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Uma Igreja Família Vivendo o Amor de Deus

Instrução para o
Batismo nas Águas

Autor:
Pastor Aleksandre Antonio

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Todos os Direitos Reservados.

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Rua Doutor Magalhães da Silveira, nº 150 – Cep 03554-040


Cidade Patriarca – São Paulo – SP
Saudação
Prezados irmãos(ãs) em Cristo, glorifico à Deus por vossas vidas , e
pelo fato de vocês terem sido tocados em vossos corações pelo Espírito Santo,
e se disposto a dar este maravilhoso passo da caminhada cristã, que é o
Batismo nas Águas. Estou certo de que uma nova vida de paz, alegria e
prosperidade se coloca diante de vocês com esta importante decisão.

Que Deus, em Cristo Jesus, vos abençõe ricamente.

Pastor José Antonio Filho


Presidente de Honra

Prefácio
Queridos participantes da Instrução do Batismo nas Águas, louvo à
Deus, pois diante de vocês está um valioso material de estudo, cuja elaboração
ficou à cargo do Pastor Aleksandre Antonio. Formado em Teologia, e com uma
vasta experiência na área do ensino secular e religioso, tem atuado na área da
Educação Cristã ao longo dos últimos vinte anos como Professor de Teologia e
Palestrante, principalmente nas áreas Vida Cristã, Doutrinária e Escatológica.

Por fim, louvamos a Deus, pelo privilégio de poder, após o Batismo nas
Águas, recebê-lo como mais um membro de nossa igreja.

Pastor Arrison Antonio


Presidente
1
Apresentação
Graça e Paz, querido leitor.

A Instrução para o Batismo nas Águas está dividido em cinco


partes, cada parte, contém um tema de suma importância para todos
que almejam se batizar e fazer parte da Igreja de Cristo.

Teremos uma reunião por semana, sendo que ao final, aqueles


que se mostrarem aptos, poderão participar do Batismo nas Águas,
ministrado pela Comunidade Cristã Vida Plena, e assim passar a fazer
parte do rol de membros desta Igreja.

Desejo ardentemente que esta Instrução para o Batismo na


Águas, seja apenas o início do vosso aprendizado cristão, e que ao
longo da vossa caminhada, cresçam cada vez mais na Graça e no
Conhecimento da Palavra de Deus.

Leiam e releiam tudo o que aqui está escrito, estarei sempre à


vossa disposição para dirimir quaisquer dúvidas quanto aos assuntos
aqui abordado.

“Antes, crescei na graça e conhecimento de Nosso Senhor e


Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 3:18)

Pastor Aleksandre Antonio


Vice-Presidente

2
Introdução

Nesta apostila estudaremos sobre as Ordenanças Bíblicas.

Este estudo divide-se em duas partes principais: a


Ordenança Bíblica do Batismo nas Águas e a Ordenança Bíblica
da Ceia do Senhor.

Parte I: A Ordenança Bíblica do Batismo nas Águas.

Nesta primeira parte estaremos estudando sobre a Primeira


Ordenança Bíblica que é o Batismo nas Águas.

Porque é necessário o Batismo nas Águas e quais suas


implicações na vida do cristão.

Parte II: A Ordenança Bíblica da Ceia do Senhor.

Nesta segunda parte estaremos abordando sobre a


Segunda Ordenança Bíblica que é a Ceia do Senhor.

Quem pode participar, porque devemos participar e quais


as conseqüências de participar indevidamente.

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Considerações sobre o Estudo das Ordenanças

Todo o crente precisa ser batizado e assim tornar-se


membro da Igreja local. Para isto, é previamente necessário que
tenha sido feito antes uma confissão de fé e aceitação de Cristo
Jesus como Salvador. Também é necessário à Igreja conhecer o
testemunho do candidato antes de recomendá-lo ao batismo e à
membresia eclesiástica.

O Batismo e a Ceia do Senhor são as duas Ordenanças


estabelecidas por Jesus Cristo quando esteve aqui na terra com
seus discípulos. Estas duas ordenanças tem a forma de ritual
religioso e são administradas pelo pastor da Igreja.

Uma vez definidas estas Ordenanças, segue-se que este é


o propósito do estudo aqui em questão: apresentar e analisar o
ensino bíblico acerca de tais Ordenanças e suas implicações
práticas para a vida do membro da Igreja.

Com este conhecimento, você se sentirá mais seguro e


fundamentado para assumir suas responsabilidades com a Igreja
local.

O propósito deste estudo é que ele sirva de esclarecimento


pessoal e por sua clareza estimule sua obediência a Cristo e à
Sua Palavra.

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Relação entre Igreja e Ordenanças

Para entendermos a relação entre Igreja e Ordenanças,


precisamos primeiro definir o que vem a ser igreja, e as corretas
aplicações deste termo, vejamos:

O vocábulo “Igreja” vem da palavra grega "ekklesía" que significa,


originalmente "chamados para fora". A idéia básica é de que
Deus nos tirou ou nos chamou 'de dentro do mundo para fora',
para criar uma 'nova sociedade', 'um novo povo' para Sí.

Aplicações do termo 'Igreja':


1. Denominação de um grupo de cristãos. (Rm 16.5)
2. Templo, construção para fins religiosos. (I Co 11.18)
3. Conjunto de cristãos na concepção local ou universal, segundo
o ensino bíblico. (Rm 16.4 / Hb 12.23)

Definição de Igreja local:


Um grupo de pessoas chamadas por Deus, regeneradas pelo
Espírito Santo, que formam um corpo visível num determinado
local e época, organizada, com propósitos específicos, batizados
nas águas por imersão, que aceitam um pacto (um acordo com
Cristo, " ... no seu sangue ... "), que se reúnem para evangelizar
os perdidos, batizar os convertidos, edificar os crentes, tomar a
Ceia do Senhor regularmente, ter comunhão uns com os outros,
enfim, desempenhar a missão de Cristo sobre a terra. Observe as
seguintes referências: Mateus 28:18-20; Atos 2:41-47; 4:4; Atos
14:21-23.

Definição de lgreja Universal: É o conjunto de todos os crentes, os


redimidos por Cristo, de todas eras e lugares sobre a face da
terra, formando um corpo invisível, será reunido no céu, por
ocasião do ajuntamento de todos os salvos arrebatamento e na
ressurreição.

Ver os textos: Efésios 1:22; Hebreus 12:22 e 23.

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Atualmente a Igreja Universal existe espiritualmente, parcialmente
e não reunida, subdividida nas várias Igrejas locais do mundo,
também incluindo os santos em glória, " ... os que dormem ... " no
Senhor.

Hoje, esta Igreja existe na mente onisciente de Deus.


Futuramente ela existirá de fato, reunida e completa, sem faltar
nenhum dos seus membros e permanecendo assim, imutável, por
toda a eternidade!

Uma vez definido o termo igreja e suas aplicações, podemos


agora começar a compreender as relações entre igreja e
ordenanças.

As ordenanças são requisitos necessários, imprescindíveis e


irrevogáveis que todo verdadeiro cristão deve praticar para fazer
parte da verdadeira igreja de Cristo.

Logo, quem não é batizado e não participa da Ceia do Senhor,


não faz parte da Igreja de Deus sobre a Terra.

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I - A Ordenança Bíblica do Batismo nas Águas.

A) O Batismo é OBRIGATÓRIO.

1. Cristo pediu o Batismo - Ver João 1:33; Mateus 3:13-15.


2. Cristo aprovou o Batismo - Ver João 4:1-2.
3. Cristo ordenou o Batismo - Ver Mateus 28:18-20.
4. Fazia parte da pregação apostólica: Ver Atos 2:38
5. Foi prática dos apóstolos - Ver Atos 2:37-41.
6. Era costume universal da Igreja Cristã no seu início e
posteriormente (I Coríntios 1:12-17).
7. A literatura universal da Igreja Cristã, extra-bíblica, isto é,
fora da Bíblia, comprova que esta prática foi universal na
Igreja daquela época.

B) A Natureza do Batismo.

1. O Batismo é um ato de amorosa obediência à Palavra de Deus


tanto daquele que se batiza como da parte da Igreja que o
administra através dos seus oficiais. V. João 14:15; I João 2:3.

2. O Batismo não salva nem perdoa pecados.

3. O Batismo segue à conversão (momento quando os pecados


são perdoados).

4. O incidente do ladrão da cruz. Ele foi ao paraíso, porém, nunca


se batizou. O que demonstra que uma pessoa tendo se convertido
à Cristo e que não teve a oportunidade de passar pelo Batismo,
isto não a impede de ser salva. (Lucas 23:40-43)

5. Nos indica que o Batismo era feito após ter o candidato


confessado os seus pecados a Deus. (Mateus 3:6)

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C. Modo Correto do Batismo

O modo bíblico do Batismo nas Águas é por imersão, tal como


Jesus foi batizado nas águas do Rio Jordão, na imersão o
batizando é mergulhado na água de um rio ou num batistério,
sendo a condição requerida que o candidato seja inteiramente
mergulhado em água.

a. Deriva da palavra grega (transl. "baptísmos') que quer


dizer "imergir" ou "mergulhar".

b. Nos locais onde eram efetuados os Batismos, se


evidenciava a existência de "...muitas águas ... " .

Vejamos:
(1) João 3:23 - " e havia ali muitas águas ... "
(2) Mateus 3:6 - " no rio Jordão ".
(3) Marcos 1:10 - " e saiu da água "
(4) Atos 8:36-39 - " e entrou na água ... e saiu da água ... "

Existem outras duas maneiras de batismo praticadas, mas elas


não são bíblicas.

1. Aspersão
Quando é simplesmente derramada água na cabeça do
batizando. Não há justificativa Bíblica para essa maneira de
administrar o batismo.

2. Derramamento
Quando é derramada água no corpo inteiro do batizando.
Também não encontramos indícios bíblicos a este respeito.

D. O Simbolismo do Batismo.

1. A identificação do crente na morte, sepultamento e


ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme nos indica
Romanos 6:3-5:

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"Ou porventura ignorais que fomos batizados em Cristo Jesus,
fomos batizados em sua morte? Fomos pois sepultados com Ele
na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos
nós em novidade de vida ... "

O ato de mergulhar na água simboliza a morte e o sepultamento


do crente para o mundo enquanto que o 'levantamento da água',
simboliza a ressurreição para Deus, para uma nova vida.
Ver Col 2:12.

F. Requisitos para o Batismo.

1. Arrependimento e Fé - elementos da conversão.


2. Instrução doutrinária (quando é possível).
3. Bom testemunho do candidato perante a Igreja e o mundo.

G. Período de Carência para o Batismo.

1. Reconhecemos ser responsabilidade da Igreja, orientar e


examinar os candidatos ao Batismo, que devem ser crentes com
um bom testemunho e desejo professo de obedecer a Cristo e
seu Evangelho.
2. Náo há base bíblica quanto ao tempo de carência.

a. Foram comuns, na Igreja Primitiva, os batismos ocorrerem


logo após a conversão do discípulo.
b. Por que foi feito assim?

(1) Porque o Cristianismo estava no seu início - não existia


ainda a figura de "igreja organizada". O lado organizacional
veio muito tempo depois e por necessidade.

(2) Na legitimidade do testemunho e fé dos cristãos que


nesta época jaziam sob intensa perseguição e sofriam
repúdio dos judeus. Numa época assim, ninguém passaria
por um 'suposto cristão' correndo até risco de vida. Tudo foi
muito genuíno!

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(3) Na ausência de orientação escrita, a não ser a tradição
oral transmitida pela pregação do Evangelho, de geração
em geração.

3. As Razões para um período de Carência:

a. Para testar a legitimidade da fé do novo convertido,


uma vez que a sociedade em nosso País, já aceita o
cristianismo protestante como legal e não clandestino.
Nesse caso é muito bom para verificar "cristãos" que
aderiram Simplesmente por uma questão de opção ou
experiência e daí reorientá-los.

b. Para instruir o novo convertido nas doutrinas capitais


do Evangelho de Cristo e assim prepará-lo para estar
convicto a tomar este passo importante.

c. Dessa forma, a Igreja evita um pouco mais, ter no


seu corpo de membros, pessoas insinceras e duvidosas,
portanto não autênticas.

II – A Ordenança Bíblica da Ceia do Senhor.

1. É uma ordenança de Cristo.

a. Lucas 22:16 - Mostra indiretamente que Jesus não a


comeria novamente, até que o Reino se cumprisse.
b. I Coríntios 11: 24 - "Fazei isso todas as vezes que... ".
c. Atos 2:41 e 42 - A Ceia do Senhor sempre está relacionada
com o Batismo numa relação de conseqüência, ou de
continuidade.

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2. Simbolismo dos Elementos da Ceia.
1. A morte e o sofrimento vicário de Cristo - I Coríntios 11:26.
2. A apropriação pessoal dos benefícios de Cristo – O

Crucificado - que já são apropriados por nós:


João 6:51 - I Coríntios 1: 23; 2: 2
3. Uma comunhão espiritual entre os crentes e portanto,
unidade. Atos 2: 42, 46
4. Dependência do crente, da parte de Cristo - João 6:55.
5. Anuncia a vinda de Cristo no seu Reino: I Coríntios 11:26

C. Elementos da Ceia do Senhor.


1. O pão
Simbolizando o corpo de Cristo que foi partido no Calvário quando
Ele deu Sua vida por nós. Ver Lucas 22:19.
2. O Vinho
Simbolizando o sangue de Cristo " ... derramado em favor de
muitos. " Ver Lucas 22:20; Marcos 14:24.

D. Requesitos para a Participação da Ceia do Senhor.


1. Ser batizado e membro da Igreja local.
2. Estar em comunhão 'plena' com a Igreja e com Deus, isto
significa estar cônscio de que qualquer falha pecaminosa havida
até aquele momento, já foi confessada ao Senhor não havendo
barreiras de ordem moral e espiritual que impeça sua
participação.
3. Para membros de outras Igrejas não fazemos quaisquer
restrições além destes requisitos.

4. Tomar a Ceia indevidamente, estando em pecado, é expor-se


ao juízo de Deus (I Coríntios 11:30; I João 5:16, etc.).
Este juízo pode ser: doença; fraqueza física (perda do gosto pela
própria vida); disciplina efetuada pela Igreja, tirando do seu corpo,
o membro em pecado ou sob disciplina (disciplina do tipo
'exclusão'), a morte.

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A Membresia da Igreja Local

Uma vez que o Batismo é praticado localmente e sob os auspícios


de uma igreja local, responsável pelos novos convertidos que o
recebem, os novos convertidos batizados se incluam
na membresia desta mesma Igreja Local. A filiação à Igreja é
a identificação oficial com o povo de Deus, de cuja filiação, o
batismo é o requerimento.

Responsabilidades e Direitos Eclesiástivos para os Membros.

A. Responsabilidades.
1. Manter um testemunho digno perante a Igreja e o mundo.
2. Zelo pelo trabalho de Deus.
3. Participação em qualquer função para qual a Igreja solicitar
o membro:
a. O membro jamais deve dizer "não" ou rejeitar cargos que a
Igreja lhe apresenta. Nem a inabilidade é desculpa justificável.
b. Isto pode significar lançar fora oportunidades valiosas que
Deus esteja proporcionando para sua vida.
4. Participação assídua e pontual nas reuniões devocionais e
administrativas da Igreja. Ver Hebreus 10:24 e 25.
5. Cooperação através dos dízimos e ofertas motivadas pela
própria Palavra de Deus.
a. Fidelidade na manutenção do trabalho de Deus.
b. Fundamento bíblico: Ageu 2:8,9; Malaquias 3:8-10; Mateus
23:23.
Hebreus 7:2, 5-9.

B. Direitos.
1. Participação da Ceia do Senhor.
2. Participar dos trabalhos da Igreja.
3. Opinar sobre questões relativas à Igreja.

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A Disciplina na Igreja II

A Recomendação de Jesus no NT - Ver Mateus 18:16-18.


1. Estabelece o modo como a Igreja deve tratar os casos
disciplinares.
2. A motivação principal para a disciplina é a rebelião ou a
resistência à confissão e o reconhecimento do pecado - sinal de
arrependimento.
3. Se o membro chega a confessar em última instância e a
arrepender-se, a Igreja não deve excluí-lo: pode administrar
alguma disciplina moral como:
a. suspendê-lo da prática da Ceia do Senhor por 1 ou 2 meses;
b. suspendê-lo dos cargos assumidos por um tempo
determinado;
c. deixá-la por um período em observação até declará-la apto
a exercer sua membresia.
4. Entendemos também que quando o membro pratica algo
escandaloso, do conhecimento notório da sociedade, a Igreja
deve tornar notória sua disciplina ou exclusão, para não aviltar o
Evangelho e a Fé Cristã.

A Disciplina na Igreja III

1. Deus nos disciplina para não sermos condenados com o


mundo.
2. Cada um de nós deve constantemente julgar a si mesmo -
auto-exame.
3. Quando não nos julgamos. então Deus e a Igreja hão de
nos julgar!
4. Hebreus: Devemos aceitar a disciplina como ato de
misericórdia divina.
5. A disciplina sempre produz frutos de justiça e paz no
crente!

Fim

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