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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE ARTES VISUAIS

ELOAH BERNADETH OLIVEIRA SOUZA

RESUMO SOBRE PATRIMÔNIO IMATERIAL

TEXTO “TEORIAS E POLÍTICAS DA CULTURA: VISÕES


MULTIDICIPLINARES”

São Luís

2019
ELOAH BERNADETH OLIVEIRA SOUZA

RESUMO SOBRE PATRIMÔNIO IMATERIAL

TEXTO “TEORIAS E POLÍTICAS DA CULTURA: VISÕES


MULTIDICIPLINARES”

Atividade elaborada à disciplina Cultura


Imaterial Regional para obtenção de ponto da
terceira avaliação.

Prof.ª Isabel Mota Costa

São Luís

2019
TEORIA E POLÍTICA DA CULTURA: VISÕES MULTIDICIPLINARES

Fragmentos do discurso cultural: por uma análise crítica do discurso sobre cultura
no Brasil

A discursão sobre conceitos de cultura ainda é muito forte por toda parte do
mundo, no Brasil não é diferente, fica a cargo de intelectuais e agentes culturais levantar
essa discussão. Existe no país uma dúvida muito grande em relação a ideia de identidade,
e a cultura é vista como um campo de produção dessas identidades nacionais, regionais,
étnicas, de gênero, de classe, etc. O debate sobre cultura gira em torno de uma série de
noções, que muitas vezes traz para a luz do problema o princípio de identidade (hábito
linguístico, postura epistemológica)

São nessas falas sobre cultura e produção cultural que a palavra “resgate” aparece
com bastante ênfase, onde se é proposto que parte de agentes culturais locais, regionais
ou nacionais essa tarefa de resgatar práticas culturais que correm o risco de cair no
esquecimento, que acaba levantando a problemática sobre a forma que esse resgate
ocorre, muitos acreditam que registrar para armazenamento em mídias digitais são uma
forma de descaracterizar a manifestação cultural, pois se cria uma nova forma de
empalhamento ou mumificação. A problemática, é, o registro é o bastante para preservar
uma produção tradicional? Compreender uma tradição não ocorre apenas com o registo
desta.

Outra questão recorrente que aparece quando falamos de resgate é a ideia de que
a cultura não muda, não sofre interferência da globalização e de contextos sociais.
Registrar algo e guardar como forma de resgate não está imune a interferências externas,
não basta guarda a imagem de uma manifestação, ele sempre vai está em processo de
mudanças, e aquela registro não significa que aquele modelo registrado é o ideal, os
anteriores e nem os próximos podem ser ignorados.

No brasil a questão da identidade aparece desde quando pensamos nas múltiplas


identidades do povo, o processo de colonização foi responsável para nos sermos
conhecidos como uma mistura de raças, a negra, indígena e branca. A mestiçagem que
ocorreu a partir de processos violentos de colonização serve para pensarmos qual a
identidade do povo que nega identidades, já que ele precisou apagar, misturar e
embranquecer identidades negras e indígenas para se transformar em mestiço. E aqui vale
falar sobre a ideia de sincretismo cultural, que não pode aparecer como uma forma de
apagamento de culturas e nem como uma harmonia dessas misturas. Ela é a afirmação de
conflito entre culturas.

A ideia seguinte apresentada é a ideia da “diversidade” do povo brasileiro. Como


a diversidade pode construir uma identidade? A potência do divergir, dividir e multiplicar
não pode ser vinculado como algo singular e único como a identidade propõe, somos
diferentes e múltiplos, ricos em manifestações culturais, a ideia de uma só identidade
cultural não cabe à realidade brasileira.

Referência

NUSSBAUMER, G. M. (Org.). Teorias e políticas da cultura: visões


multidisciplinares. Salvador: EDUFBA, 2007. (Coleção Cult).

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