. 31:21; b Al. 37:3–10. b gee Adorar.


Mos. 15:2–4. 3 a gee Escrituras— 4a Mt. 5:44.
b Al. 32:28–43. Escrituras perdidas; 5a Al. 34:20–25.
2 a Al. 32:5. Zenos. 7a Mt. 6:5–6; Al. 34:26.
Alma 33:11–22 338
quando fui aexpulso e despreza- antigüidade testificou sobre o
do por meus inimigos; sim, ou- Filho de Deus; e porque o povo
viste os meus clamores e te não quis compreender suas
indignaste com os meus inimi- palavras, aapedrejaram-no até
gos e visitaste-os em tua ira com morrer.
rápida destruição. 18 Mas eis que isso não é tudo;
11 E ouviste-me por causa das esses não são os únicos que fala-
minhas aflições e da minha sin- ram a respeito do Filho de Deus.
ceridade; e é por causa de teu 19 Eis que aMoisés dele falou;
Filho que foste assim misericor- sim, e eis que um bsı́mbolo foi
c
dioso comigo; portanto clamarei levantado no deserto, a fim de
a ti em todas as minhas aflições, que todo aquele que o olhasse,
porque em ti está a minha ale- vivesse. E muitos olharam e vi-
gria; porque, por causa de teu veram.
Filho, afastaste de mim teus jul- 20 Poucos, porém, compreen-
gamentos. deram o significado daquelas
12 E disse-lhes então Alma: coisas; e isso devido à dureza de
Credes nas aescrituras que fo- seu coração. Mas houve muitos
ram escritas pelos antigos? tão obstinados, que nem quise-
13 Eis que, se nelas credes, de- ram olhar e, portanto, perece-
veis crer no que aZenos disse, ram. Ora, a razão pela qual não
porque eis que declarou: Afas- queriam olhar era que não acre-
taste teus julgamentos por cau- ditavam que isso os acuraria.
sa de teu Filho. 21 Ó meus irmãos, se pudésseis
14 Agora, meus irmãos, eis que ser curados simplesmente olhan-
vos pergunto se haveis lido as do ao redor para serdes cura-
escrituras. Se haveis, como po- dos, não o farı́eis rapidamente?
deis não crer no Filho de Deus? Ou preferirı́eis endurecer o co-
15 Porque anão está escrito que ração na incredulidade e ser ne-
somente Zenos falou dessas coi- gligentes, recusando-vos a olhar
sas, mas bZenoque também fa- ao redor, e assim perecer?
lou dessas coisas— 22 Se assim for, a desgraça cai-
16 Pois eis que ele disse: Estás rá sobre vós; mas se não for, en-
irado, ó Senhor, contra este po- tão olhai ao redor e acomeçai a
vo, porque não compreende a acreditar no Filho de Deus, que
misericórdia que lhe concedeste ele virá para remir seu povo e
por causa de teu Filho. que ele sofrerá e morrerá para
b
17 E agora, meus irmãos, vedes expiar os pecados deles; e que
que um segundo profeta da ele se c levantará dos mortos,

10a Al. 32:5. 17a gee Mártir, Martı́rio. c Jo. 3:14;


12a gee Escrituras. 19a Deut. 18:15, 18; Hel. 8:14–15.
13a Al. 34:7. Al. 34:7. 20a 1 Né. 17:40–41.
15a Jacó 4:4. b Núm. 21:9; 22a Al. 32:27–28.
b 1 Né. 19:10; 2 Né. 25:20; b Al. 22:14; 34:8–9.
Al. 34:7. Mos. 3:15. c gee Ressurreição.
339 Alma 33:23–34:8
proporcionando-nos a dressur- 2 Meus irmãos, penso ser im-
reição; que todos os homens possı́vel que ignoreis as coisas
comparecerão diante dele, a fim que foram ditas concernentes à
de serem julgados no último vinda de Cristo, que ensinamos
dia, o dia do juı́zo final, segun- ser o Filho de Deus; sim, sei que
do suas eobras. a
estas coisas vos foram ampla-
23 E agora, meus irmãos, dese- mente ensinadas antes de vosso
jo que aplanteis esta palavra em afastamento de nós.
vosso coração; e quando ela co- 3 E como haveis desejado que
meçar a inchar, cultivai-a com meu amado irmão vos dissesse o
vossa fé. E eis que se tornará em que deverı́eis fazer, devido a
árvore, bcrescendo em vós para vossas aflições, ele vos disse al-
a vida eterna. E permita Deus go para preparar-vos a mente;
que vossas ccargas sejam leves sim, e ele exortou-vos a terdes fé
pela alegria em seu Filho. E tu- e paciência—
do isso podereis fazer, se assim 4 Sim, a terdes fé suficiente pa-
o quiserdes. Amém. ra aplantar a palavra em vosso
coração e assim testar sua exce-
lência.
CAPÍTULO 34 5 E vimos que a grande per-
gunta que tendes em mente é se
Amuleque testifica que a palavra a palavra está no Filho de Deus
que leva à salvação está em Cris- ou se não haverá um Cristo.
to—A não ser que haja uma expia- 6 E vistes também que meu
ção, toda a humanidade perecerá— irmão vos provou em muitas
A totalidade da lei de Moisés aponta ocasiões que a apalavra para a
para o sacrifı́cio do Filho de Deus— salvação está em Cristo.
O plano eterno de redenção funda- 7 Meu irmão citou as palavras
menta-se na fé e no arrependimen- de Zenos e também as palavras
to—Orai por bênçãos materiais e de Zenoque, de que a redenção
espirituais—Esta vida é o tempo nos vem por meio do Filho de
para os homens prepararem-se para Deus; e ele também recorreu a
o encontro com Deus—Operai a Moisés para provar que estas
vossa salvação com temor perante coisas são verdadeiras.
Deus. Aproximadamente 74 a.C. 8 E agora, eis que eu próprio
vos atestifico que estas coisas são
E então aconteceu que Alma, verdadeiras. Eis que vos digo
tendo proferido estas palavras, que sei que Cristo virá entre os
sentou-se no chão; e aAmuleque filhos dos homens para tomar
levantou-se e começou a ensi- sobre si as transgressões de seu
nar-lhes, dizendo: povo e que ele bexpiará os peca-

22d Al. 11:44. D&C 63:23. 4a Al. 33:23.


e gee Obras. c Al. 31:38. 6a Jo. 1:1, 14.
23a Al. 33:1; 34:4. 34 1a Al. 8:21. 8a gee Testificar.
b Al. 32:41; 2 a Al. 16:13–21. b gee Expiação, Expiar.
Alma 34:9–17 340
dos do mundo; porque o Se- necessário que haja um afim pa-
nhor Deus o disse. ra o derramamento de sangue;
9 Pois é necessário que haja então será cumprida a blei de
uma aexpiação; porque, de acor- Moisés; sim, será totalmente
do com o grande b plano do cumprida, cada jota e til; e nada
Deus Eterno, deverá haver uma se omitirá.
expiação; do contrário, toda a 14 E eis que este é o asignifi-
humanidade inevitavelmente cado total da blei, cada ponto
perecerá; sim, todos são obstina- indicando aquele grande e
dos; sim, todos estão cdecaı́dos e último c sacrifı́cio; e aquele
perdidos e hão de perecer, a não grande e último sacrifı́cio será
ser que seja pela expiação que o Filho de Deus, sim, infinito e
deve haver. eterno.
10 Porque é necessário que ha- 15 E assim ele trará asalvação a
ja um grande e último asacrifı́- todos os que acreditarem em
cio; sim, não um sacrifı́cio de seu nome, sendo a finalidade
homem nem de animal nem de deste último sacrifı́cio manifes-
qualquer tipo de ave; pois não tar as entranhas da misericór-
será um sacrifı́cio humano; de- dia, a qual sobrepuja a justiça e
verá, porém, ser um bsacrifı́cio proporciona aos homens meios
c
infinito e eterno. para que tenham fé para o arre-
11 Ora, não há homem algum pendimento.
que possa sacrificar o seu san- 16 E assim a amisericórdia pode
gue para expiar pecados de satisfazer as exigências da bjusti-
outrem. Ora, se um homem as- ça e envolve-os nos braços da
sassina, eis que a nossa lei, que é segurança, enquanto que aquele
a
justa, tomará a vida de seu ir- que não exerce fé para o arre-
mão? Digo-vos que não. pendimento está exposto às exi-
12 A lei, porém, requer a vida gências de toda a lei da cjustiça;
daquele que cometeu o aassassi- portanto, apenas para o que
nato; portanto, nada pode possui fé para o arrependimen-
haver, a não ser uma expiação to tem efeito o grande e eterno
d
infinita, que seja suficiente para plano de redenção.
os pecados do mundo. 17 Portanto permita Deus, meus
13 Assim sendo, é necessário irmãos, que comeceis a exercer
que haja um grande e último sa- vossa afé para o arrependimen-
crifı́cio; e aı́ haverá, ou melhor, é to, que comeceis a binvocar seu

9 a Al. 33:22. Mos. 29:25. 16a gee Misericórdia,


b Al. 12:22–33; 12a gee Pena de Morte; Misericordioso.
Mois. 6:62. Homicı́dio. b gee Justiça.
c gee Queda de 13a 3 Né. 9:17, 19–20. c Al. 12:32.
Adão e Eva. b 3 Né. 15:5. d gee Plano de
10a Mois. 5:6–7. 14a Al. 30:3. Redenção.
b gee Sacrifı́cio. b gee Lei de Moisés. 17a gee Fé.
c 2 Né. 9:7. c D&C 138:35. b gee Oração.
11a Deut. 24:16; 15a gee Salvação.
341 Alma 34:18–32
santo nome, para que tenha mi- depois de haverdes feito todas
sericórdia de vós. estas coisas, se negardes ajuda
18 Sim, clamai a ele por miseri- aos anecessitados e aos nus e
córdia, porque ele é poderoso não visitardes os doentes e afli-
para salvar. tos nem b repartirdes o vosso
19 Sim, humilhai-vos e conti- sustento, se o tendes, com os
nuai em oração a ele. que necessitam—digo-vos, se
20 Clamai a ele quando estiver- não fizerdes qualquer destas
des em vossos campos, sim, por coisas, eis que vossa coração é
d
todos os vossos rebanhos. vã e de nada vos vale e sois co-
21 aClamai a ele em vossas ca- mo os hipócritas que negam a
sas, sim, por todos os de vossa fé.
casa, tanto de manhã como ao 29 Portanto, se não vos lem-
meio-dia e à noite. brardes de ser acaridosos, sereis
22 Sim, clamai a ele contra o como o refugo que os refinado-
poder de vossos inimigos. res põem fora (por não ter valor)
23 Sim, aclamai a ele contra o e é pisado pelos homens.
b
diabo, que é o inimigo de toda 30 E agora, meus irmãos, eu
c
retidão. quisera que, depois de haverdes
24 Clamai a ele pelas colheitas recebido tantos testemunhos,
de vossos campos, a fim de que, vendo que as santas escrituras
por meio delas, prospereis. testificam estas coisas, produzı́s-
25 Clamai pelos rebanhos de seis afrutos para o arrependi-
vossos campos, para que au- mento.
mentem. 31 Sim, eu quisera que já não
26 Mas isto não é tudo; deveis endurecêsseis vosso coração,
abrir vossa alma em vossos aapo- pois eis que agora é o tempo e o
a
sentos e em vossos lugares se- dia de vossa salvação; e, por-
cretos e em vossos desertos. tanto, se vos arrependerdes e
27 Sim, e quando não clamar- não endurecerdes o coração,
des ao Senhor, deixai que se imediatamente terá efeito para
a
encha o vosso bcoração, voltado vós o grande plano de reden-
continuamente para ele em ora- ção.
ção pelo vosso bem-estar, assim 32 Pois eis que esta vida é o
como pelo bem-estar de todos tempo para os homens aprepa-
os que vos rodeiam. rarem-se para encontrar Deus;
28 E agora, meus amados ir- sim, eis que o dia desta vida é o
mãos, eis que vos digo que não dia para os homens executarem
penseis que isto é tudo; porque os seus labores.

21a Salm. 5:1–3; 27a gee Ponderar. 29a gee Caridade.


3 Né. 18:21. b gee Coração. 30a Mt. 3:8;
23a 3 Né. 18:15, 18. 28a gee Pobres. Al. 13:13.
b gee Diabo. b gee Esmolas. 31a Rom. 13:11–12.
c gee Retidão. c Mt. 15:7–8. 32a 2 Né. 2:21;
26a Mt. 6:5–6. d Morô. 7:6–8. Al. 12:24; 42:4–6.
Alma 34:33–40 342
33 E agora, como vos disse an- ção dos bjustos ele habita; sim, e
tes, já que haveis tido tantos tes- disse também que os justos se
temunhos, peço-vos, portanto, sentarão em seu reino para não
que não adeixeis o dia do barre- mais sair; suas vestimentas,
pendimento para o fim; porque porém, deverão ser alvejadas
depois deste dia de vida que nos pelo sangue do Cordeiro.
é dado a fim de nos preparar- 37 E agora, meus amados ir-
mos para a eternidade, eis que, mãos, desejo que vos lembreis
se não fizermos melhor uso de destas coisas e que aopereis a
nosso tempo nesta vida, virá a vossa salvação com temor pe-
c
noite dtenebrosa, durante a qual rante Deus, e que não mais ne-
nenhum labor poderá ser exe- gueis a vinda de Cristo;
cutado. 38 Que não mais aluteis contra
34 Não podereis dizer, quando o Espı́rito Santo, mas que o rece-
fordes levados a essa terrı́vel bais e tomeis sobre vós o bnome
a
crise: Arrepender-me-ei para de Cristo; que vos humilheis
retornar a meu Deus. Não, não até o pó e cadoreis a Deus em
podereis dizer isso; porque o qualquer lugar em que estejais,
mesmo espı́rito que possuir vos- em espı́rito e em verdade; que
so corpo quando deixardes esta vivais rendendo dgraças diaria-
vida, esse mesmo espı́rito terá mente pelas muitas misericór-
poder para possuir vosso corpo d i a s e b ê n ç ã o s q u e e l e v o s
naquele mundo eterno. concede.
35 Pois eis que, se deixastes o 39 Sim, e eu também vos exor-
dia do arrependimento para o to, meus irmãos, a vigiardes e
a
dia da vossa morte, eis que vos orardes, para não serdes leva-
tendes asubmetido ao espı́rito do dos pelas btentações do diabo,
diabo e ele vos bsela como seus; de modo que ele não vos subju-
portanto o Espı́rito do Senhor se gue, para que não vos torneis
apartou de vós e não tem lugar seus súditos no último dia; pois
em vós; e o diabo tem sobre vós eis que ele não vos recompensa
todo o poder e este é o estado com coisa calguma que seja boa.
final dos inı́quos. 40 E agora, meus amados ir-
36 E isto eu sei, porque o Se- mãos, quisera exortar-vos a ter-
nhor disse que não habita em des apaciência e a suportardes
templos aimpuros, mas no cora- toda espécie de aflições; e a não

33a Hel. 13:38; b 2 Né. 9:9. d Salm. 69:30;


D&C 45:2. 36a Mos. 2:37; D&C 59:7.
b gee Arrepender-se, Al. 7:21; gee Ação de Graças,
Arrependimento. Hel. 4:24. Agradecido,
c Jo. 9:4; b gee Retidão. Agradecimento.
D&C 45:17. 37a Filip. 2:12. 39 a gee Atalaia, Sentinela,
d gee Trevas 38a gee Contenção, Vigia.
Espirituais; Contenda. b gee Tentação,
Morte Espiritual. b Mos. 5:8; Tentar.
34a Al. 40:13–14. Al. 5:38. c Al. 30:60.
35a 2 Né. 28:19–23. c gee Adorar. 40a gee Paciência.
343 Alma 34:41–35:11
b
ultrajardes aqueles que vos re- 5 Mas seus chefes e seus sacer-
jeitam devido a vossa extrema dotes e seus mestres não permi-
pobreza, para não vos tornardes tiram que o povo conhecesse
pecadores como eles. seus desı́gnios; portanto averi-
41 Mas tende paciência e su- guaram secretamente a opinião
portai essas aflições com a firme de todo o povo.
esperança de que um dia des- 6 E aconteceu que depois de
cansareis de todas as vossas afli- haverem descoberto a opinião
ções. de todo o povo, desterraram os
que eram a favor das palavras
que haviam sido proferidas por
CAPÍTULO 35
Alma e seus irmãos; e eram mui-
tos; e também foram para a terra
A pregação da palavra destrói a as-
de Jérson.
túcia dos zoramitas—Eles expul-
7 E aconteceu que Alma e seus
sam os conversos que, então, se
irmãos os ensinaram.
juntam ao povo de Amon, em Jér-
8 Ora, os zoramitas indig-
son—Alma entristece-se por causa
naram-se com o povo de
da iniqüidade do povo. Aproxima-
Amon que estava em Jérson.
damente 74 a.C.
E sendo o chefe principal dos
Ora, aconteceu que tendo Amu- zoramitas um homem muito
leque acabado de dizer essas inı́quo, enviou mensageiros
palavras, eles se afastaram da ao povo de Amon, desejando
multidão e dirigiram-se à terra que expulsassem de sua terra
de Jérson. todos aqueles que haviam ido
2 Sim, e os outros irmãos, de- para lá.
pois de haverem pregado a pa- 9 E proferiu muitas ameaças
lavra aos zoramitas, partiram contra eles. O povo de Amon,
também para a terra de Jérson. porém, não teve medo de suas
3 E aconteceu que depois de os palavras; portanto não os ex-
mais influentes dos zoramitas se pulsou, mas recebeu todos os
haverem consultado sobre as zoramitas pobres que foram
palavras que lhes haviam sido ter com eles; e aalimentou-os e
pregadas, indignaram-se por vestiu-os e deu-lhes também
causa da palavra, porque des- terras para sua herança; e auxi-
truı́a suas aartimanhas; portanto liava-os de acordo com suas
não quiseram dar ouvidos às pa- necessidades.
lavras. 10 Ora, isso incitou os zorami-
4 E enviaram mensageiros por tas à ira contra o povo de Amon;
toda a terra, a fim de reunirem o e começaram a misturar-se com
povo e consultá-lo sobre as pala- os lamanitas e também a incitá-
vras que haviam sido proferi- los contra eles.
das. 11 E assim os zoramitas e os la-

40b D&C 31:9. Sacerdotais. gee Bem-estar.


35 3a gee Artimanhas 9 a Mos. 4:26.
Alma 35:12–36:2 344
manitas começaram a preparar- gar a todos os habitantes de to-
se para a guerra contra o povo das as cidades, e vendo que o
de Amon e também contra os povo começava a endurecer o
nefitas. coração e a sentir-se aofendido
12 E assim terminou o décimo devido à severidade da palavra,
sétimo ano em que os juı́zes go- afligiu-se-lhe muito o coração.
vernaram o povo de Néfi. 16 Fez, portanto, reunir seus
13 E o povo de Amon partiu filhos para dar a cada um, sepa-
da terra de Jérson e dirigiu-se radamente, sua aincumbência
à terra de Meleque e deu lugar, quanto às coisas que diziam
na terra de Jérson, aos exérci- respeito à retidão. E nós temos
tos dos nefitas, para que pudes- um relato de seus mandamen-
sem lutar com os exércitos dos tos, que ele lhes deu segundo
lamanitas e os exércitos dos zo- seu próprio registro.
ramitas; e assim, no décimo oita-
vo ano do governo dos juı́zes,
iniciou-se uma guerra entre la- Mandamentos de Alma a seu
manitas e nefitas; e um arelato filho Helamã.
de suas guerras será feito mais Abrangem os capı́tulos 36 e 37
adiante.
14 E Alma e Amon e seus ir-
CAPÍTULO 36
mãos e também os dois filhos
de Alma voltaram à terra de
Alma testifica a Helamã sua conver-
Zaraenla, depois de haverem si-
são depois de ter visto um anjo—
do instrumentos nas mãos de
Ele sofreu as dores de uma alma
Deus para fazer com que amui-
condenada; invocou o nome de Jesus
tos dos zoramitas se arre-
e, então, nasceu de Deus—Doce
pendessem; e todos os que
alegria encheu-lhe a alma—Ele viu
se arrependeram foram expul-
multidões de anjos louvando a
sos de sua terra; mas recebe-
Deus—Muitos conversos experi-
ram terras para sua herança na
mentaram o que ele experimentou e
terra de Jérson e pegaram em
viu. Aproximadamente 74 a.C.
armas para defenderem-se e de-
fenderem suas esposas e filhos e Meu afilho, ouve minhas pala-
suas terras. vras; pois juro-te que, se guar-
15 Ora, estando Alma angus- dares os mandamentos de Deus,
tiado pelas iniqüidades de seu prosperarás na terra.
povo, sim, pelas guerras e derra- 2 Eu quisera que fizesses como
mamento de sangue e conten- eu fiz, lembrando-te do cativei-
das que havia entre eles; e ro de nossos pais; porque esta-
tendo ido pregar a palavra, ou vam em aservidão e ninguém os
seja, tendo sido enviado a pre- poderia salvar a não ser o bDeus

13a Al. 43:3. 16a gee Mordomia, 2 a Mos. 23:23; 24:17–21.


14a Al. 35:6. Mordomo. b Êx. 3:6;
15a gee Apostasia. 36 1a Hel. 5:9–14. Al. 29:11.
345 Alma 36:3–14
de Abraão e o Deus de Isaque e queiras destruir-te, não mais
o Deus de Jacó; e ele certamente procures destruir a igreja de
os livrou de suas aflições. Deus.
3 E agora, ó Helamã, meu filho, 10 E aconteceu que caı́ por ter-
eis que estás na juventude; pe- ra; e pelo espaço de atrês dias e
ço-te, portanto, que ouças mi- três noites não pude abrir a boca
nhas palavras e aprendas de nem fazer uso das pernas e dos
mim; porque sei que aqueles braços.
que confiarem em Deus serão 11 E o anjo falou-me mais coi-
auxiliados em suas atribulações sas, que foram ouvidas por
e em suas dificuldades e em meus irmãos, mas eu não as
suas aflições; e serão belevados ouvi; porque quando ouvi as
no último dia. palavras—A menos que quei-
4 E eu não quero que penses ras destruir-te, não mais procu-
que asei por mim mesmo—não res destruir a igreja de Deus—
pelo que é fı́sico, mas pelo espi- fui tomado de grande medo e
ritual; não pela mente bcarnal, espanto, temendo ser destruı́-
mas por Deus. do; e caı́ por terra, nada mais
5 Ora, eis que te digo que, se ouvindo.
eu não houvesse anascido de 12 Mas fui torturado com aeter-
Deus, bnão saberia estas coisas; no tormento, porque minha al-
Deus, porém, pela boca de seu ma estava atribulada no mais
santo anjo fez-me conhecer es- alto grau e atormentada por to-
tas coisas, não por cmérito al- dos os meus pecados.
gum meu. 13 Sim, lembrei-me de todos os
6 Porque andei com os filhos meus pecados e iniqüidades,
de Mosias, procurando adestruir pelos quais me vi aatormentado
a igreja de Deus; mas eis que com as penas do inferno; sim, vi
Deus enviou seu santo anjo pa- que me havia rebelado contra o
ra deter-nos no caminho. meu Deus e que não guardara
7 E eis que nos falou como se seus santos mandamentos.
fosse a voz do trovão e toda a 14 Sim, e que havia assassinado
terra atremeu debaixo de nossos muitos de seus filhos, ou me-
pés; e caı́mos todos por terra, lhor, que os levara à destruição;
porque o b temor de Deus se sim, resumindo, tão grandes ha-
apoderou de nós. viam sido minhas iniqüidades
8 Mas eis que a voz me disse: que a simples idéia de entrar na
Levanta-te! E levantei-me e pus- presença de meu Deus ator-
me de pé e vi o anjo. mentava-me a alma com inex-
9 E ele disse-me: A menos que primı́vel horror.

3 a Rom. 8:28. 5 a gee Nascer de Deus, 7 a Mos. 27:18.


b Mos. 23:21–22. Nascer de Novo. b gee Temor—Temor
4 a I Cor. 2:11; b Al. 26:21–22. de Deus.
Al. 5:45–46. c gee Dignidade, 10a Mos. 27:19–23.
gee Conhecimento. Digno. 12a D&C 19:11–15.
b gee Carnal. 6 a Mos. 27:10. 13a gee Culpa.
Alma 36:15–26 346
15 Oh! pensei eu, se apudesse dores. Sim, meu filho, digo-te
ser banido e aniquilado em cor- também que, por outro lado, na-
po e alma, para não ser levado à da pode haver tão belo e doce
presença de meu Deus a fim de como o foi minha alegria.
ser julgado pelas minhas bobras! 22 Sim, parecia-me ver, assim
16 E durante três dias e três como nosso pai aLeı́ viu, Deus
noites fui atormentado pelas sentado em seu trono, rodeado
dores de uma alma acondenada. por inúmeras multidões de an-
17 E aconteceu que enquanto jos na atitude de cantar e louvar
eu estava sendo assim atormen- a Deus; e minha alma sentia o
tado e enquanto eu estava aper- desejo de lá estar.
turbado pela lembrança de tan- 23 Mas eis que meus membros
tos pecados, eis que me lembrei recobraram as aforças e levantei-
também de ter ouvido meu pai me e declarei ao povo que eu
profetizar ao povo sobre a vinda havia bnascido de Deus.
de um Jesus Cristo, um Filho de 24 Sim, e desde aquela ocasião
Deus, para expiar os pecados do até agora tenho trabalhado sem
mundo. cessar para conseguir trazer al-
18 Ora, tendo fixado a mente mas ao arrependimento; para
nesse pensamento, clamei em fazer com que elas aexperimen-
meu coração: Ó Jesus, tu que és tem a intensa alegria que eu ex-
Filho de Deus, tem misericórdia perimentei; para que também
de mim que estou no a fel da nasçam de Deus e bencham-se
amargura e rodeado pelas eter- do Espı́rito Santo.
nas bcorrentes da morte. 25 Sim, e agora eis que, meu
19 E então, eis que quando filho, o Senhor me concede
pensei isto, já não me lembrei de imensa alegria com o fruto de
minhas dores; sim, já não fui meus labores.
a
atormentado pela lembrança 26 Pois por causa da apalavra
de meus pecados. que me transmitiu, eis que
20 E oh! que aalegria e que luz muitos nasceram de Deus e
maravilhosa contemplei! Sim, experimentaram, como eu ex-
minha alma encheu-se de tanta perimentei, e viram olho a
alegria quanta havia sido minha olho, como eu vi; portanto co-
dor. nhecem, como eu conheço, as
21 Sim, digo-te, meu filho, que coisas sobre as quais falei; e
nada pode haver tão intenso e o conhecimento que possuo é
cruciante como o foram minhas de Deus.

15a Apoc. 6:15–17; b 2 Né. 9:45; 28:22; gee Nascer de Deus,


Al. 12:14. Al. 12:11; Nascer de Novo.
b Al. 41:3; Mois. 7:26. 24a 1 Né. 8:12;
D&C 1:9–10. 19a gee Culpa. Mos. 4:11.
16a gee Condenação, 20a gee Alegria. b 2 Né. 32:5;
Condenar. 22a 1 Né. 1:8. 3 Né. 9:20.
17a II Cor. 7:10. 23a Mois. 1:10. gee Espı́rito Santo.
18a ie profundo remorso. b Al. 5:14. 26a Al. 31:5.
347 Alma 36:27–37:4
27 E fui amparado em provas e CAPÍTULO 37
dificuldades de toda espécie,
sim, em todo tipo de aflições; As placas de latão e outras escritu-
sim, Deus livrou-me da prisão ras são preservadas para trazerem
e de grilhões e da morte; sim, e salvação às almas—Os jareditas
ponho minha confiança nele e foram destruı́dos por causa de suas
ele ainda me alibertará. iniqüidades—Seus juramentos e
28 E sei que me a levantará convênios secretos devem ser escon-
no último dia para viver em didos do povo—Aconselha-te com
b
glória com ele; sim, e louvá- o Senhor em tudo que fizeres —
lo-ei para sempre, pois ctirou Assim como a Liahona guiou os
nossos pais do Egito e fez com nefitas, também a palavra de Cristo
que os degı́pcios se afogassem leva os homens à vida eterna. Apro-
no Mar Vermelho; levou nossos ximadamente 74 a.C.
pais, por seu poder, para a
t e r r a d a p r o m i s s ã o ; s i m , e E agora, Helamã, meu filho,
libertou-os da servidão e do ordeno-te que tomes os aregis-
cativeiro de tempos em tem- tros que me foram bconfiados;
pos. 2 E ordeno-te também que
29 Sim, e também tirou nossos faças um registro deste povo,
pais da terra de Jerusalém; e, como eu fiz, nas placas de Néfi;
ainda, por seu sempiterno po- e que preserves como sagradas
der livrou-os do cativeiro e da todas estas coisas que preservei,
a
servidão, de tempos em tempos assim como eu o fiz; porque
até o dia presente. E lembro-me são preservadas para um asábio
sempre de seu cativeiro; sim, e propósito;
tu também deves guardar na 3 E estas aplacas de latão, que
lembrança o seu cativeiro, como contêm estas gravações com os
eu o fiz. registros das sagradas escritu-
30 Mas eis que isto não é tudo, ras, que contêm a genealogia de
meu filho; pois deves saber, nossos antepassados desde o
assim como eu sei, que, a se princı́pio—
guardares os mandamentos de 4 Eis que foi profetizado por
Deus, prosperarás na terra; e nossos pais que seriam preser-
também deves saber que, se não vadas e transmitidas de geração
guardares os mandamentos de a geração; e que seriam guarda-
Deus, serás afastado de sua das e preservadas pela mão do
presença. Ora, isto é segundo a Senhor até que fossem levadas a
sua palavra. todas as nações, tribos, lı́nguas e

27a Salm. 34:17. Al. 5:5–6. Pal. Mórm. 1:6–11;


28a 3 Né. 15:1. 30a 2 Né. 1:9–11; Al. 37:9–12.
b gee Glória. Al. 50:19–22. 3 a 1 Né. 5:10–19.
c Êx. 12:51. 37 1a Al. 45:2–8. gee Placas de Latão.
d Êx. 14:26–27. b Mos. 28:20.
29a Mos. 24:17; 27:16; 2 a En. 1:13–18;
Alma 37:5–14 348
povos, para que conhecessem os arrependessem; isto é, por eles
a
mistérios nelas contidos. foram levados a conhecer o
5 E agora eis que, se forem Senhor seu Deus e a regozija-
guardadas, deverão conservar o rem-se em Jesus Cristo, seu
seu brilho; sim, e conservarão o Redentor.
seu brilho; sim, e também todas 10 E quem sabe se não serão o
as placas que contêm escrituras instrumento que levará muitos
sagradas. milhares deles, sim, e também
6 Ora, podes supor que isto se- muitos milhares de nossos obsti-
ja atolice de minha parte; mas nados irmãos, os nefitas, que em
eis que te digo que é por meio pecados e iniqüidades estão
de coisas bpequenas e simples agora endurecendo o coração, a
que as grandes são realizadas; e conhecerem o seu Redentor?
pequenos meios muitas vezes 11 Ora, estes mistérios ainda
confundem os sábios. não me foram totalmente reve-
7 E o Senhor Deus usa de lados; portanto me conterei.
a
meios para realizar seus gran- 12 E basta que eu diga que fo-
des e eternos desı́gnios; e por ram preservados para um sábio
meios muito b pequenos o Se- propósito conhecido por Deus;
nhor confunde os sábios e efe- porque ele aaconselha com sabe-
tua a salvação de muitas almas. doria em todas as suas obras; e
8 E eis que foi pela sabedoria suas veredas são retas e o seu
de Deus que estas coisas foram curso é bum cı́rculo eterno.
preservadas; pois eis que elas 13 Oh! Lembra-te, lembra-te,
a
ampliaram a memória deste po- Helamã, meu filho, quão aestri-
vo, sim, e convenceram a muitos tos são os mandamentos de
do erro de seus caminhos, le- Deus! E ele disse: bSe guardar-
vando-os a conhecer o seu Deus des meus mandamentos, cpros-
para a salvação de suas almas. perareis na terra—mas se não
9 Sim, eu te digo que, se não guardardes seus mandamentos,
a
fosse pelas coisas que estes re- sereis afastados de sua presen-
gistros contêm, que estão nestas ça.
placas, Amon e seus irmãos não 14 E lembra-te agora, meu fi-
poderiam ter bconvencido tan- lho, que Deus te aconfiou estas
tos milhares de lamanitas dos coisas que são bsagradas, que ele
erros das tradições de seus pais; preservou como sagradas e tam-
sim, estes registros e suas cpala- bém que ele guardará e preser-
vras fizeram com que eles se vará para um csábio propósito

4 a gee Mistérios de 8 a II Tim. 3:15–17; Al. 7:20.


Deus. Mos. 1:3–5. 13a 2 Né. 9:41.
6 a I Cor. 2:14. 9 a Mos. 1:5. b Al. 9:13;
b 1 Né. 16:28–29; b Al. 18:36; 22:12. 3 Né. 5:22.
D&C 64:33; c gee Evangelho. c Mos. 1:7; Al. 50:20.
123:15–17. 12a 2 Né. 9:28; 14a D&C 3:5.
7 a Isa. 55:8–9. Jacó 4:10. b gee Santo.
b II Re. 5:1–14. b 1 Né. 10:19; c 1 Né. 9:3–6.
349 Alma 37:15–25
seu, a fim de demonstrar seu te no cumprimento de todas as
poder a futuras gerações. palavras minhas, e que sejas
15 E agora, eis que te digo, pelo diligente no cumprimento dos
espı́rito de profecia, que se mandamentos de Deus como
transgredires os mandamentos estão escritos.
de Deus, eis que estas coisas 21 E agora te falarei sobre
que são sagradas te serão tira- aquelas avinte e quatro placas,
das pelo poder de Deus; e serás para que as guardes a fim de
entregue a Satanás, para que que os mistérios e as obras das
te peneire como palha ante o trevas e suas bobras secretas, ou
vento. seja, as obras secretas daquele
16 Mas se guardares os manda- povo que foi destruı́do, sejam
mentos de Deus e fizeres com dados a conhecer a este povo;
estas coisas que são sagradas sim, que todos os seus homicı́-
aquilo que te ordena o Senhor dios, roubos e pilhagens e todas
(porque deves consultar o Se- as suas maldades e abominações
nhor sobre todas as coisas que sejam dados a conhecer a este
tiveres de fazer com elas), eis povo; sim, e que conserves estes
c
que nenhum poder da Terra ou intérpretes.
do inferno poderá atirá-las de ti, 22 Pois eis que o Senhor viu
porque Deus é poderoso para que o seu povo começou a tra-
cumprir todas as suas palavras. balhar nas trevas, sim, a cometer
17 Pois ele cumprirá todas as secretamente assassinatos e abo-
promessas que te fizer, pois minações secretas; disse portan-
cumpriu as promessas que fez a to o Senhor que, caso eles não se
nossos pais. arrependessem, seriam varridos
18 Pois ele prometeu-lhes que da face da Terra.
a
preservaria estas coisas para 23 E disse o Senhor: Prepararei
um sábio propósito seu, a fim de para meu servo Gazelém uma
a
demonstrar o seu poder a futu- pedra que brilhará na escuri-
ras gerações. dão como luz, para mostrar ao
19 E então, eis que um propósi- meu povo que me serve, para
to ele cumpriu, que foi restituir mostrar a eles as obras de seus
a amuitos milhares de lamanitas irmãos; sim, suas obras secretas,
o conhecimento da verdade; e suas obras de trevas e suas ini-
nessas coisas mostrou o seu po- qüidades e abominações.
der e nelas também manifestará 24 E agora, meu filho, estes
o seu poder a bfuturas gerações; intérpretes foram preparados
portanto serão preservadas. para que fosse cumprida a pala-
20 Portanto eu te ordeno, Hela- vra de Deus, que falou, dizendo:
mã, meu filho, que sejas diligen- 25 aTrarei das trevas à luz todas

16a JS—H 1:59. Mórm. 7:8–10. c gee Urim e Tumim.


18a D&C 5:9. 21a Ét. 1:1–5. 23a Mos. 8:13.
19a Al. 23:5. b gee Combinações 25a D&C 88:108–110.
b En. 1:13; Secretas.
Alma 37:26–34 350
as suas obras secretas e abomi- essas iniqüidades e abomina-
nações; e, a menos que se arre- ções e homicı́dios; e também
pendam, bvarrê-los-ei da face da lhes ensinarás que esse povo foi
Terra; e trarei à luz todos os seus destruı́do por causa de suas ini-
segredos e abominações, mos- qüidades e abominações e assas-
trando-os a todas as nações que sinatos.
possuı́rem a terra de agora em 30 Pois eis que assassinaram to-
diante. dos os profetas do Senhor que
26 E agora vemos, meu filho, lhes foram enviados para mos-
que não se arrependeram; por- trar-lhes suas iniqüidades; e o
tanto foram destruı́dos; e até sangue dos que foram assassina-
aqui se cumpriu a palavra de dos clamou ao Senhor seu Deus
Deus; sim, as abominações se- por vingança contra seus assas-
cretas deles foram tiradas das sinos; e assim caı́ram os julga-
trevas e reveladas a nós. mentos de Deus sobre os que
27 E agora, meu filho, ordeno- trabalhavam nas trevas e em
te que te lembres de todos os combinações secretas.
seus juramentos e seus convê- 31 Sim, e maldita seja a terra
nios e os acordos de suas abomi- para todo o sempre para esses
nações secretas; sim, e todos os que trabalham nas trevas e em
seus asinais e prodı́gios oculta- combinações secretas, mesmo
rás deste povo, para que não os até a destruição, a menos que se
conheçam e, porventura, caiam arrependam antes de amadure-
também em trevas e sejam des- cerem totalmente.
truı́dos. 32 E agora, meu filho, lembra-
28 Pois eis que uma amaldição te das palavras que te disse. Não
pesa sobre toda esta terra, de confies esses planos secretos a
acordo com o poder de Deus, de este povo, mas ensina-lhes um
a
que a destruição advirá para to- ódio eterno contra o pecado e a
dos os que operam nas trevas, iniqüidade.
quando estiverem totalmente 33 aPrega-lhes arrependimento
amadurecidos; portanto desejo e fé no Senhor Jesus Cristo; en-
que este povo não seja destruı́- sina-os a humilharem-se, a se-
do. rem b mansos e humildes de
29 Esconderás portanto deste coração; ensina-os a resistirem a
povo os planos secretos de todas as c tentações do diabo
seus ajuramentos e convênios com sua fé no Senhor Jesus
e s o m e n t e l h e s d a r á s a c o - Cristo.
n h e c e r s u a s i n i q ü i d a d e s e 34 Ensina-os a nunca se cansa-
seus homicı́dios e suas abomina- rem de boas obras, mas a serem
ções; e ensiná-los-ás a bodiarem mansos e humildes de coração;

25b Mos. 21:26. 29a Hel. 6:25. b gee Mansidão,


27a Hel. 6:22. b Al. 13:12. Manso, Mansuetude.
28a Al. 45:16; 32a 2 Né. 4:31. c gee Tentação,
Ét. 2:7–12. 33a gee Pregar. Tentar.
351 Alma 37:35–44
pois esses acharão adescanso pa- 40 E funcionava para eles se-
ra sua alma. gundo a a fé que tinham em
35 Oh! lembra-te, meu filho, e Deus; portanto, se tinham fé pa-
aprende asabedoria em tua mo- ra acreditar que Deus poderia
cidade; sim, aprende em tua fazer com que aquelas agulhas
mocidade a guardar os manda- lhes indicassem o caminho, eis
mentos de Deus! que assim sucedia; portanto eles
36 Sim, e aroga a Deus por todo conseguiram esse milagre, assim
o teu sustento; sim, que todos os como muitos outros milagres
teus feitos sejam para o Senhor realizados pelo poder de Deus,
e, aonde quer que fores, que se- dia após dia.
ja no Senhor; sim, que todos os 41 Todavia, porque esses mila-
teus pensamentos sejam dirigi- gres se efetuavam por meio de
a
dos ao Senhor, sim, que o afeto coisas pequenas, foram-lhes
do teu coração seja posto no manifestadas obras maravilho-
Senhor para sempre. sas. Eles foram negligentes e es-
37 aAconselha-te com o Senhor queceram-se de exercitar sua fé
em tudo que fizeres e ele dirigir- e diligência; então essas maravi-
te-á para o bem; sim, quando te lhosas obras cessaram e eles não
deitares à noite, repousa no progrediram em sua jornada.
Senhor, para que ele possa velar 42 Portanto se demoraram no
por ti em teu sono; e quando te deserto, ou seja, não seguiram
levantares pela manhã, tem o um caminho direto e sofreram
teu coração cheio de bagradeci- fome e sede por causa de suas
mento a Deus; e se fizeres essas transgressões.
coisas, serás elevado no último 43 E agora, meu filho, eu dese-
dia. jaria que compreendesses que
38 E agora, meu filho, tenho al- essas coisas não deixam de pos-
go a dizer a respeito daquilo suir um simbolismo; pois como
que nossos pais chamam de nossos pais foram negligentes
esfera ou guia—ou que nossos em prestar atenção a essa bússo-
pais chamaram de aLiahona, que la (ora, essas coisas eram mate-
é, por interpretação, uma bússo- riais), não prosperaram; o mesmo
la; e o Senhor preparou-a. se dá com as coisas espirituais.
39 E eis que nenhum homem 44 Pois eis que é tão fácil dar
poderia fazer uma obra tão es- ouvidos à apalavra de Cristo,
merada. E eis que foi preparada que te apontará um caminho re-
para mostrar a nossos pais o ca- to para a felicidade eterna, como
minho que deveriam seguir no o foi para nossos pais dar aten-
deserto. ção a essa bússola, que lhes

34a Salm. 37:4–7; D&C 3:4. 41a Al. 37:6–7.


Mt. 11:28–30. b D&C 46:32. 44a Salm. 119:105;
35a gee Sabedoria. 38a 1 Né. 16:10; 18:12; 1 Né. 11:25;
36a gee Oração. D&C 17:1. Hel. 3:29–30.
37a Jacó 4:10; 40a 1 Né. 16:28.
Alma 37:45–38:5 352
apontava um caminho reto para que é a vida e a luz do mundo—Re-
a terra prometida. freai todas as vossas paixões. Apro-
45 E pergunto agora: Não há ximadamente 74 a.C.
nisto um simbolismo? Pois tão
Meu filho, ouve minhas pala-
certamente quanto este guia
vras, pois digo-te, como disse a
trouxe nossos pais para a terra
Helamã, que, se guardares os
prometida por terem seguido
mandamentos de Deus, prospe-
seu curso, também as palavras de
rarás na terra; e se não guarda-
Cristo, se lhes seguirmos o curso,
res os mandamentos de Deus,
nos conduzirão para além deste
serás afastado de sua presença.
vale de tristezas, a uma terra de
2 E agora, meu filho, confio em
promissão muito melhor.
que terei grande alegria em
46 Oh, meu filho, não sejamos
a
negligentes por ser fácil o bca- ti, devido a tua constância e
minho, pois isso sucedeu com fidelidade a Deus; porque as-
nossos pais; porque assim lhes sim como principiaste em tua
foi preparado, para que, se juventude a confiar no Se-
olhassem, pudessem cviver; e a nhor teu Deus, da mesma forma
mesma coisa se dá conosco. O espero que acontinues a guardar
caminho está preparado e, se seus mandamentos; porque
olharmos, poderemos viver pa- bem-aventurado é o que bperse-
ra sempre. vera até o fim.
47 E agora, meu filho, não dei- 3 Digo-te, meu filho, que eu já
xes de cuidar destas coisas sa- tive grande satisfação por tua
gradas. Sim, não deixes de causa, devido a tua fidelidade e
confiar em Deus para que vivas. tua diligência e tua paciência e
Dirige-te a este povo e proclama tua longanimidade quando com
a palavra e sê moderado. Adeus, os azoramitas.
meu filho. 4 Porque sei que estiveste pre-
so; sim, sei também que foste
apedrejado por causa da pala-
Os mandamentos de Alma a seu vra; e suportaste todas estas
filho Siblon. coisas com apaciência, porque o
Senhor estava bcontigo; e agora
Abrangem o capı́tulo 38.
sabes que o Senhor te livrou.
5 E agora, meu filho Siblon,
CAPÍTULO 38 quisera que te lembrasses de
que, se puseres a tua aconfiança
Siblon foi perseguido por causa da em Deus, serás b libertado de
retidão—A salvação está em Cristo, tuas provações e teus cdissabo-

46a 1 Né. 17:40–41. 38 2a Al. 63:1–2. b Rom. 8:35–39.


b Jo. 14:5–6; b 2 Né. 31:15–20; 5 a Al. 36:27.
2 Né. 9:41; 31:17–21; 3 Né. 15:9; 27:6, gee Confiança,
D&C 132:22, 25. 16–17. Confiar.
c Jo. 11:25; Hel. 8:15; 3 a Al. 31:7. b Mt. 11:28–30.
3 Né. 15:9. 4 a gee Paciência. c D&C 3:8; 121:7–8.
353 Alma 38:6–15
res e tuas aflições; e serás eleva- 11 Procura não ser orgulhoso;
do no último dia. sim, procura não te avangloria-
6 Ora, meu filho, eu não quero res da tua própria sabedoria
que julgues que sei estas coisas nem de tua grande força.
por mim mesmo; mas é o Espı́ri- 12 Usa de ousadia, mas não de
to de Deus que está em mim que despotismo; faze também com
me dá a conhecer estas coisas; que todas as tuas paixões sejam
pois se eu não tivesse anascido de dominadas, para que te enchas
Deus, não saberia estas coisas. de amor; procura fugir da ocio-
7 Mas eis que o Senhor, em sua sidade.
grande misericórdia, enviou seu 13 Não ores como o fazem os
a
anjo a fim de declarar-me que zoramitas, pois viste que eles
eu deveria cessar a obra de bdes- oram para serem ouvidos pelos
truição entre seu povo; sim, e vi homens e para serem louvados
um anjo face a face e ele falou por sua sabedoria.
comigo; e sua voz era como um 14 Não digas: Ó Deus, agrade-
trovão e abalou a terra toda. ço-te por sermos amelhores que
8 E aconteceu que eu passei nossos irmãos; mas antes, dize:
três dias e três noites na mais Ó Senhor, perdoa minha bindig-
amarga dor e angústia; e não nidade e lembra de meus irmãos
obtive a aremissão de meus pe- com misericórdia! Sim, reconhe-
cados até rogar por misericórdia ce a tua indignidade perante
ao Senhor Jesus Cristo. Mas eis Deus em todos os momentos.
que clamei a ele e achei paz para 15 E que o Senhor abençoe tua
minha alma. alma e te receba no último dia
9 E agora, meu filho, disse-te em seu reino, para assentares-te
isto para que adquiras sabedo- em paz. Vai agora, meu filho, e
ria, para que aprendas de mim ensina a palavra a este povo. Sê
que anão há outro caminho ou sóbrio. Adeus, meu filho.
meio pelo qual o homem possa
ser salvo, a não ser em Cristo e Mandamentos de Alma a seu fi-
por intermédio dele. Eis que ele lho Coriânton.
é a vida e a bluz do mundo. Eis
que ele é a palavra da verdade e Abrangem os capı́tulos 39 a 42.
da retidão.
10 E agora, como começaste a CAPÍTULO 39
ensinar a palavra, assim desejo
que continues a ensinar. E dese- O pecado sexual é uma abomina -
jo que sejas diligente e modera- ção—Os pecados de Coriânton im-
do em todas as coisas. pediram os zoramitas de receberem

6 a Al. 36:26; b Al. 26:17–18; b Mos. 16:9.


D&C 5:16. 36:6–11. 11a gee Orgulho.
gee Nascer de Deus, 8 a gee Remissão de 14a Al. 31:16.
Nascer de Novo. Pecados. b Lc. 18:10–14.
7 a Mos. 27:11–17. 9 a Hel. 5:9.
Alma 39:1–11 354
a palavra—A redenção de Cristo Espı́rito Santo, uma vez que te-
é retroativa na salvação dos fiéis nha estado em ti, e tiveres
que a precederam. Aproximadamen- consciência de que o negas, eis
te 74 a.C. que isto é um pecado bimper-
doável; sim, e todo aquele que
E agora, meu filho, tenho algo assassinar contra a luz e o co-
mais a dizer-te além do que dis- nhecimento de Deus não obterá
se a teu irmão. Pois eis que facilmente o cperdão; sim, meu
não observaste a firmeza de teu filho, afirmo-te que não lhe será
irmão, sua fidelidade e sua dili- fácil obter perdão.
gência em guardar os manda- 7 E agora, meu filho, quisera
mentos de Deus? Eis que não Deus que não tivesses sido acul-
tem ele sido um bom exemplo pado de tão grande crime. Eu
para ti? não insistiria em teus crimes, pa-
2 Pois não prestaste tanta aten- ra atormentar-te a alma, se não
ção a minhas palavras como fosse para o teu bem.
teu irmão, entre os azoramitas. 8 Mas eis que tu não podes es-
Agora, isto é o que tenho contra conder teus crimes de Deus; e, a
ti: persististe em vangloriares- não ser que te arrependas, eles
te de tua força e de tua sabe- levantar-se-ão como um teste-
doria. munho contra ti no último dia.
3 E isso não é tudo, meu filho. 9 Agora, meu filho, eu quisera
Fizeste coisas que me afligiram; que te arrependesses e abando-
pois abandonaste o ministério e nasses teus pecados e que não
foste à terra de Siron, dentro das mais sucumbisses à aconcupis-
fronteiras dos lamanitas, atrás cência dos teus olhos; e que
da ameretriz Isabel. b
abandonasses todas essas coi-
4 Sim, ela aconquistou o cora- sas, pois, a não ser que assim
ção de muitos, mas isso não procedas, de nenhum modo
era desculpa para ti, meu filho. herdarás o reino de Deus. Oh!
Tu deverias ter cuidado do Lembra-te e decide-te a abando-
ministério que te havia sido nar essas coisas!
confiado. 10 E ordeno-te que te aconse-
5 Não sabes, meu filho, que lhes com teus irmãos mais ve-
a
essas coisas são uma abomina- lhos no que empreenderes. Pois
ção à vista do Senhor? Sim, mais eis que és jovem e necessitas da
abomináveis que todos os peca- orientação de teus irmãos. E dá
dos, salvo derramar sangue ino- ouvidos a seus conselhos.
cente ou negar o Espı́rito Santo? 11 Não te deixes levar por coi-
6 Pois eis que, se anegares o sas vãs ou insensatas; não per-

39 2a Al. 38:3. Sexual. gee Perdoar.


3 a gee Sensual, 6 a D&C 76:35–36. 7 a gee Culpa.
Sensualidade. b gee Pecado 9 a gee Carnal.
4 a Prov. 7:6–27. Imperdoável. b 3 Né. 12:30.
5 a gee Imoralidade c D&C 64:10.
355 Alma 39:12–40:2
mitas que o diabo desvie nova- fim de que preparem a mente
mente teu coração para ires de seus afilhos para ouvirem a
atrás dessas inı́quas meretrizes. palavra na hora de sua vinda.
Eis que, meu filho, quanta ini- 17 E agora acalmarei um pouco
qüidade trouxeste sobre os azo- tua mente no tocante a este as-
ramitas; pois quando viram teu sunto. Eis que te maravilhas de
b
procedimento, não acreditaram que estas coisas devam ser co-
em minhas palavras. nhecidas tão antecipadamente.
12 E agora o Espı́rito do Senhor Eis que te pergunto: Não é uma
me diz: aOrdena a teus filhos alma tão preciosa para Deus
que pratiquem o bem, a fim de agora, como o será na ocasião de
não conduzirem o coração de sua vinda?
muitos à destruição; por conse- 18 Não é tão necessário que o
guinte eu te ordeno, meu filho, plano de redenção seja dado a
no temor de Deus, que te abste- conhecer a este povo, quanto a
nhas de tuas iniqüidades; seus filhos?
13 Que te voltes para o Senhor 19 Não é tão fácil para o Se-
com toda a tua mente, poder e nhor enviar seu anjo para pro-
força; que não desvies o coração clamar estas boas novas a nós e
de ninguém mais para a iniqüi- a nossos filhos agora, quanto o
dade, mas, antes, volta para eles será depois de sua vinda?
e areconhece as tuas faltas e o
mal que praticaste.
CAPÍTULO 40
14 aNão busques as riquezas
nem as coisas vãs deste mundo;
Cristo efetua a ressurreição de todos
pois eis que não podes carregá-
os homens—Os mortos que foram
las contigo.
justos vão para o paraı́so; e os que
15 E agora, meu filho, eu dese-
foram inı́quos, para as trevas exte-
jaria falar-te algo a respeito da
riores, a fim de aguardarem o dia de
vinda de Cristo. Eis que te digo
sua ressurreição—Na ressurreição
que, sem dúvida, será ele quem
todas as coisas serão restauradas na
virá tirar os pecados do mundo;
sua própria e perfeita estrutura.
sim, ele vem proclamar boas no-
Aproximadamente 74 a.C.
vas de salvação a seu povo.
16 E agora, meu filho, este foi o Agora, meu filho, eis aqui algo
ministério para o qual foste cha- mais que tenho a dizer-te, pois
mado: declarar estas boas novas percebo que tua mente está
a este povo, a fim de preparar- preocupada a respeito da res-
lhes a mente, ou melhor, para surreição dos mortos.
que a salvação lhes advenha, a 2 Eis que te digo que não há

11a Al. 35:2–14. Mestre. 16a gee Famı́lia—


b Rom. 2:21–23; 14:13; 13a Mos. 27:34–35. A responsabilidade
Al. 4:11. 14a Mt. 6:25–34; dos pais.
12a gee Mandamentos Jacó 2:18–19;
de Deus; Ensinar, D&C 6:6–7; 68:31–32.
Alma 40:3–12 356
ressurreição—ou diria, em ou- acontece à aalma dos homens
tras palavras, que este corpo desde essa hora da morte até a
mortal não se reveste de aimor- hora designada para a ressurrei-
talidade, que esta corrupção não ção?
se breveste de incorrupção— caté 8 E se há mais que uma hora
depois da vinda de Cristo. designada para os homens res-
3 Eis que ele efetua a aressur- suscitarem, não importa, por-
reição dos mortos. Eis porém, quanto não morrem todos ao
meu filho, que a ressurreição mesmo tempo e isto não impor-
não é para já. Ora, revelo-te um ta; tudo é como um dia para
mistério; não obstante, há mui- Deus e o tempo somente é me-
tos bmistérios que cpermanecem dido pelos homens.
ocultos, que ninguém conhece, 9 Por conseguinte, há uma ho-
a não ser o próprio Deus. Mos- ra designada para os homens
tro-te porém uma coisa que levantarem-se dentre os mortos;
indaguei diligentemente a e há um espaço entre a hora da
Deus—para saber a respeito da morte e a da ressurreição. E ago-
ressurreição. ra, o que é feito da alma dos
4 Eis que há uma hora designa- homens durante esse espaço de
da, em que todos se alevantarão tempo é o que perguntei dili-
dentre os mortos. E quando che- gentemente ao Senhor; e isto é
gará essa hora, ninguém sabe; uma coisa que eu sei.
Deus, porém, sabe a hora que 10 E quando chegar a hora em
está designada. que todos se levantarão, hão de
5 E se haverá uma primeira ho- saber que Deus conhece todas
ra ou uma a segunda hora ou as ahoras que são designadas pa-
uma terceira hora em que os ho- ra o homem.
mens ressuscitem dos mortos, 11 Ora, com relação ao estado
não importa; pois Deus bsabe to- da alma entre a amorte e a res-
das essas coisas; e o que me bas- surreição—eis que me foi dado
ta saber é o seguinte—que há saber por um anjo que o espı́rito
uma hora designada em que to- de todos os homens, logo que
dos se levantarão dentre os deixa este corpo mortal, sim, o
mortos. espı́rito de todos os homens, se-
6 Ora, deve haver um espaço jam eles bons ou maus, é levado
entre a hora da morte e a hora de bvolta para aquele Deus que
da ressurreição. lhes deu vida.
7 E agora perguntaria: O que 12 E então acontecerá que o es-

40 2a Mos. 16:10–13. c D&C 25:4; 124:41. 10a At. 17:26.


gee Imortal, 4 a Jo. 5:28–29. 11a Lc. 16:22–26;
Imortalidade. 5 a Mos. 26:24–25; I Ped. 3:18–19; 4:6;
b I Cor. 15:53–54. D&C 43:18; 76:85. D&C 76:71–74; 138.
c I Cor. 15:20. b gee Trindade. b Ecles. 12:7;
3 a gee Ressurreição. 7 a Al. 40:21; 2 Né. 9:38.
b gee Mistérios de D&C 138.
Deus. gee Alma.
357 Alma 40:13–20
pı́rito daqueles que são justos ção do espı́rito ou da alma e sua
será recebido num estado de designação para a felicidade ou
a
felicidade, que é chamado bpa- para a miséria, de acordo com as
raı́so, um estado de cdescanso, palavras que foram ditas.
um estado de dpaz, onde des- 16 E eis que novamente foi de-
cansará de todas as suas aflições clarado que há uma aprimeira
b
e de todos os seus cuidados e ressurreição, uma ressurreição
tristezas. de todos aqueles que existiram
13 E então acontecerá que o es- ou que existem ou que existirão
pı́rito dos inı́quos, sim, aqueles até a ressurreição de Cristo den-
que são maus—pois eis que eles tre os mortos.
não têm parte nem porção do 17 Ora, não supomos que esta
Espı́rito do Senhor; pois eis que primeira ressurreição, que é
preferiram praticar o mal e não mencionada desta forma, possa
o bem; por conseguinte, o espı́- ser a ressurreição das almas e
rito do diabo entrou neles e sua adesignação para a felicida-
apossou-se de seu corpo—e eles de ou miséria. Tu não podes su-
serão atirados nas atrevas exte- por que seja este o significado.
riores; ali haverá b pranto e 18 Eis que te digo que não; sig-
lamentação e ranger de dentes; nifica, porém, a reunião da alma
e isto em virtude de sua própria e do corpo, daqueles que existi-
iniqüidade, sendo levados cati- ram desde os dias de Adão até a
a
vos pela vontade do diabo. ressurreição de Cristo.
14 Ora, este é o estado da alma 19 Ora, não digo que a alma e o
dos ainı́quos, sim, em trevas e corpo daqueles que foram men-
num estado de bespantosa e ter- cionados, tanto inı́quos como
rı́vel expectativa da ardente in- justos, serão todos reunidos de
dignação da ira de Deus sobre uma vez; basta-me dizer que to-
eles. Portanto permanecem nes- dos se levantarão ou, em outras
se cestado, assim como os justos palavras, sua ressurreição dar-
no paraı́so, até a hora de sua res- se-á aantes da ressurreição da-
surreição. queles que morrerem depois da
15 Ora, há alguns que entende- ressurreição de Cristo.
ram que este estado de felicida- 20 Ora, meu filho, não afirmo
de e este estado de miséria da que a ressurreição deles ocorra
alma, antes da ressurreição, era na ressurreição de Cristo, mas
uma primeira ressurreição. Sim, eis que esta é a minha opinião—
admito que isto possa ser cha- que a alma e o corpo dos justos
mado de ressurreição: a eleva- serão reunidos na ocasião da

12a gee Alegria. b Mt. 8:12; Mos. 15:21–23.


b gee Paraı́so. Mos. 16:2. b gee Ressurreição.
c gee Descansar, 14a D&C 138:20. 17a D&C 76:17, 32,
Descanso. b Jacó 6:13; 50–51.
d D&C 45:46. Mois. 7:1. 18a Mt. 27:52–53.
gee Paz. c Al. 34:34. 19a Mos. 15:26.
13a gee Inferno. 16a Jacó 4:11;
Alma 40:21–41:2 358
ressurreição de Cristo e sua aas- frutos de seus labores ou de
censão ao céu. suas obras, que foram más; e
21 Mas não afirmo que isto será eles bebem os resı́duos de uma
por ocasião de sua ressurreição taça amarga.
ou depois; digo apenas que há
um aespaço de tempo entre a
CAPÍTULO 41
morte e a ressurreição do corpo;
e um estado de alma, em bfelici-
Na ressurreição os homens levan-
dade ou cmiséria, até a hora de-
tam-se para um estado de felicidade
signada por Deus para que os
eterna ou de miséria eterna—Ini-
mortos se levantem e corpo e al-
qüidade nunca foi felicidade—Ho-
ma sejam reunidos e dlevados à
mens carnais estão sem Deus no
presença de Deus, para serem
mundo—Toda pessoa recebe nova-
julgados segundo suas obras.
mente, na restauração, as caracte-
22 Sim, isto efetua a restaura-
rı́sticas e os atributos adquiridos na
ção daquelas coisas que foram
mortalidade. Aproximadamente 74
anunciadas pela boca dos profe-
a.C.
tas.
23 A aalma será brestituı́da ao E agora, meu filho, tenho algo a
c
corpo e o corpo, à alma; sim, e dizer sobre a restauração da
todo membro e junta serão resti- qual se tem falado; pois eis que
tuı́dos ao seu corpo; sim, nem alguns adesvirtuaram as escritu-
mesmo um fio de cabelo da ca- ras e se bdesencaminharam por
beça será perdido, mas todas as essa razão. E eu percebo que tua
coisas serão restauradas na sua mente também tem estado preo-
própria e perfeita estrutura. cupada a esse respeito. Eis,
24 E agora, meu filho, esta é a porém, que eu te explicarei isto.
restauração que foi aanunciada 2 Digo-te, meu filho, que o pla-
pela boca dos profetas. no de restauração é imprescin-
25 E então os justos resplande- dı́vel à justiça de Deus; pois é
cerão no reino de Deus. necessário que todas as coisas
26 Mas eis que uma horrı́vel sejam restauradas em sua pró-
a
morte sobrevém aos inı́quos, pria ordem. Eis que é imprescin-
pois morrem quanto às coisas dı́vel e justo, de acordo com o
pertinentes à retidão, porque poder e ressurreição de Cristo,
eles são impuros e nenhuma que a alma do homem seja resti-
coisa bimpura pode herdar o rei- tuı́da a seu corpo e que, ao cor-
no de Deus; são, porém, expul- po, sejam restituı́das todas as
sos e designados a partilhar dos suas apartes.

20a gee Ascenção. D&C 88:15–17. 26a 1 Né. 15:33; Al. 12:16.
21a Lc. 23:39–43. gee Alma. b Al. 11:37.
b gee Paraı́so. b 2 Né. 9:12–13; 41 1a II Ped. 1:20; 3:16;
c gee Inferno. Al. 11:40–45. Al. 13:20.
d Al. 42:23. c gee Corpo. b gee Apostasia.
23a ie Espı́rito. 24a Isa. 26:19. 2 a Al. 40:23.
359 Alma 41:3–12
3 E é imprescindı́vel à ajustiça 7 a Estes são os remidos do
de Deus que os homens sejam Senhor; sim, aqueles que são re-
b
julgados de acordo com suas tirados, que são libertados da-
c
obras; e se suas obras foram quela interminável noite de
boas nesta vida e se os desejos trevas; e assim se mantêm ou
de seu coração foram bons, que caem, pois eis que são seus bpró-
sejam também no último dia prios árbitros para fazerem o
d
restituı́dos ao que é bom. bem ou o mal.
4 E se suas obras são más, ser- 8 Ora, os decretos de Deus são
lhes-ão arestituı́das para o mal. a
inalteráveis; portanto o cami-
Portanto todas as coisas serão nho está preparado, para que,
restauradas em sua própria or- todo aquele que quiser, possa
dem; cada coisa na sua estrutura trilhá-lo e ser salvo.
natural— bmortalidade elevada 9 E agora, meu filho, não te ar-
à imortalidade, ccorrupção à in- risques a mais auma ofensa con-
corrupção—levantados da tum- tra teu Deus sobre esses pontos
ba para a felicidade dinfinita, a de doutrina, com os quais te ar-
fim de herdarem o reino de riscaste até aqui a cometer peca-
Deus, ou para a miséria eterna, a do.
fim de herdarem o reino do dia- 10 Não penses que por ter sido
bo; um de um lado, o outro de falado acerca de restauração, se-
outro— rás restituı́do do pecado para a
5 Um, ressuscitado para a feli- felicidade. Eis que te digo que
a
cidade, de acordo com seu dese- iniqüidade nunca foi felicidade.
jo de bem; ou para o bem, 11 E agora, meu filho, todos os
segundo seu desejo de retidão; homens que estão num estado
a
e o outro, para o mal, segundo natural ou, em outras palavras,
seu desejo de mal; porque assim num estado bcarnal, encontram-
como ele desejou praticar o mal se no fel da amargura e nos la-
no decorrer do dia, terá a re- ços da iniqüidade; vivem csem
compensa do mal quando che- Deus no mundo e seguiram ca-
gar a noite. minhos contrários à natureza de
6 E assim é do outro lado. Se Deus; por conseguinte, estão
ele se arrependeu de seus peca- num estado contrário à nature-
dos e desejou retidão até o fim za da felicidade.
de seus dias, assim também será 12 E agora, eis que o significa-
recompensado com retidão. do da palavra restauração é tirar

3 a gee Justiça. D&C 138:17. 8 a D&C 1:38.


b gee Prestar Contas; gee Ressurreição. 9 a D&C 42:23–28.
Responsabilidade, c I Cor. 15:51–55. 10a Salm. 32:10;
Responsável; d gee Vida Eterna. Isa. 57:20–21;
Julgar. 7 a D&C 76:50–70. Hel. 13:38.
c gee Obras. b 2 Né. 2:26; 11a Mos. 3:19.
d Hel. 14:31. Al. 42:27; gee Homem Natural.
4 a Al. 42:28. Hel. 14:30. b gee Carnal.
b 2 Né. 9:12–13; gee Arbı́trio. c Ef. 2:12.
Alma 41:13–42:3 360
uma coisa do estado natural e redenção advém-nos por meio do
colocá-la em um estado antina- arrependimento—O próprio Deus
tural ou colocá-la em estado expia os pecados do mundo — A
oposto à sua natureza? misericórdia é para os que se arre-
13 Oh! meu filho, não é este o pendem — Todos os outros estão
caso; mas o significado da pala- sujeitos à justiça de Deus—A mise-
vra restauração é restituir o mal ricórdia é concedida por causa da
ao mal ou o carnal ao carnal ou Expiação—Somente os verdadeiros
o diabólico ao diabólico—o bom penitentes são salvos. Aproximada-
ao que é bom; o reto ao que é mente 74 a.C.
reto; o justo ao que é justo; o
E agora, meu filho, eu percebo
misericordioso ao que é miseri-
que existe algo mais que te preo-
cordioso.
cupa e que não podes compre-
14 Portanto, meu filho, sê mise-
ender, relativo à a justiça de
ricordioso para com teus ir-
Deus na punição do pecador;
mãos: age acom justiça, bjulga
pois tentas acreditar que é injus-
com retidão e pratica o cbem
tiça ser o pecador entregue a um
continuamente; e se fizeres to-
estado de miséria.
das estas coisas, receberás teu
2 Agora, meu filho, eis que te
galardão; sim, a dmisericórdia
explicarei isto. Pois eis que de-
ser-te-á restituı́da novamente; a
pois de haver o Senhor Deus
justiça ser-te-á restituı́da nova- a
expulsado nossos primeiros
mente; um julgamento justo ser-
pais do jardim do bÉden, para
te-á restituı́do novamente; e
cultivarem a terra de que foram
novamente serás recompensado
tomados—sim, ele expulsou o
com o bem.
homem e colocou, ao oriente do
15 Porque o que de ti sair, a
jardim do Éden, cquerubins e
ti retornará e será restaurado.
uma espada flamejante que
Portanto a palavra restauração
se voltava para todos os lados,
condena o pecador mais plena-
a fim de guardar a dárvore da
mente e em nada o justifica.
vida—
3 Ora, vemos que o homem se
tornara como Deus, conhecen-
CAPÍTULO 42
do o bem e o mal; e para que
não estendesse a mão e tomasse
A mortalidade é um perı́odo proba- também da árvore da vida e co-
tório, que permite ao homem arre- messe e vivesse eternamente, o
pender-se e servir a Deus — A Senhor Deus colocou querubins
queda trouxe a morte fı́sica e a espi- e a espada flamejante para que
ritual a toda a humanidade — A ele não comesse do fruto—

14a gee Honestidade, d gee Misericórdia, 2 a Gên. 3:23–24;


Honesto. Misericordioso. Mois. 4:28–31.
b Jo. 7:24; 42 1a 2 Né. 26:7; b gee Éden.
D&C 11:12. Mos. 15:26–27. c gee Querubins.
c D&C 6:13; 58:27–28. gee Justiça. d Gên. 2:9.
361 Alma 42:4–13
4 E assim vemos que foi conce- tanto uma morte espiritual co-
dido um tempo ao homem para mo uma fı́sica, isto é, foram afas-
que se arrependesse, sim, um tados da presença do Senhor,
perı́odo aprobatório, um tempo era necessário que a humanida-
para arrepender-se e servir a de fosse resgatada dessa morte
Deus. espiritual.
5 Porque eis que se Adão hou- 10 Portanto, como se haviam
vesse estendido imediatamente tornado acarnais, sensuais e dia-
a mão e comido da árvore da vi- bólicos por bnatureza, este cesta-
da, teria vivido eternamente, de do probatório tornou-se para
acordo com a palavra de Deus, eles um estado de preparação;
não tendo tempo para o arre- tornou-se um estado preparató-
pendimento; sim, e também a rio.
palavra de Deus teria sido vã e 11 E agora lembra-te, meu fi-
estaria frustrado o grande plano lho, de que, se não fosse pelo
de salvação. plano de redenção (deixando-o
6 Eis, porém, que foi determi- de lado), assim que eles morres-
nado que o homem amorresse— sem sua alma se tornaria amise-
portanto, como eles foram afas- rável, sendo afastada da presen-
tados da árvore da vida, seriam ça do Senhor.
afastados da face da Terra—e o 12 E não havia meio de resga-
homem tornou-se perdido para tar os homens desse estado de-
sempre, sim, tornou-se um bho- caı́do que o homem trouxera
mem decaı́do. sobre si, em virtude de sua pró-
7 E agora, vês assim que nossos pria desobediência.
primeiros pais foram aafastados 13 Portanto, de acordo com a
tanto fı́sica como espiritualmen- justiça, o aplano de redenção
te da presença do Senhor; e não poderia ser realizado senão
assim vemos que eles ficaram em face do b arrependimento
sujeitos a sua própria bvontade. dos homens neste estado proba-
8 Agora, eis que não era conve- tório, sim, neste estado prepara-
niente que o homem fosse tório; porque, a não ser nestas
resgatado dessa morte fı́sica, condições, a misericórdia não
porque isso destruiria o grande teria efeito, pois destruiria a
a
plano de felicidade. obra da justiça. Ora, a obra da
9 Portanto, como a alma nunca justiça não poderia ser destruı́-
poderia morrer e a aqueda havia da; se o fosse, Deus cdeixaria de
trazido a toda a humanidade ser Deus.

4 a Al. 34:32–33. b gee Arbı́trio. Mortalidade.


6 a gee Morte Fı́sica. 8 a Al. 34:9; 11a 2 Né. 9:7–9.
b Mos. 16:3–5. Mois. 6:62. 13a gee Plano de
gee Queda de Adão 9 a gee Queda de Adão Redenção.
e Eva. e Eva. b gee Arrepender-se,
7 a 2 Né. 2:5; 9:6; 10a gee Carnal. Arrependimento.
Hel. 14:16. b gee Homem Natural. c 2 Né. 2:13–14.
gee Morte Espiritual. c gee Mortal,
Alma 42:14–24 362
14 E assim vemos que toda a teria ele medo de morrer, se
humanidade se encontrava ade- assassinasse?
caı́da e estava nas garras da bjus- 20 E também, se não tivesse
tiça; sim, da justiça de Deus que sido dada lei alguma contra o
a condenara a ser afastada de pecado, os homens não teriam
sua presença para sempre. medo de pecar.
15 Ora, o plano de misericórdia 21 E se anão tivesse sido dada a
não poderia ser levado a efeito lei, que poderia a justiça ou
se não fosse feita uma expiação; mesmo a misericórdia fazer se
portanto o próprio Deus aexpia os homens pecassem, uma vez
os pecados do mundo, para efe- que não teriam direito sobre a
tuar o plano de bmisericórdia, criatura?
para satisfazer os requisitos da 22 Mas foi dada uma lei e fixa-
c
justiça, a fim de que Deus seja do um castigo e concedido um
um Deus dperfeito, justo e tam- a
arrependimento, arrependi-
bém um Deus misericordioso. mento esse que é reclamado pe-
16 Ora, o arrependimento não la misericórdia; do contrário, a
poderia ser concedido aos ho- justiça reclama a criatura e exe-
mens se não houvesse um casti- cuta a lei e a lei inflige o castigo;
go tão aeterno como a vida da e se assim não fosse, as obras da
alma, estabelecido em oposição justiça seriam destruı́das e Deus
ao plano de felicidade, também deixaria de ser Deus.
tão eterno como a vida da alma. 23 Deus, porém, não deixa de
17 Ora, como poderia um ho- ser Deus e a amisericórdia recla-
mem arrepender-se, se não hou- ma o penitente; e a misericórdia
vesse apecado? Como poderia advém em virtude da expiação:
ele pecar, se não houvesse blei? e a bexpiação efetua a ressurrei-
E como poderia haver lei, a não ção dos mortos: e a cressurreição
ser que houvesse castigo? dos mortos ddevolve os homens
18 Ora, um castigo foi fixado e à presença de Deus; e assim são
foi dada uma lei justa que trou- restituı́dos a sua presença para
xe o remorso de aconsciência ao serem ejulgados de acordo com
homem. suas obras, segundo a lei e a jus-
19 Ora, se não tivesse sido da- tiça.
da uma lei—que, se um homem 24 Pois eis que a justiça exerce
a
assassinasse, deveria morrer— todos os seus direitos e a miseri-

14a Al. 22:13–14. 16a D&C 19:10–12. Misericordioso.


b 2 Né. 2:5. 17a gee Pecado. b gee Expiação,
15a 2 Né. 9:7–10; b Rom. 4:15. Expiar.
Mos. 16:7–8. 18a gee Consciência. c 2 Né. 2:8; 9:4;
gee Expiação, 19a gee Homicı́dio. Al. 7:12; 11:41–45;
Expiar. 21a 2 Né. 9:25–26; 12:24–25;
b gee Misericórdia, Mos. 3:11. Hel. 14:15–18;
Misericordioso. 22a gee Arrepender-se, Mórm. 9:13.
c gee Justiça. Arrependimento. d Al. 40:21–24.
d 3 Né. 12:48. 23a gee Misericórdia, e gee Juı́zo Final.
363 Alma 42:25–43:2
córdia também reclama tudo de Deus e sua misericórdia e sua
quanto lhe pertence; e assim longanimidade governem ple-
ninguém, a não ser o verdadeiro namente teu coração; e deixa
penitente, é salvo. que te ahumilhem até o pó.
25 Acaso supões que a miseri- 31 E agora, ó meu filho, és cha-
córdia possa roubar a ajustiça? mado por Deus para pregar a
Afirmo-te que não; de modo palavra a este povo. E agora,
algum. Se assim fosse, Deus dei- meu filho, segue teu caminho,
xaria de ser Deus. proclama a palavra com verda-
26 E assim Deus realiza seus de e circunspecção para que
grandes e eternos apropósitos, tragas almas ao arrependimen-
que foram preparados bdesde a to, a fim de que o grande plano
fundação do mundo. E assim de misericórdia tenha direito
ocorre a salvação e a redenção sobre elas. E que Deus te conce-
dos homens e também sua des- da conforme minhas palavras.
truição e miséria. Amém.
27 Portanto, ó meu filho, atodo
aquele que quiser vir poderá vir
CAPÍTULO 43
e beber livremente das águas da
vida; e aquele que não quiser vir
Alma e seus filhos pregam a pala-
não será obrigado a vir, mas no
vra—Os zoramitas e outros dissi-
último dia ser-lhe-á brestituı́do
dentes nefitas tornam-se lamani-
de acordo com suas cações.
tas—Os lamanitas guerreiam os
28 Se desejou praticar o amal e
nefitas—Morôni arma os nefitas
não se arrependeu durante seus
com armaduras defensivas—O Se-
dias, eis que receberá o mal, de
nhor revela a Alma a estratégia dos
acordo com a restauração de
lamanitas—Os nefitas defendem
Deus.
seus lares, sua liberdade, suas fa-
29 E agora, meu filho, eu dese-
mı́lias e religião—Os exércitos de
jo que não te preocupes mais
Morôni e Leı́ cercam os lamanitas.
com essas coisas e que deixes
Aproximadamente 74 a.C.
apenas teus pecados te preocu-
parem, com aquela preocupação E então aconteceu que os filhos
que te levará ao arrependimen- de Alma andaram entre o povo
to. para proclamar-lhes a palavra. E
30 Oh! meu filho, desejo que o próprio Alma não conseguiu
não negues mais a justiça de descansar e fez o mesmo.
Deus. Não procures, mesmo nas 2 Ora, nada mais diremos a
mı́nimas coisas, desculpar-te de respeito de suas pregações, a
teus pecados, negando a justiça não ser que pregaram a pala-
de Deus: mas deixa que a justiça vra e a verdade segundo o espı́-
25a gee Justiça. 27a Al. 5:34; Hel. 14:30. Apoc. 20:12.
26a 2 Né. 2:14–30; gee Arbı́trio. 28a Al. 41:2–5.
Mois. 1:39. b Al. 41:15. 30a gee Humildade,
b Al. 13:3; 3 Né. 1:14. c Isa. 59:18; Humilde, Humilhar.
Alma 43:3–13 364
rito de profecia e revelação; e der sobre os nefitas, submeten-
pregaram segundo a asanta or- do-os ao cativeiro.
dem de Deus pela qual foram 9 Ora, o desı́gnio dos nefitas
chamados. era proteger suas terras e suas
3 E agora retorno ao relato das casas e suas aesposas e seus fi-
guerras entre os nefitas e lama- lhos, para poderem defendê-los
nitas, no décimo oitavo ano do das mãos de seus inimigos; e
governo dos juı́zes. também conservar seus direitos
4 Pois eis que aconteceu que e seus privilégios, sim, e tam-
os azoramitas se tornaram la- bém sua bliberdade, para pode-
manitas; por conseguinte, no rem adorar a Deus segundo
começo do décimo oitavo ano seus desejos.
o povo nefita viu que os lama- 10 Porque eles sabiam que, se
nitas avançavam contra eles; caı́ssem nas mãos dos lamanitas,
em vista disso prepararam- todos os que aadorassem a Deus,
se para a guerra, sim, reuni- o Deus vivo e verdadeiro em
b
ram seus exércitos na terra de espı́rito e em verdade, seriam
Jérson. destruı́dos pelos lamanitas.
5 E aconteceu que os lamanitas 11 Sim, e eles sabiam também
chegaram aos milhares e entra- do extremo ódio dos lamanitas
ram na terra de Antiônum, que contra seus airmãos, o povo de
é a terra dos zoramitas; e um ho- Ânti-Néfi-Leı́, conhecido por
mem chamado Zeraemna era povo de Amon—e eles não que-
seu comandante. riam pegar em armas, sim, ha-
6 E então, como os amalequitas viam feito um convênio e não
eram de natureza mais inı́qua e desejavam quebrá-lo—portan-
mais propensos ao assassinato to, se caı́ssem nas mãos dos la-
que os lamanitas, Zeraemna manitas, seriam destruı́dos.
portanto nomeou capitães-che- 12 E os nefitas não permitiriam
fes para os lamanitas; e eles que fossem destruı́dos; portan-
eram todos amalequitas e zora- to, deram-lhes terras para sua
mitas. herança.
7 Ora, ele assim procedeu com 13 E o povo de Amon deu aos
o objetivo de preservar o ódio nefitas grande parte de seus
que sentiam contra os nefitas, a bens para manutenção dos exér-
fim de poder subjugá-los para citos; e assim os nefitas foram
realizar seus desı́gnios. compelidos, sozinhos, a resistir
8 Pois eis que seu desı́gnio era aos lamanitas, que eram uma
instigar a ira dos lamanitas con- combinação dos filhos de Lamã
tra os nefitas: e isto ele fez para e Lemuel e dos filhos de Ismael;
conseguir grande poder sobre e de todos os dissidentes dos ne-
eles e também para adquirir po- fitas, que eram amalequitas e

43 2a gee Sacerdócio de 9 a Al. 44:5; 46:12. b Jo. 4:23–24.


Melquisedeque. b gee Liberdade, Livre. 11a Al. 24:1–3, 5, 20; 25:1,
4 a Al. 35:2–14; 52:33. 10a gee Adorar. 13; 27:2, 21–26.
365 Alma 43:14–24
zoramitas, e dos adescendentes 20 Ora, os do exército de Ze-
dos sacerdotes de Noé. raemna não estavam preparados
14 Ora, esses descendentes com tais coisas; tinham apenas
e r a m q u a s e t ã o n u m e r o s o s suas espadas e suas cimitarras,
quanto os nefitas; e assim foram seus arcos e suas flechas, suas
os nefitas obrigados a contender pedras e suas fundas; e estavam
a
com seus irmãos até o derrama- nus, usando apenas uma pele
mento de sangue. que lhes cingia os lombos; sim, e
15 E aconteceu que quando os estavam todos nus, menos os
exércitos dos lamanitas se ha- zoramitas e os amalequitas.
viam reunido na terra de Antiô- 21 Mas eles não estavam arma-
num, eis que os exércitos dos dos com couraças nem escu-
nefitas estavam preparados pa- dos — portanto ficaram com
ra enfrentá-los na terra de Jér- muito medo dos exércitos dos
son. nefitas em vista de suas arma-
16 Ora, o comandante dos nefi- duras, apesar de serem muito
tas, ou melhor, o homem que mais numerosos que os nefitas.
havia sido designado para ser o 22 Eis que aconteceu que não
capitão-chefe dos nefitas—ora, ousaram marchar contra os nefi-
o capitão-chefe assumiu o co- tas nas fronteiras de Jérson; por
mando de todos os exércitos dos conseguinte partiram da terra
nefitas—e chamava-se Morôni. de Antiônum para o deserto e,
17 E Morôni assumiu todo o viajando pelo deserto, seguiram
comando e a direção de suas até perto da cabeceira do rio Si-
guerras. E tinha apenas vinte e don, a fim de entrarem na terra
cinco anos de idade quando foi de Mânti para tomarem posse
designado capitão-chefe dos da terra, porque não supunham
exércitos dos nefitas. que os exércitos de Morôni des-
18 E aconteceu que ele enfren- cobrissem para onde haviam
tou os lamanitas nas fronteiras ido.
de Jérson e seu povo estava ar- 23 Mas aconteceu que tão logo
mado com espadas e com cimi- partiram para o deserto, Morôni
tarras e com toda sorte de armas enviou espias ao deserto para
de guerra. vigiar seu acampamento; e
19 E quando os exércitos dos Morôni também, tendo conheci-
lamanitas viram que o povo de mento das profecias de Alma,
Néfi, ou seja, que Morôni prepa- enviou-lhe alguns homens, pe-
rara seu povo com couraças e dindo-lhe que perguntasse ao
com escudos nos braços, sim, e Senhor aaonde os exércitos dos
também com escudos para pro- nefitas deveriam ir, a fim de de-
teger-lhes a cabeça e também fenderem-se dos lamanitas.
estavam vestidos com roupas 24 E aconteceu que a palavra
grossas— do Senhor veio a Alma e Alma

13a Al. 25:4. 20a En. 1:20. 23a Al. 48:16.


Alma 43:25–37 366
informou aos mensageiros de único desejo dos nefitas era pre-
Morôni que os exércitos dos la- servar suas terras e sua aliberda-
manitas estavam marchando de e sua igreja, não considerou
pelo deserto, para chegarem à pecado, portanto, defendê-los
terra de Mânti e principiarem a por meio de estratagemas; assim
atacar a parte mais fraca do po- descobriu, por intermédio de
vo. E esses mensageiros levaram seus espias, qual o caminho que
a mensagem a Morôni. os lamanitas iriam seguir.
25 Ora, Morôni, deixando uma 31 Por essa razão dividiu o
parte de seu exército na terra exército, levando uma parte pa-
de Jérson para que de nenhu- ra o vale e ocultando-a a leste e
ma forma uma parte dos lama- ao sul da colina de Ripla;
nitas entrasse naquela terra e 32 E o restante ele ocultou no
se apoderasse da cidade, tomou vale do oeste, a oeste do rio Si-
a parte restante de seu exérci- don, e assim entrando pelas
to e marchou para a terra de fronteiras da terra de Mânti.
Mânti. 33 Dessa forma, havendo dis-
26 E fez com que todo o povo posto o exército segundo seu
daquela parte da terra se juntas- desejo, estava ele preparado pa-
se para combater os lamanitas, a ra enfrentá-los.
fim de adefender suas terras e 34 E aconteceu que os lamani-
seu paı́s, seus direitos e sua li- tas subiram pelo norte da colina
berdade; por conseguinte, esta- onde se achava escondida uma
vam preparados para a hora da parte do exército de Morôni.
chegada dos lamanitas. 35 E assim que os lamanitas
27 E aconteceu que Morôni fez passaram pela colina de Ripla e
com que seu exército se escon- entraram no vale e começaram a
desse no vale próximo às mar- atravessar o rio Sidon, o exército
gens do rio Sidon, que ficava que estava escondido ao sul da
situado a oeste do rio Sidon, no colina, comandado por um ho-
deserto. mem chamado aLeı́, avançou e
28 E Morôni espalhou espias cercou os lamanitas na parte les-
por vários lugares, a fim de sa- te de sua retaguarda.
ber quando o exército lamanita 36 E aconteceu que quando
chegaria. perceberam que os nefitas avan-
29 E então, como Morôni sa- çavam contra eles pela retaguar-
bia da intenção dos lamanitas, da, os lamanitas voltaram-se e
que era destruir seus irmãos começaram a lutar com o exérci-
ou subjugá-los e torná-los escra- to de Leı́.
vos a fim de estabelecerem um 37 E começou a matança em
reino para si próprios por toda a ambas as facções, porém foi mais
terra; terrı́vel entre os lamanitas, por-
30 E também sabendo ele que o que sua anudez estava exposta

26a D&C 134:11. 35a Al. 49:16.


30a Al. 46:12, 35. 37a Al. 3:5.
367 Alma 43:38–47
aos violentos golpes dos nefitas lutaram ferozmente, sim, nunca
que, com suas espadas e cimitar- se soubera que os lamanitas
ras, os feriam mortalmente qua- h o u v e s s e m l u t a d o c o m t ã o
se a cada golpe. grande força e coragem; não,
38 Enquanto isso, nas fileiras nunca, desde o princı́pio.
dos nefitas, apenas de vez em 44 E foram movidos pelos azo-
quando caı́a um homem pela es- ramitas e amalequitas, que eram
pada e por perda de sangue, seus capitães-chefes e coman-
pois achavam-se protegidos nas dantes; e por Zeraemna, que era
partes mais vitais do corpo, ou seu capitão-chefe, ou seja, seu
seja, as partes mais vitais do principal chefe e comandante;
corpo estavam protegidas dos sim, lutaram como dragões e
golpes dos lamanitas por suas muitos dos nefitas pereceram
a
couraças e seus escudos e seus em suas mãos, sim, porque eles
capacetes; e assim os nefitas partiram em dois muitos dos
continuaram a espalhar a morte seus capacetes e perfuraram
entre os lamanitas. muitas de suas couraças e corta-
39 E aconteceu que os lamani- ram os braços de muitos; e assim
tas se apavoraram por causa da os lamanitas lutaram com raiva
grande destruição entre eles e feroz.
começaram a fugir em direção 45 Não obstante, os nefitas
ao rio Sidon. eram movidos por uma causa
40 E foram perseguidos por melhor, porque não estavam
a
Leı́ e seus homens; e foram lutando pela monarquia nem
impelidos por Leı́ para as águas pelo poder, mas lutavam por
do Sidon e atravessaram as seus lares e sua bliberdade, suas
águas do Sidon. E Leı́ deteve esposas e seus filhos e por tudo
seus exércitos na margem do que possuı́am; sim, por seus ri-
rio Sidon, para que não o cru- tos de adoração e sua igreja.
zassem. 46 E faziam o que considera-
41 E aconteceu que Morôni e vam ser seu a dever perante
seu exército enfrentaram os la- Deus; porque o Senhor lhes dis-
manitas no vale, na outra mar- sera, bem como a seus pais: bSe
gem do rio Sidon, e começaram não fordes culpados da cprimei-
a atacá-los e a matá-los. ra ofensa nem da segunda, não
42 E os lamanitas novamente vos deixareis matar pelas mãos
fugiram deles em direção à terra de vossos inimigos.
de Mânti e foram outra vez 47 E novamente disse o
atacados pelos exércitos de Senhor: aDefendereis vossas fa-
Morôni. mı́lias mesmo até o derrama-
43 Ora, desta vez os lamanitas mento de sangue. Por esta razão

38a Al. 44:8–9. Livre. c 3 Né. 3:21;


44a Al. 43:6. 46a gee Dever. D&C 98:23–24.
45a Al. 44:5. b Al. 48:14; 47a D&C 134:11.
b gee Liberdade, D&C 98:33–36.
Alma 43:48–44:4 368
estavam os nefitas lutando com estavam cercados pelos nefitas,
os lamanitas, a fim de defende- o terror apoderou-se deles.
rem-se, defenderem suas fa- 54 Ora, Morôni, vendo seu ter-
mı́lias e suas terras, seu paı́s e ror, ordenou a seus homens que
seus direitos e sua religião. cessassem de derramar o san-
48 E aconteceu que quando vi- gue deles.
ram a ferocidade e a ira dos la-
manitas, os homens de Morôni
CAPÍTULO 44
quiseram recuar e fugir deles. E
Morôni, percebendo seu inten-
Morôni ordena aos lamanitas que
to, enviou-lhes mensagens que
façam um convênio de paz; do
lhes inspiraram o coração com
contrário serão destruı́dos — Ze-
estes pensamentos—sim, pen-
raemna rejeita a oferta e a batalha
samentos sobre suas terras, sua
recomeça—Os exércitos de Morôni
liberdade, sim, sua libertação do
derrotam os lamanitas. Aproxima-
cativeiro.
damente 74–73 a.C.
49 E aconteceu que eles volta-
ram a atacar os lamanitas e acla- E aconteceu que pararam e re-
maram a uma só voz ao Senhor cuaram um pouco. E Morôni
seu Deus por sua liberdade e disse a Zeraemna: Eis, Zeraem-
sua libertação do cativeiro. na, que anão desejamos ser san-
50 E começaram a resistir aos guinários. Sabeis que estais em
lamanitas com vigor; e na mes- nossas mãos, mas não vos dese-
ma hora em que clamaram ao jamos matar.
Senhor por sua liberdade, os la- 2 Eis que não viemos batalhar
manitas começaram a fugir de- contra vós para derramar vosso
les; e fugiram até às águas do sangue pelo poder; nem deseja-
Sidon. mos reduzir ninguém ao jugo
51 Ora, os lamanitas eram mais da escravidão. Esta, porém, é a
numerosos, sim, mais que o do- verdadeira causa que vos levou
bro dos nefitas. Não obstante, a atacar-nos; sim, estais irados
foram perseguidos de tal forma contra nós em virtude de nossa
que se juntaram em um só gru- religião.
po, no vale às margens do rio 3 Agora, porém, vedes que o
Sidon. Senhor está conosco; e vedes
52 Assim, os exércitos de Morô- que ele vos entregou em nossas
ni cercaram-nos, sim, pelos dois mãos. E agora desejaria que
lados do rio, pois eis que a leste compreendêsseis que isto nos
se achavam os homens de Leı́. acontece por causa de nossa re-
53 Assim, quando Zeraemna ligião e de nossa fé em Cristo. E
viu os homens de Leı́ a leste do agora vedes que não podeis des-
rio Sidon e o exército de Morôni truir esta nossa fé.
a oeste do rio Sidon e viu que 4 Ora, vedes que esta é a ver-

49a Êx. 2:23–25; Mos. 29:20. 44 1a Al. 43:45.


369 Alma 44:5–11
dadeira fé em Deus; sim, vedes 8 E então aconteceu que Ze-
que Deus nos manterá e conser- raemna, ao ouvir estas palavras,
vará e preservará enquanto for- adiantou-se e entregou sua es-
mos fiéis a ele e a nossa fé e a pada e sua cimitarra e seu arco
nossa religião; e nunca permiti- nas mãos de Morôni, dizendo-
rá o Senhor que sejamos des- lhe: Eis nossas armas de guerra;
truı́dos, a não ser que caiamos nós vo-las entregaremos, mas
em transgressão e renunciemos não nos sujeitaremos a prestar-
a nossa fé. vos um ajuramento, o qual sa-
5 E agora, Zeraemna, eu te or- bemos que nós, assim como
deno, em nome do Deus Todo- nossos filhos, iremos quebrar;
Poderoso, que nos fortaleceu os tomai porém nossas armas de
braços, dando-nos poder sobre guerra e permiti que partamos
vós, por nossa fé, por nossa reli- para o deserto; do contrário
g i ã o e p o r n o s s o s a r i t o s d e conservaremos nossas espadas
adoração e por nossa igreja e e pereceremos ou conquistare-
pelo sagrado sustento que deve- mos.
mos a nossas esposas e nossos 9 Eis que não somos de vossa
filhos, por essa bliberdade que fé; não cremos que foi Deus
nos prende a nossas terras e quem nos entregou em vossas
nosso paı́s; sim, e também pela mãos, mas acreditamos é que
observância da sagrada palavra foi vossa astúcia que vos salvou
de Deus, à qual devemos toda a de nossas espadas. Eis que fo-
nossa felicidade; e por tudo ram vossas acouraças e vossos
quanto nos é mais caro— escudos que vos preservaram a
6 Sim, e isto não é tudo; orde- vida.
no-vos, por todo o amor que 10 E então, quando Zeraemna
tiverdes pela vida, que nos en- acabou de dizer estas palavras,
tregueis vossas armas de guerra; Morôni devolveu-lhe a espada e
e procuraremos não mais derra- as armas de guerra que havia re-
mar vosso sangue, poupando- cebido, dizendo: Eis que termi-
vos a vida se seguirdes vosso naremos a luta.
caminho e não tornardes a fazer 11 Ora, não posso revogar as
guerra contra nós. palavras que proferi; por con-
7 E agora, se não fizerdes isto, seguinte, como vive o Senhor,
eis que estais em nossas mãos não partireis a não ser sob o
e ordenarei a meus homens juramento de que não volta-
que caiam sobre vós e desfiram reis a pelejar contra nós. Ora,
golpes mortais em vosso corpo como estais em nossas mãos,
para exterminar-vos; e então ve- derramaremos vosso sangue
remos quem terá poder sobre pelo chão a menos que vos
este povo; sim, veremos quem submetais às condições que
será levado em cativeiro. propus.

5 a gee Ordenanças. Livre. 9 a Al. 43:38.


b gee Liberdade, 8 a gee Juramento.
Alma 44:12–23 370
12 E então, quando Morôni portanto ordenou a seu povo
disse estas palavras, Zeraemna que os atacasse e matasse. E
tomou a espada e, irado contra aconteceu que começaram a
Morôni, investiu contra ele com matá-los; sim, e os lamanitas lu-
a intenção de matá-lo; mas ao taram com suas espadas e sua
levantar a espada, eis que um força.
dos soldados de Morôni a gol- 18 Mas eis que com a pele nua
peou, atirando-a por terra e e a cabeça desprotegida, ficaram
quebrando-a pelo punho; e ele expostos às afiadas espadas dos
também golpeou Zeraemna, ar- nefitas; sim, eis que foram tras-
rancando-lhe o couro cabeludo, passados e feridos; sim, e caı́ram
que caiu por terra. E Zeraemna rapidamente ante as espadas
retrocedeu para o meio de seus dos nefitas e começaram a ser
soldados. derrubados, como profetizara o
13 E aconteceu que o soldado soldado de Morôni.
que ali estava e que escalpelara 19 Ora, Zeraemna, quando viu
Zeraemna pegou do chão o es- que estavam todos prestes a ser
calpo pelos cabelos e colocou-o destruı́dos, clamou vigorosa-
na ponta de sua espada e esten- mente a Morôni, prometendo
deu-o em direção a eles, dizen- que ele e seu povo fariam con-
do-lhes em alta voz: vênio com eles de anunca mais
14 Assim como caiu por terra tornarem a fazer guerra contra
este escalpo, que é o escalpo de eles, se poupassem a vida dos
vosso chefe, também caireis por restantes.
terra se não depuserdes vossas 20 E aconteceu que Morôni fez
armas de guerra e partirdes com com que cessasse outra vez a
um convênio de paz. matança. Tirou as armas de
15 Ora, muitos, ao ouvirem es- guerra dos lamanitas e, após ha-
tas palavras e verem o escalpo verem feito com ele um aconvê-
na espada, ficaram atemoriza- nio de paz, tiveram permissão
dos; e muitos se adiantaram e de partir para o deserto.
depuseram suas armas aos pés 21 Ora, o número de seus mor-
de Morôni e fizeram um aconvê- tos não foi contado, por ser mui-
nio de paz. E a todos os que fize- to grande; sim, o número de
ram esse convênio foi permitido seus mortos foi muito grande,
partir para o deserto. tanto do lado dos nefitas quanto
16 Ora, aconteceu que Zeraem- dos lamanitas.
na ficou muito irado e instigou o 22 E aconteceu que atiraram
restante de seus soldados à cóle- seus mortos nas águas do Sidon
ra, para combaterem mais vigo- e eles foram levados e estão se-
rosamente os nefitas. pultados nas profundezas do
17 E Morôni estava irado por mar.
causa da teimosia dos lamanitas; 23 E os exércitos dos nefitas, ou

15a 1 Né. 4:37; Al. 50:36. 19a Al. 47:6. 20a Al. 62:16–17.
371 Alma 44:24–45:11
seja, de Morôni, voltaram para se dirigiu a seu filho Helamã e
suas casas e suas terras. perguntou-lhe: Crês nas pala-
24 E assim terminou o décimo vras que te disse a respeito da-
oitavo ano em que os juı́zes go- queles a registros que foram
vernaram o povo de Néfi. E as- escritos?
sim terminou o registro de 3 E Helamã respondeu-lhe:
Alma, que foi escrito nas placas Sim, eu creio.
de Néfi. 4 E Alma disse novamente:
Crês em Jesus Cristo, aquele que
há de vir?
Relato sobre o povo de Néfi e 5 E ele respondeu: Sim, creio
suas guerras e discórdias nos em todas as palavras que disses-
dias de Helamã, segundo o re- te.
gistro que Helamã fez em seus 6 E Alma tornou a perguntar:
a
dias. Guardarás meus mandamen-
tos?
Abrange os capı́tulos 45 a 62.
7 E ele respondeu: Sim, guar-
darei teus mandamentos com
CAPÍTULO 45 todo o meu coração.
8 Então Alma lhe disse: Bendi-
Helamã crê nas palavras de Alma— to és tu; e o Senhor far-te-á
a
Alma profetiza a destruição dos ne- prosperar nesta terra.
fitas—Ele abençoa e amaldiçoa a 9 Mas eis que tenho algo a te
a
terra—Alma pode ter sido arreba- profetizar, mas o que eu te pro-
tado pelo Espı́rito, como Moisés— fetizar a ninguém revelarás;
Crescem as dissensões na Igreja. sim, o que eu te profetizar não
Aproximadamente 73 a.C. deverá ser divulgado até que a
profecia seja cumprida; por con-
Ora, então aconteceu que o po- seguinte, escreve o que te vou
vo de Néfi se alegrou imensa- dizer.
mente porque o Senhor tornara 10 E estas são as palavras: Eis
a livrá-lo das mãos de seus ini- que vejo, segundo o espı́rito de
migos; portanto renderam gra- revelação que está em mim, que
a
ças ao Senhor seu Deus; sim, quatrocentos anos depois do
a
jejuaram e oraram muito e aparecimento de Jesus Cristo a
adoraram a Deus com grande este povo, os nefitas, eles dege-
alegria. nerarão, caindo na bincredulida-
2 E aconteceu, no décimo no- de.
no ano em que os juı́zes gover- 11 Sim, então eles verão guer-
naram o povo de Néfi, que Alma ras e pestes, sim, fome e derra-

45 1a gee Jejuar, Jejum. Obediente. 10a 1 Né. 12:10–15;


2 a Al. 37:1–5; 50:38. 8 a 1 Né. 4:14; Hel. 13:9;
6 a gee Mandamentos de Al. 48:15–16, 25. Mórm. 8:6–7.
Deus; Obedecer, 9 a gee Profecia, b gee Apostasia;
Obediência, Profetizar. Incredulidade.
Alma 45:12–20 372
mamento de sangue até que o de toda nação, tribo, lı́ngua e
povo de Néfi seja aextinto— povo que cometer iniqüidade,
12 Sim, e isto porque eles dege- quando eles estiverem plena-
nerarão, caindo na incredulida- mente amadurecidos; e aconte-
de; e entregar-se-ão a obras de cerá como digo; pois esta é a
trevas e à alascı́via e a toda sorte maldição e a bbênção de Deus
de iniqüidades; sim, digo-te sobre a terra, porque o Senhor
que, porque pecarão contra tão não pode encarar o pecado com
grande luz e conhecimento, sim, o cmı́nimo grau de tolerância.
digo-te que, a partir desse dia, 17 E então, após haver Alma
não passará a quarta geração pronunciado estas palavras,
antes que venha esta grande ini- abençoou a aigreja, sim, todos os
qüidade. que permanecessem firmes na
13 E quando esse grande dia fé dali em diante.
chegar, eis que muito cedo virá 18 E depois de haver feito isto,
a hora em que os que agora vi- Alma partiu da terra de Za-
vem, ou seja, a semente dos que raenla como se fosse para a terra
agora são contados com o povo de Meleque. E aconteceu que
de Néfi, já anão será contada nada mais se ouviu a respeito
com o povo de Néfi. dele; e de sua morte ou sepultu-
14 Aquele, porém, que sobrevi- ra, nada sabemos.
ver e não for destruı́do nesse 19 Eis que o que sabemos é que
grande e terrı́vel dia, será acon- foi um homem justo; e na igreja
tado com os lamanitas; e tornar- espalhou-se o rumor de haver
se-ão todos como eles, a não ser sido ele arrebatado pelo Espı́rito
alguns que serão chamados de ou asepultado pela mão do Se-
discı́pulos do Senhor; e eles nhor, como Moisés. Eis que as
serão perseguidos pelos lamani- escrituras, porém, dizem que o
tas baté que sejam extintos. E Senhor levou Moisés para junto
agora, em virtude da iniqüida- de si; e supomos que ele tam-
de, esta profecia será cumprida. bém recebeu Alma junto de si,
15 E então aconteceu que de- no espı́rito; eis por que nada
pois de Alma dizer estas coisas a sabemos sobre sua morte e se-
Helamã, abençoou-o, bem como pultamento;
a seus outros filhos, e também 20 E então aconteceu, no come-
abençoou a terra por causa dos ço do décimo nono ano em que
a
justos. os juı́zes governaram o povo de
16 E disse: Assim diz o Senhor Néfi, que Helamã andou entre o
Deus — a Maldita será a terra, povo a fim de pregar-lhe a pala-
sim, esta terra, para a destruição vra.

11a Jar. 1:10; b Morô. 1:1–3. c D&C 1:31.


Mórm. 8:2–3, 6–7. 15a Al. 46:10; 62:40. 17a gee Igreja de Jesus
12a gee Concupiscência. 16a 2 Né. 1:7; Al. 37:31; Cristo.
13a Hel. 3:16. Ét. 2:8–12. 19a gee Seres
14a Morô. 9:24. b D&C 130:21. Transladados.
373 Alma 45:21–46:7
21 Pois eis que, em virtude de manescente de José—Amaliquias e
suas guerras com os lamanitas os dissidentes fogem para a terra de
e das muitas pequenas dissen- Néfi—Os que não apóiam a causa
sões e distúrbios entre o povo, da liberdade são executados. Apro-
tornou-se necessário que a apa- ximadamente 73–72 a.C.
lavra de Deus fosse declarada
E aconteceu que todos os que
entre eles; sim, e que houvesse
não atenderam às palavras de
uma regulamentação em toda a
Helamã e seus irmãos, uniram-
igreja.
se contra eles.
22 Assim Helamã e seus irmãos
2 E então eis que ficaram muito
foram reorganizar a igreja em
irados, tanto que estavam deter-
toda a terra, sim, em todas as
minados a matá-los.
cidades de toda a terra perten-
3 Ora, o chefe dos que se haviam
cente ao povo de Néfi. E aconte-
revoltado contra seus irmãos era
ceu que nomearam sacerdotes e
um homem grande e forte; e seu
mestres por toda aquela terra,
nome era Amaliquias.
para todas as igrejas.
4 E Amaliquias desejava ser rei;
23 E então aconteceu que de-
e aqueles que estavam irados
pois de haverem Helamã e seus
também desejavam que ele fos-
irmãos nomeado sacerdotes e
se seu rei; e a maioria deles eram
mestres para as igrejas, origi- a
juı́zes menores da terra e esta-
nou-se uma adissensão no meio
vam em busca de poder.
deles e não mais deram ouvidos
5 E tinham sido convencidos,
às palavras de Helamã e seus ir-
pelas lisonjas de Amaliquias, de
mãos;
que, se o apoiassem e fizessem
24 Mas tornaram-se orgulhosos
dele o seu rei, ele os tornaria go-
e seu coração encheu-se de vai-
vernantes do povo.
dade devido a suas enormes ari-
6 Assim, foram instigados por
quezas; portanto se tornaram
Amaliquias a promover desor-
ricos a seus bpróprios olhos e
dens, apesar das pregações de
não davam ouvidos às palavras
Helamã e seus irmãos; sim, ape-
deles para que andassem reta-
sar de seu enorme zelo pela
mente perante Deus.
igreja, pois eram sumos sacer-
dotes da igreja.
CAPÍTULO 46 7 E houve muitos na igreja que
acreditaram nas palavras lison-
Amaliquias conspira para ser rei— jeiras de Amaliquias; por conse-
Morôni levanta o estandarte da guinte, separaram-se até da
liberdade — Ele conclama o povo igreja; e assim, as condições do
a d e f e n d e r s u a r e l i g i ã o — O s povo de Néfi eram muito precá-
verdadeiros crentes são chamados rias e perigosas, não obstante
cristãos—Será preservado um re- sua grande avitória sobre os la-

21a Al. 31:5. 24a gee Riquezas. 46 4a Mos. 29:11, 28–29.


23a 3 Né. 11:28–29. b gee Orgulho. 7 a Al. 44:19–20.
Alma 46:8–18 374
manitas e seu enorme regozijo dura; e pegou o mastro em cuja
por terem sido libertados pela ponta se achava a túnica rasga-
mão do Senhor. da (a que ele chamou estandarte
8 Vemos, assim, quão arapida- da liberdade); e inclinou-se até o
mente os filhos dos homens se solo e orou fervorosamente a
esquecem do Senhor seu Deus; seu Deus, a fim de que as bên-
sim, quão rapidamente praticam çãos da liberdade repousassem
iniqüidades e deixam-se levar sobre seus irmãos enquanto res-
pelo maligno. tasse um grupo de cristãos para
9 Sim, e também vemos a gran- habitar a terra—
de ainiqüidade que um homem 14 Porque assim eram chama-
muito inı́quo pode fazer com dos todos os verdadeiros cren-
que ocorra entre os filhos dos tes em Cristo, que pertenciam à
homens. igreja de Deus, pelos que não
10 Sim, vemos que Amaliquias, pertenciam à igreja.
por ser um homem de astutos 15 E os que pertenciam à igreja
ardis e um homem de muitas eram fiéis; sim, todos os que
palavras lisonjeiras, incitou o co- eram crentes verdadeiros em
ração de muitos a praticar ini- Cristo tomavam sobre si alegre-
qüidades; sim, e a procurar des- mente o anome de Cristo, ou se-
truir a igreja de Deus e a des- ja, de b cristãos, como eram
truir o alicerce de aliberdade que chamados em virtude de sua
Deus lhes concedera, ou seja, a crença no Cristo que haveria de
bênção que Deus enviara à face vir.
da terra por amor aos bjustos. 1 6 E a s s i m , n e s s a o c a s i ã o
1 1 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e Morôni orou para que fosse fa-
quando Morôni, que era o aco- vorecida a causa dos cristãos e a
mandante geral dos exércitos liberdade da terra.
nefitas, soube dessas dissensões, 17 E aconteceu que depois de
ficou irado contra Amaliquias. haver derramado a alma a Deus,
12 E aconteceu que rasgou sua chamou toda a terra que ficava
túnica e, pegando um pedaço situada ao sul da terra de aDeso-
dela, nele escreveu: aEm lem- lação, sim, resumindo, toda a
brança de nosso Deus, nossa re- terra, tanto ao norte como ao
ligião e nossa liberdade e nossa sul, de terra escolhida e terra da
paz, nossas esposas e nossos fi- liberdade.
lhos—e amarrou-o na ponta de 18 E disse: Certamente Deus
um mastro. não permitirá que nós, que so-
13 E ele colocou seu capacete e mos desprezados por tomar
sua couraça e seus escudos e sobre nós o nome de Cristo, se-
cingiu os lombos com sua arma- jamos pisados e destruı́dos até

8 a Hel. 12:2, 4–5. b 2 Né. 1:7. 15a Mos. 5:7–9.


9 a Mos. 29:17–18. 11a Al. 43:16–17. b At. 11:26;
10a 2 Né. 1:7; 12a Nee. 4:14; I Ped. 4:16.
Mos. 29:32. Al. 44:5. 17a Al. 22:30–31.
375 Alma 46:19–25
provocarmos isso com nossas gressão; sim, ele pode atirar-
próprias transgressões. nos aos pés de nossos inimi-
19 E tendo dito estas palavras, gos, assim como atiramos nossas
Morôni foi para o meio do povo vestes a teus pés para serem
fazendo tremular a parte rasga- pisadas, se cairmos em trans-
da de sua atúnica no ar, para que gressão.
todos vissem o que havia escrito 23 Morôni disse-lhes: Eis que
na parte rasgada; e clamou em somos um remanescente da se-
alta voz, dizendo: mente de Jacó; sim, somos um
20 Eis que todos os que deseja- remanescente da asemente de
b
rem defender este estandarte na José, cuja ctúnica foi rasgada em
terra, aproximem-se na força do muitos pedaços por seus ir-
Senhor e façam convênio de mãos; sim, e agora, eis que deve-
que defenderão seus direitos e mos lembrar-nos de guardar os
sua religião, para que o Senhor mandamentos de Deus; caso
Deus os abençoe. contrário, nossas vestes serão
21 E aconteceu que quando rasgadas por nossos irmãos e se-
Morôni disse estas palavras, eis remos atirados na prisão ou
que o povo se aproximou com vendidos ou mortos.
os lombos cingidos por suas 24 Sim, preservemos nossa
armaduras, rasgando as vestes liberdade, como um aremanes-
como sı́mbolo, ou melhor, co- cente de José; sim, lembremo-
mo convênio de que não aban- nos das palavras de Jacó, antes
donariam o Senhor seu Deus; de sua morte, pois eis que ele
ou, em outras palavras, se eles viu que uma parte do que
transgredissem os mandamen- restou da túnica de José fora
tos de Deus, ou melhor, se caı́s- preservada e não se havia estra-
s e m e m t r a n s g r e s s ã o e s e gado. E ele disse: Assim como
a
envergonhassem de tomar so- este remanescente das vestes de
bre si o nome de Cristo, o Se- meu filho foi preservado, tam-
nhor os destroçaria da mesma bém um bremanescente da se-
forma que haviam rasgado as m e n t e d e m e u f i l h o s e r á
suas vestes. preservado pela mão de Deus,
22 Ora, este foi o convênio que o tomará para si, enquanto
que fizeram; e atiraram suas o restante da semente de José
vestes aos pés de Morôni, di- perecerá, como o restante de
zendo: Fazemos convênio com sua túnica.
nosso Deus de que seremos 25 Ora, eis que isto me enche a
destruı́dos, assim como o fo- alma de dor; não obstante, mi-
ram nossos irmãos da terra nha alma alegra-se por meu fi-
do norte, se cairmos em trans- lho, uma vez que essa parte de

19a gee Estandarte. 1 Né. 5:14–15. 24a Amós 5:15;


21a 1 Né. 8:25–28; b gee José, Filho de 3 Né. 5:21–24; 10:17.
Mórm. 8:38. Jacó. b 2 Né. 3:5–24;
23a Gên. 49:22–26; c Gên. 37:3, 31–36. Ét. 13:6–7.
Alma 46:26–36 376
sua semente será conduzida a 31 Portanto Morôni julgou
Deus. oportuno tomar seus exércitos,
26 Ora, eis que foi essa a lin- que se haviam reunido e se ar-
guagem de Jacó. mado e que haviam feito o con-
27 E agora, quem sabe se o re- vênio de preservar a paz — E
manescente da semente de José, aconteceu que ele tomou seu
que perecerá como suas vestes, exército e marchou com suas
não são esses que divergiram de tendas para o deserto, a fim de
nós? Sim, e talvez sejamos nós interceptar Amaliquias no de-
mesmos, se não nos mantiver- serto.
mos firmes na fé em Cristo. 32 E aconteceu que ele agiu de
28 E então aconteceu que, ten- acordo com seus desejos e mar-
do pronunciado estas palavras, chou para o deserto e deteve os
Morôni foi e também enviou exércitos de Amaliquias.
seus homens a todas as partes 33 E aconteceu que Amaliquias
da terra onde havia dissensões; fugiu com um pequeno número
e congregou todos os que dese- de seus homens; e os restantes
javam conservar sua liberdade foram entregues nas mãos de
para se oporem a Amaliquias e Morôni e levados de volta para
aos dissidentes, que se chama- a terra de Zaraenla.
vam amaliquiaı́tas. 34 Ora, Morôni, sendo um ho-
29 E aconteceu que quando mem que fora anomeado pelos
Amaliquias viu que o povo de juı́zes supremos e pela voz do
Morôni era mais numeroso que povo, tinha, por conseguinte,
os amaliquiaı́tas—e viu também poder segundo sua vontade so-
que seu povo duvidava da justi- bre os exércitos nefitas, para es-
ça da causa que havia abraça- tabelecer e exercer autoridade
do — portanto, temendo não sobre eles.
poder conseguir seu objetivo, 35 E aconteceu que todos os
partiu para a terra de Néfi com amaliquiaı́tas que se recusaram
os que o quiseram acompanhar; a fazer convênio de apoiar a
30 Ora, Morôni julgou não ser causa da liberdade, a fim de
conveniente que os lamanitas se manterem um governo livre, ele
fortalecessem mais; assim, pen- condenou à morte; e foram pou-
sou em interceptar o povo de cos os que renegaram o convê-
Amaliquias ou capturá-lo e tra- nio de liberdade.
zê-lo de volta e matar Amali- 36 E aconteceu também que ele
quias; sim, porque sabia que ele fez com que o estandarte da li-
iria incitar os lamanitas contra berdade fosse hasteado em to-
eles e fazer com que os lamani- das as torres de toda a terra
tas batalhassem contra eles; e ocupada pelos nefitas; e assim
sabia que Amaliquias faria isso Morôni plantou o estandarte da
para alcançar seus propósitos. liberdade entre os nefitas.

34a Al. 43:16.


377 Alma 46:37–47:5
37 E eles começaram a ter no- Voltaremos agora, em nossos
vamente paz na terra; e assim registros, a Amaliquias e aos que
mantiveram a paz naquela terra com ele afugiram para o deserto;
até quase o fim do décimo nono porque eis que ele, com aqueles
ano do governo dos juı́zes. que o seguiram, subiu à bterra
38 E Helamã e os asumos sacer- de Néfi, entre os lamanitas, e
dotes mantinham também a or- instigou-os contra o povo de
dem na igreja; sim, pelo espaço Néfi a tal ponto que o rei dos
de quatro anos tiveram muita lamanitas enviou uma procla-
paz e regozijo na igreja. mação por toda a sua terra, a
39 E aconteceu que muitos todo o seu povo, para que vol-
morreram, acrendo firmemente tassem a reunir-se, a fim de ba-
que sua alma estava redimida talhar contra os nefitas.
pelo Senhor Jesus Cristo; assim, 2 E aconteceu que quando a
saı́ram do mundo regozijando- proclamação se tornou conheci-
se. da, eles ficaram amedrontadı́ssi-
40 E houve alguns que morre- mos; sim, temiam desgostar o
ram de febres que, em certas rei, como temiam também bata-
épocas do ano, eram muito fre- lhar contra os nefitas, receosos
qüentes na terra—muitos, porém, de perder a vida. E aconteceu
não morreram de febres por que eles não queriam, ou seja, a
causa das excelentes qualidades maioria deles não quis obedecer
das muitas aplantas e raı́zes que às ordens do rei.
Deus havia preparado para re- 3 E aconteceu que o rei ficou
mover as causas das enfermida- furioso em virtude dessa deso-
des a que estavam sujeitos bediência; portanto ele deu a
devido à natureza do clima— Amaliquias o comando da parte
41 Muitos houve que morre- de seu exército que obedecia
ram de velhice; e os que morre- a suas ordens e ordenou-lhe
ram com a fé em Cristo são que os obrigasse a pegar em
a
felizes com ele, como necessa- armas.
riamente devemos crer. 4 Ora, eis que este era o desejo
de Amaliquias; porque, sendo
um homem muito sutil na práti-
CAPÍTULO 47 ca do mal, planejou em seu
coração destronar o rei dos la-
Amaliquias usa de traição, assassi- manitas.
natos e intrigas para tornar-se rei 5 E ele tinha então o comando
dos lamanitas—Os dissidentes ne- dos lamanitas que estavam a fa-
fitas são mais inı́quos e ferozes que vor do rei; e procurou conquis-
os lamanitas. Aproximadamente 72 tar as boas graças dos que não
a.C. eram obedientes; portanto se di-

38a Al. 46:6. 41a Apoc. 14:13. Ômni 1:12–13.


39a Morô. 7:3, 41. 47 1a Al. 46:33.
40a D&C 89:10. b 2 Né. 5:5–8;
Alma 47:6–16 378
rigiu ao lugar chamado aOnida, vez, solicitando que ele desces-
porque para lá tinham fugido se. E aconteceu que Leônti não
todos os lamanitas; porque eles quis descer; e ele enviou mensa-
descobriram que o exército se geiros pela terceira vez.
aproximava e, supondo que 12 E aconteceu que quando viu
viesse para destruı́-los, fugiram que não conseguia fazer com
para Onida, para o lugar de que Leônti descesse do monte,
armas. Amaliquias subiu ao monte até
6 E haviam nomeado um ho- um ponto próximo do acampa-
mem para ser seu rei e coman- mento de Leônti; e pela quarta
dante, tendo tomado a firme vez mandou sua mensagem a
resolução de que ninguém os Leônti, pedindo-lhe que desces-
obrigaria a ir contra os nefitas. se e trouxesse seus guardas con-
7 E aconteceu que se reuniram sigo.
no alto de um monte chamado 13 E aconteceu que quando
Antipas, a fim de prepararem-se Leônti desceu com seus guardas
para combater. até o lugar em que Amaliquias
8 Ora, não era intenção de se achava, Amaliquias propôs-
Amaliquias combatê-los segun- lhe que descesse com seu exérci-
do as ordens do rei; eis, porém, to durante a noite e cercasse o
que sua intenção era conquistar acampamento dos homens que
as boas graças dos exércitos dos o rei o encarregara de coman-
lamanitas, para colocar-se como dar; e que ele, Amaliquias, os
seu comandante e destronar o entregaria nas mãos de Leônti,
rei e tomar posse do reino. se ele o nomeasse comandante
9 E eis que aconteceu que ele imediato de todo o exército.
fez o exército armar suas tendas 14 E aconteceu que Leônti des-
no vale próximo ao monte Anti- ceu com seus homens e cercou
pas. os homens de Amaliquias, de
10 E aconteceu que quando modo que antes de acordarem,
anoiteceu, ele enviou uma em- ao raiar do dia, foram cercados
baixada secreta ao monte Anti- pelos exércitos de Leônti.
pas, encarregada de fazer com 15 E aconteceu que quando se
que o comandante daqueles que viram cercados, suplicaram a
se achavam no alto do monte e Amaliquias que lhes permitisse
cujo nome era Leônti, descesse juntar-se a seus irmãos, a fim de
ao pé do monte, porque deseja- não serem destruı́dos. Ora, era
va falar-lhe. justamente isso que Amaliquias
11 E aconteceu que quando re- desejava.
cebeu a mensagem, Leônti não 16 E aconteceu que ele entre-
ousou descer ao pé do monte. E gou seus homens, acontrariando
aconteceu que Amaliquias en- as ordens do rei. Ora, era isto
viou mensageiros pela segunda que Amaliquias desejava, a fim

5 a Al. 32:4. 16a Al. 47:3.


379 Alma 47:17–32
de realizar seus planos de des- que ele apunhalou o rei no cora-
tronar o rei. ção; e ele caiu por terra.
17 Ora, era costume dos lama- 25 Ora, os servos do rei fugi-
nitas nomear o comandante ram; e os servos de Amaliquias
imediato para ser o comandan- gritaram, dizendo:
te, caso seu primeiro comandan- 26 Eis que os servos do rei o
te fosse morto. apunhalaram no coração e ele
18 E aconteceu que Amaliquias caiu por terra e eles fugiram;
fez com que um de seus servos vinde e vede.
administrasse veneno, aos pou- 27 E aconteceu que Amali-
cos, a Leônti, de modo que ele quias ordenou a seus exércitos
morreu. que avançassem para ver o que
19 Ora, morto Leônti, os lama- havia acontecido ao rei; e quan-
nitas nomearam Amaliquias do eles chegaram e acharam o
como seu chefe e comandante rei estendido por terra, ensan-
geral. güentado, Amaliquias fingiu
20 E aconteceu que Amaliquias estar irado e disse: Todos os que
marchou com seus exércitos amavam o rei devem partir em
(porque havia conseguido seus perseguição de seus servos, pa-
intentos) para a terra de Néfi, ra que eles sejam mortos.
para a cidade de Néfi, que era a 28 E aconteceu que todos os
cidade principal. que amavam o rei, ao ouvirem
21 E o rei saiu-lhe ao encontro estas palavras, saı́ram em perse-
com seus guardas, supondo que guição aos servos do rei.
Amaliquias tivesse executado 29 Ora, quando os servos do
suas ordens e que houvesse con- rei viram um exército perse-
seguido reunir tamanho exérci- guindo-os, ficaram novamente
to para combater os nefitas. amedrontados e fugiram para o
22 Mas eis que quando o rei lhe deserto; e alcançaram a terra de
saiu ao encontro, Amaliquias fez Zaraenla, juntando-se ao apovo
com que seus servos se adian- de Amon.
tassem para encontrar o rei. E 30 E o exército que os perse-
inclinaram-se perante o rei, co- guia voltou, tendo-os persegui-
mo se o reverenciassem por sua do em vão; e assim Amaliquias,
grandeza. com sua fraude, conquistou o
23 E aconteceu que o rei esten- coração do povo.
deu a mão para levantá-los, em 31 E aconteceu que, ao ama-
sinal de paz, segundo o costume nhecer, entrou ele na cidade de
dos lamanitas, costume esse que Néfi com seus exércitos e tomou
haviam aprendido com os nefi- posse da cidade.
tas. 32 E aconteceu então que a rai-
24 E aconteceu que quando ha- nha, ao saber que o rei havia
via levantado o primeiro, eis sido assassinado—pois Amali-

29a Al. 43:11–12. gee Ânti-néfi-leı́tas.


Alma 47:33–48:2 380
quias enviara uma embaixada à do os mesmos ensinamentos e
rainha, informando-a de que o informações dos nefitas, sim,
rei havia sido assassinado por tendo sido instruı́dos no mes-
seus servos; que ele os persegui- mo bconhecimento do Senhor,
ra em vão com seus exércitos e não obstante, por estranho que
que haviam conseguido esca- pareça, pouco depois de sua
par— dissensão se tornaram mais du-
33 Portanto, quando a rainha ros e cimpenitentes e mais selva-
recebeu essa mensagem, res- gens, inı́quos e ferozes que os
pondeu a Amaliquias, solicitan- lamanitas—absorvendo as tra-
do-lhe que poupasse o povo da dições dos lamanitas, entregan-
cidade; e também lhe pediu que do-se à indolência e a toda sorte
comparecesse a sua presença; e de lascı́via; sim, esquecendo-se
também lhe pediu que fosse por completo do Senhor seu
acompanhado de testemunhas Deus.
que pudessem testificar a res-
peito da morte do rei.
34 E aconteceu que Amaliquias CAPÍTULO 48
levou o mesmo servo que mata-
ra o rei, bem como todos os que Amaliquias incita os lamanitas con-
estavam com ele; e apresenta- tra os nefitas—Morôni prepara seu
ram-se à rainha no lugar em que povo para defender a causa dos cris-
ela se sentava; e todos testifica- tãos—Ele rejubila-se com a liberda-
ram que o rei fora assassinado d e e a i n d e p e n d ê n c i a e é u m
por seus próprios servos; e dis- poderoso homem de Deus. Aproxi-
seram mais: Eles fugiram; isto madamente 72 a.C.
não testifica contra eles? E assim
satisfizeram eles a rainha no to- E então aconteceu que assim
cante à morte do rei. que obteve o reino, Amaliquias
35 E aconteceu que Amaliquias começou a incitar o coração dos
procurou obter as boas graças lamanitas contra o povo de
da rainha e tomou-a para espo- Néfi; sim, nomeou alguns ho-
sa; e assim, por meio de fraude e mens para falarem aos lamani-
da ajuda de seus astutos servos, tas contra os nefitas, do alto de
ele conseguiu o reino; sim, foi suas torres.
reconhecido como rei em toda a 2 E assim incitou seu coração
terra, por todo o povo lamanita, contra os nefitas, a tal ponto
que era acomposto de lamanitas que, ao fim do décimo nono ano
e de lemuelitas e de ismaelitas e do governo dos juı́zes, havendo
de todos os dissidentes dos nefi- conseguido realizar seus inten-
tas, desde o reinado de Néfi até tos até então, sim, tendo-se
o tempo presente. tornado rei dos lamanitas, pro-
36 Ora, esses adissidentes, ten- curou também reinar sobre toda

35a Jacó 1:13–14. b Heb. 10:26–27; c Jer. 8:12.


36a gee Apostasia. Al. 24:30.
381 Alma 48:3–14
a terra, sim, e sobre todo o povo sua volta, ao redor de suas cida-
que estava na terra, tanto nefitas des e das fronteiras de suas ter-
como lamanitas. ras; sim, ao redor de toda a terra.
3 Assim conseguiu realizar 9 E em suas fortificações mais
seus desı́gnios, porque havia fracas ele colocou maior número
endurecido o coração dos lama- de homens; e assim fortificou e
nitas, cegando-lhes a mente e reforçou a terra habitada pelos
incitando-os à ira de tal forma nefitas.
que reuniu uma numerosa hos- 10 E desse modo preparava-se
te para batalhar contra os nefi- ele para adefender sua liberda-
tas. de, suas terras, suas esposas e
4 Porque, em virtude do gran- seus filhos e sua paz, a fim de
de número de seu povo, estava viverem para o Senhor seu Deus
resolvido a subjugar os nefitas e e preservarem o que era chama-
levá-los à servidão. do por seus inimigos a causa
5 E assim nomeou acapitães- dos cristãos.
chefes dentre os zoramitas, sen- 11 E Morôni era um homem
do eles os mais familiarizados forte e poderoso; ele era um ho-
com a força dos nefitas e com mem de perfeita acompreensão;
seus lugares de refúgio e com os sim, um homem que não tinha
pontos mais vulneráveis de suas prazer no derramamento de san-
cidades; por essa razão no- gue; um homem cuja alma se
meou-os capitães-chefes de seus regozijava com a liberdade e in-
exércitos. dependência de seu paı́s e com
6 E aconteceu que levantaram a libertação de seus irmãos da
acampamento e partiram em di- servidão e do cativeiro.
reção à terra de Zaraenla, no de- 12 Sim, um homem cujo cora-
serto. ção transbordava de gratidão a
7 Ora, aconteceu que enquanto seu Deus pelos muitos privilé-
Amaliquias havia assim, por gios e bênçãos que concedia a
meio de fraude e engano, obtido seu povo; um homem que traba-
poder, Morôni, por sua vez, esti- lhava infatigavelmente pelo
vera apreparando o espı́rito do a
bem-estar e segurança do povo.
povo para ser fiel ao Senhor seu 13 Sim, e ele era um homem
Deus. firme na fé em Cristo; e havia
a
8 Sim, ele estivera reforçando prestado juramento de defen-
os exércitos dos nefitas e cons- der seu povo, seus direitos e seu
truindo pequenos fortes, ou paı́s e sua religião, mesmo com a
seja, lugares de refúgio; levan- própria vida.
tando parapeitos de terra ao re- 14 Ora, os nefitas foram ensi-
dor de seus exércitos e também nados a defenderem-se dos ini-
levantando muros de pedra a migos, ainda que fosse necessá-

48 5a Al. 43:6. 11a gee Compreensão, 13a Al. 46:20–22.


7 a Al. 49:8. Entendimento.
10a Al. 46:12–13. 12a gee Bem-estar.
Alma 48:15–24 382
rio derramar sangue; sim, e fo- filhos de Mosias; sim, e também
ram também ensinados a anunca como Alma e seus filhos, porque
ofenderem, sim, a nunca levan- eram todos homens de Deus.
tarem a espada, a não ser contra 19 Ora, eis que Helamã e seus
um inimigo, e apenas para pre- irmãos não prestavam menos
servarem a própria vida. serviços ao povo do que Morô-
15 E tinham fé que Deus lhes ni; porque pregavam a pala-
permitiria prosperar na terra ou, vra de Deus e batizavam para
em outras palavras, que, se fos- o arrependimento todos os
sem fiéis na observância dos que davam ouvidos a suas
mandamentos de Deus, ele lhes palavras.
permitiria prosperar na terra; 20 E assim prosseguiram; e os
sim, ele avisaria quando preci- do povo ahumilharam-se por
sassem fugir ou preparar-se pa- causa de suas palavras, a ponto
ra a guerra, de acordo com o de serem grandemente bfavore-
perigo; cidos pelo Senhor; e assim fica-
16 E também que Deus lhes re- ram livres de guerras e conten-
velaria para onde deveriam ir a das entre si; sim, pelo espaço de
fim de se defenderem de seus quatro anos.
inimigos; e se assim fizessem, o 21 Mas como eu disse, quase
Senhor os salvaria; e esta era a no fim do décimo nono ano,
fé que tinha Morôni e seu cora- sim, não obstante haver paz en-
ção gloriava-se nela; anão no tre eles, foram compelidos, relu-
derramamento de sangue, mas tantemente, a lutar com seus
em fazer o bem, em preservar irmãos, os lamanitas.
seu povo, sim, em guardar os 22 Sim, em resumo, as guerras
mandamentos de Deus, sim, e com os lamanitas não cessaram
em resistir à iniqüidade. pelo espaço de muitos anos,
17 Sim, em verdade, em verda- apesar de sua grande relutância.
de vos digo que se todos os ho- 23 Ora, alamentavam pegar em
mens tivessem sido e fossem e armas contra os lamanitas, por-
pudessem sempre ser como que não se deleitavam com o
Morôni, eis que os próprios po- derramamento de sangue; sim,
deres do inferno teriam sido e isso não era tudo — eles la-
abalados para sempre; sim, o mentavam ser o instrumento
a
diabo nunca teria poder so- para mandar muitos de seus
bre o coração dos filhos dos irmãos deste mundo para o
homens. mundo eterno, despreparados
18 Eis que ele era um homem para encontrar seu Deus.
como Amon, o filho de Mosias, 24 Entretanto não poderiam
sim, e também como os outros deixar-se matar, para que suas

14a Al. 43:46–47; 16a Al. 55:19. Humilde, Humilhar.


3 Né. 3:20–21; 17a 1 Né. 22:26; b 1 Né. 17:35.
Mórm. 3:10–11; 3 Né. 6:15. 23a D&C 42:45.
D&C 98:16. 20a gee Humildade,
383 Alma 48:25–49:8
a
esposas e filhos fossem massa- de aAmonia havia sido recons-
crados pela bárbara crueldade truı́da. Digo-vos, sim, que ela fo-
daqueles que, um dia, haviam ra reconstruı́da em parte; e em
sido seus irmãos, sim, e que, ten- virtude de os lamanitas terem-
do bdivergido da igreja, os ha- na destruı́do uma vez por causa
viam abandonado, unindo-se da iniqüidade do povo, supuse-
aos lamanitas para destruı́-los. ram que ela se tornasse nova-
25 Sim, não poderiam tolerar mente presa fácil para eles.
que seus irmãos se regozijassem 4 Mas eis que grande foi seu
com o sangue dos nefitas en- desapontamento; porque eis que
quanto houvesse algum que ob- os nefitas haviam levantado um
servasse os mandamentos de parapeito de terra ao seu redor,
Deus, pois a promessa do tão alto que os lamanitas não
Senhor era de que, se guardas- podiam atirar suas pedras e suas
sem seus mandamentos, pros- flechas de modo a produzir efei-
perariam na terra. to; nem podiam atacá-los, senão
pelo lugar de entrada.
5 Ora, nessa ocasião os capi-
CAPÍTULO 49 tães-chefes dos lamanitas fica-
ram grandemente surpresos com
Os invasores lamanitas não conse- a sabedoria dos nefitas na pre-
guem tomar as cidades fortificadas paração de seus lugares de defe-
de Amonia e Noé — Amaliquias sa.
amaldiçoa Deus e jura beber o san- 6 Ora, os chefes dos lamanitas
gue de Morôni—Helamã e seus ir- haviam suposto, devido a sua
mãos continuam a fortalecer a superioridade numérica, sim,
Igreja. Aproximadamente 72 a.C. supuseram que teriam a oportu-
nidade de atacá-los como até
E aconteceu então que no déci- então haviam feito; sim, e ti-
mo primeiro mês do décimo no- nham-se também preparado
no ano, no décimo dia do mês, com escudos e couraças; e tam-
os exércitos dos lamanitas foram bém se prepararam com vesti-
vistos aproximando-se da terra mentas de pele, sim, vestimen-
de Amonia. tas bem grossas para cobrir-lhes
2 E eis que a cidade havia sido a nudez.
reconstruı́da e, nas fronteiras 7 E achando-se assim prepara-
da cidade, Morôni colocara um dos, supunham poder facilmen-
exército; e ao seu redor amon- te dominar e sujeitar seus
toaram terra para protegerem- irmãos ao jugo da escravidão;
se das flechas e pedras dos lama- ou matá-los e massacrá-los se-
nitas; porque eis que eles luta- gundo sua vontade.
vam com pedras e com flechas. 8 Mas eis que, para sua total
3 Eis que eu disse que a cidade surpresa, eles estavam aprepara-

24a Al. 46:12. 49 3a Al. 16:2–3, 9, 11.


b gee Apostasia. 8 a Al. 48:7–10.
Alma 49:9–18 384
dos para recebê-los de uma for- ram-se e fizeram o juramento
ma nunca antes vista entre os de destruir o povo daquela
filhos de Leı́. Ora, estavam pre- cidade.
parados para os lamanitas, para 14 Mas eis que, para seu
combater segundo as instruções assombro, a cidade de Noé, que
de Morôni. até então fora um local indefeso,
9 E aconteceu que os lama- agora se tornara forte por causa
nitas, ou seja, os amaliquiaı́tas, de Morôni; sim, e até excedia a
ficaram muito surpresos com a força da cidade de Amonia.
maneira pela qual eles se ha- 1 5 E e n t ã o , e i s q u e n i s t o
viam preparado para a guerra. Morôni fora sábio; porque havia
10 Ora, se o rei Amaliquias suposto que eles ficariam ame-
houvesse descido da aterra de drontados com a cidade de
Néfi à frente de seu exército, Amonia e, como a cidade de
talvez tivesse feito com que os Noé fora sempre a parte mais
lamanitas atacassem os nefitas fraca da terra, conseqüentemen-
na cidade de Amonia; porque te marchariam para lá, a fim de
eis que ele não se importava lutar; e assim aconteceu segun-
com o sangue de seu povo. do seus desejos.
11 Mas eis que Amaliquias 16 E eis que Morôni havia
não descera pessoalmente para nomeado Leı́ para ser capi-
batalhar. E eis que seus capitães- tão-chefe dos homens daquela
chefes não ousaram atacar os cidade; e era o a mesmo Leı́
nefitas na cidade de Amonia, que havia lutado com os lama-
porque Morôni havia alterado a nitas no vale, a leste do rio
tática dos nefitas, de modo que Sidon.
os lamanitas se viram frustrados 17 E então eis que aconteceu
ante seus lugares de refúgio e que quando descobriram que
não puderam atacá-los. Leı́ comandava a cidade, os
12 Portanto retrocederam para lamanitas ficaram novamente
o deserto, levantaram acampa- desapontados, porque o temiam
mento e marcharam em direção muito; não obstante, seus capi-
à terra de Noé, supondo que tães-chefes tinham feito jura-
esse seria o segundo melhor mento de atacar a cidade;
lugar para atacar os nefitas. portanto fizeram avançar seus
13 Porque não sabiam que exércitos.
Morôni tinha fortificado, ou se- 18 Ora, eis que os lamanitas
ja, construı́do afortes de defesa não podiam penetrar em seus
para todas as cidades em toda a fortes de defesa por nenhum
terra circunvizinha; por isso outro meio a não ser pela entra-
marcharam para a terra de Noé da, em virtude da altura do
com firme determinação; sim, parapeito que fora levantado e
seus capitães-chefes adianta- da profundidade do fosso que

10a 2 Né. 5:8; Al. 47:1. 16a Al. 43:35.


Ômni 1:12; 13a Al. 48:8.
385 Alma 49:19–28
haviam cavado em derredor, a destruir os nefitas até que todos
não ser pela entrada. os seus capitães-chefes foram
19 E assim estavam os nefitas mortos; sim, e mais de mil lama-
preparados para destruir todos nitas foram mortos, enquanto,
os que tentassem escalar o forte no outro lado, nem um só nefita
para nele entrar por qualquer foi morto.
outro meio, atirando-lhes pe- 24 Ficaram feridos cerca de cin-
dras e flechas. qüenta homens, os quais ha-
20 Dessa forma estavam eles viam sido expostos às flechas
preparados, sim, um grupo de dos lamanitas através da passa-
seus homens mais fortes, com gem; mas estavam protegidos
suas espadas e suas fundas, para por seus escudos e suas coura-
derrubar todos os que tentas- ças e seus capacetes, de modo
sem penetrar em sua fortaleza que seus ferimentos, muitos dos
pela entrada; e assim estavam quais eram graves, eram nas
eles preparados para defender- pernas.
se dos lamanitas. 25 E aconteceu que quando
21 E aconteceu que os capitães viram que seus capitães-chefes
dos lamanitas levaram seus estavam todos mortos, os lama-
exércitos para a frente da entra- nitas fugiram para o deserto. E
da e começaram a contender aconteceu que voltaram à terra
com os nefitas, com a intenção de Néfi a fim de informar o rei
de penetrar no forte; mas eis Amaliquias, que era nefita por
que foram rechaçados várias ve- nascimento, de suas grandes
zes, tendo sido mortos numa perdas.
grande matança. 26 E aconteceu que ele ficou
22 Ora, quando descobriram muito zangado com seu povo
que não poderiam dominar os porque não conseguira seu in-
nefitas pela entrada, principia- tento de dominar os nefitas; ele
ram a escavar o parapeito de não os sujeitara ao jugo do cati-
terra, a fim de conseguirem pas- veiro.
sagem para seus exércitos e po- 27 Sim, ele ficou muito irado e
a
derem lutar em condições de amaldiçoou a Deus, bem como
igualdade; mas eis que, nessas a Morôni, fazendo bjuramento
tentativas, foram varridos pelas de que lhe beberia o sangue;
pedras e flechas que lhes eram e isto porque Morôni cumprira
atiradas; e em vez de encherem os mandamentos de Deus nos
os fossos com a terra derrubada preparativos para proteger seu
do parapeito, encheram-nos em povo.
parte com seus mortos e feridos. 28 E aconteceu que, por outro
23 Assim, os nefitas tinham po- lado, o povo de Néfi aagradeceu
der total sobre seus inimigos; ao Senhor seu Deus por haver-
e assim os lamanitas tentaram lhes demonstrado seu incompa-

27a gee Blasfemar, b At. 23:12. Agradecido,


Blasfêmia. 28a gee Ação de Graças, Agradecimento.
Alma 49:29–50:9 386
rável poder ao livrá-los das terra fez com que fossem colo-
mãos de seus inimigos. cadas vigas, sim, estruturas de
29 E assim terminou o décimo madeira da altura de um ho-
nono ano em que os juı́zes go- mem, circundando as cidades.
vernaram o povo de Néfi. 3 E sobre essas estruturas
30 Sim, e houve paz contı́nua de madeira mandou construir
entre eles, bem como grande uma paliçada de estacas em
prosperidade na igreja, em vir- toda a volta; e elas eram fortes
tude da atenção e diligência pa- e altas.
ra com a palavra de Deus que 4 E fez com que se levantassem
lhes era pregada por Helamã e torres mais altas que as paliça-
Siblon e Coriânton e Amon e das e, no topo dessas torres, fez
seus irmãos; sim, e por todos os construir lugares de defesa, de
que haviam sido ordenados se- modo que as pedras e flechas
gundo a asanta ordem de Deus, dos lamanitas não pudessem
sendo batizados para o arrepen- feri-los.
dimento e enviados para pregar 5 E eles estavam preparados
ao povo. para atirar pedras lá de cima, se-
gundo sua vontade e força; e
matar todo aquele que tentasse
CAPÍTULO 50
aproximar-se das muralhas da
cidade.
Morôni fortifica as terras dos nefi-
6 Assim preparou Morôni forti-
tas—Eles constroem muitas cida-
ficações ao redor de todas as
des novas — Os nefitas sofrem
cidades de toda a terra, para de-
guerras e destruições nos dias de
fendê-las de seus inimigos.
suas iniqüidades e abominações—
7 E aconteceu que Morôni fez
Moriânton e seus dissidentes são
com que seus exércitos marchas-
derrotados por Teâncum—Nefia
sem para o deserto leste; sim, e
morre e seu filho Paorã ocupa a ca-
eles avançaram e expulsaram
deira de juiz. Aproximadamente
todos os lamanitas que estavam
72–67 a.C.
no deserto leste para suas pró-
E então aconteceu que Morôni prias terras, que ficavam ao sul
não suspendeu seus preparati- da terra de Zaraenla.
vos para a guerra, ou seja, para 8 E a terra de Néfi estendia-se,
defender seu povo dos lamani- em linha reta, do mar do leste
tas; pois fez com que seus exér- para o oeste.
citos, no inı́cio do vigésimo ano 9 E aconteceu que quando
do governo dos juı́zes, começas- Morôni expulsou todos os lama-
sem a cavar, levantando montes nitas do deserto leste, que ficava
de terra ao redor de todas as ci- ao norte das terras sob seu do-
dades por toda a terra habitada mı́nio, fez com que os habitan-
pelos nefitas. tes que estavam na terra de
2 E no alto desses montes de Zaraenla e arredores avanças-

30a Al. 43:2.


387 Alma 50:10–21
sem para o deserto leste, até as Aarão e Morôni; e deram à cida-
fronteiras do mar, e tomassem de, ou melhor, à terra, o nome
posse da terra. de Nefia.
10 E ele também colocou exér- 15 E naquele mesmo ano ini-
citos ao sul, nas fronteiras de ciaram também a construção de
seus territórios, e fez com que muitas cidades no norte, uma
fossem construı́das afortifica- de modo singular, à qual deram
ções que pudessem proteger os o nome de Leı́, que ficava ao
exércitos e o povo das mãos de norte, próxima à costa.
seus inimigos. 16 E assim terminou o vigési-
11 E assim isolou todas as forti- mo ano.
ficações dos lamanitas no deser- 17 E nesse estado de prosperi-
to leste; sim, e também no oeste, dade achava-se o povo de Néfi
fortificando a linha divisória dos no começo do vigésimo primei-
nefitas e lamanitas entre a terra ro ano em que os juı́zes gover-
de Zaraenla e a terra de Néfi, naram o povo de Néfi.
desde o mar do oeste, passando 18 E eles prosperaram muito e
pela cabeceira do rio Sidon— tornaram-se muito ricos; sim,
ocupando os nefitas toda a terra multiplicaram-se e tornaram-se
do norte, sim, toda a terra si- fortes na terra.
tuada ao norte da terra de 19 E assim vemos quão miseri-
Abundância, de acordo com sua cordiosos e justos são todos os
vontade. procedimentos do Senhor para
12 Assim Morôni, com seus o cumprimento de todas as suas
exércitos, que aumentavam dia- palavras aos filhos dos homens;
riamente por causa da certeza sim, mesmo agora podemos ver
de proteção que suas defesas como foram cumpridas as pa-
ofereciam, procurou eliminar a lavras que ele dirigiu a Leı́,
força e o poder dos lamanitas dizendo:
sobre suas terras, a fim de que 20 Bem-aventurados sois, tu e
sobre elas não tivessem poder teus filhos; e eles serão abençoa-
algum. dos e, se guardarem meus man-
13 E aconteceu que os nefitas damentos, prosperarão na terra.
iniciaram a fundação de uma Mas lembra-te de que, se não
cidade, a qual denominaram guardarem meus mandamen-
cidade de Morôni; e situava-se tos, serão aafastados da presença
perto do mar do leste; e ficava do Senhor.
ao sul, perto das fronteiras dos 21 E vemos que essas pro-
territórios lamanitas. messas ao povo de Néfi foram
14 E iniciaram também os ali- cumpridas; porque foram suas
cerces de uma cidade entre a desavenças e suas contendas,
cidade de Morôni e a cidade de sim, seus homicı́dios e suas
Aarão, unindo as fronteiras de pilhagens, sua idolatria, sua

50 10a Al. 49:18–22. 20a D&C 1:14.


Alma 50:22–32 388
libertinagem e suas abomina- 27 Mas eis que o povo que
ções que lhes trouxeram guerras habitava a terra de Leı́ fugiu
e destruição. para o acampamento de Morôni
22 E os fiéis no cumprimento e pediu-lhe ajuda; pois eis que
dos mandamentos de Deus fo- não se achavam em erro.
ram sempre libertados, ao passo 28 E aconteceu que quando o
que milhares de seus irmãos povo de Moriânton, que era
inı́quos foram reduzidos à es- guiado por um homem chama-
cravidão ou pereceram pela do Moriânton, descobriu que o
espada ou degeneraram, caindo povo de Leı́ havia fugido para o
na incredulidade, e misturaram- acampamento de Morôni, teve
se aos lamanitas. muito medo de que o exército
23 Mas eis que nunca houve de Morôni caı́sse sobre eles e os
época amais feliz para o povo destruı́sse.
de Néfi, desde os tempos de 29 Portanto, Moriânton con-
Néfi, do que os dias de Morôni, venceu-os de que deveriam fu-
sim, mesmo agora, no vigésimo gir para a terra que ficava ao
primeiro ano do governo dos norte, a qual era coberta por
juı́zes. grandes extensões de água, e
24 E aconteceu que o vigésimo ocupar a terra que ficava ao
segundo ano do governo dos norte.
juı́zes também terminou em paz; 30 E eis que teriam executado
sim, e também o vigésimo ter- esse plano (o que teria sido
ceiro ano. lamentável), mas eis que Mo-
25 E aconteceu que no começo riânton, que era um homem
do vigésimo quarto ano do go- muito violento, zangou-se com
verno dos juı́zes, teria também uma de suas servas e sobre ela
havido paz para o povo de Néfi atirou-se, espancando-a.
se entre eles não tivesse surgido 31 E aconteceu que ela fugiu e
uma acontenda relativa à terra foi para o acampamento de
de Leı́ e à terra de Moriânton, Morôni e relatou todo o aconte-
que confinava com a terra de cido; e também a intenção que
Leı́, ficando ambas próximas à tinham eles de fugir para a terra
costa. do norte.
26 Pois eis que o povo que 32 Ora, eis que o povo que es-
habitava a terra de Moriânton tava na terra de Abundância, ou
reivindicou uma parte da terra melhor, Morôni, temeu que eles
de Leı́; assim começou uma aca- se deixassem levar pelas pala-
lorada contenda entre eles, a vras de Moriânton e se unissem
ponto de ter o povo de Moriân- ao povo dele; e assim ele se apo-
ton pegado em armas contra deraria daquelas partes da terra,
seus irmãos, estando determina- o que daria origem a sérias con-
dos a exterminá-los pela espada. seqüências para o povo de Néfi,

23a Mos. 2:41. 25a gee Contenção, Contenda.


389 Alma 50:33–40
sim, conseqüências que leva- da entre o povo de Néfi, morreu
riam à perda de sua aliberdade. Nefia, o segundo juiz supremo,
33 Por conseguinte, Morôni tendo ocupado a cadeira de juiz
enviou um exército com seus com perfeita retidão perante
apetrechos para interceptar o Deus.
povo de Moriânton, para im- 38 Não obstante, havia-se re-
pedir sua fuga para a terra do cusado a tomar posse dos regis-
norte. tros e daquelas coisas que Alma
34 E aconteceu que não os in- e seus pais consideravam muito
terceptaram até eles chegarem sagradas. Por conseguinte Alma
às fronteiras da terra de aDesola- os havia confiado a seu filho
ção; e lá os detiveram, na estrei- Helamã.
ta passagem que levava à terra 39 Eis que aconteceu ter sido o
do norte, perto do mar, sim, filho de Nefia indicado para
perto do mar tanto a leste como ocupar a cadeira de juiz em lu-
a oeste. gar de seu pai; sim, foi nomeado
35 E aconteceu que o exército juiz supremo e governador do
e n v i a d o p o r M o r ô n i , s o b o povo, com o juramento e a orde-
comando de um homem chama- nança sagrada de julgar com
do Teâncum, defrontou-se com justiça e manter a paz e a liber-
o povo de Moriânton; e tão dade do povo e de conceder-lhe
obstinado estava o povo de o privilégio sagrado de adorar
Moriânton (incitado por sua ao Senhor seu Deus, sim, de
iniqüidade e suas palavras li- apoiar e manter a causa de Deus
sonjeiras), que teve inı́cio uma durante todos os seus dias e de
batalha entre eles, na qual fazer justiça aos inı́quos, de
Teâncum matou Moriânton e acordo com seus crimes.
derrotou os de seu exército 40 Ora, eis que seu nome era
e tomou-os como prisioneiros Paorã; e Paorã ocupou a cadeira
e voltou ao acampamento de de seu pai e começou a gover-
Morôni. E assim terminou o nar o povo de Néfi no fim do
vigésimo quarto ano em que os vigésimo quarto ano.
juı́zes governaram o povo de
Néfi.
36 E assim o povo de Moriân- CAPÍTULO 51
ton foi levado de volta. E após
haverem feito um tratado de Os realistas procuram mudar a lei e
paz, foram reencaminhados à instituir um rei—Paorã e os ho-
terra de Moriânton; e efetuou- mens livres são apoiados pela voz do
se uma união deles com o povo povo—Morôni obriga os realistas a
de Leı́; e eles foram também defenderem seu paı́s; caso contrário,
reencaminhados a suas terras. serão executados—Amaliquias e os
37 E aconteceu que no mesmo lamanitas capturam muitas cidades
ano em que a paz foi restabeleci- fortificadas—Teâncum repele a in -

32a gee Liberdade, Livre. 34a Al. 46:17.


Alma 51:1–10 390
vasão lamanita e mata Amaliquias 6 E os que desejavam que
em sua tenda. Aproximadamente Paorã continuasse sendo o juiz
67–66 a.C. supremo da terra tomaram o
nome de homens livres; e assim,
E então aconteceu, no começo dividiram-se, porque os homens
do vigésimo quinto ano em que livres haviam feito o juramento,
os juı́zes governaram o povo de ou seja, o convênio de manter
Néfi, tendo eles estabelecido seus direitos e os privilégios de
paz entre o povo de Leı́ e o po- sua religião por meio de um
vo de Moriânton a respeito de governo livre.
suas terras e tendo iniciado em 7 E aconteceu que essa questão
paz o vigésimo quinto ano; foi decidida pela voz do povo. E
2 Embora a paz total não tenha aconteceu que a voz do povo foi
sido mantida por muito tempo favorável aos homens livres; e
na terra, porque surgiu uma Paorã manteve-se na cadeira de
discórdia entre o povo concer- juiz, o que causou muita satis-
nente a Paorã, o juiz supremo, fação aos irmãos de Paorã e
pois eis que uma parte do po- também a muitos do povo da
vo desejava que alguns pontos liberdade, que também reduzi-
especı́ficos da lei fossem altera- ram os realistas ao silêncio, de
dos. maneira que não se atreveram a
3 Mas eis que Paorã não dese- fazer oposição, mas viram-se
java nem consentiu que se alte- obrigados a apoiar a causa da
rasse a lei; de modo que não deu liberdade.
ouvidos aos que lhe enviaram 8 Ora, os que estavam a favor
sua voz com suas petições refe- de reis eram pessoas de aalta li-
rentes à alteração da lei. nhagem e procuravam tornar-se
4 Por isso, aqueles que deseja- reis; e eram apoiados por aque-
vam a modificação da lei fica- les que ambicionavam poder e
ram irados contra ele e não autoridade sobre o povo.
quiseram que continuasse como 9 Mas eis que essa foi uma
juiz supremo da terra. Origi- época crı́tica para tais discórdias
nou-se então acalorada disputa entre o povo de Néfi; porque
sobre o assunto, mas não che- eis que Amaliquias tornara a
gou a haver derramamento de incitar o coração dos lamanitas
sangue. contra os nefitas e estava reu-
5 E aconteceu que aqueles que nindo soldados de todas as par-
desejavam ver Paorã destituı́do tes de sua terra e armando-os e
do cargo de juiz supremo foram preparando-os com todo o cui-
chamados realistas, porque de- dado para a guerra; pois ele
sejavam que a lei fosse modifi- havia ajurado que beberia o san-
cada de uma forma que gue de Morôni.
derrubasse o governo livre e 10 Veremos, porém, que a pro-
instituı́sse um rei na terra. messa que ele fizera fora preci-

51 8a gee Orgulho. 9 a Al. 49:26–27.


391 Alma 51:11–20
pitada. Não obstante, ele prepa- 15 E aconteceu que enviou
rou-se e preparou seus exércitos uma petição com a voz do povo
para guerrear os nefitas. ao governador da terra, solici-
11 Ora, seus exércitos não eram tando-lhe que a lesse e desse a
tão grandes como antes haviam ele (Morôni) poder para obrigar
sido, por causa dos muitos mi- aqueles dissidentes a defende-
lhares que haviam sido mortos rem seu paı́s ou para condená-
pelas mãos dos nefitas; mas los à morte.
apesar de suas grandes perdas, 16 Porque sua primeira preo-
Amaliquias reunira um formi- cupação era pôr termo àquelas
dável exército, a ponto de não contendas e dissensões entre o
recear descer à terra de Zara- povo; porque eis que, até então,
enla. isso havia sido a causa de toda a
12 Sim, o próprio Amaliquias sua destruição. E aconteceu que
desceu à frente dos lamanitas. E foi feito de acordo com a voz do
isto aconteceu no vigésimo quin- povo.
to ano do governo dos juı́zes; e 17 E aconteceu que Morôni
foi ao mesmo tempo em que ordenou a seu exército que se
eles começaram a resolver suas lançasse contra os realistas para
contendas relativas ao juiz su- abater-lhes o orgulho e a altivez
premo, Paorã. e derrubá-los por terra; ou deve-
13 E aconteceu que quando riam pegar em armas e ajudar a
tiveram conhecimento de que apoiar a causa da liberdade.
os lamanitas vinham descendo 18 E aconteceu que os exércitos
para batalhar contra eles, os marcharam contra eles; e abate-
homens que eram chamados ram-lhes o orgulho e a altivez
realistas ficaram muito conten- de tal modo que, ao pegarem
tes e recusaram-se a pegar em em armas para lutar contra os
armas, porque estavam tão ira- homens de Morôni, foram logo
dos com o juiz supremo e tam- mortos e derrubados por terra.
bém com o apovo da liberdade 19 E aconteceu que era qua-
que não quiseram pegar em tro mil o número dos adissiden-
armas para defender seu paı́s. tes derrubados pela espada; e os
14 E aconteceu que Morôni, seus chefes que não morreram
quando viu isso e viu também na luta foram levados para a
que os lamanitas estavam atra- prisão, porque naquele mo-
vessando as fronteiras da terra, mento não havia tempo para
ficou sumamente irado com a julgá-los.
obstinação daquele povo por 20 E os restantes daqueles dis-
cuja preservação ele trabalha- sidentes, em vez de se deixarem
ra com tanto empenho; sim, matar pela espada, renderam-se
ficou muito contrariado, en- ao estandarte da liberdade e fo-
chendo-se-lhe a alma de ira con- ram compelidos a hastear o aes-
tra eles. tandarte da liberdade em suas

13a Al. 46:10–16. 19a Al. 60:16. 20a Al. 46:12–13.


Alma 51:21–31 392
torres e em suas cidades e a Nefia, mas conservou-os perto
pegar em armas para a defesa do mar, deixando homens em
de seu paı́s. todas as cidades para mantê-las
21 E assim Morôni pôs fim e defendê-las.
àqueles realistas, de modo que 26 E assim seguiu ele ocupan-
não restou homem algum que do muitas cidades, a cidade
fosse conhecido pela denomina- de Nefia e a cidade de Leı́ e
ção de realista; e, desta maneira, a cidade de Moriânton e a cida-
pôs fim à obstinação e ao orgu- de de Ômner e a cidade de
lho daqueles que diziam ter san- Gide e a cidade de Muleque, as
gue nobre; e foram obrigados a quais ficavam todas situadas
ser humildes como seus irmãos nas fronteiras do leste, perto do
e a lutar valentemente em defe- mar.
sa de sua liberdade. 27 E assim, pela astúcia de
22 Então aconteceu que, en- Amaliquias, com suas inúmeras
quanto aMorôni estava assim hostes os lamanitas se haviam
acabando com as guerras e con- apoderado de muitas cidades,
tendas entre seu próprio povo, as quais estavam todas afortifica-
sujeitando-o à paz e à civiliza- das solidamente segundo o tipo
ção e fazendo regulamentos a das fortificações de Morôni; e
fim de preparar-se para a guerra todas elas serviram de fortaleza
contra os lamanitas, eis que os para os lamanitas.
lamanitas penetraram na terra 28 E aconteceu que marcharam
de Morôni, situada nas frontei- para as fronteiras da terra de
ras perto do mar. Abundância, fazendo os nefitas
23 E aconteceu que os nefitas retrocederem e matando muitos
não estavam suficientemente deles.
fortes na cidade de Morôni e, 29 Mas aconteceu que foram
por isso, foram expulsos por enfrentados por Teâncum, que
Amaliquias, que matou muitos havia amatado Moriânton e deti-
deles. E aconteceu que Amali- do a fuga de seu povo.
quias tomou posse da cidade, 30 E aconteceu que ele também
sim, apoderou-se de todas as deteve Amaliquias, que marcha-
suas fortificações. va com seu numeroso exército
24 E os que fugiram da cidade para apoderar-se da terra de
de Morôni foram para a cida- Abundância e também da terra
d e d e N e f i a ; e t a m b é m o s do norte.
habitantes da cidade de Leı́ 31 Mas eis que Amaliquias
reuniram-se e prepararam-se, ficou grandemente desaponta-
ficando prontos para enfrentar do ao ser repelido por Teâncum
os lamanitas. e seus homens, que eram
25 Mas aconteceu que Amali- grandes guerreiros; pois cada
quias não permitiu que os lama- um dos homens de Teâncum
nitas atacassem a cidade de sobrepujava os lamanitas em

22a gee Morôni, Capitão. 27a Al. 48:8–9. 29a Al. 50:35.
393 Alma 51:32–52:5
força e destreza de guerra, de CAPÍTULO 52
modo que obtiveram vantagem
sobre os lamanitas. Amoron sucede a Amaliquias como
32 E aconteceu que eles os rei dos lamanitas—Morôni, Teân-
atacaram e mataram até o es- cum e Leı́ guiam os nefitas em uma
curecer. E aconteceu que Teân- guerra vitoriosa contra os lamani-
cum e seus homens armaram tas—A cidade de Muleque é reto-
suas tendas nas fronteiras da mada e Jacó, o zoramita, é morto.
terra de Abundância; e Amali- Aproximadamente 66–64 a.C.
quias armou suas tendas na
praia, nas fronteiras junto à cos- E então aconteceu, no vigésimo
ta; e deste modo foram eles sexto ano em que os juı́zes
rechaçados. governaram o povo de Néfi, que
33 E aconteceu que, depois quando despertaram na primei-
de anoitecer, Teâncum e seu ra manhã do primeiro mês, eis
servo saı́ram furtivamente e que os lamanitas descobriram
dirigiram-se ao acampamento que Amaliquias estava morto
de Amaliquias; e eis que o sono em sua tenda; e também viram
os havia dominado em virtude que Teâncum estava pronto
de sua grande fadiga, causa- para atacá-los naquele dia.
da pelos labores e pelo calor do 2 E então, quando os lamanitas
dia. viram isso, ficaram amedronta-
34 E aconteceu que Teâncum dos; e abandonando a idéia de
penetrou secretamente na ten- marchar para a terra do norte,
da do rei e atravessou-lhe o retiraram-se com todo o seu
coração com uma lança; e cau- exército para a cidade de Mule-
sou a morte imediata do rei, que, procurando proteção em
de modo que não chegou a suas fortificações.
despertar seus servos. 3 E aconteceu que o irmão de
35 E regressou secretamente ao Amaliquias foi nomeado rei do
seu acampamento e eis que seus povo; e seu nome era Amoron;
homens dormiam; e despertou- assim, o rei Amoron, irmão do
os e relatou-lhes tudo o que rei Amaliquias, foi nomeado
havia feito. para reinar em seu lugar.
36 E fez com que seus exérci- 4 E aconteceu que ordenou
tos ficassem de prontidão, por a seu povo que conservasse
medo de que os lamanitas aquelas cidades que eles ha-
tivessem despertado e fossem viam tomado à custa de derra-
atacá-los. mamento de sangue; porque
37 E assim terminou o vigési- eles não haviam tomado cidade
mo quinto ano em que os juı́zes alguma sem grande perda de
governaram o povo de Néfi; e sangue.
assim terminaram os dias de 5 E vendo então Teâncum que
Amaliquias. os lamanitas estavam determi-
Alma 52:6–14 394
nados a manter as cidades que e que procurasse todas as opor-
haviam tomado, bem como as tunidades para castigar os lama-
partes da terra das quais se ha- nitas naquela parte, tanto
viam apoderado, e consideran- quanto lhe fosse possı́vel, para
do também a enormidade de que talvez pudesse retomar, por
seu número, Teâncum achou meio de estratagema ou de algu-
prudente não tentar atacá-los ma outra forma, as cidades cir-
em seus fortes. cunvizinhas que haviam sido
6 Conservou, porém, seus ho- tiradas de suas mãos; e que ele
mens em vários lugares, como também fortificasse e reforçasse
se estivessem fazendo prepara- todas as cidades que não ha-
tivos para a guerra; sim, e na viam caı́do em poder dos lama-
verdade preparava-se para de- nitas.
fender-se deles, aerguendo mu- 11 E ele também lhe disse: Reu-
r a l h a s e m v á r i o s p o n t o s e nir-me-ia a vós, mas eis que os
construindo lugares de refúgio. lamanitas nos atacam nas fron-
7 E aconteceu que ele conti- teiras da terra, junto ao mar do
nuou assim se preparando para oeste, e eis que eu vou enfrentá-
a guerra, até que Morôni lhe en- los. Por essa razão não posso
viou um grande número de ho- reunir-me a vós.
mens para fortalecerem seu 12 Ora, o rei (Amoron) havia
exército. deixado a terra de Zaraenla e le-
8 E Morôni enviou-lhe também vara ao conhecimento da rainha
ordem de conservar todos os a morte de seu irmão; e reunira
prisioneiros que lhe caı́ssem nas um grande número de homens
mãos, porque como os lamani- e marchara contra os nefitas nas
tas haviam feito muitos prisio- fronteiras junto ao mar do oeste.
neiros, ele deveria conservar 13 E assim procurou atacar os
todos os prisioneiros dos lama- nefitas e atrair uma parte de seu
nitas, como resgate por aqueles exército para aquela região da
que os lamanitas haviam captu- terra, enquanto dava ordem,
rado. àqueles que deixara para ocupar
9 E ordenou-lhe também que as cidades que ele tomara, de
fortificasse a terra de Abundân- também atacarem os nefitas nas
cia e assegurasse a aestreita pas- fronteiras, junto ao mar do leste;
sagem que levava à terra do e de ocupar suas terras na medi-
norte, a fim de que os lamanitas da do possı́vel, segundo a força
não conquistassem aquele pon- de seus exércitos.
to e tivessem poder para atacá- 14 E nessas perigosas cir-
los de todos os lados. cunstâncias achavam-se os nefi-
10 E Morôni também mandou tas no fim do vigésimo sexto
dizer-lhe que defendesse cuida- ano em que os juı́zes governa-
dosamente aquela parte da terra ram o povo de Néfi.

52 6a Al. 50:1–6; 53:3–5. 9 a Al. 22:32; Mórm. 2:29.


395 Alma 52:15–24
15 Mas eis que aconteceu, no rem vantagem sobre eles e re-
vigésimo sétimo ano do gover- conquistarem a cidade de Mule-
no dos juı́zes, que Teâncum, co- que.
mandado por Morôni — que 20 E aconteceu que enviaram
havia colocado exércitos para emissários ao comandante do
proteger as fronteiras do sul e exército dos lamanitas que pro-
do oeste da terra e principiado tegia a cidade de Muleque, cujo
sua marcha rumo à terra de nome era Jacó, convidando-o a
Abundância, a fim de ajudar sair com seus exércitos para en-
Teâncum e seus homens a reto- frentá-los nas planı́cies entre as
marem as cidades que haviam duas cidades. Mas eis que Jacó,
perdido— que era zoramita, não quis sair
16 E aconteceu que Teâncum com seu exército para enfrentá-
recebera ordem de atacar a cida- los nas planı́cies.
de de Muleque e de retomá-la, 21 E aconteceu que Morôni,
se possı́vel. não tendo mais esperança de
17 E aconteceu que Teâncum enfrentá-los em igualdade de
se preparou para atacar a cida- condições, recorreu portanto a
de de Muleque e marchar com um estratagema, a fim de atrair
seu exército contra os lamani- os lamanitas para fora de suas
tas; verificou, porém, que era fortalezas.
impossı́vel dominá-los enquan- 22 Portanto fez com que Teân-
to eles estivessem dentro de cum tomasse um pequeno
suas fortificações. Por conse- número de homens e marchasse
guinte, desistiu desse propósito para perto da costa; e Morôni e
e retornou à cidade de Abun- seu exército seguiram durante a
dância para esperar a chegada noite para o deserto, a oeste da
de Morôni, que deveria reforçar cidade de Muleque; e assim, pe-
seu exército. la manhã, quando os guardas
18 E aconteceu que Morôni dos lamanitas descobriram Teân-
chegou com seu exército à ter- cum, correram para avisar Jacó,
ra de Abundância no fim do vi- seu chefe.
gésimo sétimo ano em que os 23 E aconteceu que os exércitos
juı́zes governaram o povo de dos lamanitas marcharam con-
Néfi. tra Teâncum, julgando que, por
19 E no começo do vigésimo oi- serem numerosos, dominariam
tavo ano, Morôni e Teâncum e Teâncum devido a seu número
muitos dos capitães-chefes reali- reduzido. E Teâncum, ao ver
zaram um conselho de guerra a que o exército dos lamanitas
fim de decidirem o que pode- avançava contra ele, começou a
riam fazer para que os lamanitas retroceder rumo ao norte, pela
saı́ssem para batalhar contra costa.
eles; ou como poderiam, por al- 24 E aconteceu que quando vi-
gum meio, atraı́-los para fora de ram que ele começou a fugir, os
suas fortalezas, a fim de obte- lamanitas armaram-se de cora-
Alma 52:25–36 396
gem e começaram a persegui- 30 Ora, Leı́ não desejava alcan-
los com vigor. E enquanto Teân- çá-los até que encontrassem
cum ia assim atraindo para Morôni e seu exército.
longe os lamanitas, que em vão 31 E aconteceu que antes que
os perseguiam, eis que Morôni tivessem retrocedido muito, os
ordenou a uma parte de seu lamanitas foram cercados pe-
exército que se achava com ele, los nefitas, pelos homens de
que penetrasse na cidade e a Morôni de um lado e, do outro,
ocupasse. pelos de Leı́, todos eles des-
25 E eles assim fizeram e mata- cansados e cheios de vigor; os
ram todos os que haviam sido lamanitas, porém, estavam can-
deixados para proteger a cida- sados por causa da sua longa
de, sim, todos aqueles que não marcha.
quiseram entregar suas armas 32 E Morôni ordenou a seus
de guerra. homens que os atacassem até
26 E assim Morôni se apoderou que entregassem suas armas de
da cidade de Muleque com uma guerra.
parte de seu exército, enquanto 33 E aconteceu que Jacó, sendo
marchava com os soldados res- seu chefe, sendo também azora-
tantes para enfrentar os lamani- mita e tendo um espı́rito indo-
tas quando voltassem da perse- mável, levou os lamanitas a
guição a Teâncum. batalharem contra Morôni com
27 E aconteceu que os lamani- grande fúria.
tas perseguiram Teâncum até 34 Achando-se Morôni no ca-
perto da cidade de Abundância, minho deles, Jacó portanto de-
onde Leı́ os enfrentou com um cidiu matá-los e abrir cami-
pequeno exército que havia sido nho para a cidade de Muleque.
deixado para proteger a cidade Mas eis que Morôni e seus ho-
de Abundância. mens eram mais fortes; portan-
28 E então eis que quando os to não deram passagem aos
capitães-chefes dos lamanitas lamanitas.
viram Leı́ com seu exército mar- 35 E aconteceu que lutaram
chando contra eles, fugiram em com grande furor de ambos os
grande confusão, temendo não lados; e houve muitos mortos
chegar à cidade de Muleque an- de parte a parte; sim, e Morôni
tes que Leı́ os alcançasse; pois foi ferido e Jacó, morto.
estavam cansados em virtude 36 E com tal fúria Leı́ e seus
de sua marcha; e os homens de fortes homens atacaram sua re-
Leı́ estavam descansados. taguarda que os lamanitas, na
29 Ora, os lamanitas não sa- retaguarda, entregaram suas ar-
biam que Morôni se achava em mas de guerra; e os restantes,
sua retaguarda com seu exérci- estando muito confusos, não
to; e tudo o que temiam era Leı́ sabiam para onde ir ou onde
e seus homens. atacar.

33a Al. 31:12.


397 Alma 52:37–53:5
37 Ora, Morôni, vendo essa bém os mortos dos nefitas; e
confusão, disse-lhes: Se trouxer- Morôni colocou homens para
des vossas armas de guerra e as vigiá-los enquanto executavam
entregardes, eis que evitaremos seus trabalhos.
derramar vosso sangue. 2 E Morôni dirigiu-se à cidade
38 E aconteceu que quando os de Muleque, com Leı́; e assumiu
lamanitas ouviram estas pala- o comando da cidade e passou-
vras, seus capitães-chefes—to- o a Leı́. Ora, eis que este Leı́ era
dos os que não haviam sido um homem que havia estado
mortos — adiantaram-se e de- com Morôni na maior parte de
puseram suas armas de guerra suas batalhas; e era um homem
a
aos pés de Morôni, ordenando como Morôni e regozijavam-se
também a seus homens que fi- com a segurança um do outro;
zessem o mesmo. sim, amavam-se um ao outro e
39 Mas eis que muitos não o eram também amados por todo
fizeram; e aqueles que não en- o povo de Néfi.
tregaram suas espadas foram 3 E aconteceu que depois de
presos e amarrados; e suas ar- haverem os lamanitas termina-
mas de guerra foram apreendi- do de sepultar seus mortos e
das; e foram obrigados a mar- também os mortos dos nefitas,
char com seus irmãos para a foram levados de volta à terra
terra de Abundância. de Abundância; e Teâncum, por
40 Ora, o número de prisionei- ordem de Morôni, fez com que
ros feitos era superior ao núme- eles começassem a trabalhar na
ro de mortos, sim, superior ao construção de um fosso ao redor
número de mortos de ambos os da terra, ou seja, da cidade de
lados. Abundância.
4 E fez com que eles construı́s-
sem um parapeito de madeira
CAPÍTULO 53 sobre a borda interior do fosso;
e eles atiraram a terra desse fos-
Os prisioneiros lamanitas são usa- so contra o aparapeito de madei-
dos para fortificar a cidade de ra; e assim fizeram com que os
Abundância—Dissensões entre os lamanitas trabalhassem até cer-
nefitas dão lugar a vitórias lamani- car a cidade de Abundância com
tas—Helamã assume o comando de uma forte muralha de madeira e
dois mil jovens, filhos do povo de terra, de grande altura.
Amon. Aproximadamente 64–63 5 E a partir daı́, essa cidade tor-
a.C. nou-se uma grande fortaleza; e
nessa cidade mantiveram os pri-
E aconteceu que puseram guar- sioneiros lamanitas; sim, dentro
das para vigiar os prisioneiros de uma muralha que os haviam
lamanitas e obrigaram-nos a en- feito levantar com as próprias
terrar seus mortos, sim, e tam- mãos. Ora, Morôni foi obrigado

53 2a Al. 48:16–17. 4 a Al. 50:2–3.


Alma 53:6–15 398
a fazer com que os lamanitas próprios, viram-se nas mais pe-
trabalhassem, porque era fácil rigosas situações.
vigiá-los enquanto trabalhavam; 10 E agora eis que tenho algo a
e ele desejava utilizar todas as dizer a respeito dos do apovo de
suas forças quando fosse atacar Amon, que no começo eram la-
os lamanitas. manitas, mas que, por Amon e
6 E aconteceu que Morôni ti- seus irmãos, ou melhor, pelo po-
nha, assim, conseguido obter der e pela palavra de Deus, fo-
u m a v i t ó r i a s o b r e u m d o s ram bconvertidos ao Senhor; e
maiores exércitos dos lamani- haviam sido levados para a terra
tas e havia-se apoderado da de Zaraenla, sendo, a partir daı́,
cidade de Muleque, que era protegidos pelos nefitas.
uma das praças mais fortes 11 E por causa de seu juramen-
dos lamanitas na terra de Néfi; to não mais haviam pegado em
e assim ele também construı́ra armas para combater seus ir-
um forte para prender seus mãos, porque eles haviam feito
prisioneiros. juramento de que anunca mais
7 E aconteceu que ele não mais derramariam sangue; e, de acor-
tentou uma batalha com os la- do com seu juramento, teriam
manitas naquele ano, mas em- perecido; sim, ter-se-iam deixa-
pregou seus homens em prepa- do cair nas mãos de seus irmãos,
rativos para a guerra, sim, e na n ã o f o r a p e l a p i e d a d e q u e
construção de fortificações para Amon e seus irmãos tiveram de-
defender-se dos lamanitas, sim, les e por seu grande amor a eles.
e também para livrar suas mu- 12 E por essa razão foram leva-
lheres e seus filhos da fome e dos para a terra de Zaraenla; e
aflição e fornecer alimentos pa- haviam sido sempre aprotegidos
ra seus exércitos. pelos nefitas.
8 E então aconteceu que os 13 Mas aconteceu que quando
exércitos dos lamanitas, no mar viram o perigo e as muitas afli-
do oeste, ao sul, durante a ções e tribulações que os nefitas
ausência de Morôni e devido a padeciam por eles, encheram-se
algumas intrigas entre os nefi- de compaixão e adesejaram pe-
tas, que causaram dissensões gar em armas em defesa de seu
entre eles, haviam conseguido paı́s.
certa vantagem sobre os nefitas; 14 Mas eis que quando esta-
sim, tanto que se apoderaram vam prestes a pegar suas armas
de várias de suas cidades na- de guerra, foram dissuadidos
quela parte da terra. por Helamã e seus irmãos, por-
9 E assim, por causa de suas que estavam prestes a aquebrar
iniqüidades, sim, por causa de o bjuramento que haviam feito.
dissensões e intrigas entre eles 15 E Helamã temia que, caso o

10a Al. 27:24–26. 12a Al. 27:23. b gee Juramento.


b Al. 23:8–13. 13a Al. 56:7.
11a Al. 24:17–19. 14a Núm. 30:2.
399 Alma 53:16–54:2
fizessem, suas almas se per- eis que isto não era tudo—eles
dessem; por essa razão, todos eram homens bfiéis em todas as
aqueles que haviam feito este ocasiões e em todas as coisas
convênio foram obrigados a que lhes eram confiadas.
presenciar as aflições de seus 21 Sim, eles eram homens ı́nte-
irmãos nas perigosas condições gros e sóbrios, pois haviam
em que se encontravam naque- aprendido a guardar os manda-
les dias. mentos de Deus e a aandar reta-
16 Mas eis que aconteceu que mente perante ele.
eles tinham muitos filhos que 22 E então aconteceu que Hela-
não haviam feito convênio de mã marchou à frente desses
a
não pegar suas armas de guerra dois mil jovens soldados, para
para defender-se de seus inimi- ajudar o povo nas fronteiras da
gos; portanto, reuniram-se to- terra, ao sul, junto ao mar do
dos os que podiam pegar em oeste.
armas e adotaram o nome de 23 E assim terminou o vigési-
nefitas. mo oitavo ano em que os juı́zes
17 E fizeram convênio de lutar governaram o povo de Néfi.
pela liberdade dos nefitas, sim,
de proteger a terra, ainda que
com sacrifı́cio da própria vida; CAPÍTULO 54
sim, fizeram convênio de jamais
renunciar a sua aliberdade, mas Amoron e Morôni negociam a troca
de lutar em todas as circunstân- de prisioneiros—Morôni exige que
cias para proteger os nefitas e a os lamanitas se retirem e cessem os
si próprios do cativeiro. seus ataques assassinos—Amoron
18 Ora, eis que havia dois mil exige que os nefitas deponham suas
desses jovens que fizeram este armas e submetam-se aos lamani-
convênio e pegaram em armas tas. Aproximadamente 63 a.C.
de guerra para defender seu
paı́s. E então aconteceu que no inı́cio
19 E então eis que eles, além de do vigésimo nono ano dos juı́-
nunca terem representado um zes, aAmoron enviou uma men-
peso para os nefitas, tornaram- sagem a Morôni, propondo a
se também, nessa ocasião, um troca de prisioneiros.
grande apoio; porque tomaram 2 E aconteceu que Morôni se
suas armas de guerra e deseja- rejubilou muito com essa solici-
ram que Helamã fosse seu che- tação, porque desejava as pro-
fe. visões destinadas ao sustento
20 E eram todos jovens e muito dos prisioneiros lamanitas para
valorosos quanto à acoragem e sustentar seu próprio povo; e
também vigor e atividade; mas ele também desejava seu povo

17a Al. 56:47. Corajoso. com Deus.


gee Liberdade, Livre. b gee Integridade. 22a Al. 56:3–5.
20a gee Coragem, 21a gee Andar, Andar 54 1a Al. 52:3.
Alma 54:3–12 400
de volta, para reforçar seu exér- pósitos assassinos e regresses
cito. com teus exércitos a tuas pró-
3 Ora, os lamanitas haviam prias terras.
aprisionado muitas mulheres e 8 Mas como uma vez rejeitaste
crianças e não havia mulher al- estas coisas e lutaste contra o
guma nem criança entre todos povo do Senhor, suponho que
os prisioneiros de Morôni, ou da mesma forma voltes a fazê-
seja, os prisioneiros feitos por lo.
Morôni. Por essa razão Morôni 9 E agora, eis que estamos pre-
resolveu usar de um estratage- parados para receber-te; sim, e a
ma para conseguir dos lamani- não ser que renuncies a teus
tas tantos prisioneiros nefitas propósitos, eis que atrairás so-
quantos possı́vel. bre ti a cólera daquele Deus que
4 Assim, escreveu uma epı́sto- rejeitaste, para tua completa
la, enviando-a pelo servo de destruição.
Amoron, o mesmo que havia le- 10 Mas, como vive o Senhor,
vado a epı́stola a Morôni. Ora, nossos exércitos atacar-te-ão ca-
estas são as palavras que escre- so não te retires; e bem cedo se-
veu a Amoron: rás visitado pela morte, pois
5 Eis que, Amoron, eu te escre- conservaremos nossas cidades e
vi algo concernente a esta guer- nossas terras; sim, e preservare-
ra que empreendeste contra mos nossa religião e a causa de
meu povo, ou melhor, que teu nosso Deus.
a
irmão empreendeu contra eles 11 Mas eis que julgo falar-te
e que ainda estás determinado a destas coisas em vão; pois pare-
continuar após sua morte. ce-me que és afilho do inferno;
6 Eis que eu quisera dizer-te al- por conseguinte, termino esta
go a respeito da ajustiça de Deus epı́stola informando-te de que
e da espada de sua ira todo-po- não farei a troca de prisioneiros
derosa, que está suspensa sobre a não ser com a condição de me
ti a não ser que te arrependas e entregares um homem com a es-
retires teus exércitos para tuas posa e os filhos em troca de cada
próprias terras, ou seja, a terra prisioneiro; se estiveres de acor-
de tua possessão, que é a terra do, efetuarei a troca.
de Néfi. 12 E eis que, se não fizeres
7 Sim, quisera dizer-te estas isto, marcharei contra ti com
coisas se fosses capaz de ouvi- meus exércitos; sim, armarei
las; sim, quisera falar-te a respei- até mesmo minhas mulheres
t o d o t e r r ı́ v e l a i n f e r n o q u e e meus filhos e avançarei con-
aguarda bassassinos como tu e tra ti, perseguindo-te até tua
teu irmão, a menos que te arre- própria terra, que é a terra
pendas e renuncies a teus pro- de a nossa primeira herança;

5 a Al. 48:1. b Al. 47:18, 22–24. 12a 2 Né. 5:5–8.


6 a gee Justiça. gee Homicı́dio.
7 a gee Inferno. 11a Jo. 8:42–44.
401 Alma 54:13–24
sim, e será sangue por sangue, vo; nós, porém, não tememos
sim, vida por vida; e dar-te-ei tuas ameaças.
combate até que sejas eliminado 20 Não obstante, com satisfa-
da face da Terra. ção concordarei em trocar pri-
13 Eis que estou irado e tam- sioneiros em conformidade com
bém meu povo; tens procurado tua proposta, a fim de poder
matar-nos e nós temos procura- economizar alimento para meus
do tão-somente defender-nos. homens de guerra; e empreen-
Eis porém que, se ainda procu- deremos uma guerra que será
rares destruir-nos, procurare- eterna, até que submetamos os
mos destruir-te, sim, e procura- nefitas a nossa autoridade ou
remos apoderar-nos de nossa que os exterminemos para sem-
terra, a terra de nossa primeira pre.
herança. 21 E relativamente a esse Deus
14 Agora encerro minha epı́s- que dizes termos rejeitado, eis
tola. Eu sou Morôni, eu sou um que nós não conhecemos tal ser;
chefe do povo nefita. vós, tampouco; mas se existir tal
15 Ora, aconteceu que ao rece- ser, nós sabemos apenas que ele
ber essa epı́stola, Amoron ficou nos criou tal como a vós.
encolerizado; e escreveu outra 22 E se é que existe um diabo e
epı́stola a Morôni e são estas as um inferno, eis que não te man-
palavras que escreveu: dará para lá, a fim de que vivas
16 Eu sou Amoron, rei dos la- com meu irmão que foi por ti
manitas; sou irmão de Amali- assassinado e que tu insinuaste
quias, a quem aassassinaste. E eis ter ido para lá? Mas eis que estas
que vingarei seu sangue sobre coisas não importam.
ti, sim, e irei contra ti com meus 23 Eu sou Amoron e descen-
exércitos, porque não temo tuas dente de aZorã, a quem teus pais
ameaças. pressionaram e trouxeram de
17 Pois eis que teus pais enga- Jerusalém.
naram seus irmãos a ponto de 24 E eis agora que sou um bra-
roubar-lhes o adireito de gover- vo lamanita; eis que esta guerra
no, quando legitimamente lhes foi empreendida para vingar as
pertencia. ofensas cometidas contra eles e
18 E agora eis que, se depuse- para obter e manter seus direi-
res tuas armas e te sujeitares a tos ao governo; e termino mi-
seres governado por aqueles a nha epı́stola a Morôni.
quem pertence o direito de go-
verno, então farei com que meu
povo deponha as armas e cesse CAPÍTULO 55
de guerrear.
19 Eis que tens feito muitas Morôni recusa-se a trocar prisionei-
ameaças contra mim e meu po- ros—Os guardas lamanitas são in -

16a Al. 51:34. Mos. 10:12–17.


17a 2 Né. 5:1–4; 23a 1 Né. 4:31–35.
Alma 55:1–13 402
duzidos a embebedarem-se e os pri- Lamã e um pequeno número de
sioneiros nefitas são libertados—A seus homens fossem até os
cidade de Gide é tomada sem derra- guardas que vigiavam os nefi-
mamento de sangue. Aproximada- tas.
mente 63–62 a.C. 7 Ora, os nefitas estavam pre-
sos na cidade de Gide; portanto
Ora, aconteceu que quando re- Morôni designou Lamã e fez
cebeu esta epı́stola, Morôni fi- com que um pequeno número
cou ainda mais irado, porque de homens o acompanhasse.
sabia que Amoron tinha perfeito 8 E quando chegou a noite, La-
conhecimento de sua afraude; mã dirigiu-se aos guardas que
sim, ele sabia que Amoron não vigiavam os nefitas e eis que
ignorava que aquela guerra eles o viram e detiveram-no;
contra os nefitas era movida por mas ele disse-lhes: Não temais;
uma causa injusta. eis que sou um lamanita. Eis que
2 E disse: Eis que não farei a escapamos dos nefitas e eles
troca de prisioneiros com Amo- dormem; e eis que trouxemos
ron a não ser que ele abandone seu vinho conosco.
seus propósitos, como declarei 9 Ora, quando os lamanitas ou-
em minha epı́stola, porque não viram estas palavras, recebe-
permitirei que adquira mais po- ram-no com alegria; e disseram-
der do que já tem. lhe: Dá-nos de teu vinho para
3 Eis que sei onde os lamanitas que bebamos; alegra-nos que te-
retêm os de meu povo que fo- nhas trazido vinho, pois esta-
ram feitos prisioneiros; e uma mos cansados.
vez que Amoron não concordou 10 Mas Lamã disse-lhes: Guar-
com minha proposta, eis que demos este vinho para quando
agirei de acordo com minhas formos atacar os nefitas. Estas
palavras; sim, semearei a morte palavras, porém, só os fizeram
entre eles até que peçam a paz. ficar mais desejosos de beber o
4 E então aconteceu que quan- vinho;
do disse essas palavras, Morôni 11 Disseram, pois: Estamos
fez com que fosse dada uma cansados; bebamos portanto o
busca entre seus homens para vinho; dentro em pouco recebe-
ver se havia entre eles um ho- remos nossa ração de vinho, que
mem que fosse descendente de nos fortalecerá para marchar-
Lamã. mos contra os nefitas.
5 E aconteceu que encontra- 12 E Lamã disse-lhes: Podeis
ram um, cujo nome era Lamã; e fazer o que desejais.
era aum dos servos do rei que 13 E aconteceu que beberam o
fora assassinado por Amali- vinho à vontade e era de gosto
quias. agradável; portanto, beberam-
6 Ora, Morôni fez com que no ainda mais. E era forte, pois

55 1a Al. 47:12–35. 5 a Al. 47:29.


403 Alma 55:14–26
havia sido preparado com toda 20 Ele, porém, havia realizado
a sua concentração. seus desejos, pois armara os pri-
14 E aconteceu que beberam e sioneiros nefitas que se acha-
ficaram alegres e logo estavam vam dentro das muralhas da
todos embriagados. cidade, possibilitando-lhes apo-
15 E então, quando viram que derar-se das partes que ficavam
todos estavam embriagados e ti- dentro das muralhas.
nham caı́do em profundo sono, 21 E então fez com que os ho-
Lamã e seus homens voltaram mens que estavam com ele re-
para junto de Morôni e relata- cuassem um pouco e cercassem
ram-lhe tudo o que havia suce- os exércitos dos lamanitas.
dido. 22 Ora, eis que isso foi feito du-
16 Ora, isto estava de acordo rante a noite, de modo que, ao
c o m o p l a n o d e M o r ô n i . E acordarem pela manhã, os lama-
Morôni preparara seus homens nitas viram que estavam cerca-
com armas de guerra; e ele foi à dos pelos nefitas do lado de fora
cidade de Gide, enquanto os la- e que, do lado de dentro, seus
manitas se achavam mergulha- prisioneiros estavam armados.
dos em profundo sono e em- 23 E assim viram que os nefitas
briagados, e atirou armas de os tinham em seu poder; e nes-
guerra aos prisioneiros, de mo- sas circunstâncias compreende-
do que todos ficaram armados. ram que não seria oportuno lu-
17 Sim, até as mulheres deles e tar com os nefitas; portanto seus
todos os seus filhos, todos os capitães-chefes exigiram suas
que eram capazes de manejar armas de guerra e eles entrega-
uma arma de guerra quando ram-nas e atiraram-nas aos pés
Morôni armou todos aqueles dos nefitas, suplicando miseri-
prisioneiros. E tudo isto foi exe- córdia.
cutado no maior silêncio. 24 Ora, eis que era esse o dese-
18 Caso, porém, tivessem eles jo de Morôni; fê-los, pois, prisio-
despertado os lamanitas, eis que neiros de guerra e tomou posse
estavam embriagados; e os nefi- da cidade e libertou todos os
tas poderiam tê-los matado. prisioneiros que eram nefitas; e
19 Mas eis que não era esse o eles juntaram-se ao exército de
desejo de Morôni; ele não se Morôni e foram uma grande for-
aprazia em assassı́nios ou ader- ça para o exército.
ramamento de sangue, mas 25 E aconteceu que ele fez com
aprazia-se em salvar seu povo que os lamanitas que aprisiona-
da destruição. E para não incor- ra começassem a atrabalhar, re-
rer em injustiça, não queria cair forçando as fortificações ao re-
sobre os lamanitas e destruı́-los dor da cidade de Gide.
enquanto estivessem embriaga- 26 E aconteceu que depois de
dos. haver fortificado a cidade de Gi-

19a Al. 48:16. 25a Al. 53:3–5.


Alma 55:27–56:2 404
de de acordo com seus desejos, de de Moriânton; pois eis que os
fez com que os prisioneiros fos- lamanitas, com seu trabalho, ha-
sem levados para a cidade de viam fortificado a cidade de
Abundância; e guardou também Moriânton até transformarem-
esta cidade com forças muito na numa praça de guerra extre-
poderosas. mamente forte.
27 E aconteceu que, apesar de 34 E eles estavam continua-
todas as intrigas dos lamanitas, mente levando novas forças pa-
os nefitas conservaram e prote- ra aquela cidade e também no-
geram todos os prisioneiros que vas provisões.
haviam feito, mantendo tam- 35 E assim terminou o vigési-
bém todo o terreno e a vantajo- mo nono ano em que os juı́zes
sa posição que haviam recon- governaram o povo de Néfi.
quistado.
28 E aconteceu que os nefitas
principiaram novamente a triun- CAPÍTULO 56
far e a recuperar seus direitos e
privilégios. Helamã envia uma epı́stola a Morô-
29 Muitas vezes os lamanitas ni, relatando a situação da guerra
tentaram cercá-los durante a com os lamanitas—Antipus e Hela-
noite, mas, nessas tentativas, mã obtêm uma grande vitória sobre
muitos de seus homens foram os lamanitas—Os dois mil jovens
aprisionados. filhos de Helamã lutam com força
30 E muitas vezes tentaram dar miraculosa e nenhum deles é morto.
vinho aos nefitas, a fim de matá- Vers. 1, aproximadamente 62 a.C.;
los com veneno ou por embria- Vers. 2–19, aproximadamente 66
guez. a.C.; e Vers. 20–57, aproximada-
31 Mas eis que os nefitas não mente 65–64 a.C.
eram lentos em alembrar-se do
Senhor seu Deus em sua hora E então aconteceu que no co-
de aflição. Não caı́am nas suas meço do trigésimo ano do go-
armadilhas; sim, não bebiam seu verno dos juı́zes, no segundo
vinho sem primeiro dá-lo a al- dia do primeiro mês, Morôni re-
guns dos prisioneiros lamanitas. cebeu uma epı́stola de Helamã,
32 E assim tomavam precau- relatando as condições do povo
ções para que nenhum veneno naquela parte da terra.
lhes fosse dado, porque, se o seu 2 E são estas as palavras que
vinho envenenasse um lamani- escreveu, dizendo: Meu amado
ta, envenenaria também um ne- irmão Morôni, tanto no Senhor
fita; e dessa forma testavam como nas tribulações de nossa
todas as suas bebidas. guerra; eis que, meu amado ir-
33 E então aconteceu que foi mão, tenho algo a dizer-te com
necessário que Morôni fizesse relação a nossa guerra nesta
preparativos para atacar a cida- parte da terra.

31a Al. 62:49–51.


405 Alma 56:3–16
3 Eis que adois mil dos filhos 10 E eu incorporei meus dois
daqueles homens que Amon mil filhos (porque são dignos
trouxe da terra de Néfi—ora, sa- de ser chamados filhos) ao exér-
bes que eram descendentes de cito de Antipus e, com essa
Lamã, que era o filho mais velho força, Antipus alegrou-se imen-
de nosso pai Leı́; samente; porque eis que seu
4 Ora, não necessito repetir exército havia sido reduzido
suas tradições ou sua increduli- pelos lamanitas, que haviam
dade, pois conheces todas estas matado um grande número
coisas— de nossos homens, razão pela
5 Basta-me portanto dizer que qual temos motivo para lamen-
dois mil desses jovens pegaram tar-nos.
em armas de guerra e desejaram 11 Não obstante, podemos
que eu fosse seu comandante; e consolar-nos quanto a isto —
saı́mos a defender nosso paı́s. eles morreram pela causa de seu
6 E agora, sabes também do paı́s e de seu Deus; sim, e são
a a
convênio que seus pais fizeram felizes.
de que não pegariam em armas 12 E os lamanitas tinham
de guerra contra seus irmãos, também conservado muitos pri-
para derramar sangue. sioneiros, todos eles capitães-
7 N o v i g é s i m o s e x t o a n o , chefes, porque nenhum outro
porém, ao verem as angústias e haviam deixado com vida. E su-
tribulações que padecı́amos por pomos que eles estejam agora
eles, estiveram a ponto de aque- na terra de Néfi, caso não te-
brar o convênio que haviam fei- nham sido mortos.
to e pegar em armas de guerra 13 E agora, estas são as cidades
em nossa defesa. que foram ocupadas pelos lama-
8 Mas não permiti que que- nitas, com derramamento do
brassem o convênio que haviam sangue de tantos de nossos va-
feito, acreditando que Deus nos lentes homens:
fortaleceria, de modo que não 14 A terra de Mânti, ou seja, a
padecerı́amos mais, se eles cum- cidade de Mânti, e a cidade de
prissem o juramento que ha- Zeezrom e a cidade de Cumêni
viam feito. e a cidade de Antı́para.
9 Eis aqui, porém, algo com 1 5 E s ã o e s s a s a s c i d a d e s
que nos podemos alegrar muito. que ocupavam quando eu
Pois eis que no vigésimo sexto cheguei à cidade de Judéia;
ano, eu, Helamã, marchei à fren- e encontrei Antipus e seus
te desses dois mil jovens para a homens trabalhando com toda
cidade de Judéia, a fim de aju- sua força para fortificar a cida-
dar Antipus, a quem havias no- de.
meado chefe do povo naquela 16 Sim, e achavam-se abatidos
parte da terra. fı́sica e espiritualmente, porque

56 3a Al. 53:22. 7 a Al. 53:13–15.


6 a Al. 24:17–18. 11a Al. 28:12.
Alma 56:17–29 406
haviam guerreado valorosamen- sassem por nós, durante a noite
te durante o dia e trabalhado ou durante o dia, para atacar
durante a noite para conservar nossas outras cidades situadas
suas cidades; e assim haviam ao norte.
sofrido grandes aflições de 23 Porque sabı́amos que nes-
todo tipo. sas cidades eles não eram sufi-
17 E estavam, então, determi- cientemente fortes para en-
nados a vencer nesse local ou a frentar os lamanitas; portanto
morrer; portanto bem podes querı́amos cair sobre eles em
imaginar que esta pequena for- sua retaguarda, caso passas-
ça que trouxe comigo, sim, sem por nós, e assim cobrir-
aqueles meus filhos, proporcio- lhes a retaguarda ao mesmo
nou-lhes grandes esperanças e tempo em que eram atacados
muita alegria. pela frente. Supúnhamos po-
1 8 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e der dominá-los, mas eis que
quando descobriram que Anti- fomos frustrados neste nosso
pus havia recebido um reforço desejo.
maior para seu exército, os la- 24 Eles não se atreveram a pas-
manitas viram-se obrigados, por sar por nós com todo o seu exér-
ordem de Amoron, a não lutar cito nem com uma parte dele,
contra a cidade de Judéia, ou se- temendo não serem suficiente-
ja, contra nós. mente fortes e caı́rem.
19 E assim fomos favoreci- 25 Tampouco se atreveram a
dos pelo Senhor; porquanto, marchar contra a cidade de Za-
se nos tivessem atacado nesse raenla; nem ousaram atravessar
estado de fraqueza, teriam tal- a cabeceira do Sidon para che-
vez destruı́do nosso pequeno gar à cidade de Nefia.
exército; mas assim fomos pre- 26 E assim, com suas forças, es-
servados. tavam determinados a conser-
20 Haviam recebido ordem de var as cidades que haviam con-
Amoron de conservarem as ci- quistado.
dades conquistadas. E assim ter- 27 E então aconteceu que no
minou o ano vigésimo sexto. E segundo mês desse ano, muitas
no começo do vigésimo sétimo provisões nos foram trazidas
ano, havı́amo-nos preparado pelos pais daqueles meus dois
para defender tanto nossa cida- mil filhos.
de como a nós mesmos. 28 E também dois mil homens
21 Ora, estávamos desejosos de nos foram enviados da terra de
que os lamanitas nos viessem Zaraenla. E assim estávamos
atacar, porque não desejávamos preparados com dez mil ho-
atacá-los em suas fortificações. mens e com provisões para eles
22 E aconteceu que colocamos e também para suas esposas e
espias em vários lugares para seus filhos.
observar os movimentos dos la- 29 E os lamanitas, vendo as-
manitas e impedir que eles pas- sim que nossas forças aumen-
407 Alma 56:30–41
tavam diariamente e que pro- exército dos lamanitas nos se-
visões chegavam para nosso guisse.
sustento, começaram a ficar com 37 Sim, até uma considerá-
medo e a sair, para ver se lhes vel distância, de modo que
era possı́vel impedir que conti- quando viram que o exército de
nuássemos a receber provisões e Antipus os perseguia com toda
reforços. a sua força, não se voltaram
30 Ora, quando vimos que os nem para a direita nem para
lamanitas começaram a inquie- a esquerda, mas continuaram
tar-se, pensamos em utilizar-nos a perseguir-nos em linha reta;
de um estratagema contra eles; e supomos que era seu inten-
portanto Antipus ordenou que to matar-nos antes que Anti-
eu marchasse com meus filhi- pus os alcançasse; e isto para
nhos para uma cidade vizinha, não serem cercados por nossos
fazendo parecer que transportá- homens.
vamos provisões para uma cida- 38 E então Antipus, vendo o
de vizinha. perigo por que passávamos,
31 E devı́amos passar perto da apressou a marcha de seu exér-
cidade de Antı́para, como se es- cito. Mas eis que anoiteceu; e
tivéssemos indo a uma cidade por isso eles não nos alcançaram
mais adiante, nas fronteiras jun- nem foram alcançados por Anti-
to à costa. pus; portanto acampamos para
32 E aconteceu que seguimos passar a noite.
como se estivéssemos levando 39 E aconteceu que, antes de
nossas provisões para aquela ci- amanhecer, eis que os lamanitas
dade. se puseram a perseguir-nos. Ora,
33 E aconteceu que Antipus não éramos suficientemente for-
saiu com parte de seu exército, tes para lutar com eles; sim, eu
deixando o resto para defender não permitiria que meus filhi-
a cidade. Ele, porém, não seguiu nhos caı́ssem em suas mãos;
senão depois de haver eu mar- portanto continuamos nossa
chado com meu pequeno exér- marcha rumo ao deserto.
cito e me aproximado da cidade 40 Ora, eles não ousavam vol-
de Antı́para. tar-se nem para a direita nem
34 Ora, na cidade de Antı́para para a esquerda, por temerem
estava concentrado o exército ficar cercados; e eu também não
mais forte dos lamanitas, sim, o me voltava nem para a direita
mais numeroso. nem para a esquerda, temendo
35 E aconteceu que quando fo- que me alcançassem e não pu-
ram informados por seus espias, déssemos enfrentá-los; e que
saı́ram com seu exército e mar- eles nos matassem e escapas-
charam contra nós. sem; prosseguimos, pois, na
36 E aconteceu que fugimos fuga pelo deserto todo aquele
deles para o norte. E assim fize- dia, até que desceu a noite.
mos com que o mais poderoso 41 E aconteceu novamente que,
Alma 56:42–54 408
ao amanhecer, vimos os lamani- 49 E aconteceu que voltei com
tas sobre nós e fugimos deles. meus dois mil contra os lamani-
42 Mas aconteceu que eles não tas que nos haviam perseguido.
foram longe em sua persegui- E então eis que os exércitos de
ção; e era a manhã do terceiro Antipus os haviam alcançado e
dia do sétimo mês. iniciara-se uma terrı́vel batalha.
43 E agora, se haviam sido al- 50 O exército de Antipus, fati-
cançados por Antipus não sabı́a- gado por essa longa marcha em
mos, mas eu disse a meus ho- tão curto espaço de tempo, esta-
mens: Eis que não sabemos se va prestes a cair nas mãos dos
pararam com a intenção de que lamanitas; e não houvesse eu
marchemos contra eles para nos voltado com meus dois mil, eles
apanharem em sua armadilha. teriam conseguido seu intento.
44 Portanto, que dizeis, meus 51 Porque Antipus caı́ra pela
filhos? Quereis ir combatê-los? espada e também muitos de
45 E agora eu te digo, meu seus comandantes, em virtude
amado irmão Morôni, que eu do cansaço causado pela rapi-
nunca presenciara tão grande dez de sua marcha—portanto
a
coragem, não, nem entre todos os homens de Antipus, estando
os nefitas! confusos por causa da queda de
46 Pois como eu sempre os seus comandantes, começaram
chamara meus filhos (visto que a ceder terreno aos lamanitas.
eram todos muito jovens), res- 52 E aconteceu que os lamani-
ponderam-me: Pai, eis que nos- tas tomaram coragem e começa-
so Deus está conosco e não per- ram a persegui-los; e estavam
mitirá que sejamos vencidos; assim os lamanitas a persegui-
então avancemos. Não matarı́a- los com grande vigor, quando
mos nossos irmãos se eles nos Helamã surgiu na sua retaguar-
deixassem em paz; portanto va- da com seus dois mil e come-
mos, para que eles não derro- çaram a matá-los em grande
tem o exército de Antipus. número, de tal forma que todo o
47 Ora, eles nunca haviam lu- exército lamanita se deteve e
tado. Não obstante, não temiam voltou-se contra Helamã.
a morte; e pensavam mais na 53 Ora, quando os homens de
a
liberdade de seus pais do que Antipus viram que os lamanitas
em sua própria vida; sim, eles se haviam virado, reuniram seus
tinham sido ensinados por suas homens e tornaram a atacar a
b
mães que, se não duvidassem, retaguarda dos lamanitas.
Deus os livraria. 54 E então aconteceu que nós,
48 E repetiram-me as palavras o povo de Néfi, o povo de Anti-
de suas mães, dizendo: Não du- pus e eu com meus dois mil, cer-
vidamos de que nossas mães o camos os lamanitas e matamo-
soubessem. los. Sim, a ponto de verem-se

45a Al. 53:20–21. 47a Al. 53:16–18. b Al. 57:21. gee Mãe.
409 Alma 56:55–57:6
obrigados a depor suas armas neiros lamanitas. Aproximadamen-
de guerra e também a se entre- te 63 a.C.
garem como prisioneiros de
E então aconteceu que recebi
guerra.
uma epı́stola de Amoron, o rei,
5 5 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e
dizendo que se eu libertasse
quando eles se renderam a nós,
aqueles prisioneiros de guerra
eis que contei o número dos jo-
que havı́amos feito, ele nos en-
vens que haviam lutado comi-
tregaria a cidade de Antı́para.
go, temendo que muitos deles
2 Mas eu enviei uma epı́stola
tivessem sido mortos.
ao rei, dizendo que estávamos
56 Mas eis que, para minha
certos de que nosso exército era
grande alegria, anenhum deles
suficiente para tomar a cidade
havia caı́do por terra; sim, e ha-
de Antı́para com nossa força; e
viam lutado como que com a
entregar-lhe os prisioneiros em
força de Deus; sim, nunca se
troca daquela cidade seria im-
soube de homens que tivessem
prudência; e que só entregarı́a-
lutado com força tão miraculo-
mos nossos prisioneiros em tro-
sa; e com tal vigor caı́ram sobre
ca de outros.
os lamanitas, que os aterroriza-
3 E Amoron recusou minha
ram; e por esta razão os lamani-
proposta, porque não queria
tas entregaram-se como prisio-
trocar prisioneiros; por conse-
neiros de guerra.
guinte, começamos a preparar-
57 E como não tı́nhamos lu-
nos para marchar contra a cida-
gar para nossos prisioneiros,
de de Antı́para.
de modo a vigiá-los e mantê-
4 Mas o povo de Antı́para
los longe dos exércitos lama-
abandonou a cidade e fugiu pa-
nitas, mandamo-los portanto
ra outras cidades que possuı́am,
para a terra de Zaraenla com
a fim de fortificá-las; e assim a
parte dos homens de Antipus
cidade de Antı́para caiu em nos-
que não haviam sido mortos; e
sas mãos.
o restante reuni a meus jovens
a 5 E assim terminou o vigésimo
amonitas e retornamos à cidade
oitavo ano do governo dos juı́-
de Judéia.
zes.
6 E aconteceu que no começo
do vigésimo nono ano, rece-
CAPÍTULO 57 bemos uma remessa de pro-
visões e também um reforço de
Helamã relata a tomada e a rendição seis mil homens para nosso
de Antı́para e, mais tarde, a defesa exército, da terra de Zaraenla e
de Cumêni—Seus jovens amonitas das terras circunvizinhas, além
lutam valentemente; todos são feri- de sessenta dos afilhos dos amo-
dos mas nenhum é morto—Gide re- nitas que vieram juntar-se a
lata a matança e a fuga dos prisio- seus irmãos, minha pequena

56a Al. 57:25; 58:39. 57a Al. 27:26; 53:10–11, 16. 57 6a Al. 53:16–18.
Alma 57:7–17 410
tropa de dois mil. E eis que éra- saram muitos dias antes de os
mos fortes, sim, e também nos lamanitas começarem a perder
trouxeram provisões em abun- todas as esperanças de receber
dância. socorro; por isso entregaram a
7 E aconteceu que era nosso cidade em nossas mãos; e assim
desejo travar batalha com o havı́amos alcançado nosso in-
exército que fora colocado para tento de conquistar a cidade de
proteger a cidade de Cumêni. Cumêni.
8 E eis que te mostrarei que lo- 13 Mas aconteceu que nossos
go conseguimos nosso objetivo; prisioneiros eram tão numero-
sim, com o nosso poderoso exér- sos que, não obstante o grande
cito, ou seja, com uma parte de número de nossos homens, éra-
nosso poderoso exército, cerca- mos obrigados a empregar todo
mos durante a noite a cidade de o nosso exército para vigiá-los
Cumêni, pouco antes da hora ou terı́amos que matá-los.
em que receberiam uma remes- 14 Pois eis que tentavam fugir
sa de provisões. em grande número e lutavam
9 E aconteceu que acampa- com pedras e com clavas ou com
mos ao redor da cidade por qualquer coisa em que pudes-
m u i t a s n o i t e s ; d o r m ı́ a m o s sem pôr as mãos, de modo que
porém sobre nossas espadas e matamos mais de dois mil deles,
mantı́nhamos guardas, a fim de após se haverem rendido como
evitar que os lamanitas caı́ssem prisioneiros de guerra.
sobre nós e nos matassem du- 15 Portanto se tornou necessá-
rante a noite, o que tentaram vá- rio pôr fim a suas vidas ou escol-
rias vezes; mas todas as vezes tá-los, de espada em punho, até
que tentaram, seu sangue foi a terra de Zaraenla; e também
derramado. nossas provisões eram suficien-
10 Finalmente suas provisões tes apenas para nosso próprio
chegaram e eles estavam pron- povo, apesar do que havı́amos
tos para entrar na cidade à noi- tomado dos lamanitas.
te. E nós, ao invés de lamanitas, 16 E então, naquelas crı́ticas
éramos nefitas; portanto captu- circunstâncias, tornou-se um
ramos os homens e suas pro- problema muito sério determi-
visões. nar o que farı́amos com aqueles
11 E apesar de os lamanitas prisioneiros de guerra; não
terem sido privados de seu sus- obstante, resolvemos enviá-
tento desta forma, ainda esta- los para a terra de Zaraenla;
vam determinados a manter a assim, selecionamos uma parte
cidade; portanto, tornou-se ne- de nossos homens e encarre-
c e s s á r i o q u e m a n d á s s e m o s gamo-los de descerem com nos-
aquelas provisões para Judéia e sos prisioneiros para a terra de
nossos prisioneiros para a terra Zaraenla.
de Zaraenla. 17 Mas aconteceu que, na ma-
12 E aconteceu que não se pas- nhã seguinte, voltaram. E então
411 Alma 57:18–27
eis que não lhes perguntamos a obrigados a retroceder para a ci-
respeito dos prisioneiros; por- dade de Mânti.
que eis que os lamanitas esta- 23 E conservamos nossa cidade
vam sobre nós e eles regressa- de Cumêni e não fomos todos
ram a tempo de impedir que destruı́dos pela espada; não
caı́ssemos em suas mãos. Por- obstante, sofremos grandes per-
que eis que Amoron enviara em das.
seu auxı́lio uma nova remessa 24 E aconteceu que após have-
de provisões e também um rem os lamanitas fugido, imedia-
numeroso exército de homens. tamente ordenei que meus ho-
18 E aconteceu que aqueles ho- mens feridos fossem retirados
mens que havı́amos enviado dentre os mortos e fiz com que
com os prisioneiros voltaram seus ferimentos fossem tratados.
justamente a tempo de detê-los, 25 E aconteceu que duzentos
quando eles estavam prestes a de meus dois mil e sessenta ha-
nos dominar. viam desmaiado em virtude da
19 Mas eis que minha pequena perda de sangue; não obstante,
tropa de dois mil e sessenta ho- de acordo com a bondade de
mens lutou desesperadamente; Deus e para nossa grande sur-
sim, permaneceram firmes dian- presa e também para alegria de
te dos lamanitas, infligindo a todo nosso exército, anenhum
morte a todos os que se lhes deles perecera; sim, e não houve
opuseram. entre eles um só que não tivesse
20 E enquanto o resto de nosso recebido muitos ferimentos.
exército estava prestes a ceder 26 Ora, sua sobrevivência en-
terreno aos lamanitas, eis que cheu de espanto todo o nosso
esses dois mil e sessenta perma- exército; sim, que eles tivessem
neceram firmes e impávidos. sido poupados, enquanto mil de
21 Sim, e eles obedeceram a nossos irmãos foram mortos. E,
cada palavra de comando e com razão, atribuı́mos isso ao
cumpriram-nas com exatidão; miraculoso apoder de Deus, por
sim, e tudo lhes aconteceu de causa de sua extraordinária bfé
acordo com sua fé; e eu lembrei- naquilo que haviam sido ensi-
me das palavras que eles me dis- nados a crer—que existia um
seram ter aprendido com suas Deus justo e que todo aquele
a
mães. que não duvidasse seria preser-
22 E agora, eis que é a estes vado pelo seu maravilhoso po-
meus filhos e aos homens que der.
tinham sido escolhidos para 27 Ora, era esta a fé possuı́da
conduzir os prisioneiros que de- por aqueles de quem falei; eles
vemos essa grande vitória; por- são jovens, de opinião firme, e
que foram eles que venceram os depositam continuamente sua
lamanitas; portanto eles foram confiança em Deus.

21a Al. 56:47–48. 26a gee Poder.


25a Al. 56:56. b gee Fé.
Alma 57:28–58:2 412
28 E então aconteceu que de- los, marchamos com rapidez pa-
pois de havermos cuidado de ra a cidade de Cumêni; e eis que
nossos feridos e sepultado nos- chegamos a tempo de ajudar
sos mortos, bem como os mortos nossos irmãos a defenderem a
dos lamanitas, que eram muitos, cidade.
eis que perguntamos a Gide o 35 E eis que fomos novamente
que havia acontecido com os livrados das mãos de nossos ini-
prisioneiros que eles começa- migos. E bendito é o nome de
ram a levar para a terra de Za- nosso Deus, porque eis que foi
raenla. ele quem nos livrou; sim, quem
29 Ora, Gide era o capitão-che- fez esta grande coisa por nós.
fe do grupo designado para es- 36 Ora, aconteceu que quando
coltá-los até lá. eu, Helamã, ouvi estas palavras
30 E agora, estas são as pala- de Gide, enchi-me de grande
vras que Gide me disse: Eis que alegria por causa da bondade de
começamos a descer para a terra Deus em preservar-nos para que
de Zaraenla com nossos prisio- não perecêssemos todos; sim, e
neiros. E aconteceu que encon- confio em que a alma dos que
tramos os espiões de nossos morreram tenha a entrado no
exércitos, os quais tinham sido descanso de seu Deus.
enviados para vigiar o acampa-
mento dos lamanitas.
CAPÍTULO 58
31 E eles gritaram para nós, di-
zendo: Eis que os exércitos dos
Helamã, Gide e Teômner tomam a
lamanitas estão marchando pa-
cidade de Mânti por meio de um es-
ra a cidade de Cumêni; e eis que
tratagema—Os lamanitas retiram-
cairão sobre eles, sim, e destrui-
se — Os filhos do povo de Amon
rão nosso povo.
permanecem firmes na defesa de sua
32 E aconteceu que nossos pri-
liberdade e fé e são preservados.
sioneiros ouviram seus gritos, o
Aproximadamente 63–62 a.C.
que os fez tomar coragem; e re-
belaram-se contra nós. E eis que então aconteceu que
33 E aconteceu que, em virtude nosso objetivo seguinte era con-
de sua rebelião, fizemos cair quistar a cidade de Mânti; mas
nossas espadas sobre eles. E eis que não houve meio de fazê-
aconteceu que, formando um só los sair da cidade com nossas
corpo, arremessaram-se contra pequenas tropas. Pois eis que se
nossas espadas e a maior parte lembravam do que nós havı́a-
deles foram mortos; e os restan- mos feito antes; portanto não
tes conseguiram passar e fugi- conseguimos aatraı́-los para fora
ram. de suas fortalezas.
34 E eis que depois que fugi- 2 E eles eram tão mais numero-
ram e não conseguimos alcançá- sos do que nosso exército, que

36a Al. 12:34. 58 1a Al. 52:21; 56:30.


413 Alma 58:3–13
não nos atrevemos a atacá-los ajudar-nos; e esta foi toda a aju-
em suas fortalezas. da que recebemos para defen-
3 Sim, e tornou-se necessário der-nos e evitar que nosso paı́s
empregarmos nossos homens caı́sse nas mãos de nossos inimi-
na defesa daquelas partes de gos; sim, para combater um ini-
nossas terras que havı́amos re- migo que era inumerável.
conquistado; portanto, tornou- 9 Ora, não sabı́amos a razão
se necessário que esperássemos, dessas nossas complicações, ou
a fim de recebermos mais refor- seja, a causa pela qual não nos
ços da terra de Zaraenla e tam- enviavam mais reforços. Portan-
b é m u m a n o v a r e m e s s a d e to ficamos aflitos e também
provisões. cheios de temor de que, de algu-
4 E aconteceu que, assim, man- ma forma, os julgamentos de
dei uma embaixada ao governa- Deus caı́ssem sobre nossa terra,
dor de nossa terra, para colocá- provocando nossa queda e total
lo a par do que se passava com destruição.
nosso povo. E aconteceu que 10 Portanto elevamos a alma a
ficamos esperando receber pro- Deus em oração, para que ele
visões e reforços da terra de nos fortalecesse e livrasse das
Zaraenla. mãos de nossos inimigos; sim, e
5 Mas eis que isso não nos aju- que também nos desse força pa-
dou muito; porque os lamanitas ra conservar nossas cidades e
estavam também recebendo nossas terras e nossos bens, para
grandes reforços diariamente e sustento de nosso povo.
também muitas provisões; e es- 11 Sim, e aconteceu que o Se-
sa era a nossa situação naquela nhor nosso Deus nos deu a cer-
época. teza de que nos livraria; sim, de
6 E os lamanitas saı́am contra tal modo que nos encheu a alma
nós de quando em quando, pro- de paz e concedeu-nos grande
curando destruir-nos por meio fé e fez com que tivéssemos es-
de estratagemas; apesar disso perança nele para nossa liberta-
não podı́amos batalhar contra ção.
eles, por causa de seus refúgios 12 E criamos coragem com o
e fortificações. pequeno reforço recebido e dis-
7 E aconteceu que esperamos pusemo-nos, com determina-
nessas difı́ceis circunstâncias pe- ção, a dominar nossos inimigos
lo espaço de muitos meses, até e a amanter nossas terras e nos-
estarmos a ponto de perecer por sos bens e nossas esposas e
falta de alimento. nossos filhos e a causa de nossa
b
8 Mas aconteceu que rece- liberdade.
bemos alimentos, os quais foram 13 E assim avançamos com to-
escoltados por um exército de da a nossa força contra os lama-
dois mil homens destinados a nitas que se achavam na cidade

12a Al. 46:12–13; Mórm. 2:23. b gee Liberdade, Livre.


Alma 58:14–24 414
de Mânti; e armamos nossas cima com suas espadas, fiz com
tendas ao lado do deserto que que meus homens, aqueles que
ficava perto da cidade. estavam comigo, se retirassem
14 E aconteceu que, na manhã para o deserto.
seguinte, quando os lamanitas 19 E aconteceu que os lamani-
viram que nos achávamos nos tas nos perseguiram com gran-
limites do deserto que ficava de rapidez, porque estavam
perto da cidade, enviaram es- imensamente desejosos de nos
pias para descobrir o número e a alcançar, para matar-nos; por
força de nosso exército. isso perseguiram-nos deserto
15 E aconteceu que quando vi- adentro; e passamos por entre
ram que não éramos fortes, de Gide e Teômner de tal maneira
acordo com nosso número, e te- que os lamanitas não os desco-
mendo que lhes cortássemos o briram.
sustento, a não ser que saı́ssem a 20 E aconteceu que depois de
batalhar contra nós e matassem- os lamanitas haverem passado,
nos; e também supondo que fa- ou seja, depois de o exército ha-
cilmente poderiam destruir-nos ver passado, Gide e Teômner
com suas numerosas hostes, co- saı́ram de seus esconderijos e
meçaram a fazer preparativos interceptaram os espias lamani-
para sair em combate contra tas, a fim de que não voltassem
nós. à cidade.
16 E quando vimos que esta- 21 E aconteceu que após os
vam fazendo preparativos para haverem interceptado, corre-
vir contra nós, eis que fiz com ram para a cidade e caı́ram
que Gide se escondesse no de- sobre as sentinelas que haviam
serto com um pequeno número ficado para guardar a cidade;
d e h o m e n s e t a m b é m q u e e destruı́ram-nas e ocuparam a
Teômner, com um pequeno cidade.
número de homens, se escon- 22 Ora, isso aconteceu porque
desse no deserto. os lamanitas permitiram que to-
17 Ora, Gide e seus homens es- do o seu exército, com exceção
tavam à direita e os outros, à es- de apenas algumas sentinelas,
querda; e quando se esconde- fosse levado para o deserto.
ram dessa maneira, eis que eu 23 E aconteceu que Gide e
permaneci com o restante do Teômner, por esse meio, haviam
meu exército naquele mesmo lo- conseguido apoderar-se de
cal onde antes havı́amos arma- suas fortalezas. E aconteceu
do nossas tendas, para quando que tomamos nosso rumo, de-
os lamanitas saı́ssem a fim de pois de muito andar pelo de-
lutar. serto em direção à terra de Za-
18 E aconteceu que os lamani- raenla.
tas saı́ram com seu numeroso 24 E quando os lamanitas vi-
exército contra nós. E quando ram que estavam marchando
estavam a ponto de cair-nos em em direção à terra de Zaraenla,
415 Alma 58:25–37
ficaram muito receosos, temen- muitas mulheres e crianças da
do que houvesse um plano para terra.
levá-los à destruição; portanto 31 E atodas as cidades que ha-
começaram a retirar-se nova- viam sido tomadas pelos lama-
mente para o deserto, sim, pelo nitas acham-se presentemente
mesmo caminho que haviam tri- em nosso poder; e nossos pais e
lhado. nossas mulheres e nossos filhos
25 E eis que anoiteceu; e eles estão voltando para suas casas,
armaram suas tendas, porque os com exceção somente dos que
capitães-chefes dos lamanitas foram feitos prisioneiros e leva-
supunham que os nefitas esta- dos pelos lamanitas.
vam cansados em virtude de sua 32 Mas eis que nossos exércitos
marcha; e pensando haver feito são pequenos para controlar um
todo o exército retroceder, não número tão grande de cidades e
se preocuparam com a cidade territórios tão extensos.
de Mânti. 33 Eis, porém, que confiamos
26 Ora, aconteceu que ao cair em nosso Deus, que nos deu vi-
da noite fiz com que meus ho- tória sobre essas terras, de modo
mens não dormissem, mas que que retomamos as cidades e ter-
rumassem por outro caminho ras que nos pertenciam.
para a terra de Mânti. 34 Ora, não sabemos a razão
27 E em virtude dessa nossa por que o governo não nos
marcha noturna, eis que, quan- manda mais reforços; nem os
do amanheceu, estávamos à homens que nos foram manda-
frente dos lamanitas, de modo dos sabem por que é que não
que chegamos antes deles à ci- recebemos maiores reforços.
dade de Mânti. 35 Eis que não sabemos se ha-
28 E assim aconteceu que, por veis fracassado e haveis levado
meio deste estratagema, ocupa- as tropas para essa parte da ter-
mos a cidade de Mânti sem der- ra; se for este o caso, não deseja-
ramamento de sangue. mos reclamar.
29 E aconteceu que quando os 36 E se não for este o caso, eis
exércitos dos lamanitas se apro- que tememos que haja alguma
a
ximaram da cidade e viram que dissensão no governo, de modo
estávamos preparados para que não nos enviam mais ho-
enfrentá-los, ficaram muito es- mens para auxiliarem-nos; por-
pantados e foram tomados de que sabemos que há um núme-
grande temor, de modo que fu- ro maior de homens do que
giram para o deserto. aquele que nos enviaram.
30 Sim, e aconteceu que os 37 Mas eis que não importa—
exércitos dos lamanitas fugiram confiamos em que Deus nos ali-
de toda esta parte da terra. Eis, vrará, apesar da fraqueza de
porém, que levaram consigo nossos exércitos, sim, e livrar-

31a Al. 56:14. 36a Al. 61:1–5. 37a II Re. 17:38–39.


Alma 58:38–59:5 416
nos-á das mãos de nossos inimi- tropas de Helamã—Os lamanitas
gos. tomam a cidade de Nefia—Morôni
38 Eis que estamos no fim do irrita-se com o governo. Aproxima-
vigésimo nono ano e de posse damente 62 a.C.
de nossas terras; e os lamanitas
Ora, aconteceu que no trigési-
fugiram para a terra de Néfi.
mo ano em que os juı́zes gover-
39 E os filhos do povo de
naram o povo de Néfi, depois
Amon, sobre quem tenho falado
de haver recebido e lido a aepı́s-
tão favoravelmente, estão comi-
tola de Helamã, Morôni ale-
go na cidade de Mânti; e o
grou-se imensamente em virtu-
Senhor fortaleceu-os, sim, e evi-
de do bem-estar, sim, do grande
tou que caı́ssem pela espada, de
êxito de Helamã, reconquistan-
modo que anenhum deles foi
do aquelas terras que haviam si-
morto.
do perdidas.
40 Mas eis que receberam mui-
2 Sim, e levou isso ao conheci-
tos ferimentos; não obstante,
mento de todo o seu povo, em
permanecem firmes na aliberda-
toda aquela parte da terra em
de com que Deus os fez livres; e
que se achava, a fim de que eles
são diligentes em lembrarem-se
também se regozijassem.
do Senhor seu Deus diariamen-
3 E aconteceu que enviou ime-
te; sim, esforçam-se para obede-
diatamente a uma epı́stola a
cer continuamente a seus esta- b
Paorã, pedindo-lhe que reunis-
tutos e a seus julgamentos e a
se homens para reforçar Hela-
seus mandamentos; e é forte sua
mã, ou melhor, os exércitos de
fé nas profecias relativas ao que
Helamã, de modo que pudesse,
está para vir.
com facilidade, conservar aque-
41 E agora, meu amado irmão
la parte da terra que tão mila-
Morôni, que o Senhor nosso
grosamente havia conseguido
Deus, que nos remiu e tornou
reconquistar.
livres, te conserve continua-
4 E aconteceu que depois de
mente em sua presença; sim, e
haver enviado essa epı́stola à
favoreça este povo, para que te-
terra de Zaraenla, Morôni come-
nhais sucesso em obter a posse
çou novamente a formular um
de tudo o que os lamanitas nos
plano para reaver o resto das
tomaram e que se destinava a
terras e cidades que os lamani-
nossa subsistência. E agora, eis
tas lhes haviam tomado.
que concluo minha epı́stola. Eu
5 E aconteceu que enquanto
sou Helamã, filho de Alma.
Morôni assim se preparava para
avançar contra os lamanitas, eis
CAPÍTULO 59 que o povo de Nefia, que se reu-
nira vindo da cidade de Morôni
Morôni pede a Paorã que reforce as e da cidade de Leı́ e da cidade

39a Al. 56:56. Livre. 3 a Al. 60:1–3.


40a gee Liberdade, 59 1a Al. 56:1. b Al. 50:40.
417 Alma 59:6–60:3
de Moriânton, foi atacado pelos do povo; e isto por causa da vi-
lamanitas. tória dos lamanitas sobre eles.
6 Sim, até mesmo aqueles que 13 E aconteceu que Morôni fi-
haviam sido compelidos a fugir cou irado contra o governo, de-
da terra de Mânti e das redon- vido a sua a indiferença pela
dezas juntaram-se aos lamanitas liberdade de seu paı́s.
nesta parte da terra.
7 E assim, sendo muito nume-
CAPÍTULO 60
rosos, sim, e recebendo reforços
diariamente, avançaram contra
o povo de Nefia, sob o comando Morôni queixa-se a Paorã da negli-
de Amoron, e começaram a ma- gência do governo com os exérci-
tá-los num grande massacre. tos — O Senhor permite que os
8 E seus exércitos eram tão nu- justos sejam mortos—Os nefitas
merosos que o restante do povo devem usar todo o seu poder e os
de Nefia foi obrigado a fugir de- seus meios para livrarem-se de seus
les; e eles foram juntar-se ao inimigos—Morôni ameaça lutar
exército de Morôni. contra o governo, a menos que seus
9 E então, como Morôni su- exércitos recebam ajuda. Aproxima-
pusesse que haviam sido envia- damente 62 a.C.
dos homens para a cidade de E aconteceu que ele tornou a
Nefia, a fim de ajudarem o povo escrever ao governador da terra,
a defender aquela cidade, e sa- que era Paorã; e estas são as pa-
bendo que era mais fácil impe- lavras que escreveu, dizendo:
dir que a cidade caı́sse nas mãos Eis que dirijo minha epı́stola a
dos lamanitas do que reconquis- Paorã, na cidade de Zaraenla, o
tá-la, pensou que facilmente de- qual é ajuiz supremo e governa-
fenderiam aquela cidade. dor da terra, e a todos os que
10 Portanto conservou todos foram escolhidos por este povo
os seus homens na defesa dos para governar e dirigir os negó-
lugares que havia reconquista- cios desta guerra.
do. 2 Porque eis que tenho algo a
11 E então, quando Morôni viu dizer-lhes, a tı́tulo de recrimina-
que a cidade de Nefia estava ção; pois eis que sabeis que
perdida, ficou muito desolado e fostes designados para reunir
começou a duvidar, por causa homens e armá-los com espadas
da iniqüidade do povo, de que e com cimitarras e toda sorte de
eles não caı́ssem nas mãos de armas de guerra de todo tipo e
seus irmãos. enviá-los contra os lamanitas,
12 Ora, o mesmo aconteceu em qualquer parte que invadis-
com todos os seus capitães-che- sem nossa terra.
fes. Eles duvidaram e também se 3 E agora, eis que vos digo que
espantaram com a iniqüidade eu e também meus homens, e

13a Al. 58:34; 61:2–3. 60 1a Al. 50:39–40.


Alma 60:4–13 418
também Helamã e seus homens, que tinham com o bem-estar
padecemos grandes sofrimen- deste povo; sim, e isto fizeram
tos; sim, até mesmo fome, sede e quando estavam prestes a apere-
fadiga; e toda sorte de aflições cer de fome, por causa de vossa
de todo tipo. enorme negligência para com
4 Mas eis que se isto fosse tudo eles.
quanto tivéssemos sofrido, não 10 E agora, meus amados ir-
murmurarı́amos nem nos quei- mãos—pois deverı́eis ser ama-
xarı́amos. dos; sim, deverı́eis ter trabalha-
5 Eis, porém, que grande foi a do mais diligentemente pelo
carnificina de nosso povo; sim, bem-estar e liberdade deste
milhares caı́ram pela espada, o povo; mas eis que o haveis ne-
que poderia ter sido evitado se gligenciado, de modo que o san-
tivésseis proporcionado a nos- gue de milhares cairá sobre
sos exércitos reforço e ajuda su- vossa cabeça, clamando vingan-
ficientes. Sim, grande foi vossa ça; sim, porque conhecidos por
negligência para conosco. Deus foram todos os seus cla-
6 E agora, eis que desejamos mores e todos os seus sofrimen-
saber a causa de tão grande tos—
negligência; sim, desejamos sa- 11 Eis que pensastes poder
ber a causa de vossa insensibi- sentar-vos em vossos tronos e,
lidade. por causa da imensa bondade
7 Pensais que podeis sentar- de Deus, nada fazer; e que ele
vos em vossos tronos, em esta- vos livraria? Eis que, se isto pen-
do de insensı́vel estupor, en- sastes, pensastes em vão.
quanto vossos inimigos estão 12 a Pensais que a morte de
espalhando a morte ao vosso muitos de vossos irmãos tenha
redor? Sim, enquanto estão as- sido causada por sua própria
sassinando milhares de vossos iniqüidade? Eu vos digo que,
irmãos— se isto pensastes, pensastes em
8 Sim, os mesmos que depen- vão. Digo-vos, pois, que muitos
diam de vossa proteção, sim, são os que caı́ram pela espada;
que vos colocaram em posição e eis que isto é para vossa con-
de poder socorrê-los; sim, vós denação.
poderı́eis ter-lhes mandado 13 Pois o Senhor permite que
exércitos para reforçá-los e evi- os ajustos sejam mortos para que
tado que milhares deles caı́ssem sua justiça e julgamento re-
pela espada. caiam sobre os inı́quos. Portanto
9 Mas eis que isto não é tudo; não deveis supor que os justos
haveis deixado de enviar-lhes estejam perdidos por terem sido
provisões, de modo que muitos mortos; mas eis que eles entram
lutaram e perderam a vida em no descanso do Senhor seu
virtude da grande preocupação Deus.

9 a Al. 58:7. 13a Al. 14:10–11;


12a Lc. 13:1–5. D&C 42:46–47.
419 Alma 60:14–23
14 E agora, eis que vos digo: nossos filhos; e levando-os tam-
Tenho muito medo de que os bém como prisioneiros e fazen-
julgamentos de Deus recaiam do-os sofrer toda sorte de
sobre este povo por causa de aflições; e isto por causa da
sua extrema indolência, sim, a grande iniqüidade daqueles que
indolência de nosso governo e estão buscando o poder e a au-
sua extrema negligência para toridade, sim, os realistas.
com seus irmãos, sim, para com 18 Por que deveria eu esten-
aqueles que foram mortos. der-me sobre este assunto? Por-
15 Porque, se não fosse pela q u e n ã o s a b e m o s s e e s t a i s
a
iniqüidade que se iniciou com tentando obter autoridade. Não
nossos governantes, poderı́a- sabemos se vós sois também
mos ter resistido a nossos inimi- traidores de nosso paı́s.
gos, de modo que nenhum 19 Ou será que nos negligen-
poder eles teriam tido sobre nós. ciastes por vos achardes no co-
16 Sim, se não fosse pela aguer- ração de nosso paı́s, cercados de
ra que surgiu entre nós; sim, se segurança e, por isso, não nos
não fosse por esses brealistas que mandastes alimentos nem ho-
tanto derramamento de sangue mens para reforçar nossos exér-
causaram em nosso meio; sim, citos?
se em lugar de havermos lutado 20 Haveis esquecido os manda-
entre nós, houvéssemos reuni- mentos do Senhor vosso Deus?
do nossas forças como fizemos Sim, haveis esquecido o cativei-
até agora; sim, não fosse o an- ro de nossos pais? Haveis esque-
seio de poder e autoridade cido as muitas vezes que fomos
sobre nós que possuı́am os rea- libertados das mãos de nossos
listas; tivessem eles sido fiéis à inimigos?
causa da nossa liberdade, unin- 21 Ou pensais que o Senhor
do-se a nós e marchado contra continuará a livrar-nos enquanto
nossos inimigos, em vez de to- nos sentamos em nossos tronos e
marem suas espadas contra nós, não fazemos uso dos meios que o
causando tanto derramamento Senhor nos concedeu?
de sangue; sim, se tivéssemos 22 Sim, permanecereis na ocio-
marchado contra eles na força sidade, rodeados de milhares,
do Senhor, terı́amos dispersado sim, dezenas de milhares que
nossos inimigos, porque isso te- também permanecem na ociosi-
ria sido feito segundo o cumpri- dade, enquanto nas fronteiras
mento de sua palavra. da terra há milhares que estão
17 Mas eis que agora os lama- caindo pela espada, sim, feridos
nitas estão caindo sobre nós, e sangrando?
apoderando-se de nossas terras 23 Pensais passar por inocentes
e assassinando nosso povo pela aos olhos de Deus, permanecen-
espada, sim, nossas mulheres e do inertes a contemplar estas

15a Al. 51:9, 13. 16a Al. 51:16–19. b Al. 51:5, 8.


Alma 60:24–32 420
coisas? Eis que vos digo que entre vós até que sejam extintos
não. Ora, gostaria de lembrar- os que querem usurpar o poder
vos que Deus disse que se deve e a autoridade.
limpar primeiro o avaso interior 28 Sim, eis que não temo vosso
e depois se limpará também o poder nem vossa autoridade,
vaso exterior. mas é a meu aDeus que eu temo;
24 E agora, a não ser que vos e é de acordo com seus manda-
arrependais do que haveis feito mentos que empunho minha es-
e que comeceis a agir e a enviar pada para defender a causa de
alimentos e homens, proceden- meu paı́s; e é por causa de vossa
do da mesma forma para com iniqüidade que sofremos tantas
Helamã, a fim de que ele possa perdas.
defender as partes de nosso paı́s 29 Eis que é hora, sim, é chega-
reconquistadas por ele e para da a hora em que, a não ser que
que também reconquistemos o vos apresseis para defender vos-
restante de nossas terras nessas so paı́s e vossos pequeninos, a
a
partes, eis que nos veremos espada da justiça que pende
obrigados a não mais batalhar sobre vós cairá sobre vós e visi-
contra os lamanitas até que lim- tar-vos-á até vossa completa
pemos nosso vaso interior, sim, destruição.
o grande cabeça de nosso gover- 30 Eis que espero vossa ajuda;
no. e a não ser que nos socorrais, eis
25 E a não ser que concordeis que irei até vós, sim, na terra de
com minha epı́stola e demons- Zaraenla; e golpear-vos-ei com a
treis um verdadeiro aespı́rito de espada, de modo que já não te-
liberdade e vos esforceis para reis poder para impedir o pro-
fortalecer e reforçar nossos exér- gresso deste povo na causa de
citos e lhes concedais alimentos nossa liberdade.
para seu sustento, eis que deixa- 31 Porque eis que o Senhor não
rei parte de meus homens livres permitirá que vivais e vos tor-
para defenderem esta parte de neis fortes em vossas iniqüida-
nossa terra e deixarei com eles a des, para destruirdes seu povo
força e a bênção de Deus, a fim justo.
de que nenhum outro poder 32 Eis que podeis supor que o
prevaleça contra eles— Senhor vos poupará e condena-
26 E isso em virtude de sua rá os lamanitas, quando foi a
grande fé e paciência nas tribu- tradição dos pais deles que cau-
lações— sou seu ódio, sim, e este foi
27 E irei até vós; e se houver redobrado por aqueles que dis-
algum de vós que aspire à liber- sentiram de nós, enquanto a
dade, sim, se restar ainda uma vossa iniqüidade teve origem
centelha que seja de liberdade, no amor à glória e às coisas vãs
eis que fomentarei insurreições do mundo?

23a Mt. 23:25–26. 28a At. 5:26–29. 3 Né. 2:19.


25a Al. 51:6; 61:15. 29a Hel. 13:5;
421 Alma 60:33–61:6
33 Sabeis que estais transgre- go após haver Morôni enviado
dindo as leis de Deus e que as sua epı́stola ao governador-che-
espezinhais. Eis que o Senhor fe, recebeu uma resposta de
a
me disse: Se aqueles a quem es- Paorã, o governador-chefe. E
colhestes para governantes não são estas as palavras que rece-
se arrependerem de seus peca- beu:
dos e iniqüidades, subireis para 2 Eu, Paorã, que sou governa-
batalhar contra eles. dor-chefe desta terra, envio es-
34 E agora eis que eu, Morôni, tas palavras a Morôni, capitão-
estou obrigado, segundo o con- chefe do exército. Eis que te
vênio que fiz, a obedecer aos digo, Morôni, que não me rego-
mandamentos de Deus; portan- zijo com vossas grandes aafli-
to desejaria que obedecêsseis à ções; sim, elas afligem-me a
palavra de Deus e me enviásseis alma.
rapidamente vossas provisões e 3 Eis, porém, que há quem se
vossos homens; e também a He- regozije com vossas aflições;
lamã. sim, a ponto de rebelarem-se
35 E eis que, se assim não pro- contra mim e também contra
cederdes, irei até vós rapida- aqueles de meu povo que são
a
mente; porque eis que Deus não homens livres; sim, e os que se
permitirá que pereçamos de fo- rebelaram são muito numero-
me; portanto ele nos dará do sos.
vosso alimento, ainda que seja 4 E os que tentaram se apode-
pela espada. Agora tratai de rar de minha cadeira de juiz são
cumprir a palavra de Deus. a causa desta grande iniqüida-
36 Eis que eu sou Morôni, vos- de; pois usaram de grandes li-
so capitão-chefe. aNão busco po- sonjas e influenciaram o coração
der, mas procuro abatê-lo. Não de muitos, o que será motivo de
busco as honras do mundo, mas severas aflições entre nós; eles
a glória de meu Deus e a liber- retiveram nossas provisões e in-
dade e bem-estar de meu paı́s. E timidaram nossos homens li-
assim termino minha epı́stola. vres, de modo que não foram ter
convosco.
5 E eis que eles me fizeram re-
CAPÍTULO 61 troceder e fugi para a terra de
Gideão com todos os homens
Paorã informa Morôni da insurrei- que me foi possı́vel reunir.
ção e revolta contra o governo—Os 6 E eis que enviei uma procla-
realistas tomam Zaraenla e fazem mação a toda esta parte da terra;
aliança com os lamanitas—Paorã e eis que eles se estão juntando
pede ajuda militar contra os rebel- a nós em grande número, dia-
des. Aproximadamente 62 a.C. riamente, para pegar em armas
Eis que aconteceu então que, lo- na defesa de seu paı́s e de sua

36a D&C 121:39–42. 2 a Al. 60:3–9.


61 1a Al. 50:39–40. 3 a Al. 51:6–7.
Alma 61:7–17 422
a
liberdade; e para vingar as nos- se rebelassem e levantassem a
sas afrontas. espada contra nós.
7 E eles juntaram-se a nós, de 12 Submeter-nos-ı́amos ao ju-
modo que aqueles que se rebela- go da servidão, se isso fosse re-
ram contra nós estão sendo de- quisito da justiça de Deus ou se
safiados; sim, de modo que nos ele nos ordenasse que o fizésse-
temem e não ousam vir guer- mos.
rear-nos. 13 Mas eis que ele não manda
8 Eles apoderaram-se da terra, que nos submetamos aos nossos
ou seja, da cidade de Zaraenla; inimigos, mas que tenhamos
a
nomearam um rei para eles, o confiança nele e ele nos livrará.
qual escreveu ao rei dos lamani- 14 Portanto, meu amado irmão
tas, fazendo com ele aliança. Morôni, resistamos ao mal; e ao
Nessa aliança ele concordou em mal que não pudermos resistir
manter a cidade de Zaraenla, com nossas palavras, sim, como
supondo que, assim fazendo, revoltas e dissensões, aresista-
possibilitará aos lamanitas a mos com nossas espadas, a fim
conquista do restante da terra e de conservarmos nossa liberda-
será proclamado rei deste povo, de, a fim de regozijarmo-nos no
quando forem conquistados pe- grande privilégio de nossa igre-
los lamanitas. ja e na causa de nosso Redentor
9 E agora, em tua epı́stola cen- e nosso Deus.
suraste-me, mas isso não impor- 15 Portanto vem a mim rapida-
ta. Não estou zangado; antes, mente com alguns de teus ho-
regozijo-me pela grandeza de mens e deixa os restantes sob o
teu coração. Eu, Paorã, não bus- comando de Leı́ e Teâncum; dá-
co poder; procuro somente con- lhes autoridade para dirigirem a
servar minha cadeira de juiz guerra nessa parte da terra se-
para preservar os direitos e a li- gundo o aEspı́rito de Deus, que
berdade de meu povo. Minha é também o espı́rito de liberda-
alma permanece firme nessa li- de que está neles.
berdade com a qual Deus nos 16 Eis que lhes mandei algu-
fez alivres. mas provisões para que não pe-
10 E agora, eis que resistiremos reçam, até que possas juntar-te a
à iniqüidade, mesmo com derra- mim.
mamento de sangue. E não der- 17 Reúne todas as forças que
ramarı́amos o sangue dos lama- puderes, durante tua marcha
nitas se eles permanecessem em para cá, e seguiremos rapida-
sua própria terra. mente contra aqueles dissiden-
11 Não derramarı́amos o san- tes, com a força de nosso Deus,
gue de nossos irmãos se eles não segundo a fé que possuı́mos.

6 a gee Liberdade, D&C 88:86. 14a Al. 43:47.


Livre. 13a gee Fé; Confiança, 15a II Cor. 3:17.
9 a Jo. 8:31–36; Confiar. gee Espı́rito Santo.
423 Alma 61:18–62:6
18 E ocuparemos a cidade de a Igreja. Aproximadamente 62–
Zaraenla, a fim de obter mais vı́- 57 a.C.
veres para serem enviados a Leı́
E então aconteceu que quando
e a Teâncum; sim, marcharemos
Morôni recebeu esta epı́stola,
contra eles com a força do Se-
seu coração encheu-se de cora-
nhor e poremos fim a esta gran-
gem e de imensa alegria, devido
de iniqüidade.
à fidelidade de Paorã e por não
19 E agora, Morôni, alegro-me
ser ele um atraidor da liberdade
por haver recebido tua epı́stola,
e da causa de sua pátria;
porque estava um tanto preocu-
2 Mas também se lamentou
pado quanto ao que deverı́amos
muito por causa da iniqüidade
fazer, se era justo marchar con-
daqueles que afastaram Paorã
tra nossos irmãos.
da cadeira de juiz, sim, em su-
20 Disseste, porém, que, a não
ma, por causa daqueles que se
ser que se arrependam, o Se-
rebelaram contra seu paı́s e seu
nhor te ordenou que marchás-
Deus.
ses contra eles.
3 E aconteceu que Morôni to-
21 Procura afortalecer Leı́ e
mou um pequeno número de
Teâncum no Senhor; dize-lhes
homens, segundo o desejo de
que nada temam, porque Deus
Paorã, e entregou a Leı́ e a Teân-
os livrará; sim, e também todos
cum o comando do restante de
os que permanecerem firmes na
seu exército e marchou para a
liberdade com que Deus os fez
terra de Gideão.
livres. E agora termino minha
4 E hasteou o aestandarte da
epı́stola a meu amado irmão b
liberdade em todos os luga-
Morôni.
res em que entrou e incorpo-
rou todas as forças que pôde
em sua marcha para a terra de
CAPÍTULO 62 Gideão.
5 E aconteceu que milhares se
Morôni marcha em auxı́lio de reuniram sob seu estandarte e
Paorã, na terra de Gi deã o — empunharam as espadas em de-
Os realistas que se recusam fesa de sua liberdade, a fim de
a defender seu paı́s são execu- não caı́rem em cativeiro.
tados — Paorã e Morôni reto- 6 E assim, quando Morôni reu-
mam Nefia — Muitos lamani- niu todos os homens que lhe foi
tas juntam-se ao povo de possı́vel no transcurso de sua
Amon — Teâncum mata Amo- marcha, dirigiu-se para a terra
ron e, por sua vez, é morto—Os de Gideão; e unindo suas forças
lamanitas são expulsos da terra às de Paorã, tornaram-se muito
e a paz é estabelecida—Helamã fortes, até mais fortes que os ho-
retorna ao ministério e edifica mens de Pácus, arei dos dissi-

21a Zac. 10:12. 4 a Al. 46:12–13, 36. b gee Liberdade, Livre.


62 1a Al. 60:18. gee Estandarte. 6 a Al. 61:4–8.
Alma 62:7–18 424
dentes que haviam expulsado também enviou um exército de
os bhomens livres da terra de seis mil homens a Helamã, a fim
Zaraenla e ocupado a terra. de ajudá-lo a defender aquela
7 E aconteceu que Morôni e parte da terra.
Paorã desceram com seus exér- 13 E também providenciou pa-
citos à terra de Zaraenla e mar- ra que um exército de seis mil
charam contra a cidade; e en- homens, com suficiente quanti-
frentaram os homens de Pácus, dade de vı́veres, fosse enviado
batalhando contra eles. aos exércitos de Leı́ e Teâncum.
8 E eis que Pácus foi morto, E aconteceu que isto foi feito pa-
seus homens foram aprisiona- ra fortificar a terra contra os la-
dos e Paorã foi reconduzido à manitas.
cadeira de juiz. 14 E aconteceu que Morôni e
9 E os homens de Pácus foram Paorã, tendo deixado um gran-
julgados de acordo com a lei, o de número de homens na terra
mesmo acontecendo aos realis- de Zaraenla, marcharam com
tas que haviam sido dominados um grande numero de homens
e presos; e foram aexecutados em direção à terra de Nefia, dis-
segundo a lei; sim, os homens postos a derrotar os lamanitas
de Pácus e os realistas, todos os naquela cidade.
que não quiseram pegar em ar- 15 E aconteceu que quando
mas na defesa de seu paı́s, mas marchavam para aquela terra,
que lutaram contra ele, foram capturaram um grande número
executados. de lamanitas e mataram muitos
10 E assim, foi necessária a ob- deles; e apoderaram-se de suas
servância rigorosa dessa lei para provisões e armas de guerra.
segurança do paı́s. Sim, e todos 16 E aconteceu que depois de
os que negavam sua liberdade havê-los capturado, obrigaram-
eram rapidamente executados nos a fazer um convênio de que
de acordo com a lei. não mais pegariam suas armas
11 E assim terminou o trigési- de guerra contra os nefitas.
mo ano em que os juı́zes gover- 17 E após terem feito este con-
naram o povo de Néfi, tendo vênio, enviaram-nos para habi-
Morôni e Paorã restaurado a tar com o povo de Amon; e era
paz na terra de Zaraenla entre de aproximadamente quatro mil
seu próprio povo, tendo infligi- o número dos que não haviam
do a morte a todos os que não sido mortos.
eram fiéis à causa da liberdade. 18 E aconteceu que após tê-los
12 E aconteceu, no começo do despedido, continuaram sua
trigésimo primeiro ano em que marcha em direção à terra de
os juı́zes governaram o povo de Nefia. E aconteceu que quando
Néfi, que Morôni providenciou chegaram à cidade de Nefia, ar-
o envio imediato de provisões e maram suas tendas nas planı́-

6 b Al. 51:5–7. 9 a gee Pena de Morte.


425 Alma 62:19–30
cies de Nefia, que ficam próxi- muralhas, os lamanitas ficaram
mas à cidade de Nefia. tão amedrontados que fugiram
19 Ora, Morôni desejava que pela passagem.
os lamanitas saı́ssem para bata- 25 E então, quando viu que es-
lhar contra eles nas planı́cies; tavam fugindo dele, Morôni fez
mas os lamanitas, sabendo de com que seus homens marchas-
sua grande coragem e vendo co- sem contra eles; e mataram mui-
mo eram numerosos, não ousa- tos e cercaram muitos outros e
ram sair contra eles; portanto aprisionaram-nos; e os restantes
não saı́ram para combatê-los na- fugiram para a terra de Morôni,
quele dia. que ficava nas fronteiras junto à
20 E quando anoiteceu, Morô- costa.
ni saiu na escuridão da noite e 2 6 As s i m , M o rô n i e P ao rã
subiu ao alto da muralha para ocuparam a cidade de Nefia sem
descobrir em que parte da cida- perder um só homem; e muitos
de os lamanitas se achavam dos lamanitas foram mortos.
acampados com seu exército. 27 Ora, aconteceu que muitos
21 E aconteceu que eles se en- dos lamanitas que foram aprisio-
contravam no leste, perto da nados desejavam juntar-se ao
a
entrada; e estavam todos dor- povo de Amon e tornar-se um
mindo. E então Morôni voltou povo livre.
para seu exército e fez com que 28 E aconteceu que a todos os
preparassem rapidamente for- que manifestaram esse desejo,
tes cordas e escadas, a fim de foi concedido segundo seus de-
serem descidas, do alto da mu- sejos.
ralha, para o seu interior. 29 De modo que todos os pri-
22 E aconteceu que Morôni fez sioneiros lamanitas se uniram
com que seus homens avanças- ao povo de Amon e começaram
sem e galgassem o alto da mura- a trabalhar com afã, lavrando a
lha e descessem naquela parte terra, semeando toda espécie de
da cidade, sim, na parte ociden- grãos e criando rebanhos e ma-
tal, onde os lamanitas não se nadas de toda espécie; e assim
achavam acampados com seus os nefitas foram aliviados de
exércitos. uma grande carga; sim, pois vi-
23 E aconteceu que todos des- ram-se livres de todos os prisio-
ceram à cidade durante a noite, neiros lamanitas.
pelas suas fortes cordas e esca- 30 Ora, aconteceu que Morôni,
das; assim, quando amanheceu, depois de haver ocupado a cida-
estavam todos dentro das mura- de de Nefia—tendo feito mui-
lhas da cidade. tos prisioneiros, o que reduziu
24 E então, quando acordaram consideravelmente os exércitos
e viram que os exércitos de dos lamanitas; e tendo recupe-
Morôni se achavam dentro das rado muitos nefitas que haviam

27a gee Ânti-néfi-leı́tas.


Alma 62:31–39 426
sido presos, o que reforçou con- duradoura guerra entre eles e os
sideravelmente o exército de lamanitas, a qual resultara em
Morôni—saiu Morôni por essa tanta luta e derramamento de
razão da terra de Nefia para a sangue, sim, e em tanta fome.
terra de Leı́. 36 E aconteceu que Teâncum,
31 E aconteceu que quando vi- em sua ira, penetrou no acam-
ram que Morôni marchava con- pamento dos lamanitas, descen-
tra eles, os lamanitas novamente do pelas muralhas da cidade. E
ficaram amedrontados e fugi- foi de lugar em lugar, com uma
ram do exército de Morôni. corda, até que encontrou o rei; e
32 E aconteceu que Morôni e arremessou-lhe uma alança que
seu exército os perseguiram de penetrou junto ao coração. Mas
cidade em cidade até que en- eis que o rei, antes de morrer,
contraram Leı́ e Teâncum. E os despertou seus servos, de modo
lamanitas fugiram de Leı́ e que eles perseguiram Teâncum
Teâncum e desceram pelas fron- e mataram-no.
teiras perto da costa, até chega- 37 Ora, aconteceu que quando
rem à terra de Morôni. souberam que Teâncum estava
33 E todos os exércitos dos la- morto, Leı́ e Morôni ficaram
manitas reuniram-se formando muito tristes; porque eis que
um só corpo, na terra de Morô- ele havia sido um homem que
ni. Ora, Amoron, rei dos lamani- lutara valentemente por seu
tas, estava também com eles. paı́s, sim, um verdadeiro amigo
34 E aconteceu que Morôni e da liberdade; e havia passado
Leı́ e Teâncum acamparam com por muitas e grandes aflições.
seus exércitos nas fronteiras da Eis, porém, que estava morto e
terra de Morôni, de modo que seguira o caminho de toda a
os lamanitas ficaram cercados, Terra.
nas fronteiras, pelo deserto ao 38 Ora, aconteceu que na ma-
sul; e, nas fronteiras, pelo deser- nhã seguinte Morôni avançou
to a leste. contra os lamanitas, matando-os
35 E assim acamparam para em uma grande carnificina; e
passar a noite. Porque eis que expulsaram-nos da terra; e eles
tanto os nefitas como os lamani- fugiram, não voltando mais, na-
tas estavam cansados, em virtu- quela ocasião, a atacar os nefi-
de da extensa marcha; portanto tas.
não formularam estratagema al- 39 E assim terminou o trigési-
gum durante a noite, com exce- mo primeiro ano em que os juı́-
ção de Teâncum; pois ele estava zes governaram o povo de Néfi;
extremamente irado contra e eles haviam tido guerras e der-
Amoron, visto que considerava ramamento de sangue e fome e
Amoron e Amaliquias, seu ir- aflições pelo espaço de muitos
mão, a acausa dessa grande e anos.

35a Al. 48:1. 36a Al. 51:33–34.


427 Alma 62:40–52
40 E houvera muitos crimes e vra de Deus com grande poder,
a
contendas e dissensões e toda convencendo a muitos de suas
sorte de iniqüidades entre o po- iniqüidades, o que fez com que
vo de Néfi; no entanto, por se arrependessem de seus peca-
a
amor aos justos, sim, por causa dos e fossem batizados para o
das orações dos justos, eles fo- Senhor seu Deus.
ram poupados. 46 E aconteceu que organiza-
41 Mas eis que, por causa da ram novamente a igreja de Deus
longa duração da guerra entre por toda a terra.
nefitas e lamanitas, muitos se 47 Sim, e foram feitos regula-
tornaram insensı́veis devido à mentos relativos à lei. E foram
longa duração da guerra; e mui- escolhidos os seus ajuı́zes e os
tos foram abrandados em virtu- seus juı́zes superiores.
de de suas aaflições, de modo 48 E o povo de Néfi começou
que se humilharam perante outra vez a aprosperar na terra e
Deus com a mais profunda hu- a multiplicar-se e a tornar-se no-
mildade. vamente muito poderoso. E
42 E aconteceu que depois de principiaram a ficar excessiva-
haver fortificado as partes da mente ricos.
terra que estavam mais expostas 49 Entretanto, apesar de suas
aos lamanitas, até se tornarem riquezas, de seu poder e de sua
suficientemente fortes, Morôni prosperidade, não se encheram
voltou para a cidade de Zaraen- de orgulho nem eram vagarosos
la; e também Helamã regressou em lembrar-se do Senhor seu
ao local de sua herança; e uma Deus; mas humilhavam-se pro-
vez mais houve paz entre o po- fundamente perante ele.
vo de Néfi. 50 Sim, lembravam-se das
43 E Morôni entregou o co- grandes coisas que o Senhor ha-
mando de seus exércitos às mãos via feito por eles, de que os ha-
de seu filho, cujo nome era via livrado da morte e do
Moronia; e retirou-se para sua cativeiro e de prisões e de toda
própria casa, a fim de passar o sorte de sofrimentos; e de que
resto de seus dias em paz. ele os havia libertado das mãos
44 E Paorã voltou para a cadei- de seus inimigos.
ra de juiz; e Helamã voltou a 51 E oravam constantemente
pregar ao povo a palavra de ao Senhor seu Deus, tanto que o
Deus; pois em vista de tantas Senhor os abençoou segundo
guerras e contendas, tornara-se sua palavra, de modo que se tor-
necessário que novamente se naram fortes e prosperaram na
procedesse a uma regulamenta- terra.
ção na igreja. 52 E aconteceu que todas essas
45 Portanto Helamã e seus ir- coisas foram feitas. E Helamã
mãos saı́ram declarando a pala- morreu no trigésimo quinto ano

40a Al. 45:15–16. 45a D&C 18:44. 48a Al. 50:20.


41a gee Adversidade. 47a Mos. 29:39.
Alma 63:1–12 428
em que os juı́zes governaram o dância, perto da terra de Deso-
povo de Néfi. lação, e lançou-o ao mar do
oeste, perto da aestreita faixa de
terra que conduzia à terra do
CAPÍTULO 63 norte.
6 E eis que muitos nefitas e tam-
Siblon e, posteriormente, Helamã bém muitas mulheres e crianças
tomam posse dos registros sagrados nele embarcaram com muitas
—Muitos nefitas viajam para a terra provisões e navegaram rumo ao
do norte—Hagote constrói navios norte. E assim terminou o trigé-
que navegam no mar do oeste— simo sétimo ano.
Moronia derrota os lamanitas em ba- 7 E no trigésimo oitavo ano, es-
talha. Aproximadamente 56–52 a.C. se homem construiu outros na-
vios. E o primeiro navio também
E aconteceu, no começo do voltou, nele embarcando muito
trigésimo sexto ano em que os mais gente; e eles levaram mui-
juı́zes governaram o povo de tas provisões, partindo nova-
Néfi, que aSiblon se encarregou mente para a terra do norte.
das coisas bsagradas que Alma 8 E aconteceu que nunca mais
havia confiado a Helamã. se soube deles. E supomos que
2 E ele era um homem justo e se tenham afogado nas profun-
andava retamente perante Deus; dezas do mar. E aconteceu que
e procurava praticar continua- um outro navio também partiu;
mente o bem e guardar os man- e para onde foi, não sabemos.
damentos do Senhor seu Deus; 9 E aconteceu que nesse ano
e o mesmo fazia seu irmão. muita gente foi para a terra do
a
3 E aconteceu que Morôni tam- norte; e assim terminou o trigé-
bém morreu; e assim terminou o simo oitavo ano.
trigésimo sexto ano do governo 10 E aconteceu que no trigési-
dos juı́zes. mo nono ano do governo dos
4 E aconteceu que no trigésimo juı́zes, Siblon também morreu e
sétimo ano do governo dos Coriânton havia ido à terra do
juı́zes, um grande grupo, com- norte, em um navio, para levar
posto de cerca de cinco mil e provisões ao povo que fora para
quatrocentos homens com suas aquela terra.
mulheres e filhos, saiu de Za- 11 Portanto se tornou necessá-
raenla para a terra que ficava ao rio que, antes de sua morte,
a
norte. Siblon entregasse as coisas sa-
5 E aconteceu que Hagote, que gradas ao filho de Helamã, que
era um homem muito curioso, se chamava a Helamã, sendo
construiu um navio muito gran- chamado pelo nome de seu pai.
de nos limites da terra de Abun- 12 Ora, eis que todas aquelas

63 1a Al. 38:1–2. 4 a Al. 22:31. 9 a Hel. 3:11–12.


b Al. 37:1–12. 5 a Al. 22:32; 11a Ver sinopse do livro
gee Santo. Ét. 10:20. de Helamã.
429 Alma 63:13–Helamã 1:2
a
gravações que se achavam em tas; e novamente foram incita-
poder de Helamã foram trans- dos à ira contra os nefitas.
critas e transmitidas aos filhos 15 E também, nesse mesmo
dos homens por toda a terra, ex- ano desceram com um numero-
cetuando-se as partes que Alma so exército para guerrear o povo
havia ordenado que bnão fos- de aMoronia, ou seja, o exército
sem reveladas. de Moronia, sendo derrotados e
13 Não obstante, essas coisas repelidos novamente para suas
deviam ser conservadas como próprias terras, sofrendo gran-
sagradas e atransmitidas de uma des perdas.
geração à outra; portanto nes- 16 E assim terminou o trigési-
se ano haviam sido confiadas a mo nono ano em que os juı́zes
Helamã, antes da morte de governaram o povo de Néfi.
Siblon. 17 E assim terminou o relato de
14 E aconteceu, também nesse Alma e de Helamã, seu filho, e
ano, que houve alguns dissiden- também de Siblon, que era seu
tes que se juntaram aos lamani- filho.

Livro de Helamã

R elato sobre os nefitas. Suas guerras, contendas e dissensões. E


também as profecias de muitos santos profetas antes da vinda de
Cristo, segundo os registros de Helamã, que era filho de Helamã, e
também segundo os registros de seus filhos até a vinda de Cristo.
Muitos lamanitas são convertidos. Relato de sua conversão. Relato da
retidão dos lamanitas e das iniqüidades e abominações dos nefitas,
segundo o registro de Helamã e seus filhos, até a vinda de Cristo,
relato esse chamado Livro de Helamã.

CAPÍTULO 1

Paorã II torna-se juiz supremo e é


E ENTÃO, eis que aconteceu
que no começo do quadra-
gésimo ano em que os juı́zes
assassinado por Quiscúmen—Pa- governaram o povo de Néfi,
cumêni ocupa a cadeira de juiz— surgiu uma séria dificuldade en-
Coriântumr lidera os exércitos la- tre o povo nefita.
manitas, toma Zaraenla e mata 2 Pois eis que a Paorã havia
Pacumêni—Moronia derrota os la- morrido, trilhando o caminho
manitas e recupera Zaraenla; de toda a Terra; por essa razão
Coriântumr é morto. Aproximada- surgiu uma séria contenda so-
mente 52–50 a.C. bre qual dos irmãos, filhos de
12a Al. 18:36. 13a Al. 37:4. [helamã]
b Al. 37:27–32. 15a Al. 62:43. 1 2a Al. 50:40.
Helamã 1:3–15 430
Paorã, ocuparia a cadeira de quando este se achava sentado
juiz. na cadeira de juiz.
3 Ora, estes são os nomes dos 10 E Quiscúmen foi perse-
que disputaram a cadeira de guido pelos servos de Paorã,
juiz e que também causaram mas eis que tão rápida foi a sua
contendas entre o povo: Paorã, fuga, que ninguém conseguiu
Paânqui e Pacumêni. alcançá-lo.
4 Ora, estes não são todos os 11 E ele reuniu-se com os que o
filhos de Paorã (porque ele haviam enviado e todos eles
tinha muitos), mas são os que fizeram um convênio, sim, ju-
disputaram a cadeira de juiz; rando por seu eterno Criador
portanto causaram três divisões q u e a n i n g u é m d i r i a m q u e
entre o povo. Quiscúmen assassinara Paorã.
5 Não obstante, aconteceu que 12 Portanto Quiscúmen não foi
Paorã foi eleito, pela avoz do reconhecido pelo povo de Néfi,
povo, juiz supremo e governa- porque estava disfarçado quan-
dor do povo de Néfi. do matou Paorã. E Quiscúmen e
6 E aconteceu que Pacumêni, seu bando que fizera convênio
vendo que não podia obter a com ele misturaram-se com o
cadeira de juiz, uniu-se à voz do povo, de maneira que não pu-
povo. deram encontrar todos; porém
7 M a s e i s q u e P a â n q u i e todos os que foram encontrados
aqueles que o queriam como foram condenados à amorte.
governador ficaram muito ira- 13 E então, eis que Pacumêni
dos; por isso ele estava a ponto foi eleito, pela voz do povo, juiz
de, por meio de lisonjas, persua- superior e governador do povo,
dir o povo a rebelar-se contra para governar em lugar de seu
seus irmãos. irmão, Paorã; e isto segundo seu
8 E aconteceu que quando direito. E tudo isso se passou no
estava prestes a fazer isso, eis quadragésimo ano do governo
que foi aprisionado e julgado dos juı́zes; e assim terminou.
de acordo com a voz do povo, 14 E aconteceu que no qua-
tendo sido condenado à morte dragésimo primeiro ano do
porque se rebelara e procura- governo dos juı́zes, os lamanitas
ra destruir a a liberdade do reuniram um inumerável exér-
povo. cito de homens e armaram-nos
9 Ora, quando aqueles que com espadas e com cimitarras e
desejavam que ele fosse seu com arcos e com flechas; e com
governador viram que havia capacetes e com couraças e com
sido condenado à morte, fica- todo tipo de escudos de toda
ram encolerizados e eis que espécie.
mandaram um certo Quis- 15 E desceram outra vez para
cúmen até a cadeira de juiz de batalhar contra os nefitas; e
Paorã; e ele assassinou Paorã eram guiados por um homem

5 a Mos. 29:26–29. 8 a gee Liberdade, Livre. 12a gee Pena de Morte.


431 Helamã 1:16–26
que se chamava Coriântumr, que era o juiz supremo, fugiu de
descendente de Zaraenla e dis- Coriântumr até as muralhas da
sidente dos nefitas; e ele era um cidade. E aconteceu que Coriân-
homem grande e forte. tumr o golpeou contra a mura-
16 Assim, o rei dos lamanitas, lha, de modo que ele morreu; e
cujo nome era Tubalote, que era assim terminaram os dias de Pa-
filho de aAmoron, supondo que cumêni.
Coriântumr, sendo um homem 22 Ora, quando Coriântumr
forte, poderia fazer frente aos viu que se havia apoderado da
nefitas com sua força e também cidade de Zaraenla e viu que os
com sua grande sabedoria, de nefitas haviam fugido deles e
maneira que, enviando-o, domi- haviam sido mortos e postos em
naria os nefitas— cativeiro e aprisionados; e que
17 Incitou-os portanto à cólera havia tomado a praça mais forte
e reuniu seus exércitos e no- de toda a terra, seu coração
meou Coriântumr como lı́der; e encheu-se de coragem, de modo
fez com que eles descessem à que estava pronto para atacar
terra de Zaraenla para combater toda a terra.
os nefitas. 23 E então ele não se deteve na
18 E aconteceu que, por causa terra de Zaraenla, mas marchou
de tantas contendas e tantas com um grande exército em
dificuldades no governo, os ne- direção à cidade de Abundân-
fitas não mantiveram número cia; porque estava determinado
suficiente de guardas na terra a avançar e abrir caminho à
de Zaraenla; porque pensaram espada, a fim de conquistar a
que os lamanitas não ousariam parte norte da terra.
invadir o coração de suas terras 24 E supondo que as forças
para atacar a grande cidade de principais deles se achassem na
Zaraenla. parte central da terra, marchou
19 Mas aconteceu que Coriân- contra eles, não lhes dando tem-
tumr marchou à frente de seu po de reunir-se, a não ser em
numeroso exército e atacou os pequenos grupos; e desta forma
habitantes da cidade; e sua mar- caiu sobre eles, matando-os.
cha foi tão rápida que os nefitas 25 Eis, porém, que esta marcha
não tiveram tempo de reunir de Coriântumr pela parte cen-
seus exércitos. tral da terra ofereceu grande
20 Portanto Coriântumr matou vantagem a Moronia, apesar de
a g u a r d a q u e s e a c h a v a à s ser grande o número de nefitas
portas da cidade e avançou com que haviam sido mortos.
todo o seu exército para dentro 26 Pois eis que Moronia supôs
da cidade, matando todos os que os lamanitas não ousariam
que se lhes opuseram, de modo invadir a parte central da terra,
que tomaram toda a cidade. mas que atacariam as cidades
21 E aconteceu que Pacumêni, fronteiriças, como haviam feito

16a Al. 52:3.


Helamã 1:27–2:3 432
até então. Por essa razão Moro- próprio foi morto; e os lamani-
nia fizera com que seus fortes tas entregaram-se nas mãos dos
exércitos defendessem aquelas nefitas.
partes próximas às fronteiras. 33 E aconteceu que Moronia
27 Eis, porém, que os lamanitas novamente tomou posse da ci-
não se atemorizaram como ele dade de Zaraenla e ordenou
desejava, mas haviam invadido que os lamanitas que haviam si-
a parte central da terra e toma- do aprisionados partissem da
do a capital, que era a cidade de terra em paz.
Zaraenla; e estavam marchando 34 E assim terminou o quadra-
pelas partes principais da terra, gésimo primeiro ano do gover-
matando o povo numa grande no dos juı́zes.
carnificina, tanto homens como
mulheres e crianças, ocupando
muitas cidades e muitas fortale- CAPÍTULO 2
zas.
28 Mas quando Moronia des- Helamã, filho de Helamã, torna-se
cobriu isso, imediatamente man- juiz supremo—Gadiânton lidera o
dou Leı́ com um exército para bando de Quiscúmen—O servo de
detê-los antes que atingissem a Helamã mata Quiscúmen e o bando
terra de Abundância. de Gadiânton foge para o deserto.
29 E ele assim fez; e deteve-os Aproximadamente 50–49 a.C.
antes que chegassem à terra de
Abundância e atacou-os, de mo- E aconteceu que no quadragé-
do que eles começaram a retro- simo segundo ano do governo
ceder em direção à terra de dos juı́zes, depois de Moronia
Zaraenla. haver restabelecido a paz entre
30 E aconteceu que Moronia os nefitas e lamanitas, eis que
cortou a sua retirada e travou ninguém havia para ocupar a
combate com eles; e o combate cadeira de juiz; portanto o povo
tornou-se extremamente san- começou novamente a conten-
grento; sim, muitos foram mor- der a respeito de quem deveria
tos e, entre os que foram mortos, ocupar a cadeira de juiz.
estava também aCoriântumr. 2 E aconteceu que Helamã, que
31 E então eis que os lamanitas era filho de Helamã, foi escolhi-
não podiam retroceder nem pe- do pela voz do povo para o-
lo norte nem pelo sul, nem pelo cupar a cadeira de juiz.
leste nem pelo oeste, porquanto 3 Mas eis que aQuiscúmen, que
se achavam cercados de todos assassinara Paorã, pôs-se à es-
os lados pelos nefitas. preita, para também destruir
32 E assim Coriântumr havia Helamã; e ele foi apoiado por
atirado os lamanitas no meio seu bando, que havia feito um
dos nefitas, de modo que fica- pacto para que ninguém ficasse
ram em poder dos nefitas; e ele sabendo de suas iniqüidades.

30a Hel. 1:15. 2 3a Hel. 1:9.


433 Helamã 2:4–14
4 Pois havia um certo aGadiân- cúmen: Vamos até a cadeira do
ton, que era sobremaneira hábil juiz.
no falar e também muito astuto 9 Ora, isto agradou considera-
para levar a efeito planos secre- velmente a Quiscúmen, pois su-
tos de assassinatos e pilhagens; pôs que poderia executar seus
portanto se tornou o chefe do desı́gnios; mas eis que, ao se en-
bando de Quiscúmen. caminharem para a cadeira de
5 Por conseguinte, lisonjean- juiz, o servo de Helamã apunha-
do-os e também lisonjeando lou Quiscúmen no coração, de
Quiscúmen, prometera conce- modo que ele caiu morto sem
der àqueles que pertenciam ao um gemido. E ele correu para
seu bando poder e autoridade contar a Helamã tudo o que ti-
sobre o povo, se eles o colocas- nha visto, ouvido e feito.
sem na cadeira de juiz; portanto 10 E aconteceu que Helamã or-
Quiscúmen procurou destruir denou que prendessem esse
Helamã— bando de ladrões e assassinos
6 E aconteceu que quando secretos, a fim de que fossem
se dirigia para a cadeira de juiz executados de acordo com a lei.
a fim de destruir Helamã, eis 11 Eis, porém, que ao perceber
que um dos servos de Helamã, que Quiscúmen não voltava,
q u e h a v i a s a ı́ d o d u r a n t e a Gadiânton ficou com medo de
noite e obtido, por meio de ser destruı́do; conseqüentemen-
um disfarce, conhecimento dos te, fez com que seu bando o se-
planos que haviam sido forja- guisse. E fugiram da terra para o
dos pelo bando para destruir deserto por um caminho secre-
Helamã— to, de modo que quando Hela-
7 E aconteceu que ele encon- mã os mandou prender, não
trou Quiscúmen e deu-lhe um foram encontrados em lugar
sinal; portanto Quiscúmen lhe algum.
revelou seu objetivo, pedindo- 12 E mais sobre esse Gadiânton
lhe que o conduzisse à cadeira será exposto adiante. E assim
do juiz, a fim de que ele assassi- terminou o quadragésimo se-
nasse Helamã. gundo ano em que os juı́zes go-
8 E quando o servo de Helamã vernaram o povo de Néfi.
se inteirou das intenções de 13 E eis que no fim deste livro
Quiscúmen e de que seu objeti- vereis que esse mesmo aGadiân-
vo era matar; e de que o objetivo ton veio a ser a causa da ruı́na,
dos que pertenciam ao seu ban- sim, da destruição quase com-
do era matar e roubar e obter pleta do povo de Néfi.
poder (e eram estes seus aplanos 14 Eis que não me refiro ao fim
secretos e suas combinações), o do livro de Helamã, mas refiro-
servo de Helamã disse a Quis- me ao fim do livro de Néfi, do

4 a gee Ladrões de gee Combinações 4 Né. 1:42.


Gadiânton. Secretas.
8 a 2 Né. 10:15. 13a Hel. 6:18;
Helamã 3:1–11 434
qual tirei todo o relato que es- das as partes da terra, por todas
crevi. as partes que não estavam deso-
ladas e sem árvores devido aos
muitos habitantes que haviam
CAPÍTULO 3 vivido naquela terra anterior-
mente.
Muitos nefitas emigram para a ter- 6 Ora, nenhuma parte da terra
ra do norte—Eles constroem casas estava desolada, salvo no tocan-
de cimento e fazem muitos regis- te a árvores; mas em virtude da
tros—Dezenas de milhares de pes- grande adestruição do povo que
soas são convertidas e batizadas— antes habitara a terra, chama-
A palavra de Deus leva os homens à ram-na bdesolada.
salvação—Néfi, o filho de Helamã, 7 E como eram escassas as ár-
ocupa a cadeira de juiz. Aproxima- vores na terra, o povo que para
damente 49–39 a.C. lá seguiu se tornou perito em
trabalhos de cimento; portanto
E então aconteceu que no qua- construı́ram casas de cimento,
dragésimo terceiro ano do go- nas quais passaram a habitar.
verno dos juı́zes não houve 8 E aconteceu que se multi-
contendas entre o povo de Néfi, plicaram e espalharam-se e fo-
com exceção de algumas de- ram da terra do sul para a ter-
monstrações de orgulho verifi- ra do norte; e espalharam-se de
cadas na igreja, as quais causa- tal forma que começaram a co-
ram pequenas dissensões entre brir a face de toda a terra, desde
o povo e foram resolvidas no o mar do sul até o mar do norte,
fim do quadragésimo terceiro do mar do aoeste até o mar do
ano. leste.
2 E não houve contendas entre 9 E o povo que estava na terra
o povo no quadragésimo quarto do norte vivia em tendas e em
ano; tampouco houve muitas casas de cimento, deixando
contendas no quadragésimo crescer todas as árvores que bro-
quinto ano. tavam na face da terra, a fim de
3 E aconteceu que no quadra- que mais tarde tivessem madei-
gésimo sexto ano houve muitas ra para construir suas casas, sim,
contendas e muitas dissensões, suas cidades e seus templos e
em virtude das quais muitos suas sinagogas e seus santuá-
deixaram a terra de Zaraenla e rios; e todo tipo de edifı́cios.
foram para a terra do anorte, a 10 E aconteceu que como a ma-
fim de herdar a terra. deira era muito escassa na terra
4 E viajaram para muito longe, do norte, fizeram com que mui-
chegando a agrandes extensões ta madeira lhes fosse enviada
de água e muitos rios. por abarco.
5 Sim, e espalharam-se por to- 11 E assim tornaram possı́vel

3 3a Al. 63:4. 6 a Mos. 21:25–27. 8 a Al. 22:27, 32.


4 a Mos. 8:8; Mórm. 6:4. b Al. 22:31. 10a Al. 63:5–8.
435 Helamã 3:12–23
que o povo da terra do norte tornando-se inı́quos e selvagens
construı́sse muitas cidades, tan- e ferozes, sim, até se transforma-
to com madeira como com ci- rem em lamanitas.
mento. 17 E agora retorno ao meu rela-
12 E aconteceu que havia entre to; portanto tudo que eu disse
o apovo de Amon muitos que aconteceu após ter havido gran-
eram lamanitas de nascimento, des contendas e distúrbios e
que também foram para aquela guerras e dissensões entre o po-
terra. vo de Néfi.
13 Ora, há muitos registros 18 O quadragésimo sexto ano
desses feitos, detalhados e ex- do reinado dos juı́zes termi-
tensos, escritos por muitos deste nou.
povo e relativos a eles. 19 E aconteceu que havia ainda
14 Mas eis que uma centésima muita contenda na terra, sim, no
parte dos feitos deste povo, sim, quadragésimo sétimo ano; e
a história dos lamanitas e dos também no quadragésimo oita-
nefitas e suas guerras e conten- vo ano.
das e dissensões; e de suas pre- 20 Não obstante, Helamã o-
gações e de suas profecias; e de cupou a cadeira de juiz com
suas viagens marı́timas e cons- retidão e eqüidade; sim, esfor-
trução de barcos; e construção çou-se para observar os estatutos
de atemplos e de sinagogas e e os juı́zos e os mandamentos
seus santuários; e de sua retidão de Deus; e fez continuamente o
e suas iniqüidades e seus assas- que era reto aos olhos de Deus;
sinatos e seus roubos e suas e andou nos caminhos de seu
pilhagens e todo tipo de abomi- pai, de modo que prosperou na
nações e libertinagens, não po- terra.
de ser incluı́da nesta obra. 21 E aconteceu que teve dois
15 Mas eis que há muitos livros filhos. Deu ao mais velho o no-
e muitos registros de toda espé- me de aNéfi e, ao mais novo, o
cie que foram escritos principal- nome de bLeı́. E principiaram a
mente pelos nefitas. crescer no Senhor.
16 E eles foram atransmitidos 22 E aconteceu que no fim do
de uma geração a outra pelos quadragésimo oitavo ano em
nefitas, até que eles caı́ram em que os juı́zes governaram o po-
transgressão e foram assassina- vo de Néfi, começaram a cessar
dos, roubados e perseguidos e um pouco as dissensões e guer-
expulsos e mortos e espalhados ras entre o povo de Néfi.
pela face da terra; e misturaram- 23 E aconteceu que no quadra-
se com os lamanitas até bnão se- gésimo nono ano do governo
rem mais chamados de nefitas, dos juı́zes, houve paz contı́nua

12a Al. 27:21–26. 16a 1 Né. 5:16–19; Helamã.


14a 2 Né. 5:16; Al. 37:4. b gee Leı́, Missionário
Jacó 1:17; b Al. 45:12–14. Nefita.
3 Né. 11:1. 21a gee Néfi, Filho de
Helamã 3:24–35 436
na terra, com exceção das com- artifı́cios do diabo; e guiará o
binações secretas que aGadiân- homem de Cristo por um cami-
ton, o ladrão, estabelecera nas nho cestreito e apertado, através
partes mais povoadas da terra e daquele dabismo eterno de misé-
que, na época, não eram do ria que foi preparado para tra-
conhecimento daqueles que es- gar os inı́quos—
tavam à frente do governo; por- 30 E depositar sua alma, sim,
tanto não haviam sido elimina- sua alma imortal, à amão direita
das daquela terra. de Deus no reino dos céus, para
24 E aconteceu que nesse mes- sentar-se com Abraão e Isaque e
mo ano houve grande progres- Jacó; e com todos os nossos san-
so na igreja, o que fez com que tos pais, para não mais sair.
milhares se unissem à igreja e 31 E nesse ano houve regozijo
fossem batizados para o arre- contı́nuo na terra de Zaraenla e
pendimento. em todas as regiões vizinhas, sim,
25 E foi tanta a prosperidade em toda a terra habitada pelos
da igreja e tão numerosas as nefitas.
bênçãos derramadas sobre o po- 32 E aconteceu que reinou paz
vo, que até os sumos sacerdotes e imensa alegria durante todo o
e mestres ficaram sobremaneira resto do quadragésimo nono
admirados. ano; sim, e também houve paz
26 E aconteceu que a obra do contı́nua e grande alegria no
Senhor prosperou, batizando-se qüinquagésimo ano do governo
e unindo-se à igreja de Deus dos juı́zes.
muitas almas, sim, dezenas de 33 E houve paz também no
milhares. qüinquagésimo primeiro ano do
27 Assim podemos ver que o reinado dos juı́zes, salvo pelo
Senhor é misericordioso para orgulho que começou a mani-
com todos os que invocam seu festar-se na igreja; não na igreja
santo nome com sinceridade de de Deus, mas no coração daque-
coração. les que professavam pertencer à
28 Sim, vemos portanto que a igreja de Deus.
a
porta do céu está aberta a bto- 34 E encheram-se de a orgu-
dos, sim, a todos os que vierem a lho, a ponto de perseguirem
crer no nome de Jesus Cristo, muitos de seus irmãos. Ora,
que é o Filho de Deus. esse foi um grande mal que
29 Sim, vemos que quem o de- fez com que a parte mais humil-
sejar poderá aderir à apalavra de de do povo padecesse grande
Deus, que é bviva e eficaz, que perseguição e passasse por mui-
romperá ao meio todas as arti- tas aflições.
manhas e as armadilhas e os 35 Não obstante, ajejuavam e

23a Hel. 2:4. 29a gee Palavra de Deus. d 1 Né. 15:28–30.


28a 2 Né. 31:9, 17. b Heb. 4:12; 30a Mt. 25:33–34.
b At. 10:28; D&C 11:2. 34a gee Orgulho.
Rom. 2:10–11. c 2 Né. 9:41; 33:9. 35a gee Jejuar, Jejum.
437 Helamã 3:36–4:7
b
oravam freqüentemente e tor- dissensões na igreja e houve
navam-se cada vez mais fortes também uma acontenda entre o
em sua chumildade e cada vez povo, de modo que muito san-
mais firmes na fé em Cristo, en- gue foi derramado.
chendo a alma de alegria e 2 E os rebeldes foram mortos e
consolo, sim, d purificando e expulsos da terra e uniram-se ao
e
santificando o coração, santifi- rei dos lamanitas.
cação essa resultante da fentrega 3 E aconteceu que fizeram o
de seu coração a Deus. possı́vel para incitar os lamani-
36 E aconteceu que o qüinqua- tas a lutarem contra os nefitas;
gésimo segundo ano também mas eis que os lamanitas esta-
terminou em paz, salvo pelo ex- vam de tal forma amedrontados
cessivo orgulho que se apodera- que não deram ouvidos às pala-
ra do coração do povo; e isso vras desses dissidentes.
devido a suas enormes ariquezas 4 Mas aconteceu que no qüin-
e prosperidade na terra; e au- quagésimo sexto ano do gover-
mentava dia após dia. no dos juı́zes houve adissidentes
37 E aconteceu que no qüin- que se passaram dos nefitas pa-
quagésimo terceiro ano do go- ra os lamanitas; e conseguiram,
v e r n o d o s j u ı́ z e s m o r r e u com os outros, incitá-los à ira
Helamã; e Néfi, seu filho mais contra os nefitas; e passaram to-
velho, começou a governar em do aquele ano preparando-se
seu lugar. E aconteceu que ele para a guerra.
ocupou a cadeira de juiz com 5 E no qüinquagésimo sétimo
justiça e eqüidade; sim, ele ano desceram para atacar os ne-
guardou os mandamentos de fitas, principiando assim a obra
Deus e andou nos caminhos de de morte; sim, de tal forma que
seu pai. no qüinquagésimo oitavo ano
do governo dos juı́zes consegui-
CAPÍTULO 4 ram apoderar-se da terra de Za-
raenla; sim, e também de todas
Dissidentes nefitas e os lamanitas as terras, até a terra que ficava
unem forças e tomam a terra de Za- próxima à terra de Abundância.
raenla — As derrotas dos nefitas 6 E os nefitas e os exércitos de
ocorrem por causa de sua iniqüida- Moronia foram rechaçados para
de—A Igreja decai e o povo torna- a terra de Abundância.
se fraco, da mesma forma que os 7 E aı́ se fortificaram contra os
lamanitas. Aproximadamente 38– lamanitas, desde o mar do oeste
30 a.C. até o leste; e essa linha que ha-
E aconteceu que no qüinquagé- viam fortificado e guarnecido de
simo quarto ano houve muitas tropas para a defesa da região

35b gee Oração. e gee Santificação. 4 1a 3 Né. 11:29.


c gee Humildade, f II Crôn. 30:8; 4 a Hel. 5:17.
Humilde, Humilhar. Mos. 3:19.
d gee Pureza, Puro. 36a gee Riquezas.
Helamã 4:8–18 438
norte tinha a extensão de um bando, mentindo, furtando, co-
dia de viagem para um nefita. metendo adultério, levantando-
8 E assim, aqueles dissidentes se em grandes contendas e de-
dos nefitas, com o auxı́lio de um sertando para a terra de Néfi,
numeroso exército de lamanitas, entre os lamanitas—
apoderaram-se de todos os terri- 13 E por causa dessa sua gran-
tórios dos nefitas que ficavam de iniqüidade e avanglória pela
na terra do sul. E tudo isso ocor- própria força, foram abandona-
reu no qüinquagésimo oitavo e dos a sua própria força; portan-
no qüinquagésimo nono ano do to não prosperaram, mas foram
governo dos juı́zes. afligidos e perseguidos e expul-
9 E aconteceu, no sexagésimo sos pelos lamanitas até perde-
ano do governo dos juı́zes, que rem quase todas as suas terras.
Moronia conseguiu ocupar, com 14 Mas eis que Moronia pregou
seus exércitos, muitas partes da muitas coisas ao povo, por causa
terra; sim, eles reconquistaram de sua iniqüidade; e também
a
muitas cidades que haviam caı́- Néfi e Leı́, que eram os filhos
do nas mãos dos lamanitas. de Helamã, pregaram muitas
10 E aconteceu que no sexagé- coisas ao povo, sim, e muitas
simo primeiro ano do governo coisas profetizaram-lhes, relati-
dos juı́zes conseguiram recon- vas a suas iniqüidades e ao que
quistar a metade de todas as lhes adviria se não se arrepen-
suas terras. dessem de seus pecados.
11 Ora, essa grande perda dos 15 E aconteceu que se arrepen-
nefitas e a terrı́vel carnificina deram e, à medida que se arre-
havida entre eles não teriam penderam, começaram a pros-
acontecido se não fosse pelas perar.
iniqüidades e abominações exis- 16 Pois Moronia, ao ver que
tentes em seu meio; sim, mesmo eles se haviam arrependido,
entre os que professavam per- aventurou-se a conduzi-los de
tencer à igreja de Deus. lugar em lugar e de cidade em
12 E foi pelo aorgulho de seu cidade até reconquistarem a me-
coraç ão, por causa de suas tade de suas propriedades e a
imensas briquezas, sim, em vir- metade de suas terras.
tude de oprimirem os cpobres, 17 E assim terminou o sexagé-
negando alimento aos que ti- simo primeiro ano do governo
nham fome e roupa aos que es- dos juı́zes.
tavam nus, esbofeteando seus 18 E aconteceu que no sexagé-
humildes irmãos, zombando de simo segundo ano do governo
tudo quanto era sagrado, ne- dos juı́zes, Moronia já não con-
gando o espı́rito de profecia e seguiu tomar territórios dos la-
de revelação, assassinando, rou- manitas.

12a Oba. 1:3–4; 2 Né. 9:42. 14a Hel. 3:21.


D&C 101:42. c D&C 42:30–31.
b I Tim. 6:17; 13a gee Orgulho.
439 Helamã 4:19–5:1
19 Por essa razão desistiram do não habita em templos cimpu-
propósito de reconquistar o res- ros—
tante de suas terras, porque tão 25 Portanto o Senhor deixou
numerosos eram os lamanitas de protegê-los com seu miracu-
que se tornou impossı́vel aos loso e incomparável poder, por-
nefitas sobrepujá-los; portanto que haviam caı́do em um estado
Moronia empregou todos os de adescrença e terrı́vel iniqüi-
seus exércitos para conservar as dade; e viram que os lamanitas
partes que haviam retomado. eram muito mais numerosos do
20 E aconteceu que, devido ao que eles e que, a não ser que se
b
grande número de lamanitas, os apegassem ao Senhor seu Deus,
nefitas ficaram com muito medo inevitavelmente pereceriam.
de serem dominados e pisados e 26 Pois eis que viram ser a for-
mortos e destruı́dos. ça dos lamanitas tão grande
21 Sim, começaram a lembrar- quanto a sua, homem por ho-
se das profecias de Alma, bem mem. E assim haviam caı́do nes-
como das palavras de Mosias; e sa grande transgressão; sim,
viram que tinham sido um povo dessa maneira em apoucos anos
obstinado e que haviam rejeita- haviam-se tornado fracos por
do os mandamentos de Deus. causa de suas transgressões.
22 E que haviam alterado e me-
nosprezado as aleis de Mosias,
CAPÍTULO 5
ou seja, as que o Senhor o encar-
regara de dar ao povo; e viram
Néfi e Leı́ dedicam-se a pregar—
que suas leis se haviam corrom-
Seus nomes levam-nos a moldar a
pido e que o povo se tornara inı́-
vida pela de seus antepassados—
quo, à semelhança dos lamani-
Cristo redime aqueles que se arre-
tas.
pendem — Néfi e Leı́ convertem
23 E em virtude de sua iniqüi-
muitos e são aprisionados e fogo cir-
dade, a igreja começou a ade-
cunda-os—Uma nuvem de escuri-
cair; e eles começaram a perder
dão encobre trezentas pessoas—A
a crença no espı́rito de profecia
terra treme e uma voz ordena aos
e no espı́rito de revelação; e de-
homens que se arrependam—Néfi e
frontaram-se com os julgamen-
Leı́ conversam com anjos e a multi-
tos de Deus.
dão é circundada por fogo. Aproxi-
24 E viram que se haviam tor-
madamente 30 a.C.
nado afracos como seus irmãos,
os lamanitas, e que o bEspı́rito E aconteceu que, nesse mesmo
do Senhor não mais os preser- ano, eis que aNéfi entregou a ca-
vava; sim, havia-se afastado de- deira de juiz a um homem cha-
les, porque o Espı́rito do Senhor mado Cezorã.

22a Al. 1:1. c Mos. 2:37; 26a Al. 46:8;


23a gee Apostasia. Al. 7:21; 34:36. Hel. 12:3–4.
24a Mos. 1:13. 25a gee Incredulidade. 5 1a Hel. 3:37.
b gee Espı́rito Santo. b Jacó 6:5.
Helamã 5:2–11 440
2 Porque como suas leis e go- to e também escrito que elas
vernos eram estabelecidos pela foram bboas.
a
voz do povo e os que bprefe- 7 Portanto, meus filhos, desejo
riam o mal eram mais numero- que pratiqueis o bem, a fim de
sos do que os que preferiam que possa ser dito de vós e tam-
o bem, estavam, portanto, ama- bém escrito o mesmo que foi di-
durecendo para a destruição, to e escrito sobre eles.
porque as leis haviam sido cor- 8 E agora, meus filhos, eis que
rompidas. desejo algo mais de vós; e esse
3 Sim, e não apenas isso; eles desejo é que não façais estas coi-
eram um povo obstinado, de tal sas para vangloriar-vos, mas que
modo que não podiam ser go- façais estas coisas para ajuntar
vernados pela lei nem pela justi- um atesouro no céu, sim, que é
ça, a não ser para sua destrui- eterno e jamais desaparece; sim,
ção. para que tenhais o bprecioso dom
4 E aconteceu que Néfi se can- da vida eterna, o qual, temos
sara da iniqüidade deles; e are- motivo para crer, foi concedido
nunciou à cadeira de juiz e a nossos pais.
dedicou-se a pregar a palavra 9 Oh! Lembrai-vos, lembrai-
de Deus pelo resto de seus dias, vos, meus filhos, das apalavras
o mesmo fazendo seu irmão, que o rei Benjamim disse a seu
Leı́, pelo resto de seus dias. povo; sim, lembrai-vos de que
5 Porque se lembraram das nenhum outro caminho ou meio
palavras que Helamã, seu pai, há pelo qual o homem possa ser
lhes dissera. E são estas as pala- salvo, a não ser por meio do
b
vras: sangue expiatório de Jesus
6 Eis que, meus filhos, eu dese- Cristo, que virá; sim, lembrai-
jo que vos lembreis de guardar vos de que ele vem para credi-
os mandamentos de Deus; e mir o dmundo.
quisera que declarásseis ao po- 10 E lembrai-vos também das
a
vo estas palavras. Eis que eu vos palavras que Amuleque disse a
dei os nomes de nossos primei- Zeezrom, na cidade de Amonia;
ros apais, que vieram da terra pois ele disse-lhe que o Senhor
de Jerusalém; e assim fiz para certamente viria para redimir
que, quando vos lembrardes de seu povo; que não viria, porém,
vossos nomes, vos lembreis de- redimi-los em seus pecados,
les; e quando vos lembrardes mas redimi-los de seus pecados.
deles, vos lembreis de suas 11 E ele tem poder, recebido do
obras; e quando vos lembrardes Pai, para redimi-los de seus pe-
de suas obras, saibais que foi di- cados por causa do arrependi-

2 a Mos. 29:25–27. b D&C 14:7. Redimido, Redimir.


b Al. 10:19. 9 a Mos. 2:9. d gee Mundo—As
4 a Al. 4:15–20. b Mos. 3:17–18. pessoas que não
6 a 1 Né. 1:1, 5. gee Expiação, obedecem aos
b 2 Né. 33. Expiar. mandamentos.
8 a 3 Né. 13:19–21. c gee Redenção, 10a Al. 11:34.
441 Helamã 5:12–21
mento; portanto aenviou seus haverem pregado a todo o povo
anjos para anunciarem as condi- de Néfi que se achava na terra
ções do arrependimento, que do sul; e de lá foram para a terra
conduz ao poder do Redentor de Zaraenla, entre os lamanitas.
para a salvação de suas almas. 17 E aconteceu que pregaram
12 E agora, meus filhos, lem- com grande poder, confundin-
brai-vos, lembrai-vos de que é do muitos dos adissidentes que
sobre a arocha de nosso Reden- se haviam separado dos nefitas,
tor, que é Cristo, o Filho de tanto que eles se adiantaram,
Deus, que deveis construir os confessaram seus pecados e fo-
vossos b alicerces; para que, ram batizados para o arrependi-
quando o diabo lançar a fúria de mento; e imediatamente volta-
seus ventos, sim, seus dardos no ram para os nefitas, a fim de
torvelinho, sim, quando todo o remediar os males que lhes ha-
seu granizo e violenta ctempes- viam causado.
tade vos açoitarem, isso não te- 18 E aconteceu que Néfi e Leı́
nha poder para vos arrastar ao pregaram aos lamanitas com
abismo da miséria e angústia grande poder e autoridade, por-
sem fim, por causa da rocha so- que haviam recebido poder e
bre a qual estais edificados, que autoridade para afalar, sendo
é um alicerce seguro; e se os ho- também inspirados quanto ao
mens edificarem sobre esse ali- que deveriam dizer—
cerce, não cairão. 19 Por conseguinte, falaram de
13 E aconteceu que estas foram tal maneira que encheram os la-
as palavras que Helamã disse a manitas de assombro, aconven-
seus filhos; sim, aensinou-lhes cendo-os de tal forma que oito
muitas coisas que não estão es- mil lamanitas dos que se acha-
critas e também muitas coisas vam na terra de Zaraenla e ime-
que estão escritas. diações receberam o batismo
14 E eles lembraram-se de suas para o arrependimento e con-
palavras; e por isso, guardando venceram-se da iniqüidade das
os mandamentos de Deus, fo- tradições de seus pais.
ram pregar a palavra de Deus a 20 E aconteceu que Néfi e Leı́
todo o povo de Néfi, começan- saı́ram de lá para ir à terra de
do pela cidade de Abundância; Néfi.
15 E dali para a cidade de Gide; 21 E aconteceu que foram cap-
e da cidade de Gide para a de turados por um exército dos la-
Muleque; manitas e atirados na aprisão;
16 E de uma cidade a outra, até sim, naquela mesma prisão em

11a Al. 13:24–25. b Isa. 28:16; gee Profecia,


12a Mt. 7:24–27; Jacó 4:16. Profetizar.
D&C 6:34; c 3 Né. 14:25, 27. 19a gee Conversão,
Mois. 7:53. 13a Mos. 1:4. Converter; Obra
gee Pedra de 17a Hel. 4:4. Missionária.
Esquina; Rocha. 18a D&C 100:5–8. 21a Mos. 7:6–7; 21:23.
Helamã 5:22–33 442
que Amon e seus irmãos haviam 28 E aconteceu que foram co-
sido encarcerados pelos servos bertos por uma nuvem de aescu-
de Lı́mi. ridão e apoderou-se deles um
22 E depois de haverem estado grande terror.
muitos dias na prisão, sem ali- 29 E aconteceu que se ouviu
mento, eis que lá entraram para uma a voz que parecia vir de
tirá-los, a fim de matá-los. cima da nuvem de escuridão, di-
23 E aconteceu que Néfi e Leı́ zendo: Arrependei-vos, arre-
foram envoltos como que por pendei-vos e não procureis mais
a
fogo, de modo que não se atre- destruir meus servos, os quais
viam a deitar-lhes as mãos, com enviei para vos anunciar boas
medo de ser queimados. Não novas.
obstante, Néfi e Leı́ não se quei- 30 E aconteceu que quando ou-
mavam; e achavam-se como se viram essa voz, notaram que
estivessem no meio do fogo e não era uma voz de trovão nem
não se queimavam. uma voz de ruı́do tumultuoso,
24 E quando viram que esta- mas eis que era uma avoz man-
vam envoltos por um apilar de sa, de perfeita suavidade, seme-
fogo e que não os queimava, seu lhante a um sussurro que pene-
coração encheu-se de coragem. trava até o âmago da alma—
25 Porque viram que os 31 E apesar da suavidade da
lamanitas não se atreviam a dei- voz, eis que a terra tremeu forte-
tar-lhes as mãos; tampouco mente e as paredes da prisão
ousavam aproximar-se, perma- tornaram a tremer, como se esti-
necendo parados como se tives- vessem prestes a ruir por terra; e
sem ficado mudos de espanto. eis que a nuvem de escuridão
26 E aconteceu que Néfi e Leı́ que os havia coberto não se dis-
começaram a falar, dizendo: Não sipou—
temais, pois eis que foi Deus 32 E eis que novamente a voz
quem vos manifestou esta mara- se fez ouvir, dizendo: Arrepen-
vilha, mostrando-vos assim que dei-vos, arrependei-vos, porque
não podeis deitar-nos as mãos o reino dos céus se aproxima; e
para matar-nos. não procureis mais destruir
27 E eis que quando disseram meus servos. E aconteceu que a
estas palavras, a terra tremeu terra tornou a tremer e as pare-
fortemente e as paredes da pri- des tornaram a estremecer.
são foram sacudidas, como se 33 E de novo, pela terceira vez,
estivessem prestes a ruir por ter- a voz se fez ouvir e disse-lhes
ra; mas eis que não caı́ram. E eis palavras maravilhosas que não
que os que se achavam na pri- podem ser proferidas pelo ho-
são eram lamanitas e dissiden- mem; e as paredes tornaram a
tes nefitas. estremecer e a terra tremeu co-

23a Êx. 3:2. D&C 29:12; 29a 3 Né. 11:3–14.


24a Êx. 14:24; JS—H 1:16. 30a I Re. 19:12;
1 Né. 1:6; 28a Êx. 14:20. D&C 85:6.
443 Helamã 5:34–47
mo se estivesse prestes a fender- 41 E Aminadabe respondeu-
se. lhes: Deveis aarrepender-vos e
34 E aconteceu que os lamani- clamar à voz até que tenhais bfé
tas não podiam fugir, em virtu- em Cristo, sobre quem vos ensi-
de da nuvem de escuridão que naram Alma, Amuleque e Zeez-
os cobrira; sim, e também fica- rom; e quando fizerdes isso, a
ram imobilizados devido ao te- nuvem de escuridão que vos co-
mor que deles se apoderara. bre será removida.
35 Ora, havia entre eles um 42 E aconteceu que todos co-
nefita de nascimento, que já meçaram a clamar à voz daquele
pertencera à igreja de Deus, mas que havia sacudido a terra; sim,
havia-se separado deles. clamaram até que a nuvem de
36 E aconteceu que ele se vol- escuridão se dissipou.
tou e eis que viu, através da 43 E aconteceu que quando
nuvem de escuridão, os sem- olharam ao redor e viram que
blantes de Néfi e Leı́; e eis que a nuvem de escuridão que os
a
brilhavam intensamente, como cobria se dissipara, eis que
semblantes de anjos. E viu que perceberam estar aenvoltos, sim,
eles erguiam os olhos para o cada alma, por um pilar de
céu; e pareciam estar falando ou fogo.
elevando a voz a algum ser que 44 E Néfi e Leı́ achavam-se no
contemplavam. meio deles; sim, estavam envol-
37 E aconteceu que esse ho- tos, sim, como se estivessem no
mem bradou à multidão que se meio de um fogo ardente; con-
voltasse e olhasse. E eis que re- tudo não lhes causava dano
ceberam força para voltar-se e nem incendiava as paredes da
olhar; e viram a face de Néfi e prisão; e encheram-se daquela
a
de Leı́. alegria que é inexplicável e glo-
38 E perguntaram ao homem: riosa.
Ora, o que significa tudo isto e 45 E eis que o aSanto Espı́rito
com quem conversam esses ho- de Deus desceu do céu e pene-
mens? trou-lhes o coração; e enche-
39 Ora, o nome do homem era ram-se, como que de fogo, e
Aminadabe. E Aminadabe disse- puderam bdizer palavras mara-
lhes: Conversam com os anjos vilhosas.
de Deus. 46 E aconteceu que ouviram
40 E aconteceu que os lamani- uma voz, sim, uma voz agradá-
tas lhe perguntaram: aO que fa- vel, semelhante a um sussurro,
remos para que esta nuvem de dizendo:
escuridão que nos cobre seja re- 47 aPaz, paz seja convosco em
movida? virtude de vossa fé em meu

36a Êx. 34:29–35; Arrependimento. 45a 3 Né. 9:20;


At. 6:15. b gee Fé. Ét. 12:14.
40a At. 2:37–39. 43a 3 Né. 17:24; 19:14. b gee Dons do Espı́rito.
41a gee Arrepender-se, 44a gee Alegria. 47a gee Paz.
Helamã 5:48–6:6 444
Bem-Amado que era desde a E aconteceu que quando termi-
fundação do mundo. nou o sexagésimo segundo ano
48 E então, quando ouviram is- do governo dos juı́zes, todas
to, levantaram os olhos, procu- essas coisas haviam acontecido
rando descobrir de onde vinha a e os lamanitas tinham-se torna-
voz; e eis que viram os acéus do, na maior parte, um povo
abertos; e anjos desceram dos justo, a tal ponto que sua areti-
céus e ministraram entre eles. dão excedia à dos nefitas em
49 E cerca de trezentas almas virtude de sua firmeza e cons-
viram e ouviram essas coisas; e tância na fé.
foi-lhes ordenado que se fossem 2 Porque eis que muitos nefitas
e não se maravilhassem nem se tornaram ainsensı́veis, impe-
duvidassem. nitentes e extremamente inı́-
50 E aconteceu que saı́ram, quos, a ponto de rejeitarem a
pregando e anunciando por to- palavra de Deus e todas as pre-
das as regiões circunvizinhas to- gações e profecias que lhes fo-
das as coisas que tinham ouvi- ram feitas.
do e visto, fazendo com que a 3 Não obstante, o povo da igre-
maior parte dos lamanitas se ja sentiu grande alegria em face
convencesse delas em virtude da conversão dos lamanitas,
da grandeza das evidências que sim, em virtude de a igreja de
haviam recebido. Deus haver sido organizada en-
51 E todos os que se aconvence- tre eles. E aconfraternizaram-se
ram abandonaram suas armas e juntos se regozijaram; e tive-
de guerra, bem como seu ódio e ram grande alegria.
as tradições de seus pais. 4 E aconteceu que muitos dos
52 E aconteceu que devolve- lamanitas desceram para a terra
ram aos nefitas as terras de sua de Zaraenla e contaram ao povo
herança. nefita como se haviam aconver-
tido, exortando-os à fé e ao arre-
pendimento.
CAPÍTULO 6 5 Sim, e muitos pregaram com
tão grande poder e autoridade
Os lamanitas justos pregam a nefi- que levaram muitos a se humi-
tas inı́quos—Ambos os povos pros- lharem profundamente, conver-
peram durante uma era de paz e tendo-se em humildes seguido-
abundância—Lúcifer, o autor do res de Deus e do Cordeiro.
pecado, incita o coração dos inı́quos 6 E aconteceu que muitos
e dos ladrões de Gadiânton ao assas- dos lamanitas foram para a ater-
sinato e à iniqüidade—Os ladrões r a d o n o r t e ; e N é f i e L e ı́
apoderam-se do governo nefita. também foram para a terra do
Aproximadamente 29–23 a.C. norte a fim de pregar ao povo.

48a 1 Né. 1:8. 2 a Rom. 1:28–32. Converter.


51a Al. 31:5. 3 a gee Confraternizar. 6 a Al. 63:4–9;
6 1a Hel. 13:1. 4 a gee Conversão, Hel. 3:11–12.
445 Helamã 6:7–18
E assim terminou o sexagésimo nadas, sim, muitos animais ce-
terceiro ano. vados.
7 E eis que houve paz em toda 13 Eis que suas mulheres traba-
a terra, tanto que os nefitas iam lhavam e fiavam e faziam toda
a qualquer parte da terra que sorte de tecidos de linho fino; e
quisessem, fosse entre os nefitas tecidos de todo tipo para cobrir
ou entre os lamanitas. sua nudez. E assim transcorreu
8 E aconteceu que os lamanitas em paz o sexagésimo quarto ano.
também iam aonde desejavam, 14 E no sexagésimo quinto ano
tanto entre os lamanitas como tiveram também muita alegria e
entre os nefitas; e, assim, havia paz, sim, muita pregação e mui-
livre intercâmbio entre eles para tas profecias relativas ao que ha-
comprar, vender e obter lucro, veria de acontecer. E assim se
segundo seus desejos. passou o sexagésimo quinto ano.
9 E aconteceu que se tornaram 15 E aconteceu que no sexagé-
imensamente ricos, tanto os la- simo sexto ano do governo dos
manitas quanto os nefitas; e ha- juı́zes, eis que aCezorã foi assas-
via grande abundância de ouro sinado por mão desconhecida,
e de prata e de toda sorte de me- quando sentado na cadeira de
tais preciosos, tanto na terra do juiz. E aconteceu que no mesmo
sul como na do norte. ano seu filho, que havia sido no-
10 Ora, a terra do sul foi cha- meado pelo povo para substituı́-
mada Leı́ e a terra do norte foi lo, foi também assassinado. E
chamada aMuleque, segundo o assim terminou o sexagésimo
filho de Zedequias; porque o Se- sexto ano.
nhor havia conduzido Muleque 16 E no começo do sexagésimo
para a terra do norte e Leı́ para a sétimo ano o povo começou a
terra do sul. ficar extremamente inı́quo outra
11 E eis que em ambas essas vez.
terras havia todo tipo de ouro e 17 Pois eis que o Senhor os ha-
de prata e de minerais preciosos via abençoado com riquezas do
de toda espécie; e havia também mundo por tanto tempo, que não
hábeis artı́fices que trabalhavam haviam sido instigados a irar-se
e refinavam toda espécie de mi- nem a guerrear nem a derramar
nério; e assim, tornaram-se ri- sangue; por conseguinte come-
cos. çaram a pôr o coração nas rique-
12 Eles cultivaram cereais em zas; sim, começaram a visar a
abundância, tanto no norte co- lucros, para elevarem-se uns
mo no sul; e prosperaram mui- acima dos outros; portanto prin-
to, tanto no norte como no sul. E cipiaram a cometer aassassinatos
multiplicaram-se e tornaram-se secretos e a roubar e a saquear, a
extremamente fortes na terra e fim de obter lucros.
criaram muitos rebanhos e ma- 18 E então eis que esses assassi-

10a Mos. 25:2–4; 15a Hel. 5:1.


Hel. 8:21. 17a 3 Né. 9:9.
Helamã 6:19–27 446
nos e saqueadores pertenciam a trado no convênio, para que,
um grupo que havia sido forma- qualquer que fosse a iniqüidade
do por Quiscúmen e aGadiân- cometida por ele, não fosse pre-
ton. E então aconteceu que judicado pelos irmãos nem por
havia muitos do bando de Ga- qualquer dos que pertencessem
diânton, mesmo entre os nefi- a seu bando e que tivessem feito
tas. Eis, porém, que eram mais esse convênio.
numerosos entre a parte mais 23 E assim podiam matar e sa-
inı́qua dos lamanitas; e eram co- quear e roubar e entregar-se à
nhecidos como os ladrões e as- luxúria e a toda sorte de iniqüi-
sassinos de Gadiânton. dades contrárias às leis de seu
19 E foram eles que assassina- paı́s e também às leis de seu
ram Cezorã, o juiz supremo, e Deus.
seu filho, quando na cadeira de 24 E quem quer que pertences-
juiz; e eis que não foram encon- se a seu bando e revelasse ao
trados. mundo suas ainiqüidades e suas
20 E então aconteceu que os la- abominações seria julgado, não
manitas, quando descobriram de acordo com as leis de seu
que havia ladrões entre eles, paı́s, mas segundo as leis de sua
afligiram-se muito; e usaram de iniqüidade, que haviam sido
todos os meios ao seu alcance instituı́das por Gadiânton e
para exterminá-los da face da Quiscúmen.
terra. 25 Ora, eis que foram esses os
a
21 Eis, porém, que Satanás in- juramentos e convênios secre-
citou de tal modo o coração da tos que Alma ordenou a seu fi-
maioria dos nefitas que eles lho não revelar ao mundo, para
se uniram a esse bando de la- que não viessem a se tornar um
drões, participando de seus meio de destruição do povo.
convênios e seus juramentos 26 Ora, eis que esses ajuramen-
de que se protegeriam e preser- tos e convênios secretos não
variam mutuamente em quais- chegaram a Gadiânton por meio
quer circunstâncias difı́ceis em dos registros confiados a Hela-
que se encontrassem, para não mã; mas eis que foram postos no
serem castigados por seus assas- coração de Gadiânton pelo
b
sinatos e suas pilhagens e seus mesmo ser que induziu nossos
roubos. primeiros pais a comerem do
22 E aconteceu que tinham fruto proibido—
seus sinais, sim, seus asinais se- 27 Sim, aquele mesmo ser que
cretos e suas palavras secretas; e conspirou com aCaim, dizendo-
isto para que pudessem reco- lhe que, se matasse seu irmão
nhecer um irmão que tivesse en- Abel, o mundo não o saberia. E

18a Hel. 2:4, 12–13. Inı́quo. Mois. 4:6–12.


22a gee Combinações 25a Al. 37:27–32. 27a Mois. 5:18–33.
Secretas. 26a Mois. 5:29, 49–52.
24a gee Iniqüidade, b 3 Né. 6:28;
447 Helamã 6:28–37
conspirou com Caim e seus se- com seu ouro e sua prata, ı́dolos
guidores daı́ em diante. para si próprios.
28 E foi também esse mesmo 32 E aconteceu que todas essas
ser que pôs no coração do povo iniqüidades ocorreram no espa-
a idéia de aconstruir uma torre ço de anão muitos anos, sendo
tão alta que alcançasse o céu. E que a maior parte delas come-
foi esse mesmo ser que enganou çou entre eles no sexagésimo sé-
o povo que veio daquela torre t i m o a n o e m q u e o s j u ı́ z e s
para esta terra; que espalhou governaram o povo de Néfi.
obras de trevas e abominações 33 E suas iniqüidades agrava-
por toda a face da terra até ar- ram-se também no sexagésimo
rastar este povo à mais bcomple- oitavo ano, para grande tristeza
ta destruição e ao inferno sem e lamentação dos justos.
fim. 34 E assim vemos que os nefi-
29 Sim, o mesmo ser que incul- tas começaram a degenerar,
cou no coração de aGadiânton a caindo na incredulidade, e a
continuação de obras tenebro- aumentar suas iniqüidades e
sas e assassinatos secretos; e abominações, ao passo que os
tem-nas propagado desde o lamanitas começaram a crescer
princı́pio do homem até agora. extraordinariamente no conhe-
30 E eis que é ele o aautor de cimento de seu Deus; sim, eles
todo pecado. E eis que leva principiaram a observar seus
avante suas obras de trevas e estatutos e mandamentos e a
assassinatos secretos; e trans- andar em verdade e retidão pe-
mite suas conspirações e seus rante ele.
juramentos e seus convênios e 35 E assim vemos que o Espı́ri-
seus planos de terrı́vel iniqüida- to do Senhor começou a aafas-
de, de geração em geração, à tar-se dos nefitas, em vista de
medida que consegue apoderar- suas iniqüidades e da dureza de
se do coração dos filhos dos ho- seu coração.
mens. 36 E assim vemos que o Senhor
31 E agora, eis que ele havia começou a derramar seu Espı́ri-
conseguido grande poder sobre to sobre os lamanitas, em virtu-
o coração dos nefitas; sim, de tal de da facilidade e empenho que
forma que se haviam tornado mostravam em crer nas suas pa-
terrivelmente inı́quos; sim, a lavras.
maioria deles se haviam desvia- 37 E aconteceu que os lamani-
do do caminho da retidão; e aes- tas perseguiram o bando de la-
pezinharam os mandamentos drões de Gadiânton; e pregaram
de Deus e seguiram seus pró- a palavra de Deus aos mais inı́-
prios caminhos e construı́ram, quos dentre eles, de modo que

28a Gên. 11:1–4; 30a Al. 5:39–42; 32a Al. 46:8.


Ét. 1:3. Morô. 7:12, 17; 35a Mos. 2:36;
b Ét. 8:9, 15–25. Mois. 4:4. D&C 121:37.
29a Hel. 2:4–13. 31a 1 Né. 19:7.
Helamã 6:38–7:5 448

esse bando de ladrões ficou in- CAPÍTULO 7


teiramente destruı́do entre os
lamanitas. Néfi é rejeitado no norte e volta pa-
38 E aconteceu, por outro lado, ra Zaraenla—Ele ora na torre de
que os nefitas ajudaram e apoia- seu jardim e depois chama o povo ao
ram esses ladrões, começando arrependimento, para que não pere-
pelos mais inı́quos deles, até ça. Aproximadamente 23–21 a.C.
que eles se espalharam por toda
a terra dos nefitas e seduziram Eis que aconteceu, no sexagési-
a maior parte dos justos, que mo nono ano em que os juı́zes
passaram a crer em suas obras governaram o povo nefita, que
e a participar de seus saques, Néfi, filho de Helamã, aretornou
associando-se a eles em seus da terra do norte para a terra de
homicı́dios e combinações se- Zaraenla.
cretas. 2 Pois ele havia estado com o
39 E assim obtiveram total con- povo que habitava a terra do
trole do governo, tanto que es- norte e pregara-lhes a palavra
pezinharam e feriram e maltra- de Deus; e profetizara-lhes mui-
taram e desprezaram os apobres tas coisas;
e os mansos e os humildes se- 3 E rejeitaram todas as suas pa-
guidores de Deus. lavras, de modo que Néfi não
40 E assim vemos que se acha- pôde permanecer no meio deles
vam num estado terrı́vel, aama- e voltou para sua terra de ori-
durecendo para uma destruição gem.
eterna. 4 E vendo o povo naquele esta-
41 E assim terminou o sexa- do de tão terrı́vel iniqüidade e
gésimo oitavo ano em que os aqueles ladrões de Gadiânton
juı́zes governaram o povo de ocupando as cadeiras dos juı́-
Néfi. zes—tendo usurpado o poder e
a autoridade da terra; despre-
zando os mandamentos de Deus
Profecia de Néfi, filho de e em nada sendo dignos peran-
Helamã—Deus ameaça visitar o te ele; não fazendo justiça aos
povo de Néfi em sua cólera, até filhos dos homens;
sua inteira destruição, caso não 5 Condenando os justos, em
se arrependa de suas iniqüida- virtude de sua retidão; deixan-
des. Deus fere o povo de Néfi do os culpados e inı́quos impu-
com uma pestilência; o povo ar- nes, por causa de seu dinheiro;
repende-se e volta-se para ele. e ainda mais, mantendo-os em
Samuel, um lamanita, profetiza altos cargos de governo para di-
aos nefitas. rigirem e fazerem o que bem
quisessem, a fim de enriquece-
Abrange os capı́tulos 7 a 16. rem e gozarem as glórias do

39a Salm. 109:16; D&C 56:16. D&C 18:6.


Al. 5:54–56; 40a Hel. 5:2; 11:37; 7 1a Hel. 6:6.
449 Helamã 7:6–18
a
mundo e, também, para mais 11 E aconteceu que certos ho-
facilmente poderem cometer mens, passando por ali, viram
adultério e roubar e matar e Néfi que, na torre, elevava a al-
proceder de acordo com a pró- ma a Deus; e correram e conta-
pria vontade— ram ao povo o que haviam visto.
6 Ora, esta grande iniqüidade E o povo reuniu-se em multi-
tomara conta dos nefitas no es- dões para saber a causa de tão
paço de poucos anos; e quando grande lamentação pela iniqüi-
Néfi viu isto, encheu-se-lhe o dade do povo.
coração de mágoa dentro do 12 E então, quando se levan-
peito; e exclamou, na agonia de tou, viu Néfi as multidões que
sua alma: se haviam reunido.
7 Oh! Se eu tivesse vivido 13 E aconteceu que abriu a
nos dias em que meu pai boca e disse-lhes: a Por que
Néfi saiu da terra de Jerusalém, vos haveis reunido? Para que
para que eu me regozijasse eu vos fale de vossas iniqüi-
com ele na terra da promissão! dades?
Então seu povo era fácil de 14 Sim, porque eu subi a minha
persuadir, firme na obediên- torre para elevar a alma a Deus,
cia aos mandamentos de Deus, devido à profunda tristeza de
lento em ser induzido à práti- meu coração causada por vossas
ca de iniqüidades; e era rápido iniqüidades!
em dar ouvidos às palavras do 15 E por causa de meus clamo-
Senhor— res e lamentos vos haveis reuni-
8 Sim, se eu pudesse ter vivido do e estais admirados; sim,
naqueles dias, então minha al- tendes muito de que ficar admi-
ma se teria regozijado com a re- rados; sim, deverı́eis estar admi-
tidão de meus irmãos! rados por haverdes permitido
9 Mas eis que me toca viver que o diabo tivesse tanto poder
nestes dias e sentir a alma cheia sobre vosso coração.
de amargura por causa dessa 16 Sim, como pudestes ser se-
iniqüidade de meus irmãos. duzidos por aquele que procura
10 Ora, eis que isso aconte- mergulhar-vos a alma em misé-
ceu em uma torre que se achava ria sem fim e angústia intermi-
no jardim de Néfi, que fica- nável?
va perto da estrada que con- 17 Oh! Arrependei-vos, arre-
duzia ao mercado principal da pendei-vos! aPor que desejais
cidade de Zaraenla; e inclinou- morrer? Voltai-vos, voltai-vos
se Néfi nessa torre que ficava para o Senhor vosso Deus. Por
em seu jardim, torre essa que que vos abandonou ele?
também ficava perto do portão 18 Porque haveis endurecido
do jardim, que se abria para a o coração; sim, porque não
estrada. quereis dar ouvidos à voz do

5 a Mt. 13:22; 16:26. 13a Mt. 3:5–8. 17a Eze. 18:23, 31–32.
Helamã 7:19–29 450
a
Bom Pastor; sim, haveis bpro- meus irmãos, quisera que com-
vocado sua cólera contra vós. preendêsseis que será amelhor
19 E a não ser que vos arrepen- para os lamanitas do que para
dais, eis que, ao invés de vos vós, a não ser que vos arrepen-
a
reunir, ele vos dispersará, para dais.
que vos torneis alimento de cães 24 Pois eis que eles são mais
e feras. justos do que vós, porque não
20 Oh! Como pudestes vos es- pecaram contra esse grande co-
quecer de vosso Deus, no pró- nhecimento que haveis recebi-
prio dia em que ele vos libertou? do. Portanto o Senhor será mi-
21 Mas eis que é para obterdes sericordioso para com eles; sim,
a
lucros, para serdes louvados pe- prolongará seus dias e aumen-
los homens, sim, e para adqui- tará sua posteridade, ao passo
rirdes ouro e prata. E haveis co- que sereis completamente bdes-
locado o coração nas riquezas truı́dos, a não ser que vos arre-
e coisas vãs deste a mundo; e pendais.
por elas assassinais e saqueais 25 Sim, ai de vós por causa da
e roubais e levantais bfalsos tes- grande abominação que se in-
temunhos contra o próximo, troduziu em vosso meio; e vos
entregando-vos a toda sorte de haveis unido a ela, sim, a esse
a
iniqüidades. bando secreto que foi organiza-
22 E ai de vós por essa razão, a do por Gadiânton!
menos que vos arrependais. Pois 26 Sim, aai de vós por causa do
se não vos arrependerdes, eis orgulho que permitistes entrar
que esta grande cidade e tam- em vosso coração e que vos en-
bém todas as grandes cidades grandeceu além do que é devi-
circunvizinhas que ficam na ter- do por causa de vossas enormes
b
ra de nossa possessão serão to- riquezas!
madas e não tereis lugar nelas; 27 Sim, ai de vós por causa de
pois eis que o Senhor não vos vossas iniqüidades e abomina-
concederá aforças para resistir- ções!
des a vossos inimigos, como tem 28 E a não ser que vos arrepen-
feito até agora. dais, perecereis; sim, até vossas
23 Pois eis que assim diz o Se- terras vos serão tomadas e sereis
nhor: Não manifestarei minha varridos da face da Terra.
força aos ı́mpios, a um mais do 29 Ora, eis que não digo por
que a outro, a não ser aos que se mim mesmo que estas coisas
arrependem de seus pecados e sucederão, porque não é por
ouvem minhas palavras. Agora, mim mesmo que sei estas coi-

18a Eze. 34:12; 19a 3 Né. 10:4–7. 24a Al. 9:16;


Jo. 10:14–16; 21a gee Mundanismo. D&C 5:33.
Al. 5:38–41, 57–60. b Êx. 20:16; b Al. 9:19.
gee Bom Pastor. Mt. 15:19–20. 25a Hel. 3:23.
b Jacó 1:8; 22a Mos. 7:29. 26a Isa. 5:8–25.
Al. 12:36–37. 23a Hel. 15:11–15. b Jacó 2:13.
451 Helamã 8:1–10
sas; mas eis que asei que estas mãos, temendo que o povo se
coisas são verdadeiras porque o voltasse contra eles.
Senhor Deus mas deu a conhe- 5 Por conseguinte clamaram ao
cer; portanto testifico que suce- povo, dizendo: Por que permitis
derão. que este homem nos ultraje?
Pois eis que ele condena todo
este povo à destruição; sim, e
CAPÍTULO 8
diz também que nossas grandes
cidades nos serão tomadas, de
Juı́zes corruptos procuram incitar o
modo que nelas não teremos lu-
povo contra Néfi—Abraão, Moisés,
gar.
Zenos, Zenoque, Ezias, Isaı́as, Jere-
6 E no entanto sabemos que is-
mias, Leı́ e Néfi, todos testificaram a
so é impossı́vel, pois eis que so-
respeito de Cristo—Por inspiração,
mos poderosos e grandes são as
Néfi anuncia o assassinato do juiz
nossas cidades; portanto nossos
supremo. Aproximadamente 23–21
inimigos não podem ter poder
a.C.
sobre nós.
E então aconteceu que quando 7 E aconteceu que dessa forma
Néfi disse essas palavras, eis que instigaram o povo à cólera con-
havia homens que eram juı́zes e tra Néfi e provocaram conten-
também pertenciam ao bando das entre eles; porque alguns
secreto de Gadiânton, os quais clamaram: Deixai este homem
ficaram encolerizados e clama- em paz, porque é um bom ho-
ram contra ele, dizendo ao po- mem; e as coisas que declara
vo: Por que não agarrais esse certamente acontecerão, a não
homem e não o trazeis para ser ser que nos arrependamos;
condenado de acordo com o cri- 8 Sim, eis que todos os castigos
me que cometeu? que ele nos anunciou cairão so-
2 Por que olhais para esse ho- bre nós; porque sabemos que ele
mem e ficais ouvindo-o ultrajar não disse senão a verdade sobre
este povo e nossa lei? nossas iniqüidades. E eis que
3 Porque eis que Néfi lhes fala- são muitas; e ele asabe tão bem
ra a respeito da corrupção de das coisas que nos acontecerão
suas leis; sim, e muitas coisas quanto de nossas iniqüidades.
disse-lhes Néfi, que não podem 9 Sim, e eis que se ele não fosse
ser escritas; e nada disse ele que profeta, não poderia haver testi-
fosse contrário aos mandamen- ficado a respeito dessas coisas.
tos de Deus. 10 E aconteceu que as pessoas
4 E esses juı́zes encolerizaram- que desejavam destruir Néfi
se com ele, porque lhes afalou foram impedidas, por temor, de
abertamente a respeito de suas deitar-lhe as mãos; portanto,
obras de trevas; não obstante, vendo que conquistara a simpa-
não se atreviam a deitar-lhe as tia de alguns, a tal ponto que os

29a Al. 5:45–46. 8 4a 1 Né. 16:2–3. 8 a Hel. 7:29.


Helamã 8:11–20 452
outros se atemorizaram, ele re- 15 E assim como todos os que
começou a falar-lhes. olharam para aquela serpente
a
11 Foi, portanto, compelido a viveram, assim também todos
falar-lhes mais, dizendo: Eis que, os que olharem para o Filho de
meus irmãos, não lestes que Deus, com fé, tendo espı́rito
Deus deu poder a um homem, contrito, bviverão, sim, para a vi-
sim, Moisés, para ferir as águas da eterna.
do aMar Vermelho e elas dividi- 16 Ora, eis que não somente
ram-se para os dois lados, de Moisés testificou a respeito des-
modo que os israelitas, que eram tas coisas, mas também atodos os
nossos pais, atravessaram a pé santos profetas, desde os seus
enxuto e as águas fecharam-se dias até os dias de Abraão.
sobre os exércitos dos egı́pcios e 17 Sim, e eis que aAbraão viu a
tragaram-nos? sua vinda e encheu-se de alegria
12 E agora, eis que se Deus atri- e regozijou-se.
buiu a esse homem tal poder, 18 Sim, e eis que vos digo que
por que discordais entre vós e Abraão não foi o único que teve
dizeis que ele não me concedeu conhecimento destas coisas, mas
poder para saber dos castigos houve amuitos, antes dos dias
que vos sobrevirão, caso não vos de Abraão, que foram chamados
arrependais? segundo a bordem de Deus, sim,
13 Mas eis que não somente segundo a ordem de seu Filho; e
negais minhas palavras, como isso para que fosse mostrado ao
também negais todas as pala- povo, muitos milhares de anos
vras que foram proferidas por antes de sua vinda, que na ver-
nossos pais; e também as pala- dade receberiam a redenção.
vras que foram proferidas por 19 E agora, quisera que soubés-
esse homem, Moisés, que rece- seis que desde os dias de Abraão
beu tão grande poder, sim, as houve muitos profetas que testi-
palavras que ele proferiu a res- ficaram essas coisas; sim, eis que
peito da vinda do Messias. o profeta aZenos testificou intre-
14 Sim, não deu ele testemu- pidamente; por essa razão foi
nho de que o Filho de Deus ha- morto.
veria de vir? E assim como ele 20 E eis que também aZenoque
a
levantou a serpente de metal e também Ezias e também bIsaı́as
no deserto, assim também será e cJeremias (sendo Jeremias o
levantado aquele que há de vir. mesmo profeta que predisse a

11a Êx. 14:16; Sı́mbolos de Cristo. b gee Sacerdócio de


1 Né. 17:26; 15a 1 Né. 17:41; Melquisedeque.
Mos. 7:19; Al. 37:45–47; 19a Al. 34:7.
D&C 8:2–3; 3 Né. 15:9. 20a 1 Né. 19:10;
Mois. 1:25. b Jo. 11:25. 3 Né. 10:15–16.
14a Núm. 21:6–9; 16a Jacó 4:4–5; 7:11. gee Escrituras—
2 Né. 25:20; 17 a Gên. 22:8–14; Jo. 8:56. Escrituras perdidas.
Al. 33:19–22. 18a Al. 13:19; b Isa. 53.
gee Jesus Cristo— D&C 84:6–16; 136:37. c 1 Né. 5:13; 7:14.
453 Helamã 8:21–28
destruição de d Jerusalém); e coisas do céu como todas as coi-
agora sabemos que Jerusalém sas que estão na Terra, como
foi destruı́da, segundo as pala- testemunho de que são verda-
vras de Jeremias. Oh! então por deiras.
que não há de vir o Filho de 25 Mas eis que rejeitastes a ver-
Deus, segundo sua profecia? dade e vos haveis arebelado con-
21 E agora negareis que aJeru- tra vosso Santo Deus; e mesmo
salém foi destruı́da? Direis que agora, ao invés de acumulardes
os bfilhos de Zedequias não fo- para vós btesouros no céu, onde
ram todos mortos, com exceção nada se corrompe e onde nada
de cMuleque? Sim, e não vedes de impuro pode entrar, estais
que os descendentes de Zede- acumulando para vós ira para o
quias estão conosco e que foram dia do cjuı́zo.
expulsos da terra de Jerusalém? 26 Sim, mesmo agora estais
Todavia, eis que isso não é tu- amadurecendo, em virtude de
do— vossos assassinatos e vossa afor-
22 Nosso pai Leı́ foi expulso de nicação e iniqüidade, para a
Jerusalém porque testificou es- destruição eterna; sim, e a não
tas coisas. Néfi também testifi- ser que vos arrependais, ela cai-
cou estas coisas e também quase rá logo sobre vós.
todos os nossos pais, até os dias 27 Sim, eis que ela já se acha a
de hoje; sim, eles testificaram a vossas portas; sim, ide até a ca-
respeito da avinda de Cristo e deira do juiz e investigai; e eis
aguardaram ansiosamente e re- que vosso juiz foi assassinado e
a
gozijaram-se no seu dia que está jaz em seu sangue; e ele foi as-
para vir. sassinado bpor seu irmão, que
23 E eis que ele é Deus e está ambiciona ocupar a cadeira de
com eles e manifestou-se a eles; juiz.
de modo que foram redimidos 28 E eis que ambos pertencem
por ele; e eles glorificaram-no, ao vosso bando secreto, cujos
a
em virtude do que está para vir. fundadores são Gadiânton e o
24 E agora, vendo que sabeis ser maligno que procura des-
estas coisas e que não as podeis truir a alma dos homens.
negar sem que mintais, haveis
portanto pecado nisto, porque
rejeitastes todas estas coisas CAPÍTULO 9
apesar das muitas evidências que
recebestes; sim, vós haveis rece- Mensageiros encontram o juiz su-
bido atodas as coisas, tanto as premo morto na cadeira de juiz—

20d Jer. 26:18; 22a gee Jesus Cristo— 3 Né. 13:19–21.


1 Né. 1:4. Profecias acerca do c D&C 10:20–23;
21a 2 Né. 6:8; Ômni. 1:15. nascimento e da 121:23–25.
b II Re. 25:7; morte de JesusCristo. 26a gee Fornicação.
Jer. 39:6; 52:10. 24a Al. 30:44; Mois. 6:63. 27a Hel. 9:3, 15.
c Eze. 17:22–23; 25a Mos. 2:36–38; 3:12. b Hel. 9:6, 26–38.
Hel. 6:10. b Hel. 5:8; 28a Hel. 6:26–30.
Helamã 9:1–12 454
Eles são aprisionados e posterior- sem o povo; portanto tremeram
mente libertados—Por inspiração, e caı́ram por terra.
Néfi identifica Seântum como o as- 6 Ora, logo depois que o juiz
sassino—Néfi é aceito por alguns supremo foi assassinado—ten-
como profeta. Aproximadamente do ele sido apunhalado secreta-
23–21 a.C. mente pelo irmão, que fugiu—
os servos correram, gritando pa-
Então aconteceu que quando ra avisar o povo do assassinato;
Néfi disse estas palavras, certos 7 E eis que o povo se reuniu no
homens que se achavam entre lugar da cadeira do juiz—e eis
eles correram para a cadeira do que, para seu espanto, viram
juiz, sim, e eram cinco os que fo- aqueles cinco homens que ha-
ram; e diziam entre si, enquanto viam caı́do por terra.
iam: 8 E então eis que o povo nada
2 Eis que agora saberemos com sabia a respeito da multidão que
certeza se este homem é um se reunira no ajardim de Néfi;
profeta e se Deus lhe ordenou portanto disseram entre si: Estes
que nos profetizasse coisas tão homens são os assassinos do
maravilhosas. Eis que não cre- juiz e Deus feriu-os para que
mos que o tenha feito; sim, não não pudessem fugir de nós.
cremos que ele seja um profeta; 9 E aconteceu que os agarra-
não obstante, se o que ele disse a ram e foram amarrados e atira-
respeito do juiz supremo for dos na prisão. E foi enviada por
verdade, que ele está morto, en- toda parte uma proclamação de
tão acreditaremos que as outras que o juiz havia sido morto e
palavras que disse são verdadei- que os assassinos haviam sido
ras. agarrados e atirados na prisão.
3 E aconteceu que correram 10 E aconteceu que no dia se-
com todas as suas forças e che- guinte o povo se reuniu para
garam à cadeira do juiz; e eis prantear e ajejuar no funeral do
que o juiz supremo havia caı́do grande juiz supremo que havia
por terra e ajazia em seu sangue. sido morto.
4 E então eis que, quando eles 11 E assim, também aqueles
viram isso, ficaram admiradı́ssi- juı́zes que se achavam no jardim
mos, de tal forma que caı́ram de Néfi e haviam ouvido suas
por terra; pois eles não haviam palavras estavam juntos no fu-
acreditado nas palavras que neral.
Néfi dissera a respeito do juiz 12 E aconteceu que interroga-
supremo. ram o povo, dizendo: Onde es-
5 Mas então, quando viram, tão os cinco que foram enviados
acreditaram; e apoderou-se de- para verificar se o juiz supremo
les o medo de que todos os casti- estava morto? E eles responde-
gos dos quais Néfi falara atingis- ram: Quanto a esses cinco ho-

9 3a Hel. 8:27. 8 a Hel. 7:10. 10a gee Jejuar, Jejum.


455 Helamã 9:13–23
mens que dizeis terdes enviado, 18 E aconteceu que os cinco
nada sabemos; mas há cinco que foram postos em liberdade no
são os assassinos, que pusemos dia do funeral. Não obstante,
na prisão. eles repreenderam os juı́zes
13 E aconteceu que os juı́zes pelas palavras que haviam pro-
pediram que eles fossem leva- ferido contra Néfi, discutindo
dos a sua presença; e foram le- com eles, um a um, a ponto de
vados à presença deles e eis que confundi-los.
eram os cinco que haviam sido 19 Não obstante, eles fizeram
enviados; e eis que os juı́zes os com que Néfi fosse preso e
interrogaram a respeito do acon- amarrado e conduzido perante
tecido e eles contaram tudo o a multidão; e começaram a in-
que haviam feito, dizendo: terrogá-lo de diferentes manei-
14 Corremos e chegamos ao lu- ras, esperando que caı́sse em
gar da cadeira do juiz; e quando contradição para poderem con-
vimos todas as coisas conforme dená-lo à morte—
Néfi atestara, ficamos assombra- 20 Dizendo-lhe: Tu és cúmpli-
dos e caı́mos por terra; e quan- ce; quem é o homem que come-
do nos recobramos de nosso as- teu este crime? Dize-nos agora e
sombro, eis que nos atiraram na admite tua culpa. Eis aqui di-
prisão. nheiro; e também te concedere-
15 Ora, quanto ao assassı́nio mos a vida, se nos contares e ad-
deste homem, não sabemos mitires a aliança que fizeste com
quem o cometeu; e sabemos ele.
apenas isto: que fomos corren- 21 Mas Néfi respondeu-lhes: Ó
do, segundo vosso desejo, e eis vós, ainsensatos, vós, incircunci-
que ele estava morto, de acordo sos de coração; e vós, cegos, e
com as palavras de Néfi. vós, povo bobstinado! Por quan-
16 E então aconteceu que os to tempo pensais que o Senhor
juı́zes explicaram a questão ao vosso Deus vos permitirá seguir
povo e acusaram Néfi, dizendo: por essa senda de pecado?
Eis que sabemos que este Néfi 22 Oh! Deverı́eis começar a ui-
deve ter combinado com al- var e a alamentar-vos por causa
guém para matar o juiz e depois da grande destruição que agora
contar-nos, a fim de converter- mesmo vos espera, a não ser que
nos a sua fé, para ser considera- vos arrependais.
do como um grande homem, es- 23 Eis que afirmais que eu
colhido por Deus, e um profeta. conspirei com um homem para
17 E agora eis que denunciare- que ele assassinasse Seezorã,
mos este homem e ele confessa- nosso juiz supremo. Eis que vos
rá sua culpa e revelar-nos-á o digo, porém, que fazeis isto por-
verdadeiro assassino do juiz. que vos testifiquei a respeito do

21a At. 7:51. Rebelião.


b gee Rebeldia, 22a Mos. 7:24.
Helamã 9:24–41 456
acontecido, a fim de que o semblante, eis que sabemos que
soubésseis; sim, como prova de és culpado.
que eu tinha conhecimento das 35 E então maior será o seu me-
iniqüidades e abominações que do; e então ele confessará e não
existem no meio de vós. mais negará ter cometido este
24 E porque fiz isso, dizeis que crime.
conspirei com um homem para 36 E então ele vos dirá que eu,
que praticasse o crime; sim, por Néfi, nada sei a respeito do
vos haver dado este sinal estais acontecido, salvo se me tiver si-
irados comigo e pretendeis ti- do revelado pelo poder de
rar-me a vida. Deus. E então sabereis que sou
25 E agora, eis que vos darei um homem honesto e que vos
outro sinal, para ver se, com is- fui enviado por Deus.
to, procurareis destruir-me. 37 E aconteceu que fizeram o
26 Eis que vos digo: Ide à casa que Néfi lhes dissera. E eis que
de Seântum, airmão de Seezorã, as palavras que ele dissera eram
e perguntai-lhe— verdadeiras, pois de acordo com
27 Néfi, o pretenso profeta, as palavras, ele negou; e tam-
que profetiza tanto mal a respei- bém, de acordo com as palavras,
to deste povo, conspirou conti- confessou.
go para que matasses Seezorã, 38 E foi levado a provar que ele
teu irmão? próprio era o verdadeiro assas-
28 E eis que ele vos responde- sino, de modo que os cinco fo-
rá: Não. ram postos em liberdade, assim
29 E perguntar-lhe-eis: Assassi- como Néfi.
naste teu irmão? 39 E houve alguns nefitas que
30 E ele, dominado pelo medo, acreditaram nas palavras de
não saberá o que dizer. E eis que Néfi; e também houve alguns
ele negará; e fingirá estar muito que acreditaram por causa do
surpreso; não obstante, decla- testemunho dos cinco, porque
rar-se-á inocente. eles se haviam convertido en-
31 Mas eis que o examinareis e quanto estavam na prisão.
encontrareis sangue na barra de 40 E então alguns dentre o
seu manto. povo disseram que Néfi era
32 E quando virdes isso, direis: profeta.
De onde provém este sangue? 41 E outros disseram: Eis
Não sabemos que é o sangue de que ele é um deus, pois se não
teu irmão? fosse um deus não poderia
33 E ele então estremecerá e saber todas as coisas. Pois eis
empalidecerá, como se fosse a que nos declarou os pensamen-
hora de sua morte. tos de nosso coração e também
34 E então direis: Em vista des- nos disse muitas coisas; e até
se medo e dessa palidez de teu mesmo nos fez conhecer o

26a Hel. 8:27.


457 Helamã 10:1–11
verdadeiro assassino de nosso vras que te dei. E não o temeste
juiz supremo. nem te preocupaste com tua
b
própria vida, mas procuraste
conhecer minha cvontade e cum-
CAPÍTULO 10 prir meus mandamentos.
5 E agora, por teres feito isso
O Senhor confere a Néfi o poder se- com tanta perseverança, eis que
lador—É-lhe outorgado o poder de te abençoarei para sempre e te
ligar e desligar no céu e na Terra— farei poderoso em palavras e
Ele ordena ao povo que se arrepen- ações, em fé e em obras; sim, pa-
da para não perecer—O Espı́rito le- ra que atodas as coisas se reali-
va-o de multidão a multidão. Apro- zem segundo tua bpalavra, pois
c
ximadamente 21–20 a.C. nada pedirás que seja contrário
a minha vontade.
E aconteceu que surgiu entre o 6 Eis que tu és Néfi e eu sou
povo uma divisão, de modo que Deus. Eis que te declaro, na pre-
se apartaram uns para um lado sença de meus anjos, que terás
e outros para outro; e seguiram poder sobre este povo e ferirás a
seus caminhos, deixando Néfi, terra com afome e com pestilên-
que se achava no meio deles, so- cia e destruição, segundo a ini-
zinho. qüidade deste povo.
2 E aconteceu que Néfi tomou 7 Eis que te dou poder para
o caminho de sua casa, arefletin- que tudo quanto aligares na Ter-
do sobre as coisas que o Senhor ra seja ligado no céu e tudo
lhe revelara. quanto desligares na Terra seja
3 E aconteceu que enquanto desligado no céu; e assim terás
assim meditava—estando extre- poder entre este povo.
mamente desanimado em virtu- 8 E assim, se disseres a este
de das iniqüidades do povo templo que se fenda ao meio,
nefita, suas secretas obras de será feito.
trevas e seus assassinatos e suas 9 E se disseres a esta amonta-
pilhagens e toda sorte de mal- nha: Desmorona e torna-te pla-
dades—aconteceu que enquan- na, assim se fará.
to assim meditava em seu cora- 10 E eis que se disseres que
ção, eis que ouviu uma voz, Deus ferirá este povo, assim
dizendo: acontecerá.
4 Bem-aventurado és tu, Néfi, 11 E agora, eis que te ordeno
pelas coisas que tens feito; pois que vás declarar a este povo que
observei que foste ainfatigável o Senhor Deus, que é o Todo-
em pregar a este povo as pala- Poderoso, assim diz: A não ser

10 2a gee Ponderar. D&C 88:63–65. 7 a Mt. 16:19.


4 a gee Diligência. b En. 1:12. gee Selamento, Selar.
b gee Sacrifı́cio. c 2 Né. 4:35; 9 a Mt. 17:20;
c 3 Né. 11:11. D&C 46:30. Jacó 4:6;
5 a 3 Né. 18:20; 6 a Hel. 11:4–18. Mórm. 8:24; Ét. 12:30.
Helamã 10:12–11:4 458
que vos arrependais, sereis feri- 18 E aconteceu que não quise-
dos até a adestruição. ram dar ouvidos a suas pala-
12 E eis que então aconteceu vras; e começaram a surgir con-
que quando o Senhor disse estas tendas, de modo que se dividi-
palavras a Néfi, ele se deteve e ram e começaram a matar-se
não seguiu para sua casa, mas uns aos outros pela espada.
voltou para as multidões que 19 E assim terminou o septua-
estavam espalhadas pela face gésimo primeiro ano em que os
daquela terra e principiou a pro- juı́zes governaram o povo de
clamar-lhes as palavras que o Néfi.
Senhor lhe dissera a respeito de
sua destruição, caso não se arre-
pendessem. CAPÍTULO 11
13 Ora, eis que, apesar do
grande milagre que Néfi realiza- Néfi persuade o Senhor a substituir
ra, anunciando-lhes a morte do a guerra pela fome—Muitos pere-
juiz supremo, eles endureceram cem—Eles arrependem-se e Néfi
o coração e não deram ouvidos suplica ao Senhor que faça chover—
às palavras do Senhor. Néfi e Leı́ recebem muitas revela-
14 Portanto, Néfi declarou-lhes ções—Os ladrões de Gadiânton tor-
a palavra do Senhor, dizendo: A nam-se fortes na terra. Aproxima-
não ser que vos arrependais— damente 20–6 a.C.
assim diz o Senhor—sereis feri-
dos até a destruição. E então aconteceu que, no sep-
15 E aconteceu que após lhes tuagésimo segundo ano do go-
ter Néfi declarado a palavra, eis verno dos juı́zes, as discórdias
que continuaram a endurecer o aumentaram de tal forma que
coração e não deram ouvidos a houve guerras por toda a terra
suas palavras; assim, injuria- entre todo o povo de Néfi.
ram-no e procuraram deitar-lhe 2 E era esse abando secreto de
as mãos, a fim de aprisioná-lo. ladrões que realizava essa obra
16 Mas eis que o poder de de destruição e iniqüidade. E
Deus estava com ele; e não pu- essa guerra prolongou-se por
deram agarrá-lo, a fim de pô-lo todo aquele ano e continuou
na prisão, porque ele foi arreba- durante o septuagésimo terceiro
tado pelo Espı́rito e levado do ano.
meio deles. 3 E aconteceu que, nesse ano,
17 E aconteceu que assim foi Néfi clamou ao Senhor, dizen-
ele levado pelo Espı́rito, de mul- do:
tidão em multidão, pregando a 4 Ó Senhor, não permitas que
palavra de Deus até havê-la este povo seja destruı́do pela es-
anunciado a todos ou tê-la espa- pada! Antes, ó Senhor, deixa
lhado entre todo o povo. que haja afome na terra para ne-

11a Hel. 5:2. 11:25–26. Hel. 10:6.


11 2a Hel. 6:18–24; 4 a I Re. 17:1;
459 Helamã 11:5–17
les despertar a lembrança do humilhado, cobrindo-se de saco,
Senhor seu Deus; e talvez se ar- clamou novamente ao Senhor,
rependam e voltem-se para ti. dizendo:
5 E assim foi feito, segundo as 10 Ó Senhor, eis que este povo
palavras de Néfi. E houve muita se arrepende; e eles baniram o
fome na terra entre todo o povo bando de Gadiânton do meio
de Néfi. E assim, no septuagési- deles, de modo que foram extin-
mo quarto ano, continuou a tos; e esconderam seus planos
haver fome e cessou a obra de secretos na terra.
destruição pela espada; agra- 11 Agora, ó Senhor, aparta de-
vou-se, porém, pela fome. les tua ira por causa de sua hu-
6 E essa obra de destruição mildade; e apazigua tua ira com
prosseguiu também no septua- a destruição daqueles homens
gésimo quinto ano. Pois a terra inı́quos que já destruı́ste.
foi ferida, de modo que secou e 12 Ó Senhor, desvia tua ira,
não produziu grãos na época de sim, tua ardente ira, e faze com
grãos; e toda a terra foi ferida, que cesse a fome nesta terra.
tanto entre os lamanitas quanto 13 Ó Senhor, escuta-me e faze
entre os nefitas, de modo que com que seja feito de acordo
foram atingidos e morreram aos com minhas palavras; e faze
a
milhares nas partes mais inı́quas chover sobre a face da terra,
da terra. para que ela produza seus fru-
7 E aconteceu que o povo viu tos e seus grãos, na época de
que estava prestes a perecer de grãos.
fome e começou a alembrar-se 14 Ó Senhor, ouviste aminhas
do Senhor seu Deus; e começou palavras quando eu disse: Deixa
a lembrar-se das palavras de que haja fome, a fim de que ces-
Néfi. se a destruição pela espada; e eu
8 E o povo começou a suplicar sei que me ouvirás também ago-
aos juı́zes supremos e aos chefes ra, pois disseste: Se o povo se
que dissessem a Néfi: Eis que sa- arrepender, poupá-lo-ei.
bemos que és um homem de 15 Sim, ó Senhor, e vês que eles
Deus; implora, pois, ao Senhor se arrependeram, em virtude da
nosso Deus que afaste de nós es- fome e da pestilência e da des-
ta fome, a fim de que não se truição que lhes sobrevieram.
cumpram todas as apalavras que 16 E agora, ó Senhor, não des-
disseste a respeito de nossa des- viarás tua ira para novamente
truição. ver se eles te servirão? E se
9 E aconteceu que os juı́zes assim for, ó Senhor, poderás
falaram com Néfi, transmitindo- abençoá-los segundo as pala-
lhe o desejo do povo. E aconte- vras que disseste.
ceu que quando Néfi viu que o 17 E aconteceu que no septua-
povo se havia arrependido e gésimo sexto ano o Senhor des-

7 a Hel. 12:3. 13a I Re. 18:1, 41–46.


8 a Hel. 10:11–14. 14a Hel. 11:4.
Helamã 11:18–27 460
viou sua ira do povo e fez acho- haviam sido estabelecidos pelos
ver sobre a terra, de modo que a profetas.
terra produziu seus frutos na 23 E no septuagésimo nono
época de frutos. E aconteceu ano começaram a surgir muitas
que produziu grãos na época de contendas. Aconteceu, porém,
grãos. que Néfi, Leı́ e muitos de seus
18 E eis que o povo se regozi- irmãos que conheciam os verda-
jou e glorificou a Deus e toda a deiros pontos da doutrina, rece-
face da terra encheu-se de ale- bendo diariamente muitas are-
gria; e não mais procuraram velações, pregaram ao povo, de
destruir Néfi, mas considera- modo que puseram fim a suas
ram-no como um agrande profe- contendas nesse mesmo ano.
ta e varão de Deus, de quem 24 E aconteceu que no octogé-
havia recebido grande poder e simo ano em que os juı́zes go-
autoridade. vernaram o povo de Néfi, um
19 E eis que Leı́, seu irmão, certo número de dissidentes do
não ficava nem um apouco atrás povo de Néfi, que alguns anos
dele nas coisas pertinentes à re- antes haviam passado para o la-
tidão. do dos lamanitas e tomado o no-
20 E assim aconteceu que o po- me de lamanitas, e também um
vo de Néfi começou novamente certo número de legı́timos des-
a prosperar na terra e começou cendentes de lamanitas, incita-
a edificar os lugares desolados e dos à ira por eles, isto é, pelos
começou a multiplicar-se e a es- dissidentes, principiaram uma
palhar-se, até cobrir toda a face guerra contra seus irmãos.
da terra, tanto ao norte quanto 25 E cometiam assassinatos e
ao sul, do mar do oeste até o pilhagens; e fugiam depois para
mar do leste. as montanhas e para o deserto e
21 E aconteceu que o septuagé- lugares secretos, ocultando-se a
simo sexto ano terminou em fim de não serem descobertos,
paz. E o septuagésimo sétimo crescendo diariamente em
ano começou em paz; e a aigreja número, pois havia dissidentes
espalhou-se pela face de toda a que a eles se uniam.
terra; e a maior parte do povo, 26 E assim, com o tempo, sim,
tanto nefitas quanto lamanitas, n o e s p a ç o d e p o u c o s a n o s ,
pertencia à igreja; e houve mui- transformaram-se em um bando
ta paz na terra; e assim termi- considerável de ladrões; e eles
nou o septuagésimo sétimo ano. encontraram todos os planos se-
22 E também tiveram paz no cretos de Gadiânton; e assim se
septuagésimo oitavo ano, com tornaram ladrões de Gadiânton.
exceção de algumas disputas re- 27 Ora, eis que esses ladrões
lativas a pontos de doutrina que causaram grandes estragos, sim,

17a Deut. 11:13–17. 21a gee Igreja de Jesus D&C 107:19.


18a Hel. 10:5–11. Cristo.
19a Hel. 5:36–44. 23a Al. 26:22;
461 Helamã 11:28–12:1
grande destruição entre o povo sim, e principalmente suas mu-
de Néfi, como também entre os lheres e filhos.
lamanitas. 34 Ora, essa grande calamida-
28 E aconteceu que se tor- de que sobreveio ao povo, por
nou necessário pôr termo a essa causa de sua iniqüidade, fez
obra de destruição; por conse- com que se lembrassem do Se-
guinte, um exército de homens nhor seu Deus.
fortes foi enviado ao deserto e 35 E assim terminou o octogé-
às montanhas para procurar simo primeiro ano do governo
esse bando de ladrões e extermi- dos juı́zes.
ná-los. 36 E no octogésimo segundo
29 Mas eis que nesse mesmo ano o povo principiou nova-
ano foram forçados a recuar pa- mente a se aesquecer do Senhor
ra suas próprias terras. E assim seu Deus. E no octogésimo ter-
terminou o octogésimo ano em ceiro ano começaram a ficar
que os juı́zes governaram o po- extremamente inı́quos. E no oc-
vo de Néfi. togésimo quarto ano não me-
30 E aconteceu que no começo lhoraram o seu proceder.
do octogésimo primeiro ano tor- 37 E aconteceu que no octogé-
naram a lutar contra esse bando simo quinto ano se tornaram
de ladrões e mataram muitos; e mais e mais orgulhosos e inı́-
eles também sofreram pesadas quos; e assim estavam nova-
perdas. mente amadurecendo para a
31 E novamente foram obri- destruição.
gados a voltar do deserto e 38 E assim terminou o octogé-
das montanhas para suas pró- simo quinto ano.
prias terras, em virtude do ex-
cessivo número de ladrões que
CAPÍTULO 12
infestavam as montanhas e o
deserto.
Os homens são instáveis, insensa-
32 E aconteceu que assim ter-
tos e rápidos na prática do mal—O
minou esse ano. E os ladrões au-
Senhor castiga seu povo—A nuli-
mentavam constantemente e
dade dos homens é comparada com o
tornavam-se cada vez mais for-
poder de Deus—No dia do julga-
tes, a ponto de desafiarem todos
mento os homens alcançarão vida
os exércitos dos nefitas e tam-
eterna ou condenação eterna. Apro-
bém dos lamanitas; e causaram
ximadamente 6 a.C.
grande pavor ao povo de toda a
face da terra. E assim podemos ver quão falso
33 Sim, porque atacaram mui- e também quão inconstante é o
tas partes da terra e causaram coração dos filhos dos homens;
grande destruição; sim, muitos sim, podemos ver como o
foram mortos e outros foram le- Senhor, na grandeza de sua infi-
vados presos para o deserto, nita bondade, abençoa e faz

36a Al. 46:8.


Helamã 12:2–12 462
a
prosperar os que colocam nele locar o bcoração nas coisas vãs
a sua bconfiança. do mundo!
2 Sim, e vemos que é justa- 5 Sim, quão rápidos em se aen-
mente quando ele faz prospe- soberbecerem; sim, quão rápi-
rar seu povo, sim, aumentan- dos em se vangloriarem e em
do seus campos, seu gado e praticarem toda sorte de iniqüi-
seus rebanhos e ouro e prata e dades; e quão lentos são em se
toda sorte de coisas preciosas de recordarem do Senhor seu Deus
todo tipo e de todo estilo, pre- e em dar ouvidos a seus conse-
servando-lhes a vida e livrando- lhos; sim, quão lentos em btri-
os das mãos de seus inimigos, lhar os caminhos da sabedoria.
abrandando o coração dos ini- 6 Eis que não desejam que o
migos para que não lhes façam Senhor seu Deus, que os acriou,
guerra; sim, e, em resumo, fa- os bgoverne e reine sobre eles;
zendo tudo para o bem e a felici- apesar de sua grande bondade e
dade de seu povo; sim, então é misericórdia para com eles, des-
quando aendurecem o coração, prezam seus conselhos e não o
esquecendo-se do Senhor seu desejam como guia.
Deus e bpisando o Santı́ssimo— 7 Oh! Quão grande é a anulida-
sim, e isto em virtude de seu de dos filhos dos homens! Sim,
conforto e de sua enorme pros- são até menos que o pó da Ter-
peridade. ra.
3 E assim vemos que se o Se- 8 Pois eis que o pó da Terra se
nhor não acastiga seu povo com move de cá para lá, separando-
numerosas aflições, sim, se não se segundo a ordem de nosso
o fere com morte e com terror e grande e eterno Deus.
com fome e com toda sorte de 9 Sim, eis que pela sua voz tre-
pestilências, dele não se blem- mem e aestremecem as colinas e
bram. os montes.
4 Oh! Quão insensatos e quão 10 E pelo apoder de sua voz
presunçosos e quão malignos e desmoronam-se e tornam-se
diabólicos e quão arápidos em planos, sim, como um vale.
cometer iniqüidades e quão len- 11 Sim, pelo poder de sua voz
tos em praticar o bem são os fi- treme atoda a Terra;
lhos dos homens! Sim, quão 12 E pelo poder de sua voz as
apressados são em dar ouvidos fundações estremecem, até o
às palavras do maligno e em co- centro.

12 1a II Crôn. 26:5; D&C 98:21; 101:8. 6 a Isa. 45:9; D&C 58:30;


Salm. 1:2–3. b Amós 4:6–11. Mois. 7:32–33.
b Salm. 36:7–8; 4 a Êx. 32:8. b D&C 60:4.
2 Né. 22:2; Mos. 4:6. b Mt. 15:19; 7 a Isa. 40:15, 17;
gee Confiança, Heb. 3:12. Mos. 4:19;
Confiar. 5 a Prov. 29:23. Mois. 1:10.
2 a gee Apostasia. gee Orgulho. 9 a 3 Né. 22:10.
b Al. 5:53; 3 Né. 28:35. b gee Andar, Andar 10a 1 Né. 17:46.
3 a Mos. 23:21; com Deus. 11a Mórm. 5:23; Ét. 4:9.
463 Helamã 12:13–26
13 Sim, e se ele diz à Terra— 22 E ai daquele a quem ele dis-
Move-te—ela se move. ser isso, porque assim será com
14 Sim, e se ele diz à aTerra— aquele que cometer iniqüidade;
b
Volta para trás, a fim de que se e não poderá ser salvo; portan-
c
prolongue o dia por muitas ho- to, por essa razão, para que os
ras—isso é feito; homens possam ser salvos, foi
15 E assim, segundo sua pala- pregado o arrependimento.
vra, a Terra volta para trás, pare- 23 Portanto benditos são os
cendo aos homens que o sol está que se arrependem e dão ouvi-
parado; sim, e eis que assim é; dos à voz do Senhor seu Deus;
porque certamente é a Terra pois eles serão asalvos.
que se move e não o sol. 24 E permita Deus, em sua
16 E eis também que se ele diz grande plenitude, que os ho-
às aáguas do grande abismo— mens sejam levados ao arrepen-
b
Secai—assim sucede. dimento e às boas obras, para
17 Eis que se diz a esta monta- que lhes seja restituı́da graça
nha—Ergue-te e avai e cai sobre por agraça, segundo suas obras.
aquela cidade, para que seja so- 25 E eu quisera que todos os
terrada—eis que assim sucede. homens fossem salvos. Lemos,
18 E eis que se um homem porém, que no grande e último
a
ocultar um tesouro na terra e o dia haverá alguns que serão
Senhor disser— bAmaldiçoado afastados; sim, que serão afasta-
seja, em virtude da iniqüidade dos da presença do Senhor;
daquele que o escondeu — eis 26 Sim, que serão condenados
que será amaldiçoado. a um estado de infindável misé-
19 E se o Senhor disser—Amal- ria, em cumprimento às pala-
diçoado sejas para que ninguém vras que dizem: Os que pratica-
jamais te encontre a partir deste ram o bem terão avida eterna; e
dia—eis que homem algum ja- os que praticaram o mal terão
b
mais o encontrará. condenação eterna. E assim é.
20 E eis que se o Senhor disser Amém.
a um homem—Em virtude de
tuas iniqüidades tu serás amal-
A profecia de Samuel, o lamani-
diçoado para sempre — assim
ta, aos nefitas.
será.
21 E se o Senhor disser—Em Abrange os capı́tulos 13 a 15.
virtude de tuas iniqüidades se-
rás afastado de minha presen- CAPÍTULO 13
ça — ele fará com que assim
suceda. Samuel, o lamanita, profetiza a des -

14a Jos. 10:12–14. 18a Mórm. 1:18; Jo. 5:28–29;


b Isa. 38:7–8. Ét. 14:1. Rom. 6:13.
c II Re. 20:8–11. b Hel. 13:17. b gee Condenação,
16a Mt. 8:27. 23a gee Salvação. Condenar.
b Isa. 44:27; 51:10. 24a gee Graça.
17a 3 Né. 8:10. 26a Mt. 25:46;
Helamã 13:1–10 464
truição dos nefitas, caso não se arre- no meu coração que devo dizer
pendam—Eles e suas riquezas são aos deste povo que a aespada da
amaldiçoados—Rejeitam e apedre- justiça está suspensa sobre eles;
jam os profetas, são circundados por e não se passarão quatrocentos
demônios e buscam a felicidade pra- anos antes que caia sobre eles a
ticando iniqüidades. Aproximada- espada da justiça.
mente 6 a.C. 6 Sim, terrı́vel a destruição
aguarda este povo e ela segura-
E então aconteceu que no octo- mente virá sobre este povo; e
gésimo sexto ano continuaram nada salvará este povo, a não
os nefitas a praticar iniqüidades, ser o arrependimento e a fé no
sim, grandes iniqüidades, en- Senhor Jesus Cristo, o qual sem
quanto os alamanitas se empe- dúvida virá ao mundo e padece-
nhavam em guardar estritamen- rá muitas coisas e será morto
te os mandamentos de Deus, por seu povo.
segundo a lei de Moisés. 7 E eis que isso me foi anuncia-
2 E aconteceu que nesse ano do por um aanjo do Senhor e ele
chegou à terra de Zaraenla um trouxe bboas novas a minha al-
lamanita chamado Samuel, que ma. E eis que vos fui enviado
começou a pregar ao povo. E para anunciar isso também a
aconteceu que ele pregou arre- vós, para que tenhais boas no-
pendimento ao povo durante vas; mas eis que vós não me qui-
muitos dias; e expulsaram-no e sestes receber.
ele estava prestes a voltar para 8 Portanto, assim diz o Senhor:
sua própria terra. Em virtude da dureza de cora-
3 Mas eis que chegou a ele a ção do povo dos nefitas, a não
voz do Senhor, ordenando-lhe ser que se arrependam, tirarei
que voltasse e profetizasse ao deles a minha palavra e aretira-
povo tudo o que lhe viesse ao rei deles o meu Espı́rito; e não
a
coração. os tolerarei por mais tempo e
4 E aconteceu que não lhe contra eles voltarei o coração de
permitiram entrar na cidade; seus irmãos.
portanto subiu à muralha e es- 9 E não se passarão aquatrocen-
tendeu a mão; e clamou em alta tos anos antes que eu faça com
voz, profetizando ao povo tudo que sejam feridos; sim, visitá-
quanto o Senhor lhe pôs no co- los-ei com a espada e com fome
ração. e com pestilências.
5 E ele disse-lhes: Eis que eu, 10 Sim, visitá-los-ei com minha
Samuel, um lamanita, digo as ardente ira e haverá alguns da
a
palavras do Senhor, que ele me quarta geração de vossos inimi-
põe no coração; e eis que ele pôs gos que viverão para presenciar

13 1a Hel. 15:4–5. Hel. 15:17. 9 a Al. 45:10–12.


3 a D&C 100:5. 7 a Al. 13:26. 10a 1 Né. 12:12;
5 a Al. 60:29; 3 Né. 2:19. b Isa. 52:7. 2 Né. 26:9;
6 a Al. 45:10–14; 8 a Hel. 6:35. 3 Né. 27:32.
465 Helamã 13:11–21
vossa completa destruição; e is- que ficam nas terras circunvizi-
to sem dúvida sucederá, salvo nhas, que estão ocupadas pelos
se vos arrependerdes, diz o Se- nefitas, por causa das iniqüida-
nhor; e os da quarta geração des e abominações que nelas há.
hão de causar vossa destruição. 17 E eis que uma amaldição cai-
11 Mas se vos arrependerdes e rá sobre a terra, diz o Senhor
vos avoltardes para o Senhor dos Exércitos, por causa do po-
vosso Deus, eu desviarei a mi- vo que está na terra, sim, em
nha ira, diz o Senhor; sim, assim virtude de suas iniqüidades e
diz o Senhor: Bem-aventurados abominações.
os que se arrependerem e se 18 E acontecerá, diz o Senhor
voltarem para mim, mas ai da- dos Exércitos, sim, nosso grande
quele que não se arrepender. e verdadeiro Deus, que aquele
12 Sim, aai desta grande cidade que aesconder tesouros na terra
de Zaraenla; pois eis que é por não mais os achará por causa da
causa dos justos que ela foi sal- grande maldição da terra, salvo
va; sim, ai desta grande cidade, se for um homem justo e escon-
pois percebo, diz o Senhor, que dê-los para o Senhor.
há muitos, sim, mesmo a maior 19 Porque desejo, diz o Senhor,
parte desta grande cidade, que que escondam seus tesouros pa-
endurecerão o coração contra ra mim; e amaldiçoados os que
mim, diz o Senhor. não escondem seus tesouros pa-
13 Bem-aventurados são aque- ra mim; porque ninguém escon-
les que se arrependerem, por- de seus tesouros para mim, a
que eu os pouparei. Mas eis que, não ser os justos; e aquele que
se não fosse pelos justos que es- não esconde seus tesouros para
tão nesta grande cidade, eis que mim é amaldiçoado, bem como
eu faria com que descesse afogo o tesouro; e ninguém o resgata-
dos céus e a destruı́sse. rá, por causa da maldição da
14 Mas eis que é por amor aos terra.
justos que ela é poupada. Mas 20 E chegará o dia em que es-
eis que chega a hora, diz o Se- conderão seus tesouros, porque
nhor, que quando expulsardes puseram o coração nas riquezas;
os justos de vosso meio, então e, porque puseram o coração em
estareis amadurecidos para a suas riquezas, esconderão seus
destruição; sim, ai desta grande tesouros quando fugirem de
cidade em virtude das iniqüida- seus inimigos; por não os terem
des e abominações que nela há. escondido para mim, amaldi-
15 Sim, e ai da cidade de çoados sejam eles e também
Gideão, pelas iniqüidades e abo- seus tesouros; e nesse dia serão
minações que nela há. castigados, diz o Senhor.
16 Sim, e ai de todas as cidades 21 Olhai, ó povo desta grande

11a 3 Né. 10:5–7. II Re. 1:9–16; 18a Mórm. 1:18;


12a 3 Né. 8:8, 24; 9:3. 3 Né. 9:11. Ét. 14:1.
13a Gên. 19:24; 17a Hel. 12:18.
Helamã 13:22–29 466
cidade, aescutai minhas pala- rı́amos matado os profetas; não
vras. Sim, escutai as palavras lhes terı́amos atirado pedras
que o Senhor diz, pois eis que nem os terı́amos expulsado.
ele diz que sois amaldiçoados 26 Eis que sois piores do que
por causa de vossas riquezas; e eles; pois assim como vive o Se-
também são amaldiçoadas as nhor, se aparece entre vós um
a
vossas riquezas, porque nelas profeta e declara-vos a palavra
colocastes o coração e não es- do Senhor, a qual testifica vos-
cutastes as palavras daquele que sos pecados e iniqüidades, bre-
vo-las deu. voltai-vos contra ele e o expul-
22 Não vos lembrais do Senhor sais e procurais todos os meios
vosso Deus nas coisas com que para destruı́-lo; sim, dizeis que é
ele vos abençoou, mas sempre um falso cprofeta e que ele é um
recordais vossas ariquezas, não pecador e que é do diabo, por-
para agradecer ao Senhor vosso que ele d testifica que vossas
Deus por elas; sim, vosso cora- obras são más.
ção não se achega ao Senhor, 27 Mas eis que se um homem
mas enche-se de grande borgu- aparecer entre vós e disser:
l h o , c o m o s t e n t a ç ã o e c o m Fazei isto e não há iniqüida-
grande arrogância, cinvejas, dis- de; fazei aquilo e não sofre-
córdias, malı́cia, perseguições e reis; sim, ele dirá: Andai segun-
assassinatos e toda sorte de ini- do o orgulho de vosso próprio
qüidades. coração; sim, andai segundo o
23 Por esta razão o Senhor orgulho de vossos olhos e fazei
Deus fez com que uma maldição tudo quanto vosso coração de-
caı́sse sobre a terra e também so- sejar—e se um homem aparecer
bre vossas riquezas; e isto em entre vós e disser isto, vós o re-
virtude de vossas iniqüidades. cebereis e direis que ele é um
a
24 Sim, ai deste povo por causa profeta.
desta hora que chegou, em que 28 Sim, exaltá-lo-eis e dar-lhe-
a
expulsam os profetas e zom- eis de vossos bens; dar-lhe-eis
bam deles e atiram-lhes pedras e de vosso ouro e de vossa prata e
matam-nos e praticam toda es- vesti-lo-eis com roupas suntuo-
pécie de iniqüidades contra eles, sas; e porque ele vos diz apala-
assim como fizeram na antigüi- vras lisonjeiras, diz que tudo
dade. está bem, então nenhuma falta
25 E agora, quando falais, di- achareis nele.
zeis: Se tivéssemos vivido nos 29 Ó geração inı́qua e perversa,
tempos de nossos apais, não te- povo endurecido e obstinado!

21 a gee Atender, Escutar. 24a II Crôn. 36:15–16; c Mt. 13:57.


22a Lc. 12:34. 1 Né. 1:20. d Gál. 4:16.
gee Riquezas; 25a At. 7:51. 27a Miq. 2:11.
Mundanismo. 26a II Crôn. 18:7; gee Artimanhas
b gee Orgulho. Lc. 16:31. Sacerdotais.
c gee Inveja. b Isa. 30:9–10. 28a II Tim. 4:3–4.
467 Helamã 13:30–39
Até quando pensais que o Se- nos despojam de nossas espa-
nhor vos há de tolerar? Sim, até das no dia em que as procura-
quando vos deixareis levar por mos para a batalha.
guias ainsensatos e bcegos? Sim, 35 Sim, escondemos nossos
até quando cpreferireis as trevas tesouros e eles se nos escapa-
à dluz? ram por causa da maldição da
30 Sim, eis que a ira do Senhor terra.
já está acesa contra vós; eis que 36 Oh! Se nos houvéssemos
ele amaldiçoou a terra por causa arrependido no dia em que o
de vossa iniqüidade. Senhor nos enviou sua palavra!
31 E eis que se aproxima a hora Pois eis que a terra está amaldi-
em que ele amaldiçoará vossas çoada e todas as coisas se torna-
riquezas, para que elas se tor- ram escorregadias; e não pode-
nem aescorregadias, para que mos segurá-las.
não possais segurá-las; e nos 37 Eis que estamos circunda-
dias de vossa pobreza não pode- dos de demônios, sim, estamos
reis retê-las. rodeados pelos anjos daquele
32 E nos dias de vossa pobre- que procurou destruir nossa al-
za clamareis ao Senhor; e em ma. Eis que são grandes as nos-
vão clamareis, porque vossa sas iniqüidades. Ó Senhor, não
desolação já vos sobreveio e podes apartar de nós a tua ira? E
a vossa destruição é certa; en- assim vos expressareis naqueles
tão chorareis e pranteareis na- dias.
quele dia, diz o Senhor dos 38 Mas eis que vossos adias de
Exércitos. E então lamentareis provação se passaram; bprocras-
e direis: tinastes o dia de vossa salvação
33 Oh! aSe me houvesse arre- até que se tornou, para sempre,
pendido e não tivesse matado demasiado tarde; e vossa des-
os profetas, nem os tivesse bape- truição é certa; sim, porque
drejado nem expulsado! Sim, durante todos os dias de vossa
naquele dia direis: Oh! Se nos vida buscastes aquilo que não
tivéssemos lembrado do Senhor podı́eis obter; e buscastes cfelici-
nosso Deus no dia em que ele dade na iniqüidade, o que é
nos deu nossas riquezas, então contrário à natureza daquela re-
elas não se teriam tornado es- tidão que há em nosso grande e
corregadias a ponto de as per- Eterno Cabeça.
dermos; porque eis que nossas 39 Ó povo da terra! Oxalá ou-
riquezas se foram. vı́sseis minhas palavras! E eu
34 Eis que colocamos uma oro para que a ira do Senhor se
ferramenta aqui e na manhã aparte de vós e que vos arrepen-
seguinte desaparece; e eis que dais e sejais salvos.

29a 2 Né. 28:9. 31a Mórm. 1:17–18. b Al. 34:33–34.


b Mt. 15:14. 33a Mórm. 2:10–15. c Al. 41:10–11.
c Jo. 3:19. b Mt. 23:37.
d Jó 24:13. 38a Mórm. 2:15.
Helamã 14:1–12 468
CAPÍTULO 14 5 E eis que uma nova aestrela
aparecerá, uma que nunca vis-
Samuel prediz que haverá luz du- tes antes; e isto também vos será
rante a noite e que uma nova estrela por sinal.
aparecerá quando Cristo nascer— 6 E eis que isso não é tudo; ha-
Cristo redime os homens da morte verá muitos sinais e maravilhas
fı́sica e da espiritual—Entre os si- no céu.
nais de sua morte haverá três dias 7 E acontecerá que vós todos
de trevas, fender-se-ão as rochas e ficareis espantados e admirados
haverá grandes cataclismos da na- a tal ponto que acaireis por terra.
tureza. Aproximadamente 6 a.C. 8 E acontecerá que todos os
que aacreditarem no Filho de
E então aconteceu que aSamuel, Deus terão vida eterna.
o lamanita, profetizou muitas 9 E eis que assim me ordenou
coisas mais que não podem ser o Senhor, por seu anjo, que
escritas. eu viesse dizer-vos isto; sim,
2 E eis que ele lhes disse: Eis ordenou que eu vos profetizas-
que vos dou um sinal; pois mais se estas coisas; sim, ele disse-
cinco anos se hão de passar e eis me: Clama a este povo: Arre-
que então o Filho de Deus virá pendei-vos e preparai o cami-
para redimir todos os que cre- nho do Senhor.
rem em seu nome. 10 E agora, porque sou lamani-
3 E eis que isto vos darei por ta e vos disse as palavras que o
a
sinal, na ocasião de sua vinda: Senhor me ordenou e porque
Eis que haverá grandes luzes no foi duro convosco, estais irados
céu, de modo que na noite ante- contra mim e procurais destruir-
rior a sua vinda não haverá es- me e me aexpulsastes de vosso
curidão, tanto que aos homens meio.
parecerá ser dia. 11 E ouvireis minhas palavras,
4 Portanto haverá um dia e porque por este motivo subi às
uma noite e um dia, como se muralhas desta cidade — para
fosse um só dia e não houvesse que pudésseis ouvir e conhecer
noite; e isso vos será por sinal; os julgamentos de Deus que vos
pois vereis o nascer e também o esperam em virtude das vossas
pôr-do-sol; portanto, saber-se-á iniqüidades; e também a fim de
com certeza que se terão passa- que vos inteireis das condições
do dois dias e uma noite, muito do arrependimento;
embora não haja escuridão du- 12 E também para que saibais
rante a noite. E essa noite prece- da vinda de Jesus Cristo, o Filho
derá o aseu nascimento. de Deus, o aPai do céu e da Ter-

14 1a Hel. 13:2. morte de Jesus Cristo. 10a Hel. 13:2.


3 a 3 Né. 1:15. 5 a Mt. 2:1–2; 12a Mos. 3:8;
4 a gee Jesus Cristo— 3 Né. 1:21. 3 Né. 9:15;
Profecias acerca do 7 a 3 Né. 1:16–17. Ét. 4:7.
nascimento e da 8 a Jo. 3:16. gee Jesus Cristo.
469 Helamã 14:13–21
ra, o Criador de todas as coisas de que todo aquele que se arre-
desde o princı́pio; e para que pende não é cortado nem atira-
saibais dos sinais de sua vinda e do ao fogo; mas todo aquele que
para que acrediteis em seu no- não se arrepende é cortado e
me. atirado ao fogo; e recai sobre
13 E se aacreditardes em seu eles novamente uma morte
nome, arrepender-vos-eis de to- espiritual; sim, uma segunda
dos os vossos pecados, para que, morte, porque novamente são
desse modo, alcanceis a remis- separados das coisas concernen-
são dos pecados por meio de tes à retidão.
seus bméritos. 19 Portanto, arrependei-vos,
14 E eis que novamente outro arrependei-vos, para que não
sinal eu vos dou, sim, um sinal aconteça que, conhecendo estas
da morte dele. coisas e não as cumprindo, in-
15 Pois eis que ele certamente corrais em condenação e sejais
deverá morrer para que venha a arrastados a essa segunda mor-
a
salvação; sim, cabe-lhe morrer e te.
isso é necessário para levar a 20 Mas eis que, como vos falei a
efeito a bressurreição dos mor- respeito de outro asinal, um si-
tos, para que assim os homens nal de sua morte, eis que, no dia
possam ser conduzidos à pre- em que ele padecer a morte, o
sença do Senhor. sol será bobscurecido e recusar-
16 Sim, eis que essa morte leva a se-á a dar-vos sua luz e também
efeito a ressurreição e aredime to- a lua e as estrelas; e não haverá
da a humanidade da primeira luz sobre a face desta terra pelo
morte—dessa morte espiritual; espaço de ctrês dias, desde a ho-
porque toda a humanidade, ten- ra em que ele morrer até o mo-
do sido bafastada da presença do mento em que ressuscitar dos
Senhor pela cqueda de Adão, é mortos.
considerada como dmorta, tanto 21 Sim, no momento em que
em relação às coisas materiais co- ele entregar o espı́rito haverá
a
mo às coisas espirituais. trovões e relâmpagos por mui-
17 Mas eis que a ressurreição tas horas e a terra tremerá e es-
de Cristo aredime a humanida- tremecerá; e as rochas que estão
de, sim, toda a humanidade; e sobre a face desta terra, as que
leva-a de volta à presença do estão em cima como as que es-
Senhor. tão embaixo da terra, as quais
18 Sim, e torna operantes as sabeis agora que são sólidas, ou
condições do arrependimento, cuja maior parte constitui uma

13a At. 16:30–31. Redenção. Redimido, Redimir.


b D&C 19:16–20. b Al. 42:6–9. 20a 3 Né. 8:5–25.
15a gee Salvador. c gee Queda de Adão e b Lc. 23:44.
b Al. 42:23. Eva. c Mos. 3:10.
gee Ressurreição. d gee Morte Espiritual. 21a 3 Né. 8:6.
16a gee Plano de 17a gee Redenção,
Helamã 14:22–15:1 470
sólida massa, serão bdespedaça- crença entre os filhos dos ho-
das; mens.
22 Sim, rachar-se-ão ao meio e 29 E isso a fim de que todos os
para sempre se aacharão racha- que crerem sejam salvos e para
das e fendidas e em fragmentos que, sobre os que não crerem,
sobre a face de toda a terra, sim, recaia um ajulgamento justo; e
tanto em cima como embaixo da também, se forem condenados,
terra. terão atraı́do sobre si a sua pró-
23 E eis que sobrevirão grandes pria condenação.
tempestades e haverá muitas 30 E agora, meus irmãos, lem-
montanhas que se rebaixarão brai-vos, lembrai-vos de que os
como um vale; e muitos lugares que perecem, perecem por cul-
que agora são chamados vales pa própria; e todos os que prati-
transformar-se-ão em monta- cam iniqüidades o fazem contra
nhas de grande altura. si mesmos; pois eis que sois ali-
24 E muitas estradas far-se-ão vres; tendes permissão para agir
em pedaços e muitas acidades fi- por vós mesmos; porque eis que
carão devastadas. Deus vos deu o bconhecimento e
25 E muitas asepulturas abrir- vos fez livres.
se-ão, entregando muitos de 31 Ele permitiu-vos adiscernir o
seus mortos e muitos santos bem do mal e permitiu-vos bes-
aparecerão a muitas pessoas. colher a vida ou a morte; e
26 E eis que assim me falou o podeis fazer o bem e serdes cres-
a
anjo; pois ele disse-me que ha- tituı́dos ao que é bom, ou seja,
verá trovões e relâmpagos pelo ter o que é bom restituı́do a vós;
espaço de muitas horas. ou podeis praticar o mal e fazer-
27 E disse-me que enquanto des com que o mal vos seja resti-
durassem os trovões e os relâm- tuı́do.
pagos e a tempestade, essas
coisas aconteceriam; e que a
a CAPÍTULO 15
escuridão cobriria a face de
toda a terra pelo espaço de três
O Senhor castigou os nefitas porque
dias.
os amava—Os lamanitas converti-
28 E o anjo disse-me que
dos são firmes e perseverantes na
muitos verão coisas maiores
fé—O Senhor será misericordioso
que estas, para que creiam
com os lamanitas nos últimos dias.
que aesses sinais e essas mara-
Aproximadamente 6 a.C.
vilhas acontecerão por toda a
face desta terra, a fim de E agora, meus queridos irmãos,
que não haja motivo de des- eis que vos declaro que, se não

21b 3 Né. 10:9. 27a 1 Né. 19:10; gee Arbı́trio.


22a 3 Né. 8:18. 3 Né. 8:3. b gee Conhecimento.
24a 3 Né. 9:3–12. 28a 1 Né. 12:4–5. 31a Morô. 7:16.
25a Mt. 27:50–54; 29a gee Juı́zo Final. b 2 Né. 2:28–29;
3 Né. 23:9–11. 30a 2 Né. 2:26–29; Al. 3:26–27.
26a Al. 13:26. Mois. 6:56. c Al. 41:3–5.
471 Helamã 15:2–10
vos arrependerdes, vossas casas 6 Sim, digo-vos que a maior
ficarão adesertas. parte deles está fazendo isto, es-
2 Sim, a não ser que vos arre- forçando-se com infatigável dili-
pendais, vossas mulheres terão gência para que o conhecimento
grande motivo para lamentação da verdade seja levado ao res-
no dia em que amamentarem; tante de seus irmãos; portanto
pois tentareis fugir e não haverá há muitos que se unem a eles
lugar para refúgio; sim, ai das diariamente.
mulheres que estiverem agrávi- 7 E eis que sabeis por vós mes-
das, porque estarão pesadas e mos, porque o haveis testemu-
não poderão fugir! Por isso serão nhado, que todos os que são
pisadas e abandonadas para pe- levados a conhecer a verdade e
recerem. a saber das tradições inı́quas e
3 Sim, ai deste povo que é cha- abomináveis de seus pais são le-
mado de povo de Néfi, se não se vados a acreditar nas santas es-
arrepender quando vir todos es- crituras, sim, nas profecias dos
ses sinais e maravilhas que lhe santos profetas que estão escri-
serão mostrados! Pois eis que foi tas, que os conduzem à fé no Se-
um povo escolhido pelo Senhor; nhor e ao arrependimento, fé e
sim, ele amou o povo de Néfi e arrependimento que lhes atrans-
também o acastigou; sim, nos formam o coração—
dias de suas iniqüidades casti- 8 Portanto sabeis que todos os
gou-o, porque o ama. que chegaram a isto são afirmes
4 Mas eis, meus irmãos, que ele e inquebrantáveis na fé e naqui-
odiou os lamanitas porque suas lo que os fez livres.
obras foram continuamente más; 9 E sabeis também que eles aen-
e isto por causa das iniqüidades terraram suas armas de guerra e
e das atradições de seus pais. que temem empunhá-las por
Não obstante, a salvação chegou medo de pecar de alguma for-
a eles por meio da pregação dos ma; sim, podeis ver que eles têm
nefitas; e por esse motivo o Se- medo de pecar—porque eis que
nhor bprolongou seus dias. se sujeitarão a ser pisados e as-
5 E quisera que observásseis sassinados por seus inimigos,
que a amaior parte deles segue o mas não levantarão suas espa-
caminho de seus deveres, anda das contra eles; e isso por causa
circunspectamente perante Deus de sua fé em Cristo.
e esforça-se para guardar seus 10 E agora, em virtude de
mandamentos e seus estatutos e sua perseverança, quando real-
suas ordenanças, de acordo com mente têm fé naquilo em que
a lei de Moisés. crêem, e por sua firmeza, quan-

15 1a Mt. 23:37–38. 4a gee Tradições. 8 a Al. 23:6; 27:27;


2 a Mt. 24:19. b Al. 9:16. 3 Né. 6:14.
3 a Prov. 3:12; 5a Hel. 13:1. 9 a Al. 24:17–19.
Heb. 12:5–11; 7a gee Conversão,
D&C 95:1. Converter.
Helamã 15:11–16:1 472
do são iluminados, eis que o sim, àqueles que degeneraram,
Senhor os abençoará e prolon- caindo na incredulidade em vir-
gará seus dias, apesar de sua ini- tude das tradições de seus pais,
qüidade— podeis ver, vós mesmos, que ja-
11 Sim, mesmo se degenera- mais teriam voltado a se dege-
rem, caindo na incredulidade, o nerar, caindo na incredulidade.
Senhor aprolongará seus dias 16 Portanto diz o Senhor: Eu
até chegar o tempo, predito por não os destruirei completamen-
nossos pais e também pelo pro- te, mas farei com que, no dia
feta bZenos e muitos outros pro- que me for oportuno, eles vol-
fetas, em que o conhecimento tem para mim, diz o Senhor.
da verdade será clevado nova- 17 E agora, eis que diz o Se-
mente a nossos irmãos, os lama- nhor com referência ao povo
nitas— nefita: Se não se arrependerem
12 Sim, digo-vos que nos últi- e não procurarem cumprir mi-
mos tempos as apromessas do Se- nha vontade, eu os adestruirei
nhor terão sido estendidas a nos- completamente, diz o Senhor,
sos irmãos, os lamanitas; e ape- em virtude de sua incredulida-
sar das muitas aflições que terão de, apesar das muitas e grandio-
e embora venham a ser bforça- sas obras que fiz entre eles; e tão
dos a fugir de um lado para ou- certo como vive o Senhor, estas
tro sobre a face da terra e a ser coisas acontecerão, diz o Se-
perseguidos e feridos e disper- nhor.
sos, sem lugar para refugiar-se,
o Senhor será cmisericordioso
CAPÍTULO 16
com eles.
13 E isto segundo a profecia de
Os nefitas que acreditam em Sa-
que outra vez o verdadeiro co-
muel são batizados por Néfi—Sa-
nhecimento lhes será alevado,
muel não pode ser morto com as fle-
que é o conhecimento de seu
chas e pedras dos nefitas que não se
Redentor e seu grande e verda-
arrependeram—Alguns endurecem
deiro bpastor; e serão contados
o coração e outros vêem anjos—Os
entre suas ovelhas.
incrédulos dizem que não é sensato
14 Portanto eu vos digo que
a crer em Cristo nem na sua vinda a
melhor será para eles do que
Jerusalém. Aproximadamente 6–1
para vós, a não ser que vos arre-
a.C.
pendais.
15 Pois eis que, se as grandes E então aconteceu que muitos
obras que vos foram mostradas ouviram as palavras de Samuel,
a
tivessem sido mostradas a eles, o lamanita, proferidas de cima

11a Al. 9:16. c 1 Né. 13:31; 14a Hel. 7:23.


b Hel. 8:19. 2 Né. 10:18–19; 15a Mt. 11:20–23.
c 2 Né. 30:5–8. Jacó 3:5–6. 17a Hel. 13:6–10.
12a En. 1:12–13. 13a 3 Né. 16:12.
b Mórm. 5:15. b gee Bom Pastor.
473 Helamã 16:2–12
das muralhas da cidade. E todos 6 A maior parte deles, porém,
os que acreditaram em suas pa- não acreditou nas palavras de
lavras saı́ram à procura de Néfi; Samuel; por isso, quando viram
e quando o encontraram, con- que não podiam atingi-lo com
fessaram-lhe seus pecados e não suas pedras e flechas, gritaram a
os negaram, desejando ser bati- seus capitães, dizendo: Agarrai
zados no Senhor. esse homem e amarrai-o, por-
2 Todos os que não acredita- que eis que está possuı́do por
ram nas palavras de Samuel, um demônio; e por causa do po-
porém, ficaram irados contra der do demônio que está nele,
ele; e jogaram-lhe pedras sobre não podemos atingi-lo com nos-
a muralha e também muitos lhe sas pedras e nossas flechas; por-
atiraram flechas enquanto se tanto, agarrai-o e amarrai-o e
encontrava em cima da mura- levai-o embora.
lha; mas o Espı́rito do Senhor 7 E quando avançaram para
estava com ele, de modo que deitar-lhe as mãos, eis que ele se
não conseguiram atingi-lo com atirou da muralha e fugiu de
suas pedras nem com suas fle- suas terras, sim, para seu pró-
chas. prio paı́s; e começou a pregar
3 Ora, quando viram que não e a profetizar entre seu próprio
podiam atingi-lo, muitos mais povo.
acreditaram em suas palavras, 8 E eis que nunca mais se
de modo que se dirigiram a Néfi ouviu falar dele entre os nefitas;
a fim de serem batizados. e essas eram as condições do
4 Porque eis que Néfi estava povo.
batizando e profetizando e pre- 9 E assim terminou o octogési-
gando, proclamando arrependi- mo sexto ano em que os juı́zes
mento ao povo; mostrando governaram o povo de Néfi.
sinais e maravilhas, fazendo 10 E assim terminou também o
a
milagres entre o povo, para que octogésimo sétimo ano do go-
soubessem que o Cristo viria verno dos juı́zes, permanecen-
b
em breve— do a maior parte do povo em
5 Revelando-lhes coisas que seu orgulho e iniqüidade; e a
logo aconteceriam, para que minoria, andando mais cir-
soubessem e lembrassem, na cunspectamente perante Deus.
hora de sua vinda, que elas 11 E estas eram também as con-
lhes haviam sido anunciadas de dições no octogésimo oitavo
antemão, para que acreditas- ano do governo dos juı́zes.
sem; portanto, todos os que 12 E houve pouca alteração
acreditaram nas palavras de Sa- nas condições do povo no octo-
muel dirigiram-se a Néfi para gésimo nono ano, exceto que o
ser batizados, mostrando-se ar- p o v o c o m e ç o u a f i c a r m a i s
rependidos e confessando seus obstinado na sua iniqüidade e
pecados. a fazer, cada vez mais, coisas

16 4a gee Milagre. b Hel. 14:2.


Helamã 16:13–23 474
contrárias aos mandamentos de nós transmitida por nossos pais
Deus. para fazerem-nos acreditar em
13 Mas aconteceu que no no- algo grande e maravilhoso que
nagésimo ano do governo dos deverá acontecer, porém não
juı́zes, agrandes sinais e maravi- e n t r e n ó s , m a s n u m a t e r r a
lhas foram manifestados ao po- muito longı́nqua, uma terra
vo; e as palavras dos profetas que não conhecemos; portanto
b
começaram a ser cumpridas. podem conservar-nos na igno-
14 E aanjos apareceram a al- rância, porque não podemos
b
guns homens, homens sábios, testemunhar com nossos pró-
anunciando-lhes boas novas de prios olhos que isso é verdade.
grande alegria; assim, nesse ano 21 E eles, pela astúcia e pelas
as escrituras começaram a ser misteriosas artimanhas do ma-
cumpridas. ligno, realizarão algum grande
15 Entretanto o povo começou m i s t é r i o q u e n ã o p o d e m o s
a endurecer o coração, todos, compreender, que nos mante-
exceto os mais crentes dentre rá como servos de suas pala-
eles, tanto nefitas quanto lama- v r a s e t a m b é m c o m o s e u s
nitas, e começaram a confiar so- servos, porque dependemos de-
mente nas próprias forças e na les para ensinar-nos a palavra;
a
própria sabedoria, dizendo: e assim nos manterão na ig-
16 Algumas coisas, entre tan- norância todos os anos de nos-
tas, eles poderiam ter adivinha- sa vida, se a eles nos subme-
do corretamente; mas eis que termos.
sabemos que todas essas gran- 22 E muitas outras coisas avãs e
des e maravilhosas obras que fo- tolas o povo imaginou em seu
ram anunciadas não podem coração; e ficaram muito pertur-
acontecer. bados, porque Satanás os incita-
17 E começaram a discutir e a va continuamente a praticar ini-
discordar entre si, dizendo: qüidades; sim, ele espalhava
18 aNão é razoável que venha rumores e discórdias sobre toda
alguém como um Cristo; se vier a face da terra, a fim de endure-
e ele for o Filho de Deus, o Pai cer o coração do povo contra o
do céu e da Terra, conforme que era bom e contra o que iria
anunciado, por que não apare- acontecer.
cerá a nós, assim como àqueles 23 E apesar dos sinais e mara-
que estiverem em Jerusalém? vilhas realizados entre o povo
19 Sim, por que não aparecerá do Senhor e dos muitos mila-
ele nesta terra, assim como na gres que eles fizeram, Satanás
terra de Jerusalém? obteve grande poder sobre o
20 Mas eis que sabemos que coração do povo em toda a face
esta é uma inı́qua atradição, a da terra.

13a 3 Né. 1:4. 15a Isa. 5:21. b Ét. 12:5–6, 19.


b Hel. 14:3–7. 18a Al. 30:12–13. 22a gee Vaidade, Vão.
14a Al. 13:26. 20a gee Tradições.
475 Helamã 16:24–3 Néfi 1:6
24 E assim terminou o nonagé- 25 E assim terminou o livro de
simo ano em que os juı́zes go- Helamã, conforme o registro de
vernaram o povo de Néfi. Helamã e seus filhos.

Terceiro Néfi
Livro de Néfi

FILHO DE NÉFI, QUE ERA FILHO DE HELAMÃ

E Helamã era filho de Helamã, que era filho de Alma, que era filho
de Alma, descendente de Néfi, que era filho de Leı́, que saiu de
Jerusalém no primeiro ano do reinado de Zedequias, rei de Judá.

CAPÍTULO 1 que haviam sido escritos e de to-


das as coisas que haviam sido
Néfi, filho de Helamã, deixa a terra preservadas como sagradas des-
e seu filho Néfi encarrega-se dos re- de a saı́da de Leı́ de Jerusalém.
gistros—Embora haja abundância 3 Então ele partiu daquela ter-
de sinais e maravilhas, os inı́quos ra e ninguém sabe apara onde
planejam matar os justos—Chega a foi; e seu filho Néfi encarregou-
noite do nascimento de Cristo—É se de escrever os registros em
dado o sinal e surge uma nova es- seu lugar, sim, os registros deste
trela—Aumentam as mentiras e os povo.
enganos e os ladrões de Gadiânton 4 E aconteceu que no começo
matam muita gente. Aproximada- do nonagésimo segundo ano,
mente 1–4 d.C. eis que as profecias dos profetas
começaram a cumprir-se mais

O RA, aconteceu que termi-


nou o nonagésimo primei-
ro ano e haviam-se passado
plenamente, pois maiores sinais
e maiores milagres começaram a
ser realizados entre o povo.
a
seiscentos anos desde que Leı́ 5 Alguns, porém, começaram a
saı́ra de Jerusalém; e nesse ano alegar que o prazo estabelecido
Laconeu era o juiz supremo e para o cumprimento das pala-
governador de toda a terra. vras aproferidas por Samuel, o
2 E Néfi, filho de Helamã, par- lamanita, já se havia esgotado.
tira da terra de Zaraenla deixan- 6 E começaram a ridicularizar
do aNéfi, que era seu filho mais seus irmãos, dizendo: Eis que a
velho, encarregado das bplacas hora já é passada e as palavras
de latão e de todos os registros de Samuel não se cumpriram;
[3 néfi] Néfi, Filho de 3 a 3 Né. 2:9.
1 1a 2 Né. 25:19. Helamã. 5 a Hel. 14:2–4.
2 a gee Néfi, Filho de b Al. 37:3–5.
3 Néfi 1:7–17 476
portanto vossa alegria e vossa ânimo; pois eis que é chegada a
fé concernentes a isso foram hora e esta noite será dado o si-
inúteis. nal; e aamanhã virei ao mundo
7 E aconteceu que causaram para mostrar ao mundo que
um grande tumulto em toda a cumprirei tudo aquilo que fiz
terra; e as pessoas que haviam com que fosse bdito pela boca de
acreditado começaram a afligir- meus santos profetas.
se muito, temendo que, por al- 14 Eis que avenho aos meus pa-
gum motivo, não se cumprissem ra bcumprir todas as coisas que
as coisas que haviam sido anun- dei a conhecer aos filhos dos ho-
ciadas. mens, desde a c fundação do
8 Mas eis que aguardavam fir- mundo, e para fazer a vontade
d
memente aquele dia e aquela tanto do Pai como do Filho—
noite e aquele dia que seriam do Pai, por minha causa; e do
como um dia sem noite, para sa- Filho, por causa de minha carne.
berem que sua fé não havia sido E eis que é chegada a hora e esta
vã. noite será dado o sinal.
9 Ora, aconteceu que os incré- 15 E aconteceu que as palavras
dulos fixaram um dia para apli- que Néfi ouviu se cumpriram
car a apena de morte a todos os segundo o que fora dito; pois eis
que acreditavam naquelas tradi- que, ao pôr-do-sol, anão houve
ções, caso não aparecesse o sinal escuridão; e o povo começou a
que havia sido anunciado por admirar-se, porque não houve
Samuel, o profeta. escuridão quando chegou a noi-
10 Ora, aconteceu que quando te.
Néfi, filho de Néfi, viu esta mal- 16 E muitos dos que não ha-
dade de seu povo, afligiu-se-lhe viam acreditado nas palavras
extremamente o coração. dos profetas acaı́ram por terra e
11 E aconteceu que saiu, pros- permaneceram como mortos,
trou-se e clamou fervorosamen- pois viram que o grande bplano
te a seu Deus em favor do povo, de destruição que haviam pre-
sim, daqueles que estavam pres- parado para os que acreditavam
tes a ser destruı́dos em virtude nas palavras dos profetas fora
de sua fé na tradição de seus frustrado; porque o sinal anun-
pais. ciado já surgia.
12 E aconteceu que clamou fer- 17 E começaram a compreen-
vorosamente ao Senhor atodo der que o Filho de Deus logo
aquele dia; e eis que lhe chegou apareceria; sim, em suma, todo
a voz do Senhor, dizendo: o povo de toda a face da terra,
13 Levanta a cabeça e tem bom do oeste até o leste, tanto na ter-

9a gee Mártir, Martı́rio. nascimento e da c Al. 42:26.


12a En. 1:4; Al. 5:46. morte de Jesus d D&C 93:3–4.
13a Lc. 2:10–11. Cristo. 15a Hel. 14:3.
b gee Jesus Cristo— 14a Jo. 1:11. 16a Hel. 14:7.
Profecias acerca do b Mt. 5:17–18. b 3 Né. 1:9.
477 3 Néfi 1:18–27
ra do norte quanto na terra do 24 E não havia contendas, a
sul, ficou tão assombrado que não ser por alguns que começa-
caiu por terra. ram a pregar, esforçando-se pa-
18 Porque eles sabiam que os ra provar pelas escrituras que
profetas haviam testificado es- não era mais anecessário seguir
sas coisas durante muitos anos e a lei de Moisés. Ora, nisto erra-
que o sinal profetizado já estava ram, não havendo entendido as
aparecendo; e começaram a te- escrituras.
mer, em virtude de sua iniqüi- 25 Aconteceu, porém, que lo-
dade e descrença. go se converteram, convenci-
19 E aconteceu que não houve dos de seu erro, porque lhes foi
escuridão toda aquela noite, mas dado a conhecer que a lei não
estava tão claro como se fosse se tinha ainda acumprido e que
meio-dia. E aconteceu que o sol era necessário que se cumprisse
tornou a nascer de manhã, se- em todos os seus pontos; sim,
gundo a ordem natural; e sa- chegou-lhes a palavra de que
biam que era o dia em que o era necessário que fosse cum-
Senhor iria anascer, por causa do prida; sim, que nem um jota
sinal que fora dado. nem um til seriam omitidos até
20 E tudo acontecera, sim, cada que tudo se cumprisse; portan-
pormenor, segundo as palavras to, nesse mesmo ano reconhece-
dos profetas. ram seu erro e b confessaram
21 E aconteceu também que suas faltas.
uma nova aestrela surgiu, se- 26 E assim terminou o nona-
gundo a palavra. gésimo segundo ano, trazendo
22 E aconteceu que, daı́ em alegres novas ao povo em vir-
diante, Satanás começou a espa- tude dos sinais que aparece-
lhar mentiras entre o povo, para ram, segundo as palavras das
endurecer-lhe o coração, a fim profecias de todos os santos
de que não acreditassem naque- profetas.
les sinais e maravilhas que ti- 27 E aconteceu que o nonagési-
nham visto; mas, apesar dessas mo terceiro ano também se pas-
mentiras e enganos, a maior sou em paz, a não ser pelos
a
parte do povo acreditou e foi ladrões de Gadiânton, que ha-
convertida ao Senhor. bitavam as montanhas e infesta-
23 E aconteceu que Néfi e tam- vam a terra; pois tão sólidas
bém muitos outros saı́ram pre- eram suas fortificações e seus
gando ao povo, batizando para esconderijos, que o povo não
o arrependimento, o que causou conseguia dominá-los; por con-
grande aremissão de pecados. E seguinte, cometeram muitos as-
assim o povo começou nova- sassinatos e provocaram grande
mente a viver em paz na terra. mortandade entre o povo.

19a Lc. 2:1–7. Pecados. b Mos. 26:29.


21a Mt. 2:1–2; Hel. 14:5. 24a Al. 34:13. 27a gee Ladrões de
23a gee Remissão de 25a Mt. 5:17–18. Gadiânton.
3 Néfi 1:28–2:8 478
28 E aconteceu que no nonagé- coração e cegos de entendimen-
simo quarto ano eles começa- to e começaram a duvidar de
ram a aumentar consideravel- tudo quanto haviam ouvido e
mente, porque muitos dissiden- visto—
tes nefitas se refugiaram entre 2 Supondo falsamente, em seu
eles, o que causou grande triste- coração, que eram obras de ho-
za aos nefitas que permanece- mens e do poder do diabo para
ram na terra. desencaminhar e aenganar o co-
29 Houve também muita triste- ração do povo; e assim Satanás
za entre os lamanitas; pois eis tornou a apoderar-se do coração
que muitos de seus filhos, à me- do povo, de modo que lhes ce-
dida que cresciam e ficavam gou os olhos e induziu-os a crer
mais velhos, começavam a agir que a doutrina de Cristo era
por conta própria, sendo leva- uma coisa louca e vã.
dos, pelas palavras aduladoras e 3 E aconteceu que a iniqüidade
mentirosas de alguns azorami- e as abominações começaram a
tas, a juntar-se ao bando de tomar força no meio do povo; e
Gadiânton. não acreditavam que viessem a
30 E assim os lamanitas tam- aparecer mais sinais e maravi-
bém foram afligidos e começa- lhas; e Satanás aandava por toda
ram, devido à iniqüidade da parte, desviando o coração do
nova geração, a decair em sua fé povo, tentando-o e levando-o a
e retidão. cometer grandes iniqüidades na
terra.
4 E assim se passou o nonagési-
CAPÍTULO 2
mo sexto ano; e também o nona-
gésimo sétimo ano; e também o
Aumentam as iniqüidades e abomi-
nonagésimo oitavo ano; e tam-
nações entre o povo—Nefitas e la-
bém o nonagésimo nono ano;
manitas unem-se para defender-se
5 E também cem anos se ha-
dos ladrões de Gadiânton—Os la-
viam passado desde o tempo de
manitas convertidos tornam-se a
Mosias, que fora rei do povo
brancos e são chamados de nefitas.
nefita.
Aproximadamente 5–16 d.C.
6 E seiscentos e nove anos ha-
E aconteceu que assim se pas- viam-se passado desde que Leı́
s o u t a m b é m o n o n a g é s i m o saı́ra de Jerusalém.
quinto ano e começaram a es- 7 E nove anos haviam-se passa-
quecer os sinais e as maravilhas do desde que fora dado o sinal
de que haviam ouvido falar; e anunciado pelos profetas, de
admiravam-se cada vez menos que Cristo viria ao mundo.
com qualquer sinal ou mara- 8 Ora, os nefitas começaram a
vilha dos céus, de modo que calcular o tempo a partir da épo-
começaram a ficar duros de ca em que lhes foi dado o sinal,

29a Al. 30:59. Engano, Fraude. 5 a Mos. 29:46–47.


2 2a gee Enganar, 3 a D&C 10:27.
479 3 Néfi 2:9–19
ou seja, da vinda de Cristo; e de completa destruição em vir-
nove anos haviam-se passado. tude dessa guerra que se havia
9 E Néfi, que era pai de Néfi, tornado extremamente séria.
que era encarregado dos regis- 14 E aconteceu que os lamani-
tros, anão regressou à terra de tas que se haviam unido aos ne-
Zaraenla e não pôde ser encon- fitas foram contados com os ne-
trado em lugar algum da terra. fitas;
10 E aconteceu que, apesar das 15 E a amaldição foi retirada
pregações e profecias que lhe deles e sua pele tornou-se bbran-
foram feitas, o povo perseverou ca como a dos nefitas;
na iniqüidade. E assim se pas- 16 E seus filhos e filhas torna-
sou também o décimo ano; e o ram-se sumamente belos e fo-
décimo primeiro ano também se ram contados com os nefitas,
passou em iniqüidade. sendo chamados de nefitas. E
11 E aconteceu que no décimo assim terminou o décimo tercei-
terceiro ano começaram a surgir ro ano.
dissensões e guerras por toda a 17 E aconteceu que no princı́-
terra; porque os ladrões de Ga- pio do décimo quarto ano a
diânton se tornaram tão nume- guerra continuou entre os la-
rosos e mataram tanta gente e drões e o povo de Néfi, tornan-
devastaram tantas cidades e do-se extremamente penosa.
causaram tantas mortes e carni- Não obstante, os nefitas obtive-
ficinas por toda a terra, que se ram algumas vantagens sobre os
tornou necessário que todo o ladrões, de modo que os recha-
povo, tanto os nefitas quanto os çaram de suas terras para as
lamanitas, pegassem em armas montanhas e para seus esconde-
contra eles. rijos.
12 Portanto todos os lamanitas 18 E assim terminou o décimo
convertidos ao Senhor se uni- quarto ano. E no décimo quin-
ram a seus irmãos, os nefitas; e to ano eles avançaram nova-
viram-se obrigados a pegar em mente contra os nefitas; e por
armas contra os ladrões de Ga- causa da iniqüidade do povo de
diânton, pela segurança de sua Néfi e de suas muitas contendas
vida e de suas mulheres e filhos; e dissensões, os ladrões de Ga-
sim, e também para garantir diânton obtiveram muitas van-
seus direitos e os privilégios de tagens.
sua igreja e de sua adoração e 19 E assim terminou o décimo
sua aindependência e sua bliber- quinto ano; e assim o povo pas-
dade. sava por grandes aflições; e a
a
13 E aconteceu que antes de espada da destruição pendia
terminar o décimo terceiro ano, sobre eles, de modo que esta-
viram-se os nefitas ameaçados vam prestes a ser atingidos por

9 a 3 Né. 1:2–3. 15a Al. 17:15; 23:18. 19a Al. 60:29.


12a gee Liberdade, Livre. b 2 Né. 5:21; 30:6;
b gee Liberdade, Livre. Jacó 3:8.
3 Néfi 3:1–9 480
ela; e isso em virtude de sua ini- de ordem—Caı́ sobre os nefitas
qüidade. e destruı́-os.
4 E eu conheço-lhes o indomá-
vel espı́rito, tendo-os posto à
CAPÍTULO 3
prova no campo de batalha e sa-
bendo de seu eterno ódio a vós,
Gidiâni, chefe do bando de Gadiân-
em virtude dos muitos males que
ton, exige que Laconeu e os nefitas
lhes infligistes; eis que vos des-
se rendam e entreguem suas ter-
truirão completamente se des-
ras—Laconeu nomeia Gidgidôni
cerem contra vós.
capitão-chefe dos exércitos—Os ne-
5 Por conseguinte escrevi esta
fitas reúnem-se em Zaraenla e
epı́stola, selando-a com minhas
Abundância para defenderem-se.
próprias mãos, temendo pelo teu
Aproximadamente 16–18 d.C.
bem-estar, por causa de tua fir-
E então aconteceu que no déci- meza no que crês ser justo e de
mo sexto ano depois da vinda teu nobre espı́rito no campo de
de Cristo, Laconeu, governador batalha.
da terra, recebeu uma epı́stola 6 Em vista disso escrevo-te pe-
do chefe e governador desse dindo que entregueis vossas ci-
bando de ladrões; e estas foram dades, vossas terras e vossos
as palavras escritas, dizendo: bens a meu povo, para que ele
2 Laconeu, nobilı́ssimo e su- não vos ataque com a espada e
premo governador da terra: Eis sejais destruı́dos.
que te escrevo esta epı́stola elo- 7 Ou, em outras palavras, en-
giando-te amplamente por tua tregai-vos a nós e uni-vos a nós
firmeza e também pela firmeza e familiarizai-vos com nossas
a
de teu povo em manter o que obras secretas e tornai-vos nos-
julgais ser vosso direito e liber- sos irmãos, para que sejais como
dade; sim, resistis heroicamente, nós—não nossos escravos, mas
como se fôsseis protegidos pela nossos irmãos e sócios em tudo
mão de um deus na defesa de o que possuı́mos.
vossa liberdade e de vossos bens 8 E eis que eu te ajuro com um
e de vosso paı́s ou do que assim juramento que, se isto fizerdes,
chamais. não sereis destruı́dos; mas, se
3 E causa-me lástima, nobilı́ssi- não o fizerdes, juro-te com um
mo Laconeu, que sejas tão in- juramento que, no próximo mês,
sensato e presunçoso a ponto de ordenarei aos meus exércitos
supores que possas resistir a que vos ataquem; e não se de-
tantos homens valentes como os terão nem vos pouparão, mas
que tenho sob meu comando e hão de matar-vos e deixarão cair
que, neste exato momento, es- a espada sobre vós até que sejais
tão de prontidão, esperando exterminados.
com grande ansiedade a palavra 9 E eis que eu sou Gidiâni; e

3 7a Hel. 6:22–26. 8 a Ét. 8:13–14.


481 3 Néfi 3:10–18
sou governador desta asocieda- 13 Sim, ele enviou uma procla-
de secreta de Gadiânton; e sei mação a todo o povo, para que
que esta sociedade e suas obras reunissem suas mulheres e seus
são b boas; e datam de c longo filhos, suas manadas e rebanhos
tempo e foram transmitidas a e todos os seus bens, com exce-
nós. ção de suas terras, em um só lu-
10 E escrevo-te esta epı́stola, gar.
Laconeu, esperando que nos 14 E fez construir em derredor
entregueis vossas terras e vos- fortificações; e a força delas de-
sas propriedades sem derrama- veria ser muito grande. E fez
mento de sangue, a fim de que com que exércitos, tanto dos ne-
o meu povo, que dissentiu de fitas como dos lamanitas, ou se-
vós em virtude de os haverdes ja, de todos os que eram conta-
iniquamente privado de seus dos com os nefitas, fossem colo-
direitos ao governo, possa recu- cados como vigias em derredor,
perar seus direitos e governo; para protegê-los e livrá-los dos
e a não ser que façais isso, eu ladrões, dia e noite.
vingarei os seus agravos. Sou 15 Sim, disse-lhes ele: Como vi-
Gidiâni. ve o Senhor, a não ser que vos
1 1 E e n t ã o a c o n t e c e u q u e arrependais de todas as vossas
quando recebeu essa epı́stola, iniqüidades e clameis ao Se-
Laconeu muito se admirou com nhor, de modo algum vos livra-
a ousadia de Gidiâni, exigindo a reis das mãos dos ladrões de
posse da terra dos nefitas e tam- Gadiânton.
bém ameaçando o povo de vin- 16 E tão grandes e maravilho-
gar os agravos daqueles que não sas foram as palavras e profecias
haviam sofrido mal algum, a de Laconeu, que causaram te-
não ser o amal que eles haviam mor a todo o povo; e esforça-
causado a si próprios, unindo-se ram-se com todo o empenho pa-
a esses inı́quos e abomináveis la- ra agir segundo as palavras de
drões. Laconeu.
12 Ora, eis que este Laconeu, o 17 E aconteceu que Laconeu
governador, era homem justo e designou capitães-chefes para
não podia ser intimidado pelas todos os exércitos nefitas, a fim
exigências e ameaças de um ala- de dirigi-los quando os ladrões
drão; por conseguinte não deu descessem do deserto contra
atenção à epı́stola de Gidiâni, eles.
governador dos ladrões, mas fez 18 Então foi designado o prin-
com que seu povo clamasse ao cipal dentre todos os capitães-
Senhor pedindo forças para chefes e comandante supremo
quando os ladrões descessem dos exércitos nefitas; e seu no-
contra eles. me era aGidgidôni.

9 a gee Combinações c Hel. 6:26–30; 12a Al. 54:5–11;


Secretas. Mois. 5:29, 49–52. 3 Né. 4:7–10.
b Al. 30:53. 11a Hel. 14:30. 18a 3 Né. 6:6.
3 Néfi 3:19–26 482
19 Ora, era costume entre to- 23 E a terra designada foi a ter-
dos os nefitas (salvo em tempos ra de Zaraenla e a terra que fica-
de iniqüidade) designar como va entre a terra de Zaraenla e a
seu capitão-chefe alguém que terra de Abundância, sim, até a
possuı́sse espı́rito de revelação e linha que dividia a terra de
também de aprofecia; portanto Abundância da terra de Desola-
esse Gidgidôni era um grande ção.
profeta entre eles, como tam- 24 E houve muitos milhares de
bém o era o juiz supremo. pessoas, que eram chamadas
20 Disse, pois, o povo a Gidgi- nefitas, que se reuniram nessa
dôni: Ora ao Senhor e subamos terra. Ora, Laconeu fez com que
às montanhas e ao deserto para se reunissem na terra do sul, em
que possamos cair sobre os la- virtude da grande maldição que
drões e destruı́-los em suas pró- havia caı́do sobre a aterra do
prias terras. norte.
21 Gidgidôni, porém, respon- 25 E fortificaram-se contra seus
deu-lhes: aNão o permita o Se- inimigos e habitaram em uma só
nhor; porque se marchássemos terra, em um só grupo; e te-
contra eles, o Senhor nos bentre- miam as palavras proferidas por
garia em suas mãos; portanto Laconeu, de modo que se arre-
nos prepararemos no centro de penderam de todos os seus pe-
nossas terras e reuniremos to- cados; e oraram ao Senhor seu
dos os nossos exércitos e não os Deus para que os alivrasse de
atacaremos, mas esperaremos seus inimigos quando estes des-
até que venham contra nós; por cessem para batalhar contra
conseguinte, tão certo como vi- eles.
ve o Senhor, ele os entregará em 26 E estavam extremamente
nossas mãos se assim proceder- aflitos por causa de seus inimi-
mos. gos. E Gidgidôni fez com que fa-
22 E aconteceu que quase no bricassem aarmas de guerra de
fim do décimo sétimo ano, a todo tipo e se fortalecessem com
proclamação de Laconeu foi di- armaduras e com escudos e com
vulgada em toda a face da terra broquéis, de acordo com suas
e eles, tomando seus cavalos e instruções.
seus carros e seu gado e todos os
seus rebanhos e suas manadas e
seus grãos e todos os seus bens, CAPÍTULO 4
dirigiram-se aos milhares e de-
zenas de milhares ao lugar de- Os exércitos nefitas derrotam os la-
terminado, a fim de reunirem-se drões de Gadiânton — Gidiâni é
para defenderem-se de seus ini- morto e seu sucessor, Zemnaria, é
migos. enforcado—Os nefitas louvam ao

19a gee Profecia, b I Sam. 14:12. Confiar.


Profetizar. 24a Al. 22:31. 26a 2 Né. 5:14.
21a Al. 48:14. 25a gee Confiança,
483 3 Néfi 4:1–9
Senhor por suas vitórias. Aproxi- ra; e assim se passou o décimo
madamente 19–22 d.C. oitavo ano.
5 E aconteceu que no décimo
E aconteceu que no final do dé- nono ano Gidiâni viu que era
cimo oitavo ano, os exércitos necessário subir para batalhar
dos ladrões haviam-se prepara- contra os nefitas, pois não havia
do para batalhar e começaram a meio de subsistirem, a não ser
descer e a atacar, vindos das co- pilhando e roubando e assassi-
linas e das montanhas e do de- nando.
serto e de suas fortalezas e de 6 E não se atreviam a espalhar-
seus lugares secretos; e começa- se pela face da terra a fim de cul-
ram a tomar posse das terras, tivar grãos, temendo que os ne-
tanto das que ficavam no sul co- fitas os atacassem e matassem;
mo das que ficavam no norte; e por conseguinte Gidiâni comu-
começaram a apoderar-se de to- nicou a seus exércitos que iriam
das as terras aabandonadas pe- subir para atacar os nefitas na-
los nefitas, bem como das cida- quele ano.
des que haviam ficado desertas. 7 E aconteceu que no sexto
2 Mas eis que não havia ani- mês eles subiram para batalhar;
mais selvagens nem caça nas e eis que grande e terrı́vel foi o
terras abandonadas pelos nefi- dia em que subiram para bata-
tas; e não havia caça para os la- lhar; e achavam-se vestidos se-
drões, exceto no deserto. gundo o estilo dos ladrões; e ti-
3 E os ladrões não podiam sub- nham uma pele de carneiro ao
sistir, a não ser no deserto, por redor dos lombos e estavam tin-
falta de alimento; porque os ne- gidos de sangue e tinham a ca-
fitas haviam deixado suas terras beça rapada e protegida por
devastadas e haviam reunido capacetes; e grande e terrı́vel
seus rebanhos e suas manadas e era a aparência dos exércitos de
todos os seus bens; e achavam- Gidiâni, por causa de suas arma-
se todos em um só grupo. duras e por acharem-se tingidos
4 Portanto os ladrões não ti- de sangue.
nham oportunidade de roubar e 8 E aconteceu que quando os
de obter alimento, a não ser ba- exércitos nefitas viram a aparên-
talhando abertamente com os cia do exército de Gidiâni, caı́-
nefitas; e estavam os nefitas reu- ram todos por terra clamando
nidos em um só grupo e eram ao Senhor seu Deus que os sal-
muito numerosos; e haviam re- vasse, livrando-os das mãos de
servado para si provisões e ca- seus inimigos.
valos e gado e rebanhos de todo 9 E aconteceu que os exércitos
tipo, a fim de poderem subsistir de Gidiâni, quando viram isso,
durante sete anos, no curso dos começaram a gritar em alta voz
quais tinham a esperança de eli- por causa de sua alegria, pois
minar os ladrões da face da ter- acharam que os nefitas haviam

4 1a 3 Né. 3:13–14, 22.


3 Néfi 4:10–21 484
caı́do de medo devido ao terror que esse décimo nono ano se
de seus exércitos. passou e os ladrões não volta-
10 Estavam, porém, engana- ram a combater; e tampouco
d o s , p o i s o s n e f i t a s n ã o o s voltaram no vigésimo ano.
temiam; a temiam sim a seu 16 E no vigésimo primeiro ano
Deus, a quem suplicaram prote- também não subiram para bata-
ção; portanto, quando os exérci- lhar, porém subiram por todos
tos de Gidiâni se atiraram sobre os lados, a fim de sitiar o povo
eles, estavam preparados para de Néfi; pois supunham que,
enfrentá-los; e receberam-nos se isolassem os nefitas de suas
na força do Senhor. terras e cercassem-nos de todos
11 E nesse sexto mês a batalha os lados e privassem-nos de
começou; e grande e terrı́vel foi todos os seus privilégios exter-
a batalha, sim, grande e terrı́vel nos, poderiam fazer com que
foi a carnificina, tanto que nun- eles se rendessem segundo seus
ca se soube de carnificina maior desejos.
entre todo o povo de Leı́, desde 17 Ora, eles haviam nomeado
que haviam deixado Jerusalém. ou tr o c he fe, cujo n o me era
12 E apesar das aameaças e ju- Zemnaria; portanto foi Zemna-
ramentos feitos por Gidiâni, eis ria quem ordenou este cerco.
que os nefitas os derrotaram de 18 Mas eis que isso foi vantajo-
tal forma que tiveram de retro- so para os nefitas; pois era
ceder. impossı́vel aos bandidos mante-
13 E aconteceu que aGidgidôni rem o cerco por tempo suficien-
ordenou a seus exércitos que os temente longo para ter qualquer
perseguissem até as fronteiras efeito sobre os nefitas, por causa
do deserto e que não poupas- das muitas provisões que eles
sem quem quer que lhes caı́sse haviam armazenado,
nas mãos pelo caminho; e assim 19 E por causa da escassez de
os perseguiram e mataram até vı́veres entre os ladrões; pois eis
as fronteiras do deserto, para que nada tinham para seu sus-
cumprirem as ordens de Gidgi- tento a não ser a carne que obti-
dôni. nham no deserto.
14 E aconteceu que Gidiâni, 20 E aconteceu que a a caça
que lutara com ousadia, foi minguou tanto no deserto, que
perseguido ao fugir; e achando- os ladrões estavam prestes a
se fatigado de tanto combater, morrer de fome.
foi alcançado e morto. E esse foi 21 E os nefitas faziam con-
o fim de Gidiâni, o ladrão. tı́nuas incursões, de dia e à
15 E aconteceu que os exércitos noite, caindo sobre os inimigos e
nefitas voltaram novamente pa- matando-os aos milhares e às
ra sua praça forte. E aconteceu dezenas de milhares.

10a gee Temor. 13a 3 Né. 3:18.


12a 3 Né. 3:1–10. 20a 1 Né. 18:25.
485 3 Néfi 4:22–33
22 E assim se tornou desejo do 29 Que o Senhor conserve
povo de Zemnaria abandonar os de seu povo em retidão e
seu plano, em virtude da gran- santidade de coração; que eles
de destruição que sofriam dia e façam cair por terra todos os que
noite. procurarem matá-los por causa
23 E aconteceu que Zemnaria de poder e combinações secre-
deu ordem a seu povo de aban- tas, da mesma forma que este
donar o cerco e marchar para as homem foi derrubado por terra.
partes mais longı́nquas da terra 30 E regozijaram-se, clamando
do norte. outra vez a uma voz: Que o
a
24 E então Gidgidôni, tendo Deus de Abraão e o Deus de
conhecimento do plano e saben- Isaque e o Deus de Jacó proteja
do da fraqueza deles, por causa este povo em retidão, enquanto
b
da falta de alimento e da grande invocarem o nome do seu Deus
carnificina havida entre eles, fez pedindo proteção.
sair seus exércitos durante a 31 E aconteceu que, em unı́sso-
noite; e cortou-lhes a retirada e no, romperam em cânticos e
a
colocou seus exércitos no cami- louvores a seu Deus pelo muito
nho de sua retirada. que havia feito por eles, tendo
25 E isso fizeram durante a noi- evitado que caı́ssem nas mãos
te, adiantando-se aos ladrões, de seus inimigos.
de modo que na manhã seguin- 32 Sim, eles clamaram: aHosana
te, quando os ladrões principia- ao Deus Altı́ssimo! E eles clama-
ram sua marcha, depararam ram: Bendito seja o nome do Se-
com os exércitos nefitas tanto na nhor Deus bTodo-Poderoso, o
vanguarda como na retaguarda. Deus Altı́ssimo!
26 E os ladrões que se achavam 33 E seus corações estavam
ao sul foram também isolados cheios de alegria, a ponto de
em seus lugares de refúgio. E tu- verterem muitas lágrimas em
do isto foi feito por ordem de virtude da imensa bondade de
Gidgidôni. Deus, livrando-os das mãos de
27 E muitos milhares entrega- seus inimigos; e sabiam que era
ram-se aos nefitas como prisio- por causa de seu arrependimen-
neiros; e os restantes foram to e de sua humildade que ha-
mortos. viam sido livrados de uma des-
28 E capturaram Zemnaria, seu truição eterna.
chefe, e enforcaram-no numa
árvore, sim, no topo da árvore,
até morrer. E depois de o have- CAPÍTULO 5
rem enforcado até morrer, der-
rubaram a árvore e gritaram em Os nefitas arrependem-se e abando -
alta voz, dizendo: nam seus pecados—Mórmon escre-

30a Al. 29:11. gee Ação de Graças, 32a gee Hosana.


b Ét. 4:15. Agradecido, b 1 Né. 1:14.
31a Al. 26:8. Agradecimento. gee Trindade.
3 Néfi 5:1–12 486
ve a história de seu povo e declara- nuaram a ter no coração aqueles
lhes a palavra eterna—Israel será assassinatos secretos, sim, todos
reunida após longa dispersão. Apro- os que continuaram proferindo
ximadamente 22–26 d.C. ameaças contra seus irmãos,
foram condenados e punidos de
E então eis que não havia uma conformidade com a lei.
só alma, entre todos os nefitas, 6 E assim acabaram com todas
que tivesse a menor dúvida essas combinações inı́quas e se-
quanto às palavras proferidas cretas e abomináveis, pelas quais
por todos os santos profetas; tantas iniqüidades e tantos as-
pois todos sabiam ser necessário sassinatos foram cometidos.
que elas se cumprissem. 7 E assim se passou o avigésimo
2 E sabiam que era necessário segundo ano e também o vigési-
que Cristo tivesse vindo, por mo terceiro ano e o vigésimo
causa dos muitos sinais que quarto e o vigésimo quinto; e as-
haviam sido dados segundo as sim se passaram vinte e cinco
palavras dos profetas; e em anos.
virtude das coisas que já ha- 8 E haviam sucedido muitas
viam acontecido, sabiam que era coisas que, aos olhos de alguns,
necessário que se cumprissem seriam grandes e maravilhosas;
todas as coisas, conforme anun- não obstante, todas elas não po-
ciadas. dem ser escritas neste livro; sim,
3 Por conseguinte abandona- este livro não pode conter nem
ram todos os seus pecados e a acentésima parte do que acon-
suas abominações e suas liberti- teceu entre tanta gente no espa-
nagens e serviram a Deus com ço de vinte e cinco anos;
toda diligência, dia e noite. 9 Mas eis que existem outros
a
4 E então aconteceu que de- registros que contêm todos os
pois de haverem aprisionado feitos deste povo; e uma narra-
os ladrões, não tendo deixado ção mais curta, porém verdadei-
escapar um só dos que não ra, foi feita por Néfi.
tinham sido mortos, lançaram 10 Por conseguinte fiz meu re-
seus prisioneiros na prisão e gistro dessas coisas segundo o
fizeram com que a palavra de registro de Néfi, que foi gravado
Deus lhes fosse pregada; e to- nas placas chamadas placas de
dos os que se arrependeram Néfi.
de seus pecados e fizeram con- 11 E eis que faço o relato em
vênio de não mais cometer placas que preparei com minhas
homicı́dios, foram postos em próprias mãos.
a
liberdade. 12 E eis que me chamo aMór-
5 Todos os que não fizeram mon, por causa da b terra de
convênio, porém, e que conti- Mórmon, a terra onde Alma

5 4a gee Liberdade, Livre. 8 a 3 Né. 26:6–12. 12a Mórm. 1:1–5.


7 a 3 Né. 2:8. 9 a Hel. 3:13–15. b Mos. 18:4; Al. 5:3.
487 3 Néfi 5:13–26
organizou a igreja entre o povo, vos para bendizer meu Deus e
sim, a primeira igreja que foi or- meu Salvador Jesus Cristo, que
ganizada entre eles depois de trouxe nossos pais da terra de
sua transgressão. Jerusalém (e aninguém o soube,
13 Eis que sou discı́pulo de a não ser ele mesmo e aqueles
Jesus Cristo, o Filho de Deus. que tirou daquela terra) e deu a
Fui por ele chamado para anun- mim e a meu povo tanto conhe-
ciar sua palavra ao povo, a fim cimento para a salvação de nos-
de que tenham vida eterna. sa alma.
14 E tornou-se necessário que 21 Certamente ele abençoou a
a
eu, de acordo com a vontade de casa de bJacó e tem sido cmiseri-
Deus de que as orações dos que cordioso com os descendentes
morreram, que eram santos, fos- de José.
sem cumpridas segundo sua fé, 22 E aenquanto os filhos de Leı́
fizesse um aregistro das coisas guardaram seus mandamentos,
que aconteceram— ele abençoou-os e fê-los prospe-
15 Sim, um pequeno registro rar segundo a sua palavra.
do que ocorreu desde o tempo 23 Sim, e sem dúvida fará com
em que Leı́ saiu de Jerusalém que um aremanescente dos des-
até agora. cendentes de José tenha bconhe-
16 Portanto faço meu registro cimento do Senhor seu Deus.
de acordo com os relatos daque- 24 E tão certo como vive, o Se-
les que me antecederam, até o nhor areunirá, das quatro partes
começo de meus dias. da Terra, todo o remanescente
17 E depois farei um aregistro dos descendentes de Jacó que
das coisas que vi com meus pró- estão dispersos sobre toda a face
prios olhos. da Terra.
18 E sei que o registro que 25 E como fez convênio com
faço é exato e verdadeiro; não toda a casa de Jacó, então o con-
obstante, há muitas coisas que, vênio que fez com a casa de Jacó
segundo nossa linguagem, não será cumprido no seu devido
somos capazes de aescrever. tempo, para que seja arestituı́do
19 E agora dou por terminados a toda a casa de Jacó o conheci-
os meus dizeres no que me con- mento do convênio que fez com
cernem; e prossigo fazendo o eles.
meu relato das coisas sucedidas 26 E aı́ hão de aconhecer o seu
antes de mim. Redentor, que é Jesus Cristo, o
20 Eu sou Mórmon, descen- Filho de Deus; e aı́ serão coliga-
dente direto de Leı́. Tenho moti- dos dos quatro cantos do mun-

14a En. 1:13–18; b Gên. 32:28. de Israel.


D&C 3:19–20. c Deut. 33:13–17. 25a 3 Né. 16:5.
17a Mórm. 1:1. 22a 2 Né. 1:20. 26a 2 Né. 30:5–8;
18a Ét. 12:25. 23a Al. 46:24. 3 Né. 20:29–34.
20a 1 Né. 4:36. b 2 Né. 3:12.
21a gee Israel. 24 a gee Israel—Coligação
3 Néfi 6:1–12 488
do para suas próprias terras, de com seu trabalho; e assim esta-
onde foram dispersados; sim, beleceram a paz em toda a terra.
tão certo como vive o Senhor, 4 E novamente começaram a
assim sucederá. Amém. prosperar e a tornar-se grandes;
e passaram-se o vigésimo sexto
e o vigésimo sétimo ano, reinan-
CAPÍTULO 6
do grande ordem na terra; e ha-
viam estabelecido suas leis com
Os nefitas prosperam — Surgem
eqüidade e justiça.
orgulho, riquezas e distinção de
5 Ora, nada havia em toda a
classes—A Igreja é dividida por
terra que impedisse o povo de
dissensões—Satanás leva o povo
prosperar continuamente, a não
a rebelar-se abertamente—Muitos
ser que caı́sse em transgressão.
profetas proclamam o arrependi-
6 E foram Gidgidôni e o juiz,
mento e são mortos—Seus assassi-
Laconeu, e os que haviam sido
nos conspiram para apoderar-se do
nomeados chefes, que estabele-
governo. Aproximadamente 26–30
ceram esta grande paz na terra.
d.C.
7 E aconteceu que foram cons-
E então aconteceu, no vigésimo truı́das muitas cidades novas e
sexto ano, que os nefitas regres- restauradas muitas cidades anti-
saram a suas terras, cada ho- gas.
mem com sua famı́lia, seus reba- 8 E abriram-se muitas estradas
nhos e suas manadas, seus cava- e foram feitos muitos caminhos
los e seu gado e tudo quanto que iam de cidade a cidade e de
lhes pertencia. terra a terra e de lugar a lugar.
2 E aconteceu que não haviam 9 E assim se passou o vigésimo
consumido todas as suas pro- oitavo ano; e o povo teve paz
visões; portanto levaram consi- contı́nua.
go tudo que não haviam consu- 10 Mas aconteceu que no vigé-
mido: todos os seus grãos de simo nono ano começaram a
toda espécie e seu ouro e sua surgir algumas disputas no meio
prata e todas as suas coisas pre- do povo; e alguns se encheram
ciosas; e voltaram para suas pró- de aorgulho e ostentação, em
prias terras e possessões, tanto virtude de suas imensas rique-
no norte como no sul, tanto na zas, sim, a ponto de provocarem
terra do norte como na terra do grandes perseguições;
sul. 11 Pois havia muitos mercado-
3 E concederam aos ladrões— res na terra e também muitos
que haviam feito convênio de advogados e muitos oficiais.
manter a paz na terra, que dese- 12 E começou o povo a ser dis-
javam permanecer lamanitas— tinguido por classes, segundo
terras segundo seu número, a suas ariquezas e oportunidades
fim de que pudessem subsistir de instrução; sim, alguns eram

6 10a gee Orgulho. 12a I Tim. 6:17–19; Hel. 4:12.


489 3 Néfi 6:13–21
ignorantes por causa de sua po- 17 E assim, no começo do trigé-
breza e outros recebiam muita simo ano—tendo o povo sido
instrução por causa de sua opu- entregue durante um grande
lência. espaço de tempo às atentações
13 Alguns se exaltavam em seu do diabo, sendo levado para on-
orgulho e outros eram extrema- de ele desejava e praticando to-
mente humildes; alguns respon- da sorte de abominações que ele
diam injúria com injúria, en- desejava—e assim, no começo
quanto outros sofriam ultrajes e deste trigésimo ano achavam-se
a
perseguições e toda espécie de num estado de terrı́vel iniqüida-
aflições, sem brevidar; e eram de.
humildes e penitentes diante de 18 Ora, eles não pecavam por
a
Deus. ignorância, porque conheciam
14 E assim surgiu uma grande a vontade de Deus relativa a
desigualdade em toda a terra, eles, pois fora-lhes ensinada;
de modo que a igreja começou a portanto voluntariamente se
b
decair; sim, tanto que, no trigé- rebelaram contra Deus.
simo ano, a igreja se dissolveu 19 Ora, isto foi nos dias de La-
em toda a terra, salvo entre al- coneu, filho de Laconeu, pois
guns lamanitas que se haviam Laconeu ocupava o cargo de
convertido à verdadeira fé; e seu pai e governava o povo na-
não se afastaram dela, pois eram quele ano.
firmes e constantes e inabalá- 20 E começaram a aparecer
veis, desejando guardar com to- entre o povo, por toda a terra,
do o aempenho os mandamen- homens ainspirados pelo céu,
tos do Senhor. pregando e testificando ousada-
15 Ora, a causa da iniqüidade mente sobre os pecados e ini-
do povo era esta—Satanás tinha qüidades do povo e testificando
grande poder para induzir o po- a respeito da redenção que o Se-
vo a entregar-se a toda sorte de nhor faria por seu povo, ou, em
iniqüidades e a encher-se de or- outras palavras, a ressurreição
gulho, tentando-os a buscarem de Cristo; e testificaram intrepi-
poder e autoridade e riquezas e damente sobre sua bmorte e seus
as coisas vãs do mundo. padecimentos.
16 E assim Satanás desencami- 21 Ora, havia muita gente ex-
nhou o coração do povo para cessivamente irada por causa
que cometessem toda sorte de dos que testificavam essas coi-
iniqüidades; de modo que não sas; e os que se iravam eram
houve paz senão por poucos principalmente os juı́zes supe-
anos. riores e os que ahaviam sido su-

13a gee Perseguição, 17a gee Tentação, Tentar. Inspirar; Profeta.


Perseguir. 18a Mos. 3:11. b gee Expiação, Expiar;
b Mt. 5:39; 4 Né. 1:34; b gee Rebeldia, Crucificação.
D&C 98:23–25. Rebelião. 21a D&C 121:36–37.
14a gee Diligência. 20a gee Inspiração, gee Apostasia.
3 Néfi 6:22–7:1 490
mos sacerdotes e advogados; sacerdotes reuniram-se e alia-
sim, todos os advogados esta- ram-se aos parentes dos juı́zes
vam irados contra os que testifi- que iam ser julgados de acordo
cavam essas coisas. com a lei.
22 Ora, não havia advogado 28 E fizeram a convênio uns
algum nem juiz nem sumo sa- com os outros, sim, aquele con-
cerdote que tivesse poder para vênio que lhes fora transmitido
condenar uma pessoa à morte, a pelos antigos, o qual fora dado e
não ser que sua condenação fos- ministrado pelo bdiabo, de se
se assinada pelo governador da unirem contra toda retidão.
terra. 29 Portanto se uniram contra o
23 Ora, muitos dos que haviam povo do Senhor e fizeram con-
testificado intrepidamente so- vênio de destruı́-los e de libertar
bre as coisas referentes a Cristo os culpados dos assassinatos das
foram presos e executados se- garras da justiça, a qual estava
cretamente pelos juı́zes, de mo- prestes a ser aplicada de acordo
do que o conhecimento de sua com a lei.
morte não chegou ao governa- 30 E desafiaram a lei e os direi-
dor da terra senão depois de es- tos de seu paı́s; e fizeram convê-
tarem mortos. nio entre si de destruir o gover-
24 Ora, eis que isso era contrá- nador e estabelecer um arei na
rio às leis da terra, que se exe- terra, a fim de que não fosse
cutasse qualquer homem sem mais uma terra livre, mas que fi-
autorização do governador da casse sujeita a reis.
terra.
25 Portanto foi feita uma quei-
CAPÍTULO 7
xa ao governador, na terra de
Zaraenla, contra os juı́zes que
O juiz supremo é assassinado, o go-
haviam condenado à morte os
verno é destruı́do e o povo divide-se
profetas do Senhor, em desacor-
em tribos—Jacó, um anti-Cristo,
do com a lei.
torna-se rei de uma coligação de tri-
26 Ora, aconteceu que eles
bos—Néfi prega arrependimento e
foram presos e levados à pre-
fé em Cristo—Recebe diariamente o
sença do juiz, a fim de serem jul-
ministério de anjos e levanta seu ir-
gados pelo crime que haviam
mão dentre os mortos—Muitos se
cometido, de acordo com a alei
arrependem e são batizados. Apro-
que havia sido estabelecida pelo
ximadamente 30–33 d.C.
povo.
27 Ora, aconteceu que aqueles Ora, eis que vos mostrarei que
juı́zes tinham muitos amigos e não estabeleceram um rei na
parentes; e os demais, sim, qua- terra; mas nesse mesmo ano,
se todos os advogados e sumos sim, no trigésimo ano, destruı́-
26a Mos. 29:25; Secretas. Al. 51:5.
Al. 1:14. b Hel. 6:26–30.
28a gee Combinações 30a I Sam. 8:5–7;
491 3 Néfi 7:2–13
ram, sim, assassinaram o juiz su- 9 Ora, os dessa combinação se-
premo da terra na cadeira de creta, que tanta iniqüidade ha-
juiz. via trazido ao povo, reuniram-
2 E os do povo dividiram-se, se e puseram como seu chefe
uns contra os outros; e separa- um homem a quem chamavam
ram-se em tribos, cada homem Jacó;
segundo sua famı́lia, parentes e 10 E chamaram-no rei; portan-
amigos; e assim destruı́ram o to, tornou-se rei desse bando
governo da terra. inı́quo; e ele era um dos princi-
3 E cada tribo nomeou um che- pais entre os que haviam votado
fe ou comandante; e assim se contra os profetas que testifica-
converteram em tribos e chefes ram acerca de Jesus.
de tribos. 11 E aconteceu não serem eles
4 Ora, eis que não havia ho- tão numerosos como as tribos
mem algum entre eles que não do povo, que estavam unidas
tivesse uma grande famı́lia e salvo no tocante às leis, que
muitos parentes e amigos; por- eram estabelecidas pelos respec-
tanto, suas tribos tornaram-se tivos chefes, cada qual segundo
sumamente grandes. sua tribo; contudo, eram inimi-
5 Ora, tudo isto foi feito sem gos; embora não fossem um po-
que ainda houvesse guerras en- vo justo, estavam, entretanto,
tre eles; e toda essa iniqüidade unidos em seu ódio contra os
caı́ra sobre o povo porque eles que haviam feito convênio de
a
se submeteram ao poder de Sa- destruir o governo.
tanás. 12 Portanto Jacó, sendo rei do
6 E os regulamentos do gover- bando e vendo que seus inimi-
no foram destruı́dos devido às gos eram muito mais numerosos
a
combinações secretas de ami- que eles, ordenou a seu povo
gos e parentes dos que haviam que se refugiasse na parte mais
assassinado os profetas. longı́nqua do norte; e que lá se
7 E causaram grande contenda estabelecesse um areino para eles
na terra, de tal forma que a par- até que os dissidentes se unis-
te mais justa do povo se tornara sem a eles (porque os lisonjeava,
quase toda inı́qua; sim, havia dizendo que haveria muitos dis-
poucos homens justos entre sidentes) e se tornassem sufi-
eles. cientemente fortes para lutar
8 E assim, não haviam trans- contra as tribos do povo. E assim
corrido seis anos e a maior parte fizeram.
do povo já se desviara de sua 13 E tão rápida foi sua marcha,
retidão, como o cão que torna a que logo se viram fora do alcan-
seu avômito ou como a porca, ao ce do povo, que não pôde detê-
seu chafurdar na lama. los. E assim terminou o trigési-

7 5a Rom. 6:13–16; 6 a 2 Né. 9:9. II Ped. 2:22.


Al. 10:25. 8 a Prov. 26:11; 12a 3 Né. 6:30.
3 Néfi 7:14–22 492
mo ano; e essa era a condição do dem ser escritas e parte delas
povo de Néfi. não bastaria, não foram, portan-
14 E aconteceu que no trigési- to, escritas neste livro. E Néfi
mo primeiro ano estavam divi- ensinou com apoder e grande
didos em tribos, cada homem autoridade.
com sua famı́lia, parentes e ami- 18 E aconteceu que se zanga-
gos; contudo haviam feito um ram com ele porque tinha maior
tratado de não guerrearem en- poder do que eles, sendo-lhes
a
tre si; mas não estavam de acor- impossı́vel não crer em suas pa-
do no que se referia a suas leis e lavras, porquanto tão grande
forma de governo, porque se era sua fé no Senhor Jesus Cris-
haviam organizado segundo a to que diariamente recebia o
vontade de seus chefes. Instituı́- ministério de anjos.
ram, porém, leis muito estritas, 19 E em nome de Jesus expul-
de que nenhuma tribo deveria sava demônios e espı́ritos ai-
ofender outra, de modo que, até mundos; e até seu irmão ele
certo ponto, tiveram paz na ter- levantou dentre os mortos, de-
ra; não obstante, seus corações pois de haver sido apedrejado e
haviam-se desviado do Senhor morto pelo povo.
seu Deus e apedrejaram os pro- 20 E o povo viu e testemunhou
fetas, expulsando-os de seu meio. isso e irou-se contra ele por
15 E aconteceu que a Néfi — causa de seu poder; e ele fez
tendo sido visitado por anjos e também amuitos outros milagres
também pela voz do Senhor; à vista do povo, em nome de
tendo portanto visto anjos e Jesus.
sendo testemunha ocular; e ten- 21 E aconteceu que se passou o
do recebido poder, a fim de que trigésimo primeiro ano e apenas
soubesse a respeito do ministé- poucos foram convertidos ao
rio de Cristo; e sendo também Senhor; mas todos os que se
testemunha ocular do rápido re- converteram demonstraram ao
torno do povo, da retidão para povo, sinceramente, que tinham
a iniqüidade e abominações; sido visitados pelo poder e pelo
16 Assim, aflito com a dureza Espı́rito de Deus que estava em
do coração deles e a cegueira de Jesus Cristo, em quem acredita-
sua mente—foi para o meio de- vam.
les naquele mesmo ano e come- 22 E todos aqueles de quem
çou a pregar ousadamente o haviam sido expulsos demônios
arrependimento e a remissão de e que haviam sido curados de
pecados pela fé no Senhor Jesus suas doenças e enfermidades,
Cristo. manifestaram ao povo com toda
17 E ensinou-lhes muitas coi- a sinceridade que o Espı́rito de
sas; e como todas elas não po- Deus agira sobre eles e que ha-

15a 3 Né. 1:2. 18a 2 Né. 33:1; Al. 4:19. Espı́ritos maus.
17a gee Poder. 19a gee Espı́rito— 20a 3 Né. 8:1.
493 3 Néfi 7:23–8:7
viam sido curados; e também que nosso registro é verdadeiro,
mostraram sinais e fizeram al- pois eis que foi feito por um ho-
guns milagres entre o povo. mem justo—pois em verdade
23 Assim também se passou o fez muitos amilagres em bnome
trigésimo segundo ano. E Néfi de Jesus; e nenhum homem ha-
clamou ao povo, no princı́pio do via que pudesse fazer um mila-
trigésimo terceiro ano, e pre- gre em nome de Jesus, se não
gou-lhes arrependimento e re- estivesse completamente limpo
missão de pecados. de suas iniqüidades—
24 Ora, quisera também que re- 2 E então aconteceu, se não
cordásseis que não houve, den- houve equı́voco na maneira pe-
tre os que se arrependeram, la qual esse homem calculou
quem não tivesse sido abatizado nosso tempo, que se passou o
a
com água. trigésimo terceiro ano;
25 Portanto Néfi ordenou ho- 3 E o povo começou a esperar
mens a este ministério, a fim de com grande ansiedade o sinal
que todos os que viessem a eles que havia sido anunciado por
fossem batizados com água; e isto Samuel, o profeta lamanita, sim,
como prova e testemunho, peran- a época em que deveria haver
a
te Deus e para o povo, de que se trevas durante três dias na face
haviam arrependido e recebido a da terra.
a
remissão de seus pecados. 4 E começou a haver grandes
26 E no princı́pio desse ano dúvidas e disputas entre o po-
muitos receberam o batismo do vo, apesar dos muitos asinais já
arrependimento; e assim se pas- manifestados.
sou a maior parte do ano. 5 E aconteceu que no trigésimo
quarto ano, no primeiro mês, no
quarto dia do mês, levantou-se
CAPÍTULO 8
uma grande tormenta como
nunca antes havia sido vista em
Tempestades, terremotos, incên-
toda a terra.
dios, furacões e cataclismos atestam
6 E houve também uma grande
a crucificação de Cristo—Muita
e terrı́vel tempestade; e houve
gente é morta—Trevas cobrem a
terrı́veis atrovões que bsacudi-
terra por três dias—Os sobreviven-
ram toda a terra como se ela fos-
tes lamentam seu destino. Aproxi-
se rachar-se ao meio.
madamente 33–34 d.C.
7 E houve relâmpagos tão res-
E então aconteceu que, segun- plandecentes como nunca vistos
do nosso registro, e sabemos em toda a terra.

24a gee Batismo, Batizar. Mórm. 9:18–19. 3 Né. 10:9.


25a D&C 20:37. b At. 3:6; Jacó 4:6. 4 a gee Crucificação.
gee Remissão de 2 a 3 Né. 2:8. 6 a 1 Né. 19:11;
Pecados. 3 a 1 Né. 19:10; Hel. 14:21.
8 1a 3 Né. 7:19–20; Hel. 14:20, 27; b Mt. 27:45, 50–51.
3 Néfi 8:8–23 494
8 E a acidade de Zaraenla in- 18 E eis que as arochas se fen-
cendiou-se. deram ao meio; elas foram des-
9 E a cidade de Morôni sub- pedaçadas em toda a face da
mergiu nas profundezas do mar terra, de tal forma que foram en-
e seus habitantes afogaram-se. contradas em fragmentos e ra-
10 E a terra cobriu a cidade de chadas e partidas em toda a face
Moronia, de modo que em lugar da terra.
da cidade apareceu uma grande 19 E aconteceu que quando
montanha. cessaram os trovões e os relâm-
11 E houve uma grande e terrı́- pagos e a tormenta e a tempes-
vel destruição na terra do sul. tade e os tremores de terra —
12 Mas eis que houve uma des- pois eis que duraram cerca de
a
truição muito maior e mais terrı́- três horas, sendo dito por al-
vel na terra do norte; pois eis guns que duraram mais tempo;
que toda a face da terra foi mu- contudo todas essas coisas gran-
dada por causa da tempestade e des e terrı́veis duraram cerca de
dos furacões e dos trovões e re- três horas — e então, eis que
lâmpagos e dos violentos tremo- houve trevas sobre a face da ter-
res de toda a terra. ra.
13 E romperam-se os acami- 20 E aconteceu que houve tre-
nhos, desnivelaram-se as estra- vas espessas sobre toda a face da
das e muitos lugares planos terra, de modo que todos os ha-
tornaram-se acidentados. bitantes que não haviam caı́do
14 E muitas cidades grandes e podiam asentir o bvapor da escu-
importantes foram atragadas e ridão.
muitas se incendiaram e muitas 21 E por causa da escuridão
foram sacudidas até que seus não podia haver luz nem velas
edifı́cios ruı́ram; e seus habitan- nem tochas; nem conseguiram
tes foram mortos e os lugares fi- fazer fogo com sua lenha fina e
caram devastados. extremamente seca, de modo
15 E algumas cidades perma- que luz nenhuma foi possı́vel
neceram; mas sofreram grandes haver.
danos e muitos de seus habitan- 22 E não se via luz alguma nem
tes foram mortos. fogo nem lampejo nem o sol
16 E houve alguns que foram nem a lua nem as estrelas, tal a
levados pelo furacão e, onde fo- densidade dos vapores de es-
ram parar, ninguém sabe; sabe- curidão que estavam sobre a
se apenas que foram levados. face da terra.
17 E assim a face de toda a terra 23 E aconteceu que essas trevas
ficou desfigurada, em virtude duraram pelo espaço de atrês
das tempestades e trovões e re- dias, nos quais não foi vista luz
lâmpagos e tremores de terra. alguma; e houve grandes la-

8 a 4 Né. 1:7–8. 14a 1 Né. 12:4. 20a Êx. 10:21–22.


13a Hel. 14:24; 18a Hel. 14:21–22. b 1 Né. 12:5; 19:11.
3 Né. 6:8. 19a Lc. 23:44. 23a 1 Né. 19:10.
495 3 Néfi 8:24–9:7
mentações e gemidos e pranto da terra, em toda a face desta
entre todo o povo, continua- terra, clamando:
mente; sim, grandes foram os 2 Ai, ai, ai deste povo! aAi dos
gemidos do povo por causa das habitantes de toda a Terra, a
trevas e da grande destruição não ser que se arrependam;
que sobreviera. porque o diabo bri e seus anjos
24 E em um lugar eles foram se regozijam em virtude da
ouvidos lamentando-se e dizen- morte dos belos filhos e filhas
do: Oh! Se nos tivéssemos arre- de meu povo; e caı́ram por
pendido antes deste grande e causa de suas iniqüidades e
terrı́vel dia, nossos irmãos te- abominações!
riam sido poupados e não teri- 3 Eis que eu queimei com fogo
am sido queimados naquela aquela grande cidade de Za-
grande cidade de aZaraenla. raenla e seus habitantes.
25 E em outro lugar eles foram 4 E eis que fiz com que a gran-
ouvidos queixando-se e lamen- de cidade de Morôni afundasse
tando-se, dizendo: Oh! Se nos nas profundezas do mar e seus
tivéssemos arrependido antes habitantes se afogassem.
deste grande e terrı́vel dia e não 5 E eis que cobri de terra a
tivéssemos matado, apedrejado grande cidade de Moronia e
e expulsado os profetas; então seus habitantes, para esconder
nossas mães e nossas belas filhas suas iniqüidades e suas abomi-
e nossos filhos teriam sido pou- nações de minha face, a fim de
pados e não teriam sido enterra- que o sangue dos profetas e dos
dos naquela grande cidade de santos não mais subisse a mim
Moronia. E assim, grandes e contra eles.
terrı́veis foram os gemidos do 6 E eis que fiz com que a cidade
povo. de Gilgal afundasse e seus habi-
tantes fossem sepultados nas
profundezas da terra;
CAPÍTULO 9
7 Sim, e a cidade de Onia e
seus habitantes, a cidade de
Na escuridão, a voz de Cristo pro-
Mocum e seus habitantes e a
clama a destruição de muita gente e
cidade de Jerusalém e seus ha-
de cidades, devido a suas iniqüida-
bitantes; e fiz com que subis-
des—Ele também proclama sua di-
sem as aáguas e ocupassem o
vindade, anuncia que a lei de
seu lugar para esconder suas
Moisés foi cumprida e convida os
iniqüidades e abominações de
homens a virem a ele e serem salvos.
minha face, a fim de que o
Aproximadamente 34 d.C.
sangue dos profetas e dos san-
E aconteceu que se ouviu uma tos não mais subisse a mim con-
a
voz entre todos os habitantes tra eles.

24a Hel. 13:12. 3 Né. 11:10. b Mois. 7:26.


9 1a 1 Né. 19:11; 2 a Mt. 11:20–21. 7 a Eze. 26:19.
3 Néfi 9:8–16 496
8 E eis que fiz com que a cidade 11 E porque expulsaram todos,
de Gadiândi e a cidade de Ga- de modo que não havia um jus-
diomna e a cidade de Jacó e a to entre eles, fiz descer afogo so-
cidade de Gingimno afundas- bre eles e destruı́-os, para que
sem; e fiz com que, em seu lu- suas iniqüidades e abominações
gar, aparecessem acolinas e va- fossem escondidas de minha fa-
les; e enterrei seus habitantes ce, a fim de que o sangue dos
nas profundezas da terra para profetas e dos santos que lhes
esconder de minha face suas ini- enviei, não mais a mim clamasse
b
qüidades e abominações, para da terra contra eles.
que o sangue dos profetas e dos 12 E amuitas grandes destrui-
santos não mais subisse a mim ções fiz com que fossem infligi-
contra eles. das a esta terra e a este povo,
9 E eis que fiz com que a gran- por causa de suas iniqüidades e
de cidade de Jacobugate, que abominações.
era habitada pelo povo do rei Ja- 13 Ó vós todos, que fostes
a
có, fosse incendiada por causa poupados porque éreis mais
de seus pecados e de suas ini- justos do que eles, não volvereis
qüidades, que sobrepujavam to- a mim agora, arrependendo-vos
da a iniqüidade de toda a terra de vossos pecados e converten-
por causa de seus aassassinatos e do-vos, para que eu vos bcure?
combinações secretas; pois fo- 14 Sim, em verdade vos digo
ram eles que destruı́ram a paz que, se avierdes a mim, tereis
b
de meu povo e o governo da vida eterna. Eis que meu cbraço
terra; por essa razão fiz com que de misericórdia está estendido
fossem queimados, para bvarrê- para vós e aquele que vier, eu o
los de minha presença, a fim de receberei; e benditos são os que
que o sangue dos profetas e dos vêm a mim.
santos não mais subisse a mim 15 Eis que sou Jesus Cristo, o
contra eles. Filho de Deus. Eu acriei os céus e
10 E eis que fiz destruir com a Terra e todas as coisas que ne-
fogo a cidade de Lamã e a cida- les há. Eu estava com o Pai des-
de de Jós e a cidade de Gade e a de o princı́pio. bEstou no Pai e o
cidade de Quiscúmen e seus ha- Pai está em mim; e em mim o
bitantes, por causa de sua ini- Pai glorificou seu nome.
qüidade ao expulsar os profetas 16 Vim aos meus e os meus
a
e apedrejar aqueles que enviei não me receberam. E as escritu-
para declarar-lhes suas iniqüi- ras relativas a minha vinda cum-
dades e abominações. priram-se.

8a 1 Né. 19:11. 13a 3 Né. 10:12. 15a Jo. 1:1–3;


9a Hel. 6:17–18, 21. b Jer. 3:22; Col. 1:16;
b Mos. 12:8. 3 Né. 18:32. Hel. 14:12; Ét. 4:7;
11a II Re. 1:9–16; 14a 2 Né. 26:24–28; D&C 14:9.
Hel. 13:13. Al. 5:33–36. b Jo. 17:20–22;
b Gên. 4:10. b Jo. 3:16. 3 Né. 11:27; 19:23, 29.
12a 3 Né. 8:8–10, 14. c Al. 19:36. 16a Jo. 1:11; D&C 6:21.
497 3 Néfi 9:17–10:4
17 E a todos os que me recebe- arrependei-vos e vinde a mim, ó
ram apermiti que se tornassem vós, confins da Terra, e salvai-
os filhos de Deus; e o mesmo fa- vos.
rei a todos os que crerem em
meu nome, pois eis que por mim
CAPÍTULO 10
vem a bredenção e em mim cum-
priu-se a clei de Moisés.
Há silêncio na terra por muitas ho-
18 Eu sou a aluz e a vida do
ras—A voz de Cristo promete reu-
mundo, sou bAlfa e cÔmega, o
nir seu povo como uma galinha
princı́pio e o fim.
ajunta seus pintos—A parte mais
19 E vós anão me oferecereis
justa do povo foi preservada. Apro-
mais derramamento de sangue;
ximadamente 34–35 d.C.
sim, vossos sacrifı́cios e holo-
caustos cessarão, porque não E então eis que aconteceu que
aceitarei qualquer dos vossos sa- todo o povo da terra ouviu estas
crifı́cios e holocaustos. palavras e testemunhou-as. E
20 E oferecer-me-eis como asa- após estas palavras, houve si-
crifı́cio um coração quebrantado lêncio na terra pelo espaço de
e um espı́rito contrito. E todo muitas horas;
aquele que a mim vier com um 2 Pois tão grande foi o espanto
coração quebrantado e um espı́- do povo que todos cessaram de
rito contrito, eu bbatizarei com lamentar-se e gemer pela perda
fogo e com o Espı́rito Santo, co- de seus parentes que haviam
mo os lamanitas que, por causa perecido; portanto houve silên-
de sua fé em mim na época de cio em toda a terra pelo espaço
sua conversão, foram batizados de muitas horas.
com fogo e com o Espı́rito Santo 3 E aconteceu que novamente
e não o souberam. o povo ouviu uma voz; e todo o
21 Eis que vim ao mundo para povo ouviu-a e deu testemunho
trazer redenção ao mundo e sal- dela, que dizia:
var o mundo do pecado. 4 Ó povo destas agrandes cida-
22 Portanto, todos aqueles que des que caı́ram, que sois descen-
se a arrependerem e vierem a dentes de Jacó, sim, que sois da
mim como bcriancinhas, eu os casa de Israel, quantas vezes vos
receberei, pois deles é o reino de ajuntei como a galinha ajunta
Deus. Eis que por eles cdei a vi- seus pintos sob as asas e bali-
da e tornei a tomá-la; portanto, mentei-vos!

17a Jo. 1:12. c 3 Né. 12:19, 46–47; b 2 Né. 31:13–14.


gee Homem, 15:2–9. 22a gee Arrepender-se,
Homens—Seu 18a gee Luz, Luz de Arrependimento.
potencial de tornar-se Cristo. b Mc. 10:15;
como o Pai Celestial; b Apoc. 1:8. gee Alfa. Mos. 3:19;
Filhos e Filhas de c gee Ômega. 3 Né. 11:37–38.
Deus. 19a Al. 34:13. c Jo. 10:15–18.
b gee Redenção, 20a 3 Né. 12:19; 10 4a 3 Né. 8:14.
Redimido, Redimir. D&C 20:37. b 1 Né. 17:3.
3 Néfi 10:5–15 498
5 E novamente, aquantas vezes os lamentos e o pranto e os ge-
vos quis ajuntar como a galinha midos daqueles que estavam vi-
ajunta seus pintos sob as asas, vos; e seu pranto transformou-
sim, ó povo da casa de Israel que se em alegria e suas lamentações
haveis caı́do; sim, ó povo da ca- em louvores e graças ao Senhor
sa de Israel, vós que habitais em Jesus Cristo, seu Redentor.
Jerusalém, assim como vós que 11 E até aqui se acumpriram as
haveis caı́do; sim, quantas vezes escrituras proferidas pelos pro-
quis ajuntar-vos como a galinha fetas.
ajunta os seus pintos e não qui- 12 E foi a parte amais justa do
sestes. povo que se salvou; e foram
6 Ó vós, casa de Israel a quem aqueles que receberam os profe-
a
poupei, quantas vezes vos ajun- tas e não os apedrejaram; e fo-
tarei como a galinha ajunta seus ram aqueles que não haviam
pintos sob as asas, se vos arre- derramado o sangue dos santos,
penderdes e bvoltardes a mim que foram poupados.
com firme propósito de ccora- 13 E foram poupados e não fo-
ção! ram tragados nem sepultados
7 Mas se não o fizerdes, ó casa pela terra; e não se afogaram
de Israel, os lugares de vossas nas profundezas do mar; e não
moradas ficarão desolados até a foram queimados pelo fogo nem
época em que se cumpra o acon- esmagados até morrer; e não fo-
vênio que fiz com vossos pais. ram arrebatados pelo furacão
8 E então aconteceu que de- nem foram sufocados pelo va-
pois de ter ouvido essas pala- por da fumaça e da escuridão.
vras, eis que o povo começou a 14 E agora, quem ler que en-
chorar e a gemer novamente tenda; e quem tiver as escritu-
por causa da perda de seus pa- ras, que as aexamine e veja e
rentes e amigos. considere se todas essas mortes
9 E aconteceu que assim se pas- e destruições por fogo e por fu-
saram os três dias. E era de ma- maça e por tempestades e por
nhã e dissipou-se a aescuridão furacões e por baberturas na ter-
da face da terra e a terra cessou ra para tragá-los, e todas essas
de tremer e as rochas cessaram coisas não são para cumprir as
de fender-se; e cessaram os es- profecias de muitos dos santos
pantosos gemidos e todos os ba- profetas.
rulhos tumultuosos termina- 15 Eis que vos digo: Sim, mui-
ram. tos testificaram essas coisas na
10 E a terra ajuntou-se nova- vinda de Cristo e foram amortos
mente e firmou-se; e cessaram porque testificaram essas coisas.

5 a Mt. 23:37; c Eze. 36:26. 14 a gee Escrituras—Valor


D&C 43:24–25. 7a gee Convênio. das escrituras.
6 a 3 Né. 9:13. 9a 3 Né. 8:19. b 1 Né. 19:11;
b I Sam. 7:3; Hel. 13:11; 11a At. 3:18–20. 2 Né. 26:5.
3 Né. 24:7. 12a 2 Né. 26:8; 3 Né. 9:13. 15a gee Mártir, Martı́rio.
499 3 Néfi 10:16–11:3
16 Sim, o profeta aZenos testifi- eles; e desta forma mostrou-se
cou essas coisas e também Zeno- a eles.
que falou a respeito dessas coi- Abrangendo os capı́tulos 11 a 26.
sas, porque testificaram particu-
larmente sobre nós, que somos
os remanescentes de sua poste- CAPÍTULO 11
ridade.
17 Eis que nosso pai Jacó tam- O Pai dá testemunho de seu Filho
bém testificou a respeito de um Amado—Cristo aparece e proclama
a
remanescente da posteridade a sua expiação—O povo apalpa-lhe
de José. E eis que não somos nós as marcas das mãos, dos pés e do
um remanescente da posterida- lado—Eles clamam Hosana—Ele
de de José? E estas coisas que determina o modo e método de ba-
testificam sobre nós não estão tismo—O Espı́rito de contenda é do
escritas nas placas de latão que diabo—A doutrina de Cristo é que
nosso pai Leı́ trouxe de Jerusa- os homens devem arrepender-se, ser
lém? batizados e receber o Espı́rito Santo.
18 E aconteceu que no fim do Aproximadamente 34 d.C.
trigésimo quarto ano, eis que
vos mostrarei que os do povo de E então aconteceu que se havia
Néfi que foram poupados, bem reunido uma grande multidão
como aqueles que haviam sido de nefitas nos arredores do tem-
chamados lamanitas, que ha- plo que ficava na terra de Abun-
viam sido poupados, receberam dância; e estavam maravilhados
muitos favores e muitas bênçãos e surpresos e mostravam uns aos
foram derramadas sobre sua ca- outros as agrandes e maravilho-
beça, de tal forma que, pouco sas transformações que haviam
depois de sua aascensão ao céu, ocorrido.
Cristo verdadeiramente se ma- 2 E também conversavam so-
nifestou a eles— bre esse Jesus Cristo, de cuja
19 aMostrando-lhes seu corpo e morte haviam recebido o asinal.
ministrando entre eles; e um re- 3 E aconteceu que enquanto
lato de seu ministério será feito estavam assim conversando uns
mais adiante. Portanto concluo com os outros, ouviram uma
a
minhas palavras por agora. voz que parecia vir do céu; e
olharam em todas as direções,
porque não entendiam a voz
Jesus Cristo mostrou-se ao povo que ouviam; e não era uma voz
de Néfi enquanto a multidão áspera nem forte; entretanto,
se achava reunida na terra de apesar de ser uma bvoz mansa,
Abundância e ministrou entre penetrava-lhes até o âmago, de

16a Hel. 8:19–20. 18a At. 1:9–11. 3 a Deut. 4:33–36;


17a 2 Né. 3:4–5; 19a 3 Né. 11:12–15. Hel. 5:29–33.
Al. 46:24; 11 1a 3 Né. 8:11–14. b I Re. 19:11–13;
3 Né. 5:23–24. 2 a Hel. 14:20–27. D&C 85:6.
3 Néfi 11:4–15 500
modo que não havia parte de cuja vinda ao mundo foi testifi-
seu corpo que não tremesse; sim, cada pelos profetas.
penetrou-lhes na própria alma e 11 E eis que eu sou a aluz e a
fez-lhes arder o coração. vida do mundo; e bebi da btaça
4 E aconteceu que tornaram a amarga que o Pai me deu e glo-
ouvir a voz e não a compreen- rifiquei o Pai, ctomando sobre
deram. mim os pecados do mundo, no
5 E novamente, pela terceira que me submeti à dvontade do
vez, ouviram a voz e aguçaram Pai em todas as coisas desde o
os ouvidos para escutá-la; e seus princı́pio.
olhos estavam voltados para o 12 E aconteceu que quando
lugar de onde vinha o som; e Jesus pronunciou estas pala-
olhavam fixamente para o céu, vras, toda a multidão caiu por
de onde vinha o som. terra; porque se lembraram de
6 E eis que na terceira vez com- que havia sido aprofetizado en-
preenderam a voz que ouviram; tre eles que Cristo lhes aparece-
e ela lhes dizia: ria depois de sua ascensão ao
7 Eis aqui meu aFilho Amado, céu.
b
em quem me comprazo e em 13 E aconteceu que o Senhor
quem glorifiquei meu nome— lhes falou, dizendo:
ouvi-o. 14 Levantai-vos e aproximai-
8 E aconteceu que, ao entende- vos de mim, para que possais
a
rem, voltaram outra vez os olhos meter as mãos no meu lado e
para o céu; e eis que aviram um também bapalpar as marcas dos
Homem descendo do céu; e ele cravos em minhas mãos e em
estava vestido com uma túnica meus pés, a fim de que saibais
branca; e ele desceu e colocou- que eu sou o cDeus de Israel e o
se no meio deles; e os olhos de Deus de toda a dTerra e fui mor-
toda a multidão estavam volta- to pelos pecados do mundo.
dos para ele e não se atreviam a 15 E aconteceu que a multidão
abrir a boca, nem sequer uns pa- se adiantou e meteu as mãos no
ra os outros; e não sabiam o que seu lado e apalpou as marcas
aquilo significava, porque supu- dos cravos em suas mãos e seus
nham que era um anjo que lhes pés; e isto fizeram, adiantando-
aparecera. se um por um, até que todos vi-
9 E aconteceu que ele estendeu ram com os próprios olhos,
a mão e falou ao povo, dizendo: apalparam com as mãos e sou-
10 Eis que eu sou Jesus Cristo, beram com toda a certeza, teste-

7 a Mt. 3:17; 17:5; b Mt. 26:39, 42. 14a Jo. 20:27.


JS—H 1:17. c Jo. 1:29; b Lc. 24:36–39;
b 3 Né. 9:15. D&C 19:18–19. D&C 129:2.
8 a 1 Né. 12:6; d Mc. 14:36; c Isa. 45:3;
2 Né. 26:1. Jo. 6:38; 3 Né. 15:5.
11a gee Luz, Luz de D&C 19:2. d 1 Né. 11:6.
Cristo. 12a Al. 16:20.
501 3 Néfi 11:16–29
munhando que ele aera aquele pecados pelas vossas apalavras e
b
sobre quem os profetas escreve- desejarem ser batizados em meu
ram que haveria de vir. nome—Eis que cdescereis à água
16 E depois de se terem todos e em meu nome os batizareis.
aproximado e verificado por si 24 E eis que estas são as pala-
mesmos, clamaram a uma só vras que devereis dizer, cha-
voz, dizendo: mando-os pelo nome:
17 Hosana! Bendito seja o 25 Tendo aautoridade que me
nome do Deus Altı́ssimo! E lan- foi concedida por Jesus Cristo,
çaram-se aos pés de Jesus e eu te batizo em nome do bPai e
a
adoraram-no. do Filho e do Espı́rito Santo.
18 E aconteceu que ele falou a Amém.
a
Néfi (pois Néfi achava-se no 26 E então os aimergireis na
meio da multidão) e ordenou- água e depois saireis novamente
lhe que se aproximasse. da água.
19 E Néfi levantou-se e, adian- 27 E desta maneira batizareis
tando-se, inclinou-se perante o em meu nome, pois eis que em
Senhor e beijou-lhe os pés. verdade vos digo que o Pai e
20 E o Senhor ordenou-lhe que o Filho e o Espı́rito Santo são
a
se levantasse. E ele levantou-se um; e eu estou no Pai e o Pai
e pôs-se diante dele. em mim; e o Pai e eu somos um.
21 E disse-lhe o Senhor: Dou-te 28 E segundo o que vos or-
a
poder para bbatizar este povo, denei, assim batizareis; e não
quando eu tiver novamente haverá adisputas entre vós, co-
subido ao céu. mo até agora tem havido; nem
22 E novamente o Senhor haverá disputas entre vós sobre
chamou aoutros e disse-lhes a os pontos de minha doutrina,
mesma coisa; e deu-lhes poder como até agora tem havido.
para batizar. E disse-lhes: Desta 29 Pois em verdade, em verda-
maneira batizareis; e bnão have- de vos digo que aquele que
rá disputas entre vós. tem o espı́rito de adiscórdia não
23 Em verdade vos digo que é meu, mas é do bdiabo, que é
desta forma batizareis todos os o pai da discórdia e leva a cóle-
que se arrependerem de seus r a a o c o r a ç ã o d o s h o m e n s ,

15a gee Jesus Cristo— do batismo. 3 Né. 28:10;


Aparições de Cristo c 3 Né. 19:10–13. Mórm. 7:7;
após sua morte. 25a Mos. 18:13; D&C 20:28.
17a gee Adorar. D&C 20:73. 28a I Cor. 1:10;
18a 3 Né. 1:2, 10. gee Batismo, Ef. 4:11–14;
21a gee Poder. Batizar—Com a D&C 38:27.
b gee Batismo, Batizar. devida autoridade. 29a II Tim. 2:23–24;
22a 1 Né. 12:7; 3 Né. 12:1. b gee Trindade. Mos. 23:15.
b 3 Né. 18:34. 26a gee Batismo, gee Contenção,
23a 3 Né. 12:2. Batizar—Batismo por Contenda.
b gee Batismo, imersão. b tjs, Ef. 4:26;
Batizar—Requisitos 27a Jo. 17:20–22; Mos. 2:32–33.
3 Néfi 11:30–41 502
para contenderem uns com os 36 E assim o Pai dará testemu-
outros. nho de mim e o Espı́rito Santo
30 Eis que esta não é minha dará testemunho do Pai e de
doutrina, levar a cólera ao cora- mim; pois o Pai e eu e o Espı́rito
ção dos homens, uns contra os Santo somos um.
outros; esta, porém, é minha 37 E novamente vos digo que
doutrina: que estas coisas de- vos deveis arrepender e atornar-
vem cessar. vos como uma criancinha e ser-
31 Eis que em verdade, em ver- des batizados em meu nome, ou
dade vos digo que eu vos decla- não podereis, de modo algum,
rarei minha adoutrina. receber estas coisas.
32 E esta é minha doutrina e 38 E novamente vos digo que
é a adoutrina que o Pai me deu; vos deveis arrepender e ser bati-
e dou btestemunho do Pai e o zados em meu nome e tornar-
Pai dá testemunho de mim e o vos como uma criancinha, ou
c
Espı́rito Santo dá testemunho não podereis, de modo algum,
do Pai e de mim; e eu dou teste- herdar o reino de Deus.
munho de que o Pai ordena a 39 Em verdade, em verdade
todos os homens, em todos os vos digo que esta é minha dou-
lugares, que se arrependam e trina e os que aedificam sobre
creiam em mim. isto edificam sobre minha rocha;
33 E os que crerem em mim e e as bportas do inferno não pre-
forem abatizados, esses serão valecerão contra eles.
b
salvos; e eles são os que cher- 40 E aqueles que declararem
darão o reino de Deus. mais ou menos do que isto e
34 E os que não crerem em estabelecerem-no como minha
mim e não forem batizados, doutrina, esses vêm do mal e
serão condenados. não edificam sobre a minha
35 Em verdade, em verdade rocha, mas edificam sobre um
a
vos digo que esta é minha dou- alicerce de areia; e as portas do
trina e dela vos dou testemu- inferno estarão abertas para
nho, vindo do Pai; e todo aquele recebê-los quando vierem as
que acrê em mim, crê também inundações e os ventos açoita-
no Pai; e a ele o Pai dará teste- rem-nos.
munho de mim, pois visitá-lo- 41 Portanto, dirigi-vos a este
á bcom fogo e com o cEspı́rito povo e declarai as palavras que
Santo. eu disse, até os confins da Terra.

31a 2 Né. 31:2–21. Batizar—Essencial. Mos. 3:19;


32a gee Doutrina de b gee Salvação. 3 Né. 9:22.
Cristo. c gee Glória Celeste. 39a Mt. 7:24–29;
b I Jo. 5:7. 35a Ét. 4:12. Hel. 5:12.
c 3 Né. 28:11; b 3 Né. 9:20; 12:2. gee Rocha.
Ét. 5:4. c gee Espı́rito Santo. b 3 Né. 18:12–13.
33a Mc. 16:16. 37a Marcos 10:15; 40a 3 Né. 14:24–27.
gee Batismo, Lc. 18:17;
503 3 Néfi 12:1–10
CAPÍTULO 12 turados são os que aacreditarem
em vossas palavras, porque tes-
Jesus chama e comissiona os Do- tificareis que me vistes e sabeis
ze—Faz aos nefitas um discurso se- que eu sou. Sim, bem-aventura-
melhante ao Sermão da Monta- dos são os que crerem em vossas
nha—Profere as Beatitudes—Seus palavras e bhumilharem-se pro-
ensinamentos transcendem a lei de fundamente e forem batizados,
Moisés e têm precedência sobre porque serão visitados c com
ela—Ordena aos homens que sejam fogo e com o Espı́rito Santo e
perfeitos como ele e seu Pai são per- irão receber a remissão de seus
feitos—Comparar com Mateus 5. pecados.
Aproximadamente 34 d.C. 3 Sim, bem-aventurados são os
a
pobres em espı́rito que bvêm a
E aconteceu que após ter dito mim, porque deles é o reino dos
essas palavras a Néfi e àqueles céus.
que tinham sido chamados (ora, 4 E, outrossim, bem-aventura-
eram adoze os que haviam sido dos são todos os que choram,
chamados e haviam recebido porque eles serão consolados.
poder e autoridade para bati- 5 E bem-aventurados são os
a
zar), eis que Jesus estendeu a mansos, porque eles herdarão a
b
mão à multidão e clamou, di- Terra.
zendo-lhes: bBem-aventurados 6 E bem-aventurados são todos
sois vós, se derdes ouvidos às os que têm afome e bsede de cre-
palavras destes doze que cesco- tidão, porque eles serão cheios
lhi dentre vós para exercer o mi- do Espı́rito Santo.
nistério junto a vós e ser vossos 7 E bem-aventurados são os
a
servos; e a eles dei poder para misericordiosos, porque eles al-
batizar-vos com água; e após cançarão misericórdia.
haverdes sido batizados com 8 E bem-aventurados são todos
água, eis que eu vos batizarei os apuros de coração, porque
com fogo e com o Espı́rito Santo; eles bverão a Deus.
portanto, bem-aventurados sois 9 E bem-aventurados são todos
se crerdes em mim e fordes ba- os apacificadores, porque eles
tizados depois de me haverdes serão chamados bfilhos de Deus.
visto e de saberdes que eu sou. 10 E bem-aventurados são to-
2 E, outrossim, mais bem-aven- dos os que sofrem aperseguição

12 1a 3 Né. 13:25. gee Humildade, c Prov. 21:21.


b gee Abençoado, Humilde, Humilhar. 7 a gee Misericórdia,
Abençoar, Bênção. b Mt. 11:28–30. Misericordioso.
c gee Chamado, 5a Rom. 12:16; 8 a gee Pureza, Puro.
Chamado por Deus, Mos. 3:19. b D&C 93:1.
Chamar. gee Mansidão, 9 a gee Pacificador.
2 a D&C 46:13–14. Manso, Mansuetude. b gee Filhos e Filhas
gee Crença, Crer. b gee Terra. de Deus.
b Ét. 4:13–15. 6a 2 Né. 9:51; 10a D&C 122:5–9.
c 3 Né. 11:35; 19:13. En. 1:4. gee Perseguição,
3 a D&C 56:17–18. b Jer. 29:13. Perseguir.
3 Néfi 12:11–24 504
por amor ao meu nome, porque 18 Pois em verdade vos digo
deles é o reino dos céus. que nenhum jota ou til foi omi-
11 E bem-aventurados sois vós, tido da alei, mas em mim toda
quando os homens vos injuria- ela foi cumprida.
rem e perseguirem e, mentindo, 19 E eis que vos dei a lei e
disserem todo o mal contra vós os mandamentos de meu Pai, a
por minha causa. fim de que acrediteis em mim
12 Porque muito vos regozijareis e de que vos arrependais dos
e muito vos alegrareis, porque vossos pecados e de que ve-
grande será a vossa arecompensa nhais a mim com um acoração
no céu; pois assim perseguiram quebrantado e um espı́rito con-
os profetas que foram antes de trito. Eis que tendes os manda-
vós. mentos diante de vós e a blei
13 Em verdade, em verdade vos está cumprida.
digo que eu vos concedo serdes o 20 Portanto vinde a mim e sede
a
sal da terra; mas se o sal perder o salvos; pois em verdade vos di-
sabor, com que será a terra salga- go que, a não ser que guardeis
da? O sal então para nada mais os meus mandamentos que ago-
prestará, senão para ser lançado ra vos dei, de modo algum en-
fora e pisado pelos homens. trareis no reino dos céus.
14 Em verdade, em verdade 21 Ouvistes o que foi dito pelos
vos digo que eu vos concedo antigos e está também escrito
serdes a luz deste povo. Não se diante de vós: Não amatarás; e
pode esconder uma cidade edi- todo aquele que matar ficará
ficada sobre um monte. sujeito ao julgamento de Deus.
15 Eis que acendem os homens 22 Digo-vos, porém, que todo
uma acandeia e colocam-na de- aquele que se encolerizar contra
baixo de um alqueire? Não, co- seu irmão ficará sujeito ao seu
locam-na em um velador e ela julgamento. E todo aquele que
dá luz a todos os que estão na disser a seu irmão: Raca, ficará
casa. sujeito ao conselho; e todo
16 Portanto fazei brilhar vossa aquele que lhe disser: Louco, fi-
a
luz diante deste povo de tal for- cará sujeito ao fogo do inferno.
ma que vejam as vossas boas 23 Portanto, se vieres a mim ou
obras e glorifiquem a vosso Pai, desejares vir a mim e te lembra-
que está no céu. res de que teu irmão tem algu-
17 Não penseis que vim des- ma coisa contra ti—
truir a lei ou os profetas. Não 24 Vai a teu irmão e primeiro
a
vim para destruir, mas para reconcilia-te com teu irmão; e
cumprir. depois vem a mim com firme

12a Ét. 12:4. 18a gee Lei de Moisés. 21a Êx. 20:13;
13a D&C 101:39–40. 19a 3 Né. 9:20. Mos. 13:21;
gee Sal. gee Coração D&C 42:18.
15a Lc. 8:16. Quebrantado. 24a gee Perdoar.
16a 3 Né. 18:24. b 3 Né. 9:17.
505 3 Néfi 12:25–44
propósito de coração e eu te re- o que se casar com a divorciada
ceberei. cometerá adultério.
25 Concilia-te depressa com o 33 E também foi escrito: Não
teu adversário, enquanto estás perjurarás, mas cumprirás teus
a
no caminho com ele, para que juramentos ao Senhor.
ele não te prenda a qualquer 34 Mas em verdade, em verda-
momento e tu sejas lançado na de vos digo que de maneira ne-
prisão. nhuma ajureis; nem pelo céu,
26 Em verdade, em verdade te porque é o trono de Deus;
digo que de nenhum modo sai- 35 Nem pela Terra, porque é o
rás de lá até que tenhas pago o escabelo de seus pés;
último asenine. E enquanto esti- 36 Nem tampouco pela vossa
veres na prisão, poderás pagar cabeça jurareis, pois não podeis
um senine sequer? Em verdade, tornar um cabelo branco ou pre-
em verdade te digo que não. to;
27 Eis que foi escrito pelos anti- 37 Seja, porém, o vosso falar:
gos que não cometerás aadulté- Sim, sim; não, não; pois o que
rio; passa disso é maligno.
28 Digo-vos, porém, que todo 38 E eis que está escrito: aOlho
aquele que atentar numa mu- por olho e dente por dente.
lher para a acobiçar, já em seu 39 Digo-vos, porém, que não
a
coração cometeu adultério. resistais ao mal; mas se qual-
29 Eis que vos dou mandamen- quer te bater na face direita,
b
to de que não deixeis que qual- oferece-lhe também a outra;
quer dessas coisas entre em 40 E se alguém quiser pleitear
vosso acoração. contigo e tomar-te a túnica, lar-
30 Porque é melhor que repu- ga-lhe também a capa;
dieis essas coisas, carregando as- 41 E se alguém te obrigar a ca-
sim vossa acruz, do que serdes minhar uma milha, vai com ele
atirados no inferno. duas.
31 Foi escrito que todo aquele 42 aDá a quem te pedir e não te
que repudiar sua mulher deve desvies daquele que quiser que
dar-lhe uma carta de adivórcio. lhe emprestes.
32 Em verdade, em verdade 43 E eis que também foi escrito
vos digo que todo aquele que que amarás o teu próximo e o-
a
repudiar sua mulher, a não ser diarás o teu inimigo;
por causa de bfornicação, faz 44 Mas eis que eu vos digo:
com que ela cometa cadultério; e Amai a vossos ainimigos, bendi-

26a Al. 11:3. Lc. 9:23. 38a Lev. 24:20.


27a 2 Né. 9:36; 31a gee Divórcio. 39a 3 Né. 6:13; 4 Né. 1:34;
D&C 59:6. 32a Mc. 10:11–12. D&C 98:23–32.
28a D&C 42:23. b gee Fornicação. b gee Paciência.
gee Concupiscência. c gee Adultério. 42a Jacó 2:17–19;
29a At. 8:22. 33a gee Juramento. Mos. 4:22–26.
30a Mt. 10:38; 16:24; 34a gee Profanidade. 44 a Prov. 24:17; Al. 48:23.
3 Néfi 12:45–13:10 506
zei os que vos maldizem, fazei de vós, como fazem os hipócri-
bem aos que vos odeiam e borai tas nas sinagogas e nas ruas,
pelos que vos maltratam e para serem aglorificados pelos
perseguem; homens. Em verdade vos digo
45 Para que sejais filhos de vos- que já receberam o seu galar-
so Pai que está nos céus; porque dão.
ele faz com que o seu sol se le- 3 Mas quando tu deres esmola,
vante sobre maus e bons. não saiba a tua mão esquerda o
46 Portanto essas coisas da an- que faz a direita;
tigüidade, que se achavam sob a 4 Para que tuas esmolas sejam
lei, em mim foram todas cum- dadas em segredo; e teu Pai,
pridas. que vê em segredo, recompen-
47 As coisas aantigas são passa- sar-te-á abertamente.
das e todas as coisas foram reno- 5 E quando aorares, não faças
vadas. como os hipócritas, que se com-
48 Portanto quisera que fôsseis prazem em orar em pé nas sina-
a
perfeitos, assim como eu ou co- gogas e nas esquinas das ruas
mo o vosso Pai que está nos céus para serem vistos pelos homens.
é perfeito. Em verdade vos digo que eles já
receberam o seu galardão.
6 Mas tu, quando orares, entra
CAPÍTULO 13
no teu aposento e, quando tive-
res fechado a tua porta, ora a
Jesus ensina aos nefitas a maneira
teu Pai que está em oculto; e teu
de orar—Eles devem ajuntar tesou-
Pai, que vê em oculto, recom-
ros nos céus—Os Doze, em seu mi-
pensar-te-á abertamente.
nistério, recebem ordem de não se
7 Vós, porém, quando orardes,
preocuparem com coisas mate-
não useis de vãs repetições co-
riais—Comparar com Mateus 6.
mo os gentios, que pensam que
Aproximadamente 34 d.C.
por muito falarem serão ouvi-
Em verdade, em verdade vos dos.
digo que gostaria que désseis 8 Não sejais, pois, semelhantes
a
esmolas aos pobres; mas guar- a eles, porque vosso Pai asabe o
dai-vos de fazer a vossa esmola que vos é necessário antes que
diante dos homens, para serdes vós lho peçais.
vistos por eles; de outra forma, 9 Portanto aassim borareis: cPai
não recebereis galardão algum nosso que estás nos céus, santifi-
de vosso Pai que está no céu. cado seja o teu nome.
2 Quando, pois, derdes esmo- 10 Seja feita a tua vontade as-
las, não toqueis trombeta diante sim na Terra como no céu.

44b At. 7:59–60. gee Perfeito. 9 a Mt. 6:9–13.


47a 3 Né. 15:2, 7; 13 1a gee Esmolas. b gee Oração.
D&C 22:1. 2 a D&C 121:34–35. c gee Trindade—Deus,
48a Mt. 5:48; 5 a gee Oração. o Pai.
3 Né. 27:27. 8 a D&C 84:83.
507 3 Néfi 13:11–27
11 E perdoa-nos as nossas dı́vi- 22 A aluz do corpo são os olhos;
das, assim como nós perdoamos se, pois, teus olhos forem bons,
aos nossos devedores. todo o teu corpo será cheio de
12 E anão nos induzas à tenta- luz;
ção, mas livra-nos do mal. 23 Se, porém, teus olhos forem
13 Pois teu é o reino e o poder maus, todo o teu corpo será
e a glória, para sempre. Amém. cheio de trevas. Se, pois, a luz
14 Pois se aos homens aperdoar- que em ti há são trevas, quão
des as suas ofensas, vosso Pai grandes são essas trevas!
Celestial também vos perdoará. 24 Ninguém pode aservir a dois
15 Mas se aos homens não per- senhores; porque ou há de odiar
doardes as suas ofensas, tam- um e amar o outro ou há de ape-
pouco vosso Pai vos perdoará as gar-se a um e desprezar o outro.
vossas ofensas. Não podeis servir a Deus e a
16 Ademais, quando ajejuar- Mamom.
des, não sejais como os hipócri- 25 E então aconteceu que após
tas, porque eles desfiguram o ter dito estas palavras, Jesus
rosto para que aos homens pa- olhou para os doze que havia
reça que jejuam. Em verdade escolhido e disse-lhes: Lembrai-
vos digo que já receberam o seu vos das palavras que eu disse.
galardão. Porque eis que sois vós os que
17 Tu, porém, quando jejuares, eu escolhi para aministrar entre
unge a cabeça e lava o rosto. este povo. Portanto eu vos digo:
b
18 A fim de que não pareça aos Não vos preocupeis quanto a
homens que jejuas, mas a teu vossa vida, pelo que havereis de
Pai, que está em aoculto; e teu comer ou pelo que havereis de
Pai, que vê em oculto, recom- beber; nem quanto ao vosso cor-
pensar-te-á abertamente. po, pelo que havereis de vestir.
19 Não entesoureis para vós te- Não é a vida mais do que ali-
souros na Terra, onde a traça e a mento e o corpo mais do que
ferrugem consomem e onde os vestido?
ladrões minam e roubam. 26 Olhai as aves do céu, pois
20 Mas ajuntai atesouros nos não semeiam nem segam nem
céus, onde nem a traça nem a ajuntam em celeiros; contudo,
ferrugem consomem e onde os vosso Pai Celestial as alimenta.
ladrões não minam nem rou- Não sois vós muito melhores do
bam. que elas?
21 Pois onde estiver o vosso te- 27 Qual de vós, por preocupar-
souro, aı́ estará também o vosso se, pode acrescentar um côvado
coração. a sua estatura?

12a tjs, Mt. 6:14. gee Jejuar, Jejum. 25a gee Ministério,
14a Mos. 26:30–31; 18a D&C 38:7. Ministro.
D&C 64:9. 20a Hel. 5:8; 8:25. b Al. 31:37–38;
gee Perdoar. 22a D&C 88:67. D&C 84:79–85.
16a Isa. 58:5–7. 24a I Sam. 7:3.
3 Néfi 13:28–14:11 508
28 E por que vos preocupais dito estas palavras, Jesus de no-
com os vestidos? Atentai para os vo se voltou para a multidão e,
lı́rios do campo, como eles cres- tornando a abrir a boca, disse-
cem; eles não trabalham nem lhes: Em verdade, em verdade
fiam; vos digo: aNão julgueis, para
29 E digo-vos, contudo, que que não sejais julgados.
nem mesmo Salomão, em toda a 2 aPorque com o juı́zo com que
sua glória, vestiu-se como um julgardes sereis julgados e com
deles. a medida com que medirdes vos
30 Portanto, se Deus assim ves- hão de medir a vós.
te a erva do campo que hoje 3 E por que reparas no arguei-
existe e amanhã é lançada ao ro que está no olho de teu ir-
forno, também vestirá a vós, se mão, mas não atentas para a tra-
vossa fé não for pequena. ve que está no teu olho?
31 Portanto não vos preocu- 4 Ou, como dirás a teu irmão:
peis, dizendo: Que comeremos Deixa-me tirar o argueiro de teu
ou que beberemos ou com que olho—e eis que tens uma trave
nos vestiremos? em teu próprio olho?
32 Porque vosso Pai Celestial 5 Hipócrita, tira primeiro a
a
sabe que necessitais de todas es- trave de teu olho; e então en-
tas coisas. xergarás claramente para tirar o
33 Mas buscai primeiro o areino argueiro do olho de teu irmão.
de Deus e a sua justiça; e todas 6 Não deis o que é asanto aos
estas coisas vos serão acrescen- cães nem lanceis aos porcos as
tadas. vossas pérolas, para que não as
34 Portanto não vos preocu- pisem com os pés e, voltando-
peis com o dia de amanhã, por- se, vos despedacem.
que o dia de amanhã se preocu- 7 aPedi e dar-se-vos-á; buscai e
pará com suas próprias coisas. encontrareis; batei e ser-vos-á
Basta a cada dia o seu mal. aberto.
8 P o rq u e t o d o aq u e l e q u e
pede, recebe; e o que busca, en-
CAPÍTULO 14
contra; e ao que bate, será aberto.
9 E qual dentre vós é o homem
Jesus ordena: Não julgueis; pedi a
que, pedindo-lhe pão seu filho,
Deus; acautelai-vos dos falsos pro-
dar-lhe-á uma pedra?
fetas—Ele promete salvação àque-
10 Ou se lhe pedir um peixe,
les que fazem a vontade do Pai—
dar-lhe-á uma serpente?
Comparar com Mateus 7. Aproxi-
11 Se vós, pois, sendo maus, sa-
madamente 34 d.C.
beis dar boas dádivas a vossos
E então aconteceu que após ter filhos, quanto mais vosso Pai

33a Lc. 12:31. 2 a Mórm. 8:19. 7 a 3 Né. 27:29.


14 1a tjs, Mt. 7:1–2; 5 a Jo. 8:3–11. gee Oração.
Jo. 7:24. 6 a gee Santo.
509 3 Néfi 14:12–27
que está no céu não dará boas 22 Muitos me adirão naquele
coisas aos que lhe pedirem? dia: Senhor, Senhor, não profe-
12 Portanto tudo o que vós tizamos nós em teu nome e em
quereis que os homens vos fa- teu nome não expulsamos de-
çam, a fazei-o também a eles, mônios e em teu nome não fize-
porque esta é a lei e os profetas. mos muitas maravilhas?
13 Entrai pela aporta estreita; 23 E então lhes direi: Nunca
porque larga é a porta e bespaço- vos a conheci; b apartai-vos de
so o caminho que conduz à des- mim, vós que praticais a iniqüi-
truição e muitos são os que dade.
entram por ela; 24 Todo aquele, pois, que ouve
14 Porque estreita é a aporta e estas minhas palavras e as prati-
b
apertado é o caminho que con- ca, eu o compararei a um ho-
duz à vida; e cpoucos são os que mem prudente que edificou sua
a encontram. casa sobre uma arocha.
15 Acautelai-vos dos afalsos 25 E desceu a achuva e chega-
profetas que vêm até vós vesti- ram as enchentes e sopraram os
dos como ovelhas, mas interior- ventos e combateram aquela ca-
mente são lobos vorazes. sa; e ela bnão caiu, porque esta-
16 Por seus frutos os conhece- va edificada sobre uma rocha.
reis. Colhem os homens uvas 26 E todo aquele que ouve es-
dos espinheiros ou figos dos tas minhas palavras e não as
abrolhos? cumpre será comparado a um
17 Assim, toda boa árvore pro- homem imprudente que edifi-
duz bons frutos; mas uma árvo- cou a sua casa sobre a aareia—
re má produz frutos maus. 27 E desceu a chuva e chega-
18 Uma boa árvore não pode ram as enchentes e sopraram os
dar maus frutos nem uma árvo- ventos e combateram aquela ca-
re má dar frutos bons. sa; e ela caiu e foi grande a sua
19 Toda árvore que anão dá queda.
bom fruto é cortada e lançada
ao fogo.
20 Assim, pelos seus afrutos os CAPÍTULO 15
conhecereis.
21 Nem todo o que me diz: Jesus anuncia que a lei de Moisés se
Senhor, Senhor, entrará no rei- cumpriu nele—Os nefitas são as
no do céu, mas aquele que faz a outras ovelhas de quem ele falou em
vontade de meu Pai que está no Jerusalém—Por causa da iniqüida-
céu. de, o povo do Senhor, em Jerusalém,

12a gee Compaixão. c 1 Né. 14:12. 22a Al. 5:17.


13a Lc. 13:24; 3 Né. 27:33. 15a Jer. 23:21–32; 23a Mos. 5:13; 26:24–27.
b D&C 132:25. 2 Né. 28:9, 12, 15. b Lc. 13:27.
14a 2 Né. 9:41; 31:9, 19a Mt. 3:10; Al. 5:36–41; 24a gee Rocha.
17–18; D&C 97:7. 25a Al. 26:6; Hel. 5:12.
D&C 22:1–4. 20a Lc. 6:43–45; b Prov. 12:7.
b 1 Né. 8:20. Morô. 7:5. 26a 3 Né. 11:40.
3 Néfi 15:1–15 510
não sabe das ovelhas dispersas de tas, porque todos os que não se
Israel. Aproximadamente 34 d.C. cumpriram em mim, em verdade
vos digo, serão todos cumpridos.
E então aconteceu que após ter 7 E porque vos disse que as coi-
dito essas palavras, Jesus olhou sas antigas passaram, não anulo
para a multidão ao seu redor e o que foi dito a respeito das coi-
disse: Eis que ouvistes as coisas sas que estão para vir.
que ensinei antes de subir para 8 Porque eis que o aconvênio
meu Pai; portanto, todo aquele que fiz com meu povo ainda
que se lembrar destas minhas não se cumpriu completamente;
palavras e apraticá-las, blevantá- mas a lei que foi dada a Moisés
lo-ei no último dia. tem o seu termo em mim.
2 E aconteceu que após ter dito 9 Eis que eu sou a alei e a bluz.
essas palavras, Jesus percebeu Confiai em mim e perseverai até
que, entre eles, havia alguns o fim e cvivereis; porque àquele
que se haviam maravilhado e que dperseverar até o fim, darei
perguntavam-se o que desejava vida eterna.
ele com respeito à alei de Moisés; 10 Eis que vos dei os amanda-
porque não compreendiam a mentos; portanto guardai meus
afirmação de que as coisas anti- mandamentos. E esta é a lei e os
gas haviam passado e todas as profetas, porque eles em verda-
coisas haviam-se tornado novas. de btestificaram de mim.
3 E ele disse-lhes: Não vos ma- 11 E então aconteceu que de-
ravilheis por ter eu declarado pois de haver proferido essas
que as coisas antigas passaram palavras, Jesus disse aos doze
e todas as coisas tornaram-se que escolhera:
novas. 12 Vós sois meus discı́pulos; e
4 E eis que vos digo que a alei sois uma luz para este povo, que
dada a Moisés foi cumprida. é um remanescente da casa de
5 Eis que aeu sou aquele que a
José.
deu a lei e eu sou aquele que fez 13 E eis que esta é a aterra de
convênio com meu povo, Israel; vossa herança; e o Pai vo-la deu.
portanto a lei se cumpre em 14 E jamais me deu o Pai man-
mim, porque eu vim para bcum- damento de que eu o adissesse a
prir a lei; conseqüentemente, vossos irmãos de Jerusalém.
ela tem um fim. 15 Nem jamais me deu o Pai
6 Eis que anão destruo os profe- mandamento de que eu lhes

15 1a Tg. 1:22. gee Jeová. D&C 84:44.


b 1 Né. 13:37; b Al. 34:13. d gee Perseverar.
D&C 5:35. 6 a 3 Né. 23:1–5. 10a 3 Né. 12:20.
2 a gee Lei de Moisés. 8 a 3 Né. 5:24–26. b Mos. 13:33.
4 a Mos. 13:27–31; 9 a 2 Né. 26:1. 12a gee José, Filho de
3 Né. 9:17–20. b gee Luz, Luz de Jacó.
5 a I Cor. 10:1–4; Cristo. 13a 1 Né. 18:22–23.
3 Né. 11:14. c Jo. 11:25; 14a 3 Né. 5:20.
511 3 Néfi 15:16–16:3
falasse a respeito das aoutras tri- compreenderam que os gentios
bos da casa de Israel, que o Pai seriam bconvertidos por meio de
conduziu para fora daquela ter- sua pregação.
ra. 23 E não me compreenderam
16 Somente isto me ordenou o quando eu disse que elas ouvi-
Pai que lhes dissesse: riam minha voz; nem me com-
17 Que tenho outras ovelhas preenderam quando disse que
que não são deste aprisco; tam- os a gentios jamais ouviriam
bém devo conduzir estas e elas minha voz—que a eles não me
ouvirão a minha voz e haverá manifestaria, a não ser pelo
um rebanho e um apastor. b
Espı́rito Santo.
18 E agora, por causa de sua 24 Mas eis que vós ouvistes
obstinação e incredulidade, anão a
minha voz e me vistes; e sois
compreenderam minha palavra; minhas ovelhas e sois contados
portanto o Pai me ordenou que com os que o Pai me bdeu.
nada mais lhes dissesse a respei-
to disto.
CAPÍTULO 16
19 Mas em verdade vos digo
que o Pai me ordenou e eu vos
Jesus visitará outras das ovelhas
digo que fostes separados deles
perdidas de Israel—Nos últimos
em virtude da iniqüidade deles;
dias o evangelho será levado aos
portanto, é por causa de sua ini-
gentios e, depois, à casa de Israel—
qüidade que eles não sabem de
O povo do Senhor verá olho a olho
vós.
quando ele trouxer novamente Sião.
20 E em verdade vos digo ou-
Aproximadamente 34 d.C.
tra vez que as outras tribos fo-
ram deles separadas pelo Pai; e E em verdade, em verdade vos
é por causa de sua iniqüidade digo que tenho aoutras ovelhas
que delas nada sabem. que não são desta terra nem da
21 E em verdade vos digo que terra de Jerusalém nem de qual-
sois aqueles de quem falei: Te- quer das partes daquela terra
nho também aoutras ovelhas que circunvizinha, onde estive exer-
não são deste aprisco; também cendo meu ministério.
devo conduzir estas e elas ouvi- 2 Porque esses a quem me refi-
rão a minha voz e haverá um ro ainda não ouviram minha
rebanho e um pastor. voz; nem a eles me manifestei
22 E não me compreenderam, pessoalmente em qualquer tem-
porque pensaram que eu me re- po.
feria aos agentios; porque não 3 Mas recebi mandamento do

15a 3 Né. 16:1–4. 21a Jo. 10:14–16. 24 a Al. 5:38; 3 Né. 16:1–5.
gee Israel—As dez 22a gee Gentios. b Jo. 6:37; D&C 27:14.
tribos perdidas de b At. 10:34–48. 16 1a 3 Né. 15:15.
Israel. 23a Mt. 15:24. gee Israel—As dez
17a gee Bom Pastor. b 1 Né. 10:11. tribos perdidas de
18a D&C 10:59. gee Espı́rito Santo. Israel.
3 Néfi 16:4–10 512
Pai de ir até aeles e de que ou- em mim, diz o Pai, e por causa
çam a minha voz e sejam conta- de vossa incredulidade, ó casa
dos com minhas ovelhas, para de Israel, a verdade chegará aos
que haja um rebanho e um pas- gentios nos aúltimos dias, para
tor; portanto a eles me manifes- que a plenitude destas coisas
tarei. lhes seja dada a conhecer.
4 E ordeno-vos que escrevais 8 Mas ai dos gentios incrédu-
estas apalavras depois que eu los, diz o Pai—porque vieram
me for, a fim de que, se meu po- sobre a face desta terra e adis-
vo em Jerusalém—aqueles que persaram o meu povo, que é
me viram e estiveram comigo da casa de Israel; e meu povo,
durante meu ministério—não que é da casa de Israel, foi bex-
pedir ao Pai em meu nome para pulso do meio deles e pisado
saber a respeito de vós por meio por eles.
do Espı́rito Santo, como tam- 9 E por causa da misericórdia
bém a respeito das outras tribos do Pai para com os gentios e
das quais nada sabem, que essas também dos julgamentos do Pai
palavras que ireis escrever se- sobre meu povo, que é da casa
jam preservadas e transmitidas de Israel, em verdade, em ver-
aos bgentios, para que, por meio dade vos digo que, depois de tu-
da plenitude dos gentios, o res- do isto—e eu fiz com que meu
tante da posteridade deles, que povo, que é da casa de Israel,
será espalhada sobre a face da fosse ferido e afligido e amorto e
Terra por causa de sua incredu- expulso do meio deles; e fosse
lidade, possa ser reunida, ou se- por eles odiado e se tornasse ob-
ja, venha a cconhecer-me a mim, jeto de escárnio e opróbrio—
seu Redentor. 10 E assim ordena o Pai que eu
5 Então os areunirei das quatro vos diga: No dia em que os gen-
partes da Terra; e então cumpri- tios pecarem contra meu evan-
rei o bconvênio que o Pai fez gelho e rejeitarem a plenitude
com todo o povo da ccasa de do meu evangelho e aexaltarem-
Israel. se por causa do orgulho de seu
6 E bem-aventurados são os coração sobre todas as nações e
a
gentios por sua fé em mim sobre todo o povo de toda a Ter-
por meio do bEspı́rito Santo, o ra; e estiverem cheios de toda
qual lhes testifica de mim e sorte de mentiras e de enganos
do Pai. e de injúrias; e toda sorte de hi-
7 Eis que por causa de sua fé pocrisia e homı́cidios e bartima-

3 a 3 Né. 17:4. b 3 Né. 5:24–26. 7 a gee Restauração do


4 a gee Escrituras. c 1 Né. 22:9; Evangelho.
b 1 Né. 10:14; 3 Né. 21:26–29. 8 a 1 Né. 13:14;
3 Né. 21:6. 6 a 1 Né. 13:30–42; Mórm. 5:9, 15.
c Eze. 20:42–44; 2 Né. 30:3. b 3 Né. 20:27–29.
3 Né. 20:13. b 2 Né. 32:5; 9 a Amós 9:1–4.
5 a gee Israel—Coligação 3 Né. 11:32, 35–36. 10a Mórm. 8:35–41.
de Israel. gee Espı́rito Santo. b 2 Né. 26:29.
513 3 Néfi 16:11–17:2
nhas sacerdotais e libertinagens vos digo que assim o Pai me or-
e abominações secretas; e se denou—que a este povo eu des-
fizerem todas estas coisas e re- se esta terra por herança.
jeitarem a plenitude do meu 17 E então serão cumpridas as
a
evangelho, eis que, diz o Pai, re- palavras do profeta Isaı́as, que
tirarei a plenitude do meu evan- dizem:
gelho dentre eles. 18 a Tuas b sentinelas alçarão
11 E então me alembrarei do a voz; juntamente cantarão,
convênio que fiz com meu po- porque verão olho a olho quan-
vo, ó casa de Israel, e levar-lhes- do o Senhor fizer com que Sião
ei meu evangelho. volte.
12 E mostrar-te-ei, ó casa de 19 Exultai e juntamente cantai,
Israel, que os gentios não terão lugares desolados de Jerusalém;
poder sobre ti; lembrar-me-ei, porque o Senhor consolou o seu
porém, de meu convênio conti- povo e remiu a Jerusalém.
go, ó casa de Israel, e terás aco- 20 O Senhor desnudou seu
nhecimento da plenitude do santo braço perante os olhos de
meu evangelho. todas as nações; e todos os con-
13 Mas se os gentios se arre- fins da Terra verão a salvação de
penderem e voltarem a mim, diz Deus.
o Pai, eis que serão acontados
com os de meu povo, ó casa de
CAPÍTULO 17
Israel.
14 E não permitirei que meu
Jesus instrui o povo a ponderar suas
povo, que é da casa de Israel,
palavras e orar por entendimento—
ande no meio deles e pise-os,
Ele cura os doentes—Ora pelo po-
diz o Pai.
vo, usando uma linguagem que não
15 Mas se eles não se voltarem
pode ser escrita—Anjos ministram
para mim e não derem ouvidos
entre os pequeninos, que são circun-
a minha voz, permitir-lhes-ei,
dados por fogo. Aproximadamente
sim, permitirei que meu povo, ó
34 d.C.
casa de Israel, ande no meio de-
les e apise-os; e serão como o sal Eis que então aconteceu que de-
que perdeu o seu sabor e então pois de haver proferido estas
para mais nada serve, senão pa- palavras, Jesus novamente olhou
ra ser jogado fora e ser pisado para a multidão que o rodeava e
pelos pés do meu povo, ó casa disse-lhes: Eis que meu atempo
de Israel. está próximo.
16 Em verdade, em verdade 2 Percebo que sois fracos, que

11a 3 Né. 21:1–11; 3 Né. 30:2; 18a Isa. 52:8–10.


Mórm. 5:20. Abr. 2:9–11. b Eze. 33:1–7.
12a Hel. 15:12–13. 15a Miq. 5:8–15; gee Atalaia, Sentinela,
13a Gál. 3:7, 29; 3 Né. 20:16–19; Vigia.
1 Né. 15:13–17; 21:12–21; D&C 87:5. 17 1a ie retornar ao Pai.
2 Né. 10:18; 17a 3 Né. 20:11–12. Ver vers. 4.
3 Néfi 17:3–14 514
não podeis acompreender todas que fiz por vossos irmãos em
as palavras que o Pai me orde- Jerusalém; pois vejo que vossa
a
nou que vos dissesse nesta oca- fé é bsuficiente para que eu vos
sião. cure.
3 Portanto ide para vossas ca- 9 E aconteceu que depois de
sas, ameditai sobre as coisas que ele haver assim falado, toda a
eu disse e pedi ao Pai, em meu multidão, de comum acordo,
nome, que as possais entender; adiantou-se com seus doentes e
e bpreparai a mente para cama- seus aflitos e seus coxos; e com
nhã e eu virei a vós outra vez. seus cegos e com seus mudos e
4 Mas agora avou para o Pai e com todos aqueles que estavam
vou também me bmanifestar às aflitos de qualquer forma; e ele
c a
tribos perdidas de Israel, por- curou a todos, à medida que fo-
que não estão perdidas para o ram conduzidos a sua presença.
Pai, pois ele sabe para onde as 10 E todos eles, tanto os que
levou. haviam sido curados como os
5 E aconteceu que depois de que eram sãos, prostraram-se a
assim haver falado, Jesus olhou seus pés e adoraram-no; e todos
novamente para a multidão que os que puderam, dentre a multi-
o cercava e viu que estavam em dão, abeijaram-lhe os pés, de
lágrimas e olhavam-no fixamen- modo que os banharam com
te, como se quisessem pedir-lhe suas lágrimas.
que permanecesse um pouco 11 E aconteceu que ele orde-
mais com eles. nou que as acriancinhas fossem
6 E ele disse-lhes: Eis que mi- levadas a sua presença.
nhas entranhas estão cheias de 12 Levaram, pois, suas crianci-
a
compaixão por vós. nhas e colocaram-nas no chão,
7 Tendes enfermos entre vós? ao redor dele; e Jesus ficou no
Trazei-os aqui. Há entre vós co- meio; e a multidão cedeu espaço
xos ou cegos ou aleijados ou até que todas as crianças fossem
mutilados ou leprosos ou atro- levadas a ele.
fiados ou surdos ou pessoas que 13 E aconteceu que após todas
estejam aflitas de algum modo? elas terem sido levadas—e Jesus
Trazei-os aqui e eu os curarei, estava no meio—ele ordenou à
porque tenho compaixão de vós; multidão que se aajoelhasse no
minhas entranhas estão cheias chão.
de misericórdia. 14 E aconteceu que depois de
8 Pois percebo que estais dese- se terem todos ajoelhado no
josos de que eu vos mostre o chão, Jesus gemeu em seu ı́nti-

2 a Jo. 16:12; b 3 Né. 16:1–3. b 2 Né. 27:23; Ét. 12:12.


D&C 78:17–18. c gee Israel—As dez 9a Mos. 3:5; 3 Né. 26:15.
3 a gee Ponderar. tribos perdidas de 10a Lc. 7:38.
b D&C 132:3. Israel. 11a Mt. 19:13–14;
c 3 Né. 19:2. 6 a gee Compaixão. 3 Né. 26:14, 16.
4 a 3 Né. 18:39. 8 a Lc. 18:42. 13a Lc. 22:41; At. 20:36.
515 3 Néfi 17:15–18:2
mo e disse: Pai, estou aangustia- multidão testificou isso; e pegou
do em virtude da iniqüidade do as criancinhas, uma a uma, e
b
povo da casa de Israel. abençoou-as e orou por elas ao
15 E depois de haver proferido Pai.
estas palavras, ele também se 22 E depois de haver feito isso,
ajoelhou e eis que orou ao Pai; e chorou de novo;
as coisas que disse em sua ora- 23 E dirigindo-se à multidão,
ção não podem ser escritas e a disse-lhes: Olhai para vossas
multidão que o ouviu deu teste- criancinhas.
munho. 24 E ao olharem, lançaram o
16 E desta forma testemu- olhar ao céu e viram os céus
nham: Os aolhos jamais viram e abertos e anjos descendo dos
os ouvidos jamais ouviram, até céus, como se estivessem no
agora, coisas tão grandes e ma- meio de fogo; e eles desceram e
a
ravilhosas como as que vimos e cercaram aqueles pequeninos e
ouvimos Jesus dizer ao Pai; eles foram rodeados por fogo; e
17 E não há alı́ngua que possa os anjos ministraram entre eles.
expressar nem homem que pos- 25 E a multidão viu, ouviu e
sa escrever nem pode o coração deu testemunho; e sabem que
dos homens conceber coisas tão seu testemunho é verdadeiro,
grandes e maravilhosas como as porque todos viram e ouviram,
que vimos e ouvimos Jesus di- cada homem por si mesmo; e
zer; e ninguém pode calcular a eram cerca de duas mil e qui-
extraordinária alegria que nos nhentas almas, entre homens,
encheu a alma na ocasião em mulheres e crianças.
que o vimos orar por nós ao Pai.
18 E aconteceu que após haver
CAPÍTULO 18
terminado a sua oração ao Pai,
Jesus se levantou; mas tão gran-
Jesus institui o sacramento entre os
de era o ajúbilo da multidão, que
nefitas—É-lhes ordenado orar sem-
ficaram prostrados.
pre em seu nome—Os que indigna-
19 E aconteceu que Jesus lhes
mente comem sua carne e bebem seu
falou e ordenou-lhes que se le-
sangue são condenados—Aos discı́-
vantassem.
pulos é dado poder para conferir o
20 E levantaram-se do chão e
Espı́rito Santo. Aproximadamente
ele disse-lhes: Bem-aventurados
34 d.C.
sois por causa de vossa fé. E
agora, eis que é completa a mi- E aconteceu que Jesus ordenou
nha alegria. aos seus discı́pulos que lhe trou-
21 E depois de haver proferido xessem apão e vinho.
estas palavras, ele achorou e a 2 E enquanto foram buscar o

14a Mois. 7:41. 17a II Cor. 12:4. b Mc. 10:14–16.


16a Isa. 64:4; I Cor. 2:9; 18a gee Alegria. 24a Hel. 5:23–24, 43–45.
D&C 76:10, 114–119. 21a Jo. 11:35. 18 1a Mt. 26:26–28.
3 Néfi 18:3–15 516
pão e o vinho, ele ordenou à cı́pulos feito isso, Jesus disse-
multidão que sentasse no chão. lhes: Bem-aventurados sois por
3 E quando os discı́pulos che- isto que fizestes, porque isto
garam com apão e vinho, Jesus cumpre meus mandamentos e
tomou do pão e partiu-o e aben- testifica ao Pai que tendes o de-
çoou-o; e deu a seus discı́pulos e sejo de fazer o que vos ordenei.
mandou que comessem. 11 E isto fareis sempre a todos
4 E quando eles acabaram os que se arrependerem e forem
de comer e achavam-se fartos, batizados em meu nome; e o fa-
mandou que dessem à multi- reis em lembrança do meu san-
dão. gue que derramei por vós, a fim
5 E depois que a multidão co- de que testifiqueis ao Pai que
meu e fartou-se, disse ele aos sempre vos lembrais de mim. E
discı́pulos: Eis que um dentre se vos lembrardes sempre de
vós será ordenado e a ele eu da- mim, tereis o meu Espı́rito con-
rei poder para apartir o pão e vosco.
abençoá-lo e distribuı́-lo ao po- 12 E dou-vos um mandamento
vo de minha igreja, a todos os de que façais estas coisas. E fa-
que crerem e forem batizados zendo sempre estas coisas,
em meu nome. abençoados sois, porque estais
6 E sempre procurareis fazer edificados sobre a minha arocha.
isto tal como eu fiz, da mesma 13 Mas todos aqueles dentre
forma que eu parti o pão, aben- vós que fizerem mais ou menos
çoei-o e dei-o a vós. do que isto não estão edificados
7 E isto fareis em alembrança de sobre a minha rocha, mas edifi-
meu corpo, o qual vos mostrei. E cados sobre um alicerce de
será um testemunho ao Pai de areia; e quando as chuvas desce-
que vos lembrais sempre de mim. rem e as inundações chegarem e
E se lembrardes sempre de mim, os ventos soprarem e baterem
tereis meu Espı́rito convosco. contra eles, acairão; e as bportas
8 E aconteceu que depois de do inferno já estão abertas para
haver proferido estas palavras, recebê-los.
ordenou aos discı́pulos que to- 14 Portanto, bem-aventurados
massem do vinho do cálice, be- sois se guardardes meus man-
bessem-no e dessem-no também damentos, que o Pai me orde-
à multidão para bebê-lo. nou que vos desse.
9 E aconteceu que eles assim 15 Em verdade, em verdade
procederam e beberam dele e vos digo que deveis vigiar e
a
fartaram-se; e deram à multidão orar sempre, para que não se-
e eles beberam e fartaram-se. jais tentados pelo diabo e leva-
10 E depois de haverem os dis- dos cativos por ele.

3 a gee Sacramento. 12a gee Rocha. 15a Al. 34:17–27.


5 a Morô. 4. 13a gee Apostasia. gee Oração.
7 a Morô. 4:3. b 3 Né. 11:39.
517 3 Néfi 18:16–29
16 E da mesma forma que orei 24 Portanto levantai vossa aluz
entre vós, assim orareis na mi- para que brilhe perante o mun-
nha igreja entre o meu povo do. Eis que eu sou a bluz que le-
que se arrepende e é batizado vantareis—aquilo que me vistes
em meu nome. Eis que eu sou a fazer. Eis que vistes que eu orei
a
luz; eu dei-vos o bexemplo. ao Pai; e vós todos o testemu-
17 E aconteceu que depois de nhastes.
haver dirigido estas palavras a 25 E vistes que eu mandei que
a
seus discı́pulos, Jesus voltou-se nenhum de vós se afastasse,
para a multidão e disse: mas ordenei que viésseis a mim
18 Eis que em verdade, em ver- para que vı́sseis e bsentı́sseis; e
dade vos digo que deveis vigiar da mesma forma fareis ao mun-
e orar sempre para não cairdes do; e todo aquele que quebrar
em tentação; porque aSatanás este mandamento ficará sujeito
deseja ter-vos para vos peneirar a cair em tentação.
como trigo. 26 E então aconteceu que de-
19 Portanto deveis sempre orar pois de haver proferido estas
ao Pai em meu nome. palavras, Jesus novamente vol-
20 E atudo quanto pedirdes ao tou os olhos para os discı́pulos
Pai em meu nome, que seja jus- que havia escolhido e disse-
to, acreditando que recebereis, lhes:
eis que vos será dado. 27 Eis que em verdade, em ver-
21 aOrai ao Pai no seio de vossa dade vos digo que vos dou ou-
famı́lia, sempre em meu nome, a tro mandamento; e depois devo
fim de que vossas mulheres e ir para o aPai, a fim de cumprir
b
vossos filhos sejam abençoados. outros mandamentos que ele
22 E eis que vos reunireis com me deu.
freqüência; e a ninguém proibi- 28 E agora, eis que este é o
reis que se chegue a vós quando mandamento que vos dou: não
vos reunirdes, mas permitireis permitireis, sabendo-o, que al-
que se cheguem a vós e não lhes guém aparticipe bindignamente
proibireis. da minha carne e do meu san-
23 Mas aorareis por eles e não gue quando os administrardes.
os expulsareis; e se acontecer 29 Porque todo aquele que co-
que se cheguem a vós freqüen- me e bebe da minha carne e do
temente, orareis por eles ao Pai, meu asangue bindignamente, co-
em meu nome. me e bebe condenação para sua

16a gee Luz, Luz de Hel. 10:5; 27a gee Trindade—Deus,


Cristo. Morô. 7:26; o Pai.
b gee Jesus Cristo— D&C 88:63–65. b 3 Né. 16:1–3.
Exemplo de Jesus 21a Al. 34:21. 28a I Cor. 11:27–30.
Cristo. 23a 3 Né. 18:30. b Mórm. 9:29.
18a Lc. 22:31; 24a Mt. 5:16. 29a gee Sangue;
2 Né. 2:17–18; b Mos. 16:9. Sacramento.
D&C 10:22–27. 25a Al. 5:33. b D&C 46:4.
20a Mt. 21:22; b 3 Né. 11:14–17.
3 Néfi 18:30–39 518
alma; portanto, se souberdes que que convém que eu vá para o
um homem é indigno de comer Pai, apor amor a vós.
e beber da minha carne e do 36 E aconteceu que depois de
meu sangue, vós lho proibireis. haver proferido estas palavras,
30 Não obstante, não o aexpul- Jesus tocou com a amão os bdiscı́-
sareis de vosso meio, mas ensi- pulos que escolhera, um a um,
ná-lo-eis e rogareis por ele ao até ter tocado todos; e falava-
Pai em meu nome; e se ele se lhes enquanto os tocava.
arrepender e for batizado em 37 E a multidão não ouviu as
meu nome, vós então o recebe- palavras que ele disse, portanto
reis e administrar-lhe-eis da mi- não deram testemunho. Os dis-
nha carne e do meu sangue. cı́pulos, porém, testificaram que
31 Mas se ele não se arrepen- ele lhes deu apoder para conferi-
der, não será contado com o rem o bEspı́rito Santo. E mos-
meu povo, a fim de não destruir trar-vos-ei mais adiante que es-
meu povo; porque eis que co- se testemunho é verdadeiro.
nheço aminhas ovelhas e elas es- 38 E aconteceu que depois de
tão contadas. Jesus haver tocado a todos, apa-
32 Não obstante, não o expul- receu uma anuvem e cobriu a
sareis de vossas sinagogas nem multidão, de modo que eles não
de vossos lugares de adoração, podiam ver Jesus.
pois junto a esses deveis conti- 39 E enquanto estavam assim
nuar a ministrar; porque não sa- cobertos, ele partiu do meio de-
beis se eles irão voltar e arrepen- les e subiu aos céus. E os discı́-
der-se e vir a mim com toda a pulos viram e testificaram que
sinceridade de coração e eu irei ele novamente subiu aos céus.
a
curá-los; e sereis vós o meio de
levar-lhes salvação.
33 Portanto conservai na lem- CAPÍTULO 19
brança estas palavras que eu vos
disse, a fim de que não incorrais Os doze discı́pulos ministram entre
em acondenação; porque ai da- o povo e oram para receber o Espı́ri-
quele que for condenado pelo Pai. to Santo—Os discı́pulos são batiza-
34 E dou-vos estes mandamen- dos, recebem o Espı́rito Santo e o
tos em virtude das disputas ministério de anjos — Jesus ora,
havidas entre vós. E bem-aven- usando palavras que não podem ser
turados sereis se não houver escritas—Ele testifica sobre a fé su-
a
disputas entre vós. mamente grande desses nefitas.
35 E agora vou para o Pai, por- Aproximadamente 34 d.C.

30a D&C 46:3. Condenar. das.


31a Jo. 10:14; Al. 5:38; 34a 3 Né. 11:28–30. b 1 Né. 12:7; 3 Né. 19:4.
3 Né. 15:24. 35a I Jo. 2:1; 2 Né. 2:9; 37a gee Poder.
32a 3 Né. 9:13–14; Morô. 7:27–28; b gee Dom do Espı́rito
D&C 112:13. D&C 29:5. Santo.
33a gee Condenação, 36a gee Mãos, Imposição 38a Êx. 19:9, 16.
519 3 Néfi 19:1–14
E então aconteceu que depois 6 E os doze ensinaram a multi-
de haver Jesus subido ao céu, a dão; e eis que fizeram com que a
multidão dispersou-se e cada multidão se ajoelhasse por terra
homem, acompanhado de sua e orasse ao Pai em nome de
mulher e de seus filhos, voltou Jesus.
para sua casa. 7 E os discı́pulos também ora-
2 E imediatamente se espalhou ram ao Pai em nome de Jesus. E
entre o povo, ainda antes do aconteceu que se levantaram e
anoitecer, a notı́cia de que a ministraram entre o povo.
multidão vira Jesus e de que ele 8 E depois de haverem ensina-
ministrara entre eles; e de que do aquelas mesmas palavras que
também apareceria à multidão Jesus dissera—em nada varian-
no dia seguinte. do das palavras que Jesus profe-
3 Sim, e mesmo durante toda a rira — eis que se ajoelharam
noite espalhou-se a notı́cia con- novamente e oraram ao Pai em
cernente a Jesus; e a tal ponto se nome de Jesus.
espalhou que houve muitos, 9 E oraram por aquilo que mais
sim, grande foi o número dos desejavam; e desejavam que
que labutaram afanosamente to- o aEspı́rito Santo lhes fosse da-
da aquela noite, a fim de pode- do.
rem estar, na manhã seguinte, 10 E depois de haverem assim
no lugar onde Jesus apareceria à orado, desceram às margens da
multidão. água, acompanhados pela mul-
4 E aconteceu que na manhã tidão.
seguinte, quando a multidão es- 11 E aconteceu que Néfi entrou
a
tava reunida, eis que Néfi e seu na água e foi batizado.
irmão, a quem ele levantara dos 12 E ele saiu da água e come-
mortos e cujo nome era Timó- çou a batizar. E batizou todos
teo, e também seu filho, cujo no- aqueles que Jesus escolhera.
me era Jonas, e também Matôni 13 E aconteceu que depois
e Matonia, seu irmão; e Cumen de todos terem sido abatizados
e Cumenôni e Jeremias e Sem- e saı́do da água, o Espı́rito San-
non e Jonas e Zedequias e I- to desceu sobre eles e ficaram
saı́as—ora, estes eram os nomes cheios do bEspı́rito Santo e fo-
dos discı́pulos que Jesus esco- go.
lhera — e aconteceu que se a- 14 E eis que eles foram aenvol-
diantaram e puseram-se no tos, como que por fogo; e o fogo
meio da multidão. desceu dos céus e a multidão
5 E eis que a multidão era tão testemunhou-o e testificou-o; e
grande que eles fizeram com que desceram anjos dos céus e mi-
fosse separada em doze grupos. nistraram entre eles.

19 9a 3 Né. 9:20. b 3 Né. 12:2; Santo.


11a 3 Né. 11:23. Mórm. 7:10. 14a Hel. 5:23–24, 43–45;
13a gee Batismo, Batizar. gee Dom do Espı́rito 3 Né. 17:24.
3 Néfi 19:15–29 520
15 E aconteceu que enquanto 24 E aconteceu que depois
os anjos ministraram entre os de haver assim orado ao Pai,
discı́pulos, eis que Jesus se pôs Jesus aproximou-se dos discı́-
no meio deles e instruiu-os e mi- pulos e eis que continuavam
nistrou entre eles. orando a ele, sem cessar; e não
a
16 E aconteceu que ele falou à repetiam muitas palavras, por-
multidão, ordenando-lhes que que lhes era manifestado o que
se ajoelhassem novamente e que deviam bdizer e estavam cheios
se ajoelhassem também os seus de anelo.
discı́pulos. 25 E aconteceu que Jesus os
17 E aconteceu que depois de abençoou enquanto oravam a
se terem todos ajoelhado, orde- ele; e seu rosto sorriu-lhes e a
nou a seus discı́pulos que oras- luz de seu asemblante iluminou-
sem. os; e eis que se tornaram bbran-
18 E eis que eles começaram a cos como o semblante e as
orar; e oraram a Jesus, chaman- vestes de Jesus; e eis que sua
do-o seu Senhor e seu Deus. brancura excedia toda brancura,
19 E aconteceu que Jesus se sim, não poderia haver coisa al-
afastou um pouco do meio deles guma na Terra tão branca como
e, inclinando-se até a terra, disse: sua brancura.
20 Pai, graças te dou por teres 26 E disse-lhes Jesus: Conti-
conferido o Espı́rito Santo a es- nuai a orar; e não cessaram de
tes que escolhi; e é por causa de orar.
sua crença em mim que os esco- 27 E tornando a afastar-se um
lhi dentre o mundo. pouco deles, Jesus inclinou-se
21 Pai, rogo-te que dês o Espı́ri- até a terra; e orou novamente ao
to Santo a todos os que crerem Pai, dizendo:
em suas palavras. 28 Pai, dou-te graças por teres
a
22 Pai, deste-lhes o Espı́rito purificado aqueles a quem es-
Santo porque crêem em mim; e colhi por causa de sua fé; e rogo
vês que crêem em mim, porque por eles e também por aqueles
os ouves; e eles oram a mim; e que crerem em suas palavras,
oram a mim porque estou com para que sejam purificados em
eles. mim pela fé em suas palavras,
23 E agora, Pai, rogo-te por eles assim como eles são purificados
e também por todos os que cre- em mim.
rem em suas palavras, para que 29 Pai, não rogo pelo mundo,
creiam em mim a fim de que eu mas por aqueles que tu me des-
esteja neles, acomo tu, Pai, estás te ado mundo por causa de sua
em mim, para que sejamos bum. fé, para que sejam purificados

23a 3 Né. 9:15. 25a Núm. 6:23–27. 88:74–75.


b Jo. 17:21–23. b gee Transfiguração— gee Pureza, Puro.
gee Unidade. Seres transfigurados. 29a Jo. 17:6.
24a Mt. 6:7. 28a Morô. 7:48;
b D&C 46:30. D&C 50:28–29;
521 3 Néfi 19:30–20:7
em mim e para que eu esteja ne- nem ouviu coisas tão grandiosas
les, como tu, Pai, estás em mim, como as que ouvistes.
para que sejamos um, para que
eu seja glorificado neles.
CAPÍTULO 20
30 E depois de haver proferido
estas palavras, Jesus voltou no-
Jesus milagrosamente provê pão e
vamente para junto de seus dis-
vinho e torna a administrar o sacra-
cı́pulos; e eis que oravam a ele
mento ao povo—Os remanescentes
firmemente e sem cessar; e no-
de Jacó conhecerão o Senhor seu
vamente lhes sorriu; e eis que
Deus e herdarão as Américas—Je-
estavam abrancos como Jesus.
sus é o profeta semelhante a Moisés
31 E aconteceu que ele tornou
e os nefitas são filhos dos profetas—
a afastar-se um pouco e orou ao
Outros do povo do Senhor serão
Pai;
reunidos em Jerusalém. Aproxima-
32 E a lı́ngua não pode expri-
damente 34 d.C.
mir as palavras com que ele
orou nem podem ser aescritas E aconteceu que ele ordenou à
pelo homem as palavras com multidão e também a seus discı́-
que ele orou. pulos que cessassem de orar. E
33 E a multidão ouviu e dá tes- ordenou que não cessassem de
a
temunho; e abriu-se-lhes o cora- orar em seu coração.
ção e compreenderam, no cora- 2 E ordenou-lhes que se levan-
ção, as palavras com que ele tassem e ficassem de pé. E le-
orou. vantaram-se e ficaram de pé.
34 Não obstante, tão extraordi- 3 E aconteceu que ele nova-
nárias e maravilhosas foram as mente partiu o pão e abençoou-
palavras com que ele orou, que o e deu-o aos discı́pulos, para
não podem ser escritas nem po- que comessem.
dem ser a proferidas pelo ho- 4 E depois de haverem comido,
mem. ordenou-lhes que partissem o
35 E aconteceu que quando pão e dessem-no à multidão.
acabou de orar, Jesus voltou no- 5 E depois de terem dado à
vamente para os discı́pulos e multidão, ele também lhes deu
disse-lhes: Tão grande afé eu vinho para beber e ordenou que
nunca vi entre todos os judeus; dessem à multidão.
por isso não lhes pude mostrar 6 Ora, nem os discı́pulos nem a
tão grandes milagres, por causa multidão haviam levado apão
de sua bincredulidade. ou vinho;
36 Em verdade vos digo que 7 Mas ele verdadeiramente
nenhum deles viu coisas tão lhes adeu pão para comer e vi-
grandiosas como as que vistes nho para beber.

30a Mt. 17:2. 35a gee Fé. Mos. 24:12.


32a D&C 76:116. b Mt. 13:58. 6 a Mt. 14:19–21.
34a II Cor. 12:4; gee Incredulidade. 7 a Jo. 6:9–14.
3 Né. 17:17. 20 1a 2 Né. 32:9;
3 Néfi 20:8–20 522
8 E disse-lhes: Aquele que aco- 14 E o Pai ordenou-me que vos
me este pão, come do meu cor- desse esta aterra por herança.
po para a sua alma; e aquele que 15 E digo-vos que se os gentios
bebe deste vinho, bebe do meu não se aarrependerem depois da
sangue para a sua alma; e sua bênção que receberão após ha-
alma nunca terá fome nem sede, verem dispersado meu povo—
mas ficará satisfeita. 16 Então vós, que sois um re-
9 Ora, depois de toda a multi- manescente da casa de Jacó,
dão ter comido e bebido, eis que ireis para o meio deles; e estareis
ficaram cheios do Espı́rito; e cla- no meio deles, que serão mui-
maram a uma só voz e deram tos; e sereis entre eles como o
glória a Jesus, a quem viram e leão entre os animais da floresta
ouviram. ou como um filho de aleão entre
10 E aconteceu que depois de os rebanhos de ovelhas que, se
todos terem dado glória a Jesus, passa no meio, bpisa-as e despe-
ele disse-lhes: Eis que agora daça-as e ninguém as pode li-
cumpro o mandamento que o vrar.
Pai me deu, concernente a este 17 Tua mão será levantada
povo, que é um remanescente contra teus adversários e todos
da casa de Israel. os teus inimigos serão dizima-
11 Vós vos lembrais de que eu dos.
vos falei e disse que quando as 18 E eu areunirei meu povo co-
a
palavras de bIsaı́as fossem cum- mo um homem reúne seus fei-
pridas—eis que elas estão escri- xes na eira.
tas e vós as tendes perante vós; 19 Pois farei meu povo, com
portanto, examinai-as— quem o Pai fez convênio, sim,
12 Em verdade, em verdade farei de ferro os teus achifres e
vos digo que quando elas forem farei de bronze os teus cascos; e
cumpridas, cumprir-se-á então esmiuçarás muitos povos; e o
o aconvênio que o Pai fez com seu ganho eu consagrarei ao
seu povo, ó casa de Israel. Senhor e, seus bens, ao Senhor
13 E então os aremanescentes de toda a Terra. E eis que eu sou
que estiverem bdispersos pela aquele que o faz.
face da Terra serão creunidos do 20 E acontecerá, diz o Pai, que
leste e do oeste, do sul e do nor- a aespada de minha justiça pen-
te; e terão dconhecimento do Se- derá sobre eles nesse dia; e a
nhor seu Deus que os redimiu. não ser que se arrependam, ela

8 a Jo. 6:50–58; 3 Né. 18:7. 21:2–7. 15a 3 Né. 16:10–14.


gee Sacramento. b gee Israel—Dispersão 16a Mórm. 5:24;
11a 3 Né. 16:17–20; de Israel. D&C 19:27.
23:1–3. c gee Israel—Coligação b Miq. 5:8–9;
b 2 Né. 25:1–5; de Israel. 3 Né. 16:14–15; 21:12.
Mórm. 8:23. d 3 Né. 16:4–5. 18a Miq. 4:12.
12a 3 Né. 15:7–8. 14a gee Terra da 19a Miq. 4:13.
13a 3 Né. 16:11–12; Promissão. 20a 3 Né. 29:4.
523 3 Néfi 20:21–29
cairá sobre eles, diz o Pai, sim, 26 O Pai ressuscitou-me para
sobre todas as nações dos gen- vir primeiramente a vós e en-
tios. viou-me para abençoar-vos,
a
21 E acontecerá que eu estabe- desviando cada um de vós de
lecerei meu a povo, ó casa de vossas iniqüidades; e isto por-
Israel! que sois os filhos do convênio—
22 E eis que estabelecerei este 27 E depois que tiverdes sido
povo nesta terra, em cumpri- abençoados, então o Pai cum-
mento ao aconvênio que fiz com prirá o convênio que fez com
Jacó, vosso pai, e será uma bNo- Abraão, dizendo: aEm tua se-
va Jerusalém. E os poderes dos mente serão benditas todas as
céus estarão no meio deste po- famı́lias da Terra—com o derra-
vo, sim, até ceu estarei no meio mamento do Espı́rito Santo so-
de vós. bre os gentios, por meu intermé-
23 Eis que eu sou aquele de dio, bênção essa que fará com
quem Moisés falou, dizendo: O que os bgentios se tornem mais
Senhor vosso Deus levantará fortes que todos, a ponto de dis-
para vós, dentre vossos irmãos, persarem o meu povo, ó casa de
a
um profeta semelhante a mim; Israel.
ouvi-lo-eis em todas as coisas 28 E eles serão como um aaçoi-
que ele vos disser. E acontecerá te para o povo desta terra.
que toda alma que não quiser Não obstante, quando tiverem
ouvir esse profeta será afastada recebido a plenitude do meu
do meio do povo. evangelho, se então endurece-
24 Em verdade vos digo, sim, e rem o coração contra mim, farei
a
todos os profetas, desde Sa- com que suas iniqüidades lhes
muel e os que vieram depois, caiam sobre a própria cabeça,
todos os que falaram, deram tes- diz o Pai.
temunho de mim. 29 E alembrar-me-ei do convê-
25 E eis que vós sois os filhos nio que fiz com meu povo; e
dos profetas; e vós sois da casa com eles fiz o convênio de que
de Israel; e vós sois do aconvê- os breuniria em meu próprio e
nio que o Pai fez com vossos an- devido tempo, que novamente
tepassados, dizendo a Abraão: E lhes daria a cterra de seus pais
b
em tua semente serão benditas como herança, a qual é a terra
todas as famı́lias da Terra. de dJerusalém, terra que lhes foi

21a 3 Né. 16:8–15. 23a Deut. 18:15–19; 27a Gál. 3:8; 2 Né. 29:14;
22a Gên. 49:22–26; At. 3:22–23; Abr. 2:9.
D&C 57:2–3. 1 Né. 22:20–21. b 3 Né. 16:6–7.
b Isa. 2:2–5; 24a At. 3:24–26; 28a 3 Né. 16:8–9.
3 Né. 21:23–24; 1 Né. 10:5; 29a Isa. 44:21;
Ét. 13:1–12; Jacó 7:11. 3 Né. 16:11–12.
D&C 84:2–4. 25a gee Convênio b gee Israel—Coligação
gee Nova Jerusalém. Abraâmico. de Israel.
c Isa. 59:20–21; b Gên. 12:1–3; 22:18. c Amós 9:14–15.
Mal. 3:1; 3 Né. 24:1. 26a Prov. 16:6. d gee Jerusalém.
3 Néfi 20:30–45 524
prometida para sempre, diz o nada vos vendestes e sem di-
Pai. nheiro sereis resgatados.
30 E eis que chegará o dia em 39 Em verdade, em verdade vos
que a plenitude do meu evange- digo que meu povo conhecerá
lho lhes será pregada. meu nome; sim, naquele dia sa-
31 E acrerão em mim, que eu berão que eu sou o que fala.
sou Jesus Cristo, o Filho de 40 E aı́ eles dirão: aQuão belos
Deus; e orarão ao Pai em meu são sobre os montes os pés do
nome. que anuncia boas novas, que
32 Então suas asentinelas al- b
proclama a paz, que anuncia o
çarão a voz e juntamente can- bem, que proclama a salvação;
tarão; porque verão olho a olho. que diz a Sião: O teu Deus rei-
33 Então o Pai os reunirá nova- na!
mente e dar-lhes-á Jerusalém 41 E então um grito soará: aRe-
como terra de sua herança. tirai-vos, retirai-vos, saı́ daı́, não
34 Aı́, rejubilar-se-ão— aCantai toqueis em coisa bimunda; saı́ do
juntamente, lugares desolados meio dela; cpurificai-vos, os que
de Jerusalém; porque o Pai levais os vasos do Senhor!
consolou o seu povo, remiu a 42 Porque anão saireis apressa-
Jerusalém! damente nem vos ireis fugindo;
35 O Pai desnudou seu santo pois o Senhor irá diante de vós e
braço perante os olhos de todas o Deus de Israel será a vossa re-
as nações; e todos os confins da taguarda.
Terra verão a salvação do Pai; e 43 Eis que o meu servo operará
o Pai e eu somos um. com prudência; será exaltado e
36 E então acontecerá o que es- louvado e posto nas alturas.
tá escrito: aDesperta, desperta 44 Como pasmaram muitos à
outra vez, veste-te da tua forta- vista de ti—seu parecer estava
leza, ó Sião; veste-te dos teus tão desfigurado, mais do que
vestidos formosos, ó Jerusalém, qualquer homem; e sua figura,
cidade santa; porque nunca mais mais do que os filhos dos ho-
entrará em ti nem incircunciso mens—
nem imundo! 45 Assim aborrifará muitas na-
37 Sacode-te do pó; levanta-te ções; os reis fecharão a boca por
e assenta-te, ó Jerusalém: solta- causa dele, porque aquilo que
te das ligaduras de teu pescoço, não lhes foi anunciado, verão; e
ó cativa filha de Sião. aquilo que não ouviram, consi-
38 Pois assim diz o Senhor: Por derarão.

31a 3 Né. 5:21–26; 36a Isa. 52:1–3; b Mc. 13:10;


21:26–29. D&C 113:7–10. 1 Né. 13:37.
32a Isa. 52:8; gee Sião. 41a Isa. 52:11–15.
3 Né. 16:18–20. 40a Isa. 52:7; b gee Limpo e Imundo.
gee Atalaia, Sentinela, Naum 1:15; c D&C 133:5.
Vigia. Mos. 15:13–18; 42a 3 Né. 21:29.
34a Isa. 52:9. D&C 128:19. 45a Isa. 52:15.
525 3 Néfi 20:46–21:7
46 Em verdade, em verdade nham conhecimento deste po-
vos digo que todas essas coisas vo, que é um remanescente da
seguramente hão de acontecer, casa de Jacó, e deste meu povo,
assim como o Pai me ordenou. que será disperso por eles;
Então este convênio que o Pai 3 Em verdade, em verdade vos
fez com seu povo será cumpri- digo que quando aestas coisas
do; e então aJerusalém será no- chegarem ao seu conhecimento,
vamente habitada por meu po- pelo Pai, e vierem do Pai para
vo e será a terra de sua herança. vós, por intermédio deles;
4 Pois é sabedoria do Pai que
eles se estabeleçam nesta terra
CAPÍTULO 21
como um apovo livre, pelo po-
der do Pai, para que estas coisas
Israel será reunida quando o Livro
cheguem por meio deles a um
de Mórmon aparecer—Os gentios
remanescente de vossa posteri-
serão estabelecidos na América co-
dade, a fim de que se cumpra o
mo um povo livre—Eles serão sal- b
convênio que o Pai fez com seu
vos se crerem e obedecerem; caso
povo, ó casa de Israel;
contrário, serão afastados e destruı́-
5 Portanto, quando estas obras
dos — Israel construirá a Nova
e as obras que se irão realizar de
Jerusalém e as tribos perdidas retor-
agora em diante entre vós forem
narão. Aproximadamente 34 d.C.
transmitidas apelos gentios a
Em verdade vos digo que vos vossa bsemente, a qual degene-
dou um sinal, a fim de que sai- rará na incredulidade, por causa
bais a ahora em que estas coisas da iniqüidade;
estarão prestes a suceder — 6 Pois assim convém ao Pai que
quando, de sua longa dispersão, isso seja transmitido pelos agen-
reunirei meu povo, ó casa de tios, a fim de que ele mostre seu
Israel, e estabelecerei novamen- poder aos gentios, para que os
te no meio deles minha Sião. gentios, caso não endureçam o
2 E eis que isto é o que vos da- coração, arrependam-se e ve-
rei por sinal—pois em verdade nham a mim e sejam batizados
vos digo que quando estas coi- em meu nome e conheçam os
sas que vos declaro e que decla- verdadeiros pontos de minha
rarei daqui por diante, por mim doutrina, a fim de que sejam
b
mesmo e pelo poder do Espı́rito contados com meu povo, ó casa
Santo que vos será dado pelo de Israel;
Pai, forem levadas ao conheci- 7 E quando estas coisas aconte-
mento dos gentios para que te- cerem e tua asemente começar a

46a Ét. 13:5, 11. gee Convênio Jacó 5:54;


21 1a gee Últimos Dias. Abraâmico. 3 Né. 16:4–7.
3 a Ét. 4:17; 5 a 3 Né. 26:8. b Gál. 3:7, 29;
JS—H 1:34–36. b 2 Né. 30:4–5; 3 Né. 16:13;
4 a 1 Né. 13:17–19; Mórm. 5:15; Abr. 2:9–11.
D&C 101:77–80. D&C 3:18–19. 7 a 3 Né. 5:21–26.
b Mórm. 5:20. 6 a 1 Né. 10:14;
3 Néfi 21:8–21 526
conhecer estas coisas, será um da floresta, como um filho de
a
sinal para eles, a fim de que leão entre os rebanhos de ove-
saibam que a obra do Pai já co- lhas que, se passa no meio, bpi-
meçou, para que se cumpra o sa-as e despedaça-as e ninguém
convênio feito com o povo que é as pode livrar.
da casa de Israel. 13 Sua mão será levantada con-
8 E quando esse dia chegar, tra os seus adversários e todos
acontecerá que reis fecharão a os seus inimigos serão mortos.
boca, pois verão o que não lhes 14 Sim, ai dos gentios, caso não
fora contado e considerarão o se aarrependam; porque aconte-
que não tinham ouvido. cerá naquele dia, diz o Pai, que
9 Porque naquele dia, por eu tirarei teus cavalos do meio
amor a mim, fará o Pai uma de ti e destruirei teus carros;
a
obra que será grande e maravi- 15 E arrasarei as cidades de tua
lhosa no meio deles; e haverá terra e derrubarei todas as tuas
entre eles quem nela não creia, fortalezas;
embora um homem lha declare. 16 E exterminarei de tua terra
10 Mas eis que a vida do meu as feitiçarias e não terás mais
servo estará em minha mão; adivinhos;
portanto não lhe farão mal, ain- 17 Tuas aimagens gravadas eu
da que seja adesfigurado por também extirparei; e tuas está-
causa deles. Não obstante, curá- tuas tirarei do meio de ti e não
lo-ei, pois mostrar-lhes-ei que mais adorarás a obra de tuas
b
minha sabedoria é maior que a mãos;
astúcia do diabo. 18 E arrancarei os teus bosques
11 Portanto acontecerá que to- do meio de ti; e assim destruirei
do aquele que não crer em mi- as tuas cidades.
nhas palavras — eu que sou 19 E acontecerá que todas as
a
Jesus Cristo—as quais o Pai fará mentiras e embustes e invejas e
com que aele leve aos gentios e discórdias e artimanhas sacer-
dar-lhe-á poder para levá-las dotais e libertinagens termi-
aos gentios (o que será feito se- narão.
gundo o que disse Moisés), será 20 Porque acontecerá, diz o
b
afastado do seio de meu povo, Pai, que nesse dia todo aquele
que é do convênio. que não se arrepender e não
12 E meu povo, que é um re- vier ao meu Filho Amado, eu o
manescente de Jacó, estará entre tirarei do meio de meu povo, ó
os gentios, sim, no meio deles, casa de Israel!
como um leão entre os animais 21 E executarei minha vingan-

9 a Isa. 29:13; At. 13:41; 11a 2 Né. 3:6–15; 14a 2 Né. 10:18; 33:9.
1 Né. 22:8. Mórm. 8:16, 25. 17a Êx. 20:3–4;
gee Restauração do b D&C 1:14. Mos. 13:12–13;
Evangelho. 12a Miq. 5:8–15; D&C 1:16.
10a D&C 135:1–3. 3 Né. 20:16. gee Idolatria.
b D&C 10:43. b 3 Né. 16:13–15. 19a 3 Né. 30:2.
527 3 Néfi 21:22–22:2
ça e exercerei meu furor sobre caminho que todos deverão
eles, assim como sobre os pa- trilhar para virem a mim, a fim
gãos, de um modo como nunca de que invoquem o Pai em meu
ouviram. nome.
22 Mas caso se arrependam e 28 Sim, e então a obra será
dêem ouvidos a minhas pala- iniciada e o Pai, em todas as na-
vras e não endureçam o cora- ções, preparará o caminho pelo
ção, entre eles aestabelecerei a qual seu povo possa avoltar à
minha igreja e permitirei que to- terra de sua herança.
mem parte no convênio e que 29 E sairão de todas as nações;
sejam bcontados com estes re- e não sairão aapressados nem
manescentes de Jacó, a quem fugindo, porque eu irei à frente
dei esta terra como herança. deles, diz o Pai, e serei sua reta-
23 E ajudarão meu povo, o guarda.
remanescente de Jacó, e tam-
bém quantos vierem da casa de
CAPÍTULO 22
Israel, a construir uma cidade
que será chamada aNova Jeru-
Nos últimos dias Sião e suas estacas
salém.
serão estabelecidas e Israel será reu-
24 E então ajudarão meu povo,
nida em misericórdia e ternura—
que está disperso por toda a face
Eles triunfarão—Comparar com
da terra, a coligar-se na Nova
Isaı́as 54. Aproximadamente 34
Jerusalém.
d.C.
25 E então o apoder dos céus
descerá no meio deles; e b eu E então o que está escrito acon-
também estarei no meio. tecerá: Canta, ó estéril, tu que
26 E nesse dia começará a obra n ã o d e s t e à l u z ; r o m p e e m
a
do Pai, quando este evangelho canto e exclama, tu que não
for pregado aos remanescentes tiveste dores de parto; porque
deste povo. Em verdade vos di- mais são os filhos da solitária
go que nesse dia a obra do Pai do que os filhos da casada, diz
a
começará entre todos os disper- o Senhor.
sos de meu povo, sim, mesmo 2 Amplia o lugar da tua tenda
nas btribos perdidas que o Pai ti- e deixa que eles estendam as
rou de Jerusalém. cortinas das tuas habitações;
27 Sim, a obra será iniciada não poupes; alonga as tuas
entre todos os a dispersos de cordas e firma bem as tuas
a
meu povo; e o Pai preparará o estacas.

22a gee Dispensação. b Isa. 2:2–4; 27a 3 Né. 16:4–5.


b 2 Né. 10:18–19; 3 Né. 24:1. 28 a gee Israel—Coligação
3 Né. 16:13. 26a 1 Né. 14:17; de Israel.
23a 3 Né. 20:22; 3 Né. 21:6–7. 29a Isa. 52:12;
Ét. 13:1–12. b gee Israel—As dez 3 Né. 20:42.
gee Nova Jerusalém. tribos perdidas de 22 1a gee Cantar.
25a 1 Né. 13:37. Israel. 2 a gee Estaca.
3 Néfi 22:3–17 528
3 Porque brotarás à mão direita parecerão e os outeiros serão
e à esquerda e a tua posteridade removidos, mas a minha benig-
herdará as nações agentias e fará nidade não se bdesviará de ti
que sejam habitadas as cidades nem será removido o convênio
assoladas. da minha paz, diz o Senhor que
4 Não temas, porque não serás se compadece de ti.
envergonhada; nem te aenver- 11 Ó oprimida, arrojada com a
gonhes, porque não serás con- tormenta e desconsolada! Eis
fundida; porque te esquecerás que eu assentarei as tuas ape-
da vergonha da tua mocidade e dras com cores formosas e com
não te lembrarás do opróbrio da safiras assentarei os teus alicer-
tua juventude e não te lembra- ces.
rás mais do opróbrio da tua 12 E as tuas janelas farei de
viuvez. ágata e as tuas portas, de rubis; e
5 Porque o teu criador, teu todos os teus termos, de pedras
marido, Senhor dos Exércitos é aprazı́veis.
o seu nome; e teu Redentor, o 13 E atodos os teus filhos serão
Santo de Israel—será chamado instruı́dos pelo Senhor; e a paz
o Deus de toda a Terra. de teus filhos será abundante.
6 Porque o Senhor te chamou 14 Em aretidão serás estabele-
como uma mulher desampara- cida; longe estarás da opres-
da e triste de espı́rito e uma são, porque não temerás; e
esposa da mocidade, quando do terror, porque não chegará
foste repudiada, diz o teu a ti.
Deus. 15 Eis que certamente se ajun-
7 Por um pequeno momento te tarão contra ti, mas não será por
deixei, mas com grande miseri- mim; quem se ajuntar contra ti,
córdia te recolherei. cairá por tua causa.
8 Em pequena ira te escondi a 16 Eis que eu criei o ferreiro
face por um momento, mas com que assopra as brasas do fogo e
benignidade eterna acompade- que produz a ferramenta para a
cer-me-ei de ti, diz o Senhor teu sua obra; e criei o assolador para
Redentor. destruir.
9 Porque aisto será para mim 17 Nenhuma arma preparada
como as báguas de Noé; pois co- contra ti prosperará; e toda a
mo jurei que as águas de Noé lı́ngua que se levantar contra ti,
não inundariam mais a Terra, em juı́zo, tu a condenarás. Esta é
assim jurei que não me irarei a herança dos servos do Senhor;
contra ti. e a sua retidão vem de mim, diz
10 Porque as amontanhas desa- o Senhor.

3 a gee Gentios. b gee Dilúvio no 11a Apoc. 21:18–21.


4 a 2 Né. 6:7, 13. Tempo de Noé. 13a Jer. 31:33–34.
8 a gee Misericórdia, 10a Isa. 40:4. 14a gee Retidão.
Misericordioso. b Salm. 94:14;
9 a Isa. 54:9. D&C 35:25.
529 3 Néfi 23:1–14
CAPÍTULO 23 seis outras escrituras que não
tendes.
Jesus aprova as palavras de Isaı́as— 7 E aconteceu que ele disse a
Ele ordena ao povo que exami - Néfi: Trazei o registro que vós
ne os profetas — As palavras de escrevestes.
Samuel, o lamanita, a respeito da 8 E quando Néfi lhe levou os
ressurreição, são adicionadas aos registros, tendo-os posto na sua
registros. Aproximadamente 34 frente, ele olhou-os e disse:
d.C. 9 Em verdade vos digo que or-
denei a meu servo aSamuel, o la-
E agora eis que vos digo que de- manita, que testificasse a este
veis aexaminar estas coisas. Sim, povo que no dia em que o Pai
ordeno-vos que examineis estas glorificasse seu nome em mim,
b
coisas diligentemente, porque muitos csantos se dlevantariam
grandes sa˜o as palavras de bIsaı́as. dentre os mortos e apareceriam
2 Porque ele certamente falou a muitos e ministrariam entre
sobre todas as coisas relativas a eles. E perguntou-lhes: Não foi
meu povo, que é da casa de Is- assim?
rael; portanto é preciso que ele 10 E seus discı́pulos responde-
fale também aos gentios. ram-lhe, dizendo: Sim, Senhor,
3 E todas as coisas que ele disse Samuel profetizou de acordo
foram e aserão cumpridas de com tuas palavras e todas elas se
acordo com as palavras que ele cumpriram.
disse. 11 E Jesus disse-lhes: Por que
4 Portanto, dai ouvidos a mi- razão não escrevestes que mui-
nhas palavras; escrevei as coisas tos santos se levantaram e apa-
que vos disse; e conforme o receram a muitos e ministraram
tempo e a vontade do Pai, che- entre eles?
garão aos gentios. 12 E aconteceu que Néfi se
5 E todo aquele que der ouvi- lembrou de que isso não havia
dos a minhas palavras e arre- sido escrito.
pender-se e for batizado, será 13 E aconteceu que Jesus orde-
salvo. Examinai o que disseram nou que fosse escrito; por con-
os aprofetas, porque muitos são seguinte foi escrito, como ele
os que testificam estas coisas. ordenou.
6 E então aconteceu que de- 14 E então aconteceu que de-
pois de haver pronunciado es- pois de haver a explicado em
sas palavras e explicado todas uma todas as escrituras que ha-
as escrituras que eles haviam viam registrado, Jesus ordenou-
recebido, Jesus disse-lhes: Eis lhes que ensinassem as coisas
que eu desejaria que escrevês- que ele havia explicado.

23 1a gee Escrituras. 3 a 3 Né. 20:11–12. c gee Santo.


b 2 Né. 25:1–5; 5 a Lc. 24:25–27. d Mt. 27:52–53.
Mórm. 8:23. 9 a Hel. 13:2. gee Ressurreição.
gee Isaı́as. b Hel. 14:25. 14a Lc. 24:44–46.
3 Néfi 24:1–10 530
CAPÍTULO 24 lém será suave ao Senhor, como
nos dias antigos e como nos pri-
O mensageiro do Senhor preparará meiros anos.
o caminho para a Segunda Vinda— 5 E chegar-me-ei a vós para
Cristo assentar-se-á em julgamen- juı́zo; e serei uma testemunha
to—É ordenado a Israel pagar dı́zi- veloz contra os feiticeiros e con-
mos e ofertas—Escreve-se um livro tra os adúlteros; e contra os que
de recordações — Comparar com juram falsamente e contra os
Malaquias 3. Aproximadamente 34 que oprimem o empregado em
d.C. seu salário, a viúva e o aórfão;
e repelem o estrangeiro e não
E aconteceu que ele lhes orde- me temem, diz o Senhor dos
nou que escrevessem as pala- Exércitos.
vras que o Pai transmitira a 6 Porque eu sou o Senhor, eu
Malaquias, as quais ele lhes di- não mudo; por isso vós, filhos
ria. E aconteceu que depois que de Jacó, não sois consumidos.
foram escritas, ele as explicou. E 7 Desde os dias de vossos pais
estas foram as palavras que ele vos adesviastes de minhas orde-
lhes disse: Assim disse o Pai a nanças e não as guardastes; btor-
Malaquias — Eis que enviarei nai-vos para mim e eu tornarei
meu amensageiro que preparará para vós, diz o Senhor dos Exér-
o caminho diante de mim; e de citos. Vós, porém, dizeis: Em
repente virá ao seu templo o Se- que havemos de tornar?
nhor, a quem vós buscais, o 8 Roubará o homem a Deus?
mensageiro do convênio em Todavia vós me roubais e dizeis:
quem vos deleitais; eis que virá, Em que te roubamos? Nos adı́zi-
diz o Senhor dos Exércitos. mos e nas bofertas.
2 E quem asuportará o dia da 9 Com maldição sois amaldi-
sua vinda? E quem subsistirá çoados, porque me roubastes a
quando ele aparecer? Porque é mim, vós, toda a nação.
como o bfogo do ourives e como 10 Trazei todos os adı́zimos à
o sabão do pisoeiro. casa do tesouro, para que haja
3 E assentar-se-á como refina- mantimento na minha casa; e
dor e purificador de prata; e provai-me então com isto, diz o
purificará os afilhos de Levi e Senhor dos Exércitos, se eu não
torná-los-á puros como ouro e vos abrir as janelas do céu e não
como prata; então ao Senhor derramar sobre vós uma bbên-
b
trarão ofertas em retidão. ção tal, que não haja espaço
4 E a oferta de Judá e de Jerusa- suficiente para recebê-la.

24 1a D&C 45:9. Jesus Cristo. 3 Né. 10:6;


2 a 3 Né. 25:1. 3 a Deut. 10:8; Morô. 9:22.
b Zac. 13:9; D&C 84:31–34. 8a gee Dı́zimos.
D&C 128:24. b D&C 13:1. b gee Oferta.
gee Terra— 5 a Tg. 1:27. 10a D&C 64:23; 119:1–7.
Purificação da terra; 7 a gee Apostasia. b gee Abençoado,
Segunda Vinda de b Hel. 13:11; Abençoar, Bênção.
531 3 Néfi 24:11–25:4
11 E por vossa causa repreende- 18 Então retornareis e adiscer-
rei o devorador e ele não destrui- nireis o justo do ı́mpio; o que
rá os frutos da vossa terra; nem a serve a Deus do que não o serve.
vossa videira derrubará antes do
tempo o seu fruto nos campos,
diz o Senhor dos Exércitos. CAPÍTULO 25
12 E todas as nações vos cha-
marão bem-aventurados, por- Na Segunda Vinda os soberbos e os
que vós sereis uma terra aprazı́- inı́quos serão queimados como res-
vel, diz o Senhor dos Exércitos. tolho—Elias, o profeta, retornará
13 Fortes foram vossas pala- antes do grande e terrı́vel dia—
vras contra mim, diz o Senhor. Comparar com Malaquias 4. Apro-
Contudo dizeis: Que temos fala- ximadamente 34 d.C.
do contra ti?
14 Vós dissestes: Inútil é servir Pois eis que vem o dia que
a
a Deus; e que nos aproveita ter- arderá como um forno; e to-
mos guardado as suas ordenan- dos os bsoberbos, sim, e todos
ças e andado de luto diante do os que cometem iniqüidade
Senhor dos Exércitos? serão como palha; e o dia que
15 E agora, nós chamamos está para vir os abrasará, diz
bem-aventurados os soberbos; o Senhor dos Exércitos, de sorte
sim, são exaltados os que prati- que lhes não deixará nem raiz
cam iniqüidades; sim, os que nem ramo.
tentam a Deus são libertados. 2 Mas para vós que temeis o
16 Então os que temiam ao meu nome, o aFilho da Retidão
Senhor afalavam freqüentemen- se levantará com poder de cura
te uns com os outros e o Senhor em suas asas; e vós saireis e
atentava e ouvia; e um blivro de b
crescereis como os cbezerros no
recordações foi escrito diante cevadouro.
dele para os que temiam ao 3 E apisareis os ı́mpios, porque
Senhor e lembravam-se de seu se farão cinza debaixo das plan-
nome. tas de vossos pés no dia em que
17 E eles serão meus, diz o eu fizer isso, diz o Senhor dos
Senhor dos Exércitos, no dia em Exércitos.
que eu areunir minhas jóias; e 4 Lembrai-vos da lei de Moisés,
poupá-los-ei, assim como um meu servo, a qual eu lhe dei em
a
homem poupa o filho que o Horebe, para toda a Israel, com
serve. os estatutos e juı́zos.

16a Morô. 6:5. 25 1a Isa. 24:6; b 2 Né. 20:33.


b D&C 85:9; 1 Né. 22:15; gee Orgulho.
Mois. 6:5. 3 Né. 24:2; 2 a Ét. 9:22.
gee Livro de D&C 29:9; b D&C 45:58.
Recordações. 64:23–24; 133:64; c Amós 6:4;
17a D&C 101:3. JS—H 1:37. 1 Né. 22:24.
18a gee Discernimento, gee Terra— 3 a 3 Né. 21:12.
Dom de. Purificação da Terra. 4 a Êx. 3:1–6.
3 Néfi 25:5–26:8 532
5 Eis que eu vos enviarei aElias, sim, todas as coisas que deve-
o profeta, antes que venha o riam acontecer sobre a face da
b
dia grande e terrı́vel do Senhor; Terra, até que os belementos se
6 E ele avoltará o coração dos derretessem com intenso calor e
pais aos filhos e o coração dos a Terra se cenrolasse como um
filhos a seus pais, para que eu pergaminho e os céus e a Terra
não venha e fira a Terra com passassem;
maldição. 4 E até o agrande e último dia,
quando todos os povos e todas
as tribos e todas as nações e lı́n-
CAPÍTULO 26
guas se bapresentarem perante
Deus para serem julgados por
Jesus expõe todas as coisas, do prin-
suas obras, sejam elas boas ou
cı́pio ao fim—Bebês e crianças di-
más;
zem coisas maravilhosas, que não
5 Se forem boas, para a aressur-
podem ser escritas—As pessoas da
reição da vida eterna; e se forem
Igreja de Cristo têm todas as coisas
más, para a ressurreição da con-
em comum. Aproximadamente 34
denação; ficando, paralelamen-
d.C.
te, uns de um lado e outros de
E então aconteceu que depois outro, segundo a misericórdia e
de haver declarado estas coisas, a bjustiça e a santidade que está
Jesus explicou-as à multidão; e em Cristo, o qual existia cantes
explicou-lhes todas as coisas, do princı́pio do mundo.
tanto as grandes como as pe- 6 E agora, nem a acentésima
quenas. parte das coisas que Jesus ver-
2 E ele disse: aEstas escrituras, dadeiramente ensinou ao povo
que não tı́nheis convosco, orde- podem ser escritas neste livro.
nou o Pai que eu vo-las desse; 7 Mas eis que as aplacas de Néfi
porque em sua sabedoria deter- contêm a maior parte das coisas
minou que elas fossem dadas a que ele ensinou ao povo.
gerações futuras. 8 E escrevi estas coisas, que são
3 E explicou-lhes todas as coi- a menor parte do que ele ensi-
sas, do princı́pio até o tempo em nou ao povo; e escrevi-as com a
que ele viria em sua aglória— intenção de que sejam nova-

5 a II Re. 2:1–2; capı́tulos 24 e 25. 3 Né. 28:31.


D&C 2:1; 110:13–16; 3 a gee Jesus Cristo—A b Mos. 16:10–11.
128:17–18. glória de Jesus Cristo. gee Juı́zo Final.
gee Elias, o Profeta; b Amós 9:13; 5 a Dan. 12:2; Jo. 5:29.
Salvação para os II Ped. 3:10, 12; b gee Justiça.
Mortos; Selamento, Mórm. 9:2. c Ét. 3:14.
Selar. gee Terra—A gee Jesus Cristo—
b gee Segunda Vinda purificação da Terra; Existência pré-mortal
de Jesus Cristo. Mundo—O fim do de Cristo.
6 a D&C 2:2. mundo. 6 a Jo. 21:25;
26 2a Mal. capı́tulos 3 e 4, c Mórm. 5:23. 3 Né. 5:8.
citado em 3 Né. 4 a Hel. 12:25; 7 a gee Placas.
533 3 Néfi 26:9–19
mente trazidas ados gentios pa- coisas a seus pais, maiores até
ra este povo, de acordo com as do que as que ele revelara ao
palavras que Jesus disse. povo; e soltou-lhes a lı́ngua a
9 E quando tiverem recebido fim de que pudessem expressar-
isto, que convém que recebam se.
primeiro para pôr à prova sua 15 E aconteceu que depois de
fé, e se acontecer que creiam haver ascendido ao céu—a se-
nestas coisas, então as acoisas gunda vez que se havia mostra-
maiores lhes serão manifesta- do a eles e voltado ao Pai, de-
das. pois de haver acurado todos os
10 E se não acreditarem nestas seus doentes e seus coxos e
coisas, então as coisas maiores aberto os olhos dos cegos e os
lhes serão a ocultas, para sua ouvidos dos surdos; e feito toda
condenação. sorte de curas no meio deles e
11 Eis que eu estava prestes a levantado um homem dentre os
escrever tudo o que foi gravado mortos e ter demonstrado seu
n a s p l a c a s d e N é f i , m a s o poder a eles e ascendido ao
Senhor mo proibiu, dizendo: Pai—
a
Experimentarei a fé do meu 16 Eis que, na manhã seguinte,
povo. aconteceu que a multidão se
12 Portanto eu, Mórmon, es- reuniu e o povo viu e ouviu es-
crevo as coisas que foram orde- sas crianças; sim, até acrianças
nadas pelo Senhor. E agora eu, de colo abriram a boca e proferi-
Mórmon, termino meus dizeres ram coisas maravilhosas; e as
e continuo a escrever as coisas palavras por elas proferidas a
que me foram ordenadas. ninguém foi permitido escrever.
13 Portanto quisera que enten- 17 E aconteceu que os adiscı́pu-
dêsseis que o Senhor verdadei- los que Jesus escolhera começa-
ramente ensinou o povo, pelo ram, daı́ em diante, a bbatizar e a
espaço de três dias; e, após isso, ensinar todos os que a eles se
a
manifestou-se a eles repetidas chegavam; e todos os que foram
vezes e partiu muitas vezes o batizados em nome de Jesus fi-
b
pão e abençoou-o e deu-o a caram cheios do Espı́rito Santo.
eles. 18 E muitos deles viram e ouvi-
14 E aconteceu que ele ensinou ram coisas inexprimı́veis que
e abençou as acriancinhas da a
não é lı́cito escrever.
multidão, sobre as quais foi fala- 19 E ensinaram e ministraram
do; e bsoltou-lhes a lı́ngua; e dis- entre si; e tinham atodas as coi-
seram grandes e maravilhosas sas em bcomum entre eles e to-

8 a 3 Né. 21:5–6. 14a 3 Né. 17:11–12. 17a 3 Né. 19:4–13.


9 a Ét. 4:4–10. b Al. 32:23; b 4 Né. 1:1.
10a Al. 12:9–11. 3 Né. 26:16. 18a 3 Né. 26:11.
11a Ét. 12:6. 15a 3 Né. 17:9. 19a 4 Né. 1:3.
13a Jo. 21:14. gee Curar, Curas; b gee Consagrar, Lei da
b 3 Né. 20:3–9. Milagre. Consagração.
gee Sacramento. 16a Mt. 11:25.
3 Néfi 26:20–27:9 534
dos procediam justamente uns 4 E o Senhor disse-lhes: Em
com os outros. verdade, em verdade vos digo:
20 E aconteceu que faziam to- Por que é que o povo murmura
das as coisas como Jesus lhes e discute sobre este assunto?
ordenara. 5 Não leram as escrituras, que
21 E os que eram batizados em dizem que deveis tomar sobre
nome de Jesus, eram chamados vós o anome de Cristo, que é o
a aigreja de Cristo. meu nome? Porque por esse no-
me sereis chamados no último
dia.
CAPÍTULO 27
6 E todo aquele que tomar so-
bre si o meu nome e aperseverar
Jesus ordena que a Igreja seja cha-
até o fim, será salvo no último
mada por seu nome—Sua missão e
dia.
seu sacrifı́cio expiatório constituem
7 Portanto tudo quanto fizer-
o evangelho—Os homens recebem
des, vós o fareis em meu nome;
ordem de se arrependerem e de se-
por conseguinte chamareis a
rem batizados, para que o Espı́rito
igreja pelo meu nome; e invoca-
Santo os santifique—Eles devem
reis o Pai em meu nome, a fim
ser como Jesus é. Aproximadamente
de que ele abençoe a igreja por
34–35 d.C.
minha causa.
E aconteceu que quando os dis- 8 E como será a aminha bigre-
cı́pulos de Jesus estavam viajan- ja, se não tiver o meu nome?
do e pregando as coisas que Porque se uma igreja for chama-
haviam ouvido e visto e esta- da pelo nome de Moisés, então
vam batizando em nome de será a igreja de Moisés; ou se for
Jesus, aconteceu que os discı́pu- chamada pelo nome de um ho-
los se reuniram, aunidos em fer- mem, então será a igreja de um
vorosa oração e bjejum. homem; mas se for chamada pe-
2 E Jesus novamente aapareceu lo meu nome, então será a mi-
a eles, porque oravam ao Pai em nha igreja, desde que estejam
seu nome; e Jesus pôs-se no edificados sobre o meu evange-
meio deles, dizendo-lhes: Que lho.
desejais que eu vos dê? 9 Em verdade vos digo que es-
3 E eles responderam-lhe: Se- tais edificados sobre o meu
nhor, desejamos que nos digas o evangelho; portanto tudo o que
nome que devemos dar a esta igre- invocardes, invocai em meu no-
ja, porque há controvérsias entre o me; portanto, quando invocar-
povo a respeito deste assunto. des o Pai em favor da igreja, se o

21a Mos. 18:17. 2 a 3 Né. 26:13. nome de Jesus Cristo.


gee Igreja de Jesus gee Jesus Cristo— 6 a 3 Né. 15:9.
Cristo. Aparições de Cristo 8 a D&C 115:4.
27 1a D&C 29:6. após sua morte. b gee Jesus Cristo—
b Al. 6:6. 5 a gee Jesus Cristo— Cabeça da Igreja.
gee Jejuar, Jejum. Tomar sobre nós o
535 3 Néfi 27:10–20
fizerdes em meu nome, o Pai por suas obras, sejam elas boas
vos ouvirá; ou más—
10 E se acontecer de a igreja es- 15 E por esta razão fui alevanta-
tar edificada sobre o meu evan- do; portanto, de acordo com o
gelho, então o Pai manifestará poder do Pai, atrairei todos os
nela as suas próprias obras. homens a mim para que sejam
11 Todavia, se não estiver edifi- julgados segundo suas obras.
cada sobre o meu evangelho, 16 E acontecerá que aquele que
mas edificada sobre as obras dos se aarrepender e for bbatizado
homens ou sobre as obras do em meu nome, será satisfeito; e
diabo, em verdade vos digo que se cperseverar até o fim, eis que
terão alegria em suas obras por eu o terei por inocente perante
um tempo, porque logo chegará meu Pai no dia em que eu me
o fim; e eles serão acortados e levantar para julgar o mundo.
lançados no fogo, de onde não 17 E aquele que não perseverar
há retorno. até o fim será cortado e lançado
12 Porque suas obras os ase- no fogo, de onde não mais vol-
guem, pois por causa de suas tará, em virtude da ajustiça do
obras é que são cortados; por- Pai.
tanto, lembrai-vos das coisas 18 E esta é a palavra que ele
que vos disse. deu aos filhos dos homens. E
13 Eis que vos dei o meu aevan- por esta razão ele cumpre as
gelho e este é o evangelho que palavras que proferiu; e não
vos dei — que vim ao mundo mente, mas cumpre todas as
para fazer a bvontade de meu suas palavras.
Pai, porque meu Pai me en- 19 E anada que seja imundo
viou. pode entrar em seu reino; por-
14 E meu Pai enviou-me pa- tanto nada entra em seu bdes-
ra que eu fosse alevantado na canso, a não ser aqueles que te-
cruz; e depois que eu fosse le- nham clavado suas vestes em
vantado na cruz, pudesse batrair meu sangue, por causa de sua fé
a mim todos os homens, a fim e do arrependimento de todos
de que, assim como fui levanta- os seus pecados e de sua fideli-
do pelos homens, assim sejam dade até o fim.
os homens levantados pelo Pai, 20 Ora, este é o mandamento:
a
para comparecerem perante Arrependei-vos todos vós, con-
mim a fim de serem cjulgados fins da Terra; vinde a mim e se-

11a Al. 5:52. 2 Né. 9:5; gee Perseverar.


12a Apoc. 14:13; D&C 27:18. 17a gee Justiça.
D&C 59:2. c gee Jesus Cristo— 19a Al. 11:37.
13a D&C 76:40–42. Juiz. b D&C 84:24.
gee Evangelho. 15a gee Expiação, Expiar. gee Descansar,
b Jo. 6:38–39. 16a gee Arrepender-se, Descanso.
14a 1 Né. 11:32–33; Arrependimento. c Apoc. 1:5; 7:14;
Mois. 7:55. b gee Batismo, Batizar. Al. 5:21, 27; 13:11–13.
b Jo. 6:44; c 1 Né. 13:37. 20a Ét. 4:18.
3 Néfi 27:21–33 536
de bbatizados em meu nome, a de vos digo que devereis ser cco-
fim de que sejais csantificados, mo eu sou.
recebendo o Espı́rito Santo, pa- 28 E agora avou para o Pai. E
ra comparecerdes dsem mancha em verdade vos digo que qual-
perante mim no último dia. quer coisa que pedirdes ao Pai,
21 Em verdade, em verdade em meu nome, ser-vos-á dada.
vos digo que este é o meu evan- 29 Portanto, apedi e recebereis;
gelho; e sabeis o que deveis fa- batei e ser-vos-á aberto; porque
zer em minha igreja; pois as aquele que pede, recebe; e ao
obras que me vistes fazer, essas que bate, ser-lhe-á aberto.
também fareis; porque aquilo 30 E agora, eis que minha ale-
que me vistes fazer, isso fareis; gria é grande, até a plenitude,
22 Portanto, se fizerdes essas por causa de vós e também des-
coisas, bem-aventurados sois, ta geração; sim, e até o Pai se
porque sereis levantados no úl- alegra e também todos os santos
timo dia. anjos, por causa de vós e desta
23 Escrevei as coisas que vistes geração; porque anenhum deles
e ouvistes, salvo as que são está perdido.
a
proibidas. 31 Eis que eu quisera que com-
24 Escrevei as obras futuras preendêsseis, porque me refiro
deste povo, assim como foi es- aos a desta geração que estão
b
crito sobre as que se passaram. agora vivos; e nenhum deles
25 Pois eis que pelos livros que está perdido; e neles minha cale-
foram escritos e pelos que serão gria é completa.
escritos este povo será ajulgado, 32 Mas eis que eu me entriste-
pois é por eles que suas bobras se ço por causa da aquarta geração
tornarão conhecidas dos ho- a partir desta, porque serão le-
mens. vados ao cativeiro por aquele
26 E eis que todas as coisas são que foi o filho de perdição; por-
a
escritas pelo Pai; portanto o que me venderão por prata e
mundo será julgado segundo o por ouro e por tudo aquilo que a
b
que estiver escrito nos livros. traça corrói e os ladrões podem
27 E sabei vós que asereis os juı́- minar e roubar. E nesse dia visi-
zes deste povo, de acordo com o tá-los-ei, fazendo com que suas
julgamento que vos darei, que obras lhes caiam sobre a cabeça.
será justo. Portanto, que btipo de 33 E aconteceu que depois de
homens devereis ser? Em verda- haver proferido estas palavras,

20b gee Batismo, gee Livro da Vida. 29a Mt. 7:7; 3 Né. 14:7.
Batizar—Essencial. 27a 1 Né. 12:9–10; 30a Jo. 17:12.
c gee Santificação. Mórm. 3:19. 31a 3 Né. 28:23.
d D&C 4:2. b gee Jesus Cristo— b 3 Né. 9:11–13; 10:12.
23a 3 Né. 26:16. Exemplo de Jesus c gee Alegria.
25a 2 Né. 33:10–15; Cristo. 32a 2 Né. 26:9–10;
Pal. Mórm. 1:11. c Mt. 5:48; Al. 45:10, 12.
b 1 Né. 15:32–33. 3 Né. 12:48. b Mt. 6:19–21;
26a 3 Né. 24:16. 28a Jo. 20:17. 3 Né. 13:19–21.
537 3 Néfi 28:1–8
Jesus disse aos discı́pulos: Entrai 3 E disse-lhes ele: Bem-aventu-
pela porta aestreita, porque es- rados sois por haverdes deseja-
treita é a porta e apertado é o do isto de mim; portanto, quan-
caminho que leva à vida e pou- do atingirdes a idade de setenta
cos são os que o encontram; mas e dois anos, vireis a mim em
larga é a porta e espaçoso é o meu reino; e comigo achareis
a
caminho que leva à morte e descanso.
muitos são os que por aı́ pas- 4 E depois de lhes haver fala-
sam, até que chegue a noite, na do, voltou-se para os três e dis-
qual ninguém pode trabalhar. se-lhes: Que desejais que eu vos
conceda depois que for para o
Pai?
CAPÍTULO 28
5 E o coração deles entristeceu-
se, porque não se atreviam a
Nove dos Doze desejam e recebem a
dizer o que desejavam.
promessa de uma herança no reino
6 E disse-lhes ele: Eis que aco-
de Cristo, quando morrerem—Os
nheço vossos pensamentos e
Três Nefitas desejam e recebem po-
desejastes aquilo que bJoão, meu
der sobre a morte, para permanece-
amado, que me acompanhou
rem na Terra até que Jesus retor-
em meu ministério antes que eu
ne—Eles são transladados, vêem
fosse levantado pelos judeus,
coisas que não é permitido declarar
desejou de mim.
e estão agora ministrando entre os
7 Portanto mais bem-aventura-
homens. Aproximadamente 34–35
dos sois, porque anunca prova-
d.C.
reis a bmorte; mas vivereis para
E aconteceu que depois de ha- ver todas as obras do Pai entre
ver proferido estas palavras, os filhos dos homens, até que
Jesus falou a seus discı́pulos, um todas as coisas sejam cumpridas
a um, dizendo-lhes: O que dese- de acordo com a vontade do Pai,
jais de mim depois que eu for quando virei em minha glória
para o Pai? com os cpoderes do céu.
2 E com exceção de três, todos 8 E vós nunca padecereis as pe-
os outros responderam, dizen- nas da morte; mas quando eu
do: Desejamos que depois de vier em minha glória, sereis
havermos vivido até a idade do transformados num abrir e fe-
homem, que o ministério para o char de olhos, da amortalidade
qual nos chamaste tenha um para a bimortalidade; e então se-
fim, para que possamos ir logo reis abençoados no reino de
para junto de ti em teu reino. meu Pai.

33a Mt. 7:13–14; b Jo. 21:21–23; c 3 Né. 20:22.


3 Né. 14:13–14; D&C 7:1–4. 8 a 3 Né. 28:36–40.
D&C 22:1–4. 7 a 4 Né. 1:14; gee Mortal,
28 3a gee Descansar, Mórm. 8:10–11; Mortalidade.
Descanso. Ét. 12:17. b gee Imortal,
6 a Amós 4:13; b gee Seres Imortalidade.
Al. 18:32. Transladados.
3 Néfi 28:9–22 538
9 E também não padecereis do- tivessem sido mudados deste
res enquanto permanecerdes na corpo de carne para um esta-
carne; nem tristezas, a não ser do imortal, de modo que po-
pelos pecados do mundo; e tu- diam contemplar as coisas de
do isso farei em virtude do que Deus.
me haveis pedido, porque dese- 16 Mas aconteceu que nova-
jastes aconduzir a mim a alma mente ministraram na face da
dos homens, enquanto o mun- Terra; no entanto não revelaram
do existir. as coisas que tinham visto e ou-
10 E por essa razão tereis aale- vido, por causa da ordem que
gria completa e sentar-vos-eis lhes fora dada no céu.
no reino de meu Pai; sim, vossa 17 E agora, se eram mortais ou
alegria será completa, assim co- imortais a partir do dia da sua
mo completa foi a alegria que transfiguração, eu não sei.
me deu o Pai; e sereis como eu 18 Só sei, segundo o registro
sou e eu sou como o Pai; e o Pai que foi feito—que eles saı́ram
e eu somos bum. pela face da terra e ministraram
11 E o aEspı́rito Santo dá tes- entre o povo todo, levando para
temunho do Pai e de mim; e a igreja todos os que acredita-
o Pai dá o Espı́rito Santo aos vam em suas pregações e bati-
filhos dos homens, por minha zando-os; e todos os que foram
causa. batizados receberam o Espı́rito
12 E aconteceu que depois de Santo.
haver pronunciado essas pala- 19 E eram atirados em prisões
vras, Jesus tocou cada um deles por aqueles que não pertenciam
com o dedo, excetuando-se os à igreja. E as aprisões não os po-
três que deveriam permanecer, diam reter, pois partiam-se ao
e partiu. meio.
13 E eis que os céus se abriram; 20 E eram enterrados, mas fe-
e eles foram aarrebatados ao céu riam a terra com a palavra de
e viram e ouviram coisas inex- Deus, de modo que, pelo seu
a
primı́veis. poder, eram libertados das pro-
14 E foi-lhes aproibido que as fundezas da terra; e portanto
externassem; tampouco lhes foi não era possı́vel fazer covas su-
dado poder para relatarem as ficientemente fundas para retê-
coisas que viram e ouviram. los.
15 E se estavam no corpo ou 21 E três vezes foram atirados
fora do corpo, não puderam di- numa afornalha, sem nada sofre-
zer; porque lhes pareceu terem rem.
sido atransfigurados, como se 22 E duas vezes foram atirados

9 a Filip. 1:23–24; 3 Né. 11:32. 19a At. 16:26;


D&C 7:5–6. 13a II Cor. 12:2–4. Al. 14:26–28.
10a D&C 84:36–38. 14a D&C 76:114–116. 20a Mórm. 8:24.
b Jo. 17:20–23. 15a Mois. 1:11. 21a Dan. 3:22–27;
11a 2 Né. 31:17–21; gee Transfiguração. 4 Né. 1:32.
539 3 Néfi 28:23–35
numa acova de animais selva- muitas almas a Jesus, a fim de
gens; e eis que brincaram com as que o desejo deles seja satisfei-
feras como uma criança brinca to; e também em virtude do
com um carneirinho que ainda poder convincente de Deus, que
mama; e não se feriram. está neles.
23 E aconteceu que, assim, an- 30 E são como os a anjos de
daram pelo meio de todo o povo Deus e, se orarem ao Pai em no-
de Néfi e pregaram o aevange- me de Jesus, poderão mostrar-se
lho de Cristo a todas as pessoas a qualquer homem que lhes
de toda a face daquela terra; e pareça conveniente.
elas foram convertidas ao Senhor 31 Portanto, grandes e mara-
e uniram-se à Igreja de Cristo; vilhosas obras serão realizadas
e assim foi abençoado o povo por eles antes do agrande dia
b
dessa gerac¸ão, segundo a palavra em que todos terão que com-
de Jesus. parecer perante o tribunal de
24 E agora eu, Mórmon, deixo Cristo.
de falar sobre estas coisas por 32 Sim, até mesmo entre os
enquanto. gentios será realizada por eles
25 Eis que eu estava prestes uma a grande e maravilhosa
a escrever os anomes daqueles obra, antes do dia do juı́zo.
que nunca iriam provar a mor- 33 E se tivésseis todas as escri-
te, mas o Senhor mo proibiu; turas que relatam as maravilho-
portanto não os escrevo, porque sas obras de Cristo, saberı́eis, se-
estão escondidos do mundo. gundo as palavras de Cristo,
26 Mas eis que eu os vi e recebi que estas coisas certamente
seu ministério. acontecerão.
27 E eis que eles estarão entre 34 E ai daqueles que anão de-
os gentios e os gentios não os rem ouvidos às palavras de
conhecerão. Jesus nem baos que ele escolheu
28 Estarão também entre os e enviou-lhes; porque aqueles
judeus e os judeus não os co- que não recebem as palavras de
nhecerão. Jesus nem as palavras dos que
29 E acontecerá que quando ele enviou, não o recebem; e
o Senhor considerar convenien- portanto ele não os receberá no
te, em sua sabedoria, eles mi- último dia.
nistrarão entre todas as atribos 35 E melhor teria sido para eles
dispersas de Israel e entre to- que não tivessem nascido. Pois
das as nações, tribos, lı́nguas e supondes poder livrar-vos da
povos; e dentre eles levarão justiça de um Deus ofendido, o

22a Dan. 6:16–23; dispersão de Israel; 3 Né. 26:4–5.


4 Né. 1:33. Israel—As dez 32a 2 Né. 25:17.
23a gee Evangelho. tribos perdidas de 34a Ét. 4:8–12.
b 3 Né. 27:30–31. Israel. b gee Profeta.
25a 3 Né. 19:4. 30a gee Anjos.
29a gee Israel—A 31a Hel. 12:25;
3 Néfi 28:36–29:4 540
qual foi aesmagado sob os pés habitarem com Deus, eterna-
dos homens para que assim mente, nos céus.
viesse a salvação?
36 E agora eis que, a respei-
CAPÍTULO 29
to do que disse concernente
àqueles que o Senhor escolheu,
O aparecimento do Livro de Mór-
sim, os três que foram arrebata-
mon é um sinal de que o Senhor
dos aos céus, que eu não sabia
começou a coligar Israel e a cumprir
se tinham sido purificados da
seus convênios—Os que rejeitarem
mortalidade para a imortalida-
suas revelações e dons dos últimos
de—
dias serão amaldiçoados. Aproxima-
37 Mas eis que depois de haver
damente 34–35 d.C.
escrito, inquiri isso do Senhor e
ele afirmou-me que foi necessá- E agora eis que vos digo que
rio que no corpo deles se ope- quando o Senhor, em sua sabe-
rasse uma mudança, sem a qual doria, julgar conveniente que
seria necessário que provassem estas palavras a cheguem aos
a morte; gentios, segundo sua promessa,
38 Portanto, para que não pro- então sabereis que o bconvênio
vassem a morte, houve uma que o Pai fez com os filhos de
a
transformação no corpo deles, Israel, relativo a sua volta às ter-
a fim de que não sofressem do- ras de sua herança, já está come-
res nem penas, a não ser pelos çando a ser cumprido.
pecados do mundo. 2 E sabereis que as palavras do
39 Ora, essa transformação Senhor, proferidas pelos santos
não foi igual à que se verifica- profetas, serão todas cumpridas;
rá no último dia; mas houve ne- e não tendes que dizer que o
les uma transformação, para Senhor aretarda a sua vinda aos
que Satanás não tivesse poder filhos de Israel.
sobre eles, para que não pudes- 3 E não tendes que imaginar
se atentá-los; e foram bsantifica- em vosso coração que as pala-
dos na carne, a fim de que se vras que foram ditas são vãs,
tornassem csantos e não pudes- pois eis que o Senhor se lembra-
sem ser retidos pelos poderes da rá do convênio que fez com seu
Terra. povo da casa de Israel.
40 E nesse estado deviam per- 4 E quando virdes estas pala-
manecer até o dia do juı́zo de vras aparecendo no meio de
Cristo; e nesse dia sofreriam vós, não tereis mais necessida-
uma transformação maior e se- de de desdenhar as obras do
riam recebidos no reino do Pai Senhor, porque a aespada de sua
b
para não mais saı́rem, mas para justiça está em sua mão direita;

35a Hel. 12:2. Tentar. b Mórm. 5:14, 20.


38a gee Seres b gee Santificação. 2a Lc. 12:45–48.
Transladados. c gee Santidade. 4a 3 Né. 20:20.
39a gee Tentação, 29 1a 2 Né. 30:3–8. b gee Justiça.
541 3 Néfi 29:5–30:2
e eis que, nesse dia, se desde- execute julgamento em cumpri-
nhardes as suas obras, ele fará mento do convênio que fez com
com que ela prontamente vos a casa de Israel.
alcance.
5 aAi daquele que bdesdenha
CAPÍTULO 30
as obras do Senhor; sim, ai
daquele que cnega o Cristo e
Ordena-se aos gentios dos últimos
suas obras!
dias que se arrependam, venham a
6 Sim, aai daquele que nega
Cristo e sejam contados com a casa
as revelações do Senhor e que
de Israel. Aproximadamente 34–35
diz que o Senhor não se mani-
d.C.
festa mais por meio de revelação
nem por profecia nem por bdons Ouvi, ó gentios, e escutai as
nem por lı́nguas nem por curas palavras de Jesus Cristo, o Filho
nem pelo poder do Espı́rito do Deus vivo, as quais ele me
a
Santo! ordenou que dissesse a respei-
7 Sim, e ai daquele que disser, to de vós, porque eis que ele
naquele dia, a fim de obter me ordenou que escrevesse,
a
lucro, que b nenhum milagre dizendo:
pode haver, realizado por Jesus 2 Afastai-vos todos, ó agentios,
Cristo; porque o que fizer isso se de vossos caminhos inı́quos; e
b
tornará como o cfilho de perdi- arrependei-vos de vossas mal-
ção, para o qual não houve mi- dades, de vossas mentiras e em-
sericórdia, segundo a palavra de bustes; e de vossas libertinagens
Cristo. e de vossas abominações secre-
8 Sim, e já não tendes que tas e vossas idolatrias; e de vos-
a
zombar nem bdesdenhar nem sos homicı́dios e vossas artima-
escarnecer dos cjudeus nem de nhas sacerdotais e vossas inve-
nenhum dos remanescentes da jas; e de vossas discórdias e de
casa de Israel; pois eis que o todas as vossas iniqüidades e
Senhor se lembra de seu convê- abominações; e vinde a mim e
nio com eles; e procederá com sede batizados em meu nome, a
eles de acordo com o que jurou. fim de que recebais a remissão
9 Portanto não deveis supor de vossos pecados e recebais o
que vos será possı́vel virar a Espı́rito Santo, para que sejais
c
mão direita do Senhor para a es- contados com o meu povo, que
querda, a fim de que ele não é da casa de Israel.

5 a 2 Né. 28:15–16. b 2 Né. 28:4–6; 2 a gee Gentios.


b Mórm. 8:17; Mórm. 9:15–26. b gee Arrepender-se,
Ét. 4:8–10. c gee Filhos de Arrependimento.
c Mt. 10:32–33. Perdição. c Gál. 3:27–29;
6 a Mórm. 9:7–11, 15. 8 a 1 Né. 19:14. 2 Né. 10:18–19;
b gee Dons do Espı́rito. b 2 Né. 29:4–5. 3 Né. 16:10–13;
7 a gee Artimanhas c gee Judeus. 21:22–25;
Sacerdotais. 30 1a 3 Né. 5:12–13. Abr. 2:10.
Quarto Néfi
Livro de Néfi

QUE É FILHO DE NÉFI—UM DOS DISCÍPULOS DE JESUS CRISTO

Relato do povo de Néfi, segundo o registro dele.

Os Nefitas e os Lamanitas são todos nem livres, mas eram todos li-
convertidos ao Senhor—Eles têm vres e participantes do dom
todas as coisas em comum, operam celestial.
milagres e prosperam na terra— 4 E aconteceu que o trigésimo
Depois de dois séculos surgem di- sétimo ano também se passou; e
visões, iniqüidade, falsas igrejas e continuava a reinar paz na ter-
perseguições—Passados trezentos ra.
anos, tanto os nefitas como os lama- 5 E obras grandes e maravi-
nitas tornam-se inı́quos—Amaron lhosas eram feitas pelos discı́-
esconde os registros sagrados. pulos de Jesus, de modo que
a
Aproximadamente 35–321 d.C. curavam os enfermos, levan-
tavam os mortos e faziam andar
E ACONTECEU que se pas-
sou o trigésimo quarto ano,
como também o trigésimo quin-
os coxos, davam visão aos ce-
gos e faziam os surdos ouvi-
rem; e realizavam toda sorte de
to, e eis que os discı́pulos de b
milagres entre os filhos dos
Jesus organizaram uma igreja
homens e nenhum milagre ope-
de Cristo em todas as terras
ravam que não fosse em nome
circunvizinhas. E todos os que
de Jesus.
a eles se chegavam e verdadei-
6 E assim se passou o trigésimo
ramente se arrependiam de
oitavo ano, bem como o trigési-
seus pecados, eram batizados
mo nono e o quadragésimo pri-
em nome de Jesus; e também
meiro e o quadragésimo segun-
recebiam o Espı́rito Santo.
do, sim, até que se passaram
2 E aconteceu que no trigésimo
quarenta e nove anos e também
sexto ano todo o povo de toda a
o qüinquagésimo primeiro e o
face da terra foi convertido ao
qüinquagésimo segundo, sim,
Senhor, tanto nefitas como la-
até que se passaram cinqüenta e
manitas; e não havia contendas
nove anos.
nem disputas entre eles; e pro-
7 E o Senhor fê-los prosperar
cediam retamente uns com os
grandemente na terra; sim, tan-
outros.
to que novamente construı́ram
3 E tinham atodas as coisas em
cidades no lugar das que ha-
comum; portanto não havia ri-
viam sido queimadas.
cos nem pobres nem escravos
8 Sim, reconstruı́ram até mes-
[4 néfi] gee Consagrar, Lei 5 a gee Curar, Curas.
1 3a At. 4:32; 3 Né. 26:19. da Consagração. b Jo. 14:12. gee Milagre.
543 4 Néfi 1:9–19
mo a grande a cidade de Za- haviam todos ido para o aparaı́-
raenla. so de Deus, com exceção dos
b
9 Muitas cidades, porém, ha- três que deveriam permane-
viam sido asubmersas e as águas cer; e outros cdiscı́pulos tinham
haviam tomado o seu lugar; sido d ordenados para substi-
portanto essas cidades não pu- tuir aqueles; e também muitos
deram ser reedificadas. daquela geração haviam mor-
10 E então aconteceu que o po- rido.
vo de Néfi se fortaleceu e multi- 15 E aconteceu que anão havia
plicou-se com grande rapidez, contendas na terra, em virtude
tornando-se um povo muito do amor a Deus que existia no
a
formoso e agradável. coração do povo.
11 E casavam-se e davam-se 16 E anão havia invejas nem
em casamento e eram abençoa- disputas nem tumultos nem bli-
dos segundo a multidão das bertinagens nem mentiras nem
promessas que o Senhor lhes assassinatos nem qualquer espé-
fizera. cie de lascı́via; e certamente não
12 E já não se guiavam pelos poderia haver cpovo mais feliz
a
ritos e ordenanças da blei de entre todos os povos criados pe-
Moisés, mas observavam os la mão de Deus.
mandamentos que haviam rece- 17 Não havia ladrões nem as-
bido do seu Senhor e seu Deus, sassinos; nem havia lamanitas
continuando a cjejuar e a orar e nem qualquer espécie de itas,
a reunir-se amiúde, para orar e mas eram aum, os filhos de Cris-
ouvir a palavra do Senhor. to e herdeiros do reino de Deus.
13 E aconteceu que não havia 18 E quão abençoados eram
contendas entre todo o povo, eles! Porque o Senhor os aben-
em toda a terra; e grandes mila- çoou em tudo que fizeram; sim,
gres eram realizados entre os foram abençoados e prospera-
discı́pulos de Jesus. ram até haverem decorrido cen-
14 E aconteceu que se passou o to e dez anos. E a primeira gera-
septuagésimo primeiro ano e ç ã o d e p o i s d e C r i s t o t i n h a
também o septuagésimo segun- morrido; e não havia contendas
do ano; sim, em resumo, tinha- em toda a terra.
se passado até o septuagésimo 19 E aconteceu que Néfi, aque-
nono ano; sim, até mesmo cem le que fez este último registro (e
anos tinham-se passado; e os escreveu-o nas aplacas de Néfi),
discı́pulos que Jesus escolhera morreu e seu filho Amós conti-

8a 3 Né. 8:8. 14a gee Paraı́so. 16a gee Unidade.


9a 3 Né. 9:4, 7. b 3 Né. 28:3–9. b gee Concupiscência.
10a Mórm. 9:6. gee Seres c Mos. 2:41;
12a 2 Né. 25:30; Transladados. Al. 50:23.
3 Né. 15:2–8. c gee Discı́pulo. gee Alegria.
b gee Lei de Moisés. d gee Ordenação, 17a Jo. 17:21.
c Morô. 6:5; Ordenar. gee Sião.
D&C 88:76–77. 15a gee Paz. 19a gee Placas.
4 Néfi 1:20–30 544
nuou o registro em seu lugar; e não mais tiveram seus bens e
escreveu-o também nas placas suas posses em acomum.
de Néfi. 26 E começaram a dividir-se
20 E escreveu-o por oitenta em classes; e começaram a orga-
e quatro anos; e havia ainda nizar aigrejas para si mesmos, a
paz na terra, a não ser por uma fim de obter blucros, e principia-
pequena parte do povo que ram a renegar a verdadeira igre-
se revoltara contra a igreja, ja de Cristo.
tendo adotado o nome de la- 27 E aconteceu que depois de
manitas; assim começou nova- se haverem passado duzentos e
mente a haver lamanitas na ter- dez anos, existiam muitas igre-
ra. jas na terra; sim, havia muitas
21 E aconteceu que Amós tam- igrejas que professavam conhe-
bém morreu (e já se tinham pas- cer o Cristo, a negando, não
sado cento e noventa e quatro obstante, a maior parte de seu
anos da vinda de Cristo) e seu evangelho, de tal modo que to-
filho Amós escreveu o registro leravam toda sorte de iniqüida-
em seu lugar; e também escre- des e administravam o que era
veu nas placas de Néfi e no livro sagrado àqueles a quem isso fo-
de Néfi, que é este livro. ra bproibido por causa de sua
22 E aconteceu que duzentos indignidade.
anos se tinham passado; e a se- 28 E essa aigreja multiplicou-se
gunda geração também havia grandemente, por causa da ini-
morrido toda, com exceção de qüidade e do poder de Satanás
alguns poucos. que se apoderou do coração de-
23 E agora eu, Mórmon, quise- les.
ra que soubésseis que o povo se 29 E havia também outra igreja
havia multiplicado de tal forma que negava Cristo; e eles aperse-
que se achava espalhado por guiam a verdadeira igreja de
toda a face da terra; e havia-se Cristo, em virtude da humilda-
tornado imensamente rico, em de de seus adeptos e de sua
virtude de sua prosperidade em crença em Cristo; e despreza-
Cristo. vam-nos por causa dos muitos
24 Ora, nesse ano duzentos e milagres que eram feitos entre
um, alguns deles começaram a eles.
tornar-se aorgulhosos, trajando 30 Portanto exerciam poder e
roupas caras e usando toda sor- autoridade sobre os discı́pulos
te de pérolas finas e de coisas de Jesus que permaneceram
luxuosas do mundo. com eles e atiravam-nos na apri-
25 E dessa época em diante são; mas pelo poder da palavra

24a gee Orgulho. b D&C 10:56. 28a gee Diabo—A igreja


25a 4 Né. 1:3. gee Artimanhas do diabo.
26a 1 Né. 22:23; Sacerdotais. 29a gee Perseguição,
2 Né. 28:3; 27a gee Apostasia. Perseguir.
Mórm. 8:32–38. b 3 Né. 18:28–29. 30a 3 Né. 28:19–20.
545 4 Néfi 1:31–41
de Deus, que estava neles, as nitas chamavam de jacobitas e
prisões rachavam-se ao meio e josefitas e zoramitas.
eles saı́am, fazendo grandes mi- 37 Portanto, os verdadeiros
lagres entre o povo. crentes em Cristo e os verdadei-
31 Não obstante todos esses ros adoradores de Cristo (entre
milagres, o povo endureceu o os quais se achavam aqueles
a
coração e procurou matá-los, as- três discı́pulos que deviam per-
sim como em Jerusalém os ju- manecer) eram chamados nefi-
deus procuraram matar Jesus, tas e jacobitas e josefitas e zora-
segundo sua palavra. mitas.
32 E eram atirados em aforna- 38 E aconteceu que os que se
lhas bardentes e saı́am ilesos. recusavam a obedecer ao evan-
33 E eram atirados também em gelho eram chamados de lama-
a
covas de animais selvagens e nitas e lemuelitas e ismaelitas;
brincavam com os animais sel- estes não degeneraram na incre-
vagens da mesma forma que dulidade, mas arebelaram-se in-
uma criança brinca com um cor- tencionalmente contra o evan-
deiro; e saı́am ilesos do meio de- gelho de Cristo; e ensinaram aos
les. filhos que não deveriam crer, as-
34 Não obstante, o povo en- sim como seus pais, que degene-
dureceu o coração, porque era raram desde o princı́pio.
instigado por muitos sacerdo- 39 E isto ocorreu por causa das
tes e falsos profetas a construir iniqüidades e abominações de
muitas igrejas e a praticar toda seus pais, como no princı́pio. E
sorte de iniqüidades. E eles aata- foram a ensinados a odiar os
cavam o povo de Jesus; mas o filhos de Deus, assim como os
povo de Jesus não revidava os lamanitas foram ensinados a
ataques. E assim foram degene- odiar os filhos de Néfi, desde o
rando na incredulidade e na ini- princı́pio.
qüidade, de ano para ano, até 40 E aconteceu que duzentos e
que transcorreram duzentos e quarenta e quatro anos se ha-
trinta anos. viam passado e esta era a situa-
35 E então aconteceu que nesse ção do povo. E a parte mais
ano, sim, no ducentésimo trigé- inı́qua do povo fortaleceu-se,
simo primeiro ano, houve uma vindo a ser muito mais numero-
grande divisão entre o povo. sa que o povo de Deus.
36 E aconteceu que nesse ano 41 E continuaram a construir
surgiu um povo que recebeu o igrejas para si próprios e ador-
nome de nefitas e eles eram ver- navam-nas com toda sorte de
dadeiros crentes em Cristo; e objetos preciosos. E assim se
havia entre eles os que os lama- passaram duzentos e cinqüenta

32a 3 Né. 28:21. D&C 98:23–27. Rebelião.


b Dan. 3:26–27. 37a 3 Né. 28:6–7; 39a Mos. 10:17.
33a 3 Né. 28:22. Mórm. 8:10–11.
34a 3 Né. 12:39; 38a gee Rebeldia,
4 Néfi 1:42–Mórmon 1:2 546
anos e também duzentos e ses- abundância, entregando-se a
senta. toda sorte de comércio.
42 E aconteceu que a parte 47 E aconteceu que, passados
inı́qua do povo começou a resta- trezentos e cinco anos (e o povo
belecer os juramentos e acombi- continuava inı́quo), morreu
nações secretas de Gadiânton. Amós; e seu irmão, Amaron,
43 E também o povo que era escreveu os registros em seu
chamado de povo de Néfi co- lugar.
meçou a tornar-se orgulhoso, 48 E aconteceu que, passados
em virtude de suas grandes ri- trezentos e vinte anos, Amaron,
quezas; e tornaram-se vaidosos compelido pelo Espı́rito Santo,
como seus irmãos, os lamanitas. escondeu os registros que eram
44 E a partir daı́, os discı́pulos sagrados — sim, todos os a re-
começaram a sofrer pelos apeca- gistros sagrados que tinham
dos do mundo. sido transmitidos de geração em
45 E aconteceu que depois de geração, os quais eram sagra-
passados trezentos anos, tanto dos—até o tricentésimo vigési-
os nefitas como os lamanitas se mo ano depois da vinda de
haviam tornado extremamente Cristo.
inı́quos. 49 E ocultou-os para o Senhor,
46 E aconteceu que os ladrões a fim de que pudessem achegar
de Gadiânton se espalharam novamente ao remanescente da
por toda a superfı́cie da terra; e casa de Jacó, segundo as profe-
ninguém havia que fosse justo, cias e promessas do Senhor. E
a não ser os discı́pulos de Jesus. assim termina o registro de
E acumulavam ouro e prata em Amaron.

Livro de Mórmon

CAPÍTULO 1

Amaron instrui Mórmon sobre os


E AGORA eu, aMórmon, faço
um bregistro das coisas que
vi e ouvi e chamo-o Livro de
registros sagrados — Começa a Mórmon.
guerra entre os nefitas e os lamani- 2 E em torno da época em que
a
tas — Os Três Nefitas são leva- Amaron ocultou os registros
dos—Prevalecem a iniqüidade, a para o Senhor, veio ele até mim
descrença, as magias e as feitiçarias. (quando eu tinha uns dez anos
Aproximadamente 321–326 d.C. de idade e começava a ser bedu-
42a gee Combinações 49a En. 1:13. Profeta Nefita.
Secretas. b 3 Né. 5:11–18.
44a 3 Né. 28:9. [mórmon] 2 a 4 Né. 1:47–49.
48a Hel. 3:13, 15–16. 1 1a gee Mórmon, b Mos. 1:3–5.
547 Mórmon 1:3–16
cado segundo os conhecimentos 9 Ora, os lamanitas e os lemue-
de meu povo) e disse-me: Vejo litas e os ismaelitas eram chama-
que és um menino sério e de dos de lamanitas; e as duas
percepção rápida. facções eram os nefitas e os la-
3 Portanto, quando tiveres cer- manitas.
ca de vinte e quatro anos, quero 10 E aconteceu que a guerra
que te lembres das coisas que entre eles teve inı́cio nas frontei-
houveres observado em relação ras de Zaraenla, junto às águas
a este povo; e quando chegares de Sidon.
a essa idade, vai à terra de An- 11 E aconteceu que os nefitas
tum, a uma colina que se cha- haviam reunido um grande
mará aSim, onde depositei para número de homens, que exce-
o Senhor todas as gravações sa- dia a trinta mil. E aconteceu que
gradas que dizem respeito a este nesse mesmo ano houve um
povo. número de batalhas nas quais os
4 E eis que tomarás para ti as nefitas derrotaram os lamanitas
a
placas de Néfi, deixando as res- e mataram muitos deles.
tantes no lugar em que estão; e 12 E aconteceu que os lamani-
gravarás nas placas de Néfi to- tas abandonaram seus propósi-
das as coisas que tiveres obser- tos e houve paz na terra; e a paz
vado em relação a este povo. durou cerca de quatro anos, du-
5 E eu, Mórmon, sendo descen- rante os quais não houve derra-
dente de a Néfi (e o nome de mamento de sangue.
meu pai era Mórmon), lembrei- 13 A iniqüidade, porém, preva-
me das coisas que Amaron me leceu na face de toda a terra, de
ordenara. tal forma que o Senhor retirou
6 E aconteceu que quando eu seus aamados discı́pulos; e ces-
tinha onze anos, meu pai levou- saram os milagres e as curas, por
me para a terra do sul, para a causa da iniqüidade do povo.
terra de Zaraenla. 14 E devido a sua iniqüidade e
a
7 Toda a face da terra cobrira- descrença, já não havia bdons
se de edifı́cios e o povo era qua- do Senhor; e sobre ninguém
se tão numeroso quanto a areia descia o cEspı́rito Santo.
do mar. 15 E eu, com quinze anos de
8 E aconteceu que nesse ano idade, sendo de natureza um
começou uma guerra entre os tanto séria, fui visitado pelo
nefitas, que se compunham de Senhor e provei e conheci a
nefitas e jacobitas e josefitas e bondade de Jesus.
zoramitas; e essa guerra era en- 16 E procurei pregar a este po-
tre os nefitas e os lamanitas e os vo, mas minha boca foi fechada
lemuelitas e os ismaelitas. e fui proibido de pregar-lhes;

3 a Ét. 9:3. 5 a 3 Né. 5:12, 20. b Morô. 10:8–18, 24.


4 a Pal. Mórm. 1:1, 11. 13a 3 Né. 28:2, 12. c gee Espı́rito Santo.
gee Placas. 14a gee Incredulidade.
Mórmon 1:17–2:8 548
porque eis que se haviam arebe- vamente entre os nefitas e os la-
lado deliberadamente contra o manitas. E apesar de jovem, era
seu Deus; e em virtude de sua eu de grande estatura; por con-
iniqüidade, os discı́pulos ama- seguinte, o povo de Néfi desig-
dos foram bretirados da terra. nou-me como chefe, ou seja,
17 Mas permaneci no meio de- comandante de seus exércitos.
les, embora proibido de pregar- 2 Portanto aconteceu que aos
lhes por causa da dureza de seu dezesseis anos segui à frente de
coração; e em virtude da dureza um exército nefita contra os la-
de seu coração, a terra foi aamal- manitas; e trezentos e vinte seis
diçoada por causa deles. anos haviam-se passado.
18 E esses ladrões de Gadiân- 3 E aconteceu que no tricenté-
ton, que se achavam no meio simo vigésimo sétimo ano os
dos lamanitas, infestaram a terra lamanitas caı́ram sobre nós com
de tal forma que os habitantes uma força tão grande que ame-
começaram a esconder na terra drontaram meus exércitos; por-
seus atesouros; e tornaram-se es- tanto não quiseram lutar e co-
corregadios, porque o Senhor meçaram a recuar em direção
amaldiçoara a terra, de modo aos paı́ses do norte.
que não podiam segurá-los nem 4 E aconteceu que chegamos à
reavê-los. cidade de Angola e tomamos
19 E aconteceu que havia en- posse da cidade e fizemos pre-
cantamentos e feitiçarias e ma- parativos para defender-nos dos
gias; e o poder do maligno lamanitas. E aconteceu que for-
estendeu-se sobre toda a face da tificamos a cidade com todo o
terra, em cumprimento de todas empenho; mas apesar de todas
as palavras de Abinádi e tam- as nossas fortificações, os lama-
bém de Samuel, o lamanita. nitas caı́ram sobre nós e expul-
saram-nos da cidade.
5 E também nos expulsaram da
CAPÍTULO 2
terra de Davi.
6 E marchamos adiante e che-
Mórmon comanda os exércitos nefi-
gamos à terra de Josué, situada
tas—Sangue e carnificina varrem a
nas fronteiras do oeste, junto ao
terra — Os nefitas lamentam e
mar.
pranteiam com a tristeza dos conde-
7 E aconteceu que reunimos
nados—Passado é o seu dia de gra-
nosso povo o mais depressa
ça—Mórmon obtém as placas de
possı́vel, para podermos juntá-
Néfi — Continuam as guerras.
lo em um só grupo.
Aproximadamente 327–350 d.C.
8 Mas eis que a terra estava
E aconteceu que nesse mesmo cheia de ladrões e lamanitas; e
ano começou a haver guerra no- não obstante a grande destrui-

16a gee Rebeldia, 17a 2 Né. 1:7; Ét. 14:1–2.


Rebelião. Al. 45:10–14, 16.
b Mórm. 8:10. 18a Hel. 13:18–20;
549 Mórmon 2:9–17
ção que ameaçava os de meu córdias e a longanimidade do
povo, eles não se arrependeram Senhor, supondo portanto que
de suas maldades; por conse- ele seria misericordioso com
guinte houve carnificina e der- eles, para que se tornassem
ramamento de sangue por toda novamente um povo justo.
a face da terra, tanto do lado dos 13 Mas eis que esta minha ale-
nefitas quanto do lado dos la- gria foi vã, porque seu apesar
manitas; e houve uma revolu- não era para o arrependimento
ção total em toda a face da terra. por causa da bondade de Deus;
9 Ora, os lamanitas tinham um ao contrário, era mais o pesar
rei cujo nome era Aarão; e ele dos b condenados, porque o
veio contra nós com um exército Senhor não lhes permitiria cde-
de quarenta e quatro mil. E eis leitar-se continuamente no pe-
que o enfrentei com quarenta e cado.
dois mil. E aconteceu que o ven- 14 E eles não se chegavam a
ci com meu exército, pondo-o Jesus com acoração quebrantado
em fuga. E eis que tudo isso foi e espı́rito contrito. bAmaldiçoa-
feito; e trezentos e trinta anos vam, porém, a Deus e deseja-
haviam-se passado. vam morrer. Não obstante, luta-
10 E aconteceu que os nefitas vam com a espada por sua vida.
começaram a arrepender-se de 15 E aconteceu que a tristeza
suas iniqüidades e começaram a me voltou e vi que apassado era
clamar, como fora profetizado o bdia da cgraça para eles, tanto
por Samuel, o profeta; porque fı́sica como espiritualmente;
eis que ninguém podia conser- porque vi milhares deles caı́dos
var o que era seu, por causa dos em franca rebelião contra seu
ladrões e dos bandidos e dos as- Deus e amontoados como estru-
sassinos e da arte da magia e das me sobre a face da terra. E as-
feitiçarias que havia na terra. sim, trezentos e quarenta e qua-
11 Assim, por causa dessas coi- tro anos haviam-se passado.
sas, começou a haver pranto e 16 E aconteceu que no tricenté-
lamentação por toda a terra e, simo quadragésimo quinto ano
mais particularmente, entre o os nefitas começaram a fugir
povo de Néfi. dos lamanitas; e foram perse-
12 E aconteceu que quando eu, guidos até chegarem à terra de
Mórmon, vi sua lamentação e Jason, antes que fosse possı́vel
seu pranto e sua tristeza perante detê-los em sua retirada.
o Senhor, meu coração prin- 17 Ora, a cidade de Jason fica-
cipiou a regozijar-se dentro de va próxima à aterra onde Ama-
mim, conhecendo eu as miseri- ron depositara os registros para

2 13a II Cor. 7:10; Al. 42:29. 14a gee Coração 15a Jer. 8:20; D&C 56:16.
b gee Condenação, Quebrantado. b Hel. 13:38.
Condenar. b gee Blasfemar, c gee Graça.
c Al. 41:10. Blasfêmia. 17a Mórm. 1:1–4.
Mórmon 2:18–29 550
o Senhor, a fim de que não fos- mente os lamanitas e a alutar
sem destruı́dos. E eis que eu fui, por suas mulheres e seus filhos
de acordo com a recomendação e suas casas e seus lares.
de Amaron, e retirei as placas de 24 E minhas palavras desperta-
Néfi e fiz um registro, conforme ram-lhes um certo vigor, de
a recomendação de Amaron. modo que não fugiram dos la-
18 E nas placas de Néfi fiz um manitas e a eles opuseram-se
relato completo de todas as ini- ousadamente.
qüidades e abominações; mas 25 E aconteceu que lutamos
nestas aplacas abstive-me de fa- com um exército de trinta mil
zer um relato completo de suas contra um exército de cinqüenta
iniqüidades e abominações, por- mil. E aconteceu que nos porta-
que eis que, desde que pude en- mos diante deles com tal firme-
tender os costumes dos homens, za, que fugiram.
tive diante dos meus olhos uma 26 E aconteceu que quando fu-
cena contı́nua de iniqüidades e giram nós os perseguimos com
abominações. nossos exércitos e tornamos a
19 E ai de mim por causa de enfrentá-los e derrotamo-los;
suas iniqüidades! Porque meu não obstante, a força do Senhor
coração se tem enchido de tris- não estava conosco; sim, fomos
teza em virtude de suas iniqüi- deixados a nossa própria mercê
dades, todos os meus dias; não e o Espı́rito do Senhor não habi-
obstante, sei que serei aelevado tava em nós; portanto nos tor-
no último dia. namos fracos como nossos ir-
20 E aconteceu que nesse ano o mãos.
povo de Néfi foi novamente ca- 27 E meu coração afligiu-se por
çado e expulso. E aconteceu que causa desta grande calamidade
fomos obrigados a fugir até a de meu povo, por causa de suas
terra chamada Sem, que ficava iniqüidades e abominações. Eis,
ao norte. porém, que marchamos contra
21 E aconteceu que fortifica- os lamanitas e os ladrões de Ga-
mos a cidade de Sem e reuni- diânton até nos apossarmos no-
mos quantos de nosso povo nos vamente das terras de nossa
foi possı́vel, para que talvez herança.
pudéssemos salvá-los da des- 28 E passou-se o tricentésimo
truição. quadragésimo nono ano. E no
22 E aconteceu que no tricenté- tricentésimo qüinquagésimo ano
simo quadragésimo sexto ano fizemos um tratado com os la-
eles novamente começaram a manitas e os ladrões de Gadiân-
cair sobre nós. ton, pelo qual dividimos as ter-
23 E aconteceu que eu falei ao ras de nossa herança.
meu povo e exortei-o com gran- 29 E os lamanitas deram-nos a
de energia a enfrentar corajosa- terra do norte, sim, até a aestrei-

18a gee Placas. Ét. 4:19. Al. 43:45.


19a Mos. 23:22; 23a Mos. 20:11; 29a Al. 22:32.
551 Mórmon 3:1–10
ta passagem que conduzia à ter- que eles se preparavam para
ra do sul. E nós demos aos lama- atacar-nos outra vez.
nitas toda a terra do sul. 5 E aconteceu que eu fiz com
que meu povo se reunisse na
terra de Desolação, numa cida-
CAPÍTULO 3
de situada nas fronteiras, perto
da estreita passagem que con-
Mórmon clama arrependimento aos
duzia à terra do sul.
nefitas — Eles conseguem uma
6 E aı́ colocamos nossos exérci-
grande vitória e vangloriam-se de
tos, a fim de determos os exérci-
sua própria força—Mórmon recu-
tos lamanitas, para que eles não
sa-se a chefiá-los e suas orações por
se apoderassem de qualquer de
eles são sem fé—O Livro de Mór-
nossas terras; portanto nos forti-
mon convida as doze tribos de Israel
ficamos contra eles com toda a
a crerem no evangelho. Aproxima-
nossa força.
damente 360–362 d.C.
7 E aconteceu que no tricenté-
E aconteceu que os lamanitas simo sexagésimo primeiro ano
não voltaram a guerrear até que os lamanitas desceram para a ci-
se passaram mais dez anos. E eis dade de Desolação a fim de
que eu havia empregado meu guerrear-nos; e aconteceu que
povo, os nefitas, no preparo de nesse ano nós os derrotamos, de
suas terras e de suas armas, para modo que eles retornaram a
o dia da batalha. suas próprias terras.
2 E aconteceu que o Senhor 8 E no tricentésimo sexagésimo
me disse: Clama a este povo— segundo ano desceram nova-
Arrependei-vos e vinde a mim mente para guerrear. E torna-
e sede batizados e reorganizai mos a derrotá-los e matamos um
a minha igreja; e sereis poupa- grande número deles; e seus
dos. mortos foram atirados ao mar.
3 E eu clamei a este povo, mas 9 Ora, por causa deste grande
foi em vão; e eles não compre- feito que os de meu povo, os
enderam que fora o Senhor que nefitas, haviam realizado, co-
os havia poupado e concedera- meçaram a a vangloriar-se de
lhes uma oportunidade de se sua própria força e a jurar pe-
arrependerem. E eis que endu- rante os céus que vingariam o
receram o coração contra o sangue de seus irmãos, os quais
Senhor seu Deus. tinham sido mortos por seus
4 E aconteceu que, passado es- inimigos.
te décimo ano, perfazendo no 10 E juraram pelos céus e tam-
total trezentos e sessenta anos bém pelo trono de Deus que
a
desde a vinda de Cristo, o rei subiriam para batalhar contra
dos lamanitas enviou-me uma seus inimigos e varrê-los-iam da
epı́stola que me fez ciente de face da terra.

3 9a 2 Né. 4:34. 10a 3 Né. 3:20–21; Mórm. 4:4.


Mórmon 3:11–21 552
11 E aconteceu que eu, Mór- coisas que vi e ouvi, segundo as
mon, recusei-me terminante- manifestações do Espı́rito, o qual
mente, daı́ em diante, a ser co- dera testemunho acerca de coi-
mandante e chefe deste povo, sas futuras.
em virtude de suas iniqüidades 17 Portanto eu avos escrevo,
e abominações. gentios, e também a vós, casa de
12 Eis que eu os conduzira, Israel, que, quando a obra come-
apesar de suas iniqüidades, eu çar, estareis no ponto de prepa-
os conduzira várias vezes à ba- rar-vos para regressar à terra de
talha e amara-os segundo o vossa herança.
a
amor de Deus que se achava 18 Sim, eis que escrevo a todos
em mim, com todo o meu cora- os confins da Terra; sim, a vós,
ção; e o dia inteiro elevava mi- doze tribos de Israel, que sereis
a
nha alma a Deus, em oração por julgadas, de acordo com vossas
eles; não obstante era bsem fé, obras, pelos doze que Jesus es-
por causa da dureza do coração colheu como seus discı́pulos na
deles. terra de Jerusalém.
13 E três vezes livrei-os das 19 E escrevo também aos rema-
mãos dos seus inimigos e eles nescentes deste povo, que tam-
não se arrependeram de seus bém serão julgados pelos adoze
pecados. que Jesus escolheu nesta terra; e
14 E quando juraram, por tudo eles serão julgados pelos outros
que fora aproibido por nosso Se- doze que Jesus escolheu na terra
nhor e Salvador Jesus Cristo, de Jerusalém.
que subiriam para batalhar con- 20 E estas coisas foram-me
tra seus inimigos e vingar-se do manifestadas pelo Espı́rito; por-
sangue de seus irmãos, eis que a tanto escrevo a todos vós. E
voz do Senhor chegou a mim, por esta razão vos escrevo, pa-
dizendo: ra que saibais que deveis todos
15 Minha é a avingança e eu comparecer ante o atribunal de
b
retribuirei; porque este povo Cristo, sim, todas as almas que
não se arrependeu depois de eu pertencem a toda a b famı́lia
os ter livrado, eis que serão var- humana de Adão; e deveis com-
ridos da face da Terra. parecer para serdes julgados por
16 E aconteceu que me recusei vossas obras, sejam elas
terminantemente a marchar con- boas ou más.
tra meus inimigos; e fiz como o 21 E também para que aacredi-
Senhor me ordenara; e perma- teis no evangelho de Jesus
neci como testemunha passiva, Cristo, que tereis no meio de
para manifestar ao mundo as vós; e também para que os bju-

12a gee Amor. 17a 2 Né. 30:3–8; 19a 1 Né. 12:9–10.


b Mórm. 5:2. 3 Né. 29:1. 20a gee Juı́zo Final.
14a 3 Né. 12:34–37. 18a Mt. 19:28; b D&C 27:11.
15a gee Vingança. Lc. 22:29–30; 21a D&C 3:20.
b D&C 82:23. D&C 29:12. b gee Judeus.
553 Mórmon 3:22–4:10
deus, o povo do convênio do de de Teâncum ficava na fron-
Senhor, tenham outra ctestemu- teira perto da costa; e ficava
nha, além daquele a quem vi- também perto da cidade de De-
ram e ouviram, de que Jesus, a solação.
quem mataram, era o dpróprio 4 E foi apor terem os exércitos
Cristo e o próprio Deus. nefitas atacado os lamanitas, que
22 E quisera persuadir atodos eles começaram a ser destruı́-
vós, confins da Terra, a vos arre- dos; porque, se tal não houves-
penderdes e a vos preparardes sem feito, os lamanitas não te-
para comparecer perante o tri- riam tido poder sobre eles.
bunal de Cristo. 5 Mas eis que os julgamentos
de Deus sobrevirão aos inı́quos;
e é pelos inı́quos que são os inı́-
CAPÍTULO 4
quos apunidos; porque são os
inı́quos que incitam o coração
Continuam as guerras e carnifi-
dos filhos dos homens ao derra-
cinas—O inı́quo pune o inı́quo—A
mamento de sangue.
iniqüidade é maior do que nunca em
6 E aconteceu que os lamanitas
toda Israel—Mulheres e crianças
fizeram preparativos para ata-
são sacrificadas a ı́dolos—Os lama-
car a cidade de Teâncum.
nitas começam a varrer os nefitas de
7 E aconteceu que no tricenté-
diante de si. Aproximadamente
simo sexagésimo quarto ano os
363–375 d.C.
lamanitas atacaram a cidade de
E então aconteceu que no tri- Teâncum, a fim de se apodera-
centésimo sexagésimo terceiro rem também da cidade de Teân-
ano os nefitas saı́ram da terra de cum.
Desolação e subiram com seus 8 E aconteceu que foram repe-
exércitos para atacar os lamani- lidos e rechaçados pelos nefitas.
tas. E quando os nefitas viram que
2 E aconteceu que os exércitos haviam rechaçado os lamanitas,
dos nefitas foram rechaçados vangloriaram-se novamente da
novamente para a terra de De- própria força; e foram com seu
solação. E enquanto estavam próprio poder e reconquista-
ainda cansados, uma nova tropa ram a cidade de Desolação.
de lamanitas atacou-os; e tive- 9 Ora, todas estas coisas ha-
ram uma batalha sangrenta, de viam ocorrido e houve milhares
modo que os lamanitas ocupa- de mortos de ambas as partes,
ram a cidade de Desolação e tanto dos nefitas como dos la-
mataram muitos dos nefitas e fi- manitas.
zeram muitos prisioneiros. 10 E aconteceu que o tricenté-
3 E os restantes fugiram e simo sexagésimo sexto ano se
uniram-se aos habitantes da passou e os lamanitas vieram
cidade de Teâncum. Ora, a cida- novamente batalhar contra os

21c 2 Né. 25:18. Mos. 7:27. 4 4a Mórm. 3:10.


d 2 Né. 26:12; 22a Al. 29:1. 5 a D&C 63:33.
Mórmon 4:11–23 554
nefitas; e ainda assim os nefitas centésimo septuagésimo quinto
não se arrependeram do mal ano.
que haviam praticado, mas per- 17 E nesse ano eles desceram,
sistiram na sua iniqüidade con- com todas as suas forças, para
tinuamente. guerrear os nefitas; e não foram
11 E é impossı́vel que a lı́ngua contados, por causa de seu
descreva ou o homem escreva grande número.
uma descrição perfeita da horrı́- 18 E adaı́ em diante os nefitas
vel cena de sangue e carnificina não conseguiram mais ter poder
que houve entre o povo, tanto sobre os lamanitas, mas começa-
nefitas como lamanitas; e o cora- ram a ser eliminados por eles
ção de todos endureceu-se, a como o orvalho sob o sol.
ponto de se deleitarem com o 19 E aconteceu que os lamani-
derramamento de sangue, con- tas desceram para atacar a cida-
tinuamente. de de Desolação; e travou-se
12 E nunca houve tão grande uma terrı́vel batalha na terra de
a
iniqüidade entre todos os filhos Desolação, na qual eles derrota-
de Leı́; nem mesmo em toda a ram os nefitas.
casa de Israel, segundo as pala- 20 E eles fugiram novamente e
vras do Senhor, como entre este foram para a cidade de Boaz; e
povo. lá enfrentaram os lamanitas com
13 E aconteceu que os lamani- grande ousadia, de modo que os
tas tomaram a cidade de Desola- lamanitas não os derrotaram
ção e isso porque o seu anúmero senão quando efetuaram um se-
excedia o dos nefitas. gundo ataque.
14 E marcharam também con- 21 E quando os atacaram pela
tra a cidade de Teâncum e ex- segunda vez, os nefitas foram
pulsaram seus habitantes e fize- r e c h a ç a d o s e m o r t o s n u m a
ram muitos prisioneiros, tanto grande carnificina; suas mulhe-
mulheres como crianças, ofere- res e seus filhos foram nova-
cendo-os em sacrifı́cio a seus mente sacrificados a ı́dolos.
a
ı́dolos. 22 E aconteceu que os nefi-
15 E aconteceu que no tricenté- tas tornaram a fugir, levando
simo sexagésimo sétimo ano, in- consigo todos os habitantes,
dignados por terem os lamani- tanto das cidades como das
tas sacrificado suas mulheres e aldeias.
filhos, os nefitas atacaram-nos 23 E agora eu, Mórmon, vendo
com tanta fúria que os derrota- que os lamanitas estavam pres-
ram e novamente os expulsaram tes a dominar a terra, dirigi-me à
de suas terras. colina de aSim e retirei todos os
16 E os lamanitas não voltaram registros que Amaron havia es-
a atacar os nefitas até o tri- condido para o Senhor.

12a Gên. 6:5; 13a Mórm. 5:6. 18a Mórm. 3:3.


3 Né. 9:9. 14a gee Idolatria. 23a Mórm. 1:3.
555 Mórmon 5:1–9
CAPÍTULO 5 trar no paı́s que se estendia à
nossa frente, para destruir os
Mórmon lidera novamente os exér- habitantes de nossa terra.
citos nefitas em batalhas de sangue 5 Aconteceu, porém, que todas
e carnificina—O Livro de Mórmon as terras pelas quais passamos,
aparecerá para convencer toda Is- cujos habitantes não estavam
rael de que Jesus é o Cristo—Por reunidos, foram destruı́das pe-
causa de sua incredulidade os lama- los lamanitas; e suas cidades e
nitas serão dispersos e o Espı́rito vilas e aldeias foram queimadas
cessará de lutar com eles—Eles re- com fogo; e assim se passaram
ceberão o evangelho dos gentios nos trezentos e setenta e nove anos.
últimos dias. Aproximadamente 6 E aconteceu que no tricenté-
375–384 d.C. simo octogésimo ano os lamani-
tas voltaram a atacar-nos e nós
E aconteceu que fui para o enfrentamo-los com bravura;
meio dos nefitas e arrependi-me mas foi tudo em vão, porque tão
do ajuramento que fizera de não numerosos eram eles que esma-
mais os ajudar; e deram-me no- garam o povo nefita sob os pés.
vamente o comando de seus 7 E aconteceu que novamente
exércitos, pois julgavam que eu tivemos de fugir; aqueles que
poderia livrá-los de suas afli- eram mais velozes que os lama-
ções. nitas escaparam; e os que eram
2 Mas eis que eu anão tinha es- menos rápidos foram abatidos e
perança, porque conhecia os jul- destruı́dos.
gamentos do Senhor que lhes 8 E agora eis que eu, Mórmon,
sobreviriam, porquanto não se não quero afligir a alma dos ho-
haviam arrependido de suas ini- mens, descrevendo-lhes as terrı́-
qüidades, mas lutavam pela vi- veis cenas de sangue e carnifi-
da sem invocar aquele Ser que cina que se desenrolaram pe-
os criara. rante meus olhos, embora saiba
3 E aconteceu que os lamanitas que essas coisas certamente
nos atacaram depois de haver- serão conhecidas e que todas as
mos fugido para a cidade de Jor- coisas que estão ocultas deverão
dão; mas eis que foram rechaça- ser areveladas sobre os telhados
dos, de modo que não tomaram das casas—
a cidade naquela oportunidade. 9 E também que o conhecimen-
4 E aconteceu que tornaram a to dessas coisas deverá achegar
nos atacar, mas nós conserva- aos remanescentes deste povo,
mos a cidade. E havia também bem como aos gentios que,
outras cidades que eram contro- segundo disse o Senhor, bdis-
ladas pelos nefitas, cujas fortale- persarão este povo, o qual será
zas impediam o inimigo de en- contado como nada entre eles—

5 1a Mórm. 3:11. 8 a Lc. 12:2–3; 9 a 4 Né. 1:49.


2 a Mórm. 3:12. 2 Né. 27:11; D&C 1:3. b 3 Né. 16:8.
Mórmon 5:10–19 556
escrevo portanto um cbreve re- ra que o Pai realize, por meio de
sumo, não ousando, em virtude seu mui Amado, o seu grande e
da ordem que me foi dada, fazer eterno propósito de restituir aos
um relato completo das coisas judeus, ou a toda a casa de Is-
que vi e, também, para que não rael, a terra de sua herança, que
vos aflijais em demasia por cau- o Senhor seu Deus lhes deu em
sa da iniqüidade deste povo. cumprimento de seu cconvênio.
10 E eis que digo isto a sua se- 15 E também para que a se-
mente, bem como aos gentios mente adeste povo possa mais
que se preocupam com a casa de plenamente acreditar em seu
Israel, que compreendem e sa- evangelho, que será blevado a
bem de onde vêm suas bênçãos. eles pelos gentios; pois este po-
11 Porque sei que eles lamen- vo será cdisperso e dtornar-se-á
tarão as calamidades da casa de um povo escuro, imundo e re-
Israel; sim, lamentarão a des- pugnante, além de qualquer
truição deste povo; lamentarão descrição do que já existiu entre
este povo não se haver arrepen- nós, sim, mesmo o que já existiu
dido, a fim de ser envolvido pe- entre os lamanitas; e isto por
los braços de Jesus. causa de sua incredulidade e
12 Ora, aestas coisas são escritas idolatria.
para os bremanescentes da casa 16 Porque eis que o Espı́rito do
de Jacó; e são escritas desta ma- Senhor já deixou de alutar com
neira porque Deus sabe que a seus pais; e estão sem Cristo e
iniqüidade não lhas manifesta- sem Deus no mundo; e são leva-
rá; e elas devem ser cescondidas dos de um lado para outro, co-
para o Senhor, a fim de que se- mo bpalha ao vento.
jam reveladas no seu próprio e 17 Eles já foram um povo agra-
devido tempo. dável e tinham Cristo como seu
a
13 E este é o mandamento que pastor; sim, e eram guiados por
recebi; e eis que elas serão reve- Deus, o Pai.
ladas segundo o mandamento 18 Agora, porém, eis que são
a
do Senhor, quando ele, em sua guiados por Satanás, como a
sabedoria, julgar conveniente. palha pelo vento ou como um
14 E eis que elas irão aos aju- barco que, sem velas nem ânco-
deus incrédulos; e com esta fi- ras ou nada que possa dirigi-lo,
nalidade irão—para que sejam se torna joguete das ondas; e as-
b
persuadidos de que Jesus é o sim são eles, como o barco.
Cristo, o Filho do Deus vivo; pa- 19 E eis que o Senhor reservou

9 c Mórm. 1:1. 14a 2 Né. 29:13; 30:7–8. c 1 Né. 10:12–14;


12a En. 1:16; gee Judeus. 3 Né. 16:8.
Hel. 15:11–13. b 2 Né. 25:16–17. d 2 Né. 26:33.
gee Livro de Mórmon. c 3 Né. 29:1–3. 16a Gên. 6:3; Ét. 2:15.
b D&C 3:16–20. 15a 3 Né. 21:3–7, 24–26. b Salm. 1:4.
c Mórm. 8:4, 13–14; b 1 Né. 13:20–29, 38; 17a gee Bom Pastor.
Morô. 10:1–2. Mórm. 7:8–9. 18a 2 Né. 28:21.
557 Mórmon 5:20–6:6
suas bênçãos, que o povo pode- Mórmon esconde os registros sagra-
ria ter recebido na terra, para os dos no monte Cumora—Os lama-
a
gentios que possuirão a terra. nitas saem vitoriosos e a nação nefi-
20 Mas eis que acontecerá que ta é destruı́da—Centenas de milha-
este povo será perseguido e dis- res são mortos pela espada. Aproxi-
perso pelos gentios; e depois madamente 385 d.C.
que tiver sido perseguido e dis-
E agora termino meu relato
perso pelos gentios, eis que o
concernente à a destruição de
Senhor se alembrará do bconvê-
meu povo, os nefitas. E aconte-
nio que fez com Abraão e com
ceu que marchamos adiante dos
toda a casa de Israel.
lamanitas.
21 E também o Senhor se lem-
2 E eu, Mórmon, escrevi uma
brará das aorações dos justos
epı́stola ao rei dos lamanitas e
que lhe foram dirigidas em fa-
pedi-lhe que nos permitisse reu-
vor deles.
nir nosso povo na a terra de
22 E então, ó gentios, como po-
Cumora, nas proximidades de
deis permanecer perante o po-
um monte chamado Cumora; e
der de Deus, a não ser que vos
lá poderı́amos combatê-los.
arrependais e vos desvieis de
3 E aconteceu que o rei dos la-
vossos caminhos inı́quos?
manitas me concedeu o que
23 Não sabeis que estais nas
havia pedido.
mãos de Deus? Não sabeis que
4 E aconteceu que marchamos
ele tem todo o poder e que, sob
para a terra de Cumora e arma-
o seu grandioso acomando, a
mos nossas tendas ao redor do
Terra será benrolada como um
monte Cumora; e era numa ter-
pergaminho?
ra de muitas águas, rios e fontes;
24 Portanto, arrependei-vos e
e ali tı́nhamos esperança de so-
humilhai-vos perante ele, a fim
brepujar os lamanitas.
de que não se levante em justiça
5 E quando trezentos e oitenta
contra vós; e para que um resto
e quatro anos se haviam passa-
da semente de Jacó não surja
do, reunimos todos os remanes-
entre vós como um aleão e vos
centes de nosso povo na terra
despedace; e ninguém haja para
de Cumora.
nos livrar.
6 E aconteceu que após haver-
mos reunido todo o nosso povo
CAPÍTULO 6 em um só grupo na terra de
Cumora, eis que eu, Mórmon,
Os nefitas reúnem-se na terra de comecei a envelhecer; e saben-
Cumora para as batalhas finais— do que esta seria a última luta

19a 3 Né. 20:27–28. Mórm. 9:36–37. 6 1a 1 Né. 12:19;


20a 3 Né. 16:8–12. 23a Hel. 12:8–17. Jar. 1:10;
b gee Convênio b 3 Né. 26:3. Al. 45:9–14;
Abraâmico. 24a Miq. 5:8; Hel. 13:5–11.
21a En. 1:12–18; 3 Né. 20:15–16. 2 a Ét. 9:3.
Mórmon 6:7–15 558
de meu povo e tendo recebido de nós (entre os quais estava
ordem do Senhor de não permi- meu filho Morôni) e tendo nós
tir que os registros sagrados, sobrevivido aos nossos mortos,
que haviam sido sucessivamen- vimos, na manhã seguinte, do
te transmitidos por nossos pais, topo do monte Cumora, quando
viessem a cair nas mãos dos la- os lamanitas voltaram para seus
manitas (porque os lamanitas os acampamentos, os dez mil de
destruiriam), fiz aeste relato, ex- meu povo que foram abatidos,
traı́do das placas de Néfi; e bo- que haviam sido comandados
cultei no monte Cumora todos por mim.
os registros que me tinham sido 12 E vimos também os dez mil
confiados pela mão do Senhor, de meu povo que haviam sido
excetuando-se cestas poucas pla- comandados por meu filho
cas que dei a meu filho dMorôni. Morôni.
7 E aconteceu que meu povo, 13 E eis que os dez mil de
com suas esposas e seus filhos, Gidgidona haviam caı́do e ele
viu os aexércitos dos lamanitas também estava no meio.
marchando em sua direção; e 14 E Lamá caı́ra com seus dez
com aquele horrı́vel temor da mil; e Gilgal caı́ra com seus dez
morte que enche o peito de to- mil; e Limá caı́ra com seus dez
dos os inı́quos, esperaram para mil; e Jeneum caı́ra com seus
recebê-los. dez mil; e Cumeniá e Moronia e
8 E aconteceu que vieram Antiônum e Siblom e Sem e Jós
guerrear-nos e todas as almas haviam caı́do, cada um com
estavam cheias de terror por seus dez mil.
causa da grandeza de seu nú- 15 E aconteceu que dez mais
mero. caı́ram pela espada, cada qual
9 E aconteceu que caı́ram sobre com seus dez mil. Sim, atodo o
meu povo com espadas e com meu povo tinha caı́do, salvo
arcos e com flechas e com ma- aqueles vinte e quatro que esta-
chados e com toda sorte de ar- vam comigo e também uns pou-
mas de guerra. cos que tinham escapado para
10 E aconteceu que meus ho- os paı́ses do sul; e alguns que
mens foram abatidos, sim, os se passaram para o lado dos la-
dez mil que estavam comigo, e manitas; e sua carne e ossos e
eu caı́ ferido no meio deles; e sangue jaziam sobre a face da
eles passaram por mim sem pôr terra, deixados pelas mãos da-
fim a minha vida. queles que os mataram para de-
11 E depois de haverem passa- comporem-se sobre a terra e
do e abatido atodo o meu povo, desfazerem-se e voltarem para
com exceção de vinte e quatro sua mãe-terra.

6 a gee Placas. d Mórm. 8:1. Hel. 15:17.


b Ét. 15:11. 7 a 1 Né. 12:15. 15a Al. 9:24.
c Pal. Mórm. 1:2. 11a 1 Né. 12:19–20;
559 Mórmon 6:16–7:5
16 E minha alma estava despe- CAPÍTULO 7
daçada de angústia, por causa
da morte de meu povo; e cla- Mórmon convida os lamanitas dos
mei: últimos dias a crerem em Cristo, a
17 Ó vós, formosos, como pu- aceitarem o seu evangelho e serem
destes vos apartar dos caminhos salvos—Todos os que crerem na
do Senhor? Ó vós, formosos, co- Bı́blia também crerão no Livro de
mo pudestes rejeitar aquele Mórmon. Aproximadamente 385
Jesus que estava de braços aber- d.C.
tos para vos receber?
18 Eis que, se não tivésseis feito E agora, eis que eu desejaria fa-
i s t o , n ã o t e r ı́ e i s c a ı́ d o . E i s , lar algo aos aremanescentes des-
porém, que caı́stes e eu choro te povo, que são poupados, se é
vossa perda. que Deus permitirá que a eles
19 Ó vós, belos filhos e filhas, cheguem minhas palavras, a fim
vós, pais e mães, vós, maridos e de que saibam das coisas de
mulheres, vós, formosos, como seus pais; sim, falo a vós, rema-
pudestes cair? nescentes da casa de Israel; e
20 Mas eis que haveis partido e são estas as palavras que digo:
meus lamentos não vos podem 2 Sabei que sois da acasa de
trazer de volta. Israel.
21 E logo chegará o dia em que 3 Sabei que vos deveis arre-
vossa mortalidade se revestirá pender; ou não podereis ser sal-
de imortalidade e esses corpos vos.
que agora se decompõem em 4 Sabei que deveis abandonar
corrupção logo se tornarão acor- vossas armas de guerra e não
pos incorruptı́veis; e então te- mais vos deleitar com derrama-
reis que vos apresentar perante mento de sangue; e que não de-
o tribunal de Cristo, para serdes veis pegá-las novamente, a não
julgados de acordo com vossas ser que Deus vos ordene.
obras; e, se tiverdes sido justos, 5 Sabei que deveis ter aconheci-
sereis abençoados com vossos mento de vossos pais e arrepen-
pais que partiram antes de vós. der-vos de todos os vossos peca-
22 Oh! Se vos tivésseis arre- dos e iniqüidades e b crer em
pendido antes que esta grande Jesus Cristo, que ele é o Filho de
destruição vos sobreviesse. Eis, Deus e que foi morto pelos ju-
porém, que partistes; e o Pai, deus; e que pelo poder do Pai se
sim, o Eterno Pai dos céus co- levantou novamente, pelo que
nhece vosso estado; e ele proce- conquistou a cvitória sobre a se-
de para convosco segundo sua pultura; e também nele é consu-
a
justiça e bmisericórdia. mido o aguilhão da morte.

21a I Cor. 15:53–54. Misericordioso. 5 a 2 Né. 3:12.


22a gee Justiça. 7 1a Hel. 15:11–13. b gee Crença, Crer; Fé.
b gee Misericórdia, 2 a Al. 10:3. c Isa. 25:8; Mos. 16:7–8.
Mórmon 7:6–8:3 560
6 E ele efetua a aressurreição um remanescente da semente
dos mortos, por meio da qual o de Jacó; por conseguinte, sois
homem será levantado para contados com o povo do primei-
comparecer perante o seu btri- ro convênio; e se crerdes em
bunal. Cristo e fordes batizados, pri-
7 E efetuou a a redenção do meiro com água, depois com
mundo, por meio da qual aque- fogo e com o Espı́rito Santo, se-
le que for declarado binocente guindo o aexemplo de nosso Sal-
em sua presença, no dia do juı́- vador conforme o que ele nos
zo, terá permissão para chabitar ordenou, tudo estará bem con-
na presença de Deus em seu vosco no dia do juı́zo. Amém.
reino, para cantar louvores con-
tinuamente, com os dcoros
CAPÍTULO 8
celestes, ao Pai e ao Filho e ao
Espı́rito Santo, que são e um
Os lamanitas perseguem e matam
Deus, num estado de ffelicidade
os nefitas—O Livro de Mórmon
que não tem fim.
aparecerá pelo poder de Deus —
8 Portanto, arrependei-vos e
Aflições pronunciadas sobre aqueles
sede batizados em nome de
que exalam ira e lutam contra a
Jesus e apegai-vos ao aevange-
obra do Senhor—O registro nefita
lho de Cristo, que vos será apre-
aparecerá num dia de iniqüidade,
sentado não somente neste
degeneração e apostasia. Aproxima-
registro, mas também no bregis-
damente 400–421 d.C.
tro que chegará aos gentios, vin-
do cdos judeus, registro esse que E eis que eu, aMorôni, termino o
virá dos gentios dpara vós. b
registro de meu pai, Mórmon.
9 Pois eis que aeste é escrito Eis que tenho poucas coisas pa-
com o propósito de que bacredi- ra escrever, coisas que me foram
teis naquele; e se acreditardes ordenadas por meu pai.
naquele, acreditareis também 2 E então aconteceu que de-
neste; e se acreditardes neste, pois da agrande e terrı́vel bata-
sabereis o que se passou com lha em Cumora, eis que os nefi-
vossos pais e também as mara- tas que haviam escapado para o
vilhosas obras que entre eles paı́s do sul foram perseguidos
foram realizadas pelo poder de pelos blamanitas até serem to-
Deus. dos mortos.
10 E sabereis também que sois 3 E meu pai também foi morto

6 a gee Ressurreição. Mois. 6:57. 9 a gee Livro de


b gee Jesus Cristo— d Mos. 2:28. Mórmon.
Juiz; Juı́zo Final. e D&C 20:28. b 1 Né. 13:38–41.
7 a gee Redenção, gee Trindade. 10a 2 Né. 31:5–9.
Redimido, Redimir. f gee Alegria. 8 1a gee Morôni, Filho de
b gee Justificação, 8 a gee Evangelho. Mórmon.
Justificar. b gee Bı́blia. b gee Placas.
c 1 Né. 10:21; c 2 Né. 29:4–13. 2 a Mórm. 6:2–15.
D&C 76:62; d 1 Né. 13:38. b D&C 3:18.
561 Mórmon 8:4–14
por eles e eu fiquei asozinho pa- ninguém sabe quando será o
ra escrever a triste história da fim da guerra.
destruição de meu povo. Mas 9 E agora, eis que nada mais
eis que eles se foram e eu cum- digo a respeito deles, porque
pro a ordem de meu pai. E se ninguém mais há, salvo os lama-
irão matar-me, não sei. nitas e aladrões, em toda a face
4 Portanto escreverei e oculta- da terra.
rei os registros na terra; e para 10 E ninguém há que conheça
onde eu vá, não importa. o verdadeiro Deus a não ser os
5 Eis que meu pai fez aeste re- a
discı́pulos de Jesus, que perma-
gistro e nele escreveu o seu ob- neceram na terra até que a ini-
jetivo. E eis que eu também qüidade do povo se tornou tão
escreveria, se houvesse lugar grande que o Senhor já não lhes
nas bplacas, mas não há; nem te- permitiu bpermanecer com o po-
nho minério algum, porque es- vo; e se eles estão ainda sobre a
tou só. Meu pai foi morto em face da terra, ninguém sabe.
combate, bem como todos os 11 Mas eis que meu apai e eu os
meus parentes; e não tenho vimos e eles ministraram em
amigos nem tenho para onde ir; nosso benefı́cio.
e até quando o Senhor permitirá 12 E aqueles que receberem es-
que eu viva, não sei. te registro e não o condenarem
6 Eis que se passaram aquatro- por causa das imperfeições que
centos anos desde a vinda do contém, conhecerão a coisas
nosso Senhor e Salvador. maiores do que estas. Eis que eu
7 E eis que os lamanitas perse- sou Morôni; e se fosse possı́vel,
guiram meu povo, os nefitas, de dar-vos-ia a conhecer todas as
cidade em cidade e de lugar em coisas.
lugar, até não restar mais um se- 13 Eis que termino de falar a
quer; e grande foi a sua aqueda; respeito deste povo. Sou filho
sim, grande e assombrosa foi a de Mórmon e meu pai era ades-
destruição de meu povo, os ne- cendente de Néfi.
fitas. 14 E eu sou o mesmo que aes-
8 E eis que foi a mão do Senhor conde este registro para o Se-
que fez isso. E eis que também nhor; as placas em que está gra-
os lamanitas se acham em aguer- vado não têm valor algum, em
ra, uns contra os outros; e toda a virtude do mandamento do
face desta terra apresenta uma Senhor. Porque ele verdadeira-
cena contı́nua de assassinatos e mente disse que ninguém as
derramamento de sangue; e obteria para busufruir lucro; mas

3a Morô. 9:22. 9 a Mórm. 2:8. 11a 3 Né. 28:24–26.


5a Mórm. 2:17–18. 10a 3 Né. 28:7; 12a 3 Né. 26:6–11.
b Mórm. 6:6. Ét. 12:17. 13a 3 Né. 5:20.
6a Al. 45:10. gee Três Discı́pulos 14a Morô. 10:1–2.
7a 1 Né. 12:2–3. Nefitas. b JS—H 1:46.
8a 1 Né. 12:20–23. b Mórm. 1:16.
Mórmon 8:15–24 562
o registro que nelas está é de aquele que ferir também será fe-
grande valor; e aquele que o rido pelo Senhor.
trouxer à luz, o Senhor o aben- 20 Eis o que dizem as Escritu-
çoará. ras—o homem não ferirá nem
15 Pois ninguém terá poder pa- julgará; porque o julgamento é
ra trazê-lo à luz, a não ser que meu, diz o Senhor; e a vingança
lhe seja dado por Deus; pois também é minha e eu retribui-
Deus quer que isso seja feito rei.
com os aolhos fitos em sua glória 21 E aquele que exalar ira e
ou em benefı́cio do antigo e há contendas contra a obra do
tanto tempo disperso povo do Senhor e contra o povo do con-
convênio do Senhor. vênio do Senhor, que é a casa de
16 E bem-aventurado será Israel, e disser: Destruiremos a
a
aquele que trouxer isto à luz; obra do Senhor e o Senhor não
porque será btirado da obscuri- se lembrará do convênio que fez
dade para a luz, segundo a pala- com a casa de Israel—esse cor-
vra de Deus; sim, será tirado da rerá o risco de ser cortado e ati-
terra e brilhará de dentro da rado ao fogo;
escuridão e chegará ao conheci- 22 Porque os eternos adesı́g-
mento do povo; e isso será feito nios do Senhor irão avante, até
pelo poder de Deus. que todas as suas promessas se-
17 E se há afalhas, serão falhas jam cumpridas.
de um homem, mas eis que não 23 Examinai as profecias de
a
conhecemos falha alguma; não Isaı́as. Eis que não as posso es-
obstante, Deus conhece todas as crever. Sim, eis que vos digo que
coisas; portanto, aquele que aqueles santos que me precede-
b
condena, que tenha cuidado ram e possuı́ram esta terra bcla-
para não se expor ao perigo do marão, sim, desde o pó cla-
fogo do inferno. marão ao Senhor; e assim como
18 E aquele que disser: Mos- vive o Senhor, ele se lembrará
trai-me as placas ou sereis feri- do convênio que fez com eles.
dos, que tome cuidado para que 24 E ele conhece suas aorações,
não ordene o que o Senhor proi- sabe que foram em favor de seus
biu. irmãos. E ele conhece sua fé,
19 Pois eis que aquele que porque em seu nome remove-
apressadamente ajulgar, apres- ram bmontanhas; e em seu no-
sadamente será julgado; porque me fizeram tremer a terra e,
de acordo com suas obras será pelo poder de sua palavra fize-
sua recompensa; portanto, ram com que cprisões ruı́ssem

15a D&C 4:5. b 3 Né. 29:5; b Isa. 29:4;


16a 2 Né. 3:6–7, 11, Ét. 4:8. 2 Né. 3:19–20; 26:16.
13–14. 19a tjs, Mt. 7:1–2; 24a En. 1:12–18;
b Isa. 29:18; 3 Né. 14:1–2; Mórm. 9:36;
2 Né. 27:29. Morô. 7:14. D&C 10:46.
17a Mórm. 9:31, 33; 22a D&C 3:3. b Jacó 4:6; Hel. 10:9.
Ét. 12:23–28. 23a 3 Né. 20:11; 23:1. c Al. 14:27–29.
563 Mórmon 8:25–34
por terra; sim, nem mesmo a e tempestades e bvapores de fu-
fornalha ardente lhes pôde maça em terras estrangeiras;
fazer mal, nem animais selva- 30 E também se ouvirá falar de
a
gens nem serpentes venenosas, guerras, rumores de guerra e
por causa do poder de sua pala- terremotos em diversos lugares.
vra. 31 Sim, acontecerá num dia em
25 E eis que suas aorações fo- que haverá grandes contamina-
ram também em favor daquele a ções sobre a face da Terra; have-
quem o Senhor permitiria reve- rá homicı́dios e roubos e menti-
lar estas coisas. ras e embustes e libertinagens e
26 E ninguém precisa dizer que toda sorte de abominações; num
não virão, porque seguramente dia em que haverá muitos que
virão, pois o Senhor o disse; dirão: Fazei isto ou fazei aquilo,
porque ada terra hão de sair pela a
não importa, porque no último
mão do Senhor e ninguém pode dia o Senhor bsustentará aquele
impedir; e acontecerá num dia que assim fizer. Mas ai desses,
em que se dirá haverem cessado porque se acham no c fel da
os bmilagres; e será como se al- amargura e nos laços da iniqüi-
guém falasse cdentre os mortos. dade!
27 E acontecerá num dia em 32 Sim, acontecerá num dia em
que o asangue dos santos clama- que haverá igrejas estabeleci-
rá ao Senhor por causa de bcom- das, que dirão: Vinde a mim e
binações secretas e obras de pelo vosso dinheiro sereis per-
trevas. doados de vossos pecados.
28 Sim, acontecerá num dia em 33 Ó povo inı́quo e perverso e
que o poder de Deus será nega- obstinado, por que haveis cons-
do e que aigrejas serão corrom- truı́do igrejas para vós próprios,
pidas e encher-se-ão de orgulho com o fim de obterdes alucro?
em seu coração; sim, num dia Por que haveis bmodificado a
em que chefes de igrejas e mes- santa palavra de Deus, para
tres se tornarão orgulhosos em acarretar ccondenação a vossa
seu coração, chegando a invejar alma? Examinai as revelações de
aqueles que pertençam a suas Deus; pois eis que o tempo virá,
igrejas. naquele dia, em que todas estas
29 Sim, acontecerá num dia em coisas serão cumpridas.
que se aouvirá falar de incêndios 34 Eis que o Senhor me revelou

25a Mórm. 5:21. b gee Combinações 30a Mt. 24:6;


26a Isa. 29:4; Secretas. 1 Né. 14:15–17.
2 Né. 33:13. 28a II Tim. 3:1–7; 31a 2 Né. 28:21–22.
b Mórm. 9:15–26; 1 Né. 14:9–10; b 2 Né. 28:8.
Morô. 7:27–29, 33–37. 2 Né. 28:3–32; c Al. 41:11.
c 2 Né. 26:15–16; D&C 33:4. 33a gee Artimanhas
Mórm. 9:30; 29a Joel 2:28–32; Sacerdotais.
Morô. 10:27. 2 Né. 27:2–3. b 1 Né. 13:26–29.
27a Ét. 8:22–24; b 1 Né. 19:11; c gee Condenação,
D&C 87:6–7. D&C 45:39–42. Condenar.
Mórmon 8:35–9:2 564
coisas grandes e maravilhosas aquilo que não tem vida e, con-
relativas ao que em breve acon- tudo, permitis que passem por
tecerá, no dia em que essas coi- vós os famintos e os necessita-
sas forem reveladas entre vós. dos e os nus e os enfermos e os
35 Eis que eu vos falo como se aflitos, sem notá-los?
estivésseis presentes e, contudo, 40 Sim, por que estabeleceis
não estais. Mas eis que Jesus vossas aabominações secretas,
Cristo vos mostrou a mim e co- com o fito de obter lucro, e fa-
nheço as vossas obras. zeis com que as viúvas e os ór-
36 E sei que aandais segundo o fãos se lamentem perante o
orgulho de vosso coração; e Senhor? E também que o san-
poucos há que não se bexaltam gue de seus pais e de seus mari-
no orgulho de seu coração, a dos clamem ao Senhor, desde a
ponto de vestirem-se com ctrajes terra, por vingança sobre vossa
finos, entregarem-se a inveja e cabeça?
contendas e malı́cia e persegui- 41 Eis que a espada da vingan-
ções e a toda sorte de iniqüida- ça pende sobre vós; e cedo virá a
des; e vossas igrejas, sim, todas hora em que Deus avingará o
elas se tornaram corruptas por sangue dos santos em vós, por-
causa do orgulho de vosso cora- que não suportará seus clamo-
ção. res por mais tempo.
37 Pois eis que amais o adinhei-
ro e vossos bens e vossos trajes
CAPÍTULO 9
finos e o adorno de vossas igre-
jas mais do que amais os pobres
Morôni chama ao arrependimento
e os necessitados, os doentes e
aqueles que não crêem em Cristo—
os aflitos.
Ele proclama um Deus de milagres,
38 Ó vós, impuros, vós, hipó-
que faz revelações e derrama dons e
critas, vós, mestres, que vos ven-
sinais sobre os fiéis—Cessam os mi-
deis por aquilo que corrói, por
lagres por causa da descrença—Si-
que haveis corrompido a santa
nais seguem os que crêem—Os ho-
igreja de Deus? Por que tendes
a mens são exortados a serem sábios e a
vergonha de tomar sobre vós o
obedecerem aos mandamentos. Apro-
nome de Cristo? Por que não
ximadamente 401–421 d.C.
considerais que maior é o valor
de uma eterna felicidade do que E agora falo também a respeito
o da b miséria que nunca tem daqueles que não crêem em Cris-
fim—por causa dos clouvores to.
do mundo? 2 Eis que crereis no dia de vos-
39 Por que vos adornais com sa visitação—eis que quando o

36a gee Andar, Andar 38a Rom. 1:16; c 1 Né. 13:9.


com Deus. II Tim. 1:8; 40a gee Combinações
b Jacó 2:13. 1 Né. 8:25–28; Secretas.
c Al. 5:53. Al. 46:21. 41a 1 Né. 22:14.
37a 2 Né. 28:9–16. b Mos. 3:25.
565 Mórmon 9:3–12
Senhor vier, sim, naquele agran- de Jesus, para que talvez possais
de dia em que a bTerra se enro- ser declarados sem mancha,
c
lar como um pergaminho e os puros, formosos e brancos na-
elementos se cderreterem com quele grande e último dia, ten-
ardente calor, sim, naquele do sido purificados pelo sangue
grande dia em que sereis leva- do dCordeiro.
dos à presença do Cordeiro de 7 E novamente falo a vós, que
a
Deus—direis então que não há negais as revelações de Deus e
Deus? dizeis que elas cessaram, que
3 Negareis então por mais não há revelações nem profecias
tempo o Cristo ou podereis con- nem dons nem curas nem o fa-
templar o Cordeiro de Deus? lar em lı́nguas nem binterpreta-
Supondes que habitareis com ção de lı́nguas;
ele, tendo a consciência de vos- 8 Eis que eu vos digo que aque-
sa culpa? Supondes que pode- le que nega estas coisas não co-
reis ser felizes habitando com nhece o aevangelho de Cristo;
aquele santo Ser, quando vossa sim, não leu as escrituras e, se o
alma está atormentada pela fez, não as bcompreende.
consciência da culpa de haver- 9 Porque não lemos que Deus
des sempre violado suas leis? é o amesmo ontem, hoje e para
4 Eis que eu vos digo que se- sempre e que nele não há va-
rı́eis mais miseráveis habitando riação nem sombra de mudan-
com um Deus santo e justo, ça?
conscientes de vossa imundı́cie 10 E se imaginastes um deus
perante ele, do que se habitás- que varia e no qual há sombra
seis com as aalmas condenadas, de mudança, então imaginastes
no binferno. um deus que não é um Deus de
5 Pois eis que quando fordes milagres.
levados a ver vossa anudez pe- 11 Mas eis que eu vos mostra-
rante Deus e também a glória de rei um Deus de milagres, sim, o
Deus e a santidade de Jesus Deus de Abraão e o Deus de Isa-
Cristo, uma chama de fogo inex- que e o Deus de Jacó; e é o mes-
tinguı́vel acender-se-á em vós. mo aDeus que criou os céus e a
6 Ó vós, adescrentes, bvoltai- Terra e todas as coisas que neles
vos para o Senhor; e clamai vi- há.
gorosamente ao Pai, em nome 12 Eis que ele criou Adão e por

9 2a Mal. 4:5; b gee Inferno. 8 a gee Evangelho.


3 Né. 28:31. 5a 2 Né. 9:14. b Mt. 22:29.
b Mórm. 5:23; 6a gee Incredulidade. 9 a Heb. 13:8;
D&C 63:20–21. b Eze. 18:23, 32; 1 Né. 10:18–19;
gee Mundo—O fim D&C 98:47. Al. 7:20;
do mundo. c gee Pureza, Puro. Morô. 8:18;
c Amós 9:13; d gee Cordeiro de D&C 20:12.
3 Né. 26:3. Deus. 11a Gên. 1:1; Mos. 4:2;
4 a gee Condenação, 7 a 3 Né. 29:6–7. D&C 76:20–24.
Condenar. b I Cor. 12:7–10; RF 1:7. gee Jesus Cristo.
Mórmon 9:13–21 566
a
Adão veio a bqueda do homem. go: Não; e Deus não deixou de
E por causa da queda do ho- ser um Deus de milagres.
mem veio Jesus Cristo, sim, o 16 Eis que não são maravilho-
Pai e o Filho; e por causa de sas aos nossos olhos as coisas
Jesus Cristo veio a credenção do que Deus fez? Sim, e quem pode
homem. compreender as maravilhosas
a
13 E por causa da redenção do obras de Deus?
homem, que veio por Jesus 17 Quem dirá que não foi um
Cristo, são eles levados de volta milagre que pela sua apalavra o
à presença do Senhor; sim, é ne- céu e a Terra existam? E que pe-
la que todos os homens são redi- lo poder de sua palavra o ho-
midos, porque a morte de Cristo mem tenha sido bcriado do cpó
proporcionou a aressurreição, da Terra? E que pelo poder de
que proporciona a redenção de sua palavra milagres tenham si-
um interminável bsono, do qual do realizados?
todos os homens serão acorda- 1 8 E q u e m d i r á q u e J e s u s
dos pelo poder de Deus quando Cristo não fez muitos amilagres
soar a trombeta; e levantar-se- extraordinários? E muitos mila-
ão, tanto pequenos como gran- gres extraordinários foram fei-
des, e todos se apresentarão pe- tos pelas mãos dos apóstolos.
rante seu tribunal, redimidos e 19 E se foram feitos naquele
livres desta eterna ccadeia da tempo, por que deixou Deus de
morte que é a morte fı́sica. ser um Deus de amilagres, sendo
14 E aı́ virá o ajulgamento do contudo um Ser imutável? E eis
Santo sobre eles; e então chega- que vos digo que ele não muda;
rá a hora em que aquele que é se mudasse, deixaria de ser
b
imundo ainda será imundo; e Deus; e não deixa de ser Deus e
aquele que é justo ainda será é um Deus de milagres.
justo; e aquele que é feliz ainda 20 E o motivo pelo qual cessa
será feliz; e aquele que é infeliz de fazer amilagres entre os fi-
ainda será infeliz. lhos dos homens é que eles de-
15 E agora vos pergunto, ó to- generam na incredulidade,
dos vós, que imaginastes um abandonam o caminho reto e
deus que anão pode fazer mila- desconhecem o Deus em quem
gres: Todas essas coisas sobre as deveriam bconfiar.
quais falei já se passaram? Já 21 Eis que vos digo que todo
chegou o fim? Eis que eu vos di- aquele que crer em Cristo, sem

12a Mos. 3:26. b Al. 7:21; D&C 88:35. c Gên. 2:7;


b gee Queda de Adão e 15a Morô. 7:35–37; Mos. 2:25.
Eva. D&C 35:8. 18a Jo. 6:14.
c gee Redenção, gee Milagre. 19a D&C 63:7–10.
Redimido, Redimir. 16a Salm. 40:5; 20a Juı́. 6:11–13;
13a Hel. 14:15–18. D&C 76:114; Ét. 12:12–18;
b D&C 43:18. Mois. 1:3–5. Morô. 7:35–37.
c D&C 138:16. 17a Jacó 4:9. b gee Confiança,
14a gee Juı́zo Final. b gee Criação, Criar. Confiar.
567 Mórmon 9:22–30
de nada duvidar, atudo o que lhos de Cristo? Vede, todos vós
pedir ao Pai, em nome de Cristo, que bdesprezais as obras do Se-
ser-lhe-á concedido; e esta pro- nhor, pois ficareis assombrados
messa estende-se a todos, até os e perecereis.
confins da Terra. 27 Oh! Não desprezeis, pois, e
22 Pois eis que assim disse não vos assombreis, mas dai ou-
Jesus Cristo, o Filho de Deus, a vidos às palavras do Senhor e
seus discı́pulos que iriam per- pedi ao Pai, em nome de Jesus,
manecer, sim, e também a todos tudo aquilo de que necessitar-
os seus discı́pulos, na presença des. Não duvideis, mas acredi-
da multidão: aIde por todo o tai; e começai, como antigamen-
mundo e pregai o evangelho a te, e avinde ao Senhor com todo
toda criatura; o vosso bcoração e coperai a vos-
23 E aquele que crer e for bati- sa própria salvação com temor e
zado, será salvo, mas aquele que tremor perante ele.
não crer, será acondenado; 28 Sede asábios nos dias de vos-
24 E estes asinais seguirão os sa provação; despojai-vos de to-
que crerem — em meu nome das as impurezas; não peçais
expulsarão bdemônios; falarão para satisfazer vossas bconcupis-
novas lı́nguas; pegarão em ser- cências, mas pedi com inque-
pentes; e, se beberem alguma brantável firmeza que não caiais
coisa mortı́fera, não lhes causará em tentação, mas que possais
dano; imporão as cmãos sobre os servir ao verdadeiro cDeus vivo.
enfermos e eles serão curados; 29 Vede que não sejais batiza-
25 E todo aquele que crer em dos aindignamente; vede que
meu nome, de nada duvidando, não participeis bindignamente
a ele eu aconfirmarei todas as do sacramento de Cristo, mas
minhas palavras, até os confins esforçai-vos por fazer todas as
da Terra. coisas cdignamente e fazei-as em
26 E agora, eis que quem pode nome de Jesus Cristo, o Filho do
opor-se às obras do Senhor? Deus vivo; e se isto fizerdes e
a
Quem pode negar suas pala- perseverardes até o fim, de ma-
vras? Quem se levantará contra neira alguma sereis lançados fo-
a força onipotente do Senhor? ra.
Quem desprezará as obras do 30 Eis que eu vos falo como se
a
Senhor? Quem desprezará os fi- falasse dentre os mortos, por-

21a Mt. 21:22; 3 Né. 18:20. 25a gee Revelação; c Al. 5:13.
22a Mc. 16:15–16. Testemunho. 29a gee Batismo,
gee Obra Missionária. 26a 3 Né. 29:4–7. Batizar—Requisitos
23a gee Condenação, b Prov. 13:13. do batismo.
Condenar. 27a Morô. 10:30–32. b I Cor. 11:27–30;
24a Mc. 16:17–18. b Jos. 22:5; D&C 64:22, 3 Né. 18:28–32.
gee Sinal. 34. gee Coração. c gee Dignidade,
b At. 16:16–18. c Filip. 2:12. Digno.
c gee Bênção dos 28a Jacó 6:12. 30a Mórm. 8:26;
Doentes. b gee Concupiscência. Morô. 10:27.
Mórmon 9:31–Éter 1:1 568
que sei que tereis minhas pala- 34 Mas o Senhor sabe as coisas
vras. que escrevemos e também que
31 Não me condeneis, em vir- nenhum outro povo conhece
tude de minha a imperfeição, nossa lı́ngua; e porque nenhum
nem a meu pai, por causa de sua outro povo conhece nossa lı́n-
imperfeição, nem àqueles que gua, ele preparou, portanto,
a
escreveram antes dele; mas dai meios para a sua interpretação.
graças a Deus por ele vos ter 35 E estas coisas foram escritas
manifestado nossas imperfei- para que livremos nossas vestes
ções, para que aprendais a ser do sangue de nossos irmãos que
mais sábios do que nós fomos. degeneraram na aincredulidade.
32 E agora, eis que escrevemos 36 E eis que estas coisas que
a
este registro de acordo com nos- desejamos em relação a nossos
so conhecimento, em caracteres irmãos, sim, mesmo a restaura-
denominados por nós aegı́pcio ção de seu conhecimento sobre
reformado, sendo transmitidos Cristo, estão de acordo com as
e alterados por nós segundo orações de todos os santos que
nossa maneira de falar. viveram na terra.
33 E se nossas placas tivessem 37 E permita o Senhor Jesus
sido suficientemente grandes, Cristo que suas orações sejam
terı́amos escrito em hebraico; respondidas de acordo com sua
mas o hebraico também foi alte- fé; e que Deus, o Pai, se lembre
rado por nós; e se tivéssemos do convênio que fez com a casa
escrito em hebraico, eis que ne- de Israel; e abençoe-os para
nhuma imperfeição encontra- sempre, mediante fé no nome
rı́eis em nosso registro. de Jesus Cristo. Amém.

Livro de Éter

R egistro dos jareditas, tirado das vinte e quatro placas encontradas pelo
povo de Lı́mi nos dias do rei Mosias.

CAPÍTULO 1 O Senhor promete guiá-los a uma


terra escolhida e fazer deles uma
Morôni resume os escritos de grande nação.
Éter—Declarada a genealogia de
Éter—A lı́ngua dos jareditas não
é confundida na Torre de Babel—
E AGORA eu, aMorôni, faço
um relato a respeito da-
queles antigos habitantes que
31a Mórm. 8:17; Ét. 3:23, 28; D&C 17:1. [éter]
Ét. 12:22–28, 35. 35a 2 Né. 26:15. 1 1a gee Morôni, Filho de
32a 1 Né. 1:2; Mos. 1:4. 36a Mórm. 8:24–26; Mórmon.
34a Mos. 8:13–18; D&C 10:46–49.
569 Éter 1:2–34
foram destruı́dos pela bmão do 15 E Amnigada era filho de
Senhor sobre a face deste paı́s Aarão.
do norte. 16 E Aarão era descendente de
2 E baseio meu relato nas avin- Hete, que era filho de Heartom.
te e quatro placas que foram en- 17 E Heartom era filho de Libe.
contradas pelo povo de Lı́mi; e 18 E Libe era filho de Quis.
chama-se Livro de Éter. 19 E Quis era filho de Corom.
3 E como suponho que a pri- 20 E Corom era filho de Levi.
meira parte deste registro—que 21 E Levi era filho de Quim.
fala sobre a criação do mundo e 22 E Quim era filho de Moriân-
também sobre Adão; e que faz ton.
um relato desde essa época até a 23 E Moriânton era descenden-
da grande atorre, bem como de te de Riplaquis.
tudo quanto aconteceu aos fi- 24 E Riplaquis era filho de Sez.
lhos dos homens até esse tem- 25 E Sez era filho de Hete.
po—esteja com os judeus, 26 E Hete era filho de Com.
4 Não escrevo, portanto, as coi- 27 E Com era filho de Coriân-
sas acontecidas desde os dias de tum.
a
Adão até essa época; elas, 28 E Coriântum era filho de
porém, acham-se nas placas; e Êmer.
aquele que as encontrar poderá 29 E Êmer era filho de Ômer.
obter o relato completo. 30 E Ômer era filho de Sule.
5 Não faço, porém, um relato 31 E Sule era filho de Quib.
completo, mas somente um rela- 32 E Quib era filho de Oria,
to parcial, desde a torre até que era filho de Jarede.
quando foram destruı́dos. 33 E esse aJarede saiu com seu
6 E desta maneira faço o relato. irmão e suas famı́lias, com al-
Quem escreveu este registro foi guns outros e suas famı́lias, da
a
Éter, que era descendente de grande torre, na época em que o
Coriântor. Senhor bconfundiu a lı́ngua do
7 Coriântor era filho de Moron. povo e jurou, em sua ira, que
8 E Moron era filho de Etem. eles seriam dispersos por toda a
c
9 E Etem era filho de Aá. face da Terra; e de acordo com
10 E Aá era filho de Sete. a palavra do Senhor, o povo foi
11 E Sete era filho de Siblon. disperso.
12 E Siblon era filho de Com. 34 E o airmão de Jarede, sendo
13 E Com era filho de Coriân- um homem grande e forte e um
tum. homem altamente favorecido
14 E Coriântum era filho de pelo Senhor, Jarede, seu irmão,
Amnigada. disse-lhe: Clama ao Senhor, pa-

1 b Mórm. 5:23; Mos. 28:17; 6a Ét. 12:2; 15:34.


D&C 87:6–7. Hel. 6:28. 33a gee Jarede.
2 a Al. 37:21; 4 a ie cobre o mesmo b Gên. 11:6–9.
Ét. 15:33. perı́odo que Gênesis, c Mos. 28:17.
3 a Ômni 1:22; capı́tulos 1–10. 34a gee Jarede, Irmão de.
Éter 1:35–2:1 570
ra que ele não nos confunda de de sementes da terra; e tuas
a
maneira que não possamos en- famı́lias e também teu irmão
tender as nossas palavras. Jarede e sua famı́lia; e também
35 E aconteceu que o irmão de teus bamigos e suas famı́lias e os
Jarede clamou ao Senhor e o Se- amigos de Jarede e suas famı́lias.
nhor teve compaixão de Jarede; 42 E quando tiveres feito isso,
a
portanto não confundiu a lı́n- descerás adiante deles para o
gua de Jarede; e Jarede e seu ir- vale situado ao norte. E lá te en-
mão não foram confundidos. contrarei e irei badiante de ti pa-
36 Disse, pois, Jarede a seu ir- ra uma terra cescolhida entre
mão: Clama novamente ao Se- todas as terras do mundo.
nhor e pode ser que ele desvie 43 E lá abençoarei a ti e a tua
sua cólera dos que são nossos semente; e da tua semente e da
amigos e não confunda a lı́ngua semente de teu irmão e daque-
deles. les que forem contigo, levanta-
37 E aconteceu que o irmão de rei para mim uma grande nação.
Jarede clamou ao Senhor e o Se- E não haverá sobre toda a face
nhor teve compaixão também da Terra nação maior que a que
de seus amigos e de suas fa- eu levantarei para mim, de tua
mı́lias; e não foram confundi- semente. E assim farei contigo,
dos. porque me invocaste este longo
38 E aconteceu que Jarede fa- tempo.
lou novamente a seu irmão, di-
zendo: Vai e inquire do Senhor
CAPÍTULO 2
se nos fará sair desta terra e, se
nos vai fazer sair da terra, per-
Os jareditas preparam-se para sua
gunta-lhe para onde iremos. E
jornada a uma terra prometida—É
quem sabe se o Senhor nos guia-
uma terra escolhida, onde os ho-
rá a uma terra aescolhida entre
mens deverão servir a Cristo; caso
todas as do mundo? E se assim
contrário serão varridos—O Se-
for, sejamos fiéis ao Senhor para
nhor fala ao irmão de Jarede du-
que a recebamos por herança.
rante três horas — Os jareditas
39 E aconteceu que o irmão de
constroem barcos—O Senhor pede
Jarede clamou ao Senhor con-
ao irmão de Jarede que sugira como
forme o que havia sido dito pela
iluminar os barcos.
boca de Jarede.
40 E aconteceu que o Senhor E aconteceu que Jarede e seu
ouviu o irmão de Jarede e teve irmão e suas famı́lias e também
compaixão dele e disse-lhe: os amigos de Jarede e seu irmão
41 Começa a reunir teus reba- e suas famı́lias desceram com os
nhos de toda espécie, macho e rebanhos de toda espécie que
fêmea; e também toda espécie haviam reunido, macho e fê-

38a gee Terra da b Ét. 6:16. b D&C 84:88.


Promissão. 42a 1 Né. 2:1–2; c 1 Né. 13:30.
41a Ét. 6:20. Abr. 2:3.
571 Éter 2:2–11
mea, para o vale situado ao nor- que viessem para a a terra da
te (e ao vale havia sido dado o promissão, que fora escolhida
nome de aNinrode, o grande ca- entre todas as outras terras e
çador). que o Senhor Deus preservara
2 E também fizeram armadi- para um povo justo.
lhas e apanharam aves do ar; e 8 E em sua ira havia jurado ao
prepararam também um reci- irmão de Jarede que todos os
piente no qual levaram consigo que habitassem esta terra da
peixes das águas. promissão, daquele tempo em
3 E levaram também consigo diante e para sempre, deveriam
a
deseret que, por interpretação, servir a ele, o verdadeiro e úni-
significa abelha de mel; e assim co Deus, ou seriam bvarridos
carregaram consigo enxames de quando sobre eles caı́sse a pleni-
abelhas e uma variedade de tu- tude de sua ira.
do que havia na face da terra, 9 E agora podemos ver os de-
sementes de toda espécie. cretos de Deus relativos a esta
4 E aconteceu que quando che- terra, que é uma terra de pro-
garam ao vale de Ninrode, o missão; e toda nação que a habi-
Senhor desceu e falou com o ir- tar deverá servir a Deus ou será
mão de Jarede; e ele estava em varrida quando a plenitude de
uma anuvem e o irmão de Jare- sua ira cair sobre ela. E a pleni-
de não o viu. tude de sua ira cairá sobre ela
5 E aconteceu que o Senhor quando houver amadurecido
lhes ordenou que fossem para o em iniqüidade.
deserto, sim, para aquela parte 10 Porque eis que esta é uma
onde o homem nunca estivera. terra escolhida entre todas as
E aconteceu que o Senhor foi outras terras; portanto aquele
adiante deles e falou com eles que a habitar deverá servir a
enquanto estava em uma Deus ou será varrido, porque
a
nuvem; e deu-lhes instruções este é o eterno decreto de Deus.
para onde viajar. E não serão avarridos até que a
6 E aconteceu que viajaram iniqüidade entre os filhos da
no deserto e construı́ram bar- terra chegue à bplenitude.
cos, nos quais atravessaram 11 E isto chega a vós, ó agen-
muitas águas, sendo conti- tios, para que conheçais os
nuamente dirigidos pela mão decretos de Deus, para que vos
do Senhor. arrependais e não continueis
7 E o Senhor não permitiu que em vossas iniqüidades até que
se detivessem do outro lado do venha a plenitude; para que não
mar, no deserto, mas fez com chameis a plenitude da ira de

2 1a Gên. 10:8. 7 a 1 Né. 4:14. Al. 37:28;


4 a Núm. 11:25; gee Terra da Ét. 9:20.
D&C 34:7–9; Promissão. 10a 1 Né. 17:37–38.
JS—H 1:68. 8 a Ét. 13:2. b 2 Né. 28:16.
5 a Êx. 13:21–22. b Jar. 1:3, 10; 11a 2 Né. 28:32.
Éter 2:12–19 572
Deus sobre vós, como os habi- portanto, se pecardes até estar-
tantes da terra têm feito até ago- des plenamente amadurecidos,
ra. sereis afastados da presença do
12 Eis que esta é uma terra es- Senhor. E estes são os meus
colhida; e qualquer nação que a pensamentos em relação à terra
habitar se verá alivre da servidão que vos darei por herança; por-
e do cativeiro e de todas as ou- que será uma terra cescolhida
tras nações debaixo do céu, se entre todas as outras terras.
apenas bservir ao Deus da terra, 16 E disse o Senhor: Lançai-vos
que é Jesus Cristo, o qual foi ma- ao trabalho e construı́ barcos da
nifestado pelas coisas que escre- forma que haveis construı́do até
vemos. agora. E aconteceu que o irmão
13 E agora prossigo meu regis- de Jarede se pôs a trabalhar e
tro; pois eis que aconteceu que o também seus irmãos; e construı́-
Senhor levou Jarede e seus ir- ram barcos da forma que já ha-
mãos até aquele grande mar que viam construı́do, de acordo com
divide as terras. E quando che- as ainstruções do Senhor. E eles
garam ao mar, armaram suas eram pequenos e leves sobre a
tendas; e deram ao lugar o água, de uma leveza semelhan-
nome de Moriâncumer; e habi- te à de uma ave sobre a água.
taram em tendas, à beira-mar, 17 E foram construı́dos de uma
pelo espaço de quatro anos. forma que ficavam muito bem
a
14 E aconteceu, no fim de qua- ajustados, de modo que po-
tro anos, que o Senhor tornou a diam conter água como um
aparecer ao irmão de Jarede; e vaso; e o fundo era ajustado,
estava numa nuvem e falou com como um vaso; e o costado dos
ele. E pelo espaço de três horas barcos era ajustado, como um
falou o Senhor com o irmão de vaso; e as extremidades eram
Jarede e arepreendeu-o por não em ponta; e a parte superior era
se ter lembrado de binvocar o ajustada, como um vaso; o seu
nome do Senhor. comprimento era o comprimen-
15 E o irmão de Jarede arre- to de uma árvore e a sua porta,
pendeu-se do mal que havia fei- quando fechada, ficava ajustada
to e invocou o nome do Senhor como um vaso.
por seus irmãos que se achavam 18 E aconteceu que o irmão de
com ele. E o Senhor disse-lhe: Jarede clamou ao Senhor, dizen-
Perdoarei a ti e a teus irmãos do: Ó Senhor, realizei o trabalho
vossos pecados; mas não peca- que me ordenaste e fiz os barcos
reis mais, porque vos lembrareis segundo tuas instruções.
de que meu aEspı́rito não blutará 19 E eis que, ó Senhor, não há
para sempre com o homem; luz neles; para onde nos have-

12a gee Liberdade, Livre. b gee Oração. Mórm. 5:16.


b Isa. 60:12. 15a Ét. 15:19. c Ét. 9:20.
14 a gee Castigar, Castigo, b Gên. 6:3; 16a 1 Né. 17:50–51.
Corrigir, Repreender. 2 Né. 26:11; 17a Ét. 6:7.
573 Éter 2:20–3:2
mos de dirigir? E também pere- essas coisas; porque não podeis
ceremos, porque neles não po- cruzar este grande mar sem que
demos respirar, a não ser o ar eu vos prepare contra as ondas
que contêm; portanto perecere- do mar e os ventos que saı́ram e
mos. os dilúvios que hão de vir. Por-
20 E o Senhor disse ao irmão tanto, que desejais que eu pre-
de Jarede: Eis que farás uma pare para vós, a fim de que
abertura em cima e outra no tenhais luz quando estiverdes
fundo; e quando necessitares de submersos nas profundezas do
ar, destaparás a abertura e rece- mar?
berás ar. E se acontecer que a
água caia sobre vós, eis que fe-
CAPÍTULO 3
chareis a abertura, para que não
pereçais na inundação.
O irmão de Jarede vê o dedo do Se-
21 E aconteceu que o irmão de
nhor tocar dezesseis pedras—Cris-
Jarede assim fez, segundo o que
to mostra o corpo de seu espı́rito ao
o Senhor lhe ordenara.
irmão de Jarede—Aqueles que têm
22 E ele tornou a clamar ao Se-
um conhecimento perfeito não po-
nhor, dizendo: Ó Senhor, eis
dem ser impedidos de transpor o
que fiz conforme me ordenaste;
véu—São providenciados intérpre-
e preparei os navios para meu
tes para trazer à luz o registro jare-
povo e eis que neles não há luz.
dita.
Ó, Senhor, consentirás que cru-
zemos estas grandes águas na E aconteceu que o irmão de Ja-
escuridão? rede (ora, eram oito os barcos
23 E o Senhor disse ao irmão que haviam sido preparados)
de Jarede: Que desejais que eu subiu ao monte a que chamaram
faça, a fim de que tenhais luz em monte Selém, por causa de sua
vossos barcos? Porque eis que grande altura, e de uma rocha
não podeis ter janelas, porque fundiu dezesseis pequenas pe-
seriam despedaçadas; nem leva- dras; e elas eram brancas e lı́m-
reis fogo convosco, porque não pidas, como vidro transparente;
ireis pela luz do fogo. e ele levou-as em suas mãos ao
24 Pois eis que sereis como cimo do monte e clamou nova-
uma baleia no meio do mar; mente ao Senhor, dizendo:
porque as altas ondas se que- 2 Ó Senhor, tu disseste que se-
brarão sobre vós. Não obstante, remos envolvidos pelas águas.
tirar-vos-ei novamente das pro- Agora ouve, ó Senhor, e não te
fundezas do mar; porque os ires contra teu servo por causa
a
ventos saı́ram de minha boca e de sua fraqueza diante de ti;
também eu enviei as bchuvas e pois sabemos que és santo e ha-
as inundações. bitas nos céus e que somos in-
25 E eis que vos preparo contra dignos diante de ti; por causa da

24a Ét. 6:5. b Salm. 148:8.


Éter 3:3–14 574
a
queda, nossa bnatureza tornou- rede e ele viu o dedo do Senhor;
s e m á c o n t i n u a m e n t e ; n ã o e era como o dedo de um ho-
obstante, ó Senhor, deste-nos o mem, à semelhança de carne e
mandamento de invocar-te, pa- sangue; e o irmão de Jarede caiu
ra que de ti recebamos de acor- perante o Senhor, porque ficou
do com nossos desejos. tomado de medo.
3 Eis que, ó Senhor, tu nos cas- 7 E o Senhor viu que o irmão
tigaste devido a nossa iniqüida- de Jarede havia caı́do por terra;
de e expulsaste-nos; e durante e o Senhor disse-lhe: Levanta-
todos estes anos temos estado te. Por que caı́ste?
no deserto; não obstante, tens 8 E ele disse ao Senhor: Vi o
sido amisericordioso para conos- dedo do Senhor e temi que me
co. Ó Senhor, tem piedade de ferisse; porque não sabia que o
mim e afasta deste teu povo tua Senhor tinha carne e sangue.
ira e não permitas que eles cru- 9 E o Senhor disse-lhe: Em vir-
zem este furioso abismo na es- tude de tua fé, viste que tomarei
curidão; mas olha estas coisas sobre mim acarne e sangue; e
que fundi da rocha. nunca ninguém se chegou a mim
4 E sei, ó Senhor, que tu tens com uma fé tão grande como tu;
todo o apoder e que podes fazer porque se assim não fora, não
tudo quanto queiras para o be- poderias ter visto o meu dedo.
nefı́cio do homem; portanto, Viste mais que isso?
com teu dedo toca estas pedras, 10 E ele respondeu: Não. Se-
ó Senhor, e prepara-as para que nhor, mostra-te a mim.
brilhem na escuridão; e elas nos 11 E o Senhor disse-lhe: Crês
iluminarão nos barcos que pre- nas palavras que eu direi?
paramos, para que tenhamos 12 E ele respondeu: Sim, Se-
luz enquanto cruzarmos o mar. nhor, eu sei que falas a verdade,
5 Eis que, ó Senhor, tu podes porque és um Deus de verdade
fazer isto. Sabemos que és capaz e anão podes mentir.
de mostrar grande poder, o qual 13 E quando disse estas pala-
a
parece pequeno ao entendi- vras, eis que o Senhor ase mos-
mento do homem. trou a ele e disse: bPor saberes
6 E aconteceu que após ter o estas coisas, ficas redimido da
irmão de Jarede dito essas pala- queda; portanto és conduzido
vras, eis que o aSenhor estendeu de volta a minha presença; por-
a mão e tocou as pedras, uma a tanto, cmostro-me a ti.
uma, com o dedo. E o bvéu foi 14 Eis que eu sou aquele que
tirado dos olhos do irmão de Ja- foi preparado desde a fundação

3 2a gee Queda de Adão 1 Né. 16:29. 12a Heb. 6:18.


e Eva. 6 a gee Jesus Cristo. 13a D&C 67:10–11.
b Mos. 3:19. b Ét. 12:19, 21. b En. 1:6–8.
3 a Ét. 1:34–43. 9 a gee Carne; Jesus c gee Jesus Cristo—
4 a gee Poder. Cristo; Mortal, Existência pré-mortal
5 a Isa. 55:8–9; Mortalidade. de Cristo.
575 Éter 3:15–25
do mundo para aredimir meu impedido de ver além do avéu; e
povo. Eis que eu sou Jesus Cris- viu o dedo de Jesus e, quando o
to. Eu sou o bPai e o Filho. Em viu, caiu tomado de temor; por-
mim toda a humanidade terá que ele sabia que era o dedo do
c
vida e tê-la-á eternamente, sim, Senhor; e não mais tinha fé, por-
aqueles que crerem em meu no- que sabia, de nada duvidando.
me; e eles tornar-se-ão meus dfi- 20 Portanto, tendo este perfei-
lhos e minhas filhas. to conhecimento de Deus, anão
15 E nunca me mostrei ao ho- podia ser impedido de ver além
mem que criei, porque nunca o do véu; por isso viu Jesus; e este
homem acreu em mim como tu ministrou em favor dele.
creste. Vês que foste criado se- 21 E aconteceu que o Senhor
gundo minha própria bimagem? disse ao irmão de Jarede: Eis
Sim, todos os homens foram que não permitirás que estas
criados, no princı́pio, a minha coisas que viste e ouviste sejam
própria imagem. espalhadas pelo mundo, até que
16 Eis que este corpo que ora chegue a ahora em que glorifica-
vês é o corpo do meu aespı́rito; e rei meu nome na carne; portan-
o homem foi por mim criado se- to guardarás em segredo as
gundo o corpo do meu espı́rito; coisas que viste e ouviste e a
e assim como te apareço em es- ninguém as revelarás.
pı́rito, aparecerei a meu povo na 22 E eis que quando vieres a
carne. mim, tu as escreverás e selarás, a
17 E agora como eu, Morôni, fim de que ninguém as possa in-
disse que não poderia fazer um terpretar; porque tu as escreve-
relato completo destas coisas rás em uma linguagem que não
que estão escritas, basta-me di- possa ser lida.
zer que Jesus se mostrou a esse 23 E eis que eu te darei estas
a
homem no espı́rito, da maneira duas pedras e tu também as se-
e à semelhança do mesmo corpo larás juntamente com as coisas
com que ase mostrou aos nefitas. que escreveres.
18 E ministrou em favor dele, 24 Porque eis que eu confundi
como ministrou entre os nefitas; e a lı́ngua em que irás escrever;
isto para que esse homem pudes- portanto farei com que, no meu
se saber que ele era Deus, por devido tempo, estas pedras es-
causa das muitas obras grandio- clareçam aos olhos dos homens
sas que o Senhor lhe mostrara. as coisas que irás escrever.
19 E devido ao conhecimento 25 E após ter dito estas pala-
desse homem, ele não podia ser vras, o Senhor mostrou ao irmão

14a gee Redenção, Deus. 17a 3 Né. 11:8–10.


Redimido, Redimir; 15a gee Crença, Crer. 19a gee Véu.
Redentor. b Gên. 1:26–27; 20a Ét. 12:19–21.
b Mos. 15:1–4. Mos. 7:27; 21a Ét. 4:1.
c Mos. 16:9. D&C 20:17–18. 23a gee Urim e Tumim.
d gee Filhos e Filhas de 16a gee Espı́rito.
Éter 3:26–4:7 576
de Jarede atodos os habitantes crevesse as coisas que vira; e foi
da Terra que já tinham existido proibido que elas chegassem aos
e também todos os que viriam a filhos dos homens baté depois
existir; e não os ocultou de sua de ele ter sido levantado sobre a
vista, mesmo até os confins da cruz; e por esta razão o rei Mo-
Terra. sias guardou-as, a fim de que
26 Porque ele lhe dissera ante- não viessem ao mundo senão
riormente que, ase bacreditasse depois que Cristo aparecesse a
que ele podia mostrar-lhe ctodas seu povo.
as coisas—elas ser-lhe-iam mos- 2 E depois que Cristo realmen-
tradas; portanto o Senhor nada te apareceu a seu povo, ele or-
lhe poderia ocultar, porque ele denou que fossem reveladas.
sabia que o Senhor podia mos- 3 Ora, depois disso todos eles
trar-lhe todas as coisas. degeneraram na incredulidade;
27 E o Senhor disse-lhe: Escre- e ninguém resta, a não ser os la-
ve estas coisas e asela-as; e mos- manitas; e eles rejeitaram o
trá-las-ei aos filhos dos homens evangelho de Cristo; portanto,
no meu devido tempo. recebi ordem de aescondê-las
28 E aconteceu que o Senhor novamente na terra.
lhe ordenou que selasse as duas 4 Eis que escrevi nestas placas
a
pedras que recebera e que não precisamente as coisas que o ir-
as mostrasse até que o Senhor as mão de Jarede viu; e nunca fo-
mostrasse aos filhos dos ho- ram reveladas coisas maiores do
mens. que as que foram reveladas ao
irmão de Jarede.
5 Por essa razão o Senhor orde-
CAPÍTULO 4
nou-me que as escrevesse; e es-
crevi-as. E ele ordenou-me que
Morôni recebe ordem de selar os es-
as aselasse; e também ordenou
critos do irmão de Jarede—Eles não
que eu selasse a sua interpreta-
serão revelados até que os homens
ção; portanto selei os bintérpre-
tenham a mesma fé que o irmão de
tes, de acordo com o manda-
Jarede—Cristo ordena aos homens
mento do Senhor.
que creiam em suas palavras e nas
6 Porque o Senhor me disse:
de seus discı́pulos—Ordena aos ho-
Não deverão chegar aos gentios
mens que se arrependam, creiam no
até o dia em que se arrepende-
evangelho e sejam salvos.
rem de sua iniqüidade e torna-
E o Senhor ordenou ao irmão rem-se limpos perante o Senhor.
de Jarede que descesse do mon- 7 E no dia em que eles exerce-
te, da presença do Senhor, e aes- rem fé em mim, diz o Senhor,

25a Mois. 1:8. 28a D&C 17:1. 5 a Ét. 5:1.


26a Ét. 3:11–13. 4 1a Ét. 12:24. b D&C 17:1;
b gee Crença, Crer. gee Escrituras. JS—H 1:52. gee Urim
c Ét. 4:4. b Ét. 3:21. e Tumim.
27a 2 Né. 27:6–8. 3 a Mórm. 8:14.
577 Éter 4:8–16
como fez o irmão de Jarede, pa- homens a fazerem o bem, vem
ra que se tornem asantificados de mim; porque o abem não vem
em mim, então lhes revelarei as de ninguém, a não ser de mim.
coisas que o irmão de Jarede Eu sou o mesmo que conduz os
viu, esclarecendo-lhes todas as homens a todo o bem; aquele
minhas revelações, disse Jesus que bnão crer em minhas pala-
Cristo, o Filho de Deus, o bPai vras, não crerá em mim—que eu
dos céus e da Terra e de tudo sou; e aquele que não crer em
que neles há. mim, não crerá no Pai que me
8 E maldito seja aquele que alu- enviou. Pois eis que eu sou o
tar com a palavra do Senhor; e Pai, eu sou a cluz e a dvida e a
maldito aquele que bnegar estas verdade do mundo.
coisas, pois a eles cnão mostrarei 13 aVinde a mim ó vós, gentios, e
coisas maiores, diz Jesus Cristo; mostrar-vos-ei as coisas maiores,
porque eu sou aquele que fala. o conhecimento que está oculto
9 E ao meu comando os céus por causa da incredulidade!
são abertos e afechados; e pela 14 Vinde a mim ó vós, casa de
minha palavra tremerá a bTerra; Israel, e ser-vos-á arevelado que
e ao meu comando seus habi- coisas grandiosas o Pai vos re-
tantes serão consumidos, sim, servou desde a fundação do
como que por fogo. mundo e que não chegaram a
10 E aquele que não crê em mi- vós por causa da incredulidade.
nhas palavras não crê em meus 15 Eis que quando rasgardes es-
discı́pulos; e se acaso eu não fa- se véu de incredulidade que vos
lar, julgai vós; porque no aúlti- leva a permanecer em vosso terrı́-
mo dia sabereis que eu sou vel estado de iniqüidade e dureza
aquele que fala. de coração e cegueira de mente,
11 Mas aquele que acrê nestas então as grandes e maravilhosas
coisas que eu disse, a ele visita- coisas que vos foram aocultas des-
rei com as manifestações do de a fundação do mundo—sim,
meu Espı́rito e ele saberá e dará quando invocardes o Pai em meu
testemunho. Pois em virtude do nome, com coração quebrantado
meu Espı́rito bsaberá que estas e espı́rito contrito, então sabereis
coisas são cverdadeiras, porque que o Pai se lembrou do convênio
persuade os homens a fazerem que fez com vossos pais, ó casa de
o bem. Israel!
12 E tudo quanto persuade os 16 E então minhas arevelações,

7 a gee Santificação. Mórm. 5:23. c gee Luz, Luz de


b Mos. 3:8. 10a 2 Né. 33:10–15. Cristo.
8 a 3 Né. 29:5–6; 11a D&C 5:16. d Jo. 8:12;
Mórm. 8:17. b gee Testemunho. Al. 38:9.
b 2 Né. 27:14; 28:29–30. c Ét. 5:3–4; 13a 3 Né. 12:2–3.
c Al. 12:10–11; Morô. 10:4–5. 14a D&C 121:26–29.
3 Né. 26:9–10. 12a Al. 5:40; 15a 2 Né. 27:10.
9 a I Re. 8:35; D&C 77:8. Morô. 7:16–17. 16a Apoc. 1:1;
b Hel. 12:8–18; b 3 Né. 28:34. 1 Né. 14:18–27.
Éter 4:17–5:6 578
que fiz com que fossem escritas palavras que me foram ordena-
por meu servo João, serão mani- das, segundo minha memória; e
festadas aos olhos de todo o po- disse-te as coisas que aselei; por-
vo. Lembrai-vos: quando virdes tanto nelas não toques com o
essas coisas, sabereis que é che- fim de traduzi-las, porque isso
gada a hora em que elas real- está proibido, a menos que no
mente serão manifestadas. futuro Deus o julgue prudente.
17 Portanto, aquando receberdes 2 E eis que poderás ter o privi-
este registro, sabereis que a obra légio de mostrar as placas aàque-
do Pai começou sobre toda a face les que hão de ajudar a trazer à
da Terra. luz esta obra.
18 aArrependei-vos pois, todos 3 E serão mostradas a atrês, pe-
vós, confins da Terra, e vinde a lo poder de Deus; portanto eles
b
mim e crede no meu evangelho saberão com certeza que estas
e sede bbatizados em meu nome; coisas são cverdadeiras.
porque aquele que crer e for ba- 4 E pela boca de três atestemu-
tizado, será salvo, mas o que nhas estas coisas serão estabele-
não crer, será condenado; e csi- cidas; e o testemunho de três e
nais seguirão os que crerem em esta obra, na qual será demons-
meu nome. trado o poder de Deus e tam-
19 E bem-aventurado é aquele bém a sua palavra, da qual o Pai
que no último dia for considera- e o Filho e o Espı́rito Santo dão
do afiel ao meu nome, porque testemunho—e tudo isto se le-
será levantado para habitar no vantará como um testemunho
reino preparado para ele bdesde contra o mundo no último dia.
a fundação do mundo. E eis que 5 E se acontecer que se arre-
sou eu quem o disse. Amém. pendam e avenham ao Pai, em
nome de Jesus, serão recebidos
no reino de Deus.
CAPÍTULO 5
6 E agora, se não tenho autori-
dade para estas coisas, julgai
Três testemunhas e a obra em si ser-
vós; porque sabereis que tenho
virão de testemunho da veracidade
autoridade, quando me virdes;
do Livro de Mórmon.
e compareceremos perante Deus
E agora eu, Morôni, escrevi as no último dia. Amém.

17a 3 Né. 21:1–9, 28. Tomar sobre nós 4 a Ver o cabeçalho


18a 3 Né. 27:20; o nome de Jesus de D&C 17 e os
Morô. 7:34. Cristo. versı́culos 1–3;
b Jo. 3:3–5. b 2 Né. 9:18. ver também o
gee Batismo, 5 1a 2 Né. 27:7–8, 21; depoimento das
Batizar—Essencial. Ét. 4:4–7. Três Testemunhas
c gee Dons do 2 a 2 Né. 27:12–14; nas páginas
Espı́rito. D&C 5:9–15. introdutórias do
19a Mos. 2:41; 3 a 2 Né. 11:3; 27:12. Livro de Mórmon.
D&C 6:13. b D&C 5:25. 5 a Mórm. 9:27;
gee Jesus Cristo— c Ét. 4:11. Morô. 10:30–32.
579 Éter 6:1–10
a
CAPÍTULO 6 vento furioso sobre a face das
águas, em direção à terra pro-
Os barcos jareditas são conduzidos metida; e assim foram eles im-
pelos ventos para a terra prometi- pelidos pelo vento sobre as
da—O povo louva ao Senhor por ondas do mar.
sua bondade—Oria é designado co- 6 E aconteceu que foram mui-
mo seu rei—Morrem Jarede e seu tas vezes submersos nas profun-
irmão. dezas do mar, em virtude das
ondas gigantescas que se que-
E agora eu, Morôni, continuo a bravam sobre eles; e também
escrever o registro de Jarede e das grandes e terrı́veis tempes-
seu irmão. tades causadas pela fúria do
2 Pois aconteceu que depois de vento.
o Senhor haver preparado as 7 E aconteceu que quando
a
pedras que o irmão de Jarede eram submersos nas profunde-
havia levado ao monte, o irmão zas do mar, a água não lhes cau-
de Jarede desceu do monte e co- sava dano, porque seus barcos
locou as pedras nos barcos que eram aajustados como um vaso e
estavam preparados, uma em também eram ajustados como a
b
cada extremidade; e eis que elas arca de Noé; portanto, quando
forneceram luz aos barcos. eram envolvidos pelas muitas
3 E assim fez o Senhor com que águas, clamavam ao Senhor e
as pedras brilhassem na escuri- ele novamente os fazia voltar à
dão para fornecer luz aos ho- tona d’água.
mens, mulheres e crianças, a fim 8 E aconteceu que enquanto
de que não atravessassem as estavam sobre as águas, o vento
grandes águas na escuridão. não deixou de soprar em dire-
4 E aconteceu que depois de ção à terra prometida; e assim
terem preparado todo tipo de foram eles impelidos pelo ven-
alimento, a fim de subsistirem to.
sobre as águas; e também ali- 9 E acantavam louvores ao Se-
mento para seus rebanhos e ma- nhor; sim, o irmão de Jarede
nadas e para todas as bestas ou cantava louvores ao Senhor e
b
animais ou aves que iam levar agradecia e glorificava ao Se-
consigo—e aconteceu que de- nhor o dia todo; e quando che-
pois de terem feito todas essas gava a noite, não cessavam de
coisas, embarcaram em seus na- louvar ao Senhor.
vios ou barcos e lançaram-se ao 10 E assim foram impelidos pa-
mar, confiando-se ao Senhor ra frente; e nenhum monstro do
seu Deus. mar pôde despedaçá-los e ne-
5 E aconteceu que o Senhor nhuma baleia pôde causar-lhes
Deus fez com que soprasse um dano; e tinham luz continua-

6 2a Ét. 3:3–6. b Gên. 6:14; b I Crôn. 16:7–9;


5 a Ét. 2:24–25. Mois. 7:43. Al. 37:37;
7 a Ét. 2:17. 9 a gee Cantar. D&C 46:32.
Éter 6:11–27 580
mente, estivessem em cima ou nosso povo a fim de contá-los,
embaixo da água. para sabermos deles o que dese-
11 Deste modo foram impeli- jam de nós, antes que desçamos
dos sobre as águas por trezentos a nossas sepulturas.
e quarenta e quatro dias. 20 E então o povo foi reunido.
12 E desembarcaram nas costas Ora, o número de filhos e filhas
da terra prometida. E quando do irmão de Jarede era vinte e
puseram os pés nas praias da duas almas; e o número de fi-
terra prometida, inclinaram-se lhos e filhas de Jarede era doze,
sobre a face da terra e humilha- tendo ele quatro filhos.
ram-se perante o Senhor e ver- 21 E aconteceu que contaram
teram lágrimas de alegria diante seu povo; e depois de os terem
do Senhor, por causa da imensi- contado, perguntaram-lhes o
dade de suas ternas misericór- que desejavam que eles fizes-
dias para com eles. sem antes de descerem a suas
13 E aconteceu que saı́ram pela sepulturas.
face da terra e começaram a cul- 22 E aconteceu que o povo de-
tivar o solo. sejava que a ungissem um de
14 E Jarede tinha quatro filhos; seus filhos para reinar sobre
e eles chamavam-se Jacom, Gil- eles.
ga, Maá e Oria. 23 Ora, eis que isso lhes foi
15 E o irmão de Jarede também doloroso. E o irmão de Jarede
gerou filhos e filhas. disse-lhes: Isto seguramente
16 E os aamigos de Jarede e seu a
conduz ao cativeiro.
irmão eram cerca de vinte e 24 Mas Jarede disse a seu ir-
duas almas; e também geraram mão: Consente que eles tenham
filhos e filhas antes de virem um rei. E portanto lhes disse:
para a terra prometida; e assim Escolhei dentre nossos filhos um
começaram, portanto, a ser rei, aquele que desejais.
numerosos. 25 E aconteceu que eles esco-
17 E foram ensinados a aandar lheram o primogênito do irmão
com humildade perante o Se- de Jarede; e seu nome era Paga-
nhor; e foram também bensina- gue. E aconteceu que ele se
dos do alto. recusou e não quis ser rei. E o
18 E aconteceu que começaram povo desejava que seu pai o
a espalhar-se pela face da terra e obrigasse, mas o pai não o fez e
a multiplicar-se e a cultivar o so- ordenou-lhes que ninguém
lo; e tornaram-se fortes na terra. obrigassem a ser seu rei.
19 E o irmão de Jarede come- 26 E aconteceu que escolheram
çou a envelhecer e viu que logo todos os irmãos de Pagague,
desceria à sepultura; portanto mas nenhum deles aceitou.
ele disse a Jarede: Reunamos 27 E aconteceu que todos os fi-

16a Ét. 1:41. b gee Revelação. Mos. 29:16–23.


17a gee Andar, Andar 22a gee Unção, Ungir.
com Deus. 23a I Sam. 8:10–18;
581 Éter 6:28–7:11
lhos de Jarede se recusaram, filhas e eles tornaram-se muito
com exceção de um deles; e formosos; portanto Corior atraiu
Oria foi ungido para ser rei do muita gente para si.
povo. 5 E quando reuniu um exérci-
28 E ele começou a reinar; e o to, subiu à terra de Moron, onde
povo começou a prosperar e tor- morava o rei; e fê-lo prisioneiro,
nou-se imensamente rico. em cumprimento às apalavras
29 E aconteceu que Jarede do irmão de Jarede de que se-
morreu e também seu irmão. riam levados ao cativeiro.
30 E aconteceu que Oria andou 6 Ora, a terra de Moron, onde o
humildemente perante o Se- rei habitava, ficava próxima da
nhor e lembrou-se das coisas terra que é chamada Desolação
grandiosas que o Senhor fizera pelos nefitas.
por seu pai; e também ensinou a 7 E aconteceu que Quib viveu
seu povo sobre as coisas grandio- em cativeiro assim como seu po-
sas que o Senhor fizera por vo, sob o domı́nio de seu filho
seus pais. Corior, até que ficou muito ve-
lho; não obstante, Quib gerou a
Sule em sua velhice, enquanto
CAPÍTULO 7
se achava ainda no cativeiro.
8 E aconteceu que Sule se irou
Oria reina em retidão—Em meio a
contra seu irmão; e Sule ficou
usurpações e lutas, os reinos rivais
forte e tornou-se poderoso quan-
de Sule e Coor são estabelecidos—
to à força humana; e foi igual-
Profetas condenam a iniqüidade e
mente poderoso em seus julga-
idolatria do povo, que então se arre-
mentos.
pende.
9 Portanto ele foi ao monte
E aconteceu que Oria exerceu Efraim, onde fundiu minério do
julgamento na terra, em retidão, monte e fez espadas de aço para
todos os seus dias, que foram aqueles que havia levado consi-
muitos. go; e depois de os haver armado
2 E gerou filhos e filhas; sim, com espadas, retornou à cidade
gerou trinta e um, dos quais vin- de Neor e atacou seu irmão Co-
te e três eram homens. rior, tendo desta maneira con-
3 E aconteceu que também quistado o reino, que restituiu a
gerou a Quib em sua velhice. E seu pai, Quib.
aconteceu que Quib reinou 10 E então, em virtude do feito
em seu lugar; e Quib gerou a de Sule, o pai confiou-lhe o rei-
Corior. no; portanto começou a reinar
4 E quando Corior tinha trinta em lugar do pai.
e dois anos, rebelou-se contra o 11 E aconteceu que julgava
pai e retirou-se e foi habitar na com justiça; e estendeu seu rei-
terra de Neor; e gerou filhos e no sobre toda a face da terra,

7 5a Ét. 6:23.
Éter 7:12–27 582
porque o povo se tornara muito 21 E Coor, filho de Noé, fez
numeroso. com que seu povo batalhasse
12 E aconteceu que Sule tam- contra Sule, mas Sule derrotou-
bém gerou muitos filhos e filhas. os e matou Coor.
13 E Corior arrependeu-se dos 22 Ora, Coor tinha um filho
muitos males que praticara; por- chamado Ninrode; e Ninrode
tanto Sule lhe deu poderes em desistiu do reino de Coor em fa-
seu reino. vor de Sule e obteve favor aos
14 E aconteceu que Corior teve olhos de Sule; portanto Sule lhe
muitos filhos e filhas. E entre os concedeu muitos favores e ele
filhos de Corior havia um cujo fazia, no reino de Sule, o que
nome era Noé. desejava.
15 E aconteceu que Noé se rebe- 23 E também, no reinado de
lou contra Sule, o rei, e também Sule apareceram profetas entre
contra o pai, Corior, atraindo Co- o povo, os quais foram enviados
or, seu irmão, e também todos os pelo Senhor, profetizando que a
seus irmãos e muitos do povo. iniqüidade e a aidolatria do po-
16 E batalhou contra Sule, o rei, vo estavam trazendo maldição
e obteve a terra de sua primeira sobre a terra; e que seriam des-
herança; e tornou-se rei dessa truı́dos, caso não se arrependes-
parte da terra. sem.
17 E aconteceu que novamente 24 E aconteceu que o povo in-
batalhou contra Sule, o rei; e sultou os profetas e zombou de-
aprisionou-o e levou-o cativo les. E aconteceu que o rei Sule
para Moron. julgou todos os que insultaram
18 E aconteceu que quando es- os profetas.
tava prestes a executá-lo, os 25 E promulgou uma lei para
filhos de Sule entraram furtiva- toda a terra, que concedia aos
mente na casa de Noé, durante profetas o direito de irem aonde
a noite, e mataram-no; e arrom- lhes aprouvesse; e por essa ra-
baram a porta da prisão e retira- zão o povo foi levado ao arre-
ram o pai e colocaram-no no pendimento.
trono, em seu próprio reino. 26 E em virtude de o povo ha-
19 Então o filho de Noé edifi- ver-se arrependido de suas ini-
cou o reino em seu lugar; não qüidades e idolatrias, o Senhor
obstante, não mais conseguiram poupou-os e começaram nova-
dominar Sule, o rei; e o povo mente a prosperar na terra. E
que estava sob o reinado de Su- aconteceu que Sule gerou filhos
le, o rei, prosperou grandemen- e filhas em sua velhice.
te e tornou-se forte. 27 E não houve mais guerras
20 E o paı́s foi dividido; e havia nos dias de Sule; e ele lembrou-
dois reinos: o reino de Sule e o se das grandes coisas que o Se-
reino de Coor, filho de Noé. nhor fizera por seus pais, tra-

23a gee Idolatria.


583 Éter 8:1–11
zendo-os, aatravés do grande lharam contra Jarede. E aconte-
mar, para a terra prometida; ceu que batalharam contra ele à
portanto ele julgou em retidão noite.
durante todos os seus dias. 6 E aconteceu que depois de
haverem destruı́do o exército de
Jarede, estavam também a pon-
CAPÍTULO 8
to de matá-lo; e ele suplicou-
lhes que não o matassem, dizen-
Há luta e contenda pelo reino—
do que desistiria do reino em fa-
Aquis estabelece uma combinação
vor de seu pai. E aconteceu que
secreta, regida por juramento, para
lhe concederam a vida.
matar o rei—Combinações secretas
7 E Jarede ficou muito triste
são do diabo e resultam na destrui-
com a perda do reino, porque
ção de nações—Gentios modernos
nele e na glória do mundo havia
são advertidos contra a combinação
posto o coração.
secreta que procurará destruir a li-
8 Ora, a filha de Jarede, sendo
berdade de todas as terras, nações e
sumamente esperta e vendo a
paı́ses.
tristeza do pai, formulou um
E aconteceu que ele gerou a plano para restituir o reino ao
Ômer e Ômer reinou em seu lu- pai.
gar. E Ômer gerou a Jarede; e 9 Ora, a filha de Jarede era
Jarede gerou filhos e filhas. muito bela. E aconteceu que fa-
2 E Jarede rebelou-se contra o lou a seu pai, dizendo-lhe: Por
pai e foi habitar na terra de He- que razão está meu pai tão tris-
te. E aconteceu que ele lisonjeou te? Não leu ele o registro que
muita gente por causa de suas nossos pais trouxeram através
palavras astutas, até obter a me- do grande mar? Eis que não há
tade do reino. neles um relato referente aos
3 E quando conseguiu a meta- antigos, de que, por meio de
a
de do reino, batalhou contra o planos secretos, obtiveram rei-
pai e levou o pai ao cativeiro; e nos e grande glória?
fez com que ele servisse em 10 E agora, portanto, que meu
cativeiro. pai mande chamar Aquis, filho
4 E então, nos dias do reinado de Quı́mnor; e eis que sou bela e
a
de Ômer, esteve ele em cativeiro dançarei perante ele e agradá-
metade de seus dias. E aconte- lo-ei, de modo que me desejará
ceu que ele gerou filhos e filhas, para esposa; portanto, se ele te
entre os quais Esrom e Coriân- pedir que me dês a ele para es-
tumr. posa, dir-lhe-ás: Dá-la-ei se me
5 E eles ficaram sumamente trouxeres a cabeça de meu pai,
zangados com os feitos de Jare- o rei.
de, seu irmão, de modo que 11 Ora, Ômer era amigo de
organizaram um exército e bata- Aquis; portanto quando Jarede

27a Ét. 6:4, 12. Hel. 6:26–30; 10a Mc. 6:22–28.


8 9a 3 Né. 6:28; Mois. 5:51–52.
Éter 8:12–22 584
mandou chamar Aquis, a filha 17 E foi a filha de Jarede quem
de Jarede dançou perante ele, lhe pôs no coração o desejo
agradando-o de tal modo que de reavivar essas coisas antigas;
ele a desejou para esposa. E e Jarede pô-las no coração de
aconteceu que ele disse a Jare- Aquis; portanto, Aquis adminis-
de: Dai-ma para esposa. trou-as a seus parentes e ami-
12 E Jarede lhe disse: Eu vo-la gos, levando-os, com belas
darei se me trouxerdes a cabeça promessas, a fazerem qualquer
de meu pai, o rei. coisa que ele desejasse.
13 E aconteceu que Aquis reu- 18 E aconteceu que eles forma-
niu na casa de Jarede toda a sua ram uma acombinação secreta,
parentela, dizendo-lhes: Jura- como os antigos, combinação es-
reis que me sereis fiéis naquilo sa mais abominável e inı́qua que
que eu vos pedir? tudo à vista de Deus.
14 E aconteceu que todos ajura- 19 Pois o Senhor não opera por
ram pelo Deus do céu e também combinações secretas nem dese-
pelos céus e também pela Terra ja que o homem derrame san-
e por suas cabeças que aquele gue, mas em todas as coisas
que deixasse de ajudar Aquis no proibiu-o, desde a origem do
que ele desejasse, perderia a ca- homem.
beça; e quem quer que divulgas- 20 E agora eu, Morôni, não es-
se o que Aquis lhes desse a crevo as formas de seus jura-
conhecer, perderia a vida. mentos e combinações; porque
15 E aconteceu que assim con- me foi dado a conhecer que
cordaram eles com Aquis. E eles existem entre todos os
Aquis administrou-lhes os ajura- povos e que existem entre os
mentos que foram transmitidos lamanitas.
pelos antigos que também esta- 21 E causaram a adestruição
vam à procura de poder e que deste povo sobre o qual estou
haviam sido transmitidos desde falando agora e também a des-
b
Caim, que foi assassino desde o truição do povo de Néfi.
princı́pio. 22 E toda nação que apoiar tais
16 E foram preservados pelo combinações secretas para obter
poder do diabo para adminis- poder e lucro, até que se espa-
trar esses juramentos ao povo, a lhem pela nação, eis que será
fim de conservá-lo nas trevas, destruı́da; porque o Senhor não
para ajudar aqueles que busca- permitirá que o asangue de seus
vam poder a conseguir poder e santos, que será derramado por
a assassinar e a pilhar e a mentir eles, clame sempre a ele por
b
e a praticar toda sorte de iniqüi- vingança desde a terra, sem
dade e devassidão. que os vingue.

14a gee Blasfemar, Mois. 5:28–30. 22a Mórm. 8:27, 40–41.


Blasfêmia. 18a gee Combinações b gee Vingança.
15a gee Juramento. Secretas.
b Gên. 4:7–8; 21a Hel. 6:28.
585 Éter 8:23–9:3
23 Portanto, ó gentios, é sabe- drejaram-nos e expulsaram-nos
doria de Deus que estas coisas desde o princı́pio.
vos sejam mostradas, a fim de 26 Portanto eu, Morôni, tenho
que, por meio delas, vos arre- ordem de escrever estas coisas
pendais de vossos pecados e para que o mal seja reprimido e
não permitais que vos dominem para que chegue o tempo em
essas combinações assassinas, que Satanás já anão tenha poder
instituı́das para a obtenção de sobre o coração dos filhos dos
a
poder e lucro—e a obra, sim, a homens, mas que eles sejam
b
obra de destruição vos sobreve- persuadidos a fazer o bem con-
nha; sim, a espada da justiça do tinuamente, para que cheguem
Deus Eterno cairá sobre vós pa- à fonte de toda retidão e sejam
ra vossa ruı́na e destruição, se salvos.
permitirdes que estas coisas
aconteçam.
CAPÍTULO 9
24 Portanto o Senhor vos orde-
na que quando virdes essas coi-
O reino passa de um para outro por
sas surgirem entre vós, estejais
descendência, intrigas e assassina-
conscientes de vossa terrı́vel si-
tos — Êmer viu o Filho da Reti-
tuação por causa desta combi-
dão — Muitos profetas clamam
nação secreta que existirá entre
arrependimento—Fome e serpentes
vós; ou ai dela, em virtude do
venenosas flagelam o povo.
sangue daqueles que foram
mortos; porque eles clamam E agora eu, Morôni, continuo
desde o pó por vingança contra meu registro. Portanto eis que
ela e contra os que a instituı́ram. aconteceu que por causa das
a
25 Pois acontece que quem a combinações secretas de Aquis
institui visa destruir a aliberdade e seus amigos, eis que eles der-
de todas as terras, nações e paı́- rubaram o reino de Ômer.
ses; e causa a destruição de to- 2 Não obstante, o Senhor foi
dos os povos, pois é instituı́da misericordioso para com Ômer
pelo diabo, que é o pai de todas e também para com seus filhos e
as mentiras; o mesmo mentiroso filhas que não visaram a sua
que benganou nossos primeiros destruição.
pais, sim, o mesmo mentiroso 3 E o Senhor advertiu a Ômer,
que fez com que o homem co- em um sonho, que partisse da-
metesse assassinatos desde o quela terra; portanto Ômer par-
princı́pio; que endureceu o co- tiu daquela terra com sua
ração dos homens a tal ponto famı́lia e viajou muitos dias e
que mataram os profetas e ape- passou pelo monte aSim e pas-

23a 1 Né. 22:22–23; 2 Né. 9:9; b 2 Né. 33:4;


Mois. 6:15. Mos. 16:3; Morô. 7:12–17.
25a gee Liberdade, Livre. Mois. 4:5–19. 9 1a Ét. 8:13–17.
b Gên. 3:1–13; 26a 1 Né. 22:26. 3 a Mórm. 1:3; 4:23.
Éter 9:4–16 586
sou perto do lugar bonde os ne- obstante haverem jurado ao pai
fitas foram destruı́dos; e dali se que praticariam toda sorte de
dirigiu para o leste e chegou a iniqüidades, de acordo com o
um lugar que era chamado que ele desejasse.
Ablom, no litoral, e lá armou sua 11 Ora, o povo de Aquis dese-
tenda; e também seus filhos e fi- java riquezas, assim como Aquis
lhas e toda a sua casa, exceto Ja- desejava poder; portanto, os fi-
rede e sua famı́lia. lhos de Aquis ofereceram-lhes
4 E aconteceu que Jarede foi dinheiro, conseguindo assim
ungido rei do povo pelas mãos atrair para si a maior parte do
da iniqüidade; e deu sua filha povo.
por esposa a Aquis. 12 E entre Aquis e os filhos de
5 E aconteceu que Aquis aten- Aquis principiou uma guerra
tou contra a vida de seu sogro; e que durou muitos anos, até a
recorreu àqueles a quem havia destruição de quase todo o povo
feito jurar segundo os juramen- do reino, sim, de todos, com ex-
tos dos antigos; e eles consegui- ceção de trinta almas e daqueles
ram a cabeça de seu sogro, que fugiram com a casa de
quando se achava no trono dan- Ômer.
do audiência ao povo. 13 Portanto Ômer foi estabele-
6 Pois tanto se espalhara esta cido novamente na terra de sua
inı́qua e secreta sociedade, que herança.
havia corrompido o coração de 14 E aconteceu que Ômer co-
todo o povo; portanto Jarede foi meçou a envelhecer; não obstan-
assassinado em seu trono e te, em sua velhice gerou a Êmer;
Aquis reinou em seu lugar. e ele ungiu Êmer como rei, para
7 E aconteceu que Aquis come- reinar em seu lugar.
çou a sentir ciúme de seu filho, 15 E depois de haver ungido
de modo que o encerrou numa Êmer como rei, viveu em paz na
prisão e manteve-o com pouco terra pelo espaço de dois anos
ou nenhum alimento até ele e morreu, tendo vivido gran-
morrer. de número de dias que foram
8 E então o irmão daquele que cheios de tristeza. E aconteceu
morreu (e seu nome era Ninra) que Êmer reinou em seu lugar e
irou-se contra o pai por causa seguiu os passos de seu pai.
do que havia feito a seu irmão. 16 E o Senhor novamente co-
9 E aconteceu que Ninra reu- meçou a retirar a maldição da
niu um pequeno grupo de ho- terra; e a casa de Êmer prospe-
mens e fugiu daquela terra e foi rou grandemente sob o reinado
habitar com Ômer. de Êmer; e no espaço de sessen-
10 E aconteceu que Aquis ge- ta e dois anos tornaram-se mui-
rou outros filhos; e eles conquis- to fortes, de modo que chega-
taram o coração do povo, não ram a ser imensamente ricos—

3b Mórm. 6:1–15.
587 Éter 9:17–29
17 Tendo toda espécie de fru- e administrou o que era bom a
tas e de grãos e de sedas e de seu povo durante todos os seus
linho fino e de ouro e de prata e dias. E aconteceu que não teve
de coisas preciosas. filhos até ficar muito idoso.
18 E também toda espécie de 24 E aconteceu que sua esposa
gado, de bois e vacas e de car- morreu com a idade de cento e
neiros e de porcos e de cabras e dois anos. E aconteceu que em
também muitas outras espécies sua velhice Coriântum tomou
de animais úteis para a alimen- para esposa uma jovem e gerou
tação do homem; filhos e filhas; e viveu até a ida-
19 E tinham também acavalos e de de cento e quarenta e dois
jumentos; e havia elefantes e anos.
curelons e cumons; todos eles 25 E aconteceu que gerou a
eram úteis para o homem, espe- Com e Com reinou em seu lu-
cialmente os elefantes e cure- gar; e ele reinou durante qua-
lons e cumons. renta e nove anos e gerou a
20 E assim derramou o Senhor Hete; e ele também gerou ou-
suas bênçãos sobre esta terra, tros filhos e filhas.
que era aescolhida entre todas as 26 E o povo tornara a espalhar-
outras terras; e ordenou que se por toda a face da terra e
aqueles que possuı́ssem a terra novamente começou a haver
possuı́ssem-na para o Senhor, grande iniqüidade na face da
ou seriam bdestruı́dos quando terra; e Hete começou a abraçar
amadurecessem em iniqüidade; outra vez os planos secretos da
porque sobre esses, diz o Se- antigüidade, para destruir o pai.
nhor, derramarei a plenitude de 27 E aconteceu que ele destro-
minha ira. nou o pai, pois matou-o com sua
21 E Êmer julgou com retidão própria espada; e reinou em seu
todos os seus dias e gerou mui- lugar.
tos filhos e filhas; e gerou a 28 E novamente surgiram pro-
Coriântum e ungiu Coriântum fetas na terra, clamando-lhes
para reinar em seu lugar. arrependimento—que deviam
22 E depois de haver ungido preparar o caminho do Senhor
Coriântum para reinar em seu ou uma grande maldição cairia
lugar, viveu quatro anos e viveu sobre a face da terra; sim, have-
em paz na terra; sim, e até viu o ria uma grande fome pela qual
a
Filho da Retidão e regozijou-se seriam destruı́dos, caso não se
e rejubilou-se em seu dia; e mor- arrependessem.
reu em paz. 29 Mas o povo não acreditou
23 E aconteceu que Coriântum nas palavras dos profetas e ex-
seguiu os passos do pai e cons- pulsou-os; e atiraram alguns em
truiu muitas cidades poderosas fossos e deixaram-nos morrer. E

19a 1 Né. 18:25. b Ét. 2:8–11.


20a Ét. 2:15. 22a 3 Né. 25:2.
Éter 9:30–10:4 588
aconteceu que fizeram todas es- cipiou a haver frutos nas regiões
sas coisas de acordo com as or- do norte e em todos os paı́ses
dens do rei, Hete. circunvizinhos. E o Senhor de-
30 E aconteceu que começou a monstrou-lhes o seu poder, li-
haver grande escassez na terra e vrando-os da fome.
os habitantes começaram a ser
destruı́dos rapidamente por
CAPÍTULO 10
causa da escassez, porque não
chovia sobre a face da Terra.
Um rei sucede a outro—Alguns
31 E apareceram também ser-
dos reis são justos, outros são inı́-
pentes venenosas na face da ter-
quos—Quando a retidão prevalece,
ra e envenenaram muita gente.
o povo é abençoado e o Senhor o faz
E aconteceu que seus rebanhos
prosperar.
começaram a fugir das serpen-
tes venenosas em direção à terra E aconteceu que Sez, que era
do sul, que era chamada de aZa- descendente de Hete—pois He-
raenla pelos nefitas. te havia perecido por causa da
32 E aconteceu que muitos de- fome com toda a sua casa, exce-
les morreram pelo caminho; não to Sez—Sez começou, portanto,
obstante, alguns fugiram para a a reedificar um povo destruı́do.
terra do sul. 2 E aconteceu que Sez se lem-
33 E aconteceu que o Senhor brou da destruição de seus pais
fez com que as aserpentes já não e edificou um reino justo; por-
os perseguissem, mas que obs- que se lembrou do que o Senhor
truı́ssem o caminho para que o fizera, trazendo Jarede e seu ir-
povo não pudesse passar, a fim mão aatravés do mar; e ele tri-
de que todo aquele que tentasse lhou os caminhos do Senhor e
passar perecesse vitimado pelas gerou filhos e filhas.
serpentes venenosas. 3 E seu filho mais velho, cujo
34 E aconteceu que o povo se- nome era Sez, rebelou-se contra
guiu a trilha dos animais e de- ele; contudo Sez foi ferido pela
vorou a carcaça dos que tinham mão de um ladrão em virtude
morrido pelo caminho, até de- de sua grande riqueza, o que
vorar todos. Ora, quando o po- propiciou novamente paz a
vo viu que iria perecer, começou seu pai.
a aarrepender-se de suas iniqüi- 4 E aconteceu que seu pai
dades e clamar ao Senhor. construiu muitas cidades sobre
35 E aconteceu que quando a face da terra e o povo nova-
se ahumilharam suficientemente mente começou a espalhar-se
perante o Senhor, ele mandou por toda a face da terra. E Sez
chuvas sobre a face da terra; e o viveu até uma idade muito
povo começou a reviver e prin- avançada; e gerou a Riplaquis e

31a Ômni 1:13. 34a Al. 34:34; 35a D&C 5:24.


33a Núm. 21:6–9. D&C 101:8. 10 2a Ét. 6:1–12.
589 Éter 10:5–15
morreu; e Riplaquis reinou em niu um exército de proscritos e
seu lugar. batalhou contra o povo; e apo-
5 E aconteceu que Riplaquis derou-se de muitas cidades; e a
não fez o que era correto aos guerra tornou-se muito doloro-
olhos do Senhor, porque teve sa e durou muitos anos e ele do-
muitas esposas e aconcubinas e minou toda a terra e fez-se rei
pôs sobre os ombros dos ho- de toda aquela terra.
mens o que era difı́cil de supor- 10 E depois de fazer-se rei, ali-
tar; sim, taxou-os com pesados viou a carga do povo, pelo que
impostos e, com os impostos, obteve favor aos olhos do povo
construiu muitos edifı́cios espa- e eles ungiram-no como rei.
çosos. 11 E ele fez justiça ao povo,
6 E erigiu para si mesmo um mas não a si mesmo, por causa
magnı́fico trono e construiu de sua extrema devassidão; por-
muitas prisões; e quem não se tanto foi afastado da presença
sujeitava aos impostos, ele atira- do Senhor.
va na prisão; e quem não conse- 12 E aconteceu que Moriânton
guia pagar os impostos, ele construiu muitas cidades e o po-
atirava na prisão; e fazia com vo tornou-se muito rico sob seu
que trabalhassem continuamen- reinado, tanto em construções
te para seu sustento; e quem se como em ouro e prata; e no cul-
recusasse a trabalhar, ele conde- tivo de grãos e em rebanhos e
nava à morte. em manadas e gado e naquelas
7 Assim obteve todas as suas coisas que lhes haviam sido res-
excelentes obras, sim, mesmo tituı́das.
seu ouro fino ele fez com que 13 E Moriânton viveu até uma
fosse refinado nas prisões; e fez idade muito avançada e gerou a
com que se executasse na prisão Quim; e Quim reinou em lugar
toda espécie de trabalhos finos. de seu pai; e reinou oito anos e
E aconteceu que ele afligiu o po- seu pai morreu. E aconteceu que
vo com sua devassidão e abomi- Quim não reinou com retidão,
nações. portanto não foi favorecido pelo
8 E depois de haver ele reinado Senhor.
pelo espaço de quarenta e dois 14 E seu irmão rebelou-se con-
anos, o povo rebelou-se contra tra ele, levando-o ao cativeiro; e
ele; e novamente começou a ha- ele permaneceu em cativeiro to-
ver guerra na terra, resultando dos os seus dias e gerou filhos e
na morte de Riplaquis e expul- filhas no cativeiro; e em sua ve-
são de seus descendentes da ter- lhice gerou a Levi e morreu.
ra. 15 E aconteceu que Levi serviu
9 E aconteceu que depois de no cativeiro, depois da morte de
muitos anos, Moriânton (sendo seu pai, pelo espaço de quarenta
descendente de Riplaquis) reu- e dois anos. E fez guerra contra

5a Jacó 3:5; Mos. 11:2.


Éter 10:16–30 590
o rei da terra, conquistando o 23 E trabalhavam com toda es-
reino para si próprio. pécie de minérios e faziam ouro
16 E depois de haver conquis- e prata e aferro e latão e toda
tado o reino para si, fez o que sorte de metais; e extraı́am-nos
era reto aos olhos do Senhor e o da terra; portanto levantaram
povo prosperou na terra; e ele enormes montes de terra para
viveu até uma idade bem avan- extrair minérios: de ouro e de
çada e gerou filhos e filhas; e ge- prata e de ferro e de cobre. E
rou também a Corom, a quem faziam toda sorte de trabalhos
ungiu rei em seu lugar. finos.
17 E aconteceu que Corom fez 24 E tinham sedas e linho fina-
o que era bom aos olhos do Se- mente tecido; e faziam toda es-
nhor todos os seus dias; e gerou pécie de tecidos para cobrir-lhes
muitos filhos e filhas; e depois a nudez.
de haver visto muitos dias, mor- 25 E produziam todo tipo de
reu, como o resto da terra; e ferramentas para cultivar a ter-
Quis reinou em seu lugar. ra, tanto para arar como para se-
18 E aconteceu que Quis tam- mear, para colher e para cavar e
bém morreu e Libe reinou em também para debulhar.
seu lugar. 26 E produziam todo tipo de
19 E aconteceu que Libe tam- ferramentas, com as quais traba-
bém fez o que era bom aos olhos lhavam com seus animais.
do Senhor. E nos dias de Libe as 27 E produziam todo tipo de
a
serpentes venenosas foram des- armas de guerra. E faziam todo
truı́das. Portanto eles foram à tipo de trabalhos de execução
terra do sul, a fim de caçar e muito esmerada.
obter alimento para o povo da 28 E nunca houve um povo
terra, porque a região estava mais abençoado do que eles
cheia de animais da floresta. E o nem mais favorecido pela mão
próprio Libe tornou-se também do Senhor. E estavam numa ter-
um grande caçador. ra que fora escolhida entre to-
20 E construı́ram uma grande das as outras, porque o Senhor o
cidade perto da faixa estreita de dissera.
terra, perto do lugar onde o mar 29 E aconteceu que Libe viveu
divide a terra. muitos anos e gerou filhos e fi-
21 E conservaram a terra do sul lhas; e gerou também a Hear-
desabitada, para caça. E toda a tom.
face da terra do norte estava co- 30 E aconteceu que Heartom
berta de habitantes. reinou em lugar de seu pai. E
22 E eram muito industriosos; após haver Heartom reinado
e compravam e vendiam e ne- por vinte e quatro anos, eis que
gociavam uns com os outros, a o reino lhe foi tomado. E ele ser-
fim de obter ganhos. viu em cativeiro por muitos

19a Ét. 9:31. 23a 2 Né. 5:15.


591 Éter 10:31–11:7
anos, sim, pelo restante de seus fetizaram a destruição daquele
dias. grande povo, caso não se arre-
31 E gerou a Hete e Hete viveu pendessem e não se voltassem
todos os seus dias em cativeiro. para o Senhor e não renuncias-
E Hete gerou a Aarão e Aarão sem a seus assassinatos e iniqüi-
viveu em cativeiro todos os seus dades.
dias; e ele gerou a Amnigada e 2 E aconteceu que os profetas
Amnigada também viveu todos foram rejeitados pelo povo e fu-
os seus dias em cativeiro; e ele giram para junto de Com em
gerou a Coriântum e Coriântum busca de proteção, porque o po-
viveu todos os seus dias em cati- vo procurava destruı́-los.
veiro; e ele gerou a Com. 3 E eles profetizaram muitas
32 E aconteceu que Com atraiu coisas a Com; e ele foi abençoa-
para si a metade do reino. E rei- do por todo o resto de seus dias.
nou sobre a metade do reino 4 E viveu até uma idade bem
quarenta e dois anos e foi bata- avançada e gerou a Siblom; e Si-
lhar contra o rei Angide; e luta- blom reinou em seu lugar. E o
ram pelo espaço de muitos anos, irmão de Siblom rebelou-se con-
durante os quais Com derrotou tra ele e começou uma grande
Angide e dominou o restante do guerra em toda a terra.
reino. 5 E aconteceu que o irmão de
33 E nos dias de Com começou Siblom fez com que todos os
a haver ladrões na terra; e eles profetas que haviam profetiza-
adotaram os planos antigos e do a destruição do povo fossem
administraram ajuramentos se- executados;
gundo a maneira dos antigos; e 6 E houve grande calamidade
novamente procuraram destruir em toda a terra, pois eles ha-
o reino. viam testificado que uma
34 Ora, Com lutou muito contra grande maldição cairia sobre a
eles; entretanto, não prevaleceu. terra e também sobre o povo; e
que haveria entre eles uma
grande destruição, como nunca
CAPÍTULO 11
houvera na face da terra; e seus
ossos tornar-se-iam como amon-
Guerras, dissensões e iniqüidades
tes de terra sobre a face do paı́s,
dominam a vida jaredita—Profetas
a não ser que se arrependessem
predizem a total destruição dos jare-
de suas iniqüidades.
ditas, a menos que se arrependam—
7 E não deram ouvidos à voz
O povo rejeita as palavras dos pro-
do Senhor, por causa de suas
fetas.
combinações inı́quas; portanto
E apareceram também muitos começou a haver guerras e con-
profetas nos dias de Com e pro- tendas em toda a terra; e tam-

33a gee Juramento; Secretas. Ét. 14:21.


Combinações 11 6a Ômni 1:22;
Éter 11:8–21 592
bém muita fome e pestilências, dias; e gerou a Moron. E aconte-
de modo que houve uma gran- ceu que Moron reinou em seu
de destruição, como nunca an- lugar e Moron fez o que era inı́-
tes fora vista na face da terra; quo perante o Senhor.
e tudo isto aconteceu nos dias 15 E aconteceu que surgiu uma
a
de Siblom. rebelião entre o povo, devido
8 E o povo começou a arrepen- àquela combinação secreta que
der-se de sua iniqüidade; e fora instituı́da com o fito de ad-
quando se arrependiam, o Se- quirir poder e riquezas; e entre
nhor tinha amisericórdia deles. eles surgiu um homem podero-
9 E aconteceu que Siblom foi so em sua iniquidade e ele bata-
morto e Sete foi posto em cati- lhou contra Moron e dominou a
veiro e viveu em cativeiro todos metade do reino; e conservou a
os seus dias. metade do reino por muitos
10 E aconteceu que Aá, seu anos.
filho, apoderou-se do reino e 16 E aconteceu que Moron o
reinou sobre o povo todos os derrotou e reconquistou o reino.
seus dias. E praticou toda sorte 17 E aconteceu que surgiu ou-
de iniqüidade, em seus dias, tro homem poderoso; e ele era
causando muito derramamento descendente do irmão de Jarede.
de sangue; e poucos foram os 18 E aconteceu que ele derro-
seus dias. tou Moron e conquistou o reino;
11 E Etem, sendo descendente portanto Moron viveu em cati-
de Aá, apoderou-se do reino; e veiro pelo resto de seus dias; e
ele também fez, em seus dias, o ele gerou a Coriântor.
que era inı́quo. 19 E aconteceu que Coriântor
12 E aconteceu que nos dias de viveu em cativeiro todos os seus
Etem surgiram muitos profetas dias.
e novamente profetizaram ao 20 E nos dias de Coriântor sur-
povo; sim, profetizaram que o giram também muitos profetas
Senhor os varreria completa- e profetizaram a respeito de
mente da face da Terra, a não coisas grandes e maravilhosas e
ser que se arrependessem de clamaram arrependimento ao
suas iniqüidades. povo, avisando a todos que, ca-
13 E aconteceu que o povo so não se arrependessem, o Se-
endureceu o coração e não adeu nhor Deus executaria a juı́zo
ouvidos a suas palavras; e os contra eles até sua completa
profetas prantearam e retira- destruição;
ram-se do meio do povo. 21 E que o Senhor Deus, por
14 E aconteceu que Etem jul- seu poder, enviaria ou traria
a
gou iniquamente todos os seus outro povo para ocupar a terra,

8 a gee Misericórdia, 15a gee Rebeldia, 21a Ét. 13:20–21.


Misericordioso. Rebelião.
13a Mos. 16:2. 20a gee Julgar.
593 Éter 11:22–12:8
da mesma forma que trouxera pender-se, a fim de não ser bdes-
seus pais. truı́do, dizendo que, pela cfé,
22 E eles rejeitaram todas as todas as coisas se cumprem.
palavras dos profetas, por causa 4 Portanto todos os que crêem
de sua sociedade secreta e inı́- em Deus podem, com seguran-
quas abominações. ça, aesperar por um mundo me-
23 E aconteceu que Coriântor lhor, sim, até mesmo um lugar à
gerou a aÉter e morreu, tendo mão direita de Deus, esperança
vivido em cativeiro todos os essa que vem pela fé e é uma
b
seus dias. âncora para a alma dos ho-
mens, tornando-os seguros e
constantes, sempre abundantes
CAPÍTULO 12
em cboas obras, sendo levados a
d
glorificar a Deus.
O profeta Éter exorta o povo a crer
5 E aconteceu que Éter profe-
em Deus—Morôni relata as mara-
tizou ao povo coisas grandes
vilhas e prodı́gios feitos pela fé—A
e maravilhosas, nas quais não
fé permitiu que o irmão de Jarede
acreditaram porque não as
visse Cristo—O Senhor dá fraque-
viam.
za aos homens para que sejam hu-
6 E agora eu, Morôni, quisera
mildes—O irmão de Jarede moveu
falar algo a respeito dessas coi-
o Monte Zerim pela fé—Fé, espe-
sas. Quisera mostrar ao mundo
rança e caridade são essenciais à sal-
que afé são coisas que se bes-
vação — Morôni viu Jesus face a
peram, mas cnão se vêem; por-
face.
tanto, não disputeis porque não
E aconteceu que Éter viveu vedes, porque não recebeis tes-
n o s d i a s d e C o r i â n t u m r ; e temunho senão depois da dpro-
a
Coriântumr era rei de toda a va de vossa fé.
terra. 7 Pois foi pela fé que Cristo
2 E aÉter era um profeta do Se- apareceu a nossos pais depois
nhor; portanto Éter surgiu nos de haver ressuscitado dentre os
dias de Coriântumr e começou a mortos; e ele não apareceu a
profetizar ao povo, porque não nossos pais senão depois que
podia ser bimpedido, em virtude nele tiveram fé; portanto foi
do Espı́rito do Senhor que esta- necessário que alguns nele ti-
va nele. vessem fé, porque ele não se
3 Pois aclamava desde a manhã mostrou ao mundo.
até o pôr-do-sol, exortando o 8 Mas em virtude da fé dos ho-
povo a crer em Deus e a arre- mens mostrou-se ao mundo e

23a Ét. 1:6; 15:33–34. 3a D&C 112:5. d 3 Né. 12:16.


12 1a Ét. 13:13–31. b Ét. 11:12, 20–22. 6 a Heb. 11:1.
2 a gee Éter. c gee Fé. b Rom. 8:24–25.
b Jer. 20:9; 4a gee Esperança. c Al. 32:21.
En. 1:26; b Heb. 6:19. d 3 Né. 26:11;
Al. 43:1. c I Cor. 15:58. D&C 105:19; 121:7–8.
Éter 12:9–21 594
glorificou o nome do Pai; e pre- operaram amilagres, fizeram-no
parou um caminho pelo qual pela bfé, tanto os que viveram
outros pudessem ser participan- antes de Cristo como os que vi-
tes do dom celestial e tivessem veram depois dele.
esperança de coisas que não 17 E foi pela fé que os três dis-
viram. cı́pulos obtiveram a promessa
9 Portanto também vós podeis de que anão provariam a morte;
ter esperança e ser participantes e eles não obtiveram a promessa
do dom, se tão-somente tiver- senão depois de terem fé.
des fé. 18 Ninguém, em tempo algum,
10 Eis que foi pela fé que os fez milagres antes de exercer fé;
antigos foram a chamados se- portanto, primeiro creram no Fi-
gundo a santa ordem de Deus. lho de Deus.
11 Portanto pela fé foi dada a 19 E houve muitos cuja fé foi
lei de Moisés. Pela dádiva de muito forte, aantes mesmo de
seu Filho, porém, Deus prepa- Cristo ter vindo, os quais não
rou um acaminho mais excelen- puderam ser impedidos de pe-
te; e foi pela fé que isso se netrar o bvéu, mas realmente vi-
cumpriu. ram com os próprios olhos as
12 Pois, se não houver afé entre coisas que, antes, haviam con-
os filhos dos homens, Deus não templado com os olhos da fé; e
pode fazer bmilagres entre eles; regozijaram-se.
portanto ele não apareceu senão 20 E eis que vimos neste regis-
depois que tiveram fé. tro que um desses foi o irmão de
13 Eis que foi a fé exercida por Jarede; pois tão grande era sua
Alma e Amuleque que fez a apri- fé em Deus, que quando Deus
são ruir por terra. estendeu o adedo, não o pôde
14 Eis que foi a fé exercida por ocultar dos olhos do irmão de
Néfi e Leı́ que operou a atrans- Jarede, em virtude da palavra
formação dos lamanitas, de mo- que lhe dissera, palavra essa que
do que foram batizados com ele obtivera pela fé.
fogo e com o bEspı́rito Santo. 21 E depois de haver o irmão
15 Eis que foi a fé exercida por de Jarede visto o dedo do Se-
a
Amon e seus irmãos que bope- nhor, em virtude da apromessa
rou tão grande milagre entre os que o irmão de Jarede obtivera
lamanitas. pela fé, o Senhor nada pôde
16 Sim, e todos aqueles que ocultar de seus olhos; portanto

10a Al. 13:3–4. 13a Al. 14:26–29. 17a 3 Né. 28:7;


gee Chamado, 14a Hel. 5:50–52. Mórm. 8:10–12.
Chamado por Deus, b Hel. 5:45; 3 Né. 9:20. 19a 2 Né. 11:1–4;
Chamar. 15a Al. 17:29–39. Jacó 4:4–5;
11a I Cor. 12:31. b ie como é mencionado Jar. 1:11;
12a 2 Né. 27:23; em Alma, capı́tulos Al. 25:15–16.
Mos. 8:18; Morô. 7:37; 17–26. b Ét. 3:6. gee Véu.
D&C 35:8–11. 16a gee Milagre. 20a Ét. 3:4.
b Mt. 13:58; Mórm. 9:20. b Heb. 11:7–40. 21a Ét. 3:25–26.
595 Éter 12:22–31
lhe mostrou todas as coisas, por- e eu temo que os gentios azom-
que ele não podia mais ser man- bem de nossas palavras.
tido fora do bvéu. 26 E depois de eu ter dito isto,
22 E foi pela fé que meus pais falou-me o Senhor, dizendo: Os
obtiveram a apromessa de que tolos azombam, mas lamentarão;
estas coisas chegariam a seus ir- e não se aproveitarão de vossa
mãos por intermédio dos gen- debilidade, porque minha graça
tios; portanto me foi ordenado basta aos mansos;
pelo Senhor, sim, pelo próprio 27 E se os homens vierem a
Jesus Cristo. mim, mostrar-lhes-ei sua afra-
23 E eu disse-lhe: Senhor, os queza. E bdou a fraqueza aos
gentios farão zombaria destas homens a fim de que sejam hu-
coisas, em virtude de nossa ade- mildes; e minha cgraça basta a
ficiência na escrita; pois, Se- todos os que se dhumilham pe-
nhor, tu nos fizeste poderosos rante mim; porque caso se
na palavra pela fé, mas não nos humilhem perante mim e te-
fizeste bpoderosos na escrita; nham fé em mim, então farei
pois fizeste com que todo este com que as ecoisas fracas se tor-
povo muito pudesse falar, por nem fortes para eles.
causa do Espı́rito Santo que lhe 28 Eis que mostrarei aos gen-
deste; tios sua fraqueza e mostrar-lhes-
24 E fizeste com que pudésse- ei que afé, esperança e caridade
mos escrever só um pouco, em conduzem a mim—a fonte de
virtude da inabilidade de nossas toda retidão.
mãos. Eis que tu não nos fizeste 29 E eu, Morôni, tendo ouvido
poderosos na aescrita como o ir- estas palavras, senti-me confor-
mão de Jarede, porque fizeste tado e disse: Ó Senhor, seja feita
com que as coisas que ele escre- a tua justa vontade, pois sei que
veu fossem poderosas como tu, ages para com os filhos dos ho-
a ponto de dominar o homem mens de acordo com sua fé.
que as lê. 30 Pois o irmão de Jarede disse
25 Tu também fizeste nossas à montanha Zerim: aMove-te! e
palavras poderosas e fortes, a ela foi movida. E se ele não ti-
ponto de não as podermos es- vesse tido fé, ela não se teria
crever; portanto, quando escre- movido; portanto tu ages de-
vemos, observamos nossa fra- pois que os homens têm fé.
queza e tropeçamos por causa 31 Pois assim te manifestaste a
da colocação de nossas palavras; teus discı́pulos; porque depois

21b Ét. 3:20; 27a Jacó 4:7. e Lc. 9:46–48;


D&C 67:10–13. b Êx. 4:11; II Cor. 12:9.
22a En. 1:13. I Cor. 1:27. 28a I Cor. 13:1–13;
23a Mórm. 8:17; 9:33. c gee Graça. Morô. 7:39–47.
b 2 Né. 33:1. d Lc. 18:10–14; 30a Mt. 17:20;
24a gee Linguagem. D&C 1:28. Jacó 4:6;
25a I Cor. 2:14. gee Humildade, Hel. 10:6, 9.
26a Gál. 6:7. Humilde, Humilhar. gee Poder.
Éter 12:32–41 596
que eles tiveram afé e falaram 37 E aconteceu que o Senhor
em teu nome, tu te mostraste a me disse: Se eles não têm carida-
eles com grande poder. de, a ti isso não importa; tu tens
32 E também me lembro de que sido fiel; portanto tuas vestes
tu disseste haver preparado pa- se tornarão alimpas. E porque
ra o homem uma casa, sim, en- viste a tua bfraqueza, serás forta-
tre as amansões de teu Pai, na lecido até que te sentes no lugar
qual o homem pode ter uma que preparei nas mansões de
b
esperança mais excelente; por- meu Pai.
tanto o homem deve ter espe- 38 E agora eu, Morôni, des-
rança; caso contrário não pode- peço-me dos gentios, sim, e
rá receber uma herança no lugar t a m b é m d e m e u s i r m ã o s a
que tu preparaste. quem amo, até que nos encon-
33 E novamente me lembro de tremos perante o atribunal de
que tu disseste ter a amado o Cristo, onde todos os homens
mundo a ponto de dar a tua vi- saberão que minhas bvestes não
da pelo mundo para tomá-la de estão manchadas com o vosso
novo, a fim de preparar um lu- sangue.
gar para os filhos dos homens. 39 E então sabereis que a vi
34 E agora sei que esse aamor Jesus e que ele falou comigo bfa-
que tiveste pelos filhos dos ho- ce a face; e que me falou com
mens é caridade; portanto, a evidente humildade, como um
não ser que os homens tenham homem fala com outro, em mi-
caridade, não poderão herdar o nha própria lı́ngua, a respeito
lugar que preparaste nas man- destas coisas.
sões de teu Pai. 40 E apenas algumas delas es-
35 Portanto sei, pelo que dis- crevi, por causa de minha defi-
seste, que se os gentios não tive- ciência na escrita.
rem caridade em relação a nossa 41 E agora vos exorto a que
a
fraqueza, prová-los-ás e tirarás o busqueis esse Jesus sobre quem
seu atalento, sim, mesmo aquele os profetas e apóstolos escreve-
que receberam, e dá-lo-ás aos ram, a fim de que a graça de
que tiverem mais fartamente. Deus, o Pai, e também do Se-
36 E aconteceu que eu orei ao nhor Jesus Cristo e do Espı́rito
Senhor a fim de que ele desse Santo, que dá btestemunho de-
a
graça aos gentios, para que te- les, esteja e permaneça em vós
nham caridade. eternamente. Amém.

31a gee Fé. 35a Mt. 25:14–30. b Jacó 1:19.


32a Jo. 14:2; gee Dom; Talento. 39a gee Jesus Cristo—
En. 1:27; 36a gee Graça. Aparições de Cristo
D&C 72:4; 98:18. 37a D&C 38:42; 88:74–75; após sua morte.
b gee Esperança. 135:4–5. b Gên. 32:30;
33a Jo. 3:16–17. b Ét. 12:27. Êx. 33:11.
34a Morô. 7:47. 38a gee Jesus Cristo— 41a D&C 88:63; 101:38.
gee Caridade; Amor. Juiz. b 3 Né. 11:32.
597 Éter 13:1–9
CAPÍTULO 13 Nova Jerusalém, porque já ha-
via existido na antigüidade; mas
Éter fala de uma Nova Jerusalém a seria reconstruı́da e tornar-se-ia
ser construı́da na América pela se- uma ccidade sagrada do Senhor;
mente de José—Ele profetiza, é ex- e seria edificada para a casa de
pulso, escreve a história jaredita e Israel—
prediz a destruição dos jareditas— 6 E que uma aNova Jerusalém
A guerra assola toda a terra. seria construı́da nesta terra para
os remanescentes da semente
E agora eu, Morôni, prossigo, a de bJosé, para o que houve um
c
fim de acabar meu registro a res- modelo.
peito da destruição do povo so- 7 Porque como José levou seu
bre o qual tenho escrito. pai para a terra do aEgito, de
2 Porque eis que rejeitaram to- modo que ele lá morreu, da
das as palavras de Éter; porque mesma forma o Senhor tirou da
ele verdadeiramente lhes falou terra de Jerusalém um remanes-
de todas as coisas, desde a ori- cente da semente de José para
gem do homem; e que depois usar de misericórdia com a des-
de haverem as águas arecuado cendência de José, a fim de que
b
da face desta terra, ela tornou-se não perecesse, assim como fora
uma terra escolhida entre todas misericordioso para com o pai
as outras, uma terra escolhida de José, a fim de que ele não pe-
do Senhor. Portanto o Senhor recesse.
deseja que o bsirvam todos os 8 Portanto os remanescentes
homens que nela habitarem. da casa de José serão estabele-
3 E que ela era o lugar da aNo- cidos nesta aterra; e será a terra
va Jerusalém, que bdesceria do de sua herança; e edificarão
céu, e o sagrado santuário do uma cidade sagrada para o
Senhor. Senhor, semelhante à antiga
4 Eis que Éter viu os dias de Jerusalém; e b não mais serão
Cristo e falou a respeito de uma confundidos até que venha o
a
Nova Jerusalém nesta terra. fim, quando a Terra for consu-
5 E falou também a respeito da mida.
casa de Israel e da aJerusalém de 9 E haverá um anovo céu e uma
onde bLeı́ viria, que, depois de nova Terra; e serão como os an-
destruı́da, seria reedificada, uma tigos, exceto que os antigos mor-
cidade santa para o Senhor; por- reram e todas as coisas se
tanto ela não poderia ser uma tornaram novas.

13 2a Gên. 7:11–24; 8:3. c Apoc. 21:10; 7 a Gên. 46:2–7; 47:6.


b Ét. 2:8. 3 Né. 20:29–36. b 2 Né. 3:5.
3 a 3 Né. 20:22; 21:23–24. 6 a D&C 42:9; 45:66–67; 8 a gee Terra da
gee Nova Jerusalém. 84:2–5; RF 1:10. Promissão.
b Apoc. 3:12; 21:2. b gee José, Filho de b Morô. 10:31.
4 a gee Sião. Jacó. 9 a II Ped. 3:10–13;
5 a gee Jerusalém. c Al. 46:24. Apoc. 21:1; 3 Né. 26:3;
b 1 Né. 1:18–20. gee Simbolismo. D&C 101:23–25.
Éter 13:10–20 598
10 E vem então a Nova Jerusa- 15 E aconteceu que naquele
lém; e bem-aventurados os que mesmo ano em que ele foi ex-
nela habitam, porque são aque- pulso do meio do povo, come-
les cujas vestes são abranquea- çou a haver uma grande guerra
das por meio do sangue do entre o povo, pois houve muitos
Cordeiro; e são aqueles que são que se levantaram, que eram
contados com os remanescentes homens poderosos e procura-
da semente de José, que eram vam destruir Coriântumr, por
da casa de Israel. meio dos seus inı́quos planos se-
11 E então vem também a anti- cretos sobre os quais foi falado.
ga Jerusalém; e bem-aventura- 16 E então Coriântumr, haven-
dos são os seus habitantes, por- do-se instruı́do em todas as ar-
que terão sido lavados no san- tes de guerra e em todas as
gue do Cordeiro; e são os que astúcias do mundo, deu comba-
foram dispersos e acoligados das te àqueles que pretendiam des-
quatro partes da terra e dos bpaı́- truı́-lo.
ses do norte e participarão do 17 Não se arrependeu, porém,
cumprimento do convênio feito nem tampouco seus belos filhos
por Deus com seu pai cAbraão. e filhas; nem os belos filhos e
12 E quando sucederem estas filhas de Coor; nem os belos fi-
coisas, cumprir-se-á a escritura lhos e filhas de Corior; e, em
que diz que há os que foram suma, não houve um sequer dos
a
primeiros, que serão últimos; e belos filhos e filhas, na face de
há os que foram últimos, que toda a terra, que se houvesse ar-
serão primeiros. rependido de seus pecados.
13 E estava prestes a escrever 18 Portanto aconteceu que no
mais, todavia fui proibido; gran- primeiro ano em que Éter viveu
des e maravilhosas, porém, fo- na cavidade da rocha, muita
ram as profecias de Éter; mas gente foi morta pela espada da-
eles não lhe deram valor algum quelas acombinações secretas,
e expulsaram-no; e ele ocultava- lutando contra Coriântumr a
se na cavidade de uma rocha fim de conquistar o reino.
durante o dia e saı́a durante a 19 E aconteceu que os filhos de
noite para ver as coisas que Coriântumr lutaram muito e
ocorriam com o povo. sangraram muito.
14 E enquanto vivia na cavida- 20 E no segundo ano a palavra
de de uma rocha, fez o restante do Senhor chegou a Éter para
deste registro, presenciando, à que ele profetizasse a aCoriân-
noite, as destruições que caı́am tumr que, caso ele se arrepen-
sobre o povo. desse, bem como toda a sua

10a Apoc. 7:14; b D&C 133:26–35. Jacó 5:63;


1 Né. 12:10–11; c gee Convênio D&C 90:9.
Al. 5:27. Abraâmico. 18a Ét. 8:9–26.
11 a gee Israel—Coligação 12a Mc. 10:31; 20a Ét. 12:1–2.
de Israel. 1 Né. 13:42;
599 Éter 13:21–14:2
casa, o Senhor lhe daria o reino 28 E aconteceu que Sarede lu-
e pouparia o povo— tou contra ele pelo espaço de
21 Caso contrário, eles seriam três dias. E aconteceu que Co-
destruı́dos e também toda a sua riântumr o venceu, perseguin-
casa, exceto ele próprio. E ele só do-o até chegar às planı́cies de
viveria para presenciar o cum- Heslon.
primento das profecias a respei- 29 E aconteceu que Sarede tor-
to de aoutro povo que receberia nou a batalhar contra ele, nas
a terra por herança; e Coriân- planı́cies; e eis que venceu Co-
tumr seria enterrado por eles; e riântumr e fê-lo recuar nova-
todas as almas seriam destruı́- mente para o vale de Gilgal.
das, salvo bCoriântumr. 30 E Coriântumr tornou a bata-
22 E aconteceu que Coriân- lhar contra Sarede no vale de
tumr não se arrependeu, nem Gilgal e derrotou e matou Sare-
sua casa nem o povo; e as guer- de.
ras não cessaram; e procuraram 31 E Sarede feriu Coriântumr
matar Éter, mas ele fugiu e tor- na coxa, de modo que ele não
nou a esconder-se na cavidade voltou a batalhar pelo espaço de
da rocha. dois anos, tempo em que todo o
23 E aconteceu que se levantou povo na face da terra estava
Sarede e também batalhou con- derramando sangue; e ninguém
tra Coriântumr; e derrotou-o de havia que os contivesse.
tal forma que, no terceiro ano,
reduziu-o ao cativeiro.
CAPÍTULO 14
24 E no quarto ano os filhos de
Coriântumr derrotaram Sarede
A iniqüidade do povo traz maldição
e reconquistaram o reino para
sobre a terra — Coriântumr faz
seu pai.
guerra contra Gileade, depois Libe e
25 Ora, começou uma guerra
depois Siz—Sangue e carnificina
em toda a face da terra, cada ho-
cobrem a terra.
mem com seu bando, lutando
por aquilo que desejava. E então começou a haver uma
26 E havia ladrões e, em suma, grande amaldição sobre toda a
toda sorte de iniqüidade, em to- terra, devido à iniqüidade do
da a face da terra. povo, de modo que se um ho-
27 E aconteceu que Coriân- mem deixava sua ferramenta de
tumr ficou muito irado com trabalho ou sua espada sobre a
Sarede e marchou contra ele prateleira ou no lugar onde cos-
com seus exércitos, para guer- tumava guardá-la, na manhã
reá-lo; e confrontaram-se com seguinte não conseguia encon-
grande ira no vale de Gilgal; e a trá-la, tão grande era a maldição
batalha tornou-se muito san- sobre a terra.
grenta. 2 Portanto todo homem segu-

21a Ômni 1:19–21; b Ét. 15:29–32. Mórm. 1:17–18;


Ét. 11:21. 14 1a Hel. 12:18; 13:17–23; 2:10–14.
Éter 14:3–18 600
rava nas mãos o que era seu e nou em uma passagem secreta e
não pedia emprestado nem em- tomou o reino para si; e seu
prestava; e todo homem conser- nome era Libe; e Libe era um
vava a mão direita no punho da homem de grande estatura,
espada, a fim de defender seus maior que qualquer outro ho-
bens e a própria vida e a vida mem entre todo o povo.
das esposas e filhos. 11 E aconteceu que no primei-
3 E então, depois do espaço de ro ano de Libe, Coriântumr su-
dois anos e após a morte de biu à terra de Moron e batalhou
Sarede, levantou-se o irmão de contra Libe.
Sarede e batalhou contra Co- 12 E aconteceu que lutou com
riântumr, sendo que Coriân- Libe e Libe golpeou-o no braço,
tumr o venceu e perseguiu até o ferindo-o; não obstante, o exér-
deserto de Aquis. cito de Coriântumr pressionou
4 E aconteceu que o irmão de Libe, de modo que ele fugiu pa-
Sarede lhe deu combate no de- ra as fronteiras junto à costa.
serto de Aquis; e a batalha tor- 13 E aconteceu que Coriân-
nou-se muito sangrenta e tumr o perseguiu; e Libe deu-
muitos milhares caı́ram pela es- lhe combate junto à costa.
pada. 14 E aconteceu que Libe atacou
5 E aconteceu que Coriântumr o exército de Coriântumr, de
sitiou o deserto; e o irmão de Sa- modo que eles tornaram a fugir
rede escapou do deserto duran- para o deserto de Aquis.
te a noite e matou uma parte do 15 E eis que Libe o perseguiu
exército de Coriântumr, que es- até chegar às planı́cies de Agós.
tava embriagada. E Coriântumr levou consigo to-
6 E ele foi para a terra de Mo- do o povo, ao fugir de Libe na-
ron e colocou-se no trono de quela parte da terra para onde
Coriântumr. escapara.
7 E aconteceu que Coriântumr 16 E quando chegou às planı́-
permaneceu no deserto com seu cies de Agós, deu combate a
exército pelo espaço de dois Libe e golpeou-o até ele morrer;
anos, durante os quais recebeu não obstante, o irmão de Libe
grandes reforços para seu exér- veio contra Coriântumr em lu-
cito. gar dele e a batalha tornou-se
8 Ora, o irmão de Sarede, cujo muito sangrenta, sendo que
nome era Gileade, também rece- Coriântumr novamente fugiu
beu grandes reforços para seu do exército do irmão de Libe.
exército, por causa de combina- 17 Ora, o nome do irmão de Li-
ções secretas. be era Siz. E aconteceu que Siz
9 E aconteceu que o seu sumo perseguiu Coriântumr e des-
sacerdote o assassinou quando truiu muitas cidades e matou
se achava no trono. tanto mulheres como crianças e
10 E aconteceu que um das incendiou as cidades.
combinações secretas o assassi- 18 E o nome de Siz provocou
601 Éter 14:19–31
temor em toda a terra; sim, por ira e que suas iniqüidades e
toda a terra correu o clamor— abominações prepararam um
Quem pode resistir ao exército caminho para sua eterna destrui-
de Siz? Eis que ele varre a terra ção.
diante de si! 26 E aconteceu que Siz perse-
19 E aconteceu que o povo co- guiu Coriântumr em direção ao
meçou a reunir-se em exércitos, leste, até as fronteiras junto ao
por toda a face da terra. mar; e lá ele batalhou contra Siz
20 E estavam divididos; e uma pelo espaço de três dias.
parte deles fugiu para o exército 27 E tão terrı́vel foi a destrui-
de Siz e uma parte deles fugiu ção entre os exércitos de Siz,
para o exército de Coriântumr. que o povo começou a ter medo
21 E tão grande e duradoura e a fugir diante dos exércitos de
foi a guerra e tão longo o derra- Coriântumr; e fugiram para a
mamento de sangue e a carnifi- terra de Corior e varreram os
cina, que toda a face da terra habitantes diante deles, todos os
foi coberta com os acorpos dos que não quiseram juntar-se a
mortos. eles.
22 E tão rápida e acelerada foi a 28 E armaram suas tendas no
guerra, que não restou quem vale de Corior; e Coriântumr
enterrasse os mortos, mas iam armou as suas tendas no vale
de derramamento de sangue a de Sur. Ora, o vale de Sur ficava
derramamento de sangue, dei- próximo do monte Comnor;
xando os corpos dos homens, portanto Coriântumr reuniu
mulheres e crianças espalhados seus exércitos no monte Com-
sobre a face da terra, para torna- nor e fez soar uma trombeta,
rem-se presas dos avermes da convidando os exércitos de Siz
carne. à batalha.
23 E o seu cheiro espalhava-se 29 E aconteceu que eles avan-
pela face da terra; sim, por toda çaram, mas foram novamente
a face da terra; de modo que o rechaçados; e avançaram pela
povo era molestado dia e noite segunda vez e tornaram a ser
pelo seu odor. rechaçados. E aconteceu que
24 Não obstante, Siz não cessa- avançaram ainda uma terceira
va de perseguir Coriântumr, vez e a batalha tornou-se muito
porque havia jurado vingar-se, sangrenta.
em Coriântumr, do sangue de 30 E aconteceu que Siz gol-
seu irmão que fora morto; e a peou Coriântumr, causando-lhe
voz do Senhor dissera a Éter muitos ferimentos profundos; e
que Coriântumr não cairia pela Coriântumr, tendo perdido san-
espada. gue, desmaiou e foi carregado
25 E assim vemos que o Senhor como se estivesse morto.
os visitou na plenitude de sua 31 Ora, a perda de homens,

21a Ét. 11:6. 22a Isa. 14:9–11.


Éter 15:1–11 602
mulheres e crianças em ambos recebeu a epı́stola, escreveu
os lados foi tamanha, que Siz or- outra epı́stola a Coriântumr, di-
d e n o u a s e u p o v o q u e n ã o zendo que caso ele se entregas-
perseguisse os exércitos de Co- se, de modo que pudesse
riântumr; portanto voltaram matá-lo com sua própria espa-
para seu acampamento. da, pouparia a vida do povo.
6 E aconteceu que o povo não
se arrependeu de suas iniqüida-
CAPÍTULO 15
des; e o povo de Coriântumr es-
tava cheio de furor contra o
Milhões de jareditas são mortos em
povo de Siz; e o povo de Siz es-
batalha—Siz e Coriântumr reúnem
tava cheio de furor contra o po-
todo o povo para um combate mor-
vo de Coriântumr; portanto o
tal—O Espı́rito do Senhor cessa de
povo de Siz lutou contra o povo
lutar com eles—A nação jaredita é
de Coriântumr.
completamente destruı́da—Somen-
7 E quando Coriântumr viu
te Coriântumr sobrevive.
que estava prestes a cair, tornou
E aconteceu que quando se re- a fugir do povo de Siz.
cuperou dos ferimentos, Coriân- 8 E aconteceu que chegou às
tumr começou a lembrar-se das águas de Ripliâncum que, por
a
palavras que Éter lhe dissera. interpretação, quer dizer gran-
2 E viu que quase dois milhões de, ou que excede a tudo; por-
dos de seu povo já haviam sido tanto, quando chegaram a essas
mortos pela espada e seu cora- águas, armaram suas tendas; e
ção começou a entristecer-se; Siz também armou suas tendas
sim, tinham sido mortos dois perto deles; e portanto, na ma-
milhões de homens fortes e tam- nhã seguinte, foram combater.
bém suas esposas e filhos. 9 E aconteceu que travaram
3 Ele começou a arrepender-se uma batalha muito sangrenta,
do mal que havia feito; e come- na qual Coriântumr foi nova-
çou a lembrar-se das palavras mente ferido e desmaiou, em
que haviam sido proferidas pela virtude da perda de sangue.
boca de todos os profetas e viu 10 E aconteceu que os exércitos
que se haviam cumprido, até de Coriântumr pressionaram os
então, em todos os pontos; e sua exércitos de Siz e venceram-nos,
alma afligiu-se e recusou-se a fazendo com que fugissem de-
ser consolada. les; e fugiram em direção ao sul
4 E aconteceu que ele escreveu e armaram suas tendas num lu-
uma epı́stola a Siz, pedindo-lhe gar chamado Ogate.
que poupasse o povo; e ele re- 11 E aconteceu que o exército
nunciaria ao reino em benefı́cio de Coriântumr armou suas ten-
da vida do povo. das no monte Ramá; e era aque-
5 E aconteceu que quando Siz le mesmo monte no qual meu

15 1a Ét. 13:20–21.
603 Éter 15:12–23
pai, Mórmon, aocultara para o seus gritos, seus gemidos e la-
Senhor os registros que eram mentos, que enchiam os ares.
sagrados. 17 E aconteceu que na manhã
12 E aconteceu que reuniram, seguinte voltaram a combater e
de toda a face da terra, todo o grande e terrı́vel foi aquele dia;
povo que não havia sido morto, não obstante, ninguém venceu;
com exceção de Éter. e quando chegou a noite, nova-
13 E aconteceu que Éter viu tu- mente encheram os ares com
do o que o povo fez; e viu que seus gritos e seus gemidos e seus
os que eram a favor de Coriân- lamentos pela perda de seus
tumr se haviam unido ao exérci- mortos.
to de Coriântumr; e os que eram 18 E aconteceu que Coriântumr
a favor de Siz se haviam unido escreveu nova epı́stola a Siz, pe-
ao exército de Siz. dindo-lhe que não voltasse a ba-
14 Portanto estiveram, pelo es- talhar, mas que tomasse o reino
paço de quatro anos, ajuntando e poupasse a vida do povo.
o povo, a fim de reunir todos os 19 Mas eis que o Espı́rito do Se-
que se achavam sobre a face da nhor havia deixado de lutar
terra, para que recebessem toda com eles e aSatanás dominava
a força que lhes fosse possı́vel totalmente o coração do povo;
receber. porque haviam sido abandona-
15 E aconteceu que quando es- dos à dureza de seus corações e
tavam todos reunidos, cada qual à cegueira de suas mentes, para
no exército que desejava, com as que fossem destruı́dos; portanto
esposas e filhos—tanto homens voltaram a batalhar.
como mulheres e crianças estan- 20 E aconteceu que lutaram to-
do armados com armas de guer- do aquele dia e, quando chegou
ra, tendo escudos e acouraças e a noite, dormiram sobre suas es-
capacetes; e estando vestidos padas.
com roupas próprias para a 21 E no dia seguinte lutaram
guerra—marcharam uns contra até a noite chegar.
os outros para batalhar; e luta- 22 E quando chegou a noite,
ram durante todo aquele dia e estavam aembriagados de ira, da
ninguém venceu. mesma forma que um homem se
16 E aconteceu que quando embriaga com vinho; e tornaram
chegou a noite, estavam exaus- a dormir sobre suas espadas.
tos e retiraram-se para seus 23 E lutaram de novo no dia
acampamentos; e depois de se seguinte; e quando chegou a
haverem retirado para seus noite, haviam todos caı́do pela
acampamentos, começaram a espada, à exceção de cinqüenta
gemer e a lamentar a perda dos e dois do povo de Coriântumr e
seus mortos; e tão altos foram sessenta e nove do povo de Siz.

11a Mórm. 6:6. 19a gee Diabo.


15a Mos. 8:7–10. 22a Morô. 9:23.
Éter 15:24–Morôni 1:1 604
24 E aconteceu que dormiram espada, salvo Coriântumr e Siz,
sobre suas espadas naquela noi- eis que Siz desmaiou com a per-
te e, na manhã seguinte, comba- da de sangue.
teram outra vez e lutaram tenaz- 30 E aconteceu que Coriân-
mente com suas espadas e com tumr, depois de apoiar-se sobre
seus escudos todo aquele dia. a espada para descansar um
25 E quando chegou a noite, pouco, cortou a cabeça de Siz.
restavam trinta e dois do povo 31 E aconteceu que depois de
de Siz e vinte e sete do povo de haver cortado a cabeça de Siz,
Coriântumr. Siz levantou-se sobre as mãos
26 E aconteceu que comeram e e caiu; e depois de haver feito
dormiram e prepararam-se para um esforço para cobrar alento,
morrer no dia seguinte. E eram morreu.
homens grandes e fortes quanto 32 E aconteceu que aCoriân-
à força dos homens. tumr caiu por terra e permane-
27 E aconteceu que lutaram pe- ceu como se estivesse morto.
lo espaço de três horas e desmaia- 33 E o Senhor falou a Éter e
ram com a perda de sangue. disse-lhe: Vai. E ele foi e viu que
28 E aconteceu que quando os as palavras do Senhor tinham
homens de Coriântumr adquiri- sido todas cumpridas; e termi-
ram força suficiente para cami- nou seu aregistro (e a centésima
nhar, estavam a ponto de fugir parte não escrevi); e ocultou-o
para salvar a vida; mas eis que de um modo que o povo de
Siz se levantou e também seus Lı́mi o encontrou.
homens; e ele jurou, em sua ira, 34 Ora, as últimas palavras que
que mataria Coriântumr ou pe- foram escritas por aÉter são as
receria pela espada. seguintes: Se o Senhor desejar
29 Portanto, perseguiu-os e, que eu seja transladado ou que
na manhã seguinte, alcançou- eu cumpra a vontade do Senhor
os; e novamente lutaram com a na carne, não importa, contanto
espada. E aconteceu que quan- que eu seja salvo no reino de
do tinham a todos caı́do pela Deus. Amém.

Livro de Morôni

CAPÍTULO 1 negam a Cristo são mortos. Aproxi-


madamente 401–421 d.C.
Morôni escreve para benefı́cio dos
lamanitas — Os nefitas que não O RA, eu, aMorôni, após ha-
ver terminado o resumo do
29a Ét. 13:20–21. Al. 37:21–31; [morôni]
32a Ômni 1:20–22. Ét. 1:1–5. 1 1a gee Morôni,
33a Mos. 8:9; 34a Ét. 12:2. Filho de Mórmon.
605 Morôni 1:2–3:4
relato do povo de Jarede, pensei tereis apoder para bconferir o Es-
em não mais escrever; entretan- pı́rito Santo àqueles sobre quem
to ainda não pereci; e não me impuserdes as cmãos; e em meu
dou a conhecer aos lamanitas, nome conferi-lo-eis, pois assim
para que não me matem. fazem os meus apóstolos.
2 Porque eis que as aguerras 3 Ora, Cristo disse-lhes estas
entre eles são extraordinaria- palavras quando apareceu pela
mente violentas; e por causa de primeira vez; e a multidão não
seu ódio, bmatam todos os nefi- as ouviu, mas ouviram-nas os
tas que não negam a Cristo. discı́pulos; e a todos sobre quem
3 E eu, Morôni, não anegarei a a
impuseram as mãos, desceu o
Cristo; portanto ando errante Espı́rito Santo.
por onde posso, a fim de conser-
var minha própria vida.
CAPÍTULO 3
4 Escrevo, pois, algumas coisas
mais, ao contrário do que pensa-
Os élderes ordenam sacerdotes e
va, pois supus que já não escre-
mestres pela imposição de mãos.
veria; escrevo, porém, mais
Aproximadamente 401–421 d.C.
algumas coisas que talvez sejam
úteis para meus irmãos, os lama- Maneira pela qual os discı́pulos,
nitas, em algum dia futuro, se- que eram chamados de aélderes
gundo a vontade do Senhor. da igreja, bordenavam sacerdo-
tes e mestres—
CAPÍTULO 2 2 Depois de haverem orado ao
Pai, em nome de Cristo, impu-
Jesus deu poder aos doze discı́pulos nham-lhes as mãos e diziam:
nefitas para conferirem o Espı́rito 3 Em nome de Jesus Cristo eu
Santo. Aproximadamente 401–421 te ordeno sacerdote (ou, se
d.C. fosse mestre, eu te ordeno mes-
tre), a fim de pregares o arre-
As palavras que Cristo disse a pendimento e a aremissão dos
seus adiscı́pulos, os doze por ele pecados por intermédio de Je-
escolhidos, quando lhes impôs sus Cristo, pela perseverança na
as mãos— f é e m s e u n o m e a t é o f i m .
2 E chamou-os pelo nome, di- Amém.
zendo: Invocareis o Pai em meu 4 E deste modo aordenavam sa-
nome, em fervorosa oração; e cerdotes e mestres, de acordo
depois que tiverdes feito isso, com os bdons e chamados de

2 a 1 Né. 12:20–23. b 3 Né. 18:37. b gee Ordenação,


b Al. 45:14. c gee Mãos, Ordenar.
3 a Mt. 10:32–33; Imposição das. 3 a gee Remissão de
3 Né. 29:5. 3 a At. 19:6. Pecados.
2 1a 3 Né. 13:25. 3 1a Al. 6:1. 4 a D&C 18:32; 20:60.
2 a gee Poder. gee Élder. b gee Dom.
Morôni 4:1–6:2 606
Deus aos homens; e ordena- CAPÍTULO 5
vam-nos pelo cpoder do Espı́rito
Santo que neles estava. Estabelecido o modo de administrar
o vinho sacramental. Aproximada-
mente 401–421 d.C.
CAPÍTULO 4 a
Maneira de administrar o vi-
nho—Eis que tomavam o cálice
Explica-se como élderes e sacerdotes
e diziam:
administram o pão sacramental.
2 Ó Deus, Pai Eterno, nós te ro-
Aproximadamente 401–421 d.C.
gamos em nome de teu Filho,
a
Maneira pela qual seus bélderes Jesus Cristo, que abençoes e
e sacerdotes administravam a santifiques este avinho para as
carne e o sangue de Cristo à almas de todos os que beberem
igreja; e eles cadministravam- dele, para que o façam em blem-
nos de acordo com os manda- brança do sangue de teu Filho,
mentos de Cristo. Sabemos, que por eles foi derramado, e
portanto, que esta maneira é testifiquem a ti, ó Deus, Pai Eter-
correta; e o élder ou o sacerdote no, que sempre se lembram de-
ministrava-os— le, para que possam ter consigo
2 E ajoelhavam-se com a igreja o seu Espı́rito. Amém.
e oravam ao Pai, em nome de
Cristo, dizendo:
3 Ó Deus, Pai Eterno, nós te ro- CAPÍTULO 6
gamos em nome de teu Filho,
Jesus Cristo, que abençoes e Pessoas arrependidas são batizadas
santifiques este a pão para as e integradas na Igreja— Membros
almas de todos os que parti- da Igreja que se arrependem são
lharem dele, para que o comam perdoados—Reuniões são dirigidas
em blembrança do corpo de teu pelo poder do Espı́rito Santo. Apro-
ximadamente 401–421 d.C.
Filho e testifiquem a ti, ó Deus,
Pai Eterno, que desejam tomar E agora falo a respeito do abatis-
sobre si o cnome de teu Filho mo. E eis que eram batizados él-
e recordá-lo sempre e guardar deres, sacerdotes e mestres; e
os mandamentos que ele lhes não eram batizados, a menos
deu, para que possam ter sem- que seus frutos mostrassem se-
pre consigo o seu d Espı́rito. rem eles bdignos do batismo.
Amém. 2 Nem recebiam pessoa algu-

4 c 1 Né. 13:37; I Cor. 11:23–24; D&C 20:78–79.


Morô. 6:9. 3 Né. 18:7. 2 a D&C 27:2–4.
4 1a 3 Né. 18:1–7. c gee Jesus Cristo— gee Sacramento.
b gee Élder. Tomar sobre nós o b Lc. 22:19–20;
c D&C 20:76–77. nome de Jesus Cristo. I Cor. 11:25.
3 a gee Sacramento. d gee Espı́rito Santo. 6 1a gee Batismo, Batizar.
b Lc. 22:19; 5 1a 3 Né. 18:8–11; b gee Dignidade, Digno.
607 Morôni 6:3–9
ma para o batismo, a menos que dade e eram acusados perante
se apresentasse com um acoração os bélderes por ctrês testemu-
quebrantado e um espı́rito contri- nhas da igreja e que não se arre-
to e testificasse à igreja que verda- pendiam nem dconfessavam, ti-
deiramente se havia arrependido nham os nomes eapagados e não
de todos os seus pecados. mais eram contados com o povo
3 E ninguém era recebido para de Cristo.
batismo, a menos que atomasse 8 aSempre, porém, que se arre-
sobre si o nome de Cristo, com pendiam e pediam perdão com
a firme resolução de servi-lo até verdadeiro intento, eram bper-
o fim. doados.
4 E depois de haverem sido re- 9 E suas reuniões eram adirigi-
cebidos pelo batismo, de have- das pela igreja, segundo as ma-
rem sido moldados e apurifica- nifestações do Espı́rito e pelo
dos pelo poder do Espı́rito San- poder do bEspı́rito Santo; por-
to, eram contados com o povo que se o poder do Espı́rito Santo
da igreja de Cristo; e seus os levava a pregar ou a exortar
b
nomes eram registrados, para ou a orar ou a suplicar ou a can-
que fossem lembrados e nutri- tar, assim o faziam.
dos pela boa palavra de Deus, a
fim de mantê-los no caminho
certo e mantê-los continuamen- CAPÍTULO 7
te catentos à oração, dconfiando
somente nos méritos de Cristo, Convite para entrar no descanso do
e
autor e aperfeiçoador de sua fé. Senhor—Orai com verdadeiro in-
5 E a aigreja reunia-se bfreqüen- tento—O Espı́rito de Cristo permi-
temente para c jejuar e orar e te aos homens distinguirem o bem
para falar a respeito do bem-es- do mal—Satanás persuade os ho-
tar de suas almas. mens a negarem a Cristo e a prati-
6 E reuniam-se freqüentemente carem o mal—Os profetas anun-
para partilhar o pão e o vinho, ciam a vinda de Cristo—Pela fé são
em lembrança do Senhor Jesus. realizados milagres e anjos minis-
7 E eram muito cuidadosos de tram—Os homens devem ter a es-
que anão houvesse iniqüidade perança da vida eterna e apegar-se à
entre eles; e todos os que eram caridade. Aproximadamente 401–
descobertos praticando iniqüi- 421 d.C.

2 a gee Coração D&C 3:20. c D&C 42:80–81.


Quebrantado. e Heb. 12:2. gee Testemunha.
3 a gee Jesus Cristo— 5 a gee Igreja de Jesus d gee Confessar,
Tomar sobre nós o Cristo. Confissão.
nome de Jesus Cristo. b 3 Né. 18:22; e Êx. 32:33; D&C 20:83.
4 a gee Pureza, Puro. 4 Né. 1:12; gee Excomunhão.
b D&C 20:82. D&C 88:76. 8 a Mos. 26:30–31.
c Al. 34:39; c gee Jejuar, Jejum. b gee Perdoar.
3 Né. 18:15–18. 7 a D&C 20:54. 9 a D&C 20:45; 46:2.
d 2 Né. 31:19; b Al. 6:1. gee Élder. b gee Espı́rito Santo.
Morôni 7:1–13 608
E agora eu, Morôni, escrevo al- Deus, a não ser que o faça com
gumas das palavras ditas por verdadeiro intento, nada lhe
meu pai, Mórmon, a respeito da aproveitará.
a
fé, esperança e caridade; pois 7 Porque eis que não lhe é
desta maneira ele falou ao povo, imputado por justiça.
ao ensiná-los na sinagoga que 8 Pois eis que se um homem,
haviam construı́do como lugar sendo amau, oferece uma dádi-
de adoração. va, ele o faz de bmá vontade;
2 E agora eu, Mórmon, falo a portanto será considerado como
vós, meus amados irmãos; e é se tivesse retido a dádiva; con-
pela graça de Deus, o Pai, e de seqüentemente é considerado
nosso Senhor Jesus Cristo e sua mau perante Deus.
santa vontade, devido ao dom 9 E, igualmente, se um homem
do achamado que me fez, que ora sem averdadeiro intento de
me é permitido falar-vos neste coração, é considerado mau, sim,
momento. e de nada lhe aproveita, porque,
3 Portanto falarei a vós que sois a esse, Deus não recebe.
da igreja, que sois os pacı́ficos 10 Portanto um homem mau
seguidores de Cristo e que não pode fazer o bem; nem dará
haveis recebido esperança sufi- ele uma boa dádiva.
ciente para entrardes no ades- 11 Porque eis que de uma afon-
canso do Senhor de agora em te amarga não pode brotar água
diante, até que descanseis com boa; nem de uma boa fonte po-
ele no céu. de brotar água amarga; portan-
4 E agora, meus irmãos, julgo to, sendo um homem servo do
estas coisas a respeito de vós, diabo, não pode seguir a Cristo;
devido a vossa aconduta pacı́- e se ele bsegue a Cristo, não po-
fica para com os filhos dos ho- de ser servo do diabo.
mens. 12 Portanto todas as coisas
a
5 Porque me lembro da palavra boas vêm de Deus; e o que é
b
de Deus, que diz que por suas mau vem do diabo; porque o
obras os aconhecereis; porque, se diabo é inimigo de Deus e luta
suas obras forem boas, eles tam- constantemente contra ele e
bém serão bons. convida e incita a c pecar e a
6 Pois eis que Deus disse que se fazer continuamente o mal.
um homem é amau, não pode 13 Eis, porém, que aquilo que é
praticar o bem; porque se ele de Deus convida e impele a
oferece uma dádiva ou bora a fazer o bem continuamente;

7 1a I Cor. 13:1–13; 4 a I Jo. 2:6; D&C 19:23. 11a Tg. 3:11–12.


Ét. 12:3–22, 27–37; 5 a 3 Né. 14:15–20. b Mt. 6:24;
Morô. 8:14; 10:20–23. 6 a Mt. 7:15–18. 2 Né. 31:10–13;
2 a gee Chamado, b Al. 34:28. gee Oração. D&C 56:2.
Chamado por Deus, 8 a Prov. 15:8. 12a Tg. 1:17; I Jo. 4:1–2;
Chamar. b D&C 64:34. Ét. 4:12.
3 a gee Descansar, 9 a Tg. 1:6–7; 5:16; b Al. 5:39–42.
Descanso. Morô. 10:4. c Hel. 6:30. gee Pecado.
609 Morôni 7:14–24
portanto, tudo o que convida e pouco o fazem seus anjos; nem
a
impele a fazer o bem e a amar a o fazem os que a ele se sujeitam.
Deus e a servi-lo, é binspirado 18 E agora, meus irmãos, ven-
por Deus. do que conheceis a luz pela qual
14 Portanto tende cuidado, podeis julgar, luz essa que é a
a
meus amados irmãos, a fim de luz de Cristo, tende cuidado
que não julgueis ser de Deus o para não julgardes erradamen-
que é amau; ou ser do diabo o te; porque com o mesmo bjuı́zo
que é bom e de Deus. com que julgardes, sereis tam-
15 Pois eis que, meus irmãos, bém julgados.
dado vos é ajulgar, a fim de que 19 Portanto vos suplico, ir-
possais distinguir o bem do mal; mãos, que procureis diligente-
e a maneira de julgar, para que mente, na aluz de Cristo,
tenhais um conhecimento per- diferenciar o bem do mal; e se
feito, é tão clara como a luz do vos apegardes a tudo que é bom
dia comparada com as trevas da e não o condenardes, certamen-
noite. te sereis bfilhos de Cristo.
16 Pois eis que o aEspı́rito de 20 E agora, meus irmãos, como
Cristo é concedido a todos os será possı́vel vos apegardes a
homens, para que eles possam tudo que é bom?
b
distinguir o bem do mal; por- 21 E agora chegamos àquela fé
tanto vos mostro o modo de jul- sobre a qual prometi falar-vos; e
gar; pois tudo o que impele à dir-vos-ei qual o caminho que
prática do bem e persuade a crer devereis seguir, para que vos
em Cristo é enviado pelo poder apegueis a todas as coisas boas.
e dom de Cristo; por conseguin- 22 Pois eis que Deus, aconhe-
te podeis saber, com um conhe- cendo todas as coisas, existindo
cimento perfeito, que é de Deus. de eternidade em eternidade,
17 Mas tudo que persuade o eis que enviou banjos para mi-
homem a praticar o amal e a não nistrarem entre os filhos dos ho-
crer em Cristo e a negá-lo e a mens e darem-lhes instruções
não servir a Deus, podeis saber, relativas à vinda de Cristo; e em
com conhecimento perfeito, que Cristo virão todas as coisas boas.
é do diabo; porque é desta for- 23 E Deus declarou também
ma que o diabo age, pois não aos profetas, pela própria boca,
persuade quem quer que seja a que Cristo viria.
fazer o bem; não, ninguém; tam- 24 E eis que, de diversas ma-

13a 2 Né. 33:4; Ét. 8:26. 2 Né. 2:5, 18, 26; Lc. 6:37;
b gee Inspiração, Mos. 16:3; Al. 29:5; Jo. 7:24.
Inspirar. Hel. 14:31. 19a D&C 84:45–46.
14a Isa. 5:20; 2 Né. 15:20. 17a gee Pecado. b Mos. 15:10–12; 27:25.
15a gee Discernimento, 18a Mos. 16:9; gee Filhos e Filhas de
Dom de. D&C 50:24; 88:7–13. Deus.
16 a gee Consciência; Luz, gee Luz, Luz de 22a gee Trindade.
Luz de Cristo. Cristo. b Mois. 5:58.
b Gên. 3:5; b tjs, Mt. 7:1–2; gee Anjos.
Morôni 7:25–35 610
neiras, manifestou coisas aos fi- lagres? Eis que vos digo que
lhos dos homens; e eram boas; e não; tampouco os anjos cessa-
todas as coisas boas vêm de ram de ministrar entre os filhos
Cristo; de outro modo os ho- dos homens.
mens estariam adecaı́dos e nada 30 Pois eis que a ele estão su-
de bom lhes poderia advir. jeitos, para ministrarem de acor-
25 Portanto, pelo ministério de do com a palavra de sua ordem,
a
anjos e por toda palavra que manifestando-se aos que têm
procedia da boca de Deus, co- uma fé vigorosa e uma mente
meçaram os homens a exercer fé firme em toda forma de santida-
em Cristo; e assim, pela fé, ape- de.
garam-se a todas as coisas boas; 31 E o ofı́cio de seu ministério
e assim foi até a vinda de Cristo. é chamar os homens ao arrepen-
26 E depois que ele veio, os ho- dimento e cumprir e realizar a
mens também foram salvos pela obra dos convênios que o Pai
fé em seu nome; e pela fé tor- fez com os filhos dos homens, a
nam-se os filhos de Deus. E tão fim de preparar o caminho en-
certo como Cristo vive, falou ele tre os filhos dos homens, decla-
a nossos pais, dizendo: aTudo o rando a palavra de Cristo aos
que for bom, se pedirdes ao Pai vasos escolhidos do Senhor, pa-
em meu nome, com fé e crendo ra que dêem testemunho dele.
que recebereis, eis que vos será 32 E assim fazendo, o Senhor
concedido. Deus prepara o caminho para
27 Portanto, meus amados ir- que o resto dos homens tenham
mãos, cessaram os a milagres a
fé em Cristo, a fim de que o Es-
porque Cristo subiu aos céus e pı́rito Santo tenha lugar no co-
sentou-se à mão direita de Deus ração deles segundo seu poder;
para breclamar do Pai os direitos e desta maneira cumpre o Pai os
de misericórdia que tem sobre convênios que fez com os filhos
os filhos dos homens? dos homens.
28 Porque satisfez às exigên- 33 E Cristo disse: aSe tiverdes fé
cias da lei e reivindica todos os em mim, tereis poder para fazer
que nele têm fé; e os que nele tudo quanto me parecer bconve-
têm fé se aapegarão a tudo que é niente.
bom; portanto ele b advoga a 34 E ele disse: aArrependei-vos
causa dos filhos dos homens; e todos vós, confins da Terra; e
ele habita eternamente nos vinde a mim e sede batizados
céus. em meu nome e tende fé em
29 E por ter ele feito isto, meus mim, para que sejais salvos.
amados irmãos, cessaram os mi- 35 E agora, meus amados ir-

24a 2 Né. 2:5. b Isa. 53:12; Mos. 14:12. 32a gee Fé.
25a Al. 12:28–30. 28a Rom. 12:9; 33a Mt. 17:20.
26a 3 Né. 18:20. D&C 98:11. b D&C 88:64–65.
gee Oração. b I Jo. 2:1; 2 Né. 2:9. 34a 3 Né. 27:20;
27a gee Milagre. gee Advogado. Ét. 4:18.
611 Morôni 7:36–45
mãos, se estas coisas sobre as sa humildade; pois se nele não
quais vos falei forem verdadei- tendes fé, não sois adignos de
ras—e Deus vos mostrará com ser contados com o povo de sua
a
poder e grande glória, no últi- igreja.
mo bdia, que elas são verdadei- 40 E novamente, meus amados
ras—e se elas são verdadeiras, irmãos, gostaria de falar-vos so-
cessaram os dias de milagres? bre a aesperança. Como podeis
36 Ou deixaram os anjos de alcançar a fé a não ser que te-
aparecer aos filhos dos homens? nhais esperança?
Ou anegou-lhes ele o poder do 41 E o que é que deveis aesperar?
Espı́rito Santo? Ou fará ele isso Eis que vos digo que deveis ter
b
enquanto durar o tempo ou esperança de que, por intermé-
existir a Terra ou existir na face dio da expiação de Cristo e do
da Terra um homem para ser poder da sua ressurreição, sereis
salvo? ressuscitados para a cvida eter-
37 Eis que vos digo: Não; por- na; e isto por causa da vossa fé
que é pela fé que os amilagres nele, de acordo com a promessa.
são realizados; e é pela fé que os 42 Portanto, se um homem tem
a
anjos aparecem e ministram en- fé, ele btem que ter esperança;
tre os homens; portanto, ai dos porque sem fé não pode haver
filhos dos homens se estas coi- qualquer esperança.
sas tiverem cessado, porque é 43 E novamente, eis que vos di-
por causa da bdescrença; e tudo go que ele não pode ter fé nem
é vão. esperança sem que seja amanso
38 Porque, de acordo com as e humilde de coração.
palavras de Cristo, nenhum ho- 44 Sem isso sua afé e esperança
mem pode ser salvo, a não ser são vãs, porque ninguém é acei-
que tenha fé em seu nome; por- tável perante Deus, a não ser os
tanto, se estas coisas houverem humildes e brandos de coração;
cessado, então a fé também ces- e se um homem é humilde e
sou; e terrı́vel é o estado do ho- brando de coração e bconfessa,
mem, pois é como se não tivesse pelo poder do Espı́rito Santo,
havido redenção. que Jesus é o Cristo, ele precisa
39 Mas eis, meus amados ir- ter caridade; pois se não tem ca-
mãos, que espero coisas melho- ridade, nada é; portanto ele pre-
res de vós, pois julgo que tendes cisa ter caridade.
fé em Cristo em virtude da vos- 45 E a acaridade é sofredora e é

35a 2 Né. 33:11. gee Esperança. 43 a gee Mansidão, Manso,


b D&C 35:8. 41a D&C 138:14. Mansuetude.
36a Morô. 10:4–5, 7, 19. b Tit. 1:2; 44a Al. 7:24;
37a Mt. 13:58; Jacó 4:4; Ét. 12:28–34.
Mórm. 9:20; Al. 25:16; b Lc. 12:8–9.
Ét. 12:12–18. Morô. 9:25. gee Confessar,
b Morô. 10:19–24. c gee Vida Eterna. Confissão;
39 a gee Dignidade, Digno. 42a gee Fé. Testemunho.
40a Ét. 12:4. b Morô. 10:20. 45a I Cor. 13:1–13.
Morôni 7:46–8:6 612
benigna e não é binvejosa e não criancinhas estão vivas em Cristo
se ensoberbece; não busca seus por causa da Expiação—Fé, arre-
interesses, não se irrita facil- pendimento, mansidão e humildade,
mente, não suspeita mal e não recebimento do Espı́rito Santo e
se regozija com a iniqüidade, perseverança até o fim, levam à sal-
mas regozija-se com a verdade; vação. Aproximadamente 401–421
tudo sofre, tudo crê, tudo espe- d.C.
ra, tudo suporta.
Uma epı́stola de meu apai, Mór-
46 De modo que, meus amados
mon, escrita a mim, Morôni; e
irmãos, se não tendes caridade,
ela foi-me escrita logo após meu
nada sois, porque a caridade
chamado para o ministério. E
nunca falha. Portanto, apegai-
desta maneira ele me escreveu:
vos à caridade, que é, de todas, a
2 Meu amado filho Morôni:
maior, porque todas as coisas
Alegra-me muito que teu Se-
hão de falhar—
nhor Jesus Cristo, lembrando-se
47 Mas a acaridade é o puro
b de ti, tenha-te chamado para
amor de Cristo e permanece
seu ministério e para sua obra
para sempre; e para todos os
sagrada.
que a possuı́rem, no último dia
3 Lembro-me sempre de ti em
tudo estará bem.
minhas orações, rogando cons-
48 Portanto, meus amados ir-
tantemente a Deus, o Pai, em
mãos, arogai ao Pai, com toda a
nome de seu Santo Filho Jesus,
energia de vosso coração, que
que ele, por sua infinita abonda-
sejais cheios desse amor que ele
de e bgraça, te conserve constan-
concedeu a todos os que são
te na fé em seu nome até o fim.
verdadeiros bseguidores de seu
4 E agora, meu filho, falo-te a
Filho, Jesus Cristo; que vos tor-
respeito de uma coisa que me
neis os filhos de Deus; que
aflige extremamente; pois afli-
quando ele aparecer, csejamos
ge-me que surjam adisputas no
como ele, porque o veremos co-
meio de vós.
mo ele é; que tenhamos esta
5 Pois, se eu soube a verdade,
esperança; que sejamos dpurifi-
tem havido disputas no meio de
cados, como ele é puro. Amém.
vós relativas ao batismo de vos-
sas criancinhas.
CAPÍTULO 8 6 E agora, meu filho, desejo
que vos esforceis muito para
O batismo de crianças pequenas é que esse grave erro seja removi-
uma abominação maligna — As do de vosso meio; porque é com

45b gee Inveja. Exemplo de Jesus gee Pureza, Puro.


47a 2 Né. 26:30. Cristo; Obedecer, 8 1a Pal. Mórm. 1:1.
gee Caridade. Obediência, 3 a Mos. 4:11.
b Jos. 22:5. Obediente. b gee Graça.
gee Amor. c I Jo. 3:1–3; 4 a 3 Né. 11:22, 28;
48a gee Oração. 3 Né. 27:27. 18:34.
b gee Jesus Cristo— d 3 Né. 19:28–29.
613 Morôni 8:7–15
essa intenção que escrevo esta mo as suas bcriancinhas; e serão
epı́stola. todos salvos com suas crianci-
7 Pois imediatamente após sa- nhas.
ber destas coisas sobre vós, in- 11 E suas acriancinhas não ne-
quiri o Senhor a respeito do cessitam de arrependimento
assunto. E pelo poder do Espı́ri- nem de batismo. Eis que batis-
to Santo veio a mim a apalavra mo é para arrependimento, a
do Senhor, dizendo: fim de que se cumpram os man-
8 Ouve as palavras de Cristo, damentos para a bremissão de
teu Redentor, teu Senhor e teu pecados.
Deus. Eis que vim ao mundo, 12 As acriancinhas, porém, es-
não para chamar os justos, mas tão vivas em Cristo desde a fun-
os pecadores, ao arrependimen- dação do mundo; se não for
to; os asãos não necessitam de assim, Deus é um Deus parcial e
médico, mas sim os que estão também um Deus variável, que
doentes; portanto as bcrianci- faz bacepção de pessoas; porque
nhas são csãs, por serem incapa- quantas criancinhas morreram
zes de cometer dpecado; portan- sem batismo!
to a maldição de eAdão é delas 13 Portanto, se as criancinhas
removida por minha causa, de não podiam ser salvas sem batis-
modo que sobre elas não tem mo, devem ter ido para um in-
poder; e a lei da fcircuncisão foi ferno sem fim.
abolida por minha causa. 14 Eis que vos digo que aquele
9 E desta maneira o Espı́rito que pensa que as criancinhas
Santo manifestou-me a palavra necessitam de batismo, está no
de Deus; portanto, meu amado fel da amargura e nos laços da
filho, sei que é um sério escárnio iniqüidade; porque não tem
a
perante Deus batizar crianci- fé nem esperança nem carida-
nhas. de; portanto, se morrer com esse
10 Eis que te digo que isto de- pensamento, deverá ir para o
verás ensinar—arrependimento inferno.
e batismo aos que são aresponsá- 15 Pois é grande iniqüidade su-
veis e capazes de cometer peca- por que Deus salva uma criança
dos; sim, ensina aos pais que em virtude do batismo, ao passo
devem arrepender-se e ser bati- que outra deve perecer por não
zados e tornar-se humildes co- ter sido batizada.

7 a gee Palavra de Deus. 10a gee Prestar Contas, Criança(s),


8 a Mc. 2:17. Responsabilidade, Menino(s); Filho(s).
b Mc. 10:13–16. Responsável. b gee Remissão de
c Mos. 3:16; D&C 74:7. b gee Criança(s), Pecados.
d gee Pecado. Filho(s), Menino(s); 12a D&C 29:46–47; 93:38.
e 2 Né. 2:25–27. Humildade, Humilde, b Ef. 6:9; 2 Né. 26:33;
gee Queda de Adão e Humilhar. D&C 38:16.
Eva. 11a gee Batismo, 14a I Cor. 13:1–13; Ét. 12:6;
f Gên. 17:10–11. Batizar—Requisitos Morô. 7:25–28;
gee Circuncisão. do batismo; 10:20–23.
Morôni 8:16–26 614
16 E ai daqueles que pervertem midamente; Deus ordenou-me.
os caminhos do Senhor dessa Ouvi estas palavras e atentai
maneira, porque perecerão, a para elas; caso contrário, elas
não ser que se arrependam! Eis testificarão contra vós no ctribu-
que falo ousadamente, tendo nal de Cristo.
a
autoridade de Deus; e não te- 22 Porque eis que todas as
mo o que o homem possa fazer, criancinhas estão a vivas em
porque o perfeito bamor clança Cristo, assim como todos os
fora todo o medo. que estão sem a blei, porque o
17 E estou cheio de acaridade, poder da credenção atua sobre
que é amor eterno; portanto to- todos os que não têm lei; por-
das as criancinhas são iguais pa- tanto o que não foi condenado,
ra mim; amo as bcriancinhas, ou seja, o que não está sob
portanto, com um perfeito amor; condenação, não pode arrepen-
e elas são todas iguais e partici- der-se; e para tal o batismo de
pantes da salvação. nada serve—
18 Pois sei que Deus não é um 23 Mas é escárnio perante
Deus parcial nem um ser variá- Deus negar as misericórdias de
vel; mas é aimutável, de beterni- Cristo e o poder do seu Santo
dade a eternidade. Espı́rito e depositar confiança
19 E as acriancinhas não podem em aobras mortas.
arrepender-se; portanto é gran- 24 Eis que, meu filho, isto não
de iniqüidade negar-lhes as pu- deve ser assim, porque o aarre-
r a s m i s e r i c ó r d i a s d e D e u s , pendimento é para os que estão
porque estão todas vivas nele, sob condenação e sob a maldi-
em virtude de sua bmisericórdia. ção de uma lei violada.
20 E aquele que diz que as 25 E o primeiro fruto do aarre-
criancinhas necessitam de batis- pendimento é o bbatismo; e o
mo, nega as misericórdias de batismo vem pela fé, para cum-
Cristo e despreza a sua aexpia- prirem-se os mandamentos; e o
ção e o poder de sua redenção. cumprimento dos mandamen-
21 Ai desses, porque estão em tos traz cremissão de pecados.
perigo de morte, ainferno e btor- 26 E a remissão de pecados traz
a
mento sem fim. Digo isto deste- mansidão e humildade; e a

16a gee Autoridade. Plano de Redenção. 23a D&C 22:2.


b gee Amor. 21a gee Inferno. 24a gee Arrepender-se,
c I Jo. 4:18. b Jacó 6:10; Mos. 28:3; Arrependimento.
17a gee Caridade. D&C 19:10–12. 25a gee Batismo,
b Mos. 3:16–19. c gee Jesus Cristo—Juiz. Batizar—Requisitos
18a Al. 7:20; Mórm. 9:9. 22a gee Salvação— do batismo.
gee Trindade. Salvação das b Mois. 6:58–60.
b Morô. 7:22. criancinhas. c D&C 76:52.
19a Lc. 18:15–17. b At. 17:30; gee Remissão de
b gee Misericórdia, D&C 76:71–72. Pecados.
Misericordioso. c gee Redenção, 26a gee Mansidão,
20a gee Expiação, Expiar; Redimido, Redimir. Manso, Mansuetude.
615 Morôni 8:27–9:5
mansidão e a humildade resul- CAPÍTULO 9
tam na presença do bEspı́rito
Santo, o cConsolador, que nos Tanto os nefitas como os lamanitas
enche de desperança e perfeito tornaram-se depravados e degene-
e
amor, amor que se conserva pe- rados—Torturam-se e assassinam-
la fdiligência na goração até que se uns aos outros—Mórmon ora
venha o fim, quando todos os para que a graça e a bondade des-
h
santos habitarão com Deus. cansem sobre Morôni para sempre.
27 Eis que, meu filho, eu te es- Aproximadamente 401–421 d.C.
creverei novamente, caso não
Meu amado filho, torno a escre-
saia logo contra os lamanitas.
ver-te a fim de que saibas que
Eis que o aorgulho desta nação,
ainda estou vivo; mas escrevo
ou seja, do povo nefita, mostrou
algumas coisas que são penosas.
ser a sua destruição, caso não se
2 Porque eis que tive uma vio-
arrependam.
lenta batalha com os lamanitas,
28 Ora por eles, meu filho, pa-
na qual não saı́mos vencedores;
ra que se arrependam. Mas
e Arqueantus caiu pela espada,
eis que temo que o Espı́rito te-
assim como Lurã e Enron; sim, e
nha cessado de alutar com eles;
perdemos grande número de
e nesta parte da terra estão
nossos melhores homens.
também procurando derrubar
3 E agora eis que temo, meu
todo poder e autoridade que
filho, que os lamanitas destruam
vem de Deus; e bnegam o Espı́ri-
este povo; porque não se arre-
to Santo.
pendem e Satanás instiga-os
29 E depois de haverem recu-
constantemente à ira, uns con-
sado tão grande conhecimento,
tra os outros.
meu filho, logo haverão de pe-
4 Eis que estou labutando com
recer, em cumprimento às pro-
eles continuamente; e quando
fecias feitas pelos profetas, bem
lhes transmito a palavra de Deus
como às palavras do próprio
com arigor, eles tremem e enrai-
Salvador.
vecem-se contra mim; e quando
30 Adeus, meu filho, até que eu
não uso de rigor, endurecem o
te escreva ou volte a ver-te.
coração contra a palavra de
Amém.
Deus; portanto temo que o Espı́-
rito do Senhor tenha deixado de
b
lutar com eles.
A segunda epı́stola de Mórmon 5 Porque se encolerizam tanto,
a seu filho Morôni. que me parece não terem medo
Abrange o capı́tulo 9. da morte; e perderam o amor

26b gee Espı́rito Santo. g gee Oração. gee Pecado


c gee Consolador. h gee Santo. Imperdoável.
d gee Esperança. 27a D&C 38:39. 9 4a 2 Né. 1:26–27;
e I Ped. 1:22; gee Orgulho. D&C 121:41–43.
1 Né. 11:22–25. 28a Mórm. 5:16. b D&C 1:33.
f gee Diligência. b Al. 39:6.
Morôni 9:6–18 616
uns pelos outros e têm asede de po até a morte; e depois de faze-
sangue e vingança continua- rem isso, devoram-lhes a carne
mente. como feras selvagens, por causa
6 E agora, meu amado filho, da dureza de seu coração; e fa-
apesar da dureza deles, traba- zem-no como prova de bravura.
lhemos adiligentemente; por- 11 Ó, meu amado filho, como
que, se deixarmos de btrabalhar, pode um povo como este, que
estaremos sob condenação; por- está sem civilização—
que enquanto habitarmos este 12 (E não faz muitos anos, era
tabernáculo de barro, temos um povo civilizado e agradável)
uma obra a executar, para ven- 13 Mas, ó meu filho, como po-
cermos o inimigo de toda a reti- de um povo como este, que se
d ã o e p a r a q u e n o s s a a l m a deleita com tanta abominação—
descanse no reino de Deus. 14 Como podemos nós esperar
7 E agora escrevo algo relativo que Deus adetenha sua mão em
ao sofrimento deste povo. Por- juı́zo contra nós?
que, segundo as notı́cias que 15 Eis que meu coração clama:
recebi de Amoron, eis que os Ai deste povo! Vem julgá-lo, ó
lamanitas têm muitos prisionei- Deus; e oculta seus pecados e
ros, que eles tiraram da torre de iniqüidades e abominações de
Serriza; e havia homens, mulhe- tua face!
res e crianças. 16 E, meu filho, há muitas
a
8 E eles mataram os maridos e viúvas que permanecem em
os pais dessas mulheres e crian- Serriza com as filhas; e a parte
ças; e alimentam as mulheres das provisões que os lamanitas
com a carne de seus maridos e não levaram, eis que a levou o
as crianças com a carne de seus exército de Zênefi, deixando que
pais; e não lhes dão mais que elas andem errantes em busca
um pouco de água. de alimentos; e muitas mulheres
9 E apesar desta monstruosa idosas desfalecem pelo caminho
abominação dos lamanitas, ela e morrem.
não excede a de nosso povo em 17 E o exército que está comigo
Moriântum. Pois eis que muitas é fraco; e os exércitos dos lama-
das filhas dos lamanitas foram nitas separam-me de Serriza e
aprisionadas; e depois de tê-las todos os que fugiram para o
despojado daquilo que é mais exército de aAarão caı́ram, vı́ti-
caro e precioso do que tudo, que mas de sua espantosa brutalida-
é a acastidade e a bvirtude— de.
10 E depois de haverem feito 18 Oh! A depravação de meu
isso, mataram-nas da mais cruel povo! Eles não têm ordem nem
maneira, torturando-lhes o cor- misericórdia. Eis que não sou

5 a Mórm. 4:11–12. gee Dever. 14a Al. 10:23.


6 a gee Diligência. 9 a gee Castidade. 16a gee Viúva.
b Jacó 1:19; En. 1:20. b gee Virtude. 17a Mórm. 2:9.
617 Morôni 9:19–10:1
mais que um homem e não te- nitas e muitos mais ainda se pas-
nho mais que a força de um ho- sarão; por isso escreve mais al-
mem; e já não posso fazer com gumas coisas, se fores poupado
que executem minhas ordens. e se eu perecer sem que te veja;
19 E tornaram-se fortes em sua tenho fé, porém, de que logo te
perversão; e são igualmente verei, porque tenho registros sa-
brutais, a ninguém poupando, grados que te desejaria bconfiar.
nem velhos nem jovens; e delei- 25 Sê fiel em Cristo, meu filho;
tam-se em tudo que não é bom; e oxalá não te aflijam as coisas
e o sofrimento de nossas mulhe- que te escrevi, a ponto de cau-
res e crianças sobre toda a face sar-te a morte, mas possa Cristo
desta terra excede a tudo; sim, a animar-te; e os seus asofrimen-
lı́ngua não o pode narrar nem tos e a sua morte e a manifesta-
pode ser escrito. ção do seu corpo a nossos pais e
20 E agora, meu filho, já não sua misericórdia e longanimida-
quero falar sobre esta horrı́vel de e a esperança de sua glória e
cena. Eis que conheces a iniqüi- da bvida eterna permaneçam em
dade deste povo; tu sabes que tua cmente para sempre.
não têm princı́pios nem senti- 26 E que a graça de Deus, o Pai,
mentos; e sua iniqüidade aexce- cujo trono se acha nas alturas
de à dos lamanitas. dos céus, e de nosso Senhor
21 Eis que, meu filho, não pos- Jesus Cristo, que se assenta à
a
so recomendá-los a Deus, para mão direita de seu poder até
que ele não me castigue. que todas as coisas se sujeitem a
22 Mas eis, meu filho, que te ele, te acompanhe e permaneça
recomendo a Deus e confio em contigo para sempre. Amém.
Cristo que tu serás salvo; e rogo
a Deus que te apoupe a vida pa-
CAPÍTULO 10
ra testemunhares a volta de seu
povo a ele ou sua completa des-
O testemunho do Livro de Mórmon
truição; porque sei que todos
é recebido pelo poder do Espı́rito
devem perecer, a menos que se
b Santo—Os dons do Espı́rito são
arrependam e voltem para ele.
concedidos aos fiéis—Os dons espi-
23 E se perecerem, será como
rituais sempre acompanham a fé—
com os jareditas, devido à obsti-
As palavras de Morôni falam do
nação de seus corações, abuscan-
pó—Vinde a Cristo, aperfeiçoai-vos
do sangue e bvingança.
nele e santificai vossa alma. Aproxi-
24 E se eles perecerem, sa-
madamente 421 d.C.
bemos que muitos de nossos ir-
mãos se apassaram para os lama- Agora eu, Morôni, escrevo algo

20a Hel. 6:34–35. 23a Mórm. 4:11–12. b gee Vida Eterna.


22a Mórm. 8:3. b Ét. 15:15–31. c gee Mente.
b Mal. 3:7; 24a Al. 45:14. 26a Lc. 22:69;
Hel. 13:11; b Mórm. 6:6. At. 7:55–56;
3 Né. 10:6; 24:7. 25a gee Expiação, Expiar. Mos. 5:9; Al. 28:12.
Morôni 10:2–14 618
que me parece bom; e escrevo é bom nega o Cristo, mas reco-
a meus irmãos, os alamanitas; nhece que ele é.
e quero que saibam que se 7 E pelo poder do Espı́rito San-
passaram mais de quatrocen- to podeis saber que ele é; por-
tos e vinte anos desde que t a n t o e u v o s e x o r t o a n ã o
foi dado o sinal da vinda de negardes o poder de Deus, pois
Cristo. ele opera com poder, ade acordo
2 E depois de vos dizer algu- com a fé dos filhos dos homens,
mas palavras a tı́tulo de exorta- o mesmo hoje e amanhã e para
ção, aselarei estes registros. sempre.
3 Eis que desejo exortar- 8 E novamente vos exorto,
vos, quando lerdes estas coi- meus irmãos, a não negardes os
a
sas, caso Deus julgue prudente dons de Deus, pois eles são
que as leiais, a vos lembrardes muitos; e eles vêm do mesmo
de quão misericordioso tem Deus. E de bdiversas maneiras
sido o Senhor para com os fi- são esses dons administrados;
lhos dos homens, desde a cria- mas é o mesmo Deus que opera
ç ã o d e A d ã o a t é a h o r a e m tudo em tudo; e eles são dados
que receberdes estas coisas, e a pelas manifestações do Espı́rito
a
meditardes sobre isto em vosso de Deus aos homens, para bene-
b
coração. ficiá-los.
4 E quando receberdes estas 9 Pois aa um é dado bensinar,
coisas, eu vos exorto a apergun- pelo Espı́rito de Deus, a palavra
tardes a Deus, o Pai Eterno, em de sabedoria;
nome de Cristo, se estas coisas 10 E a outro, ensinar a palavra
não bsão verdadeiras; e se per- de conhecimento, pelo mesmo
guntardes com um ccoração sin- Espı́rito;
cero e com dreal intenção, tendo 11 E a outro, afé extraordinária;
e
fé em Cristo, ele vos fmanifesta- e a outro, os dons de bcura, pelo
rá a gverdade delas pelo poder mesmo Espı́rito;
do Espı́rito Santo. 12 E também a outro, poder
5 E pelo poder do Espı́rito San- para operar grandes amilagres.
to podeis asaber a bverdade de 13 E também a outro, profeti-
todas as coisas. zar a respeito de todas as coisas;
6 E tudo o que é bom, é justo e 14 E também a outro, ver anjos
verdadeiro; portanto nada que e espı́ritos ministradores.

10 1a D&C 10:48. Ét. 4:10–11; 5:3. b Jo. 8:32.


2 a Mórm. 8:4, 13–14. c gee Honestidade, 7 a 1 Né. 10:17–19.
gee Escrituras— Honesto. 8 a gee Dons do
Profecias a respeito d Tg. 1:5–7; Espı́rito.
de escrituras futuras. Morô. 7:9. b D&C 46:15.
3 a Deut. 11:18–19. e gee Fé. 9 a I Cor. 12:8–11;
gee Ponderar. f gee Revelação. D&C 46:8–29.
b Deut. 6:6–7. g gee Verdade. b D&C 88:77–79, 118.
4 a gee Oração. 5 a D&C 35:19. 11a gee Fé.
b 1 Né. 13:39; 14:30; gee Discernimento, b gee Curar, Curas.
Mos. 1:6; Dom de; Testemunho. 12a gee Milagre.
619 Morôni 10:15–28
15 E também a outro, todos os desespero vem por causa da ini-
tipos de lı́nguas; qüidade.
16 E também a outro, a inter- 23 E verdadeiramente Cristo
pretação de idiomas e de diver- disse a nossos pais: aSe tendes
sos tipos de alı́nguas. fé, podeis fazer todas as coisas
17 E todos esses dons são da- que me são convenientes.
dos pelo Espı́rito de Cristo; e são 24 E agora falo a todos os con-
dados a cada homem indivi- fins da Terra—se chegar o dia
dualmente, de acordo com sua em que o poder e os dons de
vontade. Deus desaparecerem do meio
18 E eu desejaria exortar-vos, de vós, será apor causa de bincre-
meus amados irmãos, a vos lem- dulidade.
brardes de que atoda boa dádiva 25 E ai dos filhos dos homens,
vem de Cristo. se for este o caso; porque anão
19 E desejaria exortar-vos, haverá entre vós quem pratique
meus amados irmãos, a vos lem- o bem; não, ninguém. Porque se
brardes de que ele é o amesmo houver alguém entre vós que fa-
ontem, hoje e para sempre; e ça o bem, ele o fará pelo poder e
que todos esses dons dos quais pelos dons de Deus.
falei, que são espirituais, nunca 26 E ai daqueles que fizerem
d e s a p a r e c e r ã o e n q u a n t o o cessar estas coisas e morrerem,
mundo existir, a não ser pela porque amorrerão em seus bpe-
b
incredulidade dos filhos dos cados e não poderão ser salvos
homens. no reino de Deus; e digo isto de
20 Portanto é preciso haver afé; acordo com as palavras de
e se é preciso haver fé, também Cristo e não minto.
é preciso haver esperança; e se é 27 E exorto-vos a que recordeis
preciso haver esperança, é pre- estas coisas; porque se aproxima
ciso também haver caridade. rapidamente a hora em que sa-
21 E a não ser que tenhais acari- bereis que não minto, pois ver-
dade, não podeis de modo al- me-eis no tribunal de Deus; e o
gum ser salvos no reino de Senhor Deus dir-vos-á: Não vos
Deus; tampouco podeis ser anunciei minhas apalavras, que
salvos no reino de Deus se não foram escritas por este homem
tendes fé e se não tendes espe- como alguém que b clamasse
rança. dentre os mortos, sim, como al-
22 E se não tendes esperança, guém que falasse do cpó?
deveis estar em desespero; e o 28 Eu anuncio estas coisas para

16 a gee Lı́nguas, Dom de. 23a Morô. 7:33. b Jo. 8:21.


18a Tg. 1:17. 24a Morô. 7:37. 27a 2 Né. 33:10–11.
19a Heb. 13:8. b gee Incredulidade. b 2 Né. 3:19–20; 27:13;
b Morô. 7:37. 25a tjs, Salm. 14:1–7; 33:13;
20a Ét. 12:3–37. Rom. 3:10–12. Mórm. 9:30.
21a I Cor. 13:1–13; 26a Eze. 18:26–27; c Isa. 29:4.
Morô. 7:1, 42–48. 1 Né. 15:32–33;
gee Caridade. Mos. 15:26.
Morôni 10:29–34 620
cumprimento das profecias. E graça vos será suficiente; e por
eis que elas sairão da boca do sua graça podeis ser perfeitos
Deus Eterno; e sua palavra asibi- em Cristo; e se pela dgraça de
lará de geração em geração. Deus fordes perfeitos em Cristo,
29 E Deus mostrar-vos-á que não podereis, de modo algum,
aquilo que escrevi é verdadeiro. negar o poder de Deus.
30 E novamente desejo exor- 33 E novamente, se pela graça
tar-vos a avirdes a Cristo e a vos de Deus fordes perfeitos em
apegardes a toda boa dádiva; e a Cristo e não negardes o seu po-
b
não tocardes nem na dádiva má der, então sereis asantificados
nem no que é impuro. em Cristo pela graça de Deus,
31 E adesperta e levanta-te do por meio do derramamento do
b
pó, ó Jerusalém; sim, e veste-te sangue de Cristo, que está no
com teus vestidos formosos, ó convênio do Pai para a cremis-
filha de bSião; e cfortalece tuas são de vossos pecados, a fim de
d
estacas e alarga tuas fronteiras que vos torneis dsantos, sem má-
para sempre, a fim de que já cula.
e
não sejas confundida, para que 34 E agora me despeço de
se cumpram os convênios que o todos. Logo irei adescansar no
b
Pai Eterno fez contigo, ó casa de paraı́so de Deus, até que meu
c
Israel! espı́rito e meu corpo tornem a
32 Sim, avinde a Cristo, bsede d
unir-se e eu seja carregado
aperfeiçoados nele e negai-vos a triunfante pelo ear, para encon-
toda iniqüidade; e se vos negar- trar-me convosco no fagradável
des a toda iniqüidade e camar- tribunal do grande g Jeová, o
h
des a Deus com todo o vosso po- Juiz Eterno tanto dos vivos co-
der, mente e força, então sua mo dos mortos. Amém.
28a 2 Né. 29:2. 2 Né. 26:33; Jacó 1:7; d gee Santidade.
30a 1 Né. 6:4; Mórm. 9:27; Ômni 1:26. 34a gee Descansar,
Ét. 5:5. b Mt. 5:48; 3 Né. 12:48. Descanso.
b Al. 5:57. gee Perfeito. b gee Paraı́so.
31a Isa. 52:1–2. c D&C 4:2; 59:5–6. c gee Espı́rito.
b gee Sião. d 2 Né. 25:23. d gee Ressurreição.
c Isa. 54:2. 33a gee Santificação. e I Tess. 4:17.
d gee Estaca. b gee Expiação, Expiar. f Jacó 6:13.
e Ét. 13:8. c gee Remissão de g gee Jeová.
32a Mt. 11:28; Pecados. h gee Jesus Cristo—Juiz.
Doutrina
e
Convênios
DE A IGREJA DE JESUS CRISTO

DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS,

CONTENDO REVELAÇÕES DADAS A

JOSEPH SMITH, O PROFETA,

COM ALGUNS ACRÉSCIMOS DE SEUS SUCESSORES

NA PRESIDÊNCIA DA IGREJA
-
iii
INTRODUÇÃO

D outrina e Convênios é uma coletânea de revelações divinas e


declarações inspiradas, dadas para o estabelecimento e regu-
lamentação do reino de Deus na Terra nos últimos dias. Embora a
maioria das seções seja dirigida aos membros de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, as mensagens, advertências e
exortações são para benefício de toda a humanidade e convidam
todas as pessoas de todos os lugares para ouvirem a voz do Senhor
Jesus Cristo, falando-lhes para o seu bem-estar terreno e sua sal-
vação eterna.
A maior parte das revelações desta coletânea foi recebida por
intermédio de Joseph Smith, Jr., o primeiro profeta e presidente de
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Outras fo-
ram dadas por meio de alguns de seus sucessores na Presidência.
(Ver cabeçalhos das seções 135, 136 e 138, bem como Declarações
Oficiais 1 e 2.)
O livro de Doutrina e Convênios é uma das obras-padrão da
Igreja, ao lado da Bíblia Sagrada, do Livro de Mórmon e da Pérola
de Grande Valor. Entretanto, Doutrina e Convênios é uma obra
singular, por não ser a tradução de um documento antigo, mas ter
origem moderna; foi dada por Deus por meio de profetas escolhidos
para a restauração de sua sagrada obra e para o estabelecimento
do reino de Deus na Terra nestes dias. Nas revelações, ouve-se a
voz terna, porém firme, do Senhor Jesus Cristo falando de novo na
dispensação da plenitude dos tempos; e a obra aqui iniciada é uma
preparação para sua segunda vinda, em cumprimento das palavras
de todos os santos profetas desde o princípio do mundo e de acordo
com elas.
Joseph Smith Júnior nasceu em 23 de dezembro de 1805 em Sha-
ron, Condado de Windsor, Estado de Vermont. Ainda criança,
mudou-se com a família para Manchester, no oeste do Estado de
Nova York. Foi quando morava perto de Manchester, na primavera
de 1820, aos quatorze anos de idade, que recebeu sua primeira
visão, ocasião em que foi visitado em pessoa por Deus, o Pai Eterno,
e seu Filho Jesus Cristo. Foi-lhe dito nessa visão que a verdadeira
Igreja de Jesus Cristo, que fora estabelecida na época do Novo
Testamento e administrara a plenitude do evangelho, já não existia
na Terra. Seguiram-se outras manifestações divinas em que rece-
beu instruções de muitos anjos; foi-lhe revelado que Deus tinha
uma obra especial para ele realizar na Terra e que, por intermédio
dele, a Igreja de Jesus Cristo seria restaurada na Terra.
Com o decorrer do tempo, Joseph Smith, com a ajuda divina,
traduziu e publicou o Livro de Mórmon. Nesse meio tempo, ele e
iv
Oliver Cowdery foram ordenados ao Sacerdócio Aarônico por
João Batista em maio de 1829 (ver D&C 13) e, pouco depois, foram
também ordenados ao Sacerdócio de Melquisedeque pelos antigos
apóstolos Pedro, Tiago e João. (Ver D&C 27:12.) Seguiram-se outras
ordenações, nas quais Moisés, Elias o profeta, Elias e muitos pro-
fetas antigos conferiram-lhes as chaves do sacerdócio. (Ver D&C
110; 128:18, 21.) Essas ordenações foram, na realidade, uma resti-
tuição da autoridade divina ao homem na Terra. Em 6 de abril de
1830, sob orientação celestial, o Profeta Joseph Smith organizou a
Igreja e, assim, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo atua novamente
como instituição entre os homens, com autoridade para ensinar o
evangelho e administrar as ordenanças de salvação. (Ver Pérola
de Grande Valor, Joseph Smith — História 1:1–75 e D&C 20.)
Estas revelações sagradas foram recebidas em resposta a orações,
em momentos de necessidade, e resultaram de situações da vida de
pessoas reais. O Profeta e seus companheiros buscavam orientação
divina e estas revelações atestam que eles a recebiam. Nas revelações
observam-se a restauração e o desenrolar do evangelho de Jesus
Cristo, bem como o início da dispensação da plenitude dos tempos.
Nas revelações aparecem também o deslocamento da Igreja em di-
reção ao oeste, saindo dos estados de Nova York e Pensilvânia para
os estados de Ohio, Missouri, Illinois e, finalmente, para a Grande
Bacia do oeste dos Estados Unidos, bem como a grande luta dos
santos na tentativa de edificar Sião na Terra nos tempos modernos.
Várias das primeiras seções tratam de assuntos relacionados à
tradução e à publicação do Livro de Mórmon. (Ver seções 3, 5, 10,
17 e 19.) Algumas seções posteriores refletem o trabalho do Profeta
Joseph Smith ao fazer uma tradução inspirada da Bíblia, durante a
qual foram recebidas muitas das importantes seções doutrinárias.
(Ver, por exemplo, as seções 37, 45, 73, 76, 77, 86, 91 e 132, todas
diretamente relacionadas, de uma forma ou de outra, com a tra-
dução da Bíblia.)
Nas revelações, as doutrinas do evangelho são apresentadas
com explicações sobre assuntos fundamentais, como a natureza
da Trindade, a origem do homem, a realidade da existência de
Satanás, o propósito da mortalidade, a necessidade da obediência
e do arrependimento, as obras do Santo Espírito, as ordenanças e
cerimônias ligadas à salvação, o destino da Terra, as condições
futuras do homem após a ressurreição e o julgamento, a eternidade
do relacionamento matrimonial e a natureza eterna da família. Da
mesma forma, é apresentado o desenvolvimento gradual da estru-
tura administrativa da Igreja, com o chamado de bispos, da Pri-
meira Presidência, do Conselho dos Doze e dos Setenta, bem como
v
com a criação de outros ofícios e quóruns presidentes. Finalmente,
o testemunho prestado sobre Jesus Cristo — sua divindade, majes-
tade, perfeição, seu amor e poder redentor—torna este livro muito
valioso para a família humana e mais precioso que as riquezas de
toda a Terra.
Diversas revelações foram publicadas em 1833 em Sião (Inde-
pendence), Estado de Missouri, com o título de A Book of Com-
mandments for the Government of the Church of Christ (Livro de Man-
damentos para o Governo da Igreja de Cristo). Concernente a essa
publicação, os élderes da Igreja prestaram solene testemunho de
que o Senhor lhes testificara que as revelações eram verdadeiras.
Como o Senhor continuou a se comunicar com seus servos, publi-
cou-se dois anos mais tarde, em Kirtland, Estado de Ohio, uma
compilação ampliada, com o título de Doctrine and Covenants of the
Church of the Latter Day Saints (Doutrina e Convênios da Igreja dos
Santos dos Últimos Dias). A essa publicação de 1835 foi anexado o
seguinte testemunho escrito dos Doze Apóstolos:

TESTEMUNHO DOS DOZE


APÓSTOLOS QUANTO À VERACIDADE DO
LIVRO DE DOUTRINA E CONVÊNIOS
O Depoimento das Testemunhas quanto ao Livro dos Mandamentos
do Senhor, mandamentos esses que Ele deu a Sua Igreja por intermédio de
Joseph Smith, Jr., que foi designado pela voz da Igreja para tal propósito:
Nós, portanto, desejamos testemunhar a toda a humanidade, a
toda criatura da face da Terra, que o Senhor testificou a nossa
alma, por meio do Espírito Santo derramado sobre nós, que esses
mandamentos foram dados por inspiração de Deus, que são úteis
para todos os homens e realmente verdadeiros.
Prestamos este testemunho ao mundo com a ajuda do Senhor; e
é por meio da graça de Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus Cristo, que
nos é concedido o privilégio de prestar este testemunho ao mun-
do, em que muito nos rejubilamos, orando sempre ao Senhor para
que os filhos dos homens se beneficiem dele.
Os nomes dos Doze eram:
Thomas B. Marsh Orson Hyde William Smith
David W. Patten Wm. E. McLellin Orson Pratt
Brigham Young Parley P. Pratt John F. Boynton
Heber C. Kimball Luke S. Johnson Lyman E. Johnson
Em edições posteriores de Doutrina e Convênios, foram acrescen-
tadas outras revelações ou assuntos oficiais conforme recebidos e
aceitos por assembléias ou conferências competentes da Igreja.
vi
A partir da edição de 1835, foi também incluída uma série de
sete lições teológicas intituladas Lectures on Faith (Dissertações sobre
a Fé). Essas lições haviam sido preparadas para uso na Escola dos
Profetas em Kirtland, Estado de Ohio, de 1834 a 1835. Embora de
utilidade como doutrina e instruções, essas dissertações foram ex-
cluídas de Doutrina e Convênios a partir da edição de 1921 porque
não foram dadas nem apresentadas como revelações a toda a Igreja.
É evidente que alguns erros foram perpetuados em edições pas-
sadas publicadas em inglês, especialmente nas partes históricas
dos cabeçalhos das seções. Assim, esta edição contém correções de
datas e nomes de lugares, além de algumas outras correções meno-
res julgadas convenientes. Essas modificações foram feitas com o
propósito de harmonizar o material com os documentos históricos.
Outras características especiais desta edição incluem o aperfeiçoa-
mento das referências remissivas, dos cabeçalhos e das sinopses das
seções; tudo isso visando ajudar os leitores a entenderem a mensa-
gem do Senhor, como apresentada em Doutrina e Convênios, e a
rejubilarem-se com ela.
As introduções das seções de Doutrina e Convênios contêm re-
ferências a History of the Church (História da Igreja). History of the
Church é um relato histórico, em sete volumes, de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, de 1820 a 1848. Como esses
livros não foram traduzidos e existem apenas em inglês, as citações
de History of the Church encontradas nos sumários das seções desta
edição de Doutrina e Convênios referem-se aos volumes dessa his-
tória em inglês.
vii
ORDEM CRONOLÓGICA DO CONTEÚDO
Data Local Seções
1823 Setembro Manchester, Nova York. . . . . . . . . 2
1828 Julho Harmony, Pensilvânia . . . . . . . . . 3
Verão Harmony, Pensilvânia . . . . . . . . 10
1829 Fevereiro Harmony, Pensilvânia . . . . . . . . . 4
Março Harmony, Pensilvânia . . . . . . . . . 5
Abril Harmony, Pensilvânia . . . . . . 6, 7, 8, 9
Maio Harmony, Pensilvânia . . . . . . 11, 12, 13
Junho Fayette, Nova York . . . . 14, 15, 16, 17, 18
1830 Março Manchester, Nova York. . . . . . . . 19
Abril Fayette, Nova York . . . . . . . . 20*, 21
Abril Manchester, Nova York. . . . . . . 22, 23
Julho Harmony, Pensilvânia . . . . . . 24, 25, 26
Agosto Harmony, Pensilvânia . . . . . . . . 27
Setembro Fayette, Nova York . . . . . 28, 29, 30, 31
Outubro Fayette, Nova York . . . . . . . . 32*, 33
Novembro Fayette, Nova York . . . . . . . . . 34
Dezembro Fayette, Nova York . . . . . . . 35, 36, 37
1831 Janeiro Fayette, Nova York . . . . . . . 38, 39, 40
Fevereiro Kirtland, Ohio . . . . . . . 41, 42, 43, 44
Março Kirtland, Ohio . . . . . . 45, 46, 47, 48, 49
Maio Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 50
Maio Thompson, Ohio . . . . . . . . . . 51
Junho Kirtland, Ohio . . . . . . 52, 53, 54, 55, 56
Julho Sião, Condado de Jackson, Missouri . . . 57
Agosto Sião, Condado de Jackson, Missouri . 58, 59, 60
Agosto Junto ao Rio Missouri, Missouri . . . . 61, 62
Agosto Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 63
Setembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 64
Outubro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . 65
Outubro Orange, Ohio . . . . . . . . . . . 66
Novembro Hiram, Ohio . . . . . . . 1, 67, 68, 69, 133
Novembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 70
Dezembro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . 71
Dezembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 72
1832 Janeiro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . 73, 74
Janeiro Amherst, Ohio . . . . . . . . . . . 75
Fevereiro Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . 76
Março Hiram, Ohio . . . . . . . 77, 78, 79, 80, 81
Abril Condado de Jackson, Missouri . . . . 82, 83
Abril Independence, Missouri . . . . . . . 83
*No lugar indicado ou em suas proximidades.
viii
1832 Agosto Hiram, Ohio . . . . . . . . . . . . 99
Setembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 84
Novembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 85
Dezembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . 86, 87*, 88
1833 Fevereiro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 89
Março Kirtland, Ohio . . . . . . . . . 90, 91, 92
Maio Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . 93, 94
Junho Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . 95, 96
Agosto Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . 97, 98
Outubro Perrysburg, Nova York . . . . . . . . 100
Dezembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 101
1834 Fevereiro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . 102, 103
Abril Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . .104*
Junho Rio Fishing, Missouri . . . . . . . . 105
Novembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 106
1835 Março Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 107
Agosto Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 134
Dezembro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 108
1836 Janeiro Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 137
Março Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 109
Abril Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 110
Agosto Salém, Massachusetts . . . . . . . . 111
1837 Julho Kirtland, Ohio . . . . . . . . . . . 112
1838 Março Far West, Missouri . . . . . . . . 113*
Abril Far West, Missouri . . . . . . . 114, 115
Maio Spring Hill, Condado de Daviess, Missouri. 116
Julho Far West, Missouri . . . . 117, 118, 119, 120
1839 Março Cadeia de Liberty, Condado de Clay,
Missouri . . . . . . . . 121, 122, 123
1841 Janeiro Nauvoo, Illinois . . . . . . . . . . 124
Março Nauvoo, Illinois . . . . . . . . . . 125
Julho Nauvoo, Illinois . . . . . . . . . . 126
1842 Setembro Nauvoo, Illinois . . . . . . . . 127, 128
1843 Fevereiro Nauvoo, Illinois . . . . . . . . . . 129
Abril Ramus, Illinois . . . . . . . . . . . 130
Maio Ramus, Illinois . . . . . . . . . . . 131
Julho Nauvoo, Illinois . . . . . . . . . . 132
1844 Junho Nauvoo, Illinois . . . . . . . . . . 135
1847 Janeiro Winter Quarters (Acampamento de Inverno,
agora Nebraska) . . . . . . . . . 136
1890 Outubro Salt Lake City, Utah . . Declaração Oficial — 1
1918 Outubro Salt Lake City, Utah . . . . . . . . . 138
1978 Junho Salt Lake City, Utah . . Declaração Oficial — 2
*No lugar indicado ou em suas proximidades.
Doutrina e Convênios

SEÇÃO 1
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, durante uma
conferência especial de élderes da Igreja, realizada em Hiram, Estado de
Ohio, em 1º de novembro de 1831 [ History of the Church (História da
Igreja) 1:221–224]. Muitas revelações haviam sido recebidas do Senhor
antes dessa data e sua compilação para serem publicadas em forma de
livro foi um dos principais assuntos aprovados na conferência. Esta seção
constitui o prefácio do Senhor às doutrinas, convênios e mandamentos
dados nesta dispensação.

1–7, A voz de advertência dirige- nem ouvido que não ouça nem
c
se a todos os povos; 8–16, Aposta- coração que não seja penetrado.
sia e iniqüidade precedem a Se- 3 E os a rebeldes serão afligi-
gunda Vinda; 17–23, Joseph Smith dos com muita tristeza, porque
chamado para restaurar na Terra suas iniqüidades serão b procla-
as verdades e os poderes do Senhor; madas em cima dos telhados e
24–33, O Livro de Mórmon é trazi- seus feitos secretos serão reve-
do à luz e a verdadeira Igreja é esta- lados.
belecida; 34–36, A paz será tirada 4 E a a voz de advertência irá
da Terra; 37–39, Examinai estes a todos os povos pela boca de
mandamentos. meus discípulos, que escolhi
nestes b últimos dias.

E SCUTAI, ó povo da minha


a
igreja, diz a voz daquele
que habita no alto e cujos b olhos
5 E eles irão e ninguém os de-
terá, porque eu, o Senhor, os
mandei ir.
estão sobre todos os homens; 6 Eis que esta é a minha a auto-
sim, em verdade vos digo: c Es- ridade e a autoridade de meus
cutai, ó povos distantes e vós, servos e o meu prefácio ao livro
que estais nas ilhas do mar, es- de meus mandamentos, os quais
cutai juntamente. lhes dei para que os b publicas-
2 Pois em verdade a a voz do sem para vós, ó habitantes da
Senhor dirige-se a todos os ho- Terra.
mens e b ninguém há de escapar; 7 Portanto a temei e tremei, ó
e não haverá olho que não veja povos, porque o que eu, o Se-
1 1a 3 Né. 27:3; c gee Coração. Advertência,
D&C 20:1. 3 a gee Rebeldia, Advertir, Prevenir.
gee Igreja de Rebelião. b gee Últimos Dias.
Jesus Cristo. b Lc. 8:17; 12:3; 6a gee Jesus Cristo—
b D&C 38:7–8. 2 Né. 27:11; Autoridade.
gee Trindade. Mórm. 5:8. b D&C 72:21.
c Deut. 32:1. 4 a Eze. 3:17–21; 7a Deut. 5:29;
2a D&C 133:16. D&C 63:37. Ecles. 12:13.
b Filip. 2:9–11. gee Obra Missionária;
Doutrina e Convênios 1:8–20 2
nhor, neles decretei, neles será servos nem c atenderem às pala-
b
cumprido. vras dos profetas e apóstolos se-
8 E em verdade vos digo que rão d afastados do meio do povo;
àqueles que saírem para levar 15 Pois a desviaram-se de mi-
estas novas aos habitantes da nhas b ordenanças e c quebraram
Terra será dado poder para a se- meu d convênio eterno.
lar, tanto na Terra como nos 16 Não a buscam o Senhor pa-
céus, os incrédulos e b rebeldes; ra estabelecer sua justiça, mas
9 Sim, em verdade, selá-los todo homem anda em seu b pró-
para o dia em que a a ira de Deus prio c caminho e segundo a d ima-
se derramar sem medida sobre gem de seu próprio deus, cuja
os b iníquos — imagem é à semelhança do
10 Para o a dia em que o Senhor mundo e cuja substância é a de
vier b recompensar cada homem um ídolo que e envelhece e pe-
de acordo com suas c obras e recerá em Babilônia, sim, f Babi-
d
medir cada homem com a mes- lônia, a grande, que cairá.
ma medida com que ele houver 17 Portanto eu, o Senhor, co-
medido seu próximo. nhecendo as calamidades que
11 Portanto a voz do Senhor adviriam aos a habitantes da Ter-
chega aos confins da Terra, pa- ra, chamei meu servo Joseph
ra que ouçam os que quiserem Smith Júnior e falei-lhe do céu e
ouvir: dei-lhe mandamentos;
12 Preparai-vos, preparai-vos 18 E também a outros dei man-
para o que está para vir, por- damentos de proclamar estas
que o Senhor está perto; coisas ao mundo; e tudo isso
13 E a a ira do Senhor está acesa para que se cumprisse o que foi
e sua b espada está lavada nos escrito pelos profetas —
céus e sobre os habitantes da 19 As a coisas fracas do mundo
Terra cairá. virão e abaterão as poderosas
14 E o a braço do Senhor será e fortes, para que o homem não
revelado; e chegará o dia em que aconselhe seu próximo nem
aqueles que não b ouvirem a voz b
confie no braço de carne —
do Senhor nem a voz de seus 20 Que todo homem, porém,

7 b D&C 1:38. D&C 6:33. b Isa. 53:6.


8 a gee Selamento, Selar. d Mt. 7:2. c D&C 82:6.
b gee Rebeldia, 13a D&C 63:6. d Êx. 20:4; 3 Né. 21:17.
Rebelião. b Eze. 21:3; D&C 35:14. gee Idolatria.
9 a Apoc. 19:15–16; 14a Isa. 53:1. e Isa. 50:9.
1 Né. 22:16–17. b 2 Né. 9:31; Mos. 26:28. f D&C 64:24; 133:14.
b Mos. 16:2; c D&C 11:2. gee Babel, Babilônia;
JS—M 1:31, 55. d At. 3:23; Al. 50:20; Mundanismo.
10a gee Segunda Vinda D&C 50:8; 56:3. 17a Isa. 24:1–6.
de Jesus Cristo. 15a Jos. 23:16; Isa. 24:5. 19a At. 4:13; I Cor. 1:27;
b Eze. 7:4; D&C 56:19. b gee Ordenanças. D&C 35:13; 133:58–59.
gee Jesus Cristo— c gee Apostasia. gee Mansidão,
Juiz. d gee Novo e Eterno Manso, Mansuetude.
c Prov. 24:12; Convênio. b 2 Né. 28:31.
Al. 9:28; 41:2–5; 16a Mt. 6:33. gee Confiança, Confiar.
3 Doutrina e Convênios 1:21–34
a
fale em nome de Deus, o Se- haver recebido o registro dos
nhor, sim, o Salvador do mundo; nefitas, tivesse poder para tra-
21 Para que a fé também au- duzir, pela misericórdia de
mente na Terra; Deus, pelo poder de Deus, o
22 Para que o meu eterno a con- a
Livro de Mórmon.
vênio seja estabelecido; 30 E também para que aqueles
23 Para que a plenitude do a quem foram dados estes man-
meu a evangelho seja b proclama- damentos tivessem a poder pa-
da pelos c fracos e pelos simples ra estabelecer o alicerce desta
b
aos confins da Terra e perante igreja e tirá-la da obscuridade
reis e governantes. e das c trevas, a única d igreja
24 Eis que eu sou Deus e disse- verdadeira e viva na face de
o; estes a mandamentos são meus toda a Terra, com a qual eu, o
e foram dados a meus servos Senhor, me e deleito, falando à
em sua fraqueza, conforme a igreja coletiva e não indivi-
sua maneira de b falar, para que dualmente —
alcançassem c entendimento. 31 Pois eu, o Senhor, não pos-
25 E se errassem, isso fosse so encarar o a pecado com o mí-
revelado; nimo grau de tolerância;
26 E se buscassem a sabedoria, 32 Entretanto, aquele que se
fossem instruídos; arrepender e cumprir os man-
27 E se pecassem, fossem a re- damentos do Senhor será a per-
preendidos, para que se b arre- doado;
pendessem; 33 E aquele que a não se arre-
28 E se fossem a humildes, fos- pender, dele será b tirada até a
sem fortalecidos e abençoados luz que recebeu, pois meu c Es-
do alto e recebessem b conheci- pírito não d contenderá sempre
mento de tempos em tempos. com o homem, diz o Senhor
29 Sim, e para que meu servo dos Exércitos.
Joseph Smith Júnior depois de 34 E também em verdade vos

20a gee Testificar. Castigo, Corrigir, d Ef. 4:5, 11–14.


22a D&C 39:11. Repreender. gee Igreja
gee Convênio; Novo b gee Arrepender-se, Verdadeira,
e Eterno Convênio. Arrependimento. Sinais da.
23a gee Evangelho. 28a gee Humildade, e D&C 38:10.
b gee Obra Humilde, Humilhar. 31a Al. 45:16; D&C 24:2.
Missionária. b gee Conhecimento. gee Pecado.
c I Cor. 1:26–29. 29a gee Livro de 32a D&C 58:42–43.
24a 2 Né. 33:10–11; Mórmon. gee Perdoar.
Morô. 10:27–28. 30a D&C 1:4–5, 17–18. 33a Mos. 26:32.
b 2 Né. 31:3; Ét. 12:39. b gee Igreja de Jesus b Al. 24:30;
c D&C 50:12. Cristo dos Santos D&C 60:2–3.
gee Compreensão, dos Últimos Dias, A; c gee Espírito Santo.
Entendimento. Restauração do d Gên. 6:3;
26a Tg. 1:5; D&C 42:68. Evangelho. 2 Né. 26:11;
gee Sabedoria. c gee Trevas Mórm. 5:16;
27a gee Castigar, Espirituais. Ét. 2:15; Morô. 9:4.
Doutrina e Convênios 1:35–2:1 4
digo, ó habitantes da Terra: Eu, tos, porque são verdadeiros e
o Senhor, estou disposto a tor- fiéis; e as profecias e as b pro-
nar conhecidas estas coisas a messas neles contidas serão to-
a
toda carne; das cumpridas.
35 Porque não faço a acepção 38 O que eu, o Senhor, disse
de pessoas e desejo que todos está dito e não me desculpo; e
os homens saibam que o b dia ra- ainda que passem os céus e a
pidamente se aproxima; ainda Terra, minha a palavra não pas-
não é chegada a hora, mas está sará, mas será toda b cumprida,
perto, em que a c paz será tirada seja pela minha própria c voz ou
da Terra e o d diabo terá poder pela voz de meus d servos, é o
e
sobre seu próprio domínio. mesmo.
36 E também o Senhor terá po- 39 Pois eis que o Senhor é
der sobre seus a santos e b reinará Deus e o a Espírito testifica; e o
em seu c meio e descerá para d jul- testemunho é verdadeiro e a
gar e Iduméia, ou seja, o mundo. b
verdade permanece para todo
37 Examinai estes a mandamen- o sempre. Amém.

SEÇÃO 2

Extrato das palavras do anjo Morôni a Joseph Smith, o Profeta, quando


este se achava na casa de seu pai em Manchester, Estado de Nova York,
na noite de 21 de setembro de 1823 ( History of the Church 1:12).
Morôni foi o último de uma longa série de historiadores que escreveram o
registro hoje conhecido no mundo como o Livro de Mórmon. (Comparar
com Malaquias 4:5–6; também seções 27:9; 110:13–16 e 128:18.)

1, Elias, o profeta, revelará o sa-


cerdócio; 2–3, Plantam-se as pro-
messas dos pais no coração dos
E IS que vos revelarei o Sa-
cerdócio pela mão de a Elias,
o profeta, antes da vinda do
b
filhos. grande e terrível dia do Senhor.

34a Mt. 28:19; D&C 29:11; e gee Autoridade;


D&C 1:2; 42:58. 84:118–119. Apoio aos Líderes
35a Deut. 10:17; d gee Julgar. da Igreja.
At. 10:34; e gee Mundo. 39a I Jo. 5:6;
Morô. 8:12; 37a gee Escrituras. D&C 20:27; 42:17.
D&C 38:16. b D&C 58:31; 62:6; b gee Verdade.
b gee Últimos Dias. 82:10. 2 1a Mal. 4:5–6;
c D&C 87:1–2. 38a II Reis 10:10; 3 Né. 25:5–6;
gee Paz; Sinais Mt. 5:18; 24:35; D&C 110:13–15;
dos Tempos. 2 Né. 9:16; 128:17;
d gee Diabo. JS—M 1:35. JS—H 1:38–39.
36a gee Santo. b D&C 101:64. gee Elias, o Profeta;
b gee Jesus Cristo— c Deut. 18:18; Chaves do
Reinado de Cristo D&C 18:33–38; 21:5. Sacerdócio.
no Milênio. gee Revelação; Voz. b D&C 34:6–9;
c Zac. 2:10–11; d gee Profeta. 43:17–26.
5 Doutrina e Convênios 2:2–3:7
2 E a ele plantará no coração 3 Se assim não fosse, toda a
dos filhos as b promessas feitas Terra seria completamente des-
aos pais e o coração dos filhos truída na sua vinda.
voltar-se-á para seus pais.

SEÇÃO 3
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Estado da Pen-
silvânia, em julho de 1828, referente à perda de 116 páginas do manus-
crito traduzido da primeira parte do Livro de Mórmon, chamada Livro de
Leí. O Profeta havia permitido, com relutância, que essas páginas pas-
sassem de sua custódia à de Martin Harris, que servira por pouco tempo
como escrevente na tradução do Livro de Mórmon. A revelação foi dada
por meio do Urim e Tumim. ( History of the Church 1:21–23) (Ver
seção 10.)

1–4, O caminho do Senhor é um 4 Pois embora um homem te-


círculo eterno; 5–15, Joseph Smith nha muitas revelações e tenha
precisa arrepender-se ou perderá o poder para realizar muitas obras
dom de traduzir; 16–20, O Livro grandiosas, contudo, se ele se
a
de Mórmon é trazido à luz para vangloriar da própria força e
salvar a semente de Leí. ignorar os b conselhos de Deus e
seguir os ditames da própria

A S a obras e os desígnios e
os propósitos de Deus não
podem ser frustrados nem po-
vontade e de seus desejos c car-
nais, cairá e trará sobre si a d vin-
gança de um Deus justo.
dem se dissipar. 5 Eis que essas coisas te foram
2 Porque a Deus não anda por confiadas, mas quão rigorosos
veredas tortuosas nem se volta foram os mandamentos que re-
para a direita ou para a esquer- cebeste; e lembra-te também das
da nem se desvia daquilo que promessas que te foram feitas,
disse; portanto suas veredas são caso não os transgredisses.
retas e seu b caminho é um cír- 6 E eis que mui freqüentemen-
culo eterno. te a transgrediste os mandamen-
3 Lembra-te, lembra-te de que tos e as leis de Deus e seguiste
não é a a obra de Deus que se as b persuasões dos homens!
frustra, mas a obra dos homens; 7 Pois eis que não devias ter

2 a D&C 27:9; 98:16–17. b 1 Né. 10:18–19; gee Mandamentos


b gee Salvação para os D&C 35:1. de Deus; Aconselhar,
Mortos; Selamento, 3a At. 5:38–39; Conselho.
Selar. Mórm. 8:22; c gee Carnal.
3 1a Salm. 8:3–9; D&C 10:43. d gee Vingança.
D&C 10:43. 4a D&C 84:73. 6a D&C 5:21;
2a Al. 7:20. gee Orgulho. JS—H 1:28–29.
gee Trindade. b Jacó 4:10; Al. 37:37. b D&C 45:29; 46:7.
Doutrina e Convênios 3:8–20 6
a
temido mais aos homens do discernimento e a vangloriou-se
que a Deus. Embora os homens da própria sabedoria.
ignorem os conselhos de Deus 14 E essa é a razão pela qual
e b desprezem suas palavras — perdeste os teus privilégios por
8 Ainda assim, tu deverias ter certo tempo —
sido fiel e ele teria estendido o 15 Porque permitiste que o
braço, amparando-te contra to- conselho de teu a orientador fos-
dos os a dardos flamejantes do se pisado desde o princípio.
b
adversário; e teria permaneci- 16 Apesar disso, minha obra
do contigo em todos os momen- avançará, pois como o conheci-
tos de c angústia. mento sobre um a Salvador veio
9 Eis que tu és Joseph e foste ao mundo pelo b testemunho dos
escolhido para fazer a obra do judeus, da mesma forma o c co-
Senhor, mas por causa de trans- nhecimento sobre um Salvador
gressão, se não ficares atento, chegará ao meu povo —
cairás. 17 E aos a nefitas e aos jacobitas
10 Lembra-te, porém, de que e aos josefitas e aos zoramitas,
Deus é misericordioso; portan- pelo testemunho de seus ante-
to arrepende-te do que fizeste passados —
contrário ao mandamento que 18 E esse a testemunho chegará
te dei e és ainda escolhido; e és ao conhecimento dos b lamani-
chamado à obra outra vez; tas e dos lemuelitas e dos is-
11 A não ser que faças isso, maelitas, que c degeneraram na
serás abandonado e tornar-te- incredulidade devido à iniqüi-
ás como os outros homens e não dade de seus antepassados, a
mais terás o dom. quem o Senhor permitiu que
d
12 E quando entregaste aquilo destruíssem seus irmãos, os
que Deus te deu visão e poder nefitas, por causa de suas ini-
para a traduzir, entregaste o que qüidades e abominações.
era sagrado nas mãos de um 19 E para este a fim específico
b
homem iníquo, as b placas que contêm esses
13 Que ignorou os conselhos registros foram preservadas —
de Deus e quebrou as mais sa- para que se cumprissem as c pro-
gradas promessas feitas peran- messas do Senhor a seu povo;
te Deus; e confiou no próprio 20 E para que os a lamanitas ti-

7 a Salm. 27:1; Lc. 9:26; c Al. 38:5. Mórmon.


D&C 122:9. 12a D&C 1:29; 5:4. b 2 Né. 5:14;
gee Coragem, b D&C 10:6–8. En. 1:13–18.
Corajoso; Temor. 13a gee Orgulho. c 2 Né. 26:15–16.
b Lev. 26:42–43; 15a ie o Senhor. d Mórm. 8:2–3.
1 Né. 19:7; 16a gee Salvador. 19a 1 Né. 9:3, 5.
Jacó 4:8–10. b 1 Né. 13:23–25; b gee Placas de Ouro.
8 a Ef. 6:16; 2 Né. 29:4–6. c 3 Né. 5:14–15;
1 Né. 15:24; c Mos. 3:20. D&C 10:46–50.
D&C 27:17. 17a 2 Né. 5:8–9. 20a 2 Né. 30:3–6;
b gee Diabo. 18a gee Livro de D&C 28:8; 49:24.
7 Doutrina e Convênios 4:1–7
vessem conhecimento de seus e fossem d glorificados pela fé
antepassados e conhecessem as em seu nome; e para que, pelo
promessas do Senhor e b cres- seu arrependimento, fossem sal-
sem no evangelho e c confias- vos. Amém.
sem nos méritos de Jesus Cristo

SEÇÃO 4

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a seu pai,


Joseph Smith Sênior, em Harmony, Estado da Pensilvânia, em fevereiro
de 1829 ( History of the Church 1:28).

1–4, O serviço devotado salva os 4 Porque eis que o a campo já


ministros do Senhor; 5–6, Quali- está branco para a b ceifa; e eis
ficam-se para o ministério por que aquele que lança a sua foi-
meio de atributos divinos; 7, É ce com vigor faz c reserva, de
preciso buscar as coisas de Deus. modo que não perece, mas traz
salvação a sua alma;

A GORA eis que uma a obra


maravilhosa está para
iniciar-se entre os filhos dos
d
f
5 E a fé, b esperança, c caridade e
amor, com os e olhos fitos na
glória de Deus, qualificam-no
homens. para o trabalho.
2 Portanto, ó vós que embar- 6 Lembrai-vos da fé, da a virtu-
cais no a serviço de Deus, vede de, do conhecimento, da tem-
que o b sirvais de todo o c coração, perança, da b paciência, da bon-
poder, mente e força, para que dade fraternal, da piedade, da
vos apresenteis d sem culpa pe- caridade, da c humildade, da
d
rante Deus no último dia. diligência.
3 Portanto, se tendes desejo de 7 a Pedi e recebereis; batei e
servir a Deus, sois a chamados ser-vos-á aberto. Amém.
ao trabalho;

20b Mórm. 3:19–21. d I Cor. 1:8; b gee Esperança.


c 2 Né. 31:19; Jacó 1:19; c gee Caridade.
Morô. 6:4. 3 Né. 27:20. d gee Amor.
d Morô. 7:26, 38. 3 a D&C 11:4, 15; e Salm. 141:8;
4 1a Isa. 29:14; 36:5; 63:57. Mt. 6:22;
1 Né. 14:7; 22:8; gee Chamado, Mórm. 8:15.
D&C 6:1; 18:44. Chamado por f gee Glória.
gee Restauração Deus, Chamar. 6 a gee Virtude.
do Evangelho. 4 a Jo. 4:35; b gee Paciência.
2 a gee Serviço. Al. 26:3–5; c gee Humildade,
b Jos. 22:5; D&C 11:3; 33:3, 7. Humilde, Humilhar.
I Sam. 7:3; b gee Ceifa ou Colheita. d gee Diligência.
D&C 20:19; 76:5. c I Tim. 6:19. 7 a Mt. 7:7–8; 2 Né. 32:4.
c gee Coração; Mente. 5 a gee Fé. gee Oração.
Doutrina e Convênios 5:1–9 8

SEÇÃO 5
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Harmony,
Estado da Pensilvânia, em março de 1829, por solicitação de Martin
Harris ( History of the Church 1:28–31).

1–10, Esta geração receberá a pa- 4 E tens um dom para traduzir


lavra do Senhor por intermédio de as placas; e este é o primeiro
Joseph Smith; 11–18, Três teste- dom que te conferi; e ordenei-
munhas testificarão sobre o Livro te que não afirmasses ter qual-
de Mórmon; 19–20, A palavra do quer outro dom, até que meu
Senhor será confirmada, como nos propósito fosse cumprido nis-
tempos antigos; 21 – 35, Martin so; porque não te concederei
Harris poderá arrepender-se e ser outro dom até que isto esteja
uma das testemunhas. terminado.
5 Em verdade eu te digo que

E IS que te digo que como o


meu servo a Martin Harris
desejou receber de minhas mãos
aos habitantes da Terra sobre-
virão desgraças, se a não derem
ouvidos a minhas palavras;
um testemunho de que tu, meu 6 Pois futuramente serás a or-
servo Joseph Smith Júnior, pos- denado e sairás levando minhas
suis as b placas sobre as quais b
palavras aos filhos dos homens.
testemunhaste e que afirmaste 7 Eis que, se não quiserem
a
teres recebido de mim; acreditar em minhas palavras,
2 E agora, eis que isto lhe di- não crerão em ti, meu servo
rás: Aquele que te falou, disse: Joseph, ainda que te fosse pos-
Eu, o Senhor, sou Deus e dei sível mostrar-lhes todas essas
estas coisas a ti, meu servo coisas que te confiei.
Joseph Smith Júnior, e ordenei- 8 Oh! esta geração a incrédula
te que fosses a testemunha des- e b obstinada — minha ira está
tas coisas; acesa contra ela.
3 E fiz com que estabelecesses 9 Eis que em verdade eu te
um convênio comigo de que digo: a Reservei as coisas que
não as mostrarias a não ser às te confiei, meu servo Joseph,
a
pessoas a quem eu te ordenas- para um sábio propósito meu,
se; e não tens b poder sobre elas, que será revelado às gerações
a não ser que eu to conceda. futuras;

5 1a D&C 5:23–24; nas páginas gee Ordenação,


JS—H 1:61. introdutórias Ordenar.
b gee Placas de Ouro. do Livro de b 2 Né. 29:7.
2 a gee Testemunha. Mórmon. 7a Lc. 16:27–31;
3 a 2 Né. 27:13. Ver b 2 Né. 3:11. D&C 63:7–12.
também Depoimento 5 a Jer. 26:4–5; 8a gee Incredulidade.
de Três Testemunhas Al. 5:37–38; b Mórm. 8:33.
e Depoimento de D&C 1:14. gee Orgulho.
Oito Testemunhas 6 a D&C 20:2–3. 9a Al. 37:18.
9 Doutrina e Convênios 5:10–22
10 Esta geração, porém, rece- rão, sim, da água e do Espírito—
berá minha palavra por teu 17 E tu deves esperar ainda
intermédio; um pouco mais, porque ainda
11 E ao teu testemunho serão não foste a ordenado —
acrescentados os a testemunhos 18 E o testemunho delas tam-
de três de meus servos, que bém irá a condenar esta geração,
chamarei e ordenarei, a quem se contra elas endurecer o
mostrarei essas coisas; e serão coração;
enviados com minhas palavras, 19 Porque haverá um a flagelo
dadas por teu intermédio. assolador entre os habitantes
12 Sim, saberão com certeza da Terra e continuará a derra-
que essas coisas são verda- mar-se de tempos em tempos,
deiras, porque dos céus lhas se eles não se b arrependerem,
declararei. até que a Terra fique c vazia e
13 Dar-lhes-ei poder para ve- seus habitantes sejam consumi-
rem e considerarem essas coi- dos e totalmente destruídos pe-
sas como são; lo resplendor da minha d vinda.
14 E a a ninguém mais desta 20 Eis que te digo estas coisas,
geração concederei este poder assim como também a falei ao
para receber esse mesmo teste- povo acerca da destruição de
munho neste momento em que Jerusalém; e minha b palavra
minha b igreja começa a surgir será confirmada agora, como
e a sair do deserto — brilhante tem sido confirmada até aqui.
como a c lua e formosa como o 21 E agora te ordeno, meu ser-
sol e terrível como um exército vo Joseph, que te arrependas e
com estandartes. andes mais retamente diante
15 E enviarei o depoimento de mim; e que não cedas mais
de três a testemunhas de minha às persuasões dos homens;
palavra. 22 E que sejas firme na a obe-
16 E eis que a visitarei com a diência aos mandamentos que
b
manifestação de meu c Espírito te dei; e se fizeres isto, eis que
aqueles que d crerem em minhas te concedo vida eterna, mesmo
palavras e eles de mim e nasce- que sejas b morto.

11a 2 Né. 27:12; Ét. 5:3–4; e gee Batismo, Batizar; Arrependimento.


D&C 17:1–5. Nascer de Deus, c Isa. 24:1, 5–6.
14a 2 Né. 27:13. Nascer de Novo; d Isa. 66:15–16;
b gee Igreja de Jesus Dom do Espírito D&C 133:41.
Cristo; Restauração Santo. gee Segunda Vinda
do Evangelho. 17a gee Autoridade; de Jesus Cristo.
c D&C 105:31; 109:73. Ordenação, Ordenar. 20a 1 Né. 1:18;
15a D&C 17:1–20. 18a 1 Né. 14:7; 2 Né. 25:9.
gee Testemunhas do D&C 20:13–15. b D&C 1:38.
Livro de Mórmon. 19a D&C 29:8; 35:11; 22a gee Obedecer,
16a Ét. 4:11. 43:17–27. Obediência,
b 1 Né. 2:16. gee Últimos Dias; Obediente.
c D&C 8:1–3. Sinais dos Tempos. b Al. 60:13;
d gee Espírito Santo. b gee Arrepender-se, D&C 6:30; 135:1–7.
Doutrina e Convênios 5:23–35 10
23 E agora também te falo, não lhe permitirei ver as coisas
meu servo Joseph, com res- de que falei.
peito ao a homem que deseja o 29 E se for este o caso eu te
testemunho — ordeno, meu servo Joseph, que
24 Eis que lhe digo que ele lhe digas que nada mais faça
se exalta a si mesmo e não se nem me importune mais a res-
humilha suficientemente pe- peito deste assunto.
rante mim; mas se prostrar-se 30 E se for este o caso, eis
perante mim e humilhar-se em que te digo, Joseph: Quando ti-
fervorosa oração e fé, com o co- veres traduzido mais algumas
ração sincero, então permitirei páginas, pára por uns tem-
que a veja as coisas que deseja pos, até que eu te ordene nova-
ver. mente; então poderás voltar a
25 E então ele dirá ao povo traduzir.
desta geração: Eis que vi as coi- 31 E a não ser que faças
sas que o Senhor mostrou a isso, eis que não terás mais
Joseph Smith Júnior e a sei, sem dom e tomarei as coisas que te
dúvida, que são verdadeiras, confiei.
porque as vi; pois foram-me 32 E agora, porque antevejo
mostradas pelo poder de Deus emboscadas para te destruí-
e não dos homens. rem, sim, antevejo que se meu
26 E eu, o Senhor, ordeno a servo Martin Harris não se hu-
meu servo Martin Harris que milhar e não receber de minha
não lhes diga nada mais a res- mão um testemunho, cairá em
peito destas coisas, exceto: Vi- transgressão;
as e foram-me mostradas pelo 33 E há muitos que estão à es-
poder de Deus; e estas são as preita para a eliminar-te da face
palavras que deverá dizer. da Terra; e por isso, para que
27 Mas se negar isso, quebrará teus dias se prolonguem, dei-te
o convênio que fez anterior- estes mandamentos.
mente comigo e eis que será 34 Sim, por essa razão eu dis-
condenado. se: Pára e espera até que eu te
28 E agora, a não ser que se ordene; e a providenciarei meios
humilhe e reconheça perante para realizares as coisas que te
mim os seus erros e faça convê- ordenei.
nio comigo de que guardará 35 E se fores a fiel na obser-
meus mandamentos e exerça fé vância de meus mandamentos,
em mim, eis que lhe digo que serás b elevado no último dia.
não verá essas coisas, porque Amém.

23a D&C 5:1. 25a Ét. 5:3. b Jo. 6:39–40;


24a Ver Depoimento de 33a D&C 10:6; I Tess. 4:17;
Três Testemunhas 38:13, 28. 3 Né. 15:1;
nas páginas 34a 1 Né. 3:7. D&C 9:14; 17:8;
introdutórias do 35a Êx. 15:26; 75:16, 22.
Livro de Mórmon. D&C 11:20.
11 Doutrina e Convênios 6:1–9

SEÇÃO 6
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Oliver Cowdery em Har-
mony, Estado da Pensilvânia, em abril de 1829 ( History of the Church
1:32–35). Oliver Cowdery iniciou seus trabalhos como escrevente na
tradução do Livro de Mórmon em 7 de abril de 1829. Ele já havia recebido
uma manifestação divina, atestando a veracidade do testemunho de
Joseph com respeito às placas nas quais estava gravada a história do
Livro de Mórmon. Joseph inquiriu o Senhor por intermédio do Urim e
Tumim e recebeu esta resposta.

1–6, Os que trabalham no campo 4 Sim, aquele que a lança sua


do Senhor alcançam a salvação; 7– foice e ceifa é chamado por
13, Não há dom maior que o dom Deus.
da salvação; 14–27, O testemunho 5 Portanto, se me a pedires,
da verdade é dado pelo poder do receberás; se bateres, ser-te-á
Espírito; 28–37, Confiai em Cris- aberto.
to e fazei o bem continuamente. 6 Agora, como me pediste,
eis que te digo: Guarda meus

U MA grande e a maravilhosa
obra está para iniciar-se
entre os filhos dos homens.
mandamentos e a procura tra-
zer à luz e estabelecer a causa
de b Sião;
2 Eis que eu sou Deus; atenta 7 Não a busque b riquezas, mas
para a minha a palavra, que é vi- c
sabedoria, e eis que os d misté-
va e poderosa, mais b penetran- rios de Deus te serão revelados
te que uma espada de dois gu- e então serás enriquecido. Eis
mes, que penetra até dividir as que é rico aquele que tem a e vi-
juntas e medulas; portanto aten- da eterna.
ta para minhas palavras. 8 Em verdade, em verdade te
3 Eis que o a campo já está bran- digo: Aquilo que desejares de
co para a ceifa; portanto quem mim ser-te-á concedido; e se o
deseja ceifar que lance a sua desejares, serás o instrumento
foice com vigor e ceife enquan- para que se faça muito de bom
to durar o dia, a fim de ente- nesta geração.
sourar para sua alma salvação 9 Não pregues coisa alguma
eterna no reino de Deus. a esta geração, a não ser

6 1a Isa. 29:14; 4 a Apoc. 14:15–19; Mt. 19:23;


D&C 4:1–7; 18:44. Al. 26:5; Jacó 2:18–19.
2 a Heb. 4:12; D&C 11:3–4, 27. gee Riquezas;
Apoc. 1:16; 5 a Mt. 7:7–8. Mundanismo.
D&C 27:1. 6 a 1 Né. 13:37. c gee Sabedoria.
b Hel. 3:29; D&C 33:1. b gee Sião. d D&C 42:61, 65.
3 a Jo. 4:35; 7 a Al. 39:14; gee Mistérios
D&C 31:4; 33:3; D&C 68:31. de Deus.
101:64. b I Reis 3:10–13; e D&C 14:7.
Doutrina e Convênios 6:10–21 12
a
arrependimento; guarda meus chegado ao lugar onde agora
mandamentos e ajuda a trazer estás.
à luz minha obra, de acordo 15 Eis que tu sabes que me in-
com meus mandamentos; e quiriste e que te iluminei a a men-
serás abençoado. te; e agora te digo estas coisas
10 Eis que tens um dom e para que saibas que foste ilumi-
abençoado és por causa de teu nado pelo Espírito da verdade;
dom. Lembra-te de que ele é 16 Sim, digo-te para que sai-
a
sagrado e que vem do alto — bas que ninguém há, a não ser
11 E se a perguntares, conhe- Deus, que a conheça teus pen-
cerás b mistérios que são gran- samentos e os intentos de teu
b
des e maravilhosos; portanto coração.
exercerás teu c dom para que 17 Digo-te estas coisas como
desvendes mistérios, para que um testemunho a ti de que as
leves muitos a conhecerem a palavras, ou seja, a obra que es-
verdade, sim, para d convencê- tás escrevendo é a verdadeira.
los do erro de seus caminhos. 18 Portanto sê adiligente;
b
12 Não dês a conhecer teu apóia fielmente meu servo Jo-
dom, a não ser àqueles que são seph em qualquer circunstân-
de tua fé. Não trates com le- cia difícil em que se encontrar
viandade as a coisas sagradas. por causa da palavra.
13 Se fizeres o bem, sim, e te 19 Admoesta-o a respeito de
a
conservares b fiel até o c fim, suas faltas e aceita suas admoes-
serás salvo no reino de Deus, o tações. Sê paciente; sê sóbrio;
que é o maior de todos os dons sê temperante; tem paciência,
de Deus; porque não há dom fé, esperança e caridade.
maior que o da d salvação. 20 Eis que tu és Oliver e falei
14 Em verdade, em verdade te contigo por causa de teus dese-
digo: Bem-aventurado és pelo jos; portanto a entesoura estas
que fizeste; porque me a pro- palavras no coração. Sê fiel e di-
curaste e eis que, tantas vezes ligente na observância dos man-
quantas inquiriste, recebeste damentos de Deus e envolver-
instruções de meu Espírito. te-ei nos braços de meu amor.
Se assim não fora, não terias 21 Eis que eu sou Jesus Cristo,

9 a Al. 29:9; c gee Dom; Dons 15a gee Mente.


D&C 15:6; do Espírito. 16a I Crôn. 28:9;
18:14–15; 34:6. d Tg. 5:20; Al. 62:45; Mt. 12:25; Heb. 4:12;
gee Obra D&C 18:44. Mos. 24:12;
Missionária; 12a Mt. 7:6. 3 Né. 28:6.
Arrepender-se, 13a 1 Né. 15:24. gee Onisciente.
Arrependimento. b Mos. 2:41; b I Reis 8:39.
10a D&C 63:64. Ét. 4:19; 17a D&C 18:2.
11a D&C 102:23; D&C 51:19; 63:47. 18a gee Diligência.
JS—H 1:18, 26. c gee Perseverar. b D&C 124:95–96.
b Mt. 11:25; 13:10–11; d gee Salvação. 20a Ét. 3:21;
Al. 12:9. 14a gee Oração. D&C 84:85.
13 Doutrina e Convênios 6:22–32
o a Filho de Deus. Sou o mesmo de minhas a escrituras que fo-
que vim para os b meus e os meus ram escondidas por causa de
não me receberam. Eu sou a c luz iniqüidade.
que resplandece nas d trevas e 28 E agora eis que te conce-
as trevas não a compreendem. do, e também a meu servo Jo-
22 Em verdade, em verdade seph, as chaves deste dom, que
eu te digo: Se desejas mais um trará à luz este ministério; e pela
testemunho, volve tua mente boca de duas ou três a teste-
para a noite em que clamaste a munhas toda palavra será esta-
mim em teu coração a fim de belecida.
a
saberes a respeito da veracida- 29 Em verdade, em verdade
de destas coisas. vos digo: Se rejeitarem minhas
23 Não dei a paz a tua mente palavras e esta parte de meu
quanto ao assunto? Que maior evangelho e ministério, bem-
b
testemunho podes ter que o de aventurados sereis, porque não
Deus? poderão fazer a vós mais do
24 E agora, eis que recebeste que fizeram a mim.
um testemunho; porque, se eu 30 E mesmo se vos a fizerem o
te disse coisas que homem al- que fizeram a mim, bem-aven-
gum sabe, não recebeste um turados sereis, pois b habitareis
testemunho? comigo em c glória.
25 E eis que te concedo o dom, 31 Mas se não a rejeitarem mi-
se de mim o desejas, de a tradu- nhas palavras, as quais serão
zir, sim, como meu servo estabelecidas pelo b testemunho
Joseph. que será dado, bem-aventura-
26 Em verdade, em verdade te dos serão e, aí, tereis gozo no
digo que existem a registros que fruto de vossos labores.
contêm muito de meu evange- 32 Em verdade, em verdade
lho, os quais foram retidos por vos digo, como disse a meus
causa da b iniqüidade do povo; discípulos: Onde dois ou três
27 E agora te ordeno que, se estiverem a reunidos em meu
tens bons desejos — um desejo nome, tratando de alguma coi-
de acumular para ti tesouros sa, eis que aí estarei no b meio
no céu — então auxilia a trazer deles — assim também estou no
à luz, com teu dom, as partes meio de vós.
21a gee Jesus Cristo. b I Jo. 5:9; D&C 18:2. 2 Né. 27:12–14;
b Jo. 1:10–12; 25a Mos. 8:13; D&C 128:3.
At. 3:13–17; D&C 5:4; 9:1–5, 10. 30a D&C 5:22; 135:1–7.
3 Né. 9:16; D&C 45:8. 26a D&C 8:1; 9:2. gee Mártir, Martírio.
c Jo. 1:5; D&C 10:58. gee Escrituras— b Apoc. 3:21.
gee Luz, Luz de Profecias a respeito c gee Glória.
Cristo. de escrituras futuras. 31a 3 Né. 16:10–14;
d gee Trevas b gee Iniqüidade, D&C 20:8–15.
Espirituais. Iníquo. b gee Testemunho.
22a gee Discernimento, 27a D&C 35:20. 32a Mt. 18:19–20.
Dom de. 28a Deut. 19:15; gee Unidade.
23a gee Paz. II Cor. 13:1; b D&C 29:5; 38:7.
Doutrina e Convênios 6:33–7:4 14
33 Não tenhais a receio de pra- 35 Eis que eu não vos condeno;
ticar o bem, meus filhos, pois o segui vossos caminhos e a não
que b semeardes, isso colhereis; pequeis mais; executai com se-
portanto, se semeardes o bem, riedade a obra que vos ordenei.
colhereis o bem como vossa 36 a Buscai-me em cada pen-
recompensa. samento; não duvideis, não
34 Portanto não temais, pe- temais.
queno rebanho; fazei o bem; 37 a Vede as feridas que me
deixai que a Terra e o inferno se perfuraram o lado e também as
unam contra vós, pois se esti- marcas dos b cravos em minhas
verdes estabelecidos sobre mi- mãos e pés; sede fiéis, guardai
nha a rocha, eles não poderão meus mandamentos e c herda-
prevalecer. reis o d reino do céu. Amém.

SEÇÃO 7
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Oliver Cowdery em Har-
mony, Estado da Pensilvânia, em abril de 1829, quando por meio do
Urim e Tumim inquiriram se João, o discípulo amado, permanecera na
carne ou morrera. A revelação é a versão traduzida do registro feito em
pergaminho por João e escondido por ele mesmo ( History of the Church
1:35–36).

1–3, João, o Amado, viverá até que 3 E o Senhor disse-me: Em


o Senhor venha; 4–8, Pedro, Tiago verdade, em verdade te digo:
e João possuem as chaves do evan- Visto que o desejaste, a perma-
gelho. necerás até que eu venha em
minha b glória e c profetizarás

E O Senhor disse-me: João,


meu a amado, o que b dese-
jas? Pois se pedires o que dese-
perante nações, tribos, línguas
e povos.
4 E por esse motivo o Senhor
jas, ser-te-á concedido. disse a Pedro: Se eu quero que
2 E eu disse-lhe: Senhor, dá- ele fique até que eu venha, que
me poder sobre a a morte, para te importa a ti? Pois ele pediu-
que eu viva e traga almas a ti. me que pudesse trazer almas a

33a gee Coragem, 35a Jo. 8:3–11. 7 1a gee João, Filho


Corajoso. 36a Isa. 45:22; de Zebedeu.
b Gál. 6:7–8; D&C 43:34. b 3 Né. 28:1–10.
Mos. 7:30–31; 37a gee Jesus Cristo— 2 a Lc. 9:27.
Al. 9:28; D&C 1:10. Aparições de Cristo gee Morte Física.
34a Salm. 71:3; após sua morte. 3 a Jo. 21:20–23.
Mt. 7:24–25; b gee Crucificação ou gee Seres
I Cor. 10:1–4; Crucifixão. Transladados.
Hel. 5:12; D&C 10:69; c Mt. 5:3, 10; b gee Glória; Segunda
18:4, 17; 33:13; 3 Né. 12:3, 10. Vinda de Jesus
Mois. 7:53. d gee Reino de Deus Cristo.
gee Rocha. ou Reino do Céu. c Apoc. 10:11.
15 Doutrina e Convênios 7:5–8:3
mim, mas tu me pediste para trará em favor daqueles que se-
ir rapidamente ter comigo em rão os b herdeiros da salvação e
meu a reino. habitam a c Terra.
5 Digo-te, Pedro, que esse foi 7 E farei com que ministres
um bom desejo; mas o meu junto a ele e a teu irmão Tiago;
amado desejou fazer mais, ou e a vós três darei este poder e as
a
seja, uma obra ainda maior en- chaves deste ministério até
tre os homens do que aquilo que eu venha.
que fez antes. 8 Em verdade vos digo que
6 Sim, ele se propôs a uma ambos recebereis conforme vos-
obra maior; portanto torná-lo- sos desejos, pois ambos vos
a
ei como fogo flamejante e um regozijais naquilo que dese-
anjo a ministrador; ele minis- jastes.

SEÇÃO 8
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver Cow-
dery em Harmony, Estado da Pensilvânia, em abril de 1829 ( History of
the Church 1:36–37). Durante a tradução do Livro de Mórmon, Oliver,
que continuava como escrevente quando o profeta ditava, desejou receber
o dom da tradução. O Senhor deu esta revelação em resposta a sua súplica.

1–5, As revelações são dadas pe- mento concernente a gravações


lo poder do Espírito Santo; 6–12, de velhos d registros que são an-
O conhecimento dos mistérios de tigos, os quais contêm aquelas
Deus e o poder para traduzir re- partes de minhas escrituras das
gistros antigos vêm-nos pela fé. quais se falou pela e manifes-
tação de meu Espírito.

O
a
LIVER Cowdery, em ver- 2 Sim, eis que eu te a falarei em
dade em verdade eu te tua mente e em teu b coração, pe-
digo que, tão certamente quan- lo c Espírito Santo que virá sobre
to vive o Senhor, que é teu Deus ti e que habitará em teu coração.
e teu Redentor, tão certamente 3 Ora, eis que este é o espírito
receberás b conhecimento de to- de revelação; eis que este é o es-
das as coisas que c pedires com pírito pelo qual Moisés condu-
fé, com um coração honesto, ziu os filhos de Israel através do
a
crendo que receberás conheci- Mar Vermelho, em terra seca.

4 a gee Reino de Deus gee Chaves do 2 a D&C 9:7–9.


ou Reino do Céu. Sacerdócio. gee Revelação.
6 a D&C 130:5. 8 a gee Alegria. b gee Coração.
b D&C 76:86–88. 8 1a JS—H 1:66. c gee Espírito Santo.
c Jo. 10:8–11; gee Cowdery, Oliver. 3 a Êx. 14:13–22;
D&C 77:14. b gee Conhecimento. Deut. 11:4;
7 a Mt. 16:19; c gee Oração. 1 Né. 4:2;
At. 15:7; d D&C 6:26–27; 9:2. Mos. 7:19.
JS—H 1:72. e D&C 5:16. gee Mar Vermelho.
Doutrina e Convênios 8:4–9:2 16
4 Portanto este é teu dom; usa- capaz de tirá-lo de tuas mãos,
o e serás abençoado, porque te porque é a obra de Deus.
livrará das mãos de teus inimi- 9 E, portanto, qualquer coisa
gos, ao passo que, se assim não que pedires que eu te diga por
fosse, eles te matariam e leva- esse meio conceder-te-ei e rece-
riam tua alma à destruição. berás conhecimento a respeito
5 Oh! Lembra-te destas a pala- dela.
vras e guarda meus mandamen- 10 Lembra-te de que sem a fé
tos. Lembra-te, este é teu dom. nada podes fazer; portanto pe-
6 Agora, este não é teu único de com fé. Não trates essas coi-
dom; porque tens outro dom, sas levianamente; não b peças o
que é o dom de Aarão; eis que que não deves.
esse dom tem manifestado mui- 11 Pede que te seja concedido
tas coisas a ti; conhecer os mistérios de Deus
7 Eis que nenhum outro poder e que possas a traduzir e receber
existe, a não ser o poder de conhecimento de todos os regis-
Deus, que faça com que este tros antigos que foram ocultos
dom de Aarão esteja contigo. e que são sagrados; e ser-te-á
8 Portanto não duvides, por- feito segundo a tua fé.
que é o dom de Deus; e tê-lo-ás 12 Eis que fui eu quem o disse;
em tuas mãos e farás obras ma- e eu sou o mesmo que te falou
ravilhosas; e nenhum poder será desde o princípio. Amém.

SEÇÃO 9
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver Cow-
dery em Harmony, Estado da Pensilvânia, em abril de 1829 ( History of
the Church 1:37–38). Oliver é admoestado a ser paciente e a contentar-
se, naquela época, em escrever as palavras ditadas pelo tradutor, em vez
de tentar traduzir.

1–6, Outros registros antigos ain- e começado outra vez a b escre-


da estão para ser traduzidos; 7– ver para meu servo Joseph
14, O Livro de Mórmon é traduzi- Smith Júnior desejo que assim
do por estudo e por confirmação continues até que tenhas termi-
espiritual. nado este registro que confiei
a ele.

E IS que eu te digo, meu filho,


que por não teres a traduzi-
do conforme me havias pedido
2 E então, eis que te concede-
rei poder para ajudares a tradu-
zir a outros b registros que tenho.
5 a Deut. 11:18–19. 2 a Alusão a outras trabalhou como
10a gee Fé. traduções, incluindo escriba.
b D&C 88:63–65. a tradução de Joseph gee Tradução de
11a D&C 9:1, 10. Smith da Bíblia e o Joseph Smith (tjs).
9 1a D&C 8:1, 11. Livro de Abraão, em b D&C 6:26; 8:1.
b JS—H 1:67. que Oliver Cowdery
17 Doutrina e Convênios 9:3–14
3 Sê paciente, meu filho, por- terás tais sentimentos; terás,
que isto é segundo minha sabe- porém, um a estupor de pensa-
doria e não convém que tradu- mento que te fará esquecer o
zas neste momento. que estiver errado; portanto não
4 Eis que o trabalho para o podes escrever aquilo que é sa-
qual és chamado é escrever pa- grado a não ser que te seja con-
ra meu servo Joseph. cedido por mim.
5 E eis que foi por não teres 10 Ora, se tivesses sabido dis-
continuado como no princípio, to, poderias ter a traduzido; con-
quando começaste a traduzir, tudo não convém que traduzas
que tirei esse privilégio de ti. agora.
6 Não a murmures, meu filho, 11 Eis que era conveniente
porque foi segundo minha sa- quando começaste, mas a temes-
bedoria que agi contigo dessa te e a hora passou; e agora não
maneira. convém.
7 Eis que não compreendeste; 12 Pois não vês que, para com-
supuseste que eu o concederia pensar, dei força suficiente a
a ti, quando nada fizeste a não meu servo a Joseph? E a nenhum
ser pedir-me. de vós condenei.
8 Mas eis que eu te digo que 13 Faze isto que te ordenei e
deves a estudá-lo bem em tua prosperarás. Sê fiel e não cedas
mente; depois me deves b per- a a tentação alguma.
guntar se está certo e, se estiver 14 Permanece firme no a traba-
certo, farei c arder dentro de ti lho para o qual te b chamei e
o teu d peito; portanto e sentirás nem um fio de cabelo de tua
que está certo. cabeça se perderá; e serás c ele-
9 Mas se não estiver certo, não vado no último dia. Amém.

SEÇÃO 10
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Estado da Pen-
silvânia, no verão de 1828 ( History of the Church 1:20–23). Nela o
Senhor informa Joseph sobre alterações feitas por homens iníquos nas
116 páginas do manuscrito extraídas da tradução do Livro de Leí, no
Livro de Mórmon. Essas páginas manuscritas haviam sido perdidas en-
quanto em poder de Martin Harris, a quem elas haviam sido temporaria-
mente confiadas. (Ver cabeçalho da seção 3.) O desígnio iníquo consistia
em aguardar a retradução da matéria contida naquelas páginas roubadas
e então mostrar as discrepâncias criadas pelas alterações, desacreditan -
6 a gee Murmurar. e D&C 8:2–3. 14a I Cor. 16:13.
8 a gee Ponderar. 9a D&C 10:2. b gee Chamado,
b gee Oração. 10a D&C 8:11. Chamado por
c Lc. 24:32. 11a gee Temor. Deus, Chamar.
d gee Inspiração, 12a D&C 18:8. c Al. 13:29;
Inspirar; 13a gee Tentação, D&C 17:8.
Testemunho. Tentar.
Doutrina e Convênios 10:1–14 18
do, assim, o tradutor. Mostra-se no Livro de Mórmon que esse propósito
iníquo havia sido concebido por Satanás e era conhecido pelo Senhor, até
mesmo enquanto Mórmon, o antigo historiador nefita, fazia o resumo
das placas acumuladas. (Ver Palavras de Mórmon 1:3–7.)

1–26, Satanás incita homens iní- servos de Satanás, que apóiam


quos a oporem-se à obra do Senhor; o trabalho dele.
27–33, Ele procura destruir a al- 6 Eis que tentaram a destruir-
ma dos homens; 34–52, O evange- te; sim, até o b homem em quem
lho deve chegar aos lamanitas e a confiaste procurou destruir-te.
todas as nações por meio do Livro 7 E por isso eu disse que ele
de Mórmon; 53–63, O Senhor esta- é um homem iníquo, porque
belecerá sua Igreja e seu evangelho procurou tirar as coisas que te
entre os homens; 64–70, Ele reu- foram confiadas; e também pro-
nirá em sua Igreja os que se arre- curou destruir teu dom.
penderem e salvará os obedientes. 8 E porque entregaste os es-
critos em suas mãos, eis que

A GORA, eis que te digo que


porque entregaste esses
escritos, que recebeste poder
homens iníquos os tiraram de
ti.
9 Portanto os entregaste, sim,
para traduzir por meio do a Urim aquilo que era sagrado, à ini-
e Tumim, nas mãos de um b ho- qüidade.
mem iníquo, tu os perdeste. 10 E eis que a Satanás os incitou
2 E ao mesmo tempo perdeste em seus corações a alterarem as
também o teu dom, escurecen- palavras que fizeste escrever,
do-se a tua a mente. ou seja, que tu traduziste e que
3 Não obstante, agora te é a res- saíram de tuas mãos.
tituído; portanto sê fiel e conti- 11 E eis que te digo que, por-
nua, até terminares, o restante que alteraram as palavras, lêem
do trabalho de tradução como diferentemente do que tradu-
iniciaste. ziste e fizeste escrever;
4 Não corras mais a depressa 12 E dessa forma o diabo pro-
nem trabalhes mais do que curou armar um plano astuto a
te permitam as tuas b forças e os fim de destruir esta obra;
meios concedidos para que te 13 Pois ele incitou-os em seus
seja possível traduzir; mas sê corações a fazerem isso para
c
diligente até o fim. que, mentindo, possam dizer
5 a Ora sempre, para que saias que te a apanharam nas palavras
vencedor; sim, para que venças que fingiste traduzir.
Satanás e escapes das mãos dos 14 Em verdade eu te digo que

10 1a gee Urim e Tumim. b Êx. 18:13–26. 6a D&C 5:32–33; 38:13.


b D&C 3:1–15. c Mt. 10:22. b D&C 5:1–2.
2a gee Mente. gee Diligência. 10a gee Diabo.
3a D&C 3:10. 5 a 3 Né. 18:15–21. 13a Jer. 5:26.
4a Mos. 4:27. gee Oração.
19 Doutrina e Convênios 10:15–28
e
não permitirei que Satanás rea- ações são más; portanto não
lize seus desígnios iníquos com recorrerão a mim.
relação a isto. 22 a Satanás incita-os a fim
15 Pois eis que os incitou em de b conduzir suas almas à des-
seus corações a te persuadirem a truição.
tentar o Senhor teu Deus, pedin- 23 E assim fez um plano astu-
do para traduzi-las outra vez. to, pensando destruir a obra de
16 E então, eis que dizem e Deus; mas eu exigirei isso de
pensam no coração — Veremos suas mãos e tornar-se-á em ver-
se Deus lhe deu poder para tra- gonha e condenação para eles
duzir; se assim for, dar-lhe-á no dia do a juízo.
novamente; 24 Sim, ele incita-lhes os co-
17 E se Deus lhe der poder rações a irarem-se contra esta
outra vez ou se ele traduzir de obra.
novo, ou seja, se escrever as 25 Sim, diz-lhes: Enganai e fi-
mesmas palavras, eis que nós as cai à espreita para apanhar, a
temos conosco e as alteramos; fim de destruir; pois eis que
18 Portanto não coincidirão; e nisso não há dano. E assim os
diremos que mentiu em suas lisonjeia e diz-lhes que não é
palavras e que ele não tem dom pecado a mentir a fim de apa-
algum e que não possui qual- nhar um homem em mentira
quer poder; para destruí-lo.
19 Portanto nós o destruire- 26 E assim os lisonjeia e a con-
mos e também a obra; e faremos duz, até arrastar suas almas pa-
isso para que no final não seja- ra o b inferno; e assim os faz cair
mos envergonhados e para que em suas próprias c armadilhas.
obtenhamos a glória do mundo. 27 E assim vai de cima para
20 Em verdade, em verdade baixo e a de cá para lá na Terra,
eu te digo que Satanás exerce procurando b destruir a alma dos
grande poder sobre seus co- homens.
rações e a incita-os à b iniqüida- 28 Em verdade, em verdade
de, contra aquilo que é bom; eu te digo: Ai daquele que
21 E seus corações são a corrup- mente para a enganar, porque
tos e cheios de b iniqüidade e supõe que outro minta para en-
abominações; e c amam as d tre- ganar, pois esse não está isento
vas mais que a luz, porque suas da b justiça de Deus.

20a 2 Né. 28:20–22. D&C 29:45. b gee Inferno.


b gee Pecado. 22a 2 Né. 2:17–18. c Prov. 29:5–6;
21a D&C 112:23–24. b gee Tentação, 1 Né. 14:3.
b gee Iniqüidade, Tentar. 27a Jó 1:7.
Iníquo. 23a Hel. 8:25; b 2 Né. 28:19–23;
c Mois. 5:13–18. D&C 121:23–25. D&C 76:28–29.
d Mos. 15:26. 25a 2 Né. 2:18; 28:8–9; 28a gee Enganar,
gee Trevas Al. 10:17; Mois. 4:4. Engano, Fraude.
Espirituais. gee Mentir, Mentiroso. b Rom. 2:3.
e Jo. 3:18–21; 26a gee Apostasia. gee Justiça.
Doutrina e Convênios 10:29–43 20
29 Ora, eis que eles alteraram 36 Eis que não digo que não a
estas palavras porque Satanás reveles aos justos;
lhes disse: Ele enganou-vos — e 37 Mas como nem sempre po-
assim os lisonjeia e leva-os a des julgar os a justos, ou seja,
praticarem iniqüidades, a fim como nem sempre podes dis-
de fazer com que a tentes o Se- cernir os iníquos dos justos, di-
nhor teu Deus. go-te: Mantém b silêncio até que
30 Eis que te digo que não de- me pareça conveniente dar a co-
verás tornar a traduzir aquelas nhecer ao mundo todas as coi-
palavras que saíram de tuas sas concernentes ao assunto.
mãos; 38 E agora, em verdade eu te
31 Pois eis que não levarão a digo que um relato daquelas
a
efeito seus desígnios iníquos coisas que escreveste e que saí-
de mentir sobre aquelas pala- ram de tuas mãos está gravado
vras. Pois eis que, se escreveres nas b placas de Néfi;
as mesmas palavras, dirão que 39 Sim; e lembra-te de que na-
mentiste e que fingiste tradu- queles escritos se mencionava
zir, mas que te contradisseste. que um relato mais minucioso
32 E eis que publicarão isso e destas coisas fora feito nas pla-
Satanás endurecerá o coração cas de Néfi.
das pessoas a fim de enfurecê- 40 E agora, porque o relato que
las contra ti, para que não está gravado nas placas de Néfi
creiam em minhas palavras. é mais minucioso quanto às coi-
33 Assim a Satanás pensa anu- sas que, segundo minha sabe-
lar teu testemunho nesta ge- doria, eu levaria ao conhecimen-
ração, para que a obra não ve- to do povo neste relato —
nha à luz nesta geração. 41 Traduzirás, portanto, o que
34 Mas eis que aqui há sabe- está gravado nas a placas de
doria; e porque te revelo a sabe- Néfi, até chegares ao reinado do
doria e te dou mandamentos rei Benjamim, ou até a parte que
sobre o que deves fazer com re- traduziste, que está contigo;
lação a estas coisas, não a reve- 42 E eis que o publicarás como
les ao mundo até que termines registro de Néfi; e assim confun-
o trabalho de tradução. direi os que alteraram minhas
35 Não te maravilhes de que palavras.
eu te tenha dito: Aqui há sabe- 43 Não permitirei que eles des-
doria, não a reveles ao mun- truam minha obra; sim, mos-
do — porque eu disse: Não a re- trar-lhes-ei que minha sabedo-
veles ao mundo, para que sejas ria é maior do que a astúcia do
preservado. diabo.

29a Mt. 4:7. primeira edição havia sido traduzido


33a gee Diabo. do Livro de de uma parte das
34a gee Sabedoria. Mórmon, o Profeta placas chamada
37a Mt. 23:28. explicou que o “Livro de Leí”.
b Êx. 14:14. conteúdo das 116 b gee Placas.
38a No prefácio da páginas perdidas 41a Pal. Mórm. 1:3–7.
21 Doutrina e Convênios 10:44–58
44 Eis que eles têm somente 51 Sim, que ele ficasse ao al-
uma parte, ou seja, um resumo cance de todos, qualquer que
do relato de Néfi. fosse a nação, tribo, língua ou
45 Eis que há muitas coisas povo a que pertencessem.
gravadas nas placas de Néfi 52 E agora eis que, de acordo
que lançam maior luz sobre meu com a fé expressa em suas
evangelho; portanto, segundo orações, levarei esta parte de
minha sabedoria, deves tradu- meu evangelho ao conhecimen-
zir essa primeira parte das gra- to de meu povo. Eis que não a
vações de Néfi e incluí-la nesta levo para destruir aquilo que
obra. receberam, mas para edificá-lo.
46 E eis que todo o restante 53 E por isso eu disse: Se os
deste a trabalho contém todas as desta geração não endurecerem
partes de meu b evangelho que o coração, estabelecerei minha
meus santos profetas, sim, e igreja entre eles.
também meus discípulos c pedi- 54 Ora, não digo isto para
ram, em suas orações, que fos- destruir minha igreja, mas
sem dadas a este povo. digo isto para edificar minha
47 E eu disse-lhes que lhes se- igreja.
ria a concedido de acordo com a 55 Portanto todos os que per-
b
fé expressa em suas orações; tencem a minha igreja não pre-
48 Sim, e esta era a fé que ti- cisam a temer, porque b herdarão
nham — que meu evangelho, o o c reino dos céus.
qual lhes dei para que pregas- 56 Mas os que não me a temem
sem em seus dias, chegaria a nem guardam meus manda-
seus irmãos, os a lamanitas, e mentos, mas edificam b igrejas
também a todos os que se hou- para si mesmos a fim de obter
c
vessem tornado lamanitas por lucro, sim, e todos os que pra-
causa de suas dissensões. ticam iniqüidade e edificam o
49 Ora, isto não é tudo — a fé reino do diabo — sim, em ver-
expressa em suas orações era dade, em verdade eu te digo
que este evangelho também se que são esses os que perturba-
tornaria conhecido caso outras rei e farei tremer e estremecer
nações ocupassem esta terra; até as entranhas.
50 E assim deixaram uma bên- 57 Eis que eu sou Jesus Cristo,
ção sobre esta terra em suas o a Filho de Deus. Vim para
orações, para que todo aquele os meus e os meus não me re-
que cresse neste evangelho, nes- ceberam.
ta terra, tivesse vida eterna; 58 Eu sou a a luz que resplan-
46a gee Livro de D&C 3:19–20. ou Reino do Céu.
Mórmon. b gee Fé. 56a Ecles. 12:13–14.
b gee Evangelho. 48a Morô. 10:1–5; b gee Diabo—Igreja
c En. 1:12–18; D&C 109:65–66. do diabo.
Mórm. 8:24–26; 55a gee Temor. c 4 Né. 1:26.
9:34–37. b Mt. 5:10. 57a Rom. 1:4.
47a 3 Né. 5:13–15; c gee Reino de Deus 58a D&C 6:21.
Doutrina e Convênios 10:59–70 22
c
dece nas trevas e as trevas não torcem as escrituras e não as
a compreendem. compreendem.
59 Eu sou aquele que disse a 64 Portanto desvendar-lhes-ei
meus discípulos — a Tenho ou- este grande mistério;
tras b ovelhas que não são deste 65 Pois eis que eu os a ajuntarei
aprisco — e muitos houve que como uma galinha ajunta seus
não me c compreenderam. pintinhos debaixo das asas, se
60 E mostrarei a este povo que eles não endurecerem o coração;
eu tinha outras ovelhas e que 66 Sim, se desejarem vir, po-
elas eram um ramo da a casa de derão vir e tomar de graça das
a
Jacó; águas da vida.
61 E trarei à luz as obras mara- 67 Eis que esta é a minha dou-
vilhosas que fizeram em meu trina: Aquele que se arrepende
nome; e a vem a mim, esse é a minha
b
62 Sim, e também trarei à luz igreja.
meu evangelho, que lhes foi mi- 68 Aquele que a declara mais
nistrado, e eis que eles não ne- ou menos do que isso, esse não é
garão o que recebeste; edificá- meu, mas está b contra mim; por-
lo-ão, porém, e trarão à luz os tanto ele não é da minha igreja.
pontos verdadeiros de minha 69 E agora, eis que aquele que
a
doutrina, sim, e a única dou- é da minha igreja e nela perse-
trina que está em mim. vera até o fim, esse estabelece-
63 E isto faço para estabelecer rei sobre minha a rocha; e as
b
meu evangelho, para que não portas do inferno não prevale-
haja tanta contenda; sim, a Sa- cerão contra ele.
tanás incita o coração do povo 70 E agora, lembra-te das pa-
a b contender com relação aos lavras daquele que é a vida e a
a
pontos de minha doutrina; e luz do mundo, teu Redentor,
nestas coisas erram, porque teu b Senhor e teu Deus. Amém.

SEÇÃO 11
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a seu irmão
Hyrum Smith, em Harmony, Estado da Pensilvânia, em maio de 1829
( History of the Church 1:39–46). Esta revelação foi recebida por meio
do Urim e Tumim, em resposta à súplica e à pergunta de Joseph. History

59a Jo. 10:16. c II Ped. 3:16. b Lc. 11:23.


b gee Bom Pastor. 65a Lc. 13:34; 69a gee Rocha.
c 3 Né. 15:16–18. 3 Né. 10:4–6; b Mt. 16:18;
60a gee Vinha do D&C 43:24. 2 Né. 4:31–32;
Senhor. 66a gee Águas Vivas. D&C 17:8; 128:10.
62a 3 Né. 11:31–40. 67a Mt. 11:28–30. 70a gee Luz, Luz
63a gee Diabo. b gee Igreja de de Cristo.
b gee Contenção, Jesus Cristo. b gee Jesus Cristo.
Contenda. 68a 3 Né. 11:40.
23 Doutrina e Convênios 11:1–11
of the Church sugere que esta revelação foi recebida após a restauração
do Sacerdócio Aarônico.

1–6, Os que trabalham na vinha 6 Agora, como pediste, eis que


irão alcançar salvação; 7–14, Bus- te digo: Guarda meus manda-
ca sabedoria, proclama arrependi- mentos e procura trazer à luz e
mento, confia no Espírito; 15–22, estabelecer a causa de a Sião.
Guarda os mandamentos e estuda 7 Não busques a riquezas, mas
b
a palavra do Senhor; 23–27, Não sabedoria; e eis que os misté-
negues o espírito de revelação e de rios de Deus te serão revelados
profecia; 28–30, Os que recebem a e então serás enriquecido. Eis
Cristo tornam-se os filhos de Deus. que é rico aquele que tem a vi-
da eterna.

U MA grande e a maravilhosa
obra está para iniciar-se
entre os filhos dos homens.
8 Em verdade, em verdade eu
te digo que aquilo que deseja-
res de mim ser-te-á concedido;
2 Eis que eu sou Deus; a atenta e se o desejares, serás o instru-
para a minha b palavra, que é vi- mento para que se faça muito
va e c poderosa, mais d penetran- de bom nesta geração.
te que uma espada de dois gu- 9 a Não pregues a esta geração
mes, que penetra até dividir as coisa alguma a não ser b arrepen-
juntas e medulas; portanto aten- dimento. Guarda meus manda-
ta para a minha palavra. mentos e ajuda a trazer à luz
3 Eis que o campo já está a bran- a minha obra, c de acordo com
co para a ceifa; portanto quem meus mandamentos; e serás
deseja ceifar que lance a foice abençoado.
com vigor e ceife enquanto du- 10 Eis que tens um a dom, ou
rar o dia, a fim de b entesourar melhor, terás um dom se me pe-
para sua alma a c salvação eter- dires com fé, com um b coração
na no reino de Deus. sincero, crendo no poder de
4 Sim, aquele que lança sua Jesus ou em meu poder que
a
foice e ceifa é chamado por fala a ti;
Deus. 11 Pois eis que sou eu quem fa-
5 Portanto, se me a pedires, la; eis que eu sou a a luz que res-
receberás; se bateres, ser-te-á plandece nas trevas e pelo meu
b
aberto. poder dou-te estas palavras.
11 1a Isa. 29:14; D&C 4. Hel. 5:8. D&C 38:39.
gee Restauração c I Tim. 6:19. b gee Sabedoria.
do Evangelho. 4 a Apoc. 14:15; 9 a D&C 19:21–22.
2 a 1 Né. 15:23–25; D&C 14:3–4. b gee Arrepender-se,
D&C 1:14; 84:43–45. 5 a gee Oração. Arrependimento.
b Heb. 4:12. 6 a Isa. 52:7–8; c D&C 105:5.
c Al. 4:19; 31:5. D&C 66:11. 10a D&C 46:8–12.
d Hel. 3:29–30; gee Sião. b Lc. 8:15.
D&C 6:2. 7 a I Reis 3:11–13; 11a gee Luz, Luz
3 a D&C 12:3. 2 Né. 26:31; de Cristo.
b Lc. 18:22; Jacó 2:17–19; b gee Poder.
Doutrina e Convênios 11:12–23 24
12 E agora, em verdade, em do o coração a fim de ajudares a
verdade eu te digo: Põe tua trazer à luz as coisas de que se
a
confiança naquele b Espírito que tem falado—sim, a tradução de
leva a fazer o bem — sim, a agir minha obra; sê paciente até que
justamente, a c andar em d hu- a realizes.
mildade, a e julgar com retidão; 20 Eis que esta é a tua obra:
a
e esse é o meu Espírito. Guardar meus mandamentos,
13 Em verdade, em verdade sim, com todo teu poder, mente
eu te digo: Dar-te-ei do meu e força.
Espírito, o qual a iluminará tua 21 Não procures pregar minha
b
mente e encher-te-á a alma de palavra, mas primeiro procura
c a
alegria; obter minha palavra e então
14 E então saberás, ou seja, tua língua será desatada; e en-
por este meio saberás todas as tão, se o desejares, terás meu
coisas, relativas à a retidão, que Espírito e minha palavra, sim,
desejares de mim, com fé, acre- o poder de Deus para conven-
ditando em mim que receberás. cer os homens.
15 Eis que te digo que não 22 Mas por enquanto mantém
precisas supor teres sido cha- silêncio; estuda a minha pala-
mado a pregar até que sejas vra, que foi pregada aos filhos
a
chamado. dos homens, e b estuda também
c
16 Espera um pouco mais até minha palavra que será prega-
que tenhas minha palavra, mi- da aos filhos dos homens, ou
nha a rocha, minha igreja e meu seja, que está agora sendo tra-
evangelho, a fim de que co- duzida, sim, até que tenhas ob-
nheças indubitavelmente minha tido tudo o que d concederei aos
doutrina. filhos dos homens nesta ge-
17 E então, eis que te será feito ração; e então a isto todas as
de acordo com teus desejos, sim, coisas serão acrescentadas.
de acordo com tua fé. 23 Eis que tu és a Hyrum, meu
18 Guarda meus mandamen- filho; b busca o reino de Deus e
tos; mantém silêncio; recorre todas as coisas serão acrescen-
ao meu Espírito; tadas de acordo com aquilo
19 Sim, a apega-te a mim de to- que é justo.

12a D&C 84:116. b gee Mente. Obediência,


gee Confiança, c gee Alegria. Obediente.
Confiar. 14a gee Retidão. 21a Al. 17:2–3;
b Rom. 8:1–9; 15a RF 1:5. D&C 84:85.
I Jo. 4:1–6. gee Autoridade; 22a ie a Bíblia.
c gee Andar, Andar Chamado, Chamado b gee Escrituras—
com Deus. por Deus, Chamar. Valor das escrituras.
d gee Humildade, 16a D&C 6:34. c ie o Livro de
Humilde, Humilhar. gee Rocha. Mórmon.
e Mt. 7:1–5; 19a Jacó 6:5; d Al. 29:8.
Al. 41:14–15. D&C 98:11. 23a JS—H 1:4.
13a D&C 76:12. 20a gee Obedecer, b Mt. 6:33.
25 Doutrina e Convênios 11:24–12:5
24 a Edifica sobre minha rocha, 28 Eis que eu sou a Jesus Cristo,
que é meu b evangelho; o Filho de Deus. Eu sou a vida e
25 Não negues o espírito de a b luz do mundo.
a
revelação nem o espírito de 29 Eu sou o mesmo que vim
b
profecia, porque ai daquele que aos meus e os meus não me
nega essas coisas; receberam;
26 Portanto a entesoura essas 30 Mas em verdade, em ver-
coisas em teu coração até o mo- dade eu te digo que a todos os
mento em que, segundo minha que me receberem darei a poder
sabedoria, saias a pregar. para se tornarem b filhos de
27 Eis que falo a todos os que Deus, sim, àqueles que crerem
têm desejos bons e a lançaram em meu nome. Amém.
sua foice para ceifar.

SEÇÃO 12
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Joseph Kni-
ght Sênior, em Harmony, Estado da Pensilvânia, em maio de 1829 ( His-
tory of the Church 1:47–48). Joseph Knight acreditava nas declarações
de Joseph Smith quanto a estar de posse das placas do Livro de Mórmon e
quanto ao trabalho de tradução em curso; e, várias vezes, dera apoio
material a Joseph Smith e a seu escriba, o que lhes permitira continuar
traduzindo. A pedido de Joseph Knight, o Profeta inquiriu o Senhor e
recebeu a revelação.

1–6, Os que trabalham na vinha juntas e medulas; portanto aten-


irão alcançar salvação; 7–9, Todos ta para a minha palavra.
os que desejem e sejam qualifica- 3 Eis que o campo já está bran-
dos podem ajudar na obra do co para a ceifa; portanto quem
Senhor. deseja ceifar lance a foice com
vigor e ceife enquanto durar o

U
a
MA obra grande e mara- dia, a fim de entesourar para
vilhosa está para iniciar-se sua alma a salvação eterna no
entre os filhos dos homens. reino de Deus.
2 Eis que eu sou Deus; atenta 4 Sim, aquele que lançar sua
para a minha palavra, que é vi- foice e ceifar será chamado por
va e poderosa, mais penetrante Deus.
que uma espada de dois gu- 5 Portanto, se me pedires, rece-
mes, que penetra até dividir as berás; se bateres, ser-te-á aberto.
24a Mt. 7:24–27. D&C 6:20; 43:34; 30a Jo. 1:12.
b gee Evangelho. JS—M 1:37. b gee Filhos e Filhas
25a gee Revelação. 27a gee Obra de Deus.
b Apoc. 19:10. Missionária. 12 1a Ver em D&C 11:1–6
gee Profecia, 28a gee Jesus Cristo. referências
Profetizar. b gee Luz, Luz de remissivas
26a Deut. 11:18; Cristo. semelhantes.
Doutrina e Convênios 12:6–13:1 26
a
6 Agora, como pediste, eis que humilde e cheio de b amor, ten-
te digo: Guarda meus manda- do c fé, d esperança e e caridade,
mentos e procura trazer à luz e sendo temperante em todas as
estabelecer a causa de Sião. coisas, em tudo o que lhe for
7 Eis que falo a ti e também confiado.
a todos os que têm o desejo de 9 Eis que eu sou a luz e a vida
trazer à luz e estabelecer esta do mundo, que diz estas pala-
obra; vras; portanto escuta com toda
8 E ninguém pode participar a tua força e então serás chama-
desta obra, a menos que seja do. Amém.

SEÇÃO 13
Ordenação de Joseph Smith e Oliver Cowdery ao Sacerdócio Aarônico, às
margens do rio Susquehanna, perto de Harmony, Estado da Pensilvânia,
em 15 de maio de 1829 ( History of the Church 1:39–42). A ordenação
foi feita pelas mãos de um anjo que se anunciou como João, o mesmo que é
chamado João Batista no Novo Testamento. O anjo explicou estar agindo
sob a direção de Pedro, Tiago e João, os Apóstolos antigos que possuíam
as chaves do sacerdócio maior, o qual era chamado Sacerdócio de Melqui-
sedeque. Feita a Joseph e a Oliver a promessa de que, no devido tempo, o
Sacerdócio de Melquisedeque lhes seria conferido. (Ver seção 27:7, 8, 12.)

Anunciadas as chaves e os poderes de c anjos e do evangelho do


d
do Sacerdócio Aarônico. arrependimento e do e batismo
por imersão para remissão de

A VÓS, meus conservos, em


nome do Messias, eu a con-
firo o b Sacerdócio de Aarão, que
pecados; e ele nunca mais será
tirado da Terra, até que os filhos
de f Levi tornem a fazer, em g re-
possui as chaves do ministério tidão, uma oferta ao Senhor.

SEÇÃO 14
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a David Whit-
mer, em Fayette, Estado de Nova York, em junho de 1829 ( History of
the Church 1:48–50). A família Whitmer tornara-se profundamente
interessada na tradução do Livro de Mórmon. O Profeta fixou residência

8 a gee Humildade, b D&C 27:8; 84:18–34. sobre a restauração


Humilde, Humilhar. gee Sacerdócio do Sacerdócio
b gee Amor. Aarônico. Aarônico ao final
c gee Fé. c gee Anjos. de Joseph Smith—
d gee Esperança. d gee Arrepender-se, História.
e gee Caridade. Arrependimento. Deut. 10:8;
13 1a JS—H 1:68–75. e gee Batismo, Batizar. I Crôn. 6:48;
gee Ordenação, f Ver o relato de D&C 128:24.
Ordenar. Oliver Cowdery g gee Retidão.
27 Doutrina e Convênios 14:1–9
na casa de Peter Whitmer Sênior, onde permaneceu até que o trabalho de
tradução se completasse e se assegurassem os direitos autorais do livro
que seria publicado. Três dos filhos de Whitmer, tendo recebido testemu-
nho da autenticidade da obra, tornaram-se profundamente preocupados
quanto a suas obrigações individuais. Esta revelação e as duas seguintes
(seções 15 e 16) foram dadas em resposta a uma pergunta feita por meio
do Urim e Tumim. David Whitmer tornou-se mais tarde uma das Três
Testemunhas do Livro de Mórmon.

1–6, Os que trabalham na vinha 5 Portanto, se me pedires, rece-


irão alcançar salvação; 7–8, A vida berás; se bateres, ser-te-á aberto.
eterna é o maior dos dons de Deus; 6 Procura trazer à luz e esta-
9–11, Cristo criou os céus e a Terra. belecer minha Sião. Guarda
meus mandamentos em todas

U MA obra grande e a mara-


vilhosa está para iniciar-se
entre os filhos dos homens.
as coisas.
7 E se a guardares meus man-
damentos e b perseverares até
2 Eis que eu sou Deus; atenta o fim, terás c vida eterna, que
para a minha palavra, que é vi- é o maior de todos os dons de
va e poderosa, mais penetrante Deus.
que uma espada de dois gu- 8 E acontecerá que, se pedires
mes, que penetra até dividir ao Pai em meu nome, com fé,
as juntas e medulas; portanto acreditando, receberás o a Espí-
atenta para a minha palavra. rito Santo, o qual inspira o que
3 Eis que o campo já está bran- dizer, para que sirvas de b teste-
co para a ceifa; portanto quem munha das coisas que irás c ou-
deseja ceifar que lance a foice vir e ver; e também para que
com vigor e ceife enquanto du- proclames o arrependimento a
rar o dia, a fim de entesourar esta geração.
para sua alma a salvação eterna 9 Eis que eu sou a Jesus Cristo,
no reino de Deus. o b Filho do Deus c vivo, que
d
4 Sim, aquele que lançar sua criou os céus e a e Terra, uma
f
foice e ceifar será chamado por luz que não pode ser escondi-
Deus. da nas g trevas;

14 1a Ver em D&C 11:1–6 8 a gee Espírito Santo. Al. 7:6;


referências b Mos. 18:8–10. D&C 20:19.
remissivas gee Testemunha. d Jo. 1:1–3, 14;
semelhantes. c Ver Depoimento de 3 Né. 9:15;
7 a Lev. 26:3–12; Três Testemunhas D&C 45:1.
Jo. 15:10; nas páginas gee Criação, Criar.
Mos. 2:22, 41; introdutórias do e Abr. 4:12, 24–25.
D&C 58:2. Livro de Mórmon. f II Sam. 22:29.
b gee Perseverar. 9 a Mos. 4:2; gee Luz, Luz
c 2 Né. 31:20; D&C 76:20–24. de Cristo.
D&C 6:13. b Rom. 1:4. g gee Trevas
gee Vida Eterna. c Dan. 6:26; Espirituais.
Doutrina e Convênios 14:10–15:6 28
10 Portanto devo levar a a ple- res isso e fores fiel, serás aben-
nitude do meu evangelho dos çoado tanto espiritual como
b
gentios à casa de Israel. materialmente e grande será teu
11 E eis que tu és David e és galardão. Amém.
chamado para ajudar; se fize-

SEÇÃO 15
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a John Whit-
mer, em Fayette, Estado de Nova York, em junho de 1829 ( History of
the Church 1:50). (Ver também o cabeçalho da seção 14.) A mensagem é
impressionantemente pessoal, porque o Senhor fala sobre algo que so-
mente John Whitmer e ele sabiam. John Whitmer tornou-se mais tarde
uma das Oito Testemunhas do Livro de Mórmon.

1–2, O braço do Senhor está sobre 4 Pois muitas vezes desejaste


toda a Terra; 3–6, Pregar o evan- saber de mim o que seria de
gelho e salvar almas é a coisa de maior valor para ti.
maior valor. 5 Eis que abençoado és por is-
so e por teres declarado minhas

E SCUTA, meu servo John, e


dá ouvidos às palavras de
Jesus Cristo, teu Senhor e teu
palavras, que te dei de acordo
com meus mandamentos.
6 E agora, eis que eu te digo
Redentor. que a coisa de maior valor para
2 Pois eis que te falo com cla- ti será a declarar arrependimen-
reza e com a poder, pois meu to a este povo, a fim de trazeres
braço está sobre toda a Terra. almas a mim e b descansares com
3 Dir-te-ei aquilo que nenhum elas no c reino de meu d Pai.
homem sabe, a não ser eu e tu Amém.
somente —

SEÇÃO 16
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Peter Whit-
mer Júnior em Fayette, Estado de Nova York, em junho de 1829 ( His-
tory of the Church 1:51). (Ver também o cabeçalho da seção 14.) Peter
Whitmer Júnior tornou-se mais tarde uma das Oito Testemunhas do
Livro de Mórmon.

1–2, O braço do Senhor está sobre gelho e salvar almas é a coisa de


toda a Terra; 3–6, Pregar o evan - maior valor.

10a D&C 20:8–9; 6 a D&C 18:15–16. c gee Reino de Deus


JS—H 1:34. gee Obra ou Reino do Céu.
b gee Gentios. Missionária. d gee Pai Celestial.
15 2a Hel. 3:29–30. b gee Descansar,
gee Poder. Descanso.
29 Doutrina e Convênios 16:1–17:3

E
a
SCUTA, meu servo Peter, e 5 Eis que abençoado és por
dá ouvidos às palavras de isso e por teres declarado
Jesus Cristo, teu Senhor e teu minhas palavras, que te dei
Redentor. de acordo com meus manda-
2 Pois eis que te falo com cla- mentos.
reza e com poder, pois meu 6 E agora, eis que te digo que
braço está sobre toda a Terra. a coisa de maior valor para ti
3 Dir-te-ei aquilo que nenhum será declarar arrependimento
homem sabe, a não ser eu e tu a este povo, a fim de trazeres
somente — almas a mim e descansares com
4 Pois muitas vezes desejaste elas no reino de meu Pai.
saber de mim o que seria de Amém.
maior valor para ti.

SEÇÃO 17
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver Cow-
dery, David Whitmer e Martin Harris, em Fayette, Estado de Nova
York, em junho de 1829, antes que eles tivessem visto as placas gravadas
que continham o registro do Livro de Mórmon ( History of the Church
1:52–57). Joseph e seu escriba, Oliver Cowdery, ficaram sabendo, pela
tradução das placas do Livro de Mórmon, que três testemunhas especiais
seriam designadas. (Ver Éter 5:2–4; também 2 Néfi 11:3 e 27:12.) Oliver
Cowdery, David Whitmer e Martin Harris foram movidos por um desejo
inspirado de serem as três testemunhas especiais. O Profeta inquiriu o
Senhor e esta revelação foi dada em resposta, por meio do Urim e Tumim.

1–4, Pela fé, as Três Testemunhas Labão, o d Urim e Tumim, que


verão as placas e outros objetos sa- foram dados ao e irmão de Jarede
grados; 5–9, Cristo presta teste- no monte quando ele falou com
munho da divindade do Livro de o Senhor f face a face; e os g guias
Mórmon. milagrosos que foram dados a
Leí enquanto estava no deserto,

E IS que vos digo que deve-


reis confiar em minha pa-
lavra e, se o fizerdes de todo o
às margens do h Mar Vermelho.
2 E é por vossa fé que os vereis,
sim, por aquela fé que possuíam
coração, a vereis as b placas e tam- os profetas da antigüidade.
bém o peitoral, a c espada de 3 E depois de terdes alcançado
16 1a Ver em D&C 15:1–6 Três Testemunhas Jacó 1:10; Mos. 1:16.
referências nas páginas d gee Urim e Tumim.
remissivas introdutórias do e Ét. 3:1–28.
semelhantes. Livro de Mórmon. f Gên. 32:30; Êx. 33:11;
17 1a 2 Né. 27:12; b Mórm. 6:6; Mois. 1:2.
Ét. 5:2–4; D&C 5:15. JS—H 1:52. g 1 Né. 16:10, 16, 26–29;
Ver também gee Placas. Al. 37:38–47.
Depoimento de c 1 Né. 4:8–9; 2 Né. 5:14; h 1 Né. 2:5.
Doutrina e Convênios 17:4–18:2 30
fé e visto com os próprios olhos, assim como vive vosso Senhor
a
testificareis a respeito deles pe- e vosso Deus, ele é verdadeiro.
lo poder de Deus. 7 Portanto vós recebestes o
4 E isso fareis para que meu mesmo poder e a mesma fé e o
servo Joseph Smith Júnior não mesmo dom que ele;
seja destruído, para que eu rea- 8 E se cumprirdes estes últi-
lize meus justos propósitos pa- mos mandamentos que vos dei,
ra com os filhos dos homens as a portas do inferno não pre-
nesta obra. valecerão contra vós; porque
5 E testificareis que os vistes, minha b graça vos basta e sereis
c
assim como meu servo Joseph elevados no último dia.
Smith Júnior os viu; e foi pelo 9 E eu, Jesus Cristo, vosso a Se-
meu poder que ele os viu e foi nhor e vosso Deus, vo-lo disse,
porque teve fé. a fim de realizar meus justos
6 E ele traduziu o a livro, sim, propósitos para com os filhos
aquela b parte que lhe ordenei; e dos homens. Amém.

SEÇÃO 18

Revelação a Joseph Smith, o Profeta, Oliver Cowdery e David Whitmer,


dada em Fayette, Estado de Nova York, em junho de 1829 ( History of
the Church 1:60-64). Quando o Sacerdócio Aarônico foi conferido, foi
prometido que o Sacerdócio de Melquisedeque também seria conferido
(Ver o cabeçalho da seção 13). Em resposta a súplicas por conhecimento
do assunto, o Senhor deu esta revelação.

1–5, As escrituras mostram co- batizados e guardar os manda-


mo edificar a Igreja; 6–8, O mun- mentos.
do está amadurecendo em iniqüi-
dade; 9 – 16, O valor das almas
é grande; 17–25, A fim de alcan-
çar a salvação, os homens pre-
A GORA, eis que por causa
daquilo que tu, meu ser-
vo Oliver Cowdery, desejas-
cisam tomar sobre si o nome de te saber de mim, digo-te estas
Cristo; 26–36, Revelados o cha- palavras:
mado e a missão dos Doze; 37–39, 2 Eis que te manifestei por meu
Oliver Cowdery e David Whitmer Espírito, em muitas ocasiões,
devem procurar os Doze; 40–47, que as coisas que escreveste
Para alcançar salvação, os ho- são a verdadeiras; portanto sa-
mens precisam arrepender-se, ser bes que são verdadeiras.

3 a gee Testificar; 3 Né. 26:7–10. c 1 Né. 13:37;


Testemunha. 8 a Mt. 16:18; 3 Né. 27:14–15, 22;
6 a gee Livro de 3 Né. 11:39; D&C 9:14.
Mórmon. D&C 10:69. 9 a gee Senhor.
b 2 Né. 27:22; b gee Graça. 18 2a D&C 6:15–17.
31 Doutrina e Convênios 18:3–16
3 E se tu sabes que são verda- Whitmer, por meio de manda-
deiras, eis que te dou um man- mento; pois eis que ordeno a to-
damento de que confies nas dos os homens de todos os lu-
coisas que estão a escritas; gares que se arrependam; e falo
4 Porque nelas estão escritas a vós como falei a Paulo, meu
a
todas as coisas concernentes ao apóstolo, porque sois chamados
alicerce de minha igreja, meu pelo mesmo chamado que ele.
a
evangelho e minha b rocha. 10 Lembrai-vos de que o a va-
5 Portanto, se edificares a mi- lor das b almas é grande à vista
nha igreja sobre o alicerce de de Deus;
meu evangelho e minha rocha, 11 Pois eis que o Senhor vosso
a
as portas do inferno não preva- Redentor sofreu a b morte na
lecerão contra ti. carne; portanto c sofreu a d dor de
6 Eis que o a mundo está ama- todos os homens, para que to-
durecendo em iniqüidade; e é dos os homens se arrependes-
necessário que os filhos dos ho- sem e viessem a ele.
mens, tanto os b gentios como a 12 E a ressuscitou dentre os
casa de Israel, sejam levados ao mortos, para trazer a si todos
arrependimento. os homens, sob condição de
b
7 E assim, como foste a batiza- arrependimento.
do pelas mãos de meu servo Jo- 13 E quão grande é sua a alegria
seph Smith Júnior, de acordo pela alma que se arrepende!
com aquilo que lhe ordenei, ele 14 Portanto sois chamados pa-
cumpriu aquilo que lhe ordenei. ra a clamar arrependimento a
8 E agora não te maravilhes de este povo.
que eu o tenha chamado por 15 E, se trabalhardes todos os
um propósito meu, propósito vossos dias clamando arrepen-
esse que me é conhecido; por- dimento a este povo e trouxer-
tanto, se ele for a diligente na des a mim mesmo que seja uma
b
observância de meus manda- só a alma, quão grande será vos-
mentos, será c abençoado com vi- sa alegria com ela no reino de
da eterna; e seu nome é d Joseph. meu Pai!
9 E agora, Oliver Cowdery, di- 16 E agora, se vossa alegria é
rijo-me a ti e também a David grande com uma só alma que

3 a D&C 98:11. Abençoar, Bênção. d Isa. 53:4–5.


gee Escrituras— d 2 Né. 3:14–15. gee Expiação, Expiar.
Valor das escrituras. gee Smith, Joseph, 12a gee Ressurreição.
4 a gee Evangelho. Júnior. b D&C 19:4–18.
b gee Rocha. 9 a Rom. 1:1. gee Arrepender-se,
6 a gee Mundo. 10a gee Alma—Valor Arrependimento.
b gee Gentios. das Almas. 13a Lc. 15:7.
7 a JS—H 1:70–71. b gee Alma. 14a Al. 29:1–2;
8 a gee Diligência. 11a gee Redentor. D&C 34:5–6; 63:57.
b gee Obedecer, b gee Crucificação 15a gee Alma—Valor
Obediência, ou Crucifixão. das Almas.
Obediente. c gee Redenção,
c gee Abençoado, Redimido, Redimir.
Doutrina e Convênios 18:17–32 32
tiverdes trazido a mim no a rei- esse nome serão chamados no
no de meu Pai, quão grande último dia;
será vossa b alegria se me c trou- 25 Portanto, se não sabem o
a
xerdes muitas almas! nome pelo qual são chamados,
17 Eis que tendes diante de não podem ter lugar no b reino
vós meu evangelho e minha ro- de meu Pai.
cha e minha a salvação. 26 E agora, eis que há outros
18 a Pedi ao Pai, em meu b nome, chamados para declararem o
com fé, acreditando que rece- meu evangelho, tanto aos a gen-
bereis, e tereis o Espírito Santo, tios como aos judeus;
que manifesta todas as coisas 27 Sim, doze; e os a Doze serão
que são c convenientes aos filhos meus discípulos e tomarão so-
dos homens. bre si o meu nome; e os Doze
19 E se não tendes a fé, b espe- são aqueles que desejam, de to-
rança e c caridade, nada podeis do coração, tomar sobre si o
fazer. meu b nome.
20 a Não contendais com igreja 28 E se desejam, de todo co-
alguma, a menos que seja a ração, tomar sobre si o meu no-
b
igreja do diabo. me, são chamados para ir a to-
21 Tomai sobre vós o a nome do o a mundo, pregar meu b evan-
de Cristo e b falai a verdade com gelho a c toda criatura.
c
seriedade. 29 E são eles os ordenados por
22 E todos os que se arrepen- mim para a batizar em meu no-
derem e forem a batizados em me, de acordo com o que está
meu nome, que é Jesus Cristo, e escrito;
b
perseverarem até o fim, serão 30 E tendes diante de vós o
salvos. que está escrito; portanto de-
23 Eis que Jesus Cristo é o a no- veis fazer de acordo com as pa-
me dado pelo Pai; e não é dado lavras que estão escritas.
qualquer outro nome pelo qual 31 E agora falo a vós, os a Doze:
o homem possa ser salvo; Eis que a minha graça vos bas-
24 Portanto todos os homens ta; deveis andar retamente pe-
devem tomar sobre si o nome rante mim e não pecar.
que é dado pelo Pai, pois por 32 E eis que sois aqueles orde-

16a gee Reino de Deus 20a II Tim. 2:23–24; Mos. 3:17;


ou Reino do Céu. 3 Né. 11:29–30. Hel. 3:28–29.
b Al. 26:11. b gee Diabo—Igreja 25a Mos. 5:9–14.
gee Alegria. do diabo. b gee Glória Celestial.
c gee Obra 21a 2 Né. 31:13; 26a D&C 90:8–9; 112:4.
Missionária. Mos. 5:8; 27a gee Apóstolo.
17a gee Salvação. 3 Né. 27:5; b D&C 27:12.
18a gee Oração. D&C 20:37. 28a Mc. 16:15–16.
b Jo. 15:16. b D&C 100:5–8. b gee Evangelho.
c D&C 88:63–65. c Rom. 12:3. c D&C 1:2; 42:58.
19a gee Fé. 22a gee Batismo, Batizar. 29a 3 Né. 11:21–28;
b gee Esperança. b gee Perseverar. D&C 20:72–74.
c gee Caridade. 23a Mal. 1:11; At. 4:12; 31a D&C 107:23–35.
33 Doutrina e Convênios 18:33–47
nados por mim para a ordenar 40 E prostar-vos-eis e a adora-
sacerdotes e mestres; para de- reis o Pai em meu nome.
clarar meu evangelho, b de acor- 41 É preciso que pregueis ao
do com o poder do Espírito mundo, dizendo: Deveis arre-
Santo que está em vós e de acor- pender-vos e ser batizados em
do com os c chamados e dons de nome de Jesus Cristo;
Deus aos homens; 42 Porque todos os homens
33 E eu, Jesus Cristo, vosso Se- devem arrepender-se e ser bati-
nhor e vosso Deus, disse-o. zados; e não só homens, mas
34 Estas a palavras não são de mulheres e crianças que tive-
homens nem de um homem, rem alcançado a idade da a res-
mas são minhas; portanto vós ponsabilidade.
testificareis que são minhas e 43 E agora, depois de terdes
não de um homem; recebido isto, deveis guardar
35 Pois é minha a voz que vo- meus a mandamentos em todas
las diz; pois vos são dadas pelo as coisas;
meu Espírito; e pelo meu poder 44 E por vossas mãos realiza-
vós as podeis ler uns para os rei uma obra a maravilhosa entre
outros; e se não fosse pelo meu os filhos dos homens para b con-
poder, não as poderíeis ter; vencer a muitos de seus pecados,
36 Portanto podeis a testificar para que se arrependam e se
que ouvistes minha voz e co- aproximem do reino de meu Pai.
nheceis minhas palavras. 45 Portanto as bênçãos que
37 E agora, eis que eu dou a vos dou estão a acima de todas
ti, Oliver Cowdery, e também a as coisas.
ti, David Whitmer, o encargo de 46 E depois de terdes recebido
procurar os Doze, que terão os isto, se a não guardardes meus
desejos que mencionei; mandamentos, não podereis ser
38 E por seus desejos e suas salvos no reino de meu Pai.
a
obras conhecê-los-eis. 47 Eis que eu, Jesus Cristo,
39 E quando os tiverdes encon- vosso Senhor e vosso Deus e
trado, revelareis estas coisas a vosso Redentor, pelo poder de
eles. meu Espírito, disse-o. Amém.

SEÇÃO 19
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, em Manchester, Estado
de Nova York, em março de 1830 ( History of the Church 1:72–74). Em

32a Morô. 3:1–4; 35a D&C 1:38. gee Voz. Responsável.


D&C 20:60; 107:58. 36a gee Testificar. 43a gee Mandamentos
gee Ordenação, 38a gee Obras. de Deus.
Ordenar. 40a gee Adorar. 44a Isa. 29:14;
b II Ped. 1:21; 42a D&C 20:71; 29:47; D&C 4:1.
D&C 68:3–4. 68:27. b Al. 36:12–19; 62:45.
c D&C 20:27. gee Prestar Contas, 45a D&C 84:35–38.
34a gee Escrituras. Responsabilidade, 46a D&C 82:3.
Doutrina e Convênios 19:1–10 34
sua história, o Profeta introduziu-a como “um mandamento de Deus e
não do homem, a Martin Harris, dado por aquele que é Eterno” ( History
of the Church 1:72).

1–3, Cristo tem todo o poder; 4–5, 5 Portanto não a revogarei os


Todos os homens devem arrepen- julgamentos que pronunciar,
der-se ou sofrer; 6 – 12, Castigo mas sobrevirão desgraça, pran-
eterno é castigo de Deus; 13–20, to, b lamentação e ranger de den-
Cristo sofreu por todos, para que tes, sim, àqueles que se acharem
não tenham que sofrer, caso se ar- a minha c esquerda.
rependam; 21–28, Prega o evan- 6 Contudo, a não está escrito
gelho de arrependimento; 29–41, que não haverá fim para esse
Anuncia boas novas. tormento, mas está escrito b tor-
mento infinito .

E U sou o a Alfa e o Ômega,


b
Cristo, o Senhor; sim, eu
sou ele, o princípio e o fim, o
7 Também, está escrito a conde-
nação eterna ; portanto está mais
explícito do que outras escritu-
Redentor do mundo. ras, a fim de influenciar o co-
2 Eu, tendo cumprido e a con- ração dos filhos dos homens
sumado a vontade daquele a inteiramente para a glória de
quem pertenço, ou seja, o Pai, a meu nome.
meu respeito — tendo feito isso 8 Explicar-vos-ei, portanto, este
para b sujeitar a mim todas as mistério, porque vos convém
coisas — conhecê-lo, assim como meus
3 Retendo todo o a poder, até apóstolos.
para b destruir Satanás e suas 9 Falo a vós que fostes escolhi-
obras no c fim do mundo; e no dos com referência a este as-
último grande dia do juízo, que sunto, como se fôsseis um, para
pronunciarei sobre seus habi- que entreis em meu a descanso.
tantes, d julgando a cada homem 10 Pois eis que o a mistério da
de acordo com suas e obras e as divindade, quão grande é! Pois
ações que houver praticado. eis que eu sou infinito e o casti-
4 E certamente todo homem go que é dado pela minha mão
deve a arrepender-se ou b sofrer, é castigo infinito, pois b Infinito
pois eu, Deus, sou c infinito. é meu nome. Portanto —

19 1a Apoc. 1:8, 11; c gee Mundo—Fim 6 a D&C 76:105–106;


3 Né. 9:18; do mundo. 138:59.
D&C 35:1; 61:1. d gee Juízo Final. b D&C 76:33, 44–45.
gee Alfa; Ômega. e gee Obras. 7 a Hel. 12:25–26;
b gee Jesus Cristo. 4 a gee Arrepender-se, D&C 29:44.
2a Jo. 17:4; 3 Né. 11:11. Arrependimento. 9 a gee Descansar,
b Filip. 3:21. b Lc. 13:3; Hel. 14:19. Descanso.
3a gee Poder. c Mois. 1:3. 10a Jacó 4:8;
b Isa. 14:12–17; 5 a D&C 56:4; 58:32. D&C 76:114–116.
I Jo. 3:8; 1 Né. 22:26; b Mt. 13:42. b Mois. 1:3; 7:35.
D&C 88:111–115. c Mt. 25:41–43. gee Infinito.
35 Doutrina e Convênios 19:11–26
11 a Castigo eterno é castigo de Pai; eu bebi e a terminei meus
Deus. preparativos para os filhos dos
12 Castigo infinito é castigo de homens.
Deus. 20 Assim, ordeno outra vez
13 Portanto ordeno que te ar- que te arrependas, para que eu
rependas e guardes os a manda- não te humilhe com minha oni-
mentos que recebeste pela mão potência; e que a confesses teus
de Joseph Smith Júnior em meu pecados para que não sofras
nome; esses castigos dos quais falei,
14 E é pela minha onipotência os quais experimentaste em
que os recebeste; pequeníssima, sim, em ínfima
15 Portanto ordeno que te ar- proporção, quando retirei meu
rependas — arrepende-te, para Espírito.
que eu não te fira com a vara de 21 E ordeno-te que nada a pre-
minha boca e com minha ira e gues a não ser arrependimento;
com minha cólera e teus a sofri- e b não mostres estas coisas ao
mentos sejam dolorosos—quão mundo até que me pareça
dolorosos tu não sabes, quão in- prudente.
tensos tu não sabes, sim, quão 22 Porque agora não podem
a
difíceis de suportar tu não sabes. tolerar carne, devem receber
16 Pois eis que eu, Deus, a sofri b
leite; portanto não deverão co-
essas coisas por todos, para que nhecer estas coisas, para que
não precisem b sofrer caso se não pereçam.
c
arrependam; 23 Aprende de mim e ouve mi-
17 Mas se não se arrepende- nhas palavras; a anda na b man-
rem, terão que a sofrer assim co- sidão de meu Espírito e terás
c
mo eu sofri; paz em mim.
18 Sofrimento que fez com 24 Eu sou a Jesus Cristo; vim
que eu, Deus, o mais grandioso pela vontade do Pai e cumpro
de todos, tremesse de dor e san- sua vontade.
grasse por todos os poros; e so- 25 E também te ordeno que
fresse, tanto no corpo como no não a cobices a b mulher de teu
espírito—e desejasse a não ter de próximo; nem procures tirar a
beber a amarga taça e recuar — vida de teu próximo.
19 Todavia, glória seja para o 26 E também te ordeno que

11a Mt. 25:46. 17a D&C 29:17. b Heb. 5:11–14;


13a D&C 5:2; 10:6–7; 18a Lc. 22:42–44. D&C 50:40.
17:1–9. 19a Jo. 17:4; 19:30. 23a Morô. 7:3–4.
15a Al. 36:11–19. 20a Núm. 5:6–7; b gee Mansidão,
16a Al. 11:40–41. Mos. 26:29; Manso, Mansuetude.
gee Expiação, D&C 58:43; 64:7. c gee Paz.
Expiar. gee Confessar, 24a gee Jesus Cristo.
b gee Misericórdia, Confissão. 25a gee Cobiçar.
Misericordioso. 21a D&C 11:9. b Êx. 20:17;
c gee Remissão de b JS—H 1:42. I Cor. 7:2–4.
Pecados. 22a D&C 78:17–18. gee Adultério.
Doutrina e Convênios 19:27–40 36
não te apegues a tua proprieda- darei quanto a este assunto; pois
de, mas oferece-a liberalmente isto bastará para tua jornada
para a impressão do Livro de diária, até o fim de tua vida.
Mórmon, que contém a a verda- 33 E sofrimento terás se des-
de e a palavra de Deus — prezares estes a conselhos, sim,
27 Que é minha palavra aos em verdade a destruição de ti
a
gentios; para que logo seja le- mesmo e de tua propriedade.
vado aos b judeus, de quem os 34 a Dá uma porção de teus
lamanitas são c remanescentes, bens, sim, parte de tuas terras e
para que creiam no evangelho de tudo, exceto o sustento de
e não mais esperem que venha tua família.
um d Messias já vindo. 35 Paga a a dívida b contraída
28 E também te ordeno que com o impressor. Livra-te da
a
ores b em voz alta, assim como c
servidão.
em teu coração; sim, perante o 36 a Deixa tua casa e teu lar, ex-
mundo, como também em se- ceto quando desejares ver tua
gredo; em público, assim como família;
em particular. 37 E a fala abertamente a todos;
29 E a proclamarás boas novas; sim, prega, exorta, declara a
b
sim, anuncia-as sobre as mon- verdade em alta voz e com tom
tanhas e todos os lugares eleva- de regozijo, clamando: Hosana,
dos e a todo povo que te seja hosana, bendito seja o nome do
permitido ver. Senhor Deus!
30 E assim farás com toda hu- 38 a Ora sempre e b derramarei
mildade, a confiando em mim, meu Espírito sobre ti e grande
não ofendendo ofensores. será tua bênção—sim, até maior
31 E de a dogmas não falarás, do que se obtivesses tesouros da
mas declararás arrependimen- Terra e corruptibilidade na mes-
to e b fé no Salvador e c remis- ma medida.
são de pecados d por batismo e 39 Eis que podes ler isto sem
por e fogo, sim, pelo f Espírito te regozijares e encheres de ale-
Santo. gria o coração?
32 Eis que este é um grande e 40 Ou podes tu continuar a
o último a mandamento que te andar como um guia cego?

26a gee Verdade. 30a gee Confiança, 34a At. 4:34–35.


27a gee Gentios. Confiar. 35a gee Dívida.
b gee Judeus. 31a II Tim. 2:23–24. b ie pagar a publicação
c Ômni 1:14–19; b gee Fé. da primeira edição
Mos. 25:2–4; c gee Remissão do Livro de Mórmon.
Hel. 8:21; de Pecados. c Prov. 22:7.
3 Né. 2:12–16. d gee Batismo, Batizar. 36a Mt. 19:29.
d gee Messias. e Mt. 3:11. 37a D&C 58:47; 68:8;
28a I Tim. 2:8. f gee Dom do 71:7.
gee Oração. Espírito Santo. b D&C 75:4.
b D&C 20:47, 51; 23:6. 32a D&C 58:26–29. 38a Lc. 18:1; 2 Né. 32:9;
29a gee Obra 33a gee Mandamentos D&C 10:5.
Missionária. de Deus. b Prov. 1:23; At. 2:17.
37 Doutrina e Convênios 19:41–20:5
41 Ou podes ser a humilde e dó- perante mim? Sim, b vem a mim,
cil e conduzires-te sabiamente teu Salvador. Amém.

SEÇÃO 20
Revelação sobre a organização e governo da Igreja, dada por intermédio
de Joseph Smith, o Profeta, em abril de 1830 ( History of the Church
1:64–70). Antes de registrar esta revelação, o Profeta escreveu: “Recebe-
mos dele [Jesus Cristo] o seguinte, pelo espírito de profecia e revelação, o
que não apenas nos forneceu muitas informações mas também nos indi-
cou o dia exato em que, segundo sua vontade e mandamento, deveríamos
iniciar a organizar sua Igreja mais uma vez aqui na Terra” ( History of
the Church 1:64).

1–16, O Livro de Mórmon prova a de Deus, no quarto mês e no


divindade da obra dos últimos sexto dia do mês que é chama-
dias; 17–28, Confirmadas as dou- do abril —
trinas da criação, queda, expiação 2 Mandamentos esses dados
e batismo; 29–37, Estabelecidas as a Joseph Smith Júnior que foi
a
leis que governam o arrependimen- chamado por Deus e ordena-
to, a justificação, a santificação e o do b apóstolo de Jesus Cristo
batismo; 38–67, Resumidos os de- para ser o primeiro c élder desta
veres dos élderes, sacerdotes, mes- igreja;
tres e diáconos; 68–74, Revelados 3 E a Oliver Cowdery, que foi
os deveres dos membros, a bênção também chamado por Deus
de crianças e o modo de batizar; como apóstolo de Jesus Cristo
75 – 84, Dadas as orações sacra- para ser o segundo élder des-
mentais e as regras que governam ta igreja e ordenado sob sua
os membros da Igreja. mão;
4 E isso de acordo com a graça

O
a
SURGIMENTO da b Igreja de nosso Senhor e Salvador
de Cristo nestes últimos Jesus Cristo, a quem toda a
dias, sendo mil oitocentos e glória seja dada, agora e para
trinta anos depois da vinda de sempre. Amém.
nosso Senhor e Salvador Jesus 5 Depois de haver sido verda-
Cristo na carne, tendo a Igreja deiramente manifestado a este
sido devidamente c organizada primeiro élder que ele recebera
e estabelecida em conformida- a remissão de seus pecados, ele
de com as leis de nosso país, outra vez se a emaranhou nas
pela vontade e mandamentos vaidades do mundo;

41a gee Humildade, Igreja de Jesus Cristo por Deus, Chamar.


Humilde, Humilhar. dos Santos dos b gee Apóstolo.
b Mt. 11:28–30. Últimos Dias, A. c gee Élder.
20 1a JS—H 1:2. c D&C 21:3. 5a JS—H 1:28–29.
b 3 Né. 27:1–8. 2a gee Autoridade;
gee Igreja, Nome da; Chamado, Chamado
Doutrina e Convênios 20:6–19 38
6 Mas depois de arrepender- 13 Portanto, tendo tão gran-
se e humilhar-se sinceramente, des testemunhas, por elas será
pela fé, Deus abençoou-o por julgado o mundo, tantos quan-
meio de um santo a anjo cujo tos daqui em diante tiverem co-
b
semblante era como relâmpa- nhecimento desta obra.
go e cujas vestes eram mais pu- 14 E os que a receberem com
ras e brancas do que qualquer fé e agirem a retamente recebe-
outra brancura; rão uma b coroa de vida eterna;
7 E deu-lhe mandamentos que 15 Mas para aqueles que en-
o inspiraram; durecerem o coração em a in-
8 E deu-lhe poder do alto, pe- credulidade e a rejeitarem, isso
los a meios que haviam antes se tornará em sua própria con-
sido preparados, para traduzir denação —
o Livro de Mórmon; 16 Porque o Senhor Deus o dis-
9 Que contém um registro se; e nós, os élderes da igreja,
de um povo decaído e a a pleni- ouvimos e testemunhamos as
tude do b evangelho de Jesus palavras da gloriosa Majestade
Cristo aos gentios e também aos nas alturas, a quem seja glória
judeus; para todo o sempre. Amém.
10 O qual foi dado por inspi- 17 Por estas coisas a sabemos
ração e é conferido a a outros pe- que há um b Deus no céu, que
lo ministério de anjos, sendo por é infinito e eterno, de eterni-
eles b proclamado ao mundo — dade a eternidade, o mesmo
11 Provando ao mundo que as Deus imutável, o criador do
santas escrituras são a verda- céu e da Terra e de tudo o que
deiras e que Deus b inspira os neles há;
homens e chama-os para sua 18 E que ele a criou o homem,
c
santa obra, nesta época e nesta homem e mulher, a sua própria
b
geração, assim como em ge- imagem e conforme a sua se-
rações passadas; melhança os criou;
12 Mostrando assim que ele é 19 E deu-lhes mandamentos
o a mesmo Deus ontem, hoje e de que deveriam a amá-lo e b ser-
para sempre. Amém. vi-lo, o único Deus vivo e ver-

6 a JS—H 1:30–35. do Livro de Mórmon. 15a gee Incredulidade.


gee Anjos. 11a gee Escrituras— 17a D&C 76:22–23.
b Mt. 28:2–3. Valor das escrituras. b Jos. 2:11.
8 a gee Urim e Tumim. b gee Inspiração, gee Trindade.
9 a JS—H 1:34. Inspirar. 18a gee Criação, Criar.
b gee Evangelho. c gee Santo. b Gên. 1:26–27;
10a Morô. 7:29–32; 12a Heb. 13:8; Mos. 7:27;
D&C 5:11. 1 Né. 10:18–19; Ét. 3:14–17.
b Ver Depoimento de Mórm. 9:9–10; 19a Deut. 11:1; Mt. 22:37;
Três Testemunhas e D&C 35:1; 38:1–4. Morô. 10:32;
Depoimento de Oito 14a gee Retidão. D&C 59:5–6.
Testemunhas nas b gee Vida Eterna; b Deut. 6:13–15.
páginas introdutórias Exaltação. gee Serviço.
39 Doutrina e Convênios 20:20–32
dadeiro; e que ele seria o único rito Santo, que verdadeiramen-
ser a quem deveriam c adorar. te d testemunharam a respeito
20 Mas, pela transgressão dele em todas as coisas, tives-
dessas santas leis, o homem sem vida eterna,
tornou-se a sensual e b diabólico 27 Como também os que vi-
e um c homem decaído. riam depois e creriam nos a dons
21 Portanto o Deus Todo-Pode- e chamados de Deus pelo Espí-
roso deu seu Filho a Unigênito, rito Santo, que b presta testemu-
como está escrito nessas escri- nho do Pai e do Filho;
turas que por ele foram dadas. 28 E o Pai, o Filho e o Espírito
22 Sofreu a tentações, mas não Santo são a um Deus, infinito e
lhes deu atenção. eterno, sem fim. Amém.
23 Foi a crucificado, morreu e 29 E sabemos que todos os ho-
b
ressuscitou no terceiro dia; mens precisam a arrepender-se e
24 E a subiu ao céu, para as- crer no nome de Jesus Cristo
sentar-se à direita do b Pai a e adorar ao Pai em seu nome e
fim de reinar em onipotência, perseverar com b fé em seu no-
de acordo com a vontade do me até o fim; do contrário não
Pai; podem ser c salvos no reino de
25 Para que todos os que a cres- Deus.
sem e fossem batizados em 30 E sabemos que a a justifi-
seu santo nome e b perseveras- cação pela b graça de nosso Se-
sem com fé, até o fim, fossem nhor e Salvador Jesus Cristo é
salvos — justa e verdadeira;
26 Não somente os que creram 31 E sabemos também que a
a
após sua vinda na carne, no santificação pela graça de nos-
a
meridiano dos tempos, mas so Senhor e Salvador Jesus
todos, desde o princípio, sim, Cristo é justa e verdadeira, pa-
todos os que existiram antes de ra todos os que amam e servem
sua vinda, que creram nas pa- a Deus com todo o seu b poder,
lavras dos b santos profetas, os mente e força.
quais falaram segundo foram 32 Mas existe também a possi-
inspirados pelo c dom do Espí- bilidade de que um homem

19c gee Adorar. 25a D&C 35:2; 38:4; b D&C 42:17.


20a gee Sensual, 45:5, 8; 68:9; 28a Jo. 17:20–22;
Sensualidade. 76:51–53. 3 Né. 11:27, 36.
b gee Diabo. b gee Perseverar. gee Trindade.
c gee Homem 26a D&C 39:1–3. 29a gee Arrepender-se,
Natural. b Jacó 4:4; 7:11; Arrependimento.
21a gee Unigênito. Mos. 13:33. b gee Fé.
22a Mt. 4:1–11; 27:40. c Mois. 5:58. c gee Salvação; Plano
23a gee Crucificação gee Espírito Santo. de Redenção.
ou Crucifixão. d gee Jesus Cristo— 30a gee Justificação,
b gee Ressurreição. Profecias acerca Justificar.
24a gee Ascensão. do nascimento b gee Graça.
b gee Pai Celestial; e da morte de 31a gee Santificação.
Trindade—Deus, Jesus Cristo. b Deut. 6:5;
o Pai. 27a D&C 18:32. Morô. 10:32.
Doutrina e Convênios 20:33–46 40
a
caia da graça e aparte-se do o d firme propósito de servi-lo
Deus vivo; até o fim; e realmente manifes-
33 Portanto, que a igreja esteja tarem por suas e obras que rece-
atenta e ore sempre para não beram o Espírito de Cristo para
cair em a tentação; a f remissão de seus pecados, se-
34 Sim, até os santificados es- rão recebidos pelo batismo na
tejam também atentos. sua igreja.
35 E sabemos que estas coisas 38 O dever dos élderes, sacer-
são verdadeiras e estão de acor- dotes, mestres, diáconos e mem-
do com as revelações de João, bros da igreja de Cristo: Um a após-
não a aumentando nem dimi- tolo é um élder e b batizar é seu
nuindo as profecias de seu li- chamado;
vro, as santas b escrituras ou as 39 E a ordenar outros élderes,
revelações de Deus que serão sacerdotes, mestres e diáconos;
dadas daqui em diante pelo 40 E a administrar o pão e o vi-
dom e poder do Espírito Santo, nho — os emblemas da carne e
pela c voz de Deus ou pelo mi- sangue de Cristo —
nistério de anjos. 41 E a confirmar os que são ba-
36 E o Senhor Deus disse-o; e tizados na igreja, pela impo-
honra, poder e glória sejam da- sição de b mãos para o batismo
dos a seu santo nome, agora e de fogo e do c Espírito Santo, de
para sempre. Amém. acordo com as escrituras;
37 E também, à guisa de manda- 42 E ensinar, explicar, exortar,
mento à igreja com respeito ao mo- batizar e zelar pela igreja;
do de batizar: Todos aqueles que 43 E confirmar a igreja, im-
se humilharem perante Deus e pondo as mãos e conferindo o
desejarem ser a batizados e se Espírito Santo;
apresentarem com o b coração 44 E dirigir todas as reuniões.
quebrantado e o espírito contri- 45 Os élderes devem a dirigir
to; e testificarem à igreja que as reuniões conforme guiados
verdadeiramente se arrepende- pelo Espírito Santo, de acordo
ram de todos os seus pecados e com os mandamentos e reve-
estão dispostos a tomar sobre si lações de Deus.
o c nome de Jesus Cristo, tendo 46 O dever do a sacerdote é

32a gee Apostasia; Tomar sobre nós 40a gee Sacramento.


Rebeldia, Rebelião. o nome de Jesus 41a D&C 33:11, 14–15;
33a gee Tentação, Cristo. 55:3.
Tentar. d gee Perseverar. b gee Mãos, Imposição
35a Apoc. 22:18–19. e Tg. 2:18. das.
b gee Escrituras. gee Obras. c gee Dom do Espírito
c D&C 18:33–36. f gee Remissão Santo.
37a gee Batismo, Batizar. de Pecados. 45a Morô. 6:9;
b gee Coração 38a gee Apóstolo. D&C 46:2.
Quebrantado. b 3 Né. 11:21–22. 46a D&C 84:111; 107:61.
c Mos. 5:7–9; 18:8–10. 39a Morô. 3:1–4; gee Sacerdote,
gee Jesus Cristo— D&C 107:58. Sacerdócio Aarônico.
41 Doutrina e Convênios 20:47–64
pregar, b ensinar, explicar, exor- niões, na ausência do élder ou
tar, batizar e administrar o sa- sacerdote —
cramento. 57 E deve ser auxiliado sem-
47 E visitar a casa de todos os pre, em todos os seus deveres
membros, exortando-os a a ora- na igreja, pelos a diáconos, se a
rem b em voz alta e em segredo ocasião o exigir.
e a cumprirem todas as obri- 58 Mas nem os mestres nem os
gações c familiares. diáconos têm autoridade para
48 E ele pode também a orde- batizar, administrar o sacramen-
nar outros sacerdotes, mestres to ou impor as mãos;
e diáconos. 59 Devem, contudo, admoes-
49 E deve dirigir as reuniões tar, explicar, exortar e ensinar
quando não houver um élder e convidar todos a virem a
presente; Cristo.
50 Mas quando houver um él- 60 Todo a élder, sacerdote, mes-
der presente, deve somente pre- tre ou diácono deve ser ordena-
gar, ensinar, explicar, exortar e do de acordo com os dons e
b
batizar. chamados que de Deus rece-
51 E visitar a casa de todos os ber; e deve ser ordenado pelo
membros, exortando-os a ora- poder do Espírito Santo, que es-
rem em voz alta e em segredo tá naquele que o ordena.
e a cumprirem todas as obri- 61 Os diversos élderes que
gações familiares. compõem esta igreja de Cristo
52 Em todos esses deveres o devem reunir-se em conferên-
sacerdote deve a assistir o élder, cia de três em três meses ou de
se a ocasião o exigir. tempos em tempos, conforme
53 O dever do a mestre é b zelar determinado ou designado nes-
sempre pela igreja, estar com sas conferências;
os membros e fortalecê-los; 62 E essas conferências de-
54 E certificar-se que não ha- vem tratar qualquer assunto da
ja iniqüidade na igreja nem igreja que necessite ser tratado
a
aspereza entre uns e outros na ocasião.
nem mentiras, maledicências ou 63 Os élderes devem receber
b
calúnias; suas licenças de outros élderes,
55 E certificar-se que a igreja pelo a voto da igreja a que per-
se reúna amiúde e também cer- tencem ou das conferências.
tificar-se que todos os mem- 64 Todo sacerdote, mestre ou
bros cumpram seus deveres. diácono que é ordenado por um
56 E ele deve dirigir as reu- sacerdote pode receber dele, no
46b gee Ensinar, Mestre. 53a gee Mestre, 60a gee Élder.
47a I Tim. 2:8. Sacerdócio Aarônico. b gee Chamado,
b D&C 19:28. b gee Atalaia, Chamado por
c gee Família. Sentinela, Vigia. Deus, Chamar.
48a gee Ordenação, 54a I Tess. 5:11–13. 63a gee Comum Acordo.
Ordenar. b gee Maledicência.
52a D&C 107:14. 57a gee Diácono.
Doutrina e Convênios 20:65–73 42
momento, um a certificado que, imposição das d mãos dos élde-
quando apresentado a um élder, res, a fim de que todas as coisas
lhe dará direito a uma licença, sejam feitas em ordem.
a qual o autorizará a cumprir 69 E os membros manifesta-
os deveres de seu chamado; ou rão perante a igreja e também
ele pode receber essa licença da perante os élderes, por conduta
conferência. e linguagem piedosas, que são
65 Nenhuma pessoa deve ser dignos dela, a fim de que haja
a a
ordenada para qualquer ofício obras e fé segundo as santas
nesta igreja, onde houver um escrituras — andando em b san-
ramo devidamente organizado, tidade perante o Senhor.
sem o b voto daquela igreja; 70 Todo membro da igreja de
66 Mas os élderes presidentes, Cristo que tiver filhos deverá
os bispos viajantes, os sumos trazê-los aos élderes diante da
conselheiros, os sumos sacer- igreja, os quais lhes devem im-
dotes e os élderes têm o privilé- por as mãos em nome de Jesus
gio de fazer ordenações onde Cristo, a abençoando-os em no-
não houver ramo da igreja em me dele.
que se possa convocar uma 71 Ninguém pode ser recebi-
votação. do na igreja de Cristo a não ser
67 Todo presidente do sumo que tenha alcançado a idade da
a
sacerdócio (ou élder presiden- responsabilidade perante Deus
te), a bispo, sumo conselheiro e e seja capaz de b arrepender-se.
b
sumo sacerdote deve ser orde- 72 O a batismo deve ser admi-
nado sob a direção de um c su- nistrado da seguinte maneira, a
mo conselho ou conferência todos os que se arrependem:
geral. 73 A pessoa que foi chamada
68 O a dever dos membros depois por Deus e tem autoridade de
de terem sido recebidos pelo batis- Jesus Cristo para batizar des-
mo : Os élderes ou os sacerdotes cerá à água com aquele que se
devem ter tempo suficiente apresentou para o batismo e
para explicar todas as coisas dirá, chamando-o pelo nome:
concernentes à igreja de Cristo, Tendo sido comissionado por
para que eles as b compreendam Jesus Cristo, eu te batizo em
antes de tomarem o c sacramen- nome do Pai e do Filho e do Es-
to e serem confirmados pela pírito Santo. Amém.

64a D&C 20:84; 52:41. Entendimento. 68:25–27.


65a gee Ordenação, c gee Sacramento. gee Prestar Contas,
Ordenar. d gee Mãos, Imposição Responsabilidade,
b D&C 26:2. das. Responsável;
gee Comum Acordo. 69a Tg. 2:14–17. Batismo, Batizar—
67a gee Bispo. b gee Santidade. Requisitos do
b gee Sumo Sacerdote. 70a gee Abençoado, batismo.
c gee Sumo Conselho. Abençoar, Bênção— b gee Arrepender-se,
68a gee Dever. Bênção de crianças. Arrependimento.
b gee Compreensão, 71a D&C 18:42; 29:47; 72a 3 Né. 11:22–28.
43 Doutrina e Convênios 20:74–84
74 Então a imergirá a pessoa na le, para que possam ter consigo
água e depois sairão da água. o seu Espírito. Amém.
75 É conveniente que a igreja se 80 Qualquer membro da igre-
reúna amiúde para a partilhar ja de Cristo que transgredir ou
do pão e do vinho, em b lem- for surpreendido em alguma
brança do Senhor Jesus; ofensa será tratado como indi-
76 E o élder ou o sacerdote ad- cam as escrituras.
ministrá-los-á; e desta a maneira 81 Será dever das diversas igre-
deverá administrá-los: Ajoelhar- jas que compõem a igreja de
se-á com a igreja e invocará o Cristo mandar um ou mais de
Pai em solene oração, dizendo: seus mestres para assistirem às
77 Ó Deus, Pai Eterno, nós te diversas conferências realizadas
rogamos em nome de teu Filho, pelos élderes da igreja,
Jesus Cristo, que abençoes e 82 Com uma lista dos a nomes
santifiques este a pão para as al- dos diversos membros que se
mas de todos os que partilha- tiverem afiliado à igreja desde
rem dele, para que o comam a última conferência; ou en-
em lembrança do corpo de teu viá-la pela mão de algum sa-
Filho e b testifiquem a ti, ó Deus, cerdote, para que uma lista
Pai Eterno, que desejam c tomar regular de todos os nomes de
sobre si o nome de teu Filho e toda a igreja seja conservada
recordá-lo sempre e d guardar os num livro por um dos élderes,
mandamentos que ele lhes deu, o qual será designado pelos
para que possam ter sempre outros élderes de tempos em
consigo o seu e Espírito. Amém. tempos;
78 A a maneira de administrar 83 E também para que, se al-
o vinho: Ele também tomará o guém tiver sido a expulso da
b
cálice e dirá: igreja, seu nome seja riscado
79 Ó Deus, Pai Eterno, nós te do registro geral de nomes.
rogamos em nome de teu Filho, 84 Todos os membros que se
Jesus Cristo, que abençoes e mudam da igreja onde residem
santifiques este a vinho para as e vão para uma igreja onde não
almas de todos os que beberem são conhecidos podem levar
dele, para que o façam em lem- uma carta atestando que são
brança do sangue de teu Filho, membros regulares e dignos,
que por eles foi derramado, e atestado esse que poderá ser
testifiquem a ti, ó Deus, Pai Eter- assinado por qualquer élder ou
no, que sempre se lembram de- sacerdote, caso a pessoa que vá

74a gee Batismo, b Mos. 18:8–10; 78a Morô. 5:1–2.


Batizar—Batismo D&C 20:37. b Lc. 22:20.
por imersão. c Mos. 5:8–12. 79a D&C 27:2–4.
75a At. 20:7. d gee Obedecer, 82a Morô. 6:4.
b gee Sacramento. Obediência, 83a Êx. 32:33; Al. 5:57;
76a Morô. 4:1–3. Obediente. Morô. 6:7.
77a Lc. 22:19. e Jo. 14:16. gee Excomunhão.
Doutrina e Convênios 21:1–6 44
receber a carta conheça pes- pode ainda ser assinada pelos
soalmente o élder ou sacerdote; mestres ou diáconos da igreja.

SEÇÃO 21
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Fayette, Estado de Nova
York, em 6 de abril de 1830 ( History of the Church 1:74–79). Esta
revelação foi dada quando da organização da Igreja, na data mencionada,
na residência de Peter Whitmer Sênior. Participaram seis homens que
haviam sido anteriormente batizados. Por voto unânime, essas pessoas
expressaram seu desejo e determinação de organizarem-se de acordo com
o mandamento de Deus. (Ver seção 20.) Eles votaram também a favor de
aceitar e apoiar Joseph Smith Júnior e Oliver Cowdery como oficiais
presidentes da Igreja. Pela imposição de mãos, Joseph então ordenou
Oliver élder da Igreja; e Oliver ordenou Joseph da mesma forma. Após a
administração do sacramento, Joseph e Oliver impuseram as mãos sobre
os participantes, individualmente, para conferir-lhes o Espírito Santo e
confirmar cada um como membro da Igreja.

1–3, Joseph Smith é chamado para centos e trinta de vosso Senhor,


ser vidente, tradutor, profeta, após- no quarto mês e no sexto dia do
tolo e élder; 4 – 8, Sua palavra mês que é chamado abril.
guiará a causa de Sião; 9–12, Os 4 Portanto vós, ou seja, a
santos acreditarão nas palavras igreja, dareis ouvidos a todas
dele, quando falar por meio do as a palavras e mandamentos
Consolador. que ele vos transmitir à medida
que ele os receber, andando

E IS que um a registro será es-


crito entre vós; e nele serás
chamado b vidente, tradutor, pro-
em toda b santidade diante de
mim;
5 Pois suas a palavras recebe-
feta, c apóstolo de Jesus Cristo, reis como de minha própria bo-
élder da igreja pela vontade de ca, com toda paciência e fé.
Deus, o Pai, e pela graça de 6 Porque, assim fazendo, as
a
vosso Senhor Jesus Cristo, portas do inferno não prevale-
2 Sendo a inspirado pelo Espíri- cerão contra vós; sim, e o Senhor
to Santo a lançar o alicerce dela e Deus afastará de vós os pode-
edificá-la para a santíssima fé. res das b trevas e fará c tremerem
3 a Igreja essa b organizada e es- os céus para o vosso bem e para
tabelecida no ano de mil oito- a d glória de seu nome.

21 1a D&C 47:1; 69:3–8; Cristo dos Santos Líderes da Igreja;


85:1. dos Últimos Dias, A. Profeta.
b gee Vidente. b D&C 20:1. 6 a Mt. 16:18;
c gee Apóstolo. 4a gee Escrituras. D&C 10:69.
2a gee Inspiração, b gee Santidade. b Col. 1:12–13.
Inspirar. 5a D&C 1:38. c D&C 35:24.
3a gee Igreja de Jesus gee Apoio aos d gee Glória.
45 Doutrina e Convênios 21:7–22:3
7 Pois assim diz o Senhor solador, o qual d manifesta que
Deus: Inspirei-o a promover a Jesus foi e crucificado por ho-
causa de a Sião com grande po- mens f pecadores, pelos pecados
der voltado para o bem; e co- do g mundo, sim, para a remissão
nheço sua diligência e ouvi suas de pecados do h coração contrito.
orações. 10 Portanto é-me conveniente
8 Sim, vi seu pranto por Sião e que ele seja a ordenado por ti,
farei com que já não se lamente Oliver Cowdery, meu apóstolo;
por ela; pois chegados são os 11 Sendo esta uma ordenança
dias de seu regozijo pela a re- para ti, que és um élder sob a
missão de seus pecados e pelas mão dele, sendo ele o a primeiro
manifestações de minhas bên- para ti, para que sejas um élder
çãos sobre suas obras. desta igreja de Cristo, que leva
9 Pois eis que a abençoarei to- meu nome —
dos os que trabalharem em mi- 12 E o primeiro pregador des-
nha b vinha com uma grandiosa ta igreja, para a igreja e perante
bênção e eles acreditarão nas o mundo, sim, e perante os gen-
palavras dele, que lhe são dadas tios; sim, isto diz o Senhor Deus,
por meu intermédio, pelo c Con- também aos a judeus. Amém.

SEÇÃO 22
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Manches-
ter, Estado de Nova York, em abril de 1830 ( History of the Church
1:79–80). Esta revelação foi dada à Igreja por causa de alguns que já
haviam sido batizados e desejavam unir-se à Igreja sem novo batismo.

1, O batismo é um novo e eterno novo e eterno, que era desde o


convênio; 2–4, Requer-se o batis- princípio.
mo feito com autoridade. 2 Portanto, embora seja um
homem batizado cem vezes, de
nada lhe aproveita, pois não

E IS que vos digo que todos


os a convênios antigos fiz
eu com que neste fossem inva-
podeis entrar pela porta estrei-
ta por meio da a lei de Moisés
nem por vossas b obras mortas.
lidados; e este é um b convênio 3 Pois foi por causa de vossas
7 a gee Sião. g I Jo. 2:2. D&C 19:27; 90:8–9.
8 a D&C 20:5–6. gee Mundo— 22 1a Heb. 8:13;
9 a 1 Né. 13:37; Pessoas que não 3 Né. 12:46–47.
Jacó 5:70–76. obedecem aos b D&C 66:2.
b gee Vinha do mandamentos. gee Convênio;
Senhor. h gee Coração Novo e Eterno
c gee Consolador. Quebrantado. Convênio.
d gee Testificar. 10a gee Ordenação, 2 a Gál. 2:16.
e gee Crucificação Ordenar. gee Lei de Moisés.
ou Crucifixão. 11a D&C 20:2. b Morô. 8:23–26.
f gee Pecado. 12a 1 Né. 13:42;
Doutrina e Convênios 22:4–23:7 46
obras mortas que fiz com que es- 4 Portanto entrai pela a porta,
te último convênio e esta igreja como ordenei, e b não procureis
me fossem edificados, como nos aconselhar a vosso Deus. Amém.
dias antigos.

SEÇÃO 23
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Manches-
ter, Estado de Nova York, em abril de 1830, a Oliver Cowdery, Hyrum
Smith, Samuel H. Smith, Joseph Smith Sênior e Joseph Knight Sênior.
( History of the Church 1:80). Como resultado do desejo sincero, das
cinco pessoas mencionadas, de saber quais os seus respectivos deveres, o
Profeta consultou o Senhor e recebeu esta revelação.

1 – 7, Estes primeiros discípulos 4 Eis que te digo algumas pa-


são chamados para pregar, exortar lavras, a Samuel; pois também
e fortalecer a Igreja. não estás sob condenação algu-
ma e teu chamado é para exor-

E IS que te digo algumas


palavras, Oliver. Eis que
abençoado és e não estás sob
tar e fortalecer a igreja; e ainda
não foste chamado para pregar
ao mundo. Amém.
condenação alguma. Acautela- 5 Eis que te digo algumas pa-
te, porém, contra o a orgulho, pa- lavras, Joseph; pois também
ra que não caias em b tentação. não estás sob condenação algu-
2 Dá a conhecer teu chamado ma e teu chamado também é
à igreja e também ao mundo; para exortar e fortalecer a igre-
e teu coração será aberto para ja; e este será teu dever de ago-
pregar a verdade de agora em ra em diante e para sempre.
diante e para sempre. Amém. Amém.
3 Eis que te digo algumas pa- 6 Eis que te declaro, Joseph
lavras, Hyrum; pois também Knight, por estas palavras, que
não estás sob condenação algu- deves tomar tua a cruz e, ao
ma e teu coração está aberto e tomá-la, deves b orar c vocalmen-
tua língua desatada; e teu cha- te perante o mundo, assim co-
mado é para exortar e a fortale- mo em segredo e no seio de tua
cer a igreja continuamente. Por- família e entre teus amigos e
tanto teu dever será para com a em todos os locais.
igreja eternamente; e isto por 7 E eis que é teu dever a unir-te
causa de tua família. Amém. à igreja verdadeira e fazer com

4 a Mt. 7:13–14; b Jacó 4:10. 6 a Mt. 10:38;


Lc. 13:24; 23 1a gee Orgulho. 3 Né. 12:30.
2 Né. 9:41; 31:9, b gee Tentação, b gee Oração.
17–18; Tentar. c D&C 20:47, 51.
3 Né. 14:13–14. 3 a D&C 81:4–5; 108:7. 7 a gee Batismo,
gee Batismo, Batizar. 4 a JS—H 1:4. Batizar—Essencial.
47 Doutrina e Convênios 24:1–9
que tuas palavras sejam conti- que recebas a recompensa do
nuamente de exortação, para trabalhador. Amém.

SEÇÃO 24
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Oliver Cowdery, em Har-
mony, Estado da Pensilvânia, em julho de 1830 ( History of the Church
1:101–103). Embora menos de quatro meses houvessem decorrido desde
a organização da Igreja, a perseguição tornara-se intensa e os líderes
tiveram que buscar segurança, escondendo-se parte do tempo. As três
revelações seguintes foram dadas nesta ocasião a fim de fortalecê-los,
encorajá-los e instruí-los.

1–9, Joseph Smith é chamado para los-ei tanto espiritual como


traduzir, pregar e explicar as es- materialmente;
crituras; 10–12, Oliver Cowdery 4 Mas, caso não te recebam,
é chamado para pregar o evange- enviarei sobre eles maldição
lho; 13–19, Revelada a lei relativa em vez de bênção.
a milagres, maldições, sacudir o 5 E continuarás a invocar a
pó dos pés e não levar bolsa nem Deus em meu nome e a escre-
alforje. ver as coisas que te serão dadas
pelo a Consolador e a explicar

E IS que foste chamado e esco-


lhido para escrever o Livro
de Mórmon e para meu minis-
todas as escrituras à igreja.
6 E no momento preciso ser-
te-á dado o que hás de a dizer e
tério; e livrei-te de tuas aflições escrever; e eles deverão ouvir;
e aconselhei-te, pelo que tens si- caso contrário, enviar-lhes-ei
do livrado de todos os teus ini- maldição em vez de bênção.
migos e dos poderes de Satanás 7 Pois tu a servirás exclusi-
e das trevas! vamente a Sião; e nisto terás
2 Contudo não tens desculpa força.
para tuas a transgressões; por- 8 Sê a paciente nas b aflições,
tanto vai e não peques mais. pois terás muitas; c suporta-as,
3 a Magnifica teu ofício; e após contudo, pois eis que estou
haveres semeado teus campos contigo até o d fim dos teus dias.
e os teres protegido, vai depres- 9 E nas obras terrenas não
sa à igreja que está em b Coles- terás força, porque teu chama-
ville, Fayette e Manchester e do não é esse. Dedica-te a teu
eles c sustentar-te-ão; e abençoá- a
chamado e terás com o que

24 2a D&C 1:31–32. Mt. 10:19–20; 8 a gee Paciência.


3a Jacó 1:19; 2:2. Lc. 12:11–12; b gee Adversidade.
b D&C 26:1; 37:2. Hel. 5:18–19; c gee Perseverar.
c D&C 70:12. D&C 84:85; 100:5–8; d Mt. 28:20.
5a gee Consolador. Mois. 6:32. 9 a gee Mordomia,
6a Êx. 4:12; 7 a gee Serviço. Mordomo.
Doutrina e Convênios 24:10–19 48
magnificar teu ofício e explicar crituras; pois agireis de acordo
todas as escrituras e continuar com o que está escrito.
impondo as mãos e confirman- 15 E onde quer que a entrardes
do as igrejas. e não vos receberem em meu
10 E teu irmão Oliver conti- nome, deixareis maldição em
nuará levando meu nome dian- vez de bênção, sacudindo o b pó
te do mundo e da igreja. E não de vossos pés, em testemunho
deverá supor que possa falar contra eles e limpando os pés
em demasia sobre a minha cau- pelo caminho.
sa; e eis que estou com ele até o 16 E acontecerá que a quem
fim. vos deitar as mãos com violên-
11 Em mim terá glória e não cia, ordenareis que seja afligi-
em si mesmo, seja em fraqueza do em meu nome; e eis que, de
ou em força, em cativeiro ou acordo com vossas palavras, eu
liberdade. o ferirei em meu próprio e de-
12 E em todos os tempos e em vido tempo.
todos os locais abrirá a boca e 17 E quem contra ti compare-
a
anunciará meu evangelho co- cer perante a lei, pela lei será
mo com a voz de uma b trombe- amaldiçoado.
ta, tanto de dia como à noite. E 18 E não levarás a bolsa nem
dar-lhe-ei uma força que não é alforje nem bordões nem duas
conhecida entre os homens. túnicas, porque a igreja te
13 Não soliciteis a milagres a dará, no momento exato, a co-
não ser que eu vos b ordene, ex- mida e o vestuário e os sapatos
ceto para c expulsar d demônios, e o dinheiro e o alforje de que
e
curar os enfermos e contra f ser- necessitares.
pentes venenosas e contra vene- 19 Pois tu és chamado para
a
nos mortíferos; podar vigorosamente a minha
14 E a estas coisas não fareis, a vinha, sim, pela última vez;
não ser que vos sejam pedidas sim, e também todos aqueles a
por aqueles que as desejarem, a quem b ordenaste; e eles segui-
fim de que se cumpram as es- rão estas normas. Amém.

SEÇÃO 25
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Harmony,
Estado da Pensilvânia, em julho de 1830 ( History of the Church

12a gee Pregar. f At. 28:3–9; 99:4–5.


b D&C 34:6. D&C 84:71–72; 18a Mt. 10:9–10;
13a gee Milagre; Sinal. 124:98–99. Lc. 10:4;
b 1 Né. 17:50. 14a gee Bênção dos D&C 84:78–79.
c Mc. 16:17. Doentes. 19a Jacó 5:61–74;
d gee Espírito— 15a Mt. 10:11–15. D&C 39:17; 71:4.
Espíritos maus. b Mc. 6:11; Lc. 10:11; b gee Ordenação,
e gee Curar, Curas. D&C 60:15; 75:19–22; Ordenar.
49 Doutrina e Convênios 25:1–10

1:103–104). (Ver o cabeçalho da seção 24.) Esta revelação transmite a


vontade do Senhor a Emma Smith, mulher do profeta.
a
1–6, Emma Smith, uma mulher confortar meu servo Joseph
eleita, é chamada para ajudar e Smith Júnior, teu marido, em
consolar o marido; 7–11, Ela tam- suas aflições, com palavras
bém é chamada para escrever, ex- consoladoras, com espírito de
plicar as escrituras e selecionar hi- mansidão.
nos; 12–14, O canto dos justos é 6 E quando ele viajar, irás com
uma prece ao Senhor; 15–16, Os ele; e servir-lhe-ás de escreven-
princípios de obediência contidos te enquanto não houver quem
nesta revelação aplicam-se a todos. o faça, para que eu possa en-
viar o meu servo Oliver Cow-

E SCUTA a voz do Senhor teu


Deus, enquanto me dirijo a
ti, Emma Smith, minha filha;
dery aonde eu desejar.
7 E serás a ordenada sob suas
mãos para explicar as escri-
pois em verdade eu te digo: turas e exortar a igreja, confor-
Todos os que a recebem meu me te for revelado pelo meu
evangelho são filhos e filhas Espírito.
em meu b reino. 8 Pois ele imporá as a mãos
2 Dou-te uma revelação com sobre ti e receberás o Espírito
respeito a minha vontade; e se Santo e teu tempo será dedi-
fores fiel e a andares nos cami- cado a escrever e a aprender
nhos da b virtude perante mim, muito.
preservar-te-ei a vida e rece- 9 E não precisas temer, por-
berás uma c herança em Sião. que teu marido te apoiará na
3 Eis que teus a pecados te são igreja; pois seu a chamado é pa-
perdoados e és uma mulher elei- ra benefício deles, a fim de que
ta, a quem b chamei. lhes sejam b reveladas todas as
4 Não murmures por causa das coisas que eu desejar, de acor-
coisas que não viste, porque fo- do com sua fé.
ram ocultas a ti e ao mundo, o 10 E em verdade eu te digo
que considero sábio para um que deverás deixar as a coisas
tempo futuro. deste b mundo e c buscar as coi-
5 O dever de teu chamado será sas de um melhor.

25 1a Jo. 1:12. gee Sião. 9 a gee Chamado,


gee Filhos e Filhas 3 a Mt. 9:2. Chamado por Deus,
de Deus. b gee Chamado, Chamar; Profeta.
b gee Reino de Deus Chamado por b gee Profecia,
ou Reino do Céu. Deus, Chamar. Profetizar;
2a gee Andar, Andar 5 a gee Compaixão. Revelação.
com Deus. 7 a ou designado. 10a gee Cobiçar;
b gee Virtude. gee Designação. Riquezas.
c D&C 52:42; 64:30; 8 a gee Mãos, Imposição b gee Mundanismo.
101:18. das. c Ét. 12:4.
Doutrina e Convênios 25:11–26:2 50
11 E também te será concedi- 14 Continua em espírito de
do fazer uma seleção de a hinos a
mansidão, acautelando-te con-
sacros para serem usados em tra o b orgulho. Que tua alma se
minha igreja conforme te for deleite em teu marido e na
dado, o que me é agradável. glória que sobre ele virá.
12 Porque minha alma se delei- 15 Guarda meus mandamen-
ta com o a canto do b coração; sim, tos continuamente e receberás
o canto dos justos é uma prece uma a coroa de b retidão. E, a não
a mim e será respondido com ser que faças isso, onde estou
uma bênção sobre sua cabeça. não c poderás vir.
13 Portanto rejubila-te e ale- 16 E em verdade, em verdade
gra-te e apega-te aos convênios eu te digo que esta é minha
a
que fizeste. voz para todos. Amém.

SEÇÃO 26
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, a Oliver Cowdery e a John
Whitmer, em Harmony, Estado da Pensilvânia, em julho de 1830 ( His-
tory of the Church 1:104). (Ver cabeçalho da seção 24.)

1, Eles são instruídos a estudar as ra, como é requerido, até de-


escrituras e a pregar; 2, Confirma- pois de irdes ao oeste a fim de
da a lei do comum acordo. realizar a próxima conferência;
então vos será dado saber o que

E IS que vos digo que deve-


reis dedicar vosso tempo
ao a estudo das escrituras e à
fareis.
2 E todas as coisas serão feitas
de a comum acordo na igreja, por
pregação e à confirmação da meio de muita oração e fé, pois
igreja em b Colesville; e à reali- todas as coisas recebereis pela
zação de vossos labores na ter- fé. Amém.

SEÇÃO 27

Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Estado da Pen-


silvânia, em agosto de 1830 ( History of the Church 1:106–108). Em
preparação para um serviço religioso em que o sacramento do pão e do
vinho seria administrado, Joseph saiu à procura de vinho. Encontrou um
mensageiro celeste e recebeu esta revelação, parte da qual foi escrita na

11a gee Hino. b gee Orgulho. 26 1a gee Escrituras—


12a I Crôn. 16:9. 15a gee Coroa; Valor das escrituras.
gee Cantar. Exaltação. b D&C 24:3; 37:2.
b gee Coração. b gee Retidão. 2 a I Sam. 8:7;
14a gee Mansidão, c Jo. 7:34. Mos. 29:26.
Manso, Mansuetude. 16a D&C 1:38. gee Comum Acordo.
51 Doutrina e Convênios 27:1–9

ocasião; o restante foi escrito no mês de setembro seguinte. Agora se usa


água em vez de vinho nos serviços sacramentais da Igreja.

1 – 4, Indicados os emblemas a porque virá a hora em que, na


serem usados na distribuição do Terra, a beberei do fruto da vide
sacramento; 5–14, Cristo e seus convosco e com b Morôni, a
servos de todas as dispensações quem enviei para vos revelar o
participarão do sacramento; 15– Livro de Mórmon, que contém
18, Revesti-vos de toda a armadu- a plenitude do meu evangelho
ra de Deus. eterno, e a quem confiei as cha-
ves do registro da c vara de

O UVI a voz de Jesus Cristo,


vosso Senhor, vosso Deus
e vosso Redentor, cuja palavra
Efraim;
6 E também com a Elias, a quem
confiei as chaves para restaurar
é a viva e poderosa. todas as coisas mencionadas
2 Pois eis que vos digo que não pela boca de todos os santos
importa o que se come ou o que profetas, desde o princípio do
se bebe ao participar do a sacra- mundo, concernentes aos últi-
mento, se o fizerdes com os mos dias;
olhos fitos na minha b glória — 7 E também João, o filho de
lembrando perante o Pai o meu Zacarias, Zacarias esse que ele
a
corpo, que foi sacrificado por (Elias) visitou, dando-lhe a pro-
vós, e o meu c sangue, que foi messa de um filho que se cha-
derramado para a d remissão de maria b João e que seria cheio do
vossos pecados. espírito de Elias;
3 Portanto um mandamento 8 E esse João enviei a vós, meus
vos dou, que não compreis vi- servos Joseph Smith Júnior e
nho nem bebida forte de vossos Oliver Cowdery, para ordenar-
inimigos; vos ao primeiro a sacerdócio que
4 Portanto nenhum tomareis, recebestes, a fim de que fôsseis
a não ser que seja novo, feito chamados e b ordenados como
por vós, sim, neste reino de meu foi c Aarão;
Pai que será edificado na Terra. 9 E também a Elias, o profeta, a
5 Eis que nisto há sabedoria; quem confiei as chaves do po-
portanto não vos maravilheis, der de b conversão do coração

27 1a Hel. 3:29; gee Efraim—Vara Ordenar.


D&C 6:2. de Efraim ou vara c Êx. 28:1–3, 41;
2 a gee Sacramento. de José. D&C 107:13.
b gee Glória. 6 a gee Elias. 9 a I Reis 17:1–22;
c gee Sangue. 7 a Lc. 1:17–19. II Reis 1–2;
d gee Remissão b Lc. 1:13; D&C 2:1–3;
de Pecados. D&C 84:27–28. 110:13–16;
5 a Mt. 26:29; Mc. 14:25; 8 a D&C 13:1. JS—H 1:38–39.
Lc. 22:18. gee Sacerdócio gee Elias, o Profeta;
b JS—H 1:30–34. Aarônico. Genealogia.
c Eze. 37:16. b gee Ordenação, b gee Genealogia.
Doutrina e Convênios 27:10–18 52
dos pais aos filhos e do coração 14 E também com todos os
dos filhos aos pais, para que to- que, do mundo, o Pai me a deu.
da a Terra não fosse ferida com 15 Portanto alegrai-vos e reju-
maldição; bilai-vos e cingi os lombos e
10 E também com José e Jacó e tomai sobre vós toda a minha
a
Isaque e Abraão, vossos pais, armadura, para que possais re-
por meio de quem as a promes- sistir no dia mau, havendo fei-
sas permanecem; to tudo, a fim de b subsistirdes.
11 E também com Miguel, ou 16 Estai, pois, firmes, tendo
seja, a Adão, o pai de todos, o a
cingidos os lombos com a b ver-
príncipe de todos, o ancião de dade, tendo vestida a c couraça
dias; da d retidão e calçados os pés
12 E também com Pedro e Tia- com a preparação do evangelho
go e João, que vos enviei, por da e paz, o qual, para vos confiar,
intermédio de quem vos a or- enviei meus f anjos;
denei e confirmei para serdes 17 Tomando o escudo da fé
b
apóstolos e c testemunhas es- com o qual podereis apagar to-
peciais de meu nome e para dos os a dardos inflamados dos
portardes as chaves de vosso iníquos;
ministério e das mesmas coisas 18 E tomai o capacete da sal-
que a eles revelei; vação e a espada de meu Espí-
13 A quem a confiei as b chaves rito, que derramarei sobre vós,
de meu reino e uma c dispen- e minha palavra, que vos reve-
sação do d evangelho para os lo; e concordai acerca de todas
e
últimos tempos; e para a f ple- as coisas que me pedirdes; e
nitude dos tempos, quando reu- sede fiéis até que eu venha e se-
nirei em g uma todas as coisas, reis a arrebatados, para que on-
tanto as que estão no céu como de eu estiver estejais vós b tam-
as que estão na Terra; bém. Amém.

SEÇÃO 28
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Oliver Cow-
dery, em Fayette, Estado de Nova York, em setembro de 1830 ( History
of the Church 1:109–111). Hiram Page, um membro da Igreja, possuía

10a gee Convênio d gee Evangelho. D&C 87:8.


Abraâmico. e Jacó 5:71; 16a Isa. 11:5.
11a gee Adão. D&C 43:28–30. b gee Verdade.
12a JS—H 1:72. f Ef. 1:9–10; c Isa. 59:17.
gee Sacerdócio de D&C 112:30; 124:41. d gee Retidão.
Melquisedeque. g D&C 84:100. e 2 Né. 19:6.
b gee Apóstolo. 14a Jo. 6:37; 17:9, 11; f D&C 128:19–21.
c At. 1:8. 3 Né. 15:24; 17a 1 Né. 15:24;
13a Mt. 16:19. D&C 50:41–42; 84:63. D&C 3:8.
b gee Chaves do 15a Rom. 13:12; 18a 1 Né. 13:37;
Sacerdócio. Ef. 6:11–18. D&C 17:8.
c gee Dispensação. b Mal. 3:2; b Jo. 14:3.
53 Doutrina e Convênios 28:1–10

uma certa pedra e afirmava estar recebendo revelações por meio dela a
respeito da edificação de Sião e da ordem da Igreja. Vários membros
haviam sido enganados por essas alegações e até Oliver Cowdery fora
erroneamente influenciado por elas. Pouco antes da data marcada para
uma conferência, o Profeta inquiriu fervorosamente o Senhor sobre o
assunto e recebeu esta revelação.

1–7, Joseph Smith possui as cha- dor a a falar ou a ensinar, por


ves dos mistérios e somente ele meio de mandamento à igreja,
recebe revelações para a Igreja; 8– poderás fazê-lo.
10, Oliver Cowdery deverá pregar 5 Não deverás, porém, escre-
aos lamanitas; 11–16, Satanás en- ver por meio de mandamento,
gana Hiram Page e dá-lhe reve- mas segundo a sabedoria;
lações falsas. 6 E não darás ordens àquele
que está acima de ti e à frente

E I S q u e t e d i g o , a O l i v e r,
que te será concedido ser
ouvido pela igreja em todas
da igreja;
b
7 Pois dei a ele as a chaves dos
mistérios e as revelações que
as coisas que lhes b ensinares estão seladas, até que lhes de-
por meio do c Consolador, a res- signe outro em seu lugar.
peito das revelações e dos man- 8 E agora, eis que eu te digo
damentos que dei. que irás aos a lamanitas para
2 Mas eis que em verdade, em pregar-lhes meu b evangelho; e
verdade eu te digo: a Ninguém se aceitarem os teus ensinamen-
será designado para receber tos, estabelecerás entre eles a
mandamentos e revelações nes- minha igreja; e receberás reve-
ta igreja, a não ser meu servo lações, mas não as escreverás
b
Joseph Smith Júnior porque como mandamentos.
ele as recebe como Moisés. 9 E agora, eis que te digo que
3 E tu serás obediente às coi- não foi revelado e nenhum ho-
sas que eu lhe der, tal como mem sabe onde será construída
a
Aarão, para declarar fielmente a a cidade de b Sião, mas será re-
à igreja, com poder e b autori- velado mais tarde. Eis que te
dade, os mandamentos e as digo que será nas fronteiras,
revelações. próximo aos lamanitas.
4 E se em toda e qualquer oca- 10 Não deverás deixar este lo-
sião fores levado pelo Consola- cal até depois da conferência; e

28 1a D&C 20:3. Júnior. Deus.


b gee Ensinar, 3 a gee Aarão, Irmão 8 a 2 Né. 3:18–22;
Mestre—Ensinar de Moisés. D&C 30:5–6; 32:1–3.
com o Espírito. b gee Autoridade. b D&C 3:19–20.
c gee Consolador. 4 a Êx. 4:12–16; 9 a D&C 57:1–3.
2 a D&C 35:17–18; 43:4. D&C 24:5–6. b D&C 52:42–43.
b 2 Né. 3:14–20. 7 a D&C 64:5; 84:19. gee Sião.
gee Smith, Joseph, b gee Mistérios de
Doutrina e Convênios 28:11–29:3 54
meu servo Joseph será designa- 13 Pois todas as coisas na igre-
do, pela voz da conferência, ja devem ser feitas em ordem e
para presidi-la; e o que ele te de a comum acordo e pela oração
disser, falarás. da fé.
11 E também, deverás pro- 14 E ajudarás a resolver todas
curar teu irmão Hiram Page, em essas coisas, de acordo com os
a
particular, e dizer-lhe que as convênios da igreja, antes de
coisas que ele escreveu por iniciares tua viagem entre os
meio daquela pedra não proce- lamanitas.
dem de mim; e que b Satanás o 15 E desde o momento em que
c
iludiu; partires até regressares, ser-te-
12 Pois eis que essas coisas á a indicado o que fazer.
não lhe foram designadas e a 16 E deverás abrir a boca em
ninguém desta igreja será de- todas as ocasiões, declarando
signada qualquer coisa contrária meu evangelho em tom de re-
aos convênios da igreja. gozijo. Amém.

SEÇÃO 29

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, na presença de


seis élderes, em Fayette, Estado de Nova York, em setembro de 1830
( History of the Church 1:111–115). Esta revelação foi recebida alguns
dias antes da conferência iniciada em 27 de setembro de 1830.

1–8, Cristo reúne seus eleitos; 9–


11, Sua vinda inaugura o Milênio;
12–13, Os Doze julgarão toda a
D AI ouvidos à voz de Jesus
Cristo, vosso Redentor, o
Grande a Eu Sou, cujo braço de
b
Israel; 14–21, Sinais, pragas e de- misericórdia c expiou vossos pe-
solações precederão a Segunda cados;
Vinda; 22–28, A última ressur- 2 Que a ajuntará seu povo, as-
reição e o julgamento final seguir- sim como a galinha ajunta sob
se-ão ao Milênio; 29–35, Todas as as asas seus pintinhos, sim, tan-
coisas são espirituais para o Senhor; tos quantos atenderem a minha
36–39, O diabo e suas hostes fo- voz e se b humilharem perante
ram expulsos do céu para tentar o mim e invocarem-me em fervo-
homem; 40–45, A queda e a ex- rosa oração.
piação trazem a salvação; 46–50, 3 Eis que em verdade, em ver-
As criancinhas são redimidas por dade vos digo que neste mo-
meio da expiação. mento vossos pecados vos são

11a Mt. 18:15. 29 1a gee EU SOU. 2 a Mt. 23:37;


b Apoc. 20:10. b gee Misericórdia, 3 Né. 10:4–6.
c D&C 43:5–7. Misericordioso. b gee Humildade,
13a gee Comum Acordo. c gee Expiação, Humilde, Humilhar.
15a 2 Né. 32:3, 5. Expiar.
55 Doutrina e Convênios 29:4–12
a
perdoados e por isso recebeis 9 Porque a hora está próxima
estas coisas; mas lembrai-vos de e logo vem o dia em que a Terra
não mais pecar para que não estará madura; e todos os a so-
vos sobrevenham perigos. berbos e os que praticam iniqüi-
4 Em verdade vos digo que sois dade serão como o b restolho; e
c
escolhidos dentre os do mundo queimá-los-ei, diz o Senhor dos
para declarardes meu evange- Exércitos, para que não haja ini-
lho com som de regozijo, com a qüidade sobre a Terra;
a
voz como de uma trombeta. 10 Porque a hora está próxima
5 Rejubilai-vos e alegrai-vos, e aquilo que foi a dito por meus
porque estou no a meio de vós e apóstolos deve ser cumprido;
sou vosso b advogado junto ao pois como disseram, assim há
Pai; e é de seu agrado dar-vos o de acontecer;
c
reino. 11 Pois revelar-me-ei do céu
6 E, como está escrito: Tudo o com poder e grande glória, com
que a pedirdes com b fé, estando todas as suas a hostes, e em b jus-
c
unidos em oração, de acordo tiça habitarei com os homens
com minhas ordens, recebereis. na Terra por c mil anos; e os iní-
7 E vós sois chamados para quos não permanecerão.
efetuardes a a reunião de meus 12 E também em verdade,
b
eleitos; pois meus eleitos c ou- em verdade vos digo que foi
vem minha voz e não endure- proclamado em firme decreto,
cem o d coração. pela vontade do Pai, que meus
a
8 Portanto o Pai decretou que apóstolos, os Doze que esti-
serão a reunidos em um mesmo veram comigo em meu mi-
local na face desta terra, a fim nistério em Jerusalém, postar-
de b preparar-lhes o coração e pa- se-ão a minha direita, no dia
ra que estejam prontos em to- de minha vinda em um pilar
das as coisas para o dia em que de b fogo, estando trajados com
c
tribulações e desolações forem mantos de retidão, com co-
enviadas sobre os iníquos. roas na cabeça, em c glória como

3 a gee Perdoar. b Mc. 13:20; 101:23–25; 133:64.


4 a Al. 29:1–2; D&C 84:34. gee Terra—
D&C 19:37; 30:9. gee Eleitos. Purificação da
5 a Mt. 18:20; c Al. 5:37–41. Terra.
D&C 6:32; 38:7; d gee Coração. 10a gee Segunda Vinda
88:62–63. 8 a D&C 45:64–66; 57:1. de Jesus Cristo.
b gee Advogado. b D&C 58:6–9; 78:7. 11a JS—M 1:37.
c gee Reino de c D&C 5:19; 43:17–27. b gee Retidão.
Deus ou Reino 9 a 2 Né. 20:33; c gee Jesus Cristo—
do Céu. 3 Né. 25:1. Reinado de Cristo
6 a Mt. 21:22; gee Orgulho. no Milênio; Milênio.
Jo. 14:13. b Naum 1:10; 12a gee Apóstolo.
b Mc. 11:24. Mal. 4:1; b Isa. 66:15–16;
c 3 Né. 27:1–2; 1 Né. 22:15, 23; D&C 130:7; 133:41.
D&C 84:1. JS—H 1:37. c gee Glória; Jesus
7 a gee Israel— c D&C 45:57; 63:34, 54; Cristo—Glória
Coligação de Israel. 64:24; 88:94; de Jesus Cristo.
Doutrina e Convênios 29:13–23 56
eu estou, para d julgar toda a não os purificará se eles não me
casa de Israel, sim, todos os ouvirem.
que me amaram e guardaram 18 Portanto eu, o Senhor Deus,
meus mandamentos; e ninguém mandarei moscas sobre a face
mais. da Terra, as quais se apodera-
13 Pois uma a trombeta soará rão de seus habitantes, comer-
longa e estrondosamente, sim, lhes-ão a carne e farão com que
como no Monte Sinai; e toda a neles se criem bicheiras;
Terra estremecerá e eles b surgi- 19 E a língua deles será refrea-
rão — sim, os c mortos que mor- da para que não a falem contra
reram em mim, para receber a mim; e sua carne desprender-
d
coroa de retidão e serem vesti- se-á dos ossos e seus olhos cai-
dos, e assim como eu, a fim de rão das órbitas;
estarem comigo, para que seja- 20 E acontecerá que as a bestas
mos um. da floresta e as aves do céu os
14 Mas eis que vos digo que, devorarão.
antes que venha esse grande 21 E a grande e a abominável
a
dia, o b sol escurecerá e a lua tor- igreja, que é a b prostituta de
nar-se-á em sangue e as estrelas toda a Terra, será abatida por
c
cairão do céu e haverá maiores fogo devorador, como foi dito
c
sinais acima no céu e embaixo pela boca de Ezequiel, o profe-
na Terra. ta que falou destas coisas, as
15 E haverá choro e a gemidos quais não se cumpriram, mas,
entre as hostes dos homens; tão certamente como eu vivo,
d
16 E será enviada uma grande cumprir-se-ão, porque não hão
a
chuva de pedras para destruir de reinar abominações.
as colheitas da Terra. 22 E também em verdade, em
17 E acontecerá, por causa da verdade vos digo que quando
iniqüidade do mundo, que eu terminarem os a mil anos e os ho-
me a vingarei dos b ímpios, pois mens novamente começarem a
não se arrependerão; porque o negar seu Deus, então pouparei
cálice de minha indignação está a Terra, mas por b pouco tempo;
repleto e eis que meu c sangue 23 E virá o a fim; e os céus e a

12d Mt. 19:28; Lc. 22:30; 15a Mt. 13:42. do diabo.


1 Né. 12:9; 16a Eze. 38:22; b Apoc. 19:2.
Mórm. 3:18–19. Apoc. 11:19; 16:21. c Joel 1:19–20; 2:3;
13a D&C 43:18; 45:45. 17a Apoc. 16:7–11; D&C 97:25–26.
b D&C 76:50. 2 Né. 30:10; gee Terra—
c D&C 88:97; 133:56. JS—M 1:53–55. Purificação da Terra.
d gee Coroa; Exaltação. gee Vingança. d D&C 1:38.
e D&C 76:94–95; b gee Iniqüidade, Iníquo. 22a gee Milênio.
84:35–39. c I Jo. 1:7; Al. 11:40–41; b Apoc. 20:3;
14a gee Segunda Vinda D&C 19:16–18. D&C 43:30–31;
de Jesus Cristo. 19a Zac. 14:12. 88:110–111.
b Joel 2:10; JS—M 1:33. 20a Isa. 18:6; Eze. 39:17; 23a Mt. 24:14.
c gee Sinais dos Apoc. 19:17–18. gee Mundo—Fim
Tempos. 21a gee Diabo—Igreja do mundo.
57 Doutrina e Convênios 29:24–35
Terra serão consumidos e b pas- aos homens não são dados todos
sarão; e haverá um novo céu e os meus juízos; e assim como as
uma c nova Terra. palavras saíram de minha bo-
24 Pois todas as coisas velhas ca, assim serão cumpridas, pa-
a
passarão e todas as coisas tor- ra que os a primeiros sejam os
nar-se-ão novas, sim, o céu e a últimos e para que os últimos
Terra e toda a sua plenitude, sejam os primeiros em todas as
tanto homens como animais, as coisas que eu criei pela palavra
aves do céu e os peixes do mar; de meu poder, que é o poder de
25 E nem um único a fio de ca- meu Espírito.
belo nem argueiro serão perdi- 31 Pois pelo poder de meu
dos, pois são obra de minhas Espírito a criei-as; sim, todas as
mãos. coisas, tanto b espirituais como
26 Mas eis que em verdade físicas —
vos digo: Antes que passe a Ter- 32 Primeiro as a espirituais, de-
ra, a Miguel, meu b arcanjo, soará pois as físicas, o que é o começo
sua c trombeta e então todos os de minha obra; e também, pri-
mortos d despertarão, pois suas meiro as físicas e depois as es-
sepulturas serão abertas e eles pirituais, o que é o fim de minha
e
surgirão — sim, todos. obra —
27 E os a justos serão reunidos 33 Falando-vos para que com-
a minha b direita para a vida preendais naturalmente; mas
eterna; e os iníquos a minha para mim mesmo, minhas obras
esquerda, envergonhar-me-ei de não têm a fim nem começo; mas
reivindicar perante o Pai; isto vos é dado para que com-
28 Portanto eu lhes direi: preendais, pois me perguntas-
a
Apartai-vos de mim, malditos, tes de comum acordo.
para o b fogo eterno, preparado 34 Portanto em verdade vos
para o c diabo e seus anjos. digo que todas as coisas são es-
29 E agora, eis que vos digo pirituais para mim e em tempo
que nunca, em tempo algum, algum vos dei uma lei que fos-
declarei de minha própria boca se terrena; nem a homem algum
que eles voltariam, pois a onde nem aos filhos dos homens nem
eu estou eles não podem vir, a Adão, vosso pai, a quem criei.
porque não têm poder. 35 Eis que lhe permiti que fos-
30 Lembrai-vos, porém, de que se seu próprio a árbitro; e dei-lhe

23b Mt. 24:35; Imortalidade; 29a Jo. 7:34; D&C 76:112.


JS—M 1:35. Ressurreição. 30a Mt. 19:30;
c gee Terra—Estado e Jo. 5:28–29. 1 Né. 13:42.
final da Terra. 27a gee Retidão. 31a gee Criação, Criar.
24a Apoc. 21:1–4. b Mt. 25:33. b Mois. 3:4–5.
25a Al. 40:23. gee Juízo Final. 32a gee Criação
26a gee Adão; Miguel. 28a Mt. 25:41; Espiritual.
b gee Arcanjo. D&C 29:41. 33a Salm. 111:7–8;
c I Cor. 15:52–55. b D&C 43:33. Mois. 1:4.
d gee Imortal, c gee Diabo. 35a gee Arbítrio.
Doutrina e Convênios 29:36–43 58
mandamentos, mas nenhum o mandamento, pelo que se tor-
mandamento terreno lhe dei, nou b sujeito à vontade do diabo
porque meus b mandamentos são porque cedeu à tentação.
espirituais; eles não são natu- 41 Portanto eu, o Senhor Deus,
rais nem físicos nem carnais fiz com que ele fosse a expulso
nem sensuais. do Jardim do b Éden, de minha
36 E aconteceu que Adão, sen- presença, por causa de sua
do tentado pelo diabo — pois transgressão, na qual ele se tor-
eis que o a diabo existiu antes nou c espiritualmente morto, o
de Adão, pois b rebelou-se con- que é a primeira morte, a mes-
tra mim, dizendo: Dá-me a tua ma morte que é a última d mor-
c
honra, a qual é o meu d poder; e te, a morte espiritual, que será
também uma e terça parte das pronunciada sobre os iníquos
f
hostes do céu ele afastou de quando eu disser: Apartai-vos,
mim por causa do g arbítrio que e
malditos.
possuíam; 42 Mas eis que vos digo que
37 E eles foram lançados abai- eu, o Senhor Deus, permiti a
xo e assim surgiram o a diabo e Adão e sua semente que não
seus b anjos; sofressem a a morte física até que
38 E eis que há um local pre- eu, o Senhor Deus, mandasse
b
parado para eles desde o prin- anjos para pregar-lhes o c arre-
cípio e esse local é o a inferno. pendimento e a d redenção por
39 E é necessário que o diabo meio da fé no nome de meu
a e
tente os filhos dos homens, ou Filho Unigênito.
eles não poderiam ser seus pró- 43 E assim eu, o Senhor Deus,
prios árbitros; porque, se nunca determinei para o homem os
tivessem o b amargo, não pode- dias de sua a provação — para
riam conhecer o doce — que por sua morte natural ele
40 Portanto aconteceu que o fosse b levantado em c imortali-
diabo tentou Adão e ele comeu dade para a d vida eterna, sim,
do a fruto proibido e transgrediu todos os que cressem;

35b gee Mandamentos gee Anjos. e D&C 29:27–28;


de Deus. 38a gee Inferno. 76:31–39.
36a D&C 76:25–26; 39a Mois. 4:3–4. 42a 2 Né. 2:21.
Mois. 4:1–4. gee Tentação, gee Morte Física.
b gee Conselho nos Tentar. b Al. 12:28–30.
Céus. b Mois. 6:55. c gee Arrepender-se,
c gee Honra, Honrar. 40a Gên. 3:6; Arrependimento.
d Isa. 14:12–14; Mois. 4:7–13. d gee Redenção,
D&C 76:28–29. b 2 Né. 10:24; Redimido, Redimir.
e Apoc. 12:3–4. Mos. 16:3–5; e Mois. 5:6–8.
f D&C 38:1; 45:1. Al. 5:41–42. 43a Al. 12:24; 42:10.
gee Vida Pré-mortal. 41a gee Queda de b gee Ressurreição.
g gee Arbítrio. Adão e Eva. c Mois. 1:39.
37a gee Diabo. b gee Éden. gee Imortal,
b II Ped. 2:4; Jud. 1:6; c gee Morte Espiritual. Imortalidade.
Mois. 7:26. d Al. 40:26. d gee Vida Eterna.
59 Doutrina e Convênios 29:44–30:2
44 E os que não cressem, para até que comecem a se tornar
a a condenação eterna, pois não b
responsáveis perante mim;
podem ser redimidos de sua 48 Pois a elas é concedido de
queda espiritual porque não se acordo com minha vontade, se-
arrependem; gundo o que me apraz, para que
45 Pois eles amam as trevas grandes coisas sejam requeri-
mais que a luz e suas a ações são das das mãos de seus a pais.
iníquas e eles recebem seu 49 E outra vez vos digo: a
b
salário daquele a quem deci- quem, possuindo conhecimen-
dem obedecer. to, não ordenei que se arrepen-
46 Mas eis que vos digo que as desse?
a
criancinhas são b redimidas des- 50 E quanto ao que não possui
a
de a fundação do mundo, por entendimento, cabe-me agir de
meio de meu Unigênito; acordo com o que está escrito.
47 Portanto não podem pecar, E agora nada mais vos declaro
porque a Satanás não é dado neste momento. Amém.
poder para a tentar criancinhas

SEÇÃO 30
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a David Whit-
mer, Peter Whitmer Júnior e John Whitmer, em Fayette, Estado de Nova
York, em setembro de 1830, após a conferência de três dias realizada em
Fayette, mas antes que os élderes da Igreja se houvessem separado ( His-
tory of the Church 1:115–116). Inicialmente, este material foi publica-
do como sendo três revelações; foi reunido em uma seção pelo Profeta,
para a edição de 1835 de Doutrina e Convênios.

1–4, David Whitmer é repreen-


dido por deixar de servir diligen-
temente; 5–8, Peter Whitmer Jú-
E
c
IS que te digo, a David, que
b
temeste os homens e não
confiaste em mim para receber
nior deverá acompanhar Oliver forças, como devias.
Cowdery em uma missão junto 2 Mas tua mente tem estado
aos lamanitas; 9–11, John Whit- mais nas coisas a terrenas do que
mer é chamado para pregar o evan- nas coisas que vêm de mim, teu
gelho. Criador, e no ministério para

44a D&C 19:7–12. gee Criança(s), 48a D&C 68:25.


gee Condenação, Menino(s), Filho(s). 50a D&C 137:7–10.
Condenar. b D&C 74:7. gee Compreensão,
45a Jo. 3:18–20; gee Redenção, Entendimento.
D&C 93:31–32. Redimido, Redimir. 30 1a gee Whitmer,
b Mos. 2:32–33; 47a gee Tentação, David.
Al. 3:26–27; Tentar. b At. 5:29.
5:41–42; 30:60. b gee Prestar Contas, c II Crôn. 16:7–9.
46a Morô. 8:8, 12; Responsabilidade, 2 a D&C 25:10.
D&C 93:38. Responsável.
Doutrina e Convênios 30:3–11 60
o qual foste chamado; não des- 7 E a ninguém designei co-
te ouvidos ao meu Espírito e mo seu conselheiro, para estar
a
àqueles que foram colocados acima dele na igreja no que se
acima de ti, mas foste persuadi- refere aos negócios da igreja,
do por aqueles que não ordenei. exceto seu irmão Joseph Smith
3 Portanto o que te resta é re- Júnior.
correr a mim e a refletir sobre as 8 Portanto dá ouvidos a estas
coisas que recebeste. coisas e sê diligente na obe-
4 E teu lar será na casa de teu diência a meus mandamentos;
pai até que eu te dê outros man- e serás abençoado para a vida
damentos. E dedicar-te-ás ao eterna. Amém.
a
ministério na igreja e perante o 9 Eis que eu te digo, meu servo
mundo e nas regiões circunvizi- John, que, de agora em diante,
nhas. Amém. começarás a a proclamar meu
5 Eis que te digo, a Peter, que evangelho como com a b voz de
farás tua b viagem com teu irmão uma trombeta.
Oliver; porque é chegada a c hora 10 E teu trabalho será na casa
em que me é conveniente que de teu irmão Philip Burroughs
abras a boca para proclamar meu e arredores, sim, onde quer que
evangelho; portanto não temas, sejas ouvido, até que eu te or-
mas dá ouvidos às palavras e dene partir.
aos d conselhos de teu irmão. 11 E todo o teu trabalho, daqui
6 E aflige-te com todas as suas em diante, será em Sião, com to-
aflições, sempre elevando o teu da a tua alma; sim, abrirás sem-
coração a mim em oração e fé, pre tua boca pela minha causa,
para a libertação dele e tua, pois não a temendo o que o b homem
dei-lhe poder para edificar mi- possa fazer, porque estou c con-
nha a igreja entre os b lamanitas; tigo. Amém.

SEÇÃO 31

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Thomas B.


Marsh, em setembro de 1830 ( History of the Church 1:115–117). Na-
quela ocasião acabara de realizar-se uma conferência da igreja (Ver ca-
beçalho da seção 30). Thomas B. Marsh fora batizado em data anterior,
nesse mesmo mês, e havia sido ordenado élder da igreja antes de ser dada
esta revelação.

3 a gee Ponderar. Conselho; Apoio aos 7a D&C 20:2–3.


4 a gee Ministério, Líderes da Igreja. 9a D&C 15:6.
Ministro; Serviço. 6 a gee Igreja de Jesus b D&C 33:2.
5 a gee Whitmer, Peter, Jr. Cristo dos Santos 11a gee Coragem,
b D&C 32:1–3. dos Últimos Dias, A. Corajoso; Temor.
c D&C 11:15. b D&C 3:20; 49:24. b Isa. 51:7.
d gee Aconselhar, gee Lamanitas. c Mt. 28:19–20.
61 Doutrina e Convênios 31:1–13
1–6, Thomas B. Marsh é chamado seu salário. Portanto a tua fa-
para pregar o evangelho e o bem- mília viverá.
estar de sua família é-lhe assegu- 6 Eis que em verdade te digo:
rado; 7–13, Ele é aconselhado a ser Deixa-os só por pouco tempo
paciente, orar sempre e seguir o para declarares minha palavra
Consolador. e preparar-lhes-ei um lugar.
7 Sim, a abrirei o coração do

T
a
HOMAS, meu filho, bem- povo e eles te receberão. E pe-
aventurado és tu por causa las tuas mãos estabelecerei uma
de tua fé em minha obra. igreja;
2 Eis que tens tido muitas 8 E tu os a fortalecerás e os pre-
aflições por causa de tua família; pararás para o dia em que serão
entretanto abençoarei a ti e a tua reunidos.
família, sim, teus pequeninos; e 9 Sê a paciente nas b aflições, não
dia virá em que eles acreditarão injuries os que te injuriarem.
e conhecerão a verdade e serão Governa tua c casa com mansi-
um contigo na minha igreja. dão e sê firme.
3 Eleva o coração e regozija- 10 Eis que te digo que serás
te, pois é chegada a hora de como um médico para a Igreja,
tua missão; e tua língua será mas não para o mundo, pois não
desatada e anunciarás a boas no- te receberão.
vas de grande alegria a esta 11 Vai aonde quer que eu
geração. deseje e ser-te-á indicado pelo
4 aAnunciarás as coisas que a
Consolador o que fazer e aon-
foram reveladas a meu servo de ir.
Joseph Smith Júnior. Daqui em 12 a Ora sempre, para não caí-
diante começarás a pregar, sim, res em b tentação e não perderes
a ceifar o campo que já está tua recompensa.
b
branco para ser queimado. 13 Sê a fiel até o fim e eis que
5 Portanto a lança a foice com estou b contigo. Estas palavras
toda a tua alma e teus pecados não são de um homem nem de
te são b perdoados; e haverá mui- homens, mas de mim, Jesus
tos c feixes sobre tuas costas, por- Cristo, teu Redentor, pela c von-
que o d trabalhador é digno de tade do Pai. Amém.

31 1a gee Marsh, d Lc. 10:3–11; Espírito Santo.


Thomas B. D&C 75:24. 12a 3 Né. 18:17–21.
3 a Isa. 52:7; 7 a gee Conversão, gee Oração.
Lc. 2:10–11; Converter. b gee Tentação,
Mos. 3:3–5. 8 a D&C 81:5; 108:7. Tentar.
4 a Mos. 18:19; 9 a gee Paciência. 13a gee Perseverar.
D&C 42:12; 52:36. b gee Adversidade. b Mt. 28:20.
b D&C 4:4–6. c gee Família— c gee Jesus Cristo—
5 a Apoc. 14:15. Responsabilidade Autoridade.
b gee Perdoar. dos pais.
c D&C 79:3. 11a gee Consolador;
Doutrina e Convênios 32:1–5 62

SEÇÃO 32
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Parley P.
Pratt e Ziba Peterson, em outubro de 1830 ( History of the Church
1:118–120). Os élderes tinham grande interesse e aspirações em relação
aos lamanitas, de cujas bênçãos preditas a Igreja tivera conhecimento
pelo Livro de Mórmon. Em conseqüência, suplicou-se que o Senhor indi-
casse sua vontade quanto aos élderes serem ou não enviados naquela
ocasião às tribos indígenas que viviam no oeste. Seguiu-se esta revelação.

1–3, Parley P. Pratt e Ziba Peter- com meus servos Oliver Cow-
son são chamados para pregar aos dery e Peter Whitmer Júnior.
lamanitas e acompanhar Oliver 3 E a Ziba Peterson também irá
Cowdery e Peter Whitmer Júnior; com eles; e eu mesmo irei com
4 – 5, Eles devem orar pedindo eles e estarei em seu b meio; e eu
compreensão das escrituras. sou seu c advogado junto ao Pai
e nada prevalecerá contra eles.

E AGORA, concernente a
meu servo a Parley P. Pratt,
eis que lhe digo que, tão certa-
4 E darão a ouvidos ao que está
escrito, sem reivindicar qual-
quer outra b revelação; e deve-
mente como eu vivo, desejo que rão orar sempre para que eu
c
ele proclame meu evangelho e torne d compreensível o que está
b
aprenda de mim e seja manso e escrito.
humilde de coração. 5 E eles darão ouvidos a estas
2 E o que lhe designei é que a vá palavras sem frivolidade; e
ao deserto, entre os b lamanitas, abençoá-los-ei. Amém.

SEÇÃO 33
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Ezra Thayre
e Northrop Sweet, em Fayette, Estado de Nova York, em outubro de 1830
( History of the Church 1:126–127). Ao registrar esta revelação, o Pro-
feta afirmou que “o ( . . . ) Senhor está sempre pronto a instruir os que
diligentemente buscam com fé” ( History of the Church, 1:126).

1–4, São chamados trabalhadores vos, pois o reino do céu está próxi-
para proclamar o evangelho na dé- mo; 11–15, A Igreja é edificada
cima primeira hora; 5–6, A Igreja sobre a rocha do evangelho; 16–
é estabelecida e os eleitos deverão 18, Preparai-vos para a vinda do
ser reunidos; 7–10, Arrependei- Esposo.

32 1a gee Pratt, Parley 3 a D&C 58:60. D&C 84:43–44.


Parker. b Mt. 18:20; b D&C 28:2.
b Mt. 11:28–30. D&C 6:32; 38:7. c JS—H 1:74.
2 a D&C 28:8; 30:5. c gee Advogado. d gee Compreensão,
b D&C 3:18–20. 4 a 1 Né. 15:25; Entendimento.
63 Doutrina e Convênios 33:1–13

E IS que vos digo, meus ser-


vos Ezra e Northrop: Abri
os ouvidos e atendei à voz do
rem em mim e atenderem a mi-
nha voz.
7 Sim, em verdade, em verda-
Senhor vosso Deus, cuja a pala- de vos digo que o campo já está
vra é viva e poderosa, mais branco para a ceifa; portanto
penetrante que uma espada de lançai vossas foices e ceifai com
dois gumes, que penetra até di- todo o poder, mente e força.
vidir as juntas e medulas, alma 8 a Abri vossa boca e ela en-
e espírito; e discerne os pensa- cher-se-á e tornar-vos-eis como
b
mentos e as b intenções do co- Néfi de outrora, que viajou de
ração. Jerusalém pelo deserto.
2 Pois em verdade, em verdade 9 Sim, abri vossa boca e não
vos digo que sois chamados pa- vos caleis; e haverá muitos a fei-
ra elevar a voz como com o a som xes sobre vossas costas, pois eis
de uma trombeta, a fim de de- que estou convosco.
clarar meu evangelho a uma ge- 10 Sim, abri vossa boca e ela
ração corrompida e perversa. encher-se-á, dizendo: Arrepen-
3 Pois eis que o a campo já está dei-vos, a arrependei-vos e pre-
branco para a ceifa; e é a b déci- parai o caminho do Senhor e en-
ma primeira hora e a c última vez direitai suas veredas; pois o
que chamarei trabalhadores pa- reino do céu está próximo;
ra a minha vinha. 11 Sim, arrependei-vos e sede
a
4 E minha a vinha b corrompeu- batizados, cada um de vós, pa-
se inteiramente; e não há quem ra a remissão de vossos peca-
pratique o c bem, a não ser al- dos; sim, sede batizados com
guns; e eles d erram em muitos água e então virá o batismo do
casos por causa das e artima- fogo e do Espírito Santo.
nhas sacerdotais, tendo todos a 12 Eis que em verdade, em
mente corrupta. verdade vos digo: Este é o meu
a
5 E em verdade, em verdade evangelho; e lembrai-vos de
vos digo que a estabeleci esta que eles terão fé em mim ou de
b
igreja e a chamei do deserto. modo algum poderão ser salvos;
6 E da mesma forma a reunirei 13 E sobre esta a rocha edifica-
meus eleitos dos b quatro cantos rei a minha igreja; sim, sobre
da Terra, sim, todos os que cre- esta rocha estais edificados e,

33 1a Heb. 4:12; b 2 Né. 28:2–14; 6 a gee Israel—


Hel. 3:29–30. Mórm. 8:28–41. Coligação de Israel.
b Al. 18:32; c Rom. 3:12; b 1 Né. 19:15–17.
D&C 6:16. D&C 35:12. 8 a D&C 88:81.
2 a Isa. 58:1. d 2 Né. 28:14. b 2 Né. 1:26–28.
3 a Jo. 4:35; D&C 4:4; e gee Artimanhas 9 a Salm. 126:6;
12:3; 14:3. Sacerdotais. Al. 26:3–5;
b Mt. 20:1–16. 5 a gee Igreja de Jesus D&C 75:5.
c Jacó 5:71; Cristo dos Santos 10a Mt. 3:1–3.
D&C 43:28. dos Últimos Dias, A. 11a gee Batismo, Batizar.
4 a gee Vinha do b gee Restauração 12a 3 Né. 27:13–22.
Senhor. do Evangelho. 13a gee Rocha.
Doutrina e Convênios 33:14–34:5 64
se perseverardes, as b portas do mim para vossa b instrução; e o
inferno não prevalecerão con- poder de meu Espírito c vivifica
tra vós. todas as coisas.
14 E lembrar-vos-eis das a re- 17 Portanto sede fiéis, orando
gras e convênios da igreja para sempre, mantendo vossas lâm-
observá-los. padas preparadas e acesas e
15 E os que tiverem fé a con- tendo convosco óleo, para que
firmareis na minha igreja, pela estejais prontos na vinda do
imposição das b mãos, e conce- a
Esposo —
der-lhes-ei o c dom do Espírito 18 Porque eis que em verda-
Santo. de, em verdade vos digo que
16 E o Livro de Mórmon e as depressa a venho. Assim seja.
santas a escrituras são dadas por Amém.

SEÇÃO 34
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Orson Pratt,
em Fayette, Estado de Nova York, em 4 de novembro de 1830 ( History
of the Church 1:127–128). Na ocasião, o irmão Pratt tinha dezenove
anos de idade. Convertera-se e fora batizado logo que ouvira, seis sema-
nas antes, seu irmão mais velho, Parley P. Pratt, pregar o evangelho
restaurado. Esta revelação foi recebida na casa de Peter Whitmer Sênior.

1–4, Os fiéis tornam-se filhos de uma luz que resplandece nas


Deus por meio da Expiação; 5–9, trevas e as trevas não a com-
A pregação do evangelho prepara o preendem;
caminho para a Segunda Vinda; 3 Aquele que a amou o mundo
10–12, Profecias são dadas pelo de tal maneira que b deu a pró-
poder do Espírito Santo. pria vida para que todos os que
cressem pudessem tornar-se os

M EU filho a Orson, escuta, c


filhos de Deus. Portanto tu és
ouve e considera o que te meu filho;
direi eu, o Senhor Deus, Jesus 4 E a bem-aventurado és porque
Cristo, teu Redentor; creste;
2 A a luz e a vida do mundo, 5 E mais bem-aventurado és

13b Mt. 16:16–19; c Jo. 6:63. gee Amor.


D&C 10:69–70. 17a Mt. 25:1–13. b gee Expiação,
14a Refere-se às seções gee Noivo. Expiar; Redenção,
20–22; D&C 42:13. 18a Apoc. 22:20. Redimido, Redimir;
15a D&C 20:41. gee Segunda Vinda Redentor.
b gee Mãos, de Jesus Cristo. c Jo. 1:9–12;
Imposição das. 34 1a gee Pratt, Orson. Rom. 8:14, 16–17;
c gee Dom do 2 a Jo. 1:1–5. Mois. 6:64–68.
Espírito Santo. gee Luz, Luz gee Filhos e
16a gee Escrituras. de Cristo. Filhas de Deus.
b II Tim. 3:16. 3 a Jo. 3:16; 15:13. 4 a Jo. 20:29.
65 Doutrina e Convênios 34:6–12
porque foste a chamado por mim 9 Mas antes que venha esse
para pregar meu evangelho — grande dia, o sol escurecerá e a
6 Para elevar tua voz como lua tornar-se-á em sangue; e as
com o som de uma trombeta, estrelas recusarão seu brilho e
longa e estrondosamente, e a cla- algumas cairão; e grandes des-
mar arrependimento a uma ge- truições aguardam os iníquos.
ração corrompida e perversa, 10 Portanto eleva tua voz e
a
preparando o caminho do Se- não te cales, porque o Senhor
nhor para sua segunda b vinda. Deus falou; portanto profetiza
7 Pois eis que em verdade, em e ser-te-á dado pelo b poder do
verdade eu te digo: Aproxima- Espírito Santo.
se o a tempo em que virei em 11 E se fores fiel, eis que estou
uma b nuvem, com poder e gran- contigo até a minha vinda —
de glória. 12 E em verdade, em verdade
8 E será um a grande dia a hora eu te digo: Depressa venho. Eu
de minha vinda, porque todas sou teu Senhor e teu Redentor.
as nações b estremecerão. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 35

Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Fayette,


Estado de Nova York, ou perto dali, em dezembro de 1830 ( History of
the Church 1:128–131). Nessa época o Profeta ocupava-se, quase que
diariamente, em fazer uma tradução da Bíblia. A tradução fora iniciada
em junho de 1830 e tanto Oliver Cowdery como John Whitmer haviam
servido como escreventes. Uma vez que haviam sido chamados para ou-
tros deveres, Sidney Rigdon foi, por designação divina, chamado para
servir como escrevente do profeta nessa obra. (Ver o versículo 20.) Como
prefácio do registro desta revelação, o Profeta escreveu: “Em dezembro,
Sidney Rigdon veio [de Ohio] para inquirir o Senhor e com ele veio
Edward Partridge. (. . .) Logo após a chegada desses dois irmãos, assim
disse o Senhor” ( History of the Church 1:128).

1–2, Como os homens podem tor- debulharão as nações pelo poder


nar-se filhos de Deus; 3–7, Sidney do Espírito; 17–19, Joseph Smith
Rigdon é chamado para batizar e possui as chaves dos mistérios;
conferir o Espírito Santo; 8–12, 20–21, Os eleitos suportarão o dia
Operam-se sinais e milagres pela da vinda do Senhor; 22–27, Israel
fé; 13 – 16, Os servos do Senhor será salvo.

5 a gee Chamado, de Jesus Cristo. gee Segunda Vinda


Chamado por Deus, 7 a Apoc. 1:3. de Jesus Cristo.
Chamar. b Lc. 21:27. b Isa. 64:2.
6 a D&C 6:9. 8 a Joel 2:11; Mal. 4:5; 10a Isa. 58:1.
b gee Segunda Vinda D&C 43:17–26. b II Ped. 1:21.
Doutrina e Convênios 35:1–12 66

O UVI a voz do a Senhor vos-


so Deus, sim, o b Alfa e o
Ômega, o princípio e o fim,
eles receberão o b Espírito Santo
pela imposição das c mãos, as-
sim como os apóstolos da anti-
cujo c caminho é um círculo güidade.
eterno, o d mesmo hoje, ontem e 7 E acontecerá que uma gran-
para sempre. de obra se realizará na terra,
2 Eu sou Jesus Cristo, o Filho sim, entre os a gentios, pois sua
de Deus, que foi a crucificado loucura e suas abominações se-
pelos pecados do mundo, sim, rão manifestadas aos olhos de
de todos os que b crerem em meu todo o povo.
nome, para que se tornem c filhos 8 Pois eu sou Deus e meu braço
de Deus, sim, d um em mim, co- não está a encolhido; e mostrarei
mo eu sou e um no Pai, como o b
milagres, c sinais e maravilhas a
Pai é um em mim, para que se- todos os que d crerem em meu
jamos um. nome.
3 Eis que em verdade, em ver- 9 E os que pedirem em meu
dade digo a meu servo Sidney: nome, com a fé, b expulsarão c de-
Tenho olhado para ti e tuas mônios; d curarão doentes; farão
obras. Ouvi tuas orações e pre- com que cegos vejam e surdos
parei-te para uma obra maior. ouçam e mudos falem e coxos
4 Bendito és porque farás andem.
grandes coisas. Eis que foste 10 E rapidamente se aproxima
enviado, assim como a João, pa- o tempo em que se mostrarão
ra preparar o caminho diante de grandes coisas aos filhos dos
mim e diante de b Elias, o profe- homens;
ta, que deveria vir e tu não o 11 Mas a sem fé nada será mos-
sabias. trado, exceto b desolações sobre
c
5 Tu batizaste com água para Babilônia, a mesma que fez com
o arrependimento, mas eles não que todas as nações bebessem
a
receberam o Espírito Santo; do vinho da ira de sua d forni-
6 Mas agora, dou-te o manda- cação.
mento de a batizar com água e 12 E a não há quem faça o bem,

35 1a gee Senhor. e gee Trindade. b gee Milagre.


b Apoc. 1:8. 4 a Mal. 3:1; Mt. 11:10; c gee Sinal.
gee Alfa; Ômega. 1 Né. 11:27; d gee Crença, Crer.
c 1 Né. 10:19; D&C 84:27–28. 9 a gee Fé.
D&C 3:2. b 3 Né. 25:5–6; b Mc. 16:17.
d Heb. 13:8; D&C 2:1; 110:13–15. c Mc. 1:21–45.
D&C 38:1–4; 39:1–3. 5 a At. 19:1–6. d gee Curar, Curas.
2 a gee Crucificação 6 a gee Batismo, Batizar. 11a D&C 63:11–12.
ou Crucifixão. b gee Dom do b D&C 5:19–20.
b D&C 20:25; 45:5, 8. Espírito Santo. c gee Babel, Babilônia.
c gee Filhos e Filhas c gee Mãos, d Apoc. 18:2–4.
de Deus. Imposição das. 12a Rom. 3:10–12;
d Jo. 17:20–23. 7 a gee Gentios. D&C 33:4; 38:10–11;
gee Unidade. 8 a Isa. 50:2; 59:1. 84:49.
67 Doutrina e Convênios 35:13–23
exceto os que estão prontos pa- tério das coisas que foram b sela-
ra receber a plenitude do meu das, sim, das que existiram des-
evangelho, que enviei a esta de a c fundação do mundo e das
geração. que virão, a partir de agora até
13 Portanto recorro às a coisas a ocasião de minha vinda, se ele
fracas do mundo, aos que são permanecer em mim; e, se não,
b
indoutos e desprezados, para porei outro em seu lugar.
que debulhem as nações pelo 19 Portanto vela por ele para
poder do meu Espírito; que sua fé não desfaleça; e isso
14 E o braço deles será o meu será dado pelo a Consolador, o
braço e serei seu a escudo e seu b
Espírito Santo, que sabe todas
broquel e cingir-lhes-ei os lom- as coisas.
bos e eles lutarão virilmente 20 E dou-te um mandamento—
por mim; e seus b inimigos esta- que a escrevas por ele; e as escri-
rão sob seus pés; e deixarei c cair turas serão dadas tal como se
a espada em seu favor e pelo acham em meu próprio seio,
d
fogo de minha indignação pre- para salvação de meus b eleitos;
servá-los-ei. 21 Pois hão de ouvir minha
15 E aos a pobres e b mansos será a
voz e ver-me e não estarão
pregado o evangelho; e eles es- adormecidos, podendo b supor-
tarão c esperando a hora de mi- tar o dia de minha c vinda; por-
nha vinda, pois está d próxima— que estarão purificados, assim
16 E aprenderão a parábola da como eu sou d puro.
a
figueira, pois já se aproxima o 22 E agora a te digo: Permane-
verão. ce com ele e ele viajará contigo;
17 E enviei a a plenitude do meu não o desampares e certamente
evangelho pela mão de meu estas coisas serão cumpridas.
servo b Joseph; e na fraqueza 23 E a quando não estiveres es-
abençoei-o; crevendo, eis que a ele será per-
18 E dei-lhe as a chaves do mis- mitido profetizar; e pregarás
13a I Cor. 1:27; gee Sinais dos tradução revelada da
D&C 1:19–23; 124:1. Tempos. Bíblia, tendo Sidney
b At. 4:13. 17a D&C 42:12. Rigdon sido chamado
14a II Sam. 22:2–3. b D&C 135:3. como escriba.
b D&C 98:34–38. 18a D&C 84:19. b gee Eleitos.
c D&C 1:13–14. b Dan. 12:9; 21a Joel 2:11;
d D&C 128:24. Mt. 13:35; D&C 43:17–25; 88:90;
15a Mt. 11:5. 2 Né. 27:10–11; 133:50–51.
b gee Mansidão, Ét. 4:4–7; b Mal. 3:2–3.
Manso, Mansuetude. JS—H 1:65. c gee Segunda Vinda
c II Ped. 3:10–13; c D&C 128:18. de Jesus Cristo.
D&C 39:23; 45:39; 19a Jo. 14:16, 26; 15:26. d gee Pureza, Puro.
Mois. 7:62. gee Consolador. 22a D&C 100:9–11.
d D&C 63:53. b gee Espírito Santo. 23a ie sempre que
16a Mt. 24:32; 20a O Profeta estava, Sidney Rigdon não
D&C 45:36–38; nessa ocasião, estivesse ocupado
JS—M 1:38. ocupado com uma escrevendo.
Doutrina e Convênios 35:24–36:5 68
meu evangelho e citarás b os san- 25 E a Israel será b salvo em
tos profetas para comprovar as meu próprio e devido tempo;
palavras dele, conforme lhe fo- e pelas c chaves que dei será
rem dadas. guiado e não mais será confun-
24 a Guardai todos os manda- dido.
mentos e convênios com que 26 Rejubilai-vos e alegrai-vos,
estais comprometidos e eu fa- vossa a redenção aproxima-se.
rei com que os céus b estre- 27 Não temais, pequeno reba-
meçam para o vosso bem; e c Sa- nho, o a reino é vosso até minha
tanás há de tremer e Sião há de vinda. Eis que depressa b venho.
d
rejubilar-se sobre os montes e Assim seja. Amém.
florescer;

SEÇÃO 36
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Edward
Partridge, perto de Fayette, Estado de Nova York, em dezembro de 1830
( History of the Church 1:131). (Ver o cabeçalho da seção 35.) O profeta
disse que Edward Partridge “era um modelo de piedade e um dos grandes
homens do Senhor” ( History of the Church 1:128).
a
1–3, O Senhor impõe a mão sobre mão, pela mão de meu servo
Edward Partridge pela mão de Si- Sidney Rigdon, e tu receberás
dney Rigdon; 4–8, Todo homem meu Espírito, o Espírito Santo,
que receber o evangelho e o sacer- o b Consolador, que te ensinará
dócio deve ser chamado para sair a as coisas c pacíficas do reino;
pregar. 3 E anunciá-las-ás em alta voz,
dizendo: Hosana, bendito seja

A SSIM diz o Senhor Deus, o


a
Poderoso de Israel: Eis que
te digo, meu servo b Edward,
o nome do Deus Altíssimo.
4 E agora te dou este chamado
e mandamento, concernente a
que bendito és tu e teus peca- todos os homens:
dos te são perdoados; e és cha- 5 Que todos os que se apresen-
mado para pregar o meu evan- tarem a meus servos Sidney
gelho como com a voz de uma Rigdon e Joseph Smith Júnior
trombeta. abraçando este chamado e man-
2 E imporei sobre ti minha damento, sejam a ordenados e

23b ie as escrituras. Sacerdócio. Imposição das.


24a D&C 103:7. 26a Lc. 21:28. b gee Consolador;
b D&C 21:6. 27a gee Reino de Deus Espírito Santo.
c 1 Né. 22:26. ou Reino do Céu. c D&C 42:61.
d gee Alegria. b Apoc. 22:20. 5 a D&C 63:57.
25a gee Israel. 36 1a gee Jesus Cristo; gee Ordenação,
b Isa. 45:17; Jeová. Ordenar.
1 Né. 19:15–16; 22:12. b D&C 41:9–11.
c gee Chaves do 2 a gee Mãos,
69 Doutrina e Convênios 36:6–37:4
enviados a b pregar o evangelho para que todo homem que o
eterno entre as nações — abrace com sinceridade de co-
6 Clamando arrependimento e ração seja ordenado e enviado
dizendo: a Salvai-vos desta ge- como eu disse.
ração perversa e saí do fogo, 8 Eu sou Jesus Cristo, o Filho de
odiando até mesmo as b vestes Deus; portanto cinge teus lom-
manchadas com a carne. bos e de repente eu virei ao meu
a
7 E este mandamento será da- templo. Assim seja. Amém.
do aos élderes de minha igreja,

SEÇÃO 37
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, perto de
Fayette, Estado de Nova York, em dezembro de 1830 ( History of the
Church 1:139). Dado aqui o primeiro mandamento relativo a uma reu-
nião nesta dispensação.

1–4, Os santos são chamados para mais especialmente em a Coles-


reunir-se no Ohio. ville; pois eis que eles oram a
mim com muita fé.

E IS que vos digo que não me


convém a traduzirdes mais
até irdes para o Ohio; e isto por
3 E também um mandamento
dou à igreja, que me convém
que se reúnam a no Ohio, em
causa do inimigo e para o vosso preparação para quando a eles
bem. regressar meu servo Oliver
2 E outra vez vos digo que não Cowdery.
devereis ir até que tenhais pre- 4 Eis que nisto há sabedoria; e
gado meu evangelho naquela que todo homem a escolha por
região e fortalecido a igreja on- si mesmo até que eu venha. As-
de quer que ela se encontre e sim seja. Amém.

SEÇÃO 38
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Fayette,
Estado de Nova York, em 2 de janeiro de 1831 ( History of the Church
1:140–143). Naquela ocasião realizava-se uma conferência da Igreja.

1–6, Cristo criou todas as coisas; 22, Ele reservou uma terra de pro-
7–8, Ele está no meio de seus san- missão para seus santos nesta vida
tos, que logo o verão; 9–12, Toda e na eternidade; 23–27, Ordena-se
carne é corrupta diante dele; 13– aos santos que sejam unidos e esti -

5b gee Pregar. 37 1a ie a tradução 3 a ie o Estado de Ohio.


6a At. 2:40. da Bíblia já em D&C 38:31–32.
b Jud. 1:23. andamento. 4 a gee Arbítrio.
8a Mal. 3:1. 2 a D&C 24:3; 26:1.
Doutrina e Convênios 38:1–11 70
mem-se como irmãos; 28–29, Pre- de trevas até o c julgamento do
dizem-se guerras; 30–33, Os san- grande dia, que se dará no fim
tos receberão poder do alto e irão a da Terra;
todas as nações; 34–42, Ordena-se 6 E assim farei que sejam man-
que a Igreja cuide dos pobres e ne- tidos os iníquos que não ouvi-
cessitados e busque as riquezas da rem minha voz, mas endurece-
eternidade. rem o coração; e terrível é sua
condenação.

A SSIM diz o Senhor vosso


Deus, Jesus Cristo, o Gran-
de a Eu Sou, o Alfa e o Ômega, o
7 Mas eis que em verdade, em
verdade vos digo que meus
a
olhos estão sobre vós. Estou
b
princípio e o fim, aquele que no b meio de vós e não me podeis
olhou por sobre a vasta exten- ver;
são da eternidade e todas as 8 Mas logo vem o dia em que
c
hostes seráficas dos céus d an- me a vereis e sabereis que eu sou;
tes que o mundo fosse e feito; porque o véu da escuridão logo
2 Aquele que a conhece todas será rasgado e aquele que não
as coisas, porque b todas as coi- estiver b purificado não c supor-
sas estão presentes diante de tará esse dia.
meus olhos; 9 Portanto cingi vossos lom-
3 Eu sou aquele que falou e o bos e preparai-vos. Eis que o
mundo foi a feito; e todas as coi- a
reino é vosso e o inimigo não
sas por mim vieram a existir. prevalecerá.
4 Sou aquele que arrebatou a 10 Em verdade vos digo que
a
Sião de Enoque para meu pró- sois a limpos, mas não todos; e
prio seio; e em verdade eu digo ninguém mais há com quem me
que todos os que b creram em b
compraza;
meu nome, pois eu sou Cristo, e 11 Pois toda a carne está cor-
em meu próprio nome, em vir- rompida diante de mim; e os po-
tude do c sangue que derramei, deres das b trevas prevalecem
por eles intercedi perante o Pai. na Terra, entre os filhos dos ho-
5 Mas eis que o restante dos mens, na presença de todas as
a
iníquos mantive em b cadeias hostes do céu —
38 1a gee EU SOU. tjs, Gên. 14:25–40. gee Segunda Vinda
b Apoc. 1:8. gee Sião. de Jesus Cristo.
c D&C 45:1. b D&C 20:25; 35:2; b gee Pureza, Puro.
d gee Vida Pré-mortal. 45:3–5. c Mal. 3:2.
e Salm. 90:2. c gee Expiação, 9 a Lc. 6:20.
2 a D&C 88:41; Expiar. gee Reino de Deus
Mois. 1:35. 5a gee Injustiça, ou Reino do Céu.
gee Onisciente. Injusto. 10a gee Limpo e
b Prov. 5:21; b II Ped. 2:4; Imundo.
2 Né. 9:20. Jud. 1:6. b D&C 1:30.
3 a Salm. 33:6–9. gee Inferno. 11a Isa. 1:3–4;
gee Criação, Criar. c gee Juízo Final. D&C 33:4.
4 a D&C 45:11–14; 7a D&C 1:1. b Miq. 3:6;
76:66–67; 84:99–100; b D&C 6:32; 29:5. D&C 112:23;
Mois. 7:18–21. 8a Apoc. 22:4–5. Mois. 7:61–62.
71 Doutrina e Convênios 38:12–24
12 Pelo que reina o silêncio e res riquezas, sim, uma terra de
toda a eternidade está a aflita; e promissão, uma terra que mana
os b anjos esperam o grande co- leite e mel, sobre a qual não ha-
mando para c ceifar a Terra, pa- verá maldição quando o Senhor
ra colher o d joio a fim de ser vier;
e
queimado; e eis que o inimigo 19 E dá-la-ei a vós, como terra
está reunido. de vossa herança, se a buscar-
13 E agora eu vos revelo um des de todo o coração.
mistério, uma coisa que se acha 20 E este será meu convênio
em câmaras secretas para, com convosco: Vós a recebereis como
o passar do tempo, causar vos- terra de vossa herança e como
sa a destruição; e não o sabíeis; a
herança de vossos filhos para
14 Mas agora vo-lo digo e ben- sempre, enquanto a Terra durar;
ditos sois, não por causa de vos- e tornareis a possuí-la na eter-
sa iniqüidade nem de vosso co- nidade, para não mais passar.
ração incrédulo; pois em verda- 21 Mas em verdade vos digo
de alguns de vós sois culpados que tempo virá em que não te-
perante mim, mas serei miseri- reis rei nem governante, por-
cordioso com vossas fraquezas. que eu serei vosso a rei e olharei
15 Portanto sede a fortes de ago- por vós.
ra em diante; não b temais, pois 22 Portanto ouvi minha voz
o reino é vosso. e a segui-me; e sereis um b povo
16 E para vossa salvação dou- livre e não tereis leis a não ser
vos um mandamento, pois ou- minhas leis, quando eu vier,
vi vossas orações; e os a pobres porque sou o vosso c legislador;
têm-se queixado perante mim e e o que pode deter minha mão?
os b ricos fiz eu; e toda carne é 23 Mas em verdade vos digo:
minha e não faço c acepção de a
Ensinai-vos uns aos outros, de
pessoas. acordo com o ofício para o qual
17 E fiz rica a Terra e eis que é vos designei;
o meu a escabelo; portanto sobre 24 E que todo homem a estime
ela tornarei a ficar de pé. a seu irmão como a si mesmo e
18 E agora vos ofereço e consi- pratique a b virtude e a c santida-
dero apropriado dar-vos maio- de diante de mim.

12a Mois. 7:41. 16a Mos. 4:16–18. Reinado de Cristo


b D&C 86:3–7. b I Sam. 2:7. no Milênio.
c gee Ceifa ou c At. 10:34; c Isa. 33:22; Miq. 4:2;
Colheita. Morô. 8:11–12; D&C 45:59.
d D&C 88:94; D&C 1:34–35. 23a D&C 88:77–79,
101:65–66. 17a 1 Né. 17:39; Abr. 2:7. 118, 122.
e Mt. 13:30. 20a D&C 45:58. gee Ensinar, Mestre.
13a D&C 5:32–33. 21a Zac. 14:9; 24a Deut. 17:20;
15a gee Coragem, 2 Né. 10:14; I Cor. 4:6.
Corajoso. Al. 5:50. b D&C 46:33.
b gee Temor—Temor 22a Jo. 10:27. gee Virtude.
do homem. b gee Jesus Cristo— c gee Santidade.
Doutrina e Convênios 38:25–38 72
25 E novamente vos digo: Que mim como um povo digno, sem
a
todo homem estime a seu ir- mancha nem culpa —
mão como a si mesmo. 32 Portanto por esta razão vos
26 Pois qual é o homem entre dei o mandamento de que fôs-
vós que, tendo doze filhos que seis para o a Ohio; e lá vos darei
o servem obedientemente e não minha b lei e lá sereis c investi-
faz acepção deles, diz a um: dos de poder do alto;
Veste-te com mantos e senta- 33 E de lá os que eu desejar
te aqui; e ao outro: Veste-te irão a a todas as nações e ser-
com trapos e senta-te acolá — e, lhes-á dito o que fazer; eis que
olhando para seus filhos, diria: tenho uma grande obra reser-
Sou justo? vada, pois Israel será b salvo e
27 Eis que isto vos dei como guiá-lo-ei para onde eu desejar;
parábola e é como eu sou. Digo- e nenhum poder c deterá minha
vos: Sede a um; e se não sois um, mão.
não sois meus. 34 E agora dou à igreja, nes-
28 E outra vez vos digo que o ta região, o mandamento de
inimigo nas câmaras secretas designar certos homens; e se-
procura tirar-vos a a vida. rão designados pela a voz da
29 Ouvis falar de a guerras em igreja;
países distantes e dizeis que lo- 35 E eles cuidarão dos pobres
go haverá grandes guerras em e necessitados e ministrar-lhes-
países distantes, mas não conhe- ão a auxílio para que não sofram;
ceis o coração dos homens em e deverão enviá-los para onde
vossa própria terra. ordenei que fossem.
30 Digo-vos estas coisas por 36 E este será o seu trabalho:
causa de vossas orações; por- administrar os negócios das pro-
tanto a acumulai b sabedoria em priedades desta igreja.
vosso íntimo, para que a mal- 37 E os que têm fazendas que
dade dos homens não vos reve- não possam ser vendidas, que
le estas coisas, pela sua iniqüi- as deixem ou aluguem, como
dade, de uma forma que vos fa- lhes parecer melhor.
le ao ouvido com voz mais alta 38 Certificai-vos de que todas
do que aquela que estremecerá as coisas sejam preservadas; e
a Terra; mas se estiverdes pre- quando homens forem a investi-
parados, não temereis. dos de poder do alto e enviados,
31 E para que escapeis ao po- todas essas coisas serão reuni-
der do inimigo e vos unais a das no seio da igreja.

27a Jo. 17:21–23; 30a JS—M 1:37. Missionária.


I Cor. 1:10; Ef. 4:11–14; b gee Sabedoria. b Isa. 45:17; Jer. 30:10;
3 Né. 11:28–30; 31a II Ped. 3:14. D&C 136:22.
Mois. 7:18. 32a D&C 37:3. c Dan. 4:35.
gee Unidade. b D&C 42. 34a gee Comum Acordo.
28a D&C 5:33; 38:13. c Lc. 24:49; D&C 39:15; 35a gee Bem-Estar.
29a D&C 45:26, 63; 95:8; 110:9–10. 38a gee Investidura,
87:1–5; 130:12. 33a gee Obra Investir.
73 Doutrina e Convênios 38:39–39:5
39 E se buscardes as a riquezas sacerdotes, mestres e também
que é da vontade do Pai vos dar, os membros, dediquem-se com
sereis o mais rico de todos os vigor, com o trabalho de suas
a
povos, porque tereis as rique- mãos, à preparação e execução
zas da eternidade; e é necessário das coisas que ordenei.
que as b riquezas da Terra sejam 41 E que vossa a pregação seja a
minhas para dá-las; mas pre- voz de b advertência de cada ho-
cavei-vos contra o c orgulho, pa- mem a seu próximo, com bran-
ra que não vos torneis como os dura e mansidão.
d
nefitas de outrora. 42 E a saí do meio dos iníquos.
40 E outra vez vos digo: Dou- Salvai-vos. Sede limpos, vós que
vos um mandamento de que to- portais os vasos do Senhor. As-
dos os homens, sejam élderes, sim seja. Amém.

SEÇÃO 39
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a James Co-
vill, em Fayette, Estado de Nova York, em 5 de janeiro de 1831 ( History
of the Church 1:143–145). James Covill, que fora ministro batista por
aproximadamente quarenta anos, fez convênio com o Senhor de que obe-
deceria a qualquer mandamento que o Senhor lhe desse por intermédio de
Joseph, o Profeta.

1–4, Os santos têm poder para tor- 2 A a luz e a vida do mundo;


narem-se filhos de Deus; 5–6, Rece- uma luz que resplandece nas
ber o evangelho é receber Cristo; 7– trevas e as trevas não a com-
14, James Covill recebe a ordem de preendem;
ser batizado e trabalhar na vinha 3 O mesmo que vim aos meus
do Senhor; 15–21, Os servos do Se- no a meridiano dos tempos e os
nhor devem pregar o evangelho an- meus não me receberam;
tes da Segunda Vinda; 22–24, Os 4 Mas a todos os que me rece-
que recebem o evangelho serão reu- beram dei poder para torna-
nidos nesta vida e na eternidade. rem-se meus a filhos; e também,

E
a
SCUTA e dá ouvidos à voz
daquele que é de toda a
eternidade a toda a eternida-
a todos os que me receberem
darei poder para tornarem-se
meus filhos.
de, o Grande b Eu Sou, sim, 5 E em verdade, em verdade
Jesus Cristo — eu te digo: Aquele que recebe o
39a Jacó 2:17–19; b gee Advertência, 2 a gee Luz, Luz
D&C 11:7. Advertir, Prevenir. de Cristo.
b Ageu 2:8. 42a Isa. 52:11. 3 a D&C 20:26;
c gee Orgulho. 39 1a Heb. 13:8; Mois. 6:57, 62.
d Morô. 8:27. D&C 20:12; 4 a Jo. 1:12.
40a I Cor. 4:12. 35:1; 38:1–4. gee Filhos e
41a gee Pregar. b Êx. 3:14. gee Jeová. Filhas de Deus.
Doutrina e Convênios 39:6–17 74
meu evangelho, a mim me a re- mos dias, o convênio que enviei
cebe; e o que não recebe o meu para a recuperar meu povo, que
evangelho, não me recebe a é da casa de Israel.
mim. 12 E acontecerá que o poder
6 E este é o meu a evangelho: a
descansará sobre ti; terás gran-
Arrependimento e batismo na de fé e eu estarei contigo e irei
água; e depois o b batismo do adiante de tua face.
fogo e do Espírito Santo, sim, o 13 Tu és chamado para a tra-
Consolador, o qual manifesta balhar em minha vinha e para
todas as coisas e c ensina as coi- edificar minha igreja e para
b
sas pacíficas do reino. trazer Sião à luz, para que
7 E agora, eis que te digo, meu se regozije sobre os montes e
servo a James: Tenho observado c
floresça.
tuas obras e conheço-te. 14 Eis que em verdade, em ver-
8 E em verdade eu te digo: Teu dade te digo que não és chama-
coração é agora reto diante de do para ir às terras do leste,
mim; e eis que sobre tua cabeça mas és chamado a fim de ir pa-
conferi grandes bênçãos; ra o Ohio.
9 Entretanto conheceste gran- 15 E sendo que meu povo há de
des tristezas, porque me rejei- reunir-se no Ohio, reservei-lhes
taste muitas vezes por causa uma a bênção que não é conheci-
do orgulho e dos cuidados do da entre os filhos dos homens e
a
mundo. que será derramada sobre suas
10 Mas eis que chegados são cabeças. E de lá homens sairão
os dias de tua libertação, se para b todas as c nações.
atenderes a minha voz, que te 16 Eis que em verdade, em ver-
diz: Levanta-te e sê a batizado e dade te digo que o povo em
lava teus pecados, invocando Ohio clama a mim com grande
meu nome; e receberás o meu fé, crendo que deterei meu jul-
Espírito e uma bênção maior gamento de sobre as nações;
do que todas as que jamais mas não posso negar minha
conheceste. palavra.
11 E se fazes isto, preparei-te 17 Portanto aplica-te com vi-
para um trabalho maior. Tu pre- gor e chama trabalhadores fiéis
garás a plenitude do meu evan- para minha vinha, a fim de que
gelho, o qual enviei nestes últi- seja a podada pela última vez.

5 a Jo. 13:20. 7 a D&C 40:1. c D&C 117:7.


6 a gee Batismo, Batizar; 9 a Mt. 13:22. 15a D&C 38:32; 95:8;
Evangelho; 10a D&C 40:1–3. 110:8–10.
Arrepender-se, gee Batismo, Batizar. b D&C 1:2.
Arrependimento. 11a gee Israel— c gee Obra
b gee Nascer de Deus, Coligação de Israel. Missionária.
Nascer de Novo; 12a II Cor. 12:9. 17a Jacó 5:61–75;
Espírito Santo. 13a Mt. 20:1–16. D&C 24:19.
c D&C 42:61. b Isa. 52:8.
75 Doutrina e Convênios 39:18–40:3
18 E quando se arrepende- ma; o a dia ou a hora ninguém
b
rem e aceitarem a plenitude do sabe, mas certamente virá.
meu evangelho e tornarem-se 22 E o que recebe estas coisas,
santificados, deterei meu a jul- a mim me recebe; e eles serão
gamento. reunidos comigo nesta vida e
19 Portanto prossegue, claman- na eternidade.
do em alta voz, dizendo: O reino 23 E também acontecerá que
dos céus está próximo; claman- sobre todos os que batizares
do: Hosana! Bendito seja o no- com água imporás as a mãos; e
me do Deus Altíssimo. eles receberão o b dom do Espí-
20 Segue batizando com água, rito Santo e estarão c aguardan-
preparando o caminho diante do os sinais da minha d vinda e
da minha face, para a hora de conhecer-me-ão.
minha a vinda; 24 Eis que depressa venho.
21 Porque o tempo se aproxi- Assim seja. Amém.

SEÇÃO 40

Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e Sidney Rigdon, em Fayette,


Estado de Nova York, em janeiro de 1831 ( History of the Church
1:145). Precedendo o registro desta revelação, o Profeta escreveu: “Ten-
do James Covill rejeitado a palavra do Senhor e regressado a seus antigos
princípios e a sua gente, o Senhor deu a mim e a Sidney Rigdon a seguin-
te revelação” ( History of the Church 1:145).

1–3, O medo da perseguição e os 2 E ele a recebeu a palavra com


cuidados do mundo causam rejeição alegria, mas imediatamente Sa-
ao evangelho. tanás o tentou; e o temor da
b
perseguição e os cuidados do

E
a
IS que em verdade vos digo
que o coração de meu servo
James Covill era reto diante de
mundo fizeram-no c rejeitar a
palavra.
3 Portanto quebrou meu con-
mim, pois fizera comigo convê- vênio e cabe a mim fazer com
nio de que obedeceria a minha ele o que me parecer melhor.
palavra. Amém.

18a gee Jesus Imposição das. 2 a Mc. 4:16–19.


Cristo—Juiz. b gee Dom do b Mt. 13:20–22.
20a gee Segunda Vinda Espírito Santo. gee Perseguição,
de Jesus Cristo. c Apoc. 3:3; Perseguir.
21a Mt. 24:36. D&C 35:15; 45:39–44. c gee Apostasia.
b JS—M 1:40. d II Ped. 3:10–14.
23a gee Mãos, 40 1a D&C 39:7–11.
Doutrina e Convênios 41:1–9 76

SEÇÃO 41
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja, em
Kirtland, Estado de Ohio, em 4 de fevereiro de 1831 ( History of the
Church 1:146–147). O ramo da Igreja em Kirtland, nessa época, estava
aumentando rapidamente. Prefaciando esta revelação o Profeta escreveu:
“[Os] membros ( . . .) esforçavam-se para fazer a vontade de Deus, como
a conheciam, embora algumas idéias estranhas e falsos espíritos se tives-
sem insinuado entre eles ( . . .) [e] o Senhor deu o seguinte à Igreja”
( History of the Church 1:146–147).

1–3, Os élderes dirigirão a Igreja 4 E serei vosso a governante


pelo espírito de revelação; 4–6, Os quando eu b vier e eis que de-
verdadeiros discípulos receberão e pressa venho; e fareis com que
guardarão a lei do Senhor; 7–12, minha lei seja guardada.
Edward Partridge é designado bis- 5 Aquele que a recebe a minha
po da Igreja. lei e a b pratica é meu discípulo;
e aquele que diz que a recebe e

E SCUTAI e dai ouvidos, ó


vós, meu povo, diz o Senhor
e vosso Deus, vós, que me
não a pratica, esse não é meu
discípulo e será c expulso de vos-
so meio;
deleito em a abençoar com as 6 Pois não é certo que as coisas
maiores de todas as bênçãos, que pertencem aos filhos do
vós que me dais ouvidos; e vós, reino sejam dadas aos que não
que não me ouvis e que b pro- são dignos, ou aos a cães; ou que
fessastes meu nome, c amal- as b pérolas sejam lançadas aos
diçoarei com a mais pesada de porcos.
todas as maldições. 7 E também, é certo que meu
2 Escutai, ó élderes da minha servo Joseph Smith Júnior man-
igreja a quem chamei: Eis que de construir uma a casa onde
vos dou o mandamento de vos morar e b traduzir.
reunirdes para chegardes a um 8 E também é certo que meu
a
acordo quanto a minha palavra; servo Sidney Rigdon viva como
3 E pela oração de vossa fé re- bem lhe pareça, contanto que
cebereis minha a lei, para que guarde meus mandamentos.
saibais como governar minha 9 E também chamei meu servo
a
igreja e como ter todas as coisas Edward Partridge; e dou o
em ordem perante mim. mandamento de que seja desig-
41 1a gee Abençoado, gee Jesus Cristo— c D&C 50:8–9.
Abençoar, Bênção. Reinado de Cristo gee Excomunhão.
b Deut. 11:26–28; no Milênio. 6 a Mt. 15:26.
1 Né. 2:23. b gee Segunda Vinda b Mt. 7:6.
c D&C 56:1–4; 112:24–26. de Jesus Cristo. 7 a D&C 42:71.
2a gee Unidade. 5 a Mt. 7:24. b ie traduzir a Bíblia.
3a D&C 42. b Tg. 1:22–25; D&C 45:60–61.
4a Zac. 14:9; D&C 45:59. D&C 42:60. 9 a D&C 36:1.
77 Doutrina e Convênios 41:10–42:3
nado pela voz da igreja e ordena- melhante a a Natanael dos tem-
do b bispo da igreja; e que deixe pos antigos, em quem não ha-
seu negócio e c empregue todo via b dolo.
o seu tempo no serviço da igreja; 12 Estas palavras são dadas a
10 Para cuidar de todas as coi- vós e são puras diante de mim;
sas, conforme lhe for designa- portanto tende cuidado com o
do em minhas leis no dia em modo como as tratais, porque
que eu as der. vossas almas responderão por
11 E isso porque seu coração é elas no dia do juízo. Assim seja.
puro perante mim, pois ele é se- Amém.

SEÇÃO 42
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 9 de fevereiro de 1831 ( History of the Church
1:148–154). Foi recebida na presença de doze élderes e em cumprimento
da promessa anteriormente feita pelo Senhor de que a “lei” seria dada em
Ohio. (Ver seção 38:32.) O Profeta afirma que esta revelação “contém a
lei da Igreja” ( History of the Church 1:148).

1 – 10, Os élderes são chamados priedades consagradas devem ser


para pregar o evangelho, batizar usadas para sustentar os oficiais
conversos e edificar a Igreja; 11–12, da Igreja; 74 – 93, Estabelecidas
Precisam ser chamados e ordena- leis regendo a fornicação, o adulté-
dos e devem ensinar os princípios rio, o assassinato, o roubo e a con-
do evangelho que se encontram fissão de pecados.
nas escrituras; 13–17, Devem en-
sinar e profetizar pelo poder do Es-
pírito; 18–29, Ordena-se que os
santos não matem, roubem, min-
E SCUTAI, ó vós, élderes de
minha igreja, que vos reu-
nistes em meu nome, sim,
tam, cobicem, cometam adultério Jesus Cristo, o Filho do Deus
nem falem mal dos outros; 30–39, vivo, o Salvador do mundo;
Estabelecidas leis regendo a consa- porquanto credes em meu no-
gração de propriedades; 40 – 42, me e guardais meus manda-
Condenados o orgulho e a indolên- mentos.
cia; 43–52, Os doentes devem ser 2 Outra vez vos digo: Escutai
curados por meio de bênçãos e pela e dai ouvidos e obedecei à a lei
fé; 53–60, As escrituras governam que vos darei.
a Igreja e devem ser proclamadas 3 Pois em verdade eu digo:
ao mundo; 61–69, O local da No- Como vos reunistes de acordo
va Jerusalém e os mistérios do rei- com o a mandamento que vos dei
no serão revelados; 70–73, As pro - e estais de acordo no b tocante a
9 b D&C 72:9–12; 11a Jo. 1:47. gee Lei.
107:68–75. gee Bispo. b gee Dolo. 3 a D&C 38:32.
c D&C 51. 42 2a D&C 58:23. b Mt. 18:19.
Doutrina e Convênios 42:4–14 78
isto e invocaste o Pai em meu para serdes o meu d povo; e eu
nome, assim recebereis. serei o vosso Deus.
4 Eis que em verdade vos digo: 10 E também vos digo que
Dou-vos este primeiro manda- meu servo a Edward Partridge
mento de que devereis ir em ocupará o cargo para o qual o
meu nome, cada um de vós, ex- designei; e acontecerá que, se
ceto meus servos Joseph Smith ele transgredir, b outro será de-
Júnior e Sidney Rigdon. signado em seu lugar. Assim
5 E dou-lhes o mandamento de seja. Amém.
que deverão ir por pouco tem- 11 E também vos digo que a
po; e pelo poder do a Espírito ninguém será permitido sair a
a
ser-lhes-á dado saber quando pregar meu evangelho ou es-
regressar. tabelecer minha igreja, a não
6 Ireis no poder do meu Es- ser que tenha sido b ordenado
pírito, pregando meu evange- por alguém que tenha c autori-
lho, de a dois em dois, em meu dade; e que a igreja saiba que
nome, elevando vossas vozes tem autoridade e foi apropria-
como com o som de uma trom- damente ordenado pelos diri-
beta, declarando minha pala- gentes da igreja.
vra como anjos de Deus. 12 E também os a élderes, sa-
7 E saireis batizando com água cerdotes e mestres desta igreja
b
e dizendo: Arrependei-vos, ar- ensinarão os princípios de
rependei-vos, pois o reino dos meu evangelho que estão na
c
céus está próximo. Bíblia e no d Livro de Mórmon,
8 E, partindo deste local, en- no qual se acha a plenitude do
e
trareis nas regiões do lado oes- evangelho.
te; e à medida que encontrardes 13 E observarão os convênios
pessoas que vos aceitem, esta- e regras da igreja e cumpri-los-
belecereis minha igreja em ca- ão e estes serão seus ensina-
da região — mentos, conforme forem dirigi-
9 Até que venha o tempo em dos pelo Espírito.
que vos seja revelado do alto, 14 E o Espírito ser-vos-á dado
quando a a cidade de b Nova pela a oração da fé; e se não
Jerusalém será preparada a fim receberdes o b Espírito, não en-
de que sejais c reunidos em um, sinareis.

5 a gee Espírito Santo. b D&C 64:40. c gee Bíblia.


6 a Mc. 6:7. gee Obra 11a gee Pregar. d gee Livro de
Missionária. b gee Chamado, Mórmon;
9 a D&C 57:1–2. Chamado por Deus, Escrituras—Valor
b Ét. 13:2–11; Chamar; Ordenação, das escrituras.
D&C 45:66–71; 84:2–5; Ordenar. e gee Evangelho.
Mois. 7:62; RF 1:10. c gee Autoridade; 14a D&C 63:64.
gee Nova Jerusalém. Sacerdócio. gee Oração.
c gee Israel— 12a gee Élder. b gee Espírito Santo;
Coligação de Israel. b Mos. 18:19–20; Ensinar, Mestre—
d Zac. 8:8. D&C 52:9, 36. Ensinar com o
10a D&C 41:9–11; 124:19. gee Ensinar, Mestre. Espírito.
79 Doutrina e Convênios 42:15–31
15 E tudo isto fareis como vos o que cometer adultério e não
ordenei com respeito ao vosso se arrepender será expulso.
ensino, até que seja dada a ple- 25 Mas o que haja cometido
nitude de minhas a escrituras. adultério e se a arrepender de to-
16 E ao elevardes vossa voz do o coração e abandoná-lo e
pelo a Consolador, falareis e não mais o cometer, b perdoarás;
profetizareis como me parecer 26 Mas, se o fizer a outra vez,
melhor; não será perdoado, mas será
17 Porque eis que o Consola- expulso.
dor conhece todas as coisas e 27 Não a falarás mal de teu pró-
presta testemunho do Pai e do ximo nem lhe farás mal algum.
Filho. 28 Sabes que minhas leis com
18 E agora, eis que falo à igre- respeito a estas coisas são da-
ja. Não a matarás; e o que b matar das em minhas escrituras; o
não terá perdão neste mundo que pecar e não se arrepender
nem no mundo vindouro. será a expulso.
19 E outra vez, digo: Não ma- 29 Se me a amares, b servir-me-
tarás; mas o que matar a morrerá. ás e c guardarás todos os meus
20 Não a furtarás; o que furtar e mandamentos.
não se arrepender será expulso. 30 E eis que te lembrarás
21 Não a mentirás; o que men- dos a pobres e b consagrarás de
tir e não se arrepender será tuas propriedades, para c sus-
expulso. tento deles, aquilo que tiveres
22 a Amarás tua esposa de to- para lhes dar, com um convê-
do o teu coração e a ela te b ape- nio e uma promessa que não
garás e a nenhuma outra. poderão ser violados.
23 E aquele que olhar uma 31 E se a deres de teus bens aos
mulher para a a cobiçar negará a b
pobres, a mim o farás; e eles
fé e não terá o Espírito; e se não serão entregues ao c bispo de
se arrepender, será expulso. minha igreja e seus conselhei-
24 Não cometerás a adultério; e ros, dois dos élderes ou sumos

15a D&C 42:56–58. Casamento, Casar. 29a Jo. 14:15, 21.


16a I Cor. 2:10–14; b Gên. 2:23–24; b gee Serviço.
D&C 68:2–4. Ef. 5:25, 28–33. c gee Obedecer,
gee Consolador. 23a Mt. 5:28; Obediência,
18a Êx. 20:13–17; 3 Né. 12:28; Obediente.
Mt. 5:21–37; D&C 63:16. 30a Mos. 4:16–26;
2 Né. 9:35; gee Concupiscência. Al. 1:27.
Mos. 13:21–24; 24a gee Adultério. gee Pobres.
3 Né. 12:21–37. 25a gee Arrepender-se, b gee Consagração—
b gee Homicídio. Arrependimento. Lei da Consagração.
19a gee Pena de Morte. b Jo. 8:3–11. c gee Bem-Estar.
20a gee Roubar, Roubo. gee Perdoar. 31a Mos. 2:17.
21a gee Honestidade, 26a II Ped. 2:20–22; gee Esmolas.
Honesto; Mentir, D&C 82:7. b gee Pobres.
Mentiroso. 27a gee Mexerico. c gee Bispo.
22a gee Amor; 28a gee Excomunhão.
Doutrina e Convênios 42:32–41 80
sacerdotes que ele indicar ou mo conselho da igreja e do bispo
tiver indicado e d designado pa- e seu conselho;
ra esse propósito. 35 E para comprar terras para
32 E acontecerá que, uma vez benefício da igreja e para cons-
entregues ao bispo de minha truir casas de adoração e edifi-
igreja e depois de haver ele rece- car a a Nova Jerusalém que será
bido esses testemunhos concer- depois revelada —
nentes à a consagração das pro- 36 Para que meu povo do con-
priedades de minha igreja, de vênio esteja reunido como um
modo que elas não possam ser no dia em que eu a vier ao meu
b
tomadas da igreja, conforme os templo. E isto farei para a sal-
meus mandamentos, todo ho- vação de meu povo.
mem será b responsável perante 37 E acontecerá que o que pe-
mim, um c mordomo de seus car e não se arrepender será a ex-
próprios bens ou do que tiver pulso da igreja e não receberá
recebido por consagração, aqui- de volta o que houver b consa-
lo que for suficiente para si e grado aos pobres e necessitados
sua d família. de minha igreja, ou, em outras
33 E também, se houver pro- palavras, a mim —
priedades nas mãos da igreja ou 38 Porque quando o a fazeis ao
de qualquer de seus membros menor destes, a mim o fazeis.
após esta primeira consagração, 39 Pois acontecerá que o que
mais do que o necessário para eu disse pela boca de meus pro-
seu sustento, o que for um a re- fetas será cumprido; pois con-
síduo a ser consagrado ao bis- sagrarei das riquezas daqueles
po será conservado para que, que abraçam meu evangelho
de tempos em tempos, seja da- entre os gentios aos pobres de
do aos que não têm, a fim de meu povo, que são da casa de
que todo homem necessitado Israel.
possa ser amplamente suprido 40 E também, que não haja
a
e receba de acordo com suas orgulho em teu coração; sejam
necessidades. simples todas as tuas b vestes e
34 Portanto o restante será sua beleza, a beleza da obra de
guardado em meu armazém pa- tuas próprias mãos;
ra dar aos pobres e necessita- 41 E sejam todas as coisas fei-
dos, segundo designação do su- tas com limpeza diante de mim.

31d gee Designação. 33a D&C 42:55; 51:13; b gee Consagração—


32a D&C 51:4. 119:1–3. Lei da Consagração.
b D&C 72:3–11. 35a gee Nova 38a Mt. 25:34–40.
gee Prestar Contas, Jerusalém; Sião. gee Caridade;
Responsabilidade, 36a D&C 36:8. Bem-Estar.
Responsável. b Mal. 3:1. 40a Prov. 16:5.
c gee Mordomia, 37a D&C 41:5; gee Orgulho.
Mordomo. 50:8–9. b gee Recato.
d D&C 51:3. gee Excomunhão.
81 Doutrina e Convênios 42:42–58
42 Não serás a ocioso; porque o 49 Aquele que tiver fé para ver,
ocioso não comerá o pão nem verá.
usará as vestes do trabalhador. 50 Aquele que tiver fé para
43 E os que entre vós estive- ouvir, ouvirá.
rem a doentes e não tiverem fé 51 O coxo que tiver fé para sal-
para ser curados, mas acredita- tar, saltará.
rem, serão alimentados com to- 52 E aqueles que não têm fé
do carinho, com ervas e comi- para fazer estas coisas, mas
das leves; e não pela mão de acreditam em mim, têm poder
um inimigo. para tornarem-se meus a filhos;
44 E os élderes da igreja, dois e, se não desobedecerem a mi-
ou mais, serão chamados e ora- nhas leis, tu b suportarás suas
rão por eles, impondo-lhes as enfermidades.
a
mãos em meu nome; e se mor- 53 Permanecerás firme no lo-
rerem, b morrerão em mim; e se cal de tua a mordomia.
viverem, viverão em mim. 54 Não tomarás a vestimenta
45 Juntos a vivereis em b amor, de teu irmão; pagarás pelo que
de modo que c chorareis a per- receberes de teu irmão.
da dos que morrerem; e mais 55 E se a receberes mais do que
especialmente dos que não têm o necessário para teu sustento,
d
esperança de uma ressurreição entregá-lo-ás a meu b armazém,
gloriosa. para que todas as coisas sejam
46 E acontecerá que aqueles feitas de acordo com o que eu
que morrerem em mim não pro- disse.
varão a a morte, porque lhes será 56 Pedirás e minhas a escritu-
b
doce; ras serão dadas como determi-
47 E os que não morrem em nei e serão b preservadas em
mim, ai deles, porque amarga é segurança;
sua morte. 57 E convém que guardes si-
48 E também acontecerá que lêncio a respeito delas e não
aquele que tiver a fé em mim as ensines até que as tenhas
para ser b curado e não estiver recebido em sua totalidade.
c
designado para morrer, será 58 E dou-te o mandamento de
curado. que, então, as ensines a todos

42a D&C 68:30–32. d I Cor. 15:19–22. b Rom. 15:1.


gee Ociosidade, gee Esperança. gee Confraternizar.
Ocioso. 46a gee Morte Física. 53a gee Mordomia,
43a gee Doença, Doente. b Apoc. 14:13. Mordomo.
44a gee Bênção dos 48a D&C 46:19. 55a D&C 82:17–19;
Doentes; Mãos, gee Fé. 119:1–3.
Imposição das. b gee Curar, Curas. b D&C 42:34; 51:13.
b Rom. 14:8; c Ecles. 3:1–2; 56a Alusão à tradução
Apoc. 14:13; At. 17:26; da Bíblia.
D&C 63:49. Heb. 9:27; D&C 45:60–61.
45a I Jo. 4:16, 20–21. D&C 122:9. b gee Escrituras—
b gee Amor. 52a gee Filhos e Valor das
c Al. 28:11–12. Filhas de Deus. escrituras.
Doutrina e Convênios 42:59–71 82
os homens; pois elas serão ensi- estas coisas e grande será tua re-
nadas a a todas as nações, tri- compensa; porque a vós é dado
bos, línguas e povos. conhecer os mistérios do reino,
59 Tomarás as coisas que rece- mas ao mundo não é dado co-
beste, que te foram dadas em nhecê-los.
minhas escrituras como lei, pa- 66 Observareis as leis que ten-
ra que sejam a lei que gover- des recebido e sereis fiéis.
nará minha igreja; 67 E no futuro recebereis a con-
60 E o que assim a fizer será vênios da igreja, os quais serão
salvo; e o que não o fizer será suficientes para vos estabele-
b
condenado, caso continue. cerdes, tanto aqui como na
61 Se pedires, receberás a reve- Nova Jerusalém.
lação sobre revelação, b conhe- 68 Portanto aquele que tem
cimento sobre conhecimento, falta de a sabedoria peça-a a
para que conheças os c mistérios mim; e dar-lhe-ei liberalmente
e as coisas d pacíficas — aquilo e não o lançarei em rosto.
que traz e alegria, que traz vida 69 Alegrai-vos e regozijai-
eterna. vos, porque a vós foi dado o
a
62 Pedirás e ser-te-á revelado, reino; ou, em outras palavras,
em meu próprio e devido tem- as b chaves da igreja. Assim se-
po, onde a a Nova Jerusalém ja. Amém.
será construída. 70 Os a sacerdotes e os b mes-
63 E eis que acontecerá que tres terão suas c mordomias, as-
meus servos serão enviados ao sim como os membros.
leste e ao oeste, ao norte e ao 71 E as famílias dos élderes ou
sul. dos sumos sacerdotes designa-
64 E mesmo agora, os que fo- dos para ajudar o bispo, como
rem para o leste ensinem aque- conselheiros em todas as coi-
les que se converterem a fugir sas, receberão seu sustento da
para o a oeste; e isto em conse- propriedade a consagrada ao bis-
qüência do que sucederá na Ter- po para benefício dos pobres e
ra e de b combinações secretas. para outros propósitos, como
65 Eis que observarás todas mencionado antes;

58a D&C 1:2. gee Mistérios b Mt. 16:19;


60a D&C 41:5. de Deus. D&C 65:2.
gee Obedecer, d D&C 39:6. gee Chaves do
Obediência, e gee Alegria. Sacerdócio.
Obediente. 62a D&C 57:1–5. 70a gee Sacerdote,
b Mois. 5:15. 64a D&C 45:64. Sacerdócio Aarônico.
gee Condenação, b gee Combinações b gee Mestre,
Condenar. Secretas. Sacerdócio Aarônico.
61a gee Revelação. 67a D&C 82:11–15. c gee Mordomia,
b Abr. 1:2. 68a Tg. 1:5. Mordomo.
gee Conhecimento; gee Sabedoria. 71a gee Consagração—
Testemunho. 69a gee Reino de Deus Lei da Consagração.
c D&C 63:23. ou Reino do Céu.
83 Doutrina e Convênios 42:72–88
72 Ou receberão uma justa re- quer dentre vós a matar, será
muneração por todos os seus entregue para ser julgado de
serviços, seja uma mordomia acordo com as leis do país; pois
ou outra coisa—conforme o que lembrai-vos de que ele não terá
os conselheiros e o bispo consi- perdão; e o caso será provado
derem melhor ou decidam. de acordo com as leis do país.
73 E o bispo também receberá 80 E se qualquer pessoa, ho-
seu sustento ou uma justa re- mem ou mulher, cometer adul-
muneração por todos os seus tério, será julgada diante de
serviços na igreja. dois ou mais élderes da igreja;
74 Eis que em verdade vos di- e toda palavra contra ele ou ela
go que quaisquer pessoas entre será confirmada por duas tes-
vós que tenham repudiado o temunhas da igreja e não do ini-
cônjuge por causa de a forni- migo; mas se houver mais de
cação, ou, em outras palavras, duas testemunhas, será melhor.
se com toda a humildade testi- 81 Não obstante, a pessoa será
ficarem diante de vós ser este o condenada pela boca de duas
caso, não as expulsareis de vos- testemunhas; e os élderes apre-
so meio; sentarão o caso diante da igreja
75 Mas se descobrirdes que e a igreja levantará a mão con-
uma pessoa abandonou o côn- tra ela, para que seja julgada de
juge por causa de a adultério e é acordo com a lei de Deus.
ela mesma a culpada e seu côn- 82 E se for possível, é neces-
juge vive, essa pessoa será b ex- sário que o bispo esteja presen-
pulsa de vosso meio. te também.
76 E também vos digo que de- 83 E assim fareis em todos
vereis ser a diligentes e cuidado- os casos que vos forem apre-
sos em vossas investigações, pa- sentados.
ra que não recebais tais pessoas 84 E se um homem ou uma
entre vós, se forem casadas; mulher roubar, será entregue à
77 E se não forem casadas, de- lei do país.
verão arrepender-se de todos 85 E se ele ou ela a furtar, será
os pecados; caso contrário, não entregue à lei do país.
as recebereis. 86 E se ele ou ela a mentir, será
78 E também, toda pessoa que entregue à lei do país.
pertencer a esta igreja de Cristo 87 E se ele ou ela cometer
esforçar-se-á para guardar to- qualquer iniqüidade, será en-
dos os mandamentos e convê- tregue à lei, sim, à lei de Deus.
nios da igreja. 88 E se teu a irmão ou tua irmã
79 E acontecerá que, se qual- te b ofender, aparta-te com ele

74a gee Fornicação; 76a gee Atalaia, 86a gee Honestidade,


Imoralidade Sentinela, Vigia. Honesto; Mentir,
Sexual. 79a gee Homicídio. Mentiroso.
75a gee Adultério. 85a gee Roubar, 88a gee Irmã, Irmão.
b gee Excomunhão. Roubo. b Mt. 18:15–17.
Doutrina e Convênios 42:89–43:3 84
ou ela a sós; e se ele ou ela c con- blicamente, para que se enver-
fessar, reconciliar-vos-eis. gonhe. E se não confessar, será
89 Mas se ele ou ela não con- entregue à lei de Deus.
fessar, ele ou ela será por ti en- 92 Se alguém ofender em se-
tregue à igreja, não aos mem- gredo, será repreendido em
bros, mas aos élderes. E isso segredo, para que tenha opor-
será feito numa reunião e não tunidade de confessar em se-
perante o mundo. gredo a quem quer que tenha
90 E se teu irmão ou tua irmã ofendido e a Deus, para que a
ofender a muitos, ele ou ela igreja não fale com reprovação
será a repreendido diante de a seu respeito.
muitos. 93 E assim agireis em todas as
91 E se alguém ofender publi- coisas.
camente, será repreendido pu-

SEÇÃO 43

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,


Estado de Ohio, em fevereiro de 1831 ( History of the Church 1:154–
156). Alguns membros da Igreja estavam, nessa época, sendo perturba-
dos por alguns que falsamente afirmavam ser reveladores. O Profeta
inquiriu o Senhor e recebeu esta comunicação dirigida aos élderes da
Igreja. A primeira parte trata de assuntos ligados ao governo da Igreja; a
última parte contém uma advertência que os élderes devem transmitir às
nações da Terra.

1–7, Revelações e mandamentos


são dados somente por meio da
pessoa designada; 8–14, Os san-
E SCUTAI, ó élderes de minha
igreja, e dai ouvidos às pa-
lavras que vos direi.
tos são santificados agindo com 2 Pois eis que em verdade, em
toda santidade perante o Senhor; verdade vos digo que recebes-
15 – 22, Os élderes são enviados tes um mandamento como a lei
para clamar arrependimento e para minha igreja, por meio da-
preparar os homens para o grande quele que designei para receber
b
dia do Senhor; 23–28, O Senhor mandamentos e revelações de
chama os homens por sua pró- minha mão.
pria voz e por meio das forças da 3 E isto sabereis com certeza—
natureza; 29–35, Virá o Milênio que não há qualquer outro de-
e o tempo em que Satanás será signado para receber manda-
amarrado. mentos e revelações para vós,

88c gee Confessar, Castigo, Corrigir, b gee Mandamentos


Confissão. Repreender. de Deus; Revelação.
90a gee Castigar, 43 2a D&C 42.
85 Doutrina e Convênios 43:4–16
até que ele seja levado, se ele sereis a santificados por meio
a
permanecer em mim. daquilo que recebestes e fareis
4 Mas em verdade, em verda- convênio de que agireis em to-
de vos digo que a nenhum outro da a santidade diante de mim—
será designado para receber es- 10 Para que, se assim fizerdes,
se dom, a menos que seja por glória seja a acrescentada ao rei-
meio dele; pois, se esse dom for no que recebestes. Se assim não
dele tirado, ele não terá poder, fizerdes, até o que recebestes
a não ser para designar outro vos será b tirado.
em seu lugar. 11 Purgai a a iniqüidade que
5 E isto vos será por lei: Não existe entre vós; santificai-vos
recebereis os ensinamentos de perante mim;
qualquer pessoa que os apre- 12 E, se desejais as glórias
sente a vós como revelações ou do reino, designai meu servo
como mandamentos. Joseph Smith Júnior, e a susten-
6 E isto vos dou para que não tai-o perante mim pela oração
sejais a enganados, para que sai- da fé.
bais que não vêm de mim. 13 E também vos digo que, se
7 Pois em verdade vos digo desejais os a mistérios do reino,
que aquele que for a ordenado fornecei-lhe alimento, roupas e
por mim entrará pela b porta e tudo o mais de que ele necessi-
deverá ser ordenado como eu tar para fazer o trabalho que
antes vos disse, para ensinar as lhe ordenei;
revelações que recebestes e que 14 E se assim não fizerdes, ele
recebereis por meio daquele permanecerá com aqueles que
que designei. o receberam, a fim de que para
8 E agora, eis que vos dou o mim mesmo eu reserve um po-
mandamento de que, quando vo a puro diante de mim.
estiverdes congregados, deveis 15 E também eu digo: Escutai,
a
instruir-vos e edificar-vos uns ó élderes de minha igreja, a
aos outros, para que saibais co- quem designei: Não sois envia-
mo agir e como dirigir minha dos para serdes ensinados, mas
igreja, como proceder com res- para a ensinardes aos filhos dos
peito aos pontos de minha lei e homens as coisas que pus em
dos mandamentos que dei. vossas mãos pelo poder de meu
b
9 E assim vos tornareis ins- Espírito;
truídos na lei de minha igreja; e 16 Sereis a ensinados do alto.

3 a Jo. 15:4. 3 Né. 14:13–14; 13a gee Mistérios de


4 a D&C 28:2–3. D&C 22:1–4. Deus.
6 a D&C 46:7. 8 a D&C 88:77. 14a gee Pureza, Puro.
gee Enganar, 9 a gee Santificação. 15a gee Obra Missionária.
Engano, Fraude. 10a Al. 12:10. b gee Ensinar,
7 a gee Ordenação, b Mc. 4:25. Mestre—Ensinar
Ordenar. 11a gee Pecado. com o Espírito.
b Mt. 7:13–14; 12a gee Apoio aos 16a gee Inspiração,
2 Né. 9:41; 31:9, 17–18; Líderes da Igreja. Inspirar.
Doutrina e Convênios 43:17–25 86
b
Santificai-vos e sereis c investi- 22 Sim, e quando os relâm-
dos de poder, para que ensineis pagos resplandecerem desde o
como falei. oriente até o ocidente e mani-
17 Escutai, pois eis que o a gran- festarem sua voz a todos os que
de b dia do Senhor está perto. vivem e fizerem zumbir os ou-
18 Pois aproxima-se o dia em vidos de todos os que ouvem,
que dos céus o Senhor fará res- dizendo estas palavras: Arre-
soar sua a voz; os céus b estreme- pendei-vos, porque é chegado o
cerão e a Terra c tremerá; e a grande dia do Senhor?
d
trombeta de Deus soará longa 23 E também, dos céus o Se-
e fortemente e dirá às nações nhor fará ressoar sua voz, dizen-
adormecidas: Vós, santos, e le- do: Escutai, ó nações da Terra,
vantai-vos e vivei; vós, pecado- e ouvi as palavras do Deus que
res, f permanecei e g dormi até vos criou.
que eu volte a chamar-vos. 24 Ó vós, nações da Terra,
19 Portanto cingi vossos lom- quantas vezes eu quis ajuntar-
bos para que não sejais achados vos como a a galinha ajunta seus
entre os iníquos. pintos debaixo das asas, mas
20 Elevai a voz sem cessar. vós b não o quisestes!
Chamai as nações ao arrepen- 25 Quantas vezes vos a chamei
dimento, tanto velhos como jo- pela boca de meus b servos e pe-
vens, tanto servos como livres, lo c ministério de anjos e por mi-
dizendo: Preparai-vos para o nha própria voz; e pela voz de
grande dia do Senhor; trovões e pela voz de relâmpa-
21 Pois se eu, que sou homem, gos e pela voz da tempestade; e
elevo minha voz e vos convido pela voz dos terremotos e gran-
ao arrependimento e vós me de- des chuvas de pedra; e pela voz
testais, o que direis quando vier da d fome e pestilências de toda
o dia em que os a trovões ecoa- espécie; e pelo grande som de
rem sua voz desde os confins uma trombeta e pela voz do jul-
da Terra, falando aos ouvidos gamento e pela voz da e miseri-
de todos os que vivem, dizendo: córdia, todo o dia; e pela voz da
Arrependei-vos e preparai-vos glória e honra e das riquezas da
para o grande dia do Senhor? vida eterna quis salvar-vos com

16b gee Santificação. b Joel 2:10; 3:16; 3 Né. 10:4–6.


c Lc. 24:49; D&C 45:48. b gee Rebeldia,
D&C 38:32; 95:8–9; c D&C 88:87. Rebelião.
110:8–10. d D&C 29:13; 45:45. 25a Hel. 12:2–4.
17a Mal. 4:5; e gee Ressurreição. b Mt. 23:34.
D&C 2:1; 34:6–9. f D&C 76:85; gee Profeta.
b D&C 29:8. 88:100–101. c D&C 7:6; 130:4–5.
gee Segunda Vinda g Mórm. 9:13–14. d Jer. 24:10; Amós 4:6;
de Jesus Cristo. 21a 2 Né. 27:2; D&C 87:6; JS—M 1:29.
18a Joel 2:11; D&C 88:90. e gee Misericórdia,
D&C 133:50. 24a Mt. 23:37; Misericordioso.
87 Doutrina e Convênios 43:26–44:1
salvação f eterna, mas vós não o nará apenas por c pouco tempo
quisestes! e então virá o d fim da Terra.
26 Eis que chegado é o dia em 32 E aquele que viver em a re-
que está cheio o cálice da ira de tidão será b transformado num
minha indignação. piscar de olhos e a Terra pas-
27 Eis que em verdade vos di- sará como se fosse por fogo.
go que estas são as palavras do 33 E os iníquos irão para o a fo-
Senhor vosso Deus. go inextinguível, e seu fim, ho-
28 Portanto trabalhai, a traba- mem algum na Terra sabe nem
lhai na minha vinha pela última nunca saberá, até que compa-
vez—pela última vez chamai os reçam perante mim em b julga-
habitantes da Terra. mento.
29 Pois em meu próprio e de- 34 Escutai estas palavras. Eis
vido tempo a virei à Terra com que eu sou Jesus Cristo, o a Sal-
julgamento e o meu povo será vador do mundo. b Entesourai
redimido e reinará comigo na estas coisas em vosso coração;
Terra. e que as verdades c solenes da
30 Pois o grande a Milênio, do eternidade d repousem em vos-
qual falei pela boca de meus sa e mente.
servos, virá. 35 Sede a sóbrios. Guardai to-
31 Pois a Satanás será b amarra- dos os meus mandamentos. As-
do e, quando for libertado, rei- sim seja. Amém.

SEÇÃO 44

Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Kirt-


land, Estado de Ohio, em fins de fevereiro de 1831 ( History of the
Church 1:157). Cumprindo os requisitos aqui estabelecidos, a Igreja
marcou uma conferência para o princípio do mês de junho.

1–3, Os élderes devem reunir-se


em conferência; 4–6, Devem orga-
nizar-se de acordo com as leis do
E IS que assim diz o Senhor
a vós, meus servos: É-me
conveniente que os élderes de
país e cuidar dos pobres. minha igreja sejam convoca-
25f gee Vida Eterna; gee Diabo. gee Ressurreição.
Imortal, b D&C 45:55; 84:100; 33a Mt. 3:12.
Imortalidade; 88:110. b gee Jesus Cristo—
Salvação. c Apoc. 20:3; Juiz.
28a Jacó 5:71; D&C 33:3. Jacó 5:77; 34a gee Salvador.
gee Vinha do D&C 29:22. b JS—M 1:37.
Senhor. d gee Mundo— c D&C 84:61; 100:7–8.
29a gee Segunda Vinda Fim do mundo. d gee Ponderar.
de Jesus Cristo. 32a gee Retidão. e gee Mente.
30a gee Milênio. b I Cor. 15:51–52; 35a Rom. 12:3;
31a 1 Né. 22:26. D&C 63:51; 101:31. D&C 18:21.
Doutrina e Convênios 44:2–45:1 88
dos, do leste e do oeste, do nor- 5 Para que vossos a inimigos
te e do sul, por carta ou algum não tenham poder sobre vós e
outro meio. sejais preservados em todas as
2 E acontecerá que, se forem coisas; a fim de que guardeis mi-
fiéis e exercerem fé em mim, der- nhas leis e se quebrem todos os
ramarei meu a Espírito sobre eles vínculos com os quais o inimi-
no dia em que se congregarem. go procura destruir meu povo.
3 E acontecerá que irão às re- 6 Eis que vos digo que deveis
giões circunvizinhas e a prega- a
visitar os pobres e os necessi-
rão arrependimento ao povo. tados e ministrar-lhes auxílio,
4 E muitos serão a convertidos, para que sejam amparados até
de maneira que obtereis poder que todas as coisas possam ser
para vos organizar b conforme feitas de acordo com a lei que
as leis do homem; de mim recebestes. Amém.

SEÇÃO 45

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja, em


Kirtland, Estado de Ohio, em 7 de março de 1831 ( History of the
Church 1:158–163). Prefaciando o registro desta revelação, o Profeta
declara que “neste período da Igreja ( . . .) muitos relatos falsos ( . . .) e
histórias tolas foram publicados ( . . .) e circularam, ( . . .) para impedir que
as pessoas investigassem a obra ou abraçassem a fé. ( . . .) Mas para alegria
dos santos, ( . . .) recebi o seguinte” ( History of the Church 1:158).

1–5, Cristo é nosso advogado jun- Monte das Oliveiras e os judeus


to ao Pai; 6–10, O evangelho é um verão as feridas em suas mãos e
mensageiro para preparar o cami- pés; 54–59, O Senhor reinará du-
nho diante do Senhor; 11 – 15, rante o Milênio; 60–62, O Profeta
Enoque e seus irmãos foram rece- recebe instrução para iniciar a tra-
bidos pelo Senhor; 16–23, Cristo dução do Novo Testamento por
revelou os sinais de sua vinda co- meio da qual importantes infor-
mo dados no Monte das Oliveiras; mações tornar-se-iam conhecidas;
24–38, O evangelho será restau- 63–75, É ordenado que os santos
rado, cumprir-se-ão os tempos dos se reúnam e construam a Nova
gentios e uma enfermidade desola- Jerusalém, para onde acorrerão
dora cobrirá a terra; 39–47, Si- pessoas de todas as nações.
nais, maravilhas e a Ressurreição
acompanharão a Segunda Vinda;
48–53, Cristo aparecerá sobre o E SCUTAI, ó povo de minha
a
igreja, a quem foi dado o

44 2a At. 2:17. b D&C 98:5–7. Bem-Estar.


3 a gee Pregar. 5 a 2 Né. 4:33. 45 1a gee Igreja de
4 a gee Conversão, 6 a Tg. 1:27. Jesus Cristo.
Converter. gee Compaixão;
89 Doutrina e Convênios 45:2–11
b
reino; escutai e dai ouvidos 7 Pois em verdade vos digo
àquele que estabeleceu os fun- que eu sou o a Alfa e o Ômega, o
damentos da Terra, que c fez os princípio e o fim, a luz e a vida
céus e todas as suas hostes, e do mundo — uma b luz que res-
por quem foram feitas todas as plandece nas trevas e as trevas
coisas que vivem e se movem e não a compreendem.
têm seu ser. 8 Eu vim aos meus e os meus
2 E também digo: Escutai mi- não me receberam; mas a to-
nha voz, para que a a morte não dos os que me receberam dei
a
vos surpreenda; na b hora que poder para realizar muitos
b
menos esperais o verão terá pas- milagres e para se tornarem
sado, a c colheita estará termina- os c filhos de Deus; e aos que
d
da e vossa alma não estará salva. creram em meu nome, dei po-
3 Ouvi aquele que é o a advo- der para alcançarem a e vida
gado junto ao Pai, que está eterna.
pleiteando vossa causa perante 9 E assim também mandei ao
ele — mundo meu a eterno b convênio,
4 Dizendo: Pai, contempla os para ser uma luz para o mun-
a
sofrimentos e a morte daquele do, para ser um c modelo para
que não cometeu b pecado, em meu povo e para que os d gen-
quem te rejubilaste; contempla tios o procurem; e para ser um
e
o sangue de teu Filho, que foi mensageiro diante de minha fa-
derramado, o sangue daquele ce e preparar o caminho diante
que deste para que fosses c glo- de mim.
rificado; 10 Portanto entrai nele; e com
5 Portanto, Pai, poupa estes aquele que vier eu arrazoarei,
meus irmãos que a crêem em como fiz com os homens em
meu nome, para que venham a dias passados; e mostrar-vos-ei
mim e tenham b vida eterna. meu a forte argumento.
6 Escutai, ó povo da minha 11 Portanto juntos escutai e
igreja, e vós, élderes, juntos es- deixai-me mostrar-vos minha
cutai e ouvi minha voz durante sabedoria—a sabedoria daquele
o tempo que se chama a hoje; e que dizeis ser o Deus de a Eno-
não endureçais o coração; que e de seus irmãos,

1 b D&C 50:35. b Heb. 4:15. d gee Crença, Crer; Fé.


c Jer. 14:22; 3 Né. 9:15; c Jo. 12:28. e D&C 14:7.
D&C 14:9. 5a D&C 20:25; 35:2; 38:4. 9 a gee Novo e Eterno
gee Criação, Criar. b Jo. 3:16. Convênio.
2 a Al. 34:33–35. 6a Heb. 3:13; b Jer. 31:31–34;
b Mt. 24:44. D&C 64:23–25. Mórm. 5:20.
c Jer. 8:20; D&C 56:16. 7 a Apoc. 1:8; 21:6; c 2 Né. 29:2.
gee Ceifa ou D&C 19:1. d Isa. 42:6;
Colheita. b Jo. 1:5. 2 Né. 10:9–18.
3 a D&C 62:1. 8 a Mt. 10:1. gee Poder. e Mal. 3:1.
gee Advogado. b gee Milagre. 10a Isa. 41:21;
4 a D&C 19:18–19. c gee Filhos e Filhas D&C 50:10–12.
gee Expiação, Expiar. de Deus. 11a Mois. 7:69.
Doutrina e Convênios 45:12–26 90
12 Que foram a apartados da mais casa de Deus; e vossos ini-
Terra e recebidos em mim — migos dizem que essa casa ja-
uma b cidade reservada até que mais cairá.
venha o dia da retidão — dia 19 Mas em verdade vos digo
procurado por todos os homens que desolação virá sobre esta ge-
santos e não encontrado devido ração como um ladrão na noite;
a iniqüidades e abominações; e este povo será destruído e
13 E eles confessaram ser a es- dispersado por entre todas as
tranhos e peregrinos na Terra; nações.
14 Mas receberam a a promes- 20 E este templo que agora
sa de que o encontrariam e o vedes será derribado, de modo
veriam na carne. que não ficará pedra sobre
15 Portanto escutai e arrazoa- pedra.
rei convosco; e falar-vos-ei e 21 E acontecerá que esta ge-
profetizarei como fiz com os ração de judeus não passará
homens em dias passados. sem que se cumpram todas as
16 E mostrá-lo-ei claramente, desolações de que vos falei em
como a meus discípulos o a mos- relação a eles.
trei quando estive diante deles 22 Dizeis saber que o a fim do
na carne e falei-lhes, dizendo: mundo virá; dizeis também
Como me tendes perguntado saber que os céus e a Terra pas-
sobre os b sinais da minha vin- sarão;
da, no dia em que, nas nuvens 23 E com isto dizeis a verdade,
dos céus, eu vier em minha porque assim é; mas estas coi-
glória para cumprir as promes- sas de que vos falei não passa-
sas que fiz a vossos pais, rão até que tudo se cumpra.
17 Pois uma vez que tendes 24 E isto vos disse concernen-
considerado como aprisiona- te a Jerusalém; e quando vier
mento o longo tempo em que aquele dia, um remanescente
vosso a espírito esteve b ausente será a disperso entre todas as
de vosso corpo, mostrar-vos-ei nações;
como virá o dia da redenção e 25 Mas serão a reunidos outra
também a c restauração de Israel vez; contudo permanecerão até
d
disperso. que os tempos dos b gentios se
18 E agora vedes este templo cumpram.
situado em Jerusalém, que cha- 26 E a naqueles dias se ouvirá

12a tjs, Gên. 14:30–34; JS—M 1. 22a gee Mundo—


D&C 38:4; b gee Segunda Vinda Fim do mundo.
Mois. 7:21. de Jesus Cristo. 24a 2 Né. 25:15.
b Mois. 7:62–64. 17a D&C 138:50. 25a Ne. 1:9;
gee Sião. b gee Espírito. Isa. 11:12–14;
13a Heb. 11:13; c gee Israel— 1 Né. 22:10–12;
I Ped. 2:11. Coligação de Israel. 2 Né. 21:12–14.
14a Heb. 11:8–13; d 1 Né. 10:12–14. b Lc. 21:24.
Mois. 7:63. gee Israel— 26a gee Últimos Dias.
16a Mt. 24; Lc. 21:7–36; Dispersão de Israel.
91 Doutrina e Convênios 45:27–40
de b guerras e rumores de guer- homens endurecerão o coração
ras e toda a Terra estará em co- contra mim e levantarão a b espa-
moção e o coração dos homens da uns contra os outros e matar-
c
falhará; e dirão que Cristo d re- se-ão uns aos outros.
tarda sua vinda até o fim da 34 E quando eu, o Senhor,
Terra. disse estas palavras aos meus
27 E o amor dos homens es- discípulos, eles se perturba-
friará e a iniqüidade será abun- ram.
dante. 35 E disse-lhes: Não vos a per-
28 E quando os tempos dos turbeis, porque, quando todas
a
gentios chegarem, uma b luz estas coisas acontecerem, sabe-
resplandecerá entre aqueles que reis que as promessas que vos
se assentam em trevas; e será a foram feitas serão cumpridas.
plenitude do meu evangelho; 36 E quando começar a raiar a
29 Mas eles não a a recebem, luz, será para eles como uma
porque não percebem a luz e parábola que vos mostrarei —
desviam de mim o b coração por 37 Olhais e vedes as a figueiras
causa dos c preceitos dos ho- e com vossos olhos as contem-
mens. plais; e quando começam a bro-
30 E nessa geração se cumpri- tar e suas folhas estão ainda
rá o tempo dos gentios. tenras, dizeis que o verão está
31 E haverá homens nessa ge- próximo;
ração que não passarão até que 38 Assim também será no dia
vejam uma a praga terrível; pois em que eles virem todas estas
uma doença desoladora cobri- coisas; aí saberão que a hora es-
rá a terra. tá próxima.
32 Mas os meus discípulos 39 E acontecerá que aquele
a
permanecerão em lugares san- que me a teme estará b esperan-
tos e não serão movidos; mas, do que venha o grande c dia do
entre os iníquos, homens le- Senhor, sim, os d sinais da vinda
vantarão a voz e b amaldiçoarão do e Filho do Homem.
a Deus e morrerão. 40 E verão sinais e maravi-
33 E haverá a terremotos tam- lhas, pois serão mostrados em
bém em diversos lugares e mui- cima nos céus e embaixo na
tas desolações; e ainda assim os Terra.

26b D&C 87; 31a D&C 5:19–20; Obediência,


JS—M 1:23. 97:22–25. Obediente.
c Lc. 21:26. 32a D&C 101:21–22, 64. b II Ped. 3:10–13;
d II Ped. 3:3–10. b Apoc. 16:11, 21. D&C 35:15–16;
28a 1 Né. 15:13. 33a D&C 43:18; 88:87–90. Mois. 7:62.
b gee Luz, Luz de b D&C 63:33. c gee Segunda Vinda
Cristo; Restauração 35a Mt. 24:6. de Jesus Cristo.
do Evangelho. 37a Mc. 13:28; d gee Sinais dos
29a Jo. 1:5. Lc. 21:29–31. Tempos.
b Mt. 15:8–9. 39a D&C 10:55–56. e gee Filho do
c D&C 3:6–8; 46:7; gee Temor—Temor Homem.
JS—H 1:19. de Deus; Obedecer,
Doutrina e Convênios 45:41–55 92
41 E verão sangue e a fogo e para outro e os céus também
c
vapores de fumaça. estremecerão.
42 E antes que venha o dia do 49 E o Senhor fará soar sua
Senhor, o a sol se escurecerá, a voz e todos os confins da Terra
lua tornar-se-á em sangue e as ouvi-la-ão; e as nações da Terra
a
estrelas cairão do céu. prantearão e os que riram ve-
43 E o remanescente será reu- rão sua insensatez.
nido neste local; 50 E calamidade cobrirá o des-
44 E aí me procurarão e eis denhador e o escarnecedor será
que virei; e ver-me-ão nas nu- consumido; e os que tiverem
vens do céu, revestido de po- procurado a iniqüidade serão
der e grande a glória, com todos cortados e lançados no fogo.
os santos anjos; e quem não me 51 E então os a judeus irão
b b
procurar será rejeitado. olhar para mim e dizer: Que
45 Mas antes que desça o feridas são essas em tuas mãos
braço do Senhor, um anjo e em teus pés?
soará sua a trombeta e os san- 52 Aí saberão que eu sou o Se-
tos que dormiram b ressurgi- nhor, pois dir-lhes-ei: Estas são
r ã o p a r a e n c o n t r a r-m e n a s as feridas com que fui a ferido
c
nuvens. na casa de meus amigos. Eu
46 Portanto, se dormistes em sou aquele que foi levantado.
a
paz, bem-aventurados sois; Eu sou Jesus, que foi b crucifica-
porque como agora me vedes e do. Eu sou o Filho de Deus.
sabeis que eu sou, assim tam- 53 E aí eles a prantearão por
bém b vireis a mim e vossa alma causa de suas iniqüidades; e la-
c
viverá e vossa redenção será mentar-se-ão por terem perse-
aperfeiçoada; e os santos res- guido seu b rei.
surgirão dos quatro cantos da 54 E então as nações a pagãs se-
Terra. rão redimidas e os que não co-
47 Então o a braço do Senhor nheceram lei alguma tomarão
descerá sobre as nações. parte na primeira b ressurreição;
48 E então o Senhor assentará e ser-lhes-á c tolerável.
o pé sobre este a monte e ele será 55 E a Satanás será b amarrado,
fendido pelo meio; e a Terra para que não tenha lugar no co-
b
tremerá e vacilará de um lado ração dos filhos dos homens.

41a D&C 29:21; 97:25–26. 46a Al. 40:12. b gee Crucificação


42a Joel 2:10; Apoc. 6:12; b Isa. 55:3. ou Crucifixão.
D&C 88:87; 133:49. c gee Vida Eterna. 53a Apoc. 1:7.
44a gee Jesus Cristo— 47a D&C 1:12–16. b Lc. 23:38;
Glória de Jesus 48a Zac. 14:4. Jo. 19:3, 14–15.
Cristo. b D&C 43:18; 88:87. 54a Eze. 36:23; 39:21.
b Mt. 24:43–51; c Joel 3:16; b gee Ressurreição.
Mc. 13:32–37. D&C 49:23. c D&C 75:22.
45a D&C 29:13; 43:18. 49a D&C 87:6. 55a gee Diabo.
b D&C 88:96–97. 51a gee Judeus. b Apoc. 20:2;
gee Ressurreição. b Zac. 12:10. 1 Né. 22:26;
c I Tess. 4:16–17. 52a Zac. 13:6. D&C 43:31; 88:110.
93 Doutrina e Convênios 45:56–68
56 E nesse a dia, quando eu 63 Ouvis falar de a guerras em
vier em minha glória, cumprir- terras estrangeiras; mas eis que
se-á a parábola de que falei, con- vos digo que estão próximas,
cernente às dez b virgens. sim, a vossas portas; e daqui a
57 Pois aqueles que são pru- não muitos anos ouvireis falar
dentes e tiverem recebido a a ver- de guerras em vossas próprias
dade e tomado o Santo Espírito terras.
por seu b guia e não tiverem 64 Portanto eu, o Senhor, dis-
sido c enganados — em verdade se: Saí das terras do a leste,
vos digo que não serão corta- reuni-vos, ó élderes de minha
dos e lançados no d fogo, mas igreja; ide para as regiões do
suportarão o dia. oeste, chamai os habitantes
58 E a a Terra ser-lhes-á dada ao arrependimento e, à me-
por b herança e multiplicar-se- dida que eles se arrepende-
ão e tornar-se-ão fortes; e seus rem, estabelecei igrejas para
filhos c crescerão sem pecado mim.
para a d salvação. 65 E com um só coração e com
59 Porque o Senhor estará em um só pensamento, ajuntai vos-
seu a meio e sua glória estará so- sas riquezas para a comprar uma
bre eles; e ele será seu rei e seu herança que mais tarde vos será
b
legislador. designada.
60 E agora, eis que vos digo 66 E ela será chamada a a Nova
que nada mais vos será dado Jerusalém, uma b terra de c paz,
saber concernente a este capí- uma cidade de d refúgio, um lu-
tulo, até que o a Novo Testa- gar seguro para os santos do
mento seja traduzido; e nele to- Deus Altíssimo;
das estas coisas serão dadas a 67 E a a glória do Senhor ali es-
conhecer; tará e o terror do Senhor tam-
61 Portanto agora vos permito bém ali estará, tanto que os iní-
traduzi-lo, para que estejais pre- quos não virão a ela; e será cha-
parados para as coisas que hão mada Sião.
de vir. 68 E acontecerá entre os iní-
62 Pois em verdade vos digo quos que todo homem que não
que grandes coisas vos esperam; tomar sua espada contra seu

56a gee Segunda Vinda 59a D&C 29:11; 104:59. 65a D&C 63:27.
de Jesus Cristo. b Gên. 49:10; 66a Ét. 13:5–6;
b Mt. 25:1–13; Zac. 14:9; Mois. 7:62; RF 1:10.
D&C 63:54. D&C 38:21–22. gee Nova Jerusalém;
57a gee Verdade. 60a gee Tradução de Sião.
b gee Espírito Santo. Joseph Smith (tjs). b D&C 57:1–3.
c JS—M 1:37. Ver também Seleções c gee Paz.
d D&C 29:7–9; 63:34; da Tradução de d Isa. 4:6; D&C 115:6.
64:23–24; 101:22–25. Joseph Smith da 67a D&C 64:41–43;
58a gee Milênio. Bíblia. 97:15–18.
b Mt. 5:5. 63a D&C 38:29; 87:1–5; gee Jesus Cristo—
c D&C 63:51; 101:29–31. 130:12. Glória de Jesus
d gee Salvação. 64a D&C 42:64. Cristo.
Doutrina e Convênios 45:69–46:2 94
próximo terá que fugir para seja conveniente, para que rea-
Sião, por segurança. lizeis esta obra aos olhos do
69 E a reunir-se-ão nela, de to- povo e aos olhos de vossos
das as nações debaixo dos céus; inimigos, para que eles não
e serão o único povo que não saibam de vossas obras até que
estará em guerra entre si. tenhais realizado o que vos
70 E entre os iníquos dir-se-á: mandei;
Não subamos para lutar contra 73 Para que, quando o soube-
Sião, porque os habitantes de rem, reflitam sobre estas coisas.
Sião são terríveis; portanto não 74 Pois quando o Senhor apa-
podemos resistir. recer, será tão a terrível para eles
71 E acontecerá que os justos que serão tomados de temor e
serão reunidos dentre todas as permanecerão afastados e es-
nações e virão a Sião cantando tremecerão.
com cânticos de eterna alegria. 75 E todas as nações temerão
72 E agora vos digo: Não dei- por causa do terror do Senhor e
xeis que estas coisas se espa- do poder de sua força. Assim
lhem pelo mundo até que me seja. Amém.

SEÇÃO 46

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja em


Kirtland, Estado de Ohio, em 8 de março de 1831 ( History of the
Church 1:163–165). Nos primeiros tempos da Igreja, ainda não havia
sido elaborado um sistema uniforme para dirigir os serviços da Igreja.
Entretanto, havia-se generalizado o costume de admitir somente mem-
bros e pesquisadores sinceros às reuniões sacramentais e outras assem-
bléias da Igreja. Esta revelação expressa a vontade do Senhor concernen-
te à regulamentação e direção das reuniões.

1–2, Os élderes devem dirigir as


reuniões conforme inspirados pelo
Santo Espírito; 3–6, Os que bus-
E SCUTAI, ó povo da minha
igreja; pois em verdade vos
digo que estas coisas foram de-
cam a verdade não devem ser ex- claradas para vosso a proveito e
cluídos das reuniões sacramen- instrução.
tais; 7–12, Pedi a Deus e buscai 2 Mas não obstante as coisas
os dons do Espírito; 13–26, Enu- que estão escritas, sempre foi or-
meram-se alguns desses dons; 27– denado aos a élderes da minha
33, Aos líderes da Igreja é dado igreja, desde o princípio — e
poder para discernir os dons do sempre o será — b dirigirem to-
Espírito. das as reuniões conforme ins-
69a Deut. 30:3; 74a Sof. 2:11. b Morô. 6:9;
Jer. 32:37–39; 46 1a II Tim. 3:16–17. D&C 20:45.
D&C 33:6. 2 a Al. 6:1.
95 Doutrina e Convênios 46:3–12
pirados e guiados pelo Santo as coisas com oração e d ação de
Espírito. graças, para que não sejais e se-
3 Não obstante, tendes ordem duzidos por espíritos malignos
de jamais a excluir quem quer ou pelas doutrinas de f demô-
que seja de vossas reuniões pú- nios ou por g mandamentos de
blicas, que são realizadas dian- homens; porque alguns são de
te do mundo. homens e outros, de demônios;
4 Tendes ordem também de 8 Portanto acautelai-vos para
não excluir de vossas reuniões que não vos enganem; e, para
sacramentais ninguém que per- que não sejais enganados, a pro-
tença à a igreja; não obstante, se curai com zelo os melhores
alguém tiver transgredido, que dons, lembrando sempre por
não b participe do sacramento que são dados;
até que haja uma reconciliação. 9 Pois em verdade vos digo:
5 E também vos digo que não Eles são dados em benefício da-
deveis excluir de vossas reu- queles que me amam e guardam
niões sacramentais quem quer todos os meus mandamentos e
que esteja sinceramente pro- daqueles que procuram assim
curando o reino—digo isto com fazer; para que sejam beneficia-
respeito aos que não são da dos todos os que buscam ou
igreja. que me pedem e que pedem
6 E torno a dizer-vos, com res- não um a sinal para b satisfazer
peito a vossas reuniões de a con- suas concupiscências.
firmação, que se houver alguém 10 E também em verdade vos
que não for da igreja, mas esti- digo: Quisera que sempre vos
ver sinceramente procurando o lembrásseis e sempre retivés-
reino, não o excluireis. seis em vossa a mente o que são
7 Tendes ordem porém de, em esses b dons dados à igreja.
todas as coisas, a pedir a Deus, 11 Pois a todos não são dados
que dá liberalmente; e aquilo todos os dons; pois há muitos
que o Espírito vos testificar, as- dons e a a cada homem é dado
sim quisera eu que fizésseis em um dom pelo Espírito de Deus.
toda b santidade de coração, an- 12 A alguns é dado um, a ou-
dando retamente perante mim, tros é dado outro, para que
c
refletindo sobre o resultado de desse modo todos sejam bene-
vossa salvação, fazendo todas ficiados.

3 a 3 Né. 18:22–25. D&C 88:63. f gee Diabo.


gee Confraternizar. b gee Santidade. g D&C 3:6–7; 45:29.
4 a gee Igreja de c gee Ponderar. 8 a I Cor. 12:31.
Jesus Cristo. d Salm. 100; 9 a gee Sinal.
b 3 Né. 18:26–32. Al. 34:38. b Tg. 4:3.
gee Sacramento. gee Ação de Graças, 10a gee Mente.
6 a ie para confirmação Agradecido, b I Cor. 14:12.
das pessoas Agradecimento. gee Dons do
recém-batizadas. e I Tim. 4:1–4; Espírito.
7 a Tg. 1:5–6; D&C 43:5–7. 11a I Cor. 12:4–11.
Doutrina e Convênios 46:13–31 96
13 A alguns é dado a saber, pe- 21 E também a alguns é dada a
lo Espírito Santo, que Jesus operação de a milagres;
Cristo é o Filho de Deus e que 22 E a outros é dado a profeti-
foi crucificado pelos pecados zar;
do mundo. 23 E a outros, o a discernimen-
14 A outros é dado a crer nas to de espíritos.
palavras deles, para que tenham 24 E também a alguns é dado
também vida eterna se perma- falar em a línguas;
necerem fiéis. 25 E a outros é dada a inter-
15 E também o Espírito Santo pretação de línguas.
faz saber a alguns as a diferen- 26 E todos estes a dons vêm de
ças de administração, confor- Deus, para benefício dos b filhos
me for agradável ao mesmo de Deus.
Senhor, segundo desejar o 27 E ao a bispo da igreja e
Senhor, que molda suas mise- àqueles designados e ordena-
ricórdias às condições dos dos por Deus para zelarem pe-
filhos dos homens. la igreja e para serem élderes
16 E também a alguns é dado da igreja, será dado b discernir
perceber, pelo Espírito Santo, todos esses dons, para que nin-
se as diversidades de operações guém haja entre vós que, sem
são de Deus, para que as mani- ser de Deus, professe tê-los.
festações do Espírito sejam da- 28 E acontecerá que aquele
das a todo homem para seu que pedir em a Espírito receberá
proveito. em Espírito;
17 E também em verdade vos 29 Para que a alguns seja dado
digo: A alguns é dada, pelo possuir todos esses dons, para
Espírito de Deus, a palavra de que haja uma cabeça, a fim de
a
sabedoria. que todo membro se beneficie
18 A outros é dada a palavra com isso.
de a conhecimento, para que to- 30 Aquele que a pede em b Espí-
dos possam ser ensinados a rito pede de acordo com a c von-
serem sábios e a terem conheci- tade de Deus; portanto é feito
mento. como pede.
19 E também a alguns é dado 31 E também vos digo: Todas
ter a fé para serem curados; as coisas devem ser feitas em
20 E a outros é dado ter fé para nome de Cristo, tudo aquilo
a
curar. que fizerdes no Espírito;

13a gee Testemunho. 20a gee Curar, Curas. de Deus.


14a 3 Né. 12:2. 21a gee Milagre. 27a gee Bispo.
gee Crença, Crer. 22a gee Profecia, b gee Discernimento,
15a Morô. 10:8. Profetizar. Dom de.
17a Morô. 10:9. 23a Mois. 1:13–15. 28a D&C 88:64–65.
gee Sabedoria. 24a gee Línguas, 30a D&C 50:29.
18a gee Conhecimento. Dom das. b gee Espírito Santo.
19a D&C 42:48–52. 26a Morô. 10:8–19. c 2 Né. 4:35.
gee Fé. b gee Filhos e Filhas
97 Doutrina e Convênios 46:32–47:4
32 E no Espírito deveis render 33 E deveis praticar a a virtude
a
graças a Deus por todas as bên- e a b santidade perante mim con-
çãos com que sois abençoados. tinuamente. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 47
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 8 de março de 1831 ( History of the Church 1:166).
Antes dessa data, Oliver Cowdery havia sido o historiador e registrador
da Igreja. John Whitmer não procurara ser designado como historiador,
mas, convidado a servir nessa posição, disse que obedeceria à vontade do
Senhor a respeito do assunto. Ele já havia servido como secretário do
Profeta fazendo o registro de muitas revelações recebidas na região de
Fayette, Estado de Nova York.

1–4, John Whitmer é designado digo que ele também poderá


para registrar a história da Igreja e elevar sua voz nas reuniões,
ser o escrevente do Profeta. sempre que for conveniente.
3 E também te digo que ele

E IS que me é conveniente que


meu servo John escreva e
conserve uma a história regular
será encarregado de continua-
mente fazer o registro e escre-
ver a história da igreja; pois
e assista-te, meu servo Joseph, Oliver Cowdery designei para
na transcrição de todas as coi- outro ofício.
sas que te serão dadas, até que 4 Portanto, se for fiel, ser-lhe-
ele seja chamado para outros á dado pelo a Consolador es-
deveres. crever estas coisas. Assim seja.
2 Ademais, em verdade eu te Amém.

SEÇÃO 48
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em março de 1831 ( History of the Church 1:166–167).
O Profeta havia inquirido o Senhor com respeito à maneira de proceder
quanto à aquisição de terras para o estabelecimento dos santos. Este era
um assunto importante, em vista da migração de membros da Igreja
vindos do leste dos Estados Unidos, em obediência à ordem do Senhor de
que se deveriam reunir em Ohio. (Ver seções 37:1–3; 45:64.)

1–3, Os santos de Ohio devem re- 4 – 6, Os santos devem comprar


partir suas terras com os irmãos; terras, construir uma cidade e se -

32a I Crôn. 16:8–15; Agradecido, 47 1a D&C 69:2–8;


I Tess. 1:2; Al. 37:37; Agradecimento. 85:1–2.
D&C 59:7, 21. 33a gee Virtude. 4 a gee Consolador;
gee Ação de Graças, b gee Santidade. Espírito Santo.
Doutrina e Convênios 48:1–6 98
guir os conselhos dos oficiais que para uma herança, b sim, para
os presidem. a cidade.
5 O local não será ainda reve-

É NECESSÁRIO que, por


enquanto, permaneçais em
vossas moradias, como conve-
lado; mas depois que vossos ir-
mãos vierem do leste, deverão
ser designados a alguns homens
nha a vossa condição. e a eles será dado b saber o local,
2 E se possuirdes terras, a repar- ou seja, ser-lhes-á revelado.
tireis com os irmãos do leste; 6 E eles serão designados para
3 E se não possuirdes terras, comprar as terras e iniciar a
que eles comprem, por en- construção do alicerce da a ci-
quanto, nas regiões circunvizi- dade; e então começareis a reu-
nhas, como lhes parecer bem, nir-vos com vossa família, cada
pois é necessário que por agora homem de acordo com sua b fa-
tenham lugares para morar. mília, de acordo com suas con-
4 É necessário que economi- dições e conforme lhe for de-
zeis todo o dinheiro que pu- signado pela presidência e pelo
derdes e que obtenhais em reti- bispo da igreja, segundo as leis
dão tudo o que puderdes, para e mandamentos que recebestes
que, no devido tempo, tenhais e que recebereis daqui em dian-
condições de a comprar terras te. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 49

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Sidney Rig-


don, Parley P. Pratt e Leman Copley, em Kirtland, Estado de Ohio, em
março de 1831 ( History of the Church 1:167–169). (Algumas fontes
históricas dão a data desta revelação como maio de 1831.) Leman Copley
havia abraçado o evangelho, mas ainda se apegava a alguns ensinamen-
tos dos Shakers (Sociedade Unida dos Crentes na Segunda Aparição de
Cristo), organização à qual pertencera anteriormente. Algumas das cren-
ças dos Shakers eram que a segunda vinda de Cristo já ocorrera e que ele
havia aparecido na forma de uma mulher, Ann Lee; o batismo com água
não era considerado essencial; era especificamente proibido comer carne
de porco e muitos não comiam qualquer tipo de carne; e o celibato era
considerado superior ao casamento. Ao prefaciar esta revelação, o Profeta
escreveu: “A fim de ter um entendimento mais perfeito do assunto, in-
quiri o Senhor e recebi o seguinte” ( History of the Church 1:167). A
revelação refutou alguns dos conceitos básicos do grupo Shaker. Os ir-
mãos acima mencionados levaram uma cópia da revelação à comunidade

48 2a gee Bem-Estar. 45:65–67. 6 a gee Nova Jerusalém.


4 a D&C 57:4–5. 5 a D&C 57:6–8. b D&C 51:3.
b D&C 42:35–36; b D&C 57:1–3.
99 Doutrina e Convênios 49:1–9

Shaker (perto de Cleveland, Ohio) e leram-na para eles em sua totalidade,


mas foi rejeitada.

1–7, O dia e a hora da vinda de mas conforme o que lhe será


a
Cristo permanecerão incógnitos ensinado por vós, meus ser-
até que ele venha; 8–14, Os ho- vos; e, fazendo isso, abençoá-
mens devem arrepender-se, crer lo-ei; caso contrário, ele não
no evangelho e obedecer às orde- prosperará.
nanças para obter salvação; 15– 5 Assim diz o Senhor; pois eu
16, O casamento é decretado por sou Deus e a enviei meu Filho
Deus; 17–21, É aprovado que se Unigênito ao mundo para a
b
coma carne; 22–28, Sião prospera- redenção do mundo; e decre-
rá e os lamanitas florescerão como a tei que aquele que o recebesse
rosa, antes da Segunda Vinda. seria salvo e aquele que não o
recebesse seria c condenado —

E SCUTAI minha palavra,


meus servos Sidney e Parley
e Leman; pois eis que em ver-
6 E fizeram ao a Filho do Ho-
mem o que quiseram; e na mão
b
direita de sua c glória tomou
dade vos digo que vos dou o ele o seu poder; e agora reina
mandamento de irdes a pregar nos céus e reinará até que desça
aos Shakers o meu evangelho à Terra, para pôr d debaixo de
que recebestes, da forma como seus pés todos os inimigos,
o recebestes. tempo esse que está próximo —
2 Eis que vos digo que eles de- 7 Eu, o Senhor Deus, disse-o;
sejam conhecer a verdade em mas a hora e o a dia nenhum ho-
parte, mas não toda, pois não mem sabe, nem os anjos nos
são a retos diante de mim e pre- céus; nem o saberão até que ele
cisam arrepender-se. venha.
3 Portanto, meus servos Sidney 8 Portanto eu desejo que todos
e Parley, envio-vos a pregar-lhes os homens se arrependam, por-
o evangelho. que todos estão debaixo do a pe-
4 E meu servo Leman será or- cado, exceto aqueles que reser-
denado para esse trabalho a vei para mim, homens b santos
fim de arrazoar com eles, não dos quais não sabeis.
conforme o que recebeu deles, 9 Digo-vos, pois, que vos en-

49 1a gee Pregar. Redentor. d I Cor. 15:25;


2 a At. 8:21. c gee Condenação, D&C 76:61.
4 a gee Evangelho; Condenar. 7 a Mt. 24:36;
Verdade. 6 a gee Filho do Mc. 13:32–37;
5 a Jo. 3:16–17; Homem. Apoc. 16:15;
D&C 132:24. b At. 7:55–56; D&C 133:11.
gee Jesus Cristo— D&C 76:20–23. 8 a Gál. 3:22;
Autoridade. c gee Jesus Cristo— Mos. 16:3–5.
b gee Redenção, Glória de Jesus b Heb. 13:2;
Redimido, Redimir; Cristo. 3 Né. 28:25–29.
Doutrina e Convênios 49:10–23 100
viei o meu a convênio eterno, 16 Portanto é legítimo que ele
aquele que existiu desde o tenha uma a esposa e os dois se-
princípio. rão b uma só carne; e tudo isto
10 E aquilo que prometi, eu para que a c Terra cumpra o fim
cumpri; e as a nações da Terra a de sua criação;
isso se b curvarão; e se não o 17 E para que se encha com a
fizerem por si mesmas, serão medida do homem, de acordo
abatidas, porque aquele que com sua a criação b antes que o
agora a si mesmo se exalta, será mundo fosse feito.
c
humilhado pela força. 18 E todo o que manda que se
11 Portanto dou-vos manda- abstenha de a carne, que o ho-
mento de vos a dirigirdes a esse mem dela não faça uso, não é
povo e dizer, como meu após- autorizado por Deus;
tolo da antigüidade, cujo nome 19 Porque eis que as a bestas
era Pedro: do campo e as aves do ar e
12 Crede no nome do Senhor aquilo que provém da terra fo-
Jesus, que esteve na Terra e que ram estabelecidos para uso do
virá, o princípio e o fim; homem, para alimento e para
13 a Arrependei-vos e sede vestuário e a fim de que ele te-
batizados em nome de Jesus nha em abundância.
Cristo, para a remissão de pe- 20 Mas não foi determinado
cados, de acordo com o santo que a possuísse um homem mais
mandamento; do que o outro; portanto o
b
14 E todo o que isto fizer rece- mundo se acha em pecado.
berá o a dom do Espírito Santo, 21 E ai do homem que a derra-
pela imposição das b mãos dos ma sangue ou desperdiça carne
élderes da igreja. sem necessidade.
15 E também, em verdade vos 22 E também, em verdade vos
digo que aquele que a proíbe o digo que o Filho do Homem
casamento não é aprovado por não a virá na forma de uma mu-
Deus, porque o b casamento foi lher nem na de um homem via-
instituído por Deus para o jando pela terra.
homem. 23 Portanto não vos deixeis

9 a Gên. 17:7; Santo. 17a Mois. 3:4–5.


D&C 66:2. b gee Mãos, gee Criação, Criar.
gee Novo e Eterno Imposição das. b gee Vida Pré-mortal.
Convênio. 15a I Tim. 4:1–3. 18a Gên. 9:3;
10a Zac. 2:11; b Gên. 2:18, 24; I Tim. 4:1–3.
D&C 45:66–69; I Cor. 11:11. 19a D&C 89:10–13.
97:18–21. gee Casamento, 20a At. 4:32;
b Isa. 60:14. Casar. D&C 51:3; 70:14;
c Mt. 23:12. 16a Jacó 2:27–30. 78:6.
11a gee Obra b Gên. 2:24; b gee Mundanismo.
Missionária. Mt. 19:5–6. 21a tjs, Gên. 9:10–15.
13a 3 Né. 27:19–20. c gee Terra—Criada 22a gee Segunda Vinda
14a gee Dom do Espírito para o homem. de Jesus Cristo.
101 Doutrina e Convênios 49:24–50:1
a
enganar, mas continuai firmes, ros e nas montanhas regozijar-
à b espera de que os céus sejam se-á; e será reunida no lugar
sacudidos e a Terra trema e que designei.
cambaleie como um homem 26 Eis que vos digo: Ide, como
embriagado; e os c vales sejam vos mandei; arrependei-vos de
elevados e as d montanhas se- todos os vossos pecados; a pedi
jam rebaixadas e os lugares aci- e recebereis; batei e ser-vos-á
dentados sejam aplainados — e aberto.
tudo isso quando o anjo soar sua 27 Eis que eu irei adiante de
e
trombeta. vós e serei vossa a retaguarda; e
24 Mas antes que venha o gran- estarei no b meio de vós e não
de dia do Senhor, a Jacó prospe- sereis c confundidos.
rará no deserto e os lamanitas 28 Eis que eu sou Jesus Cristo
b
florescerão como a rosa. e a depressa venho. Assim seja.
25 Sião a florescerá nos b outei- Amém.

SEÇÃO 50
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em maio de 1831 ( History of the Church 1:170-173).
O Profeta afirma que alguns dos élderes não entendiam as manifestações
de diferentes espíritos espalhados pela Terra e que esta revelação foi dada
em resposta a sua indagação especial sobre o assunto. Os chamados fenô-
menos espirituais não eram raros entre os membros, alguns dos quais
afirmavam estar recebendo visões e revelações.

1–5, Muitos espíritos falsos estão pondidas; 37–46, Cristo é o Bom


espalhados pela Terra; 6–9, Ai dos Pastor e a Pedra de Israel.
hipócritas e dos que são expulsos
da Igreja; 10–14, Os élderes de-
vem pregar o evangelho pelo Espí-
rito; 15–22, Tanto os pregadores
E SCUTAI, ó élderes da minha
igreja, e dai ouvidos à voz
do Deus vivo; e atentai para as
quanto os ouvintes precisam ser palavras de sabedoria que vos
iluminados pelo Espírito; 23–25, serão dadas, segundo o que ha-
Aquilo que não edifica não é de veis perguntado e concordado
Deus; 26–28, Os fiéis são possui- com relação à igreja e aos espí-
dores de todas as coisas; 29–36, ritos que estão espalhados pela
As preces dos purificados são res - Terra.
23a Mt. 24:4–5. 24a 3 Né. 5:21–26. 2 Né. 12:2–3.
b II Ped. 3:12; b Isa. 35:1; 26a D&C 88:63.
D&C 45:39. 2 Né. 30:5–6; 27a Isa. 52:12.
c Isa. 40:4; 3 Né. 21:22–25; b 3 Né. 20:22.
D&C 109:74. D&C 3:20; 109:65. c I Ped. 2:6;
d Miq. 1:3–4. 25a D&C 35:24. D&C 84:116.
e Mt. 24:29–31. b Gên. 49:26; 28a D&C 1:12.
Doutrina e Convênios 50:2–17 102
2 Eis que em verdade vos digo 10 E agora vinde, diz o Se-
que há muitos espíritos que são nhor, pelo Espírito, aos élderes
espíritos a falsos, os quais saíram de sua igreja; e juntos a arrazoe-
pela Terra enganando o mundo. mos para que compreendais;
3 E a Satanás também vos pro- 11 Arrazoemos assim como um
curou enganar a fim de derro- homem arrazoa com outro, face
tar-vos. a face.
4 Eis que eu, o Senhor, vos 12 Ora, quando um homem
tenho observado e tenho visto arrazoa, é compreendido pelo
abominações na igreja que a pro- homem, porque arrazoa como
fessa o meu nome. um homem; assim também eu,
5 Mas bem-aventurados os que o Senhor, arrazoarei convosco
são fiéis e a perseveram, seja na para que a compreendais.
vida ou na morte, porque her- 13 Portanto eu, o Senhor, faço-
darão a vida eterna. vos esta pergunta: Para que fos-
6 Mas ai daqueles que são a en- tes a ordenados?
ganadores e hipócritas, porque 14 Para pregar meu evangelho
assim diz o Senhor: Levá-los-ei pelo a Espírito, sim, o b Consola-
a julgamento. dor que foi enviado para ensi-
7 Eis que em verdade vos digo nar a verdade.
que há entre vós a hipócritas que 15 E então recebestes a espíritos
enganaram alguns, o que deu que não pudestes compreender e
b
poder ao c adversário; mas eis os recebestes como se fossem de
que d esses serão resgatados; Deus; e nisto estais justificados?
8 Mas os hipócritas serão de- 16 Eis que vós mesmos res-
tectados e serão a afastados, seja pondereis a esta pergunta; não
na vida ou na morte, como eu obstante, serei misericordioso
desejar; e ai dos que são corta- para convosco; aquele dentre
dos da minha igreja, porque os vós que for fraco, no futuro se-
mesmos foram vencidos pelo rá tornado a forte.
mundo. 17 Em verdade vos digo: Aque-
9 Portanto, que todo homem le que é ordenado por mim e
fique atento para que não faça enviado para a pregar a palavra
o que não for verdadeiro e reto da verdade pelo Consolador,
perante mim. no Espírito da verdade, prega-a

50 2a D&C 129. 7 a Mt. 23:13–15; 13a gee Ordenação,


gee Espírito— Al. 34:28. Ordenar.
Espíritos maus. b gee Diabo. 14a D&C 43:15.
3a Lc. 22:31; c Mos. 27:8–9. gee Ensinar,
3 Né. 18:18. d ie os que foram Mestre—Ensinar
4a gee Jesus Cristo— enganados. com o Espírito.
Tomar sobre nós 8 a D&C 1:14; 56:3; b gee Consolador.
o nome de Jesus 64:35. 15a gee Discernimento,
Cristo. gee Excomunhão. Dom de.
5a gee Perseverar. 10a Isa. 1:18; 16a Ét. 12:23–27.
6a gee Enganar, D&C 45:10. 17a gee Obra
Engano, Fraude. 12a D&C 1:24. Missionária; Pregar.
103 Doutrina e Convênios 50:18–32
pelo b Espírito da verdade ou de nado para ser o a maior, não
alguma outra forma? obstante ser o menor e o b servo
18 E se for de alguma outra de todos.
forma, não é de Deus. 27 Portanto ele é a possuidor
19 E também, aquele que rece- de todas as coisas; porque to-
be a palavra da verdade, recebe- das as coisas lhe são sujeitas,
a pelo Espírito da verdade ou de tanto na Terra como no céu, a
alguma outra forma? vida e a luz, o Espírito e o b po-
20 Se for de alguma outra for- der, enviados pela vontade do
ma, não é de Deus. Pai, por meio de Jesus Cristo,
21 Então como é que não po- seu Filho.
deis compreender e saber que 28 Mas nenhum homem é pos-
aquele que recebe a palavra pelo suidor de todas as coisas, a
Espírito da verdade recebe-a co- menos que seja a purificado e
b
mo é pregada pelo Espírito da lavado de todo pecado.
verdade? 29 E se fordes purificados e
22 Portanto aquele que prega lavados de todo pecado, a pedi-
e aquele que recebe se com- reis ao Pai o que quer que de-
preendem um ao outro e am- sejardes, em nome de Jesus, e
bos são a edificados e juntos se será feito.
b
regozijam. 30 Mas sabei isto: Ser-vos-á
23 E aquilo que não edifica indicado o que devereis pedir;
não é de Deus e é a trevas. e ao serdes designados como
a
24 Aquilo que é de Deus é cabeça, os espíritos ser-vos-ão
a
luz; e aquele que recebe luz sujeitos.
e b persevera em Deus recebe 31 Portanto acontecerá que,
c
mais luz; e essa luz se torna se virdes manifestado um
a
mais e mais brilhante, até o dia espírito que não podeis com-
perfeito. preender e não conhecer-
25 E também em verdade vos des esse espírito, pergunta-
digo e digo para que conheçais reis ao Pai em nome de Jesus;
a a verdade, para que afugenteis e se ele não vos der a conhecer,
as trevas do meio de vós; então sabereis que não é de
26 Aquele que é ordenado por Deus.
Deus e enviado, esse é desig- 32 E ser-vos-á dado a poder so-

17b D&C 6:15. Cristo. D&C 88:74–75.


gee Espírito Santo; b Jo. 15:4–5, 10. gee Pureza, Puro;
Verdade. c 2 Né. 28:30. Santificação.
22a I Cor. 14:26. 25a Jo. 8:32. b I Jo. 1:7–9.
b Jo. 4:36. 26a Mt. 23:11. 29a Hel. 10:5; D&C 46:30.
23a gee Trevas b Mc. 10:42–45. gee Oração.
Espirituais. gee Serviço. 30a gee Autoridade.
24a I Jo. 2:8–11; 27a D&C 76:5–10, 53–60; 31a I Jo. 4:1.
Morô. 7:14–19; 84:34–41. gee Espírito—
D&C 84:45–47; 88:49. b gee Poder. Espíritos maus.
gee Luz, Luz de 28a 3 Né. 19:28–29; 32a Mt. 10:1.
Doutrina e Convênios 50:33–44 104
bre esse espírito; e proclamareis 38 E também meu servo John
contra esse espírito, em alta voz, Corrill ou todos os meus servos
que ele não é de Deus — que forem ordenados a esse
33 Não com acusações a inju- ofício; e que trabalhem na a vi-
riosas, para que não sejais ven- nha e que nenhum homem os
cidos, nem com b jactância ou re- impeça de fazer aquilo que lhes
gozijo, para que não sejais por designei —
ele apanhados. 39 Portanto nisto meu servo
a
34 Aquele que recebe de Deus, Edward Partridge não é justi-
reconheça que é de Deus; e que ficado; contudo, que se arre-
se regozije por Deus considerá- penda e será perdoado.
lo digno de receber. 40 Eis que vós sois criancinhas
35 E dando ouvidos e fazendo e não podeis a suportar todas
essas coisas que recebestes e as coisas agora; é preciso que
b
que mais adiante recebereis — cresçais em c graça e no conhe-
e o a reino vos é dado pelo Pai, cimento da d verdade.
assim como o b poder para ven- 41 a Não temais, b filhinhos, por-
cer todas as coisas que não são que sois meus e eu c venci o
por ele ordenadas — mundo; e fazeis parte daqueles
36 E eis que em verdade vos que meu Pai me d deu;
digo: Bem-aventurados sois vós 42 E nenhum dos que meu Pai
que estais agora ouvindo estas me deu se a perderá.
minhas palavras da boca de 43 E o Pai e eu somos a um. Eu
meu servo, porque vossos pe- estou no Pai e o Pai em mim; e
cados vos são a perdoados. sendo que me recebestes, estais
37 Que meu servo Joseph em mim e eu em vós.
Wakefield, em quem me com- 44 Portanto estou em vosso
prazo, e meu servo a Parley P. meio e sou o a bom pastor e a
b
Pratt visitem as igrejas e for- pedra de Israel. Aquele que edi-
taleçam-nas com palavras de ficar sobre esta c rocha d jamais
b
exortação; cairá.

33a Jud. 1:9. 40a 3 Né. 17:2–3; 43a Jo. 17:20–23;


b D&C 84:67, 73. D&C 78:17–18. 3 Né. 11:35–36.
35a gee Reino de Deus b I Cor. 3:2–3; gee Trindade.
ou Reino do Céu. D&C 19:22–23. 44a Jo. 10:14–15.
b I Jo. 4:4; c gee Graça. gee Bom Pastor.
D&C 63:20, 47. d gee Verdade. b Gên. 49:24;
36a D&C 58:42–43. 41a I Jo. 4:18. I Ped. 2:4–8.
gee Perdoar. b gee Filhos e gee Pedra de
37a gee Pratt, Parley Filhas de Deus. Esquina.
Parker. c Jo. 16:33. c I Cor. 10:1–4.
b D&C 97:3–5. d Jo. 10:27–29; 17:2; gee Rocha;
38a gee Vinha do 3 Né. 15:24; Jesus Cristo.
Senhor. D&C 27:14; 84:63. d Hel. 5:12.
39a gee Partridge, 42a Jo. 17:12;
Edward. 3 Né. 27:30–31.
105 Doutrina e Convênios 50:45–51:5
45 E vem o dia em que ouvi- 46 a Vigiai, portanto, para que
reis minha voz e me a vereis e estejais b prontos. Assim seja.
sabereis que eu sou. Amém.

SEÇÃO 51
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Thomp-
son, Estado de Ohio, em maio de 1831 ( History of the Church 1:173–
174). Nessa época, os santos que estavam emigrando dos estados do leste
começaram a chegar a Ohio e tornou-se necessário tomar providências
definidas para seu estabelecimento. Como isto cabia particularmente ao
ofício do bispo, o Bispo Edward Partridge solicitou instruções sobre o
assunto e o Profeta inquiriu o Senhor.

1–8, Edward Partridge é designado da homem, de acordo com sua


para regulamentar as mordomias e família e de acordo com suas
propriedades; 9–12, Os santos de- condições e suas carências e b ne-
vem agir com honestidade e receber cessidades.
partes iguais; 13–15, Devem ter 4 E que meu servo Edward Par-
um armazém do bispo e organizar tridge, quando designar a um
as propriedades de acordo com a lei homem sua porção, dê-lhe um
do Senhor; 16–20, Ohio deve ser documento que lhe assegure
um lugar provisório de reunião. sua porção, para que a conser-
ve, sim, este direito e esta he-

E SCUTAI-ME, diz o Senhor


vosso Deus, e falarei a meu
servo a Edward Partridge e dar-
rança na igreja, até que trans-
grida e não seja considerado
digno de pertencer a ela, pela
lhe-ei instruções; porque é ne- voz da igreja, de acordo com as
cessário que receba instruções leis e a convênios da igreja.
sobre como organizar este povo. 5 E se transgredir e não for
2 Porque é necessário que se- considerado digno de perten-
jam organizados de acordo com cer à igreja, não terá poder para
minhas a leis; caso contrário, se- reclamar a porção que consa-
rão cortados. grou ao bispo para os pobres
3 Portanto, que meu servo e necessitados da igreja; por-
Edward Partridge e aqueles que tanto ele não conservará a dádi-
ele escolheu, com os quais me va, mas terá direito somente à
comprazo, designem a este povo porção que tenha recebido por
suas porções, a igualmente a ca- documento.

45a D&C 67:10–13. 2 a D&C 42:30–39; 105:5. 4 a ie seções 20 e 22 são


46a gee Atalaia, gee Consagração— chamadas de Regras
Sentinela, Vigia. Lei da Consagração. e Convênios da
b Al. 34:32–33. 3 a D&C 49:20. Igreja de Cristo.
51 1a gee Partridge, b At. 2:44–45; D&C 33:14; 42:13.
Edward. 4 Né. 1:2–3. gee Convênio.
Doutrina e Convênios 51:6–20 106
b
6 E assim todas as coisas serão necessidades deste povo, con-
asseguradas, de a acordo com as servem-se nas mãos do bispo.
b
leis do país. 14 E que ele também reserve o
7 E aquilo que pertencer a este necessário para suas próprias
povo seja a ele designado. necessidades e para as necessi-
8 E quanto ao a dinheiro deixa- dades de sua família, já que es-
do para este povo: Que se desig- tará tratando deste negócio.
ne um agente para este povo a 15 E assim concedo a este po-
fim de, com o b dinheiro, prover vo o privilégio de organizar-se
alimento e vestuário, segundo de acordo com minhas a leis.
as necessidades deste povo. 16 E consagro-lhes a esta terra
9 E que todo homem negocie por um certo tempo, até que eu,
a
honestamente e seja igual entre o Senhor, proveja a sua subsis-
este povo e receba igualmente, tência de outra forma e ordene-
para que sejais b um, assim como lhes que partam daqui;
vos ordenei. 17 E a hora e o dia não lhes são
10 E que aquilo que pertencer indicados; portanto, que vivam
a este povo não seja dele tirado nesta terra como se aqui fossem
e dado ao de a outra igreja. permanecer anos; e isso lhes re-
11 Portanto, se outra igreja re- verterá para o bem.
ceber dinheiro desta igreja, de- 18 Eis que isso será a um exem-
verá pagar-lhe conforme o que plo para meu servo Edward Par-
combinarem; tridge em outros lugares, em to-
12 E isto será feito por inter- das as igrejas.
médio do bispo ou do agente, 19 E quem for um a mordomo
que será designado pela a voz da fiel, justo e sábio, entrará no
b
igreja. gozo do seu Senhor e herdará
13 E também, que o bispo de- a vida eterna.
signe um a armazém para esta 20 Em verdade vos digo: Eu
igreja; e que todas as coisas, tan- sou Jesus Cristo, que depressa
a
to em dinheiro como em man- vem, em uma b hora que não
timentos, que ultrapassem as pensais. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 52
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, aos élderes da
Igreja em Kirtland, Estado de Ohio, em 7 de junho de 1831. ( History of

6 a I Ped. 2:13; 10a ie outro ramo da 16a ie Área de Kirtland,


D&C 98:5–7. Igreja ou outra Ohio.
b D&C 58:21–22. denominação. 18a ie modelo.
8 a D&C 84:104. 12a gee Comum Acordo. 19a Mt. 24:45–47.
b D&C 104:15–18. 13a D&C 42:55. gee Mordomia,
9 a gee Honestidade, gee Armazém. Mordomo.
Honesto. b D&C 42:33–34, 55; b gee Alegria.
b D&C 38:27. 82:17–19. 20a Apoc. 22:6–16.
gee Unidade. 15a D&C 51:2. b Mt. 24:44.
107 Doutrina e Convênios 52:1–11

the Church 1:175–179). Uma conferência fora realizada em Kirtland,


iniciando-se no dia 3 e terminando no dia 6 de junho. Nessa conferência
foram feitas as primeiras ordenações específicas ao ofício de sumo sacer-
dote e discerniram-se e repreenderam-se certas manifestações de espíritos
falsos e enganadores.

1–2, Decide-se que a conferência seus lares, indo para a terra de


seguinte será realizada no Estado Missouri.
de Missouri; 3–8, Designados cer- 4 E se me forem fiéis, ser-lhes-á
tos élderes para viajar juntos; 9–11, dado saber o que deverão fazer;
Os élderes devem ensinar o que os 5 E também, se me forem fiéis,
apóstolos e profetas escreveram; ser-lhes-á dada a conhecer a
a
12–21, Os que são iluminados pelo terra de vossa herança.
Espírito produzem frutos de louvor 6 E se não forem fiéis, serão
e sabedoria; 22–44, Vários élderes afastados como eu desejar, co-
são designados para pregar o evan- mo me parecer bem.
gelho enquanto viajam ao Missouri 7 E também em verdade vos
para a conferência. digo: Que meus servos Lyman
Wight e John Corrill viajem ra-

E IS que assim diz o Senhor


aos élderes que a chamou e
escolheu nestes últimos dias pe-
pidamente;
8 E também que meu servo
John Murdock e meu servo Hy-
la voz de seu Espírito — rum Smith viajem para o mes-
2 Dizendo: Eu, o Senhor, dar- mo lugar, via Detroit.
vos-ei a conhecer o que desejo 9 E partam de lá pregando a
que façais deste momento até palavra pelo caminho, dizendo
a
a próxima conferência, que se nada mais do que escreveram
realizará em Missouri, na a terra os b profetas e apóstolos e o que
que b consagrarei a meu povo, o lhes for ensinado pelo c Conso-
qual é um c remanescente de Ja- lador por meio da oração da fé.
có, e aos que são herdeiros de 10 Que vão de a dois em dois e
acordo com o d convênio. assim preguem pelo caminho
3 Portanto em verdade vos em todas as congregações, bati-
digo: Que meus servos Joseph zando com b água e impondo as
c
Smith Júnior e Sidney Rigdon mãos quando saírem da água.
viajem logo que possam fazer 11 Pois assim diz o Senhor:
os preparativos para deixar Abreviarei minha obra em a jus-

52 1a gee Chamado, gee Convênio Ensinar, Mestre—


Chamado por Abraâmico. Ensinar com o
Deus, Chamar. 5 a D&C 57:1–3. Espírito.
2 a D&C 57:1–3. 9 a Mos. 18:19–20. 10a Mc. 6:7;
b D&C 58:57; 84:3–4. b D&C 42:12; 52:36. D&C 61:35.
c Salm. 135:4; gee Escrituras. b Jo. 1:26.
3 Né. 5:21–26. c gee Consolador; c At. 8:14–17.
d Abr. 2:6–11. Espírito Santo; 11a Rom. 9:28.
Doutrina e Convênios 52:12–29 108
tiça, pois dias virão em que en- 21 Eis que este mandamento
viarei julgamento para alcançar é dado a todos os élderes que
a vitória. escolhi.
12 E que meu servo Lyman 22 E também em verdade vos
Wight se acautele, pois Satanás digo: Que meus servos a Tho-
deseja a peneirá-lo como palha. mas B. Marsh e Ezra Thayre
13 E eis que aquele que for também viajem para essa mes-
a
fiel será feito governante de ma terra, pregando a palavra
muitas coisas. pelo caminho.
14 E também eu vos darei um 23 E também que meus servos
modelo em todas as coisas, pa- Isaac Morley e Ezra Booth via-
ra que não sejais enganados; jem para essa mesma terra, tam-
porque Satanás está solto na bém pregando a palavra pelo ca-
terra, enganando as nações — minho.
15 Portanto aquele que ora, 24 E também que meus ser-
cujo espírito é a contrito, esse é vos a Edward Partridge e Mar-
b
aceito por mim, se obedecer a tin Harris viajem com meus
minhas c ordenanças. servos Sidney Rigdon e Joseph
16 Aquele que fala, cujo espí- Smith Júnior.
rito é contrito, cuja linguagem 25 Que meus servos David
é mansa e edifica, esse é de Whitmer e Harvey Whitlock tam-
Deus, se obedecer a minhas or- bém viajem para essa mesma
denanças. terra e preguem pelo caminho.
17 E também aquele que estre- 26 E que meus servos a Parley
mece sob o meu poder será a for- P. Pratt e b Orson Pratt viajem
talecido e produzirá frutos de para essa mesma terra e pre-
louvor e b sabedoria, de acordo guem pelo caminho.
com as revelações e verdades 27 E que meus servos Solo-
que vos dei. mon Hancock e Simeon Carter
18 E também aquele que é ven- também viajem para essa mes-
cido e não a produz frutos, de acor- ma terra e preguem pelo cami-
do com este modelo, não é meu. nho.
19 Portanto por este modelo 28 Que meus servos Edson
a
discernireis os espíritos em to- Fuller e Jacob Scott também
dos os casos debaixo dos céus. façam sua viagem.
20 E chegados são os dias; de 29 Que meus servos Levi W.
acordo com a fé dos homens, Hancock e Zebedee Coltrin tam-
ser-lhes-á a feito. bém façam sua viagem.

12a Lc. 22:31; 17a D&C 66:8; 133:58. Thomas B.


3 Né. 18:17–18. b gee Sabedoria. 24a gee Partridge,
13a Mt. 25:23; 18a Mt. 3:10. Edward.
D&C 132:53. 19a gee Discernimento, 26a gee Pratt,
15a gee Coração Dom de. Parley Parker.
Quebrantado. 20a Mt. 8:5–13. b gee Pratt, Orson.
b D&C 97:8. 22a D&C 56:5.
c gee Ordenanças. gee Marsh,
109 Doutrina e Convênios 52:30–44
30 Que meus servos Reynolds digo: Que Jared Carter seja a or-
Cahoon e Samuel H. Smith tam- denado sacerdote e que também
bém façam sua viagem. George James seja ordenado
b
31 Que meus servos Wheeler sacerdote.
Baldwin e William Carter tam- 39 Que os élderes restantes a ve-
bém façam sua viagem. lem pelas igrejas e preguem a
32 E que meus servos a Newel palavra nas regiões circunvizi-
Knight e Selah J. Griffin sejam nhas; e que trabalhem com as
ambos ordenados e também via- próprias mãos, a fim de que
jem. não se pratique b idolatria nem
33 Sim, em verdade eu digo: iniqüidade.
Que todos esses viajem para 40 E em todas as coisas lem-
um lugar, seguindo caminhos brai-vos dos a pobres e b necessi-
diversos; e que um homem não tados, dos doentes e dos aflitos,
construa sobre o a alicerce de porque aquele que não faz es-
outro nem viaje seguindo suas tas coisas não é meu discípulo.
pegadas. 41 E também que meus ser-
34 Aquele que for fiel será vos Joseph Smith Júnior, Sid-
guardado e abençoado com ney Rigdon e Edward Partridge
muitos a frutos. levem consigo uma a recomen-
35 E também vos digo: Que dação da igreja. E que também
meus servos Joseph Wakefield seja obtida uma para meu ser-
e Solomon Humphrey viajem vo Oliver Cowdery.
para as terras do leste; 42 E assim, como eu disse, se
36 Que trabalhem com suas fordes fiéis vos reunireis para
famílias, nada mais a declaran- vos regozijardes na terra de
a
do do que os profetas e após- Missouri, que é a terra de vos-
tolos, as coisas que b viram e sa b herança, que é, no presente,
ouviram e em que firmemente a terra de vossos inimigos.
c
crêem, para que se cumpram 43 Mas eis que eu, o Senhor,
as profecias. apressarei a construção da ci-
37 Em conseqüência de trans- dade a seu tempo e coroarei os
gressão, aquilo que foi confe- fiéis com a alegria e com regozijo.
rido a Heman Basset seja dele 44 Eis que eu sou Jesus Cristo,
a
tirado e conferido a Simonds o Filho de Deus, e a elevá-los-
Ryder. ei no último dia. Assim seja.
38 E também em verdade vos Amém.

32a D&C 56:6–7. 37a Mt. 25:25–30. gee Pobres.


33a Rom. 15:20. 38a D&C 79:1. b gee Bem-Estar.
34a Jo. 15:16; b gee Sacerdote, 41a D&C 20:64.
D&C 18:15–16. Sacerdócio 42a gee Sião.
36a Mos. 18:19–20; Aarônico. b D&C 25:2; 57:1–3.
D&C 52:9. 39a Al. 6:1. 43a gee Alegria.
b Jo. 3:11. b gee Idolatria. 44a D&C 88:96–98.
c gee Crença, Crer. 40a D&C 104:15–18.
Doutrina e Convênios 53:1–7 110

SEÇÃO 53

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Algernon


Sidney Gilbert, em Kirtland, Estado de Ohio, em junho de 1831 ( His-
tory of the Church 1:179–180). A pedido de Sidney Gilbert, o Profeta
inquiriu o Senhor com respeito ao trabalho e designação do irmão Gilbert
na Igreja.

1–3, O chamado e eleição de Sid- mento do Espírito Santo pela


ney Gilbert na Igreja é ser ordena- imposição de b mãos;
do élder; 4–7, Deve também servir 4 E também para seres um
a
como agente do bispo. agente nesta igreja no lugar
que for designado pelo bispo,

E IS que eu te digo, meu ser-


vo Sidney Gilbert, que ouvi
tuas orações; e pediste-me que
de acordo com os mandamen-
tos que serão dados daqui em
diante.
te fosse dado saber, pelo Se- 5 E também em verdade eu te
nhor teu Deus, concernente a digo: Viajarás com meus servos
teu chamado e a eleição na igre- Joseph Smith Júnior e Sidney
ja que eu, o Senhor, levantei Rigdon.
nestes últimos dias. 6 Eis que estas são as primei-
2 Eis que eu, o Senhor, que fui ras ordenanças que receberás;
a
crucificado pelos pecados do e o restante será conhecido em
mundo, te dou o mandamento uma época futura, de acordo
de que b renuncies ao mundo. com teu trabalho na minha vi-
3 Toma sobre ti minha orde- nha.
nação, sim, a de élder, para pre- 7 E também quisera eu que
gares fé e arrependimento e a re- aprendesses que somente é sal-
missão de pecados, de acordo vo aquele que a persevera até o
com minha palavra, e o recebi- fim. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 54

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Newel Kni-


ght, em Kirtland, Estado de Ohio, em junho de 1831 ( History of the
Church 1:180–181). Os membros da Igreja do ramo de Thompson, Esta-
do de Ohio, achavam-se divididos quanto a questões referentes à consa-
gração de propriedades. O egoísmo e a avareza eram evidentes e Leman

53 1a gee Chamado e b gee Mundo; das.


Eleição; Eleitos; Mundanismo. 4 a D&C 57:6, 8–10,
Eleição. 3 a gee Remissão 14–15; 84:113.
2 a gee Crucificação de Pecados. 7 a gee Perseverar.
ou Crucifixão. b gee Mãos, Imposição
111 Doutrina e Convênios 54:1–10

Copley quebrara o convênio de consagrar sua grande fazenda como he-


rança para os santos que chegavam de Colesville, Estado de Nova York.
Ezra Thayre também estava envolvido na controvérsia. Em conseqüência
disso, Newel Knight (presidente do ramo de Thompson) e outros élderes
haviam procurado o Profeta, perguntando-lhe como proceder. O Profeta
inquiriu o Senhor e recebeu esta revelação. (Ver seção 56, que é conti-
nuação do assunto.)

1–6, Os santos devem guardar o 6 Mas bem-aventurados são


convênio do evangelho para obter os que guardaram o convênio
misericórdia; 7–10, Devem ser pa- e observaram o mandamento,
cientes na tribulação. porque obterão a misericórdia.
7 Portanto agora fugi da ter-

E IS que assim diz o Senhor, o


a
Alfa e o Ômega, o princípio
e o fim, aquele que foi b crucifi-
ra, para que vossos inimigos
não caiam sobre vós; e em-
preendei vossa viagem e desig-
cado pelos pecados do mundo: nai a quem desejardes para ser
2 Eis que em verdade, em ver- vosso líder e pagar dinheiros
dade eu te digo, meu servo por vós.
Newel Knight, que permaneças 8 E assim viajareis para as re-
firme no ofício para o qual te giões do oeste, para a terra de
a
designei. Missouri, até às fronteiras dos
3 E se teus irmãos desejam es- lamanitas.
capar de seus inimigos, que se 9 E depois que tiverdes termi-
arrependam de todos os seus nado a viagem, eis que vos di-
pecados e se tornem verdadei- go: Procurai um a meio de vida
ramente a humildes e contritos à maneira dos homens, até que
perante mim. eu vos prepare um lugar.
4 E como o a convênio que fize- 10 E também sede a pacien-
ram comigo foi quebrado, tor- tes nas tribulações até que eu
nou-se b nulo e sem efeito. b
venha; e eis que depressa ve-
5 E ai daquele por meio de nho e o meu galardão está co-
quem ocorre esta a ofensa, pois migo; e aqueles que cedo me
c
seria melhor para ele que se ti- buscaram encontrarão d descan-
vesse afogado nas profundezas so para sua alma. Assim seja.
do mar. Amém.

54 1a Apoc. 1:8; gee Consagração— b Apoc. 22:12.


D&C 19:1. Lei da Consagração. gee Segunda Vinda
gee Alfa; Ômega. b D&C 58:32–33. de Jesus Cristo.
b gee Crucificação 5a Mt. 18:6–7. c Prov. 8:17.
ou Crucifixão. 6a gee Misericórdia, gee Oração.
3 a gee Humildade, Misericordioso. d Mt. 11:28–30.
Humilde, 8a D&C 52:42. gee Descansar,
Humilhar. 9a I Tess. 4:11. Descanso.
4 a D&C 42:30–39. 10a gee Paciência.
Doutrina e Convênios 55:1–6 112

SEÇÃO 55
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a William W.
Phelps, em Kirtland, Estado de Ohio, em junho de 1831 ( History of the
Church 1:184–186). William W. Phelps, que era tipógrafo, acabara de
chegar a Kirtland com a família e o Profeta procurou o Senhor para obter
informações a seu respeito.

1–3, William W. Phelps é chama- 3 E terás poder para conferir


do e escolhido para ser batizado, o Santo Espírito a todos sobre
ser ordenado élder e pregar o evan- quem impuseres tuas mãos,
gelho; 4, Também deve escrever se estiverem contritos perante
livros para as crianças das escolas mim.
da Igreja; 5–6, Deve viajar para o 4 E também serás ordenado
Estado de Missouri, que será a para assistir meu servo Oliver
área de suas tarefas. Cowdery na tarefa de impri-
mir e de selecionar e escrever

E
a
IS que assim te diz o Senhor, livros para as escolas desta
meu servo William, sim, o igreja, a fim de que as crian-
Senhor de toda a a Terra: Foste cinhas também recebam ins-
chamado e escolhido; e depois trução diante de mim, como me
que tiveres sido b batizado com é agradável.
água e se o fizeres com os olhos 5 E também em verdade eu
fitos unicamente na minha te digo que, por este motivo,
glória, terás a remissão de teus farás tua viagem com meus
pecados e receberás o Santo Es- servos Joseph Smith Júnior e
pírito pela imposição de c mãos; Sidney Rigdon, a fim de que
2 E então serás ordenado pe- te a estabeleças na terra de tua
la mão de meu servo Joseph herança para fazeres este tra-
Smith Júnior para ser um élder balho.
desta igreja, para pregar o arre- 6 E também que meu servo
pendimento e a a remissão de pe- Joseph Coe viaje com eles. O
cados por meio do batismo, em restante será dado a conhecer
nome de Jesus Cristo, o Filho do mais tarde, de acordo com mi-
Deus vivo. nha vontade. Amém.

SEÇÃO 56
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em junho de 1831 ( History of the Church 1:186–188).
Ezra Thayre, que fora designado para viajar ao Estado de Missouri com
Thomas B. Marsh (ver seção 52:22), não pôde iniciar sua missão quando

55 1a Deut. 10:14; c gee Mãos, Pecados.


1 Né. 11:6; 2 Né. 29:7. Imposição das. 4 a D&C 88:118; 109:7, 14.
b gee Batismo, Batizar. 2 a gee Remissão de 5 a Amós 9:15.
113 Doutrina e Convênios 56:1–9
este estava pronto. O Élder Thayre não estava pronto para partir por
causa de seu envolvimento nos problemas ocorridos em Thompson, Ohio.
(Ver cabeçalho da seção 54.) O Senhor respondeu à pergunta do Profeta
sobre o assunto, dando esta revelação.

1–2, Os santos devem tomar sua 5 Portanto revogo o manda-


cruz e seguir o Senhor para alcan- mento que foi dado a meus ser-
çar a salvação; 3–13, O Senhor vos a Thomas B. Marsh e Ezra
ordena e revoga e os desobedientes Thayre e dou um novo man-
são afastados; 14–17, Ai dos ricos damento, a meu servo Thomas,
que não ajudam os pobres e ai dos de empreender rapidamente sua
pobres cujo coração não está que- viagem à terra de Missouri; e
brantado; 18–20, Benditos os po- meu servo Selah J. Griffin irá
bres que são puros de coração, por- também com ele.
que eles herdarão a Terra. 6 Pois eis que eu revogo o man-
damento que foi dado a meus

E SCUTAI, ó povo, vós que


a
professais meu nome, diz o
Senhor vosso Deus; pois eis que
servos Selah J. Griffin e Newel
Knight, em conseqüência da
obstinação de meu povo que
minha cólera está acesa contra está em Thompson e de suas
os rebeldes e eles conhecerão rebeliões.
meu braço e minha indignação 7 Portanto, que meu servo
no dia da b visitação e da ira so- Newel Knight permaneça com
bre as nações. eles; e todos os que forem con-
2 E aquele que não tomar sua tritos perante mim e quiserem
a
cruz e me b seguir e guardar ir, poderão ir, sendo por ele
meus mandamentos não será guiados à terra que designei.
salvo. 8 E também em verdade vos
3 Eis que eu, o Senhor, orde- digo que meu servo Ezra Thay-
no; e aquele que não a obedecer re deve arrepender-se de seu
será b cortado em meu próprio a
orgulho e de seu egoísmo e
e devido tempo, depois que eu obedecer ao mandamento ante-
tiver ordenado e o mandamen- rior que lhe dei com respeito ao
to for quebrado. lugar em que vive.
4 Portanto eu, o Senhor, ordeno 9 E se assim fizer, uma vez que
e a revogo, como me parece bem; não serão efetuadas divisões na
e tudo isso recairá sobre a ca- terra, ele ainda será designado
beça dos b rebeldes, diz o Senhor. para ir à terra de Missouri;

56 1a D&C 41:1. Morô. 7:11. b D&C 1:14–16; 50:8.


b Isa. 10:3–4; gee Jesus Cristo— 4 a D&C 58:31–33.
Mórm. 9:2; Exemplo de b gee Rebeldia,
D&C 1:13–14; 124:10. Jesus Cristo. Rebelião.
2 a Lc. 14:27. 3 a gee Obedecer, 5 a gee Marsh,
b I Ped. 2:21; Obediência, Thomas B.
2 Né. 31:10–13; Obediente. 8 a gee Orgulho.
Doutrina e Convênios 56:10–20 114
10 Caso contrário, ele receberá sas d riquezas irão corromper-
o dinheiro que pagou e deverá vos a alma; e esta será vossa
deixar o lugar e será a afastado lamentação no dia da visitação
de minha igreja, diz o Senhor e do julgamento e da indig-
Deus dos Exércitos; nação: Passada é a e colheita,
11 E ainda que passem o céu findo é o verão; e a minha alma
e a Terra, estas palavras não não está salva!
a
passarão, mas serão cumpri- 17 Ai de vós, homens a po-
das. bres, cujo coração não está
12 E se meu servo Joseph quebrantado, cujo espírito não
Smith Júnior precisar pagar o é contrito e cujo ventre não
dinheiro, eis que eu, o Senhor, está satisfeito e cujas mãos
devolvê-lo-ei a ele na terra de não cessam de se apoderar
Missouri, para que aqueles de de bens alheios, cujos olhos
quem ele receber sejam recom- estão cheios de b cobiça e que
pensados novamente de acordo não trabalhais com as próprias
com o que fizerem; mãos!
13 Pois, de acordo com o que 18 Mas bem-aventurados os
a
fizerem, receberão, sim, em ter- pobres que são puros de co-
ras para sua herança. ração, cujo coração está b que-
14 Eis que assim diz o Senhor a brantado e cujo espírito é con-
meu povo: Tendes muitas coisas trito, pois eles verão o c reino
para fazer e muito de que vos de Deus vindo em poder e
arrepender; pois eis que vossos grande glória para sua liber-
pecados subiram a mim e não tação; pois deles será a gordura
são perdoados, porque pro- da d terra.
curais a aconselhar a vossa pró- 19 Pois eis que o Senhor virá
pria maneira. e, com ele, seu a galardão; e re-
15 E vosso coração não está compensará a cada homem e os
satisfeito. E não obedeceis à ver- pobres regozijar-se-ão;
dade, mas tendes a prazer na 20 E suas gerações a herdarão
iniqüidade. a Terra de geração em geração,
16 Ai de vós, homens a ricos, para todo o sempre. E agora
que não b compartilhais vossos cesso de falar-vos. Assim seja.
bens com os c pobres, pois vos- Amém.

10a gee Excomunhão. gee Pobres. gee Pobres.


11a 2 Né. 9:16. d Tg. 5:3. b gee Coração
14a Jacó 4:10. e Jer. 8:20; Quebrantado.
15a Al. 41:10; Al. 34:33–35; c gee Reino de Deus
3 Né. 27:11. D&C 45:2. ou Reino do Céu.
16a Jer. 17:11; 17a Mos. 4:24–27; d gee Terra.
2 Né. 9:30. D&C 42:42; 68:30–32. 19a Apoc. 22:12;
b gee Esmolas. b gee Cobiçar. D&C 1:10.
c Prov. 14:31; 18a Mt. 5:3, 8; Lc. 6:20; 20a Mt. 5:5;
Al. 5:55–56. 3 Né. 12:3. D&C 45:56–58.
115 Doutrina e Convênios 57:1–6

SEÇÃO 57
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião, Con-
dado de Jackson, Estado de Missouri, em 20 de julho de 1831 ( History of
the Church 1:189–190). De conformidade com o mandamento do Se-
nhor (seção 52), os élderes haviam viajado de Kirtland para Missouri,
tendo tido muitas e várias experiências e certa oposição. Ao contemplar o
estado dos lamanitas e a falta de civilização, refinamento e religião do
povo em geral, o Profeta exclamou: “Quando florescerá o deserto como a
rosa? Quando será Sião edificada em sua glória e onde estará teu Templo,
ao qual concorrerão todas as nações nos últimos dias?” ( History of the
Church 1:189.) Em seguida recebeu esta revelação.

1–3, Independence, no Estado de que o lugar que é agora chama-


Missouri, é o local para a Cidade do Independence é o lugar cen-
de Sião e para o templo; 4–7, Os tral; e um local para o a templo se
santos devem comprar terras e re- acha a oeste, num terreno não
ceber heranças nessa região; 8–16, longe do tribunal.
Sidney Gilbert deve montar uma 4 Portanto é sábio que os san-
loja, W. W. Phelps, ser tipógrafo e tos a comprem a terra e também
Oliver Cowdery, preparar mate- todas as áreas do oeste até a
rial para publicação. linha que passa diretamente
entre b judeus e gentios;

E SCUTAI, ó élderes de minha


igreja, diz o Senhor vosso
Deus, vós, que de acordo com
5 E também toda a área que
confina com os prados, na me-
dida que meus discípulos pu-
meus mandamentos vos haveis derem a comprar terras. Eis que
reunido nesta terra, que é a terra isto é sabedoria: Que eles a b ob-
de a Missouri, b terra que designei tenham para herança eterna.
e c consagrei para a d reunião dos 6 E que meu servo Sidney Gil-
santos. bert permaneça no ofício para
2 Portanto esta é a terra da o qual o designei, a fim de rece-
promissão e o a local para a ci- ber dinheiro, ser o a agente da
dade de b Sião. igreja, comprar terras em todas
3 E assim diz o Senhor vosso as regiões circunvizinhas, des-
Deus: Se desejais receber sa- de que isso se faça em retidão e
bedoria, eis aqui sabedoria. Eis como a prudência ditar.

57 1a D&C 52:42. b gee Sião. colonizadores


b D&C 29:7–8; 3 a D&C 58:57; brancos.
45:64–66. 97:15–17. 5 a D&C 58:49, 51;
c D&C 61:17. 4 a D&C 48:4. 101:68–74.
d gee Israel— b ie “judeus” b D&C 56:20.
Coligação aqui se refere 6 a D&C 53.
de Israel. aos lamanitas e
2 a D&C 28:9; 42:9, 62. “gentios”, aos
Doutrina e Convênios 57:7–16 116
7 E que meu servo a Edward W. Phelps se estabeleça neste lu-
Partridge ocupe o cargo para o gar como b impressor da igreja.
qual o designei e b divida entre 12 E se o mundo receber seus
os santos a herança, como eu escritos — eis que aqui há sabe-
ordenei; e também os que ele doria — que obtenha o que pu-
nomeou para assisti-lo. der obter em retidão, para o bem
8 E também em verdade vos dos santos.
digo: Que meu servo Sidney 13 E que meu servo a Oliver
Gilbert se estabeleça neste lu- Cowdery o assista, sim, como
gar e monte uma loja para ven- ordenei, em qualquer lugar que
der mercadorias sem fraude, eu lhe designar, a fim de copiar,
a fim de obter dinheiro para corrigir e selecionar, para que
comprar terras para o bem dos todas as coisas sejam feitas cor-
santos e a fim de obter tudo o retamente perante mim, como
que os discípulos necessitarem for confirmado pelo Espírito por
para estabelecer-se em sua he- intermédio dele.
rança. 14 E assim, que aqueles que
9 E que também meu servo mencionei se estabeleçam na
Sidney Gilbert obtenha uma terra de Sião com suas famílias,
licença — eis que aqui há sa- o mais depressa possível, para
bedoria e aquele que ler que fazerem as coisas de acordo com
compreenda — para que tam- o que falei.
bém possa enviar mercadorias 15 E agora, com respeito à reu-
ao povo, por intermédio da- nião: Que o bispo e o agente
queles que ele desejar como façam preparativos para as fa-
empregados; mílias que receberam ordem de
10 E assim abastecer meus vir para esta terra, o mais de-
santos a fim de que meu evan- pressa possível; e estabeleçam-
gelho possa ser pregado aos que nas em sua herança.
estão nas a trevas e na região e 16 E aos demais élderes e
b
sombra da morte. membros, outras instruções se-
11 E também em verdade vos rão dadas mais tarde. Assim
digo: Que meu servo a William seja. Amém.

SEÇÃO 58
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião, Con-
dado de Jackson, Estado de Missouri, em 1º de agosto de 1831 ( History
of the Church 1:190–195). No primeiro domingo depois da chegada do
Profeta e da comitiva ao Condado de Jackson, Estado de Missouri, reali-
zou-se um serviço religioso e dois membros foram batizados. Durante

7 a D&C 58:24. 10a Isa. 9:2; Mt. 4:16. 11a gee Phelps,
gee Partridge, Edward. gee Trevas William W.
b D&C 41:9–11; Espirituais. b D&C 58:37, 40–41.
58:14–18. b Salm. 23:4. 13a gee Cowdery, Oliver.
117 Doutrina e Convênios 58:1–9
aquela semana, chegaram, junto com outros, alguns santos de Colesville,
do ramo de Thompson. (Ver seção 54.) Muitos se achavam ansiosos para
conhecer a vontade do Senhor a seu respeito no novo local de reunião.

1 – 5, Os que suportarem tribu- tarde nem a b glória que se se-


lações serão coroados de glória; guirá depois de muitas tribu-
6–12, Os santos devem preparar- lações.
se para as bodas do Cordeiro e a 4 Pois após muitas a tribu-
ceia do Senhor; 13–18, Os bispos lações vêm as b bênçãos. Portan-
são juízes em Israel; 19–23, Os to vem o dia em que sereis c co-
santos devem obedecer às leis do roados de muita d glória; ainda
país; 24 – 29, Os homens devem não é chegada a hora, mas está
usar seu livre-arbítrio para fazer o próxima.
bem; 30–33, O Senhor ordena e 5 Lembrai-vos disto, que eu
revoga; 34 – 43, Para arrepende- vos digo de antemão, para que
rem-se, os homens precisam con- o a guardeis no coração e rece-
fessar e abandonar seus pecados; bais o que se seguirá.
44–58, Os santos devem comprar 6 Eis que em verdade vos
sua herança e congregar-se em digo que por este motivo vos
Missouri; 59–65, O evangelho de- enviei — para que fôsseis obe-
ve ser pregado a toda criatura. dientes e para que vosso coração
estivesse a preparado para pres-

E SCUTAI, ó élderes de minha


igreja, e dai ouvidos a minha
palavra e aprendei de mim a mi-
tar b testemunho das coisas que
estão para vir;
7 E também para que tivésseis
nha vontade concernente a vós e a honra de estabelecer o alicerce
também a a esta terra para a qual e de testificar quanto à terra na
vos enviei. qual a a Sião de Deus será edifi-
2 Pois em verdade vos digo: cada;
Bem-aventurado é o que a guar- 8 E também para que um
da meus mandamentos, seja na banquete de coisas gordas fos-
vida ou na b morte; e o que é c fiel se preparado para os a pobres;
nas d tribulações recebe maior sim, um banquete de coisas
recompensa no reino do céu. gordas, de vinho b puro bem re-
3 Por agora não podeis, com finado, para que a Terra saiba
vossos olhos naturais, ver o de- que a boca dos profetas não fa-
sígnio de vosso a Deus com res- lhará;
peito às coisas que virão mais 9 Sim, uma ceia da casa do Se-

58 1a D&C 57:1–8. D&C 101:2–7; 5a Deut. 11:18–19.


2 a Mos. 2:22. 103:11–14; 109:76. 6a D&C 29:8.
b I Ped. 4:6. b gee Abençoado, b gee Testemunho.
c II Tess. 1:4. Abençoar, Bênção. 7a gee Sião.
d gee Adversidade. c gee Coroa; 8a gee Pobres.
3 a gee Trindade. Exaltação. b Isa. 25:6.
b gee Glória. d Rom. 8:17–18;
4 a Salm. 30:5; D&C 136:31.
Doutrina e Convênios 58:10–26 118
nhor, bem preparada, para a 19 Pois em verdade vos digo:
qual todas as nações serão con- Minha lei será observada nesta
vidadas. terra.
10 Primeiro o rico e o instruído, 20 Que ninguém se julgue
o sábio e o nobre; governante; mas que governe
11 E depois vem o dia do meu Deus o que julga, de acordo com
poder; então o pobre, o coxo e o sua própria vontade ou, em ou-
cego e o surdo virão às a bodas tras palavras, o que aconselha
do Cordeiro e participarão da ou se assenta na cadeira de juiz.
b
ceia do Senhor, preparada pa- 21 Que ninguém quebre as
a
ra o grande dia que virá. leis do país, porque o que guar-
12 Eis que eu, o Senhor, o disse. da as leis de Deus não tem ne-
13 E para que o a testemunho cessidade de quebrar as leis do
saia de Sião, sim, da boca da país.
cidade da herança de Deus — 22 Portanto sujeitai-vos aos
14 Sim, por essa razão man- poderes existentes até que rei-
dei-vos aqui e escolhi meu ser- ne a aquele cujo direito é reinar;
vo a Edward Partridge e desig- e subjugue todos os inimigos
nei-lhe sua missão nesta terra. sob seus pés.
15 Mas se ele não se arrepen- 23 Eis que as a leis que recebes-
der de seus pecados, que são tes de minha mão são as leis da
incredulidade e cegueira de co- igreja e, como tal, considerá-las-
ração, que se acautele para não eis. Eis que aqui há sabedoria.
a
cair. 24 E agora, como falei a respei-
16 Eis que lhe é dada sua mis- to de meu servo Edward Par-
são e não será dada outra vez. tridge, esta terra é a terra de sua
17 E quem tem essa missão residência e dos que ele nomeou
é designado para ser a juiz em como seus conselheiros; e tam-
Israel, como nos tempos an- bém a terra da residência daque-
tigos, para dividir as terras da le a quem designei para cuidar
herança de Deus entre seus de meu a armazém;
b
filhos; 25 Portanto, que tragam suas
18 E para julgar seu povo pelo famílias para esta terra, como
testemunho dos justos e com a decidirem entre eles e mim.
assistência de seus conselheiros, 26 Pois eis que não é conve-
de acordo com as leis do reino, niente que em todas as coisas
que são dadas pelos a profetas eu mande; pois o que é compe-
de Deus. lido em todas as coisas é servo

11a Mt. 22:1–14; 15a I Cor. 10:12. D&C 98:4–10;


Apoc. 19:9; 17a D&C 107:72–74. RF 1:12.
D&C 65:3. gee Bispo. gee Governo.
b Lc. 14:16–24. b gee Filhos e Filhas 22a gee Jesus Cristo;
13a Miq. 4:2. de Deus. Messias; Milênio.
14a gee Partridge, 18a gee Profeta. 23a gee Lei.
Edward. 21a Lc. 20:22–26; 24a D&C 51:13; 70:7–11.
119 Doutrina e Convênios 58:27–43
a
indolente e não sábio; portan- 35 Considero conveniente que
to não recebe recompensa. meu servo Martin Harris dê o
27 Em verdade eu digo: Os ho- exemplo à igreja, a entregando
mens devem ocupar-se a zelosa- seu dinheiro ao bispo da igreja.
mente numa boa causa e fazer 36 E também esta é uma lei pa-
muitas coisas de sua livre e ra todo homem que vier para
espontânea vontade e realizar esta terra a fim de receber uma
muita retidão. herança; e ele fará com seu di-
28 Pois neles está o poder e nheiro o que a lei determinar.
nisso são seus próprios a árbi- 37 E é prudente também que
tros. E se os homens fizerem o se comprem terras em Inde-
bem, de modo algum perderão pendence para o armazém e
sua recompensa. também para a a tipografia.
29 Mas o que nada faz até que 38 E outras instruções com res-
seja mandado e recebe um man- peito ao meu servo Martin Har-
damento com o coração duvido- ris ser-lhe-ão dadas pelo Espí-
so e guarda-o com indolência, é rito, para que ele receba sua
a
condenado. herança como lhe aprouver;
30 Quem sou eu que a fiz o ho- 39 E que se arrependa de seus
mem, diz o Senhor, para consi- pecados, pois procura o a lou-
derar inocente o que não obe- vor do mundo.
dece aos meus mandamentos? 40 E também que meu servo
a
31 Quem sou eu, diz o Senhor, William W. Phelps ocupe o
para a prometer e não cumprir? cargo para o qual o designei e
32 Eu mando, e os homens não receba sua herança na terra;
obedecem; a revogo, e eles não 41 E também ele precisa arre-
recebem a bênção. pender-se porque eu, o Senhor,
33 Depois dizem em seu não estou satisfeito com ele, pois
coração: Esta não é a obra do procura sobressair-se e não é
Senhor, porque suas promes- suficientemente humilde peran-
sas não se cumprem. Mas ai te mim.
deles, porque sua recompensa 42 Eis que aquele que se a arre-
os espreita a de baixo e não de pendeu de seus pecados é b per-
cima. doado e eu, o Senhor, deles não
34 E agora eu vos dou mais mais me c lembro.
instruções com respeito a esta 43 Desta maneira sabereis se
terra. um homem se arrepende de

26a Mt. 24:45–51; Hel. 12:6. 40a gee Phelps,


D&C 107:99–100. 31a D&C 1:37–38; 82:10. William W.
27a gee Diligência; 32a D&C 56:3–4. 42a gee Arrepender-se,
Obras. 33a D&C 29:45. Arrependimento.
28a gee Arbítrio. 35a D&C 42:30–32. b Isa. 1:18.
29a gee Condenação, 37a D&C 57:11–12. gee Perdoar.
Condenar. 39a 2 Né. 26:29; c Isa. 43:25.
30a Isa. 45:9–10; D&C 121:34–37.
Doutrina e Convênios 58:44–58 120
seus pecados — eis que ele os das a todas as igrejas com o fim
a
confessará e b abandonará. de obter dinheiro para ser en-
44 E agora, em verdade falo a tregue nas mãos do bispo ou do
respeito dos demais élderes de agente, como lhe parecer me-
minha igreja; não chegará, por lhor ou como determinar, com
muitos anos, a hora de rece- o propósito de comprar terras
berem sua herança nesta terra, para herança dos filhos de Deus.
a não ser que o desejem pela 52 Pois eis que em verdade
oração da fé e segundo o que vos digo que o Senhor deseja
lhes for designado pelo Senhor. que os discípulos e os filhos dos
45 Pois eis que dos confins da homens abram o coração para
Terra a reunirão os povos. comprar toda esta região o mais
46 Portanto congregai-vos; e os depressa possível.
que não forem designados para 53 Eis que aqui há sabedoria.
permanecer nesta terra, que pre- Que façam isto; do contrário
guem o evangelho nas regiões não receberão qualquer a heran-
circunvizinhas; e depois disso, ça, a não ser por derramamento
que regressem a seus lares. de sangue.
47 Que preguem pelo cami- 54 E também, quando se obti-
nho e a prestem testemunho da verem terras, que se envie tra-
verdade em todos os lugares, balhadores de toda classe a esta
chamando ao arrependimento terra, a fim de trabalharem para
os ricos, os nobres e os plebeus os santos de Deus.
e os pobres. 55 Que todas essas coisas sejam
48 E que edifiquem a igrejas, se feitas em ordem; e que os privi-
os habitantes da Terra se arre- légios das terras sejam anuncia-
penderem. dos de tempos em tempos pelo
49 E que pela voz da igreja se- bispo ou pelo agente da igreja.
ja nomeado um agente para a 56 E que o trabalho da reunião
igreja de Ohio, a fim de receber não seja feito às pressas nem
dinheiro para a compra de ter- fugindo, mas seja feito conforme
ras em a Sião. aconselharem os élderes da igre-
50 E dou ao meu servo, Sidney ja nas conferências, de acordo
Rigdon, o mandamento de fazer com o conhecimento que eles re-
por a escrito uma descrição da ceberem de tempos em tempos.
terra de Sião e uma exposição 57 E que meu servo Sidney
da vontade de Deus, como lhe Rigdon consagre e dedique ao
for manifestada pelo Espírito; Senhor esta terra e o local para
51 E uma epístola e uma subs- o a templo.
crição, para serem apresenta- 58 E que se convoque uma

43a D&C 19:20; 64:7. gee Israel— 50a D&C 63:55–56.


gee Confessar, Coligação de Israel. 53a D&C 63:27–31.
Confissão. 47a D&C 68:8. 57a D&C 57:3; 84:3–5, 31;
b D&C 82:7. 48a ie ramos da Igreja. 97:10–17.
45a Deut. 33:17. 49a gee Sião.
121 Doutrina e Convênios 58:59–59:1
conferência; e que depois os 61 Que os demais élderes desta
meus servos Sidney Rigdon e igreja, que estão vindo para esta
Joseph Smith Júnior regressem; terra, alguns dos quais são ex-
e também Oliver Cowdery com tremamente abençoados, tam-
eles, para concluírem o restan- bém realizem uma conferência
te da obra que lhes designei em nesta terra.
sua própria terra; e o restante, 62 E que meu servo Edward
como for a determinado pelas Partridge dirija a conferência
conferências. que será realizada por eles.
59 E que nenhum homem re- 63 E que também regressem
gresse desta terra sem a testificar pregando o evangelho pelo
pelo caminho aquilo que sabe e caminho, testificando quanto
em que seguramente acredita. às coisas que lhes forem reve-
60 E que seja tirado de Ziba ladas.
Peterson o que lhe foi conferi- 64 Pois, em verdade, o som
do; e que ele permaneça como deverá partir deste lugar para
membro da igreja e trabalhe todo o mundo e para os con-
com as próprias mãos, junta- fins da Terra — o evangelho de-
mente com os irmãos, até que verá ser a pregado a toda criatu-
seja suficientemente a castigado ra; e b sinais seguirão os que cre-
por todos os seus pecados, pois rem.
ele não os confessa e pensa es- 65 E eis que o Filho do Ho-
condê-los. mem a vem. Amém.

SEÇÃO 59
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Sião, Con-
dado de Jackson, Estado de Missouri, em 7 de agosto de 1831 ( History of
the Church 1:196–201). Precedendo o registro desta revelação, o Profeta
descreve a terra de Sião, onde o povo se achava então reunido. Consagrou-se
a terra conforme o Senhor ordenara e dedicou-se o local para o futuro tem-
plo. O Senhor aplica estes mandamentos especialmente aos santos de Sião.

1–4, Os santos fiéis de Sião se- mundo e vida eterna no mundo


rão abençoados; 5 – 8, Devem vindouro.
amar e servir ao Senhor e guar-
dar seus mandamentos; 9 – 19,
Santificando o dia do Senhor,
os santos serão abençoados ma-
E IS que, diz o Senhor, bem-
aventurados são os que su-
biram a esta terra com os a olhos
terial e espiritualmente; 20 – 24, fitos na minha glória, de acor-
Promete-se aos justos paz nesse do com meus mandamentos.

58a gee Comum Acordo. Repreender. de Jesus Cristo.


59a gee Testemunho. 64a gee Pregar. 59 1a Mt. 6:22–24;
60a gee Castigar, b gee Sinal. D&C 88:67.
Castigo, Corrigir, 65a gee Segunda Vinda
Doutrina e Convênios 59:2–13 122
2 Porque os que viverem a her- 7 aAgradecerás ao Senhor teu
darão a Terra e os que b morre- Deus em todas as coisas.
rem descansarão de todos os 8 Oferecerás um a sacrifício ao
seus labores e suas obras segui- Senhor teu Deus em b retidão,
los-ão; e nas c mansões de meu sim, um coração quebrantado e
Pai, que lhes preparei, recebe- um espírito c contrito.
rão uma d coroa. 9 E para que mais plenamente
3 Sim, bem-aventurados aque- te conserves a limpo das man-
les cujos pés estão sobre a terra chas do mundo, irás à casa de
de Sião, que obedeceram a meu oração e oferecerás teus sacra-
evangelho; pois receberão como mentos no meu b dia santificado;
recompensa as coisas boas da 10 Porque em verdade este é
terra e ela produzirá com sua um dia designado para descan-
a
força. sares de teus labores e a presta-
4 E também serão coroados res tua devoção ao Altíssimo;
com bênçãos do alto, sim, e com 11 Contudo teus votos serão
mandamentos, não poucos, e oferecidos em retidão todos os
com a revelações em seu tempo dias e em todos os momentos;
— aqueles que são b fiéis e c dili- 12 Lembra-te, porém, de que
gentes perante mim. no dia do Senhor oferecerás
5 Portanto dou-lhes um manda- tuas a oblações e teus sacramen-
mento que diz assim: aAmarás tos ao Altíssimo, b confessando
o Senhor teu Deus de todo o teu teus pecados a teus irmãos e
b
coração, de todo o teu poder, perante o Senhor.
mente e força; e em nome de 13 E nesse dia não farás qual-
Jesus Cristo c servi-lo-ás. quer outra coisa; seja teu ali-
6 Amarás o teu a próximo como mento preparado com singele-
a ti mesmo. Não b furtarás nem za de coração para que teu a je-
cometerás c adultério nem d ma- jum seja perfeito, ou, em outras
tarás nem farás coisa alguma palavras, para que tua b alegria
semelhante. seja completa.

2 a Mt. 5:5; c gee Diligência. 8 a gee Sacrifício.


D&C 63:20, 48–49. 5 a Deut. 11:1; Mt. 22:37; b gee Retidão.
b Apoc. 14:13. Morô. 10:32; c gee Coração
gee Morte Física; D&C 20:19. Quebrantado.
Paraíso. gee Amor. 9 a Tg. 1:27.
c gee Coroa; b gee Coração. b gee Dia de Descanso.
Exaltação. c gee Serviço. 10a gee Adorar.
d Jo. 14:2; D&C 72:4; 6 a gee Confraternizar. 12a ie ofertas, sejam de
76:111; 81:6; 98:18. b gee Roubar, Roubo. tempo, talentos ou
3 a Gên. 4:12; c gee Adultério. bens, a serviço de
Mois. 5:37. d gee Homicídio. Deus e do próximo.
4 a D&C 42:61; 76:7; 7 a Salm. 92:1; Al. 37:37; gee Sacrifício.
98:12; 121:26–29. D&C 46:32. b gee Confessar,
gee Revelação. gee Ação de Graças, Confissão.
b gee Dignidade, Agradecido, 13a gee Jejuar, Jejum.
Digno. Agradecimento. b gee Alegria.
123 Doutrina e Convênios 59:14–24
14 Em verdade, isto é jejum e 19 Sim, para servir de alimen-
oração, ou, em outras palavras, to e para vestuário, para o pala-
regozijo e oração. dar e o olfato, para fortalecer o
15 E se fizerdes estas coisas corpo e avivar a alma.
com a ação de graças, com o b co- 20 E agrada a Deus ter dado ao
ração e o semblante c alegres, homem todas essas coisas; pois
sem muito d riso porque isso é para este fim foram feitas, para
pecado, mas com o coração fe- serem usadas com discernimen-
liz e o semblante alegre — to, não com excesso nem por ex-
16 Em verdade eu digo que, se torsão.
isso fizerdes, a plenitude da 21 E em nada a ofende o homem
Terra será vossa, as feras do a Deus ou contra ninguém está
campo e as aves do céu e aquilo acesa sua ira, a não ser contra
que sobe nas árvores e anda na os que não b confessam sua mão
terra; em todas as coisas e não obede-
17 Sim, e as ervas e as coisas cem a seus mandamentos.
boas que provêm da terra, se- 22 Eis que isto está de acordo
jam para alimento ou para ves- com a lei e os profetas; portanto
tuário ou para casas ou para não me importuneis mais a res-
estábulos ou para pomares ou peito deste assunto.
para hortas ou para vinhas; 23 Aprendei que aquele que
18 Sim, todas as coisas que pratica as obras da a retidão re-
provêm da a terra, em sua es- ceberá sua b recompensa, sim,
c
tação, são feitas para o benefí- paz neste mundo e d vida eter-
cio e uso do homem, tanto para na no mundo vindouro.
agradar aos olhos como para 24 Eu, o Senhor, disse-o e o
alegrar o coração; Espírito testifica. Amém.

SEÇÃO 60
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, no Condado
de Jackson, Estado de Missouri, em 8 de agosto de 1831 ( History of the
Church 1:201–202). Nessa ocasião, os élderes designados para regressar
ao leste desejavam saber como deviam proceder e por que caminho e meio
deveriam viajar.

1–9, Os élderes devem pregar o seus talentos; 15–17, Podem lavar


evangelho nas congregações dos os pés como testemunho contra os
iníquos; 10–14, Não devem des- que rejeitarem o evangelho.
perdiçar seu tempo nem enterrar
15a gee Ação de Graças, d D&C 88:69. b gee Abençoado,
Agradecido, 18a gee Terra. Abençoar, Bênção.
Agradecimento. 21a gee Ofender. c Mt. 11:28–30.
b Êx. 25:2; D&C 64:34. b Jó 1:21. gee Paz.
c Prov. 17:22. 23a gee Retidão. d D&C 14:7.
Doutrina e Convênios 60:1–14 124

E IS que assim diz o Senhor


aos élderes de sua igreja,
que deverão regressar rapida-
tas sobre eles. Porque posso
tornar-vos a santos e vossos pe-
cados vos são b perdoados.
mente à terra de onde vieram: 8 E que os demais partam de
Eis que me agrada terdes vindo St. Louis, de dois em dois, e pre-
até aqui; guem a palavra, sem pressa,
2 Com alguns, porém, não es- entre as congregações dos iní-
tou satisfeito, porque não abrem quos, até regressarem às igrejas
a a boca; mas b escondem o talen- de onde vieram.
to que lhes dei, por causa do 9 E tudo isso para o bem das
c
temor aos homens. Ai desses, igrejas; com este intento en-
porque contra eles está acesa a viei-os.
minha ira. 10 E que meu servo a Edward
3 E acontecerá que, se não fo- Partridge destine uma parte do
rem mais fiéis a mim, deles será dinheiro que lhe dei a meus
a
tirado até aquilo que têm. élderes que têm ordem de re-
4 Porque eu, o Senhor, gover- gressar;
no em cima nos céus e entre os 11 E aquele que puder, que o
a
exércitos da Terra; e no dia em restitua por meio do agente; e
que eu reunir minhas b jóias, to- o que não puder, dele não se
dos os homens saberão o que é exigirá.
que revela o poder de Deus. 12 E agora falo dos outros que
5 Mas em verdade falar-vos-ei hão de vir para esta terra.
a respeito de vossa viagem à 13 Eis que eles foram envia-
terra de onde viestes. Que seja dos para pregar meu evange-
feita ou comprada uma embar- lho entre as congregações dos
cação, como vos parecer me- iníquos; portanto dou-lhes o se-
lhor, a mim não importa, e via- guinte mandamento: Não a des-
jai rapidamente para o lugar perdiçarás teu tempo nem en-
chamado St. Louis. terrarás teu b talento, de modo
6 E que, de lá, meus servos que não seja conhecido.
Sidney Rigdon, Joseph Smith 14 E depois que tiveres vindo
Júnior e Oliver Cowdery via- à terra de Sião e proclamado
jem para Cincinnati; minha palavra, regressarás ra-
7 E que nesse lugar levantem a pidamente, proclamando minha
voz e proclamem minha pala- palavra entre as congregações
vra em alta voz, sem ira nem dos iníquos, sem pressa, sem
a
dúvida, levantando mãos san- ira nem contendas.

60 2a Ef. 6:19–20. 4 a Al. 43:50. Edward.


b Lc. 8:16, 18. b Isa. 62:3; Zac. 9:16; 13a D&C 42:42.
c Mt. 25:14–30. Mal. 3:17; gee Ociosidade,
gee Temor— D&C 101:3. Ocioso.
Temor do homem. 7 a gee Santidade. b Mt. 25:24–30;
3 a Mc. 4:25; b gee Perdoar. D&C 82:18.
D&C 1:33. 10a gee Partridge, 14a Prov. 14:29.
125 Doutrina e Convênios 60:15–61:6
15 E sacode o a pó de teus pés e é a vontade daquele que vos
contra os que não te recebe- enviou.
rem, não em sua presença, para 17 E pela boca de meu servo
não provocá-los, mas em segre- Joseph Smith Júnior saber-se-á
do; e lava teus pés, como teste- a respeito de Sidney Rigdon e
munho contra eles no dia do Oliver Cowdery. Quanto ao res-
juízo. tante, mais tarde. Assim seja.
16 Eis que isto vos é suficiente Amém.

SEÇÃO 61

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à margem do


rio Missouri, em McIlwaine’s Bend (Curva de McIlwaine), em 12 de
agosto de 1831 ( History of the Church 1:202–205). Em sua viagem de
volta a Kirtland, o Profeta e dez élderes tinham descido o rio Missouri em
canoas. No terceiro dia de viagem, enfrentaram muitos perigos. O Élder
William W. Phelps, em uma visão à luz do dia, viu o destruidor movendo-se
com poder sobre a superfície das águas.

1–12, O Senhor decretou muitas eu, o Senhor, a perdôo pecados


destruições sobre as águas; 13–22, e sou b misericordioso para com
João amaldiçoou as águas e o des- aqueles que c confessam seus pe-
truidor move-se pela sua superfície; cados com o coração humilde;
23–29, Alguns têm poder para co- 3 Mas em verdade vos digo
mandar as águas; 30–35, Os élde- que não é necessário que todo
res devem viajar de dois em dois este grupo de meus élderes
para pregar o evangelho; 36–39, se mova rapidamente sobre as
Devem preparar-se para a vinda do águas, enquanto os habitantes,
Filho do Homem. em ambos os lados, perecem na
incredulidade.

V EDE e escutai a voz daquele


que tem todo o a poder, que
é de eternidade em eternidade,
4 Contudo permiti-o, para que
pudésseis testificar; eis que há
muitos perigos sobre as águas e
sim, o bAlfa e o Ômega, o princí- mais especialmente daqui para
pio e o fim. a frente;
2 Eis que em verdade assim 5 Porque eu, o Senhor, em mi-
vos diz o Senhor, ó élderes de nha ira decretei muitas des-
minha igreja, que estais reuni- truições sobre as águas; sim, e
dos neste lugar e cujos pecados especialmente sobre estas águas.
vos são agora perdoados, pois 6 Contudo, toda carne está em

15a Mt. 10:14; Lc. 9:5; 61 1a gee Poder. b gee Misericórdia,


At. 13:51; b gee Alfa; Ômega. Misericordioso.
D&C 24:15; 75:20; 2a Mos. 4:10–11. c gee Confessar,
84:92. gee Perdoar. Confissão.
Doutrina e Convênios 61:7–22 126
minha mão; e o que dentre vós boca de meu servo João, b amal-
for fiel não perecerá por meio diçoei as águas.
das águas. 15 Portanto dias virão em que
7 Portanto é conveniente que carne alguma estará segura so-
meu servo Sidney Gilbert e bre as águas.
meu servo a William W. Phelps 16 E dias virão em que se dirá
se apressem na sua incumbên- que ninguém poderá subir à
cia e missão. terra de Sião sobre as águas, a
8 Contudo eu não podia per- não ser o que for reto de coração.
mitir que partísseis até que 17 E como eu, o Senhor, no
tivésseis sido a repreendidos princípio a amaldiçoei a terra, as-
por todos os vossos pecados, sim nos últimos dias abençoei-a,
a fim de que fôsseis um, para em seu tempo, para uso de meus
que não perecêsseis em b ini- santos, a fim de que partilhem
qüidade; de sua gordura.
9 Mas agora, em verdade eu 18 E agora vos dou um man-
digo: É minha vontade que par- damento — e o que digo a um
tais. Portanto, que meus ser- digo a todos — de que antecipa-
vos Sidney Gilbert e William damente aviseis vossos irmãos
W. Phelps tomem seus antigos a respeito destas águas, a fim
companheiros e viajem rapida- de que, ao viajarem sobre elas,
mente, para que cumpram sua não falhe a sua fé e sejam apa-
missão; e pela fé vencerão; nhados em armadilhas;
10 E se forem fiéis, serão pre- 19 Eu, o Senhor, decretei e o
servados; e eu, o Senhor, esta- destruidor move-se sobre sua
rei com eles. superfície; e não revogo o de-
11 E que os demais levem as creto.
roupas de que necessitarem. 20 Eu, o Senhor, estava irado
12 Que meu servo Sidney Gil- convosco ontem, mas hoje mi-
bert leve consigo o que não for nha ira desviou-se.
indispensável, conforme deter- 21 Portanto, que aqueles de
minardes. quem falei viajem apressada-
13 E agora eis que, para vosso mente; novamente vos digo:
a
bem, vos dei um b mandamen- Que viajem apressadamente.
to concernente a estas coisas; 22 E depois de pouco tempo
e eu, o Senhor, arrazoarei con- não me importa como viajem,
vosco como com os homens na se por água, se por terra, desde
antigüidade. que cumpram sua missão; que
14 Eis que eu, o Senhor, no se faça de acordo com o que
princípio abençoei as a águas; lhes for revelado, segundo seu
nos últimos dias, porém, pela parecer daqui em diante.

7 a gee Phelps, William W. b gee Iniqüidade, de Deus.


8 a gee Castigar, Iníquo. 14a Gên. 1:20.
Castigo, Corrigir, 13a D&C 21:6. b Apoc. 8:8–11.
Repreender. b gee Mandamentos 17a Mois. 4:23.
127 Doutrina e Convênios 61:23–37
23 E agora, concernente a meus a boca nas congregações dos iní-
servos Sidney Rigdon, Joseph quos, até que cheguem a Cin-
Smith Júnior e Oliver Cowdery: cinnati;
Que não venham mais sobre as 31 E nesse lugar elevarão sua
águas, a não ser que seja pelo voz a Deus contra esse povo,
canal, quando viajarem para sim, àquele cuja ira está acesa
suas casas; ou, em outras pala- contra suas iniqüidades, um
vras, não deverão viajar sobre povo que está quase a amadure-
as águas, a não ser pelo canal. cido para a destruição.
24 Eis que eu, o Senhor, deter- 32 E de lá seguirão rumo às
minei a meus santos a maneira congregações de seus irmãos,
de viajar; e eis que esta é a ma- porque suas obras são agora
neira: que após saírem do canal mais necessárias entre eles do
viajem por terra, sendo que que nas congregações dos iní-
lhes foi ordenado que subam quos.
para a terra de Sião; 33 E agora, concernente aos
25 E farão como os filhos de demais, que viajem e a declarem
Israel, a armando suas tendas a palavra entre as congregações
pelo caminho. dos iníquos, como lhes é mani-
26 E eis que dareis este manda- festada;
mento a todos os vossos irmãos. 34 E se assim fizerem, a purifi-
27 Contudo, àquele a quem é carão suas vestes e ficarão ima-
dado a poder para comandar as culados perante mim.
águas, a ele é dado, pelo Espíri- 35 E que viajem juntos, ou de
a
to, conhecer todos os seus cami- dois em dois, como lhes pare-
nhos; cer melhor, mas o meu servo
28 Portanto que faça como o Reynolds Cahoon e o meu ser-
Espírito do Deus vivo lhe orde- vo Samuel H. Smith, com quem
nar, seja na terra ou sobre as me comprazo, não devem ser
águas, conforme eu desejar da- separados até que voltem para
qui em diante. casa; e isto para um sábio pro-
29 E a vós é dado o curso pa- pósito meu.
ra os santos, ou seja, o caminho 36 E agora, em verdade vos di-
pelo qual os santos do acam- go e o que digo a um digo a to-
pamento do Senhor deverão dos: Tende bom ânimo, a filhi-
viajar. nhos; pois estou no vosso b meio
30 E também em verdade vos e não vos c desamparei;
digo: Meus servos Sidney Rig- 37 E sendo que vos humilhas-
don, Joseph Smith Júnior e Oli- tes perante mim, as bênçãos do
a
ver Cowdery não deverão abrir reino são vossas.

25a Núm. 9:18. 33a gee Pregar; Missionária.


27a gee Sacerdócio; Testificar. 36a Jo. 13:33.
Poder. 34a 2 Né. 9:44; b Mt. 18:20.
31a Al. 37:31; Jacó 2:2; c Isa. 41:15–17;
Hel. 13:14; Mos. 2:28. 1 Né. 21:14–15.
D&C 101:11. 35a gee Obra 37a D&C 50:35.
Doutrina e Convênios 61:38–62:6 128
38 Cingi vossos lombos e a vi- 39 a Orai sempre para não en-
giai e sede sóbrios, esperando a trardes em b tentação, para que
vinda do Filho do Homem, pois suporteis o dia de sua vinda,
ele virá numa hora em que não seja na vida ou na morte. Assim
pensais. seja. Amém.

SEÇÃO 62
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, à margem do
rio Missouri, em Chariton, Estado do Missouri, em 13 de agosto de 1831
( History of the Church 1:205–206). Nesse dia, o Profeta e seu grupo,
que viajavam de Independence para Kirtland, encontraram vários élde-
res que estavam a caminho da terra de Sião e, após alegres saudações, o
Profeta recebeu esta revelação.

1–3, Os testemunhos são registra- vós e vossos c pecados vos são


dos nos céus; 4–9, Os élderes devem perdoados.
viajar e pregar de acordo com seu 4 E agora continuai vossa via-
discernimento e conforme orien- gem. Reuni-vos na terra de
a
tação do Espírito. Sião; realizai uma reunião e
rejubilai-vos juntos e oferecei

E IS que, escutai, ó élderes de


minha igreja, diz o Senhor
vosso Deus, sim, Jesus Cristo,
um sacramento ao Altíssimo.
5 E então podereis regressar
para testificar, sim, todos jun-
vosso a advogado, que conhece tos ou de dois em dois, como
as fraquezas dos homens e sabe vos parecer melhor, a mim não
como b socorrer os que são c ten- importa; somente sede fiéis e
a
tados. anunciai alegres novas aos ha-
2 E em verdade meus olhos bitantes da Terra ou entre as
estão sobre os que ainda não congregações dos iníquos.
subiram à terra de Sião; portan- 6 Eis que eu, o Senhor, vos
to vossa missão ainda não está reuni para que se cumprisse a
completa. promessa de que aqueles de vós
3 Não obstante, bem-aventu- que fossem fiéis seriam preser-
rados sois, porque o a testemu- vados e juntos se regozijariam
nho que prestastes está b regis- na terra de Missouri. Eu, o Se-
trado no céu para ser visto pelos nhor, prometo aos fiéis e não
anjos; e eles se regozijam por posso a mentir.

38a gee Atalaia, b Heb. 2:18; c D&C 84:61.


Sentinela, Vigia. Al. 7:12. 4 a D&C 57:1–2.
39a gee Oração. c gee Tentação, 5 a gee Obra
b gee Tentação, Tentar. Missionária.
Tentar. 3 a Lc. 12:8–9. 6 a Ét. 3:12.
62 1a D&C 45:3–4. gee Testemunho.
gee Advogado. b gee Livro da Vida.
129 Doutrina e Convênios 62:7–63:4
7 Eu, o Senhor, estou de acor- 8 Essas coisas vos são dadas
do, se qualquer de vós desejar para que as façais com discerni-
viajar a cavalo ou em mulas ou mento e conforme as orientações
em carroças, que receba essa do Espírito.
bênção, se a receber da mão do 9 Eis que vosso é o a reino. E eis
Senhor com um coração a grato que eu estou sempre b com os
em todas as coisas. fiéis. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 63
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em fins de agosto de 1831 ( History of the Church
1:206–211). O Profeta, Sidney Rigdon e Oliver Cowdery haviam chega-
do a Kirtland em 27 de agosto, após sua visita ao Estado de Missouri.
Prefaciando esta revelação, o Profeta escreveu: “Nesses dias iniciais da
Igreja havia um grande desejo de obter-se a palavra do Senhor sobre todos
os assuntos que, de alguma forma, diziam respeito a nossa salvação; e
como a terra de Sião era então a mais importante questão material em
vista, pedi mais informações ao Senhor sobre a reunião dos santos, a
compra da terra e outros assuntos” ( History of the Church 1:207).

1–6, Um dia de ira virá sobre os cia; 59–66, O nome do Senhor é


iníquos; 7–12, Sinais virão pela tomado em vão por aqueles que o
fé; 13 – 19, Os adúlteros de co- usam sem autoridade.
ração negarão a fé e serão lança-
dos no lago de fogo; 20, Os fiéis
receberão uma herança na Terra
transfigurada; 21, Um relato com-
E SCUTAI, ó povo, e abri o
coração e de longe ouvi; e
escutai, vós que vos chamais
pleto dos eventos ocorridos no povo do Senhor; e ouvi a pa-
Monte da Transfiguração ainda lavra do Senhor e sua vontade
não foi revelado; 22–23, Os obe- a respeito de vós.
dientes recebem os mistérios do 2 Sim, em verdade digo: Ouvi
reino; 24–31, Devem ser compra- a palavra daquele cuja ira está
das heranças em Sião; 32–35, O acesa contra os iníquos e os a re-
Senhor decreta guerras e os iní- beldes;
quos destroem os iníquos; 36 – 3 O qual toma a quem deseja
a
48, Os santos devem reunir-se em tomar e preserva a vida da-
Sião e dar dinheiro para construí- queles que deseja preservar;
la; 49–54, Asseguram-se bênçãos 4 Que constrói conforme seu
aos fiéis na Segunda Vinda, na desejo e prazer; e destrói quan-
Ressurreição e durante o Milênio; do lhe apraz e pode lançar a al-
55–58, Este é um dia de advertên- ma ao inferno.

7 a gee Ação de Graças, 9 a D&C 61:37. Rebelião.


Agradecido, b Mt. 28:20. 3 a gee Morte Física.
Agradecimento. 63 2a gee Rebeldia,
Doutrina e Convênios 63:5–18 130
5 Eis que eu, o Senhor, faço benefício dos homens para mi-
ouvir minha voz e ela será obe- nha glória.
decida. 13 Contudo dou mandamen-
6 Portanto em verdade eu digo: tos e muitos se afastaram de
Que os iníquos prestem aten- meus mandamentos e não os
ção e que os rebeldes temam e guardaram.
estremeçam; e que os incrédu- 14 Houve entre vós a adúlteros
los fechem os lábios, pois o a dia e adúlteras; alguns deles se afas-
da ira cairá sobre eles como um taram de vós e outros, que mais
b
furacão; e toda carne c saberá tarde serão revelados, perma-
que eu sou Deus. necem convosco.
7 E o que busca sinais verá a si- 15 Que esses se acautelem e
nais, mas não para a salvação. se arrependam depressa, para
8 Em verdade vos digo: Há en- que o julgamento não recaia so-
tre vós quem busque sinais e bre eles como uma armadilha e
tem havido desde o princípio. sua loucura seja manifestada e
9 Mas eis que a fé não vem por suas obras, aos olhos do povo,
sinais, mas sinais seguem os os acompanhem.
que crêem. 16 E em verdade vos digo, co-
10 Sim, sinais vêm pela a fé, não mo disse antes: Aquele que
a
pela vontade do homem nem olhar para uma mulher para a
b
como lhes agrada, mas pela von- cobiçar, ou se alguém em seu
tade de Deus. coração cometer c adultério, não
11 Sim, sinais vêm pela fé, pa- terá o Espírito, mas negará a fé
ra produzir obras grandiosas, e temerá.
pois sem a fé homem algum 17 Portanto eu, o Senhor, dis-
agrada a Deus; e Deus não se se que o a medroso e o incrédulo
agrada daquele com quem está e todos os b mentirosos e aque-
irado; portanto a esses não les que amam e c cometem a
mostra qualquer sinal, a não mentira, bem como o libertino
ser com b ira, para sua c conde- e o feiticeiro, terão sua parte no
d
nação. lago que arde com fogo e en-
12 Portanto eu, o Senhor, não xofre, que é a e segunda morte.
me agrado daqueles de vós que 18 Em verdade eu digo que
têm procurado sinais e maravi- eles não terão parte na a primei-
lhas para alcançar a fé e não em ra ressurreição.

6 a gee Justiça; b D&C 35:11. c Apoc. 22:15;


Segunda Vinda c D&C 88:65. D&C 76:103.
de Jesus Cristo. 14a D&C 42:24–25. d Apoc. 19:20;
b Jer. 30:23. 16a Mt. 5:27–28; 2 Né. 9:8–19, 26; 28:23;
c Isa. 49:26. D&C 42:23–26. Jacó 6:10;
7 a D&C 46:9. b gee Concupiscência. Al. 12:16–18;
gee Sinal. c gee Adultério. D&C 76:36.
10a Morô. 7:37. 17a Apoc. 21:8. gee Inferno.
gee Fé. b gee Mentir, e gee Morte Espiritual.
11a Heb. 11:6. Mentiroso. 18a Apoc. 20:6.
131 Doutrina e Convênios 63:19–34
19 E agora eis que eu, o Se- 26 Contudo eu, o Senhor, dou
nhor, vos digo que não sois a a César as coisas que são de
a
justificados, porque estas coi- César.
sas existem entre vós. 27 Portanto eu, o Senhor, dese-
20 Contudo, o que a permane- jo que compreis as terras para
cer na fé e fizer minha vontade, que tenhais vantagem no mun-
vencerá; e, quando vier o dia do, para que tenhais direitos
da transfiguração, receberá uma sobre o mundo, para que eles
b
herança na Terra; não sejam levados a encoleriza-
21 Quando a a Terra for b trans- rem-se.
figurada, sim, de acordo com 28 Porque a Satanás incute-lhes
o modelo mostrado aos meus no coração, contra vós, a ira e o
apóstolos sobre o c monte; rela- derramamento de sangue.
to cuja plenitude ainda não 29 Portanto a terra de Sião não
recebestes. será obtida a não ser por com-
22 E agora, em verdade vos pra ou por sangue; caso con-
digo que, como disse que vos trário, não há herança para vós.
tornaria conhecida minha von- 30 E se por compra, eis que
tade, eis que vo-la tornarei co- sois bem-aventurados;
nhecida, não por meio de man- 31 E se por sangue, como vos
damento, pois há muitos que é proibido derramar sangue,
não se esforçam para guardar eis que vossos inimigos esta-
meus mandamentos. rão sobre vós e sereis flagela-
23 Mas ao que guarda meus dos de cidade em cidade e de
mandamentos darei os a misté- sinagoga em sinagoga; e ape-
rios de meu reino; e será como nas poucos restarão para rece-
uma fonte de b água viva c ver- ber a herança.
tendo para a vida eterna. 32 Eu, o Senhor, estou irado
24 E agora, eis que esta é a com os iníquos; estou negando
vontade do Senhor vosso Deus meu Espírito aos habitantes da
concernente a seus santos: Que Terra.
se reúnam na terra de Sião, 33 Em minha ira jurei e decretei
a
não às pressas, para que não guerras sobre a face da Terra;
haja confusão, a qual produz e o iníquo matará o iníquo e te-
pestilência. mor virá sobre todo homem;
25 Eis a terra de a Sião — eu, o 34 E os a santos também mal
Senhor, retenho-a em minhas escaparão; contudo eu, o Se-
próprias mãos; nhor, estou com eles e, da pre-

19a gee Justificação, da Terra. c Jo. 4:14.


Justificar. b gee Mundo— 25a gee Sião.
20a D&C 101:35. Fim do mundo. 26a Lc. 20:25;
b Mt. 5:5; c Mt. 17:1–3. D&C 58:21–23.
D&C 59:2; 23a Al. 12:9–11; gee Governo.
88:25–26. D&C 42:61; 28a gee Diabo.
21a gee Terra— 84:19; 107:18–19. 33a gee Guerra.
Estado final b gee Águas Vivas. 34a gee Santo.
Doutrina e Convênios 63:35–49 132
sença de meu Pai, b descerei no nior poder para a discernir pelo
céu e consumirei os c iníquos Espírito os que subirão à terra
com d fogo inextinguível. de Sião e os de meus discípulos
35 E eis que isso não é já, mas que ficarão.
dentro em pouco. 42 Que meu servo Newel K.
36 Portanto uma vez que eu, Whitney mantenha sua loja, ou,
o Senhor, decretei todas estas em outras palavras, a loja, ain-
coisas sobre a face da Terra, de- da por algum tempo.
sejo que meus santos se reú- 43 Contudo, que dê todo o di-
nam na terra de Sião; nheiro que possa dar, para que
37 E que todo homem tome a seja mandado à terra de Sião.
a
retidão em suas mãos e cinja 44 Eis que estas coisas estão
seus lombos com a fidelidade; em suas mãos; que ele aja com
e aos habitantes da Terra le- sabedoria.
vante uma b voz de advertência 45 Em verdade eu digo: Que
e declare, tanto por palavra co- seja ele ordenado agente dos
mo por fuga, que a c desolação discípulos que ficarem e que
virá sobre os iníquos. seja ordenado com esse poder;
38 Portanto, que meus discí- 46 E que agora visite depressa
pulos em Kirtland, que moram as igrejas com meu servo Oli-
nesta fazenda, ponham em or- ver Cowdery, expondo-lhes es-
dem seus interesses materiais. tas coisas. Eis que esta é a minha
39 Que meu servo Titus Bil- vontade — obter dinheiro como
lings, que dela é encarregado, orientei.
disponha da terra a fim de estar 47 Aquele que for a fiel e perse-
preparado na próxima prima- verar, vencerá o mundo.
vera, com os que nela habitam, 48 Aquele que enviar tesouros
para viajar para a terra de Sião, à terra de Sião receberá uma
a
com exceção daqueles que re- herança neste mundo e tam-
servarei para mim mesmo e bém uma recompensa no mun-
que não irão até que eu ordene. do vindouro; e suas obras se-
40 E que todo o dinheiro dis- gui-lo-ão.
ponível, não me importa se 49 Sim, e bem-aventurados os
pouco ou muito, seja mandado que a morrerem no Senhor, da-
à terra de Sião, aos que desig- qui em diante, pois quando o
nei para recebê-lo. Senhor vier e as coisas velhas
b
41 Eis que eu, o Senhor, darei passarem e todas as coisas se
a meu servo Joseph Smith Jú- tornarem novas, eles se c levan-

34b gee Segunda Vinda Iníquo. 47a Mos. 2:41;


de Jesus Cristo. d gee Fogo. D&C 6:13.
c Mt. 3:12; 37a gee Retidão. 48a D&C 101:18.
2 Né. 26:6; b D&C 1:4. 49a Apoc. 14:13;
D&C 45:57; 64:24; c Isa. 47:11. D&C 42:44–47.
101:23–25, 66. 41a gee Discernimento, b II Cor. 5:17.
gee Iniqüidade, Dom de. c gee Ressurreição.
133 Doutrina e Convênios 63:50–62
a
tarão dentre os mortos e não Sidney Rigdon; ele b exaltou-se
mais d morrerão; e na cidade a si mesmo em seu coração e não
santa receberão uma herança recebeu conselho, mas ofendeu
perante o Senhor. o Espírito;
50 E o que estiver vivo quando 56 Portanto o que a escreveu
o Senhor vier e tiver guardado não é aceitável ao Senhor e ele
a fé, a bem-aventurado será; con- deverá fazê-lo de novo; e se o
tudo, é-lhe designado b morrer Senhor não o aceitar, eis que ele
na idade do homem. não mais permanecerá no car-
51 Portanto as crianças a irão go para o qual o designei.
b
crescer até se tornarem velhas; 57 E também em verdade vos
os velhos morrerão, mas não digo: aAqueles que em seu co-
dormirão no pó; antes, serão ração e com humildade deseja-
c
transformados num piscar de rem b chamar os pecadores ao
olhos. arrependimento, sejam ordena-
52 Portanto por esse motivo dos com esse poder.
pregaram os apóstolos ao mun- 58 Pois este é um dia de adver-
do a ressurreição dos mortos. tência e não de muitas palavras.
53 Estas são as coisas que Pois eu, o Senhor, não serei es-
deveis procurar; e, falando à carnecido nos últimos dias.
maneira do Senhor, elas agora 59 Eis que eu sou de cima e
estão a próximas e num tempo meu poder jaz abaixo. Eu estou
futuro, sim, no dia da vinda do sobre tudo e em tudo e através
Filho do Homem. de tudo e a penetro todas as coi-
54 E até aquela hora haverá sas; e vem o dia em que todas
a
virgens néscias entre as pru- as coisas me serão sujeitas.
dentes; e naquela hora haverá 60 Eis que sou o a Alfa e o Ôme-
uma separação total dos justos ga, sim, Jesus Cristo.
e dos iníquos; e naquele dia 61 Portanto, que todos os ho-
mandarei meus anjos para b ar- mens se acautelem de como to-
rancar os iníquos e arremessá- mam meu a nome em seus lá-
los no fogo inextinguível. bios —
55 E agora, eis que em verda- 62 Pois eis que em verdade eu
de vos digo: Eu, o Senhor, não digo que muitos há que estão
estou satisfeito com meu servo sob esta condenação, que usam

49d Apoc. 21:4; D&C 45:58; 56a D&C 58:50.


Al. 11:45; 101:29–31. 57a D&C 4:3–6.
D&C 88:116. c I Cor. 15:51–52; b D&C 18:14–15.
gee Imortal, D&C 43:32. gee Obra
Imortalidade. 53a D&C 35:15. Missionária;
50a gee Abençoado, 54a Mt. 25:1–13; Advertência,
Abençoar, Bênção. D&C 45:56–59. Advertir, Prevenir.
b gee Morte Física. b Mos. 16:2. 59a I Cor. 2:10.
51a gee Milênio. 55a gee Rigdon, Sidney. 60a gee Alfa; Ômega.
b Isa. 65:20–22; b gee Orgulho. 61a gee Profanidade.
Doutrina e Convênios 63:63–64:4 134
o nome do Senhor e usam-no sem isto permanece a conde-
em vão, não tendo autoridade. nação.
63 Portanto, que a igreja se ar- 65 Que meus servos Joseph
rependa de seus pecados e eu, Smith Júnior e Sidney Rigdon
o Senhor, possuí-los-ei; do con- procurem para si uma casa, co-
trário, serão cortados. mo forem instruídos pelo Espí-
64 Lembrai-vos de que aquilo rito por meio de a oração.
que vem de cima é a sagrado e 66 Estas coisas devem ser ven-
deve ser b mencionado com cui- cidas pela paciência, para que
dado e por indução do Espírito; recebam um a peso eterno de
b
e nisto não há condenação al- glória mais excelente; de outra
guma e recebereis o Espírito maneira, receberão uma conde-
c
por meio de oração; portanto nação maior. Amém.

SEÇÃO 64

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, aos élderes da


Igreja, em Kirtland, Estado de Ohio, em 11 de setembro de 1831 ( His-
tory of the Church 1:211–214). O Profeta preparava-se para mudar-se
para Hiram, Ohio, a fim de retomar seu trabalho na tradução da Bíblia,
que havia sido posto de lado enquanto ele se encontrava no Estado de
Missouri. Um grupo de irmãos que recebera ordem de ir para Sião (Mis-
souri) preparava-se zelosamente para partir em outubro. Nessa época
muito atarefada, foi recebida esta revelação.

1 – 11, Ordena-se que os santos da minha igreja, atendei e ouvi


se perdoem uns aos outros, para e recebei minha vontade con-
que não permaneça neles o pecado cernente a vós.
maior; 12–22, Os que não se arre- 2 Pois em verdade vos digo:
penderem serão levados perante a Desejo que a vençais o mundo;
Igreja; 23–25, O que paga o dízi- portanto terei b compaixão de
mo não será queimado na vinda do vós.
Senhor; 26–32, Adverte-se aos san- 3 Há entre vós aqueles que
tos que não tenham dívidas; 33–36, pecaram; mas em verdade eu
Os rebeldes serão expulsos de Sião; digo que, por esta vez, para mi-
37–40, A Igreja julgará as nações; nha a glória e para a salvação
41–43, Sião florescerá. das almas, b perdoei-vos vossos
pecados.

E IS que assim vos diz o Se-


nhor vosso Deus: Ó élderes
4 Serei misericordioso con-
vosco, pois a vós dei o reino.

64a gee Santo. 66a II Cor. 4:17. b gee Compaixão.


b gee Reverência. b Rom. 8:18; 3 a Mois. 1:39.
c D&C 42:14. D&C 58:4; 136:31. b Isa. 43:25.
65a gee Oração. 64 2a I Jo. 5:4.
135 Doutrina e Convênios 64:5–17
5 E as a chaves dos mistérios 12 E aquele que não se arrepen-
do reino não serão tiradas de der de seus pecados e não os
meu servo Joseph Smith Júnior confessar, trareis perante a a igre-
pelos meios que designei, en- ja e fareis com ele conforme vos
quanto ele viver, caso obedeça dizem as escrituras, seja por
a minhas b ordenanças. mandamento ou por revelação.
6 Há os que, sem razão, pro- 13 E isso fareis para que Deus
curaram falhas nele; seja glorificado — não porque
7 Contudo, ele pecou; mas em não os perdoais, não tendo com-
verdade vos digo: Eu, o Senhor, paixão, mas para que sejais jus-
a
perdôo os pecados daqueles tificados aos olhos da lei, para
que b confessam seus pecados que não ofendais aquele que é
perante mim e pedem perdão, vosso legislador.
se não pecaram para c morte. 14 Em verdade eu vos digo:
8 Meus discípulos, nos dias Por esse motivo fareis estas
antigos, procuraram a pretextos coisas.
uns contra os outros e em seu 15 Eis que eu, o Senhor, estava
coração não se perdoaram; e zangado com aquele que foi
por esse mal foram afligidos e meu servo, Ezra Booth, e tam-
severamente b repreendidos. bém com meu servo Isaac Mor-
9 Portanto digo-vos que vos ley, porque não guardaram a
deveis a perdoar uns aos outros; lei nem o mandamento;
pois aquele que não b perdoa a 16 Em seu coração procura-
seu irmão suas ofensas está em ram o mal e eu, o Senhor, retive
condenação diante do Senhor; meu Espírito. a Condenaram co-
pois nele permanece o pecado mo mau aquilo em que não ha-
maior. via mal; contudo perdoei meu
10 Eu, o Senhor, a perdoarei a servo Isaac Morley.
quem desejo perdoar, mas de 17 E também meu servo
vós é exigido que b perdoeis a a
Edward Partridge—eis que ele
todos os homens. pecou e b Satanás procura des-
11 E devíeis dizer em vosso truir-lhe a alma; mas quando
coração: Que a julgue Deus en- estas coisas se lhes tornarem
tre mim e ti e te recompense de conhecidas e eles se arrepende-
acordo com teus b feitos. rem do mal, serão perdoados.

5 a D&C 28:7; 84:19. c D&C 76:31–37. Al. 39:6;


gee Chaves do 8 a gee Contenção, D&C 56:14.
Sacerdócio. Contenda. b Mos. 26:29–31.
b gee Ordenanças. b gee Castigar, 11a I Sam. 24:12.
7 a gee Perdoar; Castigo, Corrigir, b II Tim. 4:14.
Remissão de Repreender. 12a D&C 42:80–93.
Pecados. 9 a Mc. 11:25–26; 16a 2 Né. 15:20;
b Núm. 5:6–7; D&C 82:1. D&C 121:16.
D&C 19:20; 58:43. b Mt. 6:14–15; 17a gee Partridge,
gee Confessar, Ef. 4:32. Edward.
Confissão. 10a Êx. 33:19; b gee Diabo.
Doutrina e Convênios 64:18–30 136
18 E agora, em verdade eu digo zimo não será e queimado na
que me é conveniente que meu sua vinda.
servo Sidney Gilbert, dentro de 24 Porque depois de hoje vem
algumas semanas, retorne a seus a a queima — falando à maneira
negócios e a sua função de agen- do Senhor — pois em verdade
te na terra de Sião; eu digo que amanhã todos os
b
19 E aquilo que viu e ouviu seja soberbos e os que praticam
dado a conhecer a meus discípu- iniqüidade serão como o resto-
los, para que não pereçam. E por lho; e queimá-los-ei, pois sou o
essa razão disse eu estas coisas. Senhor dos Exércitos, e não
20 E também vos digo que, pouparei quem permanecer em
c
para que meu servo Isaac Mor- Babilônia.
ley não seja a tentado além do 25 Portanto, se credes em mim,
que lhe seja possível suportar trabalhareis enquanto é hoje.
e aconselhe erradamente, em 26 E não é conveniente que
vosso prejuízo, ordenei que sua meus servos a Newel K. Whitney
fazenda fosse vendida. e Sidney Gilbert vendam sua
b
21 Não desejo que meu servo loja e os bens que aqui pos-
Frederick G. Williams venda suem, porque isso não é pruden-
sua fazenda, porque eu, o Se- te até que o restante da igreja
nhor, desejo manter na terra de que aqui se encontra suba para
Kirtland uma posição firme pelo a terra de Sião.
espaço de cinco anos, nos quais 27 Eis que minhas leis dizem,
não derrubarei os iníquos, a fim ou seja, proíbem contrair a dívi-
de, assim, poder salvar alguns. das com vossos inimigos;
22 E depois disso eu, o Senhor, 28 Mas eis que em tempo al-
não considerarei a culpado qual- gum se diz que o Senhor não
quer que vá à terra de Sião com poderá tomar quando quiser e
o coração aberto; pois eu, o Se- pagar como lhe aprouver.
nhor, exijo o b coração dos filhos 29 Portanto, como sois agen-
dos homens. tes, estais a serviço do Senhor;
23 Eis que o tempo presente e tudo o que fazeis de acordo
se chama a hoje até a b vinda do com a vontade do Senhor é ne-
Filho do Homem e, em verda- gócio do Senhor.
de, é um dia de c sacrifício e um 30 E ele escolheu-vos para
dia para o dízimo de meu po- suprirdes a seus santos nestes
vo; pois aquele que paga o d dí- últimos dias, a fim de que obte-

20a gee Tentação, d Mal. 3:10–11. b Mal. 3:15;


Tentar. gee Dízimos. 2 Né. 12:12; 23:11.
22a gee Culpa. e Mal. 4:1; 3 Né. 25:1; gee Orgulho.
b Êx. 35:5; JS—H 1:37. c D&C 1:16.
D&C 59:15; 64:34. 24a Isa. 66:15–16. gee Babel, Babilônia.
23a D&C 45:6; 64:24–25. gee Terra— 26a gee Whitney,
b gee Segunda Vinda Purificação da Terra; Newel K.
de Jesus Cristo. Mundo—Fim b D&C 57:8.
c gee Sacrifício. do mundo. 27a gee Dívida.
137 Doutrina e Convênios 64:31–43
nham uma a herança na terra de semelhante a um juiz sentado
Sião. sobre um monte ou um lugar
31 E eis que eu, o Senhor, vos alto para julgar as nações.
declaro — e minhas a palavras 38 Pois acontecerá que os ha-
são certas e não b falharão — que bitantes de Sião a julgarão todas
eles irão obtê-la. as coisas pertinentes a Sião.
32 Todas as coisas, porém, de- 39 E por eles pôr-se-ão à prova
verão realizar-se a seu tempo. os mentirosos e hipócritas e co-
33 Portanto não vos a canseis de nhecer-se-ão os que não forem
a
fazer o bem, porque estais lan- apóstolos e profetas.
çando o alicerce de uma gran- 40 E até o a bispo, que é um
de obra. E de b pequenas coisas b
juiz, e seus conselheiros, se
provém aquilo que é grande. não forem fiéis em suas c mor-
34 Eis que o Senhor a requer o domias, serão condenados; e
b d
coração e uma mente solícita; e outros serão postos em seu lu-
os que são solícitos e c obedien- gar.
tes comerão do bem da terra de 41 Pois eis que vos digo que
a
Sião nestes últimos dias. Sião florescerá e a b glória do
35 E os a rebeldes serão b corta- Senhor estará sobre ela;
dos da terra de Sião e afastados 42 E será um a estandarte para
e não herdarão a terra. o povo e a ela virão de todas as
36 Pois em verdade eu digo nações debaixo do céu.
que os rebeldes não são do san- 43 E chegará o dia em que as
gue de a Efraim; portanto serão nações da Terra a estremecerão
extirpados. por causa dela e temerão por
37 Eis que eu, o Senhor, fiz mi- causa de seus homens terríveis.
nha igreja, nestes últimos dias, O Senhor disse-o. Amém.

SEÇÃO 65

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,


Estado de Ohio, em outubro de 1831 ( History of the Church 1:218).
O Profeta chama esta revelação de oração.

30a D&C 63:48. Obediência, 40a gee Bispo.


31a Mc. 13:31; 2 Né. 31:15; Obediente. b D&C 58:17;
D&C 1:37–38. 35a gee Rebeldia, 107:72–74.
b D&C 76:3. Rebelião. c gee Mordomia,
33a Gál. 6:9. b D&C 41:5; Mordomo.
b D&C 123:16. 50:8–9; 56:3. d D&C 107:99–100.
34a Miq. 6:8. gee Excomunhão. 41a gee Sião.
b Deut. 32:46; Jos. 22:5; 36a Deut. 33:16–17. b D&C 45:67; 84:4–5;
Mórm. 9:27. 38a Isa. 2:3–4; 97:15–20. gee Glória.
gee Coração. D&C 133:21. 42a gee Estandarte.
c Isa. 1:19. 39a Apoc. 2:2. 43a Isa. 60:14;
gee Obedecer, gee Apóstolo. D&C 97:19–20.
Doutrina e Convênios 65:1–6 138
1–2, As chaves do reino de Deus parai a a ceia do Cordeiro, apron-
são conferidas ao homem na Terra; tai-vos para o b Esposo.
a causa do evangelho triunfará; 3– 4 Orai ao Senhor, invocai seu
6, No milênio, o reino do céu virá santo nome, divulgai suas obras
unir-se ao reino de Deus na Terra. maravilhosas entre o povo.
5 Invocai o Senhor, para que

E SCUTAI e ouvi uma voz


como a de alguém enviado
do alto, que é forte e poderoso,
seu reino siga pela Terra e seus
habitantes recebam-no e este-
jam preparados para os dias
cujas idas chegam aos confins que virão, nos quais o Filho do
da Terra, sim, cuja voz se dirige Homem a descerá no céu, b re-
aos homens: a Preparai o cami- vestido do esplendor de sua
c
nho do Senhor, endireitai suas glória, para encontrar o d reino
veredas. de Deus que está estabelecido
2 As a chaves do b reino de Deus na Terra.
foram confiadas ao homem na 6 Portanto, que o a reino de
Terra e daí rolará o evangelho Deus vá avante para que venha
até os confins da Terra, como a o b reino dos céus, a fim de que
c
pedra cortada da montanha, tu, ó Deus, sejas glorificado no
sem mãos, rolará até d encher to- céu e na Terra; que teus inimi-
da a Terra. gos sejam subjugados; pois c tua
3 Sim, uma voz clamando: Pre- é a honra, o poder e a glória pa-
parai o caminho do Senhor, pre- ra todo o sempre. Amém.

SEÇÃO 66
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Orange,
Estado de Ohio, em 25 de outubro de 1831 ( History of the Church
1:219–221). Era o primeiro dia de uma importante conferência. Prefa-
ciando esta revelação, o Profeta escreveu: “Por solicitação de William E.
McLellin, inquiri o Senhor e recebi o que se segue” ( History of the
Church 1:220).

1–4, O convênio eterno é a pleni- zoar com o povo; 9–13, O trabalho


tude do evangelho; 5–8, Os élde- fiel no ministério garante a he-
res devem pregar, testificar e arra- rança da vida eterna.
65 1a Isa. 40:3; d Salm. 72:19. b Salm. 93:1.
Mt. 3:3; gee Daniel— c gee Glória.
Jo. 1:23. Livro de Daniel; d Dan. 2:44.
2 a Mt. 16:19; Últimos Dias. 6 a gee Reino
D&C 42:69. 3 a Mt. 22:1–14; de Deus ou
gee Chaves do Apoc. 19:9; Reino do Céu.
Sacerdócio. D&C 58:11. b Apoc. 11:15.
b D&C 90:1–5. b gee Noivo. c I Crôn. 29:11;
c Dan. 2:34–45. 5 a Mt. 24:30. Mt. 6:13.
139 Doutrina e Convênios 66:1–12

E IS que assim diz o Senhor


a meu servo William E.
McLellin: Bem-aventurado és,
vizinhas onde ainda não tiver
sido proclamado.
6 Não te detenhas muitos
visto que te afastaste de tuas dias neste lugar; não subas
iniqüidades e recebeste minhas ainda à terra de Sião; mas o que
verdades, diz o Senhor teu Re- puderes enviar, envia; tam-
dentor, o Salvador do mundo, bém, não penses em tua pro-
sim, de todos os que a crêem em priedade.
meu nome. 7 a Vai às terras do leste, pres-
2 Em verdade eu te digo: Bem- ta b testemunho em todos os lu-
aventurado és tu por receberes gares, a todo o povo e em suas
meu a convênio eterno, sim, a sinagogas, arrazoando com o
plenitude do meu evangelho, povo.
enviado aos filhos dos homens 8 Que meu servo Samuel H.
para que tenham b vida e tor- Smith vá contigo; não o aban-
nem-se participantes das glórias dones e dá-lhe tuas instruções;
que serão reveladas nos últi- e o que for fiel se tornará a forte
mos dias, como foi escrito pelos em todo lugar; e eu, o Senhor,
profetas e apóstolos da anti- irei convosco.
güidade. 9 Impõe as a mãos sobre os
3 Em verdade eu te digo, meu doentes e b recuperar-se-ão. Não
servo William, que estás limpo, regresses até que eu, o Senhor,
mas não de todo; arrepende-te, te ordene. Sê paciente na aflição.
c
portanto, das coisas que não Pede e receberás; bate e ser-te-
são agradáveis a minha vista, á aberto.
diz o Senhor, pois o Senhor irá 10 Procura não te embaraçar.
a
mostrá-las a ti. Abandona toda iniqüidade. Não
4 E agora, em verdade eu, o Se- cometas a adultério — tentação
nhor, mostrar-te-ei o que dese- que te tem afligido.
jo em relação a ti, ou seja, qual é 11 a Obedece a estas palavras,
minha vontade em relação a ti. pois são verdadeiras e fiéis; e
5 Eis que em verdade eu te magnificarás teu ofício e impe-
digo que é minha vontade que lirás muita gente a b Sião com
a c
proclames o meu evangelho de cânticos de eterna alegria so-
terra em terra e de cidade em bre suas cabeças.
cidade, sim, nas regiões circun- 12 a Persevera nestas coisas até

66 1a Jo. 1:12. 7a D&C 75:6. 10a gee Adultério.


gee Crença, Crer. b gee Testemunho. 11a D&C 35:24.
2a gee Novo e Eterno 8a D&C 52:17; 133:58. b D&C 11:6.
Convênio. 9a gee Bênção dos c Isa. 35:10;
b Jo. 10:10; Doentes; Mãos, D&C 45:71.
3 Né. 5:13. Imposição das. gee Cantar.
3a Jacó 4:7; b Mt. 9:18. 12a II Tim. 3:14–15;
Ét. 12:27. gee Curar, Curas. 2 Né. 31:20.
5a Mc. 16:15. c Tg. 1:5.
Doutrina e Convênios 66:13–67:6 140
o fim e terás uma b coroa de vi- 13 Em verdade, assim diz o
da eterna à direita de meu Pai, Senhor teu a Deus, teu Reden-
que é cheio de graça e verdade. tor, sim, Jesus Cristo. Amém.

SEÇÃO 67
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram, Esta-
do de Ohio, em novembro de 1831 ( History of the Church 1:224–225).
Naquela ocasião realizava-se uma conferência especial e a publicação das
revelações já recebidas do Senhor por meio do Profeta foi considerada e
aprovada. (Ver cabeçalho da seção 1.) Decidiu-se que Oliver Cowdery e John
Whitmer deveriam levar os manuscritos das revelações para Independence,
onde W. W. Phelps as publicaria com o título de “Book of Commandments”
(Livro de Mandamentos). Muitos dos irmãos prestaram testemunho solene
de que as revelações então compiladas para publicação eram realmente
verdadeiras, segundo testemunho do Espírito Santo que se derramara
sobre eles. O Profeta registra que depois que a revelação conhecida como
seção 1 fora recebida, haviam surgido alguns comentários negativos so-
bre a linguagem usada nas revelações. Seguiu-se esta revelação.

1–3, O Senhor ouve as orações de ra oferecida; mas eis que em ver-


seus élderes e zela por eles; 4–9, dade vos digo que havia a temo-
Ele desafia a pessoa mais sábia a du- res em vosso coração e, em ver-
plicar a menor de suas revelações; dade, esta é a razão por que não
10–14, Os élderes fiéis serão vivi- a recebestes.
ficados pelo Espírito e verão a face 4 E agora eu, o Senhor, vos dou
de Deus. um a testemunho da veracidade
desses mandamentos que estão

E IS aqui, escutai, ó a élderes


da minha igreja que vos
reunistes, cujas orações ouvi e
diante de vós.
5 Vossos olhos têm estado so-
bre meu servo Joseph Smith Jú-
cujo coração conheço e cujos nior, e sua a linguagem e suas
desejos subiram a mim. imperfeições vós conheceis e em
2 Olhai! Meus a olhos estão so- vosso coração tendes procura-
bre vós e os céus e a Terra estão do conhecimento para exprimir-
em minhas mãos; e as riquezas vos em melhor linguagem do
da eternidade são minhas e pos- que ele; isto também sabeis.
so dá-las. 6 Ora, no Livro de Mandamen-
3 Esforçastes-vos para crer que tos procurai o menor deles e es-
receberíeis a bênção que vos fo- colhei o mais a sábio dentre vós;

12b Isa. 62:3; Deus, o Filho. 4 a gee Testemunho;


Mt. 25:21; 67 1a gee Élder. Verdade.
I Ped. 5:4. 2 a Salm. 34:15. 5 a D&C 1:24.
13a gee Trindade— 3 a gee Temor. 6 a 2 Né. 9:28–29, 42.
141 Doutrina e Convênios 67:7–14
7 Ou, se houver entre vós al- não com a mente carnal nem
guém que produza um seme- natural, mas com a espiritual.
lhante, então sereis justificados 11 Pois em tempo algum, na
em dizer que não sabeis se são carne, o a homem viu Deus, a
verdadeiros; não ser vivificado pelo Espírito
8 Mas se não conseguirdes pro- de Deus.
duzir um semelhante, estareis 12 Nem pode a homem natural
sob condenação se não a testifi- algum suportar a presença de
cardes serem eles verdadeiros. Deus; nem segundo a mente
9 Pois sabeis que nenhuma in- carnal.
justiça há neles e o que é a justo 13 Não podeis suportar a pre-
vem do alto, do Pai das b luzes. sença de Deus agora nem o mi-
10 E também em verdade vos nistério de anjos; portanto con-
digo que é vosso privilégio e tinuai a pacientemente até que
uma promessa faço a vós que sejais b aperfeiçoados.
fostes ordenados para este mi- 14 Não volteis atrás em vossos
nistério que, se vos despirdes pensamentos; e quando fordes
de a invejas e b temores e vos a
dignos, em meu próprio e de-
c
humilhardes perante mim, pois vido tempo, vereis e sabereis
não sois suficientemente humil- aquilo que vos foi conferido pe-
des, o d véu será rompido e e ver- las mãos de meu servo Joseph
me-eis e sabereis que eu sou — Smith Júnior. Amém.

SEÇÃO 68
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Estado de Ohio, em novembro de 1831, por solicitação de Orson Hyde,
Luke S. Johnson, Lyman E. Johnson e William E. McLellin ( History of
the Church 1:227–229). Embora esta revelação seja a resposta ao pedido
de que se fizesse conhecida a mente do Senhor concernente aos élderes
mencionados, muito de seu conteúdo refere-se a toda a Igreja.

1–5, As palavras dos élderes, quan- dentre os filhos de Aarão podem


do movidos pelo Espírito Santo, oficiar como Bispo Presidente (isto
são escritura; 6–12, Os élderes de- é, ter as chaves da presidência co-
vem pregar e batizar e sinais se- mo bispo) sob a direção da Primei-
guirão os que verdadeiramente ra Presidência; 25–28, Ordena-se
crerem; 13–24, Os primogênitos aos pais que ensinem o evangelho

8 a gee Testemunha. Humilde, Humilhar. Mois. 1:11,14.


9 a Morô. 7:15–18. d gee Véu. 12a Mos. 3:19.
b Tg. 1:17; e D&C 88:68; 93:1; gee Homem Natural.
D&C 50:24; 84:45; 97:16. 13a Rom. 2:7.
88:49. 11a tjs, Êx. 33:20,23; gee Paciência.
10a gee Ciúme. Jo. 1:18; 6:46; b Mt. 5:48; 3 Né. 12:48.
b gee Temor. tjs, I Jo. 4:12; 14a gee Dignidade,
c gee Humildade, D&C 84:19–22; Digno.
Doutrina e Convênios 68:1–14 142
aos filhos; 29–35, Os santos de- que eu fui, que eu sou e que eu
vem guardar o dia do Senhor, tra- virei.
balhar diligentemente e orar. 7 Esta é a palavra do Senhor a
ti, meu servo a Orson Hyde, e

M EU servo Orson Hyde foi


chamado por sua orde-
nação para proclamar o evan-
também a meu servo Luke John-
son e a meu servo Lymam John-
son e a meu servo William E.
gelho eterno, pelo a Espírito do McLellin e a todos os élderes
Deus vivo, de povo em povo fiéis de minha igreja:
e de terra em terra, nas con- 8 a Ide por todo o mundo, b pre-
gregações dos iníquos, em suas gai o evangelho a toda c criatu-
sinagogas, arrazoando com ra, agindo pela d autoridade que
eles e expondo-lhes todas as eu vos dei, e batizando em nome
escrituras. do Pai e do Filho e do Espírito
2 E eis que este é um padrão Santo.
para todos os que foram orde- 9 E a aquele que crer e for bati-
nados a este sacerdócio, cuja zado será b salvo; e quem não
missão, como designada, é sair crer será c condenado.
para pregar. 10 E aquele que crer será
3 E este é o padrão para eles: abençoado com a sinais que se
Que a falem como forem movi- seguem, sim, como está escrito.
dos pelo Espírito Santo. 11 E a vós será dado conhecer
4 E tudo que disserem, quando os a sinais dos tempos e os
movidos pelo a Espírito Santo, sinais da vinda do Filho do
será escritura, será a vontade Homem;
do Senhor, será a mente do Se- 12 E a vós será dado o poder
nhor, será a palavra do Senhor, de a selar para a vida eterna
será a voz do Senhor e o b poder todos aqueles de quem o Pai
de Deus para a salvação. testemunhar. Amém.
5 Eis que esta é a promessa do 13 E agora, com respeito aos
Senhor a vós, ó meus servos. outros assuntos, fora os convê-
6 Portanto tende bom ânimo nios e mandamentos, são estes:
e não a temais, porque eu, o 14 Daqui em diante, no de-
Senhor, estou convosco e fi- vido tempo do Senhor, outros
a
carei ao vosso lado; e testifi- bispos serão designados na
careis de mim, Jesus Cristo, que igreja, para ministrar como o
eu sou o Filho do Deus vivo, primeiro;

68 1a gee Espírito Santo. 8 a D&C 1:2; 63:37. c gee Condenação,


3 a II Ped. 1:21; b gee Obra Condenar.
D&C 18:32; 42:16; Missionária; Pregar. 10a gee Sinal.
100:5. c Mc. 16:15. 11a gee Sinais dos
4 a gee Espírito Santo; d gee Autoridade. Tempos.
Revelação. e gee Batismo, Batizar. 12a D&C 1:8; 132:49.
b Rom. 1:16. 9 a Mc. 16:16; gee Selamento,
6 a Isa. 41:10. D&C 20:25. Selar.
7 a gee Hyde, Orson. b gee Salvação. 14a gee Bispo.
143 Doutrina e Convênios 68:15–25
15 Portanto eles serão a sumos as mãos desta Presidência; caso
sacerdotes dignos e serão desig- contrário, não são legalmente
nados pela b Primeira Presidên- autorizados para oficiar em seu
cia do Sacerdócio de Melquise- sacerdócio.
deque, exceto quando forem 21 Mas em virtude do decre-
descendentes literais de cAarão. to referente ao direito que eles
16 E se forem descendentes têm ao sacerdócio, transmitido
literais de aAarão, têm direito de pai para filho, poderão rei-
legal ao bispado, se forem o pri- vindicar sua unção, se em qual-
mogênito dentre os filhos de Aa- quer tempo puderem provar
rão; sua linhagem ou provarem-na
17 Pois o primogênito tem di- por revelação do Senhor, dada
reito à presidência deste sacer- sob as mãos da Presidência aci-
dócio e às a chaves ou autoridade ma mencionada.
do mesmo. 22 E também nenhum bispo
18 Nenhum homem tem direi- ou sumo sacerdote que for de-
to legal a este ofício, ou a possuir signado para este ministério
as chaves deste sacerdócio, a será julgado ou condenado por
menos que seja a descendente qualquer crime, a menos que
literal e o primogênito de Aarão. seja diante da a Primeira Presi-
19 Mas como um a sumo sacer- dência da igreja;
dote do Sacerdócio de Melqui- 23 E se for considerado cul-
sedeque tem autoridade para pado diante desta Presidência
oficiar em todos os ofícios me- e por testemunho que não pos-
nores, ele pode oficiar no ofício sa ser refutado, ele será conde-
de b bispo quando não se achar nado;
um descendente literal de Aa- 24 E caso se arrependa, será
a
rão, desde que seja chamado, perdoado de acordo com os
designado e ordenado a este convênios e mandamentos da
poder, sob as mãos da Primeira igreja.
Presidência do Sacerdócio de 25 E também, se em Sião ou em
Melquisedeque. qualquer de suas a estacas orga-
20 E um descendente literal de nizadas houver b pais que, tendo
Aarão também deve ser desig- filhos, não os c ensinarem a com-
nado por esta Presidência e ser preender a doutrina do arrepen-
digno e a ungido e b ordenado sob dimento, da fé em Cristo, o Filho

15a D&C 72:1. Sacerdócio. 22a gee Primeira


b gee Primeira 18a Êx. 40:12–15; Presidência.
Presidência. D&C 84:18; 24a gee Perdoar.
c gee Aarão, Irmão de 107:13–16, 70–76. 25a gee Família—
Moisés. 19a gee Sumo Sacerdote. Responsabilidade
16a D&C 107:15–17. b gee Bispo. dos pais.
gee Sacerdócio 20a gee Unção, Ungir. b gee Estaca.
Aarônico. b gee Ordenação, c gee Ensinar,
17a gee Chaves do Ordenar. Mestre.
Doutrina e Convênios 68:26–35 144
do Deus vivo, e do batismo e tou satisfeito com os habitantes
do dom do Espírito Santo pela de Sião, porque há a ociosos en-
imposição das mãos, quando tre eles; e seus filhos também
tiverem d oito anos, sobre a ca- estão crescendo em b iniqüida-
beça dos pais seja o e pecado. de; também não c buscam since-
26 Pois isto será uma lei para ramente as riquezas da eter-
os habitantes de a Sião ou em nidade, mas seus olhos estão
qualquer de suas estacas que cheios de cobiça.
estejam organizadas. 32 Estas coisas não deveriam
27 E seus filhos serão a batiza- existir e precisam ser elimi-
dos para a b remissão de seus nadas de seu meio; portanto,
pecados quando tiverem c oito que meu servo Oliver Cowdery
anos de idade; e receberão a leve estas palavras à terra de
imposição das mãos. Sião.
28 E também ensinarão seus 33 E dou-lhes um mandamen-
filhos a a orar e a andar em reti- to: Quem não oferecer suas
a
dão perante o Senhor. orações perante o Senhor no
29 E os habitantes de Sião tam- momento devido, que seja b lem-
bém observarão o a dia do Se- brado perante o juiz de meu
nhor para santificá-lo. povo.
30 E os habitantes de Sião, 34 Verdadeiras e fiéis são es-
se forem designados para tra- tas a palavras; portanto não as
balhar, também se lembrarão transgredireis nem as b dimi-
de fazer suas tarefas com toda nuireis.
fidelidade, pois o ocioso será 35 Eis que eu sou o aAlfa e
lembrado perante o Senhor. o Ômega e depressa b venho.
31 Agora eu, o Senhor, não es- Amém.

SEÇÃO 69
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Estado de Ohio, em novembro de 1831 ( History of the Church 1:234–
235). A compilação de revelações destinadas a uma pronta publicação
havia sido aprovada durante a conferência especial de 1º de novembro.
Em 3 de novembro acrescentou-se a revelação que aqui aparece como
seção 133, que foi chamada de Apêndice. Por decisão da conferência,
Oliver Cowdery foi designado para levar o manuscrito das revelações e

24d D&C 18:42; 20:71. Responsável. 33a gee Oração.


e Jacó 1:19; 28a gee Oração. b gee Castigar,
D&C 29:46–48. 29a D&C 59:9–12. Castigo, Corrigir,
26a gee Sião. gee Dia de Descanso. Repreender; Julgar.
27a gee Batismo, Batizar. 31a gee Ociosidade, 34a Apoc. 22:6.
b gee Remissão Ocioso. b D&C 20:35;
de Pecados. b gee Iniqüidade, 93:24–25.
c gee Prestar Contas, Iníquo. 35a gee Alfa; Ômega.
Responsabilidade, c D&C 6:7. b D&C 1:12.
145 Doutrina e Convênios 69:1–8
mandamentos compilados a Independence, Estado de Missouri, a fim de
ser impresso. Ele também deveria levar o dinheiro das contribuições para
a edificação da Igreja em Missouri. Como o percurso até a fronteira pas-
sasse por regiões pouco povoadas, era conveniente que levasse um com-
panheiro de viagem.

1–2, John Whitmer deve acompa- 4 E também que receba a con-


nhar Oliver Cowdery ao Missouri; selhos e auxílio de meu servo
3 – 8, Ele também deve pregar e Oliver Cowdery e outros.
compilar, registrar e escrever infor- 5 E também meus servos que
mações históricas. estão no exterior deverão en-
viar os relatórios de suas a mor-

E SCUTAI-ME, diz o Senhor


vosso Deus, para o bem de
meu servo a Oliver Cowdery.
domias à terra de Sião;
6 Pois a terra de Sião será um
centro e um lugar para receber
Não é prudente que lhe sejam e fazer todas estas coisas.
confiados os mandamentos e o 7 Contudo, que meu servo John
dinheiro que ele levará para a Whitmer viaje muitas vezes de
terra de Sião, a não ser que vá lugar em lugar, de igreja em
com ele alguém que seja verda- igreja, para que, mais facilmen-
deiro e fiel. te, obtenha conhecimento —
2 Portanto eu, o Senhor, dese- 8 Pregando e expondo, escre-
jo que meu servo a John Whit- vendo, copiando, selecionando
mer vá com meu servo Oliver e obtendo todas as coisas que
Cowdery; serão para o bem da igreja e
3 E também que continue a para as gerações vindouras
escrever e registre a a história que crescerão na terra de a Sião,
de todas as coisas importantes para possuí-la de geração em
que observar e souber, referen- geração, para todo o sempre.
tes a minha igreja; Amém.

SEÇÃO 70

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,


Estado de Ohio, no dia 12 de novembro de 1831 ( History of the Church
1:235–237). A história escrita pelo Profeta afirma que foram realizadas
quatro conferências especiais, do dia 1º ao dia 12 de novembro. Na última
dessas assembléias considerou-se a grande importância do Livro de Man-
damentos, mais tarde chamado Doutrina e Convênios; e o Profeta refere-se a
ele como “o alicerce da Igreja nestes últimos dias e um benefício para o

69 1a gee Cowdery, 3 a D&C 47:1–3; 85:1. 5 a gee Mordomia,


Oliver. 4 a gee Aconselhar, Mordomo.
2 a gee Whitmer, John. Conselho. 8 a gee Sião.
Doutrina e Convênios 70:1–14 146
mundo, mostrando que as chaves dos mistérios do reino de nosso Salvador
foram novamente confiadas ao homem” ( History of the Church 1:235).

1–5, São designados mordomos pa- 6 Portanto dou-lhes o man-


ra publicarem as revelações; 6–13, damento de não transmitirem
Os que trabalham em coisas espiri- estas coisas à igreja nem ao
tuais são dignos de seu salário; 14– mundo;
18, Os santos devem ser iguais nas 7 Contudo, se receberem mais
coisas materiais. que o necessário para suas ne-
cessidades e carências, entre-

V EDE e escutai, ó habitantes


de Sião, e todos vós, povo
de minha igreja, que estais lon-
garão ao meu a armazém;
8 E os ganhos serão consagra-
dos aos habitantes de Sião e a
ge, e ouvi a palavra do Senhor, suas gerações, caso se tornem
a
que dou a meu servo Joseph herdeiros de acordo com as
Smith Júnior; e também a meu leis do reino.
servo Martin Harris e também 9 Eis que isto é o que o Senhor
a meu servo Oliver Cowdery requer de todo homem em sua
a
e também a meu servo John mordomia, segundo o que eu,
Whitmer e também a meu ser- o Senhor, designei ou designarei
vo Sidney Rigdon e também a no futuro a qualquer homem.
meu servo William W. Phelps, 10 E eis que ninguém que per-
como mandamento. tence à igreja do Deus vivo está
2 Porque lhes dou um man- isento desta lei;
damento; portanto escutai e 11 Sim, nem o bispo nem o
a
ouvi, pois assim lhes diz o agente que guarda o armazém
Senhor: do Senhor nem aquele a quem
3 Eu, o Senhor, indiquei-os e for designada uma mordomia
ordenei-os para serem os a mor- de coisas materiais.
domos responsáveis pelas re- 12 Aquele que for designado
velações e mandamentos que para administrar as coisas espi-
lhes dei e que lhes darei mais rituais é a digno de seu salário,
adiante; assim como o são aqueles a
4 E um relatório dessa mor- quem forem dadas mordomias
domia deles exigirei no dia do para administrar as coisas ma-
juízo. teriais;
5 Portanto designei-os, e este 13 Sim, mais profusamente,
é o seu ofício na igreja de Deus, profusão essa que lhes é multi-
para administrar essas coisas plicada por meio das manifes-
e o que a elas se refere, sim, os tações do Espírito.
seus ganhos. 14 Contudo, nas coisas mate-

70 3a I Cor. 4:1; 8 a D&C 38:20. 11a D&C 57:6.


D&C 72:20. 9 a gee Mordomia, 12a Lc. 10:7.
7 a D&C 72:9–10. Mordomo.
147 Doutrina e Convênios 70:15–71:5
riais sereis a iguais e disto não menta; para herança; para mo-
reclamareis; caso contrário, será radias e para terras, em quais-
retida a profusão das manifes- quer circunstâncias em que eu,
tações do Espírito. o Senhor, os colocar, e aonde
15 Agora dou este a manda- quer que eu, o Senhor, os en-
mento a meus servos para seu viar.
benefício enquanto permane- 17 Pois eles foram fiéis sobre
a
cerem, como manifestação de muitas coisas e agiram bem,
minhas bênçãos sobre sua ca- uma vez que não pecaram.
beça e como recompensa por 18 Eis que eu, o Senhor, sou
sua b diligência e para sua se- a
misericordioso e abençoá-los-
gurança; ei; e eles entrarão no gozo des-
16 Para alimento e para a vesti- tas coisas. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 71
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hiram,
Estado de Ohio, em 1º de dezembro de 1831 ( History of the Church
1:238–239). O Profeta continuara a traduzir a Bíblia, tendo Sidney Rig-
don por escriba, até receberem esta revelação, quando a tradução foi tem-
porariamente interrompida para poderem cumprir as instruções dadas
aqui. Os irmãos deveriam sair para pregar, a fim de abrandar a hostilida-
de surgida contra a Igreja em conseqüência de alguns artigos de jornal
escritos por Ezra Booth, que havia apostatado.

1–4, Joseph Smith e Sidney Rigdon poder que vos será dada, sim,
são enviados para pregar o evan- segundo minha vontade.
gelho; 5–11, Os inimigos dos san- 2 Em verdade vos digo: Pre-
tos serão confundidos. gai por algum tempo ao mun-
do, nas regiões circunvizinhas

E IS que assim vos diz o Se-


nhor, meus servos Joseph
Smith Júnior e a Sidney Rigdon,
e também na igreja, até que vos
seja indicado.
3 Em verdade esta é uma mis-
que em verdade é chegada a ho- são temporária que vos dou.
ra em que me é necessário e con- 4 Portanto trabalhai na minha
veniente que abrais a boca para vinha. Chamai os habitantes da
b
proclamar meu evangelho e as Terra e testificai e preparai o ca-
coisas do reino, expondo seus minho para os mandamentos e
c
mistérios pelas escrituras, con- revelações que hão de vir.
forme a porção do Espírito e do 5 Ora, eis que isto é sabedoria;
14a D&C 49:20. 16a D&C 59:16–20. Sidney.
gee Consagração— 17a Mt. 25:21–23. b gee Obra
Lei da Consagração. 18a gee Misericórdia, Missionária.
15a Deut. 10:12–13. Misericordioso. c D&C 42:61, 65.
b gee Diligência. 71 1a gee Rigdon,
Doutrina e Convênios 71:6–72:5 148
aquele que ler, que a compreen- seus fortes argumentos contra o
da e também b receba; Senhor.
6 Pois ao que recebe será da- 9 Em verdade, assim vos diz o
do mais a abundantemente, sim, Senhor: aArma alguma que se
poder. forme contra vós prosperará;
7 Portanto a confundi vossos 10 E se contra vós algum ho-
inimigos; convidai-os para b de- mem erguer a voz, em meu pró-
bater convosco, tanto em pú- prio e devido tempo será con-
blico como em particular; e, se fundido.
fordes fiéis, a vergonha deles 11 Portanto guardai meus man-
será manifestada. damentos; eles são verdadeiros
8 Portanto, que exponham eles e fiéis. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 72
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 4 de dezembro de 1831 ( History of the Church 1:239–
241). Vários élderes e membros reuniram-se para aprender seus deveres e
ser mais edificados nos ensinamentos da Igreja. Esta seção é uma compi-
lação de duas revelações recebidas no mesmo dia. Os versículos 1 a 8
declaram o chamado de Newel K. Whitney como bispo. Ele foi chamado e
ordenado nessa ocasião, após o que os versículos 9 a 26 foram recebidos,
fornecendo mais informações quanto às responsabilidades de um bispo.

1–8, Os élderes devem prestar con- se designe, para vós ou dentre


tas de sua mordomia ao bispo; 9– vós, um a bispo para a igreja des-
15, O bispo mantém o armazém e ta parte da vinha do Senhor.
cuida dos pobres e necessitados; 16– 3 E em verdade nisto proce-
26, Os bispos devem fornecer cer- destes sabiamente, pois o Se-
tificados da dignidade dos élderes. nhor requer que todo a mordo-
mo preste b contas de sua c mor-

E SCUTAI e dai ouvidos à voz


do Senhor, ó vós que vos
reunistes, que sois os a sumos
domia, tanto nesta vida como
na eternidade.
4 Pois o que nesta vida for fiel e
a
sacerdotes de minha igreja, a prudente será considerado dig-
quem foram dados o b reino e o no de herdar as b mansões pre-
poder. paradas para ele por meu Pai.
2 Pois em verdade assim diz o 5 Em verdade vos digo: Os él-
Senhor: É-me conveniente que deres de minha igreja nesta par-
5 a gee Compreensão, 9 a Isa. 54:17. Mordomo.
Entendimento. 72 1a D&C 68:14–19. b D&C 42:32;
b Al. 12:9–11. b gee Reino de Deus 104:11–13.
6 a Mt. 13:12. ou Reino do Céu. c Lc. 19:11–27.
7 a Mois. 7:13–17. 2 a gee Bispo. 4 a Mt. 24:45–47.
b D&C 63:37; 68:8–9. 3 a gee Mordomia, b D&C 59:2.
149 Doutrina e Convênios 72:6–20
te de minha a vinha prestarão dívida com aquilo que o Se-
contas de sua mordomia ao bis- nhor lhe puser nas mãos.
po que por mim será designado 14 E as obras dos fiéis que tra-
nesta parte de minha vinha. balham em coisas espirituais,
6 Registrar-se-ão estas coisas na administração do evangelho
para serem entregues ao bispo e das coisas do reino na igreja e
de Sião. no mundo, responderão pela
7 E conhecer-se-á o dever do dívida junto ao bispo de Sião;
a
bispo pelos mandamentos que 15 Assim o pagamento sairá da
foram dados e pela voz da con- igreja, pois, de acordo com a a lei,
ferência. o homem que vem para Sião de-
8 E agora, em verdade vos di- ve depositar todas as coisas jun-
go: Meu servo a Newel K. Whit- to ao bispo de Sião.
ney é o homem que será desig- 16 E agora, em verdade vos di-
nado e ordenado para esse po- go que, como todo élder desta
der. Esta é a vontade do Senhor parte da vinha deve dar contas
vosso Deus, vosso Redentor. de sua mordomia ao bispo des-
Assim seja. Amém. ta parte da vinha —
9 A palavra do Senhor, como 17 Um a certificado do juiz ou
acréscimo à lei dada, revelando bispo desta parte da vinha ao
o dever do bispo que foi or- bispo de Sião torna aceitável
denado para a igreja nesta par- todo homem e satisfaz todas as
te da vinha, que em verdade é coisas, para que ele receba uma
esta — herança e para que seja recebi-
10 Manter o a armazém do Se- do como b mordomo prudente e
nhor; receber os fundos da igreja como trabalhador fiel;
nesta parte da vinha; 18 Caso contrário, não será
11 Receber o relatório dos aceito pelo bispo de Sião.
élderes como antes foi man- 19 E agora, em verdade vos di-
dado e a prover a suas neces- go que todo élder que prestar
sidades; eles pagarão o que re- contas ao bispo da igreja nesta
ceberem, se tiverem com o que parte da vinha seja recomenda-
pagar; do pela igreja ou igrejas em que
12 Para que isto também seja trabalhar, para que ele e seus
consagrado para o bem da igre- relatórios sejam aprovados em
ja, para os pobres e necessitados. todas as coisas.
13 E aquele que a não puder 20 E também que meus servos
pagar apresentará uma conta designados como mordomos
ao bispo de Sião, que pagará a dos a assuntos literários de mi-

5 a gee Vinha Newel K. gee Consagração—


do Senhor. 10a D&C 70:7–11; 78:3. Lei da Consagração.
7 a D&C 42:31; gee Armazém. 17a D&C 20:64, 84.
46:27; 58:17–18; 11a D&C 75:24. b D&C 42:32.
107:87–88. 13a gee Pobres. 20a D&C 70:3–5.
8 a gee Whitney, 15a D&C 42:30–31.
Doutrina e Convênios 72:21–73:4 150
nha igreja tenham o direito de, cidos. E agora termino minhas
em todas as coisas, pedir a as- palavras. Amém.
sistência do bispo ou bispos — 24 Algumas palavras acrescen-
21 Para que as a revelações se- tadas às leis do reino, concer-
jam publicadas e cheguem aos nentes aos membros da igreja—
confins da Terra; para que tam- os que forem a designados pelo
bém obtenham fundos que be- Santo Espírito para subirem a
neficiem a igreja em todas as Sião e os que tiverem o privilé-
coisas; gio de subir a Sião:
22 Para que também sejam 25 Que levem ao bispo um cer-
aprovados em todas as coisas e tificado de três élderes da igre-
sejam considerados mordomos ja ou um certificado do bispo;
prudentes. 26 Caso contrário, o que su-
23 E agora, eis que isto será bir à terra de Sião não será con-
um exemplo para todos os ra- siderado mordomo prudente.
mos da minha igreja, em qual- Isto também é um exemplo.
quer terra que forem estabele- Amém.

SEÇÃO 73
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hiram,
Estado de Ohio, em 10 de janeiro de 1832 ( History of the Church
1:241–242). O Profeta e Sidney vinham pregando desde o começo de
dezembro do ano anterior, e isso muito contribuiu para diminuir a hosti-
lidade surgida contra a Igreja. (Ver o cabeçalho da seção 71.)

1–2, Os élderes devem continuar a indicadas pela a voz da conferên-


pregar; 3–6, Joseph Smith e Sidney cia suas diversas missões.
Rigdon devem continuar a traduzir 3 Ora, diz o Senhor: Em verda-
a Bíblia até que seja terminada. de vos digo, meus servos Joseph
Smith Júnior e Sidney Rigdon,

P OIS em verdade assim diz


o Senhor: É-me conveniente
que a eles continuem pregando
que é a preciso b traduzir outra
vez;
4 E, se for prático, pregar nas
o evangelho e exortando as igre- regiões circunvizinhas até a con-
jas das regiões circunvizinhas ferência; e, depois disso, é preci-
até a conferência; so continuar o trabalho da tra-
2 E então, eis que lhes serão dução até que esteja terminado.

21a gee Doutrina e ver D&C 57–68. para pregar o


Convênios. 2 a D&C 20:63. evangelho.
24a gee Chamado, 3 a ie Joseph e Sidney D&C 71:2.
Chamado por haviam recebido or- b D&C 45:60–61;
Deus, Chamar. dem, anteriormente, 76:15.
73 1a ie os outros que de interromper a gee Tradução de
estavam em missão; tradução da Bíblia Joseph Smith (tjs).
151 Doutrina e Convênios 73:5–74:6
5 E que isto sirva de modelo 6 Agora não vos dou mais nes-
para os élderes, até que se rece- ta ocasião. a Cingi vossos lom-
ba mais conhecimento, como es- bos e sede sóbrios. Assim seja.
tá escrito. Amém.

SEÇÃO 74

Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Hiram, Estado de Ohio,


em janeiro de 1832 ( History of the Church 1:242). O Profeta escre-
ve: “Depois de receber as palavras anteriores do Senhor [D&C 73],
recomecei a tradução das escrituras e trabalhei com afinco até pouco
antes da conferência, que deveria se realizar dia 25 de janeiro. Durante
esse período também recebi o que segue, como explicação da Primeira
Epístola aos Coríntios, capítulo 7, versículo 14” ( History of the
Church 1:242).

1–5, Paulo aconselha a Igreja de se tornassem sujeitos à c lei de


sua época a não guardar a lei de Moisés, lei essa que fora cum-
Moisés; 6–7, As criancinhas são prida.
santas e santificadas por meio da 4 E aconteceu que os filhos,
Expiação. tendo sido criados na sujeição à
lei de Moisés, deram ouvidos

P OIS o marido a descrente é


santificado pela mulher, e a
mulher descrente é santificada
às a tradições de seus pais e não
acreditaram no evangelho de
Cristo; e nisso tornaram-se im-
pelo marido; de outra sorte, os puros.
seus filhos seriam imundos; mas 5 Portanto, por esta razão, o
agora são santos. apóstolo escreveu à igreja, dan-
2 Ora, nos dias dos apóstolos, do-lhes um mandamento, não
observava-se a lei da circunci- do Senhor, mas de si mesmo, de
são entre todos os judeus que que um crente não devia a unir-
não acreditavam no evangelho se a um descrente; a não ser que
de Jesus Cristo. se abolisse entre eles a b lei de
3 E aconteceu que surgiu uma Moisés,
grande a contenda entre o povo, 6 Para que seus filhos não fos-
concernente à lei da b circunci- sem circuncidados; e que se abo-
são, porque o marido descrente lisse a tradição que dizia serem
se achava desejoso de que seus as criancinhas imundas; pois as-
filhos fossem circuncidados e sim era entre os judeus;

6a I Ped. 1:13. b gee Circuncisão. Casar—Casamento


74 1a I Cor. 7:14–19. c gee Lei de Moisés. entre pessoas de
3 a At. 15:1–35; 4a gee Tradições. religiões diferentes.
Gál. 2:1–5. 5a gee Casamento, b 2 Né. 25:24–27.
Doutrina e Convênios 74:7–75:7 152
7 Mas as a criancinhas são b san- da d expiação de Jesus Cristo; e é
tas, sendo c santificadas por meio isto que as escrituras significam.

SEÇÃO 75
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Amherst,
Estado de Ohio, em 25 de janeiro de 1832 ( History of the Church
1:242–245). Naquela ocasião realizava-se a conferência anteriormente
convocada. Joseph Smith foi apoiado e ordenado Presidente do Sumo
Sacerdócio nessa conferência. Alguns élderes, que haviam encontrado
dificuldade em fazer com que sua mensagem fosse entendida pelos ho-
mens, desejavam aprender, com mais pormenores, seus deveres imedia-
tos. Seguiu-se esta revelação.

1–5, Os élderes fiéis que pregam o e não serdes a ociosos, mas tra-
evangelho ganharão a vida eterna; balhardes com toda a força —
6–12, Orai para receberdes o Con- 4 Levantando vossas vozes
solador, que ensina todas as coi- como que com o som de uma
sas; 13–22, Os élderes julgarão os trombeta, a proclamando a b ver-
que rejeitarem sua mensagem; 23– dade conforme as revelações e
36, As famílias dos missionários mandamentos que vos dei.
devem receber ajuda da Igreja. 5 E assim, se fordes fiéis,
sereis carregados com muitos

E
a
M verdade, em verdade vos molhos e b coroados com c honra
digo, eu que falo pela a voz e d glória e e imortalidade e f vida
de meu Espírito, sim, o bAlfa e eterna.
o Ômega, vosso Senhor e vosso 6 Portanto, em verdade eu digo
Deus: a meu servo William E. McLellin
2 Escutai, ó vós que destes que a revogo o encargo que lhe
vossos nomes para sair procla- dei de ir às regiões do leste;
mando meu evangelho e para 7 E dou-lhe um novo encargo e
a
podar a minha b vinha. um novo mandamento, no qual
3 Eis que eu vos digo ser mi- eu, o Senhor, o a castigo pelas
b
nha vontade irdes sem demora murmurações de seu coração;

7 a Morô. 8:8–15; 2 a Jacó 5:62. d gee Glória.


D&C 29:46–47; b gee Vinha do e gee Imortal,
137:10. Senhor. Imortalidade.
b gee Santo. 3 a gee Ociosidade, f gee Vida Eterna.
c gee Salvação— Ocioso. 6 a D&C 66:1–13.
Salvação das 4 a gee Obra 7 a gee Castigar,
criancinhas. Missionária. Castigo, Corrigir,
d gee Expiação, b D&C 19:37. Repreender.
Expiar. 5 a Salm. 126:6; b gee Murmurar;
75 1a gee Revelação. Al. 26:5. Pensamentos.
b Apoc. 1:8. b gee Coroa.
gee Alfa; Ômega. c gee Honra, Honrar.
153 Doutrina e Convênios 75:8–24
8 E ele pecou; contudo eu o 17 E também, digo a meu ser-
perdôo e digo-lhe também: Vai vo Major N. Ashley e a meu
às regiões do sul. servo Burr Riggs que também
9 E que meu servo Luke John- viajem para as regiões do sul.
son vá com ele e proclamem as 18 Sim, que todos esses via-
coisas que lhes ordenei — jem, como lhes ordenei, indo
10 Invocando o nome do Se- de casa em casa, de povoado
nhor pelo a Consolador, que em povoado e de cidade em
lhes ensinará todas as coisas cidade.
que lhes forem convenientes — 19 E em qualquer casa que en-
11 a Orando sempre para não trardes e fordes recebidos, dei-
desfalecerem; e se assim fize- xai nessa casa vossa bênção.
rem, estarei com eles até o fim. 20 E de qualquer casa em que
12 Eis que esta é a vontade do entrardes e não fordes recebi-
Senhor vosso Deus concernen- dos, saireis rapidamente e a sa-
te a vós. Assim seja. Amém. cudireis o pó de vossos pés, co-
13 E também, em verdade as- mo testemunho contra eles.
sim diz o Senhor: Que meu ser- 21 E encher-vos-eis de a rego-
vo a Orson Hyde e meu servo zijo e de alegria; e sabei que
b
Samuel H. Smith viajem para no dia do julgamento sereis
b
as regiões do leste e proclamem juízes daquela casa e condená-
as coisas que lhes ordenei; e se la-eis;
forem fiéis, eis que estarei c com 22 E será mais tolerável para o
eles até o fim. pagão, no dia do juízo, do que
14 E também, em verdade eu para aquela casa; portanto a cin-
digo a meu servo Lyman John- gi vossos lombos e sede fiéis; e
son e a meu servo a Orson Pratt vencereis todas as coisas, e se-
que deverão viajar para as re- reis elevados no último dia. As-
giões do leste; e eis que tam- sim seja. Amém.
bém estarei com eles até o fim. 23 E também assim vos diz o
15 E também digo a meu servo Senhor, ó élderes da minha
Asa Dodds e a meu servo Cal- igreja, que destes vossos no-
ves Wilson, que deverão viajar mes a fim de conhecerdes sua
para as regiões do oeste e pro- vontade concernente a vós —
clamar meu evangelho, como 24 Eis que vos digo que é de-
lhes ordenei. ver da igreja ajudar a sustentar,
16 E aquele que for fiel ven- e também sustentar, as famílias
cerá todas as coisas e será a ele- dos que são chamados e preci-
vado no último dia. sam ser enviados pelo mundo

10a Jo. 14:26. c Mt. 28:19–20. 21a Mt. 5:11–12.


gee Consolador. 14a gee Pratt, Orson. b gee Julgar.
11a 2 Né. 32:9. 16a D&C 5:35. 22a Ef. 6:14;
13a gee Hyde, Orson. 20a Mt. 10:14; D&C 27:15–18.
b gee Smith, Lc. 10:11–12;
Samuel H. D&C 24:15; 60:15.
Doutrina e Convênios 75:25–36 154
b
para proclamar o evangelho ao ocioso não terá lugar na igreja,
mundo. a não ser que se arrependa e
25 Portanto eu, o Senhor, vos melhore o seu proceder.
dou este mandamento: Obten- 30 Portanto, que meu servo
de lugar para vossa família, vis- Simeon Carter e meu servo
to que vossos irmãos estão dis- Emer Harris sejam unidos no
postos a abrir o coração. ministério;
26 E todos os que puderem 31 E também meu servo Ezra
obter lugares para sua família e Thayre e meu servo a Thomas B.
auxílio da igreja para ela, que Marsh;
não deixem de ir pelo mundo, 32 Também meu servo Hyrum
seja para o leste ou para o oeste, Smith e meu servo Reynolds
para o norte ou para o sul. Cahoon;
27 Que peçam, e receberão; 33 E também meu servo Da-
batam, e ser-lhes-á aberto; e niel Stanton e meu servo Sey-
ser-lhes-á dado a conhecer do mour Brunson;
alto, pelo a Consolador, aonde 34 E também meu servo Syl-
deverão ir. vester Smith e meu servo Gi-
28 E também, em verdade vos deon Carter;
digo que todo homem que for 35 E também meu servo
obrigado a a manter sua própria Ruggles Eames e meu servo
b
família, que a mantenha; e de Stephen Burnett;
modo algum perderá sua co- 36 E também meu servo Micah
roa; e que trabalhe na igreja. B. Welton e também meu ser-
29 Que todo homem seja a dili- vo Eden Smith. Assim seja.
gente em todas as coisas. E o Amém.

SEÇÃO 76

Visão dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hiram,


Estado de Ohio, em 16 de fevereiro de 1832 ( History of the Church
1:245–252). Prefaciando o registro desta visão, o Profeta escreveu: “Ao
retornar da conferência de Amherst, retomei a tradução das escrituras.
De várias revelações que foram recebidas, ficou evidente que muitos pon-
tos importantes relativos à salvação do homem haviam sido retirados da
Bíblia ou perdidos antes de sua compilação. Parecia evidente, pelas ver-
dades que restaram, que se Deus recompensa cada um de acordo com as
obras realizadas na carne, o termo ‘Céu’, significando a morada eterna
dos santos, deve incluir mais do que um reino. Assim, ( . . .) enquanto
traduzíamos o Evangelho de João, eu e o Élder Rigdon tivemos a seguinte

27a 2 Né. 32:5; D&C 8:2. b gee Família. Ocioso.


gee Espírito Santo. 29a gee Diligência. 31a gee Marsh,
28a I Tim. 5:8; D&C 83:2. b gee Ociosidade, Thomas B.
155 Doutrina e Convênios 76:1–9

visão” ( History of the Church 1:245). Esta visão foi recebida depois
que o Profeta traduziu João 5:29.

1–4, O Senhor é Deus; 5–10, Os nhos e a extensão de suas obras


mistérios do reino serão revelados ninguém pode descobrir.
a todos os fiéis; 11–17, Todos res- 3 Seus a propósitos não falham,
surgirão na ressurreição dos jus- nem há quem seja capaz de re-
tos ou dos injustos; 18 – 24, Os ter a sua mão.
habitantes de muitos mundos são 4 De eternidade em eternidade
filhos e filhas gerados para Deus ele é o a mesmo e seus anos nun-
por meio da expiação de Jesus ca se b acabam.
Cristo; 25–29, Um anjo de Deus 5 Pois assim diz o Senhor: Eu,
caiu e tornou-se o diabo; 30–49, o Senhor, sou a misericordioso
Os filhos de perdição sofrem con- e benigno para com aqueles
denação eterna; todos os outros que me b temem e deleito-me
obtêm algum grau de salvação; em honrar aqueles que me c ser-
50 – 70, Descrevem-se a glória e vem em retidão e em verdade
a recompensa de seres exaltados até o fim.
no reino celestial; 71 – 80, Des- 6 Grande será sua recompensa
crevem-se os que herdarão o rei- e eterna sua a glória.
no terrestre; 81 – 113, Explica- 7 E a eles a revelarei todos os
b
se a condição dos que estiverem mistérios, sim, todos os misté-
nas glórias telestial, terrestre e ce- rios ocultos de meu reino des-
lestial; 114–119, Os fiéis podem de a antigüidade; e por eras
ver e compreender os mistérios do futuras dar-lhes-ei a conhecer a
reino de Deus pelo poder do Santo boa disposição de minha von-
Espírito. tade concernente a todas as coi-
sas relativas a meu reino.

O
a
UVI, ó céus, e dai ouvidos, 8 Sim, até as maravilhas da
ó Terra, e regozijai-vos, eternidade conhecerão e coisas
vós, seus habitantes, pois o futuras mostrar-lhes-ei, sim, coi-
Senhor é b Deus e além dele c não sas de muitas gerações.
há d Salvador algum. 9 E sua a sabedoria será grande
2 a Grande é sua sabedoria, e seu b entendimento alcançará
b
maravilhosos são seus cami- os céus; e diante deles a sabe-

76 1a Isa. 1:2. 4 a Heb. 13:8; gee Temor;


b Jer. 10:10. D&C 35:1; 38:1–4; Reverência.
gee Trindade— 39:1–3. c D&C 4:2.
Deus, o Filho. b Salm. 102:25–27; 6a gee Glória Celestial.
c Isa. 43:11; Osé. 13:4. Heb. 1:12. 7a D&C 42:61; 59:4;
d gee Salvador. 5 a Êx. 34:6; 98:12; 121:26–33.
2 a 2 Né. 2:24; Salm. 103:8. b gee Mistérios
D&C 38:1–3. gee Misericórdia, de Deus.
b Apoc. 15:3. Misericordioso. 9a gee Sabedoria.
3 a I Reis 8:56; b Deut. 6:13; b gee Compreensão,
D&C 1:38; 64:31. Jos. 4:23–24. Entendimento.
Doutrina e Convênios 76:10–22 156
doria dos sábios c perecerá e o qual vimos e com quem a con-
entendimento dos prudentes versamos na b visão celestial.
se desvanecerá. 15 Pois enquanto trabalháva-
10 Porque pelo meu a Espírito mos na a tradução que o Senhor
os b iluminarei e pelo meu c po- nos designara, chegamos ao vi-
der dar-lhes-ei a conhecer os gésimo nono versículo do quin-
segredos de minha vontade — to capítulo de João, que nos foi
sim, até as coisas que o d olho dado como segue:
não viu nem o ouvido ouviu e 16 Falando da ressurreição
ainda não entraram no coração dos mortos, com referência aos
do homem. que a ouvirão a voz do b Filho do
11 Nós, Joseph Smith Júnior Homem:
e Sidney Rigdon, estando a no 17 E ressurgirão; os que fize-
Espírito, no décimo sexto dia ram o a bem, na b ressurreição dos
c
de fevereiro do ano de mil oito- justos, e os que fizeram o mal,
centos e trinta e dois de nosso na ressurreição dos injustos.
Senhor — 18 Ora, isso nos maravilhou,
12 Pelo poder do a Espírito pois foi-nos dado pelo Espírito.
abriram-se nossos b olhos e ilu- 19 E enquanto a meditávamos
minou-se nosso entendimento, sobre essas coisas, o Senhor to-
de modo a vermos e compreen- cou os olhos do nosso enten-
dermos as coisas de Deus — dimento e eles se abriram; e a
13 Até as coisas que existiram glória do Senhor cercou-nos de
desde o princípio, antes de o resplendor.
mundo existir, as quais foram 20 E contemplamos a a glória
ordenadas pelo Pai, por meio do Filho, à b direita do c Pai, e re-
de seu Filho Unigênito, que es- cebemos de sua plenitude;
tava no seio do Pai desde o 21 E vimos os santos a anjos e
a
princípio; os que são b santificados diante
14 De quem testemunhamos; de seu trono, adorando a Deus
e o testemunho que prestamos e ao Cordeiro, a quem c adoram
é a plenitude do evangelho de para todo o sempre.
Jesus Cristo, que é o Filho, o 22 E agora, depois dos muitos

9 c Isa. 29:14; 138:11, 29. 20a gee Jesus Cristo—


2 Né. 9:28–29. 13a Mois. 4:2. Glória de Jesus
10a Morô. 10:5. 14a D&C 109:57. Cristo.
b gee Revelação; b gee Visão. b At. 7:56.
Testemunho. 15a gee Tradução de c gee Trindade—
c gee Poder. Joseph Smith (tjs). Deus, o Pai.
d Isa. 64:4; 16a Jo. 5:28. 21a Mt. 25:31;
I Cor. 2:9; b gee Filho do D&C 130:6–7;
3 Né. 17:15–17; Homem. 136:37.
D&C 76:114–116. 17a gee Obras. b gee Santificação.
11a Apoc. 1:10. b gee Ressurreição. c gee Adorar.
12a gee Transfiguração. c At. 24:15.
b D&C 110:1; 137:1; 19a gee Ponderar.
157 Doutrina e Convênios 76:23–35
testemunhos que se prestaram que se c rebelou contra Deus e
dele, este é o a testemunho, últi- procurou tomar o reino de nosso
mo de todos, que nós damos Deus e seu Cristo —
dele: Que ele b vive! 29 Portanto ele faz a guerra aos
23 Porque o a vimos, sim, à di- santos de Deus e cerca-os.
reita de b Deus; e ouvimos a voz 30 E tivemos uma visão dos
testificando que ele é o c Unigê- sofrimentos daqueles a quem
nito do Pai — fez guerra e subjugou, pois as-
24 Que por a ele e por meio de- sim nos veio a voz do Senhor:
le e dele os b mundos são e fo- 31 Assim diz o Senhor concer-
ram criados; e seus habitantes nente a todos os que conhecem
são c filhos e filhas gerados para o meu poder e dele foram feitos
Deus. participantes; e que se deixaram
a
25 E isto também vimos e vencer pelo poder do diabo e
testificamos: Que um a anjo de negaram a verdade e desafia-
Deus, que possuía autoridade ram o meu poder —
na presença de Deus, que se re- 32 Estes são os a filhos de b per-
belou contra o Filho Unigênito, dição, de quem eu digo que
a quem o Pai amava e que esta- melhor lhes fora nunca terem
va no seio do Pai, foi expulso nascido;
da presença de Deus e do Filho, 33 Pois são vasos de ira, con-
26 E foi chamado Perdição, denados a sofrer a ira de Deus
porque os céus prantearam por com o diabo e seus anjos na
ele — ele era a Lúcifer, um filho eternidade;
da manhã. 34 Sobre os quais eu disse que
27 E olhamos, e eis que ele não há a perdão neste mundo
a
caiu! Caiu, ele, um filho da nem no mundo vindouro —
manhã! 35 Tendo a negado o Santo Es-
28 E enquanto ainda estáva- pírito, depois de havê-lo rece-
mos no Espírito, o Senhor orde- bido, e tendo negado o Filho
nou-nos que escrevêssemos a vi- Unigênito do Pai; tendo-o b cru-
são; pois vimos Satanás, aquela cificado dentro de si e tendo-o
antiga a serpente, sim, o b diabo, envergonhado abertamente.

22a gee Testemunho. Heb. 12:9; 31a gee Apostasia.


b D&C 20:17. gee Filhos e Filhas 32a gee Filhos de
23a gee Jesus Cristo— de Deus. Perdição.
Aparições de Cristo 25a D&C 29:36–39; b D&C 76:26;
após sua morte. Mois. 4:1–4. Mois. 5:22–26.
b gee Trindade— gee Diabo. 34a Mt. 12:31–32.
Deus, o Pai. 26a Isa. 14:12–17. gee Perdoar.
c Jo. 1:14. gee Lúcifer. 35a II Ped. 2:20–22;
gee Unigênito. 27a Lc. 10:18. Al. 39:6.
24a Heb. 1:1–3; 28a Apoc. 12:9. gee Pecado
3 Né. 9:15; b gee Diabo. Imperdoável.
D&C 14:9; 93:8–10. c gee Guerra nos b Heb. 6:4–6;
b Mois. 1:31–33; 7:30. Céus. 1 Né. 19:7;
gee Criação, Criar. 29a Apoc. 13:7; D&C 132:27.
c At. 17:28, 29; 2 Né. 2:18; 28:19–23.
Doutrina e Convênios 76:36–50 158
36 Estes são os que irão para o 44 Portanto ele salva todos
a
lago de fogo e enxofre com o exceto esses, os quais irão para
diabo e seus anjos — o a castigo b infinito, que é casti-
37 E os únicos sobre quem a go sem fim, que é castigo eter-
segunda a morte terá qualquer no, para reinar com o c diabo e
poder; seus anjos na eternidade, onde
38 Sim, em verdade, os a úni- seu d bicho não morre e o fogo é
cos que não serão redimidos no inextinguível, o que é seu tor-
devido tempo do Senhor de- mento —
pois de terem sofrido a sua ira. 45 E homem algum conhece o
39 Pois todos os demais a ressur- seu a fim nem seu lugar nem seu
girão na b ressurreição dos mor- tormento;
tos, pelo triunfo e pela glória 46 Nem foi revelado nem é
do c Cordeiro que foi morto e nem será revelado ao homem,
que estava no seio do Pai antes exceto àqueles que dele forem
que os mundos fossem feitos. feitos participantes;
40 E este é o a evangelho, as 47 Contudo eu, o Senhor, mos-
alegres novas, que a voz do céu tro-o em visão a muitos, mas
nos testificou — imediatamente torno a encer-
41 Que ele veio ao mundo, sim, rá-la;
Jesus, para ser a crucificado pelo 48 Portanto seu fim, sua largu-
mundo e para b tomar sobre si os ra, altura, a profundidade e misé-
pecados do c mundo e para d san- ria eles não compreendem, nem
tificar o mundo e e purificá-lo de homem algum, a não ser os que
toda iniqüidade; são b ordenados a essa c conde-
42 Para que, por intermédio nação.
dele, fossem a salvos todos os 49 E ouvimos a voz, que dizia:
que o Pai havia posto em seu Escrevei a visão, pois eis que
poder e feito por meio dele; este é o fim da visão dos sofri-
43 Ele que glorifica o Pai e sal- mentos dos ímpios.
va todas as obras de suas mãos, 50 E tornamos a testificar —
exceto os filhos de perdição, pois vimos e ouvimos; e este é o
a
que negam o Filho depois que o testemunho do evangelho de
Pai o revelou. Cristo concernente àqueles que

36a Apoc. 19:20; b gee Ressurreição. 42a gee Salvação.


20:10; 21:8; c gee Jesus Cristo. 44a D&C 19:6–12.
2 Né. 9:16; 28:23; 40a 3 Né. 27:13–22. b gee Condenação,
Al. 12:16–18; gee Evangelho; Condenar.
D&C 63:17. Plano de Redenção. c gee Diabo.
37a gee Morte Espiritual. 41a gee Crucificação d Isa. 66:24;
38a gee Filhos de ou Crucifixão. Mc. 9:43–48.
Perdição. b Isa. 53:4–12; 45a D&C 29:28–29.
39a ie serão redimidos; Heb. 9:28. 48a Apoc. 20:1.
ver vers. 38. Todos c I Jo. 2:1–2. b ie setenciados.
serão ressuscitados. d gee Santificação. c Al. 42:22.
Ver Alma 11:41–45. e gee Redenção, 50a gee Testemunho.
gee Vivificar. Redimido, Redimir.
159 Doutrina e Convênios 76:51–62
irão ressurgir na b ressurreição 56 Estes são os que são os a sa-
dos justos — cerdotes e reis, que receberam
51 Esses são os que receberam de sua plenitude e de sua glória;
o testemunho de Jesus e a cre- 57 E são a sacerdotes do Altís-
ram em seu nome e foram b bati- simo, segundo a ordem de Mel-
zados na c semelhança de seu quisedeque, que era segundo a
sepultamento, sendo d sepulta- ordem de b Enoque, que era se-
dos na água em seu nome; e gundo a c ordem do Filho Uni-
isto de acordo com o manda- gênito.
mento que ele deu — 58 Portanto, como está escrito,
52 Para que, guardando os eles são a deuses, sim, os b filhos
mandamentos, fossem a lavados de c Deus —
e b purificados de todos os seus 59 Portanto a todas as coisas
pecados e recebessem o Santo são suas, seja a vida ou a morte,
Espírito pela imposição das as coisas presentes ou as coisas
c
mãos daquele que é d ordenado futuras, todas são deles e eles
e selado para esse e poder; são de Cristo e Cristo é de Deus.
53 E que vencem pela fé e são 60 E eles a vencerão todas as
a
selados pelo b Santo Espírito da coisas.
promessa que o Pai derrama 61 Portanto, que nenhum ho-
sobre todos os que são justos e mem se a glorie no homem, mas,
fiéis. antes, que se b glorie em Deus,
54 Estes são os que são a igreja que c subjugará todos os inimi-
do a Primogênito. gos sob seus pés.
55 Estes são aqueles em cujas 62 Estes a habitarão na b pre-
mãos o Pai colocou a todas as sença de Deus e seu Cristo para
coisas — todo o sempre.

50b gee Ressurreição. D&C 88:3–5. tornar como o


51a D&C 20:25–27, 37. gee Santo Espírito Pai Celestial.
b gee Batismo, da Promessa. b gee Filhos e
Batizar. 54a Heb. 12:23; Filhas de Deus.
c D&C 128:13. D&C 93:21–22. c D&C 121:32.
d Rom. 6:3–5. gee Primogênito. gee Trindade.
gee Batismo, 55a II Ped. 1:3–4; 59a Lc. 12:42–44;
Batizar—Batismo D&C 50:26–28; 3 Né. 28:10;
por imersão. 84:35–38. D&C 84:36–38.
52a 2 Né. 9:23; 56a Êx. 19:6; 60a Apoc. 3:5; 21:7.
Morô. 8:25–26. Apoc. 1:5–6; 20:6. 61a Jo. 5:41–44;
b gee Pureza, Puro. 57a gee Sacerdote, I Cor. 3:21–23.
c gee Dom do Sacerdócio de b 2 Né. 33:6;
Espírito Santo; Melquisedeque. Al. 26:11–16.
Mãos, Imposição b Gên. 5:21–24. gee Glória.
das. gee Enoque. c D&C 49:6.
d gee Ordenação, c D&C 107:1–4. 62a Salm. 15:1–3; 24:3–4;
Ordenar. 58a Salm. 82:1, 6; 1 Né. 15:33–34;
e gee Autoridade. Jo. 10:34–36. Mois. 6:57.
53a gee Selamento, gee Homem, b D&C 130:7.
Selar. Homens—Seu gee Vida Eterna.
b Ef. 1:13; potencial de se
Doutrina e Convênios 76:63–77 160
63 Estes são a os que ele trará que o sol do firmamento é cita-
consigo, quando b vier nas nu- do como o símbolo dessa glória.
vens do céu para c reinar na Ter- 71 E também vimos o a mundo
ra sobre seu povo. terrestre e eis que estes são os
64 Estes são os que terão parte que pertencem ao terrestre,
na a primeira ressurreição. cuja glória difere da glória da
65 Estes são os que surgirão igreja do Primogênito, que re-
na a ressurreição dos justos. cebeu a plenitude do Pai, assim
66 Estes são os que vieram ao como a glória da b lua difere da
a
Monte b Sião e à cidade do Deus do sol no firmamento.
vivo, o lugar celestial, o mais 72 Eis que estes são os que
santo de todos. morreram a sem b lei;
67 Estes são os que vieram para 73 E também aqueles que são
uma inumerável hoste de anjos, os a espíritos de homens manti-
para a assembléia geral e igreja dos na b prisão, a quem o Filho
de a Enoque e do b Primogênito. visitou e c pregou o d evangelho
68 Estes são aqueles cujos no- para que fossem julgados se-
mes estão a escritos no céu, on- gundo os homens na carne;
de Deus e Cristo são o b juiz de 74 Os que não receberam o
a
todos. testemunho de Jesus na carne,
69 Estes são os que são homens mas receberam-no depois.
a
justos, b aperfeiçoados por meio 75 Estes são os homens honra-
de Jesus, o mediador do novo dos da Terra, que foram cega-
c
convênio, que efetuou esta d ex- dos pela astúcia dos homens.
piação perfeita pelo derrama- 76 Estes são os que recebem
mento de seu próprio e sangue. de sua glória, mas não de sua
70 Estes são aqueles cujo cor- plenitude.
po é a celestial, cuja b glória é a 77 Estes são os que recebem a
do c sol, sim, a glória de Deus, a presença do Filho, mas não da
mais elevada de todas, sendo plenitude do Pai.

63a D&C 88:96–98. D&C 76:53–54. 71a D&C 88:30.


gee Segunda Vinda gee Primogênito. gee Glória Terrestre.
de Jesus Cristo. 68a gee Livro da Vida. b I Cor. 15:40–41.
b Mt. 24:30. b gee Jesus 72a D&C 137:7, 9.
c D&C 58:22. Cristo—Juiz. b gee Lei.
gee Jesus Cristo— 69a D&C 129:3; 138:12. 73a Al. 40:11–14.
Reinado de Cristo b Morô. 10:32–33. gee Espírito.
no Milênio. c gee Novo e Eterno b D&C 88:99; 138:8.
64a Apoc. 20:6. Convênio. gee Inferno;
65a gee Ressurreição. d gee Expiação, Salvação para os
66a Isa. 24:23; Expiar. Mortos.
Heb. 12:22–24; e gee Sangue. c I Ped. 3:19–20; 4:6;
Apoc. 14:1; 70a D&C 88:28–29; D&C 138:28–37.
D&C 84:2; 133:56. 131:1–4; 137:7–10. d gee Evangelho.
b gee Sião. gee Glória Celestial. 74a gee Testemunho.
67a D&C 45:9–12. b D&C 137:1–4.
b Heb. 12:23; c Mt. 13:43.
161 Doutrina e Convênios 76:78–98
78 Portanto são a corpos ter- são designados para ministrar
restres e não corpos celestiais; e em seu favor, ou seja, que lhes
diferem em glória, como a lua são designados como espíritos
difere do sol. ministradores, pois eles serão
79 Estes são os que não são a va- herdeiros da salvação.
lentes no testemunho de Jesus; 89 E assim vimos, na visão ce-
portanto não obtêm a coroa no lestial, a glória do teleste, que
reino de nosso Deus. ultrapassa todo entendimento;
80 E agora, este é o fim da vi- 90 E nenhum homem a conhe-
são que tivemos do terrestre, ce, a não ser aquele a quem Deus
que o Senhor nos mandou es- a revelou.
crever enquanto ainda estáva- 91 E assim vimos a glória do
mos no Espírito. terrestre, que em todas as coi-
81 E também vimos a glória do sas supera a glória do teleste,
a
teleste, cuja glória é a do me- sim, em glória e em poder e em
nor, assim como a glória das es- força e em domínio.
trelas difere da glória da lua no 92 E assim vimos a glória do
firmamento. celeste, que supera em todas as
82 Estes são os que não recebe- coisas — onde Deus, sim, o Pai,
ram o evangelho de Cristo nem reina sobre o seu trono para to-
o a testemunho de Jesus. do o sempre;
83 Estes são os que não negam 93 Diante de cujo trono todas
o Santo Espírito. as coisas curvam-se em humilde
a
84 Estes são os que são lança- reverência e dão-lhe glória pa-
dos no a inferno. ra todo o sempre.
85 Estes são os que não serão 94 Aqueles que habitam em
redimidos do a diabo até a b últi- sua a presença são a igreja do
b
ma ressurreição, até que o Se- Primogênito; e eles vêem como
nhor, sim, Cristo, o c Cordeiro, são vistos e c conhecem como são
tenha consumado sua obra. conhecidos, tendo recebido de
86 Estes são os que não rece- sua plenitude e de sua d graça;
bem de sua plenitude no mun- 95 E ele os faz a iguais em po-
do eterno, mas do Santo Espíri- der e em força e em domínio.
to pelo ministério do terrestre; 96 E a glória do celeste é uma,
87 E o terrestre, pelo a ministé- como a glória do a sol é uma.
rio do celeste. 97 E a glória do terrestre é uma,
88 E também o teleste o recebe como a glória da lua é uma.
pela administração de anjos que 98 E a glória do teleste é uma,

78a I Cor. 15:40–42. 85a gee Diabo. 94a D&C 130:7.


79a D&C 56:16. b Al. 11:41; D&C 43:18; b gee Primogênito.
81a D&C 88:31. 88:100–101. c I Cor. 13:12.
gee Glória Telestial. c gee Cordeiro d gee Graça.
82a D&C 138:21. de Deus. 95a D&C 29:13; 78:5–7;
84a 2 Né. 9:12; Al. 12:11. 87a D&C 138:37. 84:38; 88:107; 132:20.
gee Inferno. 93a gee Reverência. 96a I Cor. 15:40–41.
Doutrina e Convênios 76:99–113 162
como a glória das estrelas é do Cristo tiver e subjugado todos
uma; pois como uma estrela di- os inimigos sob seus pés e tiver
f
fere de outra em glória, assim aperfeiçoado sua obra;
também diferem em glória uns 107 Quando ele entregar o
dos outros no mundo telestial. reino e apresentá-lo ao Pai,
99 Pois estes são os que são de imaculado, dizendo: Eu venci e
a a
Paulo e de Apolo e de Cefas. pisei sozinho o b lagar, sim, o
100 Estes são os que dizem lagar do furor da ira do Deus
que são alguns de um e alguns Todo-Poderoso.
de outro — alguns de Cristo e 108 Então será ele coroado
alguns de João e alguns de Moi- com a coroa de sua glória, para
sés e alguns de Elias e alguns assentar-se no a trono de seu po-
de Esaías e alguns de Isaías e der a fim de reinar para todo o
alguns de Enoque; sempre.
101 Mas não receberam o evan- 109 Mas eis que vimos a glória
gelho nem o testemunho de Je- e os habitantes do mundo teles-
sus nem os profetas nem o a con- tial, que eram inumeráveis
vênio eterno. como as estrelas do firmamento
102 Por fim, todos estes são os do céu ou como a areia da praia;
que não serão reunidos com os 110 E ouvimos a voz do Se-
santos para serem a arrebatados nhor, dizendo: Todos estes do-
para a b igreja do Primogênito e brarão os joelhos e toda língua
a
recebidos na nuvem. confessará àquele que se assen-
103 Estes são a os que são b men- ta no trono para todo o sempre;
tirosos e feiticeiros e c adúlteros 111 Pois eles serão julgados de
e libertinos; e todo aquele que acordo com suas obras; e cada
ama e inventa mentiras. homem receberá, de acordo
104 Estes são os que sofrem a com suas próprias a obras, seu
a
ira de Deus na Terra. próprio domínio nas b mansões
105 Estes são os que sofrem a que estão preparadas;
a
vingança do fogo eterno. 112 E serão servos do Altíssi-
106 Estes são os que são lança- mo; mas a onde Deus e Cristo
dos no a inferno e bsofrem a ira b
habitam não poderão vir para
de Deus c Todo-Poderoso, até a todo o sempre.
d
plenitude dos tempos, quan- 113 Este é o fim da visão que

99 a I Cor. 3:4–7, 22. Condenar. Isa. 63:1–3.


101a gee Novo e Eterno 105a Jud. 1:7. 108a D&C 137:3.
Convênio. 106a gee Inferno. 110a Filip. 2:9–11;
102a I Tess. 4:16–17; b D&C 19:3–20. Mos. 27:31.
D&C 88:96–98. c D&C 87:6. 111a Apoc. 20:12–13.
b D&C 78:21. d Ef. 1:10. gee Obras.
103a Apoc. 21:8; e I Cor. 15:24–28. b Jo. 14:2;
D&C 63:17–18. f Heb. 10:14. D&C 59:2; 81:6.
b gee Mentir, 107a Apoc. 19:15; 112a D&C 29:29.
Mentiroso. D&C 88:106; b Apoc. 21:23–27.
c gee Adultério. 133:46–53.
104a gee Condenação, b Gên. 49:10–12;
163 Doutrina e Convênios 76:114–77:2
tivemos e que se nos ordenou que são apenas para ser vistos
que escrevêssemos enquanto e b compreendidos pelo poder
ainda estávamos no Espírito. do Santo Espírito, que Deus
114 Mas a grandes e maravi- confere àqueles que o amam e
lhosas são as obras do Senhor e se purificam perante ele;
os b mistérios de seu reino que 117 A quem ele concede este
ele nos mostrou, que ultrapas- privilégio de ver e saber por si
sam todo o entendimento em mesmos;
glória e em força e em domínio; 118 Para que, por meio do
115 Os quais ele nos mandou poder e da manifestação do
que não escrevêssemos enquan- Espírito, enquanto na carne,
to ainda estávamos no Espírito; sejam capazes de suportar sua
e não é a lícito ao homem falar presença no mundo de glória.
deles; 119 E a Deus e ao Cordeiro
116 Nem é o homem a capaz sejam glória e honra e domínio
de torná-los conhecidos, por- para todo o sempre. Amém.

SEÇÃO 77
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Hiram, Estado de Ohio, em
março de 1832 ( History of the Church 1:253–255). O Profeta escre-
veu: “Em relação à tradução das Escrituras, recebi a seguinte explicação
sobre o Apocalipse de João” ( History of the Church 1:253).

1–4, Os animais têm espíritos e Resposta. É a b Terra em seu


habitarão em felicidade eterna em estado santificado, imortal e
c
uma Terra imortal; 5–7, Esta Terra eterno.
tem uma existência física de 7.000 2 P. O que devemos entender
anos; 8–10, Vários anjos restau- pelos quatro animais mencio-
ram o evangelho e ministram na nados no mesmo versículo?
Terra; 11, O selamento dos R. São expressões a figurativas
144.000; 12 – 14, Cristo virá no empregadas por João, o Reve-
início do sétimo milênio; 15, Dois lador, para descrever o b céu,
profetas serão levantados para a o c paraíso de Deus, a d felicida-
nação judaica. de do homem e dos animais e
dos répteis e das aves do ar; o

P ERGUNTA. O que é o a mar


de vidro de que fala João
no Apocalipse, capítulo 4,
que é espiritual sendo à seme-
lhança daquilo que é material;
e aquilo que é material, à seme-
versículo 6? lhança do que é espiritual; o

114 aApoc. 15:3; 19:32–34. final da Terra;


Mórm. 9:16–18; b I Cor. 2:10–12. Glória Celestial.
Mois. 1:3–5. 77 1a D&C 130:6–9. 2a gee Simbolismo.
b Jacó 4:8. b D&C 88:17–20, b gee Céu.
115 aII Cor. 12:4. 25–26. c gee Paraíso.
116 a3 Né. 17:15–17; c gee Terra—Estado d gee Alegria.
Doutrina e Convênios 77:3–9 164
e
espírito do homem à seme- contém a vontade, os b misté-
lhança de sua pessoa, como tam- rios e as obras de Deus revela-
bém o espírito do f animal e de dos; as coisas ocultas de sua
todas as outras criaturas que administração, concernentes a
Deus criou. esta c Terra durante os sete mil
3 P. Os quatro animais limi- anos de sua duração, ou seja,
tam-se aos próprios animais ou de sua existência física.
representam classes ou ordens? 7 P. O que devemos entender
R. Limitam-se a quatro ani- pelos sete selos com que o livro
mais, individualmente, os quais estava selado?
foram mostrados a João para R. Devemos entender que o
representar a glória das classes primeiro selo contém as coisas
dos seres na ordem ou a esfera dos a primeiros mil anos, assim
de criação que lhes foi destina- como o segundo as coisas dos
da, no gozo de sua b felicidade mil anos seguintes e assim por
eterna. diante, até o sétimo.
4 P. O que devemos entender 8 P. O que devemos entender
pelos olhos e asas dos animais? pelos quatro anjos de que fala o
R. Seus olhos representam luz capítulo sete, versículo um do
e a conhecimento, isto é, eles são Apocalipse?
cheios de conhecimento; e suas R. Devemos entender que eles
asas representam b poder para são quatro anjos enviados da
mover-se, para agir, etc. presença de Deus, a quem foi
5 P. O que devemos entender dado poder sobre as quatro
pelos vinte e quatro a anciãos de partes da Terra para poupar a
que fala João? vida e para destruir; estes são
R. Devemos entender que es- os que têm o a evangelho eterno
ses anciãos vistos por João eram para entregá-lo a toda nação,
anciãos que haviam sido b fiéis tribo, língua e povo; tendo po-
no trabalho do ministério e ha- der para cerrar os céus, selar
viam morrido; que pertenciam para a vida ou lançar às b re-
às c sete igrejas e estavam então giões das trevas.
no paraíso de Deus. 9 P. O que devemos entender
6 P. O que devemos entender pelo anjo que subia do Oriente,
pelo livro visto por João, que no capítulo 7, versículo 2 do
estava a selado por fora com se- Apocalipse?
te selos? R. Devemos entender que o
R. Devemos entender que ele anjo que subia do Oriente é

2 e Ét. 3:15–16; 4a gee Conhecimento. de Deus.


Abr. 5:7–8. b gee Poder. c gee Terra.
gee Espírito. 5a Apoc. 4:4, 10. 7a D&C 88:108–110.
f Mois. 3:19. b Apoc. 14:4–5. 8a Apoc. 14:6–7.
3 a D&C 93:30; c Apoc. 1:4. b Mt. 8:11–12; 22:1–14;
Mois. 3:9. 6a Apoc. 5:1. D&C 133:71–73.
b D&C 93:33–34. b gee Mistérios
165 Doutrina e Convênios 77:10–14
aquele a quem é dado o selo do cionado no capítulo 8 do Apo-
Deus vivo sobre as doze tribos calipse?
de a Israel; portanto ele clama R. Devemos entender que, as-
aos quatro anjos que têm o evan- sim como Deus fez o mundo em
gelho eterno, dizendo: Não da- seis dias e no sétimo dia termi-
nifiqueis a Terra nem o mar nem nou sua obra, b santificando-o, e
as árvores, até que tenhamos se- também do c pó da terra formou
lado os servos do nosso Deus na o homem, assim também, no
b
testa. E, se vós aceitardes, este é princípio do sétimo milênio, o
c
Elias, que havia de vir para reu- Senhor Deus d santificará a Ter-
nir as tribos de Israel e d restau- ra e consumará a salvação do
rar todas as coisas. homem e e julgará todas as coi-
10 P. Quando se cumprirão as sas e f redimirá todas as coisas,
coisas mencionadas neste capí- exceto aquelas que ele não pôs
tulo? sob o seu poder, quando terá
R. Cumprir-se-ão no a sexto mi- selado todas as coisas, até o fim
lênio, ou seja, na abertura do de todas as coisas; e o toque das
sexto selo. trombetas dos sete anjos é a
11 P. O que devemos entender preparação e a consumação de
pelo selamento dos a cento e qua- sua obra, no princípio do séti-
renta e quatro mil de todas as mo milênio — a preparação do
tribos de Israel — doze mil de caminho antes do tempo de sua
cada tribo? vinda.
R. Devemos entender que os 13 P. Quando se cumprirão as
que são selados são b sumos sa- coisas escritas no capítulo 9 do
cerdotes, ordenados na santa or- Apocalipse?
dem de Deus para administrar o R. Cumprir-se-ão depois da
evangelho eterno; pois eles são abertura do sétimo selo, antes
os que são ordenados de cada da vinda de Cristo.
nação, tribo, língua e povo pelos 14 P. O que devemos entender
anjos a quem é dado poder so- pelo livrinho que João a comeu,
bre as nações da Terra, a fim de como mencionado no capítulo
trazerem à igreja do c Primogêni- 10 de Apocalipse?
to todos os que desejarem vir. R. Devemos entender que era
12 P. O que devemos entender uma missão e uma ordem para
pelo toque das a trombetas men- ele b reunir as tribos de Israel;

9 a Apoc. 7:4–8. gee Primogênito. e gee Jesus


b Eze. 9:4. 12a Apoc. 8:2. Cristo—Juiz.
c gee Elias. b Gên. 2:1–3; f gee Redenção,
d gee Restauração Êx. 20:11; 31:12–17; Redimido, Redimir.
do Evangelho. Mos. 13:16–19; 14a Eze. 2:9–10; 3:1–4;
10a Apoc. 6:12–17. Mois. 3:1–3; Apoc. 10:10.
11a Apoc. 14:3–5. Abr. 5:1–3. b gee Israel—
b gee Sumo Sacerdote. c Gên. 2:7. Coligação de Israel.
c D&C 76:51–70. d D&C 88:17–20.
Doutrina e Convênios 77:15–78:3 166
eis que este é Elias, o qual, co- levantados para a nação b judai-
mo está escrito, deve vir c res- ca nos c últimos dias, na época
taurar todas as coisas. da d restauração, para profeti-
15 P. O que se deve entender zar aos judeus depois que tive-
pelas duas a testemunhas, no rem sido reunidos e tiverem
capítulo 11 do Apocalipse? construído a cidade de Jerusa-
R. São dois profetas que serão lém na e terra de seus pais.

SEÇÃO 78
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Estado de Ohio, em março de 1832 ( History of the Church 1:255–257).
A ordem foi revelada pelo Senhor a Joseph Smith com o propósito de
estabelecer um armazém para os pobres. Nem sempre convinha que a
identidade dos indivíduos a quem o Senhor se dirigia nas revelações fosse
conhecida pelo mundo; por isso, nesta e em algumas revelações subse-
qüentes, os irmãos foram chamados por nomes que não eram os seus.
Quando a necessidade de manter em segredo os nomes dessas pessoas
havia passado, seus nomes verdadeiros passaram a ser mencionados entre
colchetes. Uma vez que já não há necessidade de usar os nomes codificados,
apenas os nomes verdadeiros são agora usados, como nos manuscritos
originais.

1–4, Os santos devem organizar e 2 E dai ouvidos ao a conselho


estabelecer um armazém; 5–12, O daquele que vos b ordenou do
uso prudente de suas propriedades alto, que falará em vossos ouvi-
levará à salvação; 13–14, A Igreja dos palavras de sabedoria, pa-
deve ser independente dos poderes ra que vos seja dada salvação
terrenos; 15–16, Miguel (Adão) naquilo que apresentastes pe-
serve sob a direção do Santo (Cris- rante mim, diz o Senhor Deus.
to); 17–22, Bem-aventurados os 3 Pois em verdade vos digo:
fiéis, pois herdarão todas as coisas. Chegado é o tempo e está per-
to; e eis que é necessário que

O SENHOR falou a Joseph


Smith Júnior dizendo: Es-
cutai-me, diz o Senhor vosso
haja uma a organização de meu
povo, para regulamentar e es-
tabelecer os negócios do b arma-
Deus, vós que sois ordenados zém para os c pobres de meu
ao a sumo sacerdócio de minha povo, neste lugar e na terra de
igreja e que vos reunistes; d Sião —

14c Mt. 17:11. 78 1a gee Sacerdócio de 15–21.


15a Apoc. 11:1–14. Melquisedeque. b D&C 72:9–10; 83:5–6.
b gee Judeus. 2 a gee Aconselhar, c D&C 42:30–31.
c gee Últimos Dias. Conselho. gee Bem-Estar.
d gee Restauração b gee Ordenação, d D&C 57:1–2.
do Evangelho. Ordenar.
e Amós 9:14–15. 3 a D&C 82:11–12,
167 Doutrina e Convênios 78:4–17
4 Como estabelecimento e or- 11 Portanto um mandamento
dem permanente e eterna para vos dou: Preparai-vos e organi-
minha igreja, a fim de promo- zai-vos por meio de um contra-
ver a causa que abraçastes, pa- to ou a convênio eterno que não
ra a salvação do homem e para se possa quebrar.
a glória de vosso Pai que está 12 E aquele que o quebrar per-
nos céus; derá seu cargo e a condição de
5 Para que sejais a iguais nos membro da igreja; e será entre-
vínculos das coisas celestiais, gue às a bofetadas de Satanás
sim, e também das coisas terre- até o dia da redenção.
nas, para obtenção de coisas ce- 13 Eis que esta é a preparação
lestiais. com a qual vos preparo e o ali-
6 Porque se não sois iguais em cerce e o exemplo que vos dou,
coisas terrenas, não podeis ser por meio dos quais podeis cum-
iguais na obtenção de coisas ce- prir os mandamentos que vos
lestiais; são dados;
7 Pois se desejais que eu vos 14 Que pela minha providên-
dê um lugar no mundo a celes- cia, não obstante as a tribulações
tial, é preciso que vos b prepa- que sobre vós cairão, a igreja
reis, c fazendo as coisas que eu permaneça independente, aci-
mandei e que requeri de vós. ma de todas as outras criaturas
8 E agora, em verdade assim abaixo do mundo celestial;
diz o Senhor: É conveniente 15 A fim de que recebais a a co-
que todas as coisas sejam feitas roa para vós preparada e vos
para minha a glória, por vós que torneis b governantes de muitos
estais unidos nesta b ordem; reinos, diz o Senhor Deus, o
9 Ou, em outras palavras, que Santo de Sião, que estabeleceu
meu servo Newel K. Whitney e os alicerces de cAdão-ondi-Amã;
meu servo Joseph Smith Júnior 16 Que designou a Miguel co-
e meu servo Sidney Rigdon as- mo vosso príncipe e firmou-lhe
sentem-se em conselho com os os pés e colocou-o no alto e
santos que estão em Sião; deu-lhe as chaves da salvação,
10 Caso contrário, a Satanás sob o conselho e a orientação
procura desviar da verdade o do Santo, o qual não tem prin-
coração deles, para que se tor- cípio de dias nem fim de vida.
nem cegos e não compreendam 17 Em verdade, em verdade
as coisas que para eles foram vos digo: Vós sois criancinhas e
preparadas. ainda não compreendestes quão

5 a D&C 49:20. b D&C 92:1. Exaltação.


gee Consagração— 10a gee Diabo. b Apoc. 5:10;
Lei da Consagração. 11a gee Convênio. D&C 76:56–60;
7 a gee Glória Celestial. 12a I Cor. 5:5; 132:19.
b D&C 29:8; 132:3. D&C 82:21; 104:8–10. c gee Adão-ondi-Amã.
c D&C 82:10. 14a D&C 58:2–4. 16a D&C 27:11; 107:54–55.
8 a Mois. 1:39. 15a gee Coroa; gee Adão.
Doutrina e Convênios 78:18–79:4 168
grandiosas são as bênçãos que mo b centuplicadas, sim, mais.
o Pai tem nas mãos e preparou 20 Portanto fazei as coisas que
para vós; vos mandei, diz vosso Reden-
18 E não podeis a suportar tu- tor, sim, o Filho aAmã, que pre-
do agora; contudo, tende bom para todas as coisas antes de vos
ânimo, porque eu vos b guiarei. b
arrebatar;
Vosso é o reino e são vossas as 21 Pois vós sois a a igreja do
suas bênçãos e são vossas as ri- Primogênito; e ele vos b arreba-
quezas da c eternidade. tará numa nuvem e determi-
19 E aquele que receber todas nará a cada homem sua porção.
as coisas com a gratidão será glo- 22 E aquele que for um a mor-
rificado; e as coisas desta Terra domo b prudente e fiel herdará
c
ser-lhe-ão acrescentadas, mes- todas as coisas. Amém.

SEÇÃO 79

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,


Estado de Ohio, em março de 1832 ( History of the Church 1:257).

1–4, Jared Carter é chamado para de alegria, sim, o evangelho


pregar o evangelho por meio do eterno.
Consolador. 2 E enviarei sobre ele o a Con-
solador, que lhe ensinará a ver-

E M verdade eu te digo que


é minha vontade que meu
servo Jared Carter torne a ir
dade e o caminho que deverá
seguir;
3 E se for fiel, tornarei a coroá-
às regiões do leste, de lugar lo com molhos.
em lugar e de cidade em cida- 4 Portanto alegra teu coração,
de, no poder da a ordenação meu servo Jared Carter, e não
a
com o qual foi ordenado, pro- temas, diz teu Senhor, sim,
clamando boas novas de gran- Jesus Cristo. Amém.

SEÇÃO 80

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,


Estado de Ohio, em março de 1832 ( History of the Church 1:257).

18a Jo. 16:12; Agradecimento. Mordomo.


3 Né. 17:2–3; b Mt. 19:29. c D&C 84:38.
D&C 50:40. 20a D&C 95:17. 79 1a D&C 52:38.
b D&C 112:10. b I Tess. 4:17. gee Ordenação,
c gee Vida Eterna. 21a D&C 76:53–54. Ordenar.
19a Mos. 2:20–21. b D&C 88:96–98. 2 a Jo. 14:26.
gee Ação de Graças, 22a D&C 72:3–4. gee Consolador.
Agradecido, b gee Mordomia, 4 a D&C 68:5–6.
169 Doutrina e Convênios 80:1–81:2
1–5, Stephen Burnett e Eden Smith 3 Portanto ide e pregai meu
são chamados para pregar onde evangelho, seja para o norte ou
quer que desejarem. para o sul, para o leste ou para
o oeste, não importa, porque

E M verdade, assim diz o Se-


nhor a ti, meu servo Stephen
Burnett: Sai, sai pelo mundo e
não vos podeis enganar.
4 Portanto declarai as coisas
que ouvistes e em que verda-
a
prega o evangelho a toda cria- deiramente acreditais e a sabeis
tura que esteja ao alcance de ser verdadeiras.
tua voz. 5 Eis que esta é a vontade da-
2 E já que desejas um compa- quele que vos a chamou, vosso
nheiro, dar-te-ei meu servo Redentor, sim, Jesus Cristo.
Eden Smith. Amém.

SEÇÃO 81
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,
Estado de Ohio, em março de 1832 ( History of the Church 1:257–258).
Frederick G. Williams é chamado para ser sumo sacerdote e conselheiro
na Presidência do Sumo Sacerdócio. Os registros históricos mostram
que, quando esta revelação foi recebida, em março de 1832, ela chamava
Jesse Gause para o cargo de conselheiro de Joseph Smith na Presidência.
Entretanto, quando deixou de agir de maneira condizente com sua desig-
nação, o chamado foi transferido para Frederick G. Williams. A revelação
(datada de março de 1832) deve ser considerada como um passo em direção à
organização formal da Primeira Presidência, chamando especificamente
para o cargo de conselheiro naquele grupo e explicando a dignidade da
designação. O irmão Gause serviu por um tempo, mas foi excomungado
da Igreja em dezembro de 1832. O irmão Williams foi ordenado para esse
cargo em 18 de março de 1833.

1–2, A Primeira Presidência sem- nhor teu Deus, e ouve o chama-


pre possui as chaves do reino; 3–7; do para o qual és chamado, ou
Se Frederick G. Williams for fiel em seja, o de a sumo sacerdote na
seu ministério, terá vida eterna. minha igreja e conselheiro de
meu servo Joseph Smith Júnior;

E M verdade, em verdade te
digo, meu servo Frederick
G. Williams: Atende à voz da-
2 A quem dei as a chaves do
reino, as quais pertencem sem-
pre à b presidência do sumo sa-
quele que fala, à palavra do Se- cerdócio;

80 1a Mc. 16:15. Chamar. Sacerdócio.


4 a gee Testemunho. 81 1a gee Sumo b D&C 107:8–9, 22.
5 a gee Chamado, Sacerdote. gee Primeira
Chamado por Deus, 2 a gee Chaves do Presidência.
Doutrina e Convênios 81:3–82:3 170
3 Portanto, em verdade reco- 5 Portanto sê fiel; ocupa o car-
nheço-o e abençoá-lo-ei, como go para o qual te designei; a so-
também a ti, se fores fiel no con- corre os fracos, ergue as mãos
selho, no cargo para o qual te que pendem e b fortalece os joe-
designei, com oração constante, lhos c enfraquecidos.
em voz alta e em teu coração, em 6 E se fores fiel até o fim,
público e em particular, também terás uma coroa de a imortalida-
em teu ministério, proclamando de e b vida eterna nas c mansões
o evangelho na terra dos vivos e que eu preparei na casa de meu
entre teus irmãos. Pai.
4 Assim agindo, farás o maior 7 Eis que estas são as palavras
dos bens a teus semelhantes e do Alfa e do Ômega, sim, Jesus
promoverás a a glória daquele Cristo. Amém.
que é teu Senhor.

SEÇÃO 82
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, no Condado de Jackson, Estado
de Missouri, em 26 de abril de 1832 ( History of the Church 1:267–
269). Naquela ocasião realizava-se o conselho geral da Igreja, no qual
Joseph Smith, o Profeta, foi apoiado como Presidente do Sumo Sacerdó-
cio, cargo para o qual havia sido anteriormente ordenado em uma confe-
rência de sumos sacerdotes, élderes e membros, em Amherst, Estado de
Ohio, em 25 de janeiro de 1832. (Ver cabeçalho da seção 75.) A fim de
ocultar a identidade das pessoas, nomes incomuns foram outrora usados
na publicação desta revelação. (Ver cabeçalho da seção 78.)

1–4, Onde muito se dá, muito se outros vossas ofensas, assim


requer; 5–7, A escuridão reina no também eu, o Senhor, vos per-
mundo; 8–13, O Senhor está obri- dôo.
gado quando fazemos o que ele diz; 2 Contudo, há entre vós al-
14–18, Sião deve aumentar em be- guns que pecaram muito; sim,
a
leza e santidade; 19–24, Todo ho- todos vós pecastes; mas em
mem deve buscar o interesse de seu verdade vos digo: Acautelai-vos
próximo. daqui em diante; abstende-vos
do pecado para que dolorosos

E M verdade, em verdade vos


digo, meus servos, que como
vos tendes a perdoado uns aos
julgamentos não vos caiam so-
bre a cabeça.
3 Porque a quem a muito é da-

4a Mois. 1:39. b gee Vida Eterna; 2 a Rom. 3:23.


5a Mos. 4:15–16. Exaltação. 3 a Lc. 12:48;
b D&C 108:7. c Jo. 14:2–3; Tg. 4:17.
c Isa. 35:3. D&C 59:2; 106:8. gee Prestar Contas,
6a gee Imortal, 82 1a Mt. 6:14–15; Responsabilidade,
Imortalidade. D&C 64:9–11. Responsável.
171 Doutrina e Convênios 82:4–15
do, muito é b exigido; e o que 10 Eu, o Senhor, estou a obriga-
c
pecar contra a d luz maior rece- do quando fazeis o que eu di-
berá a condenação maior. go; mas quando não o fazeis,
4 Invocais meu nome pedindo não tendes promessa alguma.
a
revelações e eu vo-las dou; e se 11 Portanto em verdade vos
não guardais minhas palavras, digo que é preciso que meus
as quais vos dou, vós vos tor- servos Edward Patridge e
nais transgressores; e b justiça e Newel K. Whitney, A. Sidney
julgamento são a penalidade Gilbert e Sidney Rigdon e meu
afixada pela minha lei. servo Joseph Smith e John
5 Portanto o que digo a um Whitmer e Oliver Cowdery e
digo a todos: a Vigiai, porque o W. W. Phelps e Martin Harris
b
adversário espalha seus domí- se a unam, em vossas diversas
nios e as c trevas reinam; mordomias, por um vínculo e
6 E a ira de Deus está acesa convênio que não se desfaça
contra os habitantes da Terra; e por transgressão sem que isso
ninguém faz o bem, pois todos cause julgamento imediato —
se desviaram do a caminho. 12 Para dirigir os negócios dos
7 E agora, em verdade vos pobres e todas as coisas que di-
digo: Eu, o Senhor, não vos zem respeito ao bispado, tanto
atribuirei a pecado algum; se- na terra de Sião como na de
gui vossos caminhos e não pe- Kirtland;
queis mais; mas à alma que 13 Pois consagrei a terra de
pecar b retornarão os pecados Kirtland, no meu próprio e de-
passados, diz o Senhor vosso vido tempo, para benefício dos
Deus. santos do Altíssimo e como uma
a
8 E também vos digo: Dou-vos estaca de Sião.
um a novo mandamento para 14 Pois Sião deve crescer em
que compreendais minha von- beleza e em santidade; suas
tade concernente a vós; fronteiras devem ser expandi-
9 Ou, em outras palavras, das; suas estacas devem ser
dou-vos instruções sobre como fortalecidas; sim, em verdade
a
agirdes perante mim, a fim de vos digo: a Sião deve erguer-se e
que isso se transforme em vos- vestir suas b formosas vestes.
sa salvação. 15 Portanto dou-vos este man-

3 b gee Mordomia, b gee Diabo. D&C 1:38; 130:20–21.


Mordomo. c gee Trevas gee Abençoado,
c gee Apostasia; Espirituais. Abençoar, Bênção;
Pecado. 6 a Rom. 3:12; Obedecer, Obediência,
d Jo. 15:22–24. D&C 1:16. Obediente.
gee Luz, Luz 7 a gee Pecado. 11a D&C 78:3–7, 11–15.
de Cristo. b D&C 1:32–33; 58:43. 13a Isa. 33:20; 54:2.
4 a gee Revelação. 8 a Jo. 13:34. gee Estaca.
b gee Justiça. 9 a D&C 43:8. 14a gee Sião.
5 a gee Atalaia, 10a Jos. 23:14; b Isa. 52:1;
Sentinela, Vigia. I Reis 8:23; D&C 113:7–8.
Doutrina e Convênios 82:16–83:1 172
damento de que vos unais por fazendo todas as coisas com os
a
meio deste convênio; e isto será olhos fitos na glória de Deus.
feito de acordo com as leis do 20 Esta a ordem designei como
Senhor. ordem eterna para vós e para
16 Eis que isto também me é vossos sucessores, desde que
sábio, para o vosso bem. não pequeis.
17 E deveis ser a iguais, ou, em 21 E a alma que pecar contra
outras palavras, deveis ter os este convênio e contra ele en-
mesmos direitos sobre as pro- durecer o coração será tratada
priedades, para o benefício da de acordo com as leis da minha
administração dos negócios de igreja e será entregue às a bofe-
vossas mordomias, cada homem tadas de Satanás até o dia da
de acordo com seus anseios e redenção.
necessidades, desde que seus 22 E agora, em verdade vos di-
anseios sejam justos — go e nisto há sabedoria: Gran-
18 E tudo isso para o benefício jeai amigos com as riquezas
da igreja do Deus vivo, para da injustiça e eles não vos des-
que todo homem desenvolva truirão.
seus a talentos, para que todo 23 Deixai o julgamento so-
homem adquira outros talen- mente para mim, porque ele
tos, sim, até cem vezes mais, é meu e eu a recompensarei. A
para que sejam lançados no paz seja convosco; convosco
b armazém do Senhor a fim de se continuem minhas bênçãos.
tornarem propriedade comum 24 Pois o a reino é vosso e sê-
de toda a igreja — lo-á para sempre, se não aban-
19 Todo homem procurando donardes vossa perseverança.
os interesses de seu próximo e Assim seja. Amém.

SEÇÃO 83
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Indepen-
dence, Estado de Missouri, em 30 de abril de 1832 ( History of the
Church 1:269–270). Esta revelação foi recebida quando o Profeta estava
reunido em conselho com seus irmãos.

1–4, As mulheres e as crianças têm de receber da Igreja o seu sustento.


o direito de receber de seus maridos
e de seus pais o seu sustento; 5–6,
As viúvas e os órfãos têm o direito E M verdade assim diz o Se-
nhor, como acréscimo às leis
17a D&C 51:3. b D&C 42:30–34, 55; 23a Rom. 12:19;
gee Consagração— 119:1–3. Mórm. 3:15.
Lei da Consagração. gee Armazém. 24a Lc. 12:32;
18a Mt. 25:14–30; 19a D&C 88:67. D&C 64:3–5.
D&C 60:13. gee Olho(s). gee Reino de
gee Dom; Dons 20a gee Ordem Unida. Deus ou Reino
do Espírito. 21a D&C 104:8–10. do Céu.
173 Doutrina e Convênios 83:2–84:1
da igreja concernentes às mu- 4 Todos os a filhos têm o direito
lheres e crianças que perten- de receber de seus pais o seu
cem à igreja e que a perderam sustento até alcançarem a maio-
seus maridos ou pais: ridade.
2 As mulheres têm o a direito de 5 E depois disso, eles têm di-
receber dos maridos o seu sus- reito de recorrer à igreja ou, em
tento, até que eles lhes sejam outras palavras, ao a armazém
tirados; e, se não forem trans- do Senhor, caso seus pais não
gressoras, terão participação na tenham com o que lhes dar he-
comunidade da igreja. rança.
3 E, se não forem fiéis, não te- 6 E o armazém deverá ser man-
rão participação na comunida- tido pelas consagrações da igre-
de da igreja; contudo poderão ja; e prover-se-á a subsistência
permanecer em sua herança, de das a viúvas e dos órfãos, como
acordo com as leis do país. também dos b pobres. Amém.

SEÇÃO 84
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 22 e 23 de setembro de 1832 ( History of the Church
1:286–295). Durante o mês de setembro, os élderes começaram a voltar
das missões nos estados do leste e a relatar seus trabalhos. Enquanto
estavam juntos nessa alegre ocasião, foi recebida a seguinte comuni-
cação. O Profeta chamou-a de revelação sobre o sacerdócio.

1–5, A Nova Jerusalém e o templo Devem pregar o evangelho e sinais


serão construídos no Estado de suceder-se-ão; 77–91, Os élderes
Missouri; 6–17, Dá-se a linha do deverão sair sem bolsa nem alforje
sacerdócio, de Moisés a Adão; 18– e o Senhor cuidará de suas necessi-
25, O sacerdócio maior contém a dades; 92–97, Pragas e maldições
chave do conhecimento de Deus; aguardam os que rejeitam o evan-
26–32, O sacerdócio menor contém gelho; 98–102, Dá-se o novo cân-
a chave do ministério de anjos e do tico da redenção de Sião; 103–110,
evangelho preparatório; 33–44, Os Que cada homem ocupe seu cargo
homens ganham vida eterna por e trabalhe em seu próprio chama-
meio do juramento e convênio do do; 111–120, Os servos do Senhor
sacerdócio; 45–53, O Espírito de devem anunciar a abominação da
Cristo ilumina os homens e o mun- desolação dos últimos dias.
do encontra-se em pecado; 54–61,
Os santos devem testificar a respei-
to das coisas que receberam; 62–76, U MA revelação de Jesus
Cristo a seu servo Joseph

83 1a Tg. 1:27. gee Armazém. D&C 42:30–39.


2 a I Tim. 5:8. 6 a gee Viúva. gee Pobres.
4 a Mos. 4:14. b Mos. 4:16–26;
5 a D&C 78:3. Hel. 4:11–13;
Doutrina e Convênios 84:2–17 174
Smith Júnior e seis élderes, ao 6 E os filhos de Moisés, de
unirem o coração e a erguerem a acordo com o Santo Sacerdócio
voz ao céu. que ele recebeu sob as a mãos de
b
2 Sim, a palavra do Senhor Jetro, seu sogro;
com respeito a sua igreja, esta- 7 E Jetro recebeu-o sob as
belecida nos últimos dias, para mãos de Calebe;
a a restauração de seu povo, co- 8 E Calebe recebeu-o sob as
mo falou pela boca de seus mãos de Eliú;
b
profetas; e para a reunião de 9 E Eliú, sob as mãos de Jere-
seus c santos no d Monte Sião, mias;
que será a cidade de e Nova 10 E Jeremias, sob as mãos de
Jerusalém. Gade;
3 Cidade essa que será cons- 11 E Gade, sob as mãos de
truída a partir do terreno do Esaías;
a
templo, designado pelo dedo 12 E Esaías recebeu-o sob as
do Senhor, nas fronteiras oci- mãos de Deus.
dentais do Estado de Missouri 13 Esaías também viveu nos
e dedicado pela mão de Joseph dias de Abraão e foi abençoado
Smith Júnior e outros de quem por ele —
o Senhor se agradava. 14 Esse aAbraão recebeu o
4 Em verdade esta é a palavra sacerdócio de b Melquisedeque,
do Senhor: Que a cidade de que o recebeu através da linha-
a
Nova Jerusalém seja construí- gem de seus pais, até c Noé;
da pela reunião dos santos, a 15 E de Noé até a Enoque, atra-
partir deste lugar, sim, o local vés da linhagem dos pais deles;
do b templo, templo esse que 16 E de Enoque até aAbel, que
será erigido nesta geração. foi assassinado pela b conspi-
5 Pois em verdade esta ge- ração de seu irmão e que c rece-
ração toda não passará sem que beu o sacerdócio pelos manda-
seja construída uma casa para o mentos de Deus, pelas mãos de
Senhor; e uma nuvem descan- seu pai dAdão, que foi o primei-
sará sobre ela, nuvem essa que ro homem —
será a a glória do Senhor, que en- 17 a Sacerdócio esse que conti-
cherá a casa. nua na igreja de Deus em todas

84 1a gee Oração. 45:66–67; RF 1:10. b gee Melquisedeque.


2 a gee Israel— gee Nova Jerusalém. c gee Noé, Patriarca
Coligação de Israel. 3 a D&C 57:3. bíblico.
b At. 3:19–21. 4 a gee Nova Jerusalém. 15a gee Enoque.
c gee Santo. b gee Templo, a Casa 16a gee Abel.
d Isa. 2:2–5; do Senhor. b Mois. 5:29–32.
Heb. 12:22; 5 a D&C 45:67; 64:41–43; c D&C 107:40–57.
Apoc. 14:1; 97:15–20; 109:12, 37. d gee Adão.
D&C 76:66; 84:32; 6 a gee Mãos, 17a Al. 13:1–19;
133:18, 56. Imposição das. Abr. 2:9, 11.
e Ét. 13:2–11; b gee Jetro. gee Sacerdócio de
D&C 42:8–9; 14a gee Abraão. Melquisedeque.
175 Doutrina e Convênios 84:18–28
as gerações e que não tem prin- o coração e não puderam su-
cípio de dias nem fim de anos. portar sua presença; portanto o
18 E o Senhor também confir- Senhor, em sua b ira, pois sua
mou um a sacerdócio sobre bAa- ira estava acesa contra eles, ju-
rão e sua semente, através de rou que enquanto estivessem
todas as suas gerações, sacer- no deserto não c entrariam para
dócio esse que também conti- o seu descanso, descanso esse
nua e c permanece para sempre que é a plenitude de sua glória.
com o sacerdócio que é segun- 25 Portanto tirou a Moisés do
do a mais santa ordem de Deus. meio deles, como também o
19 E esse sacerdócio maior ad- Santo b Sacerdócio;
ministra o evangelho e contém 26 E o a sacerdócio menor con-
a chave dos a mistérios do reino, tinuou, sacerdócio esse que con-
sim, a chave do b conhecimento tém a b chave do c ministério de
de Deus. anjos e do evangelho prepara-
20 Portanto em suas a orde- tório;
nanças manifesta-se o poder da 27 Evangelho esse que é o
divindade. evangelho do a arrependimento
21 E sem suas ordenanças e a e do b batismo e da c remissão de
a
autoridade do sacerdócio, o pecados e a d lei dos e manda-
poder da divindade não se ma- mentos carnais, que o Senhor,
nifesta aos homens na carne; em sua ira, fez com que conti-
22 Pois, sem isso, nenhum a ho- nuasse na casa de Aarão, entre
mem pode ver o rosto de Deus, os filhos de Israel, até f João,
o Pai, e viver. a quem Deus levantou, sendo
23 Ora, isso a Moisés clara- g
cheio do Espírito Santo desde
mente ensinou aos filhos de o ventre de sua mãe.
Israel no deserto e procurou 28 Pois foi batizado quando
diligentemente b santificar seu ainda na infância e, quando
povo para que c contemplassem tinha oito dias de idade, foi or-
a face de Deus; denado por um anjo de Deus
24 Eles, porém, a endureceram para esse poder, a fim de der-

18a gee Sacerdócio b gee Santificação. Melquisedeque.


Aarônico. c Êx. 24:9–11; 26a gee Sacerdócio
b gee Aarão, Irmão D&C 93:1. Aarônico.
de Moisés. 24a Êx. 20:18–21; 32:8; b D&C 13:1.
c D&C 13:1. Deut. 9:23; c D&C 107:20.
19a D&C 63:23; 107:18–19. 1 Né. 17:30–31, 42. 27a gee Arrepender-se,
gee Mistérios b Salm. 95:8; Arrependimento.
de Deus. Heb. 3:8–11; b gee Batismo, Batizar.
b Abr. 1:2. Jacó 1:7–8; Al. 12:36. c gee Remissão de
20a gee Ordenanças. c tjs, Êx. 34:1–2; Pecados.
21a gee Autoridade; Núm. 14:23; d gee Lei de Moisés.
Sacerdócio. Heb. 4:1–11. e Heb. 7:11–16.
22a D&C 67:11. 25a Deut. 34:1–5. f gee João Batista.
23a Êx. 19:5–11; 33:11. b gee Sacerdócio de g Lc. 1:15.
Doutrina e Convênios 84:29–41 176
rubar o reino dos judeus e a en- 33 Pois aqueles que forem a fiéis
direitar as veredas do Senhor de modo a obter estes dois b sa-
diante da face de seu povo, cerdócios de que falei e a mag-
com o fim de prepará-lo para a nificar seu chamado serão c san-
vinda do Senhor, em cujas mãos tificados pelo Espírito para a
é dado b todo o poder. renovação do corpo.
29 E também os ofícios de él- 34 Tornam-se os filhos de Moi-
der e bispo são a apêndices ne- sés e de Aarão e a a semente de
b
cessários do sacerdócio maior. Abraão; e a igreja e reino e os
c
30 E também os ofícios de eleitos de Deus.
mestre e diácono são apêndices 35 E também todos os que re-
necessários do sacerdócio me- cebem este sacerdócio a mim
nor, sacerdócio esse que foi me recebem, diz o Senhor;
confirmado sobre Aarão e seus 36 Pois aquele que recebe os
filhos. meus servos, a mim me a recebe;
31 Portanto, como eu disse con- 37 E aquele que me a recebe a
cernente aos filhos de Moisés mim, recebe a meu Pai;
— pois os filhos de Moisés e 38 E aquele que recebe a meu
também os filhos de Aarão ofe- Pai, recebe o reino de meu Pai;
recerão uma a oferta e um sacrifí- portanto a tudo o que meu Pai
cio aceitáveis na casa do Senhor, possui ser-lhe-á dado.
casa essa que será construída 39 E isto está de acordo com o
a
para o Senhor nesta geração, no juramento e convênio que per-
b local consagrado, como desig-
tencem ao sacerdócio.
nei — 40 Portanto todos os que rece-
32 E os filhos de Moisés e de bem o sacerdócio recebem este
Aarão encher-se-ão da a glória juramento e convênio de meu
do Senhor no b Monte Sião, na Pai, que ele não pode quebrar
casa do Senhor, cujos filhos nem pode ser removido.
sois vós; e também muitos a 41 Mas aquele que a quebrar
quem chamei e enviei para edi- este convênio após tê-lo recebi-
ficar a minha c igreja. do e desviar-se dele totalmente

28a Isa. 40:3; c gee Igreja de 36a Mt. 10:40–42;


Mt. 3:1–3; Jesus Cristo. Lc. 10:16;
Jo. 1:23. 33a gee Dignidade, D&C 112:20.
b Mt. 28:18; Digno. 37a Jo. 13:20.
Jo. 17:2; b gee Sacerdócio. 38a Lc. 12:43–44;
I Ped. 3:22; c gee Santificação. Rom. 8:32;
D&C 93:16–17. 34a Gál. 3:29; Apoc. 21:7;
29a D&C 107:5. Abr. 2:9–11. 3 Né. 28:10;
31a D&C 128:24. gee Abraão— D&C 132:18–20.
b D&C 57:3. Semente de Abraão. gee Exaltação.
32a gee Glória. b D&C 132:30–32. 39a gee Juramento e
b Heb. 12:22; gee Convênio Convênio do
D&C 76:66; Abraâmico. Sacerdócio.
84:2; 133:56. c gee Eleitos. 41a gee Apostasia.
177 Doutrina e Convênios 84:42–57
b
não receberá perdão dos peca- o vosso bem, mas para o bem
dos neste mundo nem no mun- do mundo todo.
do vindouro. 49 E o a mundo todo se acha
42 E ai de todos os que recusam em pecado e geme sob as b tre-
este sacerdócio recebido por vas e sob o jugo do pecado.
vós, que eu agora confirmo 50 E por isto podereis saber
sobre vós, presentes neste dia, que estão sob o a jugo do b peca-
por minha própria voz, desde do, porque eles não vêm a mim.
o céu; e eu mesmo coloquei- 51 Porque aquele que não vem
vos sob a responsabilidade das a mim está sob o jugo do peca-
hostes celestiais e de meus do.
a
anjos. 52 E quem não recebe a minha
43 E agora vos dou o manda- voz não conhece a a minha voz e
mento de que vos acauteleis, de não é meu.
que deis a ouvidos diligentemen- 53 E por isto podeis discernir
te às palavras de vida eterna. os justos dos iníquos e saber
44 Porque a vivereis de toda pa- que, neste momento, o a mundo
lavra que sai da boca de Deus. todo b geme sob o c pecado e as
45 Porque a a palavra do Senhor trevas.
é verdade; e tudo que é b verdade 54 E em tempos passados, vos-
é luz; e tudo que é luz é Espírito, sa mente escureceu-se por cau-
sim, o Espírito de Jesus Cristo. sa da a descrença e porque tra-
46 E o Espírito dá a luz a b todo tastes com leviandade as coisas
homem que vem ao mundo; e o que recebestes —
Espírito ilumina todo homem 55 a Vaidade e descrença essas
no mundo que dá ouvidos a que levaram toda a igreja à con-
sua voz. denação.
47 E todo aquele que dá ouvi- 56 E essa condenação encon-
dos à voz do Espírito vem a tra-se sobre os filhos de Sião,
Deus, sim, o Pai. sim, sobre todos.
48 E o Pai a ensina-lhe sobre 57 E eles permanecerão sob
o b convênio que ele renovou essa condenação até que
e confirmou sobre vós, o qual se arrependam e se lembrem
é confirmado sobre vós para o do novo a convênio, sim, o b Li-
vosso bem; e não somente para vro de Mórmon e os manda-

41b D&C 76:34–38; 46a gee Consciência; b gee Pecado.


132:27. Luz, Luz de Cristo. 52a Jo. 10:27.
42a D&C 84:88. b Jo. 1:9; D&C 93:2. 53a gee Mundo.
43a 1 Né. 15:23–25; 48a gee Inspiração, b Rom. 8:22;
D&C 1:14. Inspirar. Mois. 7:48.
44a Deut. 8:3; b gee Convênio; Novo c gee Mundanismo.
Mt. 4:4; e Eterno Convênio. 54a gee Incredulidade.
D&C 98:11. 49a I Jo. 5:19. 55a gee Vaidade, Vão.
45a Salm. 33:4. b gee Trevas 57a Jer. 31:31–34.
gee Palavra de Deus. Espirituais. b gee Livro de
b gee Verdade. 50a Gál. 4:9. Mórmon.
Doutrina e Convênios 84:58–74 178
mentos c anteriores que lhes dei, que o Pai me b deu; sois meus
c
não somente por palavras, mas amigos;
d
agindo de acordo com o que 64 Portanto, como disse a meus
escrevi — apóstolos, também vos digo que
58 Para que produzam frutos toda a alma que b acreditar em
dignos do reino de seu Pai; ca- vossas palavras e for batizada
so contrário, há um flagelo e pela água para c remissão de pe-
julgamento a derramar-se so- cados receberá o d Espírito Santo.
bre os filhos de Sião. 65 E estes a sinais seguirão os
59 Pois contaminarão a minha que crerem:
terra santa os filhos do reino? 66 Em meu nome realizarão
Em verdade vos digo que não. muitas a obras maravilhosas;
60 Em verdade, em verdade 67 Em meu a nome expulsarão
vos digo, vós que agora ouvis demônios;
minhas a palavras, que são a 68 Em meu nome a curarão os
minha voz: Bem-aventurados enfermos;
sereis se receberdes estas coi- 69 Em meu nome abrirão os
sas; olhos dos cegos e os ouvidos
61 Porque vos a perdoarei vos- dos surdos;
sos pecados com este manda- 70 E a língua dos mudos falará;
mento: Que permaneçais firmes 71 E se algum homem lhes
em vossa mente, com b solenida- administrar a veneno, não lhes
de e espírito de oração, pres- fará mal;
tando ao mundo todo testemu- 72 E o veneno de uma serpente
nho das coisas que vos são co- não terá poder para lhes fazer
municadas. mal.
62 Portanto a ide por todo o 73 Dou-lhes, porém, o manda-
mundo; e ao lugar que não pu- mento de que não se a vanglo-
derdes ir, enviareis, para que o riem destas coisas nem falem
testemunho parta de vós para delas diante do mundo; pois
todo o mundo e a toda criatura. estas coisas vos são dadas para
63 E como disse a meus após- vosso proveito e salvação.
tolos, assim vos digo, porque 74 Em verdade, em verdade
sois meus a apóstolos, sumos sa- vos digo: Aqueles que não acre-
cerdotes de Deus; sois aqueles ditarem em vossas palavras e

57c 1 Né. 13:40–41. 63a gee Apóstolo. 65a Mc. 16:17–18.


d Tg. 1:22–25; b 3 Né. 15:24; gee Sinal.
D&C 42:13–15. D&C 50:41–42. 66a gee Obras.
60a D&C 18:34–36. c Jo. 15:13–15; 67a Mt. 17:14–21.
61a Dan. 9:9. D&C 93:45. 68a gee Curar, Curas.
gee Perdoar. 64a gee Alma. 71a Mc. 16:18;
b D&C 43:34; b Mc. 16:15–16. At. 28:3–9;
88:121; 100:7. gee Crença, Crer. D&C 24:13;
62a Mc. 16:15; c gee Remissão 124:98–100.
D&C 1:2–5. de Pecados. 73a D&C 105:24.
gee Obra d gee Dom do Espírito gee Orgulho.
Missionária. Santo.
179 Doutrina e Convênios 84:75–86
não forem a batizados na água 79 Eis que vos envio para pro-
em meu nome para remissão var o mundo; e o trabalhador é
de seus pecados, para que rece- digno de seu a salário.
bam o Espírito Santo, serão b con- 80 E não se cansará nem se
denados e não entrarão no reino turvará a mente do homem que
de meu Pai, onde meu Pai e eu sair a a pregar este b evangelho
estamos. do reino, nem seu corpo, mem-
75 E esta revelação e manda- bros e juntas; nem um c fio de
mento que vos dou entra em vi- seus cabelos cairá sem que se
gor neste exato momento para perceba. E não sofrerão fome
todo o mundo; e o evangelho é nem sede.
para todos os que não o tenham 81 Portanto não vos a preo-
recebido. cupeis com o amanhã, com o
76 Mas em verdade eu digo a que haveis de comer nem com
todos aqueles a quem o reino o que haveis de beber nem
foi dado: Sois vós que deveis com o que haveis de vestir.
pregar a eles para que se arre- 82 Olhai para os lírios do cam-
pendam de suas obras malévo- po, como eles crescem: Não tra-
las anteriores; pois devem ser balham nem fiam; e os reinos do
repreendidos por causa de seu mundo, em toda a sua glória,
coração mau e incrédulo, assim não se vestem como qualquer
como vossos irmãos de Sião, deles.
por terem se rebelado contra 83 Pois vosso a Pai, que está no
vós quando vos enviei. céu, b sabe que necessitais de to-
77 E também vos digo, meus das essas coisas.
amigos, pois de agora em dian- 84 Portanto deixai que o ama-
te vos chamarei de amigos: É nhã se a preocupe com suas pró-
conveniente que eu vos dê este prias coisas.
mandamento, a fim de que vos 85 Nem de antemão vos preo-
torneis como os meus amigos cupeis com o a que haveis de di-
dos dias em que estava com eles, zer; mas b entesourai sempre
viajando para pregar o evange- em vossa mente as palavras de
lho com o meu poder; vida e na hora precisa vos será
c
78 Pois não lhes permiti te- dada a porção que será conce-
rem a bolsa ou alforje nem duas dida a cada homem.
túnicas. 86 Portanto, que nenhum ho-

74a 2 Né. 9:23; Missionária. D&C 100:6.


D&C 76:50–52. b gee Evangelho. b 2 Né. 31:20;
gee Batismo, c Lc. 21:18. Al. 17:2–3;
Batizar—Essencial. 81a Mt. 6:25–28. D&C 6:20; 11:21–26.
b Jo. 3:18. 83a gee Pai Celestial. gee Ponderar.
78a Mt. 10:9–10; b Mt. 6:8. c gee Ensinar,
D&C 24:18. 84a Mt. 6:34. Mestre—Ensinar
79a D&C 31:5. 85a Mt. 10:19–20; com o Espírito.
80a gee Obra Lc. 12:11–12;
Doutrina e Convênios 84:87–99 180
mem entre vós leve, de agora 93 E em qualquer povoado ou
em diante, bolsa ou alforje, ao cidade que entrardes, fazei o
partir para proclamar este evan- mesmo.
gelho do reino, pois este man- 94 Contudo, procurai diligen-
damento é para todos os a fiéis temente e não esmoreçais; e ai
que na igreja são chamados por da casa ou do povoado ou cida-
Deus para o ministério. de que vos rejeitar ou rejeitar
87 Eis que eu vos a envio para vossas palavras ou vosso teste-
repreender o mundo por todas munho quanto a mim.
as suas más ações e para ins- 95 Ai, torno a dizer, da casa ou
truir quanto a um julgamento povoado ou cidade que vos re-
futuro. jeitar ou rejeitar vossas palavras
88 E quem vos a receber, lá es- ou vosso testemunho de mim;
tarei também, pois irei adiante 96 Pois eu, o a Todo-Poderoso,
de vós. Estarei a vossa direita e deitei as mãos sobre as nações
a vossa esquerda e meu Espírito para b flagelá-las por suas c ini-
estará em vosso coração e meus qüidades.
b
anjos ao vosso redor para vos 97 E surgirão pragas e não
suster. serão tiradas da Terra até que
89 Quem vos recebe, a mim me eu tenha completado minha
recebe; e ele vos alimentará e obra, que se a abreviará em jus-
vos vestirá e vos dará dinheiro. tiça —
90 E aquele que vos alimentar 98 Até que todos os que resta-
ou vos vestir ou vos der dinhei- rem me conheçam, sim, do me-
ro, de modo algum a perderá sua nor até ao maior; e encham-se
recompensa. do conhecimento do Senhor e
a
91 Aquele que não fizer essas vejam olho a olho e ergam suas
coisas não é meu discípulo; des- vozes e juntos b cantem este novo
sa forma conhecereis a meus dis- cântico, dizendo:
cípulos. 99 O Senhor trouxe Sião outra
92 Afastai-vos daquele que não vez;
vos receber e, a sós, a lavai vos- O Senhor a redimiu seu povo,
b
sos pés com água, sim, com Israel,
água pura, seja no calor ou no De acordo com a c eleição da
d
frio, e isso testificai a vosso Pai graça
que está nos céus; e não volteis Que se realizou pela fé
para junto daquele homem. E e convênio de seus pais.

86a Mt. 24:44–46; 91a Jo. 13:35. Apoc. 15:3;


D&C 58:26–29; 92a Mt. 10:14; Lc. 9:5; D&C 25:12; 133:56.
107:99–100. D&C 60:15. gee Cantar.
87a gee Obra 96a gee Onipotente. 99a Apoc. 5:9;
Missionária. b D&C 1:13–14. D&C 43:29.
88a Mt. 10:40; Jo. 13:20. c gee Iniqüidade, b gee Israel.
b D&C 84:42. Iníquo. c gee Eleição.
gee Anjos. 97a Mt. 24:22. d gee Graça.
90a Mt. 10:42; 98a Isa. 52:8. e gee Convênio
Mc. 9:41. b Salm. 96:1; Abraâmico.
181 Doutrina e Convênios 84:100–110
100 O Senhor redimiu seu po- Sião ou ao bispo de Ohio, a fim
vo; de que seja consagrado para
E Satanás está a preso e o tempo trazer à luz as revelações e para
já não existe. imprimi-las com a finalidade
O Senhor reuniu todas as coi- de estabelecer Sião.
sas em b uma. 105 E se algum homem vos der
O Senhor trouxe c Sião do alto. um casaco ou um traje, tomai o
O Senhor d ergueu Sião de baixo. velho e dai-o aos a pobres e segui
101 A a Terra concebeu e deu à vosso caminho, rejubilando-vos.
luz sua força; 106 E se houver algum homem
E a verdade está estabelecida entre vós de Espírito forte, que
a
em suas entranhas; tome consigo aquele que for
E os céus sorriram sobre ela; fraco, para que seja edificado em
E ela está vestida com a b glória toda b mansidão a fim de tam-
de seu Deus; bém se tornar forte.
Porque ele está no meio de seu 107 Portanto levai convosco
povo. os que são ordenados ao a sacer-
102 Glória e honra e força e dócio menor e enviai-os adian-
poder te de vós para marcar compro-
Sejam dados a nosso Deus; por- missos e preparar o caminho e
que ele é cheio de a miseri- cumprir os compromissos que
córdia, não puderdes cumprir.
Justiça, graça e verdade e b paz 108 Eis que foi assim que meus
Para todo o sempre. Amém. apóstolos, na antigüidade, edifi-
103 E também, em verdade, em caram-me a minha igreja.
verdade vos digo: É conveniente 109 Portanto, que todo homem
que todos os homens que saírem ocupe seu próprio cargo e traba-
para proclamar meu evangelho lhe em seu próprio chamado; e
eterno, se tiverem família e re- que a cabeça não diga aos pés
ceberem dinheiro como presen- não ter deles necessidade; por-
te, enviem-no a sua família ou que, sem os pés, como se susten-
usem-no em benefício dela, co- taria o corpo?
mo o Senhor os instruir, pois 110 Também o corpo tem ne-
isto me parece bom. cessidade de todos os a mem-
104 E que todos os que recebe- bros, para que todos sejam jun-
rem a dinheiro e não tiverem fa- tos edificados, a fim de que o
mília, enviem-no ao bispo de sistema se mantenha perfeito.

100a Apoc. 20:2–3; 101a gee Terra. materiais.


D&C 43:31; 45:55; b gee Glória. 106a gee Confraternizar.
88:110. 102a gee Misericórdia, b gee Mansidão,
b Ef. 1:10; D&C 27:13. Misericordioso. Manso,
c D&C 45:11–14; b gee Paz. Mansuetude.
Mois. 7:62–64. 104a D&C 51:8–9, 12–13. 107a gee Sacerdócio
gee Sião. 105a gee Pobres— Aarônico.
d D&C 76:102; 88:96. Pobres de bens 110a I Cor. 12:12–23.
Doutrina e Convênios 84:111–120 182
111 E eis que os a sumos sacer- 116 Que ele a confie em mim
dotes devem viajar, assim como e não será b confundido; e ne-
os élderes e também os b sacerdo- nhum c fio de cabelo de sua ca-
tes menores; mas os c diáconos e beça cairá sem que se perceba.
os d mestres devem ser designa- 117 E em verdade eu digo a
dos para e zelar pela igreja, para vós, o restante de meus servos:
serem ministros locais da igreja. Saí, como vos permitirem as
112 E o bispo, Newel K. Whit- circunstâncias, em vossos di-
ney, também deve viajar pelas versos chamados, indo às gran-
redondezas e por entre todas as des e notáveis cidades e povoa-
igrejas, buscando os pobres a dos, repreendendo o mundo em
fim de a atender a suas necessi- retidão por todos os seus feitos
dades, tornando b humildes os injustos e ímpios, explicando
ricos e os orgulhosos. de modo claro e compreensível
113 Deve também empregar a ruína da abominação dos últi-
um a agente que se encarregue e mos dias.
cuide de seus negócios secula- 118 Pois convosco, diz o Se-
res, conforme sua orientação. nhor Todo-Poderoso, a esmiuça-
114 Contudo, que o bispo vá à rei seus reinos; não somente
cidade de Nova York e também farei b estremecer a Terra, mas
à cidade de Albany e à cidade também os céus estrelados tre-
de Boston; e advirta o povo des- merão.
sas cidades com o som do evan- 119 Pois eu, o Senhor, esten-
gelho, em voz alta, da a deso- di minha mão para exercer os
lação e completa destruição poderes do céu; não podeis
que os aguardam, se rejeitarem vê-lo agora, mas em pouco o
estas coisas. vereis e sabereis que eu sou e
115 Pois se rejeitarem estas que a virei e b reinarei com meu
coisas, a hora de seu julgamen- povo.
to estará próxima e sua casa se 120 Eu sou o a Alfa e o Ômega,
lhes fará a deserta. o princípio e o fim. Amém.

SEÇÃO 85
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 27 de novembro de 1832 ( History of the Church

111a gee Sumo Sacerdote. 113a D&C 90:22. D&C 43:18; 45:33,
b gee Sacerdote, 114a D&C 1:13–14. 48; 88:87, 90.
Sacerdócio Aarônico. 115a Lc. 13:35. gee Últimos Dias;
c gee Diácono. 116a gee Confiança, Sinais dos Tempos.
d gee Mestre, Confiar. 119a D&C 1:12, 35–36;
Sacerdócio Aarônico. b Salm. 22:5; 29:9–11; 45:59.
e gee Atalaia, I Ped. 2:6. gee Segunda Vinda
Sentinela, Vigia. c Mt. 10:29–31. de Jesus Cristo.
112a gee Bem-Estar. 118a Dan. 2:44–45. b gee Milênio.
b D&C 56:16. b Joel 2:10; 120a gee Alfa; Ômega.
183 Doutrina e Convênios 85:1–9

1:298–299). Esta seção é um trecho de uma carta do Profeta a W. W.


Phelps, que estava morando em Independence, Estado de Missouri. Foi
dada como resposta a perguntas sobre os santos que se haviam mudado
para Sião, mas que não haviam recebido sua herança de acordo com a
ordem estabelecida na Igreja.

1–5, Devem-se receber as heranças trados, nem os nomes dos pais


em Sião por meio de consagração; nem os nomes dos filhos escri-
6–12, Alguém poderoso e forte dará tos no a livro da lei de Deus, diz
aos santos sua herança em Sião. o Senhor dos Exércitos.
6 Assim diz a a voz mansa e de-

É DEVER do secretário do
Senhor, a quem ele desig-
nou, conservar uma história e
licada, que sussurra através de
todas as coisas e b penetra todas
as coisas e muitas vezes faz com
um a registro geral da igreja de que meus ossos estremeçam en-
todas as coisas que ocorrem em quanto se manifesta, dizendo:
Sião; e de todos os que b consa- 7 E acontecerá que eu, o Senhor
gram propriedades e legalmente Deus, enviarei alguém poderoso
recebem heranças do bispo; e forte, tendo na mão o cetro do
2 E também seu modo de vida, poder, revestido de luz como
sua fé e obras; assim como dos um manto, cuja boca proferirá
apóstatas que apostatarem de- palavras, palavras eternas, ao
pois de haver recebido suas he- passo que suas entranhas serão
ranças. uma fonte de verdade, para pôr
3 É contrário à vontade e ao em ordem a casa de Deus e re-
mandamento de Deus que os partir por sorte as heranças dos
que não recebem sua herança santos, cujos nomes estejam re-
por a consagração, de acordo gistrados no livro da lei de Deus
com sua lei, dada por ele para com os nomes de seus pais e de
cobrar os b dízimos de seu povo seus filhos;
a fim de prepará-los para o dia 8 Enquanto o homem que foi
da c vingança e queima, tenham chamado por Deus e designado,
seus nomes registrados com o que estende a mão para firmar
povo de Deus. a a arca de Deus, cairá pela fle-
4 Não se conservará sua genea- cha da morte como uma árvore
logia nem se encontrará nos re- que é atingida pela flecha vívi-
gistros ou na história da igreja. da do relâmpago.
5 Seus nomes não serão encon- 9 E todos aqueles que não se

85 1a D&C 21:1; 47:1; c Mal. 3:10–11, 17; b Heb. 4:12.


69:3–6. D&C 97:25–26. 8 a II Sam. 6:6–7;
b D&C 42:30–35. 5 a gee Livro da Vida. I Crôn. 13:9–10.
3 a gee Consagração— 6 a I Reis 19:11–12; gee Arca do
Lei da Consagração. Hel. 5:30–31; Concerto.
b gee Dízimos. 3 Né. 11:3–7.
Doutrina e Convênios 85:10–86:6 184
acharem inscritos no a livro de estão escritos no a livro da lei,
recordações não terão herança ou que b apostataram, ou que
alguma naquele dia, mas serão foram c eliminados da igreja, as-
feitos em pedaços e sua porção sim como o sacerdócio menor
lhes será designada entre incré- ou os membros, naquele dia
dulos, onde há b choro e ranger não encontrarão uma herança
de dentes. entre os santos do Altíssimo;
10 Estas coisas não as digo de 12 Portanto a eles será feito co-
mim mesmo; portanto, como fa- mo aos filhos do sacerdote, co-
la o Senhor, assim ele cumprirá. mo registrado no capítulo dois,
11 E aqueles que são do sacer- versículos sessenta e um e ses-
dócio maior, cujos nomes não senta e dois de Esdras.

SEÇÃO 86
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 6 de dezembro de 1832 ( History of the Church
1:300). Esta revelação foi recebida enquanto o Profeta revisava o manus-
crito da tradução da Bíblia.

1–7, O Senhor explica o significado migo, sim, Satanás, assenta-se


da parábola do trigo e do joio; 8–11, para reinar—eis que ele semeia
Ele explica a bênção do sacerdócio o joio; portanto o joio sufoca o
para os que são herdeiros legais se- trigo e impele a b igreja para o
gundo a carne. deserto.
4 Mas eis que nos a últimos

E M verdade, assim diz o


Senhor a vós, meus servos,
em relação à a parábola do trigo
dias, sim, agora, enquanto o
Senhor está começando a tra-
zer à luz a palavra e a haste está
e do joio: brotando e está ainda tenra —
2 Eis que em verdade vos digo 5 Eis que em verdade vos di-
que o campo era o mundo; e os go: Os a anjos estão clamando
apóstolos eram os semeadores ao Senhor dia e noite, pois es-
das sementes; tão prontos e esperando para
3 E depois de terem adorme- ser enviados a b ceifar os cam-
cido, a grande perseguidora da pos;
igreja, a apóstata, a prostituta, 6 Diz-lhes, porém, o Senhor:
sim, a Babilônia, que faz com que Não arranqueis o joio enquanto
todas as nações bebam de seu a folha estiver ainda tenra (pois
cálice, em cujos corações o ini- em verdade vossa fé é fraca),
9 a 3 Né. 24:16; b gee Apostasia. b Apoc. 12:6, 14.
Mois. 6:5–6. c gee Excomunhão. 4a gee Últimos Dias.
gee Livro de 86 1a Mt. 13:6–43; 5a D&C 38:12.
Recordações. D&C 101:64–67. b gee Ceifa ou
b D&C 19:5. 3 a Apoc. 17:1–9. Colheita.
11a gee Livro da Vida. gee Babel, Babilônia.
185 Doutrina e Convênios 86:7–87:3
para que não destruais também didos do mundo com Cristo, em
o trigo. Deus —
7 Portanto deixai que o trigo e 10 Portanto vossa vida e o sa-
o joio cresçam juntos até que a cerdócio permaneceram; e é ne-
colheita esteja completamente cessário que permaneçam por
amadurecida; então colhereis meio de vós e de vossa linha-
primeiramente o trigo dentre o gem, até a a restauração de todas
joio e, depois da colheita do tri- as coisas proferidas pela boca de
go, eis que o joio será amarrado todos os santos profetas desde
em feixes e o campo estará pron- o princípio do mundo.
to para ser queimado. 11 Portanto bem-aventurados
8 Portanto assim diz o Senhor sois se continuais em minha
a vós, com quem o a sacerdócio bondade, uma a luz para os gen-
continuou através da linhagem tios; e por meio deste sacer-
de vossos pais — dócio, um salvador para meu
9 Porque sois a herdeiros legais povo, b Israel. O Senhor disse-o.
segundo a carne e fostes b escon- Amém.

SEÇÃO 87
Revelação e profecia sobre guerra, dada por intermédio de Joseph Smith, o
Profeta, em 25 de dezembro de 1832 ( History of the Church 1:301–302).
Esta seção foi recebida em uma época em que os irmãos estavam refletindo e
arrazoando sobre a escravidão africana no continente americano e a escravi-
dão dos filhos dos homens em todo o mundo.
a
1 – 4, Prevista a guerra entre os guerra se derramará sobre to-
estados do norte e os estados do das as nações, começando des-
sul; 5–8, Grandes calamidades so- se lugar.
brevirão a todos os habitantes da 3 Pois eis que os estados do
Terra. sul se dividirão contra os es-
tados do norte e os estados do

E M verdade, assim diz o Se-


nhor em relação às guerras
que logo ocorrerão, a começar
sul recorrerão a outras nações,
mesmo à nação da Grã-Breta-
nha, como é chamada, e eles
pela rebelião da a Carolina do também recorrerão a outras
Sul que, por fim, terminará com nações a fim de se defenderem
a morte e sofrimento de muitas contra outras nações; e então a
a
almas; guerra se derramará sobre to-
2 E chegará o tempo em que a das as nações.

8 a D&C 113:8. b Isa. 49:2–3. 87 1a D&C 130:12–13.


gee Sacerdócio de 10a At. 3:19–21. 2 a Joel 3:9–16;
Melquisedeque. gee Restauração Mt. 24:6–7;
9 a Abr. 2:9–11. do Evangelho. D&C 45:26, 63; 63:33.
gee Convênio 11a Isa. 49:6. 3 a D&C 45:68–69.
Abraâmico. b D&C 109:59–67.
Doutrina e Convênios 87:4–8 186
4 E acontecerá, depois de mui- da Terra sentirão a ira, a indig-
tos dias, que a escravos se levan- nação e a mão c castigadora de
tarão contra seus senhores, os um Deus Todo-Poderoso, até
quais serão organizados e trei- que a destruição decretada po-
nados para a guerra. nha um d fim total a todas as
5 E acontecerá também que os nações;
remanescentes dos que ficarem 7 Para que o clamor dos santos
na terra se organizarão e se tor- e do a sangue dos santos cesse
narão muito zangados; e afli- de subir da Terra aos ouvidos
girão os gentios com dolorosa do Senhor de b Sabaote, pedin-
aflição. do que sejam vingados de seus
6 E assim, pela espada e por inimigos.
derramamento de sangue, os 8 Portanto a permanecei em lu-
habitantes da Terra a lamentar- gares santos e não sejais movi-
se-ão; e com b fome e pragas dos até que venha o dia do Se-
e terremotos e também com o nhor; pois eis que bdepressa
trovão do céu e o violento e ví- vem, diz o Senhor. Amém.
vido relâmpago, os habitantes

SEÇÃO 88
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 27 de dezembro de 1832 ( History of the Church
1:302–312). Chamada pelo Profeta de “ ‘folha de oliveira’ ( . . .) tirada da
Árvore do Paraíso, a mensagem de paz do Senhor para nós” ( History of
the Church 1:316). Parece, pelos registros históricos, que partes desta
revelação foram recebidas em 27 e 28 de dezembro de 1832 e 3 de janeiro
de 1833.

1–5, Os santos fiéis recebem aquele 36–41, Todos os reinos são gover-
Consolador, que é a promessa de vi- nados por lei; 42–45, Deus deu
da eterna; 6–13, Todas as coisas são uma lei para todas as coisas; 46–
controladas e governadas pela Luz 50, O homem compreenderá até o
de Cristo; 14–16, A Ressurreição próprio Deus; 51–61, A parábola
vem por meio da Redenção; 17–31, do homem que enviou seus servos
A obediência à lei celestial, terrestre para o campo e depois os visitou,
ou telestial prepara os homens para um por um; 62–73, Aproximai-
os reinos e glórias respectivos; 32– vos do Senhor e ver-lhe-eis a face;
35, Os que desejarem permanecer 74 – 80, Santificai-vos e ensinai-
no pecado continuarão imundos; vos uns aos outros as doutrinas do

4a D&C 134:12. Repreender. D&C 88:2; 95:7.


6a D&C 29:14–21; 45:49. d gee Mundo— 8 a Mt. 24:15;
b JS—M 1:29. Fim do mundo. D&C 45:32;
c gee Castigar, 7 a Ét. 8:22–24. 101:21–22.
Castigo, Corrigir, b Tg. 5:4; b Apoc. 3:11.
187 Doutrina e Convênios 88:1–11
reino; 81–85, Todo homem que ti- prometi a meus discípulos, co-
ver sido advertido deverá advertir mo registrado no testemunho
seu próximo; 86–94, Sinais, con- de João.
vulsão dos elementos e anjos pre- 4 Esse Consolador é a promes-
param o caminho para a vinda do sa de a vida eterna que vos faço,
Senhor; 95–102, Trombetas de an- sim, a b glória do reino celestial;
jos chamam os mortos na sua or- 5 Cuja glória é a da igreja do
a
dem; 103–116, Trombetas de anjos Primogênito, sim, de Deus, o
proclamam a restauração do evan- mais santo de todos, por in-
gelho, a queda de Babilônia e a bata- termédio de Jesus Cristo, seu
lha do grande Deus; 117–126, Bus- Filho —
cai conhecimento, estabelecei uma 6 a Aquele que subiu ao alto,
casa de Deus (um templo) e revesti- como também b desceu abaixo de
vos do vínculo da caridade; 127– todas as coisas, no sentido de
141, É estabelecida a ordem da Es- que c compreendeu todas as coi-
cola dos Profetas, inclusive a orde- sas, para que fosse em tudo e
nança de lava-pés. através de todas as coisas, a d luz
da verdade;

E M verdade assim vos diz


o Senhor, a vós que vos
reunistes para saber sua vonta-
7 Verdade essa que brilha. Essa
é a a luz de Cristo. Como tam-
bém ele está no sol e é a luz do
de quanto a vós: sol e o poder pelo qual foi b feito.
2 Eis que isto é agradável a 8 Como também ele está na lua
vosso Senhor e os anjos a regozi- e é a luz da lua e o poder pelo
jam-se por vossa causa; as b es- qual foi feita;
molas de vossas orações subi- 9 Como também a luz das es-
ram aos ouvidos do Senhor de trelas e o poder pelo qual foram
c
Sabaote e estão registradas no feitas;
d
livro de nomes dos santifica- 10 E também a Terra e seu po-
dos, sim, os do mundo celestial. der, sim, a Terra sobre a qual
a
3 Portanto, agora vos envio estais.
outro a Consolador, sim, a vós, 11 E a luz que brilha, que vos
meus amigos, para que habite ilumina, vem por meio daquele
em vosso coração, sim, o b Santo que ilumina vossos olhos; e é a
Espírito da promessa; esse ou- mesma luz que vivifica vosso
a
tro Consolador é o mesmo que entendimento;

88 2a Lc. 15:10. 4a D&C 14:7. gee Luz, Luz de


b At. 10:1–4. b gee Glória Celestial. Cristo; Verdade.
gee Oração. 5a gee Primogênito. 7a Morô. 7:15–19;
c Tg. 5:4; D&C 95:7. 6a gee Jesus Cristo. D&C 84:45.
d gee Livro da Vida. b D&C 122:8. b Gên. 1:16.
3 a Jo. 14:16. gee Expiação, gee Criação, Criar.
b D&C 76:53. Expiar. 10a Mois. 2:1.
gee Santo Espírito c gee Onisciente. 11a gee Compreensão,
da Promessa. d D&C 93:2, 8–39. Entendimento.
Doutrina e Convênios 88:12–25 188
12 a Luz essa que procede da 20 Para que os corpos que fo-
presença de Deus para b encher rem do reino celestial a pos-
a imensidade do espaço — suam-na para todo o sempre;
13 A luz que está em a todas as porque com este b intento foi
coisas, que dá b vida a todas as feita e criada e com este intento
coisas, que é a c lei pela qual to- são eles c santificados.
das as coisas são governadas, 21 E os que não forem santifi-
sim, o poder de Deus, que se cados por meio da lei que vos
assenta em seu trono, que está dei, sim, a lei de Cristo, herda-
no seio da eternidade, que está rão outro reino, sim, um reino
no meio de todas as coisas. terrestre ou um reino telestial.
14 Ora, em verdade vos digo 22 Porque aquele que não con-
que por meio da a redenção que segue viver a a lei de um reino
foi feita por vós realiza-se a res- celestial não consegue suportar
surreição dos mortos. uma glória celestial.
15 E o a espírito e o b corpo são a 23 E aquele que não consegue
c
alma do homem. viver a lei de um reino terres-
16 E a a ressurreição dos mor- tre não consegue suportar uma
a
tos é a redenção da alma. glória terrestre.
17 E a redenção da alma reali- 24 E aquele que não conse-
za-se por meio daquele que vivi- gue viver a lei de um reino
fica todas as coisas, em cujo seio telestial não consegue suportar
está decretado que os a pobres e uma a glória telestial; portanto
os b mansos da c Terra a herdarão. não é digno de um reino de
18 Portanto é necessário que glória. Portanto deve permane-
seja santificada de toda a injus- cer num reino que não seja um
tiça, a fim de ser preparada pa- reino de glória.
ra a a glória celestial; 25 E também, em verdade vos
19 Pois após ter cumprido o digo que a a Terra vive a lei de
propósito de sua criação, será um reino celestial, porque cum-
coroada com a glória, sim, com pre o propósito de sua criação
a presença de Deus, o Pai; e não transgride a lei —

12a gee Luz, Luz O homem, 18a gee Glória Celestial.


de Cristo. filho espiritual 19a D&C 130:7–9.
b Jer. 23:24. do Pai Celestial; 20a D&C 38:20.
13a Col. 1:16–17. Espírito. b Mois. 1:39.
b Deut. 30:20; b gee Corpo. gee Homem,
D&C 10:70. c Gên. 2:7. Homens—Seu
c Jó 38; gee Alma. potencial de se
D&C 88:36–38. 16a Al. 11:42. tornar como o
gee Lei. gee Ressurreição. Pai Celestial.
14a gee Expiação, 17a gee Pobres. c gee Santificação.
Expiar; Plano b gee Mansidão, 22a D&C 105:5.
de Redenção. Manso, Mansuetude. 23a gee Glória Terrestre.
15a gee Homem, c gee Terra—Estado 24a gee Glória Telestial.
Homens— final da Terra. 25a gee Terra.
189 Doutrina e Convênios 88:26–39
26 Portanto será a santificada; 33 Pois de que vale a um ho-
sim, embora vá b morrer, tornará mem ser-lhe conferida uma
a ser vivificada e suportará o dádiva e não a receber? Eis que
poder pelo qual será vivifica- ele não se regozija no que lhe
da; e os c justos d herdá-la-ão. foi dado nem se regozija na-
27 Pois, apesar de morrerem, quele que faz a doação.
também tornarão a a levantar-se, 34 E também, em verdade vos
um b corpo espiritual. digo que o que é governado pela
28 Aqueles que forem de um lei é também preservado pela lei
espírito celestial receberão o e é por ela aperfeiçoado e a santi-
mesmo corpo que era um corpo ficado.
natural; sim, recebereis vosso 35 Aquilo que a transgride uma
corpo e vossa a glória será a gló- lei e não obedece à lei, mas pro-
ria pela qual vosso corpo é bvivifi- cura tornar-se uma lei para si
cado. mesmo e prefere permanecer
29 Vós, que fordes vivificados no pecado, nele permanecendo
por uma porção da a glória b ce- inteiramente, não pode ser san-
lestial, recebereis sua plenitude. tificado por lei nem por b mise-
30 E aqueles que forem vivi- ricórdia, c justiça ou julgamento.
ficados por uma porção da Portanto permanece d imundo
a
glória terrestre receberão sua ainda.
plenitude. 36 A todos os reinos se deu
31 E também aqueles que fo- uma lei;
rem vivificados por uma porção 37 E há muitos a reinos; pois
da a glória telestial receberão não existe espaço em que não
sua plenitude. haja reino; e não existe reino em
32 E os que restarem também que não haja espaço, seja um rei-
serão a vivificados; contudo, re- no maior ou um reino menor.
gressarão a seu próprio lugar 38 E a todo reino é dada uma
a
para usufruir aquilo que estive- lei; e toda lei também tem cer-
rem b dispostos a receber, porque tos limites e condições.
não estavam dispostos a usu- 39 Todos os seres que não se
fruir aquilo que poderiam ter conformam a essas a condições
recebido. não são b justificados.

26a gee Terra—Estado 101:31. Rebelião.


final da Terra. 29a gee Glória Celestial. b gee Misericórdia,
b gee Mundo—Fim b gee Homem, Misericordioso.
do mundo. Homens—Seu c gee Justiça.
c II Ped. 3:11–14. potencial de se d Apoc. 22:11;
gee Retidão. tornar como o 1 Né. 15:33–35;
d Mt. 5:5; Pai Celestial. 2 Né. 9:16;
D&C 45:58; 59:2; 30a gee Glória Terrestre. Al. 7:21.
63:49. 31a gee Glória Telestial. 37a D&C 78:15.
27a gee Ressurreição. 32a Al. 11:41–45. 38a D&C 88:13.
b I Cor. 15:44. b gee Arbítrio. 39a D&C 130:20–21.
28a gee Juízo Final. 34a gee Santificação. b gee Justificação,
b D&C 43:32; 63:51; 35a gee Rebeldia, Justificar.
Doutrina e Convênios 88:40–52 190
40 Pois a a inteligência apega-se suas semanas, em seus meses e
à inteligência; a b sabedoria re- em seus anos — e tudo isto é
cebe a sabedoria; a c verdade b
um ano para Deus, mas não
abraça a verdade; a d virtude para o homem.
ama a virtude; a e luz se apega à 45 A Terra gira em suas asas e
luz; a misericórdia se f compa- o a sol dá sua luz de dia e a lua
dece da misericórdia e reclama dá sua luz à noite e as estrelas
o que é seu; a justiça segue seu também dão sua luz, ao girarem
curso e reclama o que é seu; o em suas asas, em sua glória, no
julgamento vai ante a face da- meio do b poder de Deus.
quele que se assenta no trono 46 A que compararei estes rei-
e governa e executa todas as nos, para que compreendais?
coisas. 47 Eis que todos estes são rei-
41 Ele a compreende todas as nos; e qualquer homem que ti-
coisas e todas as coisas estão ver visto um deles, ou o menor
diante dele e todas as coisas es- deles, a viu Deus movendo-se em
tão ao seu redor; e ele está acima sua majestade e poder.
de todas as coisas e em todas as 48 Digo-vos: Ele viu-o; entre-
coisas e através de todas as coi- tanto, aquele que veio para os
a
sas e ao redor de todas as coi- seus não foi compreendido.
sas; e todas as coisas existem 49 A a luz brilha nas trevas e
por ele e dele, sim, Deus, para as trevas não a compreendem;
todo o sempre. contudo, dia virá em que b com-
42 E também, em verdade vos preendereis até o próprio Deus,
digo: Ele deu uma lei para todas sendo vivificados nele e por ele.
as coisas, pela qual se movem 50 Então sabereis que me vis-
em seu a tempo e em suas es- tes, que eu sou e que sou a ver-
tações; dadeira luz que está em vós e
43 E seus cursos são fixos, sim, que vós estais em mim; caso
os cursos dos céus e da Terra, contrário, não poderíeis pros-
que abrangem a Terra e todos perar.
os planetas. 51 Eis que compararei estes
44 E transmitem a luz uns aos reinos a um homem que tem
outros em seu tempo e em suas um campo e que a ele enviou
estações, em seus minutos, em seus servos para nele cavar.
suas horas, em seus dias, em 52 E disse ao primeiro: Vai e

40a gee Inteligência(s). gee Onisciente. 47a Al. 30:44;


b gee Sabedoria. 42a Dan. 2:20–22; Mois. 1:27–28; 6:63;
c gee Verdade. Abr. 3:4–19. Abr. 3:21.
d gee Virtude. 44a gee Luz, Luz 48a Jo. 1:11;
e gee Luz, Luz de Cristo. 3 Né. 9:16;
de Cristo. b Salm. 90:4; D&C 39:1–4.
f gee Compaixão. II Ped. 3:8. 49a D&C 6:21; 50:23–24;
41a I Jo. 3:20; 1 Né. 9:6; 45a Gên. 1:16; 84:45–47.
2 Né. 9:20; Abr. 4:16. b Jo. 17:3;
D&C 38:1–3. b D&C 88:7–13. D&C 93:1, 28.
191 Doutrina e Convênios 88:53–67
trabalha no campo; e na pri- a fim de que todos fossem glo-
meira hora procurar-te-ei e con- rificados.
templarás a alegria de meu sem- 61 Portanto a esta parábola
blante. compararei todos estes reinos
53 E disse ao segundo: Vai tam- e seus a habitantes — cada reino
bém para o campo e, na segunda em sua hora e em seu tempo e
hora, visitar-te-ei com a alegria em sua estação, de acordo com
de meu semblante. o decreto de Deus.
54 E também ao terceiro disse: 62 E também, em verdade vos
Visitar-te-ei; digo, meus a amigos: Deixo-vos
55 E ao quarto e assim por estas palavras para que b pon-
diante, até o décimo segundo. dereis em vosso coração com
56 E o senhor do campo foi até este mandamento que vos dou
o primeiro na primeira hora e de que me c invoqueis enquanto
permaneceu com ele toda aque- estou perto —
la hora; e ele alegrou-se com a 63 aAchegai-vos a mim e ache-
luz do semblante de seu senhor. gar-me-ei a vós; b procurai-me
57 E então apartou-se do pri- diligentemente e c achar-me-eis;
meiro a fim de visitar também pedi e recebereis; batei e ser-
o segundo e o terceiro e o quarto vos-á aberto.
e assim por diante, até o décimo 64 Tudo o que a pedirdes ao Pai
segundo. em meu nome vos será dado, se
58 E assim todos eles recebe- for para vosso b bem;
ram a luz do semblante de seu 65 E se pedirdes alguma coisa
senhor, cada homem em sua que não seja para o vosso a bem,
hora e em seu tempo e em sua tornar-se-á em vossa b conde-
estação — nação.
59 Começando pelo primeiro 66 Eis que o que ouvis é como
e assim por diante, até o a últi- a a voz de alguém clamando no
mo; e do último ao primeiro e deserto—no deserto porque não
do primeiro ao último; o podeis ver — minha voz, por-
60 Cada homem em sua pró- que minha voz é b Espírito; meu
pria ordem até que sua hora Espírito é verdade; a c verdade
terminasse, de acordo com o persiste e não tem fim; e, se es-
que seu senhor lhe ordenara, tiver em vós, prosperará.
para que seu senhor fosse nele 67 E se vossos olhos estiverem
a
glorificado e ele em seu senhor, fitos em minha b glória, todo o

59a Mt. 20:1–16. Ét. 12:41; Al. 5:37–38;


61a D&C 76:24. D&C 101:38. D&C 128:20.
62a D&C 84:63; 93:45. c D&C 4:7; 49:26. b gee Espírito Santo;
b gee Ponderar. 64a gee Oração. Luz, Luz de Cristo.
c Isa. 55:6; Tg. 1:5; b D&C 18:18; 46:28–30. c gee Verdade.
D&C 46:7. 65a Tg. 4:3. 67a Mt. 6:22;
63a Zac. 1:3; Tg. 4:8; b D&C 63:7–11. Lc. 11:34–36;
Apoc. 3:20. 66a Isa. 40:3; D&C 82:19.
b I Crôn. 28:9; 1 Né. 17:13; b Jo. 7:18.
Doutrina e Convênios 88:68–79 192
vosso corpo se encherá de luz e meiros a trabalhadores deste úl-
em vós não haverá trevas; e o timo reino, um mandamento de
corpo que é cheio de luz c com- que vos reunais e vos organizeis
preende todas as coisas. e vos prepareis e vos bsantifi-
68 Portanto a santificai-vos, pa- queis; sim, purificai o coração
ra que vossa b mente concentre- e c lavai as mãos e os pés peran-
se em Deus; e dias virão em que te mim, para que eu vos torne
o c vereis, porque ele vos des- d
limpos;
vendará sua face; e será em seu 75 Para que eu testifique a
próprio tempo e a seu próprio vosso a Pai e vosso Deus e meu
modo e de acordo com sua pró- Deus, que estais limpos do san-
pria vontade. gue desta geração iníqua; para
69 Lembrai-vos da grande e que, quando eu desejar, cum-
última promessa que vos fiz; pra esta promessa, esta grande
rechaçai vossos pensamentos e última promessa que vos fiz;
a
ociosos e vossos b risos excessi- 76 Também vos dou um man-
vos. damento de que continueis
70 Permanecei, permanecei em a oração e b jejum a partir de
neste lugar e convocai uma as- agora.
sembléia solene, sim, daqueles 77 E dou-vos um mandamento
que são os primeiros trabalha- de que vos a ensineis a b doutrina
dores deste último reino. do reino uns aos outros.
71 E que aqueles a quem a ad- 78 Ensinai diligentemente e
vertiram em suas viagens invo- minha a graça acompanhar-vos-
quem o Senhor e ponderem por á, para que sejais b instruídos
algum tempo, em seu coração, mais perfeitamente em teoria,
a advertência que receberam. em princípio, em doutrina, na
72 Eis que cuidarei de vossos lei do evangelho, em todas as
rebanhos e levantarei élderes e coisas pertinentes ao reino de
enviá-los-ei a eles. Deus, que vos convém com-
73 Eis que apressarei minha preender;
obra a seu tempo. 79 Tanto as coisas do a céu co-
74 E dou a vós, que sois os pri- mo da Terra e de debaixo da

67c Prov. 28:5; Advertir, Prevenir. O homem,


D&C 93:28. 74a Mt. 20:1, 16. filho espiritual
gee Discernimento, b Lev. 20:7–8; do Pai Celestial.
Dom de. 3 Né. 19:28–29; 76a gee Oração.
68a gee Santificação. D&C 50:28–29; b gee Jejuar, Jejum.
b gee Mente. 133:62. 77a gee Ensinar, Mestre.
c D&C 67:10–13; 93:1; c gee Limpo e b gee Doutrina
97:15–17. Imundo. de Cristo.
69a Mt. 12:36; d Ét. 12:37. 78a gee Graça.
Mos. 4:29–30; 75a gee Trindade— b D&C 88:118;
Al. 12:14. Deus, o Pai; 90:15; 93:53.
b D&C 59:15; 88:121. Pai Celestial; 79a gee Céu.
71a gee Advertência, Homem, Homens—
193 Doutrina e Convênios 88:80–89
Terra; coisas que foram, coisas capem à ira de Deus, a a ruína
que são, coisas que logo hão de da abominação que espera os
suceder; coisas que estão em iníquos, tanto neste mundo
casa, coisas que estão no estran- como no mundo futuro. Em
geiro; as b guerras e complexida- verdade vos digo que aqueles
des das nações e os julgamentos que não são os primeiros él-
que estão sobre a terra; e tam- deres continuem na vinha até
bém um conhecimento de países que a boca do Senhor os b cha-
e reinos— me, porque ainda não é chega-
80 Para que estejais prepara- da a sua hora; suas vestes não
dos em todas as coisas, quando estão c limpas do sangue desta
eu vos enviar outra vez para geração.
magnificardes o chamado com 86 Permanecei na a liberdade
o qual vos chamei e a missão que vos faz b livres; c não vos em-
com a qual vos comissionei. baraceis no d pecado, mas que
81 Eis que vos enviei para a tes- se conservem e limpas as vossas
tificar e advertir o povo, e todo mãos até que venha o Senhor.
aquele que for advertido de- 87 Pois em pouco tempo a a Ter-
verá b advertir seu próximo. ra b estremecerá e cambaleará de
82 Portanto não têm desculpa um lado para outro, como um
e seus pecados estão sobre sua homem embriagado; e o c sol es-
própria cabeça. conderá sua face e recusará sua
83 Aquele que a cedo me b bus- luz; e a lua será banhada em
d
car achar-me-á e não será aban- sangue; e as e estrelas tornar-se-
donado. ão muito zangadas e lançar-se-
84 Portanto permanecei e tra- ão para baixo como o figo que
balhai diligentemente, a fim de cai de uma figueira.
que sejais aperfeiçoados em vos- 88 E depois de vosso testemu-
so ministério, para irdes aos nho vêm ira e indignação sobre
a
gentios pela última vez—todos o povo.
os que a boca do Senhor no- 89 Pois depois de vosso tes-
mear — com o fim de b ligar a lei temunho vem o testemunho de
a
e selar o testemunho e preparar terremotos, que farão gemer a
os santos para a hora do julga- Terra em seu âmago; e homens
mento que está para vir; cairão por terra e não poderão
85 Para que suas almas es- ficar de pé.

79b gee Guerra. 85a Mt. 24:15. c Gál. 5:1.


81a gee Testificar. b D&C 11:15. d gee Pecado.
b D&C 63:58. c 1 Né. 12:10–11; e Jó 17:9; Salm. 24:4;
gee Advertência, Jacó 1:19; 2:2; Al. 5:19.
Advertir, Prevenir. D&C 112:33. 87a Isa. 13:4–13.
83a Deut. 4:29–31; gee Pureza, Puro. b D&C 43:18.
Jer. 29:12–14; 86a Mos. 5:8. c Joel 2:10;
D&C 54:10. gee Liberdade, Livre. D&C 45:42; 133:49.
b Al. 37:35. b Jo. 8:36. d Apoc. 6:12.
84a JS—H 1:41. gee Arbítrio; e Joel 3:15.
b Isa. 8:16–17. Liberdade, Livre. 89a D&C 45:33.
Doutrina e Convênios 88:90–99 194
90 E vem também o testemu- desatar; portanto está pronta
nho da a voz de trovões e da voz para ser fqueimada. E ele soará
de relâmpagos e da voz de tem- sua trombeta longa e fortemen-
pestades e da voz das ondas do te; e todas as nações a ouvirão.
mar, arremessando-se além de 95 E haverá a silêncio no céu
seus limites. pelo espaço de meia hora; e
91 E todas as coisas estarão imediatamente depois a corti-
a
tumultuadas; e certamente o na do céu se desenrolará, como
coração dos homens lhes fa- um b rolo se desenrola depois
lhará; pois o temor tomará con- de ter sido enrolado, e a c face
ta de todos. do Senhor será revelada;
92 E a anjos voarão pelo meio 96 E os santos que estiverem
do céu, clamando em alta voz, na Terra, que estiverem vivos,
soando a trombeta de Deus, di- serão vivificados e a arrebata-
zendo: Preparai-vos, preparai- dos para encontrá-lo.
vos, ó habitantes da Terra; pois 97 E os que tiverem dormido
é chegado o julgamento do nos- em sua sepultura se a levanta-
so Deus. Eis que vem o b Espo- rão, pois sua cova será aberta; e
so; saí para encontrá-lo. eles também serão arrebatados
93 E imediatamente aparecerá para encontrá-lo no meio do pi-
um a grande sinal no céu e todo lar do céu —
o povo o verá juntamente. 98 Eles são de Cristo, as a pri-
94 E outro anjo soará sua trom- mícias, os que descerão com ele
beta, dizendo: Aquela a grande primeiro, e os que estão na Ter-
b
igreja, a c mãe das abominações, ra e em suas sepulturas, que
que fez com que todas as nações serão os primeiros a serem ar-
bebessem do vinho da ira de sua rebatados para encontrá-lo; e
d
fornicação, que persegue os tudo isto pela voz do soar da
santos de Deus, que derramou trombeta do anjo de Deus.
seu sangue — aquela que se as- 99 E depois disto um outro an-
senta sobre muitas águas e sobre jo soará, que é a segunda trom-
as ilhas do mar — eis que ela é o beta; e então virá a redenção
e
joio da Terra; está amarrada em daqueles que forem de Cristo
feixes; seus laços são fortaleci- na sua vinda; os que receberam
dos, nenhum homem os pode sua parte naquela a prisão pre-

90a Apoc. 8:5; 94a 1 Né. 13:4–9. b Apoc. 6:14.


D&C 43:17–25. b gee Diabo—Igreja c gee Segunda Vinda
91a D&C 45:26. do diabo. de Jesus Cristo.
92a Apoc. 8:13; c Apoc. 17:5. 96a I Tess. 4:16–17.
D&C 133:17. d Apoc. 14:8. 97a D&C 29:13; 45:45–46;
b Mt. 25:1–13; e Mt. 13:38. 133:56.
D&C 33:17; 133:10, 19. f D&C 64:23–24; gee Ressurreição.
93a Mt. 24:30; 101:23–25. 98a I Cor. 15:23.
Lc. 21:25–27. gee Terra— 99a D&C 76:73; 138:8.
gee Sinais dos Purificação da Terra. gee Salvação para
Tempos. 95a D&C 38:12. os Mortos.
195 Doutrina e Convênios 88:100–109
parada para eles, a fim de re- que se assenta em seu trono pa-
ceberem o evangelho e serem ra todo o sempre; pois chegada
b
julgados de acordo com os ho- é a hora de seu juízo.
mens na carne. 105 E também outro anjo, que
100 E também uma outra trom- é o sexto anjo, soará sua trom-
beta soará, que é a terceira trom- beta, dizendo: a Caiu aquela que
beta; e aí virão a os espíritos de fez com que todas as nações be-
homens que deverão ser jul- bessem do vinho da ira de sua
gados e que se encontram sob fornicação; ela caiu, caiu!
b
condenação; 106 E também outro anjo, que
101 E esses são os remanescen- é o sétimo anjo, soará sua trom-
tes dos a mortos; e não tornarão a beta, dizendo: Está consuma-
viver até que os b mil anos se aca- do, está consumado! O a Cordei-
bem, nem até o fim da Terra. ro de Deus b venceu e sozinho
102 E uma outra trombeta c
pisou o lagar, sim, o lagar do
soará, que é a quarta trombeta, furor da ira do Deus Todo-
dizendo: Entre os que hão de
Poderoso.
permanecer até o grande e úl-
107 E então os anjos serão co-
timo dia, sim, o fim, acham-se
aqueles que hão de permanecer roados com a glória de seu po-
a
imundos ainda. der e os a santos encher-se-ão
103 E uma outra trombeta com sua b glória e receberão sua
c
soará, que é a quinta trombeta, herança e serão d igualados a
que é o quinto anjo que, voan- ele.
do no meio do céu, entrega o 108 E então o primeiro anjo
a
evangelho eterno a todas as tornará a soar sua trombeta aos
nações, tribos, línguas e povos; ouvidos de todos os viventes e
a
104 E este será o som de sua revelará os atos secretos dos
trombeta, falando a todos, tanto homens e as obras grandiosas
no céu como na Terra e aos que de Deus no b primeiro milênio.
estão debaixo da Terra; pois a to- 109 E então o segundo anjo
do ouvido o ouvirá e todo joe- soará sua trombeta e revelará os
lho se b dobrará e toda língua atos secretos dos homens e os
confessará, ao ouvirem eles o pensamentos e intentos de seus
som da trombeta, dizendo: c Te- corações e as obras grandiosas
mei a Deus e dai glória a ele, de Deus no segundo milênio —

99 b I Ped. 4:6. gee Restauração de Deus.


100a Apoc. 20:12–13; do Evangelho. b I Cor. 15:25.
Al. 11:41; 104a Apoc. 5:13. c Isa. 63:3–4;
D&C 43:18; 76:85. b Isa. 45:23; Apoc. 19:15;
b gee Condenação, Filip. 2:9–11. D&C 76:107; 133:50.
Condenar. c gee Temor— 107a gee Santo.
101a Apoc. 20:5. Temor de Deus; b gee Glória Celestial.
b gee Milênio. Reverência. c gee Exaltação.
102a gee Imundície, 105a Apoc. 14:8; d D&C 76:95.
Imundo. D&C 1:16. 108a Al. 37:25; D&C 1:3.
103a Apoc. 14:6–7. 106a gee Cordeiro b D&C 77:6–7.
Doutrina e Convênios 88:110–122 196
110 E assim por diante, até vossa assembléia solene, como
que o sétimo anjo soe sua trom- vos ordenei.
beta; e ele colocar-se-á sobre a 118 E como nem todos têm
terra e sobre o mar e jurará, pe- fé, buscai diligentemente e a en-
lo nome daquele que se assenta sinai-vos uns aos outros pala-
em seu trono, que o a tempo já vras de b sabedoria; sim, nos
não existe; e b Satanás, aquela melhores c livros buscai pala-
velha serpente que é chamada vras de sabedoria; procurai co-
diabo, será amarrado e não será nhecimento, sim, pelo estudo e
solto pelo espaço de c mil anos. também pela fé.
111 E então será a solto por al- 119 Organizai-vos; preparai
gum tempo a fim de reunir seus todas as coisas necessárias e
exércitos. estabelecei uma a casa, sim,
112 E a Miguel, o sétimo anjo, uma casa de oração, uma casa
sim, o arcanjo, reunirá seus exér- de jejum, uma casa de fé, uma
citos, sim, as hostes dos céus. casa de aprendizado, uma casa
113 E o diabo reunirá seus de glória, uma casa de ordem,
exércitos; sim, as hostes do in- uma casa de Deus.
ferno, e subirá para batalhar 120 Para que nela entreis em
contra Miguel e seus exércitos. nome do Senhor; para que dela
114 E então vem a a batalha do saiais em nome do Senhor; para
grande Deus; e o diabo e seus que todas as vossas saudações
exércitos serão arremessados sejam em nome do Senhor, com
em seu próprio lugar para que mãos elevadas ao Altíssimo.
já não tenham poder sobre os 121 Portanto a cessai todas as
santos. vossas conversas levianas, to-
115 Porque Miguel lutará as do b riso, todas as vossas c con-
batalhas deles e vencerá aquele cupiscências, todo d orgulho e
que a busca o trono do que se as- frivolidade e todas as vossas
senta no trono, sim, o Cordeiro. ações iníquas.
116 Esta é a glória de Deus e 122 Dentre vós designai um
dos a santificados; e eles já não professor e não falem todos ao
verão a b morte. mesmo tempo; mas cada um fa-
117 Portanto, em verdade vos le a seu tempo e todos ouçam
digo, meus a amigos: Convocai suas palavras, para que quan-

110a D&C 84:100. Mois. 4:1–4. Mestre.


b Apoc. 20:1–3; 116a gee Exaltação; b gee Sabedoria.
1 Né. 22:26; Santificação. c D&C 55:4; 109:7, 14.
D&C 101:28. b Apoc. 21:4; 119a D&C 95:3; 97:10–17;
gee Diabo. Al. 11:45; 12:18; 109:2–9; 115:8.
c gee Milênio. D&C 63:49. gee Templo,
111a D&C 29:22; gee Imortal, a Casa do Senhor.
43:30–31. Imortalidade. 121a D&C 43:34; 100:7.
112a gee Miguel. 117a D&C 109:6. b D&C 59:15; 88:69.
114a Apoc. 16:14. 118a D&C 88:76–80. c gee Carnal.
115a Isa. 14:12–17; gee Ensinar, d gee Orgulho.
197 Doutrina e Convênios 88:123–133
do todos houverem falado, to- sa da presidência da escola:
dos sejam edificados por todos, Aquele que for designado para
para que todos tenham privilé- presidente ou professor deverá
gios iguais. estar em seu lugar, na casa que
123 Vede que vos a ameis uns lhe será preparada.
aos outros; cessai de ser b co- 129 Portanto será o primeiro
biçosos; aprendei a repartir uns na casa de Deus, num lugar em
com os outros, como requer o que a congregação da casa pos-
evangelho. sa ouvir-lhe as palavras atenta
124 Cessai de ser a ociosos; ces- e distintamente, sem que ele te-
sai de ser impuros; cessai de nha de falar alto.
b
achar faltas uns nos outros; 130 E quando ele entrar na
cessai de dormir mais do que o casa de Deus, pois deverá ser o
necessário; recolhei-vos cedo, primeiro a chegar — eis que isto
para que não vos canseis; le- é belo, para que ele sirva de
vantai-vos cedo, para que vos- exemplo —
so corpo e vossa mente sejam 131 Que se a ofereça a si mesmo
fortalecidos. em oração, de joelhos perante
125 E sobretudo, como que Deus, em sinal ou lembrança
com um manto, revesti-vos do do convênio eterno.
vínculo da a caridade, que é o 132 E quando alguém entrar
vínculo da perfeição e b paz. depois dele, que o professor se
126 a Orai sempre, para que levante e, com mãos elevadas
não desfaleçais, até que eu b ve- aos céus, sim, diretamente, saú-
nha. Eis que depressa venho e de seu irmão ou irmãos com es-
vos receberei para mim mes- tas palavras:
mo. Amém. 133 És irmão ou sois irmãos?
127 E também, a ordem da ca- Saúdo-vos em nome do Senhor
sa preparada para a presidên- Jesus Cristo, em sinal ou lem-
cia da a escola dos profetas, es- brança do convênio eterno, con-
tabelecida para sua instrução vênio esse no qual vos recebo na
a
em todas as coisas que lhes fraternidade, com a determi-
convém, sim, para todos os nação fixa, inamovível e imutá-
b
oficiais da igreja ou, em outras vel de ser vosso amigo e b irmão
palavras, os que são chamados pela graça de Deus, nos laços
para o ministério da igreja, a do amor, para caminhar em to-
começar pelos sumos sacerdo- dos os mandamentos de Deus,
tes, até os diáconos — imaculado, com ação de graças,
128 E esta será a ordem da ca- para todo o sempre. Amém.

123a gee Amor. 125a gee Caridade. b gee Oficial, Ofício.


b gee Cobiçar. b gee Paz. 131a gee Adorar.
124a gee Ociosidade, 126a gee Oração. 133a gee Confraternizar.
Ocioso. b D&C 1:12. b gee Irmã, Irmão.
b D&C 64:7–10. 127a gee Escola dos
gee Maledicência. Profetas.
Doutrina e Convênios 88:134–89:1 198
134 E o que for considerado in- que ela se torne um santuário,
digno desta saudação não terá um tabernáculo do Santo Espí-
lugar entre vós; porque não per- rito para vossa a edificação.
mitireis que minha casa seja por 138 E a ninguém recebereis
ele a contaminada. entre vós nessa escola, a não
135 E aquele que entrar e for ser que esteja limpo do a sangue
fiel perante mim e for um ir- desta geração;
mão, ou se forem irmãos, sau- 139 E ele será recebido pela or-
darão o presidente ou profes- denança do a lava-pés, pois para
sor com mãos elevadas ao céu, esse fim foi instituída a orde-
com essa mesma oração e con- nança do lava-pés.
vênio, ou dizendo Amém em 140 E também, a ordenança do
sinal de acordo. lava-pés deve ser administrada
136 Eis que em verdade vos pelo presidente, ou seja, o élder
digo: Isto vos é um exemplo de presidente da igreja.
saudação na casa de Deus, na 141 Deverá começar com
escola dos profetas. oração; e depois de a partici-
137 E sois chamados para fa- par do pão e do vinho, ele de-
zer isso por meio de oração e verá cingir-se de acordo com o
b
ação de graças, como o Espírito modelo dado no décimo ter-
vos levará a dizer em tudo o ceiro capítulo do testemunho
que fizerdes na casa do Senhor, de João concernente a mim.
na escola dos profetas, para Amém.

SEÇÃO 89

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,


Estado de Ohio, em 27 de fevereiro de 1833 ( History of the Church
1:327–329). O fato de os irmãos daquela época mascarem tabaco em suas
reuniões levou o Profeta a ponderar sobre o assunto; por conseguinte,
inquiriu o Senhor a respeito disto. O resultado foi esta revelação, conhe-
cida como Palavra de Sabedoria. O Profeta originalmente escreveu os
três primeiros versículos como introdução e descrição inspiradas.

1–9, Condena-se o uso de vinho, be- se a Palavra de Sabedoria, propor-


bidas fortes, tabaco e bebidas quen- ciona bênçãos físicas e espirituais.
tes; 10–17, Indicam-se para uso dos
homens e dos animais as ervas, fru-
tas, carnes e grãos; 18–21, A obedi-
ência à lei do evangelho, incluindo-
U MA a Palavra de Sabedoria,
para o benefício do conse-
lho de sumos sacerdotes, reu-
134a D&C 97:15–17; 84–85. b Jo. 13:4–17.
110:7–8. 139a gee Lavado, 89 1a gee Palavra
137a D&C 50:21–24. Lavamento, Lavar. de Sabedoria.
138a D&C 88:74–75, 141a gee Sacramento.
199 Doutrina e Convênios 89:2–15
nido em Kirtland, e da igreja e o a corpo nem para o ventre e
também dos santos de Sião — não é bom para o homem, mas
2 Para ser enviada como sau- é uma erva para machucaduras
dação; não como mandamento e todo gado doente, a qual se
ou coerção, mas como revela- deve usar com discernimento e
ção e palavra de sabedoria, ma- habilidade.
nifestando a ordem e a a vonta- 9 E também bebidas quentes
de de Deus quanto à salvação não são para o corpo nem para
física de todos os santos nos úl- o ventre.
timos dias — 10 E também em verdade vos di-
3 Dada como princípio com go: Todas as a ervas salutares in-
a
promessa, adaptada à capaci- dicou Deus para a constituição,
dade dos fracos e do mais fraco natureza e uso do homem—
de todos os b santos, que são ou 11 Toda erva em sua estação e
podem ser chamados santos. toda fruta em sua estação; todas
4 Eis que, em verdade, assim essas para serem usadas com
vos diz o Senhor: Devido a prudência e a ação de graças.
a
maldades e desígnios que exis- 12 Sim, também a a carne de
b
tem e virão a existir no coração animais e a das aves do ar, eu,
de b homens conspiradores nos o Senhor, indiquei para uso do
últimos dias, eu vos c adverti homem, com gratidão; contu-
e previno-vos, dando-vos esta do, devem ser usadas c modera-
palavra de sabedoria por re- damente;
velação — 13 Agrada-me que não sejam
5 Eis que não é bom nem acei- usadas a não ser no inverno ou
tável aos olhos de vosso Pai que em tempos de frio ou de fome.
alguém entre vós tome a vinho 14 Todos os a grãos são indica-
ou bebida forte, exceto quando dos para uso do homem e dos
vos reunis para oferecer vossos animais, para ser o esteio da vi-
sacramentos perante ele. da, não só para o homem, mas
6 E eis que deve ser vinho, sim, também para os animais do
a
vinho puro de uva da videira, campo e as aves do céu e todos
de vossa própria fabricação. os animais selvagens que cor-
7 E também a bebidas fortes não rem ou rastejam na terra;
são para o ventre, mas para la- 15 E estes fez Deus para uso
var vosso corpo. do homem apenas em épocas
8 E também tabaco não é para de escassez ou fome excessiva.

2 a D&C 29:34. Advertir, Prevenir. D&C 59:17–20.


gee Mandamentos 5 a Lev. 10:9–11; 11a gee Ação de Graças,
de Deus. Isa. 5:11–12; Agradecido,
3 a D&C 89:18–21. I Cor. 6:10. Agradecimento.
b gee Santo. 6 a D&C 27:1–4. 12a Gên. 9:3;
4 a gee Enganar, 7 a Prov. 20:1; 23:29–35. Lev. 11:1–8.
Engano, Fraude. 8 a I Cor. 3:16–17. b I Tim. 4:3–4;
b gee Combinações gee Corpo. D&C 49:18–21.
Secretas. 10a ie plantas. c D&C 59:20.
c gee Advertência, Gên. 1:29; 14a Dan. 1:6–20.
Doutrina e Convênios 89:16–90:3 200
16 Todos os grãos são bons estas coisas, obedecendo aos
para alimento do homem, co- mandamentos, receberão a saú-
mo também o fruto da videira; de para o umbigo e medula pa-
aquilo que produz fruto, seja ra os ossos;
na terra ou acima da terra — 19 E encontrarão a sabedoria e
17 Contudo, o trigo para o ho- grandes tesouros de b conheci-
mem e o milho para o boi e a mento, sim, tesouros ocultos;
aveia para o cavalo e o centeio 20 E a correrão e não se cansa-
para as aves e os porcos e para rão; e caminharão e não desfa-
todos os animais do campo; e a lecerão.
cevada para todos os animais 21 E eu, o Senhor, faço-lhes
úteis e para bebidas suaves, co- uma a promessa de que o anjo
mo também outros grãos. destruidor b passará por eles,
18 E todos os santos que se como os filhos de Israel, e não
lembrarem de guardar e fazer os matará. Amém.

SEÇÃO 90

Revelação a Joseph Smith, o Profeta, dada em Kirtland, Estado de Ohio,


em 8 de março de 1833 ( History of the Church 1:329–331). Esta reve-
lação é um passo adicional no estabelecimento da Primeira Presidência
(ver cabeçalho da seção 81); como resultado, os conselheiros mencionados
foram ordenados em 18 de março de 1833.

1–5, As chaves do reino são con-


feridas a Joseph Smith e, por meio
dele, à Igreja; 6–7, Sidney Rigdon
A SSIM diz o Senhor: Em ver-
dade, em verdade te digo,
meu filho, que teus pecados te
e Frederick G. Williams devem são a perdoados, de acordo com
servir na Primeira Presidência; 8– teu pedido, pois tuas orações e
11, Deve-se pregar o evangelho às as orações de teus irmãos subi-
nações de Israel, aos gentios e aos ram a meus ouvidos.
judeus, cada homem ouvindo-o em 2 Portanto serás abençoado,
sua própria língua; 12–18, Joseph daqui em diante, tu que pos-
Smith e seus conselheiros devem suis as a chaves do reino que te
pôr em ordem a Igreja; 19 – 37, foram dadas; b reino esse que
Várias pessoas são aconselhadas está surgindo pela última vez.
pelo Senhor a andar retamente e a 3 Em verdade te digo: As cha-
servir em seu reino; ves deste reino jamais te serão
18a Prov. 3:8. 21a D&C 84:80. Sacerdócio.
19a gee Sabedoria. b Êx. 12:23, 29. b gee Reino de Deus
b gee Conhecimento; 90 1a gee Perdoar. ou Reino do Céu.
Testemunho. 2 a D&C 65:2.
20a Isa. 40:31. gee Chaves do
201 Doutrina e Convênios 90:4–15
tomadas, enquanto estiveres no chegue aos confins da Terra,
a
mundo; tampouco no mundo primeiro aos b gentios e, depois,
vindouro; eis que se voltarão para os ju-
4 Contudo, por teu intermé- deus.
dio os a oráculos serão dados a 10 E então virá o dia em que o
um outro, sim, à igreja. braço do Senhor se a revelará
5 E todos os que receberem os em poder, para convencer as
oráculos de Deus, que se a acau- nações, as nações pagãs, a casa
telem de como os consideram, de b José, do evangelho de sua
para que não os menosprezem salvação.
e se ponham, assim, sob conde- 11 Pois acontecerá nesse dia
nação e tropecem e caiam quan- que todo homem a ouvirá a ple-
do descerem as tempestades e nitude do evangelho em sua
assoprarem os ventos e caírem própria língua e em seu pró-
as b chuvas e baterem contra sua prio idioma, por meio daqueles
casa. que são b ordenados com este
c
6 E também, em verdade eu di- poder, pela administração do
d Consolador que se derrama
go a teus irmãos, Sidney Rig-
don e Frederick G. Williams, sobre eles para revelar Jesus
que perdoados também lhes são Cristo.
os seus pecados; e eles são con- 12 E agora, em verdade eu te
siderados iguais a ti na posse digo: Dou-te o mandamento de
das chaves deste último reino; que continues no a ministério e
7 Como também, pela tua ad- na presidência.
ministração, das chaves da a es- 13 E quando tiveres termi-
cola dos profetas, que ordenei nado a tradução dos profetas,
a
ser organizada; presidirás, daí em diante, os
8 Para que, dessa forma, sejam negócios da igreja e da b escola;
aperfeiçoados em seu ministé- 14 E de tempos em tempos,
rio, para a salvação de Sião e conforme for manifestado pelo
das nações de Israel e dos gen- Consolador, receberás a reve-
tios, todos os que crerem; lações para desvendar os b mis-
9 Para que, pela tua adminis- térios do reino;
tração, recebam a palavra; e pela 15 E porás em ordem as igre-
administração deles, a palavra jas; e a estudarás e b aprenderás

4 a At. 7:38; Rom. 3:2; Ét. 13:10–12. d gee Consolador.


Heb. 5:12; 10a D&C 43:23–27; 12a gee Ministro.
D&C 124:39, 126. 88:84, 87–92. 13a D&C 107:91–92.
gee Profecia, b Gên. 49:22–26; b gee Escola dos
Profetizar. 1 Né. 15:13–14. Profetas.
5 a D&C 1:14. 11a gee Obra 14a gee Revelação.
b Mt. 7:26–27. Missionária. b gee Mistérios
7 a gee Escola dos b gee Chamado, de Deus.
Profetas. Chamado por Deus, 15a D&C 88:76–80, 118;
9 a 1 Né. 13:42; Chamar; Ordenação, 93:53.
D&C 107:33; 133:8. Ordenar. b D&C 107:99–100;
b Mt. 19:30; c gee Sacerdócio. 130:18–19.
Doutrina e Convênios 90:16–31 202
e familiarizar-te-ás com todos zém do Senhor não caia em
os bons livros e com c línguas, descrédito aos olhos do povo.
idiomas e povos. 24 Buscai a diligentemente,
b
16 E esta será vossa ocupação orai sempre e sede crentes; e
c
e missão por toda a vida: Presi- todas as coisas contribuirão
dir os conselhos e pôr em ordem para o vosso bem, se andardes
todos os negócios desta igreja e retamente e vos lembrardes do
d
reino. convênio que fizestes uns com
17 Não vos a envergonheis nem os outros.
vos confundais; mas sede ad- 25 Que vossa família seja a pe-
moestados em vossa altivez e quena, especialmente a do meu
b
orgulho, porque são uma ar- servo idoso Joseph Smith Sê-
madilha para vossa alma. nior, no que se refere aos que
18 Ponde em ordem vossa ca- não pertencem a vossa família;
sa; afastai de vós a a indolência 26 A fim de que as coisas que
e a b impureza. vos são supridas, para realizar
19 Agora, em verdade te digo: minha obra, não sejam toma-
Providencie-se um lugar, logo das de vós e dadas a quem não
que possível, para a família de é digno —
teu conselheiro e escriba, Fre- 27 E sejais, assim, impedidos
derick G. Williams. de realizar as coisas que vos
20 E que meu a servo idoso, mandei.
Joseph Smith Sênior continue 28 E também, em verdade vos
com sua família no lugar onde digo: Desejo que minha serva
mora atualmente; e que o local Vienna Jaques receba dinheiro
não seja vendido até que a boca para pagar suas despesas e su-
do Senhor o determine. ba para a terra de Sião;
21 E que meu conselheiro Sid- 29 E o restante do dinheiro se-
ney a Rigdon permaneça onde ja consagrado a mim; e ela seja
agora reside até que a boca do recompensada em meu próprio
Senhor o determine. e devido tempo.
22 E que o bispo procure ze- 30 Em verdade vos digo que, a
losamente conseguir um a agen- meu ver, é conveniente que ela
te e que seja ele um homem que suba para a terra de Sião e re-
tenha b riquezas em reserva — ceba uma herança da mão do
um homem de Deus e forte bispo;
na fé — 31 Para que se estabeleça em
23 Para que assim pague todas paz, se for fiel, e não fique ocio-
as dívidas, a fim de que o arma- sa daí em diante.

15c gee Linguagem. b D&C 38:42. b gee Oração.


17a Rom. 1:16; 2 Né. 6:13. 20a gee Smith, Joseph, c Esd. 8:22; Rom. 8:28;
b D&C 88:121. Sênior. D&C 100:15; 122:7–8.
gee Orgulho. 21a gee Rigdon, Sidney. d gee Convênio.
18a D&C 58:26–29. 22a D&C 84:112–113. 25a ie os pobres de quem
gee Ociosidade, b Jacó 2:17–19. Joseph Smith Sênior
Ocioso. 24a gee Diligência. cuidava.
203 Doutrina e Convênios 90:32–91:6
32 E eis que em verdade vos estou satisfeito com meu servo
a
digo que deveis escrever este William E. McLellin nem com
mandamento e dizer a vossos meu servo Sidney Gilbert; e
irmãos de Sião, com saudação também o bispo e outros têm
amorosa, que também vos cha- muito de que se arrepender.
mei para a presidir Sião, em meu 36 Mas em verdade vos digo
próprio e devido tempo. que eu, o Senhor, contenderei
33 Portanto, que cessem de im- com a Sião e argumentarei com
portunar-me com este assunto. seus fortes e b castigá-la-ei até
34 Eis que vos digo que vossos que vença e fique c limpa peran-
irmãos de Sião começam a arre- te mim.
pender-se e os anjos regozijam- 37 Pois ela não será removida
se por causa deles. de seu lugar. Eu, o Senhor, dis-
35 Contudo, não estou satis- se-o. Amém.
feito com muitas coisas; e não

SEÇÃO 91

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,


Estado de Ohio, em 9 de março de 1833 ( History of the Church 1:331–
332). Nessa época o Profeta fazia a tradução do Velho Testamento. Tendo
chegado à parte dos antigos escritos chamados Apócrifos, ele consultou o
Senhor e recebeu esta instrução.

1–3, Os Apócrifos estão, na maior acréscimos feitos pelas mãos


parte, traduzidos corretamente, de homens.
mas contêm muitos acréscimos fei- 3 Em verdade vos digo que
tos pelas mãos de homens, que não não é necessário que se tradu-
são verdadeiros; 4–6, Beneficiam os zam os Apócrifos.
que são iluminados pelo Espírito. 4 Portanto, aquele que os ler
que a compreenda, pois o Espí-

E
a
M verdade, assim vos diz o
Senhor com referência aos
Apócrifos: Há muitas coisas
rito manifesta a verdade;
5 E aquele que for iluminado
pelo a Espírito se beneficiará
neles que são verdadeiras e es- com eles;
tão, na maior parte, traduzidas 6 E aquele que não receber pelo
corretamente. Espírito não poderá ser benefi-
2 Há muitas coisas neles que ciado. Portanto não é necessário
não são verdadeiras, que são que sejam traduzidos. Amém.

32a D&C 107:91–92. Repreender. Entendimento.


35a D&C 66:1; 75:6–9. c gee Pureza, Puro. 5 a gee Espírito Santo;
36a gee Sião. 91 1a gee Apócrifos, Inspiração, Inspirar.
b gee Castigar, Livros.
Castigo, Corrigir, 4 a gee Compreensão,
Doutrina e Convênios 92:1–93:1 204

SEÇÃO 92
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Estado de Ohio,
em 15 de março de 1833 ( History of the Church 1:333). A revelação é
dirigida a Frederick G. Williams que, havia pouco tempo, fora designado
conselheiro na Primeira Presidência.

1–2, O Senhor dá um mandamen- rick G. Williams, de que o re-


to referente à admissão na ordem cebais na ordem. O que digo a
unida. um digo a todos.
2 E também te digo, meu servo

E M verdade assim diz o Se-


nhor: Dou à a ordem unida,
organizada conforme o manda-
Frederick G. Williams: Serás um
membro ativo nessa ordem; e
se fores fiel na obediência a to-
mento previamente dado, uma dos os mandamentos anterio-
revelação e mandamento, com res, serás abençoado para sem-
referência a meu servo Frede- pre. Amém.

SEÇÃO 93
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 6 de maio de 1833 ( History of the Church 1:343–346).

1 – 5, Todos os que forem fiéis de da alegria na Ressurreição;


verão o Senhor; 6–18, João pres- 36–37, A glória de Deus é inteli-
tou testemunho de que o Filho de gência; 38 – 40, As crianças são
Deus recebeu graça por graça até inocentes perante Deus por causa
receber a plenitude da glória do da redenção de Cristo; 41 –53,
Pai; 19–20, Os homens fiéis que Ordena-se que os irmãos da lide-
avançarem de graça em graça tam- rança ponham ordem em suas
bém receberão de sua plenitude; famílias.
21 – 22, Os que são gerados por
meio de Cristo são a Igreja do
Primogênito; 23–28, Cristo rece-
beu a plenitude de toda a verdade
E M verdade assim diz o Se-
nhor: Acontecerá que toda
alma que a abandonar seus pe-
e o homem, pela obediência, pode cados e vier a mim e b invocar
fazer o mesmo; 29–32, O homem meu nome e c obedecer a minha
estava, no princípio, com Deus; voz e guardar meus manda-
33–35, Os elementos são eternos mentos d verá minha e face e
e o homem pode receber a plenitu- saberá que eu sou;

92 1a D&C 82:11, 15–21. b Joel 2:32. D&C 38:7–8;


gee Ordem Unida. c gee Obedecer, 67:10–12; 88:68;
93 1a gee Arrepender-se, Obediência, 101:23; 130:3.
Arrependimento; Obediente. gee Consolador.
Dignidade, Digno. d Êx. 33:11; e tjs, I Jo. 4:12.
205 Doutrina e Convênios 93:2–16
2 E que eu sou a verdadeira por ele; os homens foram feitos
a
luz que ilumina todo homem por ele; todas as coisas foram
que vem ao mundo; feitas por ele e por meio dele e
3 E que eu estou a no Pai e o Pai dele.
em mim; e o Pai e eu somos 11 E eu, João, testifico que
um — contemplei sua glória, como a
4 O Pai, a porque me b deu de glória do Unigênito do Pai,
sua plenitude, e o Filho, por- cheio de graça e verdade, sim,
que estive no mundo e fiz da o Espírito da verdade, que veio
c
carne meu tabernáculo e habi- e habitou na carne e habitou
tei entre os filhos dos homens. entre nós.
5 E estive no mundo e recebi 12 E eu, João, vi que no prin-
de meu Pai; e as a obras dele fo- cípio ele não recebeu da a pleni-
ram claramente manifestadas. tude, mas recebeu b graça por
6 E a João viu e testificou a ple- graça;
nitude de minha b glória; e a ple- 13 E a princípio não recebeu
nitude do c testemunho de João da plenitude, mas continuou
será revelada posteriormente. de a graça em graça, até receber
7 E ele testificou, dizendo: Vi a plenitude;
sua glória, que ele era no a prin- 14 E assim foi chamado de a Fi-
cípio, antes de o mundo existir; lho de Deus, porque não rece-
8 Portanto no princípio era beu da plenitude no princípio.
o a Verbo, pois ele era o Verbo, 15 E eu, a João, testifico e eis
sim, o mensageiro da sal- que se abriram os céus e o b Espí-
vação — rito Santo desceu sobre ele, na
9 A a luz e o b Redentor do forma de uma c pomba, e pou-
mundo; o Espírito da verdade, sou nele; e do céu ouviu-se uma
que veio ao mundo, porque o voz que dizia: Este é meu d Filho
mundo foi feito por ele e nele amado.
estava a vida dos homens e a 16 E eu, João, testifico que ele
luz dos homens. recebeu a plenitude da glória
10 Os mundos foram a feitos do Pai;

2 a Jo. 1:4–9; 5 a Jo. 5:36; 10:25; 10a Heb. 1:1–3;


D&C 14:9; 84:45–47; 14:10–12. D&C 76:24;
88:6–7. 6 a Jo. 1:34. Mois. 1:31–33.
gee Luz, Luz b gee Jesus Cristo— 12a Filip. 2:6–11.
de Cristo. Glória de Jesus b Jo. 1:16–17.
3 a Jo. 10:25–38; Cristo. 13a Lc. 2:52.
17:20–23; c Jo. 20:30–31. 14a Lc. 1:31–35;
D&C 50:43–45. 7 a Jo. 1:1–3, 14; 17:5; D&C 6:21.
4 a Mos. 15:1–7. D&C 76:39. gee Trindade—
b gee Jesus Cristo— 8 a gee Jesus Cristo; Deus, o Filho.
Autoridade. Jeová. 15a Jo. 1:29–34.
c Lc. 1:26–35; 2:4–14; 9 a gee Luz, Luz b gee Espírito Santo.
3 Né. 1:12–14; de Cristo. c gee Pomba, Sinal da.
Ét. 3:14–16. b gee Redentor. d Mt. 3:16–17.
Doutrina e Convênios 93:17–30 206
17 E recebeu a todo o b poder, é Espírito, sim, o Espírito da
tanto nos céus como na Terra; e verdade;
a glória do c Pai estava com ele, 24 E a a verdade é o b conheci-
porque ele habitava nele. mento das coisas como são, co-
18 E acontecerá que, se fordes mo foram e como serão;
fiéis, recebereis a plenitude do 25 E o que for a mais ou menos
testemunho de João. do que isto é o espírito daquele
19 E dou-vos estas palavras, ser iníquo que é um b mentiroso
para compreenderdes e saber- desde o princípio.
des como a adorar e saberdes o 26 O Espírito da a verdade é de
que adorais, para que venhais Deus. Eu sou o Espírito da ver-
ao Pai em meu nome e, no de- dade e João prestou testemu-
vido tempo, recebais de sua nho de mim, dizendo: Ele rece-
plenitude. beu a plenitude da verdade,
20 Porque, se guardardes meus sim, de toda verdade;
a
mandamentos, recebereis de 27 E homem algum recebe a
sua b plenitude e sereis c glorifi- a
plenitude a não ser que guar-
cados em mim como eu o sou de seus mandamentos.
no Pai; portanto digo-vos: Re- 28 Aquele que a guarda seus
cebereis d graça por graça. mandamentos recebe verdade e
b
21 E agora, em verdade vos di- luz, até ser glorificado na ver-
go: Eu estava no a princípio com dade e c conhecer todas as coisas.
o Pai e sou o b Primogênito; 29 O homem também estava no
a
22 E todos os que são gerados princípio com Deus. A b inteli-
por meu intermédio são a parti- gência, ou seja, a luz da verdade,
cipantes da mesma b glória e não foi criada nem feita nem
são a igreja do Primogênito. verdadeiramente pode sê-lo.
23 Vós também no princípio 30 Toda verdade é indepen-
estáveis a com o Pai; aquilo que dente para a agir por si mesma

17a Mt. 28:18; tornar como o b Jo. 8:44;


Jo. 17:2; Pai Celestial. 2 Né. 2:18;
I Ped. 3:22. d gee Graça. Mois. 4:4.
b gee Jesus Cristo— 21a Jo. 1:1–2; 26a Jo. 14:6.
Autoridade; I Ped. 1:19–20; 27a gee Perfeito.
Poder. Mois. 4:2. 28a gee Obedecer,
c gee Trindade— b gee Primogênito. Obediência,
Deus, o Pai. 22a I Ped. 5:1; Obediente.
19a Jo. 4:21–26; 17:3; D&C 133:57. b D&C 50:24; 84:45.
At. 17:22–25. b gee Glória Celestial. gee Luz, Luz
gee Adorar. 23a gee Homem, de Cristo.
20a D&C 50:28. Homens—O c Jo. 17:3;
b Jo. 1:16; homem, filho D&C 88:49, 67.
D&C 84:36–39. espiritual do 29a Abr. 3:18.
c Jo. 17:4–5, 22. Pai Celestial. gee Vida Pré-mortal;
gee Homem, 24a gee Verdade. Homem, Homens.
Homens—Seu b gee Conhecimento. b gee Inteligência(s).
potencial de se 25a D&C 20:35. 30a 2 Né. 2:13–27.
207 Doutrina e Convênios 93:31–43
na esfera em que Deus a colo- 37 A luz e a verdade rejeitam o
cou, como também toda inteli- ser a maligno.
gência; caso contrário, não há 38 Todo espírito de homem
existência. era a inocente no princípio; e
31 Eis que isto é o a livre-arbí- Deus, tendo b redimido o ho-
trio do homem e isto é a conde- mem da c queda, os homens tor-
nação do homem; porque aqui- naram-se outra vez, em sua in-
lo que foi desde o princípio fância, d inocentes perante Deus.
lhes é b claramente manifestado 39 E vem o ser maligno e a tira
e eles não recebem a luz. a luz e a verdade dos filhos dos
32 E todo homem cujo espírito homens pela desobediência e
não recebe a a luz está sob con- por causa da b tradição de seus
denação. pais.
33 Pois o homem é a espírito. 40 Eu, porém, ordenei que
Os b elementos são eternos, e es- criásseis vossos a filhos em luz e
pírito e elemento, inseparavel- verdade.
mente ligados, recebem a ple- 41 Mas em verdade, meu servo
nitude da alegria; Frederick G. Williams, digo-te:
34 E, quando a separados, não Continuas sob esta condenação;
pode o homem receber a pleni- 42 Não a ensinaste luz e verdade
tude da b alegria. a teus filhos, segundo os man-
35 Os a elementos são o taber- damentos; e aquele ser maligno
náculo de Deus; sim, o homem ainda tem poder sobre ti, sendo
é o tabernáculo de Deus, ou essa a causa de tua aflição.
melhor, b templos; e qualquer 43 E agora te dou um manda-
templo que for profanado, Deus mento: Se quiseres ser libertado,
destruirá esse templo. terás que pôr em a ordem tua
36 A a glória de Deus é b inteli- própria casa, porque há muitas
gência ou, em outras palavras, coisas que não estão certas em
c
luz e verdade. tua casa.

31a gee Arbítrio. 36a gee Glória; Jesus d Morô. 8:8, 12, 22;
b Deut. 30:11–14; Cristo—Glória D&C 29:46–47.
D&C 84:23–24. de Jesus Cristo. gee Salvação—
32a gee Luz, Luz de b D&C 130:18–19; Salvação das
Cristo; Verdade. Abr. 3:19. criancinhas.
33a D&C 77:2; gee Inteligência(s). 39a Mt. 13:18–19;
Abr. 5:7–8. c D&C 88:6–13. II Cor. 4:3–4;
gee Homem, 37a Mois. 1:12–16. Al. 12:9–11.
Homens—O homem, gee Diabo. b Eze. 20:18–19;
filho espiritual do 38a gee Inocência, Al. 3:8.
Pai Celestial. Inocente. gee Tradições.
b D&C 131:7–8; 138:17. b Mos. 27:24–26; 40a gee Família—
gee Ressurreição. Mois. 5:9; RF 1:3. Responsabilidade
34a 2 Né. 9:8–10. gee Redenção, dos pais.
b gee Alegria. Redimido, Redimir. 42a I Sam. 3:11–13;
35a D&C 130:22. c gee Queda de D&C 68:25–31.
b I Cor. 3:16–17. Adão e Eva. 43a I Tim. 3:4–5.
Doutrina e Convênios 93:44–53 208
44 Em verdade eu digo a meu minha igreja, precisa ser casti-
servo Sidney Rigdon que, em gado e pôr em ordem sua famí-
algumas coisas, ele não guar- lia; e fazer com que sejam mais
dou os mandamentos concer- diligentes e interessados em
nentes a seus filhos; portanto, casa e orem sempre; caso con-
que primeiro ponha em ordem trário serão removidos de seu
a
sua casa. lugar.
45 Em verdade eu digo a meu 51 Agora vos digo, meus ami-
servo Joseph Smith Júnior ou, gos: Que meu servo Sidney
em outras palavras, chamar- Rigdon faça sua viagem rapi-
vos-ei de a amigos, porque sois damente e proclame também o
a
meus amigos e tereis uma he- ano aceitável do Senhor e o
rança comigo — evangelho de salvação, confor-
46 Chamei-vos de a servos por me as palavras que eu lhe ins-
causa do mundo e vós sois seus pirar; e pela oração unânime de
servos por minha causa — vossa fé, sustentá-lo-ei.
47 E agora, em verdade eu te 52 E que meus servos Joseph
digo, Joseph Smith Júnior: Tu Smith Júnior e Frederick G.
não guardaste os mandamen- Williams também se apressem;
tos e necessário é que sejas a re- e ser-lhes-á dado de acordo
preendido perante o Senhor. com a oração da fé; e se guar-
48 Tua a família precisa arre- dardes minhas palavras, não
pender-se e abandonar certas sereis confundidos neste mun-
coisas e prestar mais atenção a do nem no mundo vindouro.
tuas palavras; caso contrário, 53 E em verdade vos digo
será removida de seu lugar. que é minha vontade que vos
49 O que digo a um digo a to- apresseis em a traduzir minhas
dos; a orai sempre, para que o escrituras e em bobter um
c
ser maligno não tenha poder conhecimento de história e
em vós e não vos remova de de países e de reinos, de leis
vosso lugar. de Deus e do homem; e tudo
50 Também o meu servo isso para a salvação de Sião.
Newel K. Whitney, bispo da Amém.

SEÇÃO 94
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 6 de maio de 1833 ( History of the Church 1:346–

45a D&C 84:63; Castigo, Corrigir, 51a Lc. 4:19.


88:62. Repreender. 53a gee Tradução de
46a Lev. 25:55; 48a gee Família– Joseph Smith (tjs).
1 Né. 21:3–8. Responsabilidades b D&C 88:76–80, 118.
gee Serviço. dos filhos. c gee Conhecimento.
47a D&C 95:1–2. 49a 3 Né. 18:15–21.
gee Castigar, 50a D&C 64:40.
209 Doutrina e Convênios 94:1–13

347). Hyrum Smith, Reynolds Cahoon e Jared Carter são designados


como comitê de construção da Igreja.

1–9, O Senhor dá um mandamento ordem do sacerdócio, segundo


referente à construção de uma casa o modelo que vos será dado
para o trabalho da Presidência; 10– posteriormente.
12, Deve-se construir uma tipogra- 7 E será inteiramente dedica-
fia; 13–17, Designam-se certas he- da ao Senhor para o trabalho da
ranças. presidência.
8 E não permitireis que qual-

E TAMBÉM, em verdade vos


digo, meus a amigos: Um
mandamento vos dou, de que
quer a coisa impura entre nela; e
minha b glória lá estará e minha
presença lá estará.
comeceis a projetar e preparar 9 Mas se alguma a coisa impu-
o início e o alicerce da cidade ra nela entrar, minha glória não
da b estaca de Sião, aqui na terra estará lá; e minha presença lá
de Kirtland, começando pela não entrará.
minha casa. 10 E também, em verdade
2 E eis que isso deverá ser feito vos digo: O segundo terreno
de acordo com o a modelo que no sul ser-me-á dedicado para
vos dei. a construção de uma casa pa-
3 E que o primeiro terreno no ra mim, a fim de a imprimir-se
sul me seja consagrado para a a b tradução de minhas escritu-
construção de uma casa para a ras e todas as coisas que eu vos
presidência, para o trabalho da ordenar.
presidência de receber reve- 11 E terá cinqüenta e cinco pés
lações; e para o trabalho do mi- de largura por sessenta e cinco
nistério da a presidência, em to- de comprimento, na área inter-
das as coisas concernentes à na; e haverá um andar inferior
igreja e reino. e um andar superior.
4 Em verdade vos digo que 12 E esta casa será inteiramen-
deverá medir cinqüenta e cinco te dedicada ao Senhor desde seu
pés de largura por sessenta e alicerce, para o trabalho de im-
cinco de comprimento, na área pressão, em todas as coisas que
interna. eu vos ordenar; para ser santa,
5 E haverá um andar inferior imaculada, segundo o modelo
e um andar superior, de acor- de todas as coisas, que vos será
do com o modelo que vos será dado.
dado. 13 E no terceiro terreno meu
6 E será dedicada ao Senhor servo Hyrum Smith receberá
desde seu alicerce, segundo a sua herança.

94 1a D&C 93:45. 8 a Lc. 19:45–46; 9 a D&C 97:15–17.


b gee Estaca. D&C 109:16–20. 10a D&C 104:58–59.
2 a D&C 52:14–15. b I Reis 8:10–11. b gee Tradução de
3 a D&C 107:9, 22. gee Glória. Joseph Smith (tjs).
Doutrina e Convênios 94:14–95:5 210
14 E no primeiro terreno e acordo com o mandamento que
no segundo terreno, no norte, eu, o Senhor Deus, vos dei.
meus servos Reynolds Cahoon 16 Estas duas casas não deve-
e Jared Carter receberão suas rão ser construídas até que eu
heranças — vos dê um mandamento con-
15 Para que façam o trabalho cernente a elas.
que lhes designei, de serem o 17 E agora nada mais vos dou
comitê responsável pela cons- neste momento. Amém.
trução de minhas casas, de

SEÇÃO 95
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 1º de junho de 1833 ( History of the Church 1:350–
352). Esta revelação é uma continuação das instruções divinas para
construírem-se casas de adoração e ensino, especialmente a casa do Se-
nhor. (Ver seção 88:119–136 e seção 94.)

1–6, Os santos são repreendidos sejais castigados e repreendi-


por não terem construído a casa do dos perante minha face;
Senhor; 7 – 10, O Senhor deseja 3 Porque pecastes contra mim
usar sua casa para investir seu povo com um grave pecado, não ten-
de poder do alto; 11–17, Deve-se do considerado, em todas as
dedicar a casa como local de ado- coisas, o grande mandamento
ração e escola dos Apóstolos. que vos dei concernente à cons-
trução de minha a casa;

E M verdade assim diz o Se-


nhor a vós, a quem amo; e
a quem amo também a castigo,
4 Para a preparação com a qual
tenciono preparar meus apósto-
los para a podarem minha vinha
para que seus pecados sejam pela última vez, para que eu
b
perdoados, pois com o castigo execute meu b estranho ato, pa-
preparo um meio para c livrá- ra que eu c derrame o meu espí-
los da d tentação em todas as rito sobre toda carne —
coisas; e eu vos amo — 5 Mas eis que em verdade vos
2 É necessário, portanto, que digo que há muitos entre vós

95 1a Deut. 11:1–8; d gee Tentação, b Isa. 28:21;


Prov. 13:18; Tentar. D&C 101:95.
Heb. 12:5–11; 3 a Ageu 1:7–11; c Prov. 1:23;
Hel. 15:3; D&C 88:119. Joel 2:28;
D&C 101:4–5; 105:6. gee Templo, a D&C 19:38.
gee Castigar, Casa do Senhor. gee Dons do
Castigo, Corrigir, 4 a Jacó 5:61–75; Espírito;
Repreender. D&C 24:19; 33:3–4. Espírito Santo.
b gee Perdoar. gee Vinha do
c I Cor. 10:13. Senhor.
211 Doutrina e Convênios 95:6–17
que chamei e foram ordenados, 12 Se não a guardardes meus
mas poucos deles são a escolhi- mandamentos, o b amor do Pai
dos. não continuará convosco; por-
6 Os que não são escolhidos tanto andareis em trevas.
pecaram gravemente, pois an- 13 Ora, eis aqui sabedoria e a
dam em a trevas ao meio-dia. mente do Senhor: Que a casa
7 E por essa razão vos dei o seja construída, não segundo a
mandamento de convocardes maneira do mundo, pois não
uma a assembléia solene, para desejo que vivais segundo a
que vossos b jejuns e vosso pran- maneira do mundo;
to subam aos ouvidos do Senhor 14 Portanto, que seja construí-
de c Sabaote que, por interpre- da segundo a maneira que mos-
tação, significa o d criador do pri- trarei a três de vós, a quem in-
meiro dia, o princípio e o fim. dicareis e ordenareis com esse
8 Sim, em verdade vos digo: poder.
Dei-vos o mandamento de cons- 15 E medirá cinqüenta e cinco
truirdes uma casa, onde tencio- pés de largura por sessenta e
no a investir os que escolhi com cinco de comprimento, na área
poder do alto; interna.
9 Pois essa é a a promessa do Pai 16 E que o andar inferior da
a vós; portanto ordeno que per- área interna seja dedicado a
maneçais, sim, como ordenei a mim para oferta de vossos sa-
meus apóstolos de Jerusalém. cramentos e para vossas pre-
10 Contudo, meus servos pe- gações e vossos jejuns e vossas
caram com um gravíssimo pe- orações e a a oferta de vossos
cado; e surgiram a contendas na desejos mais santos a mim, diz
b
escola dos profetas, o que me vosso Senhor.
foi muito penoso, diz vosso Se- 17 E que a parte superior da
nhor; portanto enviei-os para área interna seja dedicada a
serem castigados. mim como a escola de meus
11 Em verdade vos digo: É apóstolos, diz o Filho a Amã;
meu desejo que construais uma ou, em outras palavras, Alfus;
casa. Se guardardes meus man- ou, em outras palavras, Ome-
damentos, tereis poder para gus; sim, Jesus Cristo, vosso
construí-la. b Senhor. Amém.

5 a Mt. 20:16; c gee Jeová. b gee Escola dos


D&C 105:35–37; d gee Criação, Criar. Profetas.
121:34–40. 8 a D&C 38:32; 39:15; 12a Jo. 15:10.
gee Eleição. 43:16; 110:9–10. b I Jo. 2:10, 15.
6 a gee Trevas gee Investidura, 16a D&C 59:9–14.
Espirituais. Investir. 17a D&C 78:20.
7 a D&C 88:70, 74–82, 9 a Lc. 24:49. b gee Senhor.
117–120. 10a gee Contenção,
b gee Jejuar, Jejum. Contenda.
Doutrina e Convênios 96:1–9 212

SEÇÃO 96

Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, mostrando a organização da


cidade ou estaca de Sião em Kirtland, Estado de Ohio, em 4 de junho de
1833, como exemplo para os santos de Kirtland ( History of the Church
1:352–353). Naquela ocasião realizava-se uma conferência de sumos sa-
cerdotes e o assunto principal a ser tratado era o que fazer com algumas
terras, conhecidas como a fazenda French, de propriedade da Igreja, perto
de Kirtland. Uma vez que a conferência não chegara a um acordo sobre
quem iria encarregar-se da fazenda, todos concordaram em inquirir o
Senhor a respeito do assunto.

1, Deve-se fortalecer a estaca Kirt- 5 Pois eis que em verdade vos


land de Sião; 2–5, O bispo deve di- digo: Isto é o que mais me con-
vidir as heranças entre os santos; vém, que minha palavra che-
6–9, John Johnson deve ser mem- gue aos filhos dos homens, com
bro da ordem unida. o propósito de abrandar-lhes o
coração para o vosso bem. As-

E IS que vos digo: Aqui há


sabedoria, para que saibais
como agir em relação a este as-
sim seja. Amém.
6 E também em verdade vos
digo que me é sábio e conve-
sunto, pois me convém que es- niente que meu servo John John-
ta a estaca, que estabeleci para o son, cuja oferta aceitei e cujas
vigor de Sião, se fortaleça. orações ouvi, a quem dou a pro-
2 Portanto, que meu servo messa de vida eterna se guardar
Newel K. Whitney se encarre- meus mandamentos de agora
gue do lugar que haveis mencio- em diante —
nado, no qual pretendo cons- 7 Porque ele é descendente de
a
truir minha casa santa. José e participante das bênçãos
3 E também, que seja divi- da promessa feita a seus pais —
dida em lotes, com prudência, 8 Em verdade vos digo que me
para o benefício daqueles que é conveniente que ele se torne
buscam heranças, como for membro da ordem, a fim de que
determinado por vós em con- ajude a levar minha palavra
selho. aos filhos dos homens.
4 Portanto não deixeis de cui- 9 Portanto ordená-lo-eis para
dar deste assunto e da porção essa bênção; e ele procurará ze-
que é necessária para benefi- losamente liquidar os encargos
ciar a minha a ordem, com o ob- que pesam sobre a casa men-
jetivo de levar minha palavra cionada por vós, para que nela
aos filhos dos homens. possa morar. Assim seja. Amém.

96 1a Isa. 33:20; 54:2. 4 a D&C 78:3–4. 7 a gee José, Filho


gee Estaca. gee Ordem Unida. de Jacó.
213 Doutrina e Convênios 97:1–8

SEÇÃO 97
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 2 de agosto de 1833 ( History of the Church 1:400–
402). Esta revelação trata particularmente dos assuntos dos santos de
Sião, Condado de Jackson, Estado de Missouri, em resposta ao pedido de
informações do Profeta ao Senhor. Os membros da Igreja do Missouri
estavam sendo ferrenhamente perseguidos nessa época e, em 23 de julho
de 1833, foram forçados a assinar um acordo para partirem do Condado
de Jackson.

1–2, Muitos dos santos de Sião justificado quando os levar a


(Condado de Jackson, Missouri) julgamento.
são abençoados por sua fidelidade; 3 Eis que vos digo, concernen-
3–5, Parley P. Pratt é elogiado por te à a escola de Sião: Eu, o Se-
seu trabalho na escola de Sião; 6–9, nhor, estou satisfeito por haver
Os que observam seus convênios uma escola em Sião; e também
são aceitos pelo Senhor; 10–17, De- com meu servo b Parley P. Pratt,
ve-se construir uma casa em Sião, pois ele permanece em mim.
na qual os puros de coração verão a 4 E enquanto perseverar em
Deus; 18–21, Sião é o puro de co- mim, continuará a presidir a
ração; 22–28, Sião escapará do fla- escola da terra de Sião, até que
gelo do Senhor, se for fiel. eu lhe dê outros mandamentos.
5 E abençoá-lo-ei com uma

E M verdade vos digo, meus


amigos: Falo-vos com minha
voz, sim, a voz de meu Espírito,
multiplicidade de bênçãos ao
expor todas as escrituras e mis-
térios para a edificação da es-
a fim de mostrar-vos minha cola e da igreja em Sião.
vontade relativa a vossos irmãos 6 E para com o restante da es-
da terra de a Sião, muitos dos cola eu, o Senhor, estou disposto
quais são verdadeiramente hu- a mostrar misericórdia; contu-
mildes e procuram zelosamente do, existem alguns que precisam
adquirir sabedoria e encontrar ser a repreendidos e suas obras
a verdade. tornar-se-ão conhecidas.
2 Em verdade, em verdade 7 Está posto o a machado à raiz
vos digo: Bem-aventurados são das árvores; e toda árvore que
eles, porque vencerão; pois eu, não produzir bons b frutos será
o Senhor, mostro misericórdia cortada e lançada no fogo. Eu,
a todos os a mansos e a todos os o Senhor, disse-o.
que eu quiser, para que eu seja 8 Em verdade vos digo: Todos
97 1a gee Sião. b gee Pratt, Parley 7 a Mt. 3:10.
2 a Mt. 5:5; Parker. b Lc. 6:43–45;
Mos. 3:19. 6 a gee Castigar, Al. 5:36, 52;
3 a gee Escola dos Castigo, Corrigir, 3 Né. 14:15–20.
Profetas. Repreender.
Doutrina e Convênios 97:9–20 214
os que, dentre eles, souberem dos no a entendimento de seu
que seu a coração é b honesto e ministério, em teoria, em prin-
está quebrantado e seu espíri- cípio e em doutrina, em todas
to, contrito; e que estiverem c dis- as coisas concernentes ao b rei-
postos a observar seus convê- no de Deus na Terra, cujas c cha-
nios por meio de d sacríficio— ves vos foram conferidas.
sim, todo sacrifício que eu, o 15 E se meu povo me construir
Senhor, ordenar — esses serão uma casa em nome do Senhor
e
aceitos por mim. e não permitir que nela entre
9 Pois eu, o Senhor, farei com qualquer a coisa impura, de mo-
que produzam como uma ár- do que não seja profanada, mi-
vore muito frutífera, plantada nha bglória descansará sobre ela;
em terra fértil junto a um ria- 16 Sim, e minha a presença lá
cho de água pura, que produz estará, porque entrarei nela; e
muitos frutos preciosos. todos os b puros de coração que
10 Em verdade vos digo que é nela entrarem verão a Deus.
meu desejo que a mim se cons- 17 Mas se for profanada, não
trua uma a casa na terra de Sião, entrarei nela e minha glória lá
conforme o b modelo que vos dei. não estará; porque não entrarei
11 Sim, que se construa rapi- em templos impuros.
damente, com o dízimo de meu 18 E agora, eis que, se fizer
povo. estas coisas, Sião a prosperará
12 Eis que este é o a dízimo e o e esparramar-se-á e tornar-se-á
sacrifício que eu, o Senhor, exi- muito gloriosa, muito grandio-
jo de suas mãos — que a mim se sa e muito terrível.
construa uma b casa para a sal- 19 E as a nações da Terra hon-
vação de Sião — rá-la-ão e dirão: Certamente
b
13 Como um lugar de a ação de Sião é a cidade do nosso Deus
graças para todos os santos e e certamente Sião não pode cair
um lugar de instrução para to- nem ser removida de seu lugar,
dos aqueles que forem chama- porque Deus lá está e a mão do
dos ao trabalho do ministério, Senhor ali está;
em todos os seus diversos cha- 20 E ele jurou, pelo poder de
mados e ofícios; sua força, ser a sua salvação e
14 Para que sejam aperfeiçoa- sua a torre alta.

8 a gee Coração do Senhor. D&C 84:5.


Quebrantado. 13a gee Ação de Graças, 16a D&C 110:1–10.
b gee Honestidade, Agradecido, b Mt. 5:8;
Honesto. Agradecimento. D&C 67:10–13; 88:68.
c D&C 64:34. 14a gee Compreensão, gee Pureza, Puro.
d gee Sacrifício. Entendimento. 18a D&C 90:24; 100:15.
e D&C 52:15; 132:50. b gee Reino de Deus 19a Isa. 60:14;
10a D&C 57:3; 88:119; ou Reino do Céu. Zac. 2:10–12;
124:51. c gee Chaves do D&C 45:66–70; 49:10.
b D&C 115:14–16. Sacerdócio. b gee Nova Jerusalém.
12a gee Dízimos. 15a D&C 94:9; 109:20–21. 20a II Sam. 22:3.
b gee Templo, a Casa b Ageu 2:7;
215 Doutrina e Convênios 97:21–28
21 Portanto, em verdade, as- pará se procurar fazer todas as
sim diz o Senhor: Que Sião se coisas que lhe ordenei.
regozije, pois isto é a Sião —Os 26 Mas se não procurar fazer
puros de coração; portanto, todas as coisas que eu lhe orde-
que Sião se regozije enquanto nei, a visitá-la-ei de acordo com
se lamentam todos os iníquos. todas as suas obras, com aflição
22 Pois eis que a a vingança dolorosa, com b pestilência, com
vem rapidamente sobre os ím- pragas, com a espada, com c vin-
pios, como um furacão; e quem gança, com d fogo devorador.
dela escapará? 27 Contudo, que lhe seja lido
23 O a açoite do Senhor pas- esta vez aos ouvidos que eu, o
sará de noite e de dia e seu ru- Senhor, aceitei sua oferta; e se
mor afligirá todos os povos; não mais pecar, a nenhuma des-
sim, não cessará até que venha tas coisas lhe sobrevirá;
o Senhor. 28 E a abençoá-la-ei com bên-
24 Porque a indignação do Se- çãos e multiplicarei sobre ela
nhor está acesa contra as abo- e sobre suas gerações uma mul-
minações deles e todas as suas tiplicidade de bênçãos para
obras iníquas. todo o sempre, diz o Senhor
25 Não obstante, Sião a esca- vosso Deus. Amém.

SEÇÃO 98
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 6 de agosto de 1833 ( History of the Church 1:403–
406). Esta revelação foi dada em conseqüência da perseguição aos santos
no Estado de Missouri. Era natural que os santos de Missouri, tendo
sofrido fisicamente e perdido propriedades, estivessem propensos a reta-
liar e vingar-se. Por esse motivo o Senhor deu esta revelação. Embora
algumas notícias sobre os problemas em Missouri tivessem, sem dúvida
alguma, chegado ao Profeta em Kirtland (a cerca de 1.450 quilômetros de
distância), ele só poderia ter tido conhecimento da seriedade da situação,
naquela data, por meio de revelação.

1–3, As aflições dos santos são pa- para o governo secular; 11–15, Os
ra o seu bem; 4–8, Os santos de- que perderem a vida na causa do
vem apoiar a lei constitucional do Senhor terão vida eterna; 16–18,
país; 9–10, Devem ser apoiados ho- Renunciai à guerra e proclamai a
mens honestos, prudentes e bons paz; 19–22, Os santos de Kirtland

21a Mois. 7:18. 25a 2 Né. 6:13–18; 3 Né. 21:20–21.


gee Pureza, Puro; D&C 63:34; d Joel 1:15–20.
Sião. JS—M 1:20. 27a Eze. 18:27.
22a gee Vingança. 26a D&C 84:54–59. 28a gee Abençoado,
23a Isa. 28:14–19; b Lc. 21:10–13. Abençoar, Bênção.
D&C 45:31. c Mal. 4:1–3;
Doutrina e Convênios 98:1–13 216
são repreendidos e ordena-se que titucional, que apoiar o princí-
se arrependam; 23–32, O Senhor pio da liberdade na observân-
revela suas leis com respeito às cia de direitos e privilégios,
perseguições e aflições impostas a pertencerá a toda a humanida-
seu povo; 33–38, A guerra é justi- de e será justificável perante
ficada apenas quando o Senhor a mim.
ordena; 39–48, Os santos devem 6 Portanto eu, o Senhor, vos
perdoar seus inimigos, os quais, justifico, vós e vossos irmãos de
caso se arrependam, escaparão à minha igreja, no apoio à lei que
vingança do Senhor. é a lei constitucional do país;
7 E quanto às leis dos homens,

E M verdade vos digo, meus


amigos: a Não temais; que se
console vosso coração; sim, re-
o que for mais ou menos do que
isso provém do mal.
8 Eu, o Senhor Deus, a liberto-
gozijai-vos sempre e em tudo vos; portanto sois verdadeira-
dai b graças; mente livres. E a lei também
2 a Esperando pacientemente no vos liberta.
Senhor, porque vossas orações 9 Mas quando os a iníquos go-
chegaram aos ouvidos do Se- vernam, o povo pranteia.
nhor de Sabaote e estão registra- 10 Deve-se, portanto, procurar
das com este selo e testamento diligentemente a homens hones-
—o Senhor jurou e decretou que tos e homens prudentes; e ho-
serão atendidas. mens bons e homens prudentes
3 Portanto ele vos faz essa pro- devereis apoiar; pois o que for
messa, com um convênio imu- menos do que isto provém do
tável de que serão cumpridas; e mal.
todas as coisas que vos tiverem 11 E dou-vos o mandamento
a
afligido reverterão para o vos- de renunciardes a todo mal e
so bem e para a glória do meu vos apegardes a todo o bem e
nome, diz o Senhor. viverdes por toda a palavra que
4 E agora, em verdade vos di- sai da boca de Deus.
go com respeito às leis do país: 12 Pois ele a dará ao fiel linha
É minha vontade que meu po- sobre linha, preceito sobre pre-
vo procure fazer todas as coisas ceito; e com isso vos b testarei e
que eu lhe mandar. provarei.
5 E a a lei do país, que for b cons- 13 E quem a perder a vida na

98 1a D&C 68:6. D&C 58:21; 134:5. Honesto.


b gee Ação de Graças, b D&C 101:77–80; 11a Deut. 8:3; Mt. 4:4;
Agradecido, 109:54. D&C 84:43–44.
Agradecimento. gee Constituição; 12a Isa. 28:10;
2 a Salm. 27:14; Liberdade, Livre. D&C 42:61.
Isa. 30:18–19; 8 a Jo. 8:32; II Cor. 3:17. b Abr. 3:25–26.
D&C 133:45. gee Arbítrio; 13a Lc. 9:24;
3 a D&C 122:7. Liberdade, Livre. D&C 101:35–38;
gee Adversidade. 9 a Prov. 29:2. 103:27–28.
5 a I Ped. 2:13–14; 10a gee Honestidade, gee Mártir, Martírio.
217 Doutrina e Convênios 98:14–26
minha causa, por amor a meu nhos iníquos, o orgulho de seu
nome, tornará a encontrá-la, coração, nem sua cobiça nem
sim, a vida eterna. todas as suas coisas detestá-
14 Portanto não a temais vos- veis; e não observam as pala-
sos inimigos, pois decretei em vras de sabedoria e vida eterna
meu coração, diz o Senhor, que que lhes dei.
vos b provarei em todas as coi- 21 Em verdade vos digo que
sas para ver se permanecereis eu, o Senhor, os a castigarei e
em meu convênio, mesmo até a farei o que me aprouver, se eles
c
morte, para que sejais conside- não se arrependerem e obser-
rados dignos. varem todas as coisas que eu
15 Porque se não permanecer- lhes disse.
des em meu convênio, não se- 22 E também vos digo: Se a fi-
reis dignos de mim. zerdes o que vos ordeno, eu, o
16 Portanto a renunciai à b guer- Senhor, desviarei de vós toda
ra e proclamai a c paz; e procurai ira e indignação; e as b portas do
diligentemente d voltar o coração inferno não prevalecerão con-
dos filhos para seus pais e o co- tra vós.
ração dos pais para os filhos; 23 Agora vos falo com respei-
17 E também o coração dos to a vossas famílias: Se os ho-
a
judeus para os profetas e os mens vos a ferirem ou a vossas
profetas para os judeus; para famílias uma vez e suportardes
que eu não venha e fira toda a isso pacientemente e não os in-
Terra com uma maldição e toda juriardes nem procurardes vin-
carne seja consumida diante de gança, sereis recompensados;
mim. 24 Mas se não suportardes isso
18 Não se inquiete vosso co- pacientemente, será considera-
ração, pois na casa de meu Pai do uma a medida justa contra
há a muitas moradas e preparar- vós.
vos-ei um lugar; e onde meu 25 E também, se vosso inimi-
Pai e eu estivermos, aí estareis go vos ferir a segunda vez e
também. não injuriardes vosso inimigo e
19 Eis que eu, o Senhor, não suportardes isso pacientemente,
estou satisfeito com muitos da vossa recompensa será centupli-
igreja de Kirtland; cada.
20 Porque não abandonam 26 E também, se ele vos ferir a
seus pecados nem seus cami- terceira vez e suportardes isso

14a Ne. 4:14; D&C 122:9. D&C 2:1–2. Obediência,


b D&C 124:55. 17a gee Judeus. Obediente.
c Apoc. 2:10; 18a Jo. 14:2; D&C 59:2; b Mt. 16:17–18;
D&C 136:31, 39. 76:111; 81:6. D&C 33:12–13.
16a Al. 48:14. 21a Mos. 23:21; Hel. 12:3. 23a Lc. 6:29;
gee Pacificador. gee Castigar, Al. 43:46–47.
b gee Guerra. Castigo, Corrigir, gee Perseguição,
c gee Paz. Repreender. Perseguir.
d Mal. 4:5–6; 22a gee Obedecer, 24a Mt. 7:1–2.
Doutrina e Convênios 98:27–40 218
a
pacientemente, vossa recom- dei a meus antigos: Que não
pensa será quatro vezes dupli- saíssem para batalhar contra
cada; nenhuma nação, tribo, língua
27 E estes três testemunhos le- ou povo, a não ser que eu, o Se-
vantar-se-ão contra vosso ini- nhor, lhes ordenasse.
migo, se ele não se arrepender; 34 E se qualquer nação, língua
e não serão anulados. ou povo declarasse guerra con-
28 E agora, em verdade vos tra eles, deveriam primeiro mos-
digo: Se esse inimigo escapar a trar um estandarte de a paz a es-
minha vingança, de modo que se povo, nação ou língua;
não seja levado a julgamento 35 E se esse povo não aceitasse
perante mim, então o a adverti- a oferta de paz, nem a segunda
reis em meu nome, para que nem a terceira vez, eles deve-
não mais vos ataque, nem vos- riam levar esses testemunhos
sa família, nem mesmo os fi- ao Senhor;
lhos de vossos filhos até a ter- 36 Então eu, o Senhor, lhes da-
ceira e a quarta geração. ria um mandamento e justifica-
29 E então, se ele vos atacar, ria os que saíssem para bata-
vós, vossos filhos ou os filhos lhar contra essa nação, língua
de vossos filhos até a terceira e ou povo.
a quarta geração, entregá-lo-ei 37 E eu, o Senhor, a lutaria
em vossas mãos; suas batalhas e as batalhas de
30 E então, se o poupardes, se- seus filhos e as dos filhos de
reis recompensados por vossa seus filhos, até que se tivessem
retidão; e também vossos filhos vingado de todos os seus inimi-
e os filhos de vossos filhos até a gos até a terceira e a quarta
terceira e a quarta geração. geração.
31 Contudo, vosso inimigo 38 Eis que isto é um exemplo
está em vossas mãos; e se o re- para todos, diz o Senhor vosso
compensardes de acordo com Deus, de justificativa perante
suas obras, estareis justifica- mim.
dos; e se ele procurou tirar-vos 39 E também, em verdade vos
a vida e vossa vida estiver em digo: Se depois de vosso inimi-
perigo por causa dele, vosso go vos ter atacado a primeira
inimigo encontra-se em vossas vez ele se arrepender e implorar
mãos e estais justificados. vosso perdão, perdoá-lo-eis e já
32 Eis que essa é a lei que dei não usareis isso como testemu-
a meu servo Néfi e a vossos nho contra vosso inimigo —
a
pais, José e Jacó e Isaque e 40 E assim por diante, até a se-
Abraão, e a todos os meus anti- gunda e a terceira vez; e tantas
gos profetas e apóstolos. vezes quantas vosso inimigo se
33 E também, esta é a a lei que arrepender das ofensas com que

26a gee Paciência. 32a D&C 27:10. 34a D&C 105:38–41.


28a gee Advertência, 33a Deut. 20:10; 37a Jos. 23:10;
Advertir, Prevenir. Al. 48:14–16. Isa. 49:25.
219 Doutrina e Convênios 98:41–99:2
vos tiver ofendido, a perdoá-lo- garei por vós de vosso inimigo
eis, até setenta vezes sete. cem vezes mais;
41 E se vos ofender e não se ar- 46 E sobre seus filhos e sobre
repender a primeira vez, mesmo os filhos dos filhos de todos os
assim o perdoareis. que me odeiam, até a a terceira e
42 E se vos ofender a segunda a quarta geração.
vez e não se arrepender, mesmo 47 Mas se os filhos se arrepen-
assim o perdoareis. derem, ou os filhos dos filhos, e
43 E se vos ofender a terceira se a voltarem para o Senhor seu
vez e não se arrepender, tam- Deus de todo o coração e com
bém o perdoareis. todo o poder, mente e força,
44 Mas se vos ofender a quarta e repararem ao quádruplo to-
vez, não o perdoareis, mas tra- das as ofensas com que tiverem
reis esses testemunhos diante ofendido, ou com que seus pais
do Senhor; e não serão anula- ou os pais de seus pais tiverem
dos até que ele se tenha arre- ofendido, então vossa indig-
pendido e vos recompensado nação findará;
quatro vezes mais de todas as 48 E a a vingança já não cairá
coisas com que vos tiver ofen- sobre eles, diz o Senhor vosso
dido. Deus, e suas ofensas jamais se-
45 E se fizer isso, perdoá-lo-eis rão apresentadas como testemu-
de todo o coração; e se ele não nho contra eles perante o Se-
fizer isso, eu, o Senhor, me a vin- nhor. Amém.

SEÇÃO 99
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a John Mur-
dock, em agosto de 1832, em Hiram, Estado de Ohio. Embora as edições
de Doutrina e Convênios, a partir de 1876, tenham dado esta revelação
como tendo sido recebida em Kirtland, em agosto de 1833, as edições
anteriores e outros registros históricos confirmam a informação correta.

1–8, John Murdock é chamado para de povoado em povoado e de


proclamar o evangelho; e os que re- cidade em cidade, a fim de
ceberem John Murdock receberão o proclamar o evangelho eterno
Senhor e obterão misericórdia. a seus habitantes, em meio a
a
perseguições e iniqüidades.

E IS que assim diz o Senhor a


meu servo John Murdock:
Tu és chamado para ir às re-
2 E quem te a recebe, a mim me
recebe; e terás poder para decla-
rar minha palavra em b demos-
giões do leste, de casa em casa, tração de meu Santo Espírito.

40a Mt. 18:21–22; 46a Deut. 5:9–10. 99 1a gee Perseguição,


D&C 64:9–11. 47a Mos. 7:33; Perseguir.
gee Perdoar. Mórm. 9:6. 2 a Mt. 10:40.
45a Mórm. 8:20. 48a Eze. 18:19–23. b I Cor. 2:4–5.
Doutrina e Convênios 99:3–100:5 220
3 E quem te recebe a como uma 6 E agora em verdade eu te
criancinha, recebe meu b reino; digo: Não convém ires até que
e bem-aventurados são eles, tenhas tomado providências a
pois obterão c misericórdia. respeito de teus filhos e sejam
4 E quem te rejeitar, será a rejei- eles enviados bondosamente
tado por meu Pai e sua casa; e ao bispo de Sião.
limparás teus b pés nos lugares 7 E depois de alguns anos, se o
secretos ao longo do caminho, desejares de mim, poderás su-
como testemunho contra eles. bir também para a boa terra, a
5 E eis que depressa a venho fim de possuir tua herança.
para b julgar, para convencer a 8 Caso contrário, continuarás
todos de suas ações iníquas co- a pregar meu evangelho a até
metidas contra mim, conforme seres levado. Amém.
está escrito sobre mim no livro.

SEÇÃO 100
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Perrys-
burg, Estado de Nova York, em 12 de outubro de 1833 ( History of the
Church 1:416, 419–421). Os dois irmãos, tendo ficado longe da família
por vários dias, estavam um tanto preocupados com elas.

1–4, Joseph e Sidney devem pregar 2 Portanto segui-me e dai ouvi-


o evangelho para a salvação de al- dos ao conselho que vos darei.
mas; 5–8, Ser-lhes-á dado na hora 3 Eis que tenho muita gente
exata o que deverão dizer; 9–12, neste lugar, nas regiões circun-
Sidney será um porta-voz e Joseph, vizinhas; e uma porta eficaz
um revelador; e será vigoroso em abrir-se-á nas regiões circunvi-
seu testemunho; 13–17, O Senhor zinhas nesta região leste.
levantará um povo puro e os obe- 4 Portanto eu, o Senhor, permi-
dientes serão salvos. ti que viésseis a este lugar; por-
que assim me era conveniente

E
a
M verdade, assim vos diz
o Senhor, meus amigos
Sidney e b Joseph: Vossas famí-
para a a salvação de almas.
5 Portanto, em verdade vos
digo: Clamai a este povo; a ex-
lias estão bem; encontram-se pressai os pensamentos que eu
em minhas mãos e eu lhes farei vos puser no coração e não se-
o que me parecer bem; pois em reis confundidos diante dos
mim todo o poder existe. homens;

3 a Mt. 18:1–6. 5 a D&C 1:11–14. b gee Smith, Joseph,


b gee Reino de Deus b Jud. 1:14–15. Júnior.
ou Reino do Céu. gee Jesus 4 a gee Salvação.
c gee Misericórdia, Cristo—Juiz. 5 a Hel. 5:18;
Misericordioso. 8 a Mt. 19:29. D&C 68:3–4.
4 a Jo. 12:44–50. 100 1a gee Rigdon,
b D&C 75:19–22. Sidney.
221 Doutrina e Convênios 100:6–17
6 Pois naquela mesma hora, as coisas relativas às coisas de
sim, naquele mesmo momento, meu reino na Terra.
ser-vos-á a dado o que dizer. 12 Portanto continuai vossa
7 Mas um mandamento vos viagem; e que se alegre vosso
dou, de que tudo o que a decla- coração, pois eis que eu estarei
rardes declarareis em meu no- convosco até o fim.
me, com solenidade de coração, 13 E agora vos falo com res-
com espírito de b mansidão em peito a a Sião. Sião será b redimi-
todas as coisas. da, embora castigada por algum
8 E prometo-vos que, se fizer- tempo.
des isso, derramar-se-á o a Espí- 14 Vossos irmãos, meus ser-
rito Santo testificando todas as vos a Orson Hyde e John Gould,
coisas que disserdes. estão em minhas mãos; e se
9 E convém a mim, meu servo guardarem meus mandamen-
Sidney, que sejas um a porta- tos, serão salvos.
voz para este povo; sim, em 15 Portanto, que se console
verdade te ordenarei com este vosso coração; pois a todas as
chamado, sim, de seres o porta- coisas contribuem para o bem
voz de meu servo Joseph. daqueles que andam retamente
10 E dar-lhe-ei poder para que e para a santificação da igreja.
seja vigoroso em seu a testemu- 16 Pois levantarei para mim
nho. um povo a puro, que me servirá
11 E dar-te-ei poder para seres em retidão;
a
vigoroso na exposição de to- 17 E todos os que a invocam o
das as escrituras, a fim de que nome do Senhor e guardam seus
sejas seu porta-voz; e ele será mandamentos serão salvos. As-
um b revelador para ti, a fim de sim seja. Amém.
conheceres a verdade de todas

SEÇÃO 101
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland, Estado de Ohio,
em 16 de dezembro de 1833 ( History of the Church 1:458–464). Nessa
ocasião, os santos que se haviam reunido no Estado de Missouri sofriam
grandes perseguições. Foram expulsos de suas casas, no Condado de Jack-
son, por turbas; alguns dos santos tentaram estabelecer-se no Condado
de Van Buren, mas continuaram a sofrer perseguições. O corpo principal
da Igreja achava-se, nessa época, no Condado de Clay, Missouri. Eram

6 a Mt. 10:19–20; 2 Né. 3:17–18; 31, 37.


D&C 84:85. D&C 124:103–104. 14a gee Hyde, Orson.
7 a D&C 84:61. 10a gee Testificar. 15a Rom. 8:28;
b gee Mansidão, 11a Al. 17:2–3. D&C 90:24; 105:40.
Manso, Mansuetude. b D&C 124:125. 16a gee Pureza, Puro.
8 a 2 Né. 33:1–4. 13a gee Sião. 17a Joel 2:32;
9 a Êx. 4:14–16; b D&C 84:99; 105:9–10, Al. 38:4–5.
Doutrina e Convênios 101:1–9 222

muitas as ameaças de morte contra pessoas da Igreja. O povo perdera


mobília, roupas, animais e outros bens pessoais e muitas de suas lavouras
haviam sido destruídas.

1–8, Os santos são repreendidos e rão a meus no dia em que eu


afligidos por causa de suas trans- vier para reunir minhas jóias.
gressões; 9–15, A indignação do 4 Portanto é necessário que
Senhor cairá sobre as nações, mas sejam a corrigidos e provados,
seu povo será reunido e consolado; assim b como Abraão, a quem
16–21, Sião e suas estacas serão foi ordenado oferecer o único
estabelecidas; 22–31, Explica-se a filho.
natureza da vida durante o Milê- 5 Pois todos os que não que-
nio; 32–42, Nessa época os santos rem suportar a correção, mas
a
serão abençoados e recompensados; negam-me, não podem ser
b
43–62, A parábola do nobre e das santificados.
oliveiras significa os problemas e a 6 Eis que eu te digo: Havia de-
redenção final de Sião; 63–75, Os sarmonias e a contendas e b inve-
santos devem continuar a reunir- jas e disputas e c concupiscência
se; 76–80, O Senhor estabeleceu a e cobiça entre eles; portanto,
Constituição dos Estados Unidos; com essas coisas, corromperam
81–101, Os santos devem pleitear suas heranças.
compensação das injustiças sofri- 7 Foram vagarosos em a aten-
das, como na parábola da mulher e der à voz do Senhor seu Deus;
do juiz injusto. portanto o Senhor seu Deus é
vagaroso em atender a suas

E M verdade eu te digo, em
relação a teus irmãos que
foram afligidos, a perseguidos
orações, em responder-lhes no
dia de suas tribulações.
8 No dia de sua paz, trataram
e b expulsos da terra de sua he- com leviandade meus conse-
rança — lhos; mas, no dia de suas a tribu-
2 Eu, o Senhor, permiti que lações, b buscaram-me por ne-
lhes sobreviessem a aflições que cessidade.
os afligiram em conseqüência 9 Em verdade eu te digo: Ape-
de suas b transgressões; sar de seus pecados, minhas
3 Contudo possuí-los-ei e se- entranhas estão cheias de a com-

101 1a gee Perseguição, Castigo, Corrigir, b gee Inveja.


Perseguir. Repreender. c gee Concupiscência.
b D&C 103:1–2, 11; b Gên. 22:1–14; 7 a Isa. 59:2;
109:47. Jacó 4:5. Mos. 11:22–25; 21:15;
2a D&C 58:3–4. gee Abraão. Al. 5:38.
b Mos. 7:29–30; 5a Mt. 10:32–33; 8 a Hel. 12:3.
D&C 103:4; 105:2–10. Rom. 1:16; b At. 17:27;
3a Isa. 62:3; Mal. 3:17; 2 Né. 31:14. Al. 32:5–16.
D&C 60:4. b gee Santificação. 9 a gee Compaixão;
4a D&C 95:1–2; 136:31. 6a gee Contenção, Misericórdia,
gee Castigar, Contenda. Misericordioso.
223 Doutrina e Convênios 101:10–24
paixão por eles. Não os b expulsa- rem puros de coração retorna-
rei totalmente; e no dia da c ira, rão para suas a heranças, eles e
lembrar-me-ei da misericórdia. seus filhos, com b cânticos de
10 Eu jurei e decretei, num eterna alegria, para c edificar os
mandamento que vos dei ante- lugares desolados de Sião —
riormente, que deixaria cair a 19 E todas estas coisas para
a
espada de minha indignação que os profetas se cumpram.
em favor de meu povo; e assim 20 E eis que não há outro a lu-
como eu disse, acontecerá. gar designado além daquele que
11 Minha indignação logo se designei; nem haverá outro lu-
derramará sem medida sobre to- gar designado além daquele que
das as nações; e isso farei quan- designei para a reunião de meus
do estiver a cheio o cálice de sua santos —
iniqüidade. 21 Até chegar o dia em que
12 E nesse dia, todo aquele não haja mais lugar para eles; e
que se achar de a atalaia, ou, em então lhes designarei outros lu-
outras palavras, todo o meu gares que tenho e serão chama-
Israel, será salvo. dos a estacas, para as cortinas
13 E os que foram dispersos ou a força de Sião.
serão a reunidos. 22 Eis que é meu desejo que
14 E todos os que a prantearam todos os que invocam meu no-
serão consolados. me e me adoram, de acordo com
15 E todos os que deram a meu evangelho eterno, se a reú-
a
vida pelo meu nome serão co- nam e b permaneçam em lugares
roados. santos;
16 Portanto, que se console 23 E preparem-se para a reve-
vosso coração no que diz res- lação que virá quando o a véu
peito a Sião; pois toda carne es- que cobre meu templo, em meu
tá em minhas a mãos; aquietai- tabernáculo, que oculta a Ter-
vos e b sabei que eu sou Deus. ra, for retirado; e toda carne
17 a Sião não será removida de juntamente me b verá.
seu lugar, apesar de seus filhos 24 E toda coisa a corruptível,
estarem dispersos. seja do homem ou dos animais
18 Os que permanecerem e fo- do campo ou das aves do céu ou

9b Jer. 30:11. gee Mártir, Martírio. 21a D&C 82:13–14; 115:6,


c D&C 98:21–22. 16a Mois. 6:32. 17–18. gee Estaca.
10a D&C 1:13–14. b Êx. 14:13–14; 22a gee Israel—
11a Hel. 13:14; Ét. 2:9–11. Salm. 46:10. Coligação de Israel.
12a gee Atalaia, 17a gee Sião. b Mt. 24:15;
Sentinela, Vigia. 18a D&C 103:11–14. D&C 45:32; 115:6.
13a Deut. 30:3–6; b Isa. 35:10; 23a gee Véu.
1 Né. 10:14. D&C 45:71. b Isa. 40:5;
gee Israel— gee Cantar. D&C 38:8; 93:1.
Coligação de Israel. c Amós 9:13–15; gee Segunda Vinda
14a Mt. 5:4. D&C 84:2–5; 103:11. de Jesus Cristo.
15a Mt. 10:39. 20a D&C 57:1–4. 24a D&C 29:24.
Doutrina e Convênios 101:25–39 224
a
dos peixes do mar, que habita na ocultas que nenhum homem
face da Terra, será bconsumida; conheceu, coisas da Terra pelas
25 E também o que for de ele- quais foi feita e seu propósito
mentos a derreter-se-á com calor e seu fim —
fervente; e todas as coisas tor- 34 Coisas muito preciosas,
nar-se-ão b novas, para que meu coisas que estão no alto e coisas
conhecimento e minha c glória que estão em baixo, coisas que
habitem em toda a Terra. estão dentro da terra e sobre a
26 E nesse dia, a a inimizade do terra e nos céus.
homem e a inimizade das bes- 35 E todos os que sofrerem
a
tas, sim, a inimizade de toda perseguição pelo meu nome e
carne terá b fim de diante de mi- perseverarem com fé, ainda
nha face. que lhes seja requerido dar a
27 E nesse dia, qualquer coisa vida por minha b causa, partici-
que o homem pedir, ser-lhe-á parão de toda esta glória.
dada; 36 Portanto não temais nem
28 E nesse dia a Satanás não terá mesmo a a morte; porque neste
poder para tentar homem algum. mundo vossa alegria não é
29 E não haverá a pranto, por- completa, mas em mim vossa
b
que não haverá morte. alegria é completa.
30 Nesse dia uma a criança não 37 Portanto não vos preocupeis
morrerá antes de envelhecer; e com o corpo nem com a vida do
sua vida será como a idade de corpo; mas preocupai-vos com
uma árvore. a a alma e com a vida da alma.
31 E quando morrer, não dor- 38 E a buscai sempre a face do
mirá, isto é, na terra, mas será Senhor para que, em b paciência,
a
transformada num piscar de possuais vossa alma; e tereis
olhos e será b arrebatada; e seu vida eterna.
descanso será glorioso. 39 Quando os homens são cha-
32 Sim, em verdade vos digo: mados ao meu a evangelho eter-
No a dia em que o Senhor vier, no e fazem um convênio eterno,
ele b revelará todas as coisas — são considerados como o b sal
33 Coisas passadas e coisas da Terra e o sabor dos homens;

24b Sof. 1:2–3; 28a Apoc. 20:2–3; 35a D&C 63:20.


Mal. 4:1; 1 Né. 22:26; gee Perseguição,
D&C 88:94; D&C 88:110. Perseguir.
JS—H 1:37. 29a Apoc. 21:4. b D&C 98:13.
25a Amós 9:5; 30a Isa. 65:20–22; 36a gee Morte Física.
II Ped. 3:10–14. D&C 63:51. b gee Alegria.
gee Terra— 31a I Cor. 15:52; 37a gee Alma.
Purificação da D&C 43:32. 38a II Crôn. 7:14;
Terra. b I Tess. 4:16–17. D&C 93:1.
b Apoc. 21:5. 32a D&C 29:11. b gee Paciência.
c gee Milênio. gee Milênio. 39a gee Novo e Eterno
26a Isa. 11:6–9. b D&C 121:26–28. Convênio.
gee Inimizade. 33a gee Mistérios de b Mt. 5:13;
b gee Paz. Deus. D&C 103:10.
225 Doutrina e Convênios 101:40–53
40 São chamados para ser o e construíram uma sebe ao re-
sabor dos homens; portanto, se dor e colocaram atalaias e co-
esse sal da Terra perder seu sa- meçaram a construir uma torre.
bor, eis que, daí em diante, pa- 47 E enquanto ainda estavam
ra nada mais presta senão para pondo seus alicerces, começa-
se lançar fora e ser pisado pelos ram a dizer entre si: E que ne-
homens. cessidade tem meu senhor des-
41 Eis que aqui há sabedoria ta torre?
no tocante aos filhos de Sião, 48 E consultaram-se por longo
sim, muitos, mas não todos; tempo, dizendo entre si: Que
eles foram considerados trans- necessidade tem meu senhor
gressores e portanto precisam desta torre, sendo que é tempo
ser a corrigidos — de paz?
42 Aquele que a si mesmo se 49 Não poderia este dinheiro
a
exaltar será humilhado; e aque- ser dado aos banqueiros? Pois
le que a si mesmo se b humilhar não há necessidade destas coi-
será exaltado. sas.
43 E agora vos narrarei uma 50 E enquanto discordavam
parábola, para que conheçais entre si, tornaram-se muito pre-
minha vontade concernente à guiçosos e não deram ouvidos
redenção de Sião. às ordens de seu senhor.
44 Um certo a nobre possuía 51 E durante a noite chegou o
um pedaço de terra muito bom; inimigo e derrubou a a sebe; e os
e disse a seus servos: Ide a mi- servos do nobre levantaram-se
nha b vinha, sim, a esse pedaço atemorizados e fugiram; e o
de terra muito bom, e plantai inimigo destruiu o trabalho de-
doze oliveiras; les e derrubou as oliveiras.
45 E colocai a atalaias ao seu 52 Então, eis que o nobre, o se-
redor e construí uma torre, pa- nhor da vinha, chamou seus
ra que se possa vigiar a redon- servos e perguntou-lhes: Ora,
deza; e um fique de atalaia na qual a causa deste grande mal?
torre, a fim de que minhas oli- 53 Não devíeis ter feito o que
veiras não sejam derrubadas vos mandei e — depois de ha-
quando vier o inimigo para sa- verdes plantado a vinha e cons-
quear e tomar para si o fruto de truído a sebe ao redor e posto
minha vinha. atalaias sobre seus muros —
46 Ora, os servos do nobre fi- construído também a torre e
zeram o que seu senhor lhes or- posto um atalaia na torre e vi-
denara e plantaram as oliveiras giado minha vinha, sem ador-

41a gee Castigar, b Lc. 18:14. 45a Eze. 33:2, 7;


Castigo, Corrigir, gee Humildade, 3 Né. 16:18.
Repreender. Humilde, Humilhar. gee Atalaia,
42a Oba. 1:3–4; 44a D&C 103:21–22. Sentinela, Vigia.
Lc. 14:11; b gee Vinha do 51a Isa. 5:1–7.
Hel. 4:12–13. Senhor.
Doutrina e Convênios 101:54–67 226
mecer, para que o inimigo não tamente e faze todas as coisas
vos atacasse? que te mandei;
54 E eis que o atalaia da tor- 61 E este será meu selo e mi-
re teria visto o inimigo en- nha bênção sobre ti — um mor-
quanto ainda estava distante; domo fiel e a prudente em mi-
e então poderíeis ter-vos pre- nha casa, um b governante em
parado e evitado que o inimigo meu reino.
derrubasse a sebe, salvando 62 E seu servo foi imediata-
minha vinha da mão do des- mente e fez todas as coisas que
truidor. seu senhor lhe mandara; e a de-
55 E o senhor da vinha disse a pois de muitos dias, todas as
um de seus servos: Vai reunir o coisas se cumpriram.
restante de meus servos e toma 63 Também, em verdade vos
a
toda a força de minha casa, digo: Mostrar-vos-ei o que me é
que são meus guerreiros, meus prudente em relação a todas as
jovens e também os de meia- igrejas, se estiverem dispostas
idade entre meus servos, que a ser guiadas de uma forma reta
são a força de minha casa, salvo e adequada para sua salvação—
apenas os que designei para 64 Para que a obra da reunião
ficarem; de meus santos continue a fim
56 E ide imediatamente à ter- de que eu os edifique ao meu
ra de minha vinha e resgatai-a; nome em a lugares santos; por-
pois é minha; comprei-a com que é chegado o tempo da b ceifa
dinheiro. e minha palavra precisa c cum-
57 Portanto ide imediatamente prir-se.
a minha terra; derrubai os mu- 65 Portanto preciso reunir meu
ros de meus inimigos; derrubai povo, segundo a parábola do tri-
sua torre e dispersai seus ata- go e do a joio, para que o trigo
laias. seja recolhido nos celeiros a fim
58 E caso se reúnam contra de possuir a vida eterna e ser
vós, a vingai-me de meus inimi- coroado de b glória celestial
gos para que logo eu venha quando eu vier no reino de meu
com o restante de minha casa Pai para recompensar cada ho-
e ocupe a terra. mem de acordo com suas obras;
59 E o servo disse a seu se- 66 Enquanto que o joio será
nhor: Quando acontecerão es- atado em feixes e suas amarra-
sas coisas? duras, fortalecidas, para que se
a
60 E ele respondeu ao servo: queime em fogo inextinguível.
Quando eu desejar; vai imedia- 67 Portanto um mandamento

55a D&C 103:22, 29–30; 62a D&C 105:37. 65a Mt. 13:6–43;
105:16, 29–30. 64a D&C 87:8. D&C 86:1–7.
58a D&C 97:22–24; b D&C 33:3, 7. b gee Glória Celestial.
105:15. gee Ceifa ou 66a Naum 1:5;
61a D&C 78:22. Colheita. Mt. 3:12;
b Mt. 25:20–23. c D&C 1:38. D&C 38:12; 63:33–34.
227 Doutrina e Convênios 101:68–80
dou a todas as igrejas, de que poderão comprar terras e reu-
continuem a reunir-se nos lu- nir-se nelas; e desta forma esta-
gares que designei. belecer Sião.
68 Contudo, como vos disse 75 Já há uma reserva suficiente,
num mandamento anterior, que sim, em abundância, para redi-
vossa a reunião não seja feita às mir Sião e estabelecer seus lu-
pressas, nem por meio de fuga; gares desolados, a fim de que
mas que se preparem todas as já não sejam abatidos, caso as
coisas com antecedência. igrejas que levam meu nome
69 E para que se preparem to- estejam a dispostas a atender a
das as coisas com antecedência, minha voz.
observai o mandamento que vos 76 E também vos digo: É mi-
dei concernente a estas coisas— nha vontade que aqueles que
70 O qual diz, ou seja, ensina a foram dispersos por seus ini-
a
comprar com dinheiro todas as migos continuem a exigir com-
terras, que puderem ser com- pensação e redenção das mãos
pradas com dinheiro, na região daqueles que foram colocados
que circunda a terra que desig- como governantes e que têm
nei como terra de Sião, para autoridade sobre vós —
o início da reunião de meus 77 De acordo com as leis e a
a
santos; constituição do povo, que per-
71 Todas as terras que pude- miti fossem estabelecidas e que
rem ser compradas no Conda- devem ser mantidas para os
b
do de Jackson e nos condados direitos e a proteção de toda
das redondezas, deixando o res- carne, segundo princípios jus-
to em minhas mãos. tos e santos;
72 Ora, em verdade vos digo: 78 Para que todo homem aja,
Que todas as igrejas juntem todo em doutrina e princípio relati-
o seu dinheiro; que estas coisas vos ao futuro, de acordo com o
a
sejam feitas a seu tempo, mas arbítrio moral que lhe dei, pa-
não às a pressas; e preparai to- ra que todo homem seja b res-
das as coisas com antecedência. ponsável por seus próprios pe-
73 E que sejam designados cados no dia do c juízo.
homens honrados, sim, homens 79 Portanto não é certo que
prudentes; e enviai-os para com- homem algum seja escravo de
prarem essas terras. outro.
74 E se as igrejas da região les- 80 E com este propósito estabe-
te, quando forem organizadas, leci a a Constituição deste país,
derem ouvidos a este conselho, pelas mãos de homens pruden-

68a D&C 58:56. b gee Liberdade, Responsável.


70a D&C 63:27–29. Livre. c gee Juízo Final.
72a Isa. 52:10–12. 78a gee Arbítrio. 80a 2 Né. 1:7–9;
75a Al. 5:37–39. b gee Prestar Contas, D&C 98:5–6.
77a gee Governo. Responsabilidade, gee Constituição.
Doutrina e Convênios 101:81–97 228
tes que levantei para este pro- 90 E em seu intenso desagra-
pósito; e redimi a terra pelo do e em sua ardente ira, a seu
b derramamento de sangue.
tempo, cortará os a mordomos
81 Ora, a que compararei os iníquos, infiéis e injustos e de-
filhos de Sião? Compará-los-ei signar-lhes-á sua porção entre
à a parábola da mulher e do juiz os hipócritas e b incrédulos.
injusto, porque os homens de- 91 Sim, nas trevas exteriores,
vem b orar sempre e não desfa- onde há a pranto e gemido e ran-
lecer, a qual diz — ger de dentes.
82 Havia, numa cidade, um 92 Orai, portanto, para que
juiz que não temia a Deus nem seus ouvidos se abram a vossos
respeitava os homens. clamores, para que eu possa ser
a
83 E havia naquela cidade misericordioso com eles, para
uma viúva e ela procurou-o, que estas coisas não lhes sobre-
dizendo: Vinga-me de meu ad- venham.
versário. 93 O que vos disse precisa
84 E por algum tempo ele não acontecer, para que homem al-
o fez, mas depois disse consigo: gum tenha a desculpa;
Ainda que não tema a Deus 94 Para que homens pruden-
nem respeite os homens, con- tes e governantes ouçam e com-
tudo, como esta viúva me im- preendam o que nunca haviam
a
portuna, vingá-la-ei para que considerado;
não me importune vindo aqui 95 Para que eu execute o meu
continuamente. ato, o meu a estranho ato, e exe-
85 Assim compararei os filhos cute a minha obra, a minha es-
de Sião. tranha obra, para que os ho-
86 Que insistam aos pés do mens b discirnam os retos dos
juiz; iníquos, diz vosso Deus.
87 E se ele não lhes der ouvi- 96 E também vos digo: É con-
dos, que insistam aos pés do trário a meu mandamento e a
governador; minha vontade que meu servo
88 E se o governador não lhes Sidney Gilbert venda a meus
der ouvidos, que insistam aos inimigos meu a armazém que de-
pés do presidente; signei para meu povo.
89 E se o presidente não lhes 97 Que o que designei não seja
der ouvidos, o Senhor se er- profanado por meus inimigos
guerá e sairá de seu a esconderijo com o consentimento daqueles
e, em sua fúria, afligirá a nação; que a levam meu nome;

80b 1 Né. 13:13–19. gee Incredulidade. 3 Né. 20:45; 21:8.


81a Lc. 18:1–8. 91a Mt. 25:30; 95a Isa. 28:21; D&C 95:4.
b gee Oração. D&C 19:5; 29:15–17; b Mal. 3:18.
89a Isa. 45:15; 124:8. gee Discernimento,
D&C 121:1, 4; 123:6. 92a gee Misericórdia, Dom de.
90a gee Mordomia, Misericordioso. 96a gee Armazém.
Mordomo. 93a Rom. 1:18–21. 97a D&C 103:4;
b Apoc. 21:8. 94a Isa. 52:15; 112:25–26; 125:2.
229 Doutrina e Convênios 101:98–102:4
98 Porque esse é um sério e não se lhes permita ali habitar.
grave pecado contra mim e con- 100 Contudo, não digo que lá
tra meu povo, em conseqüência não habitarão; porque se pro-
das coisas que decretei e que lo- duzirem frutos e obras dignos
go cairão sobre as nações. de meu reino, ali habitarão.
99 Portanto é minha vontade 101 Edificarão e outros não
a
que meu povo reivindique e herdarão; plantarão vinhas e
mantenha seus direitos sobre comerão de seu fruto. Assim
o que lhes designei, embora seja. Amém.

SEÇÃO 102
Ata da organização do primeiro sumo conselho da Igreja, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 17 de fevereiro de 1834 ( History of Church 2:28–
31). A ata original foi lavrada pelos Élderes Oliver Cowdery e Orson
Hyde. Dois dias depois, a ata foi corrigida pelo Profeta, lida para o sumo
conselho e aceita pelo conselho. Os versículos 30 a 32, referentes ao Con-
selho dos Doze Apóstolos, foram acrescentados pelo Profeta Joseph Smith
em 1835 quando preparava esta seção para publicação em Doutrina e
Convênios.

1–8, É designado um sumo conse- pósito de resolver as dificulda-


lho para resolver as dificuldades im- des importantes que surgissem
portantes que surgissem na Igreja; na igreja e que não pudessem
9–18, Estabelecem-se procedimen- ser resolvidas pela igreja ou pe-
tos para exame de casos; 19–23, O lo a conselho do bispo a conten-
presidente do conselho transmite a to dos interessados.
decisão; 24–34, Estabelece-se o pro- 3 Joseph Smith Júnior, Sidney
cedimento de apelação. Rigdon e Frederick G. Williams
foram aceitos como presiden-

N ESTE dia reuniu-se um


conselho geral de vinte e
quatro sumos sacerdotes na ca-
tes pelo voto do conselho;
e Joseph Smith Sênior, John
Smith, Joseph Coe, John John-
sa de Joseph Smith Júnior, por son, Martin Harris, John S. Car-
revelação, e procedeu à organi- ter, Jared Carter, Oliver Cow-
zação do a sumo conselho da dery, Samuel H. Smith, Orson
igreja de Cristo, o qual consisti- Hyde, Sylvester Smith e Luke
ria em doze sumos sacerdotes e Johnson, sumos sacerdotes, fo-
um ou três presidentes, confor- ram escolhidos pelo voto unâni-
me o caso exigisse. me do conselho para formar um
2 O sumo conselho foi desig- conselho permanente na igreja.
nado por revelação com o pro- 4 Aos conselheiros acima men-

101 aIsa. 65:21–22. 102 1a gee Sumo 2a D&C 107:72–74.


gee Milênio. Conselho.
Doutrina e Convênios 102:5–14 230
cionados perguntou-se então se também o presidente do conse-
aceitavam a designação e se agi- lho, é designado por a revelação
riam nesse chamado de acordo e b reconhecido em sua adminis-
com a lei do céu, ao que todos tração pela voz da igreja.
responderam que aceitavam a 10 E está de acordo com a dig-
designação e que agiriam no nidade de seu chamado presi-
chamado de acordo com a graça dir o conselho da igreja, tendo
de Deus a eles conferida. ele o privilégio de ser assistido
5 O número dos que compu- por outros dois presidentes, de-
nham o conselho, que em nome signados do mesmo modo que
da igreja e pela igreja votaram ele foi designado.
para a escolha dos conselheiros 11 E em caso de ausência de
acima mencionados, era qua- um ou de ambos os que tiverem
renta e três, como se segue: no- sido designados para assisti-lo,
ve sumos sacerdotes, dezessete ele terá poder para presidir o
élderes, quatro sacerdotes e tre- conselho sem um assistente; e
ze membros. em caso de ele próprio estar au-
6 Votou-se: Que o sumo con- sente, os outros presidentes,
selho não tem poder para agir ambos ou um deles, terão po-
sem a presença de sete dos con- der para presidir em seu lugar.
selheiros acima mencionados 12 Quando um sumo conselho
ou seus sucessores devidamen- da igreja de Cristo for devida-
te designados. mente organizado, de acordo
7 Estes sete terão poder para com o modelo precedente, será
designar outros sumos sacer- dever dos doze conselheiros,
dotes que considerarem dignos sorteando números, decidir qual
e capazes de agir em lugar de dos doze falará primeiro, co-
conselheiros ausentes. meçando com o número um e
8 Votou-se: Que quando ocor- assim por diante até o número
rer uma vaga por morte, re- doze.
moção do cargo devido a trans- 13 Sempre que este conselho
gressão ou mudança para fora se reunir para decidir qualquer
dos limites do governo desta caso, os doze conselheiros de-
igreja de qualquer um dos con- verão considerar se é um caso
selheiros acima mencionados, difícil ou não; se não for, ape-
a vaga será preenchida por in- nas dois conselheiros falarão
dicação do presidente ou pre- sobre ele, de acordo com a for-
sidentes e sancionada pelo vo- ma descrita acima.
to de um conselho geral de 14 Mas se acharem que é difí-
sumos sacerdotes, reunidos com cil, designar-se-ão quatro; e se
esse fim para agir em nome da mais difícil ainda, seis; mas em
igreja. caso algum serão designados
9 O presidente da igreja, que é mais que seis para falar.

9 a gee Revelação. b gee Apoio aos Líderes da Igreja.


231 Doutrina e Convênios 102:15–27
15 O acusado, em todos os ca- dosa audiência, alguma luz for
sos, tem direito ao apoio da adicionada ao caso, a decisão
metade do conselho, para evi- será alterada de acordo com es-
tarem-se insultos ou injustiças. sa luz.
16 E os conselheiros designa- 22 Se nenhuma luz, porém, for
dos para falar perante o conse- adicionada, a primeira decisão
lho devem apresentar o caso prevalecerá, tendo a maioria
após o exame das evidências, do conselho poder para deter-
em sua verdadeira luz; e todo miná-la.
homem deverá falar com eqüi- 23 Em caso de dificuldade com
dade e a justiça. respeito a a doutrina ou princí-
17 Os conselheiros que sortea- pio, se não houver material es-
rem os números pares, isto é, 2, crito suficiente para tornar cla-
4, 6, 8, 10 e 12 são os que deve- ro o caso na mente do conselho,
rão defender o acusado e evitar o presidente poderá consultar
insultos e injustiças. e obter a vontade do Senhor por
b
18 Em todos os casos, o acusa- revelação.
dor e o acusado terão o privilé- 24 Os sumos sacerdotes, quan-
gio de falar por si mesmos dian- do estiverem fora, terão poder
te do conselho, depois que as para convocar e organizar um
evidências tiverem sido ouvidas conselho segundo o modelo
e os conselheiros designados pa- acima, para resolver dificulda-
ra falar sobre o caso tiverem ter- des quando ambas as partes,
minado seus comentários. ou uma delas, solicitarem.
19 Depois que as evidências 25 E esse conselho de sumos
forem ouvidas e os conselhei- sacerdotes terá poder para de-
ros, o acusador e o acusado ti- signar um de seus próprios
verem falado, o presidente apre- membros para presidir tal con-
sentará uma decisão segundo selho interinamente.
a compreensão que tiver do 26 Será dever desse conselho
caso e pedirá aos doze conse- enviar imediatamente uma có-
lheiros que a sancionem com pia da ata, com um relatório
seu voto. completo dos testemunhos apre-
20 Mas se os outros conse- sentados, acompanhando suas
lheiros que não tiverem falado, decisões, ao sumo conselho da
ou qualquer um deles, depois sede da Primeira Presidência
de ouvir imparcialmente as da Igreja.
evidências e os argumentos, 27 Se ambas as partes, ou uma
descobrirem um erro na deci- delas, não estiverem satisfeitas
são do presidente, poderão ma- com a decisão do conselho, po-
nifestá-lo e o caso terá nova derão apelar ao sumo conselho
audiência. da sede da Primeira Presidên-
21 E se, depois de outra cuida- cia da Igreja e ter uma nova

16a gee Justiça. 23a Núm. 9:8. b gee Revelação.


Doutrina e Convênios 102:28–34 232
audiência, quando o caso será dades gerais da igreja em caso
tratado de acordo com o pri- de transgressão.
meiro modelo escrito, como 33 Resolveu-se: Que o presi-
se tal decisão não tivesse sido dente ou presidentes da sede
tomada. da Primeira Presidência da
28 Este conselho de sumos sa- Igreja terão poder para deter-
cerdotes em outros locais só de- minar se qualquer desses casos
verá ser convocado nos casos em que haja apelação tem di-
mais a difíceis relacionados a as- reito a nova audiência, depois
suntos da igreja; e nenhum caso de examinar a apelação e as
comum ou trivial será suficiente evidências e declarações que o
para convocar tal conselho. acompanham.
29 Os sumos sacerdotes via- 34 Os doze conselheiros então
jantes ou residentes em outros lançaram a sorte ou votos para
locais têm poder para decidir determinar quem deveria falar
se é ou não necessário convocar primeiro e o resultado foi o se-
um conselho. guinte: 1, Oliver Cowdery; 2, Jo-
30 Há uma distinção entre o seph Coe; 3, Samuel H. Smith;
sumo conselho ou os sumos 4, Luke Johnson; 5, John S. Car-
sacerdotes viajantes que esti- ter; 6, Sylvester Smith; 7, John
verem fora e o a sumo conselho Johnson; 8, Orson Hyde; 9, Ja-
viajante composto dos doze red Carter; 10, Joseph Smith Sê-
b
apóstolos, em suas decisões. nior; 11, John Smith; 12, Martin
31 Da decisão do primeiro po- Harris. Depois da oração, en-
de-se apelar; mas da decisão do cerrou-se a conferência.
último, não. Oliver Cowdery,
32 O último pode apenas ser Orson Hyde,
chamado a juízo pelas autori- Secretários

SEÇÃO 103
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 24 de fevereiro de 1834 ( History of the Church
2:36–39). Esta revelação foi recebida após a chegada de Parley P. Pratt e
Lyman Wight a Kirtland, que haviam vindo do Estado de Missouri para
conversar com o Profeta a respeito da ajuda aos santos e da devolução de
suas terras no Condado de Jackson.

1–4, Por que o Senhor permitiu redenção de Sião virá por meio de
que os santos do Condado de poder e o Senhor irá adiante de seu
Jackson fossem perseguidos; 5–10, povo; 21 – 28, Os santos devem
Os santos prevalecerão se guarda- reunir-se em Sião e os que perde-
rem os mandamentos; 11–20, A rem a vida tornarão a achá-la; 29–
28a D&C 107:78. 35–38.
30a D&C 107:23–24, b gee Apóstolo.
233 Doutrina e Convênios 103:1–13
40, Chamam-se vários irmãos para eles começarão a prevalecer con-
organizarem o Acampamento de tra meus inimigos a partir des-
Sião e para irem a Sião; promete- te exato momento.
se-lhes a vitória, se forem fiéis. 7 E tendo o cuidado de a cum-
prir todas as palavras que eu, o

E M verdade vos digo, meus


amigos: Eis que vos darei
uma revelação e mandamento,
Senhor seu Deus, lhes disser,
jamais deixarão de prevalecer,
até que os b reinos do mundo se-
para que saibais a agir no de- jam subjugados sob meus pés e
sempenho de vossos deveres a Terra seja c dada aos d santos a
referentes à salvação e b reden- fim de que a e possuam para to-
ção de vossos irmãos que foram do o sempre.
dispersos na terra de Sião; 8 Mas se não a guardarem meus
2 Tendo sido a expulsos e feri- mandamentos e não tiverem o
dos pelas mãos de meus inimi- cuidado de cumprir todas as
gos, sobre quem derramarei palavras minhas, os reinos do
minha ira sem medida, em meu mundo prevalecerão contra eles.
próprio tempo. 9 Pois foram designados para
3 Pois até agora os tenho tolera- serem uma a luz para o mundo e
do, para que a enchessem a me- salvadores de homens;
dida de suas iniqüidades, para 10 E se não forem salvadores
que se enchesse o seu cálice; de homens, serão como o a sal
4 E para que os que chamam a que perdeu o sabor e, daí em
si próprios pelo meu nome fos- diante, para nada mais presta
sem a castigados por algum tem- senão para ser lançado fora e
po com um castigo severo e do- pisado pelos homens.
loroso, por não terem, de forma 11 Mas em verdade vos digo:
alguma, b atendido aos preceitos Decretei que vossos irmãos que
e mandamentos que lhes dei. foram dispersos retornem às
a
5 Mas em verdade vos digo terras de sua herança e edifi-
que decretei um decreto que quem os lugares desolados de
meu povo executará se atender, Sião.
de agora em diante, aos a conse- 12 Pois, após a muita tribulação,
lhos que eu, o Senhor seu Deus, como vos disse num manda-
lhe darei. mento anterior, vem a bênção.
6 Eis que, porque o decretei, 13 Eis que esta é a bênção que

103 1a D&C 43:8. 5 a gee Aconselhar, e D&C 38:20.


b D&C 101:43–62. Conselho. 8 a Mos. 1:13;
2a D&C 101:1; 109:47. 7 a D&C 35:24. D&C 82:10.
3a Al. 14:10–11; 60:13. gee Obedecer, 9 a 1 Né. 21:6.
4a D&C 95:1. Obediência, 10a Mt. 5:13–16;
gee Castigar, Obediente. D&C 101:39–40.
Castigo, Corrigir, b Dan. 2:44. 11a D&C 101:18.
Repreender. c Dan. 7:27. 12a Apoc. 7:13–14;
b D&C 101:2; 105:2–6. d gee Santo. D&C 58:4; 112:13.
Doutrina e Convênios 103:14–27 234
vos prometi depois de vossas vos digo que meu servo Joseph
tribulações e das tribulações Smith Júnior, é o a homem a
de vossos irmãos — vossa re- quem comparei o servo com
denção e a redenção de vossos quem falou o Senhor da b vinha,
irmãos, sim, sua volta à terra na parábola que vos dei.
de Sião, para que se estabe- 22 Portanto, que meu servo
leçam a fim de não mais serem Joseph Smith Júnior diga à
a
derrubados. força de minha casa, meus
14 Contudo, se profanarem jovens e os homens de meia
suas heranças, serão derruba- idade: Reuni-vos na terra de
dos; porque não os pouparei se Sião, na terra que comprei com
desonrarem suas heranças. dinheiro que me foi consagrado.
15 Eis que vos digo que a re- 23 E que todas as igrejas en-
denção de Sião precisa vir por viem homens prudentes com
poder; o dinheiro arrecadado, a fim
16 Portanto suscitarei um ho- de a comprar terras, como lhes
mem para meu povo, que o ordenei.
guiará como a Moisés guiou os 24 E se meus inimigos vos ata-
filhos de Israel. carem para vos expulsarem de
17 Pois sois os filhos de Israel minha boa a terra, que consa-
e da a semente de Abraão; e ne- grei para ser a terra de Sião, e
cessário é que sejais tirados da também de vossas próprias ter-
escravidão por meio de poder e ras, após estes testemunhos que
com um braço estendido. trouxestes perante mim contra
18 E assim como vossos pais eles, amaldiçoá-los-eis;
foram guiados no princípio, as- 25 E quem amaldiçoardes, eu
sim será a redenção de Sião. amaldiçoarei; e vingar-me-eis
19 Portanto, que não desfaleça de meus inimigos.
vosso coração, pois não vos digo 26 E minha presença estará
como disse a vossos pais: Meu convosco quando me a vingar-
a
anjo irá adiante de vós, mas des de meus inimigos, até a ter-
não minha b presença. ceira e quarta geração dos que
20 Mas digo-vos: Meus a anjos me odeiam.
irão adiante de vós e também 27 Que nenhum homem tenha
minha presença; e, dentro de medo de perder sua vida por
algum tempo, b possuireis a boa minha causa; porque aquele
terra. que a perder a vida por minha
21 Em verdade, em verdade causa tornará a achá-la.

16a Êx. 3:2–10; 20a Êx. 14:19–20. 57:5–7; 58:49–51;


D&C 107:91–92. b D&C 100:13. 101:68–74.
gee Moisés. 21a D&C 101:55–58. 24a D&C 29:7–8;
17a gee Abraão— b gee Vinha do 45:64–66; 57:1–2.
Semente de Abraão; Senhor. 26a D&C 97:22.
Convênio Abraâmico. 22a D&C 35:13–14; 27a Mt. 10:39; Lc. 9:24;
19a gee Anjos. 105:16, 29–30. D&C 98:13–15;
b D&C 84:18–24. 23a D&C 42:35–36; 124:54.
235 Doutrina e Convênios 103:28–40
28 E aquele que não estiver até que tenhais conseguido cem
disposto a perder a vida por da força de minha casa para
minha causa não é meu discí- subirem convosco à terra de
pulo. Sião.
29 É minha vontade que meu 35 Portanto, como vos disse,
servo a Sidney Rigdon eleve sua pedi e recebereis; orai fervoro-
voz nas congregações das re- samente para que, talvez, meu
giões do leste, preparando as servo Joseph Smith Júnior pos-
igrejas para guardarem os man- sa ir convosco, a fim de presidir
damentos que lhes dei concer- no meio de meu povo e organi-
nentes à restauração e à reden- zar meu reino na terra a consa-
ção de Sião. grada e estabelecer os filhos de
30 É minha vontade que meu Sião sobre as leis e mandamen-
servo a Parley P. Pratt e meu ser- tos que vos foram e que vos
vo Lyman Wight não regressem serão dados.
à terra de seus irmãos até que 36 Toda vitória e toda glória
hajam conseguido grupos para ser-vos-ão manifestadas por
subirem à terra de Sião, em nú- meio de vossa a diligência, fide-
mero de dez ou de vinte ou de lidade e b orações de fé.
cinqüenta ou de cem, até atin- 37 Que meu servo Parley P.
gir os quinhentos da b força de Pratt viaje com meu servo
minha casa. Joseph Smith Júnior.
31 Eis que essa é minha von- 38 Que meu servo Lyman
tade; pedi e recebereis; mas Wight viaje com meu servo
os homens a nem sempre fazem Sidney Rigdon.
minha vontade. 39 Que meu servo Hyrum
32 Portanto, se não conseguir- Smith viaje com meu servo Fre-
des quinhentos, procurai dili- derick G. Williams.
gentemente para que, talvez, 40 Que meu servo Orson Hyde
consigais trezentos. viaje com meu servo Orson
33 E se não conseguirdes tre- Pratt, para onde quer que meu
zentos, procurai diligentemente servo Joseph Smith Júnior os
para que, talvez, consigais cem. aconselhe, para cumprimento
34 Mas em verdade vos digo: destes mandamentos que vos
Um mandamento vos dou, de dei; e deixai o restante em mi-
que não subais à terra de Sião nhas mãos. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 104
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em 23 de abril de 1834, a
respeito da ordem unida, ou seja, a ordem da Igreja para benefício dos
pobres ( History of the Church 2:54–60). Naquela ocasião realizava-se

29a gee Rigdon, Sidney. b D&C 101:55. 36a gee Diligência.


30a gee Pratt, Parley 31a D&C 82:10. b D&C 104:79–82.
Parker. 35a D&C 84:31.
Doutrina e Convênios 104:1–9 236

uma reunião de conselho da Primeira Presidência e outros sumos sacer-


dotes, na qual foram consideradas as prementes necessidades materiais
do povo. A ordem unida de Kirtland seria temporariamente dissolvida e
depois reorganizada; e as propriedades consideradas mordomias seriam
divididas entre os membros da ordem.

1–10, Os santos que transgredirem 3 Mas, por não terem sido fiéis,
a ordem unida serão amaldiçoados; estavam às portas da maldição.
11–16, O Senhor supre a seus san- 4 Contudo, sendo que alguns
tos a sua maneira; 17–18, A lei do de meus servos não guardaram
evangelho rege a assistência aos po- o mandamento, mas quebraram
bres; 19–46, Designam-se as mor- o convênio por a cobiça e com
domias e bênçãos de vários irmãos; palavras falsas, amaldiçoei-os
47–53, A ordem unida em Kirt- com uma maldição severa e
land e a ordem em Sião devem ope- dolorosa.
rar separadamente; 54–66, Esta- 5 Porque eu, o Senhor, decretei
belece-se a tesouraria do Senhor pa- em meu coração que, se qual-
ra a impressão das escrituras; 67– quer homem que pertencer à
77, A tesouraria geral da ordem ordem for considerado trans-
unida deve operar com base no co- gressor, ou, em outras pala-
mum acordo; 78–86, Os que esti- vras, quebrar o convênio com
verem na ordem unida devem pa- que estais comprometidos, será
gar todas as suas dívidas e o Senhor amaldiçoado na vida e será pi-
livrá-los-á da servidão econômica. sado por quem eu desejar;
6 Pois eu, o Senhor, não se-

E M verdade vos digo, meus


amigos: Dou-vos um conse-
lho e um mandamento concer-
rei a escarnecido quanto a estas
coisas —
7 E tudo isto para que os ino-
nente a todas as propriedades centes dentre vós não sejam
que pertencem à ordem que condenados com os injustos; e
mandei organizar e estabele- para que os culpados dentre
cer, a fim de ser uma a ordem vós não escapem; porque eu, o
unida e uma ordem eterna para Senhor, vos prometi uma a co-
o benefício de minha igreja e roa de glória a minha direita.
para a salvação dos homens até 8 Portanto, se fordes considera-
que eu venha — dos transgressores, não podereis
2 Com a promessa imutável e escapar a minha ira nesta vida.
inalterável de que, se fossem 9 Se fordes a expulsos por trans-
fiéis, aqueles que mandei seriam gressão, não podereis escapar
abençoados com uma multipli- às b bofetadas de c Satanás até o
cidade de bênçãos; dia da redenção.

104 1a D&C 78:3–15. 6 a Gál. 6:7–9. 9 a gee Excomunhão.


gee Ordem Unida. 7 a Isa. 62:3; D&C 76:56. b D&C 82:21.
4 a gee Cobiçar. gee Glória. c gee Diabo.
237 Doutrina e Convênios 104:10–23
10 E agora vos dou poder, a há bastante e de sobra; sim,
partir deste exato momento, ca- preparei todas as coisas e per-
so qualquer homem dentre vós, miti que os filhos dos homens
que pertença à ordem, seja con- fossem seus próprios b árbitros.
siderado transgressor e não se 18 Portanto, se algum homem
arrependa do mal, para entre- tomar da a abundância que fiz
gá-lo às bofetadas de Satanás; e não repartir sua porção com
e ele não terá poder para vos os b pobres e os necessitados, de
a
causar mal. acordo com a c lei de meu evan-
11 Isto é minha sabedoria; por- gelho, ele, com os iníquos, er-
tanto dou-vos o mandamento de guerá seus olhos no d inferno,
que vos organizeis e designeis estando em tormento.
a todo homem sua a mordomia; 19 E agora, em verdade vos di-
12 Para que todo homem me go, com respeito às proprieda-
preste contas da mordomia que des da a ordem:
lhe for designada. 20 Que a meu servo Sidney
13 Porque é conveniente que Rigdon sejam designados o
eu, o Senhor, faça cada homem lugar em que agora reside e o
a
responsável como b mordomo terreno do curtume como sua
de bênçãos terrenas que fiz e mordomia, para seu sustento
preparei para minhas criaturas. enquanto estiver trabalhando
14 Eu, o Senhor, estendi os céus na minha vinha, de acordo com
e a formei a Terra, b obra de mi- minha vontade, quando eu lhe
nhas mãos; e todas as coisas ordenar.
que neles há são minhas. 21 E que todas as coisas sejam
15 E é meu propósito suprir a feitas de acordo com o conselho
meus santos, pois todas as coi- da ordem e pelo consentimento
sas são minhas. ou voto unânime da ordem ra-
16 Mas é necessário que seja dicada na terra de Kirtland.
feito a meu a modo; e eis que es- 22 E esta mordomia e bênção,
te é o modo que eu, o Senhor, eu, o Senhor, confiro a meu ser-
decretei para suprir meus san- vo Sidney Rigdon como bênção
tos, para que os b pobres sejam para ele e para sua semente de-
aumentados naquilo que os ri- pois dele.
cos são diminuídos. 23 E multiplicarei suas bênçãos
17 Pois a a Terra está repleta e se for humilde perante mim.

10a D&C 109:25–27. gee Criação, Criar. b gee Arbítrio.


11a D&C 42:32. b Salm. 19:1; 24:1. 18a Lc. 3:11;
gee Mordomia, 16a D&C 105:5. Tg. 2:15–16.
Mordomo. gee Bem-Estar. b D&C 42:30.
13a gee Prestar Contas, b I Sam. 2:7–8; c Prov. 14:21;
Responsabilidade, Lc. 1:51–53; Mos. 4:26;
Responsável. D&C 88:17. D&C 52:40.
b D&C 72:3–5, 16–22. 17a D&C 59:16–20. d Lc. 16:20–31.
14a Isa. 42:5; 45:12. gee Terra. 19a gee Ordem Unida.
Doutrina e Convênios 104:24–41 238
24 E também, que a meu servo John Johnson receba a casa em
Martin Harris e a sua semente que reside e a herança — tudo,
depois dele seja designado, co- exceto a terra reservada para a
a
mo sua mordomia, o terreno construção de minhas casas,
que meu servo John Johnson que pertence a essa herança, e
obteve em troca de sua herança os terrenos designados para
anterior; meu servo Oliver Cowdery.
25 E, se ele for fiel, multiplica- 35 E, se for fiel, multiplicarei
rei suas bênçãos e as de sua se- suas bênçãos.
mente depois dele. 36 E é minha vontade que ele
26 E que meu servo Martin venda os terrenos demarcados
Harris dedique seu dinheiro à para a edificação da cidade de
proclamação de minhas pala- meus santos, conforme lhe for
vras, de acordo com o que meu dado saber pela a voz do Espírito
servo Joseph Smith Júnior ins- e segundo o conselho da ordem
truir. e pelo voto da ordem.
27 E também, que meu servo 37 E este é o princípio da mor-
Frederick G. Williams receba o domia que lhe designei, como
lugar em que agora reside. bênção para ele e sua semente
28 E que meu servo Oliver depois dele.
Cowdery receba o terreno vizi- 38 E, se for fiel, derramarei so-
nho à casa designada para ser a bre ele uma multiplicidade de
tipografia, que é o lote número bênçãos.
um; e também o terreno em que 39 E também que a meu servo
a
reside seu pai. Newel K. Whitney sejam de-
29 E que meus servos Frederick signadas as casas e o terreno
G. Williams e Oliver Cowdery onde agora reside e o terreno e
recebam a tipografia e todas as o edifício em que se encontra o
coisas pertencentes a ela. estabelecimento mercantil, as-
30 E esta é a mordomia que sim como o lote da esquina ao
lhes será designada. sul do estabelecimento mercan-
31 E, se forem fiéis, eis que os til e também o terreno onde es-
abençoarei e multiplicarei suas tá situada a fábrica de potassa.
bênçãos. 40 E tudo isto designei como a
32 E este é o princípio da mor- mordomia de meu servo Newel
domia que lhes designei — para K. Whitney, como uma bênção
eles e para sua semente depois para ele e sua semente depois
deles. dele, em benefício do estabele-
33 E, se forem fiéis, multiplica- cimento mercantil da minha
rei suas bênçãos e as de sua se- ordem, que estabeleci para ser
mente depois deles, sim, uma minha estaca na terra de Kirt-
multiplicidade de bênçãos. land.
34 E também que meu servo 41 Sim, em verdade esta é a

34a D&C 94:3, 10. 39a gee Whitney,


36a gee Revelação. Newel K.
239 Doutrina e Convênios 104:42–56
mordomia que designei para irmãos, depois de se organiza-
meu servo N. K. Whitney, sim, rem, serão chamados de Or-
todo este estabelecimento mer- dem Unida da Cidade de Sião.
cantil, para ele e seu a agente e 49 E organizar-se-ão em seus
sua semente depois dele. próprios nomes e em nome da
42 E, se for fiel na obediência ordem; e cuidarão de seus ne-
aos mandamentos que lhe dei, gócios em nome da ordem e em
multiplicarei suas bênçãos e as seus próprios nomes;
de sua semente depois dele, 50 E fareis vossos negócios em
sim, uma multiplicidade de nome da ordem e em vosso pró-
bênçãos. prio nome.
43 E também, que seja desig- 51 E isto mandei que se fizesse
nado a meu servo Joseph Smith para vossa salvação e também
Júnior o terreno que foi demar- para a salvação deles, em con-
cado para a construção de mi- seqüência de sua a expulsão e
nha casa, o qual mede quarenta do que está para vir.
varas de comprimento por doze 52 Havendo-se quebrado os
a
de largura, assim como a heran- convênios por transgressão,
b
ça onde agora reside seu pai; cobiça e palavras enganosas —
44 E este é o princípio da mor- 53 Portanto a ordem unida com
domia que lhe designei, como vossos irmãos está dissolvida,
bênção para ele e para seu pai. de modo que não estareis liga-
45 Pois eis que reservei uma dos a eles, a partir deste mo-
herança para o sustento de seu mento, a não ser do modo que
a
pai; portanto ele será conta- determinei, por meio de em-
do com a casa de meu servo préstimos, conforme decisão
Joseph Smith Júnior. dessa ordem em conselho, se-
46 E multiplicarei as bênçãos gundo permitirem vossas con-
da casa de meu servo Joseph dições e o voto do conselho
Smith Júnior, se for fiel, sim, indicar.
uma multiplicidade de bênçãos. 54 E também vos dou um man-
47 E agora vos dou um manda- damento concernente às mordo-
mento concernente a Sião, para mias que vos designei.
que já não estejais ligados como 55 Eis que todas estas proprie-
ordem unida a vossos irmãos dades são minhas; do contrário
de Sião, a não ser deste modo: vossa fé é vã e sois considera-
48 Depois de estardes organi- dos hipócritas; e os convênios
zados, sereis chamados de Or- que fizestes comigo estão que-
dem Unida da a Estaca de Sião, brados;
da cidade de Kirtland. E vossos 56 E se as propriedades são

41a D&C 84:112–113. 48a D&C 82:13; 94:1; 52a gee Convênio.
45a D&C 90:20. 109:59. b gee Cobiçar.
gee Smith, Joseph, gee Estaca.
Sênior. 51a D&C 109:47.
Doutrina e Convênios 104:57–70 240
minhas, então sois a mordomos; das na tesouraria e pôr-se-á um
caso contrário, não sois mordo- selo sobre ela; e por ninguém
mos. será usada nem retirada da te-
57 Mas em verdade vos digo: souraria nem se soltará o selo
Designei-vos para serdes mor- que lhe será colocado, a não ser
domos da minha casa, sim, ver- pelo voto da ordem ou por
dadeiramente mordomos. mandamento.
58 E por esta razão mandei 65 E assim conservareis a re-
que vos organizásseis, sim, pa- ceita das coisas sagradas na
ra imprimirdes a minhas pala- tesouraria, para propósitos sa-
vras, a plenitude de minhas es- crossantos.
crituras, as revelações que vos 66 E esta será chamada de te-
dei e que daqui em diante vos souraria sagrada do Senhor; e
darei de tempos em tempos — manter-se-á um selo sobre ela,
59 Com o propósito de edifi- para que seja santa e consagra-
car minha igreja e reino na Terra da ao Senhor.
e de preparar meu povo para a 67 E também será preparada
a
época, que está próxima, em uma outra tesouraria e um te-
que b habitarei com eles. soureiro será designado como
60 E preparareis para vós um encarregado dela; e sobre ela
lugar para a tesouraria e consa- pôr-se-á um selo;
grá-lo-eis ao meu nome. 68 E todos os dinheiros que re-
61 E designareis um dentre vós ceberdes em vossa mordomia,
para manter a tesouraria e ele provenientes dos melhoramen-
será ordenado para esta bênção. tos que fizerdes nas proprieda-
62 E haverá um selo sobre a des que vos designei, sejam ca-
tesouraria e todas as coisas sa- sas, terras, animais, ou qualquer
gradas serão depositadas na te- outra coisa, com exceção dos es-
souraria; e homem algum den- critos santos e sagrados que pa-
tre vós a reivindicará, nem mes- ra mim reservei com propósitos
mo em parte, porque pertencerá sacrossantos, serão depositados
a todos vós de comum acordo. na tesouraria logo que os rece-
63 E a partir deste momento berdes, sejam cem ou cinqüenta
vo-la dou; e agora, procurai fa- ou vinte ou dez ou cinco.
zer uso da mordomia que vos 69 Ou, em outras palavras, se
designei, excluindo-se as coi- qualquer homem dentre vós ob-
sas sagradas, com o propósito tiver cinco dólares, que os de-
de imprimir estas coisas sagra- posite na tesouraria; ou, se ob-
das como eu disse. tiver dez ou vinte ou cinqüenta
64 E manter-se-á a a receita ou cem, que faça o mesmo;
proveniente das coisas sagra- 70 E que ninguém dentre vós

56a gee Mordomia, Joseph Smith (tjs). 29:9–11.


Mordomo. 59a gee Milênio. 64a ie lucros ou renda.
58a gee Tradução de b D&C 1:35–36;
241 Doutrina e Convênios 104:71–86
diga que lhe pertencem, porque digo com respeito a vossas dí-
não serão considerados seus, vidas: Eis que é minha vontade
nem mesmo em parte. que a pagueis todas as vossas
b
71 E parte alguma deles será dívidas.
usada nem retirada da tesoura- 79 E é minha vontade que vos
a
ria, a não ser pelo voto e co- humilheis perante mim e al-
mum acordo da ordem. canceis essa bênção por vossa
b
72 E este será o voto e o co- diligência e humildade e pela
mum acordo da ordem: Quan- oração da fé.
do qualquer homem dentre vós 80 E se fordes diligentes e hu-
disser ao tesoureiro: Preciso mildes e exercitardes a a oração
disto para ajudar-me em minha da fé, eis que abrandarei o
mordomia — coração de vossos credores até
73 Se forem cinco dólares ou eu vos enviar meios para libe-
dez dólares ou vinte ou cin- rar-vos.
qüenta ou cem, o tesoureiro lhe 81 Portanto escrevei rapida-
dará a soma requerida para mente a Nova York e escrevei
ajudá-lo em sua mordomia — conforme vos for ditado pelo
74 Até que ele seja considera- meu a Espírito; e abrandarei o
do um transgressor e até que se coração de vossos credores pa-
demonstre claramente perante ra que desistam de vos afligir.
o conselho da ordem ser ele um 82 E se fordes a humildes e
mordomo infiel e a imprudente. fiéis e invocardes meu nome,
75 Mas enquanto estiver em eis que vos darei a b vitória.
plena comunhão com a ordem 83 Faço-vos a promessa de que
e for fiel e prudente em sua desta vez sereis libertados de
mordomia, este será o sinal pa- vossa escravidão.
ra o tesoureiro de que não lho 84 Se tiverdes a oportunidade
deve negar. de tomar dinheiro emprestado
76 Mas em caso de transgres- por centenas ou milhares, até
são, o tesoureiro ficará sujeito ao tomardes emprestado o sufi-
conselho e ao voto da ordem. ciente para libertar-vos dessa
77 E no caso de o tesoureiro escravidão, podeis fazê-lo.
ser considerado um mordomo 85 E hipotecai, desta vez, as
infiel e imprudente, ele ficará propriedades que pus em vos-
sujeito ao conselho e ao voto da sas mãos, dando vosso nome
ordem e será removido de sua de comum acordo como bem
posição; e um a outro será de- vos parecer.
signado em seu lugar. 86 Dou-vos permissão esta vez;
78 E também, em verdade vos e eis que, se fizerdes as coisas

74a Lc. 16:1–12. 79a gee Humildade, 81a gee Espírito Santo.
77a D&C 107:99–100. Humilde, Humilhar. 82a Lc. 14:11;
78a D&C 42:54. b gee Diligência. D&C 67:10.
b gee Dívida. 80a Tg. 5:15. b D&C 103:36.
Doutrina e Convênios 105:1–7 242
que vos mostrei, segundo meus destruída, pois todas essas coi-
mandamentos, o mestre não sas são minhas e vós sois meus
consentirá que sua casa seja mordomos. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 105
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, no rio Fishing,
Estado de Missouri, em 22 de junho de 1834 ( History of the Church
2:108–111). A violência das turbas contra os santos de Missouri aumen-
tara e grupos organizados, de diversos condados, haviam declarado sua
intenção de destruir o povo. O Profeta viera de Kirtland, à frente do
grupo conhecido como Acampamento de Sião, trazendo roupas e provisões.
Enquanto este grupo estava acampado perto do rio Fishing, o Profeta
recebeu esta revelação.

1–5, Sião será construída em obe- por suas a transgressões, o meu


diência à lei celestial; 6–13, A re- povo, falando a respeito da igre-
denção de Sião é protelada por ja e não de indivíduos, já pode-
algum tempo; 14–19, O Senhor ria ter sido redimido.
lutará as batalhas de Sião; 20–26, 3 Mas eis que não aprenderam
Os santos devem ser prudentes e a ser obedientes às coisas que
não se vangloriar de grandes obras exigi de suas mãos, mas estão
quando se reúnem; 27–30, Devem cheios de toda sorte de malda-
ser compradas terras em Jackson e des e não a repartem seu susten-
nos condados vizinhos; 31–34, Os to com os pobres e aflitos den-
élderes devem receber uma inves- tre eles, como convém a santos;
tidura na casa do Senhor, em Kirt- 4 E não estão a unidos segundo
land; 35–37, Os santos que são a união exigida pela lei do rei-
chamados e escolhidos serão santi- no celestial;
ficados; 38–41, Os santos devem 5 E a Sião não pode ser edifica-
levantar um estandarte de paz pa- da a b não ser pelos princípios
ra o mundo. da c lei do reino celestial; de
outra forma, não posso recebê-la

E M verdade vos digo, a vós


que vos reunistes a fim de
conhecer minha vontade relati-
para mim mesmo.
6 E meu povo precisa ser a cor-
rigido até aprender b obediên-
va à a redenção de meu povo cia, ainda que seja pelas coisas
aflito — que sofre.
2 Eis que vos digo: Se não fosse 7 Não falo sobre os que são

105 1a D&C 100:13. 4a D&C 78:3–7. Castigo, Corrigir,


2 a D&C 104:4–5, 52. 5a gee Sião. Repreender.
3 a At. 5:1–11; b D&C 104:15–16. b gee Obedecer,
D&C 42:30. c D&C 88:22. Obediência,
gee Consagração— 6a D&C 95:1–2. Obediente.
Lei da Consagração. gee Castigar,
243 Doutrina e Convênios 105:8–21
designados para conduzir meu se num mandamento anterior,
povo, que são os a primeiros él- assim também farei — a lutarei
deres de minha igreja, porque vossas batalhas.
não estão todos sob esta conde- 15 Eis que enviei o a destruidor
nação; para destruir e assolar meus
8 Mas falo sobre minhas igre- inimigos; e em poucos anos
jas em outros lugares. Muitos já não existirão para profanar
há que dirão: Onde está o Deus minha herança e b blasfemar
deles? Eis que ele os livrará em meu nome nas terras que c con-
tempos de dificuldade ou não sagrei para a reunião de meus
subiremos a Sião e guardare- santos.
mos nosso dinheiro. 16 Eis que mandei meu servo
9 Portanto, em conseqüência Joseph Smith Júnior dizer à
das a transgressões de meu povo, a
força de minha casa, sim, meus
é conveniente para mim que guerreiros, meus jovens e os
meus élderes esperem um pou- homens de meia-idade, que se
co a redenção de Sião — reunissem para a redenção de
10 Para que estejam prepara- meu povo e derrubassem as
dos e para que meu povo seja torres de meus inimigos e dis-
ensinado mais perfeitamente e persassem seus b atalaias;
tenha experiência e conheça 17 Mas a força de minha casa
mais perfeitamente os seus a de- não deu ouvidos a minhas pa-
veres e as coisas que exijo de lavras.
suas mãos. 18 Mas, sendo que há alguns
11 E isso não poderá acontecer que deram ouvidos a minhas
até que meus a élderes sejam palavras, preparei uma bênção
b
investidos de poder do alto. e uma a investidura para eles,
12 Pois eis que preparei uma caso continuem fiéis.
grande investidura e bênção 19 Ouvi suas orações e aceita-
para a derramar sobre eles, se rei sua oferta; a mim convém
forem fiéis e perseverarem em que sejam trazidos até aqui pa-
humildade diante de mim. ra uma prova de sua a fé.
13 Portanto é conveniente pa- 20 E agora, em verdade vos
ra mim que meus élderes espe- digo: Dou-vos o mandamento
rem algum tempo pela reden- de que todos os que subiram
ção de Sião. até aqui e puderem permane-
14 Porque eis que não exijo de cer nas regiões circunvizinhas,
suas mãos que lutem as bata- que o façam;
lhas de Sião; porque, como dis- 21 E os que não puderem ficar,

7a D&C 20:2–3. 12a D&C 110. Blasfêmia.


9a D&C 103:4. 14a Jos. 10:12–14; c D&C 84:3–4; 103:35.
10a gee Dever. Isa. 49:25; 16 a D&C 101:55; 103:22, 30.
11a gee Élder. D&C 98:37. b gee Atalaia,
b D&C 38:32; 95:8. 15a D&C 1:13–14. Sentinela, Vigia.
gee Investidura, b D&C 112:24–26. 18 a D&C 110:8–10.
Investir. gee Blasfemar, 19 a gee Fé.
Doutrina e Convênios 105:22–32 244
que têm famílias no leste, que deres, a quem designei, tenham
permaneçam por algum tempo, tempo para reunir a força de
conforme o que meu servo minha casa;
Joseph lhes indicar; 28 E tenham enviado a homens
22 Pois aconselhá-lo-ei quanto prudentes para cumprir o que
a este assunto e todas as coisas ordenei concernente à b compra
que ele lhes declarar serão cum- de todas as terras que se pos-
pridas. sam comprar no Condado de
23 E que todo o meu povo que Jackson, bem como nos conda-
habita as regiões circunvizi- dos vizinhos.
nhas seja muito fiel e fervoroso 29 Pois é minha vontade que
e humilde perante mim; e não se comprem essas terras e que,
revelem as coisas que lhes re- depois de compradas, meus
velei, até que me pareça pru- santos as possuam de acordo
dente que sejam reveladas. com as leis de a consagração que
24 Não faleis de julgamentos dei.
nem vos a vanglorieis da fé ou 30 E depois que essas terras
de obras grandiosas, mas reu- forem compradas, considera-
ni-vos prudentemente, tanto rei inocentes os a exércitos de
quanto possível numa determi- Israel por tomarem posse de
nada região, considerando os suas próprias terras, as quais
sentimentos do povo; compraram previamente com
25 E eis que vos concederei fa- seu dinheiro; e por derruba-
vor e graça a seus olhos, para rem as torres de meus inimi-
que desfruteis a paz e segurança gos que nelas se encontrarem
enquanto dizeis ao povo: Prati- e por dispersarem suas senti-
cai juízo e justiça para conosco, nelas e por me b vingarem de
de acordo com a lei, e reparai meus inimigos até a terceira e
os agravos que sofremos. quarta geração daqueles que
26 Ora, eis que vos digo, meus me odeiam.
amigos: Deste modo encontra- 31 Mas, primeiro, que meu
reis favor aos olhos do povo, exército se torne muito nume-
até que o a exército de Israel se roso e que se a santifique pe-
torne muito numeroso. rante mim, para que se torne
27 E de tempos em tempos belo como o sol e claro como
abrandarei o coração do po- a b lua; e que seus estandartes
vo, como abrandei o coração sejam terríveis para todas as
do a Faraó, até que meu servo nações;
Joseph Smith Júnior e meus él- 32 Que os reinos deste mundo

24a D&C 84:73. b D&C 42:35–36. 101:55; 103:22, 26.


gee Orgulho. 29a D&C 42:30. b D&C 97:22.
25a gee Paz. gee Consagração— 31a gee Santificação.
26a Joel 2:11. Lei da Consagração; b Cant. 6:10;
27a Gên. 47:1–12. Ordem Unida. D&C 5:14; 109:73.
28a D&C 101:73. 30a D&C 35:13–14;
245 Doutrina e Convênios 105:33–106:2
sejam constrangidos a reconhe- quem são os a escolhidos; e eles
cer que o reino de Sião é, real- serão b santificados;
mente, o a reino de nosso Deus 37 E, caso sigam o a conselho
e seu Cristo; portanto b sujeite- que recebem, terão poder, de-
mo-nos a suas leis. pois de muitos dias, para reali-
33 Em verdade vos digo: É-me zar todas as coisas concernen-
conveniente que os primeiros tes a Sião.
élderes de minha igreja rece- 38 E também vos digo: Fazei
bam sua a investidura do alto um apelo de paz, não só ao po-
em minha casa, que mandei fos- vo que vos afligiu, mas tam-
se construída para o meu nome bém a todos os povos;
na terra de Kirtland. 39 E erguei um a estandarte de
b
34 E que os mandamentos que paz e proclamai a paz aos con-
dei com respeito a Sião e sua fins da Terra;
a
lei sejam executados e cumpri- 40 E fazei propostas de paz
dos após sua redenção. àqueles que vos afligiram, se-
35 Houve um dia de a chama- gundo a voz do Espírito que
do, mas chegada é a hora para está em vós; e a todas as coisas
um dia de escolha; e que se es- reverterão para o vosso bem.
colham os que forem b dignos. 41 Portanto sede fiéis; e eis
36 E será manifestado a meu que estarei a convosco até o fim.
servo, pela voz do Espírito, Assim seja. Amém.

SEÇÃO 106
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,
Estado de Ohio, em 25 de novembro de 1834 ( History of the Church
2:170–171). Esta revelação é dirigida a Warren A. Cowdery, um irmão
mais velho de Oliver Cowdery.

1–3, Warren A. Cowdery é chama-


do como oficial presidente local;
4–5, A Segunda Vinda não sur-
É MINHA vontade que meu
servo Warren A. Cowdery
seja designado e ordenado su-
preenderá os filhos da luz como mo sacerdote presidente da mi-
um ladrão; 6–8, Grandes bênçãos nha igreja na terra de a Freedom
acompanharão o serviço fiel na e nas regiões circunvizinhas;
Igreja. 2 E pregue meu evangelho
32a Apoc. 11:15. 35a gee Chamado, Conselho.
gee Reino de Deus Chamado por Deus, 39a gee Estandarte.
ou Reino do Céu. Chamar. b gee Paz.
b gee Governo. b gee Dignidade, 40a Rom. 8:28;
33a D&C 95:8–9. Digno. D&C 90:24; 100:15.
gee Investidura, 36a D&C 95:5. 41a Mt. 28:19–20.
Investir. gee Escolher, 106 1a ie a cidade de
34a ie D&C 42 é Escolhido (verbo). Freedom, Estado
conhecida como b gee Santificação. de Nova York, e
a “Lei”. 37a gee Aconselhar, cercanias.
Doutrina e Convênios 106:3–8 246
eterno e erga a voz e advirta o 6 E também, em verdade eu
povo, não apenas onde mora, vos digo: Houve alegria no céu
mas nos condados vizinhos; quando meu servo Warren se
3 E devote todo seu tempo a curvou diante de meu cetro e
este elevado e santo chamado se afastou das artimanhas dos
que agora lhe dou, a buscando homens;
zelosamente o b reino do céu e 7 Portanto abençoado é meu
sua justiça; e todas as coisas ne- servo Warren, pois terei mise-
cessárias lhe serão acrescenta- ricórdia dele; e, não obstante a
das, pois digno é o c obreiro de a
vaidade de seu coração, elevá-
seu salário. lo-ei, caso se humilhe perante
4 E também, em verdade vos mim.
digo: A a vinda do Senhor b apro- 8 E conceder-lhe-ei a graça e
xima-se e surpreenderá o mun- confiança para sustentar-se; e
do como um c ladrão na noite — se ele continuar sendo uma tes-
5 Portanto cingi vossos lom- temunha fiel e uma luz para a
bos, para que sejais os filhos da igreja, preparei-lhe uma coroa
a
luz; e esse dia não vos b sur- nas b mansões de meu Pai. As-
preenderá como um ladrão. sim seja. Amém.

SEÇÃO 107
Revelação sobre o sacerdócio, dada por intermédio de Joseph Smith, o
Profeta, em Kirtland, Estado de Ohio, em 28 de março de 1835 ( History
of the Church 2:209–217). Na data mencionada, os Doze reuniram-se
em conselho, confessando suas fraquezas e falhas individuais, expressan-
do seu arrependimento e pedindo instruções adicionais ao Senhor. Esta-
vam prestes a separar-se para missões em distritos designados. Embora
partes desta seção tenham sido recebidas na data mencionada, os regis-
tros históricos afirmam que várias partes foram recebidas em épocas di-
versas, algumas ainda em novembro de 1831.

1 – 6, Há dois sacerdócios: o de as ordenanças exteriores; 18–20,


Melquisedeque e o Aarônico; 7– O Sacerdócio de Melquisedeque
12, Os portadores do Sacerdócio possui as chaves de todas as bên-
de Melquisedeque têm poder para çãos espirituais; o Sacerdócio
oficiar em todos os ofícios da Igre- Aarônico possui as chaves do mi-
ja; 13–17, O bispado preside o Sa- nistério de anjos; 21–38, A Pri-
cerdócio Aarônico, que administra meira Presidência, os Doze e os

3 a Mt. 6:33. b gee Últimos Dias. 8 a gee Graça.


b gee Reino de Deus c I Tess. 5:2. b Jo. 14:2;
ou Reino do Céu. 5 a gee Luz, Luz Ét. 12:32–34;
c Mt. 10:10; de Cristo. D&C 59:2; 76:111;
D&C 31:5. b Apoc. 16:15. 81:6; 98:18.
4 a Tg. 5:8. 7 a gee Vaidade, Vão.
247 Doutrina e Convênios 107:1–12
Setenta constituem os quóruns 6 Há, porém, duas divisões ou
presidentes, cujas decisões devem categorias principais — uma é o
ser tomadas unanimemente e com Sacerdócio de Melquisedeque
retidão; 39– 52, Declara-se a or- e a outra é o Sacerdócio Aarôni-
dem patriarcal de Adão a Noé; 53– co ou a Levítico.
57, Os santos antigos reuniram-se 7 O ofício de a élder pertence
em Adão-ondi-Amã e o Senhor ao Sacerdócio de Melquisede-
apareceu-lhes; 58 – 67, Os Doze que.
devem organizar os oficiais da 8 O Sacerdócio de Melquise-
Igreja; 68–76, Os bispos servem deque tem o direito de presidir
como juízes comuns em Israel; e tem poder e a autoridade so-
77–84, A Primeira Presidência e bre todos os ofícios da igreja
os Doze constituem o mais alto em todas as épocas do mundo,
conselho da Igreja; 85 – 100, Os para administrar em assuntos
presidentes do sacerdócio gover- espirituais.
nam seus respectivos quóruns. 9 A a presidência do sumo sa-
cerdócio segundo a ordem de

H Á, na igreja, dois sacerdó-


cios, a saber: o de a Mel-
quisedeque e o b Aarônico, que
Melquisedeque tem o direito
de oficiar em todos os ofícios
da igreja.
inclui o Sacerdócio Levítico. 10 Os a sumos sacerdotes se-
2 A razão de o primeiro cha- gundo a ordem do Sacerdócio
mar-se Sacerdócio de Melqui- de Melquisedeque têm o b direi-
sedeque é que a Melquisedeque to de oficiar em sua própria
foi um grande sumo sacerdote. posição, sob a direção da pre-
3 Antes de sua época chama- sidência, para administrar as
va-se Santo Sacerdócio segundo a coisas espirituais, e também no
a
Ordem do Filho de Deus. ofício de élder, sacerdote (da
4 Mas por respeito ou a reve- ordem Levítica), mestre, diáco-
rência ao nome do Ser Supremo, no e membro.
a fim de se evitar a repetição 11 Um élder tem o direito de
freqüente de seu nome, eles, a oficiar no lugar do sumo sacer-
igreja na antigüidade, deram a dote quando o sumo sacerdote
esse sacerdócio o nome de Mel- não estiver presente.
quisedeque, ou seja, Sacerdó- 12 Ao sumo sacerdote e ao él-
cio de Melquisedeque. der cabe administrar nos assun-
5 Todas as outras autoridades tos espirituais, conforme os con-
ou ofícios da igreja são a apên- vênios e mandamentos da igre-
dices desse sacerdócio. ja; e eles têm o direito de oficiar

107 1a gee Sacerdócio de gee Melquisedeque. 7 a gee Élder.


Melquisedeque. 3 a Al. 13:3–19; 8 a gee Autoridade.
b gee Sacerdócio D&C 76:57. 9 a D&C 81:2; 107:22,
Aarônico. 4 a gee Reverência. 65–67, 91–92.
2 a tjs, Gên. 14:25–40; 5 a D&C 84:29; 107:14. 10a gee Sumo Sacerdote.
D&C 84:14. 6 a Deut. 10:8–9. b D&C 121:34–37.
Doutrina e Convênios 107:13–22 248
em todos estes ofícios da igreja maior, ou seja, do Sacerdócio
quando não houver autorida- de Melquisedeque, é possuir as
a
des maiores presentes. chaves de todas as bênçãos es-
13 O segundo sacerdócio cha- pirituais da igreja —
ma-se a Sacerdócio de Aarão, 19 Ter o privilégio de receber
porque foi conferido a b Aarão os a mistérios do reino do céu, de
e sua semente por todas as suas que se lhes abram os céus, de co-
gerações. municar-se com a b assembléia
14 A razão de ser chamado sa- geral e igreja do Primogênito; e
cerdócio menor consiste em que usufruir a comunhão e presença
ele é um a apêndice do maior, ou de Deus, o Pai, e de Jesus, o c me-
seja, do Sacerdócio de Melquise- diador do novo convênio.
deque; e tem poder para admi- 20 O poder e autoridade do
nistrar ordenanças exteriores. menor, ou seja, do Sacerdócio
15 O a bispado é a presidên- Aarônico, é possuir as a chaves
cia desse sacerdócio e possui do ministério de anjos e ad-
as chaves, ou seja, a autoridade ministrar as b ordenanças ex-
do mesmo. teriores, a letra do evangelho,
16 Nenhum homem tem direi- o c batismo de arrependimen-
to legal a esse ofício, de possuir to para d remissão de pecados,
as chaves desse sacerdócio, a conforme os convênios e man-
menos que seja a descendente damentos.
literal de Aarão. 21 Deve, necessariamente, ha-
17 Mas como um sumo sacer- ver presidentes, ou seja, oficiais
dote do Sacerdócio de Melqui- presidentes que procedem ou
sedeque tem autoridade para são designados dentre os orde-
oficiar em todos os ofícios me- nados aos diversos ofícios des-
nores, ele pode exercer o ofício ses dois sacerdócios.
de bispo, quando não se puder 22 Do a Sacerdócio de Melqui-
encontrar um descendente lite- sedeque, três b sumos sacerdo-
ral de Aarão, desde que seja tes presidentes, escolhidos pe-
chamado e designado e a orde- lo grupo, designados e ordena-
nado com esse poder pelas mãos dos a esse ofício e c apoiados pela
da b presidência do Sacerdócio confiança, fé e orações da igreja,
de Melquisedeque. formam o quórum da Presidên-
18 O poder e autoridade do cia da Igreja.

13a gee Sacerdócio b D&C 68:15. b gee Ordenanças.


Aarônico. 18a gee Chaves do c gee Batismo, Batizar.
b gee Aarão, Irmão Sacerdócio. d gee Remissão de
de Moisés. 19a Al. 12:9–11; Pecados.
14a D&C 20:52; 107:5. D&C 63:23; 84:19–22. 22a gee Sacerdócio de
15a gee Bispo. gee Mistérios Melquisedeque.
16a D&C 68:14–21; de Deus. b D&C 90:3, 6; 107:9,
107:68–76. b Heb. 12:22–24. 65–67, 78–84, 91–92.
17a gee Ordenação, c gee Mediador. c gee Apoio aos
Ordenar. 20a D&C 13:1; 84:26–27. Líderes da Igreja.
249 Doutrina e Convênios 107:23–34
23 Os a doze conselheiros via- eram ordenados segundo a or-
jantes são chamados para ser os dem de Melquisedeque e eram
Doze b Apóstolos, ou seja, teste- homens justos e santos.
munhas especiais do nome de 30 As decisões destes quóruns,
Cristo no mundo todo — dife- ou de qualquer deles, devem
rindo assim dos outros oficiais ser tomadas com toda a retidão,
da igreja nos deveres de seu com santidade e humildade de
chamado. coração, mansidão e longani-
24 E eles formam um quórum midade; e com fé e b virtude e
igual em autoridade e poder conhecimento, temperança,
aos três presidentes previa- paciência, piedade, bondade
mente mencionados. fraternal e caridade;
25 Os a Setenta também são 31 Porque existe a promessa de
chamados para pregar o evan- que se estas coisas sobejarem ne-
gelho e ser testemunhas espe- les, não serão a estéreis no conhe-
ciais junto aos gentios e em to- cimento do Senhor.
do o mundo — diferindo assim 32 E no caso de qualquer deci-
dos outros oficiais da igreja nos são destes quóruns ser tomada
deveres de seu chamado. de maneira injusta, poderá ser
26 E eles formam um quórum apresentada à assembléia geral
igual em autoridade ao das dos diversos quóruns, que cons-
Doze testemunhas especiais ou tituem as autoridades espiri-
Apóstolos há pouco menciona- tuais da igreja; de outra forma,
dos. não haverá apelação de suas
27 E toda decisão tomada por decisões.
um desses quóruns deve sê-lo 33 Os Doze constituem um
pelo voto unânime do mesmo; Sumo Conselho Presidente Via-
isto é, cada membro de cada jante, que tem por fim oficiar
quórum deve concordar com em nome do Senhor, sob a di-
suas decisões, a fim de que es- reção da Presidência da Igreja,
tas tenham o mesmo poder ou conforme as instituições do
validade entre si — céu; e edificar a igreja e regular
28 A maioria pode formar um todos os seus negócios em to-
quórum, quando as circunstân- das as nações, primeiro junto
cias não permitirem ser de ou- aos a gentios e depois junto aos
tro modo — judeus.
29 Se assim não for, suas de- 34 Os Setenta agirão em no-
cisões não têm direito às mes- me do Senhor, sob a direção dos
a
mas bênçãos que as decisões de Doze, ou seja, do sumo con-
um quórum de três presidentes selho viajante, edificando a
tinham antigamente, os quais igreja e regulando todos os seus

23a D&C 107:33–35. gee Retidão. 33a 1 Né. 13:42;


b gee Apóstolo. b D&C 121:41. 3 Né. 16:4–13;
25a gee Setenta. gee Virtude. D&C 90:8–9.
30a D&C 121:36. 31a II Ped. 1:5–8. 34a D&C 112:21.
Doutrina e Convênios 107:35–47 250
negócios em todas as nações, 41 Essa ordem foi instituída
primeiro junto aos gentios e nos dias de a Adão e transmiti-
depois junto aos judeus; da, por b linhagem, da seguinte
35 Enviando-se os Doze, que maneira:
possuem as chaves, para abri- 42 De Adão a a Sete, que foi
rem a porta pela proclamação ordenado por Adão com a ida-
do evangelho de Jesus Cristo, de de sessenta e nove anos e
primeiro junto aos gentios e por ele abençoado três anos an-
depois junto aos judeus. tes de sua morte (de Adão); e
36 Os a sumos conselhos per- recebeu a promessa de Deus,
manentes nas estacas de Sião por seu pai, de que sua posteri-
formam um quórum igual em dade seria a escolhida do Se-
autoridade, nos negócios da nhor e preservada até o fim da
igreja e em todas as decisões, Terra;
ao quórum da presidência ou 43 Porque ele (Sete) foi um ho-
ao sumo conselho viajante. mem a perfeito e sua b semelhan-
37 O sumo conselho de Sião ça era a semelhança expressa
forma um quórum igual em au- de seu pai, tanto que parecia
toridade, nos negócios da igreja ser como o pai em todas as coi-
e em todas as suas decisões, aos sas, dele podendo distinguir-se
conselhos dos Doze nas estacas apenas pela idade.
de Sião. 44 Enos foi ordenado com a
38 É dever do sumo conselho idade de cento e trinta e quatro
viajante recorrer aos a Setenta e anos e quatro meses, pelas mãos
não a outros, quando houver ne- de Adão.
cessidade de auxílio no preen- 45 Deus chamou Cainã no
chimento dos diversos chama- deserto quando ele tinha qua-
dos para pregar e administrar o renta anos de idade; e ele en-
evangelho. controu Adão quando viajava
39 É dever dos Doze, em to- para Cedolamaque. Cainã tinha
dos os grandes ramos da igreja, oitenta e sete anos de idade
ordenar ministros a evangélicos quando recebeu sua ordenação.
conforme lhes for designado por 46 Maalalel tinha quatrocen-
revelação — tos e noventa e seis anos e sete
40 Confirmou-se que a ordem dias de idade quando foi orde-
desse sacerdócio é para ser nado pelas mãos de Adão, que
transmitida de pai para filho e também o abençoou.
pertence por direito aos des- 47 Jarede tinha duzentos anos
cendentes literais da semente quando foi ordenado pelas
escolhida, a quem foram feitas mãos de Adão, que também o
as promessas. abençoou.

36a gee Sumo Conselho. 41a gee Adão. 42a gee Sete.
38a gee Setenta. b Gên. 5; 43a gee Perfeito.
39a gee Evangelista; D&C 84:6–16; b Gên. 5:3.
Patriarca, Patriarcal. Mois. 6:10–25.
251 Doutrina e Convênios 107:48–65
48 a Enoque tinha vinte e cinco da congregação; e embora cur-
anos quando foi ordenado pelas vado pela idade, estando cheio
mãos de Adão; e tinha sessenta e do Espírito Santo, a predisse tu-
cinco quando Adão o abençoou. do que sucederia a sua posteri-
49 E ele viu o Senhor e andou dade, até a última geração.
com ele e estava diante de sua 57 Todas estas coisas foram es-
face continuamente; e a andou critas no livro de Enoque e delas
com Deus trezentos e sessenta se testificará no devido tempo.
e cinco anos, tendo quatrocen- 58 É dever dos a Doze, tam-
tos e trinta anos quando foi bém, b ordenar e organizar to-
b
transladado. dos os outros oficiais da igreja,
50 a Matusalém tinha cem anos conforme a revelação que diz:
quando foi ordenado pelas mãos 59 À igreja de Cristo na terra
de Adão. de Sião, como acréscimo às a leis
51 Lameque tinha trinta e dois da igreja referentes a seus ne-
anos quando foi ordenado pelas gócios —
mãos de Sete. 60 Em verdade vos digo, diz o
52 a Noé tinha dez anos quando Senhor dos Exércitos: São neces-
foi ordenado pelas mãos de sários a élderes presidentes pa-
Matusalém. ra presidir os que têm o ofício
53 Três anos antes de sua de élder;
morte, Adão chamou Sete, Enos, 61 E também a sacerdotes para
Cainã, Maalalel, Jarede, Enoque presidir os que têm o ofício de
e Matusalém, todos a sumos sa- sacerdote;
cerdotes, e também o restante de 62 E também mestres para a pre-
sua posteridade que era justa, ao sidir, semelhantemente, os que
vale de b Adão-ondi-Amã; e lá têm o ofício de mestre e também
lhes conferiu sua última bênção. os diáconos —
54 E o Senhor apareceu a eles; 63 Portanto, de diácono para
e ergueram-se e abençoaram mestre e de mestre para sacer-
a
Adão e chamaram-no b Miguel, dote e de sacerdote para élder,
o príncipe, o arcanjo. cada um, respectivamente, con-
55 E o Senhor confortou Adão forme for designado, segundo
e disse-lhe: Coloquei-te à ca- os convênios e mandamentos
beça; uma multidão de nações da igreja;
procederá de ti e deles serás 64 Depois vem o sumo sacer-
por a príncipe eternamente. dócio, que é o maior de todos.
56 E Adão levantou-se no meio 65 Portanto é preciso que se

48a gee Enoque. bíblico. 56a Mois. 5:10.


49a Gên. 5:22; 53a gee Sumo Sacerdote. 58a gee Apóstolo.
Heb. 11:5; b D&C 78:15; 116:1. b gee Ordenação,
Mois. 7:69. gee Adão-ondi-Amã. Ordenar.
b gee Seres 54a D&C 128:21. 59a D&C 43:2–9.
Transladados. gee Adão. 60a D&C 107:89–90.
50a gee Matusalém. b gee Miguel. 61a D&C 107:87.
52a gee Noé, Patriarca 55a D&C 78:16. 62a D&C 107:85–86.
Doutrina e Convênios 107:66–78 252
indique alguém do sumo sacer- de Aarão, mas que tiver sido
dócio para presidir o sacerdócio; ordenado ao sumo sacerdócio
e ele será chamado presidente segundo a ordem de Melquise-
do sumo sacerdócio da Igreja; deque.
66 Ou, em outras palavras, o 74 Assim ele será juiz, sim,
a
Sumo Sacerdote Presidente do juiz comum entre os habitantes
Sumo Sacerdócio da Igreja. de Sião ou numa estaca de Sião
67 Dele procederá a adminis- ou em qualquer ramo da igreja
tração de ordenanças e bênçãos onde for designado para esse
para a igreja, pela a imposição ministério, até que as frontei-
das mãos. ras de Sião se expandam e tor-
68 Portanto o ofício de um bis- ne-se necessário ter outros bis-
po não lhe é igual; pois o ofício pos ou juízes em Sião ou em ou-
de um a bispo é administrar to- tros lugares.
das as coisas materiais; 75 E se outros bispos forem
69 Contudo, um bispo precisa designados, agirão no mesmo
ser escolhido dentre o a sumo ofício.
sacerdócio, a menos que seja 76 Mas um descendente literal
b
descendente literal de Aarão; de Aarão tem direito legal à pre-
70 Pois, a menos que seja des- sidência deste sacerdócio, às
a
cendente literal de Aarão, não chaves deste ministério, a agir
pode possuir as chaves desse independentemente no ofício
sacerdócio. de bispo, sem conselheiros, e a
71 Contudo, um sumo sacer- atuar como juiz em Israel, exce-
dote, isto é, segundo a ordem to no caso de julgamento do
de Melquisedeque, pode ser de- presidente do sumo sacerdócio
signado para ministrar as coisas segundo a ordem de Melquise-
terrenas, tendo conhecimento deque.
delas pelo Espírito da verdade; 77 E a decisão de qualquer des-
72 E também para ser a juiz em tes conselhos deve concordar
Israel, cuidar dos negócios da com o mandamento que diz:
igreja, julgar transgressores se- 78 Também, em verdade vos
gundo o testemunho que lhe se- digo: Os assuntos mais impor-
ja apresentado de acordo com tantes da igreja e os casos mais
a
as leis, com o auxílio de seus difíceis da igreja, caso a deci-
conselheiros a quem tiver esco- são dos bispos ou juízes não seja
lhido ou escolher dentre os él- satisfatória, serão transmitidos
deres da igreja. e encaminhados ao conselho da
73 Esse é o dever de um bispo igreja, perante a b presidência do
que não seja descendente literal sumo sacerdócio.

66a D&C 107:9, 91–92. 69a gee Sacerdócio de 76a gee Chaves do
gee Presidente. Melquisedeque. Sacerdócio.
67a gee Mãos, Imposição b D&C 68:14–24; 84:18; 78a D&C 102:13, 28.
das. 107:13–17. b D&C 68:22.
68a gee Bispo. 72a D&C 58:17–18.
253 Doutrina e Convênios 107:79–92
79 E a presidência do conselho conselho com eles e b ensinar-
do sumo sacerdócio terá poder lhes seus deveres, edificando-
para chamar outros sumos sa- se uns aos outros conforme in-
cerdotes, sim, doze, para au- dicado nos convênios.
xiliarem como conselheiros; e 86 E também o dever do presi-
assim a presidência do sumo dente do ofício de a mestre é
sacerdócio e seus conselheiros presidir vinte e quatro mestres
terão poder para decidir, ba- e sentar-se em conselho com
seando-se em testemunhos, de eles, ensinando-lhes os deveres
acordo com as leis da igreja. de seu ofício, como dados nos
80 E após essa decisão o caso convênios.
não mais será lembrado perante 87 Também o dever do presi-
o Senhor; porque este é o mais dente do Sacerdócio de Aarão é
alto conselho da igreja de Deus presidir quarenta e oito a sacer-
e tem a decisão final em contro- dotes e sentar-se em conselho
vérsias sobre assuntos espiri- com eles para ensinar-lhes os
tuais. deveres de seu ofício, como da-
81 Nenhuma pessoa que per- dos nos convênios —
tença à igreja está isenta deste 88 Esse presidente deve ser
conselho da igreja. um a bispo; porque este é um
82 E se um presidente do su- dos deveres desse sacerdócio.
mo sacerdócio transgredir, será 89 Também o dever do presi-
chamado perante o conselho co- dente do ofício de a élder é pre-
mum da igreja, que será auxilia- sidir noventa e seis élderes e
do por doze conselheiros do su- sentar-se em conselho com eles
mo sacerdócio; e ensinar-lhes segundo os con-
83 E sua decisão a respeito de- vênios.
le porá fim à controvérsia sobre 90 Essa presidência é distinta
ele. da dos setenta e destina-se aos
84 Assim, ninguém estará isen- que não a viajam pelo mundo
to da a justiça e das leis de Deus, todo.
para que todas as coisas sejam 91 E também o dever do pre-
feitas em ordem e com solenida- sidente do sumo sacerdócio é
a
de perante ele, de acordo com a presidir toda a igreja e ser se-
verdade e a justiça. melhante a b Moisés —
85 E também, em verdade vos 92 Eis que nisto há sabedoria;
digo: O dever de um presidente sim, em ser um a vidente, um
b
do ofício de a diácono é presidir revelador, um tradutor e um
c
doze diáconos, sentar-se em profeta, possuindo todos os

84a gee Justiça. 87a gee Sacerdote, 92a Mos. 8:13–18.


85a gee Diácono. Sacerdócio Aarônico. gee Vidente.
b D&C 38:23; 88a gee Bispo. b gee Revelação.
88:77–79, 118. 89a gee Élder. c D&C 21:1.
86a D&C 20:53–60. 90a D&C 124:137. gee Profeta.
gee Mestre, 91a D&C 107:9, 65–67.
Sacerdócio Aarônico. b D&C 28:2; 103:16–21.
Doutrina e Convênios 107:93–108:2 254
d
dons de Deus que ele confere 98 Ao passo que outros ofi-
ao cabeça da igreja. ciais da igreja, não pertencen-
93 E está de acordo com a vi- tes aos Doze nem aos Setenta,
são que mostra a ordem dos não têm a responsabilidade
a
Setenta, que eles devem ter se- de viajar por todas as nações,
te presidentes para presidi-los, mas viajarão como lhes permi-
escolhidos dentre os setenta; tir sua situação, embora possam
94 E o sétimo presidente desses ocupar ofícios tão elevados e
presidentes presidirá os seis; de igual responsabilidade na
95 E esses sete presidentes es- igreja.
colherão outros setenta além dos 99 Portanto agora todo homem
primeiros setenta aos quais eles aprenda seu a dever e a agir no
pertencem e devem presidi-los; ofício para o qual for designado
96 E também outros setenta, com toda b diligência.
até sete vezes setenta, se o tra- 100 Aquele que for a preguiço-
balho da vinha necessariamen- so não será considerado b digno
te o exigir. de permanecer; e o que não
97 E esses setenta serão a mi- aprender seu dever e não mos-
nistros viajantes, primeiro jun- trar ter sido aprovado não será
to aos gentios e também junto considerado digno de perma-
aos judeus. necer. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 108

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Kirtland,


Estado de Ohio, em 26 de dezembro de 1835 ( History of the Church
2:345). Esta seção foi recebida a pedido de Lyman Sherman, que anterior-
mente fora ordenado sumo sacerdote e setenta e que procurara o Profeta
pedindo uma revelação que lhe desse a conhecer seus deveres.

1–3, Lyman Sherman é perdoado Perdoados são teus pecados,


de seus pecados; 4–5, Ele deve ser porque obedeceste a minha voz
contado entre os élderes que diri- e vieste aqui esta manhã para
gem a Igreja; 6–8, É chamado para receber conselhos daquele que
pregar o evangelho e fortalecer seus designei.
irmãos. 2 Portanto, que se a tranqüilize
tua alma com respeito a tua po-

E M verdade assim te diz o


Senhor, meu servo Lyman:
sição espiritual e não mais re-
sistas a minha voz.

92 dgee Dons do 99 a gee Dever. b gee Dignidade,


Espírito. b gee Diligência. Digno.
93 aD&C 107:38. 100a D&C 58:26–29. 108 2a gee Descansar,
gee Setenta. gee Ociosidade, Descanso.
97 aD&C 124:138–139. Ocioso.
255 Doutrina e Convênios 108:3–109:4
3 E levanta-te e sê mais cui- sa do Pai a ti, se continuares
dadoso daqui em diante na ob- fiel.
servância das promessas que 6 E cumprir-se-á sobre ti, no
fizeste e fazes; e serás abençoa- dia em que receberes o direito
do com bênçãos sumamente de a pregar meu evangelho on-
grandes. de eu te enviar e a partir desse
4 Espera pacientemente até momento.
que meus servos convoquem a 7 Portanto a fortalece teus ir-
a
assembléia solene; então serás mãos em todas as tuas conver-
lembrado com os primeiros de sas, em todas as tuas orações,
meus élderes e receberás o di- em todas as tuas exortações e
reito, por ordenação, com o res- em todos os teus feitos.
tante de meus élderes por mim 8 E eis que eu estou contigo
escolhidos. para abençoar-te e a livrar-te pa-
5 Eis que essa é a a promes- ra sempre. Amém.

SEÇÃO 109
Oração oferecida na dedicação do templo de Kirtland, Estado de Ohio, em
27 de março de 1836 ( History of the Church 2:420–426). Segundo a
declaração escrita do Profeta, esta oração foi-lhe dada por revelação.

1 – 5, O Templo de Kirtland foi todo Israel; 68–80, Que os santos


construído para que o Filho do Ho- sejam coroados com glória e honra
mem tenha um lugar para mani- e ganhem salvação eterna.
festar-se; 6–21, Deve ser um lugar

G
a
de oração, jejum, fé, aprendiza- RAÇAS sejam dadas a teu
gem, glória e ordem; e uma casa de nome, ó Senhor Deus de
Deus; 22–33, Que se confundam Israel, que cumpres os b convê-
os que são impenitentes e se opõem nios e mostras misericórdia aos
ao povo do Senhor; 34–42, Que os teus servos que andam retamen-
santos saiam com poder para reu- te perante ti de todo o coração—
nir os justos em Sião; 43–53, Que 2 Tu, que mandaste teus servos
a
os santos sejam poupados das coi- construírem uma casa ao teu
sas terríveis que serão derramadas nome neste lugar [Kirtland].
sobre os iníquos nos últimos dias; 3 E agora vês, ó Senhor, que
54–58, Que as nações e povos e teus servos agiram de acordo
igrejas sejam preparados para o com teu mandamento.
evangelho; 59–67, Que sejam re- 4 E agora te pedimos, Pai San-
dimidos os judeus, os lamanitas e to, em nome de Jesus Cristo, o

4 a D&C 109:6–10. 8 a 2 Né. 9:19. Agradecimento.


5 a D&C 82:10. 109 1a Al. 37:37; b Dan. 9:4.
6 a gee Obra D&C 46:32. gee Convênio.
Missionária. gee Ação de Graças, 2 a D&C 88:119.
7 a Lc. 22:31–32. Agradecido,
Doutrina e Convênios 109:5–16 256
Filho de teu seio, em cujo nome 10 E agora, Pai Santo, pedimos-
apenas se pode administrar a te que nos assistas, a nós, teu
salvação aos filhos dos homens; povo, com tua graça, na convo-
rogamos-te, ó Senhor, que acei- cação de nossa assembléia sole-
tes esta a casa, b obra de nossas ne, a fim de que seja feita para
mãos, de teus servos, que nos tua honra e para tua divina
mandaste construir. aceitação;
5 Pois sabes que fizemos esta 11 E de uma forma que seja-
obra em meio a grandes tribu- mos considerados dignos, a teus
lações; e, em nossa pobreza, olhos, de assegurar o cumpri-
demos de nossos bens para a mento das a promessas que fi-
construção de uma a casa a teu zeste a nós, teu povo, nas reve-
nome, a fim de que o Filho do lações que nos foram dadas;
Homem tivesse um lugar onde 12 Para que tua a glória des-
se manifestar a seu povo. canse sobre teu povo e sobre
6 E como disseste em uma a re- esta tua casa que agora dedica-
velação que nos foi dada, cha- mos a ti, para que seja santifica-
mando-nos de teus amigos, di- da e consagrada como santa; e
zendo: Convocai vossa assem- para que tua santa presença es-
bléia solene, como vos ordenei; teja continuamente nesta casa;
7 E como todos não têm fé, bus- 13 E para que todos os que
cai diligentemente e ensinai-vos atravessarem o umbral da casa
uns aos outros palavras de sabe- do Senhor sintam o teu poder e
doria; sim, nos melhores livros sintam-se compelidos a reco-
buscai palavras de sabedoria; nhecer que tu a santificaste e
procurai conhecimento, sim, pe- que ela é a tua casa, um lugar
lo estudo e também pela fé; de tua santidade.
8 Organizai-vos; preparai to- 14 E permite, Pai Santo, que a
das as coisas necessárias e es- todos os que adorarem nesta
tabelecei uma casa, sim, uma casa sejam ensinadas palavras
casa de oração, uma casa de de sabedoria dos melhores li-
jejum, uma casa de fé, uma ca- vros; e que procurem conheci-
sa de aprendizado, uma casa mento, sim, pelo estudo e tam-
de glória, uma casa de ordem, bém pela fé, como disseste;
uma casa de Deus; 15 E que cresçam em ti e re-
9 Para que nela entreis em no- cebam a plenitude do Espírito
me do Senhor; para que dela Santo e organizem-se de acordo
saiais em nome do Senhor; para com tuas leis e preparem-se pa-
que todas as vossas saudações ra obter todas as coisas neces-
sejam em nome do Senhor, com sárias;
mãos elevadas ao Altíssimo — 16 E que esta casa seja uma ca-

4 a I Reis 9:3. b 2 Né. 5:16. 11a D&C 38:32;


gee Templo, a Casa 5 a D&C 124:27–28. 105:11–12, 18, 33.
do Senhor. 6 a D&C 88:117–120. 12a gee Glória.
257 Doutrina e Convênios 109:17–31
sa de oração, uma casa de jejum, e honrosamente terá um nome
uma casa de fé, uma casa de e uma posição nesta tua casa
glória e de Deus, sim, tua casa; por todas as gerações e pela
17 Que todas as entradas de eternidade;
teu povo nesta casa sejam em 25 Que arma alguma a forma-
nome do Senhor; da contra eles prospere; que o
18 Que todas as suas saídas que cavar uma b cova para eles,
desta casa sejam em nome do nela caia ele mesmo;
Senhor; 26 Que nenhuma combinação
19 E que todas as suas sau- iníqua tenha poder para levan-
dações sejam em nome do Se- tar-se e a prevalecer contra teu
nhor, com mãos santas eleva- povo, sobre quem se colocará
das ao Altíssimo; teu b nome nesta casa;
20 E que não se permita que 27 E se algum povo se erguer
qualquer a coisa imunda entre contra este povo, que tua ira se
em tua casa para profaná-la; acenda contra ele;
21 E quando teu povo trans- 28 E se ferir este povo, tu o fe-
gredir, quem quer que seja, que rirás; batalharás por teu povo
se arrependa rapidamente e vol- como o fizeste nos dias de bata-
te para ti e encontre favor a teus lha, para que sejam libertados
olhos e que lhe sejam restituídas das mãos de todos os seus ini-
as bênçãos que tu ordenaste que migos.
fossem derramadas sobre os que 29 Rogamos-te, Pai Santo, que
te a reverenciassem em tua casa. confundas e surpreendas e tra-
22 E rogamos-te, Pai Santo, gas vergonha e confusão a to-
que teus servos saiam desta ca- dos os que espalharam relatos
sa armados de teu poder; e que mentirosos por toda parte so-
teu nome esteja sobre eles e tua bre teu servo ou servos, caso
glória ao redor deles e que teus não se arrependam quando o
a
anjos os guardem; evangelho eterno for procla-
23 E que deste lugar levem no- mado a seus ouvidos;
vas sumamente grandes e glo- 30 E que todas as suas obras
riosas aos a confins da Terra, em sejam reduzidas a nada e varri-
verdade para que saibam que das pela a saraiva e pelos julga-
esta é tua obra e que estendeste mentos que enviarás sobre eles,
a mão para cumprir o que dis- em tua ira, para que tenham fim
seste pela boca dos profetas, as b mentiras e calúnias contra o
concernente aos últimos dias. teu povo.
24 Rogamos-te, Pai Santo, que 31 Porque sabes, ó Senhor,
estabeleças o povo que adorará que teus servos são inocentes

20a D&C 94:8–9; 25a Isa. 54:17. 30a Isa. 28:17;


97:15–17. b Prov. 26:27; Mos. 12:6;
21a gee Reverência. 1 Né. 14:3; 22:14. D&C 29:16.
22a gee Anjos. 26a D&C 98:22. b 3 Né. 21:19–21.
23a D&C 1:2. b I Reis 8:29.
Doutrina e Convênios 109:32–45 258
perante ti ao prestarem teste- 39 E em qualquer cidade que
munho de teu nome, pelo qual teus servos entrarem e o povo
têm sofrido estas coisas. dessa cidade aceitar seu teste-
32 Portanto te imploramos munho, concede tua paz e tua
uma completa e total libertação salvação a essa cidade; para que
deste a jugo; eles reúnam os justos dessa ci-
33 Retira-o, ó Senhor; retira-o dade a fim de que venham a
a
do pescoço de teus servos pelo Sião ou a suas estacas, os luga-
teu poder, para que nos erga- res designados por ti, com cânti-
mos no meio desta geração e cos de eterna alegria;
façamos tua obra. 40 E até que isso se realize,
34 Ó Jeová, tem misericórdia não permitas que teus julga-
deste povo e, como todos os ho- mentos caiam sobre essa cidade.
mens a pecam, perdoa as trans- 41 E em qualquer cidade que
gressões de teu povo; e que se- teus servos entrarem e o povo
jam apagadas para sempre. dessa cidade não aceitar seu
35 Que a a unção de teus minis- testemunho e teus servos exor-
tros seja selada sobre eles com tarem-nos a que se salvem des-
poder do alto. ta geração rebelde, que se faça
36 Que se cumpra neles, como a essa cidade de acordo com
naqueles no dia de Pentecostes; aquilo que disseste pela boca
que se derrame o dom das a lín- de teus profetas.
guas sobre teu povo, sim, b lín- 42 Mas livra, ó Jeová, nós te im-
guas repartidas como que de ploramos, teus servos de suas
fogo, e sua interpretação. mãos e limpa-os de seu sangue.
37 E que tua casa se encha, co- 43 Ó Senhor, não nos deleita-
mo com um vento veemente e mos com a destruição de nos-
impetuoso, de tua a glória. sos semelhantes; suas a almas
38 Põe sobre teus servos o a tes- são preciosas a teus olhos;
temunho do convênio, para 44 Mas tua palavra tem que
que, quando saírem para pro- se cumprir. Ajuda teus servos a
clamar tua palavra, b selem a lei dizerem, com o auxílio de tua
a
e preparem o coração de teus graça: Seja feita a tua vontade,
santos para todos esses julga- ó Senhor, e não a nossa.
mentos que estás prestes a en- 45 Sabemos que disseste, pela
viar, em tua ira, sobre os habi- boca de teus profetas, coisas
tantes da c Terra, por causa de terríveis concernentes aos iní-
suas transgressões, a fim de quos nos a últimos dias — que
que teu povo não desfaleça no derramarás teus julgamentos
dia da angústia. sem medida;

32a gee Jugo. b At. 2:1–3. c gee Terra—


34a Rom. 3:23; 5:12. 37a D&C 84:5; 109:12. Purificação da Terra.
gee Pecado. gee Glória. 39a Isa. 35:10.
35a gee Unção, Ungir. 38a gee Testemunho. 43a gee Alma.
36a gee Línguas, Dom b Isa. 8:16; 44a gee Graça.
das. D&C 1:8. 45a gee Últimos Dias.
259 Doutrina e Convênios 109:46–58
46 Portanto, ó Senhor, livra que tua ira se acenda e tua in-
teu povo da calamidade dos dignação caia sobre eles, para
iníquos; permite a teus servos que sejam aniquilados, tanto
que selem a lei e liguem o tes- raízes como ramos, de debaixo
temunho, a fim de que este- do céu;
jam preparados para o dia da 53 Mas caso se arrependam,
queima. és clemente e misericordioso e
47 Pedimos-te, Pai Santo, que desviarás tua ira quando con-
te lembres daqueles que foram templares a face de teu Ungido.
expulsos pelos habitantes do 54 Tem misericórdia, ó Senhor,
Condado de Jackson, Missouri, de todas as nações da Terra; tem
das terras de sua herança; e re- misericórdia dos governantes
tira, ó Senhor, o jugo da aflição de nosso país; que os princípios
que sobre eles foi posto. que foram tão honrosa e nobre-
48 Tu sabes, ó Senhor, que eles mente defendidos por nossos
têm sido grandemente oprimi- pais, ou seja, a a Constituição de
dos e afligidos por homens iní- nosso país, sejam estabelecidos
quos; e nosso coração a trans- para sempre.
borda de tristeza por causa de 55 Lembra-te dos reis, dos prín-
suas penosas cargas. cipes, dos nobres e dos grandes
49 Ó Senhor, a até quando per- da Terra e de todos os povos e
mitirás que este povo suporte das igrejas, de todos os pobres,
essa aflição e que os clamores dos necessitados e dos aflitos
de seus inocentes ascendam a da Terra;
teus ouvidos e que seu b sangue 56 Que se abrande o coração
suba a ti como testemunho, deles quando teus servos saí-
sem mostrares teu testemunho rem de tua casa, ó Jeová, para
em seu favor? prestar testemunho de teu no-
50 Tem a misericórdia, ó Se- me; que seus preconceitos ce-
nhor, da turba iníqua que expul- dam diante da a verdade e teu
sou o teu povo; que eles cessem povo obtenha favor aos olhos
de saquear, que se arrependam de todos;
de seus pecados se lhes for pos- 57 Para que todos os confins
sível arrepender-se; da Terra saibam que nós, teus
51 Mas se não o fizerem, des- servos, a ouvimos tua voz e que
nuda teu braço, ó Senhor, e a re- tu nos enviaste;
dime aquilo que estabeleceste 58 Que dentre todos esses,
como Sião para teu povo. teus servos, os filhos de Jacó,
52 E se não puder ser de outro reúnam os justos para construí-
modo, para que a causa de teu rem uma cidade santa a teu no-
povo não fracasse perante ti, me, como lhes ordenaste.

48a gee Compaixão. Misericordioso. 101:77, 80.


49a Salm. 13:1–2. 51a D&C 100:13; 105:2. gee Constituição.
b gee Mártir, Martírio. 54a I Ped. 2:13–15; 56a gee Verdade.
50a gee Misericórdia, D&C 98:5–7; 57a D&C 20:16; 76:22–24.
Doutrina e Convênios 109:59–71 260
59 Rogamos-te que estabeleças de carnificina e cessem suas
outras a estacas para Sião além rebeliões.
desta, para que a b reunião de 67 E que todos os remanescen-
teu povo prossiga em grande tes dispersos de a Israel, que fo-
poder e majestade, a fim de que ram impelidos para os confins
tua obra se c abrevie em justiça. da Terra, conheçam a verdade,
60 Agora, ó Senhor, estas pa- creiam no Messias e sejam redi-
lavras proferimos diante de ti a midos da opressão e regozijem-
respeito das revelações e man- se perante ti.
damentos que nos deste, a nós 68 Ó Senhor, lembra-te de teu
que somos identificados com servo Joseph Smith Júnior e de
os a gentios. todas as suas aflições e perse-
61 Mas sabes que tens um guições — como ele fez a convê-
grande amor pelos filhos de nio com b Jeová e um voto a ti, ó
Jacó, os quais por longo tempo Poderoso Deus de Jacó — e dos
têm estado dispersos pelas mon- mandamentos que lhe deste; e
tanhas, em um dia nublado e de de que sinceramente se tem es-
escuridão. forçado para fazer tua vontade.
62 Rogamos-te, portanto, que 69 Tem misericórdia, ó Se-
tenhas misericórdia dos filhos nhor, de sua esposa e filhos;
de Jacó, para que a Jerusalém, para que sejam exaltados em
desta hora em diante, comece a tua presença e preservados por
redimir-se; tua mão protetora.
63 E o jugo da servidão come- 70 Tem misericórdia de todos
ce a retirar-se da casa de a Davi; os seus parentes próximos, que
64 E os filhos de a Judá come- seus preconceitos sejam derru-
cem a regressar às b terras que bados e varridos como que por
deste a Abraão, seu pai. uma inundação; que se conver-
65 E faças com que os a rema- tam e sejam redimidos com Is-
nescentes de Jacó, que foram rael e saibam que tu és Deus.
amaldiçoados e feridos por cau- 71 Lembra-te, ó Senhor, dos
sa de suas transgressões, b con- presidentes, sim, de todos os
vertam-se de sua condição in- presidentes de tua igreja, que
dômita e selvagem à plenitude tua mão direita os exalte com
do evangelho eterno; todas as suas famílias e seus
66 Que deponham suas armas parentes próximos; que se per-

59a Isa. 54:2. 64a Zac. 12:6–9; Mal. 3:4; D&C 19:27.
b gee Israel— D&C 133:13, 35. b 2 Né. 30:6;
Coligação de Israel. gee Judá. 3 Né. 21:20–22.
c Mt. 24:22. b Gên. 17:1–8. gee Conversão,
60a 1 Né. 13:1–32; gee Terra da Converter.
15:13–18. Promissão. 67a gee Israel—
62a 3 Né. 20:29. 65a 2 Né. 30:3; Coligação de Israel.
gee Jerusalém. Al. 46:23–24; 68a gee Convênio.
63a gee Davi. 3 Né. 20:15–21; b gee Jeová.
261 Doutrina e Convênios 109:72–80
petuem seus nomes e que se tos de retidão, com palmas em
conservem na lembrança eterna- nossas mãos e b coroas de glória
mente, de geração em geração. em nossa cabeça; e colhamos
c
72 Lembra-te de toda a tua alegria eterna por todos os nos-
igreja, ó Senhor, com todas as sos d sofrimentos.
suas famílias e todos os seus 77 Ó Senhor Deus Todo-Pode-
parentes próximos, com todos roso, ouve estas nossas súplicas
os seus enfermos e aflitos, com e responde-nos do céu, tua santa
todos os pobres e mansos da habitação, onde te assentas en-
Terra; para que o a reino que es- tronizado, com a glória, honra,
tabeleceste sem mãos se trans- poder, majestade, força, domí-
forme em uma grande monta- nio, verdade, justiça, juízo, mi-
nha e encha toda a Terra; sericórdia e plenitude infinita,
73 Que tua igreja saia do deser- de eternidade em eternidade.
to da escuridão e resplandeça 78 Ó ouve, ó ouve, ó ouve-nos,
formosa como a a lua, brilhante ó Senhor! E responde a estas
como o sol e terrível como um súplicas e aceita a dedicação
exército com estandartes; desta casa a ti, obra de nossas
74 E adorne-se como uma noi- mãos, que construímos ao teu
va para o dia em que desvenda- nome;
res os céus e fizeres com que os 79 E também esta igreja, para
montes a escoem em tua pre- que se ponha sobre ela o teu
sença e os b vales se exaltem e os nome. E ajuda-nos, pelo poder
lugares acidentados se aplai- de teu Espírito, para que mistu-
nem, a fim de que tua glória remos nossa voz aos brilhantes
encha a Terra; e resplandescentes a serafins que
75 Para que, quando a trom- cercam teu trono com acla-
beta soar para os mortos, seja- mações de louvor, cantando:
mos a arrebatados na nuvem pa- Hosana a Deus e ao b Cordeiro!
ra encontrar-te e estejamos com 80 E que estes, teus ungidos,
a
o Senhor para sempre; vistam-se de salvação e teus
76 Que nossas vestes sejam pu- santos gritem de alegria. Amém
ras, que nos trajemos com a man- e Amém.

SEÇÃO 110
Visões manifestadas a Joseph Smith, o Profeta, e a Oliver Cowdery, no
templo de Kirtland, Estado de Ohio, em 3 de abril de 1836 ( History of
the Church 2:435–436). Naquela ocasião realizava-se uma reunião do -

72a Dan. 2:44–45; D&C 49:23. d Heb. 12:1–11;


D&C 65:2. 75a I Tess. 4:17. D&C 58:4.
73a Cant. 6:10; 76a Apoc. 7:13–15; 77a gee Glória.
D&C 5:14; 105:31. 2 Né. 9:14. 79a Isa. 6:1–2.
74a D&C 133:21–22, 40. b gee Coroa; b gee Cordeiro
b Isa. 40:4; Exaltação. de Deus.
Lc. 3:5; c gee Alegria. 80a Salm. 132:16.
Doutrina e Convênios 110:1–10 262

minical. O Profeta prefacia seu registro das manifestações com estas


palavras: “À tarde, ajudei os outros presidentes na distribuição da Ceia
do Senhor à Igreja, recebendo-a dos Doze, que tiveram o privilégio de
oficiar à mesa sagrada hoje. Após realizar esse serviço para meus irmãos,
retirei-me para o púlpito e, estando as cortinas abaixadas, curvei-me com
Oliver Cowdery em solene e silenciosa oração. Após orarmos, a seguinte
visão foi-nos dada” ( History of the Church 2:435).

1–10, O Senhor Jeová aparece em so c advogado junto ao Pai.


glória e aceita o Templo de Kirt- 5 Eis que a perdoados vos são
land como sua casa; 11–12, Moi- vossos pecados; estais limpos
sés e Elias aparecem, um de cada diante de mim; portanto erguei
vez, e transmitem suas chaves e a cabeça e regozijai-vos.
dispensações; 13–16, Elias, o pro- 6 Que se regozije o coração de
feta, volta e entrega as chaves de vossos irmãos e o coração de
sua dispensação, conforme prome- todo o meu povo, que, com sua
tido por Malaquias. força, a construiu esta casa ao
meu nome.

R ETIROU-SE o a véu de nossa


mente e abriram-se os b olhos
de nosso entendimento.
b
7 Pois eis que a aceitei esta
casa e meu nome aqui es-
tará; e manifestar-me-ei a meu
2 Vimos o Senhor de pé no povo com misericórdia nesta
parapeito do púlpito, diante de casa.
nós; e sob seus pés havia um 8 Sim, a aparecerei a meus
calçamento de ouro puro, da servos e falar-lhes-ei com mi-
cor de âmbar. nha própria voz, se meu po-
3 Seus a olhos eram como uma vo guardar meus mandamen-
labareda de fogo; os cabelos de tos e não b profanar esta casa
c
sua cabeça eram brancos como santa.
a pura neve; seu b semblante 9 Sim, os corações de milhares
resplandecia mais do que o bri- e dezenas de milhares grande-
lho do sol; e sua c voz era como mente se regozijarão em conse-
o ruído de muitas águas, sim, qüência das a bênçãos que serão
a voz de d Jeová, que dizia: derramadas e da b investidura
4 Eu sou o aprimeiro e o com que meus servos foram in-
último; sou o que b vive, sou vestidos nesta casa.
o que foi morto; eu sou vos- 10 E a fama desta casa espa-
110 1a gee Véu. d gee Jeová. 8a D&C 50:45.
b D&C 76:12, 19; 4 a gee Primogênito. b D&C 97:15–17.
136:32; 138:11. b Deut. 5:24. c gee Santo.
3 a Apoc. 1:14. c gee Advogado. 9a Gên. 12:1–3;
b Apoc. 1:16; 5 a gee Perdoar. D&C 39:15;
JS—H 1:17. 6 a D&C 109:4–5. Abr. 2:8–11.
c Eze. 43:2; 7 a II Crôn. 7:16. b D&C 95:8.
Apoc. 1:15; b gee Templo, a Casa gee Investidura,
D&C 133:21–22. do Senhor. Investir.
263 Doutrina e Convênios 110:11–16
lhar-se-á por terras estrangeiras; para nós; pois a Elias, o profeta,
e este é o princípio da bênção que fora b levado ao céu sem ex-
que será a derramada sobre a ca- perimentar a morte, apareceu
beça de meu povo. Assim seja. diante de nós e disse:
Amém. 14 Eis que é chegado plena-
11 Depois de encerrar-se esta mente o tempo proferido pela
a
visão, os céus tornaram-se a boca de Malaquias — testifican-
abrir e b Moisés apareceu diante do que ele [Elias, o profeta] seria
de nós e conferiu-nos as c cha- enviado antes que viesse o gran-
ves para d coligar Israel das de e terrível dia do Senhor —
quatro partes da Terra e trazer 15 Para a voltar o coração dos
as dez tribos da terra do e norte. pais para os filhos e os filhos
12 Depois disto, a Elias apare- para os pais, a fim de que a Ter-
ceu e conferiu-nos a b dispen- ra toda não seja ferida com
sação do c evangelho de Abraão, uma maldição —
dizendo que em nós e em nossa 16 Portanto as chaves desta dis-
semente todas as gerações de- pensação são confiadas a vos-
pois de nós seriam abençoadas. sas mãos; e assim sabereis que
13 Concluída essa visão, outra o grande e terrível a dia do Se-
grande e gloriosa visão abriu-se nhor está perto, sim, às portas.

SEÇÃO 111
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Salém,
Estado de Massachusetts, em 6 de agosto de 1836 ( History of the
Church 2:465–466). Nessa ocasião os líderes da Igreja estavam muito
endividados devido a seu trabalho no ministério. Ao ouvirem que uma
grande quantia de dinheiro estaria a sua disposição em Salém, o Profeta,
Sidney Rigdon, Hyrum Smith e Oliver Cowdery viajaram de Kirtland,
Estado de Ohio, para lá, a fim de investigar essa notícia e de pregar o
evangelho. Os irmãos resolveram vários negócios da Igreja e pregaram
um pouco. Quando se tornou evidente que não haveria dinheiro algum,
eles retornaram a Kirtland. Vários fatores importantes relacionados re-
fletem-se nas palavras desta revelação.

1–5, O Senhor atende às neces- com Sião e providenciará todas


sidades materiais de seus servos; as coisas para o bem de seus
6 –11, Ele será misericordioso servos.
10a D&C 105:12. e D&C 133:26–32. 13a gee Elias, o Profeta.
11a gee Visão. gee Israel—Dez b gee Seres
b Mt. 17:3. Tribos Perdidas. Transladados.
c gee Chaves do 12a gee Elias. 15a JS—H 1:38–39.
Sacerdócio. b gee Dispensação. gee Genealogia;
d Jacó 6:2; D&C 29:7. c Gál. 3:6–29. Salvação para os
gee Israel— gee Convênio Mortos.
Coligação de Israel. Abraâmico. 16a gee Últimos Dias.
Doutrina e Convênios 111:1–112:1 264

E U, o Senhor vosso Deus, não


estou descontente com vossa
viagem, apesar de vossa insen-
vossas a dívidas, porque vos da-
rei poder para pagá-las.
6 Não vos preocupeis com
satez. Sião, porque serei misericordio-
2 Tenho muitos tesouros pa- so com ela.
ra vós nesta cidade, para o 7 Permanecei neste lugar e nas
benefício de Sião, e muita gen- regiões circunvizinhas;
te, nesta cidade, que reunirei 8 E o lugar onde é minha von-
no devido tempo para o benefí- tade que permaneçais principal-
cio de Sião, por intermédio mente ser-vos-á indicado pela
a
de vós. paz e poder de meu Espírito,
3 Convém, portanto, que tra- que fluirá para vós.
veis conhecimento com homens 9 Esse local podereis alugar. E
desta cidade, como fordes guia- indagai diligentemente a res-
dos e como vos for indicado. peito dos habitantes mais anti-
4 E acontecerá que, no devi- gos e fundadores desta cidade;
do tempo, porei esta cidade em 10 Pois há mais de um tesouro
vossas mãos para que tenhais para vós nesta cidade.
poder sobre ela, de modo que 11 Portanto sede a prudentes
não descubram vossos planos como as serpentes, mas sem pe-
secretos; e sua riqueza no que cados; e ordenarei todas as coi-
diz respeito a ouro e prata será sas que forem para vosso b bem,
vossa. tão depressa quanto fordes ca-
5 Não vos preocupeis com pazes de recebê-las. Amém.

SEÇÃO 112
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a Thomas B.
Marsh, em Kirtland, Estado de Ohio, em 23 de julho de 1837 ( History of
the Church 2:499–501). Esta revelação contém a palavra do Senhor a
Thomas B. Marsh a respeito dos Doze Apóstolos do Cordeiro. O Profeta
relata que esta revelação foi recebida no dia em que se pregou o evangelho
pela primeira vez na Inglaterra. Nessa ocasião, Thomas B. Marsh era o
presidente do Quórum dos Doze Apóstolos.

1–10, Os Doze enviarão o evange- te os que acreditam e são batizados


lho e farão soar a voz de advertência serão salvos; 30–34, A Primeira
a todas as nações e povos; 11–15, Presidência e os Doze possuem as
Tomarão sua cruz, seguirão Jesus chaves da dispensação da plenitu-
e apascentarão suas ovelhas; 16–20, de dos tempos.
Os que recebem a Primeira Presi-
dência recebem o Senhor; 21–29,
As trevas cobrem a Terra e somen- E M verdade, assim diz o
Senhor a ti, meu servo
111 5a D&C 64:27–29. gee Paz. b Rom. 8:28;
8 a D&C 27:16. 11a Mt. 10:16. D&C 90:24; 100:15.
265 Doutrina e Convênios 112:2–13
Thomas: Ouvi tuas orações; e 7 Portanto a cinge teus lombos
tuas esmolas subiram como um para o trabalho. Que se calcem
a
memorial diante de mim, em também teus pés, pois foste es-
favor daqueles teus irmãos que colhido e teu caminho fica en-
foram escolhidos e ordenados tre as montanhas e entre mui-
para prestar testemunho de tas nações.
meu nome e b enviá-lo a todas 8 E por tua palavra muitos
as nações, tribos, línguas e po- soberbos serão a humilhados e
vos pela instrumentalidade de por tua palavra muitos humil-
meus servos. des serão exaltados.
2 Em verdade eu te digo: 9 Tua voz será uma repreen-
Havia algumas coisas em teu são para o transgressor; e, diante
coração e contigo com as quais de tua repreensão, que a língua
eu, o Senhor, não estava con- do caluniador cesse sua perver-
tente. sidade.
3 Contudo, sendo que te a hu- 10 Sê a humilde; e o Senhor teu
milhaste, serás exaltado; por- Deus te conduzirá pela mão e
tanto todos os teus pecados são dará resposta a tuas orações.
perdoados. 11 Conheço teu coração e ouvi
4 Que teu coração tenha bom tuas orações a respeito de teus
a
ânimo perante minha face; e irmãos. Não sejas parcial em
prestarás testemunho de meu relação a eles, a amando-os mais
nome, não só aos b gentios como que muitos outros, mas ama-os
também aos c judeus; e enviarás como a ti mesmo; e que sobeje
minha palavra aos confins da teu amor por todos os homens
Terra. e por todos os que amam meu
5 a Contende, portanto, toda nome.
manhã; e dia após dia emite tua 12 E ora por teus irmãos dos
b
voz de advertência; e quando Doze. Admoesta-os severamen-
vier a noite, não permitas que os te por causa de meu nome e
habitantes da Terra adormeçam que sejam admoestados por to-
por causa de tuas palavras. dos os seus pecados; e, perante
6 Que se conheça tua morada mim, sê fiel a meu a nome.
em Sião e a não removas tua ca- 13 E depois de suas a tentações
sa; porque eu, o Senhor, tenho e muitas b tribulações, eis que
uma grande obra para fazeres, eu, o Senhor, procurá-los-ei; e
proclamando meu nome entre se não endurecerem o coração e
os filhos dos homens. não enrijecerem a cerviz contra

112 1a At. 10:4. 6 a Salm. 125:1. Tomar sobre nós


b D&C 18:28. 7 a Ef. 6:13–17. o nome de Jesus
3 a Mt. 23:12; Lc. 14:11. 8 a gee Humildade, Cristo.
4 a Mt. 9:2; Jo. 16:33. Humilde, Humilhar. 13a gee Tentação,
b D&C 18:6; 90:8–9. 10a Prov. 18:12. Tentar.
c D&C 19:27. 11a Mt. 5:43–48. b Jo. 16:33;
5 a Jud. 1:3. gee Caridade; Amor. Apoc. 7:13–14;
b D&C 1:4–5. 12a gee Jesus Cristo— D&C 58:3–4.
Doutrina e Convênios 112:14–26 266
mim, serão c convertidos e curá- 20 Quem a recebe minha pa-
los-ei. lavra, a mim me recebe; e
14 Ora, digo a ti, e o que digo quem me recebe, recebe aque-
a ti digo a todos os Doze: Er- les que enviei, a Primeira Presi-
guei-vos e cingi vossos lombos; dência, a quem te dei como
tomai vossa a cruz, segui-me e conselheiros por causa de meu
b
apascentai minhas ovelhas. nome.
15 Não vos exalteis; não vos 21 E digo-te também que to-
a
rebeleis contra meu servo Jo- dos os que enviares em meu
seph; pois em verdade vos digo nome pela voz de teus irmãos,
que estou com ele e minha mão os a Doze, devidamente reco-
estará sobre ele; e as b chaves mendados e b autorizados por
que lhe dei, como também a ti, terão poder para abrir a por-
vós, não serão tiradas dele até ta de meu reino a toda nação a
que eu venha. que os enviares —
16 Em verdade eu te digo, 22 Caso eles se humilhem pe-
meu servo Thomas: És o homem rante mim e obedeçam a minha
que escolhi para possuir as cha- palavra e a dêem ouvidos à voz
ves de meu reino, no que diz de meu Espírito.
respeito aos Doze, entre todas 23 Em verdade, em verdade eu
as nações — te digo: a Trevas cobrem a Terra
17 A fim de que sejas meu ser- e densa escuridão a mente do
vo, para abrir a porta do reino povo; e toda carne b corrompeu-
em todos os lugares em que o se diante de minha face.
meu servo Joseph e meu servo 24 Eis que a a vingança cairá
a
Sidney e meu servo b Hyrum rapidamente sobre os habitan-
não puderem ir; tes da Terra, um dia de ira, um
18 Porque sobre eles, por al- dia de queima, um dia de deso-
gum tempo, depositei o fardo lação, de b pranto, de luto e de
de todas as igrejas. lamentação; e, como uma tor-
19 Portanto, aonde quer que menta, cairá sobre toda a face
eles te mandarem, vai, e estarei da Terra, diz o Senhor.
contigo; e em todo lugar que 25 E sobre minha casa a princi-
proclamares meu nome, uma piará e de minha casa espalhar-
a
porta eficaz ser-te-á aberta, pa- se-á, diz o Senhor;
ra que recebam minha palavra. 26 Primeiro entre os de vós,

13c 3 Né. 18:32. Sacerdócio. Obediente.


gee Conversão, 17a gee Rigdon, Sidney. 23a Isa. 60:2;
Converter. b gee Smith, Hyrum. Miq. 3:6;
14a Mt. 16:24. 19a I Cor. 16:9; D&C 38:11.
tjs, Mt. 16:25–26; D&C 118:3. gee Apostasia—
Lc. 9:23. 20a D&C 84:35–38. Apostasia da igreja
b Jo. 21:15–17. 21a D&C 107:34–35. cristã primitiva.
15a gee Rebeldia, b gee Autoridade. b D&C 10:20–23.
Rebelião. 22a gee Atender, 24a gee Vingança.
b D&C 28:7. Escutar; Obedecer, b D&C 124:8.
gee Chaves do Obediência, 25a I Ped. 4:17–18.
267 Doutrina e Convênios 112:27–34
diz o Senhor, que a professaram dias esses que abrangem a c dis-
conhecer meu nome e não me pensação da plenitude dos tem-
b
conheceram; e c blasfemaram pos.
contra mim no meio da minha 31 Poder que possuís junta-
casa, diz o Senhor. mente com todos os que recebe-
27 Portanto vede que não vos ram uma dispensação em qual-
preocupeis com os negócios da quer tempo, desde o começo da
minha igreja neste lugar, diz o criação;
Senhor. 32 Pois em verdade vos digo:
28 Mas a purificai o coração As a chaves da dispensação que
diante de mim; e depois b ide recebestes foram b transmitidas
por todo o mundo e pregai meu pelos antepassados e, finalmen-
evangelho a toda criatura que te, enviadas do céu a vós.
não o tiver recebido; 33 Em verdade vos digo: Vede
29 E o que a crer e for b batizado quão grandioso é vosso chama-
será salvo; e o que não crer e do. a Purificai o coração e vos-
não for batizado será c condena- sas vestes, para que o sangue
do. desta geração não seja b requeri-
30 Pois a vós, os a Doze, e do de vossas mãos.
àqueles que forem convosco 34 Sede fiéis até que eu venha,
designados para ser vossos pois depressa a venho; e meu ga-
conselheiros e vossos líderes, a lardão está comigo para recom-
b
Primeira Presidência, é dado o pensar cada homem de acordo
poder deste sacerdócio para os com suas b obras. Eu sou o Alfa
últimos dias e pela última vez, e o Ômega. Amém.

SEÇÃO 113

Respostas a certas perguntas sobre os escritos de Isaías, dadas por Joseph


Smith, o Profeta, em março de 1838 ( History of the Church 3:9–10).

1–6, Identificam-se o Tronco de centes dispersos de Sião têm direi -


Jessé, o rebento que dele brotaria e to ao sacerdócio e são chamados
a raiz de Jessé; 7–10, Os remanes- para voltar ao Senhor.

26a Mt. 7:21–23; D&C 20:25–26. gee Dispensação.


D&C 41:1; 56:1. b gee Batismo, Batizar. 32a D&C 110:11–16.
b Lc. 6:46; c gee Condenação, gee Chaves do
Mos. 26:24–27; Condenar. Sacerdócio.
3 Né. 14:21–23. 30a gee Apóstolo. b Abr. 1:2–3.
c gee Blasfemar, b gee Primeira 33a Jacó 1:19.
Blasfêmia. Presidência. b D&C 72:3.
28a gee Pureza, Puro. c Ef. 1:10; 34a Apoc. 22:7, 12;
b Mc. 16:15–16. D&C 27:13; D&C 49:28; 54:10.
29a Mórm. 9:22–23; 124:40–42. b gee Obras.
Doutrina e Convênios 113:1–114:1 268

Q UEM é o Tronco de a Jessé


mencionado nos versículos
1, 2, 3, 4 e 5 do capítulo 11 de
capítulo 52 de Isaías, que diz:
Veste-te da tua fortaleza, ó
Sião — e a que povo se referia
Isaías? Isaías?
2 Em verdade, assim diz o Se- 8 Referia-se àqueles a quem
nhor: É Cristo. Deus chamaria nos últimos dias,
3 O que é o rebento menciona- que possuiriam o poder do sa-
do no primeiro versículo do ca- cerdócio para fazer a Sião voltar
pítulo 11 de Isaías, que brotaria e efetuar a redenção de Israel; e
do Tronco de Jessé? vestir a sua b fortaleza é vestir-se
4 Eis que assim diz o Senhor: É da autoridade do sacerdócio, à
um servo nas mãos de Cristo, qual ela, Sião, tem c direito por li-
que em parte é descendente de nhagem; também, para voltar ao
Jessé assim como de a Efraim, poder que perdera.
ou seja, da casa de José, a quem 9 O que devemos entender por
foi dado muito b poder. Sião soltando-se das cadeias de
5 O que é a raiz de Jessé men- seu pescoço, no versículo 2?
cionada no versículo 10 do ca- 10 Devemos entender que os
pítulo 11? remanescentes a dispersos são
6 Eis que assim diz o Senhor: É exortados a b regressar ao Se-
um descendente de Jessé, as- nhor, de quem se afastaram; se
sim como de José, a quem por o fizerem, o Senhor promete
direito pertencem o sacerdócio que lhes falará ou lhes dará re-
e as a chaves do reino, posto por velações. Ver os versículos 6, 7
b
estandarte e para a c coligação e 8. As cadeias de seu pescoço
de meu povo nos últimos dias. são as maldições de Deus sobre
7 Perguntas de Elias Higbee: ela, ou seja, os remanescentes
Qual o significado da ordem de Israel em sua dispersão en-
dada no primeiro versículo do tre os gentios.

SEÇÃO 114
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far West,
Estado de Missouri, em 17 de abril de 1838 ( History of the Church
3:23).

1–2, Os cargos da Igreja ocupados


por aqueles que não são fiéis serão
dados a outros.
E M verdade assim diz o Se-
nhor: É prudente que meu
servo David W. Patten resolva
113 1a gee Jessé. b D&C 45:9. c gee Primogenitura.
4 a Gên. 41:50–52; gee Estandarte. 10a gee Israel—
D&C 133:30–34. c gee Israel— Dispersão de
gee Efraim. Coligação de Israel.
b gee Poder. Israel. b Osé. 3:4–5;
6 a gee Chaves do 8 a gee Sião. 2 Né. 6:11.
Sacerdócio. b D&C 82:14.
269 Doutrina e Convênios 114:2–115:7
todos os seus negócios logo nome e levar alegres novas a
que possível e disponha de sua todo o mundo.
mercadoria a fim de realizar 2 Pois em verdade assim diz o
uma missão para mim, na pró- Senhor: Visto que há entre vós al-
xima primavera, em companhia guns que negam meu nome, ou-
de outros, sim, doze incluindo tros serão a postos em seu blugar
ele próprio, para testificar meu e receberão seu bispado. Amém.

SEÇÃO 115
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far West,
Estado de Missouri, em 26 de abril de 1838, informando a vontade do
Senhor concernente ao desenvolvimento do lugar e à construção da casa
do Senhor ( History of the Church 3:23–25). Esta revelação é dirigida
aos oficiais presidentes da Igreja.

1–4, O Senhor dá a sua igreja o no- nha Igreja em Sião, pois assim
me de A Igreja de Jesus Cristo dos será chamada, e a todos os él-
Santos dos Últimos Dias; 5–6, Sião deres e ao povo de minha Igreja
e suas estacas são lugares de defesa de Jesus Cristo dos Santos dos
e refúgio para os santos; 7–16, Or- Últimos Dias, dispersos por to-
dena-se aos santos que construam do o mundo;
uma casa do Senhor em Far West; 4 Pois assim será a minha a igre-
17–19, Joseph Smith possui as cha- ja chamada nos últimos dias,
ves do reino de Deus na Terra. sim, bA Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias.

E M verdade, assim vos diz o


Senhor, meu servo a Joseph
Smith Júnior e também meu
5 Em verdade eu digo a vós to-
dos: a Erguei-vos e brilhai, para
que vossa luz seja um b estan-
servo b Sidney Rigdon e também darte para as nações;
meu servo c Hyrum Smith e vos- 6 E para que a a reunião na ter-
sos conselheiros que são e serão ra de b Sião e em suas c estacas
designados daqui em diante; seja uma defesa e um d refúgio
2 E também a ti, meu servo contra a tempestade e contra a
a
Edward Partridge, e a teus con- ira, quando for e derramada, sem
selheiros; mistura, sobre toda a Terra.
3 E também a meus servos 7 Que a cidade de Far West se-
fiéis do sumo conselho de mi- ja uma terra santa e consagrada

114 2a D&C 118:1, 6. 4 a 3 Né. 27:4–8. Coligação de Israel.


b D&C 64:40. b gee Igreja de Jesus b gee Sião.
115 1a gee Smith, Joseph, Cristo dos Santos c D&C 101:21.
Júnior. dos Últimos Dias, A. gee Estaca.
b gee Rigdon, Sidney. 5 a Isa. 60:1–3. d Isa. 25:1, 4;
c gee Smith, Hyrum. b Isa. 11:12. D&C 45:66–71.
2 a gee Partridge, gee Estandarte. e Apoc. 14:10;
Edward. 6 a gee Israel— D&C 1:13–14.
Doutrina e Convênios 115:8–116:1 270
a mim; e será chamada santíssi- 14 Mas que se construa uma
ma, pois o chão em que vos en- casa a meu nome, conforme o
contrais é a santo. a
modelo que lhes mostrarei.
8 Portanto eu vos ordeno a que 15 E se meu povo não a cons-
me construais uma casa, para a truir de acordo com o modelo
reunião de meus santos, a fim que eu mostrar a sua presidên-
de que eles me b adorem. cia, não a aceitarei de suas mãos.
9 E que se inicie essa obra e 16 Mas se meu povo a cons-
um alicerce e o trabalho prepa- truir de acordo com o modelo
ratório neste próximo verão; que mostrarei a sua presidên-
10 E que o início seja em qua- cia, sim, meu servo Joseph e
tro de julho próximo; e, daí em seus conselheiros, então a acei-
diante, que meu povo trabalhe tarei das mãos de meu povo.
diligentemente na construção 17 E também, em verdade vos
de uma casa a meu nome; digo que é minha vontade que
11 E que daqui a a um ano, a a cidade de Far West seja edifi-
partir deste dia, recomecem a cada depressa pela reunião de
colocar o alicerce da minha b casa. meus santos;
12 Assim, que deste tempo em 18 E também que outros luga-
diante trabalhem diligentemen- res sejam designados para a es-
te até que esteja terminada, des- tacas nas regiões circunvizi-
de a pedra angular até o teto, até nhas, como forem indicados a
que nada reste inacabado. meu servo Joseph, de tempos
13 Em verdade vos digo: Que em tempos.
meu servo Joseph e meu servo 19 Pois eis que eu estarei com
Sidney e meu servo Hyrum não ele e santificá-lo-ei perante o po-
contraiam mais dívidas por cau- vo; pois a ele dei as a chaves des-
sa da construção de uma casa a te reino e ministério. Assim seja.
meu nome; Amém.

SEÇÃO 116
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, perto da Balsa de Wight, em
um lugar chamado Spring Hill, no Condado de Daviess, Estado de Mis-
souri, em 19 de maio de 1838 ( History of the Church 3:35).

O SENHOR chama Spring


Hill de aAdão-ondi-Amã,
porque, disse ele, é o lugar ao
seu povo, ou melhor, onde o
c
Ancião de Dias se assentará,
como mencionado por Daniel,
qual b Adão virá para visitar o profeta.

7a gee Santo. 14a Heb. 8:5; Sacerdócio.


8a D&C 88:119; 95:8. D&C 97:10. 116 1a D&C 78:15.
b gee Adorar. 18a D&C 101:21. gee Adão-ondi-Amã.
11a D&C 118:5. gee Estaca. b gee Adão.
b D&C 124:45–54. 19a gee Chaves do c Dan. 7:13–14, 22.
271 Doutrina e Convênios 117:1–11
SEÇÃO 117
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far West,
Estado de Missouri, em 8 de julho de 1838, concernente aos deveres
imediatos de William Marks, Newel K. Whitney e Oliver Granger ( His-
tory of the Church 3:45–46).

1–9, Os servos do Senhor não de- do mar e os animais das monta-


veriam cobiçar coisas materiais, nhas? Não fiz eu a Terra? Não
pois “o que é propriedade para o tenho em minhas mãos o a des-
Senhor?”; 10–16, Eles devem re- tino de todos os exércitos das
nunciar à pequenez de alma e seus nações da Terra?
sacrifícios serão sagrados para o 7 Portanto não farei eu com
Senhor. que a lugares solitários brotem
e floresçam e produzam em

E M verdade, assim diz o Se-


nhor a meu servo William
Marks e também a meu servo
abundância? diz o Senhor.
8 Não há lugar suficiente nas
montanhas de a Adão-ondi-Amã
Newel K. Whitney: Que resol- e nas planícies de Olaa b Sineá,
vam seus negócios rapidamen- ou seja, a c terra onde Adão ha-
te e partam da terra de Kirtland bitou, de modo que cobiçais
antes que eu, o Senhor, torne a aquilo que é apenas uma gota e
enviar neve sobre a terra. negligenciais assuntos de maior
2 Que acordem e se ergam e importância?
prossigam e não se demorem, 9 Portanto subi à terra de meu
porque eu, o Senhor, o ordeno. povo, ou melhor, Sião.
3 Portanto, caso se demorem, 10 Que meu servo William
não será bom para eles. Marks seja a fiel sobre poucas
4 Que se arrependam de todos coisas e será governante de mui-
os seus pecados e de todas as tas. Que presida no meio de
suas cobiças perante mim, diz meu povo, na cidade de Far
o Senhor; pois o que é a proprie- West, e que seja abençoado com
dade para mim? diz o Senhor. as bênçãos de meu povo.
5 Que as propriedades de 11 Que meu servo Newel K.
Kirtland sejam dadas em paga- Whitney se envergonhe do ban-
mento de a dívidas, diz o Se- do dos a nicolaítas e de todas as
nhor. Deixai-as ir, diz o Senhor, suas b abominações secretas e de
e o que restar, que fique em toda a sua pequenez de alma
vossas mãos, diz o Senhor. perante mim, diz o Senhor, e
6 Pois não pertencem a mim as suba à terra de Adão-ondi-Amã
aves do céu e também os peixes e seja um c bispo para meu po-

117 4a D&C 104:14. D&C 49:24–25. 10a Mt. 25:23.


5 a D&C 104:78. 8 a D&C 116:1. 11a Apoc. 2:6, 15.
6 a At. 17:26; gee Adão-ondi-Amã. b gee Combinações
1 Né. 17:36–39. b Abr. 3:13. Secretas.
7 a Isa. 35:1; c gee Éden. c gee Bispo.
Doutrina e Convênios 117:12–118:4 272
vo, diz o Senhor, não no nome, sa à terra de Sião; e no devido
mas em ações, diz o Senhor. tempo se fará comerciante ao
12 E também vos digo: Lem- meu nome, diz o Senhor, para
bro-me de meu servo a Oliver benefício de meu povo.
Granger; eis que em verdade lhe 15 Portanto, que nenhum ho-
digo que seu nome será conser- mem despreze meu servo Oliver
vado em lembrança sagrada de Granger, mas que as bênçãos de
geração em geração, para todo meu povo estejam com ele para
o sempre, diz o Senhor. todo o sempre.
13 Portanto, que pleiteie sin- 16 E também, em verdade vos
ceramente a redenção da Pri- digo: Que todos os meus servos
meira Presidência da minha da terra de Kirtland se lembrem
igreja, diz o Senhor; e, quando do Senhor seu Deus e também
ele cair, tornará a erguer-se, pois da minha casa; e conservem e
seu a sacrifício ser-me-á mais sa- preservem sua santidade; e der-
grado que seu crescimento, diz rubem os cambistas no meu pró-
o Senhor. prio e devido tempo, diz o Se-
14 Portanto, que suba depres- nhor. Assim seja. Amém.

SEÇÃO 118
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far West,
Estado de Missouri, em 8 de julho de 1838, em resposta à seguinte súpli-
ca: “Mostra-nos a tua vontade, ó Senhor, concernente aos Doze” ( His-
tory of the Church 3:46).

1–3, O Senhor suprirá as famílias 3 Que os restantes continuem a


dos Doze; 4–6, Preenchem-se as pregar a partir de então; e se o
vagas nos Doze. fizerem com o coração submis-
so, com mansidão e a humildade

E M verdade assim diz o Se-


nhor: Realize-se uma con-
ferência imediatamente; organi-
e b longanimidade, eu, o Senhor,
prometo-lhes que suprirei a
suas famílias; e uma porta eficaz
zem-se os Doze; e designem-se ser-lhes-á aberta daí em diante.
homens para a tomar o lugar da- 4 E na próxima primavera,
queles que caíram. saiam para atravessar as gran-
2 Que meu servo a Thomas per- des águas e ali promulgar meu
maneça durante um tempo na evangelho em sua plenitude
terra de Sião para publicar mi- e prestar testemunho de meu
nha palavra. nome.
12a ie o representante 13a gee Sacrifício. 3 a gee Humildade,
deixado pelo Profeta 118 1a At. 1:13, 16–17, Humilde, Humilhar.
para resolver seus 22–26. b gee Perseverar.
negócios em 2 a gee Marsh,
Kirtland. Thomas B.
273 Doutrina e Convênios 118:5–119:5
5 Que se despeçam de meus também meu servo John E. Page
santos da cidade de Far West, e também meu servo Wilford
no dia vinte e seis de abril pró- Woodruff e também meu servo
ximo, no local onde será cons- Willard Richards sejam designa-
truída a minha casa, diz o dos para tomar o lugar daqueles
Senhor. que caíram e sejam oficialmente
6 Que meu servo John Taylor e notificados de sua designação.

SEÇÃO 119
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far West,
Estado de Missouri, em 8 de julho de 1838, em resposta à seguinte súpli-
ca: “Ó Senhor! Mostra a teu servo quanto requeres dos bens de teu povo
como dízimo.” ( History of the Church 3:44). A lei do dízimo, como é
compreendida hoje, não havia sido dada à Igreja antes desta revelação. O
termo dízimo, na oração acima citada e em revelações anteriores (64:23;
85:3; 97:11), referia-se não exatamente à décima parte, mas a todas as
ofertas voluntárias ou contribuições para os fundos da Igreja. O Senhor
dera anteriormente à Igreja a lei de consagração e mordomia de bens,
aceita pelos membros (principalmente os élderes dirigentes) por meio de
um convênio que deveria ser eterno. Por muitos terem deixado de obede-
cer a este convênio, o Senhor revogou-o por um tempo e deu, em seu
lugar, a lei do dízimo para toda a Igreja. O Profeta perguntou ao Senhor
quanto requeria de seus bens para propósitos sagrados. A resposta foi
esta revelação.

1–5, Os santos devem pagar o ex- cio; e para as dívidas da Presi-


cedente de seus bens e depois dar, dência de minha Igreja.
como dízimo, a décima parte de 3 E este será o início do a dízi-
seus ganhos anualmente; 6–7, Es- mo de meu povo.
se procedimento santificará a terra 4 E depois disso, os que assim
de Sião. tiverem pagado o dízimo paga-
rão a décima parte de toda a sua

E M verdade assim diz o Se-


nhor: Exijo que todos os seus
bens a excedentes sejam entre-
renda anual; e isto será uma lei
permanente para eles, para meu
santo sacerdócio, diz o Senhor.
gues nas mãos do bispo da mi- 5 Em verdade vos digo: Acon-
nha igreja em Sião, tecerá que todos os que se reu-
2 Para a construção de minha nirem na terra de a Sião darão
a
casa e para a colocação do ali- seus bens excedentes como dí-
cerce de Sião e para o sacerdó- zimo e observarão esta lei; caso
119 1a D&C 42:33–34, 55; 3 a D&C 64:23; 5 a D&C 57:2–3.
51:13; 82:17–19. Mal. 3:8–12.
2 a D&C 115:8. gee Dízimos.
Doutrina e Convênios 119:6–121:2 274
contrário, não serão considera- meus estatutos e os meus juízos,
dos dignos de habitar entre vós. para que seja santíssima, eis que
6 E digo-vos: Se meu povo não em verdade vos digo: Ela não
observar esta lei para santificá- será para vós uma terra de Sião.
la e, por esta lei, não santificar a 7 E isto será um modelo para
terra de a Sião para mim, a fim todas as a estacas de Sião. Assim
de que nela sejam guardados os seja. Amém.

SEÇÃO 120

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Far West,


Estado de Missouri, em 8 de julho de 1838, tornando conhecida a dispo-
sição dos bens dados como dízimo, conforme indicado na revelação ante-
rior, a seção 119 ( History of the Church 3:44).

E M verdade assim diz o Se-


nhor: Chegado é o tempo
em que a sua distribuição será
de minha Igreja e do bispo e
seu conselho e de meu sumo
conselho; e por minha própria
feita por um conselho com- voz a eles, diz o Senhor. Assim
posto da Primeira Presidência seja. Amém.

SEÇÃO 121

Oração e profecias escritas por Joseph Smith, o Profeta, enquanto prisio-


neiro na cadeia de Liberty, Estado de Missouri, datadas de 20 de março de
1839 ( History of the Church 3:289–300). O Profeta e vários compa-
nheiros estavam na prisão havia meses. Suas solicitações e apelos, dirigi-
dos aos representantes dos poderes executivo e judiciário, não haviam
resolvido a situação.

1–6, O Profeta suplica ao Senhor muitos são chamados e poucos es -


em favor dos santos que estão so- colhidos; 41–46, O sacerdócio de-
frendo; 7–10, O Senhor transmite- ve ser usado apenas em retidão.
lhe paz; 11–17, Amaldiçoados são
os que levantam falsas acusações
de transgressão contra o povo do
Senhor; 18–25, Não terão direito
Ó DEUS, onde estás? E onde
está o pavilhão que cobre
teu a esconderijo?
ao sacerdócio e serão amaldiçoa- 2 aAté quando tua mão será
dos; 26–32, Prometem-se glorio- retida e teu olho, sim, teu olho
sas revelações aos que persevera- puro, contemplará dos eternos
rem valentemente; 33–40, Porque céus os agravos contra teu
6 a gee Sião. 120 1a ie dízimo. 102:1–2.
7 a gee Estaca. 121 1a Salm. 13:1–2; 2 a Hab. 1:2.
275 Doutrina e Convênios 121:3–16
povo e contra teus servos e teu narão a saudar-te com coração
ouvido será penetrado por seus caloroso e com mãos amistosas.
lamentos? 10 Ainda não estás como a Jó;
3 Sim, ó Senhor, a até quando teus amigos não discutem con-
suportarão esses agravos e essas tigo nem te acusam de trans-
opressões ilícitas, antes que se gressão, como fizeram a Jó.
abrande teu coração e tuas en- 11 A esperança dos que te
tranhas deles se compadeçam? acusam de transgressão será
4 Ó Senhor Deus a Todo-Pode- destruída e suas expectativas
roso, criador do céu, da Terra e derreter-se-ão como a a geada
dos mares e de tudo o que neles branca se derrete aos raios ar-
há; e que controlas e sujeitas o dentes do sol nascente;
diabo e o escuro e tenebroso 12 E Deus também pôs a mão e
domínio de Seol — estende tua o seu selo para mudar os a tem-
mão; que teu olho penetre; que pos e as estações e para cegar-
se erga teu pavilhão; que já não lhes a mente, a fim de que não
se cubra teu b esconderijo; que compreendam suas obras ma-
teu ouvido se incline; que se ravilhosas; também para que os
abrande teu coração e que se possa provar e surpreender em
compadeçam de nós tuas en- sua própria astúcia;
tranhas. 13 Também porque seu co-
5 Que se acenda tua ira con- ração é corrupto; e que as coi-
tra nossos inimigos; e, na fúria sas que desejam causar aos ou-
de teu coração, com tua espada tros e que se deleitam em que
a
vinga-nos dos agravos que so- os outros sofram recaiam sobre
a
fremos. eles mesmos em alto grau;
6 Lembra-te de teus santos que 14 Para que também se desa-
estão sofrendo, ó nosso Deus; e pontem e desvaneçam-se suas
teus servos regozijar-se-ão em esperanças;
teu nome para sempre. 15 E daqui a alguns anos, que
7 Meu filho, paz seja com tua eles e sua posteridade sejam var-
alma; tua a adversidade e tuas ridos de debaixo do céu, diz
aflições não durarão mais que Deus; que não reste qualquer
um momento; deles para permanecer junto à
8 E então, se as a suportares muralha.
bem, Deus te exaltará no alto; 16 Amaldiçoados são todos os
triunfarás sobre todos os teus que levantarem o calcanhar con-
inimigos. tra meus a ungidos, diz o Senhor;
9 Teus a amigos apóiam-te e tor- e proclamarem terem eles b peca-

3a D&C 109:49. gee Perseverar. 1 Né. 14:3.


4a gee Onipotente. 9a D&C 122:3. 16a I Sam. 26:9;
b D&C 123:6. 10a gee Jó. Salm. 105:15.
5a Lc. 18:7–8. 11a Êx. 16:14. b 2 Né. 15:20;
7a gee Adversidade. 12a Dan. 2:21. Morô. 7:14, 18.
8a I Ped. 2:19–23. 13a Prov. 28:10;
Doutrina e Convênios 121:17–31 276
do quando não pecaram peran- mento rápido, a seu próprio
te mim, diz o Senhor, mas fize- tempo, para todos eles;
ram o que era agradável a meus 25 Pois cada homem tem um
a
olhos e que eu lhes ordenara. tempo designado, de acordo
17 Mas os que clamam trans- com suas b obras.
gressão, fazem-no porque são, 26 Deus vos dará a conhecimen-
eles mesmos, servos do pecado to, por seu b Santo Espírito, sim,
e a filhos da desobediência. pelo indescritível c dom do Espí-
18 E os que juram falsamente rito Santo, conhecimento esse
contra meus servos, para levá- que não foi revelado desde a
los à escravidão e à morte — fundação do mundo até agora;
19 Ai deles; porque a ofende- 27 O qual nossos antepassa-
ram meus pequeninos serão se- dos aguardaram com ansieda-
parados das b ordenanças de de que se revelasse nos últimos
minha casa. tempos e que lhes foi indicado
20 Suas a cestas não se enche- pelos anjos como estando reser-
rão, suas casas e seus celeiros vado para a plenitude de sua
perecerão e eles próprios serão glória;
desprezados por aqueles que os 28 Um tempo futuro, no qual
a
lisonjeavam. nada será retido — se há um
21 Eles não terão direito ao Deus ou muitos b deuses, eles
a
sacerdócio nem sua posterida- serão manifestados.
de depois deles, de geração em 29 Todos os tronos e domínios,
geração. principados e poderes serão a re-
22 a Melhor lhes fora que uma velados e concedidos a todos os
pedra de moinho lhes tivesse que tiverem perseverado valen-
sido amarrada ao pescoço, afo- temente por causa do evangelho
gando-os no fundo do mar. de Jesus Cristo.
23 Ai de todos os que afligem 30 E também, se existem a limi-
meu povo e expulsam-nos e tes determinados para os céus
matam e testificam contra eles, ou para os mares, ou para a
diz o Senhor dos Exércitos; uma terra seca, ou para o sol, lua, ou
a
geração de víboras não esca- estrelas —
pará à condenação do inferno. 31 Todos os tempos de suas
24 Eis que meus olhos a vêem e revoluções, todos os dias, meses
conhecem todas as suas obras; e anos designados; e todos os
e tenho em reserva um b julga- dias de seus dias, meses e anos;

17a Ef. 5:6. gee Julgar. 98:12.


19a Mt. 18:6. 25a Jó 7:1; D&C 122:9. b Salm. 82:1, 6;
gee Ofender. b gee Obras. Jo. 10:34–36;
b gee Ordenanças. 26a Dan. 2:20–22; I Cor. 8:5–6;
20a Deut. 28:15–20. RF 1:9. D&C 76:58; 132:20;
21a gee Sacerdócio. gee Revelação. Abr. 4:1; 5:1–2.
22a Mt. 18:6; D&C 54:5. b D&C 8:2–3. 29a D&C 101:32.
23a Mt. 12:34. c gee Dom do 30a Jó 26:7–14;
24a gee Onisciente. Espírito Santo. Salm. 104:5–9;
b Hel. 8:25. 28a D&C 42:61; 76:7–8; At. 17:26.
277 Doutrina e Convênios 121:32–41
e todas as suas glórias, leis e que os poderes do céu não po-
tempos determinados serão re- dem ser controlados nem exer-
velados nos dias da a dispensação cidos a não ser de acordo com
da plenitude dos tempos — os princípios da c retidão.
32 De acordo com o que foi de- 37 Que eles nos podem ser con-
terminado, no meio do a Conse- feridos, é verdade; mas quando
lho do Eterno b Deus de todos nos propomos a a encobrir nos-
os outros deuses, antes que este sos bpecados ou satisfazer
mundo existisse, que seria re- nosso c orgulho, nossa vã am-
servado para seu cumprimento bição ou exercer controle ou
e fim, quando todo homem en- domínio ou coação sobre a al-
trar em sua c presença eterna e ma dos filhos dos homens, em
em seu d descanso imortal. qualquer grau de iniqüidade,
33 Até quando podem águas eis que os céus se d afastam; o
correntes permanecer impuras? Espírito do Senhor se magoa e,
Que poder deterá os céus? Se- quando se afasta, amém para
ria tão inútil o homem estender o sacerdócio ou a autoridade
seu braço débil para deter o rio desse homem.
Missouri em seu curso ou fazê- 38 Eis que, antes de o perceber,
lo ir correnteza acima, como o é abandonado a si mesmo, para
a
seria impedir que o Todo-Pode- recalcitrar contra os aguilhões,
roso derramasse a conhecimento b
perseguir os santos e lutar con-
do céu sobre a cabeça dos santos tra Deus.
dos últimos dias. 39 Aprendemos, por tristes
34 Eis que muitos são a chama- experiências, que é a a natureza
dos, mas poucos são b escolhidos. e índole de quase todos os ho-
E por que não são escolhidos? mens, tão logo suponham ter
35 Porque seu coração está tão adquirido um pouco de autori-
fixo nas coisas deste a mundo e dade, começar a exercer ime-
aspiram tanto às b honras dos diatamente domínio injusto.
homens, que eles não apren- 40 Portanto muitos são chama-
dem esta lição: dos, mas poucos são escolhidos.
36 Que os a direitos do sacer- 41 Nenhum poder ou influên-
dócio são inseparavelmente li- cia pode ou deve ser mantido
gados com os b poderes do céu e em virtude do sacerdócio, a

31a gee Dispensação. gee Conhecimento. 36a gee Sacerdócio;


32a gee Conselho 34a Mt. 20:16; 22:1–14; Autoridade.
nos Céus. D&C 95:5–6. b gee Poder.
b Deut. 10:17. gee Chamado, c gee Retidão.
c gee Homem, Chamado por Deus, 37a Prov. 28:13.
Homens—Seu Chamar. b gee Pecado.
potencial de se b gee Escolhido c gee Orgulho.
tornar como o (adjetivo ou d D&C 1:33.
Pai Celestial. sustantivo). 38a At. 9:5.
d gee Descansar, 35a gee Mundanismo. b gee Perseguição,
Descanso. b Mt. 6:2; Perseguir.
33a D&C 128:19. 2 Né. 26:29. 39a gee Homem Natural.
Doutrina e Convênios 121:42–122:4 278
não ser com a persuasão, com 45 Que tuas entranhas tam-
b
longanimidade, com brandu- bém sejam cheias de caridade
ra e mansidão e com amor não para com todos os homens e
fingido; para com a família da fé; e que
42 Com bondade e conheci- a a virtude adorne teus b pensa-
mento puro, que grandemente mentos incessantemente; então
expandirão a alma, sem a hipo- tua confiança se fortalecerá na
crisia e sem b dolo — presença de Deus; e a doutrina
43 a Reprovando prontamente do sacerdócio destilar-se-á so-
com firmeza, quando movido bre tua alma como o c orvalho
pelo Espírito Santo; e depois, do céu.
mostrando então um b amor 46 O a Espírito Santo será teu
maior por aquele que repreen- companheiro constante, e teu
deste, para que ele não te jul- cetro, um cetro imutável de re-
gue seu inimigo; tidão e verdade; e teu b domínio
44 Para que ele saiba que tua será um domínio eterno e, sem
fidelidade é mais forte que os ser compelido, fluirá para ti
laços da morte. eternamente.

SEÇÃO 122
A palavra do Senhor a Joseph Smith, o Profeta, enquanto prisioneiro na
cadeia de Liberty, Estado de Missouri, em março de 1839 ( History of
the Church 3:300–301).

1–4, Os confins da Terra indagarão selho e autoridade e bênçãos sob


a respeito do nome de Joseph Smith; tuas mãos constantemente.
5–7, Todos os seus riscos e dores lhe 3 E teu povo nunca se voltará
servirão de experiência e serão para contra ti pelo testemunho de
o seu bem; 8–9, O Filho do Homem traidores.
desceu abaixo de todos eles. 4 E embora a influência deles
te lance em dificuldades e em

O S confins da Terra indaga-


rão a respeito de teu a nome
e tolos zombarão de ti e o infer-
grades e paredes, considerar-te-
ão com honra; e, a dentro em
pouco, tua voz será mais terrí-
no se enfurecerá contra ti; vel no meio de teus inimigos do
2 Enquanto os puros de co- que o b leão feroz, por causa de
ração e os prudentes e os nobres tua retidão; e teu Deus estará a
e os virtuosos procurarão a con- teu lado para todo o sempre.

41a I Ped. 5:1–3. b gee Caridade; b Dan. 7:13–14.


b II Cor. 6:4–6. Amor. 122 1a JS—H 1:33.
42a Tg. 3:17. 45a gee Virtude. 2 a gee Aconselhar,
b gee Dolo. b gee Pensamentos. Conselho.
43a gee Castigar, c Deut. 32:1–2; 4 a D&C 121:7–8.
Castigo, Corrigir, D&C 128:19. b 3 Né. 20:16–21; 21:12.
Repreender. 46a gee Espírito Santo.
279 Doutrina e Convênios 122:5–9
5 Se te for requerido sofrer tri- nas mãos de assassinos e rece-
bulações; se te encontrares em beres sentença de morte; se fo-
perigo entre os falsos irmãos; se res lançado no a abismo; se va-
te encontrares em perigo entre gas encapeladas conspirarem
salteadores; se te encontrares em contra ti; se ventos furiosos se
perigo na terra ou no mar; tornarem teus inimigos; se os
6 Se fores acusado de toda céus se cobrirem de escuridão e
sorte de falsidades; se teus todos os elementos se unirem
inimigos caírem sobre ti; se para obstruir o caminho; e, aci-
eles te arrancarem do convívio ma de tudo, se as próprias man-
de teu pai e mãe e irmãos e díbulas do b inferno escancara-
irmãs; e se com uma espada rem a boca para tragar-te, sabe,
desembainhada teus inimigos meu filho, que todas essas coi-
te arrancarem do seio de tua sas te servirão de c experiência
esposa e de tua prole; e teu e serão para o teu bem.
filho mais velho, embora com 8 O a Filho do Homem b desceu
apenas seis anos de idade, abaixo de todas elas. És tu maior
agarrar-se a tuas vestes e dis- do que ele?
ser: Meu pai, meu pai, por que 9 Portanto persevera em teu
não podes ficar conosco? Ó caminho e o sacerdócio a perma-
meu pai, o que os homens vão necerá contigo; pois os b limites
fazer contigo? e se então ele for deles estão determinados e não
arrancado de ti pela espada e podem ultrapassá-los. Teus c dias
fores arrastado para a prisão e são conhecidos e teus anos não
teus inimigos te rondarem co- serão diminuídos; portanto d não
mo a lobos procurando o san- temas o que o homem possa fa-
gue do cordeiro; zer, pois Deus estará contigo pa-
7 E se fores lançado na cova ou ra todo o sempre.

SEÇÃO 123
Deveres dos santos com relação a seus perseguidores, como indicado por
Joseph Smith, o Profeta, enquanto prisioneiro na cadeia de Liberty, Esta-
do de Missouri, em março de 1839 ( History of the Church 3:302–303).

1–6, Os santos devem compilar e falsas crenças também leva à per-


publicar um relato de seus sofri- seguição dos santos; 11–17, Mui-
mentos e perseguições; 7–10, O tas pessoas, dentre todas as seitas,
mesmo espírito que estabeleceu as ainda receberão a verdade.

6 a Lc. 10:3. 8 a gee Filho do d Ne. 4:14;


7 a Jon. 2:3–6. Homem. Salm. 56:4; 118:6;
b II Sam. 22:5–7; b Heb. 2:9, 17–18; Prov. 3:5–6;
JS—H 1:15–16. D&C 76:107; 88:6. Isa. 51:7;
c II Cor. 4:17; 9 a D&C 90:3. Lc. 12:4–5;
Heb. 12:10–11; b At. 17:26. 2 Né. 8:7;
2 Né. 2:11. c D&C 121:25. D&C 3:7; 98:14.
Doutrina e Convênios 123:1–10 280

E TAMBÉM sugeriríamos, pa-


ra vossa consideração, a
conveniência de todos os santos
e também para que não se dei-
xe à nação qualquer desculpa
antes de ele enviar o poder de
compilarem o que souberem a seu braço forte.
respeito de todos os fatos e sofri- 7 É uma obrigação imperiosa
mentos e maus tratos a eles infli- que temos para com Deus e para
gidos pelo povo deste Estado; com os anjos, com quem sere-
2 E também de todos os bens e mos levados a estar; e também
do montante dos prejuízos sofri- com relação a nós mesmos, a
dos, tanto em relação ao caráter nossas mulheres e filhos, que
e a danos pessoais, como a bens foram obrigados a se curvar
materiais; por causa de angústias, triste-
3 E também os nomes de todas zas e preocupações, sob a mais
as pessoas que tomaram parte execrável mão do assassinato,
em sua opressão, até onde se da tirania e da opressão, apoia-
possa consegui-los e descobri- da, instigada e sustentada pela
los. influência desse espírito que tão
4 E talvez possa ser designado fortemente fixou as crenças dos
um comitê para descobrir essas pais, que herdaram mentiras, no
coisas e ouvir declarações e de- coração dos filhos; e encheu o
poimentos; e também para reu- mundo de confusão e está-se
nir as publicações difamatórias tornando cada vez mais forte e é
em circulação; agora a própria essência de toda
5 E tudo o que for publicado corrupção; e toda a a Terra geme
em revistas e em enciclopé- sob o peso de sua iniqüidade.
dias; e todas as histórias difa- 8 É um a jugo de ferro, é um
matórias publicadas e as que laço forte; são as próprias alge-
estão sendo escritas e por quem; mas e correntes e cadeias e gri-
e para mostrar toda a sucessão lhões do inferno.
de velhacarias diabólicas e im- 9 Portanto é uma obrigação
posições nefandas e assassinas imperiosa que temos, não só
que têm sido praticadas contra para com nossas próprias mu-
este povo— lheres e filhos, mas para com as
6 Para que não somente as pu- viúvas e os órfãos, cujos mari-
bliquemos para todo o mundo, dos e pais foram a assassinados
mas apresentemo-las aos chefes sob sua mão de ferro;
do governo em todo seu aspecto 10 Atos esses, tenebrosos e di-
tenebroso e infernal, como a úl- famadores, suficientes para fa-
tima tentativa requerida de nós zer com que o próprio inferno
por nosso Pai Celestial a fim de estremeça, aterrorizado e páli-
podermos reivindicar, plena e do; e com que tremam e fiquem
totalmente, a promessa que o paralisadas as mãos do próprio
chamará de seu a esconderijo; diabo.

123 6a D&C 101:89; 7 a Mois. 7:48–49. 9 a D&C 98:13; 124:54.


121:1, 4. 8 a gee Jugo.
281 Doutrina e Convênios 123:11–17
11 E é também uma obrigação 14 Dessas devemos, portanto,
imperiosa que temos para com cuidar com grande diligência.
toda a geração que está surgin- 15 Que nenhum homem as
do e para com todos os puros de considere coisas pequenas; por-
coração — que muito há no futuro, com re-
12 Pois ainda existe muita lação aos santos, que depende
gente na Terra, em todas as dessas coisas.
seitas, partidos e denominações, 16 Sabeis, irmãos, que um na-
que é a cegada pel a as tú c ia vio muito grande é a beneficiado
sutil dos homens que ficam sobremaneira por um pequeno
à espreita para enganar, e que leme, durante uma tempestade,
só está afastada da verdade sendo mantido na direção do
por b não saber onde encon- vento e das ondas.
trá-la — 17 Portanto, amados irmãos,
13 Portanto devemos consumir façamos a alegremente todas as
e esgotar nossa vida para trazer coisas que estiverem a nosso al-
à luz todas as a coisas ocultas das cance; e depois aguardemos,
trevas, até onde as conheçamos; com extrema segurança, para
e elas são verdadeiramente ma- ver a b salvação de Deus e a re-
nifestadas do céu — velação de seu braço.

SEÇÃO 124
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo, Estado de Illinois,
em 19 de janeiro de 1841 ( History of the Church 4:274–286). Devido
às crescentes perseguições e aos atos ilícitos praticados contra eles por
oficiais públicos, os santos foram obrigados a deixar o Missouri. A ordem
de extermínio expedida por Lilburn W. Boggs, governador do Missouri,
datada de 27 de outubro de 1838, não lhes deixara outra alternativa
( History of the Church 3:175). Em 1841, quando esta revelação foi
dada, os santos haviam construído a cidade de Nauvoo, que ocupava a
área do antigo povoado de Commerce, Estado de Illinois, e ali fora estabe-
lecida a sede da Igreja.

1 – 14, É ordenado que Joseph os mortos, são abençoados por sua


Smith faça uma proclamação sole- integridade e virtudes; 22–28, É
ne do evangelho ao presidente do ordenado que os santos construam
Estados Unidos, aos governadores uma casa para receber os viajantes,
e aos governantes de todas as bem como um templo em Nauvoo;
nações; 15 – 21, Hyrum Smith, 29–36, Os batismos pelos mortos
David W. Patten, Joseph Smith devem ser realizados nos templos;
Sênior e outros, dentre os vivos e 37–44, O povo do Senhor sempre
12a Col. 2:8; 13a I Cor. 4:5. D&C 64:33.
D&C 76:75. 16a Tg. 3:4; 17a D&C 59:15.
b 1 Né. 8:21–23. Al. 37:6–7; b Êx. 14:13.
Doutrina e Convênios 124:1–9 282
constrói templos para a realização bres governadores da nação em
das santas ordenanças; 45–55, Os que vives e a todas as nações
santos são dispensados de cons- espalhadas pela face da Terra.
truir o templo no Condado de Jack- 4 Que seja escrita com espírito
son por causa da opressão de seus de a mansidão e pelo poder do
inimigos; 56–83, São dadas ins- Espírito Santo que estará em ti
truções para a construção da Casa quando a escreveres;
de Nauvoo; 84–96, Hyrum Smith 5 Pois pelo Espírito Santo ser-
é chamado para ser o patriarca, re- te-á dado conhecer minha von-
ceber as chaves e ocupar o lugar tade com relação a esses reis e
de Oliver Cowdery; 97–122, Wil- autoridades, até mesmo o que
liam Law e outros são aconselha- lhes sobrevirá em uma época
dos em seus trabalhos; 123–145, futura.
São nomeados oficiais gerais e lo- 6 Pois eis que estou prestes a
cais; e são estabelecidos sua filiação conclamá-los para darem ouvi-
e seus deveres nos quóruns. dos à luz e à glória de Sião, por-
que chegado é o tempo deter-

E M verdade, assim te diz o


Senhor, meu servo Joseph
Smith: Estou satisfeito com tua
minado para favorecê-la.
7 Conclama-os, portanto, com
uma proclamação vigorosa e
oferta e teus reconhecimentos; com teu testemunho, sem os te-
pois para esse fim te levantei, mer, porque eles são como a a er-
para mostrar minha sabedoria va e toda sua glória como a flor
por meio das a coisas fracas da da erva que logo cai, para que
Terra. não se lhes deixe também qual-
2 Tuas orações são aceitáveis quer desculpa —
perante mim; e, em resposta a 8 E para que eu os visite no dia
elas, digo-te que és agora cha- da visitação, quando eu tirar o
mado para fazer imediatamen- véu que me cobre a face, para
te uma proclamação solene de designar a porção do opressor
meu evangelho e desta a estaca entre os hipócritas, onde há
a
que estabeleci para ser uma pe- ranger de dentes, caso rejei-
dra angular de Sião, a qual será tem meus servos e meu teste-
polida com um refinamento se- munho que lhes revelei.
melhante ao de um palácio. 9 E também os visitarei e
3 Esta proclamação será feita a abrandarei o coração de muitos
todos os a reis do mundo, aos deles para o vosso bem, para
quatro cantos da Terra, ao ilus- que encontreis graça aos olhos
tre presidente eleito e aos no- deles, para que venham à a luz

124 1a I Cor. 1:26–28; 4 a gee Mansidão, Al. 40:13;


D&C 1:19; 35:13. Manso, Mansuetude. D&C 101:91; 112:24.
2 a gee Estaca. 7 a Salm. 103:15–16; 9 a Isa. 60:1–4.
3 a Salm. 119:46; Isa. 40:6–8; gee Luz, Luz
Mt. 10:18; I Ped. 1:24–25. de Cristo.
D&C 1:23. 8 a Mt. 8:12;
283 Doutrina e Convênios 124:10–20
da verdade e os gentios, à exal- teu trabalho de enviar minha
tação ou, em outras palavras, palavra aos reis e povos da Ter-
ao enaltecimento de Sião. ra; e permaneça a teu lado, meu
10 Pois o dia de minha visi- servo Joseph Smith, na hora da
tação depressa vem, numa a ho- aflição; e sua recompensa não
ra que não imaginais; e onde falhará, se ele receber a conse-
estará a segurança de meu po- lho.
vo e o refúgio para os que dele 17 E por seu amor ele será
restarem? grande, pois será meu se isso
11 Despertai, ó reis da Terra! fizer, diz o Senhor. Vi a obra
Vinde, ó vinde com vosso ouro que ele fez, a qual aceito se ele
e vossa prata, em auxílio de continuar; e coroá-lo-ei com
meu povo, à casa das filhas de bênçãos e grande glória.
Sião. 18 E também te digo que é mi-
12 E também, em verdade eu nha vontade que meu servo Ly-
te digo: Que meu servo Robert man Wight continue pregando
B. Thompson te ajude a escrever em favor de Sião, com espírito
essa proclamação, pois estou de mansidão, confessando-me
satisfeito com ele e que esteja perante o mundo; e sustentá-lo-
contigo; ei como sobre a asas de águias; e
13 Que ele, portanto, atenda ele obterá glória e honra para si
a teu conselho e abençoá-lo-ei e para o meu nome.
com uma multiplicidade de 19 Para que, quando terminar
bênçãos; que seja fiel e verda- sua obra, eu o receba para mim,
deiro em todas as coisas a partir como recebi meu servo a David
de agora; e ele será grande aos Patten, que está comigo neste
meus olhos; momento, e também meu servo
b
14 Que se lembre, porém, de Edward Partridge e também
que de suas mãos requererei meu servo idoso c Joseph Smith
sua a mordomia. Sênior, que se assenta à direita
d
15 E também, em verdade eu de Abraão; e bem-aventurado
te digo: Bem-aventurado é meu e santo é ele, porque é meu.
servo a Hyrum Smith; pois eu, o 20 E também, em verdade eu
Senhor, amo-o pela b integrida- te digo: Em meu servo George
de do seu coração e porque ele Miller não há a dolo — pode-se
ama o que é correto a meus confiar nele por causa da inte-
olhos, diz o Senhor. gridade de seu coração; e pelo
16 Também que meu servo amor que ele tem ao meu teste-
John C. Bennett te auxilie em munho, eu, o Senhor, amo-o.

10a Mt. 24:44; 16a gee Aconselhar, b gee Partridge,


JS—M 1:48. Conselho. Edward.
14a gee Mordomia, 18a Êx. 19:4; c gee Smith, Joseph,
Mordomo. Isa. 40:31. Sênior.
15a gee Smith, Hyrum. 19a D&C 124:130. d D&C 137:5.
b gee Integridade. gee Patten, David W. 20a gee Dolo.
Doutrina e Convênios 124:21–31 284
21 Portanto digo-te: Selo sobre digo: Que todos os meus santos
sua cabeça o ofício de um a bis- venham de longe.
pado, como com meu servo 26 E enviai mensageiros rápi-
Edward Partridge, para que re- dos, sim, mensageiros escolhi-
ceba as consagrações de minha dos, e dizei-lhes: Vinde com to-
casa, para que confira bênçãos do o vosso ouro e vossa prata e
aos pobres que existem entre vossas pedras preciosas e com
meu povo, diz o Senhor. Que todas as vossas antigüidades;
nenhum homem despreze meu e todos os que tiverem conhe-
servo George, porque ele me cimento de antigüidades e esti-
honrará. verem dispostos a vir, que ve-
22 Que meu servo George e nham e tragam o álamo e a faia
meu servo Lyman e meu servo e o pinheiro, junto com todas as
John Snider e outros edifiquem árvores preciosas da Terra;
uma a casa a meu nome, uma 27 E com ferro, com cobre e
casa como meu servo Joseph com latão; e com zinco e com
irá lhes mostrar, no local que todas as vossas coisas precio-
ele também lhes mostrar. sas da Terra; e construí uma
a
23 E será uma casa de hospe- casa ao meu nome, para que
dagem, uma casa onde os via- nela b habite o Altíssimo.
jantes possam vir de longe para 28 Porque não há na Terra um
se hospedar; portanto, que seja lugar a que ele possa vir e a res-
uma boa casa, digna de toda taurar aquilo que perdestes, ou
aceitação, para que o a viajante seja, aquilo que ele tirou, sim, a
cansado encontre saúde e se- plenitude do sacerdócio.
gurança enquanto reflete so- 29 Porque não existe na Terra
bre a palavra do Senhor e sobre uma a fonte batismal onde eles,
a b pedra angular que designei os meus santos, possam ser b bati-
para Sião. zados pelos que estão mortos—
24 Esta casa será uma habi- 30 Pois essa ordenança perten-
tação saudável se for construída ce a minha casa e não me pode
ao meu nome e se o dirigente ser aceitável a não ser em dias
que para ela for designado não de penúria, quando não puder-
permitir que seja profanada. des construir-me uma casa.
Será santa; caso contrário, o Se- 31 Ordeno-vos, porém, a todos
nhor teu Deus nela não habitará. vós, meus santos, a construirdes-
25 E também, em verdade vos me uma casa; e concedo-vos um

21a D&C 41:9. do Senhor. gee Batismo,


gee Bispo. b Êx. 25:8; Batizar—Batismo
22a D&C 124:56–60. D&C 97:15–17. pelos mortos;
23a Deut. 31:12; 28a gee Restauração Salvação para os
Mt. 25:35, 38. do Evangelho. Mortos.
b D&C 124:2. 29a D&C 128:13. 31a D&C 97:10.
27a D&C 109:5. b I Cor. 15:29;
gee Templo, a Casa D&C 127:6; 138:33.
285 Doutrina e Convênios 124:32–41
tempo suficiente para me cons- digo: Como me serão aceitáveis
truirdes uma casa; e, durante vossas a abluções, se não as fi-
esse tempo, vossos batismos zerdes em uma casa construída
ser-me-ão aceitáveis. ao meu nome?
32 Mas eis que, findo esse pra- 38 Pois, por essa razão, man-
zo, os batismos por vossos mor- dei Moisés construir um a taber-
tos não me serão aceitáveis; e se náculo que deveriam carregar
não fizerdes essas coisas, até o consigo pelo deserto; e cons-
final do prazo, sereis rejeitados truir uma b casa na terra da pro-
como igreja com vossos mortos, missão para que se revelassem
diz o Senhor vosso Deus. as ordenanças que estiveram
33 Pois em verdade vos digo ocultas desde antes da fundação
que, depois de terdes tido tem- do mundo.
po suficiente para construir-me 39 Portanto em verdade vos di-
uma casa, onde deverá ser feita go que vossas a unções e vossas
a ordenança do batismo pelos abluções; e vossos b batismos
mortos e para os quais a mesma pelos mortos; e vossas c assem-
foi instituída desde antes da bléias solenes e memoriais dos
fundação do mundo, vossos ba- vossos d sacrifícios feitos pelos
tismos pelos mortos não pode- filhos de Levi por vós; e vossos
rão ser aceitos por mim; oráculos nos e lugares santíssi-
34 Pois nela são conferidas as mos, onde recebeis conhecimen-
a
chaves do santo sacerdócio, pa- to; e vossos estatutos e julga-
ra que recebais honra e glória. mentos para o início das reve-
35 E desse tempo em diante, lações e do alicerce de Sião e
vossos batismos pelos mortos para a glória, honra e investidu-
realizados pelos que se encon- ra de todos os seus munícipes
tram espalhados em outras par- são prescritos pela ordenança
tes não me serão aceitáveis, diz de minha casa santa, a qual meu
o Senhor. povo sempre recebe ordem de
36 Porque se decretou que em construir a meu santo nome.
Sião e em suas estacas e em Jeru- 40 E em verdade vos digo:
salém, lugares esses que desig- Que essa casa seja construída
nei como a refúgio, estarão os ao meu nome, a fim de que nela
lugares para vossos batismos eu revele minhas ordenanças a
pelos mortos. meu povo;
37 E também, em verdade vos 41 Pois digno-me a revelar a

34a D&C 110:14–16. b gee Templo, a Casa 128:24;


gee Chaves do do Senhor. JS—H 1:69.
Sacerdócio. 39a Êx. 29:7. e Eze. 41:4;
36a Isa. 4:5–6. gee Unção, Ungir. D&C 45:32; 87:8;
37a gee Lavado, b gee Ordenanças— 101:22.
Lavamento, Lavar. Ordenança vicária. 41a RF 1:9.
38a Êx. 25:1–9; 33:7. c D&C 88:117.
gee Tabernáculo. d D&C 13:1; 84:31;
Doutrina e Convênios 124:42–52 286
minha igreja coisas que têm si- vós, com vossas obras, trazeis
do mantidas b ocultas desde an- maldições, ira, indignação e jul-
tes da fundação do mundo, coi- gamentos sobre a própria ca-
sas pertinentes à dispensação da beça, com vossa insensatez e
c
plenitude dos tempos. com as abominações que come-
42 E a eu mostrarei a meu ser- teis perante mim, diz o Senhor.
vo Joseph todas as coisas rela- 49 Em verdade, em verdade
tivas a essa casa e a seu sacer- vos digo que quando eu dou
dócio, assim como o lugar onde um mandamento a qualquer
será construída. dos filhos dos homens de fazer
43 E construí-la-eis no lugar um trabalho ao meu nome e es-
em que planejastes, porque es- ses filhos dos homens usam to-
se é o local que escolhi para sua da a sua força e tudo o que têm
construção. para realizar esse trabalho e não
44 Se trabalhardes com toda deixam de ser a diligentes; e são
a vossa força, consagrarei esse atacados por seus inimigos e
local para que se torne a santo. impedidos de realizar esse tra-
45 E se meu povo der ouvidos balho, eis que me convém já
a minha voz e à voz de meus não b requerer das mãos desses
a
servos que designei para guiar filhos dos homens o trabalho,
meu povo, eis que em verdade mas aceitar suas ofertas.
vos digo que não serão removi- 50 E a iniqüidade e a trans-
dos de seu lugar. gressão de minhas santas leis
46 Mas se não derem ouvidos e mandamentos farei a recair so-
a minha voz nem à voz desses bre a cabeça daqueles que im-
homens que designei, não se- pediram meu trabalho, até a
rão abençoados, porque profa- terceira e quarta b geração, en-
nam meu solo santo e minhas quanto não se c arrependerem e
santas ordenanças e estatutos e me odiarem, diz o Senhor Deus.
as santas palavras que lhes dou. 51 Portanto por essa razão acei-
47 E acontecerá que, se cons- tei as ofertas daqueles a quem
truirdes uma casa ao meu no- ordenei construir uma cidade
me e não fizerdes as coisas que e uma a casa ao meu nome, no
eu disser, não observarei o a ju- b
Condado de Jackson, Missouri,
ramento que vos faço nem cum- no que foram impedidos por
prirei as promessas que esperais seus inimigos, diz o Senhor vos-
de minhas mãos, diz o Senhor. so Deus.
48 Pois a em vez de bênçãos, 52 E farei sobrevirem a julga-

41b D&C 121:26–32. 47a gee Juramento. c gee Arrepender-se,


c Ef. 1:9–10; 48a Deut. 28:15. Arrependimento.
D&C 27:13; 112:30. 49a gee Diligência. 51a D&C 115:11.
42a D&C 95:14–17. b D&C 56:4; 137:9. b gee Condado de
44a gee Santo. 50a Mos. 12:1. Jackson, Missouri
45a D&C 1:38. b Deut. 5:9; (EUA).
gee Profeta. D&C 98:46–47. 52a D&C 121:11–23.
287 Doutrina e Convênios 124:53–63
mentos, ira e indignação, pran- a cabeça de sua posteridade
to e angústia e ranger de dentes depois dele.
sobre a cabeça deles até a ter- 58 E como eu disse a a Abraão,
ceira e quarta geração, enquan- concernente às famílias da Ter-
to me odiarem e não se arrepen- ra, assim também digo a meu
derem, diz o Senhor vosso Deus. servo Joseph: Em ti e em tua
b
53 E isso dou-vos como exem- semente as famílias da Terra
plo, para vossa consolação com serão abençoadas.
respeito a todos os que foram 59 Portanto, que meu servo
mandados fazer um trabalho e Joseph e sua semente depois
foram impedidos pelas mãos de dele tenham lugar nessa casa,
inimigos e por opressão, diz o de geração em geração, para
Senhor vosso Deus. todo o sempre, diz o Senhor.
54 Pois eu sou o Senhor vosso 60 E que o nome dessa casa se-
Deus e salvarei todos os vossos ja Casa de Nauvoo; e que seja
irmãos, que eram a puros de co- uma habitação agradável para
ração e foram b mortos na terra o homem e um lugar de des-
de Missouri, diz o Senhor. canso para o viajante fatigado,
55 E também, em verdade vos para que ele contemple a glória
digo: Torno a ordenar-vos que de Sião e a glória desta que é
construais uma a casa ao meu no- sua pedra angular;
me, sim, neste lugar, para que 61 Para que receba também
me b proveis serdes fiéis em to- conselho daqueles que coloquei
das as coisas que eu vos man- como a plantas de renome e co-
dar, para que eu vos abençoe e mo b sentinelas sobre seus mu-
vos coroe de honra, imortalida- ros.
de e vida eterna. 62 Eis que em verdade vos
56 E agora vos digo, concer- digo: Que meu servo George
nente a minha a hospedaria que Miller e meu servo Lyman
vos ordenei construir para alo- Wight e meu servo John Snider
jamento de viajantes: Que seja e meu servo Peter Haws se orga-
construída ao meu nome e seja nizem e escolham um deles pa-
chamada pelo meu nome; e que ra presidente de seu quórum,
meu servo Joseph e sua casa te- com o propósito de construir
nham lugar nela, de geração em essa casa.
geração. 63 E deverão formular um es-
57 Pois fiz essa unção sobre tatuto que lhes permita vender
sua cabeça a fim de que a bên- ações para a construção dessa
ção dele também esteja sobre casa.

54a gee Pureza, Puro. 58a Gên. 12:3; 22:18; 61a Isa. 61:3;
b D&C 98:13; Abr. 2:11. Eze. 34:29.
103:27–28. gee Abraão. b gee Atalaia,
55a D&C 127:4. b D&C 110:12. Sentinela, Vigia.
b Abr. 3:25. gee Convênio
56a D&C 124:22–24. Abraâmico.
Doutrina e Convênios 124:64–75 288
64 E não deverão receber me- dinheiro, não deverão desti-
nos de cinqüenta dólares por nar qualquer parte desse capi-
ação dessa casa; e ser-lhes-á per- tal a outro fim, a não ser o dessa
mitido aceitar até quinze mil casa.
dólares de uma mesma pessoa 71 E se destinarem qualquer
por ações dessa casa. parte desse dinheiro a outro fim,
65 Mas não lhes será permiti- que não essa casa, sem o con-
do receber, de uma mesma pes- sentimento do acionista, e não
soa, mais de quinze mil dólares pagarem quatro vezes o valor
de capital. do capital que destinarem a ou-
66 E não lhes será permitido tro uso, serão amaldiçoados e
aceitar, de uma mesma pessoa, removidos de seu lugar, diz o
menos de cinqüenta dólares por Senhor Deus; porque eu, o Se-
uma ação dessa casa. nhor, sou Deus e não serei a es-
67 E não lhes será permitido carnecido em qualquer dessas
receber um homem como acio- coisas.
nista dessa casa, a não ser que 72 Em verdade vos digo: Que
ele pague suas ações no mo- meu servo Joseph compre
mento em que as receber; ações de suas mãos para a
68 E receberá ações dessa casa construção dessa casa, como
em proporção à quantia que en- lhe parecer bem; mas meu ser-
tregar em suas mãos; mas, se na- vo Joseph não pode comprar
da lhes pagar, não receberá ação mais de quinze mil dólares em
alguma dessa casa. ações dessa casa, nem menos
69 E se alguém lhes entregar de cinqüenta dólares; nem o
dinheiro, será para compra de pode qualquer outro homem,
ações dessa casa, para si e sua diz o Senhor.
posteridade depois dele, de ge- 73 E também há outros que
ração em geração, enquanto ele desejam conhecer minha von-
e seus herdeiros retiverem es- tade a respeito deles, pois pedi-
sas ações e não as venderem ram-me.
nem transferirem por sua livre 74 Portanto eu vos digo, em
vontade e ação, se desejais fa- relação a meu servo Vinson
zer minha vontade, diz o Senhor Knight: Se ele quiser fazer mi-
vosso Deus. nha vontade, que adquira ações
70 E também em verdade dessa casa para si e sua posteri-
vos digo: Se meu servo George dade depois dele, de geração
Miller e meu servo Lyman em geração.
Wight e meu servo John Snider 75 E que erga a voz, longa e
e meu servo Peter Haws re- estrondosamente, no meio do
ceberem qualquer capital, em povo, a rogando pelos pobres e
dinheiro ou em propriedades necessitados; e que não fraqueje
equivalentes ao valor real do nem se lhe desfaleça o coração; e

71a Gál. 6:7. 75a Prov. 31:9.


289 Doutrina e Convênios 124:76–88
b
aceitarei suas ofertas, pois não para si e sua semente depois
serão para mim como as ofertas dele, de geração em geração.
de Caim; pois ele será meu, diz 82 Que meu servo William
o Senhor. Law invista capital nessa casa,
76 Que sua família se regozije para si e sua semente depois
e que o coração deles se afaste dele, de geração em geração.
da aflição, pois eu o escolhi e 83 Se desejar fazer minha von-
ungi e ele será honrado no tade, que não leve sua família
meio de sua casa, pois perdoa- às terras do leste, sim, a Kirt-
rei todos os seus pecados, diz o land; contudo eu, o Senhor,
Senhor. Amém. edificarei Kirtland, mas eu, o
77 Em verdade vos digo: Que Senhor, tenho um flagelo pre-
meu servo Hyrum invista capi- parado para seus habitantes.
tal nessa casa como lhe parecer 84 E quanto a meu servo Al-
bem, para si e sua posteridade mon Babbit: Há muitas coisas
depois dele, de geração em ge- que não me agradam; eis que
ração. ele aspira a estabelecer seu pró-
78 Que meu servo Isaac Gal- prio conselho, em vez do con-
land invista capital nessa casa; selho que decretei, sim, o da
pois eu, o Senhor, amo-o pelo Presidência de minha Igreja; e
serviço que tem prestado e per- estabelece um a bezerro de ouro
doarei todos os seus pecados; para meu povo adorar.
portanto, que seus direitos nes- 85 Que não se a vá deste lugar
sa casa sejam lembrados, de ge- homem algum que aqui haja
ração em geração. vindo na tentativa de obedecer
79 Que meu servo Isaac Gal- a meus mandamentos.
land seja designado entre vós e 86 Se viverem aqui, que vivam
seja ordenado e abençoado por em mim; e se morrerem, que
meu servo William Marks, a morram em mim; pois a descan-
fim de ir com meu servo Hyrum sarão de todos os seus labores
realizar o trabalho que meu ser- aqui e continuarão suas obras.
vo Joseph lhes indicar; e serão 87 Portanto, que meu servo
grandemente abençoados. William deposite sua confiança
80 Que meu servo William em mim e não tema com respei-
Marks invista capital nessa ca- to a sua família, por causa da
sa, como lhe parecer bem, para enfermidade que grassa na re-
si e sua posteridade, de geração gião. Se me a amais, guardai
em geração. meus mandamentos; e a enfer-
81 Que meu servo Henry G. midade da região b redundará
Sherwood invista capital nessa em glória para vós.
casa, como lhe parecer bem, 88 Que meu servo William

75b Gên. 4:4–5; 86a Apoc. 14:13. 87a Jo. 14:15.


Mois. 5:18–28. gee Paraíso; b D&C 121:8; 122:7.
84a Êx. 32:2–4. Descansar,
85a Lc. 9:62. Descanso.
Doutrina e Convênios 124:89–97 290
vá proclamar meu evangelho tenha as chaves das a bênçãos
eterno em alta voz e com gran- patriarcais sobre a cabeça de
de alegria, conforme inspirado todo o meu povo,
por meu a Espírito, aos habitan- 93 Para que quem ele aben-
tes de Warsaw e também aos çoar seja abençoado; e quem
habitantes de Carthage e tam- ele a amaldiçoar seja amaldiçoa-
bém aos habitantes de Burling- do; para que tudo que b ligar na
ton e também aos habitantes de Terra seja ligado nos céus e tu-
Madison; e espere, paciente e do que ele desligar na Terra se-
diligentemente, mais ins- ja desligado nos céus.
truções em minha conferência 94 E deste momento em diante,
geral, diz o Senhor. designo-o profeta, a vidente e re-
89 Se ele desejar fazer minha velador da minha igreja, como
vontade, que daqui em diante meu servo Joseph;
atenda ao conselho de meu ser- 95 Para que também proceda
vo Joseph e com seus bens de acordo com meu servo Jo-
apóie a a causa dos pobres e pu- seph e que receba conselho de
blique b a nova tradução da mi- meu servo Joseph, o qual lhe
nha santa palavra para os habi- mostrará as a chaves pelas quais
tantes da Terra. poderá pedir e receber e ser co-
90 E, se assim fizer, a abençoá- roado com a mesma bênção e
lo-ei com uma multiplicidade glória e honra e sacerdócio e
de bênçãos; e ele não será aban- dons do sacerdócio, que antes
donado nem sua semente será foram colocados sobre a cabeça
vista b suplicando pão. daquele que era meu servo,
91 E também, em verdade vos b
Oliver Cowdery;
digo: Que meu servo William 96 Que meu servo Hyrum tes-
seja designado, ordenado e un- tifique as coisas que eu lhe
gido conselheiro de meu servo mostrar, para que seu nome se-
Joseph, em lugar de meu servo ja lembrado com honra, de ge-
Hyrum, para que meu servo ração em geração, para todo o
Hyrum ocupe o ofício de Sacer- sempre.
dócio e a Patriarca, que por seu 97 Que meu servo William
pai lhe foi designado por bên- Law também receba as chaves
ção e também por direito; pelas quais poderá pedir e re-
92 Que de agora em diante re- ceber bênçãos; que seja a humil-

88a gee Trindade— b Salm. 37:25. 94a D&C 107:91–92.


Deus, o Espírito 91a D&C 107:39–40. gee Vidente.
Santo. gee Patriarca, 95a D&C 6:28.
89a D&C 78:3. Patriarcal. b gee Cowdery,
b ie Tradução de 92a gee Bênçãos Oliver.
Joseph Smith da Patriarcais. 97a gee Humildade,
Bíblia. 93a D&C 132:45–47. Humilde, Humilhar.
90a gee Abençoado, b Mt. 16:19.
Abençoar, Bênção. gee Selamento, Selar.
291 Doutrina e Convênios 124:98–110
de perante mim e sem b dolo; e lheiro de meu servo Joseph,
receberá meu Espírito, sim, o que se levante e venha ocupar o
c
Consolador, que lhe manifes- cargo de seu chamado; e que se
tará a verdade de todas as coi- humilhe perante mim.
sas e mostrar-lhe-á, na hora 104 E se me oferecer uma ofer-
exata, o que deverá dizer. ta aceitável e reconhecimentos
98 E estes a sinais segui-lo-ão: e permanecer com meu povo,
b
Curará os doentes, expulsará eis que eu, o Senhor vosso Deus,
demônios e será protegido con- o curarei para que fique são; e
tra os que desejam dar-lhe ve- ele tornará a erguer a voz nas
neno mortífero; montanhas e será um a porta-
99 E será conduzido por voz diante de minha face.
veredas onde as a serpentes ve- 105 Que venha e estabeleça
nenosas não lhe poderão ferir sua família perto da residência
o calcanhar e elevar-se-á, na de meu servo Joseph.
b
imaginação de seus pensa- 106 E em todas as suas via-
mentos, como que sobre asas gens, que erga a voz como com
de águias. o som de uma trombeta e ad-
100 E se eu desejar que ele le- virta os habitantes da Terra
vante os mortos, que ele não re- que fujam da ira que virá.
tenha sua voz. 107 Que ele ajude meu servo
101 Portanto, que meu servo Joseph e que também meu ser-
William clame em alta voz e vo William Law ajude meu ser-
não se detenha, com alegria e vo Joseph a fazer uma a procla-
regozijo e com hosanas àquele mação solene aos reis da Terra,
que se assenta no trono para to- assim como vos disse antes.
do o sempre, diz o Senhor vos- 108 Se meu servo Sidney dese-
so Deus. jar fazer minha vontade, que
102 Eis que vos digo: Tenho não leve sua família para as
a
uma missão reservada para regiões do leste, mas que mude
meu servo William e para meu de casa, assim como eu disse.
servo Hyrum e para eles so- 109 Eis que não é minha von-
mente; e que meu servo Joseph tade que ele procure encontrar
permaneça em casa, porque segurança e refúgio fora da ci-
precisam dele. O remanescente dade que vos indiquei, sim, a
mostrar-vos-ei depois. Assim cidade de a Nauvoo.
seja. Amém. 110 Em verdade vos digo:
103 E também, em verdade Mesmo agora, se ele atender a
vos digo: Se meu servo a Sidney minha voz, tudo lhe irá bem.
desejar servir-me e ser conse- Assim seja. Amém.

97b gee Dolo. 99 aD&C 84:71–73. 2 Né. 3:17–18;


c gee Consolador. b Êx. 19:4; D&C 100:9–11.
98a Mc. 16:17–18. Isa. 40:31. 107a D&C 124:2–4.
gee Dons do 103a gee Rigdon, 108a D&C 124:82–83.
Espírito. Sidney. 109a gee Nauvoo,
b gee Curar, Curas. 104a Êx. 4:14–16; Illinois (EUA).
Doutrina e Convênios 124:111–123 292
111 E também, em verdade Hyrum e William Law e às
vos digo: Que meu servo Amos autoridades que escolhi para
Davies compre ações das mãos estabelecerem o alicerce de
daqueles que designei para Sião; e tudo lhe irá bem para
construir uma hospedaria, sim, todo o sempre. Assim seja.
a Casa de Nauvoo. Amém.
112 Que faça isso se quiser ter 119 E também, em verdade
participação; e que dê ouvidos vos digo: Que nenhum homem
aos conselhos de meu servo compre ações do quórum da
Joseph e trabalhe com suas pró- Casa de Nauvoo, a menos que
prias mãos a fim de conquistar creia no Livro de Mórmon e nas
a confiança dos homens. revelações que vos dei, diz o
113 E quando tiver dado pro- Senhor vosso Deus;
vas de fidelidade em todas as 120 Porque o que é a mais ou
coisas que lhe forem confia- menos do que isso provém do
das, sim, mesmo que sejam mal e será acompanhado de
poucas, será feito a governante maldições e não de bênçãos,
sobre muitas; diz o Senhor vosso Deus. Assim
114 Portanto, que se a humilhe seja. Amém.
para ser exaltado. Assim seja. 121 E também, em verdade
Amém. vos digo: Que o quórum da
115 E também, em verdade Casa de Nauvoo receba um
vos digo: Se meu servo Robert salário justo por todos os ser-
D. Foster deseja obedecer a viços que prestarem na cons-
minha voz, que construa uma trução da Casa de Nauvoo; e
casa para meu servo Joseph, que seu salário seja decidido
de acordo com o contrato que entre eles quanto ao valor.
fez com ele, pois a porta ser- 122 E que todo homem que
lhe-á aberta, de tempos em comprar ações contribua pro-
tempos. porcionalmente para o salário
116 E que se arrependa de to- deles, caso seja necessário para
da sua insensatez e revista-se seu sustento, diz o Senhor; do
de a caridade; e cesse de prati- contrário, seus serviços serão
car o mal e abandone todas as pagos com ações dessa casa.
suas palavras ásperas; Assim seja. Amém.
117 E compre ações do 123 Em verdade vos digo:
quórum da Casa de Nauvoo, Agora vos indico os a oficiais
para si e sua posteridade depois pertencentes a meu sacerdócio,
dele, de geração em geração. para que tenhais suas b chaves,
118 E dê ouvidos aos conse- sim, desse Sacerdócio que é
lhos de meus servos Joseph e segundo a ordem de c Melquise-

113a Mt. 25:14–30. gee Caridade. b gee Chaves do


114a Mt. 23:12; 120a Mt. 5:37; Sacerdócio.
D&C 101:42. D&C 98:7. c gee Sacerdócio de
116a Col. 3:14. 123a gee Oficial, Ofício. Melquisedeque.
293 Doutrina e Convênios 124:124–135
deque, que é segundo a ordem Wilford Woodruff, Willard
de meu Filho Unigênito. Richards, George A. Smith;
124 Primeiro dou-vos Hyrum 130 a David Patten b tomei para
Smith como vosso a patriarca, mim; eis que seu sacerdócio
para portar as bênçãos de b sela- ninguém lho tirará; mas, em
mento de minha igreja, sim, o verdade vos digo, outro po-
Santo Espírito da c promessa derá ser designado para o mes-
pelo qual sois d selados para o mo chamado.
dia da redenção, a fim de que 131 E também vos digo: Dou-
não chegueis a cair, não obs- vos um a sumo conselho, como
tante a e hora de tentação que pedra angular de Sião —
vos sobrevier. 132 A saber: Samuel Bent,
125 Dou-vos meu servo Jo- Henry G. Sherwood, George
seph como élder presidente de W. Harris, Charles C. Rich,
toda a minha igreja, e para ser Thomas Grover, Newel Knight,
tradutor, revelador, a vidente e David Dort, Dunbar Wilson —
profeta. Seymour Brunson tomei para
126 Dou-lhe como conselhei- mim; ninguém lhe tirará o sa-
ros meu servo Sidney Rigdon e cerdócio, mas outro poderá ser
meu servo William Law, para designado ao mesmo sacerdó-
constituírem um quórum e Pri- cio em seu lugar; e em verdade
meira Presidência, a fim de re- vos digo: Que seja meu servo
ceberem os a oráculos para toda Aaron Johnson ordenado para
a igreja. esse chamado em seu lugar —
127 Dou-vos meu servo David Fullmer, Alpheus Cut-
a
Brigham Young como presi- ler, William Huntington.
dente do conselho viajante dos 133 E também vos dou Don C.
Doze; Smith como presidente de um
128 a Conselho esse que tem quórum de sumos sacerdotes;
as chaves para abrir a autori- 134 Ordenança essa instituída
dade de meu reino nos quatro com o propósito de qualificar
cantos da Terra e, depois, b en- os que serão designados presi-
viar minha palavra a toda cria- dentes, ou seja, servos locais de
tura. diferentes a estacas espalhadas
129 São eles: Heber C. Kimball, fora daqui;
Parley P. Pratt, Orson Pratt, 135 E poderão também viajar
Orson Hyde, William Smith, se o desejarem, mas são orde-
John Taylor, John E. Page, nados presidentes locais; este é

124a gee Patriarca, d Ef. 4:30. 128a gee Apóstolo.


Patriarcal. e Apoc. 3:10. b Mc. 16:15.
b gee Selamento, 125a D&C 21:1. 130a gee Patten, David W.
Selar. gee Vidente. b D&C 124:19.
c D&C 76:53; 88:3–4. 126a D&C 90:4–5. 131 a gee Sumo
gee Santo Espírito 127a gee Young, Conselho.
da Promessa. Brigham. 134 a gee Estaca.
Doutrina e Convênios 124:136–145 294
o ofício de seu chamado, diz o em tempos; um tem a respon-
Senhor vosso Deus. sabilidade de presidir de tem-
136 Dou-lhe Amasa Lyman e pos em tempos e o outro não
Noah Packard como conselhei- tem responsabilidade de presi-
ros, para presidirem o quórum dir, diz o Senhor vosso Deus.
de sumos sacerdotes de minha 141 E também vos digo: Dou-
igreja, diz o Senhor. vos Vinson Knight, Samuel H.
137 E também vos digo: Dou- Smith e Shadrach Roundy, se
vos John A. Hicks, Samuel ele aceitar, para presidir o a bis-
Williams e Jesse Baker, cujo pado; instruções sobre o dito
sacerdócio deverá presidir o bispado encontram-se no livro
quórum de a élderes, quórum de b Doutrina e Convênios.
esse instituído para que eles 142 E também vos digo: Sa-
sejam ministros locais; no en- muel Rolfe e seus conselheiros
tanto poderão viajar, não obs- como sacerdotes e o presidente
tante serem ordenados minis- dos mestres e seus conselhei-
tros locais de minha igreja, diz ros e também o presidente dos
o Senhor. diáconos e seus conselheiros e
138 E também vos dou Joseph também o presidente da estaca
Young, Josiah Butterfield, Da- e seus conselheiros.
niel Miles, Henry Herriman, 143 Os ofícios acima eu vos
Zera Pulsipher, Levy Hancock, dei, assim como suas chaves,
James Foster, para que eles pre- para auxílio e governo, para a
sidam o quórum de a setentas; obra do ministério e o a aper-
139 Esse quórum é instituído feiçoamento de meus santos.
para que eles sejam élderes via- 144 E dou-vos o mandamen-
jantes, a fim de prestarem tes- to de preencherdes todos esses
temunho de meu nome em to- cargos e a aprovardes ou de-
do o mundo, aonde quer que saprovardes, na minha con-
o sumo conselho viajante, os ferência geral, os nomes que
meus apóstolos, os envie para mencionei;
preparar um caminho diante 145 E de preparardes acomo-
da minha face. dações para todos esses cargos
140 A diferença entre esse em minha casa, quando a cons-
quórum e o quórum de élderes truirdes ao meu nome, diz o
é que um deverá viajar cons- Senhor vosso Deus. Assim seja.
tantemente e o outro deverá Amém.
presidir as igrejas de tempos

137a D&C 107:11–12, 141a D&C 68:14; 107:15. 144a D&C 26:2.
89–90. b gee Doutrina e gee Comum
gee Élder; Quórum. Convênios. Acordo.
138a gee Setenta. 143a Ef. 4:11–14.
295 Doutrina e Convênios 125:1–126:3

SEÇÃO 125
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo,
Estado de Illinois, em março de 1841, concernente aos santos do Terri-
tório de Iowa ( History of the Church 4:311–312).

1–4, Os santos devem construir cidades ao meu nome, a fim de


cidades e reunir-se nas estacas de se prepararem para aquilo que
Sião. está reservado para uma época
futura.

Q UAL é a vontade do Senhor


concernente aos santos do
Território de Iowa?
3 Que construam uma cida-
de ao meu nome na terra em
frente à cidade de Nauvoo; e
2 Em verdade, assim diz o Se- que lhe seja dado o nome de
a
nhor: Eu vos digo que se aqueles Zaraenla.
que a tomam sobre si o meu no- 4 E que todos os que vierem
me e esforçam-se para ser meus do leste e do oeste e do norte e
santos desejarem fazer minha do sul, que desejem ali habitar,
vontade e guardar meus man- recebam sua herança nela, as-
damentos concernentes a eles, sim como na cidade de a Nash-
que se reúnam nos lugares que ville, ou na cidade de Nauvoo e
eu lhes designar por meio de em todas as b estacas que desig-
meu servo Joseph e construam nei, diz o Senhor.

SEÇÃO 126
Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, na casa de
Brigham Young, em Nauvoo, Estado de Illinois, em 9 de julho de 1841
( History of the Church 4:382). Nessa ocasião, Brigham Young era
presidente do Quórum dos Doze Apóstolos.

1–3, Brigham Young é elogiado sados, porque tua oferta me é


por seu trabalho e dispensado de aceitável.
futuras viagens para o exterior. 2 Tenho visto teu a trabalho e
tua lida nas viagens que fizeste

Q UERIDO e bem-amado ir-


mão a Brigham Young, em
verdade assim te diz o Senhor:
pelo meu nome.
3 Ordeno-te, portanto, que en-
vies minha palavra ao exterior
Meu servo Brigham, não mais e zeles especialmente por tua
a
se requer de ti que deixes tua família, de agora em diante e
família como em tempos pas- para sempre. Amém.

125 2a gee Jesus Cristo— 4 a ie Nashville, no Brigham.


Tomar sobre nós o Condado de Lee, 2a gee Obras.
nome de Jesus Estado de Iowa. 3a gee Família.
Cristo. b gee Estaca.
3 a gee Zaraenla. 126 1a gee Young,
Doutrina e Convênios 127:1–4 296

SEÇÃO 127
Epístola de Joseph Smith, o Profeta, aos santos dos últimos dias, com
instruções sobre o batismo pelos mortos, datada de 1º de setembro de 1842,
em Nauvoo, Estado de Illinois ( History of the Church 5:142–144).

1 – 4, Joseph Smith gloria-se na 2 E quanto aos a perigos que de


perseguição e nas aflições; 5–12, mim é requerido passar, pare-
Devem ser feitos registros relati- cem-me coisa pequena, pois a
b
vos aos batismos pelos mortos. inveja e a ira dos homens têm-
me acompanhado todos os dias

T ENDO o Senhor me revela-


do estarem meus inimigos
outra vez a minha procura,
de minha vida; e a causa parece-
me um mistério, a menos que
eu tenha sido c ordenado desde
tanto em Missouri como neste antes da fundação do mundo
Estado; e sendo que me perse- para algum propósito bom ou
guem sem a motivo e não têm mau, como preferirdes chamá-
a menor sombra ou aparência lo. Julgai por vós mesmos. Deus
de justiça ou direito a seu favor conhece todas essas coisas, se-
na formulação de processos jam boas ou más. Contudo es-
contra mim; e sendo suas pre- tou habituado a nadar em águas
tensões todas baseadas na mais profundas. Isso tudo se tornou
tenebrosa falsidade, achei con- uma segunda natureza para
veniente e sábio abandonar o mim; e, como Paulo, glorio-me
lugar por certo tempo, para mi- na d tribulação; pois até este dia
nha própria segurança e segu- o Deus de meus pais livrou-me
rança deste povo. Quero dizer de todas elas e livrar-me-á daqui
a todos com quem tenho re- em diante; pois eis que triunfa-
lações comerciais, que encarre- rei sobre todos os meus inimi-
guei agentes e secretários para gos, porque o Senhor Deus o
cuidar de todos os meus negó- disse.
cios de maneira correta e preci- 3 Regozijem-se, portanto, to-
sa, pagando todas as minhas dos os santos e alegrem-se mui-
dívidas a tempo, vendendo to; porque o a Deus de Israel é o
propriedades ou de outra for- seu Deus e ele derramará uma
ma, conforme o caso exigir ou justa recompensa sobre a cabeça
as circunstâncias permitirem. de todos os seus opressores.
Quando eu souber que a tem- 4 E também, em verdade as-
pestade passou completamen- sim diz o Senhor: Que a obra de
te, então voltarei para o meio meu a templo e todas as obras
de vós. que vos designei continuem sem

127 1a Jó 2:3; gee Perseguição, d II Cor. 6:4–5.


Mt. 5:10–12; Perseguir. 3 a 3 Né. 11:12–14.
I Ped. 2:20–23. b gee Inveja. gee Adversidade.
2 a Salm. 23:1–6. c gee Preordenação. 4 a D&C 124:55.
297 Doutrina e Convênios 127:5–12
cessar; e que vossa b diligência e 9 E também que todos os a re-
vossa perseverança e paciência gistros sejam conservados em
e vossos trabalhos se redobrem; ordem, para que sejam postos
e de modo algum perdereis nos arquivos de meu santo
vossa recompensa, diz o Senhor templo, a fim de serem conser-
dos Exércitos. E se vos c perse- vados na lembrança, de geração
guirem, assim perseguiram eles em geração, diz o Senhor dos
os profetas e homens justos an- Exércitos.
tes de vós. Para tudo isso há 10 Quero dizer a todos os san-
uma recompensa no céu. tos que desejei, com grande de-
5 E também vos falo com re- sejo, falar-lhes do púlpito no do-
lação ao a batismo por vossos mingo próximo sobre o assunto
b
mortos. do batismo pelos mortos. Mas
6 Em verdade, assim vos diz estando fora de meu alcance fa-
o Senhor a respeito de vossos zê-lo, escreverei a palavra do
mortos: Quando um de vós for Senhor, de tempos em tempos,
a
batizado por vossos mortos, sobre o assunto; e enviá-la-ei pe-
que haja um b registrador e que lo correio, assim como muitas
ele seja testemunha ocular de outras coisas.
vossos batismos; que ouça com 11 Agora termino minha carta,
seus ouvidos para testificar a por falta de tempo; pois o ini-
verdade, diz o Senhor; migo está alerta e, como disse o
7 Para que todos os vossos Salvador, o a príncipe deste mun-
registros sejam a registrados no do vem, mas nada tem comigo.
céu; para que tudo o que b ligar- 12 Eis que minha oração a Deus
des na Terra seja ligado no céu; é para que todos vós sejais sal-
tudo o que desligardes na Ter- vos. E subscrevo-me, vosso ser-
ra seja desligado no céu; vo no Senhor, profeta e a vidente
8 Pois estou prestes a a restau- de A Igreja de Jesus Cristo dos
rar na Terra muitas coisas rela- Santos dos Últimos Dias.
tivas ao b sacerdócio, diz o Se-
nhor dos Exércitos. Joseph Smith.

SEÇÃO 128
Epístola de Joseph Smith, o Profeta, à Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, contendo mais instruções a respeito do batismo pelos

4b gee Diligência. 6 a I Cor. 15:29; b gee Sacerdócio de


c gee Perseguição, D&C 128:13, 18. Melquisedeque.
Perseguir. b D&C 128:2–4, 7. 9 a D&C 128:24.
5 a gee Batismo, 7 a gee Livro da Vida. 11a Jo. 14:30;
Batizar—Batismo b gee Selamento, tjs, Jo. 14:30.
pelos mortos. Selar. gee Diabo.
b gee Salvação para 8 a gee Restauração 12a D&C 124:125.
os Mortos. do Evangelho. gee Vidente.
Doutrina e Convênios 128:1–4 298
mortos, datada de 6 de setembro de 1842, em Nauvoo, Estado de Illinois
( History of the Church 5:148–153).
1–5, Registradores locais e gerais 3 Agora, com relação a este
devem certificar os batismos reali- assunto, seria muito difícil
zados pelos mortos; 6–9, Seus re- para um mesmo registrador
gistros terão validade e serão regis- estar presente todas as vezes
trados tanto na Terra como no céu; e tratar de todos os assuntos.
10–14, A fonte batismal é à seme- Para evitar essa dificuldade,
lhança da sepultura; 15–17, Elias, pode-se designar um registra-
o profeta, restaurou o poder relati- dor bem qualificado, em cada
vo ao batismo pelos mortos; 18– ala da cidade, para fazer atas
21, Restauram-se todas as chaves, precisas; e que ele seja muito
poderes e autoridades de dispen- minucioso e exato ao anotar
sações passadas; 22 –25, Procla- todos os procedimentos, afir-
mam-se gloriosas e alegres novas mando em seu registro que
para os vivos e para os mortos. viu com seus olhos e ouviu com
seus ouvidos, dando a data,

C OMO afirmei na carta a vós


dirigida antes de deixar
minha casa, que vos escreveria
os nomes e assim por diante;
e a história de toda a transação,
indicando três indivíduos que
de tempos em tempos para in- estiverem presentes, se hou-
formar-vos sobre vários assun- ver alguém presente, que pos-
tos, retomo agora a questão do sam, em qualquer ocasião em
a
batismo pelos mortos, pois es- que forem chamados, certificar
se assunto parece ocupar-me o quanto ao mesmo, para que,
pensamento e impor-se a meus pela boca de duas ou três a tes-
sentimentos mais do que qual- temunhas toda palavra seja
quer outro desde que meus ini- confirmada.
migos começaram a me perse- 4 E que haja um registrador
guir. geral, a quem esses outros re-
2 Eu vos escrevi algumas pa- gistros possam ser entregues,
lavras de revelação concernen- acompanhados de certificados
tes a um registrador. Vieram-me com assinaturas, atestando ser
mais algumas idéias com re- verdadeiro o registro que fize-
lação a esse assunto, que agora ram. Então o registrador geral
dou a conhecer. Isto é, declarei da igreja incluirá o registro no
em minha carta anterior que livro geral da igreja, juntamen-
deveria haver um a registrador, te com os certificados e todas as
que fosse testemunha ocular e testemunhas presentes, e com
ouvisse com seus ouvidos, pa- sua própria declaração de que
ra fazer um registro da verdade realmente acredita serem verda-
perante o Senhor. deiras as afirmações e os regis-

128 1a gee Batismo, pelos mortos. 3 a gee Testemunha.


Batizar—Batismo 2 a D&C 127:6.
299 Doutrina e Convênios 128:5–8
tros, a julgar pelo conhecimento o a livro da vida; mas os mortos
do caráter geral daqueles ho- foram julgados pelas coisas que
mens e sua designação pela igre- estavam escritas nos livros, se-
ja. E, quando isso for feito no gundo suas obras; conseqüen-
livro geral da igreja, o registro temente, os livros mencionados
será tão santo e confirmará a devem ser os livros que conti-
ordenança, como se ele tives- nham o registro de suas obras;
se visto com seus próprios e referem-se aos b registros fei-
olhos e ouvido com seus pró- tos na Terra. E o livro que era o
prios ouvidos e feito um regis- livro da vida é o registro que se
tro do mesmo no livro geral da faz no céu; o princípio, portan-
igreja. to, concorda exatamente com a
5 Talvez penseis que essa or- doutrina que vos é ordenada na
dem das coisas seja muito mi- revelação contida na carta que
nuciosa; mas quero dizer-vos vos escrevi antes de deixar mi-
que é apenas em resposta à nha casa — para que todos os
vontade de Deus, segundo a vossos registros sejam registra-
ordenança e preparação que o dos no céu.
Senhor ordenou e preparou 8 Agora, a natureza desta or-
antes da fundação do mundo denança consiste no a poder do
para a a salvação dos que mor- sacerdócio, pela revelação de
ressem sem b conhecimento do Jesus Cristo, no qual se conce-
evangelho. de que tudo o que b ligardes na
6 E ainda mais, quero que vos Terra será ligado no céu e tudo
lembreis de que João, o Revela- o que desligardes na Terra será
dor, estava meditando sobre es- desligado no céu. Ou, em ou-
te mesmo assunto, em relação tras palavras, sob outro ponto
aos mortos, quando declarou de vista de tradução, tudo o que
conforme encontrareis registra- registrardes na Terra será regis-
do em Apocalipse 20:12 —E vi trado no céu e tudo o que não
os mortos, grandes e pequenos, que registrardes na Terra não será
estavam diante de Deus; e abriram- registrado no céu; pois pelos
se os livros; e abriu-se outro livro, livros serão julgados os vossos
que é o da vida; e os mortos foram mortos, segundo suas próprias
julgados pelas coisas que estavam obras, quer tenham eles mes-
escritas nos livros, segundo as mos cuidado das c ordenanças
suas obras. em pessoa, quer por meio de
7 Descobrireis, nessa citação, seus agentes, segundo a orde-
que se abriram os livros; e nança que Deus preparou para
abriu-se um outro livro, que era sua d salvação desde antes da

5 a gee Salvação para gee Livro da Vida. c gee Ordenanças.


os Mortos. b D&C 21:1. d gee Salvação para
b I Ped. 4:6. 8 a gee Poder; os Mortos.
7 a Apoc. 20:12; Sacerdócio.
D&C 127:6–7. b gee Selamento, Selar.
Doutrina e Convênios 128:9–14 300
fundação do mundo, segundo siste em obterem-se os poderes
os registros que fizeram con- do Santo Sacerdócio. Aquele a
cernentes a seus mortos. quem forem dadas essas a cha-
9 A alguns a doutrina de que ves não terá dificuldade em ob-
falamos poderá parecer muito ter um conhecimento dos fatos
arrojada — um poder que regis- relativos à b salvação dos filhos
tra ou liga na Terra e liga nos dos homens, tanto os mortos
céus. Contudo, em todas as épo- como os vivos.
cas do mundo, sempre que o Se- 12 Nisto há a glória e b honra
nhor deu uma a dispensação do e c imortalidade e vida eterna:
sacerdócio a qualquer homem A ordenança do batismo pela
ou grupo de homens, por reve- água, ou melhor, ser d imerso na
lação real, esse poder sempre água para conformar-se à seme-
foi dado. Por isso, tudo o que lhança dos mortos, para que um
esses homens fizeram com b au- princípio concorde com o ou-
toridade em nome do Senhor tro; ser imerso na água e sair
e fizeram-no verdadeira e fiel- da água assemelha-se à ressur-
mente, conservando um regis- reição dos mortos ao saírem da
tro fiel e adequado do mesmo, sepultura; por isso instituiu-se
tornou-se lei na Terra e nos céus essa ordenança para estabelecer
e, de acordo com os decretos do uma relação com a ordenança
grande c Jeová, não podia ser re- do batismo pelos mortos, sen-
vogado. Esta é uma palavra fiel. do à semelhança dos mortos.
Quem a pode ouvir? 13 Por conseguinte, instituiu-
10 E também existe um prece- se a a fonte batismal como b sím-
dente em Mateus 16:18, 19: Pois bolo da sepultura e ordenou-se
também eu te digo que tu és Pedro, que fosse colocada abaixo do
e sobre esta pedra edificarei a mi- lugar onde os vivos costumam
nha igreja, e as portas do inferno reunir-se, para representar os
não prevalecerão contra ela; e eu te vivos e os mortos a fim de que
darei as chaves do reino dos céus; e cada coisa tenha sua seme-
tudo o que ligares na Terra será lhança e concordem uma com
ligado nos céus, e tudo o que desli- a outra — Aquilo que é terreno
gares na Terra será desligado nos conforme o que é celestial, co-
céus. mo declarou Paulo em I Corín-
11 Agora, o grande e impor- tios 15:46, 47 e 48:
tante segredo deste assunto e o 14 Mas não é primeiro o espiri-
summum bonum de toda a ques- tual, senão o natural; depois o
tão que se nos apresenta con- espiritual. O primeiro homem, da

9a gee Dispensação. 12a gee Glória. Batizar—Batismo


b gee Autoridade. b gee Honra, por imersão.
c gee Jeová. Honrar. 13a D&C 124:29.
11a gee Chaves do c gee Imortal, b gee Simbolismo.
Sacerdócio. Imortalidade.
b gee Salvação. d gee Batismo,
301 Doutrina e Convênios 128:15–18
Terra, é terreno; o segundo homem, tirada de um dos profetas que
o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tinha os olhos fitos na a restau-
tais são também os terrestres; e, ração do sacerdócio, nas glórias
qual o celestial, tais também os ce- a serem reveladas nos últimos
lestiais. E com a mesma preci- dias e, de modo especial, no
são com que se fazem os regis- mais glorioso de todos os as-
tros da Terra relativos a vossos suntos pertencentes ao evange-
mortos, que são feitos com pre- lho eterno, ou seja, o batismo
cisão, fazem-se os registros do pelos mortos; pois Malaquias
céu. Este, portanto, é o poder diz, no último capítulo, versí-
de a selar e ligar e, em certo sen- culos cinco e seis: Eis que eu vos
tido da palavra, as b chaves do enviarei o profeta b Elias, antes que
reino, que consistem na chave venha o grande e terrível dia do
do c conhecimento. Senhor; e ele converterá o coração
15 E agora, meus amados ir- dos pais aos filhos, e o coração dos
mãos e irmãs, eu vos asseguro filhos a seus pais; para que eu não
que estes princípios referentes venha, e fira a terra com maldição.
aos mortos e aos vivos não po- 18 Eu poderia ter feito uma
a
dem ser negligenciados no que tradução mais clara, mas é su-
tange a nossa salvação. Porque ficientemente clara como está,
a sua a salvação é necessária para servir ao meu propósito. É
e essencial a nossa salvação, suficiente saber, neste caso, que
como diz Paulo com respeito a Terra será ferida com mal-
aos pais — que eles, sem nós, dição, a menos que exista um
não podem ser b aperfeiçoados— b
elo de ligação de um ou outro
nem podemos nós, sem nossos tipo entre os pais e os filhos,
mortos, ser aperfeiçoados. sobre um assunto ou outro—e
16 E agora, com relação ao ba- qual é esse assunto? É o c batis-
tismo pelos mortos, apresenta- mo pelos mortos. Pois nós, sem
rei outra citação de Paulo, em I eles, não podemos ser aper-
Coríntios 15:29: Doutra manei- feiçoados; nem podem eles, sem
ra, que farão os que se batizam pe- nós, ser aperfeiçoados. Nem
los mortos, se absolutamente os podem eles nem podemos nós
mortos não ressuscitam? Porque ser aperfeiçoados sem os que
se batizam eles então pelos mortos? morreram no evangelho; pois
17 E também, com relação a é necessário, na introdução da
d
essa citação, mencionarei outra, dispensação da plenitude dos

14a gee Selamento, gee Perfeito. b gee Genealogia;


Selar. 17a gee Restauração Ordenanças—
b gee Chaves do do Evangelho. Ordenança vicária.
Sacerdócio. b 3 Né. 25:5–6; c D&C 124:28–30;
c tjs, Lc. 11:53. D&C 2:1–3; 127:6–7.
15a gee Salvação 110:13–16. d gee Dispensação.
para os Mortos. gee Elias, o Profeta.
b Heb. 11:40. 18a JS—H 1:36–39.
Doutrina e Convênios 128:19–21 302
tempos, dispensação essa que do o cumprimento dos profe-
está começando a introduzir-se, tas — o c livro a ser revelado.
que uma total, completa e per- A voz do Senhor no ermo de
d
feita união e fusão de dispen- Fayette, Condado de Sêneca,
sações e chaves e poderes e anunciando as três testemunhas
glórias ocorram e sejam revela- que e testificariam quanto ao li-
das desde os dias de Adão até vro! A voz de f Miguel às mar-
o tempo atual. E não somente gens do Susquehanna, identifi-
isso, mas as coisas que nunca cando o diabo quando apare-
se revelaram desde a e fundação ceu como um anjo de g luz! A
do mundo, mas que se conser- voz de h Pedro, Tiago e João no
varam ocultas aos sábios e ermo entre Harmony, Condado
prudentes, serão reveladas a de Susquehanna, e Colesville,
f
crianças e recém-nascidos nesta Condado de Broome, no rio Sus-
dispensação, que é a da pleni- quehanna, declarando-se pos-
tude dos tempos. suidores das i chaves do reino e
19 Agora, o que ouvimos no da dispensação da plenitude
evangelho que recebemos? Uma dos tempos!
voz de alegria! Uma voz de mi- 21 E também, a voz de Deus
sericórdia do céu; e uma voz de no quarto do velho a Pai Whit-
a
verdade saindo da Terra; ale- mer, em Fayette, Condado de
gres novas para os mortos; uma Sêneca; e em várias ocasiões e
voz de alegria para os vivos e em lugares diversos, durante
os mortos; boas b novas de gran- todas as viagens e tribulações
de alegria. Quão formosos são desta Igreja de Jesus Cristo dos
sobre os montes os c pés daque- Santos dos Últimos Dias! E a
les que anunciam alegres novas voz de Miguel, o arcanjo, e a voz
de coisas boas e que dizem a de b Gabriel e de c Rafael e de di-
Sião: Eis que teu Deus reina! versos d anjos, de Miguel, ou
Como o d orvalho de Carmelo, seja, e Adão, até o tempo atual,
assim descerá sobre eles o co- todos anunciando sua f dispen-
nhecimento de Deus! sação, seus direitos, suas cha-
20 E também, o que ouvimos? ves, suas honras, sua majestade
Alegres novas de a Cumora! b Mo- e glória e o poder de seu sacer-
rôni, um anjo do céu, anuncian- dócio; dando linha sobre linha,

18e D&C 35:18. gee Cumora, Monte. g II Cor. 11:14.


f Mt. 11:25; b gee Morôni, Filho h D&C 27:12.
Lc. 10:21; de Mórmon. i gee Chaves do
Al. 32:23. c Isa. 29:4, 11–14; Sacerdócio.
19a Salm. 85:10–11. 2 Né. 27:6–29. 21a ie Peter Whitmer
b Lc. 2:10. gee Livro de Sênior.
c Isa. 52:7–10; Mórmon. b gee Gabriel.
Mos. 15:13–18; d gee Fayette, Nova c gee Rafael.
3 Né. 20:40. York (EUA). d gee Anjos.
d Deut. 32:2; e D&C 17:1–3. e D&C 107:53–56.
D&C 121:45. f D&C 27:11. f gee Dispensação.
20a JS—H 1:51–52. gee Adão.
303 Doutrina e Convênios 128:22–25
g
preceito sobre preceito; um Quão gloriosa é a voz que ouvi-
pouco aqui, um pouco ali; dan- mos do céu, proclamando a nos-
do-nos consolação pela procla- sos ouvidos glória e salvação
mação do que está para vir, e honra e d imortalidade e e vida
confirmando nossa h esperança! eterna; reinos, principados e
22 Irmãos, não prosseguire- poderes!
mos em tão grande causa? Ide 24 Eis que o grande a dia do
avante e não para trás. Cora- Senhor está perto; e quem
b
gem, irmãos; e avante, avante suportará o dia de sua vinda
para a vitória! Regozije-se vosso e quem subsistirá quando ele
coração e muito se alegre. Pror- aparecer? Pois ele é como o
rompa a terra em a canto. En- c
fogo do ourives e como o sa-
toem os mortos hinos de eterno bão dos lavandeiros; e assen-
louvor ao Rei b Emanuel, que tar-se-á como um d fundidor e
estabeleceu, antes da fundação purificador de prata e purificará
do mundo, aquilo que nos per- os filhos de e Levi e refiná-los-á
mitiria c redimi-los de sua d pri- como ouro e como prata, para
são; pois os prisioneiros serão que façam ao Senhor uma f ofer-
libertados. ta em retidão. Que nós, por-
23 Que as a montanhas gritem tanto, como igreja e como povo
de alegria e todos vós, vales, e como santos dos últimos dias,
clamai em alta voz; e todos vós, façamos ao Senhor uma oferta
mares e terras secas, contai as em retidão; e apresentemos
maravilhas de vosso Eterno Rei! em seu templo santo, quando
E vós, rios e riachos e ribeiros, estiver terminado, um livro
fluí com alegria. Que as matas e contendo os g registros de nos-
todas as árvores do campo lou- sos mortos, que seja digno de
vem ao Senhor; e vós, b pedras toda aceitação.
sólidas, chorai de alegria! E 25 Irmãos, tenho muitas coisas
que o sol, a lua e as c estrelas da para vos dizer sobre o assunto;
manhã cantem juntas e que to- mas terminarei por agora e con-
dos os filhos de Deus gritem de tinuarei em outra ocasião. Subs-
alegria. E que as criações eter- crevo-me, como sempre, vosso
nas proclamem seu nome para humilde servo e amigo fiel.
todo o sempre. E torno a dizer: Joseph Smith.

21g Isa. 28:10. 23a Isa. 44:23. gee Terra—


h gee Esperança. b Lc. 19:40. Purificação
22a Isa. 49:13. c Jó 38:7. da Terra.
b Isa. 7:14; d gee Imortal, d Zac. 13:9.
Al. 5:50. Imortalidade. e Deut. 10:8;
gee Emanuel. e gee Vida Eterna. D&C 13:1; 124:39.
c gee Redenção, 24a gee Segunda Vinda f D&C 84:31.
Redimido, Redimir. de Jesus Cristo. gee Oferta.
d Isa. 24:22; b Mal. 3:1–3. g D&C 127:9.
D&C 76:72–74. c 3 Né. 24:2–3. gee Genealogia.
Doutrina e Convênios 129:1–9 304

SEÇÃO 129
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo, Estado de
Illinois, em 9 de fevereiro de 1843, dando a conhecer três importantes
chaves por meio das quais se pode distinguir a verdadeira natureza dos
espíritos e anjos ministradores ( History of the Church 5:267).

1–3, No céu existem corpos res- 5 Se for um anjo, ele o fará e


surretos e corpos espirituais; 4–9, sentireis sua mão.
Dão-se as chaves pelas quais se po- 6 Se for o espírito de um ho-
dem identificar mensageiros pro- mem justo tornado perfeito, ele
cedentes do outro lado do véu. virá em sua glória, porque essa
é a única maneira em que pode

N O a céu existem duas espé-


cies de seres, a saber: bAnjos,
que são pessoas c ressuscitadas
aparecer —
7 Pedi-lhe que vos dê a mão
e ele não se moverá, porque é
e que têm um corpo de carne e contrário à ordem do céu que
ossos — um homem justo engane; mas
2 Por exemplo, Jesus disse: ele ainda assim transmitirá sua
Apalpai-me e vede, pois um espíri- mensagem.
to não tem a carne nem ossos, como 8 Se for o a diabo fazendo-se
vedes que eu tenho. de anjo de luz, quando pedir-
3 Segundo: Os a espíritos de b ho- des que vos dê a mão, oferecer-
mens justos tornados perfeitos, vos-á a mão e não sentireis coi-
aqueles que não ressuscitaram, sa alguma; podereis, portanto,
mas herdam a mesma glória. identificá-lo.
4 Quando aparecer um men- 9 Essas são três importantes
sageiro dizendo ter uma mensa- chaves pelas quais podereis sa-
gem de Deus, oferecei-lhe a mão ber se uma ministração provém
e pedi-lhe que a aperte. de Deus.

SEÇÃO 130
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Ramus, Estado de Illi-
nois, em 2 de abril de 1843 ( History of the Church 5:323–325).

1–3, O Pai e o Filho podem apare- dos os que entram no mundo celes-
cer pessoalmente aos homens; 4–7, tial; 12–17, É ocultada do Profeta
Os anjos residem em uma esfera ce- a hora da Segunda Vinda; 18–19,
lestial; 8–9, A Terra celestial será A inteligência adquirida nesta vi-
um grande Urim e Tumim; 10– da ressurge conosco na Ressur-
11, É dada uma pedra branca a to - reição; 20–21, Todas as bênçãos
129 1a gee Céu. 2 a Lc. 24:39. D&C 76:69.
b gee Anjos. 3 a gee Espírito. 8 a II Cor. 11:14;
c gee Ressurreição. b Heb. 12:23; 2 Né. 9:9.
305 Doutrina e Convênios 130:1–13
advêm da obediência à lei; 22–23, para sua glória; e estão conti-
O Pai e o Filho têm um corpo de nuamente diante do Senhor.
carne e ossos. 8 O lugar onde Deus habita é
um grande a Urim e Tumim.

Q UANDO o Salvador se a ma-


nifestar, vê-lo-emos como é.
Veremos que é um b homem
9 Esta a Terra, em seu estado
santificado e imortal, será trans-
formada como em cristal e será
como nós. um Urim e Tumim para os seus
2 E que a mesma sociabilida- habitantes, pelo qual todas as
de que existe entre nós, aqui, coisas pertencentes a um reino
existirá entre nós lá, só que será inferior ou a todos os reinos de
acompanhada de a glória eterna, uma ordem inferior manifes-
glória essa que não experimen- tar-se-ão àqueles que nela habi-
tamos agora. tam; e esta Terra será de Cristo.
3 João 14:23 — A aparição do 10 Então a pedra branca, men-
a
Pai e do b Filho, nesse versículo, cionada em Apocalipse 2:17, tor-
é uma c aparição pessoal; e a idéia nar-se-á um Urim e Tumim para
de que o Pai e o Filho d habitam toda pessoa que receber uma; e
no coração do homem é uma ve- por ela tornar-se-ão conhecidas
lha concepção sectária e é falsa. as coisas pertencentes a uma
4 Em resposta à pergunta — ordem superior de reinos;
Não é calculado o a tempo de 11 E é dada uma a pedra branca
Deus, o tempo dos anjos, o tem- a cada um dos que entram no
po dos profetas e o tempo dos reino celestial, na qual está escri-
homens de acordo com o pla- to um novo b nome que ninguém
neta em que habitam? conhece, a não ser aquele que o
5 Respondo: Sim. Mas os úni- recebe. O novo nome é a pala-
cos a anjos que ministram nesta vra-chave.
Terra são os que pertencem ou 12 Profetizo, em nome do Se-
que pertenceram a ela. nhor Deus, que o princípio das
a
6 Os anjos não habitam em um dificuldades que causarão mui-
planeta como esta Terra; to derramamento de sangue an-
7 Mas habitam na presença de tes da vinda do Filho do Ho-
Deus, em um globo semelhante mem será na b Carolina do Sul.
a um a mar de vidro e b fogo, on- 13 Provavelmente surgirá por
de todas as coisas passadas, pre- causa da questão dos escravos.
sentes e futuras manifestam-se Isto me foi declarado por uma

130 1a I Jo. 3:2; Morô. 7:48. d D&C 130:22. b Isa. 33:14;


gee Segunda Vinda gee Trindade. D&C 132:1–3.
de Jesus Cristo. 4 a II Ped. 3:8; 8 a gee Urim e Tumim.
b Lc. 24:36–40. Abr. 3:4–10; 9 a D&C 77:1.
2a gee Glória Celestial. ver também gee Terra—Estado
3a gee Trindade— facsímile nº 2, final da Terra.
Deus, o Pai. figura 1, no Livro 11a Apoc. 2:17.
b gee Trindade— de Abraão. b Isa. 62:2.
Deus, o Filho. 5 a gee Anjos. 12a D&C 38:29; 45:63.
c D&C 93:1. 7 a Apoc. 4:6; 15:2. b D&C 87:1–5.
Doutrina e Convênios 130:14–131:2 306
voz, enquanto eu orava fervo- 19 E se nesta vida uma pes-
rosamente sobre o assunto, em soa, por sua a diligência e b obe-
25 de dezembro de 1832. diência, adquirir mais c conhe-
14 Certa vez eu estava orando cimento e inteligência do que
fervorosamente para saber o outra, ela terá tanto mais d vanta-
tempo da a vinda do Filho do gem no mundo futuro.
Homem, quando ouvi uma voz 20 Há uma a lei, irrevogavel-
dizer o seguinte: mente decretada no céu b an-
15 Joseph, meu filho, se vive- tes da fundação deste mundo,
res até a idade de oitenta e cin- na qual todas as c bênçãos se
co anos, verás a face do Filho baseiam —
do Homem; portanto, que isto 21 E quando recebemos uma
seja suficiente e não me impor- bênção de Deus, é por obediên-
tunes mais com esse assunto. cia à lei na qual ela se baseia.
16 Assim fiquei sem poder de- 22 O a Pai tem um b corpo de
cidir se essa vinda se referia ao carne e ossos tão tangível como
início do milênio ou a alguma o do homem; o Filho também;
aparição prévia, ou ainda, se eu mas o c Espírito Santo não tem
haveria de morrer e assim ver- um corpo de carne e ossos, mas
lhe a face. é um personagem de Espírito.
17 Creio que a vinda do Filho Se assim não fora, o Espírito
do Homem não será antes desse Santo não poderia habitar em
tempo. nós.
18 Qualquer princípio de a inte- 23 Um homem pode receber o
a
ligência que alcançarmos nesta Espírito Santo e esse pode des-
vida, surgirá conosco na b ressur- cer sobre ele e não permanecer
reição. com ele.

SEÇÃO 131
Instruções dadas por Joseph Smith, o Profeta, em Ramus, Estado de Illi-
nois, em 16 e 17 de maio de 1843 ( History of the Church 5:392–393).

1–4, O casamento celestial é es-


sencial à exaltação no mais alto céu;
5–6, Como os homens são selados
N A a glória celestial há três
céus ou graus;
2 E para obter o mais a elevado,
para a vida eterna; 7–8, Todo espí- um homem precisa entrar nesta
rito é matéria. ordem do sacerdócio [que sig-
14a gee Segunda Vinda d Al. 12:9–11. b At. 17:29.
de Jesus Cristo. 20a D&C 82:10. c gee Espírito Santo.
18a gee Inteligência(s). b gee Vida 23a gee Dom do
b gee Ressurreição. Pré-mortal. Espírito Santo.
19a gee Conhecimento. c Deut. 11:26–28; 131 1a D&C 76:70.
b gee Diligência. D&C 132:5. gee Glória Celestial.
c gee Obedecer, gee Abençoado, 2 a D&C 132:5–21.
Obediência, Abençoar, Bênção. gee Exaltação.
Obediente. 22a gee Trindade.
307 Doutrina e Convênios 131:3–132:1
c
nifica o novo e eterno convênio vida eterna pelo poder do San-
do b casamento]; to Sacerdócio.
3 E se não o fizer, não poderá 6 É impossível ao homem ser
a
obtê-lo. salvo em b ignorância.
4 Poderá entrar em outro, 7 Não existe algo como maté-
mas esse será o fim de seu rei- ria imaterial. Todo a espírito é
no; ele não poderá ter a descen- matéria, mas é mais refinado ou
dência. puro e só pode ser discernido
5 (17 de maio de 1843) A pala- por olhos mais b puros;
vra mais segura de a profecia 8 Não podemos vê-lo; mas
significa um homem saber, por quando nosso corpo for purifi-
revelação e pelo espírito de pro- cado, veremos que ele é todo
fecia, que está b selado para a matéria.

SEÇÃO 132

Revelação dada intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Nauvoo, Esta-


do de Illinois, registrada em 12 de julho de 1843, com relação ao novo e
eterno convênio, incluindo a eternidade do convênio do casamento e tam-
bém a pluralidade de esposas ( History of the Church 5:501–507). Em-
bora a revelação tenha sido registrada em 1843, é evidente, pelos regis-
tros históricos, que as doutrinas e princípios envolvidos nesta revelação
eram do conhecimento do Profeta desde 1831.

1–6, A salvação é obtida por meio Joseph Smith recebe o poder de li-
do novo e eterno convênio; 7–14, gar e selar na Terra e no céu; 48–
São estabelecidos os termos e as 50, O Senhor sela sobre ele sua
condições desse convênio; 15–20, exaltação; 51–57, Emma Smith é
O casamento celestial e a conti- aconselhada a ser fiel e leal; 58–
nuação da unidade familiar possi- 66, São estabelecidas leis que re-
bilitam aos homens tornarem-se gem a pluralidade de esposas.
deuses; 21–25, O caminho estreito
e apertado conduz a vidas eternas;
26–27, É dada a lei concernente à
blasfêmia contra o Espírito Santo;
E M verdade, assim diz o Se-
nhor a ti, meu servo Joseph,
já que te dirigiste a mim para
28–39, São prometidas descendên- saber e compreender como eu,
cia eterna e exaltação aos profetas o Senhor, justifiquei meus ser-
e santos de todas as épocas; 40–47, vos Abraão, Isaque e Jacó; assim

2 b gee Casamento, gee Chamado e 6a gee Salvação.


Casar—Novo e Eleição. b D&C 107:99–100.
eterno convênio b D&C 68:12; 88:4. 7a gee Espírito.
do casamento. gee Selamento, b D&C 76:12; 97:16;
4 a D&C 132:16–17. Selar. Mois. 1:11.
5 a II Ped. 1:19. c gee Vida Eterna.
Doutrina e Convênios 132:2–10 308
como Moisés, Davi e Salomão, lei: Todos os convênios, contra-
meus servos, no que diz respei- tos, vínculos, compromissos,
b
to ao princípio e doutrina de juramentos, votos, práticas, li-
terem muitas a esposas e con- gações, associações ou expecta-
cubinas — tivas que não forem feitos nem
2 Eis que eu sou o Senhor teu acertados nem c selados pelo
d
Deus e responder-te-ei no to- Santo Espírito da promessa,
cante a este assunto. tanto para esta vida como para
3 Portanto a prepara teu coração toda a eternidade, por meio da-
para receber as instruções que quele que foi ungido e isso
estou prestes a dar-te e obedecer também de maneira muito sa-
a elas; porque todos a quem esta grada, por e revelação e manda-
lei é revelada devem obedecê-la. mento, por meio de meu ungi-
4 Pois eis que eu te revelo um do, a quem designei na Terra
novo e eterno a convênio; e se para possuir esse poder (e de-
não cumprires esse convênio, signei meu servo Joseph para
então serás b condenado, porque possuir esse poder nos últimos
ninguém pode c rejeitar esse con- dias — e nunca há mais que um,
vênio e ter permissão de entrar na Terra, ao mesmo tempo, a
em minha glória. quem esse poder e as f chaves
5 Pois todos os que recebe- desse sacerdócio são conferi-
rem uma a bênção de minhas das) não terão eficácia, virtude
mãos obedecerão à b lei que foi ou vigor algum na ressurreição
designada para essa bênção e dos mortos nem depois dela;
suas condições, como instituí- porque todos os contratos que
das desde antes da fundação não são realizados com esse
do mundo. propósito têm fim quando os
6 E quanto ao novo e a eterno homens morrem.
convênio, foi instituído para a 8 Eis que minha casa é uma ca-
plenitude de minha b glória; e sa de ordem, diz o Senhor Deus,
aquele que recebe sua plenitu- e não uma casa de confusão.
de deve cumprir a lei e cumpri- 9 Aceitarei eu uma a oferta, diz
la-á; caso contrário, será conde- o Senhor, que não seja feita em
nado, diz o Senhor Deus. meu nome?
7 E em verdade eu te digo que 10 Ou receberei de vossas mãos
estas são as a condições dessa aquilo que não a determinei?

132 1a D&C 132:34, 5 a D&C 130:20–21. d gee Santo Espírito


37–39. b gee Lei. da Promessa.
gee Casamento, 6 a D&C 66:2. e gee Revelação.
Casar—Casamento gee Novo e f gee Chaves do
plural. Eterno Convênio. Sacerdócio.
3a D&C 29:8; 58:6; 78:7. b D&C 76:70, 92–96. 9 a Morô. 7:5–6.
4a gee Convênio. gee Glória Celestial. gee Sacrifício.
b gee Condenação, 7 a D&C 88:38–39. 10a Lev. 22:20–25;
Condenar. b gee Juramento. Mois. 5:19–23.
c D&C 131:1–4. c gee Selamento, Selar.
309 Doutrina e Convênios 132:11–18
11 E determinarei algo, diz o do mundo não se casam nem
Senhor, a menos que seja por lei, são dados em a casamento, mas
como eu e meu Pai a estabelece- são designados b anjos no céu,
mos para vós antes da fundação anjos esses que são servos mi-
do mundo? nistradores, para ministrar em
12 Eu sou o Senhor vosso favor daqueles que são dignos
Deus; e dou-vos este manda- de um peso muito maior, imen-
mento: Ninguém a virá ao Pai surável e eterno de glória.
senão por mim ou pela minha 17 Porque esses anjos não
palavra, a qual é a minha lei, guardaram minha lei; portanto
diz o Senhor. não podem crescer, mas per-
13 E tudo que existe no mun- manecem separados e solteiros,
do, quer seja ordenado por ho- sem exaltação, no seu estado de
mens, por tronos ou principa- salvação, por toda a eternidade;
dos ou poderes ou coisas de e daí em diante não são deuses,
renome, sejam quais forem, mas anjos de Deus para todo o
que não for por mim nem pela sempre.
minha palavra, diz o Senhor, 18 E também, em verdade vos
será derrubado e a não perma- digo: Se um homem se casar
necerá depois que os homens com uma mulher e fizer um con-
morrerem; nem na ressurreição vênio com ela para esta vida e
nem depois da ressurreição, para toda a eternidade; e se es-
diz o Senhor vosso Deus. se convênio não for feito por
14 Pois todas as coisas que per- mim nem por minha palavra,
manecem são por mim; e todas que é a minha lei, e não for sela-
as coisas que não são por mim do pelo Santo Espírito da pro-
serão abaladas e destruídas. messa, por meio daquele que
15 Portanto, se um homem se ungi e designei com esse po-
a
casar com uma mulher no mun- der, não será válido nem estará
do e não se casar com ela por em vigor quando se encontra-
meu intermédio nem por mi- rem fora do mundo, porque não
nha palavra; e fizer convênio foram unidos por mim nem por
com ela enquanto estiver no minha palavra, diz o Senhor;
mundo e ela com ele, seu con- quando estiverem fora do mun-
vênio e casamento não terão va- do não será aceito lá, porque
lor quando morrerem e quando não poderão passar pelos anjos
estiverem fora do mundo; por- e pelos deuses designados para
tanto não estarão ligados por ali estar; não podem, portanto,
lei alguma quando estiverem herdar minha glória; pois mi-
fora do mundo. nha casa é uma casa de ordem,
16 Portanto quando estão fora diz o Senhor Deus.

11a D&C 132:5. 15a gee Casamento, Mc. 12:18–25;


12a Jo. 14:6. Casar. Lc. 20:27–36.
13a 3 Né. 27:10–11. 16a Mt. 22:23–33; b gee Anjos.
Doutrina e Convênios 132:19–25 310
19 E também, em verdade vos uma continuação das sementes
digo: Se um homem se casar para todo o sempre.
com uma mulher pela minha 20 Então serão deuses, pois
palavra, que é a minha lei, e não terão fim; portanto serão de
pelo a novo e eterno convênio e eternidade em eternidade, por-
for b selado pelo Santo Espírito que continuarão; então serão
da c promessa por aquele que colocados sobre tudo, porque
foi ungido, a quem conferi esse todas as coisas lhes serão sujei-
poder e as d chaves desse sacer- tas. Então serão a deuses, porque
dócio e for dito a eles: Surgireis terão b todo o poder e os anjos
na primeira ressurreição; e, se lhes serão sujeitos.
for depois da primeira ressur- 21 Em verdade, em verdade
reição, na próxima ressurreição; vos digo: A não ser que a guar-
e herdareis e tronos, reinos, prin- deis minha lei, não obtereis esta
cipados e poderes, domínios, glória.
todas as alturas e profundi- 22 Pois a estreita é a porta e
dades — então será escrito no apertado o b caminho que leva
f
Livro da Vida do Cordeiro que à exaltação e à continuação
ele não cometerá assassinato, das c vidas, e poucos há que o
derramando sangue inocente; encontram, porque no mundo
e se guardarem meu convênio não me recebeis nem me conhe-
e não cometerem assassinato, ceis.
derramando sangue inocente, 23 Mas se me receberdes no
ser-lhes-á feito de acordo com mundo, então me conhecereis e
todas as coisas que meu servo recebereis vossa exaltação; para
disse, nesta vida e por toda a que, a onde eu estiver, estejais
eternidade; e estará em pleno vós também.
vigor quando estiverem fora 24 Isto é o significado de a vi-
do mundo; e passarão pelos an- das eternas: Conhecer o único
jos e pelos deuses ali colocados, sábio e verdadeiro Deus e Jesus
rumo a sua g exaltação e glória Cristo, a quem ele b enviou. Eu
em todas as coisas, conforme sou ele. Recebei, portanto, mi-
selado sobre sua cabeça; glória nha lei.
essa que será uma plenitude e 25 a Larga é a porta e espaçoso

19a gee Casamento, f gee Livro da Vida. 21a gee Lei.


Casar—Novo e g gee Exaltação. 22a Lc. 13:24; 2 Né. 33:9;
eterno convênio 20a Mt. 25:21; Hel. 3:29–30.
do casamento. D&C 29:12–13; b Mt. 7:13–14, 23;
b gee Selamento, Selar. 132:37. 2 Né. 9:41; 31:17–21.
c D&C 76:52–53; gee Homem, c D&C 132:30–31.
88:3–4. Homens—Seu 23a Jo. 14:2–3.
d gee Chaves potencial de se 24a Jo. 17:3.
do Sacerdócio. tornar como o gee Vida Eterna.
e Êx. 19:5–6; Pai Celestial. b Jo. 3:16–17; D&C 49:5.
Apoc. 5:10; 20:6; b D&C 50:26–29; 25 a Mt. 7:13–14;
D&C 76:56; 78:15, 18. 76:94–95; 84:35–39. 3 Né. 14:13–15.
311 Doutrina e Convênios 132:26–33
o caminho que conduz às b mor- 28 Eu sou o Senhor teu Deus e
tes; e muitos há que entram por dar-te-ei a lei de meu santo sa-
ela, porque não me c recebem cerdócio, conforme ordenado
nem guardam minha lei. por mim e meu Pai antes que o
26 Em verdade, em verdade mundo existisse.
vos digo: Se um homem se 29 aAbraão recebeu todas as
casar com uma mulher de acor- coisas que recebeu, por reve-
do com minha palavra e eles lação e mandamento, pela mi-
forem selados pelo a Santo Espí- nha palavra, diz o Senhor; e
rito da promessa, segundo o entrou para sua exaltação e as-
meu preceito, e ele ou ela come- senta-se em seu trono.
ter qualquer pecado ou trans- 30 Abraão recebeu a promes-
gressão contra o novo e eterno sas relativas a sua semente e
convênio e toda sorte de blasfê- ao fruto de seus b lombos — dos
mias; e se eles não b cometerem quais tu provéns, meu servo
assassinato, derramando san- Joseph—promessas que haviam
gue inocente, ainda surgirão na de continuar enquanto eles es-
primeira ressurreição e entrarão tivessem no mundo; e quanto
para sua exaltação; mas serão a Abraão e sua semente, haviam
destruídos na carne e c entregues de continuar fora do mundo;
às bofetadas de d Satanás até tanto no mundo como fora
o dia da redenção, diz o Senhor do mundo continuariam tão
Deus. inumeráveis quanto as c estre-
27 A ablasfêmia contra o las; ou, se contásseis os grãos
Espírito Santo, que b não será de areia na praia, não poderíeis
perdoada no mundo nem fora enumerar.
do mundo, é cometer assassina- 31 Esta promessa é vossa tam-
to derramando sangue inocente bém, porque sois de a Abraão e
e consentir em minha morte a promessa foi feita a Abraão; e
depois de terdes recebido meu por essa lei continuam as obras
novo e eterno convênio, diz o de meu Pai, nas quais ele se
Senhor Deus; e aquele que não glorifica.
guarda esta lei, de modo algum 32 Ide, portanto, e fazei as
a
poderá entrar para a minha obras de Abraão; guardai mi-
glória, mas será c condenado, diz nha lei e sereis salvos.
o Senhor. 33 Mas se não guardardes mi-

25b gee Morte Espiritual. b Mt. 12:31–32; Semente de


c Jo. 5:43. Heb. 6:4–6; Abraão; Convênio
26a gee Santo Espírito D&C 76:31–35. Abraâmico.
da Promessa. gee Filhos de b 2 Né. 3:6–16.
b Al. 39:5–6. Perdição. c Gên. 15:5; 22:17.
c D&C 82:21; 104:9–10. c gee Condenação, 31a D&C 86:8–11;
d gee Diabo. Condenar. 110:12.
27a gee Blasfemar, 29a gee Abraão. 32a Jo. 8:39;
Blasfêmia; Pecado 30a Gên. 12:1–3; 13:16. Al. 5:22–24.
Imperdoável. gee Abraão—
Doutrina e Convênios 132:34–41 312
nha lei, não podereis receber a tronos e não são anjos, mas são
promessa de meu Pai, que ele deuses.
fez a Abraão. 38 a Davi também recebeu b mui-
34 Deus deu a a ordem a Abraão tas esposas e concubinas, assim
e b Sara entregou-lhe c Agar co- como Salomão e Moisés, meus
mo esposa. E por que ela o fez? servos; e também muitos outros
Porque essa era a lei; e de Agar de meus servos, desde o princí-
descendeu muita gente. Isso, pio da criação até agora; e em
portanto, foi para o cumpri- nada pecaram, a não ser nas coi-
mento, entre outras coisas, das sas que não receberam de mim.
promessas. 39 As esposas e concubinas de
35 Estava Abraão, portanto, Davi foram-lhe a dadas por mim,
sob condenação? Em verdade pela mão de Natã, meu servo, e
vos digo que não; porque eu, o outros profetas que possuíam
Senhor, a dei-lhe essa ordem. as b chaves desse poder; e em
36 Foi a ordenado a Abraão nenhuma dessas coisas pecou
que sacrificasse seu filho b Isa- ele contra mim, a não ser no ca-
que; não obstante, estava es- so de c Urias e sua mulher; e, por-
crito: Não c matarás. Abraão, tanto, caiu de sua exaltação e
contudo, não se negou e isso recebeu sua porção; e não as
lhe foi imputado por d justiça. herdará fora do mundo, porque
37 Abraão recebeu a concubi- as d dei a outro, diz o Senhor.
nas e elas geraram-lhe filhos; e 40 Eu sou o Senhor teu Deus e
isso lhe foi atribuído como sen- dei a ti, meu servo Joseph, uma
do justo, porque elas lhe foram designação; e a restauro todas as
dadas e ele obedeceu a minha coisas. Pede o que desejares e
lei; como também Isaque e b Ja- ser-te-á dado de acordo com
có nada mais fizeram do que minha palavra.
aquilo que lhes fora ordenado; 41 E sendo que me indagaste
e porque nada mais fizeram do a respeito do adultério, em ver-
que as coisas que lhes foram dade, em verdade eu te digo:
ordenadas, entraram para sua Se um homem receber uma es-
c
exaltação, de acordo com as posa pelo novo e eterno con-
promessas; e assentam-se em vênio e ela estiver com outro

34a Gên. 16:1–3. b Gên. 30:1–4; I Reis 11:1–3.


b gee Sara. D&C 133:55. 39a II Sam. 12:7–8.
c Gên. 25:12–18. gee Jacó, Filho b gee Chaves do
gee Agar. de Isaque. Sacerdócio.
35a Jacó 2:24–30. c gee Exaltação; c II Sam. 11:4, 27; 12:9;
36a Gên. 22:2–12. Homem, Homens— I Reis 15:5.
b gee Isaque. Seu potencial de gee Adultério;
c Êx. 20:13. se tornar como o Homicídio.
d Jacó 4:5. Pai Celestial. d Jer. 8:10.
gee Retidão. 38a gee Davi. 40a JS—H 1:33.
37a ie outras esposas. b I Sam. 25:42–43; gee Restauração
Gên. 25:5–6. II Sam. 5:13; do Evangelho.
313 Doutrina e Convênios 132:42–51
homem que eu não lhe houver que retiveres na Terra serão re-
designado pela santa unção, ela tidos no céu.
terá cometido adultério e será 47 E também em verdade eu
destruída. te digo: Quem abençoares eu
42 Se ela não tiver entrado no abençoarei e quem amaldiçoares
novo e eterno convênio e estiver eu a amaldiçoarei, diz o Senhor;
com outro homem, terá a come- pois eu, o Senhor, sou teu Deus.
tido adultério. 48 E também em verdade eu
43 E se o seu marido estiver te digo, meu servo Joseph, que
com outra mulher, estando sob tudo o que deres na Terra e a
a
voto, terá quebrado seu voto e quem quer que deres alguém
cometido adultério. na Terra, pela minha palavra e
44 E se ela não tiver cometido de acordo com minha lei, tudo
adultério, mas for inocente e não isso será visitado com bênçãos
tiver quebrado seu voto e o sou- e não com maldições e com o
ber e eu o revelar a ti, meu ser- meu poder, diz o Senhor; e não
vo Joseph, então terás poder, receberá condenação, quer na
pelo poder de meu santo sacer- Terra quer no céu.
dócio, para tomá-la e dá-la a um 49 Pois eu sou o Senhor teu
que não haja cometido adulté- Deus e estarei contigo até o a fim
rio, mas tenha sido a fiel; pois ele do mundo e por toda a eterni-
será feito governante de muitos. dade; pois em verdade b selo so-
45 Porque te conferi as a cha- bre ti tua c exaltação e preparo-te
ves e poderes do sacerdócio, um trono no reino de meu Pai,
pelo qual b restauro todas as coi- com Abraão, teu d pai.
sas; e faço-te saber todas as 50 Eis que tenho visto teus a sa-
coisas no devido tempo. crifícios e perdoarei todos os
46 E em verdade, em verdade teus pecados; vi teus sacrifícios
eu te digo que tudo o que a sela- em obediência ao que te orde-
res na Terra será selado no céu; nei. Vai, portanto, e preparar-
e tudo o que ligares na Terra, te-ei um meio de escape, assim
em meu nome e pela minha pa- como b aceitei de Abraão a ofer-
lavra, diz o Senhor, será ligado ta de seu filho Isaque.
eternamente nos céus; e todos 51 Em verdade eu te digo: Um
os pecados que b remires na Ter- mandamento dou a minha ser-
ra serão remidos eternamente va Emma Smith, tua esposa, que
nos céus; e todos os pecados a ti dei, de que ela se contenha e

42a D&C 42:22–26. Evangelho. c D&C 5:22.


43a gee Convênio; 46a gee Selamento, Selar. gee Chamado
Casamento, Casar. b gee Remissão de e Eleição.
44a gee Castidade. Pecados. d Gên. 17:1–8;
45a gee Chaves do 47a Gên. 12:1–3; 2 Né. 8:2.
Sacerdócio. D&C 124:93. 50a gee Sacrifício.
b At. 3:21; D&C 86:10. 49a Mt. 28:20. b Gên. 22:10–14;
gee Restauração do b D&C 68:12. D&C 97:8.
Doutrina e Convênios 132:52–60 314
não participe daquilo que te or- e terras, esposas e filhos e coroas
denei oferecer-lhe; porque eu o de b vidas eternas nos mundos
fiz, diz o Senhor, para provar- eternos.
vos todos, como fiz com Abraão; 56 E também, em verdade eu
e para exigir uma oferta de digo: Que minha serva a perdoe
vossas mãos, por convênio e a Joseph suas ofensas; e então a
sacrifício. ela ser-lhe-ão perdoadas suas
52 E que minha serva a Emma ofensas, as que cometeu contra
Smith receba todas as que fo- mim; e eu, o Senhor teu Deus,
ram dadas a meu servo Joseph abençoá-la-ei e multiplicá-la-ei,
e que são virtuosas e puras e farei com que seu coração se
perante mim; e as que não são regozije.
puras e que se disseram puras 57 E também digo: Que meu
serão destruídas, diz o Senhor servo Joseph não se desfaça de
Deus. seus bens para que não venha
53 Porque eu sou o Senhor um inimigo e o destrua; porque
vosso Deus e obedecereis a mi- Satanás a procura destruir; pois
nha voz; e concedo a meu servo eu sou o Senhor vosso Deus e ele
Joseph ser governante de mui- é meu servo; e eis que estou com
tas coisas; pois sobre pouco foi ele, como estive com Abraão,
a
fiel e, daqui em diante, fortale- vosso pai, até sua b exaltação e
cê-lo-ei. glória.
54 E ordeno que minha serva, 58 Ora, no tocante à lei do a sa-
Emma Smith, permaneça com cerdócio, há muitas coisas refe-
meu servo Joseph, apegando- rentes a ela.
se a ele e a nenhum outro. Mas 59 Em verdade, se um homem
se não guardar este mandamen- for chamado por meu Pai, co-
to, ela será destruída, diz o Se- mo o foi a Aarão, pela minha
nhor; porque eu sou o Senhor própria voz e pela voz daquele
vosso Deus e destruí-la-ei se ela que me enviou; e eu o tiver in-
não guardar minha lei. vestido das b chaves do poder
55 Mas se ela não guardar desse sacerdócio, se ele fizer
este mandamento, então meu qualquer coisa em meu nome e
servo Joseph fará todas as coi- de acordo com minha lei e por
sas para ela, assim como ele minha palavra, não cometerá
disse; e abençoá-lo-ei e multi- pecado e justificá-lo-ei.
plicá-lo-ei e dar-lhe-ei a cem ve- 60 Que ninguém, portanto,
zes tanto neste mundo em pais censure meu servo Joseph, por-
e mães, irmãos e irmãs, casas que eu o justificarei; pois ele

52a gee Smith, Família eterna; gee Sacerdócio.


Emma Hale. Vida Eterna. 59a Heb. 5:4.
53a Mt. 25:21; 56a gee Perdoar. gee Aarão, Irmão
D&C 52:13. 57a Mt. 10:28. de Moisés.
55a Mc. 10:28–31. b gee Exaltação. b gee Chaves do
b gee Família— 58a D&C 84:19–26. Sacerdócio.
315 Doutrina e Convênios 132:61–66
fará o sacrifício que exijo de suas gerar as almas dos homens;
mãos por suas transgressões, pois nisso se perpetua a b obra
diz o Senhor teu Deus. de meu Pai, para que ele seja
61 E também, no tocante à lei glorificado.
do sacerdócio: Se um homem 64 E também, em verdade, em
desposar uma a virgem e dese- verdade vos digo: Se um ho-
jar desposar b outra e a primeira mem que possui as chaves desse
der seu consentimento; e se ele poder tiver uma esposa e ensi-
desposar a segunda e elas forem nar-lhe a lei do meu sacerdócio,
virgens e não estiverem com- no que concerne a essas coisas,
prometidas com qualquer outro ela deverá acreditar nele e apoiá-
homem, então ele estará justi- lo e ajudá-lo; caso contrário será
ficado; ele não pode cometer destruída, diz o Senhor vosso
adultério, porque elas lhe fo- Deus; pois eu a destruirei; pois
ram dadas; pois ele não pode magnificarei meu nome em to-
cometer adultério com o que lhe dos os que recebem e guardam
pertence e a ninguém mais. minha lei.
62 E se dez virgens lhe forem 65 Portanto ser-me-á lícito, se
dadas por essa lei, ele não es- ela não aceitar esta lei, que ele
tará cometendo adultério, por- receba todas as coisas que eu, o
que elas lhe pertencem e lhe Senhor seu Deus, lhe der, por-
foram dadas; portanto ele está que ela não acreditou e não o
justificado. apoiou de acordo com minha
63 Mas se uma ou qualquer palavra; e ela então se torna a
das dez virgens, depois de transgressora; e ele será isento
desposada, estiver com outro da lei de Sara, que apoiou
homem, terá cometido adulté- Abraão de acordo com a lei,
rio e será destruída; porque quando ordenei que Abraão to-
elas lhe são dadas para a multi- masse Agar como esposa.
plicar e encher a Terra, de acor- 66 E agora, no tocante a esta
do com meu mandamento, e lei, em verdade, em verdade
para cumprir a promessa feita vos digo: Revelar-te-ei mais no
por meu Pai antes da fundação futuro; portanto, que isto seja
do mundo e para sua exaltação suficiente por agora. Eis que eu
nos mundos eternos, a fim de sou o Alfa e o Ômega. Amém.

SEÇÃO 133

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em Hiram,


Estado de Ohio, em 3 de novembro de 1831 ( History of the Church
1:229–234). Prefaciando esta revelação, o Profeta escreveu: “Nessa oca -

61a gee Virgem. gee Casamento, 63a Gên. 1:26–28;


b Declaração Casar—Casamento Jacó 2:30.
Oficial—1. plural. b Mois. 1:39.
Doutrina e Convênios 133:1–8 316
sião havia muitas coisas que os élderes desejavam saber com respeito à
pregação do evangelho aos habitantes da Terra e com respeito à coligação;
e a fim de andar pela verdadeira luz e ser instruído do alto, em 3 de
novembro de 1831 inquiri o Senhor e recebi a importante revelação se-
guinte” ( History of the Church 1:229). Esta seção foi inicialmente
acrescentada ao livro de Doutrina e Convênios como apêndice e mais
tarde recebeu um número.

1–6, É ordenado que os santos se esqueceram de Deus e sobre to-


preparem para a Segunda Vinda; dos os ímpios dentre vós.
7–16, É ordenado que todos os ho- 3 Pois ele a desnudará o santo
mens fujam de Babilônia, venham braço aos olhos de todas as
para Sião e preparem-se para o nações e todos os confins da Ter-
grande dia do Senhor; 17–35, Ele ra verão a b salvação de seu Deus.
aparecerá no Monte Sião, os conti- 4 Portanto preparai-vos, pre-
nentes tornar-se-ão uma só terra e parai-vos, ó meu povo; santi-
as tribos perdidas de Israel retor- ficai-vos; reuni-vos, ó povo da
narão; 36–40, O evangelho foi res- minha igreja, na terra de Sião;
taurado por intermédio de Joseph todos vós a quem não foi orde-
Smith para ser pregado em todo o nado que permanecessem.
mundo; 41–51, O Senhor descerá 5 Deixai a Babilônia. Sede b pu-
com vingança sobre os iníquos; ros, vós que portais os vasos do
52–56, Será o ano de seus remi- Senhor.
dos; 57–74, O evangelho será pre- 6 Convocai vossas assembléias
gado para salvar os santos e para a solenes e a falai freqüentemente
destruição dos iníquos. uns aos outros. E que todo ho-
mem invoque o nome do Senhor.

E SCUTAI, ó povo da minha


igreja, diz o Senhor vosso
Deus, e ouvi a voz do Senhor
7 Sim, em verdade torno a di-
zer-vos que chegada é a hora em
que a voz do Senhor se dirige a
no que concerne a vós — vós: Deixai Babilônia; a reuni-vos
2 O Senhor, que subitamente dentre as nações, dos b quatro
a
virá ao seu templo; o Senhor, ventos, de um extremo do céu
que descerá sobre o mundo com até o outro.
maldição, para b julgar; sim, 8 a Enviai os élderes de minha
sobre todas as nações que se igreja às nações longínquas;

133 2a Mal. 3:1; 5 a Al. 5:57; 6 a Mal. 3:16–18.


D&C 36:8. D&C 1:16. 7 a D&C 29:8.
b D&C 1:36. gee Babel, gee Israel—
gee Jesus Babilônia; Coligação
Cristo—Juiz. Mundanismo. de Israel.
3 a Isa. 52:10. b II Tim. 2:21; b Zac. 2:6–7;
b Isa. 12:2; 52:10. 3 Né. 20:41; Mc. 13:27.
gee Plano de D&C 38:42. 8 a gee Obra
Redenção; Salvação. gee Pureza, Puro. Missionária.
317 Doutrina e Convênios 133:9–21
às b ilhas do mar; enviai-os às preparem todas as coisas com
nações estrangeiras; clamai a antecedência; e o que for b não
todas as nações, primeiro aos olhe para trás, para que não
c
gentios e depois aos d judeus. lhe sobrevenha uma destruição
9 E eis que este será seu clamor repentina.
e a voz do Senhor a todo o povo: 16 Escutai e ouvi, ó habitantes
Ide à terra de Sião, para que as da Terra. a Escutai juntos, vós, él-
fronteiras de meu povo se ex- deres da minha igreja, e ouvi a
pandam e suas a estacas se forta- voz do Senhor; porque ele cla-
leçam e para que b Sião se esten- ma a todos os homens e ordena
da pelas regiões circunvizinhas. que todos os homens, em todas
10 Sim, que o clamor alcance as partes, se b arrependam.
todos os povos: Despertai e 17 Pois eis que o Senhor Deus
a
erguei-vos e saí ao encontro enviou o anjo clamando no
do a Esposo; eis que o Esposo meio do céu, dizendo: Preparai
vem; saí para encontrá-lo. Pre- o caminho do Senhor e b endirei-
parai-vos para o b grande dia do tai as suas veredas, porque a ho-
Senhor. ra de sua c vinda está próxima—
11 a Vigiai, portanto, porque 18 Quando o a Cordeiro apare-
b
não sabeis o dia nem a hora. cer no b Monte Sião e, com ele,
c
12 Portanto, os que estiverem cento e quarenta e quatro mil,
no a meio dos gentios, fujam pa- tendo o nome de seu Pai escrito
ra b Sião. na testa.
13 E os que forem de a Judá fu- 19 Portanto preparai-vos para
jam para b Jerusalém, para as a a vinda do b Esposo; saí, saí para
c
montanhas da d casa do Senhor. encontrá-lo.
14 Saí dentre as nações, sim, de 20 Pois eis que ele a estará de pé
Babilônia, do meio da iniqüida- sobre o Monte das Oliveiras e
de, que é a Babilônia espiritual. sobre o grandioso oceano, sim, o
15 Mas em verdade assim grande abismo, e sobre as ilhas
diz o Senhor: Que vossa fuga do mar e sobre a terra de Sião.
não seja às a pressas, mas que se 21 E sua voz a sairá de b Sião e

8 b Isa. 11:11; 1 Né. 22:4; b gee Sião. c Mal. 3:1.


2 Né. 10:8, 20. 13a gee Judá. 18a Apoc. 14:1.
c gee Gentios. b gee Jerusalém. gee Cordeiro de
d gee Judeus. c Isa. 2:1–3; Eze. 38:8. Deus.
9 a Isa. 54:2. gee Estaca. d Salm. 122:1–9. b D&C 84:2.
b gee Sião. 15a Isa. 52:10–12; c Apoc. 7:1–4.
10a Mt. 25:6; D&C 58:56. 19a Mt. 25:1–13;
D&C 33:17–18; b Gên. 19:17, 26; D&C 33:17–18; 88:92.
45:54–59. Lc. 9:62. gee Segunda Vinda
gee Noivo. 16a D&C 1:1–6. de Jesus Cristo.
b D&C 1:12–14. b gee Arrepender-se, b gee Noivo.
11a Mc. 13:32–37; Arrependimento. 20a Zac. 14:4;
JS—M 1:46, 48. 17a D&C 13:1; D&C 45:48–53.
b D&C 49:7. 27:7–8; 88:92. 21a Joel 3:16; Amós 1:2.
12a D&C 38:31, 42. b Isa. 40:3–5. b Isa. 2:2–4.
Doutrina e Convênios 133:22–36 318
ele falará de Jerusalém; e ouvir- 30 E trarão seus ricos tesouros
se-á sua voz entre todo o povo; para os filhos de a Efraim, meus
22 E será uma voz como a a voz servos.
de muitas águas e como a voz de 31 E as extremidades dos a ou-
um grande b trovão, que c aba- teiros eternos estremecerão em
terá as montanhas; e não se sua presença.
acharão os vales. 32 E lá cairão e serão coroados
23 Ele ordenará ao grande abis- de glória, sim, em Sião, pelas
mo e este será empurrado para mãos dos servos do Senhor, os
os países do norte e as a ilhas se filhos de Efraim.
tornarão uma só terra; 33 E encher-se-ão de a cânticos
24 E a terra de a Jerusalém e a de alegria eterna.
terra de Sião voltarão para seu 34 Eis que essa é a bênção do
próprio lugar; e a Terra será co- Deus Eterno sobre as a tribos de
mo era antes de sua b divisão. Israel e a mais rica bênção so-
25 E o Senhor, sim, o Salvador, bre a cabeça de b Efraim e seus
permanecerá no meio de seu po- companheiros.
vo e a reinará sobre toda a carne. 35 E também os da tribo de
a
26 E aqueles que estiverem Judá, após sua dor, serão san-
nos a países do norte serão lem- tificados em b santidade peran-
brados pelo Senhor; e seus pro- te o Senhor, para habitar em sua
fetas ouvirão sua voz e não mais presença dia e noite, para todo
se conterão; e ferirão as pedras e o sempre.
o gelo se derreterá diante deles. 36 E agora, em verdade diz o
27 E erguer-se-á uma a estrada Senhor, para que estas coisas
no meio do grande abismo. sejam conhecidas entre vós, ó
28 Seus inimigos tornar-se-ão habitantes da Terra: Enviei meu
a
uma presa para eles; anjo voando pelo meio do céu,
29 E nos a desertos estéreis sur- com o b evangelho eterno, e ele
girão poços de água viva; e o apareceu a alguns e entregou-o
solo ressequido já não será uma ao homem e aparecerá a muitos
terra sedenta. que habitam na Terra.

22a Eze. 43:2; 25a gee Jesus Cristo— 33a Isa. 35:10; 51:11;
Apoc. 1:15; Reinado de Cristo D&C 66:11.
D&C 110:3. no Milênio. 34a gee Israel—Doze
b Salm. 77:18; 26a Jer. 16:14–15; tribos de Israel.
Apoc. 14:2. D&C 110:11. b Gên. 48:14–20; I
c Juí. 5:5; gee Israel—Dez Crôn. 5:1–2;
Isa. 40:4; 64:1; Tribos Perdidas. Ét. 13:7–10.
Apoc. 16:20; 27a Isa. 11:15–16; 35a gee Judá—
D&C 49:23; 109:74. 2 Né. 21:16. Tribo de Judá.
23a Apoc. 6:14. 29a Isa. 35:6–7. b gee Santidade.
24a gee Jerusalém. 30a Zac. 10:7–12. 36a Apoc. 14:6–7;
b Gên. 10:25. gee Efraim— D&C 20:5–12.
gee Terra— Tribo de Efraim. b gee Restauração
Divisão da Terra. 31a Gên. 49:26. do Evangelho.
319 Doutrina e Convênios 133:37–52
37 E este a evangelho será b pre- nem percebeu pelo ouvido, nem
gado a c toda nação e tribo e lín- olho algum viu, ó Deus, além de
gua e povo. ti, quão grandiosas são as coi-
38 E os servos de Deus irão sas que a preparaste para aquele
avante, dizendo em alta voz: que b espera por ti.
Temei a Deus e dai-lhe glória, 46 E dir-se-á: a Quem é este que
b
porque chegada é a hora de seu vem de Deus, no céu, com ves-
julgamento; tes tingidas; sim, das regiões
39 E a adorai aquele que fez o desconhecidas, vestido com seu
céu e a Terra e o mar e as fontes traje glorioso, andando na gran-
das águas — diosidade de sua força?
40 Clamando ao nome do Se- 47 E ele dirá: Eu sou o que fala
nhor dia e noite, dizendo: Oh! com justiça, que tem poder para
Que a fendas os céus; que des- salvar.
ças; que os montes se escoem 48 E o Senhor estará vestido de
a
diante de tua face! vermelho e suas vestes serão
41 E isso se cumprirá sobre sua como a do que pisa no lagar de
cabeça; pois a presença do Se- vinho.
nhor será como o fogo de fun- 49 E tão grandiosa será a glória
dição que queima e como o de sua presença, que o a sol es-
fogo que faz a ferver as águas. conderá a face de vergonha e
42 Ó Senhor, tu descerás pa- a lua reterá sua luz e as estre-
ra tornar conhecido teu nome las serão arremessadas de seus
a teus adversários; e todas as lugares.
nações tremerão em tua pre- 50 E ouvir-se-á sua voz: Eu so-
sença — zinho a pisei no lagar e sobre to-
43 Quando fizeres coisas terrí- dos os povos trouxe julgamento;
veis, coisas que eles não espe- e ninguém estava comigo;
ram; 51 E esmaguei-os no meu fu-
44 Sim, quando desceres e as ror e pisei-os em minha ira e
montanhas se escoarem em tua seu sangue a salpiquei em mi-
presença, a encontrarás aquele nhas vestes e manchei toda a
que se regozija e pratica justiça, minha vestidura; pois esse era
que se lembra de ti em teus ca- o dia da vingança que estava
minhos. em meu coração.
45 Pois desde o princípio do 52 E agora, chegado é o ano de
mundo homem algum ouviu meus remidos; e eles menciona-

37a gee Evangelho. I Cor. 2:9. tjs, Apoc. 19:15;


b gee Obra b Lam. 3:25; Mos. 3:7;
Missionária; Pregar. 2 Né. 6:7, 13. D&C 19:18.
c D&C 42:58. 46a Isa. 63:1–2. 49a Isa. 13:10; 24:23;
39a gee Adorar. b gee Segunda Vinda D&C 45:42; 88:87.
40a Isa. 64:1–2. de Jesus Cristo. 50a Isa. 63:2–3;
41a Jó 41:31. 48a Gên. 49:11–12; D&C 76:107; 88:106.
44a I Tess. 4:15–18. Lc. 22:44; 51a Lev. 8:30.
45a Isa. 64:4; Apoc. 19:11–15;
Doutrina e Convênios 133:53–63 320
rão a bondade amorosa de seu 57 E por essa razão, para que
Senhor e tudo que ele lhes con- os homens se tornassem parti-
feriu de acordo com sua benig- cipantes das a glórias que seriam
nidade e de acordo com sua reveladas, o Senhor enviou a
bondade amorosa, para todo o plenitude do seu b evangelho, o
sempre. seu convênio eterno, arrazoan-
53 Em todas as suas a aflições do com clareza e simplicidade—
ele afligiu-se. E o anjo de sua 58 A fim de preparar os fracos
presença salvou-os; e, em seu para as coisas que advirão à
b
amor e em sua piedade c redi- Terra, como também para o
miu-os e sustentou-os e carre- trabalho do Senhor, no dia em
gou-os em todos os dias da que os a fracos confundirem os
antigüidade; sábios e o b pequeno se tornar
54 Sim, e também a Enoque e os uma nação poderosa e c dois
que estavam com ele; os profe- puserem em fuga dezenas de
tas que existiram antes dele; e milhares.
também b Noé e os que existi- 59 E com as coisas fracas do
ram antes dele; e também c Moi- mundo o Senhor a açoitará as
sés e os que existiram antes dele; nações pelo poder de seu Espí-
55 E de Moisés a Elias, o profe- rito.
ta, e de Elias a João, os quais 60 E por esse motivo deram-se
estavam com Cristo em sua a res- estes mandamentos; ordenou-se
surreição; e os santos apóstolos, que fossem escondidos do mun-
com Abraão, Isaque e Jacó, es- do no dia em que foram dados,
tarão na presença do Cordeiro. mas agora devem ser a enviados
56 E as a sepulturas dos b san- a b toda carne —
tos serão c abertas; e surgirão, 61 E isto segundo a mente e a
pondo-se à d direita do Cordeiro vontade do Senhor, que reina
quando ele aparecer no e Monte sobre toda a carne.
Sião e na cidade santa, a f Nova 62 E ao que se a arrepende e se
Jerusalém; e entoarão o g canto b
santifica diante do Senhor será
do h Cordeiro, noite e dia, para dada a c vida eterna.
todo o sempre. 63 E sobre os que não a dão ou-

53a Isa. 63:4–9. d Mt. 25:33–34. Al. 32:23; 37:6–7.


b gee Caridade. e Isa. 24:23; b Isa. 60:22.
c gee Redenção, Apoc. 14:1; c Deut. 32:29–30.
Redimido, Redimir. D&C 76:66; 59a Miq. 4:11–13.
54a gee Enoque. 84:2, 98–102. 60a D&C 104:58–59.
b gee Noé, f gee Nova Jerusalém. b D&C 1:2.
Patriarca bíblico. g Apoc. 15:3; 62a gee Arrepender-se,
c gee Moisés. D&C 84:98–102. Arrependimento.
55a gee Ressurreição. h gee Cordeiro b D&C 88:74.
56a D&C 29:13. de Deus. gee Santificação.
b gee Santo. 57a gee Graus de Glória. c gee Vida Eterna.
c D&C 45:45–46; b gee Evangelho. 63a gee Atender,
88:96–97. 58a Mt. 11:25; I Cor. 1:27; Escutar.
321 Doutrina e Convênios 133:64–74
vidos à voz do Senhor cum- neira que eu não pudesse remir,
prir-se-á o que foi escrito pelo nem meu b poder para livrar.
profeta Moisés, que disse que 68 Eis que, com minha repreen-
eles seriam b afastados dentre o são, a seco o mar. Transformo os
povo. rios em deserto; seus peixes
64 E também o que foi escrito cheiram mal e morrem de sede.
pelo profeta a Malaquias: Porque 69 Visto de escuridão os céus e
eis que aquele b dia vem c arden- faço de saco sua vestidura.
do como fornalha; todos os so- 70 E a isso recebereis de minha
berbos e todos os que cometem mão — em tormento jazereis.
impiedade serão como a palha; 71 Eis que não haverá quem
e o dia que está para vir os abra- vos livre; pois não obedecestes a
sará, diz o Senhor dos Exércitos, minha voz quando dos céus vos
de sorte que lhes não deixará chamei; não crestes em meus
nem raiz nem ramo. servos e, quando vos foram
a
65 Portanto esta será a respos- enviados, não os recebestes.
ta do Senhor a eles: 72 Portanto a selaram o teste-
66 No dia em que vim aos munho e ligaram a lei; e fostes
meus, nenhum de vós me a rece- entregues às trevas.
beu e fostes expulsos. 73 Estes irão para as trevas ex-
67 Quando tornei a chamar, teriores, onde há a choro e pran-
nenhum de vós me respondeu; to e ranger de dentes.
contudo, meu a braço não se en- 74 Eis que o Senhor vosso
colheu de modo algum, de ma- Deus o disse. Amém.

SEÇÃO 134

Declaração de crença relativa a governos e leis em geral, adotada por


unanimidade de votos na assembléia geral da Igreja, realizada em Kirt-
land, Estado de Ohio, em 17 de agosto de 1835 ( History of the Church
2:247–249). Naquela ocasião realizava-se uma reunião de líderes da
Igreja, reunidos para examinar o conteúdo proposto para a primeira
edição de Doutrina e Convênios. Na ocasião, deu-se o seguinte preâmbu-
lo a esta declaração: “Para que nossa crença com respeito aos governos da
Terra e às leis em geral não seja interpretada nem compreendida erronea -

63b At. 3:22–23; 1 Né. 22:15; Jos. 3:14–17.


1 Né. 22:20–21; 3 Né. 25:1; 70a Isa. 50:11.
3 Né. 20:23; 21:11; D&C 29:9; 64:24. 71a II Crôn. 36:15–16;
D&C 1:14; gee Terra— Jer. 44:4–5.
JS—H 1:40. Purificação da Terra. 72a Isa. 8:16–20.
64a Mal. 4:1. 66a Jo. 1:11. 73a Mt. 8:11–12;
gee Malaquias. 67a 2 Né. 28:32. Lc. 13:28; D&C 19:5.
b JS—H 1:36–37. b Isa. 50:2; 2 Né. 7:2. gee Trevas
c Isa. 66:15–16; 68a Êx. 14:21; Espirituais; Inferno.
Doutrina e Convênios 134:1–5 322
mente, achamos conveniente apresentar, ao final deste volume, nossa
opinião concernente ao assunto” ( History of the Church 2:247).

1–4, Os governos devem preser- 4 Cremos que a religião foi


var a liberdade de consciência e de instituída por Deus; e que os
adoração; 5–8, Todos os homens homens são responsáveis pe-
devem apoiar seus governos e mos- rante ele e somente ele, por seu
trar respeito e deferência à lei; 9– exercício, a menos que suas
10, Sociedades religiosas não de- opiniões religiosas os levem a
vem exercer poderes civis; 11–12, infringir os direitos e a liber-
Justificam-se os homens quando dade de outrem; não cremos,
defendem a si mesmos e defendem porém, que as leis humanas te-
seus bens. nham o direito de interferir na
prescrição de regras de a ado-

N ÓS cremos que os a gover-


nos foram instituídos por
Deus em benefício do homem;
ração para oprimir a consciên-
cia dos homens nem de ditar
formas de devoção pública ou
e que ele considera os homens particular; cremos que o ma-
b
responsáveis por seus atos em gistrado civil deve reprimir o
relação aos mesmos, tanto na crime, mas jamais controlar
formulação de leis como em sua consciências; deve castigar de-
execução, para o bem e segu- litos, mas nunca suprimir a
rança da sociedade. liberdade da alma.
2 Cremos que nenhum gover- 5 Cremos que todos os ho-
no pode existir em paz a não mens têm a responsabilidade
ser que tais leis sejam feitas e de suster e apoiar o governo do
mantidas invioladas, de modo lugar em que residem, desde
a garantir a todo indivíduo o que protegidos em seus direi-
a
livre exercício de b consciência, tos inerentes e inalienáveis
o direito e domínio de proprie- pelas leis de tal governo; e que
dade e a c proteção da vida. o motim e a a rebelião são inade-
3 Cremos que todos os gover- quados a todo cidadão assim
nos requerem necessariamente protegido e devem ser punidos
a
representantes e magistrados convenientemente; e que todos
civis para executar suas leis; os governos têm o direito de
e devem-se procurar e apoiar estabelecer leis que, a seu ver,
pessoas para administrar a lei sejam mais adequadas para as-
com eqüidade e justiça, pela voz segurar os interesses públicos;
do povo, caso se trate de uma ao mesmo tempo, contudo,
república, ou pela vontade do mantendo sagrada a liberdade
soberano. de consciência.
134 1a D&C 98:4–7; 2a gee Arbítrio. RF 1:11.
RF 1:12. b gee Consciência. gee Adorar.
b gee Prestar Contas, c D&C 42:18–19. 5 a RF 1:12.
Responsabilidade, 3a D&C 98:8–10. gee Rebeldia,
Responsável. 4a Al. 21:21–22; Rebelião.
323 Doutrina e Convênios 134:6–11
6 Cremos que todo homem com sua criminalidade e sua má
deve ser respeitado em sua po- influência entre os homens, pe-
sição, governantes e magistra- las leis do governo sob o qual o
dos como tais, sendo nomeados delito tiver sido cometido; e pa-
para proteção dos inocentes e ra a paz e tranqüilidade públi-
punição dos culpados; e que to- cas, todos os homens devem
dos os homens devem respeito usar sua habilidade para entre-
e deferência às a leis visto que, gar os transgressores das boas
sem elas, a paz e a harmonia leis ao castigo.
seriam suplantadas pela anar- 9 Não cremos ser justo mistu-
quia e pelo terror; as leis huma- rar influência religiosa com go-
nas foram instituídas com o verno civil, o que faz com que
propósito expresso de regular uma sociedade religiosa seja
nossos interesses como indiví- favorecida e outra, restrita em
duos e nações, entre um homem seus privilégios espirituais; e
e outro; e as leis divinas foram os direitos individuais de seus
dadas pelo céu, para prescre- membros, como cidadãos, sejam
ver regras sobre assuntos espi- negados.
rituais, para fé e adoração, de- 10 Cremos que todas as socie-
vendo o homem dar contas de dades religiosas têm o direito
ambas a seu Criador. de lidar com seus membros, em
7 Cremos que governantes, es- caso de conduta inadequada,
tados e governos têm o direito e de acordo com as regras e os
a responsabilidade de promul- regulamentos dessas socieda-
gar leis para a proteção de todos des; desde que tal ação se limi-
os cidadãos no livre exercício de te à participação e posição da
suas crenças religiosas; mas não pessoa na sociedade a que per-
cremos terem eles o direito, por tença; mas não cremos ter qual-
justiça, de privar os cidadãos quer sociedade religiosa auto-
desse privilégio nem de rejeitá- ridade para julgar os homens
los por suas opiniões, enquan- quanto a seu direito a proprie-
to mostrarem consideração e dade ou à vida; para confiscar-
reverência pelas leis e suas opi- lhes os bens deste mundo, ou
niões religiosas não incentiva- para pô-los em perigo de vida
rem motins nem conspirações. ou de danos físicos ou para in-
8 Cremos que a perpetração fligir-lhes qualquer castigo físi-
de um crime deve ser a punida co. Podem, apenas, a excomun-
de acordo com a natureza do de- gá-los de sua sociedade e ne-
lito; que o homicídio, a traição, gar-lhes participação.
o roubo, o furto e a violação da 11 Cremos que todos os ho-
paz geral, em todos os aspectos, mens devem apelar para as leis
devem ser punidos de acordo civis a fim de conseguir repa-

6 a D&C 58:21; 88:34. D&C 42:84–87.


8 a Al. 30:7–11; 10a gee Excomunhão.
Doutrina e Convênios 134:12–135:2 324
ração de todas as injúrias e agra- exortar os justos a salvarem-se
vos, quando se lhes infligirem da corrupção do mundo; mas
maus-tratos pessoais ou infrin- não cremos ser correto interfe-
girem-se seus direitos à proprie- rir na vida dos escravos nem
dade ou reputação, onde existi- pregar-lhes o evangelho nem
rem leis para protegê-los; mas batizá-los contra a vontade e o
cremos que todos os homens desejo de seus senhores, nem
são justificados por se defende- envolver-se com eles ou influen-
rem e defenderem seus amigos ciá-los de qualquer forma, de
e seus bens e o governo de ata- modo a torná-los descontentes
ques ilegais e de violações de com sua situação nesta vida,
direitos cometidos por qual- pondo assim em risco vidas hu-
quer pessoa, quando não se pu- manas; tal interferência cremos
der apelar de imediato às leis ser ilegal e injusta e perigosa
nem se puder obter auxílio. para a paz de todo governo que
12 Cremos ser justo a pregar o permita a escravidão de seres
evangelho às nações da Terra e humanos.

SEÇÃO 135
O martírio de Joseph Smith, o Profeta, e de seu irmão, Hyrum Smith, o
Patriarca, em Carthage, Estado de Illinois, em 27 de junho de 1844 ( His-
tory of the Church 6:629–631). Este documento foi escrito pelo Élder
John Taylor, do Conselho dos Doze, que foi testemunha dos eventos.

1–2, Joseph e Hyrum mortos na ca- armadas e pintadas de negro.


d
deia de Carthage; 3, Aclamada a po- Hyrum foi atingido primeiro e
sição proeminente do Profeta; 4–7, caiu calmamente, exclamando:
Seu sangue inocente testifica a ve- Sou um homem morto! Joseph
racidade e a divindade do trabalho. Smith saltou da janela e foi
morto a tiros na tentativa, ex-

P ARA selar o testemunho


deste livro e do Livro de
Mórmon, anunciamos a a morte
clamando: Ó Senhor meu Deus!
Depois de mortos, ambos fo-
ram brutalmente baleados, re-
de b Joseph Smith, o Profeta, e de cebendo cada um quatro balas.
Hyrum Smith, o Patriarca. Fo- 2 a John Taylor e Willard Ri-
ram eles assassinados na c ca- chards, dois dos Doze, eram as
deia de Carthage, no dia 27 de únicas pessoas que estavam no
junho de 1844, perto das cinco local na ocasião; o primeiro foi
horas da tarde, por uma turba ferido de maneira selvagem,
composta de 150 a 200 pessoas com quatro balas, mas recupe-

12a gee Obra b gee Smith, Joseph, d gee Smith, Hyrum.


Missionária; Pregar. Júnior. 2 a gee Taylor, John.
135 1a D&C 5:22; 6:30. c gee Cadeia de
gee Mártir, Martírio. Carthage (EUA).
325 Doutrina e Convênios 135:3–6
rou-se; o último, pela providên- sas exigências da lei, dois ou
cia de Deus escapou sem mesmo três dias antes de seu assassi-
um furo em sua roupa. nato, ele disse: “Vou como um
3 Joseph Smith, o a Profeta e a
cordeiro para o matadouro;
b
Vidente do Senhor, com ex- mas estou calmo como uma
ceção apenas de Jesus, fez mais manhã de verão; tenho a cons-
pela salvação dos homens nes- ciência limpa em relação a Deus
te mundo do que qualquer ou- e em relação a todos os homens.
tro homem que jamais viveu Morrerei inocente e ainda
nele. No curto espaço de vinte se dirá de mim: foi assassina-
anos trouxe à luz o Livro de do a sangue frio.” — Naquela
Mórmon, que traduziu pelo mesma manhã, depois de Hy-
dom e poder de Deus, e foi o rum preparar-se para partir —
instrumento de sua publicação dir-se-á, para a chacina? sim,
em dois continentes; enviou a pois assim aconteceu—ele leu o
c
plenitude do evangelho eter- seguinte parágrafo, quase no
no, que o livro continha, aos fim do capítulo doze de Éter,
quatro cantos da Terra; trouxe no Livro de Mórmon, e dobrou
à luz as revelações e manda- a página para marcá-la:
mentos que compõem este li- 5 E aconteceu que eu orei ao Se-
vro de Doutrina e Convênios e nhor a fim de que ele desse graça
muitos outros sábios documen- aos gentios, para que tenham cari-
tos e instruções para o benefí- dade. E aconteceu que o Senhor me
cio dos filhos dos homens; reu- disse: Se eles não têm caridade, a ti
niu muitos milhares de santos isso não importa; tu tens sido fiel;
dos últimos dias, fundou uma portanto tuas vestes se tornarão
grande d cidade e deixou fama e a
limpas. E porque viste a tua fra-
nome que não podem ser des- queza, serás fortalecido até que te
truídos. Viveu grandiosamente sentes no lugar que preparei nas
e morreu grandiosamente aos mansões de meu Pai. E agora (. . .)
olhos de Deus e de seu povo; e despeço-me dos gentios, sim, e
como a maior parte dos ungi- também de meus irmãos a quem
dos do Senhor na antigüidade, amo, até que nos encontremos pe-
selou sua missão e suas obras rante o b tribunal de Cristo, onde
com o próprio e sangue; o mes- todos os homens saberão que mi-
mo fez seu irmão Hyrum. Em nhas vestes não estão manchadas
vida não foram divididos e na com o vosso sangue. Os c testado-
morte não foram separados! res agora estão mortos e seu
4 Quando Joseph foi a Cartha- testamento está em vigor.
ge para entregar-se às preten- 6 Hyrum Smith fez quarenta e

3 a gee Profeta. d gee Nauvoo, Illinois 5 a D&C 88:74–75.


b gee Vidente. (EUA). b Ét. 12:36–38.
c D&C 35:17; 42:12. e Heb. 9:16–17; c Heb. 9:16–17.
gee Restauração D&C 136:39.
do Evangelho. 4 a Isa. 53:7.
Doutrina e Convênios 135:7–136:1 326
quatro anos em fevereiro de 1844 prisão pela conspiração de trai-
e Joseph Smith fez trinta e oito dores e de homens iníquos; e
em dezembro de 1843; e de ago- seu sangue inocente, no chão da
ra em diante seus nomes serão cadeia de Carthage, é um gran-
incluídos entre os mártires da de selo afixado ao “mormonis-
religião; e os leitores de todas as mo”, que não poderá ser rejei-
nações lembrar-se-ão de que o tado por qualquer tribunal da
surgimento do Livro de Mór- Terra; e seu sangue inocente sobre
mon e deste livro de Doutrina e o brasão do Estado de Illinois,
Convênios da igreja para a sal- juntamente com a violação da
vação de um mundo arruinado palavra do Estado, conforme
custou o melhor sangue do sé- empenhada pelo governador, é
culo dezenove; e de que, se o fo- uma testemunha da veracidade
go consegue queimar uma a ár- do evangelho eterno, que o
vore verdejante para a glória de mundo inteiro não pode refutar;
Deus, quão facilmente não quei- e seu sangue inocente sobre o es-
mará as árvores secas para puri- tandarte da liberdade e sobre a
ficar a vinha de corrupção! Eles carta magna dos Estados Unidos
viveram pela glória; eles mor- é um embaixador da religião de
reram pela glória; e a glória é Jesus Cristo, que tocará o co-
sua eterna recompensa. De ge- ração dos homens honestos de
ração em geração, seus nomes todas as nações; e seu sangue ino-
passarão à posteridade como cente , juntamente com o sangue
jóias para os santificados. de todos os mártires sob o a altar
7 Eram inocentes de qualquer que João viu, clamará ao Senhor
crime, como tantas vezes antes dos Exércitos até que ele vingue
se provara, e só foram postos na esse sangue na Terra. Amém.

SEÇÃO 136
A palavra e a vontade do Senhor dada por meio do Presidente Brigham
Young, em Winter Quarters (Acampamento de Inverno), o acampamen-
to de Israel, na nação Omaha, na margem ocidental do rio Missouri,
perto de Council Bluffs, Estado de Iowa ( Journal History of the
Church, 14 de janeiro de 1847).

1–16, Como o acampamento de Is- bedoria; 34–42, Profetas são as-


rael deve ser organizado para a sassinados para que sejam reve-
viagem rumo ao oeste; 17–27, É renciados e os iníquos, condena-
ordenado que os santos vivam de dos.
acordo com vários padrões do
evangelho; 28–33, Os santos devem
cantar, dançar, orar e adquirir sa- A PALAVRA e Vontade do
Senhor quanto ao Acampa-

6 a Lc. 23:31. 7 a Apoc. 6:9.


327 Doutrina e Convênios 136:2–15
mento de Israel em suas viagens 8 Que cada companhia assuma
para o oeste: a responsabilidade, proporcio-
2 Que todo o povo de A a Igreja nal ao valor de seus bens, de le-
de Jesus Cristo dos Santos dos var os a pobres, as b viúvas, os
c
Últimos Dias e aqueles que órfãos e as famílias daqueles
com eles viajam se organizem que entraram para o exército, a
em companhias, fazendo o con- fim de que os clamores das viú-
vênio e a promessa de guardar vas e dos órfãos não cheguem
todos os mandamentos e esta- ao ouvidos do Senhor contra
tutos do Senhor nosso Deus. este povo.
3 Que se organizem as compa- 9 Que cada companhia pre-
nhias com capitães de a cente- pare casas e campos para o
nas, capitães de cinqüenta e cultivo de grãos, em benefício
capitães de dez, com um presi- dos que, por agora, ficarem
dente e seus dois conselheiros à para trás; e esta é a vontade
frente, sob a direção dos Doze do Senhor concernente a seu
b
Apóstolos. povo.
4 E este será nosso a convênio: 10 Que cada homem use toda
b
Caminharemos de acordo com a sua influência e seus bens pa-
todas as c ordenanças do Senhor. ra levar este povo ao lugar on-
5 Que cada companhia pro- de o Senhor estabelecerá uma
a
videncie todas as parelhas, car- estaca de Sião.
roções, provisões, roupas e 11 E se fizerdes isto com o
outras coisas que puderem, ne- coração puro, com toda fidelida-
cessárias para a viagem. de, sereis a abençoados; sereis
6 Quando as companhias es- abençoados em vossos reba-
tiverem organizadas, que dedi- nhos e em vossas manadas e
quem toda a sua força aos pre- em vossos campos e em vossas
parativos, para os que deverão casas e em vossas famílias.
ficar para trás. 12 Que meus servos Ezra T.
7 Que cada companhia, com Benson e Erastus Snow organi-
seus capitães e presidentes, de- zem uma companhia.
cida quantos irão na próxima 13 E que meus servos Orson
primavera; depois escolha um Pratt e Wilford Woodruff orga-
número suficiente de homens de nizem uma companhia.
boa constituição física e peritos, 14 Também que meus servos
a fim de levar parelhas, semen- Amasa Lyman e George A.
tes e implementos agrícolas e Smith organizem uma compa-
que irão, como pioneiros, pre- nhia.
parar o plantio da primavera. 15 E designem presidentes e

136 2a gee Igreja de 4 a gee Convênio. c Tg. 1:27;


Jesus Cristo dos b gee Andar, Andar 3 Né. 24:5.
Santos dos Últimos com Deus. 10a gee Estaca.
Dias, A. c gee Ordenanças. 11a Deut. 28:1–14.
3 a Êx. 18:21–26. 8 a gee Pobres. gee Abençoado,
b gee Apóstolo. b gee Viúva. Abençoar, Bênção.
Doutrina e Convênios 136:16–30 328
capitães de centenas e de cin- 23 Cessai de a contender uns
qüenta e de dez. com os outros; cessai de falar
b
16 E que meus servos que fo- mal uns dos outros.
ram designados ensinem isto 24 Cessai a a embriaguez; e que
que é a minha vontade, aos san- vossas palavras contribuam pa-
tos, a fim de que estejam prontos ra vossa b edificação mútua.
para ir a uma terra de paz. 25 Se tomares algo empresta-
17 Segui vosso caminho e fa- do de teu próximo, devolverás
zei o que eu vos disse; e não o que a tomaste emprestado; e se
temais vossos inimigos, porque não puderes pagar, então dize
eles não terão poder para deter imediatamente a teu próximo,
minha obra. para que ele não te condene.
18 Sião será a redimida em meu 26 E se achares algo que teu
próprio e devido tempo. próximo a perdeu, farás uma
19 E se qualquer homem procu- busca cuidadosa até lho devol-
rar elevar-se e não buscar meu veres.
a
conselho, não terá poder algum; 27 Preservarás a diligentemen-
e sua insensatez será manifestada. te o que possuis, para que sejas
20 Buscai; e a cumpri todas as um b mordomo prudente; pois é
promessas que fizestes uns aos dádiva gratuita do Senhor teu
outros; e b não cobiceis o que per- Deus e tu és seu mordomo.
tence a vosso irmão. 28 Se estiveres alegre, louva ao
21 a Guardai-vos do pecado de Senhor com a cânticos, com mú-
tomar o nome do Senhor em vão, sica, com dança, e com b orações
pois eu sou o Senhor vosso Deus, de louvor e c ação de graças.
sim, o b Deus de vossos pais, o 29 Se estiveres a angustiado, in-
Deus de Abraão e de Isaque e voca o Senhor teu Deus com
de Jacó. súplicas a fim de que tua alma
22 a Eu sou aquele que tirou os se b regozije.
filhos de Israel da terra do Egi- 30 Não temas os teus inimigos,
to; e meu braço estende-se nos porque eles estão em minhas
últimos dias, para b salvar meu mãos e executarei minha von-
povo Israel. tade concernente a eles.

18a D&C 100:13. b Jer. 30:10; Honesto.


19a gee Aconselhar, Eze. 20:33–34; 26a Lev. 6:4; Deut. 22:3.
Conselho. D&C 38:33. 27a gee Diligência.
20a gee Honestidade, 23a 3 Né. 11:29–30. b gee Mordomia,
Honesto. gee Contenção, Mordomo.
b gee Cobiçar. Contenda. 28a gee Cantar.
21a gee Profanidade. b D&C 20:54. b gee Oração.
b Êx. 3:6; gee Maledicência. c II Crôn. 5:13;
1 Né. 19:10. 24a gee Palavra de D&C 59:15–16.
22a Êx. 13:18; Sabedoria. gee Ação de Graças,
Jer. 2:5–7; b D&C 108:7. Agradecido,
1 Né. 5:15; 25a Salm. 37:21; Mos. 4:28. Agradecimento.
Al. 36:28. gee Dívida; 29a II Sam. 22:7.
gee Jeová. Honestidade, b gee Alegria.
329 Doutrina e Convênios 136:31–42
31 Meu povo deve ser a prova- deis suportar minha glória; mas
do em todas as coisas a fim contemplá-la-eis se fordes fiéis
de preparar-se para receber a na obediência a todas as pala-
b
glória que tenho para ele, sim, vras que vos b dei, dos dias de
a glória de Sião; e quem não su- Adão a Abraão, de Abraão a
porta c correção não é digno do Moisés, de Moisés a Jesus e
meu reino. seus apóstolos, e de Jesus e
32 Que o que for ignorante seus apóstolos a Joseph Smith,
adquira a sabedoria, b humilhan- ao qual chamei por meio de
do-se e invocando o Senhor seu meus c anjos, meus servos minis-
Deus a fim de que seus olhos tradores, e pela minha própria
sejam abertos para que ele veja voz desde os céus, para realizar
e seus ouvidos, abertos para minha obra;
que ele ouça; 38 Cujo alicerce ele estabele-
33 Pois meu a Espírito é envia- ceu; e foi fiel e tomei-o para mim.
do ao mundo a fim de iluminar 39 Muitos se têm maravilha-
os humildes e contritos e para a do por causa de sua morte;
condenação dos ímpios. mas era preciso que ele a selasse
34 Vossos irmãos vos rejeita- o seu b testemunho com o pró-
ram — vós e vosso testemunho, prio c sangue, para que ele fosse
sim, a nação que vos a expulsou; honrado e os iníquos fossem
35 E agora vem o dia da sua condenados.
calamidade, sim, os dias de tris- 40 Não vos livrei de vossos
a
teza, como uma mulher em do- inimigos, deixando uma teste-
res de parto; e a tristeza deles munha do meu nome?
será grande, a menos que se ar- 41 Agora, pois, escutai, ó povo
rependam depressa, sim, mui- da minha a igreja; e vós, élderes,
to depressa. ouvi juntos; vós recebestes meu
b
36 Porque eles mataram os reino.
profetas e os que lhes foram en- 42 Sede diligentes na obediên-
viados; e derramaram sangue cia a todos os meus mandamen-
inocente, que da terra clama tos, para que não vos sobreve-
contra eles. nham julgamentos e vossa fé
37 Portanto não vos maravi- não vos falhe e vossos inimigos
lheis destas coisas, pois ainda triunfem. Assim, nada mais por
não sois a puros; ainda não po- agora. Amém e amém.

31a D&C 101:4. Humilde, Humilhar. 39a Mos. 17:20;


gee Adversidade. 33a gee Espírito Santo. D&C 135:3.
b Rom. 8:18; 34a gee Perseguição, b gee Testemunho.
D&C 58:3–4. Perseguir. c gee Mártir, Martírio.
gee Glória. 37a gee Pureza, Puro. 40a Êx. 23:22;
c gee Castigar, b Hel. 8:18. D&C 8:4; 105:15.
Castigo, Corrigir, c Apoc. 14:6; 41a gee Igreja de
Repreender. D&C 110:11–16; Jesus Cristo.
32a gee Sabedoria. 128:19–21; b Dan. 7:27.
b gee Humildade, JS—H 1:30–47.
Doutrina e Convênios 137:1–9 330

SEÇÃO 137
Visão dada a Joseph Smith, o Profeta, no templo de Kirtland, Estado de
Ohio, em 21 de janeiro de 1836 ( History of the Church 2:380–381).
Naquela ocasião administravam-se as ordenanças da investidura, até on-
de haviam sido reveladas.

1–6, O Profeta vê seu irmão Alvin irmão e Alvin, que há muito


no reino celestial; 7–9, Revela-se a dorme;
doutrina de salvação para os mor- 6 E maravilhei-me de que ele
tos; 10, Todas as crianças são sal- houvesse recebido uma a he-
vas no reino celestial. rança naquele reino, visto que
partira desta vida antes que

A BRIRAM-SE os a céus sobre


nós e contemplei o b reino
celestial de Deus e sua glória,
o Senhor começasse a coligar
Israel pela b segunda vez; e não
fora c batizado para a remissão
no c corpo ou fora do corpo, não de pecados.
posso dizer. 7 Assim veio a mim a a voz do
2 Vi a incomparável beleza Senhor, dizendo: Todos os que
da a porta por onde entrarão os morreram b sem conhecimento
herdeiros desse reino, que se deste evangelho, que o teriam
assemelhava a b chamas de fogo recebido caso tivessem tido per-
circulantes; missão de aqui permanecer, se-
3 Também o a refulgente trono rão c herdeiros do d reino celes-
de Deus, no qual estavam sen- tial de Deus;
tados o b Pai e o c Filho. 8 Também, todos os que mor-
4 Vi as belas ruas desse reino, rerem daqui em diante sem co-
que pareciam ser pavimentadas nhecimento dele, que o a teriam
de a ouro. recebido de todo o coração, se-
5 Vi o Pai a Adão e b Abraão; rão herdeiros desse reino;
e meu c pai e minha d mãe; meu 9 Pois eu, o Senhor, a julgarei

137 1a At. 7:55–56; 4 a Apoc. 21:21; gee Israel—


1 Né. 1:8; D&C 110:2. Coligação de Israel.
Hel. 5:45–49; 5 a gee Adão. c Jo. 3:3–5; 2 Né. 9:23;
JS—H 1:43. b D&C 132:29. Ét. 4:18–19;
b gee Glória Celestial. gee Abraão. D&C 76:50–52; 84:74.
c II Cor. 12:2–4; c D&C 124:19. gee Batismo, Batizar.
1 Né. 11:1; Mois. 1:11. gee Smith, 7 a Hel. 5:30.
2a 2 Né. 9:41; 31:17. Joseph, Sênior. gee Revelação.
b Êx. 24:17; d gee Smith, b tjs, I Ped. 4:6;
Isa. 33:14–15; Lucy Mack. 2 Né. 9:25–26;
Hel. 5:23; D&C 130:7. e JS—H 1:4. Mos. 15:24.
3a Isa. 6:1; Eze. 1:26–28. 6 a gee Salvação c D&C 76:50–70.
b gee Trindade— para os Mortos. d gee Glória Celestial.
Deus, o Pai. b Isa. 11:11; 8 a Al. 18:32; D&C 6:16.
c gee Trindade— 1 Né. 22:10–12; 9 a Apoc. 20:12–13.
Deus, o Filho. Jacó 6:2. gee Juízo Final.
331 Doutrina e Convênios 137:10–138:5
todos os homens segundo suas as crianças que morrem antes
b
obras, segundo o c desejo de seu de chegar à a idade da responsa-
coração. bilidade são b salvas no reino
10 E vi também que todas celestial.

SEÇÃO 138

Visão dada ao Presidente Joseph F. Smith, em Salt Lake City, Estado de


Utah, em 3 de outubro de 1918. Em seu discurso de abertura na 89 a
Conferência Geral Semestral da Igreja, em 4 de outubro de 1918, o Presi-
dente Smith declarou haver recebido várias comunicações divinas nos
meses anteriores. Uma delas, relativa à visita do Salvador aos espíritos
dos mortos enquanto seu corpo estava na sepultura, o Presidente Smith
recebera no dia anterior. Foi escrita imediatamente após o término da
conferência. Em 31 de outubro de 1918, foi submetida aos conselheiros
na Primeira Presidência, ao Conselho dos Doze e ao Patriarca, sendo
unanimemente aceita por eles.

1–10, O Presidente Joseph F. Smith


medita a respeito dos escritos de
Pedro e da visita de nosso Senhor
E M três de outubro do ano de
mil novecentos e dezoito,
sentei-me em meus aposentos
a
ao mundo dos espíritos; 11–24, O meditando sobre as escrituras;
Presidente Smith vê os mortos 2 E refletindo sobre o grande
a
justos reunidos no paraíso e o mi- sacrifício expiatório que foi fei-
nistério de Cristo entre eles; 25–37, to pelo Filho de Deus, para a
b
Ele vê como a pregação do evange- redenção do mundo;
lho foi organizada entre os espíri- 3 E o grande e maravilhoso
a
tos; 38–52, Vê o Pai Adão, Eva e amor manifestado pelo Pai e o
muitos dos santos profetas, no Filho na vinda do b Redentor ao
mundo dos espíritos, que conside- mundo;
ravam o estado de seu espírito 4 Para que, por meio de sua
a
antes de sua ressurreição como um expiação e pela b obediência aos
cativeiro; 53–60, Os mortos jus- princípios do evangelho, a hu-
tos desta época continuam seus manidade fosse salva.
labores no mundo dos espíritos. 5 Enquanto estava assim ocu-

9 b gee Obras. criancinhas. gee Amor.


c D&C 64:34. 138 1a gee Ponderar. b gee Redentor.
gee Coração. 2 a Mt. 20:28. 4 a RF 1:3.
10a gee Prestar Contas, gee Expiação, b Mt. 7:21.
Responsabilidade, Expiar. gee Obedecer,
Responsável. b gee Plano de Obediência,
b gee Salvação— Redenção. Obediente.
Salvação das 3 a Jo. 3:16.
Doutrina e Convênios 138:6–17 332
pado, minha mente voltou-se 11 Enquanto refletia sobre es-
para os escritos do apóstolo Pe- sas coisas que estão a escritas,
dro aos santos da antigüidade os b olhos de meu entendimento
espalhados por a Ponto, Galácia, foram abertos e o Espírito do
Capadócia e outras partes da Senhor c repousou sobre mim e
Ásia Menor, onde o evangelho vi as hostes dos d mortos, tanto
fora pregado após a crucifi- pequenos como grandes.
cação do Senhor. 12 E achava-se reunido em
6 Abri a Bíblia e li os capítulos um só lugar um grupo incon-
três e quatro da primeira epís- tável dos espíritos dos a justos,
tola de Pedro e, ao ler, fiquei que foram b fiéis no testemunho
muito impressionado, mais do de Jesus enquanto viveram na
que havia ficado antes, com as mortalidade;
seguintes passagens: 13 E que ofereceram a sacrifí-
7 “Porque também Cristo pa- cio à semelhança do grande sa-
deceu uma vez pelos pecados, crifício do Filho de Deus e b so-
o justo pelos injustos, para le- freram tribulações em nome de
var-nos a Deus; mortificado, na seu Redentor.
verdade, na carne, mas vivifi- 14 Todos esses haviam parti-
cado pelo Espírito; do da vida mortal com a firme
a
8 No qual também foi, e pre- esperança de uma gloriosa b res-
gou aos espíritos em a prisão; surreição por meio da c graça de
9 Os quais noutro tempo fo- Deus, o d Pai, e seu Filho e Unigê-
ram rebeldes, quando a longa- nito, Jesus Cristo.
nimidade de Deus esperava nos 15 Vi que estavam cheios de
a
dias de Noé, enquanto se pre- júbilo e alegria e regozijavam-
parava a arca; na qual poucas se juntos porque se aproxima-
(isto é, oito) almas se salvaram va o dia de sua libertação.
pela água.” (I Pedro 3:18–20) 16 Estavam reunidos, aguar-
10 “Porque por isto foi prega- dando a chegada do Filho de
do o evangelho também aos Deus ao a mundo dos espíritos
mortos, para que, na verdade, para declarar sua redenção das
b
fossem julgados segundo os ligaduras da morte.
homens na carne, mas vives- 17 Seu pó adormecido seria
a
sem segundo Deus em espíri- restaurado em sua perfeita
to.” (I Pedro 4:6) forma, cada b osso a seu osso, e

5 a I Ped. 1:1. b D&C 6:13; 51:19; Deus, o Pai.


8 a Isa. 61:1; Lc. 4:18; 76:51–53. e gee Unigênito.
D&C 76:73–74; 88:99. 13a gee Sacrifício. 15a Isa. 51:11;
11a gee Escrituras— b Mt. 5:10–12. Al. 40:12.
Valor das escrituras. 14a Ét. 12:4; 16a Lc. 23:43;
b Ef. 1:18; Morô. 7:3, 40–44. Al. 40:11–12.
D&C 76:10, 12, 19. gee Esperança. gee Paraíso.
c Isa. 11:2. b gee Ressurreição. b Mórm. 9:13.
d gee Espírito. c gee Graça. 17a 2 Né. 9:10–13.
12a D&C 76:69–70. d gee Trindade— b Eze. 37:1–14.
333 Doutrina e Convênios 138:18–28
os tendões e a carne sobre eles, Libertador da morte e das c ca-
o c espírito e o corpo reunidos deias do inferno.
para nunca mais se separarem, 24 Seus semblantes brilhavam
a fim de receberem a plenitude e a a resplandecência da pre-
da d alegria. sença do Senhor repousou sobre
18 Enquanto essa vasta multi- eles e b cantaram louvores a seu
dão esperava e conversava, re- santo nome.
gozijando-se pela hora de sua 25 Maravilhei-me, porque sa-
libertação das cadeias da mor- bia que o Salvador dedicara cer-
te, o Filho de Deus apareceu, ca de três anos ao seu ministério
anunciando a a liberdade aos ca- entre os judeus e os da casa de
tivos que tinham sido fiéis; Israel, procurando ensinar-lhes
19 E ali a pregou-lhes o b evange- o evangelho eterno e chamá-los
lho eterno, a doutrina da ressur- ao arrependimento;
reição e a redenção do gênero 26 E contudo, não obstante
humano da c queda e dos peca- suas grandes obras e milagres e
dos individuais, desde que hou- a proclamação da verdade com
vesse d arrependimento. grande a poder e autoridade, fo-
20 Aos a iníquos, porém, não se ram poucos os que deram ouvi-
dirigiu; e entre os ímpios e os dos a sua voz e que se regozija-
impenitentes, que se b corrompe- ram em sua presença e recebe-
ram enquanto estavam na car- ram salvação de suas mãos.
ne, sua voz não se fez ouvir; 27 Mas seu ministério entre os
21 Nem os rebeldes, que rejei- que estavam mortos foi limita-
taram os testemunhos e as ad- do ao a curto período compreen-
vertências dos profetas antigos, dido entre a crucificação e sua
contemplaram sua presença ou ressurreição;
olharam sua face. 28 E refleti sobre as palavras
22 Onde estavam esses, reinava de Pedro — quando disse que o
a a escuridão, mas entre os justos Filho de Deus pregara aos espí-
havia b paz; ritos em prisão que noutro tem-
23 E os santos regozijaram-se po haviam sido rebeldes quan-
em sua a redenção e dobraram os do a longanimidade de Deus
b
joelhos e reconheceram o Filho esperava nos dias de Noé — e
de Deus como seu Redentor e de como fora possível Cristo

17c D&C 93:33–34. 20a Al. 40:13–14. c 2 Né. 1:13;


d gee Alegria. gee Inferno; Al. 12:11.
18a Isa. 61:1. Iniqüidade, Iníquo. 24a Salm. 104:1–2;
gee Salvação b 1 Né. 10:21. Isa. 60:19;
para os Mortos. 22a gee Trevas Apoc. 22:5;
19a D&C 76:72–74. Espirituais. JS—H 1:17.
b gee Evangelho. b gee Paz. gee Luz, Luz
c gee Queda de 23a gee Plano de de Cristo.
Adão e Eva. Redenção. b gee Cantar.
d gee Arrepender-se, b Rom. 14:11; 26a 1 Né. 11:28.
Arrependimento. Mos. 27:31. 27a Mc. 8:31.
Doutrina e Convênios 138:29–38 334
c
pregar àqueles espíritos e reali- remissão de pecados, o d dom
zar o trabalho necessário entre do Espírito Santo pela impo-
eles em tão pouco tempo. sição de mãos.
29 E enquanto refletia, meus 34 E todos os outros princípios
olhos foram abertos e meu en- do evangelho que precisavam
tendimento a vivificado; e per- saber a fim de qualificarem-se
cebi que o Senhor não se dirigi- para ser a julgados segundo os
ra em pessoa aos iníquos e aos homens na carne, mas viver se-
rebeldes que haviam rejeitado gundo Deus no espírito.
a verdade, a fim de ensiná-los; 35 E desse modo soube-se en-
30 Mas eis que, dentre os jus- tre os mortos, tanto pequenos
tos, organizou suas forças e de- como grandes, os injustos como
signou mensageiros, revestidos também os fiéis, que se efetuara
de a poder e autoridade, e comis- redenção por meio do a sacrifício
sionou-os para levar a luz do do Filho de Deus na b cruz.
evangelho aos que estavam nas 36 Foi dessa forma que se sou-
b
trevas, sim, a c todos os espíri- be que nosso Redentor passara
tos dos homens; e assim foi o o tempo de sua visita ao mundo
evangelho pregado aos mortos. dos espíritos instruindo e prepa-
31 E os mensageiros escolhidos rando os espíritos fiéis dos a pro-
foram anunciar o a dia aceitável fetas que haviam testificado de-
do Senhor e proclamar b liber- le na carne;
dade aos cativos que estavam 37 Para que levassem a men-
presos, sim, a todos os que se sagem de redenção a todos os
arrependessem de seus peca- mortos a quem ele não poderia
dos e recebessem o evangelho. pregar pessoalmente por causa
32 Desse modo foi pregado o de sua a rebeldia e transgressões,
evangelho àqueles que haviam a fim de que eles, pelo ministé-
a
morrido em seus pecados, sem rio de seus servos, também ou-
b
conhecimento da verdade ou vissem suas palavras.
em transgressão, tendo rejeita- 38 Entre os grandes e podero-
do os profetas. sos que estavam reunidos nes-
33 A esses foi ensinada a a fé sa vasta congregação dos jus-
em Deus, o arrependimento do tos encontrava-se o Pai a Adão, o
pecado, o b batismo vicário para Ancião de Dias e pai de todos,

29a D&C 76:12. gee Fé. 35a Al. 34:9–16.


30a Lc. 24:49. b gee Batismo, gee Expiação,
b gee Trevas Espirituais. Batizar—Batismo Expiar; Sacrifício.
c D&C 1:2. pelos mortos; b gee Cruz;
31a Isa. 61:2; Ordenanças— Crucificação
Lc. 4:17–19. Ordenança vicária. ou Crucifixão.
b gee Liberdade, Livre. c gee Remissão 36a D&C 138:57.
32a Jo. 8:21–24. de Pecados. 37a D&C 138:20.
b D&C 128:5. d gee Dom do gee Rebeldia,
gee Conhecimento. Espírito Santo. Rebelião.
33a RF 1:4. 34a gee Juízo Final. 38a gee Adão.
335 Doutrina e Convênios 138:39–50
39 E nossa gloriosa Mãe a Eva, nunca mais ser destruído nem
com muitas de suas filhas fiéis entregue a outro povo;
que viveram através das eras e 45 a Elias, que estava com Moi-
adoraram o Deus verdadeiro e sés no Monte da b Transfigu-
vivo. ração;
40 a Abel, o primeiro b mártir, 46 E a Malaquias, o profeta
estava lá; e seu irmão c Sete, que testificou a vinda de b Elias,
um dos poderosos, que era a o profeta — de quem também
d
imagem expressa de seu pai, Morôni falou ao profeta Joseph
Adão. Smith, declarando que ele viria
41 a Noé, que advertira acerca antes do grande e terrível c dia
do dilúvio; b Sem, o grande c su- do Senhor—também estavam lá.
mo sacerdote; d Abraão, o pai 47 O profeta Elias deveria plan-
dos fiéis; e Isaque, f Jacó e Moisés, tar no a coração dos filhos as
o grande g legislador de Israel; promessas feitas a seus pais,
42 E a Isaías, que anunciou, por 48 Prenunciando a grande
a
profecia, que o Redentor fora obra a ser realizada nos b tem-
ungido para curar os contritos plos do Senhor na c dispensação
de coração, proclamar liberda- da plenitude dos tempos, para
de aos b cativos e a abertura da a redenção dos mortos e o d sela-
c
prisão aos presos, também es- mento dos filhos aos pais, a fim
tavam lá. de que a Terra toda não fosse fe-
43 Além desses, a Ezequiel, a rida com uma maldição e total-
quem foi mostrado em visão o mente destruída na sua vinda.
grande vale de b ossos secos, que 49 Todos esses e muitos mais,
seriam revestidos de carne a até os a profetas que habitaram
fim de ressurgirem na c ressur- entre os nefitas e testificaram a
reição dos mortos como almas vinda do Filho de Deus, mistu-
viventes; ravam-se à grande assembléia
44 a Daniel, que previu e predis- e aguardavam sua libertação,
se o estabelecimento do b reino 50 Porque os mortos conside-
de Deus nos últimos dias, para ravam o longo tempo em que

39a Mois. 4:26. gee Jacó, Filho JS—H 1:36–39.


gee Eva. de Isaque. gee Malaquias.
40a gee Abel. g gee Moisés. b D&C 110:13–15.
b gee Mártir, Martírio. 42a gee Isaías. gee Elias, o Profeta.
c gee Sete. b Isa. 61:1–2. c gee Segunda Vinda
d Gên. 5:3; c gee Inferno. de Jesus Cristo.
Mois. 6:10. 43a gee Ezequiel. 47a D&C 128:17.
41a gee Noé, Patriarca b Eze. 37:1–14. 48a gee Salvação para
bíblico. c gee Ressurreição. os Mortos.
b gee Sem. 44a gee Daniel. b gee Templo, a Casa
c gee Sumo Sacerdote. b Dan. 2:44–45. do Senhor.
d Gên. 17:1–8. gee Reino de Deus c gee Dispensação.
gee Abraão. ou Reino do Céu. d gee Família—
e Gên. 21:1–5. 45a gee Elias. Família eterna;
gee Isaque. b gee Transfiguração. Selamento, Selar.
f Gên. 35:9–15. 46a Mal. 4:5–6; 49a Hel. 8:19–22.
Doutrina e Convênios 138:51–60 336
seu a espírito estava ausente do eles, com muitos outros, recebe-
corpo como uma b escravidão. ram suas primeiras lições no
51 Esses o Senhor ensinou e mundo dos espíritos e foram
deu-lhes a poder para levanta- a
preparados para nascer no de-
rem-se, depois que ele ressusci- vido b tempo do Senhor, a fim
tasse dos mortos, e entrarem no de trabalharem em sua c vinha
reino de seu Pai, para que lá para a salvação da alma dos
fossem coroados com b imortali- homens.
dade e c vida eterna, 57 Vi que os a élderes fiéis desta
52 E continuassem dali em dispensação, quando deixam a
diante o seu trabalho, como fo- vida mortal, continuam seus la-
ra prometido pelo Senhor, e se bores na pregação do evange-
tornassem participantes de to- lho do arrependimento e da re-
das as a bênçãos reservadas pa- denção, por meio do sacrifício
ra aqueles que o amam. do Filho Unigênito de Deus,
53 O Profeta Joseph Smith e entre aqueles que estão nas
b
meu pai, Hyrum Smith, Bri- trevas e sob a servidão do pe-
gham Young, John Taylor, Wil- cado no grande mundo dos es-
ford Woodruff e outros espíri- píritos dos mortos.
tos preciosos que foram a reser- 58 Os mortos que se arrepen-
vados para nascer na plenitude derem serão a redimidos por
dos tempos a fim de participar meio da obediência às b orde-
no estabelecimento dos b alicer- nanças da Casa de Deus,
ces da grande obra dos últimos 59 E depois de terem cumpri-
dias, do a pena por suas transgres-
54 Incluindo a construção de sões e de serem a purificados,
templos e a realização, neles, receberão uma recompensa de
de ordenanças para a redenção acordo com suas b obras, por-
dos a mortos, também estavam que são herdeiros da salvação.
no mundo dos espíritos. 60 Assim me foi revelada a vi-
55 Observei que também esta- são da redenção dos mortos e
vam entre os grandes e a nobres presto testemunho; e sei que
que foram b escolhidos no prin- esse testemunho é a verdadeiro,
cípio para serem governantes mediante a bênção de nosso Se-
na Igreja de Deus. nhor e Salvador Jesus Cristo.
56 Mesmo antes de nascerem, Assim seja. Amém.

50a gee Espírito. 53a gee Preordenação. Senhor.


b D&C 45:17. b D&C 64:33. 57a gee Élder.
51a I Cor. 6:14; 54a gee Ordenanças— b gee Inferno.
Al. 40:19–21. Ordenança vicária. 58a gee Redenção,
b gee Imortal, 55a Abr. 3:22–24. Redimido, Redimir.
Imortalidade. b gee Preordenação. b gee Ordenanças.
c D&C 29:43. 56a Jó 38:4–7; Al. 13:3–7. 59a Al. 5:17–22.
gee Vida Eterna. b At. 17:24–27. gee Perdoar.
52a Isa. 64:4; I Cor. 2:9; c Jacó 6:2–3. b gee Obras.
D&C 14:7. gee Vinha do 60a gee Verdade.
337 Declaração Oficial— 1

DECLARAÇÃO OFICIAL — 1

A Quem Interessar Possa:


Notícias da imprensa, provenientes de Salt Lake City foram am-
plamente divulgadas com propósitos políticos, declarando que a
Comissão de Utah, em seu recente relatório ao Ministro do Inte-
rior, alega que ainda se realizam casamentos plurais e que quaren-
ta ou mais casamentos dessa ordem foram celebrados em Utah
desde junho passado ou durante o último ano; e também que em
discursos públicos os líderes da Igreja ensinaram, incentivaram e
estimularam a continuação da prática da poligamia —
Eu, portanto, como presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, pela presente e da maneira mais solene
declaro serem falsas tais acusações. Nós não estamos ensinando
poligamia, ou seja, casamento plural, nem permitindo que qual-
quer pessoa adote tal prática; e nego que quarenta ou qualquer
outro número de casamentos plurais tenham sido celebrados du-
rante esse período em nossos templos ou em qualquer outro lugar
do Território.
Relatou-se um caso em que as partes declaram ter sido o casa-
mento realizado na Casa de Investiduras, em Salt Lake City na
primavera de 1889, mas não consegui descobrir quem realizou a
cerimônia; o que quer que tenha sido feito nesta questão, foi sem
meu conhecimento. Em conseqüência dessa alegada ocorrência, a
Casa de Investiduras foi, por ordem minha, demolida sem demora.
Sendo que o Congresso promulgou leis proibindo o casamento
plural, leis essas que foram pronunciadas constitucionais pelo tri-
bunal de última instância, eu aqui declaro minha intenção de sub-
meter-me a essas leis e de usar minha influência junto aos mem-
bros da Igreja que presido, para que eles façam o mesmo.
Nada há em meus ensinamentos à Igreja nem nos de meus com-
panheiros, durante o tempo especificado, que se possa razoavel-
mente interpretar como imposição da poligamia ou estímulo a ela;
e quando algum élder da Igreja usou palavras que pareciam transmi-
tir tal ensinamento, foi prontamente repreendido. E agora declaro
publicamente que meu conselho aos santos dos últimos dias é que
se abstenham de celebrar casamentos proibidos pelas leis do país.

WILFORD WOODRUFF
Presidente de A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias.
Declaração Oficial— 1 338
O Presidente Lorenzo Snow apresentou o seguinte:
“Reconhecendo Wilford Woodruff como Presidente de A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e atualmente o único
homem na Terra a possuir as chaves das ordenanças de selamento,
proponho que o consideremos plenamente autorizado, em virtu-
de de sua posição, a expedir o Manifesto que foi lido em nossa
presença, datado de 24 de setembro de 1890; e que, como Igreja
reunida em Conferência Geral, aceitemos sua declaração concer-
nente aos casamentos plurais como oficial e obrigatória.”
O voto para apoiar a moção foi unânime.
Salt Lake City, Utah, 6 de outubro de 1890.

TRECHOS DE TRÊS DISCURSOS DO


PRESIDENTE WILFORD WOODRUFF
A RESPEITO DO MANIFESTO

O Senhor jamais permitirá que eu ou qualquer outro homem que presida esta
Igreja vos desvie do caminho verdadeiro. Isso não faz parte do plano. Não é a
intenção de Deus. Se eu tentasse fazê-lo, o Senhor me afastaria de meu lugar, o
mesmo acontecendo com qualquer outro que tentasse afastar os filhos dos ho-
mens dos oráculos de Deus e de seus deveres. (Sexagésima Primeira Conferência
Geral Semestral da Igreja, segunda-feira, 6 de outubro de 1890, Salt Lake City,
Utah. Publicado no Deseret Evening News , 11 de outubro de 1890, p. 2.)
Não importa quem viva ou quem morra, ou quem seja chamado para conduzir
esta Igreja — eles têm que conduzi-la pela inspiração do Deus Todo-Poderoso. Se
assim não fizerem, de forma alguma o conseguirão. (. . .)
Ultimamente tenho recebido algumas revelações, que considero muito impor-
tantes, e relatar-vos-ei o que o Senhor me disse. Consideremos o que chamamos
de manifesto. (. . .)
O Senhor pediu-me que fizesse uma pergunta aos santos dos últimos dias,
afirmando também que, se acatarem o que eu lhes disser e responderem, pelo
Espírito e poder de Deus, à pergunta feita a eles, todos responderão da mesma
forma e todos crerão da mesma forma em relação a este assunto.
A pergunta é: Qual o melhor caminho a ser seguido pelos santos dos últimos
dias — continuar tentando a prática do casamento plural, contrariando as leis do
país e enfrentando a oposição de sessenta milhões de pessoas, sofrendo o confis-
co e perda de todos os templos e a interrupção de todas as ordenanças neles
realizadas tanto para os vivos como para os mortos, além da prisão da Primeira
Presidência e dos Doze, bem como de chefes de família da Igreja, e também o
confisco de propriedades particulares dos membros (o que acarretaria a inter-
rupção dessa prática); ou, então, após fazer e sofrer o que fizemos e sofremos por
termos aderido a esse princípio, abandonar tal prática e submeter-nos à lei, dessa
forma permitindo que os Profetas, Apóstolos e pais de família permaneçam em
seus lares, de modo a poderem instruir o povo e cuidar dos assuntos da Igreja,
deixando também os templos nas mãos dos santos a fim de realizarem as orde-
nanças do Evangelho tanto para os vivos como para os mortos?
339 Declaração Oficial— 1
O Senhor mostrou-me, por meio de visão e revelação, exatamente o que ocorre-
ria se não abandonássemos essa prática. Se não a tivéssemos abandonado, esses
homens do Templo de Logan (. . .) não teriam qualquer utilidade; pois as orde-
nanças seriam interrompidas em toda a terra de Sião. Reinaria confusão em Israel
e muitos homens seriam encarcerados. O problema afetaria toda a Igreja e sería-
mos obrigados a abandonar a prática. A pergunta agora é se essa prática deveria
ser interrompida dessa forma ou da forma que o Senhor nos manifestou, deixan-
do livres nossos Profetas e Apóstolos, bem como os pais de família, e deixando os
templos nas mãos do povo para que os mortos sejam redimidos. Muitos já foram
libertados da prisão do mundo espiritual por este povo; e o trabalho deve conti-
nuar ou parar? Esta é a pergunta que faço aos santos dos últimos dias. Tendes que
julgar por vós mesmos. Desejo que respondais por vós mesmos. Não responderei
a ela; mas digo-vos que essa seria exatamente a situação em que nós, como povo,
nos encontraríamos, caso não tivéssemos agido como agimos.
(. . .) Vi exatamente o que aconteceria se algo não tivesse sido feito. Venho
sentindo esse espírito há muito tempo. Desejo, porém, dizer-vos isto: Eu teria
deixado que os templos nos escapassem das mãos; teria ido eu próprio para a
prisão e permitido que isso acontecesse a muitos de vós, não tivesse o Deus do
céu me ordenado fazer o que fiz; e quando chegou a hora em que isso me foi
ordenado, tudo ficou claro para mim. Dirigi-me ao Senhor e escrevi o que Ele
ordenou que eu escrevesse. (. . .)
Deixo-vos isto para que pondereis a respeito. O Senhor está trabalhando conos-
co. (Conferência da Estaca Cache, Logan, Utah, domingo, 1º de novembro de
1891. Publicado no Deseret Weekly , 14 de novembro de 1891.)
Agora vos direi o que me foi manifestado e a participação do Filho de Deus
nisto. (. . .) Tudo isso teria sucedido, assim como o Deus Todo-Poderoso vive,
caso o manifesto não tivesse sido dado. Portanto o Filho de Deus sentiu que isto
deveria ser apresentado à Igreja e ao mundo para propósitos que Ele conhecia. O
Senhor decretara o estabelecimento de Sião. Decretara a conclusão deste templo.
Decretara que a salvação dos vivos e dos mortos fosse oferecida nestes vales entre
as montanhas. E o Deus Todo-Poderoso decretou que o Diabo não frustraria isso.
Se o compreenderdes, aí está a chave. (De um discurso proferido na sexta sessão
dedicatória do Templo de Salt Lake, abril de 1893. Transcrição dos Serviços Dedi-
catórios, Arquivos, Departamento Histórico da Igreja, Salt Lake City, Utah.)
Declaração Oficial— 2 340

DECLARAÇÃO OFICIAL — 2

A Quem Interessar Possa:


Em 30 de setembro de 1978, durante a 148ª Conferência Geral Semes-
tral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o Presidente
N. Eldon Tanner, Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência da Igreja
apresentou o seguinte:
No início de junho deste ano, a Primeira Presidência anunciou
que o Presidente Spencer W. Kimball havia recebido uma reve-
lação concedendo o sacerdócio e as bênçãos do templo a todos os
membros dignos da Igreja do sexo masculino. O Presidente Kim-
ball pediu que eu comunicasse à congregação que após isso lhe ter
sido revelado, depois de muito meditar e orar nas salas sagradas
do santo templo, ele apresentou a revelação a seus conselheiros,
que a aceitaram e a aprovaram. Foi então apresentada ao Quórum
dos Doze Apóstolos, que a aprovou por unanimidade; tendo, a
seguir, sido apresentada a todas as outras Autoridades Gerais,
que, também, a aprovaram unanimemente.
O Presidente Kimball pediu-me que eu agora lesse esta carta:
8 de junho de 1978
A todos os oficiais do sacerdócio, gerais e locais, de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em todo o mundo:
Caros Irmãos:
Ao testemunharmos a expansão da obra do Senhor na Terra,
sentimo-nos gratos por terem os povos de muitas nações aceitado
a mensagem do evangelho restaurado, filiando-se à Igreja em nú-
mero cada vez maior. Isso despertou em nós o desejo de conceder
a todos os membros dignos da Igreja todos os privilégios e bên-
çãos que o evangelho proporciona.
Cônscios das promessas feitas pelos profetas e presidentes da
Igreja que nos precederam, de que, a um dado momento no plano
eterno de Deus, todos os nossos irmãos dignos receberiam o sacer-
dócio; e testemunhando a fidelidade daqueles que haviam sido
impedidos de recebê-lo, imploramos longa e fervorosamente por
esses nossos fiéis irmãos, passando muitas horas na Sala Superior
do Templo, a suplicar a orientação divina do Senhor.
Ele ouviu nossas orações e, por revelação, confirmou que era
chegado o dia, há muito prometido, em que todo homem da Igreja
fiel e digno poderia receber o santo sacerdócio, com o poder para
exercer sua autoridade divina e usufruir, com seus entes queridos,
todas as bênçãos que dele provêm, incluindo-se as bênçãos do
templo. Portanto todos os homens dignos da Igreja podem ser
341 Declaração Oficial— 2
ordenados ao sacerdócio, independentemente de sua raça ou cor.
Instruímos os líderes do sacerdócio a seguirem a diretriz de, cui-
dadosamente, entrevistar todos os candidatos à ordenação, seja ao
Sacerdócio Aarônico ou ao de Melquisedeque, para verificar se
atendem aos padrões de dignidade estabelecidos.
Declaramos solenemente que o Senhor deu agora a conhecer
sua vontade para bênção de todos os seus filhos, em toda a Terra,
que atenderem à voz de seus servos autorizados e se prepararem
para receber todas as bênçãos do evangelho.
Sinceramente,
Spencer W. Kimball
N. Eldon Tanner
Marion G. Romney
A Primeira Presidência

Reconhecendo Spencer W. Kimball como profeta, vidente e re-


velador e presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, é proposto que nós, como assembléia constituinte,
aceitemos esta revelação como a palavra e a vontade do Senhor.
Todos a favor manifestem-se, levantando o braço direito. Quem se
opuser, pelo mesmo sinal.
O voto para apoiar a moção foi unânime e afirmativo.
Salt Lake City, Utah, 30 de setembro de 1978.
A
Pérola de
Grande
Valor
COLETÂNEA DAS REVELAÇÕES,

TRADUÇÕES E RELATOS DE

JOSEPH SMITH,

PRIMEIRO PROFETA, VIDENTE E REVELADOR DE

A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS

SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS


iii
-
INTRODUÇÃO

A Pérola de Grande Valor é uma coletânea de escritos seletos


que tratam de muitos aspectos significativos da fé e doutrina
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Esses
materiais foram produzidos pelo Profeta Joseph Smith e publica-
dos nos periódicos da Igreja da época.
A primeira coletânea de materiais que apareceu com o título de
Pérola de Grande Valor foi preparada em 1851 pelo Élder Franklin
D. Richards, na época membro do Conselho dos Doze e presidente
da Missão Britânica. Seu propósito era tornar mais acessíveis al-
guns artigos importantes que haviam tido circulação limitada na
época de Joseph Smith. Com o aumento do número de membros
da Igreja na Europa e nos Estados Unidos da América, houve ne-
cessidade de se colocar esses escritos ao alcance de todos. A Pérola
de Grande Valor começou a ser amplamente usada e, mais tarde,
tornou-se uma das obras-padrão da Igreja por determinação da
Primeira Presidência e da conferência geral realizada em Salt Lake
City no dia 10 de outubro de 1880.
Várias revisões foram feitas no conteúdo, de acordo com as ne-
cessidades da Igreja. Em 1878, acrescentaram-se trechos do Livro
de Moisés que não faziam parte da primeira edição. Em 1902, cer-
tos trechos da Pérola de Grande Valor que repetiam escritos já
publicados em Doutrina e Convênios foram omitidos. A divisão
em capítulos e versículos, com notas de rodapé, foi feita em 1902.
A primeira publicação em páginas de duas colunas, com índice, é
de 1921. Nenhuma outra mudança foi feita até abril de 1976, quan-
do duas revelações foram acrescentadas. Em 1979, essas duas re-
velações foram retiradas da Pérola de Grande Valor e postas em
Doutrina e Convênios, onde agora constituem as seções 137 e 138.
Na edição atual foram feitas algumas mudanças para harmonizar
o texto com documentos mais antigos.
Segue-se uma breve introdução ao conteúdo atual:
Seleções do Livro de Moisés. Extrato do livro de Gênesis da tra-
dução da Bíblia feita por Joseph Smith, que ele iniciou em junho de
1830 [History of the Church (História da Igreja) 1:98–101, 131–139].
Livro de Abraão. Tradução de alguns papiros egípcios que chega-
ram às mãos de Joseph Smith em 1835 e que continham escritos do
patriarca Abraão. A tradução foi publicada em partes seqüenciais
no periódico Times and Seasons , a partir de 1º de março de 1842, em
Nauvoo, Estado de Illinois. (History of the Church 4:519–534.)
Joseph Smith — Mateus. Trecho do testemunho de Mateus da tra-
dução da Bíblia feita por Joseph Smith (Ver Doutrina e Convênios
iv
-
45:60–61, onde aparece a ordem divina de começar a tradução do
Novo Testamento).
Joseph Smith — História. Trechos do testemunho e da história ofi-
cial de Joseph Smith, preparados por ele em 1838 e publicados em
partes seqüenciais no periódico Times and Seasons em Nauvoo, Es-
tado de Illinois, a partir de 15 de março de 1842 (History of the
Church 1:1–44).
Regras de Fé de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Declaração de Joseph Smith, publicada no periódico Times and
Seasons em 1º de março de 1842 junto com uma breve história da
Igreja, que se tornou conhecida popularmente como a Carta Went-
worth (History of the Church 4:535–541).
v
-
NOMES E ORDEM DOS LIVROS DE

A Pérola de Grande Valor


Página
Seleções do Livro de Moisés . . . . . . . . . . . . 1
Livro de Abraão. . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Fac-símile Nº 1 . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Fac-símile Nº 2 . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Fac-símile Nº 3 . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Joseph Smith — Mateus . . . . . . . . . . . . . . 49
Joseph Smith — História . . . . . . . . . . . . . . 53
Regras de Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Seleções do Livro de Moisés

E xtrato da tradução da Bíblia, como revelada a Joseph Smith, o Profe-


ta, entre junho de 1830 e fevereiro de 1831.

CAPÍTULO 1 4 E eis que tu és meu filho; por-


tanto a olha e mostrar-te-ei as
(Junho de 1830) obras de minhas b mãos; mas não
Deus revela-se a Moisés — Moisés todas, porque minhas c obras
é transfigurado — Ele é confronta- não têm d fim nem tampouco
do por Satanás — Moisés vê mui- minhas e palavras, porque jamais
tos mundos habitados — Mundos cessam.
sem número foram criados pelo Fi- 5 Portanto nenhum homem
lho — A obra e a glória de Deus é pode contemplar todas as obras
levar a efeito a imortalidade e a vi- minhas sem contemplar toda a
da eterna do homem. minha glória; e nenhum homem

A S palavras de Deus, que ele


a
disse a b Moisés, numa oca-
sião em que Moisés foi arrebata-
pode contemplar toda a minha
glória e depois permanecer na
carne sobre a Terra.
do a uma montanha sumamente 6 E tenho uma obra para ti,
alta; Moisés, meu filho; e tu és à a se-
2 E a viu Deus b face a face e melhança de meu b Unigênito; e
falou com ele e a c glória de meu Unigênito é e será o c Sal-
Deus estava sobre Moisés; por- vador, pois ele é cheio de d graça
tanto Moisés podia d suportar e e verdade; mas f não há outro
sua presença. Deus além de mim e todas as
3 E Deus falou a Moisés, di- coisas estão presentes comigo,
zendo: Eis que eu sou o Senhor pois eu as g conheço todas.
Deus a Todo-Poderoso; e b Infini- 7 E agora, eis que te mostro
to é meu nome, pois eu sou sem isto, Moisés, meu filho, pois
princípio de dias ou fim de anos; estás no mundo; e agora eu o
e não é isso infinito? mostro a ti.
1 1a Al. 12:30; 3 a Apoc. 11:17; 19:6; gee Palavra de Deus.
Mois. 1:42. 1 Né. 1:14; 121:4. 6 a Gên. 1:26;
b gee Moisés. gee Trindade. Ét. 3:14–15;
2 a Êx. 3:6; 33:11; b Isa. 63:16; Mois. 1:13–16.
Jo. 1:18; 6:46; D&C 19:9–12; b gee Unigênito.
Ét. 3:6–16; Mois. 7:35. c gee Salvador.
Mois. 1:11. gee Infinito. d Jo. 1:14, 17; Al. 13:9.
tjs, Êx. 33:20, 23. 4 a Mois. 7:4. gee Graça.
b Núm. 12:6–8; b Mois. 7:32, 35–37. e Mois. 5:7.
Deut. 34:10; c Salm. 40:5; f I Reis 8:60;
D&C 17:1. D&C 76:114. Isa. 45:5–18, 21–22.
c Deut. 5:24; d Salm. 111:7–8; g 1 Né. 9:6; 2 Né. 9:20;
Mois. 1:13–14, 25. Mois. 1:38. Al. 18:32;
gee Glória. e 2 Né. 9:16; D&C 38:1–2.
d gee Transfiguração. D&C 1:37–39. gee Onisciente.
Moisés 1:8–18 2
8 E aconteceu que Moisés 13 E aconteceu que Moisés
olhou e viu o a mundo no qual ele olhou para Satanás e disse:
fora criado; e Moisés b viu o mun- Quem és tu? Pois eis que sou
do e seus confins e todos os um a filho de Deus, à semelhança
filhos dos homens que existem de seu Unigênito; e onde está
e que foram criados; e c maravi- tua glória, para que te adore?
lhou-se e assombrou-se muito 14 Pois eis que eu não poderia
com isso. olhar para Deus, a não ser que
9 E a presença de Deus apar- sua glória estivesse sobre mim
tou-se de Moisés, de modo que e eu fosse a transfigurado pe-
sua glória não estava sobre ele; rante ele. Mas posso olhar para
e Moisés foi deixado sozinho. E, ti como homem natural. Não é
ao ficar sozinho, caiu por terra. certamente assim?
10 E aconteceu que se passa- 15 Bendito seja o nome de meu
ram muitas horas antes que Deus, pois seu espírito não se
Moisés recobrasse sua a força apartou completamente de mim;
natural como homem; e disse a por outro lado, onde está tua
si mesmo: Ora, por esta razão glória, porque para mim é tre-
sei que o homem b nada é, coisa va? E posso discernir entre ti
que nunca havia imaginado. e Deus; pois Deus disse-me:
a
11 Mas agora meus próprios Adora a Deus, porque só a ele
olhos contemplaram a Deus; não, b
servirás.
porém, meus olhos b naturais, 16 Vai-te, Satanás, não me
mas, sim, meus olhos espiri- enganes; pois Deus me disse:
tuais, porque meus olhos natu- Tu és à a semelhança de meu
rais não poderiam ter contem- Unigênito.
plado; pois eu teria c fenecido e 17 E ele também me deu man-
d
morrido em sua presença; mas damentos quando me chamou,
sua glória estava sobre mim e da a sarça ardente, dizendo: b In-
eu contemplei sua e face, pois voca a Deus em nome de meu
fui f transfigurado diante dele. Unigênito e adora-me.
12 E aconteceu que, quando 18 E também Moisés disse:
Moisés pronunciou essas pa- Não cessarei de invocar a Deus,
lavras, eis que a Satanás veio porque tenho outras coisas a
b
tentá-lo, dizendo: Moisés, filho perguntar-lhe, pois sua glória
de homem, adora-me. tem estado sobre mim; portan-

8a Mois. 2:1. c Êx. 19:21. 13a Salm. 82:6; I Jo. 3:2;


b Mois. 1:27. d Êx. 20:19. Heb. 12:9.
c Salm. 8:3–4. e Gên. 32:30; 14a gee Transfiguração.
10a Dan. 10:8, 17; Mois. 7:4. 15a Mt. 4:10.
1 Né. 17:47; Al. 27:17; f Mt. 17:1–8. gee Adorar.
JS—H 1:20. gee Transfiguração. b I Sam. 7:3;
b Dan. 4:35; Hel. 12:7. 12a Mois. 4:1–4. 3 Né. 13:24.
11a gee Trindade. gee Diabo. 16a Mois. 1:6.
b Mois. 6:36; b Mois. 6:49. 17a Êx. 3:2.
D&C 67:10–13. gee Tentação, Tentar. b Mois. 5:8.
3 Moisés 1:19–31
to posso discernir entre ele e ti. 25 E invocando o nome de
Retira-te daqui, Satanás. Deus, tornou a contemplar sua
19 E então, quando Moisés pro- glória, porque ela estava sobre
nunciou essas palavras, Satanás ele; e ouviu uma voz, dizendo:
clamou com alta voz e bramou Bendito és tu, Moisés, porque
sobre a terra e ordenou, dizendo: eu, o Todo-Poderoso, te escolhi;
Eu sou o a Unigênito; adora-me. e serás mais forte que muitas
a
20 E aconteceu que Moisés águas, pois elas obedecerão a
começou a temer muito; e ao teu b comando como se fosses
c
começar a temer, viu a amargu- Deus.
ra do a inferno. Não obstante, 26 E eis que estou contigo, sim,
b
clamando a Deus recebeu for- até o fim de teus dias; pois a li-
ças e ordenou, dizendo: Reti- bertarás meu povo do b cativeiro,
ra-te de mim, Satanás, porque sim, c Israel, meu d escolhido.
somente a este único Deus ado- 27 E aconteceu que, enquanto
rarei, o qual é o Deus de glória. a voz ainda falava, Moisés
21 E então a Satanás começou a olhou e a viu a Terra; sim, toda
tremer e a terra estremeceu; e ela; e não houve uma partícula
Moisés recebeu forças e invo- dela que ele não visse, discer-
cou a Deus, dizendo: Em nome nindo-a pelo Espírito de Deus.
do Unigênito, retira-te daqui, 28 E também viu seus habitan-
Satanás. tes; e não houve uma só alma
22 E aconteceu que Satanás que não tivesse visto; e discer-
clamou com alta voz, com cho- niu-as pelo Espírito de Deus; e
ro e pranto e a ranger de dentes; grande era seu número, sim,
e dali se retirou, sim, da pre- eram incontáveis como as areias
sença de Moisés, de modo que da praia.
ele não mais o viu. 29 E ele viu muitas terras; e ca-
23 E Moisés prestou testemu- da uma se chamava a Terra e ha-
nho disso; mas por causa de via habitantes em sua superfície.
iniqüidade, isso não se encon- 30 E aconteceu que Moisés
tra entre os filhos dos homens. clamou a Deus, dizendo: Dize-
24 E aconteceu que, quando me, rogo-te, por que essas coi-
Satanás se retirou da presença sas são assim e por meio de que
de Moisés, Moisés levantou os as fizeste?
olhos ao céu, estando cheio do 31 E eis que a glória de Deus
a
Espírito Santo, o qual presta estava sobre Moisés, de modo
testemunho do Pai e do Filho; que Moisés permaneceu na pre-

19a Mt. 24:4–5. 25a Êx. 14:21–22. d gee Escolhido


20a gee Inferno. b gee Poder; (adjetivo ou
b JS—H 1:15–16. Sacerdócio. sustantivo).
gee Oração. c Êx. 4:16. 27a D&C 88:47;
21a gee Diabo. 26a Êx. 3:7–12. Mois. 1:8.
22a Mt. 13:41–42; b 1 Né. 17:23–25. gee Visão.
Mos. 16:1–3. c I Reis 8:51–53. 29a gee Terra.
24a gee Espírito Santo. gee Israel.
Moisés 1:32–42 4
sença de Deus e conversou com 37 E o Senhor Deus falou a
ele a face a face. E o Senhor Deus Moisés, dizendo: Os a céus, eles
disse a Moisés: Fiz essas coisas são muitos e são inumeráveis
para meu próprio b intento. para o homem; mas são enu-
Aqui há sabedoria e em mim meráveis para mim, pois são
permanece. meus.
32 E pela a palavra de meu po- 38 E como uma terra com seu
der criei-as, a qual é meu Filho céu passará, assim outra surgirá;
Unigênito que é cheio de b graça e não há a fim para minhas obras
e c verdade. nem para minhas palavras.
33 E a mundos incontáveis b criei; 39 Pois eis que esta é minha
a
e também os criei para meu pró- obra e minha b glória: Levar a
prio intento; e criei-os por meio efeito a c imortalidade e d vida
do Filho, o qual é meu c Unigênito. eterna do homem.
34 E ao a primeiro homem de 40 E agora, Moisés, meu filho,
todos os homens chamei bAdão, falar-te-ei a respeito desta Terra
isto é, c muitos. na qual estás; e a escreverás as
35 Mas far-te-ei um relato ape- coisas que te direi.
nas sobre esta Terra e seus ha- 41 E no dia em que os filhos
bitantes. Pois eis que há muitos dos homens menosprezarem
mundos que pela palavra de minhas palavras e a tirarem mui-
meu poder passaram. E há tas delas do livro que escreverás,
muitos que agora permanecem eis que levantarei outro b seme-
e são inumeráveis para o ho- lhante a ti; e c elas outra vez
mem; mas todas as coisas são estarão ao alcance dos filhos
enumeráveis para mim, pois dos homens — entre todos os
são minhas e eu a conheço-as. que crerem.
36 E aconteceu que Moisés 42 (Estas palavras foram a ditas
falou ao Senhor, dizendo: Sê a Moisés no monte cujo nome
misericordioso para com teu não será conhecido entre os
servo, ó Deus, e dize-me o que filhos dos homens. E agora elas
concerne a esta Terra e a seus são ditas a ti. Não as mostres
habitantes e também aos céus; e senão aos que crêem. Assim
então teu servo ficará satisfeito. seja. Amém.)

31a Deut. 5:4; Mois. 1:11. D&C 76:24; gee Plano de


b Isa. 45:17–18; Mois. 7:29–30. Redenção.
2 Né. 2:14–15. b gee Criação, Criar. b gee Glória.
32a Jo. 1:1–4, 14; c Mois. 1:6. c gee Imortal,
Heb. 1:1–3; 34a Mois. 3:7. Imortalidade.
Apoc. 19:13; Jacó 4:9; b Abr. 1:3. gee Adão. d gee Vida Eterna.
Mois. 2:1, 5. c Mois. 4:26; 6:9. 40a 2 Né. 29:11–12.
gee Jesus Cristo. 35a Mois. 1:6; 7:36. 41a 1 Né. 13:23–32;
b Salm. 19:1; gee Onisciente. Mois. 1:23.
Mois. 5:7–8. 37a Abr. 4:1. gee Céu. b 2 Né. 3:7–19.
gee Graça. 38a Mois. 1:4. c 1 Né. 13:32, 39–40;
c gee Verdade. 39a Rom. 8:16–17; D&C 9:2.
33a Salm. 8:3–4; 2 Né. 2:14–15. 42a Mois. 1:1.
5 Moisés 2:1–13
CAPÍTULO 2 eu disse; e eu disse: Separe ele
as águas das águas; e assim foi
(Junho a outubro de 1830) feito;
Deus cria os céus e a Terra — Cria- 7 E eu, Deus, fiz o firmamento
das todas as formas de vida—Deus e dividi as a águas; sim, as gran-
faz o homem e dá-lhe domínio sobre des águas, sob o firmamento,
tudo o mais. das águas que estavam acima do
firmamento; e assim foi como
E aconteceu que o Senhor fa- eu disse.
lou a Moisés, dizendo: Eis que 8 E eu, Deus, chamei ao firma-
eu te a revelo o que concerne mento a Céus; e foram a tarde e
a este b céu e a esta c Terra; es- a manhã o segundo dia.
creve as palavras que eu digo. 9 E eu, Deus, disse: Ajuntem-se
Eu sou o Princípio e o Fim, o as águas que estão debaixo dos
d
Deus Todo-Poderoso; por meio céus em a um só lugar; e assim
de meu e Unigênito eu f criei foi. E eu, Deus, disse: Que haja
estas coisas; sim, no princípio terra seca; e assim foi.
criei o céu e a Terra sobre a qual 10 E eu, Deus, chamei à parte
estás. seca a Terra: e ao ajuntamento
2 E a a Terra era sem forma e das águas chamei Mar; e eu,
vazia; e eu fiz com que as trevas Deus, vi que todas as coisas
cobrissem a face do abismo; e que eu havia feito eram boas.
meu Espírito moveu-se sobre a 11 E eu, Deus, disse: Que a ter-
face da água; pois eu sou Deus. ra produza a relva, a erva que dê
3 E eu, Deus, disse: Haja a luz; semente, a árvore frutífera que
e houve luz. dê fruto segundo sua espécie e
4 E eu, Deus, vi a luz; e vi que a árvore que dê fruto, cuja se-
a luz era a boa. E eu, Deus, sepa- mente esteja nele, sobre a terra;
rei a luz das trevas. e foi como eu disse.
5 E eu, Deus, chamei à luz Dia; 12 E a terra produziu relva,
e às trevas chamei Noite; e isso toda erva que dá semente se-
fiz pela a palavra de meu poder gundo sua espécie; e a árvore
e foi feito conforme eu b disse; e que dá fruto, cuja semente está
foram a tarde e a manhã o pri- nele, segundo sua espécie; e eu,
meiro c dia. Deus, vi que todas as coisas
6 E eu, Deus, tornei a dizer: que eu havia feito eram boas;
Haja um a firmamento no meio 13 E foram a tarde e a manhã o
da água; e assim foi feito, como terceiro dia.

2 1a Mois. 1:30, 36. 3 a D&C 88:6–13. 6a Gên. 1:6–8.


b gee Céu. gee Luz, Luz de 7a Abr. 4:9–10.
c Mois. 1:8. Cristo. 8a gee Céu.
d gee Trindade— 4 a Gên. 1:4; 9a Gên. 1:9;
Deus, o Pai. Abr. 4:4. Abr. 4:9.
e gee Unigênito. 5 a Mois. 1:32. 10a gee Terra.
f gee Criação, Criar. b II Cor. 4:6. 11a Gên. 1:11–12;
2 a Gên. 1:2; Abr. 4:2. c Gên. 1:5. Abr. 4:11–12.
Moisés 2:14–28 6
14 E eu, Deus, disse: Haja luzes zendo: Frutificai e a multiplicai-
no firmamento do céu para di- vos e enchei as águas do mar;
vidir o dia da noite; e que elas e multipliquem-se as aves na
sejam por sinais e por estações Terra;
e por dias e por anos; 23 E foram a tarde e a manhã o
15 E que sejam por luzes no quinto dia.
firmamento do céu para ilumi- 24 E eu, Deus, disse: Produza
nar a Terra; e assim foi. a terra criaturas viventes segun-
16 E eu, Deus, fiz duas gran- do sua espécie; gado e coisas
des luzes; a a luz maior para go- rastejantes e bestas da Terra, se-
vernar o dia e a luz menor para gundo sua espécie; e assim foi.
governar a noite; e a luz maior 25 E eu, Deus, fiz as bestas da
foi o sol e a luz menor foi a lua; e Terra, segundo sua espécie, e
também as estrelas foram feitas gado segundo sua espécie e tu-
de acordo com minha palavra. do que rasteja sobre a Terra,
17 E eu, Deus, coloquei-as no segundo sua espécie; e eu,
firmamento do céu para ilumi- Deus, vi que todas essas coisas
nar a Terra, eram boas.
18 E o sol para governar o dia 26 E eu, Deus, disse ao meu
a
e a lua para governar a noite e Unigênito, que estava comigo
para separar a luz das trevas; e desde o princípio: b Façamos o
eu, Deus, vi que todas as coisas homem a nossa c imagem, se-
que eu havia feito eram boas; gundo nossa semelhança; e as-
19 E foram a tarde e a manhã o sim foi. E eu, Deus, disse: Que
quarto dia. eles tenham d domínio sobre os
20 E eu, Deus, disse: Produ- peixes do mar e sobre as aves do
zam as águas, abundantemente, ar e sobre o gado e sobre toda a
criaturas viventes que se mo- terra e sobre toda coisa raste-
vam e aves que possam voar jante que rasteja sobre a Terra.
sobre a terra no livre firma- 27 E eu, a Deus, criei o homem
mento do céu. a minha própria imagem, na
21 E eu, Deus, criei grandes imagem de meu Unigênito criei-
a
baleias e toda criatura vivente o; homem e mulher criei-os.
que se move, que as águas pro- 28 E eu, Deus, abençoei-os e
duziram em abundância, segun- disse-lhes: Frutificai e a multi-
do sua espécie, e toda ave alada plicai-vos e enchei a Terra; e
segundo sua espécie; e eu, Deus, sujeitai-a e dominai sobre os
vi que todas as coisas que eu peixes do mar e sobre as aves
havia criado eram boas. dos céus e sobre todo ser viven-
22 E eu, Deus, abençoei-as, di- te que se move na Terra.

16a Gên. 1:16. 26a gee Jesus Cristo. d Gên. 1:28;


21a Gên. 1:21; b gee Criação, Criar. Mois. 5:1;
Abr. 4:21. c Gên. 1:26–27; Abr. 4:28.
22a Gên. 1:22–25; Mois. 6:8–10; 27a gee Trindade.
Abr. 4:22–25. Abr. 4:26–27. 28a Mois. 5:2.
7 Moisés 2:29–3:7
29 E eu, Deus, disse ao homem: minha obra; e todas as coisas
Eis que te dei toda erva que dá que eu fizera estavam termina-
semente, que está sobre a face de das; e eu, Deus, vi que elas eram
toda a Terra; e toda árvore em boas;
que há fruto que dê semente; 3 E eu, Deus, a abençoei o séti-
para ti servirá de a alimento. mo dia e santifiquei-o; porque
30 E a toda besta da Terra e a nele eu descansara de toda a
toda ave do ar e a todas as coisas minha b obra que eu, Deus, cria-
que rastejam sobre a Terra, às ra e fizera.
quais concedo vida, toda erva 4 E agora, eis que eu te digo
limpa será dada para alimento; que estas são as gerações do céu
e assim foi, sim, como eu disse. e da Terra, quando foram cria-
31 E eu, Deus, vi todas as coisas dos, no dia em que eu, o Senhor
que eu havia feito; e eis que to- Deus, fiz o céu e a Terra;
das as coisas que eu havia feito 5 E toda planta do campo,
a
eram muito a boas; e foram a antes de estar na Terra, e toda
tarde e a manhã o b sexto dia. erva do campo, antes de brotar.
Pois eu, o Senhor Deus, b criei
todas as coisas das quais falei
CAPÍTULO 3 c
espiritualmente, antes que elas
(Junho a outubro de 1830) existissem fisicamente na face
da Terra. Pois eu, o Senhor
Deus criou todas as coisas espiri-
Deus, não fizera chover sobre a
tualmente antes que existissem
face da Terra. E eu, o Senhor
fisicamente na Terra — Ele criou o
Deus, havia d criado todos os
homem, a primeira carne, na Terra
filhos dos homens; e ainda não
—A mulher é uma adjutora própria
havia homem para lavrar a e ter-
para o homem.
ra, pois no f céu os g criei; e ainda
Assim, o céu e a Terra foram não havia carne sobre a Terra
a
terminados e todas as suas nem na água nem no ar;
b
hostes. 6 Mas eu, o Senhor Deus, falei
2 E no sétimo dia eu, Deus, e levantou-se um a vapor da
terminei minha obra e todas as Terra e regou toda a superfície
coisas que tinha feito; e a des- do solo.
cansei no b sétimo dia de toda a 7 E eu, o Senhor Deus, formei

29a Gên. 1:29–30; gee Descansar, gee Criação


Abr. 4:29–30. Descanso. Espiritual.
31a Gên. 1:31; b gee Dia de Descanso. d gee Espírito.
D&C 59:16–20. 3a Mos. 13:19. e Gên. 2:5.
b Êx. 20:11; Abr. 4:31. b Êx. 31:14–15. f gee Céu.
3 1a gee Criação, Criar. 5a Gên. 2:4–5; g gee Homem,
b Gên. 2:1; Abr. 5:4–5. Homens—O homem,
Abr. 5:1. b Mois. 6:51. filho espiritual do
2 a Gên. 2:2–3; c Abr. 3:23; Pai Celestial.
Abr. 5:2–3. D&C 29:31–34. 6 a Gên. 2:6.
Moisés 3:8–19 8
o homem do a pó da Terra e so- onde eu, o Senhor Deus, criei
prei em suas narinas o fôlego da muito ouro;
vida; e o b homem tornou-se uma 12 E o ouro daquela terra era
c
alma vivente, a d primeira car- bom e havia bdélio e pedra ônix.
ne na Terra, também o primei- 13 E o nome do segundo rio
ro homem; não obstante, todas era Giom; é o que rodeia toda a
as coisas foram criadas antes; terra da Etiópia.
mas espiritualmente foram elas 14 E o nome do terceiro rio era
criadas e feitas de acordo com Hidequel, o que vai para o lado
minha palavra. oriental da Assíria. E o quarto
8 E eu, o Senhor Deus, plantei rio era o Eufrates.
um jardim ao oriente, no 15 E eu, o Senhor Deus, tomei
a
Éden, e ali pus o homem que o homem e coloquei-o no Jar-
eu havia formado. dim do Éden para lavrá-lo e
9 E da terra fiz eu, o Senhor guardá-lo.
Deus, brotar fisicamente toda 16 E eu, o Senhor Deus, ordenei
árvore agradável à vista do ho- ao homem, dizendo: De toda
mem; e o homem pôde contem- árvore do jardim podes comer
plá-la. E ela tornou-se também livremente,
uma alma vivente. Pois era es- 17 Mas da árvore do conheci-
piritual no dia em que eu a criei, mento do bem e do mal não
pois permanece na esfera em comerás; não obstante, podes
a
que eu, Deus, a criei, sim, como escolher segundo tua vontade,
todas as coisas que preparei porque te é dado; mas lembra-
para uso do homem; o homem te de que eu o proíbo, porque
viu que era boa como alimento. no b dia em que dela comeres,
E eu, o Senhor Deus, também certamente c morrerás.
plantei a a árvore da vida no 18 E eu, o Senhor Deus, disse a
meio do jardim; e também a meu a Unigênito que não era
b
árvore do conhecimento do bom que o homem estivesse só;
bem e do mal. por conseguinte, farei uma b ad-
10 E eu, o Senhor Deus, fiz um jutora própria para ele.
rio sair do Éden para regar o 19 E da terra, eu, o Senhor
jardim; e dali ele se dividia e Deus, formei toda besta do
tornava-se em quatro a braços. campo e toda ave do ar; e orde-
11 E eu, o Senhor Deus, dei ao nei-lhes que fossem até Adão
primeiro o nome de Pisom; e ele para ver como ele as chamaria;
rodeia toda a terra de Havilá, e elas também eram almas vi-

7 a Gên. 2:7; 9a gee Árvore da Vida. gee Morte Física;


Mois. 4:25; 6:59; b Gên. 2:9. Mortal, Mortalidade.
Abr. 5:7. 10a Gên. 2:10. 18a gee Unigênito.
b gee Adão. 17a Mois. 7:32. b Gên. 2:18;
c gee Alma. gee Arbítrio. Abr. 5:14.
d Mois. 1:34. b Abr. 5:13.
8 a gee Éden. c Gên. 2:17.
9 Moisés 3:20–4:4
ventes; porque eu, o Senhor Ele tenta Eva — Adão e Eva caem e
Deus, soprei nelas o fôlego da a morte entra no mundo.
vida e ordenei que o nome que
E eu, o Senhor Deus, falei a
Adão desse a cada criatura vi-
Moisés, dizendo: Aquele a Sa-
vente, tal seria o seu nome.
tanás a quem tu deste ordem
20 E Adão deu nome a todo o
em nome de meu Unigênito é
gado e a todas as aves do ar e a
o mesmo que existiu desde o
todos os animais do campo; b
princípio; e ele apresentou-se
mas, quanto a Adão, não havia
perante mim, dizendo: Eis-me
uma adjutora própria para ele.
aqui, envia-me; serei teu filho e
21 E eu, o Senhor Deus, fiz com
redimirei a humanidade toda,
que caísse um sono profundo
de modo que nenhuma alma se
sobre Adão; e ele adormeceu e
perca; e sem dúvida c eu o farei;
eu tomei uma de suas costelas e
portanto dá-me a tua honra.
fechei a carne em seu lugar;
2 Mas eis que meu aFilho
22 E da costela que eu, o Se-
Amado, que foi meu Amado e
nhor Deus, tomara do homem,
meu b Escolhido desde o princí-
fiz eu uma a mulher e levei-a ao
pio, disse-me: c Pai, faça-se a tua
homem. d
vontade e seja tua a e glória
23 E Adão disse: Esta, agora
para sempre.
eu sei, é osso de meus ossos e
a 3 Portanto, por ter Satanás se
carne de minha carne; ela será a
rebelado contra mim e procu-
chamada Mulher, porque foi ti-
rado destruir o b arbítrio do ho-
rada do homem.
mem, o qual eu, o Senhor Deus,
24 Portanto o homem deixará
lhe dera; e também por querer
seu pai e sua mãe e a apegar-se-á
que eu lhe desse meu próprio
a sua mulher; e eles serão b uma
poder, fiz com que ele fosse
carne. c
expulso pelo poder do meu
25 E estavam ambos nus, o
Unigênito.
homem e sua mulher, e não se
4 E ele tornou-se Satanás, sim,
envergonhavam.
o próprio diabo, o pai de todas
as a mentiras, para enganar e
CAPÍTULO 4 cegar os homens e levá-los cati-
vos segundo sua vontade, sim,
(Junho a outubro de 1830) todos os que não derem ouvi-
Como Satanás se tornou o diabo — dos a minha voz.

22a gee Eva; Mulher, b D&C 29:36–37. 3 a gee Conselho nos


Mulheres. c Isa. 14:12–15. Céus.
23a Gên. 2:23; Abr. 5:17. 2a gee Jesus Cristo. b gee Arbítrio.
24a Gên. 2:24; b Mois. 7:39; Abr. 3:27. c D&C 76:25–27.
D&C 42:22; 49:15–16; gee Preordenação. 4 a 2 Né. 2:18;
Abr. 5:17–18. c gee Trindade— D&C 10:25.
b gee Casamento, Deus, o Pai. gee Enganar,
Casar. d Lc. 22:42. Engano, Fraude;
4 1a gee Diabo. e gee Glória. Mentir, Mentiroso.
Moisés 4:5–21 10
5 Ora, a serpente era mais a as- lhas de figueira e fizeram aven-
tuta do que qualquer besta do tais para si.
campo que eu, o Senhor Deus, 14 E ouviram a voz do Senhor
havia feito. Deus quando estavam a andan-
6 E Satanás incitou o coração do no jardim, na viração do
da serpente (pois ele havia atraí- dia; e Adão e sua mulher foram
do muitos após si) e procurou esconder-se da presença do
também enganar a Eva, pois ele Senhor Deus entre as árvores
não conhecia a mente de Deus; do jardim.
por conseguinte, procurou des- 15 E eu, o Senhor Deus, chamei
truir o mundo. Adão e disse-lhe: Aonde a vais?
7 E ele disse à mulher: Sim, 16 E ele respondeu: Ouvi tua
Deus disse — Não comereis de voz no jardim e tive medo,
todas as árvores do a jardim? (E porque vi que estava nu; e es-
ele falou pela boca da serpente.) condi-me.
8 E a mulher disse à serpente: 17 E eu, o Senhor Deus, per-
Podemos comer do fruto das guntei a Adão: Quem te disse
árvores do jardim; que estavas nu? Comeste da ár-
9 Mas sobre o fruto da árvore vore da qual te ordenei que não
que vês no meio do jardim, disse comesses, pois, se o fizesses,
Deus: Não comereis dele nem o certamente a morrerias?
tocareis, para que não morrais. 18 E o homem disse: A mulher
10 E a serpente disse à mulher: que me deste e ordenaste que
Certamente não morrereis; permanecesse comigo deu-me
11 Pois Deus sabe que no dia do fruto da árvore e eu comi.
em que dele comerdes, vossos 19 E eu, o Senhor Deus, disse à
a
olhos serão abertos e sereis co- mulher: O que é isso que fizes-
mo deuses, b conhecendo o bem te? E a mulher disse: A serpen-
e o mal. te a enganou-me e eu comi.
12 E quando a mulher viu que 20 E eu, o Senhor Deus, disse à
a árvore servia para alimento e serpente: Por teres feito isso,
a
que se tornara agradável aos maldita serás sobre todo gado
olhos e uma árvore a desejável e toda besta do campo; sobre
para torná-la sábia, tomou de teu ventre andarás e pó comerás
seu fruto e b comeu; e deu tam- todos os dias de tua vida;
bém a seu marido e ele comeu 21 E porei inimizade entre ti e
com ela. a mulher, entre a tua descen-
13 E os olhos de ambos foram dência e o seu descendente; e
abertos e eles perceberam que ele ferirá tua cabeça e tu lhe
estavam a nus. E costuraram fo- ferirás o calcanhar.

5 a Gên. 3:1; Mois. 5:10. 14a Gên. 3:8.


Mos. 16:3; b Al. 12:31. 15a Gên. 3:9.
Al. 12:4. 12a Gên. 3:6. 17a Mois. 3:17.
6 a gee Eva. b gee Queda de 19a Gên. 3:13;
7 a gee Éden. Adão e Eva. Mos. 16:3.
11a Gên. 3:3–6; 13a Gên. 2:25. 20a Gên. 3:13–15.
11 Moisés 4:22–32
d
22 À mulher eu, o Senhor Deus, árvore da vida e coma e viva
disse: Multiplicarei grandemen- para sempre,
te tua dor e tua concepção. 29 Eu, o Senhor Deus, expulsá-
Com a dor darás à luz filhos e teu lo-ei portanto do Jardim do
a
desejo será para teu marido; e Éden, para lavrar a terra da
ele te dominará. qual foi tomado;
23 E eu, o Senhor Deus, disse a 30 Pois assim como eu, o Se-
Adão: Por haveres dado ouvi- nhor Deus, vivo, minhas a pala-
dos à voz de tua mulher e teres vras não podem retornar vazias,
comido do fruto da árvore de que pois assim como saem de minha
eu ordenei, dizendo: Não co- boca têm de ser cumpridas.
merás dele, maldita será a terra 31 Assim expulsei o homem e
por tua causa; com dor comerás coloquei, ao oriente do Jardim
dela todos os dias de tua vida. do Éden, a querubins e uma espa-
24 Espinhos e cardos também da flamejante, que virava para
produzirá para ti; e comerás a todos os lados a fim de guardar
erva do campo. o caminho da árvore da vida.
25 Pelo a suor de teu rosto co- 32 (E essas são as palavras que
merás o pão, até que retornes à eu disse a meu servo Moisés; e
terra — pois certamente mor- elas são verdadeiras, conforme
rerás — pois dela foste tirado; a minha vontade; e disse-as a ti.
pois eras b pó e ao pó retornarás. Não as mostres a homem algum
26 E Adão chamou o nome de até que eu te ordene, a não ser
sua mulher Eva, porque ela era aos que crêem. Amém.)
a mãe de todos os viventes;
pois assim eu, o Senhor Deus,
chamei a primeira de todas as CAPÍTULO 5
mulheres, que são a muitas.
27 Eu, o Senhor Deus, fiz túni- (Junho a outubro de 1830)
cas de peles para Adão e tam- Adão e Eva têm filhos — Adão ofe-
bém para sua mulher e a vesti-os. rece sacrifício e serve a Deus —
28 E eu, o Senhor Deus, disse Nascem Caim e Abel — Caim rebe-
ao meu Unigênito: Eis que o la-se, ama Satanás mais que a Deus
a
homem se tornou como um de e torna-se Perdição—Multiplicam-
nós, b conhecendo o bem e o mal; se os homicídios e a iniqüidade —
e agora, para que não estenda O evangelho é pregado desde o
ele a mão e c partilhe também da princípio.

22a Gên. 3:16. 28a Gên. 3:22. d Gên. 2:9; 1 Né. 11:25;
25a Gên. 3:17–19. gee Homem, Mois. 3:9.
gee Queda de Adão Homens—Seu gee Árvore da Vida.
e Eva. potencial de se 29a gee Éden.
b Gên. 2:7; Mois. 6:59; tornar como o Pai 30a I Reis 8:56;
Abr. 5:7. Celestial. D&C 1:38.
26a Mois. 1:34; 6:9. b gee Conhecimento. 31a Al. 42:3.
27a gee Recato. c Al. 42:4–5. gee Querubim.
Moisés 5:1–10 12
E aconteceu que, depois que oferta ao Senhor. E Adão foi
c
eu, o Senhor Deus, os expulsei, obediente aos mandamentos
Adão começou a lavrar a terra e do Senhor.
a exercer a domínio sobre as bes- 6 E após muitos dias, um a anjo
tas do campo e a comer o pão do Senhor apareceu a Adão,
com o suor de sua fronte, como dizendo: Por que ofereces b sa-
eu, o Senhor, lhe ordenara: E crifícios ao Senhor? E Adão res-
Eva, sua mulher, também tra- pondeu-lhe: Eu não sei, exceto
balhava com ele. que o Senhor me mandou.
2 E Adão conheceu a sua mu- 7 E então o anjo falou, dizen-
lher e ela a concebeu filhos e do: Isso é à a semelhança do b sa-
b
filhas; e eles começaram a c mul- crifício do Unigênito do Pai que
tiplicar-se e a encher a Terra. é cheio de c graça e verdade.
3 E a partir de então, os filhos 8 Portanto farás tudo o que
e a filhas de Adão começaram a fizeres em a nome do Filho; e
b
dividir-se de dois em dois na arrepender-te-ás e c invocarás a
terra e a lavrar a terra e a cuidar Deus em nome do Filho para
dos rebanhos; e eles também todo o sempre.
geraram filhos e filhas. 9 E naquele dia desceu sobre
4 E Adão e Eva, sua mulher, Adão o a Espírito Santo, que
invocaram o nome do Senhor e presta testemunho do Pai e do
eles ouviram a voz do Senhor Filho, dizendo: Eu sou o b Unigê-
que vinha do caminho, em di- nito do Pai desde o princípio,
reção ao Jardim do a Éden, fa- agora e para sempre, para que,
lando-lhes; e eles não o viram, assim como c caíste, sejas d redi-
porque estavam excluídos de mido e toda a humanidade,
sua b presença. sim, tantos quantos o desejarem.
5 E ele deu-lhes mandamentos 10 E naquele dia Adão ben-
de que a adorassem ao Senhor disse a Deus e ficou a pleno; e
seu Deus e oferecessem as b pri- começou a b profetizar concer-
mícias de seus rebanhos como nente a todas as famílias da

5 1a Mois. 2:26. 6 a gee Anjos. b gee Jesus Cristo;


2 a Gên. 5:4. b gee Sacrifício. Unigênito.
b D&C 138:39. 7 a gee Jesus Cristo— c gee Morte Espiritual;
c Gên. 1:28; Mois. 2:28. Simbolismos ou Queda de Adão
3 a Mois. 5:28. Símbolos de Cristo. e Eva.
4 a gee Éden. b Al. 34:10–15. d Mos. 27:24–26;
b Al. 42:9. gee Sangue. D&C 93:38; RF 3.
5 a gee Adorar. c Mois. 1:6, 32. gee Plano de
b Êx. 13:12–13; gee Graça. Redenção; Redenção,
Núm. 18:17; 8 a 2 Né. 31:21. Redimido, Redimir.
Mos. 2:3. b Mois. 6:57. 10a gee Nascer de Deus,
gee Primogênito. gee Arrepender-se, Nascer de Novo.
c gee Obedecer, Arrependimento. b D&C 107:41–56.
Obediência, c gee Oração. gee Profecia,
Obediente. 9 a gee Espírito Santo. Profetizar.
13 Moisés 5:11–21
Terra, dizendo: Bendito seja o se arrependessem seriam c con-
nome de Deus, pois, devido a denados; e as palavras saíram
minha transgressão, meus olhos da boca de Deus em um firme
estão abertos e nesta vida terei decreto; portanto têm de ser
c
alegria; e novamente na d carne cumpridas.
verei a Deus. 16 E Adão e Eva, sua mulher,
11 E a Eva, sua mulher, ouviu não cessaram de clamar a Deus.
todas essas coisas e alegrou-se, E conheceu Adão a Eva, sua mu-
dizendo: Se não fosse por nossa lher, e ela concebeu e deu à luz
a
transgressão, jamais teríamos Caim e disse: Obtive do Senhor
tido b semente e jamais teríamos um homem; portanto ele não
conhecido o bem e o mal e a ale- pode rejeitar suas palavras. Mas
gria de nossa redenção e a vida eis que Caim não lhe deu ouvi-
eterna que Deus concede a todos dos e disse: Quem é o Senhor,
os obedientes. para que eu deva conhecê-lo?
12 E Adão e Eva bendisseram 17 E ela tornou a conceber
o nome de Deus; e deram a a co- e deu à luz seu irmão aAbel. E
nhecer todas as coisas a seus Abel b deu ouvidos à voz do
filhos e suas filhas. Senhor. E Abel foi pastor de
13 E a Satanás apareceu no meio ovelhas, mas Caim foi lavrador
deles, dizendo: Eu também sou da terra.
filho de Deus; e ordenou-lhes, 18 E Caim a amou Satanás mais
dizendo: Não creiam; e eles não que a Deus. E Satanás ordenou-
b
creram e c amaram Satanás mais lhe, dizendo: b Faze uma oferta
que a Deus. E os homens co- ao Senhor.
meçaram, daquele tempo em 19 E com o correr do tempo,
diante, a ser d carnais, sensuais aconteceu que Caim levou, do
e diabólicos. fruto da terra, uma oferta ao
14 E o Senhor Deus chamou os Senhor.
homens pelo a Espírito Santo em 20 E Abel, ele também levou
todos os lugares e ordenou-lhes as primícias de seus rebanhos
que se arrependessem; e de sua gordura. E atentou o
15 E todos os que a cressem no Senhor para Abel e para sua
a
Filho e se arrependessem de oferta;
seus pecados seriam b salvos; e 21 Mas para Caim e para a
todos os que não cressem e não sua a oferta ele não atentou. Ora,

10c gee Alegria. d gee Carnal; Homem gee Caim.


d Jó 19:26; Natural. 17a gee Abel.
2 Né. 9:4. 14a Jo. 14:16–18, 26. b Heb. 11:4.
11a gee Eva. 15a gee Crença, Crer. 18a D&C 10:20–21.
b 2 Né. 2:22–23. b gee Salvação. b D&C 132:8–11.
12a Deut. 4:9. c D&C 42:60. 20a gee Oferta;
13a gee Diabo. gee Condenação, Sacrifício.
b gee Incredulidade. Condenar. 21a Gên. 4:3–7.
c Mois. 6:15. 16a Gên. 4:1–2.
Moisés 5:22–36 14
Satanás sabia disso e alegrou- me por tua garganta e, se o re-
se. E Caim ficou muito irado e velares, morrerás; e jurem teus
decaiu-lhe o semblante. irmãos pela cabeça deles e pelo
22 E o Senhor disse a Caim: Deus vivente, que não o revela-
Por que estás irado e por que te rão; porque, se o revelarem,
decaiu o semblante? certamente morrerão; e isso para
23 Se bem fizeres, serás a acei- que teu pai não o saiba; e neste
to. E se bem não fizeres, o peca- dia entregarei teu irmão Abel
do jaz a tua porta e Satanás em tuas mãos.
deseja possuir-te; e a menos que 30 E Satanás jurou a Caim que
dês ouvidos a meus mandamen- agiria de acordo com suas or-
tos, entregar-te-ei, e será feito dens. E todas essas coisas foram
a ti, segundo seu desejo. E tu feitas em segredo.
reinarás sobre ele. 31 E Caim disse: Na verdade
24 Pois de agora em diante eu sou Maã, o senhor deste
tu serás o pai de suas menti- grande segredo, para que eu
ras; serás chamado a Perdição; possa a matar e obter lucro. Por-
pois também existias antes do tanto Caim foi chamado Mestre
b
mundo. Maã e vangloriou-se de sua
25 E será dito em dias futuros iniqüidade.
que essas a abominações vieram 32 E Caim saiu para o campo e
de Caim; pois ele rejeitou o Caim falou com Abel, seu ir-
conselho maior que vinha de mão. E aconteceu que, enquanto
Deus; e essa é uma maldição estavam no campo, Caim levan-
que porei sobre ti, a menos que tou-se contra Abel, seu irmão, e
te arrependas. matou-o.
26 E irou-se Caim e não mais 33 E Caim a gloriou-se no que
deu ouvidos à voz do Senhor havia feito, dizendo: Estou livre;
nem à de Abel, seu irmão, que certamente os rebanhos de meu
andava em santidade perante o irmão cairão em minhas mãos.
Senhor. 34 E o Senhor disse a Caim:
27 E Adão e sua mulher lamen- Onde está Abel, teu irmão? E
taram-se perante o Senhor por ele respondeu: Não sei. Sou eu
a
causa de Caim e seus irmãos. guardador de meu irmão?
28 E aconteceu que Caim to- 35 E o Senhor disse: O que
mou para esposa uma das filhas fizeste? A voz do sangue de teu
de seus irmãos; e eles a amaram irmão clama a mim desde a
Satanás mais que a Deus. terra.
29 E Satanás disse a Caim: Jura- 36 E agora serás amaldiçoado

23a Gên. 4:7; 31a gee Homicídio. raízes evidentes


D&C 52:15; 97:8. b ie “Mente”, em “Maã”.
24a gee Filhos de “destruidor” e 33a gee Orgulho;
Perdição. “grandioso” são Mundanismo.
25a Hel. 6:26–28. possíveis 34a Gên. 4:9.
28a Mois. 5:13. significados das
15 Moisés 5:37–49
desde a Terra, que abriu a boca Enoque; e ele também gerou
para receber de tua mão o san- muitos filhos e filhas. E ele
gue de teu irmão. edificou uma cidade e deu à
a
37 Quando lavrares a terra, cidade o nome de seu filho,
ela não te dará mais sua força. Enoque.
a
Fugitivo e vagabundo serás na 43 E a Enoque nasceu Irade e
Terra. outros filhos e filhas. E Irade
38 E Caim disse ao Senhor: gerou Meujael e outros filhos e
Satanás a tentou-me por causa filhas. E Meujael gerou Metu-
dos rebanhos de meu irmão. E sael e outros filhos e filhas. E
também eu estava irado, por- Metusael gerou Lameque.
que aceitaste a oferta dele e a 44 E Lameque tomou para si
minha, não; meu castigo é maior duas mulheres; o nome de uma
do que me é possível suportar. era Ada e o nome da outra, Zilá.
39 Eis que me expulsaste este 45 E Ada gerou Jabal; ele foi o
dia da face do Senhor e de tua pai dos que habitam em tendas;
face ficarei escondido; e serei e eram guardadores de gado; e
fugitivo e vagabundo na Terra; o nome de seu irmão era Jubal,
e acontecerá que aquele que que foi o pai de todos os que
me achar me matará, por causa tocam harpa e órgão.
de minhas iniqüidades; pois 46 E Zilá, ela também gerou
essas coisas não se escondem Tubal Caim, mestre de todo ar-
do Senhor. tífice que trabalha em bronze e
40 E eu, o Senhor, disse-lhe: ferro. E a irmã de Tubal Caim
Qualquer que te matar, sete chamava-se Noema.
vezes sofrerá vingança. E eu, o 47 E Lameque disse a suas
Senhor, pus um a sinal em Caim, mulheres, Ada e Zilá: Ouvi mi-
para que não o matasse qual- nha voz, mulheres de Lameque,
quer que o achasse. escutai minhas palavras; pois eu
41 E Caim foi banido da a pre- matei um varão para meu dano
sença do Senhor e, com sua e um mancebo para meu mal.
mulher e muitos de seus ir- 48 Se Caim for vingado sete
mãos, habitou a terra de Node, vezes, em verdade Lameque o
a leste do Éden. será a setenta e sete vezes;
42 E conheceu Caim a sua mu- 49 Pois Lameque havia feito
lher e ela concebeu e deu à luz um a convênio com Satanás, se-

37a Gên. 4:11–12. o mesmo nome 48a Gên. 4:24.


38a gee Cobiçar; entre seu povo, que ie Lameque
Tentação, Tentar. não devem ser vangloriou-se de que
40a Gên. 4:15. confundidos com o Satanás iria fazer
41a Mois. 6:49. Enoque da linhagem mais por ele do que
42a ie Havia um justa de Sete e com fizera por Caim. As
homem chamado sua cidade, Sião, razões para tal
Enoque na também conhecida suposição aparecem
linhagem de Caim, como “Cidade de nos versículos 49 e 50.
e uma cidade com Enoque”. 49a gee Juramento.
Moisés 5:50–59 16
gundo a maneira de Caim, tor- 55 E assim as obras das a trevas
nando-se Mestre Maã, senhor começaram a prevalecer entre
daquele grande segredo que fora todos os filhos dos homens.
dado a Caim por Satanás; e Irade, 56 E Deus amaldiçoou a terra
filho de Enoque, havendo desco- com uma pesada maldição e fi-
berto o segredo deles, começou cou irado com os iníquos, com
a revelá-lo aos filhos de Adão; todos os filhos dos homens que
50 Por isso Lameque, encoleri- ele fizera;
zado, matou-o; não como Caim 57 Porque não davam ouvidos
a seu irmão Abel, com o fim de a sua voz nem acreditavam em
obter lucro, mas matou-o por seu a Filho Unigênito, sim, na-
causa do juramento. quele que ele declarou que viria
51 Pois, desde os dias de Caim, no meridiano dos tempos, que
havia uma a combinação secreta foi preparado desde antes da
e suas obras eram às escuras; e fundação do mundo.
eles conheciam cada um a seu 58 E assim o a Evangelho co-
irmão. meçou a ser pregado desde o
52 Portanto o Senhor amal- princípio, sendo anunciado por
diçoou Lameque e sua casa e santos b anjos, enviados da pre-
todos os que haviam feito con- sença de Deus, e por sua pró-
vênio com Satanás, porque não pria voz e pelo c dom do Espírito
guardaram os mandamentos de Santo.
Deus e isso desagradou a Deus; 59 E assim foram confirmadas
e não ministrou junto a eles e todas as coisas a Adão por uma
suas obras eram abominações e santa ordenança e pregado o
começaram a espalhar-se entre Evangelho e enviado um decre-
todos os a filhos dos homens. E to que deveria ficar no mundo
isso existia entre os filhos dos até o seu fim; e assim foi. Amém.
homens.
53 E entre as filhas dos homens
essas coisas não eram ditas, CAPÍTULO 6
porque Lameque contara o se-
gredo a suas mulheres e elas (Novembro a dezembro de 1830)
rebelaram-se contra ele e divul- A semente de Adão escreve um livro
garam essas coisas amplamen- de recordações — Sua posteridade
te e não tiveram compaixão; justa prega o arrependimento —
54 Portanto Lameque foi des- Deus revela-se a Enoque — Eno-
prezado e expulso; e ele não que prega o evangelho—O plano de
apareceu no meio dos filhos dos salvação foi revelado a Adão — Ele
homens, para que não morresse. recebeu o batismo e o sacerdócio.

51a gee Combinações Iniqüidade, Iníquo. gee Anjos.


Secretas. 57a gee Jesus Cristo. c gee Dom do Espírito
52a Mois. 8:14–15. 58a gee Evangelho. Santo.
55a gee Trevas b Al. 12:28–30;
Espirituais; Morô. 7:25, 29–31.
17 Moisés 6:1–15
E aAdão deu ouvidos à voz de nealogia dos c filhos de Deus. E
Deus e exortou seus filhos a se esse era o d livro das gerações
arrependerem. de Adão e dizia: No dia em que
2 E Adão tornou a conhecer Deus criou o homem, à seme-
a sua mulher e ela deu à luz lhança de Deus o fez.
um filho; e ele deu-lhe o nome 9 À a imagem de seu próprio
de a Sete. E Adão glorificou o corpo, homem e mulher, b criou-
nome de Deus, pois ele disse: os; e abençoou-os e chamou seu
c
Deus concedeu-me outra se- nome Adão, no dia em que
mente em lugar de Abel, que foram criados e se tornaram
d
Caim matou. almas viventes na terra, sobre
3 E Deus revelou-se a Sete e o e escabelo de Deus.
ele não se rebelou, mas ofereceu 10 E aAdão viveu cento e trinta
um a sacrifício aceitável, como anos e gerou um filho a sua se-
seu irmão Abel. E a ele também melhança, segundo sua própria
b
nasceu um filho e ele deu-lhe o imagem; e chamou seu nome
nome de Enos. Sete.
4 E então começaram esses 11 E foram os dias de Adão,
homens a a invocar o nome do depois que gerou Sete, oitocen-
Senhor; e o Senhor abençoou-os. tos anos; e gerou muitos filhos
5 E escrevia-se um a livro de e filhas.
recordações; e era escrito no 12 E todos os dias que Adão
idioma de Adão, pois a todos viveu foram novecentos e trinta
que invocavam a Deus era con- anos; e ele morreu.
cedido escrever pelo espírito 13 Sete viveu cento e cinco
de b inspiração; anos e gerou Enos; e profetizou
6 E por eles seus filhos foram em todos os seus dias e ensinou
ensinados a ler e a escrever, ten- seu filho Enos nos caminhos de
do uma linguagem que era pura Deus; portanto Enos também
e impoluta. profetizou.
7 Ora, esse mesmo a Sacerdócio, 14 E viveu Sete, depois que
que existia no princípio, existi- gerou Enos, oitocentos e sete
rá também no fim do mundo. anos; e gerou muitos filhos e
8 Ora, essa profecia Adão pro- filhas.
nunciou movido pelo a Espírito 15 E os filhos dos homens eram
Santo; e registrava-se uma b ge- numerosos em toda a face da

6 1a gee Adão. Inspirar. b gee Homem,


2 a Gên. 4:25. 7a gee Sacerdócio. Homens.
gee Sete. 8a II Ped. 1:21. c Mois. 1:34; 4:26.
3 a gee Sacrifício. b gee Genealogia. d gee Alma.
4 a Gên. 4:26. c gee Filhos e Filhas e Abr. 2:7.
gee Oração. de Deus. 10a D&C 107:41–56.
5 a Abr. 1:28, 31. d Gên. 5:1. b Gên. 5:3;
gee Livro de 9 a Gên. 1:26–28; D&C 107:42–43;
Recordações. Mois. 2:26–29; 138:40.
b gee Inspiração, Abr. 4:26–31.
Moisés 6:16–27 18
terra. E naqueles dias Satanás os dias de Maalalel oitocentos
exercia grande a domínio entre e noventa e cinco anos; e ele
os homens e enfurecia-se em seu morreu.
coração; e daí em diante vieram 21 E viveu Jarede cento e ses-
as guerras e derramamento de senta e dois anos e gerou a Eno-
sangue; e buscando o poder, a que; e viveu Jarede, depois de
mão do homem levantava-se gerar Enoque, oitocentos anos;
contra seu próprio irmão para e gerou filhos e filhas. E Jarede
provocar-lhe a morte, por causa ensinou Enoque em todos os
de b obras secretas. caminhos de Deus.
16 Todos os dias de Sete foram 22 E essa é a genealogia dos
novecentos e doze anos; e ele filhos de Adão, que era o a filho
morreu. de Deus, com quem o próprio
17 E viveu Enos noventa anos Deus conversou.
e gerou a Cainã. E Enos e o res- 23 E eles eram a pregadores
tante do povo de Deus saíram da justiça e falavam e b profeti-
da terra chamada Sulon e habi- zavam e exortavam todos os
taram uma terra prometida, à homens, em todos os lugares,
qual ele deu o nome de seu pró- a se c arrependerem; e d fé foi en-
prio filho, a quem chamara sinada aos filhos dos homens.
Cainã. 24 E aconteceu que todos os
18 E viveu Enos, depois de ge- dias de Jarede foram novecen-
rar Cainã, oitocentos e quinze tos e sessenta e dois anos; e ele
anos; e gerou muitos filhos e morreu.
filhas. E todos os dias de Enos 25 E viveu Enoque sessenta e
foram novecentos e cinco anos; cinco anos e gerou a Matusalém.
e ele morreu. 26 E aconteceu que Enoque
19 E viveu Cainã setenta anos viajou pela terra entre o povo; e
e gerou Maalalel; e Cainã viveu, enquanto viajava, o Espírito de
após gerar Maalalel, oitocentos Deus desceu do céu e pousou
e quarenta anos; e gerou filhos sobre ele.
e filhas. E todos os dias de Cai- 27 E ele ouviu uma voz do céu,
nã foram novecentos e dez anos; dizendo: Enoque, meu filho, pro-
e ele morreu. fetiza a este povo e dize-lhes:
20 E Maalalel viveu sessenta e Arrependei-vos, pois assim diz
cinco anos e gerou Jarede; e vi- o Senhor: Estou a irado com este
veu Maalalel, após gerar Jarede, povo e minha ardente ira está
oitocentos e trinta anos; e gerou acesa contra eles; porque o co-
filhos e filhas. E foram todos ração deles endureceu e seus

15a Mois. 5:13. Mois. 7:69; 8:1–2. c gee Arrepender-se,


b gee Combinações gee Enoque. Arrependimento.
Secretas. 22a Lc. 3:38. d gee Fé.
17a Gên. 5:10–14; 23a gee Profeta. 25a gee Matusalém.
D&C 107:45, 53. b gee Profecia, 27a D&C 63:32.
21a Gên. 5:18–24; Profetizar.
19 Moisés 6:28–38
b a
ouvidos estão ensurdecidos e boca e ela encher-se-á e dar-te-
seus olhos não c conseguem en- ei palavras, pois toda carne está
xergar longe. em minhas mãos; e farei o que
28 E por essas muitas gerações, me parecer adequado.
desde o dia em que os criei, têm 33 Dize a este povo: a Decidi
eles se a desviado e me negado e este dia servir ao Senhor Deus
buscado seus próprios conse- que vos fez.
lhos nas trevas; e em suas pró- 34 Eis que meu Espírito está
prias abominações planejaram sobre ti; portanto todas as tuas
o homicídio e não guardaram palavras justificarei; e as a mon-
os mandamentos que dei a seu tanhas fugirão diante de ti e
pai, Adão. os b rios desviar-se-ão de seu
29 Portanto eles juraram falsa- curso; e tu permanecerás em
mente e, por seus próprios mim e eu, em ti; portanto c anda
a
juramentos, trouxeram a morte comigo.
sobre si; e um b inferno preparei 35 E o Senhor falou a Enoque e
eu para eles, caso não se arre- disse-lhe: Unge teus olhos com
pendam. barro e lava-os; e tu verás. E ele
30 E este é um decreto que assim fez.
promulguei no princípio do 36 E ele viu os a espíritos que
mundo, de minha própria boca, Deus havia criado; e também
desde a sua fundação; e pela viu coisas que não eram visíveis
boca de meus servos, teus pais, ao olho b natural; e daí em diante
decretei-o, tal como será pro- espalhou-se por toda a terra a
pagado no mundo, até seus expressão: Um c vidente o Se-
confins. nhor levantou para seu povo.
31 E tendo ouvido essas pala- 37 E aconteceu que Enoque
vras, Enoque prostrou-se ante o saiu pela terra no meio do povo,
Senhor e falou perante o Senhor, pondo-se nas colinas e lugares
dizendo: Por que é que encon- elevados e gritou em alta voz,
trei graça aos teus olhos? Sou testificando contra suas obras;
apenas um menino e todo o po- e todos os homens a ofenderam-
vo odeia-me, pois sou a lento se por causa dele.
no falar; por que razão sou teu 38 E foram escutá-lo, nos luga-
servo? res elevados, dizendo aos guar-
32 E o Senhor disse a Enoque: dadores de tendas: Permanecei
Vai e faze o que te ordenei e ho- aqui e guardai as tendas en-
mem algum te ferirá. Abre tua quanto vamos ver o vidente,

27b Mt. 13:15; 2 Né. 9:31; b gee Inferno. gee Andar, Andar
Mos. 26:28; 31 a Êx. 4:10–16; Jer. 1:6–9. com Deus.
D&C 1:2, 11, 14. 32a D&C 24:5–6; 60:2. 36a gee Criação
c Al. 10:25; 14:6. 33a gee Arbítrio. Espiritual.
28a gee Rebeldia, 34a Mt. 17:20. b Mois. 1:11.
Rebelião. b Mois. 7:13. c gee Vidente.
29a gee Juramento. c Gên. 5:24; Mois. 7:69. 37a 1 Né. 16:1–3.
Moisés 6:39–52 20
pois ele profetiza e há uma coisa estabeleceu e trouxe uma hoste
estranha na terra; um homem de homens para a sua face.
insano apareceu entre nós. 45 E a morte veio sobre nossos
39 E aconteceu que quando o pais; não obstante nós os conhe-
ouviram, homem algum lhe cemos e não podemos negar; e
deitou as mãos; porque o temor até o primeiro de todos conhe-
se apoderou de todos os que o cemos, sim, Adão.
ouviram; porque ele andava 46 Pois um livro de a lembran-
com Deus. ças escrevemos entre nós, de
40 E aproximou-se dele um acordo com o modelo dado pe-
homem cujo nome era Maíja e lo dedo de Deus; e foi dado em
disse-lhe: Dize-nos claramente nosso próprio idioma.
quem és e de onde vieste. 47 E quando Enoque proferiu
41 E ele respondeu-lhes: Vim as palavras de Deus, o povo
da terra de Cainã, a terra de tremeu e não pôde permanecer
meus pais, uma terra de retidão em sua presença.
até o dia de hoje. E meu pai en- 48 E ele disse-lhes: Por que
sinou-me em todos os caminhos Adão a caiu, existimos; e pela sua
de Deus. queda veio a b morte; e fomos
42 E aconteceu, enquanto eu feitos participantes de miséria
viajava, vindo da terra de Cainã e desgraça.
pelo mar oriental, que tive uma 49 Eis que Satanás veio para o
visão; e eis que os céus eu vi e o meio dos filhos dos homens e
a
Senhor falou comigo e deu-me tentou-os para que o adoras-
mandamento; portanto por esse sem; e os homens tornaram-se
b
motivo, para cumprir o manda- carnais, c sensuais e diabólicos
mento, digo estas palavras. e encontram-se d afastados da
43 E Enoque continuou a falar, presença de Deus.
dizendo: O Senhor que falou 50 Mas Deus fez saber a nos-
comigo, o mesmo é o Deus do sos pais que todos os homens
céu e ele é o meu Deus e vosso devem arrepender-se.
Deus; e vós sois meus irmãos. E 51 E ele chamou nosso pai
por que a aconselhais a vós mes- Adão com sua própria voz, di-
mos e negais o Deus do céu? zendo: Eu sou Deus; eu fiz o
44 Os céus ele fez; a a Terra é o mundo e os a homens b antes que
b
escabelo de seus pés e a fun- existissem na carne.
dação dela é sua. Eis que ele a 52 E ele também lhe disse: Se

43a Prov. 1:24–33; b gee Morte Física. d gee Morte Espiritual.


D&C 56:14–15. 49a Mois. 1:12. 51a gee Homem,
44a Deut. 10:14. gee Tentação, Homens—O homem,
b Abr. 2:7. Tentar. filho espiritual do
46a gee Livro de b Mos. 16:3–4; Pai Celestial.
Recordações. Mois. 5:13. b gee Criação
48a 2 Né. 2:25. gee Carnal. Espiritual.
gee Queda de c gee Sensual,
Adão e Eva. Sensualidade.
21 Moisés 6:53–59
te voltares para mim e deres ou- be-se o a pecado em seu coração
vidos a minha voz e creres e te e eles provam o b amargo para
arrependeres de todas as tuas saber apreciar o bom.
transgressões e fores a batizado, 56 E a eles é dado distinguir o
sim, na água, em nome de meu bem do mal, de modo que são
Filho Unigênito, que é cheio de seus próprios a árbitros; e dei-te
b
graça e verdade, que é c Jesus outra lei e mandamento.
Cristo, o único d nome que será 57 Portanto ensina a teus filhos
dado debaixo do céu mediante que todos os homens, em todos
o qual virá a e salvação aos filhos os lugares, devem a arrepender-
dos homens, receberás o dom do se, ou de maneira alguma her-
Espírito Santo, pedindo todas darão o reino de Deus, porque
as coisas em seu nome; e tudo o nenhuma coisa b impura pode
que pedires te será dado. ali habitar ou c habitar em sua
53 E nosso pai Adão falou ao presença; pois, no idioma de
Senhor e disse: Por que é que os Adão, d Homem de Santidade é
homens devem arrepender-se seu nome e o nome de seu Uni-
e ser batizados na água? E o gênito é e Filho do Homem, sim,
Senhor disse a Adão: Eis que te Jesus Cristo, um justo f Juiz, que
a
perdoei tua transgressão no virá no meridiano dos tempos.
Jardim do Éden. 58 Portanto dou-te o manda-
54 Aí se começou a dizer entre mento de ensinares estas coisas
o povo que o a Filho de Deus liberalmente a teus a filhos, di-
b
expiara o pecado original, de zendo:
modo que os pecados dos pais 59 Por causa da transgressão
não podem recair sobre a cabeça vem a queda, queda essa que
dos c filhos, pois estes são limpos traz a morte; e sendo que haveis
desde a fundação do mundo. nascido no mundo pela água e
55 E o Senhor falou a Adão, di- sangue e a espírito que eu fiz e
zendo: Visto que teus filhos são assim vos haveis transformado
concebidos em pecado, quando de b pó em alma vivente, do mes-
eles começam a crescer, conce- mo modo tereis de c nascer de

52a 3 Né. 11:23–26. gee Adversidade. d Mois. 7:35.


gee Batismo, Batizar. 56a 2 Né. 2:26–27; gee Homem de
b gee Graça. Hel. 14:29–30. Santidade.
c gee Jesus Cristo. gee Arbítrio. e gee Filho do
d At. 4:12; 57a I Cor. 6:9–10. Homem.
2 Né. 31:21. gee Arrepender-se, f gee Jesus
e gee Salvação. Arrependimento. Cristo—Juiz; Justiça.
53a gee Perdoar. b 1 Né. 10:21. 58a gee Criança(s),
54a gee Jesus Cristo. gee Limpo e Menino(s), Filho(s).
b gee Expiação, Imundo. 59a I Jo. 5:8.
Expiar. c Salm. 24:3–4; b Gên. 2:7; Mois. 4:25;
c Mos. 3:16. 1 Né. 15:33–36; Abr. 5:7.
55a gee Pecado. Mórm. 7:7; c gee Nascer de Deus,
b D&C 29:39. D&C 76:50–62. Nascer de Novo.
Moisés 6:60–68 22
novo no reino do céu, da d água as coisas que são espirituais;
e do Espírito, sendo limpos por coisas que estão acima nos céus
sangue, sim, o sangue de meu e coisas que estão na Terra e
Unigênito; para que sejais san- coisas que estão dentro da terra
tificados de todo pecado e e coisas que estão embaixo da
e
desfruteis as f palavras da vida terra, tanto acima como abaixo:
eterna neste mundo e a vida todas as coisas prestam teste-
eterna no mundo vindouro, sim, munho de mim.
g
glória imortal; 64 E aconteceu, quando o Se-
60 Pois pela a água guardais o nhor falou com Adão, nosso
mandamento, pelo Espírito sois pai, que Adão clamou ao Senhor
b
justificados e pelo c sangue sois e foi arrebatado pelo a Espírito
d
santificados; do Senhor e foi levado para a
61 Portanto é dado para habi- água e foi mergulhado na b água
tar em vós: o testemunho do céu; e foi tirado da água.
o a Consolador; as coisas pacífi- 65 E assim ele foi batizado e o
cas de glória imortal; a verdade Espírito de Deus desceu sobre
de todas as coisas; aquilo que ele; e assim ele a nasceu do Espí-
vivifica todas as coisas, que tor- rito e foi vivificado no homem
b
na vivas todas as coisas; aquilo interior.
que conhece todas as coisas e 66 E ele ouviu uma voz do
tem todo o poder, de acordo céu, dizendo: Foste a batizado
com a sabedoria, a misericórdia, com fogo e com o Espírito San-
a verdade, a justiça e o juízo. to. Este é o b testemunho do Pai
62 E agora, eis que te digo: e do Filho, de agora em diante e
Este é o a plano de salvação para sempre;
para todos os homens, por 67 E tu és segundo a a ordem
meio do sangue de meu b Uni- daquele que foi sem princípio
gênito, que virá no meridiano de dias ou fim de anos de toda
dos tempos. a eternidade para toda a eterni-
63 E eis que todas as coisas dade.
têm sua semelhança e todas as 68 Eis que tu és a um em mim,
coisas são criadas e feitas para um filho de Deus; e assim pos-
a
prestar testemunho de mim, sam todos tornar-se meus b fi-
tanto as coisas materiais como lhos. Amém.

59d gee Batismo, Batizar. 62a gee Plano de 66a D&C 19:31.
e 2 Né. 4:15–16; Redenção. gee Dom do Espírito
Al. 32:28. b gee Unigênito. Santo.
f Jo. 6:68. 63a Al. 30:44; b 2 Né. 31:17–18;
g gee Glória Celestial. D&C 88:45–47. 3 Né. 28:11.
60a Morô. 8:25. 64a gee Espírito Santo. 67a gee Sacerdócio de
b gee Justificação, b gee Batismo, Batizar. Melquisedeque.
Justificar. 65a gee Nascer de Deus, 68a I Jo. 3:1–3; D&C 35:2.
c gee Sangue. Nascer de Novo. b Jo. 1:12; D&C 34:3.
d gee Santificação. b Mos. 27:25; gee Filhos e Filhas
61a gee Espírito Santo. Al. 5:12–15. de Deus.
23 Moisés 7:1–11
CAPÍTULO 7 te-ei o mundo pelo espaço de
muitas gerações.
(Dezembro de 1830) 5 E aconteceu que olhei para o
Enoque ensina, guia o povo e move Vale de Sum e eis um grande
montanhas — Estabelecida a cida- povo que habitava em tendas,
de de Sião — Enoque prevê a vinda que era o povo de Sum.
do Filho do Homem, seu sacrifício 6 E o Senhor tornou a dizer-
expiatório e a ressurreição dos me: Olha; e olhei para o norte e
santos — Ele prevê a Restauração, vi o povo de Canaã, que habita-
a Coligação, a Segunda Vinda e o va em tendas.
retorno de Sião. 7 E o Senhor disse-me: Profe-
tiza; e eu profetizei, dizendo:
E aconteceu que Enoque con- Eis que o povo de Canaã, que é
tinuou a falar, dizendo: Eis que numeroso, irá batalhar contra o
nosso pai Adão ensinou estas povo de Sum e matá-los-á até
coisas e muitos acreditaram e destruí-los por completo; e o po-
tornaram-se a filhos de Deus; e vo de Canaã dividir-se-á na ter-
muitos não acreditaram e pere- ra e a terra será estéril e infecun-
ceram em seus pecados e espe- da; e nenhum outro povo viverá
ram com b temor, em tormento, ali, a não ser o povo de Canaã;
que a ardente indignação da ira 8 Pois eis que o Senhor amal-
de Deus se derrame sobre eles. diçoará a terra com muito calor
2 E daquele tempo em diante e a sua esterilidade continuará
Enoque começou a profetizar, para sempre; e uma cor a negra
dizendo ao povo: Quando eu desceu sobre todos os filhos de
estava viajando e me encontra- Canaã, de modo que foram des-
va no lugar chamado Maúja e prezados entre todos os povos.
clamei ao Senhor, veio do céu 9 E aconteceu que o Senhor me
uma voz que dizia: Volta-te e disse: Olha; e olhei e vi a terra
sobe ao Monte Simeon. de Saron e a terra de Enoque e a
3 E aconteceu que eu me vol- terra de Ômner e a terra de Heni
tei e subi ao monte; e enquanto e a terra de Sem e a terra de Ha-
estava no monte, vi os céus ner e a terra de Hananias e os
se abrirem e fui revestido de habitantes de todas elas;
a
glória; 10 E o Senhor disse-me: Diri-
4 E vi o Senhor; e ele pôs-se ge-te a esse povo e dize-lhes que
diante de minha face e falou se a arrependam, para que eu
comigo, sim, como um homem não venha e os açoite com uma
fala com outro, a face a face; e maldição e eles pereçam.
ele disse-me: b Olha e mostrar- 11 E ele me deu um manda-

7 1a gee Filhos e Filhas 4 a Gên. 32:30; 8 a 2 Né. 26:33.


de Deus. Deut. 5:4; 10a Mois. 6:57.
b Al. 40:11–14. Mois. 1:2, 11, 31. gee Arrepender-se,
3 a gee Transfiguração. b Mois. 1:4. Arrependimento.
Moisés 7:12–22 24
mento de que eu a batizasse em to de sangue entre eles; mas o
nome do Pai e do Filho, que é Senhor veio habitar com seu
cheio de b graça e verdade, e do povo e eles viveram em retidão.
c
Espírito Santo, que presta tes- 17 O a temor do Senhor estava
temunho do Pai e do Filho. sobre todas as nações, tão gran-
12 E aconteceu que Enoque de era a glória do Senhor que
continuou a chamar todo o po- se achava sobre seu povo. E o
vo, com exceção do povo de Senhor b abençoou a terra e eles
Canaã, ao arrependimento; foram abençoados sobre as
13 E tão grande era a a fé que montanhas e sobre os lugares
possuía Enoque, que ele con- elevados; e floresceram.
duziu o povo de Deus; e seus 18 E o Senhor chamou seu po-
inimigos saíram para batalhar vo a Sião, porque eram b unos de
contra ele e ele proferiu a pala- coração e vontade e viviam em
vra do Senhor e a terra tremeu retidão; e não havia pobres en-
e as b montanhas fugiram, sim, tre eles.
de acordo com sua ordem; e os 19 E Enoque continuou pre-
c
rios de água desviaram-se de gando em retidão ao povo de
seu curso e o rugido dos leões Deus. E aconteceu em seus dias
fez-se ouvir no deserto; e todas que ele edificou uma cidade que
as nações temeram grandemen- foi chamada Cidade da Santi-
te, tão d poderosa era a palavra dade, sim, Sião.
de Enoque e tão grande era o 20 E aconteceu que Enoque
poder da linguagem que Deus falou com o Senhor; e ele disse
lhe dera. ao Senhor: Certamente a Sião ha-
14 Subiu também uma terra, bitará em segurança para sem-
das profundezas do mar, e tão pre. O Senhor, porém, disse a
grande era o temor dos inimi- Enoque: Sião eu abençoei, mas o
gos do povo de Deus que eles restante do povo eu amaldiçoei.
fugiram e foram para longe, 21 E aconteceu que o Senhor
para a terra que subira das pro- mostrou a Enoque todos os ha-
fundezas do mar. bitantes da Terra; e ele olhou e
15 E os a gigantes da terra eis que Sião, com o correr do
também foram para longe; e tempo, foi a arrebatada ao céu.
caiu uma maldição sobre todo E o Senhor disse a Enoque: Eis
o povo que lutava contra Deus; minha morada para sempre.
16 E daquele tempo em diante, 22 E Enoque também viu os
houve guerras e derramamen- remanescentes do povo que

11a gee Batismo, Batizar. Sacerdócio. b At. 4:32;


b gee Graça. 15a Gên. 6:4; Filip. 2:1–4.
c gee Espírito Santo. Mois. 8:18. gee Unidade.
13a gee Fé. 17a Êx. 23:27. 20a Mois. 7:62–63.
b Mt. 17:20. b I Crôn. 28:7–8; gee Nova Jerusalém.
c Mois. 6:34. 1 Né. 17:35. 21a Mois. 7:69.
d gee Poder; 18a gee Sião.
25 Moisés 7:23–34
eram os filhos de Adão; e eram 29 E Enoque disse ao Senhor:
uma mistura de toda a semente Como é que podes a chorar, sen-
de Adão, exceto a de Caim, pois do que és santo e de toda eter-
a semente de Caim era a negra e nidade para toda eternidade?
não tinha lugar entre eles. 30 E se fosse possível ao ho-
23 E depois que Sião foi arre- mem contar as partículas da
batada ao a céu, Enoque b olhou Terra, sim, de milhões de a ter-
e eis que c todas as nações da ras como esta, não seria sequer
Terra estavam diante dele; o princípio do número de tuas
b
24 E geração sucedia a geração; criações; e tuas cortinas ainda
e Enoque foi elevado e a arreba- estão estiradas; e, contudo, estás
tado, sim, ao seio do Pai e do ali e teu seio está ali; e também
Filho do Homem; e eis que o és justo; tu és misericordioso e
poder de Satanás estava sobre bondoso para sempre;
toda a face da Terra. 31 E tomaste Sião para teu
25 E ele viu anjos descendo do próprio seio, de todas as tuas
céu; e ouviu uma alta voz, dizen- criações, de toda eternidade
do: Ai, ai dos habitantes da Terra. para toda eternidade; e nada a
26 E ele viu Satanás; e este ti- não ser a paz, b justiça e c verdade
nha uma grande a corrente na é a habitação de teu trono; e a
mão, que cobria de b trevas toda misericórdia irá adiante de tua
a face da Terra; e ele olhou para face e não terá fim; como é que
cima e riu; e seus c anjos rejubila- podes chorar?
ram-se. 32 O Senhor disse a Enoque:
27 E Enoque viu a anjos que Olha estes teus irmãos; eles
desciam do céu, prestando b tes- são a obra de minhas próprias
a
temunho do Pai e do Filho; e o mãos e eu dei-lhes seu b conhe-
Espírito Santo desceu sobre cimento no dia em que os criei;
muitos e eles foram arrebatados, e no Jardim do Éden dei ao
pelos poderes do céu, a Sião. homem seu c arbítrio;
28 E aconteceu que o Deus do 33 E a teus irmãos disse eu e
céu olhou o restante do povo e também dei mandamento que
chorou; e Enoque prestou teste- se a amassem uns aos outros e
munho disso, dizendo: Como é que escolhessem a mim, seu Pai;
que os céus choram e derramam mas eis que eles não têm afeição
suas lágrimas como a chuva e odeiam seu próprio sangue.
sobre as montanhas? 34 E o a fogo de minha indig-

22a 2 Né. 26:33. c Jud. 1:6; b gee Justiça.


23a gee Céu. D&C 29:36–37. c gee Verdade.
b gee Visão. 27a gee Anjos. 32a Mois. 1:4.
c D&C 88:47; b gee Testemunho. b gee Conhecimento.
Mois. 1:27–29. 29a Isa. 63:7–10. c gee Arbítrio.
24a II Cor. 12:1–4. 30a D&C 76:24; Mois. 1:33. 33a gee Amor.
26a Al. 12:10–11. b gee Criação, Criar. 34a Isa. 30:27; Naum 1:6;
b Isa. 60:1–2. 31a gee Paz. D&C 35:14.
Moisés 7:35–45 26
nação está aceso contra eles; e 40 Por esse motivo, pois, cho-
em meu ardente descontenta- rarão os céus, sim, e toda a obra
mento enviarei b dilúvios sobre de minhas mãos.
eles, pois minha ardente ira 41 E aconteceu que o Senhor
está acesa contra eles. falou a Enoque e contou a Eno-
35 Eis que eu sou Deus; a Ho- que todos os feitos dos filhos
mem de Santidade é o meu dos homens; portanto Enoque
nome; Homem de Conselho é o sabia e contemplou as iniqüi-
meu nome; e Infinito e Eterno é dades e a angústia deles; e cho-
o meu b nome também. rou; e estendeu os braços e
36 Portanto posso estender dilatou-se-lhe o a coração, como
minhas mãos e segurar todas as a eternidade; e comoveram-se-
criações minhas; e meus a olhos lhe as entranhas e toda a eterni-
podem trespassá-las também e, dade tremeu.
entre todas as obras de minhas 42 E Enoque também viu a Noé
mãos, jamais houve tanta b mal- e sua b família; que a posteridade
dade como entre teus irmãos. de todos os filhos de Noé seria
37 Mas eis que seus pecados salva com uma salvação física.
cairão sobre a cabeça de seus 43 Portanto Enoque viu que
pais; Satanás será seu pai e an- Noé construiu uma a arca e que
gústia, seu destino; e todo o céu o Senhor sorriu diante dela e
chorará sobre eles, sim, toda a segurou-a em sua própria mão;
obra de minhas mãos; portanto mas, sobre o restante dos iní-
não deverão os céus chorar, quos, vieram as enchentes e
vendo que eles sofrerão? tragaram-nos.
38 Mas eis que estes que teus 44 E quando Enoque viu isso,
olhos contemplam perecerão ficou com a alma amargurada e
nos dilúvios; e eis que os encar- chorou por seus irmãos; e disse
cerarei; uma a prisão preparei aos céus: a Recusar-me-ei a ser
para eles. consolado; mas o Senhor disse
39 E a aquele que escolhi im- a Enoque: Anima-te e alegra-te;
plorou diante da minha face; e olha.
portanto ele sofre pelos pecados 45 E aconteceu que Enoque
deles, desde que se arrependam olhou; e, a partir de Noé, ele
no dia em que meu b Escolhido viu todas as famílias da Terra;
voltar para mim; e até esse dia e clamou ao Senhor, dizendo:
eles estarão em c tormento; Quando chegará o dia do Se-

34b Gên. 7:4, 10; b Gên. 6:5–6; Condenar.


Mois. 8:17, 24. Mois. 8:22, 28–30. 41a Mos. 28:3.
gee Dilúvio no 38a I Ped. 3:18–20. gee Compaixão.
Tempo de Noé. gee Inferno. 42a gee Noé, Patriarca
35a Mois. 6:57. 39a ie o Salvador. bíblico.
b Mois. 1:3. b Mois. 4:2; Abr. 3:27. b Mois. 8:12.
36a D&C 38:2; 88:41; gee Jesus Cristo. 43a Gên. 6:14–16; Ét. 6:7.
Mois. 1:35–37. c gee Condenação, 44a Salm. 77:2; Ét. 15:3.
27 Moisés 7:46–55
nhor? Quando se derramará o nome de teu Unigênito, sim,
sangue do Justo para que to- Jesus Cristo, que tenhas miseri-
dos os que choram sejam a san- córdia de Noé e sua semente,
tificados e tenham vida eterna? para que a Terra nunca seja
46 E o Senhor disse: Será no coberta pelas enchentes.
a
meridiano dos tempos, nos 51 E o Senhor não pôde negar;
dias de iniqüidade e vingança. e fez aliança com Enoque e ju-
47 E eis que Enoque viu o dia rou-lhe, com um juramento,
da vinda do Filho do Homem que deteria as a enchentes; que
na carne; e sua alma rejubilou- visitaria os filhos de Noé;
se, dizendo: O Justo é levanta- 52 E ele expediu um decreto
do e o a Cordeiro, morto desde a inalterável de que um a rema-
fundação do mundo; e pela fé nescente de sua semente seria
eu estou no seio do Pai e eis que sempre encontrado entre todas
b
Sião está comigo. as nações enquanto a Terra
48 E aconteceu que Enoque subsistisse;
olhou a a Terra; e ele ouviu uma 53 E o Senhor disse: Bendito
voz que vinha de suas entra- é aquele por meio de cuja se-
nhas, dizendo: Ai, ai de mim, a mente o Messias virá; pois ele
mãe dos homens; estou aflita, diz: Eu sou o a Messias, o b Rei
estou fatigada por causa da de Sião, a c Rocha do Céu, que
iniqüidade de meus filhos. é extensa como a eternidade;
Quando b descansarei e serei pu- quem entrar pela porta e d subir
rificada da c imundície que saiu por meu intermédio, jamais
de mim? Quando me santificará cairá; portanto benditos são
o meu Criador, para que eu aqueles de quem falei, porque
descanse e a justiça permaneça virão com e canções de alegria
sobre minha face por algum eterna.
tempo? 54 E aconteceu que Enoque
49 E quando Enoque ouviu o clamou ao Senhor, dizendo:
lamento da Terra, ele chorou Quando o Filho do Homem vier
e clamou ao Senhor, dizendo: na carne, descansará a Terra?
Ó Senhor, não terás compaixão Rogo-te que me mostres essas
da Terra? Não abençoarás os coisas.
filhos de Noé? 55 E o Senhor disse a Enoque:
50 E aconteceu que Enoque Olha; e ele olhou e viu o a Filho
continuou a clamar ao Senhor, do Homem levantado na b cruz,
dizendo: Rogo-te, ó Senhor, em segundo o costume dos homens;

45a gee Santificação. c gee Imundície, Hel. 5:12. gee Rocha.


46a Mois. 5:57. Imundo. d 2 Né. 31:19–20.
47a gee Cordeiro de 51a Salm. 104:6–9. e gee Música.
Deus. 52a Mois. 8:2. 55a gee Filho do
b Mois. 7:21. 53a gee Messias. Homem.
48a gee Terra— b Mt. 2:2; 2 Né. 10:14; b 3 Né. 27:14.
Purificação da Terra. Al. 5:50; D&C 128:22. gee Crucificação ou
b Mois. 7:54, 58, 64. c Salm. 71:3; 78:35; Crucifixão.
Moisés 7:56–64 28
56 E ele ouviu uma alta voz; e 61 E chegará o dia em que a
os céus foram cobertos; e todas Terra a descansará, mas antes
as criações de Deus choraram; desse dia os céus b escurecerão e
e a Terra a gemeu; e as rochas um c véu de trevas cobrirá a
partiram-se; e os santos b levan- Terra; e os céus tremerão, assim
taram-se e foram c coroados à como a Terra; e haverá grandes
d
direita do Filho do Homem, tribulações entre os filhos dos
com coroas de glória; homens, mas meu povo eu
57 E todos os a espíritos que es- d
preservarei;
tavam na b prisão saíram e pu- 62 E a justiça enviarei dos céus;
seram-se à direita de Deus; e o e b verdade farei brotar da c terra
restante foi retido em cadeias para prestar d testemunho do
de trevas até o julgamento do meu Unigênito; de sua e ressur-
grande dia. reição dentre os mortos; sim, e
58 E Enoque tornou a chorar e também da ressurreição de to-
a clamar ao Senhor, dizendo: dos os homens; e justiça e ver-
Quando descansará a Terra? dade farei varrerem a Terra,
59 E Enoque viu o Filho do como um dilúvio, a fim de f reu-
Homem ascender ao Pai; e cla- nir meus eleitos dos quatro
mou ao Senhor, dizendo: Não cantos da Terra em um lugar
virás outra vez à Terra? Pois que prepararei, uma Cidade
tu és Deus e conheço-te; e juras- Santa, para que meu povo cinja
te-me e ordenaste-me que eu os lombos e anseie pelo tempo
pedisse em nome do teu Unigê- da minha vinda; pois ali estará
nito; fizeste-me e deste-me di- meu tabernáculo e chamar-se-á
reito a teu trono; e não por mim Sião, uma g Nova Jerusalém.
mesmo, mas por meio de tua 63 E o Senhor disse a Enoque:
própria graça; portanto te per- Então irás com toda a tua a ci-
gunto se não virás outra vez à dade encontrá-los lá; e recebê-
Terra. los-emos em nosso seio e eles
60 E o Senhor disse a Enoque: ver-nos-ão; e debruçar-nos-emos
Como eu vivo, assim virei nos sobre seu colo e eles debruçar-
a
últimos dias, nos dias de iniqüi- se-ão sobre nossos ombros; e
dade e vingança, para cumprir beijaremos um ao outro;
o juramento que te fiz concer- 64 E lá será a minha morada e
nente aos filhos de Noé; será Sião, a qual sairá dentre

56a Mt. 27:45, 50–51. b D&C 38:11–12; c Isa. 29:4.


b gee Ressurreição. 112:23. d gee Testemunho.
c gee Coroa; c gee Véu. e gee Ressurreição.
Exaltação. d 1 Né. 22:15–22; f gee Israel—
d Mt. 25:34. 2 Né. 30:10. Coligação de Israel.
57a gee Espírito. 62a Salm. 85:11. g gee Nova Jerusalém.
b D&C 76:71–74; 88:99. gee Restauração do 63a Apoc. 21:9–11;
60a gee Últimos Dias. Evangelho. D&C 45:11–12;
61a gee Terra—Estado b gee Livro de Mois. 7:19–21.
final da Terra. Mórmon.
29 Moisés 7:65–8:9
todas as criações minhas; e pe- domina grande iniqüidade — O
lo espaço de a mil anos a Terra chamado ao arrependimento é igno-
b
descansará. rado — Deus decreta a destruição
65 E aconteceu que Enoque de toda carne pelo Dilúvio.
viu o dia da a vinda do Filho do
E todos os dias de Enoque fo-
Homem nos últimos dias, para
ram quatrocentos e trinta anos.
habitar na Terra, em justiça, pe-
2 E aconteceu que a Matusa-
lo espaço de mil anos;
lém, o filho de Enoque, não foi
66 Mas antes desse dia ele viu
levado, a fim de que se cum-
grandes tribulações entre os
prissem os convênios que o Se-
iníquos; e também viu o mar,
nhor fizera com Enoque; porque
que se agitava, e o coração dos
ele verdadeiramente fez convê-
homens, que a desfalecia, espe-
nio com Enoque de que Noé
rando com temor os b julgamen-
sairia do fruto de seus lombos.
tos do Deus Todo-Poderoso, os
3 E aconteceu que Matusalém
quais haveriam de cair sobre os
profetizou que de seus lombos
iníquos.
nasceriam todos os reinos da
67 E o Senhor mostrou a Eno-
Terra (através de Noé); e ele
que todas as coisas, sim, até o
tomou a glória para si.
fim do mundo; e ele viu o dia
4 E sobreveio uma grande
dos justos, a hora de sua reden-
fome na terra; e o Senhor amal-
ção; e recebeu uma plenitude
diçoou a Terra com uma dolo-
de a alegria;
rosa maldição e muitos de seus
68 E todos os dias de a Sião,
habitantes morreram.
nos dias de Enoque, foram tre-
5 E aconteceu que Matusalém
zentos e sessenta e cinco anos.
viveu cento e oitenta e sete anos;
69 E Enoque e todo o seu povo
a e gerou Lameque;
andavam com Deus e ele ha-
6 E Matusalém viveu, depois
bitou no meio de Sião; e acon-
que gerou Lameque, setecentos
teceu que Sião já não existia,
e oitenta e dois anos e gerou
porque Deus a recebeu em seu
filhos e filhas;
próprio seio; e daí em diante se
7 E todos os dias de Matusa-
começou a dizer: Sião Fugiu.
lém foram novecentos e sessen-
ta e nove anos; e ele morreu.
CAPÍTULO 8 8 E Lameque viveu cento e
oitenta e dois anos e gerou um
(Fevereiro de 1831) filho;
Matusalém profetiza — Noé e seus 9 E deu-lhe o nome de a Noé,
filhos pregam o evangelho — Pre - dizendo: Este filho irá conso-

64a gee Milênio. b gee Juízo Final. gee Andar, Andar


b Mois. 7:48. 67a gee Alegria. com Deus.
65a Jud. 1:14. 68a Gên. 5:23; 8 2a gee Matusalém.
gee Segunda Vinda Mois. 8:1. 9a gee Noé, Patriarca
de Jesus Cristo. 69a Gên. 5:24; bíblico.
66a Isa. 13:6–7. Mois. 6:34.
Moisés 8:10–21 30
lar-nos quanto a nossa obra e 16 E aconteceu que Noé pro-
ao trabalho de nossas mãos, por fetizou e ensinou as coisas
causa da terra que o Senhor de Deus, assim como era no
b
amaldiçoou. princípio.
10 E Lameque viveu, após ge- 17 E o Senhor disse a Noé:
rar Noé, quinhentos e noventa Meu Espírito não a contenderá
e cinco anos e gerou filhos e sempre com o homem, pois ele
filhas; saberá que toda b carne há de
11 E todos os dias de Lameque morrer; contudo, seus dias se-
foram setecentos e setenta e rão cento e vinte anos; e se os
sete anos; e morreu. homens não se arrependerem,
12 E Noé tinha quatrocentos enviarei c enchentes sobre eles.
e cinqüenta anos e a gerou Jafé; 18 E naqueles dias havia
a
e quarenta e dois anos depois gigantes na Terra e eles procu-
gerou b Sem, daquela que foi a raram Noé para tirar-lhe a
mãe de Jafé; e quando tinha vida; mas o Senhor estava com
quinhentos anos, gerou c Cão. Noé e o b poder de Deus estava
13 E a Noé e seus filhos b deram sobre ele.
ouvidos ao Senhor e obedece- 19 E o Senhor a ordenou b Noé
ram-lhe; e foram chamados segundo sua própria c ordem e
c
filhos de Deus. mandou que ele fosse d anun-
14 E quando esses homens ciar seu Evangelho aos filhos
começaram a multiplicar-se na dos homens, sim, tal como foi
face da Terra e tiveram filhas, dado a Enoque.
os a filhos dos homens viram que 20 E aconteceu que Noé cla-
essas filhas eram belas e toma- mou aos filhos dos homens para
ram-nas para esposas, segundo que se a arrependessem, mas
sua escolha. eles não deram ouvidos a suas
15 E o Senhor disse a Noé: As palavras;
filhas de teus filhos a venderam- 21 E também, depois de ouvi-
se; pois eis que minha ira está lo, chegaram diante dele, di-
acesa contra os filhos dos ho- zendo: Eis que somos os filhos
mens, porque não dão ouvidos de Deus; não temos tomado pa-
a minha voz. ra nós as filhas dos homens?

9 b Mois. 4:23. 15a gee Casamento, Núm. 13:33;


12a Gên. 5:32. Casar—Casamento Jos. 17:15.
gee Jafé. entre pessoas de b gee Poder.
b gee Sem. religiões diferentes. 19a D&C 107:52.
c gee Cão. 17a Gên. 6:3; gee Ordenação,
13a D&C 138:41. 2 Né. 26:11; Ordenar.
gee Gabriel. Ét. 2:15; b Abr. 1:19.
b gee Obedecer, D&C 1:33. c gee Sacerdócio de
Obediência, b 2 Né. 9:4. Melquisedeque.
Obediente. gee Carne. d gee Obra
c gee Filhos e Filhas c Gên. 7:4, 10; Missionária.
de Deus. Mois. 7:34. 20a gee Arrepender-se,
14a Mois. 5:52. 18a Gên. 6:4; Arrependimento.
31 Moisés 8:22–30
Não estamos a comendo e beben- lhe o coração por ter o Senhor
do e casando-nos e dando em formado o homem na Terra; e
casamento? E nossas mulheres isso lhe afligiu o coração.
nos dão filhos e os mesmos são 26 E o Senhor disse: Farei a de-
homens poderosos, semelhan- saparecer o homem, a quem
tes aos homens da antigüidade, criei, da face da Terra, tanto o
homens de grande renome. E homem como os animais e as
não deram ouvidos às palavras coisas que rastejam e as aves do
de Noé. ar; pois Noé sentiu pesar por
22 E Deus viu que a a iniqüida- eu tê-los criado e tê-los feito; e
de dos homens se tornara gran- invocou-me porque tentaram
de na Terra; e que todos os tirar-lhe a vida.
homens se ensoberbeciam na 27 E assim Noé encontrou
imaginação dos b pensamentos a
graça aos olhos do Senhor; por-
de seu coração, sendo apenas que Noé era um homem justo
maus continuamente. e b perfeito em sua geração; e
23 E aconteceu que Noé conti- ele c andava com Deus, bem co-
nuou sua a pregação ao povo, mo seus três filhos, Sem, Cão e
dizendo: Escutai e dai ouvidos Jafé.
a minhas palavras; 28 A Terra estava a corrompi-
24 aAcreditai e arrependei-vos da diante de Deus e encheu-se
de vossos pecados e b batizai- de violência.
vos em nome de Jesus Cristo, o 29 E Deus olhou para a Terra e
Filho de Deus, assim como nos- eis que ela estava corrompida,
sos pais; e recebereis o Espírito pois toda carne corrompera seu
Santo a fim de que todas as caminho sobre a Terra.
coisas se c manifestem a vós; e, 30 E Deus disse a Noé: Chegou
se não o fizerdes, as enchentes para mim o fim de toda carne,
vos sobrevirão; não obstante, pois a Terra está cheia de violên-
eles não deram ouvidos. cia e eis que farei a desaparecer
25 E Noé sentiu pesar e doeu- toda carne da Terra.

21a Mt. 24:38–39; 23a gee Pregar. Purificação da Terra.


JS—M 1:41. 24a gee Crença, Crer. 27a gee Graça.
22a Gên. 6:5; b gee Batismo, b Gên. 6:9.
Mois. 7:36–37. Batizar—Requisitos c gee Andar, Andar
b Mos. 4:30; do batismo. com Deus.
Al. 12:14. c 2 Né. 32:2–5. 28a Gên. 6:11–13.
gee Pensamentos. 26a gee Terra— 30a D&C 56:3.
FAC-SÍMILE DO LIVRO DE ABRAÃO
Nº 1

EXPLICAÇÃO
Fig. 1. O anjo do Senhor. Fig. 9. O deus idólatra do Faraó.
Fig. 2. Abraão amarrado sobre um Fig. 10. Abraão no Egito.
altar. Fig. 11. Desenhado para representar
Fig. 3. O sacerdote idólatra de El- os pilares do céu, como os entendiam
quena tentando oferecer Abraão em os egípcios.
sacrifício. Fig. 12. Rauqueeian, que significa
Fig. 4. O altar de sacrifício dos sacer- expansão, ou seja, o firmamento sobre
dotes idólatras diante dos deuses de El- nossa cabeça; mas neste caso, em
quena, Libna, Mamacra, Corás e Faraó. relação a este assunto, os egípcios da-
Fig. 5. O deus idólatra de Elquena. vam-lhe o sentido de Saumau, estar no
Fig. 6. O deus idólatra de Libna. alto, ou seja, os céus, que corresponde
Fig. 7. O deus idólatra de Mamacra. à palavra hebraica Saumaieem.
Fig. 8. O deus idólatra de Corás.
Livro de Abraão

TRADUZIDO DO PAPIRO POR JOSEPH SMITH

T radução de alguns registros antigos das catacumbas do Egito, que


chegaram a nossas mãos. Os escritos de Abraão enquanto se encon-
trava no Egito, chamados Livro de Abraão, escritos do próprio punho em
papiro. ( History of the Church 2:235–236, 348–351.)

CAPÍTULO 1 Sacerdote, portando o f direito


que pertencia aos pais.
Abraão busca as bênçãos da or- 3 Foi-me a conferido pelos pais;
dem patriarcal — Ele é perseguido veio dos pais desde o princí-
por falsos sacerdotes na Caldéia — pio do tempo, sim, desde o
Jeová salva-o—Examinadas as ori- princípio, ou seja, antes da fun-
gens e o governo do Egito. dação da Terra até o presente,
sim, o direito do b primogênito,

N A terra dos a caldeus, na


residência de meus pais,
eu, bAbraão, vi que me era ne-
ou seja, do primeiro homem,
que é cAdão, ou seja, o primeiro
pai; e por meio dos pais até
cessário encontrar outro lugar mim.
para c morar; 4 Busquei minha a designação
2 E achando que havia maior ao Sacerdócio, de acordo com a
a
felicidade e paz e b descanso pa- designação de Deus aos pais,
ra mim, busquei as bênçãos dos concernente à descendência.
pais e o direito ao qual eu deve- 5 Meus a pais, tendo-se afas-
ria ser ordenado para ministrá- tado de sua retidão e dos santos
las; tendo eu mesmo sido se- mandamentos que o Senhor
guidor da c retidão, desejando seu Deus lhes dera, voltando-
também ser possuidor de gran- se para a b adoração dos deuses
de d conhecimento e ser maior dos pagãos, recusaram-se total-
seguidor da retidão e possuir mente a dar ouvidos a minha
maior conhecimento; e ser pai voz;
de muitas nações, um príncipe 6 Pois seu coração estava deter-
da paz, e desejando receber ins- minado a fazer o mal e estava
truções e guardar os manda- completamente voltado para o
a
mentos de Deus, tornei-me um deus de Elquena e o deus de
herdeiro legítimo, um e Sumo Libna e o deus de Mamacra e
1 1a gee Ur. gee Conhecimento. gee Adão.
b gee Abraão. e gee Sumo Sacerdote. 4a gee Primogenitura.
c At. 7:2–4. f gee Sacerdócio de 5a Gên. 12:1.
2a gee Alegria. Melquisedeque. b gee Idolatria.
b gee Descansar, 3 a D&C 84:14. 6a ie falsos deuses,
Descanso. b D&C 68:17. conforme ilustração
c gee Retidão. gee Primogênito. do Facsímile nº 1 do
d D&C 42:61. c Mois. 1:34. Livro de Abraão.
Abraão 1:7–17 34
o deus de Corás e o deus do 12 E aconteceu que os sacerdo-
Faraó, rei do Egito; tes usaram de violência contra
7 Portanto voltaram o coração mim a fim de matar-me tam-
para o sacrifício dos pagãos, bém, como fizeram com aque-
oferecendo seus filhos a esses las virgens sobre esse altar; e
ídolos mudos, e não deram ou- para que tenhais conhecimento
vidos a minha voz; mas tenta- desse altar, indicar-vos-ei a re-
ram tirar-me a vida pela mão presentação que se encontra no
do sacerdote de Elquena. O sa- início deste registro.
cerdote de Elquena era também 13 Ele era feito na forma de
o sacerdote do Faraó. uma cama, como as que se usa-
8 Ora, naquele tempo era cos- vam entre os caldeus, e ficava
tume o sacerdote do Faraó, rei na frente dos deuses de Elque-
do Egito, oferecer, sobre o altar na, Libna, Mamacra, Corás e
que fora construído na terra da também um deus parecido com
Caldéia para ofertas a esses deu- o do Faraó, rei do Egito.
ses estranhos, homens, mulhe- 14 Para que tenhais uma com-
res e crianças. preensão desses deuses, apre-
9 E aconteceu que o sacerdote sentei-vos a imagem deles nas
fez uma oferta ao deus do Faraó figuras que se encontram no
e também ao deus de Sagreel, início, tipo esse de figuras cha-
sim, segundo o costume dos mado pelos caldeus de Ralee-
egípcios. Ora, o deus de Sagreel nos, que significa hieróglifos.
era o sol. 15 E quando levantavam as
10 Até mesmo uma criança o mãos sobre mim a fim de sacrifi-
sacerdote do Faraó ofereceu, co- car-me e tirar-me a vida, eis que
mo oferta de gratidão, sobre o elevei minha voz ao Senhor meu
altar que se achava junto à coli- Deus; e o Senhor a escutou e ou-
na chamada Colina de Potifar, à viu e encheu-me com a visão do
cabeceira da planície de Olisem. Todo-Poderoso; e o anjo de sua
11 Ora, esse sacerdote oferece- presença pôs-se a meu lado e
ra sobre esse altar três virgens imediatamente b soltou minhas
de uma só vez, as quais eram fi- ligaduras;
lhas de Onita, um descendente 16 E sua voz disse-me: Abraão,
real direto dos lombos de a Cão. Abraão, eis que meu a nome é
Essas virgens foram oferecidas Jeová e te ouvi e desci para li-
em sacrifício por causa de sua vrar-te e para levar-te da casa de
virtude; recusaram-se a b curvar- teu pai e de toda a tua parente-
se para adorar deuses de madei- la para uma b terra estranha que
ra ou de pedra; foram, portanto, não conheces;
mortas sobre esse altar segundo 17 E isso porque desviaram de
o costume dos egípcios. mim o coração a fim de adora-

11a gee Cão. b Abr. 2:13. Promissão.


b Dan. 3:13–18. 16a gee Jeová.
15a Mos. 9:17–18. b gee Terra da
35 Abraão 1:18–28
rem o deus de Elquena e o deus caldeu, significa Egito e quer
de Libna e o deus de Mamacra e dizer aquilo que é proibido;
o deus de Corás e o deus do 24 Quando essa mulher des-
Faraó, rei do Egito; portanto cobriu a terra, a terra estava de-
desci para visitá-los e para des- baixo da água; posteriormente
truir aquele que levantou a mão estabeleceu seus filhos nela; e
contra ti, Abraão, meu filho, assim nasceu de Cão a raça que
para tirar-te a vida. conservou a maldição naquela
18 Eis que te conduzirei pela região.
minha mão e levar-te-ei para 25 Ora, o primeiro governo do
pôr sobre ti o meu nome, sim, o Egito foi estabelecido pelo
a
Sacerdócio de teu pai; e meu Faraó, filho mais velho de Egi-
poder estará sobre ti. tus, filha de Cão, e foi à seme-
19 Como foi com Noé, assim lhança do governo de Cão, que
será contigo; mas, mediante teu era patriarcal.
ministério, meu a nome será co- 26 O Faraó, sendo um homem
nhecido na Terra para sempre, justo, estabeleceu seu reino e jul-
pois eu sou teu Deus. gou seu povo sábia e justamente
20 Eis que a Colina de Potifar todos os seus dias, procurando
ficava na terra de a Ur da Cal- sinceramente imitar a ordem
déia. E o Senhor quebrou o altar estabelecida pelos pais nas pri-
de Elquena e dos deuses da terra meiras gerações, nos dias do
e destruiu-os totalmente e feriu primeiro reinado patriarcal, sim,
o sacerdote, de modo que ele no reinado de Adão e também
morreu; e houve grande lamen- de Noé, seu pai, que o abençoou
tação na Caldéia e também na com as a bênçãos da terra e com
corte do Faraó; e Faraó signifi- as bênçãos da sabedoria, mas
ca rei por sangue real. amaldiçoou-o com respeito ao
21 Ora, esse rei do Egito des- Sacerdócio.
cendia dos lombos de a Cão e, 27 Sendo o Faraó dessa linha-
por nascimento, era participan- gem pela qual ele não tinha di-
te do sangue dos b cananeus. reito ao a Sacerdócio, embora os
22 Dessa descendência nasce- Faraós o reivindicassem por sua
ram todos os egípcios e assim descendência de Noé através de
se conservou o sangue dos ca- Cão; assim meu pai foi desvia-
naneus na terra. do pela idolatria deles;
23 A terra do a Egito sendo, 28 Mas tentarei, daqui em dian-
primeiramente, descoberta por te, delinear a cronologia, partin-
uma mulher, que era filha de do de mim e remontando ao
Cão e filha de Egitus que, em princípio da criação, pois os

18a gee Sacerdócio. Salm. 78:51; 23a gee Egito.


19a Gên. 12:1–3. Mois. 8:12. 26a gee Abençoado,
20a Gên. 11:28; b Mois. 7:6–8. Abençoar, Bênção.
Abr. 2:4. gee Canaã, 27a D&C DO–2.
21a Gên. 10:6; Cananeus. gee Sacerdócio.
Abraão 1:29–2:6 36
a
registros chegaram a minhas Ora, o Senhor Deus fez com que
mãos e conservo-os até hoje. a fome se agravasse na terra de
29 Ora, após o sacerdote de Ur, tanto que a Harã, meu irmão,
Elquena ser ferido e morrer, morreu; mas b Terá, meu pai,
cumpriram-se as coisas que me ainda vivia na terra de Ur dos
foram ditas com respeito à ter- caldeus.
ra da Caldéia — que haveria 2 E aconteceu que eu, Abraão,
fome na terra. tomei a Sarai para esposa; e b Naor,
30 Conseqüentemente, houve meu irmão, tomou para esposa
fome por toda a terra da Caldéia Milca, que era filha de Harã.
e meu pai foi dolorosamente 3 Ora, o Senhor a dissera-me:
atormentado por causa da fome; Abraão, sai de teu país e de tua
e arrependeu-se do mal que parentela e da casa de teu pai,
determinara contra mim de ti- para uma terra que te mostrarei.
rar-me a a vida. 4 Portanto deixei a terra de
a
31 Mas os registros dos pais, Ur dos caldeus a fim de ir para
sim, dos patriarcas, a respeito a terra de Canaã; e tomei Ló, fi-
do direito ao Sacerdócio, o Se- lho de meu irmão, e sua mulher
nhor meu Deus preservou em e Sarai, minha mulher; e tam-
minhas próprias mãos; portanto bém meu b pai me seguiu à terra
um conhecimento do princípio que denominamos Harã.
da criação e também dos a pla- 5 E a fome diminuiu; e meu
netas e das estrelas, como fora pai permaneceu em Harã e lá
dado a conhecer aos patriarcas, habitou, porque havia muitos
conservei até hoje; e procurarei rebanhos em Harã; e meu pai
escrever algumas dessas coisas retornou a sua a idolatria; as-
neste registro, para benefício sim, ficou em Harã.
de minha posteridade que virá 6 Mas eu, Abraão, e a Ló, filho
após mim. de meu irmão, oramos ao Se-
nhor e o Senhor b apareceu-me e
CAPÍTULO 2 disse-me: Levanta-te e toma Ló
contigo; pois pretendo tirar-te
Abraão sai de Ur a fim de ir para de Harã e fazer de ti um minis-
Canaã—Jeová aparece-lhe em Harã tro que porte meu c nome em
— Prometidas todas as bênçãos do uma d terra estranha, a qual da-
evangelho a sua semente e, por meio rei a tua semente depois de ti
da semente dele, a todos — Ele vai por possessão eterna quando
para Canaã e, de lá, para o Egito. derem ouvidos a minha voz.

28a Mois. 6:5. 2 a Gên. 11:29. gee Sara. gee Jesus Cristo—
gee Livro de b Gên. 11:27; 22:20–24. Existência
Recordações. 3 a Gên. 12:1; At. 7:1–3. pré-mortal de Cristo.
30a Abr. 1:7. 4 a Nee. 9:7. c Gên. 12:2–3; Abr. 1:19.
31a Abr. 3:1–18. b Gên. 11:31–32. d Gên. 13:14–15; 17:8;
2 1a Gên. 11:28. 5 a Jos. 24:2. Êx. 33:1.
b Gên. 11:24–26; I 6 a gee Ló. gee Terra da
Crôn. 1:26. b Gên. 17:1. Promissão.
37 Abraão 2:7–16
7 Pois eu sou o Senhor teu em ti e em tua semente depois
Deus; eu habito no céu; a Terra é de ti (isto quer dizer a semente
o meu a escabelo; estendo a mão literal, ou seja, a semente do
sobre o mar e ele obedece a mi- corpo), serão abençoadas todas
nha voz; faço com que o vento e as famílias da Terra, sim, com
o fogo sejam minha b carruagem; as bênçãos do Evangelho, que
digo às montanhas: Parti daqui; são as bênçãos de salvação, sim,
e eis que elas são levadas por de vida eterna.
um torvelinho, em um instante, 12 Ora, depois que o Senhor
repentinamente. acabou de falar-me e retirou
8 Meu nome é a Jeová e b conheço sua face de minha presença, eu
o fim desde o princípio; portan- disse em meu coração: Teu
to minha mão estará sobre ti. servo a procurou-te fervorosa-
9 E farei de ti uma grande mente; agora te encontrei;
nação e a abençoar-te-ei sobre- 13 Enviaste teu anjo para a li-
maneira e engrandecerei o teu vrar-me dos deuses de Elquena
nome entre todas as nações; e e bem farei dando ouvidos a
serás uma bênção para tua se- tua voz; portanto deixa teu ser-
mente depois de ti, para que em vo levantar-se e partir em paz.
suas mãos levem este ministério 14 Assim eu, Abraão, parti
e b Sacerdócio a todas as nações; como o Senhor me dissera e Ló
10 E abençoá-las-ei por meio de comigo; e eu, Abraão, tinha a ses-
teu nome; pois todos os que re- senta e dois anos de idade quan-
ceberem este a Evangelho serão do parti de Harã.
chamados segundo o teu nome 15 E levei a Sarai, a quem to-
e contados como tua b semente; mara para esposa quando me
e levantar-se-ão e abençoar-te- encontrava em b Ur, na Caldéia,
ão como seu c pai; e Ló, filho de meu irmão, e to-
11 E a abençoarei os que te das as provisões que havíamos
abençoarem e amaldiçoarei os reunido, bem como as almas
que te amaldiçoarem; e em ti que havíamos c conquistado em
(isto é, em teu Sacerdócio) e em Harã; e tomamos o caminho da
tua b semente (isto é, teu Sacer- terra de d Canaã; e habitamos em
dócio), pois faço-te a promessa tendas no caminho;
de que este c direito continuará 16 Portanto a eternidade foi

7 a 1 Né. 17:39; b D&C 84:17–19; b Isa. 61:9.


D&C 38:17. Mois. 6:7. c gee Primogenitura;
b Isa. 66:15–16. gee Sacerdócio de Israel; Sacerdócio.
8 a gee Jeová. Melquisedeque. 12a D&C 88:63.
b gee Onisciente. 10a Gál. 3:7–9. 13a Abr. 1:15–17.
9 a 1 Né. 17:40; b Gên. 13:16; 14a Gên. 12:4–5.
2 Né. 29:14; Gál. 3:29; 15a gee Sara.
3 Né. 20:27; 2 Né. 30:2. b gee Ur.
Mórm. 5:20. c gee Patriarca, c gee Conversão,
gee Abraão— Patriarcal. Converter.
Semente de 11a gee Convênio d gee Canaã,
Abraão. Abraâmico. Cananeus.
Abraão 2:17–3:2 38
nosso abrigo e nossa a rocha e porquanto a fome agravara-se
nossa salvação enquanto viaja- muito.
mos de Harã, pelo caminho de 22 E aconteceu que quando eu
Jérson, para a terra de Canaã. estava para entrar no Egito, o
17 Ora eu, Abraão, construí Senhor disse-me: Eis que a Sarai,
um a altar na terra de Jérson e tua esposa, é uma mulher muito
fiz uma oferta ao Senhor; e orei formosa à vista;
para que a b fome se desviasse 23 Portanto acontecerá que
da casa de meu pai a fim de que quando os egípcios a virem,
não perecessem. dirão: Ela é mulher dele; e ma-
18 E de Jérson atravessamos tar-te-ão, mas a ela guardarão
a terra até o lugar de Sequém; em vida; portanto faze desta
ficava nas planícies de Moré e já maneira:
havíamos entrado pelas fron- 24 Que ela diga aos egípcios
teiras da terra dos a cananeus; e que é tua irmã e tua alma viverá.
eu ofereci b sacrifício lá nas 25 E aconteceu que eu, Abraão,
planícies de Moré e invoquei o contei a Sarai, minha mulher,
Senhor fervorosamente, porque tudo o que o Senhor me disse-
já havíamos entrado na terra ra. Portanto dize-lhes, rogo-te,
desta nação idólatra. que és minha irmã, para que
19 E o Senhor apareceu-me em me vá bem por tua causa e
resposta a minhas orações e dis- minha alma viva graças a ti.
se-me: A tua semente darei esta
a
terra.
CAPÍTULO 3
20 E eu, Abraão, levantei-me
do local do altar que eu cons-
Abraão aprende acerca do sol, da
truíra ao Senhor e de lá parti pa-
lua e das estrelas, por meio do Urim
ra uma montanha no lado orien-
e Tumim — O Senhor revela-lhe a
tal de a Betel; e ali armei minha
natureza eterna dos espíritos —
tenda, tendo Betel ao ocidente
Abraão aprende a respeito da vida
e bAi ao oriente; e lá construí
pré-mortal, da preordenação, da
outro altar ao Senhor e tornei a
c Criação, da escolha de um Reden-
invocar o nome do Senhor.
tor e do segundo estado do homem.
21 E eu, Abraão, continuei
viajando em direção ao sul e E eu, Abraão, tinha o a Urim e
a fome continuava na terra; e Tumim, que o Senhor meu Deus
eu, Abraão, decidi descer para me dera em Ur dos caldeus;
o Egito a fim de lá habitar, 2 E vi as a estrelas e elas eram

16a gee Rocha. Núm. 34:2. 3 1a Êx. 28:30;


17a gee Altar. gee Terra da Mos. 8:13; 28:13–16;
b Abr. 1:29. Promissão. JS—H 1:35.
18a Gên. 12:6. 20a gee Betel. gee Urim e Tumim.
b gee Sacrifício. b Gên. 13:3–4. 2 a Abr. 1:31.
19a Gên. 13:12–15; 17:8; c Gên. 12:8.
Êx. 3:1–10; 22a Gên. 12:11–13.
39 Abraão 3:3–12
muito grandes; e vi que uma de- ti é dado conhecer o cálculo dos
las estava mais perto do trono tempos e o tempo estabelecido,
de Deus; e havia muitas gran- sim, o tempo estabelecido da
des que estavam perto dele; Terra na qual te encontras; e o
3 E o Senhor disse-me: Estas tempo estabelecido da luz maior,
são as que regem; e o nome da que foi posta para governar o
grande é a Colobe, porque ela dia, e o tempo estabelecido da
está próxima de mim, pois eu luz menor, que foi posta para
sou o Senhor teu Deus; colo- governar a noite.
quei esta para reger todas as 7 Ora, o tempo estabelecido da
que pertencem à mesma ordem luz menor é um tempo mais lon-
daquela onde te encontras. go, quanto ao seu cálculo, do
4 E o Senhor disse-me, pelo que o cálculo do tempo da Ter-
Urim e Tumim, que Colobe ra na qual te encontras.
seguia, em suas revoluções, o 8 E onde esses dois fatos exis-
padrão do Senhor quanto a suas tirem haverá um outro fato aci-
épocas e estações; que uma ma deles, isto é, haverá outro
revolução era um a dia para o planeta cujo cálculo de tempo
Senhor, segundo sua maneira de será ainda mais longo;
calcular, sendo mil b anos confor- 9 E assim haverá o cálculo do
me o tempo designado para on- tempo de um planeta acima
de te encontras. Esse é o cálculo de outro, até que te aproximes
do tempo do Senhor, de acordo de Colobe; e Colobe segue o
com o cálculo de Colobe. cálculo do tempo do Senhor e
5 E o Senhor disse-me: O plane- Colobe está perto do trono de
ta que é a luz menor, menor que Deus a fim de governar todos
aquele que é para governar o dia os planetas pertencentes à mes-
e que governa a noite, está aci- ma a ordem daquele em que te
ma ou é maior, em questão de encontras.
cálculo, do que aquele no qual te 10 E a ti é dado saber o tempo
encontras, porque se move nu- estabelecido de todas as estrelas
ma ordem mais vagarosa; isto que foram postas para dar luz,
segue a ordem, porque ele fica até que te aproximes do trono
acima da Terra na qual te encon- de Deus.
tras; portanto o cálculo de seu 11 Assim eu, Abraão, a falei
tempo não é tão grande no que com o Senhor face a face, como
se refere ao número de seus dias um homem fala com outro; e
e de meses e de anos. ele falou-me das obras que suas
6 E o Senhor disse-me: Ora, mãos haviam feito;
Abraão, estes a dois fatos exis- 12 E ele disse-me: Meu filho,
tem, eis que teus olhos vêem; a meu filho (e sua mão estava

3 a Ver Facsímile nº 2, b Salm. 90:4; 11a Gên. 17:1;


figs. 1–5. II Ped. 3:8. Núm. 12:5–8.
gee Colobe. 6 a Abr. 3:16–19.
4 a Abr. 5:13. 9 a D&C 88:37–44.
FAC-SÍMILE DO LIVRO DE ABRAÃO
Nº 2
EXPLICAÇÃO
Fig. 1. Colobe, que significa a pri- Fig. 5. Chamada, em egípcio, Enis-
meira criação, a mais próxima do go-on-dos; este também é um dos plane-
celeste, ou seja, da morada de Deus. tas governantes e os egípcios dizem
A primeira em governo, a última per- ser o Sol e tomar emprestada a luz de
tencente ao cálculo de tempo. O cálculo Colobe, por meio de Cae-e-vanrás, que
segundo o tempo celestial, tempo ce- é a Chave suprema ou, em outras pala-
lestial esse que significa um dia por vras, o poder governante, que governa
côvado. Um dia em Colobe é igual a quinze outros planetas ou estrelas fixos,
mil anos, de acordo com o cálculo assim como também Floeese, ou seja, a
desta Terra, que é chamada pelos egíp- Lua, a Terra e o Sol em suas revoluções
cios Ja-o-e. anuais. Este planeta recebe seu poder
Fig. 2. Fica perto de Colobe, chamada por meio de Cli-flos-is-es, ou Há-co-cau-
pelos egípcios Oliblis, que é a se- beam, as estrelas representadas pelos
guinte grande criação governante números 22 e 23, recebendo luz das
próxima do celeste, que é o lugar revoluções de Colobe.
onde Deus reside; também possui a Fig. 6. Representa esta Terra em seus
chave do poder em relação a outros quatro cantos.
planetas; como revelado por Deus a Fig. 7. Representa Deus sentado em
Abraão quando oferecia sacrifício so- seu trono, revelando através dos céus
bre um altar que ele construíra ao as supremas palavras-chave do Sacer-
Senhor. dócio; como também o sinal do Espírito
Fig. 3. Feita para representar Deus Santo a Abraão, na forma de uma
sentado em seu trono, revestido de pomba.
poder e autoridade, com uma coroa de Fig. 8. Contém escritos que não po-
luz eterna na cabeça; representa tam- dem ser revelados ao mundo; mas que
bém as importantes palavras-chave do se encontram no Templo Santo de Deus.
Santo Sacerdócio, como reveladas a Fig. 9. Não deve ser revelada no mo-
Adão no Jardim do Éden, e também a mento.
Sete, Noé, Melquisedeque, Abraão e a Fig. 10. Idem.
todos a quem o Sacerdócio foi revelado. Fig. 11. Idem. Se o mundo conseguir
Fig. 4. Corresponde à palavra hebrai- descobrir estes números, que assim seja.
ca Rauqueeian, que significa expansão, Amém.
ou seja, o firmamento dos céus; também As figuras 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18,
um algarismo que, em egípcio, significa 19, 20 e 21 serão reveladas no próprio e
mil; corresponde à medida de tempo devido tempo do Senhor.
de Oliblis, que é igual a Colobe em sua A tradução acima é dada até onde te-
revolução e em sua medida de tempo. mos direito de fazê-lo atualmente.
Abraão 3:13–22 42
estendida), eis que te mostrarei há que o Senhor teu Deus se
todas elas. E ele pôs a mão proponha a fazer que não a faça.
sobre meus olhos e eu vi aque- 18 Não obstante, ele fez a
las coisas que suas mãos haviam maior estrela; assim também, se
feito; e eram muitas. E elas mul- houver dois espíritos e um for
tiplicaram-se ante meus olhos e mais inteligente que o outro,
não consegui ver seu fim. esses dois espíritos, não obs-
13 E ele disse-me: Este é Sineá, tante um ser mais inteligente
que é o sol. E ele disse-me: Co- que o outro, não tiveram prin-
lobe, que é estrela. E disse-me: cípio; eles existiam antes, eles
Olea, que é a lua. E ele disse- não terão fim, eles existirão
me: Cocaubeam, que significa depois, pois são a gnolaum, ou
estrelas, ou seja, todas as gran- seja, eternos.
des luzes que estavam no fir- 19 E o Senhor disse-me: Estes
mamento do céu. dois fatos realmente existem,
14 E era noite quando o Se- que há dois espíritos, sendo um
nhor me disse estas palavras: mais inteligente que o outro;
a
Multiplicarei a ti e a tua b se- haverá um outro mais inteli-
mente depois de ti, como estas: gente que eles; eu sou o Senhor
e se puderes contar o c número teu Deus, eu sou a mais inteli-
das areias, assim será o número gente que todos eles.
de tuas sementes. 20 O Senhor teu Deus enviou
15 E o Senhor disse-me: seu anjo para a livrar-te das mãos
Abraão, mostro-te estas coisas do sacerdote de Elquena.
antes de ires para o Egito, para 21 Eu habito no meio de to-
que declares todas estas pala- dos eles; agora, portanto, desci
vras. até ti para anunciar-te as a obras
16 Se existirem duas coisas e de minhas mãos, pelas quais
houver uma acima da outra, ha- minha b sabedoria supera to-
verá coisas maiores acima de- dos eles, pois reino nos céus
las; portanto a Colobe é a maior acima e na Terra abaixo, com
de todas as Cocaubeam que toda a sabedoria e prudência,
viste, porque é a que está mais sobre todas as inteligências
próxima de mim. que teus olhos viram desde o
17 Ora, se houver duas coisas, princípio; desci, no princípio,
uma acima da outra, e a lua no meio de todas as inteligên-
estiver acima da Terra, então cias que viste.
poderá haver um planeta ou 22 Ora, o Senhor mostrara a
uma estrela acima dela; e nada mim, Abraão, as a inteligências

14a Abr. 2:9. 18a Gnolaum é a gee Onisciente.


b Gên. 13:16; transliteração de 20a Abr. 1:15.
D&C 132:30. uma palavra 21a D&C 88:45–47;
c Gên. 22:17; Osé. 1:10. hebraica que Mois. 1:27–29.
16a Abr. 3:3. significa eterno. b gee Sabedoria.
17a Jó 9:4–12. 19a Isa. 55:8–9. 22a gee Inteligência(s).
43 Abraão 3:23–4:4
que foram organizadas b antes de b
Filho do Homem respondeu:
o mundo existir; e entre todas Eis-me aqui, envia-me. E c outro
essas havia muitas das c nobres respondeu e disse: Eis-me aqui,
e grandes; envia-me. E o Senhor disse:
23 E Deus viu que essas almas Enviarei o primeiro.
eram boas; e ele estava no meio 28 E o a segundo irou-se e não
delas e disse: A estes farei meus guardou seu primeiro estado;
governantes; pois ele se encon- e, naquele dia, b muitos o segui-
trava entre aqueles que eram ram.
espíritos e viu que eles eram
bons; e disse-me: Abraão, tu és
CAPÍTULO 4
um deles; foste a escolhido antes
de nasceres.
Os Deuses planejam a criação da
24 E estava entre eles a um que
Terra e de toda vida sobre ela —
era semelhante a Deus; e ele dis-
Apresentados os seus planos para
se aos que se achavam com ele:
os seis dias da criação.
Desceremos, pois há espaço lá,
e tomaremos destes materiais e E então o Senhor disse: Desça-
b
faremos uma c terra onde estes mos. E eles desceram no a prin-
possam habitar; cípio; e eles, isto é, os Deuses,
25 E assim os a provaremos b
organizaram e formaram os
para ver se b farão todas as coi- céus e a Terra.
sas que o Senhor seu Deus lhes 2 E a Terra, depois de formada,
ordenar; estava vazia e desolada, porque
26 E os que guardarem seu eles não haviam formado coisa
a
primeiro estado receberão um alguma a não ser a Terra; e as
acréscimo; e os que não guarda- trevas reinavam sobre a face do
rem seu primeiro estado não abismo e o Espírito dos Deuses
a
terão glória no mesmo reino que pairava sobre a face das águas.
aqueles que guardarem seu pri- 3 E eles (os Deuses) disseram:
meiro estado; e os que guarda- Haja luz; e houve luz.
rem seu b segundo estado terão 4 E eles (os Deuses) tiveram
um acréscimo de c glória sobre consciência da luz, pois era bri-
sua cabeça para todo o sempre. lhante; e eles separaram a luz,
27 E o a Senhor disse: Quem ou melhor, fizeram com que ela
enviarei? E um semelhante ao fosse separada das trevas.

22b gee Conselho nos 25 a D&C 98:12–14; 124:55. 27a gee Trindade—
Céus; Vida Pré-mortal. gee Arbítrio; Plano Deus, o Pai.
c D&C 138:55. de Redenção. b gee Jesus Cristo;
23 a Isa. 49:1–5; Jer. 1:5. b gee Obedecer, Filho do Homem.
gee Escolher, Obediência, c Mois. 4:1–2.
Escolhido (verbo); Obediente. 28a gee Diabo.
Preordenação. 26a Jud. 1:6. b gee Filhos de
24 a gee Primogênito. b gee Mortal, Perdição.
b gee Criação, Criar. Mortalidade. 4 1a Gên. 1:1; Mois. 2:1.
c gee Terra—Criada c Tit. 1:2. b gee Criação, Criar.
para o homem. gee Glória. 2 a Gên. 1:2; Mois. 2:2.
Abraão 4:5–17 44
5 E os Deuses chamaram à luz gundo sua espécie, cuja semente
Dia e às trevas chamaram Noite. reproduza sua própria seme-
E aconteceu que, do entardecer lhança na Terra; e assim foi,
até a manhã, chamaram noite; e como eles ordenaram.
da manhã até o entardecer cha- 12 E os Deuses organizaram a
maram dia; e isso foi o primei- terra para produzir relva de sua
ro, ou seja, o princípio do que própria semente e a erva para
eles chamaram dia e noite. produzir erva de sua própria se-
6 E os Deuses também disse- mente, dando semente segundo
ram: Haja uma a expansão no sua espécie; e a terra para pro-
meio das águas; e ela separará duzir a árvore de sua própria
as águas das águas. semente, dando fruto cuja se-
7 E os Deuses ordenaram a mente pudesse apenas produzir
expansão, de modo que ela se- o que estivesse em si, segundo
parou as águas que estavam sua espécie; e os Deuses viram
debaixo da expansão das que que foram obedecidos.
estavam por cima da expan- 13 E aconteceu que eles con-
são; e assim foi, como eles taram os dias; do entardecer
ordenaram. até a manhã chamaram noite; e
8 E os Deuses chamaram à ex- aconteceu que, da manhã até o
pansão a Céu. E aconteceu que entardecer, chamaram dia; e foi
foi do entardecer até a manhã a terceira vez.
que eles chamaram noite; e 14 E os Deuses organizaram
aconteceu que foi da manhã até as a luzes na expansão do céu e
o entardecer que eles chamaram fizeram-nas separar o dia da
dia; e essa foi a segunda b vez noite; e organizaram-nas para
que eles chamaram noite e dia. serem por sinais e por estações
9 E os Deuses ordenaram, di- e por dias e por anos;
zendo: Ajuntem-se as a águas 15 E organizaram-nas para se-
debaixo do céu b num lugar e a rem por luzes na expansão do
terra surja seca; e foi como eles céu, a fim de darem luz à Terra;
ordenaram; e assim foi.
10 E os Deuses chamaram à 16 E os Deuses organizaram as
porção seca, Terra; e ao ajunta- duas grandes luzes, a a luz maior
mento das águas chamaram para governar o dia e a luz me-
a
Grandes Águas: e os Deuses nor para governar a noite; com
viram que foram obedecidos. a luz menor também fixaram as
11 E os Deuses disseram: Pre- estrelas;
paremos a terra para produzir 17 E os Deuses fixaram-nas na
a
relva; a erva que dê semente; a expansão dos céus para darem
árvore frutífera que dê fruto se- luz à Terra e para governarem

6 a Gên. 1:4–6; 9 a Amós 9:6; Mois. 2:7. 11a Gên. 1:11–12;


Mois. 2:4. b Gên. 1:9. Mois. 2:11–12.
8 a gee Céu. 10a Gên. 1:10; 14a D&C 88:7–11.
b Gên. 1:8. Abr. 4:22. 16a Gên. 1:16.
45 Abraão 4:18–29
o dia e a noite e para separarem viventes segundo sua espécie,
a luz das trevas. gado e coisas que rastejam e
18 E os Deuses vigiaram aque- bestas da Terra segundo sua
las coisas que eles haviam or- espécie; e foi como eles tinham
denado, até elas obedecerem. dito.
19 E aconteceu que, do entar- 25 E os Deuses organizaram a
decer até a manhã, foi noite; e Terra para produzir as bestas
aconteceu que, da manhã até segundo sua espécie e gado se-
o entardecer, foi dia; e foi a gundo sua espécie e todas as
quarta vez. coisas que rastejam sobre a Ter-
20 E os Deuses disseram: Pre- ra segundo sua espécie; e os
paremos as águas para produ- Deuses viram que eles obede-
zirem abundantemente as cria- ceriam.
turas que se movem e que têm 26 E os Deuses a aconselharam-
vida; e as aves, para que voem se entre si e disseram: Desçamos
acima da Terra na expansão e b formemos o homem a nossa
c
aberta do céu. imagem, segundo nossa seme-
21 E os Deuses prepararam as lhança; e dar-lhe-emos domínio
águas para que produzissem sobre os peixes do mar e sobre
grandes a baleias e toda criatura as aves do ar e sobre o gado e
vivente que se move, que as sobre toda a Terra e sobre todas
águas haviam de produzir as coisas que rastejam sobre a
abundantemente segundo sua Terra.
espécie; e toda ave alada se- 27 Então os a Deuses desceram
gundo sua espécie. E os Deuses para organizar o homem a sua
viram que seriam obedecidos e própria imagem, para formá-lo
que seu plano era bom. à imagem dos Deuses, para for-
22 E os Deuses disseram: má-los, homem e mulher.
Abençoá-los-emos e faremos 28 E os Deuses disseram:
com que frutifiquem e se multi- Abençoá-los-emos. E os Deuses
pliquem e encham as águas nos disseram: Faremos com que
mares, ou seja, nas a grandes sejam frutíferos e se multipli-
águas; e faremos com que as quem e encham a terra e subju-
aves se multipliquem na Terra. guem-na e tenham domínio
23 E aconteceu que foi do en- sobre os peixes do mar e sobre
tardecer até a manhã que eles as aves do ar e sobre toda coisa
chamaram noite; e aconteceu vivente que se move sobre a
que foi da manhã até o entarde- Terra.
cer que eles chamaram dia; e 29 E os Deuses disseram: Eis
foi a quinta vez. que lhes daremos toda erva que
24 E os a Deuses prepararam contém semente que cresça na
a Terra para produzir criaturas face de toda a Terra e toda árvo-

21a Gên. 1:21; Mois. 2:21. 26a gee Aconselhar, c Mois. 6:8–10.
22a Abr. 4:10. Conselho. 27a Gên. 1:26–27;
24a gee Trindade. b gee Homem, Homens. Abr. 5:7.
Abraão 4:30–5:9 46
re que tenha fruto; sim, e dar- as obras que eles (os Deuses) de-
lhes-emos o fruto da árvore que cidiram entre si formar; e b san-
produz semente; ser-lhes-á pa- tificaram-na. E assim foram suas
ra a alimento. decisões quando decidiram en-
30 E a toda besta da Terra e a tre si formar os céus e a Terra.
toda ave do ar e a toda coisa que 4 E os Deuses desceram e for-
rasteja sobre a Terra, eis que da- maram essas gerações dos céus
remos vida; e também lhes dare- e da Terra, quando foram feitas
mos toda erva verde para ali- no dia em que os Deuses cria-
mento e todas estas coisas serão ram a Terra e os céus,
assim organizadas. 5 De acordo com tudo o que
31 E os Deuses disseram: Fare- eles haviam dito concernente a
mos tudo o que dissemos e orga- toda planta do campo a antes de
nizá-los-emos; e eis que serão estar na terra e toda erva do
muito obedientes. E aconteceu campo antes de crescer; pois os
que foi do entardecer até a ma- Deuses não haviam feito chover
nhã que eles chamaram noite; e sobre a Terra quando decidiram
aconteceu que foi da manhã até criá-las; e não haviam formado
o entardecer que eles chamaram um homem para lavrar o solo.
dia; e eles contaram a a sexta vez. 6 Mas subiu um vapor da
Terra e regou toda a superfície
do solo.
CAPÍTULO 5
7 E os a Deuses formaram o ho-
mem do b pó da terra e tomaram
Os Deuses concluem o planejamen-
seu c espírito (isto é, o espírito
to da criação de todas as coisas —
do homem) e puseram-no nele;
Eles efetuam a Criação de acordo
e sopraram em suas narinas o
com seus planos — Adão dá nome
fôlego da vida; e o homem tor-
a toda criatura vivente.
nou-se uma d alma vivente.
E assim terminaremos os céus e 8 E os Deuses plantaram um
a Terra e todas as suas hostes. jardim no a Éden, na parte orien-
2 E os Deuses disseram entre tal, e ali colocaram o homem,
si: Na a sétima vez terminaremos cujo espírito tinham posto no
nossa obra, sobre a qual delibe- corpo que haviam formado.
ramos; e descansaremos na séti- 9 E da terra fizeram os Deuses
ma vez de toda nossa obra sobre brotar toda árvore que é agradá-
a qual deliberamos. vel à vista e boa para alimento;
3 E os Deuses concluíram na também a a árvore da vida no
sétima vez, porque na sétima meio do jardim e a árvore do
vez eles a descansariam de todas conhecimento do bem e do mal.

29a Gên. 1:29–30. b D&C 77:12. D&C 93:33.


31a Êx. 31:17. 5 a gee Criação gee Vida Pré-mortal;
5 2a gee Dia de Espiritual. Espírito.
Descanso. 7 a Abr. 4:26–31. d gee Alma.
3 a Êx. 20:8–11; b Mois. 4:25; 6:59. 8 a gee Éden.
Mos. 13:16–19. c Gên. 2:7; 9 a gee Árvore da Vida.
FAC-SÍMILE DO LIVRO DE ABRAÃO
Nº 3

EXPLICAÇÃO
Fig. 1. Abraão sentado no trono do Fig. 4. Príncipe de Faraó, Rei do
Faraó, por cortesia do rei, com uma Egito, como escrito acima da mão.
coroa na cabeça representando o Sacer- Fig. 5. Sulem, um dos principais ser-
dócio como emblema da grande Pre- vos do rei, como representado pelos
sidência no Céu; na mão leva o cetro de caracteres acima de sua mão.
justiça e juízo. Fig. 6. Olinla, escravo pertencente ao
Fig. 2. O rei Faraó, cujo nome é dado príncipe.
nos caracteres acima de sua cabeça. Abraão está arrazoando sobre os
Fig. 3. Significa Abraão no Egito, princípios da astronomia na corte do
como aparece também na figura 10 do rei.
fac-símile número 1.
Abraão 5:10–21 48
10 Havia um rio que saía do ele dormiu; e eles tomaram de
Éden para regar o jardim; e dali uma de suas costelas e fecha-
se dividia e se tornava em qua- ram a carne em seu lugar;
tro braços. 16 E da costela que os Deuses
11 E os Deuses tomaram o ho- haviam tirado do homem, eles
mem e puseram-no no Jardim formaram uma a mulher e leva-
do Éden para cultivá-lo e guar- ram-na para o homem.
dá-lo. 17 E Adão disse: Esta era osso
12 E os Deuses ordenaram ao de meus ossos e carne de minha
homem, dizendo: De toda ár- carne; agora ela será chamada
vore do jardim podes comer Mulher, porque foi tirada do
livremente, homem;
13 Mas da árvore do conheci- 18 Portanto deixará o homem
mento do bem e do mal não seu pai e sua mãe e a apegar-se-á
comerás; porque no tempo em a sua mulher; e eles serão b uma
que dela comeres, certamente carne.
morrerás. Ora eu, Abraão, vi que 19 E estavam ambos nus, o
era segundo o a tempo do Se- homem e sua mulher, e não se
nhor, que era segundo o tempo envergonhavam.
de b Colobe; porque até então 20 E da terra os Deuses forma-
os Deuses não tinham dado a ram toda besta do campo e to-
Adão a maneira de calcular seu da ave do ar; e levaram-nas a
tempo. Adão para ver como as chama-
14 E os Deuses disseram: Faça- ria; e o que Adão chamasse
mos uma adjutora adequada pa- cada criatura vivente, tal seria
ra o homem, porque não é bom seu nome.
que o homem esteja só; portan- 21 E Adão deu nome a todo o
to formaremos uma adjutora gado, às aves do ar, a toda bes-
adequada para ele. ta do campo; e para Adão foi
15 E os Deuses fizeram um so- encontrada uma adjutora pró-
no profundo cair sobre a Adão e pria para ele.

13a II Ped. 3:8. 15a gee Adão. b gee Casamento,


b Abr. 3:2–4. 16a gee Eva. Casar.
gee Colobe. 18a D&C 42:22; 49:15–16.
Joseph Smith — Mateus

P arte da tradução da Bíblia como revelada a Joseph Smith, o Profeta,


em 1831: Mateus 23:39 e o capítulo 24.

Jesus prediz a iminente destruição ras, chegaram-se a ele os seus


de Jerusalém — Fala também sobre discípulos, em particular, dizen-
a segunda vinda do Filho do Ho- do: Dize-nos quando serão essas
mem e a destruição dos iníquos. coisas que disseste a respeito
da destruição do templo e dos

P ORQUE eu vos digo que


desde agora não me vereis
nem sabereis que sou aquele de
judeus; e qual é o b sinal de tua
c
vinda e do d fim do mundo, ou
seja, a destruição dos e iníquos,
quem os profetas escreveram, que é o fim do mundo?
até que digais: Bendito o que 5 E Jesus respondeu e disse-
a
vem em nome do Senhor, nas lhes: Acautelai-vos, que nin-
nuvens do céu, e todos os san- guém vos engane;
tos anjos com ele. Então enten- 6 Porque muitos virão em meu
deram seus discípulos que ele nome, dizendo: Eu sou Cristo—
retornaria à Terra depois de e enganarão a muitos;
haver sido glorificado e coroa- 7 Então vos hão de entregar pa-
do à mão direita de b Deus. ra serdes a atormentados e ma-
2 E Jesus saiu e afastou-se do tar-vos-ão; e sereis b odiados por
templo; e aproximaram-se dele todas as nações por causa de
os seus discípulos para ouvi-lo, meu nome;
dizendo: Mestre, fala-nos a res- 8 E então muitos serão levados
peito dos edifícios do templo, a pecar e trair-se-ão uns aos ou-
pois disseste — Serão derruba- tros e uns aos outros se odiarão;
dos e se vos farão desertos. 9 E surgirão muitos falsos pro-
3 E Jesus disse-lhes: Não vedes fetas e enganarão a muitos;
todas essas coisas e não as com- 10 E por sobejar a iniqüidade,
preendeis? Em verdade vos di- o a amor de muitos esfriará;
go: Não ficará aqui, neste tem- 11 Mas o que permanecer fir-
plo, a pedra sobre pedra que não me e não for vencido, esse será
seja derrubada. salvo.
4 E Jesus deixou-os e subiu ao 12 Quando, pois, virdes a a abo-
a
Monte das Oliveiras. E estando minação da desolação de que
assentado no Monte das Olivei- falou o profeta b Daniel, concer-
1 1a Mt. 26:64; gee Últimos Dias; gee Iniqüidade,
At. 1:11. Sinais dos Tempos. Iníquo.
b gee Trindade. c gee Segunda Vinda 7 a I Ped. 4:12–14.
3a Lc. 19:44. de Jesus Cristo. b gee Perseguição,
4a gee Oliveiras, d gee Mundo—Fim Perseguir.
Monte das. do mundo. 10a D&C 45:27.
b Lc. 21:7–36; e Mal. 4:1; 12a Dan. 12:11.
D&C 45:16–75. D&C 133:64–74. b gee Daniel.
Joseph Smith — Mateus 1:13–29 50
nente à destruição de c Jerusa- que o Cristo está aqui, ou ali —
lém, então estareis no d lugar não lhe deis crédito;
santo; quem ler, entenda. 22 Porque nesses dias surgirão
13 Então, os que estiverem na também falsos Cristos e falsos
Judéia, fujam para os a montes; profetas; e farão tão grandes si-
14 Quem estiver sobre o telha- nais e prodígios que, se possí-
do fuja e não volte para tirar vel, enganarão até os eleitos,
coisa alguma de sua casa; que são os eleitos de acordo com
15 Nem volte para buscar suas o convênio.
vestes aquele que estiver no 23 Eis que vos digo essas coi-
campo; sas por causa dos a eleitos; e tam-
16 E ai das a grávidas e das que bém ouvireis de b guerras e ru-
amamentarem naqueles dias; mores de guerras; vede que não
17 Portanto rogai ao Senhor vos inquieteis, pois tudo que vos
para que vossa fuga não acon- disse deve acontecer; mas ain-
teça no inverno nem no dia do da não é o fim.
Sábado; 24 Eis que eu vo-lo disse antes;
18 Porque naqueles dias, gran- 25 Portanto, se vos disserem:
des aflições cairão sobre os a ju- Eis que ele está no deserto —
deus e os habitantes de b Jerusa- não saiais; eis que ele está nas
lém, tais como nunca foram câmaras secretas — não acredi-
antes enviadas por Deus sobre teis;
Israel desde o princípio de seu 26 Porque assim como a luz da
reino até agora; não, nem ja- manhã sai do a oriente e brilha
mais tornarão a ser enviadas até o ocidente e cobre toda a Ter-
sobre Israel. ra, assim será também a vinda
19 Todas as coisas que lhes do Filho do Homem.
aconteceram são somente o 27 E agora vos dou uma pará-
princípio das dores que lhes bola: Eis que onde estiver o ca-
advirão. dáver, aí se ajuntarão as águias;
20 E a não ser que aqueles dias assim também serão meus elei-
fossem abreviados, nenhum de tos a reunidos dos quatro cantos
sua carne se salvaria; mas por da Terra.
causa dos eleitos, de acordo 28 E eles ouvirão de guerras e
com o convênio, aqueles dias rumores de guerras.
serão abreviados. 29 Eis que falo por causa de
21 Eis que essas coisas vos dis- meus eleitos; porque nação se
se em relação aos judeus; e tam- levantará contra nação e reino
bém, após as aflições daqueles contra reino; haverá a fomes e
dias, que cairão sobre Jerusa- pestes e terremotos em vários
lém, se alguém vos disser: Eis lugares.

12c gee Jerusalém. 18a gee Judeus. 26a Eze. 43:2.


d D&C 101:22–25. b Zac. 12; 14:1–5. 27a gee Israel—
13a D&C 133:13. 23a gee Eleitos. Coligação de Israel.
16a Lc. 23:29–30. b D&C 45:26. 29a D&C 43:24–25.
51 Joseph Smith — Mateus 1:30–45
30 E também, por sobejar a e enviará seus b anjos adiante
iniqüidade, o amor de muitos dele com o grande som de uma
esfriará; mas o que não for ven- trombeta; e eles c ajuntarão o res-
cido, esse será salvo. tante de seus eleitos dos quatro
31 E também este Evangelho ventos, de uma a outra extre-
do Reino será pregado em todo midade do céu.
o a mundo, em testemunho a to- 38 Aprendei, pois, a parábola
das as nações; e então virá o da a figueira: Quando já os seus
fim, ou seja, a destruição dos ramos se tornam tenros e ela
iníquos; começa a dar folhas, sabeis que
32 E também será cumprida a está próximo o verão;
abominação da desolação de 39 Assim também, meus elei-
que falou o profeta Daniel. tos, quando eles virem todas
33 E imediatamente após a essas coisas, saberão que ele es-
aflição desses dias, o a sol escure- tá próximo, sim, às portas;
cerá e a lua não dará a sua luz; e 40 Mas daquele dia e hora nin-
as estrelas cairão do céu e os po- guém a sabe; não, nem os anjos
deres do céu serão abalados. de Deus no céu, mas unicamen-
34 Em verdade vos digo: Essa te meu Pai.
geração, na qual essas coisas 41 Mas como foi nos dias de
a
serão mostradas, não passará Noé, assim será também na
até que tudo o que eu disse seja vinda do Filho do Homem;
cumprido. 42 Porque será com eles como
35 Contudo chegarão os dias foi nos dias anteriores ao a dilú-
em que o céu e a Terra hão de vio; porque até o dia em que
passar; minhas a palavras, porém, Noé entrou na arca, eles comiam
não passarão, mas todas serão e bebiam, casavam-se e davam-
cumpridas. se em casamento;
36 E, como eu disse antes, de- 43 E não o perceberam até que
pois da a aflição desses dias e de veio o dilúvio e levou-os a to-
os poderes dos céus serem aba- dos; assim será também a vin-
lados, então aparecerá o sinal do da do Filho do Homem.
Filho do Homem no céu; e en- 44 Então será cumprido aquilo
tão todas as tribos da Terra se que está escrito: Que nos a últi-
lamentarão; e verão o Filho do mos dias, estando dois no cam-
Homem b vindo nas nuvens do po, será levado um e b deixado o
céu, com poder e grande glória; outro;
37 E o que entesourar minha 45 Estando dois moendo no
a
palavra não será enganado, moinho, será levado um e dei-
porque o Filho do Homem virá xado o outro;

31a Mt. 28:19–20. de Jesus Cristo. 40a D&C 39:20–21; 49:7.


33a Joel 2:10; 37a gee Escrituras. 41a Gên. 6:5.
D&C 29:14. b D&C 29:11–15. 42a gee Dilúvio no
35a D&C 1:38. c gee Israel— Tempo de Noé.
36a JS—M 1:18. Coligação de Israel. 44a gee Últimos Dias.
b gee Segunda Vinda 38a D&C 35:16. b Zac. 13:8.
Joseph Smith — Mateus 1:46–55 52
46 E o que digo a um digo a verdade vos digo que o porá
todos os homens; a vigiai, pois, sobre todos os seus bens.
porque não sabeis a que hora 51 Mas se aquele mau servo
há de vir o vosso Senhor. disser no seu coração: O meu
47 Mas sabei isto: Se o bom senhor a retarda sua vinda;
pai de família soubesse a que 52 E começar a espancar os
vigília viria o ladrão, teria seus conservos e a comer e a be-
vigiado e não teria deixado ber com os ébrios,
minar a sua casa, mas estaria 53 Virá o senhor daquele ser-
preparado. vo num dia em que não o espe-
48 Por isso, estai vós prepara- ra e à hora em que ele não sabe;
dos também, porque o Filho do 54 E separá-lo-á e destinará
Homem há de vir à hora em a sua parte com os hipócritas;
que não pensais. ali haverá pranto e a ranger de
49 Quem é, pois, o servo a fiel e dentes.
prudente, que o seu senhor 55 E assim virá o a fim dos iní-
constituiu sobre a sua casa, pa- quos, de acordo com a profecia
ra dar o sustento a seu tempo? de Moisés, que diz: Eles serão
50 Bem-aventurado é aquele afastados dentre o povo; contu-
servo que o seu senhor, quando do não é ainda o fim da Terra,
vier, achar fazendo assim; e em mas está próximo.

46a gee Atalaia, 51a D&C 45:26. gee Mundo—Fim


Sentinela, Vigia. 54a Mt. 8:12. do mundo.
49a gee Confiança, 55a 2 Né. 30:10;
Confiar. D&C 1:9–10; 29:17.
Joseph Smith — História

EXTRATOS DA HISTÓRIA DE JOSEPH SMITH, O PROFETA

History of the Church, Volume 1, Capítulos de 1 a 5


Joseph Smith fala sobre seus ante- oitavo ano da a organização da
passados, seus familiares e os luga- referida Igreja.
res onde moravam — Há uma agi- 3 a Nasci no ano de nosso Se-
tação incomum a respeito de reli- nhor de 1805, no dia vinte e três
gião no oeste do Estado de Nova de dezembro, na cidade de Sha-
York — Ele decide buscar sabedo- ron, Condado de Windsor, Esta-
ria, como sugerido por Tiago — O do de Vermont. (...) Meu pai,
b
Pai e o Filho aparecem e Joseph é Joseph Smith Sênior, saiu do
chamado ao seu ministério proféti- Estado de Vermont e mudou-se
co. (Versículos 1–20) para Palmyra, no Condado de
Ontário (atualmente Wayne),

D EVIDO às muitas publi-


cações que foram postas em
circulação, por pessoas maldo-
no Estado de Nova York, quan-
do eu tinha mais ou menos dez
anos. Cerca de quatro anos de-
sas e insidiosas, com relação ao pois da chegada de meu pai a
a
surgimento e progresso de A Palmyra, ele mudou-se com a
b
Igreja de Jesus Cristo dos San- família para Manchester, no
tos dos Últimos Dias, todas elas mesmo Condado de Ontário —
destinadas pelos autores a com- 4 Sua família consistia de onze
bater sua reputação como Igreja almas, a saber: meu pai, a Joseph
e seu progresso no mundo—fui Smith; minha b mãe, Lucy Smith
levado a escrever esta história (cujo nome antes do casamento
para elucidar a mente pública e era Mack, filha de Solomon
apresentar, aos que buscam a Mack); meus irmãos, cAlvin (que
verdade, os fatos tal como suce- morreu em 19 de novembro de
deram, tanto em relação a mim 1823, aos 25 anos de idade),
d
como à Igreja e até onde tenho Hyrum, eu, e Samuel Harrison,
conhecimento desses fatos. William, Don Carlos; e minhas
2 Nesta história apresentarei, irmãs, Sophronia, Catherine e
com verdade e em retidão, os Lucy.
vários acontecimentos relacio- 5 No decorrer do segundo ano
nados a esta Igreja, como se pas- após nossa mudança para
saram ou como existem presen- Manchester, houve, no lugar
temente, sendo agora [1838] o onde morávamos, um alvoroço

1 1a gee Restauração 2 a D&C 20:1. b gee Smith, Lucy


do Evangelho. 3 a gee Smith, Joseph, Mack.
b gee Igreja de Jesus Júnior. c D&C 137:5–6.
Cristo dos Santos b 2 Né. 3:15. d gee Smith, Hyrum.
dos Últimos 4 a gee Smith, Joseph, e gee Smith, Samuel H.
Dias, A. Sênior.
Joseph Smith — História 1:6–9 54
incomum por questões religio- inteiramente numa a luta de pa-
sas. Começou com os metodis- lavras e choque de opiniões.
tas, mas logo se generalizou 7 Nessa época eu estava com
entre todas as seitas daquela quatorze anos de idade. A famí-
parte do país. Em verdade, to- lia de meu pai fora convertida à
da a região parecia afetada por fé presbiteriana e quatro deles
esse alvoroço e grandes multi- uniram-se a essa igreja, a saber:
dões uniram-se aos diferentes minha mãe, Lucy, meus irmãos
grupos religiosos, o que criou Hyrum e Samuel Harrison e mi-
considerável agitação e divisão nha irmã Sophronia.
entre o povo, clamando alguns 8 Durante esses dias de grande
a
“Eis aqui!” e outros “Eis ali!”. alvoroço, minha mente foi leva-
Uns contendiam pela fé meto- da a sérias reflexões e grande
dista, outros pela presbiteriana inquietação; mas embora meus
e outros pela batista. sentimentos fossem profundos
6 Pois apesar do grande amor e muitas vezes pungentes, ain-
que os conversos dessas diferen- da assim me conservei afastado
tes crenças expressavam na épo- de todos esses grupos, embora
ca de sua conversão e do grande assistisse a suas diversas reu-
zelo demonstrado pelos res- niões tão freqüentemente quan-
pectivos cleros, que ativamente to a ocasião me permitisse. Com
se levantavam para promover o correr do tempo, inclinei-me
esse quadro singular de senti- um tanto para a seita metodista
mento religioso com o fim de e senti algum desejo de unir-me
converter a todos, como se com- a eles; mas tão grandes eram a
praziam em afirmar, deixando confusão e a contenda entre as
que as pessoas se unissem à sei- diferentes denominações, que
ta que mais lhes agradasse; para alguém jovem como eu, tão
contudo, quando os conversos inexperiente em relação aos ho-
começaram a afastar-se, uns mens e às coisas, era impossível
para um grupo e outros para chegar a qualquer conclusão de-
outro, verificou-se que os su- finitiva acerca de quem estava
postos bons sentimentos, tanto certo e de quem estava errado.
dos sacerdotes como dos con- 9 Minha mente, às vezes, alvo-
versos, eram mais pretensos roçava-se bastante, tão grandes
que reais; pois criou-se um am- e incessantes eram o clamor e o
biente de grande confusão e tumulto. Os presbiterianos eram
animosidade—sacerdote con- decididamente contra os batis-
tendendo com sacerdote e tas e os metodistas, e valiam-se
converso com converso; de de toda a força, tanto da razão
modo que todos os bons senti- como de sofismas, para provar
mentos mútuos, se é que jamais os erros deles, ou pelo menos
haviam existido, perderam-se fazer o povo acreditar que eles

5 a Mt. 24:23. 6 a gee Contenção, Contenda.


55 Joseph Smith — História 1:10–15
estavam errados. Por outro la- neira tão diferente, que des-
do, os batistas e os metodistas truíam toda a confiança na so-
eram igualmente zelosos no es- lução do problema através de
forço de estabelecer suas pró- uma consulta à b Bíblia.
prias doutrinas e refutar todas 13 Finalmente cheguei à con-
as outras. clusão de que teria de permane-
10 Em meio a essa guerra de cer em trevas e confusão, ou fa-
palavras e divergência de opi- zer como Tiago aconselha, isto
niões, muitas vezes disse a mim é, pedir a Deus. Resolvi a “pedir
mesmo: Que deve ser feito? a Deus”, concluindo que, se ele
Quem, dentre todos esses gru- dava sabedoria aos que tinham
pos está a certo, ou estão todos falta dela e concedia-a liberal-
igualmente errados? Se algum mente, sem censura, eu podia
deles é correto, qual é, e como aventurar-me.
poderei sabê-lo? 14 Assim, seguindo minha de-
11 Em meio à inquietação ex- terminação de pedir a Deus, re-
trema causada pelas controvér- tirei-me para um bosque a fim
sias desses grupos de religio- de fazer a tentativa. Foi na ma-
sos, li um dia na Epístola de nhã de um belo e claro dia, no
Tiago, primeiro capítulo, versí- início da primavera de 1820. Era
culo cinco, o seguinte: E, se al- a primeira vez na vida que fazia
gum de vós tem falta de sabedoria, tal tentativa, pois em meio a to-
peça-a a Deus, que a todos dá libe- das as ansiedades que tivera, ja-
ralmente, e o não lança em rosto, e mais havia experimentado a orar
ser-lhe-á dada. em voz alta.
12 Jamais uma passagem de es- 15 Depois de me haver retirado
critura penetrou com mais po- para o lugar que previamente
der no coração de um homem escolhera, tendo olhado ao re-
do que essa, naquele momento, dor e encontrando-me só, ajoe-
no meu. Pareceu entrar com lhei-me e comecei a oferecer a
grande força em cada fibra de Deus os desejos de meu coração.
meu coração. Refleti repetida- Apenas iniciara, imediatamen-
mente sobre ela, tendo consciên- te se apoderou de mim uma
cia de que se alguém necessi- força que me dominou por com-
tava da sabedoria de Deus, era pleto; e tão assombrosa foi sua
eu, pois eu não sabia como agir influência que se me travou a
e, a menos que conseguisse ob- língua, de modo que eu não po-
ter mais sabedoria do que a que dia falar. Uma densa escuridão
tinha então, nunca saberia; pois formou-se ao meu redor e pare-
os religiosos das diferentes sei- ceu-me, por um momento, que
tas a interpretavam as mesmas eu estava condenado a uma des-
passagens de escritura de ma- truição súbita.

10a gee Verdade. b gee Bíblia. 14a gee Oração.


12a I Cor. 2:10–16. 13a gee Oração.
Joseph Smith — História 1:16–20 56
16 Mas usando todas as forças jamais me ocorrera que todas
para a clamar a Deus que me li- estivessem erradas) e a qual me
vrasse do poder desse inimigo unir.
que me subjugara, no momento 19 Foi-me respondido que não
exato em que estava prestes a me unisse a qualquer delas, pois
sucumbir ao desespero e aban- estavam todas a erradas; e o Per-
donar-me à destruição — não a sonagem que se dirigia a mim
uma ruína imaginária, mas ao disse que todos os seus credos
poder de algum ser real do eram uma abominação a sua vis-
mundo invisível, que possuía ta; que aqueles religiosos eram
uma força tão assombrosa como todos corruptos; que “eles se
b
eu jamais sentira em qualquer aproximam de mim com os lá-
ser—exatamente nesse momen- bios, mas seu c coração está longe
to de grande alarme, vi um pilar de mim; ensinam como doutrina
de b luz acima de minha cabeça, os d mandamentos de homens,
mais brilhante que o c sol, que tendo e aparência de religiosida-
descia gradualmente sobre mim. de, mas negam o seu poder”.
17 Assim que apareceu, senti- 20 Novamente me proibiu de
me livre do inimigo que me su- unir-me a qualquer delas; e mui-
jeitava. Quando a luz pousou tas outras coisas disse-me, as
sobre mim, a vi b dois Persona- quais não posso, no momento,
gens cujo esplendor e c glória de- escrever. Quando tornei a voltar
safiam qualquer descrição, pai- a mim, estava deitado de costas,
rando no ar, acima de mim. Um olhando para o céu. Quando a
deles falou-me, chamando-me luz se retirou, eu estava sem
pelo nome, e disse, apontando forças; mas tendo logo me recu-
para o outro: Este é Meu d Filho perado em parte, fui para casa.
e
Amado. Ouve-O! Ao apoiar-me na lareira, minha
18 Meu objetivo ao a dirigir-me mãe perguntou-me o que se pas-
ao Senhor era saber qual de to- sava. Respondi: “Não se preo-
das as seitas estava certa, a fim cupe, tudo está bem — eu estou
de saber a qual me unir. Por- bem”. Então disse a ela: “Aprendi
tanto, tão logo me controlei o por mim mesmo que o presbite-
suficiente para poder falar, rianismo não é verdadeiro”. Pa-
perguntei aos Personagens que rece que o a adversário sabia, nos
estavam na luz acima de mim primeiros anos de minha vida,
qual de todas as seitas estava que eu estava destinado a ser
certa (pois até aquele momento um perturbador e um importu-

16a Mois. 1:20. d gee Jesus Cristo. b Isa. 29:13–14;


b At. 26:13. e Mt. 3:17; 17:5; Eze. 33:30–31.
c Apoc. 1:16. 3 Né. 11:7. c gee Apostasia—
17a gee Visão. 18a D&C 6:11; 46:7. Apostasia geral.
b At. 7:55–56; 19a Salm. 14. d Tit. 1:14;
Col. 3:1. gee Apostasia— D&C 45:29.
gee Trindade. Apostasia da igreja e II Tim. 3:5.
c gee Glória. cristã primitiva. 20a gee Diabo.
57 Joseph Smith — História 1:21–24
nador de seu reino; senão, por anos de idade, e minha situação
que os poderes das trevas se na vida fizesse de mim um
uniriam contra mim? Por que a menino sem importância no
b
oposição e a perseguição que mundo, homens influentes
se levantaram contra mim, qua- preocupavam-se o bastante para
se em minha infância? incitar a opinião pública contra
mim e provocar uma perse-
Alguns pregadores e outros reli-
guição implacável. E isto se tor-
giosos rejeitam o relato da Primei-
nou ponto comum entre todas
ra Visão—Desencadeia-se a perse-
as seitas—todas se uniram para
guição a Joseph Smith—Ele testifi-
perseguir-me.
ca a realidade da visão. (Versículos
23 Isso me levou a refletir seria-
21–26)
mente, na época, e muitas vezes
21 Alguns dias após essa a vi- a partir daí; quão estranho era
são, encontrei-me, por acaso, na que um obscuro menino de pou-
companhia de um dos pregado- co mais de quatorze anos de ida-
res metodistas, que era muito de, que estava, também, conde-
ativo no já mencionado alvo- nado à necessidade de obter um
roço religioso; e, conversando sustento escasso com seu traba-
com ele sobre religião, aprovei- lho diário, fosse considerado su-
tei a oportunidade para relatar- ficientemente importante para
lhe a visão que tivera. Fiquei atrair a atenção dos grandes das
muito surpreso com seu com- seitas mais populares da época,
portamento; tratou meu relato criando neles o espírito da mais
não só levianamente, mas com implacável perseguição e injú-
grande desprezo, dizendo que ria! Mas, estranho ou não, assim
tudo aquilo era do diabo, que aconteceu e isso foi, com fre-
não havia tais coisas como b vi- qüência, causa de grande tris-
sões ou c revelações nestes dias; teza para mim.
que todas essas coisas haviam 24 Contudo, era um fato ter ti-
cessado com os apóstolos e que do eu uma visão. Tenho pensa-
nunca mais existiriam. do que me sentia como a Paulo,
22 Logo descobri, entretanto, quando apresentou sua b defesa
que minha narração da história perante o rei Agripa e relatou a
havia provocado muito precon- visão que tivera, quando viu
ceito contra mim entre os reli- uma luz e ouviu uma voz; mas
giosos, tornando-se motivo de poucos foram também os que
grande a perseguição, a qual con- acreditaram nele; alguns disse-
tinuou a aumentar; e embora eu ram que ele era desonesto, ou-
fosse um menino b obscuro, de tros, que estava louco; e foi ri-
apenas quatorze para quinze dicularizado e injuriado. Tudo

20b 2 Né. 2:11; b gee Visão. Perseguir.


D&C 58:2–4. c gee Revelação. b I Sam. 16:7; Al. 37:35.
gee Adversidade. 22a Tg. 5:10–11. 24a gee Paulo.
21a gee Primeira Visão. gee Perseguição, b At. 26:1–32.
Joseph Smith — História 1:25–28 58
isso, porém, não destruiu a rea- nova orientação. Descobrira ser
lidade da visão. Ele tivera uma verdadeiro o a testemunho de
visão, sabia que a tivera, e toda Tiago: que um homem que ne-
a perseguição debaixo do céu cessitasse de sabedoria podia
não poderia fazer com que fos- pedi-la a Deus e obtê-la, sem ser
se de outra forma; e ainda que o repreendido.
perseguissem até a morte, ele
Morôni aparece a Joseph Smith—
sabia e saberia até o último alen-
O nome de Joseph será considerado
to que tinha visto uma luz e ou-
como bom e como mau entre todas
vido uma voz falando-lhe; e o
as nações — Morôni fala-lhe sobre
mundo inteiro não poderia fa-
o Livro de Mórmon e os futuros
zê-lo pensar ou crer de outra
julgamentos do Senhor e cita mui-
maneira.
tas escrituras — Revelado o lugar
25 Assim era comigo. Tinha
em que as placas estavam escondi-
realmente visto uma luz e, no
das — Morôni continua a instruir
meio dessa luz, dois a Persona-
o Profeta. (Versículos 27–54)
gens; e eles realmente falaram
comigo; e embora eu fosse odia- 27 Continuei minhas ocupa-
do e perseguido por dizer que ções comuns na vida até o
tivera uma visão, isso era verda- dia vinte e um de setembro de
de; e enquanto me perseguiam, mil oitocentos e vinte e três, so-
injuriando-me e afirmando fal- frendo todo o tempo severa
samente toda espécie de malda- perseguição nas mãos de todos
des contra mim por dizê-lo, fui os tipos de homens, tanto reli-
levado a pensar em meu co- giosos como irreligiosos, por-
ração: Por que perseguir-me por que eu continuava a afirmar
contar a verdade? Tive realmen- que tivera uma visão.
te uma visão; e quem sou eu pa- 28 No espaço de tempo entre a
ra opor-me a Deus, ou por que ocasião em que tive a visão e o
pensa o mundo fazer-me negar ano de mil oitocentos e vinte e
o que realmente vi? Porque eu três — tendo sido proibido de
tivera uma visão; eu sabia-o e unir-me a qualquer das seitas
sabia que Deus o sabia e não po- religiosas da época e sendo ain-
dia b negá-la nem ousaria fazê-lo; da muito jovem e perseguido
pelo menos eu tinha consciência por aqueles que deveriam ter
de que, se o fizesse, ofenderia a sido meus amigos e me tratado
Deus e estaria sob condenação. com bondade — e se supunham
26 Minha mente já estava satis- eles que eu estava iludido, deve-
feita no que concernia ao mundo riam ter procurado, de maneira
sectário — não era meu dever apropriada e afetuosa, recon-
unir-me a qualquer das seitas, quistar-me — fui abandonado a
mas continuar como estava até toda sorte de a tentações; e, mis-

25a JS—H 1:17. Corajoso; Integridade. 28a gee Tentação,


b gee Coragem, 26a Tg. 1:5–7. Tentar.
59 Joseph Smith — História 1:29–33
turando-me a todo tipo de gen- 30 Enquanto estava assim su-
te, caí freqüentemente em mui- plicando a Deus, descobri uma
tos erros tolos, exibindo as fra- luz surgindo em meu quarto, a
quezas da juventude e as debi- qual continuou a aumentar até
lidades da natureza humana; o o aposento ficar mais ilumi-
que, sinto dizer, levou-me a ten- nado do que ao meio-dia; ime-
tações diversas, ofensivas à vista diatamente apareceu ao lado de
de Deus. Ao fazer esta confissão, minha cama um a personagem
ninguém deve crer-me culpado em pé, no ar, pois seus pés não
de quaisquer pecados grandes tocavam o solo.
ou malignos. Jamais existiu em 31 Vestia ele uma túnica solta,
minha natureza disposição para da mais rara a brancura. Era uma
tal. Mas fui culpado de levian- brancura que excedia a qual-
dades e, às vezes, andava com quer coisa terrena que eu já vi-
companhias joviais, etc., o que ra; nem acredito que qualquer
não condizia com a conduta que coisa terrena possa parecer tão
devia ser mantida por uma extraordinariamente branca e
pessoa que fora b chamada por brilhante. Tinha as mãos des-
Deus, como eu. Isso, porém, não cobertas e os braços também,
parecerá estranho para quem se um pouco acima dos pulsos; os
recorda de minha juventude e pés também estavam descober-
conhece meu temperamento na- tos, bem como as pernas, um
turalmente alegre. pouco acima dos tornozelos. A
29 Em conseqüência dessas coi- cabeça e o pescoço também es-
sas, muitas vezes senti-me con- tavam nus. Verifiquei que não
denado por minhas fraquezas e usava outra roupa além dessa
imperfeições. Foi então que, na túnica, pois estava aberta, de
noite do já mencionado vinte e modo que lhe podia ver o peito.
um de setembro, depois de me 32 Não somente sua túnica era
haver recolhido, recorri à a o- muito branca, mas toda a sua
ração e à súplica ao Deus Todo- pessoa era indescritivelmente
a
Poderoso para pedir perdão por gloriosa e seu semblante era
todos os meus pecados e impru- verdadeiramente como o b re-
dências, pedindo também uma lâmpago. O quarto estava mui-
manifestação para que eu pu- to claro, mas não tão luminoso
desse saber qual era o meu esta- como ao redor de sua pessoa.
do e posição perante ele; pois ti- No momento em que o vi, tive
c
nha plena confiança de receber medo; mas o medo logo desa-
uma manifestação divina, como pareceu.
acontecera anteriormente. 33 Chamou-me pelo a nome e

28b gee Chamado, Filho de Mórmon. b Êx. 34:29–35;


Chamado por Deus, 31a At. 10:30; 1 Né. 8:5; Hel. 5:36; D&C 110:3.
Chamar. 3 Né. 11:8. c Êx. 3:6; Ét. 3:6–8, 19.
29a gee Oração. 32a 3 Né. 19:25. 33a Êx. 33:12, 17;
30a gee Anjos; Morôni, gee Glória. Isa. 45:3–4.
Joseph Smith — História 1:34–40 60
disse-me que era um mensagei- capítulo de b Malaquias; e citou
ro enviado a mim da presença também o quarto ou último ca-
de Deus e que seu nome era pítulo da mesma profecia, em-
Morôni; que Deus tinha uma bora com pequena variação do
obra a ser executada por mim; e modo como aparece na Bíblia.
que meu nome seria considera- Em vez de citar o primeiro ver-
do bom e mau entre todas as sículo conforme está em nossos
nações, tribos e línguas, ou que livros, citou-o assim:
entre todos os povos se falaria 37 Porque eis que vem o a dia que
b
bem e mal de meu nome. arderá como fornalha e todos os
34 Disse-me que havia um a li- soberbos, sim, e todos os que come-
vro escondido, escrito em b pla- tem impiedade, queimarão como a
c
cas de ouro, que continha um palha; e aqueles que hão de vir os
relato dos antigos habitantes abrasarão, diz o Senhor dos Exér-
deste continente, assim como de citos, de sorte que lhes não deixa-
sua origem e procedência. Disse rão nem raiz nem ramo.
também que o livro continha a 38 E também citou o quinto
c
plenitude do evangelho eterno, versículo assim: Eis que eu vos
tal como fora entregue pelo Sal- revelarei o a Sacerdócio, pela mão de
b
vador aos antigos habitantes. Elias, o profeta, antes que venha o
35 Disse também que havia grande e terrível dia do Senhor.
duas pedras em aros de prata— 39 Citou também o versículo
e essas pedras, presas a um a pei- seguinte diferentemente: E ele
toral, constituíam o que é cha- plantará no coração dos filhos as
mado b Urim e Tumim — depo- a
promessas feitas aos pais; e o co-
sitadas com as placas; e que a ração dos filhos b voltar-se-á para
posse e uso dessas pedras era o seus pais. Se assim não fosse, toda
que constituía os c “videntes” a terra seria totalmente destruída
nos tempos antigos; e que Deus na sua vinda.
as tinha preparado para serem 40 Além desses, citou o capí-
usadas na tradução do livro. tulo onze de Isaías, dizendo
36 Depois de me dizer essas que estava prestes a ser cum-
coisas, começou a citar as pro- prido. Citou também o terceiro
fecias do a Velho Testamento. capítulo de Atos, versículos
Primeiro citou parte do terceiro vinte e dois e vinte e três, exata-

34a gee Livro de b gee Malaquias. D&C 29:9.


Mórmon. 37a gee Segunda Vinda 38a gee Chaves
b gee Placas de Ouro. de Jesus Cristo. do Sacerdócio;
c gee Restauração b 3 Né. 25:1–6; Sacerdócio.
do Evangelho. D&C 64:23–24. b D&C 27:9; 110:13–16.
35a Lev. 8:8. gee Terra— gee Elias, o Profeta.
gee Peitoral. Purificação da 39a Gál. 3:8, 19.
b Êx. 28:30. Terra; Mundo— b gee Genealogia;
gee Urim e Tumim. Fim do mundo. Salvação para os
c gee Vidente. c Naum 1:8–10; Mortos.
36a gee Velho 1 Né. 22:15, 23;
Testamento. 2 Né. 26:4–6;
61 Joseph Smith — História 1:41–46
mente como aparecem em nos- continuou até o quarto voltar à
so Novo Testamento. Disse que escuridão, exceto ao redor de-
aquele a profeta era Cristo, mas le; e imediatamente vi como se
que ainda não chegara o dia fora um conduto, que levava
em que “toda a alma que não até o céu, pelo qual ele ascen-
escutar esse profeta será b exter- deu até desaparecer completa-
minada dentre o povo”, mas mente; o quarto voltou, então,
logo chegaria. ao estado em que estava antes
41 Também citou o segundo de essa luz celestial aparecer.
capítulo de a Joel, do versículo 44 Fiquei meditando sobre a
vinte e oito até o último. Disse singularidade da cena, grande-
também que isso não havia si- mente maravilhado com o que
do cumprido, mas logo o seria. me dissera o extraordinário
E disse mais: que a plenitude mensageiro, quando, em meio
dos b gentios logo ocorreria. Ci- a minha a meditação, descobri
tou muitas outras passagens de subitamente que meu quarto
escritura e ofereceu muitas ex- começava novamente a ser ilu-
plicações que não podem ser minado e imediatamente vi o
mencionadas aqui. mesmo mensageiro celestial ou-
42 Disse-me que quando eu re- tra vez ao lado de minha cama.
cebesse as placas sobre as quais 45 Relatou-me novamente, sem
havia falado—porquanto o mo- a mínima alteração, as mesmas
mento em que elas deveriam ser coisas que me dissera na primei-
obtidas ainda não chegara — ra visita; a seguir me informou
a ninguém deveria mostrá-las; de grandes julgamentos que re-
nem o peitoral com o Urim e Tu- cairiam sobre a Terra, com gran-
mim, salvo àqueles a quem me des desolações causadas pela
fosse ordenado mostrá-los; e se fome, espada e peste; e que es-
eu o fizesse, seria destruído. En- ses dolorosos julgamentos re-
quanto falava comigo a respeito cairiam sobre a Terra nesta ge-
das placas, minha a mente abriu- ração. Tendo-me comunicado
se de tal modo que visualizei o essas coisas, tornou a ascender,
lugar em que estavam deposi- como fizera antes.
tadas, e isto tão clara e nitida- 46 Tão profundas eram, então,
mente que reconheci o local as impressões causadas em mi-
quando o visitei. nha mente, que perdi o sono
43 Após esta comunicação, vi por completo, atônito com o
a luz do quarto começar a con- que havia visto e ouvido. Mas
centrar-se imediatamente ao qual não foi minha surpresa
redor do personagem que esti- quando vi novamente o mesmo
vera falando comigo; e assim mensageiro ao lado de minha

40a Deut. 18:15–19. b Rom. 11:11–25; 42a gee Mente.


b 3 Né. 20:23; 21:20. D&C 88:84. 44a gee Ponderar.
41a At. 2:16–21. gee Gentios.
Joseph Smith — História 1:47–51 62
cama e ouvi-o repetir as mesmas 49 A primeira coisa de que me
coisas que me dissera antes; e lembro é uma voz chamando-
também advertiu-me, informan- me pelo nome. Olhei para cima
do-me que a Satanás procuraria e vi o mesmo mensageiro aci-
b
tentar-me (em conseqüência da ma de minha cabeça, cercado
pobreza da família de meu pai) de luz como antes. Repetiu-me
a obter as placas com o fim de tudo o que havia relatado na
enriquecer-me. Proibiu-me isso, noite anterior e ordenou-me
dizendo que eu não deveria ter que fosse contar a meu a pai a
qualquer outro objetivo em vis- visão e os mandamentos que
ta, ao receber as placas, a não ser havia recebido.
o de glorificar a Deus; e que eu 50 Obedeci, voltando para on-
não deveria ser influenciado por de estava meu pai, no campo, e
qualquer outro c motivo, senão relatei-lhe todo o ocorrido. Ele
o de edificar o seu reino; caso respondeu-me que aquilo era
contrário, não as poderia obter. obra de Deus e disse-me que fi-
47 Após essa terceira visita ele zesse o que o mensageiro orde-
ascendeu ao céu, como antes; nara. Deixei o campo e fui até o
e outra vez fiquei meditando local onde o mensageiro disse-
sobre a estranheza do que aca- ra estarem depositadas as pla-
bara de acontecer; quase ime- cas; e, devido à nitidez da visão
diatamente após o mensageiro que tivera, referente ao local,
celestial ter ascendido pela ter- reconheci-o no instante em que
ceira vez, o galo cantou e vi que lá cheguei.
o dia se aproximava, de modo 51 Próximo à vila de Manches-
que as entrevistas deviam ter ter, no Condado de Ontário, Es-
durado toda aquela noite. tado de Nova York, existe uma
a
48 Pouco depois me levantei colina de considerável tama-
e, como de costume, fui cuidar nho, sendo a mais alta da re-
dos afazeres do dia; mas ao ten- dondeza. No lado oeste dessa
tar trabalhar como normalmente colina, não muito distante do
fazia, senti-me tão exausto que cume, sob uma pedra de consi-
não consegui. Meu pai, que tra- derável tamanho, estavam as
balhava perto de mim, percebeu placas, depositadas em uma cai-
que eu não estava bem e disse- xa de pedra. No meio, na parte
me que fosse para casa. Saí com superior, essa pedra era grossa
essa intenção, mas ao tentar atra- e arredondada; era, porém, mais
vessar a cerca do campo onde fina na direção das extremida-
estávamos, faltaram-me as forças des, de modo que a parte central
por completo e caí inerte ao solo, ficava visível acima do solo, mas
ficando completamente incons- as bordas em toda a volta esta-
ciente durante algum tempo. vam cobertas de terra.

46a gee Diabo. c D&C 121:37. 51a gee Cumora, Monte.


b gee Tentação, 49a gee Smith, Joseph,
Tentar. Sênior.
63 Joseph Smith — História 1:52–56
52 Tendo removido a terra, ar- caracteres e a tradução ao Professor
ranjei uma alavanca, introduzi- Anthon, que diz: “Não posso ler um
a sob a borda da pedra e conse- livro selado”. (Versículos 55–65)
gui levantá-la com um pequeno 55 Como a situação econômi-
esforço. Olhei e lá realmente vi ca de meu pai fosse muito limi-
as a placas, o b Urim e Tumim e o tada, víamo-nos obrigados a
c
peitoral, como afirmara o men- trabalhar com as mãos, empre-
sageiro. A caixa na qual se en- gando-nos fora, por dia ou de
contravam era formada de pe- outras maneiras, segundo sur-
dras unidas por uma espécie de gia a oportunidade. Às vezes
cimento. No fundo da caixa ha- estávamos em casa, outras, fora;
via duas pedras colocadas trans- e, trabalhando continuamente,
versalmente e sobre elas esta- conseguíamos viver de maneira
vam as placas e as outras coisas. confortável.
53 Fiz uma tentativa de retirá- 56 No ano de 1823, a família de
las, mas fui proibido pelo men- meu pai passou por uma gran-
sageiro, que outra vez me infor- de dor com a morte de meu ir-
mou ainda não haver chegado o mão mais velho, aAlvin. No mês
momento de retirá-las, dizendo de outubro de 1825 empreguei-
que esse momento não chega- me com um senhor idoso cha-
ria a não ser quatro anos após mado Josiah Stoal, que morava
aquela data. Disse-me que eu no Condado de Chenango, Esta-
deveria voltar àquele local pre- do de Nova York. Ele tinha ou-
cisamente um ano mais tarde e vido falar de uma mina de pra-
que lá ele se encontraria comi- ta aberta pelos espanhóis em
go, devendo eu continuar a as- Harmony, Condado de Susque-
sim proceder até que chegasse hanna, Estado da Pensilvânia;
o tempo de receber as placas. e, antes de me empregar, havia
54 De acordo com o que me fo- feito escavações com o fim de,
ra ordenado, voltei lá ao fim de se possível, descobrir a mina.
cada ano e todas as vezes encon- Depois que fui morar com ele,
trei o mesmo mensageiro. Em levou-me com o resto de seus
cada uma das entrevistas rece- empregados para cavar, em bus-
bi dele instruções e conhecimen- ca da mina de prata, no que
to com respeito ao que o Senhor continuei a trabalhar por aproxi-
ia fazer e à maneira pela qual o madamente um mês sem alcan-
seu a reino deveria ser conduzi- çar sucesso em nosso empreen-
do nos últimos dias. dimento; e finalmente convenci
Joseph Smith casa-se com Emma aquele senhor a desistir de pro-
Hale — Recebe as placas de ouro de curar a mina. Daí surgiu a his-
Morôni e traduz alguns dos carac- tória muito divulgada de haver
teres — Martin Harris mostra os sido eu um cavador de dinheiro.

52a Mórm. 6:6. c gee Peitoral. 56a D&C 137:5–8.


gee Placas de Ouro. 54a gee Reino de Deus
b gee Urim e Tumim. ou Reino do Céu.
Joseph Smith — História 1:57–61 64
57 Durante o tempo em que os reclamasse, eles seriam pro-
estive nesse emprego, hospedei- tegidos.
me com o Sr. Isaac Hale, daque- 60 Logo verifiquei a razão de
le lugar; foi lá que pela primeira tão severas recomendações para
vez vi minha mulher (filha de- que os guardasse em segurança
le), a Emma Hale. Casamo-nos e por que o mensageiro dissera
no dia 18 de janeiro de 1827, en- que, quando eu tivesse realiza-
quanto eu ainda estava a ser- do o que me fora ordenado, ele
viço do Sr. Stoal. viria buscá-los. Pois tão logo se
58 Devido a minha insistência soube que estavam em meu po-
em afirmar que tivera uma vi- der, foram empregados os mais
são, continuava a ser a persegui- tenazes esforços para tirá-los
do e a família do pai de minha de mim. Todos os estratagemas
mulher opôs-se muito a nosso possíveis foram usados com es-
casamento. Precisei, portanto, se propósito. A perseguição
levá-la para outra parte; assim, tornou-se mais amarga e severa
casamo-nos na casa do Juiz que antes e multidões manti-
Tarbill em South Bainbridge, nham-se continuamente alertas
Condado de Chenango, Estado para tirá-los de mim, se possí-
de Nova York. Imediatamente vel. Mas pela sabedoria de
após meu casamento, deixei o Deus eles continuaram seguros
emprego com o Sr. Stoal e fui em minhas mãos até que cum-
para a casa de meu pai, traba- pri, por meio deles, o que me
lhando com ele no campo du- fora requerido. Quando o men-
rante aquela estação. sageiro os reclamou, de acordo
59 Finalmente chegou a época com o combinado, entreguei-
de receber as placas, o Urim e os a ele, que os tem sob sua
Tumim e o peitoral. No dia vin- guarda até esta data, dois de
te e dois de setembro de mil oi- maio de mil oitocentos e trinta
tocentos e vinte e sete, tendo e oito.
ido, como de costume, ao fim 61 O alvoroço, contudo, ainda
de mais um ano, ao local onde continuava e os rumores, com
estavam depositados, o mesmo suas mil línguas, eram empre-
mensageiro celestial entregou- gados todo o tempo para fazer
os a mim, com a advertência circular falsidades sobre a fa-
de que eu seria responsável mília de meu pai e sobre mim.
por eles; que se eu os deixasse Se eu relatasse a milésima parte
extraviar por algum descuido deles, encheria volumes. A per-
ou a negligência, seria cortado; seguição, contudo, tornou-se tão
mas que se eu empregasse to- intolerável que fui obrigado a
dos os esforços para b preservá- sair de Manchester e ir com mi-
los até que ele, o mensageiro, nha mulher para o Condado de

57a gee Smith, Emma Perseguir. escrituras devem ser


Hale. 59a JS—H 1:42. preservadas.
58a gee Perseguição, b gee Escrituras—As
65 Joseph Smith — História 1:62–65
Susquehanna, no Estado da Pen- tinham sido traduzidos, assim
silvânia. Enquanto me prepa- como sua tradução, ao professor
rava para partir — sendo muito Charles Anthon, famoso por
pobre e sofrendo uma perse- seus conhecimentos literários. O
guição tão grande que não ha- professor Anthon declarou que
veria possibilidade de que fos- a tradução estava correta, muito
se de outra forma — em meio a mais que qualquer tradução do
nossas aflições encontramos um egípcio que já vira. Mostrei-lhe
amigo na pessoa de a Martin então os que ainda não haviam
Harris, que nos procurou e me sido traduzidos e ele disse-me
deu cinqüenta dólares para au- serem egípcios, caldeus, assírios
xiliar-nos na viagem. O Sr. Har- e arábicos; e acrescentou que
ris era morador do distrito de eram caracteres autênticos. Deu-
Palmyra, Condado de Wayne, me uma declaração, atestando
no Estado de Nova York, e fa- ao povo de Palmyra que eram
zendeiro bem conceituado. autênticos e que a tradução, co-
62 Mediante essa ajuda opor- mo fora feita, também estava
tuna, pude chegar ao lugar de correta. Peguei a declaração e
meu destino, na Pensilvânia; e, coloquei-a no bolso; estava sain-
imediatamente após minha che- do da casa quando o Sr. Anthon
gada, comecei a copiar os ca- me chamou e perguntou-me
racteres das placas. Copiei um como soubera o jovem que ha-
número considerável deles e, via placas de ouro no lugar onde
por meio do a Urim e Tumim, ele as encontrara. Respondi-
traduzi alguns, o que fiz entre lhe que um anjo de Deus lho
os meses de dezembro, quando revelara.
cheguei à casa de meu sogro, e 65 Disse-me então: ‘Deixe-me
fevereiro do ano seguinte. ver essa declaração’. Tirei-a do
63 Nesse mesmo mês de bolso e entreguei-a a ele, que a
fevereiro, o já mencionado Sr. pegou e rasgou em pedacinhos,
Martin Harris veio a nossa casa, dizendo que já não existiam coi-
tomou os caracteres que eu ha- sas como ministério de a anjos e
via copiado das placas e partiu que, se eu lhe desse as placas,
com eles para a cidade de Nova ele as traduziria. Informei-o de
York. Quanto ao que aconteceu que parte das placas estava b se-
em relação a ele e aos caracteres, lada e que me era proibido levá-
refiro-me ao seu próprio relato las. Ele respondeu: ‘Não posso
dos acontecimentos, como me ler um livro selado’. Saí de lá e
contou quando de seu regres- procurei o Dr. Mitchell, que con-
so, e que é o seguinte: firmou tudo o que o Sr. Anthon
64 “Fui à cidade de Nova York dissera a respeito dos caracte-
e apresentei os caracteres que res e da tradução.”

61a D&C 5:1. 62a gee Urim e Tumim. b Isa. 29:11–12;


gee Harris, Martin. 65a gee Anjos. 2 Né. 27:10; Ét. 4:4–7.
Joseph Smith — História 1:66–71 66
. . . . na tradução das placas. Enquan-
Oliver Cowdery serve de escriba to orávamos e invocávamos o
na tradução do Livro de Mórmon— Senhor, um c mensageiro do céu
Joseph e Oliver recebem o Sacerdócio desceu em uma d nuvem de luz
Aarônico de João Batista—São ba- e, colocando as e mãos sobre nós,
tizados, ordenados e recebem o espí- f
ordenou-nos, dizendo:
rito de profecia. (Versículos 66–75) 69 A vós, meus conservos, em
66 No dia 5 de abril de 1829, nome do Messias, eu confiro o
a a
Oliver Cowdery, que eu jamais Sacerdócio de Aarão, que possui as
vira até aquele dia, veio a mi- chaves do ministério de anjos e do
nha casa. Disse-me que, sendo evangelho do arrependimento e do
professor da escola localizada batismo por imersão para remissão
nas proximidades da casa de dos pecados; e este nunca mais se-
meu pai e sendo meu pai um rá tirado da Terra, até que os filhos
dos que tinham filhos na escola, de b Levi tornem a fazer, em reti-
hospedara-se por algum tempo dão, uma oferta ao Senhor.
em sua casa; e que enquanto lá 70 Disse que esse Sacerdócio
estivera, a família relatara-lhe Aarônico não tinha o poder de
as circunstâncias em que eu re- imposição de mãos para o a dom
cebera as placas e que, por isso, do Espírito Santo, mas que isso
viera obter informações. nos seria conferido mais tarde;
67 Dois dias após a chegada e mandou que nos batizásse-
do Sr. Cowdery (estávamos em mos, dando instruções para que
7 de abril), comecei a traduzir o eu batizasse Oliver Cowdery e
Livro de Mórmon e ele começou depois ele me batizasse.
a escrever para mim. 71 Assim, fomos batizados. Eu
. . . . batizei-o primeiro e, em seguida,
68 Continuávamos ainda o tra- ele batizou-me—após o que, co-
balho da tradução, quando, no loquei as mãos sobre sua cabeça
mês seguinte (maio de 1829), fo- e ordenei-o ao Sacerdócio Aarô-
mos certo dia a um bosque para nico; e em seguida ele pôs as
orar e consultar o Senhor a res- mãos sobre minha cabeça e orde-
peito do a batismo para a b remis- nou-me ao mesmo sacerdócio—
são dos pecados, mencionado pois assim nos fora mandado.*
*
Oliver Cowdery relata esses acontecimentos da seguinte maneira: “Esses fo-
ram dias inolvidáveis — ouvir o som de uma voz ditada pela inspiração do céu
despertou neste peito uma profunda gratidão! Dia após dia continuei ininterrup-
tamente a escrever o que lhe saía da boca, enquanto ele traduzia a história ou

66a gee Cowdery, Oliver. D&C 34:7. Aarônico.


68a gee Batismo, Batizar. e RF 5. b Deut. 10:8;
b gee Remissão de gee Mãos, Imposição D&C 13; 124:39.
Pecados. das. gee Levi—Tribo
c gee João Batista. f gee Autoridade; de Levi.
d Núm. 11:25; Ordenação, Ordenar. 70a gee Dom do
Ét. 2:4–5, 14; 69a gee Sacerdócio Espírito Santo.
67 Joseph Smith — História 1:72–75
72 O mensageiro que nos visi- Espírito Santo e regozijamo-nos
tou nessa ocasião e conferiu-nos no Deus de nossa salvação.
esse sacerdócio disse que seu 74 Estando então nossa mente
nome era João, o mesmo que é iluminada, as escrituras começa-
chamado a João Batista no Novo ram a abrir-se ao nosso a entendi-
Testamento; e que agia sob a mento e o b verdadeiro significa-
direção de b Pedro, c Tiago e do e intenção de suas passagens
d
João, que possuíam as e chaves mais misteriosas revelaram-se
do Sacerdócio de f Melquise- a nós de uma forma que jamais
deque, sacerdócio esse que, havíamos conseguido antes e
declarou ele, nos seria conferi- que sequer imaginávamos. En-
do no devido tempo; e que trementes, fomos forçados a
eu seria o primeiro g élder da guardar segredo sobre as cir-
Igreja e ele (Oliver Cowdery), cunstâncias em que havíamos
o segundo. No dia quinze de recebido o sacerdócio e sido ba-
maio de 1829 fomos ordenados tizados, devido ao espírito de
pela mão desse mensageiro e perseguição que já se havia ma-
batizados. nifestado nas redondezas.
73 Assim que saímos da água, 75 De tempos em tempos
após termos sido batizados, re- ameaçavam espancar-nos, isso
cebemos grandes e gloriosas também pelos que professavam
bênçãos de nosso Pai Celestial. ser religiosos. E a intenção que
Apenas terminei de batizar Oli- tinham de nos espancar era so-
ver Cowdery, o a Espírito Santo mente neutralizada pela influên-
desceu sobre ele e ele, pondo-se cia da família de meu sogro
de pé, b profetizou muitas coi- (sob a Divina providência), que
sas que logo deveriam aconte- se tornara muito minha amiga e
cer. E tão logo fui batizado por que era contrária a turbas, dese-
ele, também recebi o espírito jando que me fosse permitido
de profecia e profetizei sobre a continuar o trabalho de tradução
edificação desta Igreja e muitas sem interrupções; e assim nos
outras coisas ligadas à Igreja e ofereceu e prometeu proteção,
a esta geração dos filhos dos no que lhes fosse possível, con-
homens. Estávamos cheios do tra qualquer ato ilegal.

relato chamado ‘O Livro de Mórmon’ com o Urim e Tumim, ou, como teriam dito
os nefitas, ‘Intérpretes’.
Fazer menção, ainda que em poucas palavras, do interessante relato que Mór-
mon e seu filho Morôni escreveram com relação a um povo que foi amado e
favorecido pelo céu seria desviar-me de minha presente intenção; deixarei, por-

72a gee João Batista. de Zebedeu. 73a gee Espírito Santo.


b D&C 27:12–13. e gee Chaves do b gee Profecia,
gee Pedro. Sacerdócio. Profetizar.
c gee Tiago, Filho f gee Sacerdócio de 74a gee Compreensão,
de Zebedeu. Melquisedeque. Entendimento.
d gee João, Filho g gee Élder (Ancião). b Jo. 16:13.
Joseph Smith — História 68
tanto, esse assunto para o futuro; e, como disse na introdução, passarei mais
diretamente a alguns incidentes imediatamente ligados ao surgimento desta
Igreja, que serão de interesse para alguns milhares que, em meio ao desagrado de
fanáticos e das calúnias de hipócritas, abraçaram o Evangelho de Cristo.
Nenhum homem, no domínio de suas faculdades, poderia traduzir e escrever
as instruções dadas aos nefitas pela boca do Salvador a respeito da maneira preci-
sa em que os homens deveriam edificar sua Igreja — especialmente quando a
corrupção espalhara a incerteza sobre todas as formas e sistemas praticados entre
os homens — sem desejar o privilégio de mostrar a disposição de ser imerso na
sepultura líquida, para responder a uma ‘boa consciência ( . . .) pela ressurreição
de Jesus Cristo’.
Depois de escrever o relato do ministério do Salvador aos remanescentes da
semente de Jacó neste continente, foi fácil ver, como o profeta disse que seria, que
trevas cobriam a Terra e densas trevas, a mente do povo. Refletindo um pouco
mais, foi fácil ver que, na grande contenda e no grande clamor com respeito a
religião, ninguém tinha a autoridade de Deus para administrar as ordenanças do
evangelho. Pois se podia perguntar: Têm os homens que negam as revelações
autoridade para administrar em nome de Cristo, sendo que o testemunho dele
não é senão o espírito de profecia e que sua religião baseia-se em revelações
diretas, e por elas é edificada e apoiada em qualquer época do mundo em que ele
teve um povo na Terra? Se esses fatos foram enterrados e cuidadosamente escon-
didos por homens cujas artimanhas estariam em perigo caso lhes fosse permitido
brilhar diante dos homens, para nós já não o estavam; e somente esperávamos
que se desse o mandamento: ‘Levantai-vos e sede batizados’.
Não tardou muito para que este desejo se realizasse. O Senhor, grande em
misericórdia e sempre disposto a atender à oração constante e humilde, depois
que o havíamos invocado fervorosamente, afastados das habitações dos homens,
condescendeu em manifestar-nos sua vontade. Repentinamente, com se fora do
meio da eternidade, a voz do Redentor manifestou-nos paz; ao mesmo tempo o
véu abriu-se e um anjo de Deus desceu, revestido de glória, e transmitiu a espera-
da mensagem e as chaves do Evangelho do arrependimento. Que alegria! Que
admiração! Que assombro! Enquanto o mundo se encontrava atormentado, con-
fundido — enquanto milhões andavam às apalpadelas como cegos procurando a
parede e enquanto todos os homens mergulhavam na incerteza, como a massa em
geral, nossos olhos viram, nossos ouvidos ouviram, como no ‘fulgor do dia’; sim,
mais ainda — acima do resplendor do sol de primavera que nesse momento ba-
nhava com seu brilho a face da natureza. Então sua voz, ainda que humilde,
penetrou até o âmago e suas palavras ‘Sou vosso conservo’ desvaneceu todo
temor. Escutamos! Contemplamos! Admiramos! ‘Era a voz de um anjo da glória’,
era uma mensagem do Altíssimo! E, ao ouvir, rejubilamo-nos, enquanto seu amor
nos aquecia a alma e éramos envoltos pela visão do Onipotente! Havia lugar para
dúvidas? Nenhum; a incerteza desvanecera-se. A dúvida desaparecera para ja-
mais voltar, enquanto a ficção e o engano se desvaneceram para sempre.
Mas, querido irmão, pensa, pensa um pouco mais na alegria que nos encheu o
coração e na surpresa com que nos curvamos (pois quem não teria dobrado os
joelhos para receber tal bênção?), quando recebemos de suas mãos o Santo Sacer-
dócio, ao dizer ele: ‘A vós, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro este
Sacerdócio e esta autoridade que permanecerá na Terra a fim de que os Filhos de
Levi possam ainda fazer, em retidão, uma oferta ao Senhor!’
Não procurarei descrever-te os sentimentos deste coração nem a majestosa
beleza e glória que nos envolveram nessa ocasião; mas acreditar-me-ás quando te
disser que nem a Terra nem os homens, com a eloqüência do tempo, podem
69 Joseph Smith — História
sequer começar a expressar-se de modo tão interessante e sublime como esse
santo personagem. Não! Nem tem esta Terra poder para dar a alegria, conceder a
paz ou captar a sabedoria contida em cada uma dessas frases proferidas pelo
poder do Santo Espírito! Os homens podem enganar seus semelhantes, enganos
podem suceder a enganos e os filhos do maligno podem ter o poder de seduzir os
néscios e ignorantes até o ponto em que nada, a não ser a ficção, alimente as
multidões e os frutos da mentira arrastem, em sua correnteza, os insensatos até a
tumba; mas um toque do dedo de seu amor, sim, um raio de glória do céu ou uma
palavra da boca do Senhor, do seio da eternidade, faz com que tudo pareça insig-
nificante, apagando-o para sempre da mente. A certeza de que estávamos na
presença de um anjo, de que ouvíamos a voz de Jesus e a verdade imaculada que
emanava de um personagem puro, ditada pela vontade de Deus, é para mim
indescritível e sempre considerarei essa expressão da bondade do Salvador com
assombro e gratidão enquanto me for permitido viver; e nas mansões onde a
perfeição habita e o pecado nunca chega, espero adorar no dia que jamais ces-
sará”. —Messenger and Advocate, Vol. 1 (outubro de 1834), pp. 14–16.
Regras de Fé

DE A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

History of the Church (História da Igreja) 4:535–541

C
a
REMOS em b Deus, o Pai Imposição de f mãos para o
Eterno, e em Seu c Filho, g
dom do Espírito Santo.
Jesus Cristo, e no d Espírito Santo. 5 Cremos que um homem
2 Cremos que os homens se- deve ser a chamado por Deus,
rão punidos por seus a próprios por b profecia e pela imposição
pecados e não pela b transgres- de c mãos, por quem possua
d
são de Adão. autoridade, para e pregar o
3 Cremos que, por meio da Evangelho e administrar suas
a f
Expiação de Cristo, toda a ordenanças.
humanidade pode ser b salva 6 Cremos na mesma a organi-
por c obediência às d leis e e orde- zação que existia na Igreja
nanças do Evangelho. Primitiva, isto é, b apóstolos,
c
4 Cremos que os primeiros profetas, d pastores, mestres,
princípios e a ordenanças do e
evangelistas, etc.
Evangelho são: primeiro, b Fé 7 Cremos no a dom de b línguas,
c
no Senhor Jesus Cristo; segun- profecia, d revelação, e visões,
do, cArrependimento; terceiro, f
cura, g interpretação de lín-
d
Batismo por imersão para guas, etc.
e
remissão de pecados; quarto, 8 Cremos ser a a Bíblia a b pala-

1 a gee Crença, Crer. Obediência, e gee Pregar.


b gee Trindade— Obediente. f Al. 13:8–16.
Deus, o Pai. d gee Lei. 6 a gee Igreja Verdadeira,
c gee Trindade— e gee Evangelho. Sinais da—
Deus, o Filho; Jesus 4 a gee Ordenanças. Organização da
Cristo. b gee Fé. Igreja.
d gee Trindade— c gee Arrepender-se, b gee Apóstolo.
Deus, o Espírito Arrependimento. c gee Profeta.
Santo; Espírito d gee Batismo, Batizar. d gee Bispo.
Santo. e gee Remissão de e gee Evangelista;
2 a Deut. 24:16; Pecados. Patriarca, Patriarcal.
Eze. 18:19–20. f gee Mãos, Imposição 7 a gee Dons do
gee Prestar Contas, das. Espírito.
Responsabilidade, g gee Dom do Espírito b gee Línguas,
Responsável; Santo. Dom das.
Arbítrio. 5 a gee Chamado, c gee Profecia,
b gee Queda de Adão Chamado por Deus, Profetizar.
e Eva. Chamar. d gee Revelação.
3 a gee Expiação, b gee Profecia, e gee Visão.
Expiar. Profetizar. f gee Curar, Curas.
b Mos. 27:24–26; c gee Mãos, Imposição g I Cor. 12:10;
Mois. 5:9. das. Mórm. 9:7–8.
gee Salvação. d gee Autoridade; 8 a gee Bíblia.
c gee Obedecer, Sacerdócio. b gee Palavra de Deus.
71 Regras de Fé 1:9–13
vra de Deus, desde que esteja e concedemos a todos os ho-
traduzida c corretamente; tam- mens o mesmo privilégio, dei-
bém cremos ser o d Livro de xando-os d adorar como, onde
Mórmon a palavra de Deus. ou o que desejarem.
9 Cremos em tudo o que Deus 12 Cremos na submissão a reis,
a
revelou, em tudo o que Ele re- presidentes, governantes e ma-
vela agora e cremos que Ele ain- gistrados; na obediência, honra
da b revelará muitas coisas gran- e manutenção da a lei.
diosas e importantes relativas 13 Cremos em ser a honestos,
ao Reino de Deus. verdadeiros, b castos, benevolen-
10 Cremos na a coligação lite- tes, virtuosos e em c fazer o bem
ral de Israel e na restauração a todos os homens; na realida-
das b Dez Tribos; que c Sião (a de, podemos dizer que segui-
Nova Jerusalém) será construí- mos a d admoestação de Paulo:
da no continente americano; Cremos em todas as coisas, con-
que Cristo d reinará pessoalmen- fiamos em todas as coisas, su-
te na Terra; e que a Terra será portamos muitas coisas e e es-
e
renovada e receberá sua f glória peramos ter a capacidade de
g
paradisíaca. tudo f suportar. Se houver qual-
11 Pretendemos o a privilégio quer coisa g virtuosa, amável,
de adorar a Deus Todo-Podero- de boa fama ou louvável, nós a
so de acordo com os b ditames procuraremos.
de nossa própria c consciência; Joseph Smith.

8 c 1 Né. 13:20–40; c Ét. 13:2–11; g gee Glória.


14:20–26. D&C 45:66–67; 11a D&C 134:1–11.
d gee Livro de 84:2–5; b gee Arbítrio.
Mórmon. Mois. 7:18. c gee Consciência.
9 a gee Revelação. gee Nova Jerusalém; d gee Adorar.
b Amós 3:7; Sião. 12a D&C 58:21–23.
D&C 121:26–33. d gee Milênio. gee Lei.
gee Escrituras— e gee Terra— 13a gee Honestidade,
Profecias a respeito Purificação da Terra. Honesto;
de escrituras futuras. f ie um estado Integridade.
10a Isa. 49:20–22; 60:4; semelhante ao do b gee Castidade.
1 Né. 19:16–17. Jardim do Éden; c gee Serviço.
gee Israel— Isa. 11:6–9; 35:1–10; d Filip. 4:8.
Coligação de Israel. 51:1–3; 65:17–25; e gee Esperança.
b gee Israel—Dez Eze. 36:35. f gee Perseverar.
Tribos Perdidas. gee Paraíso. g gee Recato; Virtude.
Guia Para
Estudo
Das
Escrituras
INTRODUÇÃO

LISTA DE VERBETES POR ORDEM ALFABÉTICA

SELEÇÕES DA TRADUÇÃO DE
JOSEPH SMITH DA BÍBLIA

CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DA IGREJA,


MAPAS E FOTOGRAFIAS

MAPAS E FOTOGRAFIAS DA BÍBLIA


3
INTRODUÇÃO

O Guia para Estudo das Escrituras explica doutrinas, princípios, povos e


lugares encontrados na Bíblia Sagrada, no Livro de Mórmon, em Doutrina e
Convênios e na Pérola de Grande Valor. Para cada verbete, fornece também
referências básicas das escrituras para estudo. O Guia irá ajudá-lo no estudo das
escrituras, individualmente e em família. Pode ajudá-lo a responder perguntas
sobre o evangelho, estudar temas das escrituras, a preparar discursos e aulas e a
aumentar seu conhecimento e testemunho do evangelho.
O Guia possui três seções: (1) uma lista de verbetes em ordem alfabética, (2)
seleções da Tradução de Joseph Smith da Bíblia (TJS), (3) cronologia da história
da Igreja, mapas e fotografias; e mapas e fotografias da Bíblia.
1. Lista de verbetes por ordem alfabética. Esta seção apresenta uma breve definição
de cada verbete e relaciona as referências de escritura mais significativas a
respeito do assunto. Cada referência é precedida de uma pequena citação
ou resumo da escritura. As referências aparecem na seguinte ordem: Velho
Testamento, Novo Testamento, Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola
de Grande Valor.
2. Seleções da Tradução de Joseph Smith da Bíblia. Em 1830 o Senhor ordenou a
Joseph Smith que iniciasse uma revisão ou tradução da Bíblia, versão do Rei
Jaime (King James). O propósito do Profeta era restaurar algumas das verdades
claras e preciosas que se haviam perdido dos textos originais da Bíblia. Em julho
de 1833, já terminara a maior parte do trabalho, mas até sua morte em 1844, ele
continuou a fazer alterações, preparando o manuscrito para publicação. Apesar
de o trabalho não ter sido terminado, nem o texto adotado oficialmente pela
Igreja, a Tradução de Joseph Smith contém esclarecimentos sobre o significado
de muitas escrituras, sendo de grande ajuda para a compreensão da Bíblia.
Algumas das alterações mais importantes foram incluídas no Guia para Estudo
das Escrituras. (Para mais informações, consultar o verbete “Tradução de Joseph
Smith” no Guia.)
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias utiliza como sua tradução
oficial em inglês a Versão da Bíblia do Rei Jaime, que desempenhou um papel
fundamental na restauração do evangelho e continua a ter significativa influên-
cia em muitas nações do mundo.
3. Cronologia da história da Igreja, mapas e fotografias, e mapas e fotografias da Bíblia.
Ao conhecer a geografia das terras citadas nas escrituras, você terá uma com-
preensão melhor dos eventos das escrituras. O Guia inclui 6 mapas de áreas
importantes na história da Igreja, 14 mapas de terras da Bíblia e 1 mapa-múndi.
Para encontrar um local, utilize o índice do conjunto de mapas em que estiver
interessado. O índice indicará o mapa adequado e as coordenadas do local nesse
mapa. As 18 fotografias da história da Igreja e as 32 fotografias da Bíblia também
possuem descrições que irão ajudá-lo a melhor entender determinados eventos
das escrituras.
A cronologia da história da Igreja indica datas de eventos importantes para a
restauração e para o crescimento de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias.
A fim de tornar-se mais proveitoso para o estudo das escrituras, o Guia contém
outros aspectos úteis. Por exemplo, se o leitor examinar o verbete “Jesus Cristo”,
encontrará uma lista completa de todos os verbetes do Guia que contêm informa-
ções relacionadas diretamente com o Salvador e seu ministério. Esse é o único
verbete do Guia que contém uma lista tão extensa, salientando a importância
de Cristo para toda a humanidade. Além disso, no verbete “Cronologia” encon-
4
tram-se alguns dos acontecimentos mais importantes dos tempos bíblicos, assim
como dos tempos do Livro de Mórmon, com as datas aproximadas. O verbete
“Evangelhos” contém uma concordância entre os evangelhos, na qual se compa-
ram os ensinamentos do Salvador que se encontram em Mateus, Marcos, Lucas,
João e nas revelações dos últimos dias.
Neste Guia utilizam-se as seguintes abreviações para os livros de escritura:

Velho Testamento Novo Testamento


Gênesis Gên. Mateus Mt.
Êxodo Êx. Marcos Mc.
Levı́tico Lev. Lucas Lc.
Números Núm. João Jo.
Deuteronômio Deut. Atos dos Apóstolos At.
Josué Jos. Romanos Rom.
Juı́zes Juı́. I Corı́ntios I Cor.
Rute Rut. II Corı́ntios II Cor.
I Samuel I Sam. Gálatas Gál.
II Samuel II Sam. Efésios Ef.
I Reis I Re. Filipenses Filip.
II Reis II Re. Colossenses Col.
I Crônicas I Crôn. I Tessalonicenses I Tess.
II Crônicas II Crôn. II Tessalonicenses II Tess.
Esdras Esd. I Timóteo I Tim.
Neemias Nee. II Timóteo II Tim.
Ester Est. Tito Tit.
Jó Jó Filemom Fil.
Salmos Salm. Hebreus Heb.
Provérbios Prov. Tiago Tg.
Eclesiastes Ecles. I Pedro I Ped.
Cantares de Salomão Cant. II Pedro II Ped.
Isaı́as Isa. I João I Jo.
Jeremias Jer. II João II Jo.
Lamentações Lam. III João III Jo.
Ezequiel Eze. Judas Jud.
Daniel Dan. Apocalipse Apoc.
Oséias Osé.
Joel Joel Livro de Mórmon
Amós Amós 1 Néfi 1 Né.
Obadias Oba. 2 Néfi 2 Né.
Jonas Jon. Jacó Jacó
Miquéias Miq. Enos En.
Naum Naum Jarom Jar.
Habacuque Hab. Ômni Ômni
Sofonias Sof. Palavras de Mórmon Pal. Mórm.
Ageu Ageu Mosias Mos.
Zacarias Zac. Alma Al.
Malaquias Mal. Helamã Hel.
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3 Néfi 3 Né. Pérola de Grande Valor
4 Néfi 4 Né. Moisés Mois.
Mórmon Mórm. Abraão Abr.
Éter Ét. Joseph Smith—Mateus JS—M
Morôni Morô. Joseph Smith—História JS—H
Regras de Fé RF
Doutrina e Convênios D&C
Declaração Oficial 1 DO—1 Tradução de Joseph Smith TJS
Declaração Oficial 2 DO—2
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LISTA DE VERBETES POR ORDEM ALFABÉTICA
Como utilizar este Guia. O Guia para Estudo das Escrituras consta de uma lista de
verbetes do evangelho dispostos em ordem alfabética. Ele fornece uma breve defini-
ção de cada verbete e alista as referências de escritura mais importantes relativas
àquele tema. Cada referência é precedida de uma curta citação ou de um resumo da
passagem. As referências das escrituras aparecem na seguinte ordem: Velho Testa-
mento, Novo Testamento, Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola de
Grande Valor. A seguir, um exemplo explicativo:

Os verbetes estão escritos CASAMENTO, CASAR. Ver também Às vezes outros verbetes
em letras maiúsculas e em Divórcio; Famı́lia do guia contêm
negrito. informações relativas ao
Convênio ou contrato legı́timo entre que está sendo estudado.
Há uma breve definição
As palavras em itálico Ver
de cada verbete. um homem e uma mulher, tornando-os também indicam os
marido e mulher. O casamento é or- verbetes correlacionados.
denado por Deus (D&C 49:15).
Referências de escritura
Não é bom que o homem esteja só, Gên. que ajudam a entender a
definição são dadas entre
2:18 (Mois. 3:18). O homem apegar-se-á parênteses.
Referências de escritura à sua mulher, e serão ambos uma carne,
correlacionadas acham-se Gên. 2:24 (Mt. 19:5; Abr. 5:18). O que
entre parênteses.
Deus ajuntou não o separe o homem, Cada referência de
Mt. 19:6 (Mc. 10:9). Nos últimos dias al- escritura é precedida de
guns apostatarão da fé, proibindo o ca- uma breve citação ou
resumo da passagem.
samento, I Tim. 4:1–3. O casamento é
venerado, Heb. 13:4. O Senhor ordenou
aos filhos de Leı́ que se casassem com as
filhas de Ismael, 1 Né. 7:1, 5 (1 Né. 16:7–
8). Deus criou a Adão e Eva para serem
marido e mulher, Mois. 3:7, 18, 21–25.
Alguns verbetes têm O novo e eterno convênio do casamento: O
subtı́tulos, os quais são casamento realizado sob a lei do evan-
escritos em itálico.
Quando se faz referência
gelho e do santo sacerdócio é para a vi-
a um subtı́tulo nos da mortal e também para a eternidade.
verbetes correlacionados Os homens e mulheres dignos, assim
depois da palavra Ve r, ele
é sempre citado em selados em matrimônio no templo, po-
correlação com o verbete dem continuar a ser marido e mulher
principal, separado por por toda a eternidade.
um travessão. Por
exemplo: Casamento, CASAMENTO NO TEMPLO. Ver Algumas palavras da lista
Casar—O novo e eterno alfabética não têm
convênio do casamento. O Casamento, casar explicações nem
verbete é Casamento, referências, mas a palavra
casar e o que vem depois Ver, em itálico, indica ao
do travessão é um leitor outro verbete onde
subtı́tulo dentro do se encontra a informação
verbete. pertinente.
1 Abençoado, Abençoar, Bênção
AARÃO, FILHO DE MOSIAS. ABEDNEGO. Ver também Daniel
Ver também Mosias, Filho do rei
No Velho Testamento, Sadraque, Mesa-
Benjamim; Mosias, Filhos de
que e Abednego foram três jovens israe-
No Livro de Mórmon, um dos filhos litas que, juntamente com Daniel, foram
do rei Mosias. Aarão serviu como mis- levados ao palácio de Nabucodonosor,
sionário e seus diligentes esforços aju- rei da Babilônia. O nome hebraico de
daram a converter muitas almas a Abednego era Azarias. Os quatro rapa-
Cristo. zes recusaram-se a contaminar-se in-
gerindo a carne e vinho do rei (Dan. 1).
Foi um incrédulo que procurou destruir Por ordem do rei, Sadraque, Mesaque
a Igreja, Mos. 27:8–10, 34. Um anjo apa- e Abednego foram lançados na forna-
receu a ele e seus companheiros, Mos. lha ardente, porém foram preservados
27:11. Arrependeu-se e começou a pre- pelo Filho de Deus (Dan. 3).
gar a palavra de Deus, Mos. 27:32–
28:8. Recusou-se a ser rei, preferindo ir ABEL. Ver também Adão; Caim
à terra dos lamanitas pregar a palavra
de Deus, Al. 17:6–9. Jejuou e orou bus- No Velho Testamento, filho de Adão e
cando orientação, Al. 17:8–11. Ensi- Eva.
nou o pai do rei Lamôni, Al. 22:1–26. Ofereceu a Deus um sacrifício melhor
Foi pregar aos zoramitas, Al. 31:6–7. que o de seu irmão Caim, Gên. 4:4–5
(Heb. 11:4; Mois. 5:16–21). Foi assassi-
AARÃO, IRMÃO DE MOISÉS. nado por Caim, Gên. 4:8 (Mois. 5:32).
Ver também Moisés; Sacerdócio Recebeu de Adão o sacerdócio, D&C
Aarônico 84:16. Satanás conspirou com Caim
para matar Abel, Mois. 5:28–31 (Hel.
No Velho Testamento, filho de Anrão 6:27).
e Joquebede, da tribo de Levi (Êx.
6:16–20); irmão mais velho de Moisés ABENÇOADO, ABENÇOAR,
(Êx. 7:7). BÊNÇÃO. Ver também Ação de
Designado pelo Senhor para ajudar Graças, Agradecido,
Moisés a tirar os filhos de Israel do Agradecimento; Bênção dos
Egito e para ser o porta-voz de seu ir- Doentes; Bênçãos Patriarcais;
mão, Êx. 4:10–16, 27–31; 5:1–12:51. No Graça; Lei
Monte Sinai Moisés recebeu instruções Conceder favores divinos a alguém.
sobre a designação de Aarão e de seus Tudo o que contribui para a verdadei-
quatro filhos ao Sacerdócio Aarônico, ra felicidade, o bem-estar ou a prospe-
Êx. 28:1–4. A pedido do povo, fez um ridade é uma bênção.
bezerro de ouro, Êx. 32:1–6, 21, 24, 35.
Morreu no Monte de Hor aos 123 anos Todas as bênçãos são baseadas em leis
de idade, Núm. 20:22–29 (Núm. 33:38– eternas (D&C 130:20–21). Porque Deus
39). O Senhor confirmou um sacerdócio quer que seus filhos sejam felizes nes-
também sobre Aarão e sua semente, ta vida (2 Né. 2:25) ele lhes concede
D&C 84:18, 26–27, 30. Os que magnifi- bênçãos por sua obediência aos man-
cam os seus chamados no sacerdócio se damentos (D&C 82:10), em resposta
tornam os filhos de Moisés e de Aarão, a uma oração ou ordenança do sacer-
D&C 84:33–34. O Senhor justificará as dócio (D&C 19:38; 107:65–67), ou por
ações justas dos que forem chamados sua graça (2 Né. 25:23).
pelo Pai, como Aarão, D&C 132:59. As beatitudes ou bem-aventuranças são
uma lista bem conhecida de afirmações
AARÔNICO, SACERDÓCIO. a respeito de bênçãos (Mt. 5:1–12; 3 Né.
Ver Sacerdócio Aarônico 12:1–12).
Abinádi 2
Bênçãos em geral: Far-te-ei uma grande Profetizou que Deus castigaria o povo
nação, e abençoar-te-ei, Gên. 12:2–3 do iníquo rei Noé, caso não se arre-
(1 Né. 15:18; Abr. 2:9–11). Bênçãos há pendessem, Mos. 11:20–25. Foi preso
sobre a cabeça do justo, Prov. 10:6. O ho- por profetizar a destruição do rei Noé
mem fiel abundará em bênçãos, Prov. e seu povo, Mos. 12:1–17. Ensinou aos
28:20. O Senhor abrirá as janelas do céu iníquos sacerdotes do rei Noé a lei de
e derramará sobre vós uma bênção, Moisés e a respeito de Cristo, Mos. 12–
Mal. 3:10 (3 Né. 24:10). As beatitudes 16. Alma, o pai, acreditou nas pala-
prometem bênçãos, Mt. 5:1–12 (3 Né. vras dele e escreveu-as, Mos. 17:2–4.
12:1–12). Bem-aventurados aqueles que Foi morto pelo fogo por ordem do rei
são chamados à ceia das bodas do Cor- Noé, Mos. 17:20.
deiro, Apoc. 19:9. Aquele que é justo é
favorecido por Deus, 1 Né. 17:35 (Mos. ABOMINAÇÃO, ABOMINÁVEL.
10:13). E se escutardes, eu vos deixo Ver também Pecado
uma bênção, 2 Né. 1:28. Deixo-vos a Nas escrituras, é algo que cause desa-
mesma bênção, 2 Né. 4:9. Sereis ime- grado ou revolta aos justos e puros.
diatamente abençoados, Mos. 2:24. O Os lábios mentirosos são abomináveis
Senhor abençoa e faz prosperar os que ao Senhor, Prov. 12:22. O orgulho é abo-
colocam nele a sua confiança, Hel. 12:1. minável à vista do Senhor, Jacó 2:13–
Auxiliai a trazer à luz a minha obra e 22. Os iníquos serão condenados a uma
sereis abençoados, D&C 6:9. Ora sem- visão terrível de suas próprias culpas e
pre, e grande será a tua bênção, D&C abominações, Mos. 3:25. A falta de casti-
19:38. Sê batizado, e receberás o meu dade é o mais detestável de todos os pe-
Espírito e uma bênção maior do que cados, salvo derramar sangue inocente
todas as que jamais conheceste, D&C e negar o Espírito Santo, Al. 39:3–5. A
39:10. Após muita tribulação vêm as indignação do Senhor está acesa contra
bênçãos, D&C 58:4. Os homens não obe- as abominações deles, D&C 97:24.
decem; revogo e eles não recebem a
bênção, D&C 58:32. Não compreendes- ABOMINÁVEL IGREJA. Ver
tes quão grandes bênçãos o Pai prepa- Diabo—A igreja do diabo
rou para vós, D&C 78:17. Do sumo sa-
ABRAÃO. Ver também Convênio
cerdócio vêm a administração das orde-
Abraâmico
nanças e bênçãos à Igreja, D&C 107:65–
67. Há uma lei na qual se baseiam todas Filho de Terá, nascido em Ur dos cal-
as bênçãos, D&C 130:20. Todos os que deus (Gên. 11:26, 31; 17:5). Profeta do
receberem uma bênção de minhas mãos Senhor com quem este fez convênios
obedecerão à lei, D&C 132:5. Bênçãos eternos, por meio dos quais todas as
são reservadas àqueles que amam o nações da Terra são abençoadas. Abraão
Senhor, D&C 138:52. Abraão buscou as originalmente se chamava Abrão.
bênçãos dos patriarcas e o direito para Migrou para Harã, onde faleceu Terá,
administrá-las, Abr. 1:2. Gên. 11:31–32 (Abr. 2:1–5). Foi chama-
Bênção de crianças: Tomando-os nos seus do por Deus a ir a Canaã e a receber
braços, os abençoou, Mc. 10:16. Pegou um convênio divino, Gên. 12:1–8 (Abr.
as criancinhas, uma a uma e abençoou- 2:4, 15–17). Viajou ao Egito, Gên. 12:9–
as, 3 Né. 17:21. Os élderes deverão aben- 20 (Abr. 2:21–25). Estabeleceu-se em
çoar as crianças em nome de Jesus Hebrom, Gên. 13:18. Libertou Ló, Gên.
Cristo, D&C 20:70. 14:1–16. Encontrou Melquisedeque,
Gên. 14:18–20. Hagar dá à luz seu fi-
lho, Ismael, Gên. 16:15–16. Seu nome é
ABINÁDI. Ver também Mártir,
mudado para Abraão, Gên. 17:5. O Se-
Martírio
nhor disse a Abraão e Sara que eles te-
Profeta nefita do Livro de Mórmon. riam um filho, Gên 17:15-22; 18:1–14.
3 Ação de Graças, Agradecido, Agradecimento
Sara dá à luz seu filho, Isaque, Gên. literalmente à linhagem de Abraão ou
21:2–3. Recebe ordem de sacrificar Isa- forem adotados em sua família, acei-
que, Gên. 22:1–18. Sara morreu e foi tando o evangelho e sendo batizados
sepultada, Gên. 23:1–2, 19. Abraão mor- (Gál. 3:26–29; 4:1–7; D&C 84:33–34;
reu e foi sepultado, Gên. 25:8–10. A obe- 103:17; 132:30–32; Abr. 2:9–11). Os des-
diência de Abraão em oferecer Isaque cendentes literais de Abraão podem
em sacrifício foi à semelhança de Deus perder essas bênçãos em virtude da
e de seu Filho Unigênito, Jacó 4:5. Pagou desobediência (Rom. 4:13; 9:6–8).
dízimos a Melquisedeque, Al. 13:15.
Predisse e testificou sobre a vinda de ABRAÃO, CONVÊNIO DE.
Cristo, Hel. 8:16–17. Recebeu o sacerdó- Ver Convênio Abraâmico
cio de Melquisedeque, D&C 84:14. Os
ABRÃO. Ver Abraão
justos se tornam a semente de Abraão,
D&C 84:33–34 (Gál. 3:27–29). Recebeu ABUNDÂNCIA. Ver Riquezas
todas as coisas por revelação, D&C
132:29. Recebeu a sua exaltação, D&C ACABE. Ver também Jezabel
132:29. Buscou as bênçãos dos pais e a No Velho Testamento, um dos reis mais
sua designação para o sacerdócio, Abr. perversos e poderosos do reino do norte,
1:1–4. Foi perseguido por falsos sacer- Israel. Casou-se com Jezabel, uma prin-
dotes da Caldéia, Abr. 1:5–15. Foi salvo cesa de Sidon, por cuja influência foi es-
pelo Senhor, Abr. 1:16–20. Aprendeu tabelecida em Israel a adoração a Baal
sobre o sol, a lua e as estrelas, Abr. 3:1– e Astarote (I Re. 16:29–33; II Re. 3:2) e
14. Aprendeu sobre a vida pré-terrena feita a tentativa de eliminar os profe-
e a criação, Abr. 3:22–28. tas e a adoração a Jeová (I Re. 18:13).
Livro de Abraão: Registros antigos escri- Reinou sobre Israel em Samaria durante
tos por Abraão, que chegaram às mãos vinte e dois anos, I Re. 16:29 (I Re. 16–
da Igreja em 1835. Os registros e algu- 22). Fez o que parecia mal aos olhos do
mas múmias foram descobertos em ca- Senhor, mais do que todos os que fo-
tacumbas egípcias por Antonio Lebolo, ram antes dele, I Re. 16:30. Foi morto
que as legou a Michael Chandler, o qual em combate, I Re. 22:29–40.
as exibiu nos Estados Unidos em 1835.
Alguns amigos de Joseph Smith as com- AÇÃO DE GRAÇAS, AGRADECI-
praram de Chandler e entregaram os re- DO, AGRADECIMENTO. Ver
gistros a Joseph Smith, que os traduziu. também Abençoado, Abençoar,
Alguns desses registros agora se encon- Bênção; Adorar
tram na Pérola de Grande Valor. O capí- Gratidão pelas bênçãos recebidas de
tulo 1 relata as experiências de Abraão Deus. Expressar gratidão é agradável
em Ur dos caldeus, onde sacerdotes a Deus e a verdadeira adoração inclui
idólatras tentaram sacrificá-lo. O capítu- dar-lhe graças. Devemos dar graças ao
lo 2 fala de sua jornada a Canaã. O Se- Senhor por todas as coisas.
nhor apareceu-lhe e fez convênios com
ele. O capítulo 3 afirma que Abraão viu Não cesso de dar graças, Ef. 1:15–16.
o universo e compreendeu a relação Sede agradecidos, Col. 3:15. Louvor,
entre os corpos celestiais. Os capítulos glória, ação de graças e honra ao nosso
4–5 são outro relato da criação. Deus, Apoc. 7:12. Quanto deveis agra-
decer a vosso Rei celestial, Mos. 2:19–
Semente de Abraão: Pessoas que, pela 21. Rendei diariamente graças a Deus,
obediência às leis e ordenanças do evan- Al. 34:38. Quando te levantares, pela
gelho de Jesus Cristo, recebem as pro- manhã, tem o teu coração cheio de agra-
messas e convênios feitos por Deus com decimento a Deus, Al. 37:37. Fazei todas
Abraão. Os homens e mulheres podem as coisas com oração e ação de graças,
receber tais bênçãos se pertencerem D&C 46:7. Fazei estas coisas com ação
Aconselhar, Conselho 4
de graças, D&C 59:15–21. Receba esta Adão é o pai e patriarca da raça humana
bênção da mão do Senhor com um co- na Terra. Sua transgressão no Jardim do
ração grato, D&C 62:7. Aquele que rece- Éden (Gên. 3; D&C 29:40–42; Mois. 4)
ber todas as coisas com gratidão será fez com que ele “caísse” e se tornasse
glorificado, D&C 78:19. Em tudo dai mortal, um passo necessário para que
graças, D&C 98:1 (I Tess. 5:18). Louva a humanidade pudesse progredir aqui
ao Senhor com orações de louvor e na Terra (2 Né. 2:14–29; Al. 12:21–26).
ação de graças, D&C 136:28. Portanto Adão e Eva devem ser honra-
dos pelo papel que desempenharam, o
ACONSELHAR, CONSELHO.
que tornou possível nosso progresso
Ver também Profeta
eterno. Adão é o Ancião de Dias do qual
Advertir ou instruir; Podemos receber falou Daniel e também é conhecido co-
conselhos, advertências e avisos do mo Miguel (Dan. 7; D&C 27:11; 107:53–
Senhor e de seus líderes designados. 54; 116; 138:38). Ele é o arcanjo que vol-
Eu te aconselharei, Êx. 18:19. Guiar- tará à Terra como patriarca da família
me-ás com o teu conselho, Salm. 73:24. humana, em preparação para a segun-
Não havendo sábia direção, o povo cai, da vinda de Jesus Cristo (D&C 29:26).
Prov. 11:14. Os fariseus e os doutores da
Deus criou o homem à sua imagem,
lei rejeitaram o conselho de Deus, Lc.
Gên. 1:26–28 (Mois. 2:26–28; Abr. 4:26–
7:30. Aconselho-te que de mim compres
28). Deus concedeu ao homem domínio
ouro provado no fogo, Apoc. 3:18. É
sobre todas as coisas e ordenou-lhe que
bom ser instruído quando se dá ouvidos
se multiplicasse e enchesse a Terra,
aos conselhos de Deus, 2 Né. 9:29. Não
Gên. 1:28–31 (Mois. 2:28–31; Abr. 4:28–
tenteis dar conselhos ao Senhor, Jacó
31). Deus colocou Adão e Eva no Jar-
4:10. Porque ele aconselha com sabe-
dim do Éden e proibiu que comessem
doria em todas as suas obras, Al. 37:12.
da árvore do conhecimento do bem e
Vossos pecados subiram a mim, porque
do mal, Gên. 2:7–9, 15–17 (Mois. 3:7–9,
procurais aconselhar à vossa própria
15–17; Abr. 5:7–13). Adão deu nome a
maneira, D&C 56:14. Dai ouvidos ao
toda alma vivente, Gên. 2:19–20 (Mois.
conselho daquele que vos ordenou,
3:19–20; Abr. 5:20–21). Adão e Eva fo-
D&C 78:2. Receber os conselhos daque-
ram casados por Deus, Gên. 2:18–25
le que designei, D&C 108:1. Ele aspira a
(Mois. 3:18–25; Abr. 5:14–21). Adão e
estabelecer o seu próprio conselho, em
Eva foram tentados por Satanás, parti-
vez do conselho que decretei, D&C
lharam do fruto proibido e foram expul-
124:84. Atenda ao conselho de meu ser-
sos do Jardim do Éden, Gên. 3 (Mois. 4).
vo Joseph, D&C 124:89. Se qualquer ho-
Adão morreu com 930 anos de idade,
mem não procurar meu conselho, não
Gên. 5:5 (Mois. 6:12). Adão foi o primei-
terá poder algum, D&C 136:19.
ro homem, D&C 84:16. Antes de mor-
ACREDITAR. Ver Crença, Crer. rer, Adão reuniu a sua posteridade fiel
em Adão-ondi-Amã e abençoou-os,
ADÃO-ONDI-AMÃ. Ver também Adão
D&C 107:53–57. Adão ofereceu sacri-
Lugar onde Adão, três anos antes de fício, Mois. 5:4–8. Adão foi batizado,
morrer, abençoou a sua posteridade recebeu o Espírito Santo e foi ordena-
fiel (D&C 107:53–56) e para onde ele do ao sacerdócio, Mois. 6:51–68.
retornará antes da Segunda Vinda
(D&C 116). ADOÇÃO. Ver também Abraão—A
ADÃO. Ver também Adão-ondi-Amã; semente de Abraão; Filhos de
Arcanjo; Éden; Eva; Miguel; Cristo; Filhos e Filhas de Deus;
Queda de Adão e Eva Israel
Ele foi o primeiro homem criado sobre As escrituras falam de duas espécies
a Terra. de adoção:
5 Adversidade
(1) A pessoa que não é da linhagem is- e mulheres. Embora o adultério geral-
raelita torna-se membro da família de mente se refira a relações sexuais entre
Abraão e da casa de Israel tendo fé em uma pessoa casada e outra que não
Jesus Cristo, arrependendo-se, sendo seu cônjuge, nas escrituras também
batizada por imersão e recebendo o pode referir-se aos não casados.
Espírito Santo (2 Né. 31:17–18; D&C
Às vezes o adultério é usado para re-
84:73–74; Abr. 2:6, 11).
presentar a apostasia de uma nação ou
(2) Todos os que recebem as orde- de todo um povo que se afasta dos ca-
nanças salvadoras do evangelho se tor- minhos do Senhor (Núm. 25:1–3; Jer.
nam filhos e filhas de Jesus Cristo pela 3:6–10; Eze. 16:15–59; Osé. 4).
contínua obediência a seus manda- José não faria tamanho mal, pecando
mentos (Rom. 8:15–17; Gál. 3:24–29; assim contra Deus, Gên. 39:7–12. Não
4:5–7; Mos. 5:7–8). adulterarás, Êx. 20:14. Qualquer que
atentar numa mulher para a cobiçar, já
ADORAR. Ver também Trindade
em seu coração cometeu adultério com
Amar, reverenciar, prestar serviço e ela, Mt. 5:28. Nem os devassos, nem os
devoção a Deus (D&C 20:19). A ado- adúlteros herdarão o reino de Deus,
ração inclui oração, jejum, serviço na I Cor. 6:9-10. Deus julgará aos devassos
Igreja, participação nas ordenanças do e adúlteros, Heb. 13:4. O adultério é o
evangelho e outras práticas que mos- mais abominável de todos os pecados,
tram devoção e amor ao Senhor. salvo derramar sangue inocente ou ne-
Não terás outros deuses diante de mim, gar o Espírito Santo, Al. 39:3–5. O que
Êx. 20:3 (32:1–8, 19–35; Salm. 81:9). Ado- cometer adultério e não se arrepender
rai ao Pai em espírito e em verdade, Jo. será expulso, D&C 42:23–26. Se alguém
4:23. Adorai aquele que fez o céu e a em seu coração cometer adultério, não
Terra, Apoc. 14:7 (D&C 133:38–39). terá o Espírito, D&C 63:14–16.
Adorai-o com toda vossa força, mente ADVERSÁRIO. Ver Diabo
e poder, 2 Né. 25:29. Acreditavam em
Cristo e adoravam o Pai em seu nome, ADVERSIDADE. Ver também
Jacó 4:5. Zenos ensinou que os homens Castigar, Castigo; Perseguição,
devem orar e adorar em todos os luga- Perseguir; Perseverar; Tentação,
res, Al. 33:3–11. Adorai a Deus em qual- Tentar
quer lugar em que estejais, em espírito
Por meio da adversidade—testes, pro-
e em verdade, Al. 34:38. As pessoas
blemas e aflições—o homem pode vi-
lançavam-se aos pés de Jesus e o adora-
ver muitas experiências que levam ao
vam, 3 Né. 11:17. Todos os homens
desenvolvimento espiritual e progres-
precisam arrepender-se, crer em Jesus
so eterno, buscando ao Senhor.
Cristo e adorar ao Pai em seu nome,
D&C 20:29. Dou-vos estas palavras para Vosso Deus, que vos livrou de todos os
compreenderdes e saberdes como ado- vossos males e trabalhos, I Sam. 10:19.
rar e saberdes o que adorais, D&C E clamaram ao Senhor na sua angústia,
93:19. Somente a este único Deus ado- Salm. 107:6, 13, 19, 28. Embora o Senhor
rarei, Mois. 1:12–20. Pretendemos o vos dê o pão de angústia, os vossos ins-
privilégio de adorar a Deus Todo-Po- trutores nunca mais fugirão, Isa. 30:20–
deroso, RF 11. 21. Porque é necessário que haja uma
oposição em todas as coisas, 2 Né. 2:11.
ADULTÉRIO. Ver também
Porque se nunca tivessem o amargo,
Castidade; Fornicação;
não poderiam conhecer o doce, D&C
Homossexualismo; Imoralidade
29:39. A tua adversidade não durará
Sexual; Sensual, Sensualidade
mais que um momento, D&C 121:7–8.
É a relação sexual ilícita entre homens Todas estas coisas te servirão de expe-
Advertência, Advertir, Prevenir 6
riência e serão para o teu bem, D&C já acabadas, deixando de construir o
122:7 (5–8). E provam o amargo, para templo. O capítulo 2 registra a profe-
saber apreciar o bem, Mois. 6:55. cia de Ageu de que o Senhor dará paz
ADVERTÊNCIA, ADVERTIR, em seu templo.
PREVENIR. Ver também Atalaia, AGRIPA. Ver também Paulo
Sentinela, Vigia
No Novo Testamento, filho de Herodes
Admoestar ou avisar. Profetas, líderes Agripa I e irmão de Berenice e Drusila.
e pais admoestam e ensinam outras Foi rei de Calcis, situada no Líbano.
pessoas a serem obedientes ao Senhor Ele ouviu o Apóstolo Paulo e quase foi
e a seus mandamentos. persuadido a ser cristão (At. 25–26;
Jacó preveniu o povo de Néfi contra JS—H 1:24).
toda a espécie de pecados, Jacó 3:12.
A voz de advertência irá a todos os ÁGUAS VIVAS. Ver também Jesus
povos, D&C 1:4. Que vossa pregação Cristo
seja a voz de advertência, D&C 38:41. Símbolo do Senhor Jesus Cristo e de
Este é um dia de advertência, D&C seus ensinamentos. Assim como a água
63:58. Todo aquele que for advertido é essencial à sustentação da vida terre-
deverá advertir seu próximo, D&C na, o Salvador e seus ensinamentos
88:81. Eu vos avisei, e de antemão vos (água viva) são essenciais para a vida
aviso, por meio desta palavra de sabe- eterna.
doria, D&C 89:4. Com alegria tirareis águas das fontes
ADVOGADO. Ver também Jesus de salvação, Isa. 12:3. A mim me deixa-
Cristo ram, o manancial de águas vivas, Jer.
Jesus Cristo é nosso Advogado junto 2:13. Aquele que beber da água que eu
ao Pai (Morô. 7:28) e advoga a nossa lhe der nunca terá sede, Jo. 4:6–15. Se
causa diante dele. alguém tem sede, venha a mim, e be-
ba, Jo. 7:37. A barra de ferro conduzia
Jesus Cristo é o nosso advogado junto
à fonte de águas vivas, 1 Né. 11:25. To-
ao Pai, I Jo. 2:1 (D&C 110:4). Jesus in-
mar de graça das águas da vida, D&C
tercederá por todos, 2 Né. 2:9 (Heb.
10:66. Meus mandamentos serão como
7:25). Jesus conquistou a vitória sobre
uma fonte de água viva, D&C 63:23.
a morte, o que lhe deu poder de inter-
ceder pelos filhos dos homens, Mos. ÁLCOOL. Ver Palavra de Sabedoria
15:8. Sou vosso advogado junto ao Pai,
D&C 29:5. Jesus Cristo está pleiteando ALEGRIA. Ver também Obedecer,
vossa causa, D&C 45:3–5. Obediência, Obediente
Condição de grande felicidade, prove-
AGAR. Ver Hagar
niente de se viver dignamente. O propó-
AGEU sito da vida mortal é que todos tenham
Profeta do Velho Testamento que pro- alegria (2 Né. 2:22–25). A plenitude da
fetizou aproximadamente no ano de 520 alegria só pode ser conseguida por meio
a.C., em Jerusalém, logo depois que os de Jesus Cristo (Jo. 15:11; D&C 93:33–
judeus retornaram do exílio na Babilô- 34; 101:36).
nia (Esd. 5:1; 6:14). Ele falou sobre a Os necessitados entre os homens se
reconstrução do templo do Senhor em alegrarão no Santo de Israel, Isa. 29:19
Jerusalém e repreendeu o povo por (2 Né. 27:30). Trago novas de grande
ainda não o ter concluído. Também es- alegria, Lc. 2:10. E a vossa alegria nin-
creveu sobre o templo no milênio e o guém vo-la tirará, Jo. 16:22. O fruto do
reinado do Senhor. Espírito é caridade, gozo, paz, Gál. 5:22.
Livro de Ageu: No capítulo 1 o Senhor Seu fruto enchia a minha alma de imen-
repreendeu o povo por viver em casas sa alegria, 1 Né. 8:12. Os homens exis-
7 Alma, Filho de Alma
tem para que tenham alegria, 2 Né. 2:25. balham no reino trazem salvação para
A alegria dos justos será completa pa- suas almas por intermédio do seu ser-
ra sempre, 2 Né. 9:18. Para habitar com viço, D&C 4:2, 4. O valor das almas é
Deus em um estado de felicidade sem grande, D&C 18:10. Haveis nascido no
fim, Mos. 2:41. Renunciarei a tudo mundo pela água, sangue e espírito, e
quanto possuo para poder receber es- assim vos haveis transformado em al-
se grande regozijo, Al. 22:15. Talvez ma vivente, Mois. 6:59.
possa ser um instrumento nas mãos de Valor das almas: Todos os seres huma-
Deus para trazer alguma alma ao arre- nos são filhos espirituais de Deus, que
pendimento; e esta é a minha alegria, se preocupa com cada um deles e con-
Al. 29:9. Oh! que alegria e que luz ma- sidera cada um importante. Por serem
ravilhosa contemplei! Al. 36:20. Meu filhos dele, têm potencial para se tor-
Espírito encher-te-á a alma de alegria, narem como ele. Portanto são de gran-
D&C 11:13. Quão grande será vossa de valor.
alegria com ela no reino de meu Pai,
D&C 18:15–16. Neste mundo vossa ale- Há alegria diante dos anjos de Deus por
gria não é completa, mas em mim vossa um pecador que se arrepende, Lc. 15:10.
alegria é completa, D&C 101:36. Nesta Deus amou o mundo de tal maneira que
vida terei alegria, Mois. 5:10–11. deu o seu Filho unigênito, Jo. 3:16. Não
podiam suportar que nenhuma alma
ALFA E ÔMEGA. Ver também Jesus humana se perdesse, Mos. 28:3. Não é
Cristo uma alma tão preciosa a Deus agora
Alfa é a primeira letra do alfabeto grego; como será na ocasião de sua vinda? Al.
Ômega é a última. Também são nomes 39:17. A coisa de maior valor para ti
dados a Jesus Cristo e são usados como será trazer almas a mim, D&C 15:6.
símbolos para demonstrar que Cristo Lembrai-vos de que o valor das almas
é o princípio e também o fim de toda a é grande à vista de Deus, D&C 18:10–
criação (Apoc. 1:8; D&C 19:1). 15. Esta é minha obra e minha glória:
Levar a efeito a imortalidade e vida
ALMA. Ver também Corpo; Espírito eterna do homem, Mois. 1:39.
As escrituras falam das almas de três
maneiras: (1) referindo-se a seres espi- ALMA, FILHO DE ALMA. Ver
rituais, tanto pré como pós mortais (Al. também Alma, o Pai; Amuleque;
40:11–14; Abr. 3:23); (2) falando do espí- Mosias, Filhos de
rito e do corpo, unidos na mortalidade No Livro de Mórmon, profeta e pri-
(Abr. 5:7); e (3) quando se trata de um meiro juiz supremo da nação nefita.
ser imortal, ressuscitado, cujo espírito Na juventude procurou destruir a Igreja
e corpo se tornaram inseparavelmente (Mos. 27:8–10). Entretanto, um anjo apa-
unidos (D&C 88:15–16; Al. 40:23). receu-lhe e ele converteu-se ao evange-
O sangue fará expiação pela alma, Lev. lho (Mos. 27:8–24; Al. 36:6–27). Mais tar-
17:11. O Senhor refrigera a minha al- de renunciou à posição de juiz supremo
ma, Salm. 23:1–3. Amarás o Senhor para ensinar o povo (Al. 4:11–20).
teu Deus de toda a tua alma, Mt. 22:37 Livro de Alma: Um dos livros do Livro
(Mc. 12:30). O diabo engana suas al- de Mórmon, que consiste em um resu-
mas, 2 Né. 28:21. Ofertai-lhe toda a mo dos registros dos profetas Alma,
vossa alma, como dádiva, Ômni 1:26. filho de Alma, e seu filho, Helamã. Os
A palavra começa a dilatar-me a alma, eventos nele retratados ocorreram apro-
Al. 32:28. Sua alma nunca terá fome ximadamente de 91 a 52 a.C. O livro
nem sede, 3 Né. 20:8. O pão e a água do contém 63 capítulos. Os capítulos 1–4
sacramento são santificados para as descrevem a rebelião dos seguidores
almas daqueles que partilharem dele, de Neor e Anlici contra os nefitas. As
Morô. 4–5 (D&C 20:77–79). Os que tra- guerras decorrentes foram as mais des-
Alma, o Pai 8
trutivas até aquele ponto da história ne- edificou um altar ao Senhor, Gên. 12:7–
fita. Os capítulos 5–16 trazem o relato 8. Abraão amarrou Isaque, seu filho, e
das primeiras viagens missionárias de deitou-o sobre o altar, Gên. 22:9 (22:1–
Alma, inclusive seu sermão sobre o 13). Jacó edificou ali um altar, e chamou
Bom Pastor (Al. 5) e a pregação com aquele lugar El-Betel, Gên. 35:6–7. Elias,
Amuleque na cidade de Amoniá. Os o profeta, construiu um altar e desafiou
capítulos 17–27 contêm o registro so- os sacerdotes de Baal, I Re. 18:17–40. Se
bre os filhos de Mosias e seu ministé- trouxeres a tua oferta ao altar, reconci-
rio entre os lamanitas. Os capítulos lia-te primeiro com teu irmão, Mt. 5:23–
28–44 apresentam alguns dos sermões 24. Vi debaixo do altar as almas dos que
mais importantes de Alma. No capítu- foram mortos por amor da palavra de
lo 32 Alma compara a palavra a uma Deus, Apoc. 6:9 (D&C 135:7). Leí levan-
semente; no capítulo 36 ele relata ao tou um altar de pedras e rendeu graças
filho, Helamã, a história de sua conver- ao Senhor, 1 Né. 2:7. Abraão foi salvo de
são. Os capítulos 39–42 registram os morrer no altar de Elquena, Abr. 1:8–20.
conselhos de Alma a seu filho Coriân-
AMALDIÇOAR, MALDIÇÕES.
ton, que havia cometido uma transgres-
Ver também Condenação;
são moral; este importante sermão ex-
Profanidade
plica a justiça, a misericórdia, a ressur-
reição e a Expiação. Os capítulos 45–63 Nas escrituras, maldição da lei divina
descrevem as guerras nefitas daquele que possibilita ou inflige julgamentos
período e as migrações lideradas por e suas conseqüências a alguma coisa,
Hagote. Grandes líderes como o Capi- alguém ou a um povo, basicamente de-
tão Morôni, Teâncum e Leí ajudaram a vido a iniqüidade. As maldições são
preservar os nefitas com seus feitos manifestações do amor de Deus e da
corajosos e oportunos. justiça divina. Podem ser invocadas di-
retamente por Deus ou pronunciadas
ALMA, O PAI por seus servos autorizados. Em alguns
Profeta nefita do Livro de Mórmon que casos, as razões plenas para as mal-
organizou a Igreja na época do iníquo dições são conhecidas somente por
rei Noé. Deus. Além disso, uma maldição recai
Foi sacerdote do iníquo rei Noé, e era sobre aqueles que desobedecem a Deus
descendente de Néfi, Mos. 17:1–2. Após intencionalmente e, portanto, afastam-
ouvir Abinádi e crer em suas palavras, se do Espírito do Senhor. O Senhor pode
foi expulso pelo rei. Fugindo, escondeu- remover maldições devido a fé em Jesus
se e escreveu as palavras de Abinádi, Cristo e obediência às leis e ordenanças
Mos. 17:3–4. Arrependeu-se e ensinou do evangelho por parte de um indiví-
as palavras de Abinádi, Mos. 18:1. Bati- duo ou de um povo (Alma 23:16–18;
zou nas águas de Mórmon, Mos. 18:12– 3 Né. 2:14–16; RF 3).
16. Organizou a Igreja, Mos. 18:17–29. Deus amaldiçoou a serpente por ter
Chegou com seu povo em Zaraenla, enganado Adão e Eva, Gên. 3:13–15
Mos. 24:25. Recebeu autoridade sobre (Mois. 4:19–21). A terra foi amaldiçoada
a Igreja, Mos. 26:8. Julgou e conduziu por causa de Adão e Eva, Gên. 3:17–19
a Igreja, Mos. 26:34–39. Conferiu a seu (Mois. 4:23–25). O Senhor amaldiçoou
filho o ofício de sumo sacerdote, Al. Caim por ter matado Abel, Gên. 4:11–16
4:4 (Mos. 29:42; Al. 5:3). (Mois. 5:22–41). O Senhor amaldiçoou
ALTAR. Ver também Sacrifício Canaã e seus descendentes, Gên. 9:25–
27 (Mois. 7:6–8; Abr. 1:21–27). Israel
Estrutura usada para sacrifícios, ofer- será abençoada se obedecer a Deus e
tas e adoração. amaldiçoada se desobedecer, Deut. 28:1–
Noé construiu um altar ao Senhor e ofe- 68 (Deut. 29:18–28). Geazi e seus descen-
receu-lhe holocaustos, Gên. 8:20. Abrão dentes foram amaldiçoados com a lepra
9 Amon, Filho de Mosias
de Naamã, II Re. 5:20–27. O Senhor AMALEQUITAS. (Velho
amaldiçoou a antiga Israel por não pa- Testamento)
gar dízimos e ofertas, Mal. 3:6–10. Jesus Tribo árabe que vivia no deserto de Pa-
amaldiçoou uma figueira e esta morreu, rã, entre Arabá e o Mediterrâneo. Vi-
Mc. 11:11–14, 20–21. Jesus amaldiçoou veram constantemente em guerra com
as cidades de Corazim, Betsaida e Ca- os hebreus, desde o tempo de Moisés
pernaum, Lc. 10:10–15. Por não escuta- (Êx. 17:8) até os tempos de Saul e Davi
rem ao Senhor, os lamanitas foram (I Sam. 15; 27:8; 30; II Sam. 8:11–12).
separados da presença do Senhor e
amaldiçoados, 2 Né. 5:20–24. Todos são AMALIQUIAS
convidados a virem a Deus, 2 Né. 26:33.
No Livro de Mórmon, traidor nefita
O Senhor amaldiçoará os que comete-
que obteve poder entre os lamanitas e
rem abominações, Jacó 2:31–33. Os nefi-
guiou-os contra os nefitas (Al. 46–51).
tas receberão uma maldição maior que a
dos lamanitas a menos que se arrepen- AMÉM. Ver também Oração
dam, Jacó 3:3–5. Os rebeldes trazem
maldições a si mesmos, Al. 3:18–19 Significa “assim seja” ou “assim é”. A
(Deut. 11:26–28). Corior foi amaldiçoa- palavra amém é proferida para de-
do por conduzir o povo para longe de monstrar aceitação e acordo sinceros
Deus, Al. 30:43–60. O Senhor amal- ou solenes (Deut. 27:14–26) ou veraci-
diçoou a terra e as riquezas dos nefitas dade (I Re. 1:36). Hoje em dia, no final
devido à iniqüidade do povo, Hel. de orações, testemunhos e discursos,
13:22–23 (2 Né. 1:7; Al. 37:31). O Senhor os que ouvem a oração ou mensagem
amaldiçoou os jareditas iníquos, Ét. dizem um amém audível, indicando
9:28 – 35. O sacrifício expiatório de concordância e aceitação.
Cristo retira das criancinhas a mal- Na época do Velho Testamento uma
dição de Adão, Morô. 8:8–12. Os que pessoa devia dizer amém ao fazer um ju-
se afastam do Senhor são amaldiçoa- ramento (I Crôn. 16:7; 35–36; Nee. 5:13;
dos, D&C 41:1. A terra será ferida 8:2–6). Cristo é chamado “o Amém, a
com maldição, a menos que exista testemunha fiel e verdadeira” (Apoc.
um elo de ligação entre pais e filhos, 3:14). A palavra amém também servia
D&C 128:18 (Mal. 4:5–6). como sinal de um convênio na escola
dos profetas (D&C 88:133–135).
Profanidade: Amaldiçoar significa tam-
bém usar linguagem profana, blasfe- AMON, DESCENDENTE DE
matória ou insolente. ZARAENLA. Ver também Lími
As pessoas não devem amaldiçoar a No Livro de Mórmon, homem forte e
seu pai ou a sua mãe, Êx. 21:17 (Mt. poderoso que conduziu uma expedição
15:40). Não amaldiçoarás aqueles que de Zaraenla à terra de Leí-Néfi (Mos.
o governam, Êx. 22:28 (Ecles. 10:20). 7:1–16). Foram-lhe mostrados regis-
Os homens e as mulheres não amal- tros antigos, e ele explicou o que é um
diçoarão a Deus, Lev. 24:13–16. Pedro vidente (Mos. 8:5–18). Mais tarde aju-
blasfemou quando negou conhecer dou a libertar o rei Lími e seu povo dos
Jesus, Mt. 26:69–74. Os nefitas iníquos lamanitas e levá-los de volta a Zaraen-
amaldiçoaram a Deus e desejaram la (Mos. 22).
morrer, Mórm. 2:14.
AMON, FILHO DE MOSIAS. Ver
AMALEQUITAS. (Livro de também Ânti-néfi-leítas; Mosias,
Mórmon) Filho de Benjamim; Mosias,
Grupo de apóstatas nefitas que leva- Filhos de
ram os lamanitas a combaterem contra No Livro de Mórmon, filho do rei Mo-
os nefitas (Al. 21–24, 43). sias. Amon serviu como missionário e
Amor 10
seus diligentes esforços ajudaram a tem maior amor do que este: de dar al-
converter muitas almas a Cristo. guém a sua vida pelos seus amigos, Jo.
15:13. Simão, amas-me mais do que es-
Em certa época, foi um incrédulo que
tes? Apascenta os meus cordeiros, Jo.
procurou destruir a Igreja, Mos. 27:8–
21:15–17. Nada nos separará do amor
10, 34. Um anjo apareceu a ele e a seus
de Cristo, Rom. 8:35–39. O olho não viu
companheiros, Mos. 27:11. Arrepen-
as coisas que Deus preparou para os que
deu-se e começou a pregar a palavra
o amam, I Cor. 2:9. Servi-vos uns aos
de Deus, Mos. 27:32–28:8. Recusou-se
outros pela caridade, Gál. 5:13. Mari-
a ser rei, preferindo ir à terra dos la-
dos, amai vossas mulheres, Ef. 5:25 (Col.
manitas pregar a palavra de Deus, Al.
3:19). Não ameis o mundo, I Jo. 2:15.
17:6–9. Jejuou e orou buscando orien-
Deus é caridade, I Jo. 4:8. Nós o ama-
tação, Al. 17:8–11. Foi levado cativo pe-
mos a ele porque ele nos amou primei-
rante o rei Lamôni, Al. 17:20–21. Salvou
ro, I Jo. 4:19. Cristo sofreu por causa de
os rebanhos de Lamôni, Al. 17:26–39.
sua benevolência para com os homens,
Pregou a Lamôni, Al. 18:1–19:13. Agra-
1 Né. 19:9. Deveis prosseguir com amor
deceu a Deus e viu-se dominado pela
a Deus e a todos os homens, 2 Né. 31:20.
alegria, Al. 19:14. Seus conversos nun-
Ensinareis vossos filhos a se amarem
ca se afastaram, Al. 23:6. Regozijou-se
mutuamente e a servirem uns aos ou-
por ser um instrumento nas mãos de
tros, Mos. 4:15. Se haveis sentido o dese-
Deus para trazer milhares à verdade,
jo de cantar o cântico do amor que redi-
Al. 26:1–8 (26:1–37). Conduziu o povo
me, podeis agora sentir isso? Al. 5:26.
de Ânti-Néfi-Leí à segurança, Al. 27.
Sede conduzidos pelo Espírito Santo,
Sentiu grande alegria por reencontrar
tornando-vos pacientes, cheios de amor,
seus irmãos, Al. 27:16–18.
Al. 13:28. Faze com que tuas paixões se-
AMOR. Ver também Caridade; jam dominadas, para que te enchas de
Compaixão; Inimizade amor, Al. 38:12. Não havia contendas,
em virtude do amor a Deus que existia
Profunda devoção e afeição. O amor a no coração do povo, 4 Né. 1:15. Tudo o
Deus inclui devoção, adoração, reve- que incita a amar a Deus é inspirado por
rência, ternura, misericórdia, perdão, Deus, Morô. 7:13–16. A caridade é o pu-
compaixão, graça, serviço, gratidão e ro amor de Cristo, Morô. 7:47. O perfei-
bondade. O maior exemplo do amor to amor extirpa todo o medo, Morô. 8:16
que Deus tem por seus filhos é a ex- (I Jo. 4:18). O amor qualifica os homens
piação infinita de Jesus Cristo. para a obra de Deus, D&C 4:5 (D&C
Amarás o teu próximo como a ti mes- 12:8). A santificação vem a todos os que
mo, Lev. 19:18 (Mt. 5:43–44; Mt. 22:37– amam e servem a Deus, D&C 20:31. Se
40; Rom. 13:9; Gál. 5:14; Tg. 2:8; Mos. me amares, servir-me-ás e guardarás
23:15; D&C 59:6). Amarás o Senhor teu meus mandamentos, D&C 42:29 (Jo.
Deus de todo o teu coração, Deut. 6:5 14:15). Mostrar amor maior por aquele
(Morô. 10:32; D&C 59:5). O Senhor vos- que repreendes ou corriges, D&C
so Deus vos prova, para saber se amas 121:43. Os homens amaram Satanás
o Senhor vosso Deus, Deut. 13:3. O Se- mais que a Deus, Mois. 5:13, 18, 28.
nhor repreende aquele a quem ama,
Prov. 3:12. Em todo o tempo ama o ami- AMÓS
go, Prov. 17:17. Deus amou o mundo de Profeta do Velho Testamento que pro-
tal maneira que deu o seu Filho unigêni- fetizou desde aproximadamente 792 até
to, Jo. 3:16 (D&C 138:3). Que vos ameis 740 a.C., na época de Uzias, rei de Judá,
uns aos outros; como eu vos amei a vós, e Jeroboão, rei de Israel.
Jo. 13:34 (Jo. 15:12, 17; Mois. 7:33). Se me
amardes, guardareis os meus manda- Livro de Amós. Livro do Velho Testa-
mentos, Jo. 14:15 (D&C 42:29). Ninguém mento. Muitas das profecias de Amós
11 Andar, Andar com Deus
admoestaram Israel e as nações vizi- ANA, PROFETIZA
nhas a voltarem à retidão. No Novo Testamento, profetiza da tribo
Os capítulos 1–5 chamam Israel e as de Aser. Na época do nascimento de
nações vizinhas ao arrependimento. nosso Senhor ela era uma viúva idosa.
O capítulo 3 explica que o Senhor Viu o menino Jesus ao ser apresentado
revela seus segredos aos profetas e no templo e reconheceu-o como sendo
avisa que, em virtude de transgressão, o Redentor (Lc. 2:36–38).
Israel seria destruída por um ad-
ANANIAS DE DAMASCO. Ver
versário. Os capítulos 6–8 profetizam
também Paulo
a queda de Israel, muitos anos antes
da invasão assíria. O capítulo 9 profe- Discípulo cristão, de Damasco, que bati-
tiza que Israel será restituída a sua zou Paulo (At. 9:10–18; 22:12).
própria terra. ANANIAS DE JERUSALÉM
AMULEQUE. Ver também Alma, No Novo Testamento, ele e a mulher,
Filho de Alma Safira, mentiram ao Senhor, retendo
uma parte do dinheiro que a ele ha-
No Livro de Mórmon, um companhei-
viam consagrado. Repreendidos por
ro missionário de Alma, o filho.
Pedro, ambos caíram ao solo e morre-
Foi visitado por um anjo, Al. 8:20–21; ram (At. 5:1–11).
10:7. Recebeu Alma em sua casa, Al.
8:21–27. Pregou com poder ao povo de ANÁS. Ver também Caifás
Amoniá, Al. 8:29–32; 10:1–11. Era des- No Novo Testamento, homem de gran-
cendente de Néfi, Leí e Manassés, de influência no Sinédrio. Ao ser preso,
Al. 10:2–3. Testificou sobre a verdade, Jesus foi conduzido primeiramente a
Al. 10:4–11. Chamou o povo ao arre- ele (Jo. 18:13); também desempenhou
pendimento e foi rejeitado, Al. 10:12– importante papel no julgamento dos
32. Contendeu com Zeezrom, Al. apóstolos (At. 4:3–6).
11:20–40. Ensinou sobre a ressurreição,
ANCIÃO. Ver Élder
julgamento e restauração, Al. 11:41–
45. Quis impedir o martírio dos fiéis, ANCIÃO DE DIAS. Ver Adão
Al. 14:9–10. Foi preso junto com Alma,
ANDAR, ANDAR COM DEUS. Ver
Al. 14:14–23. Saiu ileso da prisão, em
também Caminho; Obedecer,
virtude da fé, Al. 14:24–29. Testificou
Obediência, Obediente; Reto,
a respeito da expiação, misericórdia e
Retidão.
justiça, Al. 34:8–16. Ensinou sobre a
oração, Al. 34:17–28. Incentivou o povo Estar em harmonia com os ensinamen-
a não procrastinar o arrependimento, tos de Deus e viver como Deus deseja
Al. 34:30–41. A fé possuída por Alma e que seu povo viva; ser receptivo e obe-
Amuleque fez com que as paredes da diente aos sussurros do Espírito Santo.
prisão desmoronassem, Ét. 12:13. Para que eu veja se andam em minha
lei ou não, Êx. 16:4. Não negará bem al-
ANA, MÃE DE SAMUEL. Ver
gum aos que andam na retidão, Salm.
também Samuel, Profeta do Velho
84:11. Os que andam nos meus estatu-
Testamento
tos e guardam os meus juízos serão
Mãe de Samuel, profeta do Velho Testa- meu povo, Eze. 11:20–21 (Deut. 8:6).
mento. O Senhor deu Samuel a Ana em Subamos ao monte do Senhor e ande-
resposta a suas orações (I Sam. 1:11, 20– mos pelas suas veredas, Miq. 4:2. O
28). Ana dedicou Samuel ao Senhor. Seu que o Senhor pede de ti, senão que an-
cântico de gratidão pode ser compara- des humildemente com o teu Deus?
do ao de Maria, mãe de Jesus (I Sam. Miq. 6:8 (D&C 11:12). Andemos na
2:1–10; Lc. 1:46–55). luz, como Deus na luz está, I Jo. 1:7
André 12
(II Jo. 1:6; III Jo. 1:4; 4 Né. 1:12;). Andai jos de Deus encontram a Jacó, Gên.
pelo caminho reto que nos guia à vida, 32:1–2. Gideão viu um anjo do Senhor
2 Né. 33:9. O rei Benjamim andava com face a face, Juí. 6:22. Um anjo estendeu
a consciência tranqüila diante de Deus, a mão sobre Jerusalém para destruí-la,
Mos. 2:27. Vosso dever para com Deus é II Sam. 24:16. Um anjo tocou em Elias, o
andar sem manchas segundo a santa or- profeta, e disse: Levanta-te e come, I Re.
dem de Deus, Al. 7:22. Os membros da 19:5–7. Daniel viu o anjo Gabriel numa
Igreja manifestarão uma conduta e lin- visão, Dan. 8:15–16. O anjo Miguel aju-
guagem piedosas, D&C 20:69. Dai ouvi- dou a Daniel, Dan. 10:13. O anjo Gabriel
dos ao profeta e andai em toda santida- foi enviado por Deus, Lc. 1:19, 26–27. Os
de diante do Senhor, D&C 21:4. Ensinar anjos do diabo serão reservados em pri-
os filhos a orar e a andar em retidão pe- sões até o dia do juízo, Jud. 1:6 (II Ped.
rante o Senhor, D&C 68:28. Tu perma- 2:4). A multidão viu anjos descendo dos
necerás em mim e eu, em ti; portanto céus, 3 Né. 17:24. Morôni escreveu sobre
anda comigo, Mois. 6:34. o ministério de anjos, Morô. 7:25–32. O
Sacerdócio Aarônico possui as chaves
ANDRÉ do ministério de anjos, D&C 13. Morô-
No Novo Testamento, irmão de Simão ni, João Batista, Pedro, Tiago, João, Moi-
Pedro e um dos Doze Apóstolos sés, Elias, o profeta, e Elias ministraram
chamados por Jesus durante seu a Joseph Smith como anjos, D&C 27:5–
ministério terreno (Mt. 4:18–19; Mc. 12. Vós não podeis suportar o ministério
1:16–18, 29). de anjos, D&C 67:13. Miguel, o arcanjo,
é Adão, D&C 107:54. Os anjos que são
ANJOS pessoas ressuscitadas têm corpos de
Há duas espécies de seres nos céus, carne e ossos, D&C 129. Os únicos anjos
chamados anjos: os que são espíritos e que ministram nesta Terra são os que
os que possuem corpo de carne e os- pertencem a ela, D&C 130:5. Os homens
sos. Os anjos que são espíritos são se- que não obedecem à lei de Deus do ca-
res que ainda não obtiveram um corpo samento eterno não se casam nem são
de carne e ossos ou são aqueles que já dados em casamento, mas são desig-
tiveram um corpo e aguardam a res- nados anjos no céu, D&C 132:16–17.
surreição. Os anjos que têm corpo de
carne e ossos foram ressuscitados ou ANJOS MINISTRADORES.
são seres transladados. Ver Anjos
Nas escrituras existem muitas referên- ANLICI, ANLICITAS
cias ao trabalho dos anjos. Às vezes
Um homem do Livro de Mórmon que
eles falam com voz de trovão ao
liderou um grupo de nefitas que dese-
transmitirem as mensagens de Deus
javam ter um rei durante o reinado dos
(Mos. 27:11–16). Homens mortais jus-
juízes. Estes nefitas, chamados anlicitas,
tos também podem ser chamados de
rebelaram-se abertamente contra Deus,
anjos (TJS—Gên. 19:15). Alguns anjos
pelo que foram amaldiçoados (Al. 2–3).
servem ao redor do trono de Deus, no
céu (Al. 36:22). ANTICRISTO. Ver também Diabo
As escrituras também falam de anjos do Toda pessoa ou tudo aquilo que seja
diabo. São os espíritos que seguiram a uma representação falsa do verdadeiro
Lúcifer e foram expulsos da presença plano de salvação do evangelho e que,
de Deus na vida pré-mortal e lançados aberta ou secretamente, se oponha a
à Terra (Apoc. 12:1–9; 2 Né. 9:9, 16; D&C Cristo. João, o Revelador, descreveu o
29:36–37). anticristo como um enganador (I Jo.
Jacó viu anjos de Deus subindo e des- 2:18–22; 4:3–6; II Jo. 1:7). Lúcifer é o
cendo por uma escada, Gên. 28:12. An- maior anticristo, mas ele tem muitos
13 Apócrifos, Livros
assistentes, tanto entre os seres espiri- Desconhece-se a data precisa em que
tuais como entre os mortais. foi dada.
O filho de perdição opõe-se e levanta- Em 1 Né. 14:18–27 e em D&C 77 (Ét.
se contra tudo o que se chama Deus, 4:15–16) foram-nos dadas algumas
II Tess. 2:1–12. Ele engana os que ha- chaves importantes para entendermos
bitam na Terra por meio de milagres, este livro.
Apoc. 13:13 – 17. Serém, negando o
Cristo, enganou a muitos, Jacó 7:1–23. Os capítulos 1–3 são uma introdução
Neor ensinou falsas doutrinas, estabele- ao livro e cartas às sete igrejas da Ásia.
ceu uma igreja e introduziu as intrigas João escreveu para ajudar os santos a
sacerdotais, Al. 1:2–16. Corior ridicu- resolverem certos problemas. Os capí-
larizou Cristo, a expiação e o espírito tulos 4–5 registram visões recebidas
de profecia, Al. 30:6–60. por João, mostrando a majestade e jus-
tiça do poder de Deus e de Cristo. Nos
ÂNTI-NÉFI-LEÍTAS. Ver também capítulos 6–9, 11, João registra que viu
Amon, Filho de Mosias; Helamã, um livro selado com sete selos, cada
Filhos de; Mosias, Filhos de um representando mil anos da história
da Terra. Esses capítulos tratam princi-
No Livro de Mórmon é o nome dado palmente dos eventos contidos no séti-
aos lamanitas convertidos pelos filhos mo selo (Apoc. 8–9, 11:1–15). O capítulo
de Mosias. Após a conversão, aquele 10 descreve um livro comido por João.
povo, que era também chamado de po- Ele representa a missão futura que João
vo de Amon, permaneceu fiel pelo resto cumpriria. O capítulo 12 relata a visão
da vida (Al. 23:4–7, 16–17; 27:20–27). do mal que teve início nos céus, quan-
Adotaram o nome de ânti-néfi-leítas, do Satanás se revoltou e foi expulso. A
Al. 23:16–17; 24:1. Recusaram-se a der- guerra que ali começou continua a ser
ramar sangue e enterraram suas armas, travada na Terra. Nos capítulos 13, 17–
Al. 24:6–19. Seus filhos se prepararam 19, João descreve os reinos corruptos
para a guerra e escolheram a Helamã da Terra, controlados por Satanás, e
como chefe, Al. 53:16–19; 56–58 (estes mostra o destino desses reinos, inclu-
filhos também eram conhecidos como sive a destruição final do mal. Os capí-
os 2.000 guerreiros amonitas). tulos 14–16 descrevem a retidão dos
santos em meio ao mal, pouco antes da
APOCALIPSE DO APÓSTOLO segunda vinda de Cristo. Os capítulos
JOÃO. Ver também João, Filho de 20–22 falam do Milênio, da bela cida-
Zebedeu de de Nova Jerusalém e dos eventos
finais da história da Terra.
Nome do último livro do Novo Testa-
mento. Apocalipse também pode signi- APÓCRIFOS, LIVROS. Ver também
ficar qualquer revelação notável. Deriva Bíblia; Escrituras
de uma palavra grega que significa “re-
velado” ou “descoberto.” O livro consis- Livros sagrados do povo judeu não in-
te em uma revelação dada ao Apóstolo cluídos na Bíblia hebraica mas conser-
João, na qual lhe foi permitido ver a vados nas Bíblias de algumas igrejas
história do mundo, especialmente os cristãs. Esses livros geralmente são va-
últimos dias (Apoc. 1:1–2; 1 Né. 14:18– liosos no sentido de ligar o Velho e o
27; D&C 77). Em inglês, o livro Apoca- Novo Testamentos, sendo considerados
lipse chama-se Revelação. pela Igreja como leitura proveitosa.
João recebeu esta revelação no dia do Os Livros Apócrifos estão, na maior
Senhor, na Ilha de Patmos (Apoc. 1:9– parte, traduzidos corretamente, mas
10), situada perto da costa da Ásia, contêm acréscimos incorretos, D&C
não longe de Éfeso. 91:1–3. Os Livros Apócrifos são de pro-
Apoio aos Líderes da Igreja 14
veito aos que forem iluminados pelo ram-se, 1 Né. 8:28. A apostasia dos nefi-
Espírito, D&C 91:4–6. tas tornou-se uma pedra de tropeço pa-
ra os que não pertenciam à Igreja, Al.
APOIO AOS LÍDERES DA
4:6–12. Muitos membros da Igreja se
IGREJA. Ver também Comum
tornaram orgulhosos e perseguiram
Acordo
muitos de seus irmãos, Hel. 3:33–34
Voto de apoio àqueles que servem em (4:11–13; 5:2–3). Quando o Senhor faz
cargos de liderança na Igreja em âmbi- prosperar seu povo, eles às vezes endu-
to geral e local. recem os corações e esquecem-no, Hel.
Apresenta Josué perante toda congre- 12:2; 13:38. Os nefitas endureceram os
gação e dá-lhe mandamentos aos olhos corações, caindo sob o poder de Satanás,
deles, Núm. 27:19. Então jubilou todo 3 Né. 2:1–3. Morôni profetizou sobre a
o povo, e disseram: Viva o rei, I Sam. apostasia dos últimos dias, Mórm. 8:28,
10:24. Crede nos seus profetas, e sereis 31–41. A apostasia precederá a Segunda
prosperados, II Crôn. 20:20. Obedecei Vinda, D&C 1:13–16.
àqueles que governam sobre vós, Heb. Apostasia da igreja cristã primitiva: Este
13:17. Serás favorecido pelo Senhor, povo se aproxima de mim com a sua bo-
pois que não tens murmurado, 1 Né. 3:6. ca, Isa. 29:10, 13. As trevas cobriram a
Aqueles que receberam os profetas fo- Terra, Isa. 60:2. O Senhor enviará uma
ram poupados, 3 Né. 10:12–13. Dai ou- fome de ouvir as palavras do Senhor,
vidos às palavras destes doze, 3 Né. Amós 8:11. Surgirão falsos cristos e fal-
12:1. Seja pela minha própria voz ou sos profetas, Mt. 24:24. Entrarão no
pela voz de meus servos, é o mesmo, meio de vós lobos cruéis, At. 20:29. Ma-
D&C 1:38. Suas palavras recebereis ravilho-me de que tão depressa passás-
como de minha própria boca, D&C seis para outro evangelho, Gál. 1:6. Ha-
21:5. Aquele que recebe os meus servos, verá uma apostasia antes da Segunda
a mim me recebe, D&C 84:35–38. Quem Vinda, II Tess. 2:3. Alguns se desviaram
me recebe, recebe aqueles que enviei, da verdade, II Tim. 2:18. Algumas pes-
D&C 112:20. Se meu povo não der ouvi- soas têm aparência de piedade, mas ne-
dos à voz desses homens que designei, gam a eficácia dela, II Tim. 3:2, 5. Virá o
não serão abençoados, D&C 124:45–46. tempo em que não sofrerão a sã doutri-
APOSTASIA. Ver também Rebeldia, na, II Tim. 4:3–4. Haverá falsos profetas
Rebelião; Restauração do e falsos doutores entre o povo, II Ped.
Evangelho 2:1. Certos homens se introduziram, e
negam a Deus, Jud. 1:4. Alguns homens
Significa afastamento da verdade. Pes-
disseram ser apóstolos, e não eram,
soas, a Igreja, ou nações inteiras podem
Apoc. 2:2. Néfi viu a formação de uma
cair em apostasia, isto é, afastar-se da
grande e abominável igreja, 1 Né. 13:26.
verdade.
Os gentios tropeçaram e construíram
Apostasia geral: Israel devia guardar-se muitas igrejas, 2 Né. 26:20. Desviaram-
para que seu coração não se desviasse se de minhas ordenanças e quebraram
do Senhor, Deut. 29:18. Sem profecia o meu convênio eterno, D&C 1:15. Tre-
povo se corrompe, Prov. 29:18. Eles que- vas cobrem a Terra e densa escuridão
braram a aliança eterna, Isa. 24:5. As- a mente do povo, D&C 112:23. Foi dito
sopraram ventos, e combateram aque- ao Profeta que todas as igrejas esta-
la casa, e caiu, Mt. 7:27. Maravilho-me vam erradas; seus corações estavam
de que tão depressa passásseis para longe de Deus, JS—H 1:19.
outro evangelho, Gál. 1:6. Os que se
haviam iniciado no bom caminho per- APÓSTOLO. Ver também Discípulo;
deram-se na névoa, 1 Né. 8:23 (12:17). Revelação
Após haverem experimentado do fruto, Em grego, a palavra apóstolo significa
tomaram caminhos proibidos e perde- “enviado”. Título dado por Jesus aos
15 Arca do Concerto
Doze por ele escolhidos e ordenados pa- concede de escolhermos e agirmos por
ra serem seus discípulos e auxiliares nós mesmos.
mais achegados durante seu ministério De toda a árvore comerás livremente,
terreno (Lc. 6:13; Jo. 15:16). Ele enviou- Gên. 2:16. O homem não poderia agir
os para que o representassem e exerces- por si mesmo a menos que fosse atraí-
sem o ministério em seu nome após sua do, 2 Né. 2:15–16. Os homens estão li-
ascensão aos céus. Tanto na antigüidade vres para escolher a liberdade e a vida
como hoje em dia, no Quórum dos Doze eterna, ou o cativeiro e a morte, 2 Né.
Apóstolos da Igreja restaurada, apósto- 2:27. Sois livres e tendes o privilégio
lo é uma testemunha especial de Jesus de agir por vós mesmos, Hel. 14:30.
Cristo no mundo inteiro, para testifi- Uma terça parte das hostes do céu ele
car sua divindade e sua ressurreição afastou por causa do arbítrio que pos-
dos mortos (At. 1:22; D&C 107:23). suíam, D&C 29:36. É necessário que o
A Igreja de Cristo está edificada sobre diabo tente os homens, ou estes não
o fundamento dos apóstolos e profe- poderiam ser seus próprios árbitros,
tas, Ef. 2:20; 4:11. Leí e Néfi viram os D&C 29:39. Que todo homem escolha
doze apóstolos seguindo a Jesus, 1 Né. por si mesmo, D&C 37:4. Para que to-
1:10; 11:34. Os apóstolos irão julgar a do homem aja de acordo com o arbí-
casa de Israel, Mórm. 3:18. Os que não trio moral que lhe dei, D&C 101:78.
atenderem às palavras dos profetas e Satanás procurou destruir o arbítrio
apóstolos serão afastados, D&C 1:14 do homem, Mois. 4:3. O Senhor deu ao
(3 Né. 12:1). Revelados o chamado e a homem seu arbítrio, Mois. 7:32.
missão dos Doze, D&C 18:26–36. Joseph
Smith foi ordenado apóstolo, D&C 20:2; ARCA. Ver também Arco-Íris;
21:1. Apóstolos são testemunhas espe- Dilúvio no Tempo de Noé; Noé,
ciais do nome de Cristo e portam as cha- Patriarca Bíblico
ves do ministério, D&C 27:12 (D&C No Velho Testamento, a barca construí-
112:30–32). Os Doze Apóstolos formam da por Noé para preservação da vida
um quórum igual em autoridade à Pri- durante o grande dilúvio.
meira Presidência, D&C 107:23–24. Os Faze para ti uma arca da madeira de
Doze são um Sumo Conselho Presiden- Gofer, Gên. 6:14. A arca repousou so-
te Viajante, D&C 107:33. Os apóstolos bre os montes de Ararate, Gên. 8:4. Os
possuem as chaves da obra missionária, barcos jareditas eram tão vedados co-
D&C 107:35. Descritos alguns deveres mo a arca de Noé, Ét. 6:7.
dos apóstolos, D&C 107:58. Digo a to-
dos os Doze: segui-me, e apascentai as ARCA DO CONCERTO. Ver
minhas ovelhas, D&C 112:14–15. Cre- também Tabernáculo
mos em apóstolos, RF 6. Também conhecida como Arca de Jeo-
Escolha dos Apóstolos: Os apóstolos são vá, Arca do Testemunho e Arca da
escolhidos pelo Senhor (Jo. 6:70; 15:16). Aliança. A Arca do Concerto era uma
Dentre seus discípulos Jesus escolheu urna ou caixa oblonga, de madeira reco-
doze apóstolos, Lc. 6:13–16. Matias foi berta de ouro. Era o mais antigo e sagra-
escolhido para ser apóstolo, At. 1:21– do símbolo religioso dos israelitas. O
26. Oliver Cowdery e David Whitmer propiciatório, que formava a sua cober-
foram mandados a procurar os Doze, tura, era considerado como a morada
D&C 18:37–39. terrena de Jeová (Êx. 25:22). Comple-
tado o tabernáculo, a arca foi colocada
ARBÍTRIO. Ver também Liberdade, no lugar santíssimo, o lugar mais sa-
Livre; Prestar Contas, grado do santuário (I Re. 8:1–8).
Responsabilidade, Responsável
Moisés construiu a arca por mandamen-
A habilidade e privilégio que Deus nos to de Deus, Êx. 25. Os filhos de Levi
Arcanjo 16
foram incumbidos de cuidar da arca, “montanha de Megidom.” O vale de
Núm. 3:15, 31. A arca do concerto ia Megidom acha-se situado na região
diante deles, Núm. 10:33. Tomai este oeste da planície de Esdraelom, cerca de
livro da lei, e ponde-o ao lado da arca 80 quilômetros ao norte de Jerusalém,
do concerto, Deut. 31:24–26. As águas sendo o local de diversas batalhas im-
do Jordão separaram-se diante da arca portantes nos tempos do Velho Testa-
do concerto, Jos. 3:13–17; 4:1–7. Sacer- mento. O grande e derradeiro conflito
dotes levaram a arca do concerto quan- que ocorrerá pouco antes da segunda
do Israel foi conquistar Jericó, Jos. 6:6– vinda do Senhor é chamado de batalha
20. Os filisteus capturaram a arca de do Armagedom, porque terá ali seu
Deus, I Sam. 5. O Senhor abençoou a começo. (Ver Eze. 39:11; Zac. 12–14,
casa de Obede-Edom por causa da arca especialmente 12:11; Apoc. 16:14–21.)
de Deus, II Sam. 6:11–12. Uzá foi morto
ARMAZÉM. Ver também Bem-Estar
por haver tentado, desobedientemente,
firmar a arca, I Crôn. 13:9–12 (D&C Lugar onde o bispo recebe e mantém
85:8). Edificai o santuário do Senhor em depósito as ofertas consagradas
Deus, para trazer a arca do concerto, dos santos dos últimos dias e de onde
I Crôn. 22:19. Descrito o conteúdo da as distribui aos pobres. Esse armazém
arca do convênio, Heb. 9:4. pode ser pequeno ou grande, confor-
me as circunstâncias. Santos fiéis doam
ARCANJO. Ver também Adão; Miguel talentos, aptidões, materiais e recursos
Miguel, ou Adão, é o arcanjo ou anjo financeiros para que o bispo cuide dos
principal. pobres em tempos de necessidade.
O Senhor descerá do céu com alarido e Portanto o armazém pode incluir uma
com voz de arcanjo, I Tess. 4:16. Mi- lista de serviços disponíveis, dinheiro,
guel é o arcanjo, Jud. 1:9 (D&C 29:26; alimentos e outras mercadorias.
88:112; 128:20–21). O bispo é o agente do armazém e distri-
bui bens e serviços de acordo com as ne-
ARCO-ÍRIS. Ver também Arca; cessidades e de acordo com a orientação
Dilúvio no Tempo de Noé; Noé, do Espírito do Senhor (D&C 42:29–36;
Patriarca Bíblico. 82:14–19).
Sinal visível do pacto de Deus com Noé Ajuntem comida para os sete anos de
(Gên. 9:11–17). Na TJS—Gên. 9:21–25, fome, Gên. 41:34–36, 46–57. Trazei
é explicado que o Senhor fez o mesmo todos os dízimos à casa do tesouro,
convênio com Enoque, de que a Sião Mal. 3:10 (3 Né. 24:10). Que o bispo
de Enoque voltará e a Terra toda tre- designe um armazém para esta igreja,
merá de alegria. D&C 51:13. O excedente será entregue
ARMADURA ao meu armazém, D&C 70:7–8. Os
Santos devem organizar e estabelecer
Espécie de traje usado para proteger o
um celeiro, D&C 78:1–4. As crianças
corpo dos golpes ou estocadas de ar-
têm direito de recorrer ao armazém do
mas. A palavra também é usada para re-
Senhor, caso seus pais não tenham,
presentar os atributos espirituais que
D&C 83:5.
protegem a pessoa da tentação e do mal.
Revesti-vos de toda a armadura de ARREPENDER-SE,
Deus, Ef. 6:10–18 (D&C 27:15–18). ARREPENDIMENTO. Ver
também Confessar, Confissão;
ARMAGEDOM. Ver também Gogue; Coração Quebrantado; Expiação,
Magogue; Segunda Vinda de Expiar; Jesus Cristo; Perdoar;
Cristo Remissão dos Pecados
O nome Armagedom é derivado do A mudança de mente e coração que
hebraico Har-Megiddon , que significa gera uma nova atitude para com Deus,
17 Árvore da Vida
para consigo mesmo e para com a vida mente arrependimento a esta geração,
em geral. O arrependimento implica o D&C 6:9 (11:9). Quão grande é sua ale-
afastamento do mal, a volta do coração gria pela alma que se arrepende! D&C
e da vontade a Deus, a sujeição aos 18:13. Todo homem deve arrepender-
mandamentos divinos e o abandono do se ou sofrer, D&C 19:4. O que pecar e
pecado. O verdadeiro arrependimen- não se arrepender será expulso, D&C
to provém do amor a Deus e do desejo 42:28. O que confessa e abandona seus
sincero de obedecer a seus mandamen- pecados é perdoado, D&C 58:42–43.
tos. Toda pessoa responsável por suas Os mortos que se arrependerem serão
ações pecou e deve arrepender-se para redimidos, D&C 138:58. Cremos no
progredir rumo à salvação. Somente pe- arrependimento, RF 4.
la expiação de Jesus Cristo pode o nos-
ARTIMANHAS SACERDOTAIS
so arrependimento ser eficaz e aceito
por Deus. Homens pregando e estabelecendo-se
Fazei confissão ao Senhor, Esd. 10:11. como uma luz para o mundo, com o fim
Tirai a maldade de vossos atos; cessai de obter lucros e o louvor do mundo,
de fazer o mal, Isa. 1:16. Arrependei- porém sem buscar o bem de Sião (2 Né.
vos, e convertei-vos de todas as vossas 26:29).
transgressões, Eze. 18:30–31. Arrepen- Apascentai o rebanho de Deus, não
dei-vos, porque é chegado o reino dos por torpe ganância, I Ped. 5:2. As igre-
céus, Mt. 3:2. Haverá alegria no céu jas estabelecidas para obter riquezas
por um pecador que se arrepende, Lc. serão derrubadas, 1 Né. 22:23 (Mórm.
15:7. Deus ordena a todos os homens 8:32–41). Por causa de artimanhas sa-
que se arrependam, At. 17:30 (2 Né. cerdotais e de iniqüidades, Jesus será
9:23; 3 Né. 11:31–40; D&C 133:16). A crucificado, 2 Né. 10:5. Se as artima-
tristeza segundo Deus opera arrepen- nhas sacerdotais fossem impostas a
dimento para a salvação, II Cor. 7:10. este povo, acarretariam a sua inteira
O Espírito do Senhor Onipotente efe- destruição, Al. 1:12. Os gentios serão
tuou em nossos corações uma grande cheios de toda sorte de artimanhas sa-
mudança, de modo que não temos mais cerdotais, 3 Né. 16:10.
disposição para praticar o mal, Mos. 5:2. ÁRVORE DA VIDA. Ver também
Se confessar seus pecados e se arrepen- Éden
der, também o perdoarei, Mos. 26:29.
Após a pregação de Alma, muitos co- Árvore no Jardim do Éden e paraíso
meçaram a se arrepender, Al. 14:1. Não de Deus (Gên. 2:9; Apoc. 2:7). No so-
deixeis o dia do arrependimento para o nho de Leí, a árvore da vida represen-
fim, Al. 34:33. Alma testificou a Helamã ta o amor de Deus e é considerado o
de seu arrependimento e conversão, Al. maior de todos os dons de Deus (1 Né.
36. (Mos. 27:8–32). O arrependimento 8; 11:21–22, 25; 15:36).
não poderia ser concedido aos homens Querubins e uma espada flamejante
se não houvesse punição, Al. 42:16. guardavam o caminho da árvore da vi-
Deixes apenas teus pecados te preo- da, Gên. 3:24 (Al. 12:21–23; 42:2–6). João
cuparem com aquela preocupação que viu a árvore da vida, e as folhas tinham
te levará ao arrependimento, Al. 42:29. poder de cura para as nações, Apoc.
Oferecereis como sacrifício um coração 22:2. Leí viu a árvore da vida, 1 Né.
quebrantado e um espírito contrito, 8:10–35. Néfi viu a árvore que seu pai
3 Né. 9:20. Todos os que se arrepende- havia visto, 1 Né. 11:8–9. A barra de
rem e vierem a mim como criancinhas, ferro conduz à árvore da vida, 1 Né.
eu os receberei, 3 Né. 9:22. Arrependei- 11:25 (15:22–24). Um horrível abismo
vos, todos vós, confins da Terra, 3 Né. separava os iníquos da árvore da vida,
27:20. Sempre que se arrependiam, 1 Né. 15:28, 36. Era necessário que hou-
eram perdoados, Morô. 6:8. Pregai so- vesse um fruto proibido em oposição à
Asa 18
árvore da vida, 2 Né. 2:15. Vinde a ASSASSINATO. Ver Homicídio
mim e participareis do fruto da árvore
da vida, Al. 5:34, 62. Se tivesse sido ASSÍRIA
possível que nossos primeiros pais co- Antigo império que, juntamente com
messem da árvore da vida, ter-se-iam sua rival, a Babilônia, dominou gran-
tornado eternamente miseráveis, Al. de parte das nações da Síria e Palesti-
12:26. Se não cultivardes a palavra, nun- na durante a maior parte da época do
ca podereis colher o fruto da árvore da Velho Testamento. Mesmo sendo os
vida, Al. 32:40. O Senhor plantou a ár- assírios um poder importante desde
vore da vida no meio do jardim, Mois. meados do século 12 a.C. até o final do
3:9 (Abr. 5:9). Deus expulsou Adão do século 7 a.C., eles jamais conseguiram
Jardim do Éden para que não parti- estabelecer um sistema político dura-
lhasse da árvore da vida e vivesse para douro. Dominavam pelo terror, subju-
sempre, Mois. 4:28–31. gando os inimigos pelo fogo e pela
ASA espada ou enfraquecendo-os por meio
da deportação de grandes porções da
No Velho Testamento, o terceiro rei de população para outras partes do seu
Judá. As escrituras registram que “foi império. Seus súditos nunca deixaram
o coração de Asa reto perante o Senhor de ser seus inimigos e toda a história
todos os seus dias” (I Re. 15:14). Duran- do império foi marcada por constantes
te seu reinado, fez com que o exército revoltas. (Ver II Re. 18–19; II Crôn.
tivesse grande eficiência, libertou o po- 32; Isa. 7:17–20; 10; 19; 37.)
vo do jugo da Etiópia, retirou todos os
falsos ídolos e conclamou o povo a fa- ATALAIA, SENTINELA, VIGIA.
zer o convênio de buscar a Jeová (I Re. Ver também Advertência,
15–16; II Crôn. 14–16). Advertir, Prevenir
Todavia, quando começou a padecer de Pessoa que vela, vigia e obedece e que
uma enfermidade nos pés, não pro- está pronta e preparada. Em sentido
curou a ajuda do Senhor e morreu (I Re. religioso, atalaias são líderes chama-
15:23–24; II Crôn. 16:12–13). dos pelos representantes do Senhor
ASCENSÃO. Ver também Jesus para encarregarem-se especificamente
Cristo; Segunda Vinda de Jesus do bem-estar de outras pessoas. Os
Cristo que são chamados como líderes têm a
responsabilidade especial de também
A partida formal desta Terra, do Salva-
ser atalaias para o resto do mundo.
dor, 40 dias após sua ressurreição. A
Ascensão ocorreu no Monte das Olivei- Eu te dei por atalaia, Eze. 3:17–21. Ata-
ras, na presença dos discípulos (Mc. laias que erguem a voz de advertência
16:19; Lc. 24:51). Naquela ocasião, dois salvam suas próprias almas, Eze. 33:7–
anjos do céu testificaram que no futu- 9. Vigiai, pois, porque não sabeis a que
ro o Senhor haveria de vir “como para hora há de vir o vosso Senhor, Mt.
o céu o vistes ir” (At. 1:9–12). 24:42–43 (Mt. 25:13; Mc. 13:35–37; D&C
133:10–11). Vigiai e orai, para que não
ASER. Ver também Israel; Jacó, Filho entreis em tentação, Mt. 26:41 (3 Né.
de Isaque 18:15, 18). O Senhor colocou atalaias
No Velho Testamento, filho de Jacó e na vinha, D&C 101:44–58.
Zilpa, serva de Léia (Gên. 30:12–13).
ATENDER, ESCUTAR. Ver também
Tribo de Aser: Jacó abençoou Aser (Gên.
Obedecer, Obediência,
49:20) e Moisés, os descendentes de
Obediente; Ouvido, Ouvir
Aser (Deut. 33:1, 24–29). Estes descen-
dentes eram chamados “varões de va- Ouvir a voz e ensinamentos do Senhor,
lor” (I Crôn. 7:40). prestando atenção e obedecendo.
19 Baal
Atender é melhor do que a gordura de nado e que a igreja saiba que tem auto-
carneiros do sacrifício, I Sam. 15:20–23. ridade, D&C 42:11. Os élderes devem
Os justos que derem ouvidos às pala- pregar o evangelho, agindo pela autori-
vras dos profetas não perecerão, 2 Né. dade, D&C 68:8. O Sacerdócio de Mel-
26:8. Escutai, ó povo da minha Igreja, quisedeque possui autoridade para ad-
D&C 1:1. Todo aquele que dá ouvidos ministrar em assuntos espirituais, D&C
à voz do Espírito é iluminado e vem ao 107:8, 18–19. O que é feito pela autori-
Pai, D&C 84:46–47. Foram vagarosos dade divina se torna lei, D&C 128:9.
em atender à voz do Senhor; portanto Todo o que pregar ou administrar em
ele é vagaroso em atender a suas nome de Deus deve ser chamado por
orações, D&C 101:7–9. Os que não ele pelos que têm autoridade, RF 5.
atendem aos mandamentos são casti-
AUTORIDADES GERAIS. Ver
gados, D&C 103:4 (Mois. 4:4).
Apóstolo; Bispado Presidente;
ATOS DOS APÓSTOLOS. Primeira Presidência; Setenta
Ver também Lucas
AVARENTO, AVAREZA
Este livro é a segunda parte da obra Aquele que tem avareza, que é sórdida e
escrita por Lucas a Teófilo. A primeira excessivamente apegado ao dinheiro.
parte é conhecida como o Evangelho
Segundo Lucas. Os capítulos 1–12 regis- O que aborrece a avareza prolongará os
tram algumas das principais atividades seus dias, Prov. 28:16. Acautelai-vos da
missionárias dos Doze Apóstolos, sob avareza, Lc. 12:15 (Lc. 12:15–21). Avare-
a direção de Pedro, imediatamente após za é idolatria, Col. 3:5. O bispo não deve
a morte e ressurreição do Salvador. Os ser avarento, I Tim. 3:2–3. Nos últimos
capítulos 13–28 retratam algumas das dias haverá homens avarentos, II Tim.
viagens e a obra missionária do Após- 3:2. Sejam vossos costumes sem avare-
tolo Paulo. za, Heb. 13:5. Tendo o coração exerci-
tado na avareza, II Ped. 2:14.
AUTORIDADE. Ver também
Chamado, Chamado por Deus, AZEITE. Ver Óleo
Chamar; Chaves do Sacerdócio; BAAL. Ver também Idolatria
Ordenar, Ordenação; Poder; Um deus-sol masculino, adorado prin-
Sacerdócio cipalmente na Fenícia (I Re. 16:31),
Permissão concedida a homens na terra, mas que também era adorado de dife-
chamados ou ordenados para agir por rentes maneiras em diversos lugares:
Deus, o Pai, e em nome dele ou de Jesus pelos moabitas, como Baal-Peor (Núm.
Cristo, ao realizarem a obra de Deus. 25:1–3), em Siquém, como Baal-Berite
Eu te enviei, Êx. 3:12–15. Falarás tudo o (Juí. 8:33; 9:4), em Ecrom, como Baal-
que eu te mandar, Êx. 7:2. Jesus deu au- Zebu (II Re. 1:2). Baal provavelmente é o
toridade aos doze discípulos, Mt. 10:1. mesmo Bel da Babilônia e Zeus da Gré-
Não me escolhestes vós a mim, mas eu cia. A palavra Baal expressa o relaciona-
vos escolhi a vós e vos nomeei, Jo. 15:16. mento entre um senhor e seu escravo.
Néfi e Leí pregaram com grande autori- Era geralmente representado por um
dade, Hel. 5:18. Néfi, filho de Helamã, touro. Astarote era a deusa que costu-
era um varão de Deus, de quem havia mava ser adorada juntamente com
recebido grande poder e autoridade, Baal.
Hel. 11:18 (3 Né. 7:17). Jesus deu poder e Baal às vezes era combinado com outro
autoridade aos doze nefitas, 3 Né. 12:1– nome ou palavra para indicar uma
2. Joseph Smith foi chamado por Deus e ligação com Baal, tal como um lugar
ordenado, D&C 20:2. Ninguém pregará onde era adorado ou uma pessoa com
meu evangelho ou estabelecerá minha atributos semelhantes aos de Baal.
igreja, a não ser que tenha sido orde- Posteriormente, quando Baal veio
Babel, Babilônia 20
a ter significados sumamente iníquos, BARNABÉ
foi substituído, em nomes compostos, Nome dado a José, um levita natural de
pela palavra Bosete, que significa Chipre, que vendeu suas propriedades
“vergonha”. e deu aos apóstolos o dinheiro prove-
niente da venda (At. 4:36–37). Não era
BABEL, BABILÔNIA. Ver também
um dos apóstolos originais, mas foi
Mundo; Nabucodonosor
apóstolo no tempo de Paulo (At. 14:4,
Capital da Babilônia. 14) e fez várias viagens missionárias
Babel foi fundada por Ninrode, sendo (At. 11:22–30; 12:25; 13–15; I Cor. 9:6;
uma das cidades mais antigas da Me- Gál. 2:1, 9; Col. 4:10).
sopotâmia ou Sinear (Gên. 10:8–10). BARRABÁS
O Senhor confundiu as línguas na
Nome do preso que soltaram em lugar
época em que o povo estava construin-
de Jesus no dia da crucificação. Era um
do a torre de Babel (Gên. 11:1 – 9;
amotinado, assassino e ladrão. (Mt.
Ét. 1:3–5, 33–35). Mais tarde, Babilô-
27:16–26; Mc. 15:6–15; Lc. 23:18–25;
nia tornou-se capital do reino de
Jo. 18:40.)
Nabucodonosor. Ele construiu uma ci-
dade enorme, da qual ainda existem BARTOLOMEU. Ver também
as ruínas. Babilônia tornou-se uma Natanael
cidade muito iníqua e seu nome, a No Novo Testamento, um dos apóstolos
partir de então, passou a simbolizar a originais de Jesus Cristo. (Mt. 10:2–4.)
iniqüidade do mundo.
BATALHA NOS CÉUS. Ver também
Fugi do meio de Babilônia, Jer. 51:6. Ba-
Conselho nos Céus; Vida
bilônia será estabelecida, e cairá, Apoc.
Pré-mortal
17–18. Babilônia será destruída, 2 Né.
25:15. Babilônia cairá, D&C 1:16. Não Conflito travado entre os filhos espiri-
pouparei quem permanecer em Babilô- tuais de Deus na vida pré-mortal.
nia, D&C 64:24. Deixai Babilônia, D&C Satanás foi expulso dos céus e lançado
133:5, 7, 14. na Terra, Apoc. 12:4, 7–9. O diabo e a
terça parte das hostes dos céus foram
BALAÃO lançados abaixo, D&C 29:36–37. Lúci-
Profeta do Velho Testamento a quem foi fer rebelou-se contra o Filho Unigêni-
pedido com insistência que amaldiçoas- to, D&C 76:25–26. Satanás queria para
se Israel em troca de dinheiro. O Senhor si a glória do Pai e procurava destruir
ordenou-lhe que não amaldiçoasse o arbítrio do homem, Mois. 4:1 – 4
Israel (Núm. 22–24). (Isa. 14:12–15; Abr. 3:27–28). Os que
seguem a Deus guardam seu primeiro
A jumenta de Balaão recusou-se a pros-
estado, vêm à Terra e recebem um
seguir, porque um anjo estava no
corpo, Abr. 3:26.
caminho, Núm. 22:22–35.
BATISMO, BATIZAR. Ver também
BÁLSAMO DE GILEADE Nascer de Deus, Nascer de Novo;
Resina aromática ou especiaria usa- Batismo de Criancinhas; Espírito
da para curar feridas (Gên. 43:11; Santo; Ordenanças
Jer. 8:22; 46:11; 51:8). Na época do De um vocábulo grego que significa
Velho Testamento, era tão abundante “mergulhar” ou “imergir”. O batismo
em Gileade o arbusto do qual se ex- por imersão na água, efetuado por
traía a resina para a fabricação do quem possui autoridade, é a ordenança
bálsamo que ele passou a ser conheci- introdutória do evangelho, necessária
do como “bálsamo de Gileade” (Gên. para que a pessoa se torne membro de
37:25; Eze. 27:17). A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
21 Babel, Babilônia
Últimos Dias. É precedido pela fé em e outros foram mergulhados na água,
Jesus Cristo e pelo arrependimento. Mos. 18:12–16. E então os imergireis na
Para que seja completo deve ser segui- água, 3 Né. 11:25–26. Explicada a ma-
do do recebimento do dom do Espírito neira correta de batizar, D&C 20:72–
Santo (2 Né. 31:13–14). O batismo da 74. Foram batizados na semelhança de
água e do Espírito é necessário para que seu sepultamento, sendo sepultados
a pessoa entre no reino celeste. Adão foi na água em seu nome, D&C 76:50–51.
o primeiro homem a ser batizado (Mois. Adão foi mergulhado na água e tirado
6:64–65). Jesus também foi batizado pa- da água, Mois. 6:64. Cremos no batis-
ra cumprir toda a justiça e para mostrar mo por imersão para remissão de pe-
o caminho a toda a humanidade (Mt. cados, RF 4.
3:13–17; 2 Né. 31:5–12). Batismo para remissão de pecados: Levan-
Por nem todos terem a oportunidade ta-te, e batiza-te, e lava os teus peca-
de aceitar o evangelho na mortalidade, dos, At. 22:16. E virá então a remissão
o Senhor autorizou que se realizassem, de vossos pecados, pelo fogo e pelo Es-
por meio de procuradores, batismos pe- pírito Santo, 2 Né. 31:17. Vinde, pois, e
los mortos. Assim sendo, os que aceitam sede batizados por causa do arrepen-
o evangelho no mundo espiritual po- dimento, a fim de serdes lavados de
dem qualificar-se para entrar no reino vossos pecados, Al. 7:14. Bem-aventu-
de Deus. rados são os que crerem e forem bati-
Essencial: Deixa por agora, porque as- zados, pois receberão a remissão de
sim nos convém cumprir toda a jus- seus pecados, 3 Né. 12:1–2. Declararás
tiça, Mt. 3:15. Vindo Jesus foi batizado arrependimento e fé no Salvador e re-
por João, Mc. 1:9. Os fariseus e os missão de pecados por batismo, D&C
doutores da lei rejeitaram o conselho 19:31. Cremos no batismo por imersão
de Deus, não tendo sido batizados, Lc. para remissão de pecados, RF 4.
7:30. Aquele que não nascer da água e Com a devida autoridade: Ide, ensinai to-
do Espírito, não pode entrar no reino das as nações, batizando-as em nome do
de Deus, Jo. 3:5. Arrependei-vos, e ca- Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, Mt.
da um de vós seja batizado, At. 2:38. E 28:19 (D&C 68:8). Lími e muitos de seu
ordena a todos que sejam batizados povo desejavam ser batizados, mas não
em seu nome, 2 Né. 9:23–24. Os homens havia ninguém na Terra que tivesse a
devem seguir a Cristo, ser batizados, re- autoridade de Deus, Mos. 21:33. Dou-te
ceber o Espírito Santo e perseverar até o o poder para batizar, 3 Né. 11:19–21. O
fim, para serem salvos, 2 Né. 31. A dou- Sacerdócio de Aarão possui as chaves
trina de Cristo é que os homens devem do batismo por imersão para remissão
crer e ser batizados, 3 Né. 11:20–40. de pecados, D&C 13:1. São eles os or-
Aqueles que não acreditarem em vos- denados por mim para batizar em meu
sas palavras e não forem batizados na nome, D&C 18:29. João Batista deu a
água em meu nome, serão condena- Joseph Smith e a Oliver Cowdery a au-
dos, D&C 84:74. Deus explicou a Adão toridade para batizar, JS—H 1:68–69.
por que são necessários o arrependi- Requisitos do batismo: Arrependei-vos,
mento e o batismo, Mois. 6:52–60. arrependei-vos, e sede batizados em no-
Batismo por imersão: Jesus sendo bati- me de meu Filho amado, 2 Né. 31:11.
zado, saiu logo da água, Mt. 3:16 (Mc. Deveis arrepender-vos e nascer de no-
1:10). João batizava porque havia ali vo, Al. 7:14. Tende cuidado para que
muitas águas, Jo. 3:23. Filipe e o eunuco não sejais batizados indignamente,
desceram à água, At. 8:38. Fomos se- Mórm. 9:29. Ensina aos pais que devem
pultados com ele pelo batismo, Rom. 6:4 arrepender-se e ser batizados, e tornar-
(Col. 2:12). Segui vosso Senhor e Sal- se humildes, Morô. 8:10. Requisitos pa-
vador à água, 2 Né. 31:13. Alma, Helã, ra os que desejarem batizar-se, D&C
Batismo de Criancinhas 22
20:37. As crianças serão batizadas para que teve conseqüências eternas para
remissão de pecados quando chegarem Davi (D&C 132:39).
aos oito anos de idade, D&C 68:25–27.
BEATITUDES. Ver também
Convênios do batismo: Haveis feito convê- Abençoado, Abençoar, Bênção;
nio com ele de servi-lo e guardar os seus Sermão da Montanha
mandamentos, Mos. 18:8–10, 13. Os que
Série de ensinamentos dados por Jesus
se arrependerem e tomarem sobre si o
no Sermão da Montanha, que descre-
nome de Jesus Cristo, com o firme pro-
vem um caráter refinado e espiritual
pósito de servi-lo, serão recebidos por
(Mt. 5:3–12; Lc. 6:20–23). As Beatitudes
batismo na Igreja, D&C 20:37.
estão de tal maneira estruturadas que
Batismo pelos mortos: Que farão os que cada uma se baseia na anterior. Um re-
se batizam pelos mortos? I Cor. 15:29. gistro mais abrangente e acurado das
São realizados batismos pelos mortos beatitudes acha-se em 3 Né. 12.
para remissão de pecados, D&C 124:29;
127:5–9; 128:1; 138:33. BEBER, BÊBADO. Ver Palavra de
Sabedoria
Não batizar criancinhas: É uma abomi-
nação perante Deus batizar as crianci- BEBIDAS ALCOÓLICAS.
nhas, Morô. 8:4–23. As crianças serão Ver Palavra de Sabedoria
batizadas quando alcançarem os oito BELÉM
anos de idade, D&C 68:27. Todas as
crianças que morrem antes de chegar à Pequena cidade situada cerca de 8km ao
idade da responsabilidade são salvas sul de Jerusalém. Em hebraico o nome
no reino celestial, D&C 137:10. Belém significa “casa de pão”; é tam-
bém chamada de Efrata, que quer dizer
BATISMO DE CRIANCINHAS. “frutífera”. Jesus Cristo nasceu em Be-
Ver também Batismo, Batizar— lém (Miq. 5:2; Mt. 2:1–8). Lugar onde
Não batizar criancinhas; foi sepultada Raquel (Gên. 35:19; 48:7).
Criança(s), menino(s); Prestar Rute e Boaz viveram em Belém, Rut.
Contas, Responsabilidade, 1:22. Davi vivia em Belém e ali Samuel
Responsável; Requisitos; o ungiu, I Sam. 16:1–13; 17:12, 15; 20:6,
Salvação—Salvação das 28. Herodes mandou matar os meni-
Criancinhas nos pequenos de Belém, Mt. 2:16.
A prática desnecessária de batizar bebês
BELSAZAR. Ver também Babel,
e crianças abaixo da idade da responsa-
Babilônia
bilidade, que é oito anos. O Senhor con-
dena o batismo de criancinhas (Morô. No Velho Testamento, o último rei da
8:10–21). As crianças nascem inocentes Babilônia antes de Ciro conquistá-la;
e sem pecado. Satanás não tem poder filho e sucessor de Nabucodonosor
para tentá-las até que se tornem res- (Dan. 5:1–2).
ponsáveis (D&C 29:46–47), assim, não BEM-AVENTURANÇAS.
precisam se arrepender ou ser batiza- Ver Beatitudes
das. As crianças devem ser batizadas
aos oito anos de idade (D&C 68:25–27). BEM-ESTAR. Ver também
Armazém; Esmolas; Jejum, Jejuar;
BATISTA. Ver João Batista Ofertas; Pobres; Serviço
BATSEBA. Ver também Davi O processo e o meio de cuidar das ne-
Esposa de Urias; posteriormente, es- cessidades espirituais e materiais das
posa de Davi e mãe de Salomão. O rei pessoas.
Davi cometeu adultério com ela e tam- Livremente abrirás a tua mão para o teu
bém fez com que o marido dela fosse irmão, para o teu necessitado e para o
morto em batalha. (II Sam. 11), pecado teu pobre na tua terra, Deut. 15:11. O
23 Betânia
que dá ao pobre não terá necessidade, BÊNÇÃOS PATRIARCAIS. Ver
Prov. 28:27. Porventura não é este o je- também Evangelista; Pai Mortal;
jum que escolhi? Que repartas o teu pão Patriarca, Patriarcal
com o faminto e recolhas em tua casa Bênçãos concedidas aos membros dig-
os pobres? Isa. 58:6–7. Tive fome e des- nos da Igreja pelos patriarcas designa-
tes-me de comer; era estrangeiro, e hos- dos. A bênção patriarcal contém
pedastes-me. Quando o fizestes a um conselhos do Senhor à pessoa que a re-
destes meus pequeninos irmãos, a mim cebe e declara a linhagem a que ela
o fizestes, Mt. 25:35–40. Repartireis vos- pertence na casa de Israel. Um pai po-
sos bens com aquele que deles necessi- de dar bênçãos especiais aos familia-
tar, Mos. 4:16–26. Ajudaram-se uns aos res, na qualidade de patriarca de sua
outros material e espiritualmente, de família, mas estas não são registradas
acordo com suas necessidades e carên- nem arquivadas pela Igreja.
cias, Mos. 18:29. Foi-lhes ordenado que
Israel estendeu a sua mão direita, e a
se reunissem em jejum e oração pelo
pôs sobre a cabeça de Efraim, Gên.
bem-estar daqueles que não conheciam
48:14. Jacó abençoou a seus filhos e à
a Deus, Al. 6:6. Orai pelo vosso bem-
semente deles, Gên. 49. Leí abençoou
estar, assim como pelo de todos os que
a sua posteridade, 2 Né. 4:3–11.
vos rodeiam, Al. 34:27–28. Tinham to-
das as coisas em comum, 4 Né. 1:3. Eis BENJAMIM, FILHO DE JACÓ.
que tu te lembrarás dos pobres, D&C Ver também Israel; Jacó, Filho
42:30–31. Deveis visitar os pobres e os de Isaque
necessitados, D&C 44:6. Em todas as No Velho Testamento, o segundo filho
coisas lembrai-vos dos pobres e neces- de Jacó e Raquel (Gên. 35:16–20).
sitados, D&C 52:40. Ai de vós, homens
A tribo de Benjamim: Jacó abençoou Ben-
ricos, que não compartilhais vossos
jamim (Gên. 49:27). Os descendentes
bens com os pobres, e ai de vós, ho-
de Benjamim eram uma raça guerrei-
mens pobres, que não estais satisfeitos
ra. Dois importantes benjamitas foram
e que não trabalhais, D&C 56:16–17.
Saul, o primeiro rei de Israel (I Sam.
Em Sião não havia pobres, Mois. 7:18.
9:1–2), e Paulo, o apóstolo do Novo
BÊNÇÃO. Ver Abençoado, Testamento (Rom. 11:1).
Abençoar, Bênção
BENJAMIM, PAI DE MOSIAS.
BÊNÇÃO DOS DOENTES. Ver Ver também Mosias, Filho de
também Unção, Ungir; Mãos, Benjamim
Imposição de; Curar, Curas;
Profeta e rei do Livro de Mórmon (Mos.
Óleo; Sacerdócio
1–6)
Bênção dada aos enfermos por porta-
dores do Sacerdócio de Melquisedeque, Enfrentou sérios problemas para esta-
incluindo o uso do óleo consagrado. belecer a paz no país, Ômni 1:23–25
(Pal. Mórm. 1:12–18). Ensinou a seus
Impõe-lhe a tua mão, Mt. 9:18. Jesus filhos, Mos. 1:1–8. Conferiu o reino a
impôs as mãos sobre alguns enfermos seu filho, Mosias, Mos. 1:9–18. Seu po-
e curou-os, Mc. 6:5. Os apóstolos de vo reuniu-se para ouvir seu discurso
Cristo ungiram muitos enfermos com final, Mos. 2:1–8. Dirigiu-se a seu po-
óleo, e os curaram, Mc. 6:13. Os élderes vo, Mos. 2:9–4:30. Seu povo fez um
devem ungir e curar os doentes, Tg. convênio com o Senhor, Mos. 5–6.
5:14–15. Não deveis curar os enfermos,
a não ser que vos peçam os que o dese- BETÂNIA
jarem, D&C 24:13–14. Os élderes impo- Aldeia em que Jesus Cristo passou a
rão as mãos sobre o doente, D&C 42:44. última semana de sua vida mortal. (Mt.
Impõe as mãos sobre os doentes e re- 21:17; Mc. 11:11). Situada na encosta
cuperar-se-ão, D&C 66:9. sudeste do Monte das Oliveiras, Betâ-
Betel 24
nia era o lugar de residência de Láza- começo da mortalidade. O Novo Con-
ro, Maria e Marta (Jo. 11:1–46; 12:1). vênio é o evangelho conforme ensina-
do por Jesus Cristo.
BETEL
Na Bíblia hebraica (o Velho Testamen-
Em hebraico significa “casa de Deus” e é
to), os livros estavam divididos em três
um dos lugares mais sagrados de Israel.
grupos: a Lei, os Profetas e os Escritos.
Acha-se localizada cerca de 15km ao
Na Bíblia usada pelo mundo cristão, os
norte de Jerusalém. Ali Abraão cons-
livros estão ordenados de acordo com
truiu um altar em sua primeira viagem
o assunto de que tratam, como históri-
a Canaã (Gên. 12:8; 13:3). Foi onde Jacó
cos, poéticos e proféticos.
teve a visão de uma escada que tocava
os céus (Gên. 28:10–19). Também era Os livros do Novo Testamento geral-
um lugar sagrado no tempo de Samuel mente se encontram na seguinte ordem:
(I Sam. 7:16; 10:3). os quatro Evangelhos e Atos; as epís-
tolas de Paulo; as epístolas gerais de
BETSABÁ. Ver Batseba Tiago, Pedro, João e Judas; e o Apoca-
BÍBLIA. Ver também Apócrifos, lipse ou Revelação de João.
Livros; Cânon; Efraim—A vara A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
de Efraim ou vara de José; Últimos Dias reverencia e respeita a
Escrituras; Judá—A vara de Judá; Bíblia, afirmando também que o Senhor
Novo Testamento; Velho continua a dar revelações adicionais
Testamento por meio de seus profetas, nos últimos
Coleção de escritos hebraicos e cristãos dias, as quais apóiam e confirmam os
que contém revelações divinas. A pala- relatos bíblicos das comunicacões de
vra Bíblia significa “os livros”. A Bíblia é Deus com a humanidade.
obra de muitos profetas e autores ins- A vara de Judá (a Bíblia) e a vara de José
pirados, que agiram sob a influência (o Livro de Mórmon) se tornarão uma
do Espírito Santo (II Ped. 1:21). na mão do Senhor, Eze. 37:15–20. A
A Bíblia cristã tem duas partes, mais veracidade da Bíblia será estabelecida
conhecidas como Velho e Novo Testa- por escrituras modernas, 1 Né. 13:38–
mentos. O Velho Testamento consiste 40. A Bíblia será complementada pelo
nos livros de escritura usados entre os Livro de Mórmon para confundir as
judeus da Palestina durante o ministério falsas doutrinas, 2 Né. 29:3–12. Uma
terreno do Senhor. O Novo Testamento Bíblia, uma Bíblia! Temos uma Bíblia!
contém escritos pertencentes ao perío- 2 Né. 29:3–10. Os que acreditarem na
do apostólico, considerados tão sagra- Bíblia, também acreditarão no Livro
dos quanto as escrituras judaicas e com de Mórmon, Mórm. 7:8–10. Os élderes
a mesma autoridade. Os livros do Velho ensinarão os princípios de meu evan-
Testamento são extraídos de uma lite- gelho que estão na Bíblia e no Livro de
ratura nacional que abrange muitos Mórmon, D&C 42:12. Cremos ser a Bí-
séculos e foram escritos quase inteira- blia a palavra de Deus, desde que este-
mente em hebraico, ao passo que os li- ja traduzida corretamente, RF 8.
vros do Novo Testamento são obra de BÍBLIA, TRADUÇÃO DE JOSEPH
uma única geração e foram escritos SMITH (TJS). Ver Tradução de Joseph
principalmente em grego. Smith (TJS)
No Velho Testamento, a palavra testa-
mento representa um vocábulo hebraico BISPO. Ver também Sacerdócio Aarô-
que significa “convênio”. O Velho Con- nico
vênio é a lei dada a Moisés quando Is- Significa “guardião” e indica um ofício
rael rejeitou a plenitude do evangelho, ou posição de responsabilidade. O
conhecida pelo povo de Deus desde o ofício de bispo pertence ao Sacerdócio
25 Cadeia de Carthage (EUA)
Aarônico e é recebido por ordenação (Mt. 26:64–65). Tais acusações seriam
(D&C 20:67; 107:87–88). O bispo é o verídicas não fosse ele realmente o que
juiz comum em Israel (D&C 107:72, 74). dizia ser. A acusação apresentada con-
O Espírito Santo vos constituiu bis- tra ele pelas falsas testemunhas no jul-
pos, At. 20:28. Definidos os requisitos gamento perante o Sinédrio (Mt. 26:59–
para os bispos, I Tim. 3:1–7 (Tit. 1:7). 61) foi de blasfemar contra o templo de
O bispo deve ser ordenado, D&C Deus. O pecado imperdoável é blasfe-
20:67. Edward Partridge devia servir mar contra o Espírito Santo, ou seja, ne-
como bispo na Igreja, D&C 41:9. Ao gar a Cristo após haver recebido um
bispo será dado discernir os dons es- perfeito conhecimento dele (Mt. 12:31–
pirituais, D&C 46:27–29. Um sumo sa- 32; Mc. 3:28–29; D&C 132:27).
cerdote pode oficiar no ofício de Aquele que blasfemar o nome do Se-
bispo, D&C 68:14, 19 (D&C 107:17). nhor morrerá, Lev. 24:16 (11–16). Os ini-
Um bispo é nomeado pelo Senhor, migos do Senhor não blasfemarão o seu
D&C 72:1–26. O bispo deve cuidar dos nome, D&C 105:15. Vingança cairá so-
pobres, D&C 84:112. O bispo deve ad- bre os que blasfemam contra o Senhor,
ministrar todas as coisas materiais, D&C 112:24–26.
D&C 107:68. O bispo é o presidente do
Sacerdócio Aarônico, D&C 107:87–88. BOAZ. Ver também Rute
Marido de Rute (Rut. 4:9–10); bisavô
BISPO PRESIDENTE de Davi, rei de Israel (Rut. 4:13–17); e
Autoridade Geral na Igreja, responsável antepassado de Cristo, o Rei dos Reis
pelo bem-estar material da Igreja (D&C (Lc. 3:32).
107:68). O Bispo Presidente e seus con-
selheiros, que também são Autoridades BOM PASTOR. Ver também Jesus
Gerais, presidem o Sacerdócio Aarônico Cristo
da Igreja (D&C 68:16–17; 107:76, 87–88). Jesus Cristo é o Bom Pastor. Simboli-
camente, seus seguidores são como
Edward Partridge seria ordenado bispo,
D&C 41:9. Os bispos devem ser chama- ovelhas que ele apascenta.
dos e designados pela Primeira Presi- O Senhor é o meu pastor, Salm. 23:1.
dência, D&C 68:14–15. Os descendentes Como pastor apascentará o seu reba-
literais de Aarão, se forem os primogê- nho, Isa. 40:11. Assim buscarei as mi-
nitos, têm o direito de presidir, caso se- nhas ovelhas, Eze. 34:12. Eu sou o bom
jam chamados, designados e ordenados Pastor, Jo. 10:14–15. Jesus é o grande
pela Primeira Presidência, D&C 68:16, pastor das ovelhas, Heb. 13:20. Ele con-
18–20. Só pode ser julgado perante a ta suas ovelhas e elas o conhecem, 1 Né.
Primeira Presidência, D&C 68:22–24 22:25. O Bom Pastor vos chama em seu
(D&C 107:82). próprio nome, o qual é o nome de
Cristo, Al. 5:38, 60. Haverá um rebanho
BLASFEMAR, BLASFÊMIA. Ver e um pastor, 3 Né. 15:21 (Jo. 10:16).
também Pecado Imperdoável;
Profanidade BOSQUE SAGRADO. Ver Primeira
Visão
Falar desrespeitosa ou irreverentemente
de Deus ou de coisas sagradas. CADEIA DE CARTHAGE (EUA).
Jesus foi acusado diversas vezes pelos Ver também Smith, Hyrum; Smith,
judeus de blasfemar por afirmar ter o Joseph, Jr.
direito de perdoar pecados (Mt. 9:2–3; Joseph Smith e seu irmão Hyrum foram
Lc. 5:20–21), por intitular-se Filho de assassinados por uma turba, em 27 de
Deus (Jo. 10:22–36; 19:7) e por afirmar junho de 1844, na cadeia de Carthage,
que eles o veriam assentado à direita do Illinois, Estados Unidos da América
Poder e vindo sobre as nuvens do céu (D&C 135).
Cadeia de Liberty, Missouri (EUA) 26
CADEIA DE LIBERTY, CAMINHO. Ver também Andar,
MISSOURI (EUA). Ver também Andar com Deus; Jesus Cristo
Smith, Joseph, Jr.
Curso ou direção que a pessoa segue.
Pequena prisão na qual o Profeta Joseph Jesus disse que ele era o caminho (Jo.
Smith e outros líderes foram injusta- 14:4–6).
mente aprisionados de novembro de
1838 a abril de 1839. Foi nessa circuns- Guarda os mandamentos do Senhor pa-
tância penosa que Joseph recebeu certas ra andar nos seus caminhos, Deut. 8:6.
revelações, fez profecias e foi inspirado Instrui o menino no caminho em que
a escrever uma carta importante aos deve andar, Prov. 22:6 (2 Né. 4:5). O
santos, trechos da qual se encontram Senhor disse que os seus caminhos são
em D&C 121–123. mais altos do que os nossos caminhos,
Isa. 55:8–9. Estreita é a porta e apertado
CAIFÁS. Ver também Anás; o caminho que leva à vida, Mt. 7:13–14
Saduceus (3 Né. 14:13 – 14; 3 Né. 27:33; D&C
No Novo Testamento, sumo sacerdote 132:22, 25). Disse-lhe Jesus: Eu sou o
e genro de Anás. Caifás participou ati- caminho, e a verdade, e a vida, Jo.
vamente dos ataques contra Jesus e seus 14:6. O Senhor não dá ordens sem an-
discípulos (Mt. 26:3–4; Jo. 11:47–51; tes preparar o caminho para que seus
18:13–14). filhos as cumpram, 1 Né. 3:7 (1 Né. 9:6;
17:3, 13). O caminho para o homem é
CAIM. Ver também Abel; Adão; estreito e não há qualquer outra passa-
Combinações Secretas; gem, a não ser pela porta, 2 Né. 9:41.
Homicídio Estais livres para agir por vós mesmos;
Filho de Adão e Eva que matou Abel, para escolher o caminho da morte eter-
seu irmão mais moço (Gên. 4:1–16). na ou da vida eterna, 2 Né. 10:23. Este é
Sua oferta foi rejeitada pelo Senhor, o caminho e não há nenhum outro cami-
Gên. 4:3–7 (Mois. 5:5–8, 18–26). Matou nho ou nome, pelo qual o homem possa
seu irmão Abel, Gên. 4:8–14 (Mois. salvar-se, 2 Né. 31:21 (Mos. 3:17; Al.
5:32–37). O Senhor pôs uma maldição 38:9; Hel. 5:9). Pela dádiva de seu Filho,
e um sinal em Caim, Gên. 4:15 (Mois. Deus preparou um caminho melhor, Ét.
5:37–41). Adão e Eva tiveram muitos 12:11 (I Cor. 12:31). Todo homem anda
filhos e filhas antes de Caim, Mois. em seu próprio caminho, D&C 1:16.
5:1–3, 16–17. Amou Satanás mais que
a Deus, Mois. 5:13, 18. Fez um acordo CAMPO. Ver também Mundo; Vinha
ímpio com Satanás, Mois. 5:29–31. do Senhor

CALEBE Nas escrituras, é uma extensão de ter-


Um dos homens enviados por Moisés ra usada para cultivo ou pasto. Freqüen-
para espionar a terra de Canaã no se- temente simboliza o mundo e seus
gundo ano após o êxodo. Somente ele habitantes.
e Josué apresentaram um relato fide- O campo é o mundo, Mt. 13:38. O reino
digno daquela terra (Núm. 13:6, 30; dos céus é semelhante a um tesouro es-
14:6–38). De todos os que partiram do condido num campo, Mt. 13:44. Vi um
Egito, apenas eles sobreviveram aos campo largo e espaçoso, 1 Né. 8:9, 20. O
40 anos no deserto (Núm. 26:65; 32:12; campo estava maduro, Al. 26:5. O cam-
Deut. 1:36) e entraram em Canaã (Jos. po já está branco para a ceifa, D&C 4:4
14:6–14; 15:13–19). (6:3; 11:3; 12:3; 14:3; 31:4; 33:3, 7). O cam-
CALÚNIAS. Ver Maledicências po era o mundo, D&C 86:1–2. Compa-
rarei estes reinos a um homem que tem
CALVÁRIO. Ver Gólgota um campo, D&C 88:51.
27 Carnal
CANAÃ, CANANEUS filho de Cão, foi amaldiçoado, Gên.
Nos tempos do Velho Testamento, 9:18–25. O governo de Cão era patriar-
quarto filho de Cão (Gên. 9:22; 10:1, 6) cal e ele foi abençoado com as bênçãos
e neto de Noé. O termo cananeu refere- da Terra e com sabedoria, mas não com
se a alguém da terra onde Canaã origi- o sacerdócio, Abr. 1:21–27. A mulher de
nalmente vivia e também a seus descen- Cão, Egitus, era descendente de Caim;
dentes. Também eram chamados Cana- os filhos da filha deles, Egitus, estabe-
neus os povos que habitavam as terras leceram-se no Egito, Abr. 1:23–25 (Salm.
baixas ao longo do Mediterrâneo, na 105:23; 106:21–22).
Palestina. Este nome às vezes era usa- CARIDADE. Ver também Amor;
do para descrever todos os habitantes Bem-Estar; Compaixão; Serviço
não-israelitas da região a oeste do Rio
O puro amor de Cristo (Morô. 7:47), o
Jordão, a quem os gregos chamavam
amor que Cristo tem pelos filhos dos ho-
de fenícios.
mens e que estes devem ter uns pelos
CÂNON. Ver também Bíblia; outros (2 Né. 26:30; 33:7–9; Ét. 12:33–34);
Doutrina e Convênios; Escrituras; a espécie de amor mais sublime, nobre
Livro de Mórmon; Pérola de e forte, não apenas afeição. Em algumas
Grande Valor versões da Bíblia, a palavra caridade foi
Uma coleção de livros declarados au- substituída pela palavra amor.
tênticos e reconhecidos como sagrados. A ciência incha, mas o amor edifica,
Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos I Cor. 8:1. A caridade, ou amor puro é a
dos Últimos Dias, os livros canônicos suprema excelência que a tudo supera,
são chamados de obras-padrão e in- I Cor. 13. O fim do mandamento é a ca-
cluem o Velho e o Novo Testamentos, ridade de um coração puro, I Tim. 1:5.
o Livro de Mórmon, Doutrina e Con- Acrescentai ao amor fraternal caridade,
vênios e Pérola de Grande Valor. II Ped. 1:7. O Senhor ordenou que todos
os homens tenham caridade, 2 Né. 26:30
CANTAR. Ver também Hino; Música
(Morô. 7:44–47). Procurai ter fé, espe-
Adorar e louvar a Deus com cânticos. rança e caridade, Al. 7:24. O amor que o
Cantai ao Senhor, I Crôn. 16:23–36 Senhor tem pelos homens é caridade, Ét.
(Salm. 96). Cantai ao Senhor, e dai 12:33–34. Sem caridade, os homens não
graças, Salm. 30:4. Celebrai com júbilo poderão morar no lugar preparado nas
ao Senhor, Salm. 100:1. Tendo cantado o mansões do Pai, Ét. 12:34 (Morô. 10:20–
hino, saíram para o monte das Oliveiras, 21). Morôni expõe os ensinamentos de
Mt. 26:30. O Espírito Santo levava-os a Mórmon sobre a fé, a esperança e a cari-
cantar, Morô. 6:9. O canto dos justos é dade, Morô. 7. A caridade qualifica os
uma prece a mim, D&C 25:12. Se esti- homens para a obra do Senhor, D&C
veres alegre, louva ao Senhor com cânti- 4:5–6; 12:8. Revesti-vos com o vínculo
cos, D&C 136:28. da caridade, D&C 88:125. Que tuas en-
tranhas sejam cheias de caridade,
CANTARES DE SALOMÃO D&C 121:45.
Livro do Velho Testamento. O Profeta
CARNAL. Ver também Homem
Joseph Smith ensinou que Cantares de
Natural; Queda de Adão e Eva;
Salomão não é um escrito inspirado.
Sensual, Sensualidade
CÃO. Ver também Noé, Patriarca O que não é espiritual; especificamen-
Bíblico te, o termo pode ser usado com o signi-
No Velho Testamento, o terceiro filho ficado de mortal e natural (D&C 67:10)
de Noé (Gên. 5:32; 6:10; Mois. 8:12, 27). ou com o de mundano, luxurioso e sen-
Noé, seus filhos e respectivas famílias sual (Mos. 16:10–12).
entraram na arca, Gên. 7:13. Canaã, A mente carnal é morte, 2 Né. 9:39. O
Carne 28
diabo pacificará os homens em segu- alegrar a sua mulher, Deut. 24:5. Man-
rança carnal, 2 Né. 28:21. Haviam visto a dou-o para sua casa, Mc. 8:26. Os filhos
si próprios, em seu estado carnal, Mos. aprendam primeiro a exercer piedade
4:2. Quem persiste em sua própria natu- para com a sua própria família, I Tim.
reza carnal, permanece em seu estado 5:4. As mulheres sejam moderadas, cas-
decaído, Mos. 16:5. Todos devem nascer tas, boas donas de casa, Tit. 2:5. Ide para
de Deus, ser mudados de seu estado vossas casas, meditai sobre as coisas
carnal e decaído para um estado de reti- por mim ditas, 3 Né. 17:2–3. Falei ao
dão, Mos. 27:25. A humanidade havia- povo, exortando-o a combater em de-
se tornado carnal, sensual e diabólica, fesa de suas mulheres, filhos, casas e
Al. 42:10. Os que seguem a sua própria lares, Mórm. 2:23. Ordena-se aos pais
vontade e desejos carnais cairão, D&C serem mais diligentes e atentos em
3:4. O homem não pode ver a Deus com casa, D&C 93:43–44, 48–50.
a mente carnal, D&C 67:10–12. Os ho- CASA DE ISRAEL. Ver Israel
mens começaram a ser carnais, sensuais
e diabólicos, Mois. 5:13; 6:49. CASA DO SENHOR. Ver Templo, a
Casa do Senhor
CARNE. Ver também Carnal; Corpo;
Homem Natural; Mortal, CASAMENTO, CASAR. Ver
Mortalidade também Divórcio; Família
Convênio ou contrato legítimo entre
A palavra carne tem diversas cono-
um homem e uma mulher, tornando-
tações: (1) o tecido macio de que é feito o
os marido e mulher. O casamento é or-
corpo do homem, dos animais, das aves
denado por Deus (D&C 49:15).
e dos peixes; (2) a mortalidade; ou (3) a
natureza física ou carnal do homem. Não é bom que o homem esteja só, Gên.
2:18 (Mois. 3:18). O homem apegar-se-á
Tecido do corpo: Os animais serão para
à sua mulher, e serão ambos uma carne,
vosso mantimento, Gên. 9:3. Não se de-
Gên. 2:24 (Mt. 19:5; Abr. 5:18). O que
ve matar animais desnecessariamente,
Deus ajuntou não o separe o homem,
TJS—Gên. 9:10–11 (D&C 49:21). Os ani-
Mt. 19:6 (Mc. 10:9). Nos últimos dias al-
mais e aves são destinados ao homem
guns apostatarão da fé, proibindo o ca-
para comida e vestuário, D&C 49:18–
samento, I Tim. 4:1–3. O casamento é
19 (59:16–20). Devemos comer pouca
venerado, Heb. 13:4. O Senhor ordenou
carne, D&C 89:12–15.
aos filhos de Leí que se casassem com as
Mortalidade: Jesus é o unigênito do Pai filhas de Ismael, 1 Né. 7:1, 5 (1 Né. 16:7–
na mortalidade, Jo. 1:14 (Mos. 15:1–3). 8). Deus criou a Adão e Eva para serem
Adão tornou-se a primeira carne, marido e mulher, Mois. 3:7, 18, 21–25.
Mois. 3:7. O novo e eterno convênio do casamento: O
Natureza carnal do homem: Maldito o ho- casamento realizado sob a lei do evan-
mem que faz da carne o seu braço, Jer. gelho e do santo sacerdócio é para a vi-
17:5. O espírito está pronto, mas a car- da mortal e também para a eternidade.
ne é fraca, Mc. 14:38. A concupiscência Os homens e mulheres dignos, assim
da carne não é do Pai, I Jo. 2:16. Néfi selados em matrimônio no templo, po-
entristeceu-se por causa de sua carne e dem continuar a ser marido e mulher
iniqüidades, 2 Né. 4:17–18, 34. Recon- por toda a eternidade.
ciliai-vos com Deus, não com a vonta- Jesus ensinou a lei do casamento, Lc.
de do diabo e da carne, 2 Né. 10:24. 20:27–36. Não é o varão sem a mulher,
CASA (LAR). Ver também Família nem a mulher sem o varão, no Senhor,
I Cor. 11:11. O marido e a mulher são
O lar deve ser o centro das atividades, co-herdeiros da graça da vida, I Ped.
tanto familiares quanto do evangelho. 3:7. Tudo quanto ligares na Terra será
O homem ficará livre na sua casa para ligado no céu, Hel. 10:7 (Mt. 16:19). Para
29 Castigar, Castigo, Corrigir, Repreender
obter o grau mais elevado do reino ce- 40, 45); Já não é praticado na Igreja
lestial, o homem precisa entrar no novo (D&C DO—1); hoje, ter mais de uma
e eterno convênio do casamento, D&C esposa é incompatível com a condição
131:1–4. Se um homem não se casar por de membro de A Igreja de Jesus Cristo
meu intermédio seu convênio e casa- dos Santos dos Últimos Dias.
mento não terá valor quando morrerem, Sarai deu Hagar a Abraão por esposa,
D&C 132:15. Se um homem se casar Gên. 16:1–11. Jacó recebeu a Léia, Ra-
com uma mulher pela minha palavra e quel e suas servas como esposas, Gên.
pelo novo e eterno convênio e for selado 29:21–28 (Gên. 30:4, 9, 26). Se um ho-
pelo Santo Espírito da promessa, estará mem tomar outra mulher por esposa,
em pleno vigor quando estiverem fora não diminuirá o mantimento da primei-
do mundo, D&C 132:19. ra, Êx. 21:10. Davi e suas duas esposas
Casamento entre pessoas de religiões dife- subiram para Hebrom, II Sam. 2:1–2.
rentes: O matrimônio entre um homem Abraão, Isaque e Jacó nada mais fizeram
e uma mulher de diferentes crenças e do que as coisas que lhes foram orde-
costumes religiosos. nadas ao terem mais de uma esposa,
D&C 132:37. Davi e Salomão em nada
Não tomarás para meu filho mulher das
pecaram, a não ser naquilo que não re-
filhas dos cananeus, Gên. 24:3. Se Jacó
ceberam do Senhor, D&C 132:38–39.
tomar mulher das filhas de Hete, para
que me será a vida? Gên. 27:46 (28:1–2). CASAMENTO NO TEMPLO.
Os israelitas não deviam casar-se com Ver Casamento, Casar
cananeus, Deut. 7:3–4. Os israelitas ca-
CASAMENTO PLURAL. Ver
saram-se com cananeus, adoraram fal-
Casamento, Casar—Casamento
sos deuses, e foram amaldiçoados, Juí.
Plural
3:1–8. As mulheres de Salomão fizeram
com que o coração dele se voltasse à CASTIDADE. Ver também
adoração de falsos deuses, I Re. 11:1–6. Adultério; Fornicação; Sensual,
Não daríamos as nossas filhas aos po- Sensualidade; Virtude
vos da Terra, nem tomaríamos as filhas A pureza sexual dos homens e das mu-
deles para os nossos filhos, Nee. 10:30. lheres.
Não vos prendais em jugo desigual com
os infiéis, II Cor. 6:14. O Senhor colocou José resistiu à sedução da mulher de Po-
uma marca nos lamanitas, para que os tifar, Gên. 39:7–21. Não adulterarás, Êx.
nefitas com eles não se misturassem, 20:14. (D&C 42:24; 59:6). A mulher vir-
acreditando em falsas tradições, Al. 3:6– tuosa é a coroa do seu marido, Prov.
10. Se um homem não se casar por meu 12:4 (31:10). Não sabeis que o nosso cor-
intermédio, seu convênio e casamento po é o templo do Espírito Santo? I Cor.
não terá valor quando morrerem, D&C 6:18–19. Sê o exemplo na pureza, I Tim.
132:15. Os filhos dos homens tomaram- 4:12. Nada que é impuro pode habitar
nas para esposas, segundo sua escolha, com Deus, 1 Né. 10:21. Porque eu, o
Mois. 8:13–15. Senhor Deus, deleito-me na castidade
das mulheres, Jacó 2:28. O pecado sexual
Casamento plural: O casamento de um é uma abominação, Al. 39:1–13. A cas-
homem com duas ou mais esposas vi- tidade e a virtude são mais preciosas
vas. É lícito o homem ter só uma esposa, sobre todas as coisas, Morô. 9:9. Cremos
a menos que o Senhor revele um man- em ser castos, RF 13.
damento em contrário (Jacó 2:27–30). Por
revelação e sob a direção do profeta, que CASTIGAR, CASTIGO,
possuía as chaves do sacerdócio, o casa- CORRIGIR, REPREENDER.
mento plural foi praticado na época do Ver também Adversidade
Velho Testamento e nos primeiros tem- Correção ou disciplina aplicada a in-
pos da Igreja restaurada (D&C 132:34– divíduos ou a grupos de pessoas com
Cativeiro 30
o fim de ajudá-los a aperfeiçoarem-se de Deus na Terra; ou a uma época de
ou a fortalecerem-se. julgamento, como a segunda vinda de
Não desprezes o castigo do Todo-Pode- Jesus Cristo.
roso, Jó 5:17 (Prov. 3:11). Bem aventura- Passou a sega (ceifa), findou o verão, e
do é o homem a quem tu repreendes, ó nós não estamos salvos, Jer. 8:20 (D&C
Senhor, Salm. 94:12. Toda a escritura é 56:16). A seara é realmente grande, mas
proveitosa para redargüir, para corrigir, poucos os ceifeiros, Mt. 9:37. A ceifa é
II Tim. 3:16. O Senhor corrige aqueles o fim do mundo, Mt. 13:39. Tudo o que
a quem ama, Heb. 12:5–11. O Senhor o homem semear, isso também ceifará,
julga sábio castigar a seu povo, Mos. Gál. 6:7–9 (D&C 6:33). O campo já está
23:21–22. Se o Senhor não castiga seu branco para a ceifa, D&C 4:4. A colhei-
povo, dele não se lembram, Hel. 12:3. ta estará terminada e vossa alma não
Falou o Senhor com o irmão de Jarede, estará salva, D&C 45:2. É chegado o
repreendendo-o, Ét. 2:14. Foram re- tempo da ceifa e minha palavra preci-
preendidos para que se arrependes- sa cumprir-se, D&C 101:64.
sem, D&C 1:27. A quem amo também
CELIBATO. Ver Casamento, Casar
castigo para que seus pecados sejam
perdoados, D&C 95:1. Todos os que não CENTURIÃO
querem suportar a correção não podem
Oficial do exército romano no coman-
ser santificados, D&C 101:2–5. Meu po-
do de uma companhia que tinha entre
vo precisa ser corrigido até aprender
50 e 100 homens, a qual formava a sex-
obediência, D&C 105:6. Quem não su-
ta parte de uma legião romana. (Mt.
porta correção não é digno do meu rei- 8:5; Lc. 23:47; At. 10:1–8).
no, D&C 136:31.
CÉSAR
CATIVEIRO. Ver também
Liberdade, Livre Título pelo qual eram conhecidos al-
guns imperadores romanos. É usado
Estar em servidão física ou espiritual. nas escrituras como símbolo do gover-
Por causa de sua iniqüidade, os da casa no ou poder do mundo.
de Israel foram levados ao cativeiro, Dai a César o que é de César, Mt. 22:21
Eze. 39:23. O que leva em cativeiro, em (Mc. 12:17; Lc. 20:25; D&C 63:26).
cativeiro irá, Apoc. 13:10. Os iníquos se-
rão levados ao cativeiro do diabo, 1 Né. CÉU. Ver também Glória Celestial;
14:4, 7. Os homens são livres para esco- Paraíso; Reino de Deus ou Reino
lher a liberdade e a vida eterna, ou o ca- do Céu
tiveiro e a morte, 2 Né. 2:27. A vontade O termo céu tem dois significados bási-
da carne dá ao espírito do diabo o poder cos nas escrituras: (1) o lugar onde Deus
de escravizar, 2 Né. 2:29. Haveis sufi- vive e a futura morada eterna dos san-
cientemente conservado na lembrança tos (Gên. 28:12; Salm. 11:4; Mt. 6:9). (2) A
o cativeiro de vossos pais? Al. 5:5–6. expansão ao redor da Terra (Gên. 1:1,
Os que endurecerem o coração serão 17; Êx. 24:10). É óbvio que o céu não é o
escravizados pelo diabo, Al. 12:11. De- paraíso, o qual é a habitação temporária
veis vigiar e orar sempre, para que não dos espíritos fiéis dos que viveram e
sejais tentados pelo diabo e dele não morreram nesta Terra. Jesus visitou o
vos torneis cativos, 3 Né. 18:15. paraíso após sua morte na cruz; contu-
CEIA DO SENHOR. Ver Sacramento do, no terceiro dia informou a Maria
que ainda não havia estado com o Pai
CEIFA OU COLHEITA (Lc. 23:39–44; Jo. 20:17; D&C 138:11–37).
As escrituras às vezes usam a palavra Quando vejo os teus céus, obra dos
ceifa figurativamente, referindo-se a tra- teus dedos, Salm. 8:3. Pela palavra do
zer pessoas para a Igreja, que é o reino Senhor foram feitos os céus, Salm. 33:6.
31 Chaves do Sacerdócio
Como caíste do céu, ó estrela da manhã, dos para efetuar a reunião dos eleitos,
Isa. 14:12. Os céus se enrolaram como D&C 29:7. A ninguém será permitido
um livro, Isa. 34:4. Eis que eu crio céus pregar meu evangelho ou estabelecer
novos e nova Terra, Isa. 65:17. Deus minha igreja, a não ser que tenha sido
abrirá as janelas do céu, Mal. 3:10. Pai ordenado, D&C 42:11. Muitos são cha-
nosso que estás nos céus, santificado se- mados, mas poucos são escolhidos,
ja o teu nome, Mt. 6:9 (3 Né. 13:9). Paulo D&C 121:34. O homem deve ser chama-
foi arrebatado até o terceiro céu, II Cor. do por Deus, RF 5.
12:2. Fez-se silêncio no céu, Apoc. 8:1
(D&C 88:95–98). Se eles se conservarem CHAMADO E ELEIÇÃO. Ver
fiéis até o fim, serão recebidos no céu, Vocação (chamado) e Eleição
Mos. 2:41. Para que sejais filhos de vos- CHAVES DO SACERDÓCIO. Ver
so Pai que está nos céus, 3 Né. 12:45. No também Dispensação; Primeira
dia em que, nas nuvens do céu, eu vier, Presidência; Sacerdócio
D&C 45:16. Elias, o profeta, foi levado
ao céu sem experimentar a morte, D&C As chaves são o direito de presidência,
110:13. Os direitos do sacerdócio são li- ou seja, o poder conferido por Deus ao
gados com os poderes dos céus, D&C homem para dirigir, controlar e gover-
121:36. No céu existem duas espécies nar o sacerdócio de Deus na Terra. Os
de seres, D&C 129:1. Sião foi arrebata- portadores do sacerdócio chamados a
da ao céu, Mois. 7:23. ocupar posições de presidência recebem
chaves das mãos dos que têm autorida-
CHAMADO, CHAMADO POR de sobre eles. Os portadores do sacerdó-
DEUS, CHAMAR. Ver também cio só podem exercer seu sacerdócio
Autoridade; Escolher, Escolhido dentro dos limites definidos pelos que
(verbo); Escolhido (adj. ou possuem as chaves. O Presidente da
subst.); Mordomia, Mordomo; Igreja possui todas as chaves do sacer-
Ordenação dócio (D&C 107:65–67, 91–92; 132:7).
Ser chamado por Deus é receber uma de- Pedro recebeu as chaves do reino, Mt.
signação ou convite dele ou dos líderes 16:19. Miguel (Adão) recebeu as cha-
devidamente autorizados de sua Igreja ves da salvação sob a direção de Jesus
para servi-lo de uma forma particular. Cristo, D&C 78:16. As chaves do reino
E sobre ele pôs as suas mãos, e lhe deu pertencem sempre à Primeira Presidên-
mandamentos, Núm. 27:23. Às nações cia, D&C 81:2. O Sacerdócio de Melqui-
te dei por profeta, Jer. 1:5. Escolhi a vós sedeque possui as chaves dos mistérios
e vos nomeei, Jo. 15:16. Paulo foi chama- do conhecimento de Deus, D&C 84:19.
do para apóstolo, Rom. 1:1. Ninguém Joseph Smith e Oliver Cowdery recebe-
toma para si esta honra, senão o que é ram as chaves da coligação de Israel, do
chamado por Deus, Heb. 5:4. Jesus foi evangelho de Abraão e dos poderes
chamado por Deus sumo sacerdote se- seladores, D&C 110:11–16. Os Doze
gundo a ordem de Melquisedeque, Apóstolos possuem chaves especiais,
Heb. 5:10. Fui chamado para pregar a D&C 112:16. A Primeira Presidência
palavra de Deus, segundo o espírito e os Doze possuem as chaves da dis-
de revelação e profecia, Al. 8:24. Sa- pensação da plenitude dos tempos,
cerdotes foram chamados e prepara- D&C 112:30–34. Os oficiais do sacer-
dos desde a fundação do mundo, Al. dócio possuem chaves, D&C 124:123.
13:3. Se tendes desejo de servir a Deus Aquele que possui chaves pode obter
sois chamados, D&C 4:3. Permanece fir- conhecimento, D&C 128:11. O Sacer-
me no trabalho para o qual te chamei, dócio Aarônico possui as chaves do
D&C 9:14. Não precisas supor teres sido ministério de anjos, do evangelho do
chamado a pregar até que sejas chama- arrependimento e do batismo, JS—H
do, D&C 11:15. Os élderes são chama- 1:69 (D&C 13).
Circuncisão 32
CIRCUNCISÃO. Ver também cobiçar negará a fé, D&C 42:23. Cessai
Convênio Abraâmico de todos os vossos desejos de cobiça,
Sinal do convênio abraâmico para os D&C 88:121. Cessai de ser cobiçosos,
israelitas homens durante as dispen- D&C 88:123. Não cobiceis o que per-
sações do Velho Testamento (Gên. tence a vosso irmão, D&C 136:20.
17:10–11, 23–27; TJS—Gên. 17:11). A CÓLERA. Ver Ira
circuncisão era realizada cortando a
carne do prepúcio de todos os meninos COLIGAÇÃO DE ISRAEL. Ver
e também de adultos. Os que a recebiam Israel—A coligação de Israel
desfrutavam os privilégios e aceitavam
COLOBE
as responsabilidades do convênio. A cir-
cuncisão, como sinal do convênio, foi A estrela que está mais perto do trono
abolida com a missão de Cristo (Morô. de Deus (Abr. 3:2–3, 9).
8:8; D&C 74:3–7). Abraão viu Colobe e as estrelas, Abr.
3:2–18. O tempo do Senhor é de acor-
CIRO
do com o cálculo de Colobe, Abr. 3:4, 9
No Velho Testamento, rei da Pérsia que (5:13).
cumpriu a profecia de Isaías (II Crôn.
36:22–23; Isa. 44:28; 45:1), permitindo COLOSSENSES, EPÍSTOLA AOS
que os judeus retornassem a Jerusalém e Ver também Paulo: Epístolas
reconstruíssem o templo, dando assim Paulinas
um fim parcial ao cativeiro babilônico. Livro do Novo Testamento. Original-
A profecia de Isaías foi feita cerca de mente era uma epístola escrita pelo
180 anos antes do decreto real. Apóstolo Paulo aos colossenses, após
visita de Epafras, o evangelista da
CIÚME. Ver também Inveja; Zelo Igreja em Colossos (Col. 1:7–8). Epa-
Conforme é usada nas escrituras, a pa- fras disse a Paulo que os colossenses
lavra ciúme significa invejar alguém estavam cometendo grave erro, pois
ou pensar que outra pessoa vá levar pensavam ser melhores que os ou-
vantagem; suspeitar. tros por observarem cuidadosamente
certas ordenanças exteriores (Col.
Furioso é o ciúme do marido, Prov.
2:16), absterem-se de certos prazeres
6:32–35. Aquis começou a sentir ciú-
físicos e prestarem culto aos anjos
me de seu filho, Ét. 9:7.
(Col. 2:18).
CIZÂNIA. Ver Joio Tais costumes levaram os colossenses
a crer que estavam sendo santificados.
COBIÇAR. Ver também
Julgavam também eles que entendiam
Concupiscência; Inveja
os mistérios do universo melhor que
Desejar ardente e indevidamente al- os outros membros da Igreja. Em sua
guma coisa ou alguém. carta, Paulo censurou-os, ensinando
Não cobiçarás, Êx. 20:17 (Deut. 5:21; que a redenção é obtida somente atra-
Mos. 13:24; D&C 19:25). Não cobices no vés de Cristo e que devemos ser sábios
teu coração a sua formosura, Prov. 6:25. e servi-lo.
Cobiçam as propriedades e as roubam, O capítulo 1 é uma saudação de Paulo
Miq. 2:2. Qualquer que atentar numa aos colossenses. Os capítulos 2 e 3 são
mulher para a cobiçar cometeu adulté- doutrinários e testificam que Cristo é
rio, Mt. 5:28 (3 Né. 12:28). A lei diz: Não o Redentor, advertem sobre o perigo
cobiçarás, Rom. 7:7. Labão viu as nossas da falsa adoração e afirmam a impor-
riquezas e cobiçou-as, 1 Né. 3:25. Não tância da ressurreição. O capítulo 4
sigas a cobiça dos teus olhos, Al. 39:3–4, ensina que os santos devem ser sábios
9. Aquele que olhar uma mulher para a em todas as coisas.
33 Comum Acordo
COMBINAÇÕES SECRETAS. O meu espírito me constrange, Jó 32:18.
Ver também Caim; Ladrões O amor de Cristo nos constrange,
de Gadiânton II Cor. 5:14. O Espírito constrangeu-me
Organização de pessoas unidas por ju- a matar Labão, 1 Né. 4:10. O Espírito
ramentos de levar adiante os maus me constrange, Al. 14:11. Amaron, com-
propósitos do grupo. pelido pelo Espírito Santo, escondeu
os registros, 4 Né. 1:48. Aquilo que vem
O pai das mentiras incita os filhos dos
de cima deve ser mencionado por in-
homens a combinações secretas, 2 Né.
dução do Espírito, D&C 63:64.
9:9. Devo destruir as obras secretas
das trevas, 2 Né. 10:15. Caíram os jul- COMPREENSÃO,
gamentos de Deus sobre os que traba- ENTENDIMENTO. Ver também
lhavam em combinações secretas, Al. Conhecimento; Sabedoria;
37:30. Gadiânton veio a ser causador Verdade
da quase completa destruição do povo Obter conhecimento ou perceber o sig-
de Néfi, Hel. 2:4–13. Satanás incitou o nificado de uma verdade, inclusive sua
coração do povo a fazer juramentos e aplicação à vida.
convênios secretos, Hel. 6:21–31. O
Senhor não opera por combinações Não te estribes no teu próprio entendi-
secretas, Ét. 8:19. Nações que susten- mento, Prov. 3:5. Jesus falou por pará-
tarem combinações secretas serão des- bolas e alguns não entenderam, Mt.
truídas, Ét. 8:22–23. Rejeitaram todas 13:12–17. O Senhor abriu-lhes o enten-
as palavras dos profetas, por causa de dimento, Lc. 24:45. Se não compreen-
sua sociedade secreta, Ét. 11:22. Desde derdes estas palavras, será porque não
os dias de Caim havia uma combinação pedis, 2 Né. 32:4 (3 Né. 17:3). Os regis-
secreta, Mois. 5:51. tros foram preservados para que pudés-
semos ler e entender, Mos. 1:2–5. Por
COMPAIXÃO. Ver também Amor; causa de sua incredulidade não podiam
Caridade; Misericórdia, compreender a palavra de Deus, Mos.
Misericordioso 26:3. A palavra começa a iluminar o
Nas escrituras, a compaixão significa, meu entendimento, Al. 32:28. Juntos
literalmente, “sofrer com outrem”. arrazoemos para que compreendais,
Também quer dizer demonstrar sim- D&C 50:10–12, 19–23. Os pais devem
patia, piedade e misericórdia por ou- ensinar os filhos a compreenderem,
tra pessoa. D&C 68:25. As obras e os mistérios de
Jesus moveu-se de compaixão, Mt. 9:36 Deus só podem ser compreendidos
(Mt. 20:34; Mc. 1:41; Lc. 7:13). Um certo pelo Espírito Santo, D&C 76:114–116.
samaritano moveu-se de compaixão por A Luz de Cristo vivifica nosso enten-
ele, Lc. 10:33. Sede compassivos, aman- dimento, D&C 88:11.
do-vos fraternalmente, I Ped. 3:8. Cristo COMUM ACORDO. Ver também
está cheio de compaixão para com os Igreja de Jesus Cristo; Apoio aos
filhos dos homens, Mos. 15:9. Minhas Líderes da Igreja
entranhas estão cheias de compaixão Princípio pelo qual os membros da Igre-
por vós, 3 Né. 17:6. Joseph Smith orou ja apóiam os que são chamados a servir
suplicando a compaixão do Senhor, na Igreja, bem como outras decisões que
D&C 121:3–5. requerem seu apoio, o qual é geralmen-
COMPELIR, CONSTRANGER. te demonstrado levantando-se o braço
Ver também Espírito Santo direito.
Ser vigorosamente instado a fazer ou Jesus Cristo é o cabeça da Igreja. Pela
não fazer alguma coisa, especialmente inspiração do Espírito Santo ele dirige
pela influência e poder do Espírito os líderes da Igreja em importantes
Santo. medidas e decisões. Não obstante, to-
Comunhão 34
dos os membros têm o direito e privi- glória celestial sofrerão certa limitação
légio de apoiar ou não as ações e deci- em seu progresso e privilégios e, nesse
sões de seus líderes. sentido, serão condenados.
O povo respondeu a uma voz, Êx. 24:3 O Senhor condenará o homem de per-
(Núm. 27:18–19). Os apóstolos e pres- versas imaginações, Prov. 12:2. Ai de
bíteros se reuniram concordemente, vós hipócritas! por isso sofrereis mais
At. 15:25. Nenhuma pessoa deve ser rigoroso juízo, Mt. 23:14. Qualquer que
ordenada sem o voto da igreja, D&C blasfemar contra o Espírito Santo, será
20:65–66. E todas as coisas serão feitas réu do eterno juízo, Mc. 3:29. Os que fi-
de comum acordo, D&C 26:2 (28:13). zeram o mal para a ressurreição da con-
Que todas as coisas sejam feitas pelo denação, Jo. 5:29 (3 Né. 26:5). O que co-
consentimento unânime, D&C 104:21. me e bebe indignamente, come e bebe
para sua própria condenação, I Cor.
COMUNHÃO. Ver Sacramento
11:29 (3 Né. 18:28–29). Somos repreen-
CONCUPISCÊNCIA. Ver também didos pelo Senhor para não sermos con-
Cobiçar; Sensual, Sensualidade denados com o mundo, I Cor. 11:32. O
que não se arrepender, não for batizado,
Desejo desmedido e incorreto de bens
nem perseverar até o fim, será condena-
ou prazeres materiais.
do, 2 Né. 9:24 (Mc. 16:16; Ét. 4:18; D&C
Não reine portanto o pecado em vosso 68:9; 84:74). Nossas palavras, obras e
corpo mortal, para lhe obedecerdes pensamentos nos condenarão, Al. 12:14.
em suas concupiscências, Rom. 6:12. Por conhecer e não cumprir, as pessoas
Amontoarão para si doutores confor- incorrem em condenação, Hel. 14:19.
me as suas próprias concupiscências, Os ímpios seriam mais miseráveis habi-
II Tim. 4:3–4. Peço-vos que vos abste- tando com Deus do que com as almas
nhais das concupiscências carnais, condenadas, no inferno, Mórm. 9:4. Se
I Ped. 2:11. Não vivais mais segundo as deixarmos de trabalhar, estaremos sob
concupiscências dos homens, mas se- condenação, Morô. 9:6. O que nada faz
gundo a vontade de Deus, I Ped. 4:2. A até que seja mandado, é condenado,
concupiscência da carne, a concupiscên- D&C 58:29. Aquele que não perdoa a
cia dos olhos não são de Deus, I Jo. 2:16. seu irmão, está em condenação diante
do Senhor, D&C 64:9. O que pecar con-
CONDADO DE JACKSON,
tra a luz maior, receberá a condenação
MISSOURI (EUA). Ver também
maior, D&C 82:3. A igreja toda está sob
Nova Jerusalém
condenação até que se arrependam e se
Lugar de coligação dos santos nos úl- lembrem do Livro de Mórmon, D&C
timos dias, isto é, o lugar central onde 84:54–57. Aquele que recebe a plenitude
eles estabelecerão a Nova Jerusalém do novo e eterno convênio, cumprirá a
(D&C 57–58; 82; 101:69–71; 105:28). lei, ou será condenado, D&C 132:6.
CONDENAÇÃO, CONDENAR. CONFESSAR, CONFISSÃO.
Ver também Diabo; Filhos de Ver também Arrepender-se,
Perdição; Inferno; Juízo Final; Arrependimento; Perdoar
Julgar; Morte Espiritual
As escrituras empregam a palavra con-
Julgar outros ou ser julgado por Deus; fissão pelo menos de duas maneiras.
ser achado culpado ou ser reprovado.
No estado imortal, a condenação é uma Em um sentido confessar significa ter fé
referência à limitação do progresso indi- em alguma coisa, como por exemplo,
vidual e à impossibilidade de ter acesso confessar que Jesus é o Cristo (Mt. 10:32;
à presença de Deus e a sua glória. Exis- Rom. 10:9; I Jo. 4:1–3; D&C 88:104).
tem vários graus de condenação. Todos Em seu segundo sentido, confessar é ad-
os que não alcançarem a plenitude da mitir a própria culpa, como na confissão
35 Conhecimento
dos pecados. Todos têm o dever de con- fieis no braço de carne, D&C 1:19. Põe
fessar os pecados ao Senhor e obter dele tua confiança naquele Espírito que leva
o perdão (D&C 58:42–43). Quando ne- a fazer o bem, D&C 11:12. Que confie
cessário, os pecados também devem ser em mim e não será confundido, D&C
confessados à pessoa ou pessoas a quem 84:116. Então tua confiança se fortale-
ofendemos. Os pecados graves devem cerá na presença de Deus, D&C 121:45.
ser confessados a um oficial da Igreja
(ao bispo, na maioria dos casos). CONFIRMAÇÃO. Ver Mãos,
Imposição de
Confessará aquilo em que pecou, Lev.
5:5. Confessarão a sua iniqüidade, Lev. CONFRATERNIZAR. Ver também
26:40–42. Glória ao Senhor Deus de Is- Amor; União
rael, e faze confissão perante ele, Jos. Para os santos dos últimos dias, con-
7:19. As pessoas eram batizadas no rio fraternizar significa oferecer amizade,
Jordão, confessando os seus pecados, servir, elevar e fortalecer os outros.
Mt. 3:5–6. O transgressor que confes-
Amarás o teu próximo como a ti mes-
sar seus pecados será perdoado, Mos.
mo, Lev. 19:18 (Mt. 19:19; D&C 59:6).
26:29. Que confesses teus pecados, para
Quando te converteres, confirma teus
que não sofras os castigos, D&C 19:20.
irmãos, Lc. 22:32. Conhecerão que sois
O pecador confessará os seus pecados
meus discípulos, se vos amardes uns
e os abandonará, D&C 58:43. O Senhor
aos outros, Jo. 13:35. Apascenta os meus
é misericordioso para com aqueles que
cordeiros, Jo. 21:15–17. Eles rogaram a
confessam seus pecados com o coração
graça de participar deste serviço para
humilde, D&C 61:2. O Senhor perdoa
os santos, II Cor. 8:1–5. Os nefitas e
os pecados daqueles que os confessam
lamanitas confraternizaram-se, Hel. 6:3.
e pedem perdão, D&C 64:7.
Que todo homem estime a seu irmão
CONFIANÇA, CONFIAR. Ver como a si mesmo, D&C 38:24–25. Se
também Crença, Crer; Fé não sois um, não sois meus, D&C 38:27.
Eu vos recebo na fraternidade de ser
Ter uma certeza, crença, segurança ou vosso amigo e irmão, D&C 88:133.
fé em algo ou alguém, especialmente
em Deus e Jesus Cristo. Esperança fir- CONHECIMENTO. Ver também
me. Em sentido espiritual, confiar sig- Compreensão, Entendimento;
nifica também depender absolutamente Sabedoria; Verdade
de Deus e de seu Espírito. Entendimento e compreensão, especial-
Ainda que ele me mate, nele esperarei, mente da verdade, conforme ensinada
Jó 13:15. É melhor confiar no Senhor do ou confirmada pelo Espírito.
que confiar no homem. Salm. 118:8; O Senhor é o Deus da sabedoria, I Sam.
Confia no Senhor de todo o teu coração, 2:3. O Senhor é perfeito em conhecimen-
Prov. 3:5. O Senhor será a tua esperança, to, Jó 37:16. O temor do Senhor é o prin-
Prov. 3:26. Deus livrou a seus servos cípio da ciência, Prov. 1:7. Retém as suas
que confiaram nele, Dan. 3:19 – 28. palavras o que possui o conhecimento,
Quando Cristo se manifestar tenhamos Prov. 17:27. A Terra se encherá do co-
confiança, I Jo. 2:28. Confiei em ti e em ti nhecimento do Senhor, Isa. 11:9 (2 Né.
confiarei sempre, 2 Né. 4:34. Os nefitas 21:9; 30:15). Tirastes a chave da ciência,
iníquos tinham perdido a confiança de Lc. 11:52. O amor de Cristo excede todo
seus filhos, Jacó 2:35. Regozijai-vos e o entendimento, Ef. 3:19. Acrescentai à
ponde vossa confiança em Deus, Mos. vossa fé a virtude, e à virtude a ciência,
7:19. Quem confia no Senhor será eleva- II Ped. 1:5. Néfi possuía grande conheci-
do no último dia, Mos. 23:22. Aquele mento da bondade de Deus, 1 Né. 1:1.
que confiar em Deus será auxiliado em Quando tiverem conhecimento do seu
seus sofrimentos, Al. 36:3, 27. Não con- Redentor serão coligados, 2 Né. 6:11. Os
Consagrar, Lei da Consagração 36
justos terão um conhecimento perfeito CONSCIÊNCIA. Ver também Luz,
de sua justiça, 2 Né. 9:14. O Espírito dá Luz de Cristo
conhecimento, Al. 18:35. Vosso conhe- A íntima percepção do que é certo e
cimento é perfeito nisto, Al. 32:34. Os errado, proveniente da luz de Cristo,
lamanitas serão levados ao verdadeiro conferida a todos os homens (Morô.
conhecimento de seu Redentor, Hel. 7:16). Nascemos com a capacidade na-
15:13. Podeis perfeitamente saber que é tural de distinguir o bem do mal, em
de Deus, Morô. 7:15–17. Os santos en- virtude da Luz de Cristo que é conce-
contrarão grandes tesouros de conheci- dida a todos (D&C 84:46). Esta facul-
mento, D&C 89:19. O conhecimento pu- dade é chamada de consciência e é o
ro grandemente expande a alma, D&C que nos torna seres responsáveis. Co-
121:42. Aquele que possui as chaves mo as demais faculdades, nossa cons-
do sacerdócio não terá dificuldade em ciência pode ser insensibilizada pelo
obter um conhecimento dos fatos, D&C pecado ou pelo uso indevido.
128:11. Quem adquirir conhecimento
nesta vida terá mais vantagem no mun- Os escribas e fariseus convenceram-se
do futuro, D&C 130:19. É impossível ser por suas próprias consciências, Jo. 8:9.
salvo em ignorância, D&C 131:6. A consciência também dá testemunho,
Rom. 2:14–15. Os mentirosos têm a
CONSAGRAR, LEI DA consciência cauterizada, I Tim. 4:2. Os
CONSAGRAÇÃO. Ver também homens são ensinados suficientemen-
Ordem Unida; Reino de Deus ou te para distinguir o bem do mal, 2 Né.
Reino do Céu 2:5. O rei Benjamim tinha uma cons-
Dedicar-(se), santificar-(se), alcançar a ciência limpa ante Deus, Mos. 2:15. Os
retidão. A lei de consagração é um prin- nefitas se encheram de alegria, tendo
cípio divino pelo qual os homens e mu- paz de consciência, Mos. 4:3. Zeezrom
lheres dedicam voluntariamente seu sentiu-se atormentado pela consciência
tempo, talentos e bens materiais para de sua própria culpa, Al. 14:6. É-nos
o estabelecimento e edificação do rei- dado segundo o nosso desejo a alegria
no de Deus. ou o remorso de consciência, Al. 29:5.
Uma pena e uma lei justa para trazer o
Consagrai hoje as vossas mãos ao Se- remorso de consciência, Al. 42:18. O
nhor, Êx. 32:29. Os que criam tinham to- Espírito de Cristo é concedido a todos
das as coisas em comum, At. 2:44–45. E os homens, para que eles possam conhe-
tinham todas as coisas em comum; por- cer o que é bom e o que é mau, Morô.
tanto, não havia ricos nem pobres, 4 Né. 7:16. Todo indivíduo deve ter o livre
1:3. O Senhor explicou os princípios da exercício de consciência, D&C 134:2.
consagração, D&C 42:30–39 (D&C 51:2– Tenho a consciência limpa, D&C 135:4.
19; 58:35–36). Um homem não devia Pretendemos o privilégio de adorar a
possuir mais do que o outro, D&C Deus de acordo com os ditames de nos-
49:20. Todo homem recebia uma porção sa consciência, RF 11.
igual de acordo com sua família, D&C
51:3. Foi estabelecida uma ordem para CONSELHO DOS DOZE.
que os santos pudessem ser iguais nos Ver Apóstolo
vínculos das coisas celestiais e terrenas, CONSELHO NOS CÉUS. Ver
D&C 78:4–5. Todo homem devia ter os também Guerra nos Céus; Plano
mesmos direitos de acordo com seus an- de Redenção; Vida Pré-Mortal
seios e necessidades, D&C 82:17–19.
Sião não pode ser edificada a não ser A ocasião, na vida pré-mortal, em que o
pelos princípios da lei celestial, D&C Pai apresentou seu plano a seus filhos
105:5. O povo de Enoque era uno de co- espirituais que viriam para esta Terra.
ração e vontade e vivia em retidão; e Os filhos de Deus rejubilavam, Jó 38:7.
não havia pobres entre eles, Mois. 7:18. Acima das estrelas de Deus exaltarei o
37 Convênio
meu trono, Isa. 14:12–13. E houve ba- Col. 3:13. Não entrar em questões lou-
talha no céu, Apoc. 12:7–11. Antes de cas e contendas, Tit. 3:9. O Senhor orde-
nascerem eles receberam suas primei- nou que os homens não disputem uns
ras lições no mundo dos espíritos, D&C com os outros, 2 Né. 26:32. Não permiti-
138:56. Satanás rebelou-se na vida pré- reis que vossos filhos disputem entre si,
mortal, Mois. 4:1–4. Inteligências foram Mos. 4:14. Alma ordenou que os mem-
organizadas antes de o mundo existir, bros da Igreja não contendessem entre
Abr. 3:22. Os Deuses aconselharam-se si, Mos. 18:21. Satanás espalha rumo-
entre si, Abr. 4:26. Os Deuses termi- res e discórdias, Hel. 16:22. O diabo é o
naram a obra que deliberaram fazer, pai da discórdia e leva a cólera ao co-
Abr. 5:2. ração dos homens, para contenderem
uns com os outros, 3 Né. 11:29 (Mos.
CONSOLADOR. Ver também 23:15). Estabelecer o meu evangelho,
Espírito Santo; Jesus Cristo para que não haja tanta contenda,
As escrituras falam de dois Consola- D&C 10:62–64. Cessai de contender
dores. O primeiro é o Espírito Santo uns com os outros, D&C 136:23.
(Jo. 14:26–27; Morô. 8:26; D&C 21:9;
CONTROLE DA NATALIDADE.
42:17; 90:11). O Segundo Consolador é
Ver também Casamento, Casar;
o Senhor Jesus Cristo (Jo. 14:18, 21, 23).
Família
Quando alguém obtiver o Segundo
Consolador, Jesus Cristo lhe aparecerá Limitar ou impedir a concepção, com
de tempos em tempos, revelar-lhe-á o a finalidade de planejar o número de
Pai e instruí-lo-a face a face (D&C filhos de um casal.
130:3). Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a
Terra, Gên. 1:28 (Mois. 2:28). Os filhos
CONSTITUIÇÃO. Ver também
são herança do Senhor, Salm. 127:3–5.
Governo; Lei
A família de Leí deveria levantar pos-
Em Doutrina e Convênios, “a Consti- teridade ao Senhor, 1 Né. 7:1. O casa-
tuição” refere-se à Constituição dos mento foi instituído por Deus para o
Estados Unidos da América, que foi homem, D&C 49:15–17. Os que forem
divinamente inspirada a fim de prepa- exaltados receberão uma plenitude e
rar o caminho para a restauração do uma continuação das sementes para
evangelho. todo o sempre, D&C 132:19, 63.
A lei constitucional deve ser apoiada, CONVÊNIO. Ver também Convênio
D&C 98:5–6. O Senhor fez com que a Abraâmico; Juramento;
Constituição fosse estabelecida, D&C Juramento e Convênio do
101:77, 80. Sacerdócio; Novo e Eterno
CONSTRANGER. Ver Compelir, Convênio
Constranger Pacto entre Deus e o homem, embora as
duas partes não se encontrem no mes-
CONTENÇÃO, CONTENDA. Ver mo nível. Deus estipula as condições do
também Rebeldia, Rebelião convênio e o homem concorda em fazer
Discórdia, argumentações e disputas. A o que ele pede. Deus, então, promete-
contenda, especialmente entre os mem- lhe certas bênçãos pela obediência.
bros da Igreja do Senhor ou entre os Os princípios e ordenanças são recebi-
integrantes de uma família, não é agra- dos mediante convênio. Os membros
dável ao Senhor. da Igreja que fazem tais convênios
Não haja contenda entre mim e ti, Gên. prometem honrá-los. Por exemplo, no
13:8. Da soberba só provém a contenda, batismo eles fazem convênios com o
Prov. 13:10. Se algum tiver queixa con- Senhor e renovam-nos participando
tra outro, perdoar como Cristo perdoou, do sacramento. No templo são feitos
Convênio Abraâmico 38
convênios adicionais. O povo do Senhor nado ao sacerdócio maior (D&C 84:14;
é um povo que faz convênios e todos Abr. 2:11) e fez o convênio do casamen-
são grandemente abençoados ao guar- to celestial, que é o convênio da exal-
darem os convênios que fizeram com tação (D&C 131:1–4; 132:19, 29). Foi pro-
o Senhor. metido a Abraão que todas as bênçãos
Contigo estabelecerei o meu pacto, Gên. desses convênios seriam oferecidas a
6:18. Se guardardes o meu concerto, en- sua posteridade mortal (D&C 132:29–
tão sereis a minha propriedade peculiar, 31; Abr. 2:6–11). Reunidos, esses con-
Êx. 19:5. Não farás concerto algum com vênios e promessas são chamados de
os seus deuses, Êx. 23:32. Guardarão o convênio abraâmico. A restauração des-
sábado por concerto perpétuo, Êx. 31:16. te convênio foi a restauração do evange-
Nunca invalidarei o meu concerto con- lho nos últimos dias, pois por meio dele
vosco, Juí. 2:1. Meus santos, que fizeram todas as nações da Terra são abençoadas
comigo um concerto com sacrifícios, (Gál. 3:8–9, 29; D&C 110:12; 124:58; Abr.
Salm. 50:5 (D&C 97:8). Lembrar-se do 2:10–11).
seu santo concerto, Lc. 1:72 (D&C 90:24).
CONVÊNIO ETERNO. Ver
O poder de Deus desceu sobre o povo
Convênio; Novo e Eterno
do convênio do Senhor, 1 Né. 14:14. O
Convênio
convênio feito com Abraão será cumpri-
do nos últimos dias, 1 Né. 15:18 (3 Né. CONVERSÃO, CONVERTER. Ver
16:5, 11–12; 21:7; Mórm. 9:37). O povo também Discípulo; Nascer de
do rei Benjamim queria fazer um convê- Novo, Nascer de Deus
nio com Deus, de servi-lo até morrer,
Mos. 5:5. O batismo é um testemunho Mudar as crenças, os sentimentos e a vi-
de que o homem fez convênio com Deus da para aceitar e cumprir a vontade de
de fazer sua vontade, Mos. 18:13. Em Deus (At. 3:19). A conversão inclui a de-
virtude de serdes os filhos do convênio, cisão consciente de renunciar à forma de
3 Né. 20:25–26. Os anjos cumprem e rea- ser anterior e de mudar, a fim de tornar-
lizam a obra dos convênios que o Pai se um discípulo de Cristo. O arrependi-
fez, Morô. 7:29, 31. O derramamento do mento, o batismo para a remissão dos
sangue de Cristo é o convênio, Morô. pecados, o recebimento do Espírito San-
10:33. Toda pessoa que pertencer a esta to pela imposição das mãos e a contínua
Igreja de Cristo esforçar-se-á para guar- fé no Senhor Jesus Cristo tornam com-
dar todos os convênios, D&C 42:78. pleta a conversão. O homem natural
Bem-aventurados são os que guarda- transformar-se-á em uma nova criatura,
ram o convênio, D&C 54:6. Aquele que santificada e pura, nascida de novo em
quebrar este convênio perderá seu car- Cristo Jesus (II Cor. 5:17; Mos. 3:19).
go e a condição de membro da Igreja, As pessoas devem converter-se e tor-
D&C 78:11–12. Todos que recebem o nar-se como meninos, Mt. 18:3 (Mos.
sacerdócio, recebem este juramento e 3:19). Quando te converteres, confirma
convênio, D&C 84:39–40. Estão dispos- teus irmãos, Lc. 22:32. Os que de bom
tos a observar seus convênios por meio grado receberam a palavra foram bati-
de sacrifício, D&C 97:8. O convênio do zados, At. 2:41 (2:37–41). Aquele que
casamento pode ser eterno, D&C 132. fizer converter do erro de seu caminho
Este será o nosso convênio: Caminha- um pecador, salvará uma alma, Tg. 5:20.
remos de acordo com todas as orde- A conversão de Enos, En. 1:2–5. As pa-
nanças, D&C 136:4. lavras do rei Benjamim efetuaram uma
grande mudança no povo, Mos. 5:2 (Al.
CONVÊNIO ABRAÂMICO. Ver 5:12–14). A humanidade tem que nascer
também Abraão; Circuncisão; outra vez, sim, nascer de Deus, Mos.
Convênio 27:25. A conversão de Alma e dos filhos
Abraão recebeu o evangelho e foi orde- de Mosias, Mos. 27:33–35. A conversão
39 Cordeiro de Deus
do pai de Lamôni, Al. 22:15–18. Pelo po- CORAÇÃO QUEBRANTADO.
der e pela palavra de Deus o povo havia Ver também Arrepender-se,
sido convertido ao Senhor, Al. 53:10. O Arrependimento; Coração;
arrependimento transforma o coração, Humildade, Humilde; Mansidão,
Hel. 15:7. Todos os que se converteram Manso; Sacrifício
testemunharam que tinham sido visi- Ter um coração quebrantado é ser hu-
tados pelo poder do Espírito de Deus, milde, contrito, arrependido e manso—
3 Né. 7:21. Em virtude de sua fé em isto é, receptivo à vontade de Deus.
Cristo na época da conversão, eles fo-
ram batizados com fogo e com o Espí- Habito com o contrito e abatido de espí-
rito Santo, 3 Né. 9:20. Eles irão e rito, Isa. 57:15. Cristo ofereceu-se por to-
pregarão arrependimento e muitos se- dos os quebrantados de coração e con-
rão convertidos, D&C 44:3–4. tritos de espírito, 2 Né. 2:7. Oferecereis
como sacrifício um coração quebran-
CORAÇÃO. Ver também Coração tado e um espírito contrito, 3 Né. 9:20
Quebrantado; Nascer de Novo, (D&C 59:8). Somente os que vinham
Nascer de Deus com um coração quebrantado e um es-
O símbolo da disposição e vontade do pírito contrito eram recebidos para ba-
homem e, figurativamente, a fonte de tismo, Morô. 6:2. Jesus foi crucificado
todas as emoções e sentimentos. para a remissão de pecados do coração
contrito, D&C 21:9. Aquele cujo espírito
Amarás o Senhor teu Deus de todo o é contrito é aceito, D&C 52:15. É prome-
teu coração, Deut. 6:5 (Deut. 6:3–7; Mt. tido o Santo Espírito aos que estiverem
22:37; Lc. 10:27; D&C 59:5). O Senhor contritos, D&C 55:3. Meu Espírito é
tem buscado um homem segundo o seu enviado para iluminar os humildes e
coração, I Sam. 13:14. O homem vê o contritos, D&C 136:33.
que está diante dos olhos, porém o Se-
nhor olha para o coração, I Sam. 16:7. O CORAGEM, CORAJOSO.
que é limpo de mãos e puro de coração Ver também Fé; Temor
subirá ao monte do Senhor e será aben- Não ter receio, não sentir temor, espe-
çoado, Salm. 24:3–5 (2 Né. 25:16). Co- cialmente de fazer o que é certo.
mo o homem imaginou em seu coração,
Esforçai-vos e animai-vos; não temais,
assim é ele, Prov. 23:7. Elias, o profeta,
Deut. 31:6 (Jos. 1:6–7). Deus não nos
converterá o coração dos pais aos filhos,
deu o espírito de temor, II Tim. 1:7. Os
e o coração dos filhos a seus pais, Mal.
filhos de Helamã eram muito valentes e
4:5–6 (Lc. 1:17; D&C 2:2; 110:14–15;
corajosos, Al. 53:20–21. Nunca antes ha-
138:47; JS—H 1:38–39). Bem-aventura-
via visto tão grande coragem, Al. 56:45.
dos os limpos de coração, Mt. 5:8 (3 Né.
Coragem, irmãos; e avante, avante pa-
12:8). O homem fala do que há de bom
ra a vitória, D&C 128:22.
ou de mau em seu coração, Lc. 6:45.
Seguir o Filho com verdadeiro propósi- CORDEIRO DE DEUS. Ver também
to de coração, 2 Né. 31:13. Haveis nas- Expiação, Expiar; Jesus Cristo;
cido espiritualmente de Deus e experi- Páscoa
mentado essa poderosa mudança em Um dos nomes dados ao Salvador e que
vossos corações? Al. 5:14. Oferecer co- se refere ao fato de Jesus ter-se ofereci-
mo sacrifício ao Senhor um coração que- do como sacrifício em nosso favor.
brantado e um espírito contrito, 3 Né.
9:20 (3 Né. 12:19; Ét. 4:15; Morô. 6:2). Eu Como um cordeiro foi levado ao mata-
te falarei em tua mente e em teu coração douro, Isa. 53:7 (Mos. 14:7). Eis o Cor-
pelo Espírito Santo, D&C 8:2. deiro de Deus, que tira o pecado do
mundo, Jo. 1:29 (Al. 7:14). Fostes resga-
CORAÇÃO CONTRITO. tados com o precioso sangue de Cristo,
Ver Coração Quebrantado como de um cordeiro imaculado, I Ped.
Coriânton 40
1:18–20. Digno é o Cordeiro, que foi mensagem de ação de graças. Os capítu-
morto, Apoc. 5:12. Venceremos a Sa- los 2 a 6 trazem a censura de Paulo a
tanás pelo sangue do Cordeiro, Apoc. algumas faltas dos santos de Corinto.
12:10–11. Estes são os que foram puri- Os capítulos 7 a 12 trazem as respostas
ficados pelo sangue do Cordeiro, por de Paulo a algumas perguntas. Os
causa de sua fé nele, 1 Né. 12:11. O Cor- capítulos 13 a 15 dizem respeito à cas-
deiro de Deus é o Filho do Pai Eterno e o tidade, aos dons espirituais e à ressur-
Salvador do mundo, 1 Né. 13:40 (1 Né. reição. No capítulo 16, Paulo aconselha
11:21). Clamai vigorosamente ao Pai, os santos a permanecerem firmes
em nome de Jesus, para que talvez pos- na fé.
sais ser limpos pelo sangue do Cordei-
Segunda Epístola aos Coríntios: O capítulo
ro, Mórm. 9:6 (Apoc. 7:14; Al. 34:36). O
1 contém a saudação de Paulo e uma
Filho do Homem é o Cordeiro morto
mensagem de ação de graças. O capítulo
desde a fundação do mundo, Mois.
2 traz conselhos pessoais a Tito. Os capí-
7:47.
tulos 3 a 7 tratam do poder do evange-
CORIÂNTON. Ver também Alma, lho na vida dos santos e de seus líderes.
Filho de Alma Nos capítulos 8 e 9 os santos são acon-
selhados a contribuir generosamente
No Livro de Mórmon, filho de Alma, o para o bem-estar dos pobres. Nos capí-
filho. tulos 10 a 12 Paulo afirma sua posição
Foi pregar aos zoramitas, Al. 31:7. como apóstolo. No capítulo 13, admoes-
Abandonou o ministério para ir atrás ta os santos a serem perfeitos.
de uma meretriz, Al. 39:3. Alma o ins-
truiu a respeito da condição da exis- CORIOR. Ver também Anticristo
tência após a morte, a ressurreição, e a No Livro de Mórmon, um anticristo que
expiação, Al. 39–42. Foi chamado de exigiu um sinal para provar o poder de
novo a pregar, Al. 42:31. Foi ao país do Deus; o Senhor fez com que Corior
norte em um navio, Al. 63:10. ficasse mudo (Al. 30:6–60).
CORIÂNTUMR. Ver também
CORNÉLIO. Ver também Centurião;
Jareditas
Gentios; Pedro
No Livro de Mórmon, rei dos Jareditas
Um centurião de Cesaréia, batizado por
e último sobrevivente daquela nação.
Pedro (At. 10). Provavelmente foi o pri-
Foi descoberto pelo povo de Zaraenla, meiro gentio a filiar-se à Igreja sem
Ômni 1:21. Foi rei de toda a terra, Ét. primeiro converter-se ao judaísmo. O
12:1–2. Capturado por Sarede e liberta- batismo de Cornélio e sua família abriu
do por seus filhos, Ét. 13:23–24. Lutou o caminho para a pregação do evange-
contra vários inimigos, Ét. 13:28–14:31. lho aos gentios. Pedro, o apóstolo prin-
Arrependeu-se, Ét. 15:3. Lutou sua ba- cipal, que possuía as chaves do reino
talha final contra Siz, Ét. 15:15–32. de Deus na Terra naquela época, diri-
giu essa pregação.
CORÍNTIOS, EPÍSTOLA AOS. Ver
também Epístolas Paulinas; Paulo COROA. Ver também Vida Eterna
Dois livros do Novo Testamento. Ori- Ornamento circular usado na cabeça
ginalmente eram cartas escritas por pelos governantes. Pode ser um sím-
Paulo aos santos de Corinto, a fim de bolo de poder celestial, domínio e
corrigir desentendimentos entre eles. divindade. Os que perseverarem até o
Os coríntios viviam em uma sociedade fim e guardarem os mandamentos de
moralmente iníqua. Deus receberão uma coroa de vida
Primeira Epístola aos Coríntios: O capítulo eterna. (Ver D&C 20:14; Mois. 7:56;
1 contém a saudação de Paulo e uma JS—M 1:1.)
41 Crença, Crer
A coroa da justiça me está guardada, CÔVADO
II Tim. 4:8. Alcançareis a incorruptí- Unidade de medida de comprimento,
vel coroa de glória, I Ped. 5:4. Os mor- comum entre os antigos hebreus. Ori-
tos que morrem no Senhor receberão ginalmente era a distância entre o co-
uma coroa de justiça, D&C 29:13. Eles tovelo e a ponta dos dedos (de 45,7 a
receberão uma coroa nas mansões de 55,88cm).
meu Pai, D&C 59:2. O Senhor prepara
os santos para que recebam a coroa pa- COWDERY, OLIVER
ra eles preparada, D&C 78:15. O Se-
Segundo élder da Igreja restaurada e
nhor prometeu a seus santos uma
uma das Três Testemunhas da origem
coroa de glória a sua direita, D&C
divina e veracidade do Livro de Mór-
104:7.
mon. Ele serviu como escrevente en-
CORPO. Ver também Alma; Mortal, quanto Joseph Smith traduzia o Livro
Mortalidade; Morte Física; de Mórmon das placas de ouro (JS—H
Ressurreição 1:66–68).
Recebeu um testemunho da veracida-
A estrutura física e mortal de carne e
de da tradução do Livro de Mórmon,
ossos criada à imagem de Deus que,
D&C 6:17, 22–24. Foi ordenado por João
combinada com o espírito, constitui
Batista, D&C 13 (27:8; JS—H 1:68–73,
uma pessoa viva. O corpo físico de to-
ver nota do versículo 71). Depois de
das as pessoas se reunirá eternamente
terdes alcançado fé e visto com os pró-
com seu espírito na ressurreição. As
prios olhos, testificareis que os vistes,
escrituras às vezes chamam de alma o
D&C 17:3, 5. Eis que te manifestei por
corpo unido com o espírito (Gên. 2:7;
meu Espírito que as coisas que escreves-
D&C 88:15; Mois. 3:7, 9, 19; Abr. 5:7).
te são verdadeiras, D&C 18:2. Foi indi-
Formou o Senhor Deus o homem do pó cado e ordenado para ser um dos mor-
da Terra, Gên. 2:7 (Mois. 3:7). Apalpai- domos responsáveis pelas revelações,
me e vede; pois um espírito não tem car- D&C 70:3. Recebeu as chaves do sa-
ne nem ossos, Lc. 24:39. Subjugo o meu cerdócio com Joseph Smith, D&C 110.
corpo, e o reduzo à servidão, I Cor. 9:27.
Há corpo animal, há também corpo es- CRENÇA, CRER. Ver também
piritual, I Cor. 15:44. O corpo sem o es- Confiança, Confiar; Fé;
pírito está morto, Tg. 2:26. O corpo mor- Incredulidade; Jesus Cristo
tal será levantado num corpo imortal, Ter fé em alguém ou aceitar algo como
Al. 11:43–45. Todas as partes do corpo verdadeiro. Para ser salva no reino de
serão restauradas, Al. 41:2. Jesus mos- Deus, a pessoa precisa arrepender-se e
trou seu corpo ressuscitado aos nefitas, crer em Jesus Cristo (D&C 20:29).
3 Né. 10:18–19; 11:13–15. O Pai possui Crede no Senhor vosso Deus, crede nos
um corpo de carne e ossos tão tangível seus profetas, II Crôn. 20:20. Daniel saiu
como o do homem; o Filho também, ileso da cova dos leões porque acredita-
D&C 130:22. Deus criou o homem e a va em Deus, Dan. 6:23. Como creste te
mulher à imagem de seu próprio cor- seja feito, Mt. 8:13. Tudo o que pedirdes
po, Mois. 6:9 (Gên. 9:6). na oração, crendo, o recebereis, Mt.
21:22. Não temas, crê somente, Mc. 5:36.
COURAÇA. Ver também Armadura
Tudo é possível ao que crê, Mc. 9:23–24.
Parte frontal da roupa protetora ou Quem crer e for batizado será salvo, Mc.
armadura do soldado. Em sentido 16:16 (2 Né. 2:9; 3 Né. 11:33–35). Todo
simbólico, os santos devem estar aquele que crê no Filho terá a vida eter-
vestidos com uma couraça de justiça na, Jo. 3:16, 18, 36 (5:24; D&C 10:50).
para protegerem-se do mal (Isa. 59:17; Temos crido e conhecido que tu és o
Ef. 6:14). Cristo, Jo. 6:69. Quem crê em mim, ain-
Criação, Criar 42
da que esteja morto, viverá, Jo. 11:25– homem foi criado no princípio, Mos.
26. Nós, os que temos crido, entramos 7:27. Eu criei os céus, a Terra e todas as
em repouso, Heb. 4:3. Creiamos em coisas, 3 Né. 9:15 (Mórm. 9:11, 17). To-
Jesus Cristo e amemos uns aos outros, dos os homens foram criados, no iní-
I Jo. 3:23. O Messias não destruirá ne- cio, a minha própria imagem, Ét. 3:15.
nhum dos que nele crerem, 2 Né. 6:14. Jesus Cristo criou os céus e a Terra,
Os judeus serão perseguidos até serem D&C 14:9. Ele criou o homem, homem
persuadidos a acreditar em Cristo, 2 Né. e mulher, a sua própria imagem, D&C
25:16. Se acreditais em todas estas coi- 20:18. Mundos incontáveis criei, Mois.
sas, procurai fazê-las, Mos. 4:10. O Filho 1:33. Por meio de meu Unigênito criei
tomará sobre si as transgressões daque- o céu, Mois. 2:1. Eu, o Senhor Deus, criei
les que acreditarem em seu nome, Al. espiritualmente todas as coisas antes
11:40. Bendito é aquele que acredita na que elas existissem fisicamente na face
palavra de Deus sem ser compelido, Al. da Terra, Mois. 3:5. Milhões de terras
32:16. Mesmo que não tenhais mais que como esta não seria sequer o princípio
o desejo de acreditar, fazei com que esse do número de tuas criações, Mois. 7:30.
desejo opere em vós, Al. 32:27. Se acre- Os Deuses organizaram e formaram
ditardes no nome de Cristo, vós vos ar- os céus e a Terra, Abr. 4:1.
rependereis dos vossos pecados, Hel.
CRIAÇÃO ESPIRITUAL. Ver
14:13. Todo aquele que crê em Cristo,
também Criação, Criar; Homem,
crê também no Pai, 3 Né. 11:35. Nunca
Homens
houve um homem crente no Senhor co-
mo o irmão de Jarede, Ét. 3:15. Tudo o O Senhor criou todas as coisas espiri-
que persuade a crer em Cristo é envia- tualmente antes de criá-las fisicamen-
do pelo poder de Cristo, Morô. 7:16–17. te (Mois. 3:5).
Aqueles que crêem nas palavras do O Senhor fez todas as plantas antes
Senhor terão uma manifestação do Es- que elas existissem na Terra, Gên. 2:4–6
pírito, D&C 5:16. Todos os que crerem (Abr. 5:5). Pelo poder do meu Espírito
no nome do Senhor se tornarão filhos criei todas as coisas, primeiro espiri-
de Deus, D&C 11:30 (Jo. 1:12). A alguns tuais, segundo as materiais, D&C
é dado crer nas palavras dos outros, 29:31–32. Aquilo que é material é à se-
D&C 46:14. Sinais seguirão os que cre- melhança do que é espiritual, D&C
rem, D&C 58:64 (63:7 – 12). Os que 77:2. Fiz o mundo e os homens antes
crêem, se arrependem e são batizados que existissem na carne, Mois. 6:51.
receberão o Espírito Santo, Mois. 6:52.
CRIADOR. Ver Criação, Criar;
CRIAÇÃO, CRIAR. Ver também Jesus Cristo
Criação Espiritual; Jesus Cristo; CRIANÇA(S), MENINO(S). Ver
Princípio; Sábado; Terra também Abençoado, Abençoar,
Organizar. Deus, trabalhando por meio Bênção—Bênção de crianças;
de seu Filho, Jesus Cristo, organizou Batismo de Criancinhas; Expiação,
os elementos da natureza para formar Expiar; Família; Filhos; Prestar
a Terra. O Pai Celestial e Jesus Cristo Contas, Responsabilidade,
criaram o homem a sua imagem (Mois. Responsável; Salvação—Salvação
2:26–27). das Criancinhas
No princípio criou Deus os céus e a Pessoa muito jovem, alguém que ainda
Terra, Gên. 1:1. Façamos o homem a não alcançou a puberdade. Os pais e
nossa imagem, Gên. 1:26 (Mois. 2:26– mães devem instruir seus filhos a obe-
27; Abr. 4:26). Todas as coisas foram decerem à vontade de Deus. As crian-
feitas por ele, Jo. 1:3, 10. Nele foram cinhas não têm pecado até alcançarem
criadas todas as coisas que há nos a idade da responsabilidade (Morô.
céus, Col. 1:16 (Mos. 3:8; Hel. 14:12). O 8:22; D&C 68:27).
43 Cronologia
Instrui ao menino no caminho em que dadeiros crentes eram chamados cris-
deve andar, Prov. 22:6. Deixai os me- tãos pelos que não pertenciam à Igreja,
ninos, e não os estorveis de vir a mim, Al. 46:13–16.
Mt. 19:14. As criancinhas têm a vida
CRISTO. Ver Jesus Cristo
eterna, Mos. 15:25. Jesus tomou das
criancinhas e as abençoou, 3 Né. 17:21. CRÔNICAS
As criancinhas não precisam de arre- Dois livros do Velho Testamento. Eles
pendimento ou batismo, Morô. 8:8–24. fornecem um breve relato histórico dos
As criancinhas são redimidas desde a eventos desde a Criação até o decreto
fundação do mundo, por meio de meu de Ciro permitindo o retorno dos ju-
Unigênito, D&C 29:46–47. As crianci- deus a Jerusalém.
nhas são santas por meio da expiação
de Cristo, D&C 74:7. As criancinhas Primeiro livro de Crônicas: Os capítulos
que morrem antes de chegar à idade 1–9 contêm genealogias, desde Adão
da responsabilidade são salvas no rei- até Saul. O capítulo 10 registra a morte
no celestial, D&C 137:10. de Saul. Os capítulos 11 e 12 retratam
os eventos relativos ao reinado de Da-
Aquele que se tornar humilde como este vi. Os capítulos 23–27 esclarecem que
menino, esse é o maior, Mt. 18:1–4. Des- Salomão se tornou rei e que foram de-
pojar-se do homem natural e tornar-se signados os deveres dos levitas. O ca-
como criança, Mos. 3:19; 27:25–26. pítulo 28 explica que Davi ordenou a
Salomão que construísse um templo.
CRISTÃOS. Ver também Discípulo;
O capítulo 29 registra a morte de Davi.
Santo
Segundo livro de Crônicas: Os capítulos
Nome dado aos que crêem em Jesus 1–9 relatam os eventos relacionados
Cristo. Embora este termo seja comu- com o reinado de Salomão. Os capítulos
mente usado em todo o mundo, o Se- 10–12 falam do reinado de Roboão, filho
nhor chamou os verdadeiros seguidores de Salomão, época em que o reino unido
de Cristo de santos (At. 9:13, 32, 41; I de Israel foi dividido em reino do norte
Cor. 1:2; D&C 115:4). e reino do sul. Os capítulos 13–36 des-
Os discípulos foram chamados de cris- crevem o governo de vários reis até que
tãos, At. 11:26. Mas, se padece como Nabucodonosor capturou o reino de
cristão, não se envergonhe. I Ped. 4:16. Judá. O livro termina com o decreto de
Por causa do convênio sereis chamados Ciro permitindo que os filhos cativos
progênie de Cristo, Mos. 5:7. Os ver- de Judá voltassem para Jerusalém.

CRONOLOGIA
A seguinte cronologia, ou lista de eventos, não é completa, e destina-se apenas a
dar ao leitor uma noção da seqüência ou ordem dos acontecimentos ocorridos
nos tempos da Bíblia e do Livro de Mórmon.
Eventos da época dos antigos patriarcas: (Foram omitidas as datas, por ser difícil
determinar a época precisa dos eventos desta seção.)
a.C. (Antes de Cristo)
4000 Queda de Adão.
Ministério de Enoque.
Ministério de Noé: o dilúvio.
Construção da Torre de Babel; os jareditas viajam para a Terra da
Promissão.
Ministério de Melquisedeque.
Morte de Noé.
Nascimento de Abrão (Abraão).
Cronologia 44
Eventos da época dos antigos patriarcas:
Nascimento de Isaque.
Nascimento de Jacó.
Nascimento de José.
José é vendido e levado para o Egito.
José se apresenta diante do Faraó.
Jacó (Israel) e sua família descem ao Egito.
Morte de Jacó (Israel).
Morte de José.
Nascimento de Moisés.
Moisés tira do Egito os filhos de Israel (o Êxodo).
Moisés é transladado.
Morte de Josué.
Após a morte de Josué começa o período dos juízes, sendo o primeiro
deles Otoniel e o último Samuel; a ordem de sucessão e datas dos
governos dos restantes é incerta.
Saul é ungido rei.

Eventos do Reino Unido de Israel:


1095 Início do reinado de Saul.
1063 Davi é ungido rei por Samuel.
1055 Davi torna-se rei em Hebrom.
1047 Davi torna-se rei em Jerusalém; Natã e Gade profetizam.
1015 Salomão torna-se rei de toda a nação de Israel.
991 Terminado o templo.
975 Morte de Salomão; as dez tribos do norte se revoltam contra seu filho,
Roboão, e o reino de Israel é dividido.
-
Eventos de Israel: Eventos de Judá: Eventos na História do
975 Jeroboão é rei de Livro de Mórmon:
Israel. 949 Sisaque, rei do Egito,
875 Acabe reina em saqueia Jerusalém.
Samaria sobre Israel
do norte; Elias, o
profeta, profetiza.
851 Eliseu opera
grandes milagres.
792 Amós profetiza.
790 Jonas e Oséias
profetizam. 740 Isaías começa a profetizar.
(Fundação de Roma;
Nabonassar é rei da
Babilônia em 747:
Tiglate-Pileser III reina
na Assíria de 747 a 734.)
728 Ezequias é rei de Judá.
721 Destruição do reino (Salmanasar IV é rei da
do norte; as dez Assíria.)
tribos são levadas
em cativeiro;
Miquéias profetiza.
45 Cronologia
Eventos de Israel: Eventos de Judá: Eventos na História do
Livro de Mórmon:
642 Naum profetiza.
628 Jeremias e Sofonias
profetizam.
609 Obadias profetiza;
Daniel é levado cativo
para a Babilônia.
(Queda de Nínive em
606; Nabucodonosor
é rei da Babilônia de
604 a 561.) 600 Leí sai de
598 Ezequiel profetiza na Jerusalém.
Babilônia; Habacuque 588 Muleque parte de
profetiza; Zedequias é Jerusalém para a
rei de Judá. terra prometida.
587 Nabucodonosor 588 Os nefitas
captura Jerusalém. separam-se dos
lamanitas (entre
588 e 570).

Eventos na História Judaica: Eventos na História do Livro de


537 Decreto de Ciro permitindo que Mórmon:
os judeus saíssem da Babilônia.
520 Ageu e Zacarias profetizam.
486 Época de Ester.
458 Esdras comissionado para fazer
reformas.
444 Neemias designado governador
da Judéia.
432 Malaquias profetiza.
400 Jarom recebe as placas.
360 Ômni recebe as placas.
332 Alexandre, o Grande, conquista a
Síria e o Egito.
323 Morte de Alexandre.
277 Início da Septuaginta, tradução
das escrituras judaicas para o
grego.
167 Revolta de Matatias, o macabeu,
contra a Síria.
166 Judas Macabeu torna-se líder dos
judeus.
165 Purificação e rededicação do
templo; origem da festa das luzes
(Hanucá).
161 Morte de Judas Macabeu.
148 Abinádi martirizado; Alma
restabelece a Igreja entre os
nefitas.
Cronologia 46
Eventos na História Judaica: Eventos na História do Livro de
Mórmon:
124 Último discurso do Rei
Benjamim aos nefitas.
100 Alma, o filho, e os filhos de
Mosias iniciam sua obra.
91 Começa o governo dos juízes
63 Pompeu conquista Jerusalém, e nefitas.
finda o governo dos Macabeus
em Israel.
51 Reinado de Cleópatra.
41 Herodes e Fasael, tetrarcas da
Judéia.
37 Herodes torna-se líder em
Jerusalém.
31 Batalha em Actium; Augusto é
imperador de Roma de 31 a.C. a
14 d.C.
30 Morte de Cleópatra.
17 Herodes reconstrói o templo.
5 Samuel, o lamanita, profetiza o
nascimento de Cristo.

Acontecimentos da História Cristã: Eventos na História do Livro de


Mórmon:
d.C. (ou a.d.—Ano Domini) d.C. ou a.d.
Nascimento de Jesus Cristo.
30 Início do ministério de Cristo.
33 Crucificação de Cristo. 33 ou 34
35 Conversão de Paulo. Cristo ressuscitado aparece na
45 Paulo empreende sua primeira América.
viagem missionária.
58 Paulo é enviado a Roma.
61 Encerrada a história dos Atos
dos Apóstolos.
62 Incêndio de Roma; cristãos são
perseguidos por Nero.
70 Os cristãos se retiram para Pela
na Grécia; cerco e queda de
Jerusalém.
95 Os cristãos são perseguidos por
Domiciano.
385 Destruição da nação nefita.
421 Morôni esconde as placas.
47 Culpa
CRUCIFICAÇÃO OU preendido entre sua morte e ressur-
CRUCIFIXÃO. Ver também reição, D&C 138:27.
Cruz; Expiação, Expiar; Gólgota;
Jesus Cristo CRUZ. Ver também Crucificação;
Expiação, Expiar; Gólgota; Jesus
Forma romana de execução, comum du- Cristo; Sacramento
rante a época do Novo Testamento, na Estrutura de madeira em que Jesus
qual se causava a morte da pessoa Cristo foi crucificado (Mc. 15:20–26).
amarrando ou pregando-lhe as mãos e Muitos, atualmente, consideram-na um
os pés numa cruz. Geralmente era apli- símbolo da crucificação e do sacrifício
cada apenas a escravos ou aos crimino- expiatório; todavia, o Senhor estabele-
sos mais vis. A crucificação freqüente- ceu seus próprios símbolos para sua
mente era precedida por açoitamento crucificação e seu sacrifício—o pão e a
(Mc. 15:15). O condenado geralmente água do sacramento (Mt. 26:26–28; D&C
carregava a cruz até o local de execução 20:40, 75–79). Nas escrituras, os que to-
(Jo. 19:16–17). Suas roupas costumavam mam sobre si a sua cruz são os que
ser confiscadas pelos soldados que exe- amam a Jesus Cristo de tal maneira que
cutavam a sentença (Mt. 27:35). A cruz negam a si mesmos toda iniqüidade e
era fincada na terra, de modo que os desejos mundanos, para guardar seus
pés do condenado ficassem a apenas mandamentos (TJS—Mt. 16:25–26).
30 ou 60 centímetros acima do solo. A
cruz era vigiada por soldados até que Tome a sua cruz, e siga-me, Mc. 8:34
o crucificado morresse, o que às vezes (3 Né. 12:30; D&C 23:6). Jesus suportou
demorava até três dias (Jo. 19:31–37). a cruz e assentou-se à destra do trono de
Deus, Heb. 12:2. Ele foi levantado na
Jesus foi crucificado porque um grupo cruz e morto pelos pecados do mundo,
de incrédulos acusou-o falsamente de 1 Né. 11:33. Os que tiverem suportado
sedição contra César e de blasfêmia, por as cruzes do mundo herdarão o reino de
afirmar que era o Filho de Deus. Puse- Deus, 2 Né. 9:18. O Pai enviou-me para
ram-lhe uma veste de púrpura (Jo. 19:2), que eu fosse levantado na cruz, 3 Né.
uma coroa de espinhos e insultaram- 27:14–15. Aquele que não tomar sua
no de muitas outras formas (Mt. 26:67; cruz e me seguir e guardar meus man-
Mc. 14:65). damentos não será salvo, D&C 56:2. Viu
o Filho do Homem levantado na cruz,
Os iníquos trespassarão as mãos e os Mois. 7:55.
pés do Messias, Salm. 22:11–18. Como
um cordeiro foi levado ao matadouro, CÚBITO. Ver Côvado
Isa. 53:7. Jesus predisse a sua crucifi- CULPA. Ver também Arrepender-se,
cação, Mt. 20:18–19. Descrita a crucifi- Arrependimento
cação de Jesus, Mt. 27:22–50 (Mc. 15:22–
37; Lc. 23:26–46; Jo. 19:17–30). Néfi viu A condição de quem errou, ou o re-
em visão a crucificação do Cordeiro de morso e pesar que devem acompanhar
Deus, 1 Né. 11:33. Néfi falou sobre os o pecado.
sofrimentos e a crucificação de Cristo, Porquanto pecou e ficou culpado, Lev.
1 Né. 19:9–14. Jacó falou acerca do mi- 6:1–6. Qualquer que partilhar indig-
nistério e da crucificação do Santo de namente do sacramento é culpado do
Israel, 2 Né. 6:9. Tempestades, terremo- corpo e do sangue de Jesus, I Cor. 11:27.
tos, incêndios e furacões na América Os culpados consideram a verdade du-
confirmaram a crucificação de Cristo ra, 1 Né. 16:2. Teremos um conhecimen-
em Jerusalém, 3 Né. 8. Eu sou Jesus, to perfeito de todas as nossas culpas,
que foi crucificado, D&C 45:51–52. O 2 Né. 9:14. Minha culpa foi apagada,
ministério de Cristo entre os espíritos En. 1:6. Um castigo foi fixado para tra-
em prisão foi limitado ao período com- zer o remorso de consciência, Al. 42:18.
Cumora, Monte 48
Deixe teus pecados te preocuparem, Aquele que tiver fé em mim para ser
com aquela preocupação que te levará curado, será curado, D&C 42:48. Em
ao arrependimento, Al. 42:29. Alguns meu nome curarão os enfermos, D&C
de vós sois culpados perante mim, mas 84:68. Cremos no dom de cura, RF 7.
serei misericordioso, D&C 38:14.
DÃ. Ver também Israel; Jacó, Filho
CUMORA, MONTE. Ver também de Isaque
Livro de Mórmon; Morôni, Filho No Velho Testamento, filho de Jacó e
de Mórmon; Smith, Joseph, Jr. Bilha, serva de Raquel (Gên. 30:5–6).
Pequena colina situada no oeste do Es- A tribo de Dã : Para conhecer a bênção
tado de Nova York, Estados Unidos da que Jacó deu a Dã, ver Gên. 49:16–18.
América. Ali, um antigo profeta chama- A bênção de Moisés à tribo de Dã, ver
do Morôni escondeu as placas de ouro Deut. 33:22. Ao estabelecer-se em Ca-
contendo alguns registros das nações naã, a tribo de Dã recebeu como herança
nefita e jaredita. Em 1827 Joseph Smith um pedaço de terra pequeno, porém fér-
foi instruído pelo anjo Morôni, já res- til (Jos. 19:40-48). Eles tiveram muita di-
suscitado, a ir a esse monte para pegar ficuldade para se protegerem contra os
as placas e traduzir parte delas. Essa amorreus (Juí. 1:34) e os filisteus (Juí.
tradução é o Livro de Mórmon. 13:2, 25; 18:1). Em virtude disso os da-
Os nefitas se reuniram em Cumora, nitas se mudaram para o norte da Pa-
Mórm. 6:2–4. Cumora era uma terra do- lestina (Juí. 18), tomaram a cidade de
tada de muitas águas, Mórm. 6:4. Mór- Laís e denominaram-na cidade de Dã.
mon ocultou os registros no monte Esta cidade é conhecida como a fron-
Cumora, Mórm. 6:6. Todo o povo, com teira norte da Palestina, que se esten-
exceção de vinte e quatro pessoas, foi dia “desde Dã até Berseba”.
morto em Cumora, Mórm. 6:11. Ouvi-
DALILA. Ver também Filisteus;
mos alegres novas de Cumora, D&C
Sansão
128:20. Joseph Smith retirou as placas do
Monte Cumora, JS—H 1:42, 50–54, 59. Mulher filistéia, no Velho Testamento,
que enganou e traiu Sansão (Juí. 16).
CURAR, CURAS. Ver também
Bênção dos Doentes; Unção, Ungir DAMASCO
Fazer sarar ou fazer com que uma pes- Antiga cidade da Síria.
soa se torne sadia, tanto física como Damasco acha-se situada numa fértil
espiritualmente. As escrituras trazem planície, à margem do deserto, banha-
muitos exemplos de curas milagrosas da pelo rio Barada. É freqüentemente
feitas pelo Senhor e por seus servos. mencionada nas escrituras (começan-
Eu sou o Senhor que sara, Êx. 15:26. do em Gên. 15:2). Paulo dirigia-se a Da-
Naamã mergulhou no rio Jordão sete masco quando o Senhor ressuscitado
vezes e foi curado, II Re. 5:1–14. O Se- lhe apareceu (At. 9:1–27; 22:5–16; 26:12–
nhor disse a Ezequias: Eis que eu te sa- 20; II Cor. 11:32–33).
rarei, II Re. 20:1–5 (II Crôn. 32:24; Isa. DANIEL
38:1–5). Pelas suas pisaduras fomos sa-
rados, Isa. 53:5 (Mos. 14:3). Jesus curou Personagem principal do livro de Da-
todas as enfermidades, Mt. 4:23 (9:35). niel, no Velho Testamento; um profeta
Deu-lhes poder para curarem toda a en- de Deus e homem de grande fé.
fermidade, Mt. 10:1. Ele enviou-me para Nada se sabe a respeito de seus proge-
curar os quebrantados de coração, Lc. nitores, embora pareça haver sido de
4:18. Elas foram curadas pelo poder do linhagem real (Dan. 1:3). Foi levado cati-
Cordeiro de Deus, 1 Né. 11:31. Se crês vo para a Babilônia, onde recebeu o no-
na redenção de Cristo podes ser curado, me de Beltessazar (Dan. 1:6–7). Daniel
Al. 15:8. Ele os curou a todos, 3 Né. 17:9. e três outros jovens cativos recusaram
49 Declaração Oficial—1
a comida do rei por motivos religiosos (II Sam. 2–4) e mais tarde como rei de
(Dan. 1:8–16). toda Israel (II Sam. 5 a I Re. 2:11).
Daniel conquistou os favores de Na- O pecado de adultério de Davi com Bat-
bucodonosor e de Dario por seu poder seba foi seguido de uma série de infor-
de interpretar sonhos (Dan. 2:4). Ele túnios que marcaram seus últimos vinte
também leu e interpretou a escrita que anos de vida. A nação, de um modo
apareceu na parede (Dan. 5). Seus ini- geral, prosperou durante o seu reina-
migos conspiraram contra ele; por isso do, mas Davi sofreu as conseqüências
foi lançado na cova dos leões, mas o de seus pecados. Houve rixas constan-
Senhor preservou-lhe a vida (Dan. 6). tes na família, que, no caso dos filhos
Absalão e Adonias, terminaram em
Livro de Daniel : O livro tem duas divi- franca rebeldia. Tais incidentes foram
sões: os capítulos 1–6 contêm histórias o cumprimento da declaração de Na-
a respeito de Daniel e seus três compa- tã, o profeta, a Davi, por causa de seu
nheiros; os capítulos 7–12, suas visões pecado (II Sam. 12:7–13).
proféticas. O livro ensina a importân-
cia de ser fiel a Deus e ilustra como o Apesar dessas calamidades, o reinado
Senhor abençoa os justos. de Davi foi o mais brilhante da história
israelita, pois (1) uniu as tribos em uma
Uma das principais contribuições do só nação, (2) assegurou a posse incon-
livro é a interpretação do sonho do rei testável do país, (3) baseou o governo
Nabucodonosor, no qual o reino de na religião verdadeira, de modo que a
Deus nos últimos dias é representado vontade de Deus era a lei de Israel. Por
por uma pedra cortada de uma monta- essas razões, o reinado de Davi mais
nha. A pedra rolará até encher toda a tarde foi considerado como a época de
Terra (Dan. 2; ver também D&C 65:2). ouro da nação e um protótipo da era
mais gloriosa que o povo esperava,
DARIO. Ver também Babel,
quando o Messias viesse (Isa. 16:5; Jer.
Babilônia
23:5; Eze. 37:24–28).
No Velho Testamento, rei dos medos A vida de Davi ilustra a necessidade de
que reinou na Babilônia após a morte de todos perseverarem em retidão até o
Belsazar (Dan. 5:31; 6:9, 25–28; 9:1; 11:1). fim. Quando jovem, Davi foi considera-
do um homem “segundo o coração” do
DAVI. Ver também Batseba; Salmos
Senhor (I Sam. 13:14); quando adulto,
Rei da antiga Israel, no Velho Testa- falou pelo Espírito e recebeu muitas re-
mento. velações. Não obstante, pagou um ele-
Davi era filho de Jessé, da tribo de Judá. vado preço por sua desobediência aos
Foi um jovem corajoso que matou um mandamentos de Deus (D&C 132:39).
leão, um urso e o gigante filisteu, Golias DÉBORA
(I Sam. 17). Davi foi escolhido e ungido No Velho Testamento, uma profetiza
para ser rei de Israel. Como Saul, em sua que julgou Israel e incitou Baraque con-
vida adulta foi culpado de graves deli- tra os cananeus (Juí. 4). Débora e Bara-
tos, mas, ao contrário daquele, foi capaz que comemoraram com um cântico a
de sentir verdadeira contrição e assim libertação de Israel (Juí. 5).
conseguiu obter o perdão de seus peca-
dos, exceto no caso do assassinato de DECLARAÇÃO OFICIAL—1. Ver
Urias (D&C 132:39). Sua vida pode ser também Casamento, Casar—
dividida em quatro partes: (1) em Be- Casamento Plural; Manifesto;
lém, onde era pastor (I Sam. 16–17); (2) Woodruff, Wilford
na corte do rei Saul (I Sam. 18–19:18); A primeira parte da Declaração Ofi-
(3) como fugitivo (I Sam. 19:18–II Sam. cial—1, também conhecida como Mani-
1:27); (4) como rei de Judá, em Hebrom festo, encontra-se nas últimas páginas
Declaração Oficial—2 50
de Doutrina e Convênios. Foi emitida canso do Senhor, Al. 13:12–16. Paraíso
pelo Presidente Wilford Woodruff e é um estado de descanso, Al. 40:12
apresentada aos membros da Igreja nu- (60:13). Nada entra em seu descanso
ma Conferência Geral em 6 de outubro sem que tenha lavado suas vestes em
de 1890. Com início em 1862 e durante meu sangue, 3 Né. 27:19. A coisa de
os 25 anos seguintes, foram promulga- maior valor para ti será declarar arre-
das diversas leis que tornaram o casa- pendimento a este povo, a fim de tra-
mento plural ilegal nos Estados Unidos zeres almas a mim e descansares com
da América. O Senhor mostrou a Wil- elas no reino do meu Pai, D&C 15:6
ford Woodruff, em visão e revelação, o (16:6). Os que morrerem descansarão
que aconteceria se os santos não deixas- de todos os seus labores, D&C 59:2
sem de praticá-lo. O Manifesto anun- (Apoc. 14:13). O descanso do Senhor é
ciou formalmente que os casamentos a plenitude de sua glória, D&C 84:24.
plurais não mais seriam realizados.
DESERET. Ver também Jareditas
DECLARAÇÃO OFICIAL—2. Ver
No Livro de Mórmon, uma palavra ja-
também Kimball, Spencer W.;
redita que significa “abelha de mel”
Sacerdócio
(Ét. 2:3).
Declaração doutrinária que agora se
acha nas últimas páginas de Doutrina e DESIGNAÇÃO. Ver também
Convênios e que indica quem pode por- Chamado, Chamado por Deus,
tar o sacerdócio de Deus. No começo de Chamar; Mãos, Imposição de
junho de 1978 o Senhor revelou ao Pre- Ser escolhido e consagrado para pro-
sidente Spencer W. Kimball que o sacer- pósitos sagrados. Essa nomeação é pa-
dócio deveria ser concedido a todos os ra prestar um serviço específico
membros dignos da Igreja do sexo mas- dentro da organização da Igreja e é fei-
culino. Isto fez com que o sacerdócio ta pela imposição de mãos de alguém
ficasse ao alcance de todos os homens que tenha a devida autoridade. Ape-
dignos e as bênçãos do templo ao alcan- nas aqueles que presidem os quóruns
ce de todos os membros dignos, sem do sacerdócio recebem chaves quando
distinção de raça ou cor. Em 30 de se- são designados. As pessoas designa-
tembro de 1978 esta declaração foi apre- das para outros cargos que não o de
sentada à conferência geral da Igreja e presidente de um quórum do sacerdó-
unanimemente aceita. cio podem receber uma bênção do sa-
DEIDADE. Ver Trindade cerdócio, mas nenhuma chave do
sacerdócio é conferida com essa bênção.
DESCANSAR, DESCANSO. Ver
também Dia de Descanso; Paz Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a
obra, At. 13:2–3. Outros bispos serão
Desfrutar paz, sem inquietação nem designados, D&C 68:14. O bispo, juiz
conflitos. O Senhor prometeu tal des- comum, será designado para esse mi-
canso aos que o seguissem fielmente du- nistério, D&C 107:17, 74. Um homem
rante esta vida e também preparou-lhes deve ser chamado por Deus, por pro-
um lugar de descanso na vida futura. fecia e pela imposição de mãos, RF 5.
Irá a minha presença contigo para te fa-
zer descansar, Êx. 33:14. Vinde a mim, DESPREZAR, DESPREZO.
todos os que estais cansados, e eu vos Ver Odiar, Ódio
aliviarei, Mt. 11:28–29. Trabalhamos di- DESTRUIDOR. Ver também Diabo
ligentemente para o povo entrar em seu
descanso, Jacó 1:7 (Heb. 4:1–11). Todo Satanás é o destruidor.
aquele que se arrepender entrará no O Senhor não deixará o destruidor en-
descanso do Senhor, Al. 12:34. Muitos trar em vossas casas, Êx. 12:23. O des-
foram purificados e entraram no des- truidor move-se sobre a superfície das
51 Dia de Descanso (Dia do Sábado)
águas, D&C 61:19. O atalaia poderia 105:9–10. Que todo homem aprenda seu
ter salvado a minha vinha do destrui- dever, D&C 107:99–100.
dor, D&C 101:51–54.
DEZ MANDAMENTOS. Ver
DEUS. Ver Trindade Mandamentos, os Dez
DEUTERONÔMIO. Ver também DEZ TRIBOS. Ver Israel
Pentateuco
DIA DE DESCANSO (DIA DO
É o quinto livro do Velho Testamento e SÁBADO). Ver também Criação,
seu título significa “repetição da lei”. Criar; Descansar, Descanso
O livro Deuteronômio contém os três Dia sagrado, reservado na semana pa-
últimos discursos que Moisés proferiu ra descanso e adoração. Depois que
nas planícies de Moabe, pouco antes Deus criou todas as coisas, descansou
de ser transladado. O primeiro discur- no sétimo dia e ordenou que fosse se-
so (capítulos 1–4) é introdutório. O se- parado um dia da semana como dia de
gundo (capítulos 5–26) consiste em descanso para que as pessoas se lem-
duas partes: (1) os capítulos 5–11—os brassem dele (Êx. 20:8–11).
Dez Mandamentos e uma explicação
prática deles; e (2) os capítulos 12–26— Antes da Ressurreição de Cristo, os
um código de leis que constituem o nú- membros da Igreja guardavam o último
cleo de todo o livro. O terceiro discurso dia da semana como dia de descanso,
(capítulos 27–30) é uma solene reno- como faziam os judeus. Depois da res-
vação do convênio entre Israel e Deus e surreição, os membros da Igreja, quer
a declaração das bênçãos que a obediên- judeus quer gentios, guardavam o pri-
cia proporciona e das maldições que meiro dia da semana (o dia do Senhor)
acompanham a rebeldia. Os capítulos para lembrar a ressurreição do Senhor.
31–34 descrevem a entrega da lei aos A Igreja hoje continua a guardar um
levitas, o cântico de Moisés e derradei- dia por semana como o dia sagrado de
ra bênção, bem como sua partida. descanso, no qual adoramos a Deus e
descansamos dos labores do mundo.
DEVER. Ver também Obedecer, O dia de descanso lembra às pessoas a
Obediência, Obediente necessidade de alimento espiritual e o
Nas escrituras, uma tarefa, designação dever de obedecer a Deus. Quando uma
ou responsabilidade, geralmente con- nação se descuida da observância do dia
ferida pelo Senhor ou por seus servos. de descanso, todos os aspectos de sua
Guarda os seus mandamentos; porque vida são afetados e sua vida religiosa
este é o dever de todo o homem, Ecles. decai (Nee. 13:15–18; Jer. 17:21–27).
12:13. O que é que o Senhor pede de ti, Deus descansou no sétimo dia, Gên.
senão que pratiques a justiça, Miq. 6:8. 2:1–3. Os filhos de Israel não colhiam
Mais importa obedecer a Deus do que maná no dia de descanso, Êx. 16:22–30.
aos homens, At. 5:29. Foram atingidos Lembra-te do dia do sábado para o san-
por duras aflições para que se lembras- tificar, Êx. 20:8–11 (Mos. 13:16–19). O
sem de seus deveres, Mos. 1:17. Descri- sábado foi dado como um sinal entre
tos os deveres dos élderes, sacerdotes, Deus e o homem, Êx. 31:12–17 (Eze.
mestres e diáconos, D&C 20:38–67. Os 20:12, 20). Não devemos comprar nem
portadores do sacerdócio devem cum- vender no sábado, Nee. 10:31. Chama
prir todas as obrigações familiares, o sábado deleitoso, honrando o Senhor e
D&C 20:47, 51. Descritos os deveres dos não fazendo a tua própria vontade, Isa.
membros após o batismo, D&C 20:68– 58:13–14. O sábado foi feito para o ho-
69. Meus élderes devem esperar um mem e não o homem para o sábado, Mc.
pouco para que o povo conheça mais 2:23–28. O filho do homem é o Senhor
perfeitamente os seus deveres, D&C do sábado, Lc. 6:1–10. Jesus ensinou em
Dia do Senhor 52
uma sinagoga e curou no sábado, Lc. pacificará e lisonjeará, 2 Né. 28:20–23.
13:10–14. Os nefitas santificaram o sá- O que é mau vem do diabo, Ômni 1:25
bado, Jar. 1:5. Guarda o dia do sábado (Al. 5:40; Morô. 7:12, 17). Cuidai de que
para o santificares, Mos. 18:23. Ofere- não surjam contendas entre vós nem
cerás sacramentos no meu dia santifi- vos inclineis a obedecer ao espírito ma-
cado, D&C 59:9–13. Os habitantes de ligno, Mos. 2:32. Se não sois as ovelhas
Sião observarão o dia do Senhor, D&C do bom pastor, o diabo é o vosso pastor,
68:29. Eu, Deus, descansei no sétimo dia Al. 5:38–39. O diabo não amparará seus
de toda minha obra, Mois. 3:1–3 (Gên. filhos, Al. 30:60. Orai continuamente,
2:1–3; Abr. 5:1–3). para não serdes levados pelas tentações
do diabo, Al. 34:39 (3 Né. 18:15, 18).
DIA DO SENHOR. Ver Dia de Construamos nossos alicerces sobre o
Descanso; Juízo Final; Segunda Redentor, para que a violenta tempes-
Vinda de Jesus Cristo tade do diabo não tenha poder sobre
DIABO. Ver também Anticristo; nós, Hel. 5:12. O diabo é o autor de todo
Destruidor; Espírito—Espíritos pecado, Hel. 6:26–31. O diabo procurou
Imundos; Filhos de Perdição; armar um plano astuto, D&C 10:12. É
Inferno; Lúcifer necessário que o diabo tente os filhos
dos homens, ou eles não poderiam ser
Satanás. O diabo é inimigo de toda a jus- seus próprios árbitros, D&C 29:39.
tiça e dos que buscam cumprir a vonta- Adão se tornou sujeito à vontade do
de de Deus. Ele é literalmente um filho diabo porque cedeu à tentação, D&C
espiritual de Deus e outrora foi um anjo 29:40. Os filhos de perdição reinarão
com autoridade na presença do Pai Ce- com o diabo e seus anjos na eternidade,
lestial (Isa. 14:12; 2 Né. 2:17). Entretanto, D&C 76:32–33, 44. O diabo será amarra-
na vida pré-mortal ele se rebelou e per- do por mil anos, D&C 88:110 (Apoc.
suadiu uma terça parte dos filhos espiri- 20:2). O ser maligno tira a luz e a verda-
tuais do Pai a se revoltarem contra ele de, D&C 93:39. Satanás não guardou
(D&C 29:36; Mois. 4:1–4; Abr. 3:27–28). seu primeiro estado, Abr. 3:28.
Eles foram expulsos dos céus e foi-lhes
negada a oportunidade de obterem cor- Igreja do diabo : Toda organização iníqua
pos mortais e viverem as experiências e mundana da Terra, que corrompe o
da mortalidade; serão eternamente evangelho puro e perfeito e luta contra
condenados. Desde a época em que o o Cordeiro de Deus.
diabo foi expulso do céu, ele tem O diabo fundou a grande e abominável
procurado constantemente enganar igreja, 1 Né. 13:6 (1 Né. 14:9). Há somen-
toda a humanidade e afastá-la da obra te duas igrejas: uma do Cordeiro de
de Deus, para que se torne tão mi- Deus e a outra do diabo, 1 Né. 14:10 (Al.
serável como ele próprio (Apoc. 12:9; 5:39). Não contendais com igreja algu-
2 Né. 2:27; 9:8–9). ma, a menos que seja a igreja do diabo,
Jesus repreendeu o demônio, Mt. 17:18. D&C 18:20. A grande e abominável
O fogo eterno está preparado para o igreja será abatida, D&C 29:21.
diabo e seus anjos, Mt. 25:41. Resisti ao
diabo, e ele fugirá de vós, Tg. 4:7. Os DIÁCONO. Ver também Sacerdócio
iníquos serão levados ao cativeiro do Aarônico
diabo, 1 Né. 14:7. O diabo é o pai de to- Um chamado para servir na Igreja, no
das as mentiras, 2 Né. 2:18 (Mois. 4:4). O tempo do Apóstolo Paulo (Filip. 1:1;
diabo procura tornar todos os homens I Tim. 3:8–13) e um ofício no Sacerdó-
tão miseráveis como ele próprio, 2 Né. cio Aarônico (D&C 20:38, 57–59; 84:30,
2:27. Se a carne não mais se levantasse, 111; 107:85).
nossos espíritos estariam à mercê do
diabo, 2 Né. 9:8–9. O diabo enfurecerá, DIFAMAÇÃO. Ver Maledicências
53 Discernimento, Dom de
DIGNIDADE, DIGNO. Ver também Gên. 7:10. Deus colocou um arco nas
Justo(s); Retidão nuvens como sinal do concerto, Gên.
Ser pessoalmente reto e ter a aprovação 9:9–17. Depois que as águas recuaram,
de Deus e de seus servos designados. as Américas tornaram-se uma terra es-
colhida, Ét. 13:2. Os ímpios perecerão
Quem não toma a sua cruz não é digno nos dilúvios, Mois. 7:38; 8:24.
de mim, Mt. 10:38. Digno é o obreiro
de seu salário, Lc. 10:7 (D&C 31:5). Es- DINHEIRO. Ver também Dízimo;
forçai-vos por fazer todas as coisas com Esmolas; Mundanismo; Riquezas
dignidade, Mórm. 9:29. Não eram ba- Moedas, cédulas, cheques ou qualquer
tizados a menos que se mostrassem coisa que as pessoas usem para pagar
dignos, Morô. 6:1. Aquele que for pre- bens e serviços. Às vezes é usado co-
guiçoso não será considerado digno de mo símbolo do materialismo.
permanecer, D&C 107:100. Quem não
Sem dinheiro sereis resgatados, Isa.
suporta correção não é digno do meu
52:3. Os Doze foram instruídos a não
reino, D&C 136:31. O sacerdócio foi es-
levar nada em suas viagens, quer seja
tendido a todos os membros dignos do
alforje, pão ou dinheiro, Mc. 6:8. Pe-
sexo masculino, D&C DO—2.
dro disse a Simão, o mágico, que seu
DILIGÊNCIA dinheiro pereceria com ele, At. 8:20. O
amor ao dinheiro é a raiz de toda a es-
Esforço constante e corajoso, especial-
pécie de males, I Tim. 6:10. Não des-
mente para servir ao Senhor e obede-
pendais dinheiro naquilo que não tem
cer a sua palavra. Empenho.
valor, 2 Né. 9:50–51 (Isa. 55:1–2; 2 Né.
Deus é galardoador dos que diligente- 26:25–27). Se trabalhar por dinheiro,
mente o buscam, Heb. 11:6. Pondo toda perecerá, 2 Né. 26:31. Antes de buscar-
a diligência, acrescentai à vossa fé virtu- des as riquezas buscai o reino de Deus,
de, II Ped. 1:5. Ensinar com toda a dili- Jacó 2:18–19. Um dia haverá igrejas que
gência a palavra de Deus, Jacó 1:19. Eles dirão que por dinheiro sereis perdoados
haviam examinado diligentemente as de vossos pecados, Mórm. 8:32, 37. O
escrituras, Al. 17:2. Estavam desejosos que der dinheiro para a causa de Sião,
de guardar com todo o empenho os de modo algum perderá sua recompen-
mandamentos, 3 Né. 6:14. Trabalhemos sa, D&C 84:89–90.
diligentemente, Morô. 9:6. Os homens
devem ocupar-se zelosamente numa DISCERNIMENTO, DOM DE. Ver
boa causa, D&C 58:27. Não ser ocioso, também Dons do Espírito
mas trabalhar com toda a força, D&C Entender ou conhecer alguma coisa
75:3. Dar ouvidos diligentemente às pa- pelo poder do Espírito. O dom de dis-
lavras de vida eterna, D&C 84:43. Que cernimento é um dos dons do Espírito.
todo homem aprenda seu dever e a agir Inclui percepção do verdadeiro caráter
com toda diligência, D&C 107:99. das pessoas e da origem e significado
das manifestações espirituais.
DILÚVIO NO TEMPO DE NOÉ.
Ver também Arca; Arco-íris; Noé, O homem vê o que está diante dos
Patriarca Bíblico olhos, porém o Senhor olha para o co-
ração, I Sam. 16:7. Ai dos que ao mal
Durante a época de Noé a Terra foi com- chamam bem, Isa. 5:20 (2 Né. 15:20).
pletamente coberta pelas águas. Foi o As coisas de Deus se discernem espiri-
batismo da Terra e simbolizou sua pu- tualmente, I Cor. 2:14. A alguns é da-
rificação (I Ped. 3:20–21). do o dom de discernir espíritos, I Cor.
Deus trará um dilúvio de águas sobre a 12:10. Amon podia discernir-lhes os
Terra para desfazer toda a carne, Gên. pensamentos, Al. 18:18, 32. Uma voz
6:17 (Mois. 7:34, 43, 50–52; 8:17, 30). Vie- mansa penetrava até o âmago daque-
ram sobre a Terra as águas do dilúvio, les que a ouviam, 3 Né. 11:3. Para que
Disciplinar 54
não sejais enganados, procurai os me- que possui as chaves do santo sacerdó-
lhores dons, D&C 46:8–23. Aos líderes cio. Adão, Enoque, Noé, Abraão, Moi-
da Igreja é dado poder para discernir sés, Jesus Cristo, Joseph Smith e outros
os dons do Espírito, D&C 46:27. O cor- iniciaram uma nova dispensação do
po que é cheio de luz compreende to- evangelho. Quando o Senhor organiza
das as coisas, D&C 88:67. Moisés viu a uma dispensação, o evangelho é revela-
Terra, discernindo-a pelo Espírito de do novamente para que o povo daquela
Deus, Mois. 1:27. dispensação não tenha que depender
das dispensações passadas para o co-
DISCIPLINAR. Ver Castigar,
nhecimento do plano de salvação. A
Castigo, Corrigir, Repreender
dispensação iniciada por Joseph Smith é
DISCÍPULO. Ver também Apóstolo; conhecida como a “dispensação da ple-
Conversão, Converter; Cristãos; nitude dos tempos.”
Jugo O Deus do céu levantará um reino, Dan.
Seguidor de Jesus Cristo que vive con- 2:44, (D&C 65). Nos últimos dias derra-
forme com os ensinamentos do Salva- marei o meu Espírito sobre toda a carne,
dor (D&C 41:5). O termo discípulo é usa- At. 2:17 (Joel 2:28). O céu deve conter a
do para descrever os Doze Apóstolos Cristo até aos tempos da restauração de
chamados por Cristo durante seu mi- tudo, At. 3:21. Na dispensação da pleni-
nistério terreno (Mt. 10:1–4) e também tude dos tempos Deus congregará em
os doze homens escolhidos por Jesus Cristo todas as coisas, Ef. 1:10. Entre
para dirigirem a sua Igreja entre os ne- eles estabelecerei a minha Igreja, 3 Né.
fitas e lamanitas (3 Né. 19:4). 21:22. O Senhor confiou as chaves de
Sela a lei entre os meus discípulos, Isa. seu reino e uma dispensação do evange-
8:16. Se vós permanecerdes na minha lho para os últimos dias, D&C 27:13. As
palavra, verdadeiramente sereis meus chaves desta dispensação são confiadas
discípulos, Jo. 8:31. Mórmon era um a vossas mãos, D&C 110:12–16. Todas
discípulo de Jesus Cristo, 3 Né. 5:12–13. as chaves das dispensações passadas fo-
Vós sois meus discípulos, 3 Né. 15:12. ram restauradas na dispensação da ple-
Três discípulos não provarão a morte, nitude dos tempos, D&C 128:18–21.
3 Né. 28:4–10. A voz de advertência irá
DISPERSÃO DE ISRAEL. Ver
pela boca de meus discípulos, D&C 1:4.
Israel—A Dispersão de Israel
Meus discípulos permanecerão em lu-
gares santos, D&C 45:32. Os que não se DÍVIDA. Ver também Perdão
lembrarem dos pobres e necessitados, Conforme o termo é usado nas escritu-
dos doentes e dos aflitos, não são meus ras, o dinheiro ou propriedade que se
discípulos, D&C 52:40. Aquele que não deve a outrem faz com que o devedor se
estiver disposto a perder a vida, não é encontre numa forma de servidão. Em
meu discípulo, D&C 103:27–28. outro sentido, Jesus ensinou que deve-
DISCÍPULOS NEFITAS. Ver Três mos pedir ao Pai que perdoe as nossas
Discípulos Nefitas dívidas, ou seja, que nos isente de pa-
garmos o preço de nossos pecados—
DISCUSSÃO. Ver Contenção,
por intermédio da expiação de Jesus
Contenda
Cristo—após termos perdoado os que
DISPENSAÇÃO. Ver também nos ofenderam (Mt. 6:12; 3 Né. 13:11).
Chaves do Sacerdócio; O ímpio toma emprestado, e não paga,
Evangelho; Restauração do Salm. 37:21. O que toma emprestado é
Evangelho; Sacerdócio servo do que empresta, Prov. 22:7. Per-
Dispensação do evangelho é um perío- doei-te toda aquela dívida: Não devias
do de tempo em que o Senhor tem pelo tu igualmente ter compaixão? Mt.
menos um servo autorizado na Terra 18:23–35. A ninguém devais coisa algu-
55 Dom
ma, a não ser o amor com que vos ameis 119. A distribuição dos dízimos será
uns aos outros, Rom. 13:8. Somos eter- feita por um conselho, D&C 120.
nos devedores do Pai Celestial, Mos.
2:21–24, 34. Quem pedir emprestado a DOENÇA, DOENTE
seu vizinho, deverá devolver aquilo que Moléstia, enfermidade. Nas escrituras
tomou emprestado, Mos. 4:28. Paga o a doença física às vezes serve como
que deves. Desembaraça-te de obri- símbolo da falta de bem-estar espiri-
gações, D&C 19:35. É proibido contrair tual (Isa. 1:4–7; 33:24).
dívidas com os vossos inimigos, D&C Ezequias adoeceu para morrer e Deus o
64:27. É da minha vontade que pagueis sarou, II Re. 20:1–5 (II Crôn. 32:24; Isa.
todas as vossas dívidas, D&C 104:78. 38:1–5). Jesus andou curando todo o ti-
Não contrair dívidas para construir a po de enfermidade, Mt. 4:23–24 (1 Né.
casa do Senhor, D&C 115:13. 11:31; Mos. 3:5–6). Não necessitam de
DIVÓRCIO. Ver também médico os sãos, mas sim os doentes, Mt.
Casamento, Casar 9:10–13 (Mc. 2:14–17; Lc. 5:27–32). Está
alguém entre vós doente? Chame os
Término de um casamento por meio da
presbíteros, Tg. 5:14–15. Cristo tomará
lei civil ou eclesiástica. De acordo com
sobre si as dores e enfermidades de seu
o Novo Testamento, Deus permitiu o
povo, Al. 7:10–12. Jesus curou todos os
divórcio sob certas condições, por causa
doentes entre os nefitas, 3 Né. 26:15. Ali-
da dureza do coração do povo: entretan-
mentar os doentes com todo carinho,
to, como ensinou Jesus, “ao princípio
com ervas e comidas leves, D&C 42:43
não foi assim” (Mt. 19:3–12). De modo
(Al. 46:40). Em todas as coisas lembrai-
geral, as escrituras aconselham a não
vos dos doentes e necessitados, D&C
se recorrer ao divórcio e incentivam os
52:40. Impõe as tuas mãos sobre os
casais a se amarem em retidão (I Cor.
doentes e recuperar-se-ão, D&C 66:9.
7:10–12; D&C 42:22).
DOLO. Ver também Enganar,
DÍZIMOS. Ver também Dinheiro;
Engano, Fraude
Ofertas
A décima parte dos ganhos anuais de Nas escrituras o dolo é a astúcia frau-
uma pessoa, dada ao Senhor por inter- dulenta.
médio da Igreja. Os fundos do dízimo Natanael era um israelita em quem não
são usados para construir capelas e tem- havia dolo, Jo. 1:47 (D&C 41:9–11). O
plos, para apoiar a obra missionária e conhecimento puro ampliará a alma
para edificar o reino de Deus na Terra. sem hipocrisia e sem dolo, D&C 121:42.
Abraão deu os dízimos de tudo o que DOM. Ver também Dom do Espírito
possuía para Melquisedeque, Gên. Santo; Dons do Espírito
14:18–20 (Heb. 7:1–2, 9; Al. 13:15). To-
das as dízimas são do Senhor; santas são Deus concede ao homem muitas
ao Senhor, Lev. 27:30–34. Certamente bênçãos e dons.
darás os dízimos de toda a novidade, Há muitos dons espirituais, I Cor. 12:4–
Deut. 14:22, 28. Os dízimos de tudo 10. Procurai com zelo os melhores dons,
trouxeram em abundância, II Crôn. I Cor. 12:31. Todo o dom perfeito pro-
31:5. Roubará o homem a Deus? Em que vém de Deus, Tg. 1:17. O poder do Espí-
te roubamos? nos dízimos e nas ofer- rito Santo é o dom concedido por Deus,
tas, Mal. 3:8–11 (3 Né. 24:8–11). Aquele 1 Né. 10:17. Os que dizem que não há
que paga o dízimo não será queimado dons não conhecem o evangelho de
na sua vinda, D&C 64:23 (85:3). A casa Cristo, Mórm. 9:7–8. Toda boa dádiva
do Senhor será construída com o dízi- vem de Cristo, Morô. 10:8–18. A vida
mo de seu povo, D&C 97:11–12. O Se- eterna é o maior de todos os dons de
nhor revelou a lei do dízimo, D&C Deus, D&C 14:7 (1 Né. 15:36). Os dons
Dom do Espírito Santo 56
são dados aos que amam ao Senhor, de Deus, D&C 46:11. Aos líderes da
D&C 46:8–11. Pois a todos não são da- Igreja é dado o poder de discernir os
dos todos os dons, D&C 46:11–29. dons do Espírito, D&C 46:27. O Presi-
dente da Igreja possui todos os dons
DOM DO ESPÍRITO SANTO. Ver de Deus, D&C 107:92.
também Dom; Dons do Espírito;
Espírito Santo; Trindade DONS ESPIRITUAIS. Ver Dons do
É o direito que tem todo membro da Espírito
Igreja batizado e digno, de gozar da in-
DORMIR
fluência constante do Espírito Santo.
Após batizar-se na verdadeira Igreja de Estado de repouso no qual se suspen-
Jesus Cristo, a pessoa recebe o dom do de a atividade consciente. O Senhor
Espírito Santo pela imposição de mãos aconselhou seus santos a não dormi-
de alguém que possua a devida autori- rem mais do que o necessário (D&C
dade (At. 8:12–25; Morô. 2:1–3; D&C 88:124). O vocábulo dormir também é
39:23). O recebimento do dom do Espíri- utilizado como símbolo da morte espi-
to Santo geralmente é chamado de ba- ritual (I Cor. 11:30; 2 Né. 1:13) ou da
tismo pelo fogo (Mt. 3:11; D&C 19:31). morte física (Mórm. 9:13).
Ordena-se que os homens se arrepen-
DOUTRINA E CONVÊNIOS. Ver
dam, sejam batizados e recebam o dom
também Cânon; Escrituras; Livro
do Espírito Santo, At. 2:38. Pedro e João
de Mandamentos; Smith,
conferiram o Espírito Santo pela impo-
Joseph, Jr.
sição de mãos, At. 8:14–22. O Espírito
Santo é conferido pela imposição de Uma coletânea de revelações divinas e
mãos, At. 19:2–6. A remissão dos peca- declarações inspiradas para o nosso
dos vem pelo fogo e pelo Espírito Santo, tempo. O Senhor concedeu-as a Joseph
2 Né. 31:17. Cremos na imposição de Smith e a diversos de seus sucessores
mãos para conferir o dom do Espírito para o estabelecimento e regulamen-
Santo, RF 4. tação do reino de Deus na Terra nos últi-
mos dias. Doutrina e Convênios é uma
DOMINGO. Ver Dia de descanso das escrituras e obras-padrão de A Igre-
ja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
DONS DO ESPÍRITO. Ver também mos Dias, juntamente com a Bíblia, o Li-
Dom vro de Mórmon e a Pérola de Grande
Bênçãos espirituais especiais concedi- Valor. Doutrina e Convênios, entretan-
das pelo Senhor às pessoas dignas, pa- to, é singular, porque não é uma tra-
ra benefício delas próprias e para que dução de registros antigos; o Senhor
os usem com o fim de abençoar outros. deu essas revelações a seus profetas
Uma descrição dos dons do Espírito escolhidos nesta dispensação, a fim de
encontra-se em D&C 46:11–33; I Cor. restaurar seu reino. Nelas pode-se ouvir
12:1–12; Morô. 10:8–18. a voz mansa, porém firme do Senhor
Jesus Cristo (D&C 18:35–36).
Procurai com zelo os melhores dons,
I Cor. 12:31 (I Cor. 14:1). Os nefitas rece- O Profeta Joseph Smith afirmou que
beram muitos dons do Espírito, Al. 9:21. Doutrina e Convênios é o alicerce da
Ai daquele que diz que o Senhor já não Igreja nos últimos dias e um benefício
obra por meio de dons ou pelo poder do para o mundo (D&C 70:cabeçalho). As
Espírito Santo, 3 Né. 29:6. Deus concede revelações ali contidas dão início à pre-
dons aos que crerem, Mórm. 9:24. Os paração do caminho para a segunda
dons são dados pelo Espírito de Cristo, vinda do Senhor, em cumprimento a
Morô. 10:17. Há muitos dons e a cada tudo o que os profetas disseram desde
homem é dado um dom pelo Espírito o princípio do mundo.
67 Efraim
DOUTRINA DE CRISTO. Ver douro é a obediência aos mandamen-
também Evangelho; Plano de tos de Deus.
Redenção ÉDEN. Ver também Adão; Eva
Os princípios e ensinamentos do evan- Lugar onde viveram Adão e Eva, nos-
gelho de Jesus Cristo. sos primeiros pais, (Gên. 2:8–3:24; 4:16;
Goteje a minha doutrina como a chuva, 2 Né. 2:19–25; Mois. 3, 4; Abr. 5), desig-
Deut. 32:2. Os murmuradores aprende- nado como um jardim, no Éden, ao
rão doutrina, Isa. 29:24. A multidão se oriente. Adão e Eva foram expulsos do
admirou da sua doutrina, Mt. 7:28. A Éden após comerem do fruto proibido e
minha doutrina não é minha, mas da- se tornarem mortais (Mois. 4:29). As re-
quele que me enviou, Jo. 7:16. Esta é a velações modernas confirmam o relato
doutrina de Cristo, a única e verdadeira bíblico do Jardim do Éden, e também
doutrina do Pai, 2 Né. 31:21 (2 Né. 32:6). nos fornecem a importante informação
Não haverá disputas entre vós sobre os de que ele se localizava onde agora é o
pontos de minha doutrina, 3 Né. 11:28, continente americano (D&C 116; 117:8).
32, 35, 39–40. Satanás incita o coração do EFÉSIOS, EPÍSTOLA AOS. Ver
povo a contender com relação aos pon- também Epístolas Paulinas; Paulo
tos de minha doutrina, D&C 10:62–63,
No Novo Testamento, uma carta escrita
67. Ensinar aos filhos a doutrina do arre-
pelo Apóstolo Paulo aos santos de Éfe-
pendimento, da fé em Cristo, do batis-
so. A epístola é de grande importân-
mo e do dom do Espírito Santo, D&C
cia, pois contém os ensinamentos de
68:25. Ensineis a doutrina do reino uns
Paulo a respeito da Igreja de Cristo.
aos outros, D&C 88:77–78. A doutrina
do sacerdócio destilar-se-á sobre tua O capítulo 1 traz a costumeira saudação.
alma, D&C 121:45. Os capítulos 2–3 explicam a modifi-
cação que ocorre nas pessoas quando
DOZE, QUÓRUM DOS. se tornam membros da Igreja—tornam-
Ver Apóstolo se concidadãos dos santos, com gentios
e judeus unidos em uma só Igreja. Os
DOZE TRIBOS DE ISRAEL. Ver
capítulos 4–6 esclarecem os papéis dos
Israel—As Doze Tribos de Israel
apóstolos e profetas, a necessidade de
ECLESIASTES união e a importância de vestirmos to-
da a armadura de Deus.
Livro do Velho Testamento que con-
tém reflexões sobre alguns dos proble- EFRAIM. Ver também Israel; José,
mas mais profundos da vida. Filho de Jacó; Livro de Mórmon;
Manassés
O autor do livro, o Pregador, escreve
grande parte dele do ponto de vista dos No Velho Testamento, o segundo filho
que não possuem a compreensão do de José e Asenate (Gên. 41:50–52; 46:20).
evangelho. Ele escreve conforme a ma- Contrariando a maneira tradicional,
neira de pensar das pessoas do mun- Efraim recebeu a bênção da primogeni-
do—isto é, dos que vivem “debaixo do tura em vez de Manassés, que era o filho
sol” (Ecles. 1:9). O livro, em grande par- mais velho (Gên. 48:17–20). Efraim tor-
te, é um tanto negativo e pessimista nou-se o pai da tribo que leva seu nome.
(Ecles. 9:5, 10). Essa não é a forma como Tribo de Efraim : recebeu a primogenitura
o Senhor gostaria que entendêssemos a de Israel (I Crôn. 5:1–2; Jer. 31:9). Nos
vida, mas sim como o Pregador obser- últimos dias essa tribo tem o privilégio e
vou que as coisas parecem aos homens responsabilidade de portar o sacerdó-
da Terra, que não têm sabedoria. A par- cio, levar ao mundo a mensagem do
te mais espiritual do livro encontra-se evangelho restaurado e levantar um
nos capítulos 11 e 12, onde o autor con- estandarte a fim de reunir a Israel dis-
clui que a única coisa de valor dura- persa (Isa. 11:12–13; 2 Né. 21:12–13).
Egitus 58
Os filhos de Efraim coroarão de glória Jacó foi conduzido ao Egito, Gên. 46:1–
os que retornarem dos países do norte 7. Moisés conduziu os filhos de Israel
nos últimos dias (D&C 133:26–34). para fora do Egito, Êx. 3:7–10; 13:14
Vara de Efraim ou vara de José : Registro (Heb. 11:27; 1 Né. 17:40; Mois. 1:25–26).
de um grupo da tribo de Efraim que O Egito simbolizava a iniqüidade, Eze.
foi conduzido de Jerusalém à América 29:14–15 (Osé 9:3–7; Abr. 1:6, 8, 11–12,
aproximadamente em 600 a.C. O regis- 23). Um anjo disse a José que fugisse
tro desse grupo é chamado de vara de com Maria e Jesus para o Egito, Mt. 2:13
Efraim ou de José, ou Livro de Mórmon. (Osé 11:1).
Este registro e a vara de Judá (a Bíblia)
ÉLDER (ANCIÃO). Ver também
formam um testemunho unificado do
Sacerdócio; Sacerdócio de
Senhor Jesus Cristo, de sua ressurreição
Melquisedeque
e de sua obra divina realizada entre
estes dois ramos da casa de Israel. O termo ancião é usado de diversas ma-
Um ramo de Efraim se desprenderá neiras na Bíblia. No Velho Testamento a
e escreverá um outro testamento de palavra ancião geralmente se refere aos
Cristo, TJS—Gên. 50:24–26, 30–31. A homens idosos de uma tribo, a quem se
vara de Judá e a vara de José se torna- costumava confiar assuntos de governo
rão uma, Eze. 37:15–19. Os escritos de (Gên. 50:7; Jos. 20:4; Rut. 4:2; Mt. 15:2).
Judá e os de José crescerão juntamen- Sua idade e experiência tornavam valio-
te, 2 Né. 3:12. O Senhor fala a muitas sos os seus conselhos. Esta designação
nações, 2 Né. 29. As chaves do registro não se referia, necessariamente, a seu
da vara de Efraim foram confiadas a chamado no sacerdócio.
Morôni, D&C 27:5. Na época do Velho Testamento também
havia anciãos, ou élderes, ordenados
EGITUS
no Sacerdócio de Melquisedeque (Êx.
Nome da mulher e também de uma fi- 24:9–11). No Novo Testamento os an-
lha de Cão, filho de Noé. Em idioma cal- ciãos ou presbíteros são mencionados
deu o nome significa Egito, ou o que é como um ofício do sacerdócio na Igreja
proibido (Abr. 1:23–25). (Tg. 5:14–15). Entre os nefitas também
EGITO havia élderes ordenados no sacerdócio
(Al. 4:7, 16; Morô. 3:1). Nesta dispen-
País situado no nordeste da África. A sação Joseph Smith e Oliver Cowdery
maior parte do Egito é árida e desabi- foram os primeiros élderes ordenados
tada e a maioria de seus habitantes vi- (D&C 20:2–3).
ve no vale do Nilo, que se estende por
cerca de 900 quilômetros. Para evitar a interpretação errônea que
podia ser dada ao título “ancião”, a
O antigo Egito era rico e próspero. Fo- Igreja optou pelo termo “élder” (que
ram construídas grandes obras públi- significa ancião em inglês) como título
cas, inclusive de irrigação, cidades for- apropriado a todos os portadores do Sa-
temente defendidas e monumentos cerdócio de Melquisedeque. Por exem-
reais, especialmente pirâmides mor- plo, os missionários são chamados de
tuárias e templos que até hoje se contam élderes. Um Apóstolo também é um
entre as maravilhas do mundo. Durante élder, sendo adequado aplicar este tí-
algum tempo o sistema de governo tulo aos membros do Quórum dos Do-
egípcio imitou a ordem patriarcal do ze e dos Quóruns dos Setenta (D&C
sacerdócio (Abr. 1:21–27). 20:38; I Ped. 5:1). Os deveres dos élde-
Abraão e José foram levados ao Egito res ordenados na Igreja hoje em dia fo-
para salvar suas famílias da fome, Gên. ram especificados nas revelações
12:10 (Gên. 37:28). José foi vendido pa- modernas (D&C 20:38–45; 42:44; 46:2;
ra o Egito, Gên. 45:4–5 (1 Né. 5:14–15). 107:12).
59 Elias, o Profeta
Moisés escreveu a todos os anciãos eleitos de Deus, D&C 84:33–34. Israel
de Israel, Deut. 31:9. Barnabé enviou foi eleito por Deus, Mois. 1:26. Por
socorro aos anciãos da Igreja, At. causa dos eleitos os dias de tribulação
11:30. Anciãos foram eleitos em cada serão abreviados, JS—M 1:20.
Igreja, At. 14:23 (Tit. 1:5). Chame os
presbíteros e orem sobre o doente, Tg. ELI. Ver também Samuel, Profeta do
5:14. Élderes foram ordenados pela Velho Testamento
imposição das mãos, Al. 6:1. Os élde- Sumo sacerdote e juiz do Velho Testa-
res devem abençoar as crianças, D&C mento, na época em que o Senhor cha-
20:70. Os élderes devem dirigir as reu- mou Samuel para ser profeta (I Sam.
niões pelo Espírito Santo, D&C 46:2. 3). O Senhor repreendeu-o por tolerar
Os élderes prestarão contas de sua a iniqüidade de seus filhos (I Sam.
mordomia, D&C 72:5. Os élderes de- 2:22–36; 3:13).
vem pregar o evangelho às nações,
D&C 133:8. ELIAS. Ver também Elias, o Profeta
ELEIÇÃO. Ver também Vocação As escrituras usam de diversas manei-
(chamado) e Eleição ras este nome ou título.
Baseando-se na dignidade pré-mortal, Precursor : Elias é o título de alguém que
Deus escolheu os que seriam a descen- é um precursor. Por exemplo: João Ba-
dência de Abraão e a casa de Israel e se tista era um Elias porque foi enviado a
tornariam o povo do convênio (Deut. fim de preparar o caminho de Jesus
32:7–9; Ef. 1:4; Abr. 2:9–11). Tais pes- (Mt. 17:12–13).
soas recebem bênçãos e deveres espe-
ciais, a fim de abençoarem todas as Restaurador : O título Elias também foi
nações do mundo (Rom. 11:5–7; I Ped. aplicado a outros personagens que cum-
1:2; Al. 13:1–5; D&C 84:99). Todavia, priram missões específicas, como João,
mesmo os eleitos devem ser chamados o Revelador (D&C 77:14) e Gabriel (Lc.
e escolhidos nesta vida, para que al- 1:11–20; D&C 27:6–7; 110:12).
cancem a salvação. Um homem da dispensação de Abraão :
ELEITOS Um profeta chamado Esaías, ou Elias,
que aparentemente viveu nos dias de
Eleitos são aqueles que amam a Deus
Abraão (D&C 84:11–13; 110:12).
de todo o seu coração e vivem de ma-
neira agradável aos olhos dele. Os que NOTA: Elias é a forma grega do nome
vivem como seus discípulos, um dia Elijah (hebraico). Como na tradução
serão escolhidos pelo Senhor como da Bíblia para o português foi usada
seus filhos eleitos. sempre a forma grega, ou seja, Elias ,
Ele nos elegeu antes da fundação do estamos acrescentando o aposto o pro-
mundo, Ef. 1:4. João regozijou-se por- feta ao nome Elias quando se trata do
que os filhos da senhora eleita eram ver- profeta do Velho Testamento citado
dadeiros e fiéis, II Jo. 1. Vós sois a ge- em I Re. 17–II Re. 2, Mal. 4:5, Mt. 17:3,
ração eleita, o sacerdócio real, I Ped. 2:9. D&C 110:13-16.
Teus pecados te são perdoados e és uma
ELIAS, O PROFETA. Ver também
mulher eleita, D&C 25:3. Meus eleitos
Elias; Salvação; Selamento, Selar
ouvem minha voz e não endurecem o
coração, D&C 29:7. Da mesma forma Profeta do Velho Testamento, que vol-
reunirei meus eleitos dos quatro cantos tou nos últimos dias para conferir as
da Terra, D&C 33:6. Escrituras serão da- chaves do poder selador a Joseph Smith
das para salvação de meus eleitos, D&C e a Oliver Cowdery. Em sua época Elias,
35:20–21. Os que magnificam os seus o profeta, exerceu seu ministério em
chamados no sacerdócio se tornam os Israel, no Reino do Norte (I Re. 17–II
Eliseu 60
Re. 2). Ele tinha grande fé no Senhor e ELISEU
é conhecido pelos muitos milagres que
No Velho Testamento, profeta de Israel,
operou. Elias, o profeta, conteve a chuva
do Reino do Norte, e conselheiro de
por três anos e meio e também levan-
confiança de diversos reis daquele país.
tou um menino dentre os mortos e fez
descer fogo do céu (I Re. 17–18). Os ju- Eliseu era de índole gentil e afetuosa,
deus ainda esperam o retorno de Elias, sem o ardente zelo pelo qual seu mestre,
o profeta, profetizado por Malaquias Elias, o profeta, era conhecido. Seus no-
(Mal. 4:5) e convidam-no como hóspe- táveis milagres (II Re. 2–5; 8) testificam
de nas comemorações da páscoa judai- que ele realmente recebeu o poder de
ca, quando deixam a porta aberta e um Elias, o profeta, ao sucedê-lo como pro-
lugar reservado para ele à mesa. feta (II Re. 2:9–12). Por exemplo, ele
curou as águas de uma fonte má, sepa-
O Profeta Joseph Smith disse que
rou as águas do rio Jordão, aumentou
Elias, o profeta, possuía o poder sela-
o azeite da viúva, levantou um menino
dor do Sacerdócio de Melquisedeque e
dentre os mortos, curou um homem de
que foi o último a portá-lo antes da
lepra, fez com que um machado de
época de Jesus Cristo. Juntamente com
ferro flutuasse e feriu soldados do rei
Moisés, Elias, o profeta, apareceu no
da Síria de cegueira (II Re. 2–6). Seu
Monte da Transfiguração e conferiu as
ministério durou mais de 50 anos,
chaves do sacerdócio a Pedro, Tiago e
durante os reinados de Jorão, Jeú,
João (Mt. 17:3). Ele retornou com Moi-
Joacaz e Joás.
sés e outros, em 3 de abril de 1836, no
Templo de Kirtland, Ohio, conferindo Recebeu o manto de Elias, o profeta,
as mesmas chaves a Joseph Smith e a II Re. 2:13. Multiplicou o azeite da viú-
Oliver Cowdery (D&C 110:13–16). Tu- va, II Re. 4:1–7. Levantou dentre os
do isto aconteceu em preparação para mortos o filho da sunamita, II Re. 4:18–
a segunda vinda do Senhor, conforme 37. Curou a Naamã, o general sírio,
profetizado em Mal. 4:5–6. II Re. 5:1–14. Feriu de cegueira os sol-
dados sírios e abriu os olhos de seu
O poder de Elias, o profeta, é o poder
servo, II Re. 6:8–23.
selador do sacerdócio, pelo qual todas
as coisas que são ligadas ou desliga- ELOIM. Ver Pai Celestial; Trindade
das na Terra são ligadas ou desligadas
nos céus (D&C 128:8–18). Atualmente EMANUEL. Ver também Jesus Cristo
servos escolhidos do Senhor, na Terra,
Um dos nomes de Jesus Cristo; pro-
possuem este poder selador e reali-
vém de palavras hebraicas que signifi-
zam as ordenanças salvadoras do
cam “Deus conosco”.
evangelho pelos vivos e mortos (D&C
128:8). Emanuel é um nome-título dado como
um sinal da libertação que provém de
Selou os céus e foi alimentado por cor-
Deus (Isa. 7:14). A referência de Isaías
vos, I Re. 17:1–7. Ordenou que não se
a Emanuel é identificada especificamen-
acabasse a farinha da panela e o azeite
te por Mateus como uma profecia acerca
da botija, I Re. 17:8–16. Levantou dos
do nascimento de Jesus na mortalida-
mortos o filho da viúva, I Re. 17:17–24.
de (Mt. 1:18–25). Esse nome também
Derrotou os sacerdotes de Baal, I Re.
aparece nas escrituras modernas (2 Né.
18:21–39. Ouviu uma voz mansa e
17:14; 2 Né. 18:8; D&C 128:22).
delicada, I Re. 19:11–12. Subiu ao céu
num carro de fogo, II Re. 2:11. Mala- ENDOWMENT. Ver Investidura,
quias profetizou seu retorno nos últi- Investir
mos dias, Mal. 4:5 – 6 (3 Né. 25:5).
Apareceu no Templo de Kirtland, ENFERMIDADE, ENFERMO. Ver
Ohio, em 1836, D&C 110:13–16. Doença, Doente
61 Ensinar, Mestre
ENGANAR, ENGANO, FRAUDE. to mais a respeito dele, especialmente
Ver também Dolo; Mentir, sobre a sua pregação, sua cidade chama-
Mentiroso da Sião, suas visões e profecias (D&C
Fazer com que alguém acredite em al- 107:48–57; Mois. 6–7). Sião foi levada
go que não é verdadeiro. aos céus em virtude da retidão de seus
habitantes (Mois. 7:69).
O que não jura enganosamente subirá
ao monte do Senhor, Salm. 24:4. Bem- Deus revelou-se a Enoque, Mois. 6:26–
aventurado o homem em quem não há 36. Enoque pregou o evangelho, Mois.
engano, Salm. 32:2 (Salm. 34:13; I Ped. 6:37–68. Enoque ensinou o povo e es-
2:1). Livra-me do homem fraudulento, tabeleceu Sião, Mois. 7:1–21. Enoque
Salm. 43:1. Ai dos que ao mal chamam viu o futuro, inclusive a segunda vin-
bem, e ao bem mal, Isa. 5:20 (2 Né. da de Cristo, Mois. 7:23–68.
15:20). Ninguém se engane, I Cor. 3:18. ENOS, FILHO DE JACÓ
Ninguém vos engane com palavras vãs, No Livro de Mórmon, profeta nefita,
Ef. 5:6. Homens maus, enganando e sen- registrador e responsável pelos regis-
do enganados, II Tim. 3:13. Satanás, que tros, que orou pela remissão de seus pe-
engana todo o mundo, foi precipitado cados e obteve-a, por sua fé em Cristo
na Terra, Apoc. 12:9. Satanás será amar- (En. 1:1–8). O Senhor fez com Enos o
rado para que não mais engane as convênio de revelar o Livro de Mór-
nações, Apoc. 20:1–3. O Senhor não po- mon aos lamanitas (En. 1:15–17).
de ser enganado, 2 Né. 9:41. Se seguir-
Livro de Enos : Um dos livros do Livro
des o Filho, sem dolo diante de Deus,
de Mórmon, que fala da oração de
recebereis o Espírito Santo, 2 Né. 31:13.
Enos ao Senhor pedindo o perdão para
Serem confessou que havia sido enga-
si mesmo, para seu povo e para outras
nado pelo poder do diabo, Jacó 7:18. O
pessoas. O Senhor prometeu-lhe que o
povo do rei Noé foi enganado por pa-
Livro de Mórmon seria preservado e
lavras lisonjeiras, Mos. 11:7. Os pru-
revelado aos lamanitas numa época
dentes tomaram o Santo Espírito por
futura. Embora o livro de Enos tenha
seu guia e não foram enganados, D&C
apenas um capítulo, ele registra a vigo-
45:57. Ai daqueles que são enganado-
rosa história de um homem que bus-
res, D&C 50:6. Ele tornou-se Satanás, o
cou ao Senhor em oração, viveu em
pai de todas as mentiras, para enganar
obediência aos mandamentos e, antes
e cegar os homens, Mois. 4:4.
de morrer, regozijou-se pelo conheci-
ENOQUE. Ver também Sião mento que tinha do Redentor.
Profeta que liderou o povo da cidade ENSINAR, MESTRE. Ver também
de Sião. Seu ministério é mencionado Espírito Santo
tanto no Velho Testamento como na Transmitir conhecimento a outras pes-
Pérola de Grande Valor. Ele foi o séti- soas, especialmente a respeito das ver-
mo patriarca depois de Adão. Era filho dades do evangelho, e guiá-las à reti-
de Jarede e pai de Matusalém (Gên. dão. Aqueles que ensinam o evangelho
5:18–24; Lc. 3:37). devem ser guiados pelo Espírito. Todos
Enoque foi um homem notável e seu mi- os pais são mestres de suas próprias fa-
nistério foi muito mais importante do mílias. Os santos devem buscar as ins-
que faz supor a breve menção que a truções do Senhor e dos seus líderes e
Bíblia faz a ele. O relato bíblico afirma estar dispostos a aceitá-las.
que ele foi transladado (Heb. 11:5), mas E as farás saber a teus filhos, Deut. 4:8–
não nos dá pormenores de seu ministé- 9. Ensinai as minhas palavras a vossos
rio. Em Jud. 1:14 encontramos a citação filhos, Deut. 11:18–19 (Deut. 6:7). Instrui
de uma profecia feita por Enoque. As ao menino no caminho em que deve an-
revelações modernas esclarecem mui- dar, Prov. 22:6. Os teus filhos serão dis-
Entendimento 62
cípulos do Senhor, Isa. 54:13 (3 Né. (D&C 52:9). Se não receberdes o Espí-
22:13). Sabemos que és Mestre, vindo de rito, não ensinareis, D&C 42:14 (D&C
Deus, Jo. 3:2. Tu, pois, que ensinas a 42:6). Ensinai aos filhos dos homens
outro, não te ensinas a ti mesmo? Rom. pelo poder de meu Espírito, D&C 43:15.
2:21. Toda a escritura é proveitosa para Os élderes devem pregar o evangelho
ensinar, II Tim. 3:16. Fui instruído sobre pelo Espírito, D&C 50:13–22. Na hora
alguma coisa de todo o conhecimento precisa vos será dado o que haveis de
de meu pai, 1 Né. 1:1 (En. 1:1). Os sacer- dizer, D&C 84:85 (D&C 100:5–8).
dotes e mestres têm de ensinar diligen-
ENTENDIMENTO. Ver
temente, ou responderão pelos pecados
Compreensão, Entendimento
do povo sobre suas próprias cabeças,
Jacó 1:19. Escutai-me e abri vossos ouvi- EPÍSTOLAS PAULINAS. Ver
dos, Mos. 2:9. Ensinareis vossos filhos também Paulo; os títulos de cada
a se amarem mutuamente e servirem uma das epístolas
uns aos outros, Mos. 4:15. Em ninguém Quatorze livros do Novo Testamento,
confieis para ser vosso mestre ou mi- que originalmente eram cartas escritas
nistro, a não ser que seja um homem pelo Apóstolo Paulo aos membros da
de Deus, Mos. 23:14. O Senhor derra- Igreja. Elas podem ser divididas nos
mou o seu Espírito sobre toda a face da seguintes grupos:
Terra, a fim de preparar seus corações
para receberem a palavra, que lhes se- I e II Tessalonicenses (50–51 d.C.)
ria ensinada, Al. 16:16. Ensinavam com Paulo escreveu de Corinto as Epísto-
poder e autoridade de Deus, Al. 17:2–3. las aos Tessalonicenses, durante a sua
Eles tinham sido ensinados por suas segunda viagem missionária. Sua obra
mães, Al. 56:47 (57:21). E se buscassem em Tessalônica está descrita em Atos
sabedoria, fossem instruídos, D&C 1:26. 17. Ele queria retornar à Tessalônica,
Ensinai-vos uns aos outros, de acordo mas não pôde (I Tess. 2:18). Enviou,
com o ofício para o qual vos designei, portanto, Timóteo para confortar os
D&C 38:23. Ensinar os princípios de conversos e, ao regressar, trazer-lhe
meu evangelho que estão na Bíblia e no notícias deles. A primeira epístola foi
Livro de Mórmon, D&C 42:12. Sereis motivada pela gratidão que sentiu pe-
ensinados do alto, D&C 43:15–16. Os lo retorno de Timóteo. A segunda foi
pais deverão ensinar seus filhos, D&C escrita pouco tempo depois.
68:25–28. Ensinar a doutrina do reino I e II Coríntios, Gálatas, Romanos (55–57
uns aos outros, D&C 88:77–78, 118. d.C.)
Dentre vós designai um professor, D&C
Paulo escreveu as Epístolas aos Corín-
88:122. Não ensinaste luz e verdade a
tios em sua terceira viagem missionária,
teus filhos e esta é a causa de tua aflição,
para responder perguntas e corrigir
D&C 93:39–42. Ensina estas coisas libe-
desentendimentos entre os santos de
ralmente a teus filhos, Mois. 6:57–61.
Corinto.
Ensinar com o Espírito : Não sois vós
quem falais, mas o Espírito é que fala A Epístola aos Gálatas provavelmente
em vós, Mt. 10:19–120. Porventura não foi escrita a muitas unidades da Igreja
ardia em nós o nosso coração quando espalhadas pela Galácia. Alguns mem-
nos abria as escrituras? Lc. 24:32. O bros estavam abandonando o evange-
evangelho é pregado pelo poder do Es- lho e passando para a lei judaica. Nessa
pírito, I Cor. 2:1–14. Falou com o poder carta Paulo explicou qual era o propó-
e a autoridade de Deus, Mos. 13:5–9 (Al. sito da lei mosaica e o valor de uma
17:3; Hel. 5:17). Terás meu Espírito para religião espiritual.
convencer os homens, D&C 11:21. Serás Paulo escreveu a Epístola aos Romanos
ouvido em todas as coisas que ensina- quando estava em Corinto, em parte a
res por meio do Consolador, D&C 28:1 fim de preparar os santos romanos pa-
63 Escola dos Profetas
ra uma visita que esperava fazer-lhes. Timóteo, talvez da Macedônia, a fim
Essa carta também confirma doutrinas de aconselhá-lo e encorajá-lo no cum-
que estavam sendo questionadas por primento de seu dever.
alguns judeus que se haviam converti- Paulo escreveu a Epístola a Tito numa
do ao cristianismo. época em que estava livre do cativeiro
Filipenses, Colossenses, Efésios, Filemom e provavelmente visitou Creta, onde
e Hebreus (60–62 d.C.) Tito servia. O tema principal da carta é
Paulo escreveu estas epístolas quan- a importância de se viver em retidão e
do esteve preso pela primeira vez em a disciplina dentro da Igreja.
Roma. Paulo escreveu sua Segunda Epístola a
A Epístola aos Filipenses foi escrita Timóteo na segunda vez em que esteve
principalmente para expressar grati- preso, pouco antes de seu martírio. Ela
dão e afeto pelos santos de Filipos e contém as últimas palavras de Paulo e
para animá-los no desalento que sen- revela a extraordinária coragem e con-
tiam pelo prolongado encarceramento fiança com que enfrentou a morte.
de Paulo.
ESAÍAS
Paulo escreveu a Epístola aos Colossen-
Forma grega do nome Isaías (Lucas
ses em virtude de notícias recebidas de
4:17). Esaías foi também um profeta
que os santos de Colossos estavam in-
que viveu nos dias de Abraão (D&C
correndo em grave erro. Acreditavam
76:100; 84:11).
eles que a perfeição era resultante ape-
nas da observância de ordenanças exte- ESAÚ. Ver também Isaque; Jacó,
riores e não pelo desenvolvimento de Filho de Isaque
um caráter semelhante ao de Cristo.
No Velho Testamento, o filho mais ve-
A Epístola aos Efésios é de grande im- lho de Isaque e Rebeca, irmão gêmeo
portância, pois contém os ensinamentos de Jacó. Os dois irmãos eram rivais des-
de Paulo a respeito da Igreja de Cristo. de o berço (Gên. 25:10–26). Os descen-
A Epístola a Filemom é uma carta par- dentes de Esaú, os edomitas, e os de
ticular acerca de Onésimo, um escravo Jacó, os israelitas, tornaram-se nações
que havia roubado a seu senhor, File- rivais (Gên. 25:23).
mom, e fugido para Roma. Paulo en- Esaú vendeu sua primogenitura a Ja-
viou Onésimo de volta a Filemom, có, Gên. 25:33 (Heb. 12:16–17). Esaú
com a carta pedindo-lhe que perdoas- casou-se com mulheres hetéias, para
se o servo. tristeza de seus pais, Gên. 26:34–35.
Paulo escreveu a Epístola aos Hebreus, Jacó e Esaú se reconciliaram, Gên. 33.
os judeus membros da Igreja, a fim de
persuadi-los de que a lei de Moisés ti- ESCOLA DOS PROFETAS. Ver
nha sido cumprida em Cristo, sendo também Smith, Joseph, Jr.
substituída pela lei do evangelho de Em Kirtland, Ohio (EUA), durante o in-
Cristo. verno de 1832–1833, o Senhor ordenou a
I e II Timóteo, Tito (64–65 d.C.) Joseph Smith que organizasse uma es-
cola com o propósito de treinar os ir-
Paulo escreveu estas epístolas depois mãos em todas as coisas relativas ao
de ser libertado de seu primeiro encar- evangelho e ao reino de Deus. Dessa es-
ceramento em Roma. cola saíram muitos dos primeiros líde-
O apóstolo viajou a Éfeso, onde deixou res da Igreja. Outra escola dos profetas
Timóteo com a incumbência de fazer ou dos élderes foi dirigida por Parley P.
cessar certas especulações a respeito da Pratt no Condado de Jackson, Missouri
doutrina, pretendendo retornar depois. (D&C 97:1–6). Escolas semelhantes fo-
Paulo escreveu a Primeira Epístola a ram organizadas pouco depois que os
Escolher, Escolhido 64
santos migraram para o oeste; entretan- ESCRIBA
to, logo foram desativadas. O ensino do No Velho e no Novo Testamentos o ter-
evangelho hoje é feito no lar, nos mo é usado de maneiras ligeiramente
quóruns do sacerdócio, nas várias orga- diferentes: (1) No Velho Testamento, a
nizações auxiliares e nas escolas da Igre- responsabilidade primeira do escriba
ja e classes do seminário e instituto. era copiar as escrituras (Jer. 8:8). (2) Há
Santificai-vos e ensinai uns aos outros a menção freqüente de escribas no Novo
doutrina do evangelho, D&C 88:74–80. Testamento e eles às vezes são chama-
Buscai diligentemente e ensinai-vos uns dos de doutores da lei. Eles desenvol-
aos outros, D&C 88:118–122. A ordem viam os pormenores da lei e aplicavam-
da escola dos profetas foi estabeleci- na às circunstâncias de sua época (Mt.
da, D&C 88:127–141. A Primeira Pre- 13:52; Mc. 2:16–17; 11; 17–18; Lc. 11:44–
sidência possui as chaves da escola de 53; 20:46–47).
profetas, D&C 90:6. ESCRITURAS. Ver também Bíblia;
Cânon; Cronologia; Doutrina e
ESCOLHER, ESCOLHIDO (verbo).
Convênios; Livro de Mórmon;
Ver também Arbítrio; Chamado,
Palavra de Deus; Pérola de
Chamado por Deus, Chamar;
Grande Valor
Liberdade, Livre
Palavras escritas ou faladas por homens
Quando o Senhor seleciona ou escolhe santos de Deus quando sob a inspiração
um indivíduo ou um grupo, ele geral- do Espírito Santo. As escrituras oficiais
mente os chama a servir. canônicas da Igreja, hoje, consistem na
Escolhei hoje a quem sirvais, Jos. 24:15 Bíblia, no Livro de Mórmon, em Dou-
(Al. 30:8; Mois. 6:33). trina e Convênios e na Pérola de Gran-
de Valor. Jesus e os escritores do Novo
Não me escolhestes vós a mim, mas eu Testamento consideravam os livros do
vos escolhi a vós, Jo. 15:16. Deus esco- Velho Testamento escritura (Mt. 22:29;
lheu as coisas loucas deste mundo pa- Jo. 5:39; II Tim. 3:15; II Ped. 1:20–21).
ra confundir as sábias, I Cor. 1:27. Eis
que vos purifiquei e vos escolhi na for- Porventura não ardia em nós o nosso
nalha da aflição, 1 Né. 20:10. Somos li- coração quando nos abria as escrituras?
vres para escolher a liberdade e a vida Lc. 24:32. Examinais as Escrituras por-
eterna ou o cativeiro e a morte, 2 Né. que vós cuidais ter nelas a vida eterna, e
2:27. Os nobres e grandes foram esco- são elas que de mim testificam, Jo. 5:39.
lhidos no princípio, D&C 138:55–56. As palavras de Cristo vos ensinarão to-
Abraão foi escolhido antes de nascer, das as coisas que deveis fazer, 2 Né.
Abr. 3:23. 32:3. Tantos quantos são levados a crer
nas escrituras são firmes e inquebran-
ESCOLHIDO (Adjetivo ou táveis na fé, Hel. 15:7–8. Os homens
substantivo). Ver também erram quando torcem as escrituras e
Chamado, Chamado por Deus, não as compreendem, D&C 10:63. Estas
Chamar palavras não são de homens nem de um
homem, mas são minhas, D&C 18:34–
Pessoas selecionadas por Deus para
36. O surgimento do Livro de Mórmon
cumprir responsabilidades especiais.
prova ao mundo que as escrituras são
Fiz concerto com o meu escolhido, verdadeiras, D&C 20:2, 8–12. Deveis
Salm. 89:3. Muitos são chamados, mas dedicar vosso tempo ao estudo das es-
poucos escolhidos, Mt. 22:14 (20:16; crituras, D&C 26:1. As escrituras são
D&C 95:5; 121:34, 40). Se possível fo- dadas para a instrução dos santos, D&C
ra, enganariam até os escolhidos, Mt. 33:16. As escrituras são dadas para sal-
24:24. Cristo foi o Amado e Escolhido vação dos eleitos, D&C 35:20. Ensinai
de Deus desde o princípio, Mois. 4:2. os princípios de meu evangelho que es-
65 Esdras
tão na Bíblia e no Livro de Mórmon, deleita nas escrituras, 2 Né. 4:15–16.
D&C 42:12. Minhas leis com respeito a Porque trabalhamos diligentemente pa-
estas coisas são dadas em minhas escri- ra escrever, a fim de persuadir nossos
turas, D&C 42:28. Tudo o que é falado filhos e nossos irmãos a acreditarem em
sob a inspiração do Espírito Santo é es- Cristo, 2 Né. 25:23. Eles procuraram as
critura, D&C 68:4. escrituras, não prestando mais atenção
Escrituras perdidas : Há muitos escritos às palavras desse homem iníquo, Jacó
sagrados mencionados nas escrituras 7:23 (Al. 14:1). Se não fosse por estas
que não possuímos hoje, entre os quais placas, teríamos que padecer na igno-
estão os seguintes livros e escritores: o rância, Mos. 1:2–7. Haviam examina-
livro do convênio (Êx. 24:7), o livro do diligentemente as escrituras para po-
das guerras do Senhor (Núm. 21:14), O der conhecer a palavra de Deus, Al.
livro de Jasher (Jos. 10:13; II Sam. 1:18), 17:2–3. As escrituras são preservadas
livro dos atos de Salomão (I Re. 11:41), para levar as almas à salvação, Al. 37:1–
Samuel, o vidente (I Crôn. 29:29), 19 (2 Né. 3:15). A palavra de Deus
Natã, o profeta (II Crôn. 9:29), Se- guiará o homem de Cristo, Hel. 3:29.
maías, o Profeta (II Crôn. 12:15) Ido, o Tudo que disserem, quando movidos
profeta (II Crôn. 13:22), Jeú (II Crôn. pelo Espírito Santo, será escritura e o
20:34), os livros dos videntes (II Crôn. poder de Deus para a salvação, D&C
33:19), Enoque (Jud. 1:14); as palavras 68:4. Para imprimirdes a plenitude de
de Zenoque, Neum e Zenos (1 Né. minhas escrituras, com o propósito de
19:10), Zenos (Jacó 5:1), Zenoque e edificar minha igreja e preparar meu
Ezias (Hel. 8:20) e um livro de lem- povo, D&C 104:58–59. E o que ente-
branças (Mois. 6:5); e epístolas aos sourar minha palavra não será enga-
coríntios (I Cor. 5:9), aos efésios (Ef. nado, JS—M 1:37.
3:3), a da Laodicéia (Col. 4:16) e de Profecias a respeito de escrituras futuras :
Judas (Jud. 1:3). Isaías previu o surgimento do Livro de
As escrituras devem ser preservadas : De- Mórmon, Isa. 29:11–14. Toma um pe-
vemos obter esses registros para que daço de madeira e escreve nele: por Ju-
possamos preservar as palavras dos dá, Eze. 37:15–20. Néfi viu outros livros
profetas, 1 Né. 3:19–20. Eu deveria que apareceriam, 1 Né. 13:39. Não de-
guardar estas placas, Jacó 1:3. Estas veis supor que a Bíblia contenha todas
coisas foram guardadas e preservadas as palavras minhas, 2 Né. 29:10–14.
pela mão de Deus, Mos. 1:5. Cuidai Apegai-vos ao evangelho de Cristo, que
destas coisas sagradas, Al. 37:47. As vos será dado nos registros que surgi-
escrituras serão preservadas em segu- rão, Mórm. 7:8–9. Bem-aventurado será
rança, D&C 42:56. Emprega todos os aquele que trouxer estas coisas à luz,
esforços para preservá-los, JS—H 1:59. Mórm. 8:16. Escreve estas coisas e eu
as mostrarei no meu devido tempo, Ét.
Valor das escrituras : Lerás esta lei pe- 3:27 (4:7). Cremos que ele ainda reve-
rante todo o Israel, Deut. 31:10–13. lará muitas coisas, RF 9.
Não se aparte de tua boca o livro desta
lei, Jos. 1:8. A lei do Senhor é perfeita e ESCRITURAS PERDIDAS. Ver
refrigera a alma, Salm. 19:7. Lâmpada Escrituras—Escrituras Perdidas
para os meus pés é a tua palavra, Salm.
119:105. As escrituras testificam de ESCUTAR. Ver Atender, Escutar
mim, Jo. 5:39. Toda escritura divina-
ESDRAS
mente inspirada é proveitosa para dou-
trina e instrução, II Tim. 3:15–16. Apli- Sacerdote e escriba do Velho Testamen-
quei todas as escrituras às nossas cir- to que levou uma parte dos judeus de
cunstâncias para nosso proveito e ins- volta para Jerusalém, depois do cativei-
trução, 1 Né. 19:23. Minha alma se ro babilônico (Esd. 7–10; Nee. 8, 12). No
Esmolas 66
ano 458 a.C. ele obteve permissão de Ar- também se referem à esperança como
taxerxes, rei da Pérsia, para levar a Je- esperar confiantemente a vida eterna
rusalém todos os judeus exilados que pela fé em Jesus Cristo.
desejassem ir (Esd. 7:12–26). Bendito o varão cuja esperança é o
Antes da época de Esdras, os sacerdo- Senhor, Jer. 17:7. Pela paciência e con-
tes controlavam quase totalmente a lei- solação das escrituras tenhamos espe-
tura da coletânea de escrituras chamada rança, Rom. 15:4. Deus nos gerou para
de “a lei.” Esdras ajudou a colocar as es- uma viva esperança, pela ressurreição
crituras ao alcance de todos os judeus. de Cristo, I Ped. 1:3. Qualquer que nele
A leitura pública do “livro da lei” veio tem esta esperança purifica-se a si mes-
a ser, com o tempo, o centro da vida mo, I Jo. 3:2–3. Deveis prosseguir para
nacional judaica. Talvez o maior ensi- a frente, tendo uma esperança resplan-
namento de Esdras venha de seu exem- decente, 2 Né. 31:20. Procurai ter fé, es-
plo pessoal ao preparar o coração para perança e caridade, Al. 7:24 (I Cor.
buscar a lei de Deus, cumpri-la e en- 13:13; Morô. 10:20). Desejo que escuteis
siná-la aos outros (Esd. 7:10). a minhas palavras, confiando em que
recebereis a vida eterna, Al. 13:27–29.
Livro de Esdras : Os capítulos de 1–6 des-
Se tendes fé, tendes esperança nas coisas
crevem os eventos que ocorreram de 60
que não se vêem e que são verdadeiras,
a 80 anos antes de Esdras haver chega-
Al. 32:21 (Heb. 11:1). Esta esperança
do a Jerusalém—o decreto de Ciro em
vem pela fé, e representa uma âncora
537 a.C. e o retorno dos judeus lidera-
para as almas dos homens, Ét. 12:4
dos por Zorobabel. Os capítulos 7–10
(Heb. 6:17–19). O homem deve ter uma
mostram como Esdras foi a Jerusalém.
esperança ou não poderá receber he-
Ele e seus companheiros jejuaram e ora-
rança, Ét. 12:32. Mórmon falou sobre a
ram pedindo proteção. Em Jerusalém
fé, esperança e caridade, Morô. 7:1.
encontraram muitos judeus que haviam
Deveis ter esperança de que por inter-
retornado anteriormente, conduzidos
médio da expiação de Cristo sereis
por Zorobabel, e que se haviam casado
elevados à vida eterna, Morô. 7:40–43.
com mulheres fora do convênio, con-
O Espírito Santo nos enche de espe-
taminando-se. Esdras orou por eles e
rança, Morô. 8:26 (Rom. 15:13). Todos
fez com que assumissem o compro-
partiram da vida mortal, na esperança
misso de se divorciarem de tais espo-
de uma gloriosa ressurreição, D&C
sas. O restante da história de Esdras se
138:14.
encontra no livro de Neemias.
ESPÍRITO. Ver também Alma;
ESMOLAS. Ver também Bem-Estar;
Homem, Homens; Morte física;
Jejuar, Jejum; Ofertas; Pobres
Ressurreição
Ofertas para ajudar os pobres. A parte do ser vivo que existe antes do
Não dar esmola diante dos homens, nascimento mortal, que vive no corpo
Mt. 6:1–4 (3 Né. 13:1–4). A viúva dei- físico durante a mortalidade e que existe
tou mais do que todos na arca, Mc. depois da morte como ser separado, até
12:41–44. Mais bem-aventurada coisa a ressurreição. Todos os seres vivos—os
é dar do que receber, At. 20:35. Quise- homens, os animais e as plantas—foram
ra que désseis de vossos bens aos po- espíritos antes que qualquer forma de
bres, Mos. 4:26. O povo da Igreja devia vida existisse na Terra (Gên. 2:4–5;
dar de seus bens, cada um de acordo Mois. 3:4–7). O corpo espiritual tem a
com o que tivesse, Mos. 18:27. mesma aparência do corpo físico (1 Né.
11:11; Ét. 3:15–16; D&C 77:2; D&C 129).
ESPERANÇA. Ver também Fé Espírito é matéria, porém mais fina e
Firme expectativa e anseio de bênçãos pura que os elementos ou a matéria
de retidão prometidas. As escrituras mortal (D&C 131:7).
67 Espírito Santo
Todos nós somos literalmente filhos ou Inspiração, Inspirar; Pecado
filhas de Deus, tendo nascido como es- Imperdoável; Pomba, Sinal da;
pírito, de Pais Celestiais, antes de nascer Revelação; Santo Espírito da
de pais mortais na Terra (Heb. 12:9). Ca- Promessa; Trindade
da pessoa que vive ou tenha vivido na
A terceira pessoa da Trindade (I Jo. 5:7;
Terra tem um corpo espiritual imortal,
D&C 20:28). Personagem de Espírito
além do corpo de carne e ossos. De acor-
que não possui um corpo de carne e
do com o que está definido algumas ve-
ossos (D&C 130:22). O Espírito Santo é
zes nas escrituras, o espírito e o corpo
freqüentemente chamado de o Espíri-
físico juntos constituem a alma (D&C
to, ou Espírito de Deus.
88:15; Gên. 2:7; Mois. 3:7, 9, 19; Abr. 5:7).
O espírito pode viver sem o corpo físico, O Espírito Santo desempenha diversos
mas o corpo físico não pode viver sem papéis vitais no plano de salvação. (1)
o espírito (Tg. 2:26). A morte física é a Dá testemunho do Pai e do Filho (I Cor.
separação entre o espírito e o corpo. Na 12:3; 3 Né. 28:11; Ét. 12:41). (2) Revela a
ressurreição o espírito é unido nova- verdade de todas as coisas (Jo. 14:26;
mente ao mesmo corpo físico de carne e 16:13; Morô. 10:5; D&C 39:6). (3) Santi-
ossos que possuía quando era mortal, fica os que se arrependem e são batiza-
com duas diferenças principais: nunca dos (Jo. 3:5; 3 Né. 27:20; Mois. 6:64–68).
serão separados novamente e o corpo (4) É o Santo Espírito da Promessa
físico será imortal e perfeito (Al. 11:45; (D&C 76:50–53; 132:7, 18–19, 26).
D&C 138:16–17). O poder do Espírito Santo pode vir a
Um espírito não tem carne nem ossos, uma pessoa antes do batismo e testificar
como vedes que eu tenho, Lc. 24:39. O que o evangelho é verdadeiro. Porém o
mesmo Espírito testifica com o nosso es- direito de ter a companhia constante do
pírito que somos filhos de Deus, Rom. Espírito Santo, enquanto a pessoa per-
8:16. Glorificai a Deus no vosso corpo, manecer digna, é um dom que só pode
e no vosso espírito, I Cor. 6:20. Este ser recebido pela imposição de mãos
corpo é o corpo do meu espírito, Ét. de um portador do Sacerdócio de Mel-
3:16. O homem é espírito, D&C 93:33. quisedeque, após o batismo autorizado
Cristo ministrou aos espíritos justos no na verdadeira Igreja de Jesus Cristo.
paraíso, D&C 138:28–30 (I Ped. 3:18–
Jesus ensinou que todos os pecados se-
19). Haveis nascido no mundo pela
riam perdoados, exceto a blasfêmia con-
água e sangue e espírito, Mois. 6:59.
tra o Espírito Santo (Mt. 12:31–32; Mc.
Ele se encontrava entre aqueles que
3:28–29; Lc. 12:10; Heb. 6:4–8; D&C
eram espíritos, Abr. 3:23.
76:34–35).
Espíritos maus : Jesus expulsou muitos
O espírito faz com que os homens an-
demônios, Mc. 1:27, 34, 39. Sai deste
dem nos estatutos de Deus, Eze. 36:27.
homem, espírito imundo, Mc. 5:2–13.
Os apóstolos foram comissionados a ba-
O espírito mau ensina ao homem que
tizar em nome do Pai, e do Filho, e do
não deve orar, 2 Né. 32:8. Em nome
Espírito Santo, Mt. 28:19. O Espírito
de Jesus expulsava demônios e
Santo vos ensinará todas as coisas, Jo.
espíritos imundos, 3 Né. 7:19. Muitos
14:26. Homens santos falaram inspira-
espíritos falsos saíram pela Terra en-
dos pelo Espírito Santo, II Ped. 1:21.
ganando o mundo, D&C 50:2, 31–32.
Néfi foi conduzido pelo Espírito, 1 Né.
Joseph Smith explicou três chaves pa-
4:6. Os mistérios de Deus lhe serão mos-
ra se determinar se um espírito é de
trados pelo poder do Espírito Santo,
Deus ou do diabo, D&C 129.
1 Né. 10:17–19. O Espírito Santo mos-
ESPÍRITO SANTO. Ver também trará tudo o que deveis fazer, 2 Né. 32:5.
Batismo, Batizar; Consolador; Pelo poder do Espírito Santo podeis sa-
Dom do Espírito Santo; ber a verdade de todas as coisas, Morô.
Espíritos Malignos 68
10:5. O Espírito Santo falará em tua tacas. A estaca é o local de reunião dos
mente e em teu coração, D&C 8:2. O Es- remanescentes da Israel dispersa (D&C
pírito leva a fazer o bem, D&C 11:12. O 82:13–14; 101:17–21).
Espírito Santo sabe todas as coisas, Fortalece tuas estacas, alarga tuas fron-
D&C 35:19. O Espírito Santo ensinará teiras, Morô. 10:31 (D&C 82:14). Que es-
as coisas pacíficas do reino, D&C 36:2 tabeleças outras estacas para Sião além
(39:6). Se não receberdes o Espírito, não desta, D&C 109:59. Para que a reunião
ensinareis, D&C 42:14. O Espírito Santo em Sião e em suas estacas seja uma de-
presta testemunho do Pai e do Filho, fesa, D&C 115:6 (101:21). Que outros
D&C 42:17. (I Cor. 12:3; 3 Né. 11:32, 35– lugares sejam designados para estacas,
36). A alguns é dado saber, pelo Espí- D&C 115:18. O presidente do quórum
rito Santo, que Jesus Cristo é o Filho de dos sumos sacerdotes é designado para
Deus, D&C 46:13. Tudo que disserem, qualificar os que serão designados pre-
quando movidos pelo Espírito Santo, sidentes de estaca, D&C 124:133–134.
será escritura, D&C 68:4. Derramar-se-á Ide à terra de Sião, para que as suas
o Espírito Santo testificando todas as estacas se fortaleçam, D&C 133:9.
coisas que disserdes, D&C 100:8. O Es-
pírito Santo será teu companheiro cons- ESTANDARTE
tante, D&C 121:45–46.
Nas escrituras, uma bandeira, pendão
ESPÍRITOS MALIGNOS. Ver ou insígnia, ao redor da qual as pes-
Espírito—Espíritos maus soas se juntavam, unidas pelo mesmo
propósito. Na antiguidade um estan-
ESPOSA. Ver Casamento, casar;
darte servia como ponto de reagrupa-
Família; Mulher
mento para os soldados em combate.
ESPOSO. Ver também Casamento, O Livro de Mórmon e A Igreja de Jesus
casar; Família; Jesus Cristo Cristo são estandartes simbólicos para
Jesus Cristo é representado nas escri- todas as nações da Terra.
turas como o Esposo, e a Igreja, como a Ele arvorará o estandarte ante as nações,
sua esposa. Isa. 5:26 (2 Né. 15:26). A raiz de Jessé
Dez virgens saíram ao encontro do es- será posta por pendão, Isa. 11:10 (2 Né.
poso, Mt. 25:1–13. Aquele que tem a 21:10; D&C 113:6). Sião será um estan-
esposa é o esposo, Jo. 3:27–30. Bem- darte para o povo, D&C 64:42. Erguei
aventurados aqueles que são chamados um estandarte de paz, D&C 105:39. Que
à ceia das bodas do Cordeiro, Apoc. vossa luz seja um estandarte para as
19:5–10. Que estejais prontos na vinda nações, D&C 115:5.
do Esposo, D&C 33:17. Aprontai-vos ESTANDARTE DA LIBERDADE.
para o Esposo, D&C 65:3. Ver também Morôni, Capitão
ESTACA No Livro de Mórmon, uma bandeira
Uma das unidades administrativas da levantada por Morôni, comandante e
organização de A Igreja de Jesus Cristo chefe dos exércitos nefitas. Morôni fez
dos Santos dos Últimos Dias. Uma es- o estandarte para inspirar o povo nefi-
taca é composta de um certo número de ta a defender sua religião, sua liberda-
alas e, em alguns casos, de alas e ramos. de, sua paz e suas famílias.
Geralmente tem limites geográficos e Morôni rasgou sua túnica e com ela fez
ajusta-se à imagem da tenda descrita o estandarte da liberdade, Al. 46:12–
em Isa. 54:2: “Alonga as tuas cordas e 13. Todos os que queriam preservar o
firma bem as tuas estacas”. Cada esta- estandarte fizeram um convênio, Al.
ca de Sião sustenta e ajuda a manter a 46:20–22. Morôni fez com que o estan-
Igreja, da mesma forma que uma ten- darte fosse hasteado em todas as tor-
da ou tabernáculo é sustentado por es- res, Al. 46:36 (51:20).
69 Eva
ESTER O Senhor estima toda a carne como
Mulher de grande fé e principal perso- uma só, 1 Né. 17:35. Todo homem esti-
nagem do livro de Ester. me a seu irmão como a si mesmo, D&C
38:24–25 (Mos. 27:4).
O livro de Ester : Livro do Velho Testa-
mento que contém a história da gran- ÉTER. Ver também Jareditas
de coragem demonstrada pela rainha O último profeta jaredita do Livro de
Ester, quando salvou seu povo da des- Mórmon (Ét. 12:1–2).
truição.
Livro de Éter : Livro do Livro de Mórmon
Os capítulos 1–2 relatam como Ester, que contém parte dos registros dos ja-
mulher judia e filha adotiva de um ju- reditas, um povo que viveu no hemis-
deu chamado Mardoqueu, foi escolhida fério ocidental muitos séculos antes
para ser a rainha da Pérsia, por causa da chegada do povo de Leí. O livro de
de sua grande beleza. O capítulo 3 expli- Éter foi traduzido das vinte e quatro
ca que Hamã, homem de alta posição placas encontradas pelo povo de Lími
oficial na corte do rei, odiava Mardo- (Mos. 8:8–9).
queu e obteve um decreto ordenando
que todos os judeus fossem mortos. Os Os capítulos 1–2 relatam como os jaredi-
capítulos 4–10 relatam como Ester, com tas deixaram seus lares na época da Tor-
grande risco pessoal, revelou sua na- re de Babel e viajaram para a região
cionalidade ao rei e obteve a anulação agora conhecida como continente ame-
do decreto. ricano. Os capítulos 3–6 explicam que o
irmão de Jarede viu o Salvador antes do
ESTÊVÃO nascimento deste na mortalidade e que
os jareditas viajaram em oito barcos. Os
Nos tempos do Novo Testamento, Es- capítulos 7–11 continuam a contar a ini-
têvão foi martirizado por manter-se fiel qüidade que marcou a maior parte da
ao Salvador e à Igreja. É provável que história jaredita. Morôni, que resumiu o
tenha servido de modelo a Paulo e que registro de Éter, escreveu, nos capítulos
tenha influenciado o grande trabalho 12–13 a respeito de maravilhas opera-
deste, já que Paulo estava presente das pela fé em Cristo e sobre o apareci-
quando Estêvão se defendeu perante o mento de uma Nova Jerusalém. Os capí-
Sinédrio (At. 8:1; 22:20). tulos 14–15 relatam como os jareditas
Estêvão foi um dos sete homens desig- se tornaram uma poderosa nação, mas
nados para ajudar os doze Apóstolos, foram destruídos pela guerra civil, co-
At. 6:1–8. Estêvão fez grandes prodí- mo conseqüência da iniqüidade.
gios e milagres, At. 6:8. Estêvão envol-
EU SOU. Ver também Jeová; Jesus
veu-se em disputas com os judeus, At.
Cristo
6:9–10. Foi acusado e julgado perante
o Sinédrio, At. 6:11–15. Estêvão apre- Um dos nomes do Senhor Jesus Cristo.
sentou sua defesa, At. 7:2–53. Estando Deus disse a Moisés, EU SOU O QUE
cheio do Espírito Santo, viu o Pai e o SOU, Êx. 3:14–15. Eu sou o Senhor, Êx.
Filho em visão, At. 7:55–56. Estêvão foi 6:2–3. Antes que Abraão existisse eu
martirizado por seu testemunho, At. sou, Jo. 8:56–59. Dai ouvidos à voz de
7:54–60. Jesus Cristo, o Grande Eu Sou, D&C
29:1 (D&C 38:1; 39:1).
ESTIMAR. Ver também Honra,
Honrar; Reverência EVA. Ver também Adão; Éden;
Apreciar o valor de uma pessoa ou de Queda de Adão e Eva
um objeto; na Igreja, o termo é empre- A primeira mulher a viver nesta Terra
gado especialmente com relação ao (Gên. 2:21–25; 3:20). Era a mulher de
evangelho. Adão. Em hebraico, o nome significa
Evangelho 70
“vida” e indica que Eva foi a primeira ministra o evangelho, D&C 84:19. Todo
mãe na Terra (Mois. 4:26). Ela e Adão, homem ouvirá o evangelho em sua pró-
o primeiro homem, terão glória eterna pria língua, D&C 90:11. O Filho pregou
pelo papel desempenhado ao tornar o evangelho aos espíritos dos mortos,
possível o progresso eterno de toda a D&C 138:18–21, 28–37. O evangelho foi
humanidade. pregado desde o princípio, Mois. 5:58.
Eva foi tentada e comeu do fruto proi- Descrição dos primeiros princípios e or-
bido, Gên. 3 (2 Né. 2:15–20; Mois. 4). denanças do evangelho, RF 4.
Eva reconheceu a necessidade da Que- EVANGELHOS. Ver também João,
da e a alegria da redenção, Mois. 5:11– Filho de Zebedeu; Lucas; Marcos;
12. O Presidente Joseph F. Smith viu Mateus
Eva na visão do mundo dos espíritos,
Os quatro registros ou testemunhos da
D&C 138:39.
vida mortal de Jesus e dos eventos con-
EVANGELHO. Ver também cernentes ao seu ministério; compreen-
Dispensação; Doutrina de Cristo; dem os quatro primeiros livros do Novo
Plano de Redenção Testamento. Escritos por Mateus, Mar-
O plano de Deus para a salvação do ho- cos, Lucas e João, eles são testemunhos
mem, que se tornou possível pelo sacri- escritos da vida de Cristo. O livro 3 Néfi,
fício expiatório de Jesus Cristo. O evan- no Livro de Mórmon, é semelhante em
gelho engloba as verdades eternas, ou muitos aspectos a estes quatro Evan-
seja, as leis, os convênios e as ordenan- gelhos do Novo Testamento.
ças necessárias para que a humanida- Os livros do Novo Testamento original-
de possa voltar à presença de Deus. No mente foram escritos em grego, idioma
século dezenove Deus restaurou a ple- em que a palavra evangelho significa
nitude do evangelho na Terra, por in- “boas novas”. As boas novas são que
termédio do Profeta Joseph Smith. Jesus realizou uma expiação que redi-
Ide por todo o mundo e pregai o evan- mirá toda a humanidade da morte e
gelho, Mc. 16:15. As passagens claras e recompensará a cada um conforme as
preciosas do evangelho do Cordeiro que suas obras (Jo. 3:16; Rom. 5:10–11; 2 Né.
foram suprimidas, 1 Né. 13:32. Este é o 9:26; Al. 34:9; D&C 76:69).
meu evangelho, 3 Né. 27:13–21 (D&C Concordância entre os evangelhos: Os
39:6). O Livro de Mórmon contém a ensinamentos do Salvador contidos em
plenitude do evangelho, D&C 20:8–9 Mateus, Marcos, Lucas e João podem
(42:12). Este é o evangelho, D&C 76:40– ser comparados entre si e com as reve-
43. O Sacerdócio de Melquisedeque ad- lações modernas, da seguinte maneira:

CONCORDÂNCIA ENTRE OS EVANGELHOS

Evento Mateus Marcos Lucas João Revelações


Modernas

Genealogias de 1:2–17 3:23–38


Jesus

Nascimento de 1:5–25,
João Batista 57–58
71 Evangelhos
Evento Mateus Marcos Lucas João Revelações
Modernas

Nascimento de 2:1–15 2:6–7 1 Né. 11:18–20;


Jesus 2 Né. 17:14;
Mos. 3:5–8;
Al. 7:10;
Hel. 14:5–12;
3 Né. 1:4–22

Profecias de 2:25–39
Simeão e Ana

Visita ao templo 2:41–50


(Páscoa)

Início do 3:1, 5–6 1:4 3:1–3 1:6–14


Ministério
de João

Batismo de Jesus 3:13–17 1:9–11 3:21–22 1:32–34 1 Né. 10:7–10;


2 Né. 31:4–21

Tentações de 4:1–11 4:1–13


Jesus

Testemunho de 1:15–36 D&C


João Batista 93:6–18, 26

Bodas de Caná 2:1–11


(Primeiro milagre
de Jesus)

Primeira 2:14–17
purificação do
templo

Encontro com 3:1–10


Nicodemos

Samaritana junto 4:1–42


ao poço

Jesus rejeitado 4:13–16 4:16–30


em Nazaré

Pescadores 4:18–22 1:16–20


chamados para
serem pescadores
de homens
Evangelhos 72
Evento Mateus Marcos Lucas João Revelações
Modernas

As redes dos 5:1–11


pescadores são
milagrosamente
cheias

Levantada da 9:18–19, 5:21–24, 8:41–42,


morte a filha 23–26 35–43 49–56
de Jairo

Cura da mulher 9:20–22 5:25–34 8:43–48


com fluxo de
sangue

Chamado dos 10:1–42 3:13–19; 6:12–16; 1 Né. 13:24–26,


Doze 6:7–13 9:1–2; 39–41;
12:2–12, D&C 95:4
49–53

Levantado da 7:11–15
morte o filho da
viúva

Unção dos pés de 7:36–50 12:2–8


Jesus

Jesus apazigua a 4:36–41 8:22–25


tempestade

Chamado dos 10:1 D&C 107:25,


setenta 34, 93–97

Expulsão de uma 5:1–20


legião de
demônios para os
porcos

O Sermão da 5–7 6:17–49 3 Né. 12–14


Montanha

As parábolas de Jesus são histórias breves que comparam um objeto ou evento


comum a uma verdade. Jesus usou-as freqüentemente para ensinar verdades
espirituais.

Semeador: 13:3–9, 4:3–9, 8:4–8,


18–23 14–20 11–15

Trigo e joio: 13:24–30, D&C 86:1–7


36–43
73 Evangelhos
Evento Mateus Marcos Lucas João Revelações
Modernas

Semente de 13:31–32 4:30–32 13:18–19


mostarda:

Fermento: 13:33 13:20–21

Tesouro 13:44
escondido:

Pérola de grande 13:45–46


valor:

Rede dos 13:47–50


pescadores:

Pai de família: 13:51–52

Ovelha perdida: 18:12–14 15:1–7

Dracma perdida: 15:8–10

Filho pródigo: 15:11–32

Credor 18:23–35
incompassivo:

Bom samaritano: 10:25–37

Mordomo infiel: 16:1–8

Lázaro e o rico: 16:14–15,


19–31

A viúva e o juiz 18:1–8


iníquo:

Bom Pastor: 10:1–21 3 Né. 15:17–24

Trabalhadores 20:1–16 10:31


da vinha:

As dez minas: 19:11–27

Dois filhos: 21:28–32

Lavradores 21:33–46 12:1–12 20:9–20


maus:

Bodas do filho 22:1–14 14:7–24


do rei:
Evangelhos 74
Evento Mateus Marcos Lucas João Revelações
Modernas

Dez virgens: 25:1–13 12:35–36 D&C


45:56–59

Talentos: 25:14–30

Ovelhas, bodes: 25:31–46

Alimenta cinco 14:16–21 6:33–44 9:11–17 6:5–14


mil

Jesus caminha 14:22–33 6:45–52 6:16–21


sobre a água

Testemunho de 16:13–16 8:27–29 9:18–20


Pedro acerca de
Cristo

Prometidas a 16:19
Pedro as chaves
do reino

Sermão do Pão 6:22–71


da Vida

Cura do cego no 9:1–41


sábado

Transfiguração; 17:1–13 9:2–13 9:28–36 D&C


conferidas as 63:20–21;
chaves do 110:11–13
sacerdócio

Bênção de 19:13–15 10:13–16 18:15–17


crianças

Pai Nosso 6:5–15 11:1–4

Lázaro volta à 11:1–45


vida

Entrada triunfal 21:6–11 11:7–11 19:35–38 12:12–18

Expulsos os 21:12–16 11:15–19 19:45–48


cambistas do
templo

A oferta da viúva 12:41–44 21:1–4


75 Evangelhos
Evento Mateus Marcos Lucas João Revelações
Modernas

Discurso sobre a 24:1–51 13:1–37 12:37–48; D&C


Segunda Vinda 17:20–37; 45:16–60;
21:5–38 JS—M 1:1–55

Cura de dez 17:12–14


leprosos

Última Páscoa de 26:14–32 14:10–27 22:1–20 13–17


Jesus; instituição
do sacramento;
instruções aos
Doze; lavamento
dos pés dos
discípulos

Sofrimento de 26:36–46 14:32–42 22:40–46 2 Né. 9:21–22;


Jesus no Mos. 3:5–12;
Getsêmani D&C 19:1–24

Jesus é a videira 15:1–8

Traição de Judas 26:47–50 14:43–46 22:47–48 18:2–3

Jesus perante 26:57 14:53 22:54, 18:24, 28


Caifás 66–71

Jesus perante 27:2, 15:1–5 23:1–6 18:28–38


Pilatos 11–14

Jesus perante 23:7–10


Herodes

Jesus é 27:27–31 15:15–20 19:1–12


chicoteado e
escarnecido

A Crucificação 27:35–44 15:24–33 23:32–43 19:18–22 Hel. 14:20–27;


3 Né. 8:5–22;
10:9

A Ressurreição 28:2–8 16:5–8 24:4–8

Jesus aparece aos 16:14 24:13–32, 20:19–23


discípulos 36–51

Jesus aparece a 20:24–29


Tomé

A Ascensão 16:19–20 24:50–53


Evangelista 76
EVANGELISTA. Ver também do Senhor e, assim, desqualifica-se pa-
Bênçãos Patriarcais; Patriarca, ra continuar sendo membro da Igreja.
Patriarcal O coração de muitos se endureceu e
Aquele que proclama as boas-novas do seus nomes foram riscados, Al. 1:24 (Al.
evangelho de Jesus Cristo ou delas dá 6:3). Se não se arrepender, não será con-
testemunho. Joseph Smith ensinou que tado com o meu povo, 3 Né. 18:31 (Mos.
um evangelista é um patriarca. Os pa- 26). Os adúlteros que não se arrepende-
triarcas são chamados e ordenados sob rem serão expulsos, D&C 42:24. O que
a direção dos Doze Apóstolos para dar pecar e não se arrepender será expulso,
bênçãos especiais, chamadas bênçãos D&C 42:28. Estabelecidas as normas pa-
patriarcais. ra solucionar importantes dificuldades
O Senhor chamou uns para apóstolos, na Igreja, D&C 102 (42:80–93). O bispo
e outros para profetas, e outros para é designado a ser juiz em Israel, D&C
evangelistas, Ef. 4:11. Faze a obra dum 107:72. As sociedades religiosas têm o
evangelista, II Tim. 4:5. Cremos em direito de lidar com a conduta inade-
apóstolos, profetas, pastores, mestres, quada de seus membros, D&C 134:10.
evangelistas, RF 6. ÊXODO. Ver também Pentateuco
EXALTAÇÃO. Ver também Coroa; Livro do Velho Testamento, escrito por
Expiação, Expiar; Glória Moisés, que descreve a partida dos is-
Celestial; Homem, Homens—Seu raelitas do Egito. O começo da história
potencial de se tornar como o Pai de Israel, conforme registrado em Êxo-
Celestial; Vida Eterna do, pode ser dividido em três partes:
O mais elevado estado de felicidade e (1) o cativeiro do povo no Egito, (2)
glória dentro do reino celestial. sua partida do Egito sob a liderança de
Na tua presença há abundância de ale- Moisés, e (3) sua dedicação ao serviço
grias, Salm. 16:11. Eles são deuses, sim, de Deus na vida religiosa e política.
os filhos de Deus—portanto todas as A primeira parte compreende os capí-
coisas são suas, D&C 76:58–59. Os san- tulos 1–15, e explica a opressão sofri-
tos receberão sua herança e serão igua- da por Israel no Egito; o princípio da
lados a ele, D&C 88:107. Esses anjos não história e o chamado de Moisés; o Êxo-
guardaram minha lei, portanto perma- do e a instituição da Páscoa; a jornada
necem separados e solteiros, sem exal- rumo ao Mar Vermelho, a destruição
tação, D&C 132:17. Os homens e mu- do exército do Faraó e o cântico de vi-
lheres devem casar-se de acordo com a tória de Moisés.
lei de Deus, para alcançarem a exal- A segunda parte, capítulos 15–18, fala
tação, D&C 132:19–20. Estreita é a porta sobre a redenção de Israel e os eventos
e apertado o caminho que leva à exal- ocorridos na jornada do Mar Verme-
tação, D&C 132:22–23. Abraão, Isaque lho ao Sinai; as águas amargas de Ma-
e Jacó entraram para sua exaltação, ra; a dádiva das codornizes e do maná,
D&C 132:29, 37. Selo sobre ti tua exal- a observância do Sábado (Dia de Des-
tação, D&C 132:49. canso), o milagroso surgimento de água
EXCOMUNHÃO. Ver também em Refidim e a batalha ali travada con-
Apostasia; Rebeldia, Rebelião tra os amalequitas; a chegada de Jetro
O processo pelo qual se priva uma pes- ao acampamento e seu conselho sobre
soa de sua condição de membro da Igre- o governo civil do povo.
ja e retira-se dela todos os direitos e pri- A terceira parte, capítulos 19–40, trata
vilégios que possuía como tal. As au- da consagração de Israel ao serviço de
toridades da Igreja excomungam uma Deus durante os solenes eventos do
pessoa somente quando esta decidiu Sinai. O Senhor designou o povo para
viver em oposição aos mandamentos ser um reino de sacerdotes e uma nação
77 Expiação, Expiar
santa; deu-lhes os Dez Mandamentos ordenanças de salvação e guardar os
e também instruções a respeito do ta- mandamentos de Deus. Os que não al-
bernáculo, seu mobiliário e o modo de cançaram a idade da responsabilidade
nele adorar. Depois disso vem o relato e os que não tiveram a lei são redimi-
do pecado do povo ao adorar um be- dos por intermédio da expiação (Mos.
zerro de ouro, e, finalmente, o relato 15:24–25; Morô. 8:22). As escrituras
da construção e as condições para os ensinam claramente que se Cristo não
serviços do tabernáculo. tivesse expiado nossos pecados, ne-
nhuma lei, ordenança ou sacrifício
EXPIAÇÃO, EXPIAR. Ver também
satisfaria as exigências da justiça e o
Arrepender-se, Arrependimento;
homem jamais poderia voltar à pre-
Crucificação; Cruz; Filhos de
sença de Deus (2 Né. 2; 9).
Cristo; Filhos e Filhas de Deus;
Getsêmani; Graça; Imortal, Isto é o meu sangue, que é derramado
Imortalidade; Jesus Cristo; por muitos, para remissão dos pecados,
Justificação, Justificar; Misericórdia, Mt. 26:28. Seu suor tornou-se em gran-
Misericordioso; Perdoar; Plano de des gotas de sangue, Lc. 22:39–44. Darei
Redenção; Queda de Adão e Eva; a minha carne pela vida do mundo, Jo.
Redenção, Redimido, Redimir; 6:51. Eu sou a ressurreição e a vida, Jo.
Remissão dos Pecados; Ressurreição; 11:25. Cristo é a causa da eterna sal-
Sacramento; Sacrifício; Salvação; vação para todos os que lhe obedecem,
Sangue; Santificação Heb. 5:9. Somos santificados pelo der-
ramamento do sangue de Cristo, Heb.
Reconciliação do homem com Deus. 9; 10:1–10. Cristo padeceu uma vez pe-
No contexto das escrituras, expiar sig- los pecados, I Ped. 3:18. O sangue de
nifica sofrer a penalidade pelo pecado, Jesus Cristo nos purifica de todo o peca-
removendo assim os efeitos da trans- do, I Jo. 1:7. Ele foi levantado na cruz e
gressão do pecador arrependido e per- morto pelos pecados do mundo, 1 Né.
mitindo-lhe reconciliar-se com Deus. 11:32–33. A redenção só é obtida por
Jesus Cristo foi o único ser capaz de rea- todos os quebrantados de coração e
lizar uma expiação perfeita por toda a contritos de espírito, 2 Né. 2:3–10, 25–
humanidade. Ele pôde fazer isto por ter 27. Ele se oferece em sacrifício pelo pe-
sido escolhido e preordenado no Gran- cado, 2 Né. 2:7. A expiação resgata os
de Conselho que se realizou antes que homens da queda e os salva da morte e
o mundo fosse formado (Ét. 3:14; Mois. inferno, 2 Né. 9:5–24. É necessário que
4:1–2; Abr. 3:27), por ser Filho literal haja uma expiação infinita, 2 Né. 9:7.
de Deus e por ter vivido sem pecado. Reconciliar-se com Deus pela expiação
Sua expiação incluiu o sofrimento pe- de Cristo, Jacó 4:11. Seu sangue expia os
los pecados da humanidade no Jardim pecados dos que caíram pela transgres-
do Getsêmani, o derramamento de seu são de Adão, Mos. 3:11–18. O homem
sangue, sua morte e subseqüente res- recebe a salvação por meio da expiação,
surreição (Isa. 53:3–12; Mos. 3:5–11; Al. Mos. 4:6–8. Não fosse pela expiação,
7:10–13). Em virtude da Expiação, todos os homens inevitavelmente pereceriam,
os mortos se levantarão da tumba tendo Mos. 13:27–32. Ele expiará os pecados
um corpo imortal (I Cor. 15:22). A Ex- do mundo, Al. 34:8–16. O próprio Deus
piação também proporciona o meio pelo expia os pecados do mundo, para efe-
qual o ser humano pode ser perdoado tuar o plano de misericórdia, Al. 42:11–
de seus pecados e viver para sempre 30. Sou o Deus de toda a Terra e fui mor-
com Deus. Todavia, a pessoa que al- to pelos pecados do mundo, 3 Né. 11:14.
cançou a idade da responsabilidade e Eu, Deus, sofri essas coisas por todos,
recebeu a lei só pode receber tais bên- D&C 19:16. As criancinhas são redimi-
çãos se tiver fé em Jesus Cristo, arre- das por meio de meu Unigênito, D&C
pender-se de seus pecados, receber as 29:46–47. Contempla os sofrimentos e
Ezequias 78
a morte daquele que não cometeu pe- pode compor-se de um só dos genitores
cado, D&C 45:3–5. Isso é à semelhança e seus filhos, de um casal sem filhos ou
do sacrifício do Unigênito, Mois. 5:7. mesmo de uma pessoa que viva só.
Por meio da Expiação de Cristo, toda a Geral: Em ti serão benditas todas as
humanidade pode ser salva, RF 3. famílias na Terra, Gên. 12:3 (Gên. 28:14;
EZEQUIAS Abr. 2:11). Serei o Deus de todas as
gerações (famílias) de Israel, Jer. 31:1.
Rei justo da nação de Judá, nos tempos
Toda a família nos céus e na Terra toma
do Velho Testamento. Reinou durante
o nome do Pai, Ef. 3:14–15. Adão e Eva
29 anos, no período em que Isaías foi
tiveram filhos, a família de toda a Terra,
profeta em Judá (II Reis 18–20; II Crôn.
2 Né. 2:20. Sua glória será uma conti-
29–32; Isa. 36–39). Isaías ajudou-o a re-
nuação de sementes para todo o sem-
formar tanto a Igreja como o estado. Su-
pre, D&C 132:19. E dar-lhe-ei coroas
primiu a idolatria e restabeleceu os ser-
de vidas eternas nos mundos eternos,
viços do templo. Em virtude de sua fé e
D&C 132:55. O selamento dos filhos aos
oração, a vida de Ezequias foi aumen-
pais faz parte da grande obra da pleni-
tada em 15 anos (II Reis 20:1–7). A pri-
tude dos tempos, D&C 138:48. Homem
meira parte de seu reinado foi muito
e mulher criei-os e disse-lhes: Frutifi-
próspera, porém sua rebelião contra o
cai e multiplicai-vos, Mois. 2:27–28.
rei da Assíria (II Reis 18:7) resultou em
Não era bom que o homem estivesse só,
duas invasões dos assírios: a primeira
Mois. 3:18. Adão e Eva trabalharam
acha-se descrita em Isa. 10; 24–32, e a
juntos, Mois. 5:1.
segunda em II Reis 18:13–19:7. Na se-
Responsabilidade dos pais: Abraão orde-
gunda invasão Jerusalém foi salva por
nará a seus filhos, e eles guardarão o
um anjo do Senhor (II Reis 19:35).
caminho do Senhor, Gên. 18:17–19. Es-
EZEQUIEL tas palavras, que hoje te ordeno, as in-
Profeta que escreveu o livro de Eze- timarás a teus filhos, Deut. 6–7 (Deut.
quiel, do Velho Testamento. Foi sacer- 11:19). O que ama a seu filho castiga,
dote da família de Zadoque e um dos Prov. 13:24 (Prov. 23:13). Instrui ao me-
judeus levados cativos por Nabucodo- nino no caminho em que deve andar,
nosor. Estabeleceu-se com os judeus exi- Prov. 22:6. Goza a vida com a mulher
lados na Babilônia e profetizou durante que amas, Ecles. 9:9. Todos os teus fi-
um período de 22 anos, de 592 a 570 a.C. lhos serão discípulos do Senhor, Isa.
O Livro de Ezequiel: O livro de Ezequiel 54:13 (3 Né. 22:13). Criai-os na doutri-
pode ser dividido em quatro partes. Os na do Senhor, Ef. 6:1–4 (En. 1:1). Se al-
capítulos 1–3 falam sobre uma visão de guém não tem cuidado dos seus, negou
Deus e o chamado de Ezequiel para ser- a fé, I Tim. 5:8. Leí os exortou com
vir; os capítulos 4–24 tratam dos julga- o sentimento de um terno pai, 1 Né. 8:37.
mentos que sobreviriam a Jerusalém e Falamos de Cristo, para que nossos fi-
por que foram pronunciados; os capítu- lhos saibam em que fonte procurar a re-
los 25–32 proclamam julgamentos sobre missão, 2 Né. 25:26. Maridos e esposas
as nações; e os capítulos 33–48 regis- amam os filhos, Jacó 3:7. Ensiná-los-eis
tram visões da Israel dos últimos dias. a se amarem mutuamente e a servirem
uns aos outros, Mos. 4:14–15. Defende-
FAMÍLIA. Ver também Casamento, reis vossas famílias mesmo até o derra-
Casar; Criança(s), Menino(s); mamento de sangue, Al. 43:47. Rogai
Filhos; Mãe; Pai Mortal no seio de vossa família, a fim de que
Nas escrituras o termo família refere-se vossas mulheres e filhos possam ser
ao marido, à mulher, aos filhos e, às abençoados, 3 Né. 18:21. Os pais devem
vezes, a outros parentes que vivam sob ensinar o evangelho a seus filhos, D&C
o mesmo teto ou sob a tutela do chefe 68:25. Todo homem tem a obrigação de
de uma família. Uma família também sustentar sua própria família, D&C
79 Fé
75:28. Todas as crianças têm o direito de judeus duvidassem de Cristo e de seu
receber dos pais o seu sustento, D&C evangelho. O Senhor censurou os fari-
83:4. Ordenei que criásseis vossos filhos seus e suas obras em Mt. 23; Mc. 7:1–
em luz e verdade, D&C 93:40. Deverás 23; e Lc. 11:37–44.
pôr em ordem tua própria casa, D&C FAYETTE, NOVA YORK (EUA)
93:43–44, 50. Os portadores do sacer-
dócio só devem influenciar os outros Local em que se situava a fazenda de
com amor não fingido, D&C 121:41. Peter Whitmer, onde o Profeta Joseph
Adão e Eva deram a conhecer todas as Smith recebeu muitas revelações. Ali
coisas a seus filhos, Mois. 5:12. foi organizada a Igreja, em 6 de abril
de 1830, e ouviu-se a voz do Senhor
Responsabilidade dos filhos: Honra a teu (D&C 128:20).
pai e a tua mãe, Êx. 20:12. Filho meu,
ouve a instrução de teu pai, Prov. 1:8 FAZER. Ver Obedecer, Obediência,
(Prov. 13:1; 23:22). Jesus era submisso Obediente
a seus pais, Lc. 2:51. Jesus fez a vontade FÉ. Ver também Confiança, Confiar;
de seu Pai, Jo. 6:38 (3 Né. 27:13). Sede Crença, Crer; Esperança; Jesus
obedientes a vossos pais no Senhor, Ef. Cristo
6:1 (Col. 3:20). Aprendam os filhos a Ter confiança em alguma coisa ou em
exercer piedade para com a sua pró- alguém. Como geralmente é usada nas
pria família, I Tim. 5:4. Se os filhos se escrituras, a fé é a confiança em Jesus
arrependerem vossa indignação fin- Cristo que leva a pessoa a obedecer-lhe.
dará, D&C 98:45–48. As filhas fiéis de Para levar à salvação, a fé deve ser cen-
Eva adoraram o Deus verdadeiro e tralizada em Jesus Cristo. Os santos dos
vivo, D&C 138:38–39. últimos dias também têm fé em Deus,
Família eterna: Em Doutrina e Convê- o Pai, no Espírito Santo, no poder do
nios é explicada a natureza eterna do sacerdócio e em outros importantes
relacionamento conjugal e da família. aspectos do evangelho restaurado.
O casamento celestial e a continuação Fé inclui esperança em coisas que não
da unidade familiar possibilitam ao se vêem, mas que são verdadeiras (Heb.
marido e à mulher tornarem-se deuses 11:1; Al. 32:21; Ét. 12:6). A fé é suscitada
(D&C 132:15–20). quando a pessoa ouve o evangelho dos
FARAÓ. Ver também Egitus; Egito lábios de ministros autorizados envia-
dos por Deus (Rom. 10:14–17). Os mila-
O filho mais velho de Egitus, filha de gres não produzem fé, que é vigorosa-
Cão (Abr. 1:25). Era também o título mente desenvolvida pela obediência ao
dado aos reis egípcios (Abr. 1:27). evangelho de Jesus Cristo. Em outras
FARISEUS. Ver também Judeus palavras, a fé provém da retidão (Al.
32:40–43; Ét. 12:4, 6, 12; D&C 63:9–12).
No Novo Testamento, grupo religioso
entre os judeus cujo nome sugere estar A verdadeira fé produz milagres, vi-
“separado”. Os fariseus orgulhavam- sões, sonhos, curas e todos os dons que
se de observarem estritamente a lei de Deus concede a seus santos. Pela fé se
Moisés e de evitarem qualquer coisa obtém a remissão dos pecados e, com
associada aos gentios. Eles acreditavam o tempo, o privilégio de viver-se na
na vida após a morte, na ressurreição e presença de Deus. A falta de fé leva ao
na existência de anjos e espíritos. Acre- desespero, que é resultado de iniqüi-
ditavam também que a lei oral e a tra- dade (Morô. 10:22).
dição tinham a mesma importância que O justo pela sua fé viverá, Hab. 2:4.
as leis escritas. Seus ensinamentos re- Tua fé te salvou, Mt. 9:22 (Mc. 5:34; Lc.
duziam a religião à observância de re- 7:50). Seja-vos feito segundo a vossa fé,
gras fixas e fomentavam o orgulho es- Mt. 9:29. Se tiverdes fé como um grão
piritual. Eles fizeram com que muitos de mostarda, nada vos será impossí-
Felicidade, Feliz 80
vel, Mt. 17:20 (Lc. 17:6). Eu roguei por fracas se tornem fortes entre eles, Ét.
ti, para que a tua fé não desfaleça, Lc. 12:27–28, 37. Mórmon ensinou sobre a
22:32. A fé no nome de Cristo curou um fé, a esperança, e a caridade, Morô. 7.
homem, At. 3:16. A fé é por ouvir a pa- Tudo quanto for bom e pedirdes ao Pai,
lavra de Deus, Rom. 10:17. Se Cristo não em meu nome, com fé e crendo que o
ressuscitou, também é vã a vossa fé, recebereis, eis que vos será concedido,
I Cor. 15:14. A fé opera pela caridade, Morô. 7:26. Todos os que têm fé em
Gál. 5:6. Pela graça sois salvos, por meio Cristo, se apegarão a tudo que é bom,
da fé, Ef. 2:8 (2 Né. 25:23). Tomando o Morô. 7:28. Se perguntardes tendo fé em
escudo da fé, Ef. 6:16 (D&C 27:17). Aca- Cristo, ele vos manifestará a verdade,
bei a carreira, guardei a fé, II Tim. 4:7. Morô. 10:4. Sem fé nada podes fazer;
A fé é a certeza do que se espera, Heb. portanto pede com fé, D&C 8:10. Seria
11:1. Sem fé é impossível agradar a concedido de acordo com a fé expressa
Deus, Heb. 11:6. A fé, se não tiver as em suas orações, D&C 10:47, 52. Todos
obras, é morta, Tg. 2:17–18, 22. Eu irei os homens precisam perseverar com fé
e cumprirei as ordens do Senhor, 1 Né. no nome de Cristo até o fim, D&C 20:25,
3:7. O Senhor é capaz de fazer todas as 29. O Espírito ser-vos-á dado pela
coisas em prol dos filhos dos homens, oração da fé, D&C 42:14. A fé não vem
se nele exercerem fé, 1 Né. 7:12. Os pon- por sinais, mas sinais seguem os que
teiros da Liahona moviam-se conforme crêem, D&C 63:9–12. Os pais devem
a fé, 1 Né. 16:28. Ele ordena que os ho- ensinar aos filhos a fé em Cristo, D&C
mens se arrependam e sejam batizados 68:25. Procurai conhecimento, sim,
em seu nome, tendo perfeita fé no Santo pelo estudo e também pela fé, D&C
de Israel, 2 Né. 9:23. Cristo opera gran- 88:118. Fé no Senhor Jesus Cristo é o
des milagres no meio dos filhos dos ho- primeiro princípio do Evangelho, RF 4.
mens, de acordo com sua fé, 2 Né. 26:13 FELICIDADE, FELIZ. Ver Alegria
(Ét. 12:12; Morô. 7:27–29, 34–38). Os pe-
cados de Enos foram perdoados por sua FILEMOM. Ver também Paulo
fé no Senhor Jesus Cristo, En. 1:3–8. Ne- Cristão, citado no Novo Testamento,
nhum será salvo, se não tiver fé no Se- dono do escravo Onésimo, que ouviu
nhor Jesus Cristo, Mos. 3:12. Corações a pregação de Paulo e o seguiu. O após-
se transformam pela fé em seu nome, tolo Paulo enviou o escravo fugitivo de
Mos. 5:7. As orações dos servos de Deus volta, com uma carta dirigida a seu amo,
possam ser respondidas de acordo com pedindo-lhe que perdoasse Onésimo.
sua fé, Mos. 27:14. Dá-nos forças, de FILEMOM, EPÍSTOLA A. Ver
acordo com a nossa fé em Cristo, Al. Epístolas Paulinas; Paulo
14:26. Invocar a Deus com fé, Al. 22:16.
Fé não é ter um perfeito conhecimento Livro do Novo Testamento extraído de
das coisas, Al. 32:21 (Ét. 12:6). Quando uma carta particular de Paulo a File-
ela (a semente) começar a inchar, culti- mom, a respeito de Onésimo, um escra-
vai-a com vossa fé, Al. 33:23 (Al. 32:28). vo que roubou o seu senhor, Filemom,
A preservação dos nefitas foi atribuída e fugiu para Roma. Paulo enviou o es-
ao miraculoso poder de Deus, por causa cravo de volta a seu dono em Colossos,
de sua extraordinária fé, Al. 57:25–27. com Tíquico, o portador da epístola de
Todos os que olharem para o Filho de Paulo aos colossenses. Paulo pediu em
Deus com fé, viverão, Hel. 8:15. Vejo sua carta que Onésimo fosse perdoado
que vossa fé é suficiente para que eu vos e recebido de volta como um cristão
cure, 3 Né. 17:8. A fé são coisas que se igual a seu senhor. Paulo escreveu esta
esperam mas não se vêem, Ét. 12:6. To- epístola da primeira vez em que este-
dos aqueles que operaram milagres o ve preso em Roma.
fizeram pela fé, Ét. 12:12–18. Se tiverem FILHO DE DEUS. Ver Jesus Cristo;
fé em mim, então farei com que as coisas Trindade
81 Filhos e Filhas de Deus
FILHO DO HOMEM. Ver também FILHOS DE DEUS. Ver Filhos e
Jesus Cristo; Trindade Filhas de Deus; Homem, Homens
Um título que Jesus Cristo usava ao re- FILHOS DE HELAMÃ. Ver
ferir-se a si mesmo (Lc. 9:22; Lc. 21:36). Helamã, Filhos de
Significava Filho do Homem de Santi-
dade. Homem de Santidade é um dos FILHOS DE ISRAEL. Ver Israel
nomes de Deus, o Pai. Quando Jesus FILHOS DE MOSIAS. Ver Mosias,
chamava a si mesmo de Filho do Ho- filhos de
mem, fazia declaração aberta de seu pa-
rentesco divino com o Pai. Esse título é FILHOS DE PERDIÇÃO. Ver
encontrado freqüentemente nos Evan- também Condenação, condenar;
gelhos. A revelação dos últimos dias Diabo; Inferno; Morte espiritual;
confirma o significado especial e o Pecado imperdoável
caráter sagrado desse nome do Salvador Seguidores de Satanás que sofrerão com
(D&C 45:39; 49:6, 22; 58:65; Mois. 6:57). ele na eternidade. Os filhos de Perdição
FILHO(S). Ver também Criança(s), abrangem: (1) aqueles que seguiram
Menino(s); Família; Mãe; Pai Satanás e foram expulsos do céu por
rebelião na vida pré-mortal; e (2) aque-
Os pais devem ensinar os filhos a obe-
les a quem foi permitido nascer neste
decerem à vontade de Deus.
mundo com corpo físico, mas que de-
Os filhos são herança do Senhor, Salm. pois serviram a Satanás e se voltaram
127:3–5. Filhos, sede obedientes a vos- totalmente contra Deus. Os que estão
sos pais, Ef. 6:1–3 (Col. 3:20). Não hou- neste segundo grupo serão ressuscita-
vesse a Queda, Adão e Eva não teriam dos dentre os mortos, mas não serão
tido filhos, 2 Né. 2:22–23. Ensinar os redimidos da segunda morte (espiri-
filhos a andar na verdade e sobrieda- tual) e não poderão habitar em um rei-
de, Mos. 4:14–15. Todos os teus filhos no de glória (D&C 88:32, 35).
serão instruídos pelo Senhor; e será
Nenhum deles se perdeu, senão o filho
abundante a paz de teus filhos, 3 Né.
da Perdição, Jo. 17:12. É impossível re-
22:13 (Isa. 54:13). Os pais devem ensi-
nová-los para o arrependimento, Heb.
nar aos filhos os princípios e práticas
6:4–6 (10:26–29). A misericórdia não
do evangelho, D&C 68:25, 27–28. É or-
tem direitos sobre esse homem e sua
denado aos pais que criem os filhos
condenação final é padecer um tormen-
em luz e verdade, D&C 93:40.
to sem fim, Mos. 2:36–39. Permanece
FILHOS DE CRISTO. Ver também como se não tivesse havido redenção,
Gerar; Filhos e Filhas de Deus; Mos. 16:5. Aqueles que negam os mi-
Jesus Cristo; Nascer de Deus, lagres de Cristo para obter lucro serão
Nascer de Novo como o filho de Perdição, 3 Né. 29:7.
Os que aceitaram o evangelho de Jesus Para eles não há perdão neste mundo
Cristo. nem no vindouro, D&C 76:30–34 (84:41;
132:27). Os filhos de Perdição negam o
Crede na luz, para que sejais filhos da
Espírito Santo depois de havê-lo recebi-
luz, Jo. 12:36. Por causa do convênio
do, D&C 76:35. São os únicos que não
que fizestes, sereis chamados progê-
serão redimidos da segunda morte,
nie de Cristo, Mos. 5:7. Se vos apegar-
D&C 76:34–38. Os filhos de Perdição
des a tudo o que é bom, certamente se-
negam o Filho depois que o Pai o reve-
reis filhos de Cristo, Morô. 7:19. Aos
lou, D&C 76:43. Caim será chamado
que me receberam, dei poder para tor-
Perdição, Mois. 5:22–26.
narem-se meus filhos, D&C 39:4. Não
temais, filhinhos, porque sois meus, FILHOS E FILHAS DE DEUS. Ver
D&C 50:40–41. Tu és um em mim, um também Expiação, Expiar; Filhos
filho de Deus, Mois. 6:68. de Cristo; Homem, Homens;
Filipe 82
Nascer de Deus, Nascer de Novo; a sua própria salvação. No capítulo 3
Unigênito Paulo explica que sacrificou todas as
Esses títulos são usados nas escrituras coisas por Cristo. No capítulo 4 Paulo
de duas maneiras: (1) somos todos lite- agradece aos santos filipenses a ajuda
ralmente filhos espirituais de nosso Pai que lhe prestaram.
Celestial; (2) os filhos e filhas de Deus FILISTEUS
são aqueles que nasceram de novo por
No Velho Testamento, uma tribo ori-
intermédio da expiação de Cristo.
ginária de Caftor (Creta) (Amós 9:7) e
Filhos espirituais do Pai: Vós sois deuses, que habitou as férteis terras baixas da
filhos do Altíssimo, Salmos 82:6. Somos costa do Mediterrâneo, de Jope ao de-
a geração de Deus, At. 17:29. Sujeitemo- serto egípcio, antes do tempo de Abraão
nos ao Pai dos espíritos, Heb. 12:9. Sou (Gên. 21:32). Por muitos anos houve
um filho de Deus, Mois. 1:13. conflitos militares entre os filisteus e os
Filhos nascidos de novo por meio da ex- israelitas. Com o tempo, Palestina, no-
piação: A todos quantos o receberam, me do território dos filisteus, tornou-
deu-lhes o poder de serem feitos filhos se o nome pelo qual a Terra Santa veio
de Deus, Jo. 1:12 (Rom. 8:14; 3 Né. 9:17; a ser conhecida.
D&C 11:30). Agora somos filhos de Deus, Israel esteve cativa dos filisteus durante
I Jo. 3:1–2. Sereis chamados progênie 40 anos, Juí. 13:1. Sansão combateu os
de Cristo, filhos e filhas dele, Mos. 5:7. filisteus, Juí. 13–16. Golias era um fi-
Todos têm que nascer de novo, tornan- listeu de Gate, I Sam. 17. Davi derro-
do-se seus filhos e filhas, Mos. 27:25. tou os filisteus, I Sam. 19:8.
Eles se tornarão meus filhos e minhas
filhas, Ét. 3:14. Certamente sereis filhos FIM DO MUNDO. Ver
de Cristo, Morô. 7:19. Todos os que re- Mundo—Fim do Mundo
cebem meu evangelho são filhos e filhas FOGO. Ver também Batismo,
em meu reino, D&C 25:1. São deuses, Batizar; Espírito Santo; Inferno;
sim, os filhos de Deus, D&C 76:58. As- Terra—A Purificação da Terra
sim possam todos tornar-se meus filhos, Símbolo de purificação ou santificação.
Mois. 6:68. Muitos acreditaram e torna- O fogo também representa a presença
ram-se filhos de Deus, Mois. 7:1. de Deus.
FILIPE Teu Deus é um fogo que consome,
No Novo Testamento, Filipe de Betsaida Deut. 4:24. O Senhor faz de seus minis-
foi um dos Doze Apóstolos originais do tros um fogo abrasador, Salm. 104:4.
Salvador (Mt. 10:2–4; Jo. 1:43–45). Do Senhor dos Exércitos serás visitado
Outro Filipe foi um dos sete escolhidos com o fogo consumidor, Isa. 29:6 (2 Né.
para ajudar os Doze Apóstolos (At. 6:2– 27:2). O Senhor virá em fogo, Isa. 66:15.
6). Este pregou em Samaria e a um eu- Ele será como o fogo do ourives, Mal.
nuco etíope (At. 8). 3:2 (3 Né. 24:2; D&C 128:24). Ele vos ba-
tizará com o Espírito Santo, e com fogo,
FILIPENSES, EPÍSTOLA AOS. Ver Mt. 3:11 (Lc. 3:16). Os justos serão pre-
também Epístolas Paulinas; Paulo servados pelo fogo, 1 Né. 22:17. Os
Carta escrita por Paulo aos santos de Fi- iníquos serão destruídos com fogo,
lipos, quando estava encarcerado em 1 Né. 30:10. Néfi explicou como recebe-
Roma pela primeira vez. Agora é o livro mos o batismo de fogo e do Espírito
de Filipenses no Novo Testamento. Santo, 2 Né. 31:13–14 (3 Né. 9:20; 12:1;
O capítulo 1 contém as saudações de 19:13; Ét. 12:14; D&C 33:11). Decla-
Paulo e suas instruções acerca da união, rarás remissão de pecados por batis-
humildade e perseverança. O capítulo mo e por fogo, D&C 19:31. A grande e
2 enfatiza que todos se curvarão dian- abominável igreja será abatida por
te de Cristo e que cada um deve operar fogo devorador, D&C 29:21. A Terra
83 Gálatas, Epístola aos
passará como se fosse por fogo, D&C viste a tua fraqueza, serás fortalecido,
43:32. A presença do Senhor será como Ét. 12:37. Aquele dentre vós que for
o fogo de fundição, D&C 133:41. Adão fraco, no futuro será tornado forte,
foi batizado com fogo e com o Espírito D&C 50:16. Jesus Cristo conhece as
Santo, Mois. 6:66. fraquezas dos homens, D&C 62:1.
FORNICAÇÃO. Ver também FRAUDE, FRAUDULENTO. Ver
Adultério; Castidade; Sensual, Enganar, Engano, Fraude
Sensualidade FRUTO PROIBIDO. Ver Éden;
É a relação sexual ilícita entre duas Queda de Adão e Eva
pessoas solteiras. Nas escrituras a pa-
GABRIEL. Ver também Anjos;
lavra às vezes é usada como símbolo
Maria, Mãe de Jesus; Noé,
de apostasia.
Patriarca Bíblico
Não me forces, porque não se faz assim, O anjo enviado a Daniel (Dan. 8:16;
II Sam. 13:12. Que se abstenham da 9:21), a Zacarias (Lc. 1:11–19; D&C 27:7),
prostituição, At. 15:20. O corpo não é a Maria (Lc. 1:26–38) e a outros (D&C
para a prostituição, senão para o Se- 128:21). O Profeta Joseph Smith ensi-
nhor, I Cor. 6:13–18. Por causa da pros- nou que Gabriel é Noé, o profeta do
tituição, cada homem tenha a sua pró- Velho Testamento.
pria mulher, I Cor. 7:2–3. É a vontade de
Deus que vos abstenhais da prosti- GADE, O VIDENTE. Ver também
tuição, I Tess. 4:3. Jacó advertiu o povo Escrituras—Escrituras Perdidas
de Néfi contra a fornicação, Jacó 3:12. Profeta do Velho Testamento, fiel ami-
Estais amadurecendo para a destruição go e conselheiro de Davi (I Sam. 22:5;
eterna em virtude de vossos assassina- II Sam. 24:11–19). Escreveu o livro dos
tos e fornicação, Hel. 8:26. Os fornicado- atos de Davi, que se tornou uma das
res devem-se arrepender para serem re- escrituras perdidas (I Crôn. 29:29).
cebidos na Igreja, D&C 42:74–78.
GADE, FILHO DE JACÓ. Ver
FRAQUEZA. Ver também também Israel; Jacó, Filho de
Humildade, Humilde Isaque
A condição de ser mortal e ter falta de No Velho Testamento, filho de Jacó e
aptidão, força ou destreza. A fraqueza Zilpa (Gên. 30:10–11). Seus descen-
é um estado de ser. Todas as pessoas dentes tornaram-se uma das tribos de
são fracas e é só pela graça de Deus Israel.
que recebem o poder de praticar o bem A tribo de Gade: A bênção de Jacó a seu
(Jacó 4:6–7). Essa característica mani- filho Gade encontra-se em Gên. 49:19.
festa-se em parte nas fraquezas ou im- A bênção de Moisés para a tribo de Ga-
perfeições de toda pessoa. de encontra-se em Deut. 33:20–21. De
Confortai as mãos fracas, Isa. 35:3–4. acordo com estas bênçãos, os descen-
Na verdade, o espírito está pronto, mas dentes de Gade seriam um povo guer-
a carne é fraca, Mt. 26:41 (Mc. 14:38). reiro. A região a eles concedida na terra
Por causa da fraqueza que há em mim, de Canaã achava-se a leste do rio Jor-
segundo a carne, quero desculpar-me, dão e tinha boas pastagens e água em
1 Né. 19:6. Ele me mandou escrever es- abundância.
tas coisas, apesar de minha fraqueza, GADIÂNTON. Ver Ladrões de
2 Né. 33:11. Não te ires com teu servo Gadiânton
por causa de sua fraqueza, Ét. 3:2. Os
gentios farão zombaria destas coisas GÁLATAS, EPÍSTOLA AOS. Ver
em virtude de nossa deficiência na es- também Epístolas Paulinas; Paulo
crita, Ét. 12:23–25, 40. Eu lhes mostra- Livro do Novo Testamento. Original-
rei sua fraqueza, Ét. 12:27–28. Porque mente foi uma carta escrita pelo Apósto-
Galiléia 84
lo Paulo aos santos que viviam na Galá- de Quinerete, no Velho Testamento, e
cia. Seu tema é o de que a verdadeira Lago de Genesaré ou Tiberíades, no No-
liberdade só pode ser encontrada ao vo Testamento. Jesus pregou diversos
vivermos o evangelho de Jesus Cristo. sermões ali (Mt. 13:2). O mar tem a for-
Se os santos adotassem os ensinamen- ma de uma pera e mede 20 quilômetros
tos dos judeus cristãos, que insistiam de comprimento e sua maior largura é
na observância da lei mosaica, restrin- de 12 quilômetros. Está situado uns 207
giriam ou destruiriam a liberdade que metros abaixo do nível do mar, o que
haviam encontrado em Cristo. Na epís- faz com que o ar ao redor seja muito
tola, Paulo ratifica sua própria posição quente. O choque do ar frio, que desce
como apóstolo, explica a doutrina da das montanhas, com o ar quente, aci-
retidão pela fé e confirma o valor de ma das águas, com freqüência produz
uma religião espiritual. tempestades repentinas (Lc. 8:22–24).
Nos capítulos 1 e 2 Paulo manifesta GAMALIEL. Ver também Fariseus
seu pesar pelas notícias que recebera
Conhecido fariseu da época do Novo
sobre a apostasia entre os gálatas e de-
Testamento, que conhecia e ensinava a
fine sua posição entre os apóstolos.
lei judaica. O Apóstolo Paulo foi um
Nos capítulos 3 e 4 analisa os princí-
de seus discípulos (At. 22:3). Era mui-
pios da fé e das obras. Os capítulos 5 e
to influente no sinédrio (At. 5:34–40).
6 trazem um sermão sobre os resulta-
dos práticos da doutrina da fé. GENEALOGIA. Ver também
GALILÉIA Batismo, batizar—Batismo pelos
mortos; Livro de Recordações;
Nos tempos antigos e modernos, é a
Família; Ordenanças—
região situada no extremo norte de Is-
Ordenanças vicárias; Salvação;
rael, a oeste do rio Jordão e do Mar da
Salvação para os mortos
Galiléia. A Galiléia tem aproximada-
mente 97 quilômetros de comprimen- Registro que traça a linha de descen-
to por 48 de largura. Na antigüidade, dência de uma família. Nas escrituras,
nela se situavam as melhores terras e quando os ofícios do sacerdócio ou cer-
as cidades mais populosas de Israel. tas bênçãos eram limitadas a determi-
Passavam por ali importantes estradas nadas famílias, as genealogias eram
que levavam a Damasco, ao Egito e ao muito importantes (Gên. 5:10; 25; 46;
leste de Israel. Seu excelente clima e I Crôn. 1–9; Esd. 2:61–62; Nee. 7:63–64;
solo fértil produziam grandes colhei- Mt. 1:1–17; Lc. 3:23–38; 1 Né. 3:1–4; 5:14–
tas de azeitona, trigo, cevada e uvas. A 19; Jar. 1:1–2). Atualmente, na Igreja res-
pesca no Mar da Galiléia proporciona- taurada, os santos continuam a traçar
va um excelente comércio de exportação suas linhas de ascendência familiar, em
e ótima fonte de riqueza. O Salvador parte para identificarem corretamente
passou grande parte de seu tempo na ancestrais falecidos, a fim de realizarem
Galiléia. as ordenanças salvadoras em favor de-
les. Tais ordenanças são válidas para as
Uma grande luz surgirá na Galiléia,
pessoas falecidas que aceitarem o evan-
Isa. 9:1–3 (2 Né. 19:1–3). Jesus percor-
gelho de Jesus Cristo no mundo espiri-
ria a Galiléia pregando, ensinando, e
tual (D&C 127, 128).
curando, Mt. 4:23. Após ressuscitar,
Jesus apareceu na Galiléia, Mc. 14:28 GÊNESIS. Ver também Pentateuco
(Jo. 21:1–14). A fama de Jesus correu Palavra grega que significa “origem”
por toda a Galiléia, Lc. 4:14. Jesus princi- ou “princípio”. O livro de Gênesis é o
piou os seus milagres em Caná da Ga- primeiro do Velho Testamento e foi es-
liléia, Jo. 2:11. crito pelo profeta Moisés. Relata muitas
Mar da Galiléia: Situado ao norte de Is- coisas acontecidas no princípio, como a
rael, também era conhecido como Mar criação da Terra, a colocação dos ani-
85 Getsêmani
mais e do homem nela, a queda de Adão Mórmon (Mórm. 3:17). Um homem en-
e Eva, a revelação do evangelho a Adão, tre os gentios indo sobre as muitas
o início das tribos e raças, a origem dos águas, 1 Né. 13:12. Outros livros trazi-
vários idiomas em Babel e o princípio dos pelos gentios, 1 Né. 13:39. A pleni-
da linhagem abraâmica que levou ao es- tude do evangelho chegará aos gentios,
tabelecimento da casa de Israel. O papel 1 Né. 15:13 (3 Né. 16:7; D&C 20:9). Esta
desempenhado por José na preservação terra será uma terra de liberdade para
de Israel é bem enfatizado em Gênesis. os gentios, 2 Né. 10:11. Os gentios são
As revelações modernas confirmam e comparados a uma oliveira brava, Jacó 5.
esclarecem o registro do Gênesis (1 Né. O evangelho deverá vir à luz no tempo
5; Ét. 1; Mois. 1–8; Abr. 1–5). dos gentios, D&C 45:28 (D&C 19:27).
A palavra chegará aos confins da Terra,
No livro de Gênesis os capítulos 1–4 primeiro aos gentios e, depois, aos ju-
relatam a criação do mundo e o desen- deus, D&C 90:8–10. Os Setenta devem
volvimento da família de Adão. Os ser testemunhas especiais junto aos gen-
capítulos 5–10 registram a história tios, D&C 107:25. Enviai os élderes de
de Noé. Os capítulos 11–20 falam de minha igreja; clamai a todas as nações,
Abraão e de sua família até o tempo primeiro aos gentios e depois aos ju-
de Isaque. Os capítulos 21–35 conti- deus, D&C 133:8.
nuam relatando sobre a família de
Isaque. O capítulo 36 ensina sobre Esaú GERAR. Ver também Filhos de
e sua família. Os capítulos 37–50 con- Cristo; Filhos e Filhas de Deus;
tam sobre a família de Jacó e relatam a Nascer de Deus, Nascer de Novo;
história de José, vendido ao Egito, e o Unigênito
papel que desempenhou na salvação Fazer nascer, trazer ao mundo, procriar
da casa de Israel. ou dar à luz. Nas escrituras, estas pala-
vras às vezes são usadas significando
GENTIOS
nascer de Deus. Embora Jesus Cristo se-
Nas escrituras o termo gentios tem di- ja o Unigênito, isto é, o único gerado
versos significados. Às vezes serve para pelo Pai na carne, todas as pessoas po-
designar pessoas não pertencentes à li- dem ser geradas espiritualmente por
nhagem de Israel; outras, para referir-se Cristo aceitando-o, guardando os seus
a povos não-judeus e às vezes, ainda, a mandamentos e tornando-se novas cria-
nações que não possuíam o evangelho, turas pelo poder do Espírito Santo.
embora existindo nelas pessoas de san-
Eu hoje te gerei, Salm. 2:7 (At. 13:33;
gue israelita. Esta última aplicação é es-
Heb. 1:5–6; 5:5). Sua glória era a do
pecialmente característica da palavra
unigênito do Pai, Jo. 1:14 (2 Né. 25:12;
conforme usada no Livro de Mórmon
Al. 12:33–34; D&C 76:23). Deus amou
e em Doutrina e Convênios.
o mundo de tal maneira que deu o seu
Os israelitas não deviam casar-se com filho unigênito, Jo. 3:16 (D&C 20:21).
pessoas que não fossem de seu povo Cristo gerou espiritualmente a seu po-
(gentios), Deut. 7:1–3. O Senhor seria vo, Mos. 5:7. Os que são gerados por
uma luz para os gentios, Isa. 42:6. A intermédio do Senhor são a igreja do
Pedro foi ordenado levar o evangelho Primogênito, D&C 93:22.
aos gentios, At. 10:9–48. Deus deu o
arrependimento também aos gentios, GETSÊMANI. Ver também
At. 11:18. Somos batizados na mesma Expiação, Expiar; Oliveiras,
Igreja, quer sejamos judeus ou gentios, Monte das
I Cor. 12:13. Os gentios seriam co-her- Um jardim ou horto mencionado no
deiros em Cristo, pelo evangelho, Ef. Novo Testamento como sendo situado
3:6. O Livro de Mórmon foi escrito para perto do Monte das Oliveiras. Em
os gentios, Página-título do Livro de aramaico a palavra getsêmani significa
Gideão (velho Testamento) 86
“lagar de azeite”. Jesus foi àquele horto tial foi mostrada em visão, D&C 76:50–
na noite em que Judas o traiu. Ali no 70. Se os santos desejarem um lugar no
Getsêmani ele orou e sofreu pelos peca- mundo celestial, eles devem-se prepa-
dos da humanidade (Mt. 26:36, 39; Mc. rar, D&C 78:7. Aquele que não conse-
14:32; Jo. 18:1; Al. 21:9; D&C 19:15–19). gue viver a lei de um reino celestial, não
consegue suportar uma glória celestial,
GIDEÃO (VELHO TESTAMENTO)
D&C 88:15–22. Na glória celestial há
Líder que livrou Israel da opressão três céus. Estabelecidas as condições
dos midianitas (Juí.6:11–40; 7–8). para se alcançar o mais elevado, D&C
GIDEÃO (LIVRO DE MÓRMON) 131:1–2. As crianças que morrem antes
de chegar à idade da responsabilidade
Um fiel líder nefita. são salvas no reino celestial, D&C
Homem forte e inimigo do rei Noé, 137:10.
Mos. 19:4–8. Aconselhou o rei Lími,
GLÓRIA TELESTIAL. Ver também
Mos. 20:17–22. Propôs um plano para
Graus de Glória
escapar do cativeiro lamanita, Mos.
22:3–9. Foi morto por Neor, Al. 1:8–10 O menor dos três graus de glória nos
quais as pessoas viverão após o julga-
GLÓRIA. Ver também Graus de mento final.
Glória; Luz, Luz de Cristo; Paulo viu a glória das estrelas, I Cor.
Verdade 15:40–41. Joseph Smith e Sidney Rigdon
Nas escrituras esta palavra freqüente- viram a glória telestial, D&C 76:81–
mente se refere à luz e verdade de 90. Os habitantes do mundo telestial
Deus. Também pode dizer respeito a eram inumeráveis como as estrelas,
louvor ou honra, a certa condição de D&C 76:109–112. Aquele que não con-
vida eterna ou à glória de Deus. segue viver a lei de um reino telestial
Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a não consegue suportar uma glória te-
Terra está cheia da sua glória, Isa. 6:3 lestial, D&C 88:24, 31, 38.
(2 Né. 16:3). Somos transformados de GLÓRIA TERRESTRE. Ver também
glória em glória na mesma imagem, Graus de Glória
II Cor. 3:18. Ele me levantará para viver Segundo dos três graus de glória nos
em glória com ele, Al. 36:28. As glórias quais as pessoas viverão após o julga-
recebidas na ressurreição serão diferen- mento final.
tes, conforme a retidão, D&C 76:50–119.
Paulo viu a glória terrestre e compa-
A glória de Deus é inteligência, D&C
rou-a com a lua, I Cor. 15:40 – 41.
93:36. A glória de Deus é levar a efeito
Joseph Smith e Sidney Rigdon viram a
a imortalidade e vida eterna do homem,
glória terrestre, D&C 76:71–80. A gló-
Mois. 1:39. Vi dois Personagens cujo
ria do terrestre supera a do teleste,
resplendor e glória desafiam qualquer
D&C 76:91. Aquele que não consegue
descrição, JS—H 1:17.
viver a lei de um reino terrestre não
GLÓRIA CELESTIAL. Ver também consegue suportar uma glória terres-
Exaltação; Graus de Glória; Vida tre, D&C 88:23, 30, 38.
Eterna GOGUE. Ver também Magogue;
O mais elevado dos três graus de glória Segunda Vinda de Jesus Cristo
que uma pessoa pode alcançar após esta Um rei de Magogue. Ezequiel profeti-
vida. Nele os justos viverão na presença zou que Gogue invadiria Israel na época
de Deus, o Pai, e de seu Filho, Jesus da segunda vinda do Senhor (Eze. 38–
Cristo. 39). Outra batalha, chamada de bata-
Uma é a glória dos celestes, I Cor. 15:40 lha de Gogue e Magogue, ocorrerá no
(D&C 76:96). Paulo foi arrebatado até o final do Milênio (Apoc. 20:7–9; D&C
terceiro céu, II Cor. 12:2. A glória celes- 88:111–116).
87 Grão (semente) de Mostarda
GÓLGOTA. Ver também O poder de Deus que possibilita aos ho-
Crucificação; Jesus Cristo mens e mulheres alcançarem bênçãos
A palavra Gólgota , em aramaico, signi- nesta vida e a vida eterna e exaltação
fica “caveira”. É o nome do lugar onde após haverem exercido fé, após se ha-
Cristo foi crucificado (Mt. 27:33; Mc. verem arrependido e feito tudo ao seu
15:22; Jo. 19:17). Em latim o nome é alcance para guardar os mandamentos.
Calvário (Lc. 23:33). Tal auxílio ou fortalecimento divino é
concedido pela misericórdia e amor
GOLIAS. Ver também Davi
de Deus. Todo ser mortal necessita da
No Velho Testamento, gigante que de- graça divina, em virtude da queda de
safiou os exércitos de Israel. Davi acei- Adão e também por causa das fraque-
tou o desafio dele e matou-o com a zas humanas.
ajuda do Senhor (I Sam. 17).
A graça e a verdade por Jesus Cristo, Jo.
GOMORRA. Ver também Sodoma 1:17. Cremos que seremos salvos pela
No Velho Testamento, uma cidade graça do Senhor Jesus Cristo, At. 15:11
iníqua destruída pelo Senhor, Gên. (Rom. 3:23–24; D&C 138:14). Temos en-
19:12–29. trada pela fé a esta graça, Rom. 5:2. Pela
GOVERNO. Ver também graça sois salvos, por meio da fé, Ef. 2:8.
Constituição A graça de Deus traz a salvação, Tit.
Quando Jesus Cristo voltar ele estabe- 2:11. Cheguemos com confiança ao tro-
lecerá um governo de justiça. E o prin- no da graça, Heb. 4:16. Deus dá graça
cipado está sobre os seus ombros, Isa. aos humildes, I Ped. 5:5. Nenhuma car-
9:6 (2 Né. 19:6). Dai pois a César o que ne pode habitar na presença de Deus, a
é de César, Mt. 22:21 (D&C 63:26). Que menos que seja por meio dos méritos,
toda pessoa esteja sujeita às potestades, misericórdia e graça do Santo Messias,
Rom. 13:1. Orar pelos reis e por todos 2 Né. 2:8. É somente na graça e pela
os que estão em eminência, I Tim. 2:1–2. graça de Deus que os homens são sal-
Que se sujeitem aos principados e po- vos, 2 Né. 10:24. É pela graça que somos
testades, que lhes obedeçam, Tit. 3:1. salvos, depois de tudo o que pudermos
Sujeitai-vos pois a toda a ordenação hu- fazer, 2 Né. 25:23. É por sua graça que
mana por amor do Senhor, I Ped. 2:13– temos o poder para fazer estas coisas,
14. Jesus Cristo será o governante final Jacó 4:7. Aos homens pode ser restituída
da Terra, Apoc. 11:15. Ter homens jus- graça por graça, segundo suas obras,
tos por reis, Mos. 23:8. Resolvei vossos Hel. 12:24. A minha graça basta a todos
negócios de acordo com a voz do povo, os que se humilham, Ét. 12:26–27. Morô-
Mos. 29:26. Cristo será nosso governan- ni orou para que fosse dada aos gentios
te quando vier, D&C 41:4. O que guarda a graça de serem caridosos, Ét. 12:36, 41.
as leis de Deus não tem necessidade de Pela graça de Deus podeis ser perfeitos
quebrar as leis do país, D&C 58:21. em Cristo, Morô. 10:32–33. Jesus rece-
Quando os iníquos governam, o povo beu graça por graça, D&C 93:12–13, 20.
pranteia, D&C 98:9–10. Os governos GRANDE E ABOMINÁVEL IGREJA.
foram instituídos por Deus em benefí- Ver Diabo—A Igreja do Diabo
cio da humanidade, D&C 134:1–5. Os
homens têm a responsabilidade de GRÃO (SEMENTE) DE MOSTARDA
apoiar os governos, D&C 134:5. Cre- A semente de um pé de mostarda. Em-
mos na submissão a reis, presidentes, bora o grão (ou semente) seja muito pe-
governantes e magistrados, RF 12. queno, a planta que dela cresce é mui-
GOZO. Ver Alegria to grande. Jesus comparou o reino do
GRAÇA. Ver também Expiação, céu ao grão de mostarda (Mt. 13:31).
Expiar; Jesus Cristo; Misericórdia, Se tiverdes fé como um grão de mostar-
Misericordioso; Salvação da, podeis mover montanhas, Mt. 17:20.
Gratidão 88
GRATIDÃO. Ver Ação de Graças, perturbado por parecer-lhe que os ím-
Agradecido, Agradecimento pios prosperavam. No capítulo 2 o
Senhor aconselhou-o a ser paciente—
GRAUS DE GLÓRIA. Ver também
os justos devem aprender a viver pela
Glória Celestial; Glória Telestial;
fé. O capítulo 3 registra a oração de
Glória Terrestre
Habacuque, na qual ele reconhece a
Diferentes reinos nos céus. No julga- justiça de Deus.
mento final cada pessoa receberá uma
HADES. V er Inferno
morada eterna em um grau específico
de glória, exceto os que forem filhos HAGAR. Ver também Abraão;
de Perdição. Ismael, Filho de Abraão
Jesus disse: na casa de meu Pai há mui- No Velho Testamento, a serva egípcia
tas moradas, Jo. 14:2 (Ét. 12:32). Uma é de Sara, que mais tarde se tornou
a glória do sol, outra a da lua, e outra a mulher de Abraão e mãe de Ismael
das estrelas, I Cor. 15:40–41. Paulo foi (Gên. 16:1–16; 25:12; D&C 132:34, 65).
arrebatado até o terceiro céu, II Cor. O Senhor prometeu-lhe que uma gran-
12:2. Há um lugar sem glória e de cas- de nação nasceria de seu filho (Gên.
tigo eterno, D&C 76:30–38, 43–45. Há 21:9–21).
três graus de glória, D&C 76:50–113; HAGOTE
88:20–32. Um nefita construtor de barcos, no
GUERRA. Ver também Paz Livro de Mórmon (Al. 63:5–7).
Batalha ou conflito armado; luta com HARRIS, MARTIN. Ver também
armas. O Senhor não aprova a guerra, Testemunhas do Livro de
a menos que seja este o único meio à Mórmon
disposição dos santos para defenderem Uma das Três Testemunhas da origem
suas famílias, propriedades, direitos e divina e veracidade do Livro de
privilégios, bem como sua liberdade Mórmon. Ele ajudou Joseph Smith e a
(Al. 43:9, 45–47). Igreja financeiramente. O Senhor pe-
Morôni havia jurado defender seu po- diu a Martin Harris que vendesse sua
vo, seus direitos, seu país e sua religião, propriedade e doasse o dinheiro para
Al. 48:10–17. Joseph Smith recebeu uma pagar a publicação do Livro de Mór-
revelação e profecia sobre guerra, D&C mon (D&C 19:26–27, 34–35); que fosse
87. Renunciai à guerra e proclamai a um exemplo para a Igreja (D&C 58:35);
paz, D&C 98:16, 34–46. Os homens são e que ajudasse a pagar os custos do mi-
justificados por se defenderem e defen- nistério (D&C 104:26).
derem seus amigos e seus bens e o go- Martin Harris foi excomungado da
verno, D&C 134:11. Cremos na obediên- Igreja; porém, mais tarde recuperou a
cia, honra e manutenção da lei, RF 12. condição plena de membro. Ele testifi-
cou até o final de sua vida que viu o
GUERRA NOS CÉUS. Ver Batalha anjo Morôni e as placas de ouro das
nos Céus quais Joseph Smith traduziu o Livro
HABACUQUE de Mórmon.
No Velho Testamento, profeta de Judá HEBRAICO. Ver também Israel
que condenou a iniqüidade do povo, Idioma falado pelos filhos de Israel.
possivelmente durante o reinado de Os israelitas falaram hebraico até o re-
Joaquim (aprox. 600 a.C.). torno do cativeiro babilônico, época em
Livro de Habacuque : O capítulo 1 é uma que o aramaico se tornou a língua usa-
conversa do Senhor com seu profeta, da no dia-a-dia. Na época de Jesus o
semelhante às que se encontram em hebraico era o idioma dos eruditos, da
Jer. 12 e D&C 121. Habacuque estava lei e da literatura religiosa.
89 Helamã, Filho do Rei Benjamim
HEBREUS, EPÍSTOLA AOS. Ver HELAMÃ, FILHO DE ALMA. Ver
também Epístolas Paulinas; Paulo também Alma, Filho de Helamã;
Ânti-néfi-leítas; Helamã, Filhos de
Livro do Novo Testamento. Paulo escre-
veu esta carta aos membros da Igreja de No Livro de Mórmon, filho mais velho
origem judia, a fim de persuadi-los de de Alma, o filho (Al. 31:7). Helamã foi
que os aspectos significativos da lei mo- um profeta e líder militar.
saica tinham sido cumpridos em Cristo, Alma confiou a seu filho, Helamã, os re-
sendo aquela substituída pela lei maior gistros de seu povo e as placas com os
do evangelho do Salvador. Retornando anais dos jareditas, Al. 37:1–2, 21. Alma
a Jerusalém no final de sua terceira via- ordenou a Helamã que continuasse a es-
gem missionária (cerca de 60 d.C.), Pau- crever a história do povo, Al. 45–62. He-
lo viu que muitos membros judeus da lamã restabeleceu a Igreja, Al. 45:22–23.
Igreja ainda se achavam comprometi- Dois mil jovens guerreiros amonitas de-
dos com a lei de Moisés (At. 21:20). Isso sejaram que Helamã fosse seu chefe, Al.
aconteceu pelo menos dez anos depois 53:19, 22. Helamã e seus jovens amoni-
de ter sido realizada uma conferência da tas combateram os lamanitas e foram
Igreja em Jerusalém, determinando que preservados pela fé, Al. 57:19–27.
certas ordenanças da lei mosaica não HELAMÃ, FILHO DE HELAMÃ
eram necessárias à salvação dos gen-
tios cristãos. Aparentemente, logo de- Profeta e mantenedor de registros do
pois disso Paulo escreveu aos hebreus Livro de Mórmon, que ensinou o povo
a fim de mostrar-lhes, por suas pró- nefita. Era neto de Alma, o filho, e pai
prias escrituras e por meio de raciocí- de Néfi, o que recebeu poder sobre to-
nio sadio, por que não mais deviam dos os elementos, (Hel. 5–10). Com seu
apegar-se à prática da lei de Moisés. filho Néfi, Helamã escreveu o livro de
Helamã.
Os capítulos 1 e 2 explicam que Jesus é
maior que os anjos. Os capítulos 3–7 Livro de Helamã : Os capítulos 1–2 des-
comparam Jesus a Moisés e à lei mosai- crevem uma época de grande agitação
ca e testificam que Cristo é maior do que política. Os capítulos 3–4 mostram que
ambos. Também ensinam que o Sacer- Helamã e Moronia, capitão-chefe dos
dócio de Melquisedeque é maior que o exércitos nefitas, finalmente consegui-
Aarônico. Os capítulos 8–9 descrevem ram fazer com que a paz reinasse duran-
como as ordenanças mosaicas prepara- te algum tempo. Entretanto, apesar da
ram o povo para o ministério de Cristo e liderança desses dois grandes homens,
de que modo Jesus é o mediador do o povo tornou-se cada dia mais iníquo.
novo convênio (Al. 37:38–45; D&C Nos capítulos 5–6 Néfi renuncia ao car-
84:21–24). O capítulo 10 é uma exor- go de juiz supremo, como fizera seu
tação à diligência e à fidelidade. O avô, Alma, para ensinar o povo, que du-
capítulo 11 é um discurso sobre a fé e o rante algum tempo se arrependeu. Nos
12 traz advertências e saudações. O capítulos 6–12, todavia, a nação nefita
capítulo 13 diz respeito à natureza volta a ser perversa. Os capítulos finais,
honrosa do casamento e à importância de 13 a 16, trazem o extraordinário re-
da obediência. lato de um profeta chamado Samuel, o
lamanita, que predisse o nascimento e
HEBROM crucificação do Salvador e os sinais que
marcariam tais eventos.
Antiga cidade de Judá, situada 32 qui-
lômetros ao sul de Jerusalém. Ali fo- HELAMÃ, FILHO DO REI
ram sepultados Abraão e sua família BENJAMIM. Ver também
(Gên. 49:29–32). Também foi a capital Benjamim, Pai de Mosias
de Davi na primeira parte de seu rei- No Livro de Mórmon, um dos três filhos
nado (II Sam. 5:3–5). do rei Benjamim (Mos. 1:2–8)
Helamã, Filhos de 90
HELAMÃ, FILHOS DE. Ver
também Ânti-néfi-leítas;

Filho de Cleópatra
Helamã, Filho de Alma

da Ituréia
No Livro de Mórmon, os filhos dos

(Lc. 3:1)
tetrarca
Filipe,
lamanitas convertidos, conhecidos
como amonitas, que se tornaram guer-
reiros liderados por Helamã (Al.
53:16–22).
Helamã considerou-os dignos de se-
rem chamados seus filhos, Al. 56:10.
Suas mães lhes haviam ensinado que,

(Mt. 2:22)
Arquelau
se não duvidassem, Deus os livraria,
Al. 56:47. Derrotaram os lamanitas

Filho de Maltace, uma samaritana.


e foram preservados por sua fé e
nenhum deles morreu, Al. 56:52–54,
56; 57:26.
HERDEIRO

Herodes Antipas,
Pessoa com direito a herdar bens mate-

rei Herodes)
riais ou dons espirituais. Nas escritu-

o tetrarca
(Mt. 14:1;
Mc. 6:14;
Lc. 9:7;
ras é prometido que os justos herdarão
Rei Herodes (Mt. 2:3)

tudo o que Deus possui.


Abraão desejava ter um herdeiro, Gên.
15:2–5. Abraão tornou-se herdeiro do

Drusila, esposa de Félix


mundo pela justiça da fé, Rom. 4:13.
Somos filhos de Deus, logo somos

(At. 24:24)
herdeiros também, herdeiros de Deus
e co-herdeiros com Cristo, Rom. 8:16–
Filho de Mariane,

17 (D&C 84:38). És filho, és também


filha de Simão, o
sumo sacerdote

Herodes Filipe

herdeiro de Deus por Cristo, Gál. 4:7.


(Mt. 14:3;
Mc. 6:17)

Deus constituiu seu Filho herdeiro


de todas as coisas, Heb. 1:2. Todos
os que esperam a remissão de seus
pecados são herdeiros do reino de
Deus, Mos. 15:11. Só havia um povo,
(At. 25:13)
(Mt. 14:3;
Herodias

Mc. 6:17)

Berenice

os filhos de Cristo e herdeiros do


reino de Deus, 4 Né. 1:17. Todos os que
morrem sem conhecimento do evan-
Filho de Mariane,

gelho serão herdeiros do reino celestial,


princesa dos

Aristóbulo

D&C 137:7–8. Os mortos que se arre-


macabeus

penderem são herdeiros da salvação,


D&C 138:59. Abraão tornou-se her-
deiro legítimo em virtude de sua reti-
Herodes Agripa I

Herodes Agripa II

dão, Abr. 1:2.


(At. 12:1–23)

(At. 25:13)

HERODES
Uma família de governantes da Judéia
na época de Jesus Cristo. Foram pes-
soas importantes em muitos dos even-
tos do Novo Testamento. Ver o gráfico
abaixo:
91 Homem, Homens
HERODIAS Criou Deus o homem à sua imagem,
Irmã de Herodes Agripa, no Novo Tes- Gên. 1:27 (Mos. 7:27; D&C 20:17–18).
tamento. Foi casada com seu tio, Hero- Que é o homem para que te lembres
des Filipe, de quem teve uma filha, dele? Salm. 8:4–5. Maldito o homem
Salomé, com a qual conspirou para de- que confia no homem e faz de carne o
capitar João Batista (Mt. 14:3–11). seu braço, Jer. 17:5 (2 Né. 4:34; 2 Né.
28:26, 31). Logo que cheguei a ser ho-
HÍMNI. Ver também Mosias, Filho do mem, acabei com as coisas de menino,
rei Benjamim; Mosias, Filhos de I Cor. 13:11. Os homens existem para
No Livro de Mórmon, um dos filhos do que tenham alegria, 2 Né. 2:25. O ho-
rei Mosias. Hímni foi com seus irmãos mem natural é inimigo de Deus, Mos.
pregar aos lamanitas (Mos. 27:8–11, 3:19. Que tipo de homens devereis
34–37; 28:1–9). ser? 3 Né. 27:27. São as obras do ho-
mem que se frustram, não as de Deus,
HINO. Ver também Cantar; Música D&C 3:3. Não devias ter temido mais
Um cântico de louvor a Deus. aos homens do que a Deus, D&C 3:7
(D&C 30:11; D&C 122:9). Todas as coi-
Antes de Jesus retirar-se para o Getsê- sas são feitas para o benefício e uso do
mani, estando reunido com os Doze homem, D&C 59:18. Sei que o homem
Apóstolos, cantaram um hino, Mt. nada é, Mois. 1:10. A obra e glória de
26:30. O Senhor chamou Emma Smith Deus é levar a efeito a imortalidade e
para fazer uma seleção de hinos, D&C vida eterna do homem, Mois. 1:39.
25:11. O canto dos justos é uma prece a
O homem, filho espiritual do Pai Celes-
mim e será respondido com uma bênção
tial: Eles se prostraram sobre os seus
sobre sua cabeça, D&C 25:12. Louva ao
rostos, e disseram: Ó Deus, Deus dos
Senhor com cânticos, com música, D&C
espíritos de toda a carne, Núm. 16:22
136:28.
(Núm. 27:16). Filhos sois do Senhor
HISTÓRIA DA FAMÍLIA. Ver vosso Deus, Deut. 14:1. Vós sois deu-
Genealogia; Salvação para os ses, e vós outros sois todos filhos do
Mortos Altíssimo, Salm. 82:6. Vós sois filhos
do Deus vivo, Osé. 1:10. Não temos
HOMEM DE SANTIDADE. Ver nós todos um mesmo Pai? Não nos
também Pai Celestial; Trindade; criou um mesmo Deus? Mal. 2:10. So-
Filho do Homem mos a geração de Deus, At. 17:29. O
Um dos nomes de Deus, o Pai (Mois. mesmo Espírito testifica que somos fi-
6:57). lhos de Deus, Rom. 8:16. Não nos sujei-
taremos muito mais ao Pai dos espíri-
HOMEM, HOMENS. Ver também tos? Heb. 12:9. Os espíritos de todos os
Criação Espiritual; Espírito; homens são levados para aquele Deus
Filhos e Filhas de Deus; Trindade que lhes deu a vida, Al. 40:11. Os habi-
Este termo refere-se a toda a humanida- tantes dos mundos são filhos e filhas ge-
de, tanto homens como mulheres, pois rados para Deus, D&C 76:24. O homem
todos são literalmente filhos espirituais no princípio estava com o Pai, D&C
do Pai Celestial. Ao nascerem na morta- 93:23, 29. Deus criou todos os homens
lidade recebem um corpo físico e mortal espiritualmente antes que existissem na
criado à imagem de Deus (Gên. 1:26– face da Terra, Mois. 3:5–7. Eu sou Deus;
27). Os homens e mulheres que com eu fiz o mundo e os homens antes que
fidelidade receberem as ordenanças ne- existissem na carne, Mois. 6:51.
cessárias, guardarem seus convênios e Seu potencial de se tornar como o Pai
obedecerem aos mandamentos divinos Celestial: Sede vós pois perfeitos, como
entrarão em sua exaltação e serão co- é perfeito o vosso Pai, Mt. 5:48 (3 Né.
mo Deus. 12:48). Não está escrito na vossa lei que
Homem Natural 92
sois deuses? Jo. 10:34 (D&C 76:58). Po- desde os primeiros dias da humanida-
demos ser herdeiros de Deus e co-her- de (Gên. 4:1–12; Mois. 5:18–41).
deiros de Cristo, Rom. 8:17. És filho, e, Quem derramar o sangue do homem,
se és filho, és também herdeiro de Deus pelo homem o seu sangue será derrama-
por Cristo, Gál. 4:7. Quando ele se mani- do, Gên. 9:6 (TJS—Gên. 9:12–13; Êx.
festar, seremos semelhantes a ele, I Jo. 21:12; Al. 34:12). Não matarás, Êx. 20:13
3:2. Ao que vencer lhe concederei que (Deut. 5:17; Mt. 5:21–22; Mos. 13:21;
se assente comigo no meu trono, Apoc. D&C 59:6). Jesus disse: Não matarás,
3:21. A eles concedi que se tornassem Mt. 19:18. Os homicidas terão a sua par-
filhos de Deus, 3 Né. 9:17. Os que her- te na segunda morte, Apoc. 21:8. Sois
dam o reino celeste são deuses, sim, os assassinos em vossos corações, 1 Né.
filhos de Deus, D&C 76:50, 58. Então 17:44. Ai do homicida que mata delibe-
serão deuses, porque terão todo o po- radamente, 2 Né. 9:35. Deus ordenou
der, D&C 132:20. que os homens não cometam assassínio,
HOMEM NATURAL. Ver também 2 Né. 26:32. O assassínio é uma abomi-
Carnal; Nascer de Deus, Nascer nação à vista do Senhor, Al. 39:5–6. O
de Novo; Queda de Adão e Eva que matar não terá perdão, D&C 42:18.
Todo o que matar será entregue às leis
Pessoa que se deixa influenciar pelas
do país, D&C 42:79.
paixões, pelos desejos, apetites e im-
pulsos da carne ao invés de buscar a HOMOSSEXUALISMO. Ver
inspiração do Espírito Santo. Esse tipo também Adultério; Sensual,
de pessoa só pode compreender as coi- Sensualidade
sas físicas e não compreende as espiri-
Ligação sexual de indivíduos do mes-
tuais. Todo ser humano é carnal, ou
mo sexo. Deus proíbe esse tipo de ati-
seja, mortal, em virtude da queda de
vidade sexual.
Adão e Eva, e tem que nascer de novo
pela expiação de Jesus Cristo para dei- Traze-os fora a nós, para que os co-
xar de ser um homem natural. nheçamos, Gên. 19:1–11 (Mois. 5:51–
53). Com varão não te deitarás;
O homem natural não compreende as
abominação é, Lev. 18:22 (20:13). Não
coisas do Espírito, I Cor. 2:14. O homem
haverá sodomita dentre os filhos de Is-
natural é inimigo de Deus e deve despo-
rael, Deut. 23:17. Publicam os seus pe-
jar-se dessa natureza, Mos. 3:19. Quem
cados como Sodoma: não os dissimu-
persiste em sua própria natureza carnal
lam, Isa. 3:9 (2 Né. 13:9). Os varões se
permanece em seu estado decaído, Mos.
inflamaram em sua sensualidade uns
16:5 (Al. 42:7–24; D&C 20:20). Que ho-
para com os outros, Rom. 1:27. Os so-
mem natural existe que conheça essas
domitas não herdarão o reino de Deus,
coisas? Al. 26:19–22. Os homens em es-
I Cor. 6:9–10. A lei não é feita para o
tado natural ou carnal vivem sem Deus
justo, mas para os sodomitas, I Tim.
no mundo, Al. 41:11. Por causa da sua
1:9–10. Os que se corromperam, indo
transgressão o homem morreu espiri-
após outra carne, foram postos por
tualmente, D&C 29:41. Nem pode ho-
exemplo, sofrendo a pena do fogo
mem natural algum suportar a
eterno, Jud. 1:7.
presença de Deus, D&C 67:12. Os ho-
mens começaram a ser carnais, sen- HONESTIDADE, HONESTO.
suais e diabólicos, Mois. 5:13 (Mois. Ver também Integridade
6:49).
Ter honestidade é ser sincero, verda-
HOMICÍDIO. Ver também Caim; deiro e sem dolo.
Pena de Morte Os que obram fielmente são o deleite do
Matar alguém ilícita e propositalmente. Senhor, Prov. 12:22. O que prometeres,
O assassínio é um pecado condenado cumpre-o, Ecles. 5:4–5. Rejeitamos as
93 Humildade, Humilde, Humilhar
coisas que por vergonha se ocultam, de palmeira. Na entrada triunfal de
II Cor. 4:1–2. Tendo o vosso viver ho- Jesus em Jerusalém, as multidões bra-
nesto, I Ped. 2:12. Ai do mentiroso, pois davam “Hosana” e espalhavam ramos
será lançado no inferno, 2 Né. 9:34. O de palmeira no caminho do Senhor, de-
Espírito fala a verdade e não mente, monstrando assim a sua compreensão
Jacó 4:13. Quem pedir emprestado a seu de que Jesus era o mesmo Jeová que
vizinho deverá devolver aquilo que outrora libertara Israel (Salm. 118:25–
tomou emprestado, Mos. 4:28 (D&C 26; Mt. 21:9, 15; Mc. 11:9–10; Jo. 12:13).
136:25). Age com justiça, julga com re- Eles reconheciam Cristo como o Messias
tidão e pratica o bem, Al. 41:14. Que há muito esperado. A palavra Hosana
todo homem negocie honestamente, tornou-se uma aclamação ao Messias
D&C 51:9. Todos os que souberem que em todas as épocas (1 Né. 11:6; 3 Né.
seu coração é honesto serão aceitos 11:14–17). O brado de hosana foi incluí-
por mim, D&C 97:8. Deve-se procurar do na dedicação do Templo de Kirtland
homens honestos, bons e prudentes (EUA) e hoje faz parte da dedicação dos
para os cargos políticos, D&C 98:4–10. templos modernos (D&C 109:79).
Procurarás diligentemente devolver o
HUMILDADE, HUMILDE,
que teu próximo tiver perdido, D&C
HUMILHAR. Ver também
136:26. Cremos em ser honestos, RF 13.
Coração Quebrantado; Fraqueza;
HONRA, HONRAR. Ver também Mansidão, Manso, Mansuetude;
Estimar; Reverência Orgulho; Pobres
Conforme estes termos geralmente Condição de ser manso e doutrinável,
são usados nas escrituras, significam ou fazer com que alguém o seja. A hu-
demonstrar respeito e reverência por mildade inclui reconhecermos nossa
alguém ou alguma coisa. dependência de Deus e desejarmos su-
Honra a teu pai e a tua mãe, Êx. 20:12 jeitar-nos a sua vontade.
(1 Né. 17:55; Mos. 13:20). Honra ao Se- Deus te guiou no deserto estes quaren-
nhor com a tua fazenda, Prov. 3:9. Se ta anos para te humilhar, Deut. 8:2.
alguém me servir, meu Pai o honrará, Humilhava a minha alma com o jejum,
Jo. 12:26. Os maridos devem honrar Salm. 35:13. O Senhor habita com o
suas mulheres, I Ped. 3:7. Eles honram abatido de espírito, Isa. 57:15. Melhor
ao Senhor somente com os seus lábios, é o mancebo pobre e sábio do que o rei
2 Né. 27:25 (Isa. 29:13). Não busco as velho e insensato, Ecles. 4:13. Aquele
honras do mundo, Al. 60:36. O diabo que se tornar humilde como este me-
rebelou-se contra mim, dizendo: Dá-me nino, esse é o maior no reino dos céus,
a tua honra, a qual é o meu poder, D&C Mt. 18:4. O que a si mesmo se humi-
29:36. Os fiéis serão coroados com hon- lhar será exaltado, Mt. 23:12 (Lc. 14:11;
ra, D&C 75:5 (D&C 124:55). O Senhor se 18:14). Jesus humilhou-se sendo obe-
deleita em honrar aqueles que o servem, diente até a morte, Filip. 2:8 (Lc. 22:42;
D&C 76:5. Eles não são escolhidos por- 23:46). Deus resiste aos soberbos, mas
que aspiram às honras dos homens, dá graça aos humildes, I Ped. 5:5–6
D&C 121:34–35. Cremos na honra e (2 Né. 9:42). Humilhai-vos com a mais
manutenção da lei, RF 12 (D&C 134:6). profunda humildade, Mos. 4:11 (2 Né.
HOSANA 9:42; 3 Né. 12:2). Haveis vos humilhado
suficientemente? Al. 5:27–28. A parte
Palavra hebraica que significa “salva- mais humilde do povo tornava-se mais
nos”, usada para louvar e suplicar. forte em sua humildade, Hel. 3:33–35.
Na Festa dos Tabernáculos, que come- Dou fraqueza aos homens a fim de que
morava a libertação de Israel e entrada sejam humildes, Ét. 12:27. A humildade
na terra prometida, o povo cantava as é um requisito para o batismo, D&C
palavras do Salmo 118 e agitava ramos 20:37. Humilhai-vos perante mim e ver-
Hyde, Orson 94
me-eis e sabereis que eu sou, D&C ensinamentos, leis, ordenanças e nome e
67:10. Sê humilde; e o Senhor teu Deus ser governada por Cristo, por meio de
dará resposta a tuas orações, D&C representantes por ele designados.
112:10. Que o que for ignorante adquira
O Senhor acrescentava todos os dias à
sabedoria, humilhando-se, D&C 136:32.
Igreja, At. 2:47. Nós, que somos muitos,
O Espírito é enviado a fim de iluminar
somos um só corpo em Cristo, Rom.
os humildes, D&C 136:33.
12:5. Fomos batizados em um Espírito
HYDE, ORSON formando um corpo, I Cor. 12:13. A
Igreja está edificada sobre o fundamen-
Membro do primeiro Quórum dos Doze
to dos apóstolos e profetas, Ef. 2:19–20.
Apóstolos chamado nesta dispensação
Os apóstolos e profetas são essenciais
(D&C 68:1–3; 75:13; 102:3; 124:128–129).
para a Igreja, Ef. 4:11–16. Cristo é o ca-
Ele cumpriu muitas missões para a Igre-
beça da Igreja, Ef. 5:23. Não obstante
ja, inclusive a dedicação da Terra Santa,
existirem muitas igrejas, elas formavam
em 1841, para o retorno do povo judeu.
uma só, Mos. 25:19–22. A Igreja foi puri-
IDOLATRIA ficada e posta em ordem, Al. 6:1–6. A
Igreja de Cristo deve ter seu nome, 3 Né.
Adoração de ídolos; ou excessivo ape-
27:8. A Igreja reunia-se freqüentemen-
go ou devoção a alguma coisa.
te para jejuar e orar e para trocar pala-
Não terás outros deuses diante de mim, vras, Morô. 6:5. Esta é a única igreja
Êx. 20:3 (Mos. 12:35; 13:12–13). Se ouvir- verdadeira e viva, D&C 1:30. A Igreja
des outros deuses, certamente perece- de Cristo é estabelecida nestes últimos
reis, Deut. 8:19. A rebelião é como ini- dias, D&C 20:1. O Senhor chama seus
qüidade e idolatria, I Sam. 15:23. servos para edificar a sua Igreja, D&C
Porque a outros mais do que a mim te 39:13. Pois assim será a minha Igreja
descobres, Isa. 57:8. Deste louvores chamada nos últimos dias, D&C 115:4.
aos deuses de prata e ouro, Dan. 5:23.
Não podeis servir a Deus e a Mamon, IGREJA DE JESUS CRISTO DOS
Mt. 6:24. A avareza é idolatria, Col. 3:5. SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS,
Filhinhos, guardai-vos dos ídolos, I Jo. A. Ver também Igreja de Jesus
5:21. Ai dos que adoram ídolos, 2 Né. Cristo; Igreja, Nome da; Igreja
9:37. A idolatria do povo de Néfi fez Verdadeira, Sinais da;
sobrevir-lhes guerras e destruições, Al. Restauração do Evangelho
50:21. Cada um anda segundo a imagem
Nome dado à Igreja de Cristo nos últi-
de seu próprio deus, D&C 1:16. Que tra-
mos dias, para distingui-la da Igreja em
balhem com as próprias mãos a fim de
outras dispensações (D&C 115:3–4).
que não se pratique idolatria nem ini-
qüidade, D&C 52:39. O pai de Abraão O Senhor derramará conhecimento so-
foi desviado pela idolatria, Abr. 1:27. bre os santos dos últimos dias, D&C
121:33. Joseph Smith é o profeta e viden-
IGREJA DE JESUS CRISTO. Ver te da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
também Igreja de Jesus Cristo dos dos Últimos Dias, D&C 127:12. O gran-
Santos dos Últimos Dias, A; Igreja, de dia do Senhor está perto para os san-
Nome da; Igreja Verdadeira, tos dos últimos dias, D&C 128:21, 24.
Sinais da; Reino de Deus ou Joseph Smith ajudou a reunir os san-
Reino dos Céus; Restauração do tos dos últimos dias, D&C 135:3. Com-
Evangelho; Santo panhias de santos dos últimos dias são
Um grupo organizado de fiéis que to- organizadas para ir ao território a oes-
maram sobre si o nome de Jesus Cristo te dos Estados Unidos, D&C 136:2. Es-
por meio do batismo e confirmação. clarecidas as leis do casamento para os
Para ser verdadeira, a igreja deve ser santos dos últimos dias, D&C DO—1.
do Senhor; possuir a sua autoridade, O sacerdócio é concedido a todos os
95 Igreja Verdadeira, Sinais da
homens dignos que sejam membros de do meu Filho amado, 2 Né. 31:11–21. Os
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos que creram foram batizados e recebe-
últimos Dias, D&C DO—2. A história ram o Espírito Santo pela imposição de
da Primeira Visão para todos os mem- mãos, D&C 76:50–53. É preciso possuir
bros da Igreja, JS—H 1. o sacerdócio adequado para batizar e
conferir o dom do Espírito Santo, JS—H
IGREJA, GRANDE E 1:70–72. Descritos os primeiros princí-
ABOMINÁVEL. Ver Diabo—A pios e ordenanças do evangelho, RF 4.
Igreja do Diabo
Revelação : Não havendo profecia, o po-
IGREJA, NOME DA. Ver também vo se corrompe, Prov. 29:18. O Senhor
Igreja de Jesus Cristo; Igreja de não fará nada sem revelar seus segre-
Jesus Cristo dos Santos dos dos a seus profetas, Amós 3:7. A Igreja
Últimos Dias, A; Mórmons está edificada sobre a rocha da reve-
No Livro de Mórmon, quando visitou lação, Mt. 16:17–18 (D&C 33:13). Ai
os nefitas justos pouco depois de sua daquele que diz que o Senhor já não se
ressurreição, Jesus Cristo disse que a manifesta por meio de revelação, 3 Né.
Igreja devia levar o seu nome (3 Né. 29:6. As revelações e mandamentos são
27:3–8). Nos tempos modernos o Se- dados somente por meio daquele de-
nhor revelou que o nome da Igreja de- signado, D&C 43:2–7. Cremos em tu-
via ser “A Igreja de Jesus Cristo dos do o que Deus revelou, RF 9.
Santos dos Últimos Dias” (D&C 115:4). Profetas : A Igreja está edificada sobre o
IGREJA VERDADEIRA, SINAIS fundamento dos apóstolos e dos profe-
DA. Ver também Igreja de Jesus tas, Ef. 2:19–20. Os apóstolos e profe-
Cristo; Igreja de Jesus Cristo dos tas são essenciais à Igreja, Ef. 4:11–16.
Santos dos Últimos Dias, A; Sinal Joseph Smith foi chamado para ser vi-
dente, profeta e apóstolo, D&C 21:1–
Doutrina e obras de uma Igreja que de- 3. Cremos em profetas, RF 6.
monstram ser ela aprovada por Deus e
o meio estabelecido pelo Senhor para Autoridade : Jesus deu a seus discípulos
que seus filhos obtenham a plenitude poder e autoridade, Lc. 9:1–2 (Jo. 15:16).
de suas bênçãos. Eis alguns dos sinais Néfi, filho de Helamã, tinha grande au-
da Igreja verdadeira: toridade de Deus, Hel. 11:18 (3 Né.
7:17). O profeta deve receber manda-
Entendimento correto da Trindade : Deus
mentos para a Igreja, D&C 21:4–5. Nin-
criou o homem à sua imagem, Gên.
guém poderá pregar o evangelho ou es-
1:26–27. O Senhor falou a Moisés cara
tabelecer a Igreja, a não ser que tenha
a cara, Êx. 33:11. A vida eterna é co-
sido ordenado por alguém com autori-
nhecer a Deus, o Pai, e a Jesus Cristo,
dade, D&C 42:11. Os élderes devem
Jo. 17:3. O Pai e o Filho têm corpos de
pregar o evangelho, agindo pela auto-
carne e ossos, D&C 130:22–23. O Pai e
ridade, D&C 68:8. Cremos que um ho-
o Filho apareceram a Joseph Smith,
mem deve ser chamado por Deus por
JS—H 1:15–20. Cremos em Deus, o Pai
quem possua autoridade, RF 5.
Eterno, RF 1.
Surgimento de novas escrituras : A vara
Primeiros princípios e ordenanças : Aquele
de Judá se juntará à vara de José, Eze.
que não nascer da água e do Espírito, Jo.
37:15–20. Predito o surgimento de escri-
3:3–5. Arrependei-vos, e cada um de
tura nos últimos dias, 1 Né. 13:38–41.
vós seja batizado em nome de Jesus
Cremos que Deus ainda revelará muitas
Cristo, At. 2:38. Então lhes impuseram
coisas grandiosas e importantes, RF 9.
as mãos, e receberam o Espírito Santo,
At. 8:14–17. Tornar-se filho de Deus pe- Organização da Igreja : A Igreja está edi-
la fé em Jesus Cristo, Gál. 3:26–27. Arre- ficada sobre o fundamento de apósto-
pendei-vos, e sede batizados em nome los e profetas, Ef. 2:19–20. Os apóstolos
Imersão 96
e profetas são essenciais à Igreja, Ef. Demos a beber a nosso pai, e deitemo-
4:11–16. Cristo é o cabeça da Igreja, Ef. nos com ele, Gên. 19:30–36. Foi Rúben, e
5:23. A Igreja de Cristo deve ter o seu deitou-se com Bilha, concubina de seu
nome, 3 Né. 27:8. Cremos na mesma pai, Gên. 35:22 (Gên. 49:4; I Cor. 5:1).
organização que existia na Igreja Pri- Homossexualismo e outras perversões
mitiva, RF 6. sexuais são abominações, Lev. 18:22–23.
Obra missionária : Portanto ide, ensinai Se um homem força uma mulher a dei-
todas as nações, Mt. 28:19–20. Setentas tar-se com ele, apenas o homem é culpa-
foram designados a pregar o evangelho, do de pecado, Deut. 22:25–27. Qualquer
Lc. 10:1. Eles desejavam que a salvação que atentar numa mulher para a co-
fosse declarada a toda criatura, Mos. biçar, já em seu coração cometeu adul-
28:3. Os élderes devem ir, de dois em tério com ela, Mt. 5:28 (3 Né. 12:28). A
dois, pregando o meu evangelho, D&C prostituição, a impureza, o apetite de-
42:6. O evangelho deverá ser pregado sordenado são idolatria, Col. 3:5. Nos
a toda criatura, D&C 58:64. últimos dias os homens não terão
afeição natural, II Tim. 3:1–3. O pecado
Dons espirituais : E começaram a falar sexual é uma abominação, Al. 39:3–5.
noutras línguas, At. 2:4. Os élderes
devem curar o enfermo, Tg. 5:14. Não IMORTAL, IMORTALIDADE. Ver
negar os dons de Deus, Morô. 10:8. também Expiação, Expiar; Jesus
Relacionados os dons espirituais, Cristo; Mortal, Mortalidade;
D&C 46:13–26 (I Cor. 12:1–11; Morô. Ressurreição; Salvação
10:9–18). A condição de viver para sempre com
Templos : Farei com eles um concerto e um corpo ressuscitado, não mais sujeito
porei o meu santuário no meio deles à morte física.
para sempre, Eze. 37:26–27. De repen- Já ressuscitou, Mc. 16:6. Assim também
te o Senhor virá ao seu templo, Mal. todos serão vivificados em Cristo, I Cor.
3:1. Néfi construiu um templo, 2 Né. 15:22. A morte é tragada quando isto
5:16. Os santos foram repreendidos por que é mortal se revestir de imortalidade,
deixarem de construir a casa do Senhor, I Cor. 15:53–54. Cristo aboliu a morte e
D&C 95 (88:119). O povo do Senhor trouxe a imortalidade, II Tim. 1:10. O
sempre construiu templos para a reali- espírito e o corpo serão reunidos no-
zação de ordenanças sagradas, D&C vamente e todos serão imortais, 2 Né.
124:37–44. A edificação de templos e a 9:13. Os espíritos se unirão a seus cor-
realização de ordenanças nos templos pos, tornando-se imortais, para não
fazem parte da grande obra dos últi- mais morrer, Al. 11:45. Os fiéis serão co-
mos dias, D&C 138:53–54. roados com imortalidade e vida eterna,
IMERSÃO. Ver Batismo, Batizar— D&C 75:5. A Terra se tornará santifi-
Batismo por imersão cada e imortal, D&C 77:1 (D&C 130:9).
A obra e glória de Deus é levar a efeito
IMORALIDADE. Ver Castidade; a imortalidade e vida eterna do homem,
Imoralidade Sexual; Iniqüidade, Mois. 1:39.
Iníquo; Sensual, Sensualidade
IMPÉRIO ROMANO. Ver também
IMORALIDADE SEXUAL. Ver Roma
também Adultério; Fornicação; O império da Roma antiga. Na época
Sensual, Sensualidade apostólica, o Império Romano era a
Participação intencional e deliberada maior potência do mundo. Abrangia to-
em adultério, fornicação, homossexua- da a região compreendida entre os rios
lismo, lesbianismo, incesto ou qualquer Eufrates, Danúbio e Reno, o Oceano
outro tipo de atividade sexual pecami- Atlântico e o deserto do Saara. A Pales-
nosa, impura ou contra a natureza. tina tornou-se um estado subordinado a
97 Inferno
Roma em 63 a.C., quando Pompeu con- 38:42). Permanecerão imundos ainda,
quistou Jerusalém. Embora os romanos D&C 88:35. Quando descansarei e serei
concedessem muitos privilégios aos ju- purificada da imundície? Mois. 7:48.
deus, estes odiavam o jugo romano e
INCREDULIDADE. Ver também
estavam em constante rebelião.
Crença, Crer
Paulo era cidadão romano mas usou a
Falta de fé em Deus e em seu evangelho.
língua grega, mais comum no império,
para propagar o evangelho nos domí- Não fez ali muitas maravilhas por causa
nios romanos. da incredulidade deles, Mt. 13:58. Por
causa de sua incredulidade, os discípu-
Dai a César o que é de César, Mt. 22:17– los de Jesus não puderam expulsar um
22. Paulo pleiteou seus direitos de cida- demônio, Mt. 17:14–21. Ajuda a minha
dão romano, At. 16:37–39 (22:25–29). incredulidade, Mc. 9:23–24. Cristo
ÍMPIO. Ver também Imundície, lançou em rosto aos apóstolos a sua in-
Imundo; Iniqüidade, Iníquo; credulidade e dureza de coração, Mc.
Injustiça, Injusto; Pecado 16:14. A sua incredulidade aniquilará
a fidelidade de Deus? Rom. 3:3. Melhor
Alguém ou alguma coisa que não está é que pereça um homem do que uma
de acordo com a vontade ou com os nação degenere e pereça na incredulida-
mandamentos de Deus; o iníquo e im- de, 1 Né. 4:13. Se acontecer que chegue o
puro. tempo em que caiam em incredulida-
O caminho dos ímpios perecerá, Salm. de, ele fará com que sejam dispersos e
1:6. O Senhor está longe dos ímpios, feridos, 2 Né. 1:10–11 (D&C 3:18). Por
Prov. 15:29. Quando o ímpio domina, causa de sua incredulidade não podiam
o povo suspira, Prov. 29:2 (D&C 98:9). compreender a palavra de Deus, Mos.
Se o justo apenas se salva, onde apare- 26:1–5. Não pude mostrar tão grandes
cerá o ímpio? I Ped. 4:18. Este é o estado milagres aos judeus, em virtude de sua
final dos ímpios, Al. 34:35 (40:13–14). incredulidade, 3 Né. 19:35. Em tempos
Negai-vos a toda iniqüidade, Morô. passados vossa mente escureceu-se por
10:32. A vingança vem rapidamente causa da descrença, D&C 84:54–58.
sobre os ímpios, D&C 97:22.
INFERNO. Ver também
IMPOSIÇÃO DE MÃOS. Ver Condenação; Diabo; Filhos de
Mãos, Imposição de Perdição; Morte Espiritual
Tradução do vocábulo hebraico Seol e
IMUNDÍCIE, IMUNDO. Ver
da palavra grega Hades .
também Ímpio; Iniqüidade,
Iníquo; Injustiça, Injusto; Limpo e As revelações modernas consideram o
Imundo; Pecado inferno pelo menos em dois sentidos.
Primeiro, é a morada temporária, no
Impureza espiritual pela desobediên- mundo espiritual, dos espíritos daque-
cia intencional a Deus. les que foram desobedientes na mortali-
Quando o Senhor lavar a imundícia dade. Nesse sentido, o inferno terá fim.
das filhas de Sião, Isa. 4:4 (2 Né. 14:4). Ali os espíritos aprenderão o evange-
O reino de Deus não é imundo, 1 Né. lho e em alguma época após o arrepen-
15:34 (Al. 7:21). Os imundos continua- dimento ressuscitarão para o grau de
rão imundos, 2 Né. 9:16 (Mórm. 9:14). glória que merecerem. Os que não se
Como vos sentiríeis se vos apresentás- arrependerem, mas não forem filhos
seis perante o tribunal de Deus, tendo de Perdição, permanecerão no inferno
vossas vestimentas manchadas de toda durante todo o milênio. Após esses
espécie de imundície? Al. 5:22. Afas- mil anos de tormento serão ressuscita-
tai-vos dos iníquos e não toqueis em dos para a glória telestial (D&C 76:81–
suas coisas imundas, Al. 5:56–57 (D&C 86; 88:100–101).
Infinito 98
Segundo, é a morada permanente dos INIMIZADE. Ver também Inveja;
que não forem redimidos pela expiação Amor; Vingança
de Jesus Cristo. Nesse sentido, o infer-
Nas escrituras significa antagonismo,
no é permanente. Será ele para os que
hostilidade e ódio.
ainda “permanecerão imundos” (D&C
88:35, 102). É onde habitarão eterna- Porei inimizade entre ti e a mulher,
mente Satanás e seus anjos e os filhos Gên. 3:15 (Mois. 4:21). A inclinação da
de Perdição, ou seja, os que negaram o carne é inimizade contra Deus, Rom.
Filho depois de o Pai lhes haver reve- 8:7. Ser amigo do mundo é ser inimigo
lado (D&C 76:43–46). de Deus, Tg. 4:4. Nesse dia, a inimiza-
As escrituras às vezes se referem ao in- de terá fim de diante de minha face,
ferno como trevas exteriores. D&C 101:26.
A alma de Davi não permanecerá no INIQÜIDADE, INÍQUO. Ver
inferno, Salm. 16:10 (86:13). Ir para o também Ímpio; Imundície,
inferno, para o fogo que nunca se apaga, Imundo; Injustiça, Injusto;
Mc. 9:43 (Mos. 2:38). O rico no inferno Pecado
ergueu os olhos, estando em tormen-
tos, Lc. 16:22–23 (D&C 104:18). Onde Maldade; ser desobediente aos man-
está, ó inferno, a tua vitória? I Cor. damentos de Deus.
15:55. A morte e o inferno deram os Como pois faria eu este tamanho mal, e
mortos, Apoc. 20:13. Há um lugar pre- pecaria contra Deus? Gên. 39:7–9. Tirai
parado; sim, aquele horrível inferno, dentre vós a esse iníquo, I Cor. 5:13. Lu-
1 Né. 15:35. A vontade da carne dá ao tamos contra a iniqüidade espiritual nos
espírito do diabo poder para levar-vos lugares celestiais, Ef. 6:12. Os que tive-
ao inferno, 2 Né. 2:29. Cristo preparou ram prazer na iniqüidade serão conde-
o caminho para libertar-nos da morte e nados, II Tess. 2:12. A iniqüidade nunca
inferno, 2 Né. 9:10–12. Os que permane- foi felicidade, Al. 41:10. É através dos
cerem imundos irão para o fogo eterno, iníquos que são os iníquos punidos,
2 Né. 9:16. O diabo engana suas almas Mórm. 4:5 (D&C 63:33). Naquela hora
e os conduz cuidadosamente ao infer- haverá uma separação total dos justos
no, 2 Né. 28:21. Jesus redimiu minha e dos iníquos, D&C 63:54. Eu vos envio
alma do inferno, 2 Né. 33:6. Livrai-vos para repreender o mundo por suas más
das penas do inferno, Jacó 3:11. Serão ações, D&C 84:87. É necessário que a
escravizados pelo diabo e levados por Terra seja santificada de toda a injustiça
sua vontade à destruição. Isto é o que a fim de ser preparada para receber a
significam as correntes do inferno, Al. glória celestial, D&C 88:17–18. Entre
12:11. Os iníquos serão atirados nas tre- os ímpios a voz do Salvador não foi
vas exteriores até a hora de sua ressur- ouvida, D&C 138:20. Assim virá o fim
reição, Al. 40:13–14. Os imundos seriam dos iníquos, JS—M 1:55.
mais miseráveis vivendo com Deus que
condenados ao inferno, Mórm. 9:4. O INOCÊNCIA, INOCENTE
castigo dado pela minha mão é castigo Sem culpa ou pecado.
infinito, D&C 19:10–12. Há um lugar
preparado para o diabo e seus anjos, Antes da queda, Adão e Eva se encon-
D&C 29:37–38. Os que reconhecem o travam em um estado de inocência,
Filho de Deus são libertados da morte 2 Né. 2:23. O sangue do inocente servirá
e das cadeias do inferno, D&C 138:23. de testemunho, Al. 14:11. Todo espíri-
to de homem era inocente no princípio,
INFINITO. Ver também Trindade D&C 93:38. Os inocentes não devem
Um dos nomes de Deus, indicando sua ser condenados com os injustos, D&C
natureza eterna (D&C 19:10–12; Mois. 104:7. Joseph e Hyrum Smith eram
1:3; 7:35). inocentes de qualquer crime, D&C
99 Inveja
135:6–7. As crianças são limpas desde Até que eu expire, nunca apartarei de
a fundação do mundo, Mois. 6:54. mim a minha sinceridade, Jó 27:5. O jus-
to anda na sua sinceridade, Prov. 20:7.
INJUSTIÇA, INJUSTO. Ver também
Eram homens fiéis em todas as ocasiões
Ímpio; Imundície, Imundo;
e em todas as coisas que lhes fossem
Iníquo, Iniqüidade; Justiça;
confiadas, Al. 53:20. O Senhor amava
Justo(s); Pecado; Retidão
a Hyrum Smith pela integridade do
Característica dos iníquos. Pessoas que seu coração, D&C 124:15.
não amam a Deus ou as coisas de Deus
e que não apóiam a causa dele. INTELIGÊNCIA(S). Ver também
Espírito; Luz, Luz de Cristo;
Os injustos não hão de herdar o reino Verdade
de Deus, I Cor. 6:9–10. Jesus Cristo po-
de purificar-nos de toda injustiça, I Jo. A palavra inteligência tem diversos sig-
1:9. Um rei injusto perverte os caminhos nificados, três dos quais são: (1) É a luz
de toda retidão, Mos. 29:23. O alicerce da verdade que dá vida e luz a todas as
da destruição é estabelecido pela injus- coisas no universo e que sempre existiu.
tiça de vossos advogados e juízes, Al. (2) O termo inteligências também pode
10:27. É a natureza de quase todos os referir-se aos filhos espirituais de Deus.
homens começar a exercer domínio in- (3) As escrituras podem também falar
justo, D&C 121:39. de inteligência referindo-se ao elemen-
to-espírito que existia antes de sermos
INSPIRAÇÃO, INSPIRAR. Ver gerados como filhos espirituais.
também Espírito Santo; Revelação A inteligência apega-se à inteligência,
Orientação divina concedida por Deus D&C 88:40. A inteligência não foi cria-
ao homem. A inspiração geralmente é da nem feita, D&C 93:29. Na esfera em
dada pelo Espírito de diversas manei- que Deus a colocou, toda inteligência
ras, penetrando a mente ou o coração é independente, D&C 93:30. A glória
da pessoa. de Deus é inteligência, D&C 93:36–37.
Depois do fogo veio uma voz mansa e A inteligência adquirida nesta vida
delicada, I Reis 19:12. O Espírito Santo surgirá conosco na ressurreição, D&C
vos ensinará todas as coisas, e vos fará 130:18–19. O Senhor reina sobre todas
lembrar de tudo, Jo. 14:26. O Espírito as inteligências, Abr. 3:21. O Senhor
de verdade vos guiará em toda a verda- mostrou a Abraão as inteligências que
de, Jo. 16:13. Fui conduzido pelo Espí- foram organizadas antes de o mundo
rito não sabendo de antemão o que de- existir, Abr. 3:22.
veria fazer, 1 Né. 4:6. A voz do Senhor INVEJA. Ver também Ciúme; Cobiçar
veio à minha mente, En. 1:10. Tudo o
De acordo com as escrituras, é errado de-
que convida e impele a fazer o bem é
sejar possuir o que pertence ao próximo.
inspirado por Deus, Morô. 7:13–16.
Não dei paz a tua mente? D&C 6:23. Os patriarcas, movidos de inveja, ven-
Falarei em tua mente e em teu coração, deram José para o Egito, At. 7:9. A cari-
D&C 8:2. Meu Espírito iluminará tua dade não é invejosa, I Cor. 13:4 (Morô.
mente e encher-te-á de alegria, D&C 7:45). Do orgulho nasce a inveja, I Tim.
11:13. No momento preciso ser-te-á da- 6:4. Onde há inveja, aí há perturbação
do o que hás de dizer e escrever, D&C e toda a obra perversa, Tg. 3:16. Deus
24:6 (D&C 84:85). A voz mansa e delica- ordenou que os homens não tenham in-
da penetra todas as coisas, D&C 85:6. veja, 2 Né. 26:32. Não havia inveja en-
tre o povo de Néfi, 4 Né. 1:15–18. Des-
INTEGRIDADE. Ver também pi-vos de inveja e temores, D&C 67:10.
Honestidade, Honesto; Justo(s); A inveja e a ira dos homens têm-me
Justiça; Retidão acompanhado todos os dias de minha
Retidão, honradez e sinceridade. vida, D&C 127:2.
Investidura, Investir 100
INVESTIDURA, INVESTIR. Ver Mos. 13:4. Visitarei este povo em minha
também Templo, a Casa do Senhor ira, Al. 8:29. Contra ninguém está ace-
Em sentido geral, é um dom de poder sa sua ira, a não ser contra os que não
que provém de Deus. Os membros confessam sua mão em todas as coisas,
dignos da Igreja podem receber uma D&C. 59:21. Eu, o Senhor, estou irado
investidura de poder por meio das or- com os iníquos, D&C 63:32.
denanças do templo, que lhes dão as IRMÃ(S), IRMÃO(S). Ver também
instruções e os convênios do Santo Sa- Homem, Homens; Mulher,
cerdócio requeridos para se alcançar a Mulheres
exaltação. A investidura inclui ins-
truções acerca do plano de salvação. Como filhos de nosso Pai Celestial, to-
dos os homens e mulheres são irmãos
Sereis investidos de poder do alto, D&C e irmãs espirituais. Na Igreja, os mem-
38:32, 38 (Lc. 24:49; D&C 43:16). Dei-vos bros costumam usar os termos “irmão”
o mandamento de construirdes uma ca- e “irmã” para dirigirem-se uns aos ou-
sa, onde tenciono investir os que escolhi tros e para os amigos que freqüentam
com poder do alto, D&C 95:8. Preparei as reuniões.
uma grande investidura e bênção, D&C
Qualquer que fizer a vontade de meu
105:12, 18, 33. Milhares se regozijarão
Pai, este é meu irmão e irmã, Mt. 12:50
em conseqüência da investidura com
(Mc. 3:35). Quando te converteres, con-
que meus servos foram investidos,
firma teus irmãos, Lc. 22:32. Qualquer
D&C 110:9. Glória, honra e investidura
que aborrece a seu irmão é homicida,
são prescritos pela ordenança de minha
I Jo. 3:10–17. Pensai em vossos irmãos
casa santa, D&C 124:39. Os que são cha-
como em vós mesmos, Jacó 2:17. Todo
mados pelo Pai, como o foi Aarão, se
homem estime a seu irmão como a si
acham investidos com as chaves do sa-
mesmo, D&C 38:24–25. Estabelecidas
cerdócio, D&C 132:59.
as regras para a confissão de pecados
IRA. Ver também Amor; Ódio entre irmãos e irmãs, D&C 42:88–93.
Fortalece teus irmãos em todas as tuas
Ira é demonstração de mau gênio. O
conversas, D&C 108:7.
Senhor admoestou os santos a que
controlassem sua ira (Mat. 5:22). Nem IRMÃO DE JAREDE. Ver Jarede,
pais nem filhos devem maltratar outros Irmão de
na família. Nas escrituras, a ira freqüen-
temente tem a imagem figurativa de ISABEL. Ver também João Batista
fogo (2 Né. 15:25; D&C 1:13). No Novo Testamento, a mulher de Za-
E irou-se Caim fortemente, e descaiu- carias, mãe de João Batista e parente
lhe o seu semblante, Gên. 4:5. Piedoso de Maria (Lc. 1:5–60).
e benigno é o Senhor, sofredor e de ISAÍAS
grande misericórdia, Salm. 145:8. A
resposta branda desvia o furor, Prov. Profeta do Velho Testamento que pro-
15:1. O homem iracundo suscita con- fetizou de 740–701 a.C. Como princi-
tendas, mas o longânimo apaziguará a pal conselheiro do rei Ezequias, Isaías
luta, Prov. 15:18 (Prov. 14:29). Por exerceu grande influência política e
amor do meu nome retardarei a minha religiosa.
ira, Isa. 48:9. Estendi as minhas mãos a Jesus citou Isaías com maior freqüên-
um povo que me irrita de contínuo, cia que qualquer outro profeta. Pedro,
Isa. 65:2–3. Se qualquer te bater na fa- João e Paulo também o citam freqüen-
ce direita, oferece-lhe também a outra, temente no Novo Testamento. O Livro
Mat. 5:39. E vós, pois, não provoqueis de Mórmon e Doutrina e Convênios
a ira a vossos filhos, Éf. 6:4. Por eu ter contêm mais citações de Isaías do que
dito a verdade, estais irados comigo, de qualquer outro profeta e muito
101 Israel
auxiliam na interpretação de seus ISMAEL, FILHO DE ABRAÃO. Ver
escritos. Néfi usou o livro de Isaías também Abraão; Hagar
para ensinar o seu povo (2 Né. 12–24; No Velho Testamento, filho de Abraão
Isa. 2–14). O Senhor disse aos nefitas e Hagar, serva egípcia de Sara (Gên.
que “grandes são as palavras de 16:11–16). O Senhor prometeu a Abraão
Isaías” e que todas as coisas por ele e Hagar que Ismael se tornaria o pai de
profetizadas seriam cumpridas (3 Né. uma grande nação (Gên. 21:8–21).
23:1–3).
O convênio veio através de Isaque, e
Livro de Isaías : Livro do Velho Testa- não de Ismael, Gên. 17:19–21 (Gál. 4:22–
mento. Muitas profecias de Isaías tra- 5:1). Deus abençoou a Ismael e o fez fru-
tam da vinda do Redentor, tanto no tificar, Gên. 17:20. Ismael ajudou a se-
seu ministério terreno (Isa. 9:6) quanto pultar Abraão, Gên. 25:8–9. Os nomes
como o Grande Rei, no último dia (Isa. dos doze filhos de Ismael, Gên. 25:12–
63). Também profetizou muito sobre o 16. A morte de Ismael, Gên. 25:17–18.
futuro de Israel. Esaú tomou como esposa a Maalate, fi-
O capítulo 1 serve de prólogo ao res- lha de Ismael, Gên. 28:9.
tante do livro. Isa. 7:14; 9:6–7; 11:1–5; ISMAEL, SOGRO DE NÉFI. Ver
53:1–12; e 61:1–3 preconizam a missão também Leí, Pai de Néfi
do Salvador. Os capítulos 2, 11, 12
e 35 tratam dos eventos dos últimos No Livro de Mórmon, homem que, com
dias, quando o evangelho seria restau- sua família, acompanhou a família de
rado, Israel reunida e o ermo floresce- Leí em sua viagem à terra da promissão,
ria como a rosa. O capítulo 29 contém 1 Né. 7:2–5. Os filhos de Leí casaram-se
uma profecia sobre o aparecimento com as filhas de Ismael, 1 Né. 16:7. Is-
do Livro de Mórmon (2 Né. 27). Os mael morreu no deserto, 1 Né. 16:34.
capítulos 40–46 proclamam a superio- ISRAEL. Ver também Abraão—A
ridade de Jeová, como verdadeiro Semente de Abraão; Adoção;
Deus, sobre os ídolos adorados pelos Jacó, Filho de Isaque
pagãos. Os capítulos restantes, do 47
O Senhor chamou de Israel a Jacó, filho
ao 66, relatam a restauração final de
de Isaque e neto de Abraão, conforme
Israel e o estabelecimento de Sião,
relata o Velho Testamento (Gên. 32:28;
quando o Senhor habitará no meio de
35:10). O nome Israel pode referir-se ao
seu povo.
próprio Jacó, a seus descendentes ou ao
ISAQUE. Ver também Abraão reino que esses descendentes vieram a
possuir na época do Velho Testamento
Patriarca do Velho Testamento. Seu (II Sam. 1:24; 23:3). Após Moisés tirar
nascimento na velhice de Abraão e Sa- os filhos de Israel do cativeiro no Egito
ra foi um milagre (Gên. 15:4–6; 17:15– (Êx. 3–14), eles foram governados por
21; 21:1–8). A disposição de Abraão em juízes durante mais de trezentos anos.
oferecer Isaque foi à semelhança de Começando com o rei Saul, Israel uni-
Deus e seu Filho Unigênito (Jacó 4:5). da foi governada por reis até a morte
Isaque herdou as promessas do convê- de Salomão, época em que as dez tribos
nio abraâmico (Gên. 21:9–12; 1 Né. se rebelaram contra Roboão para formar
17:40; D&C 27:10). uma nação independente. Depois que o
O nascimento de Isaque, Gên. 21:1–7. reino de Israel foi dividido, as tribos do
Devia ser sacrificado no monte Moriá, norte, sendo a parte maior, mantiveram
Gên. 22:1–19 (D&C 101:4). Seu casa- o nome de Israel, ao passo que as do rei-
mento, Gên. 24. Seu trato com os fi- no do sul tomaram o nome de Judá. Ho-
lhos, Gên. 27:1–28:9. Recebeu a exal- je em dia a terra de Canaã é também
tação com Abraão e Jacó, D&C 132:37 chamada de Israel. Em outro sentido,
(Mt. 8:11). o nome de Israel também se aplica a
Israel 102
um verdadeiro crente em Jesus Cristo tre as nações de todo o mundo para
(Rom. 10:1; 11:7; Gál. 6:16; Ef. 2:12). abençoar essas nações.
Doze tribos de Israel: Jacó, neto de E vos espalharei entre as nações, Lev.
Abraão, cujo nome foi mudado para Is- 26:33. E serás espalhado por todos os
rael, teve doze filhos. Seus descendentes reinos da Terra, Deut. 28:25, 37, 64. Dá-
tornaram-se conhecidos como as doze los-ei para andarem entre todos os rei-
tribos de Israel ou o povo de Israel. São nos da Terra, Jer. 29:18–19. Sacudirei a
estas as doze tribos: Rúben, Simeão, Le- casa de Israel entre todas as nações,
vi, Judá, Issacar e Zebulom (filhos de Ja- Amós 9:9 (Zac. 10:9). Jesus foi enviado
có e Léia); Dã e Naftáli (filhos de Jacó e às ovelhas perdidas da casa de Israel,
Bilha); Gade e Aser (filhos de Jacó e Zil- Mt. 15:24. Tenho outras ovelhas que não
pa); José e Benjamim (filhos de Jacó e são deste aprisco, Jo. 10:16. Israel será
Raquel) (Gên. 29:32–30:24; 35:16–18). dispersa sobre toda a face da Terra,
1 Né. 22:3–8. Jacó cita a alegoria de
Antes de morrer, Jacó deu ao líder de
Zenos da boa oliveira e da oliveira
cada tribo uma bênção (Gên. 49:1–28).
brava, Jacó 5–6. A obra do Pai começará
Para mais informações, ver neste Guia
entre as tribos perdidas, 3 Né. 21:26.
o nome de cada um dos filhos de Jacó.
Coligação de Israel: A casa de Israel será
Rúben, o primogênito de Léia, primeira
coligada nos últimos dias, antes da vin-
esposa de Jacó, perdeu sua primogeni-
da de Cristo (RF 10). O Senhor reúne os
tura e uma porção dupla da herança,
de seu povo, Israel, quando estes o acei-
por causa de imoralidade (Gên. 49:3–4).
tam e guardam os seus mandamentos.
A primogenitura então passou a José,
o primogênito de Raquel, segunda es- Ele arvorará um estandarte e elas virão,
posa de Jacó (I Crôn. 5:1–2). Levi, cuja Isa. 5:26. Com grande misericórdia te re-
tribo o Senhor havia escolhido para ser- colherei, Isa. 54:7. Israel e Judá serão
vir como ministros no sacerdócio, não reunidos em seus países, Jer. 30:3. O Se-
recebeu uma herança, em virtude de seu nhor congregará a casa de Israel dentre
chamado especial para ministrar a todas os povos entre os quais estão espalha-
as tribos. Deus permitiu que a porção dos, Eze. 28:25. Na dispensação da ple-
dupla de José fosse dividida entre seus nitude dos tempos Deus tornará a con-
filhos, Efraim e Manassés (I Crôn. 5:1; gregar todas as coisas em Cristo, Ef.
Jer. 31:9), que foram contados como 1:10. Após ser dispersa, Israel será reu-
tribos separadas de Israel (TJS—Gên. nida, 1 Né. 15:12–17. O Senhor reunirá
48:5–6). os povos da casa de Israel, 1 Né. 19:16
(3 Né. 16:5). Serão tirados da obscurida-
Os membros da tribo de Judá seriam os
de e saberão que o Senhor é seu Salva-
governantes até que viesse o Messias
dor, 1 Né. 22:12. Deus reúne e conta
(Gên. 49:10; TJS—Gên. 50:24). Nos últi-
seus filhos, 1 Né. 22:25. As nações dos
mos dias a tribo de Efraim tem o privilé-
gentios levarão Israel aos países de sua
gio de levar a mensagem da restauração
herança, 2 Né. 10:8 (3 Né. 16:4). Meu po-
do evangelho ao mundo e de reunir Is-
vo será reunido e minha palavra será
rael dispersa (Deut. 33:13–17). Dia virá
reunida em uma, 2 Né. 29:13–14. Os él-
em que, por meio do evangelho de Jesus
deres são chamados a reunir os eleitos,
Cristo, Efraim terá a função de dirigir a
D&C 29:7 (D&C 39:11). Reunirei meus
unificação de todas as tribos de Israel
eleitos, D&C 33:6. O Senhor manda que
(Isa. 11:12–13; D&C 133:26–34).
Israel se reúna para receber a lei e ser
Dispersão de Israel: O Senhor dispersou investido com o poder do alto, D&C
e fez padecer as doze tribos de Israel, 38:31–33. Recuperarei meu povo, que
em virtude de sua iniqüidade e rebel- é da casa de Israel, D&C 39:11. Os san-
dia. Entretanto o Senhor também usou tos ressurgirão, D&C 45:46. Moisés con-
esta dispersão do povo escolhido en- feriu as chaves da coligação, D&C
103 Jacó, Filho de Leí
110:11. A justiça e a verdade varrerão a JACÓ, FILHO DE ISAQUE. Ver
Terra e reunirão os eleitos do Senhor, também Esaú; Isaque; Israel
Mois. 7:62. A coligação é comparada Patriarca e profeta do Velho Testamen-
ao ajuntamento de águias ao redor de to, o mais jovem dos filhos gêmeos de
um cadáver, JS—M 1:27. Isaque e Rebeca (Gên. 25:19–26). Jacó
Dez tribos perdidas : As dez tribos de Is- obteve a primogenitura, no lugar de
rael, que formaram o reino do norte Esaú, seu irmão, em virtude da sua dig-
(Israel), foram levadas cativas para a nidade e porque se casou dentro do con-
Assíria em 721 a.C. Naquela época elas vênio, ao passo que Esaú desprezou sua
foram para os países do norte e torna- primogenitura e se casou fora do convê-
ram-se “perdidas” no que concerne ao nio (Gên. 25:30–34; 26:34–35; 27; 28:6–
conhecimento que temos delas, mas nos 9; Heb. 12:16).
últimos dias elas retornarão.
O Senhor disse a Rebeca que Esaú servi-
Direi ao norte: Dá, Isa. 43:6. Aqueles vi- ria a Jacó, Gên. 25:23. Comprou a pri-
rão do norte, Isa. 49:12 (1 Né. 21:12). Ju- mogenitura de Esaú, Gên. 25:29–34.
dá e Israel virão juntas da terra do norte, Sonhou com a escada que alcançava os
Jer. 3:18. Vive o Senhor, que fez subir céus, Gên. 28. Casou-se com Léia e com
os filhos de Israel da terra do norte, Jer. Raquel, Gên. 29:1–30. Casou-se com Bi-
16:14–16. Eis que os trarei da terra do lha e com Zilpa, Gên. 30:3–4, 9. Teve do-
norte, Jer. 31:8. Os nefitas e os judeus ze filhos e uma filha, Gên. 29:31–30:24;
terão as palavras das tribos perdidas de 35:16–20. Seu nome foi mudado para Is-
Israel, 2 Né. 29:12–13. Vou também ma- rael, Gên. 32:28. Viu a Deus face a face,
nifestar-me às tribos perdidas de Israel, Gên. 32:30. Favoreceu a José, Gên. 37:3.
3 Né. 17:4. Quando o evangelho for pre- Foi ao Egito com sua família, Gên. 46:1–
gado aos remanescentes da casa de Is- 7. Abençoou seus filhos e a posteridade
rael, as tribos perdidas serão recolhidas deles, Gên. 49. Morreu, Gên. 49:33.
à terra de sua herança, 3 Né. 21:26–29. Guardou os mandamentos e hoje se
Moisés conferiu a Joseph Smith e Oliver acha exaltado em um trono no céu, jun-
Cowdery as chaves da coligação de Is- to com Abraão e Isaque, D&C 132:37.
rael, D&C 110:11. O Senhor se lembrará
dos que estiverem nos países do norte, JACÓ, FILHO DE LEÍ. Ver também
D&C 133:26–32. Cremos na coligação Leí, Pai de Néfi
literal de Israel, RF 10. Profeta do Livro de Mórmon e autor
de diversos sermões que se encontram
ISSACAR. Ver também Israel; Jacó,
nos livros de 2 Néfi e de Jacó (2 Né.
Filho de Isaque
6–11; Jacó 1–7).
Filho de Jacó e Léia, no Velho Testamen- Livro de Jacó: O terceiro livro do Livro
to (Gên. 30:17–18; 35:23; 46:13). Seus de Mórmon. O capítulo 1 ensina que
descendentes se tornaram uma das doze Néfi transferiu os registros a Jacó, de-
tribos de Israel. pois consagrando Jacó e seu irmão Jo-
Tribo de Issacar: A bênção que Jacó confe- sé para serem sacerdotes e mestres do
riu a Issacar se encontra em Gên. 49:14– povo. Os capítulos 2–4 são sermões
15. Após estabelecer-se em Canaã, a tri- admoestando o povo a ser moralmen-
bo recebeu uma das regiões mais férteis te limpo. Jacó também ensinou sobre a
da Palestina, inclusive a planície de vinda de um Messias, um Redentor, e
Esdraelom. Dentro dos limites da he- apresentou alguns motivos pelos quais
rança de Issacar existiam lugares alguns membros da casa de Israel não o
importantes da história judaica, como aceitariam em sua vinda. Os capítulos
por exemplo o monte Carmelo, Megido, 5–6 contêm o testemunho de Jacó e uma
Dotã, Gilboa, Jezreel, Tabor e Nazaré alegoria profética da história e missão
(Jos. 19:17–23). do povo de Israel. O capítulo 7 traz um
Jactância 104
relato a respeito de um homem rebelde ao irmão de Jarede, Ét. 4:4. O irmão de
e instruído, chamado Serem, que foi do- Jarede advertiu seu povo sobre os peri-
minado pelo testemunho divino de Jacó. gos de uma monarquia, Ét. 6:22–23. O
Senhor mostrou todas as coisas ao ir-
JACTÂNCIA. Ver Orgulho
mão de Jarede, Ét. 12:21. O irmão de Ja-
JAFÉ. Ver também Noé, Patriarca rede era poderoso na escrita, Ét. 12:24.
Bíblico Pela fé o irmão de Jarede moveu a mon-
Filho mais velho de Noé, um profeta tanha Zerim, Ét. 12:30.
do Velho Testamento (Mois. 8:12). JAREDITAS. Ver também Jarede;
Noé gerou a Jafé, Gên. 5:32 (Gên. 6:10; Jarede, Irmão de; Livro de
Mois. 8:12). Jafé e sua mulher entram Mórmon
na arca de Noé, Gên. 7:13. Jafé saiu da Povo do Livro de Mórmon que era
arca, Gên. 9:18. Deus aumenta a Jafé, descendente de Jarede, de seu irmão e
Gên. 9:27. de seus amigos (Ét. 1:33–41). Eles fo-
JARDIM DO ÉDEN. Ver Éden ram conduzidos por Deus, da Torre de
Babel às Américas, uma terra da pro-
JARDIM DO GETSÊMANI. missão (Ét. 1:42–43; 2–3; 6:1–18). Em-
Ver Getsêmani bora sua nação em certa época tivesse
JAREDE. Ver também Jarede, Irmão tido milhões de pessoas, todos foram
de; Jareditas destruídos pela guerra civil resultante
de sua iniqüidade (Ét. 14–15).
Líder do Livro de Mórmon que, com
seu irmão, conduziu uma colônia de JAROM
pessoas da Torre de Babel à terra da No Livro de Mórmon, filho de Enos e
promissão, no hemisfério ocidental bisneto de Leí. Durante 60 anos ele foi
(Ét. 1:33–2:1). o responsável pelos registros nefitas, de
Jarede pediu a seu irmão que suplicas- 420 a 361 a.C. (En. 1:25; Jar. 1:13). Foi um
se ao Senhor não confundir a língua de homem fiel que preferiu não escrever
sua família e amigos, Ét. 1:34–37. Viajou muito nos registros históricos (Jar. 1:2).
até a beira do mar e ali habitou pelo es- Livro de Jarom: Este livro do Livro de
paço de quatro anos, Ét. 2:13. Partiu ru- Mórmon tem apenas 15 versículos. Ja-
mo à terra prometida, Ét. 6:4–12. rom registrou que os nefitas continua-
JAREDE, IRMÃO DE. Ver também vam a viver a lei de Moisés e aguarda-
Jarede; Jareditas vam a vinda de Cristo. Eles foram go-
vernados por reis que eram homens de
Profeta do Livro de Mórmon. Ele e seu grande fé e prosperaram enquanto
irmão fundaram a nação jaredita ao con- obedeceram a seus profetas, sacerdo-
duzirem uma colônia de pessoas da tes e mestres.
Torre de Babel à terra da promissão, no
hemisfério ocidental (Ét. 1–6). Foi um JEJUAR, JEJUM. Ver também
homem de tamanha fé que falou com o Bem-estar; Esmolas; Ofertas;
Senhor face a face (D&C 17:1). Sua his- Pobres
tória acha-se registrada no livro de Éter. Abster-se voluntariamente de comer ou
O irmão de Jarede era de grande estatu- beber, com o propósito de chegar mais
ra, e altamente favorecido pelo Senhor, perto do Senhor e invocar suas bênçãos.
Ét. 1:34. Em virtude de sua fé, o irmão Quando os indivíduos ou grupos de
de Jarede viu o dedo do Senhor, Ét. 3:6– pessoas jejuam, devem também orar pa-
9 (12:20). Cristo mostrou seu corpo espi- ra entender a vontade de Deus e desen-
ritual ao irmão de Jarede, Ét. 3:13–20. volver maior vigor espiritual. O jejum
Jamais se manifestaram coisas maiores sempre tem sido praticado pelos ver-
do que aquelas que foram reveladas dadeiros crentes.
105 Jeremias
Na Igreja, atualmente, um domingo de como filho de Maria (Mos. 3:8; 15:1; 3
cada mês é designado para se jejuar. Né. 15:1–5). Geralmente, quando a
Nesse dia os membros da Igreja abstêm- palavra Senhor aparece no Velho Tes-
se de alimentos e bebidas durante 24 ho- tamento, se refere a Jeová.
ras e doam à Igreja o dinheiro que gas- Jeová é Cristo : Jeová era conhecido pelos
tariam naquelas refeições. Essa contri- antigos profetas (Êx. 6:3; Abr. 1:16). O
buição é chamada de oferta de jejum. apóstolo Paulo ensinou que Cristo era o
A Igreja utiliza as ofertas de jejum pa- Jeová do Velho Testamento (Êx. 17:6;
ra ajudar os pobres e necessitados. I Cor. 10:1–4). No Livro de Mórmon, o
Nós jejuamos, e pedimos ao nosso Deus, irmão de Jarede viu Cristo antes de ha-
Esd. 8:21–23, 31. Estive jejuando e oran- ver este nascido e adorou-o (Ét. 3:13–
do perante o Deus dos céus, Nee. 1:4. 15). Morôni também chamou Cristo de
Jejuai por mim, e não comais nem be- Jeová (Morô. 10:34). No Templo de Kirt-
bais por três dias, Est. 4:16. Humilhava a land, Joseph Smith e Oliver Cowdery vi-
minha alma com o jejum, Salm. 35:13. ram Jeová ressuscitado (D&C 110:3–4).
Não é este o jejum que escolhi? Isa.
58:3–12. Dirigi o meu rosto ao Senhor JEREMIAS. Ver também
Deus, para o buscar com oração, com je- Lamentações, Livro de
jum, Dan. 9:3. Convertei-vos a mim de Profeta do Velho Testamento que nas-
todo o vosso coração, e isso com jejum, ceu de uma família de sacerdotes e pro-
Joel 2:12. Os homens de Nínive creram fetizou em Judá de 626 a 586 a.C. Foi
em Deus; e proclamaram um jejum, Jon. quase contemporâneo de outros gran-
3; 5. Jesus jejuou quarenta dias e quaren- des profetas como Leí, Ezequiel, Oséias
ta noites, Mt. 4:2 (Êx. 34:28; I Reis 19:8; e Daniel.
Lc. 4:1–2). Lava teu rosto para não pare-
Jeremias foi ordenado na vida pré-mor-
ceres aos homens que jejuas, Mt. 6:18
tal para ser profeta (Jer. 1:4–5). Durante
(3 Né. 13:16). Esta casta não se expulsa
o seu ministério de quase quarenta anos
senão pela oração e pelo jejum, Mt.
como profeta ele pregou contra a idola-
17:21. Continuai em jejum e oração,
tria e a imoralidade existentes entre os
Ômni 1:26 (4 Né. 1:12). Começaram a je-
judeus (Jer. 3:1–5; 7:8–10). Enfrentou
juar e a rogar ao Senhor seu Deus, Mos.
continuamente a oposição e o escárnio
27:22. Jejuei e orei durante muitos dias
(Jer. 20:2; 36:18–19; 38:4). Após a queda
a fim de saber estas coisas, Al. 5:46. Foi
de Jerusalém, os judeus que fugiram pa-
ordenado aos filhos de Deus que se
ra o Egito levaram consigo Jeremias (Jer.
unissem em jejum e fervorosa oração,
43:5–6) onde, diz a tradição, foi morto
Al. 6:6. Os filhos de Mosias haviam-se
apedrejado.
devotado a muita oração e jejum, Al.
17:3, 9. Um tempo de jejum e oração Livro de Jeremias: Os capítulos 1–6 con-
seguiu a morte de muitos nefitas, Al. têm profecias feitas durante o reinado
28:5–6. Eles jejuaram e oraram muito, de Josias. Nos capítulos 7–20 encon-
Al. 45:1 (Hel. 3:35). Seja teu alimento tram-se profecias feitas no tempo do
preparado com singeleza de coração rei Joaquim. Os capítulos 21–38 falam
para que teu jejum seja perfeito, D&C do reinado de Zedequias. Os capítulos
59:13–14. Que continueis em oração e 39–44 trazem profecias e descrevem
jejum, D&C 88:76. os eventos históricos após a queda de
Jerusalém. O capítulo 45 fala de uma
JEOVÁ. Ver também Eu Sou; Jesus promessa feita a Baruque, seu escriba,
Cristo de que sua vida seria preservada.
O nome do convênio, ou nome do Deus Finalmente, os capítulos 46–51 são
de Israel. Ele significa “o eterno EU profecias contra as nações estrangei-
SOU” (Êx. 3:14; Jo. 8:58). Jeová é o Jesus ras. O capítulo 52 é um epílogo his-
Cristo pré-mortal que veio à Terra tórico. Algumas profecias de Jeremias
Jericó 106
se achavam nas placas de latão de JERUBAAL. Ver também Gideão
Labão, obtidas por Néfi (1 Né. 5:10– (Velho Testamento)
13). Jeremias é mencionado mais duas Nome dado a Gideão no Velho Testa-
vezes no Livro de Mórmon (1 Né. 7:14; mento, após haver destruído o altar de
Hel. 8:20). Baal (Juí. 6:32; 7:1; 9; I Sam. 12:11).
O livro de Jeremias também inclui um
JERUSALÉM
reconhecimento da existência pré-mor-
tal do homem e da preordenação de Je- Cidade situada na moderna Israel. É a
remias (Jer. 1:4–5); uma profecia sobre o cidade mais importante da história bí-
retorno de Israel de sua dispersão, reu- blica. Nela acham-se alguns dos lugares
nindo um de cada cidade e dois de cada mais sagrados para os cristãos, judeus
família em Sião, uma terra agradável e muçulmanos, visitados regularmente
onde Israel e Judá poderiam habitar em por inúmeros devotos. Também é cha-
segurança e paz (Jer. 3:12–19); e uma mada de Cidade Santa.
profecia de que o Senhor coligará Israel Antigamente conhecida como Salém
da terra do norte, enviando “pescado- (Gên. 14:18; Salm. 76:2), Jerusalém foi
res” e “caçadores” para encontrá-los uma cidade dos jebuseus, até ser con-
(Jer. 16:14–21). Este acontecimento dos quistada por Davi (Jos. 10:1; 15:8; II Sam.
últimos dias será de proporção maior 5:6–7), que fez dela a sua capital. Até
até mesmo do que a libertação dos fi- aquela época tinha sido apenas uma
lhos de Israel do cativeiro egípcio, por fortaleza nas montanhas, situada cer-
meio de Moisés (Jer. 16:13–15; 23:8). ca de 800 metros acima do nível do
JERICÓ mar. É cercada de profundos vales por
todos os lados, exceto ao norte.
Cidade cercada de muralhas no vale do
Jordão, situada 245 metros abaixo do ní- Enquanto reinou em Jerusalém o rei Da-
vel do mar Mediterrâneo. Fica perto do vi ocupou um palácio de madeira. Du-
lugar onde os israelitas cruzaram o rio rante o reinado de Salomão, entretanto,
e entraram pela primeira vez na terra o povo construiu muitas coisas para em-
prometida (Jos. 2:1–3; 3:16; 6). belezar a cidade, inclusive um palácio
e um templo.
Os israelitas travaram uma batalha em
Jericó, Jos. 6:1–20. Josué proferiu uma Depois que os reinos de Israel e Judá se
maldição sobre Jericó, Jos. 6:26 (I Reis dividiram, Jerusalém continuou sendo a
16:34). Jericó se encontrava dentro do capital de Judá. Foi atacada diversas ve-
território designado a Benjamim, Jos. zes por exércitos invasores (I Re. 14:25;
18:11–12, 21. O Senhor visitou Jericó II Re. 14:13; 16:5; 18–19; 24:10; 25). Sob o
em sua última jornada a Jerusalém, domínio de Ezequias, Jerusalém tornou-
Mc. 10:46 (Lc. 18:35; 19:1). se o centro da adoração religiosa, mas
foi parcialmente destruída nos anos 320
JEROBOÃO a.C., 168 a.C. e 65 a.C. Herodes recons-
No Velho Testamento, Jeroboão foi o truiu as muralhas e o templo, porém no
primeiro rei da parte norte do reino ano 70 d.C. os romanos destruíram-na
dividido de Israel. Era membro da tri- totalmente.
bo de Efraim. O perverso Jeroboão en- Melquisedeque foi rei de Salém, Gên.
cabeçou uma revolta contra a casa de 14:18 (Heb. 7:2). Isaías exortou Jerusa-
Judá e a família de Davi. lém a vestir os seus mais formosos vesti-
Jeroboão colocou ídolos para o povo dos, Isa. 52:1. A palavra do Senhor viria
adorar em Dã e Betel, I Re. 12:28–29. Aí- de Jerusalém, Miq. 4:2. Jesus lamenta o
as repreendeu duramente a Jeroboão, destino de Jerusalém, Mt. 23:37–39 (Lc.
I Re. 14:6–16. Jeroboão foi lembrado 13:34). Jerusalém é a cidade do Deus
por levar Israel a cometer um terrível vivo, Heb. 12:22. Jerusalém precisaria
pecado, I Re. 15:34 (I Reis 12:30). ser destruída se não se arrependessem,
107 Jesus Cristo
1 Né. 1:4, 13, 18 (2 Né. 1:4; Hel. 8:20). grande missão antes da criação do mun-
Jerusalém tornaria a ser habitada depois do (D&C 110:3–4). Sob a direção do Pai,
de sua destruição, 3 Né. 20:46. Jerusa- Jesus criou a Terra e tudo o que nela
lém seria reconstruída, Ét. 13:5. Cristo existe (Jo. 1:3; 14; Mois. 1:31–33). Jesus
preveniu os santos dos últimos dias co- nasceu de Maria em Belém, viveu sem
mo fez ao povo de Jerusalém, D&C 5:20. pecado e fez uma expiação perfeita pe-
Os que forem de Judá fujam para Jeru- los pecados de toda a humanidade, der-
salém, D&C 133:13. A voz do Senhor ramando o seu sangue e entregando a
se ouvirá de Jerusalém, D&C 133:21. vida na cruz (Mt. 2:1; 1 Né. 11:13–33;
3 Né. 27:13–16; D&C 76:40–42). Levan-
JERUSALÉM, NOVA. Ver Nova tou-se dos mortos, assegurando assim a
Jerusalém; Sião ressurreição da humanidade. Em virtu-
JESSÉ. Ver também Davi de da expiação e ressurreição de Jesus,
todos os que se arrependerem de seus
No Velho Testamento, o pai de Davi e pecados e guardarem os mandamentos
ancestral de Cristo e de todos os reis de Deus podem viver eternamente com
de Judá. Jesus e o Pai (2 Né. 9:10–12; 21–22; D&C
Obede, filho de Rute, foi o pai de Jessé, 76:50–53, 62).
Rut. 4:17, 22. Dados os nomes dos an- Jesus Cristo é o ser supremo entre os
cestrais de Jessé até Judá, I Crôn. 2:5– nascidos nesta Terra. Sua vida é o exem-
12 (Mt. 1:5–6). plo perfeito de como toda a humani-
JESUS CRISTO. Ver também dade deve viver. Todas as orações,
Advogado; Água(s) Viva(s); Alfa; bênçãos e ordenanças do sacerdócio
Arrepender-se, Arrependimento; devem ser feitas em seu nome. Ele é o
Ascensão; Bom Pastor; Caminho; Senhor dos senhores, Rei dos reis, o
Consciência; Consolador; Cordeiro Criador, o Salvador e o Deus de toda a
de Deus; Criação, Criar; Terra.
Crucificação; Cruz; Emanuel; Jesus Cristo voltará em poder e glória
Esposo; Eu Sou; Evangelhos; para reinar na Terra durante o Milê-
Expiação, Expiar; Fé; Filho do nio. No último dia ele julgará toda a
Homem; Gerar; Gólgota; Graça; humanidade (Al. 11:40–41; JS—M 1).
Infinito; Jeová; Libertador; Luz, Resumo de sua vida (seguindo a ordem dos
Luz de Cristo; Maria, Mãe de acontecimentos): Preditos o nascimento e
Jesus; Mediador; Messias; Ômega; missão de Jesus, Lc. 1:26–38 (Isa. 7:14;
Pão da Vida; Pedra de Esquina; 9:6–7; 1 Né. 11). Nascimento, Lc. 2:1–7
Plano de Redenção; Primogênito; (Mt. 1:18–25). Circuncisão, Lc. 2:21.
Princípio; Redenção, Redimido, Apresentação no templo, Lc. 2:22–38.
Redimir; Redentor; Remissão dos Visita dos magos, Mt. 2:1–12. José e Ma-
Pecados; Ressurreição; ria fogem para o Egito, Mt. 2:13–18. Tra-
Sacramento; Sacrifício; Salvador; zido para viver em Nazaré, Mt. 2:19–23.
Sangue; Segunda Vinda de Jesus Visita o templo aos doze anos de idade,
Cristo; Senhor; Sermão da Lc. 2:41–50. Tinha irmãos e irmãs, Mt.
Montanha; Serpente de Metal; 13:55–56 (Mc. 6:3). É batizado, Mt. 3:13–
Transfiguração—A Transfiguração 17 (Mc. 1:9–11; Lc. 3:21–22). Tentado pe-
de Cristo; Trindade; Ungido, o lo diabo, Mt. 4:1–11 (Mc. 1:12–13; Lc.
As Palavras Cristo (grega) e Messias (he- 4:1–13). Chama seus discípulos, Mt.
braica) significam “o ungido”. Jesus 4:18–22 (9:9; Mc. 1:16–20; 2:13–14; Lc.
Cristo é o Primogênito do Pai em espí- 5:1–11, 27–28; 6:12–16; Jo. 1:35–51). Co-
rito (Heb. 1:6; D&C 93:21). Ele é o Uni- missiona os doze, Mt. 10:1–4 (Mc. 3:13–
gênito do Pai na carne (Jo. 1:14; 3:16). 19; Lc. 6:12–16). Profere o Sermão da
Ele é Jeová e foi preordenado para sua Montanha, Mt. 5–7. Prediz sua morte e
Jesus Cristo 108
ressurreição, Mt. 16:21 (17:22–23; 20:17– ceu por nós, deixando-nos o exemplo,
19; Mc. 8:31; 9:30–32; 10:32–34; Lc. 9:22; para que sigamos as suas pisadas, I Ped.
18:31–34). A Transfiguração, Mt. 17:1–9 2:21. A menos que o homem siga o
(Mc. 9:2–8; Lc. 9:28–36). Envia os seten- exemplo do Filho do Deus vivente, não
ta, Lc. 10:1–20. Faz sua entrada triunfal poderá ser salvo, 2 Né. 31:16. Quisera
em Jerusalém, Mt. 21:1–11 (Mc. 11:1–11; que fôsseis perfeitos, assim como eu,
Lc. 19:29–40; Jo. 12:12–15). Institui o sa- 3 Né. 12:48. Sempre procurareis fazer
cramento, Mt. 26:26–29 (Mc. 14:22–25; isto tal como eu fiz, 3 Né. 18:6. Eu vos
Lc. 22:19–20). Sofre e ora no Getsêmani, dei o exemplo, 3 Né. 18:16. As obras
Mt. 26:36–46 (Mc. 14:32–42; Lc. 22:39– que me vistes fazer, essas também fa-
46). Traído, preso e abandonado, Mt. reis, 3 Né. 27:21, 27. Os verdadeiros se-
26:47–56 (Mc. 14:43–53; Lc. 22:47–54; Jo. guidores de Jesus Cristo deverão ser
18:2–13). Crucificado, Mt. 27:31–54 (Mc. semelhantes a ele, Morô. 7:48.
15:20–41; Lc. 23:26–28, 32–49; Jo. 19:16– Glória de Jesus Cristo: A glória do Senhor
30). Ressuscita, Mt. 28:1–8 (Mc. 16:1–8; encheu o tabernáculo, Êx. 40:34–38. To-
Lc. 24:1–12; Jo. 20:1–10). Aparece após a da a Terra está cheia de sua glória, Isa.
ressurreição, Mt. 28:9–20 (Mc. 16:9–18; 6:3 (2 Né. 16:3). A glória do Senhor vai
Lc. 24:13–48; Jo. 20:11–31; At. 1:3–8; nascendo sobre ti, Isa. 60:1–2. O Filho
I Cor. 15:5–8). Sobe aos céus, Mc. 16:19– do Homem virá na glória de seu Pai,
20 (Lc. 24:51–53; At. 1:9–12). Aparece Mt. 16:27. Glorifica-me tu, com aquela
aos nefitas, 3 Né. 11:1–17 (3 Né. 11–26). glória que tinha contigo antes que o
Aparece a Joseph Smith, JS—H 1:15–20. mundo existisse, Jo. 17:5. O Santo de
Autoridade: O principado está sobre os Israel reinará em grande glória, 1 Né.
seus ombros, Isa. 9:6 (2 Né. 19:6). Jesus 22:24. Tínhamos esperança em sua
ensinava como tendo autoridade, Mt. glória, Jacó 4:4. O Filho de Deus vem em
7:28–29 (Mc. 1:22). O Filho do Homem sua glória, Al. 5:50. Explicou-lhes todas
tem autoridade para perdoar pecados, as coisas, do princípio até o tempo em
Mt. 9:6. Jesus expulsou os espíritos que viria em sua glória, 3 Né. 26:3. Meus
imundos com autoridade e eles lhe obe- apóstolos serão revestidos de glória co-
deceram, Mc. 1:27 (Lc. 4:33–36). Jesus mo eu, D&C 29:12 (D&C 45:44). Con-
ordenou doze para que tivessem autori- templamos a glória do Filho, à direita
dade, Mc. 3:14–15. A palavra de Jesus do Pai, D&C 76:19–23. João viu e testifi-
era com autoridade, Lc. 4:32. O Pai deu cou a plenitude de minha glória, D&C
ao Filho todo o juízo, Jo. 5:22, 27. Deus 93:6 (Jo. 1:14). Seu semblante resplande-
ungiu a Jesus com o Espírito Santo e cia mais do que o brilho do sol, D&C
com poder, At. 10:38. Cristo foi preor- 110:3. Sua glória estava sobre mim e vi
denado antes da fundação do mundo, seu rosto, Mois. 1:1–11. Esta é minha
I Ped. 1:20 (Ét. 3:14). Cristo tem as cha- obra e minha glória, Mois. 1:39.
ves da morte e do inferno, Apoc. 1:18. Cabeça da Igreja: Cristo é cabeça da Igre-
Todos os homens tornam-se sujeitos a ja, Ef. 5:23 (Ef. 1:22; 4:15). Ele é a cabeça
Cristo, 2 Né. 9:5. Jesus Cristo, o Filho de do corpo que é a Igreja, Col. 1:18. Esta é
Deus, o Pai do céu e da Terra, Criador a minha Igreja, Mos. 26:22 (Mos. 27:13).
de todas as coisas desde o princípio, Cristo era o autor e aperfeiçoador de
Hel. 14:12. Cristo veio pela vontade do sua fé, Morô. 6:1–4. Estabeleci esta
Pai para cumprir sua vontade, D&C igreja, D&C 33:5 (3 Né. 27:3–8).
19:24. O Pai Celestial deu a Jesus de sua
Juiz: Ele julgará o mundo com justiça,
plenitude, e ele recebeu todo o poder,
Salm. 9:8 (3 Né. 27:16). Ele vem julgar a
D&C 93:3–4, 16–17 (Jo. 3:35–36).
Terra, Salm. 96:13. Deus julgará o justo
Exemplo de Jesus Cristo: Eu vos dei o e o ímpio, Ecles. 3:17. Ele exercerá o seu
exemplo, Jo. 13:15. Eu sou o caminho, juízo sobre as gentes, Isa. 2:4 (Miq. 4:3;
a verdade e a vida, Jo. 14:6. Cristo pade- 2 Né. 12:4). Julgará com justiça os
109 Jesus Cristo
pobres, Isa. 11:2–4. O Pai deu ao Filho 15:3–8. Jesus mostrou-se ao povo de
todo o juízo, Jo. 5:22. Se julgo, o meu Néfi, 3 Né. 11:1–17. Cerca de 2.500
juízo é verdadeiro, Jo. 8:16. Ele foi pessoas viram e ouviram a Jesus, 3 Né.
constituído por Deus como juiz dos 17:16–25. Mórmon foi visitado pelo
vivos e dos mortos, At. 10:42 (II Tim. Senhor, Mórm. 1:15. Joseph Smith e
4:1). Deus há de julgar os segredos dos Sidney Rigdon viram Jesus à direita
homens, por Jesus Cristo, Rom. 2:16. de Deus, D&C 76:22–23. Joseph Smith
Todos havemos de comparecer ante o e Oliver Cowdery viram o Senhor no
tribunal de Cristo, Rom. 14:10 (II Cor. Templo de Kirtland, D&C 110:1–4.
5:10; Al. 12:12; Mórm. 3:20; 7:6; Ét. Joseph Smith viu a Jesus à direita de
12:38; D&C 135:5). Todos os homens Deus, JS—H 1:15–17.
vão a Deus para serem julgados de
acordo com a verdade e santidade que Existência pré-mortal de Cristo: O Senhor
estão nele, 2 Né. 2:10. Apresentar-vos apareceu a Abraão, Gên. 12:7 (Gên. 17:1;
diante de Deus e serdes julgados de 18:1; Abr. 2:6–8). O Senhor falou a Moi-
acordo com as obras, Al. 5:15 (Al. 12:15; sés cara a cara, Êx. 33:11 (Deut. 34:10;
33:22; 3 Né. 27:14). Deus e Cristo são o Mois. 1:1–2). Vi o Senhor, que estava em
juiz de todos, D&C 76:68. pé sobre o altar, Amós 9:1. No princípio
o Verbo estava com Deus. E o Verbo se
Reinado de Cristo no milênio: O principa- fez carne, e habitou entre nós, Jo. 1:1, 14
do está sobre os seus ombros, Isa. 9:6 (I Jo. 1:1–3). Antes que Abraão existisse
(2 Né. 19:6). Habitarei no meio de ti, diz eu sou, Jo. 8:58. Glorifica-me tu, com
o Senhor, Zac. 2:10–12 (Zac. 14:9). Deus aquela glória que eu tinha contigo antes
dará a Jesus o trono de Davi, seu pai, Lc. que o mundo existisse, Jo. 17:5. Isaías
1:30–33. Cristo reinará para todo o sem- realmente viu o meu Redentor, assim
pre, Apoc. 11:15. Os santos reinarão como eu e meu irmão Jacó o vimos,
com Cristo durante mil anos, Apoc. 20:4 2 Né. 11:2–3. Amanhã eu virei ao mun-
(D&C 76:63). Por causa da retidão do do, 3 Né. 1:12–14. Cristo existia antes do
povo, Satanás não tem poder, 1 Né. 22:26 princípio do mundo, 3 Né. 26:5 (Jo.
(Apoc. 20:1–3). Em justiça habitarei com 6:62). Assim como te apareço em espíri-
os homens na Terra por mil anos, D&C to, aparecerei a meu povo na carne, Ét.
29:11 (D&C 43:29–30). Sujeitai-vos aos 3:14–17. Enoque viu o Senhor e andou
poderes existentes até que reine aquele com ele, D&C 107:48–49. Meu Filho
cujo direito é reinar, D&C 58:22 ( I Cor. Amado, que foi meu Amado e meu Es-
15:25). Cristo reinará pessoalmente na colhido desde o princípio, Mois. 4:2. O
Terra, RF 10 (Isa. 32:1). Senhor disse: Quem enviarei? E um se-
melhante ao Filho do Homem respon-
Aparições de Cristo após sua morte: Ao res- deu: Eis-me aqui, envia-me, Abr. 3:27.
suscitar, Jesus apareceu primeiro a Ma-
ria Madalena, Mc. 16:9 (Jo. 20:11–18). Profecias acerca do nascimento e da morte de
Jesus andou e conversou com dois discí- Jesus Cristo: Uma virgem conceberá, e
pulos no caminho de Emaús, Lc. 24:13– dará à luz um filho, Isa. 7:14 (1 Né.
34. Jesus apareceu aos apóstolos, que 11:13–20). De Belém sairá um governan-
lhe tocaram as mãos e os pés, Lc. 24:36– te em Israel, Miq. 5:2. Samuel, o lamani-
43 (Jo. 20:19–20). Jesus apareceu a Tomé, ta, profetizou que haverá um dia, uma
Jo. 20:24–29. Jesus apareceu aos discí- noite e um dia como se fosse um só;
pulos junto ao mar de Tiberíades, Jo. uma nova estrela; e muitos sinais, Hel.
21:1–14. Jesus ministrou durante qua- 14:2–6. Samuel, o lamanita, profetizou
renta dias após a ressurreição, At. 1:2– escuridão, trovões e relâmpagos, e tre-
3. Estêvão viu Jesus à direita de Deus, mores de terra, Hel. 14:20–27. Os sinais
At. 7:55–56, Jesus apareceu a Saulo, At. do nascimento de Jesus foram cumpri-
9:1–8 (TJS—At. 9:7; At. 26:9–17). Cristo dos, 3 Né. 1:15–21. Os sinais da morte
foi visto por mais de 500 pessoas, I Cor. de Jesus foram cumpridos, 3 Né. 8:5–23.
Jetro 110
Tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo: Simbolismos ou símbolos de Cristo: Abel
Nenhum outro nome há pelo qual deva- ofereceu as primícias de seu rebanho,
mos ser salvos, At. 4:12 (2 Né. 31:21). Os Gên. 4:4 (Mois. 5:20). Toma o teu único
apóstolos regozijaram-se por terem sido filho, Isaque, e oferece-o em holocausto,
considerados dignos de padecer afronta Gên. 22:1–13 (Jacó 4:5). O Senhor orde-
pelo nome de Jesus, At. 5:38–42. Seu nou aos filhos de Israel que oferecessem
mandamento é este: que creiamos no cordeiros sem mancha, Êx. 12:5, 21, 46
nome de seu Filho Jesus Cristo, I Jo. (Núm. 9:12; Jo. 1:29; 19:33; I Ped. 1:19;
3:23. Testemunhando que estais dispos- Apoc. 5:6). Este é o pão que o Senhor
tos a tomar sobre vós o nome de Cristo vos deu para comer, Êx. 16:2–15 (Jo.
pelo batismo, 2 Né. 31:13. Quisera que 6:51). Ferirás a rocha, e dela sairão
tomásseis sobre vós o nome de Cristo, águas, e o povo beberá, Êx. 17:6 (Jo. 4:6–
Mos. 5:6–12 (Mos. 1:11). Todos aqueles 14; I Cor. 10:1–4). O bode levará sobre si
que desejavam tomar sobre si o nome todas as iniqüidades deles, Lev. 16:20–
de Cristo, uniam-se às Igrejas de Deus, 22 (Isa. 53:11; Mos. 14:11; 15:6–9). Moi-
Mos. 25:23. Todos os que eram crentes sés levantou uma serpente de metal pa-
verdadeiros em Cristo tomavam sobre ra salvar os que para ela olhassem,
si o nome de Cristo, Al. 46:15. A porta Núm. 21:8–9 (Jo. 3:14–15; Al. 33:19; Hel.
do céu está aberta a todos os que vierem 8:14–15). Jonas esteve por três dias no
a crer no nome de Jesus Cristo, Hel. ventre do peixe, Jon. 1:17 (Mt. 12:40). Is-
3:28. Bem-aventurado é aquele que no so é à semelhança do sacrifício do Uni-
último dia for considerado fiel ao meu gênito do Pai, Mois. 5:4–8.
nome, Ét. 4:19. Desejam tomar sobre si
o nome de teu Filho, Morô. 4:3 (D&C JETRO. Ver também Moisés
20:77). Tomai sobre vós o nome de No Velho Testamento, príncipe e sacer-
Cristo, D&C 18:21–25. dote de Midiã que deu morada a Moisés
Testemunhos sobre Jesus Cristo: Paulo tes- quando este fugiu do Egito. Também é
tificou que Jesus é o Cristo, At. 18:5. Até chamado de Reuel (Êx. 2:18). Moisés de-
mesmo os espíritos malignos testifica- pois se casou com Zípora, filha de Jetro
ram que conheciam a Jesus, At. 19:15. (Êx.3:1; 4:18; 18:1–12). Jetro ensinou
Ninguém pode dizer que Jesus é o Se- Moisés a delegar (Êx. 18:13–27). Moisés
nhor, senão pelo Espírito Santo, I Cor. recebeu de Jetro o Sacerdócio de Mel-
12:3. Todo o joelho se dobrará e toda a quisedeque (D&C 84:6–7).
língua confessará que Jesus Cristo é o
Senhor, Filip. 2:10–11. Falamos de JEZABEL. Ver também Acabe
Cristo, regozijamo-nos em Cristo, pre- No Velho Testamento, mulher perversa
gamos a Cristo, profetizamos de Cristo, natural da Fenícia. Era esposa de Acabe
2 Né. 25:26. O Livro de Mórmon é para (I Reis 16:30–31), que reinou em Israel
convencer ao judeu e ao gentio de que na época de Elias, o profeta.
Jesus é o Cristo, 2 Né. 26:12 (Página-tí-
tulo do Livro de Mórmon). Os profe- O casamento de Jezabel com Acabe,
tas e as escrituras testificam de Cristo, mais do que qualquer outro evento, pro-
Jacó 7:11, 19. Exorto-vos a que busqueis vocou a ruína do reino do norte, já que
esse Jesus sobre quem os profetas e Jezabel introduziu em Israel as piores
apóstolos escreveram, Ét. 12:41. Nós o formas de idolatria trazidas de sua
vimos e ouvimos a voz testificando que nação, substituindo assim a adoração
ele é o Unigênito, D&C 76:20–24. Isto é a Jeová (I Re. 18:13, 19).
vidas eternas—Conhecer Deus e Jesus Jezabel matou muitos profetas de Deus,
Cristo, D&C 132:24. Cremos em Deus, o I Re. 18:4. Jezabel tentou matar Elias, o
Pai Eterno, e em seu Filho, Jesus Cristo, profeta, I Re. 19:1–3. A iniqüidade de
RF 1. Cremos que Cristo reinará pes- Jezabel só terminou com sua morte
soalmente na Terra, RF 10. horrível, II Re. 9:30–37.
111 João, Filho de Zebedeu
JÓ Gabriel anunciou a Zacarias o nasci-
No Velho Testamento, homem justo que mento e ministério de João, Lc. 1:5–25.
sofreu tremendas aflições; contudo, per- Jesus ensinou que João Batista foi um
maneceu fiel a sua crença em Deus. Sua grande profeta, Lc. 7:24–28. Ele reco-
história é relatada no livro de Jó. nheceu que Jesus era o Filho de Deus,
Jo. 1:29–34. Os discípulos de João torna-
Livro de Jó: Embora o livro seja a respeito
ram-se discípulos de Jesus, Jo. 1:25–29,
do sofrimento de Jó, ele não responde
35–42 (At. 1:21–22). Não fez milagre al-
plenamente à pergunta sobre por que Jó
gum, Jo. 10:41. Como ser ressuscitado,
(ou qualquer outra pessoa) deveria so-
foi enviado para ordenar Joseph Smith
frer dores e a perda de sua família e
e Oliver Cowdery ao Sacerdócio Aarô-
bens. O livro deixa claro que atravessar
nico, D&C 13 (27:7–8; JS—H 1:68–72).
aflições não significa necessariamente
Foi ordenado por um anjo aos oito dias
ter a pessoa pecado. O Senhor permite
de idade, D&C 84:28.
que passemos por tribulações para que
estas nos sirvam de experiência, disci- JOÃO, FILHO DE ZEBEDEU. Ver
plina e instrução e, às vezes, também também Apocalipse do Apóstolo
de castigo (D&C 122). João; Apóstolo; Evangelhos;
O livro pode ser dividido em quatro Sacerdócio de Melquisedeque;
partes. Os capítulos 1–2 são um prólogo Seres Transladados
da história. Os capítulos 3–31 relatam Um dos Doze Apóstolos do Novo Tes-
uma série de diálogos entre Jó e três tamento, filho de Zebedeu e irmão de
amigos. Os capítulos 32–37 contêm os Tiago. No começo de sua vida era pes-
discursos de Eliú, um quarto amigo, que cador (Mc. 1:17–20). Provavelmente é
condena Jó por razões diferentes das ele o discípulo de João Batista mencio-
mostradas pelos três amigos anteriores. nado em Jo. 1:40. Mais tarde ele rece-
Os capítulos 38–42 encerram o livro as- beu o chamado para ser discípulo de
segurando a Jó que o caminho que ele Jesus Cristo (Mt. 4:21–22; Lc. 5:1–11).
seguiu na vida era bom desde o começo. Foi quem escreveu o Evangelho de João,
O livro de Jó ensina que se a pessoa pos- três epístolas e o livro de Apocalipse.
sui um conhecimento correto de Deus e Foi um dos três que estavam com o Se-
vive uma existência aceitável aos olhos nhor quando a filha de Jairo foi levanta-
dele, está mais capacitada a suportar as da dos mortos (Mc. 5:35–42); no Monte
provações que a afligem. A inabalável fé da Transfiguração (Mt. 17:1–9); e no Get-
possuída por Jó é caracterizada por ex- sêmani (Mt. 26:36–46). Em seus escritos
clamações como “Ainda que me mate, refere-se a si mesmo como o discípulo
nele esperarei” (Jó 13:15). Jó é também a quem Jesus amava (Jo. 13:23; 21:20) e
mencionado em Eze. 14:14; Tg. 5:11; como o “outro discípulo” (Jo. 20:2–8).
D&C 121:10. Jesus também chamou a ele e a seu ir-
mão de Boanerges, “filhos do trovão”
JOÃO BATISTA. Ver também Elias; (Mc. 3:17). São feitas muitas referências
Sacerdócio Aarônico a ele nos relatos da crucificação e da res-
No Novo Testamento, filho de Zaca- surreição (Lc. 22:8; Jo. 18:15; 19:26–27;
rias e Isabel. João foi enviado a fim de 20:2–8; 21:1–2). Mais tarde João foi exi-
preparar o povo para receber o Mes- lado na ilha de Patmos, onde escreveu
sias (Jo. 1:19–27). Ele possuía as cha- o livro de Apocalipse (Apoc. 1:9).
ves do Sacerdócio Aarônico e batizou João é freqüentemente mencionado nas
Jesus Cristo. revelações modernas (1 Né. 14:18–27;
Isaías e outros profetizaram acerca da 3 Né. 28:6; Ét. 4:16; D&C 7; 27:12; 61:14;
missão de João, Isa. 40:3 (Mal. 3:1; 1 Né. 77; 88:141). Estas passagens confirmam
10:7–10; 2 Né. 31:4). Foi aprisionado e o relato bíblico de João e também nos
decapitado, Mt. 14:3–12 (Mc. 6:17–29). levam a compreender melhor a gran-
Joel 112
deza e importância do trabalho que condição atestada por milagres, por tes-
deveria realizar na Terra, na época temunhas, pelos profetas e pela própria
do Velho Testamento e nos últimos voz de Cristo. João ensina por meio de
dias, para o qual foi comissionado pe- contrastes, como luz e trevas, verdade e
lo Senhor. As escrituras modernas erro, bem e mal, Deus e o diabo. Talvez
esclarecem que João não morreu, e que em nenhum outro registro se achem tão
lhe foi permitido permanecer na Terra claramente retratadas a santidade de
como servo ministrador, até a segun- Jesus e a deslealdade dos líderes judeus.
da vinda do Senhor (Jo. 21:20–23; 3 João escreveu principalmente a respeito
Né. 28:6–7; D&C 7). do ministério de Cristo na Judéia, espe-
Epístolas de João: Embora o autor des- cialmente sobre a última semana de seu
tas três epístolas não mencione seu no- ministério terreno, ao passo que Ma-
me em nenhuma delas, a linguagem é teus, Marcos e Lucas escreveram mais
tão semelhante à do Apóstolo João que sobre o ministério do Senhor na Gali-
se supõe ter sido ele o autor das três. léia. Diversos aspectos deste evangelho
foram esclarecidos pelas revelações mo-
O capítulo 1 da primeira epístola de dernas (D&C 7 e D&C 88:138–141).
João admoesta os santos a comungarem
Para um resumo dos capítulos, ver
com Deus. O capítulo 2 enfatiza que os
Evangelhos.
santos conhecem Deus pela obediência
e instrui-os a não amarem o mundo. O Livro de Apocalipse: Ver Apocalipse do
capítulo 3 exorta todos a se tornarem apóstolo João
filhos de Deus e a amarem-se uns aos JOEL
outros. O capítulo 4 explica que Deus é
No Velho Testamento, profeta de Judá.
amor e está naqueles que o amam. O
É incerta a época em que viveu, que
capítulo 5 explica que os santos são
pode ter sido no período compreendi-
nascidos de Deus através da crença em
do entre o reinado de Joás, antes de
Cristo.
850 a.C., e o retorno da tribo de Judá do
A segunda epístola é semelhante à cativeiro babilônico.
primeira. Nela João se regozija em
Livro de Joel: Seu tema principal é uma
virtude da fidelidade dos filhos da
profecia de Joel, feita depois que a ter-
“senhora eleita.”
ra de Judá foi assolada por uma gran-
Na terceira epístola João elogia um ho- de seca e uma praga de gafanhotos
mem chamado Gaio por sua fidelidade (Joel 1:4–20). Joel assegurou ao povo
e auxílio aos que amam a verdade. que através do arrependimento eles
novamente receberiam as bênçãos de
O evangelho segundo João: Neste livro do
Deus (Joel 2:12–14).
Novo Testamento o Apóstolo João testi-
ficou que: (1) Jesus é o Cristo ou Mes- O capítulo 1 é uma convocação para
sias, e (2) que Jesus é o Filho de Deus (Jo. uma assembléia solene na casa do Se-
20:31). As cenas da vida de Jesus nele nhor. O capítulo 2 fala da guerra e de-
descritas são cuidadosamente escolhi- solação que precederão o Milênio. O
das e dispostas com essa intenção. O li- capítulo 3 diz respeito aos últimos
vro começa com uma declaração da po- dias e afirma que todas as nações esta-
sição de Cristo na vida pré-mortal: ele rão em guerra, mas que finalmente o
estava com Deus, era Deus e foi o cria- Senhor habitará em Sião.
dor de todas as coisas. Nasceu na carne Pedro citou a profecia de Joel sobre o
como Filho Unigênito do Pai. João traça derramamento do Espírito no dia de
o curso do ministério de Jesus, enfati- Pentecostes (Joel 2:28–32; At. 2:16–21).
zando sobremaneira a sua divindade e O anjo Morôni também citou essa mes-
ressurreição dos mortos. Claramente ma passagem a Joseph Smith (JS—H
afirma que Jesus é o Filho de Deus, uma 1:41).
113 José, Filho de Jacó
JOIO cavado na rocha (Mt. 27:57–60; Mc.
Planta venenosa cuja aparência é se- 15:43–46; Lc. 23:50–53; Jo. 19:38–42).
melhante à do trigo. Não pode ser dis- JOSÉ, MARIDO DE MARIA. Ver
tinguido do trigo até estar maduro. também Jesus Cristo; Maria, mãe
(Mt. 13:24–30; D&C 86:1–7). de Jesus
JONAS. Ver também Nínive Marido de Maria, mãe de Jesus. José era
Profeta do Velho Testamento, chamado descendente de Davi (Mt. 1:1–16; Lc.
pelo Senhor para pregar o arrependi- 3:23–38) e morava em Nazaré. Ele esta-
mento à cidade de Nínive (Jon. 1:1–2). va desposado com Maria. Algum tempo
antes de efetuar-se o matrimônio, Maria
Livro de Jonas: Livro do Velho Testamen- recebeu a visita do anjo Gabriel, anun-
to que relata uma experiência da vida ciando-lhe que ela fora escolhida para
de Jonas. Provavelmente não foi ele ser a mãe do Salvador (Lc. 1:26–35). José
quem escreveu o livro. Seu tema prin- também recebeu uma revelação acerca
cipal é que Jeová reina em toda parte e desse nascimento divino (Mt. 1:20–25).
não limita o seu amor a apenas uma
nação ou povo. Maria foi o único genitor terreno de
Jesus, pois ele foi gerado por Deus, o
No capítulo 1 o Senhor chamou Jonas Pai. Os judeus, entretanto, julgavam
para pregar em Nínive. Ao invés de que José fosse o pai de Jesus e o menino
obedecer, Jonas fugiu em um barco e Jesus tratava-o como tal (Lc. 2:48, 51).
foi engolido por um grande peixe. No Prevenido por visões, em sonho, do
capítulo 2 ele orou ao Senhor e o peixe perigo que corria o pequenino Jesus,
vomitou-o na praia. O capítulo 3 regis- José preservou-lhe a vida fugindo pa-
tra que Jonas foi a Nínive e profetizou ra o Egito (Mt. 2:13–14). Após a morte
a sua queda; todavia o povo arrepen- de Herodes, um anjo instruiu José a le-
deu-se. No capítulo 4 o Senhor re- var a criança de volta para Israel (Mt.
preendeu Jonas por zangar-se por ter o 2:19–23).
Senhor salvo aquele povo.
Jesus ensinou que Jonas ter sido engo- JOSÉ, FILHO DE JACÓ. Ver também
lido por um peixe foi um símbolo de Israel; Jacó, Filho de Isaque
sua morte e ressurreição (Mt. 12:39– No Velho Testamento, primogênito de
40; 16:4; Lc. 11:29–30). Jacó com Raquel (Gên. 30:22–24; 37:3).
JÔNATAS. Ver também Davi; Saul, José obteve a primogenitura em Israel
Rei de Israel porque Rúben, primogênito de Jacó com
a primeira esposa, perdeu esse privilé-
No Velho Testamento, filho de Saul, rei
gio devido a transgressão (I Crôn. 5:1–
de Israel. Jônatas era muito amigo de
2). José, sendo o primogênito de Jacó
Davi (I Sam. 13–23, 31).
com a segunda esposa e em virtude de
JOSAFÁ sua dignidade, era quem tinha direito
No Velho Testamento, fiel rei de Judá àquela bênção. José também recebeu
(I Re. 15:24; 22). uma bênção de Jacó, pouco antes de
seu pai falecer (Gên. 49:22–26).
JOSÉ DE ARIMATÉIA José foi um homem de grande integrida-
José de Arimatéia era membro do Si- de, “entendido” e “sábio” (Gên. 41:39).
nédrio, discípulo de Cristo e israelita Sua recusa em ceder ao assédio da mu-
próspero e fiel, que não participou da lher de Potifar é um exemplo de fé,
condenação do Senhor. Após a crucifi- castidade e integridade pessoal (Gên.
cação José envolveu o corpo do Salva- 39:7–12). No Egito, quando José reve-
dor em um fino e limpo lençol e lou sua verdadeira identidade a seus
sepultou-o em seu próprio sepulcro irmãos, agradeceu a eles em vez de
José, Vara de 114
condená-los pelo tratamento que lhe 13:8, 17 a 14:10). Morreu com a idade
deram, acreditando que a atitude de- de 110 anos (Jos. 24:29). Josué foi ex-
les ajudara a cumprir a vontade de traordinário exemplo de um dedicado
Deus (Gên. 45:4–15). profeta e guerreiro.
As revelações modernas mostram a mis- Livro de Josué: Este livro leva o nome de
são maior da família de José nos últi- Josué porque foi ele o seu personagem
mos dias (2 Né. 3:3–24; 3 Né. 20:25–27; principal, não porque seja o seu autor.
TJS—Gên. 50). Segundo a tradição judaica, Jeremias es-
Jacó amava muito a José e deu-lhe uma creveu o livro de Josué, baseando-se em
túnica de várias cores, Gên. 37:3. Movi- registros anteriores. Os capítulos 1–12
dos pelo ciúme, os irmãos de José co- descrevem a conquista de Canaã. Os ca-
meçaram a odiá-lo e conspiraram sua pítulos 13–24 apresentam as tribos de
morte, preferindo depois vendê-lo a uns Israel dividindo as regiões conquista-
mercadores que se achavam a caminho das e os conselhos finais de Josué.
do Egito, Gên. 37:5–36. No Egito o Se- Dois versículos notáveis no livro de Jo-
nhor fez José prosperar e ele tornou-se sué são: o mandamento do Senhor a Jo-
governante da casa de Potifar, Gên 39:1- sué de meditar sobre as escrituras (Jos.
4. A mulher de Potifar mentiu, dizendo 1:8) e a exortação de Josué ao povo pa-
que José tentara seduzi-la, e ele foi in- ra que fosse fiel ao Senhor (Jos. 24:15).
justamente condenado e preso, Gên.
39:7–20. José interpretou os sonhos do JUDÁ. Ver também Bíblia; Israel;
copeiro-mor e do padeiro do Faraó, Judeus
Gên. 40. O Faraó começou a favorecer No Velho Testamento, quarto filho de
a José, por ele ter interpretado um de Jacó e Léia (Gên. 29:35; 37:26–27; 43:3,
seus sonhos, e fez dele governador do 8; 44:16; 49:8). Jacó deu uma bênção a
Egito, Gên. 41:14–45. Nascimento de Judá na qual lhe disse que seria um lí-
Efraim e Manassés, Gên. 41:50–52. Jo- der natural entre seus irmãos e que Si-
sé reúne-se com seu pai e irmãos, Gên. ló (Jesus Cristo) seria seu descendente
45–46. José morreu no Egito com a ida- (Gên. 49:10).
de de 110 anos, Gên. 50:22–26. Tribo de Judá: Após o estabelecimento
JOSÉ, VARA DE. Ver Efraim—A em Canaã, a tribo de Judá assumiu a
vara de Efraim ou vara de José; liderança. Sua maior rival era a tribo
Livro de Mórmon de Efraim. Moisés abençoou a tribo de
Judá (Deut. 33:7). Após o reinado de
JOSEPH SMITH, JR. Ver Smith, Salomão, essa tribo tornou-se o reino
Joseph, Jr. de Judá.
JOSIAS Reino de Judá: No reinado de Roboão os
Rei justo de Judá, que reinou de 641 a domínios de Salomão foram divididos
610 a.C. (II Re. 22–24; II Crôn. 34–35). em dois reinos separados, principal-
Durante seu reinado o livro da lei foi mente em virtude da inveja entre as tri-
encontrado na casa do Senhor (II Re. bos de Efraim e Judá. O reino do sul, ou
22:8–13). de Judá, incluía a tribo de Judá e a maior
parte da tribo de Benjamim. Jerusalém
JOSUÉ. Ver também Jericó era sua capital. Em muitos aspectos per-
No Velho Testamento, profeta e líder e maneceu mais fiel à adoração a Jeová
também sucessor de Moisés. Nasceu no que o reino do norte. Judá era menos
Egito antes do êxodo dos filhos de Is- exposto a ataques vindos do norte e do
rael (Núm. 14:26–31). Ele e Calebe es- leste, e o poder supremo permaneceu
tavam entre os doze espias enviados a nas mãos da família de Davi até o cati-
Canaã. Foram os únicos que fizeram veiro babilônico. O reino de Judá con-
um relato fidedigno sobre o país (Núm. seguiu manter-se por 135 anos após a
115 Jugo
queda do reino de Israel, o maior e mais Recebeu trinta moedas de prata para en-
poderoso dos dois. tregar Jesus ao príncipe dos sacerdotes,
Vara de Judá: Referência que se faz à Mt. 26:14–16 (Zac. 11:12–13). Traiu o Se-
nhor com um beijo, Mt. 26:47–50 (Mc.
Bíblia como sendo um registro históri-
14:43–45; Lc. 22:47–48; Jo. 18:2–5). En-
co da casa de Judá (Eze. 37:15–19). Nos
forcou-se, Mt. 27:5. Satanás entrou em
últimos dias, quando os vários ramos
Judas, Lc. 22:3 (Jo. 13:2, 26–30). Davi
da casa de Israel forem reunidos, seus
falou da traição de Jesus por parte de
registros sagrados também serão reuni-
Judas, At. 1:16 (Salm. 41:9).
dos. Estes registros escriturísticos com-
pletam um ao outro e formam um só JUDEUS. Ver também Israel; Judá
testemunho de que Jesus é o Cristo, o O termo judeu pode aplicar-se: (1) aos
Deus de Israel e de toda a Terra (2 Né. descendentes de Judá, um dos doze fi-
3:29; TJS—Gên. 50:24–36). lhos de Jacó, (2) ao povo do antigo reino
JUDAS do sul, chamado Judá, ou (3) àqueles
que praticam a religião, estilo de vida e
No Novo Testamento, um dos irmãos tradições do judaísmo, mas que podem
de Jesus e provavelmente o autor da ser ou não judeus por nascimento. Tor-
epístola de Judas (Mt. 13:55; Jud. 1:1). nou-se costume usar a palavra judeu re-
Epístola de Judas: Este livro é uma carta ferindo-se a todos os descendentes de
de Judas a alguns santos que vacilavam Jacó, o que é errado. A aplicação da pa-
na fé. Eles enfraqueceram-se porque lavra deve limitar-se aos que pertencem
existia em seu meio alguns que profes- ao reino de Judá ou, hoje em dia, mais
savam ser cristãos mas que praticavam especialmente aos da tribo de Judá.
uma imoral adoração pagã e afirma- O cetro não se arredará de Judá, até que
vam estar acima da lei moral. Judas venha Siló, Gên. 49:10. O evangelho de
queria despertar nos santos a consciên- Cristo é o poder de Deus para salvação,
cia do perigo espiritual que corriam primeiro do judeu, Rom. 1:16. O Senhor
e motivá-los a permanecerem fiéis. Deus levantaria um profeta entre os ju-
deus—um Messias, 1 Né. 10:4. Quando
Dentre as passagens notáveis de Judas
o livro saiu da boca do judeu, as coisas
destaca-se o versículo 6, que relata a
eram claras e puras, 1 Né. 14:23. Os ju-
guerra nos céus e expulsão de Lúcifer
deus serão dispersos por todas as
e seus anjos do estado pré-mortal (Abr.
nações, 2 Né. 25:15. Os judeus são meu
3:26–28) e os versículos 14–15, que ci-
antigo povo do convênio, 2 Né. 29:4.
tam uma profecia de Enoque. Os judeus dispersos começarão a acre-
JUDAS, IRMÃO DE TIAGO ditar em Cristo, 2 Né. 30:7. Os judeus
rejeitarão a pedra sobre a qual poderiam
No Novo Testamento, um dos Doze edificar, Jacó 4:14–16. Os judeus terão
Apóstolos originais de Jesus Cristo outro testemunho de que Jesus era o
(Lc. 6:13–16). Provavelmente ele tam- próprio Cristo, Mórm. 3:20–21. Dois
bém era conhecido como Lebeu ou Ta- profetas serão levantados para a nação
deu (Mt. 10:2–4). judaica nos últimos dias, D&C 77:15.
JUDAS ISCARIOTES Clamai a todas as nações, primeiro aos
gentios e depois aos judeus, D&C 133:8.
No Novo Testamento, um dos Doze Naqueles dias grandes aflições cairão
Apóstolos de Jesus (Mt. 10:4; Mc. sobre os judeus, JS—M 1:18.
14:10; Jo. 6:71; 12:4). Seu sobrenome
significa “homem natural de Querio- JUGO. Ver também Discípulo
te”. Era da tribo de Judá, sendo o úni- Artefato que se coloca ao redor do pes-
co apóstolo que não era galileu. Judas coço de animais ou de homens para
traiu o Senhor. atrelá-los. O jugo de Cristo é um símbo-
Juízes, Livro dos 116
lo da condição de discípulo, enquanto O pai deu ao Filho todo o juízo, Jo. 5:22.
o jugo da escravidão é um símbolo da Todos havemos de comparecer ante o
opressão. tribunal de Cristo, Rom. 14:10. Os mor-
O meu jugo é suave e o meu fardo é tos foram julgados pelas coisas que esta-
leve, Mt. 11:29–30. Não vos prendais a vam escritas, Apoc. 20:12 (D&C 128:6–
um jugo desigual com infiéis, II Cor. 7). Por todas as tuas obras serás levado a
6:14. Não torneis a meter-vos debaixo julgamento, 1 Né. 10:20. Os doze apósto-
do jugo da servidão, Gál. 5:1. Nem de- los e os doze nefitas julgarão Israel, 1 Né.
sejamos reduzir ninguém ao jugo da 12:9 (D&C 29:12). Todos deverão com-
escravidão, Al. 44:2. O sofrimento dos parecer ante o tribunal do Santo de Is-
santos é um jugo de ferro, é um laço rael, 2 Né. 9:15. Preparai vossas almas
forte, as cadeias do inferno, D&C 123:1– para aquele glorioso dia, 2 Né. 9:46. Po-
3, 7–8. deis imaginar-vos ante o tribunal de
Deus? Al. 5:17–25. Jesus Cristo se levan-
JUÍZES, LIVRO DOS tará para julgar o mundo, 3 Né. 27:16.
O Senhor descerá em julgamento com
Livro do Velho Testamento que conta maldição sobre os ímpios, D&C 133:2.
a história dos israelitas, desde a morte
de Josué até o nascimento de Samuel. JULGAR. Ver também Condenação,
Condenar; Jesus Cristo—Juiz;
Os capítulos 1–3 são um prefácio do li-
Juízo Final
vro dos Juízes e explicam que, por não
haverem expulsado os seus inimigos Avaliar o comportamento com relação
(Juí. 1:16–35), os israelitas devem sofrer aos princípios do evangelho; decidir;
as conseqüências: a perda da fé, o casa- discernir o bem do mal.
mento com descrentes e a idolatria. Os Moisés assentou-se para julgar o povo,
capítulos 3–5 relatam as experiências Êx. 18:13. Com justiça julgarás o teu
de Débora e Baraque, que libertaram próximo, Lev. 19:15. Não julgueis para
Israel dos cananeus. Os capítulos 6–8 que não sejais julgados, Mt. 7:1 (TJS—
narram as experiências inspiradoras Mt. 7:1–2; Lc. 6:37; 3 Né. 14:1). Todos
de Gideão, a quem o Senhor abençoou os que sob a lei pecaram pela lei serão
para livrar Israel dos midianitas. Nos julgados, Rom. 2:12. Os santos hão de
capítulos 9–12 diversos homens dife- julgar o mundo, I Cor. 6:2–3. O Filho
rentes servem como juízes em Israel, do Deus Eterno foi julgado pelo mun-
período em que o povo viveu quase do, 1 Né. 11:32. Os doze apóstolos do
sempre em apostasia e opressão. Os ca- Cordeiro são os que julgarão as doze
pítulos 13–16 falam da ascensão e que- tribos de Israel, 1 Né. 12:9 (D&C 29:12).
da do último juiz, Sansão. Os capítulos A morte, o inferno, o diabo e todos os
finais, de 17 a 21, podem ser conside- que foram dominados por ele deverão
rados um apêndice que revela a gravi- ser julgados, 2 Né. 28:23 (1 Né. 15:33).
dade dos pecados de Israel. Se julgais o homem que pede de vossos
bens quanto mais justa será a vossa con-
JUÍZO FINAL. Ver também
denação por reterdes vossos bens, Mos.
Condenação, Condenar; Jesus
4:22. Os homens serão julgados de acor-
Cristo— Juiz; Julgar
do com suas obras, Al. 41:3. Julga com
O julgamento final que acontecerá após retidão e a justiça ser-te-á restituída, Al.
a ressurreição. Deus, por intermédio de 41:14. O mundo será julgado segundo o
Jesus Cristo, julgará a cada um, a fim que estiver escrito nos livros, 3 Né.
de determinar a glória eterna que rece- 27:23–26 (Apoc. 20:12). Os remanescen-
berá. Esse julgamento será baseado na tes deste povo serão julgados pelos doze
obediência pessoal aos mandamentos que Jesus escolheu nesta Terra, Mórm.
de Deus, inclusive a aceitação do sa- 3:18–20. Mórmon explicou como distin-
crifício expiatório de Jesus Cristo. guir o bem do mal, Morô. 7:14–18. Põe
117 Justiça
tua confiança naquele Espírito que con- JURAMENTO E CONVÊNIO DO
duz a julgar com retidão, D&C 11:12. SACERDÓCIO. Ver também
Devíeis dizer em vosso coração: Que Convênio; Juramento; Sacerdócio
julgue Deus entre mim e ti, D&C 64:11. Juramento é uma afirmação solene de
A Igreja do Senhor julgará as nações, que a pessoa será fiel a suas promes-
D&C 64:37–38. O Filho visitou os espí- sas. Convênio é uma promessa solene
ritos mantidos na prisão, para que fos- que duas pessoas fazem entre si. O Sa-
sem julgados segundo os homens na cerdócio Aarônico é recebido apenas
carne, D&C 76:73 (I Ped. 4:6). O bispo por convênio. Os portadores do Sacer-
será um juiz comum, D&C 107:72–74. dócio de Melquisedeque recebem-no
O Senhor julgará todos os homens se- por juramento tácito, bem como por
gundo suas obras, segundo o desejo de convênio. Quando os portadores do sa-
seu coração, D&C 137:9. cerdócio são fiéis e magnificam os seus
JURAMENTO. Ver também chamados conforme as instruções de
Convênio; Juramento e Convênio Deus, ele os abençoa. Os que forem fiéis
do Sacerdócio até o fim e fizerem tudo o que ele
requer, receberão tudo o que o Pai
Nas escrituras este termo geralmente
possui (D&C 84:33–39).
significa um convênio ou promessa
sagrada. Entretanto pessoas iníquas, O Senhor fez um convênio com Abraão,
inclusive Satanás e seus anjos, também e este obedeceu, Gên. 15:18; 17:1; 22:16–
fazem juramentos a fim de concretizar 18. Os sacerdotes do tempo de Ezequiel
seus desígnios perversos. Na época do não apascentaram as ovelhas, Eze. 34:2–
Velho Testamento era aceitável fazer 3. Os sacerdotes da época de Malaquias
juramentos; todavia Jesus Cristo ensi- profanaram o convênio, Mal. 1–2.
nou que não devemos jurar em nome JURAR. Ver Blasfemar, blasfêmia;
de Deus nem de nenhuma de suas cria- Juramento; Profanidade
turas (Mt. 5:33–37).
JUSTIÇA. Ver também Andar,
Confirmarei o juramento que tenho ju- Andar com Deus; Dignidade,
rado a Abraão, Gên. 26:3. Quando um Digno; Expiação, Expiar;
homem fizer juramento ligando a sua Injustiça, Injusto; Integridade;
alma, não o violará, Núm. 30:2. Fizeram Justo(s); Mandamentos de Deus;
um juramento de que andariam na lei Misericórdia, Misericordioso;
de Deus, Nee. 10:29. Cumprirás teus Retidão
juramentos ao Senhor, Mt. 5:33 (Ecles.
5:1–2; 3 Né. 12:33). Deus fez um jura- (1) A infalível conseqüência, em bên-
mento de que os justos serão salvos, çãos, de ações e pensamentos bons, e,
Heb. 6:13–18. Tendo Zorã feito um em castigo, do pecado de que não se
juramento, nossos temores cessaram, tenha arrependido. A justiça é uma lei
1 Né. 4:37. O povo de Amon fez um eterna que impõe uma penalidade to-
juramento de nunca mais derramar da vez que é violada uma lei de Deus
sangue, Al. 53:11. Os nefitas iníquos (Al. 42:13–24). Caso não se arrependa, o
fizeram juramentos e convênios secre- pecador deve pagar a penalidade (Mos.
tos com Satanás, Hel. 6:21 – 30. Os 2:38–39; D&C 19:17). Se ele se arrepen-
homens alcançam a vida eterna por der, o Salvador pagará as exigências
meio do juramento e convênio do sacer- da justiça por meio da expiação, invo-
dócio, D&C 84:33–42. Todos os convê- cando a misericórdia (Al. 34:16).
nios, contratos, vínculos, compromis- A alma que pecar, essa morrerá, Eze.
sos e juramentos que não forem 18:4. O que o Senhor pede de ti senão
selados pelo Santo Espírito da pro- que pratiques a justiça? Miq. 6:8. Jesus
messa têm fim quando os homens será justo para nos perdoar os pecados,
morrem, D&C 132:7. I Jo. 1:9. A justiça de Deus separava os
Justificação, Justificar 118
iníquos dos justos, 1 Né. 15:30. A ex- limpas pelo sangue de Cristo? Al. 5:27.
piação satisfaz as exigências de sua jus- A justificação pela graça de Jesus
tiça, 2 Né. 9:26. A humanidade estava Cristo é verdadeira, D&C 20:30–31
decaída e nas garras da justiça, Al. (D&C 88:39). Pelo Espírito sois justifica-
42:14. A expiação satisfaz os requisitos dos, Mois. 6:60.
da justiça, Al. 42:15. Supões que a mise-
JUSTO(S). Ver também Andar, Andar
ricórdia possa roubar a justiça? Al.
com Deus; Dignidade, Digno;
42:25. A justiça de Deus está sobre ti, a
Ímpio; Integridade; Justiça;
não ser que te arrependas, Al. 54:6. Jus-
Mandamentos de Deus; Retidão
tiça e julgamento são a penalidade afi-
xada pela minha lei, D&C 82:4. A justiça Ser reto, santo, virtuoso, íntegro; agir
segue seu curso e reclama o que é seu, em obediência aos mandamentos de
D&C 88:40. Ninguém estará isento da Deus; evitar o pecado.
justiça e das leis de Deus, D&C 107:84. O Senhor abençoará ao justo, Salm. 5:12.
(2) Dignidade, integridade, santidade Os olhos do Senhor estão sobre os jus-
e retidão. tos, Salm. 34:15, 17 (I Ped. 3:12). Longe
está o Senhor dos ímpios, mas escutará
Bem-aventurados os que têm fome e a oração dos justos, Prov. 15:29. Quando
sede de justiça, Mt. 5:6 (3 Né.12:6). Bus- os justos se engrandecem, o povo se ale-
cai primeiramente o reino de Deus e sua gra, Prov. 29:2 (D&C 98:9–10). Os justos
justiça, Mt. 6:33. irão para a vida eterna, Mt. 25:46. A
JUSTIFICAÇÃO, JUSTIFICAR. oração fervorosa de um justo pode mui-
Ver também Expiação, Expiar; to, Tg. 5:6. Aquele que é justo é favoreci-
Santificação do por Deus, 1 Né. 17:35. Deus preser-
vará os justos; eles não precisam temer,
Ficar isento de punição pelos pecados 1 Né. 22:17, 22. Os justos não temem as
e ser declarado sem culpa. Uma pessoa palavras da verdade, 2 Né. 9:40. Os no-
é justificada pela graça do Salvador por mes dos justos serão escritos no livro da
meio de sua fé nele, a qual é demonstra- vida, Al. 5:58. O canto dos justos é uma
da pelo arrependimento e obediência às prece a mim, D&C 25:12. A morte dos
leis e ordenanças do evangelho. A justos lhes será doce, D&C 42:46. Os jus-
expiação de Jesus Cristo possibilita à tos serão reunidos dentre todas as
humanidade arrepender-se e ser justi- nações, D&C 45:71. Os homens devem
ficada ou perdoada do castigo que de fazer muitas coisas de sua livre e espon-
outra forma receberia. tânea vontade, D&C 58:27. Na segunda
No Senhor será justificada toda a Israel, vinda haverá uma separação total dos
Isa. 45:25. Não os ouvintes mas os pra- justos e dos iníquos, D&C 63:54. Entre
ticantes da lei serão justificados, Rom. os justos havia paz, D&C 138:22.
2:13. O homem é justificado pelo sangue KIMBALL, SPENCER W. Ver
de Cristo, Rom. 5:1–2, 9. Haveis sido também Declaração Oficial—2
justificados em nome do Senhor Jesus,
I Cor. 6:11. Sendo justificados pela sua Décimo segundo Presidente da Igreja
graça, sejamos feitos herdeiros, Tit. 3:7. desde que ela foi fundada, em 1830.
Porventura o nosso pai Abraão não foi Serviu como Presidente de dezembro
justificado pelas obras? Tg. 2:21. O ho- de 1973 a novembro de 1985. Nasceu
mem é justificado pelas obras e não em 1895 e faleceu aos 90 anos de idade.
somente pela fé, Tg. 2:14–26. Pela lei Em junho de 1978, a Primeira Presidên-
nenhuma carne é justificada, 2 Né. 2:5. cia anunciou que o Presidente Kimball
Meu servo justo a muitos justificará, havia recebido uma revelação conce-
porque tomará sobre si suas iniqüida- dendo o sacerdócio e as bênçãos do tem-
des, Mos. 14:11 (Isa. 53:11). Poderíeis plo a todos os homens que fossem mem-
dizer que vossas vestimentas foram bros dignos da Igreja, D&C DO—2.
119 Lavado, Lavamento, Lavar
LABÃO, IRMÃO DE REBECA. e tratados injustamente por Néfi e seus
Ver também Rebeca descendentes (Mos. 10:11–17). Em virtu-
No Velho Testamento, irmão de Rebeca de disso revoltaram-se contra os nefitas
e pai de Léia e de Raquel, esposas de e rejeitaram os ensinamentos do evan-
Jacó (Gên. 24:29–60; 27:43–44; 28:1–5; gelho. Entretanto, pouco antes do nasci-
29:4–29; 30:25–42; 31:1–55). mento de Jesus Cristo, os lamanitas
aceitaram o evangelho e tornaram-se
LABÃO, O QUE POSSUÍA AS mais dignos que os nefitas (Hel. 6:34–
PLACAS DE LATÃO. Ver 36). Duzentos anos depois de Cristo vi-
também Placas de Latão sitar as Américas, tanto os lamanitas co-
No Livro de Mórmon, o homem em cujo mo os nefitas se tornaram iníquos, co-
poder se encontravam as placas de la- meçando a guerrear entre si. Por volta
tão, em Jerusalém, na época da família de 400 d.C. os lamanitas haviam des-
de Leí. Labão roubou Néfi e seus irmãos truído completamente a nação nefita.
e procurou matá-los (1 Né. 3:1–27). O Os lamanitas venceram a semente de
Espírito instruiu Néfi a matar Labão, a Néfi, 1 Né. 12:19–20. Os lamanitas odia-
fim de obter as placas (1 Né. 4:1–26). vam os nefitas, 2 Né. 5:14. Os lamanitas
LADRÕES DE GADIÂNTON. Ver seriam um castigo para os nefitas, 2 Né.
também Combinações Secretas 5:25. O Livro de Mórmon restaurará aos
lamanitas o conhecimento de seus pais e
No Livro de Mórmon, um bando de
do evangelho de Jesus Cristo, 2 Né.
ladrões organizados por um nefita
30:3–6 (Página-título do Livro de Mór-
perverso, chamado Gadiânton. Sua or-
mon). Os lamanitas são um remanes-
ganização era baseada em combinações
cente dos judeus, D&C 19:27. Antes da
secretas e juramentos satânicos.
vinda do Senhor os lamanitas floresce-
Gadiânton foi o causador da destruição rão como a rosa, D&C 49:24.
da nação nefita, Hel. 2:12–13. O diabo
fez juramentos e convênios secretos com LAMENTAÇÕES, LIVRO DE
Gadiânton, Hel. 6:16–32. As combi- Livro do Velho Testamento, escrito por
nações secretas causaram a destruição Jeremias. É uma coleção de poemas ou
da nação jaredita, Ét. 8:15–26. cânticos de pesar pela queda de Jerusa-
LAMÃ. Ver também Lamanitas; Leí, lém e da nação israelita. Foi escrito após
Pai de Néfi a conquista da cidade, cerca de 586 a.C.
No Livro de Mórmon, filho mais velho LAMÔNI. Ver também Amon, filho
de Leí e Saria e irmão mais velho de de Mosias
Néfi (1 Né. 2:5). Lamã geralmente pre-
No Livro de Mórmon, rei lamanita con-
feria praticar o mal, ao invés do bem.
vertido pelo Espírito de Deus e pelas
Lamã murmurou contra seu pai, 1 Né. obras e ensinamentos inspirados de
2:11–12. Revoltou-se contra seu irmão Amon (Al. 17–19).
Néfi, que era digno, 1 Né. 7:6 (1 Né.
3:28–29). Na visão de Leí não comeu do LAR. Ver Casa; Família
fruto da árvore da vida, 1 Né. 8:35–36.
LAVADO, LAVAMENTO,
Sobreveio uma maldição sobre Lamã e
LAVAR. Ver também Batismo,
seus seguidores, 2 Né. 5:21 (Al. 3:7).
Batizar; Expiação, Expiar
LAMANITAS. Ver também Livro de Purificação física ou espiritual. Simboli-
Mórmon; Lamã; Nefitas camente, a pessoa arrependida pode
Um grupo de pessoas, no Livro de Mór- purificar-se de uma vida cheia de peca-
mon, muitas das quais eram descenden- do e evitar suas conseqüências por meio
tes de Lamã, filho mais velho de Leí. do sacrifício expiatório de Jesus Cristo.
Achavam que tinham sido prejudicados Certos lavamentos realizados com a
Lázaro 120
autoridade apropriada do sacerdócio 9:1. A lei do Senhor é perfeita, e refrige-
servem como ordenanças sagradas. ra a alma, Salm. 19:7. O Senhor é o nos-
O sacerdote lavará os seus vestidos e ba- so Juiz, Isa. 33:22. Há um só legislador,
nhará a sua carne em água, Núm. 19:7. Tg. 4:12. Onde nenhuma lei foi dada,
Lava-me completamente do meu peca- não há castigo, 2 Né. 9:25. Mas há uma
do, Salm. 51:2, 7. Lavai-vos, purificai- lei, Al. 42:17–22. Os homens serão julga-
vos, cessai de fazer mal, Isa. 1:16–18. dos segundo a lei, Al. 42:23. Cristo é a
Jesus lavou os pés dos apóstolos, Jo. lei, 3 Né. 15:9. Todas as leis são espiri-
13:4–15 (D&C 88:138–139). Batiza-te, e tuais, D&C 29:34. Joseph Smith recebeu
lava os teus pecados, At. 22:16 (Al. 7:14; a lei da Igreja por revelação, D&C 42. O
D&C 39:10). Ninguém poderá ser salvo que guarda as leis de Deus não tem ne-
sem que suas vestimentas tenham sido cessidade de quebrar as leis do país,
lavadas até ficarem brancas, Al. 5:21 D&C 58:21. A luz de Cristo é a lei pela
(3 Né. 27:19). Suas vestimentas foram qual todas as coisas são governadas,
branqueadas pelo sangue de Cristo, Al. D&C 88:7–13. Ele deu uma lei para to-
13:11 (Ét. 13:10). Para que, guardando os das as coisas, D&C 88:42–43. O povo
mandamentos, fossem lavados e purifi- deve observar a lei da Terra, D&C 98:4–
cados de todos os seus pecados, D&C 5. Quando de Deus recebemos uma bên-
76:52. Vossas unções e abluções são ção é por obediência à lei, D&C
prescritos pela ordenança da minha 130:20–21. A Igreja declarou suas cren-
casa santa, D&C 124:39–41. ças quanto à lei civil, D&C 134. A hu-
manidade pode ser salva por obediência
LÁZARO. Ver também Maria de às leis e ordenanças do Evangelho, RF 3.
Betânia; Marta
LEÍ, COMANDANTE MILITAR
No Novo Testamento, irmão de Maria NEFITA
e de Marta. Jesus levantou-o dos mortos
(Jo. 11:1–44; 12:1–2, 9–11). Não se trata No Livro de Mórmon, comandante mili-
do mendigo chamado Lázaro, perso- tar nefita (Al. 43:35–53; 49:16–17; 52:27–
nagem de uma das parábolas de Jesus 36; 53:2; 61:15–21).
(Lc. 16:19–31). LEI DE MOISÉS. Ver também Lei;
Limpo e Imundo; Moisés;
LEI. Ver também Abençoado,
Sacerdócio Aarônico
Abençoar, Bênção; Mandamentos
de Deus; Lei de Moisés; Obedecer, Por intermédio de Moisés, Deus deu leis
Obediência, Obediente à casa de Israel para substituir a lei mais
elevada que eles deixaram de obedecer
Mandamentos ou normas de Deus nos
(Êx. 34; TJS—Êx. 34:1–2; TJS—Deut.
quais se baseiam todas as bênçãos e cas-
10:2). A lei de Moisés consistia de mui-
tigos, tanto nos céus como na Terra. Os
tos princípios, normas, cerimônias, ri-
que obedecem à lei de Deus recebem as
tuais e símbolos que tinham o fim de fa-
bênçãos prometidas. O Profeta Joseph
zer o povo lembrar-se de seus deveres e
Smith ensinou que o povo deve obede-
responsabilidades. Incluía a lei moral,
cer às leis do país, honrá-las e mantê-
ética, religiosa, mandamentos e cerimô-
las (RF 12).
nias físicas—inclusive sacrifícios (Lev.
A lei de Moisés foi uma lei prepara- 1–7)—com a finalidade de fazer com
tória para levar homens e mulheres a que se lembrassem de Deus e da obri-
Cristo. Era uma lei de restrições, pres- gação que tinham para com ele (Mos.
crições e ordenanças. Atualmente a lei 13:30). A fé, o arrependimento, o batis-
de Cristo, que cumpriu a lei mosaica, é mo na água e a remissão dos pecados
a plenitude do evangelho, ou seja, a lei faziam parte da lei, bem como os Dez
perfeita da liberdade (Tg. 1:25). Mandamentos e muitos outros man-
Deus deu mandamentos a Adão, Gên. damentos de elevado valor ético e mo-
1:28; 2:16–17. Deus deu leis a Noé, Gên. ral. Grande parte da lei cerimonial foi
121 Lepra
cumprida com a morte e ressurreição dental (1 Né. 17–18). Ele e seus descen-
de Jesus Cristo, que pôs fim ao sacrifí- dentes se estabeleceram em uma nova
cio por derramamento de sangue (Al. terra (1 Né. 18:23–25). Antes de morrer
34:13–14). A lei era administrada pelo Leí abençoou seus filhos e ensinou-lhes
Sacerdócio Aarônico, sendo um evan- a respeito de Cristo e do aparecimento
gelho preparatório para trazer seus se- do Livro de Mórmon nos últimos dias
guidores a Cristo. (2 Né. 1–3; 4:1–12).
Dar-lhes-ei a lei como antes fiz, mas será Livro de Leí : Ao traduzir o Livro de Mór-
ela segundo a lei de um mandamento mon, Joseph Smith começou com o Li-
carnal, TJS—Êx. 34:1–2. A lei nos serviu vro de Leí, o qual era um resumo feito
de aio para nos conduzir a Cristo, Gál. por Mórmon das placas de Leí. Quando
3:19–24. Guardamos a lei de Moisés e Joseph tinha traduzido 116 páginas des-
esperamos firmemente em Cristo, 2 Né. se livro, entregou o manuscrito a Martin
25:24–30. A salvação não vem somente Harris, que durante algum tempo o aju-
pela lei de Moisés, Mos. 12:27–13:32. dara como escrevente na tradução do
Em mim se cumpriu a lei de Moisés, Livro de Mórmon. As páginas foram en-
3 Né. 9:17. A lei que foi dada a Moisés tão perdidas. Joseph não tornou a tradu-
cumpre-se em mim, 3 Né. 15:1–10. Por zir o livro de Leí para substituir o ma-
causa da desobediência o Senhor tirou nuscrito perdido. Em vez disso, tradu-
Moisés e o Santo Sacerdócio dos filhos ziu das placas de ouro outros relatos
de Israel, deixando a lei dos manda- afins (ver as introduções de D&C 3,
mentos carnais, D&C 84:23–27. 10). Estes outros relatos são agora os seis
primeiros livros do Livro de Mórmon.
LEÍ, MISSIONÁRIO NEFITA. Ver
também Helamã, Filho de Helamã LÉIA. Ver também Jacó, Filho de
No Livro de Mórmon, filho de Hela- Isaque; Labão, Irmão de Rebeca
mã, que, por sua vez, era filho de He- No Velho Testamento, filha mais velha
lamã. Leí foi um grande missionário de Labão e uma das esposas de Jacó
(Hel. 3:21; 4:14). (Gên. 29). Léia teve seis filhos e uma
Recebeu o nome de Leí para lembrar-se filha (Gên. 29:31–35; 30:17–21).
de seu ancestral, Hel. 5:4–6. Junto com
LEMUEL. Ver também Lamã;
Néfi ele fez muitos conversos, foi preso,
Lamanitas; Leí, Pai de Néfi
envolto como por chamas e falou com
anjos, Hel. 5:14–48. Recebia diariamente No Livro de Mórmon, segundo filho
muitas revelações, Hel. 11:23. de Leí e um dos irmãos mais velhos de
Néfi. Ele juntou-se a Lamã para fazer
LEÍ, PAI DE NÉFI oposição a Néfi.
No Livro de Mórmon, profeta Leí admoestou Lemuel a ser constante
hebreu que conduziu sua família e como um vale, 1 Né. 2:10. Enfureceu-
alguns seguidores de Jerusalém a uma se com Néfi e deu ouvidos a Lamã,
terra da promissão no hemisfério oci- 1 Né. 3:28. Os lemuelitas se acham in-
dental, cerca do ano 600 a.C. No Livro cluídos com os lamanitas, Jacó 1:13–14
de Mórmon, Leí foi o primeiro profeta (Al. 47:35).
entre seu povo.
Leí fugiu de Jerusalém com sua família, LEPRA
obedecendo ao Senhor (1 Né. 2:1–4). Era Doença contagiosa freqüentemente
descendente de José, que foi vendido ao mencionada tanto no Velho como no
Egito (1 Né. 5:14). O Senhor deu-lhe Novo Testamento. Muitos persona-
uma visão da árvore da vida (1 Né. 8:2– gens bíblicos notáveis em alguma oca-
35). Leí e seus filhos construíram um sião foram afligidos com este mal, in-
navio e partiram para o hemisfério oci- clusive Moisés (Êx. 4:67), Miriã, sua
Levi 122
irmã, (Núm. 12:10) Naamã (II Re. 5), e LEVITAS. Ver Levi
o rei Uzias (II Crôn. 26:19–21).
LEVÍTICO. Ver também Pentateuco
Jesus curou diversos leprosos, Mt. 8:2–4
(Mc. 1:40–45; Lc. 5:12–15; 3 Né. 17:7–9). Livro do Velho Testamento que trata
Jesus curou dez leprosos, Lc. 17:11–19. dos deveres sacerdotais em Israel.
Enfatiza a santidade de Deus e o con-
LEVI. Ver também Israel; Jacó, Filho junto de leis pelas quais o povo deve-
de Isaque ria governar-se para santificar-se. Seu
No Velho Testamento, terceiro filho de propósito é ensinar os preceitos morais
Jacó e Léia (Gên. 29:34; 35:23). Levi e verdades religiosas da lei de Moisés,
tornou-se pai de uma das tribos de por meio de rituais. O livro foi escrito
Israel. por Moisés.
Tribo de Levi : Jacó abençoou Levi e seus Os capítulos 1–7 explicam as orde-
descendentes (Gên. 49:5–7). Os descen- nanças relacionadas com os sacrifícios.
dentes de Levi (os levitas) exerciam o Os capítulos 8–10 descrevem o ritual
ministério nos santuários de Israel observado na consagração de sacerdo-
(Núm. 1:47–54). Aarão era levita e os tes. O capítulo 11 explica o que se po-
seus descendentes, sacerdotes (Êx. 6:16– dia ou não comer, o que era limpo e o
20; 28:1–4; 29). Os levitas ajudavam os que era imundo. O capítulo 12 trata da
sacerdotes, os filhos de Aarão (Núm. mulher após o parto. Os capítulos 13–
3:5–10; I Re. 8:4). Às vezes trabalha- 15 trazem as leis relativas à impureza
vam como músicos (I Crôn. 15:16; Nee. cerimonial. O capítulo 16 contém o ri-
11:22); esfolavam os animais destina- tual a ser observado no Dia da Expiação.
dos a holocaustos (II Crôn. 29:34; Esd. Os capítulos 17–26 são um código de
6:20); e geralmente ajudavam no tem- leis que dizem respeito às observân-
plo (Nee. 11:16). Os levitas foram de- cias religiosas e sociais. O capítulo 27
dicados para o serviço do Senhor, a explica que o Senhor ordenou a Israel
fim de realizarem as ordenanças para que lhe consagrasse suas colheitas, re-
os filhos de Israel. Os próprios levitas banhos e manadas.
eram oferecidos em lugar dos filhos de
Israel (Núm. 8:11–22); assim, tornavam- LIAHONA
se propriedade peculiar de Deus, dedi- No Livro de Mórmon, uma esfera de
cados a ele em lugar dos primogênitos latão com dois ponteiros que indica-
(Núm. 8:16). Eles não eram consagra- vam a direção a seguir—como uma
dos, mas eram purificados para o ofício bússola — e que também dava ins-
que exerciam (Núm. 8:7–16). Não obti- truções espirituais a Leí e seus segui-
veram uma herança na terra de Canaã dores, quando eram justos. O Senhor
(Núm. 18:23–24), mas recebiam o dízi- deu-lhes a Liahona e instruções por
mo (Núm. 18:21), receberam 48 cidades meio dela.
(Núm. 35:6) e o direito de receber do-
Leí encontrou uma esfera de latão com
nativos (ofertas) do povo, por ocasião
dois ponteiros que indicavam o cami-
das festas (Deut. 12:18–19; 14:27–29).
nho a ser seguido por ele e sua família,
LEVIANDADE. Ver também 1 Né. 16:10. A esfera se movia conforme
Maledicência a fé e a diligência do povo, 1 Né. 16:28–
29 (Al. 37:40). Benjamim entregou a
Tratar com leviandade as coisas sagra-
esfera a Mosias, Mos. 1:16. À esfera ou
das (D&C 84:54).
guia deram o nome de Liahona, Al.
Os santos não devem ter pensamentos 37:38. A Liahona era comparada à pa-
ociosos e risos excessivos, D&C 88:69. lavra de Cristo, Al. 37:43–45. As três
Cessai de todo o vosso orgulho e le- testemunhas do Livro de Mórmon
viandade, D&C 88:121. iriam ver o guia dado a Leí, D&C 17:1.
123 Língua
LIBERDADE, LIVRE. Ver também Livrou seu povo do cativeiro lamanita
Cativeiro; Livre-arbítrio e retornou a Zaraenla (Mos. 22).
Poder ou capacidade de escolher livre- LIMPO E IMUNDO. Ver também
mente. Em sentido espiritual, a pessoa Imundície, Imundo; Lei de
que se arrepende e obedece à vontade Moisés; Pureza, Puro
de Deus fica livre do cativeiro do peca-
do mediante a expiação de Jesus Cristo No Velho Testamento, o Senhor revelou
(Mos. 5:8). a Moisés e aos antigos israelitas que
somente certos alimentos eram consi-
Andarei em liberdade; pois busquei os derados limpos ou, em outras pala-
teus preceitos, Salm. 119:45. A verdade vras, apropriados para comer. A dis-
vos libertará, Jo. 8:32. Os que são liberta- tinção feita pelos israelitas entre o que
dos do pecado recebem a vida eterna, era limpo e o que era imundo influen-
Rom. 6:19–23. Onde está o Espírito do ciou grandemente toda a sua vida reli-
Senhor aí há liberdade, II Cor. 3:17. giosa e social. Certos animais, pássa-
Estai pois firmes na liberdade com que ros e peixes eram considerados limpos
Cristo vos libertou, Gál. 5:1 (D&C e aceitáveis para o consumo, ao passo
88:86). Os homens são livres para esco- que outros eram tidos como imundos
lher a liberdade e a vida eterna, 2 Né. e proibidos (Lev. 11; Deut. 14:3–20).
2:27. Um ramo justo da casa de Israel Alguns doentes também eram consi-
será tirado do cativeiro para a liberda- derados imundos.
de, 2 Né. 3:5. Esta Terra será uma terra
de liberdade, 2 Né. 10:11. Clamaram ao No sentido espiritual, ser limpo é estar
Senhor por sua liberdade, Al. 43:48–50. livre do pecado e desejos pecaminosos,
Morôni plantou o estandarte da liberda- caso em que a palavra é usada para des-
de entre os nefitas, Al. 46:36. Morôni se crever a pessoa virtuosa e de coração
regozijava com a liberdade de seu país, puro (Salm. 24:4). O povo do convênio
Al. 48:11. Segui-me e sereis um povo de Deus sempre foi especialmente ins-
livre, D&C 38:22. O Senhor e seus ser- truído a ser limpo (3 Né. 20:41; D&C
vos proclamaram liberdade aos espíri- 38:42; 133:5).
tos cativos, D&C 138:18, 31, 42. Aquele que é limpo de mãos e puro de
coração subirá ao monte do Senhor,
LIBERTADOR. Ver também Jesus Salm. 24:3–5. A nenhum homem cha-
Cristo me comum ou imundo, At. 10:11–28.
Jesus Cristo é o libertador da humani- Podereis olhar para Deus com um co-
dade, pois ele resgata todos do cativei- ração puro e mãos limpas? Al. 5:19. O
ro da morte e o pecador arrependido, Senhor castigará Sião até que vença e
das penalidades do pecado. fique limpa, D&C 90:36. Sede puros,
O Senhor é o meu rochedo e o meu li- vós que portais os vasos do Senhor,
bertador, II Sam. 22:2 (Salm. 18:2; D&C 133:4–5, 14 (Isa. 52:11).
144:2). Tu és meu auxílio e o meu liber- LÍNGUA. Ver também Línguas, Dom
tador, Salm. 40:17 (Salm. 70:5). De Sião das
virá o Libertador, Rom. 11:26. Os santos
reconheceram o Filho de Deus como seu Símbolo da fala. Os santos devem con-
Redentor e Libertador, D&C 138:23. trolar a língua, ou seja, sua forma de
falar. Essa palavra também se refere a
LÍMI. Ver também Noé, Filho de idiomas e a povos. Futuramente, todo
Zênife joelho se dobrará e toda língua confes-
No Livro de Mórmon, um rei justo dos sará a Deus (Isa. 45:23; Rom. 14:11).
nefitas, na terra de Néfi. Era filho do Guarda a tua língua do mal, Salm. 34:13
rei Noé (Mos. 7:7–9). O rei Lími fez o (I Ped. 3:10). O que guarda a sua boca e
convênio de servir a Deus (Mos. 21:32). a sua língua, guarda das angústias a sua
Linguagem 124
alma, Prov. 21:23. Cada um os ouvia E todos foram cheios do Espírito Santo,
falar na sua própria língua, At. 2:1–6. e começaram a falar noutras línguas, At.
Se alguém não refreia sua língua, a re- 2:4. O que fala língua estranha não fala
ligião desse é vã, Tg. 1:26. Se alguém aos homens, senão a Deus, I Cor. 14:1–
não tropeça em palavra, o tal varão é 5, 27–28. As línguas são um sinal para
perfeito, Tg. 3:1–13. O evangelho será os infiéis, I Cor. 14:22–28. Virá então o
pregado a toda nação, tribo, língua e batismo de fogo e do Espírito Santo; e
povo, Apoc. 14:6–7 (2 Né. 26:13; Mos. podereis falar na língua de anjos, 2 Né.
3:13, 20; D&C 88:103; 112:1). O Senhor 31:13–14. Amuleque exortou todos os
fala aos homens de acordo com sua lín- homens a acreditarem no dom de lín-
gua, 2 Né. 31:3 (D&C 1:24). Benjamim guas, Ômni 1:25. A alguns é dado falar
ensinou a seus filhos o idioma de seus em línguas; e a outros é dado interpretá-
pais, para que fossem homens de enten- las, D&C 46:24–25 (I Cor. 12:10; Morô.
dimento, Mos. 1:2–5. O Senhor concede 10:8, 15–16). Que se derrame o dom das
a todas as nações que lhes seja ensinada, línguas, D&C 109:36.
a cada uma em sua própria língua, a sua LIVRE-ARBÍTRIO. Ver Arbítrio
palavra, Al. 29:8. Estas placas serão le-
vadas a todas as nações, tribos, línguas e LIVRO DA VIDA. Ver também
povos, Al. 37:4. Obtém minha palavra, e Livro de Recordações
então tua língua será desatada, D&C Em certo sentido, o Livro da Vida é a
11:21. Todo homem ouvirá a plenitude soma dos pensamentos e ações de uma
do evangelho em sua própria língua, pessoa—o registro de sua vida. As es-
D&C 90:11. E te familiarizarás com lín- crituras também indicam, entretanto,
guas, idiomas e povos, D&C 90:15. que é mantido um registro celestial
dos justos, inclusive seus nomes e um
LINGUAGEM
relato de seus nobres feitos.
Palavras, escritas ou faladas, reunidas O Senhor riscará os pecadores de seu
em uma estrutura específica a fim de livro, Êx. 32:33. O que vencer não será
transmitir informação, pensamentos e riscado do livro da vida, Apoc. 3:5.
idéias. A maneira como usamos a lin- Abriu-se outro livro, que é o da vida,
guagem demonstra o que sentimos em Apoc. 20:12 (D&C 128:6–7). Os nomes
relação a Deus e às outras pessoas. Na dos justos serão escritos no livro da vi-
segunda vinda de Jesus Cristo o Se- da, Al. 5:58. Vossas orações estão re-
nhor dará a toda a humanidade lábios gistradas no livro de nomes dos santi-
puros, ou seja, uma linguagem pura ficados, D&C 88:2.
(Sof. 3:8–9).
LIVRO DE MANDAMENTOS. Ver
Era toda a Terra duma mesma língua,
também Doutrina e Convênios;
Gên. 11:1. Confundiu o Senhor a língua Revelação
de toda a Terra, Gên. 11:4–9. Aquele
cuja linguagem é mansa e edifica é de Em 1833 foi editada uma série de reve-
Deus, se obedecer a minhas ordenanças, lações recebidas pelo Profeta Joseph
D&C 52:16. Adão possuía linguagem Smith, sob o título de Um Livro de Man-
pura e impoluta, Mois. 6:5–6, 46. Deus damentos para o Governo da Igreja de
deu a Enoque grande poder da lingua- Cristo. O Senhor continuou a comuni-
gem, Mois. 7:13. car-se com os seus servos e uma com-
pilação mais ampla das revelações foi
LÍNGUAS, DOM DAS. Ver também publicada dois anos depois, com o tí-
Dons do Espírito; Língua tulo de Doutrina e Convênios.
Dom do Espírito Santo que permite que A seção 1 de Doutrina e Convênios é o
indivíduos inspirados falem, entendam prefácio do Senhor ao livro de seus
ou interpretem línguas desconhecidas. mandamentos, D&C 1:6. O Senhor de-
Acreditamos no dom das línguas (RF 7). safiou a pessoa mais sábia a reproduzir
125 Livro de Recordações
a menor de suas revelações contidas José é um ramo frutífero, seus ramos
no Livro de Mandamentos, D&C 67:4– correm sobre o muro, Gên. 49:22–26. A
9. Mordomos foram designados para verdade brotará da terra, Salm. 85:11
publicar as revelações, D&C 70:1–5. (Mórm. 8:16; Mois. 7:62). O Senhor arvo-
rará o estandarte ante as nações e lhes
LIVRO DE MÓRMON. Ver também assobiará para que venham, Isa. 5:26.
Cânon; Efraim—A vara de Efraim Uma voz falará desde o pó, Isa. 29:4
ou vara de José; Placas de Ouro; (2 Né. 26:14–17). Toda a visão é como as
Mórmon, Profeta Nefita; Placas; palavras dum livro selado, Isa. 29:11
Escrituras; Smith, Joseph, Jr.; (29:9–18; 2 Né. 27:6–26). As varas de Jo-
Testemunhas do Livro de sé e de Judá se tornam uma na mão do
Mórmon Senhor, Eze. 37:15–20. Tenho outras
Um dos quatro volumes de escritura ovelhas que não são deste aprisco, Jo.
aceitos por A Igreja de Jesus Cristo dos 10:16 (3 Né. 15:16–24). O Livro de Mór-
Santos dos Últimos Dias. É um resumo mon e a Bíblia crescerão juntamente,
feito por um antigo profeta, chamado 2 Né. 3:12–21. As palavras do Senhor
Mórmon, dos anais dos antigos habi- silvarão até os confins da Terra, 2 Né.
tantes das Américas. Foi escrito para 29:2. O Senhor fez o convênio com Enos
testificar que Jesus é o Cristo. de que revelaria o Livro de Mórmon
O Profeta Joseph Smith, que traduziu aos lamanitas, En. 1:15–16. O Livro de
este registro pelo dom e poder de Deus, Mórmon foi escrito com o propósito
disse o seguinte com respeito a esse li- de que acreditássemos na Bíblia, Mórm.
vro: “Disse aos irmãos que o Livro de 7:9. O Livro de Mórmon se levantará co-
Mórmon era o mais correto de todos mo testemunho contra o mundo, Ét. 5:4.
os livros da Terra e a pedra fundamen- Perguntar a Deus se estas coisas são ver-
tal de nossa religião; e que seguindo dadeiras, Morô. 10:4. Cristo prestou tes-
seus preceitos o homem se aproxima- temunho de que o Livro de Mórmon é
ria mais de Deus do que seguindo os verdadeiro, D&C 17:6. O Livro de Mór-
de qualquer outro livro” (ver intro- mon contém a plenitude do evangelho
dução, nas primeiras páginas do Livro de Jesus Cristo, D&C 20:9 (20:8–12;
de Mórmon). 42:12). Cremos que o Livro de Mórmon
é a palavra de Deus, RF 8.
O Livro de Mórmon é um registro reli-
gioso de três grupos de pessoas que LIVRO DE RECORDAÇÕES. Ver
emigraram do Velho Mundo para o con- também Genealogia; Livro da Vida
tinente americano. Tais grupos foram Livro iniciado por Adão, no qual eram
conduzidos por profetas que registra- registrados os feitos de seus descenden-
ram sua história secular e religiosa em tes; também quaisquer registros seme-
placas de metal. O Livro de Mórmon lhantes escritos, a partir de então, por
registra a visita de Jesus Cristo ao povo profetas e membros fiéis. Adão e seus
das Américas, após sua ressurreição. descendentes escreveram um livro de
Depois dessa visita houve um período lembranças, pelo espírito de inspiração,
de duzentos anos de paz. e um livro das gerações, que continha
Morôni, o último profeta e historiador uma genealogia (Mois. 6:5, 8). Tais re-
nefita, selou o resumo dos registros des- gistros provavelmente terão impor-
ses povos e ocultou-os aproximadamen- tante papel em nosso julgamento final.
te no ano 421 d.C. Em 1823 o mesmo Há um memorial escrito diante dele,
Morôni, ressuscitado, apareceu a Joseph Mal. 3:16–18 (3 Né. 24:13–26). Todos
Smith e mais tarde entregou-lhe esses aqueles que não se acharem inscritos
registros antigos e sagrados para serem no livro de recordações não terão he-
traduzidos e entregues ao mundo co- rança alguma naquele dia, D&C 85:9.
mo outro testamento de Jesus Cristo. Os mortos foram julgados pelas coisas
Livros Apócrifos 126
escritas nos livros, D&C 128:7. Apre- Se estiveres alegre, louva ao Senhor
sentemos um livro contendo os regis- com cânticos e com oração e ação de
tros de nossos mortos, D&C 128:24. graças, D&C 136:28.
Era mantido um livro de recordações,
LUCAS. Ver também Atos dos
Mois. 6:5–8. Escrevemos um livro de
Apóstolos; Evangelhos
lembranças, Mois. 6:46. Abraão procu-
rou escrever um registro para sua pos- Foi o autor do terceiro Evangelho, do
teridade, Abr. 1:31. livro de Atos no Novo Testamento e
companheiro missionário de Paulo. Lu-
LIVROS APÓCRIFOS. Ver cas era filho de pais gregos. Era médico
Apócrifos, Livros (Col. 4:14) e uma pessoa muito culta. Ao
juntar-se a Paulo em Troas (At. 16:10–
LÓ. Ver também Abraão
11) identificou-se como companheiro
No Velho Testamento, filho de Harã e dele. Lucas também estava com Paulo
sobrinho de Abraão (Gên.11:27, 31; Abr. em Filipos, na última viagem daquele
2:4). Harã morreu em conseqüência da apóstolo a Jerusalém (At. 20:6), per-
fome em Ur (Abr. 2:1). Ló partiu de Ur manecendo com ele até chegarem a
com Abraão e Sara, indo com eles a Ca- Roma. Na segunda vez em que Paulo
naã (Gên. 12:4–5). Ló preferiu viver em foi preso em Roma, Lucas estava a seu
Sodoma. O Senhor enviou mensageiros lado (II Tim. 4:11). A tradição afirma
para avisar a Ló que fugisse de Sodoma que Lucas morreu como mártir.
antes que fosse destruída, por causa da Evangelho de Lucas : Relato escrito por
iniqüidade do povo (Gên. 13:8–13; 19:1, Lucas sobre Jesus Cristo e seu ministé-
13, 15); todavia a mulher de Ló olhou rio terreno. O livro de Atos dos Após-
para trás, a fim de ver a destruição e se tolos é uma continuação do Evangelho
transformou numa estátua de sal (Gên. segundo Lucas. Ele deixou um relato
19:26). No Novo Testamento existem re- detalhado do ministério de Jesus, apre-
ferências a Ló (Lc. 17:29; II Ped. 2:6–7). sentando-o como o Salvador tanto dos
Sua vida após separar-se de Abraão está judeus como dos gentios, e escreveu
descrita em Gên. 13, 14 e 19. muito sobre os ensinamentos e obras do
LOUVAR, LOUVOR. Ver também Mestre. Em seus escritos encontramos
Adorar; Ação de Graças, os únicos relatos da visita de Gabriel a
Agradecido, Agradecimento; Zacarias e a Maria, mãe de Jesus, (Lc. 1);
Glória da visita dos pastores ao infante Jesus
(Lc. 2:8–18); de Jesus no templo aos do-
Expressão de gratidão e veneração a ze anos de idade (Lc. 2:41–52); da desig-
Deus. Reconhecimento de seu poder e nação e envio dos setenta (Lc. 10:1–24);
de sua grandeza. O louvor faz parte da de que Jesus suou sangue (Lc. 22:44);
adoração ao Senhor. da conversa do Salvador com o ladrão
Louvai ao Senhor, invocai o seu nome, na cruz (Lc. 23:39–43); e de que Jesus
I Crôn. 16:8. Eu louvarei ao Senhor se- comeu peixe e mel após a ressurreição
gundo a sua justiça, Salm. 7:17. Bom é (Lc. 24:42–43).
louvar ao Senhor, Salm. 92:1. Apresen- No verbete Evangelhos encontra-se um
temo-nos ante a sua face com louvores, resumo dos capítulos de Lucas.
Salm. 95:2. Enchei-vos do Espírito, can-
tando e salmodiando ao Senhor, Ef. LÚCIFER. Ver também Anticristo;
5:18–19. Está alguém contente? Cante Destruidor; Diabo; Filhos de
louvores, Tg. 5:13. Voltei-me para Deus Perdição; Inferno
e louvei-o todo o dia, 1 Né. 18:16. Lou- Esse nome significa O que Brilha ou
varei o santo nome de meu Deus, 2 Né. Portador da Luz. Ele também é conhe-
9:49 (22:4). Aquele que reconhece o cido como Filho da Manhã. Lúcifer foi
poder de Deus o louvará, D&C 52:17. um filho espiritual de nosso Pai Celeste
127 Magogue
e o cabeça da rebelião na vida pré-mor- todo o homem que vem ao mundo, Jo.
tal. O nome Lúcifer aparece somente 1:4–9 (Jo. 3:19; D&C 6:21; 34:1–3). Eu
uma vez na Bíblia (Isa. 14:12). (N. do T. sou a luz do mundo, Jo. 8:12 (Jo. 9:5;
Em algumas traduções da Bíblia para D&C 11:28). O que é luz é bom, Al.
o português foi usada a expressão “es- 32:35. Cristo é a vida e a luz do mundo,
trela da manhã” em lugar de Lúcifer.) Al. 38:9 (3 Né. 9:18; 11:11; Ét. 4:12). O
As revelações modernas fornecem-nos Espírito de Cristo é concedido a todos
mais pormenores sobre a queda de Lú- os homens, para que eles possam
cifer (D&C 76:25–29). conhecer o que é bom e o que é mau,
Lúcifer caiu na vida pré-mortal, Isa. Morô. 7:15–19. Aquilo que é de Deus é
14:12 (Lc. 10:18; 2 Né. 24:12) Após a que- luz, e essa luz se torna mais brilhante
da ele tornou-se Satanás, o diabo, D&C até o dia perfeito, D&C 50:24. O Espí-
76:25–29 (Mois. 4:1–4). rito dá luz a todo homem, D&C 84:45–
48 (93:1–2). Aquele que guarda seus
LUGAR SANTÍSSIMO. Ver Santo mandamentos recebe verdade e luz,
dos Santos D&C 93:27–28. A luz e a verdade rejei-
LUZ, LUZ DE CRISTO. Ver também tam o ser maligno, D&C 93:37.
Consciência; Espírito Santo;
MÃE. Ver também Eva; Família; Pais
Inteligência(s); Jesus Cristo;
Verdade Título sagrado concedido à mulher que
dá à luz ou adota filhos. As mães auxi-
Energia divina, poder ou influência
liam Deus em seu plano de prover cor-
que procede de Deus através de Cristo
pos mortais para os filhos espirituais
e dá vida e luz a todas as coisas. É a lei
do Pai Celestial.
pela qual todas as coisas são governa-
das no céu e na Terra (D&C 88:6–13). E chamou Adão o nome de sua mulher
Ela também ajuda as pessoas a enten- Eva; porquanto ela era a mãe de todos
derem a verdade do evangelho e serve os viventes, Gên. 3:20 (Mois. 4:26). Hon-
para colocá-las no caminho do evan- ra a teu pai e a tua mãe, Êx. 20:12 (Ef.
gelho que leva à salvação (Jo. 3:19–21; 6:1–3; Mos. 13:20). Não deixes a dou-
12:46; Al. 26:15; 32:35; D&C 93:28–29, trina de tua mãe, Prov. 1:8. O homem
31–32, 40, 42). insensato despreza a sua mãe, Prov.
Não devemos confundir a luz de Cristo 15:20 (10:1). Não desprezes a tua mãe,
com o Espírito Santo, pois a luz de quando vier a envelhecer, Prov. 23:22.
Cristo não é um personagem, mas uma Levantam-se seus filhos e chamam-na
influência proveniente de Deus, que bem-aventurada, e seu marido a lou-
nos prepara para receber o Espírito San- va, Prov. 31:28. A mãe de Jesus estava
to. É uma influência para o bem na vi- junto à cruz, Jo. 19:25–27. Dois mil jo-
da de todo ser humano (Jo. 1:9; D&C vens guerreiros lamanitas tinham sido
84:46–47). ensinados por suas mães, Al. 56:47
(Al. 57:21). Nossa gloriosa Mãe Eva es-
Uma manifestação da luz de Cristo é a tava entre os grandes e poderosos ins-
consciência, que ajuda a pessoa a distin- truídos pelo Senhor no mundo dos es-
guir o bem do mal (Morô. 7:16). Quanto píritos, D&C 138:38–39.
mais aprendemos a respeito do evange-
lho, mais sensível se torna nossa cons- MAGOGUE. Ver também Gogue;
ciência (Morô. 7:12–19). Os que seguem Segunda Vinda de Jesus Cristo
a luz de Cristo são guiados ao evange- Na Bíblia, nome de um povo e de uma
lho de Jesus Cristo (D&C 84:46–48). região perto do Mar Negro. Seu rei,
O Senhor é minha luz, Salm. 27:1. An- Gogue, liderará os exércitos de Mago-
demos na luz do Senhor, Isa. 2:5 (2 Né. gue na última e grande batalha antes
12:5). O Senhor será a tua luz perpétua, da segunda vinda de Cristo (Eze. 38:2;
Isa. 60:19. A luz verdadeira alumia a 39:6). As escrituras falam de outra
Malaquias 128
grande batalha de Gogue e Magogue MAMON. Ver também Dinheiro
no final do Milênio, entre as forças de Palavra aramaica que significa “ri-
Deus e as forças do mal (Apoc. 20:7–9; quezas” (Mt. 6:24; Lucas 16:9; D&C
D&C 88:111–116). 82:22).
MALAQUIAS
MANÁ. Ver também Êxodo; Pão da
Profeta do Velho Testamento, que es- Vida
creveu e profetizou aproximadamente
em 430 a.C. Alimento em forma de flocos finos,
com sabor de bolos de mel (Êx. 16:14–
Livro de Malaquias : O livro ou profecia
31) ou de azeite fresco (Núm. 11:8).
de Malaquias é o último do Velho Tes-
O Senhor enviou-o para alimentar os
tamento. Parecem ser quatro os seus
filhos de Israel durante sua peregri-
temas principais: (1) os pecados de
nação de quarenta anos no deserto
Israel—Mal. 1:6–2:17; 3:8–9; (2) os jul-
(Êx. 16:4 – 5, 14 – 30, 35; Jo. 5:12; 1
gamentos que sobrevirão a Israel por
Né.17:28).
causa da desobediência—Mal. 1:14;
2:2– 3, 12; 3:5; (3) as promessas pela Os filhos de Israel deram-lhe o nome
obediência: Mal. 3:10–12, 16–18; 4:2– de maná (ou man-hu , em hebraico)—
3; e (4) profecias referentes a Israel: que significava “Que é isto?”—pois
Mal. 3:1–5; 4:1, 5–6 (D&C 2; 128:17; não sabiam o que era (Êx.16:15). Tinha
JS—H 1:37–39). também o nome de “alimento dos po-
derosos” e “pão do céu” (Salm. 78:24–
Em sua profecia, Malaquias escreveu a
25; Jo. 6:31). Simbolizava a Cristo, que
respeito de João Batista (Mal. 3:1; Mt.
seria o Pão da Vida (Jo. 6:31–35).
11:10), da lei do dízimo (Mal. 3:7–12)
da segunda vinda do Senhor (Mal. 4:5) MANASSÉS. Ver também Efraim;
e do regresso de Elias, o profeta, (Mal. Israel; José, Filho de Jacó
4:5–6; D&C 2; 128:17; JS—H 1:37–39).
O Salvador citou para os nefitas os ca- No Velho Testamento, filho mais velho
pítulos 3 e 4 de Malaquias em sua tota- de Asenate e José que foi vendido ao
lidade (3 Né. 24 e 25). Egito (Gên. 41:50–51). Ele e seu irmão
Efraim eram netos de Jacó (Israel);
MALEDICÊNCIA. Ver também porém, Jacó adotou-os e abençoou-os
Mentir, Mentiroso; Mexerico; como se fossem seus próprios filhos
Contenção, Contenda; Rumores (Gên. 48:1–20).
Dizer algo incorreto, prejudicial ou per- Tribo de Manassés : Os descendentes
verso. Nas escrituras freqüentemente de Manassés foram contados entre as
o termo se refere a pessoas que têm a tribos de Israel (Núm. 1:34–35; Jos.
intenção específica de magoar. 13:29–31). A bênção que Moisés deu
Guarda a tua língua do mal, Salm. 34:13 à tribo de José, e que também foi
(I Ped. 3:10). O homem vão cava o mal, dada a Efraim e a Manassés, encontra-
Prov. 16:27. Bem-aventurados sois se em Deut. 33:13–17. O território a
vós, quando mentindo, disserem todo eles designado encontrava-se parcial-
o mal contra vós, Mt. 5:11 (3 Né. 12:11). mente a oeste do Rio Jordão e avizi-
Porque do coração procedem os maus nhava-se ao de Efraim; além disso,
pensamentos, Mt. 15:19 (Mc. 7:21). Não tinham colônias a leste do Jordão,
dirás mal do príncipe do povo, At. 23:5. na fértil terra de pastagens de Basã e
Toda a amargura, e ira, e cólera, e grita- Gileade. Nos últimos dias a tribo de
ria e blasfêmias e toda a malícia seja Manassés ajudará a de Efraim a coli-
tirada de entre vós, Ef. 4:31. Não faleis gar o povo disperso de Israel (Deut.
mal uns dos outros, Tg. 4:11. E certifi- 33:13–17). O profeta Leí, do Livro de
car-se que não haja maledicências ou Mórmon, era descendente de Manas-
calúnias na Igreja, D&C 20:54. sés (Al. 10:3).
129 Mansidão, Manso, Mansuetude
MANDAMENTOS DE DEUS. Ver 9:9) ou Testemunho (Êx. 25:21; 32:15).
também Mandamentos, os Dez; Lei; A forma como Deus deu a Moisés os
Obedecer, Obediência, Obediente; Dez Mandamentos e, por intermédio
Palavra de Deus; Pecado dele, a Israel, é descrita em Êx. 19:9–
As leis e requisitos dados por Deus à 20:23; 32:15–19; 34:1. Os mandamen-
humanidade, individual ou coletiva- tos foram gravados em duas tábuas de
mente. A observância dos mandamen- pedra, que foram colocadas na Arca;
tos proporcionará bênçãos do Senhor foi chamada, por isso, de Arca do Con-
aos obedientes (D&C 130:21). certo (Núm. 10:33). O Senhor, citando
Noé fez conforme a tudo o que Deus Deut. 6:4–5 e Lev. 19:18, resumiu os
mandou, Gên. 6:22. Se andardes nos Dez Mandamentos em “dois grandes
meus estatutos e guardardes os meus mandamentos” (Mt. 22:37–39).
mandamentos, Lev. 26:3. Guarda os Os Dez Mandamentos foram repetidos
meus mandamentos, e vive, Prov. 4:4 nas revelações modernas (Mos. 12:32–
(Prov. 7:2). Se me amardes, guardareis 37; 13:12–24; D&C 42:18–28; 59:5–13;
os meus mandamentos, Jo. 14:15 (D&C TJS—Êx. 34:1–2).
42:29). Qualquer coisa que lhe pedir- MANIFESTO. Ver também
mos, dele a receberemos, porque guar- Casamento, Casar—Casamento
damos os seus mandamentos, I Jo. 3:22. Plural; Woodruff, Wilford
Os seus mandamentos não são pesados,
I Jo. 5:3. Ser imutável em guardar os Declaração oficial feita pelo Presiden-
mandamentos, 1 Né. 2:10. O Senhor te Wilford Woodruff, no ano de 1890,
nunca dá ordens sem antes preparar o afirmando claramente que a Igreja e
caminho, 1 Né. 3:7. Devo agir segundo seus membros se submetiam à lei do
os mandamentos estritos de Deus, Jacó país e que não mais praticariam o ca-
2:10. Se guardardes meus mandamen- samento plural (D&C DO—1). O pre-
tos, prosperareis na Terra, Jar. 1:9 (Al. sidente Woodruff deu a conhecer o
9:13; 50:20). Aprende em tua mocidade Manifesto depois de receber uma vi-
a guardar os mandamentos de Deus, Al. são e uma revelação de Deus.
37:35. Estes mandamentos são meus, MANSIDÃO, MANSO,
D&C 1:24. Examinai estes mandamen- MANSUETUDE. Ver também
tos, D&C 1:37. Os que não guardam os Coração Quebrantado;
mandamentos não podem ser salvos, Humildade, Humilde; Paciência
D&C 18:46 (25:15; 56:2). Meus manda-
Qualidade do que é temente a Deus,
mentos são espirituais; não são naturais
justo, humilde, doutrinável e paciente
nem físicos, D&C 29:35. Os mandamen-
nas horas de sofrimento. Os mansos
tos são dados para que compreenda-
estão dispostos a seguir os ensinamen-
mos a vontade do Senhor, D&C 82:8.
tos do evangelho.
Não sei, exceto que o Senhor me man-
dou, Mois. 5:6. O Senhor provará os Moisés era muito manso, Núm. 12:3. Os
homens para ver se farão tudo o que mansos herdarão a Terra, Salm. 37:11
ele lhes mandar, Abr. 3:25. (Mt. 5:5; 3 Ne 12:5; D&C 88:17). Buscai
ao Senhor, vós todos os mansos da Ter-
MANDAMENTOS, OS DEZ.
ra; buscai a justiça, buscai a mansidão,
Ver também Mandamentos de
Sof. 2:3 (I Tim. 6:11). Aprendei de mim,
Deus; Moisés
que sou manso e humilde de coração,
Leis dadas por Deus, por intermédio Mt. 11:29. A mansidão é um fruto do Es-
de Moisés, a fim de governar a condu- pírito, Gál. 5:22–23. O servo do Senhor
ta moral. deve ser amável, apto para ensinar, pa-
O nome hebraico dos Dez Mandamen- ciente, instruindo com mansidão os que
tos é “Dez Palavras”. Também são cha- resistem, II Tim. 2:24–25. Um espírito
mados de Concerto (Convênio) (Deut. manso e quieto é precioso diante de
Mãos, Imposição de 130
Deus, I Ped. 3:4. Despojar-se do homem élderes devem impor as mãos sobre as
natural e tornar-se manso, Mos. 3:19 crianças e abençoá-las, D&C 20:70.
(Al. 13:27–28). Deus ordenou a Helamã Eles receberão o Espírito Santo pela im-
que ensinasse o povo a ser manso, Al. posição de mãos, D&C 35:6 (RF 4). Os
37:33. A graça do Senhor basta aos man- élderes da Igreja imporão as mãos so-
sos, Ét. 12:26. Julgo que tendes fé em bre os enfermos, D&C 42:44 (D&C 66:9).
Cristo, em virtude da vossa humildade, Os filhos receberão a imposição de
Morô. 7:39. Ninguém é aceitável peran- mãos após o batismo, D&C 68:27. O
te Deus sem que seja humilde e brando sacerdócio é conferido pela imposição
de coração, Morô. 7:44. A remissão dos de mãos, D&C 84:6–16.
pecados produz a mansidão, e por cau-
sa da mansidão vem a presença do Espí- MAR MORTO
rito Santo, Morô. 8:26. Anda na mansi- Também conhecido como Mar Salga-
dão do meu Espírito, D&C 19:23. Go- do, situado ao extremo sul do vale do
verna a tua casa com mansidão, D&C rio Jordão. Sua superfície está situada
31:9. O poder e a influência do sacerdó- aproximadamente 426 metros abaixo do
cio só podem ser mantidos com bran- nível do Mar Mediterrâneo. As cida-
dura e mansidão, D&C 121:41. des de Sodoma, Gomorra e Zoar, ou
Bela, estavam situadas em suas mar-
MÃOS, IMPOSIÇÃO DE. Ver gens (Gên. 14:2–3).
também Bênção dos Doentes;
Designação; Dom do Espírito Em cumprimento da profecia e como
Santo; Ordenação, Ordenar um dos sinais da segunda vinda do
Salvador, as águas do Mar Morto se-
Colocar as mãos sobre a cabeça de uma
rão curadas e a vida nele florescerá
pessoa, como parte de uma ordenança
(Eze. 47:8–9).
do sacerdócio. Muitas das ordenanças
do sacerdócio são realizadas pela impo- MAR VERMELHO. Ver também
sição de mãos, como por exemplo as Moisés
ordenações, bênçãos, bênçãos dos doen- Uma extensão de água entre o Egito e a
tes, confirmação como membro da Igre- Arábia. Seus dois golfos, ao norte, for-
ja e concessão do Espírito Santo. mam o litoral da Península do Sinai. O
Moisés impôs as mãos sobre a cabeça de Senhor separou milagrosamente as
Josué, como o Senhor ordenou, Núm. águas do Mar Vermelho para que os is-
27:18, 22–23 (Deut. 34:9). Jesus curou raelitas, sob a liderança de Moisés, pu-
alguns poucos enfermos, impondo-lhes dessem passar em seco (Êx. 14:13–31;
as mãos, Mc. 6:5 (Mórm. 9:24). Os após- Heb. 11:29). A separação do mar por
tolos impuseram as mãos sobre os sete Moisés é confirmada nas revelações
que os ajudariam, At. 6:5–6. O Espírito modernas (1 Né. 4:2; Hel. 8:11; D&C
Santo era conferido pela imposição 8:3; Mois. 1:25).
de mãos, At. 8:14–17. Ananias impôs
as mãos sobre Saulo e restaurou-lhe a MARCOS. Ver também Evangelhos
visão, At. 9:12, 17–18. Paulo pôs as mãos No Novo Testamento, João Marcos era
sobre ele, e o curou, At. 28:8. Paulo ensi- filho de Maria, que vivia em Jerusalém
nou a doutrina do batismo e da impo- (At. 12:12); é possível que fosse primo
sição de mãos, Heb. 6:2. Alma ordenou (ou sobrinho) de Barnabé (Col.4:10).
sacerdotes e élderes pela imposição de Acompanhou Paulo e Barnabé a Jeru-
mãos, Al. 6:1. Jesus deu a seus discípu- salém em sua primeira viagem mis-
los o poder para conferir o Espírito San- sionária, separando-se deles em Perge
to, pela imposição de mãos, 3 Né. (At. 12:25; 13:5, 13). Mais tarde acom-
18:36–37. Tereis o poder para conferir panhou Barnabé até Chipre (At. 15:37–
o Espírito Santo àqueles sobre quem 39). Esteve com Paulo em Roma (Col.
impuserdes as mãos, Morô. 2:2. Os 4:10; Fil. 1:24) e com Pedro, na Babilô-
131 Marsh, Thomas B.
nia (provavelmente em Roma) (I Ped. to de Jesus, Maria teve outros filhos
5:13). Finalmente, estava com Timóteo (Mc. 6:3).
em Éfeso (II Tim. 4:11). Ela era noiva de José, Mt. 1:18 (Lc. 1:27),
Evangelho segundo Marcos : Segundo li- José não devia divorciar-se de Maria ou
vro do Novo Testamento; é possível que romper o noivado, Mt. 1:18–25. Os ma-
tenha sido escrito sob a orientação de gos visitaram Maria, Mt. 2:11. Maria e
Pedro. Seu propósito é descrever o Se- José fugiram com o menino Jesus para
nhor como o Filho de Deus, que viveu o Egito, Mt. 2:13–14. Após a morte de
e trabalhou entre os homens. Marcos Herodes, a família voltou a Jerusalém,
descreve, com energia e humildade, a Mt. 2:19–23. O anjo Gabriel a visitou,
impressão que Jesus causava aos espec- Lc. 1:26–38. Maria visitou sua prima,
tadores. Segundo a tradição, depois da Isabel, Lc. 1:36, 40–45. Maria elevou um
morte de Pedro, Marcos foi ao Egito, or- salmo de louvor ao Senhor, Lc. 1:46–
ganizou a Igreja em Alexandria e mor- 55. Maria foi a Belém com José, Lc. 2:4–
reu como mártir. 5. Maria deu à luz Jesus e deitou-o em
uma manjedoura, Lc. 2:7. Os pastores
Um resumo dos capítulos do Evange-
foram a Belém visitar o infante Jesus,
lho segundo Marcos encontra-se no
Lc. 2:16–20. Maria e José levaram Jesus
verbete Evangelhos
ao templo em Jerusalém, Lc. 2:21–38.
MARIA DE BETÂNIA. Ver também Maria e José levaram Jesus à Páscoa ju-
Lázaro; Marta daica, Lc. 2:41–52. Maria estava nas
bodas de Caná, Jo. 2:2–5. O Salvador,
No Novo Testamento, irmã de Lázaro crucificado, pediu a João que cuidasse
e Marta. de sua mãe, Jo. 19:25–27. Maria estava
Maria ouvia, assentada aos pés de Jesus, com os apóstolos depois que Cristo
Lc. 10:39, 42. Maria e sua irmã, Marta, subiu aos céus, At. 1:14. Maria era uma
mandaram avisar Jesus da doença de virgem mais bela e formosa que todas
seu irmão, Jo. 11:1–45. Ungiu os pés as virgens, 1 Né.11:13–20. A mãe de
de Jesus com ungüento, Jo. 12:3–8. Cristo se chamará Maria, Mos. 3:8. Ma-
MARIA MADALENA ria seria uma virgem, um vaso escolhi-
do e precioso, Al. 7:10.
Mulher do Novo Testamento que se tor-
nou fiel discípula de Jesus Cristo. O no- MARIA, MÃE DE MARCOS.
me Madalena refere-se a Magdala, lugar Ver também Marcos
onde ela nasceu, uma cidade situada No Novo Testamento, a mãe de João
na margem oeste do Mar da Galiléia. Marcos, o qual escreveu o evangelho
Ela estava junto à cruz, Mt. 27:56 (Mc. segundo Marcos (At. 12:12).
15:40; Jo. 19:25). Estava presente no se-
pultamento de Jesus, Mt. 27:61 (Mc. MARIDO. Ver Casamento, Casar;
15:47). Na manhã da ressurreição se Família
achava diante do sepulcro, Mt. 28:1 (Mc. MARSH, THOMAS B.
16:1; Lc. 24:10; Jo. 20:1, 11). Após ressus-
citar, Jesus apareceu primeiramente a Primeiro Presidente do Quórum dos
ela, Mc. 16:9 (Jo. 20:14–18). Sete demô- Doze Apóstolos após a restauração da
nios saíram dela, Lc. 8:2. Igreja em 1830. Possuía as chaves do rei-
no no que dizia respeito aos Doze (D&C
MARIA, MÃE DE JESUS. 112:16) e, em 1838, foi ordenado por re-
Ver também Jesus Cristo; velação a publicar a palavra do Senhor
José, Marido de Maria (D&C 118:2). A seção 31 de Doutrina e
No Novo Testamento, uma virgem es- Convênios é dirigida a ele. Marsh foi
colhida por Deus, o Pai, para ser a mãe excomungado da Igreja em 1839, mas
de seu Filho na carne. Após o nascimen- foi rebatizado em julho de 1857.
Marta 132
MARTA. Ver também Lázaro; Maria Evangelho segundo Mateus : É o primei-
de Betânia ro livro do Novo Testamento, escrito
Irmã de Lázaro e Maria, no Novo Testa- inicialmente para ser usado pelos ju-
mento (Lc. 10:38–42; Jo. 11:1–46; 12:2). deus da Palestina. Nele encontram-se
muitas citações do Velho Testamento.
MÁRTIR, MARTÍRIO O objetivo principal de Mateus era
Pessoa que prefere perder a vida a mostrar que Jesus era o Messias de
afastar-se de Cristo, do evangelho ou quem falaram os profetas antigos. Ele
de suas crenças ou princípios justos. também enfatizou ser Jesus o Rei e
Todo o sangue justo, desde o de Abel ao Juiz dos homens.
de Zacarias, testificará contra os ímpios, Para sinopse dos capítulos, ver Evan-
Mt. 23:35 (Lc. 11:50). Qualquer que per- gelhos.
der a sua vida por causa de Cristo e do
evangelho, esse a salvará, Mc. 8:35 MATIAS. Ver também Apóstolo—
(D&C 98:13). E apedrejaram a Estêvão, Escolha de Apóstolos
At. 7:59 (At. 22:20). Onde há testamen- O homem escolhido para substituir
to, necessário é que intervenha a mor- Judas Escariotes como membro do
te do testador, Heb. 9:16–17. Abinádi quórum dos Doze Apóstolos (At. 1:15–
tombou, morto pelo fogo, Mos. 17:20. 26). Ele foi discípulo durante todo o mi-
Os amonitas convertidos foram lança- nistério terreno de Jesus (At. 1:21–22).
dos ao fogo, Al. 14:8–11. Muitos foram
MATUSALÉM. Ver também Enoque
mortos porque testificaram essas coi-
sas, 3 Né. 10:15. Quem perder a vida No Velho Testamento, filho de Eno-
na minha causa achará a vida eterna, que que viveu 969 anos (Gên. 5:21–27;
D&C 98:13–14. Joseph Smith e Hyrum Lc. 3:37; Mois. 8:7). Era um profeta jus-
Smith foram mártires da restauração to, deixado na Terra quando a cidade
do evangelho, D&C 135. Joseph Smith de Enoque foi arrebatada ao céu, a fim
selou o seu testemunho com o seu san- de prover uma posteridade através da
gue, D&C 136:39. qual nasceria Noé (Mois. 8:3–4).
MATAR. Ver Homicídio; Pena de MAU GÊNIO. Ver Ira
Morte
MEDIADOR. Ver também Expiação,
MATEUS. Ver também Evangelhos Expiar; Jesus Cristo
Apóstolo de Jesus Cristo e autor do Um intercessor ou intermediário. Jesus
primeiro livro do Novo Testamento. Cristo é o mediador entre Deus e o ho-
Mateus era judeu e coletor de impos- mem. Seu sacrifício expiatório tornou
tos para os romanos em Capernaum, possível ao homem arrepender-se de
provavelmente a serviço de Herodes seus pecados e reconciliar-se com Deus.
Antipas. Antes de converter-se era
Ninguém vem ao Pai senão por Jesus
conhecido como Levi, filho de Alfeu
Cristo, Jo. 14:6. Há um só mediador en-
(Mc. 2:14). Logo após ser chamado
tre Deus e os homens, I Tim. 2:5. Cristo
para tornar-se discípulo de Jesus, deu
é o mediador de um melhor concerto,
uma festa na qual o Senhor estava
Heb. 8:6 (Heb. 9:15; 12:24; D&C 107:19).
presente (Mt. 9:9 – 13; Mc. 2:14 – 17;
O Santo Messias intercederá em favor
Lc. 5:27–32). Mateus certamente conhe-
de todos os filhos dos homens, 2 Né. 2:9
cia muito bem as escrituras do Velho
(Isa. 53:12; Mos. 14:12). Devemos con-
Testamento, podendo ver o cumpri-
fiar no grande Mediador, 2 Né. 2:27–
mento detalhado das profecias na
28. Somos aperfeiçoados por meio de
vida do Senhor. Pouco se sabe a res-
Jesus, o Mediador do novo convênio,
peito dos últimos anos da vida do
D&C 76:69.
apóstolo. A tradição afirma que ele
morreu como mártir. MEDITAR. Ver Ponderar
133 Messias
MELQUISEDEQUE. Ver também MENTIR, MENTIROSO. Ver
Sacerdócio de Melquisedeque; também Enganar, Engano, Fraude;
Salém Honestidade, Honesto;
Um grande sumo sacerdote, profeta e Maledicência
líder do Velho Testamento, que viveu Dizer falsidades ou mentiras com o
após o dilúvio e durante a época de propósito de enganar.
Abraão. Era chamado rei de Salém (Je- Não furtareis, nem mentireis, nem usa-
rusalém), rei de paz, rei de justiça (que é reis de falsidades, Lev. 19:11. Abomino
o significado de Melquisedeque em he- e aborreço a falsidade, Salm. 119:163.
braico) e sacerdote do Deus Altíssimo. Os lábios mentirosos são abominações
Abraão pagou dízimos a Melquisede- ao Senhor, Prov. 12:22. Eles são meu po-
que, Gên. 14:18–20. O povo de Melqui- vo, não mentirão, Isa. 63:8. O diabo é
sedeque viveu em retidão e obteve o mentiroso, o pai da mentira, Jo. 8:44
céu, TJS—Gên. 14:25–40. Cristo foi um (2 Né. 2:18; Ét. 8:25; Mois. 4:4). Não
sumo sacerdote segundo a ordem de mentiste aos homens, mas a Deus, At.
Melquisedeque, Heb. 5:6. Melquisede- 5:4 (Al. 12:3). Se alguém diz: Eu amo a
que era rei de Salém, sacerdote do Deus Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiro-
Altíssimo, Heb. 7:1–3. Ninguém foi so, I Jo. 4:20. Todos os mentirosos têm
maior do que Melquisedeque, Al. 13:14– parte na segunda morte, Apoc. 21:8
19. Abraão recebeu de Melquisedeque o (D&C 63:17). Ai do mentiroso, pois que
Sacerdócio, D&C 84:14. Por respeito ao será lançado no inferno, 2 Né. 9:34. Mui-
tos ensinarão doutrinas falsas, dizendo;
nome do Senhor, a Igreja antiga cha-
menti um pouco, não há mal nisso,
mou o sacerdócio maior de Sacerdócio
2 Né. 28:8–9 (D&C 10:25). Supondes que
de Melquisedeque, D&C 107:1–4.
vos será permitido mentir ao Senhor?
MENINO(S). Ver Criança(s), Al. 5:17. És um Deus de verdade e não
Menino(s) podes mentir, Ét. 3:12 (Núm. 23:19;
I Sam. 15:29; Tito 1:2; Heb. 6:18; En. 1:6).
MENTE
O que mentir e não se arrepender será
As faculdades intelectuais; os poderes expulso, D&C 42:21. Os mentirosos her-
conscientes do pensamento. darão a glória teleste, D&C 76:81, 103–
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu 106. Cremos em ser honestos, RF 13.
pensamento, Mt. 22:37. Ter mente car- MESAQUE. Ver também Daniel
nal é morte e ter mente espiritual é vi-
No Velho Testamento, Sadraque, Mesa-
da eterna, 2 Né. 9:39. A voz do Senhor
que e Abednego eram três jovens israe-
veio à minha mente, En. 1:10. A pala-
litas que, juntamente com Daniel, foram
vra tinha maior poder sobre a mente
levados ao palácio de Nabucodonosor,
do povo do que a espada, Al. 31:5. Fa-
rei da Babilônia. O nome hebreu de Me-
larei em tua mente, D&C 8:2. Deves
saque era Misael. Os quatro jovens re-
estudá-lo bem em tua mente, D&C 9:8.
cusaram-se a se contaminar com a co-
Que as solenidades da eternidade re- mida e o vinho do rei (Dan. 1). O rei
pousem em vossa mente, D&C 43:34. mandou atirar Sadraque, Mesaque e
Em tempos passados vossa mente es- Abednego numa fornalha ardente, mas
cureceu-se, D&C 84:54. Recolhei-vos eles foram preservados pelo Filho de
cedo, para que não vos canseis; levan- Deus (Dan. 3).
tai-vos cedo, para que vosso corpo e
vossa mente sejam fortalecidos, D&C MESSIAS. Ver também Jesus Cristo;
88:124. Satanás não conhecia a mente Ungido, O
de Deus, Mois. 4:6. O Senhor chamou Palavra derivada do aramaico e do he-
seu povo Sião porque eram unos de braico, que significa “o ungido”. No
coração e vontade, Mois. 7:18. Novo Testamento Jesus é chamado de
Mestre, Sacerdócio Aarônico 134
Cristo, que é o equivalente em grego convém, I Tim. 5:11–13. Não falarás mal
de Messias. Significa o Profeta Ungi- de teu próximo, D&C 42:27. Em todas
do, Sacerdote, Rei e Libertador ungi- as tuas exortações, fortalece teus irmãos,
do, cuja vinda os judeus ansiosamente D&C 108:7.
esperavam.
MIGUEL. Ver também Adão;
Muitos judeus aguardavam apenas um Arcanjo
libertador que os livrasse do jugo roma-
Nome pelo qual Adão era conhecido
no e trouxesse maior prosperidade na-
na vida pré-mortal. Ele é chamado de
cional; conseqüentemente, quando che-
Arcanjo. Em hebraico o nome significa
gou o Messias, os líderes e muitos ou-
“Semelhante a Deus”.
tros o rejeitaram. Somente os humildes e
fiéis foram capazes de reconhecer em Miguel, um dos primeiros príncipes,
Jesus de Nazaré o verdadeiro Cristo veio ajudar Daniel, Dan. 10:13, 21 (D&C
(Isa. 53; Mt. 16:16; Jo. 4:25–26). 78:16). No último dia Miguel se levan-
tará, o grande príncipe, Dan. 12:1. Mi-
O Messias terá o Espírito, pregará o
guel, o arcanjo contendeu com o diabo,
evangelho, e proclamará a liberdade,
Jud. 1:9. Miguel e seus anjos batalharam
Isa. 61:1–3 (Lc. 4:18–21). Achamos o
contra o dragão, Apoc. 12:7 (Dan. 7). Mi-
Messias (que traduzido é o Cristo), Jo.
guel é Adão, D&C 27:11 (D&C 107:53–
1:41 (Jo. 4:25–26). Deus levantou entre
57; 128:21). Miguel, o arcanjo do Senhor,
os judeus um Messias, ou, em outras
soará sua trombeta , D&C 29:26. Miguel
palavras, um Salvador, 1 Né. 10:4. O
reunirá seus exércitos e batalhará contra
Filho de Deus era o Messias que deveria
Satanás, D&C 88:112–115. A voz de Mi-
vir, 1 Né. 10:17. A redenção é obtida por
guel foi ouvida identificando o diabo,
intermédio do Santo Messias, 2 Né. 2:6.
D&C 128:20.
O Messias virá na plenitude dos tem-
pos, 2 Né. 2:26. O Messias ressuscitará MILAGRE. Ver também Fé; Sinais
dos mortos, 2 Né. 25:14. Em nome do Acontecimento extraordinário produzi-
Messias eu confiro o Sacerdócio de Aa- do pelo poder de Deus. Os milagres são
rão, D&C 13:1. O Senhor disse: Eu sou um aspecto importante da obra de Jesus
o Messias, o Rei de Sião, Mois. 7:53. Cristo e incluem curas, restituição da vi-
MESTRE, SACERDÓCIO da aos mortos e ressurreição. Os mila-
AARÔNICO. Ver também gres fazem parte do evangelho de Jesus
Sacerdócio Aarônico Cristo. É necessário ter fé para que eles
se manifestem (Mc. 6:5–6; Mórm. 9:10–
Ofício no Sacerdócio Aarônico. 20; Ét. 12:12).
O dever do mestre é zelar sempre pela Quando o Faraó falar, fazei um mila-
Igreja, D&C 20:53–60. O ofício de mes- gre, Êx. 7:9. Ninguém há que faça mi-
tre é um apêndice necessário do sacer- lagre em meu nome e possa falar mal
dócio menor, D&C 84:30, 111. O presi- de mim, Mc. 9:39. Caná foi o lugar on-
dente do quórum dos mestres preside de Jesus realizou o seu primeiro mila-
vinte e quatro mestres, D&C 107:86. gre, Jo. 2:11. Sou um Deus de milagres,
MEXERICO. Ver também 2 Né. 27:23. O poder de Deus opera
Maledicência; Rumores milagres, Al. 23:6. Cristo pôde mos-
trar grandes milagres ao povo do con-
Relatar a alguém acontecimentos ou in- tinente americano porque eles tinham
formações pessoais a respeito de outra grande fé, 3 Né. 19:35. Deus não deixou
pessoa, sem o consentimento desta. de ser um Deus de milagres, Mórm.
De toda a palavra ociosa que os homens 9:15. Não soliciteis milagres, a não ser
disserem hão de dar conta, Mt. 12:36. Os que o Senhor vos ordene, D&C 24:13–
santos são admoestados a não serem pa- 14. A alguns é dada a operação de mi-
roleiros e curiosos, falando o que não lagres, D&C 46:21 (Morô. 10:12).
135 Misericórdia, Misericordioso
MILÊNIO. Ver também Inferno; Deut. 18:5. E vos chamarão ministros de
Segunda Vinda de Jesus Cristo nosso Deus, Isa. 61:6. O Filho do Ho-
Período de mil anos de paz que co- mem não veio para ser servido mas para
meçará quando Cristo vier reinar pes- servir, Mt. 20:26–28. Apareci para te pôr
soalmente na Terra (RF 10). por ministro e testemunha, At. 26:16–
18. Se alguém administrar, administre
Não levantará espada nação contra segundo o poder que Deus dá, I Ped.
nação, nem aprenderão mais a guerrear, 4:10–11. Ensinavam-se e serviam-se uns
Isa. 2:4 (2 Né. 12:4; Miq. 4:3). A Terra aos outros, 3 Né. 26:19. É dever dos Do-
assolada ficou como jardim do Éden, ze ordenar ministros evangélicos, D&C
Eze. 36:35. Viveram e reinaram com 107:39–40. Um sumo sacerdote pode ser
Cristo durante mil anos, Apoc. 20:4. Por designado para ministrar as coisas ter-
causa da retidão, Satanás não tem po- renas, D&C 107:71–72. Esses setenta se-
der, 1 Né. 22:26. Em justiça habitarei na rão ministros viajantes, D&C 107:93–97.
Terra por mil anos, D&C 29:11. Quando Os élderes são ordenados para minis-
terminarem os mil anos, pouparei a Ter- tros permanentes de minha Igreja, D&C
ra, mas por pouco tempo, D&C 29:22. O 124:137.
grande Milênio virá, D&C 43:30. Os fi-
lhos dos justos crescerão sem pecado, MIQUÉIAS
D&C 45:58. As crianças crescerão até se Profeta do Velho Testamento, natural
tornarem velhas; os homens serão trans- de Moresete-Gate, na planície de Judá,
formados num piscar de olhos, D&C o qual profetizou quando reinava Eze-
63:51. No princípio do sétimo milênio, quias (Miq. 1:1–2).
o Senhor Deus santificará a Terra, D&C
77:12. Eles não viverão mais até que aca- Livro de Miquéias : É o único livro do Ve-
bem os mil anos, D&C 88:101. Satanás lho Testamento que menciona Belém
será amarrado pelo espaço de mil anos, como sendo o lugar onde nasceria o
D&C 88:110. Descrição do Milênio, Messias (Miq. 5:2). Nesse livro o Senhor
D&C 101:23–34. Pelo espaço de mil deu recomendações a seu povo, fazen-
anos a Terra descansará, Mois. 7:64. do com que se lembrassem da bonda-
de que lhes demonstrara no passado;
MINISTÉRIO, MINISTRO. Ver pede-lhes que sejam justos, misericor-
também Sacerdócio; Serviço diosos e humildes (Miq. 6:8).
Exercer o ministério é fazer a obra do MIRIÃ. Ver também Moisés
Senhor na Terra. Os servos escolhidos
do Senhor devem ser chamados por No Velho Testamento, irmã de Moisés
Deus, para que possam exercer o minis- (Núm. 26:59).
tério, fazendo sua obra. Quando os mi- Vigiou a arca feita de juncos, Êx. 2:1–8.
nistros fiéis fazem a vontade do Senhor, Foi à frente das mulheres com tamboris,
eles o representam em seus deveres ofi- Êx. 15:20–21. Murmurou contra Moisés
ciais e atuam como seus agentes (D&C e foi castigada com lepra, depois cura-
64:29), realizando assim a obra neces- da, Núm. 12:1–15 (Deut. 24:9).
sária para a salvação da humanidade. O
Senhor deu apóstolos, profetas, evange- MISERICÓRDIA,
listas, sumos sacerdotes, setentas, élde- MISERICORDIOSO. Ver também
res, bispos, sacerdotes, mestres, diáco- Expiação, Expiar; Graça; Jesus
nos, auxílios e governos para o aper- Cristo; Justiça; Perdoar
feiçoamento dos santos e para a obra Espírito de compaixão, ternura e per-
do ministério (Ef. 4:11–16; I Cor. 12:12– dão. A misericórdia é um dos atributos
28; D&C 20:107). de Deus. Jesus Cristo oferece-nos a sua
O Senhor teu Deus o escolheu para que misericórdia por meio de seu sacrifí-
assista a servir no nome do Senhor, cio expiatório.
Missionários 136
O Senhor é misericordioso e piedoso, MISTÉRIOS DE DEUS
Êx. 34:6 (Deut. 4:31). Sua benignidade Os mistérios de Deus são verdades es-
dura perpetuamente, I Crôn. 16:34. A pirituais que só podem ser conhecidas
bondade e a misericórdia me seguirão, por revelação. Deus revela os seus mis-
Salm. 23:6. O que se compadece dos hu- térios aos que obedecem ao evangelho.
mildes é bem-aventurado, Prov. 14:21. Alguns mistérios de Deus ainda estão
Eu quero misericórdia, e não o sacrifí- para ser revelados.
cio, Osé. 6:6. O Senhor pediu a seu povo
que mostrasse misericórdia, Zac. 7:8–10. A vós é dado conhecer os mistérios do
Bem-aventurados os misericordiosos, reino dos céus, Mt. 13:11. Ainda que eu
porque eles alcançarão misericórdia, conhecesse todos os mistérios, e não ti-
Mt. 5:7 (3 Né. 12:7). Ai dos hipócritas, vesse caridade, nada seria, I Cor. 13:2.
porque pagam os dízimos e desprezam Néfi possuía um grande conhecimento
o mais importante da lei: a justiça, a mi- dos mistérios de Deus, 1 Né. 1:1. É dado
sericórdia e a fé, Mt. 23:23. Sede mise- a muitos conhecer os mistérios de Deus,
ricordiosos, como também vosso Pai é Al. 12:9. A esse é permitido conhecer os
misericordioso, Lc. 6:36. Um samarita- mistérios de Deus, Al. 26:22. Estes mis-
no usou de misericórdia, Lc. 10:33. Não térios ainda não me foram revelados,
pelas obras de justiça, mas segundo a Al. 37:11. Há muitos mistérios que nin-
sua misericórdia, que nos salvou, Tit. guém conhece senão Deus, Al. 40:3. O
3:5. As ternas misericórdias do Senhor mistério da divindade, quão grande é,
estão sobre nós, 1 Né. 1:20. A misericór- D&C 19:10. Se pedires, receberás reve-
dia não tem direitos sobre o impeniten- lação sobre revelação e conhecerás os
te, Mos. 2:38–39. Deus é misericordioso mistérios do reino, D&C 42:61, 65
para com todos os que acreditam em (I Cor. 2:7, 11–14). Ao que guarda os
seu nome, Al. 32:22. A misericórdia po- mandamentos serão dados os mistérios
de satisfazer as exigências da justiça, do reino, D&C 63:23. A eles revelarei to-
Al. 34:16. Acaso supões que a misericór- dos os mistérios, D&C 76:7. O sacerdó-
dia possa roubar a justiça? Al. 42:25 (Al. cio maior contém a chave dos mistérios,
42:13–25). As criancinhas estão vivas em D&C 84:19. Em sua vinda o Senhor re-
Cristo por sua misericórdia, Morô. 8:19– velará coisas ocultas que ninguém co-
20 (D&C 29:46). O braço de misericórdia nhece, D&C 101:32–33. O Sacerdócio de
de Cristo expiou vossos pecados, D&C Melquisedeque terá o privilégio de rece-
29:1. Em virtude do sangue que derra- ber os mistérios do reino, D&C 107:19.
mei, intercedi diante do meu Pai por MOABE. Ver também Ló
tantos quantos creram em meu nome,
D&C 38:4. Os que guardam o convênio No Velho Testamento, uma região si-
obterão misericórdia, D&C 54:6. Eu, o tuada a leste do Mar Morto. Os moabi-
Senhor, perdôo pecados e sou miseri- tas eram descendentes de Ló e paren-
cordioso para com aqueles que com co- tes dos israelitas. Falavam um idioma
rações humildes os confessam, D&C semelhante ao hebraico. Os moabitas e
61:2. Eu o Senhor, sou misericordioso israelitas viveram em constante conflito
para com os mansos, D&C 97:2. E quem (Juí. 3:12–30; 11:17; II Sam. 8:2; II Re.
te recebe como uma criancinha, recebe 3:6–27; II Crôn. 20:1–25; Isa. 15).
meu reino, pois obterão misericórdia,
MODELO
D&C 99:3. A misericórdia irá adiante
de tua face, Mois. 7:31. Um padrão que se pode seguir para ob-
ter certos resultados.
MISSIONÁRIOS. Ver Obra Nas escrituras a palavra modelo geral-
Missionária mente significa um exemplo, quer seja
para viver de certa maneira ou para
MISSOURI. Ver Nova Jerusalém construir alguma coisa.
137 Moisés
O Senhor ordenou a Israel que cons- 7–11. O Senhor instituiu a Páscoa judai-
truísse um tabernáculo conforme o mo- ca, Êx. 12:1–30. Conduziu os filhos de
delo mostrado a Moisés, Êx. 25. Davi Israel através do Mar Vermelho, Êx.
deu a Salomão o desenho para cons- 14:5–31. O Senhor enviou maná aos is-
truir o templo, I Crôn. 28:11–13. Para raelitas no deserto, Êx. 16. Fez sair água
que em mim Jesus Cristo mostrasse da rocha em Horebe, Êx. 17:1–7. Aarão e
um exemplo dos que haviam de crer Ur sustentaram as mãos de Moisés para
nele, I Tim. 1:16. Eu vos darei um mo- que Josué prevalecesse sobre os amale-
delo em todas as coisas, para que não quitas, Êx. 17:8–16. Foi aconselhado por
sejais enganados, D&C 52:14. Jetro, Êx. 18:13–26. Preparou o povo pa-
ra a aparição do Senhor no monte Sinai,
MOISÉS. Ver também Aarão, Irmão Êx. 19. O Senhor revelou-lhe os Dez
de Moisés; Lei de Moisés; Mandamentos, Êx. 20:1–17. Ele e setenta
Mandamentos, os Dez; anciãos viram a Deus, Êx. 24:9–11. Que-
Pentateuco; Transfiguração—A brou as tábuas do testemunho e des-
Transfiguração de Cristo truiu o bezerro de ouro, Êx. 32:19–20.
Profeta do Velho Testamento que tirou Falou com Deus cara a cara, Êx. 33:9–11.
os israelitas do cativeiro egípcio e deu- Apareceu quando Jesus foi transfigura-
lhes um conjunto de leis religiosas, so- do, Mt. 17:1–13 (Mc. 9:2–13; Lc. 9:28–
ciais e alimentares, reveladas por Deus. 36). Sejamos fortes como Moisés, 1 Né.
4:2. Cristo é o profeta semelhante a Moi-
O ministério de Moisés foi além dos li-
sés que o Senhor levantaria, 1 Né. 22:20–
mites de sua vida mortal. Joseph Smith
21 (3 Né. 20:23; Deut. 18:15). Conduziu a
ensinou que, juntamente com Elias, o
Israel por revelação, D&C 8:3. Estava
profeta, Moisés apareceu no Monte da
entre os espíritos nobres, D&C 138:41.
Transfiguração e conferiu chaves do sa-
Viu Deus face a face, Mois. 1:2, 31. Era
cerdócio a Pedro, Tiago e João (Mt. 17:3–
à semelhança do Unigênito, Mois. 1:6,
4; Mc. 9:4–9; Lc. 9:30; D&C 63:21).
13. Devia escrever as coisas a ele reve-
Moisés apareceu a Joseph Smith e a ladas sobre a criação, Mois. 2:1.
Oliver Cowdery em 3 de abril de 1836,
no Templo de Kirtland, Ohio (EUA), e Livro de Moisés : Livro, na Pérola de
conferiu-lhes as chaves da coligação Grande Valor, que contém a tradução
de Israel (D&C 110:11). inspirada feita por Joseph Smith dos
primeiros sete capítulos de Gênesis.
As revelações modernas falam muito
de Moisés. Ele é mencionado freqüente- O capítulo 1 registra uma visão na qual
mente no Livro de Mórmon. Em Dou- Moisés viu Deus, o qual lhe revelou
trina e Convênios aprendemos sobre o todo o plano de salvação. Os capítulos
seu ministério (D&C 84:20–26) e fica- 2–5 são um relato da criação e da que-
mos sabendo que recebeu o sacerdócio da do homem. Os capítulos 6–7 con-
de seu sogro, Jetro (D&C 84:6). têm uma visão acerca de Enoque e de
seu ministério na Terra. O capítulo 8
As revelações modernas também con- fala a respeito de uma visão sobre Noé
firmam o relato bíblico de seu ministé- e o grande dilúvio.
rio entre os filhos de Israel e reafirmam
que ele é o autor dos cinco primeiros li- Cinco livros de Moisés: Ver Gênesis; Êxo-
vros do Velho Testamento (1 Né. 5:11; do; Levítico; Números; Deuteronômio;
Mois. 1:40–41). Pentateuco
Foi salvo pela filha do Faraó, Êx. 2:1–10. Os primeiros cinco livros do Velho Tes-
Fugiu para Midiã, Êx. 2:11–22. O anjo tamento são conhecidos como os livros
do Senhor apareceu-lhe numa sarsa ar- de Moisés. Achavam-se gravados nas
dente, Êx. 3:1–15. Anunciou pragas que placas de latão que Néfi tirou de La-
sobreviriam aos egípcios, Êx. capítulos bão (1 Né. 5:11).
Monte das Oliveiras 138
Néfi leu muitas coisas que estavam es- MÓRMON, LIVRO DE. Ver Livro
critas nos livros de Moisés, 1 Né. 19:23. de Mórmon
MONTE DAS OLIVEIRAS. MÓRMON, PROFETA NEFITA.
Ver Oliveiras, Monte das Ver também Livro de Mórmon
MONTE SINAI. Ver também Lei de No livro de Mórmon, profeta nefita, ge-
Moisés; Moisés neral militar e mantenedor de registros.
Montanha da Península do Sinai, per- Viveu aproximadamente entre 311 e 385
to da qual Moisés e os israelitas acam- d.C. (Mórm. 1:2, 6; 6:5–6; 8:2–3). Desde
param três meses depois de seu êxodo os 15 anos de idade foi um líder militar
do Egito; é também chamada de Mon- (Mórm. 2:1–2; 3:8–12; 5:1; 8:2–3). Ama-
te Horebe (Êx. 3:1). Ali Deus deu a ron instruiu Mórmon a preparar-se a
Israel sua lei, por intermédio de fim de cuidar dos registros e continuar
Moisés, e ali também foi erigido o ta- a gravá-los (Mórm. 1:2–5; 2:17–18).
bernáculo (Êx. 19:2; 20:18; 24:12; 35:15). Após registrar a história que presenciou
durante sua própria vida, Mórmon re-
MORALIDADE. Ver Adultério; sumiu as placas maiores de Néfi nas
Castidade; Fornicação; placas de Mórmon. Mais tarde ele trans-
Imoralidade Sexual feriu esse registro sagrado a seu filho,
MORDOMIA, MORDOMO. Ver Morôni. Estas placas faziam parte dos
também Chamado, Chamado por registros dos quais Joseph Smith tra-
Deus, Chamar duziu o Livro de Mórmon.
Aquele que toma conta dos assuntos ou Palavras de Mórmon : Um pequeno livro
da propriedade de outra pessoa é um do Livro de Mórmon. Entre as últimas
mordomo. Aquilo de que o mordomo palavras de Amaléqui, no livro de Ôm-
cuida é chamado de mordomia. Todas ni, e as primeiras do livro de Mosias,
as coisas na Terra pertencem ao Senhor Mórmon, que resumiu todos os regis-
e nós somos seus mordomos. Somos tros, fez esta pequena inserção. (Ver
responsáveis perante o Senhor, mas po- “Breve Análise do Livro de Mórmon”,
demos prestar contas de nossa mordo- no começo do Livro de Mórmon.)
mia a representantes autorizados de Livro de Mórmon : Um livro separado
Deus. Quando recebemos do Senhor ou dentro do volume de escrituras conheci-
de seus servos Autorizados um chama- do como Livro de Mórmon. Os capítu-
do para servir, essa mordomia pode in- los 1–2 falam de Amaron, um profeta
cluir tanto assuntos espirituais como dos nefitas, dizendo a Mórmon quando
materiais (D&C 29:34). e onde obteria as placas. Fala também
Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te do início de grandes guerras e dos três
colocarei, Mt. 25:14–23. A qualquer que nefitas que foram retirados por causa da
muito for dado, muito se lhe pedirá, Lc. iniqüidade do povo. Os capítulos 3–4
12:48 (D&C 82:3). Jesus ensinou a pará- contam que Mórmon proclamou o arre-
bola do mordomo infiel, Lc. 16:1–8. pendimento ao povo, mas este havia en-
Quem for um mordomo fiel, entrará no durecido o coração e jamais fora tão
gozo do seu Senhor, D&C 51:19. Todo grande a iniqüidade em Israel. Os capí-
homem deve prestar contas de sua mor- tulos 5–6 registram as batalhas finais
domia, D&C 72:3–5. Aquele que for um entre nefitas e lamanitas. Mórmon foi
mordomo prudente e fiel herdará todas morto junto com a maior parte da nação
as coisas, D&C 78:22. O Senhor fará cada nefita. No capítulo 7, Mórmon, antes de
homem responsável como mordomo de morrer, chamou o seu povo—daquela
bênçãos terrenas, D&C 104:11–17 (D&C época e do futuro—ao arrependimento.
42:32). Serás diligente para que sejas Os capítulos 8–9 contam que no final
um mordomo prudente, D&C 136:27. restou com vida somente Morôni, filho
139 Mortal, Mortalidade
de Mórmon, que registrou as derradei- escondeu-as no monte Cumora (Mórm.
ras cenas de morte e carnificina, inclusi- 8:14; Morô. 10:2). Em 1823 Morôni foi
ve a destruição do povo nefita, e escre- enviado, como ser ressuscitado, para re-
veu uma mensagem às gerações futuras velar o Livro de Mórmon a Joseph
e aos futuros leitores desse registro. Smith (JS—H 1:30–42, 45; D&C 27:5). De
1823 a 1827 ele apareceu ao jovem profe-
MÓRMON(S). Ver também Igreja de ta todos os anos para dar-lhe instruções
Jesus Cristo; Igreja de Jesus Cristo (JS—H 1:54) e finalmente entregou-lhe
dos Santos dos Últimos Dias, A as placas em 1827 (JS—H 1:59). Após
O apelido Mórmon foi criado por pes- completar a tradução, Joseph Smith de-
soas que não pertenciam à Igreja para volveu as placas a Morôni.
referirem-se aos membros de A Igreja Livro de Morôni : É o último do Livro de
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Mórmon e foi escrito por Morôni, o úl-
Dias. O nome provém de um sagrado timo profeta nefita.
livro de escrituras compilado pelo anti-
go profeta Mórmon, intitulado Livro de Os capítulos 1–3 contam a destruição fi-
Mórmon. O nome dado pelo Senhor, pe- nal dos nefitas e instruem sobre como
lo qual os membros da Igreja devem ser conferir o Espírito Santo e o sacerdócio.
conhecidos, é “Santos”. O nome corre- Os capítulos 4–5 mostram a maneira
to da Igreja é A Igreja de Jesus Cristo exata de administrar o sacramento. O
dos Santos dos Últimos Dias. capítulo 6 explica a obra da Igreja. Os
capítulos 7–8 são sermões sobre os
MORÔNI, CAPITÃO. Ver também primeiros princípios do evangelho, in-
Estandarte da Liberdade cluindo ensinamentos de Mórmon acer-
No Livro de Mórmon, um justo coman- ca da fé, esperança e caridade e a ma-
dante militar nefita que viveu aproxi- neira de discernir o bem do mal (Mo-
madamente no ano 100 a.C. rô. 7); e ainda a explicação de Mórmon
de que as criancinhas estão vivas em
Morôni foi nomeado capitão-chefe dos Cristo e não precisam de batismo (Mo-
exércitos nefitas, Al. 43:16–17. Inspirou rô. 8). O capítulo 9 descreve a depra-
os soldados nefitas a lutarem por sua li- vação da nação nefita. O capítulo 10 é
berdade, Al. 43:48–50. Fez um estandar- a mensagem final de Morôni e ensina
te da liberdade de um pedaço da sua tú- como saber da veracidade do Livro de
nica, Al. 46:12–13. Era um homem de Mórmon (Morô. 10:3–5).
Deus, Al. 48:11–18. Ficou irado contra o
governo devido à sua indiferença a res- MORONIA, FILHO DO CAPITÃO
peito da liberdade do país, Al. 59:13. MORÔNI
No Livro de Mórmon, um justo coman-
MORÔNI, FILHO DE MÓRMON. dante nefita (aprox. 60 a.C.).
Ver também Livro de Mórmon;
Mórmon, Profeta Nefita Morôni entregou o comando dos exér-
citos a seu filho, Moronia, Al. 62:43.
Último profeta nefita do Livro de Mór- Retomou a cidade de Zaraenla, Hel.
mon (aprox. 421 d.C.). Pouco antes de 1:33. Levou os nefitas ao arrependi-
morrer, Mórmon entregou o registro mento e recuperou a metade das ter-
histórico, chamado de placas de Mór- ras, Hel. 4:14–20.
mon, a seu filho, Morôni (Pal. Mórm.
1:1). Morôni terminou de compilar as MORTAL, MORTALIDADE. Ver
placas de Mórmon e acrescentou os ca- também Corpo; Morte física;
pítulos 8 e 9 ao livro de Mórmon Mundo; Queda de Adão e Eva
(Mórm. 8:1). Resumiu e incluiu o livro Mortalidade é o período de tempo com-
de Éter (Ét. 1:1–2) e acrescentou seu pró- preendido entre o nascimento e a morte
prio livro, chamado de livro de Morôni física. Esse período às vezes é chama-
(Morô. 1:1–4). Morôni selou as placas e do de segundo estado.
Morte Espiritual 140
Porque no dia em que dela comeres, cer- Os malfeitores serão desarraigados,
tamente morrerás, Gên. 2:16–17 (Mois. Salm. 37:9. A inclinação da carne é
3:16–17). Na morte o espírito retornará a morte, Rom. 8:6 (2 Né. 9:39). As concu-
Deus, e o corpo ao pó da Terra, Ecles. piscências submergem os homens na
12:7 (Gên. 3:19; Mois. 4:25). Não reine o perdição e ruína, I Tim. 6:9. O pecado
pecado em vosso corpo mortal, Rom. gera a morte, Tg. 1:15. O que vencer
6:12. Este corpo mortal deve revestir-se não receberá dano da segunda morte,
de imortalidade, I Cor. 15:53 (En. 1:27; Apoc. 2:11. Sobre estes não tem poder
Mos. 16:10; Mórm. 6:21). O estado do a segunda morte, Apoc. 20:6, 12–14.
homem tornou-se um estado de pro- Os ímpios terão a sua parte no lago que
vação, 2 Né. 2:21 (Al. 12:24; Al. 42:10). arde com fogo e enxofre; o que é a se-
Adão caiu para que os homens existis- gunda morte, Apoc. 21:8 (D&C 63:17–
sem, 2 Né. 2:25. Olhais para o futuro e 18). Os homens são livres para escolher
vêdes este corpo mortal levantado em a liberdade e a vida eterna, ou o cativei-
imortalidade? Al. 5:15. Esta vida é o ro e a morte, 2 Né. 2:27 (2 Né. 10:23; Al.
tempo para o homem preparar-se para 29:5; Hel. 14:30–31). Deus preparou um
seu encontro com Deus, Al. 34:32. Não caminho para escaparmos da morte e
temais a morte, porque neste mundo inferno, 2 Né. 9:10. Livrai-vos das penas
vossa alegria não é completa, D&C do inferno para não sofrerdes a segunda
101:36. Os que guardarem seu segun- morte, Jacó 3:11. O homem natural é ini-
do estado terão glória, Abr. 3:26. migo de Deus, Mos. 3:19. Possa o Se-
MORTE ESPIRITUAL. Ver também nhor conceder-vos o arrependimento e
Condenação; Diabo; Filhos de não sofrerdes a segunda morte, Al.
Perdição; Inferno; Queda de 13:30. Alma esteve rodeado com as eter-
Adão e Eva; Salvação nas correntes da morte, Al. 36:18. Os iní-
quos morrerão quanto às coisas perti-
Separação de Deus e de sua influência; nentes à retidão, Al. 40:26 (Al. 12:16). A
morrer no tocante às coisas que perten- Queda atraiu sobre toda a humanida-
cem à retidão. Lúcifer e um terço das de uma morte espiritual, Al. 42:9 (Hel.
hostes celestiais sofreram a morte es- 14:16–18). Quando Adão caiu, morreu
piritual ao serem expulsos dos céus espiritualmente, D&C 29:40–41, 44.
(D&C 29:36–37).
A morte espiritual foi introduzida no MORTE FÍSICA. Ver também Mortal,
mundo pela queda de Adão (Mois. Mortalidade; Queda de Adão e
6:48). Os mortais que têm pensamentos, Eva; Ressurreição; Salvação
palavras e obras iníquos estão espiri- Separação entre corpo e espírito. A
tualmente mortos, embora permaneçam Queda trouxe a mortalidade e a morte
vivos na Terra (I Tim. 5:6). Em virtude à Terra (2 Né. 2:22; Mois. 6:48). A ex-
da expiação de Jesus Cristo e pela obe- piação de Jesus Cristo venceu a morte,
diência aos princípios e ordenanças do para que todos pudessem ressuscitar
evangelho, os homens e mulheres po- (I Cor. 15:21–23). A ressurreição é um
dem tornar-se limpos do pecado e ven- dom gratuito concedido a todos, quer
cer a morte espiritual. tenham feito o bem ou o mal nesta vi-
A morte espiritual também pode ocor- da (Al. 11:42–44). Cada pessoa sofre
rer após a morte do corpo físico. Tanto apenas uma morte física visto que,
os seres ressuscitados como o diabo e após a ressurreição, nossos corpos não
seus anjos serão julgados. Os que se ti- mais podem morrer (Al. 11:45).
verem rebelado conscientemente con- Toda a carne expiraria e o homem volta-
tra a luz e verdade do evangelho sofre- ria para o pó, Jó 34:15. Preciosa é à vista
rão a morte espiritual que às vezes é do Senhor a morte dos seus santos,
chamada de segunda morte (Al. 12:16; Salm. 116:15. O pó volte à terra, e o espí-
Hel. 14:16–19; D&C 76:36–38). rito volte a Deus, Ecles. 12:7. A morte
141 Muleque
veio por um homem, I Cor. 15:21. O Sal- a Igreja, Mos. 27:8–10 (Al. 36:6). Foram
vador tem as chaves da morte e do in- repreendidos por um anjo e se arrepen-
ferno, Apoc. 1:18. Não haverá mais mor- deram, Mos. 27:11–12, 18–20. Obtive-
te, nem pranto, Apoc. 21:4. A morte tem ram permissão de pregar aos lamanitas,
efeito sobre todos os homens, 2 Né. 9:6, Mos. 28:1–7.
11 (Al. 12:24). Nunca tiveram temor da
MOSIAS, FILHO DO REI
morte, Al. 27:28. Alma explicou o estado
BENJAMIM. Ver também
da alma entre a morte e a ressurreição,
Benjamim, Pai de Mosias; Mosias,
Al. 40:11. Os que morrerem em mim
Filhos de
não provarão esta morte, D&C 42:46. Os
que não estiverem designados para Rei justo e profeta nefita, no Livro de
morrer, serão curados, D&C 42:48. De- Mórmon. Mosias seguiu o bom exemplo
cretei que vos provarei em todas as coi- de seu pai (Mos. 6:4–7). Traduziu as vin-
sas, mesmo até à morte, D&C 98:14. Em te e quatro placas de ouro contendo os
pó te tornarás, Mois. 4:25. Adão caiu, e registros dos jareditas (Mos. 28:17).
pela sua queda veio a morte, Mois. 6:48. Livro de Mosias : Encontra-se no Livro
MORTE, SEGUNDA. Ver Morte de Mórmon. Os capítulos 1–6 contêm
Espiritual o vigoroso sermão do Rei Benjamim a
seu povo. O Espírito do Senhor tocou-
MORTOS, SALVAÇÃO PARA OS. lhes o coração e eles converteram-se,
Ver Salvação para os Mortos não mais sentindo vontade de praticar
MOSIAS, PAI DO REI BENJAMIM. o mal. Os capítulos 7–8 falam de um
Ver também Benjamim, Pai de grupo de nefitas que tinha ido viver en-
Mosias; Zaraenla tre os lamanitas. Foi enviado um grupo
para procurá-los. Amon, líder do grupo,
No Livro de Mórmon, profeta nefita encontrou-os e soube das provações que
que se tornou rei do povo de Zaraenla. passaram sob a opressão lamanita. Os
Mosias foi avisado de que deveria fugir capítulos 9–24 descrevem essa opressão
do país de Néfi, Ômni 1:12. Descobriu o e como seus líderes—Zênife, Noé e Lí-
povo de Zaraenla, Ômni 1:14–15. Fez mi viveram sob o jugo dos lamanitas.
com que o povo de Zaraenla aprendes- Ali também se acha registrado o mar-
se seu idioma, Ômni 1:18. Proclamado tírio de um profeta chamado Abinádi.
rei dos povos unidos, Ômni 1:19. Após Alma foi convertido no julgamento de
sua morte Benjamim, seu filho, reinou Abinádi. Os capítulos 25–28 contam
em seu lugar, Ômni 1:23. como o filho de Alma e os quatro fi-
lhos do Rei Mosias se converteram. No
MOSIAS, FILHOS DE. Ver também
capítulo 29 o rei Mosias recomendou
Aarão, Filho de Mosias; Amon,
que um sistema de juízes substituísse
Filho de Mosias; Hímni; Mosias,
o de reis. Alma, filho de Alma, foi no-
Filho do rei Benjamim; Ômner
meado primeiro juiz supremo.
No Livro de Mórmon, os quatro filhos
do rei Mosias que se converteram após MULEQUE. Ver também Zedequias
aparecer-lhes um anjo que os chamou No Velho Testamento, filho do rei Ze-
ao arrependimento. Seus nomes eram: dequias (aprox. 589 a.C.). A Bíblia afir-
Amon, Aarão, Ômner e Hímni (Mos. ma que todos os filhos de Zedequias
27:34). Eles passaram quatorze anos foram mortos (II Re. 25:7), mas o Livro
pregando com êxito o evangelho aos la- de Mórmon esclarece que Muleque so-
manitas. O registro do ministério deles breviveu (Hel. 8:21).
entre aquele povo encontra-se no livro Zaraenla era descendente de Muleque,
de Alma, capítulos 17–26. Mos. 25:2. O povo de Muleque juntou-
Em outros tempos eles tinham sido in- se aos nefitas, Mos. 25:13. O Senhor con-
crédulos e haviam procurado destruir duziu Muleque à terra do norte, Hel.
Mulher, Mulheres 142
6:10. Todos os filhos de Zedequias tos : Visitarei sobre o mundo a maldade,
foram mortos, exceto Muleque, Hel. Isa. 13:11 (2 Né. 23:11). Se o mundo vos
8:21. aborrece, sabei que, primeiro do que a
MULHER, MULHERES. Ver também vós, me aborreceu a mim, Jo. 15:18–19.
Homem, Homens O grande e espaçoso edifício era o
orgulho do mundo, 1 Né. 11:36. O
Pessoa adulta do sexo feminino; filha mundo está amadurecendo em iniqüi-
de Deus. O termo Mulher é geralmente dade, D&C 18:6. Conserva-te limpo
usado nas escrituras como título de das manchas do mundo, D&C 59:9.
respeito (Jo. 19:26; Al. 19:10). Aquele que for fiel e perseverar, ven-
Deus criou macho e fêmea, Gên. 1:27 cerá o mundo, D&C 63:47. Não desejo
(Mois. 2:27; 6:9; Abr. 4:27). O valor que vivais segundo a maneira do
da mulher virtuosa excede o de rubis, mundo, D&C 95:13.
Prov. 31:10–31. A mulher é a glória Fim do mundo : Crio nova Terra e não
do varão, I Cor. 11:7. Nem o varão é haverá lembranças das cousas passa-
sem a mulher, nem a mulher é sem das, Isa. 65:17 (Apoc. 21:1; RF 10). Na
o varão, no Senhor, I Cor. 11:11. Que consumação do mundo, o joio será co-
as mulheres se ataviem em traje mo- lhido e queimado no fogo, Mt. 13:40,
desto, I Tim. 2:9–10. Eu, o Senhor 49 (Mal. 4:1; Jacó 6:3). Farei com que
Deus, deleito-me na castidade das minha vinha seja queimada com fogo,
mulheres, Jacó 2:28. Eis que teus peca- Jacó 5:77 (D&C 64:23–24). O Senhor
dos te são perdoados e és uma mulher destruirá Satanás e suas obras no fim
eleita, D&C 25:3. As mulheres têm o do mundo, D&C 19:3. A Terra mor-
direito de receber de seus maridos rerá, mas será vivificada outra vez,
o sustento, D&C 83:2. D&C 88:25-26. O Senhor mostrou a
MUNDANISMO. Ver também Enoque o fim do mundo, Mois. 7:67.
Dinheiro; Orgulho; Riquezas;
MUNDO ESPIRITUAL. Ver
Vaidade, vão
Inferno; Paraíso; Vida Pré-mortal
Desejos e esforços iníquos para obter
riquezas e bens materiais, acompanha- MURMURAR. Ver também
dos do abandono das coisas espirituais. Rebeldia, Rebelião
Que aproveita ao homem ganhar o Resmungar, reclamar e queixar-se
mundo inteiro, se perder a sua alma? dos desígnios, planos ou servos de
Mt. 16:26. O povo voltava seu coração Deus.
para as coisas vãs do mundo, Al. 4:8 O povo murmurou contra Moisés, Êx.
(31:27). Deixar as coisas deste mundo, 15:23–16:3. Os judeus murmuravam
D&C 25:10. Seu coração está fixo nas contra Jesus, Jo. 6:41. Lamã e Lemuel
coisas deste mundo, D&C 121:35. murmuravam contra muitas coisas,
MUNDO. Ver também Babel, 1 Né. 2:11–12 (1 Né. 3:31; 17:17). Não
Babilônia; Terra; Mortal, murmures por causa das coisas que
Mortalidade não viste, D&C 25:4.
A Terra; lugar de provação para os ho- MÚSICA. Ver também Cantar; Hinos
mens mortais. Em sentido figurado as
Melodias e ritmos cantados e tocados
pessoas que não obedecem aos man-
desde os primeiros tempos bíblicos, pa-
damentos de Deus.
ra expressar alegria, louvor e adoração
Existência terrena: No mundo tereis (II Sam. 6:5). A música pode ser uma
aflições, Jo. 16:33. Não temais a morte; forma de oração. Os salmos provavel-
pois neste mundo vossa alegria não é mente eram cantados com melodias
completa, D&C 101:36. simples e acompanhados por instru-
Pessoas que não obedecem aos mandamen- mentos musicais.
143 Natanael
Miriã, irmã de Aarão e Moisés, tomou NASCER DE DEUS, NASCER DE
um tamboril e ela e as mulheres dança- NOVO. Ver também Batismo,
ram, Êx. 15:20. Os levitas cantores es- Batizar; Conversão, Converter;
tavam com címbalos e harpas e com Filhos e Filhas de Deus; Filhos de
eles cento e vinte sacerdotes tocavam Cristo; Gerar; Homem Natural
as trombetas, II Crôn. 5:12. Jesus e os
O novo nascimento ocorre quando o
Doze cantaram um hino após a Última
Espírito do Senhor realiza uma pode-
Ceia, Mt. 26:30. Ensinando-vos e ad-
rosa mudança no coração da pessoa,
moestando-vos uns aos outros com sal-
de modo que ela já não deseja praticar
mos, hinos e cânticos espirituais, Col.
o mal, mas sim fazer as coisas de Deus.
3:16. Haveis sentido o desejo de cantar o
cântico do amor que redime? Al. 5:26. A Um espírito novo porei dentro deles,
alma de Deus se deleita com o canto Eze. 11:19 (18:31; 36:26). Os que creram
do coração; sim, o canto dos justos no nome de Cristo nasceram de novo,
é uma prece, D&C 25:12. Louva ao não do sangue, mas de Deus, Jo. 1:12–
Senhor com cânticos, com música, e 13. Aquele que não nascer da água e do
com dança, D&C 136:28. Espírito, não pode entrar no reino de
Deus, Jo. 3:3–7. Podemos ser gerados
NAAMÃ. Ver também Eliseu de novo pela palavra de Deus, I Ped.
No Velho Testamento, capitão de 1:23 (3–23). Qualquer que é nascido de
um exército da Síria, que contraiu Deus não continua em pecado, I Jo. 3:9
lepra. Movido pela fé de uma serva (TJS). Todo aquele que é nascido de
israelita ele foi a Israel ver o profeta Deus vence o mundo, I Jo. 5:4. Os que
Eliseu. Naamã foi curado da lepra nascem de Cristo fazem convênio com
humilhando-se e banhando-se sete Deus, Mos. 3:19; 5:2–7. Todos têm que
vezes no rio Jordão, como o profeta nascer de novo, sim, nascer de Deus,
Eliseu ordenara (II Re. 5:1–19; Lc. 4:27). Mos. 27:25–26 (Al. 5:49). Haveis nasci-
do espiritualmente de Deus? Al. 5:12–
NABUCODONOSOR. Ver também 19. Se não nascerdes de novo, não pode-
Babel, Babilônia; Daniel reis herdar o reino dos céus, Al. 7:14.
No Velho Testamento, rei da Babilônia Aqueles que crêem nas minhas pala-
(604–561 a.C.) que conquistou Judá vras nascerão de mim, da água e do
(II Re. 24:1–4) e sitiou Jerusalém (II Re. Espírito, D&C 5:16. Tereis de nascer
24:10–11). Foi ordenado ao profeta Leí de novo no reino do céu, Mois. 6:59.
que fugisse de Jerusalém cerca do ano
600 a.C., para evitar ser levado cativo NATÃ. Ver também Davi
para a Babilônia (1 Né. 1:4–13) quando Profeta do Velho Testamento, da época
Nabucodonosor para lá levou o rei Ze- do rei Davi. Quando Davi se ofereceu
dequias e o povo de Judá (II Re. 25:1, para construir o templo do Senhor, o
8–16, 20–22). Daniel interpretou os so- Senhor instruiu Natã a dizer a Davi
nhos de Nabucodonosor (Dan. 2:4). que ele não devia construí-lo. Natã re-
preendeu Davi por causar a morte de
NAFTÁLI. Ver também Israel; Jacó,
Urias, um de seus guerreiros, e por to-
Filho de Isaque
mar como esposa a mulher de Urias,
O quinto dos doze filhos de Jacó e o Batseba (II Sam. 12:1–15; D&C 132:38–
segundo de Bilha, serva de Raquel 39). Zadoque e Natã ungiram rei a Sa-
(Gên. 30:7–8). Naftáli teve quatro fi- lomão, filho de Davi (I Re. 1:38–39, 45).
lhos (I Crôn. 7:13).
Tribo de Naftáli : A bênção de Jacó sobre NATANAEL. Ver também
Naftáli acha-se registrada em Gên. 49:21 Bartolomeu
e a bênção de Moisés sobre a tribo, em No Novo Testamento, apóstolo de
Deut. 33:23. Cristo e amigo de Filipe (Jo. 1:45–51).
Naum 144
Era natural de Caná, na Galiléia (Jo. Em conseqüência dessa perseguição,
21:2). Cristo afirmou que Natanael era os santos abandonaram aquele lugar e
um israelita sem dolo (Jo. 1:47). Acre- empreenderam a marcha para o oeste.
dita-se que ele e Bartolomeu eram a
NAZARÉ. Ver também Jesus Cristo
mesma pessoa (Mt. 10:3; Mc. 3:18; Lc.
6:14; Jo. 1:43–45). Uma aldeia nas montanhas, a oeste do
Mar da Galiléia. Jesus foi criado em
NAUM
Nazaré (Mt. 2:23). O Salvador ensinou
No Velho Testamento, profeta da Ga- na sinagoga de Nazaré e declarou que
liléia que registrou suas profecias en- nele se cumpria a profecia de Isa. 61:1–2
tre 642 e 606 a.C. (Mt. 13:54–58; Mc. 6:1–6; Lc. 4:16–30).
Livro de Naum : O capítulo 1 fala que a
NEEMIAS
Terra será queimada na Segunda Vin-
da e menciona a misericórdia e o po- No Velho Testamento, nobre israelita na
der do Senhor. O capítulo 2 prediz a Babilônia (talvez levita ou da tribo de
destruição de Nínive, um evento que Judá) que tinha o cargo de copeiro na
preconiza o que acontecerá nos últi- corte de Artaxerxes, de quem recebeu
mos dias. O capítulo 3 continua a pro- a incumbência real, autorizando-o a re-
fetizar a terrível destruição de Nínive. construir as muralhas de Jerusalém.
NAUVOO, ILLINOIS (EUA) Livro de Neemias : Este livro é uma con-
tinuação do de Esdras. Ele contém um
Cidade fundada pelos santos dos últi- relato do progresso e das dificuldades
mos dias em 1839, no estado de Illi- do trabalho em Jerusalém após os ju-
nois, nos Estados Unidos da América. deus retornarem do cativeiro babilôni-
Acha-se situada à margem do Rio Mis- co. Os capítulos 1–7 relatam a primeira
sissipi, aproximadamente a 320 quilô- visita de Neemias a Jerusalém e a re-
metros, rio acima, da cidade de St. construção dos muros da cidade, apesar
Louis, Missouri. da grande oposição. Os capítulos 8–10
Fugindo às perseguições no estado de descrevem as reformas religiosas e so-
Missouri, os santos mudaram-se para ciais que Neemias tentou implantar.
320 quilômetros a nordeste, do outro Os capítulos 11–13 fornecem uma lista
lado do Rio Mississipi, já no estado de de nomes de pessoas dignas e falam da
Illinois, onde encontraram condições dedicação dos muros. Os versículos 4–
mais favoráveis. Com o tempo, os san- 31 do capítulo 13 registram a segunda
tos compraram terrenos perto da cida- visita de Neemias a Jerusalém, depois
de de Commerce, pouco desenvolvida. de ausentar-se por doze anos.
Os terrenos eram praticamente pânta-
nos, com apenas algumas construções NÉFI, FILHO DE HELAMÃ. Ver
rudimentares. Os santos drenaram a também Helamã, filho de Helamã;
terra e ali estabeleceram seus lares. Jo- Leí, Missionário Nefita
seph Smith mudou-se com sua família No Livro de Mórmon, grande profeta
para uma pequena cabana de troncos. e missionário nefita.
O nome de Commerce foi mudado pa- Era o filho mais velho de Helamã, Hel.
ra Nauvoo, uma palavra derivada do 3:21. Foi nomeado juiz supremo, Hel.
hebraico, que significa “bela”. 3:37. Ele e seu irmão Leí converteram
Diversas seções de Doutrina e Convê- muitos lamanitas ao evangelho, Hel.
nios foram recebidas em Nauvoo (D&C 5:18–19. Foi envolto como que por fogo
124–129, 132, 135). Os santos receberam e libertado da prisão, Hel. 5:20–52. Orou
ordem de construir um templo ali (D&C da torre de seu jardim, Hel. 7:6–10. Re-
124:26–27). Eles construíram o templo velou o assassinato do juiz supremo,
e organizaram estacas de Sião antes de Hel. 8:25–28; 9:1–38. Recebeu grande
serem expulsos de seus lares em 1846. poder do Senhor, Hel. 10:3–11. Pediu
145 Néfi, Filho de Néfi, Filho de Helamã
ao Senhor que mandasse fome, e mais truíram um templo, ensinaram a lei de
tarde que ela terminasse, Hel. 11:3–18. Moisés e fizeram registros. Os capítulos
6–10 trazem as palavras de Jacó, irmão
NÉFI, FILHO DE LEÍ. Ver também mais jovem de Néfi. Ele fez um retros-
Leí, Pai de Néfi; Nefitas pecto da história de Judá e algumas pro-
No Livro de Mórmon, um filho justo de fecias sobre o Messias, algumas das
Leí e Saria (1 Né. 1:1–4; 2:5). Néfi pos- quais foram extraídas dos escritos do
suía uma fé inabalável na palavra de profeta Isaías. Nos capítulos 11–33 Néfi
Deus (1 Né. 3:7) e tornou-se um grande registrou o seu testemunho de Cristo,
profeta, mantenedor de registros e lí- o testemunho de Jacó, profecias sobre
der de seu povo. os últimos dias e diversos capítulos do
Foi obediente e orou com fé, 1 Né. 2:16. livro de Isaías, do Velho Testamento.
Retornou a Jerusalém para obter as pla- Placas de Néfi : Ver Placas
cas de latão, 1 Né. 3–4. Voltou a Jerusa- NÉFI, FILHO DE NÉFI, FILHO DE
lém a fim de trazer a família de Ismael HELAMÃ. Ver também Discípulo;
para o deserto, 1 Né. 7. Recebeu a mes- Néfi, Filho de Helamã
ma visão que Leí, 1 Né. 10:17–22; 11. No Livro de Mórmon, um dos doze
Viu em visão o futuro de seu povo e a discípulos nefitas escolhidos por Jesus
restauração do evangelho, 1 Né. 12– Cristo ressuscitado (3 Né. 1:2–3; 19:4).
13. Interpretou a visão da árvore da vi- Este profeta orou fervorosamente ao
da, 1 Né. 15:21–36. Quebrou seu arco, Senhor em favor de seu povo. Néfi ou-
mas em virtude de sua fé conseguiu viu a voz do Senhor (3 Né. 1:11–14) e
obter alimento, 1 Né. 16:18–32. Cons- também foi visitado por anjos; expulsou
truiu um barco e viajou à terra da pro- demônios, levantou seu irmão dentre os
missão, 1 Né. 17–18. Os nefitas e lama- mortos e prestou um testemunho irrefu-
nitas se separaram, 2 Né. 5. Prestou o tável (3 Né. 7:15–19; 19:4). Néfi manteve
seu testemunho final, 2 Né. 33. os registros de seu povo (3 Né. 1:2–3).
Livro de 1 Néfi : Nos capítulos 1–18:8 fa- Livro de 3 Néfi : Livro escrito por Néfi,
la-se principalmente do profeta Leí e filho de Néfi, no Livro de Mórmon. Os
de sua família: sua partida de Jerusa- capítulos 1–10 mostram o cumprimento
lém e viagem por desertos áridos, até das profecias sobre a vinda do Senhor.
chegar ao mar. De 1 Né. 18:9 ao capítu- Foi dado o sinal do nascimento de
lo 23, inclusive, é registrada a viagem Cristo: o povo arrependeu-se, mas de-
deles à terra prometida, guiados pelo pois voltou à iniqüidade. Finalmente,
Senhor, apesar da rebelião de Lamã e furacões, terremotos, tempestades vio-
Lemuel. Nos capítulos 19–22, fala-se lentas e grande destruição assinalaram a
do objetivo de Néfi ao escrever os regis- morte de Cristo. Os capítulos 11–28 re-
tros (1 Né. 6:1–6; 19:18), que era per- gistram a visita de Cristo às Américas.
suadir todos a se recordarem do Se- Este é o tema principal de 3 Néfi. Muitas
nhor, seu Redentor. Citou Isaías (1 Né. das palavras de Cristo são semelhantes
20 e 21) e interpretou suas mensagens às registradas na Bíblia (por exemplo,
com a esperança de que todos viessem Mt. 5–7 e 3 Né. 12–14). Os capítulos 29–
a conhecer Jesus Cristo como seu Sal- 30 são as palavras de Mórmon às nações
vador e Redentor (1 Né. 22:12). dos últimos dias.
Livro de 2 Néfi : Os capítulos 1–4 con- Livro de 4 Néfi : Este livro tem apenas 49
têm alguns dos últimos ensinamentos versículos, todos em um só capítulo; en-
e profecias transmitidos por Leí antes tretanto, abrangem quase 300 anos da
de morrer, inclusive as bênçãos a seus história nefita (34–321 d.C.). Diversas
filhos e aos descendentes deles. O capí- gerações de autores, inclusive Néfi, con-
tulo 5 explica por que os nefitas se sepa- tribuíram para os registros. Os versícu-
raram dos lamanitas. Os nefitas cons- los 1–19 esclarecem que após a visita do
Nefitas 146
Senhor ressuscitado, todos os nefitas e rações, e eles eram o povo mais feliz,
lamanitas se converteram ao evangelho 4 Né. 1:15–16. Os nefitas começaram a
e reinou paz, amor e harmonia. Os três ser orgulhosos e vaidosos, 4 Né. 1:43.
discípulos nefitas, aos quais o Senhor Houve carnificina e o derramamento de
permitiu que permanecessem na Terra sangue por toda a face da Terra, Mórm.
até a Segunda Vinda (3 Né. 28:4–9) exer- 2:8. Aumentou a iniqüidade dos nefi-
cem o ministério junto ao povo. Néfi tas e Mórmon recusou-se a liderá-los,
transmitiu o registro a seu filho Amós. Mórm. 3:9–11. Todos os nefitas, exceto
Os versículos 19–47 são o registro do vinte e quatro, foram mortos, Mórm.
ministério de Amós (84 anos) e o de seu 6:7–15. Todos os nefitas que não negas-
filho, também chamado Amós (112 sem a Cristo eram mortos, Morô. 1:2.
anos). Em 201 d.C. o orgulho começou Os nefitas foram destruídos por causa
a causar problemas entre o povo, que de suas iniqüidades e abominações,
se dividiu em duas classes e começou D&C 3:18. Precavei-vos contra o orgu-
a levantar igrejas para obter lucro (4 Né. lho, para que não vos torneis como os
1:24–34). nefitas, D&C 38:39.
Os versículos finais de 4 Néfi mostram NEOR. Ver também Anticristo;
que o povo havia retornado à iniqüida- Artimanhas Sacerdotais
de (4 Né. 1:35–49). No ano 305 d.C. mor-
Homem perverso do Livro de Mórmon.
reu Amós, filho de Amós, e seu irmão
Neor foi um dos primeiros a utilizar as
Amaron escondeu todos os registros sa-
artimanhas sacerdotais entre os nefitas.
grados, por motivo de segurança. Mais
Após ensinar doutrinas falsas e matar
tarde Amaron confiou os anais a Mór-
Gideão, Neor foi executado por seus
mon, que registrou muitos eventos
crimes (Al. 1). Os seguidores de Neor
ocorridos durante o seu tempo de vida
continuaram suas práticas e ensina-
e depois os resumiu (Mórm.1:2–4).
mentos iníquos por muito tempo após
NEFITAS. Ver também Lamanitas; a morte dele.
Livro de Mórmon; Néfi,
Alma e Amuleque foram presos por um
Filho de Leí
juiz, que pertencia à ordem de Neor, Al.
Um grupo de pessoas no Livro de Mór- 14:14–18. Eram da seita de Neor os que
mon, muitas das quais eram descenden- haviam sido mortos, Al. 16:11. Eram
tes do profeta Néfi, filho de Leí. Separa- muitos os que pertenciam à ordem dos
ram-se dos lamanitas e, de modo geral, neores, Al. 21:4. A maior parte dos que
eram mais justos que estes. Entretanto, mataram seus irmãos pertencia à or-
com o tempo, foram destruídos pelos dem dos neores, Al. 24:28.
lamanitas, por causa da iniqüidade.
NICODEMOS. Ver também Fariseus
Os nefitas separaram-se dos lamanitas,
2 Né. 5:5–17. Os que não eram lamanitas No Novo Testamento, líder justo dos
eram nefitas, Jacó 1:13. Os nefitas eram judeus (provavelmente membro do si-
movidos por uma causa melhor, Al. nédrio) e fariseu (Jo. 3:1).
43:6–9, 45. Os nefitas nunca tinham sido Falou com Jesus à noite, Jo. 3:1–21. De-
mais felizes do que nos dias de Morôni, fendeu Cristo perante os fariseus, Jo.
Al. 50:23. Os nefitas foram poupados 7:50–53. Levou ervas aromáticas para
em virtude das orações dos justos, Al. sepultar Jesus, Jo. 19:39–40.
62:40. Os nefitas começaram a cair em
incredulidade, Hel. 6:34–35. Jesus ensi- NÍNIVE. Ver também Assíria; Jonas
nou e ministrou entre os nefitas, 3 Né. No Velho Testamento, capital da Assíria
11–28:12. Todo o povo foi convertido e, durante 200 anos, um grande centro
ao Senhor e tinham todas as coisas em comercial na margem oriental do rio
comum, 4 Né. 1:2–3. Não havia con- Tigre. Foi tomada em 606 a.C. com a
tendas, o amor de Deus existia nos co- queda do império da Assíria.
147 Novo e Eterno Convênio
Senaqueribe, rei da Assíria, vivia em NOEMI. Ver também Rute
Nínive, II Re. 19:36. Jonas foi enviado No Velho Testamento, uma mulher dig-
a chamar a cidade ao arrependimento, na, esposa de Elimeleque (Rut. 1–4).
Jon. 1:1–2 (3:1–4). O povo de Nínive se Elimeleque e Noemi levaram sua fa-
arrependeu, Jon. 3:5–10. Cristo usou mília para Moabe, procurando esca-
perante os judeus a cidade de Nínive par da fome. Depois que o marido e os
como um exemplo de arrependimen- dois filhos morreram, Noemi voltou
to, Mt. 12:41. para Belém com sua nora, Rute.
NOÉ, FILHO DE ZÊNIFE NOME DA IGREJA. Ver Igreja
Um rei iníquo do Livro de Mórmon, de Jesus Cristo dos Santos dos
que governou um grupo de nefitas na Últimos Dias, A; Igreja, Nome da
terra de Néfi. NOVA JERUSALÉM
Noé cometeu muitos pecados, Mos. Lugar onde os santos se reunirão e em
11:1–15. Mandou que matassem o pro- que Cristo reinará pessoalmente duran-
feta Abinádi, Mos. 13:1 (Mos. 17:1, 5– te o Milênio. Sião (a Nova Jerusalém)
20). Morreu queimado, Mos. 19:20. será construída no continente ameri-
NOÉ, PATRIARCA BÍBLICO. Ver cano, a Terra será renovada e receberá
também Arca; Arco-íris; Dilúvio a sua glória paradisíaca (RF 10). A No-
no Tempo de Noé; Gabriel va Jerusalém também se refere a uma
cidade santa que descerá do céu no
No Velho Testamento, filho de Lame- início do milênio.
que e décimo patriarca a partir de Adão
De Sião sairá a lei, Miq. 4:2. O nome da
(Gên. 5:29–32). Testificou de Cristo e
cidade de Deus é a nova Jerusalém,
pregou o arrependimento a uma ge-
Apoc. 3:12. João viu a cidade santa, a
ração perversa. Quando o povo rejei-
Nova Jerusalém, Apoc. 21:1–5. Estabele-
tou sua mensagem, Deus ordenou-lhe
cerei este povo nesta Terra, e será uma
que construísse uma arca para abrigar
Nova Jerusalém, 3 Né. 20:22. Uma Nova
sua família e todas as espécies de ani-
Jerusalém seria construída na América,
mais quando a Terra fosse inundada
Ét. 13:3–6, 10. A cidade de Nova Jeru-
para destruir os iníquos (Gên. 6:13–22;
salém será preparada, D&C 42:9, 35, 62–
Mois. 8:16–30). O profeta Joseph Smith
69. Os santos devem-se reunir e cons-
ensinou que Noé é o anjo Gabriel, e
truir a Nova Jerusalém, D&C 45:63–75.
que vem logo após Adão na posse das
A Nova Jerusalém será construída no
chaves da salvação.
Missouri, D&C 84:1–5 (57:1–3). O Cor-
Ele e seus filhos Jafé, Sem e Cão e deiro se porá de pé sobre o Monte Sião,
respectivas esposas foram salvos do e na cidade santa, a Nova Jerusalém,
dilúvio ao construírem uma arca por D&C 133:56. Meu tabernáculo se cha-
ordem de Deus, Gên. 6–8 (Heb. 11:7; mará Sião, uma Nova Jerusalém, Mois.
I Ped. 3:20). O Senhor renovou com 7:62.
Noé o convênio que havia feito com
Enoque, Gên. 9:1–17 (Mois. 7:49–52; NOVO E ETERNO CONVÊNIO.
TJS—Gên. 9:15, 21–25). Noé foi orde- Ver também Convênio
nado ao sacerdócio por Matusalém, É a plenitude do evangelho de Jesus
aos dez anos de idade, D&C 107:52. Cristo (D&C 66:2). É considerado novo
Os homens tentaram tirar-lhe a vida, toda vez que é revelado novamente
mas ele foi salvo pelo poder de Deus, após um período de apostasia. É eterno
Mois. 8:18. Ele tornou-se um pregoei- por ser o convênio de Deus, desfrutado
ro da justiça e ensinou o evangelho de em todas as dispensações do evangelho
Jesus Cristo, Mois. 8:19, 23–24 (II Ped. em que o povo esteve disposto a recebê-
2:5). lo. Jesus Cristo revelou outra vez à Terra
Novo Testamento 148
o novo e eterno convênio por intermé- epístolas de Paulo instruem os líderes
dio do Profeta Joseph Smith. Ele contém e membros da Igreja. As outras cartas
ordenanças sagradas administradas pe- foram escritas por outros apóstolos e
la autoridade do sacerdócio—como o fornecem conselhos adicionais aos san-
batismo e o casamento eterno, realiza- tos da época. O Livro de Apocalipse, es-
dos no templo—que proporcionam ao crito pelo apóstolo João, em sua maior
homem a salvação, a imortalidade e a parte é constituído de profecias relati-
vida eterna. Quando as pessoas acei- vas aos últimos dias.
tam o evangelho e prometem guardar
os mandamentos de Deus, ele se com- NÚMEROS. Ver também Pentateuco
promete a dar-lhes as bênçãos de seu Quarto livro do Velho Testamento. Foi
novo e eterno convênio. escrito por Moisés. O livro de Núme-
Estabelecerei o meu concerto entre mim ros relata a história da jornada de Is-
e ti, Gên. 17:7. Terá o concerto do sacer- rael, do Monte Sinai às planícies de
dócio perpétuo, Núm. 25:13. O povo Moabe, nas fronteiras de Canaã. Uma
mudou os estatutos e quebrou a aliança das lições importantes que ele nos en-
eterna, Isa. 24:5 (D&C 1:15). Convosco sina é que o povo de Deus deve viver
farei um concerto perpétuo, Isa. 55:3 com fé e confiar em suas promessas, se
(Jer. 32:40). Será um concerto perpétuo, quiser continuar a ser bem sucedido.
Eze. 37:26. O Senhor fez um novo con- Ele relata os castigos que Deus derra-
vênio, e o velho se acabou, Heb. 8:13. mou sobre Israel por causa de desobe-
Jesus é o mediador da Nova Aliança, diência e fornece informações sobre as
Heb. 12:24 (D&C 76:69). Este é um con- leis israelitas. O livro tem esse nome
vênio novo e eterno, D&C 22:1. Tam- por conter os números de um recen-
bém mandei ao mundo meu eterno con- seamento (Núm. 1–2, 26).
vênio, D&C 45:9 (D&C 49:9). O Senhor Os capítulos 1–10 contam os preparati-
enviou a plenitude do evangelho, seu vos de Israel para partir do Sinai. Os ca-
convênio eterno, D&C 66:2 (133:57). pítulos 11–14 descrevem a jornada dos
Para obter o grau mais elevado do rei- israelitas, os espias enviados a Canaã e a
no celestial o homem precisa entrar no recusa de Israel de entrar na terra pro-
novo e eterno convênio do casamento, metida. Os capítulos 15–19 registram
D&C 131:1–2. Um novo e eterno con- várias leis e eventos históricos. Os ca-
vênio foi instituído para a plenitude pítulos 20–36 relatam a história do úl-
da glória do Senhor, D&C 132:6, 19. timo ano que o povo viveu no deserto.

NOVO TESTAMENTO. OBADIAS


Ver também Bíblia; Escrituras No Velho Testamento, um profeta que
Coleção de escritos inspirados (origi- predisse a destruição de Edom. Profeti-
nalmente em grego) a respeito da vida zou, possivelmente, durante o reinado
e do ministério de Jesus Cristo, dos de Jorão (848–844 a.C.) ou na época
apóstolos e de outros discípulos do Sal- da invasão babilônica em 586 a.C.
vador. O Novo Testamento divide-se do Livro de Obadias : Livro do Velho Testa-
seguinte modo: os Evangelhos, os Atos mento, que tem apenas um capítulo.
dos Apóstolos, as epístolas de Paulo, as Nele Obadias escreveu sobre a queda
epístolas gerais e o livro de Apocalipse. de Edom e profetizou que se levanta-
Os quatro evangelhos—os livros de Ma- rão salvadores no monte Sião.
teus, Marcos, Lucas e João—são relatos
da vida de Cristo. O livro de Atos regis- OBEDE. Ver também Boaz; Rute
tra a história da Igreja e dos apóstolos, No Velho Testamento, filho de Boaz e
especialmente as viagens missionárias Rute e pai de Jessé, que veio a ser pai
de Paulo após a morte de Cristo. As do rei Davi (Rut. 4:13–17, 21–22).
149 Obras
OBEDECER, OBEDIÊNCIA, Mois. 5:5. E assim os provaremos para
OBEDIENTE. Ver também ver se farão todas as coisas que o Se-
Abençoado, Abençoar, Bênção; nhor seu Deus lhes mandar, Abr. 3:25.
Alegria; Andar, Andar Com
OBRA MISSIONÁRIA. Ver também
Deus; Atender, Escutar; Lei;
Evangelho; Pregar
Mandamentos de Deus
Difundir o evangelho de Jesus Cristo
No sentido espiritual, obedecer é fazer por palavra e por exemplo.
a vontade de Deus. Quão suaves são sobre os montes os
Noé fez conforme a tudo o que Deus pés do que anuncia a salvação, Isa. 52:7.
lhe mandou, Gên. 6:22. Abraão obede- Procurarei pelas minhas ovelhas, e as
ceu ao Senhor, Gên. 22:15–18. Tudo o buscarei, Eze. 34:11. Pregai o evangelho
que o Senhor tem falado faremos, Êx. a toda a criatura, Mc. 16:15 (Mórm.
24:7. Ouve pois, ó Israel, e atenta que os 9:22). Os campos estão brancos para a
guardes, Deut. 6:1–3. Amando ao Se- ceifa, Jo. 4:35. E como pregarão, se não
nhor, dando ouvidos a sua voz, Deut. forem enviados? Rom. 10:15. Devemos
30:20. Obedecer é melhor do que sacrifi- ensinar com toda diligência a palavra de
car, I Sam. 15:22. Teme a Deus e guarda Deus, Jacó 1:19. O Senhor concede a to-
os seus mandamentos, Ecles. 12:13–14. das as nações que ensinem a sua pala-
Nem todos entrarão no reino dos céus, vra, Al. 29:8. Para que o evangelho seja
senão aquele que faz a vontade do Pai, proclamado pelos fracos e simples,
Mt. 7:21 (3 Né. 14:21). Se alguém quiser D&C 1:23. Uma obra maravilhosa está
fazer a vontade de Deus, pela mesma para iniciar-se, D&C 4:1. Se trabalhar-
doutrina conhecerá se ela é de Deus, des todos os vossos dias, e trouxerdes
Jo. 7:17. Mais importa obedecer a Deus a mim uma só alma, grande será a vos-
do que aos homens, At. 5:29. Filhos, se- sa alegria, D&C 18:15. Meus eleitos
de obedientes a vossos pais, Ef. 6:1 (Col. ouvem minha voz e não endurecem o
3:20). Eu irei e cumprirei as ordens do coração, D&C 29:7. De dois em dois
Senhor, 1 Né. 3:7. Obedeci, portanto, à ireis pregando meu evangelho, D&C
voz do Espírito, 1 Né. 4:6–18. Se os fi- 42:6. O som deverá partir deste lugar,
lhos dos homens seguirem os manda- D&C 58:64. Que abrais a boca para
mentos de Deus, ele os alimenta, 1 Né. proclamar meu evangelho, D&C 71:1.
17:3. Cuidado para que não vos inclineis Proclamando a verdade conforme as re-
ao espírito maligno, Mos. 2:32–33, 37 velações e mandamentos, D&C 75:4.
(D&C 29:45). Os homens recebem sua Todo aquele que for advertido deverá
recompensa de acordo com o espírito advertir seu próximo, D&C 88:81
a quem obedecem, Al. 3:26–27. Os ho- (38:40–41). O Senhor providenciará pe-
mens devem fazer muitas coisas de sua las famílias dos que pregam o evange-
livre e espontânea vontade, D&C 58:26– lho, D&C 118:3. Os servos de Deus irão
29. Em nada ofende o homem a Deus, a avante proclamando o evangelho, D&C
não ser os que não confessam a mão 133:38. Os élderes fiéis, quando deixam
dele em todas as coisas, e não obede- a vida mortal, continuam seus labores
cem a seus mandamentos, D&C 59:21. na pregação do evangelho, D&C 138:57.
Eu, o Senhor, estou obrigado quando OBRAS
fazeis o que eu digo, D&C 82:10. Toda
alma que obedecer a minha voz, verá Ações de uma pessoa, quer sejam boas
minha face e saberá que eu sou, D&C ou más. Toda pessoa será julgada por
93:1. O povo precisa ser corrigido até suas próprias obras.
aprender obediência, D&C 105:6. Quan- Deus pagará ao homem conforme a sua
do recebemos uma bênção de Deus, é obra, Prov. 24:12. Assim resplandeça a
por obediência à lei na qual ela se ba- vossa luz diante dos homens, para que
seia, D&C 130:21. Adão foi obediente, vejam as vossas boas obras, Mt. 5:16
Obras-padrão 150
(3 Né. 12:16). Aquele que faz a vontade revelações de Deus, Jacó 4:28. Tinham
de meu Pai entrará no reino dos céus, ódio eterno contra nós, Jacó 7:24.
Mt. 7:21. A fé sem obras é morta, Tg. Embora os homens ignorem os conse-
2:14–26. Serão julgados por suas pró- lhos de Deus e desprezem suas pala-
prias obras, 1 Né. 15:32 (Mos. 3:24). Sa- vras, D&C 3:7. Odiado e perseguido
bemos que é pela graça que somos sal- por dizer que eu tivera uma visão,
vos, depois de tudo o que pudermos fa- JS—H 1:25.
zer, 2 Né. 25:23. Ensina-os a nunca se
cansarem de boas obras, Al. 37:34. É im- OFENDER
prescindível que os homens sejam julga- Violar uma lei divina, pecar, causar
dos de acordo com suas obras, Al. 41:3. constrangimento ou magoar; também
Por suas obras os conhecereis, Morô. desagradar ou aborrecer alguém.
7:5 (D&C 18:38). Eu, o Senhor, julgarei
O irmão ofendido é mais difícil de con-
todos os homens segundo suas obras,
quistar do que uma cidade forte, Prov.
D&C 137:9.
18:19. Procuro sempre ter uma cons-
OBRAS-PADRÃO. Ver Cânon ciência sem ofensa, tanto para com Deus
como para com os homens, At. 24:16.
OCIOSIDADE, OCIOSO Se teu irmão ou irmã te ofender e con-
Inatividade; pessoa que não se envol- fessar reconciliar-vos-eis, D&C 42:88.
ve em obras de justiça e retidão. Em nada ofende o homem a Deus, a
Se alguém não quiser trabalhar, não não ser os que não confessam sua mão
coma também, II Tess. 3:10. Tornaram- em todas as coisas, e não obedecem a
se um povo preguiçoso, cheio de malda- seus mandamentos, D&C 59:21.
de, 2 Né. 5:24. Procura fugir da ociosi- OFERTA. Ver também Bem-estar;
dade, Al. 38:12. O ocioso não comerá o Dízimos; Esmolas; Jejuar, Jejum;
pão do trabalhador, D&C 42:42. Ai de Sacrifício
vós que não trabalhais com as próprias
mãos, D&C 56:17. Os homens devem Uma dádiva ao Senhor. No Velho Testa-
ocupar-se zelosamente numa boa causa, mento a palavra geralmente é usada re-
D&C 58:27. Cessai de ser ociosos, D&C ferindo-se a sacrifícios ou holocaustos.
88:124. A Igreja, hoje em dia, usa as ofertas de
jejum e outros donativos voluntários
ODIAR, ÓDIO. Ver também Amor; (inclusive de tempo, aptidões, talentos e
Inimizade; Vingança recursos) para ajudar os pobres e tam-
O ódio é uma forte aversão a alguém bém para outras causas nobres.
ou alguma coisa. Todavia vós me roubais nos dízimos e
Eu, Deus, visito a maldade dos pais nos ofertas, Mal. 3:8–10. Reconcilia-te pri-
filhos daqueles que me aborrecem, Êx. meiro com teu irmão, e depois apresen-
20:5. Estas seis cousas aborrece o Se- ta a tua oferta, Mt. 5:23–24. Ofertai to-
nhor, Prov. 6:16. O homem insensato da a vossa alma, como dádiva, a Cristo,
despreza a sua mãe, Prov. 15:20. Era Ômni 1:26. Se um homem oferecer uma
desprezado, e o mais indigno entre os dádiva sem verdadeira intenção, nada
homens, Isa. 53:3. Fazei bem aos que lhe aproveitará, Morô. 7:6. As chaves do
vos odeiam, Mt. 5:44. Ou há de odiar sacerdócio jamais serão tiradas até que
um e amar o outro, Mt. 6:24. E odiados os filhos de Levi ofereçam outra vez, em
de todos sereis por causa de meu nome, retidão, um sacrifício ao Senhor, D&C
Mt. 10:22. Aquele que faz o mal aborre- 13:1. No dia do Senhor oferecerás tuas
ce a luz, Jo. 3:20. Ninguém despreze a oblações e teus sacramentos ao Altís-
tua mocidade, I Tim. 4:12. Porque, sen- simo, D&C 59:12. Como Igreja e povo,
do ricos, desprezam as revelações de façamos ao Senhor uma oferta em reti-
Deus, 2 Né. 9:30. Não desprezeis as dão, D&C 128:24.
151 Oliveira
OFICIAL, OFÍCIO. Ver também giam muitos enfermos com óleo, Mc.
Ordenação, Ordenar; Sacerdócio 6:13. Chame os presbíteros (élderes) da
Cargo de autoridade ou responsabilida- Igreja, e orem sobre ele, Tg. 5:13–15.
de em uma organização. Nas escrituras Tendo preparadas e acesas as vossas
essas palavras são freqüentemente usa- lâmpadas, D&C 33:17 (Mt. 25:1–13).
das para representar um cargo de auto- OLHO(S)
ridade no sacerdócio; também podem
Nas escrituras, o olho é freqüentemen-
significar os deveres relativos a um car-
te usado como símbolo da habilidade
go ou referir-se à pessoa que o exerce.
do homem de receber a luz de Deus.
Nem todos os membros têm a mesma Em sentido simbólico, o olho da pes-
operação, Rom. 12:4. Magnificamos o soa também demonstra sua condição
nosso ofício para o Senhor, Jacó 1:19. espiritual e o entendimento que tem
Melquisedeque recebeu o ofício do su- das coisas de Deus.
mo sacerdócio, Al. 13:18. O ofício do mi- O mandamento do Senhor é puro, e alu-
nistério dos anjos é chamar os homens mia os olhos, Salm. 19:8. Os tolos têm
ao arrependimento, Morô. 7:31. Nenhu- olhos mas não vêem, Jer. 5:21 (Mc. 8:18).
ma pessoa deve ser ordenada para qual- A candeia do corpo são os olhos, Mt.
quer ofício nesta Igreja, sem o voto da 6:22 (Lc. 11:34; 3 Né. 13:22; D&C 88:67).
Igreja, D&C 20:65. Que todo homem Bem-aventurados os vossos olhos, por-
ocupe seu próprio ofício, D&C 84:109. que vêem, Mt. 13:16. Os olhos do vosso
Há presidentes, ou oficiais que proce- entendimento serão iluminados, Ef.
dem, designados dentre os que são or- 1:17–18. Ai dos que são sábios a seus
denados aos diversos cargos desses dois próprios olhos, 2 Né. 15:21 (Isa. 5:21).
sacerdócios, D&C 107:21. Descritos os Começaram a jejuar e a orar a fim de
deveres dos que presidem sobre os ofí- que os olhos pudessem abrir-se, Mos.
cios dos quóruns do sacerdócio, D&C 27:22. Satanás cegou-lhes os olhos, 3 Né.
107:85–98. Que todo homem aprenda 2:2. Ninguém terá poder para trazer à
seu dever, e a agir no ofício para o qual luz o Livro de Mórmon se não tiver os
for designado, D&C 107:99–100. Ago- olhos fitos na glória de Deus, Mórm.
ra vos indico os oficiais do meu sacer- 8:15. Pelo poder do Espírito nossos
dócio, D&C 124:123. olhos se abriram e nossos entendimen-
ÓLEO. Ver também Bênção dos tos se iluminaram, D&C 76:12. A luz
Doentes; Oliveira; Unção, Ungir vem por meio daquele que ilumina
vossos olhos, D&C 88:11. Se vossos
Quando as escrituras mencionam a pa- olhos estiverem fitos em minha glória,
lavra óleo, geralmente se referem ao os vossos corpos se encherão de luz,
óleo de oliva. Desde os tempos do Velho D&C 88:67.
Testamento o óleo de oliva tem sido
usado nas cerimônias do tabernáculo e OLIVEIRA. Ver também Israel; Óleo
do templo para unções, como combus- Árvore comum em Israel e importante
tível nas lâmpadas e como alimento. O produto agrícola nas terras bíblicas. É
óleo de oliva às vezes é usado como cultivada por sua madeira, seus frutos
símbolo de pureza e do Espírito Santo e óleo. A oliveira é freqüentemente usa-
e sua influência (I Sam. 10:1, 6; 16:13; da nas escrituras, representando a ca-
Isa. 61:1–3). sa de Israel.
O sacerdote porá óleo na ponta da ore- A casa de Israel é comparada a uma oli-
lha direita, Lev. 14:28–29. Enviou-me o veira, cujos ramos seriam arrancados
Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, e espalhados, 1 Né. 10:12 (1 Né. 15:12).
I Sam. 15:1. A botija de azeite da viúva O Senhor comparou Israel a uma olivei-
não ficou vazia, I Re. 17:10–16. Unges a ra brava, Jacó 5–6. Joseph Smith chamou
minha cabeça com óleo, Salm. 23:5. Un- a revelação da seção 88 de a “Folha de
Oliveiras, Monte das 152
Oliveira”, D&C 88: cabeçalho. Um no- ONISCIENTE. Ver também
bre disse a seus servos que fossem à Trindade
vinha e plantassem doze oliveiras, D&C O atributo divino de possuir todo o co-
101:43–62. nhecimento (Mt. 6:8; 2 Né. 2:24).
OLIVEIRAS, MONTE DAS. OPOSIÇÃO. Ver Adversidade
Ver também Getsêmani
ORAÇÃO. Ver também Adoração;
Uma colina a leste do vale de Cedron, Amém; Pedir; Ponderar
a leste de Jerusalém, na parte superior.
Em suas encostas ocidentais, perto da Comunicação reverente com Deus du-
base, fica o jardim de Getsêmani. Bet- rante a qual a pessoa agradece e pede
fagé e Betânia ficam na encosta orien- bênçãos. As orações são dirigidas a nos-
tal. Nesse monte aconteceram muitos so Pai Celestial em nome de Jesus Cristo
eventos bíblicos (Mt. 24:3) e será tam- e podem ser feitas em voz alta ou em
bém um lugar de importantes aconte- silêncio. Os pensamentos também po-
cimentos nos últimos dias (Zac. 14:3– dem ser uma oração, se forem dirigi-
5; D&C 45:48–54; 133:20). dos a Deus. O cântico dos justos pode
ser uma oração a Deus (D&C 25:12).
ÔMEGA. Ver Alfa; Jesus Cristo
O propósito da oração não é o de alterar
ÔMNER. Ver também Mosias, Filho a vontade de Deus, mas de obtermos
do Rei Benjamim; Mosias, Filhos de para nós mesmos e para os outros as bên-
No Livro de Mórmon, um dos filhos do çãos que Deus já está disposto a conce-
rei Mosias. Ômner foi com seus irmãos der, mas que devemos pedir para obter.
pregar aos lamanitas (Mos. 27:8–11, 34– Oramos ao Pai em nome de Cristo (Jo.
37; 28:1–9). 14:13–14; 16:23–24). Podemos realmente
ÔMNI orar em nome de Cristo se os nossos de-
sejos forem os dele (Jo. 15:7; D&C 46:30).
No Livro de Mórmon, um nefita man- Se assim for, pediremos o que é correto,
tenedor de registros, que escreveu nos sendo então possível a Deus conceder-
anais aproximadamente em 361 a.C. nos o que pedimos (3 Né. 18:20). Algu-
(Jar. 1:15; Ômni 1:1–3). mas orações deixam de ser respondi-
Livro de Ômni : Livro traduzido das pla- das porque de forma alguma repre-
cas menores de Néfi, no Livro de Mór- sentam a vontade de Cristo, mas, sim,
mon. Ele tem apenas um capítulo, o emanam do egoísmo humano (Tg. 4:3;
qual relata as guerras entre nefitas e la- D&C 46:9). Realmente, se pedirmos ao
manitas. Ômni escreveu apenas os três Senhor coisas indignas, será para a nos-
primeiros versículos do livro. As pla- sa condenação (D&C 88:65).
cas foram então passadas sucessiva- Então se começou a invocar o nome do
mente a Amaron, Quêmis, Abinadom Senhor, Gên. 4:26. No lugar do altar
e finalmente a Amaléqui. Este, por sua Abraão invocou o nome do Senhor,
vez, entregou-as ao rei Benjamim, rei Gên. 13:4. O servo de Abraão orou pe-
de Zaraenla. dindo auxílio para encontrar uma espo-
ONIPOTENTE. Ver também Trindade sa para Isaque, Gên. 24:10–19. Longe de
O atributo divino de possuir todo o po- mim que eu peque contra o Senhor, dei-
der (Gên. 18:14; Al. 26:35; D&C 19:1–3). xando de orar por vós, I Sam. 12:23. O
Senhor escutará a oração dos justos,
ONIPRESENTE. Ver também Prov. 15:29. E me achareis quando me
Trindade buscardes de todo o vosso coração, Jer.
A capacidade que tem Deus de estar 29:12–13. Orai pelos que vos maltratam,
presente em toda parte por meio de Mt. 5:44 (Lc. 6:28; 3 Né. 12:44). Ora a teu
seu Espírito (Salm. 139:7–12; D&C 88:7– pai que está em oculto, Mt. 6:5–8 (3 Né.
13, 41). 13:5–8). Portanto, vós orareis assim, Mt.
153 Ordenação, Ordenar
6:9–13 (Lc. 11:2; 3 Né. 13:9). Pedi e dar- ravam viver a lei da consagração. Os
se-vos-á, Mt. 7:7 (3 Né. 14:7; D&C 4:7; membros compartilhavam as proprie-
6:5; 66:9). Jesus subiu ao monte para dades, os bens e os lucros e recebiam
orar à parte, Mt. 14:23. Vigiai e orai, pa- de acordo com suas carências e neces-
ra que não entreis em tentação, Mt. sidades (D&C 51:3; 78:1–15; 104).
26:41 (Mc. 14:38; 3 Né. 18:15–18; D&C
Nas coisas materiais vós devereis ser
31:12). Peça-a, porém, com fé, não duvi-
iguais, D&C 70:14. Os santos deveriam
dando, Tg. 1:5–6 (D&C 42:68; 46:7). A
organizar-se para ser iguais em todas as
oração feita por um justo pode muito,
coisas, D&C 78:3–11 (D&C 82:17–20). O
Tg. 5:16. Se désseis ouvidos ao Espírito
Senhor deu à ordem unida uma reve-
que ensina o homem a orar, 2 Né. 32:8–
lação e um mandamento, D&C 92:1.
9. Dirigi-lhe uma fervorosa oração, En.
John Johnson deveria tornar-se membro
1:4. Jejuei e orei durante muitos dias, Al.
da ordem unida, D&C 96:6–9. O Senhor
5:45–46 (26:22). Haviam-se devotado a
deu instruções gerais para o funciona-
muita oração e jejum, Al. 17:3. Não vos
mento da ordem unida, D&C 104. Meu
recordais do que Zenos disse a respei-
povo não está unido segundo a união
to da oração, ou melhor da adoração?
exigida pela lei do reino celeste, D&C
Al. 33:3. Humilhai-vos e continuai em
105:1–13.
oração, Al. 34:18–27. Aconselha-te com
o Senhor em tudo que fizeres, Al. 37:37. ORDENAÇÃO, ORDENAR. Ver
Deveis sempre orar ao Pai em meu no- também Autoridade; Chamado,
me, 3 Né. 18:19–20. Orai no seio de vos- Chamado por Deus, Chamar;
sa família, 3 Né. 18:21. Jesus orou ao Pai, Mãos, Imposição de; Oficial,
3 Né. 19:31–34 (3 Né. 18:16; Jo. 17). Or- Ofício; Sacerdócio
denou que não cessassem de orar em
seus corações, 3 Né. 20:1. Se um homem Designar ou conferir autoridade ou
ora sem verdadeiro intento de coração, ofício. Para usar a autoridade na Igreja
de nada lhe aproveita, Morô. 7:6–9. Não do Senhor a pessoa deve ser chamada
peças o que não deves pedir, D&C 8:10. por Deus, por profecia e pela impo-
Ora sempre, para que saias vencedor, sição de mãos por quem possua auto-
D&C 10:5. Ordeno que deverás orar, ridade (RF 5). Embora a pessoa receba
tanto oralmente como em teu coração, autoridade na ordenação, só pode exer-
D&C 19:28. O Espírito ser-vos-á dado cê-la sob a direção dos que possuem as
pela oração da fé, D&C 42:14. Irás à casa chaves daquela autoridade.
de oração e oferecerás teus sacramentos, Às nações te dei por profeta, Jer. 1:5.
D&C 59:9 (Mt. 21:13). Os pais devem Não me escolhestes vós a mim, mas eu
ensinar seus filhos a orar, D&C 68:28. O vos escolhi a vós, e vos nomeei, Jo.
Senhor seu Deus é vagaroso em atender 15:16. Alma, tendo autoridade de Deus,
a suas orações, D&C 101:7–8 (Mos. ordenou sacerdotes, Mos. 18:18. Os ho-
21:15). Sê humilde; e o Senhor teu Deus mens são ordenados ao sumo sacerdó-
responderá a tuas orações, D&C 112:10. cio com uma santa ordenança, Al. 13:1–
Adão foi ordenado a invocar a Deus em 9. Jesus chamou e ordenou doze discí-
nome do Filho, Mois. 5:8. O Pai e o Filho pulos, 3 Né. 12:1. Os élderes ordenam
apareceram a Joseph Smith em respos- sacerdotes e mestres pela imposição de
ta a suas orações, JS—H 1:11–20. mãos, Morô. 3:1–4. Deves esperar ainda
ORAÇÃO DO SENHOR, A. um pouco mais porque ainda não foste
Ver Pai Nosso, o ordenado, D&C 5:17. Joseph Smith foi
ordenado apóstolo de Jesus Cristo,
ORDEM UNIDA. Ver também D&C 20:2 (27:12). Nenhuma pessoa de-
Consagrar, Lei da Consagração ve ser ordenada sem o voto da Igreja,
Organização através da qual os santos, D&C 20:65. A ninguém será permitido
no início da Igreja restaurada, procu- pregar o meu evangelho, a não ser que
Ordenanças 154
tenha sido ordenado por alguém com Que farão os que se batizam pelos mor-
autoridade, D&C 42:11. Os élderes são tos, se absolutamente os mortos não res-
ordenados a pregar o meu evangelho, suscitam? I Cor. 15:29. Os batismos pe-
D&C 50:13–18. É dever dos Doze orde- los mortos devem ser realizados nos
nar e organizar todos os outros oficiais templos, D&C 124:29–36. Os espíritos
da Igreja, D&C 107:58. Busquei as bên- no mundo espiritual foram ensinados
çãos dos pais e o direito ao qual eu a respeito do batismo vicário para a re-
deveria ser ordenado, Abr. 1:2. Joseph missão dos pecados, D&C 138:29–34.
Smith e Oliver Cowdery ordenaram um ORGULHO. Ver também Dinheiro;
ao outro ao Sacerdócio Aarônico, JS—H Humildade, Humilde;
1:68–72. Mundanismo; Riquezas;
ORDENANÇAS. Ver também Vaidade, Vão
Genealogia; Salvação; Salvação Falta de humildade ou de mansidão. O
para os Mortos; Selamento, Selar; orgulho coloca as pessoas em oposição
Templo, a Casa do Senhor recíproca ou contra Deus. O orgulhoso
Rituais e cerimônias sagradas. As orde- coloca-se acima dos outros e segue a
nanças consistem em ações de signifi- sua própria vontade, em vez da de
cado espiritual. Também podem ser as Deus. A vaidade, a inveja, a impieda-
leis e os estatutos de Deus. de e a arrogância são características tí-
As ordenanças na Igreja incluem a bên- picas do orgulhoso.
ção dos doentes (Tg. 5:14–15), a bênção Guarda-te para que se não eleve o teu
do sacramento (D&C 20:77, 79), o batis- coração e não te esqueças do Senhor,
mo por imersão (Mt. 3:16; D&C 20:72– Deut. 8:11–14. A soberba e a arrogância
74), a bênção de crianças (D&C 20:70), a aborreço, Prov. 8:13 (6:16–17). A sober-
concessão do Espírito Santo (D&C 20:68; ba precede a ruína, Prov. 16:18. O dia do
33:15), do sacerdócio (D&C 84:6–16; Senhor será contra o soberbo, Isa. 2:11–
107:41–52), as ordenanças do templo 12 (2 Né. 12:11–12). A soberba do teu
(D&C 124:39) e o casamento no novo e coração te enganou, Oba. 1:3. Os sober-
eterno convênio (D&C 132:19–20). bos serão como palha, Mal. 4:1 (1 Né.
Declara-lhes os estatutos e as leis, Êx. 22:15; 3 Né. 25:1; D&C 29:9). O que a si
18:20. Para que andem nos meus esta- mesmo se exaltar será humilhado, Mt.
tutos, e guardem os meus juízos, Eze. 23:12 (D&C 101:42). Deus resiste aos so-
11:20. O povo observava estritamente berbos, I Ped. 5:5. O grande e espaçoso
as ordenanças de Deus, Al. 30:3. Que edifício era o orgulho do mundo, 1 Né.
proveito temos nós tirado por haver- 11:36 (12:18). Quando são instruídos
mos cumprido suas ordenanças? 3 Né. pensam que são sábios, 2 Né. 9:28–29.
24:13–14. Aquele que ora contrito, é Enchestes o coração de orgulho, Jacó
aceito por mim, se obedecer a minhas 2:13, 16 (Al. 4:8–12). Estais despidos de
ordenanças, D&C 52:14–19. Toda a hu- orgulho? Al. 5:28. O excessivo orgulho
manidade pode ser salva por obediência se apoderou do coração do povo, Hel.
às leis e ordenanças do Evangelho, RF 3. 3:33–36. Quão rápidos são os filhos dos
homens em se exaltar em seu orgulho,
Ordenança vicária : Ordenança religiosa
Hel. 12:4–5. O orgulho desta nação será
realizada por uma pessoa viva em favor
sua destruição, Morô. 8:27. Precavei-vos
de outra falecida. Tais ordenanças reali-
contra o orgulho, para que não vos tor-
zam-se atualmente nos templos, porém
neis como os nefitas, D&C 38:39. Cessai
tornam-se válidas somente quando
de todo vosso orgulho e frivolidade,
aqueles por quem são realizadas as acei-
D&C 88:121.
tam, guardam os convênios relativos a
elas e são selados pelo Santo Espírito OSÉIAS
da Promessa. Hoje em dia essas orde- Profeta do Velho Testamento que profe-
nanças só são realizadas nos templos. tizou no reino de Israel do norte durante
155 Pai Eterno
a última parte do reinado de Jeroboão II. ciência possuí as vossas almas, Lc. 21:19.
Viveu numa época de decadência e ruí- Temos esperança pela paciência e con-
na nacional, em virtude da iniqüidade solação das escrituras, Rom. 15:4. Mas
em Israel. sejais imitadores dos que pela fé e pa-
Livro de Oséias : O tema básico do livro é ciência herdam as promessas, Heb.
o amor que Deus tem por seu povo. To- 6:12–15. Tenha a paciência a sua obra
dos os castigos foram infligidos com perfeita, para que sejais perfeitos e
amor e a restauração de Israel será tam- completos, Tg. 1:2–4. Ouvistes qual foi a
bém devida a esse amor, (Osé. 2:19; paciência de Jó, Tg. 5:11. Submeteram-
14:4). Em contraste, Oséias descreve a se de bom grado e com paciência a to-
traição e infidelidade de Israel. Apesar das as vontades do Senhor, Mos.
disso, o Senhor pode ver no futuro a re- 24:15. Suportaste tudo com paciência
denção final de Israel (Osé. 11:12–14:9). porque o Senhor estava contigo, Al.
38:4–5. Continuai pacientemente até
OUVIDO, OUVIR. Ver também que sejais aperfeiçoados, D&C 67:13.
Atender, Escutar
Nas escrituras o ouvido e o sentido da PACIFICADOR. Ver também Paz
audição freqüentemente são usados co-
Pessoa que promove ou estabelece a
mo símbolo de nossa capacidade de es-
paz (Mt. 5:9; 3 Né. 12:9). Um pacifica-
cutar e entender as coisas de Deus.
dor também pode ser aquele que pro-
O Senhor despertará um profeta como clama o evangelho (Mos. 15:11–18).
eu; e a ele ouvireis, Deut. 18:15. Têm ou-
vidos, mas não ouvem, Salm. 115:6. O PAI CELESTIAL. Ver também
Senhor desperta-me o ouvido para que Trindade
ouça, Isa. 59:4–5 (2 Né. 7:4-5). Não de-
mos ouvidos aos teus servos, os profe- O Pai dos espíritos de toda a humani-
tas, Dan. 9:6. Quem tem ouvidos para dade (Salm. 82:6; Mt. 5:48; Jo. 10:34;
ouvir ouça, Mt. 11:15. Ouviram de mau Rom. 8:16–17; Gál. 4:7; I Jo. 3:2). Jesus
grado com seus ouvidos, Mt. 13:15 é seu Filho Unigênito na carne. Ao ho-
(Mois. 6:27). O olho não viu, e o ouvido mem foi ordenado que obedecesse e
não ouviu as coisas que Deus preparou prestasse reverência ao Pai e que oras-
para os que o amam, I Cor. 2:9 (D&C se a ele em nome de Jesus.
76:10). O diabo sussurra-lhes aos ouvi- Se perdoardes aos homens, também
dos, 2 Né. 28:22. Que abrais os ouvidos vosso Pai Celestial vos perdoará, Mt.
para ouvir, Mos. 2:9 (3 Né. 11:5). Se não 6:14 (Mt. 18:35; 3 Né. 13:14). Vosso Pai
ouvis a voz do Bom Pastor, não sois Celestial bem sabe que necessitais de
suas ovelhas, Al. 5:38 (Hel. 7:18). Fui todas estas coisas, Mt. 6:26–33 (3 Né.
chamado muitas vezes e não quis ouvir, 13:26–33). Quanto mais dará o Pai Ce-
Al. 10:6. Ouve minhas palavras, Al. 36:1 lestial o Espírito Santo àqueles que lho
(Al. 38:1; D&C 58:1). Não há ouvido que pedirem? Lc. 11:11–13. Bendito o Deus e
não ouça, D&C 1:2. Os ouvidos são Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Ef. 1:3.
abertos pela humildade e oração, D&C Estamos eternamente em dívida com
136:32. nosso Pai Celestial, Mos. 2:34. Cristo
PACIÊNCIA. Ver também Mansidão, glorificou o nome do Pai, Ét. 12:8. Os
Manso, Mansuetude; Perseverar santos devem testificar acerca de suas
perseguições antes que o Pai saia do
Tranqüila resignação; a capacidade de seu esconderijo, D&C 123:1–3, 6. Rece-
suportar aflições, insultos ou injúrias bemos grandes e gloriosas bênçãos de
sem reclamação nem represália. nosso Pai Celestial, JS—H 1:73.
Descansa no Senhor, e espera nele,
Salm. 37:7–8. O longânimo é grande em PAI ETERNO. Ver Pai Celestial;
entendimento, Prov. 14:29. Na vossa pa- Trindade
Pai Nosso, O 156
PAI NOSSO, O. Ver também Oração não podem recair sobre a cabeça dos
filhos, Mois. 6:54.
A oração que o Salvador proferiu como
exemplo para seus discípulos e que ser- PALAVRA DE DEUS. Ver também
ve de modelo para toda oração (Mt. 6:9– Escrituras; Mandamentos de
13; 3 Né. 13:9–13). Deus; Revelação

PAI TERRENO. Ver também Instruções, mandamentos ou mensa-


Bênçãos Patriarcais; Família; gens de Deus. Os filhos de Deus po-
Pais; Patriarca, Patriarcal dem receber sua palavra diretamente,
por revelação, por meio do Espírito ou
Título sagrado concedido ao homem de seus servos escolhidos (D&C 1:38).
que gerou ou adotou legalmente uma
De tudo o que sai da boca do Senhor
criança.
viverá o homem, Deut. 8:3 (Mt. 4:4;
Honra a teu pai e a tua mãe, Êx. 20:12 D&C 84:43–44). Lâmpada para os meus
(Deut. 5:16; Mt. 19:19; Mos. 13:20). O pai pés é tua palavra, e luz para o meu ca-
repreende o filho a quem quer bem, minho, Salm. 119:105. Todos foram
Prov. 3:12. Pais, não provoqueis a ira a cheios do Espírito Santo, e anunciavam
vossos filhos, Ef. 6:1–4. Fui instruído so- com ousadia a palavra de Deus, At.
bre alguma coisa de todo o conhecimen- 4:31–32. A barra de ferro era a palavra
to de meu pai, 1 Né. 1:1. Meu pai era um de Deus que conduzia à árvore da vida,
varão justo, pois me instruiu, En. 1:1. 1 Né. 11:25 (1 Né. 15:23–25). Havíeis
Alma orou por seu filho, Mos. 27:14. Al- perdido a sensibilidade de modo que
ma deu mandamentos a seus filhos, Al. não pudestes perceber suas palavras,
36–42. Helamã deu a seus filhos os no- 1 Né. 17:45–46. Ai do que rejeitar a pa-
mes de seus ancestrais, Hel. 5:5–12. lavra de Deus, 2 Né. 27:14 (2 Né. 28:29;
Mórmon sempre se lembrava de seu fi- Ét. 4:8). Prossegui com firmeza, banque-
lho em suas orações, Morô. 8:2–3. Para teando-vos com a palavra de Cristo,
que grandes coisas sejam requeridas de 2 Né. 31:20 (2 Né. 32:3). Por causa de sua
seus pais, D&C 29:48. Todo homem tem incredulidade não podiam compreen-
a obrigação de manter sua própria famí- der a palavra de Deus, Mos. 26:3 (Al.
lia, D&C 75:28. Ele ordenou-me que fos- 12:10). Haviam examinado diligente-
se contar a meu pai a visão e os manda- mente as escrituras para conhecer a pa-
mentos que havia recebido, JS—H 1:49. lavra de Deus, Al. 17:2. Seria aconselhá-
vel pôr à prova a virtude da palavra de
PAIS. Ver também Mãe; Pai Terreno Deus, Al. 31:5. Alma comparou a pala-
Pais e mães. Marido e mulher dignos, vra de Deus a uma semente, Al. 32:28–
43. E tudo que disserem, quando movi-
cujo casamento foi devidamente sela-
dos pelo Espírito Santo, será a palavra
do em um templo de Deus, poderão
do Senhor, D&C 68:4. Vivereis de toda
desempenhar os seus papéis como pais
palavra que sai da boca de Deus, D&C
por toda a eternidade.
84:44–45. O que entesourar minha pa-
Filhos, sede obedientes a vossos pais, lavra não será enganado, JS—M 1:37.
Ef. 6:1–3 (Col. 3:20). Adão e Eva foram
nossos primeiros pais, 1 Né. 5:11. A PALAVRA DE SABEDORIA
maldição recaia sobre a cabeça de vos- Lei de saúde revelada pelo Senhor para
sos pais, 2 Né. 4:6. Ensina aos pais que benefício físico e espiritual dos santos
devem arrepender-se e ser batizados, (D&C 89), conhecida comumente como
Morô. 8:10. Aos pais é ordenado que Palavra de Sabedoria. O Senhor sem-
ensinem o evangelho a seus filhos, pre ensinou princípios de saúde a seus
D&C 68:25. Todos os filhos têm o di- seguidores. Revelou a Joseph Smith
reito de receber de seus pais o seu sus- que tipos de alimentos podemos inge-
tento, D&C 83:4. Os pecados dos pais rir e quais devemos evitar, juntamente
157 Páscoa
com uma promessa de bênçãos físicas sagem implícita da parábola geralmente
e espirituais pela obediência à Palavra se acha oculta aos ouvintes que não esti-
de Sabedoria. verem espiritualmente preparados para
Vinho nem bebida forte não bebereis, recebê-la (Mt. 13:10–17). Jesus ensinou
Lev. 10:9. O vinho é escarnecedor, e a muito por parábolas. Uma relação das
bebida forte é alvoroçadora, Prov. 20:1. mais importantes se encontra no ver-
A bebida forte será amarga para os que bete “Evangelhos”.
beberem, Isa. 24:9. Daniel não quis con- PARAÍSO. Ver também Céu
taminar-se com o manjar nem com o
A parte do mundo espiritual em que os
vinho do rei, Dan. 1:8. Se alguém des-
espíritos dos justos que partiram desta
truir o templo de Deus, Deus o destrui-
vida aguardam a ressurreição do cor-
rá, I Cor. 3:16–17. Os bêbados não her-
po. É um estado de felicidade e paz.
darão o Reino de Deus, I Cor. 6:10
(Gál. 5:21). Aquele que proíbe o uso da As escrituras também usam o termo pa-
carne pelo homem não é autorizado raíso referindo-se ao mundo dos espíri-
por Deus, D&C 49:18–21. Todas as coi- tos (Lc. 23:43), ao reino celeste (II Cor.
sas que provêm da terra são para serem 12:4) e à condição glorificada da Terra
usadas com discernimento, sem exces- no milênio (RF 10).
so, D&C 59:20. O Senhor aconselhou Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da
os santos a não usarem vinho, bebidas árvore da vida, que está no meio do
fortes, tabaco e bebidas quentes, D&C paraíso de Deus, Apoc. 2:7. O paraíso
89:1–9. Ervas, frutas, carne e grãos de Deus deverá libertar os espíritos
são para uso do homem e dos animais, dos justos, 2 Né. 9:13. Os espíritos dos
D&C 89:10–17. A obediência à Palavra justos são recebidos num estado de fe-
de Sabedoria traz bênçãos temporais e licidade, que é chamado paraíso, Al.
espirituais, D&C 89:18–21. 40:11–12. Todos os discípulos de Jesus
PÃO DA VIDA. Ver também haviam ido para o paraíso de Deus,
Jesus Cristo; Sacramento com exceção de três, 4 Né. 1:14. Logo
descansarei no paraíso de Deus, Morô.
Jesus Cristo é o Pão da Vida. O pão do 10:34. Cristo ministrou aos espíritos
sacramento representa simbolicamen- dos justos no paraíso, D&C 138.
te o corpo de Cristo.
PARTRIDGE, EDWARD.
Eu sou o pão da vida, Jo. 6:33–58. Co-
mereis e bebereis do pão e da água Membro e líder da Igreja em seu iní-
da vida, Al. 5:34. Come-se o pão em cio, após a restauração nestes últimos
memória do corpo de Cristo, 3 Né. 18:5– tempos. Edward Partridge serviu co-
7. O pão é um emblema da carne de mo primeiro bispo da Igreja, (D&C 36;
Cristo, D&C 20:40, 77 (Morô. 4:1–3). 41:9–11; 42:10; 51:1–18; 115; 124:19).
PAORÃ PÁSCOA. Ver também Cordeiro
de Deus; Última Ceia
No Livro de Mórmon, o terceiro juiz
supremo nefita (Al. 50:39–40; 51:1–7; A festa da páscoa judaica foi instituída
59–62). para ajudar os filhos de Israel a se lem-
brarem da época em que o anjo destrui-
PARÁBOLA. Ver também dor passou por suas casas sem levar
Evangelhos—Concordância seus filhos e libertou-os dos egípcios
entre os Evangelhos (Êx. 12:21–28; 13:14–15). Os cordeiros
Uma história simples usada para ilus- sem mancha, cujo sangue foi usado co-
trar e ensinar uma verdade ou um prin- mo sinal para salvar a Israel antiga,
cípio espiritual. Na parábola compara- eram um símbolo de Jesus Cristo, o
se um objeto ou acontecimento comum Cordeiro de Deus, cujo sacrifício redi-
a uma verdade e o significado ou men- miu toda a humanidade.
Páscoa da Ressurreição 158
Esta é a ordenança da páscoa, Êx. 12:43. 4:3–11. Tornei-me um herdeiro legíti-
Jesus e seus apóstolos guardaram a pás- mo, com o direito que pertencia aos
coa na Última Ceia, Mt. 26:17–29 (Mar- pais, Abr. 1:2–4.
cos 14:12–25). Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo, Jo. 1:29, PATTEN, DAVID W.
36. Nossa páscoa, que é Cristo, já foi Membro do Quórum dos Doze Após-
sacrificada por nós, I Cor. 5:7. Somos tolos, no início da dispensação dos úl-
redimidos com o sangue de Cristo, co- timos dias. David Patten foi o primei-
mo de um cordeiro imaculado, I Ped. ro mártir da Igreja restaurada, sendo
1:18–19. Para que tenhais fé no Cordeiro morto na batalha do rio Crooked, no
de Deus, que tira os pecados do mun- Missouri, em 1838.
do, Al. 7:14. Os santos que guardam a
Palavra de Sabedoria serão preserva- Chamado a liquidar os seus negócios e
dos como os filhos de Israel, D&C 89:21. a realizar uma missão, D&C 114:1. Foi
O Cordeiro, morto desde a fundação levado para o Senhor, D&C 124:19, 130.
do mundo, Mois. 7:47. PAULO. Ver também
PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO. Epístolas Paulinas
Ver Jesus Cristo; Ressurreição Apóstolo do Novo Testamento. Seu no-
me em hebraico era Saulo, nome pelo
PASTOR. Ver também qual foi conhecido até começar a sua
Bom Pastor; Jesus Cristo missão aos gentios. Anteriormente ha-
Simbolicamente, pessoa que cuida dos via perseguido a Igreja, mas conver-
filhos do Senhor. teu-se à verdade após ter uma visão de
Jesus Cristo. Paulo fez três viagens mis-
O Senhor é meu pastor, Salm. 23:1. Os
sionárias principais e escreveu muitas
pastores devem apascentar as ovelhas,
epístolas aos santos. Quatorze destas
Eze. 34:2–3.
cartas hoje fazem parte do Novo Tes-
PATRIARCA, PATRIARCAL. Ver tamento. No final de seu ministério foi
também Bênçãos Patriarcais; levado preso a Roma, onde foi morto,
Evangelista; Pai Terreno; provavelmente na primavera no ano
Sacerdócio de Melquisedeque 65 d.C.
As escrituras falam de dois tipos de pa- Consentiu no apedrejamento de Es-
triarcas: (1) ofício do Sacerdócio de Mel- têvão, At. 7:57–8:1. Perseguiu os santos,
quisedeque, recebido por ordenação, At. 8:3. Viajava para Damasco quando
às vezes chamado de evangelista; (2) lhe apareceu Jesus, At. 9:1–9. Foi batiza-
pais de família. Os patriarcas ordena- do por Ananias, At. 9:10–18. Após pas-
dos concedem bênçãos especiais aos sar algum tempo na Arábia, retornou
membros dignos da Igreja. a Damasco para pregar, At. 9:19–25
(Gál. 1:17). Três anos após a sua conver-
Patriarcas ordenados : Ele mesmo deu uns
são, voltou a Jerusalém, At. 9:26–30
para profetas, e outros para evangelis-
(Gál. 1:18–19). Realizou três viagens
tas, Ef. 4:11 (RF 6). É dever dos Doze missionárias, pregando o evangelho e
ordenar ministros evangélicos, D&C organizando ramos da Igreja em várias
107:39. Meu servo Hyrum, para que partes do Império Romano, At. 13:1–
ocupe o ofício do Sacerdócio e Patriar- 14:26; 15:36–18:22; 18:23–21:15. Retor-
ca, D&C 124:91–92, 124; 135:1. nando a Jerusalém após a terceira mis-
Pais : Jacó abençoou a seus filhos e aos são, foi preso e enviado a Cesaréia, At.
descendentes deles, Gên. 49:11–28. Seja- 21:7–23:35. Ficou preso em Cesaréia
me lícito dizer-vos livremente acerca do durante dois anos, At. 24:1–26:32. Foi
patriarca Davi, At. 2:29. Leí aconselhou enviado a Roma, para ser julgado, e
e abençoou a sua posteridade, 2 Né. naufragou no caminho, At. 27:1–28:11.
159 Pecado Imperdoável
PAZ. Ver também Milênio; que vossos pecados sejam como a escar-
Pacificador; Repouso lata, eles se tornarão brancos como a ne-
Nas escrituras a paz pode significar ve, Isa. 1:18. Os pecadores morrerão, e
tanto ausência de conflito e tumulto, os justos serão salvos, Eze. 18. O Cor-
como calma e serenidade interior, pro- deiro de Deus tira os pecados do mun-
venientes do Espírito, que Deus con- do, Jo. 1:29. Batiza-te, e lava os teus pe-
cede a seus santos fiéis. cados, At. 22:16. O salário do pecado é
a morte, Rom. 6:23. Aquele que sabe
Ausência de conflito e tumulto: Ele faz ces- fazer o bem e não o faz, comete peca-
sar as guerras, Salm. 46:9. Nem apren- do, Tg. 4:17. Far-me-ás tremer à vista
derão mais a guerrear, Isa. 2:4. Tende do pecado? 2 Né. 4:31. Ai de todos os
paz com todos os homens, não vos vin- que morrem em pecado, 2 Né. 9:38. Só
gueis a vós mesmos, Rom. 12:18–21. viam o pecado com horror, Al. 13:12.
Continuava a reinar a paz na Terra, Não penses que serás restaurado do
4 Né. 1:4, 15–20. Renunciai à guerra e pecado para a felicidade, Al. 41:9–10.
proclamai a paz, D&C 98:16. Erguei um O Senhor não pode encarar o pecado
estandarte de paz, D&C 105:39. com o mínimo grau de tolerância, Al.
A paz que Deus concede aos obedientes: O 45:16 (D&C 1:31). As criancinhas são
Salvador será chamado Príncipe da Paz, incapazes de cometer pecados, Morô.
Isa. 9:6. Os ímpios não têm paz, Isa. 8:8. Para arrepender-se, os homens
48:22. Apareceu uma multidão dos exér- têm de confessar e abandonar seus
citos celestiais, louvando a Deus, e di- pecados, D&C 58:42–43. O pecado
zendo: Glória a Deus nas alturas, paz maior permanece naquele que não
na Terra, Lc. 2:13–14. Deixo-vos a paz, perdoa, D&C 64:9. Aquele que peca
Jo. 14:27. A paz de Deus, que excede to- contra a luz maior, receberá a conde-
do o entendimento, Filip. 4:7. O povo nação maior, D&C 82:3. À alma que
do rei Benjamim recebeu paz de consci- pecar retornarão os pecados passados,
ência, Mos. 4:3. Quão belos são sobre D&C 82:7. Quando tentamos encobrir
os montes os pés do que anuncia boas nossos pecados, os céus se afastam,
novas, Mos. 15:14–18 (Isa. 52:7). Alma D&C 121:37.
clamou ao Senhor e encontrou a paz,
PECADO IMPERDOÁVEL. Ver
Al. 38:8. Não dei paz a tua mente
também Blasfemar, Blasfêmia;
quanto ao assunto? D&C 6:23. Anda
Espírito Santo; Filhos de
na mansidão de meu Espírito e terás
Perdição; Homicídio
paz, D&C 19:23. Aquele que pratica as
obras da retidão receberá paz, D&C O pecado de negar o Espírito Santo, pe-
59:23. Revesti-vos do vínculo da cari- cado que não pode ser perdoado.
dade, que é o vínculo da perfeição e A blasfêmia contra o Espírito não será
paz, D&C 88:125. Meu filho, paz seja perdoada aos homens, Mt. 12:31–32
com tua alma, D&C 121:7. Achando (Mc. 3:29; Lc. 12:10). É impossível que os
que havia maior paz, busquei as bên- que se fizeram participantes do Espírito
çãos dos pais, Abr. 1:2. Santo sejam outra vez renovados para
PECADO. Ver também Abominação, arrependimento, Heb. 6:4–6. Se pecar-
Abominável; Ímpios; Imundície, mos voluntariamente, depois de termos
Imundo; Iniqüidade, Iníquo; recebido o conhecimento da verdade, já
Injustiça, Injusto; Rebeldia, não resta mais sacrifício pelos pecados,
Rebelião Heb. 10:26. Se negares o Espírito Santo,
e tiveres consciência de que o negas,
Desobediência intencional aos man- praticas um pecado imperdoável, Al.
damentos de Deus. 39:5–6 (Jacó. 7:19). Não há perdão para
O que encobre as suas transgressões eles, tendo negado o Filho Unigênito,
nunca prosperará, Prov. 28:13. Ainda tendo-o crucificado dentro de si, D&C
Pedir 160
76:30–35. A blasfêmia contra o Espíri- venceu e que se fortaleceu por sua fé
to Santo, que não terá perdão, consiste em Jesus Cristo.
em matar derramando sangue inocen-
Pedro confessou que Jesus era o Cristo e
te, depois de terdes recebido meu no-
o Filho de Deus (Jo. 6:68–69) e o Senhor
vo e eterno convênio, D&C 132:26–27.
escolheu-o para portar as chaves do
PEDIR. Ver também Oração reino na Terra (Mt. 16:13–18). No Monte
Indagar, perguntar ou suplicar a Deus da Transfiguração Pedro viu o Salva-
um favor especial. dor transfigurado, bem como Moisés
e Elias, o profeta (Mt. 17:1–9).
Pedi, e dar-se-vos-á, Mt. 7:7. E se algum
de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Pedro foi o principal dos apóstolos
Deus, Tg. 1:5 (JS—H 1:7–20). Se pedir- de sua época. Após a morte, ressur-
des com fé, 1 Né. 15:11. Estas palavras, reição e ascensão do Salvador ele
se não as puderdes compreender, será convocou uma reunião da Igreja e diri-
porque não pedis, 2 Né. 32:4. Pedindo giu o chamado de um apóstolo para
com sinceridade de coração, Mos. 4:10. substituir Judas Escariotes (At. 1:15–
Deus vos concede toda a coisa justa que 26). Pedro e João curaram um homem
pedis com fé, Mos. 4:21. Perguntai a que era coxo de nascença (At. 3:1–16)
Deus se estas coisas são verdadeiras, e foram milagrosamente libertados
Morô. 10:4. Eles amam as trevas mais da prisão (At. 5:11–29; 12:1–19). Por
que a luz, portanto não recorrerão a meio do ministério de Pedro o evange-
mim, D&C 10:21. Tendes ordem porém lho foi pregado pela primeira vez
de, em todas as coisas, pedir a Deus, aos gentios (At. 10–11). Nos últimos
D&C 46:7. dias, Pedro, Tiago e João desceram dos
céus e conferiram o Sacerdócio de
PEDRA DE ESQUINA. Ver também Melquisedeque e suas chaves a Joseph
Jesus Cristo Smith e a Oliver Cowdery (D&C 27:12–
A pedra principal que forma a esquina 13; 128:20).
do alicerce de uma edificação. Jesus Primeira epístola de Pedro : A primeira
Cristo é chamado de a principal pedra epístola foi escrita da “Babilônia” (pro-
de esquina (Ef. 2:20). vavelmente Roma) e dirigida aos san-
A pedra que os edificadores rejeitaram tos da região agora conhecida como
tornou-se cabeça da esquina, Salm. Ásia Menor, logo depois que Nero co-
118:22 (Mt. 21:42–44; Mc. 12:10; Lc. meçou a perseguir os cristãos.
20:17; At. 4:10–12). Os judeus rejeita-
No capítulo 1 Pedro fala do papel
ram a pedra de esquina, Jacó 4:15–17.
preordenado de Cristo como Reden-
PEDRO tor. Os capítulos 2–3 explicam que
No Novo Testamento, Pedro era conhe- Jesus é a pedra de esquina da Igreja,
cido originalmente como Simeão ou Si- que os santos possuem um sacerdócio
mão (II Ped. 1:1), um pescador de Bet- real e que Cristo pregou aos espíritos
saida que vivia com a esposa em Caper- em prisão. Os capítulos 4–5 esclare-
naum. Jesus curou a sogra de Pedro cem por que o evangelho foi pregado
(Mc. 1:29–31). Junto com André, seu ir- aos mortos e que os élderes devem
mão, Pedro foi chamado por Jesus para apascentar o rebanho.
ser seu discípulo (Mt. 4:18–22; Mc. 1:16– Segunda epístola de Pedro : O capítulo
18; Lc. 5:1–11). Jesus lhe deu o nome de 1 exorta os santos a tornarem firme
Cefas, que, em aramaico, significa “vi- a sua vocação (chamado) e eleição. O
dente” ou “pedra” (Jo. 1:40–42; TJS—Jo. capítulo 2 previne contra os falsos
1:42). Embora o Novo Testamento men- mestres. O capítulo 3 refere-se aos
cione algumas das fraquezas humanas últimos dias e à segunda vinda de
de Pedro, também indica que ele as Cristo.
161 Perdição
PEITORAL. Ver também Couraça; tos, Mt. 12:25 (Lc. 5:22; 6:8). Do interior
Urim e Tumim do coração dos homens saem os maus
Ornamento de vestuário usado pelo su- pensamentos, Mc. 7:20–23. Leva cati-
mo sacerdote na lei mosaica (Êx. 28:13– vo todo o entendimento à obediência de
30; 39:8–21). Era feito de linho e tinha Cristo, II Cor. 10:5. Tudo o que é verda-
engastadas 12 pedras preciosas. Às ve- deiro, honesto, puro, ou amável, nisso
zes é mencionado em conexão com o pensai, Filip. 4:8. Lembrai-vos de que
Urim e Tumim (D&C 17:1; JS—H 1:35, ter mente carnal é morte e ter mente
42, 52). espiritual é vida eterna, 2 Né. 9:39. Se
não tomardes cuidado convosco mes-
PELEGUE mos, com vossos pensamentos, perece-
No Velho Testamento, filho de Éber e reis, Mos. 4:30. Nossos pensamentos
trineto de Sem. nos condenarão, Al. 12:14. Ninguém há,
a não ser Deus, que conheça teus pen-
Em seus dias foi repartida a Terra (Gên. samentos e os intentos de teu coração,
10:22–25). D&C 6:16 (33:1). Buscai-me em cada
PENA DE MORTE. Ver também pensamento, D&C 6:36. Entesourai
Homicídio sempre em vossa mente as palavras de
vida, D&C 84:85. Rechaçai vossos pen-
Castigo com a morte por um crime co-
samentos ociosos, D&C 88:69. Os pen-
metido, especialmente o homicídio.
samentos dos homens serão revelados,
Quem derramar o sangue do homem, D&C 88:109. Que a virtude adorne teus
pelo homem o seu sangue será derrama- pensamentos incessantemente, D&C
do, Gên. 9:6 (TJS—Gên. 9:12–13). Certa- 121:45. Deus viu que os pensamentos
mente o homicida morrerá, Núm. 35:16. de todo homem eram continuamente
Homicidas que matam deliberadamente maus, Mois. 8:22.
morrerão, 2 Né. 9:35. Estás condenado à
morte, de acordo com a lei, Al. 1:13– PENTATEUCO. Ver também
14. Aquele que assassinasse seria pu- Deuteronômio; Êxodo; Gênesis;
nido com a morte, Al. 1:18. A lei requer Levítico; Moisés; Números;
a vida daquele que cometeu o assassina- Velho Testamento
to, Al. 34:12. Mas o que matar morrerá, Nome dado aos primeiros cinco livros
D&C 42:19. do Velho Testamento—Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio. Os
PENSAMENTOS. Ver também judeus chamam estes livros de Torá ou
Arbítrio; Ponderar Lei de Israel. Foram escritos por Moi-
Idéias, conceitos e imagens concebidos sés (1 Né. 5:10–11).
na mente de uma pessoa. A capacidade
PENTECOSTES. Ver também
de pensar é um dom de Deus e somos
Lei de Moisés
livres para decidir como usar essa capa-
cidade. Nossa maneira de pensar afeta Como parte da lei de Moisés, a Festa de
muito nossas atitudes e nosso compor- Pentecostes, ou seja das primícias, era
tamento, assim como nossa condição realizada cinqüenta dias após a Festa
após a morte. Pensamentos íntegros le- da Páscoa (Lev. 23:16). A Festa de Pen-
vam à salvação, assim como pensamen- tecostes comemorava a colheita e no
tos iníquos levam à condenação. Velho Testamento é chamada de festa
das colheitas ou festa das semanas. Era
O Senhor entende todas as imaginações
esta festa que estava sendo celebrada
dos pensamentos, I Crôn. 28:9. Como
em Jerusalém quando os apóstolos fica-
imaginou na sua alma, assim é, Prov.
ram cheios do Espírito Santo e falaram
23:7. Os meus pensamentos não são os
em línguas (At. 2; D&C 109:36–37).
vossos pensamentos, Isa. 55:7–9. Jesus,
porém, conhecendo os seus pensamen- PERDIÇÃO. Ver Filhos de Perdição
Perdoar 162
PERDOAR. Ver também rei a quem desejo perdoar, mas de vós
Arrepender-se, Arrependimento; é exigido que perdoeis a todos os ho-
Confissão, Confessar; Expiação, mens, D&C 64:10. Como vos tendes
Expiar; Remissão dos Pecados perdoado uns aos outros vossas ofen-
sas, assim também eu, o Senhor, vos
Nas escrituras, perdoar geralmente sig- perdôo, D&C 82:1. A quem amo tam-
nifica uma destas duas coisas: (1) Ao bém castigo, para que seus pecados se-
perdoar os homens, Deus cancela ou jam perdoados, D&C 95:1. Eis que te
afasta a punição exigida pelo pecado. perdoei tua transgressão, Mois. 6:53.
A expiação efetuada por Cristo tornou
possível o perdão dos pecados a todos PERFEITO
os que se arrependerem, exceto os que Completo, inteiro e plenamente desen-
forem culpados de assassinato ou do volvido; totalmente íntegro. Perfeito
pecado imperdoável contra o Espírito também pode significar isento de pe-
Santo. (2) Quando os homens perdoam cado ou maldade. Somente Cristo foi
uns aos outros, eles se tratam mutua- totalmente perfeito. Os verdadeiros se-
mente com amor cristão e não guardam guidores de Cristo podem tornar-se per-
ressentimento contra os que os ofende- feitos por meio de sua graça e sacrifí-
ram (Mt. 5:43–45; 6:12–15; Lc. 17:3–4; cio expiatório.
1 Né. 7:19–21).
Seja o vosso coração perfeito para com
O Senhor é longânimo, e grande em be- o Senhor, I Re. 8:61. Sede vós pois per-
neficência, que perdoa a iniqüidade e feitos, como é perfeito o vosso Pai que
a transgressão, Núm. 14:18. Ainda que está nos céus, Mt. 5:48 (3 Né. 12:48). Se
os vossos pecados sejam como a escar- alguém não tropeça em palavra, o tal
lata, eles se tornarão brancos como a varão é perfeito, Tg. 3:2. A fé não é ter
neve, Isa. 1:18. Perdoa-nos as nossas dí- um perfeito conhecimento das coisas,
vidas, assim como nós perdoamos aos Al. 32:21, 26. A expiação foi feita para
nossos devedores, Mt. 6:12 (Lc. 11:4; que Deus seja um Deus perfeito, Al.
3 Né. 13:11). O Filho do homem tem au- 42:15. Morôni era um homem de uma
toridade para perdoar pecados, Mt. 9:6 perfeita compreensão, Al. 48:11–13, 17–
(Mt. 18:35; Mc. 2:10; Lc. 5:20–24). Quan- 18. O Espírito de Cristo é concedido a
tas vezes pecará meu irmão contra mim, todos os homens para que possam jul-
e eu lhe perdoarei? Mt. 18:21–22 (D&C gar com um conhecimento perfeito se
98:40). Qualquer que blasfemar contra algo é de Deus ou do diabo, Morô. 7:15–
o Espírito Santo, nunca obterá perdão, 17. Vinde a Cristo, sede perfeitos nele,
Mc. 3:29 (Al. 39:6). Se teu irmão pecar Morô. 10:32. Continuai pacientemente
contra ti e se arrepender, perdoa-lhe, Lc. até que sejais aperfeiçoados, D&C 67:13.
17:3. Pai perdoa-lhes, porque não sabem São homens justos, aperfeiçoados por
o que fazem, Lc. 23:34. Exortei-os a orar meio de Jesus, D&C 76:69. Os ofícios
pedindo perdão, 1 Né. 7:21. Aplicar o na Igreja são para o aperfeiçoamento
sangue expiatório de Cristo, para que dos santos, D&C 124:143 (Ef. 4:11–13).
recebamos o perdão de nossos pecados, Os vivos não podem ser perfeitos sem
Mos. 4:2. Se confessar seus pecados seus mortos, D&C 128:15, 18. Noé era
diante de ti e de mim, e se arrepender, um homem justo e perfeito em sua ge-
a ele perdoarás, Mos. 26:29–31. Aquele ração, Mois. 8:27.
que se arrepender e cumprir os manda-
mentos do Senhor, será perdoado, D&C PÉROLA DE GRANDE VALOR.
1:32. Lança a foice e teus pecados te são Ver também Cânon; Escrituras;
perdoados, D&C 31:5 (84:61). Aquele Smith, Joseph, Jr.
que se arrependeu de seus pecados, é O reino de Deus na Terra é comparado
perdoado, e eu, o Senhor, deles não a uma “pérola de grande valor” (Mt.
mais me lembro, D&C 58:42. Perdoa- 13:45–46).
163 Placas de Latão
A Pérola de Grande Valor é também o serão levantados no último dia, 1 Né.
nome dado a um dos quatro volumes de 13:37. Se fordes obedientes aos man-
escritura chamados de “obras-padrão” damentos até o fim, sereis salvos, 1 Né.
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos 22:31 (Al. 5:13). Se prosseguirdes com
dos Últimos Dias. A primeira edição da firmeza, banqueteando-vos com a pala-
Pérola de Grande Valor (em inglês) foi vra de Cristo, e perseverando até o fim,
publicada em 1851 e continha algumas tereis vida eterna, 2 Né. 31:20 (3 Né.
escrituras que agora se encontram em 15:9; D&C 14:7). Todo aquele que tomar
Doutrina e Convênios. As edições pu- sobre si o meu nome e perseverar até o
blicadas desde 1902 contêm (1) trechos fim, será salvo, 3 Né. 27:6. Aquele que
da tradução feita por Joseph Smith, do é da minha Igreja e nela persevera até
Gênesis, o livro de Moisés, e do capí- o fim, esse estabelecerei sobre minha
tulo 24 de Mateus, denominado Joseph rocha, D&C 10:69. O que permanecer na
Smith—Mateus; (2) a tradução de Jo- fé, vencerá o mundo, D&C 63:20, 47. To-
seph Smith de alguns papiros egípcios dos os tronos e domínios serão revela-
por ele obtidos em 1835, chamada livro dos e concedidos a todos os que tiverem
de Abraão; (3) um trecho da história da perseverado valentemente por causa do
Igreja, escrita pelo Profeta em 1838, cha- Evangelho de Jesus Cristo, D&C 121:29.
mado Joseph Smith—História; e (4) as
Regras de Fé, que são treze declarações PHELPS, WILLIAM W.
da crença e doutrina da Igreja. Membro e líder dos primeiros tempos
da Igreja, depois que ela foi restaura-
PERSEGUIÇÃO, PERSEGUIR. Ver da em 1830. O Senhor chamou William
também Adversidade Phelps para ser impressor da Igreja
Causar angústia ou padecimento a ou- (D&C 57:11; 58:40; 70:1).
tros por causa de suas crenças ou con-
PILATOS, PÔNCIO
dição social; molestar ou oprimir.
Governante romano da Judéia, de 26–36
Bem-aventurados os que sofrem perse-
d.C. (Lc. 3:1). Ele odiava o povo judeu e
guição por causa da justiça, Mt. 5:10
sua religião, tendo mandado matar al-
(3 Né. 12:10). Orai pelos que vos maltra-
guns galileus (Lc. 13:1). Jesus foi acusa-
tam e vos perseguem, Mt. 5:44 (3 Né.
do e condenado à crucificação diante de
12:44). Porque sendo ricos perseguem
Pilatos (Mt. 27:2, 11–26, 58–66; Mc. 15;
os mansos, 2 Né. 9:30 (28:12–13). Os jus-
Lc. 23; Jo. 18:28–19:38).
tos que esperam em Cristo, apesar de
toda perseguição não perecerão, 2 Né. PLACAS. Ver também Livro de
26:8. Todas essas coisas te servirão de Mórmon; Placas de Ouro
experiência, D&C 122:7.
Antigamente alguns povos escreviam
PERSEVERAR. Ver também sua história e seus registros em placas
Adversidade; Paciência; de metal, como foi o caso do Livro de
Tentação, Tentar Mórmon. Para mais informações, ver
“Breve Explicação sobre o Livro de
Permanecer firme no compromisso de Mórmon”, nas páginas introdutórias
ser fiel aos mandamentos de Deus, ape- do Livro de Mórmon.
sar das tentações, da oposição e da ad-
versidade. PLACAS DE LATÃO. Ver também
Aquele que perseverar até o fim será Placas
salvo, Mt. 10:22 (Mc. 13:13). Mas não Registros dos judeus, desde o começo
têm raiz em si mesmos, antes são tem- até o ano 600 a.C., os quais continham
porãos, Mc. 4:17. Esperando com pa- muitos escritos dos profetas (1 Né. 5:10–
ciência, Abraão alcançou a promessa, 16). Este registro era guardado por
Heb. 6:15. Se perseverarem até o fim, Labão, um dos anciãos de Jerusalém.
Placas de Ouro 164
Quando estava com sua família no de- A morte cumpre o plano misericordio-
serto, Leí mandou os filhos voltarem a so do grande Criador, 2 Né. 9:6. Quão
Jerusalém, a fim de obterem estas pla- grande é o plano de nosso Deus! 2 Né.
cas (1 Né. 3–4). (Para mais informações, 9:13. O plano de redenção proporciona a
ver “Breve Explicação sobre o Livro ressurreição e a remissão dos pecados,
de Mórmon”, que se encontra no iní- Al. 12:25–34. Aarão ensinou o plano de
cio do Livro de Mórmon.) redenção ao pai de Lamôni, Al. 22:12–
14. Amuleque explicou o plano de sal-
PLACAS DE OURO. Ver também
vação, Al. 34:8–16. Alma explicou o pla-
Livro de Mórmon; Placas
no de salvação, Al. 42:5–26, 31. As dou-
Registro escrito em placas de ouro, re- trinas concernentes à Criação, à Queda,
latando a história de duas grandes ci- à Expiação e ao batismo são confirma-
vilizações que existiram no continente das nas revelações modernas, D&C
americano. Joseph Smith traduziu e pu- 20:17–29. O plano foi ordenado antes da
blicou uma parte destas placas e a tra- fundação do mundo, D&C 128:22. Es-
dução é chamada de Livro de Mórmon. ta é minha obra e minha glória: levar a
(Para mais informações, ver “Intro- efeito a imortalidade e vida eterna do
dução” e “Testemunho do Profeta Jo- homem, Mois. 1:39. Este é o plano de
seph Smith”, nas primeiras páginas do salvação para todos os homens, Mois.
Livro de Mórmon. 6:52–62. E assim os provaremos, Abr.
PLANO DE SALVAÇÃO. Ver 3:22–26.
Plano de Redenção POBRES. Ver também Bem-estar;
PLANO DE REDENÇÃO. Ver Esmolas; Humildade, Humilde;
também Evangelho; Expiação, Jejuar, Jejum; Ofertas
Expiar; Jesus Cristo; Queda de Nas escrituras o termo pobre refere-se
Adão e Eva; Salvação a (1) pessoas que não dispõem de bens
A plenitude do evangelho de Jesus materiais, como alimento, vestuário e
Cristo, cujo propósito é proporcionar abrigo, ou (2) pessoas humildes e sem
a imortalidade e a vida eterna ao ho- orgulho.
mem. Inclui a Criação, a Queda e a Ex- Pobres de bens materiais: Não fecharás a
piação, juntamente com todas as leis, tua mão a teu irmão que for pobre,
ordenanças e doutrinas reveladas por Deut. 15:7. Os ímpios, na sua arrogân-
Deus. Este plano torna possível que to- cia, perseguem o pobre, Salm. 10:2. O
da a humanidade seja exaltada e viva que dá ao pobre não terá necessidade,
para sempre com Deus (2 Né. 2, 9). As Prov. 28:27. Recolhas em casa os po-
escrituras também chamam-no de pla- bres, Isa. 58:6–7. Se queres ser perfei-
no de salvação, plano de felicidade e to, dá tudo o que tens aos pobres, Mt.
plano de misericórdia. 19:21 (Mc. 10:21; Lc. 18:22). Não esco-
Ele foi ferido pelas nossas transgressões, lheu Deus aos pobres deste mundo?
Isa. 53:5 (Mos. 14:5). Nenhum outro no- Tg. 2:5. Porque sendo ricos desprezam
me há debaixo do céu pelo qual o ho- os pobres, 2 Né. 9:30. Para reter a re-
mem possa ser salvo, At. 4:12. Assim missão de vossos pecados, quisera que
como todos morrem em Adão, assim repartísseis vossos bens com os pobres,
também todos serão vivificados em Mos. 4:26. Eles repartiam os seus bens
Cristo, I Cor. 15:22. Pela graça sois sal- com os pobres, Al. 1:27. Se negardes ao
vos por meio da fé, Ef. 2:8 (2 Né. 25:23). necessitado, vossas orações serão em
Deus nos prometeu a vida eterna antes vão, Al. 34:28. Os nefitas tinham todas
que o mundo existisse, Tit. 1:2. Jesus é as coisas em comum; não havia ricos
a causa da eterna salvação, Heb. 5:8–9. nem pobres, 4 Né. 1:3. Eis que te lem-
O plano de redenção foi estendido aos brarás dos pobres, D&C 42:30 (52:40).
mortos, I Ped. 3:18–20; 4:6 (D&C 138). Ai de vós, homens pobres, cujo coração
165 Ponderar
não está quebrantado, D&C 56:17–18. Deus, Al. 17:2–3. Néfi exerceu seu mi-
Os pobres virão às bodas do Cordeiro, nistério com grande poder e autorida-
D&C 58:6–11. O bispo deve buscar os de, 3 Né. 7:15–20 (3 Né. 11:19–22). Em-
pobres, D&C 84:112. A lei do evange- bora um homem tenha poder para rea-
lho governa o cuidado com os pobres, lizar muitas obras grandiosas, se ele se
D&C 104:17–18. Não havia pobres en- vangloriar da própria força, cairá, D&C
tre eles, Mois. 7:18. 3:4. Em cada pessoa está o poder para
fazer o bem, D&C 58:27–28. Nas orde-
Pobres em espírito: Mais abençoados são
nanças do Sacerdócio de Melquisede-
os que se humilham sem serem compe-
que manifesta-se o poder de divindade,
lidos pela pobreza, Al. 32:4–6, 12–16.
D&C 84:19–22. Os direitos do sacerdó-
Bem-aventurados os pobres em espíri-
cio são inseparavelmente ligados aos
to que vêm a mim, 3 Né. 12:3 (Mt. 5:3).
poderes do céu, D&C 121:34–46. Eis que
O evangelho será pregado aos pobres
te conduzirei pela minha mão, e meu
e mansos, D&C 35:15.
poder estará sobre ti, Abr. 1:18.
PODER. Ver também Autoridade; POLIGAMIA. Ver Casamento,
Sacerdócio Casar—Casamento Plural
Capacidade de fazer alguma coisa. Ter
POMBA, SINAL DA. Ver também
poder sobre algo ou alguém é ter a ca-
Espírito Santo
pacidade de controlar ou comandar
aquela pessoa ou coisa. Nas escrituras Sinal predeterminado pelo qual João
o poder geralmente é associado ao po- Batista reconheceria o Messias (Jo.
der de Deus ou dos céus. Acha-se es- 1:32–34). Joseph Smith ensinou que o
treitamente relacionado à autoridade sinal da pomba foi instituído antes da
do sacerdócio, que é a permissão ou di- criação do mundo, como um testemu-
reito de agir em nome de Deus. nho do Espírito Santo; assim sendo, o
diabo não pode apresentar-se no sinal
Para isto te mantive, para mostrar o da pomba.
meu poder, Êx. 9:16. Deus é minha for-
taleza e a minha força, II Sam. 22:33. O Espírito de Deus desceu como uma
Não detenhas o bem estando na tua pomba, Mt. 3:16. Depois que Jesus foi
mão poder fazê-lo, Prov. 3:27. Decerto batizado, o Espírito Santo desceu em
eu sou cheio de força do Espírito do Se- forma de uma pomba, 1 Né. 11:27. Eu,
nhor, Miq. 3:8. É-me dado todo o poder João, testifico e eis que se abriram os
no céu e na Terra, Mt. 28:18. E admira- céus e o Espírito Santo desceu sobre ele,
vam a sua doutrina porque a sua pala- na forma duma pomba, D&C 93:15.
vra era com autoridade, Lc. 4:32. Ficai PONDERAR. Ver também Oração;
na cidade até que do alto sejais revesti- Revelação
dos de poder, Lc. 24:49. A todos quantos
o receberam, deu-lhes o poder para se- Meditar e refletir profundamente, ge-
rem filhos de Deus, Jo. 1:12 (D&C ralmente sobre as escrituras e outras
11:30). Recebereis a virtude (poder) do coisas divinas. Quando combinado com
Espírito Santo, que há de vir sobre vós, a oração, a ponderação a respeito das
At. 1:8. Não há poder senão o de Deus, coisas de Deus pode produzir revelação
Rom. 13:1. Estais guardados na virtude e entendimento.
(poder) de Deus para a salvação, me- Maria guardava todas estas coisas em
diante a fé, I Ped. 1:3–5. Estou cheio do seu coração, Lc. 2:19. Enquanto refletia,
poder de Deus, 1 Né. 17:48. Também foi fui arrebatado pelo Espírito do Senhor,
manifestado pelo poder do Espírito San- 1 Né. 11:1. Meu coração medita sobre as
to, Jacó 7:12. O homem pode receber escrituras, 2 Né. 4:15. Néfi dirigiu-se a
grande poder de Deus, Mos. 8:16. En- sua casa, meditando sobre as coisas que
sinavam com poder e autoridade de o Senhor lhe revelara, Hel. 10:2–3. Ide
Pornografia 166
para vossas casas, meditai sobre estas todo o mundo, pregai o evangelho a
coisas por mim faladas, 3 Né. 17:3. toda criatura, Mc. 16:15. Pregamos a
Exorto-vos a vos lembrardes da gran- Cristo crucificado, I Cor. 1:22–24. Ele foi
de misericórdia que tem tido o Senhor, e pregou aos espíritos em prisão, I Ped.
e a meditardes em vossos corações, Mo- 3:19. Nada havia, exceto pregações inci-
rô. 10:3. Reflita sobre as coisas que re- tando-os continuamente a manterem-se
cebeste, D&C 30:3. Enquanto meditáva- no temor do Senhor, En. 1:23. Mandou-
mos sobre essas coisas, o Senhor tocou lhes que não pregassem senão arrepen-
os olhos do nosso entendimento, D&C dimento e fé no Senhor, Mos. 18:20. A
76:19. Sentei-me em meus aposentos prédica da palavra fazia com que o po-
meditando sobre as escrituras, D&C vo tivesse uma grande tendência a fazer
138:1–11. Refleti repetidas vezes sobre o que era justo, Al. 31:5. Não precisas
ela, JS—H 1:12. supor teres sido chamado a pregar até
que sejas chamado, D&C 11:15. A nin-
PORNOGRAFIA. Ver Adultério;
guém será permitido sair a pregar, a não
Castidade; Fornicação
ser que tenha sido ordenado, D&C
PRATT, ORSON 42:11. Este evangelho será pregado a to-
da nação, D&C 133:37. Assim o Evan-
Um dos primeiros integrantes do
gelho começou a ser pregado desde o
Quórum dos Doze, após a restauração
princípio, Mois. 5:58.
da Igreja nos tempos modernos (D&C
124:128–129). Era membro da Igreja PREORDENAÇÃO. Ver também
havia apenas seis semanas quando o Vida Pré-mortal
Senhor lhe deu uma revelação por in-
termédio de Joseph Smith (D&C 34). Designação pré-mortal feita por Deus
Orson Pratt também foi missionário a seus filhos espirituais que foram va-
da Igreja (D&C 52:26; 75:14) e serviu lentes, para que cumprissem missões
como historiador por muitos anos. específicas durante a vida terrena.
Deus pôs os termos dos povos, Deut.
PRATT, PARLEY PARKER 32:8. Antes que te formasse no ventre te
Irmão mais velho de Orson Pratt e um ordenei por profeta, Jer. 1:5. Deus deter-
dos primeiros integrantes do Quórum minou os tempos já dantes ordenados,
dos Doze, após a restauração do evan- At. 17:26. Deus nos elegeu nele antes da
gelho nesta dispensação (D&C 124:128– fundação do mundo, Ef. 1:3–4. Jesus
129). O Senhor deu-lhe uma revelação Cristo foi preordenado para ser o Re-
por meio de Joseph Smith, em outubro dentor, I Ped. 1:19–20 (Apoc. 13:8). Eles
de 1830 (D&C 32; 50:37), na qual o cha- foram chamados e preparados desde a
mou para a primeira de suas várias fundação do mundo, Al. 13:1–9. Obser-
missões. vei os grandes e nobres que foram esco-
lhidos no princípio, D&C 138:55–56.
PREDESTINAÇÃO. Ver
Meu Filho Amado e meu Escolhido des-
Preordenação
de o princípio, Mois. 4:2. Abraão foi
PREGAR. Ver também Evangelho; escolhido antes de nascer, Abr. 3:23.
Obra Missionária
PRESIDÊNCIA. Ver Primeira
Transmitir uma mensagem que traga Presidência
maior compreensão de um princípio ou
doutrina do evangelho. PRESIDENTE. Ver também Primeira
O Senhor me ungiu, para pregar boas Presidência; Profeta
novas aos humildes, Isa. 61:1 (Lc. 4:16– Título do oficial presidente de uma or-
21). Levanta-te, vai a Nínive, e prega ganização. O Presidente da Igreja é pro-
contra ela, Jon. 3:2–10. Desde então co- feta, vidente e revelador (D&C 21:1;
meçou Jesus a pregar, Mt. 4:17. Ide por 107:91–92) e os membros da Igreja de-
167 Primeira Visão
vem chamar o profeta da Igreja pelo tí- nhas, até que comecem a se tornar res-
tulo de “Presidente” (D&C 107:65). Ele é ponsáveis perante mim, D&C 29:46–47.
a única pessoa na Terra autorizada a As criancinhas deverão ser batizadas
exercer todas as chaves do sacerdócio. quando tiverem oito anos de idade,
Os líderes dos quóruns do sacerdócio D&C 68:27. Todo homem será res-
e de outras organizações da Igreja tam- ponsável por seus próprios pecados
bém têm o título de presidente. no dia do juízo, D&C 101:78. É dado
O Senhor deu as chaves do reino a Jo- aos homens distinguir o bem do mal;
seph Smith, D&C 81:1–2. Três presiden- de modo que são seus próprios árbi-
tes formam um quórum da Presidência tros, Mois. 6:56. Os homens serão pu-
da Igreja, D&C 107:21–24. Presidentes nidos por seus próprios pecados, RF 2.
foram ordenados segundo a ordem de PRIMEIRA PRESIDÊNCIA. Ver
Melquisedeque, D&C 107:29. Descritos também Chaves do Sacerdócio;
os deveres dos presidentes dos diáco- Presidente; Revelação
nos, dos mestres, dos sacerdotes e dos
O Presidente da Igreja e seus conselhei-
élderes, D&C 107:85–89 (124:136–138,
ros. Eles são um quórum de três sumos
142). São sete os presidentes que presi-
sacerdotes e presidem toda a Igreja. A
dem todos os outros Setenta, D&C
Primeira Presidência possui todas as
107:93–95. Designados presidentes de
chaves do sacerdócio.
estaca, D&C 124:133–135.
As chaves do reino pertencem sempre à
PRESTAR CONTAS, Presidência do Sumo Sacerdócio, D&C
RESPONSABILIDADE, 81:2. A Presidência do Sumo Sacerdócio
RESPONSÁVEL. tem o direito de oficiar em todos os ofí-
Ver também Arbítrio cios, D&C 107:9, 22. Quem me recebe,
O Senhor declarou que todas as pes- recebe a Primeira Presidência, D&C
soas são responsáveis por suas idéias, 112:20, 30. A Primeira Presidência de-
decisões, atitudes, desejos e ações. ve receber oráculos (revelações) para
toda a Igreja, D&C 124:126.
A idade da responsabilidade é a em
que as crianças são consideradas res- PRIMEIRA VISÃO. Ver também
ponsáveis por suas próprias ações e Restauração do Evangelho;
capazes de pecar e de arrepender-se. Smith, Joseph, Jr.
Julgarei a cada um conforme os seus A aparição de Deus, o Pai, e de seu
caminhos, Eze. 18:30. De toda a palavra Filho, Jesus Cristo, ao Profeta Joseph
ociosa que os homens disserem hão de Smith em um bosque.
dar conta, Mt. 12:36. Dá contas da tua Na primavera de 1820, Joseph Smith,
mordomia, Lc. 16:2. Cada um de nós Jr. tinha quatorze anos de idade e vivia
dará conta de si mesmo a Deus, Rom. com sua família no povoado de Palmy-
14:12. Os mortos serão julgados segun- ra, Nova York, EUA. Perto de sua casa,
do suas obras, Apoc. 20:12. Nossas pala- no lado oeste, havia um bosque de gran-
vras, nossas obras e nossos pensamen- des árvores. Joseph para lá se dirigiu a
tos nos condenarão, Al. 12:14. Seremos fim de orar a Deus para saber qual igreja
nossos próprios juízes para fazer o bem era a verdadeira. Ao ler a Bíblia, ele teve
ou o mal, Al. 41:7. Sois livres para agir a forte impressão de que deveria buscar
por vós mesmos, Hel. 14:29–31. Deverás a resposta de Deus (Tg. 1:5–6). Em res-
ensinar arrependimento e batismo aos posta a sua oração, o Pai e o Filho apare-
que são responsáveis, Morô. 8:10. Todos ceram-lhe e disseram que não se filiasse
devem arrepender-se e ser batizados, os a nenhuma das igrejas existentes na Ter-
que tiverem alcançado a idade da res- ra, pois estavam erradas (JS—H 1:15–
ponsabilidade, D&C 18:42. A Satanás 20). Esta experiência sagrada desenca-
não é dado poder para tentar as crianci- deou uma série de eventos que culmina-
Primeiros Princípios do Evangelho 168
ram com a restauração do evangelho e do Pai na carne e o primeiro a surgir dos
da verdadeira Igreja de Cristo. mortos na ressurreição (Col. 1:13–18).
Os santos fiéis se tornam membros da
PRIMEIROS PRINCÍPIOS DO
Igreja do Primogênito na eternidade
EVANGELHO. Ver Arrepender-se,
(D&C 93:21–22).
Arrependimento; Batismo, Batizar;
Espírito Santo; Fé O primogênito de teus filhos me darás,
Êx. 22:29. Santifiquei para mim todo o
PRIMÍCIAS primogênito de Israel, Núm. 3:13. Ele
Os frutos da primeira colheita da tem- seja o primogênito entre muitos irmãos,
porada. Na época do Velho Testamento Rom. 8:29. Outra vez introduz no mun-
eles eram oferecidos ao Senhor (Lev. do o primogênito, Heb. 1:6. Estes são a
23:9–20). Os que aceitam o evangelho e Igreja do Primogênito, D&C 76:54, 94.
perseveram fielmente até o fim são, Isto me foi conferido pelos pais, mes-
simbolicamente, as primícias, pois per- mo o direito do primogênito, Abr. 1:3.
tencem a Deus.
PRIMOGENITURA. Ver também
Aqueles que seguem o Cordeiro para Convênio; Primogênito
onde quer que vai são como primícias
para Deus, Apoc. 14:4. Os que desce- O direito de herança que pertence ao
rão com Cristo primeiro são as primí- filho primogênito. Em sentido mais
cias, D&C 88:98. amplo, a primogenitura inclui todo ou
qualquer direito de herança transmiti-
PRIMOGÊNITO. Ver também Jesus do a uma pessoa ao nascer em certa fa-
Cristo; Primogenitura mília ou cultura.
No tempo dos antigos patriarcas o fi- Vende-me hoje a tua primogenitura,
lho primogênito recebia a primogeni- Gên. 25:29–34 (Gên. 27:36). O primogê-
tura (Gên. 43:33) e assim herdava o di- nito assentou-se segundo a sua primo-
reito de ser o chefe da família quando genitura, Gên. 43:33. E pôs a Efraim
o pai falecia. Para assumir tal respon- diante de Manassés, Gên. 48:14–20
sabilidade o primogênito tinha que ser (Jer. 31:9). A primogenitura foi de José,
digno (I Crôn. 5:1–2); e podia perdê-la I Crôn. 5:2. Esaú vendeu o seu direito
por causa de iniqüidade. de primogenitura, Heb. 12:16. Sois her-
Sob a lei mosaica, o filho primogênito deiros legais, D&C 86:9. Sião tem direi-
era considerado como pertencente a to ao sacerdócio por linhagem, D&C
Deus. O primogênito recebia uma por- 113:8 (Abr. 2:9–11).
ção dupla na partilha das posses de
seu pai (Deut. 21:17). Morrendo o pai, PRINCÍPIO. Ver também Criação,
era ele o responsável pelo cuidado da Criar; Evangelho; Jesus Cristo;
mãe e irmãs. Vida Pré-mortal
O primogênito macho dos animais tam- Esta palavra tem dois significados dis-
bém pertencia a Deus. Os animais lim- tintos no contexto do evangelho:
pos eram usados para os sacrifícios, ao (1) O termo geralmente se refere à épo-
passo que os imundos podiam ser res- ca anterior à vida mortal, isto é, à vida
gatados, vendidos ou mortos (Êx. 13:2, pré-mortal. Às vezes Jesus Cristo é cha-
11–13; 34:19–20; Lev. 27:11–13, 26–27). mado de o Princípio.
O primogênito simbolizava Jesus Cristo No princípio criou Deus os céus e a Ter-
e seu ministério terreno, lembrando ao ra, Gên. 1:1 (Mois. 2:1). No princípio
povo que o grande Messias haveria de era o Verbo, Jo. 1:1. Sou Alfa e Ômega,
vir (Mois. 5:4–8; 6:63). o princípio e o fim, 3 Né. 9:18. Cristo é
Jesus foi o primogênito dos filhos espiri- o princípio e o fim, D&C 19:1. O convê-
tuais de nosso Pai Celestial, o unigênito nio novo e eterno existiu desde o prin-
169 Profeta
cípio, D&C 22:1. O homem estava no de revelação do Espírito Santo. O teste-
princípio com Deus, D&C 93:23, 29. munho de Jesus é o espírito de profecia
Espíritos grandes e nobres foram esco- (Apoc. 19:10). Uma profecia pode dizer
lhidos no princípio para serem gover- respeito ao passado, ao presente ou ao
nantes na Igreja, D&C 138:55. Meu Uni- futuro. Quando alguém profetiza, fala
gênito estava comigo desde o princípio, ou escreve o que Deus quer que saiba,
Mois. 2:26. seja para seu próprio benefício ou pa-
(2) Doutrina, verdade ou lei básica. Os ra o dos outros. As pessoas podem re-
primeiros princípios do evangelho são ceber profecias ou revelações para sua
fé no Senhor Jesus Cristo e arrependi- própria vida.
mento (RF 4). Oxalá que todo o povo do Senhor fosse
Os élderes, sacerdotes e mestres ensi- profeta, Núm. 11:29. Vossos filhos e fi-
narão os princípios de meu evangelho lhas profetizarão, Joel 2:28 (At. 2:17–
que estão nas escrituras, D&C 42:12. 18). O Senhor revela o seu segredo aos
Que sejais instruídos mais perfeitamen- seus servos, os profetas, Amós 3:7. Ne-
te em princípio, em doutrina, em todas nhuma profecia de Escritura é de par-
as coisas, D&C 88:78 (D&C 97:14). Para ticular interpretação, II Ped. 1:20. Os
que todo homem aja, em doutrina e nefitas tiveram muitas revelações e o
princípio, de acordo com o arbítrio mo- espírito de profecia, Jacó 4:6, 13. Alma
ral que lhe dei, D&C 101:78. Qualquer e Amuleque conheciam as intenções de
princípio de inteligência que alcançar- Zeezrom pelo espírito de profecia, Al.
mos nesta vida, surgirá conosco na res- 12:7. Ai daquele que diz que o Senhor
surreição, D&C 130:18–19. já não obra por meio de profecia, 3 Né.
29:6. Examinai as profecias de Isaías,
PRISÃO ESPIRITUAL. Mórm. 8:23. As profecias serão todas
Ver Inferno cumpridas, D&C 1:37–38. Um homem
PROFANIDADE. Ver também deve ser chamado por Deus, por pro-
Blasfemar, Blasfêmia fecia, RF 5.
Desrespeito ou desprezo pelas coisas PROFETA. Ver também Presidente;
sagradas; especialmente a falta de re- Profecia, Profetizar; Revelação;
verência pelo nome de Deus. Vidente
Não tomarás o nome do Senhor teu Pessoa chamada por Deus para falar
Deus em vão, Êx. 20:7 (2 Né. 26:32; Mos. em nome dele. Como mensageiro do Se-
13:15; D&C 136:21). Por que profanamos nhor, o profeta recebe mandamentos,
o concerto de nossos pais? Mal. 2:10. profecias e revelações de Deus. Cabe
De toda a palavra ociosa que os ho- ao profeta a responsabilidade de dar a
mens disserem hão de dar conta no dia conhecer à humanidade a vontade e a
do juízo, Mt. 12:34–37. De uma mesma verdadeira natureza de Deus e demons-
boca procede bênção e maldição. Não trar o significado de seus procedimen-
convém que isto se faça assim, Tg. 3:10. tos em relação aos homens. O profeta
Nossas palavras nos condenarão, Al. denuncia o pecado e prediz as suas con-
12:14 (Mos. 4:30). Todos os homens se seqüências. Ele é um pregador da reti-
acautelem de como tomam meu nome dão. Em certas ocasiões o profeta pode
em seus lábios, D&C 63:61–62. ser inspirado a predizer o futuro em be-
PROFANO. Ver Ímpio nefício da humanidade. A sua respon-
sabilidade principal, entretanto, é pres-
PROFECIA, PROFETIZAR. tar testemunho de Cristo. O Presidente
Ver também Profeta; de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
Profetisa; Revelação; Vidente dos Últimos Dias é o profeta de Deus
Uma profecia consiste de palavras ou na Terra atualmente. Os membros da
escritos inspirados, recebidos por meio Primeira Presidência e do Quórum dos
Profetisa 170
Doze Apóstolos são apoiados como pro- fetisa, II Re. 22:14 (II Crôn. 34:22). Ana
fetas, videntes e reveladores. foi chamada de profetisa, Lc. 2:36.
Oxalá que todo o povo do Senhor fosse PROVÉRBIO
profeta, Núm. 11:29. Se entre vós hou- Adágio, ditado, máxima ou conselho
ver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele moral
me farei conhecer, Núm. 12:6. O Senhor
admoestou Israel por meio de todos os Livro de Provérbios: Um livro do Velho
profetas, II Re. 17:13 (II Crôn. 36:15–16; Testamento contendo muitas parábolas,
Jer. 7:25). Às nações te dei por profeta, adágios e poemas, alguns dos quais
Jer. 1:5, 7. O Senhor revela o seu segre- foram escritos por Salomão. O livro de
do aos seus servos, os profetas, Amós Provérbios é freqüentemente citado
3:7. Como falou pela boca dos seus san- no Novo Testamento.
tos profetas, Lc. 1:70 (At. 3:21). Todos os Os capítulos 1–9 contêm uma expli-
profetas deram testemunho de Cristo, cação do que é a verdadeira sabedoria.
At. 10:43. Deus pôs profetas na Igreja, Os capítulos 10–24 trazem uma coleção
I Cor. 12:28 (Ef. 4:11). A Igreja é edifi- de provérbios acerca das maneiras cor-
cada sobre o fundamento de apóstolos retas e incorretas de viver. Os capítulos
e profetas, Ef. 2:19–20. O povo recusou 25–29 apresentam os provérbios de Sa-
as palavras dos profetas, 1 Né. 3:17–18 lomão registrados pelos homens de Eze-
(2 Né. 26:3). Pelo Espírito são reveladas quias, rei de Judá. Os capítulos 30–31
aos profetas todas as coisas, 1 Né. 22:1– descrevem a mulher virtuosa.
2. Cristo veio aos nefitas para cumprir PUBLICANO. Ver também
todas as coisas que foram anunciadas Império Romano
pelos santos profetas, 3 Né. 1:13 (D&C
42:39). Aqueles que não atenderem às Na antiga Roma, coletor de impostos
palavras dos profetas serão afastados para o governo. Os judeus geralmente
do meio do povo, D&C 1:14. Os que cre- odiavam os publicanos. Alguns deles
rem nas palavras dos profetas têm a vi- aceitaram prontamente o evangelho
da eterna, D&C 20:26. As palavras do (Mt. 9:9–10; Lc. 19:2–8).
profeta recebereis como de minha pró- PUREZA, PURO.
pria boca, D&C 21:4–6. As revelações Ver também Santificação
e mandamentos para a Igreja só são da-
Ser livre de pecado ou culpa. A pessoa
dos àquele que é designado, D&C 43:1–
torna-se pura quando os seus pensa-
7. O dever do Presidente é presidir to-
mentos e ações são limpos em todos os
da a Igreja, e ser semelhante a Moisés,
sentidos. Quem pecou pode purificar-
ser profeta, D&C 107:91–92. Cremos
se pela fé em Jesus Cristo, arrependen-
em profetas, RF 6.
do-se e recebendo as ordenanças do
PROFETISA. Ver também evangelho.
Profecia, Profetizar Aquele que é limpo de mãos e puro de
coração receberá as bênçãos do Senhor,
Mulher que recebeu um testemunho
Salm. 24:3–5. Purificai-vos, os que le-
de Jesus e que tem o espírito de reve-
vais os vasos do Senhor, Isa. 52:11 (D&C
lação. Uma profetisa não possui o sacer-
133:4–5). Bem-aventurados os puros de
dócio nem suas chaves. Embora poucas
coração, Mt. 5:8 (3 Né. 12:8). Tudo o que
mulheres nas escrituras sejam chama-
é puro, nisso pensai, Filip. 4:8 (RF 13). Ó
das de profetisas, muitas foram as que
todos vós que sois puros de coração, le-
profetizaram, como Rebeca, Ana, Isa-
vantai as cabeças e recebei a agradável
bel e Maria.
palavra de Deus, Jacó 3:2–3. Podereis na-
Miriã foi chamada de profetisa, Êx. quele dia olhar para Deus com um co-
15:20. Débora foi chamada de profeti- ração puro e mãos limpas? Al. 5:19. Sen-
sa, Juí. 4:4. Hulda foi chamada de pro- do puros e sem mancha perante Deus,
171 Quórum
só viam o pecado com horror, Al. 13:12. Adão caiu para que os homens existis-
Ser purificados como Cristo é puro, Mo- sem, 2 Né. 2:25 (15–26). O homem natu-
rô. 7:48 (Mórm. 9:6). Cristo reservará pa- ral é inimigo de Deus e tem-no sido des-
ra si um povo puro, D&C 43:14. O Se- de a queda de Adão, Mos. 3:19. Aarão
nhor ordenou que fosse construída uma ensinou ao pai de Lamôni a respeito da
casa em Sião onde os puros vissem a queda, Al. 22:12–14. Deverá haver uma
Deus, D&C 97:10–17. Isto é Sião—o pu- expiação, do contrário todos estão de-
ro de coração, D&C 97:21. caídos e perdidos, Al. 34:9. Nossos pri-
meiros pais foram banidos tanto física
QUEDA DE ADÃO E EVA. Ver como espiritualmente da presença do
também Adão; Eva; Expiação, Senhor, Al. 42:2–15 (Hel. 14:16). Por
Expiar; Homem Natural; Jesus causa da queda nossa natureza tornou-
Cristo; Mortal, Mortalidade; se má, Ét. 3:2. Pela transgressão dessas
Morte Espiritual; Morte Física; santas leis, o homem tornou-se decaído,
Plano de Redenção; Redenção, D&C 20:20 (D&C 29:34–44). O Senhor
Redimido, Redimir disse a Adão que assim como havia caí-
Processo pelo qual a humanidade se tor- do, podia ser redimido, Mois. 5:9 (9–
nou mortal nesta Terra. Ao comerem do 12). Por causa da transgressão vem a
fruto proibido, Adão e Eva tornaram-se queda, Mois. 6:59. Os homens serão pu-
mortais, isto é, sujeitos ao pecado e à nidos por seus próprios pecados, RF 2.
morte. Adão tornou-se a “primeira car- QUERUBINS
ne” sobre a Terra (Mois. 3:7), significan-
do que Adão e Eva foram as primeiras Figuras que representam seres celes-
criaturas viventes a se tornarem mor- tiais, cuja forma exata se desconhece.
tais. Quando Adão e Eva caíram, todas Os querubins foram designados para
as coisas na Terra também caíram e guardar lugares sagrados.
tornaram-se mortais. As revelações mo- O Senhor pôs querubins para guardar
dernas esclarecem que a Queda é uma o caminho que levava à árvore da vida,
bênção e que Adão e Eva devem ser Gên. 3:24. (Al. 12:21–29; 42:2–3; Mois.
honrados como os primeiros pais da 4:31). No propiciatório foram coloca-
humanidade. das duas imagens de querubins, Êx.
A Queda foi um passo necessário para 25:18, 22 (I Re. 6:23–28; Heb. 9:5). São
o progresso do homem. Sabendo que a mencionados querubins nas visões de
queda aconteceria, Deus preparou na Ezequiel, Eze. 10; 11:22.
vida pré-mortal um Salvador. Jesus QUISCÚMEN. Ver também Ladrões
Cristo veio no meridiano dos tempos de Gadiânton
expiar a queda de Adão e também os
No Livro de Mórmon, líder de um gru-
pecados individuais do homem, sob
po de homens iníquos, mais tarde co-
condição de arrependimento.
nhecidos como ladrões de Gadiânton
Porque no dia em que dela comeres, (Hel. 1:9–12; 2).
certamente morrerás, Gên. 2:17 (Mois.
3:17). Ela tomou de seu fruto, e comeu, QUÓRUM. Ver também Sacerdócio
Gên. 3:6 (Mois. 4:12). Assim como todos A palavra quórum pode ser usada de
morrem em Adão, assim também todos duas maneiras: (1) Um grupo específico
serão vivificados em Cristo, I Cor. 15:22. de homens portadores do mesmo ofício
Toda a humanidade se encontrava num no sacerdócio. (2) Uma maioria, ou seja,
estado decaído, 1 Né. 10:6. O caminho o número mínimo de membros de um
está preparado desde a queda do ho- grupo do sacerdócio que deve estar pre-
mem, 2 Né. 2:4. Depois de Adão e Eva sente a uma reunião, a fim de tomar de-
terem comido do fruto proibido, foram cisões com respeito a assuntos da Igre-
expulsos do Jardim do Éden, 2 Né. 2:19. ja (D&C 107:28).
Rafael 172
Descritos os quóruns da Primeira Presi- Deus, Al. 3:18–19. Os rebeldes serão
dência, dos Doze e dos Setenta e o rela- afligidos com muita tristeza, D&C 1:3.
cionamento entre eles, D&C 107:22–26, A cólera do Senhor está acesa contra
33–34 (124:126–128). As decisões desses os rebeldes, D&C 56:1 (63:1–6). Satanás
quóruns devem ser unânimes, D&C rebelou-se contra Deus, Mois. 4:3.
107:27. As decisões desses quóruns se-
rão feitas em toda justiça, D&C 107:30– RECATO. Ver também
32. Descritos os deveres dos presidentes Humildade, Humilde
de quóruns do sacerdócio, D&C 107:85– Comportamento ou aparência humil-
96. O quórum de élderes é instituído de, moderada e decente. A pessoa re-
para ministros locais, D&C 124:137. catada evita o exagero e a ostentação.
RAFAEL. Ver também Anjos Deus fez túnicas de peles para Adão e
Eva e os vestiu, Gên. 3:21 (Mois. 4:27).
Anjo do Senhor que participou da res- As mulheres se ataviem em traje ho-
tauração de todas as coisas (D&C nesto, I Tim. 2:9. Ensinem as novas a
128:21). serem moderadas, castas, boas donas
RAMEUMPTOM de casa, Tito 2:5. Muitos encheram os
corações de orgulho devido aos custo-
No Livro de Mórmon, um púlpito ele- sos trajes, Jacó 2:13. Sejam simples to-
vado no qual oravam os zoramitas, das as tuas vestes, D&C 42:40. Cremos
apóstatas nefitas (Al. 31:8–14). em ser castos e virtuosos, RF 13.
RAQUEL. Ver também Jacó, REDENÇÃO, PLANO DE.
Filho de Isaque Ver Plano de Redenção
No Velho Testamento, uma das esposas
de Jacó (Gên. 29–31, 35) e mãe de José e REDENÇÃO, REDIMIDO,
de Benjamim. REDIMIR. Ver também Expiação,
Expiar; Jesus Cristo; Morte
REALISTAS Espiritual; Morte Física; Queda
No Livro de Mórmon, grupo de pessoas de Adão e Eva; Salvação
que pretendia derrubar o governo dos Libertar, comprar ou resgatar. Por
nefitas (Al. 51:1–8). exemplo: livrar uma pessoa do cativeiro
mediante pagamento. A Redenção refe-
REBECA. Ver também Isaque re-se à expiação de Jesus Cristo, que nos
Esposa de Isaque, patriarca do Velho libertou do pecado. O sacrifício expia-
Testamento (Gên. 24–27). Era mãe de tório do Salvador redimiu toda a hu-
Esaú e Jacó (Gên. 25:23–26). manidade da morte física. Em virtude
de sua expiação, os que crerem nele e
REBELDIA, REBELIÃO. Ver se arrependerem serão também redi-
também Apostasia; Diabo; midos da morte espiritual.
Pecado
Porque eu te remi, Isa. 44:22. Eu os res-
Desafiar ou opor-se ao Senhor, inclusi- gatarei da morte, Osé. 13:14 (Salm.
ve recusando-se a seguir os líderes por 49:15). Temos a redenção pelo sangue
ele escolhidos, e desobedecer conscien- de Cristo, Ef. 1:7, 14 (Heb. 9:11–15);
temente aos seus mandamentos. I Ped. 1:18–19; Al. 5:21; Hel. 5:9–12). O
Não sejais rebeldes contra o Senhor, Senhor redimiu a minha alma do infer-
Núm. 14:9. O rebelde não busca senão no, 2 Né. 1:15. A redenção só é obtida
o mal, Prov. 17:11. Ai dos filhos rebel- por intermédio do Santo Messias, 2 Né.
des, Isa. 30:1. O Senhor não redime os 2:6–7, 26 (Mos. 15:26–27; 26:26). Can-
que se rebelam contra ele e morrem taram o amor que redime, Al. 5:9 (5:26;
em seus pecados, Mos. 15:26. Os amli- 26:13). Os iníquos permanecerão como
citas rebelaram-se abertamente contra se não tivesse havido redenção, Al.
173 Reino de Deus ou Reino do Céu
11:40–41 (34:16; 42:13; Hel. 14:16–18). 9:17. Sou aquele que foi preparado des-
Jesus Cristo proporcionou a redenção de a fundação do mundo para redimir
do mundo, Mórm. 7:5–7. O poder da meu povo, Ét. 3:14. O Senhor vosso Re-
redenção atua sobre todos os que não dentor sofreu a morte na carne, D&C
têm lei, Morô. 8:22 (D&C 45:54). Os que 18:11. Cristo sofreu por todos os que
não crêem não podem ser redimidos de se arrependerem, D&C 19:1, 16–20. As
sua queda espiritual, D&C 29:44. Desde criancinhas estão redimidas por meio
a fundação do mundo as criancinhas es- de meu Unigênito, D&C 29:46. Para a
tão redimidas, D&C 29:46. O Senhor re- redenção do mundo enviei meu Filho
dimiu seu povo, D&C 84:99. Joseph F. Unigênito, D&C 49:5. Cristo é a luz e o
Smith viu em visão a redenção dos mor- Redentor do mundo, D&C 93:8 – 9.
tos, D&C 138. Adão e Eva se regozija- Joseph F. Smith recebeu uma visão da
ram por sua redenção, Mois. 5:9–11. redenção dos mortos, D&C 138. Cremos
que por meio da expiação de Cristo, to-
REDENTOR. Ver também Jesus
da a humanidade pode ser salva, RF 3.
Cristo; Salvador
Jesus Cristo é o grande Redentor da hu- REGRAS DE FÉ. Ver também Pérola
manidade, pois com a sua expiação pa- de Grande Valor; Smith, Joseph, Jr.
gou pelos pecados da humanidade e co- Treze pontos básicos de crença defendi-
locou a ressurreição ao alcance de todos. dos pelos membros de A Igreja de Jesus
Eu sei que o meu Redentor vive, Jó Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
19:25. Eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Joseph Smith escreveu-as primeiramen-
Redentor é o Santo de Israel, Isa. 41:14 te em uma carta dirigida a John Went-
(Isa. 43:14; 48:17; 54:5; 59:20). Eu sou o worth, editor do jornal Chicago Demo-
Senhor, o teu Salvador e o teu Redentor, crat , que desejava saber em que os
Isa. 49:26 (Isa. 60:16). Chamarás o seu membros da Igreja acreditavam. Esse
nome Jesus, porque ele salvará o seu po- documento tornou-se conhecido como
vo dos seus pecados, Mt. 1:21. O Filho Carta Wentworth e foi publicado no
do Homem veio para dar a sua vida em Times and Seasons , periódico da Igreja,
resgate de muitos, Mt. 20:28 (I Tim. 2:5– em março de 1842. Em 10 de outubro
6). O Senhor Deus de Israel visitou e re- de 1880, as Regras de Fé foram formal-
miu o seu povo, Lc. 1:68. Fomos reconci- mente aceitas como escritura pelo vo-
liados com Deus pela morte de seu filho, to dos membros da Igreja e passaram a
Rom. 5:10. Jesus Cristo se deu a si mes- fazer parte da Pérola de Grande Valor.
mo por nós, para nos remir de toda a
iniqüidade, Tit. 2:13–14. Jesus Cristo em REINO DE DEUS OU REINO DO
seu sangue nos lavou dos nossos peca- CÉU. Ver também Glória Celestial;
dos, Apoc. 1:5. A redenção só é obtida Igreja de Jesus Cristo
por intermédio do Santo Messias, 2 Né.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
2:6–7, 26. O Filho tomou sobre si a ini-
Últimos Dias é o reino de Deus na Ter-
qüidade e transgressões dos homens,
ra (D&C 65). O propósito da Igreja é
redimiu-os e satisfez as exigências da
preparar os seus membros para vive-
justiça, Mos. 15:6–9, 18–27. Cristo virá
rem eternamente no reino celestial ou
para redimir os que se batizarem para o
reino do céu. Entretanto, as escrituras
arrependimento, Al. 9:26–27. E virá ao
às vezes chamam a Igreja de reino do
mundo para redimir seu povo, Al.
céu, significando com isto que ela é o
11:40–41. A redenção advém-nos por
reino do céu na Terra.
meio do arrependimento, Al. 42:13–26.
Jesus Cristo vem redimir o mundo, Hel. Embora a Igreja de Jesus Cristo dos
5:9–12. Cristo redimiu a humanidade da Santos dos Últimos Dias seja o reino
morte física e da espiritual, Hel. 14:12– de Deus na Terra, por ora esse reino
17. A redenção vem por Cristo, 3 Né. acha-se limitado a um reino eclesiásti-
Reis 174
co. Durante o milênio, o reino de Deus Primeiro livro dos Reis . O capítulo 1 des-
governará tanto eclesiástica como po- creve os dias finais da vida do Rei Davi.
liticamente. Os capítulos 2–11 registram a vida de
O Senhor é Rei eterno, Salm. 10:16 Salomão. Os capítulos 12–16 falam de
(Salm. 11:4). O Deus do céu levantará Roboão e Jeroboão, sucessores ime-
um reino que não será jamais destruído, diatos de Salomão. Jeroboão provocou
Dan. 2:44 (D&C 138:44). Arrependei- a divisão do reino de Israel. Também
vos, porque é chegado o reino dos céus, são mencionados outros reis. Os capí-
Mt. 3:2 (Mt. 4:17). Venha o teu reino, se- tulos 17–21 trazem relatos de partes do
ja feita a tua vontade na Terra, Mt. 6:10. ministério de Elias, o profeta, quando
Buscai primeiro o reino de Deus, Mt. admoestou Acabe, rei de Israel. O ca-
6:33 (3 Né. 13:33). Eu te darei as chaves pítulo 22 relata uma guerra contra a
do reino, Mt. 16:19. Vinde, possuí por Síria, na qual Acabe e Josafá, rei de Judá,
herança o reino que vos está preparado, juntaram suas forças. O profeta Mica
Mt. 25:34. Até quando eu partilhar do profetizou contra estes dois reis.
sacramento convosco no reino de meu Segundo livro dos Reis . O capítulo 1–2:11
Pai, Mt. 26:26–29. Vereis todos os profe- continua a contar a vida de Elias, o pro-
tas no reino de Deus, Lc. 13:28. Os injus- feta, inclusive sua ascensão ao céu em
tos não hão de herdar o reino de Deus, um carro de fogo. Os capítulos 2–9 tra-
I Cor. 6:9. A carne e o sangue não po- tam do ministério de Eliseu, de grande
dem herdar o reino de Deus, I Cor. fé e poder. O capítulo 10 fala do rei Jeú e
15:50. Antes de buscardes as riquezas, de como destruiu a casa de Acabe e os
buscai o reino de Deus, Jacó 2:18. Nada sacerdotes de Baal. Os capítulos 11–13
impuro pode herdar o reino dos céus, descrevem o reinado justo de Joás e a
Al. 11:37. A fim de descansares com morte de Eliseu. Nos capítulos 14–17
elas no reino de meu Pai, D&C 15:6. A faz-se menção a vários reis que reina-
vós foi dado o reino ou as chaves da ram em Israel e em Judá, com freqüên-
Igreja, D&C 42:69 (65:2). Que o reino cia em iniqüidade. O capítulo 15 relata
de Deus vá avante para que venha o a conquista das dez tribos de Israel
reino dos céus, D&C 65:5–6. As cha- pelos assírios. Nos capítulos 18–20
ves deste reino jamais te serão toma- conta-se a vida digna de Ezequias,
das, D&C 90:3. Quem te recebe como rei de Judá, e do profeta Isaías. Os
uma criancinha, recebe meu reino, capítulos 21–23 falam dos reis Manas-
D&C 99:3. Assim será a minha Igreja sés e Josias, sendo o primeiro, segun-
chamada nos últimos dias, sim, A Igreja do a tradição, o responsável pelo mar-
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos tírio de Isaías. Josias foi um rei justo,
Dias, D&C 115:4. Abriram-se os céus que estabeleceu a lei entre os judeus.
sobre nós e contemplei o reino celes- Os capítulos 24–25 registram o cati-
tial de Deus, D&C 137:1–4. veiro na Babilônia.
REIS. Ver também Cronologia REMISSÃO DE PECADOS.
Dois livros do Velho Testamento, os Ver também Arrepender-se,
quais relatam a história de Israel des- Arrependimento; Expiação,
de a rebelião de Adonias, quarto filho Expiar; Jesus Cristo; Perdoar
do Rei Davi (cerca do ano 1015 a.C.) O perdão das faltas sob condição do
até o cativeiro final de Judá (aproxi- arrependimento. A remissão dos pe-
madamente no ano 586 a.C.). Eles in- cados torna-se possível pelo sacrifício
cluem toda a história do reino do norte expiatório de Jesus Cristo. A pessoa
(as dez tribos de Israel) desde a divi- obtém a remissão de seus pecados se
são de Israel em dois reinos, até que os tiver fé em Cristo, arrepender-se, rece-
assírios os levaram cativos para os ber as ordenanças do batismo e da im-
países do norte. posição das mãos para o dom do Espí-
175 Ressurreição
rito Santo e guardar os mandamentos Apoc. 1:5). O Novo Testamento fornece
de Deus (RF 3; 4). amplas evidências de que Jesus levan-
Ainda que os vossos pecados sejam co- tou com seu corpo físico: seu sepulcro
mo a escarlata, eles se tornarão bran- ficou vazio, ele comeu peixe e mel, tinha
cos como a neve, Isa. 1:16–18. Isto é o um corpo de carne e ossos, as pessoas
meu sangue, derramado por muitos, tocaram nele e os anjos disseram que
para remissão dos pecados, Mt. 26:28 ele havia ressuscitado (Mc. 16:1–6; Lc.
(Heb. 9:22–28; D&C 27:2). Arrependei- 24:1–12, 36–43; Jo. 20:1–18). As reve-
vos, e cada um de vós seja batizado para lações modernas confirmam a realida-
perdão dos pecados, At. 2:38 (Lc. 3:3; de da ressurreição de Cristo e de toda
D&C 107:20). Os que crerem em Jesus a humanidade (Al. 11:40–45; 40; 3 Né.
receberão a remissão dos pecados, At. 11:1–17; D&C 76; Mois. 7:62).
10:43 (Mos. 3:13). Cristo é a fonte onde As pessoas não ressuscitarão todas para
devem procurar a remissão de seus pe- a mesma glória (I Cor. 15:39–42; D&C
cados, 2 Né. 25:26. Para reter a remissão 76:89–98) nem serão ressuscitadas na
dos pecados devemos cuidar dos pobres mesma época (I Cor. 15:22–23; Al. 40:8;
e necessitados, Mos. 4:11–12, 26. Todo D&C 76:64–65, 85). Muitos santos res-
aquele que se arrepender terá direito à suscitaram após a ressurreição de Cristo
misericórdia para a remissão de seus (Mt. 27:52). Os justos serão ressuscita-
pecados, Al. 12:34. O cumprimento dos dos antes dos ímpios e surgirão na pri-
mandamentos traz remissão dos peca- meira ressurreição (I Tess. 4:16); os pe-
dos, Morô. 8:25. O Sacerdócio Aarônico cadores impenitentes surgirão na últi-
possui as chaves do batismo por imer- ma ressurreição (Apoc. 20:5–13; D&C
são para remissão de pecados, D&C 76:85).
13:1 (84:64; 74; RF 4). Eu, o Senhor, não
mais me lembro de seus pecados, D&C Depois de consumida a minha pele,
58:42–43 (Eze. 18:21–22). A esses foi en- ainda em minha carne verei a Deus, Jó
sinado o batismo vicário para remissão 19:26 (Mois. 5:10). Abrirei as vossas
de pecados, D&C 138:33. sepulturas, e vos farei sair, Eze. 37:12.
Abriram-se os sepulcros e muitos cor-
REPREENDER. Ver Castigar, pos foram ressuscitados, Mt. 27:52–53
Castigo, Corrigir (3 Né. 23:9). Ressuscitou o Senhor, Lc.
24:34. Um espírito não tem carne nem
RESPONSABILIDADE, IDADE DE.
ossos, como vedes que eu tenho, Lc.
Ver Batismo, Batizar—Requisitos
24:39. Eu sou a ressurreição e a vida, Jo.
do Batismo; Batismo de
11:25. Os doze apóstolos ensinaram e
Criancinhas; Prestar Contas,
testificaram que Jesus havia ressuscita-
Responsabilidade, Responsável
do, At. 1:21–22 (2:32; 3:15; 4:33). Todos
RESSURREIÇÃO. Ver também serão vivificados em Cristo, I Cor. 15:1–
Corpo; Espírito; Expiação, 22. Os que morreram em Cristo ressus-
Expiar; Imortal, Imortalidade; citarão primeiro, I Tess. 4:16. Bem-aven-
Jesus Cristo; Morte Física turado e santo aquele que tem parte na
primeira ressurreição, Apoc. 20:6. Cristo
A reunião do corpo espiritual com o cor- dá sua vida, e toma-a novamente para
po físico, de carne e ossos, após a mor- efetuar a ressurreição dos mortos, 2 Né.
te. Depois da ressurreição, o espírito e 2:8 (Mos. 13:35; 15:20; Al. 33:22; 40:3;
o corpo jamais se separarão e a pessoa Hel. 14:15). Sem a ressurreição estaría-
será imortal. Todos os que nascem na mos sujeitos a Satanás, 2 Né. 9:6–9. A
Terra serão ressuscitados porque Jesus ressurreição será concedida a todos os
Cristo venceu a morte (I Cor. 15:20–22). homens, 2 Né. 9:22. Abinádi ensinou so-
Jesus Cristo foi o primeiro que ressus- bre a primeira ressurreição, Mos. 15:21–
citou nesta Terra (At. 26:23; Col. 1:18; 26. Os perversos permanecerão como se
Restauração do Evangelho 176
não tivesse havido redenção, sendo-lhes D&C 77:14). Virão os tempos da restau-
apenas afrouxadas as cadeias da morte, ração de tudo, At. 3:21 (D&C 27:6). Na
Al. 11:41–45. Alma explicou o estado dispensação da plenitude dos tempos
das almas entre a morte e a ressurreição, Deus congregará todas as coisas em
Al. 40:6, 11–24. Na vinda do Senhor, os Cristo, Ef. 1:10. Vi outro anjo voar pelo
mortos que morreram em Cristo se le- meio do céu e tinha o evangelho eter-
vantarão, D&C 29:13 (45:45–46; 88:97– no para o proclamar, Apoc. 14:6. A ple-
98; 133:56). Chorareis a perda especial- nitude do evangelho chegará aos gen-
mente dos que não têm esperança de tios, 1 Né. 15:13–18. Os judeus serão
uma ressurreição gloriosa, D&C 42:45. restituídos à verdadeira Igreja, 2 Né.
Os que não conheceram lei alguma to- 9:2. Nos últimos dias a verdade chegará,
marão parte na primeira ressurreição, 3 Né. 16:7. A vós eu confiro o Sacerdó-
D&C 45:54. Eles se levantarão dentre cio de Aarão, D&C 13:1 (JS—H 1:69).
os mortos e não mais morrerão, D&C Confiei as chaves do reino para os últi-
63:49. A ressurreição dos mortos é a mos dias, D&C 27:6, 13–14 (128:19–21).
redenção da alma, D&C 88:14–16. Espí- Para reunir as tribos de Israel e restau-
rito e elemento, inseparavelmente li- rar todas as coisas, D&C 77:9. Confia-
gados, recebem a plenitude da alegria, das as chaves desta dispensação, D&C
D&C 93:33. Anjos que têm corpos de 110:16 (65:2). Conferido o sacerdócio na
carne e ossos, são pessoas ressuscitadas, dispensação da plenitude dos tempos,
D&C 129:1. Qualquer princípio de in- D&C 112:30. Vi dois Personagens, JS—
teligência que alcançarmos nesta vida, H 1:17. Eu vos revelarei o sacerdócio
surgirá conosco na ressurreição, D&C pela mão de Elias, o profeta, JS—H 1:38
130:18–19. (Mal. 4:5–6).
RESTAURAÇÃO DO RESTAURAÇÃO, RESTITUIÇÃO.
EVANGELHO. Ver também Ver também Restauração do
Apostasia; Dispensação; Evangelho
Evangelho; Smith, Joseph, Jr. O restabelecimento de uma coisa ou
O restabelecimento sobre a Terra, por de uma condição que foi retirada ou
parte de Deus, das verdades e orde- perdida.
nanças de seu evangelho. O evangelho O espírito e o corpo serão novamente
de Jesus Cristo foi retirado da Terra reunidos em sua perfeita forma, Al.
em virtude da apostasia que ocorreu 11:43–44. Restauração é restituir o mal
após o ministério terreno dos apóstolos ao mal, a justiça à justiça, Al. 41:10–15.
de Cristo. A apostasia tornou necessária Cremos na restauração das Dez Tribos
a restauração do evangelho. Por meio e que a Terra será renovada e receberá
de visões, ministrações de anjos e re- sua glória paradisíaca, RF 10 (D&C
velações aos homens na Terra, Deus 133:23–24).
restaurou o evangelho. A restauração
começou com o Profeta Joseph Smith RETIDÃO. Ver também Andar,
(JS—H 1:1–75; D&C 128:20–21) e con- Andar com Deus; Dignidade,
tinua até hoje por intermédio dos pro- Digno; Injustiça, Injusto;
fetas vivos do Senhor. Integridade; Justiça; Justo(s);
Mandamentos de Deus
A casa do Senhor será estabelecida no
cume dos montes, Isa. 2:2 (Miq. 4:2; Qualidade do que é justo, santo, virtuo-
2 Né. 12:2). Deus fará uma obra maravi- so, íntegro; obedecer aos mandamentos
lhosa e um assombro, Isa. 29:14 (2 Né. de Deus; evitar o pecado.
25:17–18; D&C 4:1). Deus levantará um Satanás não tem poder sobre os co-
reino que jamais será destruído, Dan. rações do povo, porque vivem em reti-
2:44. Elias, o profeta, virá, e restaurará dão, 1 Né. 22:26. Se não há retidão, não
todas as coisas, Mt. 17:11 (Mc. 9:12; há felicidade, 2 Né. 2:13. Todos os ho-
177 Reverência
mens devem ser mudados a um estado D&C 98:11). O Senhor fala numa voz
de retidão, Mos. 27:25-26. Buscastes a mansa e delicada, I Re. 19:12. Não ha-
felicidade na iniqüidade, o que é con- vendo profecia, o povo se corrompe,
trário à natureza da retidão, Hel. 13:38. Prov. 29:18. Certamente o Senhor Deus
Estai, pois, firmes, tendo vestida a cou- não fará cousa alguma, sem ter revelado
raça da retidão, D&C 27:16 (Ef. 6:14). o seu segredo aos seus servos, os profe-
Aquele que pratica as obras da retidão tas, Amós 3:7. Bem-aventurado és tu, Si-
receberá paz neste mundo e vida eterna mão Barjonas, porque to não revelou a
no mundo vindouro, D&C 59:23. Os po- carne e o sangue, mas meu Pai, Mt.
deres do céu não podem ser controlados 16:15–19. O Espírito vos guiará em toda
a não ser de acordo com os princípios da a verdade, e vos anunciará o que há de
retidão, D&C 121:36. O povo de Sião vi- vir, Jo. 16:13. Se algum de vós tem fal-
via em retidão, Mois. 7:18. Abraão foi ta de sabedoria, peça-a Deus, Tg. 1:5.
um seguidor da retidão, Abr. 1:2. Todas as coisas serão reveladas, 2 Né.
27:11. Darei aos filhos dos homens linha
REUEL. Ver Jetro sobre linha, 2 Né. 28:30. Nada haverá se-
creto que não seja revelado, 2 Né. 30:17.
REVELAÇÃO. Ver também Espírito
O Espírito Santo vos mostrará todas as
Santo; Inspiração, Inspirar; Luz,
coisas que deveis fazer, 2 Né. 32:5. Ne-
Luz de Cristo; Profecia, Profetizar;
nhum homem conhece os caminhos de
Sonhos; Visão; Voz
Deus, a não ser que lhe sejam revelados,
Comunicação de Deus a seus filhos aqui Jacó 4:8. Alma jejuou e orou para receber
na Terra. A revelação pode vir pela revelação, Al. 5:46. Ao justo será permi-
Luz de Cristo e pelo Espírito Santo por tido revelar coisas nunca antes revela-
meio de inspiração, visões, sonhos ou das, Al. 26:22. Aquele que nega estas
visitas de anjos. A revelação propor- coisas não conhece o evangelho de Jesus
ciona orientação que pode levar os jus- Cristo e não leu as escrituras, Mórm.
tos à salvação eterna no reino celestial. 9:7–8. Não recebereis testemunho senão
O Senhor revela sua obra aos profetas e depois da prova de vossa fé, Ét. 12:6. A
confirma aos crentes que as revelações minha palavra será toda cumprida,
concedidas aos profetas são verdadei- D&C 1:38. Não dei paz a tua mente
ras (Amós 3:7). Por meio de revelação quanto ao assunto? D&C 6:22–23. Fala-
o Senhor fornece orientação individual rei em tua mente e em teu coração, D&C
a toda pessoa que a busca e que tem fé, 8:2–3. Se estiver certo, farei arder dentro
arrepende-se e obedece ao evangelho de ti o teu peito, D&C 9:8. Não negues
de Jesus Cristo. “O Espírito Santo é um o espírito de revelação, D&C 11:25.
revelador”, disse o Profeta Joseph Os que pedirem, receberão revelação
Smith, e “ninguém pode receber o Es- sobre revelação, D&C 42:61. Tudo
pírito Santo sem receber revelações.” que disserem, quando movidos pelo
Espírito Santo, será a voz do Senhor,
Na Igreja do Senhor os membros que D&C 68:4. Deus vos dará conheci-
formam a Primeira Presidência e o mento, D&C 121:26. Joseph Smith viu
Quórum dos Doze Apóstolos são profe- o Pai e o Filho, JS—H 1:17. Cremos
tas, videntes e reveladores para a Igreja em tudo o que Deus revelou e ainda
e para o mundo. O Presidente da Igreja revelará, RF 7, 9.
é a única pessoa, entre todos eles, auto-
rizada pelo Senhor a receber revelação REVELAÇÃO DE JOÃO. Ver
para a Igreja (D&C 28:2–7). Entretanto, Apocalipse do Apóstolo João
todos podem receber revelação pessoal REVERÊNCIA. Ver também Honra;
para o seu próprio benefício. Temor
De tudo o que sai da boca do Senhor Profundo respeito pelas coisas sagra-
viverá o homem, Deut. 8:3 (Mt. 4:4; das; veneração.
Rigdon, Sidney 178
O Senhor ordenou a Moisés que tiras- não buscarem as riquezas terrenas, ex-
se os sapatos, pois o lugar em que esta- ceto para fazer o bem. Eles não devem
va era terra santa, Êx. 3:4–5. Deus deve dar maior importância às riquezas do
ser temido e reverenciado, Salm. 89:7. mundo do que à busca do reino de
Sirvamos a Deus com reverência e pie- Deus, onde se acham as riquezas da
dade, Heb. 12:28. Morôni inclinou-se eternidade (Jacó 2:18–19).
até o solo e orou fervorosamente, Al. Se as vossas riquezas aumentam, não
46:13. A multidão caiu por terra e ado- ponhais nelas o coração, Salm. 62:10.
rou a Cristo, 3 Né. 11:12–19. Se ele pros- Não aproveitam as riquezas no dia da
trar-se perante mim, D&C 5:24. Todas ira, Prov. 11:4. Aquele que confia nas
as coisas curvam-se em humilde reve- suas riquezas cairá, Prov. 11:28. Mais
rência diante do trono de Deus, D&C digno de ser escolhido é o bom nome
76:93. Vossa mente escureceu-se porque do que as muitas riquezas, Prov. 22:1.
tratastes com leviandade as coisas que Quão dificilmente entrarão no reino
recebestes, D&C 84:54–57. Todo joelho de Deus os que têm riquezas, Mc. 10:23
se dobrará e toda língua confessará, (Lc. 18:24–25). O amor ao dinheiro é a
D&C 88:104. Por respeito ou reverência raiz de toda a espécie de males, I Tim.
ao nome do Ser Supremo, a igreja deu 6:10. Ai dos ricos que desprezam os po-
a esse sacerdócio o nome de Melquise- bres e cujos tesouros são seu deus, 2 Né.
deque, D&C 107:4. Bênçãos serão derra- 9:30. Os ricos justos não tinham posto
madas sobre os que reverenciarem ao o coração nas riquezas e eram liberais
Senhor em sua casa, D&C 109:21. com todos, Al. 1:30. O povo começou a
RIGDON, SIDNEY se tornar orgulhoso por causa das rique-
zas, Al. 4:6–8. O povo começou a divi-
Um dos primeiros conversos e líder da dir-se em classes, segundo suas rique-
Igreja restaurada na década de 1830 e zas, 3 Né. 6:12. Não busque as riquezas
começo da de 1840. Sidney Rigdon ser- mas sabedoria, D&C 6:7 (Al. 39:14;
viu durante algum tempo como Primei- D&C 11:7). As riquezas da Terra são de
ro Conselheiro de Joseph Smith na Pri- Deus para dar, mas precavei-vos con-
meira Presidência da Igreja (D&C 35; tra o orgulho, D&C 38:39.
58:50, 57; 63:55–56; 76:11–12, 19–23;
90:6; 93:44; 100:9–11; 124:126). Mais Riquezas da eternidade: Ajuntai tesouros
tarde ele apostatou e foi excomungado no céu, Mt. 6:19–21. Quantas vezes vos
em setembro de 1844. chamei pelas riquezas da vida eterna,
D&C 43:25. As riquezas da eternidade
RIO JORDÃO são minhas e posso dá-las, D&C 67:2
O Rio Jordão estende-se desde o mar da (78:18).
Galiléia até o Mar Morto. Tem 160 qui- ROBOÃO. Ver também Salomão
lômetros de extensão e é formado por
No Velho Testamento, filho e sucessor
diversas nascentes que descem do mon-
do rei Salomão. Reinou em Jerusalém
te Hermon. É o rio mais importante de
durante dezessete anos (I Re. 11:43;
Israel.
14:21, 31). Durante seu reinado o reino
São dois os eventos mais importantes foi dividido em Reino de Israel, no nor-
relacionados com este rio; a separação te, e Reino de Judá, no sul (I Re. 11:31–
das águas para a passagem de Israel 36; 12:19–20). Roboão ficou como rei
(Jos. 3:14–17) e o batismo de Jesus Cristo de Judá.
(Mt. 3:13–17; 1 Né. 10:9).
ROCHA. Ver também Evangelho;
RIQUEZAS. Ver também Jesus Cristo; Revelação
Dinheiro; Orgulho Em sentido figurado é Jesus Cristo e seu
Fortuna ou abundância de bens mate- evangelho, que são um firme alicerce e
riais. O Senhor aconselhou os santos a sustentáculo (D&C 11:24; 33:12–13). A
179 Rumores
palavra rocha também pode referir-se uma declaração sobre certas doutrinas
à revelação, por meio da qual Deus tor- acerca das quais houvera controvérsia
na conhecido o evangelho ao homem e que Paulo considerava como final-
(Mt. 16:15–18). mente resolvidas.
Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, Deut. No capítulo 1 encontra-se a saudação de
32:4. O Senhor é o meu rochedo, nele Paulo aos romanos. Nos capítulos 2–11
confiarei, II Sam. 22:2–3. Uma pedra foi há várias declarações sobre a doutrina
cortada, sem mãos, Dan. 2:34–35. Es- da fé, das obras e da graça. Nos capítu-
tava edificada sobre a rocha, Mt.7:25 los 12–16 são detalhados ensinamen-
(3 Né. 14:25). Jesus Cristo é a pedra que tos práticos sobre o amor, o dever e a
foi rejeitada, At. 4:10–11. A pedra era santidade.
Cristo, I Cor. 10:1–4 (Êx. 17:6). O que es-
ROUBAR, ROUBO
tá edificado sobre a rocha recebe a ver-
dade com júbilo, 2 Né. 28:28. Os judeus Furtar. Tirar algo de outra pessoa de
rejeitarão a pedra (Cristo) sobre a qual modo desonesto ou ilegal. O Senhor
poderiam edificar, Jacó 4:15–17. É sobre sempre ordenou a seus filhos que não
a rocha de nosso Redentor que deve- roubassem (Êx. 20:15; Mt. 19:18; 2 Né.
mos construir o nosso alicerce, Hel. 26:32; Mos. 13:22; D&C 59:6).
5:12. Os que edificam sobre as doutri- Ajuntai tesouros no céu, onde os ladrões
nas de Cristo, edificam sobre a sua ro- não roubam, Mt. 6:19–21. As derrotas
cha e não cairão quando vierem as inun- dos nefitas aconteceram por causa do
dações, 3 Né. 11:39–40 (Mt. 7:24–27; orgulho, das riquezas, dos furtos e dos
3 Né. 18:12–13). Um homem prudente roubos, Hel. 4:12. O que furtar e não se
edificou sua casa sobre a rocha, 3 Né. arrepender será expulso, D&C 42:20.
14:24. Se estiverdes estabelecidos sobre Os que roubarem serão entregues à lei
minha rocha, a Terra e o inferno não po- do país, D&C 42:84–85.
derão prevalecer, D&C 6:34. Aquele
RÚBEN. Ver também Israel;
que edificar sobre esta rocha jamais cai-
Jacó, Filho de Isaque
rá, D&C 50:44. Eu sou o Messias, o Rei
de Sião, a Rocha do Céu, Mois. 7:53. No Velho Testamento, filho mais velho
de Jacó e Léia (Gên. 29:32; 37:21–22, 29;
ROMA. Ver também 42:22, 37). Embora Rúben fosse o primo-
Império Romano gênito, perdeu a primogenitura por cau-
No Novo Testamento, capital do Im- sa do pecado (Gên. 35:22; 49:3–4).
pério Romano, localizada às margens Tribo de Rúben: A bênção de Jacó a Rú-
do Rio Tibre, na Itália (At. 18:2; 19:21; ben acha-se em Gên. 49:3 e em Deut.
23:11). Paulo pregou o evangelho em 33:6. O número de descendentes da tri-
Roma, quando era prisioneiro do go- bo foi diminuindo gradualmente, e em-
verno romano (At. 28:14–31; Rom. 1:7, bora ela continuasse a existir, tornou-se
15–16). politicamente menos importante. O di-
ROMANOS, EPÍSTOLA AOS. Ver reito de primogenitura de Rúben pas-
também Epístolas Paulinas; Paulo sou a José e seus filhos, por ser este o
primogênito de Raquel, a segunda es-
No Novo Testamento, carta escrita por posa de Jacó (I Crôn. 5:1–2).
Paulo aos santos de Roma. Ele preten-
dia fazer uma visita a Jerusalém, que RUMORES. Ver também
considerava muito perigosa. Se esca- Maledicência; Mexerico
passe com vida, esperava depois vi- Satanás espalha rumores e contendas—
sitar Roma. A epístola destinava-se, às vezes parcialmente baseados na ver-
em parte, a preparar a Igreja de lá pa- dade—para fazer com que as pessoas se
ra recebê-lo quando chegasse. Pode-se voltem contra Deus e contra tudo o que
considerar também essa epístola como é bom (Hel. 16:22; JS—1:1). Um dos si-
Rute 180
nais da Segunda Vinda de Jesus Cristo ria em tua mocidade, Al. 37:35. Os san-
é que as pessoas falarão de guerras e ru- tos encontrarão sabedoria e grandes te-
mores de guerras (Mt. 24:6; D&C 45:26; souros de conhecimento, D&C 89:19.
JS—M 1:23). Que o que for ignorante se humilhe e
invoque o Senhor, e assim adquira sa-
RUTE. Ver também Boaz bedoria, D&C 136:32.
No Velho Testamento, a nora moabita
de Noemi e Elimeleque, que eram israe- SACERDÓCIO. Ver também
litas. Depois da morte de seu marido, Autoridade; Chaves do
Rute casou-se com Boaz, parente de Sacerdócio; Juramento e
Noemi. O filho deles, Obede, foi o ante- Convênio do Sacerdócio;
passado de Davi e de Cristo. A história Ordenação, Ordenar; Poder;
de Rute ilustra de forma bela a conver- Sacerdócio Aarônico; Sacerdócio
são ao rebanho de Israel de uma mulher de Melquisedeque
que não era israelita. Rute abandonou Autoridade e poder concedidos por
seu antigo deus e sua vida anterior para Deus ao homem para agir em todas as
unir-se à família da fé e servir ao Deus coisas relacionadas com a salvação da
de Israel (Rute 1:16). humanidade (D&C 50:26–27). Os mem-
Livro de Rute: O capítulo 1 descreve a vi- bros da Igreja do sexo masculino, que
da de Elimeleque e de sua família em são portadores do sacerdócio, são or-
Moabe. Depois da morte de seus respec- ganizados em quóruns e autorizados a
tivos maridos, Noemi e Rute foram pa- realizar ordenanças e exercer certas
ra Belém. O capítulo 2 explica que Rute funções administrativas na Igreja.
trabalhou colhendo espigas nos campos Sua unção lhes será por sacerdócio per-
de Boaz. O capítulo 3 conta como Noe- pétuo, Êx. 40:15 (Núm. 25:13). Eu vos
mi instruiu Rute a ir à eira e deitar-se nomeei, Jo. 15:16. Sois edificados casa
aos pés de Boaz. O capítulo 4 é a his- espiritual e sacerdócio santo, I Ped. 2:5.
tória do casamento de Rute com Boaz. Sois a geração eleita, o sacerdócio real,
Eles tiveram um filho, Obede, de cuja I Ped. 2:9 (Êx. 19:6). Os homens são
linhagem vieram Davi e Jesus Cristo. chamados como sumos sacerdotes por
causa de sua grande fé e boas obras,
SÁBADO. Ver Dia de descanso Al. 13:1–12. Dou-te poder para batizar,
SABEDORIA. Ver também 3 Né. 11:21. Tereis poder para conferir o
Compreensão; Conhecimento; Espírito Santo, Morô. 2:2. Eis que vos re-
Verdade velarei o Sacerdócio pela mão de Elias, o
profeta, D&C 2:1 (JS—H 1:38). Confir-
A capacidade ou dom de Deus de saber mou o Senhor um sacerdócio sobre Aa-
julgar corretamente. Adquire-se sabe- rão e sua semente, D&C 84:18. Esse sa-
doria pela experiência e pelo estudo e cerdócio maior administra o evangelho,
seguindo os conselhos de Deus. Sem a D&C 84:19. Tirou Moisés do meio deles,
ajuda de Deus o homem não tem sabe- como também o Santo Sacerdócio, D&C
doria verdadeira (2 Né. 9:28; 27:26). 84:25. Descrição do juramento e convê-
Deu Deus a Salomão sabedoria, I Re. nio do sacerdócio, D&C 84:33–42. O sa-
4:29–30. A sabedoria é coisa principal; cerdócio continuou através da linhagem
adquire, pois, a sabedoria, Prov. 4:7. O de vossos pais, D&C 86:8. Há, na igreja,
que adquire entendimento ama a sua dois sacerdócios, D&C 107:1. O primei-
alma, Prov. 19:8. Jesus crescia em sa- ro sacerdócio é o Santo Sacerdócio se-
bedoria, Lc. 2:40, 52. Se algum de vós gundo a Ordem do Filho de Deus, D&C
tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, 107:2–4. Os direitos do sacerdócio são
Tg. 1:5 (D&C 42:68; JS—H 1:11). Eis que inseparavelmente ligados com os pode-
vos digo estas coisas para que aprendais res do céu, D&C 121:36. Nenhum poder
sabedoria, Mos. 2:17. Aprende sabedo- ou influência pode ou deve ser mantido
181 Sacerdócio de Melquisedeque
em virtude do sacerdócio, D&C. 121:41. SACERDÓCIO, CHAVES DO.
Todo homem da Igreja fiel e digno po- Ver Chaves do Sacerdócio
deria receber o santo sacerdócio, D&C
SACERDÓCIO DE
DO—2. Cremos que um homem deve
MELQUISEDEQUE. Ver também
ser chamado por Deus, RF 5.
Élder; Melquisedeque; Sacerdócio
SACERDÓCIO AARÔNICO. Ver O Sacerdócio de Melquisedeque é o sa-
também Aarão, Irmão de Moisés; cerdócio mais elevado ou maior; o
Lei de Moisés; Sacerdócio Sacerdócio Aarônico é o sacerdócio
O sacerdócio menor (Heb. 7:11–12; menor. O Sacerdócio de Melquisede-
D&C 107:13–14). Seus ofícios são: bis- que possui as chaves das bênçãos
po, sacerdote, mestre e diácono (D&C espirituais da Igreja. Por meio das
84:30; 107:10, 14–15, 87–88). Antigamen- ordenanças do sacerdócio maior ma-
te, sob a lei de Moisés, nele havia sumos nifesta-se aos homens o poder da
sacerdotes, sacerdotes e levitas. O Sacer- divindade (D&C 84:18–25; 107:18–21).
dócio Aarônico foi revelado a Moisés Adão foi o primeiro a quem Deus reve-
porque os israelitas antigos se revolta- lou o Sacerdócio de Melquisedeque e os
ram contra Deus. Eles recusaram-se a patriarcas e profetas de todas as dispen-
ser santificados e a receber o Sacerdócio sações possuíam esta autoridade (D&C
de Melquisedeque e suas ordenanças 84:6–17). A princípio chamava-se o San-
(D&C 84:23–25). O Sacerdócio Aarônico to Sacerdócio, segundo a Ordem do Fi-
encarrega-se das ordenanças exteriores lho de Deus, porém mais tarde passou
da lei e do evangelho (I Crôn. 23:27–32; a ser conhecido como Sacerdócio de
D&C 84:26–27; 107:20). Possui as chaves Melquisedeque (D&C 107:2–4).
do ministério de anjos, do evangelho do
arrependimento e do batismo (D&C 13). Quando os filhos de Israel se recusa-
O Sacerdócio Aarônico foi restaurado ram a viver à altura dos privilégios e
na Terra, nesta dispensação, em 15 de convênios do Sacerdócio de Melquise-
maio de 1829, quando João Batista o deque, o Senhor retirou esse sacerdó-
conferiu a Joseph Smith e Oliver Cow- cio maior e deu-lhes o sacerdócio me-
dery, às margens do Rio Susquehanna, nor e uma lei menor (D&C 84:23–26),
perto de Harmony, Pensilvânia, nos chamados de Sacerdócio Aarônico e lei
Estados Unidos da América. (D&C 13; de Moisés. Quando Jesus veio à Terra,
JS—H 1:68-73). restituiu o Sacerdócio de Melquisede-
que aos judeus e começou a estabelecer
E ele terá o concerto do sacerdócio per- a Igreja entre eles. Entretanto, o sacer-
pétuo, Núm. 25:13. O Senhor purificará dócio e a Igreja foram novamente per-
os filhos de Levi e os afinará, Mal. 3:3 didos por causa da apostasia, sendo
(3 Né. 24:3). Ninguém toma para si es- posteriormente restaurados por meio
ta honra, Heb. 5:4. A perfeição não vem de Joseph Smith, Jr., (D&C 27:12–13;
pelo Sacerdócio Levítico, Heb. 7:11. Este 128:20; JS—H 1:73).
sacerdócio nunca mais será tirado da
Terra, até que os filhos de Levi tornem O Sacerdócio de Melquisedeque abran-
a fazer, em retidão, uma oferta, D&C ge os ofícios de élder, sumo sacerdote,
13:1. Joseph Smith e Oliver Cowdery patriarca, setenta e apóstolo (D&C 107)
foram ordenados ao Sacerdócio Aarô- e sempre fará parte do reino de Deus
nico, D&C 27:8. O sacerdócio menor na Terra.
contém a chave do ministério de anjos, O Presidente de A Igreja de Jesus Cristo
D&C 84:26 (13:1). Há dois sacerdó- dos Santos dos Últimos Dias é o presi-
cios, a saber: o de Melquisedeque e o dente do sacerdócio maior, ou seja, de
Aarônico, D&C 107:1. O segundo sa- Melquisedeque, que possui todas as
cerdócio chama-se Sacerdócio de Aa- chaves pertencentes ao reino de Deus
rão, D&C 107:13. na Terra. O chamado de Presidente é
Sacerdócio Levítico 182
exercido somente por um homem, num sas para outros, dirigidas a Deus. Ge-
mesmo tempo, o qual é a única pessoa ralmente nas escrituras os sacerdotes
na Terra autorizada a exercer todas as são sumos sacerdotes segundo a ordem
chaves do sacerdócio (D&C 107:64–67; de Melquisedeque (Al. 13:2). Após a res-
D&C 132:7). surreição, os que recebem a plenitude
Cristo será um sacerdote eterno, segun- da glória de Deus tornam-se sacerdo-
do a ordem de Melquisedeque, Salm. tes e reis no mundo celestial.
110:4 (Heb. 5:6, 10; Heb. 7:11). O Sacer- Melquisedeque foi um sacerdote do
dócio de Melquisedeque administra o Deus Altíssimo, Gên. 14:18. És um sa-
evangelho, Heb. 7, (D&C 84:18–25). cerdote eterno, segundo a ordem de
Melquisedeque, tendo muita fé, recebeu Melquisedeque, Salm. 110:4 (Heb. 5:6;
o ofício de sumo sacerdote, Al. 13:18. O 7:17, 21). Cristo nos fez reis e sacerdo-
Sacerdócio de Melquisedeque foi confe- tes para Deus, seu Pai, Apoc. 1:6 (5:10;
rido a Joseph Smith e a Oliver Cowdery, 20:6). Quisera que vos lembrásseis de
D&C 27:12–13 (JS—H 1:72). Este sacer- que o Senhor Deus ordenou sacerdotes
dócio é recebido com um juramento e segundo a sua santa ordem, Al. 13:1–20.
convênio, D&C 84:33–42. Há duas divi- Os que irão ressurgir na ressurreição
sões ou categorias principais, o Sacerdó- dos justos são sacerdotes e reis, D&C
cio de Melquisedeque e o Sacerdócio 76:50, 55–60.
Aarônico, D&C 107:6. O Sacerdócio de
Melquisedeque tem o direito de admi- SACRAMENTO. Ver também
nistrar nos assuntos espirituais, D&C Água(s) Viva(s); Batismo,
107:8–18. Moisés, Elias e Elias, o profeta, Batizar; Cruz; Expiação, Expiar;
conferiam a Joseph Smith e a Oliver Jesus Cristo; Pão da Vida;
Cowdery as chaves do sacerdócio, D&C Sacrifício; Última Ceia
110:11–16. Agora vos indico os oficiais Para os santos dos últimos dias, a pala-
pertencentes a meu sacerdócio, para vra sacramento refere-se à ordenança
que tenhais suas chaves, D&C 124:123. de tomar o pão e a água em memória
SACERDÓCIO LEVÍTICO. do sacrifício expiatório de Cristo. O pão
Ver Sacerdócio Aarônico partido representa seu corpo quebran-
tado; a água representa o sangue que
SACERDÓCIO, ORDENAÇÃO. derramou para expiar nossos pecados
Ver Ordenação, Ordenar (I Cor. 11:23–25; D&C 27:2). Quando os
SACERDOTE, SACERDÓCIO membros dignos da Igreja tomam o sa-
AARÔNICO. Ver também Aarão, cramento, prometem tomar sobre si o
Irmão de Moisés; Sacerdócio nome de Cristo, lembrar-se sempre dele
Aarônico; Sumo Sacerdote e guardar seus mandamentos. Nesta
ordenança os membros da Igreja reno-
Ofício no Sacerdócio Aarônico. Anti- vam seus convênios batismais.
gamente era o mais elevado ofício no
Sacerdócio Levítico, recebido apenas Na Última Ceia, Jesus explicou a orde-
por Aarão e seus descendentes. Quan- nança do sacramento enquanto comia
do Cristo cumpriu a lei mosaica, foi re- com os Doze Apóstolos (Mt. 26:17–28;
movida essa restrição. Lc. 22:1–20).
Descritos os deveres de um sacerdote Jesus tomou o pão e o abençoou e o par-
na Igreja restaurada, D&C 20:46–52. tiu; depois tomou o cálice e deu graças,
Mt. 26:26–28 (Mc. 14:22–24; Lc. 22:19–
SACERDOTE, SACERDÓCIO DE 20). Quem come a minha carne e bebe o
MELQUISEDEQUE. Ver também meu sangue tem a vida eterna, Jo. 6:54.
Sacerdócio de Melquisedeque; O que come e bebe indignamente come
Sumo Sacerdote e bebe para a sua própria condenação,
Pessoa que realiza cerimônias religio- I Cor. 11:29 (3 Né. 18:29). Jesus instruiu
183 Saduceus
seus doze apóstolos nefitas a respeito Abraão amarrou seu filho Isaque e o co-
do sacramento, 3 Né. 18:1–11. Jesus ins- locou no altar, Gên. 22:1–18 (Jacó 4:5).
truiu esses discípulos a proibirem pes- Sacrificarás os teus holocaustos, Êx.
soas indignas de participarem do sacra- 20:24. Os animais a serem sacrificados
mento, 3 Né. 18:28–29 (Mórm. 9:29). São devem ser sem defeitos, Deut. 15:19–21.
ensinadas as orações sacramentais, Mo- O obedecer é melhor do que o sacrificar,
rô. 4-5 (D&C 20:75–79). O sacramento I Sam. 15:22. Amar é mais do que todos
deve ser administrado por um sacerdo- os holocaustos e sacrifícios, Mc. 12:32–
te ou élder, D&C 20:46, 76. Mestres e 33. Somos santificados pelo sacrifício de
diáconos não têm autoridade para ad- Cristo, Heb. 10:10–14. Cristo se oferece
ministrar o sacramento, D&C 20:58. Ou- em sacrifício pelo pecado, 2 Né. 2:6–7.
tros líquidos que não o vinho podem ser Aquele grande e último sacrifício será
usados para o sacramento, D&C 27:1–4. o Filho de Deus, sim, infinito e eterno,
Al. 34:8–14. Não oferecereis mais holo-
SACRIFÍCIO. Ver também Coração
caustos; sacrificai a Deus um coração
Quebrantado; Expiação, Expiar;
quebrantado e um espírito contrito,
Jesus Cristo; Sacramento; Sangue
3 Né. 9:19–20 (Salm. 51:16–17; D&C
Em tempos antigos sacrifício significava 59:8). Hoje é um dia de sacrifício, D&C
tornar alguma coisa ou alguém santo. 64:23 (97:12). Todos os que estiverem
Atualmente significa renunciar a algo dispostos a observar seus convênios
ou sofrer a perda de coisas terrenas pelo por meio de sacrifício são aceitos pelo
Senhor e seu reino. Os membros da Senhor, D&C 97:8. Joseph Smith viu os
Igreja do Senhor devem voluntariamen- espíritos dos justos, que haviam ofereci-
te sacrificar todas as coisas pelo Senhor. do sacrifícios à semelhança do sacrifício
Joseph Smith ensinou que “uma religião do Salvador, D&C 138:13. Se efetuara
que não requeira o sacrifício de todas as redenção por meio do sacrifício do Fi-
coisas nunca tem poder suficiente para lho de Deus na cruz, D&C 138:35.
produzir a fé necessária para levar-nos à
vida e à salvação”. Na perspectiva eter- SADRAQUE. Ver também Daniel
na, as bênçãos obtidas por meio do sa- No Velho Testamento, Sadraque, Mesa-
crifício são maiores do que aquilo a que que e Abednego são três jovens israeli-
se renuncia. tas que, junto com Daniel, foram leva-
Depois que Adão e Eva foram expul- dos ao palácio de Nabucodonosor, rei
sos do Jardim do Éden, o Senhor deu- da Babilônia. O nome hebreu de Sadra-
lhes a lei do sacrifício. Essa lei consis- que era Hananias. Os quatro jovens re-
tia no oferecimento dos primogênitos cusaram-se a contaminar-se com a carne
de seus rebanhos e simbolizava o futuro e o vinho do rei (Dan. 1). Sadraque, Me-
sacrifício do Unigênito de Deus (Mois. saque e Abednego foram jogados, por
5:4–8). Esta prática continuou até a mor- ordem do rei, em uma fornalha de fo-
te de Jesus Cristo, a qual pôs fim ao sa- go ardente e preservados pelo Filho de
crifício de animais como ordenança do Deus (Dan. 3).
evangelho (Al. 34:13–14). Na Igreja de
hoje os membros participam do sacra- SADUCEUS. Ver também Judeus
mento do pão e da água em memória Partido ou casta dos judeus que, em-
do sacrifício de Jesus Cristo. Também é bora pequeno, era politicamente po-
pedido aos membros da Igreja, hoje, deroso. Os saduceus eram conhecidos
que ofereçam o sacrifício de um coração por sua crença na rígida obediência à
quebrantado e um espírito contrito letra da lei mosaica e por rejeitarem
(3 Né. 9:19–22), o que significa que de- a realidade dos espíritos e dos anjos
vem ser humildes, ter o espírito de ar- e também as doutrinas da ressur-
rependimento e estar dispostos a obe- reição e da vida eterna (Mc. 12:18–27;
decer aos mandamentos de Deus. At. 4:1–3; 23:7–8).
Sagrado 184
SAGRADO. Ver Santidade; Santo mesmo menino e determinou quem era
a verdadeira mãe da criança, I Re. 3:16–
SAL
28. Compôs provérbios e cânticos, I Re.
Usado como importante conservante de 4:32. Construiu um templo, I Re. 6;
alimentos no mundo antigo; era consi- 7:13–51. Dedicou o templo, I Re. 8. Foi
derado como essencial à vida. visitado pela rainha de Sabá, I Re. 10:1–
A mulher de Ló ficou convertida nu- 13. Salomão casou-se com mulheres não
ma estátua de sal, Gên.19:26. Vós sois israelitas e estas perverteram seu co-
o sal da Terra, Mt. 5:13 (Lc. 14:34; 3 Né. ração para a adoração de falsos deuses,
12:13). O povo do convênio de Deus I Re. 11:1–8. O Senhor indignou-se con-
é considerado o sal da Terra, D&C tra Salomão, I Re. 11:9–13. Morreu, I Re.
101:39–40. Se os santos não forem sal- 11:43. Davi profetizou a glória do rei-
vadores de homens serão como o sal no de Salomão, Salm. 72. Salomão re-
que perdeu o sabor, D&C 103:9–10. cebeu muitas esposas e concubinas,
mas algumas não foram recebidas do
SALÉM. Ver também Jerusalém; Senhor, D&C 132:38 (Jacó 2:24).
Melquisedeque
Cidade do Velho Testamento, governa- SALVAÇÃO. Ver também Exaltação;
da por Melquisedeque. É possível que Expiação, Expiar; Graça; Jesus
se localizasse onde é hoje Jerusalém. O Cristo; Morte Espiritual; Morte
nome “Salém” é muito semelhante à Física; Plano de Redenção;
palavra hebraica que significa “paz”. Redenção, Redimido, Redimir
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe Ser salvo tanto da morte física quanto
pão e vinho, Gên. 14:18. Melquisede- da espiritual. Todas as pessoas serão
que, rei de Salém, era sacerdote do Deus salvas da morte física pela graça de
altíssimo, Heb. 7:1-2. Melquisedeque Deus, por meio da morte e ressurreição
era rei da terra de Salém, Al. 13:17–18. de Jesus Cristo. Toda pessoa também
pode ser salva da morte espiritual pela
SALMO. Ver também Davi; Música graça de Deus, mediante fé em Jesus
Poema ou hino inspirado. Cristo, a qual se manifesta numa vida
Livro de Salmos: Livro do Velho Testa- de obediência às leis e ordenanças do
mento contendo uma coleção de salmos, evangelho e de serviço a Cristo.
muitos dos quais falam de Cristo. O li- O Senhor é minha luz e minha salvação,
vro de Salmos é muito citado no Novo Salm. 27:1. Só ele é minha rocha e mi-
Testamento. nha salvação, Salm. 62:2. Nascerá o sol
Davi foi o autor de muitos dos Salmos, da justiça, e salvação trará debaixo das
os quais foram escritos como louvores suas asas, Mal. 4:2. O evangelho é o po-
a Deus. Muitos deles eram acompanha- der de Deus para salvação, Rom. 1:16
dos de música. (D&C 68:4). Operai a vossa salvação
com temor, Filip. 2:12. Deus vos elegeu
SALOMÃO. Ver também para salvação em santificação, II Tess.
Batseba; Davi 2:13. A salvação é gratuita, 2 Né. 2:4.
No Velho Testamento, filho de Davi e Não há dom maior que o dom da sal-
Batseba (II Sam. 12:24). Salomão foi du- vação, D&C 6:13. Jesus Cristo é o único
rante algum tempo rei de Israel. nome mediante o qual virá a salvação,
Mois. 6:52 (At. 4:10–12). Cremos que,
Davi designa Salomão rei, I Re. 1:11–53.
por meio da expiação de Cristo, toda a
Davi ordena a Salomão que ande nos
humanidade pode ser salva, RF 3.
caminhos do Senhor, I Re. 2:1–9. O Se-
nhor prometeu-lhe um coração enten- Salvação das criancinhas: Se não vos fizer-
dido, I Re. 3:5–15. Julgou duas mulhe- des como meninos, de modo algum en-
res que reclamavam ser a mãe de um trareis no reino dos céus, Mt. 18:3. As
185 Salvador
criancinhas também têm a vida eterna, em prisão, I Ped. 3:18–20. Por isto foi
Mos. 15:25. O batismo de criancinhas é pregado o evangelho também aos mor-
uma abominação, e as criancinhas estão tos, I Ped. 4:6. O Filho visitou os espí-
vivas em Cristo por causa da Expiação, ritos em prisão, D&C 76:73. Então virá
Morô. 8:8–24. As criancinhas são redi- a redenção daqueles que receberam
midas por meio do Unigênito; a Satanás sua parte naquela prisão, D&C 88:99.
não é dado poder para tentá-las, D&C Não existe na Terra uma fonte batis-
29:46–47. O evangelho deve ser ensina- mal onde os meus santos possam ser
do às crianças pelos pais e elas devem batizados pelos que estão mortos, D&C
ser batizadas quando tiverem oito anos, 124:29. Todos os que morrem sem o co-
D&C 68:25–28. As criancinhas são santi- nhecimento do evangelho e que o te-
ficadas por meio da expiação de Jesus riam recebido serão herdeiros do rei-
Cristo, D&C 74:7. Os homens tornaram- no celestial, D&C 137:7–10. O Filho de
se outra vez, em sua infância, inocen- Deus apareceu, anunciando a liberda-
tes, D&C 93:38. Todas as crianças que de aos cativos que tinham sido fiéis,
morrem antes de chegar à idade da D&C 138:18. Saíram quantos espíritos
responsabilidade são salvas no reino estavam em prisão, Mois. 7:57.
celestial, D&C 137:10. As crianças são
limpas desde a fundação do mundo, SALVAÇÃO, PLANO DE.
Mois. 6:54. Ver Plano de Redenção

SALVAÇÃO DE CRIANÇAS. Ver SALVADOR. Ver também


Criança(s), Menino(s); Salvação— Jesus Cristo
Salvação das Criancinhas Aquele que salva. Jesus Cristo, por meio
SALVAÇÃO PARA OS MORTOS. de seu sacrifício expiatório, ofereceu
Ver também Genealogia; Livro de redenção e salvação a toda a humani-
Recordações; Plano de Redenção; dade. “Salvador” é um nome e título
Salvação de Jesus Cristo.
Oportunidade de membros da Igreja O Senhor é a minha luz e a minha sal-
vivos e dignos realizarem nos templos vação, Sal. 27:1 (Êx. 15:1–2; II Sam. 22:2–
as ordenanças salvadoras do evangelho 3). Eu sou o Senhor, e fora de mim não
por aqueles que morreram sem recebê- há Salvador, Isa. 43:11 (D&C 76:1). E
las. O evangelho é ensinado aos mortos chamarás o seu nome Jesus; porque ele
no mundo espiritual e eles podem acei- salvará o povo dos seus pecados, Mt.
tar as ordenanças realizadas por eles 1:21. Nasceu-vos hoje o Salvador, que
aqui na Terra. é Cristo, o Senhor, Lc. 2:11. Deus amou
o mundo de tal maneira que deu seu
Os membros fiéis da Igreja pesquisam Filho Unigênito para salvação de todo
e preparam histórias da família para aquele que nele crê, Jo. 3:16–17. Não
determinar os nomes e datas de nasci- há nenhum outro nome além de Cristo
mento de seus antepassados, a fim de pelo qual os homens possam ser salvos,
que as ordenanças salvadoras sejam At. 4:10–12 (2 Né. 25:20; Mos. 3:17; 5:8;
feitas por eles. D&C 18:23; Mois. 6:52). Dos céus espe-
Dizei aos presos: Saí, Isa. 49:9 (Isa. 24:22; ramos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
1 Né. 21:9). O Senhor enviou-me a pro- Filip. 3:20. O Pai enviou seu Filho para
clamar liberdade aos cativos, Isa. 61:1 Salvador do mundo, I Jo. 4:14. O Senhor
(Lc. 4:18). Ele converterá o coração dos levantaria um Messias, um Salvador do
pais aos filhos, Mal. 4:5–6 (3 Né. 25:5– mundo, 1 Né. 10:4. O Cordeiro de Deus
6; D&C 110:13–16). Os mortos ouvirão é o Salvador do mundo, 1 Né. 13:40. O
a voz do Filho de Deus, Jo. 5:25. Por que conhecimento de um Salvador se espa-
se batizam eles então pelos mortos? lhará por toda nação, tribo, língua e
I Cor. 15:29. Cristo pregou aos espíritos povo, Mos. 3:20. Cristo teve de morrer
Sam 186
para que a salvação pudesse vir, Hel. respeito dos sinais relativos ao nasci-
14:15–16. A justificação e a santificação mento e morte de Jesus Cristo e sobre a
por meio do Salvador são justas e ver- destruição dos nefitas (Hel. 13–16).
dadeiras, D&C 20:30–31. Eu sou Jesus
SAMUEL, PROFETA DO
Cristo, o Salvador do mundo, D&C
VELHO TESTAMENTO
43:34. Meu Unigênito é o Salvador,
Mois. 1:6. Todos os que cressem no Fi- Filho de Elcana e Ana, Samuel nasceu
lho e se arrependessem de seus peca- em resposta às orações de sua mãe
dos seriam salvos, Mois. 5:15. (I Sam. 1). Quando criança, foi deixa-
do aos cuidados de Eli, sumo sacerdo-
SAM. Ver também Leí, Pai de Néfi te do tabernáculo em Siló (I Sam. 2:11;
No Livro de Mórmon, terceiro filho de 3:1). O Senhor chamou Samuel em ten-
Leí (1 Né. 2:5). Foi um homem justo e ra idade para ser profeta (I Sam. 3). De-
santo que decidiu seguir ao Senhor pois da morte de Eli, Samuel tornou-se o
(1 Né. 2:17; 2 Né. 5:5–6; Al. 3:6). grande profeta e Juiz de Israel e restau-
SAMARIA. Ver também rou a lei, a ordem e a adoração religiosa
Samaritanos regular no país (I Sam. 4:15–18; 7:3–17).
No Velho Testamento, a capital do reino Em I Sam. 28:5–20 há um relato em que
do norte de Israel (I Reis 16:23–24). De- Samuel é chamado, depois de morto,
vido a sua posição estratégica no alto pela feiticeira de Endor, a pedido do
de um monte, os assírios só puderam Rei Saul. Isso não poderia ser uma
capturá-la depois de um cerco de três visão de Deus, porque uma feiticeira
anos (II Reis 17:5–6). Herodes recons- ou qualquer outro médium não pode
truiu-a e chamou-a Sebaste. Na época forçar um profeta a aparecer a seu
do Novo Testamento, Samaria era o no- pedido (I Sam. 28:20; 31:1–4).
me de todo o distrito central da Pales- Primeiro e segundo livros de Samuel: Em
tina a oeste do Jordão. algumas bíblias, os livros I e II Samuel
constituem um livro único. Em outras,
SAMARITANOS.
constituem dois livros. Os livros abran-
Ver também Samaria
gem um período de aproximadamente
Povo bíblico que vivia em Samaria de- 130 anos, desde o nascimento de Samuel
pois que os assírios levaram cativo o até pouco antes da morte do Rei Davi.
reino do norte. Os samaritanos tinham
Primeiro livro de Samuel: Os capítulos 1–4
sangue israelita e sangue gentio. Sua
descrevem como o Senhor amaldiçoou
religião era uma mistura de crenças e
e puniu a família de Eli e chamou Sa-
práticas judaicas e pagãs. A parábola do
muel como sumo sacerdote e juiz. Os ca-
Bom Samaritano, encontrada em Lucas
pítulos 4–6 contam como a arca do con-
10:25–37, mostra o ódio que os judeus
vênio caiu nas mãos dos filisteus. Os ca-
tinham aos samaritanos por terem eles
pítulos 7–8 registram as advertências de
apostatado da religião israelita. O Se-
Samuel com relação a ter falsos deuses e
nhor orientou os Apóstolos para que
um rei iníquo. Os capítulos 9–15 descre-
pregassem o evangelho aos samarita-
vem a coroação de Saul e seu reinado.
nos (At. 1:6–8). Filipe pregou com suces-
Os capítulos 16–31 contam a história de
so o evangelho de Cristo ao povo de Sa-
Davi e de como obteve o poder—Sa-
maria e realizou muitos milagres entre
muel ungiu Davi, que havia matado
eles (At. 8:5–39).
Golias. Saul odiava Davi, mas Davi re-
SAMUEL, O LAMANITA cusou-se a matar Saul, embora tivesse
Profeta lamanita do Livro de Mórmon a oportunidade de fazê-lo.
enviado pelo Senhor para ensinar e ad- Segundo livro de Samuel: O livro contém
vertir os nefitas pouco antes do nasci- os pormenores do reinado de Davi co-
mento do Salvador. Samuel profetizou a mo rei de Judá e, depois, de toda Israel.
187 Santo
Os capítulos 1–4 mostram a longa luta SANTIDADE. Ver também Pureza,
entre os seguidores de Davi, depois de puro; Santificação; santo
haver sido coroado por Judá, e os se- Perfeição espiritual e moral. A santi-
guidores de Saul. Os capítulos 5–10 dade indica pureza de coração e de
contam que Davi chegou a ser podero- propósito.
so sobre muitas terras. Os capítulos
11–21 mostram o declínio da força Os membros devem manifestar que são
espiritual de Davi por causa de seus dignos da Igreja, andando em santida-
pecados e a rebelião em sua própria de perante o Senhor, D&C 20:69. A ca-
família. Os capítulos 22–24 descrevem sa do Senhor é um lugar de santidade,
os esforços de Davi para reconciliar-se D&C 109:13. Homem de santidade é o
com o Senhor. nome de Deus, Mois. 6:57 (7:35).

SANGUE. Ver também Expiação, SANTIFICAÇÃO. Ver também


Expiar; Jesus Cristo; Sacrifício Expiação, Expiar; Jesus Cristo;
Justificação, Justificar
Considerado tanto pelos israelitas an-
tigos como por muitas culturas atuais Processo pelo qual a pessoa se livra do
como a fonte da vida ou energia vital pecado e torna-se pura, limpa e santa,
de toda a carne. Na época do Velho por meio da expiação de Jesus Cristo
Testamento o Senhor proibiu Israel de (Mois. 6:59–60).
usar o sangue como alimento (Lev. 3:17; Deus vos elegeu para a salvação em
7:26–27; 17:10–14). santificação do Espírito, II Tess. 2:13.
Somos santificados pela oblação do
O poder expiatório do sacrifício acha-
corpo de Jesus, Heb. 10:10. Jesus pade-
va-se no sangue, pois ele era conside-
ceu para santificar o povo pelo seu
rado essencial à vida. O sacrifício de
próprio sangue, Heb. 13:12. Sumos sa-
animais no Velho Testamento simboli-
cerdotes foram santificados e suas vesti-
zava o grande sacrifício que realizaria
mentas foram branqueadas pelo sangue
Jesus Cristo (Lev. 17:11; Mois. 5:5–7).
do Cordeiro, Al. 13:10–12. Aqueles que
O sangue expiatório de Jesus Cristo
entregaram a Deus seus corações obti-
purifica o que se arrepende de seus
veram a santificação, Hel. 3:33–35. Arre-
pecados (I Jo. 1:7).
pendei-vos a fim de que sejais santifica-
Seu suor tornou-se em grandes gotas dos recebendo o Espírito Santo, 3 Né.
de sangue, Lc. 22:44. Somos santifi- 27:20. A santificação pela graça de Jesus
cados pelo derramamento do sangue Cristo é justa e verdadeira, D&C 20:31.
de Cristo, Heb. 10:1–22. Sairá sangue Jesus veio para santificar o mundo,
de cada um de seus poros, Mos. 3:7 D&C 76:41. Santificai-vos, para que vos-
(D&C 19:18). O sangue do Senhor sa mente concentre-se em Deus, D&C
foi derramado para a remissão dos 88:68.
pecados, D&C 27:2. Jesus efetuou
uma expiação perfeita pelo derrama- SANTO (adjetivo). Ver também
mento de seu próprio sangue, D&C Pureza, Puro; Santidade;
76:69. Pelo sangue sois santificados, Santificação
Mois. 6:60. Sagrado, de caráter divino ou espiri-
tual e moralmente puro. O oposto de
SANSÃO santo é comum ou profano.
No Velho Testamento, o décimo segun- E vós me sereis um reino sacerdotal e o
do “juiz” de Israel. Era conhecido por povo santo, Êx. 19:5–6 (I Ped. 2:9). O Se-
sua grande força física, mas não de- nhor ordenou a Israel: vós vos santifica-
monstrou sabedoria em algumas de reis e sereis santos, Lev. 11:44–45. Aque-
suas ações e decisões morais (Juí. 13:24– les que são limpos de mãos e puros
16:31). de coração estarão no seu lugar santo,
Santo 188
Salm. 24:3–4. A meu povo ensinarão a santos devem repartir seu sustento com
distinguir entre o santo e o profano, Eze. os pobres e aflitos, D&C 105:3. Os ofí-
44:23. Deus nos chamou com uma santa cios acima eu vos dei, para a obra do
vocação, II Tim. 1:8–9. Desde a menini- ministério e o aperfeiçoamento de meus
ce sabes as sagradas letras, II Tim. 3:15. santos, D&C 124:143 (Ef. 4:12).
Os homens santos de Deus falaram ins-
pirados pelo Espírito Santo, II Ped. 1:21. SANTO DE ISRAEL, O.
Todos os homens serão julgados de Ver Jesus Cristo
acordo com a verdade e santidade que SANTO DOS SANTOS.
está em Deus, 2 Né. 2:10. O homem na- Ver também Tabernáculo;
tural torna-se santo pela expiação de Templo, a Casa do Senhor
Cristo, Mos. 3:19. Que andeis conforme
O recinto mais sagrado do tabernáculo
a santa ordem de Deus, Al. 7:22 (Al.
de Moisés e, mais tarde, do templo. O
13:11–12). Três discípulos foram santifi-
Santo dos Santos é também chamado de
cados na carne e tornados santos, 3 Né.
“lugar santíssimo” (Êx. 26:33–34).
28:1–9, 36–39. Não trates com levianda-
de as coisas sagradas, D&C 6:12. Não SANTO ESPÍRITO.
podes escrever aquilo que é sagrado a Ver Espírito Santo
não ser que te seja concedido por mim,
D&C 9:9. Fareis convênio de que agireis SANTO ESPÍRITO DA PROMESSA.
em toda a santidade, D&C 43:9. Meus Ver também Espírito Santo
discípulos permanecerão em lugares O Espírito Santo é o Santo Espírito da
santos, D&C 45:32. Aquilo que vem do promessa (Atos 2:33). Ele confirma e
alto é sagrado, D&C 63:64. As crianci- torna aceitáveis a Deus as ações, orde-
nhas são santas, D&C 74:7. Consagrarei nanças e convênios justos dos homens.
esse local para que se torne santo, D&C O Santo Espírito da promessa testifica
124:44. O Senhor reunirá seus eleitos ao Pai que as ordenanças salvadoras fo-
numa Cidade Santa, Mois. 7:62. ram adequadamente realizadas e manti-
dos os convênios inerentes a elas.
SANTO (substantivo). Ver também
Cristãos; Igreja de Jesus Cristo; Os que são selados pelo Santo Espírito
Igreja de Jesus Cristo dos Santos da promessa recebem tudo o que o Pai
dos Últimos Dias, A tem, D&C 76:51–60 (Éf.1:13-14). Para
serem válidos após esta vida, todos os
Membro fiel da Igreja de Jesus Cristo. convênios e realizações devem ser se-
Congregai os meus santos, Salm. 50:5; lados pelo Santo Espírito da promes-
Saulo fez muito mal aos santos de Je- sa, D&C 132:7, 18–19, 26.
rusalém, At. 9:1–21. Pedro veio também
aos santos que habitavam em Lida, At. SARA. Ver também Abraão
9:32. Graça e paz a todos os que estão No Velho Testamento, primeira espo-
em Roma, chamados santos, Rom. 1:7. sa de Abraão. Na velhice deu à luz Isa-
Sois concidadãos dos santos, Ef. 2:19– que (Gên. 18:9–15; 21:2).
21. Vi a Igreja do Cordeiro, que eram
SARAR. Ver Curar, Curas; Doença,
os santos de Deus, 1 Né. 14:12. O ho-
Doente
mem natural é inimigo de Deus, a não
ser que se torne santo pela expiação de SARIA. Ver também Leí, pai de Néfi
Cristo, Mos. 3:19. Eu, o Senhor, aben- No Livro de Mórmon, esposa de Leí
çoei a Terra para uso de meus santos, (1 Né. 5:1–8; 8:14–16; 18:19) e mãe de
D&C 61:17. Satanás fez guerra contra Lamã, Lemuel, Sam, Néfi, Jacó, José e
os santos de Deus, D&C 76:28–29. Tra- também de algumas filhas (1 Né. 2:5;
balhai diligentemente para preparar 2 Né. 5:6).
os santos para a hora do julgamento
que está para vir, D&C 88:84–85. Os SATANÁS. Ver Diabo
189 Selamento, Selar
SAÚDE. Ver Palavra de Sabedoria 27:14–18. Preparai-vos, preparai-vos,
pois o Senhor está perto, D&C 1:12. Do
SAUL, REI DE ISRAEL
céu eu me revelarei com poder, e habita-
No Velho Testamento, primeiro rei de rei na Terra por mil anos, D&C 29:9–12.
Israel antes da divisão. Embora fosse Eleva tua voz e clama o arrependimen-
justo no início de seu reinado, tornou- to, preparando o caminho do Senhor pa-
se muito orgulhoso e foi desobediente ra sua segunda vinda, D&C 34:5–12. Eu
a Deus (I Sam. 9–31). sou Jesus Cristo e de repente eu virei
ao meu templo, D&C 36:8 (D&C 133:2).
SAULO DE TARSO. Ver Paulo
Logo vem o dia em que me vereis e sa-
SEGA. Ver Ceifa bereis que Eu sou, D&C 38:8. Aquele
que me teme estará esperando pelos
SEGUNDA VINDA DE JESUS
sinais da vinda do Filho do Homem,
CRISTO. Ver também
D&C 45:39. A face do Senhor será reve-
Armagedom; Gogue; Jesus Cristo;
lada, D&C 88:95. O grande e terrível
Magogue; Sinais dos Tempos
dia do Senhor está perto, D&C 110:16.
No início do Milênio Cristo voltará à Quando o Salvador se manifestar vê-
Terra. Esse acontecimento marcará o lo-emos como é, D&C 130:1. O Salva-
fim da provação mortal desta Terra. dor permanecerá no meio de seu povo
Os iníquos serão tirados da Terra e os e reinará, D&C 133:25. Quem é este que
justos serão levados em uma nuvem com vestidos tingidos vem de Deus no
enquanto a Terra for purificada. Em- céu? D&C 133:46 (Isa. 63:1).
bora ninguém saiba quando Cristo vi-
rá pela segunda vez, ele nos deu sinais SEGUNDO CONSOLADOR.
que indicam a aproximação do tempo Ver Consolador
(Mt. 24; JS—M 1). SEGUNDO ESTADO.
Eu sei que o meu Redentor por fim se Ver Mortal, Mortalidade
levantará sobre a Terra, Jó 19:25. Dian- SELAMENTO, SELAR. Ver também
te de mim se dobrará todo o joelho, e Elias, o Profeta; Ordenanças;
jurará toda a língua, Isa. 45:23 (D&C Sacerdócio
88:104). O Filho do Homem vinha com
as nuvens dos céus, Dan. 7:13 (Mt. Tornar válidas no céu as ordenanças
26:64; Lc. 21:25–28). Olharão para mim, realizadas pela autoridade do sacer-
a quem traspassaram, Zac. 12:10. Al- dócio na Terra. As ordenanças são se-
guém dirá: Que feridas são essas nas ladas quando recebem a aprovação do
tuas mãos? Zac. 13:6 (D&C 45:51). Santo Espírito da Promessa, que é o
Quem suportará o dia de sua vinda? Espírito Santo.
Porque ele será como o fogo do ouri- Tudo o que ligares na Terra será ligado
ves, Mal. 3:2 (3 Né. 24:2; D&C 128:24). nos céus, Mt. 16:19 (18:18; D&C 124:93;
O Filho do Homem virá na glória de 132:46). Fostes selados com o Espírito
seu Pai, Mt. 16:27 (Mt. 25:31). Daquele Santo da promessa, Ef. 1:13. Dou-te po-
dia e hora ninguém sabe, mas unica- der para que tudo quanto ligares na Ter-
mente meu Pai, Mt. 24:36 (D&C 49:7; ra seja ligado no céu, Hel. 10:7. A eles
JS—M 1:38–48). Esse Jesus há de vir as- será dado poder para selar, tanto na
sim como para o céu o vistes ir, At. 1:11. Terra como nos céus, D&C 1:8. Os que
Porque o mesmo Senhor descerá do céu, estão na glória celestial são selados
I Tess. 4:16. O dia do Senhor virá como pelo Santo Espírito da promessa, D&C
o ladrão de noite, II Ped. 3:10. É vindo 76:50–70. Elias, o profeta, põe as cha-
o Senhor com milhares de seus santos, ves do poder selador nas mãos de Jo-
Jud. 1:14. Eis que vem com as nuvens e seph Smith, D&C 110:13–16. Este é o
todo olho o verá, Apoc. 1:7. Jesus le- poder de selar e ligar, D&C 128:14. A
vantar-se-á para julgar o mundo, 3 Né. palavra mais segura de profecia signi-
Sem 190
fica um homem saber que está selado 6:5 (Mt. 22:37; Mc. 12:30). Porém eu e
para a vida eterna, D&C 131:5. Todos minha casa serviremos ao Senhor, Jos.
os convênios que não forem selados 24:15. O Senhor é meu pastor, Salm.
pelo Santo Espírito da promessa têm 23:1. O Senhor é forte e poderoso, pode-
fim quando os homens morrem, D&C roso na guerra, Salm. 24:8. O Senhor
132:7. A grande obra a ser realizada Jeová é a minha força, Isa. 12:2 (2 Né.
nos templos abrange o selamento dos 22:2). Eu sou o Senhor, e o teu Salvador,
filhos aos pais, D&C 138:47–48. e o teu Redentor, Isa. 60:16. Ao Senhor
teu Deus adorarás, Mt. 4:10 (Lc. 4:8).
SEM. Ver também Noé, Quão grandes coisas o Senhor fez, Mc.
Patriarca Bíblico 5:19. Há um só Senhor, Jesus Cristo,
No Velho Testamento, filho justo de I Cor. 8:6. Há um só Senhor, uma só fé,
Noé e, de acordo com a tradição, o an- um só batismo, Ef. 4:5. O mesmo Senhor
tepassado dos povos semitas, incluin- descerá do céu, I Tess. 4:16. Eu irei e
do os árabes, hebreus, babilônios, sírios, cumprirei as ordens do Senhor, 1 Né.
fenícios e assírios (Gên. 5:29–32; 6:10; 3:7. Com justiça julgará o Senhor Deus
7:13; 9:26; 10:21–32; Mois. 8:12). Nas aos pobres, 2 Né. 30:9. O Senhor Deus,
revelações dos últimos dias Sem é cha- o Deus de Abraão, livrou os israelitas
mado de “o grande sumo sacerdote” do cativeiro, Al. 29:11. Nada os salvará,
(D&C 138:41). a não ser o arrependimento e a fé no Se-
nhor, Hel. 13:6 (Mos. 3:12). Dá ouvidos
SEMBLANTE
às palavras de Jesus Cristo, teu Senhor,
A aparência geral do rosto, o qual cos- D&C 15:1. Buscai sempre a face do Se-
tuma refletir o estado de ânimo e a con- nhor, D&C 101:38. O Senhor estará ves-
dição espiritual da pessoa. tido de vermelho na segunda vinda,
O parecer do seu rosto testifica contra D&C 133:48 (Isa. 63:1–4). Abraão falou
eles, Isa. 3:9. Então se mudou o sem- com o Senhor face a face, Abr. 3:11. Cre-
blante do rei, e os seus pensamentos o mos que o primeiro princípio do evan-
turbaram, Dan. 5:6. E o seu aspecto era gelho é a fé no Senhor Jesus Cristo, RF 4.
como um relâmpago, Mt. 28:3. Seu rosto SENHOR DOS EXÉRCITOS.
era como o sol, Apoc. 1:16. Haveis rece- Ver também Jesus Cristo
bido a imagem de Deus em vossos sem-
Outro nome de Jesus Cristo, que reina
blantes? Al. 5:14, 19. Amon viu que o
sobre as hostes (exércitos) celestiais e
semblante do rei se havia modificado,
terrenas e lidera os justos contra o mal
Al. 18:12. Jejuar e orar com um coração
(D&C 29:9; 121:23).
feliz e o semblante alegre, D&C 59:14–
15. Seu semblante resplandecia mais O Senhor dos Exércitos é o Rei da
do que o brilho do sol, D&C 110:3. Glória, Salm. 24:10. O Deus de Israel é
o Senhor dos Exércitos, 1 Né. 20:2.
SEMENTE DE ABRAÃO. Ver Meu Espírito não contenderá sempre
Abraão—A semente de Abraão com o homem, diz o Senhor dos Exér-
SENHOR. Ver também citos, D&C 1:33.
Jesus Cristo; Trindade SENSUAL, SENSUALIDADE.
Título de profundo respeito e honra da- Ver também Adultério; Castidade;
do a Deus, o Pai, e ao Salvador, Jesus Cobiçar; Concupiscência;
Cristo. O título refere-se à posição que Fornicação; Imoralidade Sexual
ocupam como senhores supremos e Propensão ou preferência pelos praze-
amorosos de todas as suas criações. res físicos ilícitos, especialmente incli-
Nada é difícil para o Senhor, Gên. 18:14. nação à imoralidade sexual.
O Senhor falou a Moisés cara a cara, Êx. A mulher de seu senhor pôs os olhos
33:11. Amarás o Senhor teu Deus, Deut. em José, Gên. 39:7. Qualquer que aten-
191 Serpente de Metal
tar numa mulher para a cobiçar, come- morte até o momento de sua ressur-
teu adultério, Mt. 5:28 (3 Né. 12:28). reição para a imortalidade.
Abstende-vos das concupiscências car- Andou Enoque com Deus; e não se viu
nais, que combatem contra a alma, I mais; porquanto Deus para si o tomou,
Ped. 2:11. A concupiscência da carne e Gên. 5:24 (Heb. 11:5; D&C 107:48–49).
concupiscência dos olhos não são do Ninguém tem sabido até hoje a sepul-
Pai, I Jo. 2:16. Não sigas a cobiça dos tura de Moisés, Deut. 34:5–6 (Al. 45:19).
teus olhos, Al. 39:9. Pela transgressão Elias, o profeta, subiu ao céu num re-
dessas santas leis, o homem tornou-se demoinho, II Re. 2:11. Se eu quero
sensual, D&C 20:20. Se alguém em seu que ele fique até que eu venha, que te
coração cometer adultério, não terá o importa a ti? (Jo. 21:22–23; D&C 7:1–3).
Espírito, D&C 63:16. Cessai de todas Nunca provareis a morte, 3 Né. 28:7.
as vossas concupiscências, D&C Para que não provassem a morte, hou-
88:121. Os homens começaram a ser ve uma transformação em seus corpos,
carnais, sensuais e diabólicos, Mois. 3 Né. 28:38 (4 Né. 1:14; Mórm. 8:10–11).
5:13 (Mos. 16:3; Mois. 6:49). João, o Amado, viverá até que o Senhor
SENTINELA. Ver Atalaia venha, D&C 7. Sou aquele que arreba-
tou a Sião de Enoque para meu próprio
SENTIR. Ver também Espírito Santo seio, D&C 38:4 (Mois. 7:21, 31, 69). Eno-
Perceber os influxos do Espírito. que e seus irmãos são uma cidade reser-
Havíeis perdido a sensibilidade, de mo- vada até que venha o dia da retidão,
do que não pudestes perceber suas pala- D&C 45:12. Elias, o profeta, foi levado
vras, 1 Né. 17:45. Quando lhe sentirdes ao céu sem experimentar a morte, D&C
os efeitos começareis a dizer que esta é 110:13. O Espírito Santo desceu sobre
uma boa semente, Al. 32:28. Portanto muitos e eles foram arrebatados a Sião,
sentirás que está certo, D&C 9:8. Todas Mois. 7:27.
as gentes que entrarem na casa do Se- SERMÃO DA MONTANHA. Ver
nhor sintam o teu poder, D&C 109:13. também Beatitudes; Jesus Cristo
SEPULCRO, SEPULTURA. Discurso feito pelo Senhor Jesus Cristo
Ver também Ressurreição a seus discípulos, pouco antes de en-
Local de sepultamento do corpo mor- viá-los a proclamar o evangelho (Mt.
tal. Por causa da Expiação, todos res- 5–7; Lc. 6:20–49) e logo depois do cha-
suscitarão dos sepulcros. mado dos Doze.
Após a ressurreição de Cristo, abri- O Sermão é esclarecido na tradução da
ram-se os sepulcros e muitos corpos Bíblia feita por Joseph Smith e em um
foram ressuscitados, Mt. 27:52–53 (3 sermão semelhante, registrado em 3 Né.
Né. 23:9–13). A sepultura deverá liber- 12–14. Ambos mostram que se perde-
tar seus mortos, 2 Né. 9:11–13. Os que ram do relato de Mateus partes impor-
tiverem dormido em sua sepultura, tantes do sermão.
se levantarão, D&C 88:97–98. A fonte SERPENTE DE METAL. Ver
batismal é um símbolo da sepultura, também Jesus Cristo; Moisés
D&C 128:12–13.
Uma serpente de metal feita por Moisés,
SERÉM. Ver também Anticristo atendendo ao mandamento de Deus,
No Livro de Mórmon, homem que para curar os israelitas que haviam si-
negou a Cristo e pediu um sinal (Jacó do mordidos por serpentes ardentes
7:1–20). (cobras venenosas) no deserto (Núm.
21:8–9). O símbolo da serpente foi co-
SERES TRANSLADADOS locado em um mastro e “levantado . . .a
Pessoas que são transformadas, de mo- fim de que todo aquele que o olhasse
do que não experimentam a dor nem a vivesse” (Al. 33:19–22). O Senhor refe-
Serviço 192
riu-se à serpente levantada no deserto os membros dos quóruns dos Setenta
como símbolo de que ele próprio seria são Autoridades Gerais da Igreja que re-
levantado na cruz (Jo. 3:14–15). A reve- cebem a autoridade apostólica, mas não
lação dos últimos dias confirma o relato são ordenados Apóstolos. Dedicam seu
do episódio das serpentes ardentes e de tempo integralmente ao ministério.
como as pessoas foram curadas (1 Né. O Senhor designou outros setenta, Lc.
17:41; 2 Né. 25:20; Hel. 8:14–15). 10:1. Os Setenta são chamados para pre-
SERVIÇO. Ver também Amor; gar o evangelho e ser testemunhas espe-
Bem-estar ciais de Jesus Cristo, D&C 107:25–26.
Sob a direção dos Doze, os Setenta agi-
Atenção dispensada ou trabalho feito
rão em nome do Senhor, para edificação
para o benefício de Deus e do próximo.
da Igreja e para a regularização dos seus
Ao servirmos aos outros, também ser-
negócios em todas as nações, D&C
vimos a Deus.
107:34. Escolhei outros setenta, mesmo
Escolhei hoje a quem sirvais, Jos. 24:15. sete vezes setenta, se o trabalho o exigir,
Quando fizestes a um destes meus pe- D&C 107:93–97. O quórum de setentas
queninos irmãos, a mim o fizestes, Mt. é instituído para que eles sejam élderes
25:35–45. Apresentai os vossos corpos viajantes, os quais devem prestar teste-
em sacrifício vivo, que é o vosso culto munho de meu nome em todo o mundo,
racional, Rom. 12:1. Servi-vos uns aos D&C 124:138–139.
outros pela caridade, Gál. 5:13. Teus
SIÃO. Ver também Enoque;
dias serão empregados no serviço de
Nova Jerusalém
Deus, 2 Né. 2:3. Quando estais a serviço
de vosso próximo, estais somente a ser- Os puros de coração (D&C 97:21). Sião
viço de vosso Deus, Mos. 2:17. Todos os também significa o lugar onde os puros
que habitassem essa Terra da promissão de coração vivem. A cidade construída
deveriam servir a Deus ou seriam var- por Enoque e seu povo e que foi, poste-
ridos, Ét. 2:8–12. Aqueles que embar- riormente, levada aos céus por causa da
cam no serviço de Deus devem servir retidão de seus habitantes, chamava-se
de todo o coração, D&C 4:2. O Senhor Sião (D&C 38:4; Mois. 7:18–21, 69). Nos
deu mandamentos aos homens, de que últimos dias uma cidade chamada Sião
deveriam amá-lo e servi-lo, D&C 20:18– será construída perto do Condado de
19. Em nome de Jesus Cristo servirás a Jackson, no estado de Missouri (EUA),
Deus, D&C 59:5. Eu, o Senhor, me de- onde as tribos de Israel se reunirão
leito em honrar aqueles que me ser- (D&C 103:11–22; 133:18). Os santos são
vem, D&C 76:5. Adora a Deus, porque aconselhados a edificar Sião, não im-
só a ele servirás, Mois. 1:15. porta em que parte do mundo vivam.
A cidade de Davi era chamada Sião,
SETE. Ver também Adão
I Re. 8:1. De Sião sairá a lei, Isa. 2:2–3
No Velho Testamento, filho justo de (Miq. 4:2; 2 Né. 12:2–3). Virá um Reden-
Adão e Eva. tor a Sião, Isa. 59:20. Eu vos tomarei, a
Sete foi um homem perfeito e asseme- um de uma cidade, e a dois de uma ge-
lhava-se exatamente a seu pai, D&C ração, e vos levarei a Sião, Jer. 3:14. No
107:42–43 (Gên. 5:3). Sete estava entre os monte de Sião e em Jerusalém haverá
poderosos no mundo espiritual, D&C livramento, Joel 2:32 (Oba. 1:17). Aben-
138:40. Deus revelou-se a Sete, Mois. çoados os que procurarem estabele-
6:1–3, 8–14. cer a minha Sião, 1 Né. 13:37. As filhas
de Sião são altivas, 2 Né. 13:16 (Isa.
SETENTA. Ver também Apóstolo; 3:16). Ai do que repousa em Sião! 2 Né.
Sacerdócio de Melquisedeque 28:19–25. Procura trazer à luz e estabe-
Ofício ao qual os homens são ordenados lecer a causa de Sião, D&C 6:6 (D&C
no Sacerdócio de Melquisedeque. Hoje, 11:6). Inspirei-o a promover a causa de
193 Sinagoga
Sião com grande poder voltado para o 13:29–32; Al. 25:15; Hel. 8:14–15). Outros
bem, D&C 21:7. A Nova Jerusalém será exemplos encontram-se em Mt. 5:13–
chamada Sião, D&C 45:66–67. Indepen- 16; Jo. 3:14–15; Jacó 4:5; Al. 37:38–45.
dence, Missouri, é o local para a cida-
SIMEÃO. Ver também Israel;
de de Sião, D&C 57:1–3. Há um flagelo
Jacó, Filho de Isaque
e julgamento a derramar-se sobre os fi-
lhos de Sião até que se arrependam, No Velho Testamento, segundo filho de
D&C 84:58. O Senhor chamou seu po- Jacó e de sua esposa Léia (Gên. 29:33;
vo Sião, porque eram unos de coração 35:23; Êx. 1:2). Juntou-se a Levi no mas-
e vontade, Mois. 7:18–19. Sião (a Nova sacre dos siquemitas (Gên. 34:25–31).
Jerusalém) será construída no conti- A profecia de Jacó em relação a Simeão
nente americano, RF 10. pode ser encontrada em Gên. 49:5–7.
Tribo de Simeão: Os descendentes de Si-
SIBLON. Ver também Alma,
meão geralmente viviam com a tribo de
Filho de Alma
Judá e dentro das fronteiras do reino de
No Livro de Mórmon, um dos filhos de Judá (Jos. 19:1–9; I Crôn. 4:24–33). A tri-
Alma, o filho. Siblon pregou o evange- bo de Simeão uniu-se a Judá na batalha
lho aos zoramitas e foi perseguido por contra os cananitas (Juí. 1:3, 17). Poste-
sua retidão. O Senhor livrou-o dessa riormente também se juntaram aos exér-
perseguição devido a sua fidelidade e citos de Davi (I Crôn. 12:25).
paciência (Al. 38). Siblon também cui-
dou dos registros nefitas durante al- SINAGOGA. Ver também Judeus
gum tempo (Al. 63:1–2, 11–13). Local de reuniões para fins religiosos.
Nos tempos do Novo Testamento a mo-
SIMÃO CANANITA bília geralmente era simples, consistin-
No Novo Testamento, um dos Doze do de uma arca que continha os rolos
Apóstolos originais de Jesus Cristo (Mt. da lei e outros escritos sagrados, uma
10:2–4). mesinha para leitura e assentos para
SIMÃO PEDRO. Ver Pedro os freqüentadores.
Um conselho local de anciãos (élde-
SIMBOLISMO res) administrava cada sinagoga. Eles
Usar algo como semelhança ou repre- decidiam quem deveria ser admitido e
sentação de uma outra coisa. Nas escri- quem deveria ser expulso (Jo. 9:22;
turas o simbolismo utiliza um objeto, 12:42). O oficial mais importante era o
uma circunstância ou um acontecimen- príncipe da sinagoga (Lc. 13:14; Mc.
to conhecido para representar um prin- 5:22), o qual geralmente era escriba,
cípio ou ensinamento do evangelho. cuidava do edifício e supervisionava
Por exemplo, o profeta Alma, do Livro os serviços. Um ajudante fazia as tare-
de Mórmon, usou uma semente para fas burocráticas (Lc. 4:20).
representar a palavra de Deus (Al. 32). Havia uma sinagoga em cada cidade em
Em todas as escrituras os profetas usa- que os judeus viviam, tanto na Palestina
ram o simbolismo para ensinar a respei- como fora dela. Isso foi uma grande
to de Jesus Cristo. Alguns desses sím- ajuda na proclamação do evangelho de
bolos são: as cerimônias e ordenanças Jesus Cristo, porque os primeiros mis-
(Mois. 6:63), os sacrifícios (Heb. 9:11–15; sionários cristãos geralmente tinham
Mois. 5:7–8), o sacramento (Lc. 22:13– consentimento para falar nas sinago-
20; TJS—Mc. 14:20–24) e o batismo gas (At. 13:5, 14; 14:1; 17:1, 10; 18:4). Essa
(Rom. 6:1–6; D&C 128:12–13). Muitos mesma prática existia entre os mis-
nomes bíblicos são simbólicos. A ceri- sionários na época do Livro de Mórmon
mônia do tabernáculo, no Velho Testa- (Al. 16:13; 21:4–5; 32:1), assim como en-
mento, e a lei de Moisés representa- tre os primeiros missionários desta dis-
vam verdades eternas (Heb. 8–10; Mos. pensação (D&C 66:7; 68:1).
Sinal 194
SINAL. Ver também Igreja estrela e muitos sinais, Hel. 14:2–6. Os
Verdadeira, Sinais da; sinais foram cumpridos, 3 Né. 1:15–21.
Milagre; Sinais dos Tempos Morte: Samuel, o lamanita, profetizou
Acontecimento ou experiência que as escuridão, trovões e relâmpagos e tre-
pessoas consideram como evidência ou mor de terra, Hel. 14:20–27. Os sinais
prova de alguma coisa. Um sinal é ge- foram cumpridos, 3 Né. 8:5–23.
ralmente uma manifestação miraculosa
SINAIS DOS TEMPOS. Ver também
de Deus. Satanás também tem poder pa-
Segunda Vinda de Jesus Cristo;
ra mostrar sinais sob certas condições.
Sinais; Últimos Dias
Os santos devem buscar os dons do
Espírito, mas não devem buscar sinais Acontecimentos ou experiências que
para satisfazer a curiosidade nem para Deus proporciona às pessoas para mos-
apoiar a fé. Ao contrário, o Senhor dará trar que aconteceu ou logo vai acontecer
sinais aos que crerem quando julgar algo importante, relacionado com sua
conveniente (D&C 58:64). obra. Foi profetizado que nos últimos
dias haverá muitos sinais da segunda
O mesmo Senhor vos dará um sinal, Isa. vinda do Salvador. Esses sinais permi-
7:14 (2 Né. 17:14). Deus opera sinais e tem que os fiéis reconheçam o plano de
maravilhas no céu e na terra, Dan. 6:27. Deus, sejam advertidos e preparem-se.
Uma geração má e adúltera pede um si-
nal, Mt. 12:39 (Mt. 16:4, Lc. 11:29). E es- Firmar-se-á o monte da casa do Senhor
tes sinais seguirão aos que crerem, Mc. no cume dos montes, Isa. 2:2–3. O Se-
16:17 (Mórm. 9:24; Ét. 4:18; D&C 84:65). nhor arvorará um estandarte para reu-
Serém pediu um sinal, Jacó 7:13–20. nir Israel, Isa. 5:26 (2 Né. 15:26–30). O
Corior exige um sinal, Al. 30:48–60. Se sol se escurecerá e a lua não fará res-
nos mostrardes um sinal, acreditare- plandecer a sua luz, Isa. 13:10 (Joel 3:15;
mos, Al. 32:17. A maior parte do povo D&C 29:14). Os homens transgridem as
acreditou nos sinais e maravilhas, 3 Né. leis e quebram a aliança eterna, Isa. 24:5.
1:22. O povo esqueceu os sinais e mara- Os nefitas falarão como uma voz desde
vilhas, 3 Né. 2:1. Não recebereis teste- o pó, Isa. 29:4 (2 Né. 27). Israel será reu-
munho senão depois da prova de vossa nida com poder, Isa. 49:22–23 (1 Né.
fé, Ét. 12:6. Não soliciteis milagres a não 21:22–23; 3 Né. 20–21). Deus levantará
ser que eu vos ordene, D&C 24:13. A fé um reino que não será jamais destruído,
não vem por sinais, mas sinais seguem Dan. 2:44 (D&C 65:2). Guerra, sonhos
os que crêem, D&C 63:7–11. Nesses dias e visões precederão a Segunda Vinda,
surgirão também falsos cristos e falsos Joel 2. Ajuntarei todas as nações para
profetas, e farão tão grandes sinais e a peleja contra Jerusalém, Zac. 14:2 (Eze.
prodígios, JS—M 1:22. 38–39). Aquele dia vem ardendo como
forno, Mal. 4:1 (3 Né. 25:1; D&C 133:64;
SINAIS DA IGREJA JS—H 1:37). Grandes calamidades pre-
VERDADEIRA. Ver Igreja cederão a Segunda Vinda, Mt. 24 (JS—
Verdadeira, Sinais da M 1). Paulo descreveu a apostasia e
SINAIS DO NASCIMENTO E DA tempos trabalhosos nos últimos dias,
MORTE DE JESUS CRISTO. II Tim. 3–4. Dois profetas serão mortos
Ver também Jesus Cristo e ressuscitados em Jerusalém, Apoc. 11
(D&C 77:15). O evangelho será restaura-
Acontecimentos que acompanharam o do nos últimos dias pelo ministério dos
nascimento e a morte de Jesus Cristo. anjos, Apoc. 14:6–7 (D&C 13; 27; 110:11–
Nascimento: Uma virgem conceberá e 16; 128:8–24). Babilônia será estabele-
dará à luz um filho, Isa. 7:14. De Belém cida e cairá, Apoc. 17–18. Israel será
sairá o que será Senhor em Israel, Miq. reunida com poder, 1 Né. 21:13–26
5:2. Samuel, o lamanita, prediz um dia, (Isa. 49:13–26; 3 Né. 20–21). Este é um
uma noite, e um dia de luz; uma nova sinal, a fim de que saibais a hora, 3 Né.
195 Smith, Joseph, Jr.
21:1. O Livro de Mórmon aparecerá pelo Deus revelou instruções para Hyrum
poder de Deus, Mórm. 8. Os lamanitas por intermédio de seu irmão Joseph,
florescerão, D&C 49:24–25. O iníquo D&C 11; 23:3. Bem-aventurado é o meu
matará o iníquo, D&C 63:32–35 (Apoc. servo Hyrum Smith, pela integridade
9). A guerra se derramará sobre todas do seu coração, D&C 124:15. Foi orde-
as nações, D&C 87:2. Sinais, convulsão nado a Hyrum que assumisse o cargo
de elementos e anjos preparam o cami- de patriarca da Igreja, D&C 124:91–96,
nho para a vinda do Senhor, D&C 124. Joseph e Hyrum foram mortos na
88:86–94. Trevas cobrirão a Terra, D&C prisão de Carthage, D&C 135. Hyrum
112:23–24. O Senhor manda que os san- e outros espíritos escolhidos foram re-
tos se preparem para a Segunda Vin- servados para nascerem na plenitude
da, D&C 133. dos tempos, D&C 138:53.
SINÉDRIO. Ver também Judeus SMITH, JOSEPH, SÊNIOR.
Ver também Smith, Joseph, Jr.;
Senado judaico e também a mais alta
Smith, Lucy Mack
corte judaica para assuntos tanto civis
como eclesiásticos. O sinédrio era com- Pai do profeta Joseph Smith. Nasceu
posto de 71 membros escolhidos entre em 12 de julho de 1771. Casou-se com
os príncipes dos sacerdotes, escribas e Lucy Mack e tiveram nove filhos (JS—
anciãos. Nas escrituras é muitas vezes H 1:4). Creu fielmente na restauração
chamado de conselho ou concílio (Mt. dos últimos dias e tornou-se o primei-
26:59; Mc. 14:55; At. 5:34). ro Patriarca da Igreja. Morreu em 14
de setembro de 1840.
SIZ. Ver também Jareditas
Deus revelou instruções para ele por in-
Líder militar jaredita, do Livro de Mór- termédio de seu filho Joseph, D&C 4;
mon. Morreu no final da grande bata- 23:5. Que meu servo idoso continue com
lha que destruiu toda a nação jaredita sua família, D&C 90:20. Meu servo ido-
(Ét. 14:17–15:31). so Joseph Smith Sênior se assenta à di-
SMITH, EMMA HALE. reita de Abraão, D&C 124:19. Joseph
Ver também Smith, Joseph, Jr. Smith, Jr. viu seu pai em uma visão do
reino celestial, D&C 137:5. Um anjo
Esposa do profeta Joseph Smith. O Se- ordenou a Joseph Smith, Jr. que con-
nhor ordenou a Emma que fizesse uma tasse a seu pai a visão que havia tido,
seleção de hinos para a Igreja. Ela tam- JS—H 1:49–50.
bém serviu como primeira presidente
da Sociedade de Socorro. SMITH, JOSEPH F.
Foi dada revelação concernente à von- Sexto Presidente da Igreja; filho único
tade do Senhor para Emma Smith, de Hyrum e Mary Fielding Smith. Nas-
D&C 25. O Senhor aconselhou Emma ceu em 13 de novembro de 1838 e mor-
Smith com respeito ao casamento, D&C reu em 19 de novembro de 1918.
132:51–56. Joseph F. Smith teve uma visão da re-
denção dos mortos, D&C 138.
SMITH, HYRUM.
Ver também Smith, Joseph, Jr. SMITH, JOSEPH, JR. Ver também
Irmão mais velho e amigo fiel de Jo- Doutrina e Convênios; Livro de
seph Smith. Hyrum nasceu a 9 de feve- Mórmon; Pérola de Grande Valor;
reiro de 1800. Serviu como assistente Primeira Visão; Restauração do
de Joseph na presidência da Igreja, Evangelho; Tradução de Joseph
sendo também o segundo Patriarca da Smith (TJS)
Igreja. Em 27 de junho de 1844 tornou- O profeta escolhido para restaurar a
se mártir junto com Joseph, na prisão verdadeira Igreja de Jesus Cristo na
de Carthage. Terra. Joseph Smith nasceu no estado
Smith, Lucy Mack 196
de Vermont, nos Estados Unidos da Escrituras trazidas à luz pelo Profeta Joseph
América, e viveu de 1805 a 1844. Smith: Joseph traduziu partes das pla-
Em 1820, Deus, o Pai, e Jesus Cristo apa- cas de ouro que lhe foram entregues
receram a Joseph e ele ficou sabendo pelo anjo Morôni e essa tradução foi
que nenhuma das igrejas da Terra era publicada em 1830 com o título de Li-
verdadeira (JS—H 1:1–20). Posterior- vro de Mórmon. Também recebeu mui-
mente foi visitado pelo anjo Morôni, tas revelações do Senhor, estabelecendo
que revelou o lugar onde estavam es- as doutrinas básicas e a organização da
condidas as placas de ouro que conti- Igreja. Muitas dessas revelações foram
nham o registro de povos antigos do compiladas naquilo que é agora conhe-
continente americano (JS—H 1:29–54). cido como Doutrina e Convênios. Tam-
bém foi responsável pelo surgimento da
Joseph Smith traduziu as placas de ouro Pérola de Grande Valor, contendo tra-
e, em 1830, publicou-as com o título de dução inspirada de alguns dos escritos
Livro de Mórmon (JS—H 1:66–67, 75). de Moisés, Abraão e Mateus, trechos
Em 1829 ele recebeu a autoridade do de sua história pessoal e testemunho e
sacerdócio, das mãos de João Batista e treze declarações da doutrina e das
de Pedro, Tiago e João (D&C 13; 27:12; crenças defendidas pela Igreja.
128:20; JS—H 1:68–70).
De acordo com a orientação de Deus, SMITH, LUCY MACK. Ver também
em 6 de abril de 1830 Joseph e vários Smith, Joseph, Jr; Smith, Joseph,
outros organizaram a Igreja de Jesus (o pai)
Cristo restaurada (D&C 20:1–4). Sob a Mãe do Profeta Joseph Smith e esposa
liderança de Joseph a Igreja cresceu no de Joseph Smith, Sênior (JS—H 1:4, 7,
Canadá, Inglaterra e no leste dos Esta- 20). Nasceu em 8 de julho de 1776 e
dos Unidos, especialmente em Ohio, morreu em 5 de maio de 1856.
Missouri e Illinois. Uma forte perse- O profeta Joseph Smith viu sua mãe em
guição acompanhava Joseph e os san- visão do reino celestial, D&C 137:5.
tos onde quer que se estabelecessem.
Em 27 de junho de 1844, Joseph e seu SMITH, SAMUEL H. Ver também
irmão Hyrum foram assassinados em Smith, Joseph, Jr.
Carthage, Illinois, nos Estados Unidos Irmão mais novo do profeta Joseph
da América. Smith (JS—H 1:4). Samuel nasceu em
José, o filho de Jacó, profetizou a respei- 1808 e morreu em 1844. Foi uma das Oi-
to de Joseph Smith, 2 Né. 3:6–15. Conhe- to Testemunhas do Livro de Mórmon
cendo as calamidades que adviriam o e um dos primeiros missionários a ser-
Senhor chamou seu servo Joseph Smith, vir na Igreja restaurada (D&C 23:4;
D&C 1:17 (19:13). Joseph Smith foi orde- 52:30; 61:33–35; 66:7–8; 75:13).
nado apóstolo de Jesus Cristo e primei-
SODOMA. Ver também Gomorra
ro élder desta Igreja, D&C 20:2. Joseph
foi ordenado apóstolo por Pedro, Tiago No Velho Testamento, cidade iníqua
e João, D&C 27:12. Joseph e Sidney Rig- que foi destruída pelo Senhor (Gên.
don testificaram que viram o Unigênito 19:12–29).
do Pai, D&C 76:23. Com Oliver Cow- SOFONIAS
dery, Joseph Smith viu o Senhor em vi-
são, D&C 110:1–4. O Senhor chamou Profeta do Velho Testamento que vi-
Joseph para ser élder presidente, tradu- veu durante o reinado de Josias (639–
tor, revelador, vidente e profeta, D&C 608 a.C.).
124:125. Joseph Smith, com exceção ape- Livro de Sofonias: O capítulo 1 fala de um
nas de Jesus, fez mais pela salvação dia futuro que será cheio de indignação
dos homens neste mundo do que qual- e angústia. O capítulo 2 admoesta o po-
quer outro homem, D&C 135:3. vo de Israel a buscar a justiça e a man-
197 Tabernáculo
sidão. O capítulo 3 fala da Segunda SUMO SACERDÓCIO. Ver
Vinda, quando todas as nações estarão Sacerdócio de Melquisedeque
reunidas para a batalha. O Senhor, no
entanto, reinará no meio delas. SUMO SACERDOTE. Ver também
Sacerdócio Aarônico; Sacerdócio
SONHO. Ver também Revelação de Melquisedeque
Um dos meios pelos quais Deus revela
Um ofício no sacerdócio. As escrituras
sua vontade aos homens e às mulheres
se referem ao sumo sacerdote em dois
na Terra. Entretanto, nem todos os so-
sentidos: (1) um ofício do Sacerdócio
nhos são revelações. Os sonhos inspi-
de Melquisedeque; e (2) o oficial presi-
rados são resultado da fé.
dente do Sacerdócio Aarônico, sob a
E sonhou: e eis que uma escada tocava lei de Moisés.
nos céus, Gên. 28:12. E sonhou também
José um sonho, Gên. 37:5. O Senhor fa- O primeiro sentido aplica-se a Jesus
lará com ele em sonhos, Núm. 12:6. Te- Cristo como o grande Sumo Sacerdote.
ve Nabucodonosor uns sonhos, Dan. Adão e todos os patriarcas eram tam-
2:1–3. Os velhos terão sonhos, Joel 2:28 bém sumos sacerdotes. Atualmente três
(At. 2:17). O Senhor apareceu-lhe num sumos sacerdotes presidentes formam a
sonho, Mt. 1:20 (Mt. 2:19). Leí escreveu Presidência da Igreja e presidem todos
muitas coisas que viu em sonhos, 1 Né. os outros portadores do sacerdócio e
1:16. Leí tem uma visão, 1 Né. 8. membros da Igreja. Hoje em dia outros
homens dignos são ordenados sumos
SONO sacerdotes, conforme necessário, em to-
Estado de descanso no qual cessa a ati- da a Igreja. Sumos sacerdotes podem ser
vidade consciente. O Senhor aconse- chamados, designados e ordenados co-
lhou seus santos a não dormirem mais mo bispos (D&C 68:19; 107:69–71).
do que o necessário (D&C 88:124). O so- No segundo sentido, sob a lei mosaica,
no pode ser símbolo da morte espiritual o oficial presidente do Sacerdócio Aa-
(I Cor. 11:30; 2 Né. 1:13) ou da morte rônico era chamado de sumo sacerdo-
física (Mórm. 9:13). te. Esse ofício era hereditário, transmi-
SORTES tindo-se através do primogênito da fa-
Meio de se fazer uma escolha ou elimi- mília de Aarão; ele próprio foi o pri-
nar várias possibilidades, geralmente meiro sumo sacerdote da ordem de
escolhendo um pedaço de papel ou de Aarão (Êx. 28; 29; Lev. 8; D&C 84:18).
madeira dentre muitos. A isso se cha- Melquisedeque foi sacerdote do Deus
ma lançar sortes. Altíssimo, Gên. 14:18 (Al. 13:14). Sumos
Repartiram os seus vestidos, lançando sacerdotes foram chamados e prepa-
sortes, Mt. 27:35 (Salm. 22:18; Mc. 15:24; rados desde a fundação do mundo, Al.
Lc. 23:34; Jo. 19:24). Lançando-lhes sor- 13:1–10. Sumos sacerdotes administram
tes, caiu a sorte em Matias, At. 1:23– as coisas espirituais, D&C 107:10, 12, 17.
26. Lançamos sortes, para ver qual de
nós iria à casa de Labão, 1 Né. 3:11. TABACO. Ver Palavra de Sabedoria
SUMO CONSELHO TABERNÁCULO. Ver também Arca
Conselho de doze sumos sacerdotes. do Convênio; Santo dos Santos;
No início da Igreja restaurada, o termo Templo, a Casa do Senhor
sumo conselho referia-se a dois grupos Uma casa do Senhor, o centro de ado-
distintos que governavam a Igreja: (1) ração de Israel durante o êxodo do Egi-
o Quórum dos Doze Apóstolos (D&C to. O tabernáculo era na verdade um
107:33, 38) e (2) o sumo conselho que templo que podia ser transportado e
servia dentro de cada uma das estacas que podia ser desmontado e montado
(D&C 102; 107:36). novamente. Os filhos de Israel usaram
Talento 198
um tabernáculo até a construção do TEMOR. Ver também Coragem,
templo de Salomão (D&C 124:38). Corajoso; Fé; Reverência
Deus revelou o modelo do tabernáculo A palavra temor pode ter dois significa-
a Moisés (Êx. 26–27) e os filhos de Israel dos: (1) temer a Deus é ter reverência e
o construíram de acordo com esse mo- admiração por ele e guardar os seus
delo (Êx. 35–40). Quando o tabernáculo mandamentos; (2) temer ao homem, aos
ficou pronto, uma nuvem cobriu a ten- perigos mortais, às dores, e ao mal é
da, e a glória do Senhor encheu o taber- sentir medo e pavor.
náculo (Êx. 40:33–34). A nuvem era um
Temor de Deus: Certamente não há temor
sinal da presença de Deus. À noite, pa-
de Deus neste lugar, Gên. 20:11. O Se-
recia fogo. Quando a nuvem permane-
nhor teu Deus temerás, Deut. 6:13 (Jos.
cia sobre a tenda, os filhos de Israel
24:14; I Sam. 12:24). Servi ao Senhor com
acampavam. Quando ela se movia, eles
temor, Salm. 2:11. O temor do Senhor é
a seguiam (Êx. 40:36–38; Núm. 9:17–18).
o princípio da sabedoria, Salm. 111:10.
Os filhos de Israel levaram o tabernácu-
Teme ao Senhor e aparta-te do mal,
lo consigo durante sua peregrinação
Prov. 3:7. Bem sucede aos que temem a
pelo deserto e na conquista da terra de
Deus, Ecles. 8:12. Operai a vossa sal-
Canaã. Depois da conquista, o taber-
vação com temor e tremor, Filip. 2:12.
náculo ficou localizado em Siló, o
Temei a Deus e dai-lhe glória, Apoc.
lugar que o Senhor havia escolhido
14:7 (D&C 88:104). Os profetas incita-
(Jos. 18:1). Depois que os filhos de
ram continuamente o povo no temor do
Israel terminaram de construir o tem-
Senhor, En. 1:23. Alma e os filhos de
plo de Salomão, o tabernáculo não foi
Mosias caíram por terra, porque o temor
mais mencionado.
de Deus se apoderou deles, Al. 36:7.
O Senhor e Isaías usaram o tabernácu- Obrai vossa própria salvação com temor
lo como símbolo das cidades de Sião e e tremor, Mórm. 9:27. Os que não me
Jerusalém ao falar da segunda vinda temem, eu os perturbarei e farei tre-
do Senhor (Isa. 33:20; Mois. 7:62). mer, D&C 10:56. Aquele que me teme
estará esperando pelos sinais da vinda
TALENTO do Filho do Homem, D&C 45:39.
Antiga medida de peso e também an-
Temor do homem: Não temas, porque eu
tiga moeda de valor elevado. Tam-
sou contigo, Gên. 26:24 (Isa. 41:10). O
bém serve como símbolo de algo de
Senhor é conosco, não os temais, Núm.
grande valor, como o evangelho de
14:9. Não temas, porque mais são os que
Jesus Cristo (Mt. 25:14–29; Ét. 12:35;
estão conosco, II Re. 6:16. Não temerei;
D&C 60:2, 13).
que me pode fazer a carne? Salm. 56:4.
TAYLOR, JOHN Não temais o opróbrio dos homens, Isa.
51:7 (2 Né. 8:7). Deus não nos deu o es-
Terceiro Presidente de A Igreja de Jesus pírito de temor, II Tim. 1:7. A perfeita
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. caridade lança fora o temor, I Jo. 4:18
Chamado para o Conselho dos Doze, (Morô. 8:16). Os filhos de Helamã não
D&C 118:6 (124:128–129). Escreveu temeram a morte, Al. 56:46–48. O temor
sobre o martírio de Joseph e Hyrum da morte enche o peito dos iníquos,
Smith, D&C 135. Foi ferido na ocasião Mórm. 6:7. Não temo o que o homem
do martírio, D&C 135:2. Estava entre pode fazer, Morô. 8:16. Não devias ter
os grandes, vistos por Joseph F. Smith temido mais aos homens do que a Deus,
no mundo espiritual, D&C 135:53–56. D&C 3:7 (30:1, 11; 122:9). Não tenhais
receio de praticar o bem, D&C 6:33. To-
TEÂNCUM dos os que pertencem a minha Igreja
Grande líder militar nefita no Livro de não precisam temer, D&C 10:55. Se esti-
Mórmon (Al. 50:35; 51–52; 61–62). verdes preparados, não temereis, D&C
199 Tentação, Tentar
38:30. Se vos despirdes dos temores ver- Jesus purificou o templo, Mt. 21:12–16
me-eis, D&C 67:10. Tende bom ânimo (Mc. 11:15–18; Lc. 19:45–48). Foi ordena-
e não temais, porque eu, o Senhor, es- do aos santos que construíssem um tem-
tou convosco, D&C 68:6. Não temais plo em Missouri, D&C 57:3 (84:3–5). Es-
vossos inimigos, D&C 136:17. tabelecei uma casa de Deus, D&C
88:119 (109:8). O Senhor repreendeu os
TEMPLO, A CASA DO SENHOR.
santos por não terem construído um
Ver também Investidura;
templo, D&C 95:1–12. Eu não entrarei
Ordenanças; Santo dos Santos;
em templos impuros, D&C 97:15–17.
Tabernáculo
Aceitei esta casa, e meu nome aqui es-
Literalmente, a casa do Senhor. O Se- tará, D&C 110:7–8. O povo do Senhor
nhor sempre ordenou a seu povo que sempre recebe ordem de construir uma
construísse templos, edifícios sagra- casa em nome dele, D&C 124:39. A
dos nos quais os membros dignos da grande obra a ser realizada nos templos
Igreja realizam cerimônias e orde- inclui o selamento dos filhos aos pais,
nanças sagradas do evangelho para D&C 138:47–48. A grande obra dos úl-
si próprios e em favor dos mortos. O timos dias inclui a construção de tem-
Senhor visita seus templos, e por isso plos, D&C 138:53–54.
eles são os locais mais sagrados de
adoração na Terra. TEMPLO DE KIRTLAND
O tabernáculo erigido por Moisés e pe- O primeiro templo construído pela Igre-
los filhos de Israel era um templo que ja nos tempos modernos. Os santos o
podia ser transportado. Os israelitas o construíram em Kirtland, Ohio, EUA,
usaram durante o êxodo do Egito. conforme o mandamento do Senhor
(D&C 94:3–9). Um dos propósitos foi o
O templo mais conhecido dentre os de proporcionar um lugar onde os
mencionados na Bíblia foi aquele membros dignos da Igreja pudessem
construído por Salomão em Jerusalém receber poder espiritual, autoridade e
(II Crôn. 2–5). Foi destruído em 600 esclarecimento (D&C 109; 110). Foi de-
a.C. pelos babilônios e foi restaurado dicado em 27 de março de 1836, sendo
por Zorobabel quase cem anos depois a oração dedicatória dada ao Profeta
(Esd. 1–6). Parte desse templo foi quei- Joseph Smith por revelação (D&C 109).
mada em 37 a.C. e Herodes, o Grande, o Neste templo o Senhor concedeu diver-
reconstruiu posteriormente. Os roma- sas revelações importantes e restaurou
nos o destruíram no ano 70 de nossa era. as chaves do sacerdócio necessárias
No Livro de Mórmon, os seguidores jus- (D&C 110; 137). Ele nunca foi usado pa-
tos de Deus foram instruídos a construir ra realizar a plenitude das ordenanças
templos e a adorar neles (2 Né. 5:16; realizadas nos templos hoje em dia.
Mos. 1:18; 3 Né. 11:1). A construção de
templos e o seu uso correto são, em TENTAÇÃO, TENTAR. Ver também
qualquer dispensação, sinais da Igreja Arbítrio; Diabo; Perseverar
verdadeira inclusive a Igreja restaurada Teste da capacidade da pessoa para
em nossos dias. O Templo de Kirtland escolher o bem sobre o mal; incitação a
foi o primeiro templo construído e dedi- pecar e a seguir a Satanás em vez de
cado ao Senhor nesta dispensação. Des- seguir a Deus.
de essa época, foram dedicados templos Não nos induzas à tentação; mas livra-
em muitos países em todo o mundo. nos do mal, Mt. 6:13 (3 Né. 13:12). Deus
Quem estará no seu lugar santo? Salm. não vos deixará tentar acima do que po-
24:3–5. Subamos à casa do Deus de Jacó, deis suportar, I Cor. 10:13. Cristo foi
Isa. 2:2–3 (Miq. 4:1–2; 2 Né. 12:2–3). De tentado como nós somos, Heb. 4:14–15.
repente virá ao seu templo o Senhor, Bem-aventurado o varão que sofre ten-
Mal. 3:1 (3 Né. 24:1; D&C 36:8; 42:36). tação, Tg. 1:12–14. As tentações do ad-
Terra 200
versário não podem dominar os que santificada e preparada para a glória
dão ouvidos à palavra de Deus, 1 Né. celestial, D&C 88:18–19. A Terra chorou
15:24 (Hel. 5:12). O homem não pode- em alta voz, Mois. 7:48.
ria agir por si mesmo a menos que fos- Divisão da Terra: Ajuntem-se as águas
se atraído por uma outra coisa, 2 Né. num lugar, Gên. 1:9. Nos dias de Pele-
2:11–16. Vigiai e orai continuamente, gue se repartiu a Terra, Gên. 10:25.
para não serdes tentados além do que Depois que as águas recuaram ela tor-
podeis suportar, Al. 13:28. Ensina-os a nou-se uma terra escolhida, Ét. 13:2. A
resistirem a todas as tentações do demô- Terra será como era antes de sua divi-
nio, com sua fé no Senhor Jesus Cristo, são, D&C 133:24.
Al. 37:33. Orai sempre, para que não se-
jais tentados, 3 Né. 18:15, 18 (D&C 20:33; Purificação da Terra: Choveu sobre a Ter-
31:12; 61:39). Acautela-te contra o orgu- ra por quarenta dias, Gên. 7:4. A Terra
lho, para que não caias em tentação, se reserva para o fogo, até o dia do juí-
D&C 23:1. Adão se tornou sujeito à von- zo, II Ped. 3:7. Depois de hoje vem a
tade do diabo, porque cedeu à tentação, queima, D&C 64:24. A Terra quer ser
D&C 29:39–40. Fui abandonado a to- limpa da impureza, Mois. 7:48.
da sorte de tentações, JS—H 1:28. Estado final da Terra: A Terra se dobrará
TERRA. Ver também Criação, Criar; como um rolo e passará, 3 Né. 26:3
Mundo (D&C 29:23). Haverá um novo céu e
uma nova Terra, Ét. 13:9 (D&C 29:23).
O planeta em que vivemos, criado por O mar de vidro é a Terra, no seu estado
Deus por meio de Jesus Cristo para santificado, imortal e eterno, D&C 77:1.
ser usado pelo homem durante a sua A Terra deve ser santificada e prepa-
provação mortal. Seu destino final é o rada para a glória celestial, D&C 88:18–
de tornar-se glorificada e exaltada 19. A Terra será transformada como em
(D&C 77:1–2; 130:7–9). A terra será a cristal e será um Urim e Tumim, D&C
herança eterna dos que viveram dig- 130:8–9. Pelo espaço de mil anos a Ter-
nos da glória celestial (D&C 88:14–26), ra descansará, Mois. 7:64. A Terra será
onde desfrutarão da presença do Pai e renovada, RF 10.
do Filho (D&C 76:62).
Criada para o homem: Deus deu ao ho- TERRA DA PROMISSÃO
mem domínio sobre a Terra, Gên. 1:28 Terras que o Senhor promete como he-
(Mois. 2:28). A Terra é do Senhor, Êx. rança a seus fiéis seguidores, e freqüen-
9:29 (Salm. 24:1). O Senhor deu a Terra temente também aos descendentes de-
aos filhos dos homens, Salm. 115:16. les. Existem muitas terras prometidas;
Eu fiz a Terra e criei nela o homem, Isa. no Livro de Mórmon, a terra da promis-
45:12. Pelo poder de sua palavra o ho- são várias vezes mencionada é o conti-
mem apareceu sobre a Terra, Jacó 4:9. nente americano.
A Terra será dada aos que tiverem to- À tua semente darei esta terra, Gên. 12:7
mado o Santo Espírito por seu guia, (Abr. 2:19). E te darei a ti e à tua semente
D&C 45:56–58 (103:7). Os que obedece- a terra de Canaã, Gên. 17:8 (Gên. 28:13).
rem ao evangelho serão recompensa- Moisés determinou os limites da terra
dos com as coisas boas da terra, D&C de Israel em Canaã, Núm. 34:1–12
59:3. Os pobres e mansos da Terra a her- (Núm. 27:12). Serás conduzido a uma
darão, D&C 88:17 (Mt. 5:5; 3 Né. 12:5). terra da promessa, 1 Né. 2:20 (1 Né. 5:5).
Faremos uma terra e os provaremos, O Senhor conduz os justos para terras
Abr. 3:24–25. ricas, 1 Né. 17:38. Se os descendentes de
Uma entidade viva: A Terra para sempre Leí guardassem os mandamentos de
permanece, Ecl. 1:4. O mar de vidro é a Deus prosperariam na terra da promis-
Terra, no seu estado santificado, imortal são, 2 Né. 1:5–9. Israel retornará a suas
e eterno, D&C 77:1. A Terra deve ser terras da promissão, 2 Né. 24:1–2 (Isa.
201 Testemunho
14:1–2). Todas as nações que possuírem Lei das testemunhas: pela boca de duas
esta terra de promissão deverão servir ou três testemunhas toda palavra será
a Deus, ou serão varridas, Ét. 2:9–12. estabelecida, D&C 6:28 (Deut. 17:6; Mt.
Esta é a terra da promissão, e o local 18:16; II Cor. 13:1; Ét. 5:4; D&C 128:3).
para a cidade de Sião, D&C 57:2. Os Eu vos ordenei e confirmei para serdes
filhos de Judá comecem a regressar às apóstolos e testemunhas especiais de
terras de Abraão, D&C 109:64. A No- meu nome, D&C 27:12 (107:23). Os Se-
va Jerusalém será construída no conti- tenta também são chamados para ser
nente americano, RF 10. testemunhas especiais junto aos gen-
tios e em todo o mundo, D&C 107:25.
TESSALONICENSES, EPÍSTOLAS Que haja um registrador e que ele seja
AOS. Ver também Epístolas testemunha ocular de vossos batismos,
Paulinas; Paulo D&C 127:6 (128:2–4).
Dois livros do Novo Testamento. Origi-
TESTEMUNHAS DO LIVRO DE
nalmente, foram cartas que Paulo escre-
MÓRMON. Ver também Livro de
veu aos tessalonicenses enquanto estava
Mórmon; Testemunha
em Corinto, durante sua primeira visita
à Europa, por volta do ano 50 d.C. Seu O Senhor ordenou que outros homens,
trabalho em Tessalônica é descrito em além do Profeta Joseph Smith, testifi-
At. 17. Paulo queria voltar à Tessalôni- cassem da origem divina do Livro de
ca, mas não pôde fazê-lo (I Tess. 2:18). Mórmon (D&C 17; 128:20). Ver o de-
Portanto, mandou Timóteo para ani- poimento dessas testemunhas na “In-
mar os conversos a trazer-lhe notícias trodução” do Livro de Mórmon.
deles. Paulo escreveu a primeira epís- Pelas palavras de três testemunhas esta-
tola como conseqüência de sua grati- belecerei a minha palavra, 2 Né. 11:3.
dão pela volta de Timóteo. As testemunhas devem dar testemunho
Primeira epístola aos Tessalonicenses: Os de suas palavras aos filhos dos homens,
capítulos 1–2 contêm a saudação de 2 Né. 27:12–13. Pela boca de três teste-
Paulo e sua oração pelos santos: os munhas serão estabelecidas estas coi-
capítulos 3–5 dão instruções sobre o sas, Ét. 5:4. Pela fé, as três testemunhas
crescimento espiritual, o amor, a casti- verão as placas, D&C 17.
dade, a diligência e sobre a segunda TESTEMUNHO. Ver também
vinda de Cristo. Espírito Santo; Testemunhar;
Segunda epístola aos Tessalonicenses: O Testificar
capítulo 1 contém uma oração pelos Conhecimento e confirmação espiritual
santos. O capítulo 2 fala da Apostasia que dá o Espírito Santo. Um testemu-
que viria. O capítulo 3 contém a oração nho também pode ser uma declaração
de Paulo pelo triunfo da causa do oficial ou legal daquilo que a pessoa
evangelho. percebe que é verdade (D&C 102:26).
TESTAMENTO. Ver Novo Não dirás falso testemunho, Êx. 20:16.
Testamento; Velho Testamento Eu sei que o meu Redentor vive, Jó
TESTEMUNHA. Ver também 19:25–26. O evangelho será pregado em
Testemunho todo o mundo, em testemunho a todas
as gentes, Mt. 24:14 (JS—M 1:31). Não te
Alguém que confirma a veracidade de envergonhes do testemunho de nosso
alguma coisa ou a testifica com base Senhor, II Tim. 1:8. O testemunho de
no conhecimento pessoal; isto é, alguém Jesus é o espírito de profecia, Apoc.
que presta testemunho. 19:10. Três testemunhas darão testemu-
Ser-me-eis testemunhas, At. 1:8. Estais nho do livro e das coisas que contém,
dispostos a servir de testemunhas de 2 Né. 27:12. Não via outro modo de re-
Deus em qualquer tempo, Mos. 18:8–9. formar o povo senão pela força de um
Testificar 202
testemunho puro contra ele, Al. 14:19– na mortalidade. Era irmão de João. Foi
20. Tenho todas as coisas como teste- um dos três apóstolos escolhidos para
munho de que isto é verdadeiro, Al. estar com Jesus em certas ocasiões es-
30:41–44. Não recebereis testemunho peciais: quando a filha de Jairo foi le-
senão depois da prova de vossa fé, Ét. vantada dos mortos (Mc. 5:37), no Mon-
12:6. Não dei paz a tua mente quanto ao te da Transfiguração (Mt. 17:1; Mc. 9:2;
assunto? Que maior testemunho podes Lc. 9:28), e no Getsêmani (Mt. 26:37; Mc.
ter que o de Deus? D&C 6:22–23. E ago- 14:33). Com Pedro e João, ele restau-
ra, depois dos muitos testemunhos que rou o Sacerdócio de Melquisedeque na
se prestaram dele, este é o testemunho Terra, ordenando a Joseph Smith (D&C
que nós damos dele, D&C 76:22–24. 27:12; 128:20: JS—H 1:72).
Enoque viu anjos dando testemunho
TIAGO, IRMÃO DO SENHOR
do Pai e do Filho, Mois. 7:27. Embora
eu fosse odiado e perseguido por dizer No Novo Testamento, um irmão do
que tivera uma visão, isso era verda- Senhor (Gál. 1:19) e de José, Simão, Ju-
de, JS—H 1:24–25. das, e de algumas irmãs (Mt. 13:55–56;
Mc. 6:3; Jud. 1:1). Também era conhe-
TESTIFICAR. Ver também cido como Tiago, o Justo, e ocupou
Testemunho uma importante posição na Igreja em
Prestar testemunho pelo poder do Espí- Jerusalém (At. 12:17; 15:13; I Cor. 15:7;
rito Santo; fazer uma solene declaração Gál. 2:9–12). Foi ele que provavelmen-
da verdade, baseada no conhecimento te escreveu a epístola de Tiago.
ou crença pessoal. Epístola de Tiago: Livro do Novo Testa-
O Consolador testificará de mim, Jo. mento. Originalmente era uma carta di-
15:26. E nos mandou pregar e testificar, rigida às doze tribos de Israel dispersas
At. 10:42. O mesmo espírito testifica com em outros países, e provavelmente foi
o nosso espírito, Rom. 8:16. O poder do escrita em Jerusalém. Nela o autor expli-
Espírito Santo leva as suas palavras aos ca claramente alguns pontos da religião
corações dos filhos dos homens, 2 Né. prática, inclusive o importante conselho
33:1. As escrituras testificam de Cristo, do capítulo 1, de que se alguma pessoa
Jacó 7:10–11 (Jo. 5:39). Afirmo-vos que as tem falta de sabedoria deve pedir o au-
coisas de que falei são verdadeiras, Al. xílio de Deus (Tg 1:5–6; JS—H 1:9–20).
5:45 (Al. 34:8). Tomamos o sacramento O capítulo 2 trata da fé e das obras. Os
para testificar ao Pai que cumpriremos capítulos 3–4 falam da necessidade de
os mandamentos e nos lembraremos controlar a língua e aconselha os santos
sempre de Jesus, 3 Né. 18:10–11. Testifi- a não falarem mal uns dos outros. O ca-
careis a respeito deles pelo poder de pítulo 5 incentiva os santos a terem pa-
Deus, D&C 17:3–5. Aquilo que o Espí- ciência e, quando doentes, chamarem os
rito vos testificar, devereis fazer, D&C élderes para abençoá-los. Também en-
46:7. Eu vos enviei para testificar e ad- sina a respeito das bênçãos recebidas
vertir, D&C 88:81. Os testadores agora por ajudar a converter os outros.
estão mortos e seu testamento está em TIMÓTEO. Ver também Paulo
vigor, D&C 135:4–5.
No Novo Testamento, jovem mis-
TIAGO, FILHO DE ALFEU sionário companheiro de Paulo durante
Um dos Doze Apóstolos escolhidos por o ministério deste apóstolo (At. 16:1–
Jesus durante o seu ministério terreno 3; II Tim. 1:1–5); era filho de pai grego
(Mt. 10:3; Mc. 3:18; Lc. 6:15; At. 1:13). e mãe judia; ele e seus pais viviam em
Listra.
TIAGO, FILHO DE ZEBEDEU Paulo chamou Timóteo de “meu verda-
Um dos Doze Apóstolos escolhidos deiro filho na fé” (I Tim. 1:2, 18; II Tim.
pelo Salvador durante seu ministério 1:2). Timóteo talvez tenha sido o assis-
203 Tradução de Joseph Smith (TJS)
tente mais capaz e digno de maior con- salém com Paulo e mais tarde tornou-
fiança de Paulo (Filip. 2:19–23). se missionário (Gál. 2:1–4; II Tim. 4:10).
TIMÓTEO, EPÍSTOLAS A. Ver Tito entregou a primeira epístola de
também Epístolas Paulinas; Paulo; Paulo aos santos de Corinto (II Cor. 7:5–
Timóteo 8, 13–15).
Dois livros do Novo Testamento. Am- TITO, EPÍSTOLA A. Ver também
bos eram originalmente cartas que Pau- Epístolas Paulinas; Paulo; Tito
lo escreveu a Timóteo. Quando Paulo estava temporariamen-
Primeira Epístola a Timóteo: Paulo escre- te livre da prisão romana, escreveu a
veu a primeira epístola depois de seu epístola a Tito, que estava em Creta. A
primeiro aprisionamento. Ele havia dei- carta fala principalmente da discipli-
xado Timóteo em Éfeso, pretendendo na interna e organização da Igreja.
retornar pouco depois (I Tim. 3:14). No O capítulo 1 contém a saudação de Pau-
entanto, Paulo sentiu que poderia de- lo, bem como instruções e requisitos
morar-se, e, assim, escreveu a Timóteo, gerais para os bispos. Os capítulos 2–3
talvez da Macedônia (I Tim. 1:3), para contêm ensinamentos gerais e mensa-
aconselhá-lo e dar-lhe ânimo no cum- gens pessoais a Tito sobre a forma apro-
primento de seu dever. priada de tratar os vários grupos da
O capítulo 1 contém as saudações de Igreja em Creta. Paulo incentivou os
Paulo e também suas instruções sobre santos a vencerem a perversidade, a se-
as tolas especulações que começavam rem sóbrios e fiéis e a se aplicarem nas
a infiltrar-se na Igreja. Os capítulos 2–3 boas obras.
dão instruções sobre a adoração em pú-
blico e sobre o caráter e conduta dos mi- TOMÉ
nistros. Os capítulos 4–5 contêm uma No Novo Testamento, um dos Doze
descrição da apostasia dos últimos dias Apóstolos originais escolhidos pelo Sal-
e conselhos a Timóteo sobre como exer- vador durante seu ministério terreno.
cer seu ministério junto às pessoas que Em grego, o nome é Dídimo (Mt. 10:2–3;
ele estava liderando. O capítulo 6 é uma Jo. 14:5; 20:24–29; 21:2). Embora Tomé
exortação para que Timóteo continue duvidasse da ressurreição de Jesus até
fiel e evite as riquezas do mundo. ver pessoalmente o Salvador, pela
Segunda Epístola a Timóteo: Paulo escre- força de seu caráter esteve disposto a
veu a segunda carta durante seu segun- enfrentar a perseguição e a morte com
do aprisionamento, pouco antes de seu o Senhor (Jo. 11:16; 20:19–25).
martírio. Contém as últimas palavras
TRADIÇÕES
do Apóstolo e mostra a maravilhosa
coragem e a confiança com que enfren- Crenças e práticas que são transmiti-
tou a morte. das de uma geração a outra (II Tess.
O capítulo 1 contém a saudação de Pau- 2:15). Nas escrituras, o Senhor adverte
lo e as responsabilidades dadas a Ti- constantemente os justos para que evi-
móteo. Os capítulos 2–3 fazem várias tem as tradições iníquas dos homens
advertências e dão várias orientações, (Lev. 18:30; Mc. 7:6–8; Mos. 1:5; D&C
com o desafio de enfrentar os perigos 93:39–40).
futuros. No capítulo 4 há uma mensa- TRADUÇÃO DE JOSEPH SMITH
gem aos amigos de Paulo e conselhos (TJS). Ver também Smith, Joseph, Jr.
sobre como lidar com os apóstatas.
Tradução ou revisão da versão da Bíblia
TITO. Ver também Epístolas em inglês, conhecida como a Versão do
Paulinas; Paulo; Tito, Epístola a rei Jaime, que o Profeta começou a fa-
No Novo Testamento, converso grego zer em junho de 1830. O Senhor orde-
digno de confiança que viajou a Jeru- nou a Joseph que fizesse a tradução, e
Traduzir 204
este a considerava como parte de seu idioma ou restaurar um texto perdido
chamado como profeta. (D&C 45:60–61). Joseph Smith recebeu
Embora em julho de 1833 Joseph tivesse o mandamento de fazer uma tradução
completado a maior parte da tradução, inspirada da Versão do rei Jaime da
ele continuou a fazer modificações en- Bíblia, em inglês (D&C 42:56; 76:15).
quanto preparava um manuscrito pa- Joseph Smith tinha o poder para tradu-
ra publicação, até sua morte em 1844. zir, pela misericórdia e poder de Deus,
Embora ele tenha publicado algumas D&C 1:29. Tu tens um dom para tra-
partes da tradução enquanto vivia, pro- duzir, D&C 5:4. Eis que te concedo o
vavelmente teria feito outras modifi- dom, se de mim o desejas, de traduzir,
cações se tivesse vivido para publicar D&C 6:25. E do alto Deus deu a Joseph
toda a obra. A Igreja Reorganizada de Smith poder para traduzir o Livro de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Mórmon, D&C 20:8. Por meio do Urim
Dias publicou em 1867 a primeira e Tumim traduzi alguns dos caracte-
edição da versão inspirada de Joseph res, JS—H 1:62 (Mos. 8:13; 28:13).
Smith, da qual, desde aquela época,
TRANSFIGURAÇÃO. Ver também
publicaram diversas edições.
Chaves do Sacerdócio; Jesus Cristo
O Profeta aprendeu muitas coisas no
O estado das pessoas cuja aparência e
processo da tradução. Algumas seções
natureza são mudadas temporariamen-
de Doutrina e Convênios foram recebi-
te—isto é, elevadas a um grau espiritual
das em virtude de seu trabalho na tra-
maior—para que possam suportar a
dução, (como as seções 76, 77, 91 e 132).
presença e a glória de seres celestiais.
Além disso, o Senhor deu a Joseph ins-
truções específicas para a tradução, que Transfiguração de Cristo: Pedro, Tiago, e
foram registradas em Doutrina e Con- João viram o Senhor em um estado glo-
vênios (D&C 37:1; 45:60–61; 76:15–18; rificado e transfigurado. O Salvador ha-
90:13; 91; 94:10; 104:58; 124:89). O Li- via antes prometido que Pedro recebe-
vro de Moisés e Joseph Smith—Ma- ria as chaves do reino dos céus (Mt.
teus, hoje incluídos na Pérola de Gran- 16:13–19; 17:1–9; Mc. 9:2–10; Lc. 9:28–
de Valor, foram extraídos diretamente 36; II Ped. 1:16–18). Nesse acontecimen-
da Tradução de Joseph Smith. to importante, o Salvador, Moisés e
Elias, o profeta, deram as chaves pro-
A Tradução de Joseph Smith restaurou metidas do sacerdócio a Pedro, Tiago,
algumas coisas claras e preciosas que e João. Com essas chaves do sacerdó-
foram perdidas da Bíblia (1 Né. 13). Em- cio, os apóstolos receberam o poder de
bora ela não seja a Bíblia oficial da Igre- continuar a obra do reino na Terra de-
ja, essa tradução fornece muitos esclare- pois da ascensão de Jesus.
cimentos interessantes e é um recurso
valioso para entendermos a Bíblia. Ela Joseph Smith ensinou que no Monte da
é também um testemunho do divino Transfiguração, Pedro, Tiago, e João
chamado e do ministério do Profeta também foram transfigurados. Eles ti-
Joseph Smith. veram uma visão da Terra como será
em seu futuro estado glorificado (D&C
TRADUZIR 63:20–21). Eles viram Moisés e Elias, o
Expressar o significado de uma idéia profeta, dois seres transladados, e ou-
dada em determinada língua em termos viram a voz do Pai dizer: “Este é o meu
iguais em outra língua (Mos. 8:8–13; RF amado Filho, em quem me comprazo;
8). Nas escrituras, geralmente se faz re- escutai-o” (Mt. 17:5).
ferência à tradução como um dom de Seres transfigurados: Eles viram o Deus de
Deus (Al. 9:21; D&C 8; 9:7–9). Às vezes Israel, Êx. 24:9–11. A pele do seu ros-
pode significar melhorar ou corrigir to resplandecia, depois que falara com
uma tradução existente em um certo Deus, Êx. 34:29 (Mc. 9:2–3). O rosto de
205 Trindade
Jesus resplandeceu, Mt. 17:2 (Mc. 9:2–3). Ai dos que fazem da escuridade luz, Isa.
Os filhos de Israel não podiam fitar os 5:20 (2 Né. 15:20). As trevas cobriram a
olhos na face de Moisés, por causa da Terra, e a escuridão os povos, Isa. 60:2.
glória, II Cor. 3:7. O rosto de Abinádi Jesus alumiará aos que estão assentados
resplandecia com extraordinário brilho, em trevas, Lc. 1:79. A luz resplandece
Mos. 13:5–9. Foram envoltos como que nas trevas, e as trevas não a compreen-
por chamas, Hel. 5:23, 36, 43–45 (3 Né. deram, Jo. 1:5 (D&C 45:7). Rejeitemos as
17:24; 19:14). Eis que se tornaram bran- obras das trevas, e vistamo-nos das ar-
cos como o semblante de Jesus, 3 Né. mas da luz, Rom. 13:12. Não comuni-
19:25. Pareceu-lhes terem sido transfi- queis com as obras infrutíferas das tre-
gurados, 3 Né. 28:15. Em tempo algum, vas, Ef. 5:8–11. Porque não bateis, não
na carne, o homem viu Deus, a não ser sereis levados para a luz, mas perecereis
vivificado pelo Espírito, D&C 67:10– na escuridão, 2 Né. 32:4. Satanás propa-
12. Pelo poder do Espírito abriram-se ga suas obras de trevas, Hel. 6:28–31. Os
nossos olhos, D&C 76:12. Sua glória poderes das trevas prevalecem sobre a
estava sobre mim, e eu contemplei sua Terra, D&C 38:8, 11–12. O mundo todo
face, pois fui transfigurado, Mois. 1:11. geme sob trevas e pecado, D&C 84:49–
Vi os céus se abrirem e fui revestido de 54. Se vossos olhos estiverem fitos em
glória, Mois. 7:3–4. minha glória, em vós não haverá trevas,
D&C 88:67. As obras das trevas começa-
TRÊS DISCÍPULOS NEFITAS. Ver ram a prevalecer entre todos os filhos
também Discípulo; Nefitas; Seres dos homens, Mois. 5:55.
Transladados
TREVAS EXTERIORES. Ver Diabo;
No Livro de Mórmon, três dos discí- Filhos de Perdição; Inferno;
pulos nefitas escolhidos por Cristo. Morte Espiritual
O Senhor concedeu a esses discípulos
TRIBOS PERDIDAS. Ver Israel—
a mesma bênção conferida a João, o
As dez tribos perdidas de Israel
Amado: que poderiam ficar na Terra
para trazer almas a Cristo até que o TRINDADE. Ver também Espírito
Senhor venha novamente. Eles foram Santo; Jesus Cristo; Pai Celestial;
transladados para que não sentissem Senhor
dor e não morressem (3 Né. 28). Na Trindade há três pessoas distintas:
Cristo concedeu aos três discípulos a Deus, o Pai Eterno; seu Filho, Jesus
bênção de permanecerem até a vinda Cristo e o Espírito Santo. Cremos em ca-
dele, 3 Né. 28:1–9. Eles nunca padece- da um deles (RF 1). As revelações mo-
riam as penas da morte nem dores, dernas nos ensinam que o Pai e o Filho
3 Né. 28:7–9. Terão completa alegria, têm corpos tangíveis de carne e ossos, e
3 Né. 28:10. Foram temporariamente que o Espírito Santo é um personagem
arrebatados ao céu, 3 Né. 28:13–17. de espírito, sem carne nem ossos (D&C
Eles ministraram ao povo e sofreram 130:22–23). Estas três pessoas são um
perseguição, 3 Né. 28:18–23. Eles minis- em perfeita unidade, harmonia de pro-
traram a Mórmon, 3 Né. 28:24–26 (Mo- pósito e doutrina (2 Né. 31:21; 3 Né.
rô. 8:10–11). Eles ministrarão aos gen- 11:27, 36; Jo. 17:21–23).
tios, aos judeus, às tribos dispersas e a Deus, o Pai: Geralmente é ao Pai, ou a
todas as nações, 3 Né. 28:27–29. Sobre Eloim, que se refere o título Deus. Ele é
eles Satanás não tem poder, 3 Né. 28:39. chamado de Pai porque é o pai de nos-
sos espíritos (Mt. 2:10; Núm. 16:22;
TREVAS ESPIRITUAIS. Ver 27:16; Mt. 6:9; Ef. 4:6; Heb. 12:9). Deus,
também Iniqüidade, Iníquo o Pai, é o supremo governante do uni-
Iniqüidade ou ignorância das coisas verso. Ele é onipotente (todo-poderoso)
espirituais. (Gên. 18:14; Al. 26:35; D&C 19:1–3),
Última Ceia 206
onisciente (possui todo o conhecimento) fora de mim não há Salvador, Isa. 43:11
(Mt. 6:8; 2 Né. 2:24), onipresente (está (Isa. 45:23). Eu sou a luz do mundo, Jo.
presente em todas as coisas) por inter- 8:12. Antes que Abraão existisse eu sou,
médio do Espírito (Salm. 139:7–12; D&C Jo. 8:58. O Senhor exercerá seu ministé-
88:7–13, 41). A humanidade tem um re- rio junto aos homens em um tabernácu-
lacionamento especial com Deus, que lo de barro, Mos. 3:5–10. Abinádi expli-
distingue o homem de todas as outras cou como Cristo é o Pai e o Filho, Mos.
criaturas: os homens e mulheres são fi- 15:1–4 (Ét. 3:14). O Senhor apareceu ao
lhos e filhas espirituais de Deus (Salm. irmão de Jarede, Ét. 3. Ouve as palavras
82:6; I Jo. 3:1–3; D&C 20:17–18). de Cristo, teu Senhor e teu Deus, Morô.
Temos registro de poucas ocasiões em 8:8. Jeová é o juiz tanto de vivos como
que Deus, o Pai, apareceu ao homem ou de mortos, Morô. 10:34. Jesus apareceu
falou com ele. As escrituras afirmam a Joseph Smith e Sidney Ridgon, D&C
que falou com Adão e Eva (Mois. 4:14– 76:20, 23. O Senhor Jeová apareceu no
31) e que apresentou a Jesus Cristo em Templo de Kirtland, D&C 110:1–4. Jeo-
diversas ocasiões (Mt. 3:17; 17:5; Jo. vá falou a Abraão, Abr. 1:16–19. Jesus
12:28–29; 3 Né. 11:3–7). Apareceu a Es- apareceu a Joseph Smith, JS—H 1:17.
têvão (At. 7:55–56) e a Joseph Smith Deus, o Espírito Santo: O Espírito Santo
(JS—H 1:17) e mais tarde a Joseph Smith é também um Deus, e é chamado de
e Sidney Rigdon (D&C 76:20, 23). Aos Santo Espírito, o Espírito e o Espírito
que o amam e se purificam diante dele, de Deus, entre outros nomes e títulos
Deus às vezes concede o privilégio de semelhantes. Com a ajuda do Espírito
vê-lo e de saber por si mesmos que ele Santo o homem pode conhecer a von-
é Deus (D&C 76:116–118; Mt. 5:8; 3 Né. tade de Deus, o Pai, e saber que Jesus é
12:8; D&C 93:1). o Cristo (I Cor. 12:3).
Deus meu, Deus meu, por que me de- O Espírito Santo te ensinará o que deves
samparaste? Mc. 15:34. Estes homens dizer, Lc. 12:12. O Espírito Santo é o
são servos do Deus Altíssimo, At. 16:17. Consolador, Jo. 14:26 (16:7–15). Jesus
Somos a geração de Deus, At. 17:28–29. deu mandamentos aos apóstolos pelo
Oferecerás teus sacramentos ao Altís- Espírito Santo, At. 1:2. O Espírito Santo
simo, D&C 59:10–12. Enoque viu os testifica sobre Deus e Cristo, At. 5:29–32
espíritos que Deus havia criado, Mois. (I Cor. 12:3). Também o Espírito Santo
6:36. Homem de Santidade é seu nome, no-lo testifica, Heb. 10:10–17. Pelo po-
Mois. 6:57. der do Espírito Santo podeis saber a ver-
dade de todas as coisas, Morô. 10:5. O
Deus, o Filho: O Deus conhecido como
Espírito Santo é o espírito de revelação,
Jeová é o Filho, Jesus Cristo (Isa. 12:2;
D&C 8:2–3 (D&C 68:4).
43:11; 49:26; I Cor. 10:1–4; I Tim. 1:1;
Apoc.1:8; 2 Né. 22:2). Jesus opera sob a ÚLTIMA CEIA. Ver também Páscoa;
direção do Pai e está em completa har- Sacramento
monia com ele. Todos os seres huma- De acordo com o Novo Testamento, foi
nos são seus irmãos e irmãs, pois ele é a última refeição de Jesus antes de ser
o mais velho de todos os filhos espiri- preso e crucificado (Lc. 22:14–18). Ele e
tuais de Eloim. Algumas passagens seus Doze Apóstolos participaram desta
das escrituras o chamam pela palavra refeição durante a Páscoa judaica (Mt.
Deus . Por exemplo: a Bíblia afirma que 26:17–30; Mc. 14:12–18; Lc. 22:7–13).
“Deus criou os céus e a Terra” (Gên. O Salvador abençoou o pão e o vinho e
1:1), mas na realidade foi Jesus o Cria- os deu aos apóstolos, Mt. 26:26–29 (Mc.
dor, sob a direção de Deus, o Pai (Jo. 14:22–25; Lc. 22:7–20). Jesus lavou os
1:1–3, 10, 14; Heb. 1:1–2). pés dos apóstolos, Jo. 13. Judas é indica-
O Senhor identificou-se como EU SOU, do como o traidor de Jesus, Jo. 13:21–
Êx. 3:13–16. Eu sou o Senhor, (Jeová), e 26 (Mt. 26:20–25).
207 Ur
ÚLTIMOS DIAS. Ver também vra grega) ou Messias (em aramaico).
Segunda Vinda de Jesus Cristo; Ambos os termos significam “o ungi-
Sinais dos Tempos do.” Ele é o ungido do Pai para ser o seu
A época em que vivemos. Os dias (ou a representante em todas as coisas con-
dispensação do tempo) que precedem cernentes à salvação da humanidade.
a segunda vinda do Senhor. O Senhor me ungiu, Isa. 61:1–3. Pois
Anunciar-vos-ei o que vos há de acon- que me ungiu para evangelizar, Lc.
tecer nos derradeiros dias, Gên. 49:1. 4:16–22. Jesus foi ungido por Deus o Pai,
O Redentor se levantará no último dia At. 4:27. Deus ungiu a Jesus de Naza-
sobre a Terra, Jó 19:25. Nos últimos dias ré, At. 10:38.
será estabelecida a casa do Senhor, Isa. UNIDADE. Ver também Trindade
2:2. Nos últimos dias sobrevirão tempos
trabalhosos, I Tim. 3:1–7. Nos últimos Tornar-se uno em pensamento, desejo
dias escarnecedores negarão a Segun- e propósito, primeiro com nosso Pai Ce-
da Vinda, II Ped. 3:3–7. Eu vos profeti- lestial e Jesus Cristo, e depois com os
zo, sobre os últimos dias, 2 Né. 26:14– outros santos.
30. Assim será a minha Igreja chama- É bom que os irmãos vivam em união,
da nos últimos dias, sim, A Igreja de Salm. 133:1. Eu e o Pai somos um, Jo.
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos 10:30 (D&C 50:43). Jesus orou para que
Dias, D&C 115:4. Cristo virá nos últi- todos pudessem ser um, como ele e o
mos dias, Mois. 7:60. Pai são um, Jo. 17:11–23 (3 Né. 19:23).
Rogo-vos que não haja entre vós dissen-
UM. Ver Trindade; Unidade sões; antes sejais unidos, I Cor. 1:10.
UNÇÃO, UNGIR. Ver também Sede determinados em um só pensa-
Bênção dos Doentes; Óleo mento e um único coração e unidos em
Na antiguidade, os profetas do Senhor todas as coisas, 2 Né. 1:21. Os membros
ungiam com óleo (azeite) os que desem- da Igreja devem ter corações entrelaça-
penhariam deveres especiais, como Aa- dos em unidade, Mos. 18:21. Jesus orou
rão, ou os sacerdotes ou os reis que go- por unidade entre seus discípulos nefi-
vernariam Israel. tas, 3 Né. 19:23. Os discípulos estavam
unidos em fervorosa oração e jejum,
Atualmente, na Igreja, ungir significa 3 Né. 27:1. Pai, Filho e Espírito Santo são
colocar uma ou duas gotas de óleo con- um, D&C 20:27–28 (D&C 35:2; 50:43).
sagrado na cabeça de uma pessoa, como É teu dever unir-te à Igreja verdadeira,
parte de uma bênção especial. Isso só D&C 23:7. Tudo o que pedirdes com fé,
pode ser feito pela autoridade e poder estando unidos em oração, recebereis,
do Sacerdócio de Melquisedeque. Após D&C 29:6. Se não sois um, não sois
a unção, a pessoa que age pela autorida- meus, D&C 38:27. O Senhor chamou
de desse mesmo sacerdócio pode selar seu povo Sião, porque eram unos de
a unção e dar uma bênção especial à coração e vontade, Mois. 7:18.
pessoa que está sendo ungida.
E os ungirás e consagrarás para que UNIGÊNITO. Ver também Gerar;
me administrem o sacerdócio, Êx. 28:41 Jesus Cristo
(Lev. 8:6–12, 30). O qual ungirás por ca- Outro nome de Jesus Cristo que é o Fi-
pitão sobre o meu povo de Israel, I Sam. lho Unigênito do Pai (Lc. 1:26–35; Jo.
9:16; 10:1. Os élderes devem ungir e 1:14; 3:16; 1 Né. 11:18–20; 2 Né. 25:12;
abençoar os doentes, Tg. 5:14 – 15 Al. 7:10; 12:33; Mois. 7:62).
(D&C 42:44).
UR
UNGIDO, O. Ver também Jesus No Velho Testamento, a Ur dos Caldeus
Cristo; Messias foi a cidade natal de Abrão (Gên. 11:27–
Jesus é chamado de o Cristo (uma pala- 28, 31; 15:7; Nee. 9:7; Abr. 2:1–4).
Urim e Tumim 208
URIM E TUMIM. Ver também tamos satisfazer nossa vã ambição, os
Peitoral; Vidente céus se afastam, D&C 121:37.
Instrumentos preparados por Deus VALENTE, VALOR. Ver Coragem,
para ajudar o homem a obter revelação Corajoso
e a traduzir línguas. Na língua hebrai-
VARA DE EFRAIM. Ver Efraim—
ca essas palavras significam “luzes
A vara de Efraim ou vara de José
e perfeições”. O Urim e Tumim consis-
te de duas pedras colocadas em aros VARA DE JOSÉ. Ver Efraim—
de prata, as quais, às vezes, são usa- A vara de Efraim ou vara de José
das junto com um peitoral (D&C 17:1; VARA DE JUDÁ. Ver Judá—
JS—H 1:35, 42, 52). Esta Terra, em seu A vara de Judá
estado santificado e imortal tornar-
se-á um grande Urim e Tumim, (D&C VELAR, VIGIAR. Ver também
130:6–9). Admoestação, Admoestar;
Advertência, Advertir, Prevenir;
Porás no peitoral de juízo Urim e Tu-
Atalaia, Sentinela, Vigia
mim, Êx. 28:30. Ao que vencer, dar-lhe-
ei uma pedra branca, Apoc. 2:17. Ele Cuidar; estar de guarda.
possui algo por meio do qual pode olhar Vigiai, pois, porque não sabeis a que
e traduzir, Mos. 8:13. Estas duas pedras hora há de vir o vosso Senhor, Mt.
eu tas darei, Ét. 3:23–24, 28 (4:5). Joseph 24:42–43 (Mt. 25:13; Mc. 13:35–37; D&C
Smith recebeu revelações através do 133:10–11). Vigiai e orai, para que não
Urim e Tumim, D&C, cabeçalhos das entreis em tentação, Mt. 26:41 (3 Né.
seções 6, 11, 14–16. Recebeste poder pa- 18:15, 18). Alma ordenou sacerdotes e
ra traduzir por meio do Urim e Tumim, élderes para presidir a igreja e velar
D&C 10:1. As Três Testemunhas deve- por ela, Al. 6:1.
riam ver o Urim e Tumim, que foi dado VELHO TESTAMENTO. Ver
ao irmão de Jarede no monte, D&C 17:1. também Bíblia; Escrituras;
O lugar onde Deus reside é um grande Pentateuco
Urim e Tumim. A pedra branca tornar-
se-á um Urim e Tumim para toda pes- Escritos de profetas antigos, que agi-
soa que receber uma, D&C 130:6–11. E ram sob a influência do Espírito Santo,
eu, Abraão, tinha o Urim e Tumim, e que por muitos séculos testificaram a
Abr. 3:1, 4. respeito de Cristo e de seu futuro minis-
tério. Contém um registro da história de
VAIDADE, VÃO. Ver também Abraão e seus descendentes, começan-
Orgulho do com Abraão e o convênio ou testa-
Falsidade ou engano; orgulho. A pala- mento que o Senhor fez com ele e sua
vra vão também pode significar vazio posteridade.
ou sem valor. Os primeiros cinco livros do Velho Tes-
tamento foram escritos por Moisés. São
Aquele que não entrega sua alma à vai-
eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Núme-
dade estará no lugar santo do Senhor,
ros e Deuteronômio. O Gênesis conta a
Salm. 24:3–4. Orando, não useis de vãs
origem da Terra, da humanidade, das
repetições, Mt. 6:7. O vasto e espaçoso
línguas e raças, e do princípio da casa
edifício são as idéias vãs e o orgulho,
de Israel.
1 Né. 12:18. Persistireis em pôr vossos
corações nas coisas vãs do mundo? Al. Os livros históricos relatam os eventos
5:53. Não ambiciones as coisas fúteis relativos a Israel. São eles: Josué, Juí-
(vãs) deste mundo: pois não podes car- zes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e
regá-las contigo, Al. 39:14. Vaidade e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
descrença levaram toda a igreja à con- Os livros poéticos nos mostram um
denação, D&C 84:54–55. Quando ten- pouco da sabedoria e aptidão para a li-
209 Vida
teratura dos profetas. São eles: Jó, Sal- de é luz, D&C 84:45. A luz de Cristo é a
mos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares luz da verdade, D&C 88:6–7, 40. Meu
de Salomão e Lamentações. Espírito é verdade, D&C 88:66. A inteli-
Os profetas repreenderam Israel por gência, ou seja, a luz da verdade, não foi
seus pecados e testificaram das bênçãos criada, D&C 93:29. A glória de Deus é
advindas da obediência. Eles profetiza- inteligência ou, em outras palavras, luz
ram sobre a vinda de Cristo, que expia- e verdade, D&C 93:36. Ordenei que
ria os pecados dos que se arrependes- criásseis vossos filhos em luz e verda-
sem, aceitassem as ordenanças e vives- de, D&C 93:40. Meu Unigênito é cheio
sem o evangelho. Os livros dos profetas de graça e verdade, Mois. 1:6.
são: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, VÉU
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Mi-
quéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Palavra usada nas escrituras significan-
Ageu, Zacarias e Malaquias. do: (1) cortina divisória que separa as
áreas do tabernáculo ou templo; (2) sím-
A maioria dos livros do Velho Testa- bolo da separação entre Deus e o ho-
mento foi escrita em hebraico, e alguns mem; (3) tecido fino usado pelas pes-
em aramaico, outro idioma semítico soas para cobrir o rosto ou a cabeça; ou
da época. (4) esquecimento, proporcionado por
Deus, que bloqueia a lembrança do
VERDADE. Ver também
homem sobre a existência pré-mortal.
Conhecimento; Inteligência(s);
Luz, Luz de Cristo O véu fará separação entre o santuário
e o lugar santíssimo, Êx. 26:33. O véu
Conhecimento das coisas como são, co-
do templo se rasgou em dois, quando
mo eram e como serão (D&C 93:24). A
Cristo foi crucificado, Mt. 27:51 (Mc.
verdade também se refere à luz e reve-
15:38; Lc. 23:45). Agora vemos por es-
lação dos céus.
pelho, em enigma, mas então veremos
A verdade brotará da terra, Salm. 85:11 face a face, I Cor. 13:12. O escuro véu da
(Mois. 7:62). Conhecereis a verdade, e a incredulidade estava sendo tirado de
verdade vos libertará, Jo. 8:32. Eu sou o sua mente, Al. 19:6. O irmão de Jarede
caminho, e a verdade e a vida, Jo. 14:6. não pôde ser impedido de ver dentro do
Se dissermos que não temos pecado, véu, Ét. 3:19 (12:19). O véu será rompi-
não há verdade em nós, I Jo. 1:8. Os cul- do e ver-me-eis, D&C 67:10 (38:8). O
pados acham a verdade dura, 1 Né. 16:2. véu que cobre o meu templo será reti-
Os justos amam a verdade, 2 Né. 9:40. O rado, D&C 101:23. Retirou-se o véu de
Espírito fala a verdade e não mente, nossa mente, D&C 110:1. Um véu de
Jacó 4:13. És Deus de verdade e não po- trevas cobrirá a Terra, Mois. 7:61.
des mentir, Ét. 3:12. Pelo poder do Es-
pírito Santo podeis saber a verdade de VICÁRIO. Ver Ordenanças—
todas as coisas, Morô. 10:5. A verdade Ordenança vicária; Salvação
permanece para todo o sempre, D&C para os Mortos
1:39. Foste iluminado pelo Espírito da VIDA. Ver também Luz, luz
verdade, D&C 6:15. O Livro de Mór- de Cristo; Vida eterna
mon contém a verdade e a palavra de
Deus, D&C 19:26. O Consolador foi A existência temporal e espiritual tor-
enviado para ensinar a verdade, D&C nada possível pelo poder de Deus.
50:14. Aquele que recebe a palavra pe- Hoje te tenho proposto a vida e o bem,
lo Espírito da verdade recebe-a como é Deut. 30:15–20. Far-me-ás ver a vereda
pregada pelo Espírito da verdade, D&C da vida, Salm. 16:11. O que segue a jus-
50:17–22. Proclamai a verdade confor- tiça achará a vida, Prov. 21:21. Quem
me as revelações e mandamentos que achar a sua vida perdê-la-á; e quem per-
vos dei, D&C 75:3–4. Tudo que é verda- der a sua vida acha-la-á, Mt. 10:39 (Mt.
Vida Eterna 210
16:25; Mc. 8:35; Lc. 9:24; 17:33). Nele es- eterna, D&C 66:12 (D&C 75:5). Todos
tava a vida, e a vida era a luz dos ho- os que morrem sem o evangelho, que o
mens, Jo. 1:4. Quem crê naquele que me teriam recebido se lhes fosse permiti-
enviou, passou da morte para a vida, Jo. do viver, são herdeiros do reino celes-
5:24. Eu sou o caminho, e a verdade e a tial, D&C 137:7–9. A obra e glória de
vida, Jo. 14:6. Se esperamos em Cristo só Deus é levar a efeito a imortalidade e
nesta vida, somos os mais miseráveis, vida eterna do homem, Mois. 1:39.
I Cor. 15:19–22. A piedade tem a pro- Deus concede a vida eterna a todos os
messa da vida presente e da que há de obedientes, Mois. 5:11.
vir, I Tim. 4:8. Para que nossos filhos
VIDA PRÉ-MORTAL. Ver também
possam olhar adiante, para aquela vi-
Batalha nos Céus; Conselho nos
da que está em Cristo, 2 Né. 25:23–27.
Céus; Homem, Homens; Princípio
Esta vida é o tempo para os homens se
prepararem para o encontro com Deus, A vida que tivemos antes de nascermos
Al. 34:32 (Al. 12:24). Eu sou a luz e a aqui na Terra. Todos os homens e mu-
vida do mundo, 3 Né. 9:18 (Mos. 16:9; lheres viveram com Deus como seus
3 Né. 11:11; Ét. 4:12). Bem-aventurados filhos espirituais antes de virem à Ter-
os que são fiéis seja na vida ou na morte, ra como seres mortais. Essa condição
D&C 50:5. Isto é vidas eternas—conhe- às vezes é chamada de primeiro esta-
cer a Deus e Jesus Cristo, D&C 132:24. do (Abr. 3:26).
Esta é minha obra e minha glória: Levar Quando Deus fundava a Terra, todos os
a efeito a imortalidade e vida eterna filhos de Deus rejubilaram, Jó 38:4–7.
do homem, Mois. 1:39. O Espírito voltará a Deus, que o deu,
VIDA ETERNA. Ver também Coroa; Ecles. 12:7. Antes que te formasse no
Exaltação; Expiação, Expiar; ventre te conheci, Jer. 1:4–5. Somos tam-
Glória Celestial; Vida bém sua geração, At. 17:28. Deus nos es-
colheu antes da fundação do mundo, Ef.
Viver para sempre como famílias na 1:3–4. Temos que ser sujeitos ao Pai dos
presença de Deus (D&C 132:19–20, 24, espíritos, Heb. 12:9. Os anjos que não
55). A vida eterna é o maior dom de guardaram o seu principado, reservou
Deus concedido ao homem. em prisões eternas, Jud. 1:6 (Abr. 3:26).
Tu tens as palavras da vida eterna, Jo. O diabo e seus anjos foram lançados fo-
6:68. E a vida eterna é esta: que te co- ra, Apoc. 12:9. Sendo chamados e pre-
nheçam a ti só, por único Deus verda- parados desde a fundação do mundo,
deiro, e a Jesus Cristo, Jo. 17:3 (D&C Al. 13:3. Cristo olhou por sobre a vasta
132:24). Milita a boa milícia da fé, toma extensão da eternidade e todas as hostes
posse da vida eterna, I Tim. 6:12. Os ho- seráficas dos céus, antes que o mundo
mens são livres para escolher a liber- fosse feito, D&C 38:1. O homem tam-
dade e a vida eterna, 2 Né. 2:27 (Hel. bém estava no princípio com Deus,
14:31). Ter a mente espiritual é a vida D&C 93:29 (Hel. 14:17; D&C 49:17.) Os
eterna, 2 Né. 9:39. Estareis, então, no espíritos nobres foram escolhidos no
caminho reto e estreito que conduz à princípio para serem governantes na
vida eterna, 2 Né. 31:17–20. Acreditar Igreja, D&C 138:53–55. Muitos recebe-
em Cristo e perseverar até o fim é a vida ram suas primeiras lições no mundo
eterna, 2 Né. 33:4 (3 Né. 15:9). É rico dos espíritos, D&C 138:56. Todas as
aquele que tem a vida eterna, D&C 6:7 coisas foram criadas espiritualmente
(D&C 11:7). A vida eterna é o maior de antes que existissem fisicamente na face
todos os dons de Deus, D&C 14:7 (Rom. da Terra, Mois. 3:5. Fiz o mundo e os
6:23). Os justos receberão paz neste homens antes que existissem na carne,
mundo e a vida eterna no mundo vin- Mois. 6:51. Abraão viu as inteligências
douro, D&C 59:23. Os que persevera- que foram organizadas antes de o mun-
rem até o fim terão uma coroa de vida do existir, Abr. 3:21–24.
211 Virgem
VIDENTE. Ver também Profeta; casa de Israel ou ao reino de Deus na
Urim e Tumim Terra. Às vezes se refere aos povos do
Pessoa autorizada por Deus a ver com mundo em geral.
os olhos espirituais coisas que Deus es- A vinha do Senhor dos exércitos é a casa
condeu do mundo (Mois. 6:35–38); um de Israel, Isa. 5:7 (2 Né. 15:7). Jesus en-
revelador e profeta (Mois. 8:13–16). No sinou a parábola dos trabalhadores da
Livro de Mórmon, Amon ensinou que vinha, Mt. 20:1–16. Israel é comparada
apenas um vidente poderia usar intér- a uma boa oliveira que é nutrida na vi-
pretes especiais, ou o Urim e Tumim nha do Senhor, Jacó 5. Servos do Senhor
(Mos. 8:13; 28:16). O vidente conhece o podarão sua vinha pela última vez, Jacó
passado, o presente e o futuro. Na anti- 6. O Senhor abençoará a todos os que
guidade, o profeta era muitas vezes cha- trabalharem em sua vinha, D&C 21:9
mado de vidente (I Sam. 9:9; II Sam. (Al. 28:14). Trabalhai na minha vinha
24:11). pela última vez, D&C 43:28.
Joseph Smith é o grande vidente dos úl- VIR A CRISTO. Ver também
timos dias (D&C 21:1; 135:3). Além dis- Discípulo; Obedecer, Obediência,
so, os membros da Primeira Presidência Obediente
e do Conselho dos Doze são apoiados
como profetas, videntes e reveladores. Nas escrituras, vir a alguém significa
seguir ou obedecer a tal pessoa, como
Povo rebelde é este, que diz aos viden- na frase “Vinde a Cristo, sede perfei-
tes: Não vejais; e aos profetas: Não pro- tos nele” (Morô. 10:32).
fetizeis, Isa. 30:9–10. O Senhor levantará
um vidente escolhido para os frutos de Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a
meus lombos, 2 Né. 3:6–15. Nisto há mim, Isa. 55:3. Vinde a mim, todos os
sabedoria; sim, em ser um vidente, que estais cansados, Mt. 11:28. Deixai
um revelador, um tradutor e um pro- os pequeninos e não os estorveis de vir
feta, D&C 107:92. O Senhor designou a mim, Mt. 19:14. Se alguém quer vir
Hyrum Smith para ser profeta, vi- após mim, negue-se a si mesmo, Lc.
dente e revelador para a Igreja, D&C 9:23. Aquele que vem a mim não terá
124:91–94. fome, Jo. 6:35. Cristo convida todos a
virem a ele, 2 Né. 26:33. Vinde a mim e
VIGIAR. Ver Atalaia, Sentinela, salvai-vos, 3 Né. 12:20. Vinde a Cristo,
Vigia; Velar, Vigiar Morô. 10:32. Convidar todos a virem a
Cristo, D&C 20:59. Vireis a mim e vos-
VINGANÇA. Ver também Inimizade sa alma viverá, D&C 45:46.
Represália ou retaliação por uma injú-
ria ou ofensa. VIRGEM. Ver também Maria,
Mãe de Jesus
Vosso Deus virá com vingança, Isa.
35:4. Minha é a vingança; eu recompen- Homem ou mulher em idade de casa-
sarei, Rom. 12:19 (Mórm. 3:15; 8:20). A mento que nunca teve relações sexuais.
espada da vingança pende sobre vós, Nas escrituras, a virgem pode repre-
Mórm. 8:40–41. Eu me vingarei dos ím- sentar alguém que seja moralmente
pios, pois não se arrependerão, D&C limpo (Apoc. 14:4).
29:17. O Salvador virá nos dias de ini- Uma virgem conceberá e dará à luz um
qüidade e vingança, Mois. 7:45–46. filho, Isa. 7:14 (Mt. 1:23; 2 Né. 17:14). O
reino dos céus é semelhante a dez vir-
VINHA DO SENHOR. gens, Mt. 25:1–13. Na cidade de Nazaré
Ver também Campo; Israel vi uma virgem, que era a mãe do filho
Símbolo de um campo de trabalho es- de Deus, 1 Né. 11:13–18. Maria era vir-
piritual. Nas escrituras, a expressão a gem, um vaso precioso e escolhido,
vinha do Senhor geralmente se refere à Al. 7:10.
Virgem Maria 212
VIRGEM MARIA. Ver Maria, bedoria por meio de visões, 2 Né. 4:23.
Mãe de Jesus Ele era um mensageiro enviado a mim
da presença de Deus, JS—H 1:33. Cre-
VIRTUDE. Ver também Castidade; mos na profecia, revelação, visões, RF 7.
Integridade; Poder
VIÚVA. Ver também Bem-estar
Integridade e excelência, poder e força
moral (Lc. 8:46); castidade ou pureza Mulher cujo marido morreu e que não
sexual (Morô. 9:9). se casou novamente.
És mulher virtuosa, Rut. 3:11. Aquele Virão o órfão e a viúva e comerão, Deut.
que é limpo de mãos e puro de coração 14:29. A viúva deitou tudo o que tinha,
estará no lugar santo do Senhor, Salm. Mc. 12:41–44. Visitar os órfãos e as viú-
24:3–4. A mulher virtuosa é a coroa do vas nas suas tribulações faz parte da re-
seu marido, Prov. 12:4. O valor de uma ligião pura, Tg 1:27. O Senhor será uma
mulher virtuosa excede o das pedras testemunha veloz contra os que opri-
preciosas, Prov. 31:10–31. Acrescentai mem a viúva, 3 Né. 24:5 (Zac. 7:10). As
à vossa fé a virtude, II Ped. 1:5 (D&C viúvas e os órfãos serão amparados,
4:6). Experimenta a virtude da palavra D&C 83:6 (136:8).
de Deus, Al. 31:5. Que a virtude ador- VIVIFICAR. Ver também
ne teus pensamentos incessantemen- Ressurreição
te, D&C 121:45. Cremos em ser virtuo-
Dar vida, ressuscitar, ou transformar
sos, RF 13 (Filip. 4:8).
uma pessoa para que possa estar na
VISÃO. Ver também Primeira Visão; presença de Deus.
Revelação; Sonho Deus nos vivificou juntamente com
Revelação visual de algum aconteci- Cristo, Ef. 2:4–5 (Col. 2:6, 12–13). Cristo
mento, pessoa ou coisa, por intermé- foi mortificado na carne, mas vivificado
dio do poder do Espírito Santo. pelo Espírito, I Ped. 3:18 (D&C 138:7).
Nenhum homem viu Deus, a não ser vi-
Seguem-se exemplos de visões impor- vificado pelo Espírito, D&C 67:11. A re-
tantes: A visão que Ezequiel teve dos denção realiza-se por meio daquele que
últimos dias (Eze. 37–39), a visão que vivifica todas as coisas, D&C 88:16–17.
Estêvão teve de Jesus à direita de Deus Os santos serão vivificados e arrebata-
(At. 7:55–56), as revelações que João dos para encontrar a Cristo, D&C 88:96.
recebeu concernentes aos últimos dias Adão foi vivificado no homem interior,
(Apoc. 4–21), a visão que Leí e Néfi ti- Mois. 6:65.
veram da árvore da vida (1 Né. 8:10–
14), a visão que Alma, o filho, teve do VOCAÇÃO (CHAMADO) E
anjo do Senhor (Mos. 27), a visão que o ELEIÇÃO. Ver também Eleição
irmão de Jarede teve de todos os habi- Os fiéis seguidores de Cristo podem ser
tantes da Terra (Ét. 3:25), a visão dos contados entre os eleitos que obtêm a
graus de glória (D&C 76), as visões certeza de exaltação. Esta vocação e
que Joseph Smith e Oliver Cowdery ti- eleição começa com o arrependimento e
veram no Templo de Kirtland (D&C batismo, e se torna completa se “pros-
110), a visão que Joseph F. Smith teve seguirdes, banqueteando-vos com a pa-
da redenção dos mortos (D&C 138), a lavra de Cristo, e perseverando até o
visão que Moisés teve de Deus e de suas fim” (2 Né. 31:19–21). As escrituras
criações (Mois. 1), a visão que Enoque chamam a este processo “fazer firme
teve de Deus (Mois. 6–7) e a primeira vossa vocação e eleição” (II Ped. 1:4–
visão de Joseph Smith (JS—H 1). 11; D&C 131:5–6).
Não havendo profecia o povo se cor- E vós me sereis um reino sacerdotal, Êx.
rompe, Prov. 29:18. Mancebos terão vi- 19:5–6 (Apoc. 1:6). Por vos ter Deus ele-
sões, Joel 2:28 (At. 2:17). Ele me deu sa- gido desde o princípio para a salvação,
213 Young, Brigham
II Tess. 2:13. Procurai fazer cada vez mórdios e uma das Oito Testemunhas
mais firme a vossa vocação e eleição, do Livro de Mórmon. Ver “Depoimen-
II Ped. 1:10. O Senhor possa selar-vos to de Oito Testemunhas”, nas páginas
como seus, Mos. 5:15. Faço convênio introdutórias do Livro de Mórmon.
de que terás a vida eterna, Mos. 26:20. Ele também foi chamado para pregar o
Os fiéis portadores do sacerdócio se evangelho (D&C 30:9–11).
tornam a Igreja e o reino e os eleitos
WHITMER, PETER, JR.
de Deus, D&C 84:33–34. A palavra mais
segura de profecia significa um homem Um dos primeiros líderes da Igreja res-
saber que está selado para vida eterna, taurada e uma das Oito Testemunhas
D&C 131:5–6. Selo sobre ti tua exal- do Livro de Mórmon. Ver “Depoimento
tação, D&C 132:49. de Oito Testemunhas” nas páginas in-
trodutórias do Livro de Mórmon. O se-
VOTO. Ver Comum Acordo nhor deu instruções pessoais a ele em
VOZ. Ver também Revelação D&C 16 e D&C 30:5–8.
Nas escrituras, este vocábulo às vezes WHITNEY, NEWEL K.
significa uma mensagem audível trans- Um dos primeiros líderes da Igreja res-
mitida pelo Senhor ou por seus mensa- taurada. Newel K. Whitney foi bispo
geiros. A voz do Espírito também pode de Kirtland, Ohio (EUA), e depois ser-
ser recebida diretamente no coração ou viu como Bispo Presidente da Igreja
na mente, porém não de forma audível. (D&C 72:1–8; 104; 117).
Adão e Eva ouviram a voz do Senhor
WILLIAMS, FREDERICK G.
Deus, Gên. 3:8 (Mois. 4:14). O Senhor fa-
lou a Elias, o profeta, em voz mansa e Antigo líder da Igreja restaurada que
delicada, I Re. 19:11–13. Os justos ou- serviu durante algum tempo como con-
vem a voz do Bom Pastor, Jo. 10:1–16. selheiro na Presidência do Sumo Sa-
Todo aquele que é da verdade ouve a cerdócio (D&C 81; 90:6, 19; 102:3).
minha voz, Jo. 18:37. Obedeci à voz do WOODRUFF, WILFORD. Ver
Espírito, 1 Né. 4:16–18. Veio-me uma também Declaração Oficial—1;
voz, dizendo: Enos, teus pecados te são Manifesto
perdoados, En. 1:5. Era uma voz mavio-
Quarto Presidente da Igreja depois da
sa, cheia de suavidade, semelhante a um
restauração do evangelho por intermé-
sussurro que penetrava até o mais pro-
dio do Profeta Joseph Smith. Nasceu
fundo da alma, Hel. 5:29–33 (3 Né. 11:3–
em 1807 e morreu em 1898.
7). Seja pela minha própria voz, ou pela
voz de meus servos, é o mesmo, D&C Foi chamado para ocupar um lugar no
1:38. Tudo que disserem, quando mo- Conselho dos Doze, D&C 118:6. Esta-
vidos pelo Espírito Santo, será a voz do va entre os espíritos escolhidos reser-
Senhor, D&C 68:2–4. Toda alma que vados para virem na plenitude dos
obedecer a minha voz verá minha face tempos, D&C 138:52. Recebeu uma re-
e saberá que eu sou, D&C 93:1. velação que pôs fim ao casamento plu-
ral na Igreja, D&C DO—1.
WHITMER, DAVID
YOUNG, BRIGHAM
Líder da Igreja restaurada em seus pri-
mórdios e uma das Três Testemunhas Apóstolo no início desta dispensação
da origem divina e da veracidade do e segundo Presidente de A Igreja de
Livro de Mórmon (D&C 14, 17–18). O Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Senhor deu instruções pessoais a ele Dias. Guiou os santos em direção ao
em D&C 14 e em D&C 30:1–4. oeste, dos Estados Unidos da Améri-
ca, desde Nauvoo, Illinois, até o Vale
WHITMER, JOHN do Lago Salgado e foi grande coloni-
Líder da Igreja restaurada em seus pri- zador do oeste desse país.
Zacarias (Novo Testamento) 214
Brigham Young foi chamado para ser causa dos justos, os iníquos foram sal-
Presidente dos Doze Apóstolos, D&C vos em Zaraenla, Hel. 13:12. A cidade
124:127. Brigham Young foi elogiado de Zaraenla incendiou-se por ocasião
por seu trabalho e desobrigado de fu- da morte de Cristo, 3 Né. 8:8, 24.
turas viagens ao exterior, D&C 126. O
ZEBULOM. Ver também Israel; Jacó,
Senhor instruiu Brigham Young a res-
Filho de Isaque
peito de como organizar os santos para
sua migração para o oeste, D&C 136. No Velho Testamento, filho de Jacó e
Brigham Young estava entre os espíri- de Léia (Gên. 30:19–20).
tos escolhidos no mundo espiritual, A tribo de Zebulom: Jacó abençoou a tri-
D&C 138:53. bo de Zebulom (Gên. 49:13). A tribo de
Zebulom uniu-se a Débora e a Baraque
ZACARIAS (Novo Testamento).
na luta contra os inimigos de Israel
Ver também Isabel; João Batista
(Juí. 4:4–6, 10). Eles também se uniram
No Novo Testamento, pai de João Batis- a Gideão na luta contra os midianitas
ta. Zacarias exercia o cargo de sacerdote (Juí. 6:33–35).
e oficiava no templo.
ZEDEQUIAS. Ver também Muleque
O anjo Gabriel prometeu um filho a Za-
carias e a sua esposa Isabel, Lc. 1:5–25 No Velho Testamento, último rei de Ju-
(D&C 27:7). Sua língua foi solta, Lc. dá (II Re. 24:17–20; 25:2–7). Zedequias
1:59–79. Zacarias foi morto entre o san- mandou para a prisão o profeta Jere-
tuário e o altar, Mt. 23:35 (Lc. 11:51). mias (Jer. 32:1–5) e Jeremias profetizou
o cativeiro de Zedequias (Jer. 34:2–8,
ZACARIAS (Velho Testamento) 21). Leí e sua família viviam em Jerusa-
Profeta do Velho Testamento que pro- lém durante o primeiro ano do reinado
fetizou por volta de 520 a.C. Viveu na de Zedequias (1 Né. 1:4). Todos os filhos
mesma época que o profeta Ageu (Esd. de Zedequias foram mortos, com ex-
5:1; 6:14). ceção de um, seu filho Muleque, que
conseguiu fugir para o Hemisfério Oci-
Livro de Zacarias: O livro é notável por
dental (Jer. 52:10; Ômni 1:15; Hel. 8:21).
suas profecias acerca do ministério
mortal de Cristo e sua segunda vinda ZEEZROM
(Zac. 9:9; 11:12–13; 12:10; 13:6). Os ca- No Livro de Mórmon, advogado da ci-
pítulos de 1 a 8 contêm uma série de dade de Amonia. Alma e Amuleque
visões do futuro do povo de Deus. Os perceberam por intermédio do Espíri-
capítulos de 9 a 14 contêm visões sobre to que Zeezrom estava mentindo. Ele
o Messias, os últimos dias, a coligação foi então convertido ao evangelho de
de Israel, a grande batalha final e a Se- Cristo (Al. 11:21–46; 15:1–12).
gunda Vinda.
ZELO, ZELOSO
ZARAENLA. Ver também Amon; A palavra zelo significa um ardente e
Muleque profundo sentimento de cuidado a res-
No Livro de Mórmon, Zaraenla desig- peito de alguém ou de alguma coisa. Ze-
na (1) um homem que guiou a colônia lar é cuidar, atender às necessidades.
de Muleque; (2) uma cidade que rece- Eu, o Senhor, sou um Deus zeloso, Êx.
beu o nome dele e (3) a terra de Zaraen- 20:5 (Deut. 5:9; 6:15; Mos. 11:22). Terei
la, ou (4) o povo que o seguiu. zelo pelo meu santo nome, Eze. 39:25.
Zaraenla regozijou-se porque o Senhor Com grande zelo estou zelando por Je-
mandara os nefitas, Ômni 1:14. Zaraen- rusalém e por Sião, Zac. 1:14. O bispo e
la deu a genealogia de seus pais, Ômni outros são chamados e designados por
1:18. Amon era descendente de Zaraen- Deus para zelar pela Igreja, D&C 46:27.
la, Mos. 7:3, 13. A Igreja foi estabeleci- Os homens devem ocupar-se zelosa-
da na cidade de Zaraenla, Al. 5:2. Por mente numa boa causa, D&C 58:27.
215 Zorobabel

ZÊNIFE sinou que a redenção virá pelo Filho


de Deus, Al. 34:7. Foi assassinado por
No Livro de Mórmon, homem que lide-
seu testemunho ousado, Hel. 8:19. Fa-
rou o grupo que voltou à terra de Néfi;
lou da restauração dos lamanitas, Hel.
tornou-se rei deles e os governou em
15:11. Testificou da destruição na épo-
retidão (Mosias 9–10).
ca da morte de Cristo, 3 Né. 10:15–16.
ZENOQUE
ZÍPORA. Ver também Moisés
Profeta de Israel, na época do Velho
Testamento, que é mencionado ape- No Velho Testamento, esposa de Moi-
nas no Livro de Mórmon. sés e filha de Jetro (Êx. 2:21; 18:2).
Profetizou a morte de Cristo, 1 Né. ZORÃ, ZORAMITAS
19:10. Falou sobre o Filho de Deus, Al.
33:15 (Al. 34:7). Foi mártir da verdade, No Livro de Mórmon, Zorã era o servo
Al. 33:17. Profetizou sobre a vinda do de Labão que se uniu a Néfi e Leí para
Messias, Hel. 8:20. vir para a terra da promissão (1 Né.
4:31–38). Devido à fidelidade de Zorã,
ZENOS Leí o abençoou junto com seus pró-
Profeta de Israel na época do Velho Tes- prios filhos (2 Né. 1:30–32). Seus des-
tamento, cujas profecias sobre a mis- cendentes ficaram conhecidos como
são de Cristo só são encontradas no Li- zoramitas (Jacó 1:13).
vro de Mórmon.
ZOROBABEL
Profetizou sobre o sepultamento de
Cristo e os três dias de trevas, 1 Né. No Velho Testamento, quando Ciro deu
19:10, 12. Predisse a coligação de Israel, permissão para os judeus retornarem
1 Né. 19:16. Jacó citou a parábola de à Palestina, Zorobabel foi nomeado go-
Zenos sobre a oliveira boa e a oliveira vernador ou representante da casa real
brava, Jacó 5. Jacó explica a alegoria de judaica. Seu nome persa era Sesbazar
Zenos, Jacó 6:1–10. Ensinou acerca da (Esd. 1:8). Ele está ligado à reconstrução
oração e da adoração, Al. 33:3–11. En- do templo de Jerusalém (Esd. 3:2, 8; 5:2).
216
SELEÇÕES DA TRADUÇÃO DE
JOSEPH SMITH DA BÍBLIA EM INGLÊS
Segue-se a tradução em português de trechos selecionados da Tradução de Joseph
Smith da Bíblia em inglês (versão do Rei Jaime) (TJS). O Senhor inspirou o Profeta
a restituir ao texto bíblico as verdades que haviam sido perdidas ou alteradas
desde que o original fora escrito. Essas verdades restauradas esclareceram dou-
trinas e melhoraram a compreensão das escrituras. As passagens selecionadas
para o Guia para Estudo das Escrituras servirão para o leitor melhorar a compreen-
são das escrituras em qualquer idioma para o qual forem traduzidas.
Por ter o Senhor revelado a Joseph algumas verdades que os autores haviam regis-
trado, a Tradução de Joseph Smith é diferente de qualquer tradução da Bíblia.
Nesse sentido, a palavra tradução é usada em um sentido mais amplo e de forma
diferente da habitual, posto que a tradução de Joseph foi mais revelação que uma
tradução literal de um idioma para outro. Para mais informações sobre a TJS, ver
“Tradução de Joseph Smith (TJS)” nos verbetes do Guia para Estudo das Escrituras.
A seguinte ilustração mostra um exemplo de passagem da TJS:

Esta referência em TJS, Mateus 4:1, 5–6, 8–9 Entre parênteses está
negrito é a passagem (Comparar com Mateus 4:1, 5–6, indicada a referência
da tradução de Joseph 8–9; alterações semelhantes correspondente na
Smith da versão do rei Bíblia para que o leitor
Jaime da Bíblia em
foram feitas em Lucas 4:2, 5–11) a compare com a
inglês. Tendo sua (Jesus foi conduzido pelo Espírito, não por tradução de Joseph
tradução restaurado Satanás.) Smith.
palavras no texto
1. Então foi conduzido Jesus pelo Es- Aqui se explica qual a
bíblico, os números de
pírito ao deserto, para estar com Deus. doutrina que Joseph
alguns versículos são
Smith esclareceu com
diferentes dos da
5. Então foi Jesus transportado à ci- sua tradução.
edição regular da
Bíblia. dade santa e o Espírito colocou-o so-
bre o pináculo do templo.
6. E o diabo veio a ele e disse-lhe: Se
tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui
abaixo; porque está escrito: Aos seus Este é o texto como
anjos dará ordens a teu respeito; e to- traduzido por Joseph
mar-te-ão nas mãos, para que nunca Smith.
tropeces em alguma pedra.
8. E novamente, Jesus estava em Es-
pírito; e ele transportou-o a um monte
muito alto e mostrou-lhe todos os rei-
nos do mundo e a glória deles.
9. E o diabo veio a ele novamente e
disse-lhe: Tudo isto te darei se, pros-
trado, me adorares.
217 TJS, Gênesis 14:25–40
TJS, Gênesis 9:10–15 (Comparar rão com regozijo; e a Terra estremece-
com Gênesis 9:3–9) rá de alegria;
(O homem será responsabilizado por homicí- 23. E a assembléia geral da igreja do
dios e também por desperdiçar vida animal.) primogênito descerá do céu e possuirá
10. O sangue de toda a carne que vos a Terra; e terá lugar até que venha o fim.
dei por alimento, porém, será derrama- E este é meu eterno convênio, que fiz
do sobre a terra, que dele recebe a vida; com teu pai Enoque.
e o sangue não comereis. 24. E estará o arco nas nuvens e esta-
11. E certamente o sangue não será belecerei contigo o meu convênio, que
derramado, a não ser para vosso man- fiz entre mim e ti, para toda alma
timento, para salvar vossas vidas; e o vivente de toda carne que há de estar
sangue de todo animal requererei de sobre a Terra.
vossas mãos. 25. E disse Deus a Noé: Este é o sinal
12. E quem derramar o sangue do ho- da aliança que estabeleci entre mim e
mem, pelo homem o seu sangue será ti; para toda carne que há de estar so-
derramado; pois o homem não derra- bre a Terra.
mará o sangue do homem. TJS, Gênesis 14:25–40 (Comparar
13. Pois um mandamento dou, que o com Gênesis 14)
irmão de cada homem preserve a vida (Mencionado o grande ministério de Mel-
do homem, porque conforme a minha quisedeque; descritos os poderes e bênçãos
imagem fiz o homem. do Sacerdócio de Melquisedeque.)
14. E um mandamento vos dou: Fruti- 25. E Melquisedeque ergueu a voz e
ficai e multiplicai-vos; povoai abundan- abençoou Abrão.
temente a terra e multiplicai-vos nela.
26. Ora, Melquisedeque era um ho-
15. E falou Deus a Noé e a seus filhos mem de fé, que praticava a retidão; e,
com ele, dizendo: E eu, eis que estabe- quando criança, temia a Deus e fechou
lecerei a minha aliança convosco, que a boca de leões e extinguiu a violência
fiz com vosso pai Enoque, concernen- do fogo.
te a vossa descendência depois de vós.
27. E assim, tendo sido aprovado por
TJS, Gênesis 9:21–25 (Comparar Deus, foi ordenado sumo sacerdote se-
com Gênesis 9:16–17) gundo a ordem do convênio que Deus
[Posto o arco-íris no céu como um sinal do fez com Enoque,
convênio de Deus com Enoque e Noé. Nos 28. Sendo isso segundo a ordem do
últimos dias, a assembléia geral da igreja Filho de Deus; ordem que veio não por
do Primogênito (a Sião do Senhor no tempo homem nem pela vontade do homem;
de Enoque; ver Moisés 7) reunirá os justos nem por pai nem mãe; nem por começo
da Terra.] de dias nem fim de anos; mas por Deus;
21. E estará o arco nas nuvens, e eu o 29. E foi dada aos homens pelo cha-
verei para me lembrar da aliança eter- mado de sua própria voz, de acordo
na que fiz com teu pai Enoque; que, com sua vontade, a tantos quantos acre-
quando os homens guardarem todos ditaram em seu nome.
os meus mandamentos, Sião retornará 30. Pois Deus, tendo jurado a Enoque
à Terra, a cidade de Enoque, que arre- e a sua semente com um juramento por
batei para mim. si próprio, que todo aquele que fosse
22. E este é o meu convênio eterno: ordenado segundo essa ordem e esse
Que quando tua posteridade abraçar a chamado teria poder, pela fé, para derri-
verdade e olhar para o alto, então olhará bar montanhas, dividir os mares, secar
Sião para baixo e todos os céus treme- as águas, desviá-las de seu curso;
TJS, Gênesis 15:9–12 218
31. Para desafiar os exércitos das na- 9. E disse Abrão: Senhor Deus, como
ções, dividir a Terra, quebrar todos os me darás esta terra por herança eterna?
grilhões, permanecer na presença de 10. E o Senhor disse: Mesmo que esti-
Deus; fazer todas as coisas segundo a vesses morto, ainda assim não a pode-
vontade dele, de acordo com suas or- ria dar a ti?
dens, subjugar principados e poderes;
e isso pela vontade do Filho de Deus, 11. E se morreres, ainda assim a pos-
que existia desde antes da fundação suirás, pois vem o dia em que viverá o
do mundo. Filho do Homem; mas como poderia
ele viver, se não estivesse morto? Ele
32. E os homens que tinham essa fé,
precisa primeiro ser vivificado.
entrando nessa ordem de Deus, foram
transladados e levados para o céu. 12. E aconteceu que Abrão olhou e
33. Eis que Melquisedeque era um sa- viu os dias do Filho do Homem e ale-
cerdote dessa ordem; portanto ele con- grou-se; e sua alma encontrou descan-
seguiu paz em Salém e foi chamado so e creu ele no Senhor; e o Senhor im-
Príncipe da paz. putou-lhe isso por justiça.
34. E seu povo praticou a retidão e TJS, Gênesis 17:3–7, 11–12
obteve o céu; e procurou a cidade de (Comparar com Gênesis 17:3–12)
Enoque que Deus havia antes tomado, (Deus estabeleceu um convênio de circun-
separando-a da Terra, tendo-a reser- cisão com Abraão. A ordenança do batis-
vado para os últimos dias, ou seja, o mo e a idade em que as crianças se tornam
fim do mundo; responsáveis foram revelados a Abraão.)
35. E dissera e jurara com um juramen-
3. Aconteceu que caiu Abrão sobre
to, que os céus e a Terra iriam juntar-se;
seu rosto e invocou o nome do Senhor.
e os filhos de Deus seriam provados
como que por fogo. 4. E falou Deus com ele, dizendo: Meu
36. E este Melquisedeque, tendo as- povo desviou-se de meus preceitos e
sim estabelecido a retidão, foi chama- não guardou minhas ordenanças que
do de rei do céu por seu povo, ou, em dei a seus pais;
outras palavras, de Rei da paz. 5. E não observaram a minha unção
37. E ele ergueu a voz e abençoou nem o sepultamento ou batismo que
Abrão, sendo o sumo sacerdote e o lhes ordenei;
guardião do armazém de Deus; 6. Mas desviaram-se do mandamento
38. Aquele a quem Deus havia desig- e tomaram para si a lavagem de crian-
nado para receber os dízimos para os cinhas e o sangue da aspersão;
pobres. 7. E disseram que o sangue do justo
39. Pelo que Abrão lhe pagou dízimos Abel foi derramado por pecados; e não
de tudo que tinha, de todas as riquezas souberam em que são responsáveis pe-
que possuía, que Deus lhe dera a mais rante mim.
do que aquilo de que necessitava.
11. E estabelecerei uma aliança de cir-
40. E aconteceu que Deus abençoou a cuncisão contigo e será minha aliança
Abrão e deu-lhe riquezas e honra e ter- entre mim e ti e tua descendência de-
ras por possessão perpétua; de acordo pois de ti em suas gerações; para que
com o convênio que fizera e conforme saibas para sempre que as crianças
a bênção com a qual Melquisedeque o não são responsáveis perante mim até
abençoara. que tenham oito anos de idade.
TJS, Gênesis 15:9–12 (Comparar 12. E procurarás guardar todos os
com Gênesis 15:1–6) meus convênios pelos quais fiz convê-
(Abraão viu o Filho de Deus em visão e nios com teus pais; e guardarás os
soube da ressurreição.) mandamentos que te dei por minha
219 TJS, Gênesis 50:24–38
própria boca; e serei a ti por Deus e a 5. E agora, sobre teus dois filhos,
tua descendência depois de ti. Efraim e Manassés, que te nasceram
na terra do Egito antes que eu viesse a
TJS, Gênesis 17:23 (Comparar com
ti no Egito; eis que são meus e o Deus
Gênesis 17:17)
de meus pais abençoá-los-á; como Rú-
(Abraão rejubilou-se quando foi predito o ben e Simeão, eles serão abençoados,
nascimento de Isaque.) pois são meus; pelo que eles serão cha-
23. Então caiu Abraão sobre seu rosto mados segundo o meu nome. (Portan-
e rejubilou-se; e disse no seu coração: to eles foram chamados Israel.)
A um homem de cem anos há de nas- 6. Mas a tua geração, que gerarás de-
cer um filho e conceberá Sara na idade pois deles, será tua; segundo o nome
de noventa anos. de seus irmãos serão chamados na sua
TJS, Gênesis 19:9–15 (Comparar herança nas tribos; portanto eles fo-
com Gênesis 19:5–10) ram chamados as tribos de Manassés e
de Efraim.
(Ló resistiu à iniqüidade de Sodoma.)
7. E Jacó disse a José: Quando o Deus
9. E disseram-lhe: Sai daí. E iraram-se de meus pais me apareceu em Luz, na
com ele. terra de Canaã, jurou-me que daria, a
10. E disseram entre si: Como estran- mim e a minha descendência, a terra
geiro este indivíduo veio habitar entre por possessão perpétua.
nós e quer tornar-se juiz; agora lhe fa- 8. Portanto, ó meu filho, ele aben-
remos mais mal do que a eles. çoou-me levantando-te para que me
11. Portanto disseram ao homem: To- fosses por servo, salvando da morte a
maremos os homens e também tuas fi- minha casa,
lhas; e faremos com eles o que bem nos
9. Ao livrar meu povo, teus irmãos,
pareça.
da fome que era grave na Terra; pelo
12. Ora, isso estava de acordo com a que o Deus de teus pais te abençoará,
iniqüidade de Sodoma. bem como ao fruto de teus lombos, pa-
13. E disse Ló: Eis aqui, duas filhas ra que sejam abençoados acima de
tenho que ainda não conheceram ho- teus irmãos e acima da casa de teu pai;
mem; deixai-me, rogo-vos, suplicar a 10. Pois tu prevaleceste e a casa de
meus irmãos não vo-las trazer, para que teu pai inclinou-se diante de ti, assim
não façais a elas como bom for aos vos- como te fora mostrado antes de seres
sos olhos; vendido ao Egito pelas mãos de teus
14. Pois Deus não justificará seu ser- irmãos; portanto teus irmãos inclinar-
vo nisso; portanto deixai-me suplicar a se-ão diante de ti, de geração em gera-
meus irmãos, somente esta vez, que na- ção, ao fruto de teus lombos para sem-
da façais a estes varões, para que pos- pre;
sam ter paz em minha casa; porque por 11. Pois eis que serás uma luz para o
isso vieram à sombra do meu telhado. meu povo, para libertá-los da escravi-
15. E iraram-se com Ló e aproxima- dão nos dias de seu cativeiro; e para
ram-se para arrombar a porta, porém os trazer-lhes salvação quando estiverem
anjos de Deus, que eram homens santos, completamente curvados sob o pecado.
estenderam as mãos e fizeram entrar a
TJS, Gênesis 50:24–38 (Comparar
Ló consigo na casa; e fecharam a porta.
com Gênesis 50:24–26; ver também
TJS, Gênesis 48:5–11 (Comparar 2 Néfi 3)
com Gênesis 48:5–6) (Moisés, Aarão e Joseph Smith foram to-
(Os descendentes de José serão os líderes dos citados nesta profecia de José no Egito.
da coligação de Israel nos últimos dias.) José profetizou também que o Livro de
TJS, Gênesis 50:24–38 220
Mórmon se tornaria companheiro do re- do fruto de teus lombos e a ele darei
gistro de Judá.) poder para levar minha palavra à se-
24. E disse José a seus irmãos: Eu mor- mente de teus lombos; e não somente
ro e vou para meus pais; e desço à se- para levar minha palavra, diz o Se-
pultura com alegria. O Deus de meu pai nhor, mas para convencê-los de minha
Jacó esteja convosco, para livrar-vos da palavra, que já terá sido levada a eles
aflição nos dias de vosso cativeiro; pois nos últimos dias;
o Senhor visitou-me e obtive do Senhor 31. Portanto o fruto de teus lombos es-
uma promessa de que, do fruto de meus creverá; e o fruto dos lombos de Judá
lombos, o Senhor Deus suscitará um ra- escreverá; e aquilo que for escrito pelo
mo justo de meus lombos; e a ti, a quem fruto de teus lombos e também aquilo
meu pai Jacó chamou Israel, um profe- que for escrito pelo fruto dos lombos
ta; (não o Messias que é chamado Siló;) de Judá, serão unidos para confundir
e esse profeta libertará meu povo do falsas doutrinas e apaziguar conten-
Egito nos dias da tua escravidão. das e estabelecer paz entre o fruto de
25. E acontecerá que eles serão nova- teus lombos, levando-os nos últimos
mente dispersos; e um ramo será que- dias a conhecerem seus pais e também
brado e conduzido para um país distan- meus concertos, diz o Senhor.
te; não obstante, eles serão lembrados 32. E da fraqueza será tornado forte,
nos convênios do Senhor, quando vier no dia em que minha obra começar en-
o Messias; pois ele ser-lhes-á manifes- tre todo o meu povo, a qual os restau-
tado nos últimos dias, em Espírito de rará, os que são da casa de Israel, nos
poder; e tirá-los-á das trevas para a últimos dias.
luz; da escuridão oculta e do cativeiro
33. E a esse vidente abençoarei; e
para a liberdade.
aqueles que procurarem destruí-lo se-
26. O Senhor meu Deus suscitará um rão confundidos, pois esta promessa
vidente, que será um vidente escolhi- vos dou; pois lembrar-me-ei de vós de
do para o fruto de meus lombos. geração em geração; e o nome dele será
27. Assim diz o Senhor Deus de meus José e será chamado pelo nome de seu
pais a mim: Um vidente escolhido sus- pai; e ele será semelhante a vós, por-
citarei eu do fruto de teus lombos; e que aquilo que o Senhor fizer por sua
gozará de grande estima entre o fruto mão guiará meu povo à salvação.
de teus lombos; e a ele ordenarei que 34. E o Senhor jurou a José que preser-
realize uma obra para seus irmãos, o varia sua semente para sempre, dizen-
fruto de teus lombos. do: Suscitarei Moisés; e haverá uma va-
28. E levá-los-á a conhecer os convê- ra em suas mãos e ele reunirá meu povo
nios que fiz com teus pais; e ele reali- e guiá-lo-á como um rebanho e ferirá as
zará qualquer obra que eu lhe mandar. águas do Mar Vermelho com sua vara.
29. E torná-lo-ei grande a meus olhos, 35. E ele terá entendimento e escreverá
porque ele fará a minha obra e será a palavra do Senhor. E não proferirá
grande como aquele a quem eu disse muitas palavras, porque escrever-lhe-
que suscitaria para vós, para libertar ei minha lei pelo dedo de minha própria
meu povo, ó casa de Israel, da terra do mão. E preparar-lhe-ei um porta-voz e
Egito; pois eis que suscitarei um vi- seu nome será Aarão.
dente para livrar meu povo da terra do 36. E a ti também será feito nos últi-
Egito; e ele será chamado Moisés. E mos dias, sim, como jurei. Portanto
por esse nome saberá que pertence a disse José a seus irmãos: Deus certa-
tua casa; pois que será criado pela fi- mente vos visitará e vos fará subir des-
lha do rei e será chamado seu filho. ta terra à terra que jurou a Abraão e a
30. E também um vidente suscitarei Isaque e a Jacó.
221 TJS, Deuteronômio 10:2
37. E José confirmou muitas outras se acenda minha ira contra ti também
coisas a seus irmãos e fez jurar os fi- e eu te destrua a ti e a teu povo; por-
lhos de Israel, dizendo: Certamente quanto nenhum homem dentre eles
vos visitará Deus; e fareis transportar me verá agora e viverá, porque são
os meus ossos daqui. sumamente pecadores. E homem pe-
38. E morreu José quando tinha a ida- cador algum jamais viu, ou homem
de de cento e dez anos; e embalsama- pecador algum jamais verá a minha
ram-no e puseram-no num caixão no face e viverá.
Egito; e os filhos de Israel não o enter- 23. E tirarei minha mão e ver-me-ás
raram, a fim de que fosse levado para pelas costas, mas não se verá a minha
ser sepultado com seu pai. E assim se face, como em outras ocasiões; porque
lembraram do juramento que lhe ti- estou irado com meu povo, Israel.
nham jurado.
TJS, Êxodo 34:1–2, 14 (Comparar com
TJS, Êxodo 4:21 (Comparar com Êxodo 34:1–2, 14; D&C 84:21–26)
Êxodo 4:21; 7:3, 13; 9:12; 10:1, 20, (O segundo conjunto de tábuas dado a
27; 11:10; 14:4, 8, 17; Deuteronômio Moisés continha uma lei menor do que o
2:30) primeiro conjunto.)
(O Senhor não foi responsável pela dureza 1. Então disse o Senhor a Moisés: La-
do coração de Faraó. Ver também TJS, Êxo- vra outras duas tábuas de pedra como
do 7:3, 13; 9:12; 10:1, 20, 27; 11:10; 14:4, as primeiras e escreverei também ne-
8, 17; cada referência, quando traduzida las as palavras da lei, de acordo com o
corretamente, mostra que o Faraó endure- que se escreveu nas tábuas que tu que-
ceu o próprio coração.) braste; mas não será de acordo com as
21. E disse o Senhor a Moisés: Quan- primeiras, porque tirarei de seu meio
do voltares ao Egito, atenta que faças o sacerdócio; portanto minha santa or-
diante de Faraó todas as maravilhas dem, assim como suas ordenanças, não
que tenho posto na tua mão e far-te-ei irão adiante deles; pois minha pre-
prosperar; mas Faraó endurecerá o co- sença não irá em seu meio, para que eu
ração e não deixará ir o povo. não os destrua.
TJS, Êxodo 18:1 (Comparar com 2. Mas darei a eles a lei, como nas pri-
Êxodo 18:1) meiras, mas será segundo a lei de um
mandamento carnal; porque em mi-
(Jetro era sumo sacerdote.) nha ira jurei que não entrariam em mi-
1. Quando Jetro, o sumo sacerdote de nha presença, em meu descanso, nos
Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas dias de sua peregrinação. Portanto fa-
as coisas que Deus tinha feito por Moi- ze como te mandei e prepara-te e sobe
sés e por Israel, seu povo; e que o Se- pela manhã ao monte Sinai; e ali põe-te
nhor tinha tirado a Israel do Egito; diante de mim no cume do monte.
TJS, Êxodo 22:18 (Comparar com (Jeová era um nome pelo qual o povo do
Êxodo 22:18) Velho Testamento conhecia o Senhor Jesus
Cristo.)
(Os assassinos não viverão.)
14. Porque não adorarás qualquer
18. O assassino não deixarás viver. outro deus; pois o Senhor, cujo nome é
TJS, Êxodo 33:20, 23 (Comparar Jeová, é um Deus zeloso.
com Êxodo 33:20, 23) TJS, Deuteronômio 10:2 (Comparar
(Nenhum homem pecador pode ver a face com Deuteronômio 10:2)
de Deus e viver.) (No primeiro conjunto de tábuas, Deus
20. E disse ele a Moisés: Não poderás revelou o convênio eterno do santo sacer-
ver a minha face agora, para que não dócio.)
TJS, I Samuel 16:14–16, 23 222
2. E escreverei nas tábuas as palavras TJS, Salmos 14:1–7 (Comparar com
que estavam nas primeiras tábuas, que Salmos 14:1–7)
quebraste, com exceção das palavras (O Salmista rejubilou-se com o dia da res-
do convênio eterno do santo sacerdó- tauração.)
cio; e as porás na arca.
1. Disse o néscio no seu coração: Não
TJS, I Samuel 16:14–16, 23 há homem que tenha visto Deus. Por-
(Comparar com I Samuel 16:14–16, que ele não se mostra a nós; portanto
23; alterações semelhantes foram não há Deus. Eis que eles são corrup-
feitas em I Samuel 18:10 e 19:9) tos; fizeram obras abomináveis e ne-
nhum deles faz o bem.
(O espírito mau que desceu sobre Saul não
era da parte do Senhor.) 2. Porque o Senhor olhou desde os céus
para os filhos dos homens e por sua voz
14. E o espírito do Senhor retirou-se
disse a seu servo: Procura entre os filhos
de Saul; e atormentava-o um espírito
dos homens, para ver se há algum que
mau, que não era da parte do Senhor.
tenha entendimento de Deus. E ele
15. Então os criados de Saul disse- abriu a boca para o Senhor e disse: Eis
ram-lhe: Eis que agora um espírito que todos estes dizem que são teus.
mau, que não é da parte de Deus, te 3. O Senhor respondeu e disse: Desvia-
atormenta. ram-se todos e juntamente se fizeram
16. Diga, pois, nosso senhor a seus imundos; não podes ver nenhum deles
servos, que estão na tua presença, que que esteja fazendo o bem, não, nenhum.
busquem um homem que saiba tocar 4. Todos os que eles têm como seus
harpa, e será que, quando o espírito mestres são obreiros da iniqüidade e
mau, que não é da parte de Deus, vier neles não há conhecimento. São eles os
sobre ti, então ele tocará com a sua que devoram o meu povo. Eles comem
mão e te acharás melhor. pão e não invocam o Senhor.
23. E sucedia que, quando o espírito 5. Eis que se acham em grande pavor,
mau, que não era da parte de Deus, vi- porque Deus está na geração dos justos.
nha sobre Saul, Davi tomava a harpa e Ele é o conselho dos pobres, porque eles
tocava com sua mão; então Saul sentia se envergonham dos iníquos e fogem
alívio e se achava melhor; e o espírito para o Senhor para refugiarem-se.
mau se retirava dele.
6. Eles envergonham-se do conselho
TJS, II Samuel 12:13 (Comparar dos pobres, porquanto o Senhor é o seu
com II Samuel 12:13) refúgio.
(O grave pecado de Davi não foi posto de 7. Oh, se dos céus estivesse estabele-
lado por Deus.) cida Sião, a salvação de Israel. Ó Se-
nhor, quando estabelecerás Sião? Quan-
13. Então disse Davi a Natã: Pequei do o Senhor fizer voltar os cativos do
contra o Senhor. E disse Natã a Davi: seu povo, regozijar-se-á Jacó, alegrar-
Também o Senhor não pôs de lado o se-á Israel.
teu pecado para que não morras.
TJS, Salmos 24:7–10 (Comparar
TJS, II Crônicas 18:22 (Comparar com Salmos 24)
com II Crônicas 18:22)
(Este salmo celebra a segunda vinda de
(O Senhor não põe um espírito de mentira Cristo.)
na boca de profetas.) 7. Levantai a cabeça, ó vós, gerações
22. Agora, pois, eis que o Senhor en- de Jacó, e sede edificados; e o Senhor
controu um espírito de mentira na boca forte e poderoso; o Senhor, poderoso
destes teus profetas: e o Senhor falou o na batalha, que é o rei da glória, esta-
mal a teu respeito. belecer-vos-á para sempre.
223 TJS, Mateus 4:1, 5–6, 8–9
8. E ele enrolará os céus e descerá para TJS, Amós 7:3 (Comparar com
redimir seu povo, para tornar-vos um Amós 7:3)
nome eterno, para estabelecer-vos sobre (O Senhor não se arrepende; os homens ar-
sua rocha eterna. rependem-se.)
9. Levantai a cabeça, ó gerações de Ja-
3. E disse o Senhor, concernente a Ja-
có; levantai a cabeça, ó gerações eternas,
có: Jacó arrepender-se-á disso; portan-
e o Senhor dos exércitos, o rei dos reis;
to não o destruirei completamente, diz
10. Sim, o rei da glória virá a vós e o Senhor.
redimirá seu povo e estabelecê-lo-á em
retidão. Selá. TJS, Mateus 3:24–26 (Comparar
com Mateus 2:23)
TJS, Salmos 109:4 (Comparar com
Salmos 109:4) (Descritas a juventude e a infância de
Jesus.)
(Devemos orar por nossos adversários.)
24. E aconteceu que Jesus crescia com
4. E, não obstante o meu amor, são
seus irmãos e se fortalecia; e esperava
meus adversários; contudo, continua-
no Senhor pela vinda do tempo de seu
rei a orar por eles.
ministério.
TJS, Isaías 42:19–23 (Comparar com 25. E ajudava seu pai e não falava co-
Isaías 42:19–22) mo os outros homens nem podia ser
(O Senhor enviará seu servo àqueles que ensinado; porque não precisava que
são cegos.) homem algum o ensinasse.
19. Porque enviarei meu servo a vós, 26. E depois de muitos anos, aproxi-
que sois cegos; sim, um mensageiro pa- mou-se a hora de seu ministério.
ra abrir os olhos dos cegos e destam-
par os ouvidos dos surdos; TJS, Mateus 3:43–46 (Comparar
20. E serão tornados perfeitos, a des- com Mateus 3:15–17)
peito de sua cegueira, se derem ouvi- (Jesus foi batizado por João, por imersão.)
dos ao mensageiro, o servo do Senhor. 43. Jesus, porém, respondendo, dis-
21. Vós sois um povo que vê muitas se-lhe: Deixa-me ser batizado por ti,
coisas, mas não as guarda; que abre os porque assim nos convém cumprir to-
ouvidos para ouvir, mas não ouve. da a justiça. Então ele o permitiu.
22. O Senhor não se agrada desse povo, 44. E João desceu às águas e batizou-o.
mas por amor de sua retidão engran-
decerá a lei e honrá-la-á. 45. E, sendo Jesus batizado, saiu logo
da água; e João viu e eis que se lhe abri-
23. Tu és um povo roubado e saquea- ram os céus e viu o Espírito de Deus
do; teus inimigos, todos eles, enlaça- descendo como pomba e vindo sobre
ram-te em cavernas e esconderam-te Jesus.
em cárceres; tomaram-te por presa e
ninguém há que livre; por despojo, e 46. E eis que ouviu uma voz dos céus,
ninguém diz: Restitui. que dizia: Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo. Ouvi-o.
TJS, Jeremias 26:13 (Comparar com
Jeremias 26:13) TJS, Mateus 4:1, 5–6, 8–9
(Comparar com Mateus 4:1, 5–6,
(O Senhor não se arrepende; os homens ar-
8–9; alterações semelhantes
rependem-se.)
foram feitas em Lucas 4:2, 5–11)
13. Agora, pois, melhorai os vossos
caminhos e as vossas ações e ouvi a voz (Jesus foi conduzido pelo Espírito, não por
do Senhor vosso Deus e arrependei-vos; Satanás.)
e o Senhor desviará o mal que falou 1. Então foi conduzido Jesus pelo Es-
contra vós. pírito ao deserto, para estar com Deus.
TJS, Mateus 4:11 224
5. Então foi Jesus transportado à cida- TJS, Mateus 6:22 (Comparar com
de santa e o Espírito colocou-o sobre o Mateus 6:22)
pináculo do templo. (Se nossos olhos estiverem fitos na glória
6. E o diabo veio a ele e disse-lhe: Se de Deus, todo nosso corpo será cheio de
tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui luz.)
abaixo; porque está escrito: A seus an-
22. A candeia do corpo são os olhos;
jos dará ordens a teu respeito; e tomar-
de sorte que se teus olhos estiverem
te-ão nas mãos, para que nunca trope-
fitos na glória de Deus, todo o teu cor-
ces em alguma pedra.
po será cheio de luz.
8. E novamente, Jesus estava no Espí-
rito, e ele transportou-o a um monte TJS, Mateus 6:38 (Comparar com
muito alto; e mostrou-lhe todos os rei- Mateus 6:33)
nos do mundo e a glória deles. (Primeiro devemos procurar edificar o rei-
9. E o diabo veio a ele novamente e dis- no de Deus.)
se-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, 38. Portanto não busqueis as coisas
me adorares. deste mundo, mas procurai primeiro
TJS, Mateus 4:11 (Comparar com edificar o reino de Deus e estabelecer
Mateus 4:11) sua justiça e todas essas coisas vos se-
rão acrescentadas.
(Jesus enviou anjos para servirem João
Batista.) TJS, Mateus 7:1–2 (Comparar com
11. E eis que Jesus soube que João fo- Mateus 7:1–2)
ra atirado na prisão e enviou anjos; e (Não julgueis injustamente.)
eis que eles chegaram e serviram-no. 1. Ora, estas são as palavras que Jesus
TJS, Mateus 4:18 (Comparar com ensinou a seus discípulos para que dis-
Mateus 4:19) sessem ao povo.
(Os profetas do Velho Testamento falaram 2. Não julgueis injustamente, para que
sobre Jesus.) não sejais julgados; mas julgai com um
18. E disse-lhes: Eu sou aquele sobre julgamento justo.
quem foi escrito pelos profetas; vinde TJS, Mateus 7:9–11 (Comparar com
após mim e eu vos farei pescadores de Mateus 7:6)
homens.
(Não compartilhar com o mundo os misté-
TJS, Mateus 4:22 (Comparar com rios do reino.)
Mateus 4:23) 9. Ide pelo mundo, dizendo a todos:
(Jesus curou pessoas entre os que acredita- Arrependei-vos, porque o reino dos
vam em seu nome.) céus se aproximou de vós.
22. E percorria Jesus toda a Galiléia, en- 10. E os mistérios do reino guardareis
sinando nas suas sinagogas e pregan- dentro de vós; pois não é próprio dar
do o evangelho do reino e curando to- aos cães as coisas santas; nem deiteis
das as enfermidades e moléstias entre aos porcos as vossas pérolas, para que
o povo que acreditava em seu nome. não as pisem com os pés.
TJS, Mateus 6:14 (Comparar 11. Porque o mundo não pode rece-
com Mateus 6:13; mudanças ber aquilo que vós mesmos não podeis
semelhantes foram feitas em suportar; portanto não dareis vossas
Lucas 11:4) pérolas a eles, para que não se voltem
(O Senhor não nos induz à tentação.) e vos despedacem.
14. E não nos deixes ser levados à ten- TJS, Mateus 9:18–21 (Este é um texto
tação, mas livra-nos do mal. restaurado pelo Profeta Joseph
225 TJS, Mateus 21:47–56
Smith, inserido entre Mateus 9:15 quem eu envio para preparar o cami-
e Mateus 9:16.) nho diante de mim.
(Jesus rejeitou o batismo dos fariseus; ele 14. Então entenderam os discípulos
deu a lei de Moisés.) que lhes falara de João Batista e tam-
18. Então os fariseus disseram-lhe: Por bém de outro que viria para restaurar
que não nos recebes com nosso batismo, todas as coisas, como foi escrito pelos
visto que cumprimos toda a lei? profetas.

19. Mas Jesus disse-lhes: Vós não guar- TJS, Mateus 18:11 (Comparar
dais a lei. Se tivésseis guardado a lei, com Mateus 18:11; ver
vós me teríeis recebido, pois eu sou também Morôni 8)
aquele que deu a lei. (As criancinhas não têm necessidade de
20. Não vos recebo com vosso batis- arrependimento.)
mo, porque ele de nada vos aproveita. 11. Porque o Filho do homem veio
21. Porque quando chega aquilo que salvar o que se tinha perdido e chamar
é novo, o velho está pronto para ser os pecadores ao arrependimento; mas
posto de lado. estes pequeninos não têm necessidade
de arrependimento e salvá-los-ei.
TJS, Mateus 16:25–26 (Comparar TJS, Mateus 19:13 (Comparar com
com Mateus 16:24) Mateus 19:13)
(O significado da frase “tomar sobre si a (As criancinhas serão salvas.)
cruz de Jesus” é negar a iniqüidade.)
13. Trouxeram-lhe então criancinhas,
25. Então disse Jesus a seus discípulos: para que sobre elas pusesse as mãos e
Se alguém quiser vir após mim, renun- orasse. Mas os discípulos repreendiam-
cie-se a si mesmo, tome sobre si a sua nos, dizendo: Não há necessidade, pois
cruz e siga-me. Jesus dissera: Esses serão salvos.
26. E eis que um homem tomar sua TJS, Mateus 21:33 (Comparar com
cruz significa negar-se a toda iniqüi- Mateus 21:32–33)
dade e a toda concupiscência munda-
na e guardar meus mandamentos. (O homem precisa arrepender-se para po-
der acreditar em Cristo.)
TJS, Mateus 17:10–14 (Comparar 33. Porque aquele que não creu em
com Mateus 17:11–13) João com relação a mim não pode crer
(Dois Elias deveriam vir—um para prepa- em mim, a menos que se arrependa.
rar e outro para restaurar.) TJS, Mateus 21:47–56 (Comparar
10. E Jesus, respondendo, disse-lhes: com Mateus 21:45–46)
Em verdade Elias virá primeiro e res- (Jesus declarou que ele é a principal pedra
taurará todas as coisas, como escreve- de esquina. O evangelho é oferecido aos ju-
ram os profetas. deus e depois aos gentios. Os iníquos serão
11. E também vos digo que Elias já destruídos quando Jesus voltar.)
veio, a respeito de quem está escrito: 47. E os príncipes dos sacerdotes e os
Eis que vos enviarei meu anjo, que pre- fariseus, ouvindo estas palavras, en-
parará o caminho diante de mim; e não tenderam que falava deles.
o conheceram e fizeram-lhe tudo o que 48. E disseram entre si: Pensará esse
quiseram. homem que sozinho pode saquear este
12. Assim farão eles também padecer grande reino? e iraram-se com ele.
o Filho do Homem. 49. Mas quando procuraram prendê-
13. Mas eis que vos digo: Quem é lo, recearam a multidão, porque soube-
Elias? Eis que este é Elias, aquele a ram que a multidão o tinha por profeta.
TJS, Mateus 23:6 226
50. E eis que seus discípulos vieram a procureis fazer as coisas que me vistes
ele e Jesus perguntou-lhes: Maravi- fazer e testifiqueis de mim até o fim.
lhai-vos com as palavras da parábola
que lhes disse? TJS, Mateus 27:3–6 (Comparar com
Mateus 27:3–5; Atos 1:18)
51. Em verdade vos digo: Eu sou a pe-
dra e aqueles iníquos rejeitam-me. (Descrita a morte de Judas.)
52. Eu sou a cabeça da esquina. Esses 3. Então Judas, o que o traíra, vendo
judeus cairão sobre mim e despedaçar- que fora condenado, trouxe, arrependi-
se-ão. do, as trinta moedas de prata aos prín-
cipes dos sacerdotes e aos anciãos,
53. E o reino de Deus lhes será tirado
e será dado a uma nação que produza 4. Dizendo: Pequei, traindo o sangue
frutos (quer dizer, os gentios). inocente.
54. Portanto, sobre quem cair esta pe- 5. Eles, porém, disseram-lhe: Que nos
dra, reduzi-lo-á a pó. importa? Isso é contigo; que os teus
pecados estejam sobre ti.
55. Quando, pois, vier o Senhor da vi-
nha, destruirá aqueles homens miserá- 6. E ele, atirando as moedas de prata
veis, iníquos, e arrendará novamente no templo, retirou-se e foi-se enforcar
a vinha a outros lavradores, sim, nos em uma árvore. E imediatamente se
últimos dias, que lhe dêem frutos nas precipitou e todas as suas entranhas se
estações. derramaram; e morreu.
56. E entenderam, então, a parábola TJS, Marcos 9:3 (Comparar com
que lhes dissera, que os gentios seriam Marcos 9:4)
também destruídos quando o Senhor
descesse do céu para reinar em sua vi- (João Batista estava no Monte da Transfi-
nha, que é a Terra e seus habitantes. guração.)
3. E apareceu-lhes Elias com Moisés,
TJS, Mateus 23:6 (Comparar com ou, em outras palavras, João Batista e
Mateus 23:9) Moisés; e falavam com Jesus.
(Aquele que está no céu é nosso criador.)
TJS, Marcos 9:40–48 (Comparar
6. E a ninguém na Terra chameis vosso com Marcos 9:43–48)
criador ou vosso Pai Celestial; porque
um só é o vosso criador e o vosso Pai (Cortar a mão ou o pé que escandalizem
Celestial, sim, aquele que está no céu. é comparável a eliminar companhias que
nos possam desencaminhar.)
TJS, Mateus 26:22, 24–25
(Comparar com Mateus 26:26–29; 40. Portanto, se tua mão te escandali-
TJS, Marcos 14:20–25) zar, corta-a; ou se teu irmão te escan-
dalizar e não confessar e renunciar, ele
(Jesus instituiu o sacramento.) será cortado. Melhor é para ti entrares
22. E, quando comiam, Jesus tomou o na vida aleijado do que, tendo duas
pão e partiu-o e abençoou-o; e deu a mãos, ires para o inferno.
seus discípulos e disse: Tomai, comei; 41. Pois é melhor para ti entrares na vi-
isto é em lembrança de meu corpo, que da sem teu irmão, do que tu e teu irmão
dou como resgate por vós. serem lançados no inferno, no fogo
24. Porque isto é em lembrança do que nunca se apaga, onde o seu bicho
meu sangue do novo testamento, que não morre e o fogo nunca se apaga.
é derramado por todos os que crerem 42. E também, se teu pé te escandali-
em meu nome, para a remissão de seus zar, corta-o; pois aquele que é teu exem-
pecados. plo, segundo quem andas, se ele se
25. E dou-vos um mandamento: que tornar um transgressor, será cortado.
227 TJS, Marcos 16:3–6
43. Melhor é para ti entrares coxo na dou; porque de mim testificareis a to-
vida do que, tendo dois pés, seres lan- do o mundo.
çado no inferno, no fogo que nunca se 24. E sempre que realizardes esta orde-
apaga. nança, lembrar-vos-eis de mim nesta
44. Portanto, que todo homem se suste- hora em que eu estive convosco e bebi
nha ou caia por si mesmo e não por ou- convosco deste cálice, sim, a última vez
tro; ou seja, não confiando em outro. em meu ministério.
45. Buscai o meu Pai e ser-vos-á feito 25. Em verdade vos digo: Disto pres-
naquele exato momento aquilo que pe- tareis testemunho; porque não mais
dirdes, se pedirdes com fé, crendo que beberei do fruto da vide convosco, até
recebereis. aquele dia em que o beber, novo, no
46. E se teu olho que vê por ti, que foi reino de Deus.
designado para olhar por ti, a fim de TJS, Marcos 14:36–38 (Comparar
mostrar-te a luz, tornar-se transgres- com Marcos 14:32–34)
sor e escandalizar-te, lança-o fora.
(No Getsêmani, até mesmo alguns dos Doze
47. Melhor é para ti entrares no reino não entendiam plenamente o papel de Jesus
de Deus com um só olho do que, tendo como o Messias.)
dois olhos, seres lançado no fogo do
inferno. 36. E foram a um lugar chamado
Getsêmani, que era um jardim; e os
48. Porque é melhor seres salvo do discípulos começaram a ter pavor e a
que seres lançado no inferno com teu angustiar-se e a lamentar-se em seu
irmão, onde o seu bicho não morre e o coração, perguntando-se se aquele era
fogo nunca se apaga. o Messias.
TJS, Marcos 12:32 (Comparar com 37. E Jesus, conhecendo-lhes o coração,
Marcos 12:27) disse a seus discípulos: Assentai-vos
(Deus não é um Deus de mortos, porque aqui, enquanto eu oro.
ele levanta os mortos de suas sepulturas.) 38. E tomou consigo a Pedro e a Tiago
32. Ele não é, portanto, o Deus dos e a João e repreendeu-os e disse-lhes:
mortos, mas o Deus dos vivos; porque A minha alma está profundamente
ele os levanta de suas sepulturas. Por triste, sim, até a morte; ficai aqui e
isso vós errais muito. vigiai.

TJS, Marcos 14:20–25 (Comparar TJS, Marcos 16:3–6 (Comparar com


com Marcos 14:22–25; TJS, Marcos 16:4–7; mudanças
Mateus 26:22, 24–25) semelhantes foram feitas em
Mateus 28:2–8; comparar com
(Jesus instituiu o sacramento.) Lucas 24:2–4)
20. E, comendo eles, tomou Jesus pão (Dois anjos saudaram as mulheres junto
e abençoou-o e partiu-o e deu-o a eles e ao sepulcro do Salvador.)
disse: Tomai e comei.
3. Mas, olhando, viram que já a pedra
21. Eis que isto fareis em lembrança estava revolvida (e era ela muito gran-
de meu corpo; pois todas as vezes que de) e dois anjos sentados nela, vesti-
o fizerdes, lembrar-vos-eis desta hora dos de uma roupa comprida, branca; e
em que eu estava convosco. ficaram espantadas.
22. E, tomando o cálice e dando graças, 4. Mas os anjos disseram-lhes: Não
deu-lho; e todos beberam dele. vos assusteis; buscais a Jesus Nazare-
23. E disse-lhes: Isto é em lembrança no, que foi crucificado; já ressuscitou,
de meu sangue, que por muitos é der- não está aqui; eis aqui o lugar onde o
ramado, e o novo testamento que vos puseram;
TJS, Lucas 1:8 228
5. E ide, dizei a seus discípulos e a Pe- 8. Até a plenitude dos tempos; e a lei
dro que ele vai adiante de vós para a e o testemunho serão selados e as cha-
Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. ves do reino serão novamente entre-
6. E elas, entrando no sepulcro, viram gues ao Pai;
o lugar onde haviam posto Jesus. 9. Para administrar justiça a todos;
para descer em julgamento sobre to-
TJS, Lucas 1:8 (Comparar com
dos e para convencer todos os iníquos
Lucas 1:8)
de suas más ações, as quais comete-
(Zacarias, pai de João Batista, estava rea- ram; e tudo isso no dia em que ele vier;
lizando deveres do sacerdócio.)
10. Pois é um dia de poder; sim, todo
8. E exercendo ele o ofício de sacerdo- vale se encherá e todo monte e outeiro
te diante de Deus, na ordem de seu sa- serão rebaixados; e o que é tortuoso se
cerdócio, endireitará e os caminhos escabrosos
TJS, Lucas 2:46 (Comparar com se aplanarão;
Lucas 2:46) 11. E toda carne verá a salvação de
(Os doutores do templo estavam ouvindo Deus.
Jesus e interrogando-o.) TJS, Lucas 11:53 (Comparar com
46. E aconteceu que, passados três Lucas 11:52)
dias, o acharam no templo, assentado (A plenitude das escrituras é a chave do
no meio dos doutores; e eles estavam conhecimento.)
ouvindo-o e fazendo-lhe perguntas.
53. Ai de vós, doutores da lei! que ti-
TJS, Lucas 3:4–11 (Comparar com rastes a chave da ciência, a plenitude
Lucas 3:4–6) das escrituras; vós mesmos não en-
(Cristo virá para cumprir profecias, remo- trastes no reino; e impedistes os que
ver pecados, trazer salvação e ser uma luz; estavam entrando.
e virá no dia de poder e na plenitude dos
TJS, Lucas 12:9–12 (Comparar com
tempos.)
Lucas 12:9–10)
4. Segundo o que está escrito no Livro
(A blasfêmia contra o Espírito Santo não
do profeta Esaías; e estas são as pala-
será perdoada.)
vras, que dizem: Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor; 9. Mas aquele que me negar diante
e endireitai as suas veredas. dos homens será negado diante dos
anjos de Deus.
5. Porque eis que ele virá, como está
escrito no livro dos profetas, para tirar 10. Ora, seus discípulos sabiam que
os pecados do mundo e para trazer ele dissera isso porque eles haviam fa-
salvação às nações pagãs, para reunir lado contra ele diante do povo; pois ti-
aqueles que estão perdidos, que são nham medo de confessá-lo diante dos
do rebanho de Israel; homens.
6. Sim, os dispersos e aflitos; e tam- 11. E eles arrazoavam entre si, dizen-
bém para preparar o caminho e tornar do: Ele conhece nossos corações e fala
possível a pregação do evangelho aos para nossa condenação; e não seremos
gentios; perdoados. Mas ele respondeu-lhes e
7. E para ser uma luz para todos os disse-lhes:
que se assentam em trevas, até as mais 12. A todo aquele que disser uma pa-
longínquas partes da terra; e para le- lavra contra o Filho do Homem e arre-
var a efeito a ressurreição dos mortos e pender-se, ser-lhe-á perdoado; mas ao
ascender ao alto e habitar à mão direi- que blasfemar contra o Espírito Santo
ta do Pai. não lhe será perdoado.
229 TJS, Lucas 16:16–23
TJS, Lucas 12:41–57 (Comparar com a quem o Senhor, quando vier, achar
Lucas 12:38–48) fazendo assim.
(Precisamos estar sempre preparados para 53. Em verdade vos digo que sobre
a vinda do Senhor.) todos os seus bens o porá.
41. Pois eis que ele vem na primeira 54. Mas o servo mau é aquele que não
vigília da noite e virá também na se- é encontrado vigiando. E se aquele ser-
gunda vigília e novamente ele virá na vo não for encontrado vigiando, dirá
terceira vigília. em seu coração: O meu Senhor tarda
em vir; e começará a espancar os cria-
42. E em verdade vos digo: Ele já veio,
dos e criadas, e a comer, e a beber, e a
como sobre ele está escrito; e também
embriagar-se,
quando ele vier na segunda vigília, ou
vier na terceira vigília, bem-aventura- 55. Virá o Senhor daquele servo no dia
dos os servos a quem, quando vier, em que o não espera, e numa hora que
achar fazendo assim; ele não sabe, e abatê-lo-á e dar-lhe-á sua
parte com os infiéis.
43. Porque o Senhor desses servos se
cingirá e fará com que eles se assentem 56. E o servo que soube a vontade do
à mesa; e, chegando, os servirá. seu Senhor e não se aprontou para a
vinda de seu Senhor nem fez conforme
44. E agora, em verdade vos digo es- a sua vontade, será castigado com mui-
tas coisas para que possais saber isto: tos açoites.
Que a vinda do Senhor é como um la-
drão na noite. 57. Mas o que não soube a vontade de
seu Senhor e fez coisas dignas de açoi-
45. E é como a um homem que é pai tes, com poucos será castigado. E a qual-
de família, que, se não vigiar os seus quer que muito for dado, muito se lhe
bens, virá o ladrão em uma hora que pedirá; e ao que muito o Senhor confiou,
não espera e tirará os seus bens e divi- muito mais os homens lhe pedirão.
di-los-á entre seus companheiros.
TJS, Lucas 16:16–23 (Comparar
46. E eles disseram entre si: Se o pai
com Lucas 16:16–18)
de família soubesse a que hora havia
de vir o ladrão, vigiaria e não permiti- (Jesus forneceu o contexto para a parábola
ria minar a sua casa nem a perda de do homem rico e Lázaro.)
seus bens. 16. E eles disseram-lhe: Temos a lei e
47. E ele disse-lhes: Em verdade vos os profetas; mas quanto a este homem
digo: Portanto estai vós também aper- não o receberemos para ser nosso che-
cebidos; porque virá o Filho do Ho- fe; pois ele se faz de juiz sobre nós.
mem à hora que não imaginais. 17. Então disse-lhes Jesus: A lei e os
48. E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes profetas testificam de mim; sim, e todos
essa parábola a nós, ou a todos? os profetas que escreveram, até João,
têm predito estes dias.
49. E disse o Senhor: Falo àqueles a
18. Desde esse tempo é anunciado o
quem o Senhor porá sobre sua casa,
reino de Deus; e todo homem que busca
para dar a seus filhos a ração na devi-
a verdade esforça-se para entrar nele.
da estação.
19. E é mais fácil passarem o céu e a
50. E disseram eles: Quem, pois, é
terra do que cair um til da lei.
aquele servo fiel e prudente?
20. E por que ensinais a lei e negais
51. E o Senhor disse-lhes: É aquele ser- aquilo que está escrito; e condenais
vo que vigia, para repartir sua ração aquele a quem o Pai enviou para cum-
na devida estação. prir a lei, a fim de que sejais todos re-
52. Bem-aventurado seja aquele servo dimidos?
TJS, Lucas 17:21 230
21. Ó néscios! porque dissestes em TJS, Lucas 18:27 (Comparar com
vosso coração: Não há Deus. E perver- Lucas 18:27)
teis o caminho reto; e praticais violên- (Confiar nas riquezas impede a pessoa de
cia contra o reino dos céus; e perseguis entrar no reino de Deus.)
os mansos; e, em vossa violência, pro-
curais destruir o reino; e tomais os 27. E ele disse-lhes: É impossível
filhos do reino pela força. Ai de vós, àquele que confia nas riquezas entrar
adúlteros! no reino de Deus; mas aquele que aban-
dona as coisas deste mundo, é possível
22. E eles tornaram a injuriá-lo, irando- a Deus que ele entre.
se por ter ele dito que eram adúlteros.
23. Mas ele continuou, dizendo: Qual- TJS, Lucas 21:24–26 (Comparar com
quer que deixa sua mulher e casa com Lucas 21:24–26)
outra, adultera; e aquele que casa com (Jesus explicou os sinais de sua vinda.)
a repudiada pelo marido, adultera tam-
24. Ora, essas coisas disse-lhes ele, re-
bém. Em verdade vos digo: Asseme-
lativas à destruição de Jerusalém. Pe-
lhar-vos-ei ao homem rico.
diram-lhe, então, seus discípulos, di-
TJS, Lucas 17:21 (Comparar com zendo: Mestre, fala-nos a respeito de
Lucas 17:20–21) tua vinda.
25. E ele respondeu-lhes e disse: Na
(O reino de Deus já veio.)
geração em que os tempos dos gentios
21. Nem dirão: Ei-lo aqui! ou, Ei-lo se completarem, haverá sinais no sol e
ali! porque eis que o reino de Deus já na lua e nas estrelas; e na Terra, angús-
veio para vós. tia das nações, em perplexidade, como
o bramido do mar e das ondas. A terra
TJS, Lucas 17:36–40 (Comparar com será também perturbada e as águas do
Lucas 17:37) grande abismo;
(Jesus explicou uma parábola referente à 26. Homens desmaiando de terror, na
reunião dos justos.) expectativa das coisas que sobrevirão
36. E respondendo, disseram-lhe: Aon- ao mundo. Porquanto as virtudes do
de, Senhor, serão levados? céu serão abaladas.
37. E ele disse-lhes: Onde estiver o TJS, Lucas 21:32 (Comparar com
corpo reunido; ou, em outras palavras, Lucas 21:32)
onde quer que os santos estejam reu-
(Tudo se cumprirá quando se completa-
nidos, aí se ajuntarão as águias, ou se-
rem os tempos dos gentios.)
ja, aí se ajuntarão os remanescentes.
32. Em verdade vos digo: Não passará
38. Isto disse referindo-se à coligação esta geração, a geração em que se com-
de seus santos e de anjos descendo e pletarão os tempos dos gentios, até que
reunindo a eles os remanescentes; um tudo aconteça.
da cama, o outro da moenda e o outro
do campo, onde quer que ele deseje. TJS, Lucas 23:35 (Comparar com
39. Pois na verdade haverá novos céus Lucas 23:34)
e nova terra, onde habita a justiça. (Jesus pediu que fossem perdoados os sol-
40. E nada haverá de impuro; porque dados romanos que o crucificaram.)
a Terra, tendo envelhecido, sim, como 35. E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, por-
um vestido, tendo-se corrompido, por que não sabem o que fazem. (Referin-
conseguinte desaparece; e o escabelo do-se aos soldados que o crucificaram.)
de seus pés permanece santificado, lim- E, repartindo as suas vestes, lançaram
po de todo pecado. sortes.
231 TJS, João 1:1–34
TJS, João 1:1–34 (Comparar com 15. João prestou testemunho dele e cla-
João 1:1–34) mou, dizendo: Este é aquele de quem eu
[O evangelho de Jesus Cristo foi pregado dizia: O que vem após mim é antes de
desde o princípio. Um Elias (João Batista) mim, porque foi primeiro do que eu.
deveria preparar o caminho para Cristo e 16. Porque no princípio era o Verbo,
outro Elias (Cristo) deveria restaurar to- sim, o Filho, que se fez carne e foi envia-
das as coisas.] do a nós pela vontade do Pai. E todos os
1. No princípio foi o evangelho pre- que crerem em seu nome receberão de
gado por meio do Filho. E o evangelho sua plenitude. E todos nós recebemos
era o verbo e o verbo estava com o Fi- de sua plenitude, sim, imortalidade e
lho; e o Filho estava com Deus e o Fi- vida eterna, por meio de sua graça.
lho era de Deus. 17. Porque a lei foi dada por meio de
Moisés; porém a vida e a verdade vie-
2. Ele estava no princípio com Deus.
ram por Jesus Cristo.
3. Todas as coisas foram feitas por ele
18. Porque a lei foi segundo um man-
e sem ele nada do que foi feito se fez.
damento carnal, para administração da
4. Nele estava o evangelho e o evan- morte; mas o evangelho foi segundo o
gelho era a vida e a vida era a luz dos poder de uma vida eterna, por intermé-
homens; dio de Jesus Cristo, o Filho Unigênito,
5. E a luz resplandece no mundo e o que está no seio do Pai.
mundo não a percebe. 19. E Deus nunca foi visto por alguém,
6. Houve um homem enviado de Deus, exceto por aquele que deu testemunho
cujo nome era João. do Filho; porque a não ser que seja por
ele, nenhum homem pode ser salvo.
7. Ele veio ao mundo para testemu-
nho, para que testificasse da luz, para 20. E este é o testemunho de João,
testificar do evangelho a todos por meio quando os judeus mandaram de Jeru-
do Filho, para que, por meio dele, pu- salém sacerdotes e levitas para que lhe
dessem acreditar. perguntassem: Quem és tu?
8. Não era ele a luz; mas veio para que 21. E confessou e não negou que fosse
testificasse da luz, Elias; mas confessou, dizendo: Eu não
sou o Cristo.
9. Que era a luz verdadeira, que ilu-
mina todo homem que vem ao mundo; 22. E perguntaram-lhe, dizendo: Co-
mo então és tu Elias? E ele disse: Não
10. Sim, o filho de Deus. Aquele que sou aquele Elias que restauraria todas
estava no mundo; e o mundo foi feito as coisas. E perguntaram-lhe, dizen-
por ele e o mundo não o conheceu. do: És tu aquele profeta? E ele respon-
11. Veio para o que era seu e os seus deu: Não.
não o receberam. 23. Disseram-lhe pois: Quem és? Para
12. Mas a todos quantos o receberam, que demos resposta àqueles que nos
deu-lhes o poder de serem feitos filhos enviaram; que dizes de ti mesmo?
de Deus; somente aos que crêem no 24. Ele disse: Eu sou a voz do que cla-
seu nome. ma no deserto: Endireitai o caminho do
13. Ele não nasceu do sangue nem da Senhor, como disse o profeta Esaías.
vontade da carne nem da vontade do 25. E os que tinham sido enviados
homem, mas de Deus. eram dos fariseus.
14. E o mesmo verbo se fez carne e ha- 26. E perguntaram-lhe e disseram-
bitou entre nós; e vimos a sua glória, co- lhe: Por que batizas pois, se tu não és o
mo a glória do Unigênito do Pai, cheio Cristo nem Elias que restauraria todas
de graça e de verdade. as coisas nem aquele profeta?
TJS, João 1:42 232
27. João respondeu-lhes, dizendo: Eu do que Jesus fazia e batizava mais dis-
batizo com água; mas no meio de vós cípulos do que João,
está um a quem vós não conheceis: 2. Procuraram mais diligentemente al-
28. Ele é aquele de quem presto teste- gum meio para matá-lo; pois que mui-
munho. É aquele profeta, Elias, que, tos recebiam João como profeta, mas
vindo após mim, é antes de mim, do não acreditavam em Jesus.
qual eu não sou digno de desatar a 3. Ora, o Senhor sabia disso, ainda que
correia da alparca, ou cujo lugar não ele mesmo não batizasse tantos quan-
posso ocupar; porque ele batizará não to os seus discípulos;
apenas com água, mas com fogo e com
o Espírito Santo. 4. Porque lhes permitia como um
exemplo, dando preferência uns aos
29. No dia seguinte João viu a Jesus,
outros.
que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo. TJS, João 4:26 (Comparar com
30. E João testificou dele ao povo, di- João 4:24)
zendo: Este é aquele do qual eu disse: (Deus prometeu seu Espírito aos verda-
Após mim vem um homem que é antes deiros crentes.)
de mim, porque foi primeiro do que 26. Pois a tais Deus prometeu o seu
eu. E eu o conhecia; e para que ele Espírito. E importa que os que o adoram
fosse manifestado a Israel, vim eu, por o adorem em espírito e em verdade.
isso batizando com água.
31. E João testificou, dizendo: Quando TJS, João 13:8–10 (Comparar com
ele foi batizado por mim, eu vi o Espí- João 13:8–10)
rito descer do céu como pomba e re- (Jesus lavou os pés dos Apóstolos.)
pousar sobre ele. 8. Disse-lhe Pedro: Não precisas lavar-
32. E eu o conhecia; porque o que me me os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu
mandou a batizar com água, esse me te não lavar, não tens parte comigo.
disse: Sobre aquele que vires descer o 9. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não
Espírito e sobre ele repousar, esse é o só os meus pés, mas também as mãos e
que batiza com o Espírito Santo. a cabeça.
33. E eu vi e testifico que este é o Filho 10. Disse-lhe Jesus: Aquele que tem as
de Deus. mãos e a cabeça lavadas, não necessita
34. Essas coisas aconteceram em Be- lavar senão os pés, pois no mais todo
tânia, do outro lado do Jordão, onde está limpo. Ora, vós estais limpos, mas
João estava batizando. não todos. Ora, esse era o costume dos
TJS, João 1:42 (Comparar com judeus segundo sua lei; portanto Jesus
João 1:42) fez isso para que a lei fosse cumprida.
(Cefas significa “vidente” ou “pedra”.) TJS, João 14:30 (Comparar com
42. E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus João 14:30)
para ele, disse: Tu és Simão, filho de (O príncipe das trevas, ou seja, Satanás, é
Jonas; tu serás chamado Cefas, que é, deste mundo.)
por interpretação, um vidente ou uma 30. Já não falarei muito convosco; por-
pedra. E eram pescadores. E eles dei- que se aproxima o príncipe das trevas,
xaram logo tudo e seguiram a Jesus. que é deste mundo, mas não tem poder
TJS, João 4:1–4 (Comparar com sobre mim, mas tem poder sobre vós.
João 4:1–2) TJS, Atos 9:7 (Comparar com Atos
(Jesus realizou batismos.) 9:7; Atos 22:9)
1. E quando os fariseus tinham ouvi- (Os que estavam com Paulo quando de sua
233 TJS, Romanos 7:5–27
conversão viram a luz, mas não ouviram a 11. Porque o pecado, tomando ocasião,
voz nem viram o Senhor.) negou o mandamento e enganou-me; e
7. E os que estavam viajando com ele por ele fui morto.
viram, em verdade, a luz, e se atemori- 12. Não obstante, achei que a lei é santa
zaram muito; mas não ouviram a voz e que o mandamento é santo e justo e
daquele que falava com ele. bom.

TJS, Romanos 4:16 (Comparar com 13. Logo se me tornou o bom em mor-
Romanos 4:16) te? De modo algum. Mas o pecado, pa-
ra que se mostrasse pecado, pelo bem
(Tanto a fé como as obras, pela graça, são operou em mim a morte; a fim de que
necessárias para a salvação.) pelo mandamento o pecado se fizesse
16. Portanto sois justificados pela fé e excessivamente maligno.
obras, por meio da graça, a fim de que 14. Porque bem sabemos que o man-
a promessa seja firme a toda a posteri- damento é espiritual; mas eu, quando
dade; não somente aos que são da lei, estava sob a lei, ainda era carnal, ven-
mas também aos que são da fé daquele dido sob o pecado.
que é o pai de todos nós, Abraão.
15. Mas agora sou espiritual; porque
TJS, Romanos 7:5–27 (Comparar o que me é mandado fazer, faço; e aqui-
com Romanos 7:5–25) lo que me é mandado não permitir, não
o permito.
(Cristo tem poder para mudar a alma dos
homens.) 16. Pois o que sei não ser certo, não
faço; porque o que é pecado, aborreço.
5. Porque, quando estávamos na car-
ne, as paixões dos pecados, que não 17. Se então não faço o que não permi-
eram segundo a lei, operavam em nos- to, consinto com a lei, que é boa; e não
sos membros para darem fruto para a sou condenado.
morte. 18. Ora, então já não sou eu que co-
6. Mas agora fomos libertados da lei mete pecado; mas procuro subjugar esse
em que estávamos retidos, estando pecado que habita em mim.
mortos para a lei, para que sirvamos 19. Porque eu sei que em mim, isto é,
em novidade de espírito e não na ve- na minha carne, não habita bem algum;
lhice da letra. e com efeito o querer está em mim,
mas não consigo realizar o bem, a não
7. Que diremos pois? É a lei pecado?
ser em Cristo.
De modo algum; mas eu não conheci o
pecado senão pela lei; porque eu não 20. Porque o bem que teria feito sob a
conheceria a concupiscência, se a lei lei, vejo que não é bem; portanto não o
não dissesse: Não cobiçarás. faço.
8. Mas o pecado, tomando ocasião pelo 21. Mas o mal que não faria sob a lei,
mandamento, operou em mim toda a vejo que é bem; esse, faço.
concupiscência: porquanto sem a lei 22. Ora, se eu faço, com a ajuda de
estava morto o pecado. Cristo, o que não quero fazer sob a lei,
9. Porque eu, nalgum tempo, vivia não estou sob a lei; e já não é que eu
sem a transgressão da lei, mas, vindo o procure fazer o mal, mas sim subjugar
mandamento de Cristo, reviveu o pe- o pecado que habita em mim.
cado e eu morri. 23. Acho então que, sob a lei, quando
10. E quando não acreditei no man- queria fazer o bem, o mal estava em
damento de Cristo que veio, que era mim; porque, segundo o homem inte-
para vida, achei eu que me condenava rior, tenho prazer na lei de Deus.
para a morte. 24. E agora vejo outra lei, sim, o man-
TJS, Romanos 8:8 234
damento de Cristo; e está gravada em que sereis enviados para o ministério.
minha mente. Mesmo os que têm mulheres serão co-
25. Mas os meus membros estão bata- mo se as não tivessem; porque sois cha-
lhando contra a lei de minha mente e mados e escolhidos para fazer a obra
prendendo-me debaixo da lei do peca- do Senhor.
do que está nos meus membros. 30. E será para aqueles que choram,
26. E se eu não subjugar o pecado que como se não chorassem; e para os que
está em mim, mas servir com a carne a se rejubilam, como se não se rejubilas-
lei do pecado, miserável homem que sem; e para os que compram, como se
sou! quem me livrará do corpo desta não possuíssem;
morte? 31. E para aqueles que desfrutam este
27. Dou graças a Deus por intermédio mundo, como se não o desfrutassem;
de Jesus Cristo nosso Senhor; tanto as- porque a aparência deste mundo passa.
sim que eu mesmo, com a mente, sirvo 32. E bem quisera, irmãos, que magni-
à lei de Deus. ficásseis vosso chamado. Bem quisera
eu que estivésseis sem cuidado. Pois
TJS, Romanos 8:8 (Comparar com aquele que é solteiro cuida das coisas
Romanos 8:8) do Senhor, em como há de agradar ao
(Aqueles que seguem os caminhos da car- Senhor; portanto ele prevalece.
ne não podem agradar a Deus.) 33. Mas aquele que é casado cuida das
8. Portanto os que são segundo a car- coisas do mundo, em como há de agra-
ne não podem agradar a Deus. dar à mulher; portanto há uma dife-
rença, porque ele é tolhido.
TJS, I Coríntios 7:1–2, 5, 26, 29–33
(Comparar com I Coríntios 7:1–2, TJS, I Coríntios 15:40 (Comparar
5, 26, 29–33) com I Coríntios 15:40)
(Paulo respondeu a perguntas sobre o ca- (Há três graus de glória na ressurreição.)
samento entre os que são chamados para 40. Também corpos celestiais e cor-
missões.) pos terrestres e corpos telestiais; mas
1. Ora, quanto às coisas que me escre- uma é a glória dos celestes; e outra a
vestes, dizendo: Bom seria que o ho- dos terrestres; e outra a dos telestes.
mem não tocasse em mulher.
TJS, II Coríntios 5:16 (Comparar
2. Mas digo, para evitar a fornicação, com II Coríntios 5:16)
que cada um tenha a sua própria mu-
(Paulo aconselhou os santos a não viverem
lher e cada uma tenha o seu próprio
segundo a carne.)
marido.
16. Assim que, daqui por diante, já não
5. Não vos separeis um do outro, senão
viveremos segundo a carne; sim, ainda
por consentimento mútuo por algum
que tenhamos vivido uma vez segundo
tempo, para vos aplicardes ao jejum e
a carne, contudo desde que conhece-
à oração; e depois ajuntai-vos outra vez,
mos a Cristo não mais vivemos segun-
para que Satanás não vos tente pela
do a carne.
vossa incontinência.
26. Tenho pois por bom, por causa da TJS, Gálatas 3:19–20 (Comparar
instante necessidade, que um homem com Gálatas 3:19–20)
assim permaneça para que possa reali- [Cristo é o mediador do novo convênio.
zar um bem maior. Comparam-se a lei de Moisés (o antigo
29. Mas falo a vós que sois chamados convênio) e o evangelho eterno (o novo
para o ministério. Porque isto digo, ir- convênio).]
mãos: O tempo que resta se abrevia, em 19. Logo, a lei foi acrescentada por
235 TJS, Hebreus 4:3
causa de transgressões, até que viesse 8. Então será revelado aquele iníquo,
a posteridade a quem a promessa ti- a quem o Senhor desfará pelo assopro
nha sido feita na lei dada a Moisés, de sua boca e aniquilará pelo esplen-
que foi ordenado pela mão de anjos dor de sua vinda.
para ser um mediador deste primeiro 9. Sim, o Senhor, sim, Jesus, cuja vin-
convênio (a lei). da não será até depois que houver
20. Ora, esse mediador não era um uma apostasia, pela obra de Satanás,
mediador do novo convênio; mas há com todo o poder e sinais e prodígios
um mediador do novo convênio, que é de mentira,
Cristo, como está escrito na lei concer-
TJS, I Timóteo 2:4 (Comparar com
nente às promessas feitas a Abraão e
I Timóteo 2:4)
sua semente. Ora, Cristo é o mediador
da vida; porque essa é a promessa que (Cristo é o Filho Unigênito e o Mediador.)
Deus fez a Abraão. 4. Que deseja que todos os homens se
TJS, Efésios 4:26 (Comparar com salvem e venham ao conhecimento da
Efésios 4:26) verdade que está em Cristo Jesus, que
é o Filho Unigênito de Deus e ordena-
(A ira injusta é pecado.) do para ser um Mediador entre Deus e
26. Podeis irar-vos e não pecar? não o homem; que é um Deus e tem poder
se ponha o sol sobre a vossa ira; sobre todos os homens.
TJS, I Tessalonicenses 4:15 (Compa- TJS, I Timóteo 6:15–16 (Comparar
rar com I Tessalonicenses 4:15) com I Timóteo 6:15–16)
(Os justos que estiverem vivos quando da (Aqueles que têm em seu interior a luz da
vinda do Senhor não terão vantagem algu- imortalidade podem ver a Jesus.)
ma sobre os mortos justos.) 15. A qual a seu tempo ele mostrará,
15. Dizemo-vos, pois, isto, pela pala- aquele que é o bem-aventurado e úni-
vra do Senhor: Aqueles que estiverem co Poderoso Senhor, o Rei dos reis e
vivos quando da vinda do Senhor não Senhor dos senhores, ao qual seja hon-
precederão os que permanecerem dor- ra e poder sempiterno;
mindo até a vinda do Senhor. 16. A quem nenhum homem viu nem
TJS, II Tessalonicenses 2:2–3, 7–9 pode ver, de quem nenhum homem se
(Comparar com II Tessalonicenses pode aproximar, a não ser aquele em
2:2–9) quem habitam a luz e a esperança da
(Paulo profetizou uma apostasia antes da imortalidade.
volta do Senhor.) TJS, Hebreus 1:6–7 (Comparar com
2. Que não vos movais facilmente do Hebreus 1:6–7)
vosso entendimento nem vos pertur- (Anjos são espíritos ministradores.)
beis por epístola, a menos que a rece-
6. E outra vez, quando introduz no
bais de nós; quer por espírito, quer por
mundo o primogênito, ele diz: E que to-
palavra, como se o dia de Cristo esti-
dos os anjos de Deus o adorem, ele, que
vesse já perto.
faz de seus ministros como que labare-
3. Ninguém de maneira alguma vos da de fogo.
engane; porque antes virá uma apos-
7. E, quanto aos anjos, diz: Os anjos
tasia, e se manifestará o homem do pe-
são espíritos ministradores.
cado, o filho da perdição;
7. Porque já o mistério da injustiça ope- TJS, Hebreus 4:3 (Comparar com
ra e é ele que opera agora; e Cristo per- Hebreus 4:3)
mite-lhe operar, até que se cumpra o (As obras de Deus foram preparadas desde
tempo em que do caminho seja tirado. a fundação do mundo.)
TJS, Hebreus 5:7–8 236
3. Porque nós, os que temos crido, en- 26. E não como aqueles sumos sacerdo-
tramos no repouso, tal como disse: As- tes que ofereciam cada dia sacrifícios,
sim jurei em minha ira que, se endure- primeiramente por seus próprios pe-
cerem o coração, não entrarão no meu cados, depois pelos pecados do povo;
repouso; jurei também: Se não endure- porque ele não necessitava oferecer sa-
cerem o coração, entrarão no meu re- crifício por seus próprios pecados, por-
pouso; embora as obras de Deus estives- que não conheceu pecados; mas pelos
sem preparadas, (ou acabadas), desde pecados do povo. E isso fez ele uma
a criação do mundo. vez, oferecendo-se a si mesmo.
TJS, Hebreus 5:7–8 TJS, Hebreus 11:1 (Comparar com
[Uma observação no manuscrito da TJS afir- Hebreus 11:1)
ma que os versículos 7 e 8 aludem a Melqui- (Fé é a certeza de coisas que se esperam.)
sedeque e não a Cristo. Fora isso, os textos
1. Ora, a fé é a certeza de coisas que se
da Tradução do Rei Jaime (Tradução de João
esperam, a prova das coisas que se não
Ferreira de Almeida, em português) e a
vêem.
Tradução de Joseph Smith são iguais.]
TJS, Hebreus 11:35 (Comparar com
TJS, Hebreus 6:1, 3 (Comparar com
Hebreus 11:35)
Hebreus 6:1, 3)
(Os princípios de Cristo levam à perfeição.) (Os fiéis que são torturados por causa de
Cristo obtêm a primeira ressurreição.)
1. Pelo que, não deixando os rudimen-
tos da doutrina de Cristo, prossiga- 35. As mulheres receberam pela res-
mos até a perfeição, não lançando de surreição os seus mortos; uns foram
novo o fundamento do arrependimen- torturados, não aceitando o seu livra-
to de obras mortas e de fé em Deus. mento, para alcançarem a primeira
ressurreição.
3. E prosseguiremos até a perfeição,
se Deus o permitir. TJS, Tiago 1:2 (Comparar com
Tiago 1:2)
TJS, Hebreus 7:3 (Comparar com
Hebreus 7:3) (As aflições, e não as tentações, ajudam a
santificar-nos.)
(O santo sacerdócio segundo a ordem do
Filho de Deus é sem pai nem mãe e não tem 2. Meus irmãos, tende grande gozo
começo nem fim de dias.) quando cairdes em muitas aflições;
3. Porque este Melquisedeque foi or- TJS, Tiago 2:1 (Comparar com
denado sacerdote segundo a ordem do Tiago 2:1)
Filho de Deus, cuja ordem era sem pai,
(Os membros não devem ter uma pes-
sem mãe, sem descendência, não ten-
soa em mais alta consideração do que
do princípio de dias nem fim de vida.
outra.)
E todos aqueles que são ordenados a
esse sacerdócio são feitos semelhantes 1. Meus irmãos, não podeis ter a fé do
ao Filho de Deus, permanecendo sa- nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor da
cerdotes para sempre. glória e, ainda assim, fazer acepção de
pessoas.
TJS, Hebreus 7:25–26 (Comparar
com Hebreus 7:26–27) TJS, I Pedro 3:20 (Comparar com
(Explica-se o papel de Cristo como media- I Pedro 3:20)
dor.) (Alguns dos espíritos em prisão haviam
25. Porque nos convinha tal sumo sido iníquos nos dias de Noé.)
sacerdote, santo, inocente, imaculado, 20. Alguns dos quais foram rebeldes
separado dos pecadores e feito gover- nos dias de Noé, enquanto a longanimi-
nante sobre os céus; dade de Deus esperava, enquanto se
237 TJS, Apocalipse 12:1–17
preparava a arca, na qual poucas, isto e entregou-a aos líderes das sete igrejas na
é, oito almas se salvaram pela água. Ásia.)
TJS, I Pedro 4:6 (Comparar com 1. Revelação de João, um servo de
I Pedro 4:6) Deus, que lhe foi dada por Jesus Cristo,
(O evangelho é pregado àqueles que estão para mostrar aos seus servos as coisas
mortos.) que brevemente devem acontecer; que
enviou e declarou por seu anjo a seu
6. Por causa disto, é pregado o evan-
servo João,
gelho aos mortos, para que sejam jul-
gados segundo os homens na carne, 2. O qual prestou testemunho da pala-
mas vivam segundo a vontade de Deus vra de Deus e do testemunho de Jesus
no espírito. Cristo e de tudo o que tem visto.
TJS, I Pedro 4:8 (Comparar com 3. Bem-aventurados aqueles que lêem
I Pedro 4:8) e aqueles que ouvem e compreendem
as palavras desta profecia e guardam
(A caridade evita que pequemos.)
as coisas que nela estão escritas, por-
8. Mas, sobretudo, tendo ardente ca- que o tempo da vinda do Senhor está
ridade entre vós; porque a caridade próximo.
evita uma multidão de pecados.
4. Ora, este é o testemunho de João
TJS, I João 2:1 (Comparar com aos sete servos que estão sobre as sete
I João 2:1) igrejas da Ásia. Graça e paz seja con-
(Se nos arrependermos, Cristo será nosso vosco da parte daquele que é e que era
advogado junto ao Pai.) e que há de vir; que enviou seu anjo
1. Meus filhinhos, estas coisas vos es- de diante de seu trono para testificar
crevo, para que não pequeis. Mas se àqueles que são os sete servos sobre as
alguém pecar e se arrepender, temos sete igrejas.
um advogado para com o Pai, Jesus TJS, Apocalipse 2:22 (Comparar
Cristo, o justo; com Apocalipse 2:22)
TJS, I João 3:9 (Comparar com (Os iníquos serão lançados no inferno.)
I João 3:9)
22. Eis que a lançarei no inferno e
(Quem nasce de Deus não continua em
sobre os que adulteram com ela virá
pecado.)
grande tribulação, se não se arrepen-
9. Qualquer que é nascido de Deus não derem de suas obras.
continua em pecado; porque o Espírito
de Deus permanece nele; e não pode TJS, Apocalipse 5:6 (Comparar com
continuar em pecado, porque é nascido Apocalipse 5:6)
de Deus, tendo recebido o santo Espírito (Doze servos de Deus são enviados a toda
da promessa. a Terra.)
TJS, I João 4:12 (Comparar com 6. E olhei, e eis que estava no meio do
I João 4:12) trono e dos quatro animais viventes e
(Somente os homens que crêem em Deus entre os anciãos um Cordeiro, como
podem vê-lo.) havendo sido morto, e tinha doze pon-
12. Ninguém jamais viu a Deus, exce- tas e doze olhos, que são os doze ser-
to aqueles que crêem. Se nos amamos vos de Deus, enviados a toda a Terra.
uns aos outros, Deus está em nós e em TJS, Apocalipse 12:1–17 (Comparar
nós é perfeito o seu amor. com Apocalipse 12:1–17; Doutrina
TJS, Apocalipse 1:1–4 (Comparar e Convênios 77)
com Apocalipse 1:1–4) [Explicados a mulher (a Igreja), a criança
(João recebeu uma revelação de Jesus Cristo (o reino de Deus), a barra de ferro (a pala-
TJS, Apocalipse 19:15, 21 238
vra de Deus), o dragão (Satanás) e Miguel 10. Porque o acusador de nossos ir-
(Adão). A guerra nos céus continua na mãos foi derrubado, o qual diante de
Terra.] nosso Deus os acusava de dia e de noite.
1. E apareceu um grande sinal no céu, 11. Porque eles o venceram pelo san-
à semelhança das coisas na Terra; uma gue do Cordeiro e pela palavra do seu
mulher vestida do sol, tendo a lua de- testemunho; porque não amaram sua
baixo dos seus pés, e uma coroa de do- própria vida, mas mantiveram o teste-
ze estrelas sobre a sua cabeça. munho, sim, até a morte. Pelo que, ale-
grai-vos, ó céus, e vós que neles habi-
2. E a mulher estava grávida e com
tais.
dores de parto; e gritava com ânsias de
dar à luz. 12. E depois dessas coisas, ouvi outra
voz que dizia: Ai dos que habitam na
3. E deu à luz um filho homem, que terra, sim, e daqueles que habitam nas
há de reger todas as nações com vara ilhas do mar! porque o diabo desceu a
de ferro; e o seu filho foi arrebatado vós, e tem grande ira, porque ele sabe
para Deus e para o seu trono. que só tem pouco tempo.
4. E apareceu outro sinal no céu; e eis 13. Porque quando o dragão viu que
que era um grande dragão vermelho, fora lançado na terra, perseguiu a mu-
que tinha sete cabeças e dez chifres e, lher que dera à luz o filho-homem.
sobre as suas cabeças, sete diademas. 14. Portanto foram dadas à mulher
E a sua cauda levou após si a terça par- duas asas de uma grande águia, para
te das estrelas do céu e lançou-as sobre que fugisse para o deserto, ao seu lu-
a terra. E o dragão parou diante da gar, onde é sustentada por um tempo e
mulher que dera à luz, pronto para de- tempos e metade de um tempo, fora da
vorar seu filho depois de nascer. vista da serpente.
5. E a mulher fugiu para o deserto, 15. E a serpente lança de sua boca, atrás
onde já tinha um lugar preparado por da mulher, água como um rio, para que
Deus, para que ali a alimentassem du- pela corrente a fizesse arrebatar.
rante mil duzentos e sessenta anos. 16. E a terra ajuda a mulher; e a terra
6. E houve batalha no céu: Miguel e os abre sua boca e traga o rio que o dra-
seus anjos batalhavam contra o dragão; gão lança de sua boca.
e o dragão e seus anjos batalhavam con- 17. Portanto o dragão irou-se com a
tra Miguel: mulher e foi fazer guerra ao resto da sua
7. E o dragão não prevaleceu contra semente, que guarda os mandamentos
Miguel nem contra a criança nem con- de Deus e tem o testemunho de Jesus
tra a mulher que era a igreja de Deus, Cristo.
que havia sido libertada de suas dores TJS, Apocalipse 19:15, 21 (Comparar
e que dera à luz o reino de nosso Deus com Apocalipse 19:15, 21)
e de seu Cristo. (Deus usa as palavras de Cristo para ferir
8. Nem mais se achou nos céus lugar as nações.)
para o grande dragão, que foi lançado 15. E de sua boca procede a palavra
fora; aquela antiga serpente, chamada de Deus e com ela ferirá as nações; e
diabo e também chamada Satanás, que ele as regerá com a palavra de sua bo-
engana todo o mundo; ele foi precipi- ca; e ele pisa o lagar no furor e ira do
tado na terra e os seus anjos foram Deus Todo-Poderoso.
lançados com ele. 21. E os demais foram mortos com a
9. E ouvi uma grande voz no céu, que palavra daquele que estava assentado
dizia: Agora é chegada a salvação e a sobre o cavalo, cuja palavra procedia de
força e o reino do nosso Deus e o poder sua boca; e todas as aves se fartaram
do seu Cristo. das suas carnes.
CRONOLOGIA
DA HISTÓRIA
DA IGREJA,
M A PA S E
FOTOGRAFIAS
CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DA IGREJA
1805, 23 de dezembro de 2 Néfi 11:3; 27:12–13; D&C parte para Missouri como
Joseph Smith (1805–1844) 17.) líder do Acampamento de
filho de Joseph Smith, Sr. e Sião para levar consolo
Lucy Mack Smith, Sharon, 1830, 26 de março de aos santos expulsos do
Vermont. (Ver JS—H 1:3.) Disponibilizados os pri- Condado de Jackson.
meiros exemplares impres-
1820, Início da Primavera sos do Livro de Mórmon 1835, 14 de fevereiro de
O Profeta Joseph Smith em Palmyra, Nova York. É organizado o Quórum
teve a Primeira Visão em dos Doze Apóstolos, em
um bosque nos distritos 1830, 6 de abril de Kirtland, Ohio. (Ver D&C
de Palmyra e Manchester, A Igreja é organizada no 107:23–24.)
Nova York, próximo a sua distrito de Fayette, Nova
York. 1835, 28 de fevereiro de
casa. (Ver JS—H 1:15–17.)
Inicia-se a organização do
1823, 21–22 de setembro de 1830, setembro a outubro de P r i m e i ro Q u ó ru m d o s
Joseph Smith recebe a São chamados os primei- Setenta, em Kirtland,
visita do anjo Morôni e ro s m i s s i o n á r i o s p a r a Ohio.
este lhe fala sobre os regis- pregar aos lamanitas (indí-
genas americanos). (Ver 1835, 17 de agosto de
tros do Livro de Mórmon.
D&C 28; 30; 32.) O livro Doutrina e Convê-
Joseph viu as placas de
nios é aceito como uma
ouro enterradas em uma 1830, dezembro de das obras-padrão da
colina próxima (Cumora). a 1831, janeiro de Igreja, em Kirtland, Ohio.
(Ver JS—H 1:27–54.) Os santos recebem o man-
damento de reunirem-se 1836, 27 de março de
1827, 22 de setembro de
em Ohio. (Ver D&C 37; Dedicado o Templo de
Joseph Smith recebe as pla-
38:31–32.) Kirtland. (Ver D&C 109.)
cas de ouro de Morôni no
Monte Cumora. (Ver JS—H 1831, 20 de julho de 1836, 3 de abril de
1:59.) Local para a cidade de Jesus Cristo aparece a
Sião (a Nova Jerusalém) Joseph Smith e a Oliver
1829, 15 de maio de
em Independence, Mis- Cowdery no Templo de
João Batista conferiu o
souri, revelada ao Profeta Kirtland. Moisés, Elias e
Sacerdócio Aarônico a
Joseph Smith. (Ver D&C Elias, o profeta, aparecem
Joseph Smith e Oliver
57; 10ª Regra de Fé.) e lhes entregam as chaves
Cowdery em Harmony, na
do sacerdócio. (Ver D&C
Pensilvânia. (Ver D&C 13; 1833, 18 de março de 110.)
JS—H 1:71–72.) Sidney Rigdon e Frederick
G. Williams são designa- 1837, 19 de julho de
1829, maio de
dos como conselheiros Heber C. Kimball e seis
Joseph Smith e Oliver
na Presidência da Igreja outros chegam a Liver-
C o w d e r y re c e b e r a m o
(ver o cabeçalho de D&C pool, na Inglaterra, como
Sacerdócio de Melquisede-
81) e recebem as chaves os primeiros missionários
que de Pedro, Tiago e João
deste último reino. (Ver da Igreja a servirem em
próximo ao rio Susque-
cabeçalho e o versículo 6 outro país.
hanna entre Harmony,
Pensilvânia e Colesville, de D&C 90.)
1838, 26 de abril de
N o v a Yo r k . ( Ve r D & C 1833, 7 de novembro de Nome da Igreja dado por
128:20.) Os santos começam fugir r e v e l a ç ã o . ( Ve r D & C
das turbas no Condado de 115:4.)
1829, junho de
Terminada a tradução do Jackson, Missouri e atra-
vessam o rio Missouri 1838, 1º de dezembro de
Livro de Mórmon. As pla- O Profeta Joseph Smith e
cas de ouro foram mostra- rumo ao Condado de Clay.
outros são mantidos
das às Três Testemunhas e 1834, 5 de maio de prisio-neiros na Cadeia de
às Oito Testemunhas. (Ver O Presidente Joseph Smith Liberty, em Liberty, Con-
deixa Kirtland, Ohio e
CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DA IGREJA
dado de Clay, Missouri. 1847, 27 de dezembro de revelação para colocar em
(Ver D&C 121–123.) Conferência da Igreja apóia ordem a organização do
o P re s i d e n t e B r i g h a m sacerdócio e das estacas
1840, 15 de agosto de Young, o Élder Heber C. de Sião.
Batismo pelos mortos Kimball e o Élder Willard
anunciado publicamente Richards como a Primeira 1878, 25 de agosto de
pelo Profeta Joseph Smith. Presidência. Aurelia Spencer Rogers
realiza a primeira reunião
1841, 24 de outubro de 1848, maio a junho de da Primária em Farming-
O Élder Orson Hyde Gafanhotos destróem as ton, Utah.
dedica a Terra Santa para colheitas no Vale do Lago
o retorno dos filhos de Salgado. Os campos são 1880, 10 de outubro de
Abraão. (Ver D&C 68:1– 3; salvos da completa des- John Taylor é apoiado Pre-
124:128–129.) truição quando bandos sidente da Igreja. Pérola
de gaivotas devoram os de Grande Valor é aceito
1842, 17 de março de como uma das obras-
Organizada a Sociedade gafanhotos.
padrão da Igreja.
de Socorro para mulheres, 1849, 9 de dezembro de
em Nauvoo, Illinois. Richard Ballantyne orga- 1883, 14 de abril de
niza a Escola Dominical. Revelação dada ao Presi-
1842, 4 de maio de dente John Taylor a res-
Concedidas as primeiras 1850, 15 de junho de peito da organização dos
investiduras completas no O j o r n a l D e s e re t N e w s Setentas.
templo. começa a ser publicado em
Salt Lake City. 1889, 7 de abril de
1844, 27 de junho de W i l f o r d Wo o d r u f f é
Joseph Smith e Hyrum 1856, outubro de apoiado como Presidente
Smith são assassinados na As companhias Willie e da Igreja.
Cadeia de Carthage. (Ver Martin de carrinho de mão
D&C 135.) ficam retidas por tempes- 1890, 6 de outubro de
tades de neve extemporâ- “Manifesto” apoiado na
1846, 4 de fevereiro de conferência geral, anun-
Os santos começam a atra- neas. Eles são encontrados
pela equipe de resgate do ciando o fim da prática de
vessar o rio Mississipi casamento plural. (Ver
rumo ao oeste. Alguns san- Vale do Lago Salgado.
DO—1.)
tos do leste navegam da 1867, 8 de dezembro de
Cidade de Nova York para Reorganizada a Sociedade 1893, 6 de abril de
a Califórnia no navio de Socorro sob a direção do O Presidente Wilford Woo-
Brooklyn. Presidente Brigham Young. druff dedicou o Templo de
Salt Lake, cuja construção
1846, 16 de julho de 1869, 28 de novembro de levou 40 anos.
Batalhão Mórmon recru- Organizada a Young Ladies’
tado para o serviço militar Retrenchment Society para 1898, 13 de setembro de
dos E.U.A. em Iowa. Moças, precursora do pro- Lorenzo Snow torna-se
grama das Moças. Presidente da Igreja.
1847, abril de
A companhia de pioneiros 1875, 10 de junho de 1899, 17 de maio de
do Presidente Brigham Organizada a Associação Presidente Lorenzo Snow
Young deixa Winter Quar- de Melhoramentos Mútuos recebe revelação em St.
ters para a jornada rumo ao dos Rapazes, precursora do George inspirando-o a dar
oeste. (Ver D&C 136.) programa dos Rapazes. ênfase ao dízimo. (Ver
D&C 119.)
1847, 24 de julho de 1877, 6 de abril de
O P re s i d e n t e B r i g h a m Dedicado o Templo de 1901, 17 de outubro de
Young entra no Vale do St. George. O Presidente Joseph F. Smith torna-se
Lago Salgado. Brigham Young recebe a Presidente da Igreja.
CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DA IGREJA
1918, 3 de outubro de 1971, janeiro de 1985, 10 de novembro de
O Presidente Joseph F. Novas revistas da Igreja— Ezra Taft Benson torna-se
Smith recebe a visão da Ensign, New Era e Friend— Presidente da Igreja.
redenção dos mortos. (Ver passam a ser publicadas.
1989, 1º de abril de
D&C 138.)
1972, 7 de julho de Reorganizado o Segundo
1918, 23 de novembro de Harold B. Lee torna-se Pre- Quórum dos Setenta.
Heber J. Grant torna-se sidente da Igreja.
1994, 5 de junho de
Presidente da Igreja.
1973, 30 de dezembro de Howard W. Hunter torna-
1936, abril de Spencer W. Kimball torna- se Presidente da Igreja.
Instituído o Programa de se Presidente da Igreja.
1995, 12 de março de
Proteção da Igreja para
1975, 3 de outubro de Gordon B. Hinckley torna-
auxiliar os pobres durante
Presidente Spencer W. se Presidente da Igreja.
a Grande Depressão o
qual, posteriormente, tor- Kimball anuncia a reorga-
nização do Primeiro Quó- 1995, 1º de abril de
nou-se o programa de Descontinuada a posição
bem-estar da Igreja. Esse rum dos Setenta.
de representante regional.
programa originou-se de 1976, 3 de abril de Anúncio de uma nova
uma revelação recebida Duas revelações são incluí- posição de liderança a ser
anteriormente pelo Presi- das na Pérola de Grande conhecida como Autori-
dente Heber J. Grant. Valor. Elas foram trans- dade de Área.
1941, 6 de abril de feridas para Doutrina e
Convênios, em 1981, e tor- 1995, 23 de setembro de
Chamados os assistentes Publicada “A Família—
do Doze pela primeira vez. naram-se as seções 137
e 138. Proclamação ao Mundo”
da Primeira Presidência e
1945, 21 de maio de
1978, 30 de setembro de do Conselho dos Doze
George Albert Smith torna-
Revelação apoiada pela Apóstolos.
se Presidente da Igreja.
Igreja concedendo o sacer-
dócio a todo homem digno 1997, 5 de abril de
1951, 9 de abril de
independentemente de sua As Autoridades de Área
David O. McKay é apoiado
raça ou cor. (Ver DO—2.) são ordenadas Setentas.
Presidente da Igreja.
Anunciados o Terceiro,
1961, 30 de setembro de 1979, agosto de Quarto e Quinto Quórum
O Élder Harold B. Lee, Publicada a edição SUD dos Setenta.
sob a direção da Primeira da Bíblia do rei Jaime com
auxílio de estudo. 1997, 4 de outubro de
Presidência, anuncia que
O Presidente Hinckley
todos os programas da
1981, setembro de anuncia a construção de
Igreja passarão a ser corre-
Publicadas as novas edi- templos menores.
lacionados por intermédio
do sacerdócio para fortale- ções do Livro de Mórmon,
Doutrina e Convênios e 1997, novembro de
cer a família e o indivíduo. O número de membros da
Pérola de Grande Valor
em inglês. Igreja chega a 10 milhões.
1964, outubro de
A observância do pro- 1998, abril de
grama da noite familiar é 1984, junho de
Instituídas Presidências de O Presidente Hinckley
novamente enfatizado. anuncia a meta de ter 100
Área formadas por mem-
bros dos Setenta. templos em serviço até o
1970, 23 de janeiro de
ano 2000.
Joseph Fielding Smith
torna-se Presidente da
Igreja.
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS HISTÓRICOS DA IGREJA

E stas fotografias de importantes locais his-


tóricos da história da Igreja mostram as
terras por onde os primeiros profetas santos
com o mesmo número. O primeiro parágrafo
explica o cenário da fotografia, incluindo os
pontos de destaque que devem ser observa-
dos últimos dias andaram, onde profetas dos e, geralmente, indica a direção para a qual
modernos vivem e ensinam onde ocorreram se está olhando. Em seguida, relacionam-se os
muitos eventos relatados nas escrituras. A fim mais importantes eventos citados nas escritu-
de ajudar o leitor a melhor usar as fotografias ras, ocorridos nessa área, bem como as respec-
em seus estudos, cada uma delas é acompa- tivas referências, a fim de que se saiba onde
nhada de uma breve descrição. O número da encontrar mais informações a respeito desses
descrição e o título correspondem à fotografia fatos.

1. Bosque Sagrado ximo a Palmyra, Nova York. A família Smith


O Bosque Sagrado fica nos Distritos de construiu a casa feita de troncos moldados à
Palmyra e Manchester, Nova York. Este bos- machado, de um andar e meio, pouco tempo
que fica a oeste de onde se localizava a peque- após terem chegado à Palmyra.
na casa, feita de troncos, da família Smith em Eventos importantes: O Profeta Joseph Smith
1820. estudou a Bíblia nessa casa quando se esforça-
Evento importante: A aparição de Deus, o Pai, e va por descobrir qual igreja era a verdadeira
seu Filho, Jesus Cristo, ocorreu neste bosque (JS—H 1:11–13). Morôni apareceu a Joseph e
(JS—H 1:14–20). falou- lhe das placas do Livro de Mórmon
(JS—H 1:30–47).
2. Monte Cumora e a Área de
Manchester-Palmyra 4. Prelo e Gráfica de Grandin
Vista norte. Esta fotografia mostra o Monte A gráfica restaurada do histórico edifício
Cumora, em Manchester, Nova York. O monte Egbert B. Grandin onde os primeiros exem-
aparece no canto direito inferior da fotografia plares do Livro de Mórmon foram publicados
e estende-se para o norte até pouco mais da em 1830. Martin Harris hipotecou sua fazenda
metade da foto. No extremo norte da colina e vendeu parte dela para pagar o custo da
vê-se um monumento branco em homenagem impressão de cinco mil exemplares do Livro
ao anjo Morôni e ao aparecimento do Livro de de Mórmon. A composição foi iniciada em
Mórmon. O Monte Cumora encontra-se cerca agosto de 1829 e os exemplares ficaram pron-
de cinco quilômetros a sudeste do Bosque tos em 26 de março de 1830.
Sagrado. Palmyra fica perto do alto da foto- Evento importante: Martin Harris recebeu o
grafia, seis quilômetros e meio de distância. A mandamento de entregar sua propriedade
fazenda dos Smith e o Bosque Sagrado ficam como pagamento das dívidas da impressão
no canto superior esquerdo. do Livro de Mórmon (D&C 19:26–35).
Eventos importantes: A família de Joseph Smith 5. Rio Susquehanna
residia nessa mesma área na época da
Esta fotografia mostra o rio Susquehanna no
Primeira Visão (JS—H 1:3). Em 421 d.C.,
Distrito de Harmony, Pensilvânia.
Morôni enterrou um conjunto de placas de
ouro que continha a história sagrada de seu Eventos importantes: Joseph Smith, Jr., foi pela
povo (Pal. Mórm. 1:1–11; Mórm 6:6; Morô. primeira vez a Harmony em 1825 à procura
10:1–2). Esse mesmo Morôni contou a Joseph de emprego. Ele e o pai hospedaram-se perto
Smith onde encontraria as placas—em direção dali na casa de Isaac Hale, onde Joseph conhe-
ao extremo norte da colina, do lado oeste, ceu Emma Hale, sua futura esposa (JS—H
próximo ao topo. Morôni entregou-as a ele 1:56–57). Joseph e Emma casaram-se em 18 de
em 1827 (D&C 27:5; 128:20; JS—H 1:33–35, janeiro de 1827. O Profeta recebeu as placas de
51–54, 59). ouro em 22 de setembro de 1827 em Man-
chester, Nova York e, logo depois, mudou-se
3. Casa de Troncos de Joseph Smith, Sr. com Emma para Harmony, onde começou a
Réplica da casa de Joseph Smith, Sr., construí- traduzir as placas em sua pequena casa próxi-
da no local da casa original, de troncos, pró- ma ao rio. Durante a tradução do Livro de
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS HISTÓRICOS DA IGREJA
Mórmon, Joseph e Oliver Cowdery quiseram Eventos importantes: O Profeta Joseph Smith e
saber mais a respeito do batismo e foram até o sua esposa, Emma, residiram nesta casa.
rio para orar ao Senhor sobre o assunto. Em Joseph e Sidney Rigdon tiveram a maravilho-
resposta a essa oração, João Batista apareceu- sa visão dos graus de glória na presença de
lhes em 15 de maio de 1829 (JS—H 1:66–74; vários outros em 16 de fevereiro de 1832
D&C 13). Ele conferiu o Sacerdócio Aarônico a (D&C 76). O Profeta Joseph também traba-
Joseph e Oliver. Eles, então, entraram no rio e lhou na Tradução de Joseph Smith da Bíblia
batizaram-se um ao outro para a remissão dos (TJS) nesta casa. Em 24 de março de 1832,
pecados. Joseph e Oliver foram então orienta- enquanto Joseph e Emma viviam aqui, uma
dos por João Batista para ordenarem um ao turba de apóstatas e anti-mórmons espanca-
outro ao Sacerdócio Aarônico. Pouco tempo ram brutalmente Joseph e Sidney, cobrindo-
depois, Pedro, Tiago e João apareceram às os com piche e penas.
margens deste rio e conferiram-lhes o
Sacerdócio de Melquisedeque (D&C 27:12–13; 9. Templo de Kirtland
128:20). O Templo de Kirtland localiza-se em Kirtland,
Ohio.
6. Casa de Troncos de Peter Whitmer, Sr.
Eventos importantes: O Templo de Kirtland foi
A casa de troncos de Peter Whitmer, Sr., o primeiro templo construído nesta dispensa-
reconstruída no local onde se encontrava o ali- ção (D&C 88:119; 95). Neste templo, Joseph
cerce da casa original em Fayette, Nova York. Smith teve a visão do reino celestial (D&C
Eventos importantes: Joseph Smith terminou a 137). Ele foi dedicado em 27 de março de 1836
tradução do Livro de Mórmon nesta casa no (D&C 109). Em 3 de abril de 1836, o Salvador
final de junho de 1829. No bosque próximo à apareceu e aceitou o templo como um local
casa, as Três Testemunhas viram o anjo onde revelaria sua palavra a seu povo (D&C
Morôni e as placas de ouro. Seu testemunho 110:1–10). Depois disso, Joseph Smith e Oliver
acha-se hoje impresso em todos os exemplares Cowdery receberam as visitas de Moisés,
do Livro de Mórmon. Em 6 de abril de 1830, Elias e Elias, o profeta, os quais deram a eles
cerca de 60 pessoas reuniram-se na casa de certas chaves do sacerdócio e importantes
Peter Whitmer para testemunhar a organiza- informações (D&C 110:11–16). Este templo foi
ção formal da Igreja de Jesus Cristo. As pri- utilizado pelos santos durante dois anos antes
meiras reuniões e conferências da nova Igreja que tivessem que fugir de Kirtland devido à
realizaram-se aqui. Vinte das revelações conti- perseguição.
das em Doutrina e Convênios foram recebidas
na casa de Peter Whitmer. 10. Vale de Adão-ondi-Amã
Vista leste do vale de Adão-ondi-Amã, um
7. Armazém de Newel K. Whitney & lindo vale calmo, localizado a noroeste do
Companhia Missouri próximo à comunidade de Gallatin.
Este armazém teve um papel importante na Eventos importantes: Três anos antes de morrer,
história da Igreja em Kirtland. Joseph e Emma Adão chamou seus descendentes a esse vale
residiram nele por um curto período. Tornou- e conferiu-lhes sua última bênção (D&C
se a sede da Igreja em 1832. Várias revelações 107:53–56). Em 1838, Adão-ondi-Amã abriga-
significativas foram recebidas aqui. A Escola va uma colônia de 500 a 1.000 santos dos últi-
dos Profetas reuniu-se no armazém entre 24 mos dias. Os santos abandonaram o local
de janeiro e abril de 1833. quando foram expulsos do Missouri. Antes
Eventos importantes: O Profeta Joseph recebeu da Segunda Vinda de Cristo em glória, Adão
a revelação da Palavra de Sabedoria (D&C e sua posteridade digna, que inclui os santos
89). Ele realizou grande parte do trabalho de de todas as dispensações, irão reunir-se nova-
tradução da Bíblia aqui. mente nesse vale para encontrarem-se com o
Salvador (Dan. 7:9–10, 13–14; D&C 27; 107:53–
8. Casa de John Johnson 57; 116:1).
A casa de John e Alice Johnson localizava-se
em Hiram, Ohio. Este quarto fica no andar
superior.
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS HISTÓRICOS DA IGREJA
11. Terreno do Templo de Far West Eventos importantes: Em 27 de junho de 1844, o
O povoado de Far West, Missouri, tornou-se o Profeta Joseph e seu irmão Hyrum foram
lar de 3.000 a 5.000 santos que buscaram refú- assassinados em Carthage, Illinois, o corpo
gio contra a perseguição sofrida nos condados deles foi trazido para essa casa para o velório
de Jackson e Clay. Em 31 de outubro de 1838, antes do enterro. Eles foram enterrados em
o Profeta Joseph Smith e outros líderes da uma pequena campa da família do outro
Igreja foram presos e, depois de um julga- lado da Rua Principal e a oeste da velha casa
mento em Richmond, foram levados como de troncos em que Joseph viveu quando se
prisioneiros a Richmond, na Cadeia de mudou para Nauvoo. Emma Smith viveu na
Liberty. Durante o inverno de 1838 e 1839, os Mansão até 1871. Ela mudou-se posteriormen-
santos dos últimos dias foram expulsos de Far te para a Casa de Nauvoo, onde faleceu em
West e de outros locais do Missouri e reuni- 1879.
ram-se em Illinois. 14. Loja de Tijolos Vermelhos do Profeta
Eventos importantes: Foi dedicado o local para Joseph Smith
um templo e as pedras angulares foram assen- Esta reconstrução da loja e do escritório de
tadas. Sete revelações publicadas em Doutrina Joseph Smith está localizada em Nauvoo,
e Convênios foram recebidas (seções 113– 115; Illinois. Foi um dos edifícios mais importantes
117–120). Joseph F. Smith, o sexto Presidente da Igreja durante o período de Nauvoo. Não
da Igreja, nasceu em 13 de novembro de 1838 apenas serviu como armazém, mas também
em Far West. Far West foi, por um curto perío- como o centro de atividades sociais, econômi-
do, a sede da Igreja quando presidida pelo cas, políticas e religiosas. Joseph Smith tinha
Profeta Joseph Smith. um escritório no andar superior.
12. Cadeia de Liberty Eventos importantes: Antes que o templo fosse
Uma pequena prisão situada em Liberty, concluído, a sala no andar superior da loja era
Missouri, Joseph Smith e cinco outros irmãos utilizada como uma sala de ordenanças, onde
foram mantidos prisioneiros no seu interior, as primeiras investiduras completas foram
com paredes que mediam 1,2 metro de espes- concedidas. Em 17 de março de 1842, o Profeta
sura, entre 1º de dezembro de 1838 e 6 de abril Joseph organizou as mulheres da Igreja na
de 1839. (Sidney Rigdon foi libertado no final Sociedade de Socorro.
de fevereiro.) Confinados na parte inferior ou 15. Templo de Nauvoo
no calabouço do edifício, eles dormiram no
Essa maquete em escala proporcional do
chão com pouca luz e proteção insuficiente
Templo de Nauvoo encontra-se no terreno do
contra o frio do inverno.
templo original. O templo foi construído com
Evento importante: O Profeta Joseph Smith, calcário branco acinzentado. O edifício media
rogando pelos milhares de santos dos últimos 39 metros de comprimento e 27 metros de lar-
dias sendo expulsos do Missouri, recebeu gura. A altura do chão até a torre era de 48
uma resposta à sua oração, a qual ele registrou metros. Os membros da Igreja fizeram gran-
em uma carta aos santos no exílio (D&C des sacrifícios para edificar esse lindo templo,
121–123). cuja construção fora iniciada em 1841.
13. Mansão em Nauvoo Algumas pessoas trabalharam durante meses
no edifício; outras sacrificaram seu dinheiro.
Joseph Smith, Jr. e a família mudaram-se para
Embora não estivesse totalmente concluído, o
a casa conhecida como a Mansão em Nauvoo,
templo ficava lotado com os membros que
em agosto de 1843. Posteriormente uma ala foi
vinham fazer suas ordenanças meses antes da
acrescentada a leste da estrutura principal
jornada para o oeste. Embora muitos dos san-
com um total de 22 cômodos. A partir de
tos houvessem deixado Nauvoo no início da
janeiro de 1844, Ebenezer Robinson adminis-
primavera de 1846 sob ameaça de violência
trava a casa como se fosse um hotel e o Profeta
por parte das turbas, uma equipe especial
mantinha 6 dos cômodos para sua família. A
ficou para trás para concluir o templo. Em 30
casa funcionava como uma espécie de centro
de abril de 1846, os Élderes Orson Hyde e
social da sociedade de Nauvoo. Dignitários
Wilford Woodruff e aproximadamente vinte
importantes eram aqui recebidos pelo Profeta.
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS HISTÓRICOS DA IGREJA
outros dedicaram esta casa do Senhor. O tem- Rochosas.” Quase 12.000 santos partiram de
plo foi abandonado em setembro, quando os Nauvoo entre fevereiro e setembro de 1846.
membros restantes foram expulsos de Depois que os santos deixaram Winter
Nauvoo; as turbas então profanaram e suja- Quarters (Acampamento de inverno) e outros
ram a estrutura sagrada. Ele foi destruído em locais, foram organizados em companhias de
um incêndio em outubro de 1848. dez, cinqüenta e cem, cada companhia com
um capitão no comando (D&C 136:3). Em
Eventos importantes: A conferência geral foi setembro de 1846, uma turba com cerca de 800
realizada na sala de reuniões do templo em 5 homens equipados com seis canhões sitiaram
de outubro de 1845. O trabalho de investidu- Nauvoo. Depois de vários dias de luta, os san-
ras começou em 10 de dezembro de 1845 e tos remanescentes foram forçados a se render
prosseguiu até 7 de fevereiro de 1846. Mais de para salvar a vida e ter a chance de atravessar
5.500 santos dos últimos dias receberam sua o rio. Entre quinhentos e seiscentos homens,
investidura e muitos batismos pelos mortos e mulheres e crianças atravessaram o rio e
selamentos foram realizados. acamparam à margem do rio. O Presidente
Brigham Young enviou equipes de socorro
16. Cadeia de Carthage com provisões para evacuar aqueles “pobres
A cadeia da cidade de Carthage, Illinois. santos”.
Eventos importantes: Joseph Smith e seu irmão 18. Templo de Salt Lake
Hyrum foram para Carthage em 24 de junho Poucos dias depois que a primeira companhia
de 1844. Eles foram atirados nesta cadeia em de pioneiros santos dos últimos dias entrou
25 de junho sob falsas acusações de traição. no Vale do Lago Salgado, o Presidente
Em 27 de junho uma turba de homens com o Brigham Young bateu no chão com sua ben-
rosto pintado de preto tomou a prisão. Tanto gala e disse: “Aqui construiremos o templo de
Joseph quanto Hyrum foram assassinados e nosso Deus.” A abertura da terra ocorreu em
John Taylor recebeu vários tiros. Incrivelmen- 14 de fevereiro de 1853. Em 6 de abril de 1853,
te, Willard Richards saiu ileso. John Taylor as pedras angulares foram assentadas. O tem-
escreveu posteriormente o memorial inspira- plo foi terminado e dedicado 40 anos depois,
do que é hoje encontrado em Doutrina e em 6 de abril de 1893. A Primeira Presidência
Convênios 135. e o Quórum dos Doze reúnem-se aqui todas
17. O Êxodo para o Oeste as semanas para deliberar e buscar orientação
O início da evacuação de Nauvoo, Illinois, do Senhor com relação à administração e edi-
fora planejado para março–abril, mas devido ficação do reino de Deus.
às ameaças das turbas, o Presidente Brigham Eventos importantes: O Senhor tem concedido
Young indicou que o êxodo dos santos através aos Presidentes da Igreja e à outras Autorida-
do rio Mississipi começasse em 4 de fevereiro des Gerais um grande número de revelações
de 1846. O Presidente Young ficou para trás aqui, incluindo a Declaração Oficial—2. Mais
para conceder a investidura para os santos e recentemente, a Primeira Presidência e o
não deixou Nauvoo até meados de fevereiro. Conselho dos Doze Apóstolos por unanimida-
Eventos importantes: Antes de sua morte o de aprovaram e publicaram “A Família—
Profeta Joseph Smith profetizou: “Alguns de Proclamação ao Mundo”. As ordenanças do
vocês viverão para ajudar a estabelecer colô- templo tanto para os vivos quanto para os
nias e edificar cidades e verão os santos se tor- mortos vêm abençoando a vida de milhões.
narem um povo poderoso entre as Montanhas
ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES
Adão-ondi-Amã, Condado de Wayne, Fayette, Nova York, Johnson, John,
5:D3 Nova York, 2:A3, 1:A3, 3:G2, 6:G1 Hotel, Kirtland,
África, 7:E2 2:C2 Filadélfia, 4:B2
Albany, Nova York, Connecticut, 1:C3 Pensilvânia 1:B4,
6:G2 Kirtland, Ohio,
1:C3 Council Bluffs
3:C3, 6F2
América Central, (Kanesville), Finger Lakes, Nova
Iowa, 5:C1, 6:E2 York, 1:A3, 3:G2 Knight, Joseph, Sr.,
7:B2
Casa de, Distrito
América do Norte, Curtume, Kirtland, Forte Bridger, 6:C2
de Colesville,
7:B2 4:B2 Forte Hall, 6:B1 Nova York, 3:H3
América do Sul, Curva de Forte Laramie 6:C2 Knight, Vinson,
7:C3 McIlwaine, Forte Leavenworth, Casa de,
Amherst, Ohio, Missouri, 5:E3 5:D4, 6:E2 Kirtland, 4:A4
3:C4 Distrito de Freedom, Nova
Antártica, 7:E4 York, 3:F2 Lago Erie, 3:C3
Farmington, área
Ásia 7:F2 de Palmyra, Lago Huron, 3:C1
Gallatin, Missouri, Lago Ontário, 1:A2,
Austrália, 7:G3 2:A4 5:D3
Distrito de 3:E1
Bainbridge Sul, Gilsum, New Lebanon, New
Macedon, área Hampshire, 1:D2
Nova York, 3:H3 Hampshire, 1:D2
de Palmyra, 2:A1 Gráfica, Kirtland,
Banco de Kirtland, Liberty, Missouri,
Distrito de 4:B4
4:B4 5:D4, 6:E2
Manchester, Grande Lago
Bosque, Iowa, 5:D2 Nova York, 1:A3, Local para
Boston, Salgado, 6:B2 Batismos,
2:D3, 3:F2
Massachusetts, Grandin, E. B., Kirtland, 4:B2
Distrito de Palmyra, Gráfica, Palmyra,
1:D3 Nova York, 1:A3, Los Angeles, 6:A3
Bosque Sagrado, 2:C2
2:D1, 3:F2
área de Palmyra, Maine, 1:D2
DeWitt, Missouri, Harmony,
2:B3 Massachusetts, 1:C3
5:E3 Pensilvânia,
Buffalo, Nova York, 1:B3, 3:H3 Mendon, Nova
3:E2 Escola, Kirtland, York, 3:F2
Harris, Martin, Casa
4:B3 de, Kirtland, México, 6:B3
Califórnia, 6:A3 Estrada Chillicothe, Missão San Luis
4:D4
Canadá, 1:C1, 3:C3, Kirtland, 4:B4 Rey, 6:A4
3:D2, 6:F1 Harris, Martin,
Estrada Fazenda de, área Missouri, 5:F3, 6:E3
Canal Erie, Nova Canandaigua, Moinho, Kirtland,
de Palmyra, 2:B1
York, 2:B2, 3:F1 área de Palmyra, 4:B2
Haun´s Mill
Carthage, Illinois, 2:C3 Monte Cumora,
(Moinho de
5:G2 Estrada da Escola área de Palmyra,
Haun), Missouri,
Cemitério, Kirtland, Armington, área 2:C4
5:D3
4:B3 de Palmyra, 2:D3 Monte Pisgah,
Hiram, Ohio, 3:C4
Cleveland, Ohio, Estrada Fox, área de Iowa, 5:D1
3:C4 Palmyra, 2:A3 Illinois, 5:G3, 6:F2 Montrose, Iowa,
Colesville, Nova Estrada Markell, Incinerador, 5:F2
York, 1:B3, 3:H3 Kirtland, 4:A2 Kirtland, 4:B3 Morley, Isaac,
Condado de Estrada Stafford, Independence, Fazenda de,
Jackson, área de Palmyra, Missouri, 5:D4, Kirtland, 4:D1
Missouri, 5:D4 2:B4 6:F2
Condado de Europa, 7:E1 Indiana, 6:F2 Nauvoo, Illinois,
Ontário, Nova Iowa, 5:E1, 6:E2 5:F2, 6:E2
York, 2:A3, 2:C3 Far West, Missouri, New Hampshire,
5:D3, 6:E2 1:D2
ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES
Norwich, Vermont, Riacho Shoal, Rua Cowdery, St. Louis, Missouri,
1:D2 Missouri, 5:D3 Kirtland, 4:A3 5:H4
Nova Jersey, 1:B4 Riacho Vermelho, Rua Joseph,
área de Palmyra, Kirtland, 4:A4 Templo de Kirtland,
Nova York, 1:B3,
2:D2 4:B4
3:F3, 6:G1 Rua Whitney,
Richmond, Kirtland, 4:A3 Território Indígena,
Nova York, Cidade
Missouri, 5:D4 5:B2, 6:C1, 6:D3
de, 1:C4, 6:G1
Rigdon, Sidney, Sacramento, 6:A2 Território do
Oceano Atlântico, Casa de, Salém, Oregon, 6:A1
1:D4, 6:H2 Kirtland, 4:B4 Massachusettes, Thompson, Ohio,
Oceano Atlântico Rio Arkansas, 6:D3 1:D3 3:D3
Norte, 7:D2 Rio Canadense, Salt Lake City, 6:B2 Topsfield,
Oceano Atlântico 6:D3 San Bernardino, Massachusetts,
Sul, 7:D4 6:B3 1:D3
Rio Chagrin,
Oceano Índico, 7:F3 Afluente San Diego, 6:A4 Toronto, Canadá,
Oceano Pacífico, Oriental, Santa Fé, 6:C3 3:E1
6:A1, 7:A3 Kirtland, 4:B1 São Francisco, 6:A2 Trilha da Califórnia,
Oceano Pacífico Rio Chariton, Serraria, Kirtland, 6:B2
Norte, 7:A2, 7:H2 Missouri, 5:E2 4:B2 Tucson, 6:B4
Oceano Pacífico Sul, Rio Connecticut, Sharon, Vermont, Tunbridge,
7:A4 1:D1 1:C2 Vermont, 1:C2
Ohio, 3:B4, 6:F2 Rio Delaware, 1:B4 Smith, Alvin, Vermont, 1:C2
Olaria, Kirtland, Rio Fishing, sepultura,
Vila de Palmyra,
4:A2 Missouri, 5:D3 Palmyra, 2:C2
Nova York, 2:C2
Orange, Ohio, 3:C4 Rio Gila, 6:B4 Smith, Hyrum, Casa
Rio Grande, 6:C4 de, Kirtland, 4:B4 Washington, D.C.,
Pensilvânia, 1:B3, Smith, Joseph, Jr., 6:G2
3:E3, 6:G2 Rio Grande,
Missouri, 5:D2 Casa de, 3:H3, Whitingham,
Perrysburg, Nova 4:B3 Vermont, 1:C3
York, 3:E2 Rio Hudson, Nova
York, 1:C3 Smith, Joseph, Jr., Whitney, Newel K.,
Pratt, Parley Loja de, Kirtland, Armazém,
P., Casa de, Rio Mississipi, 5:G3
4:B3 Kirtland, 4:B2
Kirtland, 4:A3 Rio Missouri, 5:C2,
5:F4 Smith, Joseph, Sr., Whitney, Newel K.,
Pueblo, 6:C3 Casa de madeira Casa de,
Rio Pecos, 6:C4
Quincy, Illinois, de, área de Kirtland, 4:B2
Rio Platte, 5:B1 Palmyra, 2:B3
5:F2, 6:E2 Winter Quarters
Rio Platte Norte, Smith, Joseph, Sr., (Acampamento
Ramus, Illinois, 6:C2 Casa de troncos de Inverno),
5:G2 Rio Platte Sul, 6:C2 de, área de Território
Represa, Kirtland, Rio Snake, 6:B1 Palmyra, 2:B3 Indígena, 5:B1,
4:B2 Rio Susquehanna, Smith, Joseph, Sr., 6:E2
Rhode Island, 1:D3 Pensilvânia, Fazenda de, área
Riacho Hathaway, 1:A4, 3:G3 de Palmyra, 2:B3
2:B2, 2:D4 Rochester, Nova Springfield, Illinois,
York, 3:F1 5:H2
MAPAS E ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES

O s mapas a seguir irão ajudá-lo a entender


melhor a história do início da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Conhecendo-se os aspectos geográficos das
regiões mencionadas nas escrituras, pode-se
compreender melhor os acontecimentos nelas
e as escrituras reveladas por intermédio relatados.
do Profeta Joseph Smith e seus sucessores.

1. NORDESTE DOS ESTADOS 4. Kirtland, Ohio, 1830–1838


UNIDOS
5. A ÁREA DOS E.U.A. QUE
2. Palmyra-Manchester, ABRANGE MISSOURI, ILLINOIS
1820–1831 E IOWA
3. A ÁREA DOS E.U.A. QUE 6. O MOVIMENTO DA IGREJA
ABRANGE NOVA YORK, RUMO AO OESTE
PENSILVÂNIA E OHIO
7. MAPA-MUNDI

O índice alfabético de nomes de lugares irá


ajudá-lo a localizar um local específico
nos mapas. Cada um dos nomes traz o núme-
Oceano Atlântico Este tipo de letra é utiliza-
do para indicar nomes geo-
gráficos, como: oceanos,
ro do mapa seguido de uma coordenada com- mares, lagos, rios, monta-
posta por uma combinação de letra e número. nhas, sertões, vales, deser-
Por exemplo: a localização do Forte Hall é tos e ilhas.
indicada como 6:B1, isso significa: mapa 6,
quadrante B1. Você poderá localizar quadran- Palmyra  ste tipo de letra é utili-
E
tes específicos em cada mapa baseando-se nas zado em todas as cidades.
coordenadas do alto e do lado desse mapa. Os
nomes alternativos de lugares estão indicados
nova york Este tipo de letra é utili-
entre parênteses; por exemplo: Council Bluffs
zado para indicar divi-
(Kanesville).
sões políticas menores,
A seguir encontra-se a chave para se entender tais como regiões e
os diferentes símbolos e tipos de letra utiliza- estados e territórios dos
dos nos mapas. Além disso, cada mapa pode- Estados Unidos.
rá conter chaves com explicações de símbolos
relativos àquele mapa em particular. CANADÁ  ste tipo de letra é usado
E
para divisões políticas
Um ponto vermelho representa uma cida-
mais amplas como nações,
de. Um traço feito a partir desse ponto indi-
países e continentes.
cará o nome da cidade ou local.
Nordeste dos Estados Unidos MAPA 1
A B C D

MAPA 1

MAPA 2
MAPA 3
1

ut
MAPA 5

R i o C o n n ec t i c
MAPA 4 C ANADÁ

MAPA 6

Maine
vermont

Tunbridge
2
Sharon
Norwich
Lebanon
rio
Lago Ontá New
hampshire
Gilsum
Palmyra Fayette Whitingham
Albany
Manchester Topsfield
nova york
Salém
s
ke

La Boston
er
Fing
n o

Massachusetts
Rio Huds

3
Colesville

Harmony
connecticut Rhode
N Island
PENSILVÂNIA
na

re

o
ic
an

Nova nt
Delawa

tlâ
e
h

squ jersey
u A
Cidade de 4
S

no

Nova York
Rio

ea
io

Oc
R

Filadélfia Quilômetros
0 50 100 150 200

1. Topsfield O local de nascimento de Joseph 6. Sharon Joseph Smith, Jr. nasceu aqui em 23 de
Smith, Sr., que nasceu em 12 de julho de 1771. dezembro de 1805. (Ver JS—H 1:3.)
2. Gilsum Lucy Mack nasceu aqui em 8 de julho 7. Lebanon A família Smith morou no Distrito de
de 1775. Lebanon entre 1811 e 1813, período em que
Joseph Smith, Jr., passou por uma série de ope-
3. Tunbridge Joseph Smith, Sr. e Lucy Mack
rações na perna.
casaram-se aqui em 24 de janeiro de 1796.
8. Norwich A família Smith morou aqui entre 1814
4. Whitingham O local de nascimento de Brigham
e 1816 antes de mudar-se para Palmyra.
Young, que nasceu em 1º de junho de 1801.
9. Palmyra A família Smith mudou-se para cá em
5. Harmony Emma Hale nasceu no Distrito de
1816. (Ver JS—H 1:3.)
Harmony em 10 de julho de 1804.
Palmyra-manchester, 1820–1831 MAPA 2
A B C D

Fazenda
de Martin
Harris 1
M A C E D O N
( D ISTRITO ) P A L MYR A
( D ISTRITO )

Sepultura
de Alvin Gráfica de E.
Smith B. Grandin ho
el
m
er
Erie Riacho V
Canal

Vila de
Palmyra
cho Ha away

N 2
th

Casa de Troncos de Fazenda


de Joseph
Ria

Joseph Smith, Sr.


Smith, Sr. C O N D A D O D E WAY N E

C O N D A D O D E O N TÁ RIO
C O N D A D O D E WAY N E
C O N D A D O D E O N TÁ RIO Bosque Casa de
M A N C HESTER
Sagrado Madeira
de Joseph ( D ISTRITO )
Smith, Sr. 3

Estrada da Escola Armington


Estrada Canandaigu a

Estrada Fox

F A RMI N G TO N
( D ISTRITO )

Ria
ch
o H
a th
aw
Monte ay
Estrad

Cumora
4
Sta a
ff o rd

Quilômetros
0 1 2

1. Casa de Troncos de Joseph Smith, Sr. O anjo 5. Monte Cumora Aqui o anjo Morôni entregou as
Morôni apareceu a Joseph Smith na sala do placas de ouro a Joseph Smith em 22 de setem-
andar superior de sua casa em 21–22 de setem- bro de 1827. (Ver JS—H 1:50–54, 59.)
bro de 1823. (Ver JS—H 1:29–47.)
6. Fazenda de Martin Harris Esta fazenda foi
2. Fazenda de Joseph Smith, Sr. Esta fazenda de hipotecada e parte de sua área vendida para
4,7 hectares foi cultivada pela família Smith pagar pela impressão do Livro de Mórmon.
entre 1820 e 1829.
7. Gráfica de E. B. Grandin 5.000 exemplares
3. Bosque Sagrado A Primeira Visão de Joseph do Livro de Mórmon foram impressos aqui
Smith, Jr. ocorreu nesse bosque no início da pri- 1829–1830.
mavera de 1820. (Ver JS—H 1:11–20.)
8. Riacho Hathaway Neste riacho foram realiza-
4. Casa de Joseph Smith, Sr. Esta casa começou a dos alguns dos primeiros batismos da Igreja.
ser construída em 1822 por Alvin Smith e ocu-
pada pela família Smith de 1825 a 1829.
kirtland, ohio, 1830–1838 MAPA 4
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1. Casa de Newel K. Whitney Joseph e Emma 6. Gráfica As Lectures on Faith (Dissertações sobre a
residi-ram aqui por várias semanas depois de se Fé) foram apresentadas neste edifício. Os Doze
mudarem para Kirtland em 1831. Apóstolos e o Primeiro Quórum dos Setenta foram
2. Fazenda de Isaac Morley Joseph e Emma residiram chamados e ordenados aqui. O livro Doutrina e
aqui entre março e setembro de 1831. Os primeiros Convênios (1ª edição), o Livro de Mórmon
sumos sacerdotes foram ordenados aqui. Joseph (2ª edição), The Evening and the Morning Star, Latter-
trabalhou na Tradução de Joseph Smith (TJS). Day Saints Messenger and Advocate e as primeiras
edições do Elders´ Journal foram impressos aqui.
3. Armazém de Newel K. Whitney A Primeira
Presidência da Igreja recebeu as chaves do reino 7. Templo de Kirtland Este templo foi o primeiro
aqui. A Escola dos Profetas começou a reunir-se nesta dispensação. Jesus Cristo apareceu e aceitou o
aqui. A TJS estava quase sendo terminada em 1833. templo. Moisés, Elias e Elias, o profeta, apareceram
Joseph e Emma moraram aqui entre 1832 e 1833. e restauraram certas chaves do sacerdócio. (Ver
Joseph recebeu muitas revelações aqui. D&C 110.) A Escola dos Profetas também reuniu-se
aqui. As revelações recebidas aqui foram: D&C 109,
4. Hotel John Johnson Joseph Smith, Sr., foi chamado 110, 137.
como o primeiro Patriarca da Igreja aqui em 1833.
O hotel abrigou a primeira gráfica em Kirtland. O Kirtland (locais não especificados) Em 17 de agosto
jornal Evening and Morning Star começou a ser de 1835 Doutrina e Convênios foi adotada como
impresso aqui após a destruição da gráfica em Jack- escritura. As revelações recebidas em Kirtland
son County, Missouri. Os Doze Apóstolos partiram incluem D&C 41–50, 52–56, 63–64, 102–104, 106–
deste lugar em 4 de maio de 1835 para sua primeira 110, 134 e 137. A seção 104 designa certas pro-
missão. priedades a serem dadas como mordomia aos
membros da Igreja que estavam participando da
5. Casa Joseph Smith, Jr. Joseph e Emma viveram ordem unida. (Ver os versículos 19–46.)
aqui entre 1834 e 1837. Iniciada a tradução do livro
de Abraão.
A B C D E F G H

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REGIÃO DOS ESTADOS DE MISSOURI, ILLINOIS

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DE JACKSON

1. Independence Identificada como o ponto central de 4. Adão-ondi-Amã O Senhor identificou este lugar na pelos mortos e investidura e selamento de famílias
Sião. (Ver D&C 57:3.) O terreno para um templo foi parte norte de Missouri como sendo o local onde, foram iniciadas. Aqui foi organizada a Sociedade de
dedicado em 3 de agosto de 1831. Os santos foram no futuro, haverá uma imensa reunião quando Jesus Socorro em 1842. As revelações recebidas incluem
expulsos daqui em 1833. Cristo vier e Se reunir com Adão e sua posteridade D&C 124–129.
fiel. (Ver 78:15; 107:53–57; 116.)
2. Rio Fishing Joseph Smith e o Acampamento de Sião 7. Carthage Aqui o Profeta e seu irmão Hyrum foram
viajaram de Kirtland, Ohio para Missouri em 1834 5. Cadeia de Liberty Joseph Smith e outros foram apri- assassinados em 27 de junho de 1844. (Ver D&C 135.)
para restituir aos santos suas terras no Condado de sionados sob falsos pretextos entre dezembro de 1838
8. Winter Quarters (Acampamento de Inverno) O povoa-
Jackson. D&C 105 foi revelada às margens deste rio. e abril de 1839. Em meio a períodos conturbados para
mento sede para os santos a caminho do Vale do
a Igreja, Joseph apelou ao Senhor pedindo orientação
3. Far West Este foi o maior povoamento mórmon em Lago Salgado. O Acampamento de Israel foi organi-
e recebeu a revelação que se encontra em D&C
Missouri. O terreno para um templo foi dedicado zado para a jornada rumo ao oeste. (Ver D&C 136.)
121–123.
neste local. (Ver D&C 115.) Em 8 de julho de 1838, o
9. Council Bluffs (Kanesville) A Primeira Presidência
MAPA 5

Quórum dos Doze Apóstolos recebeu um chamado 6. Nauvoo Localizada no rio Mississipi, esta área foi
foi apoiada aqui em 27 de dezembro de 1847, tendo
do Senhor para realizar uma missão nas Ilhas Britâni- local de reunião para os santos entre 1839 e 1846. Um
Brigham Young como Presidente.
cas. (Ver D&C 118.) templo foi edificado aqui e ordenanças como batismo
A B C D E F G H

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4
Rota dos santos para o oeste

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Quilômetros
O MOVIMENTO DA IGREJA RUMO AO OESTE

Rota do navio Brooklyn


0 150 300 450 600

  1. Fayette O Profeta Joseph Smith partiu de Fayette rumo a entre 1836 e 1838. Foi a sede da Igreja em 1838. No período 1846.
Kirtland, Ohio, em janeiro de 1831. Os três ramos de Nova 1838–1839 os santos foram obrigados a fugir para Illinois. 11. Pueblo Os três destacamentos de homens doentes receberam
York seguiram para lá em abril e maio de 1831 obedecendo o   6. Nauvoo A sede da Igreja entre 1839 e 1846. Após o assas- ordens de permanecer em Pueblo para se recuperarem e pas-
mandamento do Senhor para que lá se reunissem. (Ver D&C sinato do Profeta e de seu irmão Hyrum, os santos partiram sarem o inverno de 1846–1847 com os santos de Mississipi.
37; 38.) para o oeste. Esses grupos entraram no Vale do Lago Salgado em julho de
  2. Kirtland A sede da Igreja entre 1º de fevereiro de 1831 e 12 de   7. Council Bluffs Os pioneiros chegaram aqui em junho de 1847.
janeiro de 1838, quando o Profeta mudou-se para Far West, 1846. Os integrantes do Batalhão Mórmon partiram em 21 12. San Diego O Batalhão Mórmon completou sua marcha de
Missouri. de julho de 1846 sob o comando de James Allen. 3.200 quilômetros aqui, em 29 de janeiro de 1847.
  3. Independence O Senhor identificou Independence (no   8. Winter Quarters (Acampamento de Inverno) Sede da Igreja 13. Los Angeles O Batalhão Mórmon foi dispensado aqui em 16
Condado de Jackson, Missouri), como o ponto central de entre 1846 e 1848. A companhia avançada sob a direção do de julho de 1847.
Sião em julho de 1831. (Ver D&C 57:3.) Turbas expulsaram Presidente Brigham Young partiu para o oeste em abril de 14. Sacramento Alguns integrantes do batalhão que haviam
os santos do Condado de Jackson em novembro de 1833. 1847. sido dispensados, trabalharam aqui e no Moinho Sutter mais
  4. Liberty Os santos do Condado de Jackson reuniram-se no   9. Fort Leavenworth O Batalhão Mórmon recebeu sua equipa- a leste, no Rio American, onde ajudaram a descobrir ouro.
MAP

Condado de Clay entre 1833 e 1836, quando foram nova- gem aqui antes de partir em sua marcha rumo ao oeste em 15. Salt Lake City Brigham Young chegou ao Vale do Lago
MAPA 6

mente obrigados a partir. O Profeta Joseph Smith e outros agosto de 1846. Salgado em 24 de julho de 1847.
foram aprisionados aqui.
10. Santa Fé Philip Cooke passou a comandar o Batalhão
  5. Far West Um refúgio foi estabelecido aqui para os santos Mórmon quando partiram deste local em 19 de outubro de
A B C D E F G H

1
1
MAPA-MUNDI

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AMÉRICA
Oceano DO NORTE Oceano
Pacífico Oceano ÁSIA Pacífico
Norte Atlântico Norte
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2 Norte
AMÉRICA ÁFRICA
CENTRAL

Oceano
Oceano AMÉRICA Índico
Pacífico DO SUL

3
3 AUSTRÁLIA

Oceano
Atlântico
Oceano Sul
Pacífico
Sul
4
4
MAPA 7

ANTÁRTIDA

A B C D E F G H
FOTOS 1, 2

1. Bosque Sagrado Neste bosque próximo de sua casa, o Profeta Joseph Smith teve a
Primeira Visão.

2. Monte Cumora e Área de Manchester-Palmyra O anjo Morôni orientou Joseph Smith


para que encontrasse as placas de ouro que ele havia enterrado neste monte. (O monte está no
centro à direita.)
FOTOS 3, 4

3. Casa de troncos de Joseph Smith, Sr. Esta é uma réplica da casa onde a família Smith
viveu.

4. Prelo e Gráfica de Grandin A primeira impressão do Livro de Mórmon foi feita aqui.
FOTOS 5, 6

5. Rio Susquehanna O Sacerdócio Aarônico e o de Melquisedeque foram restaurados nas


margens deste rio. (Ver D&C 13; 128:20.)

6. Casa de Troncos de Peter Whitmer, Sr. Esta réplica foi construída no local onde a Igreja
foi organizada em 6 de abril de 1830.
FOTOS 7, 8

7. Armazém de newel K. Whitney & Companhia A revelação que ficou conhecida como
Palavra de Sabedoria (ver D&C 89) foi recebida aqui, juntamente com outras revelações.

8. Casa de John Johnson Enquanto esteve nesta casa trabalhando em uma tradução da
Bíblia, o Profeta Joseph Smith e Sidney Rigdon receberam a revelação agora registrada como
Doutrina e Convênios 76, juntamente com outras revelações.
FOTOS 9, 10

9. Templo de Kirtland Primeiro templo edificado nesta dispensação, 1836. Neste templo,
Jesus Cristo, Moisés, Elias e Elias, o profeta, apareceram e restauraram as chaves do sacerdócio.
(Ver D&C 110.)

10. Vale de Adão-ondi-Amã Aqui Adão e sua posteridade fiel reuniram-se. (Ver D&C 107:53–57.)
Adão, outros profetas e santos fiéis de todas as eras irão reunir-se com o Salvador aqui antes de sua
Segunda Vinda.
FOTOS 11, 12

11. Terreno do Templo de Far West Em 1838 o Senhor ordenou aos santos que edificassem
um templo aqui. (Ver D&C 115:7–8.) A perseguição imposta pelas turbas impediu-os de
fazê-lo.

12. Cadeia de Liberty Enquanto esteve aprisionado injustamente aqui (1838–1839), o Profeta
Joseph Smith recebeu a revelação hoje registrada em Doutrina e Convênios 121–123.
FOTOS 13, 14

13. Mansão em Nauvoo A casa da família do Profeta Joseph Smith a partir de 1843. No início
da Igreja, ela foi o centro da vida social dos santos.

14. Loja de Tijolos Vermelhos do Profeta Joseph Smith Neste edifício a Sociedade de
Socorro foi organizada em 17 de março de 1842.
FOTOS 15, 16

15. Templo de Nauvoo Este modelo mostra a beleza original da estrutura antes de ter sido
incendiada em 1848.

16. Cadeia de Carthage Aqui o Profeta Joseph Smith e seu irmão Hyrum foram assassinados
em 27 de junho de 1844. (Ver D&C 135.)
FOTOS 17, 18

17. O Êxodo para o Oeste Em 4 de fevereiro de 1846 os primeiros carroções atravessaram o


rio Mississipi para iniciar a histórica jornada rumo ao oeste.

18. Templo de Salt Lake A construção deste marco do Vale do Lago Salgado levou 40 anos
para ser terminada.
M A PA S E
FOTOGRAFIAS
DA BÍBLIA
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS DAS ESCRITURAS

E stas fotografias de importantes locais dão


uma idéia das terras por onde Jesus andou,
dos lugares onde os profetas bíblicos viveram
mesmo número. O primeiro parágrafo explica
o cenário da fotografia, incluindo os pontos
de destaque que devem ser observados e,
e ensinaram e onde ocorreram muitos eventos geralmente, indica a direção para a qual se está
relatados nas escrituras. A fim de ajudar o olhando. Em seguida relacionam-se os mais
leitor a melhor usar as fotografias em seus importantes eventos citados nas escrituras,
estudos, cada uma delas é acompanhada de ocorridos nessa área, bem como as respectivas
uma breve descrição. O número da descrição referências, a fim de que se saiba onde encontrar
e o título correspondem à fotografia com o mais informações a respeito desses fatos.

1. Rio Nilo e Egito 3. Deserto da Judéia e Mar Morto


Vegetação que cresce às margens do Rio Nilo. Vista do sudeste através do Deserto da Judéia.
Ao fundo encontram-se as regiões desérticas O Mar Morto é visto ao fundo.
que cobrem quase todo o Egito. Eventos importantes: O Deserto da Judéia foi
Eventos importantes: A terra foi descoberta por um importante refúgio em muitas ocasiões
Egitus (Abr. 1:23–25). Abraão foi para o Egito da história antiga. Davi escondeu-se do Rei
(Gên. 12:10–20; Abr. 2:21–25). José foi vendido Saul (I Sam. 26:1–3). Jesus jejuou durante
e levado para o Egito, tornou-se governador e 40 dias e 40 noites (Mt. 4:1–11; Mc. 1:12–13).
salvou sua família da fome (Gên. 37; 39–46). Os Jesus utilizou a rota de Jerusalém a Jericó
descendentes de Jacó viveram no Egito (Gên. que atravessava o Deserto da Judéia como o
47; Êx. 1; 12:40). A filha do Faraó encontrou cenário para a parábola do bom samaritano
Moisés, quando bebê, no Rio Nilo e criou-o porque viajantes solitários eram presa fácil
(Êx. 2:1–10). Moisés conduziu os israelitas em naquela área (Lc. 10:25–37). (Ver Guia para
sua saída do Egito (Êx. 3–14). Maria, José e Estudo das Escrituras, “Mar Morto”.)
Jesus foram para o Egito a fim de fugir de
4. Cades-Barnéia
Herodes (Mt. 2:13–15, 19–21). Nos últimos
dias, os egípcios conhecerão o Senhor e o Esta é uma vista voltada para o nordeste do
Senhor abençoará o Egito (Isa. 19:20–25). (Ver grande vale do deserto (também chamado
Guia para Estudo das Escrituras, “Egito”.) de uádi), onde se localiza Cades-Barnéia. O
regato que corre aqui durante a estação da
2. Monte Sinai (Horebe) e o Deserto do chuva torna este lugar bem irrigado e fértil no
Sinai deserto de Zim.
As montanhas mais altas são os picos de Jebel Eventos importantes: Este é provavelmente o
Musa (Montanha de Moisés). Há vários locais local de onde Moisés enviou 12 homens para
possíveis para o Monte Sinai. Um dos locais espionar a terra de Canaã (Núm. 13:17–30).
preferidos é o Jebel Musa. Serviu de base para o acampamento dos
Eventos importantes: Deus apareceu a Moisés israelitas durante 38 dos quase 40 anos que
e deu-lhe os Dez Mandamentos (Êx. 19–20). vagaram no deserto (Deut. 2:14). Míriã faleceu
Moisés, Aarão, dois dos filhos de Aarão e 70 e foi enterrada aqui (Núm. 20:1). Este foi o
anciãos viram e comungaram-se com Deus cenário da rebelião de Coré, dos murmúrios
(Êx. 24:9–12). Deus deu instruções a Moisés do povo e do florescimento da vara de Arão
para construírem o tabernáculo (Êx. 25–28; (Núm. 16–17). Foi perto daqui que Moisés
30–31). Os israelitas adoraram um bezerro de feriu a rocha e a água jorrou (Núm. 20:7–11).
ouro que haviam persuadido Aarão a construir
5. Sepulcros dos Patriarcas
(Êx. 32:1–8). Elias, o profeta, chegou a esta
terra fugindo do vale de Jizreel, onde vivia a Um dos mais famosos edifícios de toda a Terra
rainha Jezabel (I Reis 19:1–18). Este é também Santa. Ele foi construído no Hebrom pelo rei
o local onde Elias, o profeta, conversou com Herodes no local que a tradição indicava ser
Deus (I Reis 19:8–19). a cova de Macpela, que fora comprada por
Abraão para servir de sepulcro para a família
(Gên. 23).
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS DAS ESCRITURAS
Eventos importantes: Sepulcro de Sara (Gên. 23) pagou dízimos a Melquisedeque (Gên.
e de Abraão (Gên. 25:9). Isaque, Rebeca e Lia 14:18–20). Abraão veio para sacrificar Isaque
também foram enterrados neste local (Gên. (Gên. 22:2–14). O rei Davi capturou Jerusalém
49:30–31). O corpo de Jacó foi trazido do Egito dos jebuseus (II Sam. 5:4–9). O rei Salomão
para Canaã e enterrado na cova (Gên. 50). construiu um templo (I Reis 6–7). Leí partiu
daqui rumo a uma terra de promissão (1
6. Região Montanhosa da Judéia
Néfi 1:4; 2). O Salvador exerceu o ministério,
A região montanhosa da Judéia tem cerca expiou por nossos pecados e ressuscitou (Mt.
de 56 quilômetros de comprimento e 27 21–28). Conforme profetizado pelo Salvador,
quilômetros de largura. A maior parte do Jerusalém foi destruída pouco depois de sua
terreno é pedregosa e de difícil cultivo. As morte (JS—M 1:3–20). Jerusalém será invadida
colinas são separadas por vales em que a terra nos últimos dias (Eze. 38–39; Joel 2–3; Apoc.
é relativamente fértil. Os primeiros israelitas 11; 16). O Salvador aparecerá aqui pouco antes
viveram nessas colinas, usando-as como da Segunda Vinda (Zac. 12–14; D&C 45:48–
proteção contra invasores. Jerusalém localiza- 53). (Ver Guia para Estudo das Escrituras,
se nesta região. “Jerusalém”, “Salém”.)
Eventos importantes: O Senhor prometeu esta
9. Templo de Herodes
terra a Abraão e à sua semente (Gên. 13:14–
18; 17:8). Sara e Abraão foram enterrados na Esta foto mostra a maquete do templo de
cova de Macpela, no Hebrom (Gên. 23:19; Herodes como se acreditava ser em 67 d.C. A
25:9). Davi capturou Jerusalém dos jebuseus muralha que circunda o complexo do templo
(II Sam. 5:4–9). Mais eventos do Velho Testa- inclui o santuário com o Santo dos Santos, o
mento ocorreram nestas colinas, de acordo lugar santo e os três grandes átrios.
com os registros, do que em qualquer outra Eventos importantes: José e Maria apresentaram
região. o menino Jesus no templo (Lc. 2:22–38). O
Salvador ensinou no templo aos 12 anos de
7. Belém
idade (Lc. 2:41–46). O Salvador expulsou
Esta foto mostra as colinas rochosas e os os cambistas do templo (Mt. 21:12–13) e
campos dos pastores em primeiro plano, com profetizou a respeito da destruição do templo
a atual cidade de Belém ao fundo. (Mt. 24:1–2). Um templo será construído em
Eventos importantes: Raquel foi enterrada aqui Jerusalém no futuro (Eze. 40–48; Zac. 8:7–9).
(Gên. 35:16–20). Rute e Boaz viveram aqui (Ver Guia para Estudo das Escrituras “Templo,
(Rute 1:19–2:4). O rei Davi nasceu e foi ungido a Casa do Senhor”.)
rei aqui (I Sam. 16:1–13). O Salvador nasceu
10. Degraus do Templo
aqui, e os pastores e os magos adoraram-no
(Mt. 2:1–11; Lc. 2:4–16). (Ver Guia para Estudo A área do templo era dividida em átrios, e os
das Escrituras, “Belém”.) átrios externos encontravam-se nos andares
inferiores. As pessoas que lá compareciam
8. Jerusalém para adorar, entravam por vários portões,
Vista norte. No centro da fotografia, encontra- incluindo aqueles com degraus que levavam
se o santuário muçulmano com uma abóbada as pessoas aos átrios externos e daí para os
dourada, chamado de o Domo da Rocha. átrios internos. Milhares de pessoas subiram
Na antiguidade, os israelitas dirigiam-se por estes degraus durante eras, inclusive
a templos localizados aqui para adorar. o Filho de Deus. Quando o exército de Tito
As muralhas próximas ao Domo da Rocha destruiu o templo em 70 d.C., os degraus
circundam a velha cidade de Jerusalém. À foram cobertos pelos escombros. Eles foram
direita da muralha, encontra-se o vale do descobertos durante uma escavação realizada
Cedrom. À extrema direita, encontra-se o em parte da área antiga de Jerusalém.
Monte das Oliveiras. Ao norte, além do Domo Evento importante: Ezequiel teve uma visão
da Rocha, fica o provável local do Gólgota, ou que mostrava o tamanho e a forma do futuro
seja, do Calvário. templo (Eze. 40). (Ver Guia para Estudo das
Eventos importantes: Na antiguidade Jerusalém Escrituras, “Templo, A Casa do Senhor”.)
era chamada de Salém (Salmos 76:2). Abraão
11. Monte das Oliveiras, Parque Orson
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS DAS ESCRITURAS
Hyde Salvador não estava lá (Mt. 28:1; João 20:1–2).
Vista sudoeste do Parque Orson Hyde no Os Apóstolos Pedro e João também foram ao
Monte das Oliveiras na direção de Jerusalém. sepulcro e viram que o corpo do Salvador não
Na encosta ocidental do Monte das Oliveiras estava lá (João 20:2–9). O Salvador ressurreto
encontra-se o Jardim de Getsêmani. Em 24 apareceu à Maria Madalena (João 20:11–18).
de outubro de 1841, o Élder Orson Hyde 15. Jericó
subiu o Monte das Oliveiras e ofereceu uma
Esta fotografia mostra a vegetação de Jericó
oração dedicatória profética para a volta dos
nos dias de hoje. Na antiguidade, era uma
descendentes de Abraão e da construção do
cidade cercada por muralhas no vale do Rio
templo.
Jordão, 252 metros abaixo do nível do mar.
Eventos importantes: Roma destruiu Jerusalém É uma área de solo fértil para a agricultura
em 70 d.C. conforme predito pelo Salvador. onde crescem tâmaras e frutas cítricas. Ao
(Ver JS—M 1:23.) O Salvador ainda aparecerá fundo vê-se o tradicional Monte da Tentação
no Monte das Oliveiras antes de sua aparição (Mt. 4:1–11).
a todo o mundo. (Ver Zac. 14:3–5; D&C 45:48–
Eventos importantes: Perto deste lugar, Josué
53; 133:19–20; Guia para Estudo das Escrituras,
e os filhos de Israel atravessaram o Rio
“Oliveiras, Monte das”.)
Jordão pela primeira vez, entrando na terra
12. Jardim do Getsêmani prometida (Jos. 2:1–3; 3:14–16). O Senhor
Esta fotografia de uma velha oliveira foi tirada fez com que as muralhas da cidade caíssem
no local tradicional do Jardim do Getsêmani. milagrosamente ante as forças israelitas. (Jos.
O Salvador orou próximo daqui após ter saído 6; ver também Heb. 11:30). Josué amaldiçoou
do cenáculo na noite em que foi traído. a cidade (Jos. 6:26); a maldição cumpriu-se (I
Reis 16:34). Eliseu sarou as águas de Jericó (II
Eventos importantes: Aqui Jesus Cristo começou
Reis 2:18–22). A caminho de Jerusalém pela
a sofrer pelos pecados da humanidade (Mt.
última vez, o Salvador passou por aqui, curou
26:36–44; Mc. 14:32–41; D&C 19:16–19). Após
o cego Bartimeu e hospedou-se com Zaqueu,
sua oração ele foi traído por Judas Iscariotes, e
o publicano (Mc. 10:46–52; Lc. 18:35–43; 19:1–
seus discípulos deixaram-no temporariamente
10). A estrada que liga Jerusalém a Jericó é
após sua prisão no jardim (Mc. 14:50). (Ver Guia
citada na parábola do bom samaritano. (Lc.
para Estudo das Escrituras, “Getsêmani”.)
10:30–37).
13. Gólgota
16. Siló
Esta rocha tem a aparência de uma caveira
Nesta vista a oeste, as ruínas da antiga cidade
e localiza-se na parte externa da Porta de
são vistas do centro para a esquerda. Elas se
Damasco em Jerusalém. Este é o lugar
encontram em uma pequena colina circundada
provável onde Jesus Cristo foi crucificado.
por montes mais elevados.
Evento importante: Depois de Jesus ter sido
Eventos importantes: As tribos de Israel
açoitado e ridicularizado, ele foi levado “ao
reuniram-se e receberam a parte que lhes cabia
lugar chamado Gólgota,. . .Lugar da Caveira”,
do território (Jos. 18–22). O tabernáculo e a
onde foi crucificado (Mt. 27:26–35; João 19:17–
arca do convênio foram colocados neste local
18). (Ver Guia para Estudo das Escrituras,
e aqui permaneceram durante séculos (Jos.
“Gólgota”.)
18:1). Aqui Ana orou e dedicou o filho Samuel
14. Horto do Sepulcro ao serviço do Senhor (I Sam. 1). Os israelitas
Este é um local tradicional do sepultamento tiraram a arca de Siló e foram derrotados
do Salvador. Vários profetas modernos sentem pelos filisteus, que então capturaram a arca
que o corpo do Salvador foi colocado nesse (I Sam. 4:1–11).
horto do sepulcro. 17. Monte Gerizim e Monte Ebal
Eventos importantes: Depois que o Salvador Vista oeste. À esquerda, está o Monte Gerizim
morreu na cruz, seu corpo foi colocado em um e, à direita, o Monte Ebal. Vê-se aqui a atual
novo sepulcro lavrado na rocha (Mt. 27:57– Nablus. A antiga cidade de Siquém situava-se
60). No terceiro dia, várias mulheres foram entre as duas montanhas no vale abaixo (logo
ao sepulcro e descobriram que o corpo do à direita da foto).
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS DAS ESCRITURAS
Eventos importantes: Abraão acampou em 3:7). Aqui Pedro levantou Tabita dos mortos,
Siquém (Gên. 12:6–7). Jacó acampou aqui e também conhecida como Dorcas (Atos 9:36–
comprou um terreno (Gên. 33:18–20). O Monte 43). Pedro também teve a visão dos animais
Gerizim era o monte das bênçãos, enquanto limpos e dos imundos, que revelou a ele a
que o Monte Ebal era o monte das maldições necessidade de começar o ministério entre os
(Deut. 27–28). No Monte Ebal Josué edificou gentios (Atos 10). Orson Hyde chegou aqui
um altar com uma cópia da lei de Moisés e para dedicar a Terra Santa em 1841.
então leu a lei aos israelitas (Jos. 8:30–35). Os
21. Vale de Jizreel
ossos de José estão enterrados em Siquém
(Jos. 24:32). Vista do alto do Monte Tabor, na direção
oeste, voltado para uma porção do vale de
18. Dotã em Samaria Jizreel. Embora geralmente se considere o
Esta região da Terra Santa caracteriza-se vale de Jizreel como um só grande vale, ele
por cordilheiras e vales. A terra é boa para é, na verdade, uma série de vales que ligam
pastagem. Quando os israelitas estabeleceram- a Planície de Aco ao vale do Jordão e à região
se na terra, esta região foi dada a Manassés. do Mar da Galiléia. O vale de Megido, por
Eventos importantes: No vale de Dotã, José foi exemplo, fica na parte ocidental do vale. O vale
vendido ao Egito (Gên. 37:12–18). Obadias de Jizreel era a principal rota que atravessava
salvou cem profetas escondendo-os em covas a Terra Santa entre o Mar Mediterrâ-
quando Jezabel tentou matar os profetas de neo a oeste e o vale do Jordão a leste.
Israel (I Reis 18:13). O exército sírio cercou Eventos importantes: A principal estrada
Eliseu e seu servo, a quem o Senhor salvou ligando o Egito à Mesopotâmia passava por
milagrosamente (II Reis 6:13–23). este vale e muitas batalhas ocorreram aqui
(Juí. 1:22–27; 5:19; II Reis 23:29–30). O último
19. Cesaréia e a Planície de Sarom até
grande conflito nesta terra começará com
Carmelo
a batalha de Armagedom, que será travada
Nesta vista norte, o antigo porto marítimo pouco antes da Segunda Vinda do Salvador;
de Cesaréia. Também vê-se, no alto da foto, a esse nome deriva-se de Har Megiddon, ou
cordilheira de montanhas do Carmelo. Montanha de Megido (Eze. 38; Joel 3:9–14;
Eventos importantes: Elias, o profeta, enfrentou Zac. 14:2–5; Apoc. 16:14–16).
os falsos profetas de Baal no Monte Carmelo
22. Monte Tabor
(I Reis 18). A Via Maris (Caminho do Mar),
uma importante estrada da antiguidade, fica Vista noroeste. A planície que cerca o Monte
a leste da Cesaréia. Depois de uma visão Tabor é o vale de Jizreel, também conhecida
extraordinária que teve enquanto estava como Planície de Esdraelon. Nazaré encontra-
em Jope, Pedro iniciou o ministério entre os se nas colinas além do Monte Tabor.
gentios, pregando a um centurião romano Eventos importantes: Débora e Baraque
chamado Cornélio na Cesaréia (Atos 10). reuniram as forças do Senhor contra Jabim,
Filipe pregou e viveu aqui e teve quatro filhas rei de Hazor (Juí. 4:4–14). O Monte Tabor é um
que profetizavam (Atos 8:40; 21:8–9). Paulo dos locais tradicionais onde pode ter ocorrido
foi prisioneiro na cidade durante dois anos a transfiguração do Salvador (Mt. 17:1–9);
(Atos 23–26). Ele pregou a Félix, Festo e a o outro é o Monte Hermon. (Ver Guia para
Herodes Agripa II, que disse: “Por pouco me Estudo das Escrituras, “Transfiguração”.)
queres persuadir a que me faça cristão!” (Atos
23. Mar da Galiléia e a Montanha das
26:28).
Bem-aventuranças
20. Jope Vista sudoeste a partir do canto noroeste
Vista noroeste da cidade portuária de Jope. do Mar da Galiléia, um lago de água
Eventos importantes: Jonas foi a Jope para doce. Tiberíades localiza-se no ponto mais
embarcar em um navio com destino a Társis afastado da praia e à extrema esquerda da
(Jon. 1:1–3). Jope foi o porto marítimo usado fotografia. O monte visto em primeiro plano
por Salomão e também por Zorobabel para é o local tradicional da Montanha das Bem-
trazer madeira de cedro do Líbano para aventuranças. Cafarnaum fica à esquerda, não
construir seus templos (II Crôn. 2:16; Esd. podendo ser vista na fotografia.
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS DAS ESCRITURAS
Eventos importantes: O Salvador passou grande de Jairo (Mc. 5:22–24, 35–43), e proferiu o
parte de seu ministério mortal nesta região. sermão sobre o Pão da Vida na sinagoga de
Aqui ele chamou e ordenou os Doze Apóstolos Cafarnaum (João 6:24–59). O Salvador disse
(Mt. 4:18–22); 10:1–4; Mc. 1:16–20; 2:13–14; 3:7; a Pedro que pegasse um peixe no Mar da
13–19; Lc. 5:1–11), fez o Sermão da Montanha Galiléia, abrisse-lhe a boca e encontraria uma
(Mt. 5–7), e ensinou por parábolas (Mt. 13:1– moeda para pagar um imposto (Mt. 17:24–
52; Mc. 4:1–34); Os milagres realizados aqui 27).
incluem os seguintes: curou um leproso (Mt.
25. Rio Jordão
8:1–4); acalmou a tempestade (Mt. 8:23–27);
expulsou uma legião de demônios de um O Rio Jordão nasce ao norte do Mar da
jovem, que entrou em uma manada de porcos Galiléia, para o qual ele corre e continua na
que precipitou-se ao mar (Mc. 5:1–15); levantou direção sul até o Mar Morto.
dos mortos a filha de Jairo (Mt. 9:18–19, 23–26; Eventos importantes: Ló escolheu as planícies
Mc. 5:22–24, 35–43); alimentou os 5.000 e os do Jordão para si próprio (Gên. 13:10–11).
4.000 (Mt. 14:14–21; 15:32–38); ordenou aos Josué dividiu as águas, permitindo que os
discípulos que lançassem as redes com as israelitas cruzassem-no para entrar na terra
quais apanharam muitos peixes (Lc. 5:1–6); prometida (Jos. 3:13–17, 4:1–9, 20–24). Elias,
curou muitas pessoas (Mt. 15:29–31; Mc. 3:7– o profeta, e Eliseu separaram as águas (II
12); e apareceu depois de sua Ressurreição Reis 2:5–8, 12–14). Naamã foi curado de lepra
para ensinar os discípulos (Mc. 14:27–28; 16:7; (II Reis 5:1–15). João Batista batizou muitas
João 21:1– 23). pessoas, inclusive o Salvador (Mt. 3:1–6,
13–16). (Ver Guia para Estudo das Escrituras,
24. Cafarnaum
“Rio Jordão”.)
Cafarnaum, localizada à margem norte do
Mar da Galiléia foi o centro do ministério do 26. Cesaréia de Filipe
Salvador na Galiléia (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1–5). Esta fonte fica na base do Monte Hermom. É
Importante e bem sucedido centro comercial uma das nascentes do Rio Jordão. Herodes
e de pesca, era o lar de gentios assim como Filipe, que governava essa área, edificou
de judeus. A população do primeiro século aqui uma cidade em homenagem a César
provavelmente não superou a 1.000 pessoas. (seu imperador) e a si próprio; a cidade foi
Cafarnaum localizava-se no entroncamento chamada anteriormente de Panias e hoje é
de importantes rotas comerciais, com terras conhecida por Banias ou Cesaréia de Filipe.
férteis circundando-a. Os soldados romanos Evento importante: O Salvador reuniu-se com
construíram casas de banho e armazéns aqui, seus discípulos em Cesaréia de Filipe. Aqui
o que contribuiu para a organizada estrutura Pedro declarou que o Salvador era “o Cristo,
social com edifícios públicos bem construídos. o Filho do Deus vivo”. O Salvador prometeu
Apesar dos muitos milagres aqui realizados, então a Pedro as “chaves do reino do céu”
as pessoas em geral rejeitaram o ministério (Mt. 16:13–20).
do Salvador. Jesus, portanto, amaldiçoou
a cidade (Mt. 11:20, 23–24). Com o tempo, 27. Nazaré
Cafarnaum ficou em ruínas e permanece Esta fotografia da Nazaré atual foi tirada na
desabitada. direção sul. Nos tempos bíblicos Nazaré era
Eventos importantes: Cafarnaum era conhecida um pequeno povoado.
como a cidade de Jesus (Mt. 9:1–2; Mc. 2:1– Eventos importantes: Néfi teve uma visão da
5). Ele realizou muitos milagres neste lugar. mãe do Salvador em Nazaré (1 Néfi 11:13–22).
Por exemplo: ele curou muitas pessoas (Mc. O anjo Gabriel disse à Maria que ela conceberia
1:32–34), incluindo um servo do centurião (Lc. o Salvador (Lc. 1:26–35). Gabriel disse a José
7:1–10), a sogra de Pedro (Mc. 1:21, 29–31), o que tomasse Maria para esposa e desse ao
paralítico cujo leito foi baixado através do filho dela o nome de Jesus (Mt. 1:18–25). Jesus
telhado (Mc. 2:1–12) e o homem que tinha cresceu em Nazaré (Mt. 2:19–23; Lc. 2:4–40;
a mão mirrada (Mt. 12:9–13). Aqui Jesus 4:16). Ele pregou e anunciou na sinagoga que
também expulsou muitos espíritos maus (Mc. ele era o Messias (Lc. 4:16–21), mas o povo de
1:21–28, 32–34), levantou dos mortos a filha Nazaré rejeitou-o (Mt. 13:54–58; Lc. 4:22–30).
FOTOGRAFIAS DOS LOCAIS DAS ESCRITURAS
28. Dã lá (Atos 18:1–18). Paulo escreveu várias cartas
Esta antiga cidade era chamada Lesém (Jos. aos membros da Igreja na área de Corinto,
19:47) ou Laís (Juí. 18:7, 14), antes que os duas das quais encontram-se agora no Novo
israelitas conquistassem a terra. As nascentes Testamento (I e II Coríntios).
localizadas neste local, juntamente com 31. Éfeso
as nascentes de Cesaréia de Filipe, são as
As ruínas do teatro grego de Éfeso, onde o
principais fontes do Rio Jordão.
Apóstolo Paulo pregou. Na época do Novo
Eventos importantes: Abraão socorreu Ló (Gên. Testamento, Éfeso ficou famosa em todo
14:13–16). A tribo de Dã capturou a área e o mundo conhecido devido ao magnífico
chamou-a de Dã (Jos. 19:47–48). Jeroboão fez templo construído em honra a Diana, deusa
um bezerro de ouro que contribuiu para a pagã romana. Hoje em ruínas, Éfeso foi, certa
queda das 10 tribos do norte (I Reis 12:26–33). vez, a capital da província romana da Ásia e
Dã era a cidade que ficava mais ao norte em um grande centro comercial. Os ourives de
Israel—daí o fato de as escrituras se referirem prata da cidade desenvolveram um negócio
à terra de Israel como indo “desde Berseba até lucrativo vendendo imagens de Diana.
Dã” (II Crôn. 30:5; Berseba era a cidade que
Eventos importantes: O Apóstolo Paulo visitou
ficava mais ao sul). (Ver Guia para Estudo das
Éfeso quase que ao final de sua segunda
Escrituras, “Dã”.)
viagem missionária (Atos 18:18–19). Em sua
29. Atenas terceira viagem, ele permaneceu na cidade
Esta fotografia mostra as ruínas do Partenon por dois anos. Ele foi obrigado a abandonar
em Atenas. Atenas era a antiga capital grega a cidade devido ao grande alvoroço causado
de Ática e na época do Novo Testamento pelos ourives de prata que estavam tendo
ficava na província romana de Acaia, Recebeu prejuízo com as pregações de Paulo contra
esse nome em homenagem à deusa pagã a adoração da falsa deusa Diana (Atos 19:1,
grega Atena. Na época do Novo Testamento, 10, 23–41; 20:1). O teatro de Éfeso foi o maior
Atenas havia perdido muito de sua antiga construído pelos gregos e o lugar onde os
grandeza e glória, mas ainda continha estátuas companheiros de Paulo enfrentaram uma
e monumentos para muitos deuses e deusas, turba (Atos 19:29–31). Paulo escreveu uma
inclusive o “deus desconhecido” (Atos 17:23). epístola aos membros da Igreja de Éfeso
durante seu cativeiro em Roma. Um dos sete
Eventos importantes: O Apóstolo Paulo visitou
ramos da Igreja na Ásia aos quais se dirige
a cidade e pregou no Areópago, próximo ao
o livro de Apocalipse, localizava-se em Éfeso
Partenon (Atos 17:15–34). Missionários foram
(Apoc. 1:10–11; 2:1).
enviados de Atenas para outras partes da
Grécia (I Tess. 3:1–2). 32. Ilha de Patmos
30. Corinto Uma ilha no Mar Egeu para a qual João foi
banido (Apoc. 1:9). De acordo com a tradição,
Principal cidade da província romana de
ele trabalhou aqui nas pedreiras de mármore.
Acaia. Localizava-se no istmo que ligava
o Peloponeso com a Grécia continental, Evento importante: João teve a grande visão
possuindo portos tanto a leste quanto a oeste. conhecida como o Apocalipse (Revelação). O
Era uma rica e influente cidade portuária. Senhor disse a ele que enviasse o livro às sete
igrejas da Ásia (Apoc. 1:11).
Eventos importantes: Paulo residiu em Corinto
durante um ano e meio e estabeleceu a Igreja
MAPAS E ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES

O s mapas a seguir irão ajudá-lo a entender


melhor as escrituras. Conhecendo-se os
aspectos geográficos das regiões mencionadas
nas escrituras, pode-se compreender melhor os
acontecimentos nelas relatados.

  1. MAPA GEOGRÁFICO DA TERRA   9. O MUNDO DO VELHO TESTAMENTO


SANTA 10. CANAÃ NA ÉPOCA DO VELHO
  2. O ÊXODO DE ISRAEL DO EGITO E A TESTAMENTO
ENTRADA EM CANAÃ 11. A TERRA SANTA NA ÉPOCA DO NOVO
  3. A DIVISÃO DAS DOZE TRIBOS TESTAMENTO
  4. O IMPÉRIO DE DAVI E SALOMÃO 12. JERUSALÉM NA ÉPOCA DE JESUS
  5. O IMPÉRIO ASSÍRIO 13. AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DO
  6. O NOVO IMPÉRIO BABILÔNICO APÓSTOLO PAULO
(Nabucodonosor) E O REINO DO EGITO 14. TOPOGRAFIA DA TERRA SANTA NA
  7. O IMPÉRIO PERSA ÉPOCA DA BÍBLIA
  8. O IMPÉRIO ROMANO

O índice alfabético de nomes de lugares irá


ajudá-lo a encontrar um local específico
nos mapas. Cada um dos nomes traz o número
Um pequeno triângulo preto
representa uma montanha.
Mar Morto E sse tipo de letra é
do mapa seguido de uma coordenada composta utilizado para indicar
por uma combinação de letra e número. Por nomes geográficos, como:
exemplo: a localização de Rabá (Amã) no oceanos, mares, lagos, rios,
primeiro mapa é indicada como 1:D5, isso montanhas, sertões, vales,
significa: mapa 1, quadrante D5. Você poderá desertos e ilhas.
localizar quadrantes específicos em cada mapa
baseando-se nas coordenadas do alto e do lado Jerusalém  sse tipo de letra é utilizado
E
desse mapa. Os nomes alternativos de lugares em todas as cidades. (E para
estão indicados entre parênteses; por exemplo: locais detalhados no mapa
Rabá (Amã). Um ponto de interrogação depois da cidade de Jerusalém.)
do nome indica que o local mostrado no mapa MOABE Esse tipo de letra é utilizado
é possível ou provável, mas não se tem certeza para indicar divisões
de sua exatidão. políticas menores, tais como
Segue-se a explicação do significado dos regiões, povos e tribos.
diferentes símbolos e tipos de letra utilizados J U D É I A Esse tipo de letra é usado
nos mapas. Além disso, cada mapa poderá para divisões políticas mais
conter legendas com explicações de símbolos amplas como nações, países
relativos àquele mapa em particular. e continentes.
Um ponto vermelho representa uma
cidade. Um traço feito a partir desse
ponto indicará o nome da cidade ou
local.
EXEMPLO DE MAPA Mapa Guia
A B C D

Monte das
Asdode
ia

Jerusalém Oliveiras Planícies de


Ecrom 811 m Moabe Monte Nebo
st

E
a

802 m

Ascalom Belém 1
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2
J
ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES
Abana, rio, 1:D1 Babel (Sinar), 9:G3 Cirene, 13:D3
Abilene, região, 11:D1 Babilônia, 5:C3, 6:C3, 7:B3, Cilícia, região, 13:G2
Acade, região, 9:G2 9:F3 Chipre (Quitim), ilha, 8:C3,
Acaia, Província Romana, Babilônia, região, 9:F3 9:C3, 13:G3
8:C2, 13:D2 Basã, região, 1:C3, 10:C2 Cnido, 13:E2
Acampamentos do Deserto, Belém, 1:B6, 3:A5, 4:C5, Corazim, 11:C3
2:C4 10:B6, 11:B6 Corinto, 13:D2
Aco (Ptolemaida), 1:B3, Belém, Estrada para, 12:A7 Creta (Caftor), ilha, 8:C3,
3:A3, 4:C3, 10:B2, 11:B3 Benjamim, tribo, 3:A5 9:A3, 13:D3
Águas de Merom (Lago Beréia, 13:D1
Hula), 10:C2 Dã (Laís), 1:C2, 3:B3, 4:D3,
Berseba, 1:B7, 2:C1, 3:A5,
Ai, 2:D1, 10:B5 10:C2
4:C6, 9:D4, 10:B7, 11:B8
Aijalom, 1:B5, 10:B5; 11:B5 Dã, tribo, 3:B3, 3:A5
Besor, rio, 1:A7, 10:A7,
Alexandria, 8:C3, 13:F4 11:A8 Dácia, região, 8:C2
Alpendre de Salomão, em Betabara, 11:C6 Damasco, 1:D1, 3:B2, 4:D2,
Jerusalém, 12:D4 9:D3, 10:D1, 11:D1, 13:H3
Betânia, 11:B6
Amã (Rabá), 1:D5, 10:D5, Decápolis, região, 11:C4
Betânia, Estrada para,
14:D2 12:D5 Delta do Nilo, 2:A2, 9:C4
Amaleque, região, 4:C6 Betel (Luz), 3:A5, 4:C5, Derbe, 13:G2
Amom, região, 1:D5, 3:B5, 10:B5, 11:B6 Deserto Arábico, 9:F3
4:D4, 10:D6 Betesda, Tanque de, em Deserto da Judéia, 1:B7,
Antioquia, em Pisídia, Jerusalém, 12:C3 11:B7
13:F2 Bete-Seã, 3:B4, 4:D4, 10:C4 Deserto de Etã, 2:B3
Antioquia, na Síria, 8:C3, Betfagé, 11:B6 Deserto de Parã, 2:C3
13:H2 Betsaida, 11:C3 Deserto de Sim, 2:C4
Ápio, Praça de, 13:B1 Bezeta, 12:B2 Deserto de Sur, 2:B2
Aqaba, Golfo de, 2:D4 Bitínia, região, 13:F1 Deserto de Zim, 2:C2
Arabá (vale da Grande Bons Portos, porto, 13:E3 Deserto do Sinai, 2:C4
Depressão), 1:B8, 2:D2, Bozra, 3:B6, 4:D6 Deserto Líbio, 9:B4
4:C7, 10:C8 Bretanha, região, 8:A1 Deserto Oriental , 2:D3
Arábia, 5:C3, 8:D4 Dibom, 2:D1
Arã-Damasco, região, 4:D2 Cades-Barnéia, 2:C2, 3:A6, Dofca, 2:C4
Arade, 2:D1, 3:A5, 4:C5 4:C6 Dor, 3:A4, 4:C4
Ararate, Monte, 9:F1 Cafarnaum, 11:C3 Dotã, 10:B4
Argobe, região, 4:D3 Caftor (Creta), ilha, 9:A3 Dura, Planície de, 9:F2
Arimatéia, 11:B5 Caifás, Casa de, em
Arnom, rio, 1:C7, 2:D1, Jerusalém, 12:B6 Ebal, Monte, 1:B4, 3:A4,
3:B5, 4:D5, 10:C7, 11:C7 Caná, 11:C3 4:C4, 10:B4, 11:B5, 14:B6
Ascalom, 1:A6, 3:A5, 4:C5, Canaã, região, 2:C1, 9:D3 Ecrom, 1:B6, 10:A6
10:A6, 11:A6 Capadócia, região, 13:H2 Edom, região, 1:C8, 2:D2,
Asdode (Azoto), 1:A6, Carmelo, Monte, 1:B3, 3:A3, 3:B6, 4:D7, 10:C8
3:A5, 4:C5, 10:A6 4:C3, 10:B3, 11:B3 Éfeso, 8:C2, 13:E2
Aser, tribo, 3:A3 Carquêmis, 5:B2, 6:B2, 9:D2 Efraim, tribo, 3:A4
Ásia, província romana, Cartago, 8:B3 Egito, região, 2:A3, 5:B4,
8:C2, 13:F2 Cáucaso, montanhas, 5:C1, 7:A4, 8:C4, 9:C4, 13:F4
Assíria, 9:F2 8:D2, 9:F1 Egito, Reino do, 6:A3
Assur, 5:C3, 9:F2 Cenáculo, em Jerusalém, Elá, 1:A6, 10:B6, 11:B6
Atenas, 6:A2, 7:A2, 8:C2, 12:B6 Elã, região, 5:C3, 6:C3,
13:D2 Cesaréia, 11:B4, 13:H3 7:C3, 9:H3
Azoto, 11:A6 Cesaréia de Filipe, 11:C2 Elim, 2:C3
ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES
Emaús, 11:B6 Gilboa, Monte, 1:C4, 3:B4, Itália, província romana,
Emaús, Estrada para, 12:A4 10:C4, 11:C4, 14:C6 8:B2, 13:A1
Endor, 10:C3 Gileade, região, 1:C4, 10:C4
Jabes-Gileade, 3:B4
En-Gedi, 4:D5, 10:C7 Gilgal, 1:C5, 2:D1, 4:D5
Jaboque, rio, 1:C5, 3:B4,
Enom, 11:C4 Giom, Manancial de, em
4:D4, 10:C5, 11:C5
En-Rogel, Fonte, 12:C7 Jerusalém, 12:D6
Jarmuc, rio, 1:C3, 10:C3,
Esmirna, 13:E2 Golfo Pérsico (Mar
11:C3
Esparta, 6:A2, 7:A2 Inferior), 9:H3
Jericó, 1:C5, 2:D1, 3:B5,
Eufrates, rio, 5:B3, 6:C3, Gólgota, em Jerusalém,
4:D5, 10:C5, 11:C6,
8:D3, 9:E2 12:B3
14:A7, 14:C3
Eziom-Geber, 2:D3, 3:A8, Gomorra, região de
Jericó, Estrada para, 12:D5
4:C8, 9:D4 Sodoma e, 10:C8
Jerusalém, Cidade Alta,
Gósen, região, 2:A2, 9:C4
Farpar, rio, 1:D1, 10:D1, 12:B6
Grécia, 7:A2
11:D2 Jerusalém, Cidade Baixa,
Fenícia, região, 1:C1, 4:D2, Harã (Padã-Arã), 9:E2 12:C6
9:D3, 10:B1, 11:B2, 13:H3 Hazor, 3:B3, 4:D3, 10:C2 Jerusalém (Salém), 1:B6,
Filadélfia, 11:D6 Hebrom, 1:B6, 2:D1, 3:A5, 2:D1, 3:A5, 4:C5, 5:B3,
4:C5, 10:B7, 11:B7 6:B3, 7:A3, 8:C3, 9:D3,
Filipos, 13:D1
Hebrom, Estrada para, 10:B6, 11:B6, 13:H3,
Filisteus, povo, 2:C2 14:B2, 14:B6
Filístia, Planície de, 1:A6, 12:A7
Heliópolis (Om), 2:A3 Jizreel, 4:D4, 10:B4
10:A6
Hermom, Monte, 1:C1, Jope, 1:A5, 3:A4, 4:C4,
Filístia, região, 4:C5 10:A5, 11:A5, 13:H3
Fortaleza Antonia, em 3:B2, 4:D2, 10:C1, 11:D1,
14:D5 Jope, Estrada para, 12:A4
Jerusalém, 12:C3
Hesbom, 4:D5 Judá, região, 5:B3, 10:B7
Frígia, região, 13:F2
Heteus, povo, 9:D2 Judá, tribo, 3:A5
Gadara, 11:C4 Heveus, povo, 3:B2 Judéia, região, 1:B6, 11:B7
Gade, tribo, 3:B4 Hispânica, Península, 8:A2 Laís (Dã), 10:C2
Galácia, região, 13:G1 Hor, Monte, 2:D2 Laodicéia, 13:F2
Gália, região, 8:A1 Horebe (Monte Sinai), Laquis, 1:A6, 3:A5, 4:C5,
Galiléia, Alta, região, 1:C2 2:C4, 9:D4 10:A6
Galiléia, Baixa, região, 1:C3 Horeus, povo, 9:E2 Líbia, 8:B3, 13:C4
Galiléia, região, 11:C2 Hormá, 2:D1, 4:C6 Lícia, região, 13:F2
Gate, 3:A5, 4:C5, 10:A6 Horto do Sepulcro, em Lídia, região, 13:E2
Gate-Hefer, 10:B3 Jerusalém, 12:B3 Listra, 13:G2
Gaza, 1:A6, 2:C1, 3:A5, Hula (Águas de Merom), Litani, rio, 1:C1, 10:C1,
4:C5, 10:A7, 11:A7, 13:H4 lago, 10:C2, 14:C6 11:C2
Gerar, 10:A7 Luz (Betel), 10:B5
Icônio, 13:G2
Gerar, rio, 1:A7, 10:A7,
11:A7 Iduméia, região, 1:B7, Maanaim, 10:C4
10:B7, 11:B7
Gerizim, Monte, 1:B5, 3:A4, Macedônia, região, 7:A2,
4:C4, 10:B5, 11:B5, 14:B6 Império Assírio, 5:C3 8:C2, 13:D1
Germânia, região da, 8:B1 Império Babilônico, Novo, Magdala, 11:C3
6:C3
Gesur, região, 4:D3 Malta, ilha, 13:B3
Império Medo, 6:D3
Getsêmani, Jardim do, em Manassés, tribo, 3:A4, 3:B3
Jerusalém, 12:D4 Império Parto, 8:D3
Maquerunte, 11:C7
Gezer, 4:C5 Israel, região, 4:C4
Mar Arábico, 6:D4
Gibeá, 4:C5 Israel, Tanque de, em
Mar Adriático, 8:B2
Jerusalém, 12:C4
Gibeom, 10:B5 Mar Cáspio, 5:C1, 6:C1,
Issacar, tribo, 3:B4
7:B2, 8:D2, 9:G1
ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES
Mar da Galiléia (Mar de Megido, 1:B3, 3:A4, 4:C4, Perge, 13:F2
Quinerete), 1:C3, 3B3, 6:B3, 9:D3, 10:B3 Pérsia, 5:D4, 6:D4
4:D3, 9:D3, 10:C3, 11:C3; Melita (Malta), ilha, 13:B3 Pi-Hairote, 2:B3
14:B7 Mênfis (Nofe), 2:A3, 5:B3, Pisídia, região, 13:F2
Mar de Aral, 5:D1, 6:D1, 6:B3, 7:A3, 8:C3 Pitom, 2:B2
7:C2 Mesopotâmia, 8:D3, 9:E2 Ponto, região, 13:G1
Mar de Quinerete, 1:C3, Micenas, 5:A2 Porta das Águas, em
3:B3, 4:D3, 9:D3, 10:C3, Mídiã, região, 2:D4, 9:D4 Jerusalém, 12:C7
11:C3 Mileto, 13:E2 Porta das Ovelhas, em
Mar Grande (Mar Mira, 13:F2 Jerusalém, 12:C4
Mediterrâneo, Superior),
Mísia, região, 13:E2 Porta de Susã, em
1:A4, 2:B1, 3:A4, 4:C4,
Moabe, Planície de, 1:C6, Jerusalém, 12:D4
5:A3, 6:A3, 7:A3, 9:B3,
10:A5, 11:A6, 13:D3, 11:C6 Porta dos Peixes, em
14:A2, 14:A6 Moabe, região, 1:C7, 2:D1, Jerusalém, 12:B3
Mar Inferior (Mar Oriental, 3:B6, 4:D6, 10:C7 Porta Formosa, 12:C4
Golfo Pérsico), 5:C4, Montanhas do Líbano, Pórtico Real, em Jerusalém,
6:C4, 7:B4, 8:D3, 9:H3 1:C1, 10:C1, 11:C1 12:C5
Mar Mediterrâneo (Grande, Moré, Outeiro de, 1:C3, Potéoli, 13:B1
Superior), 1:A4, 2:B1, 10:B3 Ptolemaida (Aco), 1:B3,
3:A4, 4:C4, 5:A3, 6:A3, Moriá, Monte, 14:B6 11:B3, 13:H3
7:A3, 8:B3, 9:B3, 10:A5,
Nabatéia, região 11:C8 Quios, ilha, 13:E2
11:A6, 13:D3, 14:A2,
14:A6 Naftali, tribo, 3:B3 Quir-Heres, 10:C7
Mar Mediterrâneo, nível Naim, 11:C4 Quisom, rio, 1:B3, 10:B3,
do, 14:A2, 14:A6 Nazaré, 1:B3, 11:B3 11:B3
Mar Morto, Estrada para, Nebo, Monte, 1:C6, 2:D1, Quitim (Chipre), ilha, 9:C3
12:C8 3:B5, 4:D5, 10:C6, 11:C6
Rabá (Amã), 1:D5, 3:B5,
Mar Morto (Mar Salgado), Neguebe, região, 1:A8,
10:D5, 14:D2
1:C6, 2:D1, 3:B5, 4:D5, 10:A8
Ramessés (Tânis), 2:B2
9:D4, 10:C6, 11:C7, Nilo, rio, 2:A3, 5:B4, 6:B4,
7:A4, 8:C4, 9:C4 Ramote-Gileade, 3:B4, 4:D4
14:A7, 14:C3
Nínive, 5:C2, 9:F2 Refidim, 2:C4
Mar Morto, nível do, 14:A7,
Nofe (Mênfis), 2:A3 Régio, 13:B2
14:C3
Região Montanhosa da
Mar Negro, 5:B1, 6:B1,
Oliveiras, Monte das, Judéia, 14:B2
7:A2, 8:C2, 9:B1, 13:F1
1:B6, 10:B6, 11:B6, 12:D4, Rio do Egito, 2:C2
Mar Oriental (Inferior), 14:B6
5:C4, 6:C4 Rio Indo, 7:D4
Om (Heliópolis), 2:A3, 9:C4 Rio Jordão, 1:C5, 2:D1, 3:B4,
Mar Salgado (Mar Morto),
1:C6, 2:D1, 3:B5, 4:D5, 4:D4, 10:C5, 11:C5
Padã-Arã (Harã), 9:E2
9:D4 Rodes, ilha, 9:B3, 13:E3
Pafos, 13:G3
Mar Superior (Grande, Roma, 8:B2, 13:A1
Palácio Asmoneu, em
Mediterrâneo), 7:A3, Jerusalém, 12:C5 Rúben, tribo, 3:B5
9:B3 Palácio de Herodes, em Salamina, 13:G3
Mar Vermelho, 2:D4, 5:B4, Jerusalém, 12:B5 Salém (Jerusalém), 9:D3
6:B4, 7:B4, 8:C4, 9:D4 Panfília, região, 13:F2 Salim, 11:C4
Mará, 2:B3 Patmos, ilha, 13:E2 Samaria, 1:B4, 5:B3, 10:B4,
Mare Internum (Mar Península do Sinai, 2:C3 11:B5, 13:H3
Grande, Mediterrâneo, Penuel, 10:C4
Superior), 8:B3 Samaria, Estrada para,
Peréia, 11:C5 12:B1
Medeba, 4:D5
Pérgamo, 13:E2
ÍNDICE DE NOMES DE LUGARES
Samaria, região, 1:B4, Sucote, em Israel, 3:B4, 4:D4 Transjordânia, Planaltos
10:B4, 11:B4 Sucote, no Egito, 2:B2 Orientais da, 14:D2
Samotrácia, ilha, 13:E1 Suez, Golfo de, 2:B3 Três Tavernas, 13:B1
Sarepta, 11:B1 Susã, 6:C3, 7:B3, 9:G3 Trôade, 6:A2, 7:A2, 13:E2
Sarmácia, região, 8:C1 Tróia, 9:B2
Sarom, Planície de, 1:B4, Tabor, Monte, 1:C3, 3:B4, Túnel de Ezequias, em
10:B4, 11:B5 4:D4, 10:C3, 11:C3, 14:C6 Jerusalém, 12:C6
Sefela, 1:B6, 10:B6, 14:B2 Tânis (Ramessés), 2:B2
Tanque da Serpente, em Ur, 5:C3, 9:E2, 9:G3
Sião, Monte, 14:B6
Jerusalém, 12:A6 Urartu, região, 9:E1
Sicar, 11:B5
Tanque da Torre, em
Sidom, 1:C1, 3:A2, 4:D2, Vale da Hula, 1:C2; 11:C2
Jerusalém, 12:B5
9:D3, 10:C1, 11:C1, 13:H3 Vale de Esdraelom, 1:B3,
Tarso, 13:G3
Siló, 3:A4, 4:D4, 10:B5 10:B3
Tebas, 5:B4, 6:B4, 7:A4, 8:C4
Siloé, Tanque de, em Vale de Jizreel (Esdraelom),
Jerusalém, 12:C7 Tecoa, 10:B6
1:B3, 10:B3
Simeão, tribo, 3:A6 Templo, em Jerusalém,
Vale do Cedrom, em
12:C4
Sinai, Monte (Horebe), Jerusalém, 12:D6
2:C4, 9:D4 Templo, Escadaria do, em
Vale do Hinom, em
Jerusalém, 12:D5
Sinar (Babel), 9:G3 Jerusalém, 12:B7
Templo, Pináculo do, em
Siquém, 3:A4, 4:C4, 10:B4
Jerusalém, 12:D5 Zebulom, tribo, 3:A3
Siracusa, 13:B2
Tessalônica, 8:C2, 13:D1 Zerede, rio, 1:C8, 2:D2,
Síria, região, 6:B3, 8:C3,
Tiberíades, 11:C3 3:B6, 4:D6, 10:C8, 11:C8
9:D3, 11:C2, 13:H3
Tigre, rio, 5:C2, 6:C2, 8:D3, Ziclague, 4:C5
Sodoma e Gomorra, região
9:G3
de, 10:C8
Tiro, 1:B2, 3:A3, 4:C3, 9:D3,
Soreque, rio, 1:B6, 10:B6,
10:B1, 11:B2, 13:H3
11:B6
VISÃO GERAL E SUMÁRIO: MAPAS DA BÍBLIA GUIA DOS MAPAS

MAPA 13

MAPA 5
MAPA 6

MAPA 3
MAPA 4

MAPA 1
MAPA 10
MAPA 11

MAPA 2

MAPA 7

MAPA 9

MAPA 12

MAPA 8

MAPAS RELATIVOS À BÍBLIA MAPA 5 O IMPÉRIO ASSÍRIO

O s mapas a seguir foram preparados


para auxiliar no estudo das
escrituras e nas apresentações incluídas
MAPA 6 O NOVO IMPÉRIO
BABILÔNICO
(Nabucodonosor) e o REINO
nos cursos de instrução. DO EGITO
Os contornos no mapa acima indicam MAPA 7 O IMPÉRIO PERSA
o que ficará em evidência em cada um MAPA 8 O IMPÉRIO ROMANO
dos mapas numerados a seguir. Esses
MAPA 9 O MUNDO DO VELHO
mapas são compostos por grandes
TESTAMENTO
regiões assim como por áreas geográficas
muito limitadas. MAPA 10 CANAÃ NA ÉPOCA DO
VELHO TESTAMENTO
MAPA 1 MAPA FÍSICO DA TERRA
MAPA 11 A TERRA SANTA NA ÉPOCA
SANTA
DO NOVO TESTAMENTO
MAPA 2 O ÊXODO DE ISRAEL DO
MAPA 12 JERUSALÉM NA ÉPOCA DE
EGITO E A ENTRADA EM
JESUS
CANAÃ
MAPA 13 AS VIAGENS MISSIONÁRIAS
MAPA 3 A DIVISÃO DAS DOZE
DO APÓSTOLO PAULO
TRIBOS
MAPA 14 ALTITUDES DA TERRA
MAPA 4 O IMPÉRIO DE DAVI E
SANTA NA ERA DA BÍBLIA
SALOMÃO
MAPA GEOGRÁFICO DA TERRA SANTA MAPA 1
A B C D

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O ÊXODO DE ISRAEL DO EGITO E A ENTRADA
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A B C D

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Dofca? do Sinai

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Monte Sinai?
Quilômetros (Horebe)
Mar Vermelho
0 40 80 120

  1. Ramessés Israel foi tirada do Egito (Êx. 12; 11. Eziom-Geber Israel atravessou as terras de
Núm. 33:5). Esaú e de Amom em paz (Deut. 2).
  2. Sucote Depois que os hebreus deixaram esse 12. Cades-Barnéia Moisés envia espiões para a
primeiro acampamento, o Senhor ia adiante terra prometida; Israel rebelou-se e foi impe-
deles, de dia numa coluna de nuvem, e de noite dido de entrar na terra; Cades serviu como o
numa coluna de fogo (Êx. 13:20–22). acampamento principal de Israel durante mui-
tos anos (Núm. 13:1–3, 17–33; 14; 32:8; Deut.
  3. Pi-Hairote Israel atravessou o Mar Vermelho
2:14).
(Êx. 14; Núm. 33:8).
13. Deserto Oriental Israel evitou o conflito com
  4. Mara O Senhor fez com que as águas de Mara
Edom e Moabe (Núm. 20:14–21; 22–24).
se tornassem doces (Êx. 15:23–26).
14. Ribeiro de Arnom Israel destruiu os amorreus
  5. Elim Israel acampou ao lado de 12 fontes de
que lutaram contra eles (Deut. 2:24–37).
água (Êx. 15:27).
15. Monte Nebo Moisés viu a terra prometida
  6. Deserto de Sim O Senhor enviou maná e
(Deut. 34:1–4). Moisés fez seus três últimos ser-
codornizes para alimentar Israel (Êx. 16).
mões (Deut. 1–32).
  7. Refidim Israel pelejou contra Amaleque (Êx.
16. Campinas de Moabe O Senhor disse a Israel
17:8–16).
que fizesse a divisão da terra e que expulsasse
  8. Monte Sinai (Monte Horebe ou Jebel-Musa)  os habitantes (Núm. 33:50–56).
O Senhor revelou os Dez Mandamentos (Êx.
17. Rio Jordão Israel atravessou o Rio Jordão a
19–20).
seco. Próximo a Gilgal, pedras tiradas do fundo
  9. Deserto do Sinai Israel construiu o tabernáculo do Rio Jordão foram reunidas em um memorial
(Êx. 25–30). da divisão das águas do Jordão (Jos. 3–5:1).
10. Acampamentos no Deserto Setenta anciãos 18. Jericó Os filhos de Israel capturaram e destruí-
foram chamados para ajudar Moisés a governar ram a cidade (Jos. 6).
o povo (Núm. 11:16–17).
A DIVISÃO DAS 12 TRIBOS:
O IMPÉRIO DE DAVI E SALOMÃO MAPAS 3 e 4
A B C D

LEGENDA DO MAPA 3 LEGENDA DO MAPA 4

Antigos limites Limites do império


das tribos em seu auge
1
Limite entre Judá
e a Israel do norte Território conquistado
após 950 a. C. por Davi

Reino no auge do
reinado de Saul

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DAMASCO
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Sidom Damasco Sidom


Damasco

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Monte. Monte
Hermom Hermom

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Aco Mar de Quinerete (Galiléia)


Monte (Galiléia)
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Jope Jope Monte Gerizim


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Jericó Betel Hesbom


Asdode Asdode Jericó
Benjamin Gezer Gibeá
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Jerusalém Nebo Jerusalém Monte Nebo


Ascalom Ascalom Gate
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Cades-Barnéia Bozra Bozra


Cades-Barnéia
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NOTA: Os dois 8
Eziom-Geber Eziom-Geber
mapas desta
página têm a
mesma escala Quilômetros
e orientação. 0 40 80 120
O IMPÉRIO ASSÍRIO MAPA 5
A B C D
Aprox. 721 a.C. (II Reis 17:1–6)

LEGENDA DO MAPA 5

Assíria aprox. 721 a.C. 1


Mar de
Limites do Império Aral

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Assírio aprox. 650 a.C.

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O NOVO IMPÉRIO BABILÔNICO (Nabucodonosor)


E O REINO DO EGITO MAP66
MAPA
A B C D
Aprox. 600–586 a.C. (II Reis 24–25)
LEGENDA DO MAPA 6

Novo Império Babilônico


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Reino Do Egito
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O IMPÉRIO PERSA MAPA 7
A B C D
537–440 a.C. (Ester; Esdras; Neemias)
LEGENDA DO MAPA 7 N

Império Persa aprox. 537–440 a.C.


1

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O MUNDO DO VELHO TESTAMENTO

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1. Monte Ararate Local tradicional onde a arca 6. Assíria Asshur foi a primeira capital da Assíria, Davi, os israelitas conquistaram a cidade. Elias
de Noé aportou (Gên. 8:4). O local exato é desco- seguida por Nínive. Os governantes assírios ungiu Hazael para ser o rei de Damasco (Gên.
nhecido. Salmaneser V e Sargon II conquistaram o Reino do 14:14–15; II Sam. 8:5–6; I Reis 19:15).
Norte de Israel e levaram as 10 tribos cativas em
2. Ur Primeira residência de Abraão, onde ele quase 13. Canaã Abraão e seus filhos receberam esta terra
721 a.C. (II Reis 14–15, 17–19). A Assíria foi uma
foi vítima de um sacrifício humano, viu o anjo de como possessão perpétua (Gên. 17:8).
ameaça a Judá até 612 a.C., quando a Assíria foi
Jeová e recebeu o Urim e Tumim (Gên. 11:28–12:1;
conquistada pela Babilônia. 14. Monte Sinai (Horebe) O Senhor falou a Moisés de
Abr. 1; 3:1). (Observar também um possível local
uma sarça ardente (Êx. 3:1–2). Moisés recebeu a Lei
alternativo para Ur no norte da Mesopotâmia.) 7. Nínive Capital da Assíria. A Assíria atacou a terra
e os Dez Mandamentos (Êx. 19–20). O Senhor falou
de Judá durante o reinado de Ezequias e o ministé-
3. Babilônia, Babel (Sinar) Colonizada no início por a Eliseu em uma voz mansa e delicada (I Reis
rio do profeta Isaías. Jerusalém, a capital de Judá,
Cuxe, filho de Cão e por Ninrode. Área de origem 19:8–12).
foi salva milagrosamente quando um anjo matou
dos jareditas na época da Torre de Babel nas cam-
185.000 soldados assírios (II Reis 19:32–37). O 15. Eziom-Geber O rei Salomão construiu “naus” em
pinas de Sinar. Tornou-se posteriormente a capital
Senhor disse ao profeta Jonas que chamasse essa Eziom-Geber (I Reis 9:26). Foi provavelmente nesse
provincial da Babilônia e a residência dos reis babi-
cidade ao arrependimento (Jon. 1:2; 3:1–4). porto que a rainha de Sabá, ouvindo a respeito da
lônicos, incluindo Nabucodonosor que levou mui-
fama de Salomão, aportou para vê-lo (I Reis
tos judeus cativos para esta cidade depois da des- 8. Harã Abraão estabeleceu-se aqui temporaria-
10:1–13).
truição de Jerusalém (587 a.C. ). Os judeus perma- mente, antes de partir para Canaã. O pai e o irmão
O MUNDO DO VELHO TESTAMENTO

neceram cativos na Babilônia durante 70 anos até a de Abraão aqui permaneceram. Rebeca (esposa de 16. Egito Abraão viajou para cá devido à grande fome
época do rei Ciro, que permitiu que os judeus Isaque) e Raquel, Lia, Bilha e Zilpa (esposas de que havia em Ur (Abr. 2:1, 21). O Senhor disse a
retornassem a Jerusalém para reconstruir o templo. Jacó) vieram dessa região (Gên. 11:31–32; 24:20; Abraão que contasse aos egípcios o que ele lhe
Daniel, o profeta também residiu aí durante os rei- 29:4–6; Abr. 2:4–5). havia revelado (Abr. 3:15). Os irmãos de José ven-
nados de Nabucodonosor, Belsazar e Dario I (Gên. deram-no como escravo (Gên. 37:28). José tornou-
9. Carquêmis O Faraó Neco foi derrotado aqui por
10:10; 11:1–9; II Reis 24–25; Jer. 27:1–29:10; Eze. 1:1; se o administrador da casa de Potifar. Ele foi ati-
Nabucodonosor, que eliminou o domínio egípcio
Dan. 1–12; Ômni 1:22; Éter 1:33–43). rado na prisão. Interpretou o sonho do Faraó e
sobre Canaã (II Crôn. 35:20–36:6).
recebeu um cargo de responsabilidade no Egito.
4. Susã Capital do Império Persa dos reinados de
10. Sidom Essa cidade foi fundada por Sidom, neto de José e seus irmãos foram reunidos. Jacó e sua famí-
Dario I (Dario o Grande), Xerxes (Assuero) e
Cão e é a cidade que fica ao extremo norte de lia mudaram-se para cá (Gên. 39– 46). Os filhos de
Artaxerxes. Residência da rainha Ester, cuja cora-
Canaã (Gên. 10:15–20). Foi o lar de Jezabel, que Israel habitaram em Gósen durante o tempo que
gem e fé salvaram os judeus. Daniel e posterior-
introduziu a adoração a Baal em Israel (I Reis permaneceram no Egito (Gên. 47:6).
mente Neemias serviram aí (Nee. 1:1; 2:1; Est. 1:1;
16:30–33).
Dan 8:2). Os israelitas multiplicaram-se “e foram fortaleci-
11. Tiro Foi uma importante cidade comercial e porto dos grandemente”; depois eles tornaram-se cativos
5. Campo de Dura Sadraque, Mesaque e Abednego
marítimo na Síria. Hirão, rei de Tiro enviou cedro, dos egípcios (Êx. 1:7–14). Depois de uma série de
foram atirados na fornalha de fogo ardente quando
ouro e servos para ajudar Salomão a construir seu pragas, o Faraó permitiu que Israel deixasse o
se recusaram a adorar uma imagem de ouro criada
templo (I Reis 5:1–10, 18; 9:11). Egito (Êx. 12:31–41). Jeremias foi levado ao Egito
por Nabucodonosor; o Filho de Deus preservou-os
(Jer. 43:4–7).
e eles saíram ilesos da fornalha (Dan. 3). 12. Damasco Abraão salvou Ló próximo daqui. Foi a
MAPA 9

principal cidade da Síria. Durante o reinado do rei 17. Caftor (Creta) O antiga terra dos minoanos.
CANAÃ NA ÉPOCA DO VELHO TESTAMENTO MAPA 10

  1. Dã (Laís) Jeroboão fez um bezerro de ouro para 10. Peniel (Penuel) Nesse local, Jacó lutou toda a
que o Reino do Norte adorasse (I Reis 12:26– noite com um mensageiro do Senhor (Gên.
33). Dã ficava na fronteira ao norte da antiga 32:24–32). Gideão destruiu uma fortaleza
Israel. midianita (Juí. 8:5, 8–9).
  2. Monte Carmelo Elias desafiou os sacerdotes de 11. Jope Jonas navegou desse local rumo a Társis
Baal e abriu os céus para que chovesse para fugir de sua missão em Nínive (Jon. 1:1–
(I Reis 18:17–40). 3).
  3. Megido Um local onde muitas batalhas ocorre- 12. Siló Durante a época dos juízes, a capital de
ram (Juí. 4:13–16; 5:19; II Crôn. 35:20–23; II Reis Israel e o tabernáculo ficaram nesse local (I
23:29). Salomão fez subir uma leva de gente Sam. 4:3–4).
para construir Megido (I Reis 9:15). O rei
13. Betel (Luz) Nesse local, Abraão separou-se de
Josias de Judá foi mortalmente ferido em uma
Ló (Gên. 13:1–11) e teve uma visão (Gên 13;
batalha contra o Faraó Neco do Egito (II Reis
Abr. 2:19–20). Jacó teve a visão de uma escada
23:29–30). Na Segunda Vinda do Senhor, um
que chegava ao céu (Gên. 28:10–22). O taberná-
conflito grandioso e final ocorrerá no vale de
culo ficou em Betel por algum tempo (Juí.
Jizreel como parte da batalha de Armagedom
20:26–28). Jeroboão preparou um cordeiro de
(Joel 3:14; Apoc. 16:16; 19:11–21). O nome
ouro para que o Reino do Norte o adorasse
Armagedom é uma transliteração grega do
(I Reis 12:26–33).
hebraico Har Megiddon, ou Montanha de
Megido. 14. Gibeom Os heveus desse lugar usaram de
astúcia para fazer um tratado com Josué (Jos.9).
  4. Jizreel O nome de uma cidade no maior e mais
O sol deteve-se enquanto Josué ganhou uma
fértil vale de Israel, que possuía o mesmo
batalha (Jos. 10:2–13). Esse foi também um local
nome. Os reis do Reino do Norte construíram
temporário do tabernáculo (I Crôn. 16:39).
um palácio aqui (II Sam 2:8–9; I Reis 21:1–2). A
iníqua rainha Jezabel viveu e morreu aqui 15. Gaza, Adode, Asquelom, Eglom, Gate (as 
(I Reis 21:2; II Reis 9:30). cinco cidades dos filisteus) Partindo dessas
cidades, os filisteus freqüentemente guerrea-
  5. Bete-Seã Israel enfrentou os cananeus aqui
vam contra Israel.
(Jos. 17:12–16). O corpo de Saul foi afixado no
muro dessa fortaleza (I Sam. 31:10–13). 16. Belém Raquel foi enterrada perto dessa cidade
(Gên. 35:19). Rute e Boaz viveram nela (Rute
  6. Dotã José foi vendido como escravo por seus
1:1–2; 2:1, 4). Era chamada cidade de Davi (Lc.
irmãos (Gên. 37:17, 28; 45:4). Elias teve a visão
2:4).
da montanha cheia de cavalos e carruagens
(II Reis 6:12–17). 17. Hebrom Abraão (Gên 13:18), Isaque, Jacó (Gên.
35:27), Davi (II Sam. 2:1–4), e Absalão (II Sam.
  7. Samaria A capital do Reino do Norte (I Reis
15:10) viveram aqui. Foi a primeira capital de
16:24–29). O rei Acabe construiu um templo a
Judá sob o rei Davi (II Sam. 2:11). Acredita- se
Baal (I Reis 16:32–33). Elias e Eliseu ministra-
que Abraão, Sara, Isaque, Rebeca, Jacó e Lia
ram (I Reis 18:2; II Reis 6:19–20). Em 721 a.C. os
estejam enterrados aqui na Cova de Macpela
assírios conquistaram-na, completando a cap-
(Gên. 23:17–20; 49:31, 33).
tura das 10 tribos (II Reis 18:9–10).
18. En-Gedi Davi escondeu-se de Saul e poupou a
  8. Siquém Abraão edificou um altar (Gên 12:6–7).
vida de Saul (I Sam. 23:29; 24:1–22).
Jacó viveu próximo a esse local. Simeão e Levi
mataram todos os homens da cidade (Gên. 19. Gerar Abraão e Isaque viveram nesse local
34:25). O incentivo de Josué para “[escolher] durante algum tempo (Gên. 20–22, 26).
hoje. . .” servir a Deus ocorreu em Siquém (Jos. 20. Berseba Abraão cavou um poço e fez um con-
24:15). Aqui, Jeroboão estabeleceu a primeira vênio com Abimeleque (Gên. 21:31). Isaque viu
capital do Reino do Norte (I Reis 12). o Senhor (Gên. 26:17, 23–24), e Jacó viveu aqui
  9. Monte Ebal e Monte Gerizim Josué dividiu (Gên. 35:10; 46:1).
Israel nesses dois montes—as bênçãos da lei 21. Sodoma e Gomorra Ló decidiu viver em
foram proclamadas do Monte Gerizim, Sodoma (Gên. 13:11–12; 14:12). Deus destruiu
enquanto que as maldições foram proclamadas Sodoma e Gomorra devido à sua iniqüidade
do Monte Ebal (Jos. 8:33). Posteriormente, os (Gên 19:24–26). Jesus posteriormente usou
samaritanos construíram um templo em essas cidades como símbolos de iniqüidade
Gerizim (II Reis 17:32–33). (Mt. 10:15).
CANAÃ NA ÉPOCA DO VELHO TESTAMENTO MAPA 10
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A TERRA SANTA NA ÉPOCA DO NOVO TESTAMENTO MAPA 11

1. Tiro e Sidom Jesus comparou Corazim e pagar impostos, dizendo a Pedro que
Betsaida a Tiro e Sidom (Mt. 11:20–22). Ele tirasse o dinheiro da boca de um peixe (Mt.
curou a filha de uma mulher cananéia (Mt. 17:24–27).
15:21–28).   8. Magadã Era onde Maria Madalena morava
2. Monte da Transfiguração Jesus foi transfi- (Mc. 16:9). Jesus foi a esse lugar depois de
gurado diante de Pedro, Tiago e João e eles alimentar os 4.000 (Mt. 15:32–39), e os fari-
receberam as chaves do reino (Mt. 17:1–13). seus e saduceus pediram que ele lhes mos-
(Alguns acreditam que o Monte da trasse um sinal do céu (Mt. 16:1–4).
Transfiguração seja o Monte Hermom;   9. Caná Jesus transformou a água em vinho
outros crêem que seja o Monte Tabor.) (João 2:1–11) e curou o filho de um nobre
3. Cesaréia de Filipe Pedro testificou que que estava em Cafarnaum (João 4:46–54).
Jesus é o Cristo e foi-lhe prometido que rece- Caná foi também o lar de Natanael (João
beria as chaves do reino (Mt. 16:13–20). 21:2).
Jesus predisse sua própria morte e 10. Nazaré As anunciações feitas a Maria e a
Ressurreição (Mt. 16:21– 28). José ocorreram em Nazaré (Mt. 1:18–25; Lc.
4. Região da Galiléia Jesus passou a maior 1:26–38; 2:4–5). Depois de voltar do Egito,
parte de sua vida e ministério na Galiléia Jesus passou sua infância e juventude nessa
(Mt. 4:23–25). Nessa região, ele pregou o cidade (Mt. 2:19–23; Lc. 2:51–52), anunciou
Sermão da Montanha (Mt. 5–7); curou um que ele era o Messias e foi rejeitado pelos
leproso (Mt. 8:1–4); e escolheu, ordenou e seus (Lc. 4:14–32).
enviou os Doze Apóstolos a pregar, sendo 11. Jericó Jesus deu a visão a um cego (Lc.
que aparentemente apenas Judas Iscariotes 18:35–43). Ele também jantou com Zaqueu
não era originário da Galiléia (Mc. 3:13–19). “um chefe dos publicanos” (Lc. 19:1–10).
Na Galiléia, o Cristo ressuscitado apareceu
aos Apóstolos (Mt. 28:16–20). 12. Betânia (Betabara) João Batista testificou
que ele era “a voz do que [clamava] no
5. Mar da Galiléia, posteriormente chamado deserto” (João 1:19–28). João batizou Jesus
de Mar de Tiberíades Jesus entrou no barco no Rio Jordão e testificou que Jesus é o
de Pedro para ensinar (Mt. 5:1–3) e chamou Cordeiro de Deus (João 1:28–34).
Pedro, André, Tiago e João para que se tor-
nassem pescadores de homens (Mt. 4:18–22; 13. Deserto da Judéia João Batista pregou nesse
Lc. 5:1–11). Ele também acalmou a tempes- deserto (Mt. 3:1–4), onde Jesus jejuou
tade (Lc. 8:22– 25), ensinou parábolas de um durante 40 dias e foi tentado (Mt. 4:1–11).
barco (Mt. 13), andou sobre o mar (Mt. 14. Emaús O Cristo ressurreto caminhou pela
14:22–32), e apareceu aos discípulos após estrada para Emaús com dois de seus discí-
sua Ressurreição (João 21). pulos (Lc. 24:13–32).
6. Betsaida Pedro, André e Filipe nasceram 15. Betfagé Dois discípulos trouxeram uma
em Betsaida (João 1:44). Jesus retirou-se com jumenta com a qual ele começou sua
os Apóstolos para perto de Betsaida. As entrada triunfal em Jerusalém (Mt. 21:1–11).
multidões seguiram-no e ele alimentou os
5.000 (Lc. 9:10–17; João 6:1–14). Jesus curou 16. Betânia Era o lar de Maria, Marta e Lázaro
um cego nessa cidade (Mc. 8:22–26). (João 11:1). Maria ouviu as palavras de Jesus
e Jesus falou a Marta a respeito de se esco-
7. Cafarnaum Era a casa de Pedro (Mt. 8:5, 14). lher a “boa parte” (Lc. 10:38–42); Jesus
Em Cafarnaum, que Mateus dizia ser a levantou Lázaro dos mortos (João 11:1–44);
“cidade de Jesus”, este curou um paralítico e Maria ungiu os pés de Jesus (Mt. 26:6–13;
(Mt. 9:1–7; Mc. 2:1–12), curou o servo de um João 12:1–8).
centurião, curou a mãe da esposa de Pedro
(Mt. 8:5–15), chamou Mateus como um de 17. Belém Jesus nasceu e foi colocado em uma
seus Apóstolos (Mt. 9:9), curou cegos, manjedoura (Lc. 2:1–7); anjos anunciaram o
expulsou um demônio (Mt. 9:27–33), curou nascimento de Jesus aos pastores (Lc.
a mão mirrada de um homem no sábado 2:8–20); homens sábios foram guiados por
(Mt. 12:9–13), pregou o sermão do pão uma estrela até Jesus (Mt. 2:1–12); e Herodes
da vida (João 6:22–65) e concordou em matou os meninos (Mt. 2:16–18).
A TERRA SANTA NA ÉPOCA DO NOVO TESTAMENTO MAPA 11
A B C D

LEGENDA DO MAPA 11

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JERUSALÉM NA ÉPOCA DE JESUS MAPA 12

  1. Gólgota Um possível local da crucificação de b. Desse lugar Jesus ascendeu ao céu (Atos
Jesus (Mt. 27:33–37). 1:9–12).
  2. Horto do Sepulcro Jesus foi enterrado (João c. Em 24 de outubro de 1841, o Élder Orson
19:38–42). O Cristo ressuscitado apareceu à Hyde dedicou a Terra Santa para o retorno
Maria Madalena no horto (João 20:1–17). dos filhos de Abraão.
  3. Fortaleza Antonia Jesus pode ter sido acusado, 12. Fonte de Giom Salomão foi ungido rei (I Reis
condenado, ridicularizado e chicoteado nesse 1:38–39). Ezequias cavou um túnel para trazer
local (João 18:28–19:16). Paulo foi preso e recon- água da fonte para a cidade (II Crôn. 32:30).
tou a história de sua conversão (Atos 21:31–
13. Porta das Águas Esdras leu e interpretou a lei de
22:21).
Moisés ao povo (Nee. 8:1–8).
  4. Tanque de Betesda Jesus curou um inválido no
14. Vale de Hinom O falso deus Moloque era ado-
sábado (João 5:2–9).
rado, o que incluía sacrifício de crianças (II Reis
  5. Templo Gabriel prometeu a Zacarias que Isabel 23:10; II Crôn. 28:3).
teria um filho (Lc. 1:5–25). O véu do templo se
15. Casa de Caifás Jesus foi levado perante Caifás
rasgou quando o Salvador morreu (Mt. 27:51).
(Mt. 26:57–68). Pedro negou que conhecia Jesus
  6. Alpendre de Salomão Jesus proclamou que ele (Mt. 26:69–75).
era o Filho de Deus. Os judeus tentaram ape-
16. Cenáculo A localização tradicional onde Jesus
drejá-lo (João 10:22–39). Pedro pregou o arre-
participou da refeição da páscoa e instituiu o
pendimento depois de curar um coxo (Atos
sacramento (Mt. 26:20–30). Ele lavou os pés dos
3:11–26).
Doze (João 13:4–17) e ensinou-os (João
  7. Porta Formosa Pedro e João curaram um coxo 13:18–17:26).
(Atos 3:1–10).
17. Palácio de Herodes Cristo foi levado perante
  8. Pináculo do Templo Jesus foi tentado por Herodes, possivelmente nesse local (Lc. 23:7–
Satanás (Mt. 4:5–7). (Há dois locais tradicionais 11).
onde esse evento pode ter ocorrido.)
18. Jerusalém (locais não específicos)
  9. Monte Sagrado (locais não específicos)
a. Melquisedeque reinou como rei de Salém
a. As pessoas tradicionalmente acreditam que (Gên. 14:18).
aqui Abraão construiu um altar para o sacri-
b. O rei Davi capturou a cidade dos jebuseus
fício de Isaque (Gên. 22:9–14).
(II Sam. 5:7; I Crôn. 11:4–7).
b. Salomão construiu o templo (I Reis 6:1–10;
c. A cidade foi destruída pelos babilônios em
II Crôn. 3:1).
cerca de 587 a.C. (II Reis 25:1–11).
c. Os babilônios destruíram o templo em cerca
d. O Espírito Santo desceu sobre muitas pessoas
de 587 a.C. (II Reis 25:8–9)
no dia de Pentecostes (Atos 2:1–4).
d. Zorobabel reconstruiu o templo em cerca de
e. Pedro e João foram aprisionados e levados
515 a.C. (Esd. 3:8–10; 5:2; 6:14–16).
perante o conselho (Atos 4:1–23).
e. Herodes expandiu a praça do templo e come-
f. Ananias e Safira mentiram para o Senhor e
çou a reconstruir o templo em 17 a.C. Jesus
morreram (Atos 5:1–10).
foi apresentado no templo quando bebê (Lc.
2:22–39). g. Pedro e João foram aprisionados, mas um
anjo livrou-os da prisão (Atos 5:17–20).
f. Aos 12 anos, Jesus ensinou no templo (Lc.
2:41–50). h. Os Apóstolos escolheram sete homens para
auxiliá-los (Atos 6:1–6).
g. Jesus purificou o templo (Mt. 21:12–16; João
2:13–17). i. O testemunho de Estevão aos judeus foi rejei-
tado e ele foi apedrejado até à morte (Atos
h. Jesus ensinou no templo em diversas oca-
6:8– 7:60).
siões (Mt. 21:23–23; 39; João 7:14–8:59).
j. Tiago foi assassinado (Atos 12:1–2).
i. Os romanos, sob o governo de Tito, destruí-
ram o templo, em 70 d.C. k. Um anjo libertou Pedro da prisão (Atos
12:5–11).
10. Jardim do Getsêmani Jesus sofreu, foi traído e
foi preso (Mt. 26:36–46; Lc. 22:39–54). l. Os Apóstolos tomaram uma decisão quanto à
circuncisão (Atos 15:5–29).
11. Monte das Oliveiras
m. Os romanos, sob o governo de Tito, destruí-
a. Jesus predisse a destruição de Jerusalém e do
ram a cidade, em 70 d.C.
templo. Ele também falou da Segunda Vinda
(Mt. 24:3–25:46; ver também JS—M).
JERUSALÉM NA ÉPOCA DE JESUS MAPA 12
A B C D

LEGENDA DO MAPA 12 N

Cidade na época
de Jesus Estrada 1
para
Áreas muradas Samaria
posteriormente

Bezeta
(Cidade Nova) Gólgota

Tanque de
Horto do Betesda 3
Sepulcro

m
Porta dos Fortaleza

o
Peixes Antonia Tanque
de Israel

r
Getsêmani
Jardim do
Porta

d
de
Porta das Susã 4
Ovelhas

e
TEMPLO

Monte das Oliveiras


Alpendre de

Ponte
Pináculo
C
Porta Formosa

Estrada para
Estrada do
Tanque da
para Emaús Torre Templo
Salomão

e Jope
o

Pórtico Real
5
Aqueduto

Palácio
Betânia e Jer

Asmoneu a
d

lt
Palácio de A Escadaria
Herodes e do Templo
ad

Tanque Manancial
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Cid

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A

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l

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Caifás
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Águas 7
d
e H i n
Estrada para o
Belém e m Fonte de
Hebrom En-Rogel

Estrada para 8
o Mar Morto
Metros
0 100 200 300 400
A B C D E F G H

I TÁ L I A
Roma MACEDÔNIA Mar Negro
Ponto
Três Tavernas 1
BITÍNIA
Praça Tessalônica Filipos
de Ápio Potéoli Trôade
Beréia GA LÁ C IA
Samotrácia MÍSIA ÁSIA
Pérgamo CAPADÓCIA

A
Antioquia
LÍDIA FRÍGIA
Quios Esmirna Icônio
Éfeso Tarso
PISÍDIA Listra 2
Régio Corinto Atenas
Laodicéia

A C A I
Mileto
IA

PANFÍLIA Derbe
ÍC

LÍCIA Perge Antioquia


IL

Siracusa Patmos
C

Mira
Cnido
Rodes
Chipre
Melita Creta Salamina
ÍCIA

(Malta)
Pafos
SÍRIA

Sidom
FEN

Bons Portos 3
AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DO APÓSTOLO PAULO

Tiro Damasco
Ptolemaida
M a r M e d i t e r r â n e o Cesaréia Samaria
Jope
N Jerusalém
Cirene Gaza

Alexandria
LEGENDA DO MAPA 13
4
Primeira viagem E G I T O
Segunda viagem
Terceira viagem
MAPA 13

L Í B I A Viagem a Roma Quilômetros


0 100 200 300 400
  1. Gaza Filipe pregou a respeito de Cristo e batizou um 12. Listra Quando Paulo curou o paralítico, ele e Barnabé estava aqui, em sua terceira missão, Paulo levantou
eunuco etíope em seu caminho para Gaza (Atos 8:26–39). foram recebidos como deuses. Paulo foi apedrejado Êutico dos mortos (Atos 20:6–12).
nessa cidade e dado como morto, mas reviveu e conti-
  2. Jerusalém Ver o mapa 12 para os eventos em Jerusalém. 20. Filipos Paulo, Silas e Timóteo converteram uma mulher
nuou a pregar (Atos 14:6–21). Lar de Timóteo (Atos
chamada Lídia , expulsaram um espírito maligno e
  3. Jope Pedro recebeu a visão de que Deus concede o dom 16:1–3).
foram açoitados (Atos 16:11–23). Eles receberam ajuda
do arrependimento aos gentios (Atos 10; 11:5–18). Pedro
13. Icônio Em sua primeira missão, Paulo e Barnabé prega- divina para escapar da prisão (Atos 16:23–26).
levanta Tabita dos mortos (Atos 9:36–42).
ram aqui e foram ameaçados de serem apedrejados
21. Atenas Paulo, enquanto em sua segunda missão para
  4. Samaria Filipe ministrou em Samaria (Atos 8:5–13), e (Atos 13:51–14:7).
Atenas, pregou na Colina de Ares (Areópago) sobre “o
Pedro e João posteriormente ensinaram aqui (Atos
14. Laodicéia e Colossos Laodicéia é um dos ramos da deus desconhecido” (Atos 17:22–34).
8:14–25). Depois de terem concedido o dom do Espírito
Igreja que Paulo visitou e do qual recebeu cartas (Col.
Santo, Simão, o mágico, tentou comprar esse dom deles 22. Corinto Paulo foi para Corinto em sua segunda missão,
4:16). É também uma das sete cidades relacionadas no
(Atos 8:9–24). e lá ficou com Áqüila e Priscila. Aqui ele pregou e bati-
livro de Apocalipse (as outras são Éfeso, Esmirna,
zou muitas pessoas (Atos 18:1–18). De Corinto, Paulo
  5. Cesaréia Neste local, depois que um anjo ministrou a um Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia; ver Apoc. 1:11).
escreveu sua epístola aos romanos.
centurião chamado Cornélius, Pedro permitiu que o Colossos está a 18 quilômetros a leste de Laodicéia.
mesmo fosse batizado (Atos 10). Aqui Paulo defendeu-se Paulo escreveu aos santos que viviam aqui. 23. Tessalônica Paulo pregou aqui durante sua segunda via-
perante Agripa (Atos 25–26; ver também JS—H 1:24–25). gem missionária. Seu grupo missionário partiu para
15. Antioquia (da Pisídia) Em sua primeira missão, Paulo e
Beréia, depois que os judeus ameaçaram sua segurança
  6. Damasco Jesus apareceu a Saulo (Atos 9:1–7). Depois Barnabé ensinaram aos judeus que Cristo veio da
(Atos 17:1–10).
que Ananias restaurou a visão de Saulo, este foi batizado semente de Davi. Paulo ofereceu o evangelho a Israel e
e iniciou seu ministério (Atos 9:10–27). depois aos gentios. Paulo e Barnabé foram perseguidos e 24. Beréia Paulo, Silas e Timóteo encontraram almas nobres
expulsos (Atos 13:14–50). para ensinar durante a segunda viagem missionária de
  7. Antioquia (na Síria) Local onde os discípulos foram cha-
Paulo. Os judeus de Tessalônica os seguiram e persegui-
mados de cristãos pela primeira vez (Atos 11:26). Ágabo 16. Mileto Enquanto estava aqui, em sua terceira missão,
ram (Atos 17:10– 13).
profetizou fome (Atos 11:27–28). Grande desavença sur- Paulo advertiu os élderes da Igreja de que “lobos cruéis”
giu na Antioquia no que dizia respeito à circuncisão entrariam no rebanho (Atos 20:29–31). 25. Macedônia Paulo ensinou aqui durante suas segunda e
(Atos 14:26–28; 15:1–9). Na Antioquia Paulo iniciou sua terceira viagens (Atos 16:9–40; 19:21). Paulo elogiou a
17. Patmos João era um prisioneiro nessa ilha quando rece-
segunda viagem missionária com Silas, Barnabé, e Jucas generosidade dos santos macedônios, que fizeram uma
beu as visões atualmente contidas no livro de Apocalipse
AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DO APÓSTOLO PAULO

Barsabás (Atos 15:22, 30, 35). coleta para ele e para os santos pobres de Jerusalém
(Apoc. 1:9).
(Rom. 15:26; II Cor. 8:1–5; 11:9).
  8. Tarso Cidade onde Paulo nasceu; Paulo foi enviado para
18. Éfeso Apolo pregou aqui com poder (Atos 18:24–28).
cá pelos líderes da Igreja para proteger sua vida (Atos 26. Malta O navio de Paulo naufragou nessa ilha a caminho
Paulo, em sua terceira missão, ensinou em Éfeso durante
9:29–30). de Roma (Atos 26:32; 27:1, 41–44). A mordida de uma
dois anos, convertendo muitas pessoas (Atos 19:10, 18).
serpente não lhe causou dano e ele curou muitos que
  9. Chipre Depois de terem sido perseguidos, alguns santos Aqui ele conferiu o dom do Espírito Santo pela imposi-
estavam doentes em Malta (Atos 28:1–9).
fugiram para essa ilha (Atos 11:19). Paulo viajou por ção das mãos (Atos 19:1–7) e realizou muitos milagres,
Chipre em sua primeira viagem missionária (Atos inclusive expulsar espíritos malignos (Atos 19:8– 27. Roma Paulo pregou aqui durante dois anos em prisão
13:4–5), como fizeram Barnabé e Marcos posteriormente 21). Aqui os adoradores de Diana levantaram um domiciliar (Atos 28:16–31). Ele também escreveu epísto-
(Atos 15:39). alvoroço contra Paulo (Atos 19:22–41). Parte do livro de las, ou cartas, aos efésios, filipenses e colossenses e a
Apocalipse foi dirigido à Igreja em Éfeso (Apoc. 1:11). Timóteo e Filemom enquanto estava aprisionado em
10. Pafos Paulo amaldiçoou um mágico nesse local (Atos
Roma. Pedro escreveu sua primeira epístola da
13:6–11). 19. Trôade Enquanto Paulo estava aqui, em sua segunda
“Babilônia”, que provavelmente era Roma, logo depois
viagem missionária, teve uma visão de um homem na
MAPA 13

11. Derbe Paulo e Barnabé pregaram o evangelho nessa das perseguições de Nero aos cristãos, em 64 d.C. É
Macedônia, pedindo ajuda (Atos 16:9–12). Enquanto
cidade (Atos 14:6–7, 20–21). crença geral que Pedro e Paulo foram martirizados aqui.
TOPOGRAFIA DA TERRA SANTA NA ÉPOCA DA BÍBLIA MAPA 14
A B C D
Orientação Sul-Norte*
N
Rabá 1
(Amã)
O L 1.076 m
Jerusalém
774 m Planaltos orientais
da Transjordânia
S Nível do Mar Sefela
Mediterrâneo aprox. 378 m
0m
Jericó
-252 m
2

Região Nível do Fundo do


Montanhosa Mar Morto Mar Morto
da Judéia -397 m -817 m
600–900 m

Quilômetros (aproximadamente)

0 32 64 96 128

Orientação Leste-Oeste* Monte.


Hermom
O Monte 2.814 m
Gerizim
Monte. 868 m 5
Moriá Monte Monte
S N 744 m Ebal Tabor
Monte 938 m 588 m
Sião Monte
Nível do Mar 774 m Monte das
Mediterrâneo Gilboa
Oliveiras 502 m
L 0m 811 m

Nível do Mar
Morto
-397 m

Jericó Mar da
-252 m Jerusalém Lago Hula
Galiléia 67 m
774 m -210 m

8
Quilômetros (aproximadamente)
0 56 112 168 224

*O relevo topográfico foi ampliado para mostrar mais claramente as diferenças de altura.
FOTOS 1, 2

1. Rio Nilo e Egito Em um local como este, a mãe de Moisés escondeu seu filhinho. A filha
do Faraó encontrou-o e criou-o nas cortes reais do Egito.

2. Monte Sinai (Horebe) e o Deserto do Sinai Por mandamento, Moisés trouxe os israelitas
para esta montanha, a fim de receber a lei de Deus. Esta foto mostra um lugar tradicional do
Monte Sinai.
FOTOS 3, 4

3. Deserto da Judéia e o Mar Morto O Salvador foi ao deserto, a fim de ficar em


comunhão com seu Pai.

4. Cades-Barnéia Esta área, conhecida como Cades-Barnéia, é provavelmente onde os


israelitas acamparam durante grande parte dos seus 40 anos no deserto.
FOTOS 5, 6

5. Sepulcros dos Patriarcas Este edifício em Hebrom é considerado como tendo sido
edificado sobre os locais das tumbas de Abraão, Isaque e Jacó.

6. Região Montanhosa da Judéia Uma paisagem irregular como esta cobre uma grande
parte da Terra Santa, ao sul e leste de Jerusalém.
FOTOS 7, 8

7. Belém Nesta cidade nasceu o Senhor Jesus Cristo.

8. Jerusalém Esta cidade é considerada santa para três religiões—o Cristianismo, o


Judaísmo e o Islamismo.
FOTOS 9, 10

9. Templo de Herodes Diz-se que este modelo é uma réplica exata em escala do antigo
templo.

10. Degraus do Templo Esses degraus que levam ao tempo de Herodes foram descobertos
pelos arqueólogos.
FOTOS 11, 12

11. Monte das Oliveiras, Parque Orson Hyde Perto deste local, em 1841, o Élder Orson
Hyde dedicou a Terra Santa para a volta dos filhos de Abraão.

12. Jardim do Getsêmani As antigas oliveiras podem ser descendentes daquelas do jardim
em que o Salvador orou e suou gotas de sangue, ao iniciar a Expiação.
FOTOS 13, 14

13. Gólgota Uma forte tradição afirma que o Senhor Jesus Cristo foi crucificado perto
daqui.

14. Horto do Sepulcro Diversos profetas modernos expressaram sentimentos de que foi
aqui que o corpo do Salvador foi colocado, no sepulcro de José de Arimatéia, depois da
crucificação.
FOTOS 15, 16

15. Jericó Esta foi a primeira cidade capturada por Josué. (Ver Jos. 6:2–20.) Jericó é uma das
mais velhas cidades da Terra.

16. Siló O tabernáculo que continha a arca do convênio foi armado nesta área e aqui
permaneceu durante séculos.
FOTOS 17, 18

17. Monte Gerizim e Monte Ebal Essas duas montanhas elevam-se acima da antiga cidade
de Siquém, onde foram enterrados os ossos de José. (Ver Jos. 24:32.)

18. Dotã em Samaria Os irmãos de José vinham apascentar suas ovelhas neste fértil vale,
quando venderam seu irmão para os mercadores midianitas e ismaelitas.
FOTOS 19, 20

19. Cesaréia e a Planície de Sarom até Carmelo Paulo pregou ao rei Agripa nesta cidade.
(Ver Atos 26.)

20. Jope Aqui Pedro recebeu a visão indicando-lhe que levasse o evangelho aos gentios. (Ver
Atos 10.)
FOTOS 21, 22

21. Vale de Jizreel Todas as nações se reunirão aqui na batalha do Armagedom. (Ver Zac.
11– 14; Apoc. 16:14–21.)

22. Monte Tabor No cimo deste marco proeminente, encontra-se um tradicional lugar da
Transfiguração de Cristo diante de seus Apóstolos Pedro, Tiago e João. (Ver Mt. 17:1–9.)
FOTOS 23, 24

23. Mar da Galiléia e a Montanha das Bem-aventuranças Esta encosta é o lugar


tradicional do Sermão da Montanha, do Salvador. (Ver Mt. 5–7.)

24. Cafarnaum Somente algumas ruínas permanecem, a fim de indicar o local da cidade em
que o Salvador realizou muitos de seus milagres.
FOTOS 25, 26

25. Rio Jordão Esta foto foi tirada perto do escoadouro do rio do Mar da Galiléia.

26. Cesaréia de Filipe Provavelmente, perto deste local Jesus Cristo prometeu as chaves do
reino a Pedro. (Ver Mt. 16:19.)
FOTOS 27, 28

27. Nazaré Jesus cresceu nesta cidade até a maturidade.

28. Dã A cidade do Velho Testamento que se localizava aqui marcava a fronteira do extremo
norte de Israel.
FOTOS 29, 30

29. Atenas O Partenon, aqui fotografado, fica perto do Monte de Marte, onde Paulo pregou
seu sermão sobre o “deus desconhecido”. (Ver Atos 17:15–34.)

30. Corinto Desta cidade, Paulo escreveu sua epístola aos romanos.
FOTOS 31, 32

31. Éfeso Aqui Paulo pregou contra a adoração de ídolos e irritou aos ourives que
ganhavam a vida vendendo imagens da deusa Diana. (Ver Atos 19:24–41.)

32. Ilha de Patmos Toda essa extensão é parte da ilha do Mediterrâneo, para a qual foi
banido João, o Revelador. (Ver Apoc. 1:9.)
PORTUGUESE

4 02344 04059 7
34404 059

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