Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TCC Agravo Produto 01
TCC Agravo Produto 01
Curso de Direito
Trabalho de Conclusão de Curso
Gama-DF
2022
Vinícius Gomes da Silva
Gama-DF
2022
Vinícius Gomes da Silva
Banca Examinadora
Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar o recurso de agravo em geral,
principalmente a exclusão do agravo retido pelo Novo Código de Processo Civil e
verificar se tal exclusão fere os princípios já garantidos pela constituição federal de
1988, verificando, também sua origem e evolução histórica do recurso, sua
aplicabilidade ao longo da história, suas modalidades, utilizando como metodologia a
de seleção bibliográfica e posicionamentos doutrinais e por fim sua aplicabilidade no
direito brasileiro, desde o seu surgimento ate hoje, trazendo a luz, principalmente por
meio da doutrina todo o seu desdobramento histórico, alterações e benefícios no
curso dos processos, pesquisando e investigando de maneira cirúrgica a tradição
histórica processual recursal brasileira e expondo, também desde o inicio o porque
do costume de sempre recorrer de decisões já proferidas.
Abstract: This article aim to analyze the appeal in general, mainly the exclusion of
the withheld grievance, by the new code of civil procedure and veryfy whether such
exclusion violates pinciples already guaranteed by the federal constitution of 1988,
also veryfying its origin and historical evolution of the resource, its aplication
throughout history, its modalities, using as a methodology the bibliografic selection
and doctrinal positions and finally its aplicability in brazilian law, from its emergence
until today, bringing to light, mainly on the part of the the doctrine all its historical
unfolding, alteration and benefits in the course of the process, researching and
surgically investigating the brazilian appeal procedural historical tradition and
explaining from the beginning why it is customary to aways appeal decisions already
made.
pedindo para que o mesmo resolvesse a questão, porém deixando a última palavra
de castigo dada a autoridade maior ou seja o imperador. Já no século XII o
imperador D. Adoniso III, criou uma regra que tornava o rei um juiz competente para
julgar apelação de sentenças permanentes e definitivas, no final do século XIV
(COSTA.1996,p.142).
O livro das leis e posturas, o mais antigo compilado de leis Portuguesas,
permitia apelação de sentenças definitivas, desde que se trata-se de decisão
interlocutória, tal mudança foi consolidada pelo monarca que sucedeu, entretanto
com o passar dos anos a apelação das decisões interlocutórias se tornou uma
questão problemática, pois terminou por atrasar as demandas processuais, então o
monarca ordenou que apenas as decisões interlocutórias sem resolução final de
mérito é que poderiam sofrer apelação, isso se deu pelo fato não do juiz não acatar
pedidos de revogação de decisão interlocutória, logo a parte agravada teria que
apresentar queixa ao rei (Querimas), logo o agravo surgiu da não reformulação de
decisões interlocutórias por parte do juiz (COSTA,1996, p.143)
As ordenações manuelinas, que é uma compilação da legislação português
datada 1512 a 1513, composta por 3 sistemas diferentes a respeito de preceitos
jurídicos, pois o agravo de instrumento tal como se contempla surgiu apenas em
1521. Tais ordenações (1603) foram seriamente aplicadas no Brasil de tal forma que
passou a constituir a primeira legislação processual do Brasil, trazendo consigo
modalidades de agravo: agravo de instrumento, agravo ordinário, agravo de
ordenações não guardada, agravo de petição e agravo no alto do processo, mas no
ano de 1932 ficou estabelecido que os agravos de petição e agravo de instrumento e
petição deveriam se limitar aos agravos no alto do processo (COSTA,1996,p.144).
O regulamento 737 extinguiu agravo no alto do processo, quanto o agravo de
instrumento e petição permaneceram. Em 1939 o código nacional discutia ao
princípio da oralidade que deveria minimizar a necessidade utilizar tais recursos sem
a possibilidade de embargo para os recursos de agravo de instrumento, petição e no
alto do processo seria cabível números clausus, todavia a mesma foi extinguida em
1973, possibilitando o andamento do agravo de instrumento, em caso de decisão
interlocutória fazendo que as especificações das hipóteses de cabimento fossem
eliminadas tirando do cenário o agravo de petição contra decisões definitivas e
também o agravo no alto do processo, pelas mãos do legislador. (CORRÊA, 2001, p.
30).
6
(THEODORO,2016,p.1038).
As decisões interlocutórias passaram a ser recorríveis somente nos casos
previstos no rol taxativo do art.1015 e baseando-se nos princípios da celeridade e da
efetividade do processo promoveu modificações a aplicabilidade do agravo, como a
elaboração de um rol taxativo que elenca as decisões que são passíveis de
interposição pelo agravo de instrumento (art.1015), a abolição do agravo retido e
consolidando que a impugnação deveria ser feita em preliminar de apelação ou
contrarrazões de apelação após a sentença (art.1009, §1°) em casos de decisões
não alcançáveis por agravo instrumental. e além das hipóteses elencadas no
referido artigo, também caberá agravo nas decisões proferidas na fase de liquidação
de sentença, cumprimento de sentença, processo de execução e inventario
(DONIZETTI,,2016,p.1360).
No processo de execução e no cumprimento de sentença, não há abertura para
uma nova sentença sobre o mérito da causa, pois o direito a ser atingido é de
satisfação material da parte e no processo de inventário no que tange a questão da
admissão dos herdeiros resulta em decisão interlocutória, Portanto a comprovação
do risco de lesão grave e difícil reparação segundo o NCPC de 2015não é mais
requisito para cabimento de agravo, porem a decisão suscetível de causar a parte
lesão grave antes da apelação ser julgada, poderá ser aplicado mandado de
segurança atuando em sentido oposto do que diz a sumula n° 267 do STF:” não
cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou
correição’’(DONIZETTI,2016,p.1361).