Ricardo Gonçalves · rgoncalves@ese.ipp.pt Ricardo Gonçalves · rgoncalves@ese.ipp.pt Durante a revolução Neolítica o Homem caçador-recolector torna-se produtor e as consequências económicas, sociais e culturais foram profundas: Sedentarização Produção agro-pastoril Primeiras aldeias Propriedade privada Acentuada divisão do trabalho Actividades artesanais (fiação, tecelagem, cestaria e cerâmica...) Religião (constróem-se templos, túmulos monumentais, Malta, Inglaterra, Irlanda, França, Espanha, Portugal...)
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O Neolítico tem a sua origem no Próximo Oriente (Crescente Fértil – c. 10 000 a.C.) e progride para Ocidente pelo Mediterrâneo e vale do Danúbio, atingindo a Europa Ocidental por volta de 5000 a.C.. A situação é diversificada no espaço e no tempo.
1. expansão do neolítico, a partir do Próximo Oriente;
2. âmbito dos distintos focos culturais neolíticos; 3. origem dos fenómenos neolíticos; 4. áreas de dispersão do Megalitismo.
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Com o sedentarismo nascem os primeiros povoados que originam as primeiras cidades como Çatal Hüyük (na actual Turquia).
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ruínas de Çatal Hüyük, Anatolia, Turquia
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deusa entronizada com duas leoas, Çatal Hüyük, Anatolia, Turquia
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reconstituição do interior de uma habitação, Çatal Hüyük, Anatolia, Turquia
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reconstituição de Çatal Hüyük, Anatolia, Turquia
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plano urbano de Çatal Hüyük, Anatolia, Turquia
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É do oriente que nos chegam os vestígios das mais antigas cidades, como a de Jericó, que apresenta sinais de ocupação datados de 9000 a.C..
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vestígios arqueológicos dos primeiros aglomerados de Jericó, em Tell es-Sultan
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templos megalíticos de Mnajdra, Malta
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templos megalíticos de Mnajdra, Malta
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O culto da terra surge associado a novos conceitos religiosos.
A sociedade desenvolve-se assente em práticas religiosas que asseguram
o trabalho e o bem-estar.
Surge uma nova concepção do mundo; os fenómenos meteorológicos, a fecundidade e a
morte promovem ritualizações que, por sua vez, originam monumentos.
A arte é usada como meio privilegiado de comunicação com os deuses,
está presente no quotidiano, é comemorativa (o vivido, o sagrado) e responde aos anseios — fixa actos da vida colectiva, adquirindo uma função memorialística.
A pedra continua como material primordial.
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cabeça de machado, 14,5 cm, Dinamarca, 4000 a 3000 a.C.
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jarro cerâmico, China, 2500 a.C.
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ídolo fálico, China, 4000 a.C.
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É no período neolítico que se dá o aparecimento das primeiras formas de arquitectura, construções monumentais em pedra destinadas a durar.
São formas para assinalar e diferenciar (sacralização do espaço),
com funções mágicas e simbólicas.
São resultado de um projecto continuado e revelam:
• a pesada organização social; • o poder de uma hierarquia sacerdotal ou política; • as preocupações religiosas com o além e em torno dos antepassados; • o peso do medo da morte e do desconhecido.
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A arquitectura funerária e religiosa desenvolve-se na Europa durante o período Neolítico e na Idade do Bronze entre 5 000 e 3 000 a.C..
É um fenómeno da Europa atlântica:
Dinamarca, norte da Alemanha, França, Espanha e Portugal, Córsega e Sardenha.
É concebida para culto dos mortos e representa
uma nova concepção do mundo, natural e sobrenatural. Tem o seu apogeu nos túmulos de corredor e dólmenes/antas do III e II milénio a.C..
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PRINCIPAIS CONSTRUÇÕES
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Menir Primeira forma monumental com função religiosa ou ligada a poderes divinos. Seria um intermediário entre o Homem e o Universo. Assinala expressão de vida interior, associada ao culto dos mortos e às forças naturais.
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menir dos Almendres, Alentejo
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menir da Meada, Alentejo
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menir da Meada, Alentejo
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menir do Outeiro, Alentejo
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menir em Ballinagree, Irlanda
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ASSOCIAÇÃO DE MENIRES
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Alinhamentos Os menires são dispostos em linha recta. Traduzem mitos astrais, solares. Definem um recinto sagrado, um monumento comemorativo para representar antepassados mortos.
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alinhamentos de Carnac, França
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alinhamentos de Carnac, França
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alinhamentos de Pranu Mutteddu, Sardenha
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Cromeleque São conjuntos de menires organizados em círculo(s). Formam barreiras dos locais de culto. Encontram-se na Síria, Palestina, Arábia, África do Norte, Córsega, Península Ibérica e Ilhas Britânicas. Aqui, os mais famosos são os de Avebury e Stonehenge. Este último é o mais imponente monumento megalítico europeu. A sua construção demonstra profundos conhecimentos de astronomia.
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cromeleque dos Almendres, Alentejo
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cromeleque dos Almendres, Alentejo
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cromeleque dos Almendres, Alentejo
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cromeleque de Avebury, Inglaterra
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Ricardo Gonçalves · rgoncalves@ese.ipp.pt Ricardo Gonçalves · rgoncalves@ese.ipp.pt cromeleque de Stonehenge, 3000 a 1600 a.C., Inglaterra
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cromeleque de Stonehenge, 3000 a 1600 a.C., Inglaterra
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cromeleque de Stonehenge, 3000 a 1600 a.C., Inglaterra
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cromeleque de Stonehenge, 3000 a 1600 a.C., Inglaterra
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Anta ou Dólmen (do bretão mesa de pedra)
É o mais frequente tipo de construção megalítica.
Compõe-se de 3 ou 4 esteios com câmara circular e uma laje que as cobre, a mesa ou chapéu, que fecha o aposento. Toda a construção era depois tapada com pedras e terra já utilizadas para a elevação e deslocamento das lajes fazendo assim uma mamoa.
Constitui uma câmara funerária circular ou rectangular,
com chão térreo ou revestido a empedrado de sílex. Para preencher os espaços entre os esteios usavam pedras mais pequenas. A parte mais lisa dos esteios ficava para dentro, pois as superfícies interiores eram adornadas com pinturas e insculturas com motivos astrais, geométricos, zoomórficos e antropomórficos.
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dólmen de Ballykeel, Irlanda
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dólmen de Axeitos, Galiza
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dólmen de Poulnabrone, Irlanda
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dólmen de Vallgorguina, Catalunha
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dólmen de Matança, Fornos de Algodres
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dólmen da Barrosa, Caminha
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dólmen de Orca, Carregal do Sal
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dólmen de Cunha Baixa, Mangualde
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anta de São Geraldo, Montemor-o-Novo
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anta da Fonte Coberta, Alijó
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anta do Tapadão, Crato
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Mamoa de Lamas, Braga
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Ricardo Gonçalves · rgoncalves@ese.ipp.pt Ricardo Gonçalves · rgoncalves@ese.ipp.pt Capela de S. Dinis, Pavia
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Algumas antas têm um corredor de acesso mais ou menos prolongado. É o caso de algumas na Irlanda, em que o sol só no solstício de Inverno entra no corredor até à câmara funerária.
Esta característica traduz os profundos conhecimentos
tecnológicos e astronómicos destes construtores, que 500 anos antes das pirâmides de Gizé, no Egipto, realizaram tal feito.
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túmulo de Newgrange, Irlanda
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túmulo de Newgrange, Irlanda
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túmulo de Newgrange, Irlanda
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túmulo de Newgrange, Irlanda
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Ricardo Gonçalves · rgoncalves@ese.ipp.pt túmulo de Knowth, Irlanda
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túmulo de Knowth, Irlanda
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túmulo de Knowth, Irlanda
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túmulo de Knowth, Irlanda
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túmulo de Silbury Hill, Inglaterra
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túmulo de Silbury Hill, Inglaterra
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Cista Túmulo de inumação ou de incineração de forma geralmente, rectangular, cujas paredes são constituídas por lajes colocadas verticalmente ecorresponde, normalmente, a uma sepultura individual.
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Cista Túmulo de inumação ou de incineração de forma geralmente, rectangular, cujas paredes são constituídas por lajes colocadas verticalmente ecorresponde, normalmente, a uma sepultura individual.
Gratsch, no Tirol necrópole ibérica Cerro de la Cruz
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Tholoi Túmulo de falsa cúpula, mais frequente junto ao Mediterrâneo, este tipo de construção, juntamente com as cistas funerárias, deve ter predominado no período final do Neolítico, no chamado Calcolítico.
É constituído por um corredor e uma câmara circular ou poligonal
coberta por uma estrutura de pedras grandes e pequenas, formando uma abóbada que é encimada por uma pedra de fecho.
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Tholo, Pylos, Grécia esquema construtivo dos tholoi