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São Luís
2019
ELOAH BERNADETH OLIVEIRA SOUZA
São Luís
2019
TEORIA E POLÍTICA DA CULTURA: VISÕES MULTIDICIPLINARES
Fragmentos do discurso cultural: por uma análise crítica do discurso sobre cultura
no Brasil
A discursão sobre conceitos de cultura ainda é muito forte por toda parte do
mundo, no Brasil não é diferente, fica a cargo de intelectuais e agentes culturais levantar
essa discussão. Existe no país uma dúvida muito grande em relação a ideia de identidade,
e a cultura é vista como um campo de produção dessas identidades nacionais, regionais,
étnicas, de gênero, de classe, etc. O debate sobre cultura gira em torno de uma série de
noções, que muitas vezes traz para a luz do problema o princípio de identidade (hábito
linguístico, postura epistemológica)
São nessas falas sobre cultura e produção cultural que a palavra “resgate” aparece
com bastante ênfase, onde se é proposto que parte de agentes culturais locais, regionais
ou nacionais essa tarefa de resgatar práticas culturais que correm o risco de cair no
esquecimento, que acaba levantando a problemática sobre a forma que esse resgate
ocorre, muitos acreditam que registrar para armazenamento em mídias digitais são uma
forma de descaracterizar a manifestação cultural, pois se cria uma nova forma de
empalhamento ou mumificação. A problemática, é, o registro é o bastante para preservar
uma produção tradicional? Compreender uma tradição não ocorre apenas com o registo
desta.
Outra questão recorrente que aparece quando falamos de resgate é a ideia de que
a cultura não muda, não sofre interferência da globalização e de contextos sociais.
Registrar algo e guardar como forma de resgate não está imune a interferências externas,
não basta guarda a imagem de uma manifestação, ele sempre vai está em processo de
mudanças, e aquela registro não significa que aquele modelo registrado é o ideal, os
anteriores e nem os próximos podem ser ignorados.
Referência