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Universidade Federal de São João Del-Rei

CAP – Campus Alto Paraopeba

Prática 3
VISCOSIDADE DE ÓLEOS LUBRIFICANTES

Geraldo Rodrigues – 0845050-1


Mayara Sousa – 0845057-9
Nádia Alves Nery Balbino – 0845062-5
Victor Hugo Cangussu Cardoso – 0845031-5
Yola Salomé Serpa de Miranda – 0845042-X

Relatório apresentado como


exigência da disciplina
Laboratório de Engenharia
Química II

Ouro Branco - MG
Setembro de 2011
1. Introdução
A viscosidade é a resistência de um líquido ao fluxo causado por atrito interno entre as
moléculas. Além de ser uma medida direta da qualidade do fluido, a viscosidade pode fornecer
importantes informações sobre mudanças fundamentais em sua estrutura durante determinado
processo [1].
A viscosidade é uma das propriedades mais importantes de um óleo lubrificante. É um dos
fatores responsáveis pela formação da camada de lubrificação, sob diferentes espessuras desta
camada. A viscosidade afeta a geração de calor em rolamentos, cilindros e engrenagens devido ao
atrito interno do óleo. Isso afeta as propriedades de vedação de selagem do óleo e sua taxa de
consumo. Determina a facilidade com que as máquinas podem operar a diferentes temperaturas.
O bom funcionamento de uma determinada parte do equipamento depende principalmente do uso
de um óleo de viscosidade adequada às condições operacionais previstas [2].
1.1. Viscosidade Dinâmica e Cinemática
A viscosidade dinâmica, μ, é o coeficiente de proporcionalidade entre a tensão de
cisalhamento e o gradiente de velocidade (Lei de Newton) [3].
O seu significado físico é a propriedade do fluido através da qual ele oferece resistência às
tensões de cisalhamento. Os fluidos que apresentam esta relação linear entre a tensão de
cisalhamento e a taxa de deformação são denominados newtonianos e representam a maioria dos
fluidos. O valor da viscosidade dinâmica varia de fluido para fluido e, para um fluido em
particular, esta viscosidade depende muito da temperatura. Para líquidos a viscosidade diminui
com a temperatura, enquanto que para gases a viscosidade aumenta coma temperatura.
O poise (P) é a unidade de viscosidade dinâmica no sistema CGS (centímetro-grama-segundo) de
unidades e 1P = 1 g·cm−1·s−1. Para líquidos normalmente utiliza-se o centi-Poise (cP) [3].
A viscosidade dinâmica combinada com a massa específica dá origem à viscosidade
cinemática ( ):
No sistema CGS é utilizada a unidade Stokes (St), sendo um Stokes igual a 0.0001 m²/s e
dada a magnitude do seu valor é preferível utilizar a forma centi-Stokes [3].
1.2. Viscosímetro de Saybolt-Furol
Há vários métodos para se determinar a viscosidade, os mais frequentes utilizam
viscosímetros rotativos, de orifício e capilares. O viscosímetro de orifício é indicado nas
situações onde a rapidez, a simplicidade e robustez do instrumento e a facilidade de operação são

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mais importantes que a precisão e a exatidão na medida, por exemplo, nas fábricas de tinta,
adesivos e óleos lubrificantes [4].
O viscosímetro de Saybolt é um viscosímetro de orifício utilizado para óleos lubrificantes
com viscosidade baixa e intermediária e determina a viscosidade em SUS (segundo saybolt
universal). A facilidade com que um fluido passa através de um orifício com diâmetro pequeno é
o princípio sobre o qual está baseado o viscosímetro de Saybolt . A vantagem desse procedimento
é que ele é simples e requer equipamentos relativamente simples. O viscosímetro Saybolt
consiste em um tubo cilíndrico de bronze que contém um orifício de dimensões específicas no
fundo. O tubo de bronze está num banho à temperatura constante. Quando a amostra no tubo
alcança a temperatura de ensaio, se mede o tempo requerido para que 60 mL do líquido passe
através do orifício [5].
O viscosímetro Saybolt Furol é utilizado para óleos muito viscosos. A diferença entre o
viscosímetro de Saybolt e o de Saybolt Furol, é que o primeiro possui um orifício maior para
facilitar ensaios com óleos muito viscosos. Registra-se o resultado como o tempo de descarga em
segundos (SFS) para que 60mL de um determinado fluido escoe através de um orifício calibrado
do viscosímetro Furol, sob temperatura controlada. A viscosidade Furol é utilizada para os
derivados de petróleo, como óleos combustíveis e produtos residuais, que exigiriam tempos
maiores que 1000 segundos no Saybolt Universal [5, 6].
A transformação da Viscosidade Cinemática Centistokes (VCC) em Segundos Saybolt
Universal (SSU) é relacionada pelas expressões [7]:

( ) ( )

( ) ( )
( ) ( )
1.3. Índice de Viscosidade
O Índice de Viscosidade (IV) de um óleo é um número empírico que expressa a taxa de
variação da viscosidade com a variação da temperatura. Quanto mais alto o IV de um óleo
lubrificante, menor é a variação de sua viscosidade ao se variar a temperatura. O conhecimento
do IV é de grande importância para os óleos lubrificantes, pois, quanto maior, melhor se
comporta o óleo em vários casos importantes. Assim [6]:

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 No início do funcionamento de um motor, o óleo está frio e vai se aquecendo aos poucos;
quanto menos variar a viscosidade do lubrificante (maior IV), tanto mais uniforme será a
lubrificação.
 Se numa máquina ocorre um aquecimento acidental e o IV do lubrificante é baixo, a
viscosidade pode cair tanto que chega a haver contato direto entre as superfícies metálicas, com
conseqüente desgaste e mesmo engripamento.
O cálculo é feito segundo a norma MB-147 da ABNT. O IV de um óleo é obtido por
comparação com dois óleos padrões, um de IV=100 e outro de IV=0, que tenham, a 98,8ºC
(219ºF), a mesma viscosidade cinemática que o óleo ensaiado (Figura 1) [6].

Figura 1. Variação da viscosidade de um óleo com a temperatura (linha grossa), em comparação


com a de dois óleos-padrão (linhas finas).
Seja:
U = viscosidade cinemática do óleo em estudo a 37,8ºC (100ºF)
L = viscosidade cinemática do óleo padrão de IV = 0 a 37,8ºC
H = viscosidade cinemática do óleo padrão de IV = 100 a 37,8ºC
O IV do óleo em estudo é dado por:

( )

De acordo com índice de viscosidade pode ser estabelecida se um óleo é estável ou instável
com a temperatura, utilizando uma abordagem genérica como o seguinte [8]:
I.V. = 0 - Não estável

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I.V. = 75 - muito estável
I.V. = 200 - Muito estável
2. Objetivos
Os objetivos da prática foram: operar um Viscosímetro Saybolt e medir a viscosidade de
um óleo lubrificante a diferentes temperaturas.
3. Materiais e Métodos
3.1. Materiais
Os materiais utilizados na prática foram: Viscosímetro Saybolt, banho térmico, frasco
receptor de 60ml, termômetros: um para o banho de fluído térmico e outro para o tubo contendo o
óleo lubrificante, cronômetro, pipeta e malha para filtração do óleo lubrificante.
3.2. Procedimento
Inicialmente ligou-se o aquecimento elétrico. O termostato foi regulado na temperatura do
ensaio (37,8oC). Em seguida colocou-se 80 de óleo num béquer que foi aquecido até 2°C acima
da temperatura de ensaio. A saída inferior do tubo do viscosímetro Saybolt foi fechada com uma
rolha, de modo a introduzi-la de 3 a 6mm. Verificou-se que o banho estava à temperatura de
ensaio e essa foi mantida constante durante o escoamento do óleo. Como o óleo era “novo”, ele
foi diretamente despejado no tubo de Saybolt até atingir um nível acima do aro de
transbordamento. A temperatura do óleo no tubo foi homogeneizada utilizando, cuidadosamente,
o termômetro como agitador. Retirou-se o termômetro do tubo quando a temperatura do óleo caiu
até a temperatura de ensaio. Colocou-se o frasco receptor sob o tubo do viscosímetro de modo
que o filete de óleo que correr do tubo toque o frasco e escorra pelo gargalo. Metade da
extremidade superior do tubo foi tampada, deixando o escoamento à pressão atmosférica. Nesse
momento a rolha foi retirada do tubo e a partida no cronômetro foi dada. O cronômetro foi
travado no instante em que o nível do óleo passou pelo traço do frasco. O tempo de escoamento e
a temperatura real foram anotadas. Esse procedimento foi repetido para as temperaturas de 60; 80
e 98,9°C.
4. Resultados e discussão
O experimento consistiu na medição da viscosidade de um óleo lubrificante a diferentes
temperaturas, para isso foram realizados ensaios utilizando o viscosímetro Saybolt Furol. Esse
equipamento fornece a viscosidade em Segundos Saybolt Furol (SSF) que consiste no tempo, em
segundos, para o escoamento de 60 mL da amostra desejada através de um orifício furol sob

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condições padrão de ensaio. Para a realização dos cálculos as viscosidades em SSF foram
transformadas para Segundos Saybolt Universal (SSU), que é a unidade fornecida pelo
viscosímetro Saybolt universal, para tal transformação foi utilizada a Equação (I). A diferença
entre os dois viscosímetros está no diâmetro do tubo capilar que regula o escoamento do fluido,
sendo que o tubo furol permite um escoamento em tempo aproximadamente dez vezes menor do
que o tubo universal. A leitura de tempo do cronômetro será viscosidade Saybolt do fluido, em
Segundos Saybolt Universal (SSU), ou Segundos Saybolt Furol (SSF), conforme o tubo utilizado
[9].
As temperaturas especificadas para cada ensaio, do óleo e do banho térmico, assim como a
viscosidade em Segundos Saybolt Furol e em Segundos Saybolt Universal foram apresentados na
Tabela 1.
Tabela 1. Temperaturas do óleo e do banho térmico e a viscosidade em SSF e em SSU para cada
ensaio com temperatura especificada.
Ensaios Temperaturas Temperatura do Temperatura do Viscosidade Viscosidade
especificadas (ºC) óleo (ºC) banho térmico (ºC) (SSF) (SSU)
1 37,8 37,5 39,9 52,13 521,3
2 60,0 60,0 61,5 23,13 231,3
3 80,0 81,3 81,7 14,85 148,5
4 98.9 94,0 95,7 12,21 122,1

De acordo com a Tabela 1 observa-se que a viscosidade é inversamente proporcional a


temperatura, ou seja, quanto maior a temperatura, menor a viscosidade.
Com o cálculo da viscosidade em Segundos Saybolt Universal, foi construído um gráfico
da viscosidade Saybolt (SSU) em função da temperatura que está representado na Figura 2.

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600

Viscosidade Saybolt (SSU)


y = -6.9337x + 728.65
500 R² = 0.8835
400
300
200
100
0
0 20 40 60 80 100
Temperatura (ºC)

Figura 2: Gráfico Viscosidade Saybolt (SSU) x Temperatura (ºC)


A resistência que um produto de petróleo apresenta para modificar sua viscosidade com a
variação de temperatura é indicada na prática por um simples número adimensional chamado de
Índice de Viscosidade, ou simplesmente IV, cujo cálculo é baseado nas medidas da viscosidade
cinemática às temperaturas de 100ºF e 210ºF. Quanto mais alto o IV, menor o efeito da
temperatura sobre a viscosidade do produto. Com o desenvolvimento técnico dos óleos
lubrificantes, a descoberta de outros campos de petróleo e o desenvolvimento de óleos sintéticos,
assim como o aparecimento de aditivos modificadores de índice de viscosidade, verificou-se a
possibilidade de produzir óleos com índice de viscosidade menor do que 0 e maior do que 100.
Os melhores óleos geralmente possuem índices de viscosidade mais elevados [10].
O índice de viscosidade, IV, do óleo lubrificante utilizado no experimento foi calculado
pela Equação (II) encontrando o valor de 149,7. O valor encontrado é alto, o que significa que a
viscosidade do óleo varia pouco com a variação de temperatura, indicando uma boa qualidade do
óleo.
Transformou-se a viscosidade encontrada em SSU em Viscosidade Cinemática CentiStokes
(VSS). Para tal transformação foram utilizadas para os ensaio 1 e 2 a Equação (V) e para os
ensaios 3 e 4 a Equação (IV). As Viscosidades Cinemáticas CentiStokes encontradas estão
apresentadas na Tabela 2.
Tabela 2. Viscosidade Cinemática CentiStokes para cada ensaio realizado.
Ensaio 1 2 3 4
VCC (cS) 112,5 49,91 31,57 25,68

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A importância da viscosidade está em duas situações opostas: de um lado quando você dá a
partida em baixa temperatura, quando um óleo muito espesso impedirá a correta lubrificação, por
demorar mais a chegar à todas as partes do motor, aumentando o atrito das partes móveis e o seu
conseqüente desgaste. Por outro lado, em alta temperatura, um óleo de baixa viscosidade pode se
revelar muito fino e provocar queda na pressão de óleo e vazamento para a câmara de combustão,
entre outras situações.
4.1 Classificações de óleos lubrificantes
SAE
Esta classificação é dada pela sigla SAE seguida de algarismos numéricos indicando a
viscosidade do fluido. Para fluidos monoviscosos (viscosidade independente da temperatura),
utiliza-se a sigla SAE seguida de um número e quanto maior for esse número, maior será a
viscosidade do fluido. Para óleos multiviscosos, essa classificação possui um número que varia
de 0 a 25, seguido da letra W (“Winter”) , seguida por, que significa inverno em inglês outro
número, que varia de 0 a 50, demonstrando assim, a variação da viscosidade com a temperatura.
Assim, o óleo 20W-40 usado neste experimento, se comporta como um 20 na partida em
menores temperaturas e como um 40 no funcionamento em uma temperatura mais alta. Aumentar
a diferença entre os parâmetros significa maior capacidade do óleo de suportar altas mudanças de
temperaturas, o que faz de um óleo 15W-50 mais adequado para uso em lugares com
temperaturas extremas do que um 20W-40 [11].
Classificação API
A classificação API, que significa American Petrolium Institute, classifica óleos
lubrificantes de acordo com a sua utilização dependendo do ano em que o motor do veículo, no
qual este vai ser utilizado, foi fabricado. A sigla é seguida de duas letras. A primeira representa se
este vai ser utilizado em motores à gasolina ou à diesel, S ou C respectivamente. A segunda esta
diretamente relacionada com o ano que o motor foi fabricado, esta relação está apresentada na
Tabela 3.
Tabela 3. Classificação API para diferentes óleos e seus respectivos intervalos de utilização.
Intervalo de
Classificação
utilização (anos)
API-AS/SB/SC/SD -
API-SE 1971-1979

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API-SF 1980-1989
API-SG 1989-1993
API-SH 1994-1996
API-SJ 1996-2001
API-SL 2001-Dias Atuais

O óleo utilizado neste experimento foi API-SF, e possui propriedades antioxidantes,


antidesgastantes, anticorrosivos e antiferrugem, e de acordo com a Tabela 3, ele somente pode ser
usado em motores com fabricação até 1989. Isso mostra que este óleo não é muito adequado para
o uso em postos de gasolina atuais pois a grande maioria dos carros que trocam o óleo nestes
postos possuem motores fabricados após esta data.
A otimização do experimento poderia ser feita através do controle mais rigoroso da
temperatura que está diretamente relacionada à viscosidade, fazer a medida de tempo com três ou
mais cronômetros para ser feita uma média e um desvio-padrão, pois este fornece diretamente a
medida em SSF. Limpar o equipamento com solvente adequado, imediatamente após a utilização,
a fim de evitar depósitos nas paredes e nos orifícios.
5. Conclusão
O viscosímetro Saybolt Furol foi utilizado para medir a viscosidade de um fluido através da
velocidade de escoamento do mesmo por um orifício. As viscosidades encontradas tanto em SSU
quanto em SSF foram apresentadas na Tabela 1. O índice de viscosidade (IV) foi calculado e o
valor obtido foi 149,7, valor alto que mostra que o fluido apresenta pouca variação da viscosidade
com a temperatura, ou seja, boa qualidade do fluido. A classificação SAE do óleo é 20W- 40 o
que indica que e a classificação API é SF, o que mostra que ele não é recomendado para uso
atual pois ele foi designado para veículos com motores fabricados até 1989.
6. Referências
[1] BRANDÃO, L. V. Produção de goma xantana para recuperação terciária de petróleo por
fermentação da glicerina bruta residual do biodiesel. Prêmio Petrobrás de Tecnologia, 3 ed., 27
p., 2007.
[2] Teoría y Práctica de la Lubricación. Disponível em: <http://www.lubricar.net/teoria.htm>.
Acesso em: 24/09/2011.

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[3] Lei de Newton e Viscosidade. Disponível em:
<http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_a/AULA4_Lei_de_newton.htm>. Acesso
em 24 /09/2011.
[4] CUMBANE, P. J. Guia de Laboratório de Métodos Instrumentais de Análise. Disponível em:
<http://www.slideshare.net/pcumbane/mtodos-instrumentais-de-anlise>. Acesso em: 24/09/2011.
[5] SOLOCAP GEOTECNOLOGIA RODOVIÁRIA. Saybolt Furol. Disponível em:
<http://www.solocap.com.br/detalhe.asp?idcod=VISCOSIMETROSAYBOLTFUROL>. Acesso
em: 24/09/2011.
[6] Viscosidade de Óleos Lubrificantes. Disponível em: <
http://sites.poli.usp.br/d/pqi2110/primarias/apost-lab-pqi2110-2011.pdf>. Acesso em:
24/09/2011.
[7] Guia de Laboratório de Química Geral Experimental II. Universidade de Santa Cecília.
[8] Guia de Laboratório. Viscosidad cinemática e índice de viscosidad. Laboratorio de Mecánica
de Fluidos. Universidad Nacional Experimental del Táchira.
[9] Curso Técnico em Mecânica. Lubrificantes e Lubrificação. CEDTEC – Escola Técnica.
[10] Disponível em: <http://www.lubes.com.br/revista/ed07n04.html>. Acesso em: 24/09/2011.
[11] Classificação dos óleos lubrificantes. Disponível em:
<http://r19club.com/catalogos/classificacao-dos-oleos-lubrificantes-parte-2/>. Acesso
24/09/2011.
Anexo: Memória de Cálculo
1. Viscosidade SSF e SSU
A viscosidade foi determinada medindo-se o tempo de escoamento de 60 mL de óleo
lubrificante em um Viscosímetro Saybolt.
Para a realização dos cálculos, inicialmente transformou-se a viscosidade SSF obtida no
ensaio em SSU pela equação 1:
(I)
Onde SSU é a viscosidade em Segundos Saybolt Universal e SSF é a viscosidade em
Segundos Saybolt Furol.
Para o primeiro ensaio realizado obteve-se:

Os demais resultados são apresentados na Tabela 1A.

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Tabela 1A. Viscosidade SSF, Viscosidade SSU para cada ensaio realizado.
Viscosidade
Ensaio
SSF SSU
1 52,13 521,3
2 23,13 231,3
3 14,85 148,5
4 12,21 122,1

2. Índice de Viscosidade (IV)


O Índice de Viscosidade é calculado de acordo com a equação de Deanny-Davis:
(II)

Sendo os valores de L e H obtidos da Tabela 2A, ingressando com o valor de SSU a


210°F e U o valor de SSU obtido a 100°F.
De acordo com a Tabela 2 tem-se:

Tabela 2A. Valores de L e H para o cálculo do Índice de Viscosidade na equação de Deanny-


Davis.

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3. Viscosidade Cinemática CentiStokes
A viscosidade foi medida pela transformação da Viscosidade Saybolt Universal em
Viscosidade Cinemática CentiStokes (VCC), dada pelas equações:

para (III)

para (IV)
para (V)
Utilizou-se as equações 3, 4 e 5 para o cálculo da VCC, de acordo com o valor de SSU
encontrado na equação 1, obtendo para o primeiro ensaio:

Os resultados dos demais ensaios são apresentados na Tabela 3A.


Tabela 3A. Viscosidade Cinemática CentiStokes para cada ensaio realizado.
Ensaio 1 2 3 4
VCC (cS) 112,5 49,91 31,57 25,68

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