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pelado.htm

http://www.efdeportes.com/efd136/aplicacao-do-teste-de-gr3-3gr-em-futebol.htm
http://www.efdeportes.com/efd134/futebol-estudo-comparativo-entre-pisos-sintetico-e-
pelado.htm

Análise do comportamento tático em


jogos reduzidos de
futebol: estudo comparativo entre
pisos sintético e pelado
Análisis del comportamiento táctico en juegos reducidos de fútbol:
estudio comparativo entre pisos sintético y de tierra
Analysis of tactical behaviours in small-sided soccer games:
comparative study between soccer grounds-gravel field and synthetic
field
Prof. Ms. Israel Teoldo da
Costa* *** | Prof. Dr. Júlio
Garganta***
*Centro Universitário de Belo Horizonte, UNI-BH, Belo Horizonte, MG, Brasil Prof. Dr. Pablo Juan Greco**
**Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil Profa. Dra. Isabel
***Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto Mesquita***
CIFI2D, FADEUP, Porto, Portugal
Prof. Bernardo Silva*** |
Prof. Ezequiel Müller***
Prof. Daniel Castelão***
israelteoldo@gmail.com
Resumo
Com este trabalho pretende-se comparar as ações de jogo realizadas por jogadores de Futebol da categoria de
Juniores, em campo sintético e em campo pelado, com o intuito de constatar se existem diferenças significativas em relação
à frequência de ocorrência dos princípios táticos adotados pelos jogadores nos dois tipos de piso. A amostra consiste em
1710 ações táticas desempenhadas por 12 atletas Sub-20, sendo 824 ações no campo relvado e 786 em campo pelado. O
instrumento utilizado para a recolha e análise de dados foi o teste “GR3-3GR” que perminte avaliar as ações táticas de
acordo com dez princípios táticos fundamentais do jogo de Futebol. Foi realizada a análise descritiva e o teste do Qui-
quadrado (²‫)א‬, com um nível de significância (p≤0,05). Os resultados indicaram que os comportamentos táticos realizados
no teste “GR3-3GR”, em campo sintético e em campo pelado, não apresentaram variações significativas no que diz respeito
à frequência de ocorrência, em função da aplicação dos princípios táticos, tanto no que se reporta à sua localização como
aos seus resultados. Em função disso, conclui-se que o teste “GR3-3GR” oferece condições para ser aplicado tanto em
campo pelado quanto em campo sintético.
Unitermos: Futebol. Performance tática. Campo pelado. Campo sintético. Princípios de jogo

Abstract
The aim of this study is to compare tactical soccer principles performed by junior players in two kinds of soccer
ground - gravel field and synthetic field -, in order to check significant differences between the respective occurrence
frequencies, place of action and tactical outcome. The sample consists in 1710 tactical actions performed by 12 athletes’
Under-20, with 824 actions in the synthetic field and 786 in the gravel field. The test "GK3-3GK" was used to provide the
evaluation of tactical actions according to ten basic tactical principles of soccer game. For data analysis it was used a
descriptive analysis and chi-square (à²) test (p ≤ 0.05). Significant differences were not found between the frequencies of
occurrence, place of action and tactical outcome, of game principles performed by the players in synthetic field and gravel
field. That seems to mean that the test "GK3-3GK" can be similarly applied in the two kinds of field.
Keywords: Soccer. Tactical performance. Soccer ground. Game principles

Financiamento: Com o apoio do Programa AlBan, Programa de bolsas de alto nível da União Européia para América Latina,
bolsa nº E07D400279BR.
Esse trabalho foi apresentado na forma de pôster no II Congresso Internacional de Deportes de Equipo realizado na
Universidade da Coruña, A Coruña – Espanha – Maio 2009.
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 134 - Julio de 2009

1/1
1.Introdução

Os comportamentos táticos inerentes aos jogos desportivos coletivos têm sido tema de
vários estudos (Bayer, 1986; Gréhaigne & Guillon, 1992; Konzag, 1983; Teodorescu, 1977) que
realçam a elevada importância desta faceta no âmbito da performance de jogadores e de
equipes. No Futebol, as interações geradas pelas equipes nas diferentes situações de jogo
requerem uma ajustada e continuada atitude tática dos jogadores, na medida em que os
mesmos são chamados a perceber e até a antecipar as movimentações dos companheiros e dos
adversários, formulando respostas ajustadas, baseadas em princípios de jogo que
consubstanciam regras de ação para jogar de modo eficaz.

Sendo o jogo uma fonte essencial de informação a propósito do rendimento dos jogadores, a
denominada análise do jogo viabiliza, em grande parte, o processo de obtenção e registo de
informações respeitantes ao modo como os executantes põem em prática os princípios
ofensivos e defensivos que configuram o seu comportamento em campo. Diante da necessidade
de analisar o jogo para obter informação acerca do desempenho dos jogadores e das equipes,
alguns pesquisadores têm recorrido à Análise Notacional (Hughes & Franks, 1997) e à
Metodologia Observacional (Anguera, 1992; Anguera, Blanco, Losada, & Hernández, 2000), que
permitem ao treinador e/ou ao pesquisador aceder às informações consideradas mais
relevantes, no que respeita ao desempenho dos jogadores e às tendências do jogo (Garganta,
1997).

Todavia, e nomeadamente na formação, na tentativa de estudar tais comportamentos, nem


sempre é possível estandardizar/uniformizar algumas das condições de realização das situações,
como é o caso da natureza dos pisos em que as ações decorrem. Ora isso pode obstar à
fiabilidade e à validade dos estudos efetuados, com implicações determinantes na eventual
distorção das conclusões a retirar. Portanto, impõe-se que sejam testadas tais condições, de
modo a garantir-se que as mesmas não constrangem os comportamentos táticos, em relação às
variáveis que se pretende avaliar.

No presente estudo visa-se comparar os comportamentos realizados por jogadores juniores


no teste “GR3-3GR”, em campo sintético e em campo pelado, a fim de que seja possível
constatar se existem diferenças na frequência de ocorrência dos princípios táticos adotados
pelos jogadores.
2. Material e métodos

2.1. Amostra

Foram avaliadas 1710 ações táticas desempenhadas por 12 atletas Sub-20, sendo 824 ações
no campo relvado e 786 em campo pelado. As ações nas quais os jogadores não se
movimentaram, ou estavam fazendo reposição de bola, não foram consideradas nesse estudo.

2.2. Instrumento

O instrumento utilizado para a recolha e análise de dados foi o teste “GR3-3GR”,


desenvolvido no Centro de Estudos dos Jogos Desportivos da Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto (CEJD-FADEUP).

O teste “GR3-3GR” é aplicado em um campo reduzido de 36 metros de comprimento por 27


metros de largura, durante 4 minutos de jogo. Durante a sua aplicação é solicitado aos
jogadores avaliados que joguem de acordo com as regras oficiais do jogo, com exceção da
regra de “impedimento”.

Esse teste permite avaliar as ações táticas desempenhadas por cada um dos jogadores
participantes de acordo com dez princípios táticos fundamentais do jogo de futebol, com a
localização da realização do princípio no campo de jogo e com o resultado final da ação tática.

2.3. Procedimentos

A recolha de dados foi efetuada em dois clubes portugueses, com o consentimento dos seus
responsáveis. Foram formadas duas equipes e os atletas receberam uma breve explicação
relativa ao objectivo do teste. Todos os jogadores tinham os seus coletes numerados do modo
a facilitar a respectiva identificação. Foram concedidos aos jogadores 30 segundos de
“familiarização”, findos os quais se deu início ao teste.

2.4. Material

Para a gravação dos jogos foi utilizada uma câmara digital PANASONIC modelo NV –
DS35EG. O material de vídeo obtido foi introduzido, em formato digital num computador portátil
(marca LG modelo E500 processador Intel T2370) via cabo (IEEE 1394), convertendo-os em
ficheiros “.avi”. Para o tratamento de imagem e análise do jogo foi utilizado o software Utilius
VS, software informático específico destinado à análise e arquivo dos registos observados.
A categorização do material foi realizada a posteriori, com recurso ao software Utilius VS, e
com base num sistema de observação sistemática em contexto natural desenvolvido para tal
efeito em que se combinou sistema de categorias e formato de campo.

2.5. Análise estatística

Para o tratamento dos dados foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for Social
Science) for Windows®, versão 17.0. Foi realizada a análise descritiva (frequência, percentual)
para as variáveis (princípio, localização e resultado). A distribuição normal dos dados foi
verificada através do teste de Kolmogorov-Smirnov e a homogeneidade das variáveis foi
assegurada pelo teste de Levene. O teste Qui-quadrado (²‫)א‬, com um nível de significância de
p<0,05 foi aplicado para analizar a associação entre princípios efetuados entre os dois tipos de
pisos. O teste Qui-quadrado, estabelece a comparação entre as frequências reais e as
esperadas e fornece-nos os resíduos ajustados, que se devem situar entre [-1,96, 1,96], sendo
que os valores negativos indicam uma frequência real inferior à esperada e os valores positivos
uma frequência real superior à esperada (Pestana & Gageiro, 2003). O coeficiente Kappa de
Cohen foi utilizado para verificar a fiabilidade inter-observador e intra-observador

2.5.1. Análise da fiabilidade

As observações do teste “GR3-3GR” foram realizadas por dois observadores treinados e que
possuíam concordância inter-observador acima de 0,80. Foi também verificada a fiabilidade
intra-observador, recorrendo-se ao índice Kappa de Cohen (SPSS 17.0 for Windows®). Para
efeitos de aferição da fiabilidade, foram reavaliadas 270 ações táticas desempenhadas dos
jogadores, representando 15,5% da amostra, ou seja, um valor superior ao de referência
(10%) apontado pela literatura (Tabachnick & Fidell, 1989).

As sessões para determinar a fiabilidade intra-observador foram realizadas com um intervalo


de 10 dias. Os resultados da fiabilidade intra-observadores exibiram valores de Kappa de 0,86
(erro padrão 0,030) e 0,90 (erro padrão 0,027) para o primeiro e o segundo avaliadores,
respectivamente, sendo portanto superiores aos valores de referência (0,75) apontados pela
literatura (Bakeman & Gottman, 1989; Fleiss, 1981).

3. Resultado e discussão

Os resultados referentes às ações táticas desempenhadas pelos jogadores no teste “GR3-


3GR” são aqui apresentados seguindo a sequência de critérios avaliados no próprio teste, ou
seja, serão mencionadas primeiramente as informações relativas às frequências das ações por
cada princípio, depois a localização de execução das mesmas no campo de jogo e os seus
resultados.
3.1. Ações táticas em função dos princípios

A Tabela 1 mostra o número de ações realizadas pelos jogadores para cada um dos
princípios avaliados no teste, sendo que os princípios ofensivos estão destacados a itálico.

Tabela 1. Frequência dos princípios de jogo

Sintético Pelado

Princípios N % N %

Penetração 43 5,2 44 5,6

Cobertura ofensiva 96 11,7 107 13,6

Espaço 166 20,2 143 18,2

Mobilidade 33 4,0 25 3,2

Unidade ofensiva 57 6,9 62 7,9

Contenção 36 4,4 57 7,3

Cobertura defensiva 2 0,2 2 0,3

Equilíbrio 109 13,2 89 11,3

Concentração 66 8,0 54 6,9

Unidade defensiva 216 26,2 203 25,7

Total 824 100,0 786 100,0

Ao analisar o conjunto dos princípios táticos realizados pelos jogadores nos dois tipos de
pisos, verifica-se um total de 824 ações táticas realizadas no piso sintético e 786 no piso
pelado. Ao analisá-las conforme as fases de jogo, defensiva e ofensiva, percebe-se que as
percentagens das ações realizadas nos dois campos são maiores na fase defensiva, a saber: no
campo sintético 47,9% na fase ofensiva e 52,1% na fase defensiva; e no campo pelado 48,5%
na fase ofensiva e 51,5% na fase defensiva.

Ao comparar os dados referentes às ações desempenhadas nos dois tipos de piso, verifica-se
que a frequência das ações do princípio de “contenção” evidencia uma variabilidade mais
acentuada (65,9% de variação) em relação às demais. Tal pode ser explicado devido às
maiores dificuldades de se controlar a bola no campo pelado, o que estimula o jogador que
defende a realizar ações directas sobre o portador da bola.
Foi aplicado o teste qui-quadrado entre as ações táticas realizadas no campo sintético e as
ações táticas efetuadas no campo pelado, sendo que se verificou uma relação de independência
entre as variáveis. Esse resultado permite-nos dizer que a realização do teste “GR3-3GR” no
campo sintético e no campo pelado não apresenta implicações negativas referentes à
frequência de ações táticas desempenhadas pelos jogadores.

3.2. Localização de realização das ações táticas

Na Tabela 2 observa-se as frequências de ocorrência das ações táticas desempenhadas pelos


jogadores, de acordo com a respectiva localização em campo. Verifica-se que em ambos os
pisos a frequência dos resultados são próximas, sendo desempenhadas mais ações táticas no
meio campo defensivo que no meio campo ofensivo.

Tabela 2. Localização de realização das ações táticas

Sintético Pelado

Localização N % N %

P. Ofensivos

Meio Campo Ofensivo 148 18,0 149 19,0

Meio Campo Defensivo 197 23,9 181 23,0

P. Defensivos

Meio Campo Ofensivo 247 30,0 232 29,5

Meio Campo Defensivo 232 28,1 224 28,5

Total 824 100,0 786 100,0

Ao analisar as ocorrências das ações táticas conforme os princípios de jogo e a zona (meio
campo defensivo e meio campo ofensivo) nota-se que no piso sintético 48,4% das ações táticas
relativas aos princípios defensivos foram realizadas no meio campo defensivo, e 51,6% tiveram
lugar no campo ofensivo, enquanto que 57,1% das ações correspondentes aos princípios
ofensivos foram realizadas no meio campo defensivo e 42,9% no meio campo ofensivo. No
campo pelado, 49,1% das ações táticas referentes aos princípios defensivos ocorreram no meio
campo defensivo e 50,9% no campo ofensivo, enquanto que para as ações dos princípios
ofensivos 54,9% foram efetuadas no meio campo defensivo e 45,1% no campo de ofensivo.

Na comparação entre os dois pisos observa-se similaridade entre as frequências das ações
táticas em função da sua localização, ou seja, tanto no campo pelado quanto no campo
sintético houve maior frequência de ações ofensivas no meio campo defensivo e de ações
defensivas no meio campo ofensivo. Esse resultado mostra que os jogadores apresentaram
comportamentos semelhantes no teste independentemente do tipo de piso no qual eles estão a
jogar.

3.3. Resultado das ações táticas

A Tabela 3 mostra a frequência das ações em função dos resultados obtidos no teste “GR3-
3GR”.

Tabela 3. Resultados das ações

Sintético Pelado

Resultados N % N %

Fase Ofensiva

Remate à Baliza 23 2,8 37 4,7

Manutenção da posse de bola 334 40,5 294 37,4

Perda da posse bola 38 4,6 50 6,4

Fase Defensiva

Recuperação da Posse de
38 4,6 57 7,3
bola

Posse de bola do adversário 373 45,3 322 41,0

Remate do adversário à
18 2,2 26 3,2
baliza

Total 824 100,0 786 100,0

A partir da aplicação do teste foram gerados cinco resultados, tanto em ações ofensivas
como defensivas. De modo a facilitar a apresentação dos dados e a respectiva compreensão,
optou-se por aglutinar algumas variáveis. Sendo assim, os possíveis resultados do teste “GR3-
3GR” para a fase ofensiva (remate da equipe atacante à baliza, sequência da equipe atacante,
sequência fragmentada da equipe atacante, sequência fragmentada da equipe defensora e
sequência da equipe defensora) foram agrupados em três categorias: remate à baliza,
manutenção da posse de bola (sequência da equipe atacante + sequência fragmentada da
equipe atacante) e perda da posse de bola (sequência fragmentada da equipe defensora +
sequência da equipe defensora). Na fase defensiva os resultados do teste “GR3-3GR”
(sequência da equipe defensora, sequência fragmentada da equipe defensora, sequência
fragmentada da equipe atacante, sequência da equipe atacante e remate da equipe atacante)
também foram agrupados em três categorias, a saber: recuperação da posse de bola
(sequência da equipe defensora + sequência fragmentada da equipe defensora), posse de bola
do adversário (sequência fragmentada da equipe atacante + sequência da equipe atacante) e
remate do adversário à baliza.

Ao analisar os dados referentes à fase ofensiva, percebe-se que no campo sintético se


rematou 23 vezes à baliza, enquanto que no campo pelado se contabilizou 37 remates
(variabilidade de 68,8%), o que indicia que as equipes estudadas denotaram uma tendência
superior para rematar à baliza no campo pelado. No piso sintético nota-se maior frequência na
manutenção da posse de bola do que no campo pelado, isto pode ser devido ao tipo de piso
que facilita a troca de passes e o domínio da bola por parte dos jogadores.

Em relação às ações de defesa, os resultados mostram que os jogadores conseguiram


recuperar a posse de bola em apenas 4,6% e 7,5% das situações no campo sintético e pelado,
respectivamente. Ainda em relação à fase defensiva, constata-se que houve maior frequência
de remate do adversário à baliza no campo pelado, quando comparado com o campo sintético
(variabilidade de 51,8%).

4. Conclusão

No presente estudo, os comportamentos táticos realizados por jogadores juniores no teste


“GR3-3GR”, em campo sintético e em campo pelado, não apresentaram variações significativas
no que diz respeito à frequência de ocorrência, em função da aplicação dos princípios táticos,
tanto no que se reporta à sua localização como aos seus resultados.

Em função disso afigura-se plausível afirmar que o teste “GR3-3GR” oferece condições para
ser aplicado na avaliação das ações táticas relacionadas com os princípios de jogo de Futebol,
tanto em campo pelado quanto em campo sintético, dado que o tipo de piso não diferencia os
comportamentos táticos em análise.

Referências

• Anguera, M. (1992). Metodologia de la observacion en las ciencias humanas.


Madrid: Catedra.
• Anguera, M., Blanco, A., Losada, J., & Hernández, A. (2000). La metodología
observacional en el deporte: Conceptos básicos. Lecturas: EF y Deportes.
Revista Digital, 5 (25). http://www.efdeportes.com/efd25b/obsvol.htm
• Bakeman, R., & Gottman, J. M. (1989). Observación de la interacción:
Introducción al análisis secuencial. Madrid: Ediciones Morata, S.A.
• Bayer, C. (1986). La enseñanza de los juegos deportivos colectivos. Barcelona:
Hipano-Europea.
• Fleiss, J. L. (1981). Statistical Methods for Rates and Proportions (2 ed.): Wiley-
Interscience.
• Garganta, J. (1997). Modelação táctica do jogo de futebol – estudo da
organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. Porto:
Universidade do Porto. Dissertação de Doutoramento (não publicada).
Universidade do Porto: Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação
Física.
• Gréhaigne, J., & Guillon, R. (1992). L´utilisation des jeux d´opposition a
l´école. Revue de l' Education Physique, 32 (2), 51-67.
• Hughes, C., & Franks, I. (1997). Notational analysis of sport. London: E. & F.N
Spon.
• Konzag, I. (1983). La formazione tecnico-tattica nei giochi. Rivista di Cultura
Sportiva, 2, 14-20.
• Pestana, M. H., & Gageiro, J. N. (2003). Análise de dados para ciências sociais:
a complementaridade do SPSS (3ª ed., rev). Lisboa Edições Sílabo.
• Tabachnick, B., & Fidell, L. (1989). Using Multivariate Statistics. New York:
Harper & Row Publishers.
• Teodorescu, L. (1977). Théorie et méthodologie des jeux sportifs. Paris: Les
Editeurs Français Réunis.

Outros artigos em Portugués


http://www.efdeportes.com/efd136/aplicacao-do-teste-de-gr3-3gr-em-futebol.htm

Influência de tipo de piso, dimensão das


balizas e tempo
de jogo na aplicação do teste de ‘GR3-
3GR’ em futebol
Influencia del tipo de piso, tamaño de los arcos y tiempo de juego en la
aplicación del test ‘GK3-3GK’ en fútbol
Influence kind of ground, size of goalposts and the quantity of the time in
the application of the test of ‘GK3-3GK’
Israel Teoldo da
Costa*
israelteoldo@gmail.com
*Centro Universitário de Belo Horizonte, UNI-BH, Belo Horizonte, MG (Brasil) Júlio Garganta***
**Centro de Estudos em Cognição e Ação (CECA), Escola de Educação Física, Fisioterapia jgargant@fade.up.pt
e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (CECA/EEFFTO/UFMG) Pablo Juan
***Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto,
CIFID, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) (Portugal)
Greco**
grecopj@ufmg.br
Isabel
Mesquita***
imesquita@fade.up.pt
Resumo
A avaliação do conhecimento táctico tem sido tema de muitos estudos que visam compreender a sua manisfestação
no jogo. Entretanto, são raros os instrumentos existentes na literatura que se propõe a avaliar esse tipo de
conhecimento, devido a dificuldade de observá-lo e quantificá-lo a partir do jogo. Especificamente no Futebol não há
nenhum instrumento disponível na literatura que permite avaliar o conhecimento táctico processual dos jogadores a
partir de situações reduzidas. Por esse motivo, foi desenvolvido o Teste de “GR3-3GR” que permite avaliar o
desempenho do jogador consoante a dez princípios tácticos do futebol, a localização de realização da acção táctica e
o seu resultado. O objetivo desse trabalho foi analisar se o tipo de piso, a dimensão das balizas e o tempo de jogo
afectam a aplicação do Teste “GR3-3GR” em Futebol. A amostra consiste em 6713 acções tácticas desempenhadas
por 80 jogadores provenientes de 4 escalões de futebol. O instrumento utilizado para a recolha e análise de dados foi
o teste “GR3-3GR”. Foi realizada a análise descritiva e o teste do Qui-quadrado (²‫)א‬. Os resultados não mostraram
diferenças significativas (p≤0,05) em nenhuma das variáveis analisadas. Conclui-se que essas variáveis não afectam
drasticamente o comportamento táctico dos jogadores. Logo, afigura-se pertinente afirmar que o teste poderá ser
aplicado em quatro minutos, nesses dois tipos de pisos (sintético ou pelado) e com balizas de Futebol de Sete ou de
Futsal.
Unitermos: Futebol, tática, princípios táticos, jogos reduzidos, avaliação.

Abstract
The assessment of the tactical knowledge has been the subject of many studies in sports. Though there are few tools
in the literature that evaluates the tactical knowledge, because it is very difficult to see it from the game. In soccer
there is no tool available for assessing the tactical procedural knowledge of the players from small-sided games.
Therefore, the "GK3-3GK" test was developed for evaluating the performance of the player. This test considers ten
tactical principles of the game, the place and outcome of the tactical action. The aim of this study was to analyze the
influence kind of ground, size of goalposts and the quantity of the time in tactical behaviours performed by the soccer
players in “GK3-3GK” test. The sample consists in 6713 tactical actions performed by 80 athletes from four youth
teams. The "GK3-3GK" test was used to provide the evaluation of tactical actions. For data analysis it was used a
descriptive analysis and chi-square (‫א‬²) test (p < 0.05). The results showed no significant differences between the
frequencies of occurrence, place of action and tactical outcome, of game principles performed by the players in any of
the variables. Therefore, it seems unreasonable to assume that the test could be applied in synthetic field and gravel
field, during four minutes and with Seven Football or Futsal goalposts.
Keywords: Soccer. Tactics. Tactical principles. Small-sided games. Evaluation.

Financiamento: Com o apoio do Programa Alβan, Programa de bolsas de alto nível da União Européia para América
Latina, bolsa nº E07D400279BR.
Esse trabalho foi apresentado na forma de comunicação oral na 3ª Conferência Alβan realizada na Faculdade de
Desporto da Universidade do Porto, Portugal, Junho 2009
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 136 - Septiembre de 2009

1/1
Introdução

A análise da performance táctica no Futebol tem adquirido nos últimos anos elevada
importância para investigadores e treinadores, na medida em que ambos estão interessados em
conhecer o tipo de acções que se associam a eficácia das equipas: uns, com o intuito de
aumentar os conhecimentos acerca do processo, do conteúdo e da lógica do jogo; outros, com
o objetivo de modelar as situações de treino na procura da eficácia competitiva (Garganta,
1998).

Os jogos reduzidos (ex. 3x3, 4x4, etc.) têm sido amplamente utilizados por treinadores de
futebol de todos os níveis de competição, desde os escalões de formação até os seniores. Os
treinadores optam por utilizar esse tipo exercício nos treinamentos porque os jogos reduzidos
possibilitam aos jogadores vivenciar experiências de situações, em qualidade e quantidade, que
podem ocorrer com maior probabilidade durante o jogo (11x11). Além disso, os jogos reduzidos
também possuem a vantagem de permitir ao treinador constranger as situações, de modo a
induzir a solicitação das acções que necessitam ser predominantemente treinadas, de forma a
facilitar a compreensão dos aspectos tácticos e a melhorar a performance.

A partir dessa constatação, o mapeamento da lógica interna do jogo afigura-se uma condição
basilar para a utilização de um instrumento que clarifique a estrutura de performance do jogo,
fundamentalmente, no que respeita aos constrangimentos de natureza táctica. Tal premissa
baseia-se em três fatores:

1. a maioria das acções no jogo ocorre sem que os jogadores disponham da bola
(Garganta, 1997);
2. jogadores com limitado domínio das habilidades técnicas podem jogar Futebol
se tiverem compreensão táctica do jogo (Oslin, Mitchell, & Griffin, 1998);
3. a falta de conhecimento e o raciocínio táctico ineficaz são causas para a
execução errada da habilidade técnica (Teodorescu, 1984).

Diante desse contexto, objetivou-se com o presente estudo analisar se o tipo de piso, a
dimensão das balizas e o tempo de jogo afectam a aplicação do Teste “GR3-3GR” em Futebol.

Material e métodos

Participantes e amostra

Participaram do estudo 80 jogadores de futebol, sendo 16 provenientes do escalão Escolas


(sub-11), 24 dos Infantis (sub-13), 8 dos Iniciados (sub-15) e 32 dos Juniores (sub-20). Foram
analisadas 6713 acções tácticas desempenhadas por todos estes jogadores. As acções nas
quais os jogadores não se movimentaram, ou estavam fazendo reposição de bola, não foram
consideradas no estudo.

Instrumento

O instrumento utilizado para a recolha e análise de dados foi o Teste “GR3-3GR” desenvolvido
no Centro de Estudos dos Jogos Desportivos da Faculdade de Desporto da Universidade do
Porto (CEJD-FADEUP).

O Teste “GR3-3GR” é aplicado num campo reduzido de 36 metros de comprimento por 27


metros de largura, durante 4 minutos de jogo. Durante a sua aplicação é solicitado aos
jogadores avaliados que joguem de acordo com as regras oficiais do jogo, com excepção da
regra de “fora-de-jogo”.

O teste visa avaliar as acções tácticas desempenhadas por cada um dos jogadores
participantes, com e sem bola, de acordo com dez princípios tácticos fundamentais do jogo de
Futebol, tendo em conta a localização da acção no campo de jogo e o resultado final da
mesma.

Procedimento

A recolha de dados foi efectuada em clubes portugueses, com o consentimento dos seus
responsáveis. Para a aplicação do teste procedeu-se a uma breve explicação dos respectivos
objectivos e formou-se equipas para jogarem entre si.

Para verificar a relação da variável “tempo” com os comportamentos dos jogadores, o Teste
“GR3-3GR” foi aplicado em dois períodos de 4 minutos, denominados nesta investigação como
primeiro e segundo tempos. Entre esses períodos, as equipas mudavam de campo de jogo, sem
disporem de pausa para descanso.

Material

Para a gravação dos jogos foi utilizada uma câmara digital PANASONIC modelo NV – DS35EG.
Para o tratamento de imagem e análise do jogo recorreu-se aos programas informáticos Utilius
VS® e Soccer Analyser®.

Análise estatística

O software SPSS for Windows®, versão 17.0 foi usado para tratamento dos dados, tendo-se
recorrido à estatística descritiva, nomeadamente média, desvio-padrão, frequência, percentual
e variação percentual. Verificou-se a distribuição normal dos dados através do teste de
Kolmogorov-Smirnov (p<0,05) e recorreu-se ao teste do qui-quadrado (²‫)א‬, com um nível de
significância de p<0,05, para verificar a associação entre a aplicação dos princípios efectuados
e as variáveis “tipo de piso”, “dimensão das balizas” e “tempo de jogo”. O coeficiente Kappa de
Cohen foi utilizado para aferir a fiabilidade das observações intra e inter-observadores.

Análise da fiabilidade

As observações foram realizadas por três observadores treinados que apresentaram


concordâncias inter-observadores de 0,93 (erro padrão=0,01), 0,82 (erro padrão=0,02) e 0,85
(erro padrão=0,02). Para efeitos de aferição da fiabilidade, foram reavaliadas 1190 acções
tácticas (678 “tempo de jogo”, 270 “tipo de piso”, 242 dimensão das balizas”), o que representa
17,73% da amostra, portanto, acima do valor de referência (10%), apontado pela literatura
(Tabachnick & Fidell, 1989). Os resultados da fiabilidade intra-observadores exibiram valores de
0,95 (erro padrão=0,014), 0,89 (erro padrão=0,022) e 0,92 (erro padrão=0,018) para os três
avaliadores, como tal, também superiores aos valores de referência (0,61) apontados pela
literatura (Landis & Koch, 1977).

Resultados e discussão

Tipo de piso

Foram avaliadas 1710 acções tácticas desempenhadas por 16 jogadores da categoria juniores,
das quais 824 acções ocorreram no campo relvado e 786 no campo pelado (vide Tabela 1).
Verificou-se que os comportamentos tácticos realizados pelos jogadores no Teste “GR3-3GR”,
em campo sintético e em campo pelado, não apresentaram variações significativas no que diz
respeito à frequência de ocorrência, em função da aplicação dos princípios tácticos, tanto no
que se reporta à sua localização como aos seus resultados.

Portanto, parece plausível afirmar que o Teste “GR3-3GR” oferece condições para ser aplicado
na avaliação das acções tácticas relacionadas com os princípios de jogo de Futebol, tanto em
campo pelado quanto em campo sintético, dado que o tipo de piso não diferencia os
comportamentos tácticos em análise.
Tabela 1. Princípios, Localização e Resultados das Ações Táticas encontradas no teste “GR3-3GR” referentes ao tipo de piso

Relvado Pelado

Princípios N % N %
Princípios Ofensivos
Penetração 43 5,2 44 5,6

Cobertura Ofensiva 96 11,7 107 13,6


Espaço 166 20,2 143 18,2
Mobilidade 33 4,0 25 3,2
Unidade Ofensiva 57 6,9 62 7,9
Princípios Defensivos
Contenção 36 4,4 57 7,3

Cobertura Defensiva 2 0,2 2 0,3

Equilíbrio 109 13,2 89 11,3


Concentração 66 8,0 54 6,9
Unidade Defensiva 216 26,2 203 25,7
Localização
P. Ofensivos
Meio Campo Ofensivo 148 18,0 149 19,0

Meio Campo Defensivo 197 23,9 181 23,0


P. Defensivos
Meio Campo Ofensivo 247 30,0 232 29,5
Meio Campo Defensivo 232 28,1 224 28,5
Resultados

Fase Ofensiva
Remate à Baliza 23 2,8 37 4,7

Manutenção da posse de bola 334 40,5 294 37,4


Perda da posse bola 38 4,6 50 6,4
Fase Defensiva
Recuperação da Posse de bola 38 4,6 57 7,3
Posse de bola do adversário 373 45,3 322 41,0
Remate do adversário à baliza 18 2,2 26 3,2
Total 824 100,0 786 100,0
Dimensão das balizas

Foram avaliadas 682 acções tácticas desempenhadas por 16 jogadores da categoria infantis,
das quais 146 acções foram realizadas no campo com balizas de Futebol de Sete (6mX2m) e
536 no campo com balizas de Futsal (3mX2m).

Apesar de algumas diferenças encontradas nos comportamentos tácticos realizados por


jogadores no reporta os princípios “Espaço”, “Unidade Ofensiva” e “Contenção”, quando
aplicado o teste qui-quadrado, verificou-se uma relação de independência entre as variáveis
(p<0,05), para as acções tácticas efectuadas no campo com baliza de Futsal e no campo com
baliza de Futebol de Sete.

Em função desses resultados concluímos que o Teste “GR3-3GR” oferece condições para ser
aplicado na avaliação dos comportamentos tácticos relacionados com os princípios de jogo de
Futebol, tanto em um campo com baliza de Futsal quanto em um campo com baliza de Futebol
de Sete, dado que as mesmas não parecem induzir alterações significativas nos
comportamentos tácticos em análise.
Tabela 2. Princípios, Localização e Resultados das Ações Táticas encontradas no teste “GR3-3GR” referentes ao tamanho das
balizas

Baliza de Futebol de Sete Baliza de Futsal

Princípios N % N %
Princípios Ofensivos
Penetração 10 6,8 27 5,0
Cobertura Ofensiva 15 10,3 53 9,9
Espaço 19 13,0 92 17,2
Mobilidade 6 4,1 23 4,3
Unidade Ofensiva 11 7,5 57 10,6
Princípios Defensivos
Contenção 21 14,4 48 9,0
Cobertura Defensiva 0,0 0,0 0,0 0,0
Equilíbrio 16 11,0 51 9,5
Concentração 5 3,4 38 7,1
Unidade Defensiva 43 29,5 147 27,4
Localização
P. Ofensivos
Meio Campo Ofensivo 26 17,8 123 22,9
Meio Campo Defensivo 35 24,0 129 24,1
P. Defensivos
Meio Campo Ofensivo 42 28,8 108 20,1
Meio Campo Defensivo 43 29,5 176 32,8
Resultados
Fase Ofensiva
Remate à Baliza 6 4,1 18 3,4
Manutenção da posse de bola 36 24,7 177 33,0
Perda da posse bola 19 13,0 57 10,6
Fase Defensiva
Recuperação da Posse de bola 24 16,4 56 10,4
Posse de bola do adversário 55 37,7 212 39,6
Remate do adversário à baliza 6 4,1 16 3,0
Total 146 100,0 536 100,0
Tempo de jogo

Foram analisadas 4321 acções tácticas desempenhadas por 16 jogadores das categorias Escolas
(N=812), 8 Infantis (N=536), 8 Iniciados (N=1363) e 16 Juniores (N=1610). O quantitativo de
acções tácticas desempenhadas no primeiro e segundo tempos foram 2188 e 2133,
respectivamente. Verificou-se que os comportamentos tácticos realizados pelos futebolistas
avaliados através do Teste “GR3-3GR” não evidenciaram diferenças significativas entre os dois
períodos de aplicação (p<0,05). Dessa forma, eventuais factores potenciadores de alguma
modificação nas acções tácticas dos jogadores, a saber, o desgaste físico, a organização táctica
ou o resultado do jogo, entre outros, não foram evidentes para os períodos estudados.

Os resultados permitem verificar que as acções tácticas desempenhadas pelos jogadores nos
primeiros quatro minutos do decurso do teste se apresentam, em termos percentuais,
semelhantes às acções apresentadas no segundo tempo do teste. Sendo assim, a aplicação do
teste em oito minutos (dois tempos de quatro minutos) não parece possuir qualquer vantagem
significativa em termos de favorecimento de realização de acções tácticas por parte dos
jogadores no que respeita à frequência, à localização e ao resultado da aplicação dos princípios
de jogo.
Tabela 3. Princípios, Localização e Resultados das Ações Táticas encontradas no teste “GR3-3GR” referentes ao tempo de jogo

Primeiro Tempo Segundo Tempo

Princípios N % N %

Princípios Ofensivos
Penetração 115 5,3 95 4,5
Cobertura Ofensiva 291 13,3 296 13,9
Espaço 418 19,1 363 17,0
Mobilidade 79 3,6 130 6,1
Unidade Ofensiva 139 6,4 139 6,5
Princípios Defensivos
Contenção 154 7,0 144 6,7
Cobertura Defensiva 11 0,5 6 0,3
Equilíbrio 279 12,7 262 12,3
Concentração 185 8,5 163 7,6

Unidade Defensiva 517 23,6 535 25,1


Localização
P. Ofensivos
Meio Campo Ofensivo 428 19,5 458 21,5

Meio Campo Defensivo 614 28,1 564 26,4


P. Defensivos

Meio Campo Ofensivo 566 25,9 471 22,1

Meio Campo Defensivo 580 26,5 640 30,0


Resultados

Fase Ofensiva
Remate à Baliza 76 3,5 75 3,5
Manutenção da posse de bola 788 36,0 758 35,6
Perda da posse bola 178 8,1 190 8,9
Fase Defensiva
Recuperação da Posse de bola 180 8,3 190 8,9
Posse de bola do adversário 895 40,9 851 39,9
Remate do adversário à baliza 71 3,2 69 3,2
Total 2188 100,0 2133 100,0
Conclusões

Conclui-se que as três variáveis testadas nesse estudo não afectam significativamente o
comportamento táctico dos jogadores aquando da aplicação dos princípios de jogo,
nomeadamente no que se reporta a frequência de ocorrência, localização e resultado da acção
táctica. Logo, afigura-se pertinente afirmar que o Teste “GR3-3GR” poderá ser aplicado em
campos pelados ou sintéticos e com balizas de Futebol de Sete (6mX2m) ou de Futsal
(3mX2m). Além disso, quatro minutos de aplicação do teste revelaram ser suficientes para que
os jogadores possam manifestar os comportamentos tácticos que se pretende avaliar no jogo.

Referências

• Garganta, J. (1997). Modelação táctica do jogo de futebol – estudo da


organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. Porto:
Universidade do Porto. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade
de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto.
• Garganta, J. (1998). Analisar o jogo nos jogos desportivos colectivos - uma
preocupação comum ao treinador e ao investigador. Horizonte, Vol. XIV (83),
7-14.
• Landis, J. R., & Koch, G. C. (1977). The measurement of observer agreement
for categorical data. Biometrics, 33, 1089-1091.
• Oslin, J. L., Mitchell, S. A., & Griffin, L. L. (1998). The Game Performance
Assessment Instrument (GPAI): development and preliminary validation.
Journal of Teaching in Physical Education, 17 (2), 231-243.
• Tabachnick, B., & Fidell, L. (1989). Using Multivariate Statistics. New York:
Harper & Row Publishers.
• Teodorescu, L. (1984). Problemas de teoria e metodologia nos jogos
desportivos. (J. Curado, Trad.). Lisboa: Livros Horizontes Lda.

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