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Atividades - Pontuagao - Elis 4. FGV 2007 Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela em que a pontuagao esta de acordo com a norma culta. a. Se as pessoas se iritam com facilidade, se ndo sabem conter a raiva elas se voltaréo contra alguém, além disso, cestardo prontas para enfrentar qualquer inimigo. bb. Se as pessoas se iritam com facilidade, se ndo sabem conter a raiva, elas se vollardo contra alguém; além disso, estardo prontas para entrentar qualquer inimigo, ¢. Se as pessoas se iritam com facilidade, se nao sabem conter a raiva, elas se voltardo contra alguém além disso, estardo prontas para entrentar qualquer inimigo, d. Se as pessoas, se irrtam com faciidade, se nao sabem conter a raiva, elas se voltardo contra alguém, além isso, ‘estardo prontas, para enfrentar qualquer inimigo. «. Se as pessoas se iritam com facildade se néo sabem conter a raiva, elas se voltardo contra alguém. Além disso, cestardo prontas para entrentar qualquer inimigo. 2, FUVEST 2010 Em qual destas frases a virgula foi empregada para marcar a ‘omissdo do verbo? a. Ter-um apartamento no térreo ¢ ter as vantagens de uma casa, além de poder des‘rutar de um jardim b. Compre sem susto: a Ioja é virtual; 0s direitos, reais. «, Para quem no conhece o mercado financeiro, procuramos usar uma linguagem live do economés.. d. A sensagao 6 de estar perdido: voc8 nao val encontrar ninguém no Jalapao, mas val ver a natureza intocada, @, Esta 6 a informago mais importante para a preservacdo da dgua: sabendo usar, nao vai falta. 3. Espeex (Aman) ‘Aaltemativa que apresenta trecho corretamente pontuado &: a. A intensa explorapao de recursos naturals, constitui uma ameaga ao planeta. b. Esperanza discordou da decisdo do chefe, ¢ pedi demissao do cargo. ©. Dona Elza pediu, ao diretor do colégio, que colocasse 0 filho em outa turma, Os animals, que se alimentam de came, chamam-se . Van Gogh, que pintou quadros hoje muito valiosos, rmorreu na miséria, 4, UDESC 2012 Conclusdio feliz bal Passado o tempo indispensavel do luto, o Leonardo, em Lniforme de Sargento de Milicias, recebou-se na Sé com Luisinha, assistindo & ceriménia a familia em peso. Daqui em diante aparece o reverso da medalha, Seguiu-se @ morte de Dona Maria, a do Leonardo-Pataca, e uma enfiada do acontecimentos tristes que pouparemos aos leitores, fazendo aqui o ponte final. ALMEIDA, Manuel Antonio de. Memérias de um Sargento de Milicias. Rio de Janeiro: Ediouro, p. 121 Nas alteragées da frase “o Leonardo, em uniforme de Sargento de Milicias, recebeu-se na Sé com Luisinha’, uma das altemativas apresenta incorregao quanto ao emprego formal da virgula. bem como alteragdo de sentido em relagao a frase original. Assinale-a Em uniforme de Sargento de Milicias, 0 Leonardo tencontrou-se na $é com Luisinha. b. 0 Leonardo, encontrou-se na Sé com Luisinha em Uuniforme de Sargento de Mlicias. , Encontrou-se na $é, e em uniforme de Sargento de Milicias, o Leonardo com Luisinha, d.Na Sé, ¢ 6m uniforme de Sargento de Milicias, 0 Leonardo encontrou-se com Luisinha. . Encontrou-se o Leonardo, em uniforme de Sargento de Milicias, na Sé com Luisinha, 5, ENEM 2016 Luc. 5 tiros? 6 Brincando de pegador? —€.0 PM pensou que. — Hoje? —Cedinho. COELHO, M In: FREIRE, M. (Org). Os cem menores contos, brasileires da século. So Paulo: Atelié Editorial, 2004. Os sinais de pontuagao séo elementos com importantes. fungdes para a progressio tematica, Nesse miniconto, as reticéncias foram utlizadas para indicar - uma fala hesitante. uma informagao implicta uma situagao incoerente. J. a eliminagao de uma ideia 2 interrupgao de uma agao. 6, ESPM 2013 ‘Assinale a frase em que pode ser usada a virgula antes do conectivo E: 1a, Romney busca votos na Florida e diz que EUA sao 0 ‘methor pais da Terra b. Com o ‘boom’ imabiliério e sem mais tantos terrenos disponiveis, as construtoras tém erguido prédios em areas contaminadas de S, Paulo. . Mercado volta a elevar estimativa de inflagdo @ reduz projegao do PIB. d. Falha om freio causa fumaga e trem do metré é de novo esvaziado em SP, @. Entre os estudantes do ensino superior, 38% no dominam habilidades basicas de leitura e escrta, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) 7. UFSM 2007 Observe a pontuagao do seguinte texto: Nesta eleigao, pela Uikima vez, vigora a verticalizagao das candidaturas e, pela primeira vez, 0s partidos pequenos jogam seu futuro na cexigéncia de fazer um minimo de 3% da votago nacional, nna chamada clausula de barreira, Para se adequar as exigéncias de pontuagao da norma culta, seria necessério o emprego de uma virgula para separar local e data. isolar adjunto adverbial deslocado . separar oragées adjetivas explicativas, I. separar oragdes coordenadas assindéticas. separar oragSes coordenadas iniciadas por "e", com sujeltos diferentes, 8. ESPM 2011 Assinale a frase que apresente o melhor uso das virgulas: 1. Com 0 desenvolvimento econémico @ participagio dos servigos sofisticados, aumenta e, em consequéncia, a Participagéo da industria de transformagao ca. b. Com o desenvolvimento econémico, a participagéio dos servigas sofistcados aumenta, @ em consequéncia, a participagao da industria de transformacao cal. ©, Com o desenvolvimento econémico, a participagao dos servigas sofisticados aumenta, e, em consequéncia, a partcipagao da industria de transformagao cai. d. Com 0 desenvolvimento econémico, a participagéio dos servigos sofistcados aumenta, e, em consequéncia a partcipagdo da industria de transformagao cai fe. Com 0 desenvolvimento econémico, a participagao dos servigos sofistcados aumenta e em consequéncia, a participagao da industria de transformagao, cai 8. IBMEC-SP 2009 Compare estes perfodos: |< Os investidores que temiam ser vitimas da crise global financeira abandonaram o mercado de agées. I-0s investidores, que temiam ser vitimas da crise global financeira, abandonaram o mercado de aces. A respeito do emprego de virgulas, é CORRETO afirmar: a. Em |, a auséncia de virgulas cria 0 pressuposto de que ainda ha pessoas investindo na Bolsa de Valores. b. Em Il, presenca de virgulas indica que somente alguns investidores temiam ser vitimas da crise financeira «. A andlise dos periodos permite afirmar que as virgulas tém apenas a fungao de demarcar pausas na leitura 4d. Em |, subentende-se que todos os investidores deixaram de aplicar seu dinheiro no mercado de agées. Em, as virgulas foram usadas para destacar a ideia de restriggo, presente na oragdo subordinada adjetiva 10, 1FAL 2011 Pardgrafo do Editorial "Nossas criangas, hoje". ‘Oportunamente serdo divulgados os resultados de t3o importante encontra, mas enquanto nordestines e alagoanos sentimos na pele ¢ na alma a dor dos mais altos indices de softimento da infancia mais pobre, Nosso Estado e nossa regido padece de indices vergonhiosos no tocante & ‘mortalidade infantil, educagao basica @ tantos outros Indicadores terriveis" (Gazeta de Alagoas, segéo Opinido, 12.10.2010) © primeiro periodo desse pardgrafo esté corretamente pontuado na alternativa: . “Oportunamente, serdo divulgados os resultados de tdo importante encontro, mas enquanto nordestinos & ‘alagoanos, sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos, indices de sofrimento da infénc'a mais pobre.” bb. "Oportunamente serdo divulgados os resultados de to importante encontro, mas enquanto nordestines e alagoanos sentimos, na pele ena alma, a dor dos mais altos indices de softimento da infancia mais pobre." ©. "Oportunamente, serdo divulgados os resultados de to Importante encontro, mas enquanto nordestinos & alagoanos, sentimos na pele e na alma, a dor dos mais altos, indices de sofrimento da infanc'a mais pobre.” 4. "Oportunamente serdo divulgados os resultados de to importante encontro, mas, enquanto nordestinos & alagoanos sentimos, na pele e na alma a dor dos mais altos, indices de sotrimento, da infancia mais pobre.” 2. “Oportunamente, serdo divulgados os resultados de to importante encontro, mas, enquanto nordestinos & alagoanos, sentimos, na pele e na alma, a dor dos mais altos, indices de sofrimento da infanc'a mais pobre.” 11. Espeex (Aman) 2014 No fragmento: A designagao gético, na literatura, associa-se 20 universo cadente..., a expressdo na iteratura esta separada por virgulas porque se trata de um(a) a. adjunto adverbial deslocado, bb aposto do termo gético. «6. vocativo no meio da oragdo, d. adjunto adverbial de assunto, @. complemento pleonastico. 12.1TA 2015 A questao a seguir refere-se ao Texto 1, de Rubem Braga, publicado pela primeira vez em 1952, no jornal Correio da Manha, do Rio. TEXTO1 José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flores, onde ficam os imigrantes logo que chegam. E falou dos equivocos de nossa politica imigratéria, As pessoas que ele encontrou nao eram agricultores e técnicos, gente capaz de ser ttl. Viu miisicos profissionais, bailarinas austriacas, cabeleireiras lituanas. Paul Balt toca acordedo, Ivan Donef faz coquetéis, Galar Bedrich vendedor, Serof Nedko é ex-oficial, Luigi Tonizo é jogador de futebol, tbolya Pohl é costureira. Tudo gente para o asfalto, “para entulhar as grandes cidades’, como diz o repérter. © repérter tem razéo, Mas eu pego licenga para ficar imaginando uma porgao de coisas vagas, ao olhar essas belas fotografias que ilustram a reportagem. Essa linda costureirinha morena de Badajoz, essa Ingeborg que faz fotografias e essa Irgard que nao faz coisa alguma, esse Stefan Cromick cuja tnica experiéncia na vida parece ter sido vender bombons —néo, essa gente aumentar a produgao de batatinhas e quiabos nem plantar cidades no Brasil Central E insensato importar gente assim. Mas o destino das pessoas e dos paises também é, muitas vezes, insensato: principalmente da gente nova e paises novos. A humanidade nao vive apenas de carne, alface e motores, Quem eram os pais de Einstein, eu pergunto: ¢ se o jovem Chaplin quisesse hoje entrar no Brasil acaso poderia? Ninguém sabe que destino tero no Brasil essas mulheres louras, esses homens de profissdes vagas. Eles esto procurando alguma coisa: emigraram. Trazem pelo menos o patrim6nio de sua inquietagao ¢ de seu apetite de vida, Muitos se perderdo, sem futuro, na vagabundagem inconsequente das cidades; uma mulher dessas talvez se suicide melancolicamente dentro de alguns anos, em algum quarto de pensao. Mas & preciso de tudo para fazer um mundo; & cada pessoa humana é um mistério de herangas e de taras. Acaso importamos o pintor Portinari, 0 arquiteto Niemeyer, o fisico Lattes? E os construtores de nossa industria, como vieram eles ou seus pais? Quem pergunta hoje, e que interessa saber, se esses homens ou seus pais ou seus avés vieram para o Brasil como agricultores, comerciantes, barbeiros ou capitalistas, aventureiros ou vendedores de gravata? Sem 0 tréfico de escravos nao terfamos tido Machado de Assis, e Carlos Drummond seria impossivel sem uma gota de sangue (ou uisque) escocés nas veias, e quem nos garante que uma legistagao exemplar de imigragdo nao teria feito Roberto Burle Marx nascer uruguaio, Vila Lobos mexicano, ou Pancetti chileno, o general Rondon canadense ou Noel Rosa em Mocambique? Sejamos humildes diante da pessoa humana: 0 grande homem do Brasil de amanha pode descender de um clandestino que neste momento est saltando assustado na praca Maua, no sabe aonde ir, nem 0 que fazer. Fagamos uma politica de imigracao sAbia, pereita, materialista; mas deixemos uma pequena margem aos intiteis e aos vagabundos, as aventureiras e aos tontos porque dentro de algum deles, como sorte grande da fantastica loteria humana, pode vir a nossa redengdo e a nossa gléria. (@8AGA,R Inigo. In Abeba Ro de ano, Etna do A, 1863) De acordo com as normas gramaticais de pontuagao, |. 0 travessdo do segundo paragrafo serve para realgar uma conclusdo do que foi dito anteriormente. Il. 08 dois pontos do terceiro parégrafo podem ser substituidos por ponto e virgula. Ill. a virgula, em “esté saltando assustado na praca Maud, e nao sabe", 5° paragrafo, pode ser excluida. IV. 0 ponto e virgula do 5° pardgrafo pode ser substituido por ponto final. Estdo corretas apenas altel b. Lille lv. elle dil Ie lV. ellie lv. 13, ALBERT EINSTEIN 2018 Era digital desafia exercicio profissional "A medicina no sobrevivera ao velho método do médico de familia, mas terd que se adaptar’. A afirmagao é do desembargador do Tribunal de Justiga do Distrito Federal e Territérios (TJDFT), Diaulas Costa Ribeiro, proferida durante ‘a mesa redonda "Panorama atual das midias sociais © aplcativos na medicina contempordnea'. Para ele, as novas tecnologias trazem desatios que precisam ser colocados em perspectiva para garantir a ética € 0 siglo. Possivelmente vamos chegar a uma medicina sem gosto, distanciada, mas que também funciona. Talvez este nao soja fim, mas um recomego", ponderou Ribeiro, Segundo ele, antes de gerar um novo modelo de atendimento médico, 0 ‘ir. Google” —termo que utlizou para ingicar as buscas por informagdes médicas na internet - gerou um nove tipo de paciente, que passou a conhecer mals sobre as doencas e, Por isso, exige um novo relacionamento com seu médico. © desembargador ainda reforgou a necessidade de se rediscutr questdes como o uso da internet nessa relagdo médico-paciente © a seguranca do sigilo médico neste conério. "Procisamos reflatr sobre algumas quastées importantes. Quem guardara o siglo? Ou nao haverd siglo? © sigilo médico seré mantido ou valeré o direto pibico & informagao? Os confit serdo reinventados au seréo 08 mesmos? A solugdo para os problemas seré a de sempre?” indagou, Etiea ~ Na perspectva do méic legista © professor da Universidade de Brasilia (Un8), Malthus Galvao, embora acresite que algumas mudancas serdo inevitaveis e necessérias, 6 prociso defender os principios fundamentals insttuldos pelo Cédigo de ética médica (CEM). ‘As novas midias devem ser entendidas como um sistema de interagao social, de compartihamento e criagao colaborativa de informagdo nos mais diversos formatos no podemos perder essa oportunidade”, destacou, Ele lembra, por exemplo, que desde a Resolucso CFM 1.643/2002, que define e disciplina a prostacao de servigos através da telemedicina, alguns avangos colaborativos jé foram possiveis Galvao apresentou ainda preceitos da Resolugao CFM 4.974/2011 e também da Lei do Ato Médico (12.842/2013), chamando a atencao para alguns culdados que o médico deve ter ao divulgar conteddo de forma sensacionalista ‘Segundo o CEM, é vedada a divulgagao de informagao sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de contedido inveridico, A internet deve ser usada como um instrumento de promocao da satide e orientagao & populagdo’,reforgou Ecitoril do Jornal Medicina - Publicagao oficial do Consetho Federal de Medicina (CFM). Brasilia, jul. 2017, p. 7 No primeiro pardgrafo do ecitorial do CFM, as aspas sao empregadas, respectivamente, para demarcar a. criticas tanto ao Tribunal de Justisa quanto & mesa- redonda de Diaulas Costa Ribeiro, b. 0 dizer tal e qual foi proferido por Diaulas Costa Ribeiro © o titulo da mesa-redonda. ¢. 0 velho método do médico de familia e o estado das: rmidias sociais na medicina atual dd. 0 uso de modemas tecnologias na medicina e a fala do desembargador do TJDFT. 14, UNESP 2018 Leia 0 excerto do "Sermao do bom ladra (1608-1697), ", de Anténio Vieira Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a India; © como fosse trazido a sua presenga um pirata, que por all andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em to mau oficio; porém ele, que nao era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladréo, e vés, poraue roubais em uma armada, sois imperador?", Assim é. O roubar pouco é culpa, © roubar muito 6 grandeza: 0 roubar com pouco poder faz os piratas, 0 roubar com muito, os Alexandres. Mas Séneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significagGes, a uns e outros, definiu com 0 mesmo nome: [.]Se o rei de Macedonia, ou qualquer outro, fizer o que faz 0 ladrdo @ © pitata; 0 ladrdo, o pirata e o rei, todos tém 0 mesmo lugar, merecem 0 mesmo nome, Quando I isto em Séneca, no me admirei tanto de que um ‘lésofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentenga em Roma, reinando nela Nero; 0 que mais me admirou, ¢ quase tenvergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de principes catdlicos, ou para a emenda, ou para a ccautela, no preguem a mesma doutrina, Saibam estes celoquentes mudos que mais ofendem os reis com 0 que ccalam que com o que disserem; porque @ confianga com que isto se diz 6 sinal que thes nao toca, e que se nao podem fender; @ a cautela com que se cala & argumento de que se ofenderdo, porque Ihes pode tocar. [..] ‘Suponho, finaimente, que os ladrdes de que falo nao sao aqueles miserdveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este género de vida, porque a mesma ‘sua misétia ou escusa ou aliviao seu pecado |... © ladro que furta para comer ndo vai nem leva ao Inferno: os que 1ndo s6 vo, mas levam, de que eu tralo, s40 0s ladrbes de maior calibre e de mais alta esfera [..]. Ndo sao sé ladrées, diz 0 santo [S40 Basilio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vo banhar, para Ihes coher a roupa; 05 ladres que mais propria © dignamente merecem este titulo sao aqueles @ quem 0s reis encomendam os exércitos « legides, ou 0 governo das provincias, ou a administragao das cidades, os quals j4 com manha, ja com forga, roubam & despojam os povos. Os outros ladrées roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, ‘so enforcados: estes furtam e enforcam. (Essencial, 2011.) Verifica-se o emprego de virgula para indicar a elipse (supressao) do verbo em: 2. ) ‘Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladro, @ vés, porque roubais em uma armada, sois| imperador?” (1.° paragrafo) b. "O ladrdo que furta para comer nao vai nem leva a0 Inferno: os que ndo $6 vao, mas levam, de que eu trato, so 08 ladrBes de maior calibre e de mais alta esfera[..)" (3." pardgrafo) «0 roubar pouco é culpa, 0 roubar muito é grandeza: 0 roubar com pouco poder faz 08 piratas, 0 roubar com muito, 0s Alexandres.” 1.” pardgrafo) d. "Se 0 rei de Macedénia, ou qualquer outro, fizer 0 ém 0 ‘mesmo lugar, e merecem 0 mesmo nome." (1.* pardgrafo) 2, “Os outros ladrées roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: 08 outros furtam debaixo do seu risco, ‘som temor, nem perigo: 0s outros, se furtam, so enforcados: estes furtam e enforcam.” (3. pardgrafo) 15, UFV 2012 © NOVO JEITO DE VER TV Pesquisa do lbope mostra que 43% dos internautas do Brasil navegam na rede ao mesmo tempo em que assistem a programas (© roteirsta Bruno Rocha, mais conhecido por sua aleunha Virual, Hugo Gloss, fez fama na rede ao interagir com celebridades e, principalmente, comentar a programagéo televisiva em tempo real no Twitter. O psiquiatra e ex-BBB Marcelo Arantes passa boa parte do sou tempo livre em {rente & TV com iPad na mao, twittando freneticamente suas observages sobre novelas, reality shows ¢ telejomais, Os. dois so parte dos 43% dos usuarios de internet que assistom a TV ao mesmo tempo em que navegam na rede, segundo a pesquisa Social TV, divulgada pelo lbope Nielsen Online ente més, € a primeira vez que o institute se debruga sobre a relagdo entre televisao e internet e, ern meio as conclusdes, estio a de que, destes consumidores simulténeos, 70% navegam influenciados pela televisdo 80% muddam de canal ou assistem a determinados: programas motivados pela rede. Ha ainda outros ntimeros e pesquisas comprovando que a intemet definitivamente mudou a forma como os espectadores assistem a TV, e eles vém pipocande no Brasil ros tltimos anos. Um estudo da E.life, realizado no Rio @ em ‘So Paulo nos dois primeiros meses de 2012, concluiu que assuntos relacionados a televisdo so os mais comentados no Twitter nas duas cidades brasileiras. Além disso, uma outra pesquisa do Ibope, de 2011, apontava que a maioria ddas hashtags mais populares do microblog vinham de atragies televisivas. Com o aumento crescente da penetragdo dos meios digitais ll hoje ja so quase 80 rmilhées os internautas no Brasil, jf 6 possivel dizer que, diferentemente do que muitos alarmistas acreditavam, a internet nao tem qualquer intengao de destrur a TV. Tem uma frase de que eu gosto muito: “As midias tradicionais ndo vao morrer. © que vai morrer é a nossa ‘forma de lidar com elas”, Isso sintetiza esse fenémeno. O nosso jelto de interagir com a TV esté passando por uma evolugao. Esse é 0 grande achado da pesquisa, comprovar que as pessoas estdo mesmo mais multimidia, abertas a consumir mais de um meio por vez lM explica Juliana Sawaia, gerente de Consumer Insight do Ibope Media. Falando de forma mais técnica, 0 fendmeno apontado pela pesquisa do Ibope jd tem nome: segunda tela. A second ‘screen (0 termo foi cunhado em inglés) seria um aparelho eletrénico mével, como um smartphone, notebook ou tablet, pelo qual o telespectador consiga interagir com 0 contedido da TV © compartihé-o com outras pessoas. E a relagio vem dando certo: um estudo da Cable & Telecommunications Association for Marketing mostrou, 9m 2011, que a segunda tela faz com que o tolespectador so onvolva o presto mais atoncdo a0 ido da televisdo, E esté todo mundo de olho neste cont conceito ‘Apesar dos esforgos das emissoras brasileiras para se adaptar a esse novo comportamento do espectador, ainda hha muito 0 que caminhar, na opinido da especialista Daniele Rodrigues. Ela acabou de comecar sua pesquisa sobre produgao de sentido na conversao televisdolsecond screen’, dentro do programa de mestrado em Comunicagao Digital na USP, em Sao Paulo. Segundo ela, ainda ha poucos estudos aprofundados ¢ iniciativas realmente cficazes por parte dos canais no que diz respelto a segunda tela no Brasil A maioria das pesquisas que existem acaba falando muito da tecnologia @ do aumento do numero das pessoas que tém ‘acesso, mas pouco sobre a forma de absorver a informagao © o significado que ela passa a ter. Isso é meio ignorado pela academia e pelo mercado. Nao se usa aqui ainda a plataforma como ela poderia ser usada, para ser uma ramificagao da TV. Nos EUA, por exemplo, eles jé fazem isso muito bor. Ha um aplicativo da série "Grey's anatomy’ que da mais informagao sobre aquele episédio enquanto vocé o esta assistindo, Quer dizer, a letura do espectador ue nao tem o aplicativo, como eu, é completamente diferente. Com a tecnologia se desenvolvendo a passos largos, as préximas rotas devem chegar em breve, com, por exemplo, a popularizagao das smart TVs, aparelhos de televisdo com acesso direto a internet. Segundo Orlando Lopes, o Ibope j& vem desenvolvendo ferramentas para medir a audiéncia em {18s telas: TV, computador e celular. Wo Advento da smart TV vai ser uma nova revolugao. Antes, previa-se que o consumo de TV iria air por causa da internet, Agora ja se espera um crescimento tanto da audiéncia da televiséo quanto da internet. Os televisores do futuro sordo uma plataforma de convergéncia, uma central de entretenimento, ao levar a internet para dentro deles Ml acredita 0 executive (#808, Miri; BRITTO, Thais, © now jo de ver TV. Rite da TV. 0 (lobo. 29) 2012 12-5. Adaptade,) “E a relagao vem dando certo: um estudo da Cable & Telecommunications Association for Marketing mostrou, ‘em 2011, que a segunda tela faz com que o telespectador se envolva e preste mais atencao ao contetide da televisao. E esté todo mundo de olho neste conceito [..J.” Os dois pontos foram utiizados no inicio do trecho acima para: a, alertar que todo mundo esta de olho nas vantagens & desvantagens da segunda tela b. confirmar que o telespectador presta mais atencao a0 contatido apresentado na televiséo. €. apresentar 0 estudo realizado pela Cable & Telecommunications Association for Marketing. d. comentar que o telespectador deve ser mais critico em relagao ao contetido mostrado na televisdo. 16. PUC-SP 2016 Racionalidade e tole icla no contexto pedagégico Nadja Hermann - PUCRS ‘Stuart Mill (1806-1873) acrescenta @ idela de tolerancia religiosa a importancia do pluralismo, da liberdade de opiniao fe crenga, baseado na independéncia do individuo. A linerdade compreende a “liberdade de pensamento e de sentimento, absoluta independéncia de opiniao e de sentimento em todos os assuntos, praticos ou especulativos, Cientificos, morais ou teol6gicos" (MILL, 2000, p.21). Desse modo, Stuart Mill defende a tolerdncia a partir de um principio bastante simples de que a autoprotegao consttui a Unica finalidade pela qual se garante & humanidade Individual ou coletivamente, interfer na liberdade de ago do qualquer um. © nico propésito de se exercer legitimamente 0 poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilzada, contra sua vontade, é evitar danos ‘208 demais... Na parte que diz respeito apenas a si ‘mesmo, sua independéncia é, de direto, absoluta, Sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, 0 individuo é soberano (2000, p18). MILL, John tian, Alber. n:__. Alibordede tase, Trad Eunice (strnsky. $40 Paul: Marts Fonts, 2000. Trecho de arigepuicado no ste do Grupo de Pesqusa "Racionalidade © Formapao’. Disponvel em: tps. usm bigpracoform/arigo%2002 pt Os parénteses empregados por Nadja Hermann, de acordo ‘com a ordem em que aparecem do texto, tém a fungao de 2. assinalar 0 perfodo em que Mill viveu e a fonte de onde foi retirada a citagéo. b. discriminar a citagao e a época em que o fildsofo nasceu © «. discernir quando ¢ onde nasceu Stuart Mil 4. indicar informagées irrelevantes para um texto académico, 17, UNICENTRO 2016 Uma vida humana Cada um de nés nasce enquadrado. Acordamos do nada e nos encontramos jogados dentro de uma classe, de uma raga, de uma nagao, de uma cultura, de uma época. Nunca mais conseguimos nos desvencilhar completamente desse fenquadramento. Ele nos faz © que somos. Mas no tudo 0 que somos. O individuo sente e sabe também ser mais do que essa situa¢do ao mesmo tempo dofinidora @ acidental, Ela nos quer aprisionar num destino especifico, Contra esse rebela-se, em cada pessoa, 0 espirte, que se reconhece como infnito acorrentado pelo finito. E tudo o que quer o espirito é encontrar uma moradia no mundo que Ihe faca justica, respeitandohe a vocacao para transgredir e transcender. Por isso, as ralzes de um ser humano deitam mais no futuro do que no passado. Entretanto o individuo cedo precisa abandonar a ideia de ser tudo para que possa ser alguém. Escolhendo e abrindo um caminho ou aceitando 0 caminho que the 6 imposto, ele se muta, Suprime muitas vidas possiveis para construir uma Vida real. Essa mutlagdo 6 o prego de qualquer engajamento fecundo. Para que ela nao nos desumanize, temos de continuar a sentila: a dor no ponto da amputagdo @ (05 movimentos fantasmas dos membros que corlamos fora. Precisamos imaginar a experiéncia das pessoas que poderiamos ter sido. Depois, ja mulilados e lutando, vemo-nos novamente presos dentro de uma posigao que, por melhor que seja, ainda nao {faz jus aquele espirito dentro de cada pessoa que é 0 infnito preso no finilo, Rendemo-nos, por descrenga desesperanca, a essa circunstancia, comegamos a morrer, Uma mimia se vai formando em volta de cada um de nés, ara continuar a viver até morrer de uma s6 vez, em vez de morrer muitas vezes e aos poucos, temos de romper a rmimia de dentro para fora. A ‘nica maneira de fazé-lo 6 nos desproteger, provocando embates que nos devolvam @ condi¢ao de incerteza e abertura que abandonamos quando aceitamos nos muta. E do habito de imaginar como outros sofrem a mesma trajetéria que surge a compaixdo. Aliada 20 interesse pratico, ‘ela nos permite cooperar no enfrentamento das condigées que tornam 0 mundo 45 indspito ao espirito. E 6 para tomélo mais hospitaleiro a0 espirito que precisamos democratizar sociedades e —reinventar insttuigées. Temos de desrespeitar © reconstruir as esiruturas para poder respeitar e dvinizar as pessoas, UNGUER, Robsco Mangaboa. Uma visa Humana. Foha de Sao Paulo, S30 Paulo, 11 setamero (2001. Opinio, TendénciasiDebats. Marque V ou F, conforme sejam as afimmativas verdadeiras ou falsas () Em "Cada um de nés nasce enquadrado”, 0 temo qualiicador “enquadrado” poderia ser usado no. plural cconcordando com o pronome ‘nds’ () As palavras “época’,“individuo", “espirito” e “raizes” séo acentuadas pela mesma razéo. () Em "Para que ela ndo nos desumanize, temos de continuar a sentila", 0 pronome “ela € a contragao "la" sto tetmos anaféricos que retomam a palavra “mutilagao’ (.)As virgulas em *Depois, j4 mutilados e lutando, verno-nos ovamente presos” so aplicadas pelo mesmo motive que fem *Rendemo-nos, por descrenga © desesperanga, @ essa circunsténcia! ‘Aaltemativa que contém a sequéncia correta, de cima para baixo, 6a aVVFFE BVFVF cFFVV a. FVFV 18. UEMA 2016 [..] Othou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente, Corrigiu-a, murmurando: = Vocé é um bicho, Fabiano, Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades. Chegara naquela situapdo medonha — e all estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha, Um bicho, Fabiano, [.] Era, Apossara-se da casa porque nao tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de ‘mucund. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendelro, que 0 expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e olerecera seus préstimos, resmungando, cogando 0s cotovelos, sorrindo afi, O jeito que tinha era ficar. E 0 patrao aceitara-o, entregara-the as marcas de ferro. ‘Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o traria dal. ‘Aparecera como um bicho, mas criara raizes, estava plantado. Olhou as quipas, os mandacarus e os xiquexiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baratinas. Ele, a sinha Vitéria, os dois flhos e a cachorra Baleta estavam agarrados a terra [..] Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! [..] Apontuacao sintatico-estistica, no fragmento, compée a autoexpressividade da personagem, com o emprego da Virgula no vocativo, no seguinte trecho: “Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades.” b."E, com ela, 0 fazendeiro, que o expulsara, ©. "Voc8 é um bicho, Fabiano.” d. “Olhou as quipés, os mandacarus e os xiquexiques.” @. “Agora Fabiano era vaqueiro, © ninguém o traria dal 19. UNIFESP 2016 ‘A questio a seguir focaliza uma passagem da comédia O Juiz de paz da roca do escritor Martins Pena (1815-1848). JUIZ (assentando-se): Sr. requerimento, Escrivao, lela 0 outro ESCRIVAO (lendo): Diz Francisco AntOnio, natural de Portugal, porém brasileiro, que tendo ele casado com Rosa de Jesus, trouxe esta por dote uma égua, “Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que € dele, s6 porque o dito fiho da égua de minha mulher saiu malhado como 0 seu cavalo. Ora, como 0s filhos pertencem as mes, © a prova disto € que @ minha esorava Maria tem um fiho que é meu, peco a V. Sa. mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher” JUIZ: & verdade que 0 senhor tem o filho da égua preso? JOSE DA SILVA: E verdade; porém o filho me pertence, pois 6 meu, que 6 do cavalo. JUIZ: Terd a bondade de entregar o filho @ seu dono, pois & aqui da mulher do senhor. JOSE DA SILVA: Mas, Sr. Juz JUIZ: Nem mais nem meios mais; entregue o filo, senéo, cadeia. 1835-1844), 2007, (© emprego das aspas no interior da fala do escrivéo indica que tal trecho reproduz a solicitagao de Francisco Antonio. recorre a jargae préprio da area juridica, reproduz a fala da mulher de Francisco Antonio, . 6 desacreditado pelo proprio escrivao. deve ser intorpretado em chave irénica. 20, UNESP 2012 ‘A questo toma por base uma passagem do livro A virgula, do flélogo Celso Pedro Luft (1921-1995), A virgula no vestibular de portugués “Mas, esta, néo 6 suficionto." “Porque, as respostas, néo satisfazom.” “E porisso, surgem as guerras.” “E muitas vezes, ele néo se adapta a0 meio em que vive.” "Pois, 0 homem 6 um ser social.” “Muitos porém, se esquecem que. "A sociedade deve pois, utar pela justica social.” Que 6 que voc® acha de quem virgula assim? Vocé vai dizer que nao aprendeu nada de pontuagao quem someia assim as virgulas. Nem podera dizer outra coisa, ‘Ou ndo the ensinaram, ou ensinaram o ele nao aprendou. O corto 6 que ele se formou no curso secundério. Lepidamente, sem maiores difculdades. Mas a virgula é um “objeto ndo identiticado’, para ele. Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legis. Amanha serdo doutores, ¢ a virgula continuaré sendo um objeto néo Identificade. Sim, porque 0s trés ou quatro mil menos fracos uttrapassam o vestibulo... Com virgula ou sem virgula. Que a virgula, convenhamos, até que um obstéculo meio fri, um risquinko. Objeto nao identiticado? Néo, objeto invisivel a lho nu. Pode passar despercebido até a muito olho de lince de examinador. A virgula, ore, direis, a virgul. Mas 6 justamente essa midda coisa, esse risquinho, que ‘maior informago nos dé sobre as qualidades do ensino da lingua escrita, Sobre 0 ensino do cee mesmo da lingua: a frase, sua estrutura, composigao © decomposigo. a virgulacao 6 que se pode depreender a consciénela, 0 grau de consciéncia que tem, quem escreve, do pensamento @ de sua expresséo, do ir-e-vr do raciocinio, das hesitagdes, das intorpenetragdes de idelas, das sequéncias @ interdependéncias, e, inguisticamente, da frase e sua constituigéo, As virgulas erradas, a0 contrério, retratam a confuséio ‘mental, a indisciplina do espinto, 0 mau dominio das idelas & do fraseado, Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontua- 40. E sempre ficou clara a relagao entre a maneira de pontuar 6 0 grau de cocionte intelectual Conclusdo que tre: os exercicios de pontuagao constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar @ construr frases logicas e equilibradas. (Quem ensina ou estuda a sintaxe — que 6 a teoria da frase (ou 0 “tratado da construgao’, como diziam os gramaticos antigos) — forgosamente acaba na importéncia das pausas, cortes, incidéncias, nexos, etc, elementos que vdo se cespelhar na pontuagao, quando a mensagom 6 escrita Pontuar bem é ter viséo clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem & governar as rédeas da frase. Pontuar bem é ter ordem, no pensar e na expresso. ‘Sim, porque os trés ou quatro mil menos fracos ullrapassam o vestibule, ‘As frases abaixo comrespondem a tentativas de corrgir 0 erro de virgulago apontado por Celso Pedra Luft na série de exemplos que apresenta, |. "Porque as respostas nao satisfazem.” I1.“E, muitas vezes, ele ndo se adapta a0 meio em que vive.” Il *Pois 0 homem &, um ser social.” 1V."A sociedade deve, pois, lutar pela justica social.” AAs frases em que o problema de virgulacae foi resolvido adequadamente estao contidas apenas em: alell b.lelll, el tell d. [lel e.l, Ile lV. 21. UNICENTRO 2009 © educador educacionista ‘O que 6 educacionismo, de Cristovam Buarque, 159 pp. Ecitora Brasiliense, S40 Paulo, 2008, RS16. §1 Os "ismos" t8m a sua utlidade. Identiicam tendéncias, modos de pensar, doutrinas politicas ¢ reigiosas, teorias que desembocam em agbes. 0 educacionismo é um deles. §2 0 senador Cristovam Buarque apresenta 0 educacionismo com seu habitual estilo utépico, mas sensato; contundente, mas nao apocaliptico (ainda que 0 colapso esteja batendo as portas). E 0 contrapde a outros “ismos": 0 economicismo, 0 neoliberalismo, o materialismo. bal Um convite a ade: §4 Claro, sempre havera quem ponha em xeque esas grandes intengdes, por nao acreditar nos poderes da educagao. Ou por acreditar que vale a pena investir em outras urgéncias, como salvar bancos ou fazer propaganda politica, Cristovam Buarque escapa e contra-ataca, elogiando a revolugao educacionista e enfatizando que 0 trabalho do professor, do educador, precisa ser garantido © valorizado, Este mesmo educador educacionista, no entanto, no poderd exigir-se menos. Se merece ser apoiado © (vamos ao concreto) receber um salério melhor, trabalhar em condicdes melhores, também dele esperamos novas aitudes, novo comportamento, [1 PERISSE, Gabriel. 0 Educadoreducacionsta. In: Observatirio da Irons. ‘Ano 13, No, $09, 28 ot 2008, Dispanivel em: www caeiociadani. com Os parénteses, de acordo com as gramaticas tradicionais, so empregados num texto para interealar qualquer indicagdo acess6ria, No caso do texto de Gabriel Perissé, les foram utiizados para: 2. separar informages explicativas de pouca relevancia, b. introduzir comentarios opinativos. 6. demarear oragées restritivas. d. inserir referéncias intertextuais, . denotar a fragilidade da argumentagao. 22. PUC-SP 2015 The New York Times Ganhar dinheiro e fazer 0 berm Em claboragso com Folha de $.Paulo, 9 de maio de 2015 ‘Algumas pessoas vio trabalhar em setores que pagam bem, como o financeiro, para terem um estilo de vida que inclu mansées e carros velozes. Hoje em dia, porém, ha quem 0 faca na esperanca de ajudar a sociedade, ndo $6 a si (© movimento & chamade de “altruismo eficaz” , © um de ‘seus membros ¢ Matt Wage, sobre quem 0 colunista do “NYT” Nicholas Kristof escreveu. Na Universidade Princeton, em Nova Jersey, Wage se destacava em filosofia e era conhecido por pensar que tinha © dever de fazer algo para tomar o mundo um lugar melhor. Mas, depois de se formar, em 2012, foi trabalhar para a firma de corretagem de arbitragem financeira, ‘Seu raciocinio: por ganhar mais dinheiro, ele teria mais chances de mudar a vida de outras pessoas para melhor. Em 2013, Wage doou US100mil(R 300 mil) para fins beneficentes ~ mais ou menos a metade de sua renda bruta, revelou ao "NYT". Ele disse que pretendia continuar a trabalhar para o setor financeiro @ doar metade do que recebia Uma das entidades que se beneficia de suas doagdes & a ‘Against Malaria Foundation, que, ao que consta, consegue salvar a vida de uma crianga com cada US3.340(R 10.020) doados. Kristof escreveu: Tudo isso sugere que Wage talvez salve mais vidas com suas doagdes do que salvaria se tivesse so tornado funcionario de uma ONG” Kristof observou que a abordagem de Wage pode ser questionada. Sera que doar uma parte do salario é bastante? Existem causas mais merecedoras de ajuda que outras? E sera que 6 realmente correto aceltar um emprego. 86 pelo dinheira? "Nao sei se isso funcionaria para todos", ele escrevou, mas aplaudiu a pratica de maneira geval Existem outras maneiras de alcancar metas semelhantes; uma delas 6 0 chamado “investimento de impacto”, a pratica de usar 0 capital ‘para produzir um bem ou fornecer urn servigo que cause impacto social positivo, ao mesmo tempo fem que gera algum nivel de retorno financeiro*. Essa definigao saiu do liv “Impact Investment’, de Keith A. ‘Allman, do Deutsche Bank, e Ximea Escobar de Nogales, dirotora de gestao de impacto numa firma de private equity, O livro explica como envolver-se no setor de investimento de impacto, desde analisar a missao de uma empresa até doterminar até que ponto ela tem éxito em alcangar essa meta e também manter-se rentavel. (© professor de economia de Harvard Sendhil Mullainathan espera que seus estudantes se sintam atraldos por esse attruismo ¢ nao se tornem simples ‘pessoas que buscam receita’ Escrevendo no "NYT", ele notou que quase 20% dos alunos ue foram trabalhar depois de se formar em Harvard em 2014 foram para o setor financeiro. Ele no vé com maus olhos o desejo deles por bons lempragos, mas questiona: "Seré que é uma deciséo boa para a sociedade?™ Mullainathan escreveu que todo trabalho possui o potencial de beneficiar a sociedade, “Um advogado que ajuda a redigir contratos precisos pode beneficar o bom funcionamento do ccomércio; desse modo, gera riqueza.” setor fnanceiro também pode melhorar a vida das pessoas comuns, ajudando-as a poupar dinheiro para a faculdade de seus fihos, oferecendo seguros para pequenos produtores agricolas ou possibiltando s pessoas conseguir financiamentos imobildrios com prestagbes viaveis, Para seus alunos que optam por trabalhar no setor ‘fnanceiro, Mullainathan disse: “Espero que eles percebam que tm 0 potencial de fazer o bem, € néo apenas de ganhar dinheiro No quarto pardgrafo, os dois-pontos servem para anunciar €, 0 que pensam os adeptos de Wage em relagao as doagdes que ele rotineiramente vem realizando. bo pensamento de Wage sobre as possibilidades de rmelhorar a vida de outros, caso ele mesmo seja mais bem remunerado. ¢, 0 raciocinio de Kristof sobre a forma com que a Against Malaria Foundation salva inimeras vidas. do pensamento de Kristof, registrado por escrito na coluna, do "NYT", sobre a melhor forma de salvar vidas, @. 0 raciocinio do mercado de capitais sobre a natureza flantrépica das doagbes que as ONG recebem. 23. UFRN 2013 Leia abaixo 0 trecho de O santo © a porca, de Ariano ‘Suassuna, EURICAO — Ai, gritaram mPega o ladrao!™l. Quem foi? Onde esta? Pega, pega! Santo Antonio, Santo Anténio, que diabo de protagao 6 essa? Ouvi gritar Pega o ladraoll. Ai, a porca, al meu sangue, al minha vida, al minha porquinha do coragao! Levaram, roubaram! Ai, nao, esta ld, gragas @ Deus! Que terd havido, minha Nossa Senhora? Terao desconfiado porque frei a porca do lugar? Deve ter sido Isso, desconfiaram e comegaram a rondar para furté-lal E melhor deixé-la aqui mesmo, & vista de todos, assim riinguém the dara importancial Ou nao? Que é que eu fago, Santo Anténio? Deixo a porca la, ou trago-a para aqui, sob sua protegao? 'SUASSUNA, Arana. 0 santo © porea 22. ed, Fes de Jano: José Oly, 2010.5. 97 Nessa passagem, a recorréncla da interrogagao 6 um recurso lterdrio revelador da 1. desconfianga da personage em relagao a Santo Anténio ea Nossa Senhora, b. perplexidade da personagem resultante da perda da protecao divina. . angtistia da personagem perante uma situag3o tragicémica. 4. ironia da personagem mediante uma situagso cémica, 24, UFABC 2009 Observe a seguinte passagem: Bonde dos mortos ‘Servia aos cortejas flinebres, No carro principal iam os pparentes, No reboque, © mort. Assinale a alternativa em que a virgula tem emprego segundo a mesma norma aplicada nessa passagem. Dentro do programa Vov6 Sabe Tudo, os antigos ‘motorneiros contam histérias dos tempos éureos. bb. Bonde aberto, movido a gasolina «. O bonde ia perdendo espaco; a pressao das empresas de 6nibus, aumentando. 4d. Trajatoturistico, de quatro quilémetros, no Parque Portugal. Em marcha lenta, seguido por automéveis, ele fez 0 tltimo percurso. 25, UFABC 2007 Observe @ seguinte passagem’ Bondo dos mortos ‘Servia 40s cortejos flinebres, No carro principal iam os parentes. No reboque, © mort. ‘Avvirgula tem emprego segundo a norma aplicada em: a. Dentro do programa Vov6 Sabe Tudo, os antigos ‘motorneiros contam histérias dos tempos aureos. bb. Bonde aberto, movido a gasolina, ¢. O bonde ia perdendo espaco; a pressdo das empresas de nibus, aumentando. d. Trajeto turistico, de quatro quilémetros, no Parque Portugal 28, MACKENZIE 2011 © leo ea raposs Um ledo envelhecide, nao podendo mais procurar alimento por sua prépria conta, julgou que devia arranjar um jello de fazer isso. E, entdo, fol a uma caverna, deitou-se e se finglu de doente. Dessa forma, quando recebia a visita de outros animais, ele os pegava e os comia. Depois que muitas feras J titham mortido, uma raposa, ciente da armadiiha, parou a crta distancia da caverna e perguntou ao ledo como ele estava. Como ele respondesse: "Mall" e the perguntasse por que ela ndo entrava, disse a raposa: "Ora, eu entraria se nao visse marcas de muitos entrando mas de ninguém saindo". (s0p0- osertorgrogo do século Via.) Assinale a melhor paraifrase do trecho abalxo, considerando ‘8 manutengao dos sentidos, a clareza, a concisao € o uso da norma culta. “Depois que muitas feras jé tinham morrido, uma raposa, ciente da armadilha, parou a certa distancia da cavera @ perguntou ao ledo como ele estava’, ‘a, Consciente da armadilha, uma raposa depois que muitas feras motrerdo parou de perto da caverna para ver como 0 leo estava e 0 perguntou sobre a satide. b. Uma raposa, apés a morte de muitos outros animais, alenta as artimanhas do leo, aproximou-se um pouco do local em que a fera estava, indagando a respeito de seu estado 6. Apés a morte de feras, uma raposa medrosa, das artimanhas do leao, se deparou com uma caverna que ficava ‘a uma certa distancia do ledo para ver como ele estava. dd. Uma raposa perguntou ao leo come ele estava, pois ela sabia que haviam armadilhas que ficava a uma certa distancia da caverna aonde muitas feras jé tinham morrido. e. Uma raposa que viu a morte de muitas feras na armaditha ue ficava & uma distancia da caverna perguntou para o ledo como ele estava e era ciente da armadilha, 27. UFES 2009 TEXTO XVIII © Brasil é um pais que possui imensa divide social, também ‘no ambito urbano. Alguns autores preferem chamar de “tragédia urbana’ este quadro que se desenvolveu principalmente ao longo do século XX, mas que tem raizes no perfodo colonial. Atualmente, mais de 80% da populagdo brasileira, de 184 milhes de habitantes, vivem nas cidades. Os déficts 840 impressionantes. Faltam moradias para 7,2 milhdes de familias — 5,5 milhdes das quais nas areas urbanas. Cerca de 10,2 milhées de moradias carecem de pelo menos um dos servicos publicos basicos (abastecimento de agua, esgotamento sanitario, coleta de lixo ou fomecimento de energia elétrica). As cidades possuem 18 milhdes de pessoas sem abastecimento piblico do agua potavel, 93 milhes sem rede de esgotos sanitarios © 14 milhoes sem coleta de lixo. Cerca de 70% do esgoto coletado & despejado in natura nos rios, mares e corpos: agua, gerando impactos no ambiente e na sade humana. ‘Acada ano, aproximadamente 33 mil pessoas morrem @ 400 mil so feridas por acidentes de transito no pals, (LoWondo Dplomatave Bras, abl 2008) As alternativas abaixo apresentam fragmentos do Texto XVIII, nos quais foram feitas alteragbes na pontuacao original. A opgao que NAO esta de acordo com as regras de pontuagao 6: a. Alguns autores preferem chamar de “tragédia urbana” este quadro que se desenvolveu, principalmente, ao longo do século XX. bb. Alguns autores, preferem chamar de “tragédia urbana” este quadro que se desenvolveu principalmente ao longo do século XX. ©. Carca de 10,2 milhes de moradias carecem do, pelo menos, um dos servigos piblicos basicos [.. 0 Brasil é um pais que possui imensa divida social também no émbito urbano. ©. Os deficits sao impressionantes: fatiam moradias para 7,2 rmilhdes de familias [J 28. IME 2016 Texto 1 AQUIMICA EM NOSSAS VIDAS Carlos Corréa Ha a ideia generalizada de que o que é natural é bom eo que 6 sintético, o que resulta da ago do homem, é mau, Nao vou citar os terremotos, tsunamis ¢ tempestades, tudo natural, que nao tém nada de bom, mas certas substéncias naturals muito més, como as toxinas produzidas naturalmente por certas bactérias e 0s virus, todos to na moda nestes cikimos tempos, Dentre os maiores venenos. que existem, seis so naturais. $6 o sarin (gas dos nervos) © as dioxinas & que séo de origem sintética ‘Muitos alimentos contém substanclas naturais que podem causar doengas, como por exemplo o isacianato de alla (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (defumados, churrascos) causador de cancer do estémago, 0s cianetos (améndoas amargas, mandioca) que sao téxicos, as hidrazinas (cogumelos) que so cancerigenas, a ssaxtoxina (marisco) @ a tetrodotoxina (peixe estragado) que causam paralisia e morte, certos taninos (café, cacau) causadores de cancer do esdfago e da boca e muitos outros. ‘Am imagem da Quimica resulta da sua mé utlizagao € deve-se particularmente & disperso de residuos no ambiente (que levam ao aquecimento global e mudangas climaticas, ao buraco da camada de ozénio 6 & contaminagao das aguas e solos) e a utllizagéo de aditivos alimentares e pesticidas. Muitos desses males so o resultado da pouca educagao dos cidadaos. Quem separa e compacta 0 ixo? Quem. centrega nas farmacias os medicamentos que se encontram fora do prazo de validade? Quem trata os efluentes dos currais e das pociigas? Quem deixa toda a espécie de lixo nas areias das nossas praias © malas? Quem usa e abusa do automével? Quem berra contra as queimadas mas enche a sala de fumaga, intoxicando toda a familia? Quem nao admira 0 fogo de artificio, que enche a atmosfera e as dquas de metais pesados? Hé 0 habito de utilizar a expresséo “substéncia quimica” para designar substancias sintetizadas, imprimindo-Ihes um ar perverso, de substancia maldita. Ha tempos passou na TV um aniincio destinado a combater 0 uso do tabaco que dizia substancias qulmicas t6xicas,iritantes e cancerigenas. Bastaria referir“substancias”, mas teve de aparecer 0 ualificativo “quimica: Todas as substancias, naturais ou de sintese, sd0 “substincias quimicas”! Todas as substancias, naturais ou de sintese, podem ser prejudiciais & satide! Tudo depende da dose. © fumo do tabaco contém mais de 4000 para Ihes dar um ar mais tenebroso. Qualquer dia aparecerd uma noticia na TV referindo, logo a seguir &s noticias dos dirigentes e jogadores de futebol, que "A agua, substancia com a férmula molecular H20, foi a substncia quimica responsdvel por muitas mortes nas nossas praias”... por falta de cuidado! Porque os Quimicos determinaram as estruturas e propriedades dessas substancias, haverd razo para Ines chamar “substancias quimicas"? Estamos sendo envenenados pelas muitas “substancias quimicas” que invadem as nossas vidas? ‘Aldeia de que 0 cancer esté aumentando devido a essas ubstancias quimicas’ é desmentida pelas estatisticas sobre 0 assunto, & excegdo do fumo do tabaco, que é a ‘maior causa de aumento do cfncar do pulméo e das vias respiratérias. O aumento da longevidade acarreta necessariamente um aumento do nimero de cAnceres, Curiosamente, o tabaco é natural e essas 4000 substancias téxicas, itritantes © cancerigenas resultam da queima das {olhas do tabaco. A reagao de combustio nao fol inventada pelos quimicos; ver da idade da pedra, quando o homem descobriu 0 fogo. © ntimero de cénceres das vias respiratérias na mulher s6 ‘comegou a crescer em meados dos anos 60, com a lemancipagao da mulher e 0 subsequente uso do cigarto. Eo tipo de cancer responsavel pelo maior nimero de mortes nos Estados Unidos, Nao & verdade que as substéncias de sintese (as “substéncias quimicas") sejam uma causa importante de céncer; isso sucade somente quando ha oxposigao a altas doses. As maiores causas de cancer so 0 cigarro, 0 excesso de Alcool, certs viroses, inflamacées crénicas e problemas hormonais. A melhor defesa é uma dicta rica em frutos e vegetais. Ha alguns anos, metade das substdncias testadas (naturais e sintéticas) em roedores deram resultado positiva em alguns testes de carcinogenicidade, Muitos alimentos contém substéncias naturals que dao resultado positivo, coma 6 0 caso do café torrado, embora esse resultado nao possa ser diretamente relacionado ao aparacimento de um ‘cancer, pois apenas a presenga de doses muito elevadas das substancias pode justiicar tal relagao. Embora um estudo realizado por Michael Shechter, do Instituto do Coragao de Sheba, Israel, mostrasse que a cafeina do café tem propriedades antioxidantes, atuando no combate a radicais livres, diminuindo o risco de doengas cardiovasculares e alguns tipos de cancer, a verdade que, ha meia duzia de anos, s6 3% dos compostos existentes no café tinham sido testados. Das trinta substancias testadas no café torrado, vinte e uma eram cancerigenas em roedores @ faltava testar cerca de um milhar! Vamos deixar de tomar café? Certamente que nao. O que sucede & que @ Quimica é hoje capaz de dotectar e caractorizar quantidades rmindsculas de substancias, o que nao sucedia no passado, Como se disse, o veneno esté na dose ¢ essas substancias estdo presentes em concentragdes demasiado pequenas para causar danos. Diante do que se sabe das substéncias analisadas até aqui todos concordam que o importante é consumir abundantes, uantidades de frutos e vegetais. Isso compensa inclusive riscos associados a possivel presenga de pequenas quantidades de pesticidas. (CORREA. Cares A Quimica em nossas vids. Dsponivel em: Acasso em 17 or 2095. (Teta adptndo) Texto 2 CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO A INFORMAGAO, QUESTIONAM A VERDADE QUE LHES € VENDIDA Enio Rodrigo ‘Se vooé & mulher, talvez ja tena observado com mais, atengéio como a publicidade de produtos de beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem novissimos ‘componentes ant-dade" e "micro-cépsulas" que ajudam "a sua pele a ter mais fimeza em oito dias", por exemplo, ou mesmo que determinados organismos “vives” (mesmo depois de envazados, transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de temperatura) fervilham ‘208 milhdes dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos ajudando a regular sua flora intestinal. Homens, criangas, e todo tipo de piblico também nao esto fora do alcance desse discurso que ultiiza um recurso cada vez mais presente na publicidade: a ciéncia e a tecnologia como argumento de venda Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didética da cléncia e tecnologia pela Universidade Paris Vie professora da Faculdade de Educacao da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerganesse processo um resquicio da visdo positvista, na qual a ciéncia pode ser tentendida como verdade absoluta. "A visdo de que a ciéncia 6 abaliza ética da verdade eo mito do cientista como g8nio, ctiador & amplamente cifundida, mas entra, cada vez mais, ‘em atrto com a realidado, principalmente om uma sociodade informacional, como (1 ) nossa”, acrescenta. Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinamica da informagao, Ricardo Cavallini, consultor corporativo @ autor do livro © marketing depois de (Universo dos Livros, 2007), afirma que, primeiramente, devemos repensar a nocao de piblico especifice ou senso comum. "Essas categorizagdes esto sendo postas de lado. A publicidade contempordnea trata ‘com pessoas @ elas tém cada vez mais acesso (2) informagao ¢ 6 assim que vejo a comunicagao: com {ronteiras menos marcadas e deixando de lado 0 paradigma de que 0 piblico ¢ passiv que a sociedade comega ( 3 ) perceber que a verdade suprema é estanque, nao condiz com o dia-a-dia, "Ao se ddepararem com uma informagao, as pessoas comegam a esquisar @ isso as aproxima do fazer cientific, ou seja, de que a verdade é questionaver", enfatiza. ,acredita, Silvania concorda e diz Para a professora da UFMG, isso cria 0 "jornalista continuo", um individue que pe a verdade & prova 0 tempo todo. "A nogdo de ciéncia atual é a de verdade em construgdo, ou soja, de que determinados produtos ou processos imediatamente anteriores & ago atual, séo defasados’ Cavallini considera que ( 4) trés linhas de pensamento possiveis que poderiam explicar a ullizagao do recurso da imagem cientiica para vender: a quantidade de informagao que a ciéncia pode agregar a um produto; o quanto essa Informagao pode ser usada como diferencial na concorréncia entre produtos similares; ¢ a ciénicia como um selo de qualidade ou garantia. Ele cita 0 caso dos chamados produtos "verdes", associados a determinadas Ccaracteristicas com viés ecol6gico ou produlos que precisam de algum tipo de "auditoria® para comprovarem seu discurso, "Na midia, a ciéneia entra como mecanismo de validagdo, criando uma marca de avango tecnolégico, mesmo que por pouquissimo tempo", finaliza Silvania, © fascinio por determinados temas cientificos segue a logica dda saturagao do termo, ou seja, eccar algo que ja esteja exercendo certo fascinio na sociedade. °O interesse do Ppablico muda bastante e a publcidade se aproveita desses temas que esto na midia para recrié-los a partir de um jogo de sedugto com a linguagem” diz Cristina Bruzzo, pesquisadora da Faculdade de Educacao da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que acompanhou (5 ) apropriagao da imagem da molécula de DNA pelas migias (inclusive publicidade), "A imagem do DNA, par exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que no o sentido original para a ciéncia, ¢ ransformado em discurso de venda de diversos produtos", dz. Onde esto os dados comprovando as afirmagoes cientificas, no entanto? De acordo com Eduardo Corréa, do Conselho Nacional de Auto Regulamentagao Publctéria (Conar) os aniincios, antes de serem veiculados com qualquer informagao de cunho cientifico, devem trazer os registros de comprovacao das pesquisas em érgaos competentes. Segundo ele, © Conar nao tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que fica a cargo do Ministério da Saiido, Agéncia Nacional de Viglancia Sanita (Anvisa) ou outros érgaos. *O consumidor pode pedir una revisdo ou confimacao cientifica dos dados apresentados, contudo em 99% dos casos esses certiicados 80 garantia de qualidade, Se surgirem dividas, quanto a ddados numéricos de pesquisas de opiniao publica, temos analistas no Conar que podem dar seus pareceres", esclarece Corréa, Mesmo assim, de acordo com ele, 0s processos investigatérios s&o rarissimos. RODRIGO, Eno. Céncia cura ra publiade,Disprivel om Acesso om zanna. TEXTO 4 PSICOLOGIA DE UM VENCIDO ‘Augusto dos Anjos Eu, filho do carbono ¢ do amoniaco, Monstro de escuriddo e rutilancia, Softo, desde a epigénese da infancia, Ainfluéncia ma dos signos do zodiaco. Profundissimamente hipocondriaco, Este ambiente me causa repugnancia, Sobe-me & boca uma ansia andloga a ansia Que se escapa da boca de um cardiaco. Jao verme — este operdrio das ruinas — Que o sangue podre das camificinas Come, e & vida em geral deciara guerra, ‘Anda a espreitar meus olhos para roé-los, E ha de deixar-me apenas os cabelos, Na friadade inorganica da terra! |ANUOS, A. Ev Ou Possias, Reo de Janse: Chapt Brera, 1998 Marque a opgdo em que o uso de virgulas segue uma regra, diversa da que foi aplicada aos demais casos. “A 6gua, substancia com a férmula molecular H20, foi a substanciaquimica responsével por muitas mortes nas 1nossas praias”.) texto 1, 6° pardgrafo) b. "Ricardo Cavallini, consultor coporatvo @ autor do lo. marketing depois de amanh (Universo dos Livros, 2007), atirma’(..) (texto 2, 3° paragrafo) «. "Ha 0 habito do utlizar a expresso “substéncia quimica” para designar substancias sinttzadas, imprimindohes um ar perverso, de substancia malta.” (texto 1, 5° parégrafo) d. "Eu, filo do carbono e do amoniaco,”(..) (texto 4, verso 1) . "“Silvania Sousa de Nascimento, doutora em didatica da ciéncia ¢ tecnologia pela Universidade Paris VI ¢ professora da Faculdade de Educagao da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerga"(...) (texto 2, 2° pardgrafo) 29, UFSC 2014 Abistéria da Administragao 6 recente. No decorrer da histéria da humanidade, a Administragdo se desenvolveu ‘com uma lentidao impressionante. Somente a partir do século XX é que ela surgiu e apresentou um desenvolvimento de notavel pujanga e inovacao. Nos dias de hoje a sociedade tipica dos paises desenvolvidos ¢ uma sociedade pluralista de organizagées, na qual a maior parte das obrigacées sociais (como a producao de bens ou servigos em geral) é confiada a organizagdes (como industrias, universidades e escolas, hospitals, comércio, comunicagées, servigos puiblicos etc.) que s80 administradas por dirigentes para se tomar mais eficientes e eficazes. No final do século XIX, contudo, a sociedade era completamente diferente. As organizagbes eram poucas e pequenas: predominavam as pequenas ofcinas, artesdos independentes, pequenas escolas, profissionais autSnomos (como médicos, advogados, que travalhavam por conta ‘prépria), o lavrador, o armazém da esquina ete. Apesar de 0 trabalho sempre ter existido na histéria da humanidade, a historia das organizagdes e de sua administragao é um capitulo que teve seu inicio ha pouco tempo. CCHIAVENATO, lata tntrodugéo & teria goral de Adminitrag. 8. Fl do Jancr: Camps, 200, p 25-28 Analise as afirmativas abaixo, a respeito dos elementos constitutives do texto. |. O trecho “que trabalhavam por conta prépria’ tem sentido equivalente ao da expressao “profissionais auténomos", II, Os tr8s trechos entre parénteses no texto exempiiicam, respectivamente, “obrigagSes sociais’, “organizagées" e profissionais auténomos" Il © pronome “ela” se refere ao termo "humanidade", ambos destacados no texto, IV, Em “que so administradas por dirgentes para se tornar, mais efcientes e eficazes", o pronome “que se refere a ‘obrigagées socials V. O sinal de dois pontos introduz uma complementagio do ue ¢ dito em “As organizagées eram poucas e pequenas” Assinale a alternativa CORRETA. a. Somente as afirmativas |, Ile V so verdadeiras. bb. Somente as afirmativas I II so verdadeiras. . Somente as afirmativas Ill e V sao verdadeiras. d. Somente as afirmativas Il, IV e V so verdadeiras, Todas as afirmativas sao verdadeiras, 30. UFRGS 2007 Os filmes de Hollywood repetidamente narram o caso de um homem (geralmente um jomalista) que procura a amizade de um criminoso para depois entrega-lo a policia: nés, que temos a paixdo da amizade, sentimos que esse “herél" dos {filmes americanos é um incompreensivel canalha. “Texto adapta de: VELOSO, Cotto, Difrentements dos amarcanos do rot, n: “© mundo nto # chat, So Pau: Ca, das Leas, 2005p. 4243. Considere as sequintes propostas de alteragao da pontuagao do trecho acima: 10s filmes de Hollywood, repetidamente, narram 0 caso de um homem - geralmente um jornalista - que procura a amizade de um criminoso para depois entregé-o a policia INés, que temos a paixéo da amizade, sentimos que esse “her6i" dos filmes americanos é um incompreensivel canalha, 1-0 fimes de Hollywood, repetidamente, narram 0 caso de lum homem (geralmente um jornalista), que procura a amizade de um criminoso para depois entregé-to a policia. INés que temos a paixao da amizade, sentimos que esse ther6i", dos filmes americanos, é um incompreensivel canalha, IL-0 filmes de Hollywood repetidamente narram 0 caso de um homem, geralmente, um jomalista, que procura a amizade de um criminoso para depo's entregé-lo & policia: és — que temos a paixdo da amizade — sentimos que esse herd" dos filmes americanos, é um incompreensivel canalha, Texto adapta de: VELOSO, Caetano. Diferentemente dos americanos do nor. In: = © mundo ne & chat, So Palo: Cla. das Latas, 2006, p. 42-43, Do ponto de vista da pontuagao, qual(quais) (880) correta(s)? a. Apenas bb Apenas I ©. Apenas IL 4. Apenas Ile Il el tell, GABARITO: 1) b, 2) 5, 3)¢, 4) b, 5) b, 6) d, 7) 2, 8) c, 9) 2, 10) 0, 11) 2, 12) b, 13) b, 14) ¢, 1) c, 16) a, 17) ¢, 18) ¢, 19) 20) d, 24) b, 22) b, 23) c, 24) c, 25) c, 26) b, 27) b, 28) c, 29) a, 30) a,

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