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DIREITO INTERNACIONAL

I - Direitos Humanos

Introdução
- Art. 5°, §§ 1° e 2° da CF.

1 - Conceito
São os atos e as atitudes que possibilitem a todas as pessoas, enquanto indivíduos, uma vida digna,
assegurando-lhes respeito e proteção a integridade física.

2 - Origem
A essência da origem dos direitos humanos está vinculada à própria origem do homem, ou seja, a sua
existência plural. Assim ela antecede ao Estado e aos direitos dos Estados, e eles (direitos humanos) não podem ser
explicados isoladamente.

3 - Evolução
Inicialmente surgiram normas costumeiras nas famílias, tribos e feudos; posteriormente passaram a ser normas
escritas e apenas regionais, tais como:

- Em 1215 – surgiu a Carta de João Sem Terra, na Inglaterra;


- Em 1776 – surgiu a Declaração da Independência Americana, limitada nos EUA;
- Em 1789 – surgiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, na França;
- Em 1969 – surgiu o Pacto de São José da Costa Rica, com jurisdição somente na América. Só foi ratificado pelo
Brasil em 1992, e mesmo assim foi com reserva.

→ A nível Universal temos:

- 26/06/1945 – Carta das Nações Unidas;


- 10/12/1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos;
- Dezembro/1966 – Os Pactos Internacionais sobre direitos civis e políticos, e sobre direitos sociais, econômicos
e culturais;
- 1993 – Conferência de Viena, com a presença de 171 Estados e 813 ONGs.

4 – Carta das Nações Unidas


É o marco legal que elevou o indivíduo à condição de sujeito de Direito Internacional, positivando os direitos
humanos. Logo no preâmbulo ela apresenta a necessidade de “reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na
dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres.” Em seus dispositivos ela
obriga a todos os Estados, parte e não parte, a promover e estimular os Direitos Humanos. Embora os seus dispositivos
sejam obrigatórios para os Estados, as suas normas não determinam objetivamente mais são estes direitos.

5 - Declaração Universal dos direitos humanos


É o marco legal dos direitos humanos, embora criada apenas como uma declaração da ONU, não tendo,
portanto, na sua origem caráter obrigatório para os Estados.
No seu preâmbulo ela consagra que “o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família
humana e de seus direitos iguais e inalienáveis. É o fundamento da liberdade, da Justiça e Paz do Mundo”.
Ela traz uma nova concepção de Direitos Humanos, marcada pela universalidade e pela indivisibilidade desses
direitos.

6 - Os Tribunais Internacionais
6.1 – Introdução
Tribunais precedentes: Tribunal de Nuremberg, Tóquio, Ruanda, ex Iugoslávia. Já não existem mais.

6.2 – Corte Européia


Criada pela convenção de Direitos Humanos de 1950 e complementada por vários protocolos, destacando-se
dentre eles o de nº 11. O indivíduo só pode recorrer a Corte após esgotar todos os recursos internos.

6.3 – Corte Interamericana de Direitos Humanos

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Art. 52 a 73 da Convenção ou do Pacto de São José da Costa Rica + estatuto que é anexo a convenção
interamericana.
É composto por 7 juízes, eleitos por um período de 06 anos que poderão ser reeleitos uma vez. A sua sentença é
definitiva e inapelável. Sua sede é em São José, na Costa Rica.
De acordo com a Convenção, esgotados os recursos judiciais internos, o indivíduo pode comparecer perante a
Comissão para pleitear os seus direitos, e essa remeterá ou não o caso a Corte. O princípio da prevalência dos
direitos mais vantajosos para a pessoa humana deve ser observado.
O Brasil ratificou a Convenção em 25 de setembro de 1992, e a Declaração de aceitação da competência da
Corte em 10 de dezembro de 1998.

6.4 – Tribunal Penal Internacional


Criada pelo Estatuto de Roma de 1998, tendo entrado em vigor em 1º de julho de 2002, com o objetivo de
complementar as cortes nacionais, previstos principalmente pela Declaração Universal de Direitos Humanos, e pelo
Pacto internacional de Direitos Civis e Políticos. Sua sede é em Haia, na Holanda.
Principais crimes: Genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra, e de agressão.

7– Desenvolvimento sustentável
Está intimamente ligado a Direitos Humanos, porque o individuo depende de um meio ambiente saudável para
ter uma boa qualidade de vida.
Ele se refere ao homem e ao meio ambiente, pois é o desenvolvimento capaz de garantir ao homem as
necessidades imediatas, sem comprometer as gerações futuras, sendo em outra analise o equilíbrio entre o
desenvolvimento industrial e a exploração dos recursos naturais e do outro lado a não poluição e devastação ambiental.
Normas sobre desenvolvimento sustentável:
- Conferência de Estocolmo - 1972;
- ECO – 1992;
- Protocolo de Kioto – 1997

8– Direito Humanitário
É o conjunto de disposições jurídicas internacionais que tem por objetivo proteger a pessoa humana nos conflitos
armados.

Compromissos Internacionais

1 – Terminologia
Pode chamar qualquer compromisso internacional de Tratado, porque esse termo foi adotado como oficial nas
Convenções de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 e 1986. Entretanto existem diversas denominações.

1.1 – Convenção
É o Compromisso Internacional que cria normas gerais e permanentes para toda sociedade internacional.

1.2 – Protocolo
É um compromisso internacional que vem complementar tratados já existentes. Ex: Kioto.

1.3 – Acordo
É o compromisso internacional que versa sobre assunto econômico, comercial, financeiro e bélico.

1.4 – Estatuto
Cria e estabelece as regras de funcionamento de um Tribunal ou Corte Internacional.

1.5 – Concordata
É o compromisso internacional que uma das partes é a Santa Sé.

1.6 – Acordo em forma simplificada = Acordo do Executivo = Self execuring


É resolvido no Executivo, não passando pelo legislativo.

1.7 – Modus vivendi


Acordo que suspende a guerra deixando a situação momentaneamente como está (elegendo árbitro), até que
haja solução definitiva.

1.8 – Outros nomes


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Declaração, Ato, Pacto, Compromisso, Notas, Notas Reversais, Carta.

2 – Classificação
2.1 – Quanto à quantidade:
Os compromissos internacionais podem ser: bilaterais, multilaterais e plurilaterais.

2.2 – Quanto à natureza:


a) Tratados Normativos = Tratados gerais = Tratados leis – Carta das Nações Unidas.
b) Tratados Contratos = Tratados especiais – Tratado entre Brasil e a Bolívia para compra de bens, só interessa as
estes, regra entre os Estados.

3 – Partes principais
São duas as partes principais do Compromisso Internacional.

3.1 – Preâmbulo
Estipula a finalidade e qualifica as partes

3.2 – Dispositivo
Aparecem em forma de artigos e determinam os direitos e os deveres das partes contratantes.

4 – Partes capazes – condições básicas para a validade dos Compromissos Internacionais.


4.1 – Partes capazes
Os Estados soberanos e as Organizações Internacionais.

4.2 – Manifestação de vontade


Não pode haver coação.

4.3 – Objeto lícito e possível

4.4 – Habilitação do agente signatário


Ocorre através da Carta de Apresentação com a declaração de plenos poderes.

5 – Fases do processo de conclusão dos Compromissos Internacionais


5.1 – Negociação
É a fase inicial do Tratado que determina a elaboração de um texto.

5.2 – Assinatura
Autentica o texto do Tratado, atesta a concordância com o texto, marca a data para a troca ou depósito do
instrumento de ratificação.

5.3 – Ratificação
É um ato internacional do Chefe de Estado que geralmente exige prévia apreciação do Poder Legislativo.
É um ato discricionário, pois, não há prazo para a sua realização e o Estado que assinou o Compromisso
Internacional pode até não ratifica-lo.
Ela acontece pela troca do instrumento de ratificação quando o tratado é bilateral, e pelo depósito do instrumento
de ratificação em local previamente escolhido, quando o tratado for plurilateral.
O Compromisso Internacional se torna perfeito e acabado com a ratificação.

5.4 – Publicação
É um ato interno e acontece para que o Tratado Internacional, como norma interna possa ter publicidade.

5.5 – Registro
Geralmente é feito na Secretaria da ONU.

6 – Reserva, adesão e Denúncia.


- Reserva ou ressalva – poderá ser feita no momento da assinatura da ratificação ou da adesão, e o seu objetivo é
desobrigar o Estado que a fez em relação ao ponto questionado.
- Adesão – é a cláusula que permite a um Estado, não participante originário, fazer parte do Tratado Internacional.
- Denúncia – é o ato pelo qual uma das partes contratantes comunica as outras a sua intenção de se retirar do Tratado e
vigorará no mínimo 12 meses após a sua apresentação.
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O Tratado pode estipular, não aceitar denúncia, sendo assim o Estado não poderá sair.

Órgãos Representativos dos Estados

1 – Chefia de Estado
O Chefe de Estado é o representante maior do Estado, tanto nas questões internas como nas questões
internacionais.
Internacionalmente é ele quem define a política externa, não necessitando da declaração de “plenos poderes”
para representar o Estado nos Tratados Internacionais.
No território estrangeiro ele goza de completa imunidade, seja na área civil, penal e fiscal, tendo completa
liberdade de comunicação com o seu Estado.
A reunião de Chefes de Estado é denominada Conferência de Cúpula.

2 – Ministério das relações exteriores


Também tem dupla função, ou seja, atua internamente e internacionalmente.
Cabe a ele:
- executar a política externa;
- representar o governo;
- negociar e celebrar Tratados;
- conferenciar com o Corpo Diplomático estrangeiro;
- designar os agentes diplomáticos e funcionários consulares, etc.

O nosso Ministério das Relações Exteriores é composto pelos seguintes órgãos:


- Secretaria de Estado;
- Missões Diplomáticas;
- Repartições consulares;

Os órgãos representativos do Estado são: Chefia de Estado e Ministério das Relações Exteriores.

3 – Missões diplomáticas
3.1 – Introdução
São órgãos do Estado no exterior e são regulados pela Convenção de Viena de 1961.

3.2 – Direito de Legação


É o direito do Estado de enviar e de receber agentes diplomáticos, decorrente da soberania estatal.

3.3 – Classificação dos agentes – são três classes ou categorias:


a) Embaixadores ou núncio apostólico
b) Ministros enviados ou internúncios
c) Encarregados de negócio

No Brasil a seleção dos Agentes Diplomáticos é feita através do Instituto Rio Branco ou por concurso público, ou
ainda, de acordo com as necessidades do governo.

3.4 - Agrement
É uma consulta feita antes da nomeação para saber se o Agente Diplomático será declarado “persona grata” pelo
Estado acreditado.

3.5 – Corpo diplomático


É o conjunto dos Agentes Diplomáticos de um Estado (Nacional), ou em um Estado (estrangeiro) dos outros
diversos países.
O Corpo Diplomático estrangeiro tem a sua frente o DECANO, que é o Agente Diplomático que está a mais
tempo acreditado no país, salvo se houver um Núncio Apostólico.

3.6 – Funções
Representar (o seu país), proteger (aos interesses dos Estados e dos nacionais), informar (tudo que possa
interessar), etc.

3.7 – Imunidades e privilégios

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Eram decorrentes inicialmente da “Comitas Gentium”, posteriormente ao Princípio da Extraterritorialidade, porém,
hoje eles decorrem da TEORIA DO INTERESSE DA FUNÇÃO, assim, estabelecido no preâmbulo da Convenção de
Viena de 1961: “reconhecendo que a finalidade de tais privilégios e imunidades não é beneficiar indivíduos, mas sim, de
garantir o eficaz desempenho das funções das Missões Diplomáticas em seu caráter de representantes dos Estados”.
a) Inviolabilidade – da pessoa (corpo), função.
b) Imunidade de jurisdição local – onde está trabalhando (acreditado).
c) Isenção fiscal – os Agentes Diplomáticos gozam de “Isenção de todos os impostos e taxas, pessoais ou reais,
nacionais, regionais, ou municipais” e também de isenção aduaneira.
Aos outros componentes das Missões Diplomáticas, como o pessoal administrativo, técnico e o de serviço
doméstico, além da família são estendidos relativamente, os mesmos privilégios e imunidades.

3.8 – Missões especiais


São as enviadas pelo Estado em caráter temporário e para funções especiais, cerimônias, negócios, assistência
técnica ou militar.

3.9 – Organizações Internacionais


Exercem o Direito de Legação passivamente, ou seja, só recebem e para tanto dependem do Estado onde estão
sediados.

4 – Repartições consulares ou funcionários consulares


4.1 – Introdução
São órgãos que também representam os Estados no exterior e são regidos pela Convenção de Viena de 1963.
Os cônsules podem ser honorários ou de carreira.

4.2 – Distrito consular


É a área sobre a qual a repartição consular exerce suas funções.

4.3 – Funções consulares


- Observação – observar tudo que for de interesse do país.
- Proteção – proteger o Estado e os Nacionais.
- Execução – serviço de cartório, emolumentos, etc.
- Fiscalização – cobrar taxas e impostos.
4.4 – Exequatur
É a aceitação manifestada pelo Estado onde irá atuar o funcionário consular que marca o reconhecimento de sua
autoridade e permite o início de suas atividades.

4.5 – Classificação das repartições


1º - Consulado Geral – Cônsul Geral
2º - Consulado – Cônsul
3º - Vice–Consulado – Vice–Cônsul
4º - Agência Consular – Agente Consular

4.6 – Privilégios e Imunidades


Tanto as repartições como os funcionários consulares, gozam dos mesmos privilégios e imunidades que as
Missões Diplomáticas, porém, de maneira menos intensa.

5 – Diferença entre AD / MD e RC / FC

MD/AG RC / FC
NORMA Convenção de Viena de Convenção de Viena de
1961 1963
LOCALIZAÇÃO Capital Onde houver interesse
QUANTIDADE 1 Quantas forem necessárias
FUNÇÃO PRINCIPAL Executar política externa Incrementar comércio internacional
PRIV. E IMUNIDADES + intensos < intensidade
INÍCIO DE ATIVIDADES Após a apresentação Após a concessão da exequatur
das credenciais

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LOCAL DE ATUAÇÃO Governo Federal Autoridades / Empresas locais
ÁREA DE ATUAÇÃO Em todo território Distrito Consular

Nacionalidade

1 – Introdução
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu art. 45 estabelece os seguintes princípios:
“1º - Todo homem tem direito a uma nacionalidade”.
“2º- Ninguém será arbitrariamente privado de sua necessidade”.
“3º - Nem do direito de mudar de nacionalidade”.
É a nacionalidade que faz com que normas internacionais, seja ou não aplicadas a determinados indivíduos e ela
vai dizer qual o Estado que irá proteger o cidadão.
A nacionalidade pode ser originária e adquirida.

2 – Nacionalidade de origem
É determinada pelos seguintes sistemas:
a) Jus Soli – Direito do solo
A nacionalidade será de acordo com o território (solo) em que o indivíduo nasceu.

b) Jus sanguinis – Direito do sangue – Brasil


A nacionalidade será determinada pelos pais.

c) Jus laboris – Direito do trabalho - Brasil


A nacionalidade é determinada pelo trabalho, da representatividade.

d) Misto - Brasil
Quando o Estado adotou mais de um.

e) Outros
Navios mercantes – prevalece à bandeira do navio. Salvo se estiver atracado em algum porto estrangeiro.
Pais desconhecidos – a nacionalidade é do local em que foi encontrada a criança.

4 – Nacionalidade adquirida
É adquirida posterior ao nascimento. Fatores facilitadores:

a) Casamento
b) Benefício de lei
Pode ser pela vontade da Constituição de 1824 (Promulgação da Constituição Imperial – “Todos que estão no
Brasil são brasileiros”), ou pela vontade do indivíduo – Constituição Republicana de 1891– “Quem quiser ser brasileiro
era só se apresentar”.

c) Mutações territoriais
O Acre era estado boliviano e tornou-se brasileiro, desta forma as pessoas podiam optar pela nacionalidade
brasileira. É a mudança de dono do território.

d) Naturalização
É a concessão pelo Estado de sua nacionalidade a um estrangeiro, quando por este requerido.
É o meio mais comum de se adquirir uma nacionalidade. No Brasil o assunto é tratado pela CF no art. 12, e
Estatuto do Estrangeiro nos arts. 111 a 124 (Lei 6815/80).

5 – Adoção Internacional
É um meio de se adquirir uma nova nacionalidade.

Obs.: É regra do Direito Internacional que o indivíduo ao adquirir uma nova nacionalidade perde a anterior, e também
que é possível readquiri-la.

6 – Conflito de nacionalidade
Pode ser negativa quando o indivíduo não tem nacionalidade (apatriada) ou positivo, quando tem mais de uma
nacionalidade.

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7 – Nacionalidade no Brasil
A CF no seu art. 12. I, “a”, adota o sistema Jus Solis; na alínea “b” o Jus Laboris, e na alínea “c” o Jus sanguinis.
No mesmo artigo § 4º, inciso II está a previsão para a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra
nacionalidade.

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço
de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição
para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

EXERCÍCIO

1 – José da Silva, CPF 012.345.678-90, residente e domiciliado em Campos, nascido em 1980, em Kusco – Peru, filho
de Juan Tobar, peruano, e de Maria da Silva, brasileira, não registrado no Consulado Brasileiro. Faça uma petição com
no máximo 15 linhas, requerendo a nacionalidade brasileira para José.
- Dirigir a Justiça Federal;
- Fundamento legal – art. 12, I CF
- Pedir condição de Brasileiro nato.

2 – Dirce Tutu, brasileira de origem, foi para o EUA, se casou adquirindo a nacionalidade americana. Voltou para
o Brasil e foi eleita Deputada Federal.

a) Argumente a favor da cassação do seu mandato.


Art. 12. São brasileiros:
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição
para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

A regra geral do Direito Internacional reza que ao adquirir nova nacionalidade, Dirce Tutu perderá a sua
nacionalidade de origem, ou seja, brasileira, conforme o art. 12, § 4º, II, CF. Sendo assim, ao perder a nacionalidade
brasileira deverá ser cassado o mandato.

b) Argumentos para a manutenção.


Nunca deixou de ser brasileiro (art. 12, § 4 º, II, alíneas, CF).
Porem, se tivesse deixado, pelo D.Internacional há possibilidade de reavê-la (Regra geral).
Pelo art. 12, § 4º, II, “b”, ela nunca deixou de ser brasileira ficando, inclusive, com dupla nacionalidade.

30º Prova da OAB

96 - O estrangeiro que necessitar do refúgio em nosso país deverá requerê-lo junto:


a. À Secretaria Nacional de Direitos Humanos;
b. Ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados;
c. À Coordenação Nacional de Imigração;
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d. Ao Comitê Nacional para Refugiados.

99) Camille, francesa, casou-se com Paul, inglês. O casal fixou residência na Bélgica onde nasceu a filha Amanda.
Supondo que a França e a Inglaterra adotem o ius sanguinis e a Bélgica o misto, diga qual(is) a(s) nacionalidade(s) que a
criança possui:
a. Francesa e Belga;
b. Belga e Inglesa;
c. Inglesa e Francesa;
d. Inglesa, Francesa e Belga.

100 - O pedido de opção de nacionalidade será protocolado junto:


a. À Polícia Federal;
b. À Justiça Federal;
c. Ao Supremo Tribunal Federal;
d. À Justiça Estadual.

31º Prova da OAB

92 - A nacionalidade é matéria sumamente importante ao Direito Internacional, sendo preceituada no artigo 12 da nossa
Constituição Federal. Sobre este instituto podemos afirmar que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que:
a. Tiver cancelada sua naturalização, por ato administrativo, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
b. Adquirir outra nacionalidade originária concedida pela lei estrangeira;
c. Adquirir outra nacionalidade em razão de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
d. Tiver cancelada sua naturalização, por decisão judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.

100 - O estrangeiro poderá exercer os direitos políticos no Brasil?


a. Sim, desde que tenha domicílio definitivo no País;
b. Sim, desde que tenha cônjuge brasileiro e residência fixa no Brasil;
c. Sim, desde que participe do Mercosul;
d. Sim, desde que cidadão português amparado pela Convenção sobre Igualdade de Direitos.

32º Prova da OAB

91 - O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966) admite, em seu artigo 4.º, a possibilidade de um
Estado-parte suspender sua aplicação, “quando situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam
proclamadas oficialmente”. O parágrafo 2.º do mesmo artigo não autoriza a suspensão de determinados direitos,
entre os quais se destaca(m):
a) a proibição da pena de morte e de tortura e penas ou tratamentos cruéis.
b) a proibição de escravidão e de prisão por não cumprimento de obrigação contratual.
c) a liberdade de pensamento, consciência e religião e proibição de propaganda em favor da guerra.
d) a liberdade de expressão e a garantia do princípio da reserva legal.
QUESTÃO 92
93 - A partir da criação da Organização das Nações Unidas (ONU), pode-se afirmar que o uso da força está
proibido na ordem internacional. A Carta da ONU admite, entretanto, duas exceções a essa vedação, com base
na:
a) existência de armas de destruição em massa e na violação sistemática dos direitos humanos.
b) discriminação empreendida por motivos raciais e no apoio a atos terroristas.
c) legítima defesa e nas ações do Conselho de Segurança para a manutenção da paz.
d) posse de armas nucleares e no não pagamento da dívida externa.
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QUESTÃO 94
94 - Os locais das missões diplomáticas gozam dos privilégios da imunidade de jurisdição, inviolabilidade e
isenção tributária. Tais privilégios têm como fundamento o(a)
a) eficaz desempenho das funções.
b) extraterritorialidade.
c) discricionariedade.
c) agréement.
QUESTÃO 95
95 - O Tribunal Penal Internacional tem jurisdição sobre pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade
com alcance internacional (art. 1.º do Estatuto de Roma, 1998). São crimes de competência desse tribunal:
a) genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão.
b) tráfico de drogas, crime organizado transnacional e crimes contra a humanidade.
c) crime de agressão, tráfico de crianças e mulheres e atos de terrorismo.
d) crimes de guerra, violação dos direitos humanos e tráfico de drogas.
QUESTÃO 96
96 - São princípios fundamentais para a concessão da qualificação de refugiado:
a) fundado temor e não devolução.
b) reserva legal e fundado temor.
c) não devolução e impessoalidade.
c) impessoalidade e reserva legal.
QUESTÃO 97
97 - De acordo com o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as
convenções internacionais,
a) o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar.
b) o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações
internacionais.
c) o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões
judiciárias e a doutrina.
d) o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar,
admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem.
QUESTÃO 98
98 - Acerca da temática dos tratados internacionais, assinale a opção correta.
a) O único ato que pode consistir na vinculação do Estado ao tratado, no plano internacional, é a ratificação.
b) A adesão é o processo de apreciação do texto do tratado pelos Poderes Legislativos dos Estados.
c) A assinatura tem o efeito de autenticar o texto do tratado, após a sua aprovação ainda no plano internacional.
d) A ratificação é o ato interno do Poder Executivo na troca ou no depósito dos instrumentos respectivos.
QUESTÃO 99
99 - Com relação à nacionalidade, assinale a opção incorreta.
a) A Emenda Constitucional n.º 3/1994 admite a possibilidade de aquisição de nacionalidade por filhos de brasileiro(a),
nascidos no exterior, sem que um dos pais esteja a serviço do Brasil, desde que venham a residir no Brasil e optem, em
qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
b) A opção de nacionalidade é um ato de jurisdição voluntária de competência da justiça estadual.
c) A naturalização é a única forma de aquisição de nacionalidade por via derivada, segundo a Constituição brasileira.
d) A nacionalidade é um direito fundamental, assim reconhecido pelo direito internacional, que exorta aos Estados que
facilitem a sua aquisição pelos indivíduos e que não a retirem arbitrariamente.

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