Aula nº 09 - A Engenharia de Minas e de Petróleo na
Escola Politécnica
Quero Engenhar
Júnior Rocha, Vinicius Rosa
23 setembro 2019 A Engenharia de Minas e de Petróleo na Escola Politécnica
O Departamento de Engenharia de Minas e das operações, como vazamentos em plataformas
Petróleo é responsável pela formação dos e explosões. Também pode atuar em consultorias engenheiros de minas e petróleo da Escola ambientais e no setor de exportação e Politécnica. Há mais de quatro décadas, o importação, pesquisando preços de matérias- departamento forma profissionais qualificados primas ou captando compradores. Já a atuação do para a cadeia de produção mineral, por meio de Engenheiro Minas se localiza na prospecção cursos de graduação, pós-graduação, (busca de jazidas), lavra (extração de minérios) e especialização e treinamento. Desde 2002, beneficiamento (processamento, separação e passou também a capacitar profissionais para o concentração do material extraído). Ele estima o setor petrolífero, com a criação do curso de tamanho das reservas e a qualidade do minério. Engenharia de Petróleo. A partir de 2012, o curso Estuda a viabilidade técnica e econômica da de graduação e pós-graduação em Engenharia de exploração, elabora e executa o projeto de Petróleo passou a ser oferecido na cidade de extração, escolhendo equipamentos e Santos. dimensionando os recursos humanos e materiais necessários, além dos impactos causados. Lida com tecnologias de última geração e com a reciclagem dos materiais descartados. A legislação ambiental exige que este profissional atue sempre tendo em mente a redução do impacto da exploração de recursos minerais sobre o meio ambiente.
O engenheiro de minas pode trabalhar em
mineradoras, pedreiras, empreiteiras responsáveis por grandes obras, como estradas e usinas hidrelétricas, empresas de demolição e O engenheiro de petróleo combina as técnicas da fabricantes de softwares para o setor mineral. engenharia com conhecimentos em geologia e mineração para descobrir e explorar poços e jazidas de petróleo e gás natural. Ele ainda é preparado para acompanhar a produção e o beneficiamento do material extraído, gerenciar sua comercialização e transporte. Atua principalmente em empresas petrolíferas, refinarias e indústrias petroquímicas.
Seja onde for, é responsável pela segurança do
pessoal e do meio ambiente, prevenindo os riscos A Engenharia de Minas e de Petróleo na Escola Politécnica
Historicamente, desde os primórdios da
civilização, o Homem usou pedra, cerâmica e, mais tarde, metais encontrados junto à superfície da Terra, para fabricar ferramentas e armas. Os antigos Romanos foram grandes inovadores na engenharia de minas, desenvolvendo métodos de mineração em larga escala. Desenvolveram especialmente o uso de grandes volumes de água transportados até às explorações mineiras por aquedutos. A rocha exposta era aquecida pelo fogo e em seguida molhada com água, causando No curso de engenharia minas e petróleo na um choque térmico que fazia com que a rocha se Escola Politécnica, os dois primeiros anos são de rachasse, permitindo a sua remoção. Em algumas aulas básicas de cálculo, física e química, em dois minas, os Romanos utilizavam máquinas turnos. Boa parte das disciplinas específicas, do hidráulicas, como as rodas de água usadas nas 5º ao 10º semestre, ocorrem em laboratórios. Os minas de cobre de Rio Tinto no Sudoeste de estudantes se envolvem em pesquisas, projetos e Espanha, para extrair água a cerca de 25 metros trabalhos. de profundidade. Por, engenharia de minas, ser o único curso A pólvora foi usada, pela primeira vez, na público do estado de São Paulo, exerce grande mineração em 1627, nas minas de Bansk influencia sobre todas as decisões deste Štiavnica, na atual Eslováquia. A utilização importante segmento industrial, tendo uma de explosivos passou a permitir rebentar com a importância significativa para o país. Sendo, além rocha e com a terra, libertando e revelando do primeiro produto da pauta de exportação e de veios de minério e uma forma muito mais importação do Brasil provir desta cadeia rápida que o antigo sistema de choque térmico (respectivamente concentrados de minério de com fogo e água. A Revolução Industrial levou ferro e petróleo e seus derivados). a mais avanços tecnológicos na engenharia de minas, incluindo a introdução de explosivos Destaca-se que para a economia brasileira, a mais aperfeiçoados, de bombas a vapor, mineração na etapa da cadeia (geração de elevadores e brocas. concentrado mineral) não tenha valor tão expressivo na economia (cerca de 4% do PIB do Em 1765, em Freiberga, no Saxe, é fundada a Brasil), quando se faz a primeira transformação Bergakademie Freiberg (Academia de Minas de (calcário em cal ou cimento, concentrados de Freiberga), a mais antiga escola de engenharia ferro em gusa ou aço bruto, concentrado de rocha de minas do mundo. em fertilizantes), este segmento responde por mais de 30% da economia do Brasil. A Engenharia de Minas e de Petróleo na Escola Politécnica
O cotidiano de um estudante de engenharia em lucrativos cuja missão é coletar, trocar e
minas e petróleo na Escola Politécnica grande disseminar conhecimentos relacionados à parte das ações de integração são realizadas em indústria do petróleo. grupos de extensão. Como, por exemplo, o USP Mining Team e a SPE/USP. Nesse sentido, o Capítulo Estudantil SPE da USP, em específico, organiza workshops, palestras, O USP Mining Team busca promover a Engenharia cursos e visitas técnicas, pelos quais o aluno é de Minas no Brasil, fortalecendo a identidade do introduzido aos mais recentes desenvolvimentos curso dentro da própria Universidade, técnicos da área. Além disso, o Capítulo também conhecendo outros estudantes, profissionais e desenvolve atividades de cunho social, a exemplo empresas do ramo, e representando a USP e a de campanhas de doação de sangue e Poli no cenário internacional, participando do arrecadação de alimentos, bem como eventos International Mining Games (Jogos Minerários e solidários de integração com crianças carentes. nos International Mining Games). Apesar de muito jovem, o Capítulo Estudantil SPE da USP já acumula várias conquistas. Entre elas, em 2014 o Capítulo recebeu o Prêmio Gold Standard, concedido pela SPE a apenas 19 dos 310 Capítulos existentes em todo mundo, em reconhecimento à realização de um nível admirável de atividades durante o último ano.
No ano seguinte, o Capítulo recebeu a honraria
máxima concedida pela SPE, o Outstanding Student Chapter 2015, devido ao maior nível de O Capítulo Estudantil SPE da USP, que é uma excelência nas atividades realizadas no ano entidade acadêmica formada por alunos do curso anterior. Com isso, o Capítulo da USP se tornou de Engenharia de Petróleo da Poli Santos. O um dos mais jovens a obter os dois prêmios Capítulo tem como objetivo principal desenvolver oferecidos pela SPE. No ano seguinte, em 2016, o atributos de liderança e responsabilidade em seus Capítulo repetiu o feito, obtendo então pela membros, bem como aproximar os estudantes à segunda vez consecutiva o prêmio de maior indústria de óleo e gás. Há mais de 330 Capítulos reconhecimento dado pela SPE. Nesse mesmo espalhados pelo mundo, sendo todos ano, dois membros do capítulo foram a Dubai subordinados à SPE (Society of Petroleum Engineers), para receber tal premiação na Annual Technical que se trata de uma organização sem fins Conference and Exhibition (ATCE). A Engenharia de Minas e de Petróleo na Escola Politécnica
Sustentabilidade na Indústria de Cerâmica Vermelha – viabilidade do uso de resíduos da queima (cinzas) na indústria da cerâmica vermelha: estudo de caso na Mata Norte de Pernambuco: sustentabilidade e cerâmica vermelha