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I - Direitos Humanos
Introdução
- Art. 5°, §§ 1° e 2° da CF.
1 - Conceito
São os atos e as atitudes que possibilitem a todas as pessoas, enquanto indivíduos, uma vida digna,
assegurando-lhes respeito e proteção a integridade física.
2 - Origem
A essência da origem dos direitos humanos está vinculada à própria origem do homem, ou seja, a sua
existência plural. Assim ela antecede ao Estado e aos direitos dos Estados, e eles (direitos humanos) não podem ser
explicados isoladamente.
3 - Evolução
Inicialmente surgiram normas costumeiras nas famílias, tribos e feudos; posteriormente passaram a ser normas
escritas e apenas regionais, tais como:
6 - Os Tribunais Internacionais
6.1 – Introdução
Tribunais precedentes: Tribunal de Nuremberg, Tóquio, Ruanda, ex Iugoslávia. Já não existem mais.
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Art. 52 a 73 da Convenção ou do Pacto de São José da Costa Rica + estatuto que é anexo a convenção
interamericana.
É composto por 7 juízes, eleitos por um período de 06 anos que poderão ser reeleitos uma vez. A sua sentença é
definitiva e inapelável. Sua sede é em São José, na Costa Rica.
De acordo com a Convenção, esgotados os recursos judiciais internos, o indivíduo pode comparecer perante a
Comissão para pleitear os seus direitos, e essa remeterá ou não o caso a Corte. O princípio da prevalência dos
direitos mais vantajosos para a pessoa humana deve ser observado.
O Brasil ratificou a Convenção em 25 de setembro de 1992, e a Declaração de aceitação da competência da
Corte em 10 de dezembro de 1998.
7– Desenvolvimento sustentável
Está intimamente ligado a Direitos Humanos, porque o individuo depende de um meio ambiente saudável para
ter uma boa qualidade de vida.
Ele se refere ao homem e ao meio ambiente, pois é o desenvolvimento capaz de garantir ao homem as
necessidades imediatas, sem comprometer as gerações futuras, sendo em outra analise o equilíbrio entre o
desenvolvimento industrial e a exploração dos recursos naturais e do outro lado a não poluição e devastação ambiental.
Normas sobre desenvolvimento sustentável:
- Conferência de Estocolmo - 1972;
- ECO – 1992;
- Protocolo de Kioto – 1997
8– Direito Humanitário
É o conjunto de disposições jurídicas internacionais que tem por objetivo proteger a pessoa humana nos conflitos
armados.
Compromissos Internacionais
1 – Terminologia
Pode chamar qualquer compromisso internacional de Tratado, porque esse termo foi adotado como oficial nas
Convenções de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 e 1986. Entretanto existem diversas denominações.
1.1 – Convenção
É o Compromisso Internacional que cria normas gerais e permanentes para toda sociedade internacional.
1.2 – Protocolo
É um compromisso internacional que vem complementar tratados já existentes. Ex: Kioto.
1.3 – Acordo
É o compromisso internacional que versa sobre assunto econômico, comercial, financeiro e bélico.
1.4 – Estatuto
Cria e estabelece as regras de funcionamento de um Tribunal ou Corte Internacional.
1.5 – Concordata
É o compromisso internacional que uma das partes é a Santa Sé.
2 – Classificação
2.1 – Quanto à quantidade:
Os compromissos internacionais podem ser: bilaterais, multilaterais e plurilaterais.
3 – Partes principais
São duas as partes principais do Compromisso Internacional.
3.1 – Preâmbulo
Estipula a finalidade e qualifica as partes
3.2 – Dispositivo
Aparecem em forma de artigos e determinam os direitos e os deveres das partes contratantes.
5.2 – Assinatura
Autentica o texto do Tratado, atesta a concordância com o texto, marca a data para a troca ou depósito do
instrumento de ratificação.
5.3 – Ratificação
É um ato internacional do Chefe de Estado que geralmente exige prévia apreciação do Poder Legislativo.
É um ato discricionário, pois, não há prazo para a sua realização e o Estado que assinou o Compromisso
Internacional pode até não ratifica-lo.
Ela acontece pela troca do instrumento de ratificação quando o tratado é bilateral, e pelo depósito do instrumento
de ratificação em local previamente escolhido, quando o tratado for plurilateral.
O Compromisso Internacional se torna perfeito e acabado com a ratificação.
5.4 – Publicação
É um ato interno e acontece para que o Tratado Internacional, como norma interna possa ter publicidade.
5.5 – Registro
Geralmente é feito na Secretaria da ONU.
1 – Chefia de Estado
O Chefe de Estado é o representante maior do Estado, tanto nas questões internas como nas questões
internacionais.
Internacionalmente é ele quem define a política externa, não necessitando da declaração de “plenos poderes”
para representar o Estado nos Tratados Internacionais.
No território estrangeiro ele goza de completa imunidade, seja na área civil, penal e fiscal, tendo completa
liberdade de comunicação com o seu Estado.
A reunião de Chefes de Estado é denominada Conferência de Cúpula.
Os órgãos representativos do Estado são: Chefia de Estado e Ministério das Relações Exteriores.
3 – Missões diplomáticas
3.1 – Introdução
São órgãos do Estado no exterior e são regulados pela Convenção de Viena de 1961.
No Brasil a seleção dos Agentes Diplomáticos é feita através do Instituto Rio Branco ou por concurso público, ou
ainda, de acordo com as necessidades do governo.
3.4 - Agrement
É uma consulta feita antes da nomeação para saber se o Agente Diplomático será declarado “persona grata” pelo
Estado acreditado.
3.6 – Funções
Representar (o seu país), proteger (aos interesses dos Estados e dos nacionais), informar (tudo que possa
interessar), etc.
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Eram decorrentes inicialmente da “Comitas Gentium”, posteriormente ao Princípio da Extraterritorialidade, porém,
hoje eles decorrem da TEORIA DO INTERESSE DA FUNÇÃO, assim, estabelecido no preâmbulo da Convenção de
Viena de 1961: “reconhecendo que a finalidade de tais privilégios e imunidades não é beneficiar indivíduos, mas sim, de
garantir o eficaz desempenho das funções das Missões Diplomáticas em seu caráter de representantes dos Estados”.
a) Inviolabilidade – da pessoa (corpo), função.
b) Imunidade de jurisdição local – onde está trabalhando (acreditado).
c) Isenção fiscal – os Agentes Diplomáticos gozam de “Isenção de todos os impostos e taxas, pessoais ou reais,
nacionais, regionais, ou municipais” e também de isenção aduaneira.
Aos outros componentes das Missões Diplomáticas, como o pessoal administrativo, técnico e o de serviço
doméstico, além da família são estendidos relativamente, os mesmos privilégios e imunidades.
5 – Diferença entre AD / MD e RC / FC
MD/AG RC / FC
NORMA Convenção de Viena de Convenção de Viena de
1961 1963
LOCALIZAÇÃO Capital Onde houver interesse
QUANTIDADE 1 Quantas forem necessárias
FUNÇÃO PRINCIPAL Executar política externa Incrementar comércio internacional
PRIV. E IMUNIDADES + intensos < intensidade
INÍCIO DE ATIVIDADES Após a apresentação Após a concessão da exequatur
das credenciais
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LOCAL DE ATUAÇÃO Governo Federal Autoridades / Empresas locais
ÁREA DE ATUAÇÃO Em todo território Distrito Consular
Nacionalidade
1 – Introdução
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu art. 45 estabelece os seguintes princípios:
“1º - Todo homem tem direito a uma nacionalidade”.
“2º- Ninguém será arbitrariamente privado de sua necessidade”.
“3º - Nem do direito de mudar de nacionalidade”.
É a nacionalidade que faz com que normas internacionais, seja ou não aplicadas a determinados indivíduos e ela
vai dizer qual o Estado que irá proteger o cidadão.
A nacionalidade pode ser originária e adquirida.
2 – Nacionalidade de origem
É determinada pelos seguintes sistemas:
a) Jus Soli – Direito do solo
A nacionalidade será de acordo com o território (solo) em que o indivíduo nasceu.
d) Misto - Brasil
Quando o Estado adotou mais de um.
e) Outros
Navios mercantes – prevalece à bandeira do navio. Salvo se estiver atracado em algum porto estrangeiro.
Pais desconhecidos – a nacionalidade é do local em que foi encontrada a criança.
4 – Nacionalidade adquirida
É adquirida posterior ao nascimento. Fatores facilitadores:
a) Casamento
b) Benefício de lei
Pode ser pela vontade da Constituição de 1824 (Promulgação da Constituição Imperial – “Todos que estão no
Brasil são brasileiros”), ou pela vontade do indivíduo – Constituição Republicana de 1891– “Quem quiser ser brasileiro
era só se apresentar”.
c) Mutações territoriais
O Acre era estado boliviano e tornou-se brasileiro, desta forma as pessoas podiam optar pela nacionalidade
brasileira. É a mudança de dono do território.
d) Naturalização
É a concessão pelo Estado de sua nacionalidade a um estrangeiro, quando por este requerido.
É o meio mais comum de se adquirir uma nacionalidade. No Brasil o assunto é tratado pela CF no art. 12, e
Estatuto do Estrangeiro nos arts. 111 a 124 (Lei 6815/80).
5 – Adoção Internacional
É um meio de se adquirir uma nova nacionalidade.
Obs.: É regra do Direito Internacional que o indivíduo ao adquirir uma nova nacionalidade perde a anterior, e também
que é possível readquiri-la.
6 – Conflito de nacionalidade
Pode ser negativa quando o indivíduo não tem nacionalidade (apatriada) ou positivo, quando tem mais de uma
nacionalidade.
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7 – Nacionalidade no Brasil
A CF no seu art. 12. I, “a”, adota o sistema Jus Solis; na alínea “b” o Jus Laboris, e na alínea “c” o Jus sanguinis.
No mesmo artigo § 4º, inciso II está a previsão para a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra
nacionalidade.
EXERCÍCIO
1 – José da Silva, CPF 012.345.678-90, residente e domiciliado em Campos, nascido em 1980, em Kusco – Peru, filho
de Juan Tobar, peruano, e de Maria da Silva, brasileira, não registrado no Consulado Brasileiro. Faça uma petição com
no máximo 15 linhas, requerendo a nacionalidade brasileira para José.
- Dirigir a Justiça Federal;
- Fundamento legal – art. 12, I CF
- Pedir condição de Brasileiro nato.
2 – Dirce Tutu, brasileira de origem, foi para o EUA, se casou adquirindo a nacionalidade americana. Voltou para
o Brasil e foi eleita Deputada Federal.
A regra geral do Direito Internacional reza que ao adquirir nova nacionalidade, Dirce Tutu perderá a sua
nacionalidade de origem, ou seja, brasileira, conforme o art. 12, § 4º, II, CF. Sendo assim, ao perder a nacionalidade
brasileira deverá ser cassado o mandato.
99) Camille, francesa, casou-se com Paul, inglês. O casal fixou residência na Bélgica onde nasceu a filha Amanda.
Supondo que a França e a Inglaterra adotem o ius sanguinis e a Bélgica o misto, diga qual(is) a(s) nacionalidade(s) que a
criança possui:
a. Francesa e Belga;
b. Belga e Inglesa;
c. Inglesa e Francesa;
d. Inglesa, Francesa e Belga.
92 - A nacionalidade é matéria sumamente importante ao Direito Internacional, sendo preceituada no artigo 12 da nossa
Constituição Federal. Sobre este instituto podemos afirmar que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que:
a. Tiver cancelada sua naturalização, por ato administrativo, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
b. Adquirir outra nacionalidade originária concedida pela lei estrangeira;
c. Adquirir outra nacionalidade em razão de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
d. Tiver cancelada sua naturalização, por decisão judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
91 - O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966) admite, em seu artigo 4.º, a possibilidade de um
Estado-parte suspender sua aplicação, “quando situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam
proclamadas oficialmente”. O parágrafo 2.º do mesmo artigo não autoriza a suspensão de determinados direitos,
entre os quais se destaca(m):
a) a proibição da pena de morte e de tortura e penas ou tratamentos cruéis.
b) a proibição de escravidão e de prisão por não cumprimento de obrigação contratual.
c) a liberdade de pensamento, consciência e religião e proibição de propaganda em favor da guerra.
d) a liberdade de expressão e a garantia do princípio da reserva legal.
QUESTÃO 92
93 - A partir da criação da Organização das Nações Unidas (ONU), pode-se afirmar que o uso da força está
proibido na ordem internacional. A Carta da ONU admite, entretanto, duas exceções a essa vedação, com base
na:
a) existência de armas de destruição em massa e na violação sistemática dos direitos humanos.
b) discriminação empreendida por motivos raciais e no apoio a atos terroristas.
c) legítima defesa e nas ações do Conselho de Segurança para a manutenção da paz.
d) posse de armas nucleares e no não pagamento da dívida externa.
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QUESTÃO 94
94 - Os locais das missões diplomáticas gozam dos privilégios da imunidade de jurisdição, inviolabilidade e
isenção tributária. Tais privilégios têm como fundamento o(a)
a) eficaz desempenho das funções.
b) extraterritorialidade.
c) discricionariedade.
c) agréement.
QUESTÃO 95
95 - O Tribunal Penal Internacional tem jurisdição sobre pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade
com alcance internacional (art. 1.º do Estatuto de Roma, 1998). São crimes de competência desse tribunal:
a) genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão.
b) tráfico de drogas, crime organizado transnacional e crimes contra a humanidade.
c) crime de agressão, tráfico de crianças e mulheres e atos de terrorismo.
d) crimes de guerra, violação dos direitos humanos e tráfico de drogas.
QUESTÃO 96
96 - São princípios fundamentais para a concessão da qualificação de refugiado:
a) fundado temor e não devolução.
b) reserva legal e fundado temor.
c) não devolução e impessoalidade.
c) impessoalidade e reserva legal.
QUESTÃO 97
97 - De acordo com o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as
convenções internacionais,
a) o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar.
b) o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações
internacionais.
c) o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões
judiciárias e a doutrina.
d) o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar,
admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem.
QUESTÃO 98
98 - Acerca da temática dos tratados internacionais, assinale a opção correta.
a) O único ato que pode consistir na vinculação do Estado ao tratado, no plano internacional, é a ratificação.
b) A adesão é o processo de apreciação do texto do tratado pelos Poderes Legislativos dos Estados.
c) A assinatura tem o efeito de autenticar o texto do tratado, após a sua aprovação ainda no plano internacional.
d) A ratificação é o ato interno do Poder Executivo na troca ou no depósito dos instrumentos respectivos.
QUESTÃO 99
99 - Com relação à nacionalidade, assinale a opção incorreta.
a) A Emenda Constitucional n.º 3/1994 admite a possibilidade de aquisição de nacionalidade por filhos de brasileiro(a),
nascidos no exterior, sem que um dos pais esteja a serviço do Brasil, desde que venham a residir no Brasil e optem, em
qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
b) A opção de nacionalidade é um ato de jurisdição voluntária de competência da justiça estadual.
c) A naturalização é a única forma de aquisição de nacionalidade por via derivada, segundo a Constituição brasileira.
d) A nacionalidade é um direito fundamental, assim reconhecido pelo direito internacional, que exorta aos Estados que
facilitem a sua aquisição pelos indivíduos e que não a retirem arbitrariamente.