Você está na página 1de 25
iste te anc 01. © PAPEL DO ENUNCIADON NA CONSTRUGAO INTERACIONAL DOS PONTOS DE VISTA ‘Alain Rabote Jrneridode do Lyon Frangs © presets retorn cpistemolégico sobre as relagbes entre lo- ‘tore enaneadoe, herdadas de Benveniste ede Duco, rite ‘ia a autonomia relaiva da instneia do enancindorecleea em videncis au vantagens pars a gestzo 0 alia. ‘Vamos logo aa preblema: ns delerdemos tses que, sob mitos ponto, se diferencia de Benveniste cajs wabalhios sor ‘reo aparelho fora da enunciaghofecharam pistes que 0 pro- ‘pio Benveniste comegou a explora notadament a que dizem Fespeito2 expressioruliforme da suetviladeindependente- ments do sparotho formal da enunciago 1} Dal a proposta de Aistingule Ioewor eerunledor atabuindo no primeiro cs me- ‘amos de atualizagio dic © a0 segundo os de stalizaco0 ‘dal as dias atualizagtes no caminkando neceserianvente jmia 2}. Mas oenanciador ne ¢ simplesmente uma instncia Drivilegiada de expressto da subjividae ¢ também un ponte ontal das vias argumentative dos locos Asin, come fem Drcro (1980 198), definremos erunclador como a ins tSncia que se enconien ms origems de ui porto de visi expres soem im contedo proposicanal, Contd, ma meviin em que ‘oma aboragem infers pelos tortor e aiacuros, e elas Ineraghes qe se untam em ko da inerpzetaysn dos pontos de vinta que av estrtarm, ne propomce agrupar os canteidos proposals em fangso da fonteentncatva que est na ork [entda veadaargumertaliva que preside as ecoiha de rfnan- ‘gio, buscando igunlmenteeelarecee as relagios ene esas ‘enunciadore ¢0 locutor que as colaca om ena, para determine ‘quem assume o qué 3} Estas propostas poderdo contebult para 2 anise do um artigo do jornal Le Monde em gue wm mma, ‘submetio a uma regen de objetividade (etc, como most Koren, 1996), se execnde atts da (elonstrugio des pontos de vista dos Icutores/enuneladoves segundos, jogando com firs critics cam a seperacio des enurciadors e dos locutree. sta “Cuplaconfrontngso tors coma pritc, da vextoe do gée7> ‘eam o cantento} Sed colocada em rela com ao representaghes socais qe sstentam os cisctscs polities eestrutaram a8 pos ‘urns eninciativasem unm stag condita) 1. As tonstes om tone da enunciagto em Benveniste 1.1. Concepgses externa ou inema ds anunciagso ‘ComolembraoDictlannared analyse cu dlocours a fremula Ge Benveniste invicandlo que “eu siguficeapescoa que enuncia | presente instincia de alsurso contend eu (henverist, 19%, 252) dau origem a dues letuas diferentes, uma considecando ‘emcee “maneita mito frown como tim eqarvalente de Tocutor para desgnaro produtor do enuncioda", outta como "e lnstincle de ques a mae’ implicads peo to de nein ‘em curso € que Ado postal exstncia independentemente Ge alo" (Charaudeau & Maingumea, 2002, p. 22). Assan, 8 0 ‘enunciador éa insta de produgio do eruncade (neste as0 ‘no hi enurla vem enuncados) or ele 60 efitodoertncs- do, oque tora possivel dsjango ene loutoreenuncedor. Benveniste (¢ uma longa tacigao de linguists) ooela ent ‘ents dus concepts da erunsagso, Com aio forterente ‘de Vogué, €0”canjunte doa parimeteos da errno qv, Pars ‘além de sua exterioidade, €tomado na lingua para ser ead pelo discrso(do Vogt, 17, p. 180). ‘A concep do locutor benvenistiano 6 estretamente de- pendante de aus encepeto Blesiiea da lingsagem, que inva ‘ i : 4 de sun conoapefo da enuncagdo, O lcitor € apreenido ni fsomante como oviger dos paramotos utes para» estado doe ‘mecansmos de “eabreagern’, mas ainda eon fonte do mecs- nism eruncistivo enquanto tal Este concepsiacoloca no pr ‘meitopano das prectpagtes oes cas eles ene subj Lividade forme senido:em Benvenst,ocruneisdor um ato ‘de apropriago da lingua © encontea sua ralizagio na formula seg 9 qual nf ¢o homem que produs a inguagem, mas a Tinguagem que presi o homen 0 ue signifies que o homer 2 constitu coma aujewo nae pela inguagem. Bo que permite |S. de Vogue afirmar que alem de sas strulitudes aparentes, (os programa terics de Benverite e de Cail so diteretes Justamente por esnepano de funda Soabéco, que nso seed o fontrado em Cullolé enguanio a enunciacio em Benveniste ine ‘essa-s¢00 “movie como um suit seenunca"lae mia, em Clo ao “mod coma enuncado se enuein” (de Vogue, 1002 p No peimeim caso bjeto 40 sto se eauneiando, no segundo abjeto 60 eszudo do agencamento de marcedores "que prose wm efit igeane, Diso revit gue sent {Sosdo ert Colo busea dar santa da cnstzogso do sentido no plano do enunciado ne nivel do texto, se poems dizer assy Independeniemente dos planes flodlicos de Berweniste (Se Vor ue, 1982, pp 81-342 ‘Bocontramos#muagca desma tersSesem tame doesatuteda sparclno formal cla entreagao e em lomo ca defini da ref ‘cia, Fuaminemos sucessivamente ees dois porn, 1.2, Aparelvo forma da no enunciagso ou apareho formal do apagamento onunciatvo? {ness plano que se deve interpreter as hesitacbes de Ba verse a proprio do ene ca enunciagio pestoal (qe 0 fazom candutr que cla ceria 9 modo natural da linguager|, © onepnutantament sobre estat dado a enuncagso hist. Sebre esta quest, recomendamea « ture do anise de Philippe (201) Sua hipotese & que Berveniste teria imagina- 9 a fo, om 1883, ce most rad, em relagto 20 que ele ainda nto ‘chamava de aperelho formal da emuncgio, «exists opoota ‘dem apareno formal da no enunaagio, Fase verso rial, ferbea, 9 esa conduzido em 1970 a rodicalizar, on se, 2 ni ‘eoriar cus intiga incl Soba forma mas “mova” mals ust) de um epartho format do apagamento enuncativo (Phi pe 2002.25). i sou pemeico artigo, “as relagses de tempo ‘on verbos rence” Benveniste no flava cinco de “aparco formal ds anunciago” (ero to de su seguro aig), mas fess nogio pon set liga nas entrlinhase pecs je exo em fe ce wm apareho formal da nfo enanciglo, pata car conta dds producto de enunclados “ndo-enunciados”, Em 195, Bes ‘enlete opoe“diceuso/aieours” om forte cacga enuncativa€ "histriareit, com carga mais dseretae mesino (nas apenas Sealmente) aul, oréeit endo nao atinlizado, Eos mazes poe tence a cuss ordens bem diferentes, e€ justamente wma dat ones da comfuso, poe fudo se pasa como se lag ominhassem funtas (pions cone se das devessem caminhat juts, a 26 r= formulagSes preseiivas de proprio Beavers, pp 238,20, 243), Benveniste singular \i) Ae sériee paradigmsticas pronominals ~ pronomes de primeira e de segundo nivel, poscesivos aferentes +06 {indies de atensde ~ pronemés, detceminantes © adver bis com base demorsrativar a8 marcas femporahs eR centradas- verbeinesdverbias (i) Ontendmenas de agenciamertoenunciativo lterte por ‘elo dos subjetivemas de todo tipo, préprios & modaliza (0 - modalidadesfrsticas« modalizadores adverbs — envenst 1952, pp. 8-5), ‘Segundo Benveniste esesconjuntosconsttuem wm sister. ntceLinio esse sistema opera no nivel de i, mas nfo no nivel ‘do (i), oa median em gue presenga daa maecaores Aion nto implica negewnriamente wine fre presengs de aubjtvernas, recinrocanfinge, a presenga de subjetitemas pode se acomodar de una opera anaférica: aqui eats a base da oposcto entre ‘operas emunciatva ea mateacso des modalzagoes ¢ qual ‘cages atrbuives a0 sujeito modal. distingso pace parecor ‘superficial, porque o locator € sempre tami 0 stjeito mela ‘Mia se eve sinctetiso &inegvel, un eciprace 6 a0 cots, ‘adicalmente conestivel, na medida em que todo enunciodot, ‘equanto ajeito modal na origem de em pont de vista, no € ‘obrigaloa exprinizo seuposto de vista tomando-se wm locator En 1970, Benveniste erie as abordager ngativado "ee it” moa defininds male por exciasder «condicoes reste, ‘mas como o lugar de uma aparlhagem formal especiea (Pil pe 2002, p20), Conta, contadioriamante, Benvenist ita Senuncagio unicamentesnanciagao discursive cvacusndo da Sefinigho (mas nao da snlioe de marcadones)tods considera ‘ho pragmitia que estava no centro de sua primelra definicio Sia enurcigto: “toca emunclago supce tm loco © um su tor , no primeito, «inten de ifiveneiaro outro de alguna manors (Benveniste, 1988 1866 p. 24) Em 170, "aenunciago eee modo de clecar em funcionamento a lingua porusn ato {ndlivical de welsagzo(-]. Hoe ato € proprio a0 ocutor gue ‘mobilizaalingua por naa propris cor” Benveniste, 1970, 1974 0). A comparagao das duas versoas most as prudncas da ‘versio de 197, mas uma prudéaciacustosa pr evacuar «ques Ho deciiva de caber sea infléncia do owt pode operat fora «da enunciagan discus, e como. Constat-se portant, qe OF species normatives/prosciivos de 1989, felizmente, desapa- eceram, enquanto& questo pragiatia da telags0 0 out 36 6 abordada superfcialmente © de marcia restive através da tevoaga de fats lingofstios dscursves prdprios 2 enunci= flo pessoal “geandesfungtes sinks "(oom a interno pagi0, © Invimagt, a tengo, todas as formas de modalzng, °c tuagio da telegiodiscursiva com o parca", na feta do dior go Benveniste, 197, 1874, pp. B85). ‘Ona uma coisa & eae marcas aparecerem na ennciagio do iscuso, ons € verficar se eas 56 surger neste plano, cura sida € aminar como imerogacio, einimagto el se ex prestam no plano de uma nuncio Ristrica (6c). Ao 20 roca ees quesies, Benveniste abe o ianco pare una lite 1 esteta dos fondmenas enuncativos reduzidos uncamente t ‘enunciago pessoal cu sa, a questa que n40€colocada, que desoquilibr a relledo,cartado, consdesivel de Benveniste, éa ‘de determinae sob quais formas, e segundo quais modaldactes, ‘se manifete subjelividace na eruncoghobistic calm ci £6, em tode enanciagso derby. [01] 4k, termads la ast Be sit, crs pce 2 ‘se augue cata alga lvoe e um tok govenar 0 te ‘em sera port chads ran pov tu and Fores, Srv dope dla cu tt ide ane, ple ‘alles, mas por gions one, posts ra tomes De Lay “smi deteu escorts gato Treas dered preatra de Parner depts Fal, tem acaba catorada porn ro de pn €o epee qu ‘seem constant ado. No mo dees eas ‘eotepvanre size om nau tmoo Ro 500 OF © i Cersimese a errgene ovens da Bei Imdos fn dens anus eaters (Chern Minis Pombo 94 Bishigues de La Pde 1148) (DEG Eee qe cuenam ache ana sane a nde cele rns deacon a tna git oe se ua alse ma ne i ia A, ou uma ala elevads, cm weep ode, NO rio en es nano perigee eros sem {cgundo cn, esp ear ue rowan nis alc & Spratt se alent Os Hoes par tc mar sis a Sheen gon mer de gente pron Onegern cme pve abe eceme, eum qu fem ele adam No deve goo se dj opis un a pro Nach, paces Dnt a “Vesper 201078 p57. ‘A enunclago historia, em (0), a enunclagno teria (esse caso nto erepetorado por Benveniste) em (02), centam com ‘uma forte presnga de sibjetivemas expresando im Ponto de ‘is embort a loculor tea eacolhido apreseniar eases cyetos i | do dsene em enurciacos no emibrayés. Assim, 2 austncia do marcas des no implica #ausécie de marcas moda, Dern ‘so contin, que eas abo numerasas nos dss casos 1.3. concepeso de rofernci, entre intereridade & ‘itera As hesitases de Benveniste sobre o estatuto da enuncagio ‘ matrialztm tambéan em tomo de reerénea, De um aco, Benveniste considera 2 veleréncia como voltada para exterior, fenquanto “parte intgrante da enunciagse"(170, PLC Up. 82) toda referenda a0 murdo, de natureza nfo suireferencal € construde pelo sujeto enencarte. Quanto a0 si, ce ets Integrado, enquanco locator, a esta rterénela, eu "definindo © individua pela construgio Linguistica de que ele se serve quando ‘de senna come locutoc" (1587, PLC p. 285) De outolace, fs pronomes sio sueferencai ees nao remetem a lagaes ‘no espago, nem 3 realidade oxalinguitica, eles refer seu remprezo (1956, FLG I, p. 258), resume, sto "signos “po reterencais” (1956, PLG Lp. 254), propos a uma ‘oncepo da referencia “em intron” ‘So, de fato, duns insergdosdistintas da subjtvidade que smarcam esta dima de modo mult diferente no prime cso ‘le exprimen 0 panto de virt do loculor/enanctaco> a pari ‘domodo de xpresentacio dos referents dos objeicr do dscure, tno segundo « parts da ineriho do aujato em eeu dscurse, AC ‘duasabordagenssio complementares lis, sao mult imbrica- das, pois a reternciagio dos objets do disco est articulada ‘com a manera como lotor/enuncada seposiciona em se ‘discus, ‘Ora qari Benveniste trata do apareo formal da enunclae ‘So clesrlimitaa pensar areforancias partido ozo, hes run, has duassecoes qu bona dlretaereesse problema, ase 1a conunicacso") 2 sgto V ("O homem na igus”) Ente tanto, Benveniste sempre escrevau str fendnenas exprimindo ‘sabjtivdade ma lingua (tualizagso mod ndependente da sualizaggo dé) que s80 complementares do apart foe ‘mal da enunclago,¢ indienm outeas pists de peoglsa, reco hecenco gue "muitos outos desenvolvimentas (gue o sistema do aparelho forma bascode sobre 0 eu, aqui, ager) devesam ser extadaios no contest da enuciagio",ntadamente sobre ss “ruancas liens teaaclogia” a cemareag da “orur- ‘ago fad" ds “enanciagio escits (190, PLG 11974, pp, 73.088), Assi, ao hd das maxas do apazelho founa da erun- acto, exist, segundo Dahle um “programa percept, “ht ito tempo ignored”, qe fi objeto de publcagie antero- te de Benveniste, buscando a inscrigh da subjetoldace a part da telagio do sjeito cam os objeto: alae mais das valores {de um abet pars supito que os do sujet em ago sees {do apazelbo formal! Dahle, 197, p. 202) Dito de outro medo, Bencerist, apis te abert © carinii da andse do sjlto pas. sonal ¢acionl em tua relacdo cam os objets, np seta essa ‘saneepgao da zefertnca em sta andlse do apaelhe formal da ‘enuncagio, Listemos rapdamene alguns artigos de Benversie ‘qs diaem espiio a eae outa concept da efetnea, ex lero: “o sistema sublopio das pteposicbes em atin (PLG 1, 1940), “Probismassemntcoe da reonstrugso"(PLG 1, 1954), os furgtessititics de "Bee" e “avoir, (PLC 1, 1860), "Por sama comantca da proposigtosloml “vor” (PLG 2 1972), Bases artigos foram redigides, em sua maior, antes dos de 1959 € 1970, que nd intepram, polar, una reflect mai dasenvcl¥ dae que prossegue ass apés serem publics, Benveniste & ‘om parte, esponsivel por ese metucionismo. “Todas 2s sus formulas queinsisten acre aenunciaghocomo sopriegio do teaouro da lingua por um ocutor gue diz "” (Co lector se colo como sueto, remetendo ast mesmo como ‘ever seu discurs0" PLC 1, 1958p, 260) nao diferencian locater ‘ceruneiador? Consttsem, para Benveniste mesmcs Ir, ‘sobretudo ern sua concepeia “em exoriordade” da enaneiao, [No plznode una cancepcto em Inceiordade da enundagio, «que tela penne diferencia apart respective das dus ins ‘las, 0 feo sobre as mareas do apaelho formal da enuncisg20 circa poston faz reforgar a cemons entre lorutor ¢entineiador Ora, {Epreciamente a posdbilidade pars opto ujen da enunci- {ao) doce pena como sua (aodal) independentemente do [lo entero de eaunciagio (de locucio) que quetemos examinar (Ou gj tena e de anata a setae do Tocutor fora da ‘enunciagio pessoal, ou ainda 2 subjetividade de enunciadores Internos ace enuncisdoe de locator, que nto sioocutores ded ‘curoe relatos. 2. Soparagio teérion entre locvtor © enunciador, ot soja, entre a atualizacdo daltica © a atwalizagso modal. Seem um enunciado, hi wm s6 eeneo dco, por oubo Jado, 6 sempre poesivel haves, pelo menos, dois centres mods tal alstinggo nip se enconta apenas no Disureo Rlatado DR), ‘la fundamental em todos oe enuncador diskigcor- Naka ‘mente, a veparacio das atalizagies dice manta spree 0 incorveniente de debear pensar que a modalidade do tera nada avercamaa dati nada dss, pois é clave que certas meses i ‘eat, imperativ, et), tempo (presente futuro, condiconal, 2c) posse um valor modal importa. Masa corjungao das slong stusliecdee apresenta 0 inconveriente de subestimer co ‘alores modals fora do sistema do eu, aqui agora assim como observa -M Barbas: “Lntundo 0 rete sb « subir e mares de pion (pe noms pone rors eid es), cs eterna ‘prncmes damonasaGren© omens fe or, near ‘Zoyeme. ce ads dz (a1 mtn), pve da pola de relia sujet een Plena [iviualec, cuir oma de apo da sad aa is dacctar inn an ccons Ae ecto sm vida [nse dase onanism tron de aes] Pore seas das e:0 csexuyen por vel) oars bm oe ftir ra via mie amd prcblens que reefs os curiae de pooner nisin seve Ep esc omni etprencal ni ern nea gs ee gus Ahn slervande que fon. em even (ote ¢ penamente ‘ncislzado mi mara de pimerepemae cao nd expat ‘te mdo cea (pots tgs a ae top. ‘epee mu a ae zou enna frm ctrl de ‘abjenine sbi iy Daten nt Vey 2, p30). pois para rstabelecerahalangs em favor dem continen= te pouco explotado que nis opamnes por una distngaetesricn dat stances, para melhor dar conte das distmicss priticas| dda mise-errséne enaneitiva em um quacio radicalmente da Iogleo 4 escolha de uma enuncagio ombrayée nd implice ne ‘cessaramante que o enurciado contenha tegee meres de “subiviade, ecto aquoas que, evidentements, nemetem 30 ‘ego, hle et nun; do mesmo modo, a eeolha de umn enaneagso ‘desembrayte englobando a erunclagio historicae«enanciagso fedeica) mo implica que'naausécla bens real de mareas do apse reiho formal da couragso a ubjetividad nto encontars sua ‘expresso. Asin, os exeimplas (1) e(@), mesmo pertencendo a ‘Panos de enunciaio nio embrayés, emportam varios sbje ‘enmas ao contro de (6) ¢() da mesma manera enieiagio pessoal se acomoda do entmciados mais ou menos sturadoe de subjetivemas (ou de enundadas nos quails caminhom Pera ‘uma austnciaidalmente ula (9, com a fralidade de produit ‘um enunciado 9 mais objetivo possivel, pars aumenta sua ere lbidades Plano ne manIAGto mie eninyécaids uncantoase et unc p unagoniicin —~ueitatin pa to vos a softs cme tpntie eininnte conn nije PLANO 06 BXHESSAD DOSUFNIO MODAL (08) ene, den pt nt ids nem ink cate ‘Sezai prude com nts vel emperor de ‘re deans o gue mene sires por ca int ‘ceupape dears conga dee cemented eo spe ‘elu Beton ante pens ain. iors lea nee, ‘ene gut fam in il de ees (Cam, Actos Gaiouep a (05) Buco ma aed dist Lipitor doe caree varia ut Tort quando o velo Bas aborts (Sage rads do atacanamnt a ty alg rn scala [rw agi do lato cued] sng neu ove A do Ino etal ie [yer Senet eer arigte (00) Ao cheers alo da cola, Port» ou dls compute, sex oars fren sles de rae, crane dea ere ‘bosses pansps gles, wpéce ce pao martina tc Go pels wens esa dass ae wag ra te gu, “onvercobut afte deren pric taggin engi (ene, Ute myanomuse Le Late de pace 9. (€7 Wet: vm das pips us do cus, juntanente coma maar dodo a Argued gg, Amora eg gh fale ar operas mens meres omits don emce slo doe eames uel mas ft, enn perio tors de ate mpc (hs etree). ned ‘sean clarorconem 9 farcinanent ao pe dangers (tr rtm CParsidens Mainguanens, 102. Dietonae Faqye da dacours PT), Asien como oloutor ter a eaolha de uma ensncingio em ‘rays on désembreyée, ele len a escclhs, ern ses dvs plane ddeenunciaglo, de dards suas pales um cortorne susjetvarce ts abjetvante Rasa kina marcas deperem mens da 60- ‘ha do um plana de enuncieg gue de impedes gendtins (00 ctlinicas) que nfo se stuam no nivel da abstrago dos planes ‘de eruncagn: a eseotha do ego hie ot mune ¢ acompaninds de umerosos subjetivess em (D0) porque se tea de um texto polomice; esses subjetivemae S30 ellminados de (08), em Fangio fo gener “acordo amiga!” A seperagio loctar/enanciador 2 fundamental 9 um gruncador monaligjen (cntan'a que fe enuncadlo nfo sj um eric) compocta ua ocutor © Um ‘runciador em sinczetlsme, ao contzatio os erunciaos dake vs questo norma, comport mais enuncidares que loco 5, sobrotdo no eo do aloglomo eterno, ot se, 302 0S {2 que 08 PDY sto express em "frases sem palavra”, como 0 pponlo de vista cos sans cuotes em (01) ou das alas elavada © bien em (0). 13. Tonesea naa rolagses Jocutsr/enunciedor om Du ‘erat 1984...0 1990, ‘Ao conriio de Benveniste, Duct (1884) prope una dec rigid enunciagio ques situa ns tea do uma eruncago n- ‘ena, rompendo cont» problematic da referénea extalingl tie, Prsllamente Ae acpeies anteriores da enunciagio coma “atividedepleoisoligca implica na prog da enunciade (eresentando eventualmenteo ogo de ifuéncas cocas que a ccmdiciona)”oscomo produto da tivklace dosti falar, ‘jeu enuneaco"(Deerot 1684 p. 179), Duct piilog ssodecinere cot pa pale do eared Ema apr ‘Somunanting gunna desman Naa ie 0 [Spo ltarvirem mina canciizsio da crurialo a ago deo ‘cers en no nats, pata aa vi er aes aloe da plaes ds wes del Be 9 deo que snug 6 to Se piieep per ae minced pra nim sna ko (er eran apres, ee 80 pero ea na oe ‘ve desis det pinay, en igs no prbima do ator oemnciao. Niome cake decd sehs un aug equal Dacre 1984 9.2, ‘As distingbes ent euito falante, locutor ¢ eruncisdos, dopois entre loca L(esponssve pela esincagio comide ‘rd unicamente como possuidor desin propedade} e locator "(ou “ser do mand) eoniemaen se Ducet se tana tice de uma cenorafa enincitiva interne ao enunciado, com ma ‘ue abstaiay 0 dscurso vaiclande ponios de vista assumnidos pelotocutor eum: que te oso, segurdo wna heterogencida ‘deconatittiva da dizer Em outs termes, porta de tat Fico esothid implice no mais isola enuclador ao locator, ros de he atribuir um expago stints A dbjungto locator? enumciador spouse sole aiden gue se td loutorenquantoerigem lulls de wm enuncado em Stung) ¢ hemo enancscr (os, ele assume «conta ro- posicionl do enuncad), an contro, todo enurksador no €ne= esaraments, locator asden, ponds do vista vecalados en um fenundade, masnéo asumides pelo forwto, coma un enuncado Inno, cu um enurciade déxico, ou tum pono de vista narivo fem uma narragio heterodiegatica Charaueau & Maingene- ‘2002, p, 26), emo em (08, neste excerto ce Une vie (Una Vida) Daze observa que mest se feanne nia se encanta na ‘origem de un fala o enunciado, nreado peo locator primeiro {omen rea, contude, 0 pats de vista de eanne, mivando ‘ate pocums impeeiecia de partis eindiando poles escola de terenclago que esta tina ext decepionsda (mo 0 330 40 tio demas” bsemantismo da verbo pare, enegecdo, et) (jr: fe i le pt nl aca penton 387 6 0) Assim, Jeanie & enuncacos, sem ser loewor a vor do nas radar acai em uma narragio gue representa una enunciagio Fistorea a expresado da eubjetividade que nio 6 2 do lcutor rimeito e que, aim diso, se exprime em wm plano do Ele + “ntigamente + id (anvil, 195) Fm resamo, nos encores dante do uma cubjelividade duplamente deacoertada, de um Ido, do loeutorprimeio, de outro ade, do ago hie nun Sto eses poradenas, ou, mele sinda, ov enundados de ne- gio ou as prestuposigéc, que levara Ducot a distinguir uma Jnstncia de enunclagao interna 29 enereado desconectada cla atividade de loeagso- (cu sxporsivel plo unin ex sev dete, nu “Sade cor pio devin aude rp Ba pep te presen ao porque leslie ou eee ‘manndons,tomontin cmo eerste f anne ¢ eto stetzao} ej nplanane pore se ete at parce ‘seopai;tossitesten menmon swiss acl Dah, 196d p25 doce cts) Como “undone ses qs eginmetavad ca ‘cits gus por te stn pala rin Ian’ spree ose qu semen va expe rou pote de sia pos, sn ee, mara nese natal rma susp Duce, 1984 p 208d erga as) Ducrot define solidaviamenteo unciador ea panto de vi ta. Contudo, por detds da implicagaoreiproca dos tomes (080 Ini ponte de vista sem enunciacos,nem enurciadoe sen pontode ‘iso dole conceit no Fuca no mime nivel 9 Noo ‘utor psimelo coloca em cena des enunciadoces segundos, “a fslma Baia” re" slma aliva” aoe qua se ligam pacoies de ‘omleddoe propesicionsin enitios), os termes valrizantes| {ponte de veta da sina ava) edesvaloezantes (panto de vita {vert} laformam sobre #consandca do Teeutr coma ala Shiva ea dissondnei com aim babe 3.3, Hlararquizgio doe pev @ gestio dos pdv palo lcutor & ‘questo do principal A kia qussto que a conoepsio da ennciagbo de Ducrot (0984 ovata creeps ao estatuto do ecutor asta reagioromn ‘os emuinciadores. Bau expo da encenagio erunciativ 22 do locator, se nfo ama intanaa vazia plo menoe 0 anganizacor vat equine fatananagirico das agses como entaciado- equ traveram seu ciocurso sem quo locator sea faciente ‘denise. De sna forma lice locutor et em te ere, avis da encengao dor eanese dors wom part alga, porsua propa cnt, tani «rela do locutr oa: o enc {dor fous ea o Sng dos mecnismos de piso en change A sw € que locutr exch fala através desu Incr deoutuagtes cue peraitom 30 suelo brincar de escon- ‘deeaconde com ats opines de oclté as, de dasaparecet, de ‘sume ura posigon meno oem contraperto, em cold dese ‘eepropriar de rando mass menos violence un agar enue ave dominant” (Vion, 1858, p. 19), Or, para comproender 2 atatéy dicamiva Go locuot, € precko poder hieraguizar a8 ‘elas d lortor com os enurcatares uw le colo em cons “A ninnagio dew enuncaones reduzidos @ portadores de confedos propesicionai impllen uma supevalorizagto do o- ‘lor, considered como am grande dintar que controla tudo, ldcimenteklentiieéve, 20 qual fea dif aruir um ponto dd vista que o aracerze propramente. HS aqui um sco de certs deriva idealists, pois, dando 0 locutar © estatuto de tum dito, dstbuindo a palavra ene dierentes peronagens (emunciadore) lato fez do loeuloe urna intanca voz, Ingee fanlasmagerice de posuzas, que o atravessum, mas que no © onsite mals senda pela atividade propriaments aiscunsiva. O risco € de aimentar as representngtes de “sua majestade” © ‘auto’ qae perdram atts da miscara da polfonia ou da he teregeneidade. E a cca que Awhicr Revus dsige a tos as representeges(teato",“encenarAo" pape”) queer ultima ingtinca, exam intact (limentan mesmo) wa eepresatar ‘ho voluntaria ¢ todo poderosa do suo tras de manip Togtes da comunicago: assim persiste 0 poder abcoluto de am syeito ara encenagan do melipo, come ataves deuma re presenlacto do culo que, ve alenuamos a dimensdointerativa ‘Se uma comunicacta que ss cosonstd, pode acomedars em problema das representa da interac come manipalasSe, = prt do um quererizar domiante (Authier Revuz, 1088, > 9), ScthiewRevuz, postula, neste sentido, uine heterogeneidar dle radial, fundads ea ma cancepsso do soto que ea ome de Freud ¢ Lacan, como suelo epre descentrado vad, Vieido, inclusive em wins posgaoiuséra de conte (Author Rez, 19%, p71). E, portato, indspensivel hertaizat ar relagdes ent snundiadors, sea alimeriar0 fantasia de umn ey fodo poder 0, Por rn reid sobre os papi e on quadros participative, Goffman propse instruments para hierarguizar os fenomeras de heterogeneiadepolinia intrires 8 palavra em tome da noglo de "Tooting ja Lse gp no dito (bean aathor) do qual dle éa oigem (de certo modo o equivalents e loetor da fenurciacio posoal de Benveniste) sa ele so reere a ontres fontesassumirdo 0 enunciado the ar. animator), expictamen- se OX", "nous", "¢a") ou implictamente (citadoe poplars, provérbios ent essa posturs, emerge sempre a Yor de um oe principal (ofa vox da Le que no tem necessariamente un rome (Cafiman. 981, p. 14, que evoree conta autridade, em Dore a figura corespanda & mnaean de st no diseuso (ef Plar= tin, 2002, 928), teniador interpreta 9 pricipal como a for= tede um PDY que se opresaria sob a forma do epagamento “cutlass convem partcalarmente bem hexposiio dos jalgamentos de astoridade, da daxa, que se dio a aparénca de ‘cnncladoscbetivantes para evita que os conte seco ‘estado por seus destinatvios, ‘A dein de identicar un pineal é muito tl, pois ola fe- rece um ponto de apoio 3 necesxilahlearguizagto dos enar= eautore 9 cnuneiadar & um. Iago de responsabilidad ou de no ‘esportablidade. No ea de sutedia dessa ares, flaemno: de disso ou de consonanca: assim, en (5) e crn (08), 0 Icon natradar est ent consonincia som o enantio, 6 ae renhuma dissonnca € porcbia, no caro genéico do econo migavel oa narrative lista. Propomce nota esse snc {ism por aia barra obliqaa reunindoo locator plmaro ese enunciador pmo, sj L1/EL ‘Acquestto do plncpal no € apenas imporiante para a8 cr os em que eraciadones se reenem 3 paw anton, a € importante (amber nos eas em ques enuncladotes se ‘eferem a pv covlentados no enunciade “a ofsem srs man- {ida este 0 que custar a promessa como a amen no 05 iesmos detinatinios. B ponvel mterpretar o enurclace como “um engajamert frme (@ aspecto seguro da anneaca senda en to a cordicio da realizagao da promessa) ou como um ato do ‘= vanglria (cf Charles Pasqus que, quand era ministro do Interior do governo de Edouard Ballads, na Fran, tnha d= Clara queter“atrsricar os terorsias cons") A determina: ‘lo doprinipal écrcial quando ce dscurss fo restos em Seu cantexto de proig, poi ela enga ulgamentose ean ghee diferentes de econdo com 0 sence que oo destintiros dao 2 mensagem: Nafuralmente, nds nio temos a ingenidade de acseitar que discurso das lcutoressereduz erm kia i= ‘inch 90 principal em detrimenv da Higuera (eds vantagens ‘progmtcas) do compleso eruneistiva, Contudo, wat-se 3431 ‘eno ceder as vert gens de andlise que ripe a instinca, {5 posgees ees paps, eceream a lnguagem em um Puro oR {nell sem gogo com real A gua no ¢ apenas ss tema desencermad,€ uum meio de comuinioago ede ago. © conjunto des observagoes eproposigtes precedentes pode see resumido da copuinte forms: (1) Instincis: o Iocutor(L) 6 inatineia que profere um ‘emanclad (em suas dimensées fonéticas e fatieas om escrt aie) segundo uma descrigio déitca ou segwod wma descr: (Bo independente de-eg, hk st nun O enunciador (B) ests za origem de um PDV. Pr6ximo do sujlto modal do Bally, a instincia das atualizagoos moda's, 0 que significa que «la assume o enunciado, em um sentido nitidamente menos strata que a prise on charge da ancoragem ditea. Conta do, dferentemente de Bally, econfcrme « Ducrot (1985), esse sujeita modal nto erts presente apenas no mods, ele ests presente também nas eicolhss de denominagso, qualifies ‘Ho, estruturagso de dictum. Em um enanclado manologieo, © locator é também enunciador Um enunclade dialogico, a0 ‘ontririo, pode convocar mais entincincones que locutors, como nos casos des meres Indnicas. Bm resuano, se 1odo Tpcutor ¢ enunciader, todo enunciador nso énecessariamer- telocutor (2) Botewturas: “Hlerarqulzagio Lacuto/enanciador:notseestos com am smuliscala, seguida do nimero 1, 0 lector peimiio e esse “emunciader primis, quando ee coesponco de stgun modo ‘0 principal (ou sj, exprimindo 0 PDV do Tocutor Le y, 08 Sujit falame),e por uma barra oblqua o sincretismo de Li & EL, Em situado dialogal, o alter ego de E1 € notado por una ‘metiscala,seguis do nero 2, ow 3 em caso de um trlogo, {assim por diante nos poltiogos) e cas sincetisno & nota ‘4012/22, ete. Hav un qusdro dalogal ou dalogizo, netaremce rectivamente com uma mindseutsseguida dondmero 2,D& 2 (ou Kre),ste} os lcutoee «enunendores encadeados (8 ‘tados) fo enundado do locutorctane,e wo ponto de vista ‘otipnal a partir do qua. ee marca ae posgGes enunclativas livergentes: Nese sotido, Le B so ee + lingusticament primeives, em rlagio a ea ¢ que eet pam uma posigio segunda, 8 que 2 divs ¢eaculada er relae ‘go aL, unplionado aa ransformagSes adequadas no dncurs0 itndo de 2 “ hicrargucemente cuperiores le ¢,no plano peagisce, ‘aa medida em que Lt atvalizs os POV do 12 om ago de ss Rips inteses de oer primo Em rsumo, se ur enunciado comperta um centro dética, por owt lado ele pode comportar varies centro eperspect vas modal Saturagdo semintia e hiearqulzacio dos enuncladores: ‘mesmo se Oenunclade~ 2 fertior uma sequéncla de enunci- dos compara tantos ennciadores quaneo pd (relacionados ' contedos proposcionais), esses titimas nto esto todos no resmo plano. Asiim, é possvel tecciorar vénos contedos proposisionais a enunciadores que comesponidem a0 sujeito 4a enunelaeio (locuter) om & rujeitos do enuncado (ojetos ‘odais). sso significa que ox nmbolne 2 e en correspan- dem 2eada conteudo proposicional masa ba forte enn ‘iva (mais ou menos saturada senanticamente). Dito de outa forma, em eeagao a Ducrot, 9 cada contatide proposicional conresponde bem a um enunciador, esse tikimo &eapaz de as- amir vicios conteidos proposieonais que ssiba 40 seu a ‘ance. O agrupament de pacotes de CP parece coresponder S necesidaces cognitivas de economia ee efiescs 0 trae mento das lformagien, @) LAGOS SEMANTICOS: as olages entre L1/E 2/e2 der respts = responsabilidad ow a nfo responstildade, quando as lagbes sto explicit 2 eansonanca ou 3 dlssonancia (Col, 1950; Rabat, 1958, ‘capitulo 4), quando esses lagas so implicitas. Nos ls casos, cesses Iago to grads 4. 0 joge dos pontos do vista do lecutor/onanciador primero © dos locuteres/enuneiadores sagundos no Jornal Le Mondo: ‘Vamos vesilcar a5 vantagens da separasio locutor/enun cisdones analiesnto a maneire comme om wat jrmalistico di @ palavta a locatores A encenscio de seus ponte de vst afota fais cr ennciadores segundos que os Tocutores seas ns ‘eda en que loctor primi se exconde srs da Fungo de felator e os segundos Uoem suns fala serum reltadas flere te, mas em ura enevnagio que lhe ume sgaiagao nova, oorstado gragas&relteragho (Rabel, 20050, ce A) #8 uma ‘ova cantextualizasio (Rabstel, 2005) que prodzem efits de ‘Sstneinment rdnico fice desvelando o que o locutoras ta para.esconder. “0 corpus oe parece com im embriso de hiperesratura (Li- sa, 20), ccupando de mode autiromo e homogéneo a parte Inferior de pagina, carposte de am tule ("0 gue ser de dis 1 hoe? Otto personalidades do govera'® revelam suas repos 1s") de pequenos texts ce aprosimadament il signoe © e™ es ean de ur ol db rtd conga da ‘om rlagdo 2 qual eof interogado (Le Mon {Ue 1/11/200) Jonata raporsdvel ela pagina no & fucr apenan do tle das egondar das fotos, ee no sntarvern rs textos apenas em um corte no tex de P-E Mourrer e pla smontager do testo de N. Sark, de acoudo com un iv) 1 ‘eit Libre.Aptesentamer sbaixo dois textos completos carat Hetioos da sbordagem (0) "Sou oe iano, ee aes ences. No so amp, faerie rang ent de Mice Ror Messe ‘is te su Get: O qe ont ace ma toe 9 sted da da ae ¢ 9 peapmstamn Nismo tings a ‘Sep ple "ese mai conan nas tones pias qe bls 2 Qual sets pfs roma sect Lapa sigue nee una cede pd epeon dn ees ‘qe nn por exemple poco og de wm parun eas! hone ‘Nee feeror un capone anv Bhd, sud, ‘in As aman nome dad am er tte des ‘ran Fa por eumplclsn pare pean dep eae Alida? Mano eu agus a Ao minds UD, pretlentd grupo UMP de rblan sonal Le Mende, 1.502, (00) "Mut psoas em asus Nocepito dealin din essa et Vly ee Galle deco no eo (putes a dae que neem ce ini wn de enue (prs Cras 230 ose 9 pues “na, ein se Oe ONDE ‘ms grep do frdo Welilcs ‘acevo dts tema mr os dade de ‘requ Eco desu peanindors, dseaterpode abn foosade claws ats curs Bsomben unavevaetado wee celia ntovedee poser otopo atari Uancra feo sobre a ngagio enstnds geo malgeusina em aca ‘Unm aov dei sabe a ai acta pe plo pace Mas oot once, oes vont de erence gate eos lg Soham Menon seats in” ena agleCope Menara UM dares com Palanan, ntsc lad tertocnarrpido do prada HPR Le Mond, 1202). ‘Varn analy, em primo lugs, os discuss doe respon saves de dts (12/22, 13/23, ee) 4.1 Posicionamentos etornos. Ser “de direta, ov néo sr “de cesquerdo"? "A peinuia caractetica que slta aos olhos(¢ por el que todos comagam, alguns aevocan bastante} remete difculdade pessoal de se posiionar come serlo de dita, como jé pude> mos consatar nos exemples precedente: ee (01 Bantomerecnta edt’ andor quando me pater ‘cube ena dite xgperda No fd, edith mthor gue oe uid "on cayman, (2) “ch alguns sunset no so nen de i om eager {Der enema ou sou pla ste pos homewrean Leu he ‘quepers umes, caepre melhor epat aem oe Nose ‘Sho enim ge 0 tbl valor proud do cer amano edna ta Saco" (-F More) (03) 0 dette eas. asatlme cnt sae gu, dante linge aon delndaca one oe neuen ie ‘lam, raped alee sempre alone vis ce ‘Sia eure nto neces Bm eC apps (10) “Der gulit mote ac, (05) “Beewant,vs ape amte coms un epee de ‘soem Esta equet ioe pac fe ancien ae, ensue pl" Fllons Apenas A. Jupp eI Sukary fizz sbsegio des lke scale apmeenem acide co posioneuneis on quad de tuna edfnco doutinal peeling una recipes plea” paca 1 gl ds se possra de modo api pe fat Seuleepesarem © ‘tized das terns esas parce psc O70 so perspectivas colts AJuppe fg sobee 0 campo do herds do uso (de fer do UMP cj proimidade com o presente da ‘pila é bers omhests).N. Sarkozy sobre de va twa ‘ance conta ce seu lags comnoapatelie mas Chia. 42. Posicjonamentos interes & droite A segunda caratorstice €afrequéna de refers teri ‘are/ot de poricionamentes pois intemal ao campo gue faum dislogar etre ses as pessoas de dita Aesquerda no ‘slando mais no poder os desis so dtormina antes de tudo ‘nt agueles qu ero ou sepia ear no govenno, ae os aridtios de linhaepolias diferentes interior do campo de ‘anesdones, entendendo gue esse campo se Lmitasfrntenss {do UMP, que a xportagem nto interroge representantes da ‘UE bern por Francois nyo, nem representantes do Mow ‘vement pour le France de Phillipe de Vics (vataremos as, ‘oie ess escola nao argumentads plo jonas) (10) cin ote, vesenarsen ena de tater ao pute daa (A Maden) (02) Desde 0 amino, © peennto plea na Fang é deo (ga Asin eve Te Days por furs OMA ‘efits fund as ott ui ps plc. {Gamo so cvbansena sch de Mae Sere, man ose Felner freer ea aati dive: ops, ky dar Toe paws i Cayrand) (08) -Contrents scores fener periments creo ‘omen ep um rent pee infalv(Alan ope (08)"Diner a gaat tone nated. O auton pres e hist da rage cee omow ne papanige deca Pare {5 Olentem srs tomando um uno demic |] ato aed {tecedta Tuga seientoete epi params foes oe ‘indiana uieamente¢ibrahane (Sos Say Ls eo eer Lal ie Le Mood: ses posicionamentos se ustificam pelo ‘ato ea direi- ta dlspor de todos or comandos institucional, exquerda Francesa tendo sida derrotada logo no primeico turno da 6 lima elegao prosicencial em seguida nas eleigies legislo: livas, Contado, 03 projetos de deiniezo da dizcttaultrapss- ‘sama simples conjantura de de ebel de 2001, tates de Be redefinic uma imagem um projeto tornados apacos plan Giferentes coabitacces (governor conjuntos com eaquerda ¢ dircte)¢ pelas divicdes que esteuturavam em outios tne pos as rolagoos esquerda/direta. Bsses dads estraturem ts debates politicos e alimentama os posiclonamentos inter foe aa campo, 4.3. Naturalioago da deine da dren ‘A terceracnrdtvistica€ a tendéncn generslicada de apee- senlar as escoltas da zeta como Ides "natrais, como eve lepcat (de bor Genco, iediscutvos)- asin, em (1), "no" "reflexio" sobre a excelincis¢ jada por uny argumento ceiusal nao se pode pasar o tempo atacando ae elie") que re ‘ousa sce um topes demagigco gloria os chefs, cor um vocabulita de eonivéncia (ataca) uma duiggoebmnoda dos "esponsubildades com o definido Bsa novuraizagso seta a= ‘arctica daesquesda, que serve de bode expt, ince sve porque eas sto apresetadas em enuncadon desemibealos ‘ho modo do spagamento enuncint, urn vocabolisi artes, “jos valores avoigcos so forty indepenentementa de toda ‘quabfcagie nogtiva, aqui supéelay, como &o caso doe termnoe “aiigimo"e “eats (00 “Maes dts prmanscs mas gd ne inca Indie martin dence dcigenn edo eine, eet ace, oc abi ste a Aste ac ss hore (A, pp (Quanto & raturalizacto dos vetoes dla dita, la epouse salve ambivalncie do present, que diz mspite ao hic mane o locuor ezemteteabéon a velores que eacepa & ibaa fe emunciags: esa dimensto deinsonal sista dos valones a dirat# os coloca ao abeigo das polemicasdo moment, camo podemorabuervar nox exemplos (© (10) 44. Ume rede do pongo do valores que conettul um satoma (Quarta carncesntics, salina de um fone do oposigce consid un sistema. nessa set, ea despelto de wn da Togisno que busca explictament ov cencoerentes da ect, © Aisloglemo mais importanie, mas tambn o mais imple, i twlmente drigido contra a eeguarda. Ease dialogimo neo c= ‘respond alu do dialogisme dostoievskiana de fazer justice som ponies de vista adverse, cle & 20 contri, bascadoem ama ‘Sertana fe, Demodouniatealesisteméticoele consist, dum ldo, ex representa oPDV do adverstio de modo. valorizar 0 su propio PON, de outro do em nansmalizaro PDVadverso de ‘Sunuerda,oque tema anagem de fazer ear oo julgamentoe (que a dineia ise sobre a eequerda como evidence dnicas que Solictam apenas que scm parthadas sem cisco, Fase dur plo process edasvalorzago/valerizaysocpera em quado He estruturasantiticasreiteradssssteratieamente: 08 loato- ‘9 aftmam sem dncoraso os valares da esquerda, em =a, ‘a quacns anittinexeutszem o FDV da dita com us qu lego valrizante pare dac por conteate wm valor negatvo 20 PDV de exquerda: esi, em (08 trmos “redisrbulcio” *igaaldsde” nfo aba por sl masmosoxertadosnegativa ou pos tienmente: contd, basa hes opor respectvamerte eros ‘vprmanies valonzadae, tai come “promogso social inividual” (2 “stga” pata thes dar uma cone denvalorizante: Ete ‘bam possive!valoriazo PD de dria para que por cette, ‘OPDV deeaquenda ganhe una coloracio negative, inclusive na ‘aséreda de toda julgsinento expo negative: ssn, em (8), 2 ‘sign entre “accede read, respeitoa das regas ics" fe"adogio de uma erangs por ux casal homocoesal consis fem color sem discussdo due os pert da adoxdo de uma ‘Stange por un cain homeceowal (ubentendido: esque) Siam os adversiios de “ams sciedade regula, respetosa as gra ica een estaipia dessceedita a exquenda,sempiterna Keo ge doutsindrls,ecolosnadireitane pragmatismo antidogmst- ‘co! Lasoo em (21), J que a rete vista pela exquerd tl ‘como a diveits imagina que a exquerda se representa a diets ‘Senracorizacla por qualificeivon exagoradae ("eeeravagist, ‘eacionéce”) que tem come fungio descreditar a esquerda {ertalver também quer empergan procedunentosliigueicoe de tio baina polzmica..)eaquanto que a ditela vista pela ‘tae veste ee substantivos eles ¢ limpos Cprimazia do individu sobre © grupo"). Do mesino mado, a propesito de ‘posigio em tomo da cultura: oy um cata, aan daSlsn (@ ‘ekquerda) @ uma previsio plecndsticn que supostamente ex: ‘itaria seu eoiorado ("partir ent todos”) de otro ee defnigio que tem a forgs de ume evidénela com © canstative ("ela 6") ex esceiha de um tomo conotaco positivaments por am cto un familar de Marx sem de rare apa), (2 Pars aenucrts aceite, ceva emo. Mae mm sere ei € era prea a9 ais ee fo Pov cop, pesa expos ata deve spa a Indes, Para die, #0 cpl eum non, (he Moura “4.5. Superabundincia do valor, rardade do medidas concrotas ‘Uttana carers, 2 sardade de medidas concetas, atursimente cémodo posicionare ex: teagao a valores, en ‘opelgge so campo acveso, Anda tnaisconsiderando que 0 $ustrar as afrmagses com medion conettas corte ae 0 860 do assur por ingénao eo so efere a decide tomatlas ou propor lua media ft rjeitada por seus coups. Podemos explc suséncin ce medidas peles fermen das estes ‘Se levanarnos a hipotese de que ¢ ilo correspond que tio efetivamente colocada 208 responsive pols, que diz respeito# oistnca eh enna de “ae de dita”, poderemos ‘compreender que as respestasepelam pars a experiencia pes fal o gue fvorsce a evacsgto de valores congeuentes come exséncn, Mas mesmo levando em cont a formula dquo tao, acreditamas que nada protte enearnar um valor por wna medida ou por win programa politica. A prova disso & que os Ieutores nde rennncat 2 feo, mas, de odo signicatv0,0 fem paca denegri «campo adverso: ass ean Pranjos Cope ‘if ¢ FACS, como ae essa medida reste ta a plitia ela fauna do govemo Jospin; Alin Japp ct ei Aubry sobre as {35hores como exemplo do digo estat F importante conse tatar quae em dois moments, nos disurses de Dere-Pangois “Mouser Jean Barat ejs evocnda adogso decriancasporum ‘osal hontssesual, J que essa meds no fot nserida na ei: & nico exemplo quo indica que aesquerca¢ caleuralmentehe- trmnica, no sentido grascano do teano, manfestando a sua ‘cpacidade de ccuparocanip politica ven exereeo poder 2m heshum utro Lugar ¢ perscbida# fora propulie ca esguorda, ‘a dominio saci o poltion “Assi, cw locutones de deta, cujo dscurse 6 aravessedo pelo dalglamo (i que o modo mais fel de e investiono di fussed se eponde),cscohem ecair as PDY de esquena desem- breads natoratoades, atnibuidas no a loeutores centiicade, mas a ennincadores, due ns quaiiaremos naaralmente “de Convenieia”&vondigda denia dara essa fGemula um sentido pollmice que excederin o nosso propia. Nao gostariamas de eear entender que este tipo de argumentagso caracterizaria 3 diel ville ques exquarda seria oexemplo® Br resume fing locutorenuncador € um ‘nstrumento Gel na afm {e's partculament em contexto de confit, stuagta erm que fs argumentagses de ms Hato jeneramentealimontadas por [Polémice temas, coma nos peiodoselitras. Mase {Go nio € apenas dil para oe locutores ctados, ela também 0 & fatsolocitorctante 4.6 A ostratégia do joratata no embrig da hiperostrutura (© que ponsasfinalojrmaista? Ou melhor, 0 que ele deseja fazer pensar? Ele desi informaco let com toda cbjetvidade, por mci dese edmoda hiperestutury? Ble quer invencia ua feflauo? Fquanto locate, 0 joralista arena a interpreta des discurse relatdos. Mas, ese caso, 0 joenalista Se Hata & foicolha dos ttalos.Naturalmente a formlagso da question indierente. A questo ("o que 6 ser ele dia hoje”) no diz ‘eapeito ds ciracteriticas da dineita modezns,o gue poesupo- aque adirtefsse modem. A escola de tuna interpeetago aot, através da pavticulaintrrontiva cena 8 ports aberta 1 respostas varias pasa identifica « cists contemporinen. Mas, fra do to, @ portant constatae ue o Joma 180 iz nada, ee cra uma expectativa Shi, portant, um PDV do jomaisa cle wside no contrast susctade entre a questo, © ‘espostas, ous em uma enceracio qed respeita EI, endo {LI BI @naturalmente esponsavel pela selegho dos ennevse luo, da eiterago das reposts ff, Rabatel 206, e) ede sua pgiagio El mlipticanco as regpontat 3 su quest, ae 0° Toca ro nivel da dustrasdo entre outas sabre 0 mest asst ‘Edda, podemos sempteabjea que as percrlidadee eo das desempenham um papel importante, o que verdad, De foxlo modo, a palavra dees nao vole mals em sr mesma © por ela ‘mesma, Ascllages so endo conskdaadas como meno € 50 (abate, 2003), como alts e dizer sgnfatives dos valores de uma pola de dirita em ger des povicionamentos gue ‘strutaram o debt poco ditt ats [Neste sentido, Bl alinka uma sequéncia de enuncadoes se gundes e206 quais, quardo coloeados lado a lado, catroemh "im enuneiador prinalpal que resume as sis caliente da lrita de hoje: trabalho, fara Here eacatha (0 bom ¢ velo “alse” iheral anglo-saxdo do sécul XD), Ese enunela- ‘doe global gue emerge ado comsponieexatamente 0 argue rursacioe(Naingueneau, 1990, PP 141-142), na mesiga em que ‘arguiseunesdr vara em conta todas as poses ensnciat ‘yas. Inclusive aquelas, bastante disretas, de L1/B. Aqul, ese ‘encrciadoe principal comeaponde a um tipa de “potoensina- {or um enureiadorprottipco da dizi oe, jo ponte de ‘ita resultante de odes os discurses assumes e que no & uea redid. um on oto das acutores, mast dgucles que fssuniem o papel polio determinant. © protoenanciador & malice que poss cet consiaténcin, mas que soeespande, ‘obretudo, 8 nagem que £1 quer que fagemes da delta hos, "Wo patecda coma dirsta deontem deer comprosnider que eae “pcoloenunciadoe” 6 ua -consirugio do interpretante, apeada sobre a base das nstecoes do text. Porque a encenagio nao poe aio prods ets: in Estamos scbre esse pono. A encenagio de ciscutsos rlaados ‘earmgada de intencoes Interpewalvas apagardo 20 miro ‘os tagoe do locator else om proveita dos Incatores ciodas,€ proczido wn feta de objetividade, de wansparéneia imediata ff palaves doe ators politicos a encenacio da uma itsa0 do ‘veladeno pelo apagamento de seu encenader, em um proceso ndlogo a0 que se poss age midas audiovisuais onde o Real & gua 20 Visel que igual a0 Yerdadeiro (Debray, 200, p- 262). (O Real gaa ao Eseritivel que sual 0 Verda deo. Ease enc ago alo ns sabes beat, desde Pltdo, que o modo dig ‘eo do ger tesa ee distingoe do modo mimstica do roman- ce pela ausénca de nareador ea presenga dea medal de petsonagers se po de foreionamento € compen, no plano Inverpretaive, como nos rvela 0 conceto de arguienuncodot, sa medida em que a palavra donarraornio esto texto teatel ‘para ajudara Blerarquizagio doe enuncadors* Dieinos que [aL ipo de fincionamento coloca sim czrto nmer de probe- mat, conse openers informative, sens que uma respest ‘foc slegeri ura vada informativac uma vssa de abet de noe tatotaga [Charaudest, 1983, 136 evaca em contrat de ‘autenticidade ede seredad), na medida em que esses objetivos ‘nfo aio independents dos megs utlizados pare atinges. [Nao deservolveremos este ponto nos lines deste actgo, sas qusemon palo menos dit que a quetio merece ser clo. ‘ade que ela escarce os debates sobre o gnero da iprenso fem gers, sobre sue avalsrdes esobreo ese dojornal Le Mer ‘ey na media em que esse gbnero ce encnagao, que no exo pero omalita de sua responsabldnde, mete sea 9 press le um out gnero (do teatro), ej a do price earacateas le concorrentesofersvos do campe mite, que ulizan I ‘vemante esse tipo de encenasso, como a iprenss popula: ot 2 imprensa sels (e, Rebate 20Dic)-A questo atinge menos nse jonal en si meer quo oo) gerd imprensa se infor ‘magio de qualidade en seu conjont, da quilo Le Monde serve Ge vetorencia Essa questo se colo a tors os jormaitn qe defend a seredade da informagéo e que se precupam com 2 {ica dojornaisao ‘Se nossa anise ¢ asta, en a hiperestrarurs, assim eoino a separngaelocwtor/enunciadoe s30 metos de que se serve © locator, em detsimente da imposgio de abeaividaie e dei formatividade, par “deinar falar oe fatos” (organizados por ED) em umm senudo que ayead a BI, permitnco tne dizer sem dizer. Assim por datsis de proteensincador principal encn xa avanga mascarado (mas prudente, pots se teats do jor nal Le Monde, eno de um oral de opin) um eruneacor principal encaixante (1) que éesporsavel por essa encenagio {© poles efeitos suscetveis de seen pracusicos por ess act mula de dseurss, pela estatéplas de datnigoes por nate ralizaghoe por edigmatizagéo doe onto, sobretda gragas 8 reitergho en ests nova contextualzagso que mosta, alm de lgumas difecengas secundésias, ama ampla convergéncia de ‘pont de vista NA devemoe tes dinar levarpelasevisene ‘das, € nos perguntar se a reiteragio (mesmo ado exsuntiva, Supra) era necessiia pars saiszee smn lito necessidade ‘fe informacio, no memento em que se abre a primeira sesso Darlamentar do nove governo, ot se ea nio buses chamat & ‘tenglo da leer, produsin wm eeito de distanciamento io nico extic, desxando assim entender 90 Ietor qu comm ta d= ‘eis tal gover e tl ideologia, ele poe prever 0 ve vec AAdvertacla que no ¢ dil infra encenaeso enuncistiva, ce que nio é, contado,explictada em nenhuan monento: 0 visto, nie asumidl Tal @ a estatégisadtads pelo pencipal EL, que se entrncheirs habilmenteazas do protoensmeiador 0 qual sea enconagio da enaistincia, atone tr rhe a mise do so precedente Scone suamurrolingen/aa cote an EXtor doa cand ngage fermonece ase sempe print coi flies esd shardagere pa ‘Soper usages ngurgem noe eto ter dade que eve cone ders or opr, coms cogs tally ‘Mimo po ave ara 09 pp 9950, com ob to dceviarsjelniele decom dang, dtd Se Xr compettrch nee sss, emo cheno Sito gto ou mG delat, seeetude {atin soins cm crassa ennai ‘Scemgie dss foc omoaacrealsap) Seto pologon vols x dat so ageun uma pean Ripe chumten ia ageacorucoe asin cae, lente an ala da ior querer deine ‘etn perm ae mnando na pratt eed rea 3 Unpsenc pls a decom oo elegant Samana doer) memes pepe eine ‘Sco inecnenin da lgancoms seme ‘Ora bu w suo ne inguin ream anal A pio, te pace sesso le em conta oa eto ecopoliglo xypae de peoamenten, de plea, de ‘om prs ont a tarctetee ey nue Gu agrupames sob onsagtmo de elie jet no io 0 sulto do referencia Lazard, 200, p. 17}. Mas se Ce- sejane eftwar una captagso“plona efategra” do sato da referencia, enti ese timo no se rel 8 eras Coteus ‘vocedas por Lassrd ea aticulagio com o sujetoantropolog ‘ose revla dl para pensar adimerso progmatcn em lingua © fem discuso:ndo se wala mais aqui de sujitidade, mas de sub- Jetvidade, ou ej, das caracterfsthas que afta a ataliza iitica €& atuaizagio modal (sem sobrevalorzar aquela em Setsimento desta) conespondenco 29 mesmo tempo 20 loci tore aos enunelacres que entram em cena na estrutaragi0 Jo siictume do modus. ‘Se nis nos rlermos & cancepsio do ensito politico de ‘Ducrot écamtapreccupacdo ce qe a concep inact dee cnuncisdorts no mantonha lacs poder de "se maj tae 0 suelo” ats dl apart elo mali edo heterogeneo, Pois 2 lingua nto se init aun qucrer dizer preexstente 8 in teragio. Pa esse prego que ¢ possivel aralisae ae dtarmiagies o intentiscurso, dos géners, do inconciente, das reas de fstrutaraio dos campos (sabretad de campo polio), nas ‘onsttuldas e constitutes, no gentido de que eas alimentam no sito lusto de sua uncidade, para melhor deta operat ‘0s endnencs da heterogencidaceenuneintiva qu o conse ‘enquanea locuto mas também enqvanto str cena social Seccecreeeeespenreenee ‘atts de eveabans ees tra, EE a * Paes pe en rdat end gehen sit aan on Beato nn co ai eo ow hsmre mmf dsr ee fe “nd Caine Non 197,30, dar) neato | Rowupaie scp “ats dr even ooo mina a one ‘oer uc ons aja tcc ane Dio dregncaste ged it pond Rab 2 rece pe fag eho a fndienstcne oe IR cbt ptr i gnc po era cana“ te ne” prot i seis ge sare pps derelict ore forsa: patna 5 itu (ON0 mag ‘ll Coco ey ae ot) tees ie poe enero ppm mame does pone gs sp fe tu ciao ad ed pate me, Cpe et fa [Be inant ona peo ene ga "igs eta jars or is tne smi on (ores anpapes’s ma martes fei ites Pmt, en» com eer Vm 200 3 myrste ‘are Crescent rene at nuke rien ch (uron acsnpteapia sy pms ect eo ‘net sot Ss br re Amend 28 oy 2 page ra oem omni Dat ear forage elioet dur’ frase rar oe pote oun a es mnt sane sn pre fe ‘Ser nie opr ei fate me fe (cca onpn fc unger 0 12 a a ne Spe eee NE cine oar avis ete meinamipe rn te irae HocsRecra gua ow 2 ares Sola ire Mat ep ree ee epic festecen me Bae See la Se Se ida rine, cntrorgtrs mae reads puss nc oc nan pein pa "dats mee ee eri mies screenees tela Eats tine ma alge emf hecpe ge ‘ee ce etre tana tc ea ESD ‘(SN ep cc ce ral SU peat Sle sah te oats mee Poe a ne fr Ea tans empty ib “ronda hosing d Da per ple aes pian Crh : temas canst Ri Ks eo fe ie ee ape ar otamem ep 1 1 nae, Gagan, PE Nua Ci A A. Mali. Ni Secs prs, rita Me fo a po cml rin yom dei "ay ens par po a ee a sits aa mae ‘fom pf im tea “nto po ‘hn tem pans re 2 pais aes gs a ei oe ee omc tae Sit, ye Certanene ta rien So po ie re ee op Pe catatonia ‘arte ie de pita tease i dt een, pea Eorcmeetti enna cnt pe 12 ome pts tin io PACE ee ae ts rare iid opal cna ete ee ‘are amaunconts pina ria cone pce acpi ‘Santas tron smite extn npn ee bes Greta ured cnn fete mee ¢ a ome * osrapansns pc ee fie ewe x carne ‘gun pen age omc ee epee osm ot {ites hep de oncom pene ‘ges ncn comp "ne ners pe veneer da made seed ti etna atone mpg ‘Sint wats (vy, 9 P 91 SE Ne era ae dee {fn rr ni nna» woe i ee Som a ‘Sears nse mpl a ia © Can Cs ‘tg Yatra Fsencnciss Authier Rev), Enonciation-msta-Gococaton Héteopéndiés ‘aonsztives et problematiques sa met int Vion (B), (2) Le njstar aiours. Enoch intron, Aacen-Proverce Pblirtons de F Universi de Provence, 1, pp. 699. Bally (C). Linguist géndne«t lngusigue rege. Berne Franck, 1944 Basil (A), Pues sans parle, Tare dit du aye niet re, Pris Seu 1885 [198). acre -ML). Articles « sbjactvitéo,« ubjotvité dane le Jangage in = Ddtrie(C), Silo (P) de Verne (B) 201 Benveniste (2). Problems de Lingusigue général, 1. Pais Gall ard 196, Deavenste (2), Prone de Ligue généae 2 Pati: Gall mare, 1975, ‘Cate (ME), Le fats du dv, Hommage 8 Osa Dacre. Pais ime, 2002 ‘Charades (P) Langage at dscns, Pare Hoc, 198, ‘Chraudea (P). Gremmr dss ede Hessen, Pais a chev 1982. CCheraudasu (P) & Maingucneas (D). Distonnsine Zale ci ‘isco Pan: Seal, 2002 {Col (0), La nonsparece inven Pani Seu, 1980 (Coil (A), Vrain sorte inguistique Pasa: Khor, 2002 Dae (P), Une théore un songe in: ile Benveniste vingt ans pris bint, Nuno epi 9°7 pp. 195-2, Detie(C), Sblot Verne.) Trmes et concep you analyse edness eprace prenatiqne Pais Campion, 20. Debray (R), Cours de médilogie éncile, Pass: Gallia, 9 Dednay (R),Ftton 8 ole. Pari Presses Univers taies ce Fane, 200, ivcrot (0), tat meted aicours Pav: Minuit, 1980, ictot (0). Lede oe dle Pin: Mint, 1884 Duct (0), A quoi set ls concept de modalité ? sn = Dittmar (IN) Reich (A) ed). Mole aegusion des Langues erin ‘alte de Gruyter. 1993, pp. 11-128 Flotsm (K.) eNorén (C). Polyphorio~ De énoned au teat in (Gar (ML), ed) Les eter tine Homage 2 Oswald Ducat, Pass = Kime, 2002, pp. 5391 ‘Gatlayn (MEM, de), Bouchard (RL) Rabat A.) (eds). p= Sess rational, Grice 8 phuseusn vox, Pais * UHlarmatan, aon, Gottman (Fagan de parle. Pai Minit 1987 1981. Hae (PR). Nato et fonction des presentations discursive: leas en setae de aversion mating. n Langu Frans, 192 2004, pp. 728, -enbratOnecehioni (C), imple Pari Armand Calin, 1986, Koren {@). Les jt higues de Feria de pee ola ce en ‘nol ds errors, Pais Laman 196. -Kronning(#). Modal et organisation énoncatvede la pra esis Aes dr Ke congas ntrntiona de putin o pi lolol somone. Kleber Wile! (eds), 1, 199, pp 356266 ‘Tobingen Larcher (P). Le concept de polyphonle dans la théore Oval ‘Buz. Vion (ed). Cs sues tees discus. Enancitin tr iteilion, Ais ea Drovence » Publications de PUniverst de Provence, 1998, pp. 208 226 {ard (6) Le aye en perspective interlingatigue. i: Merle (Go), ec), Le sujet Gap, Pais: Opry 200%, pp 15-28 ‘Logs (G), Le mlange des genes dana "hyperstruture, ie: Se sme 13, 200, pp 8-98. Mainguenean (D}. Progmatiue pretest Hise. Pare: Bor day, 390. Marges lingusticues - Numdvo 9, Mat 2005» M.L-MS. élite: hip:/wawmargesfinguishiqees com 15250, SaineChamas Grnnee) Nalke (HL polyphonte comme théore ngulstique in: Cael (4), ea Ls fortes a ie Homemage a Oswald Ductot Pais: Kiss, 2002, pp. 215 228. [Notke (Olsen (M0, Polyphonie:théorie et termina n Polya ngwistqe ot irene, 2, 200, pp. 45-171 [Claire ae Regbldo Danes, [Norén(€), Remarques sur Ia notion de polnt de vue: Palypho- ings o trae, 22000, pp. 44 (RUC Working Pa ‘et Univarats de Rotlds:Dsnemari "Normand (C), Leres de Benveniste. Quelges variants i itera bali. in:Amive (4) de Normand (0) ede Bae er nit gts apis, Linn" spa, 192, pp. 25-7 Pats XL Pavenu (MA. de Sarfati (GE). Ls grandes thre lng Ligue Pare Armand Cob, 208, Prllppe (G). Vapparel formel de Vetfocement énonclal et la pragmaigue dos textes sane wcecur in? Amory (R), (2) ragmatsg t analyse deletes Tel Avil Universite do Tek vy, 2003, pp 17-4. Plann (). Araljse et ritquo du discourse agamentati. in: Ko= os (R)& Amory fel} Apis Pee Cuellar es momelle rhorues? Panis: UHeemattan, 202, pp. 229285. lexsatel (A. Le oncrctiontetle dx pint de ove, Laussene, Paris: Delachaucet Nest, 1998. [Rabat (A). La epeésentatons de la parole ntéiere, Monolo= ‘gue tlds, dlacours cree et indivet Hires, point de va. in aque Fepie, 182,201, pp. 7225. Rabat! (A). Le sous-énonciateur dans et montages cittonnls oterogenalis cronelatives et dls piste. nus, 54,2002, pp 52-6, Labatt (A), Les verdes ce perception en contexte defacement ‘Gnonsat point de vue repreente ax ASCOUFS apeeseneS in Tepes de gutigne 1, 2000 pp. 4-88 abate (A), Kelfsement éoonclatf ot se effets pragmariqes ‘He cous et de surénoncation in Fores et ertagin i rou Tapport “approche lingua offre des gens de dscours, Estodins de Lengua Liters frances, 14 2080, pp. 33-51 [Universite de Cade Rabatel (A). Un paradoxe énenealif ls connotation gulonyan- jue eprtsenige dans lan « phases sone parole » steréotypaes Au sick in: Authie Revu2 (.), Dowry (M), Redoul Tours (5), lets), Pare des mate. L fait an torymie om deur Pain Prenat fila Sorbonne Nonvell, 2808, pp 271-28, Rabatel (A), Entre usage et mention : Is nation de se-prisen- Tation ans les scours seprésentés in: Aamossy OR) & Main fjormens (LD), (ece) Lonely disput ants desta ‘Focdouse :Proses Universal do Mirah 20024, pp 109119. Rabetel (A). Le dlaloyisme du point de vue dars les comptes ancl de perception in: Cah de Prati 41,2000, 7. ia1iss, Rabotel (A). Les formes dexpression de a pré-réfesvité dans le isne indo libre et dans en points de ve repens (ou embryonnaite. in: Mathis (G), De Mata (4) & Peon (C), (eds). Stytgueee fonction Tees du dscns nrc lire Bl Jeun de ln Soot de sistque args, neem spel, 203, pp. 81-405 [Université de Paws} Rabetol (A). Effaemant argumentaf teffets arguments in ‘iveets dane Fanci de Mave ql faut de Serpent Sem, 7, 2004 pp. 1192, abatel (A), 2008, « Déséqilibves interactionnol et egal, [pours tcneatives ex enconatraction des sevols:o-enancin- ‘ure, surchonchfvurs ot aschiséoonciteuta = in: Rabatel (A), (Gd): Interactions oes en contexte didctque, Meu se) compre ‘de pour mieux (se) paver et pout mienx (apprendre. Tyo Drestes Univertiaier de Lyon pp. 22-6 abate (A). Une contradiction constitutive des plans de els {stole de» administration dee choses » Infomation ce istove ? Quelgues propositions pour uve kstare pon deat ‘gue des topes in Pra, 32-1, 200K, op. 68.79. abate! (A) Le déinigon deo énonciatours dar Ia presse antl (gue: Langage et Sec, 10, 20044, pp. 7-2. aba (A). Arguenter on rection, sells; Detoech, 20048, Rabie (A), La sazealivisllon d'un tate expumentatf: mode de solution descends et ede d'agumentation propesitive Indies in Monat (1) Bouchard (feds) 1 etation flatter Uarmattan, 2908, pp 227 256 abate (A). facement énoncatif et argurentation indirect « Orporplions + «on-seprésentations ct ccneedse» dane ie point cde woe seotype in: Races (P-W), (ed). Signe ges, ‘grin Pans: Lavan, 2008, pp 88-120, abstel (A) & Chouvie-Vléno (4). Fnonceton et responsebil- (dans los ani Semon 2, 2008 Yineent (N). Des sje on quite de velx es hecines de Jan [hyo en instnco() de parole. in | Mele, Mc) (ed. Le sje. Gap, Paris: Opirys, 200, pp. 296-212 Yon (Bu sug on Hingis in; Vion (fe) Lets lets dcoure, Duotone intercon, Aven Provence: Publi “atone de [Universite de Provence, 198, pp. 189-202 Vion (R). + ifcoment donc» ot sratigie dscurives, in De Mattia (M0 oly (A) leds). De a symane a naratolgie Snare Gap, Fats: Ophiys, 200, pp. 381-504, Vion (R)- Le concept do easton in Thaw, 1, 208, pp, meee og de) Call apes Bennie: énonition. ngage {efnton nto, pp. 7708 ogi (8. de). a roe des chemin Remain nui apo log hats tngue/ dco chea Eonvonie 18: Ave (0h) & Noro (2) ea) soos nga spr in, mer speci 1957.pp. 145188.

Você também pode gostar