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2 –Elementos concretos que evidenciem o perigo de dano (normalmente para tutela antecipatória)

Ex. acidente de trânsito. O réu foi responsável pela morte de uma pessoa, e essa pessoa sustentava o
cliente. Vai pedir indenização e uma pensão mensal. Se não antecipar os alimentos, o cliente não vai
ter condições de subsistência. Deve mostrar de todas as formas no caso concreto, saldo bancário etc.

O juiz não vai presumir que o menor vai morrer de fome, vai presumir que tem outros parentes ou
qualquer outra coisa.

Se não tiver prova de que o cliente corre perigo de dano, não pedir, para não ficar postulando no
vazio.

3 – Elementos concretos que evidenciem risco ao resultado útil do processo

Se tem algo ameaçando que o credor não consiga receber o direito, a tutela é cautelar.

Ex. se o executado levantar um alvará que tem para receber em outro processo, o credor nunca mais
vai receber nada. O credor pode pedir a penhora desse crédito, mas até que a penhora seja efetivada
e o juízo comunicado, o executado pode levantar esse dinheiro e sumir com ele. Então é possível que
peça uma cautelar para que o juiz oficie ao juiz do outro processo impedindo o levantamento até que
seja formalizada a penhora no processo principal, transferido ao processo principal, pois caso
contrário, o processo principal (em que o nosso cliente é credor) pode se tornar inútil.

Na maioria das vezes em que há cheiro de calote, é essa medida que se pede: réu se desfazendo de
bens, várias pessoas entrando com ação contra o devedor etc.

Ressaltar sempre o perigo de dano, pois se o juiz não conceder essa medida, o Estado pode causar
um prejuízo ao cliente, pois pode nunca mais receber, e o Estado não existe para causar prejuízo,
mas para garantir direitos. Em seguida, dar segurança ao juiz para conceder a liminar.

As vezes a probabilidade do direito depende apenas da interpretação da lei, então o argumento deve
ser bem claro para que o juiz fique convencido. Ou seja, as vezes vai ser só um raciocínio jurídico,
como em questões tributárias, por cobranças indevidas.

Sempre buscar confirmação na jurisprudência.

Exemplo de medidas cautelares: 301 CPC

- Arresto: apreensão de quaisquer bens

- Sequestro: apreensão de um bem específico

- Arrolamento de bens: só relaciona, para preservação de direitos. Muito importante no direito de


família, em inventário, nas dissoluções de sociedade.
Ex. o casal teve uma briga e se separou. A mulher está impedindo o marido de voltar para casa e ele
está querendo propor uma ação de separação. Se esses objetos não forem arrolados, quando houver
a separação, pode não adiantar nada e os bens sumirem.

Na prática, o cliente vai escrever no papel todos os bens que lembra que tem na casa, e o oficial de
justiça vai conferir os bens para que sejam separados.

- Registro de protesto contra a alienação de bens.

Pouco usada na prática, mas efetiva. Ainda há uma ação de conhecimento, mas pede para que se
lavre um protesto contra a alienação de bens. O juiz intima a parte e esse documento serve para que
se registre na matrícula do imóvel. Pode ser que se presuma a fraude pois registrado na matrícula do
bem. Pouco usada, mas muito interessante.

- Quaisquer outras medida idônea para asseguração do direito

É interessante procurar pedir sempre a pedida menos gravosa para dar segurança para que o juiz
defira e não sinta que você está querendo penalizar a parte contrária.

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