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SINUMERIK

SINUMERIK 808D ADVANCED


Manual de programação e operação
(Torneamento ISO/fresamento)
Informações jurídicas
Conceito de aviso
Este manual contém instruções que devem ser observadas para sua própria segurança e também para evitar danos materiais. As
instruções que servem para sua própria segurança são sinalizadas por um símbolo de alerta, as instruções que se referem apenas à danos
materiais não são acompanhadas deste símbolo de alerta. Dependendo do nível de perigo, as advertências são apresentadas como segue,
em ordem decrescente de gravidade.

PERIGO
significa que haverá caso de morte ou lesões graves, caso as medidas de segurança correspondentes não forem tomadas.

AVISO
significa que poderá haver caso de morte ou lesões graves, caso as medidas de segurança correspondentes não forem tomadas.

CUIDADO
indica um perigo iminente que pode resultar em lesões leves, caso as medidas de segurança correspondentes não forem tomadas.

ATENÇÃO
significa que podem ocorrer danos materiais, caso as medidas de segurança correspondentes não forem tomadas.
Ao aparecerem vários níveis de perigo, sempre será utilizada a advertência de nível mais alto de gravidade. Quando é apresentada uma
advertência acompanhada de um símbolo de alerta relativamente a danos pessoais, esta mesma também pode vir adicionada de uma
advertência relativa a danos materiais.

Pessoal qualificado
O produto/sistema, ao qual esta documentação se refere, só pode ser manuseado por pessoal qualificado para a respectiva definição de
tarefas e respeitando a documentação correspondente a esta definição de tarefas, em especial as indicações de segurança e avisos
apresentados. Graças à sua formação e experiência, o pessoal qualificado é capaz de reconhecer os riscos do manuseamento destes
produtos/sistemas e de evitar possíveis perigos.

Utilização dos produtos Siemens em conformidade com as especificações


Tenha atenção ao seguinte:

AVISO
Os produtos da Siemens só podem ser utilizados para as aplicações especificadas no catálogo e na respetiva documentação técnica. Se
forem utilizados produtos e componentes de outros fornecedores, estes têm de ser recomendados ou autorizados pela Siemens. Para
garantir um funcionamento em segurança e correto dos produtos é essencial proceder corretamente ao transporte, armazenamento,
posicionamento, instalação, montagem, colocação em funcionamento, operação e manutenção. Devem-se respeitar as condições
ambiente autorizadas e observar as indicações nas respetivas documentações.

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Prefácio
Produtos aplicáveis
Este manual é aplicável aos seguintes sistemas de controle:
Sistema de controle Versão do software
SINUMERIK 808D ADVANCED T (Torneamento) V4.6
SINUMERIK 808D ADVANCED M (Fresamento) V4.6

Componentes da documentação e grupos alvo


Componente Grupo alvo recomendado
Documentação do usuário
Manual de programação e operação (Torneamento) Programadores e operadores de máquinas de torneamento
Manual de programação e operação (Fresagem) Programadores e operadores de máquinas de fresagem
Manual de programação e operação (Torneamento Programadores e operadores de máquinas de
ISO/Fresagem) torneamento/fresagem
Manual de programação e operação (Manual Machine Plus Programadores e operadores de máquinas de torneamento
Turning)
Manual de diagnósticos Projetistas mecânicos e elétricos, engenheiros de
comissionamento, operadores de máquina e pessoal de
serviço e manutenção
Documentação do fabricante e assistência técnica
Manual de colocação em funcionamento Pessoal de instalação, engenheiros de comissionamento e
pessoal de serviço e manutenção
Manual de funcionamento Projetistas mecânicos e elétricos, profissionais técnicos
Manual de parâmetros Projetistas mecânicos e elétricos, profissionais técnicos
Manual de sub-rotinas CLP Projetistas mecânicos e elétricos, profissionais técnicos e
engenheiros de comissionamento

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Escopo-padrão
Este manual descreve somente a funcionalidade da versão-padrão. Extensões ou alterações feitas pelo fabricante da
máquina-ferramenta são documentadas por ele.

Suporte técnico
Hotline: Manutenção e Suporte:
● Suporte global hotline: ● Web site chinês:
+49 (0)911 895 7222 http://www.siemens.com.cn/808D
● Suporte hotline na China: ● Website global:
+86 4008104288 (China) http://support.automation.siemens.com

Declaração CE de conformidade
A declaração CE de conformidade para a Diretriz EMC pode ser encontrada na Internet em
http://support.automation.siemens.com
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Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


2 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Índice remissivo
Prefácio..................................................................................................................................................................2
1 Torneamento .......................................................................................................................................................... 6
1.1 Fundamentos da programação .....................................................................................................................6
1.1.1 Observações introdutórias ............................................................................................................................6
1.1.1.1 Modo Siemens ..............................................................................................................................................6
1.1.1.2 Modo do dialeto ISO .....................................................................................................................................6
1.1.1.3 Alternância entre os modos ..........................................................................................................................6
1.1.1.4 Exibição do código G ....................................................................................................................................7
1.1.1.5 Número máximo de identificadores de eixos/eixo.........................................................................................7
1.1.1.6 Defina o sistema de código G A, B ou C.......................................................................................................7
1.1.1.7 Programação do ponto decimal ....................................................................................................................7
1.1.1.8 Observações.................................................................................................................................................9
1.1.1.9 Pular bloco ....................................................................................................................................................9
1.1.2 Pré-requisitos para o avanço ........................................................................................................................9
1.1.2.1 Movimento transversal rápido .......................................................................................................................9
1.1.2.2 Avanço da trajetória (função F).....................................................................................................................9
1.1.2.3 Avanço linear (G98) ....................................................................................................................................10
1.1.2.4 Taxa de avanço de giros (G99)...................................................................................................................10
1.2 Três modos de códigos G ...........................................................................................................................11
1.2.1 Modo A de Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK ...............................................................................11
1.2.2 Modo B de Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK ...............................................................................13
1.2.3 Modo C de Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK ...............................................................................15
1.3 Comandos de curso ....................................................................................................................................17
1.3.1 Comandos de interpolação .........................................................................................................................17
1.3.1.1 Movimento transversal rápido (G00) ...........................................................................................................17
1.3.1.2 Interpolação linear (G01) ............................................................................................................................19
1.3.1.3 Interpolação circular (G02, G03).................................................................................................................20
1.3.1.4 Programação de definição de contorno e inserção de chanfros ou raios....................................................22
1.3.1.5 Interpolação cilíndrica (G07.1) ....................................................................................................................23
1.3.1.6 Interpolação de coordenadas polares (G12.1, G13.1) (TRANSMIT)...........................................................24
1.3.2 Aproximação do ponto de referência com funções G .................................................................................26
1.3.2.1 Aproximação do ponto de referência com ponto intermediário (G28).........................................................26
1.3.2.2 Verificação da posição de referência (G27) ................................................................................................27
1.3.2.3 Aproximação do ponto de referência com seleção do ponto de referência (G30) ......................................27
1.3.3 Uso da função de abertura da rosca ...........................................................................................................28
1.3.3.1 Abertura de rosca com avanço constante (G32).........................................................................................28
1.3.3.2 Interligação das roscas (G32) .....................................................................................................................30
1.3.3.3 Corte das roscas de início múltiplo (G32) ...................................................................................................31
1.3.3.4 Abertura de rosca com avanço variável (G34)............................................................................................32
1.4 Comandos de medição ...............................................................................................................................33
1.4.1 O sistema de coordenadas .........................................................................................................................33
1.4.1.1 Sistema de coordenadas da máquina (G53)...............................................................................................33
1.4.1.2 Sistema de coordenadas da peça (G50).....................................................................................................34
1.4.1.3 Redefinição do sistema de coordenadas da ferramenta (G50.3)................................................................34
1.4.1.4 Seleção de um sistema de coordenadas da peça de trabalho....................................................................35
1.4.1.5 Escrever deslocamento do trabalho/deslocamentos da ferramenta (G10) .................................................35
1.4.2 Definição de modos de entrada dos valores das coordenadas...................................................................36
1.4.2.1 Diâmetro e programação de raio para o eixo X ..........................................................................................36
1.4.2.2 Entrada polegadas/métrica (G20, G21) ......................................................................................................36
1.4.3 Comandos com controle de tempo .............................................................................................................37
1.4.4 Funções de deslocamento da ferramenta...................................................................................................38
1.4.4.1 Memória de dados do deslocamento da ferramenta...................................................................................38
1.4.4.2 Compensação do comprimento da ferramenta ...........................................................................................38
1.4.4.3 Compensação do raio do nariz da ferramenta (G40, G41/G42) .................................................................39
1.4.5 Funções S, T, M e B ...................................................................................................................................42
1.4.5.1 Função do fuso (função S)..........................................................................................................................42
1.4.5.2 Taxa de corte constante (G96, G97)...........................................................................................................43
1.4.5.3 Alteração da ferramenta com funções T (função T)....................................................................................44

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 3
1.4.5.4 Função adicional (função M) ...................................................................................................................... 44
1.4.5.5 Funções M de controle do fuso .................................................................................................................. 45
1.4.5.6 Funções M para chamadas de sub-rotina .................................................................................................. 45
1.4.5.7 Chamada de macro por meio da função M................................................................................................. 45
1.4.5.8 Funções M.................................................................................................................................................. 46
1.5 Funções adicionais ..................................................................................................................................... 46
1.5.1 Funções de suporte do programa............................................................................................................... 46
1.5.1.1 Ciclos fixos ................................................................................................................................................. 46
1.5.1.2 Ciclos repetitivos múltiplos ......................................................................................................................... 54
1.5.1.3 Ciclo de perfuração (G80 a G89)................................................................................................................ 69
1.5.2 Entrada de dados programáveis................................................................................................................. 77
1.5.2.1 Alteração do valor de deslocamento da ferramenta (G10) ......................................................................... 77
1.5.2.2 Função M para chamar sub-rotinas (M98, M99)......................................................................................... 78
1.5.3 Número de programa de oito dígitos .......................................................................................................... 78
1.5.4 Funções de medição .................................................................................................................................. 79
1.5.5 Programas macro ....................................................................................................................................... 80
1.5.5.1 Diferenças com sub-rotinas ........................................................................................................................ 80
1.5.5.2 Chamada de programa de macro (G65, G66, G67) ................................................................................... 80
1.5.6 Funções especiais ...................................................................................................................................... 85
1.5.6.1 G05............................................................................................................................................................. 85
1.5.6.2 Torneamento de arestas múltiplas.............................................................................................................. 86
1.5.6.3 Mudança dos modos de DryRun (simulação em vazio) e níveis de salto................................................... 86
2 Fresagem .............................................................................................................................................................87
2.1 Princípios de programação......................................................................................................................... 87
2.1.1 Comentários introdutórios........................................................................................................................... 87
2.1.1.1 Modo Siemens............................................................................................................................................ 87
2.1.1.2 ISO modo de dialeto ................................................................................................................................... 87
2.1.1.3 Alternância entre os modos ........................................................................................................................ 88
2.1.1.4 Exibição do código G.................................................................................................................................. 88
2.1.1.5 O número máximo de eixos/identificadores do eixo ................................................................................... 88
2.1.1.6 Programação de ponto decimal.................................................................................................................. 89
2.1.1.7 Comentários ............................................................................................................................................... 90
2.1.1.8 Bloco saltar................................................................................................................................................. 90
2.1.2 Pré-condições para o avanço ..................................................................................................................... 90
2.1.2.1 Movimento transversal rápido..................................................................................................................... 90
2.1.2.2 Avanço de trajetória (função F) .................................................................................................................. 90
2.1.2.3 Avanço linear (G94).................................................................................................................................... 92
2.1.2.4 Avanço de tempo inverso (G93) ................................................................................................................. 92
2.1.2.5 Taxa de avanço rotacional (G95)................................................................................................................ 92
2.2 Tabela de código G .................................................................................................................................... 93
2.3 Comandos de acionamento........................................................................................................................ 95
2.3.1 Comandos de interpolação......................................................................................................................... 95
2.3.1.1 Interpolação cilíndrica (G07.1).................................................................................................................... 95
2.3.1.2 Movimento transversal rápido (G00)........................................................................................................... 97
2.3.1.3 Interpolação linear (G01) ............................................................................................................................ 98
2.3.1.4 Interpolação circular (G02, G03) ................................................................................................................ 99
2.3.1.5 Programação de definição de contorno e adição de chanfros ou raios .................................................... 101
2.3.1.6 Interpolação helicoidal (G02, G03) ........................................................................................................... 103
2.3.2 Aproximação ao ponto de referência com funções G............................................................................... 103
2.3.2.1 Aproximação ao ponto de referência com ponto intermediário (G28)....................................................... 103
2.3.2.2 Verificação da posição de referência (G27).............................................................................................. 105
2.3.2.3 Aproximação do ponto de referência com seleção do ponto de referência (G30) .................................... 105
2.4 Comandos de movimento......................................................................................................................... 106
2.4.1 O sistema de coordenada......................................................................................................................... 106
2.4.1.1 Sistemas de coordenadas da máquina (G53) .......................................................................................... 106
2.4.1.2 Sistema de coordenadas da peça (G92) .................................................................................................. 107
2.4.1.3 Reinicializando o sistema de coordenadas da ferramenta (G92.1) .......................................................... 107
2.4.1.4 Seleção de um sistema de coordenadas da peça de trabalho ................................................................. 107
2.4.1.5 Gravação de deslocamento de origem/desvio da ferramenta (G10) ........................................................ 108
2.4.1.6 Sistema de coordenadas local (G52)........................................................................................................ 109
2.4.1.7 Seleção do plano (G17, G18, G19) .......................................................................................................... 109
2.4.1.8 Eixos paralelos (G17, G18, G19).............................................................................................................. 110

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


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2.4.1.9 Rotação do eixo de coordenadas (G68, G69)...........................................................................................110
2.4.1.10 Rotação 3D G68/G69................................................................................................................................111
2.4.2 Definição de modos de entrada dos valores das coordenadas.................................................................112
2.4.2.1 Dimensionamento absoluto/incremental (G90, G91) ................................................................................112
2.4.2.2 Entrada polegadas/métrico (G20, G21) ....................................................................................................113
2.4.2.3 Mudança de escala (G50, G51) ................................................................................................................113
2.4.2.4 Espelhamento programável (G50.1, G51.1) .............................................................................................116
2.4.3 Comandos controlados pelo tempo...........................................................................................................117
2.4.4 Funções de correção da ferramenta .........................................................................................................117
2.4.4.1 Memória de dados de corretor de ferramenta...........................................................................................117
2.4.4.2 Compensação de comprimento de ferramenta (G43, G44, G49) .............................................................118
2.4.4.3 Compensação de raio do cortador (G40, G41, G42) ................................................................................119
2.4.4.4 Detecção de colisão..................................................................................................................................123
2.4.5 Funções S-, T-, M- e B..............................................................................................................................125
2.4.5.1 Função de fuso (função S)........................................................................................................................125
2.4.5.2 Função da ferramenta...............................................................................................................................125
2.4.5.3 Função adicional (função M).....................................................................................................................125
2.4.5.4 Funções M de controle do fuso.................................................................................................................126
2.4.5.5 Funções M para chamadas de sub-rotinas ...............................................................................................126
2.4.5.6 Chamada de macro por meio da função M ...............................................................................................126
2.4.5.7 Funções M ................................................................................................................................................127
2.4.6 Controle da velocidade de avanço............................................................................................................128
2.4.6.1 Compressor no modo de dialeto ISO ........................................................................................................128
2.4.6.2 Parada exata (G09, G61), modo de trajetória contínua (G64), abertura de rosca interna (G63) ..............128
2.5 Funções adicionais ...................................................................................................................................129
2.5.1 Funções suportando programa .................................................................................................................129
2.5.1.1 Ciclos de perfuração fixos.........................................................................................................................129
2.5.1.2 Ciclo de perfuração profunda em alta velocidade com quebra de cavacos (G73) ....................................133
2.5.1.3 Ciclo de perfuração fina (G76) ..................................................................................................................135
2.5.1.4 Ciclo de perfuração, escareamento (G81) ................................................................................................137
2.5.1.5 Ciclo de perfuração, escareamento cônico (G82).....................................................................................138
2.5.1.6 Ciclo de perfuração profunda com remoção de cavacos (G83) ................................................................139
2.5.1.7 Ciclo de broqueamento (G85)...................................................................................................................141
2.5.1.8 Ciclo de broqueamento (G86)...................................................................................................................142
2.5.1.9 Ciclo de broqueamento - escareamento cônico reverso (G87).................................................................143
2.5.1.10 Ciclo de broqueamento (G89)...................................................................................................................145
2.5.1.11 Ciclo de "Abertura de uma rosca à direita sem mandril de compensação" (G84).....................................147
2.5.1.12 Ciclo de "Abertura de uma rosca à esquerda sem mandril de compensação" (G74)................................148
2.5.1.13 Ciclo de abertura de rosca à direita ou à esquerda (G84/G74).................................................................150
2.5.1.14 Desabilitação de um ciclo fixo (G80).........................................................................................................152
2.5.1.15 Exemplo de programa com uma compensação de comprimento da ferramenta e ciclos fixos.................152
2.5.2 Entrada de dados programáveis (G10) .....................................................................................................154
2.5.2.1 Alteração do valor de corretor de ferramenta............................................................................................154
2.5.2.2 Funções M para chamar sub-rotinas (M98, M99) .....................................................................................154
2.5.3 Número de programa de oito dígitos.........................................................................................................155
2.5.4 Coordenadas polares (G15, G16).............................................................................................................155
2.5.5 Funções de medição.................................................................................................................................156
2.5.5.1 Medida com "apagar distância que falta" (G31)........................................................................................156
2.5.5.2 Função de "Controle de vida da ferramenta" ............................................................................................158
2.5.6 Programas macro......................................................................................................................................158
2.5.6.1 Diferenças com sub-rotinas ......................................................................................................................158
2.5.6.2 Chamada de programa de macro (G65, G66, G67)..................................................................................158
2.5.6.3 Chamada de macro por meio da função G ...............................................................................................163
2.5.7 Funções especiais ....................................................................................................................................165
2.5.7.1 Repetição de contorno (G72.1, G72.2) .....................................................................................................165
2.5.7.2 Mudança dos modos de DryRun (simulação em vazio) e níveis de salto .................................................167

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


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1 Torneamento
1.1 Fundamentos da programação
1.1.1 Observações introdutórias
1.1.1.1 Modo Siemens
As condições a seguir são válidas no modo Siemens:
● O padrão dos comandos G pode ser definido para cada canal por meio dos dados da máquina 20150
$MC_GCODE_RESET_VALUES.
● Nenhum comando de linguagem dos dialetos ISO pode ser programado no modo Siemens.

1.1.1.2 Modo do dialeto ISO


Quais condições a seguir são válidas no modo de dialeto ISO ativo?
● O modo do dialeto ISO pode ser definido com os dados da máquina como a configuração-padrão do sistema de
controle. Por padrão, o sistema de controle reinicia no modo do dialeto ISO subsequentemente.
● Apenas as funções G do dialeto ISO podem ser programadas; a programação das funções G da Siemens não é
possível no Modo ISO.
● Não é possível misturar o dialeto ISO e a linguagem da Siemens no mesmo bloco NC.
● Não é possível a alternância entre o Dialeto ISO M e o Dialeto ISO T com um comando G.
● Sub-rotinas programadas no modo Siemens podem ser chamadas.
● Se as funções Siemens forem usadas, primeiro, deve-se alterar para o modo Siemens.

1.1.1.3 Alternância entre os modos


O SINUMERIK 808D ADVANCED é compatível com os dois modos de linguagem de programação:
● Modo de linguagem Siemens
● ISO modo de dialeto
Observe que a ferramenta ativa, as correções da ferramenta e as correções de trabalhos não são influenciados pela
mudança de modo.

Procedimento
1. Selecionar a área de operação desejada.
+
2. Pressionar esta tecla de atalho no PPU. O sistema de controle automaticamente inicia a
mudança de modo do modo Siemens para ISO modo dialeto. Após a mudança, "ISO" é
exibido no canto esquerdo superior da tela.

Para voltar do modo ISO para o modo Siemens, pressione a mesma tecla de função
novamente.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


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1.1.1.4 Exibição do código G
O código G é exibido na mesma linguagem (Siemens ou Dialeto ISO) que o bloco atual relevante. Se a exibição dos blocos
for suprimida com DISPLOF, os códigos G continuam a ser exibidos na linguagem na qual o bloco ativo é exibido.

Exemplo
As funções G do modo do dialeto ISO são usadas para chamar os ciclos padrão Siemens. Para isto, o DISPLOF é
programado no início do ciclo relevante; desta forma, as funções G programadas na linguagem do dialeto ISO continuam a
ser exibidas.
PROC CYCLE328 SAVE DISPLOF
N10 ...
...
N99 RET

Procedimento
Os ciclos de cobertura Siemens são chamados por meio dos programas principais. O modo Siemens é selecionado
automaticamente chamando o ciclo de cobertura.
Com o DISPLOF, a exibição do bloco é congelada na chamada do ciclo; a exibição do código G continua no Modo ISO.
Os códigos G alterados no ciclo de cobertura são redefinidos para o seu status original no fim do ciclo com o atributo
"SAVE".

1.1.1.5 Número máximo de identificadores de eixos/eixo


O número máximo de eixos no modo de dialeto ISO é 9. Os identificadores do eixo para os três primeiros eixos são
definidos permanentemente com X, Y e Z. Todos os outros eixos podem ser identificados com letras A, B, C, U, V e W.

1.1.1.6 Defina o sistema de código G A, B ou C


No dialeto ISO T, uma diferenciação é feita entre o sistema de código G A, B ou C. Por padrão, o sistema de código A fica
ativo. Por meio do MD10881 $MN_MM_EXTERN_GCODE_SYSTEM, o sistema de código G A, B ou C é selecionado da
seguinte maneira:
$MN_MM_EXTERN_GCODE_SYSTEM = 0: Sistema de código G B
$MN_MM_EXTERN_GCODE_SYSTEM = 1: Sistema de código G A
$MN_MM_EXTERN_GCODE_SYSTEM = 2: Sistema de código G C

Sistema de código G A
Se o sistema de código G A estiver ativo, então, G91 não está disponível. Neste caso, um movimento incremental do eixo
com os caracteres de endereço U, V e W é programado para o eixo X, Y e Z. Os caracteres de endereço U, V e W não
estão disponíveis neste caso como identificadores do eixo, consequentemente, o número máximo de eixos é reduzido para
6.
O endereço H é usado para programar os movimentos incrementais do eixo C no sistema de código G A.
Para que o ciclo de cobertura funcione no sistema de código G correto, o sistema correspondente deve ser inserido na
variável GUD_ZSFI[39].

Indicação
A menos que haja uma especificação diferente, o sistema de código G A está excluído desta documentação.

1.1.1.7 Programação do ponto decimal


No modo de Dialeto ISO, há duas notações para avaliar valores programados sem ponto decimal:
● Notação da calculadora de bolso
Valores sem ponto decimal são interpretados como mm, pol. ou graus.
● Notação-padrão
Valores sem pontos decimais são multiplicados com o fator de conversão.
A configuração é feita através de MD10884 EXTERN_FLOATINGPOINT_PROG.

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Há dois fatores de conversão diferentes, IS-B and IS-C. Esta avaliação refere-se aos endereços X Y Z U V W A B C I J K Q
R e F.
A configuração é feita sobre MD10886 EXTERN_INCREMENT_SYSTEM.
Exemplo:
Eixo linear em mm:
● X 100,5
Corresponde ao valor com ponto decimal: 100,5 mm
● X 1000
– Notação da calculadora de bolso: 1.000 mm
– Notação-padrão:
IS-B: 1000 * 0.001= 1 mm
IS-C: 1000 * 0.0001 = 0.1 mm

Dialeto ISO Girar

Tabelas 1-1 Fatores de conversão diferentes para IS-B e IS-C

Endereço Unidade IS-B IS-C


Eixo linear mm 0,001 0,0001
polegada 0,0001 0,00001
Eixo rotativo Grau 0,001 0,0001
F Avanço G94 (mm/polegada por min) mm 1 1
polegada 0,01 0,01
F Avanço G95 (mm/polegada por rotação)
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK
Bit8 = 0 mm 0,01 0,01
polegada 0,0001 0,0001
Bit8 = 1 mm 0,0001 0,0001
polegada 0,000001 0,000001
F Avanço da rosca mm 0,0001 0,0001
polegada 0,000001 0,000001
C Chanfro mm 0,001 0,0001
polegada 0,001 0,0001
R Raio, G10 corretor ferr. mm 0,001 0,0001
polegada 0,001 0,0001
I, J, K IPO-Parâmetro mm 0,001 0,0001
polegada 0,001 0,0001
G04 X ou U 0,001 0,001
A definição do contorno do ângulo 0,001 0,001
G76, G92 ciclo de roscamento
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK
Bit8 = 0 F como avanço, assim como G94, G95
Bit8 = 1 F como avanço da rosca
G84, G88 ciclo de roscamento
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK
Bit9 = 0 G95 F mm 0,01 0,01
polegada 0,0001 0,0001
Bit8 = 1 G95 F mm 0,0001 0,0001
polegada 0,000001 0,000001

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8 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.1.1.8 Observações
No modo do dialeto ISO, os colchetes são interpretados como sinais de comentário. No modo Siemens, ";" é interpretado
como comentário. Para simplificar, um ";" também é entendido como comentário no modo do dialeto ISO.
Se o sinal de início de comentário '(' for usado dentro de um comentário novamente, este é finalizado apenas se todos os
colchetes abertos forem fechados novamente.
Exemplo:
N5 (comentário) X100 Y100
N10 (comentário(comentário)) X100 Y100
N15 (comentário(comentário) X100) Y100
X100 Y100 é executado no bloco N5 e N10, mas somente Y100 no bloco N15, pois o primeiro colchete é fechado apenas
depois de X100. Tudo até esse ponto é interpretado como comentário.

1.1.1.9 Pular bloco


O sinal de pular ou suprimir blocos "/" pode ser usado em qualquer posição conveniente em um bloco, ou seja, até mesmo
no meio do bloco. Se o nível de salto de um bloco programado estiver ativo na data da compilação, o bloco não é
compilado deste ponto até o fim do bloco. Um nível de salto de bloco tem o mesmo efeito que o final de um bloco.
Exemplo:
N5 G00 X100. /3 YY100 --> Alarme 12080 "Syntax error"
N5 G00 X100. /3 YY100 --> nenhum alarme, se o nível de salto de bloco 3 estiver ativo
Sinais para salto de bloco dentro de um comentário não são interpretados como sinais para salto de bloco
Exemplo:
N5 G00 X100. ( /3 Part1 ) Y100
;o eixo Y é atravessado mesmo quando o nível de salto de bloco 3 está ativo
Os níveis de salto de bloco /1 a /9 podem estar ativos Valores de salto de bloco <1 e >9 levam ao alarme 14060
"Impermissible skip level for differential block skip".
A função é mapeada para os níveis de salto Siemens existentes. Diferentemente do Dialeto ISO original, "/" e "/1" são níveis
de salto separados que também devem ser ativados separadamente.

Indicação
O "0" em "/0" pode ser omitido.

1.1.2 Pré-requisitos para o avanço


A Seção a seguir descreve a função de avanço com a qual a taxa de avanço (trajetória coberta por minuto ou por rotação)
de uma ferramenta de corte é definida.

1.1.2.1 Movimento transversal rápido


O movimento transversal rápido é usado para posicionamento (G00), bem como para movimento transversal manual com
movimento transversal rápido (JOG). No movimento transversal rápido, cada eixo é atravessado com a taxa de movimento
transversal rápido definida para os eixos individuais. A taxa de movimento transversal rápido é definida pelo fabricante da
máquina e é especificada pelos dados da máquina para os eixos individuais. Como os eixos atravessam
independentemente um do outro, cada eixo atinge seu ponto-alvo em um tempo diferente. Por isso, a trajetória resultante
da ferramenta geralmente não é uma linha reta.

1.1.2.2 Avanço da trajetória (função F)


Indicação
A menos que algo diferente seja especificado, a unidade "mm/min" é sempre usada para a velocidade de avanço da
ferramenta de corte nesta documentação.

O avanço com o qual uma ferramenta deve ser atravessada no caso de interpolação linear (G01) ou interpolação circular
(G02, G03) é programado com o caractere de endereço "F".
Após o próximo caractere de endereço "F", o avanço da ferramenta de corte é especificado em "mm/min".
A faixa permissível do valor F é fornecida na documentação do fabricante da máquina.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 9
Possivelmente, o avanço é restringido ascendentemente pelo servo-sistema e pela mecânica. O avanço máximo é definido
por meio de dados da máquina e é restringido antes de exceder o valor lá definido.
O avanço em trajetória é geralmente composto por componentes de velocidade individuais de todos os eixos geométricos
que participam do movimento e referem-se ao ponto central (veja as seguintes figuras).

Esquema 1-1 Interpolação linear com 2 eixos

Esquema 1-2 Interpolação circular com 2 eixos

Indicação
Se "F0" for programado e a função "Fixed feedrates" não estiver ativa, então o alarme 14800 "Channel %1 Set %2
programmed path velocity is less than or equal to zero" será gerado.

1.1.2.3 Avanço linear (G98)


Especificando G98, o avanço fornecido após o caractere de endereço F é executado na unidade de mm/min, pol./min ou
grau/min.

1.1.2.4 Taxa de avanço de giros (G99)


Inserindo G99, o avanço é executado na unidade de mm/revolução ou pol./rev relativo ao fuso principal.

Indicação
Todos os comandos são modais. Se o comando de avanço G é alternado entre G98 ou G99, o avanço de trajetória deve
ser reprogramado. O avanço também pode ser especificado em grau/giro para a usinagem com eixos rotativos.

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10 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.2 Três modos de códigos G
1.2.1 Modo A de Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK

Tabelas 1-2 Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK - Modo A

Nome Índice Descrição Formato


01. Grupo G (modal)
G0 1 Movimento transversal rápido G00 X... Y... Z...;
G1 2 Movimento linear G01 X... Z... F... ;
G2 3 Círculo/hélice no sentido horário G02(G03) X(U)... Z(W)... I... K... (R...)
G3 4 Círculo/hélice no sentido anti-horário F... ;
G32 5 Abertura de rosca com avanço constante G32 X (U)... Z (W)... F... ;
G90 6 Ciclo de torneamento longitudinal G.. X... Z... F...
G92 7 Ciclo de rosqueamento G... X... Z... F... Q... ;
G94 8 Ciclo de corte radial G... X... Z... F... ;
G34 9 Abertura de rosca com avanço variável G34 X (U)... Z (W)... F... K...;
02. Grupo G (modal)
G96 1 Taxa de corte constante ativada G96 S...
G97 2 Taxa de corte constante desativada G97 S...
04. Grupo G (modal)
G68 1 Cassete duplo/torre ativada
G69 2 Cassete duplo/torre desativada
05. Grupo G (modal)
G98 1 Avanço linear
G99 2 Taxa de avanço rotacional
06. Grupo G (modal)
G20 1 Polegada do sistema de entrada
G21 2 Métrica do sistema de entrada
07. Grupo G (modal)
G40 1 Desabilitação da compensação do raio do cortador
G41 2 Compensação à esquerda do contorno
G42 3 Deslocamento à direita do contorno
08. Grupo G (modal)
10. Grupo G (modal)
G80 1 Ciclo de perfuração desativado G80;
G83 2 Perfuração profunda de orifício da face frontal G83 X(U)... C(H)... Z(W)... R... Q... P...
F... M... ;
G84 3 Rosqueamento com macho da face frontal G84 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F...
M... K... ;
G85 4 Ciclo de perfuração da face frontal G85 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F...
K... M... ;
G87 5 Perfuração profunda de orifício da superfície lateral G87 Z(W)... C(H)... X(U)... R... Q... P...
F... M... ;
G88 6 Rosqueamento da superfície lateral G88 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F...
M... K... ;

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 11
Nome Índice Descrição Formato
G89 7 Perfuração lateral G89 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F...
K... M... ;
12. Grupo G (modal)
G66 1 Chamada de módulo macro G66 P... L... <Parâmetros>;
G67 2 Excluir chamada macromodal G67 P... L... <Parâmetros>;
14. Grupo G (modal)
G54 1 Selecionar deslocamento de origem
G55 2 Selecionar deslocamento de origem
G56 3 Selecionar deslocamento de origem
G57 4 Selecionar deslocamento de origem
G58 5 Selecionar deslocamento de origem
G59 6 Selecionar deslocamento de origem
16. Grupo G (modal)
G17 1 Plano XY
G18 2 Plano ZX
G19 3 Plano YZ
18. Grupo G (não modal)
G4 1 Tempo de espera em [s] ou em giros do fuso G04 X...; ou G04 P...;
G10 2 Gravação de deslocamento de origem/correção da G10 L2 Pp X... Z... ;
ferramenta
G28 3 1. Aproximação do ponto de referência G28 X... Z... ;
G30 4 2./3./4. Aproximação do ponto de referência G30 Pn X... Z... ;
G31 5 Apagar medição com a distância que a ferramenta ainda G31 X... Y... Z... F_;
tem para se mover no bloco de programa atual
(distance-to-go)
G52 6 Deslocamento de trabalho programável
G65 7 Chamada de macro G65 P_ L_ ;
G70 8 Concluir ciclo G70 P... Q... ;
G71 9 Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal G71 U... R... ;
G72 10 Ciclo de remoção de material, eixo transversal G72 W... R... ;
G73 11 Ciclo de corte fechado G73 U... W... R... ;
G74 12 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo G74 R... ;
longitudinal
G75 13 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo G75 R... ; ou G75 X(U)... Z(W)... P...
transversal Q... R... F... ;
G76 14 Ciclo de corte de rosca múltiplo G76 P... (m, r, a) Q... R... ;
G50 15 Definir valor real G92 (G50) X... Z... ;
G27 16 Verificação de referência (em desenvolvimento) G27 X... Z... ;
G53 17 Aproximar da posição no sistema de coordenadas da G53 X... Z... ;
máquina
G07.1 18 Interpolação cilíndrica G07.1 A (B, C) r ;
G07.1 A (B, C) 0 ;
G5 20 Corte do ciclo de alta velocidade G05 Pxxxxx Lxxx ;
G30,1 21 Posição do ponto de referência -
G5,1 22 Ciclo de alta velocidade -> Chamar CYCLE305 -
G50,3 23 Apagar valor real, redefinir WCS
G60 24 Posicionamento direto

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12 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Nome Índice Descrição Formato
20. Grupo G (modal)
G50.2 1 Torneamento de arestas múltiplas OFF
G51.2 2 Torneamento de arestas múltiplas ON G51.2 P...Q...;
21. Grupo G (modal)
G13.11) 1 TRANSMITIR DESLIGADO
G12.1 2 TRANSMITIR LIGADO
31. Grupo G (modal)
G290 1 Selecionar modo Siemens -
G291 2 Selecionar modo dialeto ISO -

1.2.2 Modo B de Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK

Tabelas 1-3 Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK - Modo B

Nome Índice Descrição Formato


01. Grupo G (modal)
G0 1 Movimento transversal rápido G00 X... Y... Z...;
G1 2 Movimento linear G01 X... Z... F... ;
G2 3 Círculo/hélice no sentido horário G02(G03) X(U)... Z(W)... I... K... (R...)
G3 4 Círculo/hélice no sentido anti-horário F... ;
G33 5 Abertura de rosca com avanço constante G33 X (U)... Z (W)... F... ;
G77 6 Ciclo de torneamento longitudinal G.. X... Z... F...
G78 7 Ciclo de rosqueamento G... X... Z... F... Q... ;
G79 8 Ciclo de torneamento de face G... X... Z... F... ;
G34 9 Abertura de rosca com avanço variável G34 X (U)... Z (W)... F... K...;
02. Grupo G (modal)
G96 1 Taxa de corte constante ativada G96 S...
G97 2 Taxa de corte constante desativada G97 S...
03. Grupo G (modal)
G90 1 Programação absoluta
G91 2 Programação incremental
04. Grupo G (modal)
G68 1 Cassete duplo/torre desativada
G69 2 Cassete duplo/torre desativada
05. Grupo G (modal)
G94 1 Taxa de avanço linear em [mm/min, pol./min]
G95 2 Taxa de avanço rotacional em [mm/rev, pol/rev]
06. Grupo G (modal)
G20 1 Polegada do sistema de entrada
G21 2 Métrica do sistema de entrada
07. Grupo G (modal)
G40 1 Desabilitação da compensação do raio do cortador
G41 2 Compensação à esquerda do contorno
G42 3 Deslocamento à direita do contorno
08. Grupo G (modal)
10. Grupo G (modal)
G80 1 Ciclo de perfuração desativado G80;
G83 2 Perfuração profunda de orifício da face frontal G83 X(U)... C(H)... Z(W)... R... Q... P...
F... M... ;

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 13
Nome Índice Descrição Formato
G84 3 Rosqueamento com macho da face frontal G84 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F...
M... K... ;
G85 4 Ciclo de perfuração da face frontal G85 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F...
K... M... ;
G87 5 Perfuração profunda de orifício da superfície lateral G87 Z(W)... C(H)... X(U)... R... Q... P...
F... M... ;
G88 6 Rosqueamento da superfície lateral G88 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F...
M... K... ;
G89 7 Perfuração lateral G89 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F...
K... M... ;
11. Grupo G (modal)
G98 1 Retornar ao ponto de início em ciclos de perfuração
G99 2 Retornar ao ponto R em ciclos de perfuração
12. Grupo G (modal)
G66 1 Chamada de módulo macro G66 P... L... <Parâmetros>;
G67 2 Deletar chamada macromodal G67 P... L... <Parâmetros>;
14. Grupo G (modal)
G54 1 Selecionar deslocamento de origem
G55 2 Selecionar deslocamento de origem
G56 3 Selecionar deslocamento de origem
G57 4 Selecionar deslocamento de origem
G58 5 Selecionar deslocamento de origem
G59 6 Selecionar deslocamento de origem
16. Grupo G (modal)
G17 1 Plano XY
G18 2 Plano ZX
G19 3 Plano YZ
18. Grupo G (não modal)
G4 1 Tempo de espera em [s] ou em giros do fuso G04 X...; ou G04 P...;
G10 2 Gravação de deslocamento de origem/correção da G10 L2 Pp X... Z... ;
ferramenta
G28 3 1. Aproximação do ponto de referência G28 X... Z... ;
G30 4 2./3./4. Aproximação do ponto de referência G30 Pn X... Z... ;
G31 5 Apagar medição com a distância que a ferramenta ainda G31 X... Y... Z... F_;
tem para se mover no bloco de programa atual
(distance-to-go)
G52 6 Deslocamento de trabalho programável
G65 7 Chamada de macro G65 P_ L_ ;
G70 8 Concluir ciclo G70 P... Q... ;
G71 9 Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal G71 U... R... ;
G72 10 Ciclo de remoção de material, eixo transversal G72 W... R... ;
G73 11 Ciclo de corte fechado G73 U... W... R... ;
G74 12 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo G74 R... ;
longitudinal
G75 13 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo G75 R... ; ou G75 X(U)... Z(W)... P...
transversal Q... R... F... ;
G76 14 Ciclo de corte de rosca múltiplo G76 P... (m, r, a) Q... R... ;
G92 15 Definir valor real G92 (G50) X... Z... ;
G27 16 Verificação de referência (em desenvolvimento) G27 X... Z... ;
G53 17 Aproximar da posição no sistema de coordenadas da (G90) G53 X... Z... ;
máquina

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


14 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Nome Índice Descrição Formato
G07.1 18 Interpolação cilíndrica G07.1 A (B, C) r ;
G07.1 A (B, C) 0 ;
G5 20 Ciclo de alta velocidade de corte G05 Pxxxxx Lxxx ;
G30.1 21 Posição de ponto de referência
G5.1 22 Ciclo de alta velocidade -> Chamar CYCLE305
G92.1 23 Apagar valor real, redefinir WCS
G60 24 Posicionamento direto
20. Grupo G (modal)
G50.2 1 Torneamento de arestas múltiplas OFF
G51.2 2 Torneamento de arestas múltiplas ON G51.2 P...Q...;
21. Grupo G (modal)
G13.11) 1 TRANSMITIR DESLIGADO
G12.1 2 TRANSMITIR LIGADO
31. Grupo G (modal)
G290 1 Selecionar modo Siemens
G291 2 Selecionar modo dialeto ISO

1.2.3 Modo C de Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK

Tabelas 1-4 Torneamento do Dialeto ISO SINUMERIK - Modo C

Nome Índice Descrição Formato


01. Grupo G (modal)
G0 1 Movimento transversal rápido G00 X... Y... Z...;
G1 2 Movimento linear G01 X... Z... F... ;
G2 3 Círculo/hélice no sentido horário G02(G03) X(U)... Z(W)... I... K... (R...)
G3 4 Círculo/hélice no sentido anti-horário F... ;
G33 5 Abertura de rosca com avanço constante G33 X (U)... Z (W)... F... ;
G20 6 Ciclo de torneamento longitudinal G... X... Z... R... F... ;
G21 7 Ciclo de rosqueamento G... X... Z... F... Q... ;
G24 8 Ciclo de torneamento de face G... X... Z... F... ;
G34 9 Abertura de rosca com avanço variável G34 X (U)... Z (W)... F... K...;
02. Grupo G (modal)
G96 1 Taxa de corte constante ativada G96 S...
G97 2 Taxa de corte constante desativada G97 S...
03. Grupo G (modal)
G90 1 Programação absoluta
G91 2 Programação incremental
04. Grupo G (modal)
G68 1 Cassete duplo/torre ativada
G69 2 Cassete duplo/torre desativada
05. Grupo G (modal)
G94 1 Taxa de avanço linear em [mm/min, pol./min]
G95 2 Taxa de avanço rotacional em [mm/rev, pol/rev]
06. Grupo G (modal)
G70 1 Polegada do sistema de entrada G70 P... Q... ;
G71 2 Métrica do sistema de entrada G71 U... R... ;
07. Grupo G (modal)
G40 1 Desabilitação da compensação do raio da fresa

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 15
Nome Índice Descrição Formato
G41 2 Compensação à esquerda do contorno
G42 3 Deslocamento à direita do contorno
08. Grupo G (modal)
10. Grupo G (modal)
G80 1 Ciclo de perfuração desativado G80;
G83 2 Perfuração profunda de orifício da face frontal G83 X(U)... C(H)... Z(W)... R... Q... P...
F... M... ;
G84 3 Rosqueamento da face frontal G84 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F...
M... K... ;
G85 4 Ciclo de perfuração da face frontal G85 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F...
K... M... ;
G87 5 Perfuração profunda de orifício da superfície lateral G87 Z(W)... C(H)... X(U)... R... Q... P...
F... M... ;
G88 6 Rosqueamento da superfície lateral G88 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F...
M... K... ;
G89 7 Perfuração lateral G89 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F...
K... M... ;
11. Grupo G (modal)
G98 1 Retornar ao ponto de início em ciclos de perfuração
G99 2 Retornar ao ponto R em ciclos de perfuração
12. Grupo G (modal)
G66 1 Chamada de módulo macro G66 P... L... <Parâmetros>;
G67 2 Excluir chamada macromodal G67 P... L... <Parâmetros>;
14. Grupo G (modal)
G54 1 Selecionar deslocamento de origem
G55 2 Selecionar deslocamento de origem
G56 3 Selecionar deslocamento de origem
G57 4 Selecionar deslocamento de origem
G58 5 Selecionar deslocamento de origem
G59 6 Selecionar deslocamento de origem
16. Grupo G (modal)
G17 1 Plano XY
G18 2 Plano ZX
G19 3 Plano YZ
18. Grupo G (não modal)
G4 1 Tempo de espera em [s] ou em giros do fuso G04 X...; ou G04 P...;
G10 2 Gravação de deslocamento de origem/correção da G10 L2 Pp X... Z... ;
ferramenta
G28 3 1. Aproximação do ponto de referência G28 X... Z... ;
G30 4 2./3./4. Aproximação do ponto de referência G30 Pn X... Z... ;
G31 5 Apagar medição com a distância que a ferramenta ainda G31 X... Y... Z... F_;
tem para se mover no bloco de programa atual
(distance-to-go)
G52 6 Deslocamento de trabalho programável
G65 7 Chamada macro G65 P_ L_ ;
G72 8 Concluir ciclo G72 P... Q... ;
G73 9 Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal G73 U... R... ;
G74 10 Ciclo de remoção de material, eixo transversal G74 W... R... ;
G75 11 Repetição de contorno G75 U... W... R... ;
G76 12 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo G76 R... ;
longitudinal

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


16 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Nome Índice Descrição Formato
G77 13 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo G77 R... ; ou G77 X(U)... Z(W)... P...
transversal Q... R... F... ;
G78 14 Ciclo de corte de rosca múltiplo G78 P... (m, r, a) Q... R... ;
G92 15 Definir valor real G92 (G50) X... Z... ;
G27 16 Verificação de referência (em desenvolvimento) G27 X... Z... ;
G53 17 Aproximar da posição no sistema de coordenadas da (G90) G53 X... Z... ;
máquina
G07.1 18 Interpolação cilíndrica G07.1 A (B, C) r ;
G07.1 A (B, C) 0 ;
G5 20 Ciclo de alta velocidade de corte G05 Pxxxxx Lxxx ;
G30.1 21 Posição de ponto de referência
G5.1 22 Ciclo de alta velocidade -> Chamar CYCLE305
G92.1 23 Apagar valor real, redefinir WCS
G60 24 Posicionamento direto
20. Grupo G (modal)
G50.2 1 Torneamento de arestas múltiplas OFF
G51.2 2 Torneamento de arestas múltiplas ON G51.2 P...Q...;
21. Grupo G (modal)
G13.11) 1 TRANSMITIR DESLIGADO
G12.1 2 TRANSMITIR LIGADO
31. Grupo G (modal)
G290 1 Selecionar modo Siemens
G291 2 Selecionar modo dialeto ISO

1.3 Comandos de curso


1.3.1 Comandos de interpolação
Os comandos de posicionamento e interpolação, com os quais a trajetória da ferramenta ao longo do contorno programado,
como uma linha reta ou um arco circular, é monitorada, são descritos na próxima Seção.
1.3.1.1 Movimento transversal rápido (G00)
Pode-se usar o movimentos transversais rápidos para posicionar a ferramenta rapidamente, para atravessar em torno da
peça de trabalho ou para aproximar os pontos de troca de ferramenta.
As funções G a seguir podem ser usadas para posicionamento (veja a tabela abaixo):

Tabelas 1-5 Funções G para posicionamento

G function Função Grupo G


G00 Movimento transversal rápido 01
G01 Movimento linear 01
G02 Círculo/hélice no sentido horário 01
G03 Círculo/hélice no sentido anti-horário 01

Posicionamento com (G00)


Formato
G00 X... Y... Z... ;

G00 com interpolação linear


O movimento da ferramenta programado com G00 é executado à maior velocidade de movimento transversal possível
(movimento transversal rápido). A velocidade de movimento transversal rápido é definida para cada eixo nos dados da
máquina. Se o movimento transversal rápido for executado simultaneamente em vários eixos, a velocidade de movimento
transversal rápido no caso de interpolação linear é determinada pelo eixo que requer mais tempo para sua seção da
trajetória.

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G00 sem interpolação linear
Eixos não programados no bloco G00 não são atravessados. Durante o posicionamento, os eixos individuais atravessam
independentemente um dos outros com velocidade de movimento transversal rápido especificada para cada eixo. As
velocidades exatas para sua máquina são fornecidas na documentação do fabricante da máquina.

Esquema 1-3 Movimento transversal rápido com 2 eixos sem interpolação

Indicação
Como durante o posicionamento com G00 os eixos atravessam independentemente um do outro (sem interpolar), cada eixo
atinge seu ponto final em um momento diferente. Portanto, você deve proceder com extremo cuidado ao posicionar vários
eixos, de forma que a ferramenta não colida com uma peça de trabalho ou dispositivo durante o posicionamento.

Esquema 1-4 Exemplo de programação

Interpolação linear (G00)


A interpolação linear com G00 é definida com a configuração do dado de máquina 20732
$MC_EXTERN_GO_LINEAR_MODE. Portanto, todos os eixos programados deslocam-se em movimento transversal rápido
com interpolação linear e atingem suas posições-alvo simultaneamente.

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18 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.3.1.2 Interpolação linear (G01)
Com G01 a ferramenta desloca-se em linhas paraxiais, inclinadas ou retas posicionadas arbitrariamente no espaço. A
interpolação linear permite a usinagem de superfícies 3D, ranhuras, etc.

Formato
G01 X... Z... F... ;
No caso de G01, a interpolação linear é executada com o avanço em trajetória. Os eixos não especificados no bloco com
G01 também não são atravessados. A interpolação linear é programada como no exemplo fornecido acima.

Avanço F para eixos da trajetória


A taxa de avanço é especificada mediante o endereço F. Dependendo da configuração-padrão nos dados da máquina, as
unidades de medidas especificadas com os comandos G (G98, G99) estão também em mm ou pol.
Um valor F pode ser programado por bloco NC. A unidade da velocidade de avanço é definida através de um dos comando
G mencionados. O avanço F atua apenas nos eixos da trajetória e permanece ativo até um novo valor de avanço ser
programado. Separadores são permitidos após o endereço F.

Indicação
Se nenhum avanço Fxx for programado em um bloco com G01 ou nos blocos anteriores, um alarme é emitido quando um
bloco G01 é executado.

O ponto final pode ser especificado como absoluto ou incremental. Para mais detalhes consulte a seção "Dimensionamento
absoluto/incremental (Página 112)".

Esquema 1-5 Interpolação linear

Esquema 1-6 Exemplo de programação

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 19
1.3.1.3 Interpolação circular (G02, G03)

Formato
Com o comando fornecido abaixo, a ferramenta rotativa atravessa no plano ZX no arco circular programado. A velocidade
do caminho programada é, portanto, mantida ao longo do arco.
G02(G03) X(U)... Z(W)... I... K... (R...) F... ;

Esquema 1-7 Interpolação circular

Para iniciar a interpolação circular, os comandos fornecidos na tabela a seguir devem ser executados:

Tabelas 1-6 Comandos para executar a interpolação circular

Elemento Comando Descrição


Sentido de rotação G02 sentido horário
G03 Sentido anti-horário
Posição do ponto final X (U) coordenada X do ponto final do arco (valor diametral)
Z (W) coordenada Z do ponto final do arco
Y (V) coordenada Y do ponto final do arco
Distância do ponto inicial - ponto I Distância do ponto inicial até o ponto central do arco no eixo X
central
J Distância do ponto inicial até o ponto central do arco no eixo Y
K Distância do ponto inicial até o ponto central do arco no eixo Z
Raio do arco R Distância do ponto inicial até o centro do arco

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20 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Sentido de rotação
A direção de rotação do arco é definida com as funções G listadas na tabela fornecida abaixo.
Sentido de rotação
G02 Sentido horário
G03 Sentido anti-horário

Esquema 1-8 Direção de rotação do arco

Programação de movimentos circulares


O modo ISO oferece duas possibilidades para a programação dos movimentos circulares.
O movimento circular é descrito pelo:
● Ponto central e ponto final na dimensão absoluta ou incremental
● Raio e ponto final em coordenadas cartesianas
Para uma interpolação circular com um ângulo central <= 180°, a programação deve ser "R > 0" (positivo).
Para uma interpolação circular com um ângulo central > 180°, a programação deve ser "R > 0" (negativo).

Esquema 1-9 Interpolação circular com especificação de raio R

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 21
Avanço
Na interpolação circular, o avanço é programado da mesma forma usada para a interpolação linear (consulte a Seção
"Interpolação Linear (G01) (Página 19)").

Exemplo de programação

Esquema 1-10 Interpolação circular sobre vários quadrantes

Centro do arco (100.00, 27.00)


Valor de "I"

Valor de "K"

1.3.1.4 Programação de definição de contorno e inserção de chanfros ou raios


Chanfros ou raios podem ser inseridos após cada bloco transversal entre contornos lineares e circulares, por exemplo, para
rebarbar as arestas vivas da peça de trabalho.
As seguintes combinações são possíveis durante a inserção:
● entre duas linhas retas
● entre dois arcos
● entre um arco e uma linha reta
● entre uma linha reta e um arco

Formato
, C...; Chanfro
, R...; Arredondamento

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22 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Exemplo
N10 G1 X9. Z100. F1000 G18
G1 X19 Z100
X31 ANG=140 CHF=7.5
N30 X80. Z70., A95.824, R10

Esquema 1-11 3 linhas retas

Modo do dialeto ISO


No Dialeto ISO original, o endereço C pode ser usado como nome do eixo, bem como para nomear um chanfro no
contorno.
O endereço R pode ser ou um parâmetro do ciclo ou um identificador do raio em um contorno.
Para diferenciar entre essas duas possibilidades, deve ser usada uma vírgula "," ao programar a definição do contorno
antes do endereço "R" ou "C".

1.3.1.5 Interpolação cilíndrica (G07.1)


Com a função de interpolação cilíndrica, qualquer número de ranhuras transversais pode ser usinado nas peças cilíndricas.
O caminho das ranhuras é programado com relação à superfície de nível não interligada do cilindro. A interpolação
cilíndrica começa em G07.1 com a especificação do raio do cilindro (G07.1 C<raio do cilindro>) e termina em G07.1 (raio 0).
É possível fazer a programação através de comandos absolutos (C, Z), bem como com comandos incrementais (H, W).
A função G a seguir é usada para a interpolação cilíndrica:

Tabelas 1-7 Funções G para ligar e desligar a interpolação cilíndrica

Função G Função Grupo G


G07.1 Operação com interpolação cilíndrica 18

Formato
G07.1 A (B, C) r Ativação da operação com interpolação cilíndrica
G07.1 A (B, C) 0 Desativação da operação com interpolação cilíndrica
A, B, C: Endereço do eixo rotativo
r: Raio do cilindro

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 23
Nenhum outro comando pode estar presente no bloco com G07.1.
O comando G07.1 é modal. Quando G07.1 é especificado uma vez, a interpolação cilíndrica permanece ativa enquanto
G07.1 A0 (B0, C0) não estiver selecionado. No caso de posição fechada ou após NC RESET, a interpolação cilíndrica
torna-se desativada.

Indicação
Interpolação cilíndrica (G07.1)
● G07.1 baseia-se na opção TRACYL da Siemens. Para isto, os dados de máquina correspondentes precisam ser
definidos.
● As especificações correspondentes a isto são informadas no Manual de função do SINUMERIK 808D ADVANCED,
Capítulo "Transformação Kinematic".
O eixo rotativo para a interpolação cilíndrica e o nome dele são definidos com os dados de máquina 24120
$MC_TRAFO_GEOAX_ASSIGN_TAB_1.

Exemplo

Esquema 1-12 Exemplo de programação para a interpolação cilíndrica

1.3.1.6 Interpolação de coordenadas polares (G12.1, G13.1) (TRANSMIT)


Com o G12.1 e G13.1, uma interpolação é ativada no plano de usinagem entre o eixo rotativo e o eixo linear. Um eixo linear
adicional está presente perpendicular a este plano.
Esta função corresponde à função TRANSMIT no modo Siemens. Para o G12.1, os dados de máquina do segundo registro
de transformação devem ser parametrizados.

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24 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Propriedades de G12.1 e G13.1
O modo de interpolação das coordenadas polares é ativado/desativado com as seguintes funções G.

Tabelas 1-8 Funções G para ligar e desligar a interpolação de coordenadas polares

Função G Função Grupo G


G12.1 Operação com a interpolação de coordenação polar LIGADA 21
G13.1 Operação com a interpolação de coordenação polar DESLIGADA 21
Os comandos G12.1 e G13.1 não podem ser programados juntos com outros comandos em um bloco.
Os comandos G12.1 e G13.1 atuam de forma modal e pertencem ao grupo G 21. No caso do G12.1, a interpolação das
coordenadas polares permanece ativa pelo tempo que o G13.1 estiver programado. Posição fechada ou após NC RESET
G13.1 estar ativo (a interpolação das coordenadas polares é desativada).

Restrição durante a seleção


● Um bloco transversal intermediário não está inserido (chanfros/raio).
● Deve-se concluir uma sequência de bloco spline.
● Uma correção de comprimento de ferramenta ativo deve ser desabilitado.
● Uma compensação de raio de ferramenta ativada é incorporada à transformação no eixo da geometria pelo sistema de
controle.
● A estrutura que estava ativa antes do TRANSMIT é desativada pelo sistema de controle (correspondente à
reinicialização da estrutura programada G500 no modo Siemens).
● Uma limitação da área de trabalho ativa é desativada pelo sistema de controle para os eixos afetados pela
transformação (corresponde ao WALIMOF programado no modo Siemens).
● Modo de caminho contínuo e arredondamento são interrompidos.
● Provavelmente, as correções DRF ativas nos eixos transformados foram excluídas pelo operador.
● Nenhum intercâmbio de eixo de geometria pode estar ativo (eixos paralelos ao G17 (G18, G19)).

Restrições à interpolação das coordenadas polares


● Troca de ferramenta:
Antes de uma troca de ferramenta, a compensação de raio de ferramenta deve ser desativada!
● Correção do trabalho:
Todas as declarações, as quais referem-se exclusivamente ao sistema de coordenada básico, são permitidas
(ESTRUTURA, compensação de raio de ferramenta). Diferente do procedimento para transformação inativa, no entanto,
a mudança de estrutura com G91 (dimensão incremental) não é tratada de forma especial. O incremento a ser
atravessado é avaliado no sistema de coordenada da peça de trabalho da nova estrutura – independente de qual
estrutura estava em uso no bloco anterior.
● Eixo rotativo:
O eixo rotativo não pode ser programado por estar ocupado por um eixo de geometria e, portanto, não pode ser
programado diretamente como um eixo de canal.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 25
Exemplo de programação

Esquema 1-13 Sistema de coordenada para interpolação das coordenadas polares

Para mais informações, consulte


Referências:
Manual de função do SINUMERIK 808D ADVANCED, Capítulo "Transformação Kinematic".

1.3.2 Aproximação do ponto de referência com funções G

1.3.2.1 Aproximação do ponto de referência com ponto intermediário (G28)

Formato
G28 X... Z... ;
Com o comando "G28 X(U)...Z(W)...C(H)...Y(V);" os eixos programados podem ser atravessados em seu ponto de
referência. Neste caso, os eixos programados primeiro são deslocados à posição especificada com movimento transversal
rápido e daí ao ponto de referência automaticamente. Os eixos não programadas no bloco com G28 não são atravessados
até seu ponto de referência.

Posição de referência
Quando a máquina tiver sido ligada (onde sistemas de medição de posição incremental são usados), todos os eixos devem
se aproximar de sua marca de referência. Somente então, os movimentos transversais podem ser programados. A
aproximação até o ponto de referência no programa NC pode ser realizada com G74. As coordenadas do ponto de
referência são definidas com os dados da máquina 34100 $_MA_REFP_SET_POS[0] a [3]. Pode ser determinado um total
de quatro posições de referência.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


26 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Esquema 1-14 Aproximação do ponto de referência automática

Indicação
A função G28 é implementada com o ciclo de cobertura cycle328.spf.
Antes da aproximação do ponto de referência, uma transformação não deve ser programada para um eixo que deve se
aproximar do ponto de referência com G28. A transformação é desativada em cycle328.spf.

1.3.2.2 Verificação da posição de referência (G27)

Formato
G27 X... Z... ;
Essa função é usada para verificar se os eixos estão em seu ponto de referência.

Procedimento de teste
Se a verificação com G27 for bem-sucedida, o processamento é prosseguido com o bloco de programa da próxima parte.
Se um dos eixos programados com G27 não estiver no ponto de referência, o Alarme 61816 "Axes not on reference point" é
disparado e o modo Automático é interrompido.

Indicação
A função G27 é implementada com o ciclo 328.spf como com G28.
Para evitar um erro de posicionamento, a função "mirroring" deve ser desmarcada antes da execução do G27.

1.3.2.3 Aproximação do ponto de referência com seleção do ponto de referência (G30)

Formato
G30 Pn X... Z... ;
Para os comandos "G30 Pn X... Z;" os eixos estão posicionados sobre o ponto intermediário especificado no modo de
trajetória contínua e, finalmente, desloca-se para o ponto de referência selecionado com P2 - P4. Com "G30 P3 X30.;", O
eixo X retorna ao terceiro ponto de referência. O segundo ponto de referência é selecionado omitindo-se "P". Eixos não
programados em um bloco G30 também não são atravessados.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 27
Posições do ponto de referência
As posições de todos os pontos de referência são sempre determinadas em relação ao primeiro ponto de referência. A
distância do primeiro ponto de referência de todos os pontos de referência subsequentes é definida nos dados da máquina
a seguir:

Tabelas 1-9 Pontos de referência

Elemento MD
2. Ponto de referência $_MA_REFP_SET_POS[1]
3. Ponto de referência $_MA_REFP_SET_POS[2]
4. Ponto de referência $_MA_REFP_SET_POS[3]

Indicação
Os detalhes adicionais dos pontos considerados na programação de G30 estão disponíveis na Seção "Aproximação do
ponto de referência com ponto intermediário (G28) (Página 26)". A função G30 é implementada com o ciclo 328.spf como
com G28.

1.3.3 Uso da função de abertura da rosca

1.3.3.1 Abertura de rosca com avanço constante (G32)

Formato
Com os comandos "G32 X (U)... Z (W)... F... ;" os três tipos de rosca "Rosca cilíndrica", "Rosca transversal", "Rosca cônica"
podem ser preparadas como rosca direita ou esquerda. O avanço da rosca é definido com F. As coordenadas do ponto final
são determinadas com X, Z (absoluta) ou U, W (incremental).
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G32 G33 G33

Esquema 1-15 Abertura de rosca

Direção do avanço da rosca


No caso de roscas cônicas, a direção na qual o avanço programado é efetivo, depende do ângulo do cone.

Tabelas 1-10 Direção do avanço da rosca

Direção do avanço da rosca


α ≦ 45° O avanço programado da rosca atua na direção do eixo Z.
α > 45° O avanço programado da rosca atua na direção do eixo X.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


28 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Exemplo

Esquema 1-16 Exemplos de programação

Exemplo de corte de uma rosca cilíndrica (sistema de código G A)

Esquema 1-17 Exemplo de programação para corte de rosca cilíndrica

Exemplo de corte de uma rosca cônica (sistema de código G A)

Esquema 1-18 Exemplo de programação para corte de rosca cônica

Precondição:
O pré-requisito técnico é um fuso com velocidade controlada com sistema de medição de posição.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 29
Procedimento
A partir da velocidade programada do fuso e do avanço da rosca, o sistema de controle calcula o avanço necessário com o
qual a ferramenta de torneamento é atravessada pelo comprimento da rosca na direção longitudinal e/ou transversal. O
avanço F não é levado em consideração para G32, a limitação até a velocidade máxima do eixo é monitorada pelo sistema
de controle.

1.3.3.2 Interligação das roscas (G32)


Os blocos da rosca podem ser dispostos um após o outro para formar uma cadeia por meio de vários blocos G32
programados um após o outro. Com o modo de trajetória contínua G64, os blocos são ligados pelo controle de velocidade
antecipado de modo a não haver saltos de velocidade,

Esquema 1-19 Corte de uma rosca contínua

Indicação
Enquanto a rosca não for completamente cortada, a velocidade do fuso não deve ser alterada! Se a velocidade do fuso não
for mantida constante, então, há um risco de perda da precisão em função do atraso do servo.

Indicação
Controle de avanço e parada de avanço não são levados em consideração durante o corte da rosca!
Se o comando G32 for programado durante operação com G98 (avanço por minuto), um alarme é emitido.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


30 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.3.3.3 Corte das roscas de início múltiplo (G32)
A produção de roscas de início múltiplo é realizada pela especificação de deslocamento de pontos de início um ao outro. O
deslocamento do ponto de início é especificado como a posição do ângulo absoluto sob o endereço Q. Os dados de
configuração relacionados 42000 ($SD_THREAD_START_ANGLE) são modificados de acordo.

Esquema 1-20 Rosca de início duplo

Formato
Com os comandos "G32 X (U)... Z(W)... F... Q... ;" o fuso gira pelo ângulo especificado com o caractere de endereço Q
após a saída do pulso do ponto de início. Subsequentemente, o corte da rosca começa na direção dos pontos finais
especificados com X (U) e Z (W) com o avanço especificado com F.
Especificação do endereço Q durante o corte das roscas de início múltiplo:
Menor incremento de entrada: 0.001°
Faixa programada: 0 ≦ B < 360,000

Cálculo do ângulo de início no caso de roscas de início múltiplo


Em geral, o ponto de início para o corte da rosca é definido com os dados de configuração $SD_THREAD_START_ANGLE.
No caso de roscas de início múltiplo, o deslocamento angular é calculado entre os pontos de início individuais dividindo
360° pelo numero de roscas. Exemplos para roscas de início múltiplo (dois, três e quatro inícios) podem ser vistos na figura
a seguir.

Esquema 1-21 Cálculo do ângulo de início no caso de roscas de início múltiplo

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 31
Exemplo de programação para uma rosca de início múltiplo (sistema de código G A).

Esquema 1-22 Especificação dos ângulos de giro do fuso

Indicação
Se nenhum deslocamento do ponto de início for especificado (com Q), é usado o "ângulo de início para a rosca" definido
nos dados da configuração.

1.3.3.4 Abertura de rosca com avanço variável (G34)


Com os comandos "G34 X (U)... Z (W)... F... K... ;" as roscas com um condutor variável podem ser cortadas; a mudança do
condutor com rosca para cada revolução do eixo é especifica com o endereço K.

Formato
G34 X... Z... F... K... ;
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G34 G34 G34

Esquema 1-23 Rosca com avanço de rosca variável

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


32 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Taxa de avanço no ponto final
Os comandos devem ser dados de modo que o avanço no ponto final não tenha um valor negativo!

Cálculo da alteração do avanço da rosca


Se você já souber qual é o avanço inicial e final de uma rosca, poderá calcular a alteração de rosca a ser programada de
acordo com a seguinte equação:

Os identificadores têm os seguintes significados:


K2e: Avanço da rosca da coordenada do ponto-alvo do eixo em [mm/U]
K2a: Passo inicial da rosca (progr. sob I, J e K) em [mm/U]
IG: Comprimento da rosca em [mm]

1.4 Comandos de medição


1.4.1 O sistema de coordenadas
A posição de uma ferramenta é definida unicamente por suas coordenadas no sistema de coordenadas. Essas
coordenadas são definidas pelas posições do eixo. Por exemplo, se os dois eixos envolvidos forem nomeados como X e Z,
então, as coordenadas são especificadas da seguinte maneira:
X... Z...

Esquema 1-24 Posição da ferramenta especificada com X... Z..

Os seguintes sistemas de coordenadas são usados para especificar as coordenadas:


1. Sistema de coordenadas da máquina (G53)
2. Sistema de coordenadas da peça (G50)
3. Sistema de coordenadas local (G52)

1.4.1.1 Sistema de coordenadas da máquina (G53)

Defina o sistema de coordenadas da máquina


O sistema de coordenadas da máquina MCS é definido com o zero da máquina. Todos os demais pontos de referência
referem-se ao zero da máquina.
O zero da máquina é um ponto fixo da ferramenta da máquina ao qual todos os sistemas de medição (derivados) podem
ser associados.

Formato
G53 X... Z... ;
X, Z: palavra de dimensão absoluta

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 33
Seleção do sistema de coordenadas da máquina (G53)
G53 suprime o deslocamento de trabalho não modal de origem programável e ajustável. Os movimentos transversais no
sistema de coordenadas da máquina com base em G53 são, então, programados sempre quando a ferramenta deve ser
atravessada até uma posição específica da máquina.

Cancelamento da seleção de compensação


Se MD10760 $MN_G53_TOOLCORR = 0, as compensações ativas do comprimento da ferramenta e do raio do nariz da
ferramenta permanecem efetivas em um bloco com G53
Se $MN_G53_TOOLCORR = 1, as compensações ativas do comprimento da ferramenta e do raio da ferramenta são
suprimidas em um bloco com G53.

1.4.1.2 Sistema de coordenadas da peça (G50)


Antes de usinar um sistema de coordenadas para a peça de trabalho, o denominado sistema de coordenadas da peça de
trabalho deve ser criado. Esta seção descreve diferentes métodos de configuração, seleção e alteração de um sistema de
coordenadas da peça de trabalho.

Configuração de um sistema de coordenadas da peça de trabalho


Para configurar um sistema de coordenadas da peça de trabalho, podem ser usados os dois métodos a seguir:
1. com G50 (G92 em sistemas de código G B e C)
2. manualmente através do painel do operador HMI

Formato
G50 (G92) X... Z... ;

Explicação
Com G50, é programada uma transformação de coordenadas a partir do sistema básico de coordenadas (BCS) no sistema
básico de ponto zero (BZS). G50 atua como um deslocamento de trabalho ajustável.

1.4.1.3 Redefinição do sistema de coordenadas da ferramenta (G50.3)

Com G50.3 X.. (Sistemas de Código G B e C com G92.1 p0) é possível redefinir um sistema de coordenadas deslocadas
antes do deslocamento. O sistema de coordenadas da ferramenta é redefinido para o sistema de coordenadas que é
definido pelos deslocamentos de trabalho ajustável ativo (G54-G59). O sistema de coordenadas da ferramenta é definido
para a posição de referência se nenhum deslocamento do trabalho ajustável estiver ativo. G50.3 redefine deslocamentos
feitos através de G50 ou G52. Entretanto, apenas os eixos programados são redefinidos.
Exemplo 1:
N10 G0 X100 Y100 ;Display: WCS: X100 Y100 MCS: X100 Y100
N20 G50 X10 Y10 ;Display: WCS: X10 Y10 MCS: X100 Y100
N30 G0 X50 Y50 ;Display: WCS: X50 Y50 MCS: X140 Y140
N40 G50.3 X0 Y0 ;Display: WCS: X140 Y140 MCS: X140 Y140

Exemplo 2:
N10 G10 L2 P1 X10 Y10
N20 G0 X100 Y100 ;Display: WCS: X100 Y100 MCS: X100 Y100
N30 G54 X100 Y100 ;Display: WCS: X100 Y100 MCS: X110 Y110
N40 G50 X50 Y50 ;Display: WCS: X50 Y50 MCS: X110 Y110
N50 G0 X100 Y100 ;Display: WCS: X100 Y100 MCS: X160 Y160
N60 G50.3 X0 Y0 ;Display: WCS: X150 Y150 MCS: X160 Y160

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


34 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.4.1.4 Seleção de um sistema de coordenadas da peça de trabalho
Conforme mencionado acima, o usuário pode selecionar um dos sistemas de coordenadas da peça de trabalho já definidos.
1. G50
Comandos absolutos funcionam em conexão com um sistema de coordenadas da peça de trabalho apenas se este tiver
sido selecionado anteriormente.
2. Seleção de um sistema de coordenadas da peça de trabalho a partir de uma seleção de sistemas de coordenadas da
peça de trabalho especificados por meio do painel do operador HMI
Um sistema de coordenadas da peça de trabalho pode ser selecionado especificando-se uma função G na área G54 a
G59.
Sistemas de coordenada da peça de trabalho são configurados após a aproximação do ponto de referência após o
ligamento (Power On). A posição fechada do sistema de coordenadas é definida em MD20154[13].

1.4.1.5 Escrever deslocamento do trabalho/deslocamentos da ferramenta (G10)


Os sistemas de coordenadas da peça de trabalho definidos por meio de G54 a G59 ou G54 P{1 ... 93} podem ser alterados
com os dois processos a seguir.
1. Inserção de dados no painel do operador IHM
2. com os comandos do programa G10 ou G50 (configuração do valor real)

Formato
Modificado por G10:
G10 L2 Pp X (U)... Z(W)... ;
p=0: Deslocamento externo de trabalho da peça de trabalho
p=1 a 6: O valor do deslocamento de trabalho da peça de trabalho corresponde ao sistema de coordenadas da
peça de trabalho G54 a G59 (1 = G54 a 6 = G59)
X, Z: Dados de configuração absolutos do deslocamento do sistema de coordenadas da peça de trabalho.
U, W: Dados de configuração incrementais do deslocamento do sistema de coordenadas da peça de
trabalho.

Modificado por G50:


G50 X... Z... ;

Explicações
Modificado por G10:
G10 pode ser usado para alterar cada sistema de coordenadas de peça de trabalho individualmente. Se o deslocamento do
trabalho com G10 for escrito apenas quando o bloco G10 for executado na máquina (bloco de execução principal), então,
MD20734 $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 13 deve ser definido. Um STOPRE é executado neste caso com G10. Os
bits dos dados da máquina afetam todos os comandos G10 no Dialeto ISO T e no Dialeto ISO M.
Modificado por G50:
Especificando G50 X... Z..., um sistema de coordenadas da peça de trabalho que foi selecionado previamente com um
comando G G54 a G59 ou G54 P{1 ...93}, pode ser alterado e um novo sistema de coordenadas da peça de trabalho pode
ser configurado. Se X e Z forem programados incrementalmente, o sistema de coordenadas da peça é definido de tal
maneira que a posição da ferramental atual iguala o total do valor incrementa especificado e as coordenadas da posição
anterior da ferramenta (deslocamento do sistema de coordenadas). Finalmente, o valor do deslocamento do sistema de
coordenadas é adicionado a cada valor individual do deslocamento de trabalho da peça de trabalho. Em outras palavras:
Todos os sistemas de coordenadas da peça de trabalho são deslocados sistematicamente pelo mesmo valor.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 35
Exemplo
A ferramenta em operação com G54 é posicionada em (190, 150), e o sistema de coordenadas da peça de trabalho 1 (X' -
Y') é criado cada vez em G50X90Y90 com uma mudança do Vetor A.

Esquema 1-25 Exemplo de configuração de coordenadas

1.4.2 Definição de modos de entrada dos valores das coordenadas

1.4.2.1 Diâmetro e programação de raio para o eixo X


O endereço X ou U é usado para a programação dos comandos para o eixo X.
Se o eixo X for definido como um eixo transversal com os dados da máquina 20110 $MC_DIAMETER_AX_DEF = "X" e a
programação do diâmetro (= Siemens G-code DIAMON) for ativada com MD20150 $MC_GCODE_RESET_VALUES[28] =
2, então, as posições programadas do eixo são interpretadas como valores de diâmetro.

Esquema 1-26 Valores de coordenadas

Os valores de diâmetro aplicam-se aos seguintes dados:


● Exibição do valor real do eixo transversal no sistema de coordenadas da peça de trabalho
● Modo JOG: Incrementa dimensões incrementais e curso do volante
● Programação de posições finais

1.4.2.2 Entrada polegadas/métrica (G20, G21)


Dependendo do dimensionamento no desenho de produção, os eixos geométricos relativos à peça de trabalho podem ser
programados alternadamente nas dimensões métricas ou em polegadas. A unidade de entrada é selecionada com as
seguintes funções G:
Tabelas 1-11 Funções G para selecionar a unidade de medida
G function Função Grupo G
G20 (G70, G-Codesyst. C) Entrada em "polegadas" 06
G21 (G71, sist. Código G. C) Entrada em "mm" 06

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36 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Formato
G20 e G21 sempre devem ser programados no início de um bloco e não devem estar presentes no bloco juntamente com
outros comandos.

Complementos para a conversão polegadas/métrica


É possível instruir o sistema de controle a converter as seguintes dimensões geométricas (com correções necessários) no
sistema de medição que não é definido e inseri-las diretamente:
Exemplos
● Dados posicionais X, Z
● Parâmetros de interpolação I, J, K e raio do círculo R da programação do raio do círculo
● Avanço de rosca (G32, G34)
● deslocamento de trabalho programável

Indicação
Todos os outros parâmetros, como taxas de avanço, deslocamentos de ferramenta ou deslocamentos de trabalho
ajustável são interpretados (ao usar G20/G21) no sistema de medição-padrão (MD10240
SCALING_SYSTEM_IS_METRIC).
Similarmente, o display das variáveis do sistema e dos dados da máquina também depende do contexto G20G21. Se o
avanço no G20/G21 deve ser ativado, um novo valor F deve ser programado explicitamente.

Tabelas 1-12 Quantidades de deslocamento da ferramenta ao trabalhar com G20 ou G21


Quantidade de deslocamento da ao se trabalhar com G20 (unidade de ao se trabalhar com G21 (unidade de
ferramenta armazenada medição "polegada") medição "mm")
150000 1,5000 polegadas 15.000 mm

1.4.3 Comandos com controle de tempo


Pode-se usar G04 para interromper a usinagem da peça de trabalho entre dois blocos do CN para um tempo ou número de
giros do fuso, por exemplo, para voltar.
Pode-se definir com MD20734 $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, se o tempo de espera para Bit 2 deve ser interpretado
como tempo (s ou ms) ou alternativamente em giros do fuso. Se $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 2=1 for definido, o
tempo de espera é interpretado em segundos se G98 estiver ativo; é especificado em giros do fuso (U) se G99 for
selecionado.

Formato
G04 X...; ou G04 P...;
X_: Display de tempo (pontos decimais possíveis)
P_: Display de tempo (pontos decimais não possíveis)
● O tempo de espera (G04 ..) deve ser programado isoladamente em um bloco.
Existem dois métodos para a execução do tempo de espera programado:
MD $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK
Bit2 = 0: Especificação do tempo de espera sempre em segundos [s]
Bit2 = 1: Especificação do tempo de espera em segundos (G98 ativo) ou em giros do fuso (G99 ativo)
O processamento do próximo bloco é atrasado no caso do G98 (avanço por minuto) por certo tempo (em segundos) e no
caso do G99 (taxa de avanço por giro) é aguardado certo número de giros do fuso.
G04 deve ser programado isoladamente em um bloco.

Exemplo
G98 G04 X1000 ;
Notação-padrão: 1000 * 0,001 = 1 segundo
Notação da calculadora de bolso: 1000 segundos
G99 G04 X1000 ;
Notação-padrão: 1000* 0,001 = 1 giro do fuso
Notação da calculadora de bolso: 1000 giros do fuso
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1.4.4 Funções de deslocamento da ferramenta
Enquanto escreve o programa, não é necessário levar em consideração o raio da aresta de corte, o comprimento da aresta
de corte da ferramenta de torneamento e o comprimento da ferramenta.
As dimensões da peça de trabalho são programadas diretamente, por exemplo, seguindo o desenho de produção.
Ao se produzir uma peça de trabalho, a geometria da ferramenta é levada em consideração automaticamente, de modo que
o contorno programado possa ser fabricado com cada ferramenta.

1.4.4.1 Memória de dados do deslocamento da ferramenta


Os dados de ferramenta para cada ferramenta são inseridos separadamente na memória de dados do deslocamento da
ferramenta do sistema de controle. No programa, apenas a ferramenta necessária é chamada com seus dados de
compensação.

Conteúdo
Dimensões geométricas: Comprimento, raio
Elas consistem de vários componentes (geometria, desgaste). O sistema de controle calcula os componentes para uma
certa dimensão (por exemplo, comprimento global 1, raio total). A respectiva dimensão geral torna-se efetiva quando a
memória de compensação é ativada.
Como esses valores são calculados nos eixos é determinado pelo tipo de ferramenta e os comandos G17, G18, G19 para a
seleção do plano.

Tipo de ferramenta
O tipo de ferramenta (furadeira, ferramenta de torneamento ou cortador de fresagem) determina quais dados de geometria
são necessários e como eles serão calculados.

Comprimento da aresta de corte


Para o tipo de ferramenta "ferramenta de torneamento", é preciso também inserir o comprimento da aresta de corte. As
imagens a seguir fornecem informações a respeito dos parâmetros de ferramenta necessários.

1.4.4.2 Compensação do comprimento da ferramenta


Este valor compensa as diferenças no comprimento entre as ferramentas usadas.
O comprimento da ferramenta é a distância entre o ponto de referência do porta-ferramenta e da ponta da ferramenta.

Esquema 1-27 Comprimento da ferramenta

Esses comprimentos são medidos e inseridos na memória de dados de deslocamento da ferramenta juntamente com os
valores de desgaste. A partir desses dados, o sistema de controle calcula os movimentos transversais na direção do
avanço.

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38 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.4.4.3 Compensação do raio do nariz da ferramenta (G40, G41/G42)
Como a ponta de uma ferramenta de corte é sempre arredondada, há imprecisões de contorno durante o torneamento da
conicidade ou ao se processar os arcos, se o raio da aresta de corte não for levado em consideração. O diagrama abaixo
ilustra como esses problemas surgem. A compensação do raio do nariz da ferramenta, que compensa essas imprecisões
de contorno, é ativada por meio do G41 ou G42.

Esquema 1-28 Usinagem sem compensação do raio do nariz da ferramenta

Quantidade de compensação do raio do nariz da ferramenta


O termo "Quantidade de compensação do raio do nariz da ferramenta" define a distância da ponta da ferramenta até o
ponto central R da aresta de corte.
● Definição da quantidade de compensação do raio do nariz da ferramenta
A quantidade de compensação do raio do nariz da ferramenta é especificada por meio do raio do círculo da ponta da
ferramenta sem o sinal.

Esquema 1-29 Definição da quantidade de compensação do raio do nariz da ferramenta e de uma ponta
imaginária da ferramenta
Definição da posição de uma ponta imaginária da ferramenta (ponto de verificação)
● Memória do ponto de verificação
A posição da ponta imaginária da ferramenta, observada a partir do ponto central da ponta R da ferramenta, é
especificada com um número de um único dígito de 0 a 9. Este é o ponto de verificação. O ponto de verificação deve ser
inserido no armazenamento do CN antes de salvar os dados da ferramenta.

Esquema 1-30 Exemplo de definição de um ponto de verificação


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Pontos de verificação e programas
Ao usar os pontos de verificação de 1 a 8, o comprimento imaginário da ponta da ferramenta deve ser usado como
referência ao escrever o programa. O programa deve ser escrito apenas após a definição dos sistemas de coordenadas.

Esquema 1-31 Programa e movimentos da ferramenta para os pontos de verificação de 1 a 8


Ao usar os pontos de verificação de 0 a 9, o ponto central R da aresta de corte deve ser usado como referência ao escrever
o programa. O programa deve ser escrito apenas após a definição dos sistemas de coordenadas. Se nenhuma
compensação de raio do nariz da ferramenta for usado, o formato programado não pode diferir daquele processado.

Esquema 1-32 Programa e movimentos da ferramenta para os pontos de verificação de 0 a 9

Seleção/desabilitação da compensação do raio do nariz da ferramenta


● Seleção do deslocamento da ferramenta
O deslocamento da ferramenta é selecionado por meio de um comando T.
● Ativação da compensação do raio do nariz da ferramenta
As funções G a seguir são usadas para ativar/desativar a compensação do raio do nariz da ferramenta.

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Tabelas 1-13 Funções G para ativar/desativar a compensação do raio do nariz da ferramenta

G function Função Grupo G


G40 Desabilitar a compensação de raio da ferramenta 07
G41 Compensação de raio da ferramenta (ferramenta funciona na direção de usinagem à 07
esquerda do contorno)
G42 Compensação de raio da ferramenta (ferramenta funciona na direção de usinagem à 07
direita do contorno)
Os comandos G40 e G41/G42 são funções G modais do grupo G 07. Estes permanecem ativos até que outra função deste
grupo G seja programada. Posição fechada após POWER ON ou NCK-RESET é G40.
A compensação do raio do nariz da ferramenta é chamada com G41 ou com G42 e um comando T.

Esquema 1-33 Definição da compensação do raio do nariz da ferramenta dependendo da direção de usinagem

Mudança da direção da compensação


A direção de compensação pode ser deslocada entre G41 e G42 sem desabilitar G40. O último bloco com a direção de
compensação antiga termina na posição normal do vetor de compensação no ponto final. A nova compensação é
executada como um início de compensação (ajuste-padrão no ponto de partida).

Contorno dos movimentos no caso de compensação do raio da ferramenta


A figura a seguir mostra a execução da compensação do raio da ferramenta.

Esquema 1-34 Contorno dos movimentos de compensação do raio da ferramenta (G42, ponto de verificação 3)

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 41
● Após selecionar (bloco 1) e desabilitar (bloco 6) a compensação do raio do nariz da ferramenta, os movimentos
compensadores são executados. Portanto, ao selecionar ou desabilitar o deslocamento da ferramenta, deve-se tomar
muito cuidado para que não ocorram colisões.

Esquema 1-35 Exemplo de programação

1.4.5 Funções S, T, M e B

1.4.5.1 Função do fuso (função S)


A velocidade do fuso é especificada em rpm no Endereço S. A direção de rotação do fuso é selecionada com M3 e M4. M3
= direção à direita de rotação do fuso, M4 = direção à esquerda de rotação do fuso. O fuso para com M5. Detalhes estão
disponíveis na documentação do fabricante de sua máquina.
● Os comandos S são modais, isto é, eles permanecem ativos até o próximo comando S uma vez que estejam
programados. O comando S é mantido se o fuso for parado com M05. Se M03 ou M04 for programado na sequência,
sem a especificação de um comando S, então, o fuso inicia na velocidade programada originalmente.
● Se a velocidade do fuso for alterada, preste atenção em qual estágio de engrenagem está atualmente definido para o
fuso. Detalhes estão disponíveis na documentação do fabricante de sua máquina.
● O limite inferior para o comando S (S0 ou um comando S próximo a S0) depende do motor de acionamento e do
sistema de acionamento do fuso e é diferente de máquina para máquina. Valores negativos não são permitidos para S!
Detalhes estão disponíveis na documentação do fabricante de sua máquina.

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1.4.5.2 Taxa de corte constante (G96, G97)
Uma taxa de corte constante é selecionada e desabilitada com as funções G a seguir. Os comandos G96 e G97 atuam
globalmente e pertencem ao grupo G 02.

Tabelas 1-14 Comandos G para controlar uma taxa de corte constante

G function Função Grupo G


G96 Taxa de corte constante ativada 02
G97 Desabilitação da taxa de corte constante 02

Taxa de corte constante ativada (G96)


Com "G96 S..."a velocidade do fuso - dependendo do diâmetro da respectiva peça de trabalho - é modificada de modo que
a taxa de corte S em m/min ou pé/min permaneça constante na aresta da ferramenta.
Após a ativação com G96, o valor do eixo X é usado como o diâmetro para monitoramento da taxa de corte atual. Se a
posição do eixo X for alterada, a velocidade do fuso também muda de tal forma que a taxa de corte programada é mantida.

Esquema 1-36 Taxa de corte constante

Desabilitação da taxa de corte constante (G97)


De acordo com G97, o sistema de controle interpreta uma palavra S como giro do fuso em RPM. No caso de nenhum giro
novo do fuso ser especificado, a última velocidade implementada por G96 é mantida.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 43
Seleção do estágio de engrenagem de giro do fuso
No caso de máquinas nas quais o estágio da engrenagem pode ser alternado com um comando M, o comando M deve ser
escrito para selecionar o estágio da engrenagem correspondente antes da especificação de G96. Os detalhes podem ser
encontrados na documentação do fabricante de sua máquina.

1.4.5.3 Alteração da ferramenta com funções T (função T)


Há uma alteração direta da ferramenta quando a palavra T é programada.
O efeito da função T é definido por meio dos dados da máquina. Consulte a configuração do fabricante da máquina.

1.4.5.4 Função adicional (função M)


As funções M iniciam operações de comutação, tais como "Líquido refrigerante ON/OFF" e outras funções na máquina.
Uma funcionalidade fixa já foi atribuída a diversas funções M pelo fabricante CNC (veja a seção seguinte).
Programação
M... Valores possíveis: 0 a 9999 9999 (máx. valor INT), inteiro
Todos os números livres da função M podem ser atribuídos pelo fabricante da máquina, por exemplo, para funções de
comutação para controle dos dispositivos de fixação ou para comutação de ligado/desligado de funções adicionais da
máquina. Consulte os dados do fabricante da máquina.
As funções M específicas do CN são descritas abaixo.

Funções M para interromper operações (M00, M01, M02, M30)


A interrupção de um programa é ativada com esta função M e a usinagem é interrompida ou finalizada. Se o fuso também é
paralisado, depende da especificação do fabricante da máquina. Detalhes estão disponíveis na documentação do
fabricante de sua máquina.

M00 (interrupção do programa)


A usinagem é interrompida no bloco do CN com M00. Pode-se agora, por exemplo, remover cavacos, redimensionar, etc.
Um sinal é a saída para o CLP. O programa pode ser continuado com <CYCLE START>.

M01 (parada opcional)


M01 pode ser definido por meio de
● HMI/caixa de diálogo "Program control" ou
● interface VDI
O processamento do programa do CN é mantido com M01 apenas se o sinal correspondente da interface VDI for definido
ou "Program control" tenha sido selecionado na HMI/caixa de diálogo.

M30 ou M02 (finalização do programa)


Um programa é finalizado com M30 ou M02.

Indicação
Um sinal é a saída para o CLP com M00, M01, M02 ou M30.

Indicação
Dados sobre o fuso ser paralisado com os comandos M00, M01, M02 ou M30 ou o fornecimento de líquido refrigerante ser
interrompido estão disponíveis na documentação do fabricante da sua máquina.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


44 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.4.5.5 Funções M de controle do fuso

Tabelas 1-15 Funções M de controle do fuso

Função M Função
M19 Posicionamento do fuso
M29 Conversão de fuso no modo de controle do eixo/circuito aberto
O fuso é atravessado até a posição do fuso definida nos dados de configuração 43240 $SA_M19_SPOS[número do fuso]
com M19. O modo de posicionamento é armazenado em $SA_M19_SPOS.
O número da função M para a conversão do modo de fuso (M29) também pode ser definido sobre uma variável de dados
da máquina. MD20095 $MC_EXTERN_RIGID_TAPPING_N_NR é usado para predefinir o número da função M. Apenas os
números da função M que não são usados como funções M padrão podem ser atribuídos. Por exemplo, M0, M5, M30, M98,
M99, etc. não são permitidos.
No modo ISO, o fuso é convertido no modo do eixo com M29.

1.4.5.6 Funções M para chamadas de sub-rotina

Tabelas 1-16 Funções M para chamadas de sub-rotina

Função M Função
M98 Chamada de subprograma
M99 Finalização do subprograma

1.4.5.7 Chamada de macro por meio da função M


Por meio dos números M, pode-se chamar uma sub-rotina (macro) semelhante a G65.
A configuração de um máximo de 10 substituições de funções M é realizada por meio dos dados da máquina 10814
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE e dados da máquina 10815 $MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE_NAME.
A programação é idêntica a G65. Repetições podem ser programadas com o endereço L.

Restrições
Apenas uma substituição de função M (ou somente uma chamada de sub-rotina) pode ser executada por linha do programa
de peça. Conflitos com outras chamadas de sub-rotina são sinalizados pelo alarme 12722. Não há substituição de função M
adicional na sub-rotina substituída.
Caso contrário, as mesmas restrições são válidas em G65.
Conflitos com números M predefinidos e outros números M definidos são rejeitados com um alarme.

Exemplo de configuração
Chamada de sub-rotina M101_MAKRO por meio da função M101 M:
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE[0] = 101
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE_NAME[0] = "M101_MAKRO"
Chamada de sub-rotina M6_MAKRO por meio da função M6 M:
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE[1] = 6
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE_NAME[1] = "M6_MAKRO"
Exemplo de programação para alteração da ferramenta com função M:
PROC MAIN
...
N10 M6 X10 V20 ;Chamada de programa M6_MAKRO
...
N90 M30
PROC M6_MAKRO

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 45
...
N0010 R10 = R10 + 11.11
N0020 IF $C_X_PROG == 1 GOTOF N40 ;($C_X_PROG)
N0030 SETAL(61000) ;variável programada não
; transferida corretamente
N0040 IF $C_V == 20 GTOF N60 ;($C_V)
N0050 SETAL(61001)
N0060 M17

1.4.5.8 Funções M

Funções M gerais
As funções M não específicas são definidas pelo fabricante da máquina. Um exemplo representativo do uso das funções M
gerais está disponível abaixo. Detalhes estão disponíveis na documentação do fabricante de sua máquina. Se um comando
M for programado com o movimento de um eixo no mesmo bloco, o fato de a função M dever ser executada no início ou no
fim do bloco para alcançar a posição do eixo depende da configuração dos dados do fabricante da máquina. Detalhes estão
disponíveis na documentação do fabricante de sua máquina.

Tabelas 1-17 Outras funções M gerais

Função M Função Observações


M08 Líquido refrigerante ON Essas funções M são definidas pelo fabricante da máquina.
M09 Líquido refrigerante OFF

Especificação de várias funções M em um bloco


Um máximo de cinco funções M podem ser programadas no bloco. Combinações possíveis de funções M e possíveis
restrições são especificadas na documentação do fabricante de sua máquina.

Funções auxiliares adicionais (funções B)


Se B não for usado como identificador de eixo, B pode ser usado como uma função auxiliar estendida. Funções B são
enviadas ao CLP como funções auxiliares (funções H com a extensão de endereço H1=).
Exemplo: B1234 é enviado como H1=1234.

1.5 Funções adicionais


1.5.1 Funções de suporte do programa

1.5.1.1 Ciclos fixos


Os ciclos fixos simplificam para que o programador crie novos programas. Etapas de usinagem ocorrendo frequentemente
podem ser executadas com uma função G; sem ciclos fixos, vários blocos do CN devem ser programados. Desta forma,
com ciclos fixos, o programa de usinagem pode ser encurtado e o espaço da memória salvo.
No Dialeto ISO, é chamado um ciclo de cobertura, o qual usa a funcionalidade dos ciclos-padrão Siemens. Dessa maneira,
os endereços programados no bloco do CN são transferidos ao ciclo de cobertura através da variável do sistema. O ciclo de
cobertura personaliza esses dados e chama um ciclo-padrão Siemens.
Um ciclo fixo poderia ser cancelado apenas com G80 ou um código G do grupo de código G 1 antes que o programa possa
ser continuado com um ciclo por blocos.

Ciclo de torneamento longitudinal


Formato
G.. X... Z... F... ;
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G90 G77 G20

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


46 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Com os comandos "G... X(U)... Z(W)... F... ;" um ciclo de torneamento longitudinal é executado de acordo com a sequência
1-4.

Esquema 1-37 Ciclo de torneamento longitudinal

Como G90 (G77, G20) é uma função G modal, a usinagem é executada dentro do ciclo especificando apenas o movimento
de avanço na direção do eixo X nos blocos subsequentes.

Esquema 1-38 Ciclo de torneamento longitudinal (sistema de código G A)

Ciclo de corte em linha reta


Formato
G... X... Z... R... F... ;
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G90 G77 G20

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 47
Com os comandos "G... X(U)... Z(W)... R... F... ;" um ciclo de corte reto é executado de acordo com a sequência 1-4
apresentada na figura abaixo.

Esquema 1-39 Ciclo de corte em linha reta

O sinal anterior ao caractere de endereço R depende do ponto A' da direção de visualização a partir do ponto B.

Esquema 1-40 Ciclo de corte em linha reta (sistema de código G A)

● Quando o ciclo com G90 (G77, G20) é executado com o modo de bloco único ativado, o ciclo não é concluído no meio,
mas para após o fim do ciclo, que compreende a sequência 1-4.
● As funções S, T e M, usadas como condições de corte para a execução de G90 (G77, G20), devem ser especificadas
nos blocos anteriores ao bloco G90 (G77, G20). Quando essas funções são especificadas em um bloco com o curso
dos eixos, então, as funções atuam somente quando o bloco é especificado na faixa da operação com G90 (G77, G20).

A operação com G90 (G77, G20), então, permanece ativa até o bloco onde uma função G do grupo 01 é especificada.

Ciclo de roscamento
Existem quatro tipos de operações de corte de rosca para as aberturas de rosca: dois tipos de ciclos para o corte de roscas
cilíndricas e dois tipos para o corte de roscas cônicas.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


48 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Formato
G... X... Z... F... Q... ;
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G92 G78 G21

Ciclo para o corte de roscas cilíndricas

Com os comandos fornecidos acima, o ciclo para o corte de roscas cilíndricas, sequência 1-4, é executado conforme
mostrado na figura abaixo.

Esquema 1-41 Ciclo para o corte de roscas cilíndricas

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 49
Como G92 (G78, G21) é uma função G modal, o ciclo de corte da rosca é executado dentro do ciclo especificando-se
apenas a profundidade do corte na direção do eixo X nos blocos subsequentes. Nesses blocos G92 (G78, G21) não precisa
ser especificado novamente.

Esquema 1-42 Ciclo de corte de uma rosca cilíndrica (sistema de código G B)

● Quando o ciclo com G92 (G78, G21) é executado com o modo de bloco único ativado, o ciclo não aguarda no meio do
caminho, mas para após o fim do ciclo, que compreende a sequência 1-4.
● A chanfradura da rosca é possível dentro desse ciclo de corte da rosca. A chanfradura da rosca é iniciada por um sinal
da máquina. O tamanho do chanfro para a rosca g pode ser especificado em etapas de 0,1*L in USER DATA,
_ZSFI[26]. "L" é, portanto, o avanço especificado da rosca.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


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Ciclo para o corte de roscas cônicas
Formato
G... X... Z... R... F... ;
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G92 G78 G21
Com os comandos "G... X(U)... Z(W)... R... F... ;" um ciclo para as roscas cônicas de corte é executado de acordo com a
sequência 1-4 apresentada na figura abaixo.

Esquema 1-43 Ciclo para o corte de roscas cônicas

O sinal anterior ao caractere de endereço R depende do ponto A' da direção de visualização a partir do ponto B. Como G92
(G78, G21) é uma função G modal, o ciclo de corte da rosca é executado dentro do ciclo especificando-se apenas a
profundidade do corte na direção do eixo X nos blocos subsequentes. Nesses blocos G92 (G78, G21) não precisa ser
especificado novamente.

Esquema 1-44 Ciclo de corte de uma rosca cônica (sistema de código G A)

Quando o ciclo com G92 (G78, G21) é executado com o modo de bloco único ativado, o ciclo não aguarda no meio do
caminho, mas para após o fim do ciclo, que compreende a sequência 1-4.
As funções S, T e M, usadas como condições de corte para a execução de G92 (G78, G21), devem ser especificadas nos
blocos anteriores ao bloco G92 (G78, G21). Quando essas funções são especificadas em um bloco com o curso dos eixos,
então, as funções atuam somente quando o bloco é especificado na faixa da operação com G92 (G78, G21).
Se o botão <CYCLE START> é pressionado no momento em que o corte da ferramenta está no ponto de início A ou no
ponto B da conclusão da chanfradura, então, o ciclo suspenso é executado novamente desde o início.

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Se a opção "thread cutting feedrate halt" não estiver selecionada, então, o ciclo de corte da rosca é continuado quando a
tecla <CYCLE STOP> é pressionada durante a execução do ciclo de corte da rosca. Neste caso, a usinagem é parada até
que a ferramenta seja recolhida novamente após a conclusão do ciclo de corte da rosca.

Esquema 1-45 A parada da taxa de avanço durante a execução do ciclo de corte da rosca.

Um alarme é emitido se o tamanho do chanfro for "0" durante o uso de G92 (G78, G21) no ciclo.

Ciclo de corte radial


Formato
G... X... Z... F... ;
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G94 G79 G24
Com os comandos "G... X(U)... Z(W)... R... F... ;" um ciclo de faceamento reto é executado de acordo com a sequência 1-4
apresentada na figura abaixo.

Esquema 1-46 Ciclo de corte radial

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Como G94 (G79, G24) é uma função G modal, o ciclo de corte da rosca é executado dentro do ciclo especificando-se
apenas a profundidade do corte na direção do eixo X nos blocos subsequentes. Nesses blocos G94 (G79, G24) não precisa
ser especificado novamente.

Esquema 1-47 Ciclo de revestimento em linha reta (sistema de código G B)

Ciclo de torneamento cônico transversal


Formato
G... X... Z... R... F... ;
Sistema de código G A Sistema de código G B Sistema de código G C
G92 G78 G21
Com os comandos "G... X(U)... Z(W)... R... F... ;" um ciclo de torneamento cônico transversal é executado de acordo com a
sequência 1-4 apresentada na figura abaixo.

Esquema 1-48 Ciclo de torneamento cônico transversal

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O sinal anterior ao caractere de endereço R depende do ponto A' da direção de visualização a partir do ponto B.

Esquema 1-49 Ciclo de torneamento cônico transversal (sistema de código G B)

As funções S, T e M, usadas como condições de corte para a execução de G94 (G79, G24), devem ser especificadas nos
blocos anteriores ao bloco G94 (G79, G24). Quando essas funções são especificadas em um bloco com o curso dos eixos,
então, as funções atuam somente quando o bloco é especificado na faixa da operação com G94 (G79, G24).
Quando o ciclo com G94 (G79, G24) é executado com o modo de bloco único ativado, o ciclo não é concluído no meio, mas
para após o fim do ciclo, que compreende a sequência 1-4.

1.5.1.2 Ciclos repetitivos múltiplos


Os ciclos repetitivos múltiplos simplificam a criação de novos programas para os programadores. Etapas de usinagem
ocorrendo frequentemente podem ser executadas com uma função G; sem ciclos repetitivos múltiplos, vários blocos do CN
devem ser programados. Desta forma, os programas de usinagem podem ser encurtados e o espaço da memória salvo
usando ciclos repetitivos múltiplos.
No Dialeto ISO, é chamado um ciclo de cobertura, o qual usa a funcionalidade dos ciclos-padrão Siemens. Dessa maneira,
os endereços programados no bloco do CN são transferidos ao ciclo de cobertura através da variável do sistema. O ciclo de
cobertura personaliza esses dados e chama um ciclo-padrão Siemens.
Existem sete ciclos repetitivos múltiplos (G70 a G76) no sistema de código G A e B (veja a tabela a seguir). Note que todas
essas funções G não são funções G modais.

Tabelas 1-18 Visão geral dos ciclos de torneamento G70 a G76 (sistemas de código G A e B)

Código G Descrição
G70 Concluir ciclo
G71 Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal
G72 Ciclo de remoção de material, eixo transversal
G73 Ciclo de corte fechado
G74 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo longitudinal
G75 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo transversal
G76 Ciclo de corte de rosca múltiplo
Esses ciclos também estão presentes no sistema de código G C. No entanto, são usadas outras funções G.

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Tabelas 1-19 Visão geral dos ciclos de torneamento G72 a G78 (sistemas de código G C)

Código G Descrição
G72 Concluir ciclo
G73 Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal
G74 Ciclo de remoção de material, eixo transversal
G75 Repetição de contorno
G76 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo longitudinal
G77 Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo transversal
G78 Ciclo de corte de rosca múltiplo

Indicação
Nas descrições do ciclo dadas acima, o sistema G A e B são supostos.

Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal (G71)


Com o uso dos ciclos fixos, o número de etapas na programação pode ser reduzido consideravelmente pelo fato de os
ciclos de desbaste e acabamento poderem ser determinados simplesmente por meio da determinação do corte de
acabamento e afins. Existem dois tipos diferentes de ciclo de remoção de material.

Tipo I
A área especificada é usinada com permissão de acabamento através de Δd (profundidade do avanço durante remoção de
material). Sempre que os contornos A são escritos para A' até B por um Programa do CN, u/2 e Δw continuam estando
presentes.

Esquema 1-50 Trajetória de corte de um ciclo de remoção de material, eixo longitudinal

Formato
G71 U... R... ;
U: Profundidade de avanço durante remoção de material (Δd), programação do raio
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[30], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
R: (e), Quantidade de retração
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[31], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.

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G71 P... Q... U... W... F... S... T...
P: Bloco inicial para a determinação do contorno
Q: Último bloco para a determinação do contorno
U: Permissão de acabamento na direção de X (Δu) (diâmetro -/programação do raio)
W: Permissão de acabamento na direção do eixo Z (Δw)
F: Taxa de avanço da usinagem
SVelocidade do fuso
T: Selecionar a ferramenta
As funções F, S e T impressas dentro de um bloco do programa do CN e especificadas por meio dos caracteres de
endereço P e Q são ignoradas. Apenas as funções F, S e T especificadas no bloco com G71 são efetivas.

Indicação
Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal
● Δd, bem como Δu, são especificados com o caractere de endereço U. Quando os caracteres de endereço P e Q são
especificados, Δ"u" é o caso.
● Há um total de quatro setores de corte diferentes. Conforme mostrado na figura abaixo, Δ"u" e Δ "w" podem ter sinais
diferentes:

Indicação
Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal
● No bloco especificado através do endereço P, o contorno é definido entre os pontos A e A' (G00 ou G01). Nenhum
comando transversal pode ser especificado neste bloco no eixo Z.
O contorno definido entre os pontos A' e B deve ser um padrão constantemente ascendente ou constantemente
decrescente no eixo X, bem como no eixo Z.
● Dentro da faixa dos blocos do CN especificados com os caracteres de endereço P e Q, nenhuma sub-rotina pode ser
chamada.

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Tipo II
Ao contrário do Tipo I, uma ascensão constante ou uma queda constante não precisa necessariamente ser especificada
pelo Tipo II, ou seja, cavidades também são possíveis.

Esquema 1-51 Cavidades no caso de um ciclo de remoção de material (Tipo II)

Aqui, o perfil do eixo Z deve ascender ou cair uniformemente. Por exemplo, o perfil a seguir não pode ser usinado:

Esquema 1-52 Um contorno, que não pode ser usinado em um ciclo G71

Diferenciação entre Tipo I e Tipo II


Tipo I: Apenas um eixo é especificado no primeiro bloco na descrição do contorno.
Tipo II: Dois eixos são especificados no primeiro bloco da descrição do contorno.
Se o primeiro bloco não contiver qualquer movimento no eixo Z e realmente o Tipo II dever ter sido usado, então, W0 deve
ser especificado.

Exemplo
Tipo I Tipo II
G71 U10.0 R4.0 ; G71 U10.0 R4.0 ;
G71 P50 Q100 .... ; G71 P50 Q100 ........ ;
N50 X(U)... ; N50 X(U)... Z(W)... ;
:: ::
:: ::
N100.............. ; N100........... ;

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Ciclo de remoção de material, eixo transversal (G72)
Com o comando G72 um ciclo de remoção de material pode ser programado com permissões de acabamento na face.
Como comparado ao ciclo chamado com G71, no qual a usinagem é feita por meio de um movimento paralelo ao eixo Z, no
caso do ciclo G72, a usinagem é executada por meio de movimentos paralelos ao eixo X. O ciclo chamado com G72,
portanto, executa a mesma usinagem que aquele chamado com G71, porém, apenas na outra direção.

Esquema 1-53 Trajetória de corte de um ciclo de remoção de material, eixo transversal

Formato
G72 W... R... ;
A importância dos endereços W (Δd) e R (e) é a mesma daquela de U e R.
G72 P... Q... U... W... F... S... T... ;
Os endereços P, Q, U (Δu), W (Δw), F, S e T possuem a mesma importância que no ciclo G71.

Indicação
Eixo transversal do ciclo de remoção de material
● Os valores Δ"i" e Δ"k" ou Δ"u" e Δ"w" são definidos com o endereço "U" ou "W", respectivamente. Sua importância,
entretanto, é definida pelos caracteres de endereço P e Q no bloco com G73. Os caracteres de endereço U e W
referem-se a Δ"i" ou Δ"k", quando P e Q não estão especificados no mesmo bloco. Os caracteres de endereço U e W
referem-se a Δ"u" e Δ"w", quando P e Q não estão especificados no mesmo bloco.
● Há um total de quatro setores de corte diferentes. Conforme é mostrado na figura abaixo, Δ"u" e Δ "w" podem ter sinais
diferentes:

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Esquema 1-54 Sinais dos números com U e W na remoção de material durante o torneamento da face

Indicação
Eixo transversal do ciclo de remoção de material
● O contorno entre os pontos A e A' é definido através do bloco especificado com o caractere de endereço P (G00 ou
G01). Nenhum comando transversal pode ser especificado neste bloco no eixo X. O contorno definido entre os pontos
A' e B deve ser um padrão constantemente ascendente ou constantemente decrescente no eixo X, bem como no eixo Z.
● A usinagem é executada com o ciclo com o comando G73 e a especificação de P e Q. Os quatro setores de corte serão
discutidos mais detalhadamente abaixo. Preste muita atenção nos sinais de Δu, Δw, Δk e Δi. Assim que o ciclo de
execução terminar, a ferramenta volta ao ponto A.

Ciclo de corte fechado (G73)


O ciclo de corte fechado G73 é mais efetivo quando uma peça de trabalho é usinada, tendo um formato semelhante àquele
no corte de acabamento, isto é, peças de trabalho de ferro fundido ou forjadas.

Esquema 1-55 Trajetória de corte no ciclo de corte fechado

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


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Formato
G73 U... W... R... ;
U: A distância (Δi) do ponto de início até a posição atual da ferramenta na direção do eixo X (na programação do raio).
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[32], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
W: A distância (Δk) do ponto de início até a posição atual da ferramenta na direção do eixo Z.
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[33], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
R: Número de cortes paralelos ao contorno (d).
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[34], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
G73 P... Q... U... W... F... S... T... ;
P: Bloco inicial para a determinação do contorno
Q: Último bloco para a determinação do contorno
U: Permissão de acabamento na direção do eixo X (Δu) (diâmetro -/programação do raio)
W: Permissão de acabamento na direção do eixo Z (Δw)
F: Taxa de avanço da usinagem
S: Velocidade do fuso
T: Selecionar a ferramenta
As funções F, S e T impressas dentro de um bloco do programa do CN e especificadas por meio dos caracteres de
endereço P e Q são ignoradas. Apenas as funções F, S e T especificadas no bloco com G73 são efetivas.

Ciclo de acabamento (G70)


Enquanto o desbaste é executado com G71, G72 ou G73, o acabamento é feito com o comando a seguir.

Formato
G70 P... Q... ;
P: Bloco inicial para a determinação do contorno
Q: Último bloco para a determinação do contorno

Indicação
Concluir ciclo
1. As funções especificadas entre os blocos e definidas com os caracteres de endereço P e Q são efetivas no ciclo com
G70, enquanto as funções F, S e T especificadas no bloco com G71, G72 e G73 não são efetivas.
2. A ferramenta volta ao ponto de início e o próximo bloco é lido, assim que o ciclo de execução é concluído com G70.
3. Dentro dos blocos definidos com os caracteres de endereço P e Q, é possível chamar sub-rotinas.

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60 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Exemplos

Esquema 1-56 Ciclo de remoção de material, eixo longitudinal

(Programação do diâmetro, métrica da entrada)


N010 G00 X200.0 Z220.0
N011 X142.0 Z171.0
N012 G71 U4.0 R1.0
N013 G71 P014 Q020 U4.0 W2.0 F0.3 S550
N014 G00 X40.0 F0.15 S700
N015 G01 Z140.0
N016 X60.0 Z110.0
N017 Z90.0
N018 X100.0 Z80.0
N019 Z60.0
N020 X140.0 Z40.0
N021 G70 P014 Q020
N022 G00 X200 Z220

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 61
Esquema 1-57 Eixo transversal do ciclo de remoção de material

(Programação do diâmetro, métrica da entrada)


N010 G00 X220.0 Z190.0
N011 G00 X162.0 Z132.0
N012 G72 W7.0 R1.0
N013 G72 P014 Q019 U4.0 W2.0 F0.3
N014 G00 Z59.5 F0.15 S200
N015 G01 X120.0 Z70.0
N016 Z80.0
N017 X80.0 Z90.0
N018 Z110.0
N019 X36.0 Z132.0
N020 G70 P014 Q019
N021 X220.0 Z190.0

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62 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Esquema 1-58 Repetição de contorno

(Programação do diâmetro, métrica da entrada)


N010 G00 X260.0 Z220.0
N011 G00 X220.0 Z160.0
N012 G73 U14.0 W14.0 R3
N013 G73 P014 Q020 U4.0 W2.0 F0.3 S0180
N014 G00 X80.0 Z120.0
N015 G01 Z100.0 F0.15
N017 X120 Z90.0
N018 Z70
N019 G02 X160.0 Z50.0 R20.0
N020 G01 X180.0 Z40.0 F0.25
N021 G70 P014 Q020
N022 G00 X260.0 Z220.0

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 63
Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo longitudinal (G74)
No ciclo chamado com G74, uma usinagem é executada paralelamente ao eixo Z com uma quebra de cavaco.

Esquema 1-59 Trajetória de corte no caso de um ciclo de perfuração de um orifício profundo

Formato
G74 R... ;
R: d), Quantidade de retração
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[29], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
G74 X(U)... Z(W)... P... Q... R... F...(f) ;
X: Ponto de início X (dados posicionais absolutos)
U: Ponto de início X (dados posicionais incrementais)
Z: Ponto de início Z (dados posicionais absolutos)
W: Ponto de início Z (dados posicionais incrementais)
P: Quantidade de avanço (Δi) na direção de X (sem sinal)
Q: Quantidade de avanço (Δk) na direção de Z (sem sinal)
R: Quantidade de retração (Δd) na base da ranhura
F: Taxa de avanço

Indicação
Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo longitudinal
1. Enquanto "e" e Δ"d" são determinados por meio do endereço R, a importância de "e" e "d" é determinada pela
especificação do endereço X (U). Δ"d" é sempre usado quando X(U) também é especificado.
2. O ciclo de execução é executado por meio do comando G74 com a especificação de X (U).
3. Se o ciclo for usado para perfuração, os endereços X(U) e P não podem ser usados.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


64 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo transversal (G75)
No ciclo chamado com G75, uma usinagem é executada paralelamente ao eixo X com uma quebra de cavaco.

Esquema 1-60 Trajetória de corte em ciclos de ranhura repetitivos múltiplos no eixo transversal (G75)

Formato
G75 R... ;
G75 X(U)... Z(W)... P... Q... R... F... ;
Os endereços possuem a mesma importância que no ciclo G74.

Indicação
Se o ciclo for usado para perfuração, os endereços Z(W) e Q não podem ser usados.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 65
Ciclo de corte de rosca múltiplo (G76)
G76 chama um ciclo de corte de rosca automático para o corte de uma rosca cilíndrica ou cônica, na qual o avanço ocorre
em um suporte roscado específico.

Esquema 1-61 Trajetória de corte no caso de um ciclo para o corte de roscas de início múltiplo

Esquema 1-62 Avanço durante o corte da rosca

Formato
G76 P... (m, r, a) Q... R... ;
P:
m: Número de cortes de acabamento
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[24], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
r: Tamanho do chanfro na extremidade da rosca (1/10 * avanço da rosca)
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[26], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
a: Ângulo da faceta

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


66 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[25], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
Todos os parâmetros acima são especificados simultaneamente por meio do endereço P.
Exemplo de um endereço com P:
G76 P012055 Q4 R0.5

Q: Profundidade mínima de avanço (Δdmin), valor do raio


Sempre que a profundidade de corte durante a operação de um ciclo (Δd - Δd-1) tornar-se menor que seu valor limitante,
então, a profundidade do corte permanece ligada ao valor especificado com o endereço Q.
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[27], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
R: Permissão de acabamento
Este valor é modal e permanece efetivo até que outro valor seja programado. O valor também pode ser inserido através de
USER DATA, _ZSFI[28], mas este valor é substituído pelo valor do comando do programa.
G76 X(U)... Z(W)... R... P... Q... F... ;
X, U: Ponto final da rosca na direção do eixo X (Dados posicionais para (X) absolutos, para (U) incrementais)
Z, W: Ponto final da rosca na direção do eixo Z
R: Diferença do raio para a rosca cônica (i). i = 0 para rosca cilíndrica simples
P: Profundidade da rosca (k), valor do raio
Q: Quantidade de avanço para o 1° corte (Δd), valor do raio
F: Avanço da rosca(L)

Indicação
Ciclo de corte de rosca múltiplo
1. A importância dos dados especificados com os caracteres de endereço P, Q e R é determinada pelo surgimento de X
(U) e Z (W).
2. O ciclo de execução é executado por meio do comando G76 com a especificação de X (U) e Z (W). Ao usar este ciclo,
um "corte único" é feito e a carga na ponta da ferramenta é reduzida.
– A quantidade de corte por ciclo é mantida constante pela atribuição à profundidade de corte respectiva. Δd na
primeira trajetória e Δdn na enésima trajetória. Correspondendo ao respectivo sinal do caractere de endereço, são
consideradas aqui quatro seções simétricas.
3. As mesmas instruções usadas para o corte da rosca com G32 ou para o ciclo de corte da rosca com G76 são aplicáveis
aqui.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 67
Exemplos

Esquema 1-63 Ciclo para abertura de roscas (G76)

Indicação
Condições complementares
1. No modo MDA, os comandos G70, G71, G72 ou G73 não são permitidos; além disso, é emitido um alarme 14011. No
entanto, G74, G75 e G76 podem ser usados no modo MDA.
2. Nos blocos com G70, G71, G72 ou G73, bem como os números sequenciais especificados por meio dos endereços P e
Q, não é permitida a programação de M98 (chamada de sub-rotina) e M99 (fim da sub-rotina).
3. Os comandos a seguir não podem ser programados em blocos tendo os números sequenciais especificados por meio
dos caracteres de endereço P e Q:
– funções G de tentativa única (com exceção do tempo de espera G04)
– funções G do grupo G 01 (exceto G00, G01, G02 e G03)
– funções G do grupo G 06
– M98/M99
4. A programação não deve ser feita de modo que o movimento final da definição do contorno para G70, G71, G72 e G73
seja concluída com uma chanfradura ou arredondamento do canto. Caso contrário, é emitida uma mensagem de erro.
5. Nos ciclos com G74, G75 e G76, os endereços P e Q usam o menor incremento de entrada para especificar a trajetória
transversal e a profundidade do corte.
6. Nos ciclos G71, G72, G73, G74, G75, G76 e G78 não pode ser realizada nenhuma compensação do raio do nariz da
ferramenta.

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68 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.5.1.3 Ciclo de perfuração (G80 a G89)
Com ciclos fixos para a usinagem do orifício (G80 a G89), podem ser programados movimentos específicos para a
usinagem das perfurações, que normalmente exigem diversas estruturas de comando feitas de vários comandos de bloco
único. O programa chamado com o ciclo fixo pode ser desabilitado novamente com G80.
As funções G usadas para chamar os ciclos fixos G80 a G89 são as mesmas para todos os sistemas de código G.

Funções G para chamar ciclos fixos, padrão de movimento do eixo de ciclos fixos
As funções G usadas para chamar um ciclo fixo são fornecidas na tabela abaixo.

Tabelas 1-20 Ciclos de perfuração

Código G Perfuração (- direção) Usinagem no fundo de Retração (+ direção) Aplicações


um orifício
G80 - - - Desabilitação
G83 taxa de avanço de corte - Movimento transversal Face frontal de
interrompida rápido perfuração de orifício
profundo
G84 Avanço do corte Tempo de espera -> Avanço do corte Rosqueamento da face
funcionamento do fuso à frontal
esquerda
G85 Avanço do corte Tempo de espera Avanço do corte Perfuração da face
frontal
G87 taxa de avanço de corte Tempo de espera Movimento transversal Superfície lateral de
interrompida rápido perfuração do orifício
profundo
G88 Avanço do corte Tempo de espera -> Avanço do corte Rosqueamento da
funcionamento do fuso à superfície lateral
esquerda
G89 Avanço do corte Tempo de espera Avanço do corte Perfuração da superfície
lateral

Explicações
Ao usar ciclos fixos, a sequência de operação é geralmente conforme descrito abaixo:
● 1. Ciclo de trabalho
Posicionamento do eixo X, (Z) e C
● 2. Ciclo de trabalho
Movimento transversal rápido ao plano R
● 3. Ciclo de trabalho
Esmerilhamento
● 4. Ciclo de trabalho
Usinagem em base de perfuração
● 5. Ciclo de trabalho
Retração até o plano R
● 6. Ciclo de trabalho
Retração rápida para o plano de posicionamento

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 69
Esquema 1-64 Sequência dos ciclos de trabalho no ciclo de perfuração

Explicações: Posicionamento e eixo de perfuração


Conforme mostrado abaixo, o eixo de posicionamento, bem como o eixo de perfuração, são determinados para a
perfuração através de uma função G. Portanto, o eixo C e o eixo X ou Z correspondem ao eixo de posicionamento. O eixo
de perfuração é mapeado por meio do eixo X ou Z: Estes eixos não são usados como o eixo de posicionamento.

Tabelas 1-21 Plano de posicionamento com o eixo de perfuração correspondente

G function Plano de posicionamento Eixo de perfuração


G83, G84, G85 Eixo X, eixo C Eixo Z
G87, G88, G89 Eixo Z, eixo C Eixo X
G83 e G87, G84 e G88, bem como G85 e G89, possuem a mesma sequência de ciclo de trabalho, exceto o eixo de
perfuração.

Modo de perfuração
As funções G (G83-G85, G87-89) são modais e permanecem ativas até serem desabilitadas novamente. Enquanto essas
funções G são selecionadas, o modo de perfuração permanece ativo. Os dados são retidos até que os dados de perfuração
no ciclo de perfuração sejam modificados ou desabilitados.
Todos os dados de perfuração necessários devem ser especificados no início de um ciclo fixo. Os dados apenas podem ser
modificados durante a execução de um ciclo fixo.

Repetir
Se você desejar fazer vários orifícios perfurados igualmente espaçados, pode especificar o número de repetições no
parâmetro "K". "K" é efetivo apenas no bloco em que é especificado.
Os dados de perfuração são armazenados; no entanto, nenhuma perfuração é feita quando K0 é programado.

Desabilitação
Para desabilitar um ciclo fixo, usa-se G80 ou uma função do grupo G 01 (G00, G01, G02, G03).

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70 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Símbolos e figuras
É fornecida abaixo uma explicação dos ciclos fixos individuais. Esses símbolos são usados nas figuras a seguir:

Esquema 1-65 Símbolos e figuras

Indicação
Em todos os ciclos fixos, o caractere de endereço R (distância "plano inicial - ponto R) é tratado como raio.
No entanto, Z ou X (Distância "ponto R - fundo de um orifício) é sempre tratado como diâmetro ou rádio, dependendo do
tipo de programação.

Ciclo de perfuração de orifício profundo (G83)/Ciclo de perfuração de orifício profundo lateral (G87)
Se um ciclo de perfuração profunda (remoção de cavaco) ou um ciclo de perfuração profunda de alta velocidade (quebra de
cavaco) é executado, depende da configuração USER DATA, _ZSFI[20].
Se nenhum avanço for especificado para o ciclo de perfuração, é executado um ciclo de perfuração normal.

Ciclo de perfuração profunda de alta velocidade (G83, G87) (USER DATA, _ZSFI[20]=0)
No caso do ciclo de perfuração profunda de alta velocidade, a perfuração repete o avanço com a taxa de avanço do corte.
Este é recolhido a certa quantidade até a ferramenta ter atingido o fundo de um orifício.

Formato
G83 X(U)... C(H)... Z(W)... R... Q... P... F... M... ;
ou
G87 Z(W)... C(H)... X(U)... R... Q... P... F... M... ;
X, C ou Z, C: Posição do orifício
Z ou X: Distância do ponto R até o fundo do orifício
R_: Distância do plano inicial até o plano R
Q_: Avanço
P_: Tempo de espera no fundo do furo
F_: Velocidade de avanço de corte
K_: Número de repetições (se necessárias)
M_: Função M para travar o eixo C (se necessária)

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 71
Esquema 1-66 Ciclo "perfuração profunda em alta velocidade"

Mα: Função M para travar o eixo C


M(α+1): Função M para liberar o eixo C
P1: Tempo de espera (Programa)
P2: Especificação do tempo de espera em USER DATA, _ZSFR[22]
d: Especificação da quantidade de retração em USER DATA, _ZSFR[21]

Ciclo de perfuração profunda (G83, G87) (USER DATA, _ZSFI[20]=1)


No caso do ciclo de perfuração profunda, a perfuração repete o avanço com a taxa de avanço do corte. Este é recolhido até
o plano R até a ferramenta ter atingido o fundo de um orifício.

Formato
G83 X(U)... C(H)... Z(W)... R... Q... P... F... M... K... ;
ou
G87 Z(W)... C(H)... X(U)... R... Q... P... F... M... K... ;
X, C ou Z, C: Posição do orifício
Z ou X: Distância do ponto R até o fundo do orifício
R_: Distância do plano inicial até o plano R
Q_: Avanço
P_: Tempo de espera no fundo do furo
F_: Velocidade de avanço de corte
K_: Número de repetições (se necessárias)
M_: Função M para travar o eixo C (se necessária)

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72 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Esquema 1-67 Ciclo de perfuração profunda

Mα: Função M para travar o eixo C


M(α+1): Função M para liberar o eixo C
P1: Tempo de espera (Programa)
P2: Especificação do tempo de espera em USER DATA, _ZSFR[22]
d:Especificação da quantidade de retração em USER DATA, _ZSFR[21]

Exemplo
M3 S2500 ;Girar a ferramenta de perfuração
G00 X100.0 C0.0 ;Posicionamento do eixo X e C
G83 Z-35.0 R-5.0 Q5000 F5.0 ;Usinagem do orifício 1
C90,0 ;Usinagem do orifício 2
C180,0 ;Usinagem do orifício 3
C270,0 ;Usinagem do orifício 4
G80 M05 ;Desabilitação do ciclo e
;Parada da ferramenta de perfuração

Ciclo de perfuração (G83 ou G87)


Se nenhum valor for programado para o avanço (Q), então, um ciclo de perfuração normal é executado. Neste caso, a
ferramenta é recolhida do fundo de um orifício com movimento rápido transversal.

Formato
G83 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F... M... K... ;
ou
G87 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F... M... K... ;
X, C ou Z, C: Posição do orifício
Z ou X: Distância do ponto R até o fundo do orifício
R_: Distância do plano inicial até o plano R
P_: Tempo de espera no fundo de um orifício
F_:Velocidade de avanço de corte

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 73
K_: Número de repetições (se necessárias)
M_: Função M para travar o eixo C (se necessária)

Mα: Função M para travar o eixo C


M(α+1):Função M para liberar o eixo C
P1:Tempo de espera (Programa)
P2:Especificação do tempo de espera em USER DATA, _ZSFR[22]

Exemplo
M3 S2500 ;Girar a ferramenta de perfuração
G00 X100.0 C0.0 ;Posicionamento do eixo X e C
G83 Z-35.0 R-5.0 P500 F5.0 ;Usinagem do orifício 1
C90,0 ;Usinagem do orifício 2
C180,0 ;Usinagem do orifício 3
C270,0 ;Usinagem do orifício 4
G80 M05 ;Desabilitação do ciclo e
;Parada da ferramenta de perfuração
Depois que a profundidade de corte programada é atingida para cada velocidade de avanço de corte Q, a retração é feita
até o plano de referência R com movimento transversal rápido. O movimento de aproximação para um novo corte também
é feito novamente com movimento transversal rápido, também pela trajetória (d) que pode ser definida em USER DATA,
_ZSFR[10]. A trajetória e a profundidade de corte para cada velocidade de avanço de corte Q são atravessadas em
velocidade de avanço de corte. Q deve ser especificado incrementalmente sem sinal.

Indicação
Se _ZSFR[10]
● > 0 = valor usado para a trajetória derivada "d" (trajetória mínima 0,001)
● = 0 A distância do ponto-limite d é calculada internamente nos ciclos da seguinte forma:
– Se a profundidade de perfuração for de 30 mm, então, o valor para a trajetória derivativa será sempre 0,6 mm.
– Para profundidades de perfuração maiores é usada a fórmula profundidade de perfuração/50 (valor máximo de 7
mm).

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74 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Ciclo de rosqueamento face frontal (G84), superfície lateral (G88)
Neste ciclo, a direção de rotação do fuso no fundo de um orifício é revertida.

Formato
G84 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F... M... K... ;
ou
G88 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F... M... K... ;
X, C ou Z, C: Posição do orifício
Z ou X: Distância do ponto R até o fundo do orifício
R_: Distância do plano inicial até o plano R
P_: Tempo de espera no fundo de um orifício
F_:Velocidade de avanço de corte
K_: Número de repetições (se necessárias)
M_: Função M para travar o eixo C (se necessária)

P2: Especificação do tempo de espera em USER DATA, _ZSFR[22]

Explicações
Durante o rosqueamento, o fuso gira em sentido horário na direção do fundo de um orifício; em seguida, a direção de
rotação é revertida para o retorno. O ciclo continua até que a ferramenta tenha sido totalmente recolhida.

Exemplo
M3 S2500 ;Girar a ferramenta de rosqueamento
G00 X100.0 C0.0 ;Posicionamento do eixo X e C
G84 Z-35.0 R-5.0 P500 F5.0 ;Usinagem do orifício 1
C90,0 ;Usinagem do orifício 2
C180,0 ;Usinagem do orifício 3
C270,0 ;Usinagem do orifício 4
G80 M05 ;Desabilitação do ciclo e
;Parada da ferramenta de perfuração

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 75
Ciclo de perfuração face frontal (G85), superfície lateral (G89)
Formato
G85 X(U)... C(H)... Z(W)... R... P... F... K... M... ;
ou
G89 Z(W)... C(H)... X(U)... R... P... F... K... M... ;
X, C ou Z, C: Posição do orifício
Z ou X: Distância do ponto R até o fundo do orifício
R: Distância do plano inicial até o plano R
P: Tempo de espera no fundo de um orifício
F: Velocidade de avanço de corte
K: Número de repetições (se necessárias)
M: Função M para travar o eixo C (se necessária)

P2: Especificação do tempo de espera em USER DATA, _ZSFR[22]

Explicações
Após o posicionamento no fundo de um orifício, um movimento transversal ocorre até o ponto R com movimento transversal
rápido. Subsequentemente, a perfuração é feita a partir do ponto R até o ponto Z e um retorno é feito até o ponto R.

Exemplo
M3 S2500 ;Girar a ferramenta de perfuração
G00 X50.0 C0.0 ;Posicionamento do eixo X e C
G85 Z-40.0 R-5.0 P500 M31 ;Usinagem do orifício 1
C90.0 M31 ;Usinagem do orifício 2
C180,0 M31 ;Usinagem do orifício 3
C270,0 M31 ;Usinagem do orifício 4
G80 M05 ;Desabilitação do ciclo e
;Parada da ferramenta de perfuração

Desabilitação do ciclo fixo para perfuração (G80)


Ciclos fixos podem ser desabilitados com G80.

Formato
G80;

Explicações
O ciclo fixo para perfuração é desabilitado e novamente é feita uma transição para a operação normal.

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76 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
1.5.2 Entrada de dados programáveis
1.5.2.1 Alteração do valor de deslocamento da ferramenta (G10)
Com o comando "G10 P ⋅⋅⋅ X(U) ⋅⋅⋅ Y(V) ⋅⋅⋅ Z(W) ⋅⋅⋅ R(C) ⋅⋅⋅ Q ;" os deslocamentos disponíveis da ferramenta podem ser
substituídos. Contudo, não é possível criar novos deslocamentos de ferramenta.

Tabelas 1-22 Descrição dos endereços

Endereço Descrição
P Número de deslocamento da ferramenta (veja a explicação abaixo)
X Deslocamento da ferramenta para o eixo X (absoluto, incremental)
Y Deslocamento da ferramenta para o eixo X (absoluto, incremental)
Z Deslocamento da ferramenta para o eixo Z (absoluto, incremental)
U Deslocamento da ferramenta para o eixo X (incremental)
V Deslocamento da ferramenta para o eixo X (incremental)
W Deslocamento da ferramenta para o eixo Z (incremental)
R Compensação do raio da ponta da ferramenta (absoluta)
C Compensação do raio da ponta da ferramenta (incremental)
Q Comprimento da aresta de corte

Caractere de endereço P
Com o caractere de endereço P, o número de compensação da ferramenta é especificado e, ao mesmo tempo, também se
o valor de deslocamento deve ser modificado para a geometria da ferramenta ou para o desgaste. O valor especificado com
o caractere de endereço P depende da configuração em MD $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, bit 1:
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit1 = 0
P1 a P99: Gravação do deslocamento da ferramenta
P100 + (1 a 1500): Gravação do deslocamento da ferramenta
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit1 = 1
P1 a P9999: Escrever o desgaste da ferramenta
P10000 + (1 a 1500): Escrever a geometria da ferramenta

Escrever correções de trabalho


Com os comandos "G10 P00 X (U) ... Z (W) ... C (H) ... ;" as correções de trabalho podem ser escritos e atualizados no
programa de peças. Os valores do deslocamento permanecem inalterados para os eixos não programados.
X, Z, C: Quantidade de deslocamento absoluta ou incremental (para G91) no sistema de coordenadas da peça de trabalho
U, W, H: Quantidade incremental de deslocamento no sistema de coordenadas da peça de trabalho

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 77
1.5.2.2 Função M para chamar sub-rotinas (M98, M99)
Esta função pode ser usada se sub-rotinas forem armazenadas na memória do programa da peça. Sub-rotinas registradas
na memória e cujos números do programa são atribuídos podem ser chamadas e executadas o número de vezes
necessário.

Comandos
As seguintes funções M são usadas para chamar as sub-rotinas.

Tabelas 1-23 Funções M para chamar sub-rotinas

Função M Função
M98 Chamada de subprograma
M99 Fim da sub-rotina

Chamada de sub-rotina (M98)


● M98 Pnnnnmmmm
m: Programa nº. (máx. 4 dígitos)
n: Nº. de repetições (máx. 4 dígitos)
Antes de usar o programa M98 Pnnnnmmmm para chamar um programa, nomeie o programa corretamente, ou seja,
adicione o número do programa sempre com 4 dígitos com 0.
● Se por exemplo, M98 P21 for programado, a memória do programa de peça é navegada pelo nome do programa 21.mpf
e a sub-rotina é executada uma vez. Para chamar a sub-rotina três vezes, deve-se programar M98 P30021. Um alarme
será produzido se o número de programa específico não for encontrado.
● Um aninhamento de sub-rotinas é possível, até 16 sub-rotinas são permitidas. Um alarme será produzido se forem
atribuídos mais níveis de sub-rotina do que o permitido.

Fim de sub-rotina (M99)


Uma sub-rotina é terminada com o comando M99 Pxxxx e o processamento do programa é continuada no Bloco nº. Nxxxx.
O sistema de controle busca primeiro o número do bloco (da chamada da sub-rotina ao fim do programa). Se nenhum
número de bloco correspondente for encontrado, o programa de peça será finalmente pesquisado na direção inversa (na
direção do início do programa de peça).
Se M99 estiver sem um número de bloco (Pxxxx) em um programa principal, o controle irá para o início do programa
principal e o programa principal será processado novamente. No caso de M99 com navegação ao número do bloco no
programa principal (M99xxxx), o bloco é sempre buscado a partir do início do programa.

1.5.3 Número de programa de oito dígitos


Uma seleção de número de programa é ativada com os dados de máquina 20734 $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit
6=1. Essa função afeta M98 e G65/66.
y: Número de execuções do programa
x: Número do programa

Chamada de subprograma
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 0
M98 Pyyyyxxxx ou
M98 Pxxxx Lyyyy
Número de programa no máx. 4 dígitos
Adição de número de programa sempre até 4 dígitos com 0
Exemplo:
M98 P20012: chama 0012.mpf 2 fluxos
M98 P123 L2: chama 0123.mpf 2 fluxos
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 1

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


78 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
M98 Pxxxxxxxx Lyyyy
Não há extensão com 0, mesmo se o número de programa tiver menos de 4 dígitos.
A programação do número de passes e número de programa em P (Pyyyyxxxxx) não é possível, o número de passes deve
sempre ser programado com L!
Exemplo:
M98 P123: chama 123.mpf 1 passe
M98 P20012: chama 20012.mpf 1 passe
Cuidado: não é mais compatível com dialeto ISO original
M98 P12345 L2: chama 12345.mpf 2 passes

Modal e Macro por blocos G65/G66


$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 0
G65 Pxxxx Lyyyy
Adição de número de programa até 4 dígitos com 0. Número de programa com mais de 4 dígitos leva a um alarme.
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 1
G65 Pxxxx Lyyyy
Não há extensão com 0, mesmo se o número de programa tiver menos de 4 dígitos. Um número de programa com mais de
8 dígitos leva a um alarme.

1.5.4 Funções de medição

Medida com "apagar distância que falta" (G31)


Com "G31 X... Y... Z... F... ;" a medição com "apagar distância que falta" é possível. Se a entrada de medição da 1º
apalpador estiver presente durante a interpolação linear, a interpolação será interrompida e a distância que falta dos eixos
será apagada. O programa continuará com o próximo bloco.

Formato
G31 X... Y... Z... F_;
G31: Função G não-modal (ativa apenas no bloco em que é programada)

Sinal do CLP "entrada de medição = 1"


Com a aresta ascendente da entrada de medição 1, as posições de eixo atuais são armazenadas nos parâmetros do
sistema axiais ou $AA_MM[<Axis>] $AA_MW[<Axis>]. Esses parâmetros podem ser lidos no modo Siemens.
$AA_MW[X] Salvar os valores de coordenadas para o eixo X no sistema de coordenadas da peça de trabalho
$AA_MW[Z] Salvar os valores de coordenadas para o eixo Z no sistema de coordenadas da peça de trabalho
$AA_MM[X] Salvar os valores de coordenadas para o eixo X no sistema de coordenadas da máquina
$AA_MM[Z] Salvar os valores de coordenadas para o eixo Z no sistema de coordenadas da máquina

Indicação
Se G31 for ativada, enquanto o sinal de medição ainda estiver ativo, o alarme 21700 será produzido.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 79
Continuação do programa após o sinal de medição
Se no próximo bloco posições incrementais de eixo forem programadas, então essas posições de eixo referem-se ao ponto
de medição. Ou seja, o ponto de referência para a posição incremental é a posição de eixo na qual a exclusão da distância
que falta é executada através do sinal de medição.
Se as posições de eixo forem programadas absolutas no próximo bloco, então as posições programadas serão
atravessadas.

Esquema 1-68 Exemplo de programação

1.5.5 Programas macro


Macros são compreendidas de vários blocos de programa de peça e são completadas com M99. Em princípio, macros são
sub-rotinas, que são chamadas com G65 Pxx ou G66 Pxx no programa de peça.
Macros chamadas com G65 são não-modais. Macros chamadas com G66 são modais e são desabilitadas de novo com
G67.

1.5.5.1 Diferenças com sub-rotinas


Junto com a chamada de programas macro (G65, G66) parâmetros podem ser especificados, que podem ser avaliados em
programas macro. Por outro lado, nenhum parâmetro pode ser especificado nas chamadas de sub-rotina (M98).

1.5.5.2 Chamada de programa de macro (G65, G66, G67)


Programas macro são geralmente executados imediatamente após sua chamada.
O procedimento de chamada de um programa de macro é descrito na tabela a seguir.

Tabelas 1-24 Formato para chamar programa de macro

Método de chamada Código de comando Observações


Chamada simples G65
Chamada modal (a) G66 Desabilitação através de G67

Chamada simples (G65):


Formato
G65 P_ L_ ;
Um programa de macro ao qual um número de programa foi atribuído com "P" é chamado e executado "L" vezes
especificando "G65 P ... L... <Argumento>; ".
Os parâmetros necessários devem ser programados no mesmo bloco (com G65).

Explicação
Em um bloco de programa de peça contendo G65 ou G66, o endereço Pxx é interpretado como número de programa da
sub-rotina na qual a funcionalidade da macro é programada. O número de passes da macro pode ser definido com o
endereço Lxx. Todos os outros endereços no bloco de programa de peça são interpretados como parâmetros de
transferência e seus valores programados são armazenados nas variáveis de sistema $C_A to $C_Z. Essas variáveis de
sistema podem ser lidas na sub-rotina e avaliadas para a funcionalidade da macro. Se outras macros com transferência de
parâmetro forem chamadas em uma macro (sub-rotina), então os parâmetros de transferência na sub-rotina devem ser
salvos em variável interna antes da chamada da nova macro.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


80 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Para habilitar definições de variáveis internas, deve-se mudar automaticamente para o modo Siemens durante a chamada
da macro. Pode-se fazer isso inserindo a instrução PROC<nome do programa> na primeira linha do programa de macro.
Se outra chamada de macro for programada na sub-rotina, então o modo de dialeto ISO deve ser re-selecionado com
antecedência.

Tabelas 1-25 O comando P e L

Endereço Descrição Número de dígitos


P Número do programa 4 a 8 dígitos
L Número de repetições

Variáveis de sistema para os endereços I, J, K


Como os endereços I, J e K podem ser programados até 10 vezes em um bloco contendo chamada de macro, as variáveis
de sistema desses endereços devem ser avaliadas com um índice de matriz. A sintaxe dessas três variáveis de sistema
são, portanto, $C_I[..], $C_J[..], $C_K[..]. Os valores permanecem na sequência programada na matriz. O número de
endereços I, J, K programados no bloco é fornecido nas variáveis $C_I_NUM, $C_J_NUM, $C_K_NUM.
Os parâmetros de transferência I, J, K para chamadas de macro são tratados em cada caso como um bloco mesmo se os
endereços individuais não são programados. Se um parâmetro é reprogramado, ou um parâmetro seguinte baseado na
sequência I, J, K foi programado, ele pertence ao próximo bloco.
As variáveis de sistema $C_I_ORDER, $C_J_ORDER, $C_K_ORDER são definidas para detectar a sequência de
programação no modo ISO. Essas são matrizes idênticas $C_I, $C_K e elas contêm os números associados dos
parâmetros.

Indicação
Os parâmetros de transferência podem ser lidos apenas na sub-rotina no modo Siemens.

Exemplo:
N5 I10 J10 K30 J22 K55 I44 K33
Block1 Block2 Block3
$C_I[0]=10
$C_I[1]=44
$C_I_ORDER[0]=1
$C_I_ORDER[1]=3

$C_J[0]=10
$C_J[1]=22
$C_J_ORDER[0]=1
$C_J_ORDER[1]=2

$C_K[0]=30
$C_K[1]=55
$C_K[2]=33
$C_K_ORDER[0]=1
$C_K_ORDER[1]=2
$C_K_ORDER[2]=3

Indicação
$C_I[0] é um código DIN. Para usar esse código no modo ISO, o dado de máquina 20734
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 3=1 deve ser definido, com o valor padrão sendo 800H.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 81
Parâmetro de ciclo $C_x_PROG
No modo dialeto-ISO-0, os valores programados podem ser avaliados de diferentes maneiras dependendo do método de
programação (valor inteiro ou real). A avaliação diferente é ativada através de dado de máquina.
Se DM for definido, o sistema de controle responderá como no seguinte exemplo:
X100 ; o movimento no eixo X é 100 mm (100. com ponto) => valor real
Y200 ; o movimento no eixo Y é 0.2 mm (200 sem ponto) => valor inteiro
Se os endereços programados no bloco são usados como parâmetros de transferência, então os valores programados
sempre existem como valores reais nas variáveis $C_x. Para valores inteiros, não se pode mais tomar recurso ao método
de programação (real/inteiro) nos ciclos e, portanto, não há avaliação dos valores programadas com o fator de conversão
correto.
Há duas variáveis de sistema $C_TYP_PROG. $C_TYP_PROG para informação como se programação REAL ou INTEGER
(inteiro) foi empreendida. A estrutura é a mesma que $C_ALL_PROG e $C_INC_PROG. Se o valor for programado como
INTEGER, então Bit é definido como 0, para REAL, é definido como 1. Se o valor é programado através de uma variável
$<número>, então o bit correspondente também é definido como 1.
Exemplo:
P1234 A100. X100 -> $C_TYP_PROG == 1.
Apenas Bit 0 está presente, pois somente A foi programado como REAL.
P1234 A100. C20. X100 -> $C_TYP_PROG == 5.
Bit 1 e Bit 3 (A e C) estão presentes.
Restrições:
Um máximo de dez parâmetros I, J, K podem ser programados em cada bloco. Apenas um bit cada é fornecido para I, J, K
na variável $C_TYP_PROG. Logo, em $C_TYP_PROG o bit correspondente para I, J e K é sempre definido como 0.
Portanto, não pode ser deduzido se I, J or K é programado como REAL ou como INTEGER.

Chamada modal (G66, G67)


Um programa de macro modal é chamado com G66. O programa de macro especificado é executado se as condições
especificadas forem preenchidas.
● O programa de macro modal é ativado especificando-se "G66 P... L... <parâmetros>;". Os parâmetros de transferência
são tratados como em G65.
● G66 é desabilitado por G67.

Tabelas 1-26 Condições de chamada modal

Condições de chamada Função para seleção de modo Função para desabilitação de modo
depois de executar um comando de movimento G66 G67

Especificação de um parâmetro
Os parâmetros de transferência são definidos programando-se um endereço A - Z.

Inter-relação entre endereço e variáveis de sistema

Tabelas 1-27 Inter-relação ente endereços e variáveis e endereços que podem ser usados para chamar comandos

Inter-relação entre endereços e variáveis


Endereço Variável de sistema
A $C_A
B $C_B
C $C_C
D $C_D

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82 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Inter-relação entre endereços e variáveis
E $C_E
F $C_F
H $C_H
I $C_I[0]
J $C_J[0]
K $C_K[0]
M $C_M
Q $C_Q
R $C_R
S $C_S
T $C_T
U $C_U
V $C_V
W $C_W
X $C_X
Y $C_Y
Z $C_Z

Inter-relação entre endereço e variáveis de sistema


Para poder usar I, J e K, esses devem ser especificados na sequência I, J, K.
Como os endereços I, J e K em um bloco contendo uma chamada de macro podem ser programados até 10 vezes, o
acesso às variáveis de sistema dentro do programa de macro para esses endereços deve ocorrer com um índice. A sintaxe
dessas três variáveis de sistema são, portanto, $C_I[..], $C_J[..], $C_K[..]. Os valores correspondentes são salvos na matriz
na sequência na qual eles foram programados. O número de endereços I, J, K programados no bloco é salvo nas variáveis
$C_I_NUM, $C_J_NUM e $C_K_NUM.
Diferente de para as variáveis restantes, um índice deve ser sempre especificado ao ler as três variáveis O índice "0" é
sempre usado para chamadas de ciclo (p. ex. G81), por exemplo, N100 R10 = $C_I[0]

Tabelas 1-28 Inter-relação ente endereços e variáveis e endereços que podem ser usados para chamar comandos

Inter-relação entre endereços e variáveis


Endereço Variável de sistema
A $C_A
B $C_B
C $C_C
I1 $C_I[0]
J1 $C_J[0]
K1 $C_K[0]
I2 $C_I[1]
J2 $C_J[1]
K2 $C_K[1]
I3 $C_I[2]
J3 $C_J[2]
K3 $C_K[2]
I4 $C_I[3]
J4 $C_J[3]
K4 $C_K[3]
I5 $C_I[4]
J5 $C_J[4]
K5 $C_K[4]

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 83
Inter-relação entre endereços e variáveis
I6 $C_I[5]
J6 $C_J[5]
K6 $C_K[5]
I7 $C_I[6]
J7 $C_J[6]
K7 $C_K[6]
I8 $C_I[7]
J8 $C_J[7]
K8 $C_K[7]
I9 $C_I[8]
J9 $C_J[8]
K9 $C_K[8]
I10 $C_I[9]
J10 $C_J[9]
K10 $C_K[9]

Indicação
Se mais de um bloco de endereços I, J ou K são especificados, então a sequência de endereços para cada bloco de I/J/K é
determinada de tal maneira que os números das variáveis são definidos de acordo com sua sequência.

Exemplo de inserção de um parâmetro


O valor do parâmetro contém um sinal e um ponto decimal independentemente do endereço.
O valor dos parâmetros é sempre salvo como um valor real.

Esquema 1-69 Exemplo de inserção de um argumento

Execução de programas de macro nos modos Siemens e ISO


Um programa de macro pode ser chamado ou no modo Siemens ou no modo ISO. O modo de idioma no qual o programa é
executado é definido no primeiro bloco do programa de macro.
Se existir uma instrução PROC <nome do programa> no primeiro bloco de um programa de macro, então uma mudança
automática para o modo Siemens é realizada. Se essa instrução estiver faltando, o processamento é feito no modo ISO.
Os parâmetros de transferência podem ser salvos em variáveis locais executando um programa no modo Siemens. No
modo ISO, entretanto, não é possível armazenar parâmetros de transferência em variáveis locais.
Para ler parâmetros de transferência em um programa de macro executado no modo ISO, deve-se primeiro mudar para o
modo Siemens com o comando G290.

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84 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Exemplos
Programa principal com chamada de macro:
_N_M10_MPF:
N10 M3 S1000 F1000
N20 X100 Y50 Z33
N30 G65 P10 F55 X150 Y100 S2000
N40 X50
N50 ....
N200 M30
Programa de macro de ferramenta no modo Siemens:
_N_0010_SPF:
PROC 0010 ; Changeover to the Siemens mode
N10 DEF REAL X_AXIS ,Y_AXIS, S_SPEED, FEED
N15 X_AXIS = $C_X Y_AXIS = $C_Y S_SPEED = $C_S FEED = $C_F
N20 G01 F=FEED G99 S=S_SPEED
...
N80 M17
Programa de macro no modo ISO:
_N_0010_SPF:
G290; Changeover to the Siemens mode,
; to read the transfer parameters
N15 X_AXIS = $C_X Y_AXIS = $C_Y S_SPEED = $C_S FEED = $C_F
N20 G01 F=$C_F G99 S=$C_S
N10 G1 X=$C_X Y=$C_Y
G291; Changeover to the ISO mode,
N15 M3 G54 T1
N20
...
N80 M99

1.5.6 Funções especiais

1.5.6.1 G05
O comando G05 pode chamar qualquer sub-rotina, semelhante à chamada de sub-rotina "M98 Pxx". Para acelerar o
processamento do programa, a sub-rotina chamada com G05 pode ser pré-compilada.

Formato
G05 Pxxxxx Lxxx ;
Pxxxxx: Número do programa de chamada
Lxxx: Número de repetições
(Se "Lxxx" não for especificado, L1 é aplicável automaticamente.)

Exemplo
G05 P10123 L3 ;
Com esse bloco o programa 10123.mpf é chamada e executado três vezes.

Restrições
● Na chamada de uma sub-rotina com G05, nenhuma mudança para o modo Siemens é realizada. O comando G05 tem o
mesmo efeito que uma chamada de sub-rotina com "M98 P_".
● Blocos, que contêm G05 sem o caractere de endereço P, são ignorados e nenhum alarme é produzido.
● Blocos com G05.1, independentemente de ser com ou sem o caractere de endereço P, bem como blocos com G05 P0
ou G05 P01, são também ignorados sem a produção de um alarme.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 85
1.5.6.2 Torneamento de arestas múltiplas
Com o torneamento de polígonos, peças de trabalho com múltiplas arestas podem ser produzidas acoplando dois fusos.
Com a sintaxe de programação G51.2 Q.. P.. R.. o acoplamento de fuso síncrono é ativado. A razão de transformação do
fuso principal para o fuso seguinte é definida com os parâmetros Q e P. Se o acoplamento deve ser ativado com um
deslocamento angular do fuso seguinte e fuso principal, a diferença angular é programada com o endereço R.
Entretanto, nenhuma aresta exata pode ser feita usando torneamento de múltiplas arestas. Aplicações típicas são cabeças
de parafusos ou porcas quadrados ou sextavados.
Com a programação de G51.2 sempre o 1º. fuso no canal é definido como o fuso principal e o 2º. fuso é definido como o
fuso seguinte. A articulação de ponto de ajuste é selecionada como o tipo de acoplamento.

Esquema 1-70 Parafuso sextavado

Formato
G51.2 P...Q...;
P, Q: Razão de rotação
A direção do 2º. fuso é especificada com o sinal antes do caractere de endereço Q.

Exemplo
G00 X120.0 Z30.0 S1200.0 M03 ; Configuração da velocidade de rotação da peça de trabalho em
1.200 RPM
G51.2 P1 Q2 ; Início da rotação da ferramenta (2.400 RPM)
G01 X80.0 F10.0 ; Avanço eixo X
G04 X2. ;
G00 X120.0 ; Retorno eixo X
G50,2 ; Parada da rotação da ferramenta
M05 ; Parada do fuso
G50.2 e G51.2 podem não serem especificados juntos em um bloco.

Esquema 1-71 Torneamento de arestas múltiplas

1.5.6.3 Mudança dos modos de DryRun (simulação em vazio) e níveis de salto


A mudança dos níveis de salto (DB3200.DBB2) sempre representa uma intervenção na execução do programa, que levou a
uma queda de curto prazo da velocidade no caminho. O mesmo é verdadeiro para a mudança do modo DryRun (DryRun =
velocidade de avanço em vazio DB3200.DBX0.6) de DryRunOff para DryRunOn ou vice-versa.
Todas as quedas de velocidade podem ser evitadas com um mudar modo que é limitado em sua função.

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86 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Nenhuma queda de velocidade é necessária com a configuração do dado da máquina 10706 $MN_SLASH_MASK==2 ao
mudar os níveis de salto (isto é, um novo valor na interface do CLP->NCK-Chan DB3200.DBB2).

Indicação
O NCK processa blocos em duas etapas, o pré-processamento e a execução principal (também pré-curso e execução
principal). O resultado da pré-usinagem muda para a memória de pré-processamento. A usinagem principal tira o bloco
pertinente mais antigo fora da memória de processamento e atravessa sua geometria.

ATENÇÃO
A pré-usinagem é mudada com a configuração do dado da máquina $MN_SLASH_MASK==2 durante uma mudança do
nível de salto! Todos os blocos localizados na memória de processamento são atravessados com o nível de salto antigo.
O usuário normalmente não tem nenhum controle sobre o nível de preenchimento da memória de pré-processamento. O
usuário pode ver o seguinte efeito: Um novo nível de salto é eficaz "algum tempo" após a mudança!

Indicação
O comando do programa de peça STOPRE desocupa a memória de pré-processamento. Se alguém mudar o nível de salto
antes do STOPRE, então todos os blocos após STOPRE são mudados com segurança. O mesmo é válido para um
STOPRE implícito.

Nenhuma queda de velocidade é necessária ao mudar o modo DryRun com a configuração do dado de máquina 10704
$MN_DRYRUN_MASK==2. Neste caso também, apenas a pré-usinagem que leva às restrições acima mencionadas, é
modificada. A seguinte analogia aparece daí: Aviso! Esta só estará ativa "algum tempo" depois da mudança do modo
DryRun!

2 Fresagem
2.1 Princípios de programação
2.1.1 Comentários introdutórios

2.1.1.1 Modo Siemens


As condições a seguir são válidas no modo Siemens:
● O padrão dos comandos G pode ser definido para cada canal por meio dos dados da máquina 20150
$MC_GCODE_RESET_VALUES.
● Nenhum comando de linguagem dos dialetos ISO pode ser programado no modo Siemens.

2.1.1.2 ISO modo de dialeto


As seguintes condições são válidas no ISO modo de dialeto ativo:
● O ISO modo de dialeto pode ser configurado com os dados da máquina como uma configuração-padrão do sistema de
controle. Como padrão, o sistema de controle reinicializa no modo de dialeto ISO subsequentemente.
● Apenas as funções G do dialeto ISO podem ser programadas; a programação das funções G da Siemens não é
possível no modo SO.
● Não é possível a fusão do dialeto ISO e da linguagem da Siemens no mesmo bloco no CN.
● A alternância entre ISO Dialect M e ISO Dialect T com um comando G não é possível.
● As sub-rotinas que estão programadas no modo Siemens podem ser canceladas.
● Se as funções da Siemens serão usadas, primeiro é preciso mudar para o modo Siemens.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 87
2.1.1.3 Alternância entre os modos
O SINUMERIK 808D ADVANCED é compatível com os dois modos de linguagem de programação:
● Modo de linguagem Siemens
● ISO modo de dialeto
Observe que a ferramenta ativa, as correções da ferramenta e as correções de peça de trabalho não são influenciados pela
mudança do modo.

Procedimento
1. Selecionar a área operacional desejada.
+
2. Pressione esta tecla de atalho no PPU. O sistema de controle automaticamente inicia a
troca do modo a partir do modo Siemens para o modo dialeto ISO. Após a mudança, "ISO"
é exibido no canto esquerdo superior da tela.

Para alterar do modo ISO novamente para o modo Siemens, pressione a mesma tecla de
atalho novamente.

2.1.1.4 Exibição do código G


O código G é exibido na mesma linguagem (Siemens ou Dialeto ISO) como bloco relevante atual. Se a exibição dos blocos
é suprimida com DISPLOF, o código G continua a ser exibido no idioma que o bloco ativado está sendo exibido.

Exemplo
As funções G do modo de dialeto ISO são usadas para chamar os ciclos-padrão da Siemens. Para fazer isso, DISPLOF é
programado no início do ciclo relevante; desta forma as funções G que são programados na linguagem dialeto ISO
continuar a ser exibida.
PROC CYCLE328 SAVE DISPLOF
N10 ...
...
N99 RET

Procedimento
Os ciclos shell da Siemens são chamados através de programas principais. O modo Siemens é selecionado
automaticamente chamando o ciclo shell.
Com DISPLOF, a exibição do bloco é congelado na chamada do ciclo; a exibição do código G continua no modo ISO.
Os códigos G que foram alterados no ciclo shell, é possível reiniciar seu estado original no final do ciclo com o atributo
"SAVE".

2.1.1.5 O número máximo de eixos/identificadores do eixo


O número máximo de eixos no modo de dialeto ISO é 9. Os identificadores do eixo para os primeiros três eixos são
definidos permanentemente com X, Y e Z. Todos os outros eixos podem ser identificados com letras A, B, C, U, V e W.

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88 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.1.1.6 Programação de ponto decimal
No modo de dialeto ISO, há duas notações para avaliar valores programados sem ponto decimal:
● Notação de calculadora
Valores sem ponto decimal são interpretados como mm, pol. ou graus.
● Notação-padrão:
Valores sem ponto decimal são multiplicados por um fator de conversão.
A configuração é feita em MD10884 $MN_EXTERN_FLOATINGPOINT_PROG.
Há dois fatores de conversão diferentes, IS-B e IS-C. Esta ponderação relaciona-se com os endereços X Y Z U V W A B C I
J K Q R e F.
A configuração é feita em MD10886 EXTERN_INCREMENT_SYSTEM.G.
Exemplo:
Eixo linear em mm:
● X 100.5
corresponde a um valor com ponto decimal: 100,5 mm
● X 1000
– Notação de calculadora 1.000 mm
– Notação-padrão:
IS-B: 1000 * 0,001= 1 mm
IS-C: 1000 * 0.0001 = 0.1 mm

Fresagem no dialeto ISO

Tabelas 2-1 Diferentes fatores de conversão para o IS-IS-B e C

Endereço Unidade: IS-B IS-C


Eixo linear mm 0,001 0,0001
pol 0,0001 0,00001
Eixo rotativo Grau 0,001 0,0001
F avanço G94 (mm/in por min.) mm 1 1
pol 0,01 0,01
F avanço G95 (mm/in por rev.) mm 0,01 0,01
pol 0,0001 0,0001
F avanço de rosca mm 0,01 0,01
pol 0,0001 0,0001
C chanfro mm 0,001 0,0001
pol 0,0001 0,00001
R raio, G10 corretor ferr. mm 0,001 0,0001
pol 0,0001 0,00001
Q mm 0,001 0,0001
pol 0,0001 0,00001
I, J, K IPO parâmetros mm 0,001 0,0001
pol 0,0001 0,00001
G04 X ou U s 0,001 0,001
A ângulo definição contorno Grau 0,001 0,0001
G74, G84 ciclos de abertura de rosca interna
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK
Bit8 = 0 F alimentar como G94, G95
Bit8 = 1 F como avanço da rosca

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 89
2.1.1.7 Comentários
No modo de dialeto ISO, os parênteses são interpretados como sinais de comentário. No modo Siemens, ";" é interpretado
como comentário. Para simplificar, um ";" também é entendido como comentário no modo de dialeto ISO.
Se o sinal de início de comentário '(' é usado dentro de um comentário mais uma vez, o comentário só finalizado quando
todos os parênteses abertos são fechados novamente.
Exemplo:
N5 (comentário) X100 Y100
N10 (comentário(comentário)) X100 Y100
N15 (comentário(comentário) X100) Y100
X100 Y100 é executado no bloco N5 e N10, mas apenas Y100 no bloco N15, porque o primeiro parênteses é fechado
apenas depois de X100. Tudo até esse ponto é interpretado como comentário.

2.1.1.8 Bloco saltar


O sinal de saltar ou supressão de blocos "/" pode ser usado em qualquer posição conveniente num bloco, isto é, mesmo no
meio do bloco. Se o bloco programado nível saltar está ativo na data da compilação, o bloco não é compilado a partir deste
ponto até ao final do bloco. Um nível de bloco saltar ativo tem o mesmo efeito que um final de bloco.
Exemplo:
N5 G00 X100. /3 YY100 --> Alarm 12080 "Syntax error"
N5 G00 X100. /3 YY100 --> nenhum alarme, se o nível de bloco saltar 3 está ativo
Os sinais de bloco saltar dentro de um comentário não são interpretados como sinais de bloco saltar
Exemplo:
N5 G00 X100. ( /3 Part1 ) Y100
;o eixo Y é deslocado, mesmo quando o bloco saltar nível 3 está ativo
Os níveis de bloco saltar / 1 a / 9 podem estar ativos. Os valores de bloco saltar <1 e> 9 leva a um alarme 14060 "nível de
pular não permissível para bloco saltar diferencial".
A função é mapeada para os níveis de salto Siemens existentes. Ao contrário do dialeto ISO original, "/" e "/ 1" são níveis
de salto separados que também devem ser ativados separadamente.

Indicação
O "0" em "/ 0" pode ser omitido.

2.1.2 Pré-condições para o avanço


A seção seguinte descreve a função de avanço com a qual a taxa de avanço (via coberta por minuto ou por rotação) de
uma ferramenta de corte é definida.

2.1.2.1 Movimento transversal rápido


Movimento transversal rápido é usado para o posicionamento (G00), bem como para o manual transversal com movimento
transversal rápid (JOG). No movimento transversal rápido, cada eixo é transverso a taxa de movimento transversal rápido
ajustado para eixos individuais. A taxa de movimento transversal rápido é definida pelo fabricante da máquina e é
especificado pelos os dados da maquina para os eixos individuais. À medida que os eixos deslocam-se independentemente
uns dos outros, cada eixo atinge seu ponto-alvo em momentos diferentes. Assim, a trajetória da ferramenta resultante não é
geralmente uma linha reta.

2.1.2.2 Avanço de trajetória (função F)


Indicação
A menos que algo mais seja especificado, a unidade "mm/min" sempre quer dizer velocidade de avanço da ferramenta de
corte nesta documentação.

O avanço com o qual uma ferramenta deve ser atravessada em interpolação linear (G01) ou interpolação circular (G02,
G03) é designado com o caractere de endereço "F".
O avanço da ferramenta de corte em "mm/min" é especificado após o caractere de endereço "F".
A faixa permissível de valores F é especificada na documentação do fabricante da máquina.

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90 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Possivelmente, o avanço é limitado pelo servossistema e o sistema mecânico na direção para cima. O avanço máximo é
definido nos dados da máquina e limitado ao valor definido lá antes de uma superação.
O avanço em trajetória é geralmente composto por componentes de velocidade individuais de todos os eixos geométricos
que participam do movimento e referem-se ao centro do cortador (veja as seguintes figuras).

Esquema 2-1 Interpolação linear com 2 eixos

Esquema 2-2 Interpolação circular com 2 eixos

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 91
Na interpolação 3D, o avanço das linhas retas resultantes programado com F são mantidos no espaço.

Esquema 2-3 Avanço em caso de interpolação 3D

Indicação
Se "F0" for programado e a função "Velocidade de avanço fixa" não estiver ativa, então o alarme 14800 "Velocidade da
trajetória programada menor ou igual a zero" será gerado.

2.1.2.3 Avanço linear (G94)


Especificando G94, o avanço fornecido após o caractere de endereço F é executado em unidades mm/min, pol/min ou
grau/min.

2.1.2.4 Avanço de tempo inverso (G93)


Especificando G93, o avanço fornecido após o caractere de endereço F é executado na unidade de 1/min. G93 é uma
função G efetiva modalmente.

Exemplo
N10 G93 G1 X100 F2 ;
isto é, a trajetória programada é atravessada dentro de meio minuto.

2.1.2.5 Taxa de avanço rotacional (G95)


Especificando G95, o avanço é executado na unidade de mm/revolução ou in/rev relativo ao fuso principal.

Indicação
Todos os comandos são modais. Se o comando de avanço G feed é alternado entre G93, G94 ou G95, o avanço de
trajetória deve ser reprogramada. O avanço pode também ser especificado em graus/rotação para usinagem com eixos
rotativos

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2.2 Tabela de código G

Tabelas 2-2 Tabela de código G - fresamento

código G Descrição
Grupo 1
G00 1) 1 Movimento transversal rápido
G01 2 Movimento linear
G02 3 Círculo/hélice no sentido horário
G03 4 Círculo/hélice no sentido anti-horário
Grupo 2
G17 1) 1 Plano XY
G18 2 Plano ZX
G19 3 Plano YZ
Grupo 3
G90 1) 1 Programação absoluta
G91 2 Programação incremental
Grupo 5
G93 3 velocidade de avanço de tempo inverso (1/min)
G94 1) 1 Velocidade de avanço em [mm/min, in/min]
G95 2 Taxa de avanço rotacional em [mm/rev, pol/rev]
Grupo 6
G20 1) 1 Sistema de entrada de dados em polegadas
G21 2 Sistema de entrada de dados em metros
Grupo 7
G40 1) 1 Desabilitação da compensação do raio da fresa
G41 2 Compensação à esquerda do contorno
G42 3 Compensação à direita do contorno
Grupo 8
G43 1 Compensação do comprimento da ferramenta positiva ativada
G44 2 Compensação do comprimento da ferramenta negativa ativada
G49 1) 3 Compensação do raio da ferramenta desativada
Grupo 9
G73 1 Ciclo de perfuração profunda em alta velocidade com quebra de cavacos
G74 2 Ciclo de abertura de rosca interna à esquerda
G76 3 Ciclo de perfuração fina
G80 1) 4 Ciclo desativado
G81 5 Ciclo de perfuração, escareamento
G82 6 Ciclo de perfuração, escareamento cônico
G83 7 Ciclo de perfuração profunda com remoção de cavacos
G84 8 Ciclo de abertura de rosca interna à direita
G85 9 Ciclo de mandrilamento, retração G01 após atingir o fim no eixo Z, sem parada do fuso
G86 10 Ciclo de mandrilamento, o fuso para e então retração com G00 depois de atingir o fim no
eixo Z
G87 11 Escareamento cônico reverso
G89 12 Ciclo de mandrilamento, espera e então retração com G01, sem mudança de sentido de
rotação do fuso

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 93
código G Descrição
Grupo 10
G98 1) 1 Retorno ao ponto de início em ciclos fixos
G99 2 Retorno ao ponto R em ciclos fixos
Grupo 11
G50 1)2) 1 Escala desativada
G51 2) 2 Escala ativada
Grupo 12
G66 2) 1 Chamada de módulo macro
G67 1)2) 2 Apagar chamada de módulo macro
Grupo 13
G96 1 taxa de corte constante ativada
G97 1) 2 taxa de corte constante desativada
Grupo 14
G54 1) 1 Selecionar deslocamento de origem
G55 2 Selecionar deslocamento de origem
G56 3 Selecionar deslocamento de origem
G57 4 Selecionar deslocamento de origem
G58 5 Selecionar deslocamento de origem
G59 6 Selecionar deslocamento de origem
G54 P0 1 deslocamento de origem externo
Grupo 15
G61 1 Parada exata modal
G63 2 Modo de abertura de rosca
G64 1) 3 Modo de trajetória contínua
Grupo 16
G68 1 Rotação ATIVADA, 2D/3D
G69 1) 2 Rotação DESATIVADA
Grupo 17
G15 1) 1 Coordenada polares desativadas
G16 2 Coordenadas polares ativadas
Grupo 18 (não modal efetivo)
G04 1 Tempo de espera em [s] ou em giros do fuso
G05 18 Ciclo de alta velocidade de corte
G05.1 2) 22 Ciclo de alta velocidade -> Chamar CYCLE305
G07.1 2) 16 Interpolação cilíndrica
G08 12 Pré-controle ATIVADO/DESATIVADO
G09 2 Parada exata
G10 2) 3 Gravação de deslocamento de origem/correção da ferramenta
G11 4 Entrada de parâmetro final
G27 13 Verificação da posição de referência
G28 5 1. Aproximar-se de um ponto de referência
G30 6 2./3./4. Aproximar-se de um ponto de referência
G30,1 19 Posição de ponto de referência
G31 7 Medição com "apagar distância que falta"
G52 8 Deslocamento de origem programável:

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94 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
código G Descrição
G53 9 Aproximar da posição no sistema de coordenadas da máquina
G60 22 Posicionamento direto
G65 2) 10 Chamada de macro
G72,1 2) 14 Repetição de contorno com rotação
G72,2 2) 15 Repetição de contorno linear
G92 11 Configuração de valor real
G92,1 21 Apagar valor real, reset WKS
Grupo 22
G50,1 1 Espelhamento no eixo programado ATIVADO
G51,1 2 Espelhamento no eixo programado DESATIVADO
Grupo 31
G290 1) 1 Seleção do modo Siemens
G291 2 Seleção do modo dialeto ISO

Indicação
Em geral, as funções G mencionadas em 1) são definidas pelo CN durante ativação do sistema de controle ou durante
RESET. Dados sobre as configurações reais podem ser encontradas na documentação do fabricante de sua máquina.
As funções G mencionadas em 2) são opcionais. Se a função pertinente está disponível em seu sistema de controle pode
ser encontrado na documentação do fabricante de sua máquina.

2.3 Comandos de acionamento


2.3.1 Comandos de interpolação
2.3.1.1 Interpolação cilíndrica (G07.1)
Sulcos aleatórios podem ser cortados em peças de trabalho cilíndricas com a Função G07.1 (interpolação cilíndrica). O
caminho das ranhuras é programado com relação à superfície do plano distendido do cilindro.
As funções G especificadas abaixo podem ser usadas para alternar a operação da interpolação cilíndrica entre ligado e
desligado.

Tabelas 2-3 Funções G para ativar/desativar a interpolação cilíndrica

Função G Função Grupo G


G07.1 Operação com interpolação cilíndrica 16

Formato
G07.1 A (B, C) r ;Ativação da operação com interpolação cilíndrica
G07.1 A (B, C) 0 ;Desativação da operação com interpolação cilíndrica
A, B, C: Endereço do eixo rotativo
r: Raio do cilindro
Nenhum outro comando deve estar presente no bloco contendo G07.1.
O comando G07.1 é modal. Uma vez que o G07.1 seja especificado, a interpolação cilíndrica permanece ativa até que o
G07.1 A (B, C) seja desativado. A interpolação cilíndrica é desativada na posição fechada ou após NC RESET.

Indicação
G07.1 baseia-se na opção TRACYL da Siemens. Para isto, os dados de máquina apropriados precisam ser definidos.
Os dados correspondentes sobre isso estão disponíveis no Manual de função do SINUMERIK 808D ADVANCED, Capítulo
"Transformação Kinematic".

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 95
Exemplo de programação
No plano cilíndrico (ele sobe porque a circunferência de uma peça de trabalho cilíndrica é rolada para fora), no qual o eixo Z
é aceito como eixo linear e o eixo A como o eixo rotativo, o programa a seguir é gravado:

Esquema 2-4 G07.1 - Exemplo de programação

Programa
M19
G40
G00 Z30. A-10.
G07.1 A57.296 ;Operação com interpolação cilíndrica ATIVADA
;(raio da peça de trabalho = 57.926)
G90
G42 G01 A0 F200
G00 X50.
G01 A90. F100
G02 A120. Z60. R30
G01 Z90.
Z120. A150.
Z150.
G03 Z150. A210. R30.
G02 Z120. A240. R30
G01 A300.
Z30. A330.
A360.
G00 X100.
G40 G01 A370.
G07.1 A0 ;Operação com interpolação cilíndrica DESATIVADA
G00 A0

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96 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Programação na operação com interpolação cilíndrica
Somente as seguintes funções G podem ser usadas na interpolação cilíndrica: G00, G01, G02, G03, G04, G40, G41, G42,
G65, G66, G67, G90, G91 e G07.1. Na operação com G00 somente esses eixos podem ser usados, os quais não estão
envolvidos no plano cilíndrico.
Os eixos a seguir não podem ser usados como eixo de posicionamento ou como um eixo de alternância:
1. O eixo de geometria na direção periférica da superfície do cilindro (eixo Y)
2. O eixo linear adicional para a correção lateral da ranhura (eixo Z)

Relação entre a interpolação cilíndrica e as operações com relação ao sistema de coordenada


● As funções mencionadas abaixo não devem ser usadas na operação com interpolação cilíndrica.
– Espelhamento
– Mudança de escala (G50, G51)
– Rotação do eixo de coordenadas (G68)
– Configuração do sistema de coordenadas básico
● Os overrides relevantes (transversal rápido, JOG, velocidade do fuso) estão em vigor.
● Ao desativar esta operação com interpolação cilíndrica, o plano de interpolação que foi selecionado antes da operação
com a interpolação cilíndrica ser chamada, torna-se ativo novamente.
● Para executar a compensação de comprimento da ferramenta, o comando para a compensação de comprimento da
ferramenta deve ser gravado antes de especificar o comando G07.1.
● A correção do trabalho (G54 - G59) também deve ser gravado antes de especificar o comando G07.1.
Os comandos de interpolação e posicionamento, no qual a trajetória da ferramenta ao longo do contorno programado, tais
como uma linha reta ou um arco circular é monitorada, são descritos na próxima seção.

2.3.1.2 Movimento transversal rápido (G00)


Pode-se usar o movimento transversal rápido para posicionar a ferramenta rapidamente, para atravessar em torno da peça
de trabalho ou para aproximar dos pontos de troca de ferramenta.
As seguintes funções G podem ser usadas para chamar o posicionamento (consulte a tabela a seguir):

Tabelas 2-4 Função G para posicionamento

Função G Função Grupo G


G00 Movimento transversal rápido 01
G01 Movimento linear 01
G02 Círculo/hélice na sentido horário 01
G03 Círculo/hélice no sentido anti-horário 01

Posicionamento (G00)
Formato
G00 X... Y... Z... ;

Explicação
O movimento da ferramenta programado com G00 é executado à maior velocidade de movimento transversal possível
(movimento transversal rápido). A velocidade de movimento transversal rápido é definida para cada eixo nos dados da
máquina. Se o movimento transversal rápido for executado simultaneamente em vários eixos, a velocidade de movimento
transversal rápido é determinada pelo eixo que requer mais tempo para sua seção da trajetória.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 97
Eixos que não são programados em um bloco G00 não são atravessados. No posicionamento, os eixos individuais
atravessam independentemente um dos outros com velocidade de movimento transversal rápido especificada para cada
eixo. As velocidades precisas de sua maquina podem ser consultadas na documentação do fabricante.

Esquema 2-5 O posicionamento no estado de execução com 3 eixos controláveis simultaneamente

Indicação
Como no posicionamento com G00, os eixos atravessam independentemente um do outro (não interpolados), cada eixo
atinge seu ponto final em um tempo diferente. Logo, deve-se ser muito cuidadoso no posicionamento com vários eixos de
maneira que uma ferramenta não colida com uma peça de trabalho durante o posicionamento.

Interpolação linear (G00)


A interpolação linear com G00 é definida com a configuração do dado de máquina 20732
$MC_EXTERN_GO_LINEAR_MODE. Neste caso, todos os eixos programados deslocam-se em movimento transversal
rápido com interpolação linear e atingir suas posições alvo simultaneamente.

2.3.1.3 Interpolação linear (G01)


Com G01 a ferramenta desloca-se em linhas para-axiais, inclinadas ou retas posicionadas no espaço. A interpolação linear
permite usinagem de superfícies 3D, ranhuras, etc.

Formato
G01 X... Y... Z... F... ;
Em G01, a interpolação linear é executada com o avanço em trajetória. Os eixos que não são especificados no bloco com
G01 não são atravessados. A interpolação linear é programada como no exemplo fornecido acima.

Avanço F para eixos da trajetória


A taxa de avanço é especificada mediante o endereço F. Dependendo da configuração-padrão nos dados da máquina, as
unidade de medidas especificadas com os comandos G (G93, G94, G95) estão também em mm ou pol.
Um valor F pode ser programado para blocos do CN. A unidade da velocidade de avanço é definida através de um dos
comando G mencionados. O avanço F atua apenas nos eixos da trajetória e permanece ativo até que um novo valor de
avanço seja programado. Separadores são permitidos após o endereço F.

Indicação
Um alarme é disparado ao executar um bloco G01 se nenhum avanço foi programado em um bloco com G01 ou nos blocos
anteriores.

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O ponto final pode ser especificado como absoluto ou incremental. Para mais informações, consulte a Seção
"Dimensionamento absoluto/incremental (G90, G91) (Página 112)".

Esquema 2-6 Interpolação linear

2.3.1.4 Interpolação circular (G02, G03)

Formato
Para iniciar a interpolação circular, execute os comandos especificados na seguinte tabela.

Tabelas 2-5 Comandos a serem executados para interpolação circular

Elemento Comando Descrição


Designação do plano G17 Arco circular no plano X-Y
G18 Arco circular no plano Z-X
G19 Arco circular no plano Y-Z
Sentido de rotação G02 sentido horário
G03 anti-horário
Posição do ponto final Dois eixos de X, Y ou Z Posição do ponto final em um sistema de coordenadas
da peça de trabalho
Dois eixos de X, Y ou Z Distância do ponto inicial - ponto final com sinal
Distância do ponto inicial - centro Dois eixos de I, J ou K Distância do ponto inicial - centro do círculo com sinal
Raio do arco circular R Raio do arco circular
Avanço F Velocidade ao do arco circular

Designação do plano
Com os comandos especificados abaixo, uma ferramenta atravessa ao longo do arco circular no plano X-Y, Z-X ou Y-Z, de
maneira que o avanço especificado com "F" é mantido no arco circular.
● no Plano X-Y:
G17 G02 (ou G03) X... Y... R... (ou I... J... ) F... ;
● no Plano Z-X:
G18 G02 (ou G03) Z... X... R... (ou K... I... ) F... ;
● no Plano Y-Z:
G19 G02 (ou G03) Y... Z... R... (ou J... K... ) F... ;

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 99
Antes da programação do raio do círculo (com G02, G03), deve-se primeiro selecionar o plano de interpolação desejado
com G17, G18 ou G19. Interpolação circular não é permitida para o 4º e 5º eixos, se forem eixos lineares.
A seleção de plano também é usada para selecionar o plano no qual a compensação de raio da ferramenta (G41/G42) é
efetuada. O plano X-Y (G17) é automaticamente ajustado depois de ativar o sistema de controle.
G17 Plano X-Y
G18 Plano Z-X
G19 Plano Y-Z
Os planos de trabalho devem ser especificados, em geral.
Círculos também podem ser criados fora do plano de trabalho selecionado. Neste caso, os endereços do eixo
(especificação das posições finais do círculo) determinam o plano circular.
A interpolação circular é possível no plano Xβ, Zβ ou Yβ ao selecionar um 5º. eixo linear opcional, que também contém um
5º. eixo além dos planos X-Y, Y-Z e Z-X (β=U, V ou W)
● Interpolação circular no plano Xβ
G17 G02 (ou G03) X... β... R... (ou I... J... ) F... ;
● Interpolação circular no plano Zβ
G18 G02 (ou G03) Z... β... R... (ou K... I... ) F... ;
● Interpolação circular no plano Yβ
G19 G02 (ou G03) Y... β... R... (ou J... K... ) F... ;
● Se os caracteres de endereço para os 4º. e 5º. eixos são omitidos, como por exemplo nos comandos "G17 G02 X...
R... (ou I... J... ) F... ;", então o plano X-Y é selecionado automaticamente no plano de interpolação. A interpolação
circular com o 4º. e 5º. eixos não é possível se esses eixos adicionais forem eixos rotativos.

Sentido de rotação
O sentido de rotação do arco circular deve ser especificado como mostrado na seguinte figura.
G02 sentido horário
G03 anti-horário

Esquema 2-7 Sentido de rotação do arco circular

Ponto final
O ponto final pode ser especificado correspondendo à definição com G90 ou G91 como absoluto ou incremental.
Se o ponto final especificado não recai no arco circular, o sistema gera o alarme 14040 "Erro no ponto final do círculo".

Possibilidades de programação de movimentos circulares


O sistema de controle oferece opções de programação de movimentos circulares.
O movimento circular é descrito pelo:
● Ponto central e ponto final em dimensão absoluta ou incremental (padrão)
● Raios e pontos finais nas coordenadas cartesianas

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


100 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Para uma interpolação circular com um ângulo central <= 180°, a programação deve ser "R > 0" (positivo).
Para uma interpolação circular com um ângulo central > 180°, a programação deve ser "R < 0" (negativo).

Esquema 2-8 Interpolação circular com especificação de raio R

Avanço
Durante a interpolação circular, o avanço pode ser especificado exatamente como durante interpolação linear (veja a Seção
"Interpolação linear (G01) (Página 98)").

2.3.1.5 Programação de definição de contorno e adição de chanfros ou raios


Chanfros ou raios podem ser adicionados após cada bloco de movimento transversal entre contornos lineares e circulares.
Por exemplo, para esmerilhar arestas vivas de peças de trabalho.
As seguintes combinações são possíveis durante adição:
● entre duas linhas retas
● entre dois arcos circulares
● entre um arco circular e uma linha reta
● entre uma linha reta e um arco circular

Formato
, C...; Chanfro
, R...; Arredondamento

Exemplo
N10 G1 X10. Y100. F1000 G17
N20, A140, C7.5
N30 X80. Y70., A95.824, R10

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 101
Esquema 2-9 3 linhas retas

ISO modo de dialeto


No dialeto ISO original, o endereço C pode ser usado como nome do eixo bem como para denotar um chanfro no contorno.
O endereço R pode ser ou um parâmetro do ciclo ou um identificador do raio de um contorno.
O endereço A é o ângulo na definição do contorno.
Para diferenciar entre essas duas possibilidades, uma vírgula "," deve ser usada ao programar a definição do contorno
antes do endereço "A", "R" ou "C".

Modo Siemens
Os identificadores de chanfro e raio são definidos no modo Siemens usando os dados da máquina. Conflitos de novo
podem ser evitados dessa maneira. Não deve haver vírgula antes do identificador de raio ou chanfro.

Seleção de plano
Chanfro ou filete é possível apenas no plano especificado através da seleção de plano (G17, G18 ou G19). Essas funções
não podem ser usadas em eixos paralelos.

Indicação
Nenhum chanfro/arredondamento será inserido se
● Nenhum contorno reto ou circular está disponível no plano,
● um movimento ocorre fora do plano,
● O plano é mudado ou um número de blocos especificado nos dados da máquina, que não contêm nenhuma informação
sobre movimento transversal (por exemplo, apenas saídas de comando), é excedido.

Sistemas de coordenadas
Após um bloco que muda o sistema de coordenadas (G92 or G52 to G59) ou que contém um comando de aproximação do
ponto de referência (G28 a G30), não deve conter nenhum comando de chanfradura ou arredondamento de cantos.

Abertura de rosca
A especificação do filete nos blocos de abertura de rosca não é permitida.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


102 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.3.1.6 Interpolação helicoidal (G02, G03)
Com interpolação helicoidal, dois movimentos são superpostos e executados em paralelo:
● Um movimento circular do plano no qual
● Um movimento linear vertical é superposto.

Esquema 2-10 Interpolação helicoidal

Indicação
G02 e G03 são modais. O movimento circular é executado nesses eixos que são definidos pela especificação do plano
de trabalho.

2.3.2 Aproximação ao ponto de referência com funções G

2.3.2.1 Aproximação ao ponto de referência com ponto intermediário (G28)

Formato
G28 X... Y... Z...;
Os comandos "G28 X... Y... Z... ;" podem ser usados para atravessar os eixos programados aos seus pontos de referência.
Neste caso, os eixos são primeiro deslocados à posição especificada com movimento transversal rápido e daí ao ponto de
referência automaticamente. Os eixos não programadas no bloco com G28 não são atravessados à seu ponto de
referência.

Posição de referência
Quando a máquina tiver sido ligada (onde sistemas de medição de posição incremental são usados), todos os eixos devem
se aproximar de sua marca de referência. Somente dessa forma os movimentos transversais podem ser programados. A
aproximação até o ponto de referência no programa do CN pode ser realizada com G28. As coordenadas do ponto de
referência são definidas com o dado de máquina 34100 $_MA_REFP_SET_POS[0] a [3]). Um total de quatro posições de
referência pode ser definido.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 103
Esquema 2-11 Aproximar ponto de referência automático

Retorno ao ponto de referência


Indicação
A função G28 é implementada com o ciclo de cobertura cycle328.spf. Uma transformação não deve ser programada para
um eixo que deve se aproximar do ponto de referência com G28 o qual deve se aproximar da marca de referência. A
transformação é desativada no ciclo cycle328.spf.

Aproximação automática do ponto de referência para eixos rotativos


Eixos rotativos podem ser usados para aproximação automática do ponto de referência exatamente como eixos lineares. A
direção de aproximação do movimento transversal é definida com o dado de máquina 34010
MD_$MA_REFP_CAM_DIR_IS_MINUS.

Esquema 2-12 Retorno ao ponto de referência - eixos rotativos

Adições aos comandos para aproximação automática do ponto de referência:


Compensação de raio da ferramenta e ciclos definidos
G28 não deve ser usada em operação com compensação de raio da ferramenta (G41, G42) ou em um ciclo definido!

Indicação
G28 é usada para interromper a compensação de raio da ferramenta (G40) com movimento transversal eventual do eixo ao
ponto de referência. Portanto, a compensação do raio da ferramenta deve ser desativada antes que ocorra G28.

Corretor de ferramenta em G28


Em G28, o ponto de interpolação é aproximado com o corretor de ferramenta atual. O corretor de ferramenta é desabilitado
quando o ponto de referência é finalmente aproximado.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


104 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.3.2.2 Verificação da posição de referência (G27)

Formato
G27 X... Y... Z... ;
Esta função é utilizada para verificar se os eixos estão no seu ponto de referência.

Procedimento de teste
Se a verificação com G27 é bem-sucedida, o processamento é continuado com a próxima peça do bloco do programa. Se
um dos eixos programados com G27 não está no ponto de referência, o alarme 61816 61816 "Axes not on reference point"
(o eixos não estão no ponto de referência) é acionado e o modo automático é interrompido.

Indicação
A função G27 é implementada com o ciclo 328. ciclo como com G28.
Para evitar um erro de posicionamento, a função de "mirroring" (espelhamento) deve ser desativada antes de executar G27.

2.3.2.3 Aproximação do ponto de referência com seleção do ponto de referência (G30)

Formato
G30 Pn X... Y... Z... ;
Para os comandos "G30 Pn X... Y... Z;" os eixos estão posicionados sobre o ponto intermediário especificado no modo de
trajetória contínua e, finalmente, desloca-se para o ponto de referência selecionado com P2 - P4. Com "G30 P3 X30. Y50.;",
Os eixos X e Y retornam ao terceiro ponto de referência. O segundo ponto de referência é selecionado omitindo "P" Eixos
que não são programados em um bloco G30 não são atravessados.

Posição de ponto de referência


As posições de todos os pontos de referência são sempre determinada em relação ao primeiro ponto de referência. A
distância do primeiro ponto de referência de todos os pontos de referência subsequentes está definida em dados de
máquina seguintes:

Tabelas 2-6 Pontos de referência

Elemento MD
2. Ponto de referência $_MA_REFP_SET_POS[1]
3. Ponto de referência $_MA_REFP_SET_POS[2]
4. Ponto de referência $_MA_REFP_SET_POS[3]

Indicação
Mais detalhes sobre os pontos que foram considerados na programação do G30 estão disponíveis no capítulo "Abordagem
do ponto de referência com ponto intermediário (G28)". A função G30 é implementada com o ciclo 328. ciclo como com
G28.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


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2.4 Comandos de movimento
2.4.1 O sistema de coordenada
A posição de uma ferramenta é definida unicamente por suas coordenadas no sistema de coordenadas. Essas
coordenadas são definidas através das posições do eixo. Se, por exemplo, os três eixos envolvidos são denotados por X, Y
e Z, as coordenadas são especificadas da seguinte maneira:
X... Y... Z...

Esquema 2-13 Posições de ferramenta especificadas com X... Y... Z...

Os seguintes sistemas de coordenadas são usadas para especificar as coordenadas:


1. Sistemas de coordenadas da máquina (G53)
2. Sistema de coordenadas da peça (G92)
3. Sistema de coordenadas local (G52)

2.4.1.1 Sistemas de coordenadas da máquina (G53)

Definição do sistema de coordenadas da máquina


O zero da máquina define o sistema de coordenadas da máquina MCS. Todos os outros pontos de referência referem-se
ao ponto zero da máquina.
O zero da máquina é um ponto fixo na ferramenta da máquina que pode ser referenciado por todos os sistemas de medição
(derivados).

Formato
(G90) G53 X... Y... Z... ;
X, Y, Z: Dimensão absoluta de palavra

Seleção do sistema de coordenadas da máquina (G53)


G53 suprime o deslocamento de origem programável e o ajustável. Os movimentos transversais no sistema de
coordenadas da máquina com base em G53 são sempre programados se a ferramenta deve atravessar à posição
específica da máquina.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


106 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Desabilitação da compensação
Se MD10760 $MN_G53_TOOLCORR = 0, então as compensações ativas do comprimento da ferramenta e do raio da
ferramenta permanecem ativas em um bloco com G53
Se MD10760 $MN_G53_TOOLCORR = 1, então as compensações ativas do comprimento da ferramenta e do raio da
ferramenta em um bloco são suprimidas com G53.

2.4.1.2 Sistema de coordenadas da peça (G92)


Antes da usinagem deve-se criar um sistema de coordenadas para a peça de trabalho, o assim chamado sistema de
coordenadas da peça de trabalho. Esta seção descreve métodos diferentes de configuração, seleção e alteração de um
sistema de coordenadas da peça de trabalho.

Configuração de um sistema de coordenadas da ferramenta


Os seguintes dois métodos podem ser usados para definir um sistema de coordenadas da ferramenta:
1. Com G92 no programa de peça
2. manualmente através do painel do operador HMI

Formato
(G90) G92 X... Y... Z... ;
O ponto da base atravessa à posição especificada gerando um comando absoluto. A diferença entre ponta da ferramenta e
ponto da base é compensada através da compensação do comprimento da ferramenta; dessa maneira, a ponta da
ferramenta pode atravessar à posição alvo em qualquer caso.

2.4.1.3 Reinicializando o sistema de coordenadas da ferramenta (G92.1)


Com G92.1, pode-se efetuar reset de um sistema de coordenadas deslocado antes do deslocamento. O sistema de
coordenadas da ferramenta é reinicializado para o sistema de coordenadas que é definido pelos deslocamentos de origem
ajustável ativo (G54-G59). O sistema de coordenadas da ferramenta está definido para a posição de referência se nenhum
deslocamento de origem ajustável está ativo. G92.1 reinicia o deslocamento executado através de G92 ou G52. No entanto,
apenas os eixos que estão programados, são reinicializados.
Exemplo 1:
N10 G0 X100 Y100 ;Exibição WCS: X100 Y100 MCS: X100 Y100
N20 G92 X10 Y10 ;Exibição WCS: X10 Y10 MCS: X100 Y100
N30 G0 X50 Y50 ;Exibição WCS: X50 Y50 MCS: X140 Y140
N40 G92.1 X0 Y0 ;Exibição WCS: X140 Y140 MCS: X140 Y140
Exemplo 2:
N10 G10 L2 P1 X10 Y10
N20 G0 X100 Y100 ;Exibição WCS: X100 Y100 MCS: X100 Y100
N30 G54 X100 Y100 ;Exibição WCS: X100 Y100 MCS: X110 Y110
N40 G92 X50 Y50 ;Exibição WCS: X50 Y50 MCS: X110 Y110
N50 G0 X100 Y100 ;Exibição WCS: X100 Y100 MCS: X160 Y160
N60 G92.1 X0 Y0 ;Exibição WCS: X150 Y150 MCS: X160 Y160

2.4.1.4 Seleção de um sistema de coordenadas da peça de trabalho


Como mencionado acima, o usuário pode selecionar um dos sistema de coordenadas da peça de trabalho já ajustados.
1. G92
A função de comando absoluto juntamente com um sistema de coordenadas da peça de trabalho apenas se um sistema
de coordenadas da peça de trabalho foi escolhida anteriormente.
2. Seleção de um sistema de coordenadas da peça de trabalho a partir de uma seleção de sistema de coordenadas da
peça de trabalho específica através do IHM do painel do operador.
Um sistema de coordenadas da peça de trabalho pode ser selecionado pela especificação da funçao G na área G54 a
G59.
Os sistemas de coordenadas da peça de trabalho são configurados após aproximação ao ponto de referência após
Power On. A posição fechada do sistema de coordenada é definida em MD20154[13].

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 107
2.4.1.5 Gravação de deslocamento de origem/desvio da ferramenta (G10)
Os sistema de coordenadas da peça de trabalho definidos através de G54 a G59 ou G54 P{1 ... 93} podem ser alterados
com dos dois processos seguintes.
1. A entrada de dados no painel do operador IHM
2. com os comandos do programa G10 ou G92 (configuração de valor real)

Formato
Modificado por G10:
G10 L2 Pp X... Y... Z... ;
p=0: Deslocamento de origem da peça externo
p=1 a 6: Os valores de deslocamento de origem da peça correspondem ao sistema de coordenadas da peça
de trabalho G54 a G59 (1 = G54 a 6 = G59)
X, Y, Z: O deslocamento de origem da peça para cada eixo durante um comando absoluto (G90). O valor que
deve ser adicionado durante um comando incremental (G91), para cada eixo, ao deslocamento de
origem da peça.

Modificado por G92:


G92 X... Y... Z...;

Explicações
Modificado por G10:
G10 pode ser utilizado para alterar cada sistema de coordenadas da peça de trabalho individualmente. Se o deslocamento
de origem com G10 deve ser gravado apenas quando o bloco G10 é executado na máquina (execução do bloco principal),
então MD20734 $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 13 deve ser configurado. Um STOPRE interno é executado neste
caso com G10. Os bits de dados da máquina afetam todos os comandos G10 no ISO Dialect T e ISO Dialect M.
Modificado por G92:
Ao especificar G92 X... Y... Z..., um sistema de coordenadas da peça de trabalho, que foi selecionado previamente com um
comando G G54 a G59 ou G54 P{1 ...93}, pode ser alterado e então um novo sistema de coordenadas da peça de trabalho
pode ser configurado. Se X, Y e Z forem programados incrementalmente, o sistema de coordenadas da peça é definido de
tal maneira que a posição da ferramental atual iguala o total do valor incrementa especificado e as coordenadas da posição
anterior da ferramenta (deslocamento do sistema de coordenadas). Por fim, o valor do sistema de coordenada alterado é
adicionado a cada valor individual do deslocamento de origem da peça. Para colocar de outra forma: Todos os sistema de
coordenadas da peça de trabalho estão deslocados sistematicamente pelo mesmo valor.

Exemplo
A ferramenta em operação com G54 é posicionada em (190, 150), e o sistema de coordenadas da peça de trabalho 1 (X' -
Y') é criada cada vez em G92X90Y90 com uma mudança do vetor A.

Esquema 2-14 Exemplo de configuração de coordenadas

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


108 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.4.1.6 Sistema de coordenadas local (G52)
Para simplificação de programação, um tipo de sistema de coordenadas da peça de trabalho pode ser configurado para
criar um programa no sistema de coordenadas da peça de trabalho. Este sistema de coordenadas da peça também é
chamado de sistema de coordenadas local.

Formato
G52 X... Y... Z... ; Configuração do sistema de coordenadas local
G52 X0 Y0 Z0 ; Desfazer seleção do sistema de coordenadas local
X, Y, Z: Origem do sistema de coordenadas local

Explicações
G52 pode ser usada para programar deslocamentos de origem para todas as trajetórias e eixos de posicionamento na
direção do eixo especificado. Dessa maneira, pode-se trabalhar com mudança dos pontos zero, por exemplo, durante
operações de usinagem repetitivas em diferentes posições da peça de trabalho.
G52 X... Y... Z... é um deslocamento do origem em torno dos valores de deslocamentos programados nas direções
especificadas do eixo pertinente. O último deslocamento de origem ajustável especificado (G54 a G59, G54 P1 - P93) serve
como referência.

Esquema 2-15 Configuração do sistema de coordenadas local

2.4.1.7 Seleção do plano (G17, G18, G19)


A seleção do plano no qual a interpolação circular, a compensação do raio da ferramenta e a rotação do sistema de
coordenadas ocorreram é feita especificando as seguintes funções G.

Tabelas 2-7 Funções G para selecionar o plano

Função G Função Grupo G


G17 Plano X-Y 02
G18 Plano Z-X 02
G19 Plano Y-Z 02
O plano é definido como descrito abaixo (com uma ajuda do exemplo do plano X-Y):
O eixo horizontal no primeiro quadrante é o eixo +X e o eixo vertical no mesmo quadrante é Y+.

Esquema 2-16 Seleção de plano

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 109
● O plano X-Y (G17) é automaticamente selecionado depois de ativa o sistema de controle.
● O comando para mover um eixo individual pode ser especificado independentemente da seleção do plano por G17, G18
ou G19. Assim, por exemplo, o eixo Z pode ser deslocado especificando "G17 Z ....;".
● O plano no qual a compensação do raio da ferramenta é executada com G41 ou G42 é definida especificando G17, G18
ou G19.

2.4.1.8 Eixos paralelos (G17, G18, G19)


Um eixo localizado paralelo a um dos três eixos principais do sistema de coordenadas pode ser ativado usando a função
G17 (G18, G19) <Nome do eixo>.
Os três eixos principais são, por exemplo, X, Y e Z.

Exemplo
G17 U0 Y0
O eixo paralelo U é ativado quando o eixo X no plano G17 é substituído.

Explicações
● Um eixo paralelo associado pode ser definido para cada eixo geométrico com o dado de máquina
$MC_EXTERN_PARALLEL_GEOAX[ ].
● Apenas eixos geométricos de um plano definido com (G17, G18, G19) podem ser substituídos.
● Na substituição dos eixos, normalmente todos os deslocamentos (frames) - com exceção dos deslocamentos do volante
e externo - são excluídos. O seguinte dado de máquina deve ser ajustado para evitar que os valores sejam excluídos:
Deslocamentos (frames)
$MN_FRAME_GEOAX_CHANGE_MODE
● Detalhes estão disponíveis na descrição dos dados da máquina.
● O alarme 12726 "Seleção de plano com eixos paralelos não permissível" é gerado se um eixo principal é programado
junto com os eixos paralelos associados com um comando para seleção do plano.

2.4.1.9 Rotação do eixo de coordenadas (G68, G69)

Propriedades de G68 e G69


Um sistema de coordenadas pode ser rotacionado através das seguintes funções G.

Tabelas 2-8 Funções G para rotacionar um sistema de coordenadas

Função G Função Grupo G


G68 Rotação do sistema de coordenadas 16
G69 Desabilitação da rotação do sistema de coordenadas 16
G68 e G69 são funções G modais do grupo G 16. G69 é ajustado automaticamente ao ativar o sistema de controle e
reinicializando o CN.
Os blocos contendo G68 e G69 não devem conter qualquer outra função G.
A rotação do sistema de coordenadas é chamada com G68 e desabilitada com G69.

Formato
G68 X_ Y_ R_ ;
X_, Y_ :
Valores de coordenadas absolutas do centro de rotação. A posição real é aceita como o centro de rotação se esses forem
omitidos.
R_ :
Ângulo de rotação como uma função de G90/G91 absoluta ou incremental. Se R não for especificado, o valor da
configuração específica de canal do dado de configuração 42150 $SC_DEFAULT_ROT_FACTOR_R é usado como ângulo
de rotação.

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110 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
● Ao especificar G17 (ou G18, G19) G68 X... Y... R... ; " os comandos especificados nos seguintes blocos são
rotacionados de acordo com o ângulo especificado com R ao redor do ponto (X, Y). O ângulo de rotação pode ser
especificado em unidades de 0.001 grau.

Esquema 2-17 Rotação de um sistema de coordenadas

● A desabilitação da rotação do sistema de coordenadas ocorre através de G69.


● G68 é executada no plano que foi selecionado G68. O 4º. e 5º. eixos devem ser eixos lineares.
G17: Plano X-Y
G18: Plano Z-X
G19: Plano Y-Z

Adições aos comandos para rotacionar os sistemas de coordenadas


● Se "X" e "Y" são omitidos, a posição atual é usada como o centro de rotação para rotação das coordenadas.
● Os dados posicionais para a rotação de um sistema de coordenadas são especificados no sistema de coordenadas
rotacionado.
● Se programar uma mudança de plano (G17 a G19) após uma rotação, os ângulos de rotação programados para os
eixos são mantidos e continuam a se aplicar no novo plano de trabalho. É, portanto, aconselhável desativar a rotação
antes de uma mudança de plano.

2.4.1.10 Rotação 3D G68/G69


O código G G68 é estendido para rotação 3D.
G68 deve ser programado em um único bloco e os blocos contendo G68 e G69 não devem conter qualquer outra função G.

Formato
G68 X.. Y.. Z.. I.. J.. K.. R..
X.. Y.. Z..: Coordenadas do ponto de pivô em relação ao zero da peça de trabalho atual. Se nenhuma coordenada
for programada, o ponto de pivô recai no zero da peça. O valor é sempre interpretado como absoluto. As
coordenada do ponto de pivô age como um deslocamento de origem. G90/G91 no bloco não afeta o
comando G68.
I.. J.. K..: Vetor no ponto de pivô. O sistema de coordenadas é rotacionado em torno desse vetor em ângulo R.
R..: Ângulo de rotação. O ângulo de rotação é sempre absoluto.
A diferenciação da rotação 2D ou 3D ocorre apenas através da programação do vetor I, J, K. Se não houver vetor no bloco,
G68 2DRot é selecionada. Se houver um vetor no bloco, G68 3DRot é selecionada. Nos casos da rotação 2D e rotação 3D,
se não houver nenhum ângulo programado, o ângulo dos dados de configuração 42150 $SC_DEFAULT_ROT_FACTOR_R
está ativo.
Se um vetor for programado com o comprimento 0 (I0, Y0, K0), o alarme 12560 "Valor programado fora dos limites
permissíveis" é disparado.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 111
Duas rotações podem ser comutadas uma depois da outra com G68. Se até agora nenhuma G68 está ativa em um bloco
contendo G68, a rotação é escrita no segundo frame do sistema ISO. Se G68 já estiver ativa, a rotação é escrita no terceiro
frame do sistema ISO. Assim, ambas rotações seguem uma a outra.
A rotação 3D é terminada com G69. Se duas rotações estiverem ativas, ambas são desabilitadas com G69. G69 não deve
estar sozinha no bloco.

2.4.2 Definição de modos de entrada dos valores das coordenadas


2.4.2.1 Dimensionamento absoluto/incremental (G90, G91)
Se as dimensões após um endereço do eixo devem ser absolutas ou relativas (incrementais) é especificado com esses
comandos G.

Propriedades de G90, G91

Tabelas 2-9 Comandos G para definir dimensionamento absoluto/incremental

Comando G Função Grupo G


G90 Dimensionamento absoluto 03
G91 Dimensionamento incremental 03
● G90 e G91 são funções G modais do grupo G 03. Se G90 e G91 estão programados no mesmo bloco, a última função
G no bloco é efetiva.
● A posição fechada de G90 ou G91 é defnida no dado de máquina MD20154
$MC_EXTERN_GCODE_RESET_VALUES[2].

Formato
● Os valores programados são interpretados como posições do eixo absolutas para todas as posições do eixo
programadas de acordo com G90, por exemplo, X, Y, Z.
● Os valores programados são interpretados como posições do eixo incrementais para todas as posições do eixo
programadas de acordo com G91, por exemplo, X, Y, Z.

Esquema 2-18 Dimensionamento absoluto e incremental (G90, G91)

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112 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.4.2.2 Entrada polegadas/métrico (G20, G21)
Os eixos relacionados à peça de trabalho podem ser programados em dimensões métricas ou polegadas dependendo do
dimensionamento no desenho de produção. A unidade de entrada é selecionada com as seguintes funções G.

Tabelas 2-10 Comando G para selecionar a unidade de medida

Comando G Função Grupo G


G20 Entrada de dado em polegada 06
G21 Entrada em "mm" 06

Formato
G20 e G21 sempre devem ser programadas no início do bloco e não devem existir junto com outros comandos em um
bloco. Os seguintes valores são processados na unidade de medida selecionada ao executar a função G para selecionar a
unidade de medida: Todos os seguintes programas, valores de deslocamento, certos parâmetros, além de certos dados de
operação manual e de leitura.

Esquema 2-19 Exemplo de programação

Adições aos comandos para definir a unidade de medida


● A posição fechada é definida por meio do dado de máquina MD20154 $MC_EXTERN_GCODE_RESET_VALUES[5].
● Durante a mudança, os valores dos deslocamentos de origem são completamente trocados.
● Se a unidade de medida é mudada durante a execução do programa, o seguinte deve ser executado antes:
Ao usar um sistema de coordenadas da peça de trabalho (G54 a G59), este deve ser associado ao sistema de
coordenadas básico.
Todos os corretores devem ser desativados (G41 to G44 e G49).
● O seguinte deve ser feito depois de mudar o sistema de medida de G20 a G21:
G92 deve ser executada antes de especificar os comandos de movimento transversal para os eixos (para configurar o
sistema de coordenadas).
● G20 e G21 não são usadas para mudar o volante e a ponderação incremental. Isso acontece através do programa do
CLP. O dado da máquina responsável por isso é chamado $MA_JOG_INCR_WEIGHT.

2.4.2.3 Mudança de escala (G50, G51)

Propriedades de G50, G51


A forma definida por um programa de peça pode ser aumentada ou reduzida de acordo com a escala necessária. A escala
desejada pode ser habilitada e desabilitada por meio das seguintes funções.

Tabelas 2-11 Funções G para selecionar a escala

Comando G Função Grupo G


G50 Mudança de escala desativada 11
G51 Mudança de escala ativada 11
A seleção de mudança de escala e espelhamento ocorre com G51. A distinção é feita entre duas opções de mudança de
escala:
● Mudança de escala axial com os parâmetros I, J, K
Se I, J, K não for programado no bloco G51, o valor padrão pertinente do dado de configuração 43120
$A_DEFAULT_SCALE_FACTOR_AXIS será efetivo.
Fatores de escala axiais negativos levam também ao espelhamento.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 113
● Mudança de escala em todos os eixos com fator de escala P
Se P não for escrito no bloco G51, o valor padrão do dado de configuração será efetivo.
Valores P negativos não são possíveis.

Formato
Há dois diferentes tipos de escala.

Mudança de escala ao longo de todos os eixos com o mesmo fator de escala


G51 X... Y... Z... P... ; Iniciar mudança de escala
G50; Desabilitação de mudança de escala
X, Y, Z: Valor de coordenadas do centro para mudança de escala (comando absoluto)
P: Fator de escala

Mudança de escala ao longo de cada eixo individual com diferentes fatores de escala
G51 X... Y... Z... I... J... K... ; Iniciar mudança de escala
G50; Desabilitação de mudança de escala
X, Y, Z: Ponto de referência de mudança de escala (comando absoluto)
I, J, K: Fator de escala para os eixos X, Y e Z
O tipo de fator de escala depende de MD22914 $MC_AXES_SCALE_ENABLE.
$MC_AXES_SCALE_ENABLE = 0:
O fator de escala é especificado com "P". Se "I,J,K" for programado nesta configuração, o dado 42140
$SC_DEFAULT_SCALE_FACTOR_P é usado para o fator de escala.
$MC_AXES_SCALE_ENABLE = 1:
O fator de escala é especificado com "I,J,K". Se apenas "P" for programado nesta configuração de MD, o dado 43120
$SA_DEFAULT_SCALE_FACTOR_AXIS é usado para os fatores de escala.

Ponderação de fatores de escala


Os fatores de escala são multiplicados ou por 0.001 ou 0.00001. Os fatores são selecionados com MD22910
$MC_WEIGHTING_FACTOR_FOR_SCALE=0, fator de escala 0.001, $MC_WEIGHTING_FACTOR_FOR_SCALE=1, fator
de escala 0.00001.
O zero da peça de trabalho é sempre o ponto de referência para a mudança de escala. Um ponto de referência não pode
ser programado.

Espelhamento programável (mudança de escala negativa)


Uma imagem no espelho pode ser criada com um valor negativo do fator de escala axial.
Para isso, MD22914 $MC_AXES_SCALE_ENABLE = 1 deve estar ativo. If I, J ou. K é omitido dos blocos com G51, os
valores pré-definidos no dado de configuração 43120 $SA_DEFAULT_SCALE_FACTOR_AXIS são ativados.

Exemplo
_N_0512_MPF ;(Programa de peça)
N10 G17 G90 G00 X0 Y0 ;Posição de início para o movimento de aproximação
N30 G90 G01 G94 F6000
N32 M98 P0513 ;1) Contorno programado como na sub-rotina
N34 G51 X0. Y0. I-1000 J1000 ;2) Contorno, espelhado em X
N36 M98 P0513
N38 G51 X0. Y0. I-1000 J-1000 ;3) Contorno, espelhado em X e Y
N40 M98 P0513
N42 G51 X0. Y0. I1000 J-1000 ;4) Contorno, espelhado em Y
N44 M98 P0513
N46 G50 ;Desabilitação de mudança de escala e espelhamento
N50 G00 X0 Y0

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114 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
N60 M30

_N_0513_MPF ;(Sub-rotina de 00512)


N10 G90 X10. Y10.
N20 X50
N30 Y50
N40 X10. Y10.
N50 M99

Esquema 2-20 Mudança de escala para cada eixo e espelhamento programável

Corretor de ferramentas
Esta mudança de escala não é válida para compensações de raio da ferramenta, compensações de comprimento da
ferramenta e valores de corretor de ferramentas.

Comandos para aproximação do ponto de referência e para mudança do sistema de coordenadas


As funções G27, G28 e G30 além de comandos relacionados ao sistema de coordenadas (G52 a G59, G92) não devem ser
usadas quando a mudança de escala estiver ativa.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 115
2.4.2.4 Espelhamento programável (G50.1, G51.1)
G51.1 pode ser utilizado para espelhar formatos de peça nos eixos de coordenadas. Todos os movimentos transversais
programados são então executados como espelhados.

Esquema 2-21 Espelhamento programável

Formato
X, Y, Z: Posições e eixo de espelhamento
G51,1: Comando para ativar o espelhamento
O espelhamento ocorre em um eixo de espelhamento que é paralelo a X, Y ou Z e cuja posição é programada com X, Y ou
Z. G51.1 X0 é usada para espelhar no eixo X, G51.1 X10 é usada para espelhar em um eixo de espelhamento que corre 10
mm em paralelo com o eixo X.

Exemplo
N1000 G51.1 X... Y... Z... ; Ativar espelhamento
... ; Todas as posições de eixo espelhadas nos seguintes blocos são
espelhadas no eixo de espelhamento programado em N1000
... ;
... ;
... ;
G50.1 X... Y... Z.. ; Remover seleção do espelhamento programável
N32 M98 P0513 ;1) Contorno programado como na sub-rotina

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116 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Espelhamento com referência a um eixo único em um plano especificado
Os seguintes comandos podem mudar se o espelhamento for usado em um dos eixos no plano especificado como descrito
abaixo:

Tabelas 2-12 Eixos individuais no plano especificado

Comando Explicação
Interpolação circular G02 e G03 são intercambiados
Compensação do raio do cortador G41 e G42 são intercambiados
Rotação de coordenada Os sentidos "horário" (CW) e "anti-horário" (CCW) de rotação são intercambiados.

Comandos para aproximação do ponto de referência e para mudança do sistema de coordenadas


As funções G27, G28 e G30 além de comandos relacionados ao sistema de coordenadas (G52 a G59, G92, etc.) não
devem ser usadas quando o espelhamento estiver ativo.

2.4.3 Comandos controlados pelo tempo


Pode-se usar G04 para interromper a usinagem da peça de trabalho entre dois blocos do CN para um tempo/número de
revoluções do fuso, por exemplo, para voltar.
Pode-se definir com MD20734 $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, se o tempo de espera para Bit 2 deve ser interpretado
como tempo (s ou ms) ou alternativamente como revoluções do fuso. Se $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 2=1 for
definido, o tempo de espera é interpretado em segundos se G94 estiver ativo; é especificado em revoluções do fuso (R) se
G95 for selecionado.

Formato
G04 X_; ou G04 P_;
X_: Exibição de tempo (vírgulas possíveis)
P_: Exibição de tempo (vírgulas impossíveis)
● O tempo de espera (G04...) deve ser programado em um bloco sozinho.
Se os valores de X e U forem programados na notação padrão (sem ponto decimal), eles são convertidos em unidades
internas, dependendo de IS B, IS C (para resolução de entrada, veja a Seção "Programação de ponto decimal
(Página 89)"). P é sempre interpretado em unidades internas.
N5 G95 G04 X1000
Notação-padrão: 1000*0.001 = 1 revolução do fuso
Notação da calculadora: 1000 giros do fuso

2.4.4 Funções de correção da ferramenta

2.4.4.1 Memória de dados de corretor de ferramenta


A memória de dados de ferramenta Siemens, como programas no Modo Siemens e no Modo Direto ISO, deve funcionar
alternativamente no sistema de controle. Logo, comprimento, geometria e desgaste existem em cada memória de dados de
corretor de ferramenta. No modo Siemens, a memória de dados de corretor é endereçada com "T" (ferramenta nº.) e "D"
(aresta de corte nº.), abreviado como T/D No.
Nos programas escritos em dialeto ISO, o no. do corretor de ferramenta é endereçado com "D" (raio) ou H (comprimento),
denominado D/H No.
Para atribuição entre números D e H ou o número T/D, deve-se adicionar o elemento $TC_DPH[t,d] à memória de dados de
corretor de ferramenta. O número D/H é inserido em dialeto ISO neste elemento.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 117
Tabelas 2-13 Exemplo: Ajustar os dados de corretor de ferramenta

T D/aresta de corte ISO_H Raio Comprimento


$TC_DPH
1 1 10
1 2 11
1 3 12
2 1 13
2 2 14
2 3 15
Para uma atribuição de compensações de comprimento de ferramenta dos eixos geométricos que é independente da
seleção de plano, o dado de configuração $SC_TOOL_LENGTH_CONST deve conter o valor "17". O comprimento 1 é
sempre atribuído ao eixo Z neste caso.

2.4.4.2 Compensação de comprimento de ferramenta (G43, G44, G49)


Na compensação de comprimento de ferramenta, a quantidade de valores especificados no programa armazenado na
memória de dados de corretor de ferramenta é adicionada ao eixo Z ou subtraída dele para garantir uma correção das
trajetórias programadas de acordo com o comprimento da ferramenta de corte.

Comandos
Ao executar a compensação de comprimento da ferramenta, a adição ou subtração do dado de corretor de ferramenta é
determinada através da função G usada e a direção da correção é determinada com as funções H.

As funções G usadas para a compensação de comprimento de ferramenta


A compensação de comprimento de ferramenta é chamada com as seguintes funções G.

Tabelas 2-14 As funções G usadas para a compensação de comprimento de ferramenta

Função G Função Grupo G


G43 Adição 08
G44 Subtração 08
G49 Desabilitação 08
● G43 e G44 são modais e permanecem ativas até que sejam desbilitadas através de G49. A compensação de
comprimento de ferramenta é desabilitada com G49. H00 também pode ser usada para desabilitar a compensação de
comprimento de ferramenta.
● Especificando "G43 (or G44) Z... H... ; " a quantidade especificada de corretor de ferramenta com a função H é
adicionada ou subtraída da posição especificada do eixo Z e o eixo Z então atravessa à alvo corrigida, isto é, a posição
alvo do eixo Z especificada no programa é alterada pela grandeza do corretor da ferramenta.
● Especificando "(G01) Z... ; G43 (ou G44) H... ; " o eixo Z atravessa a trajetória que corresponde à quantidade de corretor
de ferramenta especificada por meio da função H.
● Especificando "G43 (ou G44) Z...H...H... ; " o eixo Z atravessa a trajetória que corresponde à diferença entre a
quantidade de corretor de ferramenta anterior e a nova quantidade de corretor.

Função H para especificação da direção de correção da ferramenta


A direção do corretor de ferramenta é determinada pelo sinal da compensação de comprimento da ferramenta que é
ativada pela função H e a função G programada.

Tabelas 2-15 Os sinais estão presentes antes da quantidade de corretor de ferramenta e direção da correção da
ferramenta

Sinais de corretor de ferramenta (função H)


positivo negativo
G43 Corretor de ferramenta na direção positiva Corretor de ferramenta na direção negativa
G44 Corretor de ferramenta na direção negativa Corretor de ferramenta na direção positiva

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


118 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Esquema 2-22 Correção de posição da ferramenta

Configurações
● O dado de máquina $MC_TOOL_CORR_MOVE_MODE determina se a compensação de comprimento de ferramenta
deve ser empreendida com a seleção do corretor de ferramenta ou apenas durante a programação de um movimento de
eixo.
$MC_CUTTING_EDGE_DEFAULT = 0 define que inicialmente nenhuma compensação de comprimento de ferramenta
está ativa durante uma troca de ferramenta.
$MC_AUXFU_T_SYNC_TYPE define se a saída da função T para o CLP ocorre durante ou após o movimento
transversal.
$MC_RESET_MODE_MASK, Bit 6, pode ser usado para definir que a compensação de comprimento da ferramenta
atualmente ativa permanecerá ativa mesmo após um RESET.
● A compensação de raio da ferramenta também pode ser chamada para uma operação com compensação de
comprimento da ferramenta.

Compensação de comprimento da ferramenta em vários eixos


A compensação de comprimento da ferramenta também pode ser ativada para vários eixos. Uma exibição da compensação
de comprimento da ferramenta resultante não é mais possível nesse caso.

2.4.4.3 Compensação de raio do cortador (G40, G41, G42)


Na compensação do raio da fresa, os caminhos programados da ferramenta são automaticamente desviados pelo raio da
ferramenta de corte usada. A trajetória a ser corrigida (raio da ferramenta de corte) pode ser armazenada na memória de
dados de corretor de ferramenta usando o painel do operador do CN. Os corretores de ferramenta também podem ser
sobrescritos com o comando G10 no programa de peça; G10 não pode ser usada para criar novas ferramentas.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 119
Os dados de corretor de ferramenta no programa são chamados especificando-se o número da memória de dados de
corretor de ferramenta com uma função D.

Comandos
A compensação de raio do cortador é chamada com as seguintes funções G.

Tabelas 2-16 Funções G para chamada da compensação do raio do cortador

Função G Função Grupo G


G40 Desabilitação da compensação de raio da 07
ferramenta
G41 Compensação de raio da ferramenta (ferramenta 07
funciona na direção de usinagem à esquerda do
contorno)
G42 Compensação de raio da ferramenta (ferramenta 07
funciona na direção de usinagem à direita do
contorno)
A compensação de raio da ferramenta é chamada executando G41 ou G42 e desabilitada através de G40. A direção de
correção é determinada através da função G especificada (G41, G42) e a quantidade de correção é determinada através da
função D.

Esquema 2-23 Compensação do raio do cortador

● Um valor de correção negativo do raio da ferramenta é equivalente a uma mudança do lado de compensação (G41,
G42). A função D deve ou ser programada no mesmo bloco que G41 ou G42 ou em um bloco anterior. D00 significa raio
da ferramenta = "0".
● A seleção do plano no qual o raio da ferramenta está ativo é feita com G17, G18 ou G19. A função G usada para
selecionar o plano deve ser programada no memo bloco que G41 ou G42 ou no bloco antes de G41 ou G42.

Tabelas 2-17 Funções G para selecionar o plano

Função G Função Grupo G


G17 Seleção de plano X-Y 02
G18 Seleção de plano Z-X 02
G19 Seleção de plano Y-Z 02
● O plano selecionado não deve ser trocado se o corretor de ferramenta for selecionado, caso contrário, haverá uma
mensagem de erro.

Ativação/desativação da compensação de raio da ferramenta


Um comando de acionamento deve ser programado com G0 ou G1 se um bloco do CN contiver G40, G41 ou G42. Pelo
menos um eixo do plano de trabalho selecionado deve ser especificado nesse comando de acionamento.

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120 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Indicação
Modo de compensação
O modo de compensação só pode ser interrompido por um certo número de blocos consecutivos ou funções M que não
contêm comandos de acionamento ou dados posicionais no plano de compensação: Padrão 3.

Indicação
Fabricante da máquina
O número de blocos de interrupções sucessivos pode ser definido por meio do dado de máquina 20250
CUTCOM_MAXNUM_DUMMY_BLOCKS (consulte o fabricante da máquina).

Indicação
Um bloco com trajetória zero também é considerado como interrupção!

Mudança entre G41 e G42 em operação com a compensação de raio do cortador


A direção de correção (esquerda ou direita) pode ser mudada diretamente sem ter que deixar o modo de compensação.
A nova direção de correção é aproximada com o próximo bloco através de um movimento do eixo.

Esquema 2-24 A mudança de direção do corretor de ferramenta no início do bloco e final do bloco

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 121
Desabilitação do corretor de ferramenta
Há dois métodos de desabilitação do corretor de ferramenta, que pode ser definida por meio do dado de configuração
42494 $SC_CUTCOM_ACT_DEACT_CTRL.
1. Método A:
Se G40 for programada em um bloco sem movimento do eixo, a compensação de raio da ferramenta é desabilitada
apenas com o próximo bloco através do movimento do eixo.
2. Método B:
Se G40 for programada em um bloco sem movimento do eixo, a compensação de raio da ferramenta é desabilitada
imediatamente. Em outras palavras, essa interpolação linear (G00 ou G01) deve estar ativa no bloco, pois a
compensação de raio da ferramenta pode ser desabilitada apenas com um movimento linear. Um alarme é disparado se
nenhuma interpolação linear estiver ativa durante a seleção da compensação de raio da ferramenta.

Desabilitação do modo de compensação em um ângulo interno (menor do que 180°):


Linha reta - linha reta

Esquema 2-25 Desabilitação do modo de compensação em um ângulo interno (linha reta - linha reta)

Arco circular - linha reta

Esquema 2-26 Desabilitação do modo de compensação em um ângulo interno (arco circular - linha reta)

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122 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.4.4.4 Detecção de colisão

Ativação por meio de programa do CN


Embora a função "Detecção de colisão" esteja disponível apenas no modo Siemens, ela também pode ser usada no modo
de dialeto ISO. A ativação e desativação deve ser empreendida apenas no modo Siemens.
G290 ;Ativação do modo Siemens
CDON ;Ativação da detecção de gargalo
G291 ;Ativação do modo de dialeto ISO
...
...
G290 ;Ativação do modo Siemens
CDOF ;Desativação da detecção de gargalo
G291 ;Ativação do modo de dialeto ISO

Ativação pela configuração dos dados da máquina


MD20150 $MC_GCODE_RESET_VALUES[22] = 2: CDON (modal efetiva)
MD20150 $MC_GCODE_RESET_VALUES[22] = 1: CDOF (não modal efetiva)

Função
Com detecção de colisão ativada CDON (Collision Detection ON) e compensação de raio da ferramenta, o sistema de
controle monitora trajetórias de ferramenta através do cálculo de contorno antecipado. Essa função de antecipação permite
que possíveis colisões sejam detectadas com antecedência e permite que o controle evite-as.
Com a detecção de gargalo desativada (CDOF), uma busca é feita no bloco de movimento transversal anterior (em cantos
internos) para um ponto comum de intersecção para o bloco atual; se necessário a busca é estendida mesmo a blocos mais
iniciais. Uma mensagem de erro é disparada se nenhum ponto de intersecção é encontrado com este método.

Esquema 2-27 Detecção de colisão

CDOF pode ser usada para evitar a detecção falha de gargalos, resultando, por exemplo, de falta de informação que não
está disponível no programa do CN.
Indicação
Fabricante da máquina
O número de blocos do CN que são incluídos no monitoramento pode ser definido por meio do dado de máquina (consulte
o fabricante da máquina).

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 123
Exemplos:
Nas páginas seguintes, você encontrará alguns exemplos de situações críticas de usinagem que podem ser detectadas
pelo sistema de controle e corrigidas através de alterações nos caminhos da ferramenta.
Para evitar interrupções de programa, durante a validação do programa, apenas as que têm o raio maior dentre todas as
ferramentas devem ser selecionadas.
Em cada um dos seguintes exemplos, uma ferramenta com um raio muito grande foi selecionada para usinar o contorno.

Detecção de gargalos
Como o raio da ferramenta selecionada para usinar este contorno interno é muito grande, os gargalos são desviados. Um
alarme é gerado.

Esquema 2-28 Detecção de gargalos

Definição de contorno mais curto do que o raio da ferramenta


A ferramenta atravessa o ângulo de ferramenta em um círculo de transição e então segue exatamente o contorno
programado.

Esquema 2-29 Definição de contorno mais curto do que o raio da ferramenta

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124 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Raio de ferramenta muito grande para usinagem interna
Em tais casos, uma usinagem do contorno ocorre apenas tanto quanto possível sem danificar o contorno.

Esquema 2-30 Raio de ferramenta muito grande para usinagem interna

2.4.5 Funções S-, T-, M- e B

2.4.5.1 Função de fuso (função S)


A velocidade do fuso é especificada em rpm no Endereço S. A direção rotação do fuso é selecionada com M3 ou M4. M3 =
rotação do fuso para a direita, M4 = rotação do fuso para a esquerda. O fuso para com M5. Detalhes estão disponíveis na
documentação do fabricante da máquina.
● Os comando S são modais, isto é, eles permanecem ativos até o próximo comando S uma vez que eles são
programados. O comando S é mantido se o fuso é parado com M5. Se M03 ou M04 é programado posteriormente sem
especificar um comando S, então o fuso começa com a velocidade originalmente programada.
● Se a velocidade do fuso é alterada, preste atenção para que gama está definido atalmente para o fuso. Detalhes estão
disponíveis na documentação do fabricante da máquina.
● O limite inferior para o comando S (S0 ou um comando S próximo de S0) depende do motor de acionamento e do
sistema de acionamento do fuso e é diferente de máquina para máquina. Valores negativos não são permitidos para S!
Detalhes estão disponíveis na documentação do fabricante da máquina.

2.4.5.2 Função da ferramenta


Há diferentes opções de saída de comando para a função da ferramenta. Detalhes estão disponíveis na documentação do
fabricante da máquina.

2.4.5.3 Função adicional (função M)


As funções M iniciam operações de comutação, tais como "Coolant ON/OFF" e outras funções da máquina. Diversas
funções M já foram atribuídas a uma funcionalidade fixa pelo fabricante CNC (consulte a seção seguinte).
Programação
M... Valores possíveis: 0 a 9999 9999 (máx. valor INT), inteiro
Todos os números de função livre M podem ser atribuídos pelo fabricante da máquina, por exemplo, para funções de
comutação, para controlar os dispositivos de fixação ou para operações liga/desliga das demais funções da máquina.
Consulte os dados do fabricante da máquina.
As funções M específicas do CN são descritas abaixo.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 125
Funções M para interromper as operações (M00, M01, M02, M30)
Uma parada de programa pode ser acionada com esta função M e a usinagem é interrompida ou finalizada. Se o fuso
também é interrompido depende da especificação do fabricante da máquina. Detalhes estão disponíveis na documentação
do fabricante da máquina.

M00 (parada de programa)


A usinagem é interrompida no bloco do CN com M00. Pode-se agora, por exemplo, efetuar a remoção de cavacos, o
redimensionamento, etc. Um sinal é gerado ao CLP. O programa pode ser reiniciado com <CYCLE START>.

M01 (parada opcional)


M01 pode ser definido através
● caixa de diálogo/HMI "Program control" (controle do programa) ou a
● interface VDI
O processamento do programa do NC é mantido com M01 somente quando o sinal correspondente da interface VDI estiver
configurado ou "Controle de programa" foi selecionado na IHM/caixa de diálogo.

M30 ou M02 (fim do programa)


Um programa é finalizado com M30 ou M02.
Indicação
Um sinal é gerado ao PLC com M00, M01, M02 ou M30.

Indicação
Os dados sobre se o fuso é interrompido com os comandos M00, M01, M02 ou M30 ou se o líquido refrigerante é
interrompido está disponível na documentação do fabricante da máquina.

2.4.5.4 Funções M de controle do fuso

Tabelas 2-18 Funções M de controle do fuso

Função M Função
M19 Posicionamento do fuso
M29 Mudança do fuso para o eixo/modo de controle de circuito aberto
O fuso é deslocado para a posição do fuso definida no dado de ajuste 43240 $SA_M19_SPOS[número do fuso] com M19.
O modo de posicionamento é armazenado em $SA_M19_SPOS.
O número da função M para a mudança do modo de fuso (M29) pode também ser definido sobre uma variável de dados da
máquina. MD20095 $MC_EXTERN_RIGID_TAPPING_N_NR são usados para predeterminar o número da função M.
Apenas os números da função M que não estão sendo usados como funções M padrão podem ser atribuídos. Por exemplo,
M0, M5, M30, M98, M99, etc. não são permitidos.

2.4.5.5 Funções M para chamadas de sub-rotinas

Tabelas 2-19 Funções M para chamadas de sub-rotinas

Função M Função
M98 Chamada de subprograma
M99 Finalização de subprograma
No modo ISO, o fuso é alterado para o modo de eixo com M29.

2.4.5.6 Chamada de macro por meio da função M


Por meio dos números M, pode se chamar uma sub-rotina (macro) similar a G65.
A configuração de um máximo de 10 substituições de funções M é empreendida por meio dos dados da máquina 10814
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE e dados da máquina 10815 $MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE_NAME.
A programação ocorre idêntica ao G65. As repetições podem ser programadas com o endereço L.

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126 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Restrições
Apenas uma substituição da função M (ou apenas uma chamada de sub-rotina) pode ser executada por linha de programa
de peça. Conflitos com outras chamadas de sub-rotinas são sinalizados pelo alarme 12722. Não existem mais substituições
da função M na sub-rotina substituída.
Caso contrário, as mesmas restrições são aplicáveis para G65.
Conflitos com números M predefinidos ou outros números M definidos são rejeitados com um alarme.

Exemplo de configuração
Chamada de sub-rotina M101_MAKRO por meio da função M M101:
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE[0] = 101
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE_NAME[0] = "M101_MAKRO"
Chamada de sub-rotina M6_MAKRO por meio da função M M6:
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE[1] = 6
$MN_EXTERN_M_NO_MAC_CYCLE_NAME[1] = "M6_MAKRO"
Exemplo de programação para troca de ferramenta com a função M:
PROC MAIN
...
N10 M6 X10 V20 ;Chamada do programa M6_MAKRO
...
N90 M30
PROC M6_MAKRO
...
N0010 R10 = R10 + 11.11
N0020 IF $C_X_PROG == 1 GOTOF N40 ;($C_X_PROG)
N0030 SETAL(61000) ;variável programada não
; transferida corretamente
N0040 IF $C_V == 20 GTOF N60 ;($C_V)
N0050 SETAL(61001)
N0060 M17

2.4.5.7 Funções M
Funções M gerais
As funções M não específicas são definidas pelo fabricante da máquina. Um exemplo representativo do uso das funções M
gerais estão disponíveis abaixo. Detalhes estão disponíveis na documentação do fabricante da máquina. Se um comando
M é programado com um movimento de eixo no mesmo bloco, se a função M será executada no início ou fim do bloco
alcançando a posição do eixo depende da configuração dos dados da máquina pelo fabricante. Detalhes estão disponíveis
na documentação do fabricante da máquina.

Tabelas 2-20 Outras funções M gerais

Função M Função Observações


M08 Coolant ON (Refrigerante ligado) Essas funções M são definidas pelo fabricante da
M09 Coolant OFF (Refrigerante desligado) máquina.

Especificação de diversas funções M em um bloco


No máximo cinco funções M podem ser programadas em um bloco. Possíveis combinações de funções M e possíveis
restrições são especificadas na documentação do fabricante da máquina.

Funções auxiliares adicionais (funções B)


Se B não é usado como um identificador de eixo, pode ser usado como uma função auxiliar estendida. As funções B são
geradas ao CLP como funções auxiliares (funções H com a extensão de endereço H1=).
Exemplo: B1234 é gerado como H1=1234.
Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)
6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 127
2.4.6 Controle da velocidade de avanço
2.4.6.1 Compressor no modo de dialeto ISO
Os comandos COMPON, COMPCURV, COMPCAD são comandos da linguagem Siemens e ativam uma função de
compressor que combina vários blocos lineares em uma seção de usinagem. Se esta função for ativada no modo Siemens,
mesmo blocos lineares no modo ISO podem ser comprimidos com esta função.
Os blocos podem no máximo consistir nos seguintes comandos:
● Número de bloco
● G01, modal ou em bloco
● Atribuições do eixo
● Taxa de avanço
● Comentários
Se um bloco contiver outros comandos (por exemplo, funções auxiliares, outros códigos G, etc.), a compressão não
ocorrerá.
Atribuições de valor com $x para G, eixos e velocidade de avanço são possíveis, como a função pular.
Exemplo: Esses blocos são comprimidos
N5 G290
N10 COMPON
N15 G291
N20 G01 X100. Y100. F1000
N25 X100 Y100 F$3
N30 X$3 /1 Y100
N35 X100 (Axis 1)
Esses blocos não são comprimidos
N5 G290
N10 COMPON
N20 G291
N25 G01 X100 G17 ; G17
N30 X100 M22 ; Função auxiliar em bloco
N35 X100 S200 ; Velocidade do fuso em bloco

2.4.6.2 Parada exata (G09, G61), modo de trajetória contínua (G64), abertura de rosca interna (G63)
A velocidade de avanço de trajetória é controlada como especificado na tabela abaixo.

Tabelas 2-21 Controle da velocidade de avanço de trajetória

Identificados Função G Eficácia das funções G Descrição


Parada exata G09 Efetiva apenas no bloco no qual a Frenagem e parada em fim de bloco
função G pertinente é programada e controle de posição antes da
transição ao próximo bloco
Parada exata G61 Função G modal; permanece efetiva até Frenagem e parada em fim de bloco
que seja desabilitada por meio de G63 e controle de posição antes da
ou G64. transição ao próximo bloco
Modo de trajetória contínua G64 Função G modal; permanece efetiva até Nenhuma frenagem no fim de bloco
que seja desabilitada por meio de G61 antes da transição ao próximo bloco
ou G63.
Abertura de rosca interna G63 Função G modal; permanece efetiva até Nenhuma frenagem no fim de bloco
que seja desabilitada por meio de G61 antes da transição ao próximo bloco;
ou G64. override da velocidade de avanço
não está efetivo

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


128 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Formato
G09 X... Y... Z... ; Parada exata, não modal
G61 ; Parada exata, modal
G64 ; Modo de trajetória contínua
G63 ; Abertura de rosca interna

2.5 Funções adicionais


2.5.1 Funções suportando programa
2.5.1.1 Ciclos de perfuração fixos
Os ciclos de perfuração fixos simplificam a criação de novos programas para o programador. Etapas de usinagem
ocorrendo frequentemente podem ser executados com uma função G; sem ciclos fixos, vários blocos do CN devem ser
programados. Portanto, ciclos de perfuração fixos encurtam o programa de usinagem e poupam espaço na memória.
No modo de dialeto ISO, um ciclo de cobertura é chamado, o qual usa a funcionalidade dos ciclos padrão Siemens. Dessa
maneira, os endereços programados no bloco do CN são transferidos ao ciclo de cobertura através de variáveis do sistema.
O ciclo de cobertura ajuda este dado e chama um ciclo padrão Siemens.
Um ciclo fixo pode ser cancelado apenas com G80 ou um código G do grupo de código G 1 antes que o programa possa
ser continuado com um ciclo por blocos.
Os ciclos de perfuração fixos são chamados com as seguintes funções G.

Tabelas 2-22 Visão geral dos ciclos de perfuração

Função G Perfuração Usinagem na base de Retorno Aplicações


(direção Z) perfuração (direção +Z)
G73 Velocidade de avanço de — Movimento transversal Perfuração profunda em
trabalho interrompida rápido alta velocidade
(retardo possível em cada
avanço)
G74 Velocidade de avanço de Parada do fuso → Velocidade de avanço Mandrilamento de rosca
corte Rotação do fuso após de corte → tempo de versão esquerda (no
espera na direção oposta espera → O fuso gira no sentido oposto)
sentido oposto
G76 Velocidade de avanço de Posicionamento do fuso Movimento transversal Perfuração de precisão
corte → Trajetória de retirada rápido → Trajetória de mandrilamento
retorno, início do fuso
G80 — — — Desabilitação
G81 Velocidade de avanço de — Movimento transversal Perfuração, pré-
corte rápido mandrilamento
G82 Velocidade de avanço de Espera Movimento transversal Perfuração,
corte rápido escareamento
G83 Velocidade de avanço de — Movimento transversal Perfuração de orifício
trabalho interrompida rápido profundo
G84 Velocidade de avanço de Parada do fuso → Início Velocidade de avanço Abertura de rosca
corte do fuso após espera na de corte → tempo de interna
direção oposta espera → O fuso gira no
sentido oposto
G85 Velocidade de avanço de — Velocidade de avanço Esmerilhamento
corte de corte
G86 Velocidade de avanço de Parada do fuso Movimento transversal Esmerilhamento
corte rápido → início do fuso

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 129
Função G Perfuração Usinagem na base de Retorno Aplicações
(direção Z) perfuração (direção +Z)
G87 Posicionamento do fuso → Posicionamento do fuso Movimento transversal Esmerilhamento
Trajetória de retirada → após espera → Trajetória rápido → Trajetória de
Movimento transversal de retirada retorno → Início do fuso
rápido → Trajetória de
retorno → Funcionamento
do fuso para a direita →
Velocidade de avanço de
corte
G89 Velocidade de avanço de Espera Velocidade de avanço Esmerilhamento
corte de corte

Explicações
Usando ciclos fixos, a sequência de operação em geral é sempre como descrito abaixo:
● 1. Ciclo de trabalho
Posicionamento no plano X-Y com velocidade de avanço de corte ou velocidade de movimento transversal rápido
● 2. Ciclo de trabalho
Movimento transversal rápido ao plano R
● 3. Ciclo de trabalho
Usinagem até a profundidade de perfuração Z
● 4. Ciclo de trabalho
Usinagem na base de perfuração
● 5. Ciclo de trabalho
Retorno até o plano R com velocidade de avanço de corte ou velocidade de movimento transversal rápido
● 6. Ciclo de trabalho
Retração rápida com velocidade de movimento transversal rápido ao plano de posicionamento X-Y

Esquema 2-31 Sequência de operações no ciclo de perfuração

Se o termo "perfurar" é usado neste Capítulo, ele se refere apenas ao ciclos de trabalho que são executados com a ajuda
de ciclos fixos mesmo se naturalmente houver também ciclos fixos para abertura de rosca interna, mandrilamento, ou
perfuração.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


130 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Definição do plano atual
Nos ciclos de perfuração, geralmente considera-se que o sistema de coordenadas atual, no qual a operação de usinagem
deve ser executada, é definido através do plano de seleção G17, G18 ou G19 e ativação de um deslocamento de origem
programável. O eixo de perfuração é então sempre a aplicação deste sistema de coordenadas.
Antes de chamar o ciclo, deve-se sempre selecionar uma compensação de comprimento da ferramenta. É sempre efetiva
perpendicular ao plano selecionado e permanece ativa mesmo além do final do ciclo.

Tabelas 2-23 Plano de posicionamento e eixo de perfuração

Função G Plano de posicionamento Eixo de perfuração


G17 Plano Xp-Yp Zp
G18 Plano Zp-Xp Yp
G19 Plano Yp-Zp Xp
Xp: Eixo X ou um eixo paralelo ao eixo X
Yp: Eixo Y ou um eixo paralelo ao eixo Y
Zp: Eixo Z ou um eixo paralelo ao eixo Z

Indicação
Se o eixo Z deve sempre ser usado como o eixo de perfuração pode ser definido com USER DATA, _ZSFI[0]. O eixo Z é
então sempre o eixo de perfuração, se _ZSFI[0] for igual a "1".

Execução de um ciclo fixo


O seguinte é necessário para executar um ciclo fixo:
1. Chamada do ciclo
G73, 74, 76, 81 to 87 e 89
como uma função da usinagem desejada
2. Formato de dados G90/91

Esquema 2-32 Comando absoluto/incremental G90/G91

3. Modo de perfuração
G73, G74, G76 e G81 a G87 e G89 são funções G modais e elas permanecem ativas até que sejam desabilitadas. O
ciclo de perfuração selecionado é chamado em cada bloco. A atribuição de parâmetros completa dos ciclos de

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 131
perfuração deve ser programada apenas durante a seleção (por exemplo, G81). Apenas os parâmetro que deveriam
mudar devem ser programados nos seguintes blocos.
4. Posicionamento/plano de referência (G98/G99)
Ao usar os ciclos fixos, o plano de retração para o eixo Z é definido com G98/99. G98/G99 são funções G modais. A
posição fechada é normalmente G98.

Esquema 2-33 Plano para o ponto de retorno (G98/G99)

Repetição
Se vários furos são abertos a espeçamento uniforme, o número de repetições é especificado com "K". "K" é efetivo apenas
no bloco no que é programado. Se a posição do furo aberto é programada como absoluta (G90), a perfuração é executada
na mesma posição novamente; logo, a posição do furo deve ser especificada como incremental (G91).

Comentários
Uma chamada de ciclo permanece ativa até que seja desabilitada com as funções G, G80, G00, G01, G02 ou G03 ou outra
chamada de ciclo.

Símbolos e números
Os ciclos fixos individuais são explicados nas seguintes seções. Os seguintes símbolos são usados nos números que
ocorrem nessas explicações:

Esquema 2-34 Ícones nos números

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132 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.5.1.2 Ciclo de perfuração profunda em alta velocidade com quebra de cavacos (G73)
A ferramenta perfura na velocidade do fuso e na taxa de avanço programadas até a profundidade final de perfuração. A
perfuração profunda é executado com um avanço em profundidade de uma profundidade definida máxima executada várias
vezes aumentando gradualmente até que a profundidade de perfuração seja atingida. Opcionalmente, a broca helicoidal
pode ser retraída após cada profundidade de avanço ou ao plano de referência + distância de segurança para remoção de
cavacos ou pelo comprimento da trajetória de retração programada para quebra de cavacos.

Formato
G73 X.. Y... R... Q... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R à base do furo aberto
R: Distância do plano inicial ao plano R
Q: Profundidade de perfuração única
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Esquema 2-35 Ciclo de perfuração profunda em alta velocidade com quebra de cavacos (G73)

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 133
Explicações
Usando o ciclo G73, o movimento de retração ocorre após a perfuração com movimento transversal rápido. A distância de
segurança pode ser especificada com GUD _ZSFR[0]. A quantidade de retração da quebra de cavacos (d) é definida com
GUD _ZSFR[1]:
_ZSFR[1] > 0 Quantidade de retração inserida
_ZSFR[1] = 0 A quantidade de retração na quebra de cavacos é sempre 1 mm
O avanço ocorre usando a profundidade de corte para cada corte Q que é incrementada com a quantidade de retração d
como segundo avanço.
Um avanço de perfuração rápido resulta deste ciclo de perfuração. A remoção de cavacos ocorre através do movimento de
retração.

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Perfuração de orifício profundo


O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

Q/R
Sempre programe Q e R em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não serão
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G73 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G73 é
desabilitada

Exemplo
M3 S1500 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G73 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, furo aberto 1,
Q10. F150. ;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

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134 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.5.1.3 Ciclo de perfuração fina (G76)
A perfuração de precisão ocorre com o ciclo de perfuração fina.

Formato
G76 X... Y... R... Q... P... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z_: Distância do ponto R ao fundo do furo
R_: Distância do plano inicial ao plano "ponto R"
Q_: Quantidade de deslocamento no fundo de um furo
P_: Tempo de espera no fundo do furo
F_: Velocidade de avanço
K_: Número de repetições

Esquema 2-36 Ciclo de perfuração fina (G76)

Indicação
O endereço Q é um valor modal que é armazenado nos ciclos fixos. Por favor, assegure que este endereço também seja
usado como interface para os ciclos G73 e G83!

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 135
Explicações
Os fusos param em uma posição de fuso fixa depois que o fundo de um furo é atingido. A ferramenta é retornada oposta à
ponta da ferramenta.
A distância de segurança pode ser especificada com GUD _ZSFR[0]. A trajetória de retorno pode ser especificada com
_ZSFI[5].
G17 G18 G19
_ZSFI[5] = 1 +X +Z +Y
_ZSFI[5] = 0 ou 2 -X -Z -Y
_ZSFI[5] = 3 +Y +X +Z
_ZSFI[5] = 4 -Y -X -Z
O ângulo deve, portanto, ser especificado em USER DATA, _ZSFR[2] de tal maneira que a ponta da ferramenta aponta na
direção oposta após a parada do fuso, para a trajetória de retorno.

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

Q/R
Sempre programe Q e R apenas em um bloco com um movimento de retração, caso contrário, os valores programados não
são armazenados modalmente.
Apenas um valor positivo deve ser especificado em cada caso para o valor do endereço Q. Se um valor negativo for
especificado para Q, o sinal é ignorado. Q é definido como igual a "0" se nenhuma trajetória de retorno for programada.
Nesse caso, o ciclo é executado sem desprendimento.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G76 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G76 é
desabilitada.

Exemplo
M3 S300 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G76 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, perfuração do furo 1,
Q10. P1000 F150. ;em seguida, retorno ao ponto R e
;para 1 s parada no fundo de um furo
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


136 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.5.1.4 Ciclo de perfuração, escareamento (G81)
Esse ciclo pode ser usado para centralizar e pré-mandrilar. O movimento de retração inicia imediatamente com velocidade
de movimento transversal rápido ao atingir a profundidade de perfuração Z.

Formato
G81 X... Y... R... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao plano R
F: Velocidade de avanço de corte
K: Número de repetições

Esquema 2-37 Ciclo de perfuração, escareamento (G81)

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

R
Sempre programe R apenas em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não são
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G76 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G76 é
desabilitada.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 137
Exemplo
M3 S1500 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G81 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, furo aberto 1,
F150. ;em seguida, retorno ao ponto R e
;para 1 s parada no fundo de um furo
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

2.5.1.5 Ciclo de perfuração, escareamento cônico (G82)


Este ciclo pode ser usado para perfuração normal. Um tempo de espera programado pode ser ativado ao atingir a
profundidade de perfuração Z; o movimento de retração é então executado em movimento transversal rápido.

Formato
G82 X... Y... R... P... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao plano R
P: Tempo de espera no fundo do furo
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Esquema 2-38 Ciclo de perfuração, escareamento cônico (G82)

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


138 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

R
Sempre programe R apenas em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não são
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G82 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G82 é
desabilitada.

Exemplo
M3 S2000 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G82 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, furo aberto 1,
P1000 F150. ;parada no fundo de um foro por 1 s
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

2.5.1.6 Ciclo de perfuração profunda com remoção de cavacos (G83)


O ciclo "Perfuração profunda com remoção de cavacos" pode, por exemplo, ser usado para perfuração profunda com
recorte.

Formato
G83 X... Y... R... Q... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao plano R
Q: Profundidade de corte para cada velocidade de avanço de corte
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 139
Esquema 2-39 Ciclo de perfuração profunda com remoção de cavacos (G83)

Restrições
Nenhum.

Explicações
Depois que a profundidade de corte programada é atingida para cada velocidade de avanço de corte Q, o retorno ao plano
de referência R ocorre em movimento transversal rápido. O movimento de aproximação para uma etapa renovada também
é executado em movimento transversal rápido em torno da trajetória (d) que pode ser definida em USER DATA, _ZSFR[10].
A trajetória e a profundidade de corte para cada velocidade de avanço de corte Q são atravessadas em velocidade de
avanço de corte. Q é incremental sem ter que especificar sinais.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, X, Y, Z ou R for programado.

Q/R
Sempre programe Q e R em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não serão
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G83 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G83 é
desabilitada.

Exemplo
M3 S2000 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G83 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, furo aberto 1,
Q10. F150. ;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


140 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

Indicação
If _ZSFR[10]
● > 0 = Valor usado para a trajetória derivada "d" (distância mínima 0,001)
● = 0 = A trajetória derivada é 30 mm e o valor da trajetória derivada é sempre 0,6 mm. A profundidade de
perfuração/fórmula 50 é sempre usada para profundidades de perfuração maiores (valor máximo 7 mm).

2.5.1.7 Ciclo de broqueamento (G85)


Formato
G85 X... Y... R... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao plano R
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Esquema 2-40 Ciclo de mandrilamento (G85)

Explicações
Um movimento transversal rápido ao ponto R ocorre após o posicionamento ao longo dos eixos X e Y. A perfuração ocorre
do ponto R ao ponto Z. Ao atingir o ponto Z, acontece um movimento de retração ao ponto R em velocidade de avanço de
corte.

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 141
R
Sempre programe R apenas em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não são
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G85 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G85 é
desabilitada.

Exemplo
M3 S150 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G85 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, furo aberto 1,
F150. ;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

2.5.1.8 Ciclo de broqueamento (G86)


Formato
G86 X... Y... R... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao ponto R
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Esquema 2-41 Ciclo de mandrilamento (G86)

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


142 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Explicações
A aproximação ao ponto R é em movimento transversal rápido após posicionamento dos eixos X e Y. A perfuração ocorre
de ponto R ao ponto Z. A ferramenta retorna em modo de movimento transversal rápido depois que o fuso é parado no
fundo de um furo.

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

R
Sempre programe R apenas em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não são
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G86 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G86 é
desabilitada.

Exemplo
M3 S150 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G86 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, furo aberto 1,
F150. ;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

2.5.1.9 Ciclo de broqueamento - escareamento cônico reverso (G87)


Este ciclo pode ser usado para perfuração de precisão.

Formato
G87 X... Y... R... Q... P... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do fundo de um furo ao ponto Z
R: Distância do plano inicial ao plano R (fundo de um furo)
Q: Quantidade de corretor de ferramenta
P: Tempo de espera

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 143
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Esquema 2-42 Ciclo de mandrilamento, escareamento cônico reverso (G87)

Indicação
Endereço Q (mudança de marcha na base de um furo aberto) é um valor modal que é armazenado em ciclos fixos. Por
favor, assegure que este endereço também seja usado como interface para os ciclos G73 e G83!

Explicações
O fuso para em uma posição rotativa fixa após posicionamento ao do eixo X e Y. A ferramenta desloca-se na direção
oposta à da ponta da ferramenta. É posicionada no fundo de um furo (ponto R) em movimento transversal rápido.
Finalmente, a ferramenta é movida na direção da ponta e o fuso é movido com rotação no sentido horário. A perfuração
ocorre ao longo do eixo Z na direção positiva até o ponto Z.
Os fusos param em uma posição de fuso fixa depois que o fundo de um furo é atingido. A ferramenta é retornada oposta à
ponta da ferramenta.
A distância de segurança pode ser especificada com GUD _ZSFR[0].
A trajetória de retorno pode ser especificada com _ZSFI[5].
G17 G18 G19
_ZSFR[5] = 1 +X +Z +Y
_ZSFI[5] = 0 ou 2 -X -Z -Y
_ZSFI[5] = 3 +Y +X +Z
_ZSFI[5] = 4 -Y -X -Z

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


144 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
O ângulo deve, portanto, ser especificado em USER DATA, _ZSFR[2] de tal maneira que a ponta da ferramenta aponta na
direção oposta após a parada do fuso para a trajetória de retorno.
Exemplo:
Se o plano G17 for ativado, a ponta da ferramenta deve apontar na direção +X.

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

Q/R
Sempre programe Q e R em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não serão
armazenados modalmente.
Apenas um valor positivo deve ser especificado em cada caso para o valor do endereço Q. Se um valor negativo for
especificado para "Q", o sinal é ignorado. Q é definido como igual a "0" se nenhuma trajetória de retorno for programada.
Nesse caso, o ciclo é executado sem desprendimento.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G87 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G87 é
desabilitada.

Exemplo
M3 S400 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G87 X200. Y-150. Z-100. R50. Q3. ;Posicionamento, furo aberto 1,
P1000 F150. ;orientação na direção do plano inicial,
;em seguida curso de 3 mm,
;parada por 1 s no ponto Z
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

2.5.1.10 Ciclo de broqueamento (G89)

Formato
G89 X... Y... R... P... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao ponto R
P: Tempo de espera no fundo do furo
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 145
Esquema 2-43 Ciclo de mandrilamento (G89)

Explicações
Este ciclo é similar a G86, com a única exceção que aqui, um tempo de espera no fundo do furo ainda está disponível.
Antes de programar G89, o fuso deve ser iniciado com a função M.

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo.

Esmerilhamento
O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

R
Sempre programe R apenas em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não são
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G89 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G89 é
desabilitada.

Exemplo
M3 S150 ;Movimento rotativo de haste
G90 G0 Z100.
G90 G99 G89 X200. Y-150. Z-100. R50. ;Posicionamento, furo aberto 1,
P1000 F150. ;em seguida 1 s de parada no fundo de um furo
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 2,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 3,
;em seguida, retorno ao ponto R
X950. ;Posicionamento, furo aberto 4,
;em seguida, retorno ao ponto R
Y-500. ;Posicionamento, furo aberto 5,
;em seguida, retorno ao ponto R
G98 Y-700. ;Posicionamento, furo aberto 6,
;em seguida, retorno ao plano inicial
G80 ;Desabilitação do ciclo fixo
G28 G91 X0 Y0 Z0 ;Retorno à posição de referência
M5 ; Parada do fuso

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


146 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.5.1.11 Ciclo de "Abertura de uma rosca à direita sem mandril de compensação" (G84)
A ferramenta perfura na velocidade do fuso e na taxa de avanço programadas até a profundidade final inserida. Com G84
pode-se produzir abertura de rosca interna rígida.
Indicação
G84 pode ser usada se o fuso a ser usado para a operação de perfuração tiver capacidade técnica para ser operado no
modo de fuso com posição controlada.

Formato
G84 X... Y... Z... R... P... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao plano R
P: Tempo de espera no fundo do furo e no ponto R durante o retorno
F: Velocidade de avanço de corte
K: Número de repetições (se necessário)

Esquema 2-44 Ciclo de "Abertura de uma rosca à direita sem mandril de compensação" (G84)

Explicações
O ciclo cria a seguinte sequência de movimentos:
● Aproximação do plano de referência deslocado pela quantidade de distância de segurança com G0.
● Parada orientada do fuso e transferência do fuso no modo Eixo.
● Abertura de rosca interna à profundidade de perfuração final.
● Execução de tempo de espera na profundidade da rosca.
● Retração ao plano de referência e reversão da direção de rotação trazido para frente pela distância de segurança.
● Retração ao plano de retração com G0.
Durante a abertura de rosca interna, override de movimento transversal rápido e override do fuso são aceitos em 100%.
A velocidade de rotação pode ser afetada durante a retração com GUD _ZSFI[2]. Exemplo: _ZSFI[2]=120; a retração ocorre
em 120% da velocidade durante abertura de rosca interna.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 147
Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo. Um alarme é gerado se o eixo de perfuração
no modo "Perfuração sem mandril de compensação" for mudado.

Abertura de rosca interna


O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

R
Sempre programe R apenas em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não são
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G84 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G84 é
desabilitada.

Comando S
Uma mensagem de erro é exibida se o gama especificado for uma etapa mais elevado do que o valor máximo permissível.

Função F
Uma mensagem de erro é exibida se o valor especificado para a velocidade de avanço de corte ultrapassar o valor máximo
permissível.

Unidade do comando F
Entrada de dado no Entrada de dado em polegada Observações
sistema métrico
G94 1 mm/min 0,01 polegada/min A programação de ponto decimal é permitida
G95 0,01 mm/giro 0,0001 polegada/giro A programação de ponto decimal é permitida

Exemplo
Velocidade de avanço para o eixo Z 1000 mm/min
Velocidade do fuso 1000 rev/min
Avanço de rosca 1,0 mm
<Programação como velocidade de avanço por minuto>
S100 M03S1000
G94 ;Velocidade de avanço por minuto
G00 X100.0 Y100.0 ;Posicionamento
G84 Z-50.0 R-10.0 F1000 ;Abertura de rosca interna sem mandril de compensação
<Programação como velocidade de avanço rotacional>
G95 ; Velocidade de avanço rot
G00 X100.0 Y100.0 ;Posicionamento
G84 Z-50.0 R-10.0 F1.0 ;Abertura de rosca interna sem mandril de compensação

2.5.1.12 Ciclo de "Abertura de uma rosca à esquerda sem mandril de compensação" (G74)
A ferramenta perfura na velocidade do fuso e na taxa de avanço programadas até a profundidade final inserida. Com G74
pode-se produzir abertura de rosca interna rgida  esquerda.

Indicação
G74 pode ser usada se o fuso a ser usado para a operação de perfuração tiver capacidade técnica para ser operado no
modo de fuso com posição controlada.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


148 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Formato
G74 X... Y... Z... R... P... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao ponto R
P:Tempo de espera no fundo do furo e no ponto R durante o retorno
F: Velocidade de avanço de corte
K: Número de repetições (se necessário)

Esquema 2-45 Ciclo de "Abertura de uma rosca à esquerda sem mandril de compensação" (G74)

Explicações
O ciclo cria a seguinte sequência de movimentos:
● Aproximação do plano de referência deslocado pela quantidade de distância de segurança com G0.
● Parada orientada do fuso e transferência do fuso no modo Eixo.
● Abertura de rosca interna à profundidade de perfuração final.
● Execução de tempo de espera na profundidade da rosca.
● Retração ao plano de referência e reversão da direção de rotação trazido para frente pela distância de segurança.
● Retração ao plano de retração com G0.
Durante a abertura de rosca interna, override de movimento transversal rápido e override do fuso são aceitos em 100%.
A velocidade de rotação pode ser afetada durante a retração com GUD _ZSFI[2]. Exemplo: _ZSFI[2]=120; a retração ocorre
em 120% da velocidade durante abertura de rosca interna.

Restrições
Nenhum.

Mudança dos eixos


Antes de mudar o eixo de perfuração, deve-se primeiro desabilitar o ciclo fixo. Um alarme é gerado se o eixo de perfuração
no modo "Perfuração sem mandril de compensação" for mudado.

Abertura de rosca interna


O ciclo de perfuração é executado apenas se um movimento de eixo, por exemplo, for programado com X, Y, Z ou R.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 149
R
Sempre programe R apenas em um bloco com um movimento de eixo, caso contrário, os valores programados não são
armazenados modalmente.

Desabilitação
As funções G do grupo 01 (G00 a G03) e G74 não devem ser usadas juntas em um bloco, caso contrário, G74 é
desabilitada.

Comando S
Uma mensagem de erro é exibida se o gama especificado for uma etapa mais elevado do que o valor máximo permissível.

Função F
Uma mensagem de erro é exibida se o valor especificado para a velocidade de avanço de corte ultrapassar o valor máximo
permissível.

Unidade do comando F
Entrada de dado no Entrada de dado em polegada Observações
sistema métrico
G94 1 mm/min 0,01 polegada/min A programação de ponto decimal é permitida
G95 0,01 mm/giro 0,0001 polegada/giro A programação de ponto decimal é permitida

Exemplo
Velocidade de avanço para o eixo Z 1000 mm/min
Velocidade do fuso 1000 rev/min
Avanço de rosca 1,0 mm
<Programação como velocidade de avanço por minuto>
S100 M03S1000
G94 ;Velocidade de avanço por minuto
G00 X100.0 Y100.0 ;Posicionamento
G74 Z-50.0 R-10.0 F1000 ;Abertura de rosca interna sem mandril de compensação
<Programação como velocidade de avanço rotacional>
G95 ; Velocidade de avanço rot
G00 X100.0 Y100.0 ;Posicionamento
G74 Z-50.0 R-10.0 F1.0 ;Abertura de rosca interna sem mandril de compensação

2.5.1.13 Ciclo de abertura de rosca à direita ou à esquerda (G84/G74)


Devido à aderência de cavacos à ferramenta e uma resistência aumentada associada a esta, pode ser difícil de executar a
abertura de rosca em furo profundo sem mandril de compensação. Em tais casos, o ciclo de abertura de rosca interna com
quebra ou remoção de cavacos é útil.
O movimento de corte é executado neste ciclo até que a raiz é atingida. Há um total de dois ciclos de abertura de rosca
para isso: Abertura de rosca em furo profundo com quebra de cavacos e abertura de rosca em furo profundo com remoção
de cavacos.
Os ciclos G84 e G74 podem ser selecionados com GUD _ZSFI[1] como segue:
_ZSFI[1] = 2: Abertura de rosca em furo profundo com quebra de cavacos
_ZSFI[1] = 3: Abertura de rosca em furo profundo com remoção de cavacos

Formato
G84 (ou G74) X... Y... Z... R... P... Q... F... K... ;
X,Y: Posição do furo
Z: Distância do ponto R ao fundo do furo
R: Distância do plano inicial ao "ponto R"
P:Tempo de espera no fundo do furo e no ponto R durante o retorno
Q: Profundidade de corte para cada velocidade de avanço de corte

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


150 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
F: Velocidade de avanço
K: Número de repetições

Esquema 2-46 Abertura de rosca em furo profundo com quebra de cavacos (USER DATA, _ZSFI[1] = 2)

1. A ferramenta é atravessada com velocidade de avanço programada.


2. A velocidade de retração pode ser afetada com USER DATA, _ZSFI[2].

Esquema 2-47 Abertura de rosca em furo profundo com quebra de cavacos (USER DATA, _ZSFI[1] = 3)

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 151
Abertura de rosca em furo profundo com quebra/remoção de cavacos
Após posicionamento ao longo dos eixos X e Y, há um movimento transversal rápido ao ponto R. A usinagem é executada
da ponto R para frente com uma profundidade de corte Q (profundidade de corte por velocidade de avanço de corte).
Finalmente, a ferramenta é retraída a distância d. Se um valor não igual a 100% for especificada em USER DATA, _ZSFI[2],
pode-se especificar se a retração é sobreposta ou não. O fuso para assim que o ponto Z é atingido; a direção de rotação é
finalmente invertida e a retração é executada. A trajetória de retração d é definida em USER DATA, _ZSFR[1].
Indicação
Se 0 for especificado em _ZSFR[1], a configuração padrão de 1 mm ou 1 polegada será efetiva para a distância de
retração.
Se 0 mm ou 0 inch deve ser especificado, um valor menor do que o disparo do curso deve ser especificado.

2.5.1.14 Desabilitação de um ciclo fixo (G80)


Ciclos fixos podem ser desabilitados com G80.

Formato
G80;

Explicações
Todos os ciclos modais são desabilitados no modo ISO com G80 ou com uma função G do 1º. grupo (G00, G03,...).

2.5.1.15 Exemplo de programa com uma compensação de comprimento da ferramenta e ciclos fixos

Esquema 2-48 Exemplo de programa (ciclo de perfuração)

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


152 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Valor de correção +200,0 é definido em TO No. 11, +190,0 é definido em TO No. 15 e +150,0 é definido no corretor de
ferramenta No. 30.

Programa de amostra
;
N001 G49 ; Desabilitar a compensação de comprimento da
ferramenta
N002 G10 L10 P11 R200. ; Configuração do corretor de ferramenta 11 em +200.
N003 G10 L10 P15 R190. ; Configuração do corretor de ferramenta 15 em +190.
N004 G10 L10 P30 R150. ; Configuração do corretor de ferramenta 30 em +150.
N005 G92 X0 Y0 Z0 ; Configuração das coordenadas na posição de
; referência
N006 G90 G00 Z250.0 T11 M6 ; Troca de ferramenta
N007 G43 Z0 H11 ; Plano inicial, compensação de comprimento de
ferramenta
N008 S30 M3 ; Início do fuso
N009 g99 G81 X400.0 Y-350.0 Z-153.0 R- ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 1
97.0 F1200
N010 Y-550.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 2 e
; retorno ao ponto do plano R
N011 G98 Y -750.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 3 e
; retorno ao plano inicial
N012 G99 X1200.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 4 e
; retorno ao ponto do plano R
N013 Y-550.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 5 e
; retorno ao ponto do plano R
N014 G98 Y-350.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 6 e
; retorno ao plano inicial
N015 G00 X0 Y0 M5 ; Retorno à posição de referência,
; Parada do fuso
N016 G49 Z250.0 T15 M6 ; Desabilitação da compensação de comprimento da
; ferramenta
N017 G43 Z0 H15 ; Plano inicial, compensação de comprimento de
ferramenta
N018 S20 M3 ; Início do fuso
N019 G99 G82 X550.0 Y-450.0 Z-130.0 R- ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 7 e
97.0 P300 F700 ; retorno ao ponto do plano R
N020 G98 Y-650.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 8 e
; retorno ao plano inicial
N021 G99 X1050.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 9 e
; retorno ao ponto do plano R
N022 G98 Y-450.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 10 e
; retorno ao plano inicial
N023 G00 X0 Y0 M5 ; Retorno à posição de referência,
; Parada do fuso
N024 G49 Z250.0 T30 M6 ; Desabilitação da compensação de comprimento da
; ferramenta
N025 G43 Z0 H30 ; Plano inicial, compensação de comprimento de
ferramenta
N026 S10 M3 ; Início do fuso
N027 G85 G99 X800.0 Y-350.0 Z-153.0 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 11 e
R47.0 F500 ; retorno ao ponto do plano R
N028 G91 Y-200.0 K2 ; Posicionamento, em seguida perfuração nº. 12 e 13
; retorno ao ponto do plano R
G80 ; Desabilitação do ciclo fixo
N029 G28 X0 Y0 M5 ; Retorno à posição de referência,
; Parada do fuso
N030 G49 Z0 ; Desabilitar a compensação de comprimento da
ferramenta
N031 M30 ; Fim do programa

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 153
2.5.2 Entrada de dados programáveis (G10)
2.5.2.1 Alteração do valor de corretor de ferramenta
Os corretores de ferramenta existentes podem ser sobrescritos por meio de G10. Não é possível criar novos corretores de
ferramenta.

Formato
G10 L10 P... R... ; Compensação de comprimento da ferramenta, geometria
G10 L11 P... R... ; Compensação de comprimento da ferramenta, desgaste e rasgo
G10 L12 P... R... ; Compensação de raio da ferramenta, geometria
G10 L13 P... R... ; Compensação de raio da ferramenta, desgaste e rasgo
P: Número de memória de corretor de ferramenta
R: Declaração de valor
L1 também pode ser programado em vez de L11.

2.5.2.2 Funções M para chamar sub-rotinas (M98, M99)


Essas funções podem ser usadas se as sub-rotinas são armazenadas na memória de programas de peça. As sub-rotinas
que são registradas na memória e cujos números de programas são atribuídos podem ser chamadas e executadas quantas
vezes ncessário.

Comandos
As seguintes funções M são usadas para chamar sub-rotinas.

Tabelas 2-24 Funções M para chamar sub-rotinas

Função M Função
M98 Chamada de subprograma
M99 Fim da sub-rotina

Chamada de sub-rotina (M98)


● M98 Pnnnnmmmm
m: Programa nº. (máx. 4 dígitos)
n: Nº. de repetições (máx. 4 dígitos)
Antes de usar o programa M98 Pnnnnmmmm para chamar um programa, nomeie o programa corretamente, ou seja,
adicione o número do programa sempre com 4 dígitos com 0.
● Se por exemplo, M98 P21 for programado, a memória do programa de peça é navegada pelo nome do programa 21.mpf
e a sub-rotina é executada uma vez. Para chamar a sub-rotina três vezes, deve-se programar M98 P30021. Um alarme
será produzido se o número de programa específico não for encontrado.
● Um aninhamento de sub-rotinas é possível, até 16 sub-rotinas são permitidas. Um alarme será produzido se forem
atribuídos mais níveis de sub-rotina do que o permitido.

Fim de sub-rotina (M99)


Uma sub-rotina é finalizada com o comando M99 Pxxxx e o processamento do programa é mantido no Bloco No. Nxxxx. O
sistema de controle busca primeiro o número do bloco (da chamada da sub-rotina ao fim do programa). Se nenhum número
de bloco correspondente for encontrado, o programa de peça será finalmente pesquisado na direção inversa (na direção do
início do programa de peça).
Se M99 estiver sem um número de bloco (Pxxxx) em um programa principal, o controle irá para o início do programa
principal e o programa principal será processado novamente. No caso de M99 com navegação ao número do bloco no
programa principal (M99xxxx), o bloco é sempre buscado a partir do início do programa.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


154 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
2.5.3 Número de programa de oito dígitos
Uma seleção de número de programa é ativada com os dados de máquina 20734 $MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit
6=1. Essa função afeta M98 e G65/66.
y: Número de execuções do programa
x: Número do programa

Chamada de subprograma
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 0
M98 Pyyyyxxxx ou
M98 Pxxxx Lyyyy
Número de programa no máx. 4 dígitos
Adição de número de programa sempre até 4 dígitos com 0
Exemplo:
M98 P20012: chama 0012.mpf 2 fluxos
M98 P123 L2: chama 0123.mpf 2 fluxos
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 1
M98 Pxxxxxxxx Lyyyy
Não há extensão com 0, mesmo se o número de programa tiver menos de 4 dígitos.
A programação do número de passes e número de programa P(Pyyyyxxxxx) não é possível, o número de passes deve
sempre ser programado com L!
Exemplo:
M98 P123: chama 123.mpf 1 passe
M98 P20012: chama 20012.mpf 1 passe
Cuidado: não é mais compatível com dialeto ISO original
M98 P12345 L2: chama 12345.mpf 2 passes

Modal e Macro por blocos G65/G66


$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 0
G65 Pxxxx Lyyyy
Adição de número de programa até 4 dígitos com 0. Número de programa com mais de 4 dígitos leva a um alarme.
$MC_EXTERN_FUNCTION_MASK, Bit 6 = 1
G65 Pxxxx Lyyyy
Não há extensão com 0, mesmo se o número de programa tiver menos de 4 dígitos. Um número de programa com mais de
8 dígitos leva a um alarme.

2.5.4 Coordenadas polares (G15, G16)


Ao programar em coordenadas polares, as posições no sistema de coordenadas são definidas com um raio e/ou ângulo. A
programação de coordenadas polares é selecionada com G16. Ela é desabilitada com G15. O primeiro eixo do plano é
interpretado como raio polar, o segundo eixo, como ângulo polar.

Formato
G17 (G18, G19) G90 (G91) G16 ;Comando de coordenadas polares ativadas
G90 (G91) X... Y... Z... ;Comando de coordenadas polares
...
...
G15 ;Comando de coordenadas polares desativadas

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 155
G16: Comando de coordenadas polares
G15: Desabilitação do comando de coordenadas polares
G17, G18, G19: Seleção de plano
G90: O polo está localizado no zero da peça de trabalho.
G91: O polo está localizado na posição atual.
X, Y, Z: Primeiro eixo: Raio de coordenada polar, segundo eixo: Ângulo de coordenada polar
Indicação
Se o polo for movido da posição atual ao zero da peça de trabalho, o raio é calculado como a distância da posição atual ao
zero da peça de trabalho.

Exemplo
N5 G17 G90 X0 Y0
N10 G16 X100. Y45. ;Coordenadas polares ativadas,
; o polo está no zero da peça de trabalho,
; Posição X 70,711 Y 70,711
;no sistema de coordenadas cartesianas
N15 G91 X100 Y0 ;o polo é a posição atual,
;isto é, a posição X 141.421 Y 141.421
N20 G90 Y90. ;Nenhum X no bloco
;O polo está no zero da peça de trabalho,
;Raio = SORT(X*X +Y*Y) = 184.776
G15
O raio polar é sempre tomado como valor absoluto e o ângulo polar pode ser interpretado como valor absoluto além de
valor incremental.

2.5.5 Funções de medição

2.5.5.1 Medida com "apagar distância que falta" (G31)


Medição com "Apagar distância que falta possível" é ativada especificando "G31 X... Y... Z... F... ;". A interpolação linear é
interrompida e a distância que falta dos eixos é apagada se, durante a interpolação linear, a entrada de medida do primeiro
sensor está ativada. O programa continuará com o próximo bloco.

Formato
G31 X... Y... Z... F... ;
G31: Função G não modal (opera apenas no bloco em que é programada)

Sinal do CLP "Entrada de medição = 1"


Com a borda ascendente da entrada de medição 1, as posições de eixo atuais são armazenadas nos parâmetros do
sistema axiais ou $AA_MM[<Axis>] $AA_MW[<Axis>]. Esses parâmetros podem ser lidos no modo Siemens.
$AA_MW[X] Salvar o valor de coordenada do eixo X no sistema de coordenadas da peça de trabalho
$AA_MW[Y] Salvar o valor de coordenada do eixo Y no sistema de coordenadas da peça de trabalho
$AA_MW[Z] Salvar o valor de coordenada do eixo Z no sistema de coordenadas da peça de trabalho
$AA_MM[X] Salvar o valor de coordenada do eixo X no sistema de coordenadas da máquina
$AA_MM[Y] Salvar o valor de coordenada do eixo Y no sistema de coordenadas da máquina
$AA_MM[Z] Salvar o valor de coordenada do eixo Z no sistema de coordenadas da máquina

Indicação
O alarme 21700 é gerado se G31 for ativada quando o sinal de medição ainda está ativo.

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


156 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Continuação do programa após o sinal de medição
Se posições incrementais de eixo forem programadas no próximo bloco, essas posições de eixo são relacionadas ao ponto
de medição, isto é, o ponto de referência da posição incremental é a posição de eixo na qual "apagar distância que falta" foi
executada pelo sinal de medição.
Se as posições de eixo forem programadas como absolutas no próximo bloco, então há aproximação das posições
programadas.
Indicação
Nenhuma compensação de raio do cortados deve estar ativa em um bloco contendo G31. Portanto, a compensação de raio
do cortador deve ser desabilitada antes da programação de G31, com G40.

Exemplo
G31 com especificação de posição incremental

Esquema 2-49 G31 com especificação de posição incremental de um eixo

G31 é uma especificação de posição absoluta

Esquema 2-50 G31 com especificação de posição absoluta de um eixo

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 157
G31 é um comando absoluto para 2 eixos.

Esquema 2-51 G31 é um comando absoluto para 2 eixos.

2.5.5.2 Função de "Controle de vida da ferramenta"


O monitoramento da vida da ferramenta e a contagem de peça de trabalho podem ser empreendidas com o Siemens Tool
Management.

2.5.6 Programas macro


Macros podem consistir de vários blocos de programa de peça completados com M99. Em princípio, macros são sub-
rotinas, que são chamadas com G65 Pxx ou G66 Pxx no programa de peça.
Macros que são chamadas com G65 são não-modais. Macros que são chamadas com G66 são modais e são desabilitadas
com G67.

2.5.6.1 Diferenças com sub-rotinas


Programas macro (G65, G66) podem ser usados para especificar parâmetros que podem ser avaliados em programas
macro. Nenhum parâmetro pode ser especificado nas chamadas de sub-rotina (M98).

2.5.6.2 Chamada de programa de macro (G65, G66, G67)


Programas macro são geralmente executados imediatamente após sua chamada.
O procedimento de chamar um programa de macro é descrito na tabela a seguir.

Tabelas 2-25 Formato para chamar programa de macro

Método de chamada Código de comando Observações


Chamada simples G65
Chamada modal (a) G66 Desabilitação através de G67

Chamada simples (G65):


Formato
G65 P_ L_ ;
Um programa de macro para o qual um número de programa foi atribuído com "P" é chamado e executado "L" vezes,
especificando "G65 P ... L... <Argument>; ".
Os parâmetros necessários devem ser programados no mesmo bloco (com G65).

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


158 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Explicação
Em um bloco de programa de peça contendo G65 ou G66, o endereço Pxx é interpretado como número de programa da
sub-rotina na qual a funcionalidade da macro é programada. O número de passes da macro pode ser definido com o
endereço Lxx. Todos os outros endereços no bloco de programa de peça são interpretados como parâmetros de
transferência e seus valores programados são armazenados nas variáveis de sistema $C_A a $C_Z. Essas variáveis de
sistema podem ser lidas na sub-rotina e avaliadas para a funcionalidade da macro. Se outras macros com transferência de
parâmetro forem chamadas em uma macro (sub-rotina), então os parâmetros de transferência na sub-rotina devem ser
salvos em variável interna antes da chamada da nova macro.
Para habilitar definições de variáveis internas, deve-se mudar automaticamente para o modo Siemens durante a chamada
da macro. Pode-se fazer isso inserindo a instrução PROC<nome do programa> na primeira linha do programa de macro.
Se outra chamada de macro for programada na sub-rotina, então o modo de dialeto ISO deve ser re-selecionado com
antecedência.

Tabelas 2-26 O comando P e L

Endereço Descrição Número de dígitos


P Número do programa 4 a 8 dígitos
L Número de repetições

Variáveis de sistema para os endereços I, J, K


Como os endereços I, J e K podem ser programados até 10 vezes em um bloco contendo chamada de macro, as variáveis
de sistema desses endereços devem ser avaliadas com um índice de matriz. A sintaxe dessas três variáveis de sistema
são, portanto, $C_I[..], $C_J[..], $C_K[..]. Os valores permanecem na sequência programada na matriz. O número de
endereços I, J, K programados no bloco é fornecido nas variáveis $C_I_NUM, $C_J_NUM, $C_K_NUM.
Os parâmetros de transferência I, J, K para chamadas de macro são tratados em cada caso como um bloco mesmo se os
endereços individuais não são programados. Se um parâmetro é reprogramado, ou um parâmetro seguinte baseado na
sequência I, J, K foi programado, ele pertence ao próximo bloco.
As variáveis de sistema $C_I_ORDER, $C_J_ORDER, $C_K_ORDER são definidas para detectar a sequência de
programação no modo ISO. Essas são matrizes idênticas $C_I, $C_K e elas contêm os números associados dos
parâmetros.

Indicação
Os parâmetros de transferência podem ser lidos apenas na sub-rotina no modo Siemens.

Exemplo:
N5 I10 J10 K30 J22 K55 I44 K33
Block1 Block2 Block3
$C_I[0]=10
$C_I[1]=44
$C_I_ORDER[0]=1
$C_I_ORDER[1]=3

$C_J[0]=10
$C_J[1]=22
$C_J_ORDER[0]=1
$C_J_ORDER[1]=2

$C_K[0]=30
$C_K[1]=55
$C_K[2]=33
$C_K_ORDER[0]=1
$C_K_ORDER[1]=2
$C_K_ORDER[2]=3

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 159
Parâmetro de ciclo $C_x_PROG
No modo dialeto-ISO-0, os valores programados podem ser avaliados de diferentes maneiras dependendo do método de
programação (valor inteiro ou real). A avaliação diferente é ativada através de dado de máquina.
Se DM for definido, o sistema de controle responderá como no seguinte exemplo:
X100 ; o movimento no eixo X é 100 mm (100. com ponto) => valor real
Y200 ; o movimento no eixo Y é 0.2 mm (200 sem ponto) => valor inteiro
Se os endereços programados no bloco são usados como parâmetros de transferência, então os valores programados
sempre existem como valores reais nas variáveis $C_x. Para valores inteiros, não se pode mais tomar recurso ao método
de programação (real/inteiro) nos ciclos e, portanto, não há avaliação dos valores programadas com o fator de conversão
correto.
Há duas variáveis de sistema $C_TYP_PROG. $C_TYP_PROG para informação considerando se a programação REAL ou
INTEIRO foi assumida. A estrutura é a mesma de $C_ALL_PROG e $C_INC_PROG. Se o valor for programado como
INTEIRO, então Bit é configurado em 0; para REAL, é configurado em 1. Se o valor for programado sobre uma variável
$<Number>, então o bit correspondente também é configurado em 1.
Exemplo:
P1234 A100. X100 -> $C_TYP_PROG == 1.
Apenas Bit 0 está presente, pois somente A foi programado como REAL.
P1234 A100. C20. X100 -> $C_TYP_PROG == 5.
Bit 1 e Bit 3 (A e C) estão presentes.
Restrições:
Um máximo de dez parâmetros I, J, K podem ser programados em cada bloco. Somente um bit de cada é fornecido para I,
J, K na variável $C_TYP_PROG. Portanto, em $C_TYP_PROG, o bit correspondente para I, J e K é configurado sempre
como 0. Assim, ele não pode ser derivado se I, J ou K for programado como REAL ou INTEIRO.

Chamada modal (G66, G67)


Um programa de macro modal é chamado com G66. O programa de macro especificado é executado se as condições
especificadas forem preenchidas.
● O programa de macro modal é ativado especificando-se "G66 P... L... <Parameters>;". Os parâmetros de transferência
são tratados como em G65.
● G66 é desabilitado por G67.

Tabelas 2-27 Condições de chamada modal

Condições de chamada Função para seleção de modo Função para desabilitação de


modo
depois de executar um comando de movimento G66 G67

Especificação de um parâmetro
Os parâmetros de transferência são definidos programando-se um endereço A - Z.

Inter-relação entre endereço e variáveis de sistema

Tabelas 2-28 Inter-relação ente endereços e variáveis e endereços que podem ser usados para chamar comandos

Inter-relação entre endereços e variáveis


Endereço Variável de sistema
A $C_A
B $C_B
C $C_C
D $C_D
E $C_E

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


160 6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013
Inter-relação entre endereços e variáveis
F $C_F
H $C_H
I $C_I[0]
J $C_J[0]
K $C_K[0]
M $C_M
Q $C_Q
R $C_R
S $C_S
T $C_T
U $C_U
V $C_V
W $C_W
X $C_X
Y $C_Y
Z $C_Z

Inter-relação entre endereço e variáveis de sistema


Para poder usar I, J e K, esses devem ser especificados na sequência I, J, K.
Como os endereços I, J e K em um bloco contendo uma chamada de macro podem ser programados até 10 vezes, o
acesso às variáveis de sistema dentro do programa de macro para esses endereços deve ocorrer com um índice. A sintaxe
dessas três variáveis de sistema são, portanto, $C_I[..], $C_J[..], $C_K[..]. Os valores correspondentes são salvos na matriz
na sequência na qual eles foram programados. O número de endereços I, J, K programados no bloco é salvo nas variáveis
$C_I_NUM, $C_J_NUM e $C_K_NUM.
Diferente de para as variáveis restantes, um índice deve ser sempre especificado ao ler as três variáveis. O índice "0" é
sempre usado para chamadas de ciclo (p. ex. G81), por exemplo, N100 R10 = $C_I[0]

Tabelas 2-29 Inter-relação ente endereços e variáveis e endereços que podem ser usados para chamar comandos

Inter-relação entre endereços e variáveis


Endereço Variável de sistema
A $C_A
B $C_B
C $C_C
I1 $C_I[0]
J1 $C_J[0]
K1 $C_K[0]
I2 $C_I[1]
J2 $C_J[1]
K2 $C_K[1]
I3 $C_I[2]
J3 $C_J[2]
K3 $C_K[2]
I4 $C_I[3]
J4 $C_J[3]
K4 $C_K[3]
I5 $C_I[4]

Manual de programação e operação (Torneamento ISO/fresamento)


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Inter-relação entre endereços e variáveis
J5 $C_J[4]
K5 $C_K[4]
I6 $C_I[5]
J6 $C_J[5]
K6 $C_K[5]
I7 $C_I[6]
J7 $C_J[6]
K7 $C_K[6]
I8 $C_I[7]
J8 $C_J[7]
K8 $C_K[7]
I9 $C_I[8]
J9 $C_J[8]
K9 $C_K[8]
I10 $C_I[9]
J10 $C_J[9]
K10 $C_K[9]

Indicação
Se mais de um bloco de endereços I, J ou K são especificados, então a sequência de endereços para cada bloco de I/J/K é
determinada de tal maneira que os números das variáveis são definidos de acordo com sua sequência.

Exemplo de inserção de um parâmetro


O valor do parâmetro contém um sinal e um ponto decimal independentemente do endereço.
O valor dos parâmetros é sempre salvo como um valor real.

Esquema 2-52 Exemplo de inserção de um argumento

Execução de programas de macro nos modos Siemens e ISO


Um programa de macro pode ser chamado ou no modo Siemens ou no modo ISO. O modo de idioma no qual o programa é
executado é definido no primeiro bloco do programa de macro.
Se existir uma instrução PROC <nome do programa> no primeiro bloco de um programa de macro, então uma mudança
automática para o modo Siemens é realizada. Se essa instrução estiver faltando, o processamento é feito no modo ISO.
Os parâmetros de transferência podem ser salvos em variáveis locais executando um programa no modo Siemens. No
modo ISO, entretanto, não é possível armazenar parâmetros de transferência em variáveis locais.

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Para ler parâmetros de transferência em um programa de macro executado no modo ISO, deve-se primeiro mudar para o
modo Siemens com o comando G290.

Exemplos:
Programa principal com chamada de macro:
_N_M10_MPF:
N10 M3 S1000 F1000
N20 X100 Y50 Z33
N30 G65 P10 F55 X150 Y100 S2000
N40 X50
N50 ....
N200 M30
Programa de macro de ferramenta no modo Siemens:
_N_0010_SPF:
PROC 0010 ; Troca para o modo Siemens
N10 DEF REAL X_AXIS ,Y_AXIS, S_SPEED, FEED
N15 X_AXIS = $C_X Y_AXIS = $C_Y S_SPEED = $C_S FEED = $C_F
N20 G01 F=FEED G95 S=S_SPEED
...
N80 M17
Programa de macro no modo ISO:
_N_0010_SPF:
G290; Troca para o modo Siemens,
; para ler os parâmetros transferidos
N15 X_AXIS = $C_X Y_AXIS = $C_Y S_SPEED = $C_S FEED = $C_F
N20 G01 F=$C_F G95 S=$C_S
N10 G1 X=$C_X Y=$C_Y
G291; Troca para o modo ISO,
N15 M3 G54 T1
N20
...
N80 M99

2.5.6.3 Chamada de macro por meio da função G

Chamada de macro
Uma macro pode ser chamada com um número G análogo a G65.
A substituição de 50 funções G podem ser configuradas por meio dos dados de máquina:
10816 $MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE e
10817 $MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE_NAME.
Os parâmetros programados no bloco são armazenados em $C_Variables. O número de repetições de macro é
programado com o endereço L. O número das macros G programadas é armazenado na variável $C_G. Todas as outras
funções G programadas no bloco são tratadas como funções G normais. A sequência de programação dos endereços e
funções G no bloco é aleatória e não tem nenhum efeito na funcionalidade.
Mais informações sobre os parâmetros programados neste bloco estão disponíveis no Capítulo "Chamada de programa
macro (G65, G66, G67)".

Restrições
● A chamada de macro com uma função G pode ser executada apenas no modo ISO (G290).
● Apenas uma função G pode ser substituída por linha de programa de peça (ou em geral, apenas uma chamada de sub-
rotina). Se houver possíveis conflitos com outras chamadas de sub-rotina, por exemplo, se uma sub-rotina modal estiver
ativa, o sistema gera o alarme 12722 "Várias macro ISO_M/T ou chamadas de ciclo no bloco".

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● Nenhuma outra macro G ou M ou sub-rotina M pode ser chamada se uma macro G estiver ativa. Nesse caso, macros M
ou sub-rotinas M são executadas como funções M. Macros G são executadas como funções G desde que uma função
G correspondente exista; caso contrário, um alarme 12470 "Função G desconhecida" é gerado.
● Caso contrário, as mesmas restrições são aplicáveis como para G65.

Exemplos de configuração
Chamada da sub-rotina G21_MAKRO por meio da função G, G21
$MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE[0] = 21
$MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE_NAME[0] = "G21_MAKRO"
$MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE[1] = 123
$MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE_NAME[1] = "G123_MAKRO"
$MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE[2] = 421
$MN_EXTERN_G_NO_MAC_CYCLE_NAME[2] = "G123_MAKRO"

Exemplo de programação
PROC MAIN
. . .
N0090 G291 ; Modo ISO
N0100 G1 G21 X10 Y20 F1000 G90 ; Chamada de G21_MAKRO.spf,
; G1 e G90 são ativadas
; antes da chamada de
; G21_MAKRO.spf
. . .
N0500 G90 X20 Y30 G123 G1 G54 ; Chamada de G123_MAKRO.spf,
; G1, G54 e G90 são ativadas
; antes da chamada de
; G123_MAKRO.spf
. . .
N0800 G90 X20 Y30 G421 G1 G54 ; Chamada de G123_MAKRO.spf,
; G1, G54 e G90 são ativadas
; antes da chamada de
; G123_MAKRO.spf
. . .
N0900 M30
PROC G21_MAKRO
. . .
N0010 R10 = R10 + 11.11
N0020 IF $C_X_PROG == 0
N0030 SETAL(61000) ; variável programada não transferida
; corretamente
N0040 ENDIF
N0050 IF $C_Y_PROG == 0
N0060 SETAL(61001)
N0070 ENDIF
N0080 IF $C_F_PROG == 0
N0090 SETAL(61002)
N0100 ENDIF
N0110 G90 X=$C_X Y=$C_Y
N0120 G291
N0130 G21 M6 X100 ; G21->ativar sistema de medição métrico
; (nenhuma chamada de macro)
N0140 G290

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. . .
N0150 M17
PROC G123_MAKRO
. . .
N0010 R10 = R10 + 11.11
N0020 IF $C_G == 421 GOTOF label_G421 ; Funcionalidade de macro para G123
N0040 G91 X=$C_X Y=$C_Y F500
. . .
. . .
N1990 GOTOF label_end
N2000 label_G421: ; Funcionalidade de macro para G421
N2010 G90 X=$C_X
Y=$C_Y F100
N2020
. . .
. . .
N3000 G291
N3010 G123 ; Alarme 12470, pois G123 não é uma
; função G e uma
; chamada de macro não é possível para
; macro ativa
;
; Exceção: A macro foi chamada
; como sub-rotina com CALL
G123_MAKRO.
N4000 label_end: G290
N4010 M17

2.5.7 Funções especiais

2.5.7.1 Repetição de contorno (G72.1, G72.2)


Um contorno programado uma vez pode repetido facilmente com G72.1 e G72.2. Esta função pode ser usada para criar ou
uma cópia linear (G72.2) ou uma cópia rotacional (G72.1).

Formato
G72,1 X... Y... (Z...) P... L... R...
X, Y, Z: Ponto de referência para rotação de coordenada
P: Número de sub-rotina
L: Número de passagens da sub-rotina
R: Ângulo de ataque
Uma sub-rotina contendo o contorno a ser copiado pode ser chamada várias vezes com G72.1. O sistema de coordenadas
é rotacionado por um certo ângulo antes de chamar cada sub-rotina. A rotação de coordenada é executada em torno de um
eixo vertical no plano selecionado.
G72.2 I... J... K... P... L...
I, J, K: Posição à qual os eixos X, Y Z axes são atravessados antes de chamar a sub-rotina.
P: Número de sub-rotina
L: Número de passagens da sub-rotina
Uma sub-rotina contendo o contorno a ser repetido pode ser chamada várias vezes com G72.2. Os eixos programados com
I, J e K devem ser atravessados incrementalmente antes de cada chamada de sub-rotina. O ciclo (CYCLE3721) é usado
para chamar a sub-rotina tanto quanto especificado no endereço "L". Uma distância programada em I, J e K e calculada do
ponto de início é atravessado antes de cada chamada de sub-rotina.

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6FC5398-0DP40-0KA0, 08/2013 165
Exemplos:

Esquema 2-53 Repetição de contorno com G72.1

Programa principal
N10 G92 X40.0 Y50.0
N20 G01 G90 G17 G41 20 Y20 G43H99 F1000
N30 G72.1 P123 L4 X0 Y0 R90.0
N40 G40 G01 X100 Y50 Z0
N50 G00 X40.0 Y50.0 ;
N60 M30 ;
Sub-rotina 1234.spf
N100 G01 X10.
N200 Y50.
N300 X-10.
N400 Y10.
N500 X-20.
N600 M99

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Esquema 2-54 Repetição de contorno com G72,2

Programa principal
N10 G00 G90 X0 Y0
N20 G01 G17 G41 X30. Y0 G43H99 F1000
N30 Y10.
N40 X30.
N50 G72.2 P2000 L3 I80. J0
Sub-rotina 2000.mpf
G90 G01 X40.
N100 Y30.
N200 G01 X80.
N300 G01 Y10.
N400 X110.
500 M99

2.5.7.2 Mudança dos modos de DryRun (simulação em vazio) e níveis de salto


A mudança dos níveis de salto (DB3200.DBB2) sempre representa uma intervenção na execução do programa, que levou a
uma queda de curto prazo da velocidade no caminho. O mesmo é verdadeiro para a mudança do modo DryRun (DryRun =
velocidade de avanço em vazio DB3200.DBX0.6) de DryRunOff para DryRunOn ou vice-versa.
Todas as quedas de velocidade podem ser evitadas com um mudar modo que é limitado em sua função.
Nenhuma queda de velocidade é necessária com a configuração do dado da máquina 10706 $MN_SLASH_MASK==2 ao
mudar os níveis de salto (isto é, um novo valor na interface do CLP->NCK-Chan DB3200.DBB2).

Indicação
O NCL processa blocos em duas etapas, o pré-processamento e a execução principal (também pré-curso e execução
principal). O resultado da pré-usinagem muda para a memória de pré-processamento. A usinagem principal tira o bloco
pertinente mais antigo fora da memória de processamento e atravessa sua geometria.

ATENÇÃO
A pré-usinagem é mudada com a configuração do dado da máquina $MN_SLASH_MASK==2 durante uma mudança do
nível de salto! Todos os blocos localizados na memória de processamento são atravessados com o nível de salto antigo.
O usuário normalmente não tem nenhum controle sobre o nível de preenchimento da memória de pré-processamento. O
usuário pode ver o seguinte efeito: Um novo nível de salto é eficaz "algum tempo" após a mudança!

Indicação
O comando do programa de peça STOPRE desocupa a memória de pré-processamento. Se alguém mudar o nível de salto
antes do STOPRE, então todos os blocos após STOPRE são mudados com segurança. O mesmo é válido para um
STOPRE implícito.

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Nenhuma queda de velocidade é necessária ao mudar o modo DryRun com a configuração do dado de máquina 10704
$MN_DRYRUN_MASK==2. Neste caso também, apenas a pré-usinagem que leva às restrições acima mencionadas, é
modificada. A seguinte analogia aparece daí: Aviso! Esta só estará ativa "algum tempo" depois da mudança do modo
DryRun!

Marcas
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podem existir diferenças e nós não podemos garantir a total conformidade. As informações contidas neste documento são revisadas
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