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-Poténcia em excesso Estudo mostra que hd mais poténcia nos tratores utilizados nas lavouras brasileiras do que realmente é necessdrio, e que a média de méquinas por hectare no RS e PR é superior a nacional Universidade Federal de Santa Mari, através do Niileo de En- ios de Méquinas Agricols, pre- ‘cupada com aprocura deinformagées de agri- cultores da sua regio de abrangncia,relacio- nadas 20 uso de méquinas agricola, realizou reeentemente um levantamento da quantida- de de méquines existentes em empresas m- ras das princpais cturas do estado. O le vantamento de dados obtido com a aplicagao do questiondtio, & composto de informagbes iniiais, inventério de recursos humanos, in ‘ventério de terras,inventéio de operages,n- ventirio de tratores e colhedoras, inventirio cde méquinas ¢ implementos e inventitio de benfeitris, Foram amostradas 22 proprieda- desruraiscom drea superiora 50 hectares que, entre sua atividades, desenvolvesem exc sivamente a cultura do arroz ou soja, totli- ando 12.259 hectares de superficie dt, As lunidades agricola dessas propriedacks foram cassificadas em estratos, com intervalos de reas de 508 249, de 250 a 499, de 500.2 749 € maior gue 749 hectares. Em cada estrato ‘existem untdades agricola produtoras de soja e arroa, excusivamente Analisindo a composigio do mercado de tratores de rodas (Figura 1), encontou-se no total da amostragem maior partiipagao da smarea Massey Ferguson, fabricada pela AGCO, representando 42.2% da amostragem, segulda ““Foram amostradas 22 propriedades rurais com érea superior a 50 hectares que, dentre suas atividades, desenvolvessem exclusivamente a cultura do arroz ou soja” pela New Holland, incuindo a marca antiga Ford, com 21,9% do mercado, As marcas Val tr, sucessora da Valmet, apresentou participa- «ode 18,8%; efinalmente a marca John Dee- recom 8.6% do total. No que se refere a calhedoras, Figura 2, a composiio de mercado encontracdana pesist {eve maior participago da marea Massey Fer- jpison, com 37,5% do mercado, seguida pela saan Dea, com 33,6 alent [New Holland, oom 27, 1% de partiipacao, [Na Figura 3 tem-se a clasificagfo dos tra sey tes toresagricnlas, de acordo com a poténcia uni tivia (cv), segundo a Associacdo Nacional dos Fabricantes de Veculos Automotores para os tratares de redas amostrados. Observa-se que no std ald nos enon nena trator com potércia de até 49cv, enquanto que aio, 70% ds tates, engattou sna faa de 100 a 199ex ‘A Tabela 2 demonstra o ntimero de tra- toresexistentes nas propriedades amostradas «e respectva drea (ha) por trator nos estratos, aplicados. No intervalo de érea entre 50 a Cacao ieee) res cs Oars a 35 2 a 15 ee enn Bea cere nti 2 a oe ees ere ee fe Groo semoadla total (ha) rare ici me oe oer ern Ce ee 249 hectares, tem-se 3,5 tratores ie dade e 52.1 hectares po ator Jno maior Intervalo, maior que 750 hectares tem-se'7,5 iratores por propriedade ¢ préximo 4 146,4 hectares por trator ls ‘Segundo Anfavea (2006) 0 indice: me- ‘anizacio agricola no Brasil expresso em hec- tare por trator de rodas chegow, em 2006, @ 171 hectares por titer, m dos maisaltos ind cs desde 1975. Comparando 0s rimeros da ‘Anfavea com os valores observados na amos- ‘togem, a drea por trator econtrada demons- tra quena regio central do estado do Rio Gran- de do Sul hf mais tratoes de radas que para 0 Brasl, send que.a médla€ de um trator para cada 89,8 hectares, enquanto que a média n= onal é de 171ba por tratot For outro lado camiparaemos 0 indies de mecanizacio arico- Ja de outros patses, como , Canad, [Estados Unidos, Franca ¢ Reino Unid, com valores de 93,1, 62,3, 364, 146, 113 hectares por trator respectivamente, (Anfaven, 2006), a ‘epi central do estado do Rio Grande do Sul, com valor méto de 86,8 hectares por trator de oda, std mais prima desespalses com rla~ (io a0 restante do pais 5 Valores préximas aos pesquisados no Rio Grafx do Sul foram encontrades por Gime= rez (2006) no estado do Paras, no qual 0 es + tnato de 100-300 hectares apresentou 2.8 tra- ‘ores, de 300-600 apresenton 44 tratores, de ‘600-900, 5,9 tratores,e maior que 900 hecta- 1es apresenton 81 tratores por unidade IE ie cee deteues ye Feat bém bi mais equipamentos em comparacio ita inate um ester trates de 128 ha por trator. Na “Tabela 3 apresenta-se 0 miimero de colhedoras exstentes has propriedades amos- tradas respectiva rea cultivada por colhe= dora nos estratosaplicados. Identifica-se um ‘rescimento gradual no niimero de ealhedo Bio Grande do Sul ePoranétém ‘métia de tors por hectares thom acina de média ncinal Acai) naspor} ‘conforme anmentaaérea no intervalo de estiato aplicado. Perebe-se ue prineito no estrato 0 ndimero de colhe- ddoras por propriedade ¢ inferior a uma uni- dade, coimprovando 0 uso de servi terceh zado de colheita nas menores fess, no qual fem muitos casos torna-se invidvel a aqui ‘io de uma colhedora, ‘A Figura 4 apresenita a cistbuigao de tra- tores por fteae em funcio da cultura. Nota-se ‘gue, com o-aumento da area de cultivo da soa, ‘Onfimero de tratoes aumenta suavemente em Comparagio com 0 aumento que € gerado no ‘momento ein que se aumenta a drea de aroz, rho qual € quase proporcional 20 aumento da ‘rea, Este lator se explic em funeo de que cura do artoc concentra muitas operagies tio pettodo de semeachia, isso, se no for pla- angjado antexjpadamente, demanda maior nd- hero de tratoes. Viu-se que area da eutra do attoz, em sua maior pate, €arrendada e, ‘em fungio diss, as operagbes concentram-) 190 50 12 as a com até 249 hectares, ria linha Poomcnoscree samavdamente 25 hectares, toino o constatalo no campo'e no planejada.° Eth reas mores notou-se maior ren dimento operacional das semeadorss, tanto pera o real como pata o planejeda: No mat $F extrato, com sea stiperior a 749 hecta- 1S, representando 4.640 hectares de seme- dura ¢ com ua drea média de 1,160 hec- tares cada propriedade, observou-se 35ha para cada linha no eampo e mais de 42 hee= fares por linha no planejado, ‘essa forma, a semeadira das lavouras de soja pode ser otimizada através da redu- ‘gio no nvinero de linhas ow ampliando ¢ area semeada Na Tabeb: 7, apresent-se distibuicso da fre (ha) dearo2 semeada por linha rel epla- ingads. Verifiou-se que os podutores dear ‘xt otimizando melhor as semeadorss, poisa ‘media de hectares por linha calculada foi me- er gu al de campo, sf de ossivelmente, maior jomada de trabalho utlizada nas lavouras. Dessa forma, evidenca- se queas lavouras de amoz esto dentro de um valor prosimo ao planjado c possuem melhor tcliceze desu eens ee comparagéo ‘coma cultura da Desteestud pode-setambém conclu que ‘cultura do araz apresenta maior ndmero de lunidades de mquinas agricola que na soa, ‘em fungéo de ooomer um maior nimero de ‘operages concentradas no perfodo primo & semeadura. A utllzagio metlia dos tratores na regio central do Rio Grande do Sul éde 14,82 ‘anos. A maior parte destes tem atédez anos de utilizagio, a José Fernando Schlosser, Luis Henrique Zibikoski Ereno e Marcal Elizandro Dornelles, Nema - CCR - UFSM eens

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