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Medidas preventivas que podem ser tomadas fora da

fase de negociação

Medida 1:

1. Averbação Premonitória: 828 CPC

Respaldo legal: 828CPC: o exeqüente poderá obter uma certidão de que a execução foi admitida pelo
juiz, com identificação das partes, valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de
veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.

Você protocola, o juiz despacha e manda citar o réu para pagar. Se o réu não pagar em 15 dias,
procuram-se bens para penhora. Isso pode levar meses ou anos. Nesse meio do caminho, o
executado tem todas as chances de se desfazer do patrimônio ou ser penhorado por outros credores.
Para te livrar dessa demora no processo, faz-se de logo a averbação premonitória.

É medida para evitar a fraude a execução.

Quando pode ser requerida: na execução de títulos executivos extrajudiciais (cabe no cumprimento
de sentença, mas existe outra medida mais efetiva).

- Colocar em destaque já na petição inicial executiva.

- O Juiz despacha a inicial e manda citar (juiz admitiu a execução)

- O exeqüente pede a averbação da certidão em todos os órgãos possíveis (registro de imóveis,


Detran, Junta Comercial, Anac)

IMPORTANTE: se o cartorário se negar a fazer essa averbação, fazer com urgência um requerimento
ao juiz diretor do foro.

Se a autoridade do DETRAN deixar de fazer a averbação premonitória, mandado de segurança.

Junta comercial: se houver negativa, cabe MS; o mesmo na ANAC

No prazo de 10 dias de cada averbação, deve comunicar ao juízo do processo.

Formalizada a penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exeqüente
providenciará, no prazo de 10 dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não
penhorados, para que não haja prejuízo ao executado.

O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a requerimento, caso o exeqüente


não faça no prazo.
Alerta prático: ir pessoalmente ao cartório e conversar com o cartorário e explicar que precisa com
urgência para evitar fraude à execução; se não providenciar, falar com o juiz; se não, ouvidoria.

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