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Ex. acidente de trânsito. O réu foi responsável pela morte de uma pessoa, e essa pessoa sustentava o
cliente. Vai pedir indenização e uma pensão mensal. Se não antecipar os alimentos, o cliente não vai
ter condições de subsistência. Deve mostrar de todas as formas no caso concreto, saldo bancário etc.
O juiz não vai presumir que o menor vai morrer de fome, vai presumir que tem outros parentes ou
qualquer outra coisa.
Se não tiver prova de que o cliente corre perigo de dano, não pedir, para não ficar postulando no
vazio.
Se tem algo ameaçando que o credor não consiga receber o direito, a tutela é cautelar.
Ex. se o executado levantar um alvará que tem para receber em outro processo, o credor nunca mais
vai receber nada. O credor pode pedir a penhora desse crédito, mas até que a penhora seja efetivada
e o juízo comunicado, o executado pode levantar esse dinheiro e sumir com ele. Então é possível que
peça uma cautelar para que o juiz oficie ao juiz do outro processo impedindo o levantamento até que
seja formalizada a penhora no processo principal, transferido ao processo principal, pois caso
contrário, o processo principal (em que o nosso cliente é credor) pode se tornar inútil.
Na maioria das vezes em que há cheiro de calote, é essa medida que se pede: réu se desfazendo de
bens, várias pessoas entrando com ação contra o devedor etc.
Ressaltar sempre o perigo de dano, pois se o juiz não conceder essa medida, o Estado pode causar
um prejuízo ao cliente, pois pode nunca mais receber, e o Estado não existe para causar prejuízo,
mas para garantir direitos. Em seguida, dar segurança ao juiz para conceder a liminar.
As vezes a probabilidade do direito depende apenas da interpretação da lei, então o argumento deve
ser bem claro para que o juiz fique convencido. Ou seja, as vezes vai ser só um raciocínio jurídico,
como em questões tributárias, por cobranças indevidas.
Na prática, o cliente vai escrever no papel todos os bens que lembra que tem na casa, e o oficial de
justiça vai conferir os bens para que sejam separados.
Pouco usada na prática, mas efetiva. Ainda há uma ação de conhecimento, mas pede para que se
lavre um protesto contra a alienação de bens. O juiz intima a parte e esse documento serve para que
se registre na matrícula do imóvel. Pode ser que se presuma a fraude pois registrado na matrícula do
bem. Pouco usada, mas muito interessante.
É interessante procurar pedir sempre a pedida menos gravosa para dar segurança para que o juiz
defira e não sinta que você está querendo penalizar a parte contrária.