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Projeto Funcional
Agosto / 2015
Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT
Setor de Clubes Esportivos Sul - SCES, lote 10, trecho 03,
Projeto Orla Polo 8 - Cep: 70200-003 - Brasília - DF
Tel: +55 (61) 3410-1000
Site: www.antt.gov.br
PROJETO FUNCIONAL
1
LISTA DE FIGURAS
3
(Horizonte 2020) (2/2).......................................................................................................... 144
Figura 33 - Plano de vias. .................................................................................................... 145
Figura 34 – Topologia da Rede de Transmissão de Dados em Anel Redundante. ............ 156
Figura 35 - Diagrama Unifilar Padrão de uma Subestação Auxiliar de Baixa Tensão ........ 172
Figura 36 – Seção típica de via com pórtico, catenária e linha de contato. ........................ 175
Figura 37 - Diagrama Unifilar Padrão de uma Subestação Retificadora de Tração ............ 176
Figura 38- Plano de Via Eletrificado. ................................................................................... 183
4
LISTA DE TABELAS
5
Tabela 35 – Quantidade de viagens realizadas pelas composições. .................................. 140
Tabela 36 – Quantidade de viagens realizadas pelos TUs. ................................................ 140
Tabela 37 – Quantidade de viagens realizadas pelos carros. ............................................. 140
Tabela 38 – Quantidade de lugares ofertados. ................................................................... 141
Tabela 39 – Taxa de ocupação dos lugares ofertados. ....................................................... 141
Tabela 40 – Cálculo do número de trens à hora-pico e taxa de ocupação da via. .............. 147
Tabela 41 – Requisitos da tecnologia TETRA para o Sistema de Radiocomunicação. ...... 159
Tabela 42 - Resumo das simulações para consumo de energia. ........................................ 180
Tabela 43 – Potência eficaz disponibilizada por trecho. ...................................................... 181
Tabela 44 – Distribuição das Subestações Retificadoras. .................................................. 182
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11
ALTERNATIVAS ...................................................................................................... 12
MATRIZ MULTICRITERIAL ..................................................................................... 13
ALTERNATIVA DESENVOLVIDA PELO PROJETO FUNCIONAL ......................... 13
TRAÇADO ............................................................................................................... 19
Descrição do traçado desenvolvido ............................................................. 20
ESTAÇÕES ............................................................................................................. 27
Metodologia para o dimensionamento das estações ................................... 27
Dimensionamento das estações .................................................................. 34
Pré-dimensionamento dos estacionamentos para automóveis.................... 75
Projeto das Estações ................................................................................... 76
PÁTIOS DE ESTACIONAMENTO E MANUTENÇÃO ............................................. 88
Pátio de Estacionamento e Manutenção em Santo Antônio do Descoberto 88
Pátio de Estacionamento em Anápolis ...................................................... 101
PROJETO DE INTERFERÊNCIAS ....................................................................... 107
Tratamento das Soluções .......................................................................... 108
DESAPROPRIAÇÕES ........................................................................................... 114
ESTUDOS OPERACIONAIS ................................................................................. 115
Introdução .................................................................................................. 115
Coleta de dados ......................................................................................... 115
A demanda de passageiros ....................................................................... 116
Simulação de Marcha ................................................................................ 118
Definição dos serviços ............................................................................... 125
Escolha do Material Rodante ..................................................................... 126
Dimensionamento da Frota ........................................................................ 129
Plano de vias .............................................................................................. 144
7
5. ESPECIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ............................................................................ 148
8
RETIFICADORAS .................................................................................................. 178
SISTEMA ELETRIFICADO EM CORRENTE CONTÍNUA – 3 KV ................................ 178
Características ........................................................................................... 178
Introdução .................................................................................................. 178
Etapas do Estudo: ...................................................................................... 178
Contratação de Energia ............................................................................. 184
SISTEMA DE DETECÇÃO E EXTINÇÃO DE INCÊNDIO - DI ............................. 185
Introdução .................................................................................................. 186
Requisitos do Sistema de Detecção e Extinção de Incêndio - DI .............. 186
Sistema de Bombas para Recalque de Água para Combate a Incêndios e
Pressurização de Redes de Combate a Incêndios (Jockey) ............................ 187
SISTEMA DE INFORMAÇÃO AOS PASSAGEIROS ............................................ 188
Introdução .................................................................................................. 188
Requisitos Gerais do Sistema de Informação aos Passageiros ................ 188
Requisitos Gerais dos Painéis de Destinos de Trens (PDT)...................... 189
Requisitos do Concentrador de Mensagens .............................................. 189
SISTEMA DE SONORIZAÇÃO ............................................................................. 190
Introdução .................................................................................................. 190
Requisitos do Sistema de Sonorização ..................................................... 190
9
10
1. INTRODUÇÃO
1
Conforme estabelecido no Termo de Referência, o Projeto Funcional deveria corresponder ao Produto
10, porém, em decorrência de alteração na sequência das atividades para desenvolvimento dos
estudos, a ANTT indicou a necessidade de alterar a denominação dos produtos. Em consequência, a
Análise Multicriterial passou a ser o Produto 8, o Projeto Funcional, o Produto 9 e o Estudo Econômico-
financeiro, o Produto 10.
11
2. ESCOLHA DA ALTERNATIVA DESENVOLVIDA COMO PROJETO FUNCIONAL
ALTERNATIVAS
A partir do relatório e atas com as definições apresentadas pelo COMITÊ - Comitê Técnico da
Ferrovia Brasília-Anápolis-Goiânia, coordenado pela SUDECO e constituído por
representantes dos Governos de Goiás, do Distrito Federal, Ministérios dos Transportes e da
Integração Nacional, ANTT, DNIT, VALEC e outros, documentos estes anexados ao final do
relatório do Produto 6, foram definidos os locais das estações, condicionando a um único
traçado entre a estação de Brasília e as proximidades de João Dutra (25 km antes de
Anápolis). A partir deste ponto foram indicadas duas opções para localização das estações,
tanto em Anápolis quanto em Goiânia, gerando as quatro possibilidades de traçado
desenvolvidas no Produto 6 – Concepção Técnica e Operacional dos Serviços e
estudadas também no Produto 7 – Estudos Socioambientais. São elas:
Com relação ao transporte de cargas, caso seja contemplado, será necessário adotar
características geométricas adequadas no trecho com tráfego misto (passageiro e carga),
além de construir dois ramais para alcançar os pontos de conexão com a Ferrovia Norte-Sul
e com o Polo JK. Estes condicionantes são os mesmos, para qualquer uma das quatro
alternativas acima, com o que, atuam de forma neutra no precesso de escolha da melhor
alternativa, conforme apresentado na Figura 1, a seguir.
12
Figura 1 – Alternativas de traçado consideradas.
MATRIZ MULTICRITERIAL
A alternativa definida por meio da Análise Multicriterial para o desenvolvimento foi a AsGt,
segundo a qual a estação em Anápolis está localizada ao Sul da cidade e a estação em
Goiânia está localizada próxima à Praça do Trabalhador.
13
Ramal de Cargas Anápolis-
Sen. Canedo
(bitola larga) – 56 km
14
3. PREMISSAS DE PROJETO ADOTADAS
Neste relatório são apresentadas definições revisadas dos elementos presentes na etapa de
projeto funcional da linha como um todo. Algumas características de projeto foram redefinidas
ou acrescentadas para situações de via principal ou secundária ou mesmo para o traçado
junto às estações, por conta do maior nível de detalhamento do projeto funcional em relação
à produção das alternativas. As definições das premissas de referência para o projeto
funcional da alternativa selecionada são apresentadas a seguir.
TRAÇADO GEOMÉTRICO
O raio mínimo das curvas horizontais utilizadas nas vias principais do traçado é de 1.000
metros, permitindo a operação de trens a 160 km/h, admitindo-se uma aceleração transversal
não compensada 1,05 m/s², conforme estabelecido pela Diretiva 96/48/CE – ETI. No
segmento de uso misto foi adotado um raio de 1.720 m de forma a minimizar o conflito entre
as superelevações necessárias aos trens de passageiro e de cargas, em vista da grande
diferença nas velocidades de ambos.
15
manutenção e estacionamento das composições, como nos dois ramais para carga, também
foram utilizados raios de menores dimensões, por conta da ausência da necessidade de
conforto de passageiros e as baixas velocidades praticadas, possibilitando soluções mais
econômicas. Na interseção com o Ramal de Águas Lindas, e apenas para os trens que
circulam neste ramal, foi imposta uma limitação pontual de 100 km/h, uma vez que trafegam
pela linha desviada do AMV.
Rampa máxima
Nas vias principais foram empregadas rampas máximas de 3,50%, ante uma limitação
recomendada de 4%. Já nas vias localizadas nas estações e em pátios de estacionamento e
manutenção foram adotados greides em nível, garantindo plataformas, estacionamentos e
oficinas sem declividades. Nas linhas de carga foram usadas rampas máximas com 1% e
1,45% compensadas, no sentido principal da demanda e retorno, respectivamente.
Por conta da velocidade adotada nas vias principais, de até 160 km/h, foram previstos AMVs
(Aparelhos de Mudança de Via) de abertura 1:21 entre as linhas principais e os ramais de
acesso a Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto. Estes AMVs permitem a
passagem pela sua via direta à velocidade de 160 km/h e pela sua via desviada (linha nova
que se origina e deriva a partir do AMV) em até 100 km/h.
Nas proximidades das estações e nos ramais de carga, foram utilizados AMVs de abertura
1:14, cuja velocidade permitida na passagem pela via desviada fica em torno dos 57 km/h.
Esta condição está em consonância com a forma de operação da linha, pois nestas regiões
de aproximação, os trens estarão em velocidades inferiores e em desaceleração para a
parada nas plataformas de embarque e desembarque. Já nos acessos aos pátios de
estacionamento e manutenção, além das conexões entre as vias internas dos mesmos, por
se tratarem de regiões de baixa velocidade, foram empregados AMVs menores, de abertura
1:8.
Plataformas
16
As estações de Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto não recebem o serviço
de trens regionais e suas plataformas foram adequadas aos maiores comprimentos de trens
que operarão em cada uma delas, 216 e 108 metros, respectivamente.
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MATERIAL RODANTE
Foram indicadas composições unitárias com 2, 3, 6 e 7 carros cada, que podem ser
associadas a outras, formando composições com 14 carros, por exemplo, como a que será
empregada no serviço Regional a partir do horizonte 2040. A tabela a seguir apresenta as
principais características que as composições deverão apresentar para os quatro serviços do
projeto:
Tabela 2 – Composições Típicas.
COMPOSIÇÕES TÍPICAS
O material rodante utilizado nos trens de carga será de propriedade da operadora ferroviária
de cargas que fizer uso do direito de passagem sendo que os veículos mais utilizados e suas
características técnicas foram relacionados no Produto 6, assim como a formação provável
dos trens. Como segmentos da ferrovia poderão ser projetados para permitir o tráfego de trens
de carga, a única restrição admissível será de gabarito vertical, nos segmentos com tração
elétrica, para vagões de containers tipo double-stack.
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4. PROJETO FUNCIONAL
Neste capítulo será exposto o projeto funcional da ferrovia como um todo, sendo apresentadas
as decisões de projeto em relação a:
Traçado;
Estudos Operacionais;
Projeto de Interferências;
Desapropriações.
TRAÇADO
Não há, em todo o traçado ferroviário proposto neste projeto, a presença de cruzamentos em
nível da ferrovia com demais sistemas, fazendo com que todas as possíveis interferências no
projeto sejam resolvidas caso a caso, com base em diretrizes gerais.
Todo o traçado do projeto foi desenvolvido tendo como base as premissas técnicas
apresentadas neste mesmo produto, no capítulo 3.
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não são idênticos, pois foram otimizados, segundo respectivas condicionantes geométricas,
para cada uma das possibilidades funcionais: tráfego exclusivo de trens de passageiros
(apresentado no Anexo 1A) e tráfego misto, tanto de trens de passageiro como de trens de
carga (apresentado no Anexo 1B).
Neste tópico serão descritos os traçados das seguintes vias presentes no projeto:
Via Principal
A via principal do projeto une as estações de Brasília e Goiânia, passando em seu trajeto
pela Estação de Ceilândia, Ramal de Águas Lindas de Goiás, Ramal de Santo Antônio do
Descoberto, Pátio de Anápolis e Estação de Anápolis, possuindo extensão total de 207
quilômetros.
Os Ramais das Estações de Águas Lindas de Goiás e de Santo Antônio do Descoberto terão
seus traçados descritos posteriormente, bem como os acessos aos pátios de estacionamento
e manutenção nas proximidades das cidades de Santo Antônio do Descoberto e Anápolis. O
traçado desenvolvido para o projeto será aqui descrito tendo como ponto de partida a Estação
de Brasília (estaca 0+000), seguindo rumo à Estação de Goiânia, de Leste para Oeste.
A Estação de Brasília é a maior das estações da linha, não apenas por estar localizada na
capital do país, mas também por ser a estação que recebe a maior quantidade de serviços
entre as seis estações da linha.
Além disso, foram previstas plataformas integradas às demais na estação para os seguintes
serviços, possibilitando sua implantação no futuro:
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VLT Brasília
O traçado continua seguindo a Norte da Rodovia BR-070 até o próximo ao encontro com a
DF-451, momento em que realiza cruzamento subterrâneo com a BR-070, passando para o
outro lado o da rodovia. Cerca de 430 metros após esse cruzamento, iniciando na estaca
22+312, está prevista a Estação de Ceilândia, que possui quatro vias para suas quatro
plataformas.
A Estação de Ceilândia está localizada a Norte da cidade, entre os eixos das vias 7 e 13,
perpendicularmente à estação final da futura extensão da Linha Verde do Metrô-DF,
possibilitando a integração dos modais metroferroviários, por conta da proximidade das
estações. Está previsto corredor subterrâneo de acesso entre as estações.
A partir desta estação, o traçado continua pelo canteiro lateral ao Sul da rodovia federal BR-
070 por cerca de 8.500 metros até cerca 1.300 metros antes de chegar a um complexo
industrial de grande porte, defletindo levemente para Sul e logo em seguida para Norte,
chegando a uma curva horizontal que continua para Oeste e é o ponto de partida do Ramal
de Águas Lindas de Goiás.
Essa curva horizontal, entre as estacas 33+195 e 34+814, apresentava raio de 500 metros na
etapa de elaboração das alternativas, tendo sido corrigida para esta etapa de
desenvolvimento do projeto funcional, possuindo agora raio de 1.000 metros, o que permite o
desenvolvimento de maiores velocidades no trecho.
Cerca de 30 metros após a passagem pelo ponto de partida do Ramal de Águas Lindas de
Goiás, ocorre a primeira igualdade de quilômetros do traçado como um todo. O uso de uma
igualdade de quilômetros neste trecho do traçado foi necessário por conta da correção da
curva horizontal citada acima e também por conta da alteração do traçado do ramal de Águas
Lindas de Goiás. Essa igualdade realiza a equivalência entre as estacas 34+872 e 35+000.
A partir da igualdade, o traçado segue na direção Sudoeste pela margem direita do Rio
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Descoberto, aproveitando a topografia natural de sua várzea, de forma a evitar movimentos
de terra desnecessários, em direção à cidade de Santo Antônio do Descoberto. Neste trecho
não ocorrem cruzamentos com elementos rodoviários de grande porte ou importância para a
região, evitando a implantação de obras de arte.
Na estaca 49+724 é iniciado o desvio de ambas as vias para o ramal que comporta a Estação
em Santo Antônio do Descoberto e Pátio de Estacionamento e Manutenção. Este Ramal será
descrito posteriormente neste capítulo.
Logo após este ponto de ramificação das vias ocorre curva acentuada para Oeste, a partir de
onde o traçado segue pelas várzeas de outros cursos d’água, havendo algumas sucessões
de curvas para acompanhar o relevo, até chegar próximo à cidade de Alexânia, nas
proximidades da estaca 85+500, cruzando a BR-060 por meio de túnel subterrâneo com cerca
de 1,2km de extensão.
O traçado segue para Sudoeste, evitando grandes desníveis, até cruzar sobre o Rio Corumbá
por meio de viaduto com cerca de 300 metros de extensão, a partir da estaca 100+110. A
partir do viaduto, a linha segue a várzea de um afluente do Rio Corumbá até por volta da
estaca 115+000.
O traçado segue então para Sul por cerca de 5 quilômetros, até voltar a seguir para Oeste,
acompanhando o Rio das Antas, até chegar a cerca de 800 metros da BR-060, por volta da
estaca 131+250. A partir daí o traçado segue quase paralelamente à Rodovia, se aproveitando
da várzea do Rio da Estrema, já nas proximidades de Anápolis, sendo direcionado ao Sul da
cidade, onde estará localizada a Estação de Anápolis e seu Pátio de Manutenção e
Estacionamento.
O traçado cruza com algumas estradas em alguns pontos neste trecho, sendo cada
interferência resolvida de forma particular, a serem descritas no anexo IV.
Entre as estacas 147+500 e 151+000, o traçado segue, apesar de algumas curvas, um eixo
geral no sentido Oeste, desviando de topografia acidentada e prevendo um bom
posicionamento e encaixe da Estação Anápolis em área conveniente, devendo ser construído
viaduto com cerca de 20 metros de extensão para travessia da Ferrovia Norte-Sul, localizada
no vale ali presente.
A Estação de Anápolis tem seu início na estaca 152+600, possuindo 260 metros de
comprimento, atendendo inclusive às maiores composições do projeto como um todo. Ela será
implantada na região Sul da cidade, a 500 metros ao Sul da BR-060 e a 100 metros da GO-
330, sendo posicionada perpendicularmente a esta rodovia.
Por conta do cruzamento de duas importantes rodovias da região, a área selecionada para a
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implantação da estação é um ponto de convergência de rotas e interligação entre cidades,
facilitando o acesso dos usuários.
Portanto, estão previstas quatro plataformas na estação: duas para o serviço Regional e duas
para o Semiurbano.
A partir da estação, o traçado segue paralelamente ao Sul da BR-060 por cerca de 7.500
metros, até cruzar para o lado oposto da rodovia, na estaca 161+600, já indicando o
caminhamento selecionado, em direção ao Norte de Goiânia, onde será implantada a estação
da cidade.
A partir deste ponto, o traçado segue para Oeste até à estaca 184+000, momento em que a
via passa a seguir na direção Sul, cruzando subterraneamente a Avenida Juscelino
Kubitscheck (GO-80).
O traçado da via então acompanha o trajeto de um curso d’água localizado entre a GO-80 e
a GO-462, Avenida Arapoema, cruzando esta avenida em duas ocasiões, de forma a evitar a
passagem do traçado através de bairros já consolidados. A primeira das travessias ocorre na
estaca 198+104, por meio de viaduto de cerca de 70 metros de comprimento, e a segunda
travessia se inicia cerca de 3,2 quilômetros à frente, na estaca 201+404, por meio de túnel
Cut and Cover de cerca de 230 metros de comprimento.
A partir desse ponto, o traçado segue para Sul, na direção da cidade de Goiânia, evitando a
travessia de bairros já consolidados, mais presentes por conta de maior proximidade com a
cidade. Na estaca 205+050, o traçado cruza com a Avenida Perimetral Norte, e
posteriormente com o Rio Meia Ponte a partir da estaca 206+455, por meio de viaduto de
aproximadamente 90 metros de extensão, cruzando-o novamente na estaca 207+070, por
meio de viaduto com cerca de 160 metros de extensão.
Neste trecho, o traçado passa então entre os bairros Santa Crimeia Oeste e Santa Crimeia
Leste, já em perímetro urbano, ainda seguindo o Rio Meia Ponte, tornando-se elevado a partir
da estaca 207+669, possibilitando a travessia sobre a Alameda Marginal Botafogo, mais à
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frente.
O traçado continua em elevado por cerca de 700 metros, até encontrar a margem do rio, na
estaca 208+363, onde o traçado passa a ser realizado em trincheira por cerca de 170 metros,
para então seguir enterrado por meio de Cut and Cover, até o final, na estaca 208+944.
Dessa forma, a estação apresentará quatro plataformas, sendo duas para o serviço
Semiurbano e duas para o Regional.
O ramal de Águas Lindas de Goiás procura atender às necessidades por transporte de alta
capacidade ligando a cidade à Brasília. Devido a questões de topologia e relevo, os corredores
de ligação ideais entre Brasília e Anápolis não contemplam a passagem pela mancha urbana
de Águas Lindas, tornando necessária a criação de um ramal.
O ramal tem início na estaca 34+814 da via principal, logo após a curva que teve seu raio
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corrigido de 500 para 1.000 metros entre as etapas de elaboração das alternativas e a de
desenvolvimento do projeto funcional. Logo em seguida, o traçado desvia de topografia mais
acidentada ao acompanhar um curso d’água, com pequenas correções de traçado em relação
ao traçado definido nas alternativas do Produto 6.
Em seguida, o traçado é rebaixado por meio de túnel em Cut and Cover, acompanhando
subterrânea e lateralmente a Rodovia BR-070, sentido Águas Lindas de Goiás, à Nordeste,
ficando no canteiro lateral Oeste da via, sem cruzá-la. O túnel se estende por cerca de 680
metros, iniciando-se na estaca 1005+720 e terminando na 1006+380, atravessando em sua
extensão a Rua Rio Grande do Sul. Neste momento a ferrovia passa a estar localizada no
canteiro entre a rodovia BR-070 e a Avenida Brasília, cujo traçado acompanha a rodovia.
A partir deste ponto o traçado segue em trincheira por 800 metros, até novo cruzamento entre
a Rodovia BR-070 e a Rua 17, que realiza a conexão entre as duas partes da cidade
separadas pela rodovia. Neste trecho, a ferrovia será escavada novamente pelo método de
Cut and Cover, por 100 metros, iniciando-se na estaca 1007+130.
O traçado segue então por cerca de 1.000 metros em trincheira, cruzando com a Avenida 3,
que também realiza a conexão entre as duas partes da cidade separados pela rodovia. Neste
trecho o traçado realiza leve curva a Oeste, para posicionamento da estação em lotes ainda
desocupados e com boa área para implantação das edificações e áreas necessárias à
estação, desviando da área do canteiro lateral da rodovia e cruzando sob a Avenida Brasília,
por meio de túnel.
O traçado proposto para o ramal de Águas Lindas de Goiás foi modificado em relação ao
proposto no Produto 6, invertendo o lado por onde acompanha a rodovia, pelos seguintes
motivos:
O traçado pode ser expandido para Oeste e alcançando outros bairros e mesmo para
outras cidades, em vez de permanecer sem opções de expansão, como ficaria no lado
Leste.
O Águas Lindas Shopping possui planos de expansão sobre a área em que havia sido
considerada a estação da cidade.
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A Estação de Águas Lindas de Goiás serve apenas a um serviço, o Semiurbano BSB-AGL,
realizando a conexão com a cidade de Brasília. Por conta disso, há na estação apenas duas
plataformas.
Para a operação satisfatória do ramal, foram mantidas vias duplas durante a maior parte de
seu percurso. O ramal possui extensão de 3.380 metros em sua via mais extensa, sendo
desviado da via principal na estaca 49+724 por duas vias distintas, uma no sentido Santo
Antônio do Descoberto, à Oeste e a outra no sentido Brasília, à Leste.
A via sentido Santo Antônio do Descoberto é rebaixada em relação à via principal, cruzando-
a subterraneamente cerca de 1.400 metros após o início do ramal, por meio de túnel com
cerca de 260 metros de comprimento. A partir do final desse túnel, a via passa a subir
novamente para encontrar a outra via do ramal.
Cerca de 500 metros após o túnel que passa sob a via principal, a via que trafega sentido
Santo Antônio do Descoberto é desviada por meio de um AMV para a via principal do Ramal,
que trafega sentido Brasília.
Esta via também tem seu início no km 49+724, deslocando-se a seguir para Leste da via
principal, mas ainda acompanhando sua curvatura. O perfil da via se mantem de certa forma
sem grandes declividades, até a estaca 2000+885, de onde parte o ramal que serve ao Pátio
de Manutenção e Estacionamento, ao Sul.
Na estaca 2002+000, as duas vias do ramal se reencontram, fazendo com que o traçado
agora seja realizado em via singela por cerca de 900 metros, já nas proximidades da estação,
quando a via é duplicada para a chegada às duas plataformas.
O perfil deste trecho é elevado até por volta da estaca 2003+230, acompanhando o perfil
natural do terreno até chegar às plataformas da estação, que se inicia na estaca 2003+250.
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Um dos objetivos da implantação da estação neste local nas bordas da cidade, que ainda não
está urbanizado nem loteado, é o de atrair o desenvolvimento urbano para esta área,
afastando a expansão da cidade da fronteira com o Distrito Federal.
ESTAÇÕES
Neste capítulo serão apresentadas imagens das áreas de implantação das estações e suas
plantas do pavimento térreo, onde ocorre a integração com o tecido urbano. O projeto
funcional completo das estações será apresentado no Anexo II.
As estações, de Brasília a Goiânia, incluindo as que estão localizadas em ramais, com base
no estaqueamento, são:
Estação de Brasília;
Estação de Ceilândia;
Estação de Anápolis;
Estação de Goiânia.
Neste tópico será apresentada a metodologia utilizada para realização dos cálculos de
dimensionamento dos elementos considerados no projeto funcional das estações.
Para cada estação foi escolhido o sentido mais carregado no horário em que apresenta o
maior volume de embarques. A opção pela utilização do maior volume de embarques, em
detrimento do volume de desembarques, é embasada no fato de que o efeito dos embarques
no dimensionamento das instalações das estações é maior, pois suas operações (passagem
por bloqueios e acúmulo na plataforma) consomem mais tempo do que as operações de
desembarque.
Com utilização da metodologia utilizada para dimensionamento das estações pelo Metrô-SP,
os elementos em cada estação foram dimensionados e são apresentados a seguir, com suas
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fórmulas, definições, premissas e variáveis envolvidas.
Plataformas
Para a definição da Largura Total de plataforma é necessário primeiro calcular a Largura Livre
(L), depois somá-la aos afastamentos (Af).
A Largura Livre (L) é largura de plataforma necessária para acomodar tanto os usuários
previstos para estação (embarque e desembarque), quanto os eventuais usuários
provenientes de dois trens a serem evacuados em situação de emergência.
Para se obter a Largura Livre (L), é necessário decompor o cálculo em duas etapas. Primeiro,
Largura para Acumulação em Situação de Emergência (A). Em seguida, obtém-se a Largura
de Circulação de Usuários Previstos na Estação (Lc).
Fórmula:
Definições:
Premissa:
Variáveis:
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Fórmulas:
C = D / (2F x H)
Lc = CxU
Definições:
Premissa:
Variáveis:
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
Definições:
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Definições:
29
Premissas:
Variáveis:
Bilheterias
Quantidade de Guichês
Fórmula:
Definições:
Premissa:
Cge = Capacidade de atendimento de usuários por guichê = 360 pass./ hora/ guichê
Variáveis:
30
Quantidade de Máquinas de Venda de Bilhetes
Fórmula:
Definições:
Premissa:
Variáveis:
Bloqueios
Levando em conta que o tempo de passagem pelos bloqueios no embarque é maior do que
o do desembarque (por conta da validação do passagem) é necessário calcular a quantidade
de bloqueios para embarque e desembarque separadamente.
Considerar dados no momento de maior volume de embarques, nos dois sentidos somados.
Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Definições:
Premissa:
Cpe = Capacidade de fluxo de pessoas na entrada por bloqueio = 1.200 pass./ hora
Cps = Capacidade de fluxo de pessoas na saída por bloqueio = 2.500 pass./ hora
31
Variáveis:
Escadas
Escadas Rolantes
Fórmula:
Definições:
Premissa:
Variáveis:
Ee = Embarques (no pior sentido, para plataforma lateral; somados ambos sentidos
para plataforma central).
Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / Cf )
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Efd = Ef – Crol
Definições:
Premissa:
Lcan = 0,65 m
Variáveis:
E = Embarques (no pior sentido, para plataforma lateral; somados ambos sentidos
para plataforma central).
E = Desembarques (no pior sentido, para plataforma lateral; somados ambos sentidos
para plataforma central).
Cenários de Demanda
REGIONAL
SENTIDO GOIÂNIA – BRASÍLIA (Fluxo)
TRECHO APS-BSB APS-CEI GYN-BSB GYN-CEI
PASS./HORA 309 87 2463 635
SENTIDO BRASÍLIA – GOIÂNIA (Contra-fluxo)
TRECHOS BSB-APS CEI-APS BSB-GYN CEI-GYN
PASS./HORA 309 87 2463 635
TOTAIS 617 174 4925 1270
33
Tabela 4 – Demanda do Serviço Semiurbano entre Brasília e Águas Lindas de Goiás (Horizonte 2050).
Tabela 5 – Demanda do Serviço Semiurbano entre Brasília e Sto. Antônio do Descoberto (Horizonte 2050).
Neste tópico será apresentada a memória de cálculo do dimensionamento dos elementos das
estações, tais como dimensões das plataformas, quantidade de guichês e máquinas de venda
de bilhetes, quantidades de bloqueios e dimensões e quantidades de escadas fixas e rolantes.
Nas estações que possuem mais de um serviço, como as de Brasília, Ceilândia, Anápolis e
Goiânia, foram realizados cálculos separadamente para cada serviço.
Essa estratégia foi adotada devido ao fato de que as instalações das estações, com exceção
dos corredores de circulação, são relacionadas com cada um dos serviços de forma particular.
34
Por conta da distribuição irregular dos usuários durante a hora-pico, os dados de demanda
foram majorados em 20% como forma de obtenção de maior segurança para o
dimensionamento dos elementos das estações.
1) Dados Gerais
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
A = 2,56 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
Lc = C x 0,65
35
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
i. C = 1.662,80 / (2x 0,5417 x 1.800)
C = 0,85
C = 1 canal
ii. Lc = 1 x 0,65
Lc = 0,65 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 2,56 + 0,65
L = 3,21 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 3,21 + 1,40
Lt = 4,61 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
36
(Considerando Cpe = 1.200 e Cps = 2.500)
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 4,51
Nbq = 5 bloqueios
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800*
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
37
E = Desembarques = (309+2.463)*1,2 = 3.326
Crol = 4 canais
Cálculo:
Lef = 0 x 0,65
1) Dados Gerais
2) Plataforma
Fórmula:
(considerando Oc = 5 pass./m2):
A = (2E + 2T – 2D) / 5P
Variáveis:
Cálculo:
A = 2,96 m
Fórmulas:
38
C = D / (2 x 0,5417 x H)*
*Considerando F = 0,5417
Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
i. C = 280,64/ (2x 0,5417 x 900)
C = 0,29
C = 1 canal
ii. Lc = 1 x 0,65
Lc = 0,65 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 2,96 + 0,65
L = 3,21 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 3,21 + 1,40
Lt = 4,61 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
39
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 2,78
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
40
Variáveis:
Crol = 4 canais
Cálculo:
Efd = -1 => 0
Lef = 0 x 0,65
1) Dados gerais
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
A = 2,18 m
41
b) Largura de Circulação de Usuários Previstos na Estação
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
ii) C = 637,01 / (2x 0,5417 x 480)
C = 1,22
C = 2 canais
ii) Lc = 2 x 0,65
Lc = 1,30 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 2,18 + 1,30
L = 3,48 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 3,48 + 1,40
42
Lt = 4,88 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 11,83
Nbq = 12 bloqueios
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
43
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
Crol = 6 canais
Cálculo:
Lef = 1,95 m
1) Bilheterias
a) Quantidade de Guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nge = 9,13
44
Nge = 10 guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nmbu = 14,79
Nmbu = 15 máquinas
1) Dados gerais
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
45
E = Embarques (pass. / intervalo) = (87+635)*1,2 / 2 trens por hora
Cálculo:
A = 3,22 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
ii) C = 0,00 / (2x 0,5417 x 1.800)
C = 0,00
C = 1 canal
ii) Lc = 1 x 0,65
Lc = 0,65 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 3,22 + 0,65
L = 3,87 m
d) Largura Total
Fórmula:
46
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 3,87 + 1,40
Lt = 4,87m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 0,79
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Ed = Desembarques = 0
Cálculo:
47
Ere = 867 / 5.800 = 1 rolantes no sentido de embarque
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
E = Desembarques = 0
Crol = 2 canais
Cálculo:
Ef = (867 + 0) / 1.800 = 1
Lef = 0 x 0,65 = 0
1) Dados Gerais
Pior horário considerado: pico da manhã, considerando a soma das duas linhas
48
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
E = Embarques (pass. / intervalo) = (447*1,2 / 4 trens por hora) + (8.322*1,2 / 7,5 trens
por hora) = 1.465,49 (dados considerados: soma das 2 linhas)
D = Desembarques (pass. / intervalo) = 3.745*1,2 / 7,5 trens por hora = 599,19 (dados
considerados: ALG)
Cálculo:
A = 3,23 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
i. C = 599,19 / (2x 0,5417 x 480)
C = 1,15
C = 2 canais
ii. Lc = 2 x 0,65
Lc = 1,30 m
49
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 3,23 + 1,30
L = 4,53 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 4,53 + 1,40
Lt = 5,93 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 11,73
Nbq = 12 bloqueios
50
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
Crol = 6 canais
Cálculo:
Lef = 3 x 0,65
Lef = 1,95 m
51
Estação de Ceilândia – Componentes utilizados por todos os serviços da
estação
1) Bilheterias
a) Quantidade de Guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nge = 6,32
Nge = 7 guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
52
Nmbu = 10,25
Nmbu = 11 máquinas
1) Dados gerais
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
A = 4,23 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
53
D = Desembarques (pass. / intervalo) = (3.981+3.745)*1,2 / 7,5 trens por hora
Cálculo:
a) C = 1.236,20 / (2x 0,5417 x 480)
C = 2,37
C = 3 canais
b) Lc = 3 x 0,65
Lc = 1,95 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 4,23 + 1,95
L = 6,18 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 6,18 + 1,00
Lt = 7,16 m
3) Bilheterias
a) Quantidade de Guichês
Fórmula:
Variáveis:
54
Pe = Porcentagem de usuários que utilizam guichês de bilheteria = 0,2 (20%)
Cálculo:
Nge = 11,45
Nge = 12 guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nmbu = 18,54
Nmbu = 19 máquinas
4) bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 22,97
Nbq = 23 bloqueios
55
5) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
Crol = 12 canais
Cálculo:
Lef = 6 x 0,65
Lef = 3,90 m
56
Estação de Santo Antônio do Descoberto – Serviço Semiurbano BSB-SAD
1) Dados gerais
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
A = 2,81 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
57
a) C = 340,93 / (2x 0,5417 x 900)
C = 0,35
C = 1 canal
b) Lc = 1 x 0,65
Lc = 0,65 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 2,81 + 0,65
L = 3,46 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 3,46 + 1,4
Lt = 4,86 m
3) Bilheterias
a) Quantidade de Guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
58
Nge = 1,68
Nge = 2 guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nmbu = 2,73
Nmbu = 3 máquinas
4) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 3,38
5) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
59
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
Crol = 4 canais
Cálculo:
Lef = 0 x 0,65
1) Dados Gerais
60
Intervalo no pior cenário: 1.800 seg / 30 min
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
A = 3,22 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
I. C = 0,00/ (2x 0,5417 x 1.800)
C = 0,00
C = 1 canal
II. Lc = 1 x 0,65
61
Lc = 1,30 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 3,22 + 0,65
L = 3,87 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 3,87 + 1,40
Lt = 5,27 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 0,44
62
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Ed = Desembarques = 0
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
E = Desembarques = 0
Crol = 2 canais
Cálculo:
Ef = (475 + 0) / 1.800 = 1
Lef = 0 x 0,65
63
1) Dados gerais
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
A = 5,76 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
ii) C = 427,34/ (2x 0,5417 x 1.200)
C = 0,33
64
C = 1 canal
ii) Lc = 1 x 0,65
Lc = 0,65 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 5,76 + 0,65
L = 6,41 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 6,41 + 1,00
Lt = 7,41 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nbq = 0,90
65
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
Crol = 4 canais
Cálculo:
Lef = 0 x 0,65
66
Estação de Anápolis – Componentes utilizados por todos os serviços da
estação
1) Bilheterias
a) Quantidade de Guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nge = 0,52
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
67
Nmbu = 1,17
1) Dados Gerais
2) Plataforma
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
A = 2,86 m
Fórmulas:
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
Cálculo:
ii) C = 1.858,65/ (2x 0,5417 x 1.800)
C = 0,95
C = 1 canal
ii) Lc = 1 x 0,65
Lc = 0,65 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 2,86 + 0,65
L = 3,51 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 3,51 + 1,40
Lt = 4,91 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
69
Cálculo:
Nbq = 3,41
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
Crol = 4 canais
Cálculo:
70
Efd = (6) – (4) = 2
Lef = 2 x 0,65
1) Dados gerais
2) Plataforma
Variáveis:
Cálculo:
A = 5,76 m
*Considerando F = 0,5417
ii) Lc = C x 0,65
*Considerando U = 0,65 m
Variáveis:
71
H = Intervalo (em segundos) = 1.200
Cálculo:
C = 1 canal
ii) Lc = 1 x 0,65
Lc = 0,65 m
c) Largura Livre
Fórmula:
L = A + Lc
L = 5,76 + 0,65
L = 6,41 m
d) Largura Total
Fórmula:
Lt = L + Af
Variáveis:
Cálculo:
Lt = L + Af
Lt = 6,41 + 1,00
Lt = 7,41 m
3) Bloqueios
a) Quantidade de Bloqueios
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
72
Nbq = 0,71
4) Escadas
a) Escadas Rolantes
Fórmula:
Ere = Ee / 5.800
Erd = Ed / 5.800
(Considerando C = 5.800)
Variáveis:
Cálculo:
b) Escadas Fixas
Fórmula:
Ef = (E + D) / 1.800
Efd = Ef – Crol
Variáveis:
Crol = 4 canais
Cálculo:
Lef = 0 x 0,65
73
Estação de Goiânia – Componentes utilizados por todos os serviços da estação
1) Bilheterias
a) Quantidade de Guichês
Fórmula:
Variáveis:
Cálculo:
Nge = 2,33
Nge = 3 guichês
Variáveis:
Cálculo:
Nmbu = 3,77
Nmbu = 4 máquinas
74
Pré-dimensionamento dos estacionamentos para automóveis
b) De migração pois, com o uso do trem, nem todos estes passageiros continuarão
chegando de automóvel e deixarão o veículo no estacionamento. Poderão chegar à
pé (proximidades num raio de 400 a 600 m da estação), de bicicleta, de moto, de
ônibus, de taxi ou carona (desembarque).
Estes fatores foram aplicados de modo específico para cada estação, confome análise
subjetiva das condições locais.
A exploração das áreas de estacionamento deverá ser concedida ao operador, assim como
outras áreas para uso comercial do entorno das estações. Já foram consideradas no conjunto
de áreas proposto na análise econômico-financeira, e constituirão parcela da receita
complementar destinada a tornar atrativo o serviço de transporte semiurbano de passageiros.
75
Projeto das Estações
Brasília
Um terminal de ônibus urbano foi proposto diante dos edifícios existentes e que serão
mantidos, sendo previsto um acesso subterrâneo ligando diretamente com o interior da
estação. Junto aos edifícios existentes foram projetadas baias de parada para embarque e
desembarque (kiss and ride) e baias de táxi, além de um edifício para estacionamento de
automóveis.
Os dois edifícios existentes foram aproveitados por meio da modificação de sua organização
interna. O térreo do edifício existente da antiga estação rodoviária foi convertido em salas
operacionais e apoio ao usuário, como informações e sanitários. O primeiro pavimento desse
edifício também será convertido em salas operacionais. Já para o térreo do edifício da antiga
estação rodoferroviária foi proposto o uso como áreas comerciais para locação.
76
Figura 3 – Implantação da Estação de Brasília.
77
Ceilândia
A estação está localizada em área com baixa urbanização, na faixa lateral da BR-070, junto a
residências unifamiliares predominantemente térreas. É prevista a conexão com a futura
estação de metrô localizada no eixo do Setor O SQNO 5/7 Conjunto A e Setor O SQNO 13/15
bloco D, através de túnel que conecta as duas áreas não-pagas.
O acesso à estação poderá ser realizado por meio do túnel de conexão com o Metrô; pela
praça ao Sul da Estação ou pelo lado Norte da BR-070, através de passarela sobre a Rodovia.
Todos os acessos direcionam o usuário ao mezanino da área não-paga, onde estão
localizadas as bilheterias, áreas comerciais e os bloqueios.
O acesso por meio de ônibus será realizado a partir das paradas de embarque e
desembarque, localizadas em frente à face Sul da estação, em ambos os lados da via.
O traçado chega à estação em vala, com topo do boleto 19,57 m abaixo da cota térreo de
acesso. O acesso ao mezanino da área paga se dá no nível dos bloqueios (cota 1222,50 m).
Há três grupos de bloqueios, segregados entre si, uma vez que a cobrança dos serviços é
realizada de forma separada. Na área de bloqueios estão localizados os três conjuntos de
escadas (cinco escadas rolantes e três escadas fixas no total) e os três elevadores que dão
acesso ao mezanino de distribuição (cota 1214,13 m).
O mezanino de distribuição, na área paga, distribui o conjunto de escadas para dar acesso ao
nível das plataformas, na cota 1204,13 m, sendo um total de oito escadas rolantes e seis
escadas fixas, além dos três elevadores.
78
Figura 4 – Implantação da Estação de Ceilândia.
79
Águas Lindas de Goiás
A Estação de Águas Lindas de Goiás foi implantada paralelamente à BR-070, localizada junto
a mancha urbana em sua área central, próximo ao Águas Lindas Shopping. O local de
implantação apresenta facilidade de acesso rodoviário pela Avenida Brasília, Rua Cuiabá e
pela Rodovia BR-070.
A estação será implantada em lotes ainda não ocupados, próximos a conjuntos residenciais
unifamiliares, predominantemente térreos.
No lado oposto à BR-070, junto ao Águas Lindas Shopping, serão implantadas baias de
embarque e desembarque (kiss and ride) e uma parada de ônibus. Foram propostas unidades
habitacionais com térreo comercial nos lotes contíguos à Estação.
O traçado chega à estação em vala, com topo do boleto 20,51 m abaixo da cota do térreo. O
acesso poderá ser realizado pela praça comercial proposta sobre a estação; pela Rua Cuiabá
e pelo Terminal Urbano (cota 1172,00 m). Está previsto um túnel de acesso para os
passageiros a partir do Águas Lindas Shopping, com espaços comerciais, passando sob a
rodovia BR-070.
Foi proposto no nível do mezanino dos bloqueios (cota 1163,99 m), um túnel que conecta os
diversos acessos e permite uma maior segurança aos usuários. Dentro da área paga, após
os bloqueios, está localizado o conjunto de escadas (seis escadas rolantes e três escadas
fixas) e os dois elevadores que dão acesso às plataformas (cota 1152,69 m).
Nesta estação há duas plataformas laterais que atendem ao serviço Semiurbano, possuindo
260m de comprimento e 7m de largura.
80
Figura 5 – Implantação da Estação de Águas Lindas de Goiás.
81
Santo Antônio do Descoberto
O local de implantação da estação possui fácil acesso rodoviário pela própria Avenida Santo
Antônio, sendo previsto um dispositivo viário de interseção em desnível para conectar o bairro
existente ao novo modelo urbano proposto.
O terreno está em uma área não urbanizada, localizada ao lado de residências unifamiliares
com gabarito de até 6 m. O Pátio de Manutenção e Estacionamento de Santo Antônio do
Descoberto será implantado a Nordeste da estação e o Terminal Urbano de ônibus à Sudeste
da Estação, facilitando o acesso de seus usuários. Também foram previstos estacionamentos
para automóveis, motos e bicicletário.
O traçado chega à estação em vala, com topo do boleto 13,20 abaixo da cota térrea de acesso.
Há dois acessos na cota 963,00 m, na qual estão localizados os bloqueios. Na área paga, o
usuário deve caminhar em direção ao conjunto de escadas (duas escadas rolantes e uma
escada fixa) ou ao elevador para alcançar o nível do mezanino da área paga, na cota 959,00
m, onde há outro conjunto de escadas (duas escadas rolantes e uma escada fixa), que dá
acesso às plataformas.
82
Figura 6 – Implantação da Estação de Santo Antônio do Descoberto.
83
Anápolis
A estação está localizada em região industrial que não conta com estabelecimentos
comerciais no percurso entre a futura parada de BRT e o saguão de entrada da estação. Por
conta disso, foram propostas algumas áreas comerciais, como forma de atrair e diversificar
os usos em seu entorno, bem como manter a área mais segura por meio do movimento de
pedestres.
O saguão de entrada da estação, na cota 1118,66 m, conta com bilheteria, sanitários e uma
linha de bloqueios dividida em três partes: uma de acesso à plataforma central, que atende
ao serviço Regional com destino final Goiânia e Brasília e duas áreas nas laterais para acesso
das plataformas laterais, que atendem ao serviço Semiurbano, conectando a Estação de
Anápolis à Estação de Goiânia.
No mezanino de distribuição, há quatro escadas rolantes e duas escadas fixas que servem às
plataformas centrais, e dois conjuntos de escada rolante e fixa para cada plataforma lateral,
no nível 1108,74 m. Há também elevadores que partem diretamente da área paga no
mezanino da linha de bloqueios a cada plataforma.
84
Figura 7 – Implantação da Estação de Anápolis.
85
Goiânia
A Estação de Goiânia foi implantada junto à Rua 44, paralelamente ao Terminal Rodoviário
Dom Fernando Gomes Santos e ao Shopping Araguaia, nas proximidades da praça do
Trabalhador na região central da capital.
O local possui fácil acesso pela Avenida Goiás, que integra o corredor de BRT Norte - Sul da
cidade, cujas obras estão atualmente em andamento.
Junto à marquise foram dispostas as baias para embarque e desembarque (kiss and ride) e
baias para táxi. Do lado oposto da marquise foi proposta uma reorganização do
estacionamento existente, que atende à estação rodoviária e que ficará então com capacidade
para 480 veículos. Conforme a Tabela 7, foi prevista a necessidade de um estacionamento
complementar no edifício da estação com capacidade mínima para 367 automóveis,
estacionamento para motos e bicicletário.
O saguão de entrada da estação, localizado em seu pavimento térreo (cota 715,68 m), conta
com áreas comerciais para locação, bilheterias, sanitários e linha de bloqueios segregada em
três áreas: uma área central que atende às plataformas do Serviço Regional, com destino final
à capital Brasília; e duas áreas laterais que servem às plataformas laterais, recebendo as
composições do serviço Semiurbano, para Anápolis.
A partir do nível do mezanino da área paga, há dois conjuntos com duas escadas rolantes e
uma fixa cada, servindo às plataformas centrais, e dois conjuntos com uma escada rolante e
uma fixa para o acesso a cada plataforma lateral. As plataformas estarão localizadas na cota
705,17 m. Há também elevadores que partem diretamente da área paga no mezanino da linha
de bloqueios a cada plataforma.
86
Figura 8 – Implantação da Estação de Goiânia.
87
PÁTIOS DE ESTACIONAMENTO E MANUTENÇÃO
Dos dois pátios presentes na Linha Brasília-Goiânia, o que está localizado nas proximidades
de Santo Antônio do Descoberto é o maior e o que apresenta maior quantidade de serviços,
sendo destinado a estacionamento para 19 composições, estacionamento dos veículos de
serviço, oficinas de manutenção do material rodante, máquina de lavagem de trens,
manutenção da via permanente, depósito de materiais, administração, CCO, entre outras
funções.
A área sugerida para o complexo foi selecionada com base na localização da estação em
Santo Antônio do Descoberto, em local com baixa variação topográfica, evitando a presença
de cursos hídricos, bastante frequentes na região, pois eles apresentam áreas de proteção
88
que impedem a construção de edificações dentro de seus limites.
O acesso ao pátio é realizado por meio de via singela que une a via principal da Linha Brasília-
Goiânia à Estação Santo Antônio do Descoberto. A via que leva ao pátio é desviada por via
também singela, sendo dividida novamente entre vias que levam às oficinas e vias que levam
ao estacionamento das composições. Além disso, de forma a melhorar a dinâmica do
complexo, será implantada via de manobra ao longo da via de que deriva o Complexo, que
também funcionará como via de testes em sua extremidade oposta, junto às oficinas do pátio.
É utilizada via singela para acesso ao pátio por conta do alto intervalo entre trens na via em
que está situado, o que possibilita a injeção e retirada de composições sem interferir de forma
significativa na operação da linha.
O pátio está disposto quase paralelamente em relação à via de que deriva. O acesso
rodoviário ao complexo se dá por meio de estrada que parte de Santo Antônio do Descoberto
em direção a Norte do pátio.
89
Depósito descoberto
Estacionamento de automóveis
Nas tabelas a seguir estão descritas as áreas das principais edificações que compõem o
complexo, além da destinação de cada via presente no pátio:
90
Tabela 9 – Destinação das vias do pátio em Santo Antônio do Descoberto.
Destinação Vias
Máquina de lavagem 1
Estacionamento de trens 2 a 16
Via oficina de manutenção da via permanente 17
Via oficina de manutenção de veículos auxiliares 18 e 19
Via de manutenção pesada 20
Via de manutenção de truques 21
Vias de serviços gerais de manutenção 22 a 26
Via do torno rodeiro 27
Via de testes 28
Foi prevista plataforma com largura de 1,3 metros e extensão de 275 metros. O espaçamento
entre os eixos das vias no estacionamento é de 4,5 metros, como a distância entre eixos nas
vias principais da linha.
A infraestrutura do Complexo do Pátio contará com uma via exclusiva para a lavagem das
composições (via 01), onde estará instalada a máquina fixa de lavagem dos trens (número 2
em planta), assim como suas instalações de apoio, tais como sala de controle da lavagem e
caixa d’água, com área total de cerca de 300m².
Tanto o trecho da via anterior à máquina de lavagem quanto seu trecho posterior apresentam
extensão maior que as composições utilizadas na linha, de 260 metros, permitindo que o trem
a ser lavado não obstrua as demais vias do complexo e permitindo que todos os carros da
91
maior composição passem pela máquina de lavagem, inclusive as máscaras frontais e
posteriores do primeiro e último carros.
A via de lavagem dos trens deverá ser realizada com sistema de assentamento em fixação
direta, sem a utilização de lastro ferroviário de pedra britada e a isolação elétrica igual às
demais vias.
Para a realização da lavagem, o trem deverá utilizar seus próprios meios de locomoção pela
via, se deslocando a velocidade reduzida constante de aproximadamente 2 a 3 km/h.
As máscaras frontais e traseiras dos trens deverão ser lavadas através do posicionamento
estacionário do trem diante de um equipamento móvel (pórtico móvel provido de escovas).
Pelo menos 70% do volume da água envolvida no processo de lavagem deverá ser
reaproveitado através de uma Estação de Tratamento e Reciclagem, sendo em seguida
reutilizada para a pré-lavagem.
A capacidade de drenagem da máquina de lavar deve estar de acordo com o volume de água
no equipamento de lavagem de trens.
Para o enxágue final, deverá ser previsto o emprego de água nova, fazendo assim a reposição
e equilíbrio hidráulico do sistema.
Deverá haver plataforma para limpeza manual do trem, cujo acesso deve ser realizado através
de escada fixa lateral. Esta plataforma deverá possuir sistema de aterramento adequado à
sua proximidade com a via e ser provida de pontos de agua e energia para a operação de
dispositivos de lavagem hidráulica com alta pressão.
A limpeza interna dos trens será realizada manualmente no próprio estacionamento dos trens,
e sua estrutura de apoio (número 3 em planta), onde serão armazenados os materiais
necessários para a limpeza das composições, estará localizada junto ao estacionamento. O
edifício de apoio será utilizado para armazenagem de equipamentos, materiais e demais
recursos necessários para efetuar a limpeza interna das composições. Esses serviços
poderão ser realizados durante 24 horas por dia.
O edifício deverá apresentar altura de pé direito que possibilite a instalação de pontes rolantes,
passarelas elevadas, sistema de alimentação elevado por Stingers (linhas de alimentação
elevadas a serem ligadas a conectores de tomada de energia dos trens), sem que haja
interferências entre estes.
92
A oficina de manutenção contará com 7 vias, sendo uma auxiliar, destinada à manutenção de
truques; uma via destinada à manutenção pesada e as outras 5 destinadas à manutenção
geral dos trens.
Duas das sete vias da oficina de manutenção (vias 25 e 26) serão eletrificadas, portanto,
contarão com rede aérea de tração.
Para as vias não eletrificadas (20 a 24), a movimentação dos trens será executada com o
auxílio de veículo de tração a Diesel (locotrator), obedecendo à velocidade máxima de 5km/h.
As vias 22 a 26 serão atendidas por pontes rolantes de pequeno porte (uma ou duas vias para
cada ponte rolante) para o transporte de materiais e equipamentos leves.
As vias 20 e 21 serão atendidas por duas pontes rolantes de grande porte, com capacidade
aproximada de 25 toneladas cada. Elas serão utilizadas para erguer os carros individualmente
para colocar ou retirar os carros dos trilhos.
As manutenções corretivas dos trens, desde que não sejam de grande porte, terão prioridade
sobre as manutenções preventivas dos mesmos.
As pontes rolantes que servem essa via serão utilizadas também para movimentação de
ferramentas, objetos e equipamentos pesados, como o sistema de ar condicionado do trem.
Esta via não será servida por rede aérea de tração, sendo que o trem completo ou um carro
individual deverão ser acoplados a um locotrator para sua movimentação na oficina.
Além disso, a via será prolongada até a área externa da oficina, permitindo o carregamento
ou descarregamento dos vagões em carretas.
93
b) Manutenção de truques – Via 21
Essa via será utilizada para a manutenção dos truques dos trens, permitindo sua retirada e
instalação. Nessa via não haverá rede aérea de tração, e a movimentação dos trens será
efetuada por locotrator.
A via será prolongada, passando pela área de oficinas (item 22 em planta), e terminando na
área externa do prédio. Isto permitirá a movimentação dos truques até a área de oficinas, além
de permitir o movimento destes até a área externa, possibilitando o carregamento ou
descarregamento de truques em carretas.
Nestas vias serão executados serviços gerais de manutenção, tais como substituição de
equipamentos e partes, reparos, etc.
Para a substituição de equipamentos no teto dos carros, estas vias contarão com 2 pontes
rolantes (uma para cada par de vias) de porte suficiente para suportar as cargas destes
equipamentos como, por exemplo, ar-condicionado, banco de resistores, pantógrafo, etc.
Para a substituição dos equipamentos sob o subestrado dos trens, estas vias contarão com
valas com dois níveis de profundidade. Para o acesso a estas valas deverão ser projetadas
rampas de acesso e escadas.
Estas vias contarão com mezanino para acesso aos equipamentos no teto dos carros. Estes
serão acessados por escadas laterais.
As vias 22, 23 e 24 não contarão com rede aérea de tração, portanto, a movimentação dos
trens nestas vias se fará com auxílio de locotrator.
As vias 25 e 26 serão servidas por rede aérea de tração e nestas vias serão priorizados os
serviços de manutenção leve. Os trens poderão acessar e sair destas vias utilizando os seus
próprios sistemas de propulsão.
Em particular, a ponte rolante que servirá as vias 25 e 26, terá seu funcionamento intertravado
com o da rede aérea de alimentação destas vias, ou seja, esta ponte somente poderá ser
acionada se a rede aérea de alimentação se encontrar desenergizada. O acesso de pessoal
ao mezanino destas vias também somente deverá ser autorizado se a rede aérea de tração
se encontrar desenergizada. Dessa forma, a retirada do intertravamento só deverá ser
possível uma vez que todos os funcionários estiverem fora do mezanino de manutenção,
sendo necessário para isso controle de acesso individual por meio de cadeados.
94
A área de Almoxarifado Geral e Oficinas (número 22 em planta) será utilizada para estocagem
de materiais, peças e componentes e também será utilizada para a preparação de
componentes e equipamentos das composições.
No piso inferior não serão instaladas vias, sendo a área servida por uma ponte rolante de
pequena capacidade. Terá como objetivo abrigar seção de inspeção e pequenos reparos nos
componentes e equipamentos vitais para os trens (compressores de ar, equipamentos de
sinalização de bordo, válvulas de freio, chaves contactoras elétricas, pantógrafos, rádio,
climatização, portas de salão, dispositivos de comando e controle, iluminação, painéis
anunciadores, CFTV, sonorização, telemetria e registradores de eventos);
Essa área comportará ainda um almoxarifado avançado, no qual estarão disponíveis para o
pessoal da manutenção de trens os kits utilizados nas manutenções preventivas e os
componentes e equipamentos inspecionados e revisados, para serem substituídos nos trens.
Bancadas de testes;
Oficina de usinagem;
Oficina de soldagem;
Oficina de Pintura;
Ferramentaria;
O torno rodeiro contará com uma via com vala, externa à oficina, que comportará composições
de no máximo 130 metros de comprimento, ou seja, metade de uma composição de 260
95
metros de comprimento, antes e outra após o torno.
A vala do torno permite o acesso aos rodeiros das composições para o torneamento das rodas
sem a necessidade de sua remoção.
A operação de torneamento das rodas do trem será iniciada com o posicionamento do rodeiro
inicial do primeiro truque sobre a plataforma do torno de rodas e, na sequência, todos os
demais rodeiros serão posicionados para o torneamento.
A via de testes é reservada para realização de testes dinâmicos dos equipamentos do Material
Rodante, incluindo os equipamentos de sinalização de bordo.
Ela é uma continuação da via de manobras do pátio, localizada em sua extremidade oposta.
A via de manobras é utilizada para a movimentação dos trens entre oficinas e estacionamento
sem que seja necessária a passagem das composições pela via principal, o que afetaria a
operação.
O trecho que funciona de fato como via de testes apresenta trecho em linha reta de 500 metros
de extensão, precedido por trecho em curva de cerca de 270 metros de extensão, totalizando
aproximadamente 750 metros. Se considerada toda a extensão da via de testes com a via de
manobras, obtém-se via com cerca de 1.000 metros de extensão.
A via de testes dispõe ainda de cabine de controle associada a uma plataforma de 260 metros
de extensão (número 23 em planta), permitindo o acesso dos condutores e também a
avaliação da composição a ser testada.
Está prevista a instalação de uma oficina coberta (número 6) para dar apoio à manutenção da
via permanente em toda a linha ferroviária, com cerca de 1.250 m² em planta.
Nesta área, também serão executadas as atividades de soldagem de trilhos, cujos insumos
(segmentos de trilhos) estarão armazenados em área anexa - área para depósito descoberto
- (número 9 em planta) que, por sua vez, será servida pelo viário interno do Pátio.
Uma vez que os segmentos compostos de trilhos soldados estiverem manufaturados, estes
96
serão carregados em veículos auxiliares do tipo “prancha” pelo prolongamento da Via 17.
Está prevista a instalação de uma oficina (número 22 em planta) para dar apoio à manutenção
dos sistemas elétricos, de sinalização e de telecomunicações em toda a linha ferroviária, com
cerca de 1.000 m2 em planta.
Depósito descoberto
Com área prevista de 6.300 m² (número 9 em planta), o depósito a céu aberto será utilizado
para a armazenagem de componentes a serem utilizados em toda a extensão da linha, tais
como trilhos (barras curtas), dormentes de concreto armado, pedra britada e demais materiais
necessários às obras civis.
Estruturas Administrativas
No mesmo edifício deverá estar localizada também a sede dos funcionários (número 16 em
planta), que contará com refeitório, vestiários e área de convivência. Este edifício será
destinado a todos os funcionários com exceção do pessoal terceirizado, que irá dispor de
edifício exclusivo.
Em edifício com 950 m², está previsto o Centro de Controle Operacional (número 18 em
planta), onde serão abrigados os recursos informáticos, sistêmicos e humanos (Operadores
de Tráfego, Operadores de Energia, etc.) necessários à supervisão e controle do tráfego de
trens e veículos auxiliares em toda a extensão das vias da linha principal, vias de acesso ao
97
pátio e vias funcionais e de estacionamento internas ao pátio.
Edificações complementares
b) Depósito de inflamáveis
Está previsto um depósito para o lixo gerado no pátio (número 14 em planta), localizado entre
o CCO e estacionamento de trens. Neste depósito será despejado todo o material a ser
descartado, que não necessite de descartes especiais, gerados pelos edifícios e instalações
do Pátio.
Está prevista a instalação de um grupo gerador a diesel de 1.000 kW, para atender às cargas
essenciais de todo o Complexo do Pátio de Manutenção e Estacionamento.
e) Estacionamento de automóveis
A Subestação Retificadora será responsável pela tomada de energia elétrica proveniente das
linhas de Alta Tensão (138, 88 ou 69 kV) ou da Média Tensão da Concessionária Local (13,2
ou 13,8 kV) e sua transformação em tensão de tração (3.000 Vcc) para a alimentação da
energia de tração nas vias internas ao Pátio.
98
A Subestação Auxiliar será responsável pela tomada de energia elétrica proveniente da
Concessionária Local (13,2 ou 13,8 kV) e sua transformação em baixa tensão para a
alimentação das cargas dos prédios administrativos e operacionais como CCO e Oficina de
Manutenção.
Este edifício de cerca de 300m² (número 12 em planta) será destinado aos funcionários
terceirizados e dispõe de vestiários e refeitório para sua utilização.
A Portaria é um conjunto de duas pequenas edificações, totalizando 120 m², e está localizada
na via de acesso ao complexo, próxima às demais instalações (número 7 em planta), tendo
como função o controle do acesso de veículos, funcionários e visitantes ao pátio.
99
Planta do pátio de estacionamento e manutenção em Santo Antônio do Descoberto
100
Pátio de Estacionamento em Anápolis
O acesso ao pátio é realizado por meio de via singela a partir da via principal da linha, dado
o grande intervalo entre trens. Já o acesso rodoviário é realizado por meio de vias localizadas
a Leste do pátio.
Está prevista via de manobra das composições paralela à via principal da linha, fora do pátio,
de forma que a movimentação das composições entre as instalações do complexo não
interfira nas demais composições que trafegam nas vias principais.
Essa via de manobras apresenta extensão livre de AMVs com 270 metros de extensão,
possibilitando a manobra das maiores composições, de 260 metros de comprimento.
Dos dois pátios presentes na Linha Brasília-Goiânia, o que está localizado em Anápolis é o
menor e será utilizado basicamente para estacionamento, lavagem e pequenos reparos das
composições, enquanto o pátio principal, o que está localizado em Santo Antônio do
Descoberto, é um pátio de Estacionamento e Manutenção, com maior quantidade de funções
e instalações.
101
Grupo Gerador Diesel
Nas tabelas a seguir estão descritas as áreas das principais edificações que compõem o
complexo, além da destinação de cada via presente no pátio:
Destinação Via
Estacionamento de trens 1a7
Máquina de lavagem 8
Oficina de pequenos reparos 9
102
Foram previstas plataformas com largura de 1,3 metros e extensão de 275 metros. O
espaçamento entre os eixos das vias no estacionamento é de 4,5 metros, como a distância
entre eixos nas vias principais da linha.
A infraestrutura do Complexo do Pátio contará com uma via exclusiva para a lavagem das
composições, onde estará instalada a máquina fixa de lavagem dos trens (número 2 em
planta), assim como suas instalações de apoio, tais como sala de controle da lavagem e caixa
d’água, com área de cerca de 300m².
Tanto o trecho da via anterior à máquina de lavagem quanto seu trecho posterior apresentam
extensão maior que as composições utilizadas na linha, de 260 metros, permitindo que o trem
a ser lavado não obstrua as demais vias do complexo e permitindo que todos os carros da
maior composição passem pela máquina de lavagem, inclusive as máscaras frontais e
posteriores do primeiro e último carros.
A via de lavagem dos trens deverá ser realizada com sistema de assentamento em fixação
direta, sem a utilização de lastro ferroviário de pedra britada e a isolação elétrica igual às
demais vias.
Para a realização da lavagem, o trem deverá utilizar seus próprios meios de locomoção pela
via, se deslocando a velocidade reduzida constante de aproximadamente 2 a 3 km/h.
As máscaras frontais e traseiras dos trens deverão ser lavadas através do posicionamento
estacionário do trem diante de um equipamento móvel (pórtico móvel provido de escovas).
Pelo menos 70% do volume da água envolvida no processo de lavagem deverá ser
reaproveitado através de uma Estação de Tratamento e Reciclagem, sendo em seguida
reutilizada para a pré-lavagem.
A capacidade de drenagem da máquina de lavar deve estar de acordo com o volume de água
no equipamento de lavagem de trens.
Para o enxágue final, deverá ser previsto o emprego de água nova, fazendo assim a reposição
e equilíbrio hidráulico do sistema.
Deverá haver plataforma para limpeza manual do trem, cujo acesso deve ser realizado através
de escada fixa lateral. Esta plataforma deverá possuir sistema de aterramento adequado à
sua proximidade com a via e ser provida de pontos de agua e energia para a operação de
dispositivos de lavagem hidráulica com alta pressão.
A limpeza interna dos trens será realizada manualmente no próprio estacionamento dos trens,
103
e sua estrutura de apoio (número 3 em planta) estará localizada junto ao estacionamento. O
edifício de apoio será utilizado para armazenagem de equipamentos, materiais e demais
recursos necessários para efetuar a limpeza interna das composições. Esses serviços
poderão ser realizados durante 24 horas por dia.
EDIFICAÇÕES ADMINISTRATIVAS:
Edificações Complementares
Está prevista a instalação de um Grupo Gerador Diesel (número 8 em planta), para atender
às cargas essenciais de todo o Complexo do Pátio de Manutenção e Estacionamento.
b) Estacionamento de automóveis
104
Em área de cerca de 240 m² (número 4 em planta), esta edificação será destinada aos
funcionários terceirizados e dispõe de vestiário e refeitório.
A Portaria é um conjunto de duas pequenas edificações, totalizando 100 m², está localizada
na via de acesso ao complexo, próxima às demais instalações (número 10 em planta), tendo
como função o controle do acesso de veículos, funcionários e visitantes ao pátio.
A Subestação Retificadora será responsável pela tomada de energia elétrica em média tensão
(22 kVac) e sua transformação em tensão de tração (3.000 Vdc) para a alimentação da
energia de tração nas vias internas ao Pátio.
A Subestação Auxiliar será responsável pela tomada de energia elétrica em média tensão (22
kVac) e sua transformação em baixa tensão para a alimentação das cargas dos prédios
administrativos e operacionais.
As plantas que detalham o layout dos pátios encontram-se no Anexo III – Pátios de
Estacionamento e Manutenção.
105
Planta do pátio de estacionamento em Anápolis
106
PROJETO DE INTERFERÊNCIAS
O projeto de interferências visa solucionar os conflitos entre a linha férrea projetada e o seu
entorno, prevendo as soluções mais adequadas nos casos em que vias ou serviços públicos
serão interrompidos pela passagem da nova ferrovia.
107
Tabela 13 - Interferências com ferrovias.
Nos locais de transposição não há conexão direta com estas ferrovias. Com a EF-045/050, a
transposição ocorre nas proximidades da Estação Rodoferroviária de Brasília e foi prevista
uma integração com o futuro serviço ferroviário semiurbano de passageiros entre Brasília e
Luziânia, através de uma plataforma de embarque contígua às dos serviços Regional e
Semiurbanos de Águas Lindas e de Santo Antônio do Descoberto. Com esta ferrovia não há
conexão para o transporte de cargas pois as ferrovias utilizam bitolas diferentes. Com a EF-
151 a ligação poderá ser feita através do ramal específico projetado, com 25 km de extensão,
partindo das proximidades de João Dutra até o DAIA, uma vez que na diretriz utilizada para o
transporte de passageiros não é possível vencer o desnível existente utilizando as rampas
indicadas para o transporte de cargas.
O maior número de interferências ao longo do trecho é formado por caminhos rurais e acessos
locais. Esses acessos deverão ser remanejados para passagens em desnível no ponto mais
próximo possível.
Viadutos rodoviários;
Viadutos ferroviários;
Passagens inferiores celulares;
Readequação de pavimento;
Remanejamentos de acessos;
Fechamento de acessos.
Viaduto rodoviário
Foram indicados nas passagens em que se julgou mais adequada a travessia da estrada ou
rodovia sobre a ferrovia projetada.
Em razão de a plataforma ferroviária possuir largura total de 16,30 m e do grande vão livre a
ser vencido, optou-se pela transposição por obra-de-arte especial tipo viaduto em detrimento
108
às passagens celulares de concreto, que são mais indicadas em situações onde os gabaritos
livres são menores.
Foram considerados ainda, para fins quantitativos, desvios provisórios de modo a não
interromper o fluxo de tráfego nas principais rodovias e vias urbanas.
109
Figura 11 – Exemplo dos viadutos rodoviários sobre a ferrovia projetada previstos na
transposição da avenida Perimetral Norte, em Goiânia.
Viaduto ferroviário
Estes viadutos foram previstos em situações nas quais a ferrovia realiza a transposição sobre
estradas ou rodovias de maior importância, não havendo possibilidade de realizar a
transposição por meio de passagens celulares inferiores.
São casos de rodovias federais, estaduais ou vias urbanas de grande fluxo onde, por questões
de relevo, drenagem, desapropriação ou outros, não puderam ser previstas passagens
superiores rodoviárias.
As obras-de-arte ferroviárias terão gabarito suficiente para permitir a implantação das duas
linhas lado a lado, mantendo os padrões já utilizados nos demais segmentos.
110
Figura 12 – Caso de rebaixamento da via existente para transposição por viaduto ferroviário.
Quando as alturas e larguras das vias aproximam-se dos gabaritos mínimos previstos em
normas, as estruturas celulares em concreto armado mostram-se alternativas baratas e de
fácil execução.
Este tipo de obra visa permitir uma passagem rodoviária inferior com gabarito mínimo de 5,00
m, tanto na altura quanto na largura, vão vencido facilmente com esse tipo de solução.
Figura 13– Exemplo de interferência com passagem inferior celular conectando estradas rurais.
111
Figura 14 – Projeto de passagem inferior celular sob ferrovia.
Readequação de pavimento
Nas interferências viárias que possuem estas soluções foram considerados no cálculo de
quantidades dois pavimentos-tipo.
112
asfáltico da ordem de 7,5 cm, de base de brita graduada de 20 cm e de sub-base de
macadame seco com 30 cm de espessura.
Nos casos em que a reconstrução for exigida em vias coletoras ou locais, considerou-se
camadas de revestimento asfáltico da ordem de 5 cm, base de brita de 15 cm e sub-base de
macadame com 20 cm.
Figura 15 – Trecho em Cut & Cover na ferrovia e área prevista para readequação do pavimento.
Remanejamento de acessos
Em grande parte dos casos, estas vias se integrarão a outras também projetadas ou já
existentes que permitirão a transposição segura ao outro lado da ferrovia por viadutos ou
passagens celulares.
113
Figura 16 – Exemplo do remanejamento de dois acessos até o viaduto rodoviário projetado.
Fechamento de acessos
Em alguns casos, poderá estar indicado ainda o fechamento de algumas destas passagens,
porém certificando-se sempre de que as vias próximas continuem permitindo a transposição
ou conexão ao restante da malha viária.
DESAPROPRIAÇÕES
Foram identificadas e quantificadas as áreas dos imóveis atingidos pela faixa de domínio que
necessitarão ser desapropriadas, para a alternativa escolhida, inclusive as áreas de estações
e pátios ferroviários. Deve-se ressaltar que, para a presente fase de estudos, o objetivo
principal é obter as quantidades nas áreas rurais, urbanas e edificadas, de forma que os
recursos destinados a esta finalidade possam ser valorados adequadamente. Estudos mais
detalhados deverão ser realizados nos projetos básico e executivo, para determinação das
poligonais, identificação de proprietários, laudos, valores detalhados de aquisição etc., que
constarão na disciplina Projeto de Desapropriação.
Atendendo orientação da ANTT, a largura da faixa de domínio foi estabelecida com base na
Especificação de Projeto Geométrico ISF-209, do DNIT, que fixa o valor mínimo de 40 m para
cada lado do eixo em linhas duplas, e, nos casos em que os limites da terraplenagem
ultrapassem este alinhamento, o valor passa a se posicionar à 15 m, nas áreas rurais e 5 m
nas áreas urbanas e edificadas, contados a partir dos pés de aterro ou das cristas dos cortes.
Não foram consideradas nas faixas de domínio das alternativas as áreas dos túneis e as áreas
pertencentes ao poder público como faixas de domínio de rodovias e de outras ferrovias.
114
ESTUDOS OPERACIONAIS
Introdução
O presente capítulo tem por objetivo consolidar os estudos operacionais feitos até então, a
partir da definição da alternativa escolhida, das características geométricas da mesma, das
informações da demanda, e, com base no modelo operacional definido, de modo a subsidiar
as conclusões finais no projeto.
O estudo adotou a premissa de que o foco principal, definido pelo escopo do projeto, é o
transporte de passageiros, abrangendo o transporte dos passageiros regionais de
média/longa distância, entre os polos de Brasília e Anápolis/Goiânia, como também o
transporte semiurbano de passageiros no fluxo entre os polos de Goiânia e Anápolis e
metropolitano no entorno de Brasília. Este último abrangendo a cidade satélite de Ceilândia,
e as sedes dos municípios de Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto.
Goiânia - Brasília Km
Goiânia – Anápolis 54,281
Anápolis – Ceilândia 130,058
Ceilândia – Brasília 22,312
Total (Goiânia – Brasília) 206,651
Semiurbano Km
Santo Antônio do Descoberto – Brasília 52,931
Águas Lindas de Goiás – Brasília 43,624
Goiânia – Anápolis 54,281
Coleta de dados
115
Traçado, com as respectivas características geométricas, localidades atendidas, etc.;
A demanda de passageiros
116
hora crítica2.
A combinação das sazonalidades semanal e diária permitiu obter a tabela da demanda horária
de pico, base para o dimensionamento desta frota.
A partir das informações geradas no Produto 5, foi extraída a demanda captável para os fluxos
da região metropolitana de Brasília:
2
Demanda na hora crítica = % demanda diária x % demanda na hora crítica x demanda semanal.
3
Observou-se que parte da demanda apresentada no Produto 5 poderia migrar para o trem regional,
pagando uma tarifa mais alta. Em consequência, a demanda aqui apresentada é apenas a residual
para o serviço semiurbano.
117
Tabela 21 – Demanda semanal no entorno de Brasília.
Simulação de Marcha
Após a definição da alternativa escolhida, foi possível determinar com maior precisão os
tempos de viagem para cada um dos serviços propostos.
Para as simulações de marcha foi utilizado o software desenvolvido pela EGIS chamado SIM-
ONE, o qual utiliza os seguintes dados de entrada para a simulação:
Geometria:
Geometria horizontal;
Geometria vertical;
Velocidade limite do traçado:
Curvas;
Áreas urbanas.
Característica do Material Rodante:
Foram feitas as simulações de marcha para a alternativa selecionada. No caso dos trens
Semiurbanos, foram simulados os tempos de percurso com velocidade máxima de 140 km/h.
Já para as viagens Brasília-Anápolis-Goiânia foi considerada a velocidade máxima de 160
km/h.
Abaixo serão apresentados os resultados obtidos por meio de simulação de marcha com o
118
software SIM-ONE para cada serviço. Os valores obtidos passaram por um tratamento, no
qual foram adicionados os tempos de parada nas estações e uma margem operacional de
5%, resultando nos tempos de viagem entre as estações de parada. Os tempos de paradas
considerados foram:
Esses tempos foram arbitrados, a partir da experiência da consultora para esse nível de
estudo. Poderão ser ajustados nas etapas subsequentes.
119
Figura 17 - Gráfico representativo da variação da velocidade x distância.
120
(b) Trens semiurbanos
Os tempos de viagem foram obtidos após a majoração dos dados foram analisados, para os
diferentes serviços de trens semiurbanos.
Anápolis – Goiânia
Tabela 24 - Tempos de marcha simulados e tempo de viagem (Semiurbano Goiânia - Anápolis).
Tempos de viagem
Sentido ANP - GYN Sentido GYN - ANP
Sem margem operacional Sem margem operacional
Tempo (min) Acumulado (min) Tempo (min) Acumulado (min)
ANP 0 GYN 0
GYN 24,6 24,6 ANP 24,6 24,6
121
Figura 20 - Gráfico representativo da variação do espaço x tempo
Tempos de viagem
Sentido AGL-BSB Sentido BSB-AGL
Sem margem operacional Sem margem operacional
Tempo (min) Acumulado (min) Tempo (min) Acumulado (min)
AGL 0 BSB 0
CEI 10,5 10,5 CEI 10,9 10,9
CEI 1,0 11,5 CEI 1,0 11,9
BSB 10,9 22,4 AGL 10,4 22,3
122
Figura 21 - Gráfico representativo da variação da velocidade x distância
123
Santo Antônio do Descoberto – Brasília
Tabela 26 - Tempos de marcha simulados e tempo de viagem (Semiurbano S. Ant. Descoberto -Brasília).
Tempos de viagem
Sentido SAD-BSB Sentido BSB-SAD
Sem margem operacional Sem margem operacional
Tempo (min) Acumulado (min) Tempo (min) Acumulado (min)
SAD 0 BSB 0
CEI 14,5 14,5 CEI 10,9 10,9
CEI 1,0 15,5 CEI 1,0 11,9
BSB 10,9 26,4 SAD 14,5 26,4
124
Figura 24 - Gráfico representativo da variação do espaço x tempo.
Trem regional
Anápolis – Goiânia.
Admitiu-se velocidade máxima de 160 km/h, que gera tempos de viagem coerentes para a
captação da demanda desejada. Os trens regionais, além de pararem nas estações terminais
e Anápolis, tem parada prevista em Ceilândia por 2 minutos.
Esses trens oferecem alto nível de conforto aos usuários, que viajam todos sentados. Para
garantir um bom nível de serviço, foi imposto um intervalo máximo entre os trens regionais de
uma hora.
Apesar de ser oferecido o serviço regional entre Anápolis e Goiânia, haverá também um
125
serviço semiurbano, com um nível de conforto e velocidade menores que o regional,
entretanto mais barato. Para o serviço oferecido por esse trem, entre Goiânia e Anápolis,
propõe-se velocidade máxima de 140 km/h, que gera tempos de viagem coerentes para a
captação da demanda. Os trens que viajam entre Anápolis e Goiânia não realizam paradas.
Para garantir um bom nível de serviço foi imposto um intervalo máximo entre os trens
semiurbanos de 30 minutos entre Goiânia e Anápolis.
Propõe-se para os trens semiurbanos uma velocidade máxima de 140 km/h, que gera tempos
de viagem coerentes para a captação da demanda. Os trens que tem como origem ou destino
a cidade de Brasília, realizam uma parada de 1 minuto em Ceilândia.
Para garantir um bom nível de serviço foi imposto um intervalo máximo entre esses trens
semiurbanos de 20 minutos, exceto durante a noite (22h-23h) e nos finais de semana, quando
o intervalo máximo imposto foi de uma hora.
126
Características Técnicas e Funcionais Específicas dos Trens
O trem regional R627 deverá ser formado por uma composição de 7 (sete) carros (sendo os
dois carros de extremidade com console de condução e 5 (cinco) carros intermediários sem
console) com comprimento total aproximado de 126 m.
A capacidade do trem regional R627 deverá ser de 420 passageiros inclusos 2 (dois)
cadeirantes, sendo um em cada carro de extremidade.
O trem regional R627 com carga máxima de passageiros - carga equivalente a 420
passageiros sentados e fator dinâmico de 30%, com o peso médio por passageiro considerado
de 70 kg deverá pesar, no máximo, 245 t.
Deverá possuir 1 (uma) porta por carro que deverão ter altura mínima de 1.900 mm e largura
mínima de 1100 mm.
O trem regional R627 deverá ter aceleração nominal inicial de 0,7 m/s², em qualquer condição
de carga até 8 passageiros em pé por m² (AW4), via em tangente e em nível.
O trem regional R627 terá capacidade para atingir a velocidade de 200 km/h.
O trem regional R627 deverá ter todos os seus carros motorizados com dois (2) motores de
tração por carro.
A potência (RMS) de cada motor de tração do trem regional R627 deverá ser de 265 kW.
O trem semiurbano S606 deverá ser formado por uma composição de 6 (seis) carros (sendo
os dois carros de extremidade com console de condução e 4 (quatro) carros intermediários
sem console) com comprimento total aproximado de 108 m.
A capacidade do trem semiurbano S606 deverá ser de 420 passageiros sentados e de 575
passageiros em pé, (calculada com a densidade de 5 passageiros em pé por m2, e ocupação
de 0,34 m² por assento) inclusos 2 (dois) cadeirantes, sendo um em cada carro de
extremidade. O total de passageiros deverá ser, portanto, de 949.
Deverá possuir 2 (duas) portas por carro que deverão ter altura mínima de 1.900 mm e largura
mínima de 1300 mm.
O trem semiurbano S606 deverá ter aceleração nominal inicial de 1,0 m/s², em qualquer
127
condição de carga até 8 passageiros em pé por m² (AW4), via em tangente e em nível.
O trem semiurbano S606 deverá ter todos os seus carros motorizados com dois (2) motores
de tração por carro.
A potência (RMS) de cada motor de tração do trem semiurbano S606 deverá ser de 265 kW.
O trem semiurbano S603 deverá ser formado por uma composição de 3 (três) carros (sendo
os dois carros de extremidade com console de condução e 1 (um) carro intermediário sem
console) com comprimento total aproximado de 54 m.
A capacidade do trem semiurbano S603 deverá ser de 187 passageiros sentados e de 288
passageiros em pé, (calculada com a densidade de 5 passageiros em pé por m2, e ocupação
de 0,34 m² por assento) inclusos 2 (dois) cadeirantes, sendo um em cada carro de
extremidade. O total de passageiros deverá ser, portanto, de 475.
O trem semiurbano S603 com carga plena de passageiros - carga equivalente a 475
passageiros como descrito acima e fator dinâmico de 30% - deverá pesar, no máximo, 105 t.
Deverá possuir 2 (duas) portas por carro que deverão ter altura mínima de 1.900 mm e largura
mínima de 1.300 mm.
O trem semiurbano S603 deverá ter aceleração nominal inicial de 1,0 m/s², em qualquer
condição de carga até 8 passageiros em pé por m² (AW4), via em tangente e em nível.
O trem semiurbano S603 deverá ter todos os seus carros motorizados com dois (2) motores
de tração por carro.
A potência (RMS) de cada motor de tração do trem semiurbano S603 deverá ser de 265 kW.
O trem semiurbano S602 deverá ser formado por uma composição de 2 (dois) carros (sendo
os dois carros com console de condução) com comprimento total aproximado de 36 m.
A capacidade do trem semiurbano S602 deverá ser de 125 passageiros sentados e de 192
128
passageiros em pé, (calculada com a densidade de 5 passageiros em pé por m2, e ocupação
de 0,34 m² por assento) inclusos 2 (dois) cadeirantes, sendo um em cada carro de
extremidade, portanto, com um total de 317 passageiros.
Deverá possuir 2 (duas) portas por carro que deverão ter altura mínima de 1.900 mm e largura
mínima de 1300 mm.
O trem semiurbano S602 deverá ter aceleração nominal inicial de 1,0 m/s², em qualquer
condição de carga até 8 passageiros em pé por m² (AW4), via em tangente e em nível.
O trem semiurbano S602 deverá ter os seus dois carros motorizados com dois (2) motores de
tração por carro.
A potência (RMS) de cada motor de tração do trem semiurbano S604 deverá ser de 265 kW.
Dimensionamento da Frota
Trem Regional
Como já citado, o trem regional apresenta um pico de demanda aos domingos. Como não
seria consistente com o propósito de viabilizar economicamente o projeto, a aquisição de
material rodante para utilização somente aos domingos, permanecendo ocioso durante o resto
da semana, os estudos operacionais admitiram que o atendimento desta demanda pontual
seria realizado com auxílio da frota semiurbana, com limitação aos assentos disponíveis
(todos os passageiros sentados) e com a aplicação de uma tarifa reduzida, uma vez que o
conforto disponibilizado será inferior ao do trem regional. Desta forma, a frota do trem regional
foi dimensionada com base na demanda da hora crítica para os dias úteis. Para os finais de
semana foi calculada a frota semiurbana adicional e verificada a sua disponibilidade, em vista
da pequena demanda deste serviço neste período.
129
bom nível de serviço – intervalo entre trens reduzido – e capacidade para atendimento da
demanda. Com base neste princípio a composição foi ajustada para obter um headway
constante de 30 minutos. Para isso foram testadas diversas formações, variando a quantidade
de carros em uma composição, os chamados trens unidade (TU), inicialmente utilizando um
TU com 6 carros, depois com 8 carros e, finalmente, com 7 carros. Essa formação mostrou-
se adequada e suficiente para o transporte dos passageiros regionais.
No início foi prevista a circulação alternada de composições com 14 carros e com 7 carros,
adotando-se um headway de 30 minutos, o que permite fixar a simetria aos minutos zero e
trinta. Opcionalmente poderiam ser adotadas composições de 7 carros a cada 20 minutos,
mas, como poderá ser visto adiante, a quantidade de trens regionais começa a impactar nos
serviços de trens semiurbanos, que compartilham as mesmas vias e trafegam com
velocidades mais baixas. A adoção de trens unidade de 07 carros e não com 14, se justifica
também sob um segundo aspecto, qual seja, a frota reserva para manutenção preventiva e
corretiva. O uso de um trem unidade menor diminui o investimento necessário em material
rodante e permite otimizar a disponibilização de assentos nos horários de vale, reduzindo
significativamente os custos operacionais. A partir de 2030, com o incremento de quatro TUs
na frota, prevê-se a circulação 14 carros a cada 30 minutos.
Foi fixado para o dimensionamento um tempo de viagem de uma hora e trinta e seis minutos,
compatível com os resultados apresentados pelas simulações de marcha, e a seguir, foram
realizados os cálculos para o dimensionamento frota, sintetizados, juntamente com as
premissas operacionais e taxas de ocupação calculadas, na tabela a seguir.
Fatores para
Condição 2020 2030 2040 2050
dimensionamento
Brasília – Goiânia
Passageiros/hora pico/sentido Dias úteis 772 978 1.208 1.457
Passageiros/hora pico/sentido Final semana 1.365 1.730 2.136 2.576
Brasília – Anápolis
Passageiros/hora pico/sentido Dias úteis 117 143 171 200
Passageiros/hora pico/sentido Final semana 199 243 290 339
Anápolis – Goiânia
Passageiros/hora pico/sentido Dias úteis 120 146 175 205
Passageiros/hora pico/sentido Final semana 90 110 131 154
Trem Unidade Modelo R627 R627 R627 R627
Formação composição típica TUs 1,5* 2,0 2,0 2,0
Passageiros/composição Dia útil 630 840 840 840
Composições /h Dia útil 1,4 1,3 1,6 2,0
130
Fatores para
Condição 2020 2030 2040 2050
dimensionamento
Calculado 0:42 0:44 0:36 0:30
Headway dia útil
Adotado 0:30 0:30 0:30 0:30
Composição tipo Modelo S606 S606 S606 S606
Quant. TUs/composição TUs 1 1 2 2
Passageiros/composição + Fin. Sem. 305 293 746 1.236
Carros 6 6 12 12
Headway aos
Pass./Compos. 374 374 748 748
finais de semana
Adotado 1:00 1:00 1:00 1:00
X627 12,0 16,0 16,0 16,0
Frota
X606 4,0 4,0 8,0 8,0
Taxa de ocupação X627 71% 67% 82% 99%
*circulação alternada de composições de 7 e 14 carros.
Aos finais de semana a necessidade da frota complementar (S606) se torna variável, conforme
a oferta maior ou menor de lugares na frota regional, reduzindo-se a quantidade de TUs em
alguns períodos, porém mantendo constante o headway.
A demanda desse trecho não é muito expressiva, chegando a 217 passageiros por sentido na
hora crítica em 2020. Portanto o intervalo requerido para atender a essa demanda é alto –
conforme observado na tabela é 87 minutos. Entretanto, dada a natureza dos serviços e
visando manter um bom nível de serviço, não deve ser adotado um headway muito dilatado,
sendo, neste caso, fixado em 30 minutos.
Como consequência, foi necessário adotar uma composição menor, adequando-a à demanda
captável identificada nos respectivos estudos. Foi indicado para este serviço um trem unidade
com dois carros, com um total de 317 passageiros, sendo 125 sentados e 192 em pé, condição
admissível para um percurso de aproximadamente 29 minutos.
131
Os cálculos realizados e as premissas operacionais estabelecidas são apresentados na tabela
a seguir.
Face a intensa demanda neste fluxo, a composição foi ajustada para o atendimento da mesma
e para se obter um bom nível de serviço. Na determinação do número de carros e intervalo
da linha, como dito anteriormente, atenta-se a dois fatores: manter um bom nível de serviço –
intervalo entre trens reduzido – e atendimento da demanda. Para isso foram testadas diversas
formações, variando a quantidade de carros em uma composição, os chamados trens unidade
(TU) e o número de composições. Por fim, foram adotados trens unidades do tipo S60 6,
portanto, com seis carros e, composições com dois TUs, de forma a totalizar 12 carros. Com
esta formação foi possível adotar um headway de quinze minutos até 2030 e, de doze minutos,
para os anos subsequentes, chegando a oito minutos no final do projeto.
132
Tabela 29 – Trem Semiurbano Brasília – Águas Lindas de Goiás – Dimensionamento operacional.
A demanda identificada para atender o município de Santo Antônio do Descoberto é bem mais
modesta, chegando a 1.713 passageiros por sentido na hora crítica em 2020, além de que
este município apresenta taxas de crescimento inferiores aos núcleos do Distrito Federal, de
forma que foi necessário adotar composições mais curtas, garantindo um headway adequado
à natureza dos serviços.
Sempre buscando manter um bom nível de serviço foram testadas diversas formações,
variando a quantidade de carros em uma composição, os chamados trens unidade (TU) e o
número de composições. Foram adotados TUs tipo S603. O headway foi fixado em vinte
minutos até 2030 e quinze minutos para os anos subsequentes. A tabela a seguir sintetiza os
cálculos realizados.
O gráfico apresentado na figura a seguir representa uma síntese das taxas de ocupação das
133
composições ao longo da vida do projeto, demonstrando que, à medida que a demanda
cresce, a oferta de serviços também se expande, seja pela redução de headway, pelo uso de
composições com 2 trens unidade, exigindo, em alguns casos, ampliação física da frota, com
aquisição de novos trens.
Figura 25 - Gráfico representando as taxas de ocupação à hora pico, ao longo da vida do projeto.
Com o objetivo de obter uma visão geral da operação, abrangendo os períodos de menor
demanda, foi realizado um planejamento diário de viagens. Foram apurados outros
indicadores operacionais, subsidiando as decisões no aprofundamento dos estudos
operacionais e também os estudos econômicos, uma vez que deverão avaliar, entre outros
itens, os custos de operação do sistema.
134
Tabela 31 – Trem Regional – Planejamento diário.
Sentido Goiânia Circulações 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Unidades - - - - - - - - - - 1,0 1,0 1,0 1,0 - - - - -
Total de ciclos x TU 2,0 2,0 2,0 2,0
135
Tabela 32 – Trem Semiurbano Goiânia – Anápolis – Planejamento diário
136
Tabela 33 – Trem Semiurbano Brasília – Águas Lindas de Goiás – Planejamento diário.
137
Tabela 34 – Trem Semiurbano Brasília – Santo Antônio do Descoberto – Planejamento diário.
138
Figura 26 – Planejamento de trens no horário de pico.
139
A partir dessas planilhas foi possível montar o conjunto de tabelas e gráficos que apresentam
os indicadores operacionais, a seguir apresentados.
TU Viagens x composições
Trem O-D
utilizado 2a-6a feira Sábado Domingo /Semana
R627 70 70 70 490
Trem Regional BSB-GYN S606 0 0 8 8
Soma 70 70 78 498
GYN-ANP S602 50 32 32 314
Trens
Semiurbanos BSB-AGL S606 116 83 32 695
BSB-SAD S603 102 39 32 581
TU Viagens x TU
Trem O-D
utilizado 2a-6a feira Sábado Domingo /Semana
R62 78 82 92 564
Trem Regional BSB-GYN S606 0 0 8 8
Soma 78 82 100 572
GYN-ANP S602 50 32 32 314
Trens
Semiurbanos BSB-AGL S606 148 83 32 855
BSB-SAD S603 110 39 32 619
Viagens x Carros
Trem O-D TU utilizado
2a-6a feira Sábado Domingo /Semana
R627 546 574 644 3.948
Trem Regional BSB-GYN S606 0 0 48 48
Soma 546 574 692 3.996
140
Tabela 38 – Quantidade de lugares ofertados.
Taxa de ocupação
Trem O-D
Pico dia útil Semana Dia útil Sábado Domingo
Regional BSB-GYN 71% 54% 38% 37% 39%
GYN-ANP 34% 23% 17% 22% 19%
Trens
BSB-AGL 93% 63% 46% 41% 36%
Semiurbanos
BSB-SAD 80% 42% 30% 42% 18%
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Oferta Demanda Oferta Demanda Oferta Demanda
Dia util Sábado Domingo
Figura 27 – Trem Regional Brasília – Goiânia – Comparativo Oferta x Demanda (Horizonte 2020).
141
Trem
TremSuburbano GYN-ANP
Semiurbano GYN-ANP
120.000
90.000
60.000
30.000
0
Oferta Demanda Oferta Demanda Oferta Demanda
Dia util Sabado Domingo
.
Figura 28 – Trem Semiurbano Goiânia – Anápolis – Comparativo Oferta x Demanda (Horizonte 2020).
TremTrem
Suburbano BSB-AGL
Semiurbano BSB-AGL
120.000
90.000
60.000
30.000
0
Oferta Demanda Oferta Demanda Oferta Demanda
Dia util Sabado Domingo
Figura 29 – Trem Semiurbano Brasília – Águas Lindas de Goiás – Comparativo Oferta x Demanda
(Horizonte 2020).
142
Trem Semiurbano
Trem suburbano BSB-SAD
BSB-SAD
120.000
90.000
60.000
30.000
0
Oferta Demanda Oferta Demanda Oferta Demanda
Dia util Sabado Domingo
Figura 30 – Trem Semiurbano Brasília – Santo Antônio do Descoberto – Comparativo Oferta x Demanda.
Taxa dede
Taxa Ocupação
Ocupação das Composições
das Composições
100%
90%
80%
70%
60% Pico dia util
Figura 31 - Trem regional e trens semiurbanos – Taxa de ocupação das composições (Horizonte 2020)
143
(1/2).
87%
82%
90%
88%
75%
80%
77%
66%
69%
78%
70%
60%
45%
49%
50% 45% 42%
48%
48%
40%
43%
34% 36%
30%
35%
20%
26%
10%
20%
0%
BSB-GYN
GYN-ANP
BSB-AGL
BSB-SAD
Regional
Trens
Semiurbanos
Figura 32 – Trem regional e trens semiurbanos – Taxa de ocupação das composições (Horizonte 2020)
(2/2).
Plano de vias
144
Figura 33 - Plano de vias.
145
Para verificação da capacidade do plano de vias proposto no atendimento à densidade de
tráfego prevista ao longo de toda a vida do projeto, foi analisado o trecho Brasília – Ceilândia,
onde se verificará a maior frequência de trens, pelo compartilhamento das vias entre os trens
que atendem os serviços Regional, semiurbano de Águas Lindas de Goiás e semiurbano de
Santo Antônio do Descoberto.
146
Tabela 40 – Cálculo do número de trens à hora-pico e taxa de ocupação da via.
147
5. ESPECIFICAÇÃO DOS SISTEMAS
O presente capítulo tem por objetivo a apresentação do Projeto Funcional dos Sistemas.
Introdução
O Sistema de Sinalização, Supervisão e Controle (SSC) deverá ser concebido com tecnologia
"ETCS – European Train Control System" em Nível 1 e com diversas funcionalidades que
permitam o cumprimento dos requisitos de segurança e desempenho especificados para o
funcionamento da Linha do Corredor Brasília – Anápolis – Goiânia.
Para este cálculo, o equipamento ETCS a bordo do trem, leva em conta as características de
frenagem do material rodante e os dados de descrição da via enviados a este pelas
148
Eurobalisas. Estas informações (a velocidade máxima autorizada e a distância até o próximo
ponto de parada) são mostradas ao Condutor do trem por meio de uma console dedicada na
cabine do trem. A velocidade do trem é, continuamente, supervisionada pelo equipamento
ETCS de bordo.
Os equipamentos do Sistema de Sinalização devem ser distribuídos nas estações, vias, pátios
e a bordo dos trens e veículos de manutenção.
Os limites de velocidade estabelecidos para os dos trens pelo Sistema de Sinalização deverão
respeitar os limites de velocidade civil, limites de velocidade de passagem nas plataformas,
as restrições temporárias de velocidade e o cumprimento do limite autorizado de movimento.
O SSC deverá ter a capacidade de controlar os trens com intervalo entre trens (headway)
prático de até 3 minutos.
Equipamentos de Via:
150
Manobras de Trens nos Pátios
Alinhamento de Rotas por Origem – Destino;
Alinhamento Automático de Rotas;
Cancelamento de Rotas;
Rotas por Chamada;
Rota Permanente;
Travamento de Aparelho de Mudança de Via – AMV;
Interdição de Seção de Via;
Movimentação do Aparelho de Mudança de Via – AMV;
Restrição Temporária de Velocidade na Via;
Parada Imediata de Trem;
Acoplamento e Desacoplamento de Trens;
Rebocamento de Trens;
Supervisão e Controle dos Perfis de Velocidade;
Inversão de Sentido de Movimento do Trem;
Reversão de Carro Líder dos Trens;
Teste de Partida do Trem;
Trem Direto;
Função de Alerta Iminente de Movimento do Trem;
Data / Hora.
Introdução
O SCC deve controlar o sistema de transporte por meio de comandos enviados para os
equipamentos de campo. Os eventos ocorridos no campo geram indicações que são
transmitidas ao SCC que, em conjunto com os objetivos preestabelecidos, norteiam o controle
efetivo do sistema de transporte.
O SCC deve ser composto pelos subsistemas abaixo descritos, os quais devem executar
funções de supervisão e controle, segundo uma visão global do sistema de transporte, através
de postos de controle, assim como devem permitir a configuração dos equipamentos
controlados.
151
Subsistema de Controle de Energia – SCE
Sentido do movimento;
Saídas.
Estas informações devem ser feitas através da Rede de Transmissão de Dados - RTD.
152
O SAS deve permitir pesquisa “online” e “off-line” das informações referentes aos subsistemas
controlados. Para facilitar a busca, o subsistema possibilita a seleção de filtros e relatórios
específicos para a obtenção das informações.
O SAS deve permitir a administração das senhas, das versões de software e dos parâmetros
operacionais de todos os subsistemas que compõem o SCC. Deve permitir ainda a exportação
das informações da base de dados para outras máquinas, internas ou externas ao SCC que
necessitem destas informações.
O SCA deverá evitar o acesso de pessoas não autorizadas às áreas restritas e franquear o
acesso ao pessoal autorizado às áreas restritas, além de controlar o acesso por meio de
fechaduras inteligentes nas portas de acesso ativadas por crachás tipo “smartcards”.
A consulta à programação de acesso às áreas restritas do SCA deverá estar disponível, por
solicitação, nos postos de controle, localizados no CCO e/ou estações. O SCA, por solicitação
do operador, deverá apresentar o detalhamento da programação de acesso.
O SCA deverá disponibilizar relatório informando o estado dos acessos, por exemplo,
programados, em andamento, concluídos, cancelados, entre outros.
Deverão existir funcionalidades no SCA, para que os operadores dos postos de controle
registrem o início e o fim do acesso à determinada área.
O SCA deverá possibilitar o comando de abertura de portas das áreas controladas de forma
individual, grupo ou geral.
Deverá ser possível configurar quais acessos serão controlados por cada posto de controle.
Deverá ser possível, pelo SCA, habilitar a entrada de funcionários às áreas controladas.
Deverá ser possível a entrada de dados no SCA, referente a um acesso não programado.
153
comunicação entre os equipamentos do SCC com os demais sistemas, permitindo a
comunicação em todos os trechos de via, estações e pátios.
Os protocolos utilizados devem prover serviços para trocas de informações em tempo real
para os sistemas relacionados ao SCC, abrangendo controle e supervisão de pontos
controlados e sincronização de relógio.
O SCC está interligado ao Sistema de Sinalização via redes dedicadas e redundantes, através
de switches e roteadores de comunicação de dados do Sistema de Sinalização.
O SCC deve ter acesso às imagens das câmeras das estações, das vias e dos pátios de forma
“online” e através de imagens gravadas;
O SCC deve ter interface entre aplicações com o Sistema de Informação aos Passageiros e
Sistema de Sonorização para o envio de mensagens “online”.
As telas devem ser exibidas no monitor em tempo inferior a 1 segundo após qualquer
modificação na base de dados;
Tempo global para a inicialização do sistema SCC deve ser inferior a 3 minutos.
154
Os equipamentos devem possibilitar o diagnóstico remoto de funcionamento de seus
componentes e devem permitir o gerenciamento remoto, através do protocolo SNMP;
Introdução
A figura a seguir mostra esta topologia, com a premissa de que o CCO será único e localizado
em Santo Antônio do Descoberto.
155
Figura 34 – Topologia da Rede de Transmissão de Dados em Anel Redundante.
156
Recomenda-se a utilização de tecnologia de transmissão de dados no estado da arte,
mediante a rápida obsolescência observada nos produtos da indústria de telecomunicações,
com ciclo de vida de seus produtos e sistemas, aproximando-se de 5 anos. Uma tecnologia
recomendada é a IP-MPLS, a ser implementada com roteadores duplicados nos nós desta
rede.
O RTD deve ser uma rede de comunicação crítica, ethernet, convergente, redundante, capaz
de transmitir dados, voz e vídeo, com qualidade de serviço e segurança.
O RTD deve prover uma rede de fibras ópticas, redundante, interligando todas as localidades
da Linha, interligando-as também com o Centro de Controle Operacional (CCO).
O RTD deve prover serviços em redes locais em cada localidade e um serviço de backbone
interligando as diversas localidades da Linha, atendendo as necessidades de comunicação
dos seus sistemas usuários.
O RTD deve utilizar protocolos de transmissão de dados baseados em TCP/IP, portanto todos
os seus sistemas usuários devem ter dados encaminhados via protocolos da pilha TCP/IP.
Sistema de Radiocomunicação;
Sistemas Auxiliares;
Rede Administrativa;
A rede Convergente do RTD deverá ser basicamente composta por Switches, Roteadores,
Firewalls e Servidores (com os respectivos softwares), de Gerenciamento, de Distribuição de
endereços IPs e de autenticação de usuários.
157
menos, 2 switches de acesso nas respectivas localidades.
As conexões do RTD para atendimento dos sistemas usuários deverá ser disponibilizada,
através de conexões metálicas do tipo RJ45, nos ATs, distribuídos em pontos estratégicos
nas diversas localidades da linha.
A Ligação física entre todos os equipamentos do RTD deve ser por meio de fibras ópticas. A
rede de Fibras Ópticas será basicamente composta de cabos de fibras ópticas redundantes
em vias distintas, ou seja, em cada lado das vias, de forma a aumentar a disponibilidade
operacional do sistema nos casos de acidente nas vias, e distribuidores ópticos entre as
diversas localidades da linha e CCO.
No CCO devem ser fornecidos e instalados conjunto de distribuidor óptico (DGO), módulos e
conectores para a conexão dos cabos.
SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO
Introdução
158
fabricantes que adotam esse padrão. O ETSI é um instituto internacional que produz e
mantém protocolos de comunicações de uso cotidiano (por exemplo, o protocolo GSM usado
pelos celulares).
Características Requisitos
Modo de operação TDMA (Time Division Multiple Access)
π/4 DQPSK (Differential Quaternary Phase
Esquema de modulação Shift Keying), com deslocamentos de fase de
π/4.
Taxa de transmissão 36 kbits por segundo
159
As funcionalidades da tecnologia TETRA devem incluir:
Canais Broadcast;
A norma original TETRA do ETSI foi conhecida como norma TETRA Voz mais Dados (V+D.
Devido a necessidade de evolução futura e melhoria do protocolo TETRA, a norma original
V+D foi renomeada para norma TETRA Release 1.
Introdução
Devem ser implantadas câmeras ao longo da via, nas estações, perímetros operacionais e
patrimoniais, Pátios, Subestações, Poços de Ventilação e Saídas de Emergência, e regiões
de AMV com objetivos operacionais e de segurança.
160
imagens de qualidade, de modo que possibilitem o reconhecimento de usuários.
As câmeras das pontas de plataforma deverão monitorar as vias, os trens e eventos que
ocorram nas proximidades das cabeceiras das plataformas.
As câmeras deverão fornecer alto nível de resolução total, bem como transmitirem com a
melhor qualidade de imagem e homogeneidade de cores, com compensação de exposição
ideal em todas as condições de iluminação.
Deverá ser prevista a interligação do sistema na estação e ao longo da via com o CCO para
o tráfego das imagens e comandos.
A comunicação de dados deve ser feita através da Rede de Transmissão de Dados (RTD).
Deverá ser adotada a concepção de protocolo aberto TCP/IP sobre MPLS para
disponibilizar as imagens das estações, vias e trens a outros locais, tais como CCO, CMS
e Postos de Controle nas Estações, permitindo a visualização e gerenciamento de imagens
selecionadas através da IHM, remotamente.
161
Deverá ser imune a interferências elétricas de qualquer magnitude e frequência.
Bastidor tipo Rack, Padrão, com ventilação forçada, IP54, com iluminação interna, a
ser utilizado no acondicionamento dos equipamentos do Sistema de CFTV;
Equipamentos de tratamento de vídeo, composto por gravadores de vídeos em rede
para captura (NVR), gerenciamento e gravação digital, num total necessário para
completa ativação do sistema;
Equipamentos de captação de imagens, formando um conjunto composto de câmera
de vídeo do tipo “fixed box” (caixa fixa) a cores, com lente varifocal auto íris, caixa de
proteção em alumínio com certificação industrial IP 66;
Equipamentos de captação de imagens IP, formando um conjunto composto de
câmera de vídeo do tipo “fixed box” (caixa fixa) a cores, com lente varifocal auto íris,
caixa de proteção em alumínio com certificação industrial IP 67, a serem instaladas
nas extremidades da plataforma (no sentido longitudinal em relação às plataformas);
Equipamentos de comutação para os dispositivos na rede TCP/IP (SWITCH) do tipo
PoE (Power over Ethernet – Norma IEEE82.3at) totalmente Gigabit
(10/100/1000Mbps) entre gravadores de vídeos em rede para captura (NVR), câmeras
e dispositivos de controle (IHM), instalados no rack;
Equipamentos de apresentação de imagens constituído de monitores a cores, com tela
plana, iluminação a LED, qualidade de HD (High Definition) e antireflexo, de no mínimo
22”, a ser instalado nos postos de controle das estações e CCO;
IHMs do Sistema de CFTV com hardwares e softwares operacionais, aplicativos
homologados pelo fabricante, que será utilizado como equipamento de seleção de
imagens para o Sistema de Controle Centralizado (SCC) no CCO e postos de controle
nas Estações.
Conjunto de softwares de gerenciamento, que se fizerem necessários, dos gravadores
de vídeo em rede, a serem utilizados na composição dos itens anteriores, com as
respectivas licenças para gerenciamento dos NVRs e utilização do software de
gerenciamento nas estações de controle, possibilitando a visualização de imagens no
servidor de clientes, das imagens on-line e gravadas;
A função de Gravador de Vídeo faz parte do NVR e deve possuir, no mínimo, os recursos
operacionais:
162
SISTEMA DE CRONOMETRIA - SCR
Introdução
A referência horária fornecida pelo SCR deverá conter as informações horárias suficientes
para que todos os sistemas que a acessarem possam manter seus relógios internos
sincronizados com essa referência.
O SCR, por sua vez, deverá obter sua referência horária de um sistema tipo GPS, utilizando
o protocolo NTP – “Network Time Protocol”, ou SNTP – “Simple Network Time Protocol”.
SISTEMA DE VENTILAÇÂO
Introdução
Remoção do calor dissipado nos túneis e estações pelos trens (frenagem, acessórios,
sistema de refrigeração, etc.), passageiros, equipamentos, iluminação, etc.;
163
requerem concentração permanente de pessoas, níveis de ruído baixos, adequada renovação
de ar sem velocidades excessivas, e atendimento às atuais recomendações e Portarias do
Ministério do Trabalho.
Deve ser desenvolvido sistema de Resfriamento Evaporativo (RE), que deve ser posicionado
em locais ligados ao exterior das estações e conectado a dutos que devem conduzir o ar
resfriado até a região dos bloqueios no Mezanino. O ar a ser resfriado deve passar por uma
filtragem, conforme classificação da ABNT NBR 16401-3, e deve ser considerada monitoração
da saturação do conjunto filtrante. A água do reservatório deste sistema deve ter tratamento
de higienização.
Detectores de Fumaça por Aspiração. Devem ser instalados nos Poços de Ventilação e Saída
de Emergência, junto às Saídas de Emergência pressurizadas, de forma que sejam acionados
automaticamente os ventiladores de pressurização e as lâmpadas de emergência.
Devem ser instaladas cortinas corta fumaça na região da plataforma, de modo a evitar a
propagação de fumaça da plataforma para os níveis superiores.
Níveis de ruído externos às estações e poços, atender as normas da ABNT NBR 10151
e NBR 10152.
164
ter um painel de comando próximo aos equipamentos acionados.
Para normas, leis e decretos específicos necessários a cada sistema ou equipamento, devem
ser obedecidas, no mínimo, as normas e recomendações relacionadas:
Certificação da resistência ao fogo (1000°C por 2 horas) das cortinas corta fumaça;
ASHRAE 90.1 - Energy Standard for Buildings Except Low-Rise Residential Buildings;
AMCA 250-05 - Laboratory Methods of Testing Jet Tunnel Fans for Performance;
Na concepção e no desenvolvimento dos projetos das obras civis deve ser considerada a
instalação do Sistema de Ventilação Principal.
Na instalação dos sistemas devem ser tomadas todas as precauções necessárias para que
165
não ocasione influencias prejudiciais à vizinhança no que diz respeito ao ruído e velocidade
do ar.
Onde houver sistemas mistos de ventilação (exaustão e insuflação), o insuflação deve ser
predominante.
Para cada ambiente as trocas de ar devem ser calculadas individualmente, devendo estar de
acordo com a “American Society of Heating, Refrigerating and Air-Condictioning Engineer s” -
ASHRAE.
No sistema de exaustão devem ser adotadas grelhas com aletas verticais, com registro para
regulagem de vazão.
Para todas as ramificações e bifurcações nos dutos devem ser instalados reguladores de
vazão.
O sistema de ventilação deve ser alimentado a partir do sistema de Baixa Tensão da estação.
Os painéis devem ser previstos com possibilidade de controle local, remoto e automático.
166
SISTEMA DE AR CONDICIONADO
Introdução
O sistema deve ser fornecido para atender prioritariamente o bem-estar dos funcionários e
prorrogar a vida útil de equipamentos eletrônicos inseridos no ambiente. Seus modos de
operação devem ser em manual/local e em remoto/automático.
A execução dos projetos dos condicionadores de ar deve ser adequada aos projetos
executivos de arquitetura, iluminação e detecção de incêndio, e outros aos quais, fazem
interfaces nos ambientes, quer seja nos aspectos das obras civis quer nos aspectos
funcionais.
Na instalação dos sistemas devem ser tomadas todas as precauções necessárias para não
ocasionar influências prejudiciais à vizinhança no que diz respeito ao ruído e velocidade do
ar.
167
indiretamente, à prestação de serviços para o transporte ferroviário.
As salas operacionais devem ser servidas por sistema de exaustão e/ou insuflação (misto) ou
ar condicionado de acordo com o projeto.
Devem utilizar fluido refrigerante que não seja considerado SDO (Substância
Destruidora da Camada de Ozônio);
Deve ter a capacidade para atender a carga térmica do local especificado e a sua
capacidade deve ser expressa em tonelada de refrigeração (TR) ou Watt;
O tanque de líquido deve ser dotado de válvula de serviço tanto à entrada como na saída,
dando condições de recolhimento do fluído para fins de manutenção de ordem
preventiva/corretiva.
O retomo do ar deve ser pelo painel frontal das evaporadoras, providos de filtro descartáveis
conforme ABNT, possuir juntas flexíveis nos pontos de acoplamento, coxins antivibratórios e
etc.
Tanto a tubulação de líquido como a de sucção, deve ser isolada termicamente ao longo de
todo o percurso, inclusive as conexões existentes. Em áreas externas à estação, ou onde
exigir, a tubulação do fluido refrigerante deve possuir ainda, proteção mecânica.
Deve-se, nas aberturas e nos vãos existentes, utilizar vedação de espuma de poliuretano para
não permitir a infiltração do ar externo. Toda a instalação deve seguir as orientações das
normas regulamentadoras.
168
Os níveis de ruídos devem respeitar as normas ABNT NBR 10152 e NBR 10151.
SISTEMA DE ENERGIA
Introdução
Da mesma forma que para as Subestações Retificadoras, já que não existirá rede de
distribuição de Média Tensão, há a alternativa de que as Subestações Auxiliares de Baixa
Tensão captam a tensão proveniente da Média Tensão da Concessionária Local (13,2kV ou
13,8kV).
169
Para a Média Tensão da Concessionária Local recomenda-se realizar consulta à
Concessionária Local para que seja disponibilizado um circuito exclusivo para a ferrovia a
partir da Subestação Primária da Concessionária ou que sejam disponibilizados dois circuitos
independentes tornando a alimentação redundante, desta forma, obtém-se um nível de
confiabilidade aceitável.
Em cada estação e pátio deve ser prevista a existência de uma subestação auxiliar de baixa
tensão responsável pela energização de motores, iluminação, tomadas e demais cargas
alimentadas através de baixa tensão.
Devem ser previstos dois transformadores abaixadores a partir da média tensão para cada
subestação auxiliar de baixa tensão.
Os quadros principais de distribuição de energia devem ser projetados com sua lógica
executada por controladores programáveis; devem ser construídos conforme padrão PTTA
da norma NBR IEC 60439-1.
Em cada subestação auxiliar de baixa tensão deve ser previsto um sistema de 125 Vcc, com
dois retificadores e dois bancos de baterias, para alimentação de cargas que necessitem
alimentação ininterrupta, como por exemplo, iluminação de balizamento, sinalização de rota
de fuga nos túneis, circuitos de controle e proteção das subestações primárias, auxiliares e
retificadoras, entre outras.
170
Os bancos de baterias devem ter, quando somados, autonomia para quatro horas,
consideradas no final de suas vidas.
Cada retificador deve ser dimensionado individualmente para comportar a carga total do
sistema e carregar, simultaneamente, os dois bancos de baterias em regime de flutuação.
Cada retificador deve ser fabricado de forma a possibilitar os seguintes regimes operacionais:
Flutuação, Equalização e Carga Profunda.
Devem ser previstos sistemas de automação que permitirão o comando, controle e supervisão
local e remoto dos equipamentos pertencentes ao sistema de baixa tensão.
O dimensionamento das áreas das subestações deverá contemplar a área necessária para a
instalação de bancos capacitivos e/ou filtros de harmônicos.
171
Figura 35 - Diagrama Unifilar Padrão de uma Subestação Auxiliar de Baixa Tensão
172
Grupos Geradores Diesel (GGD)
Devem ser previstos grupos geradores diesel por estação e para o (s) pátio (s), que serão
alocados em salas específicas com tanques de contenção para os reservatórios de
combustível. Tais salas devem ser projetadas com tratamento acústico que garanta o
atendimento aos níveis máximos de ruído previstos na legislação ambiental vigente.
Sistema de iluminação;
Elevadores;
Bombas de incêndio, de águas pluviais e de drenagem;
Bombas do sistema de nebulização;
Carregadores de baterias.
Outras cargas poderão ser alimentadas pelo grupo gerador diesel, através de seleção local
ou automática desde que haja disponibilidade de carga.
Os projetos prediais devem prever pontos de entrada de socorro para conexão de um grupo
gerador diesel móvel.
A tensão nominal das retificadoras deve ser 3.000 Vcc. Os valores máximos e mínimos
relacionados devem atender às normas IEC 60850 e EN 50163.
173
alimentado por alimentadores situados em subestações diferentes.
Deve ser previsto um sistema de proteção e desligamento automático a distância que permitirá
a comunicação entre os disjuntores extrarápidos responsáveis pela alimentação de um
mesmo tramo elétrico.
Os dispositivos de manobra para equalização devem ser projetados para operação (abertura
e fechamento) sob tensão e sob carga.
Deve existir uma seccionadora de isolação negativa entre os trilhos de rolamento e o terminal
negativo do retificador.
Devem ser previstos sistemas de automação que permitirão o comando, controle e supervisão
local e remoto das retificadoras.
A divisão das vias em setores de tração possibilitará que as regiões da Linha não afetadas
pelo acionamento permaneçam energizadas e com disponibilidade para circulação dos trens.
174
O sistema de tração deve ser dimensionado de forma a garantir a circulação de trens sem
restrições nas vias operacionais, mesmo nos horários de pico, quando uma de suas
subestações retificadoras estiver inoperante.
O dimensionamento das áreas das subestações deverá contemplar a área necessária para a
instalação de bancos capacitivos e/ou filtros de harmônicos.
CATENÁRIAS
LINHAS DE CONTATO
175
Figura 37 - Diagrama Unifilar Padrão de uma Subestação Retificadora de Tração
176
Linha de Contato e Retorno de Corrente
O pátio deve ser eletricamente isolado das vias operacionais (via principal), inclusive o
negativo.
Utilizando-se rede aérea, deve ser adotada altura mínima dos fios de contato se atentando as
instalações em túnel, e conforme a norma EN 50367 para secções a céu aberto.
A linha de contato deve ser subdividida em trechos alimentados nas extremidades por
disjuntores extrarápidos localizados em subestações retificadoras diferentes. Essa subdivisão
é feita através de interrupções na linha de contato (“gaps”) que, quando localizados em região
de plataforma, devem ser posicionados na entrada delas, conforme o sentido do tráfego de
trens.
Ao longo da linha de contato, nas duas vias, devem ser instalados os equipamentos de
manobra, seccionadoras ou contatores, para efetuar as operações de manobra em todos os
pontos onde for prevista a interrupção de sua continuidade.
As seccionadoras devem ser instaladas nas regiões de AMVs, de tal forma que seja possível
isolar-se um trecho de via e o AMV continue operando, garantindo-se a mudança de via
imediatamente antes do trecho isolado e possibilitando-se a continuação do tráfego parcial de
trens.
O retorno da corrente às subestações retificadoras deve ser efetuado através dos trilhos de
rolamento da via permanente e respeitando-se as exigências dos circuitos de via da
sinalização.
177
ESTUDO PARA DIMENSIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES
RETIFICADORAS
Para a simulação de energia, foi utilizada planilha eletrônica EXCEL com programação
personalizada para o Projeto Brasília – Goiânia, utilizando como dados de entrada
informações do Traçado Geométrico, do Material Rodante e da Alimentação Elétrica.
Características
a) Trem Regional
Brasília-Ceilândia-Anápolis-Goiânia
b) Trens Semiurbanos
Introdução
Este estudo tem por objetivo definir o dimensionamento e a localização das subestações
retificadoras, a potência instalada do sistema eletrificado, o consumo de energia elétrica para
a operação comercial, além dos parâmetros iniciais para a especificação da rede aérea de
tração. Tendo em vista a realização de serviços em áreas tanto urbanas como rurais, foi
adotado um Sistema Eletrificado em Corrente Contínua – 3 kV, tecnologia já utilizada em
alguns sistemas ferroviários no Brasil.
Etapas do Estudo:
Com base no traçado geométrico da linha (eixo principal entre Brasília e Goiânia e ramais
178
para Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto), nas localizações das estações
para embarque e desembarque de passageiros, nos parâmetros do material rodante e de
alimentação elétrica, foi realizada uma simulação de marcha e de energia para estimar os
tempos de percurso e consumo de energia para cada um dos tipos de trens, Regional
(Brasília-Ceilândia-Anápolis-Goiás) e Semiurbanos (Águas Lindas, Santo Antônio e Anápolis).
Para realização da simulação foi utilizado planilha eletrônica EXCEL com programação
personalizada para o Projeto. Para os Cálculos dos parâmetros operacionais foram utilizadas
as fórmulas de estática, cinemática, dinâmica e elétrica da Física Geral e as Fórmulas
Empíricas de Davis. O quadro que segue mostra os resultados da simulação de marcha e de
energia para cada tipo de trem e entre as estações, a distância entre elas, o tempo de percurso
(em segundos e em minutos), a velocidade comercial, a corrente eficaz, a potência eficaz e o
consumo de energia.
Para o Trem Regional foi utilizado um trem de 14 carros, com peso de 520 toneladas,
velocidade máxima limitada a 160 km/h, potência de tração limitada à 7.420 kW e aceleração
máxima de 0,7 m/s2.
Para o Trem Semiurbano de Goiânia (Anápolis) foi utilizado um trem de 2 carros, com peso
de 70 toneladas, velocidade máxima limitada a 160 km/h, potência de tração limitada à 1.590
kW e aceleração de 0,7 m/s2*4.
4
Foi proposto limitação de potência para o material rodante que foi respeitada no processo de
simulação. Nos casos dos trens Semiurbanos a adoção de aceleração de 1,0 m/s2 implicaria em
exceder os limites estabelecidos. Considerando que o ganho no tempo de percurso seria irrisório (dado
as distâncias longas entre estações) foi mantida a aceleração de 0,7 m/s2, também nos trens
Semiurbanos.
179
Tabela 42 - Resumo das simulações para consumo de energia.
Planos Operacionais
Plano Operacional do Trem Regional: Nos horários de maior movimento trens a cada 20
minutos (3 trens por hora), em ambos os sentidos de direção.
Plano Operacional dos Trens Semiurbanos de Brasília: Nos horários de maior movimento
trens a cada 10 minutos (6 trens por hora), em ambos os sentidos de direção.
Plano Operacional do Trem Semiurbano de Goiânia: Nos horários de maior movimento trens
a cada 15 minutos (4 trens por hora), em ambos os sentidos de direção.
180
Tabela 43 – Potência eficaz disponibilizada por trecho.
O quadro seguinte utiliza os dados anteriores para mostrar a localização das subestações
retificadoras indicando os trechos que serão atendidos por cada uma delas.
181
Águas Lindas e Santo Antônio, as subestações 1 e 8 foram locadas em áreas urbanas de
Brasília e Goiânia, e as subestações 5 e 6 foram locadas em trecho não urbanizados.
182
Figura 38- Plano de Via Eletrificado.
183
Conexões do Eixo Principal com os Ramais
Nas simulações de marcha para os trens Semiurbanos de Brasília foi obedecida a restrição
de velocidade dos trens sobre os aparelhos de mudança de vias – AMVs (quando na posição
reversa) das conexões do eixo principal com os ramais.
Na aproximação das conexões a velocidade dos trens foi reduzida de 160 km/h para 100 km/h
antes de passar pelo (s) AMV (s) e após a passagem dos mesmos (trem completo) a
velocidade foi retomada até atingir 160 km/h.
Os registros das correntes eficazes na rede aérea de tração indicam que para o trecho entre
Brasília e Ceilândia haverá necessidade da implantação imediata de rede flexível reforçada
com um segundo cabo mensageiro (corrente elétrica da ordem de 3.000 A), enquanto que,
para os demais trechos (corrente elétrica da ordem de 2.000 A), a rede poderá ser implantada
sem o reforço, porém com as estruturas necessárias para a implementação do mesmo no
futuro.
Contratação de Energia
Demanda de Energia
Para a contratação da demanda junto à Concessionária de Energia deverá ser utilizado o valor
simulado para os horários de pico que foi de 65 MW.
Consumo de Energia
Para estimar o consumo de energia foram utilizados os dados simulados e o plano operacional
proposto, conforme segue:
a) Trem Regional
184
Consumo Anual dos trens regionais (300 dias úteis + 65 domingos e feriados):
em dias úteis => Águas Lindas => 156 trens (ida e volta);
em domingos e feriados => Águas Lindas => 120 trens (ida e volta);
em dias úteis => Santo Antônio => 156 trens (ida e volta);
em domingos e feriados => Santo Antônio => 120 trens (ida e volta);
Consumo Anual dos trens Semiurbanos de Brasília (300 dias úteis + 65 domingos e
feriados)
Águas Lindas => (300 x 156 x 1.278) + (65 x 120 x 1.278) = 69.778.800 kWH;
Santo Antônio => (300 x 156 x 755) + (65 x 120 x 715) = 79.661.400 kWH;
Consumo Anual dos trens Semiurbanos de Goiânia (300 dias úteis + 65 domingos e
feriados)
185
Introdução
Estes sistemas devem ser projetados considerando as condições de cada local e suas
variáveis, tais como carga térmica, limpeza dos locais, velocidade e variação da
velocidade do ar, trocas de ar dos ambientes, e dificuldades de acesso para combater
incêndio.
Os tempos de detecção do sistema devem atender aos requisitos da norma ABNT NBR
17 240:2010.
Os equipamentos devem ser endereçáveis e do tipo micro processados, com ajuste para
limiar de alarmes. Em casos específicos, devem ser utilizados detectores incipientes de
fumaça, ativos por aspiração e amostragem de ar.
186
Os equipamentos periféricos de cada local devem ser interligados por rede classe A (em
anel, conforme NBR 17240:2010), a um Painel Central de Detecção e Alarmes (PCA). Tal
painel deve dispor de display gráfico para comunicação do status de todos os periféricos
do sistema, e além da função inerente de monitorar a rede de laços de detecção, e deve
transmitir dados de maneira contínua ao Sistema de Controle Local (SCL) e ao Sistema
de Controle Centralizado (SCC). A infraestrutura de condução do cabeamento deve ser
exclusiva, ou seja, não compartilhada.
Onde for necessária a instalação de sistemas de combate a incêndio por sistema fixo de
gases, em ambientes de presença humana constante, devem-se respeitar integralmente
as recomendações ambientais.
As Bombas Horizontais de incêndio e consumo devem ser instaladas sobre base de concreto
e detalhes de ligação à tubulação de sucção e recalque com reduções excêntricas e
concêntricas necessárias.
187
As bombas de combate a incêndio das estações também deverão alimentar tubulação
seca para proteção das áreas dos túneis lindeiros a cada estação. Essa tubulação
também deverá contemplar a possibilidade de alimentação externa (por caminhão pipa).
Para acionamento das bombas devem ser adotados motores elétricos do tipo de indução.
Devem ser selecionadas para fornecer no mínimo 65% da altura manométrica nominal
especificada quando a vazão atingir 150% da vazão nominal especificada.
Introdução
Além dos PDTs, este sistema é, também, composto pelo Concentrador de Mensagens, que é
um sistema centralizado, localizado no CCO com funcionalidades de formação e
armazenamento de mensagens de texto e comandos para a apresentação destas mensagens
em PDTs específicos ou grupos de PDTs, programação de apresentação de mensagens,
apresentação de informações horárias nos PDTs ou nos relógios das estações, por meio de
sua Interface Homem-Máquina (IHM).
O Sistema de Informação aos Passageiros deve permitir operação remota através da Rede
188
de Transmissão de Dados (RTD).
O Sistema de Informação aos Passageiros deve ser integrado aos seguintes sistemas
Os PDTs deverão fornecer, aos usuários, a informação dos destinos de trens na região das
plataformas da estação, além da divulgação de mensagens institucionais e de interesse
público;
A operação dos PDTs deverá ser realizada automática e remotamente, por meio de comandos
efetuados diretamente pelo Concentrador de Mensagens;
189
O Concentrador de Mensagens possuirá interfaces de comunicação para tratamento de
comando através de interface homem-máquina.
Por meio do O Concentrador de Mensagens deverá ser possível carregar o programa dos
PDTs;
SISTEMA DE SONORIZAÇÃO
Introdução
O Sistema de Sonorização tem por finalidade principal a difusão de avisos destinados aos
funcionários e usuários das estações, estas mensagens podendo ser ao vivo ou pré-gravadas
(armazenadas no sistema), através de caixas acústicas ou cornetas. Tem como finalidade,
também, enviar as informações das mensagens aos Painéis de Destino de Trens (PDT) que
irão apresentar as mesmas por escrito, atendendo aos requisitos de acessibilidade.
190
Aos funcionários da operação a troca das mensagens pré-gravadas digitalizadas
armazenadas, através dos equipamentos do console da estação;
Deve ser previsto a interligação do sistema na estação com os sistemas do CCO para que
este possa enviar os comandos e mensagens à estação. A comunicação de dados deve ser
feita através da Rede de Transmissão de Dados – RTD.
Os avisos emitidos pelo CCO através do SCC (tanto gerados pelo operador quanto os pré-
gravados) terão prioridade sobre os avisos emitidos pelo posto da estação.
Deverá ser prevista uma interface entre o Sistema de Detecção de Incêndio e o Sistema de
Sonorização para veiculação de mensagens de abandono da estação, no caso de incêndio.
Essas mensagens serão veiculadas pelo Subsistema de Sonorização e Painel de Destino de
Tens, automaticamente, ao receber os comandos da Central de Detecção de Incêndio.
No posto de comando do Sistema de Sonorização na estação, onde será alojada a IHM, serão
feitas às instalações estritamente necessárias, basicamente o microfone, a tecla de
acionamento ou painel de seleção com pré-amplificador e o sonofletor monitor;
Os demais equipamentos auxiliares serão instalados nos bastidores na Sala Técnica a ser
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feita na estação, para esta finalidade;
Bastidores padrão, com ventilação forçada, IP54 e iluminação interna, para ser
utilizado no acondicionamento dos equipamentos do Subsistema de Sonorização;
Amplificadores com potência suficiente para garantir o nível de pressão acústica nas
diversas áreas e situações;
192
6. DIRETRIZES PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A Lei Complementar 140/2011 que fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput
e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício
da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do
meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das
florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Em seu Artigo 7, a Lei estabelece que são ações administrativas da União, promover o
licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos em
2 (dois) ou mais Estados.
A seguir é apresentada uma lista preliminar dos demais órgãos e agentes intervenientes do
processo de licenciamento ambiental e os temas e estudos complementares ao EIA/RIMA que
deverão compor o conjunto de estudos a serem protocolados no IBAMA para a solicitação de
Licença Ambiental Prévia do empreendimento.
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ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre
Entre as competências da ANTT se destacam: (i) concessão ferroviária e transporte
ferroviário associado à exploração da infraestrutura; (ii) Permissão do transporte
coletivo regular de passageiros pelo meio ferroviário não associados à exploração da
infraestrutura; e (iii) Autorização para transporte de passageiro.
Prefeituras Municipais
As prefeituras localizadas dentro das áreas de influência deverão dar anuências ao
empreendimento referentes a aspectos de uso do solo e licenciamento ambiental,
assim como anuências associadas a interferências com infraestruturas urbanas.
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Órgãos estaduais ou municipais de meio ambiente e de recursos hídricos
A depender de intervenções específicas licenciadas por estes entes, pela jurisdição do
curso d’água impactado ou da UC.
FUNAI
Tratamento de questões associadas a terras indígenas.
A lista apresentada acima não esgota necessariamente o conjunto de instituições que deverão
ter algum tipo de intervenção no processo de licenciamento ambiental do empreendimento.
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7. CONCLUSÕES
Com base nas novas condições, a marcha dos trens foi novamente simulada e o
dimensionamento e planejamento operacional foram revisados e ajustados. As diversas
disciplinas agrupadas sob o título “Sistemas” tiveram seus componentes descritos e
especificados, bem como, foram realizadas simulações específicas, com foco no pré-
dimensionamento das instalações e das redes de alimentação de energia.
O conjunto de informações geradas pelas atividades realizadas até a presente fase dos
Estudos, consolidadas e apresentadas no âmbito deste Produto 9, ao serem reunidas às
informações apresentadas nos Produtos 10 – Estudo Econômico-Financeiro e Produto 11 –
Diretrizes para Outorga, possibilitarão a análise e as conclusões finais quanto à viabilidade do
empreendimento em foco.
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8. ANEXOS
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